-Do que se trata esta vez, mãe?
Nevin apareceu à janela e observou a erva ondeando sob os primeiro raios do sol matutino, além de sua cabana. Sua mãe adivinhava a sorte, e se fosse o suficientemente parvo para dá-la volta e encontrar o olhar da Besseta, ela o interpretaria como um signo de fôlego, e o introduziria em uma conversação a respeito de alguma desconcertante predição. As predições de sua mãe nunca eram muito acertadas e o aborreciam diariamente, erodidos por fantasias maliciosas.
-Minhas varas de disco me advertiram que o laird representa um grave perigo para ti.
-O laird? Drustan MacKeltar?- Nevin, alarmado, olhou por cima de seu ombro. Remetida detrás da mesa perto da chaminé, sua mãe se endireitou em sua cadeira, alisando o vestido sob sua atenção. Agora sim que o tenho feito, ele pensou com um suspiro interior. emaranhou-se em sua conversação tão bobamente como se se enredou as roupas em uma sarça Espinosa, e requereria de toda sua delicadeza separar-se agora, sem que as coisas degenerassem em uma discussão muito antiga.
Besseta Alexander tinha perdido tanto em sua vida que se aferrava também ferozmente ao que lhe tinha deixado: ao Nevin. Ele reprimiu o desejo de sair correndo pela porta e escapar por volta da serenidade da manhã Highland, consciente de que ela o encurralaria outra vez à primeira oportunidade.
Em lugar disso, ele disse fico:
-Drustan MacKeltar não é um perigo para mim. É um bom laird, e me sinto honrado de ter sido selecionado para fiscalizar a guia espiritual de seu clã.
Besseta negou com a cabeça, seus lábios tremendo. Uma mancha de baba fez espuma em suas comissuras.
-Você vê com a vista estreita de um sacerdote. Não pode ver o que vejo eu. Certamente é horrendo, Nevin.
Lhe dirigiu seu sorriso mais reconfortante, uma que, a despeito de sua juventude, tinha aliviado os corações afligidos de incontáveis pecadores.
-Deixará de tentar adivinhar meu bem-estar com suas varas e runas? Cada vez que me é atribuída uma posição nova, começa a usar seus encantamentos.
-Que tipo de mãe seria, se não estivesse interessada em seu futuro?- gritou ela.
Apartando uma mecha de cabelo loiro de sua face, Nevin cruzou o quarto e beijou sua bochecha enrugada, logo varreu sua mão através das varas de disco, desordenando seu desenho misterioso.
-Sou um homem de Deus ordenado, mas aqui se sinta, lendo as fortunas-. Ele tomou sua mão e a aplaudiu conciliadoramente-. Deve te esquecer dos velhos costumes. Como obterei êxito com os aldeãos, se minha apreciada mãe se mantém nos rituais pagãos?- brincou.
Besseta arrebatou sua mão da dele e recolheu suas varas defensivamente.
-Estas são muito mais que simples varas. Ordeno-lhe isso, lhes conceda o devido respeito. Ele deve ser detido.
-O que dizem suas varas que fará o laird, que seja tão terrível?- a curiosidade minou sua determinação de acabar com a conversação tão limpamente como fora possível. Não podia esperar dominar as divagações escuras da mente de sua mãe se não sabia o que eram.
-Ele logo tomará uma mulher, e ela te fará mal. Acredito que ela te matará.
A boca do Nevin se abriu e se fechou como uma truta turma de trabalhadores na ribeira. Embora sabia que não havia nada de verdade em seu ominosa predição, o fato de que ela tivesse esses pensamentos malvados confirmou seus medos de que o tênue vínculo dela com a realidade se debilitava.
-por que me mataria alguém? Sou um sacerdote, por amor do céu.
-Não posso ver o por que. Pode que aconteça que sua nova esposa se encapriche de ti, e a maldade provirá dele.
-Agora verdadeiramente imagina coisas. Encapricharse de mim, por sobre o Drustan MacKeltar?
Besseta o percorreu com o olhar, e rapidamente olhou para outro lado.
-Você é um moço de boa planta, Nevin- mentiu com aprumo maternal.
Nevin riu. Dos cinco filhos da Besseta, só ele tinha nascido magro de constituição, com ossos finos e uma quietude que lhe servia melhor a Deus que ao rei e ao país. Ele sabia qual era sua aparência. Não tinha sido modelado como o tinha sido Drustan MacKeltar, para guerrear, conquistar e seduzir mulheres, e tinha aceito muito tempo atrás seus defeitos físicos. Deus tinha um propósito para ele, e enquanto o propósito espiritual poderia parecer insignificante para outros, para o Nevin Alexander era mais que suficiente.
-Guarda essas varas, mãe, e não quero ouvir mais desta tolice. Não precisa preocupar-se por meu bem-estar. Deus observa sobre...- deteve-se metade de uma sentença. O que havia dito quase animava a um tema totalmente novo, e por volta do mesmo debate tão velho e tão comprido de sempre.
Os olhos da Besseta se estreitaram.
-Ah, sim. Seu Deus certamente observa sobre tudo a meus filhos, verdade?
Sua amargura era evidente e o desanimava. De todo seu rebanho, ele tinha frustrado mais palpablemente as ambições de sua mãe.
-Poderia-te recordar que muito recentemente era seu Deus, quando foi concedido este posto e estava satisfeita com minha promoção- disse Nevin rapidamente-. E não danificará ao MacKeltar, mãe.
Besseta alisou suas cãs grosas e elevou seu nariz para o teto de palha.
-Não tem confissões para ouvir, Nevin?
-Não deve pôr em perigo nossa posição aqui, mãe- disse ele fico-. Temos uma casa sólida entre estas pessoas, e espero fazê-lo permanente. me dê sua palavra.
Besseta deixou seus olhos fixos no teto, em um silêncio teimoso.
-me olhe, mãe. Deve prometê-lo-. Quando ele se negou a ir-se sem sua palavra ou evitar seu olhar fixo, ela finalmente deu um encolhimento de ombros e inclinou a cabeça.
-Não danificarei ao MacKeltar, Nevin. Agora, continua seu caminho- disse bruscamente-. Esta velha tem coisas que fazer.
Agradado de que sua mãe não incomodasse ao laird com sua tolice pagã, Nevin se foi para o castelo. Deus mediante, sua mãe esqueceria sua última falsa ilusão perto da hora do jantar. Deus mediante.
Nos seguintes poucos dias, Besseta tentou fazer que Nevin entendesse o perigo ao que estava exposto, em vão. Ele a arreganhou amavelmente, repreendeu-a menos amavelmente, e começou a ter essas linhas amargas ao redor da boca que lhe repugnava ver.
Linhas que claramente proclamavam: minha mãe está perdendo a razão.
O desespero se apropriou de seus rendidos ossos, e soube que dependia dela fazer algo. Não perderia ao único filho que ficava. Não era justo que uma mãe devesse sobreviver a todos seus meninos, e confiá-lo a Deus para protegê-lo era, para começar, o que a tinha metido nesse problema. recusava-se a acreditar que tinha recebido a arte de prever os acontecimentos só para sentar-se sobre seu traseiro e não fazer nada.
Quando, pouco depois de sua alarmante visão, uma banda de errantes ROM chegou ao povo do Balanoch, Besseta descobriu uma solução.
Levou tempo fazer permute com as pessoas corretas; embora "corretas" dificilmente seria a palavra com a qual descrever às pessoas com a que se viu forçada a tratar. Besseta podia ler as varas de disco, mas suas singelas adivinhações empalideciam em contraste com as práticas dos selvagens ciganos que vagavam pelas Highlands, realizando vendas de feitiços e sortilégios junto com suas mercadorias ordinárias. Pior ainda, tinha tido que roubar a preciosa Bíblia iluminada de ouro do Nevin, a que ele usava só nos dias mais Santos, para comercializar pelos serviços que tinha comprado, e quando seu filho descobrisse a perda para a época de Natal, estaria pesaroso.
Mas estaria vivo, pelos discos!
Embora Besseta passou muitas noites sem dormir meditando sobre sua decisão, sabia que suas varas nunca lhe tinham falhado. Se não fazia algo para impedi-lo, Drustan MacKeltar tomaria uma esposa e essa mulher mataria a seu filho. Isso era o que fazia respeitar tanto suas varas. Se suas varas houvessem dito mais -como o faria a mulher, quando, ou por que- não teria sido assaltada por tal desespero. Como sobreviveria ela se Nevin se fora? Quem socorreria a uma mulher velha e boa para nada? Sozinha, o grande bocejo da escuridão, com seus grandes fauces ávidas, tragaria-a por completo. Não tinha outra alternativa exceto desfazer-se do Drustan MacKeltar.
Um lua cheia mais tarde, Besseta estava de pé com os ciganos e sua líder -um homem de cabelo cor de prata chamado Rushka- no claro perto do lago pequeno, a alguma distancia ao oeste do Castelo Keltar.
Drustan MacKeltar jazia inconsciente a seus pés.
Ela o olhou cautelosamente. O MacKeltar era um homem grande, moreno e de altura imponente, uma montanha de nervos e músculos bronzeados, ainda quando jazia sem sentido tendido sobre suas costas. Quando ela tremeu e lhe deu um golpecito cautelosamente com o pé, os ciganos riram.
-A lua poderia cair sobre ele e não despertaria- informou-lhe Rushka, seu escuro olhar divertido.
-Está seguro?- pressionou Besseta.
-Não se trata de um sonho natural.
-Não o matou, verdade?- inquietou-se a mulher-. Prometi ao Nevin que não o danificaria.
Rushka arqueou uma sobrancelha.
-Tem um código interessante, velha- burlou-se-. Não, não o matamos, somente dorme, e o fará eternamente. É um feitiço antigo, selecionado muito cuidadosamente.
Quando Rushka partiu dando meia volta, instruindo a seus homens para colocar ao laird encantado no carromato, Besseta exalou um suspiro de alívio. Tinha sido arriscado deslizar-se no castelo, adicionar um narcótico ao vinho do laird e atrai-lo até o claro perto do lago, mas tudo tinha saído de acordo ao plano. Ele se tinha derrubado às bordas do lago frágil e os ciganos tinham empreendido seu ritual. Tinham pintado símbolos estranhos em seu assumo, tinham orvalhado ervas e cantado.
Embora os ciganos a intranqüilizavam e ela tinha desejado escapar de retorno à segurança de sua choça, obrigou-se a si mesmo a observar, a estar segura de que os matreiros ciganos manteriam sua palavra, e para assegurar-se a si mesmo de que Nevin estava finalmente protegido por sempre, mais à frente do alcance do Drustan MacKeltar. No momento em que as palavras finais do feitiço tinham sido pronunciadas, o mesmo ar no claro se alterou: havia sentido uma frieza estranha, um cansaço repentino, entristecedor, e inclusive tinha vislumbrado uma luz estranha assentando-se ao redor do corpo do laird. Os ciganos certamente possuíam magia poderosa.
-Seriamente eternamente?- pressionou Besseta-. Alguma vez despertará?
Rushka disse impacientemente:
-Disse-lhe isso, velha, o homem dormirá, congelado, sem ser meio doido absolutamente pelo tempo, sem nunca despertar, a menos que o sangue humano e o brilho do sol se mesclem no feitiço gravado em seu assumo.
-O sangue e o brilho de sol despertariam? Isso nunca deve ocorrer!- exclamou Besseta, aterrorizando-se uma vez mais.
-Não o fará. Tem minha palavra. Não onde temos intenção de esconder seu corpo. A luz do sol nunca o alcançará nas cavernas subterrâneas perto do Loch Ness. Ninguém o encontrará nunca. Ninguém sabe do lugar exceto nós.
-Deve escondê-lo muito profundo- pressionou Besseta-. Sela-o dentro. Nunca deve ser encontrado!
-Pinjente que tem minha palavra- disse Rushka penetrantemente.
Quando os ciganos, rebocando seu carromato, desapareceram no bosque, Besseta se fincou de joelhos no claro, e murmurou uma oração de graças a qualquer deidade que pudesse ouvi-la.
O sentimento de culpa a atendia, mas pesava mais o alívio, e se consolou com o pensamento de que realmente não o tinham ferido.
Ele estava, como ela tinha prometido ao Nevin, ileso.
Em essência.
19 de setembro, Dia Presente
Gwen Cassidy necessitava um homem.
Desesperadamente.
A falta disso, tranqüilizaria-se com um cigarro. Deus Santo, odeio minha vida, pensou. Inclusive já não sei quem sou.
Percorrendo com o olhar o interior abarrotado do ônibus de excursão, Gwen fez uma respiração profunda e esfregou o emplastro de nicotina sob seu braço. depois desse fiasco, não merecia um cigarro? Embora, ainda quando conseguisse escapar do horrível ônibus e achar um pacote, tivesse medo de expirar de overdose de nicotina se fumava um. O emplastro a fazia sentir-se tremente e doente.
Possivelmente, antes de deixá-lo, deveria ter esperado até ter encontrado seu desmontadora de cerejas, refletiu. Tampouco era como se os atraíra como moscas ao mel em seu humor atual. Sua virgindade logo que podia apresentar-se com sua melhor luz enquanto ela continuasse grunhindo a cada homem que encontrava.
apoiou-se contra o assento gretado, sobressaltando-se quando o ônibus golpeou um buraco e provocou que as molas metálicas do assento se fincassem em sua escápula.
Inclusive a superfície suave, misteriosa e cinza como piçarra do Loch Ness, além da janela lhe estralem, uma janela que não se fecharia ainda quando chovesse e não ficaria aberta de outra maneira, não pôde intrigá-la.
-Gwen, sente-se bem?- perguntou bondosamente Bert Hardy desde ao outro lado do corredor.
Gwen olhou fixamente ao Bert através de sua franja Jennifer Aniston, costosamente biselado para atrair a seu Brad Pitt "agora mesmo", que somente o fazia cócegas no nariz e a incomodava. Bert orgulhosamente lhe tinha informado, quando tinham começado a excursão uma semana atrás, que tinha setenta e três e o sexo nunca tinha sido melhor (isto enquanto dava tapinhas à mão de seu recém casado, gordinha e ruborizada esposa Beatrice). Gwen tinha sorrido amavelmente e os tinha felicitado e, desde essa demonstração serena de interesse, converteu-se na favorita do casal excessivamente amoroso: a moça americana.
-Estou bem, Bert- reconfortou-o, perguntando-se onde tinha encontrado ele a camisa de poliéster cor limão e as calças verdes de golfe, que discrepavam dolorosamente com o couro branco que adornavam seus sapatos e os meias três-quartos quadriculados. Completando o conjunto do arco íris, uma jaqueta de ponto, vermelha, estava pulcramente abotoada em torno de sua barriga.
-Não parece tão bem ali, queridita- Beatrice, irritada, ajustou um chapéu de palha de asa larga em cima de seus cachos chapeados brandamente azuis-. um pouco verde perto das orelhas.
-É simplesmente o passeio cheio de buracos, Beatrice.
-Bem, estamos quase no povo, e deve tomar um bocado conosco antes de que saiamos de visita os lugares de interesse- disse Bert firmemente-. Podemos sair a ver essa casa, você sabe, onde esse bruxo Aleister Crowley estava acostumado a viver. Dizem que está enfeitiçada- confiou, meneando suas peludas sobrancelhas brancas.
Gwen assentiu com a cabeça apaticamente. Sabia que era inútil protestar, porque embora suspeitava que Beatrice poderia haver tido piedade dela, Bert estava determinado a assegurar-se de que ela tivesse diversão. afeiçoaram-se em só uns poucos dias, sem imaginar-se nunca por que ela se embarcou nessa busca ridícula.
Como tinha deixado sua casa na Santa Fé, Novo o México, como tinha contemplado com atenção, depois da janela de seu cubículo na Companhia de seguros Allstate (enquanto discutia com outro ferido que assegurava que tinha conseguido gastar um valor assombroso de nove mil oitocentos e vinte e sete dólares de contas de quiropráctica por um acidente que tinha causado apenas cento e vinte e sete dólares de danos em seu pára-choque traseiro) a idéia de ir a Escócia, ou em tudo caso a qualquer lado, e que tinha sido irresistível.
Assim tinha deixado que um agente de viagens a convencesse que uma excursão de quatorze dias através das românticas Lowlands e Highlands de Escócia era justo o que necessitava, a um preço de ganga de novecentos e noventa e nove dólares. O preço era aceitável; o mero pensamento de fazer algo tão impulsivo a aterrorizava, e isso era precisamente o que necessitava para sacudir com força sua vida.
Deveria ter sabido que quatorze dias em Escócia por uns mil dólares tinham que ser a excursão de ônibus de uns aposentados. Mas tinha estado tão frenética por escapar do trabalho pesado e a vacuidade de sua vida, que tinha examinado apressadamente o itinerário e não lhe tinha dado a seus possíveis companheiros de viagem um segundo pensamento.
Eram trinta e oito pessoas de idades entre sessenta e dois até oitenta e nove, que conversavam, riam, e discutiam cada pormenor de seus movimentos de ventre no povo ou a cantina com entusiasmo infinito, e ela sabia que quando retornassem a casa jogariam aos naipes e dariam de presente a suas velhas e invejosas amizades com anedotas intermináveis. perguntou-se que histórias diriam a respeito da virgem de vinte e cinco anos que tinha viajado com eles.
Espinosa como um porco-espinho? O suficientemente estúpida para tratar de deixar de fumar nas primeiras férias reais de sua vida e simultaneamente tratar de despojar-se de sua virgindade?
Suspirou. Os anciões realmente eram doces, mas doçura não era o que estava procurando.
Ela procurava sexo apaixonado e selvagem. Sexo baixo e sujo, feroz, suarento e quente.
Ultimamente ansiava algo ao que ainda não podia pôr nome, algo que a inquietava e incomodava quando olhava O Décimo Reino ou a busca de seus amantes desgraçados favoritos, no Ladyhawke. Se estivesse ainda viva, certamente sua mãe, a renomada física Dra. Elizabeth Cassidy, asseguraria-lhe que não era nada mais que um desejo biológico programado em seus gens.
Seguindo os passos de sua mãe, Gwen se tinha especializado em Física, logo tinha trabalhado brevemente como auxiliar de investigação na Corporação Triton enquanto aperfeiçoava seu Doutorado (antes de que seu Grande Ataque de Rebelião a tivesse feito aterrissar no Allstate). Algumas vezes, quando sua cabeça tinha estado nadando em equações, perguntou-se se sua mãe não estava no correto, se tudo o que havia na vida podia ser classificado pela ciência e a programação genética.
Fazendo estalar um pedaço de chiclete em sua boca, Gwen ficou com o olhar fixo fora da janela. Certamente não ia encontrar seu "desmontadora" neste ônibus. Nem tinha tido uma mínima quantidade de sorte nos povos anteriores. Tinha que fazer algo logo, pois de outra maneira terminaria de retorno a casa em nada diferente a como tinha chegado, e francamente esse pensamento era mais aterrador que a idéia de seduzir a um homem que logo que conhecia.
O ônibus deu inclinações bruscas ao deter-se em uma parada, lançando ao Gwen para diante, fazendo que se golpeasse a boca contra o bastidor metálico do assento dianteiro. Lançou um olhar irado ao condutor do ônibus, redondo e calvo, perguntando-se como os anciões sempre davam a impressão de antecipar cada parada em seco, quando ela nunca podia. Eram simplesmente mais cuidadosos por seus ossos quebradiços? Estavam atados com correias nos melhores assentos? Estavam conchabados com o condutor ancião e corpulento? Procurou sua caixa de pó dentro de sua mochila e, indubitavelmente, viu que seu lábio inferior estava inchando-se. Bem, talvez isso seduzirá a algum homem, pensou, tirando-o um pouco mais para fora, enquanto obedientemente seguia ao Bert e Beatrice fora do ônibus por volta da manhã ensolarada.
Lábios com morrito: não se obcecavam os homens com os lábios gordinhos?
-Não posso, Bert- disse ela, enquanto o bondoso homem remetia seu braço no dele-. Preciso estar sozinha um pouco de tempo- adicionou com ar de desculpa.
-Está seu lábio inchado outra vez, amor?- Bert franziu o cenho-. Não traz posto seu cinto de segurança? Está segura de que está bem?
Gwen ignorou as primeiras duas perguntas.
-Estou bem. Simplesmente estou com ânimo de caminhar e acomodar meus pensamentos- disse, tentando não advertir que Beatrice a avaliava de debaixo da asa larga de seu chapéu com a intensidade inquietante de uma mulher que tinha sobrevivido a filhas múltiplos. Com efetividade, Beatrice empurrou ao Bert para os degraus da parte dianteira da estalagem.
-Segue, Bertie- disse a seu novo marido-. Nós as garotas precisam conversar um momento.
Enquanto seu marido desaparecia na pitoresca estalagem, coberta de palha, Beatrice guiou ao Gwen para um banco de pedra e a puxou para baixo, a seu lado.
-Há um homem para ti, Gwen Cassidy- disse Beatrice.
Os olhos do Gwen se alargaram.
-Como sabe que isso é o que estou procurando?
Beatrice sorriu, seus olhos azuis de cor aciano enrugando sua face gordinha.
-Escuta ao Beatrice, queridita: esquece toda cautela. Se eu tivesse sua idade e me visse como você, então menearia meu bom-bom em todos os lugares onde fora.
-Bom-bom?-. As sobrancelhas do Gwen se levantaram.
-A petunia, amor. O derrière, o traseiro- disse Beatrice com uma piscada-. Sal e encontra a seu homem. Não nos deixe te jogar a perder a viagem, te arrastando conosco; não necessita velhos ao redor. Você necessita que um jovem atlético te eleve sobre seus pés. E te mantenha fora deles por um comprido momento- disse significativamente.
-Mas não posso encontrar um homem, Beatrice- Gwen soprou, frustrada-. estive indo em busca de meu "desmontadora" por meses...
-Desmon...? OH!- os ombros redondos do Beatrice, envolto em lã rosada e pérolas, tremeram de risada.
Gwen se sobressaltou.
-OH, Deus Santo, que abafadiço! Não posso acreditar que isso pinjente. É... é que simplesmente comecei a chamá-lo assim em minha mente porque sou a mulher mais velha que existe que ainda é...
-Virgem- ajudou Beatrice servicialmente, com outra risada.
-Mm-hmm.
-Não há homens que gostem a uma moça como você em casa?
Gwen suspirou.
-Nos passados seis meses me citei com montões de homens...- interrompeu-se completamente. depois de que seus proeminentes pais tivessem morrido em um acidente de avião em março, retornando de um congresso em Hong Kong, ela se tinha convertido em uma autêntica máquina de entrevistas. Seu único parente, seu avô paterno, tinha a enfermidade do Alzheimer e não a tinha reconhecido desde fazia muito tempo. Ultimamente, Gwen se sentia como o último Mohicano, andando daqui para lá, desesperada-se por ter algum lugar ao que chamar casa.
-E?- aguilhoou Beatrice.
-E não sou virgem por não havê-lo tentado- disse Gwen gruñonamente-. Não posso encontrar a um homem que deseje, e comecei a pensar que o problema está em mim. Talvez espero muito. Talvez espero algo que não existe-. Tinha expresso por fim seu medo secreto. Talvez a paixão extraordinária simplesmente era um sonho. Com todo o beijoca que tinha experiente nos passados poucos meses, nem uma vez tinha estado transida de desejo. Seus pais certamente não tinham demonstrado uma grande paixão entre eles. Postos a pensar nisso, não estava segura de ter visto alguma vez uma paixão extraordinária fora do cinema ou um livro.
-OH, queridita, não pense isso!- exclamou Beatrice-. Você é muito jovem e preciosa para fraquejar: não perca a esperança. Nunca sabe quando o Senhor Correto pode entrar andando. Simplesmente me olhe- disse ela com uma risada humilde-. Em declive, com sobrepeso, em um mercado cada vez mais pequeno de homens, tinha-me resignado a ser viúva. Tinha estado sozinha durante anos, logo uma manhã ensolarada meu Bertie dançou a valsa no pequeno restaurant no Elm Street onde as garotas e eu tomamos o café da manhã cada quinta-feira, e me apaixonei por ele tão fortemente como cai a senhora gorda no circo. Sonhadora como uma muchachita outra vez, me pondo cachos no cabelo Y...- ruborizou-se- até comprando algumas costure em Vitória's Secret-. Baixou a voz e piscou-. Sabe que está hanky-panky em sua mente quando os respeitáveis sustentos e as calcinhas perfeitamente brancas repentinamente não o são mais, e te encontra comprando os rosados, os lilás, os verde limão e coisas pelo estilo.
Gwen limpou sua garganta e trocou de posição com inquietação, perguntando-se se seu sustento lilás se revelava através de seu Top branco. Mas Beatrice estava abstraída, conversando.
-E te direi, Bertie certamente não era o que pensei que queria em um homem. Sempre tinha pensado que eu gostava dos homens simples, honestos, trabalhadores. Nunca pensei que me envolveria com um homem perigoso como meu Bertie- confiou. Seu sorriso se fez tenra, sonhadora-. Ele esteve com a CIA por trinta anos antes de retirar-se. Deveria ouvir algumas de suas histórias. Emocionantes, positivamente emocionantes.
Gwen ficou com a boca aberta.
-Bertie estava na CIA? Bertie?
-Não pode julgar os conteúdos do pacote pelo envoltório, queridita- disse Beatrice, aplaudindo sua bochecha-. E um conselho mais: não te dê pressa no dar de presente, Gwen. Encontra a um homem que seja merecedor. Encontra um homem com quem quer falar nas horas pequeñitas, um homem com o que possa discutir quando for necessário, e um homem que te faça chispar quando te toca.
-Chispar?- repetiu Gwen dudosamente.
-Confia em mim. Quando for o correto, saberá- disse Beatrice, radiante-. Sentirá-o. Não poderá te afastar dele-. Satisfeita de ter expresso sua opinião, Beatrice plantou um beijo de lápis de lábios rosa na bochecha do Gwen, logo se levantou, alisando seu suéter sobre seus quadris, antes de desaparecer na estalagem alegremente grafite. Gwen olhou sua partida em um silêncio pensativo.
Beatrice Hardy, de sessenta e nove anos e umas boas cinqüenta libras de sobrepeso, caminhava com confiança. Deslizando-se com a graça de uma mulher da metade de seu tamanho, blandía seu traseiro amplo, e, serenamente, exibia seu decote.
De fato, caminhava como se se sentisse bela.
Merecedor. Hmph!
A essas alturas, Gwen Cassidy se conformaria com um homem que não requeresse uma dose da Viagra.
Gwen fez uma pausa para descansar no topo da pequena montanha de rochas que escalava.
depois de descobrir que não poderia tomar seu quarto na estalagem até depois das quatro em ponto, e firme em sua determinação de não ir-se de compras à loja mais próxima por um maço disso-que-ela-não-ia mencionar, tinha agarrado sua mochila e uma maçã e tinha trotado para as colinas para uma caminhada introspectiva.
As colinas por cima do Loch Ness estavam salpicadas de afloramentos de pedra, e o grupo de rochas nas quais estava parada se estendiam por quase meia milha, levantando-se em colinas temerárias e caindo em ravinas dentados. Tinha sido uma ascensão difícil, mas tinha valorado o exercício depois de estar enjaulada no ar viciado do ônibus portanto tempo.
De ali, não podia negar-se que Escócia era preciosa. Tinha rodeado cautelosamente parcelas de espinheiros e cardos bicudos para admirar os bagos vermelho brilhante de uma árvore de serbal, perto de umas quantas castanhas de Índias verdes cobertas de puas que pressagiavam o outono com sua queda ao chão. Tinha estado bastante momento admirando um campo de urzes que ascendia e fazia jogo com uma ladeira de arbustos rosados quase púrpura. Um delicado cervo e ela se assustaram mutuamente quando tinha atravessado o claro selvagem no qual o animal pastava.
A paz se derramou sobre ela, mais profunda quanto mais subia pelos prados exuberantes e as colinas rochosas. Longe, baixo ela, Loch Ness se desperezaba em suas vinte e quatro milhas de comprimento e uma milha de largura, e, em alguns sítios, uns mil pés de profundidade, ou algo assim segundo o folheto que tinha lido no ônibus, ressaltando o fato de que o lago nunca se congelava no inverno por seu conteúdo turboso, ligeiramente ácido. O lago era um espelho prateado enorme brilhando tenuemente sob o céu espaçoso. O sol, quase em seu cenit, marcava a hora do meio-dia entrante e se sentia delicioso em sua pele. O clima tinha sido extraordinariamente quente durante os passados poucos dias e tinha intenção de aproveitá-lo.
recostou-se em uma rocha plaina e se desperezó, absorvendo o brilho de sol. Seu grupo estava programado para ficar no povo até as sete e trinta da seguinte manhã, assim dispunha de suficiente tempo para relaxar-se e desfrutar da natureza antes de reabordar a excursão no ônibus do inferno. Embora nunca encontraria um prospecto elegível ali nas colinas, ao menos não havia telefones timbrando, com clientes irados no outro extremo, e sem anciões colocando os narizes em seus assuntos.
Sabia que conversavam a respeito dela; os anciões falavam de tudo. Suspeitava que compensavam todas as vezes que tinham sujeito suas línguas quando eram jovens, invocando a impunidade da idade avançada. Ela mesma se encontrava esperando com ilusão a imunidade da ancianidad. Que alívio seria dizer exatamente o que pensava, para variar.
E o que diria você, Gwen?
-Estou sozinha- resmungou brandamente-. Diria que estou sozinha e condenadamente cansada de pretender que tudo está bem.
Como desejava que algo excitante ocorresse!
E precisamente pensou em que a única vez que tinha tratado de fazer que algo ocorresse, tinha terminado na excursão em ônibus de uns aposentados. Terei que lhe fazer frente: estava condenada a viver uma vida seca, sem incidentes, e sozinha.
Com os olhos fechados contra os raios brilhantes, procurou provas sua mochila para alcançar seus óculos de sol, mas julgou mal a distância e fez que a bolsa caísse da rocha. Ouviu-o ir dando tombos por vários instantes no meio do rumor de pedras soltas, logo um silêncio prolongado, e finalmente um golpe sólido. Remetendo sua franja detrás de uma orelha, incorporou-se para ver onde tinha cansado. Ficou consternada ao descobrir que se desabou fora da rocha, detido em um terreno baixo, e no fundo de um precipício estreito e imponente.
moveu-se para o rebordo da abertura, espionando-a cautelosamente. Seus emplastros estavam em sua mochila, e ela certamente não podia permanecer sem isso-palabra-en-la-que-no-es
taba-pensando sem algo com o que ajudar-se. Calibrando a profundidade da rochosa fenda em não mais de vinte e cinco ou trinta pés, decidiu que era capaz de recuperá-lo.
Não tinha alternativa; tinha que descer em detrás disso.
Baixando-se pelo bordo, procurou apalpando pontos de apoio para seus pés. As botas de excursionismo que se pôs essa manhã tinham as reveste rugosas e prensoras que faziam o descida um pouco mais fácil; entretanto, enquanto o pedra bruta raspava suas pernas nuas, encontrou-se desejando haver ficado os jeans em lugar de seu par favorito de shorts cáqui do Abercrombie & Fitch, as calças curtas que estavam tão de moda. Seu Top branco de encaixe era muito cômodo para dar largas caminhadas, mas a camisa de mezclilla descolorida que se atou ao redor de sua cintura não deixava de enredar-se o nas pernas, assim fez uma pausa um momento para desatá-la e deixá-la flutuar no ar para baixo, em cima de sua mochila. Uma vez que alcançasse o fundo, dobraria-a dentro de sua bolsa antes de subir de retorno para cima.
Era lento, extenuante, mas a metade de sua vida estava no pacote e essa era discutiblemente a melhor metade. Os cosméticos, a escova do cabelo, a massa dentifrícia, fio dental, as calcinhas, e muitos outros detalhes que necessitava para sua pessoa no caso de que sua bagagem se perdesse. OH, admite-o, Gwen, ela pensou, poderia viver dessa mochila por semanas.
O sol golpeava seus ombros enquanto descendia, e começou a suar. Devia imaginar-se que o sol tinha que brilhar diretamente nessa greta nesse momento, pensou irritada. Meia hora mais cedo ou mais tarde, e não teria penetrado por ali.
Perto do fundo, escorregou-se e inadvertidamente chutou a mochila, cunhando-a firmemente ao pé da estreita fenda. Olhando de esguelha acima, para o sol, ela resmungou:
-Vamos, trato de deixar de fumar aqui embaixo, poderia-me ajudar um pouco agora.
Deslizando-os últimos pés, colocou um pé em terra. Ali. Tinha-o feito. Havia apenas suficiente espaço para dar a volta, mas estava ali.
Baixando seu outro pé, Gwen apanhou a camisa e estirou seus dedos para a correia de sua mochila.
Nesse momento exato a terra cedeu sob seus pés, tão repentina e inesperadamente que logo que teve tempo de ofegar antes de afundar-se através do fundo cambaleante da fenda. Caiu por uns aterradores poucos segundos, logo aterrissou com tal força que o impacto a deixou sem ire em seus pulmões.
Enquanto lutava por recuperar o fôlego, a rocha desintegrada e a sujeira choveram onde se encontrava. Acrescentando ofensa ao dano, a mochila caiu através do oco depois dela e a esmurrou no ombro antes de cair rodando na escuridão. Finalmente as engenhou para emitir um suspiro derrotado, cuspiu cabelo e sujeira de sua boca, e mentalmente avaliou sua condição antes de tentar mover-se.
Tinha cansado duro e se sentia machucada de pés a cabeça. Suas mãos sangravam de seu intento aterrorizado de agarrar-se a algo durante sua queda através da abertura dentada, mas, felizmente, não parecia que se quebrado algum osso.
Cautelosamente, voltou sua cabeça e contemplou para cima o oco através do qual tinha cansado. Um raio teimoso de sol se filtrava para baixo, sobre ela.
Não me aterrorizarei. Mas o oco estava uma distância impossível por cima de sua cabeça. Pior ainda, não tinha encontrado a nenhum outro excursionista durante sua ascensão. Poderia gritar até ficar rouca, mas nunca poderiam encontrá-la. Desfazendo-se de um tremor nervoso, olhou com atenção na penumbra. A negrume escura de uma parede surgiu amenazadoramente algumas jardas mais à frente, e podia ouvir o chorrito débil de água ao longe. Obviamente, tinha desembocado em uma caverna subterrânea de certo tipo.
Mas o folheto não dizia nada de nenhuma cova perto do Loch Ness.
Todo pensamento cessou abruptamente à medida que caía na conta de que jazia sobre alguma coisa que não era rocha ou chão. Atordoada pela queda abrupta, naturalmente tinha assumido que tinha aterrissado no piso duro de uma caverna. Mas embora era duro, certamente não era frio. Quente, mas bem. E dado que até fazia poucos momentos nenhuma luz do sol penetrava nesse lugar, que probabilidades tinha que algo pudesse estar quente nessa caverna fria e úmida?
Tragando, permaneceu completamente quieta, tratando de decidir sobre o que jazia sem realmente olhá-lo.
Tocou-o movendo um pouco mais um osso do quadril. Cedia ligeiramente, e não se sentia como se fora o chão. vou vomitar, pensou. sente-se como uma pessoa.
Tinha cansado em uma velha cripta? Mas, então, não teria que haver ossos? Enquanto debatia seu seguinte movimento o sol alcançou seu cenit, e um eixo brilhante de luz banhou o lugar onde tinha cansado.
Reunindo toda sua coragem, obrigou-se a si mesmo a olhar para baixo.
E gritou.
Capítulo 2
Tinha cansado sobre um corpo. Um que, visto que não o tinha perturbado, devia estar morto. Ou, preocupou-se, possivelmente o matei quando caí.
Quando conseguiu deixar de gritar, encontrou-se com que se empurrou para cima e o montava escarranchado, sua Palmas escoradas no assumo. Não o assumo, ela se precaveu, a não ser seu assumo. A figura imóvel baixo ela era inegavelmente masculina.
Pecaminosamente masculina.
Tirou de um puxão suas mãos e sorveu em uma respiração conmocionada.
De qualquer forma que ele tivesse conseguido chegar ali, se estava morto, então seu falecimento tinha sido muito recente. Estava em perfeitas condições, e as mãos do Gwen avançaram a rastros de volta a seu quente assumo. Tinha o físico esculpido de um jogador de futebol profissional, com ombros largos, bíceps e peitorais musculosos e abdominais como uma tabela de lavar. Seus quadris, baixo ela, eram magras e poderosas. Símbolos estranhos estavam tatuados por seu assumo nu.
Gwen fez respirações lentas e profundas para aliviar a estreiteza repentina em seu assumo. Inclinando-se cautelosamente para frente, olhou fixamente uma face grosseiramente bela. a dele era o tipo de dominante virilidade masculina que as mulheres sonhavam na escuridão, nas fantasias eróticas, sabendo que realmente não existia. As pestanas negras varriam sua pele dourada, sob umas sobrancelhas arqueadas e uma queda sedosa de cabelo negro e comprido. Sua mandíbula estava polvilhada com uma sombra de barba azul negruzca; seus lábios eram rosados e firmes e sensualmente cheios. Ela os roçou com seus dedos, logo se sentiu ligeiramente perversa, assim fingiu que simplesmente o inspecionava para discernir se estava vivo e o sacudiu, mas ele não respondeu. Cavando seu nariz com sua mão, sentiu-se aliviada ao perceber um sopro suave de respiração. Não está morto, a Deus obrigado. Fez-a sentir-se melhor a respeito de encontrá-lo tão atrativo. Apoiando sua Palmas em seu assumo, sentiu-se adicionalmente reconfortada por seu batimento do coração forte. Embora não palpitava muito freqüentemente, ao menos o fazia. Devia estar profundamente inconsciente, possivelmente em um vírgula, decidiu. Mas quem quer que fora, não poderia ajudá-la.
Seu olhar se lançou de volta acima pelo oco. Ainda se conseguisse despertá-lo e logo ficar de pé sobre seus ombros, ainda não alcançaria o rebordo do oco. O brilho de sol fluiu sobre sua face, burlando-se dela com uma liberdade que estava tão perto e não obstante tão impossivelmente longe, e tremeu outra vez.
-E bem, o que se supõe que devo fazer agora?- resmungou.
Apesar de que estava inconsciente e não lhe era útil, seu olhar rapidamente retornou para baixo. Ele exsudava tal vitalidade que seu estado a frustrava. Não podia decidir se estava molesta de que ele estivesse inconsciente, ou mas bem a aliviava. Com sua aparência, era certamente um mulherengo, justamente o tipo de homem de quem ela desviava por instinto. Ao ter crescido rodeada por cientistas, não tinha experiência com homens de sua classe. Nas estranhas ocasiões em que tinha vislumbrado a um homem como ele passeando pelo Gold's Gym, ela tinha cuidadoso estúpida e furtivamente, agradecida de estar segura em seu carro. Tanta testosterona a punha nervosa. Possivelmente não poderia ser saudável.
Um extraordinário desmontador. O pensamento tomou despreparada. Mortificada, arreganhou-se furiosamente, porque estava ferido e ali estava ela, sentada sobre ele, tendo pensamentos lascivos. Considerou cuidadosamente a possibilidade de que tivesse desenvolvido algum tipo de desequilíbrio hormonal, possivelmente um excesso de pequenos óvulos vivazes.
Contemplou os desenhos no assumo do homem mais de perto, perguntando-se se algum deles dissimulava uma ferida. Os símbolos estranhos, a diferença de qualquer tatuagem que ela alguma vez tivesse visto, estavam talheres com manchas de sangue dos arranhões em sua Palmas.
Gwen retrocedeu umas poucas polegadas, e um raio de sol se derramou através do assumo do homem. Enquanto ela o estudava, uma coisa curiosa ocorreu: os desenhos brilhantemente coloridos se apagaram ante seus olhos, ficando imprecisos, como se se desvanecessem, deixando só nervuras de seu próprio sangue para arruinar seu assumo musculoso. Mas isso não era possível...
Gwen piscou à medida que, inegavelmente, vários símbolos desapareciam em sua totalidade. Em questão de instantes todos se foram, desvanecendo-se como se nunca tivessem existido.
Perplexa, ela olhou para cima, para a face do homem e aspirou assombrada.
Seus olhos estavam abertos e ele a observava. Tinha olhos assombrosos, que brilhavam intensamente como pedaços de vidro quebrado de prata e gelo, olhos sonolentos que tinham um toque de diversão e inconfundível interesse masculino. Ele estirou seu corpo baixo o dela com a graça desencaminhada de um gato prolongando o prazer do despertar, e ela suspeitou que embora estava despertando fisicamente, sua acuidade mental não estava completamente a pleno. Suas pupilas eram grandes e escuras, como se recentemente lhe tivessem dilatado os olhos para um exame ou houvesse feito alguma droga.
OH, Deus Santo, está consciente e montante escarranchado sobre ele! Podia imaginá-lo que ele pensava e apenas o poderia culpar por isso. Estava tão intimamente acomodada como uma mulher escarranchado sobre seu amante, os joelhos a cada lado de seus quadris, sua Palmas aplanadas contra seu estômago muito duro.
Ela se esticou e tratou de engatinhar fora dele, mas as mãos varonis se fecharam ao redor de suas coxas e a imobilizaram ali. Ele não falou, somente a sujeitou e a contemplou, avaliando-a, seus olhos descendendo e permanecendo muito tempo apreciando seu seios. Quando ele deslizou suas mãos para cima por suas coxas nuas, ela seriamente lamentou haver ficado suas pequenas calças curtas essa manhã. Uma parte de encaixe lilás era tudo o que havia baixo eles, e os dedos dele brincavam com a prega de suas calças curtas, perigosamente perto de deslizar-se dentro.
Seu olhar de pálpebras entrecerrados refletia uma frouxidão que não tinha nada que ver precisamente com a frouxidão do sonho, e não havia duvida o que tinha em mente. Mas esta não é uma desmontadora segura, pensou Gwen, preocupando-se ao momento. Este homem se parece com uma experiência desalentadora de tocha, e não de desmontadora.
-Olhe, estava precisamente a ponto de me tirar de ti- balbuciou-. Não tinha intenção de me sentar... em ti. Caí através do oco e te aterrissei em cima. Dava uma larga caminhada e acidentalmente minha mochila caiu em uma greta, e quando fui resgatar a terra cedeu debaixo de mim e aqui estou. E já que estamos, por que não despertou minha queda?-. E o que era mais importante, pensou, quanto tempo tinha estado acordado? O suficiente para saber que ela tinha conseguido obter umas quantas apreciações pervertidas?
A confusão titilou em seus olhos hipnóticos, mas ele não disse nada.
-Usualmente também estou atordoada apenas me acordado- disse ela tentando falar com um tom reconfortante.
Ele trocou de posição seus quadris, sutilmente lhe recordando que ela não estava tão acordada como ele. Algo tinha ocorrido baixo ela e, tanto como no resto dele, apreciava-se em seu rosto varonil.
Quando lhe sorriu, revelando inclusive seus dentes brancos e uma fenda partida em seu queixo, a parte de seu cérebro que fazia as decisões inteligentes se derreteu como chocolate em um dia quente do verão. Seu coração correu a toda velocidade, sua Palmas se sentiram úmidas e pegajosas, e seus lábios repentinamente secos. Por um momento, esteve muito aturdida para sentir algo exceto alívio. Então esta era a atração sexual instintiva. Existia! Igual a no cinema!
Seu alívio se extinguiu pela ansiedade quando ele a arrastou para frente contra seu assumo, cavou seu traseiro com ambas as mãos, e acomodou sua pélvis contra a dele. Ele enterrou sua face em seu cabelo e se empurrou para cima, roçando-se contra ela como um animal esplendente e poderoso. Um vaio de respiração escapou da jovem, uma reação involuntária por uma quebra de onda de desejo muito intensa para ser sensata. afogava-se em sensações: o apretujón possessivo de seus braços, a fragrância alagada em testosterona do homem, a raspadura sensual da sombra de sua barba contra sua bochecha quando ele apanhou o lóbulo de sua orelha com seus dentes, e OH... esse ritmo grosseiramente erótico de seus quadris...
Ele apertou seu traseiro, amassando e acariciando, logo uma mão se deslizou para cima, atrasando-se deliciosamente sobre o oco onde sua coluna vertebral se encontrava com seus quadris, avançando lentamente sempre para cima até que cavou sua nuca na palma da mão e guiou seus lábios mais perto dele.
-bom dia, inglesa- disse ele, a uma respiração de seus lábios. As palavras foram entregues em um acento grosso que soou áspero como por muito uísque ou muito fumaça de turfa.
-Deixe ir- ela as engenhou para dizer, apartando a face. Ele havia calçado sua ereção comodamente entre suas coxas, e uma mão firme, estendida através de seu traseiro, mantinha-a aprisionada precisamente onde ele a queria. sentia-se muito duro e ardente através o tecido ligeiro de suas calças curtas. Expertamente, empurrou contra o lugar mais perfeito que a natureza tinha outorgado a uma mulher, e Gwen tossiu para camuflar um gemido. Se lhe convidasse com uns quantos mais desses golpes atrevidos, ela poderia ter tido seu primeiro orgasmo real sem sequer sacrificar sua cereja.
-me beije- ele murmurou em sua orelha. Seus lábios abrasaram lentamente seu pescoço; sua língua saboreou sua pele com sensualidade preguiçosa.
-Não te beijarei. Posso entender como poderia ter a impressão equivocada, despertando para me encontrar tombada em cima de ti, mas te disse que não tinha a intenção de aterrissar sobre ti. Foi um acidente.- Aw, beija-o, Gwen, clamaram centenas de óvulos desavergonhados. Calem-se, ela repreendeu. Ainda não o conhecemos, e até faz uns momentos pensava que estava morto. Essa não é forma de iniciar uma relação.
Quem pede uma relação? Bésalobésalobésalo! insistiram seus bebês em espera.
-Moça preciosa, me beije-. Ele plantou um beijo faminto, com a boca aberta, na área sensitiva entre sua clavícula e a base de sua garganta. Seus dentes se fecharam delicadamente em sua pele, sua língua se atrasou, enviando calafrios por sua coluna vertebral-. Em minha boca.
Ela se estremeceu enquanto a carícia aveludada convertia em pérolas seus mamilos contra seu assumo.
-Uh-uh- disse ela, não confiando em si mesmo para dizer muito.
-Não?- Ele soou assombrado. E imperturbável. Mordeu a parte inferior de seu queixo enquanto estendia sua mão intimamente e com habilidade sobre suas nádegas.
-Não. Nada disso. Não. Entende? E saca sua mão de meu traseiro- adicionou ela com um chiado, quando ele apertou outra vez-. Oooh. Detenha!
Perezosamente, ele deslizou sua mão para cima de seus quadris para sua cabeça, aproveitando a oportunidade para acariciar a fundo cada polegada entremedias. Enterrando ambas as mãos em seu cabelo, ele a agarrou por couro cabeludo e retirou sua cabeça amavelmente para trás para poder esquadrinhar seus olhos.
-Digo-o a sério.
Ele arqueou que uma sobrancelha duvidosa mas, para sua surpresa, resultou ser um cavalheiro e lentamente renunciou a sua sujeição. Ela engatinhou fora dele. Inconsciente de que tinha estado descansando sobre uma laje de pedra vários pés por cima do piso da caverna, ela caiu sobre seus joelhos no chão.
Ele se incorporou na laje cautelosamente, como se cada músculo de seu corpo estivesse duro. Passou rapidamente seu olhar em torno da caverna, negou com a cabeça com o vigor de um cão empapado tirando-se de cima a chuva, logo deu ao interior da caverna um segundo olhar minucioso. Lançou seu comprido corto escuro sobre seu ombro e entrecerró os olhos. Gwen presenciou o momento preciso em que a confusão da letargia abandonou sua mente. O brilho tentador em seu olhar se desvaneceu, e dobrou seus braços musculosos através de seu assumo. Percorreu-a com o olhar com uma expressão ao mesmo tempo alarmada e zangada.
-Não recordo ter vindo aqui- disse acusadoramente-. O que tem feito? Trouxe-me aqui? É isto bruxaria, moça?
Bruxaria?
-Não- disse ela precipitadamente-. Já lhe disse isso, desabei-me por esse buraco- agitou com força seu polegar para cima, assinalando o eixo de luz do sol-... e você já estava aqui. Aterrissei em ti. Não tenho idéia de que modo chegou.
Seu olhar frio vagou por sobre a abertura dentada, a sujeira e pedras soltas dispersadas ao redor da laje, o sangue em suas mãos, seu estado desarrumado. depois de vacilar um momento, ele pareceu avaliá-la como uma história plausível.
-Se não veio procurando minhas cuidados pessoais, por que está tão desvergonzadamente vestida?- disse ele rotundamente.
-Possivelmente porque faz calor fora?- ela devolveu o disparo, atirando defensivamente da prega de seus caquis. Suas calças curtas não eram tão pequenas-. Não é que você mesmo leve muito mais.
-Isto é natural para um homem. Não é natural para uma para mulher cortar seu chemisse na cintura e tirar o vestido. Qualquer homem faria a hipótese que fiz. Está vestida depravadamente, e estava montada de maneira íntima sobre meus quadris. Quando um homem se acordada, algumas vezes toma vários minutos começar a pensar claramente.
-E eu aqui pensando que tomava vários anos, possivelmente uma vida inteira a julgar pelo intelecto do americano médio- disse ela sarcásticamente. Chemisse? Atalho à cintura?
Ele bufou, negando com a cabeça outra vez, tão vigorosamente que dava a ela dor de cabeça.
-Onde estou?- demandou ele.
-Em uma caverna- resmungou a moça, sentindo-se menos que caridosa para ele. Primeiro, ele tinha tratado de ter relações sexuais com ela, logo tinha insultado sua roupa, e agora se comportava como se ela tivesse feito algo incorreto-. E me deveria pedir perdão.
Suas sobrancelhas se arquearam com surpresa.
-Por despertar para encontrar a uma mulher médio vestida jazendo sobre mim e por pensar que ela desejava que lhe desse prazer? Acredito que não. E não sou tolo- arreganhou-. Sei, querida, que estou em uma caverna. Em que parte de Escócia se assenta esta caverna?
-Perto do Loch Ness. Perto do Inverness- disse ela. Retrocedeu longe dele uns poucos passos.
Ele soprou, aliviado.
-Pelo Amergin, isto não é muito fankle. Estou somente a uns poucos dias e não muitas léguas de casa.
Amergin? Fankle? Quem tinha ensinado inglês a esse homem? Seu acento era tão fechado que tinha que escutar atentamente para decifrar o que dizia, e ainda assim não tudo tinha sentido. Podia ter crescido esse homem glorioso em algum povo escuro das Highlands onde o tempo se deteve, os carros estivessem vinte anos passados de moda, e os antigos costumes e a forma de falar fossem ainda respeitadas?
Quando guardou silêncio por vários minutos, ela se perguntou se possivelmente ele realmente estava ferido de algum modo e tinha estado descansando na caverna. Talvez se tinha golpeado a cabeça; não tinha explorado essa parte dele. Diabos, a única parte que não o fez, pensou. Gwen franziu o sobrecenho, sentindo-se vulnerável na caverna com esse homem moreno e sexy que ocupava muito espaço e usava mais que sua parte justa de oxigênio. A confusão dele só acrescentava a ansiedade da jovem.
-por que não me indica o caminho para fora, e podemos falar no exterior?- animou-o. Possivelmente ele seria menos atrativo a plena luz do dia. Possivelmente era somente a atmosfera escura e restringida da caverna o que o fazia parecer tão grande e perturbadoramente masculino.
-Juras que não teve nada que ver com como cheguei aqui?
Ela levantou suas mãos em um gesto que dizia, por que não me joga uma boa olhada e simplesmente vê quão pequena sou, e logo te olhe?
-É certo- ele esteve de acordo com sua repreensão muda-. Não pode fazer muito.
Ela recusou dignificar seu comentário com uma resposta. Quando ele se levantou da laje, Gwen se deu conta de que, apesar de sua impressão inicial, ele não trazia postos umas calças curtas a quadros passados de moda, como uma parte de seus anciões companheiros de tour luziam, mas sim estava vestido com um pedaço de tecido estampado presa em torno de sua cintura. Levava-o por cima dos joelhos, e seus pés e suas pantorrilhas estavam encaixotados em botas suaves. Ela inclinou sua cabeça para trás para contemplá-lo e, desconcertada por como se elevava por cima dela, falou pelos cotovelos:
-Que tão alto é você?-. Pôde haver-se dado de chutes quando pareceu soar intimidada. Estando de pé ao lado dele, poucas pessoas poderiam fazer muito. Embora ela nunca se envolveria com um homem como ele, era impossível não sentir-se afetada por sua altura incrível e seu corpo poderosamente desenvolvido.
Ele se encolheu de ombros.
-Mais alto que a chaminé.
-A... chaminé?
Ele terminou seu exame atento da caverna e a percorreu com o olhar.
-Como posso refletir contigo falando até pelos cotovelos? A chaminé no Grande Hall, o único pelo que Dageus e eu competimos: para crescer mais altos que...- Uma expressão de tristeza profunda cruzou sua face com a menção do Dageus. Permaneceu silencioso um momento, logo meneou sua cabeça-. Ele nunca o fez. Apenas por uma pequena quantidade-. Indicou o espaço de uma polegada entre seu dedo e seu polegar-. Sou mais alto que meu pai, e mais alto que duas das pedras no Ban Drochaid.
-Quis dizer em pés- ela esclareceu. Falar mundanamente lhe dava uma medida de calma.
Ele contemplou suas botas um momento e pareceu estar fazendo alguns cálculos rápidos.
-Esquece-o. Caio na conta-. Seis pés e médio, possivelmente mais alto. E para uma mulher de cinco pés vinte e três polegadas em seu melhor dia, lhe intimidem. Ela se inclinou e agarrou sua mochila, deslizando uma correia sobre seu ombro-. Vamos.
-Espera. Não estou ainda preparado para a marcha, garota-. Ele se moveu para um amontoamento perto da parede, que Gwen tinha pensado era uma confusão de rochas. Observou nervosamente como ele recuperava seus pertences. Ele fez algo que a jovem realmente não seguiu com a manta que trazia posta, para que uma parte terminasse por sobre um ombro. depois de sujeitar uma bolsita em torno de sua cintura, acomodou bandas largas de couro sobre cada ombro a fim de que atravessassem em uma X seu assumo. Assegurou-os em sua cintura com outra banda larga que as rodearam comodamente no lugar, logo se envolveu uma quarta banda que rodeou seus peitorais.
Estava vestindo-se com algum disfarce velho?, perguntou-se Gwen. Ela tinha visto algo similar a seu traje em um castelo que seu grupo tinha percorrido no dia anterior, em um dos esboços medievais de uma armería. Seu guia tinha explicado que as bandas formavam um tipo de armadura, protegendo lugares críticos, como o coração e o abdômen, com os discos de metal adornados meticulosamente.
Enquanto ela o observava, ele sujeitou bandas similares de couro que se estiravam da boneca até o cotovelo, ao redor de seus potentes antebraços. ficou com o olhar fixo em silêncio quando ele começou a intrometer dúzias de facas e capas de facas, que se viam alarmantemente autênticos. Dois entraram em cada muñequera, com o punho para sua palma, dez em cada banda cruzada. Quando ele se inclinou sobre montão cada vez mais pequeno de armas e levantou uma maciça tocha de cuchilla dobro, ela se sobressaltou. Um desalentador desmontador de cereja, certamente. Definitivamente não um homem com o que uma mulher pudesse arriscar-se. Ele levantou um braço e o baixou detrás de seu ombro direito, deslizando a manga da tocha nas bandas que atravessavam suas costas Por último, embainhou uma espada em sua cintura.
Quando ele teve terminado, ela estava consternada.
-São... são reais?
Lhe dirigiu um olhar de prata fria.
-Sim. Não poderia matar a um homem de outra maneira.
-Matar a um homem?- ela repetiu fracamente.
Ele se encolheu de ombros e contemplou o oco por cima deles e não disse nada por muito tempo. Quando Gwen começava a pensar que a tinha esquecido completamente, ele disse:
-Poderia-te lançar a essa altura.
OH, sim, ele provavelmente poderia. Com um braço.
-Não, obrigado- disse ela fríamente. Pequena poderia ser, mas uma bola de básquet não.
Ele sorriu abertamente ante seu tom.
-Mas me temo que isso poderia fazer que mais rochas se derrubassem sobre nós. Vêem, encontraremos uma saída.
Ela tragou.
-Você realmente não recorda por onde entrou?
-Não, moça, temo-me que não o faço-. Ele a mediu por um momento-. Nem lembrança por que- adicionou a contra gosto.
Sua resposta a preocupou. Como poderia ele não saber como ou por que tinha entrado na caverna, quando obviamente tinha entrado, tirou-se as armas, e as tinha amontoado pulcramente antes de deitar-se? Teria amnésia?
-Vêem. Devemos nos dar pressa. Não me importaria sair deste lugar. Deve voltar a te pôr suas roupas em cima.
As ninharias de sua nuca se arrepiaram, e ela logo que resistiu o desejo de vaiar como um gato.
-Minhas roupas já estão postas.
Ele levantou uma sobrancelha, logo se encolheu de ombros.
-Como quer. Se estiver a gosto te passeando dessa maneira, longe está de mim o me queixar.
Cruzando a câmara, ele tomou sua boneca e começou a levá-la a rastros.
Gwen lhe permitiu devorá-la detrás a ele por uma curta distância, mas uma vez que tinham deixado a caverna, toda a luz desapareceu. Ele os conduzia ao tato, apalpando um caminho ao longo da parede do túnel, sua outra mão fechada em torno de sua boneca, e ela começou a temer que pudessem afundar-se em outra greta, escondida pela escuridão.
-Conhece estas covas?- perguntou Gwen. A negrume era tão absoluta que a estava oprimindo, sufocando-a. Necessitava luz e a necessitava agora.
-Não, e se me diz a verdade e caiu através do oco, então você tampouco- recordou ele-. Tem uma idéia melhor?
-Sim-. Ela atirou fortemente de sua mão-. Se você simplesmente te detivera um momento, então poderia ajudar.
-Tem fogo para iluminar nosso caminho, inglesita? Porque isso é o que necessitamos.
Sua voz era divertida, e a irritou. Ele a tinha avaliado, estimando-a indefesa, e isso a desgostou muito. E por que continuava ele chamando-a inglesa? Era a versão escocesa de americana, e possivelmente chamavam as pessoas da Inglaterra britânicos? Ela sabia que tinha um sotaque de acento inglês porque sua mãe tinha sido criada e educada na Inglaterra, mas não era tão pronunciado.
-Sim, tenho-o- ela se burlou.
Ele se deteve tão repentinamente que ela se chocou contra suas costas, golpeando-a bochecha com o punho de sua tocha. Embora não podia vê-lo, sentiu-o voltar-se, cheirou o perfume masculino e picante de sua pele, e logo suas enormes mãos estiveram sobre seus ombros.
-Onde tem o fogo? Aqui?-. Ele passou seus dedos através de seu cabelo comprido-. Não, possivelmente aqui-. Sua mão esfregou seus lábios às escuras, e se ela não os tivesse mantido fechados, ele teria deslizado ligeiramente seu dedo entre eles. O homem era realmente selvagem, empenhado em sua sedução com uma franqueza que a fazia temer por sua determinação-. Ah, hei aqui- ele ronronou, deslizando sua mão sobre seu traseiro, logo devorando-a bruscamente contra ele. Estava ainda ereto. Incrível, pensou ela, fascinada a seu pesar. Ele riu, um som rouco, crédulo-. Não duvido que tenha fogo, mas esta classe não nos poderia ajudar a escapar da caverna, embora indubitavelmente a faria enormemente mais prazenteira.
OH, definitivamente se estava burlando agora. Ela se contorsionó fora de suas mãos.
-É tão arrogante. Todos esses esteroides desgastaram pouco a pouco suas células cerebrais?
Ele guardou silêncio um momento, e sua falta de resposta a enervou. A jovem não podia vê-lo e se perguntava o que pensaria ele. Estava dispondo-se a saltar sobre ela outra vez? Por fim, o homem disse lentamente:
-Não entendo sua pergunta, moça.
-Esquece-o. Simplesmente deixa de me empurrar contra ti, assim posso tirar algo de minha mochila- disse ela rigidamente. Deslizou uma correia fora de seu ombro e a empurrou para ele-. Isto sustento um minuto-. Enquanto que tinha estado disposta a descartar seus cigarros, a exclusão de um acendedor perfeitamente utilizável lhe tinha parecido antieconômico. Além disso, ela tinha abandonado antes, e logo, quando tinha começado de novo, tinha tido que comprar um acendedor flamejante. Pinçando em um dos bolsos externos, suspirou aliviada quando seus dedos se fecharam sobre o prateado Bic. Quando pressionou o botão pequeno, o homem rugiu e saltou para trás. Seus olhos entrecerrados, brilhantes, com esse toque de sensualidade, ampliaram-se com assombro.
-Tem fogo...
-Tenho um acendedor- interrompeu-o defensivamente-. Mas não fumo- apressou-se a adicionar, sem o humor suficiente para suportar o desdém de um homem que era claramente um atleta de algum tipo. Tinha começado a fumar dois anos atrás, durante o Grande Ataque de Rebelião, justo depois de que ela e seus pais tinham deixado de falar-se permanentemente, e logo tinha terminado sendo viciada. Agora, pela terceira vez, tinha-o deixado, e Por Deus que ia sair triunfante esta vez.
Os dedos masculinos se fecharam sobre o acendedor, e assumiu a posse dele. Enquanto estava de pé na escuridão, lhe tirava o acendedor e a chama titilava até apagar-se, Gwen teve a suspeita de que ele faria o mesmo com algo que quisesse. As circunstâncias outorgam a posse. Envolve sua mão firme ao redor de algo que queira e reclama-o.
surpreendeu-se de que ele procurasse apalpando vários momentos antes de que conseguisse pressionar o botão pequeno que acendia a chama. Como podia não saber como usar um acendedor? Ainda um fanático da saúde teria visto alguém acender um charuto puro ou uma pipa, embora fora somente na TV ou em um filme. Sofreu outro ataque de calafrios. Quando ele reatou o passo, ela o seguiu porque a única alternativa era ficar às escuras, e essa não era alternativa absolutamente.
-Inglesa?- disse ele brandamente.
-por que me chama dessa maneira?
-Não me há dito seu nome.
-Eu não te chamo escocês, verdade?- disse ela irritada. Irritada por sua força, sua arrogância, sua evidente sensualidade.
Ele riu, mas não soou como se seu coração estivesse disso.
-Inglesa, que mês é?
OH, menino, aqui vamos, ela pensou. Caí em um dos ocos do coelho da Alicia no País das Maravilhas.
Capítulo 3
Drustan MacKeltar estava preocupado. Embora não havia nada que pudesse assinalar -além do fogo notável que ela possuía, seu adorno desavergonhado e sua maneira incomum de falar-, não podia sacudir o sentimento de que um fato ainda mais significativo o evitava. Inicialmente, tinha pensado que talvez já não estava em Escócia, mas então lhe tinha informado que estava a uma caminhada de três dias escassos de sua casa.
Possivelmente tinha perdido vários dias, inclusive uma semana. Negou com a cabeça, tratando de esclarecer-se. sentia-se igual a aquela vez antes, quando de menino tinha tido uma febre alta e se despertou ao redor de uma semana mais tarde: confundido, estúpido, seus instintos, normalmente velozes como o raio, entorpecidos. Suas reações estavam adicionalmente embotadas porque a luxúria trovejava em suas veias. Um homem não podia pensar claramente quando estava excitado. Tudo seu sangue estava sendo absorvido para uma parte de seu corpo, e embora era uma de seus melhores parte, a calma e a lógica certamente não a caracterizavam.
Quão último recordava, antes de despertar com a moça inglesa tombada tão lascivamente em cima dele, era que tinha estado correndo para o lago pequeno no vale detrás de seu castelo e sentindo-se inusualmente cansado. De ali, suas lembranças eram imprecisas. Como tinha acabado em uma caverna, a uma viagem de três dias de distância de sua casa? por que não podia recordar como tinha chegado? Não lhe parecia ter sofrido dano algum; certamente, sentia-se saudável e são.
Lutou por recordar por que tinha deslocado para o lago. Fez uma pausa, enquanto uma maré de lembranças fragmentadas caía em ondas sobre ele.
Um sentido de urgência... incenso... um coro de vozes distantes... e as partes de conversação: Ele nunca deve ser encontrado, e uma resposta curiosa, esconderemo-lo adequadamente.
Seu inglesita tinha estado ali? Não. As vozes tinham tido um acento curioso, mas não como o dela. Rapidamente descartou a possibilidade de que ela tivesse algo que ver com seu apuro. Não parecia uma moça brilhante, nem particularmente forte. Ainda assim, uma mulher de sua beleza não precisava sê-lo; a natureza lhe tinha dado todos os dons que necessitava para sobreviver. Um homem usaria todas suas habilidades como guerreiro para proteger a tal luxuriosa beldade, embora fora surda e muda.
-Está bem?- a inglesita o golpeou brandamente no ombro-. por que te deteve?, e por favor não deixe que a luz se apague. Põe-me nervosa.
Ela era caprichosa como um potro. Drustan pressionou o botão diminuto outra vez e se sobressaltou só brandamente nessa ocasião quando a chama surgiu.
-O mês?- ele perguntou grosseiramente.
-Setembro.
Sua resposta o golpeou como um punho em seu estômago: a última tarde que ele recordava tinha sido o décimo oitavo dia de agosto.
-Que tão perto do Mabon?
Ela o avaliou estranhamente, e sua voz estava tensa quando disse:
-Mabon?
-O equinócio de outono.
Ela se esclareceu voz com inquietação.
-Hoje é dezenove de setembro. O equinócio é o vinte e um.
Cristo, ele tinha perdido quase um mês! Como podia ser? Considerou cuidadosamente as possibilidades, ordenando e descartando até encontrou uma que o horrorizou, porque na aparência era a única explicação que se adaptava às circunstâncias: uma vez que ele tinha sido atraído com enganos para o claro, tinha sido seqüestrado. Mas assumindo que tinha sido seqüestrado, como tinha perdido um mês inteiro?
O cansaço excessivo anormal que tinha experiente enquanto corria para o vale, repentinamente teve sentido. Alguém o tinha drogado em seu castelo! Dessa maneira, seus seqüestradores tinham conseguido levá-lo, e aparentemente o tinham estado mantendo drogado.
E alguém poderia igualmente retornar então à caverna para obrigá-lo a dormir outra vez. Não encontrariam tão fácil me capturar uma segunda vez, jurou silenciosamente.
-Está bem?- ela perguntou com vacilação.
Ele negou com a cabeça, seus pensamentos sombrios.
-Vêem- indicou antes de levar-lhe a rastros detrás de si.
Ela era tão pequena que teria sido mais fácil lançá-la sobre seu ombro e correr com ela, mas tinha a suspeita de que a moça resistiria ruidosamente a tal tratamento e não precisava perder o tempo discutindo. A jovem era de finos ossos e menudita, mas difícil como um javali faminto. Era também exuberantemente curvilínea e estava escandalosamente vestida e agitava um caldeirão de desejos luxuriosos nele.
Olhou-a por cima de seu ombro. Quem quer que fora, de em qualquer lugar que fora, estava sozinha perto de um homem, o que queria dizer que iria casa com ele. A moça fazia a seu coração martelar e seu sangue rugir. Quando tinha despertado para encontrá-la em cima dele, tinha respondido ferozmente. Do momento em que a havia meio doido, tinha sido relutante a deixar de empurrar, de deslizar suas mãos acima de suas pernas sedosas, cativado pela imagem de que talvez ela não tivesse pêlo em todo o corpo. inteiraria-se logo que seu apuro o permitisse.
Nas ferozes Highlands de Escócia, a posse era nove décimos parte da lei, e Drustan MacKeltar era a décima parte restante: Drustan era brehon, ou legislador. Ele podia recitar a linhagem de seu clã para trás por milênios, diretamente até os antigos druidas irlandeses do Tuatha Do Danaan, um fato digno de um bardo Druida. Ninguém questionava sua autoridade. Ele tinha nascido para dominar.
-De onde é, inglesa?
-Meu nome é Gwen Cassidy- disse ela rigidamente.
Ele repetiu seu nome.
-Esse é um bom nome; Cassidy é irlandês. Sou Drustan MacKeltar, laird dos Keltar. Minha gente teve seu lar na Irlanda por muitos séculos, antes de tomar estas Highlands como nossa casa. Conhece meu clã?
por que tinha sido seqüestrado? E uma vez feito, por que não o tinham assassinado? O que teria feito seu pai ante seu desaparecimento? Logo um pior pensamento lhe ocorreu: estava seu pai ainda vivo e são e salvo? O temor pela segurança de seu pai o capturou, e repetiu sua pergunta impacientemente.
-Tem notícias de meu clã?
-Nunca ouvi que seu cl... família.
-Deve viver perto da fronteira. Como veio aqui?
-Estou de férias.
-Do que?
-Férias. Estou de visita- esclareceu.
-Tem clã em Escócia?
-Não.
-Então, a quem faz uma visita? Quem te acompanha?-. As mulheres não viajavam sem escolta ou clã, e certamente não se vestiam como ela. Embora tinha atado um tecido azul ao redor de sua cintura antes de que tivessem deixado a caverna principal, não podia ocultar seus objetos de roupa interior escandalosas. A mulher não tinha vergonha absolutamente.
-Ninguém me acompanha. Sou uma garota grande. Viajo perfeitamente bem eu sozinha.
Havia uma nota desafiante em sua voz.
-Tem algum membro vivo em seu clã, moça?- perguntou ele mais amavelmente. Possivelmente sua família tinha sido massacrada e ela exibia seu corpo a seu pesar, com a esperança de encontrar um protetor.
comportava-se com a fanfarronice inflexível de um cachorrinho de lobo órfão, condicionado pela selvageria e a inanição a lançar uma dentada a qualquer mão, sem importar que pudesse conter comida.
Ela o olhou furiosamente.
-Meus pais estão mortos.
-Och, moça, sinto muito.
-Você não deveria estar ocupado tratando de encontrar uma saída?- a jovem trocou de tema velozmente.
Ele encontrou esse desdobramento de dureza, afetado como estava por uma mulher tão obviamente pequeñita e indefesa, realmente comovedora. Era óbvio que a perda de seu clã era ainda algo do que lhe resultava difícil falar, e estava longe de sua intenção apressar uma discussão sobre isso. Ele conhecia muito bem a dor de perder a alguém amado.
-Och, mas se estiver precisamente adiante. Vê a luz do dia filtrando-se através das pedras? Podemos nos abrir passo ali.
Ele deixou que a chama se apagasse, e foram tragados pela escuridão, quebrada por uns quantos chorritos magros de luz a uma dúzia de jardas de distância.
Quando se aproximaram mais, Gwen divisou com incredulidade os escombros bloqueando o túnel.
-Nem sequer você pode mover essas pedras colossais.
Drustan a olhou. Ela sabia tão pouco a respeito dele. A única pergunta era se ele usaria seu corpo ou suas outras... artes. Ansioso por abandonar a caverna, soube que usar suas habilidades druidas seria a forma mais rápida de sair.
Também seria a forma mais rápida de assegurar que ele nunca a meteria em sua cama. Um desdobramento de tal poder sobrenatural tinha afastado de sua vida a três prometidas. A quarta tinha sido assassinada duas semanas atrás... não, emendou, um mês e meio atrás se estava verdadeiramente no Mabon... com seu irmão Dageus, quem a tinha escoltado para o Castelo Keltar para as bodas. Ele fechou seus olhos contra uma nascente onda de pena. Ainda se sentia como se fossem duas semanas para ele.
Nunca tinha conhecido a sua futura algema. Embora se causar pena por sua morte, pela perda de uma esposa potencial, o causar pena mais o final abrupto de uma vida tão jovem, não a mulher em si mesmo.
Dageus, por outra parte... Ah, essa era uma pena amarga e ardente dentro de seu assumo. Ele fechou os olhos firmemente, encurralando a dor para encarregar-se dele depois.
Desde que seu irmão tinha morrido, era ainda mais crucial que ele engendrasse um herdeiro. E logo. Ele era o último MacKeltar restante para engendrar filhos.
Percorreu especulativamente com o olhar ao Gwen.
Não. Não usaria magia druida para mover as pedras em sua presença.
Estudou o bloqueio de pedras por uns poucos instantes antes de empreender um assalto físico simples. Mas não colocou simplesmente seus braços no trabalho: colocou seu corpo inteiro nele, consciente que ela se deixou cair de joelhos no piso do túnel e observava cada movimento. Ele poderia haver-se dobrado um pouco mais do que era necessário, mas era para demonstrar o que premio ela poderia desfrutar em sua cama. A antecipação era uma parte importante dos jogos de quarto e aumentava a satisfação final da mulher inconmensurablemente. Nunca poderia dizer-se que ele não era um amante perito e atento. A sedução começava muito antes de que ele tirasse a roupa a uma mulher. Às mulheres poderia não lhes gostar do pensamento de casar-se com ele, mas competiam pelo prazer de compartilhar sua cama.
Escavar era uma perda de tempo. Observando quão apertadamente as pedras estavam apinhadas, as fendas entre elas seladas com o pó dos anos, ele especulou que esse ramo do túnel tinha paralisado fazia muito tempo e passado ao esquecimento. Cavou e sacudiu as rochas mais pequenas antes de fixar sua atenção nas maiores, usando sua tocha como alavanca para as empurrar e as fazer rodar. Em pouco tempo, tinha espaçoso uma passagem pequena. A folhagem grossa camuflava a abertura, e podia ver que o túnel tinha sido abandonado. O que uma vez tinha sido uma entrada jazia isolado entre grandes rochas redondas e ao amparo das sarças. A quem lhe ocorreria procurar uma caverna em tal lugar? Era evidente que ele não tinha sido introduzido por esse túnel. Tanto folhagem não podia ter crescido em um mês.
Ele a olhou por cima de seu ombro. Ela levantou um olhar culpado de suas pernas, e ele sorriu abertamente.
-Não tem nada que temer- reconfortou-a-. nos liberar é fácil. Mas a caminhada será fatigante.
-Que caminhada?
Ele não se incomodou em lhe responder, mas sim retornou a seu trabalho. Quanto mais logo saíssem, mais logo poderia dedicar sua atenção a seduzi-la. É obvio, tinha que ocorrer enquanto viajavam de retorno a seu castelo, pois não se arriscaria a perder o tempo.
depois de alargar a abertura, usou sua espada para fazer talhos através do denso matagal que escurecia a entrada. Quando finalmente tinha espaçoso uma passagem que estimou o suficientemente seguro para lhes permitir passar, ela se apressou a ir a seu lado. precaveu-se de que ela escaparia pela abertura e correria a toda velocidade longe dele, se lhe desse a oportunidade.
-Dá um passo atrás enquanto o atravesso- ordenou.
-As primeiro damas- disse ela docemente.
Ele negou com a cabeça.
-Afastaria-te mais rápido que uma lebre se fosse tão tolo-. Ele agarrou seus ombros e a devorou um pouco-. Desaconselharia-te que fugisse de mim. Apanharia-te facilmente, e a perseguição só me incitaria-. Quando ela tratou de sacudir-se suas mãos fora de seus ombros, ele disse-: É esta a maneira na qual me agradece por te liberar?- brincou-. Poderia-me conceder uma recompensa por meus esforços.
Ele repousou seu olhar sobre seus lábios, deixando em claro que presente tinha em mente. Quando ela os molhou nervosamente, o homem deixou cair sua cabeça mais perto, tomando-o como sinal de docilidade.
Mas a contraditória moça esmagou sua Palmas pequeñitas em suas bochechas e o manteve a raia.
-Muito bem. Vê primeiro, então. A idade antes que a beleza- adicionou docemente.
-Moça arrogante- disse ele com um bufido, admirando a contra gosto sua audácia-. Me dê sua bolsa-. depois de produzir o assombroso fogo desde para dentro disso, confiava em que ela não trataria de fugir dele sem sua apreciada posse.
-Não te darei minha mochila.
-Então não te moverá- disse ele rotundamente-. E não sei por quanto tempo resistirei aqui, em tal proximidade tentadora...
Ela o golpeou no assumo com isso, duramente, e ele riu. As bochechas da garota se ruborizaram quando o homem disse:
-Que gênio, que gênio, inglesita. Isso é verdadeiramente mais adequado para ti-. Que fera tão adorável era, apenas mais alta que um menino, mas voluptuosamente curvilínea e o suficientemente major para o prazer carnal.
Sim, ele a levaria de retorno ao Castelo Keltar; talvez resultaria ser uma companheira agradável, talvez mais... talvez poderia ser sua quinta prometida, pensou sardónicamente, e possivelmente realmente a levaria até o altar. Nunca tinha encontrado a uma mulher que não se amedrontasse ante ele. Era refrescante. Com sua altura e tamanho, sem mencionar os rumores que circulavam sobre o MacKeltar nas Highlands, freqüentemente atemorizava às moças.
Ele se arrastou através da abertura, logo tomou as mãos da garota e a ajudou a engatinhar através do oco, desfrutando da sensação de suas mãos pequenas nas dele. Transladando seu apertão para sua cintura, tirou-a. Não a pôs sobre seus pés imediatamente, mas sim olhou desafiantemente seus olhos enquanto a deslizava para baixo roçando seu corpo, desfrutando de do impulso firme de seus mamilos contra seu assumo. A fricção era deliciosa, e ele sentiu que os joelhos da mulher se cambaleavam por um momento antes de que ela pudesse endireitar-se.
Se a retirada era a medida de seu desejo, então ela o desejava ferozmente. afastou-se dele com uma expressão alarmada no momento em que os dedos de seus pés tocaram a terra. Ele cravou os olhos em seus mamilos, suas cúpulas agora enrugadas sob seu chemisse. Ela baixou o olhar e provocativamente cruzou seus braços através de seu preciosos seios, ensinando os dentes em um enfurruñamiento pequeno e feroz. Ele riu, porque ela obteve só empurrar os montículos generosos mais juntos e levantados, aumentando dez vezes seu desejo de enterrar a face em sua gordinha fenda.
-Pinjente que não corra de mim- lembrou-lhe-. Não podia esperar me deixar atrás.- Ele a olhou de acima a abaixo. Sua pele -e ele via uma quantidade esplêndida dela- era suave e sem cicatrizes, sem signos de enfermidade. Sua cintura era magra, seu ventre tinha a quebra de onda leve que ele adorava em uma garota, e embora seus quadris eram exuberantes, suspeitou que nunca tinha tido um menino. A luz brutal do dia, freqüentemente pouco aduladora para uma garota, esta vez não lhe rendia a não ser tributo, e ele refreou um gemido. Não se havia sentido tão intensamente excitado por uma mulher em toda sua vida.
-Deixa de me olhar dessa maneira- ela respondeu bruscamente.
Seu olhar se chocou com a sua; ela tinha olhos da cor de um selvagem mar escocês, e havia evidências claras de uma tormenta forjando-se nas geadas profundidades azuis.
-por que é tão Espinosa, inglesita? É porque sou escocês?
-É porque é arrogante, mandão e agressivo.
-Sou um homem- ele respondeu com muita facilidade.
-Se os homens tiverem permissão de comportar-se de uma maneira tão atroz, como devem atuar supostamente as mulheres?
-Agradecidas. E em meu clã nós gostamos que sejam exigentes na cama- ele adicionou com um sorriso. Quando o olhar dela se fez ainda mais fria, disse-: Não sabe responder adequadamente a uma brincadeira. te acalme, Gwen Cassidy, não procuro a não ser aliviar seus medos. Não precisa temer nada, moça. Cuidarei de ti, apesar de sua má disposição. Ainda até os ingleses podem aprender. Em ocasiões- adicionou, simplesmente para provocá-la.
Ela grunhiu -realmente grunhiu- fico em sua garganta, como se ele a tivesse irritado de tal maneira que nada gostaria mais que chutá-lo. Ele se encontrou esperando que ela o fizesse: ansiava uma desculpa para brigar com ela e colocar seu corpo suave baixo o dele. Então a faria grunhir fico em sua garganta por uma razão inteiramente diferente: um gemido de desejo enquanto ele se sepultava entre suas coxas.
Mas lenta de entendimento como podia ser, teve melhor critério que provocar um contato com ele: podia-o ver em seus olhos cheios de tormenta. Sua falta de inteligência não parecia ter excluído o sentido comum. Ele fez uma respiração profunda de ar fresco e sorriu. Estava livre da caverna, vivo, e logo estaria em casa. Descobriria aos traidores e se premiaria a si mesmo com a inglesa cheia de energia. A vida era deliciosa, pensou o laird dos MacKeltar.
Capítulo 4
Para ser uma mulher não propensa à violência, Gwen ficou estupefata por seu desejo de chutar ao Drustan MacKeltar.
Não para fatiá-lo e cortá-lo em pedacinhos verbalmente, o qual teria sido a coisa mais amadurecida para fazer, a não ser lhe dar murros, talvez até mordê-lo-a seguinte vez que a tocasse. Sua mente ficou em branco um instante, em um descanso sabático, somente olhando-o. Nunca tinha encontrado a um homem tão perdidamente chauvinista. Tirava o pior dela, rebaixando-a a um nível tão primitivo como o dele. Lhe deu vontade de jogar-se contra ele e golpeá-lo com os punhos. Ele se comportava como se, porque a tinha encontrado em cima dele, possuísse-a. Os lordes escoceses obviamente não tinham trocado muito através dos séculos.
Não tinha passado por cima sua proclamação que ele era um autêntico laird; mas bem, tinha preferido ignorá-lo. Ele parecia esperar uma reverência ou um desmaio virginal, e não alimentaria sua vaidade. Parecia que os séculos de submissão para os ingleses não tinham ensinado aos escoceses nem um nada sobre o respeito. Provavelmente fora desses aristocratas tediosos que estavam brigando para restaurar a independência de Escócia, assim poderia pavonear-se em sua saia escocesa e seus privilégios como um pequeno rei. Inclusive preferia a afetada forma de falar arcaica de séculos passados.
E era definitivamente um Dom Juan. A conversação fácil e sexy tinham alertado seus suscetíveis radares. Provavelmente tão estúpido como um cofre de rochas, entretanto, porque toda essa força muscular não podia deixar lugar para ter muito cérebro.
-Tenho que retornar à estalagem agora- informou-lhe ela.
-Não há necessidade para que procure refúgio em um botequim comum. Estará generosamente alojada em minha propriedade. Ocuparei-me de suas necessidades-. Posesivamente, ele cavou sua mão na nuca, enredando os dedos em sua cabeleira-. Eu gosto da forma em que leva o cabelo. É incomum, mas o encontro mais... sensual.
Encrespando-se, ela removeu sua franja fora de seus olhos.
-Ponhamos algo em claro, MacKeltar. Não vou a casa contigo. Não vou compartilhar a cama contigo, e não desperdiçarei um momento mais brigando contigo.
-Prometo não me burlar de ti quando trocar de idéia, moça.
-Oooh. Contrário ao que você pudesse pensar, a arrogância não funciona como afrodisíaco para mim-. Era só uma pequena mentira. A arrogância de por si não o fazia, mas esse homem arrogante em particular era uma piruleta andante, e estava segura de que pôr seus lábios em cima de qualquer parte dele satisfaria o desejo oral inexorável contra o que tinha estado lutando por dez dias, sete horas e quarenta e três minutos, que é obvio ela não contava.
-Afro-dava-era-CO- ele repetiu lentamente, as sobrancelhas enrugadas. Guardou silêncio um momento, logo disse-: Ah, grego: Afrodita e akos. Quer dizer uma poção de amor?
-Algo assim-. Como poderia ele não conhecer essa palavra?, perguntou-se, olhando-o cautelosamente. E por que partia a palavra grega?
Quando ele sorriu, abertamente arrogante, ela deixou cair seu olhar e fingiu uma fascinação repentina por suas cutículas. O homem era muito condenadamente sexy para seu bem. E mais estando tão perto.
Ele deslizou suas mãos em seu cabelo e atirou com gentileza, obrigando-a a olhá-lo. Seus olhos de prata brilhavam intensamente.
-me diga que não adverte o calor entre nós. me diga que não me deseja, Gwen Cassidy.- Seu olhar a desafiava a mentir.
Desalentada, ela se precaveu que ele poderia sentir quanto o desejava, tal como suspeitava que ele ansiava tender-se em cima dela, assim fez o que as enganosas reclamações de seguro lhe tinham ensinado a fazer melhor: Negar, negar, negar.
-Não te desejo- ela se burlou ligeiramente. Bravo. Correto. A tensão sexual entre eles quase qualificava como uma quinta força da natureza.
Ele moveu para um lado a cabeça. Uma sobrancelha escura se levantou e seu olhar foi divertida, como se estivesse em certa forma a par de seu debate interno. Uma esquina de sua boca se elevou em um sorriso débil.
-Quando finalmente disser a verdade, será tão doce, inglesita. Endurecerá-me como a pedra, escutar simplesmente as palavras em seus lábios.
Ela considerou imprudente assinalar que ele já o estava. Quando tinha sepultado suas mãos em seu cabelo, tinha roçado essa parte dele contra ela. escandalizou-se ao precaver-se de que realmente contemplava ter sexo casual com ele, enquanto tratava de julgar o que era quão pior poderia ocorrer então, se como muitas pessoas que conhecia o faziam, saltava à cama com um desconhecido. Deus, ele era tão tentador. Ela queria experimentar paixão, e quando esse homem a contemplava da maneira em que o fazia nesse momento, sentia que o Céu poderia ser simplesmente um beijo quente e lúbrico.
Mas era teimoso, muito belo para a tranqüilidade de espírito de qualquer, uma variável grosseiramente imprevisível em uma equação arriscada, e ela sabia que esses eram os que poderiam fazer estalar o caos. A revoada nervosa em seu estômago, o desejo que sentia, eram sensações muito novas para atuar sem refletir.
Embora queria trocar sua vida e estava determinada a perder sua virgindade, começava a dar-se conta de que não era tão fácil como tinha pensado que seria. Pensar em ter relações sexuais com um virtual desconhecido era por completo diferente a realmente mergulhar-se diretamente no ardor e a nudez e sua falta de experiência dela. Especialmente quando esse virtual desconhecido era tão homem, um pouco estranho, e bastante entristecedor. Seus recém descobertos sentimentos de desejo a assustaram. A intensidade da reação de seu corpo para ele a assustava.
Possivelmente ela o poderia fazer com ele no último dia de sua viagem, refletiu. Ele estava certamente disposto. Poderia ter o que conhecia por sexo casual, logo voltar voando a casa e nunca ter que vê-lo outra vez. Tinha comprada camisinhas antes de deixar os Estados Unidos, e estavam remetidos em um lugar seguro em sua mochila.
Shh! Era a loucura contagiosa? Que demônios estava pensando?
Uma sacudida enérgica de cabeça restaurou sua prudência.
-Sigamos- disse ele.
Eu gostaria, mas você é muito perigoso, ela pensou com um suspiro.
Dado que ele se dirigia para baixo da colina em direção geral à estalagem, ela o seguiu.
-Não tem que sustentar minha mão- protestou a jovem-. Não vou correndo.
Seus olhos se enrugaram com diversão silenciosa enquanto ele a soltava.
-Desfruto de sustentar sua mão. Mas pode caminhar junto a mim- informou-lhe.
-Não caminharia em nenhum outro sítio- ela resmungou. Ir detrás alimentaria seu ego, embora ela conseguiria observar seu corpo incrível, inadvertida. Adiante, sentiria-se miserável, sentindo seu olhar fixo nela. A seu lado era o único lugar aceitável.
Ele dava pernadas largas, seu passo natural muito comprido para ela, mas se recusou a queixar-se. Quanto mais rápido caminhassem, mais rapidamente se poderia rodear na segurança do tumultuoso povo. Ela não tinha sonhado nunca que estaria tão agradecida de ver um ônibus de anciões em sua vida.
Ocupada tramando sua retirada educada mas apressada de sua presença, não se precaveu de que ele se deteve até que esteve a alguma distancia detrás dela. A moça se voltou e gesticulou impacientemente, mas os olhos do homem estavam no povo debaixo.
-Vamos- gritou ela. Ele não pareceu ouvi-la. Chamou-o outra vez, agitando os braços para chamar a atenção, mas ele permaneceu imóvel, seu olhar fixo sujeito no panorama.
Estupendo, decidiu, este é um bom momento para ir-se, e tenho vantagem. Arrancou em uma carreira rápida para baixo da ladeira enviesada. Estirando suas pernas ao máximo, como se corresse por sua vida, repentinamente se sentiu tola. Se o homem verdadeiramente tinha tido intenção de danificá-la, então poderia havê-lo feito fazia muito tempo. Apesar disso, não podia sacudir o sentimento de que estava deixando algo incrivelmente perigoso detrás a ela, mais que um homem comum, e que era mais sábio que se afastasse agora.
Correu por vários segundos antes de que o míssil a bombardera desde atrás. Ela tropeçou e aterrissou em seu estômago em um trabalhador de pedreira bailarino de ervilhas púrpuras, apanhada sob seu corpo. Ele estirou suas mãos por cima de sua cabeça e a pressionou contra o chão.
-Pinjente que não corresse de mim- advertiu-a-. Qual palavra é a que encontra difícil de entender?
-Pois bem, você te congelou- discutiu Gwen-. Chamei-te. E ai, demônios, agora estou machucada em todas partes.
Quando ele não respondeu, e só apartou seu corpo ligeiramente fora do dela para que pudesse respirar, ela caiu na conta de uma mudança sutil nele. Seu coração soava estrondoso contra suas costas, sua respiração era superficial, e suas mãos tremiam em cima das dela.
-Q-o que está mau?- perguntou fracamente. Que horror poderia lhe fazer tremer as mãos tão fortemente?
Ele apontou para um carro que desaparecia na estrada sinuosa baixo eles.
-O que em nome de tudo o que é santo é isso?
Gwen olhou de esguelha.
-parece-se com um VW mas que não posso assegurá-lo desde esta distância. O sol me dá nos olhos.
-Um quê?
-Volkswagen.
-Um quê vaguem?
-Volkswagen. Um carro-. Tornou-se o homem surdo?
-Mas como?
A bochecha do homem roçou sua têmpora enquanto ela volteava sua cabeça para contemplar onde ele apontava.
-O que?- ela piscou com seriedade. Ele parecia assinalar a estalagem-. A estalagem?
-Não, essa coisa brilhante com cores como nunca vi. E o que de tudas essas árvores desfolhadas? O que ocorreu às árvores? E por que ataram cordões entre eles? Pensa que escaparão em caso de que não os atem com uma correia? Nunca vi carvalhos tão abomináveis!
Gwen contemplou o signo do néon por cima da estalagem e os postes telefônicos em um silêncio cauteloso.
-Pois bem, moça?-. Ele fez várias profundas e lentas inspirações, logo disse inestablemente-. Nada disto estava aqui antes. Nunca vi tais raridades. vê-se como se a metade dos clãs de Escócia se houvessem reacomodado perto do lago do Brodie, e estou realmente seguro de que ele não aprovaria tudo isto. É um homem muito reservado-. Ele começou a rodar fora dela e a voltou de face ao céu, logo a levantou até que esteve de joelhos de frente a ele. Ele cavou as mãos sobre seus ombros e a sacudiu-. O que é um carro? Que propósito tem?
-OH, pelo amor de Deus, sabe o que é um carro! Deixa de fingir. estiveste bonito atuando como o lorde arcaico, mas não jogue mais comigo-. Gwen o olhou furiosamente, mas sob sua cólera, ele a assustava. Tinha uma expressão desconcertada em sua face, e acreditou vislumbrar um indício de medo em seus olhos brilhantes.
-O que é um carro?- ele repetiu brandamente.
Gwen começou a fazer um comentário cáustico, logo vacilou. Possivelmente estava doente. Possivelmente essa situação fora imensamente mais perigosa do que tinha pensado.
-É uma máquina acionada por... baterias e... er... e gás- abruptamente se decidiu a lhe levar a corrente, lhe dando uma resposta curta-. As pessoas se transportam neles.
Silenciosamente, seus lábios formaram as palavras bateria e gás. Permaneceu muito quieto um momento, e logo disse:
-Inglesa?
-Gwen- ela corrigiu.
-É verdadeiramente inglesa?
-Não. Sou americana.
-Americano. Sei que parece... verdadeiramente, mas... Gwen?
-O que?- suas perguntas começavam a assustá-la.
-No que o século me encontro?
A respiração lhe obstruiu na garganta. Ela se massageou as têmporas, atacada por uma dor de cabeça repentina. Deveria haver-se imaginado que um homem que emanava tão cru sex-appeal tinha que ser fatalmente defeituoso. Não tinha idéia do que lhe dizer. Como respondia um a essa pergunta? atreveria-se ela a fazê-lo e simplesmente afastar-se, ou a atacaria ele outra vez?
-Pinjente, que século é este?- ele repetiu brandamente.
-Vinte e um- disse ela, entrecerrando os olhos. Estava jogando? As letras maiúsculas remarcadas de um titular de periódico floresceram contra o interior de suas pálpebras, excluindo todo pensamento racional:
UMA UNIVERSITÁRIA QUE NÃO COMPLETOU SEUS ESTUDOS, FILHA DE FÍSICOS RENOMADOS NO MUNDO, SEQÜESTRADA POR DOENTE MENTAL FUGIDO. Subtitulado: DEVERIA TER ESCUTADO A SEUS PAIS E TER PERMANECIDO NO LABORATÓRIO.
Ele permaneceu silencioso, e quando ela abriu os olhos, esquadrinhava o povo debaixo: os botes no lago, os edifícios, os carros, as luzes brilhantes e os letreiros, os ciclistas nas ruas. Ergueu a cabeça, escutando as buzinas, o zumbido das motocicletas, e, de algum café, o baixo rítmico de um rock and roll. Esfregou sua mandíbula, seu olhar fixo e cauteloso. depois de algum tempo assentiu com a cabeça, como se houvesse resolvido um debate interno que tinha estado sustentando.
-Cristo- médio murmurou, suas aristocráticas fossas nasais dilatando-se como os de um animal esquecido-. Não perdi uma lua escassa. perdi séculos.
Uma lua escassa? Séculos? Gwen beliscou seu lábio inferior entre seu dedo e o polegar, pensando.
Logo ele a olhou de novo, observou sua camisa, sua mochila, seu cabelo, suas calças curtas e finalmente suas botas de excursionismo. Ele tirou seu pé fora dela, sustentou-o em suas mãos e o estudou para um momento comprido antes de levantar seus olhos para ela outra vez. Suas sobrancelhas escuras se afundaram.
-Você nomeia suas meias?
-O que?
Ele passou seu dedo sobre a palavra Pólo Sport costurado no punho de sua meia três-quartos de lã grosa. Logo seu olhar se fixou na etiqueta pequena de suas botas: Timberland. antes de que ela pudesse formar uma resposta, disse ele:
-me dê sua bolsa.
Gwen suspirou e começou a dar-lhe logo baixou a cremalheira principal da mochila, sem humor para entrar em um debate a respeito das cremalheiras. Considerando a que tinha em suas calças curtas, se ele verdadeiramente não sabia como funcionavam, não ia apressar se em lhe ensinar. As mulheres deveriam costurar cadeados em suas cremalheiras com ele ao redor.
Ele tomou a mochila e jogou o conteúdo sobre o terreno. Quando seu telefone celular caiu, ela se sentiu momentaneamente furiosa consigo mesma por esquecê-lo, até que recordou que não funcionaria em Escócia de qualquer maneira. Enquanto ele o extraía da confusão de seus pertences, Gwen se precaveu que não funcionaria nunca mais na vida. O envoltório plástico tinha sido esmagada em uma de suas muitas quedas, e se fez pedaços nas mãos masculinas. Ele contemplou a tecnologia diminuta de dentro com fascinação.
Procurou desordenadamente em seus cosméticos, abriu sua caixa de pó, e se contemplou a si mesmo no pequeno espelho. Suas barras de proteínas foram jogadas em um lado junto com a caixa de camisinhas, (graças a Deus) e quando ele bisbilhotou sua escova de dentes, seu olhar desconcertado aconteceu rapidamente do cabelo comprido e espesso da moça até a escova diminuta e de retorno a seu cabelo outra vez. Uma sobrancelha se arqueou em uma expressão de dúvida. Ele recolheu a última edição do Cosmopolitan, contemplou a imagem da modelo médio nua na coberta, logo passou rapidamente as páginas, olhando estupidamente as fotos brilhantemente coloridas. Passou seus dedos sobre as folhas como se estivesse estupefato.
-E Silvan pensa que seus tomos iluminados são preciosos- resmungou. Quando começou a procurar desordenadamente entre suas calcinhas de distintas cores, a jovem considerou que já tinha tido o bastante. Pôs seu punho sobre a braguita de seda lima que ele examinava então e firmemente meneou sua cabeça.
Mas quando ele a olhou, ela se deu conta de que pela primeira vez desde que se encontraram, a sedução não estava em sua mente. Seu desejo de escapar foi abruptamente vencido pelo aspecto de angústia em sua face, e já não esteve tão segura de que ele estava jogando. Se o estava, então era um ator consumado.
Arrancando a revista de suas mãos, ela assinalou a data na esquina. Os olhos do Drustan se ampliaram inclusive mais ainda.
-Em que século acreditava estar?- perguntou ela, desgostada consigo mesma por ser tomada como parva por esse homem tão bonito. Não estava em seus cabais, não tinha nenhuma qualidade redentora, mas a atraía como uma traça suicida para uma chama, e o que ocorreria se fazia cinzas suas asas?
-O dezesseis- respondeu huecamente.
Soou tão perturbado que ela o tocou, roçando com seus dedos a mandíbula cinzelada, permanecendo ali muito mais tempo do que era sensato.
-MacKeltar, necessita ajuda- consolou-o-. E encontraremos ajuda para ti.
Ele fechou sua mão sobre a dela, volteou sua cabeça, e beijou sua palma.
-Meu obrigado. Estou encantado de que acuda tão velozmente em minha ajuda.
Ela retirou sua mão rapidamente.
-Vêem comigo ao povo e te conseguirei um doutor. Provavelmente caiu e tem uma concussão- disse Gwen, esperando que fosse certo. A alternativa era que ele tivesse estado vagabundeando, só Deus sabia quanto tempo, pensando que era algum lorde medieval, e ela francamente não podia reconciliar ao homem poderoso e arrogante com um mentiroso paranóico e esquizofrênico. Ela não queria que ele estivesse doente. Queria que fora tal como parecia ser: competente e forte e saudável. Parecia mentira que um caso mental pudesse ser tão... dominante, tão régio.
-Não- disse ele brandamente, seu olhar flutuando mansamente para a data na revista outra vez-. Não iremos a seu povo, a não ser ao Ban Drochaid- disse finalmente-. E não temos muito tempo. Será uma viagem dura, mas te compensarei quando chegarmos. Será generosamente premiada por sua ajuda.
OH, Deus Santo, ele tinha a intenção de levá-la a seu castelo. Realmente estava da cabeça.
-Não irei a essas pedras contigo- disse ela tão serenamente como pôde dadas as circunstâncias-. Me deixe te levar a um doutor. Confia em mim.
-Confia em mim- disse ele, enquanto a devorava até pôr a de pé a seu lado-. Necessito de ti, Gwen. Necessito sua ajuda.
-E trato de lhe dar isso
-Mas você não entende.
-Sei que está doente!
Ele meneou sua cabeça escura, e na luz do entardecer seus olhos de prata eram claros, equânimes e inteligentes. Nenhum indício de loucura espreitava ali, só preocupação e determinação.
-Não. Estou são e não louco como pensa. Simplesmente terá que vê-lo por ti mesma.
-Não irei contigo- disse ela firmemente-. Tenho outras coisas que fazer.
-Deve esquecê-lo. O Keltar tem prioridade, e com o tempo entenderá. Agora te pergunto uma última vez, virá comigo por própria vontade?
-Nem quando se gelar o inferno, bárbaro.
Quando ele envolveu sua mão em torno de sua boneca, ela se deu conta de que enquanto discutiam tinha tirado uma cadeia de certo tipo de alguma parte de seu corpo. Quando ele fechou os enlaces de metal ao redor de sua boneca e a sujeitou a ele, abriu sua boca para gritar, mas o homem assegurou uma mão poderosa sobre sua boca.
-Então virá comigo por minha única vontade. Assim seja.
Capítulo 5
Quase quinhentos anos, refletia Drustan. Como podia ser isso? Sentia como se só no dia anterior tivesse saído a cavalgar nos prados carregados de urzes de seu lar nas Highlands. Sua mente se cambaleou de alarme, e embora fez um intento de negá-lo, sabia que era certo. Sabia com uma consciência visceral que era indisputável. O tempo do Gwen se sentia diferente, o ritmo natural dos elementos era frenético, quebrado. Seu mundo não era um mundo são.
Os séculos tinham passado, e não tinha idéia de como tinha ocorrido. Explorar sua memória não tinha proporcionado novos indícios. Cinco séculos de sonolência pareciam ter emudecido sua memória, atenuando os acontecimentos que tinham ocorrido justamente antes de seu seqüestro. Tudo o que sabia era que tinha sido atraído a algum tipo de emboscada na qual um número indeterminável de pessoas tinha participado. Tinha havido homens armados. Tinha havido cânticos e fumaça perfumada, o qual emprestava a bruxaria ou druidismo. Obviamente tinha sido drogado, mas depois o que? Encantado por um feitiço de sonho? E se tinha sido enfeitiçado, então por quem? Ainda mais importante, por que? Saber o por que lhe diria se seu clã inteiro tinha sido vítima também.
Um dedo sorvete de temor roçou sua coluna vertebral enquanto considerava a possibilidade de que tivessem sido atacados pela tradição que protegiam. Alguém finalmente tinha acreditado nos rumores e tinha ido procurando provas?
Os varões Keltar eram druidas, como seus antepassados o tinham sido através de milênios. Mas o que poucos sabiam era que não eram druidas comuns, que apoiavam a maior parte de suas artes na tradição incompleta, da perda de certa quantidade desta nas nefastas guerras de milênios atrás. Os Keltar possuíam toda a tradição e eram os únicos guardiães das pedras estáticas.
Se depois de que ele tivesse sido seqüestrado, seu pai, Silvan, tinha sido assassinado por seus seqüestradores, a tradição sagrada estaria perdida para sempre, e o conhecimento que protegiam -para ser usado só quando o mundo o necessitasse- teria se desvanecido completamente.
Percorreu com o olhar ao Gwen. Se ela não o tivesse despertado, bem poderia ter dormitado por toda a eternidade! Murmurou uma oração silenciosa de agradecimento.
Considerando cuidadosamente sua situação, compreendeu que por agora o como e por que de seu seqüestro eram irrelevantes. Não encontraria respostas nesse tempo. O que importava era proceder: tinha sido o suficientemente afortunado para ter sido despertado e tinha a oportunidade e o poder para corrigir as coisas. Embora para fazer isso, devia estar no Ban Drochaid a meia-noite do Mabon.
Ele a percorreu com o olhar outra vez, mas ela se recusou a olhá-lo. O crepúsculo fazia tempo tinha cansado, e tinham feito bom tempo, pondo muitas milhas entre eles e o povo horrendo e ruidoso. À luz da lua, sua pele suave brilhou tenuemente com a cálida riqueza das pérolas. Ele se permitiu o prazer de imaginar-lhe nua, o qual não era difícil quando ela trazia posto tão pouco. Era toda uma mulher e tirava a luz ao homem mais primitivo que dormia nele, com uma necessidade aguda de possuir e aparearse. Seus mamilos eram claramente visíveis sob sua camisa magra, e ele desejou sugá-los dentro de sua boca. Era uma muchachita apaixonada por uma vontade de aço e curvas que tentariam o olhar incluso de seu devoto sacerdote Nevin. Tinha sido difícil reprimir-se do momento em que tinha aberto os olhos e a tinha contemplado, e tinha estado incómodamente ereto após. Um olhar provocador dela o retornaria a uma condição dolorosa, mas não se preocupou muito de que pudesse lhe lançar semelhante olhar. Não lhe tinha falado em horas, não desde que ele se recusou pela centésima vez a soltá-la. Não desde que lhe havia dito que a lançaria sobre seu ombro e a levaria desse modo se tivesse que fazê-lo.
Intrigou-o que ela não tivesse gritado, nem se tivesse desacordado ou implorado sua liberação. Sua primeira impressão dela não tinha sido inteiramente precisa; embora era difícil de perceber, devido a sua maneira estranha de falar, possuía uma quantidade muito pequena de inteligência. Tinha demonstrado habilidades sutis de raciocínio ao tratar de lhe fazer trocar de opinião a respeito de levá-la consigo, e quando se precaveu de que não havia possibilidade de fazê-lo desistir, tinha-o tratado como se simplesmente não existisse. Bravo, Gwen, pensou ele. Cassidy em irlandês significa preparado. Gwendolyn significa deusa da lua. Realmente resulta ser uma moça fascinante.
Considerando que inicialmente tinha pensado que era uma órfã ou a única sobrevivente da massacre de seu clã, uma mulher que estava disposta a trocar seu corpo para assegurar um protetor porque isso explicaria sua roupa e sua conduta, após lhe tinha ocorrido que ela simplesmente poderia ser normal em seu tempo. Podia ser que em cinco séculos as mulheres tivessem trocado muito mais, convertendo-se em tenazmente independentes. Então, por que, perguntou-se, sentia ele uma tristeza muda, um ligeiro toque de vulnerabilidade nela que desmentia suas bravatas?
Sabia que a garota pensava que a tinha levado a força porque a desejava, e oxalá fora tão simples. Não podia negar que a encontrava tentadora e estava impaciente por compartilhar a cama com ela, mas as coisas eram, repentinamente, muito mais complicadas. Uma vez que tinha descoberto que estava apanhado no futuro, tinha entendido que a necessitava. Quando chegassem às pedras, se o pior era certo e seu castelo estava perdido, havia um ritual que devia realizar com seus condenados conhecimentos. Havia uma possibilidade de que o ritual saísse mau, e se isso ocorria, necessitava ao Gwen Cassidy junto a ele.
Ela estava fatigada, e Drustan sentiu uma pontada de arrependimento por havê-lo causado. Quando ela se tropeçou com uma raiz e caiu contra ele, só para vaiar e avançar dando tombos para afastar-se, abrandou-se. Cederia-lhe essa única noite, mas ao dia seguinte não haveria descansos. Ela quase caiu onde estava parada; então ele cavou um braço detrás de seus ombros, o outros detrás de seus joelhos, e a depositou no tronco musgoso de uma árvore enorme que tinha cansado no bosque. Sentada ao bordo do tronco maciço, com seus pés pendurando várias polegadas por cima do chão, via-se pequeñita e delicada. Os corações guerreiros não sempre vinham em corpos fortes de guerreiro, e embora ele podia caminhar três dias sem descanso ou comida, ela não suportaria tais condições.
deixou-se cair em cima do tronco, a seu lado.
-Gwen- disse ele fico.
Não houve resposta.
-Gwen, verdadeiramente não te farei mal- disse ele.
-Já o fez- replicou ela.
-Fala-me outra vez?
-Estou encadeada a ti. Tinha a intenção de não voltar a te falar nunca, mas decidi que não tenho vontades de te fazer as coisas fáceis, assim vou dizer te incesantemente e com vívidos detalhes que tão miserável me sinto. vou abarrotar te as orelhas com meus queixa. vou fazer te desejar ter perdido o ouvido quando nasceu.
Ele riu. Essa era sua inglesa desdenhosa outra vez.
-Está em liberdade de me atormentar em qualquer oportunidade. Lamento te causar desconfortos, mas devo fazê-lo. Não tenho alternativa.
Ela arqueou uma sobrancelha e o contemplou com desdém.
-me deixe estar segura de que entendo a situação. Pensa que é do século dezesseis. Que ano, exatamente?
-Mil quinhentos e dezoito.
-E em mil quinhentos e dezoito, você viveu perto daqui?
- Sim.
-E foi um lorde?
-Sim.
-E como é que terminou em estado de letargia em uma caverna no século vinte e um?
-Isso é o que devo descobrir.
-MacKeltar, é impossível. Parece-me relativamente cordato, esta falsa ilusão excluída. um pouco chauvinista, mas não muito anormal. Não há forma de que um homem possa ficar dormido e despertar quase cinco séculos mais tarde. Fisiologicamente, é impossível. tive notícias do Rip Vão Winkle e a Bela Adormecido, mas esses são contos de fadas.
-Duvido que as fadas tenham que ver com isto. Suspeito dos ciganos ou a bruxaria- confiou ele.
-OH, bom, isso é mais reconfortante- disse ela, também docemente-. Obrigado por esclarecê-lo.
-Burla-te de mim?
-Você crie em fadas?- ela rebateu.
-Fada é somente outro nomeie para os Tuatha Do Danaan. E sim, existem, embora guardem suas distâncias com o homem mortal. Nós os escoceses sempre têm sabido isso. viveste uma vida protegida, verdade?- quando ela fechou seus olhos, ele sorriu. Era tão ingênua.
Quando a moça abriu os olhos outra vez, privilegiou-o com um sorriso condescendente, e trocou o tema como se não queria pressionar muito sua mente frágil. Ele se mordeu os lábios para impedir um bufido sarcástico. Ao menos lhe dirigia a palavra outra vez.
-por que vai ao Ban Drochaid, e por que insiste em me levar contigo?
Ele sopesou o que poderia lhe dizer com segurança sem afugentá-la.
-Devo chegar às pedras porque é onde meu castelo está...
-Está, ou estava? Se planeja me convencer de que é verdadeiramente do século dezesseis, vais ter que me enganar um pouco melhor com seus tempos verbais.
Ele a percorreu com o olhar com reprovação.
-Estava, Gwen. Rezo por que perdure ainda-. Tinha que estar, pois se chegavam às pedras e não havia sinal de seu castelo, sua situação certamente seria arrepiante.
-Assim esperas visitar seus descendentes? Assumindo, claro está, que te sigo a corrente neste jogo absurdo- adicionou ela.
Não, não a menos que seu pai, aos sessenta e dois anos, em certa forma tivesse conseguido engendrar outro menino logo depois de que Drustan tivesse sido seqüestrado, o qual era altamente improvável, já que Silvan não tinha estado com uma mulher desde que a mãe de seus filhos tinha morrido, até onde sabia. O que esperava era que perdurassem alguns artefatos do castelo. Mas não lhe podia dizer mais que isso. Não podia arriscar-se a afugentá-la quando a necessitava tão desesperadamente.
Não deveria haver-se incomodado procurando uma resposta convenientemente evasiva, porque ao vacilar muito tempo para que lhe acreditasse, a moça simplesmente seguiu adiante com outra pergunta.
-por que me necessita?
-Não conheço seu século, e a região entre aqui e minha casa pôde haver-se alterado- ele ofereceu serenamente a verdade incompleta-. Necessito um guia que tenha conhecimentos dos caminhos deste século. Posso precisar atravessar seus povos, e poderia haver perigos que não perceberia até que fora muito tarde.- Isso tinha divulgado bastante convincente, pensou ele.
Ela o avaliava com patente cepticismo.
-Gwen, sei que pensa que me fraquejou a memória, ou estou doente, e tenho fantasias febris, mas considera isto: o que ocorreria se você está equivocada, e eu digo a verdade? Danifiquei-te? Além de te fazer vir junto comigo, feri-te que alguma forma?
-Não-. A garota fez a concessão a contra gosto.
-me olhe, Gwen-. Ele cavou sua face com suas mãos, assim que ela teve que olhar diretamente seus olhos. A cadeia estralou entre ambas as bonecas-. Crie verdadeiramente que eu te faria mal?
Ela soprou um fio de cabelo de sua face com uma baforada suave de respiração.
-Estou atada com cadeias a ti. Isso me preocupa.
Ele tomou um risco calculado. Com um movimento impaciente soltou os elos, contando com o lascivo calor entre eles para continuar unindo-os.
-Muito bem. É livre. Julguei-te mau. Acreditei que foi uma mulher amável e compassiva, não uma moça covarde que não pode suportar nada que não entenda imediatamente...
-Não sou covarde!
-... E que se um fato não se apegar a sua apreciação de como deveriam ser as coisas, então não é possível-. Ele deu um bufido zombador-. Que visão estreita do mundo tem.
-OH!- Gwen franziu o sobrecenho, afastando-se dele no tronco da árvore cansada. Balançou uma perna a cada lado, montando escarranchado o tronco maciço, e sentando-se para enfrentá-lo-. Como te atreve a tratar de me fazer sentir mal por não acreditar em sua história? Asseguro-lhe isso, não tenho uma visão estreita do mundo. Devo ser uma das poucas pessoas que não o tem. Poderia te assombrar de que tão ampla e bem informada é minha visão do mundo-. Ela deu massagem à pele em sua boneca, olhando-o furiosamente.
-Que contraditória é- disse ele brandamente-. Em alguns momentos penso que vejo coragem em ti, logo em outros não vejo nada exceto covardia. me diga, é sempre tão paradoxal contigo mesma?
Uma mão voou para a garganta feminina e seus olhos se ampliaram. Ele tinha golpeado algo sensível. Cruelmente, continuou essa nervura:
-Seria muito pedir que dê um pouco de seu precioso tempo para ajudar a alguém que o necessita, da maneira em que quer ser ajudado, em vez da forma em que pensa que deveria sê-lo?
-Faz-o soar como se tudo fora minha culpa. Faz-o soar como que se fosse eu a que está louca- protestou ela.
-Se o que digo é certo, e juro que o é, então me parece mais irrazonable -disse ele serenamente-. Te ocorreu que encontro seu mundo, sem nenhum conhecimento do passado, com árvores desmembradas, sem folhas, e roupa com nomes formais, tão antinatural como você encontra minha história?
Dúvida. Ele a podia ver em sua face expressiva. Seus olhos tempestuosos se alargaram mais ainda, e vislumbrou esse brilho misterioso de vulnerabilidade sob seu exterior duro. Desagradou-lhe provocá-la, mas a jovem não sabia quanto havia em jogo e possivelmente não poderia dizer-lhe Não tinha tempo para sair em seu mundo e procurar a outra pessoa. Além disso, não desejava a nenhuma outra pessoa. Ele a queria a ela. Ela o tinha descoberto, tinha-o despertado, e sua convicção de que estava de algum jeito destinada a ajudá-lo a corrigir as coisas, aumentava com cada hora que passava. Não há coincidências neste mundo, Drustan, seu pai lhe havia dito. Deve ver com o olho de uma águia. Deve te abstrair, deve te levantar por cima da adivinhação, e riscar um mapa dele. Tudo ocorre por uma razão, embora ao princípio não possa perceber o patrão.
Ela se deu uma massagem nas têmporas, franzindo o sobrecenho.
-Dá-me dor de cabeça-. depois de um momento, fez estalar um suspiro resignado, apartando a franja dos olhos-. Okay, dou-me por vencida. por que não me conta sobre ti? Digo, quem pensa que é.
Um convite mas bem dada a contra gosto, mas trabalharia com o que pudesse obter. Não se tinha precavido de que tenso tinha estado, aguardando sua resposta, até que seus músculos se relaxaram sob sua pele.
-Hei-te dito que sou o laird de meu clã, a pesar do fato de que meu pai, Silvan, ainda vive. Ele se rehúsa a seguir sendo laird, e com sessenta e dois anos logo que posso culpá-lo. É um tempo muito comprido para suportar tal responsabilidade-. Ele fechou seus olhos e aspirou profundamente-. Tinha um irmão, Dageus, mas morreu recentemente.
Ele não mencionou que sua prometida tinha sido assassinada enquanto viajava com o Dageus de volta ao Castelo Keltar para as bodas. Quanto menos dissesse a respeito de qualquer de suas prometidas a outra mulher, melhor. Ele era muito suscetível sobre o tema.
-Como?- perguntou ela com delicadeza.
-Ele retornava da propriedade Elliott quando foi assassinado em uma batalha entre clãs, que nem sequer era nossa, a não ser entre os Campbell e os Montgomery. Provavelmente, ele viu que os Montgomery estavam severamente excedidos em número e tentou fazer a diferença.
-Sinto-o tanto- disse ela brandamente.
Ele abriu seus olhos para encontrar a compaixão brilhando tenuemente em seu olhar, e isso o enfraqueceu por dentro. Quando se desceu do tronco da árvore cansada e tirou a perna dela de sobre o tronco para que o enfrentasse, a jovem não resistiu. Com ele de pé sobre a terra e ela sentada ao bordo do tronco, estavam em um nível de visão igual, e pareceu fazê-la sentir-se mais cômoda.
-Dageus era assim- disse-lhe com uma mescla de pesar e orgulho-. Ele era sempre o primeiro em liberar as batalhas de outros. Recebeu uma espada que lhe atravessou o coração, e um amanhecer amargo despertei para ver meu irmão, amarrado através do lombo de seu cavalo, sendo escoltado a casa pelo capitão do guarda Elliott-. E a pena rompeu meu coração. Irmano meu, falhei a ambos, a ti e a p.
As sobrancelhas dela se enrugaram, refletindo seu pesar.
-Sua mãe?- perguntou amavelmente.
-Meu pai é viúvo. Ela morreu no parto quando eu tinha quinze anos de idade; nem ela nem o bebê sobreviveram. Ele não se tornou a casar. Jura que houve um único amor verdadeiro para ele-. Drustan sorriu. O sentimento de sua p era um que ele entendia. O encontro de seus pais tinha sido feito no céu: ele, um Druida, e ela, a filha de um inventor excêntrico que se mofou das conveniências e educado a sua filha melhor que à maioria dos filhos varões. Infelizmente, as moças educadas não abundavam nas Highlands, ou em qualquer outra parte se ficasse a pensá-lo. Silvan tinha tido sorte indubitavelmente. Drustan tinha desejado um encontro parecido para si mesmo, mas o tempo se esgotou, e ele tinha desistido da esperança de encontrar a tal mulher.
-Está casado?
Drustan negou com a cabeça.
-Não. Não teria tratado de te beijar se esteve prometido ou casado.
-Bem, acumula um ponto para os homens em geral- disse ela secamente-. Não está muito major para não ter estado casado alguma vez? Usualmente quando um homem não se casou a sua idade, há algo mal com ele- ela o provocou.
-estive prometido- protestou ele indignado, sem lhe dizer o número de vezes. Não era uma boa maneira de impressioná-la, e ela estava mais perto da verdade do que lhe teria gostado. Havia certamente algo mau nele. Uma vez que as mulheres passavam um pouco de tempo a seu lado, empacotavam suas coisas e se foram. Isso era suficiente para fazer a um homem sentir-se duvidoso de seus encantos. Podia ver que ela estava a ponto de pressionar sobre o assunto, assim disse precipitadamente, esperando acabar o debate do tema:
-Ela morreu antes das bodas.
Gwen se sobressaltou.
-Sinto-o muito.
Estiveram silenciosos uns poucos momentos, logo ela disse:
-Você quer te casar?
Ele arqueou uma sobrancelha zombadora.
-Me está oferecendo isso, moça?- ronronou. Se somente o fizesse, adoraria tomá-la e casar-se com ela antes de que pudesse trocar de idéia. encontrava-se mais intrigado por ela do que alguma vez tinha estado com qualquer de suas prometidas.
Ela se ruborizou.
-Claro que não. É simples curiosidade. Só trato de tirar claro que tipo de homem é.
-Sim, tenho o desejo de me casar e ter meninos. Simplesmente necessito uma boa mulher- disse ele, lhe dando de presente seu sorriso mais encantador.
Ela não era imune a isso. Viu seus olhos ampliar-se ligeiramente em resposta e pareceu esquecer a pergunta que tinha feito. Ele suspirou um agradecimento mudo aos deuses que o tinham dotado de uma face de aparência agradável e dente brancos.
-E o que considera um homem como você uma boa mulher?- disse ela depois de um momento. Levantou uma mão quando ele começou a falar-: Espera... me deixe adivinhar. Obediente. Fiel. Definitivamente não muito brilhante- burlou-se-. OH, e deverá ser a mulher mais bela dos arredores, verdade?
Ele ergueu sua cabeça, encontrando seu olhar ao mesmo nível.
-Não. Minha idéia de uma boa mulher seria uma que adorasse olhar, não porque outro a encontrasse preciosa, mas sim porque seus rasgos únicos significassem algo para mim-. Ele roçou a esquina da boca feminina com seus dedos. Deslizou sua mão até o lunar pequeno em seu maçã do rosto direito-. Talvez teria uma covinha ao lado de sua boca quando sonriera. Pode que tivesse uma marca de bruxa em uma bochecha. Talvez teria olhos tempestuosos que me recordem ao mar que tanto amo. Mas há outras características muito mais importantes que sua aparência. Minha mulher seria alguém curiosa sobre o mundo, e a que gostasse de aprender. Quereria aos meninos e os amaria custe o que custar. Teria um coração valente, coragem e compaixão.
Ele falou do coração, sua voz fazendo-se mais funda com a paixão. Liberou o que estava reprimido dentro dele e lhe disse exatamente o que desejava.
-Ela seria quem falaria comigo nas horas pequeñitas a respeito de algo e tudo, quem saborearia todos os climas das Highlands, quem apreciaria a família. Uma mulher que pudesse encontrar beleza no mundo, em mim, e no mundo que construiríamos juntos. Ela seria minha companheira venerada, meu amante adorada, e minha preciosa esposa.
Gwen inspirou profundamente. O ar cético em seus olhos se desvaneceu. Trocou de posição com inquietação, apartou a vista dele, e guardou silêncio por um tempo. Drustan não a interrompeu, curioso por ver como ela responderia a sua declaração honesta.
Sorriu sardónicamente quando ela limpou sua garganta e decididamente trocou de tema.
-Bem, se for das Highlands do século dezesseis, por que não fala gaélico?
Não cede em nada, moça, ele pensou. Quem ou o que te causou tanto dano que te obriga assim a ocultar seus sentimentos?
-Gaélico? Você quer gaélico?-. Com um sorriso lobuna, lhe disse exatamente o que desejava lhe fazer uma vez que lhe tirasse a roupa, primeiro em gaélico, logo em latim, e finalmente em uma linguagem que não tinha sido falado em séculos incluso em seu tempo. Fez-o endurecer só dizer as palavras.
-Essa poderia ser gíria- ela respondeu bruscamente. Mas tremeu, como se houvesse sentido a intenção detrás de suas palavras.
-Então por que me provou?- perguntou ele quedamente.
-Necessito alguma prova- respondeu ela-. Simplesmente não posso te seguir com fé cega.
-Não- ele esteve de acordo-. Não parece uma mulher que pudesse fazê-lo.
-Bom, tem provas de meu mundo- respondeu, logo adicionou precipitadamente-: É obvio, pretendendo que o que afirma é certo. Viu os carros, o povo, meu telefone, minha roupa.
Ele gesticulou para seu próprio adorno, sua espada, e se encolheu de ombros.
-Isso poderia ser um disfarce.
-O que consideraria suficiente prova?
Ela se cruzou de braços.
-Não sei- admitiu.
-Lhe posso provar isso nas pedras- disse ele finalmente-. além de qualquer dúvida, lhe posso provar isso ali.
-Como?
Ele negou com a cabeça.
-Deve vir e vê-lo.
-Pensa que seus antepassados poderiam ter algum registro de ti, um retrato ou algo pelo estilo?- ela adivinhou.
-Gwen, você deve decidir se estiver louco ou digo a verdade. Não lhe posso provar isso até que alcancemos nosso destino. Uma vez que cheguemos ao Ban Drochaid, se ainda não crie em mim, ali nas pedras, quando tiver feito o que possa para te oferecer evidências, então não te pedirei nada mais. O que tem que perder, Gwen Cassidy? Sua vida é tão exigente e enche que não lhe pode ceder nada a um homem que necessita alguns dias de seu tempo?
Ele tinha ganho. Podia-o ver em seus olhos.
Ela o olhou em silencio por muito tempo. Ele encontrou seu olhar firmemente, esperando. Finalmente ela inclinou a cabeça.
-Assegurarei-me de que chega a suas pedras sem nenhum problema, mas isso não significa nem por um minuto que acredito em ti. Sinto curiosidade por ver que prova me pode oferecer de que seu conto incrível é certo, porque se for... - interrompeu-se completamente e negou com a cabeça-. É suficiente dizer que essa prova valeria atravessar as Highlands para vê-lo. Mas no momento que me mostre o que seja que tem que me mostrar, se ainda não acreditasse em ti, terminei contigo. Okay?
-Okay?- ele repetiu. A palavra não significava nada para ele em qualquer idioma.
-Está de acordo com nosso trato?- ela esclareceu-. Um trato que está de acordo em honrar completamente- acentuou.
-Sim. No momento que te mostre a prova, se você ainda não crie, liberará-te de mim. Mas deve prometer ficar comigo até que realmente veja a prova-. Profundo em seu interior, Drustan se sobressaltou, odiando o uso equívoco da linguagem cuidadosamente expressa.
-Aceito. Mas não me encadeará, e devo comer. E agora mesmo vou para um caminho pequeno no bosque, e se você me segue me fará muito, muito infeliz-. Ela saltou para baixo do tronco da árvore cansada e deu um rodeio ao redor dele.
-Como gosta, Gwen Cassidy.
Ela se inclinou e tratou de alcançar sua mochila, mas ele se moveu velozmente e envolveu sua mão ao redor de sua boneca.
-Não. Se você for, então isto fica comigo.
-Necessito algumas costure- ela vaiou.
-Pode levar um artigo contigo, então- disse ele, relutante a interferir se ela tinha necessidades femininas. Poderia ser seu ciclo lunar.
Raivosamente, ela procurou dentro da bolsa e retirou dois artigos. Uma barra de algo e uma bolsa. Provocadoramente, ela colocou a barra na bolsita e disse:
-Vê? É uma só coisa agora- voltou-se abruptamente e se dirigiu para o bosque.
-Sinto muito, moça- ele murmurou quando esteve seguro de que estava fora de seu alcance.
Não tinha alternativa exceto fazê-la sua vítima involuntária. Assuntos mais importantes que sua vida dependiam disso.
Gwen rapidamente usou as instalações, esquadrinhando ansiosamente o bosque ao redor dela, mas não parecia que ele a tivesse seguido. Apesar disso, não confiava em nada a respeito de sua situação presente. depois de desafogar-se, devorou a barra de proteínas que havia feito. Registrou seu carterita de cosméticos, logo lubrificou um pouco de massa dentifrícia em sua língua. O sabor a hortelã reviveu seu estado de ânimo cada vez mais débil. Um golpetazo do emplastro medicado sobre seu nariz, suas bochechas e a frente quase a fez deprimir-se de prazer. Suarenta e exausta, sentiu-se mais viva que em toda sua vida. Começava a temer por sua prudência, porque havia uma parte dela que queria acreditar nele, queria desesperadamente experimentar algo que não estivesse clarificado pela existência da ciência. Ela queria acreditar na magia, em homens que a fizessem sentir quente e com os joelhos trementes, e em coisas loucas como os feitiços.
A natureza ou a educação: qual era o fator determinante? Ela tinha estado obcecada com essa pergunta ultimamente. Sabia o que a educação lhe tinha feito. Aos vinte e cinco, tinha um sério problema com a intimidade. Ansiava algo que não podia nomear, e que a aterrorizava ao mesmo tempo.
Mas qual era sua natureza? Era verdadeiramente brilhante e fria como seus pais? Recordava muito bem o tempo em que tinha sido o suficientemente parva para lhe perguntar a seu pai o que era o amor. O amor é uma ilusão para trocar fiscalmente de estado civil, Gwen. Faz-lhes sentir que a vida poderia ter valor para vivê-la. Escolhe a seu consorte pelo quociente intelectual, a ambição e os recursos. Melhor ainda, escolhamo-lo por ti. Já tenho em mente vários casais adequados.
antes de que ela se permitiu o gosto de seu Grande Ataque de Rebelião, obedientemente tinha saído com uns quantos dos escolhidos de seus pais. Esses homens áridos e intelectuais a tinham avaliado, a maioria das vezes, através de olhos avermelhados de estar constantemente olhando em um microscópio ou um livro de texto, com pouco interesse nela como pessoa, e um grande interesse no que poderiam fazer seus formidáveis pais por suas carreiras. Não tinham tido apaixonadas declarações de amor imperecível, só confirmações ferventes de que fariam uma equipe brilhante.
Gwendolyn Cassidy, a privilegiada filha de cientistas famosos que se elevaram por si mesmos da pobreza extrema de sua infância até os cobiçados postos em Los Álamos National Laboratory fazendo investigação quântica altamente secreta para o Departamento de Defesa, tinha tido por quase impossível obter uma entrevista fora da elitista comunidade científica em que se criou. Na universidade tinha sido inclusive pior. Os homens se citaram com ela por três razões: para tratar de congraçar-se com seus pais, para ver se tinha qualquer teoria que valesse a pena roubar, e, não menos importante, pelo prestígio de sair com o prodígio. Esses poucos aos que lhes tinham chamado a atenção suas outras qualidades (traduzido: a generosa talha C de seu prendedor) não se tinham detido muito depois de saber quem era e que cursos aprovava com honras enquanto eles logo que conseguiam arranhar para aprová-los.
feito-se temiblemente cínica aos vinte e um.
deu-se de baixa do programa de doutorado aos vinte e três, abrindo um cisma irrevogável entre ela e seus pais.
Só como o inferno aos vinte e cinco. Uma autêntica ilha.
Dois anos atrás, tinha pensado que trocando de emprego, tendo um trabalho bonito, normal e comum com pessoas agradáveis, normais e comuns que não eram cientistas se vingaria de seus problemas. Fazia um duro intento para encaixar e construir uma vida nova. Mas finalmente se precaveu de que não era sua eleição de carreira o problema.
Embora se havia dito a si mesmo que tinha ido a Escócia para perder sua virgindade, a cruel verdade era que tinha oculto seus motivos mais profundos e muito mais frágeis.
O problema era que Gwen Cassidy não sabia se tinha coração.
Quando Drustan tinha falado tão apaixonadamente a respeito do que procurava em uma mulher, quase se tinha arrojado sobre ele, louco ou não. A família... falar... obter prazer da beleza exuberante das Highlands... ter meninos que seriam amados. A fidelidade, a união, e um homem que não beijaria a outra mulher se estivesse casado. Suspeitava que Drustan era um pouco como uma ilha também.
OH, ela sabia por que realmente tinha ido a Escócia: precisava saber se amor realmente era uma ilusão. Estava desesperada por trocar, encontrar algo que a sacudisse com força e a fizesse sentir.
Bem, isto certamente qualificava. Se ela queria converter-se em uma pessoa nova, então que melhor forma de começar que obrigar-se a suspender completamente a incredulidade, lançando a cautela ao vento. Jogar a um lado tudo o que tinha sido educada para acreditar e mergulhar-se na vida, tão desordenada como esta fora. Para rescindir o controle sobre o que ocorria a seu redor e confiar esse controle a um louco. Criada em um ambiente onde o intelecto era apreciado por sobre tudo o resto, ali estava sua oportunidade para atuar impulsivamente, com instinto visceral.
Com um louco muito bonito, se fosse o caso.
Seria bom para ela. Quem sabia o que poderia sair disso?
Era como sentir um cigarro divinamente perverso chamando-a.
-Vêem- disse ele, quando ela retornou. Tinha aceso fogo em sua ausência, e a jovem considerou lhe pedir seu acendedor, mas estava muito exausta para armar-se da energia suficiente para uma potencial disputa sobre a propriedade. Violando totalmente sua privacidade, ele tinha registrado sua mochila e tinha criado uma cama insignificante pulverizando seu previamente limpa roupa sobre o chão. Uma recente aquisição, uma vibrante tanga carmim, adornada com silhuetas do veludo negras de gatinhos que pulavam, aparecia entre uma sudadera e um par de calças jeans. Ela passou um momento calculando as possibilidades pelas que ele expor a única tanga que tinha comprado em sua vida, mas nunca tinha usado: a tanga que tinha a intenção de levar posta quando perdesse a virgindade.
Inconcebível. Olhou-o suspicazmente, segura de que tinha exibido suas calcinhas a propósito, mas se era assim, era a imagem da inocência.
-Não posso obter comida para ti esta noite- ele se desculpou-, mas comeremos na manhã. por agora, deve dormir.
Ela não disse nada, somente lançou um olhar irritado em suas roupas, pulverizada através de varinhas de lenha, folhas e terra. Irritando-a ainda mais, ele permanecia de pé no perímetro de luz arrojado pelas chamas, dificultando que ela o visse claramente. Mas não se perdeu essa sacudida leonina e perezosamente sensual da cabeça masculina, jogando para trás seu cabelo escuro e sedoso por sobre seu ombro. Gritava vêem aqui, e a tentava a pedir mais.
Ele encontrou seu olhar furioso com um sorriso provocador e gesticulou para sua roupa.
-Fiz-te um camastro para dormir. Em minha época, estenderia meu plaid para ti. Mas também te esquentaria com o calor de meu corpo nu. Me Quito o plaid?
-Não há nenhuma necessidade de tomá-la moléstia- ela resmungou precipitadamente-. Minhas roupas estão bem. Maravilhosas. Realmente.
Apesar das terras baixas abismais de suas emoções e as terras altas febris de seus hormônios, estava rendida até os ossos e desesperada por alcançar o altiplano do sonho. Gwen fazia mais exercício esse dia que em um mês em casa. O montão pequeno de roupa perto do fogo repentinamente parecia tão invitador como uma cama.
-E você?- perguntou ela, relutante a dormir se ele ia estar acordado.
-Embora não me cria, dormi por um tempo larguísimo e encontro que estou mais que relutante a fechar meus olhos outra vez. Manterei a vigilância.
Ela o avaliou recelosamente e não se moveu.
-Agradaria-me te dar algo para ajudar a que te relaxe- ofereceu ele.
As sobrancelhas da mulher se uniram.
-Como o que? Uma droga ou algo pelo estilo?- perguntou indignada.
-Hão-me dito que tenho um efeito tranqüilizador com minhas mãos. Esfregaria suas costas, acariciaria seu cabelo até que flutuasse pacificamente...
-Acredito que não- disse ela com frieza.
Um brilho rápido de dentes brancos foi a única indicação que teve de que se estava divertindo.
-Então recorda que lhe ofereci isso. te deite antes de que te caia. Devemos cobrir uma grande quantidade de superfície amanhã. Embora te poderia carregar, sinto que você não o apreciaria.
-Condenadamente correto, MacKeltar- ela resmungou, enquanto se deixava cair ao chão perto do fogo. Enrugou sua camisa convertendo-a em uma espécie de travesseiro e a acolchoou sob sua cabeça.
-Está o suficientemente quente?- ele perguntou brandamente na escuridão.
-Estou definitivamente torrada- mentiu ela.
E na verdade, tremeu só um pouco antes de avançar lentamente mais perto do fogo e cair em uma profunda inconsciência sem sonhos.
Drustan observou o sonho do Gwen Cassidy. Seu cabelo loiro, rajado com toques de luz mais escuros e mais claros, brilhava tenuemente à luz do fogo. Sua pele era suave, seus lábios exuberantes e rosados, o inferior muito mais cheio que o superior. Para beijar os de cheio. por cima de seus olhos em forma de amêndoa, suas sobrancelhas loiro escuro se arqueavam para cima nos bordos exteriores, acrescentando uma arrogância aristocrática ao semblante carrancudo que tão freqüentemente exibia. Jazia sobre seu flanco, e seu seios generosos se pressionavam juntos em curvas perigosamente tentadoras, mas não eram seus atributos físicos por si só os que o comoviam.
Era a mulher mais incomum que alguma vez tinha encontrado. O que for que tivesse forjado seu temperamento, era uma liga curiosa de audácia e cautela, e tinha começado a perceber que tinha uma mente lista e rápida. Tão pequeñita, e entretanto sem medo de empurrar seu queixo no ar e lhe gritar. Ele suspeitava que a audácia era mais própria de sua natureza, enquanto sua cautela era uma coisa aprendida.
A audácia lhe serviria bem nas provas que chegariam, e haveria muitas. Drustan escavou em seus fragmentos de cor, que era ainda frustrantemente incompleta. Tinha dois dias para recuperar perfeitamente suas lembranças. Era imperativo que isolasse e estudasse cada detalhe do que tinha ocorrido antes de seu encantamento.
Com um suspiro pesado, deu suas costas ao fogo e ficou olhando a noite em um mundo que não compreendia e do que não tinha desejo de formar parte. Encontrava esse século inquietante, seus sentidos perseguidos pelo ritmo antinatural desse mundo, e estava animado pela idéia de que não teria que passar muito tempo nele. À medida que escutava os sons pouco familiares da noite -um zumbido no ar que poucos conseguiriam ouvir, um trovão intermitente estranho no céu- refletia em seu treinamento, examinando cuidadosamente os compartimentos de informação armazenada em sua mente.
A precisão era necessária, e se sobrepôs a um arranque de ansiedade. Nunca tinha feito o que logo teria que fazer, e embora sua educação o tinha preparado para isso, a possibilidade de cometer um engano era imensa. Sua memória era formidável, mas o propósito para o qual tinha sido adestrado nunca tinha tido em conta a possibilidade de que não estivesse no Castelo Keltar quando realizasse o rito, e que não teria acesso às tabuletas ou qualquer dos livros.
Embora se acreditava ampliamente que o Druidismo tinha adoecido -deixando só praticantes ineptos de feitiços inferiores- e que os estudiosos antigos tinham proibido escrever algo deles, ambas as crenças eram mitos que tinham sido cultivados e propagados pelos mesmos poucos druidas restantes. Isso era o que desejavam que o mundo acreditasse, e os druidas tinham sido sempre peritos na ilusão.
Ao contrário dessa crença, o Druidismo tinha prosperado, embora os druidas britânicos, propensos ao melodrama, logo que possuíam o conhecimento para lançar um feitiço efetivo de sonho, segundo os cálculos do Drustan.
Muitos milênios atrás, depois de que os Tuatha Do Danaan tivessem deixado o mundo mortal por lugares mais excepcionais, seus druidas, mortais e incapazes de acompanhá-los, tinham competido entre eles mesmos pelo poder.
Então tinha acontecido uma batalha prolongada que quase tinha destruído o mundo. Na seqüela horripilante, uma estirpe tinha sido selecionada para conservar o mais sacro da tradição Druida. E assim o propósito dos Keltar tinha sido desenhado. Sanar, ensinar, proteger. Enriquecer o mundo pelo mal que eles lhe tinham feito.
O conhecimento fabuloso e perigoso, incluindo as guias estelares e a geometria sacra, tinha sido cuidadosamente colorido em treze volúmenes e em sete tabuletas de pedra, e os druidas Keltar guardavam esse banco de conhecimento com suas almas. Cuidavam de Escócia, usavam as pedras só quando era necessário para o major bem do mundo, e faziam o melhor para sufocar os rumores a respeito deles.
O ritual que realizaria no Ban Drochaid precisava certas fórmulas que deviam recitar-se sem engano, e estava inseguro de três delas. As três mais cruciais. Mas quem teria acreditado que estaria apanhado em um século futuro? Se atracavam às pedras, se o Castelo Keltar já não existisse e as tabuletas estivessem perdidas... bem, por isso ele necessitava ao Gwen Cassidy.
Ban Drochaid, suas pedras tremendamente amadas, eram a ponte branca, a ponte da quarta dimensão: o tempo. Milênios atrás, os druidas tinham observado que o homem podia mover-se em três formas: para frente e para trás, de lado a lado, acima e abaixo. Logo tinham descoberto a ponte branca, depois do qual podiam mover-se em uma quarta direção. Quatro vezes ao ano a ponte poderia ser aberto: os dois equinócios e os dois solstícios. Nenhum homem comum podia valer da ponte branca, mas nenhum Keltar jamais tinha sido comum. Desde o começo do tempo, tinham sido educados para fazer algo, exceto possuir tal poder: a habilidade para viajar através do tempo, pois era uma responsabilidade imensa. Estavam obrigados a obedecer infalivelmente seus muitos juramentos.
Ela pensava estava louco agora; certamente o abandonaria se sobrecarregasse sua mente com mais de seus planos. Não podia arriscar-se a lhe dizer nada. Seus métodos druidas já tinham feito fugir dele a muitas mulheres.
Durante o tempo que permanecessem juntos no século dela, gostaria de seguir vendo essa luz tênue de desejo em seu olhar, não de repulsão. Gostaria de sentir-se como um homem singelo com uma mulher preciosa que o desejava. Porque no momento em que terminasse o ritual, lhe temeria, e talvez... não, certamente, odiaria-o.
Mas não tinha outra eleição. Só o ritual e as esperanças de um parvo. Seus juramentos exigiam que retornasse para evitar a destruição de seu clã. Seus juramentos exigiam que fizesse tudo o que fizesse falta para obtê-lo.
Ele fechou seus olhos, odiando suas opções.
Se Gwen tivesse despertado durante a noite, então o teria visto, a cabeça arremesso para trás, contemplando o céu, falando-se brandamente em uma linguagem morta por milhares de anos.
Mas uma vez que ele havia dito as palavras do feitiço para intensificar o sonho, ela dormiu pacificamente até a manhã seguinte.
Capítulo 6
20 de setembro
10:02 a.m.
Gwen nunca havia sentido tão agudamente seus cinco pés e vinte e três polegadas em sua vida, enquanto se arrastava atrás do Behemoth que não entendia o conceito de limitações físicas.
Enquanto estirava ao máximo suas pernas, balançando seus braços para gerar mais impulso, completamente consciente que tão inútil era o esforço, porque o impulso era dependente da massa, e a massa desse homem era três vezes maior que a dela -ergo, ele podia andar mais que ela até o infinito- exceto qualquer complicação imprevista: seu temperamento, por exemplo, que sofria uma crise nervosa.
-MacKeltar, vou matar te se não reduzir a velocidade.
-Estou intrigado por saber como tem a intenção de fazer isso, quando não pode sequer manter meu passo- brincou ele.
Ela não estava com ânimos para brincar.
-Estou cansada e tenho fome!
-Comeu um dessas barras de seu pacote faz apenas um quarto de hora, quando nos detivemos para examinar seu mapa e planejar o curso mais rápido- recordou-lhe ele.
-Estou faminta de comida real-. E vou necessitar a, pensou com uma sensação de afundamento, pois o mapa turístico em sua mochila tinha indicado que o percurso mais rápido desde sua posição presente até o Ban Drochaid era de oitenta milhas de carreira a campo travessa.
-Chaleira e esfolo um coelho para ti?
Um coelhinho? Falava a sério?
-Eww. Não. Deveria te deter no seguinte povo. Não posso acreditar que não me deixou entrar no Fairhaven. Estávamos justo ali. Havia café- ela adicionou lastimeramente.
-Para alcançar Ban Drochaid pela manhã, devemos viajar sem pausa.
-Bem, segue insistindo em recolher essas pedras estúpidas- ela se queixou.
-Entenderá o propósito de minhas pedras estúpidas manhã- disse ele, aplaudindo seu sporran, onde ele tinha amontoado várias pedras do caminho.
-Amanhã. Você me mostrará isso amanhã. Tudo será explicado amanhã. Não estarei viva para amanhã, e você requer um montão de fé, MacKeltar- disse ela, exasperada.
Ele a olhou por cima de seu ombro.
-Sim, faço-o, Gwen Cassidy. Mas dou muito em troca às pessoas que têm fé em mim. Poderia-te carregar, se o desejar.
-Acredito que não. por que não reduz simplesmente a velocidade um pouco?
Ele se deteve, evidenciando o primeiro indício de impaciência que lhe tinha visto.
-Moça, se esse mapa que tem é correto, temos até a véspera de amanhã para fazer uma distância de quase oitenta milhas. Isso são três de suas milhas por hora, sem parar para dormir. Embora eu poderia correr muito do caminho, sei que você não pode. Se pode fazer quatro milhas por hora, então pode descansar mais tarde.
-Isso é impossível- Gwen ficou sem fôlego-. A "milha mais rápida". Uma vez corri em um circuito de uma milha em dez minutos e médio, quase morri. E foi só uma milha. Tive que descansar por horas e comer chocolate para me reanimar. MacKeltar, precisamos alugar um carro- ela fez outro intento. Mais cedo, ao averiguar o comprido da caminhada que ele tinha pensado que fizessem, tinha proposto a alternativa, mas o homem simplesmente tinha atirado dela e a tinha levado a força em um passo enérgico-. Poderíamos fazer oitenta milhas em uma hora em carro.
Ele a percorreu com o olhar e se estremeceu.
-Confio em meus pés. Não nos carromatos.
-Vamos- ela quase gemeu-. Não posso manter o mesmo passo que você. Seria um assunto simples. Podemos ir ao seguinte povo, alugar um carro, conduzir até suas pedras, e me pode mostrar algo que seja esta mesma tarde.
-Não te posso mostrar nada até manhã. Não teria nenhum sentido chegar hoje.
-Disse que precisava te deter no castelo. Se percorrermos o caminho inteiro, então isso não vai deixar te nada de tempo para visitar sua velha terra com seus enfurruñamientos- apontou ela.
-Eu não me zango, nem ali nem em nenhum lado, mulher. Você me faz zangar-. Um músculo em sua mandíbula saltou-. Deve caminhar mais rapidamente.
-Terá sorte se me mover de tudo. Não tiveste notícias da Primeiro Lei do Newton do Movimento? É inércia, MacKeltar. Um objeto que está em repouso quer ficar em repouso. Não pode esperar que vença as leis da natureza. Por isso é que fazer exercício é tão difícil para mim. Além disso, acredito que você tem medo-. Gwen se sentiu um pouco culpado para jogar rápida e imprecisamente com o Newton, mas a maioria da gente não tinha idéia o que falava quando trazia para colação as leis do movimento, e em vez de revelar sua ignorância e discutir com ela, usualmente trocavam de tema. Um método sujo, mas impresionantemente efetivo. valeria-se de algo que a pudesse salvar de andar oitenta espantosas milhas.
Ele cravava os olhos nela estranhamente, com uma mescla de sobressalto e confusão.
-Não conheço nada desse Newton, mas, claro, passou por cima obter uma compreensão completa dos objetos e o movimento. E dificilmente tenho medo a um de seus carromatos tolos.
Ele alguma vez tinha tido notícias do Isaac Newton? Onde tinha estado vivendo esse homem? Em uma caverna?
-Maravilhoso- ela saltou ao ataque-. Se não ter medo, então retornemos ao Fairhaven e alugarei um carro. Inclusive o pagarei eu. Estaremos em seu castelo para a hora do almoço.
Ele tragou saliva. Realmente tem aversão aos carros, refletiu ela. Exatamente o tipo de aversão que um homem de fazia quinhentos anos poderia evidenciar. Ou, pensou cinicamente, o tipo de aversão desdobrado por um ator que tinha tido em conta sua atuação até os mínimos detalhes. Uma parte pequena e malvada dentro dela desejava esmagar o pacote extragrande de testosterona em um rudimentar e compacto carro, justamente para saber até onde ele levaria sua interpretação.
-me deixe te ajudar, MacKeltar- seduziu-o com a voz-. Você pediu minha ajuda. Tudo o que trato de fazer é te levar a castelo mais rápido do que possivelmente poderia chegar ali por seus próprios meios. Além disso, claramente não há forma de que eu seja capaz de caminhar por dois dias. Ou conseguimos um carro, ou simplesmente pode te esquecer de mim.
Ele apagou um suspiro frustrado.
-Bem. Transportarei-me em um de seus carromatos. Tem razão ao pensar que necessito tempo para me preparar, e é francamente óbvio que não tem a intenção de fazer nenhum esforço para incrementar seu passo.
Gwen sorriu todo o caminho de volta ao Fairhaven. Colocaria tirita sobre as ampolas em seus talões, onde suas botas de excursionismo a tinham irritado. Tomaria café e chocolate e pão-doces para o café da manhã. lhe compraria roupa, alugaria um carro, e o retornaria a sua família, que certamente saberia o que estava mal com ele. Começava a parecer um dia sobradamente bom depois de tudo, pensou, roubando um olhar ao homem atrativo que a guiava muito mais lento agora... que, em realidade, estava arrastando os pés a seu lado. via-se miserável. Ela não riu, porque sabia que devia ter levado posta uma expressão idêntica quando tinham estado viajando na direção oposta.
A manhã estava melhorando positivamente. O emplastro de nicotina que se pôs mais cedo enquanto se refrescava no bosque funcionava bastante bem. A nicotina cantarolava através de suas veias e já não lhe preocupava que pudesse, em um ataque de irritabilidade, ferir a seguinte pessoa que visse, ou pior, sofrer uma angústia oral, que a obrigasse a faz algo com, ou para, alguma parte do Drustan MacKeltar que depois lamentaria. ia sobreviver e tinha outra vez o controle.
O controle o é tudo. Sua mãe, Elizabeth, freqüentemente o havia dito com sua britânica voz seca e fria. Se controlar a causa, então possui o efeito. Se não o fizer, os acontecimentos evoluirão como fichas de dominó que se derrubam e não terá a ninguém a quem culpar exceto você mesma.
OH, te cale, mãe, Gwen pensou teimosamente. Seus pais tinham morrido, e ainda pareciam querer controlar sua vida. Ainda assim, Elizabeth tinha demonstrado um ponto válido. Só porque Gwen tinha estado distraída pelo estado de suas emoções -uma coisa que Elizabeth nunca tivesse permitido-, descuidadamente tinha deixado cair sua mochila sem primeiro examinar seus arredores. Se tivesse emprestado atenção, então não teria colocado a bolsa em uma posição tão precária. Entretanto o tinha feito, e se tinha cansado fora de seu alcance, e ela tinha ido dar a uma caverna. Esse único momento de descuido a tinha entupido nas Highlands com um homem muito doente ou muito desenquadrado.
Era muito tarde para o arrependimento. Agora só podia fazer o controle dos danos. Nesse momento ela era a que estava estirando as pernas, urgindo-o a que caminhasse mais rápido. Ele o fez em um silêncio ameaçador, assim que a jovem usou esses momentos tranqüilos para afirmar sua determinação de que ele não era uma desmontadora de cerejas potencial.
Conseguiram retornar ao Fairhaven em menos de uma hora, e a jovem suspirou aliviada ante a visão das estalagens acolhedoras, bicicletas e agências de rendas de automóveis, as cafeterias e as lojas. Já não estava sozinha com ele, enfrentada pela constante tentação de separar-se de sua virgindade ou começar a fumar outra vez, ou ambas as coisas. Correriam às lojas e juntariam... OH!
Ela se deteve e o observou com súbita desilusão.
-Não pode ir mais à frente, MacKeltar. Não há forma de que possa entrar andando no povo te vendo desta maneira-. Pecadoramente bonito, um guerreiro meio nu que não poderia misturar-se com os turistas vendo-se como um terrorista medieval.
Ele baixou o olhar e se percorreu a si mesmo, logo a dirigiu a ela.
-Estou mais talher que você- disse com uma indignada e completamente aristocrática exalação pelo nariz.
Suponiéndose que o homem incluso exalaria pelo nariz como um membro da aristocracia.
-Talvez. Mas você está talher incorretamente. Não só é uma fábrica ambulante de armas, mas também não leva nada mais que uma manta envolta ao redor de ti-. Quando ele franziu o sobrecenho, ela se apressou a consolá-lo-. É uma manta muito bonita, mas esse não é o ponto.
-Você não me deixará, Gwen Cassidy- disse ele quedamente-. Não o permitirei.
-Dava-te minha palavra de que te ajudaria a chegar a suas pedras- recordou ela.
-Não tenho forma de calibrar a sinceridade de sua palavra.
-Minha palavra é boa. Além disso, não tem outra eleição.
-Mas a tenho. Caminharemos- ele tomou sua mão e começou a arrastar a de retorno ao caminho pelo que tinham vindo.
Gwen se aterrorizou. Não havia maneira em que ela caminhasse por dois dias. Nenhuma forma no maldito inferno.
-Bem- ela gritou-. Pode vir. Mas tem que te liberar dessas armas. Não pode te passear tranqüilamente no Fairhaven com uma tocha em suas costas, uma espada em sua cintura e cinqüenta facas.
Sua mandíbula ficou tirante e ela podia ver que ele preparava uma lista de protestos.
-Não- disse ela, levantando uma mão para interrompê-lo inclusive antes de que começasse a falar-. Uma faca. Pode conservar uma faca e isso é tudo. O resto fica aqui. Retornaremos por eles uma vez que tenhamos um carro. Posso explicar seu disfarce dizendo que está trabalhando em uma dessas recreações de batalhas, mas não poderei explicar tantas armas.
Com um suspiro ventoso, ele se tirou as armas. depois das depositar sob uma árvore, moveu-se a contra gosto para o povo.
-Uh, me perdoe- disse ela assinalando para suas costas.
-Agora o que?-. Ele se deteve e olhou para trás, significativamente exasperado.
Ela contemplou com mordacidade a espada, que ele não se tirou.
-Você disse uma faca. Não especificou de que tamanho deveria ser.
Houve um perigoso brilho de luz em seu olhar e, precavendo-se que o tinha empurrado até o limite do que estava disposto a ceder, ela acessou. Simplesmente diria que a espada era parte do disfarce. Ela percorreu a arma com o olhar, desejando que essas gemas brilhantes no punho se vissem menos reais. Poderiam terminar por ser assaltados por uma tola espada falsa.
Na agência de aluguel, Gwen arrendou o último automóvel disponível, um carro pequeno e desmantelado, e acordou recolhê-lo em uma hora, o qual lhes daria tempo suficiente para comprar roupa, comida e café antes de sair para o Alborath. Guiando-o além dos olhares curiosos dos espectadores, e ocasionalmente atirando fortemente de seu braço quando ele se detinha para ficar com o olhar fixo em algo, finalmente o meteu no Barrett's, uma loja de artigos esportivos que tinha uma variedade de outros artigos obrigatórios para os turistas.
Imediatamente ele estaria apresentável. As pessoas deixariam de olhá-lo estupidamente enquanto ele passava antes de desviar seu escrutínio para ela, como se tratassem de tirar claro o que uma perfeitamente normal, embora um pouco imunda, americana, estava fazendo ao passear-se junto a tal bárbaro. Deixariam de atrair a atenção para eles -uma coisa que Gwen aborrecia- e se dedicariam a um bonito passeio em carro para o Alborath. Possivelmente almoçaria com a família do Drustan enquanto ela explicava como o tinha encontrado. Confiaria-o a seu lar familiar e logo alcançaria a seu grupo de excursão no seguinte povo.
Quer realmente deixá-lo? Retornar com os anciões?
depois da última noite, não estava segura de poder deixá-lo. Possivelmente se atrasaria por um tempo perto de sua casa e veria como estava antes de seguir adiante. Não era como se houvesse algo nos Estados Unidos pelo que ela tivesse pressa por retornar. Nem seu trabalho, nem a deliciosa casa edificada no Canyon Road na Santa Fé -que evitava da morte de seus pais-. Muitos lembranças, ainda frescos e dolorosos.
Possivelmente se alojaria em um bed-and-breakfast próximo à casa do Drustan durante algum tempo; seria a coisa mais caridosa que podia fazer.
-Onde vai?- vaiou Gwen quando ele passou rapidamente além dela, arrastando sua mão sobre um cabide de equipes de ginástica cor púrpura. Passou sua mão sobre uma sudadera de cor lavanda, logo cravou os olhos em uma badana lilás, ignorando-a. Ela negou com a cabeça mas, depois de vacilar um momento, decidiu que ele deveria ser o suficientemente inofensivo para vagar pela loja enquanto ela selecionava algo para que pudesse ficar em cima.
Gwen se concentrou em escolher roupa para um homem que tivesse o corpo excessivamente desenvolvido de um atleta profissional. Embora Barrett's tinha uma variedade de vestimentas, poucos homens tinham sua altura e corpulência. Remeteu algumas calças jeans sob um braço, olhou uma camisa de tecido do Jean, e percorreu com o olhar seus ombros largos. Nunca se ajustaria. Uma camisa canção de pescoço em V poderia fazê-lo, em algodão elástico, mas definitivamente não cor branca. Faria contraste muito bem com seu cabelo escuro sedoso e sua pele profundamente dourada. A visão de uma branca T estirada através de seu assumo musculoso a poderia persuadir de catapultar sua cereja nele.
Sentiu-o voltar-se para ela. O cabelo ao dorso de seu pescoço zumbiu no momento que ele deu um passo a seu lado, mas ela se recusou a olhá-lo. Ao mesmo tempo, um ronrono feminino do outro lado perguntou:
-Posso te ajudar?
Gwen olhou para cima do montão de camisas canções para encontrar uma dependienta alta, patilarga e treintañera, com uns óculos de bibliotecário posadas sobre o nariz por cima de uma exuberante boca franzida, olhando além dela, contemplando ao MacKeltar com fascinação.
-Traz posta uma vestimenta antiga, verdade?- ela falou com um zumbido rítmico, ignorando ao Gwen inteiramente-. Uma malha tão preciosa. Não tenho o patrão visto antes.
Drustan dobrou seus braços através de seu assumo, seu corpo ondeando sob as bandas de couro.
-E não o fará- disse ele-. Este Keltar é único.
Ali voltou o lançamento leonino de sua cabeça, o qual em uma mulher se teria visto como um gesto tímido, mas que nele era um irresistível vêem-acá-si-piensas-que-puedes-control
arme. Gwen não esperou que a dependienta começasse a babar incontroladamente. Ou fora mais à frente. Empurrou uma pilha de calças jeans e camisas aos braços do Drustan, obrigando-o a desdobrar seus braços e descartar a postura de macho.
-me permita te mostrar um quarto de provas- ronronou a dependienta-. Estou completamente segura de que encontraremos algo para satisfazer seus... desejos... no Barrett'S.
OH, me economize as insinuações, pensou Gwen, sem compadecer do interesse nos olhos da mulher. Ele poderia estar louco, mas era seu louco. Ela o tinha encontrado.
Bloqueando o corredor para impedir que -procurou com o olhar o nome da mulher na etiqueta- Miriam o olhasse, deu uma cotovelada ao Drustan para o vestidor. Miriam inalou pelo nariz e tratou de rodeá-la, mas Gwen a interceptou em um irritado e pequeno baile no estreito corredor até que ouviu o Drustan fechar a porta do vestidor detrás. Deixando cair pesadamente seus punhos em sua cintura, Gwen olhou sob seu nariz para cima, a patilarga Miriam e disse:
-Perdemos nossa bagagem. Seu disfarce era tudo o que tinha no portátil. Não necessitamos nenhuma ajuda.
Miriam percorreu com o olhar a casinha de prova, onde as pantorrilhas musculosas do Drustan eram visíveis sob a curta porta branca, logo desdenhosamente examinou ao Gwen, desde suas sobrancelhas não muito recentemente depiladas até os dedos dos pés de suas enlodadas botas de excursionismo.
-Encontrou um escocês, verdade, pequena nyaff? Vocês os americanos som jogo de dados a saltar sobre nossos homens com a mesma sede que demonstram por nosso uísque, e não acredito que possam manobrar com nosso uísque tampouco.
-Com toda segurança posso manobrar a meu marido para tirar o daqui- espetou Gwen, mais forte do que lhe teria gostado.
Miriam dirigiu um olhar apontando a sua mão sem anel e arqueou uma sobrancelha meticulosamente moldada que fez que Gwen sentisse que tinha arbustos pequenos e revoltosos crescendo por cima de seus olhos, mas se negou a sentir-se humilhada e devolveu o olhar em um silêncio gelado. Quando não fez esforços para explicar por que não luzia um anel de matrimônio e não demonstrou nenhuma inclinação a abandonar seu bloqueio do corredor, Miriam ficou em caminho para amaciar e pôr em ordem os suéteres que Gwen tinha esparramado na mesa de desdobramento.
Tragando um grunhido felino, Gwen se moveu a sua posição de guarda fora do quarto de provas, golpeando ligeiramente seu pé com impaciência. Um som de swoosh de tecido a alertou de que ele estava tirando-se seu plaid, e Gwen pôs empenho para não pensar nele parado detrás da frágil porta, nu. Foi mais duro que provar não pensar em um cigarro, e seus pensamentos desobedientes o dirigiram ainda pior: quanto mais tratava de não pensar na idéia, mais o fazia.
-Gwen?
Arrastando-se de uma fantasia na qual ela jorrava xarope de chocolate nele, disse:
-Um?
-Estes trews... och! Pelo Amergin!
Gwen bufou. O MacKeltar fingia descobrir as cremalheiras, e se tinha posto um verdadeiro plaid do século dezesseis (segundo o que seu guia de excursão lhes havia dito), não tinha roupa interior em cima. Ouviu umas poucas maldições resmungadas mais, logo um zzzzzp. Também outra maldição. Ele soava tão convincente...
-Sal e me deixe verte- disse ela, lutando para manter-se seria.
Sua voz soou estrangulada quando ele respondeu:
-Você terá que entrar.
Roubando um olhar furtivo a Miriam, convenientemente acossada por um adolescente cheio de acne, Gwen entrou no vestidor. Ele se observava a si mesmo no espelho e lhe dava as costas, e, Céus, ela teria estado muito melhor se nunca tivesse visto seu musculoso traseiro apertado em um par de ajustadas calças jeans descoloridas. Seu cabelo negro e comprido ondeava sobre seus ombros e suas costas, convidando-a a passar rapidamente seus dedos entre eles e continuar para baixo pelas cordilheiras esplêndidas de músculo.
-Date a volta- disse ela, sua boca repentinamente seca.
Ele fez isso, com uma expressão carrancuda.
Ela contemplou seu assumo nu e, com esforço, obrigou-se a recordar-se que supostamente devia ter a vista nas calças jeans. Seu olhar passou roçando para baixo sobre seu abdômen ondeado e seus quadris magros e...
-O que preencheste você em suas calças, MacKeltar?- demandou.
-Nada que não foi dado Por Deus- ele respondeu rigidamente.
Gwen ficou com o olhar fixo.
-Não há maneira de que seja parte de ti. deveste ter entupido um meia três-quartos ou... algo. OH, caramba-. Ela levantou seu olhar de sua virilha. Um músculo pulsava em sua mandíbula, e ele estava adorablemente incômodo.
-Não acredito que tivesse a intenção de me torturar, vi outros homens na rua com esta roupa, assim não tomarei medidas supostas. Entretanto, penso que o problema é quase o mesmo que o de meus pés- informou-lhe.
-Seus pés?- ela repetiu quase em silêncio, seu olhar descendendo. Eram grandes.
-Sim-. Ele gesticulou para os dela-. Em seu tempo coloca seus pés em botas constrictivas, enquanto que nós levamos postos couros suaves e flexíveis.
-Seu ponto?- as engenhou para dizer Gwen.
-Têm mais capacidade para crescer- disse ele, como se ela fora ingênua.
Gwen se ruborizou. De todas as coisas para lhe fazer uma brincadeira... preenchendo com meias três-quartos suas calças, certamente!
-MacKeltar, não acredito para um minuto que...- gesticulou para a protuberância em suas calças jeans- isso é teu. Posso acreditar algo, mas sei qual é a aparência de um homem, e essa não é a aparência de um homem.
Ele a esmagou contra a porta do vestidor, e sua boca sensual, muito próxima para sua segurança, curvou-se em um sorriso muito confiada.
-Então simplesmente terá que vê-lo por ti mesma. me toque, moça. Toca minha... meia três-quartos-. Seu olhar de prata reluzia com desafio, enquanto ele baixava sua cremalheira.
-Uh-uh- ela meneou sua cabeça para acrescentar mais ênfase.
-Então me encontre um par de calças que não ameacem cortar minha dignidade.
-Estraguem- ela esteve de acordo, fazendo um intento para não pensar em que tinha aberto a cremalheira.
-Não deixe que isto te assuste, moça. Adaptaremo-nos muito bem juntos quando fizer o amor contigo- ele ronronou.
Seu acento precioso, acoplado com sua meia três-quartos, era toda a persuasão que ela necessitava para lhe tirar as calças jeans com os dentes. Gwen fechou os olhos.
-Retrocede... ou te ajudarei a encaixar nessa calça- ameaçou-o-. Com sua espada, se for necessário.
-me olhe, Gwendolyn- disse ele brandamente.
-Gwen- resmungou ela.
-Gwen- ele acessou. Justo antes de beijá-la.
Capítulo 7
Um relâmpago quente, pensou Gwen. Seu contato era eletrizante. A atração crepitou entre os dois, e ela soube que ele o sentia também, porque se tornou para atrás e a olhou de uma maneira estranha. Então, aproximando-se de seus lábios e apartando-os com seu polegar, abriu-lhe a boca e roçou seus lábios firmes de novo sobre os dela, criando uma fricção ligeira e irresistível.
Sim, ela pensou. Isto é o que necessitava. Sinto-me... ooh! Ele inclinou sua cabeça em um ângulo perfeito, precisamente como Lancelot fazia com Genebra nesse único beijo entre eles no filme First Knight e selou sua boca sobre a dela. Ela tremeu quando sua língua descendeu rapidamente entre seus lábios... um homem ardente e terso e selvagem.
Toma isso, Miriam.
Enjoada por um ataque de desejo, sua cabeça fez plaf fracamente para trás contra a porta de vestidor. Ela deslizou suas mãos sobre os músculos que ondeavam em seus braços, sobre seus ombros, logo as fechou firmemente detrás de seu pescoço. Não tinha ido a Escócia, cansado em um oco, e encontrado a um louco: tinha morrido e ido ao céu, e ele era sua recompensa por tratar de agradar a seus pais por tantos anos. O homem fechou suas mãos em sua cintura, logo as deslizou intimamente para cima enquanto fazia mais fundo o beijo, atrasando-se sobre cada curva. Quando esmagou sua Palmas apenas sobre seu seios, suas coxas se abriram de repente com um pequeno som explosivo tão lisamente que ela se perguntou se não levava um letreiro através deles que dizia APURA AQUI PARA o SEXO. Arqueou suas costas, esfregando seus mamilos duros contra sua Palmas calosas. O meia três-quartos que o tinha acusado de ter, era o meia três-quartos mais duro que ela alguma vez havia sentido e perigosamente perto de apertar-se entre suas coxas.
E ela o queria ali, Por Deus.
Queria senti-lo sedoso e ardente dentro dela, nu, sem nada entre eles.
Ele roçou seus mamilos com seus polegares enquanto sua língua se deslizava mais profundo, hábil e faminta, tão profundo que conquistou os pequenos ruídos suaves de ronrono de sua garganta. Com um movimento sutil de seus corpos, ele desviou sua ereção por volta da V de suas coxas e empurrou seus quadris com o mesmo ritmo cruel, insistente como com o que colocava a língua em sua boca. Quando ele cavou as mãos sobre seu traseiro e a elevou contra si, ela se impulsionou felizmente em cima dele, acomodou suas pernas ao redor de sua cintura, e o beijou freneticamente.
A moça se arqueou contra o homem, tratando de estar o mais perto possível, com tanta roupa irritante e restritiva entre eles. Trespassou os dedos no sedoso cabelo do Drustan, sorveu sua língua, desesperada-se por obter mais dele. Drustan fez uma sorte de risada, um som masculino de satisfação do profundo em sua garganta, sujeitou a cabeça do Gwen entre suas mãos, e a beijou tão sem piedade que lhe tirou a respiração. Sua língua se deslizou em sua boca, retirou-se e retornou. Ela tocou sua pele, serpenteando com energia cinética onde ele a tocava; estava empapando-se e fazendo-se cada vez mais ardente no centro de suas sensações. Esse homem conhecia sua freqüência natural e a fazia ressonar até alcançar o tom perfeito. E como o cristal fino, que ao vibrar continuamente em sua freqüência natural se faz pedaços, atravessada por simples carícias ela se aproximava de uma explosão similar.
-Posso-te encontrar um estilo ou tamanho diferente?- piou Miriam além da porta do vestidor, inspirando o único sentimento benévolo que Gwen alguma vez teria para ela, por resgatá-la antes de que entregasse sua virgindade no piso de um quarto de provas com um louco. Com uma porta que acabava um pé por cima do piso.
Drustan gemeu, logo fez mais fundo o beijo.
Que vergonhoso! A prudência do Gwen retornou em escalas. O homem me beija e eu simplesmente montante de um salto sobre ele, como se fora o novo passeio mais quente no Disneyland. perdi o julgamento? Ela cravou as unhas em seus ombros e lhe mordeu a língua.
-Ai. Não acredito que isso fizesse falta- murmurou ele, a paixão resplandecendo em seus olhos, junto com a irritação porque alguém se atreveu a interrompê-los. Não era claramente um homem ao que gostasse de deter algo que tivesse começado. via-se categórica e perigosamente excitado.
-Senhora?- disse Miriam em um tom suscetível.
Gwen estava envergonhada ao dar-se conta de que fazia ruídos suaves de ofego. Fez uma respiração profunda, obrigou-se a si mesmo a desembrulhar suas pernas e se deslizou de seu corpo. As mãos do Drustan se fecharam hermeticamente sobre seus quadris, até que ela ameaçou seus ombros com suas unhas outra vez. A contra gosto, ele a baixou até o piso, então agilmente tratou de beijá-la outra vez.
-Alto aí- ela murmurou furiosamente.
depois de tomar outra respiração tremente, chamou a Miriam.
-Sim. As roupas... hum... bem. Que tal a respeito de... uh... um par desses caquis. Uma marca de talha frouxa em trinta e duas... espera um minuto-. Ela negou com a cabeça, fazendo um intento para vê-lo objetivamente. Para acomodar suas coxas fornidas, teriam que lhe andar soltos na cintura-. Traz um trinta e quatro, trinta e seis, e com uma cintura de trinta e oito polegadas-corrigió-. E um cinturão- fechou seus olhos e tomou várias respirações profundas mais. Seu coração trovejava como um aríete contra a parede de seu assumo.
-Senhora?- Miriam arrulhou tão docemente que só outra mulher teria ouvido a malícia.
-Sim?
-Precavo-me de que os americanos são diferentes... e possivelmente seus pés não estavam no piso porque subiu à cadeira para admirar as câmaras de vídeo de avançada tecnologia que recentemente instalamos, mas há meninos na loja, e em Escócia se toma sua educação seriamente. Estes vestidores não são mistos.
Sua face flamejou.
-te tire de mim, bruto- ela vaiou, empurrando seu assumo. Lhe dispensou um olhar que prometia continuar onde o tinham deixado, plenamente e logo, antes de dar um passo atrás.
-Como gosta. Esposa- ele ronronou, logo abriu a porta com um floreio e uma reverência cortês.
Gwen se ruborizou. Era muito esperar que ele não a tivesse ouvido responder bruscamente a Miriam mais cedo. Saiu imediatamente, e ali estava parada a infernal Miriam, cravando o olhar além dela, no Drustan MacKeltar vestido em umas estreitas calças jeans com a cremalheira aberta e sem camisa.
-OH, caramba- Miriam se encharcou os lábios-. Alcançarei-lhe esses caquis.
Mas Miriam não se moveu uma polegada, e Gwen quis chutá-la. Melhor ainda, devolver de um golpe seus globos oculares de volta a sua cabeça.
-foste alcançar essas calças- Gwen lhe recordou rigidamente.
-OH, sim- disse Miriam, aturdida-. Se os caquis não cobrirem a... er, se não calçarem bem... possivelmente poderia provar as calças de jogging. São muito... espaçosos- ela irradiou um sorriso brilhante ao Drustan, seu olhar passando velozmente da protuberância escassamente tampada em sua virilha para sua mão sem anel.
-Muito bem. Traz alguns desses também-. Gwen olhou encolerizadamente ao Drustan, logo devorou a porta estreita para fechá-la. apoiou-se contra ela e suspirou, tratando de recompor-se.
-Quero a calça púrpura, moça- Drustan chamou a porta.
-Não- disse ela irritada.
-E uma camisa púrpura.
Claro que não, pensou ela. Seu cabelo negro e sua pele escura teriam um contraste incrível com uma cor tão vibrante. Talvez o negro o faria ver-se insípido. A gente sempre poderia ter esperança. Quando, depois de uns poucos minutos e várias maldições ininteligíveis, ela ouviu as calças jeans cair ao piso, imaginou nu e se perguntou se alguém poderia lhe haver deslizado um afrodisíaco nas passadas vinte e quatro horas.
Encontra um homem com quem quer falar nas horas pequeñitas, um homem com o que possa discutir no momento que seja necessário, um homem que te faça chispar quando te toca, havia dito Beatrice. Bem, o chiado estava ali, e certamente podiam discutir.
Negou com a cabeça, recusando-se a entreter-se com a idéia de que um louco poderia ser sua potencial alma geme-a.
Ele podia ter um bom ponto a respeito de seus pés. Aumentariam de tamanho as coisas verdadeiramente se as deixava livres? Certamente não se havia sentido como um meia três-quartos... mas bem como essa lata de Pelotas de tênis na prateleira detrás da caixa registradora. Ela baixou o olhar para seu seios. Deveria deixar de trazer posto um sustento e começar a trazer postas calcinhas mais rodeadas?
Como ela ia olhar lhe agora?
As calças de jogging eram passíveis, decidiu Drustan, aliviado. A estreita calça azul tinha sido um dispositivo de tortura e teria constrangido a semente de um homem. Talvez os homens estavam modelados de maneira diferente no tempo dela. Ele não tinha visto outra protuberância fora, na rua; talvez todos eles tivessem cenouras diminutas em suas calças; talvez existiam centenares de mulheres insatisfeitas nesse século. Embora no momento, só a satisfação de uma só mulher era de interesse supremo para ele, e rapidamente se estava obcecando com isso.
Gwen Cassidy o fazia algo incrível. O fazia sentir os joelhos débeis, e poderoso ao mesmo tempo. O fazia sentir a potência e a virilidade de seu sangue druida martelar em suas veias. Quando a tocava, tudo no mundo cobrava sentido perfeito, como se estivesse construído de elegantes equações matemática. Deveria temê-la porque, ao sujeitá-la, tinha esquecido todo o deveria estar preocupando-o.
Os druidas sustentavam que enquanto major fora um objeto, quanto mais impacto o objeto tivesse no espaço no qual existia, major era a influência que exercia em outros objetos. Drustan sempre se considerou prova andante de tal postulação; mas Gwen, a diminuta Gwen, tinha muito pouca massa, mas um impacto monumental em seu mundo. Ela desafiava as leis da natureza.
Suspirando, jogou à força de seus pensamentos seu corpo pequeno e firme e se estudou a si mesmo no espelho. A calça de jogging (chamado Adidas) era ajustado mas frouxo, com coisas notáveis e elásticas na cintura e os tornozelos. Eram por longe a seleção mais adequada. Admirou o tecido negro, densamente tecida; suspeitou que poderia repelir a água. O púrpura teria sido melhor, mas o negro era aceitável. Não uma cor da realeza, mas tampouco de um servo.
A calça azul tinha sido doloroso, e um trabalho de coloração terrível do tecido, como se a cor não se assentou. Nenhum tecedor em seu clã teria confessado uma arte tão terrível. E essa calça branda -caqui-, embora com um ajuste razoável, o teria distinto como um agricultor, o que o Keltar não era. Seu plaid de púrpura imperial e negro, entrelaçado com custosos fios de prata, estava enrolado pulcramente com três de suas bandas de couro e acolchoado sob seu braço. A gente desse século claramente não se apegava à lei do brehon. Tinha havida prateleiras com trajes púrpura, para que simplesmente qualquer pudesse comprá-los, formados em ordem a todo o comprido da loja. Os Keltar, em séculos passados e com muita pompa e cerimônia, tinham sido dotados do uso completo das sete cores por um rei gaélico. Os lairds MacKeltar tinham direito a ter posto o púrpura sempre que um Keltar vivia.
E Por Deus, ele estava vivo, claro que sim. Talvez nenhum outro de seu clã o estava, mas ele estava vivo, e uma vez que chegasse a suas pedras, encontraria o que fora que se desviou do caminho correto. Estava receoso a respeito desse mundo no que ela vivia, esse carromato, mas para chegar a Castelo Keltar esse mesmo dia, ele teria montado um dragão que respirasse fogo.
Rezou que por algum milagre Silvan pudesse ter vivido e engendrado meninos a sua idade avançada, o que não era impossível, e que encontraria descendentes vivinhos e abanando o rabo. Rezou que em caso de que não, ao menos encontraria seu castelo intacto pelo tempo, com as tabuletas em lugar seguro, e que pela meia-noite da manhã seguinte estivesse parado sem nenhum machuco em seu século outra vez. Nenhum dos ruídos ásperos, nenhum dos aromas horríveis, nenhum ritmo antinatural da Gaea mesma...
Separando-se de uma patada os duros sapatos brancos com cordas que ela tinha empurrado sob a porta fazia uns momentos, ficou de novo suas próprias botas. Apertou seus punhos dentro da camisa canção, sem ter idéia de por que se chamava canção a distinção de uma camisa ou uma camiseta, e estirou o tecido para que não fora tão apertada ao redor de seu pescoço e seu assumo.
Abrindo a porta, fez uma pausa um momento e acariciou com o olhar o pequeno e bem proporcionado corpo dela. Encaixavam, embora suspeitava que ela não acreditaria até que ele o demonstrasse, e esperava demonstrar-lhe muitas vezes.
lhe gostava ao Gwen Cassidy, Espinosa, teimosa, um pouco dominante e mandona além disso, até que sentia dor por lhe arrancar de um puxão suas roupas e derrubá-la sobre o urze doce. Estender suas pernas e provocá-la até que ela implorasse por ele. Enterrar sua face entre seu seios e saborear sua pele. O beijo que tinham compartilhado só tinha aguçado seu apetite por ela, e ele gemeu, recordando que tão difícil tinha sido desprender-se essa estreita calça azul sobre seu membro inchado.
manteve-se de pé na entrada, acomodou seu sporran em torno de seus quadris, sujeitou uma de suas bandas do couro em cima, e empurrou a espada através dela. Ele se moveu silenciosamente detrás da jovem e apoiou suas mãos no lance magro de sua cintura. Sorrindo abertamente, deslizou suas mãos mais baixo. Ela tinha um traseiro delicioso, suave e feminino e com a forma de um coração definitivamente cabeça abaixo, e aproveitaria cada oportunidade para tocá-lo. Estava a ponto de pressionar um dedo intimamente entre seus globos gêmeos quando ela se esticou e saiu disparada de sua sujeição.
Ele arqueou uma sobrancelha a dependienta.
-Minha esposa ainda não se acostuma para mim. Não estivemos casados muito tempo.
Algema... Hmm, realmente gostava da forma em que soava, pensou, observando ao Gwen.
-Bonita espada- ronronou a dependienta, olhando quase um pé à esquerda da arma.
Gwen girou sobre seus talões.
-Vamos- disse ao Drustan-. Marido.- O olhar que lhe dirigiu corredor de paixão, e ela começava a perguntar-se simplesmente quanto tempo ia ser capaz de mantê-lo sob controle. Se é que alguma vez realmente o tinha tido sob controle, para começar.
-Eu gostaria de me acostumar a ti- murmurou Miriam, enquanto observava ao homem imponente guiar a sua esposa fora com uma palma possessiva estalagem na parte pequena de suas costas.
Lhe lançou um sorriso provocador por sobre seu ombro.
O estado de ânimo do Gwen se elevou a umas poucas quadras da cafeteria, animado pelo aroma tentador de grãos de café recém moídos flutuando no ar sobre uma brisa suave. Em questão de instantes estaria encarregando cappuccino e pão de chocolate. Pão-doces de laranja azeda e arándanos. Gwen soltou um sincero suspiro de prazer enquanto entravam no café.
-Moça, ali há tantas pessoas- disse Drustan ansiosamente-. A totalidade deste povo pertence a um só laird?
Gwen o percorreu com o olhar e decidiu que deveria ter ido com a canção branca, porque Drustan MacKeltar, vestido de pés a cabeça de negro, era, como seu melhor amiga Beth diria, categoricamente follable. Ainda experimentava calafrios por seu beijo, que não foram deter se menos que deixasse de olhá-lo, assim passeou o olhar precipitadamente ao redor da loja. Famílias com meninos, anciões e casais jovens, em sua major parte turistas, estavam sentados em dúzias de mesas pequenas.
-Não, devem ser todos de famílias diferentes.
-E são pacíficos? Todos estes clãs diferentes comem conjuntamente e estão contentes disso?- exclamou ele, com o suficiente volume para que várias pessoas começassem a olhá-los.
-Shh... está chamando a atenção sobre nós.
-Sempre chamo a atenção. Ainda mais esta vez. São pessoas pequenas... pequeñitas, além de ti.
Ela o olhou furiosamente.
-Simplesmente guarda silêncio, te comporte bem, e me deixe fazer o pedido.
-Estou comportando- ele resmungou, logo se afastou para olhar estupidamente as máquinas de prata brilhantes moendo e elevando café e lançando fumaça.
Estou comportando? Seu controle da linguagem a desconcertou. Mas então pensou nisso um momento: Ser bom = sendo bom; estar quieto = estando quieto; te comporte = comportando. Havia uma consistência inquietante em sua loucura. O que era o que Newton havia dito? Posso calcular o movimento dos corpos celestes mas não a loucura das pessoas.
Enquanto Gwen fazia o pedido, Drustan rodeou o interior da cafeteria, sem perder-se nada. Pareceu fascinado por tudo, recolhendo jarras de aço inoxidável, lhes dando voltas de um lado a outro e cabeça abaixo, inalando as bolsas de grãos de café, escavando nos canudinhos e os guardanapos. Logo encontrou as especiarias. Ela o apanhou no quiosque de condimentos precisamente enquanto ele se deslizava os potes pequenos de canela e chocolate no bolso de suas calças de jogging.
-O que está fazendo?- murmurou ela, tirando as cobertas dos copos de café. ficou no ângulo adequado para que os donos do estabelecimento não pudessem ver que ele infringia a lei-. Isso saca de seu bolso!
Ele se burlou.
-Estas são especiarias valiosas.
-Cometeria um roubo?
-Não, não sou ladrão. Mas esta é canela e cacau. Nada disso é fácil de conseguir por aí, estamos muito longe, e Silvan o adora.
-Mas não é teu- disse ela, tratando de ter paciência.
-Sou o MacKeltar- disse ele amavelmente, tratando de ter paciência-. Tudo é meu.
-Devolve-os.
Sua risada zombadora era puro desafio masculino.
-Devolve-os você.
-Não colocarei as mãos em seus bolsos.
-Então ficam onde estão.
-É tão teimoso.
-Sou-o? Eu? Diz-o a mulher que insiste em que tudo seja a sua maneira?-. Ele fechou as mãos em sua cintura, e intercambiado sua voz em uma oitava superior, imitou-a-: Deve trazer postos sapatos brancos. Deve te tirar suas armas. Deve te transportar em um carro. Não deve me beijar embora envolva minhas pernas ao redor de ti quando o faz.- Encolhendo-se irritado, voltou para seu acento profundo-. Deve. Deve. Deve. Estou enfastiado dessa palavra.
As bochechas do Gwen ondularam ao escutar o sarcasmo a respeito de suas pernas ingovernáveis. Colocou a mão no bolso dele e fechou seus dedos ao redor das pequenas garrafas de vidro.
-Silvan estará descontente- disse ele, dando um passo mais perto com um sorriso lobuna.
-Silvan morreu cinco séculos atrás, segundo você-. No momento que disse as palavras, lamentou-o. Um brilho de dor cruzou a face do homem, e ela se pôde ter chutado si mesmo por ser tão insensível. Se ele estava doente, então realmente podia acreditar em tudo o que lhe dizia, e se era assim, a morte de seu pai, real ou imaginado, machucaria-o.
-Sinto muito- disse ela rapidamente. Orvalhou canela em seus cappuccinos espumosos. Logo, para emendar-se por suas palavras cruéis, escorregou a garrafa de volta em seu bolso, tratando de ignorar dois fatos perturbadores: que estava ajudando e instigando um ato criminal e que estava muito perto de sua meia três-quartos, que rimava com galo, e OH, tivesse desejado uma vista completa dentro dessas calças jeans.
Coléricamente, ele mergulhou sua mão em seu bolso, arrancou ambas as garrafas, e as deixou cair pesadamente no pequeno quiosque de condimentos. Sem falar, deu-lhe as costas e saiu com passo impetuoso pela porta.
Gwen se apressou a sair depois dele, e enquanto passava por uma mesa onde um homem de aparência distinguida estava sentado com sua esposa e seu filho, ouviu o ponto de vista do menino:
-Pode acreditar que foram roubar a canela e o chocolate? Não se viam pobres. Viu sua espada? Cáspita! Estava melhor que a do Highlander!
Gwen, envergonhada, remeteu o pacote de confeitos sob seu braço, balançou no ar ambas as taças de café, e lutou contra a porta.
-Drustan, espera. Drustan, sinto muito- chamou-o vendo suas costas larga e teimosa.
Ele deteve metade de um passo, e quando se deu a volta, sorria. Tão breve era a duração de sua cólera? Ela agüentou a respiração e a sustentou. Era simplesmente o homem mais formoso que alguma vez tivesse visto, e quando ele sorriu...
-você gosta de eu.
-Não é certo- mentiu ela -. Mas não tive a intenção de ferir seus sentimentos.
Ele permaneceu impávido.
-Sim, você gosta, moça. Posso dizê-lo. Chamou-me por meu nome de pilha e franzidos o cenho, com os olhos úmidos. Perdôo-te por ser cruel e irrefletida.
Ela trocou de tema precipitadamente e se ocupou de algo que a tinha estado incomodando desde que tinham deixado Barrett's e a essa Miriam esnobe.
-Drustan, o que significa nyaff?
Ele pareceu alarmado, logo riu.
-Quem se atreveu a te chamar pequena nyaff?
-Essa mulher lesma no Barrett'S. E deixa de rir de mim.
-Och, moça-. Mais risada.
-Bem, o que quer dizer?
-Desejas a explicação inteira, ou um simples resumo? Não posso pensar em um no momento- adicionou-. É uma palavra excepcionalmente escocesa.
-A explicação inteira- ela murmurou.
Os olhos cintilando, uma sobrancelha traviesamente arqueada, ele disse:
-Como gosta. Quer dizer algo que irrita, como um mosquito, cuja aptidão para incomodar e inspirar desprezo não depende de seu tamanho diminuto mas sim do presunção que o acompanha.
Gwen bulia quando ele terminou. Deu a volta e empreendeu a volta para o Barrett's para contar à estirada Miriam precisamente o que pensava dela.
-Detenha, moça- disse ele, alcançando-a e fechando sua mão na parte superior de seu braço-. É fácil distinguir que simplesmente estava ciumenta de ti... por ter a um homem tão esplêndido como eu a seu lado, especialmente depois de que me contemplou nessa calça estreita- disse-lhe apaciguadoramente.
Gwen deixou cair pesadamente seus punhos em sua cintura.
-OH, não pode estar mais contente contigo mesmo?
-Você não é nyaff, moça- disse ele, remetendo amavelmente um fio de cabelo detrás de sua orelha-. Ela estava muito mais invejosa do olhar em minha face quando te contemplo.
Bem. Suas velas se desinflaram. Gwen se sentiu repentinamente muito mais benigna para a Miriam, e devia notar-se o em sua face porque ele sorriu arrogantemente.
-Agora você gosta ainda mais.
-Não é verdade- disse ela rigidamente, devorando seu braço para soltar-se-. vamos conseguir esse automóvel de aluguel e sair daqui.
Que Deus a perdoasse, começava a sentir mais que isso por ele. sentia-se territorial, protetora e categoricamente luxuriosa.
Capítulo 8
20 de setembro
7:32 p.m.
Um estouro de um pneumático em companhia de um homem que não tinha idéia de como trocar um, e nem sequer acionar um gato mecânico, um alto para recolher suas armas, três estações de descanso, quatro cafés, e um tardio almoço atrasado mais tarde, chegaram aos subúrbios do Alborath, justamente enquanto o crepúsculo caía.
Gwen o olhou de esguelha e se perguntou se a cor alguma vez retornaria a sua face. Tinha ascendido a velocidade do tremente carro a setenta mas rapidamente tinha diminuído a marcha quando ele se agarrou os lados de seu assento tão apertadamente que se ela o tivesse golpeado ligeiramente com uma unha, ele poderia haver-se destroçado.
Tinha sido bom que tivesse baixado a velocidade, porque o aro se tornou plaina duas milhas fora do Fairhaven, e tivessem tido que caminhar de volta e trazer para uma pessoa da agência de aluguel para arrumá-la, além de um técnico para trocar o aro. Ela tinha tratado de alugar um veículo diferente, mas como tudo estava sob contrato, era esse ou nenhum até o dia seguinte pela tarde.
Uma vez com o aro trocado, tinham reatado seu passeio, e eventualmente ele se relaxou o suficiente para fixar a atenção nos copos de café e as guloseimas. depois de queixar-se porque ela não tinha levado arenques e tatties, tinha consumido o café e o chocolate com gosto. O prazer que ele tinha exibido com artigos tão normais a tinha irritado mais ainda. Que Deus a ajudasse, mas quase começava a acreditar nele. Não tinham falado muito durante o passeio em carro, embora não por não fazer um intento. Ele simplesmente não tinha parecido capaz de relaxá-lo suficiente para falar.
Agora, à medida que as luzes do Alborath apareciam à vista, aninhada em um vale exuberante, sua tez era fantasmal no crepúsculo.
-Você gostaria de te deter no povo?
-Não- respondeu ele concisamente. Separou à força seus dedos do bordo do assento e apontou para uma estrada do norte do povo-. Deve guiar esta besta de metal para o topo dessa montanha.
Gwen observou a montanha para a qual ele apontava. Havia duzentas e setenta e sete montanhas em Escócia, ou algo assim dizia seu folheto, que excediam os três mil pés, e ele assinalava para uma delas. Suspirando, rodeou o povo, diminuindo a velocidade quando alcançou a montanha. Tinha estado esperando convencer o de tomar o jantar e assegurar um descanso temporário antes de enfrentar a imensidão de suas falsas ilusões.
-me conte sobre sua casa- urgiu-o. O dia tinha sido uma prova para os dois, e sentiu uma repentina descarga de interesse. Estava a ponto de levá-lo a casa, e o que ocorreria se não havia uma ali? O que ocorreria se as seguintes poucas horas prejudicassem criticamente sua mente já danificada? Estava disposta a ficar com ele até a noite seguinte para ver sua prova, embora tecnicamente tinha completo a cabalidad o pacto: tinha-o aproximado sem nenhum machuco ao Ban Drochaid. Mas tinha o pressentimento de que tecnicamente não significava muito para um homem de seu temperamento.
-Não cria que me deixará agora- disse ele, colocando sua mão em cima da dela na alavanca de mudanças.
Gwen o percorreu agudamente com o olhar.
-O que é você? Um adivinho de pensamentos?
Ele meio sorriu.
-Não. Somente te recordo que seu convênio comigo foi que ficaria vendo minhas provas. Não te deixarei me falhar agora.
-O que vais fazer, me encadear outra vez?- disse ela secamente.
Quando ele não respondeu, ela o olhou de novo. Por Deus no Céu, o homem se via perigoso. Seus olhos de metal de prata eram frios e terrivelmente acalmados... e sim, encadearia-a outra vez. Por uma fração de segundo, na luz estranha e morada do crepúsculo, olhou-a como se ele verdadeiramente tivesse dado um passo diante de cinco séculos, um guerreiro bárbaro concentrado em sua busca, e que não permitiria que nada nem ninguém se metesse no meio.
-Não tenho intenção de dar marcha atrás- disse ela rigidamente.
-Assumo que dar marcha atrás significa atuar com desonra?- disse ele rotundamente-. Bem, pois não o permitiria.
Conduziram em silêncio por um tempo.
-Desfruta você as rimas de um bardo, Gwen?
Ela o percorreu agudamente com o olhar.
-fui acusada de desfrutar da poesia de vez em quando-. A poesia romântica, o tipo que nunca lhe lia Chez Cassidy quando era uma menina.
-Concederia-me um favor?
-Seguro, por que não- disse ela com um suspiro que um mártir invejaria-. Já tenho feito cinqüenta, o que poderia prejudicar um mais?
Lhe cedeu um sorriso débil, logo falou fica e docemente:
-Onde você te derrube, ali é onde estarei eu, duas chamas brilhando de uma só brasa; ambos para frente e atrás voando no tempo: se se murcha sua arte, recorda.
Ela se encolheu de ombros, confusa. Tinha começado mas bem romântico, mas não tinha acabado desse modo.
-O que quer dizer?
-Tem boa memória, Gwen Cassidy?- evadiu ele.
-É obvio que sim-. OH, Deus Santo, ele a estava perdendo.
-diga-me isso de novo.
Ela o olhou. Sua face estava pálida, suas mãos feitas punho em seu regaço. Sua expressão era mortalmente seria. Por nenhuma outra razão que para apaziguá-lo, ela o fez repetir, e logo o repetiu a sua vez sem engano.
-Há um propósito para isto?- perguntou quando ela já o havia dito três vezes, perfeitamente. Estava permanentemente gravado em sua mente.
-Fez-me feliz. Obrigado.
-Esse parece haver-se convertido em meu propósito na vida- disse ela secamente-. Esta é outra dessas coisas que se farão evidentes para mim com o tempo?
-Se tudo sair bem, então não- ele respondeu, e algo em sua voz fez um tremor beijar sua coluna vertebral-. Reza porque não necessite nunca entendê-lo.
Ela trocou o tema ansiosamente, e durante o resto do passeio falaram de coisas innocuas enquanto a tensão se acumulava. Ele descreveu seu castelo carinhosamente, primeiro os terrenos, logo o interior e algumas das recentes renovações. Ela falou de seu trabalho de autômato mas disse poucas coisas significativas. Gwen estava condicionada para não sobreexhibirse: quanto mais um homem soubesse dela, menos terminava por lhe gostar de, e por razões que não podia explicar sequer para si mesmo, ela queria lhe gostar da o Drustan MacKeltar. Parecia que ambos estavam repentinamente ansiosos de encher o silêncio, ou os tragaria vivos.
No momento que alcançaram a parte superior da montanha, as mãos do Gwen tremiam no volante, mas quando Drustan levantou uma mão para lhe apartar o cabelo da face, viu que as dele também o faziam. Não se perdeu o significado desse fato: ele não jogava com ela. Verdadeiramente esperava encontrar seu castelo no alto dessa montanha. Firmemente encalhado em sua falsa ilusão, ele também tinha medo de que já não pudesse existir. lhe jogando furtivamente algumas olhares, a contra gosto ela concedeu que o homem não estava sofrendo amnésia ou jogava algum jogo estranho. Ele acreditava ser o que havia dito. Essa certeza estava muito longe de reconfortá-la. Uma lesão corporal cicatrizava, uma aberração mental era muito mais difícil de curar.
Endurecendo-se, baixou a velocidade, relutante a completar a viagem. Desejou ter caminhado com ele, assim não teria que encarar esse momento agora. Se ela o tivesse feito a sua maneira, então o poderiam haver posposto por outras vinte e quatro horas.
-te volte para o norte.
-Mas não há estrada ali.
-Já o vejo- disse ele desagradablemente-. E considerando que chegamos até aqui, pensaria que poderia ser, de fato, algo que me concerne.
Ela deu volta à esquerda, e os focos dianteiros do carro iluminaram o topo de uma colina coberta de erva.
-Acima da colina- ele urgiu brandamente.
Inspirando profundamente, Gwen obedeceu. Quando ele ordenou deter-se, ela não precisou escutá-lo quase, porque já começava a falhar a embreagem e estava a ponto de entupir-se de qualquer maneira. As pontas das pedras de altura imponente do Ban Drochaid se abatiam sobre a crista da colina, negras contra um brumoso céu púrpura.
-Hum, eu não vejo um castelo, MacKeltar- disse ela com vacilação.
-Está mais à frente do fell; o mon o oculta porque está situado na parte mais longínqua, depois das pedras. Vêem. Mostrarei-te-. Ele tocou nervosamente o trinco da porta, logo saiu do carro.
O fell e o mon deviam significar colina ou crista, ela decidiu enquanto apagava as luzes e se unia a ele. O pequeno tremor em suas mãos se propagou pelo resto de seu corpo, e estava repentinamente geada.
-Um momento, me deixe agarrar meu sudadera- disse ela. Ele esperou impacientemente, seu olhar fixo no topos das pedras, e ela soube que estava desesperado por levantar-se sobre a cúpula a ver se seu castelo ainda se mantinha de pé.
Não mais ansioso do que ela estava para atrasá-lo.
-Quer um pouco de comida antes de que vamos?- disse radiantemente, tratando de alcançar as empanadillas de salmão e aipo que tinham metido em uma caixa na última estação.
Ele sorriu fracamente.
-Vêem, Gwen. Agora.
Com um resignado encolhimento de ombros, ela fechou de repente a porta do carro e andou com passo vexado até seu lado. Quando ele tomou sua mão na sua, não tratou de apartar-se, mas sim avançou lentamente mais perto, quase muito para suportá-lo.
Caminharam o resto do pendente em silêncio, apenas quebrado nada mais que pelo canto dos grilos e o zumbido melódico das rãs arbóreas. No topo, ela inspirou profundamente. Contra da cortina de fundo de púrpura rosado do céu, uma brisa suave frisava a erva dentro do círculo de pedras. Ela contou treze delas, alinhadas ao redor de uma laje grande no meio. Os megalitos eretos e imóveis, eram negros contra o horizonte brilhante.
Não havia nada mais lá das pedras.
OH, uns poucos pinheiros, e, concedido, várias costas suaves que poderiam bloquear uma vista, mas nada detrás da qual um castelo poderia encurvar-se traviesamente.
Avançaram em silêncio, atravessando o círculo de pedras, muito mais lentamente agora, por diante deles, depois de uns cotos do que uma vez tinham sido carvalhos elevados e antigos, até a base clara de um castelo que já não se levantava ali.
Ela se recusou a olhá-lo. Não o olharia.
Quando alcançaram o perímetro do muro, ele se fincou de joelhos.
Gwen contemplou a erva alta em meio das ruínas, as partes de pedra e argamassa em pilhas derrubadas, o céu anoitecido além da tumba apenas visível do castelo, algo exceto a ele, temendo o que veria. A angústia? O horror? A compreensão de que ele verdadeiramente era um perturbado mental, titilando nesses belos olhos de prata que pareciam tão falsamente lúcidos?
-Och, Cristo, eles estão todos mortos- ele murmurou-. Quem destruiu a minha gente? por que?- suspirou trémulamente-. Gwen-. A palavra era estrangulada.
-Drustan- disse ela brandamente.
-Ordeno que retorne a seu carromato por um momento.
Gwen vacilou, rasgada. A metade dela procurando nada mais que voltar-se e correr; a outra metade, sentindo que ele a necessitava desesperadamente ali e agora.
-Não irei agora...
-Vete.
Ele soou tão aflito que Gwen se sobressaltou e o olhou. Seus olhos eram escuros e ilegíveis, a não ser por uma luz trêmula de umidade.
-Drustan...
-Suplico-te, me deixe agora- ele murmurou-. Me deixe levar luto por meu clã a sós.
A debilidade de sua voz a comoveu.
-Prometi precisamente não te abandonar...
-Agora! - ele resfolegou de fúria. Quando ainda assim ela não se moveu, seus olhos resplandeceram-. Me obedeça.
Gwen advertiu três coisas no tempo que lhe levou pronunciar a ordem. Primeiro, embora ela sabia que era impossível, seus olhos chapeados pareceram resplandecer de dentro, como uma vez tinha visto em um filme de ficção científica. Em segundo lugar, sua voz era diferente, soava como uma dúzia de vozes amontoadas umas sobre outras, apagando qualquer possibilidade de não obedecê-lo, e terceiro... suspeitava que se lhe tivesse ordenado caminhar para um escarpado com semelhante voz, ela o faria.
Suas pernas arrancaram em uma carreira rápida inclusive enquanto seu cérebro tramitava essas observações surpreendentes.
Mas a uns poucos passos dentro das pedras, a compulsão estranha amainou e ela se deteve e olhou para trás. Ele tinha entrado nas ruínas e tinha escalado o montão mais alto de pedras derrubadas; uma silhueta negra de joelhos, arqueada para trás, seu assumo apontando para o céu, ele meneava seu punho ao firmamento de cor anil. Quando jogou para trás a cabeça e rugiu, o sangue lhe gelou nas veias.
Era este o mesmo homem que a tinha beijado no quarto de provas? que a tinha posto mais quente que um vulcão e tão perto de uma explosão iminente e a tinha feito pensar que poderia haver uma equação para a paixão que seus pais alguma vez lhe tinham ensinado?
Não. Esse era o homem que trazia postas cinqüenta armas em seu corpo. Esse era o homem que levava uma tocha de cuchilla dobro e uma espada.
Esse era o homem por quem ela tinha começado a perder um pedaço de um órgão que tinha sido criada para acreditar era meramente uma bomba eficiente.
A compreensão a sobressaltou. Louco ou não, temível ou não, ele a fazia sentir coisas que nunca antes havia sentido.
MacKeltar, ela pensou, que demônios vou fazer contigo?
Drustan chorou.
O pior era certo. Apoiava suas costas aonde deveria estar o Grande Hall, um joelho dobrado, os braços estendidos, seus dedos enroscados na erva alta, e pensou no Silvan.
Você tem somente um propósito, filho, como eu. Proteger a estirpe Keltar e o conhecimento que guardamos.
Tinha falhado. Em um momento de descuido tinha sido feito despreparado, tinha sido encantado, roubado de seu tempo e coveiro durante séculos. Seu desaparecimento tinha provocado a destruição de seu castelo e seu clã. Agora Silvan estava morto, a linha Keltar extinta, e quem sabia onde estavam as tabuletas e volúmenes? A possibilidade de que tal conhecimento tivesse desembocado nas mãos equivocadas o afundou em um lugar negro e profundo mais à frente do medo. Ele sabia que um homem ambicioso podia trocar de forma, controlar, ou destruir o mundo inteiro com esses conhecimentos.
Protege a estirpe. Protege a tradição.
Era imperativo que ele tivesse êxito em retornar a seu tempo.
Embora não se alterou sequer um cabelo, tinham passado quinhentos anos, e nada ficava para falar de sua existência ou a vida de seu pai e o pai de seu pai antes dele. Milhares de anos de treinamento e disciplina, tudo desaparecido na piscada de um olho.
Amanhã de noite ele entraria nas pedras e realizaria o ritual.
Amanhã de noite ele não sairia das pedras. De uma ou outra maneira, já não estaria dentro do aqui e agora.
E Deus mediante, amanhã o século do Gwen não teria importância outra vez, porque com sorte, no alto do Mabon ele teria desfeito tudo o que tinha sido feito malignamente.
Apesar disso, pelo tempo que ele tivesse que ficar no século vinte e um, sua gente estava tão morta como seu castelo destruído, nada mais que um antigo sopro de pó de sonho através de Escócia. Logo que arrastando o dorso de sua mão através de suas bochechas, empurrou-se a si mesmo para levantar-se e passou a seguinte hora vagando pelas ruínas. Não descobriu nenhum indício novo no pátio da capela. Onde se tinha ido seu clã? Se tinham morrido, onde tinham sido enterrados? Onde estava o indício do Silvan? Silvan lhe havia dito cuidadosamente que desejava ser enterrado sob o serbal detrás da capela, mas nenhum rotulador de pedra proclamava seu nome.
Dageus MacKeltar, filho e irmão amado.
Ele varreu com dedos trementes a pedra que assinalava a tumba de seu irmão. Incapaz de compreender a passagem de cinco séculos, Drustan sofreu a pena quente como uma febre de ter enterrado ao Dageus só umas duas semanas atrás. A morte de seu irmão o tinha feito enlouquecer. Tinham sido tão próximos como duas pessoas poderiam sê-lo. Quando tinha perdido a seu irmão, tinha discutido horas intermináveis com seu pai.
-Que bem significa ter o conhecimento das pedras se não poder retornar e desfazer a morte do Dageus?- tinha gritado ao Silvan.
-Nunca deve viajar a um ponto dentro de sua própria vida- Silvan tinha respondido bruscamente, rendido e com os olhos vermelhos de chorar.
-por que não posso retornar a um momento dentro de meu passado?
-Se estiver muito perto de sua personalidade passada, então um único "você", já seja o passado ou o presente, pode sobreviver. Não temos forma de predizer qual vive. houve vezes quando nenhum nem o outro sobreviviam. Parece alterar a ordem natural das coisas, e a natureza luta para corrigir-se a si mesmo.
-Então escolherei um tempo no passado quando estava ao outro lado da fronteira da Inglaterra- Drustan grunhiu, recusando-se a aceitar que Dageus se foi irrevocablemente.
-Ninguém sabe até onde é o suficiente longe, filho. Além disso, esquece que nunca podemos usar as pedras por razões pessoais. Devem ser usadas só para o bem do mundo ou em condições extremas para assegurar a descendência dos MacKeltar. Um de nós sempre deve viver. Mas estas não são condições extremas, e você sabe o que aconteceria usasse indevidamente o poder.
Sim, sabia. A lenda transmitida durante séculos, afirmava que um Keltar que usava as pedras por razões pessoais se convertia em um Druida Escuro do momento que as atravessava. Perdidos até a honra e a compaixão, renunciava a sua mesma alma pelas forças mais negras do mal. convertia-se em uma sacrílega criatura de destruição.
-Ao inferno com a lenda!- ele tinha resfolegado de fúria, turbulentamente. Mas inclusive em sua pena, tinha tido melhor critério. Se a lenda fora ou não certa, não seria o primeiro MacKeltar em entrar pela força nesse território sagrado. Não, ele o aceitaria, como todos seus antepassados tinham aceito, e honraria seus juramentos. Não tinha recebido esse poder insondável para abusar dele ou usá-lo para ganho pessoal. Não podia justificar usar as pedras para reparar seu coração.
Se ele salvava ao Dageus e se convertia em um Druida Escuro, então o que faria quando Silvan envelhecesse alguma vez? Trocar o destino outra vez? Um homem poderia voltar-se louco com tanto poder sem limites. Uma vez que ele cruzasse a linha, não haveria nenhuma volta atrás; certamente se converteria em um professor das artes negras.
E assim havia dito adeus ao Dageus e restaurado seu juramento para seu pai.
-Nunca usarei as pedras por razões pessoais. Só para emprestar serviço e proteger, e conservar nossa estirpe, se está ameaçada com a extinção.
Como agora.
Drustan passou uma mão por seu cabelo, exalando. Dageus estava morto. Silvan estava morto. Ele era o único Keltar restante, e seu dever era claro. Posto que o mundo tinha estado por quinhentos anos sem o amparo de um Druida Keltar, tinha que retornar e fazer o que fora necessário para restaurar uma descendência correspondente do Keltars. A qualquer preço.
E o que sobre o preço que a mulher pagará?, sua consciência o admoestou.
-Não tenho alternativa- ele resmungou oscuramente. Inundou as mãos em seu cabelo e massageou suas têmporas com a base de sua Palmas.
Sabia por rotina as fórmulas para as treze pedras, mas não sabia as três decisivas, as que especificariam o ano, o mês, o dia. Era imperativo que retornasse ao século dezesseis pouco depois de seu seqüestro. Quem quer que o tivesse tirado com enganos além das paredes do castelo, não podia penetrar na fortaleza de Castelo Keltar com um exército completo durante ao menos vários dias. O castelo estava muito bem fortificado para ser feito facilmente. Sempre que retornasse um dia, ou ainda dois, depois de seu seqüestro, ainda deveria estar a tempo de salvar a seu clã, seu castelo, e toda a informação dentro de suas paredes. Derrotaria a seu inimigo, casaria-se, e teria uma dúzia de meninos. Com o Dageus morto, finalmente entendia a urgência que Silvan tinha tratado de repartir em seus filhos para reconstruir a linha Keltar.
Drustan, você deve aprender a dissimular suas artes das mulheres e tomar uma esposa... qualquer esposa. Fui ditoso com sua mãe; isso foi uma coisa milagrosa e estranha. Embora desejo o mesmo para ti, também é perigoso ser tão poucos Keltars.
Sim, ele tinha aprendido isso da forma mais difícil. Esfregou seus olhos e exalou. Tinha um branco minúsculo ao qual apontar, e nunca tinha estudado os símbolos que agora necessitava. Tinha-lhe sido proibido viajar dentro da duração de sua vida, de modo que não tinha havido razão para que aprendesse de cor os símbolos passados através de gerações.
Apesar de tudo... em um momento de debilidade escuro e ofegante, tivesse procurado os que lhe teriam levado a manhã da morte do Dageus, e desses símbolos proibidos, poderia tratar de derivar as formas e as linhas das três que necessitava agora.
Ainda assim, era uma adivinhação. Uma adivinhação incrivelmente arriscada, com conseqüências horrendas se não as acertava.
O que o levava de retorno às tabuletas. Se Silvan tinha podido as esconder a alguma parte nos alicerces antes de que tivesse sofrido o que for que o destino lhe tinha proporcionado, então Drustan não teria que especular: poderia calcular os símbolos que necessitava da informação nas tabuletas, sem medo de cometer enganos. sentiu-se medianamente seguro de que se se devolvia a si mesmo ao dia seguinte de que seu abducción, os laços entre sua personalidade futura e a de seu corpo encantado, apanhado entre as paredes grosas de pedra da caverna, poriam bastante distancia entre elas.
Não tinha mais alternativa que acreditar nisso.
Drustan derramou seu olhar ao redor das ruínas. Enquanto tinha estado ensimismado pensando, a noite tinha cansado e era muito escura para dirigir uma busca cabal, o qual lhe deixava só a manhã seguinte para ir em busca das tabuletas e tratar de recordar os símbolos.
E se as tabuletas não estavam ali?
Bem, então, ainda estava a pequena, simpática, ingênua Gwen.
A pequena, simpática, ingênua Gwen, estava sentada sobre o capô do carro, comendo ruidosamente varas de aipo e pastelillos de salmão e absorvendo o calor remanescente do motor.
Deu uma olhada a seu relógio bracelete. Quase duas horas tinham acontecido desde que tinha deixado ao Drustan nas ruínas.
Poderia ir-se agora. Simplesmente saltar no carro, acelerar em reverso, e desaparecer como o vento para o povo debaixo. Deixar sozinho a esse louco para sortear seus problemas.
Então por que não o fazia?
Considerando cuidadosamente as Leis do Newton de Gravitação Universal, considerou a possibilidade de que dado que a massa do Drustan era tão maior que a sua, estava condenada a ser atraída para ele a um grau similar a sua proximidade, tão vítima da gravidade como a Terra orbitando ao redor do sol.
Ensimismada, cantarolou distraídamente enquanto se amassava no capô, tremendo à medida que o céu cor anil se fazia mais fundo, até fazer-se de cachemira negra, brigando consigo mesma e sem poder chegar a conclusões firmes.
Não podia sacudir o sentimento de que passava por cima um ou mais feitos críticos que a poderiam ajudar a conjeturar o que lhe tinha acontecido. Nunca tinha dado muito crédito ao instinto visceral; acreditava que as vísceras controlavam a fome e desprezavam os desperdícios, eram gnósticos carentes de importância. Mas nas passadas trinta e seis horas, algo em suas vísceras tinha encontrado uma voz para brigar com sua mente, e estava perplexa pela discórdia.
Ela se tinha ficado nas pedras e o tinha vigiado algum tempo antes de procurar o calor do capô do carro. Tinha-o estudado com a franqueza remota de um cientista observando um tema de prova em um experimento, mas seu estudo dele só tinha revelado mais contradições em vez de resolver alguma das perguntas.
Seu corpo era poderosamente desenvolvido, e um homem não alcançava um corpo como esse sem disciplina extraordinária, esforço e uma mente capaz de contínua concentração. Em qualquer lugar que ele tivesse estado antes de que ela o tivesse encontrado na caverna, tinha vivido uma vida ativa e equilibrada. Ele ou tinha trabalhado duro ou tinha jogado duro, e ela decidiu que se devia mais ao trabalho que ao jogo, porque suas mãos eram calosas, e nenhum atleta aristocrata tinha calos nos dedos e as Palmas. Seu sedoso cabelo negro era muito comprido para ser considerado adequado em um cavalheiro e lorde do século vinte e um, mas era lustroso e são. Seus dentes eram parecidos e brancos, uma prova mais do cuidado de seu corpo. As pessoas que dedicavam atenção a sua saúde física eram usualmente igual de saudáveis em mente.
Ele caminhava com um modo de andar que dava indícios de confiança, força e habilidade para tomar decisões difíceis. Era razoavelmente inteligente e bienhablado, sua estranha modulação de voz e seu vocabulário à parte.
Não tinha sabido a saída da caverna, e quando tinham emerso, ao Gwen não lhe tinha perdido o significado do túnel derrubado e o crescimento excessivo de folhagem.
Och, Cristo, eles estão todos mortos, ele tinha murmurado.
Ela tremeu. O motor se esfriou, os retalhos de calor já desaparecidos.
O princípio da folha de barbear do Occam promulgava que a explicação mais simples que se ajustava à maioria dos fatos era, mais provavelmente, a verdadeira. A explicação mais simples aqui era... que ele estava dizendo a verdade. Ele em certa forma tinha sido metido em um sonho profundo quinhentos anos atrás contra sua vontade, possivelmente por alguma ciência perdida, e ela o tinha despertado caindo sobre ele.
Impossível, sua mente exclamou.
Cansada de tratar de insistir ao jurado para dar um consenso, aceitou a contra gosto o veredicto suspenso e admitiu que não o podia deixar. E se o impossível fora possível? O que ocorreria se ao dia seguinte ele oferecesse sua alguma prova concreta de que tinha estado congelado no tempo por quase quinhentos anos? Possivelmente tinha intenção de lhe mostrar como tinha sido feito, algum adianto em matéria de criogenia que se perdeu com o passado do tempo. Ela não abandonaria as premissas se havia ainda uma remota possibilidade de encontrar tal coisa. OH, admite-o, Gwen, a pesar te haver deixado "cair fora" da profissão que lhe inculcaram sempre e te encheu até acima de sua garganta, apesar de te recusar a manter sua investigação, está fascinada pela ciência, e você gostaria de saber como poderia dormir um homem em certa forma durante cinco séculos e despertar saudável e vigoroso. Você nunca o publicaria, mas ainda assim, você gostaria de saber.
Mas havia mais que simplesmente curiosidade científica, e ela suspeitava que tinha algo que ver com sua meia três-quartos e seus óvulos e um desejo que não podia atribuir somente ao mandato programado em seus gens que pediam a gritos a sobrevivência de sua raça. Nenhum outro homem alguma vez tinha incitado tal resposta nela.
A ciência não podia explicar a ternura que tinha sentido ao ver as lágrimas em seus olhos. Nem o desejo que tinha tido de embalar sua cabeça contra seu assumo, não para oferecer sua cereja para ser de uma vez verdadeiramente arranco, a não ser para seu consolo.
OH, seu coração estava comprometido, e estava de uma vez alarmada e exaltada por isso.
Remetendo sua franja detrás de uma orelha, deslizou-se do capô e se dirigiu à colina. Ele tinha tido tempo de sobra a sós. Era hora de falar.
-Drustan-. A voz do Gwen atravessou como uma luz a escuridão ao redor dele.
Ele encontrou seu olhar. A pobre e diminuta moça se via aterrorizada, mas erguida com determinação.
Ela examinou diretamente seus olhos, e, se sentiu medo, sobrepôs-se a isso. Admirava isso dela, esse desafio a suas dúvidas que forjava com o valor de um cavalheiro entrando na batalha. Quando a tinha afugentado, preocupou-se de que ela simplesmente pudesse saltar a sua besta de metal e ir-se. O alívio que tinha sentido ao vislumbrá-la ir para ele através das pedras tinha sido ardente. O que for que tinha decidido pensar dele, tinha decidido permanecer a seu lado, podia-o ver em seus olhos.
-Drustan?-. Indecisa, mas apesar de tudo firme.
-Sim, moça?
-Sente-se melhor agora?- perguntou cautelosamente.
-Fiz uma trégua provisória com meus sentimentos- disse ele secamente-. Não tenha medo, não tenho pensado me levantar e vingar a perda de minha gente.
Ainda.
Ela assentiu com a cabeça com energia.
-Bem.
Ele podia distinguir que ela não tinha desejos de discutir, e em vez de acusar o de ser um iludido quando estava claramente perturbado, ia rodear isso de algum jeito indireta. Ele estreitou seus olhos, perguntando-o que ela faria.
-Drustan, aprendi de cor seu poema, agora é seu turno de me conceder um favor.
-Como gosta, Gwen. Só me diga o que quer de mim.
-Umas quantas perguntas simples.
-Responderei-as na medida de minha habilidade- ele respondeu.
-Quanta terra há em um oco de um pé de largura, nove polegadas de comprimento, e três pés e meio de profundidade?
-Essa é sua pergunta?- Ele perguntou, perplexo. De todas as coisas que ela poderia ter perguntado...
-Uma delas- disse ela precipitadamente.
Ele sorriu com debilidade. Sua pergunta era uma de suas adivinhações favoritas. Seu sacerdote, Nevin, tinha agonizado por meia hora tratando de supor exatamente quanta terra havia dentro de tal espaço antes de ver o óbvio.
-Não há terra em um oco- ele respondeu facilmente.
-OH, bem, esse foi uma adivinhação de truque e não me diz muito. Pôde-o ter ouvido antes. O que há a respeito disto: um bote joga em ancora com uma escada de cordas pendurando sobre um lado. Os degraus na escada de cordas estão a nove polegadas de distância entre eles. A maré aumenta em uma estimativa de seis polegadas por hora e logo cai à mesma velocidade. Se um degrau da escada toca a água quando a maré começa a aumentar, então quantos degraus estarão talheres depois de oito horas?
Drustan examinou rapidamente uma série veloz de cálculos, logo riu brandamente, ao mesmo tempo que pensava que não poderia rir outra vez. Repentinamente entendeu por que ela tinha escolhido essas perguntas, e sua avaliação para ela aumentou. Quando um aprendiz apresentava uma petição a um Druida para ser aceito e adestrado, se o fazia passar através de uma série similar de problemas, desenhados para revelar como trabalhava a mente do moço e do que era ele capaz.
-Nenhum, moça, a escada de cordas se levanta com o bote na água. Convencem-lhe meus usos de razão de que não estou louco?
Ela o avaliou estranhamente.
-Suas habilidades de raciocínio parecem não estar afetadas por sua... enfermidade peculiar. Que tal isto? Quanto é 4.732,25 multiplicado por 7.837,50?
-37.089.009,375.
-Meu Deus- disse ela, simultaneamente impressionada e zangada-. Você...! Fiz a primeira pergunta em sua major parte para ver se pensava claramente, a segunda para comprovar se a primeira tinha sido um evento fortuito. Mas você fez essas matemática em sua cabeça em cinco segundos. Inclusive eu não o posso fazer tão rápido!
Ele se encolheu de ombros.
-Sempre tive uma afinidade para os números. Provaram-lhe suas perguntas algo?-. Tinham-lhe provado algo a ele. Gwen Cassidy era a moça mais inteligente que alguma vez tinha encontrado. Jovem, aparentemente fértil, um extraordinário calor sensual entre eles... e lista.
Sua certeza de que o destino havia a trazido até ele por alguma razão aumentou dez vezes.
Talvez, pensou, ela não poderia não temê-lo depois de manhã na véspera. Talvez houvesse tal amor para ele como seu pai tinha conhecido.
-Bem, se for um candidato para o Bedlam, então é o louco mais preparado que alguma vez encontrei, e suas falsas ilusões parecem confinados para uma só questão-. Ela soprou-. Então, agora o que?
-Vêem, moça-. Ele tendeu seus braços para ela. A jovem o olhou cautelosamente-. Och, moça, me dê algo para sujeitar em meus braços, algo que seja real e doce. Não te danificarei.
Ela caminhou lentamente até seu lado e se afundou na erva ao lado dele. Deixou que sua faces estivessem apartadas por vários instantes, contemplando as estrelas, logo seus ombros baixaram bruscamente e ela o olhou.
-OH, que diabos- disse-lhe, e o deixou estupefato ao estender a mão para embalar sua cabeça entre seus braços, devorando-o para seu assumo.
os dele se deslizaram ao redor de sua cintura e a puxaram para acomodá-la em cima de seu regaço.
-Deliciosa Gwen, lhe devo agradecer isso outra vez. É um presente dos anjos.
-Não estaria tão segura a respeito disso- ela resmungou contra seu cabelo. Parecia sentir-se torpe sujeitando-o, como se não tivesse tido muita prática. Seu corpo estava tenso, e ele sentiu que se se movia repentinamente, ela se levantaria a velocidade de um raio, assim respirou lentamente e guardou a calma, lhe permitindo o tempo para acostumar-se a essa intimidade.
-Adivinho que isto quer dizer que não poderá me provar nada manhã, huh?
-Como prometi, na manhã te provarei que minha história é certa. Isto não troca nada, ou ao menos o troca pouco. Ficará por sua própria vontade? Talvez me ajudando a explorar as bases amanhã?
Com vacilação, ela escorregou suas mãos pequeñitas em seu cabelo e ele meio suspirou, médio gemeu prazenteiramente quando suas unhas roçaram seu couro cabeludo.
-Sim, Drustan MacKeltar- disse ela, com tão bom acento como qualquer moça escocesa-. Estarei aqui amanhã e te ajudarei.
Ele riu em voz alta e a atraiu perto. Desejava ardentemente seu contato, queria desesperadamente fazer o amor com ela, mas sentiu que se a pressionava agora, perderia a comodidade de seu abraço.
-Isso está bem, moça. Não é nenhuma parva, e acredito que ainda poderemos te fazer uma moça pequeñita e doce das Highlands.
Gwen dormiu essa noite encrespada nos braços de um Highlander, em um campo de flores e urzes, sob a colher chapeada da lua, tranqüila como um cordeiro. E se Drustan se sentia lobuno, ordenou-se a si mesmo estar contente somente abraçando-a.
Capítulo 9
21 de setembro
10:23 p.m.
Registraram todo o dia mas não encontraram as tabuletas.
Quando o céu se escureceu para o índigo, perfurado pelas estrelas brilhantes, Drustan se rendeu e montou uma fogueira dentro do círculo de pedras para ter luz para realizar o ritual.
Se o pior ocorria essa noite, ele necessitaria que ela soubesse tanto como fora possível sobre o que teria que acontecer. E sua mochila seria uma vantagem acrescentada. Enquanto escavavam nas ruínas, lhe havia dito tudo o que tinha acontecido justamente antes de seu seqüestro.
Embora com uma incrédula sobrancelha arqueada, ela tinha escutado enquanto ele explicava como tinha recebido uma nota que o convocava a ir urgente ao claro atrás do lago pequeno se desejava conhecer o nome do Campbell que tinha assassinado a seu irmão. Sua tristeza fazendo-o arder na febre da vingança, ele tinha vestido suas armas e se apressou a ir convocar a seus guardas; a sede por vingar a morte de seu irmão tinha passado por cima de todo pensamento inteligente.
Contou-lhe como se havia sentido estranho e cansado enquanto corria a toda velocidade para o lago, e que agora acreditava que em certa forma tinha sido drogado. Disse-lhe como simplesmente se derrubou fora do bosque, à beira do lago, como havia sentido suas extremidades duras e seus olhos se fecharam como oprimidos por pesadas moedas de ouro. Disse-lhe que havia sentido que retiravam sua armadura e suas armas, logo os símbolos sendo pintados em seu assumo... depois nada mais até que ela o tinha despertado.
Logo lhe deu conta de sua família, de seu pai brilhante e despenteado, de sua querida ama de chaves e mãe substituta, Nell. Contou-lhe sobre seu jovem sacerdote, cuja mãe era uma fastidiosa adivinha da sorte e estava acostumado a persegui-lo incesantemente ao redor da propriedade tratando de lhe jogar uma olhada a sua palma.
Tinha esquecido seu pesar por um tempo e lhe tinha agradável contos de sua infância com o Dageus. Quando tinha falado de sua família, o olhar cético da moça se suavizou um pouco, e tinha escutado com marcada fascinação, rendo-se das travessuras do Drustan e seu irmão, sorrindo amavelmente com as usuais brigas entre o Silvan e Nell. Ele deduziu por sua expressão triste que, ainda quando sua família tinha estado viva, não tinha havido muita risada e amor em sua vida.
-Não tem nenhum irmão ou irmã, moça?- tinha perguntado ele.
Ela tinha negado com a cabeça.
-Minha mãe teve problemas de fertilidade e teve a uma idade avançada. depois de que me teve , os doutores disseram que não poderia ter mais.
-por que não te casaste para ter seus próprios meninos?
Ela tinha trocado de posição e tinha evitado seu olhar.
-Nunca encontrei ao homem correto.
Não, ela não tinha tido muito prazer em sua vida, e lhe gostaria de ter a oportunidade para trocar isso. Gostaria de fazer cintilar seus olhos de felicidade.
Desejava ao Gwen Cassidy. Ele queria ser seu homem correto. Só seu perfume enquanto caminhava apanhava cada polegada de sua atenção. Ele queria que ela se familiarizasse tanto com seu corpo e o prazer que poderia lhe dar, que com um simples olhar lhe fizesse tremer de desejo. Queria passar umas duas semanas, ininterruptas, em seu dormitório, explorando sua paixão escondida, desatando o erotismo que fervia sob sua superfície.
Mas nunca aconteceria, porque uma vez que realizasse o ritual e ela descobrisse o que era, e o que teria feito a ela, teria todas as razões para desprezá-lo.
Apesar de tudo, não tinha outra eleição.
Lançando um olhar preocupado para o arco da lua contra o céu negro, ele respirou a fundo, codiciosamente, o ar doce da noite Highland. O tempo estava quase sobre eles.
-Deixa-o já, Gwen- chamou. Estava emocionado porque a jovem se recusasse a render-se. Embora pudesse pensar que estava louco, ela ainda cavava nas ruínas-. Vêem te unir a mim nas pedras- fez-lhe gestos para chamar sua atenção. Queria passar o que poderia ser sua última hora juntos perto do fogo, sustentando-a em seus braços. Desejava despir a de suas roupas e enterrar-se dentro dela, marcando-se profundamente em sua memória na hora que ficava, mas era tão provável quanto as tabuletas se materializassem repentinamente em suas mãos.
-Mas não encontramos as tabuletas-. Ela girou para ele, manchando-se com pó a bochecha quando empurrou seu cabelo para trás.
-É muito tarde agora, moça. O tempo está quase sobre nós, e esse tubo de luz- ele gesticulou para sua lanterna- não nos ajudará a ver o que não está ali para ser encontrado. Era uma esperança vã e tola pensar que tivessem sobrevivido intactas na propriedade. Se não as encontramos ainda, então a seguinte hora não servirá de nada. Vêem. Passa-a comigo- lhe tendeu os braços.
Ela tinha dormido entre eles a noite anterior, e ele se despertou tendo a preciosa visão de seu rosto, crédulo e inocente no repouso. Tinha beijado seus lábios cheios, exuberantes, e quando se despertou, ruborizada de sonho, com marcas de rugas em sua bochecha pressionada contra sua canção enrugada, ele havia sentido um ataque de ternura que não tinha sentido por uma mulher antes.
A luxúria, sempre a ponto de ebulição dentro dele quando ela estava perto, tinha cozido a fogo lento em uma mais intensa e complexa sensação, e tinha reconhecido ante si mesmo que se tivessem mais tempo, poderia apaixonar-se profundamente dela. Não de sentir exclusivamente a dor de desejar mantê-la na cama sem respirar, mas sim de desenvolver uma emoção real e duradoura, uma paixão feita em partes iguais de respeito e avaliação, o tipo de sentimento que unia a um homem e uma mulher de por vida. Ela era tudo o que ele desejava em uma mulher.
Gwen caminhou pesadamente dentro do círculo, claramente relutante a render-se quando havia ainda uma pedra sem voltear, outro rasgo que admirava nela.
-por que não me conta o que tem intenção de fazer?-. Todo o dia ela tinha tratado de persuadi-lo, mas ele se recusou a lhe dizer mais que procuravam sete tabuletas de pedra inscritas com símbolos.
-Pinjente que te daria provas, e o farei-. Uma quantidade entristecedora, irrevogável de provas.
As horas se feito intermináveis enquanto procuravam, ventilando rochas e escombros, e seu firme esperança se desvaneceu com cada pedacinho quebrado de cerâmica, cada lembrança de seu clã morto.
Em uma oportunidade a insignificância de seus esforços quase o tinha afligido, e ele a tinha enviado ao povo com uma lista de artigos para conseguir um pouco de tempo para pensar sem distrações. Durante sua ausência, tinha meditado nos símbolos, resolvendo cálculos complicados, e fazendo seu melhor intento nos últimos três, hipótese que seria posta a prova em menos de uma hora. Ele tinha como meta as duas semanas seguintes à morte de seu irmão, mais um dia. Estava quase seguro de estar no correto e acreditava que só havia uma pequena oportunidade de que o pior ocorresse.
E se o pior ocorria, então a tinha preparado bem, e só necessitava que ela recordasse o que dizer e fazer para restaurar sua memória completa, associada à versão passada de si mesmo. Esse era o por que lhe tinha ordenado aprender de cor o feitiço.
Ela tinha recolhido várias jarras de água, junto com lanternas, café e comida, e se tinha sentado a seu lado perto do fogo, cruzada de pernas, limpando-as mãos com toalhas umedecidas, emitindo pequenos suspiros de prazer enquanto esfregava em sua face as almofadinhas diminutas de seu pacote.
Enquanto ela se refrescava, ele despedaçou as pedras que tinha compilado durante sua caminhada. dentro de cada uma havia um coração de pó brilhante, que raspou cuidadosamente em uma lata e mesclou com água para formar uma massa espessa.
-Pintura de rochas- disse ela, o suficientemente intrigada para fazer uma pausa em suas abluções. Nunca tinha visto uma, mas sabia que os antigos as tinham usado para pintar com elas. Eram pequenas e granuladas, e profundo no centro, um pó formado pelo tempo fazia que as cores brilhassem quando se mesclavam com água.
-Sim, assim é como os chamamos também- disse ele, ficando de pé.
Gwen observou como ele se deslocava por volta de um dos megalitos e, depois de vacilar um momento, começava a gravar um desenho complicado de fórmulas e símbolos. Ela estreitou os olhos, estudando-o. Parte deles lhe pareceram em certa forma familiares mas alheios, uma distorcida equação matemática que dançava justo fora de seu alcance, e havia poucas que o faziam.
Uma pulsação de apreensão caiu pesadamente em seu assumo, e observou fixamente como ele se transladava para a seguinte pedra, logo a terceira e a quarta. Em cada uma das pedras, ele gravou uma série diferente de números e símbolos em sua faces interiores, fazendo uma pausa ocasionalmente para olhar para cima nas estrelas.
O equinócio de outono, refletiu ela, era o momento em que o sol cruzava os estratos do Equador da Terra, fazendo que o dia e a noite tivessem aproximadamente uma duração similar no mundo inteiro. Os investigadores por muito tempo tinham discutido sobre o uso preciso das pedras estáticas. Ela estava a ponto de averiguar seu propósito real?
Olhou os megalitos e considerou cuidadosamente o que sabia de arqueoastronomía. Quando ele terminou de esboçar na décimo terceira pedra, a final, sua respiração parecia apanhada em sua garganta. Embora reconhecia só algumas costure, ele com grande carinho tinha acariciado o símbolo do infinito: o 8 deitado. Baixo ele, o lemniscate. A tira Mobius. Apeiron. Que conhecimentos tinha Drustan disso? Ela esquadrinhou as treze pedras e sentiu uma peculiar sensação urticante em sua mente, como se um punção tentasse escavar em seu cérebro superpoblado.
Vigiando-o, foi golpeada por uma possibilidade entristecedora. Era possível que ele fora mais preparado do que ela era? Era essa sua loucura?
De aparência agradável e inteligente? Fica aquieto, coração.
À medida que ele voltava as costas à última pedra, ela começou a tremer. Fisicamente, ele era irresistível. Tinha posto seu traje original de plaid e armadura outra vez, já que se tinha despojado da estreita calça que não deixava a um homem pendurar corretamente e nem sequer tinha espaço para uma maldita faca, logo que se tinha despertado essa manhã. Pendia corretamente, por certo, pensou ela, seu olhar deixando cair a seu kilt, a boca seca ao imaginar o que pendurava baixo isso. Ele estava dessa condição sempre, na aparência perpetuamente semiexcitado? Gostaria de beijá-lo até que não houvesse nada "semi" nele.
Com esforço, arrastou seu olhar para sua face. Seu cabelo liso e brilhante era uma cascata selvagem que descendia em torno de seus ombros. Era o homem mais intenso, excitante e erótico que ela alguma vez tinha encontrado.
Quando estava perto do Drustan MacKeltar, coisas inexplicáveis lhe ocorriam. Quando o olhava, com seu corpo poderoso, sua mandíbula cinzelada, os olhos relampagueantes e a boca sensual, ouvia as cítaras distantes de Pão e sofria uma compulsão irresistível para render tributo ao Dionysus, o deus antigo do vinho e as orgias. A melodia era sedutora, urgindo-a a jogar em um lado a abstinência, vestir sua tanga vermelha do gatinho, e dançar descalça para um imponente homem moreno que pretendia ser um laird do século dezesseis.
Ele olhou para trás, para ela, e seus olhares colidiram. Gwen se sentia como uma bomba de tempo lista para estalar, tiquetaqueando, tiquetaqueando...
Seu rosto teria devido traslucir seus sentimentos, porque ele inspirou vivamente. As janelas de seu nariz se acampanaron, seus olhos se estreitaram e ele ficou quieto, com a quietude perfeita de um gato montês antes de lançar-se sobre sua presa.
Ela tragou.
-O que está fazendo com essas pedras?- obrigou-se a si mesmo a perguntar, sobressaltada pela intensidade do que sentia-. Não pensa que é hora de que me diga isso?
-Hei-te dito tudo o que podia-. Seus olhos estavam cheios de calma, a luz cristalina que usualmente dançava dentro deles atenuada.
-Não confia em mim. depois de tudo o que tenho feito para ajudar, você ainda não confia em mim-. Ela não tratou de dissimular que se sentia ferida.
-Och, moça, nunca pense algo semelhante. É que simplesmente há algumas costure que são... proibidas-. Não realmente, emendou em silêncio, mas simplesmente não podia arriscar-se a revelar seus planos ainda, por temor a que ela o abandonasse.
-Tolices- disse ela, impaciente com suas evasivas-. Se confiar em mim, então nada está proibido.
-Confio em ti, muchachita. Confio em ti muito mais do que imagina-. Com minha vida, possivelmente ainda com a mesma existência de meu clã
-Como posso acreditar em ti, quando você não confia em mim?
-Sempre a cética, verdade, Gwen?- arreganhou-a ele-. Me beije, antes de que desenhe os símbolos finais. Para a boa sorte- urgiu-a. Os fragmentos de cristal brilhavam intensamente em seus olhos, lhe recordando a ela que embora algumas vezes ele aplacava sua natureza apaixonada, ardia sempre apenas sob a superfície.
Gwen começou a falar, mas ele colocou um dedo sobre seus lábios.
-Por favor, moça, simplesmente me beije. Não mais palavras. houve suficientes entre nós-. Ele fez uma pausa antes de acrescentar quedamente-: Se tiver algo que me dizer, deixa que seu coração fale agora.
Ela aspirou profundamente.
Não havia perguntas em seu coração. Mais cedo essa tarde, quando tinha baixado ao povo, tinha extraído sua tanga vermelha de seu pacote e, depois de lavar-se, a tinha posto. Logo se tinha tirado da pele seu emplastro de nicotina, prefiriendo seu retiro categórico antes de ter que explicar sua presença em seu corpo. Ela não ia fazer o amor pela primeira vez com um emplastro em cima. Além disso, uma vez que havia feito a decisão, uma calma notável se instalou sobre ela.
Ela sabia o que ia fazer.
A verdade fora dita, provavelmente tinha sabido do momento em que ele tinha aberto seus olhos que ia lhe dar sua virgindade. Os passados dois dias não tinham sido mais que sua forma de acostumar-se ao pensamento, para estar menos apreensiva quando finalmente o fizesse. Não se sentia simplesmente atraída por ele, estava conquistada por ele em cada coisa e todas: mental, emocional e fisicamente.
Desejava-o de um modo que não tinha rima ou nem razão. Sentia coisas quando lhe falava e a tocava que se originavam de um lugar único dentro dela. Já não tinha importância que ele pudesse ser um perturbado mental. Durante aquele dia, cavando a seu lado nas ruínas do castelo enquanto ele falava dos diversos membros de seu clã, deu-se conta de que ia esperar por ele até que resolvesse não importava que problema pudesse ter em realidade. lhe gostava dele. Queria saber mais a respeito dele. Tinha começado a respeitá-lo, apesar de suas falsas ilusões. Se tinha que levá-lo a um hospital, sujeitar sua mão, e sentar-se a seu lado até que se recuperasse, ia fazer o. Se tinha que passear ao redor de Escócia por meses agarrando firmemente uma foto dele até que encontrasse a alguém que o pudesse identificar e verter luz sobre sua condição, então ia fazer o.
Ela remeteu sua franja detrás de sua orelha e o olhou ao mesmo nível. Sua voz logo que tremeu quando disse:
-Faz o amor comigo, Drustan.
Louco ou não, ela queria que ele fora seu primeiro amante, aqui e agora, em cima de uma montanha nas Highlands, baixo um milhão de estrelas, rodeados por pedras antigas. Possivelmente fazer amor tivesse algum poder de cicatrização. Deus sabia, ela provavelmente necessitava alguma cicatrização também.
Seus olhos cintilaram e ele ficou perfeitamente imóvel.
-Ouvi isso, verdade?- disse ele cuidadosamente-. Disse o que acredito que disse? Ou me tornei verdadeiramente tão louco como me acusa de ser?
-Faz o amor comigo- ela repetiu quedamente. Não houve nem pequeno tremor em sua voz a segunda vez.
Seus olhos de prata brilharam intensamente.
-Moça, honra-me-. Quando abriu os braços, ela saltou neles, e ele a balançou sem esforço algum em seu abraço, devorando suas pernas ao redor de sua cintura. Ambos ficaram sem fôlego pela intensidade do contato. Uma corrente de desejo crepitou entre eles, desintegrando-os do coração. Com pernadas poderosas, ele retrocedeu com ela até o perímetro das pedras, até que a coluna vertebral da jovem descansou contra um dos megalitos. Ele agachou sua cabeça e a beijou, amoldando seus quadris contra ela, e quando a mulher gemeu, ele apanhou o som em sua língua.
-Desejei-te do momento em que te vi- disse ele bruscamente.
-Eu também- confessou ela, com uma risada ofegante.
-Och, moça, por que não me disse isso?- perguntou ele, beijando sua mandíbula, suas bochechas, seu nariz e suas pestanas, embalando sua face com suas mãos-. por que resistiu? Poderíamos ter acontecido três dias fazendo isto- disse ele, seu acento espesso pelo desejo.
-Não se tínhamos a intenção de chegar a suas pedras, então- ela ofegou, perguntando-se por que simplesmente não se calava e a beijava com força na boca-. Te cale e me beije- disse.
Ele riu e a beijou tão duro que desatou a ferocidade em seu diminuto corpo. Ela tinha visto filmes onde as pessoas faziam o amor lentamente, enrolando-se sinuosamente um em torno do outro, mas o deles foi um emparelhamento de ferocidade. Dada sua propensão a discutir apaixonadamente, ela não tinha esperado que sua forma de fazer o amor fora menos intensa. Não podia ter bastante dele: queria mais língua e mais mãos e mais de seu musculoso traseiro. Queria-o nu contra seu corpo. Queria senti-lo martelando dentro dela. Tinha esperado toda sua vida para isso, e estava preparada. Simplesmente olhá-lo-a fazia molhar.
Ele devorou a camisa do Gwen de dentro de suas calças curtas e tocou nervosamente sua braguilha, beijando-a urgentemente todo o tempo.
-Suas calças, moça, tira-lhe isso disse ele com muita dificuldade.
-Não posso. Minhas pernas estão envoltas ao redor de ti- resmungou ela-. E sua faca me está fincando no assumo.
-Mmm, sinto muito-. Ele mordeu seu lábio inferior e o chupou sem piedade-. Devo-te baixar ao chão, moça, te despir. E é necessário que me eu dispa também.
Mas ele não fez nenhum movimento para baixá-la, refém de sua boca deliciosa que o mordiscava, de suas mãos pequeñitas arranhando suas costas.
-Então me ponha no chão, MacKeltar- ela ofegou alguns minutos mais tarde contra sua boca, desesperada-se por sentir sua pele contra a dela-. Levo posta muita roupa!
-Tento-o- disse ele, arrastando seus beijos para baixo por seu pescoço e raspando com sua língua aveludada de retorno para cima, só para chegar a seus lábios outra vez, uma posição da que ele logo que podia evitar tomar vantagem enche.
-Não me solte- choramingou a jovem quando ele deixou de beijá-la. Seus lábios se sentiam nus e frios sem ele, seu corpo despojado.
No instante em que os dedos de seus pés tocaram terra, ela tratou impacientemente de alcançar a roupa do Drustan, mas ele procurava suas calças curtas ao mesmo tempo, amaldiçoando quando chocaram o um com o outro: a mandíbula do homem contra a cabeça da jovem, e ela enredada em seu cabelo.
Gwen tocou nervosamente seu cabelo negro, logo encontrou seu caminho às bandas de couro atravessadas em seu assumo mas foi incapaz de averiguar como os tinha sujeito ele. Apartando-se da atenção de suas mãos, ele devorou a camisa da jovem sobre sua cabeça, e ficou olhando seu sustento. Ele tocou o tecido parecido com o encaixe com fascinação.
-Moça, me mostre seu seios. Aparta esta coisa, não seja que a faça migalhas em minha pressa.
Ela abriu velozmente, com um pequeno som explosivo, o broche dianteiro e escapou do objeto. O ar fresco converteu seus mamilos em cúpulas enrugadas, e ele fez um som bem definido ao conter o fôlego. Por um momento, pareceu não poder mover-se, simplesmente permaneceu parado e ficou com o olhar fixo nela.
-Tem seios esplêndidos, moça- ronronou, cavando as mãos sobre os montículos gordinhos-. Esplêndidos- repetiu estupidamente, e ela quase riu. Aos homens gostava dos seios de qualquer talhe ou qualquer forma; simplesmente adoravam.
E certamente adorava os seus. Sustentou-os na palma da mão, levantando e apertando, e com um gemido rouco enterrou a face entre eles, esfregando-se para trás e adiante antes de atrair um mamilo profundamente dentro de sua boca.
Gwen ofegou brandamente quando ele pulverizou beijos abrasadores sobre seu seios. Se contorsionó e retorceu em seus braços, querendo sua boca ali... e ali... e ali, lhe dizendo com seu corpo precisamente como e onde o necessitava. Os dedos do Drustan se dedicaram a suas calças curtas, com pouco êxito, e grunhindo sua frustração ele atirou de sua cremalheira mas obteve só entupi-la fora da trajetória correta. Encontrando uma resistência similar na vestimenta do homem, ela gemeu freneticamente. Queria sentir pele contra pele; necessitava cada última polegada, pressionada hábil e intimamente contra ela.
-OH, simplesmente te encarregue de sua própria roupa e eu o farei da minha- disse a jovem bruscamente, o desejo frustrado voltando-a totalmente irritável. Necessitava-o nu agora.
Ele se viu tão aliviado como ela pela eficiente solução, e enquanto ela atirava fortemente da retorcida cremalheira, e logo chutava fora de suas calças curtas, ele se tirou seu plaid, jogando facas a mão direita e sinistra, tirando-se sua tocha e sua espada e finalmente sua armadura de couro. ficou de pé, lançando seu cabelo escuro sobre seus ombros, e olhando-a.
-Cristo, MacKeltar- suspirou Gwen, atordoada. Seis pés e meio de cinzelado guerreiro nu se levantavam ante ela, inconsciente do que sua nudez lhe provocava. Orgulhoso, de fato, e bem que deveria está-lo. Era robusto e masculino e poderoso além de toda comparação, e agora sabia com segurança que não tinha havido um meia três-quartos -ou vinte- em suas calças jeans. Era impressionante, e tinha uma quantidade notável de massa que ela não havia factorizado em sua equação enquanto pensava nele, mas com segurança influiria no futuro. Explicava muito.
Os olhos do Drustan flutuaram brandamente sobre seu seios, baixaram a seu ventre, e logo se iluminaram ao ver sua tanga do gatinho, e fez um som estrangulado.
-Pensei que esse era algum tipo de fita de seda estranho para te recolher o cabelo. Por isso o pus na cama de roupa essa noite, pensando que lhe poderia trançar isso com ele antes de dormir. Mas, ah, moça, prefiro-o ali- disse ele com muita dificuldade-. Foi sábio que não me dissesse que isso estava sob sua calça, pois teria caminhado duro todo o dia pensando em lhe tirar isso com a língua.
lhe gosta de minha tanga, ela pensou, radiante. Sempre tinha sabido que se escolhia ao homem correto para compilar sua cereja, apreciaria seu bom gosto.
Escorregando-se até ficar de joelhos ante ela, ele procedeu a fazer o que tinha ameaçado, levantando a tira de sua tanga sobre a curva suave de seu quadril com os dentes e lambendo a pele sensível baixo ela. Devorou a seda para baixo com uns poucos beliscões, curvando sua língua baixo ela. Gwen cravou seus dedos nos ombros do Drustan enquanto ele lambia uma e outra vez, criando essa música mágica sob sua pele. Chupou seu nó sensitivo através da seda, fazendo-a arquear-se contra ele, mendigando mais. Cada polegada que ele despia era rapidamente explorada com um golpe quente de sua língua, alternando dentadas diminutas de amor. Suas mãos calosas se deslizavam acima de suas coxas, e a fricção deliciosa criada por sua Palmas ásperas contra sua pele suave despertou zonas erógenas que nunca tinha sabido que tinha. Seus joelhos tremeram e ela se agarrou firmemente de seus ombros musculosos como suporte.
-É preciosa- ele ronronou, escorregando suas mãos entre suas coxas, acariciando e lambendo-. Não sei que parte de ti saborear primeiro.
-Drustan- gemeu ela, empurrando para baixo, contra ele.
-O que, Gwen? Deseja-me?
-Deus Santo, sim!
-Desejava-me quando me viu nessa calça estreita azul?- pressionou-a-. Desejava-me então também?
-Sim.
-Sente o calor quando te toco? Golpeia-te como um raio também?
-Sim.
Lhe tirou o diminuto objeto e ficou de pé. Bebeu a visão de seu corpo nu por um momento comprido antes de arrastá-la a seus braços.
Gritaram ao uníssono à medida que a pele encontrava pele, aturdidos pela intensidade do contato, jogando faíscas onde se tocavam. Ele a beijou profundamente, sua língua quente e faminta, saqueando sua boca. Ela arqueou as costas, esfregando seu seios contra ele. Quando Drustan cavou suas mãos sob seu traseiro, a jovem uniu suas próprias mãos atrás do pescoço do homem e envolveu suas pernas apertadamente ao redor dele, apanhando sua ereção firmemente na V de suas coxas. Gwen se retorceu, querendo-o dentro dela imediatamente, mas ou ele não cooperava ou ela era muito torpe para colocá-lo no ângulo correto, o qual, lamentou-se a moça, dada sua inexperiência era perfeitamente possível. Mas não parece que ele seja particularmente de ajuda, pensou a jovem quase com aborrecimento, rompendo o comprido beijo o suficiente para olhá-lo. O olhar chapeado era malvada... e arrogantemente divertida.
-Está me torturando?
-A meu ritmo, moça. Você é a que disse que não e desperdiçou todos estes dias. Poderíamos ter feito isto ontem quando me preencheu nesse lhe torturem calça estreita. E mais tarde essa tarde. E mais tarde essa noite, e esta manhã, e...
Quando tratou de responder, ele a beijou tão concienzudamente que ela esqueceu o que ia dizer. Ele se balançou contra ela, imitando o ritmo do sexo, deslizando-se de atrás para frente na V escorregadia de suas coxas. Milhões de diminutos nervos pediram a gritos mais. Bem, se ele não o fizer, farei-o eu. Ela sabia melhor que a maioria das pessoas que as forças da natureza não deviam ser resistidas ou dobradas. Se contorsionó contra ele, esfregando-se lascivamente, empurrando-se a si mesmo para a culminação.
À medida que seu ofego suave se voltava mais frenético, Drustan rompeu o beijo e a olhou. Suas bochechas estavam ruborizadas, seus olhos brilhantes e selvagens, seus lábios machucados pelos beijos e abertos.
-Isso, moça, toma seu prazer-. Ele estava tão fascinado por sua ousada fome por ele; punha-o mais ardente e mais duro com cada impulso insistente de seus quadris. Se não tomava cuidado, derramaria-se sem entrar nela sequer. Duvidava que uma mulher alguma vez o tivesse desejado tão intensamente.
Ela choramingou à medida que chegava; ronronou, roçou-se contra ele como um gatinho morto de fome de amor.
-Sim- ele exalou, alagado de um triunfo puramente masculino e possessivo. Quando seus estremecimentos se apaziguaram e ela se relaxou contra ele, baixou-a ao chão sobre seu plaid, logo se sentou para trás em seus joelhos e a contemplou por um o momento comprido. O suficientemente largo para que ela começasse a retorcer-se, e sortisse um efeito caótico em seu controle fugaz. Gwen arqueou suas costas, levantando seu seios para ele, seus mamilos convertidos em bagos escuros, implorando ser beijados.
-me toque- ela murmurou.
-Och, moça, tocarei-te- prometeu ele. Ele tocou com o cotovelo suas pernas para as abrir mais, logo beberam essa visão, dela jazendo na espera dele, seu seios cheios inflamado de seus beijos, suas coxas abertas e escorregadias com seu desejo.
Ele dirigiu a mão para cima, ao interior de suas coxas, através da umidade de sua mulher, logo para baixo pela outra perna. Uma vez, duas vezes, e umas meia dúzia de vezes mais, atrasando-se entre suas coxas, dando um golpecito a seu nó sensitivo, até que ela arqueava seus quadris para cima sobre o plaid.
-vou fazer te o amor como nunca lhe têm feito isso antes, garota.
Gwen estava realmente segura disso, pois nunca lhe tinham feito o amor antes.
-Promessas, promessas, MacKeltar- provocou-o-. Uma mulher poderia morrer de velhice antes de que você tivesse tempo para ela.
Seus olhos se aumentaram de surpresa, logo ele riu, uma risada rouca cheia de escuro erotismo.
Finalmente, ela ronronou, quando, ondeando os músculos de seus ombros, ele cobriu seu corpo com o dele.
-Não tem sensatez absolutamente, não sabe o que me provoca? Sou duas vezes seu tamanho, sabe- ele murmurou contra sua orelha.
-Então me diga algo que já não sei-. Ela ficou sem fôlego quando ele mordeu seu lóbulo.
-Você gosta disto?- perguntou seu amante, trocando de posição entre suas coxas-. Ou você gosta disto?- esfregou a cabeça de seu pênis uma e outra vez em suas dobras escorregadias.
Gwen se derreteu à medida que lhe falava em uma linguagem que nunca tinha ouvido mas sabia eram palavras de elogio pela admiração rouca em sua voz. Os acentos estranhos a converteram em um ser selvagem enquanto ele ronronava cumpridos contra sua pele quente. Ela se perguntou pela metade se ele não estava enfeitiçando-a, porque quanto mais ele falava nessa língua estranha, mais ardente ela se sentia. Ou possivelmente era a profunda voz fumegante e a forma que suas mãos se moviam sobre cada polegada de seu corpo, como se estivesse aprendendo de cor as sutilezas de cada plano e oco. Lhe dedicou generosa atenção a seu seios, apertando-os, liberando-os e acariciando-os até que ela se sentiu quase delirante de necessidade, revoando na borda de outro orgasmo.
Ele se assegurou sobre seus antebraços e sugou cada mamilo, movendo sua cabeça para trás e para frente, irritando-a com sua sombra de barba, e precisamente quando ela pensava que não poderia suportar outra provocação erótica mais, ele fixou sua atenção no outro. Beijou seu seios, os lados de seu seios, o lugar quente e suave baixo eles, empurrou-os para juntá-los e beijou a fenda generosa, arrastando sua língua entre eles; logo retornou a seus mamilos duros e tomou alternativamente com seus dentes. Mordendo e chupando e atirando deles em sua boca. Ela quase gritou ante o prazer delicioso dessas sensações.
Drustan riscou beijos sobre suas costelas, para baixo por seu abdômen, logo fez deslizar sua língua através de seu ventre, juguetonamente movendo-se em seu umbigo tremente. Logo, repentinamente, deslizou sua língua sobre seu broto inchado e ela elevou a voz.
-Ali, minha moça- ele ronronou, enterrando a face entre suas coxas.
O homem tem uma língua mágica, pensou ela, contorsionándose baixo ele. Ele cavou suas mãos sob seu traseiro, levantou-a para sua boca, e Gwen encheu a noite com gemidos diminutos enquanto ele a beijava e a lambia, para logo afundar rapidamente a língua no interior profundo dela. À medida que sua língua picante a acariciava em lugares que nunca tinham sido tocados antes, ela entrou em espasmos, e lhe deu lambeduras enquanto a jovem se estremecia repetidas vezes. Logo, quando ela pensou que tinha terminado, ele a mordeu delicadamente, espremendo uma série mais diminuta de espasmos de seu corpo tremente.
A ressonância... sou de cristal e me farei pedaços, ela pensou febrilmente.
Enquanto arqueava seus quadris contra ele, gritando, Drustan grunhiu e se pressionou a si mesmo contra a terra. Desejava que a experiência durasse enquanto pudesse. Queria lhe dar tanto prazer como nenhum outro homem alguma vez o tinha feito. Apertando os dentes, apertou-se contra o plaid, permanecendo perfeitamente quieto, tratando de convencer a seu membro que precisava esperar somente um pouco mais, porque ao menos lhe podia conceder isso a ela.
Ao menos poderia ter isso: esse momento perfeito com ela, antes que não ter nada. Ela choramingou brandamente à medida que os espasmos se detinham, e docemente lhe deu quentes lambeduras outra vez, lhe advertindo provocativamente que teria muitos mais picos de prazer antes de que ele tivesse terminado com ela.
Ela era tão bela e aberta a ele. Era a mulher mais sensual que alguma vez tinha encontrado em sua vida, cada polegada de seu corpo sensível a suas carícias, e embora ele se deitou com uma boa quantidade de mulheres luxuriosas em sua vida, nenhuma o tinha empurrado tanto ao bordo da razão, até agora. Seu estômago estava tremente pela intensidade de seu desejo, e seu pênis estava tão duro que era doloroso. Sua respiração soava arruda até para suas orelhas, a pulsação de seu coração como um trovão de cem cavalos, o sangue fervia em suas veias e a realidade se reduzia a simplesmente... uma... coisa...
Ela.
Não poderia esperar muito mais tempo.
Ele choveu beijos por cima da quebra de onda suave de seu estômago, sobre seu seios, e miserável o bordo de seus dentes de volta através de seus mamilos. Situando-se entre suas pernas, não tomou imediatamente mas a beijou a fundo, um beijo de demanda e domínio, de posse crua.
-me diga- exigiu ele. Ela não fingia ser tímida ou recatada, uma coisa que lhe gostava. A jovem lhe deixava ler a fome em sua face, em seus expressivos olhos tempestuosos, sem esconder nada. Mas ela falaria de seu desejo? Seria tão audaz e lhe murmuraria palavras que lhe diriam como cumprir a cabalidad suas necessidades mais descabeladas?
-me diga- insistiu ele.
Sua diminuta Gwendolyn lhe disse uma coisa que até então nunca tinha ouvido uma mulher dizer, nem nobre nem prostituta, e a baixeza de suas palavras se estrelou contra ele como se se tragou uma dose dobro de uma poção afrodisíaca dos ROM.
Ele nunca tinha feito a uma mulher lhe dizer isso. Usavam palavras que também o expressavam, mas o que tinha respondido Gwen era exatamente o que ele queria fazer. Sua atração mútua era primitiva e ia além da razão.
Se ela poderia expressar tão abertamente esses desejos crudos, que mais poderia enfrentar corajosamente? Quem e o que era ele? Poderia possuir ela tal coragem?
Ela jazia baixo ele, tremente de desejo, seus lábios refulgindo à luz da lua, molhados de seus beijos, e Drustan se precaveu de que se apaixonou por ela mais duramente que um carvalho poderoso partido em dois por um raio se choca contra o chão do bosque.
mergulhou-se dentro de seu calor.
E se deteve.
Não por eleição -OH, não, não por sua eleição-, mas sim porque havia algo em seu caminho.
-OH, simplesmente empurra- gemeu ela-. Sei que vai doer ao princípio. Simplesmente faz-o! Atravessa-o.
Ele ficou aturdido. Os fragmentos de pensamentos colidiram em sua cabeça: Nenhum homem a há meio doido alguma vez; como pôde sobreviver esta mulher sendo virgem portanto tempo? São os homens em seu século absolutos parvos? Logo, Ah, ela não escolheu outro, mas me escolheu !
Que presente!
Um homem mais nobre poderia haver-se tornado atrás, um homem mais nobre que soubesse que existia pelo menos uma ínfima possibilidade de que pudesse desaparecer essa noite, certamente se teria recusado, mas havia algo a respeito do Gwen Cassidy que o conduzia além da nobreza. Ele a desejava, pelas boas ou pelas más. E se o pior ocorria essa noite, então o desejo entre eles poderia fazê-la mais capaz de confrontar o que podia ter que confrontar. Talvez a ajudaria a completar todas as coisas que ele poderia precisar fazer, e talvez poderia lhe agradar o sonho estranho de poder persuadi-la a encontrar um futuro feliz em seu passado. Mas agora, pelas boas ou pelas más, o único futuro que ela ia ter depois dessa noite estava de seu passado.
Ele a compensaria, jurou-se. Sua felicidade seria sua primeira prioridade. Daria-lhe algo que quisesse, encheria-a de montanhas de presentes, atenção e devoção, como tivesse sido apropriado para uma rainha. Cuidaria-a de pés a cabeça. E talvez fazer o amor poderia resolver as coisas duvidosas em seu plano como nenhuma quantidade de meticulosa organização poderia obter.
-Posso ser pequena- persuadiu-o brandamente, quando ele vacilou-, mas sou mais forte do que pensa-. E ela repetiu sua petição prévia, aquela que tinha enviado tudo o sangue de seu corpo em uma carreira desenfreada a sua virilha.
Acalorado, ele se mergulhou através da barreira, reclamando-a.
-Sim- gritou ela, e ele bebeu o grito em sua boca, beijando-a grosseiramente, empurrando profundo dentro dela. Ela acompanhou seu ritmo urgente, e embora ele sabia que lhe tinha causada dor, seu desejo rapidamente ultrapassou o rasgo de sua virgindade.
Ele se entregou a ela com uma intensidade que não tinha sentido com uma mulher antes, enterrando-se tão profundamente em seu interior que pensou que devia estar tocando o bordo de seu útero; logo deslizando-se fora, lentamente, só para empurrar outra vez. Seu mundo inteiro, cada respiração e cada pulsado, estavam enfocados na mulher em seus braços.
Deslizando as pernas da moça sobre seus ombros, procurou o ângulo adequado para impulsionar-se de volta dentro dela. Ele marcou o doloroso movimento lentamente, sabendo que tão pequeñita ela era e que a estirava até seus limites, mas precisava estar assim, tão profundo em seu interior que já não soubesse onde começava ele e acabava ela. deslizou-se nela, poquito a pouco, seu corpo esforçando-se por essa doce tortura.
-Drustan- soluçou ela, jogando para trás a cabeça de um lado a outro, enredando seu cabelo sedoso. Ele chupou seus mamilos enquanto se retirava e retornava, e quando a sentiu contrair-se ao redor dele, sujeitou entre seus dentes ligeiramente um mamilo e atirou com força. impulsionou-se a si mesmo dentro dela dura e rápida e profundamente, repetidas vezes, até que se sentiu quase enlouquecido pela necessidade selvagem.
-Och, moça- disse ele apenas, apanhado nas contrações femininas-, não poderei sobreviver a este arrebatamento outra vez.- E enquanto se empurrava dentro dela tão ferozmente que quase a machucou, sua voz rouca se misturou com seus gritos doces. Alcançaram o orgasmo em um ritmo perfeito, cada contração trêmula do corpo da mulher extraindo sua semente.
Ele ronronou para ela enquanto chegava, em uma língua antiga que sabia que não entenderia. Disse coisas tolas, coisas sinceras, coisas profundas e graves que nunca poderia admitir de outra maneira. Chamou-a sua deusa da lua e elogiou seu fogo e seu espírito valente. Pediu-lhe bebês. Cristo, falou como um parvo.
Gwen se estremeceu contra ele, escutando suas cadências estranhas, e em certa forma soube que cada palavra que ele pronunciava era um louvor. Quando Drustan finalmente se acalmou contra ela, a jovem acariciou suas costas e seus ombros, maravilhando-se, sentindo-se ligeira, exaltada e saciada além de toda comparação.
-É bela, moça- ele murmurou, acariciando com seus lábios os dela meigamente.
Ela gritou quando ele golpeou dentro dela, em uma flexão final de seu jogo de amor.
-Machuco-te, doce Gwen?- perguntou ele, com tal preocupação em seus olhos que tocou seu coração.
-um pouco - confessou ela-. Mas não mais do que esperava depois de ver esse... meia três-quartos que tem ali.
Ele sorriu, seus olhos dançando.
-Disse-te que foi dado Por Deus. Não queria escutar nada disso-. Ele chupou seu lábio inferior-. Não tinha a intenção de te machucar, moça. Temo que por um momento estive enlouquecido.
-Não mais que eu. Acredito que pinjente um pouco realmente perverso- preocupou-se ela, mordendo o lábio.
-Excitou-me imensamente- ele grunhiu-. Nunca fiz a uma mulher me dizer algo semelhante, e me endureceu como uma pedra.
-Você está sempre duro, MacKeltar- ela brincou-. Não pense que não vejo essa protuberância permanentemente em sua roupa.
-Sei- disse ele com ar satisfeito-. Seu olhar flutua brandamente por ali freqüentemente-. Ele se desembriagó repentinamente-. Mas agora sei por que sempre me dizia que não. Gwen, por que não me mencionou que não tinha conhecido a ninguém antes de mim?
Ela fechou seus olhos e suspirou.
-Tive medo que dissesse que não- finalmente admitiu a jovem-. Não estava segura de que faria o amor com uma virgem.
Fazer o amor, havia dito ela. preservou-se de todos os outros, mas tinha preferido dar-se a ele. Sente algo por mim, pensou ele, esperando que ela dissesse as palavras. sentiu-se desiludido quando não o fez, mas o tato de suas mãos riscando círculos suaves em seu assumo o fez sentir uma ternura que significava muito para ele.
E lhe tinha dado sua virgindade.
sentiu-se endurecer-se outra vez, emocionado pela profundidade de seu presente. Embora não tinha dado sua prova de que dizia a verdade, ela lhe tinha entregue livremente, tinha-lhe dado isso que não lhe tinha dado a nenhum outro homem. Tinha sentimentos por ele, estava seguro disso, tão seguro como estava que Gwen Cassidy não se dava a si mesmo ligeiramente.
Ela o tinha honrado de tantas formas.
Não havia interrogantes em sua mente: ela era a única para ele. A mulher que tinha procurado toda sua vida... e o que se tinha tido que ir quinhentos anos no futuro para encontrá-la? Lhe daria as palavras, e começaria com as ataduras do Druida, e talvez em umas poucas horas, se tudo ia bem, livremente lhe poderia devolver as palavras.
E se não ir tudo bem?
Ele se encolheu de ombros mentalmente. Se tudo não ia bem, e ele não sobrevivia essa noite, a versão de século dezesseis dele encontraria sua personalidade irresistível, ainda antes de que ela dissesse o feitiço para reunir suas lembranças. Não podia ver que dano haveria nisso, não podia duvidar de que chegaria a passar de qualquer maneira.
Lhe tinha dado um presente precioso; isso era tudo o que ele tinha para lhe oferecer em troca. O presente de seu amor eterno.
Ele colocou a palma da mão direita da jovem em seu assumo, sobre seu coração, a palma de sua esquerda por cima da dele, e se viu profundamente refletido em seus olhos. Quando falou, sua voz era baixa e firme:
-Se algo deve perder-se, então seja minha honra pelo teu. Se um deve ser desamparado, então seja minha alma para a tua. Se a morte chegar logo, então seja minha vida para a tua-. Ele tomou uma respiração profunda e terminou, completando o encantamento que o enfeitiçaria de por vida-. Sou dado.
Estremeceu-se enquanto sentia o laço irrevogável tomar raiz dentro dele, em um enlace que nunca poderia ser talhado. Estava agora conectado a ela por fios da telaraña da consciência. Se ele entrasse em um quarto cheio de pessoas, seria atraído a seu lado. Se entrasse em um povo, saberia se ela estava também ali. A emoção fluiu dentro dele, e lutou por detê-la, assombrado por sua intensidade. Os sentimentos chocaram sobre ele, sentimentos que nunca tinha imaginado.
Ela era tão bela... mil vezes mais que antes, ao haver-se aberto a si mesmo completamente a ela.
Os olhos do Gwen eram enormes.
-O que quis dizer com isso?- perguntou, com uma pequena risada tremente. Ele tinha falado nessa voz estranha outra vez, a que tinha a ressonância de uma dúzia de vozes, o suave ruído surdo de um trovão primaveril. Tinha divulgado terrivelmente romântico, um pouco sério e horripilante também. Suas palavras tinham sido quase como algo vivo, roçando-a com dedos quentes. Tinha uma sensação molesta de que havia algo que ela deveria dizer, mas não tinha idéia do que ou por que.
Ele sorriu enigmáticamente.
-OH, entendo. É outra dessas coisas...
-...Que se esclarecerão com o tempo- ele terminou por ela-. Sim. É algo assim como que te protegerei se a necessidade alguma vez surge-. É mas bem, que é minha por sempre, se você estiver de acordo e me devolve as palavras. E agora sou teu por sempre, esteja de acordo ou não. Era uma coisa arriscada a que tinha feito, por certo, porque se ela nunca estivesse de acordo, então Drustan MacKeltar a ansiaria interminavelmente. Seu coração, apanhado pelo feitiço das ataduras, sentiria-a eternamente, amaria-a eternamente. Mas ela devia escolher livremente devolver as palavras, e a união se intensificaria multiplicada por mil. Ele podia viver por essa esperança.
Os olhos do Gwen se alargaram ainda mais quando o sentiu a endurecer-se dentro dela.
-Outra vez?
-Está muito dolorida?- ele perguntou meigamente.
Ela arqueou uma sobrancelha.
-Disse-lhe isso, sou muito mais forte do que pensa- respondeu, passando a ponta de sua língua rosada sobre seu lábio inferior.
Ele gemeu e a apanhou entre seus lábios.
-Então, sim, moça, uma e outra vez- disse ele, enquanto começava a deslizar-se para trás e adiante dentro dela-. Nós os MacKeltars foram educados para resistir.
E dado que ele sabia ela era do tipo incrédulo, uma mulher pouco disposto a aceitar algo exceto a prova firme, ele procedeu a dar a evidência sólida de sua asseveração, lhe dizendo com seu corpo todas as palavras que desejava dizer com a voz.
Capítulo 10
21 de setembro
Três minutos para a meia-noite
Gwen se desperezó indolentemente, suas mãos roçando os músculos das costas do Drustan. sentia-se sexy, saciada, sonolenta e tenra e, OH... muito mais complexa do que era antes. sentia-se marcada de novo em certa forma.
Gwen Cassidy finalmente tinha sido adequada e verdadeiramente amada.
Um sentido indefinível de paz e certeza aninhavam em seu ventre, seu coração estava cheio, sua mente a gosto.
Mas respirar sob seu peso era um desafio para o que inclusive a nova e aperfeiçoada Gwen não estava preparada, assim com uma cotovelada tenra o empurrou para liberar-se. Ele ficou de barriga para cima e ela se deslizou escarranchado sobre ele, na mesma forma que o dia que o tinha encontrado, mas com uma diferença altamente erótica e deliciosa: estavam ambos os nus. Havia tanto que queria fazer com ele. Queria fazer o amor em cima dele, ao lado dele, com ele detrás dela...
-Drustan- murmurou a moça, estudando sua face, tão bela à luz chapeada da lua. Seus olhos de metal, quentes e chapeados, abriram-se, perezosamente sedutores.
-Obrigado- disse ela brandamente. Ele tinha feito de sua primeira vez uma experiência bela, apaixonada, intensa, e se por alguma razão insondável nunca conseguisse fazer o amor com ele outra vez, sabia que ele seria o padrão pelo qual ela julgaria aos homens pelo resto de sua vida.
Ela estava caindo de cabeça em um apaixonado amor. E se sentiu incrível.
Ele apanhou sua face em suas mãos e a puxou para baixo para um beijo faminto.
-Nunca me agradeça isso, moça. Só me peça mais. Esse é o melhor louvor que um homem pode ouvir de uma mulher. Isso e o rocio dessa mulher- ele escorregou uma mão entre suas pernas- que conta a um homem quanto ela o deseja.
Lhe sorriu, e precisamente ao mesmo momento, advertiu a postura da lua no céu. Seu sorriso se desvaneceu abruptamente e seu corpo se esticou baixo o dela. A paixão se aplacou em seus olhos, substituído pelo pânico.
-Cristo!- jurou-. É quase muito tarde!-. Rodando-a fora dele, incorporou-se, agarrou seu plaid, e correu para a laje-. Vêem- ordenou.
Aturdida por sua rápida mudança, ainda sentindo-se erótica e sonolenta e suave, ela cravou inexpresivamente os olhos nele.
-É quase meia-noite- disse ele urgentemente-. Vêem.
Ela tratou de alcançar sua roupa, e ele negou bruscamente:
-Não há tempo de vestir-se. Mas deve trazer sua mochila, Gwen.
Desconcertada por seu comentário, e não completamente cômoda com sua nudez, ela agarrou sua mochila e se apressou a reunir-se com ele na laje, já que entretanto, o cientista dentro dela estava intensamente curioso por descobrir como tinha intenção de provar seus objetivos. Além disso, disse-se Gwen a si mesmo, haveria tempo para fazer o amor logo.
Ele trabalhou velozmente, roubando olhadas luzes de alerta no céu enquanto inundava seus dedos na pintura e riscavam os símbolos finais na tabela.
-Toma minha mão.
Ela deslizou sua mão na dele. Ele estudou os desenhos um momento, logo meneou sua cabeça e exalou ruidosamente.
-Pede ao Amergin que sejam os corretos. Fique perto de mim, Gwen. Aqui.
Gwen se posicionou onde ele indicava e tratou de olhar com atenção ao redor para ver os últimos símbolos, mas o homem anguló seu corpo entre eles, bloqueando sua vista.
-O que pensa que vai ocorrer, Drustan?- perguntou a jovem, percorrendo com o olhar seu relógio de pulso, surpreendida de que algo tivesse permanecido em seu corpo no frenesi de sua maneira de fazer o amor. Quase riu quando se precaveu de que isso, e a correia da mochila sobre seu ombro, era tudo o que agora trazia posto. O bracelete dos segundos se movia com um audível tick- tick- tick.
-Gwen, eu...- ele se interrompeu e a olhou.
Seu olhar voou para a dele. Tinha-o sentido ele também quando tinham feito o amor? Tendo pouca prática nessa arte, estava insegura de se a emoção que sentia quando o olhava era um efeito secundário e temporal da intimidade física. Suspeitava que era um pouco de duração mais significativa, mas não tinha nenhuma pressa em ficar em ridículo. Mas se ele o sentia também, a jovem poderia acreditar que o que existia entre eles era tão real e válido como qualquer equação matemática. O olhar do Drustan passou rapidamente sobre seu corpo, de tal maneira que a fez sentir-se bela, não pequena e... bem, um pouco gordinha. Sempre se havia sentido inadequada em um mundo cheio de garotas muito altos e modelos magras nas cobertas de cada revista e cada filme.
Mas não com ele. Em seus olhos, ela viu um reflexo de si mesmo que era muito próximo à perfeição.
-Oxalá tivéssemos uma eternidade- disse ele tristemente.
Os dedos da jovem se apertaram ao redor de sua mão, silenciosamente animando-o a continuar. Quando seu relógio bracelete repicou a hora da meia-noite com diminutos tinidos metálicos, ela se sobressaltou. Um. Dois. Três...
-É gloriosa, moça- disse ele, riscando seu dedo para baixo pela curva de sua bochecha-. Um coração tão valente.
Cinco. Seis. Sete.
-Importo-te, embora seja só um pouco, Gwen?
Gwen assentiu com a cabeça, sua garganta constrangida repentinamente, sem confiar em si mesmo para falar. Ele se via tão triste que ela teve medo de expressar impulsivamente tolas coisas sentimentais e ficar como uma estúpida. Já havia dito algo enquanto faziam o amor que nunca tinha pensado que sairia de seus lábios, e se não tomava cuidado, ficaria repugnantemente pegajosa com ele.
Nove.
-Isso, e minha fé em ti, deve ser suficiente. Auxiliaria-me, se corresse perigo?
-É obvio- disse ela instantaneamente. Logo, mais com vacilação-: E você?
-Daria minha vida por ti- disse ele com simplicidade-. Moça, não me tema. Aconteça o que acontecer, me prometa que não me temerá. Sou um bom homem, juro-te que o sou.
Afligida pela dor em sua voz, ela roçou sua mandíbula com os dedos.
-Sei que o é, Drustan MacKeltar- disse ela firmemente-. Não te temo.
-Mas as coisas poderiam alterar-se.
-Nada pode alterar isso. Nada me poderia fazer te temer.
-Oxalá pudesse ser certo- disse ele, seus olhos escuros.
Doze.
Treze?
Ele gritou então, arrastou-a rudamente a seus braços, e a beijou, um beijo profundo da alma, e o mundo como Gwen Cassidy o conhecia começou a desenredar-se nas costuras.
Ela começou a girar em seus braços, a oscilar de acima a abaixo e dar voltas como uma cortiça em um redemoinho, ao longo e ao largo, para um lado, para trás e adiante... logo em uma direção nova que não foi uma direção de tudo.
O espaço-tiempo trocou, sua mesma existência dentro dela se alterou, e em certa forma Gwen se derreteu nos braços do Drustan.
Sua mochila escapou de seu ombro e ricocheteou sem rumo em um vórtice de luz.
Como de uma grande distancia, ela viu as mãos do homem tratando de alcançá-la, mas havia algo mal com elas. Tinham uma dimensão acrescentada que sua mente não podia compreender. Ela rebolou seus dedos, lutando para captar sua qualidade nova. Sua Palmas, suas bonecas, seus braços eram tão... diferentes.
Acreditou ver o Drustan dando voltas mais à frente, e logo ouvir um estampido supersônico distante, mas um estampido supersônico teria querido dizer que ela estava movendo-se à velocidade do som, e ela não se movia absolutamente, a menos que a gente contasse o fato de que se sentia tão pouco efetiva como uma mariposa batendo suas asas frágeis contra ventos com a força de um tornado. Imaginou que poderia sentir as pontas desses apêndices delicados arrancando-se a rasgões. Além disso, pensou fracamente, concentrando-se em algum ponto de prudência, as pessoas aceleradas à velocidade do som não ouviam o estampido supersônico. Só as que estavam quietas o faziam.
Logo um brilho branco a envolveu, tão deslumbrante que a fez perder todo sentido de tempo, espaço e individualidade. A brancura a encheu: sufocou-se nela, respirou-a, sentiu-a sob sua pele, empapando-se em suas células e reacomodándolas segundo algum desenho estranho. A velocidade terminal do pára-quedista em queda livre, o cientista dentro dela recitou em uma voz moderadamente fria, a um médio de noventa e três a cento e vinte e cinco milhas por hora. O som se translada a setecentas e sessenta milhas por hora em um dia úmido. A velocidade de escapamento é a velocidade requerida para formar da atmosfera da Terra e obter uma viagem interplanetária, ou vinte e cinco mil milhas por hora. A luz o faz a cento e oitenta e seis mil milhas por segundo. Logo um pensamento peculiar: Um gato sempre cai de pé. Mantén uma velocidade angular de zero.
Não houve nenhuma sensação de movimento, mas sim uma vertigem horrível. Não havia sons, mas o silêncio era ensurdecedor. Não houve plenitude de corpo, mas tampouco houve vacuidade. A velocidade de escapamento obtida e excedida, branco e mais branco... e de repente estava em -diante? fora?- de um túnel ou ponte comprido. Mas não tinha corpo ao qual dirigir.
O branco se foi tão abruptamente que a escuridão a golpeou como uma parede de tijolos. Então, benditos fossem, houveram som e visão, e a sensação de suas mãos e seus pés.
Talvez não tão benditos, decidiu. O sabor era uma bílis metálica amarga no fundo de sua garganta; o peso era uma pressão repugnante depois do vazio terrível.
Reprimindo o desejo de vomitar, levantou uma cabeça que pesava duas toneladas e se sentiu tão torcida como um tomate muito amadurecido.
ao redor dela, a noite estalou. O granizo apedrejou a terra, levantando jubas de névoa do terreno. O vento uivou e rugiu, arrojando folhas e rompendo ramos. As partes grandes de gelo picaram sua pele nua.
-Drustan!- gritou.
-Aqui, moça-. Ele tropeçou tratando de chegar a seu lado, logo escorregou no chão coberto de granizo e caiu de joelhos.
-Drustan, o que está ocorrendo?-. Enquanto ele tratava de endireitar-se em posição vertical, a jovem viu que sua face estava pálida e apagada; linhas que nunca antes tinha visto marcavam sulcos afiados ao redor de sua boca. Ele olhava para baixo, a suas próprias mãos, com espanto. O olhar do Gwen voou para elas, perguntando-o que estava mau, mas o que for que ele visse, ela não podia fazê-lo. Pareciam desaparecer na névoa.
-Cometi um engano quando esbocei os símbolos finais- ele gritou roncamente. Uma bola grande de gelo golpeou seu maçã do rosto, pondo à vista um vergão imediato-. Retornei muito longe. Pensei que poderia ir contigo, mas não posso. me perdoe, moça, supõe-se que não deveria ser desta maneira!
-O que?- Gwen apenas o podia ouvir, tão ensurdecedor era o vento. Os fios de seu cabelo lhe picaram a pele do pescoço enquanto o vento o fustigava grosseiramente em torno de sua face. O vendaval a açoitava, sentindo que raspava a pele de seus maçãs do rosto. O granizo machucava seu couro cabeludo; sua cabeça doía em dúzias de lugares. Ela avançou com indecisão para ele e se agarrou a seu braço. Sentiu-o curiosamente insustancial sob seus dedos, embora podia ver os músculos em seus braços inchando-se. Ele tratou de fechar sua mão brumosa ao redor da dela, mas a moça a sentiu deslizar-se entre seus dedos.
-O que te está ocorrendo?- gemeu Gwen.
-me salve. Salva a meu clã, moça- ele gritou-. Preserva a tradição.
Cristo, ele podia sentir-se a si mesmo sendo esmigalhado em dois. lhe falando com ela, e simultaneamente fazendo um intento para raciocinar com sua personalidade passada. Não funcionava. Tomava um esforço imenso somente mover seus lábios e formar palavras. Ele estava partido... em dois lugares de uma vez, cambaleando porque finalmente entendia a seguinte dimensão... e tinha que lhe dizer a ela o que dizer e fazer! Devia lhe dizer como usar o feitiço que lhe tinha ensinado!
-Do que está falando?- gritou a moça-. Ai!- gritou, enquanto uma parte de granizo golpeava sua frente.
Mas ele não respondeu, simplesmente titilou de um modo que a aterrorizou, como se se estivesse desvanecendo, mas brigando por ficar. Quase histérica, Gwen tratou de pegar-se a ele, mas ele se deslizou de entre suas mãos.
Seus olhos de prata relampejaram... ele pareceu selvagem, sério, um bruxo tenebroso de épocas passadas... Empurrou seu plaid para ela, demandando sem palavras que tomasse. Ela fechou os dedos trementes sobre o tecido.
-Escuta- gritou ele. Seu olhar passou rapidamente sobre ela e a paixão resplandeceu em seus olhos. Logo ergueu sua cabeça como escutando algo que ela não podia ouvir e baixando o olhar além dela, como vendo algo que a jovem não podia ver. Seus lábios se moveram uma última vez.
No momento que o veja deve lhe dizer... lhe mostre...
-O que?- chorou ela-. O que lhe diga que coisa a quem?-. As folhas voadoras e os ramos caíram como chuva sobre eles. Quando ele se agachou rapidamente e defendeu sua face para evitar um golpe de um ramo particularmente grande, ela se perdeu mais do que ele dizia. lhe dizer e lhe mostrar a quem o que?
Abruptamente, ele se foi. desvaneceu-se tão completamente como os símbolos tinham desaparecido de seu assumo na caverna dias atrás.
Com seu desaparecimento, a voragem morreu e o granizo cessou abruptamente. A noite caiu silenciosa, a névoa se dissipou em uma última e amarga rajada de vento.
Gwen permaneceu congelada, em estado de choque, machucada e queimada pelo vento Y... dolorida.
Ela não confiava em si mesmo para dar um passo sobre umas pernas que momentos atrás não tinham sido suas pernas de tudo, a não ser suas pernas e alguma outra coisa, algo que o cientista dentro dela ainda meditava, caminhando de cima abaixo em uma bata branca de laboratório protestando estridentemente. Não estava segura de que qualquer sua parte obedeceria ordens simples, tão atada estava sua mente.
-Drustan- ela chamou fracamente. Então mais forte-: Drustan!
Um silêncio terrível a saudou. Ela tremeu incontrolablemente, recordando tardiamente que estava nua. Distantemente, devorou seu plaid ao redor dela e engatinhou através da terra escorregadia para o fogo.
Mas não havia fogo. A tormenta teria devido apagá-lo.
deixou-se cair de joelhos na terra recubierta de granizo, agarrando firmemente seu plaid, acuclillándose dentro dele para entrar em calor. Cegamente, jogou um olhar ao redor e se sentiu assombrada ao ver que o granizo era tão grosso sobre o topo que parecia como se os céus se aberto e simplesmente tivessem gelado a parte superior da montanha. Poderia tomar as horas para que se derretesse na cálida noite outonal. E logo permaneceu imóvel, sem pensar mais a respeito da tormenta estranha, como se voltasse a reviver seu encontro inteiro através de sua mente, finalmente vendo o patrão.
Ele havia dito que lhe provaria que dizia a verdade, mas só o poderia fazer nas pedras. Havia dito que se ela não acreditasse nele então, seria livre. Ela agora se precaveu de que ele sempre tinha escolhido suas palavras cautelosamente, implicando dobre significados.
Agora entendia exatamente o que tinha querido dizer ele.
-Deixou-me- murmurou-. Você realmente me demonstrou isso, huh?- bufou, e começou a chorar ao mesmo tempo-. A prova indiscutível. Estraguem. Se alguma vez houve um cético aqui, esse sou eu.
Ele a tinha intimidado para que o guiasse através de seu tempo até as pedras, tinha-lhe feito o amor de uma maneira incrível, tinha provado que sua história era verdadeira, e logo tinha voltado para seu tempo deixando-a no século vinte e um, sozinha.
Ele não tinha estado louco depois de tudo. Ela tinha tido a um genuíno guerreiro do século dezesseis que tinha viajado através do tempo em seus braços, e se tinha burlado dele a cada passo. Tinha-o tratado com incredulidade, até com condescendência em ocasiões.
OH, ela o tinha estragado regiamente. apaixonou-se por ele à velocidade da luz. No espaço de três dias, atou-se a ele como nunca tinha pensado possível. Tinha estado construindo uma vida com ele em sua mente, racionalizando suas falsas ilusões, entrelaçando-o em seu mundo.
E ele a tinha deixado. Inclusive não se ofereceu a levá-la com ele!
Iria? Haveria dito que sim? O cientista perguntou secamente. Descendido rapidamente a um século do que não sabe nada? Deixaria atrás isto para sempre?
Caramba, sim, haveria dito que sim! O que tenho aqui? Estava me apaixonando, e iria em qualquer lugar por isso!
Para variar, o cientista dentro dela não teve uma resposta cáustica.
Gwen chorou, sentindo-se repentinamente velha, lamentando a perda de algo que não havia verdadeiramente apreciado e entendido o tempo que o tinha mantido em sua mão.
Não teve idéia de quanto tempo permaneceu pensando, voltando a viver tudo através de sua mente, permanecendo muito tempo sobre sua maneira de fazer o amor, olhando tudo com outros olhos.
Quando finalmente se incorporou, tremia. Seus joelhos estavam congelados de acuclillarse no gelo, e os dedos dos pés lhe picavam. Sinto, MacKeltar. Ensinou-me isso. Espero que esteja feliz contigo mesmo ao me mostrar que tenho coração me machucando.
empurrou-se para cima e se deslizou do círculo, procurando suas roupas na escuridão. Tirando-se de cima um novo ataque de pranto, soprou. Onde diabos estavam suas botas? E já postos no assunto, onde estavam sua mochila e sua lanterna? Começava a sentir uma severo falta de nicotina; o desassossego emocional sempre a fazia desejar ardentemente um cigarro.
Como obteria alguma vez sobrepor-se? Como faria frente ao conhecimento de que o homem de quem se apaixonou estava morto desde fazia centenares de anos?
O pânico a capturou à medida que rodeava a laje, procurando seus pertences. Não estavam. A violenta tormenta de vento poderia haver o levado tudo?
Atordoada, percorreu o olhar ao redor, logo a levantou o céu, e percebeu uma visão, pela primeira vez desde que Drustan tinha desaparecido, pelo que existia além das pedras.
Onde previamente não tinha havido nada, toneladas e toneladas de pedra se levantavam da Terra.
ficou com a boca aberta de assombro, seu olhar flutuando brandamente desde cada torre e torrecilla, até uma torre de pedra maior, depois pelas paredes encasquetadas com essas pedras dentuças que se viam em todos os castelos de Escócia, para ir a outra torrecilla e outra torre quadrada de novo. Piscando, olhou de esquerda a direita e de volta outra vez.
Um alarme detonou em seu cérebro, mas não podia responder. Não podia responder a nada. Começou a hiperventilar; as respirações diminutas se estrelaram umas contra outras e se empilharam em sua garganta.
Um castelo monstruoso se estendia mais à frente do círculo de pedras.
Enorme, sério, apesar de tudo belo, modelado de paredes cinzas e maciças de pedra que se catapultavam rectamente para o céu. Uma torre retangular central se levantava mais alta, com duas torres redondas mais pequenas flanqueando-a. As asas se estendiam pelo este e o oeste consumindo o horizonte, com grandes torres quadradas no este e o oeste. Uma névoa leitosa polvilhava as cordilheiras e tampava as torrecillas.
Sua mandíbula caiu.
A semelhança das pedras frite que a rodeavam, ela ficou imóvel.
Podia ser que não o tivesse perdido depois de tudo?
Com uma quebra de onda dolorosa de adrenalina que fez seu coração bater muito rápido, escapou do círculo de pedras e irrompeu em um pátio terraplenado. Os caminhos se bifurcavam em várias direções, uma linha reta conduzia para as escadas da parte dianteira do castelo mesmo.
Deu volta em um círculo lento, sem emprestar atenção a seus dedos dos pés gelados. Fracamente, sua mente registrou o fato de que o granizo tinha cansado só dentro do círculo de pedras. A terra além dele estava quente e seca.
Lhe tinha mencionado que em seu século, as pedras do Ban Drochaid tinham estado anexas dentro das paredes do perímetro da propriedade, mas o Ban Drochaid dentro do que ela se introduziu uma hora atrás tinha residido no centro de um páramo de ervas e pedras desmoronadas.
Ainda agora, estava completamente rodeada por paredes altas, dentro de uma autêntica fortaleza.
Percorreu com o olhar o céu noturno. Era de um negro espesso, sem sequer remotas incandescências no horizonte em qualquer direção, o que era impossível, porque Alborath estava no vale mais à frente, e só a noite anterior, sentada sobre o capô do automóvel de aluguel, lamentou-se de que as luzes do povo estragassem seu panorama das estrelas.
Retrocedendo para o castelo que não tinha estado ali cinco minutos atrás, ela manuseou as dobras de seu plaid. Repentinamente, as palavras que ele tinha gritado -palavras que tinha ignorado porque não tiveram sentido nesse momento- cobraram um significado perfeito.
Retornei muito longe. Pensei que poderia ir contigo, mas não posso.
Salva a meu clã.
OH, Deus Santo, Drustan, pensou ela; não entrou de novo no tempo. Enviou-me de retorno a te salvar!
-Quando considero a pequena parte em que se estende minha vida,
amortecida na eternidade de todo o tempo, ou a parte pequena
de espaço que posso tocar ou posso ver,
engolido pela imensidão infinita de espaços
que não sei e que não conheço, sinto-me assustado e assombrado
por estar aqui em lugar dali ... agora em lugar de logo.-
-Blaise Pascal.
-Para aqueles de nós que acreditam na física, esta separação entre o passado, o presente e o futuro é só uma ilusão, por muito tenaz que seja.-
- Albert Einstein.
Capítulo 11
18 de julho
1518
O pesadelo estava além de algo que a mente adormecida do Drustan MacKeltar alguma vez tinha conseguido chamar por meios mágicos, repleta com um sabor tão vil, que o conheceu pelo que era: o sabor da morte.
As imagens escuras o tentavam ofensivamente da margem de sua visão, sentindo uma sanguessuga monstruosa sugá-lo, e lutar corpo a corpo. Então, repentinamente, houve dois seres distintos mas similares dentro de seu corpo.
Estou poseído de um demônio, pensou o Drustan dormido, lutando para arrojar a atrocidade longe dele. Não permitirei isto. Enfurecido, resistiu à presença nova violentamente, repartindo golpes para destrui-la sem inclusive tratar de identificá-la. Era estranha e tão forte como ele mesmo, e isso era tudo o que precisava saber.
Enfocou sua mente, isolando ao intruso, rodeando-o com sua vontade, e com um esforço imenso o empurrou de seu corpo.
Então, repentinamente, houve dois dele em seu pesadelo, mas o outro ele se via maior, e desesperado. Mortalmente cansado.
-Vete pois, demônio- Drustan gritou.
-me escute, tolo.
Drustan sujeitou suas mãos sobre suas orelhas.
-Não ouvirei nenhuma de suas mentiras, demônio.
Em alguma parte na distância, no lugar de pesadelo que desafiava a capacidade de sua mente para compreendê-la ou fabricá-la, Drustan sentiu o aroma de uma mulher. Era pouco clara, mas podia senti-la, ainda sentir o calor fragrante de sua pele. Um ataque de desejo o consumiu, quase destroçando sua determinação de sujeitar ao outro ele a raia.
Sentindo a debilidade, a réplica se lançou de um salto para frente, mas Drustan endureceu sua vontade e o derrubou a um lado.
olharam-se furiosamente o um ao outro, e Drustan se admirou por jogo de emoções na face da cópia. O medo. O pesar tão intenso que poderia partir para um homem em pedaços. E enquanto o observava, uma compreensão repentina titilou nos olhos do falso Drustan, ao mesmo tempo que a cópia pareceu perder solidez.
-Briga contra mim até a morte- os lábios da falsificação se moveram silenciosamente-.Já vejo. Vejo agora que só a gente vive. Isto não é obra da Natureza, já que lhe é congenitamente indiferente, mas sim é nosso próprio temor o que nos impulsiona a nos destruir mutuamente. Rogo-te, me aceite. nos deixe a ambos viver.
-Nunca te aceitarei- Drustan rugiu.
A cópia se fez indistinta, logo ficou mais sólida, logo se desvaneceu ao redor das bordas outra vez.
-Está em perigo terrível...
-Não fale mais! Não acreditarei nada do que diz!-. Drustan repartiu golpes à sombra de si mesmo cruelmente.
A sombra levantou o olhar para trás sobre seu ombro e gritou a alguém que Drustan não podia ver:
-No momento que o veja deve lhe dizer a primeira rima que te ensinei, poderá recordá-la? O verso no carro, e como funciona a mochila e tudo estarão bem.
-Vete, demônio!- Drustan rugiu, separando-se de um empurrão a ele com sua vontade.
O outro ele atravessou ao Drustan com seu olhar fixo.
-Ama-a- a falsificação murmurou, e logo deixou de existir.
Drustan se incorporou como um raio na cama, ofegando em busca de ar.
arranhou-se a garganta, golpeou seus punhos em seu assumo, e finalmente conseguiu beber uma respiração dolorosa. Suava. Gelado e febril ao mesmo tempo, fazia migalhas sua roupa de cama em seu sonho. As peles de animais anteriormente suaves eram agora meros penachos de pelagem gotejadas em suor, e sua cabeça martelava.
Procurou provas o jarro de vinho em seu lado da cama. Levou-lhe vários intentos antes de conseguir rodeá-lo com seus dedos. Tremendo, bebeu muito, até que o jarro esteve vazio. Passou lentamente o dorso de sua mão através de sua boca.
Seu coração trovejava e se sentia como se tivesse estado mais perigosamente ameaçado que nunca em toda sua vida. Como se algo tivesse avançado a rastros sobre seu corpo e tratado de afirmar direitos territoriais.
Afundou suas mãos trementes em seu cabelo, levantou-se da cama, e começou a passear-se. Derramou o olhar com cautela para trás na cama, esperando que um súcubo o espreitasse no montão de roupa destruída.
Pelo Amergin! Que sonho estranho o tinha visitado? Não podia recordar nada dele agora, exceto uma sensação amarga de violação, e um sentido vazio de vitória.
Sua atenção foi atraída por um brilho de luz brilhante além da janela de seu dormitório. Um grunhido baixo, como um trovão, seguiu-o, e ele atirou fortemente a um lado da tapeçaria e contemplou a noite através do vidro.
Drustan permaneceu de pé ao lado a janela por muito tempo, tomando respirações lentas, profundas, e tratando de recuperar uma medida de calma. Raramente sofria pesadelos e preferia esquecer-se desta em especial, pois o sonho emprestava a loucura. Encurralou-o firmemente em um lugar profundo, escuro de sua mente, para enterrá-lo onde nunca veria a luz.
O arrebatamento morreu tão repentinamente como se originou, e a noite nas Highlands ficou quieta e silenciosa outra vez.
Pensa, pensa, pensa, recriminou-se Gwen. supõe-se que tem inteligência, usa-a. Mas seu cérebro se sentia intumescido e torpe. depois de um dia de paixão incrível, depois da tormenta bizarra, e uma mente sem nicotina, não estava em condições de ser genial. Estava apenas em condição de engenhar-se pela metade.
Caminhando cautelosamente sobre o granizo que se fundia, levou a conta dos fatos tangíveis, porque os intangíveis, no momento, assustavam-na muito. Estava desesperada por encontrar alguma conclusão objetiva e lógica para explicar seu paradeiro ilógico.
Tremeu, espionando o castelo. A perspectiva de enfrentá-lo-a mantinha ao mesmo tempo fascinada e aterrorizada.
Mas havia algo que tinha que fazer primeiro. Não porque fosse do tipo incrédulo, de maneira nenhuma, não ela. Mas preferia ver a evidência sólida com seus dois olhos.
Tirando uma respiração revigorante, mergulhou-se na escuridão mais à frente do círculo de pedras e se afastou velozmente do castelo. Quando alcançou a parede da propriedade, subiu a uma pilha de barris, pressionou sua bochecha contra uma fatia estreita na parede, e olhou com atenção fora, no vale, à cidade do Alborath.
Não estava ali. Suspeita confirmada.
Seus ombros baixaram bruscamente. Não tinha esperado que o povo estivesse, mas sua ausência era chocante, entretanto.
Retornei muito longe.
Em outras palavras, meditou, procurando desordenadamente no que sabia a respeito das teorias de viagens no tempo, ele provavelmente tinha tratado de ir para trás pouco depois de que tivesse sido seqüestrado, mas tinha posto os símbolos equivocados. Tinha retornado até um tempo, até um passado onde ele estava no castelo, e se a teoria comum tivesse aplicação, se as viagens pelo tempo estivessem possíveis, então a rede do universo não suportaria duas personalidades idênticas em um só momento. O futuro "ele" em certa forma tinha sido anulado.
Viaje pelo tempo!, o cientista gritou em sua cabeça. Analisa!
Temos que salvá-lo. Analisa isso. Contemplaremos as ramificações de multiuniversos mais tarde.
Se o futuro "ele" tinha sido anulado, isso queria dizer que o Drustan do que se apaixonou já não existia, mas o encontraria no castelo, antes de ser encantado, e sem conhecimento dela absolutamente.
Esse pensamento fez doer seu coração. Não sentia nenhuma pressa para olhar em seus olhos chapeados, que a tinham contemplado tão intimamente fazia apenas uma hora, e ver uma absoluta falta de reconhecimento.
me prometa que não me temerá.
lhe temer? por que lhe temeria ela? Porque ele podia manipular o tempo? Ja, tão somente tinha aumentado sua fascinação por ele!
Salva a meu clã.
Não lhe falharia.
Quadrando os ombros, voltou rapidamente através das pedras, para o castelo, e subiu rapidamente as escadas. Convertendo sua mão em um punho, deu um golpe a uma porta enorme que a fez sentir-se como uma Alicia encolhida em um País Das Maravilhas hostil. Uma vez, duas vezes, e logo outra vez.
-Hooola!- gritou. Lançou sua pequena estrutura contra a porta, golpeando-a com o ombro.
Não houve resposta. Nenhum conveniente timbre na porta, claro. Sua mente apontou devidamente uma nova prova tangível de que não se tratava de uma porta do século vinte e um. Mas contemplaria a porta medieval mais tarde. Do interior. No momento, sentia-se como se pudesse desfalecer de um momento a outro. A estranheza de tudo o que a rodeava deixava suas impressões completamente afligidas. E para tratar-se de uma física, supostamente capaz de uma compreensão intensificada, estava totalmente alucinada.
-OH, por favooor!- gritou, dando a volta e usando seu traseiro como um carneiro golpeador na porta grosa. Thump- thump, thump- thump. machucou-se mais do que danificou a porta, e fez quase tanto ruído como um travesseiro brando. Mas que a condenassem se a tinham enviado de retorno a salvá-lo, só para lhe ser negada a entrada.
Deu um passo atrás e contemplou as janelas. Possivelmente poderia lançar algo através do vidro?
Não, não era exatamente uma forma sábia para solicitar refúgio a uns desconhecidos, decidiu. Alguém lhe poderia disparar. Flechas, ou um pouco igualmente arcaico. Possivelmente azeite fervendo arrojado para baixo das paredes.
Jogou um olhar ao redor e espiou uma pilha de madeira picada em trocitos. Correu a toda pressa à pilha, desbloqueou um tronco, e golpeou ruidosamente um extremo contra a porta.
-Por favor, abram- chamou.
-Já vou- respondeu uma voz sonolenta-. Ouvi-te a primeira vez. É impaciente, verdade?-. Houve um som de metal escorregando contra a madeira, e a porta foi finalmente, felizmente, aberta. Gwen se fincou de joelhos com alívio.
Uma mulher de carnes escuras e quarentã, coberta com um vestido comprido e uma boina parecida com o encaixe estava de pé no portal, piscando, com sonho em seus olhos. Estes se ampliaram enquanto se detinha ante a visão da jovem acuclillada na soleira, quase nua.
moveu-se rapidamente; atraiu ao Gwen através da porta com uma sujeição forte e a fechou de um golpe detrás delas.
-Och, moça- arrulhou-a docemente, recolhendo-a em seus braços-. Nell está contigo agora. Pelo amor da Columba, o que te obrigou a vagar tão longe em uma noite como esta? Uma garota inglesa, nada menos! Como chegou aqui? Há-te feito um homem? Tem-te feito mal, muchachita?
Enquanto a mulher a aproximava de seu assumo amplo, Gwen pensou, Assim que esta é a Nell do Drustan, e se vibrou contra ela. Era tal qual ele a havia descrito. Do tipo agressivo e brusco, bonita, já passado o rubor da juventude, mas com uma beleza eterna que nunca se desvaneceria.
além de todo pensamento coerente, sentiu-se logo que assombrada ao precaver-se de que seu cérebro estava desligado, como se alguém tivesse alcançado o interruptor principal e, circuito por circuito, todos os sistemas tivessem sido jogo de dados de baixa.
Não podia derrubar-se agora! Precisava saber que data era. Mas seu corpo, afligido e locamente desbalanceado por sua viagem através dos séculos, tinha outras idéias.
-Nell, o que é toda esta comoção?-. Um homem chamou desde alguma parte do perímetro de sua consciência.
-me ajude com a moça, Silvan- murmurou Nell-. É muito estranha, mas está fria e seus pés estão quase congelados.
Gwen fez um intento desesperado de perguntar Que data é? e Está bem ele?, mas condenado fora tudo, sentia-se deprimir.
Sua consciência mortiça riu ahogadamente quando pensou ver o Albert Einstein, o máximo físico teórico de todos os tempos, inclinando-se sobre ela, suas cãs rígidas e a face travessa enrugada, com uma luz saltitanta em seus olhos. Se se estava morrendo, então ia estar em boa companhia, certamente. Ele aproximou sua face a dela e a jovem conseguiu murmurar:
-Drustan.
-Fascinante- pensou que o ouviu comentar-. Levemo-la acima e coloquemo-la na Câmara De Prata.
-Mas essa câmara é anexa a do Drustan- protestou Nell-. Não seria correto.
-A conveniência seja condenada. É o mais adequado.
Gwen não escutou mais.
Drustan estava vivo e a poriam perto dele. Ela descansava no momento.
Capítulo 12
A manhã seguinte.
-por que deve viver todo o tempo aqui acima, Silvan? Parece uma águia calva aninhando na montanha- disse Nell, acotovelando a porta aberta de sua câmara da torre, cento e três degraus por cima do próprio castelo, com seu quadril-. Tinha que estabelecer-se no ramo mais alta, verdade?
Silvan MacKeltar apareceu sua cabeça por sobre um livro com uma expressão aturdida. Uma juba branca e chapeada se derramava ao redor de sua face, e Nell o encontrou terrivelmente de aparência agradável em um modo muito amadurecido, mas nunca lhe diria isso.
-Não sou calvo. Tenho muitíssimo cabelo-. Ele agachou sua cabeça outra vez e reatou a leitura, correndo seu dedo através da página.
O homem estava completamente em seu mundo a maioria das vezes, pensou Nell. Muitas eram as vezes que se perguntou como tinha conseguido conceber filhos com sua esposa. A mulher lhe teria fechado de repente seus tomos em cima dos dedos e levado a força pela orelha?
Agora, essa era uma boa idéia, pensou, observando-o através de uns olhos que nem sequer uma vez, nos doze anos que vivia ali, tinha deixado traslucir uma onça de seus sentimentos por ele.
-A bebida-. Ela atirou com violência o jarro sobre a mesa ao lado de seu livro, cuidando de não derramar uma gota em seu precioso tomo.
-Não é outro de suas beberagens vis, verdade, Nell?
-Não- disse ela, com uma careta pedregosa-. Estas é outras de minhas beberagens esplêndidas. E o necessita, assim bebê. Não sairei até que o jarro esteja vazio.
-puseste um pouco de cacau nele?
-Sabe que estamos quase sem estoque.
-Nell- disse ele com um suspiro desenganado, passando uma página em seu livro-, pode ir. Beberei-o mais tarde.
-E também poderia saber que seu filho está levantado- acrescentou ela, as mãos a seus quadris, seu pé sapateando, esperando que ele bebesse. Quando ele não respondeu, ela seguiu adiante-. Que deseja fazer com a moça que apareceu a última véspera?
Silvan fechou seu tomo, recusando-se a olhá-la para não trair o muito que desfrutava fazê-lo. serenou-se a si mesmo com a promessa de que com toda segurança roubaria vários olhares subrepticias quando ela caminhasse para a porta.
-Não vais sair?
-Não até que bebê.
-Como está ela?
-Dorme- disse Nell a seu perfil. O homem raramente a olhava, que ela soubesse; tinha estado falando com seu perfil por anos-. Mas não parece ter sofrido dano duradouro-. Graças aos Santos, pensou Nell, com um sentimento ferozmente protetor para a moça que tinha chegado sem roupas e com sangue de sua virgindade nas coxas. Nem a ela nem Silvan o tinham passado por cima quando tinham agasalhado à pequena moça inconsciente na cama. Tinham intercambiado olhadas ansiosamente, e Silvan havia meio doido o tecido da plaid de seu filho com uma expressão perplexa.
-Há dito ela algo a respeito do que aconteceu a última noite?- perguntou ele, esfregando seu polegar ociosamente sobre os símbolos gravados em relevo no couro do livro.
-Não. Embora resmungou em sonhos, nada disso tinha sentido.
As sobrancelhas do Silvan se levantaram.
-Crie que ela foi... er, danificada de algum modo que tenha afetado sua mente?
-Acredito- disse Nell cuidadosamente- que quanto menos lhe pergunte agora será melhor. É fácil ver que ela necessita um lugar onde ficar, já que não tem posses nem roupa. Sugiro que lhe conceda refúgio como o fez comigo essa noite, largos anos atrás. Deixe que conte sua história quando estiver preparada.
-Bem, se se parecer com ti, então isso significa que nunca saberei- disse Silvan com estudada despreocupação.
Nell conteve o fôlego. Em todos esses anos, nem uma vez Silvan tinha perguntado o que tinha acontecido a noite que ela tinha encontrado santuário no Castelo Keltar. Por isso embora fora uma tão casual referência a essa noite era mais estranha que uma Marta púrpura. A privacidade era sempre sagrada para os MacKeltars, o que algumas vezes era uma bênção, mas freqüentemente uma maldição. Os homens Keltar não estavam acostumados a bisbilhotar. E muitas tinham sido as vezes que ela tinha desejado que um deles o fizesse.
Quando, uma dúzia de anos atrás, Silvan a tinha encontrado tombada no caminho, golpeada e deixada por morta, ela não se sentou com ânimos de falar disso. Quando se tinha curado e estava lista a confiar, Silvan, que havia sustenido sua mão e lutado por ela enquanto tinha jazido febril, retirou-se serenamente de seu lado da cama e nunca tinha falado disso outra vez. O que devia fazer uma mulher? Expressar impulsivamente seu triste historia como se estivesse procurando compaixão?
E assim, uma distância educada e infinita se formou entre o ama de chaves e o laird. Como devia ser, recordou-se a si mesmo. Ergueu sua cabeça calculadamente, advertindo-se a si mesmo não que ler nada mais em sua singela declaração.
Quando ela não disse nada, Silvan suspirou e a instruiu para obter roupa adequada para a moça.
-Tirei alguns dos vestidos velhos de sua esposa. Agora, poderia beber, por favor? Não cria que não notei que não se sente bem ultimamente. Minha beberagem o ajudará se deixar de jogá-lo no garderobe.
Ele se ruborizou.
-Silvan, logo que come, logo que dorme, e um corpo necessita certas coisas. Simplesmente o provará e verá se não ajudar?
Ele levantou uma sobrancelha branca, lhe dando uma aparência satírica.
-Garota insistente.
-Velha raposa irritável.
Um sorriso débil jogou nos lábios do Silvan. Ele pôs à vista o jarro, aproximou seu nariz, e bebeu o conteúdo jogando a cabeça para trás. Ela olhou o movimento de sua garganta por vários minutos antes de que ele fizesse uma careta e o deixasse cair pesadamente. Por um momento breve, seus olhos se cruzaram.
Ela deu a volta e foi rapidamente para a porta.
-Não se esqueça da moça- ela recordou rigidamente-. Precisa vê-la, lhe assegurar que tem um sítio aqui tanto tempo como necessito.
-Não me esquecerei.
Nell inclinou sua cabeça e deu um passo fora do portal.
-Nellie.
Ela se congelou, de costas a ele. O homem não a tinha chamado Nellie em anos.
Ele se esclareceu voz.
-Fez algo diferente contigo mesma?-. Quando ela não respondeu, ele limpou sua garganta outra vez-. Vê-te... er, isto... é que te vê mas bem... - ele se interrompeu completamente, enquanto lamentava inclusive ter começado.
Nell se girou para olhar para ele, suas sobrancelhas em uma linha reta, os lábios franzidos. Ele abriu e fechou a boca várias vezes, seu olhar flutuando sobre sua face. Pôde advertir ele verdadeiramente a pequena mudança que ela tinha feito? Pensava que ele nunca a advertia. E se ele o fazia, pensaria então que era uma mulher velha e tola preocupando-se continuamente de si mesmo?
-Mas bem o que?- demandou a mulher.
-Er... que eu acredito que... a palavra... seria tirando- e parecia mais suave em certa forma, pensou ele, seu olhar passeando-se de acima a abaixo. Deuses, mas a mulher era tentadoramente suave para começar.
-perdeu o julgamento, velho?- interrompeu-o ela, aturdida, e quando Nell estava aturdida, exercia a irascibilidad de uma espada-. Vejo-me igual a cada dia- mentiu. Endireitando sua coluna vertebral, obrigou-se a si mesmo a deslizar-se regiamente pela porta.
Mas no momento que soube que estava fora de vista, baixou rapidamente as escadas, as saias voando, o ressonante cabelo solto, as mãos em sua garganta.
Passou as mãos sobre os fios etéreos de cabelo que tinha talhado um pouco mais esse amanhecer, igual aos da pequena moça, admirando sua aparência. Se uma mudança tão menor atraía -Por Deus, um cumprido!- do Silvan MacKeltar, poderia costurar para si mesmo esse vestido novo de linho mais suave de cor lapislázuli que tinha estado considerando.
E o iria procurar, certamente!
Gwen despertou lentamente, saindo à superfície de uma montagem de pesadelos nas quais tinha estado correndo de um lado a outro nua (naturalmente, em seu maior peso, nunca depois de uma semana de dieta bem-sucedida), caçando ao Drustan, para perdê-lo através de umas portas fechadas antes de que o pudesse alcançar.
Fez uma respiração profunda, procurando desordenadamente entre seus pensamentos. Tinha deixado os Estados Unidos porque desprezava sua vida. embarcou-se em uma viagem a Escócia para perder sua virgindade, ver se tinha um coração, e sacudir seu mundo.
Bem, certamente tinha consumado todas suas metas.
Nenhuma singela desmontadora de cerejas para mim, pensou. A não ser um gênio viajando pelo tempo que chega com um mundo de problemas e devolve a seu tempo para arrumá-los.
Não é que lhe importasse.
Tinha decidido que as palavras alma geme-a e Drustan MacKeltar eram sinônimos. Finalmente tinha encontrado a um homem que a fazia sentir coisas com uma intensidade que nunca tinha suposto, era brilhante, mas não frio em seu brilhantismo. Ele sabia como brincar e ser ardente e apaixonado. Ele a encontrava bela, e era um amante fenomenal e sexy. Simplesmente, tinha encontrado ao homem perfeito e o tinha perdido, tudo em três dias. Ele tinha despertado mais emocione nela nesse curto tempo do que tinha sentido em sua vida inteira.
Lentamente, Gwen abriu seus olhos. Embora o quarto estava escuro, a quieta luz dourada de um fogo se derramava ao redor da câmara. Ela piscou ante a profusão de púrpuras rodeando-a, logo recordou a fascinação do Drustan pelos trajes púrpura no Barrett'S. Sua insistência pelos trews púrpuras ou uma camisa canção, uma petição que ela tinha recusado.
Isso o selou. Estava definitivamente no mundo do Drustan agora.
Uma suntuosa colcha violeta de veludo estava remetida sob seu queixo. por cima dela, um dossel de cor lavanda com diáfanas cortinas rodeava a cama elegantemente esculpida em madeira de cerejeira. Uma pele de ovelha lilás -OH realmente, ela pensou, não sabia que houvesse ovelhas lilás- estavam pulverizadas sobre seus pés. Os travesseiros púrpuras com adornos malhas de prata estavam disseminadas ao redor do cabecero.
As mesas pequenas estavam postas cortinas em sedas de cor orquídea e ameixa. Brilhantes cortinas cor ameixa e tapeçarias negras com patrões complicados adornavam as duas janelas altas, e entre elas pendurava um ornamentado espelho de marco dourado enorme. Duas cadeiras estavam dispostas ante as janelas, centradas ao redor de uma mesa que sustentava pratos e taças de prata.
Púrpura, refletiu, com compreensão repentina. Um homem tão eletrizante e enérgico naturalmente preferiria rodear-se a si mesmo da cor que tinha a freqüência mais alta no espectro.
Era uma cor quente, vívido e erótico.
Como o homem mesmo.
Ela pressionou seu nariz no travesseiro, esperando apanhar seu perfume na roupa de cama, mas se ele tinha passado a noite nessa cama, teria sido muito tempo atrás, ou as cobertas se trocaram. Ela fixou sua atenção no marco da cama exquisitamente esculpida na qual jazia. O cabecero tinha numerosas gavetas e armários pequenos. Um pé de cama impressionante estava esculpido com um delicado trabalho de nós celtas. Tinha visto uma cama como essa uma vez antes.
Em um museu.
Essa era tão nova como algo que se pudesse encontrar em uma galeria de mobiliários atuais. Apartando a franja de sua face, continuou examinando o quarto. Saber que estava no século dezesseis e ver eram duas coisas muito diferentes. As paredes estavam modeladas de pedra cinza pálida, o céu raso era alto, e não havia nenhuma dessas molduras ou rodapés que sempre pareciam tão desconjurado nos "renovados" castelos freqüentados pelos turistas. Nem um tomada, nenhuma abajur, somente dúzias de tigelas de vidro cheios de azeite, coroados por mechas cheias de graxa, enegrecidas. O piso estava talher com tablones de madeira loira como o mel, polida para obter um brilho alto, com tapetes pulverizados ao redor. Um baú precioso estava colocado perto do pé da cama, coroado com uma pilha de mantas dobradas. Mais sela acolchonadas estavam organizadas ante o fogo. A chaminé estava modelada de suave pedra rosada, com um maciço suporte esculpido por cima dela. Ali, um fogo de turfa fumegava, talher de urze empilhado em cima dos tijolos, secando-se para perfumar o quarto. A tudo isto, era um quarto deliciosamente quente, rico e luxuoso.
Procurou com o olhar sua boneca para ver que hora era, mas aparentemente seu relógio bracelete tinha pirado também, na mesma espuma quântica que tinha devorado sua roupa e sua mochila.
Permaneceu momentaneamente distraída pelo objeto que levava posta: uma camisola comprido, branco, sujeito com cordões, que parecia positivamente passado de moda e frívolo.
Negou com a cabeça, balançou suas pernas pelo bordo da cama, e se sentiu abruptamente dolorida quando os dedos dos pés lhe penduraram um pé por cima do piso. Com um salto exasperado, saiu fora da cama alta e se apressou a ir à janela. Devorou a tapeçaria a um lado para encontrar o sol brilhando intensamente além das janelas. Tocou nervosamente o trinco um momento, então a empurrou para abri-la e respirou profundamente do ar fragrante.
Estava na Escócia do século dezesseis. Wow.
Baixo ela se estirava um precioso pátio terraplenado, cercado pelos quatro contramuros da asa do castelo onde estava alojada. Duas mulheres batiam tapetes contra as pedras, conversando enquanto vigiavam a uma nuvem de gansos e de meninos chutando uma espécie de excêntrica bola pelos arredores. Ela os olhou fixamente, entreabrindo os olhos. Eeew, pensou, recordando que Bert havia dito que tinha lido que os meninos medievais tinham jogado à bola com bolas modeladas de bexigas de animais ou algo semelhante.
sacudiu-se a si mesmo abruptamente. Precisava saber que data era. Enquanto estava parada boqueando fora da janela, o perigo podia estar mais perto que nunca de seu amante Highland.
Estava a ponto de devorar a colcha fora da cama e ficar a em cima a modo de toga, quando advertiu um vestido -de cor de lavanda, é obvio- jazendo sobre uma poltrona acolchoada perto do fogo, a um lado de uma miscelânea de outros artigos.
apressou-se a ir à cadeira, onde manuseou os produtos, tratando de decidir a ordem no qual se supunha que devia ficar os
E não havia calcinhas, precaveu-se com súbita desilusão. Logo que podia esperar a andar por ali, com o traseiro nu sob seu vestido. Olhou encolerizadamente a roupa, como se só a irritação pudesse conjurar um par de calcinhas do ar magro. Percorreu com o olhar o quarto, com o olho de um empresário, mas a contra gosto concluiu que ainda se arrebatasse uma toalha da mesa, teria que atar-lhe redor como um fralda.
tirou-se a camisola, logo deslizou o objeto de roupa interior branca e suave sobre sua cabeça. Com um movimento simples, lhe pegou ao corpo e caiu a meia perna. Sobre isso ficou o vestido, logo a sobre-túnica sem mangas de um púrpura mais escuro, bordado com fios de prata. Aniquilada de que não chegasse ao piso, subiu a prisão fortificada e bufou quando viu que tinha sido pulcramente cortada. Aparentemente as pessoas já tinham notado que tão baixa era. Atou os cordões da sobre-túnica sob seu seios.
As sapatilhas eram uma brincadeira, de tamanho muito grande, mas teriam que servir. Roubou a fileira de seda de uma mesa e rasgou o tecido. Enquanto o estava enrolando e preenchendo as sapatilhas na parte dos dedos dos pés, seu estômago grunhiu poderosamente, e ela recordou que não tinha comido nada desde no dia anterior pela tarde.
Mas simplesmente não podia passear-se ali fora, no corredor, sem um plano.
A agenda: um banho, um café, logo, o mais breve possível, descobrir onde estava Drustan e lhe dizer o que tinha acontecido.
lhe diga... em que perigo se encontra, teria sido provavelmente o que ele tinha estado dizendo antes de que se derreteu no círculo de pedras. lhe mostre... obviamente, tinha querido dizer sua mochila. Ela suspirou, desejando tê-la. Mas Drustan era um homem brilhante com uma mente lógica. Certamente, ele veria a verdade em sua história.
Retrospectivamente, enfureceu-a que Drustan não lhe houvesse dito toda a verdade. Entretanto, a contra gosto, reconheceu que embora as oportunidades tivessem sido boas, se lhe houvesse dito, com condescendência infinita, lhe tivesse discutido a impossibilidade da viagem pelo tempo e o teria levado a distrito psiquiátrico mais próximo.
Ela nunca tivesse acreditado que ele sabia como mover-se na quarta dimensão. Quem e o que devia ser esse homem ao que ela tinha dado sua virgindade?
Havia somente uma forma de averiguá-lo. Encontrá-lo e lhe falar.
Verá, Drustan. Você não me conhece, mas em um futuro será enfeitiçado, despertará no século vinte e um, e me enviará de retorno a te salvar e proteger a seu clã de ser destruído.
Ela franziu o cenho. Não era algo no que ela acreditaria, se um homem aparecesse em seu tempo com tal história, mas Drustan teria devido saber a respeito do que falava. Estava claro que ele tinha querido que contasse a seu passado "ele" toda a verdade. Não havia nenhuma outra coisa que tivesse tratado de dizer.
Estava morta de fome, de comida e de uma visão momentânea do Drustan.
E era urgente que averiguasse a data. Colocando à força as sapatilhas em seus pés, saiu correndo na galeria.
Capítulo 13
Dormir depois da saída do sol não era uma coisa que Drustan fizesse freqüentemente, mas os sonhos atormentados tinham perturbado seu sonho profundo e tinha dormido até bastante depois do amanhecer.
Tinha afastado à força as memórias vagas e em lugar disso se concentrou nos pensamentos agradáveis de suas próximas bodas. Silvan desejava ouvir o castelo cheio de novo de vozes, ao Nell deleitaria ver pequeñitos correndo barulhentamente, e Drustan MacKeltar queria ter seu próprio menino. Ensinaria a seus filhos a pescar e calcular o movimento dos corpos celestes. Ensinaria a suas filhas o mesmo, jurou-se.
Ele queria meninos, e pelo Amergin, levaria a sua noiva ao altar essa vez! Sem importar que ele não soubesse nada dela. Ela era jovem, de idade fértil, e ele a trataria respetuosamente e com cortesia. Multiplicadas por dois, para ter esses meninos.
E talvez um dia ela poderia chegar a ter compaixão dele. Talvez era o bastante jovem para ser... er, domesticável como um potro jovem. Se ela não podia ler e escrever, poderia-lhe gostar de aprender. Ou poderia ser fraco de vista e não advertir as excentricidades dos ocupantes do Castelo Keltar.
E talvez seus cães lobos navegassem veleiros através do lago, luzindo atavios vikingos. Ondeando bandeiras de rendição. Ja.
Anya era sua última oportunidade, e ele sabia. Porque eram Highlanders que se protegiam muito a si mesmos, por séculos de rumores, pela seguidilla de compromissos matrimoniais arruinados, os pais das donzelas bem educadas eram resistentes a dar a suas filhas em matrimônio. Procuravam para suas filhas homens respeitáveis e seguros, a quem os rumores não se aferrassem tão tenazmente como ouriços na lã.
Até que o Elliott, laird de um clã de antigo ascendência, tinha decidido a passar por cima tudo (por dois feudos e uma quantidade considerável de moedas) e o matrimônio tinha sido arrumado. Agora Drustan somente tinha que distorcer suas habilidades incomuns o suficiente para fazer a Anya Elliott interessar-se por ele, ou ao menos o suficiente para trazer para alguns meninos ao mundo. Ele tinha melhor critério que esperar amor. O tempo lhe tinha ensinado isso bem.
Amor, refletiu. Como seria ter uma mulher que o contemplasse com admiração? O que o apreciasse pelo que era? Cada vez que tinha começado a acreditar que uma mulher podia interessar-se por ele, ela tinha visto ou ouvido algo que a tinha assustado estupidamente e o tinha abandonado, gritando, Pagão! Bruxo!
Ora. Ele era um cristão perfeitamente respeitável. Simplesmente ocorria que era um Druida também, mas não sofria conflitos de fé. Deus estava em tudo. Como Ele tinha concedido Sua beleza aos carvalhos poderosos e os lagos de cristal, também tinha escovado as pedras e as estrelas com isso. Absorto na perfeição simples de uma equação, a fé do Drustan se fazia mais funda, não se debilitava. Recentemente, tinha começado regularmente para ouvir missa outra vez, intrigado pelo jovem e inteligente sacerdote que tinha assumido o controle dos serviços no castelo. Talentoso de uma maneira compassiva, com um engenho rápido, uma mãe perturbada pela que não podia ser culpado, e uma liberalidade estranha em homens da igreja, Nevin Alexander não condenava aos MacKeltars por ser diferentes. Ele via depois dos rumores, aos homens honoráveis de dentro. Talvez em parte porque sua mãe praticava alguns ritos pagãos.
Drustan estava contente de que o jovem sacerdote realizasse a cerimônia matrimonial. O trabalho de reconstrução da preciosa capela do castelo tinha sido acelerado, para o ter tudo preparado com prontidão.
Em previsão da chegada de sua futura algema ao Castelo Keltar, ele havia feito precauções. Não só tinha advertido ao Silvan e Dageus sobre desdobramentos incomuns de talento e conversações mentalmente impactantes, mas sim tinha tirado os "heréticos" tomos da biblioteca e os tinha guardado acima em um seguro armazenamento na câmara da torre do Silvan. Deus mediante, ela estaria tão ocupada com suas tias e quão criadas a acompanhariam que não advertiria nada estranho a respeito de qualquer deles. Não cometeria os mesmos enganos com a Anya Elliott que com suas primeiras três prometidas. Certamente sua família poderia apresentar suas melhores qualidades só por umas duas semanas!
Ele não falharia essa vez, jurou-se com otimismo.
Infelizmente, ninguém mais no castelo parecia esse otimista amanhecer.
Ao despertar, faminto, e incapaz de detectar a uma só moça da cozinha ao redor, tinha vagado pelo corredor para as cozinhas, chamando o Nell, até que finalmente ela tinha aparecido sua cabeça da despensa para ver o que queria ele.
O que necessita qualquer homem na manhã, ele tinha brincado, além de uma luta enérgica em meio dos lençóis? Comida.
Ela não tinha sorrido e tinha brincado em resposta. lhe lançando olhadas de soslaio e estranhamente azedas, Nell tinha acessado, seguindo o de retorno ao Grande Hall e deixando cair um pão perebento, de uma semana de antigüidade, cerveja insípida, e um bolo de carne de porco que ele tinha começado a suspeitar continha partes de porco nas que preferiria não pensar.
Onde estavam seus amado arenques e seus tatties, fritas, rangentes e douradas? Desde quando tinha ele, o favorito do Nell, que servir-se comida magra na manhã? Em ocasiões, Dageus tinha sido tratado de tal maneira -usualmente quando tinha feito algo que Nell não tinha apreciado, implicando a uma moça- mas não Drustan.
Assim agora ele se sentava a sós, desejando que alguém, qualquer, ainda o jovem Tristan, o moço sabihondo que treinava no Druidismo básico, pudesse entrar tranqüilamente com um hullo, ou um sorriso. Ele não era um homem dado aos humores sombrios, mas essa manhã seu mundo inteiro se sentia fora de balanço, e não podia sacudir uma molesta sensação de pressentimento de que estava a ponto de piorar.
-Então?- disse Silvan, aparecendo a cabeça no Grande Hall, trespassando-o com seu olhar intenso-. Onde esteve ontem à noite?-. O resto dele surgiu detrás com um passo mais fleumático. Drustan sorriu fracamente. Embora vivesse até ter cem anos de idade, nunca se acostumaria ao modo de andar de seu pai. A primeiro cabeça, o resto dele ficando atrás, como se tolerasse seu corpo só porque conduzia sua cabeça de um sítio para outro.
Ele tomou um gole de cerveja insípida e disse secamente:
-bom dia para ti também, p-. Todo mundo estava fora desse balanço amanhecer? Silvan incluso não tinha perdido o tempo em uma saudação. Simplesmente uma pergunta que soava mais como uma acusação e o tinha feito sentir-se como um moço outra vez, apanhado voltando sigilosamente de uma paquera noturna com uma garota do serviço.
O velho Keltar fez uma pausa dentro do portal, apoiou-se contra a coluna de pedra, e dobrou seus braços através de seu assumo. Muito ocupado considerando cuidadosamente os mistérios do universo e rabiscando em seus jornais para permitir o gosto do treinamento ou a esgrima, Silvan era quase tão alto como Drustan, mas com uma constituição muito mais magra.
Drustan se obrigou a si mesmo a tragar um bocado de que estava convencido era bolo de cauda de porco. Crunch- crunch. Pelo Amergin, o que tinha jogado Nell nessa coisa?, perguntou-se, fazendo um intento para não olhar muito o cheio. Assava coisas horrendas adiantado para as empregar em quem quer que a contrariasse em alguma costume?
-Pinjente, onde esteve você?- Silvan repetiu.
Drustan franziu o cenho. Sim, Silvan estava definitivamente de mau humor.
-Dormindo. E você?
Tirou algo difícil de identificar de seu prato e o ofereceu a um dos cães de caça sob a mesa. Franzindo os lábios, o animal grunhiu e se tornou para trás. Drustan olhou duvidosa e ceñudamente o bolo antes de levar o olhar de volta a seu pai. Silvan luzia sua idade essa manhã, e isso deprimiu e irritou ao Drustan.
Deprimiu-o porque Silvan tinha essa idade, sessenta e dois. Irritou-o porque recentemente seu pai se dedicou a levar seu cabelo solto ao redor de seus ombros, o qual, em opinião do Drustan, o fazia parecer ainda mais velho, e não gostava de recordar a mortalidade de seu pai. Ele queria que seus meninos tivessem a seu avô ao redor por um tempo larguísimo. O cabelo do Silvan já não era o negro grosso de sua juventude, mas sim comprido até o ombro, branco nevado, e poseído de uma personalidade própria. Acoplado com a túnica azul fluída que o favorecia, projetava uma aparência descuidada de filósofo amalucado.
Devorando a correia de couro de seu cabelo, Drustan a lançou a seu pai e se sentiu aliviado ao ver que sua p ainda tinha os reflexos suficientes para apanhá-la com uma mão por cima de sua cabeça.
-O que?- Silvan perguntou malhumoradamente, percorrendo-o com o olhar-. O que quer com isto?
-Ata-o para trás. Seu cabelo me põe de mau humor.
Silvan arqueou uma sobrancelha branca.
-me agrada assim. Para sua informação, à mãe do sacerdote realmente gosta de meu cabelo. Disse-me isso justamente a última semana.
-P, manten longe da mãe do Nevin- disse Drustan, sem fazer o intento de embuçar sua aversão-. Juro que essa mulher trata de ler minha fortuna cada vez que a vejo. Sempre avançando a rastros ao redor, projetando tristeza e condenação. Besseta está como uma cabra. Até o Nevin acredita que sim-. Ele negou com a cabeça e fez estalar uma casca de pão em sua boca, logo o lavou com um gole de cerveja. O bolo de carne de porco o tinha derrotado. Apartou a trancos a bandeja, recusando-se a olhá-la.
-Falando de mulheres, filho, o que tem que me contar sobre a pequeñita que apareceu aqui a última véspera?
Drustan baixou sua jarra para a mesa com um golpe, sem humor para uma das conversações secretas de seu pai. Deslizou o bolo de carne de porco pela mesa para ele.
-Não te interessa um pouco de bolo, p?- ofereceu. Silvan provavelmente não advertia algo má nisso. Para ele, a comida era comida, necessária para conservar o corpo que conduzia sua cabeça ao redor-. E não sei de que moça fala.
-A que sofreu um colapso em nossa escalinata ontem à noite, sem nada posto exceto sua pele e seu plaid- disse Silvan, ignorando o bolo-. O plaid do laird, o único que se tece com fios de prata.
Drustan deixou de cernerse sobre seu insignificante café da manhã, sua atenção completamente comprometida.
-Paralisado? De verdade?
-Certamente. Uma moça inglesa.
-Não vi a moça inglesa esta manhã. Nem a última véspera-. Talvez a moça a quem Silvan se referia era a razão pela que tinha obtido o desagradável bolo de carne de porco. Nell tinha um coração brando, e teria apostado uma de suas apreciadas adagas de Damasco que se uma moça violada tinha comparecido na soleira, ela teria sido a única em comer arenques dourados e tatties e ovos esquentados. Talvez os pão-doces cheios do Clootie, as tortas de farinha de aveia, e a geléia alaranjada. Em mais de uma ocasião, as mulheres de outros clãs tinham procurado refúgio no castelo, procurando emprego ou a oportunidade de começar novamente com pessoas que não as conhecessem. Nell mesma tinha encontrado esse refúgio ali.
-O que diz a moça que lhe ocorreu?- perguntou Drustan.
-Estava indisposta para responder perguntas quando apareceu, e Nell diz que ainda não despertou.
Drustan contemplou a seu pai um momento, seus olhos estreitando-se.
-Está insinuando que sou responsável por sua presença?-. Quando Silvan não o negou, Drustan bufou-. Och, p, ela pôde ter encontrado um de meus velhos plaids em qualquer parte. Possivelmente o tecido estava tão esfarrapado que a lançaram aos estábulos para ser talhado em pedaços para o parto das ovelhas.
Silvan suspirou.
-Ajudei a levá-la a sua câmara, filho. Tinha o sangue de sua virgindade nas coxas. E estava nua, e se tinha envolto seu plaid ao redor dela. Um novo rangente, não um velho. Pode ver por que estou perplexo?
-Assim por isso é que Nell me serve comida velha de uma semana-. Drustan empurrou para trás sua cadeira e se levantou, encrespando-se com indignação-. Certamente não crie que tive que ver com isso, verdade?
Silvan esfregou sua mandíbula cansadamente.
-Somente trato de entender, filho. Ela disse seu nome antes de que se deprimisse. E a semana passada Besseta disse...
-Não pense em me dizer nada de alguém que adivinha lendo ramitas...
-...que há uma escuridão ao redor de ti que a preocupa.
-Uma eleição fortuita de palavras. Uma escuridão. A qual, convenientemente, poderia ser algo que chegasse a passar. Um estômago decomposto por um bolo de carne de porco, um corte pequeno em uma briga de espadas, não vê que tão vago é? Deveria ter vergonha de ti mesmo, um homem de ciência, o Keltar de maior categoria nada menos.
olharam-se furiosamente o um ao outro.
-Teimoso, ingrato, e de mau gênio- espetou Silvan.
-Confabulando, interfiriendo, e com o cabelo como com espinheiros- replicou Drustan.
-Desrespeitoso e impotente- Silvan empurrou pulcramente.
-Não o sou! Sou perfeitamente viril.
-Bem, certamente não poderia pôr a prova isso por sua semente, a como se estivesse sendo esparramada, não se arraiga.
-Tomo medidas de previsão- Drustan resfolegou de fúria.
-Bem, detenha. Você tem trinta, eu tenho o dobro disso. Crie que viverei por sempre? A estas alturas, daria a bem-vinda a um bastardo. E pode estar seguro de que se a moça resulta estar grávida, chamarei o menino MacKeltar.
olharam-se com cenho, logo Silvan repentinamente se ruborizou, seu olhar fixo em um ponto distante mais à frente do ombro do Drustan.
Drustan se congelou, como se sentisse uma presença nova no quarto. O cabelo de sua nuca se arrepiou.
Deu volta lentamente, e o tempo pareceu deter-se quando a viu. Sua respiração se deteve de um golpe em seu assumo, e ele certamente chispou sob o calor do olhar dela.
Cristo, pensou Drustan, com o olhar fixo em uns olhos que eram tempestuosos e preciosos como o feroz mar escocês, é pequeñita, e se vê vulnerável, e absolutamente bela. Não é estranho que tenha metido a p e Nell em tal problema.
Ela era uma canção andante de sereias, cantarolando com um calor sensual. Uma mão estava no elegante corrimão de mármore da escada, a outra mão pressionava seu abdômen, como ao deliberar a possibilidade de que pudesse estar grávida.
Oxalá ele houvesse feito sua virgindade, mas não o tinha feito; não havia feito a virgindade de nenhuma mulher, e além ele nunca a teria deixado sozinha e vagando mais tarde.
Não, pensou, cravando os olhos nela, ele teria conservado a essa mulher colocada firmemente em sua cama, em seus braços, quente e escorregadia depois de ter feito o amor. E de voltar a fazer o amor. E mais fazer o amor. O fazia alguma costure mágica a seu sangue.
O cabelo loiro quase prata caía em um brilho murcho até depois seus ombros e a meia costas. Tinha longitudes estranhas, algumas mechas mais compridos que outros, com franjas de cabelo sobre sua frente que ela soprou de seus olhos com uma exalação suave, o qual fez que seu lábio inferior se visse inclusive como se fizesse uma panela. Pequena de estatura, mas com curvas que poderiam fazer cair de joelhos a um homem adulto, e certamente as dele tinham começado a tremer, ela tinha posto um vestido de sua cor favorita, que fazia costure adoráveis a seu seios. Era o suficiente decote como para quase revelar seus mamilos, talhado o suficientemente baixo para lhe dar marco suas curvas em uma tentação eterna. Seus maçãs do rosto eram altos, seu nariz reta, suas sobrancelhas aladas para cima nos bordos exteriores, e seus olhos...
Cristo, a forma em que ela o olhava fazia arder sua pele.
Ela o contemplava como se o conhecesse intimamente. Ele duvidou que alguma vez tivesse visto um olhar tão intensa e descarada de desejo nos olhos de uma mulher.
E, claro está, seu sempre ardiloso pai não o passou por cima tampouco.
-Agora, me diga outra vez que não a conhece, moço- disse Silvan sardónicamente-. Porque é seguro que ela parece te conhecer.
Drustan negou com a cabeça, desconcertado. sentia-se como um parvo, de pé e com o olhar fixo, mas embora o tentasse não podia arrancar seu olhar da dela. Os olhos da moça eram encantadoramente implorantes, como se esperasse algo dele ou estivesse tratando de comunicar uma mensagem silenciosa. De onde tinha chegado uma beleza tão pequeñita? E por que estava tendo um efeito tão profundo nele? Concedido, era preciosa, mas ele tinha conhecido a muitas mulheres preciosas. Suas prometidas tinham sido algumas das mulheres mais belas nas Highlands.
Mas nenhuma o tinha feito sentir-se nunca tão possessivo, viril e intensamente faminto.
Esses sentimentos não eram de bom agouro para seus planos de iminente dita marital.
depois de um silêncio interminável, ele levantou suas mãos, confundido.
-Juro-o, nunca a vi antes em minha vida, p.
Silvan cruzou os braços sobre o assumo e olhou com cenho ao Drustan.
-Então por que está ela cravando seus olhos em ti dessa maneira? E se você não te deitou com ela ontem à noite, como explica a condição em que chegou?
-OH, caramba- a moça resmungou então-. Você pensa que ele... OH. Não tinha considerado isso-. Lançou um suspiro enorme e beliscou seu lábio inferior, cravando os olhos neles.
Em qualquer momento ela quebraria o silêncio para salvar sua reputação, pensou Drustan, esperando.
-Bem?- Silvan a animou-. Tomou ele ontem à noite?
Ela vacilou um momento, derramando seu olhar entre os dois homens, logo fez um bamboleio incerto com a cabeça, que Drustan prontamente interpretou como um "não".
-Vê? Disse-lhe isso, p- disse Drustan, aliviado de que ela finalmente tivesse afastado a vista dele. A justa indignação o alagou-. Não tenho que seduzir às vírgenes, não com tantas mulheres experimentadas competindo pelo prazer de minha cama-. As mulheres poderiam não querer casar-se com ele, mas isso certamente não as persuadia de engatinhar a sua cama em qualquer oportunidade. Freqüentemente tinha suspeitado que os mesmos rumores que as desviavam do altar, eram os mesmos atrativos que as seduzia para procurar sua cama. Depois, as moças se foram. Atraídas pelo perigo de uma noite ou dois, mas não para viver constantemente com isso.
Quando a moça diminuta o olhou furiosamente, lhe dirigiu um olhar desconcertado. por que estava ela ofendida por sua experiência com as garotas?
-Perdoa a pergunta tão pouco delicada, moça- disse Silvan-, mas quem te tirou seu... er, virgindade? Foi alguém de nossa gente?
Típico de seu pai; não deixaria as coisas ali. Não tinha sido ele, e isso era tudo o que Drustan precisava ouvir. Sob condições normais ele teria procurado por toda a propriedade ao pretendente que a tinha desvirginado e insensivelmente a tinha abandonado, e se tinha ocupado de que o fora concedida não importava que compensação desejava: era sua responsabilidade como laird, mas sua p tinha pensado que ele havia feito sua virgindade, e se sentia muito ofendido.
Para tirar a de seus pensamentos, em grande parte para provar-se a si mesmo que podia, partiu dando meia volta para procurar o Nell, esclarecer esse assunto com ela, e obter um café da manhã comestível, mas voltou sobre seus passos quando ela falou outra vez.
-Ele o fez- disse ela, soando ao mesmo tempo petulante e irritada.
Drustan girou sobre si mesmo lentamente. Ela parecia quase tão conmocionada por suas palavras como o estava ele.
A moça se intimidou sob a tensão de seu olhar, logo resmungou:
-Mas desejei que o fizesse.
Drustan estava encolerizado. Como se atrevia ela a acusá-lo falsamente? O que ocorreria se sua prometida a ouvisse dizer isso? Se o pai da Anya se inteirasse de que essa mulher pequeñita reclamava que ele insensivelmente a tinha desvirginado e logo abandonado, poderia cancelar as núpcias!
Quem quer que ela fora, não ia fazer estragos em seus meninos nonatos.
Grunhindo, ele cruzou o espaço entre eles em três pernadas velozes, levantou-a com um só braço, e a lançou sobre seu ombro, uma mão controladora estendida em seu quadril.
Uma mão controladora que não passou por cima apreciar esse quadril, o que o pôs mais zangado ainda.
Ignorando os protestos de seu pai, ele se dirigiu à porta, avançou dando tombos, e jogou na garota mentirosa, de cabeça, em uma sarça.
Sentindo-se simultaneamente revindicado e como o patife mais arrependido em toda Alvorada, fechou de repente a porta, deslizou o perno, plantou-se a si mesmo contra ela, e pregou seus braços sobre seu assumo, como se tivesse posto uma tranca à porta contra algo muito mais perigoso que uma simples moça mentirosa. Como se o Caos mesmo estivesse golpeando com um aríete em seus cercos de amparo, vestida em irresistível cor de lavanda e emanando um ardor sensual.
-E que seja o fim disso- disse ao Silvan firmemente. Mas não soou realmente tão firme como ele tinha tentado. Na verdade, sua voz aumentou ligeiramente ao final, e sua asseveração produziu uma inflexão inquisitiva. Ele enrugou o cenho para enfatizá-la mais propriamente, enquanto Silvan o olhava boquiaberto, mudo.
Tinha visto ele alguma vez a seu pai mudo antes?, perguntou-se afanosamente.
Em certa forma, teve o pressentimento de que desfazendo-se da embusteira moça na sarça não tinha posto fim a nada.
Mas bem, suspeitava que o que for que acontecia, só tinha começado. Se fosse um homem supersticioso, poderia ter imaginado que ouvia as rodas rangentes do destino trocando de direção.
Capítulo 14
Gwen chiou indignadamente enquanto saía do arbusto, arrancando folhas espinhosas de seu cabelo. Ali estava ela, menos de doze horas mais tarde, sobre suas mãos e joelhos na maldita soleira outra vez.
Encolerizada, atirou para trás sua cabeça e gritou:
-me deixe entrar!
A porta permaneceu firmemente fechada.
sentou-se sobre seus talões e golpeou com um punho a porta. A discussão que tinha brotado dentro do castelo era tão forte que soube que nunca a ouviriam com tal alvoroço.
Fez uma respiração profunda e refletiu no que tinha feito, pensando que um cigarro poderia esclarecer suas intenções, e uma boa taça de café poderia restaurar sua prudência.
De acordo, admitiu, isso foi absolutamente estúpido. Havia dito de maneira sobressalente a pior coisa que poderia haver dito, o que garantia desgostá-lo muito.
Mas ela tinha passado através de uma grande quantidade de coisas nas passadas vinte e quatro horas, e exatamente a lógica não tinha sido o planeta governante em seu pequeno universo quando Drustan havia lhe tornado as costas. A emoção, esse enorme e inexplorado planeta, tinha estado exercendo um puxão irresistível em seu julgamento. Não tinha suficiente prática com as emoções para manipulá-los com delicadeza, e Por Deus, o homem a fazia sentir tanto, que simplesmente era desconcertante.
Quando o tinha visto primeiro, deteve-se no alto das escadas por vários instantes, contemplando-o com seu coração nos olhos, logo que ouvindo a conversação debaixo.
Ele era devastador em qualquer século. Ainda quando o tinha acreditado mentalmente desequilibrado, tinha-o encontrado perigosamente atrativo. Em seu elemento natural, era vinte vezes mais irresistível. Agora que sabia que era um genuíno lorde do século dezesseis, perguntou-se como poderia ter acreditado o contrário alguma vez. Ele derramava autoridade régia tão palpablemente como ostentava sua sexualidade. Era um homem que desfrutava a fundo ser homem.
Eufórica de que ele estivesse são e salvo e que ela tivesse chegado a tempo de salvá-lo, tinha baixado rapidamente as escadas. Logo o pai do Drustan, Silvan, o homem que ela tinha confundido com o Einstein, tinha mencionado algo a respeito de que estivesse grávida, pasmando-a. Enfrentada a um possível embaraço antes de sequer aproximar de seus lábios uma taça do Starbucks, ela se tinha ficado de pé, abobalhada.
Não é suficiente comprar camisinhas, Cassidy; tem que usá-los.
E logo Drustan tinha arrojado sua juba sedosa sobre seu ombro e a tinha cuidadoso, e embora seus olhos tinham dado uma labareda como se a tivesse encontrado atrativa, não tinha havido nenhuma faísca de reconhecimento.
Ela o tinha esperado.
Tinha sabido que ele não a reconheceria. Ainda assim, seu coração não tinha entendido que tão horrível ia sentir se quando ele voltasse essa sexy olhar chapeado nela, tão distante e fria como um desconhecido.
Racional ou não, tinha doído, e logo ele tinha feito esse comentário arrogante a respeito das mulheres que competiam pelo prazer de sua cama.
Logo, como se não tivesse atiçado cada um de seus nervos ao vermelho vivo, tinha-lhe dado as costas, despachando-a.
Nesse ponto ela tinha reagido cegamente. Tinha expresso impulsivamente a única coisa que sabia o faria voltar-se e olhá-la outra vez. Tinha sacrificado metas de comprimento agrado pela gratificação foto instantânea.
Estava consternada pelo que tinha feito. Não era estranho que sua mãe tão estridentemente a aconselhasse contra ser emocional. A emoção aparentemente fazia parvos ainda aos gênios.
Necessitava que a escutasse, e ele não ia estar de humor para ouvi-la agora. Dizendo que tinham sido amantes antes de lhe contar a história completa, tinha-o irritado e provocado.
-me deixe entrar- deu golpes à porta-. Preciso te dizer a história completa-. Mas ainda discutiam tão ruidosamente que ela bem poderia estar murmurando.
Sacudindo folhas de seu vestido, levantou-se. Olhou ceñudamente a porta. Já que ninguém lhe respondia e a discussão não dava sinais de minguar, ela jogou a cabeça para trás, ansiosa de ver o castelo à luz do dia, mas estava muito perto. sentiu-se como uma pulga tratando de obter uma boa olhada de um elefante enquanto se encarapitava em sua frente. Curiosa, decidiu que bem poderia dar um curto passeio.
Remetendo sua franja detrás da orelha, ela deu a volta.
E se congelou.
Seu coração se estrelou contra sua garganta. Impossível, sua mente gemeu.
Mas ali estava, tão claro como a água. Pecadoramente sexy, bonito... Drustan.
Tranqüilamente subindo as escadas para ela, vestido com trews de couro e uma camisa de linho, casualmente desenlaçada, revelando uma quantidade esplendorosa de assumo duro e bronzeado. Embora o brilhante sol matutino estava detrás dele, obscurecendo seus rasgos, seu sorriso era deslumbrante.
Não obstante, detrás dela, no castelo, Drustan gritava. Podia ouvi-lo.
Segundo sua noção de física, os dois não podiam existir ao mesmo tempo. Mas obviamente o faziam. O que aconteceria se intersectaban? Um deles simplesmente se apagaria como um ponto de luz fora da existência?
Se o Drustan detrás da porta era o que não a conhecia, raciocinou, então o Drustan nos degraus que se via tão feliz de vê-la devia ser seu Drustan.
O que ia fazer com dois Drustans?
Uma selvagem parte sua propôs algo inmencionable... e mas bem fascinante. Realmente, se fossem ambos ele, então não seria como se ela o enganasse.
Ruborizada, olhou-o fixamente de pés a cabeça. Seu Drustan não lhe franziu o sobrecenho. Ele arqueou uma sobrancelha dessa
-OH, assim- maneira familiar e sorriu abertamente, abrindo de par em par seus braços.
Ela não vacilou.
Com um chiado de deleite, lançou-se sobre ele. Ele a apanhou a metade do salto e devorou suas pernas ao redor de sua cintura, igual a no século XXI.
Ele riu quando ela cobriu sua face com besitos. Gwen não tinha idéia do que faria com dois deles, ou como podia ser possível; só sabia que o tinha perdido mais nas passadas doze horas do que alguma vez tivesse perdido a alguém em sua vida inteira.
-me beije- disse ela.
-Och, inglesa, claro que te beijarei- ele ronronou contra seus lábios. Sujeitando a cabeça da jovem entre suas mãos, inclinou sua boca avidamente sobre a dela.
Gwen se derreteu contra ele, separando seus lábios. Sem lugar a dúvidas, o homem era um perito besador. Seu beijo era exigente, agressivo, sedoso, quente, e faminto... e de um momento a outro ela sentiria que chispava.
De um momento a outro, pensou, beijando-o a sua vez com todo seu coração.
Ele tinha sabor de canela e vinho, e a beijou com a intensidade de um só propósito, e apesar disso... não chispava.
-Mmph- disse ela contra sua boca, querendo dizer Espera um momento, algo não está bem. Mas se ele a ouviu, então não emprestou atenção e fez mais fundo o beijo.
A cabeça do Gwen deu voltas. Algo estava seriamente mal. Algo a respeito do Drustan era diferente, e seu beijo não a impressionava como usualmente o fazia. Lejanamente, ouviu a porta abrir-se detrás deles e tratou de tornar-se para atrás, mas ele não a deixava.
Logo ouviu um rugido e foi arrastada fora do Drustan pelo outro Drustan, com um braço acerino rodeando sua cintura, outro ao redor de seu pescoço.
Ela passou o olhar rapidamente entre eles, piscando e esperando que sua visão dobro se desvanecesse. olhavam-se furiosamente um ao outro. Brigariam? Se ela visse seu dobro, provavelmente estaria tentada a lhe dar de murros um par de vezes. Especialmente o dia de hoje. Por ser tão estúpida.
-O que está mal contigo?-. A paixão e a irritação brilhavam intensamente nos olhos do Drustan com trews de couro.
-O que está o mal comigo?- o Drustan com kilt respondeu bruscamente-. O que está mal comigo é que esta garota aqui, quem te beijava tão vorazmente, acusou-me de haver feito sua virgindade!- o Drustan com kilt se desfez dela parando-a sobre seus pés, entre eles-. Trato de te salvar, antes de que ela te apanhe em sua trama enganosa.
-eu gostei de sua trama enganosa. Era quente e atrevida, e tudo o que uma moça deveria ser- expressou com um grunhido o Drustan de calças de couro.
O Drustan de kilt se lançou a uma diatribe com um acento tão grosso que ela logo que podia entender uma palavra do que ele dizia, e o Drustan de trews começou a gritar a sua vez, enquanto Silvan tirava bruscamente seu nariz do castelo para observar a briga.
Ela tinha perdido o julgamento, pensou, observando com olhos enormes. Estavam parados nariz a nariz, discutindo, enquanto ela atirava nervosamente de seu vestido, retrocedendo uns poucos passos, e ouvindo, esperando perceber uma ou duas palavras que pudesse entender.
Observa. Há uma explicação lógica para isto, o cientista insistiu.
-Drustan. Dageus- disse Silvan com reprovação-. Deixem de discutir neste momento.
Dageus! Um raio de iluminação perfurou sua confusão.
As janelas de seu nariz deram uma labareda e seus olhos se estreitaram. Era uma coisa mais que Drustan não se incomodou em lhe dizer: que ele e seu irmão era gêmeos idênticos. Parecia que havia montanhas de coisas que tinha passado por cima. Quase lhe tinha dado um ataque ao coração por isso. Certamente, ele não tinha feito sua missão de salvá-lo nada fácil.
Lhe colocou ao Drustan real uma patada a tíbia.
-Não me disse que você e seu irmão fossem gêmeos.
Ele continuou brigando com o Dageus como se ela apenas o houvesse meio doido, e não se maravilhava, com essas pequenas e frágeis sapatilhas. O que não daria ela por suas botas de excursionismo.
E agora tenho dois problemas, pensou. Dageus estava ainda vivo, o que significava que tinha que impedir sua morte também. Estava eufórica por ter a chance de salvar ao Dageus, mas começava a sentir-se um pouco afligida. Descobrir a data era uma prioridade seria, e tinha que colocar suas mãos no itinerário do Dageus. Não haveria maneira de que ele pudesse ir a alguma parte perto do território do Elliott.
Agora que estavam de pé um ao lado do outro, ela podia discernir as diferenças e não confundi-los outra vez. Não eram muito idênticos, provavelmente médio idênticos; gêmeos polares de corpo, com perto do setenta e cinco por cento do mesmo DNA. Se o sol não lhe tivesse dado desde atrás tão brilhantemente quando ele tinha subido andando, ela não poderia ter errado em primeiro lugar. Dageus era certamente uma polegada ou dois mais pequeno, o que ainda o fazia ao menos de seis pés e quatro polegadas de alto. Seu cabelo, que ela não tinha podido ver quando tinha estado caminhando, estava sujeito para trás por uma correia, era muito mais largo, caindo até sua cintura, e tão negro que era quase azul. E seus olhos eram diferentes, pensou, movendo-se mais perto entre eles, evadindo suas selvagens gesticulações de braços, para obter uma boa olhada. OH, e de que maneira, pensou, porque tão chapeados como eram os do Drustan, os do Dageus eram de ouro amarelo.
Wow. Considerando tudo, eram dois dos homens mais gloriosamente de aparência agradável que ela alguma vez tinha visto.
Drustan deixou de amaldiçoar e a olhou furiosamente.
-Quem é você?- demandou, finalmente esfregando sua tíbia.
-estive tratando de lhe dizer isso mas no momento que ouve algo que você não gosta, faz perguntas para tratar de esclarecê-lo?- replicou ela, as mãos em seus quadris e olhando-o furiosamente a sua vez-. Não. Não, senhor. Comporta-te como um bárbaro-. Não é que ela o tivesse feito muito melhor, mas era mais sábio ir à ofensiva que justificar seus enguiços-. Pensei que você foi mais preparado que isso.
Drustan abriu sua boca e a fechou outra vez. Ja, pensou ela com ar satisfeito, a ofensiva tinha sortido efeito.
As sobrancelhas do Dageus se levantaram e ele riu.
-Devo dizer, para ser uma tão pequena...
-Não sou uma nyaff- disse ela defensivamente.
-... moça, certamente tem fogo.
-E é um fogo que não pode conservar em suas mãos- Drustan respondeu bruscamente. Pareceu desconcertado por suas palavras e adicionou precipitadamente-: Não quero que caia em sua armadilha. É evidente que anda procurando que alguém se case com ela.
-Não ando procurando que alguém se case comigo- disse Gwen firmemente-. Ando procurando a alguém com uma mínima quantidade de intelecto.
-Ejem. Esse seria eu, minha querida- disse Silvan brandamente, levantando uma mão manchada de tinta.
Drustan olhou com cenho a seu pai.
-Bem, seria-o- disse Silvan, cruzando os braços sobre seu assumo ossudo e recostando suas costas contra a ombreira da porta-. Você não me vê saltando por ali dando gritos quando umas quantas perguntas simples poderiam esclarecer coisas bastante bem.
-Diria que isso qualifica- disse Gwen, remetendo seu braço através do do Silvan. Não ia conseguir terminar nada tratando de dirigir a palavra ao Drustan esse esses momentos. Deixaria-o esfriar-se fora por algum momento. dirigiu-se direita ao castelo, rebocando ao Silvan consigo, e chutando a porta para fechá-la com seu talão.
-Não posso dizê-lo- disse Gwen ao Silvan pela terceira vez, já lamentando ter ido dentro com ele. Do momento que tinham entrado em castelo a inquisição tinha começado, e até que não pudesse falar com o Drustan, não se atrevia a dizer nada ao Silvan. Já tinha cometido um engano essa manhã. Não ia cometer outro. O diria ao Drustan e só ao Drustan. Ele depois podia dizer-lhe a qualquer em quem confiasse.
-Bem, o que me pode dizer? Algo? Algo?
Gwen suspirou. Havia-lhe feito um instante afeiçoar-se com o Silvan MacKeltar, com outro desses sentimentos instintivos e desconcertantes do momento que ela o tinha visto de pé no vestíbulo interrogando a seu filho, com tanto amor em seus olhos. Havia sentido uma pontada de inveja, perguntando-o que devia sentir-se ser o foco de tal preocupação paternal. Não só se parecia com o Einstein, com sua cabeleira branca, sua pele azeitonada, os curiosos olhos café rodeados de rugas e os sulcos profundos aos lados de sua boca, mas sim demonstrava uma acuidade de visão similar ao de sua mente.
Sentada ao bordo da chaminé no Grande Hall, ela dirigiu o olhar à porta, esperando que Drustan entrasse. Zangada ou não, necessitava desesperadamente falar com ele.
-Disse-lhe meu nome- respondeu ela evasivamente.
-Frescuras. Isso me diz nada exceto que é uma inglesa com antepassados irlandeses, e um maldito acento estranho. Como conhece o Drustan?
Ela o avaliou, sombria.
-Como se supõe que possa te ajudar, minha querida, se lhe rehúsas a me dizer algo? Se meu filho tomou sua virgindade, então ele deve casar-se contigo. Mas não o posso obrigar se não me diz quem é e um pouco a respeito do que aconteceu.
-Senhor MacKeltar...
-Silvan- ele interrompeu.
-Silvan- emendou Gwen-, não quero que obrigue ao Drustan a casar-se comigo.
-Então o que quer?- exclamou ele.
-Mais que nada agora mesmo?
-Sim.
-Eu gostaria de saber que data é- odiou perguntá-lo tão francamente, mas precisava sabê-lo. A única possibilidade de que Dageus estivesse ainda vivo significava que ela tinha chegado com tempo. Mas não se sentiria inteiramente segura até que soubesse com exatidão, até o minuto, com quanto tempo contava.
Silvan ficou muito quieto, seus olhos escuros se estreitaram, a cabeça erguida em ângulo. Ela repentinamente teve o pressentimento estranho de que ele ouvia com mais que suas orelhas, e observava com mais que seus olhos.
E soube que estava no correto quando ele murmurou brandamente:
-Och, minha querida, é de um lugar muito longínquo, verdade? Não, não há nenhuma necessidade de responder. Não entendo o que sinto, exceto que sei que é uma estranha para esta terra.
-O que está fazendo, lendo minha mente? Pode fazer isso?-. Ela poderia acreditar em algo de um homem que tinha criado um filho que podia manipular o tempo.
-Não. Mas escuto um pouco as palavras, na antiga forma, algo ao que nenhum de meus filhos são adeptos, embora tenha tratado de ensiná-los. Então é a data o que você necessita- disse ele lentamente-. Intercambiarei respostas, que me diz, Gwen Cassidy?
-Não vou conseguir o de qualquer outra maneira?
Ele negou com a cabeça, um sorriso débil jogando em seus lábios.
-Responderei suas perguntas tão honestamente como posso- concedeu ela-, mas há coisas às que não posso dar resposta ainda.
-É justo. Enquanto não minta, minha querida, levaremo-nos muito bem. Se não me pode dizer o que aconteceu última véspera, então me diga por que não pode.
Isso era razoavelmente seguro.
-Porque devo falar com o primeiro Drustan. Uma vez que fale com o Drustan, e se ele o deseja, pode lhe dizer tudo.
Silvan sustentou seu olhar, medindo a verdade em suas palavras.
-É o décimo nono dia de julho- disse ele finalmente.
ao redor de um mês, Gwen pensou, aliviada. Quando Drustan tinha descoberto que estava no futuro, havia dito, Cristo, não perdi uma mera lua. perdi séculos. Tradução: inicialmente ele tinha pensado que tinha estado na caverna por um mês ou pouco mais ou menos, o qual queria dizer que tinha sido seqüestrado em alguma parte de meados de agosto. Também havia dito que Dageus tinha morrido "recentemente". Ela não tinha tido idéia de que tão recente sua pena tinha sido e tinha assumido que ele tinha querido significar vários meses ou ainda um ano. Mas aparentemente Dageus morreria em algum ponto nas seguintes poucas semanas. Ela precisava saber exatamente quando Dageus tinha intenção de sair para o do Elliott; tinha que lhe advertir de não ir absolutamente.
-Mil quinhentos e dezoito?- odiou desperdiçar uma pergunta, mas tinha que estar segura. Já que Drustan tinha errado o mês e o dia, supôs que era possível que tivesse equivocado o ano também.
Os olhos do Silvan evidenciaram uma pronunciada fascinação. inclinou-se para frente, os cotovelos em seus joelhos, e a olhou fixamente.
-De onde é?- respirou.
Ela suspirou e evitou seu olhar fixo, médio assustada do homem precavido que podia ler as respostas em seus olhos. Piscou, momentaneamente distraída por seu primeiro olhar real ao Grande Hall. Quando tinha baixado a escada, Drustan tinha sido o primeiro que tinha visto. O vestíbulo era elegante e precioso como sua câmara, o piso modelado de pedras imaculadamente cinza pálidas esfregadas, as paredes revestidas com tapeçarias brilhantes. Dois cães de caça roncavam brandamente debaixo de uma mesa que parecia uma grande obra professora. As cortinas pesadas de veludo estavam movidas para trás das janelas altas, e a dobro escada rosada de mármore brilhava à luz da manhã. Um painel de vidro com desenhos coloridos estava encastrado por cima da porta maciça, e os escudos de prata e as armas adornavam as paredes de cada lado.
-É um país do que nunca teve notícias- ela objetou, quase a ponto de dizer os bons e velhos os Estados Unidos. Isso iniciaria outra conversação completamente nova que poderia durar indefinidamente.
-me diga, ou não obterá respostas de mim. Realmente, me dizer de onde é não pode ser muito revelador, verdade?
Ela soprou um fôlego frustrado.
-América. Longe através do oceano.
Outra vez, ele a avaliou com seu olhar inalterável.
-Mil quinhentos e dezoito- ele esteve de acordo-. E sei das Américas. Não lhe chamamos assim, mas nós os escoceses o descobrimos faz séculos.
-Não o fizeram- ela se mofou-. Foi Cristóvão Colombo.
-Meramente seguiu o caminho do Sinclair, depois de que chegassem a suas mãos os mapas velhos dos templarios.
-Oooh. Vocês os escoceses são do mais arrogantes.
-Algo que você prova.
-Fala sempre tão diretamente das pessoas?
Ele bufou de risada.
-Isso o faz mais adequadamente você- disse ele, sorrindo e lhe aplaudindo a mão-. Penso que vais gostar de me bastante, moça. Então, quando tem intenção de dizer-lhe tudo ao Drustan, assim posso ouvir a história completa?
-No minuto que ele entre. E obrigado por me fazer uma pergunta fácil.
-Isso não é justo, essa não foi uma...
-Uh-uh. Não há forma de que se torne atrás agora. Essa foi uma pergunta.
-Sim, mas não realmente, e você sabe- Silvan se queixou. Levantou o nariz, com uma piscada de admiração em seus olhos-. É uma moça lista, verdade? Então?- disse secamente.
-Tem Dageus intenção de fazer qualquer viagem logo?
-O que pergunta tão estranha- Silvan comentou, acariciando seu queixo-. Devo dizer que picaste minha curiosidade realmente. Sim, ele deve ir até o Elliott logo. Tomou Drustan sua virgindade?
Ela suspirou lentamente.
-É uma história muito complicada- evadiu-se ela-, e devo falar com o Drustan logo que seja possível. Seu filho corre perigo. Acredito que ele confia em você completamente; entretanto, ele deve decidir o que lhe diga. Não posso dizer mais que até que ele e eu falemos. Por favor, respeite isso- ela adicionou brandamente.
Ele arqueou uma sobrancelha, mas inclinou a cabeça.
Quando tomou sua mão entre as suas e a aplaudiu, ela se sentiu curiosa por dentro. Não podia recordar que seu pai alguma vez fizesse algo assim. Ele se deteve por uns poucos momentos, seus olhos se estreitaram, sua expressão pensativa. Ela teve uma sensação distinta, inquietante, de que ele olhava com atenção em sua própria alma. Era isso possível?, perguntou-se.
-Bem, minha querida- disse Silvan-. Você ganha. Nenhuma pergunta mais até que fale com o Drustan. Mas se conhecer meu filho, então ele não cooperará.
-Ele deve fazê-lo, Silvan- disse Gwen desesperadamente-. Não temos muito tempo.
-Está verdadeiramente em perigo?
Gwen fechou seus olhos e suspirou.
-Todos vocês o estão.
-Então o faremos te escutar.
Gwen abriu os olhos e o olhou com cenho.
-E como tem a intenção de obter isso? Encerrando-o em um quarto comigo?
Silvan sorriu fracamente, fazendo mais funda as linhas ao redor de sua boca. Embora era muito maior, era um homem de aparência agradável com grande carisma. Ela se perguntou por que ele nunca mais havia outra vez... bom, certamente não por falta de mulheres que tivessem interesse.
-Não é uma má idéia, minha querida. Fará o que te diga?
depois de vacilar um momento, ela inclinou a cabeça.
E ele dobrou sua cabeça perto da dela e começou a cochichar.
Capítulo 15
Horas mais tarde, uma Gwen ansiosa se passeava ante o fogo na Câmara De Prata. O dia se feito interminável sem sinais do Drustan. Se só ele retornasse, então ela esclareceria coisas e poderiam começar a tirar claro quem era o inimigo.
depois de um café da manhã exuberante de ovos esquentados, batatas e peixe secado com sal na galeria com o Silvan, Nell lhe tinha dado uma excursão breve, assinalando garderobes e coisas pelo estilo. Tinha passado algumas horas na biblioteca, logo se tinha retirado a sua câmara para aguardar o Drustan.
Dageus tinha cavalgado de retorno umas poucas horas atrás, sem ele. Havia dito que tinham dividido caminhos no botequim. Silvan tinha chamado a seu filho menor -mais jovem por uns meros três minutos- e lhe tinha contado seu plano, e Dageus, sorrindo abertamente e lançando olhadas úmidas e calorosas ao Gwen -tinha que jorrar tanta atração sexual crua como Drustan?-, estava agora mantendo a porta do corredor entreabierta, espreitando a chegada do Drustan. Tinha-o divisado cavalgando para o estábulo fazia um quarto de hora.
-Não posso acreditar que a colocasse na câmara anexa a do Drustan- disse Dageus sobre seu ombro.
Silvan se encolheu de ombros defensivamente.
-Ela disse seu nome ontem à noite, e além disso, esta é a terceira habitação mais agradável do castelo. Só a tua e a do Drustan estão mais esplendorosamente mobiliadas.
-Não estou seguro de que ela devesse dormir tão perto dele.
-Onde a deveria mover? Mais perto de sua câmara?- replicou Silvan-. Drustan nega conhecê-la. Você a beijou. Quem expõe mais ameaça para ela?
Gwen se ruborizou, agradecida de que Dageus não dissesse que ela tinha demandado que a beijasse. Ele a percorreu com um olhar perito e tentador. Deus Santo, era muito bonito, pensou ela, observando o lustroso deslizamento de seu sedoso cabelo comprido até a cintura quando ele dobrou sua cabeça para discutir sobre seu ombro com o Silvan. Como podiam existir dois homens tão devastadores em um castelo? Não era que ela se sentisse atraída por ele, mas teria que estar morta para não apreciar sua crua virilidade masculina.
-por que está me ajudando?- perguntou ela ao Silvan, aproximando-se da conversação em uma direção menos desconcertante.
Ele sorriu fracamente.
-Não se preocupe sobre meus motivos, minha querida.
-Seria sábio que se preocupasse sobre seus motivos, moça- alertou-a Dageus-. Quando p se molesta em envolver-se a si mesmo, sempre obra com segunda intenção. Os esquemas dentro dos esquemas, e indevidamente, ele sabe mais do que deixa ver.
-De verdade?- ela olhou fixamente ao homem encantador e paternal, incrédula.
-Inocente como um cordeiro pequeno perambulando pela ladeira, minha querida- disse Silvan brandamente.
Dageus negou com a cabeça.
-Não cria nenhuma palavra. Mas não deveria gastar saliva tratando de tirar mais dele. Guarda silêncio como uma tumba sobre seus pequenos secretos.
-Não sou o único que conserva secretos por aqui, moço- disse Silvan com um olhar intencionado. Pai e filho batalharam com seus olhares alguns momentos, logo Dageus deixou cair seus olhos e olhou de novo fora, no corredor.
Um silêncio embaraçoso reinou, e Gwen se perguntou o que se estava perdendo, que secretos guardava um homem como Dageus. Sentindo-se como uma intrusa aparecendo, trocou de tema outra vez.
-Está seguro que ele não escutará? Está seguro que precisamos ir a tais extremos?-. Uma pilha de pranchas de madeira e ferrolhos jazia perto da porta contigüa, e enquanto Gwen mais a olhava, mais nervosa ficava.
-Minha querida, você o acusou de tomar sua virgindade. Não, não te falará se o pode evitar.
Dageus inclinou a cabeça em concordância.
-Já vem- advertiu.
-Vê o penteadeira, minha querida- urgiu-a Silvan-. Quando o ouvir entrar em sua câmara, conta até dez, logo te una a ele. Bloquearei esta porta e Dageus o fará com a outra. Não lhe permitiremos sair até que não haja dito o que precisa lhe dizer.
Endireitando os ombros, Gwen tomou uma respiração profunda e se mergulhou no penteadeira. Escutou atentamente o som da porta do Drustan abrindo-se e se deu conta, para seu desgosto, que tremia.
sobressaltou-se quando ouviu a porta abrir-se, e contou até dez lentamente, concedendo tempo ao Dageus para sair às escondidas de sua câmara e bloquear a porta do corredor.
Silvan se tinha rido ahogadamente quando lhe tinha contado a ela que se Drustan se recusava para ouvir, então Dageus e ele fariam o melhor que pudessem para trancá-lo dentro, martelando uma tabela ou duas sobre as portas do lado de fora. Deus Santo, ela esperava que não chegassem a isso!
O momento tinha chegado. Deu volta a asa e quedamente abriu a porta.
Drustan lhe dava as costas, orientado para o fogo, e ela ficou com o olhar fixo nele. O homem se trocou e levava agora calças de couro ajustados, uma camisa de linho ondulante e botas. Seu sedoso cabelo negro, desatado, derramava-se sobre seus ombros e suas costas. via-se como se tivesse saído diretamente da coberta de uma dessas novelas românticas que ela encarregava no Amazon.com, por Internet, para não ter que envergonhar-se ante algum arrogante vendedor masculino na livraria.
Ja, ela pensou. Quando retornasse a seu tempo, ia começar comprá-los abertamente, sem desculpas. Nunca tinha visto um homem ruborizar-se enquanto estava comprando o Playboy.
Mas tinha que sobreviver à fúria do Drustan primeiro MacKeltar.
Murmurando uma oração silenciosa, fechou a porta detrás de si.
Ele se voltou no momento que escutou o clique, e quando a viu, seus olhos de prata brilharam intensa e perigosamente.
Meneando um dedo, olhou-a fixamente, e ela se moveu ligeiramente mais longe da porta em caso de que ele tivesse intenção de lançá-la fora outra vez. Ele a seguiu como um ímã ao aço.
-Nem sequer pense, inglesa, que tolerarei uma mais de suas mentiras- disse ele com sedosa ameaça-. E melhor sal de minha câmara, porque tenho em cima o bastante uísque para estar disposto a saborear o delito do qual fui acusado-. Seu olhar flutuou significativamente para a cama maciça, posta cortinas em seda e coberta com travesseiros de veludo.
Os olhos do Gwen se alargaram. Certamente, sua expressão era uma combinação de fúria e luxúria crua. A luxúria crua era perfeitamente maravilhosa; a cólera, entretanto, era algo do que alegremente prescindiria.
ia ser fria e racional essa vez. Nada de comentários estúpidos, nada de desdobramentos emocionais. Lhe diria o que tinha acontecido, e ele entraria em razão.
Primeiro se apressou a reconfortá-lo.
-Não trato de te obrigar a te casar comigo.
-Bem, porque não o farei- grunhiu ele, cortando a distância entre eles, usando seu corpo para intimidá-la.
Ela plantou seus pés no chão e se manteve firme. Dado que seu nariz alcançava só seu plexo solar, não era tão fácil como parecia.
-O que é isto?- ronronou ele brandamente-. Não me teme? Deveria fazê-lo, inglesa-. Ele fechou suas mãos ao redor da parte superior de seus braços como bandas de aço.
Silvan e Dageus estariam pressionando suas orelhas contra as portas, esperando sua explosão, pensou ela, mas o tinham julgado mau. Esse não era um homem que explorasse; quando se enfurecia calava e era imensamente mais perigoso.
-me responda- demandou ele, sacudindo-a-. É tão parva que não tem medo de mim?
Ela tinha ensaiado seu discurso uma dúzia de vezes, mas quando ele estava parado tão perto, era-lhe difícil recordar até onde tinha decidido começar. Seus lábios se abriram enquanto ela ficava com o olhar fixo nele.
-Por favor...
-Por favor o que?- disse ele sedosamente, agachando sua cabeça para a dela-. Por favor me beije? Por favor tome, da forma que me acusa de te haver tido? tive muito tempo para pensar hoje, inglesa, e devo confessar que me encontro fascinado por ti. Montei por horas antes de me deter no botequim. Bebi por horas, mas temo que nem todo o uísque da bela Alvorada te limparia de minha mente. Enfeitiçaste-me, bruxa?
-Não, não te enfeiticei, não sou uma bruxa, e por favor não me beije- ela as engenhou para dizer. Deus Santo, desejava-o! Embora ele a reconhecesse ou não, era seu Drustan, com mil diabos, simplesmente um mês e cinco séculos mais jovem.
-Och, essa é uma petição estranha em uma mulher- burlou-se ele-. Especialmente de uma que diz que já provou minha maneira de fazer o amor. Menoscabas agora minhas cuidados íntimas?- Seu olhar era gelo e prata, desafiante-. Fui menos que satisfatório? Afirma que somos amantes; talvez deveríamos provar outra vez. Pareceria que deixei uma impressão menos que favorável-. Ele fechou sua mão ao redor de sua boneca e a devorou para a cama-. Vêem.
Ela cravou seus talões, toda uma proeza com umas sapatilhas suaves em um piso de madeira.
Seus protestos se converteram em um assobio de seus pulmões quando ele a introduziu em seus braços e a lançou em cima da cama. Ela aterrissou sobre as costas, afundou-se profundamente nos colchões de plumas talheres de veludo, e, antes de que pudesse engatinhar fora, ele estava em cima dela, seu corpo exageradamente comprido cobrindo-a, imobilizando-a com seu peso.
Ela fechou os olhos para não ver sua face bela e zangada. Ela nunca poderia levar adiante uma conversação significativa com ele nessa posição.
-Drustan, por favor, me escute. Não trato de te apanhar no matrimônio, e há uma razão pela que disse o que pinjente esta manhã, se simplesmente me escutasse- disse ela, os olhos apertadamente fechados.
-Há uma razão pela que mentiu? Não há nunca uma razão para mentir, moça- ele grunhiu.
-Isso quer dizer que você alguma vez memore?- disse ela sarcástica, abrindo seus olhos em uma fatia e olhando-o. Ainda estava de mau humor porque não lhe houvesse dito a verdade exata antes de enviá-la a seu tempo.
-Não, não minto.
-E um demônio. Algumas vezes, não dizer toda a verdade é exatamente o mesmo que mentir- espetou ela.
-Tal linguagem em uma senhora. Mas você não é uma senhora, verdade?
-Bem, você não é certamente um cavalheiro. Esta senhora não te pediu que a atirasse em sua cama.
-Mas você gosta de estar debaixo de mim, moça- disse ele com voz rouca-. Seu corpo me diz muito do que suas palavras negam.
Gwen se rigidizó, horrorizada ao precaver-se de que tinha enganchado seus tornozelos sobre as pernas masculinas e esfregava uma sapatilha contra uma pantorrilha fornida. Ela empurrou seu assumo. -te tire de mim. Não posso te falar quando está me esmagando.
-te esqueça de falar- disse ele grosseiramente, inclinando sua cabeça para a dela.
Gwen se tornou atrás, afundando-se mais profundo nos travesseiros, sabendo que no momento em que ele a beijasse, ela se perderia.
Mas no instante que seus lábios acariciaram os dela, a porta do penteadeira se abriu e Silvan entrou energicamente.
-Ejem- Silvan se esclareceu voz.
Os lábios do Drustan se congelaram contra os dela.
-Sal de minha câmara, p. Tratarei isto como o cria adequado- grunhiu.
-Mas não te deitou com ela a última noite, né?- Silvan comentou brandamente, seu olhar fixo abrangendo-os-. As coisas se vêem prazenteiras e agradáveis para mim, para ser desconhecidas e todo o resto. Não está esquecendo algo? Ou deveria dizer a alguém? A moça me disse que estava correndo perigo; o único perigo que percebo é que estrague um perfeitamente bom...
-Hand yer wheesht!- Drustan rugiu. Rigidizándose, empurrou-se fora dela e se recostou em seus talões, sobre a cama-. P, não é a muito tempo tempo o chefe aqui, recorda? Eu o sou. Assim vete. Fora-. Ele lançou uma mão impaciente para a porta-. Agora.
-Simplesmente devi ver se Gwen precisava assistência- disse Silvan serenamente.
-Ela não precisa assistência. Tramou esta rede com mentiras, assim não me culpe por segui-la.
-Minha querida?- Silvan perguntou, observando-a.
-Está bem, Silvan. Pode ir -disse ela brandamente-. Dageus também.
Silvan a avaliou um momento mais, logo inclinou sua cabeça e retrocedeu. Quando a porta se fechou outra vez, Drustan se desceu da cama e se afastou vários passos.
-O que quis dizer Silvan com "alguém"?- perguntou ela-. Estragando um perfeitamente bom o que?
Ele a observou em um silêncio frio.
Ela se levantou e o observou cautelosamente e, embora ela poderia ver desejo brilhando intensamente em seu olhar, também podia ver que ele tinha trocado de opinião a respeito de tratar de ter relações sexuais com ela no momento. A moça se sentiu ao mesmo tempo aliviada e decepcionada.
-Fala. por que vieste aqui, e qual é seu propósito?- perguntou ele rigidamente.
Enquanto ela se sentava ante o fogo, Drustan verteu uísque em um copo e apoiou as costas contra a chaminé, de face a ela. Tomou um gole abundante, estudando-a discretamente sobre o bordo de seu copo. Era condenadamente difícil pensar claramente em sua presença, em parte porque ela era tão malditamente bela e em parte porque o tinha posto à defensiva com sua escandalosa declaração do momento em que tinha posto os olhos nela. A intensidade de sua atração para essa mulher o contrariava grandemente mais que sua mentira. Era o último que necessitava, justamente antes de suas bodas. Uma tentação andante... não, uma exuberante tentação deslizando-se para embrulhar as coisas.
Ao princípio, ele tinha querido simplesmente intimidá-la empurrando-a para trás na cama, mas então a havia meio doido e ela tinha enroscado os tornozelos sobre suas pantorrilhas, e ele se perdeu na brandura acolhedora de seu corpo sob o seu. Se seu pai não os tivesse interrompido, então ainda estaria em cima dela. Do momento que tinha entrado em castelo essa noite, tinha sentido à pequena inglesa dentro de suas paredes. Respondia ferozmente a ela; tudo o que precisava era olhá-la para avivar sentimentos nele que não podia explicar.
Havia dito a verdade ao dizer que não a podia tirar de sua mente. Nem por um momento. Seu perfume parecia lhe ordenar que retornasse ainda enquanto estava sentado em meio das mesas encharcadas em cerveja fedorento no botequim. a dela era uma fragrância limpa, fresca e sensual, uma liga de chuva primaveril, baunilha e mistério. Enquanto estava no botequim, deu-se conta de que em certa forma sabia que ela tinha uma covinha em um flanco de sua boca deliciosa quando sorria, embora não podia recordar havê-la visto sorrir.
-Sorri- demandou.
-O que?-. A jovem o olhou como se ele tivesse perdido o julgamento.
-Pinjente: sorri- grunhiu ele.
Ela sorriu fracamente. Sim. Tão claro como a água. Uma covinha no lado esquerdo. Ele suspirou pesadamente.
Seu olhar flutuou sobre seus rasgos, atrasando-se na marca de bruxa em seu maçã do rosto, e se perguntou quantos outros teria, em lugares mais íntimos. Gostaria das buscar, conectar esses lunares com sua língua, pensou, seu olhar permanecendo muito tempo no espaço cremoso da fenda por cima do sutiã decote de seu vestido.
Ele negou com a cabeça impacientemente.
-Basta disso. O que é tão importante, inglesa, que mentiu para ganhar minha atenção esta manhã?
-Gwen- ela corrigiu distraídamente. beliscava-se seu gordinho lábio inferior entre o polegar e o dedo indicador, e o gesto o fazia sentir-se malditamente incômodo.
A deusa da lua, traduziu silenciosamente, e ela parecia, cada polegada, uma deusa.
-Você já sabe meu nome, e desde que afirmou tal familiaridade comigo, não me deterei em cerimônias e insistirei que me chama 'milord'.
Imediatamente ela franziu o sobrecenho, fazendo que seus lábios se crispassem, mas ele deixou sua face impassível. A mulher não respondeu a seu comentário. Seu autocontrol o irritou; preferia-a fora de balanço, reagindo cegamente. Assim ele se sentiria mais em controle.
Ela o olhou de cima abaixo cautelosamente.
-Não sei onde começar, assim peço que me ouça completamente antes de que comece a te zangar outra vez. Sei uma vez que ouça minha história inteira, entenderá.
-vais dizer me alguma outra costure para me contrariar? Que mais deixaste você? Já me acusaste que tomar sua virgindade, mas afirma que não trata de me apanhar no matrimônio. Que buscas?
-Promete me escutar bem? Nenhuma interrupção até o fim?
Depois considerá-lo um momento, ele acessou. Silvan havia dito que ela afirmava que estava em algum tipo de perigo. Que dano haveria em ouvir? Se ele saía do quarto sem deixá-la apresentar seu caso, então teria que estar em guarda constante para que Silvan não o encerrasse no garderobe e que ela pudesse gritar através da porta. E até que não tivesse esclarecido coisas, estava realmente seguro de que não ia ver uma só fornada de arenques e tatties do Nell. Nem sequer tinha havido nada de seu café espesso, negro e exótico em todo o dia. Não, tinha que arrumar as coisas. Ele desfrutava de suas comodidades e não tinha a intenção de sofrer um dia mais sem elas. Além disso, quanto mais logo esclarecesse coisas, mais logo ele a poderia despedir e tirar a de sua vista.
Encolhendo-se de ombros, aceitou.
Ela se mordeu o lábio, vacilando um momento.
-Está em perigo, Drustan...
-Sim, dou-me conta disso, embora suspeite que não referimos ao mesmo- ele resmungou asperamente.
-Isto é sério. Sua vida corre perigo.
Ele riu burlonamente, seu olhar roçando-a da cabeça aos dedos dos pés.
-Och, pequena, e depois me dirá que tem intenção de me salvar, né? Talvez brigar contra meus assaltantes por ti mesma? Morderá-os nos joelhos?
-Oooh. Isso não é gracioso. E se for muito estúpido para me escutar, então terei que fazer justamente isso- ela respondeu bruscamente.
-me considere advertido, moça- ele a serenou-. Ouvi-te, assim pode ir -disse ele abruptamente, despachando-a-. Lhe diga ao Silvan que te escutei bem, assim ele cancelará seu pequeno assédio. Tenho coisas que fazer.
À primeira oportunidade, pediria ao Nell que lhe assegurasse à moça uma colocação no povo, longe do castelo. Não, talvez faria que Dageus a levasse ao Edimburgo e lhe encontrasse um trabalho ali. De uma ou outra maneira, tinha que tirar a fascinante moça de sua propriedade antes de que ele fizesse algo parvo e irrevogável.
Como por exemplo lançar a à cama e descarregar-se nela até que nenhum dos dois pudesse mover-se. Até que os músculos lhe doessem de amá-la. Ela marcaria em seus ombros os signos diminutos de suas unhas?, perguntou-se. Arquearia seu pescoço e faria ruídos doces de gatita? sentiu-se endurecer instantaneamente com esse pensamento.
Voltou-lhe as costas, esperando que pudesse diminuir qualquer feitiço que tivesse arrojado nele.
-Não quer saber sequer que tipo de perigo?- ela perguntou incrédulamente.
Ele suspirou e a olhou por cima de seu ombro, uma sobrancelha sardônica arqueada. O que poderia, perguntou-se irritado, fazer a muchachita acovardar-se? Uma espada em sua garganta?
-Disse que ouviria a história completa. Era uma mentira? E pretende que não memore?
-Muito bem- disse ele impacientemente, voltando-se-. Me diga tudo e termina com isso.
-Talvez deveria te sentar- disse ela ansiosamente.
-Não. Estarei parado e falará-. Ele cruzou seus poderosos braços sobre o assumo.
-Não facilita isto.
-Não tenho intenção de fazê-lo. Fala ou sal, não desperdice meu tempo.
Ela aspirou profundamente.
-Okay, mas te estou advertindo, vai soar bastante inverossímil ao princípio.
Ele exalou impacientemente.
-Sou de seu futuro...
Ele reprimiu um gemido. A moça era uma tontuela confundida. Andando daqui para lá pelo exterior, nua, acusando aos homens de violá-la, pensando que era do futuro, certamente!
-Do século vinte e um, para ser precisos. Passeava nas colinas perto do Loch Ness quando caí em uma caverna e te achei dormindo...
Ele negou com a cabeça.
-Termina esta tolice.
-Você disse que não interromperia- a moça se levantou de um salto, muito perto para sua comodidade-. É o suficientemente difícil para mim te contar tudo isto.
Os olhos do Drustan se estreitaram, e retrocedeu um passo, evitando que ela o tocasse e ele se convertesse em uma besta luxuriosa outra vez. Ela permaneceu ali, a cabeça arremesso para trás. Suas bochechas estavam ruborizadas, seus olhos tempestuosos brilhavam, e parecia lista para golpeá-lo com os punhos, apesar de seu tamanho diminuto. Tinha valor, concedia-lhe isso.
-Segue- grunhiu ele.
-Encontrei-te na caverna. Você dormia, e tinha símbolos curiosos pintados em seu assumo. Em certa forma, minha queda sobre despertou. Estava confundido, não tinha idéia de onde estava, e me ajudou a sair da caverna. Disse-me a história mais estranha que alguma vez tinha ouvido. Afirmou que foi do século dezesseis, que alguém te tinha seqüestrado e encantado, e que dormiu por quase cinco séculos. Disse que quão último recordava era que alguém te tinha enviado uma mensagem para ir algum vale perto de um lago se tinha o desejo de saber quem tinha matado a seu irmão. Você disse que foi, mas alguém te tinha drogado e começou a te sentir muito cansado.
-Encantado?- Drustan negou com a cabeça com assombro. A moça tinha uma imaginação que poderia competir com o bardo mais fino. Mas tinha cometido seu primeiro equívoco: ele não tinha um irmão morto. Tinha unicamente ao Dageus, que estava vivo e são.
Ela fez uma respiração profunda e continuou, sem desanimar-se por seu patente cepticismo.
-Não acreditei em ti tampouco, Drustan, e estou arrependida. Disse-me que se acompanhava ao Ban Drochaid, provaria-me que dizia a verdade. Fomos às pedras, e seu castelo- ela assinalou com uma mão ao redor do quarto-, este castelo era só ruínas. Fez-me passar ao círculo-. Ela deliberadamente omitiu a paixão intensa que tinham compartilhado ali dentro, sem desejar aliená-lo adicionalmente. Com um suspiro triste, continuou-. E me enviou aqui, a seu castelo, em seu século.
Drustan soprou com uma exalação exasperada. Sim, era verdadeiramente uma louca, e uma que conhecia muito bem os velhos rumores. Ele sabia que aos aldeãos gostava de repetir o velho conto de que seus antepassados tinham visto duas frotas inteiras de templarios entrar nas paredes do Castelo Keltar fazia séculos, para nunca sair outra vez. Aparentemente ela tinha ouvido a respeito desses "pagãos Highlanders", que podiam abrir portais e o tinha incorporado em sua loucura.
-Mas antes de te enviar- ele se mofou, sem admitir semelhante coisa-, usando as pedras em alguma costume pagão, tomei sua virgindade, né?- disse secamente-. Devo confessar, escolheste uma forma única para tratar de apanhar a um homem em umas bodas. Escolhe a outro de que abundem os rumores estranhos. Afirma que ele tomou sua virgindade no futuro, assim, ele nunca poderá conclusivamente argumentar contra ela-. Negou com a cabeça e sorriu fracamente-. Outorgo-te crédito por sua imaginação e sua audácia, moça.
Gwen o olhou furiosamente.
-Por última vez, não trato de me casar contigo, arrogante troglodita cabeça dura.
-Cabeça dura- ele sacudiu a cabeça e piscou-. Bem, porque não posso. Estou prometido- disse ele rotundamente. Isso poria fim a suas loucas reclamações.
-Prometido?- repetiu ela, atordoada.
Os olhos do Drustan se estreitaram.
-É evidente que não te agrada. Tome cuidado, não seja que traia a ti mesma.
-Mas isso não é verdade. Disse-me que você nunca... - ela se interrompeu, os olhos dilatados.
Outro oco em sua história, meditou Drustan. Ele tinha estado prometido por mais do meio ano. Quase toda Alvorada sabia de suas próximas núpcias, e era, ao melhor, observado ansiosamente para ver se realmente tinha êxito essa vez. E ele teria êxito.
-Estou-o. A união se lembrou no último Natal. Anya Elliott chegará perto de duas semanas antes de nossas bodas.
-Elliott?- ela exalou.
-Sim, Dageus vai procurá-la e trazê-la aqui para as bodas.
Gwen lhe deu as costas, para dissimular a sacudida e a dor que sabia devia estar gravado em sua face. Prometido? Sua alma geme-a ia casar se com alguém mais?
Ele havia dito que Dageus tinha sido assassinado retornando da propriedade Elliott. Tinha-lhe contado que tinha estado prometido, mas ela tinha morrido. Mas não se incomodou em lhe dizer que ambos o tinham feito ao mesmo tempo!
por que? Tinha amado tanto a sua prometida, então? Tinha sido muito doloroso para ele falar disso?
Seu coração se afundou até os dedos dos pés. Não é justo, não é justo, gemeu silenciosamente.
Se ela salvasse ao Dageus, salvaria à futura esposa do Drustan. A mulher com a que ele queria casar-se.
Gwen deixou sair uma respiração tremente, odiando suas opções. Assim não era como as coisas, supunha-se, deviam ir. supunha-se que lhe contaria sua história, juntos desmascarariam ao vilão, casariam-se, e viveriam felizmente após. Tinha planejado tudo o que aconteceria desde essa tarde, ainda até os detalhes de seu vestido de noiva medieval. Não lhe importaria ficar no século dezesseis com ele; voluntariamente, perderia o direito a seus Starbucks, suas almofadas e suas duchas quentes. De todas maneiras, o que se não pudesse depilá-las pernas? Ele tinha adagas afiadas, e eventualmente ela teria aprendido a não machucar-se. Sim, isso poderia ser um pouco rústico, mas por outro lado, a que tinha que voltar ela em seu século?
A nada. Nenhuma maldita coisa.
Uma vida vazia, sozinha.
As lágrimas pressionaram o fundo de seus olhos. Ela deixou cair a cabeça, escondendo-se detrás de sua franja, recordando-se a si mesmo que não tinha chorado desde que tinha nove anos, e que chorar não a ajudaria agora.
-Isto não está ocorrendo- resmungou de maneira deprimente.
Não pode deixar que seu clã se destrua, não importa o preço, disse seu coração brandamente.
depois de um tempo, ela deu a volta e o olhou, tragando o nó em sua garganta, admitindo que não havia maneira de que pudesse ficar ociosa e observá-lo ser seqüestrado e sua família destruída. Assim que o que tanto podia rasgar-se em pedaços durante o processo?
Isso quanto a apaixonar-se, pensou de maneira deprimente.
-Drustan- disse ela, lutando por imprimir o tom mais calmo de voz que podia, quando por dentro se sentia desfeita-, no futuro, quão último disse foi que lhe dissesse ao passado "você" a história completa e te mostrasse algo. Esse algo que se supunha devia te mostrar era minha mochila, porque tinha coisas de meu século que lhe teriam convencido...
-me mostre isso- demandou ele.
-Não posso- disse ela impotentemente-. Desapareceu.
-por que isso não me surpreende?
Ela se mordeu os lábios para abster-se de gritar de frustração.
-O futuro "você" pareceu pensar que seria o suficientemente preparado, me acredite, mas começo a me dar conta de que o futuro "você" te deu mais crédito de que merece.
-Cala e desiste de seus insultos, moça. Provoca ao mesmo laird de quem depende seu refúgio.
Deus Santo, isso era certo, precaveu-se ela. Dependia dele para seu amparo. Embora era uma mulher lista, tinha mais que umas poucas preocupações a respeito de como poderia valer-se por si mesmo um especialista em Física equivocadamente inserido na Escócia medieval. O que ocorreria se ele alguma vez acreditava nela?
-Sei que não crie em mim, mas há algo que deve fazer, já seja que cria em mim ou não- disse ela desesperadamente-. Não pode deixar ir ao Dageus para que escolte a sua prometida ainda. Por favor, rogo-lhe isso, pospón as bodas.
Ele arqueou uma sobrancelha escura.
-Och, deixa isso, moça. me peça que me case contigo. Direi não, logo pode ir retorno aonde seja estava antes.
-Não trato de conseguir que o pospor para que te case comigo. Digo-lhe isso porque vão morrer se você não faz algo. Em meus tempos, disse-me que Dageus foi assassinado em uma batalha de clãs, entre os Montgomery e os Campbell, quando retornava do do Elliott. Também me contou que te tinha prometido, mas que ela tinha morrido. Penso que pôde ter sido assassinada vindo aqui com o Dageus. Segundo você, ele tratou de ajudar aos Montgomery porque eles eram ultrapassados em número. Se ele interferir nessa batalha, então ambos morrerão. E acreditaria em mim então? Se predissera essas mortes? Não faça que esse seja o preço. Vi-te te entristecer- ela se interrompeu, incapaz de continuar.
Muitas emoções mescladas se derrubavam sobre ela: a incredulidade de que ele não acreditasse o que lhe dizia, a dor de que estivesse comprometido, o cansaço excessivo e a tensão nervosa da dura experiência.
Lançou-lhe um último olhar suplicante, logo saiu rapidamente em seu dormitório antes de que se convertesse no equivalente emocional do Jell O.
Depois de que ela tivesse saído e fechado a porta, Drustan a contemplou inexpresivamente. Sua súplica por seu irmão tinha divulgado tão sincera que tinha sentido calafrios e tinha sofrido um sentimento estranho e desagradável de deixa vù.
Sua história não podia ser certa, reconfortou-se a si mesmo. Muitas das antigas lendas sugeriam que as pedras eram usadas como porteiras para outros lugares de lendas nunca esquecidas, passando através dos séculos. lhe teriam gostado tanto essas intrigas que, em sua loucura, tinha fiado uma história que continha um pedacinho puramente coincidental de verdade. Teria falseado o sangue de sua virgindade? Talvez estava grávida e necessitava desesperadamente um marido
Sim, ele podia viajar através das pedras, isso era certo. Mas todo o resto que ela declarava estava infestado de enganos. Se ele alguma vez tivesse ficado apanhado no futuro, nunca se teria comportado dessa forma. Nunca teria enviado a uma muchachita através das pedras. Nem sequer podia começar a imaginar a situação na qual ele pudesse tomar a virgindade de uma moça, quando tinha prometido solenemente nunca mentir e não tomar a uma virgem exceto na cama de matrimônio. E nunca a teria instruído para lhe dizer a sua personalidade passada tal história e teria esperado de si mesmo acreditar nela.
Och, pensar em toda essa personalidade futura e personalidade passada era suficiente para fazer que a um homem o martilleara a cabeça, pensou, massageando suas têmporas.
Não, se ele tivesse estado nessa situação, simplesmente teria tornado para trás e teria retificado as coisas. Drustan MacKeltar era imensamente mais capaz do que ela o tinha acusado de ser.
Não havia razões para contrariar excessivamente as idéias dela. Seu primeiro problema era consigo mesmo, porque confundida ou não, ele a desejava ferozmente.
Apesar de tudo, meditou, talvez deveria enviar um acompanhamento de guardas com o Dageus na manhã. Talvez o país não estava tão tranqüilo como parecia da grande altura da montanha do MacKeltar.
Negando com a cabeça, caminhou a grandes passos para a porta do penteadeira e deslizou o ferrolho de seu lado, pondo-a sob chave. Logo agarrou a chave de um compartimento no cabecero de sua cama, deixou sua câmara, e pôs sob chave o corredor também. Nada faria perigar suas bodas. Certamente não uma muchachita correndo barulhentamente e sem cuidado, dizendo tolices a respeito de que ele havia feito sua virgindade. Ela não iria a nenhuma parte da propriedade sem estar acompanhada de alguém, ele mesmo ou seu pai.
Dageus, por outra parte... ele não tinha intenção de permitir que estivesse dentro do lançamento de uma pedra perto dela.
Ele se voltou sobre seus talões e foi com passo impetuoso para o corredor.
Gwen se acomodou na cama e chorou. Chorou a muco tendido, realmente, com lágrimas quentes e um pouco do afogado ruído que lhe deixou um nariz congestionado e uma dor de cabeça séria.
Não era estranho, porque não tinha chorado desde que tinha nove anos de idade. Machucava chorar. Não tinha chorado sequer quando seu pai a tinha ameaçado, assegurando que se não retornava à Corporação Tritón e terminava sua investigação, nunca lhe falaria outra vez. Talvez algumas dessas lágrimas se filtravam agora.
Confrontar ao Drustan tinha sido mais horrível do que tinha suposto. Ele estava prometido. E salvando ao Dageus, salvaria à futura esposa do Drustan. Seu cérebro hiperactivo afanosamente conjurou imagens torturantes do Drustan na cama com a Anya Elliott. Sem importar que nem sequer soubesse qual era a aparência da Anya Elliott. Estava claro, pela forma em que estavam saindo as coisas, que Anya seria a antítese do Gwen: alta e magra e de pernas largas. E Drustan tocaria e beijaria à alta e pasilarga senhora MacKeltar da forma que havia meio doido e beijado ao Gwen nas pedras.
Gwen apertou seus olhos fechados e gemeu, mas as imagens horríveis eram mais vívidas no interior de suas pálpebras. Seus olhos abriram de repente outra vez. te concentre, disse-se a si mesmo. Não ganha nada te torturando, tem um problema maior em suas mãos.
Ele não tinha acreditado nela. Nenhuma palavra das que havia dito.
Como podia ser? Ela tinha feito o que ele tinha querido que fizesse, havia-lhe dito o que tinha acontecido. Tinha acreditado que ao lhe contar toda a história, faria-lhe ver a lógica inerente, mas começava a dar-se conta de que o Drustan do século dezesseis não era o mesmo homem que o Drustan do século vinte e um tinha pensado que era. A mochila poderia ter feito uma diferença?, perguntou-se.
Sim. Poderia lhe haver mostrado o telefone celular, com sua complicada maquinaria eletrônica. Podia-lhe ter mostrado a revista com a data e os artigos modernos, sua roupa estranha, o tecido impermeável de sua bolsa. Tinha borracha e artigos plásticos ali dentro; materiais que ainda uma pessoa medieval que não fora um gênio não teria podido descartar sem mais consideração.
Mas a última vez que ela tinha visto a maldita mochila, subia vertiginosamente na espuma quântica.
Onde supõe que acabou? , o cientista interrogou, com admiração inocente.
-OH, fica calado, não ficou aqui, e nada mais que isso realmente importa- resmungou Gwen em voz alta. Não estava com ânimos para pensar em teoria quântica no momento. Tinha problemas, toda classe de problemas.
As probabilidades de identificar ao inimigo sem sua ajuda não prometiam. A propriedade era enorme, e Silvan lhe havia dito que, incluindo os guardas, havia setecentos e cinqüenta homens, mulheres e meninos dentro das paredes, e outros mil colonos dispersos ao redor. Sem mencionar o povo próximo... poderia ser qualquer: um clã distante, uma mulher zangada, um vizinho vencedor. Ela tinha ainda a maior parte do mês, e tão recalcitrante como ele se mostrava, inclusive relutante a admitir que podia viajar através das pedras, certamente não podia esperar que ele a ajudasse com outra informação.
Piscando, despiu-se e engatinhou sob os lençóis. Amanhã seria outro dia. Eventualmente, convenceria-o em certa forma, e se não era assim, simplesmente teria que salvar ao clã MacKeltar por si mesmo.
E então o que fará?, demandou seu coração. Apanhar o ramalhete nas bodas? Esperar que te contrate como sua babá?
Grrr...
-Bem?- Silvan requereu, passeando-se no Grande Hall-. Afirma ainda que tomou sua virgindade?
Drustan se reclinou em sua cadeira. Bebeu de um gole os restos de seu uísque e rodou o copo entre sua Palmas. Tinha estado olhando fixamente o fogo, pensando em sua futura algema, tratando de guiar a sua mente longe da mulher fascinante na câmara contigüa à sua. Enquanto o licor se deslizava em seu ventre, suas preocupações se aliviaram um pouco e tinha começado a ver o humor escuro na situação.
-OH, sim. Ela tem uma razão pela que permaneço felizmente ignorante da greta em minha honra. Parece que me deitei com ela em meu futuro.
Silvan piscou.
-Poderia repeti-lo?
-Deitei-me com ela dentro de quinhentos anos a partir de agora- disse Drustan-. E logo a enviei de retorno a me salvar-. Ele não pôde refrear-se mais. Jogou para trás a cabeça e riu.
Silvan lhe olhou estranhamente.
-Como afirma ela que chegou a estar no futuro?
-Estava encantado- disse Drustan, os ombros tremendo de risada. Realmente tinha graça, agora que ele refletia sobre isso. Desde que não a tinha à vista, não se preocupava de que lhe pudesse fraquejar o controle de sua luxúria, e podia ver o humor mais facilmente.
Silvan acariciou seu queixo, seu olhar absorto.
-Assim que ela reclama que despertou e você a enviou aqui?
-Sim. Para me salvar de estar encantado em primeiro lugar. Também resmungou alguma tolice a respeito de que você e Dageus corriam perigo.
Silvan entrecerró seus olhos e esfregou seu dedo indicador na ruga entre suas sobrancelhas, uma coisa que fazia freqüentemente enquanto pensava profundamente.
-Drustan, deve manter uma mente aberta. Isso não inteiramente impossível a primeira vista- disse ele lentamente.
Drustan se desembriagó velozmente.
-Não no fundo, não o é- ele esteve de acordo-. Mas uma vez que te detenha nos detalhes, dará-te conta que ela é um pequena charlatana com pouco agarre à prudência.
-Admito que é inverossímil, mas...
-P, não vou repetir todas as tolices que ela disse, mas para te reconfortar, a história da moça está tão cheia de buracos que se fosse um navio, estaria beijando a cama arenosa do oceano.
Silvan franziu o cenho considerando-o.
-Não vejo como poderia prejudicar tomar precauções. Talvez deveria acontecer algum tempo com ela. Ver o que poderia averiguar a respeito dela.
-Sim- Drustan esteve de acordo-. Me ocorreu levá-la ao Balanoch na manhã, comprovar se alguém a reconhece e nos possa dizer onde se encontram seus parentes.
Silvan inclinou a cabeça.
-Observarei-a um pouco eu mesmo, estudarei-a procurando signos de loucura- lançou ao Drustan um olhar sério-. Vi a forma em que a olhava e sei que, apesar de suas dúvidas, a desejas. Se ela estiver como uma cabra como diz, então não permitirei que se tome vantagem disso. Deve se mantê-la separada de sua cama. Tem a sua futura algema em quem pensar.
-Sei- Drustan mordeu, tudo rastro de diversão desaparecida.
-Precisamos reconstruir a estirpe, Drustan.
-Sei- ele mordeu outra vez.
-Então sabe onde estão suas obrigações- disse Silvan brandamente-. Não em meio das coxas da moça.
-Sei- Drustan grunhiu.
-Por outra parte, se ela não estivesse como uma cabra...- Silvan começou, mas se deteve e suspirou quando Drustan saiu abruptamente do quarto.
Silvan se sentou em um silêncio pensativo depois de que seu filho se foi. Sua história estava perto de ser impossível para acreditar nela. Como devia um ver com bons olhos a alguém golpeando na porta, sustentando ter acontecido o tempo com um no futuro?
A mente que imediatamente rechaçou essa idéia foi também a mesma mente irritada que argüiu que era um conceito que ainda um Druida devia revisar. Com paciência, Silvan fazia uns poucos cálculos complicados, e a possibilidade existia. Era uma possibilidade minúscula, mas um bom Druida sabia que era perigoso ignorar qualquer possibilidade.
Se a história da garota fora certa, a seu filho teria importado tanto a moça para haver feito sua virgindade. Se a história da garota fora certa, então ela sabia que Drustan tinha mais poderes que a maioria dos homens mortais e lhe teria importado o suficiente para lhe dar sua virgindade e retornar a salvá-lo.
Ele se perguntou quanto sabia verdadeiramente Gwen Cassidy do Drustan. Falaria com o Nell e deixaria que ela mencionasse casualmente umas poucas coisas, e observasse a reação da moça. Nell era um bom juiz de caráter. Ele passaria o tempo com ela também, não para questioná-la, pois as palavras podiam converter-se em mentiras fáceis, a não ser para estudar o funcionamento de sua mente como estudava aos aprendizes. Entre os dois, discerniriam a verdade. Claramente Drustan não estava demonstrando uma resposta sensata para a moça.
Seu filho maior podia ser tão teimoso algumas vezes... depois de três compromissos matrimoniais fracassados, estava tão cegado por dúvidas a respeito de si mesmo, tão decidido firmemente a casar-se, que tinha poucos desejos de distrair-se com algo que pudesse ameaçar suas iminentes núpcias. Ele ia casar se, e a não atrasar-se durante o processo.
Embora Silvan sabia que precisavam reconstruir a linha Keltar, suspeitava que o matrimônio entre o Drustan e a moça Elliott suportaria toda uma vida de decepção, que indevidamente resultaria em sofrimento para os dois.
Uma pequena charlatana, essa Gwen Cassidy? Silvan não estava tão seguro a respeito disso.
Capítulo 16
Besseta Alexander andou a provas por cima do manto frente à chaminé com suas varas de disco, o horror enrolando-se como uma serpente venenosa no fossa de seu estômago. Sendo uma mulher profundamente supersticiosa, seus feitiços eram tão necessários para ela como o ar que respirava. Ultimamente tinha sido atraída pela leitura diária do futuro, frenética por descobrir que ameaça se movia sempre perto seu filho.
Quando Nevin e ela se mudaram perto do Castelo Keltar, tinha estado emocionada por retornar às Highlands. Nenhum terreno plano era para ela; lamentou-se por compridos anos para retornar aos penhascos brumosos, os lagos trêmulos e os páramos cheios de urze de sua juventude. As Highlands estavam perto dos céus, inclusive a lua e as estrelas pareciam com um tiro de pedra em cima das montanhas.
O primeiro posto do Nevin, sacerdote de um clã antigo e rico. Ali ele poderia experimentar uma vida de segurança e satisfação, sem risco de cair no tipo de batalhas nas quais tinha perdido a seus outros filhos, pois os MacKeltar tinham a segunda melhor tropa em toda Alvorada, só inferior a do Rei.
Sim, durante as primeiras duas semanas tinha estado eufórica. Mas então, pouco depois de sua chegada, tinha arrojado suas varas de disco e tinha visto uma nuvem escura no horizonte rodando inexoravelmente perto. Tentando de todas as formas que podia, tinha sido incapaz de persuadir a suas varas ou seus runas ou suas folhas de chá para que lhe dissessem mais.
Simplesmente uma escuridão. Uma escuridão que ameaçava a seu único filho restante.
E logo, a última vez que as tinha lido, a escuridão se estendeu por volta de um dos filhos do Silvan, mas tinha sido incapaz de determinar qual.
Algumas vezes sentia que a escuridão absorvente estava tratando de alcançá-la, tratando de arrastá-la nela. sentava-se por horas, agarrando firmemente seus runas antigas, riscando suas formas, balançando-se daqui para lá até que o pânico se aliviava. O medo vago tinha sido seu companheiro de toda a vida, inclusive sendo uma moça. Não se arriscaria a perder ao Nevin, não fora que essas sombras ganhassem substância e a despedaçassem com suas garras malvadas.
Suspirando, alisou seu cabelo com dedos trementes, logo lançou as varas na mesa. Se as tivesse arrojado com o Nevin na cabana, teria suportado outra conferência tediosa a respeito de Deus e Suas formas misteriosas.
Muito obrigado, moço, mas confio em minhas varas, não em seu Deus invisível que se rehúsa a me responder quando lhe pergunto por que tem a quatro de meus filhos e eu só um.
Estudando o desenho, a espiral em sua barriga se fez tirante. Suas varas tinham cansado no patrão idêntico que tinham formado na semana anterior. O perigo... mas ela não tinha forma de saber onde se alojava. Como devia impedi-lo se não sabia desde onde vinha? Não se atrevia a falhar com seu quinto e último filho. Sozinha, essa negrume faminta a atrairia, levaria-a a força em que certamente devia ser a inconsciência do inferno.
-me diga mais- ela implorou-. Não posso fazer nada até que saiba qual moço representa o perigo para meu filho.
Desesperando-se-se, recolheu-os, logo repentinamente trocou de idéia e fez algo que um bom adivinho raramente se arriscava a fazer, não fora que forças malignas, sempre harmonizadas para as temer e as respeitar, astutamente empregassem um desenho falso nos ramos. Ela as lançou outra vez, uma segunda vez, e deixou que descendessem rapidamente.
Felizmente, os destinos tinham tendência a ser amáveis e generosos, pois quando as varas estralaram na mesa, lhe foi concedida uma visão, uma coisa que tinha ocorrido só uma vez antes em sua vida. Gravada em sua imaginação, claramente viu o moço maior dos MacKeltar, Drustan -um Drustan carrancudo-, ouviu o som de uma mulher chorando, e viu seu filho, o sangue gotejando de seus lábios. Em alguma parte da visão, sentiu a uma quarta pessoa, mas não podia enfocar a face dessa pessoa.
depois de um momento, decidiu que a quarta pessoa não devia estar relacionada com o perigo do Nevin, já que não podia vê-la, ou sua presença incerta era a de um espectador inocente.
A mulher chorando devia ser a mulher que suas varas lhe haviam dito mataria a seu filho, a dama com a que Drustan MacKeltar se casaria. Apertou seus olhos, mas pôde vislumbrar só uma forma pequeñita e um cabelo dourado, não a mulher que sempre tinha visto antes.
A visão se desvaneceu, deixando-a sacudida e esgotada.
Devia pôr de algum jeito um alto às coisas antes de que Drustan MacKeltar se casasse.
Sabia, toda Alvorada sabia, que ele estava comprometido pela quarta vez, e Nevin permanecia enfurecedoramente calado a respeito dos ocupantes do Castelo Keltar. Ela não tinha idéia de quando as bodas se levaria a cabo, ou sequer quando chegaria a noiva.
Ultimamente, quanto mais farejava por notícias através de seu filho, mais recalcitrante ele se voltava. Escondia coisas dela, e isso a assustava. Quando tinham chegado, ele tinha falado livremente sobre o castelo e seus ocupantes; agora era estranho nele que mencionasse algo a respeito de seus dias no castelo exceto pelos detalhes tediosos concernentes a seu trabalho nas capelas.
A cabana Alexander se aninhava em um vale nos subúrbios do Balanoch, quase vinte estádios do castelo mesmo. Nevin, fiscalizando a renovação das duas capelas da propriedade, caminhava cada dia, mas uma viagem tão exaustiva estava além das articulações doloridas e as extremidades abotagadas da Besetta. Caminhar até o Balanoch, um estádio para o sul, era possível, e nos bom dia podia fazer cinco ou mais, mas vinte e de volta outra vez, era impossível.
Se não podia enrolar a seu filho para solicitar informação, se o clima a acompanhava, poderia caminhar até o povo.
Nevin era que tudo o que lhe tinha ficado, e nenhum MacKeltar, nem a igreja, nem ainda Deus se levaria a seu último filho.
-Aqui, cavalo, cavalo, cavalo- Gwen arrulhou.
A criatura em questão despiu seus lábios, mostrando uns dentes terrivelmente grandes, e ela precipitadamente replegó sua mão. Com as orelhas esmagadas e a cauda meneando-se, Gwen avaliou sua grande constituição.
Dez minutos atrás, a moço tinha tirado a luz dois cavalos do estábulo e os tinha amarrado amplamente a um poste perto da porta. Drustan se tinha levado o maior sem voltar o olhar para trás, deixando-a a sós com o outro. Havia flanco toda sua vontade caminhar lentamente até ele, e ali estava ela, perto da porta dos estábulos, cortejando à besta infernal.
Mortificada, olhou por cima de seu ombro, mas Drustan estava a várias jardas, conversando com o professor do estábulo. Ao menos não a observava ficar como tola. Ela era citadina, nascida e criada na cidade, Por Deus. Como devia supostamente saber o que fazer com umas mil libras de músculo, cabelo e dentes?
Fez um novo intento, esta vez sem adicionar sedução, meramente um murmúrio de voz doce, mas a criatura obstinada, despreocupadamente, levantou sua cauda e uma corrente quente vaiou na terra.
Precipitadamente arrebatando seu pé calçado com sandálias da linha de fogo, ela arqueou uma sobrancelha, as janelas de seu nariz ampliados. Isso quanto a pensar que esse dia ia ser melhor que a noite anterior.
Tinha começado prometedoramente. Uma meia dúzia de criadas tinham levado uma banheira cheia de vapor e ela agradecidamente tinha encharcado seu corpo ainda dolorido de fazer o amor. Logo Nell havia trazido o café da manhã e café a sua câmara. Dando-se asas pelo otimismo induzido pela cafeína depois de tragar a beberagem escura e deliciosa, vestiu-se e se passeou procurando o Drustan, continuando seus esforços de convencê-lo do perigo no que estava. Mas no momento em que tinha entrado em Grande Hall, Drustan lhe tinha informado que foram ao povo. Em cavalos.
Gwen lançou um olhar duvidoso à besta. Alguma vez tinha visto um cavalo em pessoa, e agora ela -supunha- confiaria sua pequena pessoa a essa criatura monstruosa, fornida e arrogante? Recordava ao Drustan na estatura e a conduta. E essa não era garantia para que o animal gostasse mais.
OH, o cavalo era belo, e ao princípio tinha admirado seus preciosos olhos e nariz sedoso, mas também tinha pezuñas afiadas, dente grandes, e uma cauda que ouch!
-Aqui, cavalo, cavalo, cavalo- resmungou, tentativamente estendendo sua mão outra vez. Conteve o fôlego quando o cavalo relinchou brandamente e empurrou o nariz para seus dedos. Mas no último instante a determinação do Gwen trastabilló e, visualizando enormes dentes brancos mordendo pulcramente seus dedos, retirou de um puxão sua mão, e o cavalo, evidentemente, retrocedeu e aplanou suas orelhas outra vez.
Swish!
detrás dela, Drustan observava tudo com assombro.
-Não viu um cavalo alguma vez antes, moça? Não respondem quando os chama "cavalo". Não têm idéia que são cavalos. É como passear no bosque, dizendo: "Aqui, javali, javali, javali. Eu gostaria de te assar para o jantar".
Lhe lançou um olhar alarmado e envergonhada por sobre seu ombro.
-É obvio que vi um cavalo antes-. Suas sobrancelhas se enrugaram, e adicionou timidamente-: Em um livro. E não seja tão arrogante comigo; deveria ter visto sua face quando viu um carro pela primeira vez.
-Um carro?
-Em minha época temos... carromatos que não necessitam que os cavalos os devorem.
Ele se mofou e descartou sua declaração completamente.
-Assim nunca montaste um cavalo- comentou secamente, lhe lançando para cima em sua cadeira de montar. Foi um movimento precioso, cheio de graça casual, confiança suprema e poder masculino elevado à enésima potência.
Irritou-a absolutamente.
-Acreditado.
Lhe lançou um sorriso preguiçoso.
-Embora não ouvi isso antes, não parece que me estivesse elogiando.
-Significa arrogante e presumido, ostentando assim sua habilidade.
-Alguém deve trabalhar com o que tem-. Seus olhos se atrasaram em seus lábios, logo se deixaram cair para seu seios, antes de que apartasse seu olhar.
-Vi isso. Não me olhe dessa maneira. Está prometido- disse ela rigidamente, resintiendo à querida Anya Elliott até a medula de seus ossos.
-Och, mas ainda não estou casado- ele resmungou, olhando-a debaixo de suas sobrancelhas.
-Essa é uma atitude desprezível.
Ele se encolheu de ombros.
-Assim somos os homens-. Não ia discutir com ela suas opiniões verdadeiras sobre esse assunto em particular. Essas opiniões eram uma das razões pelas que sua atração para ela o perturbasse tanto. Ele preferia ser casto ao menos umas poucas semanas antes de suas bodas, e uma vez casado, não se desviaria do rumo. Mas ela era uma tentação irresistível.
Mas ele era forte. Resistiria. Para prová-lo, sorriu-lhe.
O que estaria tramando agora?, Gwen se perguntou suspicazmente. Sabia que ele não tinha decidido acreditar nela; tinha-o ouvido sem querer falando com o Dageus antes de que a tivessem visto entrar em vestíbulo. Ele havia dito que a levaria a povo para comprovar se alguém a reconhecia.
-Posso caminhar- anunciou ela.
-É um caminho que se demora um dia em fazer- mentiu ele, e se encolheu de ombros outra vez-. Mas se tiver desejos de caminhar, então vinte estádios... -. Sem dizer mais, voltou suas arreios e lentamente ficou em marcha. Ela se arrastou detrás dele, resmungando.
Ja, ele pensava que não sabia o que era um estádio, mas ela sabia toda classe de medidas. Um estádio era apenas um oitavo de milha, o qual queria dizer que o povo estava aproximadamente a umas duas milhas e meia, e embora certamente não lhe levaria todo o dia, tinha que considerar sua predisposição para a inércia.
Ele se deteve e lhe lançou um olhar que dizia última oportunidade. Defendendo seus olhos do sol com a mão sobre sua frente, a moça o olhou com cenho franzido. De novo, ele levava esses trews de couro que embainhavam suas coxas poderosas, uma camisa de linho, suas bandas e suas botas de couro. Havia algo irresistível em um homem de bons músculos vestido de couro. Seu cabelo escuro se derramava sobre seus ombros, e enquanto ela o contemplava, deu a essa dolorosamente familiar sacudida leonina de sua juba, e os hormônios lhe troaram em resposta. recusou-se a pensar no que ela sabia jazia dentro do couro ajustado de seus trews. Sabia por experiência pessoal. Porque tinha envolto sua mão ao redor. Porque gostaria de envolver também seus lábios ali...
Remeteu sua franja detrás de sua orelha com um suspiro sombrio.
Quando ele aproximou suas arreios, ela se moveu errática e ligeiramente para trás.
Uma esquina dos lábios masculinos se levantou em um sorriso zombador.
-Assim há algumas costure às que teme, Gwen Cassidy.
Ela entrecerró seus olhos.
-Há uma diferença entre o medo e a falta de familiaridade. Algo que alguém faz pela primeira vez pode ser lhe atemorize. Não tenho experiência com cavalos, por conseguinte ainda não desenvolvi respostas corretas. Ainda é a palavra importante.
-Então vêem, OH, valente-. Ele estendeu sua mão-. É evidente que não poderá ir montado sobre seu cavalo. Se não cavalgar comigo, terá que caminhar. detrás de mim- adicionou ele, simplesmente para irritá-la.
Sua mão subiu rapidamente para a dele.
Com um bufido de diversão, ele sujeitou seus dedos ao redor de sua boneca e a elevou, deslizando-a habilmente na posição correta na cadeira de montar diante dele.
-Devagar- murmurou ele para suas arreios. Ou foi isso para ela? Não estava segura que qual delas estava mais nervosa.
Ele ajustou sua capa ligeira e rodeou sua cintura com seus braços. Gwen fechou seus olhos enquanto uma quebra de onda de desejo a alagava. Ele a tocava. Em todas partes. Seu assumo se apertava contra suas costas, seus braços ao redor dela para conduzir as rédeas, suas coxas pressionando contra os dela. Estava na glória. Quão único poderia fazer melhor esse dia seria para ele a recordasse, conhecesse-a e a olhasse na mesma forma que o tinha feito aquela ontem à noite juntos no círculo de pedras.
Era possível que a memória estivesse em algum lugar dentro dele e, se ela encontrasse só a palavra justa, recordaria? Em um nível celular, ele não teria que possuir o conhecimento? Possivelmente profundamente sepultado, esquecido e etéreo como um sonho brumoso?
Silenciosamente saboreou o contato, logo se deu conta de que nem ele nem o cavalo se moviam. Sua respiração era cálida, abanicando sua nuca. Necessitou de toda sua vontade para não voltar-se na cadeira de montar e plantar um beijo profundo e úmido nesses lábios que estavam a só uma volta sua cabeça de distância.
-Bem? Não avançamos ou algo pelo estilo?- perguntou ela. Se ficavam dessa maneira, tocando-se assim, ela não poderia ser responsabilizada por suas ações. Uma parte do cabelo sedoso do Drustan tinha cansado sobre seu ombro, e ela entrelaçou seus dedos para lhes impedir de levantar-se e acariciá-los. O que estava fazendo ele ali atrás? Não lhe serviria de nada começar a fantasiar a respeito dele. Esse Drustan era um mês menor que o dela e uma vida inteira de sentido comum menos. Levava-a ao Balanoch para saber se alguém podia reconhecê-la, o imbecil!
-Sim- disse ele roncamente. Suas coxas se esticaram e ele insistiu ao cavalo a mover-se.
Ao Gwen quase fraquejou a respiração quando o animal se moveu baixo ela. Era lhe atemorize. Era vertiginoso. Era alentador. Com suas crinas enrizándose na brisa, o cavalo fez grunhidos suaves ocasionais enquanto galopava sobre o campo esmeralda cheio de urzes.
Foi uma experiência incrível. Em sua imaginação, visualizou-se a si mesmo dobrada sobre as costas do cavalo, remontando-se através dos prados e as colinas. Sempre tinha querido aprender a montar, mas seus pais tinham ditado seu extenuante curriculum educativo, e não tinha permitido atividades extracurriculares. Os Cassidys eram pensadores, não pessoas ativas.
Havia uma forma mais em que poderia distanciar-se deles, decidiu Gwen. Poderia converter-se em uma pessoa ativa, e pensar o menos possível.
-Eu gostaria de aprender a cavalgar- lhe informou sobre seu ombro. ia estar ali um tempo, depois de tudo, e certamente não poderia ser prejudicial adquirir algumas habilidades medievais. Não poderia suportar estar sem a liberdade de um transporte. Em seu século, quando seu carro estava em reparações, ela se sentia apanhada. Suspeitava que seria sábio ganhar toda a independência que pudesse. O que ocorreria se ele alguma vez acreditava nela? Se se casasse com sua garota bonita e tola e se recusasse a retorná-la a seu tempo? O pânico a alagou ante esse pensamento. Ela definitivamente necessitava algumas habilidades básicas.
-Talvez o professor do estábulo te pode acomodar dentro de seu horário- disse ele contra sua orelha-. Mas ouvi dizer que ele faz a seus aprendizes palear os sedimentos fora dos estábulos.
Ela tremeu. Tinham-na roçado seus lábios deliberadamente, ou o modo de andar do cavalo o tinha feito roçá-la sem querer?
-Possivelmente Dageus me poderia ensinar- ela rebateu.
-Não acredito que Dageus te vá ensinar uma condenada costure- disse ele com uma voz perigosa, e essa vez seus lábios roçaram sua orelha-. E te ordeno que mantenha seus lábios longe de meu irmão, não seja que deva te confinar em suas câmaras.
Que jogo estava ele jogando? Havia brilhos de ciúmes em seu grosso e profundo acento, ou só era o que ela desejava ouvir?
-Além disso, enquanto tema ao cavalo, ele o pode sentir e não poderá responder adequadamente. Deve respeitá-los, não temê-los. Os cavalos são criaturas sensitivas, inteligentes e cheias de espírito.
-Como eu, né?- disse ela descaradamente.
Ele fez um som de risada estrangulada.
-Não. Os cavalos obedecem as ordens. Duvido que você alguma vez o faça. E certamente tem uma opinião elevada de ti mesma, verdade?
-Não mais que você.
-Vejo espírito em ti, moça, mas não o demonstra, e sempre que continuar me mentindo, o respeito nunca será parte de nosso trato. por que não diz a verdade?
-Porque já o fiz- espetou ela-. E se não crie em mim, então por que não me envia de novo através das pedras?- sugeriu Gwen, inspirada por um pensamento repentino. Se ele a levasse simplesmente a uma excursão de um dia do futuro, lhe poderia mostrar seu mundo, seus carros, o lugar onde ela o tinha encontrado. por que não tinha pensado nisso a noite anterior?
-Não- disse ele instantaneamente-. As pedras nunca podem servir para razões pessoais. Está proibido.
-Ja! Acaba de admitir que as pode usar- ela saltou ao ataque.
Drustan grunhiu perto de sua orelha.
-Além disso, por que outras razões as usaria? Em alguma missão secreta?- mofou-se ela-. E não eram razões pessoais; devia salvar a seu clã- adicionou-. Penso que isso é o suficientemente importante para merecer as usar.
-Basta, moça. Não manterei este debate.
-Mas...
-Basta. Não mais peros. E deixa de te retorcer.
Montaram o resto de caminho até o povo em silêncio.
Balanoch, embora a chamassem "povo", era na verdade uma cidade próspera. Drustan acreditava que era a urbe mais próspera e tranqüila que nunca tinha existido, e os que residiam no Balanoch calavam a respeito dela quando viajavam, para preservar a serenidade de seu lar Highland.
Os druidas Keltar continuavam uma vigília meticulosa sobre o Balanoch, realizando os rituais antigos para assegurar a fertilidade do clã e os cultivos. Também tinham colocado formações estratégicas, conhecidas como wards, ao redor dos campos, para dissuadir aos viajantes curiosos de aventurar-se muito longe sobre a montanha.
Era sua cidade; sempre a sustentavam e protegiam.
Sim, pensou ele, seu olhar roçando os tetos de palha, é um povo precioso. Séculos atrás, centenares de pessoas se assentaram no rico vale protegido pelos Keltar. Ao passar os séculos, os centenares se converteram em milhares. O suficientemente longínqua para que tivesse poucas visitas, mas não tão longe do mar para comercializar, Balanoch alojava quatro Iglesias, dois moinhos, cereros, curtidores, tecedores, alfaiates, oleiros, ferreiros, um armeiro, sapateiros e diversos artesãos.
Acudiriam primeiro ao estabelecimento do ourives, assim Drustan poderia inspecionar o intrincado trabalho de laminillas de ouro com o qual o talentoso artesão embelezava um dos entesourados tomos do Silvan.
Enquanto entravam nos extramuros do povo, Drustan observou ao Gwen tão desapasionadamente como era possível, o qual era difícil com ela em ângulo reto entre suas coxas. Tinha temido colocá-la em seu cavalo, mas simplesmente não tinha havido outra alternativa. Estava claro que a moça nunca se sentou em um cavalo antes.
Disciplinando seus luxuriosos pensamentos, ele a estudou. Ela estirou o pescoço em todas direções, bebendo as cenas.
Cavalgaram até depois dos postos da curtume e o açougue, cujas lojas estavam no perímetro da cidade, onde o aroma do esterco que estava acostumado a suavizar os couros podia dissipar-se mais facilmente e as chorreaduras de carne dos animais recém mortos podiam ser com toda segurança drenadas. Em advindas mais dentro estavam os fornos abrasadores dos ferreiros, colocados longe dos comerciantes mais serenos, assim o estrépito de metal contra metal não interferiam com os negócios mais tranqüilos.
As casas e as lojas, construídos de pedra com tetos de palha e tipa, tinham persianas nos frontes, abertas para a rua. A via principal alojava aos cereros, os fabricantes de panos, tecedores, sapateiros e coisas semelhantes. Os portinhas sobressalentes, abertos horizontalmente, estavam levantados e sustentados para cima com paus para formar um toldo, enquanto as persianas mais baixas se moviam para baixo, e as mercadorias estavam colocadas em cima em desdobramentos tentadores. O povo tinha sua próprio câmara de vereadores que implementava estritamente o código estabelecido pelos Keltar, por meio do qual regulavam o comércio, o saneamento e outras matérias de artesanato.
Ela parecia tão curiosa como se não tivesse visto essa cidade antes, pensou Drustan, enquanto a moça tratava de olhar com atenção aos quatro ventos simultaneamente. No momento em que tinham entrado em povo, tinha começado a lançar perguntas. Os ferreiros, martelando aço quente ao vermelho, fazendo voar as faíscas, fascinaram-na. Olhou estupidamente a um aprendiz jovem fazendo arame, tirando o metal ardente através de um oco de molde com tenazes.
O açougueiro quase a fez chatear, e negou sua oferta de uma tira de carne de veado com sal. Enquanto passavam ao curtidor, viu vapor levantando-se de várias tinas pouco fundas e lhe ordenou fazer uma pausa, assim podia observar barbear uma pele com uma faca curtidora de duas asas.
Os olhos do Drustan se estreitaram. Ela era a atriz mais convincente que alguma vez tinha encontrado. Sua loucura parecia uma coisa esporádica, manifestando-se infrecuentemente, embora de maneira espetacular. Sempre que não falasse de ser do futuro ou fazer reclamações descabeladas a respeito dele, parecia somente pouco comum, não louca.
Quando ela se reclinou e pressionou uma mão contra sua coxa coberta de couro, cada músculo em seu corpo se contraiu e sua perna ficou rígida sob sua palma. Ele fechou seus olhos, dizendo-se a si mesmo que era somente uma mão, um apêndice, absolutamente nada para fazê-lo excitar insensatamente, mas a luxúria tinha estado trovejando através de suas veias desde que a tinha colocado no cavalo. O calor de seu corpo pequeno, generosamente curvado, entre suas coxas, tinha-o mantido em uma condição permanente de excitação. Quando ela estava perto, sua mente se debilitava, seu corpo se endurecia, e se voltava inútil para tudo exceto uma coisa.
Os jogos de cama.
Gostaria de envolver seus punhos no tecido de seu traje e rasgá-lo até abaixo pelo fronte, despindo todas essas curvas rosadas para seu prazer. Ela o fazia sentir-se tão primitivo como seus antepassados, que haviam feito mulheres tão barbáricamente e sem desculpas como tinham conquistado reino. Por um momento breve, sentiu-se alagado com a idéia estranha de que ele tinha direito a levá-la a sua cama.
Teria apostado que ela não protestaria muito tampouco, pensou oscuramente. Absolutamente.
-Fez ele seus... er, trews?-. Ela gesticulou para o curtidor.
-Sim- disse ele grosseiramente, apartando à força sua mão.
-me perdoe por tocar a seu glorioso personagem- disse ela rigidamente-. Só por curiosidade, perguntava-me se seus trews eram tão suaves como se vêem.
Ele se mordeu os lábios para impedir um sorriso. Glorioso personagem, certamente. De onde vinha ela com suas palavras? Meus trews podem ser suaves, moça, ele pensou, mas o que está debaixo deles não o é. Se sua mão tivesse avançado um pouco mais alto, ela teria comprovado isso por si mesmo.
-Posso ter um par?
-De trews de couro?- disse ele indignado.
Ela volteou sua cabeça para olhá-lo, e pôs seus lábios a uma respiração de distância dos dele. O coração do Drustan palpitou erraticamente e ele ficou imóvel, assim não faria algo abyectamente estúpido, como saborear esses deliciosos lábios mentirosos.
-vêem-se cômodos, Drustan- disse ela-. Não sou capaz de trazer postos vestidos.
O olhar do homem parecia pega em seus lábios, e logo que tinha ouvido sua resposta. Os lábios de uma bruxa tão única teriam que ser ardentes e suculentos, úmidos e indiscutivelmente hábeis para beijar. Os retos dentes brancos ligeiramente divididos revelavam a ponta de uma língua rosada. Por um momento, ele observou seus lábios movendo-se, mas não podia ouvir uma palavra do que ela dizia. Necessitou uma sacudida cruel de sua cabeça para fazer que a voz da garota tivesse sentido.
-Sempre quis ter um par, mas em minha casa meus pais -ja- me teriam matado se alguma vez houvesse trazido postos um par de calças de couro negros.
-Deveriam, se sua filha vestisse uns trews.- se ele vislumbrasse seu generosamente arredondado traseiro coberto em uma calça estreita negro com a cunha ajustada do couro, simplesmente poderia esquecer quem era ele e que se casaria dentro de pouco.
-Por favor? Simplesmente um par. Ai, vamos. Que dano pode fazer?
Ele piscou. Pela primeira vez desde que a tinha encontrado, soava como uma mulher normal, mas não mendigava um vestido bonito: a contraditória garota queria um adorno de homens.
-Onde está seu sentido de aventura?- ela pressionou.
Enfocado em seus lábios, ele pensou irritado, junto com todos meus outros malditos sentidos.
sua imagem vestida com uma estreita calça de couro negro e nada mais, seu cabelo dourado caindo em desordem selvagem sobre seu generosos seios nus, fez aparição em sua mente.
-Absolutamente não- ele grunhiu, fincando as esporas em seu cavalo e saudando com a cabeça ao curtidor-. E não te volte a me olhar.
-Oooh. Agora inclusive não tenho permissão para te olhar?- bufou ela e permaneceu desgostada até o posto do ourives, mas ele advertiu que não reprimiu sua curiosidade. Não, simplesmente ela atiçou esse lábio inferior delicioso seu para fora, fazendo-o trocar de posição, com inquietação, na cadeira de montar.
Quando a fim de contas chegaram ao do ourives, ele saltou do cavalo, desesperado por pôr distância entre eles. Estava a ponto de bater na porta quando ela se esclareceu voz imperiosamente.
Ele lançou o olhar cautelosamente para trás.
-Não vais tirar me desta coisa?- disse ela docemente.
Muito docemente, ele se precaveu. Ela estava tramando algo. Era uma visão, vestida em uma das capas de sua mãe de pálida cor malva, seu cabelo de ouro trêmulo derramando-se de seus ombros, seus olhos brilhantes.
-Salta- disse ele rigidamente.
Ela entrecerró seus olhos.
-Você não tiveste muitas noivas, verdade? te aproxime e me ajude. Esta besta é mais alta que eu. Poderia me romper um tornozelo. E logo você ficaria entupido me levando daqui para lá Por Deus só sabe quanto tempo.
Noivas? Ele ponderou a palavra por um momento, rompeu-a em partes e a analisou. Ah, ela quereria dizer liaisons, amantes. Suspirando, calculou as probabilidades de que a jovem pudesse permanecer montada e quieta e lhe dar alguma paz, mas logo recordou seu propósito para levá-la ali. Desejava que os aldeãos a vissem, com a esperança de que alguém a reconhecesse. Estava seguro de que ela devia haver-se detido no povo antes de caminhar a seu castelo. Quanto mais logo alguém a reconhecesse, mais logo ele poderia pôr fim a sua presença em seu torreão.
ia ter que baixá-la do cavalo, por pequeñita que fora, porque certamente se machucaria saltando, e então haveria um inferno que pagar com o Silvan.
-Você a fez saltar do cavalo?- Silvan exclamaria.
-Tive que fazê-lo. Tinha medo de que se a tocava, não poderia deixar de fazê-lo.
Sim, isso teria êxito. Sua p riria grosseiramente. Ele o diria ao Dageus e ririam até estalar. Nunca viveria em paz depois disso. Drustan MacKeltar, assustado de tocar a uma garota pequeñita que logo que alcançava suas costelas. Rezava porque sua futura algema provocasse sentimentos similares de desejo nele.
-Vêem- a contra gosto levantou suas mãos.
Ela se animou instantaneamente, deslizou-se fora do cavalo, e saltou a seus braços. Golpeou-o com o suficiente impacto como para que sua respiração abandonasse seus pulmões em um whoosh suave de ar e o obrigou a envolver seus braços ao redor dela para não deixá-la cair.
O cabelo da jovem se derramou no rosto do Drustan, e cheirava como o sabão perfumado de urze que Nell fazia nas cozinhas. Seu seios eram montículos suaves, esmagados contra seu próprio assumo, e suas pernas pareciam... não, não pareciam, estavam envoltas ao redor dele.
Não era estranho que Dageus não tivesse resistido. Era assombroso que seu irmão não houvesse follado à moça no ato.
Os músculos em seus braços desafiaram a ordem de seu cérebro de soltá-la. Perversamente, fecharam-se hermeticamente ao redor dela.
-Drustan?-. Sua voz era suave, doce sua respiração, seu corpo feminino e ágil contra o dele.
Era inútil, ele pensou oscuramente. Trocou-a de posição abruptamente a fim de que seus lábios fossem acessíveis e fizessem o que tinha desejado fazer do momento em que tinha posto os olhos nela. Beijou-a. Sem piedade. Em sua mente, ele apagava o beijo do Dageus de seus lábios, apagando a piçarra até deixá-la poda, imprimindo-se a si mesmo e só a si mesmo nela.
No momento que seus lábios se encontraram, uma energia frenética resmungou ao longo e largo de seu corpo, com sabores que ele nunca tinha sentido em sua vida.
E ela o beijou a sua vez grosseiramente. Suas mãos pequeñitas se afundaram em seu cabelo, suas unhas esfregando seu couro cabeludo. Suas pernas estavam apertadas desvergonzadamente ao redor de sua cintura, captando a dureza dele comodamente contra seu calor de mulher. o dela era o beijo mais quente e mais carnal da natureza, nada que ele alguma vez tinha recebido.
Ele respondeu como um homem morto de fome pelo contato de uma mulher. Cavou suas mãos sob seu traseiro delicioso, deslizando o tecido de sua saia fora de suas pernas. Beijou-a e a beijou e a beijou, sujeitando sua cabeça firmemente entre suas mãos, mordendo e sugando e saboreando sua boca quente, mentirosa, perguntando-se como podia ser tão doce. Não deveria saber uma língua mentirosa amarga? Não como mel e canela.
Uma imagem, surpreendente em sua claridade e sua estranheza, passou como um relâmpago por sua mente: essa mulher, vestida estranhamente com a metade dos objetos de vestir: uma chemisse e uns trews quebrados observando-o em um espelho prateado enquanto ele lutava com um par descolorido e sujo de trews azuis.
Ele nunca tinha usado trews assim em sua vida.
Mas sua luxúria por ela se triplicou ante a aparição dessa imagem. Mergulhando sua língua em sua boca, ele pressionou a parte inferior de seu corpo contra ela e a devorou mais apertadamente contra sua dura ereção. Sua prudência estava drogada pelo perfume dela, o sabor dela, o calor cru da sensualidade dela.
-Milord?- disse uma voz débil e alarmada detrás dele.
A irritação titilou através de suas veias, porque alguém se atrevia a interromper. Pelo Amergin, era sua eleição se decidia enforcar-se a si mesmo! Esta mulher se colocou em seu castelo, em seus braços. Ele não estava casado ainda!
Ali estava de novo o som de uma garganta esclarecendo-se, logo uma risada delicada.
Ele fechou seus olhos, jogou mão de sua disciplina Druida para rechaçá-la com força, mas a pequena bruxa chupou seu lábio inferior enquanto se separava, causando que seu desejo aumentasse febrilmente. As bochechas da moça estavam ruborizadas, seus lábios deliciosamente inflamados.
E ele estava duro como uma pedra.
Profundamente indignado consigo mesmo, ele empastelou um sorriso em sua face, ajustou seu sporran ao redor de sua cintura, e começou a saudar o homem que o tinha salvado de lhe fazer o amor à moça na rua sem lhe dedicar um só pensamento a sua prometida.
-Tomadas- ele saudou o velho ourives de cabelo cinza. Devorou da mão ao Gwen para frente e a empurrou sob o nariz do ferreiro, esperando qualquer piscada de reconhecimento. Não houve nenhum.
O ferreiro simplesmente resplandeceu, seu olhar passando velozmente entre os dois.
-Silvan deve estar encantado, muito contente- exclamou ele-. esteve desejando netos e finalmente vai obter suas bodas. Vi que vocês estavam fora da janela e simplesmente tive que vir a me apresentar por mim mesmo. Bem-vinda, milady!
Enquanto Toma voltava um olhar beatífica ao Gwen, Drustan se precaveu de que o ferreiro estava caso equivocadamente que Gwen era sua última prometida.
Drustan apertou os dentes antes de deixar escapar o que tinha estado a ponto de dizer para desenganar o da idéia. Quão último precisava era mais rumores circulando no povo que casualmente Anya poderia ouvir um dia. Possivelmente Toma simplesmente esqueceria o que tinha visto ou, depois de ver a verdadeira noiva, sabiamente se guardaria sua opinião. Quanto menos dissesse a respeito disso, melhor.
-Juro-o, em toda minha vida vi ao Drustan MacKeltar escoltar a uma moça ao redor do povo. E por certo nunca tinha beijado a uma garota na rua à vista de todo o mundo. Och, mas onde estão minhas maneiras? Confundidos por ver o laird apaixonado, seguro- disse ele, inclinando-se precipitadamente de um modo respeitoso-. Ofereço-lhes a bem-vinda outra vez, e se o desejam podem vir dentro.
Gwen lançou ao Drustan um olhar travesso e quente que o fez arder, antes de seguir a Tomadas na loja.
Ele permaneceu fora alguns momentos, tomando-se mais tempo do necessário para amarrar seu cavalo, respirando profundamente do ar rangente e fresco. Apaixonado, meu traseiro, ele pensou oscuramente. Estou enfeitiçado.
Capítulo 17
Gwen estava eufórica. Ele a tinha beijado. Beijado da mesma maneira em que a tinha beijado em seu século, e tinha vislumbrado a seu Drustan em seus olhos. E o ferreiro tinha pensado que pareciam estar apaixonados!
Havia esperança, depois de tudo. Em seu século, ele tinha afirmado que não beijaria a uma mulher se estivesse prometido ou casado. Bem, pensou alegremente, ele tinha quebrado essa regra. Possivelmente se ela cavava o suficientemente profundo e lhe recordava coisas que tivessem feito em seu tempo, ele em certa forma o recordaria tudo. Salvaria-o e ele romperia seu compromisso e se casaria com ela, pensou entre sonhos.
Resistindo ao desejo a abanar-se, percorreu o olhar a choça de Tomadas. Drustan estava fora atando ao cavalo, mas sabia que essa não era a única razão pela que ele tivesse permanecido fora. O homem tinha respondido da mesma maneira que o tinha feito em seu século, e sabia que Drustan era um homem de intensa paixão. Não gostava de deter-se uma vez que começava.
Gwen esperava que estivesse malditamente incômodo nesses trews de couro ajustado que pareciam tão cômodos e que se recusou a comprar para ela.
Era possível que o deleite distorcesse sua impressão da diminuta cabana do século dezesseis, mas ela a encontrou preciosa. Era acolhedora e quente, cheia de um ligeiro perfume floral, provavelmente de toda exposição de ervas penduradas cabeça abaixo nas janelas, decidiu. Um conjunto imponente e deslumbrante de deliciosos trabalhos de prata, pratos e taças, paternósteres de ouro belamente rotulados e tableaux religiosos, estavam pulverizados por todos lados em mesas e prateleiras. Um manuscrito iluminado estava aberto sobre uma mesa larga e estreita, rodeado por meia dúzia da Candelas de cera acomodadas a uma distância cuidadosa. Não havia globos de azeite no quarto, só Candelas, e quando perguntou, Tomadas esclareceu que o azeite produzia um resíduo de fumaça quando se queimava que era mais daninho para seus escritos e trabalhos de ouro que as Candelas finas que ele comprava. Certamente, o ourives queimava só certos tipos de madeira em sua chaminé, para minimizar a fuligem. Seu ofício era tão detalhado e tão amoroso para o laird MacKeltar, tinha explicado, que Silvan mesmo tinha pago para que tivesse as custosas janelas de vidro instaladas a fim de que pudesse trabalhar à luz do dia mais brilhante.
-Este é para o Silvan- disse-lhe ele, chamando-a por gestos para ver o tomo, ansioso por expor seu ofício.
-É precioso- exclamou ela, levantando a coberta gravada em relevo com o cuidado devoto de um camundongo de biblioteca. As páginas se viam antigas e estavam escritas em outra linguagem ininteligível, com todo luxo de símbolos que dançavam além de sua compreensão. Borde-os tinham sido cuidadosamente dourados com um delicado trabalho de nós celtas. Gwen olhou com atenção a Tomadas.
-Do que se trata este... er, tomo?
Tomadas se encolheu de ombros.
-Verdadeiramente, não tenho idéia. Os tomos do Silvan estão freqüentemente em idiomas incomuns.
Justo então, Drustan entrou como uma tromba na casa de campo com uma baforada de ar quente e perfumado de urzes e fechou a porta com um golpe forte.
-acabaste com isso?- disse ele abruptamente, ansioso por seguir até a conseguinte pausa para poder achar a alguém que a reconhecesse.
Tomadas negou com a cabeça.
-Não. Tomará alguns dias mais. Mas aqui está o outro volume que Silvan queria. Não penso dizer que me leva perto de um ano ter em minhas mãos uma cópia legível.
Quando ele ofereceu o volume magro ao Drustan, Gwen reagiu instintivamente e o arrancou de sua mão.
-OH, Deus Santo- ela suspirou, cravando os olhos nele.
Sustentava uma cópia da visão geocêntrica do Claudio Ptolomeo do universo, o qual declarava que os planetas e o sol orbitavam ao redor da Terra, e que não seria decisivamente sustentado em forma publicada até 1543, com Sobre a Revolução dos Círculos Divinos do Copérnico. Seus olhos se ampliaram e sua boca se abriu involuntariamente. Era tudo o que ela podia fazer para não acariciar a cópia de século dezesseis.
-Eu tomarei isso- respondeu bruscamente Drustan, tomando o de suas mãos.
Ela piscou, muito assombrada para protestar. Havia sustenido uma edição do século dezesseis do trabalho do Ptolomeo em suas mãos, tocando sua pele.
-Virei de visita em umas duas semanas pelo outro tomo- disse Drustan a Tomadas-. Vêem- disse ao Gwen.
Despedindo-se de Tomadas, Gwen considerou cuidadosamente o significado desse volume. O cosmólogo de século dezesseis Drustan MacKeltar? Demônios, pensou, recordando os lembre musicais do universo. Ela tinha feito um intento tão duro para lhe voltar as costas à Física, mas quando seu coração finalmente se decidia a ficar comprometido, era com um homem que estudava planetas e matemática.
Ele ia realmente a ter que começar a confiar nela. Tinham muito para falar... se ele só confiasse nela.
Gwen suspirou enquanto entravam em Grande Hall. Tinha dado a bem-vinda ao dia com otimismo, somente para acabá-lo em uma derrota. Tinha obtido não muito mais que a noite anterior, e finalmente se deu conta de que embora ele era cortês, encontrava sua história divertida, nada mais. Três vezes tinha feito referência à "debilidade de julgamento" da garota. Pensava que estava assobiada, precaveu-se tristemente. E Gwen começava a ver que quanto mais falava do futuro, mais louca pensaria que estava.
Incansavelmente, ele a tinha miserável das lojas dos comerciantes até o estábulo, assegurando-se de que todo mundo no povo a visse, levando-a nas costas até que ela sofreu sobrecarga medieval. Nem sequer uma vez a havia meio doido enquanto o fazia: apenas a tinha cuidadoso.
Tinha sido uma excursão estimulante e fascinante no passado, com perfumes e cenas que a tinham deixado boquiaberta em mais de uma ocasião. Mas nem sequer em uma ocasião lhe tinha permitido guiar a conversação para o assunto mais importante: que ele seria seqüestrado e seu clã destruído em aproximadamente um mês.
Cada vez que ela o tinha levado a colação, ele a tinha empurrado dentro de outro barraco ou se afastou na multidão para saudar alguém.
No passeio de volta ao castelo tinha estado tão tenso detrás dela, que finalmente a moça se inclinou para frente tão longe como podia sobre a crina cor negra. rendeu-se e simplesmente tinha celebrado a beleza do pôr-do-sol à medida que tinha tingido os campos de urzes de violeta profundo. Tinha vislumbrado a uma Marta travessa saindo rapidamente do prado, fazendo uma pausa sobre suas pequenas patas peludas, seu nariz interrogando a brisa. Um luminoso mocho nevado tinha ululado brandamente nos ramos do bosque mais à frente. O zumbido contínuo das rãs e os grilos tinha cheio o ar de canções.
A noite plena tinha cansado no momento que entraram nas porteiras abertas do castelo.
-Não fecha alguma vez as porteiras?-. Ela tinha perguntado, franzindo o cenho. A barbacana, construída de pedras maciças, luzia um restelo formidável que parecia não ter sido movido para baixo em um século. A porteira mesma estava modelada de madeira de três pés de grosso e meio-fio com aço.
E permanecia totalmente aberta.
Nem um guarda se sentava na barbacana.
Ele se tinha rido, o epítome do varão arrogante.
-Não- tinha respondido facilmente-. Não só a casa Keltar tem a tropa maior depois da do rei, mas também houve paz nestas montanhas durante anos.
-Pois bem, deveria- ela havia dito, inquieta-. Simplesmente qualquer poderia entrar.
-Justamente qualquer pode- ele tinha respondido com um olhar afiado-. A única coisa dentro de minha propriedade que me ameaça atualmente descansa escarranchado sobre meu cavalo.
-Não te ameaço- disse ela, recolhendo o fio da conversação onde a tinham deixado uns poucos momentos atrás-. por que não pode considerar simplesmente o que te hei dito? Você viu por ti mesmo que ninguém me reconheceu no Balanoch. Pelo bem do Céu, se parecer uma mofeta e cheira como uma mofeta, então provavelmente é uma mofeta- disse ela, exasperada.
Drustan desencapou sua espada, sustentou-a junto à porta, e a percorreu com o olhar com uma expressão perplexa.
-Uma mofeta?
-Um mamífero, da família das doninhas, bastante fedorento, embora provavelmente não foi a melhor metáfora-. Ela se encolheu de ombros-. O que quis dizer é que seja lógico. Se simplesmente ouvisse e fizesse as perguntas corretas, encontraria com que minha história tem sentido.
Ele não disse nada, e ela elevou outro suspiro.
-Dou-me por vencida. Não me importa se crie em mim, se somente me prometer duas coisas.
-Minha mão no matrimônio é já dada, moça.
Gwen entrecerró seus olhos e suspirou.
-Não deixe que Dageus vá ao do Elliott.
-É muito tarde. Saiu este amanhecer pouco depois de que nós o fizéssemos.
Os olhos Gwen se abriram como pratos.
-Deve ir atrás dele- gritou.
-Não te assuste, moça. Enviei um complemento de guardas com ele...
-Mas o que se isso não for suficiente? Não sei que tão grande foi a batalha!
-Ele monta com mais de duzentos dos melhores combatentes de Alvorada. Nenhuma batalha corriqueira entre clãs terá esses números. Uma disputa entre clãs é usualmente pouco mais que uma rixa entre dois irmãos zangados ou seus parentes.
Gwen o observou.
-Está seguro que não poderia ser uma batalha maior?-. depois de tudo, ele conhecia seu século. Em certa forma, ela tinha elaborado a idéia de que as batalhas medievais eram tão grandiosas como tinha visto no Braveheart.
-Os Campbell e os Montgomery freqüentemente estão em discórdia, e nunca enviaram seus exércitos completos o um contra o outro. Ainda se o fizessem, nem mais de duzentos no lado dos Montgomery os fariam ganhar. Meus homens estão bem treinados.
Gwen se mordeu o lábio inquieta. Possivelmente isso era tudo o que se precisava fazer para manter ao Dageus a salvo. Já as coisas tinham trocado. Inicialmente, segundo o que lhe havia dito Drustan em seu século, Dageus tinha ido só com uma dúzia de guardas.
-Além disso, acautelei ao capitão que de maneira nenhuma Dageus devia envolver-se em alguma batalha. Robert amarraria fortemente ao Dageus a seu cavalo e escaparia da batalha antes de desafiar minhas ordens-. Ele suspirou antes de acrescentar-: Também disse ao Dageus o que você afirmou, antes de que ele partisse. Procederá com cuidado. Não- disse ele, quando ela o olhou esperançosamente-, não porque cria em ti, mas sim porque não tomarei riscos, por muito remotos que sejam, com a vida de meu irmão. Já veremos se a batalha que afirmou aconteceria, verdadeiramente chega a passar.
-por que não pensei nisso?- exclamou ela-. Acreditará em mim então? Se acontecer?
A expressão do homem se voltou hermética.
-Vá a suas câmaras, moça. Direi ao Nell que mande subir uma banheira e comida.
-OH, frescuras, Drustan. Realmente não crie que poderia fazer que dois clãs fossem à guerra um contra o outro somente para demonstrar meu ponto, verdade? Isso é ridículo.
Seu olhar a percorreu do cabelo até as sapatilhas e para trás outra vez.
-Quando te contemplo, moça, não sei no que acredito e, no momento, estou condenadamente cansado de te olhar.
-Calculo que isso quer dizer que não obterei um beijo de boa noite, né?- disse ela, escondendo seus sentimentos feridos detrás de uma pequena careta provocadora.
Ele se congelou, seu olhar fixo em seus lábios. Logo se sacudiu a si mesmo e franziu o sobrecenho.
-Sou um homem prometido, moça- disse ele rigidamente.
-me recorde que lhe mencione isso a próxima vez que me beije como o fez hoje- disse ela com mordacidade-. Simplesmente não pode andar de um sítio para outro beijando um minuto e te ocultando detrás de uma prometida ao seguinte. Como disse: não está casado ainda.
-E lembrança que você não se preocupou por isso tampouco.
-troquei que idéia.
-E te beijei só porque te lançou sobre mim.
-OH, com muita dificuldade. Beijou-me porque quis- disse ela serenamente-. Posso não entender muito a respeito das emoções, e pode que seja nova para o sexo, mas uma coisa sei, e é que você quer me beijar.
Ela girou sobre si mesmo e subiu correndo as escadas.
Drustan, com a boca repentinamente seca, observou-a partir. Fechou seus olhos e aspirou profundamente. Ela estava no correto. Desejava fazê-lo. Uma e outra e outra vez. Até que ela se derretesse contra ele e lhe rogasse que tomasse. Nova para o sexo? lhe gostaria de lhe ensinar a ela algo e tudo.
E, além disso, não acreditava que alguma vez poderia aborrecer-se de olhar ao Gwen Cassidy.
Capítulo 18
Ela ia seduzir o.
Essa era a solução.
Quando a tinha beijado no dia anterior, ela tinha vislumbrado um pedacinho diminuto de seu Drustan em seus olhos. Simplesmente ia ter que beijá-lo até que recuperasse seus sentidos. Possivelmente, com cada carícia, ele resgataria um fragmento escuro de cor.
lhe gostava dessa idéia.
E sua prometida?, sua consciência murmurou.
No amor e a guerra todo está permitido, seu coração grunhiu. Sinto muito, Anya, acrescentou com ar de desculpa. Não sou realmente uma garota que rouba homens, mas me apaixonei por ele e não me renderei sem uma briga.
Vendo-se no espelho, alisou-se o vestido de seda e se examinou. O vestido de índigo profundo fazia que seus olhos se vissem mais azuis do usual. Com sua bolsa de cosméticos em só Deus sabia que dimensão (o pequeno cientista considerou breve e cuidadosamente essas dimensões como uma espécie de terreno com desigualdades e pequenas variações de elevação, não seria isso alucinante?), estava agradecida de que suas pestanas fossem grosas e escuras e sua pele suave. Mas daria muito por seu lápis de lábios Chapstick, sua escova de dentes, e ainda um par de calcinhas.
Não está mau, decidiu, girando para ver-se desde todos os ângulos. Esponjou sua franja com os dedos, desgrenhando-os. sentia-se mas bem... suave e curvilínea e bonita. Não se tinha dado conta de que ter posto um sedoso vestido comprido poderia afetar a atitude de uma mulher. A fazia sentir-se muito mais inclinada a ser feminina que com o macaco de laboratório que alguma vez tinha tido. Acentuava todas suas curvas e enfatizava sua cintura magra. O sutiã tirava grande proveito de seu decote.
Drustan tinha adorado seu seios, e ela tinha intenção de assegurar-se de que ele pudesse ver bastante deles esse dia.
Não importava quais fossem seus sentimentos por sua prometida, não pareciam ter diminuído sua atração para ela nem um poquito.
Inclinando-se sobre a cintura, cavou sua mão sob um assumo, logo o outro, amaciando-os mais alto dentro da ajustada chemisse. Quando deu um passo para trás e se olhou no espelho, ruborizou-se.
Alguém deve trabalhar com o que tem, recordou-se a si mesmo. Ele havia dito isso justamente no dia anterior.
-bom dia, Silvan. Onde está Drustan?- perguntou Gwen radiantemente enquanto se deslizava em um assento ao lado dele na mesa.
Com o nariz enterrado em um livro, Silvan não olhou para cima, somente terminou de tragar de uma dentada sua papa de aveia, logo resmungou:
-Estarei contigo em um momento, minha querida.
Gwen esperou pacientemente, sabendo quanto ela mesma odiava ser perturbada quando estava lendo. Esperando que Drustan entrasse logo, atirou a cabeça para trás e admirou a elegante balaustrada que rodeava o piso alto do Grande Hall, logo deixou cair seu olhar para roçar as tapeçarias brilhantes que adornavam as paredes.
O castelo era precioso e igual de esplendorosamente sobressalente como qualquer dos castelos modernos que tinha visto nas excursões. Cada peça de mobiliário que tinha visto -da mesa do comilão até o sortido de faqueiros e sem passar por cima os armários de altura imponente, as cômodas, e as camas- estavam modelados de madeira de cerejeira brunida e cuidadosamente embelezada com desenhos intrincados. As cadeiras eram altas, com braços esculpidos e respaldos elevados, coroadas com brilhantes travesseiros e almofadas luminosas trancadas com lãs suaves. Os tapetes eram peles de cordeiro sedosas e toalhas de mesa tecidos. As flores fragrantes e as ervas estavam costuradas em pacotes atadas com fitas de seda, e pulverizadas nos parapeitos.
Quando tinha baixado, ela tinha passado a dúzias de criadas correndo a toda pressa através dos corredores, arejando os colchões e batendo tapetes. O castelo Keltar estava eficazmente em marcha e adequadamente mantido.
Apesar de todo isso, era assombrosamente acolhedor e agradável. A única diferença importante que podia ver era a falta de cobertura de chumbo e luzes, e no inverno, claro, a falta de calefação central, o que seria uma moléstia persistente.
Mas, refletiu, com tantas chaminés -a maioria delas o bastante altas para entrar de pé- e um Highlander grande e fornido em sua cama, uma mulher podia perdoar um montão de coisas
Apagou o sorriso sonhador de sua face quando Nell entrou e colocou uma bandeja de suaves ovos esquentados e as tiras de toucinho na mesa, ao lado de um tigela de fatias de pêssego, bagos e frutos secos em um lago de nata doce. Depois, deixou cair uma bandeja de mel e tortas de farinha de aveia quentes.
O estômago do Gwen grunhiu enquanto observava a mesa repleta. Se tivesse cinta Scotch, poderia privar-se de comer e simplesmente pegar as coisas diretamente em seus quadris e suas coxas, cedendo ao inevitável. Sua diário tigela de farelo de cereais com passas de uva de antes do trabalho nunca tinha inspirado apetite, nem tinha inspirado as balanças para que assinalassem um aumento de peso.
-Baixe o livro, Silvan- Nell arreganhou-. Tem uma convidada na mesa.
Gwen se mordeu os lábios para esconder um sorriso. Tudo o que Drustan lhe tinha contado sobre seu pai e o ama de chaves era verdadeiro. Tinham uma relação única, onde Nell não media as palavras ou se amedrontava por sua posição. Quando Nell a percorreu com o olhar, Gwen sorriu e perguntou esperançosamente:
-Há café outra vez esta manhã?
Silvan baixou seu livro e percorreu distraídamente com o olhar ao Gwen. Seu olhar se deixou cair para seu decote, e uma só sobrancelha branca subiu rapidamente. Ele piscou várias vezes.
-Certamente há- disse Nell, rodeando a mesa. deteve-se detrás do Gwen e deixou um tecido sobre seu ombro, assim se derrubava de seu pescoço como um babador.
-Arranque seus olhos dos seios da moça- disse Nell docemente ao Silvan.
Gwen se ruborizou com vinte tons de vermelho, deslizou uma mão sob o babador, e atirou de seu sutiã, tratando de subi-lo um pouco. Mortificada, dedicou sua atenção a espionar os pratos medievais de louça do comilão e as taças feitas de prata pesada, uma colher gorda e uma faca larga, e os pesados tigelas azuis.
-Ela é quem os esponjou- Silvan protestou indignado-. Não tinha a intenção de olhar, mas estavam... tão... ali. Como provar não ver o sol no céu.
Nell arqueou uma sobrancelha e deu voltas ao redor da mesa outra vez.
-Não acredito que ela os esponjasse para ti, verdade, moça?
Gwen olhou para cima e deu uma sacudida envergonhada de sua cabeça.
Nell se inclinou sobre o prato do Silvan, trocando seu jarro vazio por outro cheio, e seu sutiã se abriu em uma brecha. Quando Silvan olhou com atenção nele, Gwen quase riu, mas a risada morreu em sua garganta quando viu a instantânea mudança dos olhos do Silvan.
OH, caramba, pensou, ficando muito quieta. Silvan poderia ter cuidadoso seu seios, mas os tinha cuidadoso como um homem podia observar uma flor bonita ou uma égua bem criada.
Agora, percorrendo o olhar sob o sutiã do Nell, ele tinha uma expressão de fome pura, um olhar ao mesmo tempo tenra e feroz.
O sorriso do Gwen se desvaneceu e ficou com o olhar fixo, cheia de uma tristeza que não estava segura ainda de entender. Mas tinha algo que ver com um homem desejando seios que já não eram jovens e firmes, pela mulher a que pertenciam, não pelos seios em si.
Silvan MacKeltar tinha sentimentos profundos para sua ama de chaves.
Gwen roubou um olhar furtivo ao Nell, que pareceu inconsciente do que Silvan estava fazendo enquanto ela enchia seu jarro e voltava para a cozinha.
Silvan devia havê-la sentido olhá-lo fixamente, porque se sacudiu ligeiramente, como ao sair de um transe, e levou o olhar para ela.
-Não estava olhando seu seios- ele começou defensivamente.
-Guarde isso para alguém que não tenha visto o olhar em sua face. E se não fazer nenhum comentário engraçado a respeito de mim me esponjando, não farei nenhum comentário a respeito do que sente pelo Nell.
-O que eu... o que sinto por...- ele resmungou, logo inclinou a cabeça-. De acordo.
Gwen fixou sua atenção na bandeja de comida, perguntando-se por que a comida sabia melhor no século dezesseis. Era a falta de conservantes? O sabor a fumaça de turfa da carne? A nata e manteiga genuínas? Escorregou uma faca sob um ovo esquentado e o transbordou a seu prato.
-Então, por que fez... er...?- Silvan gesticulou para seu babador de linho.
Ela suspirou.
-Porque pensei que Drustan poderia estar no café da manhã e esperava que ele me advertisse.
-Advertisse-te, ou te arrastasse fora para te possuir?
-Poderia ter feito qualquer dos dois- disse ela sombria, servindo-se outro ovo.
Silvan bufou com diversão.
-É sempre, minha querida, tão honesta?
-Trato de sê-lo. A desonestidade aumenta a desordem exponencialmente. É o suficientemente duro comunicar-se quando diz a verdade.
Silvan fez uma pausa, sua boca a meias fechada ao redor de um pouco de ovo esquentado. Tirou o garfo cheio de sua boca cuidadosamente.
-O que acaba de dizer?- perguntou brandamente.
-As mentiras- disse Gwen, seu olhar na grosa fatia de presunto que tratava de atravessar com um garfo deformado. Perfurou-o com uma ponta, mas se escorregou-. Aumentam a desordem. É difícil predizer todas as variáveis quando se continua lançando mais variáveis dentro-. Ela o percorreu com o olhar-. Não você crie?- perguntou, com uma inclinação para enfatizá-lo.
-Exponencialmente?- perguntou ele, suas sobrancelhas encontrando-se em um só ponto.
-Qualquer cifra positiva elevada a uma potência- disse Gwen, encurralando o presunto contra o bordo da bandeja-. É uma função de matemática, usada para expressar um número grande. Como o número do Avogadro, 6.023 X 1023, e representa o número de átomos em um mol de qualquer substância...
-O átomo?
-O componente menor de um elemento que conserva as propriedades químicas do elemento, constando de um núcleo, com combinações de nêutrones e prótones e um ou mais elétrones... ouça, talvez não deveria lhe contar tudo isto!
Silvan bufou.
-Sei do que falas. É uma partícula hipotética de matéria tão pequena que não admite divisão.
Não, não, não, não física durante o café da manhã!
-Sim, mas a quem lhe importa? Olhe esta comida maravilhosa.
Ele soou tenso quando perguntou:
-Joga xadrez, minha querida?
Ela se esclareceu e, finalmente assegurando o presunto, sorriu.
-É obvio. Gostaria de jogar?
-Na terraço. Em duas horas, se quiser.
Gwen resplandeceu. O pai do Drustan queria passar tempo com ela e jogar uma partida. Não podia recordar que alguma vez seu pai tivesse feito tal coisa. Tudo tinha sido orientado ao trabalho, e a única vez que o tinha persuadido para jogar o Pente, ele se tinha partido a calcular cada resultado possível...
Ela negou com a cabeça, empurrando essa lembrança longe, para o fundo de sua mente, e contemplou ao Silvan especulativamente. Talvez, se Drustan lhe tinha contado a história que lhe tinha relatado, podia trabalhar com ele. Possivelmente ele poderia estar mais inclinado para ouvir. Ganhar seu apoio definitivamente ajudaria.
Tudo enquanto estavam sentados ao sol e jogando...
-Usualmente não mostro tanto decote, Nell- Gwen apareceu sua cabeça na cozinha e disse com ar de desculpa à costas do Nell. Tinha um pouco de tempo antes de encontrar-se com o Silvan e queria familiarizar-se com o Nell. Suspeitava que o ama de chaves provavelmente sabia tudo o que acontecia o castelo e poderia ser uma inestimável fonte de informação a respeito de quem poderia desejar machucar aos MacKeltar. Além disso, não queria que Nell pensasse mal dela. A seguinte vez que deixasse tanto ao descoberto, asseguraria-se de que era para o Drustan e só para o Drustan. Seu seios estavam agora timidamente remetidos sob seu sutiã.
Nell olhou por cima seu ombro. A farinha polvilhava sua bochecha e sua frente, e tinha suas mãos em uma montanha de massa.
-Não penso que o faça, moça- disse ela com um sorriso tenro-. Apesar do que amostras acima, é como um bebê. Sei que freqüentemente uma moça sente que tem poucas opções. Não precisa te trocar a ti mesma por refúgio e comida. Suspeito que tem mais opções das que pensa.
-Que tipo de opções?- perguntou Gwen, entrando na cozinha.
-Sabe algo a respeito de assar, Gwen?-. Nell tirou suas mãos da massa.
Gwen se mordeu o lábio, incerta.
-Não realmente, mas sou audaz para provar-. O que queria dizer Nell a respeito de "opções"? foram oferecer lhe um trabalho na cozinha? Uma visão deprimente de si mesmo cozinhando para o Drustan e sua esposa a fez franzir o sobrecenho.
-Tem duas boas mãos e, se não te importar, eu poderia começar com o cordeiro. Simplesmente coloca as mãos ali dentro e amassa. te limpe primeiro.
Gwen se lavou e se enxugou as mãos antes de atiçar tentativamente o montículo. Uma vez que tinha fundo suas mãos nisso, decidiu que era mas bem entretido. Em certo modo, como o Play Doh, que é obvio ela não tivesse tido permissão de ter. Nenhum Silly Putty tampouco. Suas tiras cômicas dominicais (pulcramente removidas do periódico antes de que ela alguma vez as apanhasse) tinham constado de desenhos agudos de seu pai de buracos negros absorvendo obscenamente a todos quão democratas preferiam destinar recursos à conservação do ambiente por sobre os projetos de investigação do Departamento de Defesa.
-Isso, moça- animou-a Nell, fiscalizando-a, enquanto trespassava um assado grande em um cravo-. Agora, tem desejos de falar a respeito disso?
-A respeito do que?- perguntou Gwen incerta.
-O que aconteceu a noite que chegou. Se não desejar falar, não bisbilhotarei, mas tenho uma orelha e um ombro se os necessitar.
As mãos do Gwen se aquietaram profundamente afundadas na massa e guardou silêncio um momento comprido, pensando.
-Quanto tempo estiveste aqui, Nell?
-Perto de doze anos- respondeu Nell orgulhosamente.
-E advertiste alguma vez algo... er, incomum a respeito do Drustan? Ou qualquer dos MacKeltar- adicionou, perguntando-se quanto saberia Nell. sua parte desejava confiar no Nell; não havia dúvidas de quão leal o ama de chaves era para seus homens. Apesar disso, era mais seguro adquirir mais informação antes de revelar qualquer.
Nell terminou de golpear duramente o assado, logo o deslizou por cima do fogo antes de responder. Enxugando-as mãos em um tecido, contemplou ao Gwen.
-Refere a seus métodos mágicos?- disse ela a secas.
Magia. Isso era exatamente o que a inteligência incomum e os conhecimentos de cosmologia do Drustan pareceriam com uma mulher do século dezesseis. Córcholis, era exatamente o que lhe parecia com ela. Embora sabia que havia uma teoria científica detrás de seu uso das pedras, não podia sequer começar a compreender como o tinha feito ele.
-Sim, a isso quero chegar. Como a voz que Drustan pode usar...
-Ouviste-o?- disse Nell, assombrada, fazendo uma nota mental a passar esse bocato dava cardinali ao Silvan-. que sonha como muitas vozes?
-Sim.
-Ele não a usou contigo, verdade?-. Nell franziu o cenho.
-Não. Bem, uma vez, mais ou menos, quando me ordenou que o deixasse sozinho por um pouco de tempo-. E em outra oportunidade, pensou ela, recordando o que havia dito ele depois de que tivessem feito amor, mas dizer-lhe ao Nell definitivamente revelaria muito.
-Estou surpreendida. São extremamente cautelosos desse feitiço. Mais freqüentemente usam a cicatrização e os feitiços "protetores".
Gwen olhou estupidamente.
-Se tiver ouvido o Drustan usar a voz, então não deve estar muito surpreendida. Os druidas têm muitas habilidades incomuns-. Nell o deixou deslizar quase casualmente.
Druidas! Os míticos alquimistas e astrônomos, que tinham estudado a geometria sacra dos antigos! Realmente tinham existido?
-Pensei que o Druidismo tinha desaparecido fazia muito tempo.
Nell negou com a cabeça.
-Isso é o que desejam os druidas que as pessoas criam, mas não. Os MacKeltar provêm da linha mais velha de druidas que serviram aos Tuatha Do Danaan.
-As fadas?- chiou Gwen, recordando que Drustan tinha afirmado que eram um e o mesmo.
-Sim, as fae. Mas as fae faz muito tempo se partiram a alguma outra parte e agora os druidas nutrem a terra. Servem à Terra e atraem as estações com seus rituais. Honram os velhos costumes. Esfregam a terra depois das tormentas e cicatrizam às criaturas pequeñitas prejudicadas pela tempestade. Protegem os povos, e as lendas contam que se uma ameaça grave se abater contra a Terra, têm poderes dos que nem sequer ouvimos murmurar.
-OH, Deus Santo- murmurou Gwen, quando as peças começaram a colocar-se silenciosamente em seu lugar. Um Druida. Poseído de alquimia e magia e matemática sacras.
Não existe a magia, o cientista protestou.
Bem, não existem as viagens pelo tempo tampouco, ela replicou mordazmente. O que for que era, ele tinha conhecimentos além de sua compreensão. Os druidas existiam, e o homem que havia feito sua virgindade era um.
-Quer dizer, moça, sabendo que ele é um Druida, que ainda sente carinho pelo Drustan MacKeltar?
Gwen assentiu com a cabeça sem titubear.
Nell limpou suas mãos em seu avental e as sustentou em sua cintura.
-Três vezes até agora o homem se prometeu, e três vezes a mulher o abandonou antes dos votos formais. Sabia isso?
A mandíbula do Gwen se deixou cair.
-Este é seu quarto compromisso matrimonial?
-Sim- disse Nell-. Mas não porque ele não seja um bom homem- disse ela defensivamente-. É porque as moças lhe temem. E embora ele deseja que seja de outra maneira, suspeito que Anya Elliott não será diferente. A moça esteve protegida toda sua vida-. Seu lábio se frisou desdenhosamente-. Och, mas arrumou as coisas muito pulcramente esta vez. No passado, ele se prometeu em primeiro handfasted, e cada uma das três, depois de passar um tempo no Castelo Keltar, para ouvir sem intenção algo que eles "transmitiam", empacotava as valises e saía com apenas um adeus. E tão esplêndido e rico em moedas e terra como esse homem é, me deixe te contar que todo isso o deixou grandemente inseguro de seus encantos. Imagine !
-Impossível de imaginar- Gwen esteve de acordo, com os olhos muito abertos. Repentinamente, um bom número de coisas tiveram sentido. perguntou-se por que Drustan não lhe havia dito toda a verdade enquanto estavam em seu século. Agora sabia. Seu sábio e poderoso guerreiro tinha temido que ela o abandonasse. Ele não podia ter sabido que ela era uma das poucas pessoas que o poderiam ter entendido; depois de tudo, lhe tinha escondido manhosamente o alcance de sua inteligência. Nos anos de trabalhar no Allstate, tornou-se algo instintivo. A gente não falava com entusiasmo a respeito de quarks e nêutrones e buracos negros durante a hora feliz no Applebee com os vendedores de seguros.
Três compromissos matrimoniais fracassados também explicavam que Drustan estivesse tão agressivamente determinado a casar-se com sua quarta prometida. O Drustan que ela tinha chegado a conhecer não era um homem que aceitasse o fracasso, e lhe tinha deixado em claro que era um homem que queria casar-se e ter meninos.
-Esta vez ele fez preparativos para casar-se em uma cerimônia cristã, e Anya estará aqui somente umas duas semanas antes das bodas. Temo que ele terá êxito em esconder sua natureza até depois dos votos. Logo ela estará capacitada para deixá-lo. Entretanto...- ela fez uma pausa e suspirou-, ao melhor, não lhe impedirá de desprezá-lo mais tarde no matrimônio.
-Lhe ocorreu que não é bonito enganar a uma mulher dessa maneira?- disse Gwen, agarrando-se a um prego ardendo. Talvez ela pudesse arreganhá-lo furiosamente por seus métodos pouco limpos e apelar a seu sentimento de culpa para cancelar o compromisso matrimonial. Não obstante, pensou, ela poderia ser pouco poda, e uma vez que Anya chegasse, poderia-o enganar para revelar algo de sua magia diante de sua prometida, para conduzi-la pela mesma rota pela que as três primeiras tinham saído. Seria pouco justo, mas todo se valia em nome do amor, e isso tinha que contar para algo, verdade?
-Suspeito que ele prefere acreditar que não está enganando-a, esperando que ela algum dia se apaixone por ele. Ou talvez pensa que pode esconder-se por sempre.
Gwen removeu a massa por um tempo.
-Há quanto tempo a conhece?- finalmente perguntou. Ama-a ele muitíssimo?, era a pergunta que se enrolava na ponta de sua língua.
-Ele nunca viu à moça- disse Nell rotundamente-. O matrimônio foi arrumado entre o Drustan e Elliott através mensageiros que levavam a oferta da noiva.
-Ele alguma vez a viu?- gritou Gwen. Seu coração pôs-se a voar; os sentimentos de culpabilidade a respeito de tratar de romper o compromisso matrimonial desapareceram em uma baforada de fumaça. Ele não tinha mencionado a Anya porque amasse a Anya; não a tinha mencionado porque nem sequer a conhecia! Não era como se ela tratasse de romper uma relação real!
Nell sorriu fracamente.
-Och, tem profundos sentimentos por ele. É simples de ver.
Sentindo-se repentinamente eufórica, Gwen disse impertinentemente:
-Falando de sentir algo que é fácil de ver, o que há a respeito do Silvan e você?
O sorriso do Nell se desvaneceu instantaneamente e sua expressão se fez hermética.
-Não há nada entre esse velho texugo precavido e eu.
-Bem, pode não haver o de sua parte, mas certamente o há na dele.
-De onde tira essas idéias assobiadas?- Nell respondeu bruscamente, lançando-se de um salto a uma quebra de onda de atividade, fechando ruidosamente panelas e movendo pratos-. Me deixe terminar esse pão, porque francamente será a manhã antes de que o amasse de verdade.
Gwen não se sentiu desconcertada. A reação do Nell lhe disse tudo.
-Ele olhou às escondidas abaixo de seu sutiã quando tomou seu jarro.
-Ele não fez nada disso!
-Fez-o. E confia em mim, não gostou do minha nenhuma décima parte. Nell, Silvan tem sentimentos profundos por ti.
Nell fez uma pausa em seu amassado frenético e se mordeu os lábios. Quando olhou ao Gwen, seus olhos estavam doloridos.
-Não diga coisas assim- disse ela quedamente.
-Em doze anos Silvan e você nunca...
-Não.
-Mas te importa ele, verdade?
Nell deixou escapar uma respiração lenta.
-Amei a um laird uma vez. Custou-me meus bebês e quase minha vida.
-O que aconteceu? Não tenho a intenção de bisbilhotar...- Gwen se interrompeu completamente, duvidosa.
-O que aconteceu? Verdadeiramente tem o desejo de saber o que aconteceu?-. A voz do Nell ascendeu. Perfurou o montículo de massa várias vezes antes de amassar de novo furiosamente.
-Er... sim- disse Gwen cautelosamente.
-Fui uma parva, isso é o que aconteceu. Amei a um laird que tinha sua própria esposa, entretanto não havia amor entre eles. Um encontro arrumado, feito em apóie a terra e alianças. Resisti por anos, mas o dia que meu mam morreu, aturdida de dor, debilitei-me. Não era o que acreditava correto, mas... och, como amava a esse homem-. Ela fez uma respiração profunda e fechou seus olhos-. Suspeito que a morte de minha mãe me fez compreender que nós não temos a eternidade.
Que verdadeiro, pensou Gwen. Ela certamente não tinha tido a eternidade. Sempre tinha pensado que seus pais e ela emendariam as coisas; nunca tinha sonhado que não viveriam outros vinte, trinta, quarenta anos mais.
-Fomos discretos; apesar de tudo, sua mulher se inteirou de nosso enredo. Gritou e se enfureceu, mas não lhe tinha dado herdeiros, e para essa data eu lhe tinha dado dois filhos-. Uma sombra cruzou seus rasgos-. Logo, uma tarde, ele foi assassinado enquanto caçava. Essa mesma véspera, ela se levou a meus meninos e enviou a seus parentes sobre mim. Deixaram-me me dando por morta perto do Balanoch.
-OH, Nell- Gwen sussurrou, com os olhos cheios de lágrimas.
-Perdi ao que teria sido nosso terceiro menino no pó. Silvan me encontrou. Nunca esquecerei estar olhando para cima no sol, esperando morrer, desejando morrer, só para vê-lo- um sorriso agridoce curvou seus lábios- como um anjo feroz, me sustentando. Ele me acolheu e se manteve ao lado de minha cama e me exigiu que vivesse, em tal voz que tive medo de morrer e desafiá-lo-. Seu sorriso se fez mais funda-. Ele me cuidou por semanas...
-O que há a respeito de seus meninos?- Gwen perguntou com vacilação.
Nell negou com a cabeça.
-Como ela não tinha tido nenhum, reclamou-os como deles. Disse-me que ela é erma, e meu filho um dia será laird, como seu único herdeiro.
-Alguma vez os viu outra vez?
-Não, mas ocasionalmente ouço algumas intrigas. Meu Jamie está criado fora do Edimburgo. Pode que quando ela já não viva os veja outra vez, mas eles não me conhecem. Tinham um e dois anos quando fui arremesso. Acreditam que ela é seu mam verdadeira.
-Silvan não tratou de recuperá-los para ti?
-E o que lhes poderia dar?- espetou Nell. Logo suspirou e resmungou-: Nunca lhe disse o que aconteceu. E esse condenado parvo nunca perguntou. Em doze anos! Imagine.
-Talvez teve medo de bisbilhotar uma vez que tinha cicatrizado- sugeriu Gwen-. Ele poderia não ter querido trazer para colação lembranças dolorosas. Talvez esteve te esperando para mencioná-lo.
-Talvez- disse Nell rigidamente, soprando uma mecha de cabelo de sua face- põe um matiz rosado nas coisas que até convertem à areia em rosado. Segue você, agora- disse ela malhumoradamente-. Há algumas costure para as que é muito tarde. Dinna fash yerself sobre mim. passei um bom número de dias tranqüilos aqui. Se tiver o desejo de me fazer mais feliz, te apaixone por um desses moços e me dê um menino para abraçar com suavidade outra vez.
-Humm... o que ocorre se for Drustan?- disse Gwen nervosamente-. Pensaria que seria terrível se tratasse de fazê-lo interessar-se por mim antes de que se case com sua prometida?
Nell ergueu sua cabeça e encontrou a de olhar fixo do Gwen.
-Suspeito que tenho alguns trajes de noite especiais que poderia alterar para ti, moça. Ele tem afeto ao púrpura, sabia isso?
Gwen resplandeceu.
-Agora vê- Nell a afugentou, lançando um tecido para ela.
A moça começou a caminhar mas voltou as costas abruptamente, apertou o ombro do Nell, e beijou sua bochecha enfarinhada. Logo saiu disparada, envergonhada por sua impulsiva demonstração de afeto.
Nell piscou e sorriu, olhando o corredor vazio. Sim, a ela ia gostar de lhe muito a garota. Ela e Silvan se estiveram preocupando com meses de que Drustan se casasse com a moça Elliott. Nenhum dos dois tinha muita esperança nessa união. Ambos sentiam a calado desespero do Drustan e sabiam que ele se mergulhava cegamente em algo que podia converter-se em uma vida desgraçada. O dever ponderava nele; necessitava herdeiros. Anya Elliott tinha quinze anos de idade, e Drustan MacKeltar certamente aterrorizaria à menina. OH, ele poderia ter um menino ou duas dela, mas pagaria com toda uma vida de sofrimento. Como o faria a inocente Anya. Drustan necessitava a uma moça educada, uma moça com fogo e têmpera e curiosidade.
No dia anterior, Silvan lhe tinha pedido um favor (sem olhá-la, claro, como se advertir a mudança em seu cabelo antes tivesse sido um pecado imperdoável), e ela tinha feito sua parte como o tinha pedido. Gwen Cassidy agora sabia que Drustan era um Druida.
Logo que podia esperar para lhe dizer ao Silvan como Gwen tinha reagido: com uma amplitude de idéias e coração imparcial, como Silvan havia predito. Não tinha vislumbrado signos de loucura na moça; och, era estranha, mas isso não a fazia uma pessoa louca, ou o excêntrico Silvan seria o mais louco de todos.
Seu sorriso se desvaneceu ao pensar no Silvan, enquanto recordava o que havia dito Gwen a respeito de que ele sentia algo por ela.
Podia ser? Silvan e ela logo que falavam, exceto pela conversação a respeito dos moços, os cultivos ou o clima. Fazia muito tempo, tinha pensado que ele tinha tido interesse, mas se tinha retirado e ela tinha tratado de esquecer-se disso.
Entrecerró seus olhos atentamente e baixou o olhar sobre seu assumo. Era ainda esponjable.
Ele verdadeiramente tinha percorrido com o olhar o que havia sob seu sutiã? Ela não estava nunca a gosto olhando-o quando estava de pé frente a ele. O homem poderia olhar às escondidas em qualquer lugar que ele quisesse e ela não o advertiria.
Talvez, refletiu, ao costurar ao Gwen alguns modelos tentadores, poderia fazer mais fundo o sutiã de seu vestido novo que estava quase acabamento.
Silvan esperava na terraço, em uma mesa centrada em um atoleiro de sol, sob carvalhos rangentes.
Gwen tomou assento frente dele e derramou seu olhar ao redor com deleite.
-É tão formoso aqui- disse ela com um suspiro de contente. Uma brilhante mariposa amarela se equilibrou sobre o tabuleiro, atrasando um momento antes de revoar outra vez.
-Sim, nossa montanha é a melhor em toda Alvorada- disse Silvan orgulhosamente, enquanto acabava de acomodar as peças.
Quando terminou, Gwen voltou o pesado tabuleiro, pondo-o ao reverso.
Ele a percorreu sospechosamente com o olhar.
-Tenho que ser negro. Eu não gosto de ir primeiro- explicou ela, manuseando as figurinhas de ébano. Um verdadeiro jogo de xadrez medieval, pensou maravilhada. Valeria uma fortuna em seu tempo. As peças estavam modeladas de presas de marfim e madeira de ébano. As torres eram hombrecitos solenes, os bispos tinham barbas largas e pequenas faces soube. Os cavalos eram guerreiros vestidos de kilt montados em cavalos fazendo cambalhotas, a realeza luzia túnicas fluentes adornadas com peles e se levantavam várias polegadas por cima do resto. O tabuleiro mesmo estava modelado alternando quadrados de marfim e ébano. O perímetro circundante era um retângulo sólido de ébano, esculpido com um desenho complicado de knotwork celta que representava o infinito.
Como diabos o século vinte e um havia sustenido a idéia de que os homens medievais eram ignorantes?, perguntou-se. Começava a suspeitar que possivelmente eles estavam mais conectados com o mundo do que seu século alguma vez o estaria.
Silvan franziu seus lábios e entrecerró os olhos.
-por que penso que poderia ser algum truque?
-por que penso que poderia ser melhor comprová-lo?- rebateu ela.
-Quanto tempo estiveste jogando?
-Toda minha vida. Você?
-Toda minha vida. Que foi grandemente mais larga que a tua- disse ele secamente enquanto movia um peão com certeza veloz.
Dois jogos mais tarde -a gente ganho pelo Silvan, um pelo Gwen- introduziram uma variação mais interessante. O xadrez normal era muito nivelado entre eles, assim Gwen tinha sugerido jogar xadrez progressivo, aonde os peões não se convertiam em rainhas; aumentavam seu poder com cada quadrado que adiantavam. No xadrez progressivo, um peão na quinta linha tinha o poder de jogo de um cavalo, no sexto de um bispo, na sétima de uma torre, e no oitavo de uma rainha.
Quando ela declarou cheque mate, com suas duas rainhas, um bispo, e três cavalos, ele aplaudiu ruidosamente e a felicitou.
-E Drustan pensa que é pouco lista- ele murmurou, sorrindo.
-Lhe contou isso?- perguntou ela, sentindo-se ferida-. Esqueça-o- adicionou precipitadamente-. É igual. Simplesmente me conte algo: conhece alguém que pudesse desejar o dano do clã, Silvan?
-Ninguém. Esta é uma terra tranqüila, e os Keltar não conhecem inimigos.
-Nenhum dos clãs têm o desejo de conquistá-los?
-Ja- Silvan se mofou-. Nenhum se atreveria a fazer um intento.
-O que há a respeito de... um... o rei?- Gwen se agarrou a um prego ardendo.
Silvan pôs seus olhos em branco.
-Não. Ao James simpatizo. Realizei truques mágicos para o rei quando era menino, a última vez que estive no Edimburgo. Sua câmara de vereadores não procura batalha em nossas Highlands.
-Talvez Drustan zangou a algum marido?- sugeriu não muito sutilmente.
-Drustan não se enreda com garotas casadas, minha querida.
Ela sorriu, contente por esse bocado de conhecimento.
-Ou as vírgenes- disse ele com mordacidade.
Ela franziu o sobrecenho.
-Posso-lhe contar minha história inteira?
-Não-. Ante a expressão ferida da moça, ele acrescentou-: As palavras não custam nada, não compram nada. As ações falam com a verdade. Deu-me uma admirável surra no xadrez progressivo. Se suspeitasse algo de ti, não pensaria que está louca, mas sim acreditaria que é algum tipo de Druida. Talvez chegou a nos espiar...
-Primeiro Drustan pensa que estou assobiada- Gwen interrompeu sombria-, agora você pensa que sou uma espiã.
-...Ou, no futuro, as moças estão melhor educadas. Se permitisse a um homem terminar, minha querida, veria que simplesmente enumerava possibilidades. Parecem não ter fim. O tempo terá sua parte. Estou interessado em seu coração, não em suas palavras.
-Não tem idéia de quão agradável é ouvir alguém dizer isso.
Uma sobrancelha chapeada se levantou.
-Até que encontrei a seu filho, Silvan, inclusive não estava segura de ter coração. Agora sei que o tenho, e esse cabeça de chorlito vai casar se com alguém que nunca viu sequer. Ela nunca será tão adequada para ele como eu o sou.
-Cabeça de chorlito- ele repetiu, sorrindo fracamente. Sua outra sobrancelha se levantou-. Disse que não desejava que o fizesse casar-se contigo- disse ele brandamente.
-Não quero que o obrigue. Quero que ele queira. De verdade, somos perfeitos o um para o outro. Ele simplesmente não recorda isso. Se minha história for certa- ela adicionou traviesamente-, então posso estar levando a seu neto. pensou nisso, OH, sábio?
Silvan estalou de risada. riu tanto tempo e tão ruidosamente que Nell apareceu sua cabeça, com um sorriso também, para ver o que estava passando.
Quando ele finalmente se deteve, aplaudiu a mão do Gwen.
-Ninguém exceto Drustan alguma vez, falou-me nesse tom. É irreverente, lista e atrevida. Sim, Gwen Cassidy, darei-lhe uma cotovelada ou duas em sua direção. Tinha tido intenção de fazer o de qualquer maneira.
Gwen remeteu sua franja detrás de suas orelhas e lhe sorriu.
-Outra vez?- perguntou ela.
Enquanto voltavam a acomodar as peças, Nell saiu a terraço, depositando dois jarros de cerveja quente.
-te una a nós, Nell- disse Silvan. Nell olhou dudosamente ao Silvan, até que Gwen aplaudiu o assento ao lado dela.
Durante as seguinte horas, Gwen observou ao Nell e Silvan no que estava segura era um ritual aperfeiçoado com o tempo: se a cabeça do Silvan se levantava, a dela não o fazia. Se era a cabeça do Nell a que se levantava, a dele ficava para baixo. Conseguiam olhar ao outro só se o outro não olhava. Nem uma vez o casal maior fez um contato direto de olhares.
Em certa forma, estavam tão harmonizados que Silvan podia sentir quando o olhar do Nell vagava para cima para contemplar a ascensão vertiginosa de uma águia calva fora do castelo, e Nell podia sentir quando Silvan estava tão atento no jogo que não a advertiria olhando-o.
Era assombroso na verdade, precaveu-se Gwen. Estavam tão apaixonados, e nem eles sabiam.
Talvez sua própria vida parecia um caos, mas certamente poderia fazer algo para juntar a esses dois.
Quando o sol quase completava seu preguiçoso engatinho através do céu, melando nervuras de ouro rosado e líquido através do horizonte, Nell se levantou de um empurrão e partiu para preparar a comida da noite.
Ela lançou um olhar sobre seu ombro ao Gwen e fez um movimento de esponjoso indicando seu sutiã.
-Não se esqueça te vestir para o jantar- disse com uma piscada-. Ele nunca se perde uma comida, e lhe fiz seu favorita: porco assado, neeps, e tatties.
OH, ela se vestiria, claro que sim.
Mas Drustan não chegou ao jantar essa noite.
De fato, o homem teimoso conseguiu esconder-se dela por quase uma semana.
Capítulo 19
O caos tinha assaltado seu castelo, vestido com trajes deliciosamente decotados, sapatilhas sedosas e fitas de seda, pensou sombríamente Drustan, levando seu cabelo para trás e atando-o com uma correia de couro.
Nenhuma das defesas de sua fortaleza era útil contra ela, a menos que ele declarasse uma guerra aberta, encarapitasse-se acima com os guardas, e tirasse o pó da catapulta.
Em tal caso, claro, sua p e Nell ririam até ficar tolos.
Tinha-a estado evitando desde dia que a tinha levado ao Balanoch. A seguinte vez que a tocasse, tomaria. Ele sabia isso. E apertou suas mãos em seus lados, inspirando bruscamente.
Seu único recurso era evitá-la completamente até que Dageus retornasse com a Anya. Quando Dageus confirmasse que a batalha não tinha ocorrido, tiraria-a de seu castelo e a enviaria muito longe.
Até onde seria o suficientemente longe?, uma voz inoportuna perguntou. Ele conhecia bem essa voz. Era a única que diariamente se empenhava em convencer o de que tinha todo direito para levá-la a sua cama.
Uma voz cada vez mais perigosa, mais terrivelmente persuasiva.
Ele gemeu e fechou seus olhos. Desfrutava da pausa de um momento bem-aventurado, até que a risada da jovem, levantada pela brisa do verão flutuante, entrou através da janela aberta de sua câmara.
Os olhos entrecerrados, ele olhou com atenção fora, temendo e antecipando ao mesmo tempo o que vestido ela poderia haver ficado esse dia. Seria índigo, púrpura, violeta, de cor lavanda? Era quase como se ela soubesse de sua preferência por essa cor vibrante. E com seu cabelo dourado, via-se esplêndida nele.
Esse amanhecer trazia posto um decote de cor malva com uma bandagem dourada. Nenhum casaco, por deferência ao clima ensolarado. Os seios suculentos e cremosos se levantavam do singelo pescoço recolhido. Tinha amontoado suas tranças loiras em cima de sua cabeça e, trespassada com fitas de seda violeta, desabava-se em uma desarrumação encantadora ao redor de sua face. Ela caminhava sem rumo a través de sua grama, como se toda a propriedade pertencesse a ela.
Durante na semana anterior, ela tinha estado em todos os lugares aonde estava ele, obrigando-o a procurar esconderijos em qualquer lugar que pudesse encontrá-los. Ele se tinha mergulhado em habitações do castelo que tinha esquecido inclusive que existiam.
Ela não se incomodou em ser sutil tampouco. No momento que o via, perseguia-o inclusive até quando lhe mostrava um semblante carrancudo e feroz, balbuciando a respeito das coisas que ela tinha que lhe dizer.
Dia detrás dia, seus métodos se faziam mais e mais ardilosos e pouco limpos. A noite anterior a garota audaz tinha forçado o ferrolho de sua câmara! Porque ele tinha tido a previsão de obstruir a porta com um armário pesado, ela tinha ido a sua porta no corredor e forçado esse ferrolho. Ele se tinha visto obrigado a escapar pela janela. A metade de caminho tinha escorregado, colidindo os últimos quinze pés até o chão, e aterrissando em uma sarça. Já que não tinha tido tempo de vestir seus trews, suas partes viris tinham se chocado em sua entrada abrupta contra o arbusto, lhe contribuindo um estado de ânimo certamente detestável.
A garota tratava de castrá-lo antes de seu por muito tempo ansiada noite de bodas.
Cada movimento, cada pensamento, cada decisão estava diretamente afetado por sua presença, e estava ressentido por isso.
Sua mão estava inclusive na comida que comia na guarnição com os guardas, com toda segurança longe dela, enquanto Nell tinha começado a "experimentar" receitas novas, e lhe gostaria de saber o que condenados infernos estava mal com as velhas.
E ela tinha começado a aprender a cavalgar, certamente enrolando ao professor do estábulo para lhe ensinar (provavelmente pelo custo de um sorriso com uma covinha a um lado, pois certamente não a tinha visto palear a bosta dos estábulos). No meio da tarde ela podia ser encontrada quase pavoneando-se em uma égua mansa através da grama dianteira da propriedade, lhe impedindo o passo. Tinha que admitir, entretanto, que tinha começado a montar apropiadamente. Qualquer dia desses, quando ele saltasse escarranchado sobre seu cavalo para escapar, seguiria-o.
Sua vida tinha sido tão ordenada antes de sua chegada. Agora sua vida estava disposta ao redor do itinerário da garota e como evitá-la. Ele tinha estado dirigindo-se com certo êxito a todas as coisas que tinha desejado. Simplesmente no dia anterior a que ela tivesse comparecido em sua soleira, tinha estado sonhando sustentando a seu primeiro filho em seus braços dentro do ano, Deus mediante que a jovem Anya concebesse um bebê tão rapidamente.
Mas agora ele sonhava com ela. Esse amanhecer, quando se tinha metido às escondidas em sua câmara para trocar-se de roupa, tinha ouvido a salpicadura de sua banheira. passeou-se da chaminé até a janela e de volta outra vez, convencido de que ela chapinhava muito mais do necessário simplesmente para obrigá-lo a pensar em seios e coxas rosadas e cabelo sedoso de ouro resplandecente de cuentecillas de água.
Drustan ficou com o olhar fixo fora da janela, carrancudo. Ela o enlouquecia. Como podia criar uma garota tão pequeñita tal maltrato em seus sentidos?
A noite anterior, depois de que tivesse cansado fora da janela, ele tinha tentado tomar uma pequena sesta no vestíbulo. Pouco tempo mais tarde, ela tinha ido abaixo. Ali ele tinha estado sentado, os pés sustentados sobre a mesa, com um olhar de pesadas pálpebras no fogo, vendo tranças douradas nas chamas, quando tinha percebido um sopro de seu único perfume e se tornou para ver a de pé sobre as escadas.
Vestida somente com uma diáfana bata de noite.
-Drustan, não pode continuar me evitando- havia dito ela.
Sem falar, ele se tinha arrojado a seus pés e tinha fugido do castelo. Tinha ido dormir nos estábulos.
O laird do castelo nos estábulos, pelo Amergin!
Mas se se tivesse ficado dentro dessas paredes, lhe teria tirado a bata e beijado, chupado e devorado cada polegada de seu corpo.
Seu traiçoeiro pai e Nell não faziam as coisas mais fáceis. Tinham-lhe dado a bem-vinda à moça em suas vidas com o entusiasmo de uns pais que finalmente tinham conseguido a filha que sempre tinham desejado. Nell costurava para ela e a vestia com criações atraentes, Silvan jogava xadrez com ela na terraço, e Drustan não tinha dúvida que uma vez que Dageus retornasse não demoraria para tratar de seduzir à preciosa bruxa.
E Drustan não teria direito a queixar-se.
Ele contrairia matrimônio. Se Dageus queria seduzir à moça, então que direito tinha que discutir?
Estrelou seu punho no parapeito de pedra. Uma semana. Somente tinha que evitá-la até então. No momento em que Dageus retornasse e confirmasse que não tinha havido uma batalha, despacharia à moça ao Edimburgo, sim... ou talvez, Inglaterra. Enviaria-a com um flanco de guardas, encontrando alguma desculpa para entreter a seu mulherengo irmão em casa.
Tamborilando com energia frustrada, saiu como uma tromba de sua câmara. Tentaria dar outro comprido passeio durante um dia eterno, marcando-o em um calendário em sua cabeça: a salvação cada dia mais perto.
Enquanto caminhava pelo vestíbulo para as escadas dos serventes, esticou-se e girou de novo. Por Deus, não se esconderia para sair pela porta de atrás outra vez.
Se ela era o suficientemente parva para provar algo quando ele estava de tal humor, então que sofresse por isso.
Drustan dobrou a esquina a toda marcha e chocou abruptamente contra Nevin.
-Milord!- disse Nevin ofegando, voando para trás.
-Sinto muito-. Ele agarrou ao sacerdote pelos cotovelos e o equilibrou sobre seus pés.
Nevin alisou suas roupas, piscando.
-Não, foi minha culpa. Temo que estava ensimismado e não ouvi que se aproximava. Mas estou agradecido por nosso encontro. Vinha a buscá-lo, se tiver um momento. Há um pequeno assunto que desejava discutir com você.
Drustan esmagou um brilho de impaciência, logo se zangou porque se sentisse impaciente para começar. Era culpa dela. Ele tinha passado muitas excelentes horas falando com o Nevin e nunca tinha sentido impaciência; agradava-lhe o jovem sacerdote. Fez uma respiração profunda, tranqüilizadora, e forçou um sorriso.
-Está algo desconjurado com a capela?- perguntou, o retrato de um interesse paciente.
-Não. Tudo está bem, milord. Somente temos que substituir as pedras do altar e selar o piso de madeira novo. Estará acabado com suficiente tempo-. Nevin fez uma pausa-. É um assunto diferente sobre o que desejo falar com você.
-Não precisa vacilar para falar- reconfortou-o Drustan. Nevin parecia relutante a tirar colação o tema que o preocupava. Teria visto ele à moça perseguindo-o? O sacerdote estava preocupado por seu compromisso matrimonial? Deus sabe que eu sim, pensou oscuramente.
-É minha mãe outra vez...- Nevin se interrompeu, suspirando.
Drustan soltou o fôlego e se relaxou. Era só Besseta.
-esteve agitada ultimamente, resmungando a respeito de algum perigo que pensa que me espreita.
-mais de suas adivinhações?- perguntou secamente Drustan. Devia a propriedade ser invadida com mulheres confundidas lançando predições horrendas?
-Sim- disse Nevin sombrio.
-Bem, agora é você por quem ela se preocupa. Faz duas semanas, dizia ao Silvan que meu irmão e eu estávamos vestidos com uma "capa na escuridão" ou algo semelhante. O que teme que ela que te ocorra?
-É a coisa mais singular. Parece pensar que sua prometida me danificará de algum jeito.
-Anya?- Drustan riu-. Mas se tiver quinze anos E, conforme ouvi, é uma moça extremamente dócil.
Nevin negou com a cabeça com um sorriso pesaroso.
-Milord, é inútil procurar sentido a isso. Minha mãe não está bem. Se a encontrar e atua como uma louca, é porque piora diariamente. Acredito que o caminho ao castelo está além de suas possibilidades, mas se em certa forma se as engenha para chegar, rogo-lhe que seja paciente com ela. Está doente, muito mal.
-Advertirei a p e ao Dageus. Não se preocupe, simplesmente a guiaremos de retorno a casa se vagabundear-. Ele fez uma nota mental para ser mais amável com a velha. Não se tinha precavido de que estava tão doente.
-Obrigado, milord.
Drustan começou a caminhar pelo corredor outra vez, logo se deteve e jogou um olhar para trás. Ele desfrutava da mente filosófica do Nevin e se perguntava como reconciliava o sacerdote uma mãe que lia a sorte com sua fé. Também poderia verter luz sobre sua tolerância pelos MacKeltar. Drustan sabia que Nevin tinha estado na residência por muito tempo, o suficiente para ter ouvido a maior parte dos rumores a essas datas. Os homens da Igreja geralmente sustentavam pontos de vista inquebráveis sobre as atividades pagãs, mas Nevin irradiava alguma compreensão interior que desafiava a compreensão do Drustan.
-Alguma de suas predições alguma vez se faz realidade?
Nevin sorriu serenamente.
-Se houver algo de verdade em suas leituras do disco, é porque Deus escolhe falar dessa maneira.
-Não pensa que os pagãos e cristãos estão separados por um abismo irreconciliável?
Nevin considerou sua resposta um momento.
-Sei que é a crença comum, mas não. Não me ofende que ela leia suas varas; angustia-me que pensa em trocar o que vê ali dentro. Fará-se a Vontade de Deus.
-Então ela teve a razão ou não?- pressionou Drustan. Nevin era freqüentemente evasivo, difícil de abandonar. Mas Drustan sentia que não tinha a intenção de ser evasivo, mas sim era somente imparcial em extremo.
-Se alguém deve me danificar, então é a vontade de meu Pai. Eu não o contrario.
-Em outras palavras, você não me dirá isso.
Os olhos do Nevin cintilaram com diversão.
-Milord, Deus não permite que qualquer de Suas Criações tenha um mau destino. Dá-nos oportunidades. Tudo depende da maneira em que o olhe. Minha mãe tem uma mente desconfiada, assim que ela vê coisas suspeitas. Mantenha seus olhos abertos, milord, pelas oportunidades que Lhe dá. Conserve seu coração autêntico, e lhe sugiro, aproveite os dons que lhe pôde ter dado com amor, e nunca se desviará de Sua Graça.
-Como que "dons"?
Outro sorriso calma, e alguma percepção fascinante no olhar azul claro do Nevin.
Drustan sorriu inquietamente e serpenteou pelos corredores para o Grande Hall.
Gwen simplesmente tinha entrado em vestíbulo e se deixou cair bruscamente em uma cadeira quando ele baixou.
Quase caiu de sua cadeira, tão sobressaltada estava por vê-lo caminhando para ela e não escondendo-se até a porta mais próxima. Seu primeiro instinto foi dar um salto, arrojar seus braços ao redor de sua perna como um menino, e aferrar-se tanto que não pudesse apartar-se dela. Mas o reconsiderou, pensando que ele simplesmente poderia sacudir-lhe e afastar-se sem olhar atrás, se a expressão em sua face era uma indicação de seus verdadeiros sentimentos a respeito dela. Infundia bastante temor. Decidiu tentar a aproximação sutil.
-Isto quer dizer que finalmente decidiste me ouvir, teimoso e teimoso Neanderthal?
Ele caminhou além dela como se inclusive não a tivesse ouvido.
-Drustan!
-O que?- respondeu ele bruscamente, dando volta para olhá-la-. Não me pode deixar em paz? Minha vida era boa, maravilhosa até que você apareceu. te sacudindo- seu olhar rastelou suas curvas abundantes, bastante bem amaciadas em seu vestido- tratando de me tentar para me fazer arruinar minhas bodas...
-me sacudindo? te tentando! Você pôde fazer mais alarde de suas pernas? Passear sem camisa um pouco mais freqüentemente? OH, parva de mim, é obvio que não, está descamisado todo o tempo!
Drustan piscou, e ela viu o indício de um sorriso atirando de seus lábios, mas resistiu admiravelmente.
Como por acaso, ele ajustou seu sporran, levantando seu plaid um pouco mais. Lançou seu cabelo negro sobre seu ombro e arqueou uma sobrancelha escura.
Os hormônios do Gwen estalaram com serpentinas de festa e panderetas.
Ela se inclinou para frente, pregando seus braços sob seu assumo. Sentiu o rebordo de seu sutiã roçar seus mamilos. Dois podem jogar esse jogo, Drustan.
Seus olhos chapeados se alteraram instantaneamente. A diversão geada foi substituída pela luxúria selvagem. Por um momento comprido, de suspense, ela pensou que ele ia agachar a cabeça, carregá-la, e levá-la subindo as escadas para a cama mais próxima.
Conteve a respiração, esperando. Se ele o fazia, ao menos logo ela poderia apaziguá-lo-o suficiente para convencer o de ouvi-la, depois, claro, de que fizessem o amor nove milhões de vezes e seus hormônios tivessem sido de verdade serenadas.
Ela o olhou desde debaixo de suas sobrancelhas, seu olhar um desafio patente. Um olhar de vêem aqui se te atrever. Não tinha sabido que a tivesse, mas se precavia de que abundavam as coisas que não tinha sabido que tinha até que tinha encontrado ao Drustan MacKeltar.
-Não sabe o que provoca- ele grunhiu.
-OH, sim que o faço- replicou a moça-. É um covarde. Um homem que tem medo de me escutar até o final porque poderia resultar ser inconveniente para seus planos. Poderia desarrumar seu mundo ordenado- burlou-se.
A piscada nos olhos masculinos resplandeceu em chamas. Seu olhar percorreu seu assumo exposto. Ela quase ficou sem fôlego ante a selvageria de sua expressão; ele estava estremecendo-se, vibrando com... desejo suprimido?
-É isso o que você quer? Quer que lhe folle?- demandou ele bruscamente.
-Se essa for a única forma em que te posso convencer o suficiente para me escutar- ela espetou.
-Se tomasse, moça, não falaria, pois sua boca estaria ocupada com outras coisas, e eu, por certo, não escutaria. Assim te renda, a menos que espere um grosseiro queda no urze com um homem que deseja não ter posto nunca os olhos em ti.
Ele deu volta sobre seus talões e saiu pela porta.
Quando ele se foi, Gwen suspirou borrascosamente. Sabia que por um momento quase o tinha tido, quase o tinha induzido a outro beijo, mas a força de vontade do homem era assombrosa.
Sabia que ele se sentia atraído por ela: rangia no ar quando estavam juntos. consolou-se a si mesmo com o pensamento de que ele devia ter algumas duvida ou não a evitaria tão meticulosamente.
Não importavam suas razões, transcorriam muitos dias sem que nada se esclarecesse entre eles, e a chegada de sua prometida-se fazia mais próxima, como o fazia seu seqüestro iminente.
Embora o tinha esquecido em duas ocasiões, ele tinha montado de um salto sobre seu cavalo e se foi galopando, e ainda quando sua equitação se aperfeiçoava, era uma escapada efetiva.
sentia-se como uma parva, procurando em todas partes, esperando uma visão momentânea dele. Tinha forçado o ferrolho de sua habitação a noite anterior, só para encontrar que ele se deslizou fora da janela e escalado a maldita parede do castelo para apartar-se dela.
Quando ele tinha chocado violentamente contra a sarça, Gwen se tinha ficado olhando-o com olhos enormes, qualquer espionagem de risada súbitamente esmagado pela visão dele nu. Tinha sido tudo o que podia fazer para não lançar-se a si mesmo pela janela sobre ele. Era um homem esplêndido. Observá-lo passear-se ao redor todos os dias era como matá-la. Especialmente quando tinha posto um kilt, porque ela sabia por experiência que não levava nada baixo ele. O pensamento dele pendurando pesado e nu sob seu plaid o fazia secar a boca cada vez que o olhava, provavelmente porque toda a umidade de seu corpo ia a alguma outra parte.
Suas travessuras não tinham acontecido desapercebidas, se não tinha interpretado mal quão olhadas várias das criadas e os guardas lhe tinham dedicado ao rondar o castelo, observando-a com diversão evidente.
O amor não tinha orgulho.
Sim, bem, mas Gwen Cassidy o tinha, e humilhar-se não era nada divertido.
Suspeitava que quando finalmente se cansasse de sua teima, ia estar categoricamente muito zangada.
Não sabia ele que tão perigoso era provocar a uma mulher?
Capítulo 20
Gwen tinha um plano.
A toda prova até onde podia imaginá-lo.
Tinha tido suficiente tempo para refletir sobre os enganos de seus métodos. Embora a lista era larga e incluía virtualmente tudo o que tinha feito do momento que tinha chegado ao século dezesseis, não era irrescatable. Estava ainda assombrada por como as emoções podiam nublar o julgamento da gente. Nunca em sua vida tinha feito tantas coisas tolas em sucessão tão rápida.
Mas estava sob controle agora, e a curto prazo a estar em controle dele.
ia explicar lhe sua história outra vez, só que esta vez ele ia escutar cada detalhe singular desta: do momento em que se despertou na caverna até o momento em que ela o tinha perdido, incluindo o que ele tinha comido, havia dito, havia trazido posto, o que tinha comido ela, havia dito, gasto posto. E em alguma parte dessa história, estava convencida que encontraria o catalisador que o faria recordar. Tinha considerado cuidadosamente as curvas fechadas da linha cronológica por horas a noite anterior, junto com as flechas termodinâmicas, psicológicas e cosmológicas do tempo. Estava convencida de que a memória estava impressa em seu DNA, e apesar das flechas que indicavam que só se podia recordar para frente, não para trás, não estava realmente segura de acreditar nisso.
ia fazer seu melhor intento para desmentir a teoria. depois de tudo, o quantum era raramente previsível. Inclusive Richard Feynman, ganhador do Prêmio Nóbel de Física por seu trabalho na electrodinámica quântica, havia dito que ninguém realmente entendia a teoria quântica. A teoria matemática era vastamente diferente ao mundo implícito por tais equações.
Ela tinha concluído que nesse "ali" nunca tinha sido dois Drustans, somente duas manifestações na quarta dimensão de um solo conjunto de células. Mas bem como um raio de luz solitário refratado por um prisma, onde o raio de luz era Drustan, e o prisma era a quarta dimensão. Embora a única luz apontada dentro do prisma refratava em múltiplos direções, era apesar de tudo só um foco emissor. Se essa luz era uma pessoa, por que suas células não carregariam o rastro de sua viagem alternativa? Se a lembrança estava ali, então possivelmente recordar seria muito confuso, de modo que a mente trataria de resolver essas "lembranças" etiquetando-os como "sonhos"; se se recordava algo, o descartava como fantasias noturnas.
Drustan ia escutar cada palavra, embora ao falar ficasse rouca.
E ela sabia precisamente como e onde ele ia fazer o, pensou com ar satisfeito, remetendo uma lança sob seu braço. Ela poderia ser pequena, mas não era inofensiva. Bastante tempo tinha passado dessa maneira, sentindo-se ferida e ineficaz. Era hora de apresentar batalha.
-Entra ali e prova-o- disse Gwen ao guarda.
Lhe lançou um olhar de dúvida.
-Vamos, simplesmente prova- ela disse malhumoradamente-. Não vou machucar te.
O guarda procurou com o olhar ao Silvan, que estava apoiado contra a parede, os braços cruzados, sorrindo. Ante sua inclinação de cabeça, o guarda suspirou e fez o que lhe tinham pedido.
-Pode fazê-lo?- perguntou Gwen alguns momentos mais tarde.
escutou-se o som de ruídos surdos amortecidos, patadas e murros, e logo:
-Não, milady, não posso.
-Faz um intento mais duro- animou-o a jovem.
Mais ruídos surdos. A maldição suave. Bem, pensou ela. Perfeito.
Silvan e Gwen intercambiaram sorrisos presumidos.
Drustan baixou as escadas silenciosamente, seus pés nus silenciosos nas pedras. Eram as quatro da manhã, e embora Gwen estava dormida, o sigilo era sempre sábio com ela na residência. Tinha-a ouvido entrar em sua câmara ao anoitecer, provar a porta de conexão, logo suspirar e apoiar-se contra ela quando a encontrou ainda bloqueada com uma barricada. O cordame da cama tinha chiado por um tempo enquanto se acomodava, mas finalmente tudo tinha ficado em calma.
Ele se havia desperezado de costas em sua cama, as mãos na parte traseira de sua cabeça, rechaçando pensar nela dormindo nua ao outro lado da parede. Mas a parte difícil a respeito de recusar-se a pensar em algo era que se tinha que pensar nisso para recordar-se que não pensasse a respeito disso.
E ele sabia que ela o fazia. Dormir sem nada em cima. Era uma muchachita sensual que desfrutaria de do deslizamento sedoso das colchas de veludo contra sua pele fina, suave, cremosa. Deslizando-se com uma branda abrasão aveludada sobre seus mamilos erguidos, retorcendo-se em torno de seus quadris, provavelmente enquanto se arqueava e começar a desfrutar...
Drustan exasperado, deu uma sacudida cruel a sua cabeça. Cristo, estava perdendo a razão, estava fora de seus cabais.
Provavelmente por ser espiado todo o tempo. Ela pensava que ele não sabia que o espiava, vigiando-o a cada instante, mas sabia. Ela era uma chama vivente, passeando-se ao redor de seu castelo, toda tentação e curvas exuberantes.
De tal maneira que a cautela se converteu quase em sua profissão. Ele podia ter acontecido a noite fora, mas o irritava inclusive havê-lo considerado brevemente. Era seu castelo, pelo Amergin! Ela o punha absolutamente irracional.
Enquanto dobrava uma esquina, tropeçou, golpeou-se o dedo do pé e amaldiçoou em cinco idiomas. Percorrendo com o olhar a seu redor, fez uma nota mental para mover o montão de lanças para a armería. Não podia imaginar por que jaziam ao lado da escada em primeiro lugar.
Negando com a cabeça e resmungando quedamente, baixou os poucos passos ao corredor e se meteu silenciosamente no garderobe.
Estraguem! gritou Gwen silenciosamente. Por fim! Ela se agachou sob o arco de pedra do corredor. As pessoas raramente olhavam para cima, e a escuridão do corredor a havia provido de mais camuflagem. Aterrissou agilmente em forma de bola sobre seus pés, apressou-se a ir ao vestíbulo, e tirou várias lanças de aço que estavam amontoadas contra a parede das escadas.
Avançando a rastros silenciosamente de retorno à porta do garderobe, reforçou um cabo da lança de aço contra a parede de pedra silenciosamente. Entendia de questões de apuntalamiento e de pressão melhor que muitos.
Dois, logo três, logo cinco lanças, embora só dois sustentavam solidamente a porta como foi pedido. Drustan era um homem grande, e não correria nenhum risco de que ele pudesse derrubar a porta sobre sua cabeça.
Uma pequena risada nervosa se levantou dentro dela. Apanhar ao laird do castelo em seu garderobe apelava a seu senso de humor. Não obstante, o fato de que não tivesse dormido durante as passadas três noites, em espera de que ele fizesse uma viagem noturna, provavelmente tivesse um pouco que ver com isso também.
afastou-se da porta e se deslizou rapidamente no Grande Hall, com a intenção de lhe dar uns poucos minutos de privacidade e o tempo para descobrir que estava encerrado e tirasse o pior de sua ira fora de seu sistema.
Logo averiguaria, tristemente, que tinha menosprezado que tão mau seria "o pior".
Drustan passou uma mão através de seu cabelo e procurou às escuras, apalpando, a porta. Quando não se moveu, uma parte dele não estava surpreendida. Mas outra parte respondeu ao feito com uma espécie de resignação gostosa.
Ela queria batalha? Batalha obteria. Seria agradável pôr as coisas em claro de uma vez por todas. Uma vez que ele tivesse arrancado a porta do marco, exigiria vingança em seu corpo pequeno com abandono jubiloso. Não mais No-puedo-tocarte-porque-soy-honorable-y-estoy-prometido.
Não, ele a tocaria. Em qualquer maldito lugar e em qualquer maldita forma que quisesse. Quantas vezes quisesse.
Até que ela implorasse e choramingasse baixo ele.
Ela tinha estado tratando de enlouquecê-lo? Bem, o concederia. Atuaria como o animal que ela o fazia sentir. Ao inferno com a Anya, o inferno com o dever e a honra, ao inferno com a disciplina.
Ele precisava tomá-la. A ela. Agora.
Drustan descarregou de um golpe seu corpo contra a porta.
E apenas se estremeceu.
Uivando, precipitou-se contra ela outra vez. E outra vez, e outra vez.
Nem um cabelo. Furioso, fechou de um golpe seus punhos na porta por cima de sua cabeça. Outro estremecimento, mas nada significativo.
Podia a ardilosa garota colocar cunhas entre a parede e a porta, toda a passagem até acima? Cristo, ele nunca sairia! Sabia que tão robusta era a porta, esculpida extragruesa para assegurar a intimidade.
-Abre! - ele rugiu, golpeando-a com seu punho.
Nada.
-Moça, se abrir agora, deixarei-te de uma peça, mas lhe juro isso, se me mantiver aqui dentro um momento mais te rasgarei membro a membro em tiras pequeñitas- ele ameaçou.
Silêncio.
-Moça! Garota! Gwen-dou-lynnnnnn!
Fora da porta, Gwen contemplou as cinco lanças instaladas em ângulos diversos entre a porta e a parede de pedra. Nope. De maneira nenhuma. Ele nunca sairia dali. Não até que ela estivesse bem preparada.
Mas era impressionante ver como a porta se estremecia cada vez que seu corpo a golpeava.
-Poderia ter que deixá-lo gritar até que fique rouco, minha querida- disse Silvan, recostado sobre a balaustrada.
Gwen inclinou sua cabeça para trás.
-Sinto muito, Silvan. Não tinha a intenção de despertá-lo.
Ele sorriu abertamente, e Gwen se precaveu onde tinha obtido Drustan seu sorriso travesso.
-Não me teria perdido ver meu filho bloqueado com uma barricada na letrina por uma moça pequeñita por nada do mundo. Boa sorte com seu plano, minha querida- ele disse com um sorriso, logo se foi.
Gwen contemplou a porta tremente, logo sujeitou suas mãos sobre suas orelhas e se sentou a esperar.
-Traga-te café, moça- gritou Nell.
-Obrigado, Nell- respondeu Gwen a gritos.
Ambas saltaram no seguinte rugido enfurecido detrás da porta do garderobe.
-É você, Nell?-. Drustan resfolegou de fúria.
Nell se encolheu de ombros.
-Sim, sou eu. Trago café para a moça.
-Você está despedida. Despedida. Fim. Vete rapidamente de meu castelo. Fora.
Nell rodou seus olhos e sorriu ao Gwen.
-Quererá também o café da manhã, moça?- disse docemente, o suficiente forte para que Drustan pudesse ouvi-la.
Outro rugido.
Perto das dez em ponto da manhã Gwen pensou que ele em pouco tempo poderia estar preparado para falar. Tinha ameaçado, havia fanfarroneado, inclusive tinha tratado de lisonjeá-la. Logo o suborno tinha começado. Ele a deixaria viver se ela o deixava sair imediatamente. Daria-lhe três cavalos, duas ovelhas e uma vaca. Daria-lhe uma bolsa de moedas, três cavalos, duas ovelhas, e não simplesmente uma vaca a não ser uma vaca leiteira, e a estabeleceria em qualquer parte da Inglaterra, se ela simplesmente deixava seu castelo e não o incomodava outra vez pelo resto de sua vida. A única oferta/amenaza que tinha elevado seu interesse momentâneo tinha sido quando ele tinha gritado que ia a follarla até que suas lindas pernas não pudessem sustentá-la.
Oxalá fora tão afortunada.
Mas agora, ele tinha guardado silêncio desde fazia quinze minutos.
Gwen contemplou a porta, segura de que não deveria instigar nenhuma discussão. Debilitaria sua posição sugiriendo que ele tinha o controle. Não, ele tinha que dirigir a palavra a ela em um tom razoável primeiro.
E não demorou muito antes de que ele dissesse:
-Não é muito agradável aqui dentro, moça-. Ele soou carrancudo. Ela afogou uma risada.
A jovem imitou seu acento.
-Não é muito agradável aqui fora tampouco. Sabe que me fiquei as passadas três noites em espera de que vá ao quarto de banho? Começava a pensar que nunca o fazia.
Grunhido.
Ela suspirou e pressionou sua mão contra a porta, para apaziguá-lo. Ou estar mais perto dele. Isso era o mais perto que tinham estado em dias, com apenas uma porta entre eles.
-Sei que não é muito agradável, mas essa foi a única forma que podia pensar para conseguir que me escutasse. Escapou-te de sua câmara; onde se não te podia apanhar?
-me deixe sair, e escutaremos o que for que tem o desejo de dizer- ele disse rapidamente. Muito rapidamente.
-Parece-me que não, Drustan- disse ela, movendo-se para baixo até o piso de pedra. Vestida com um par de trews de alguém muito maior que ela, cruzou suas pernas comodamente e recostou suas costas contra a porta. Tinha-os levado postos todas as noites, com uma solta camisa de linho, enquanto se tinha pego ao arco de pedra por cima do garderobe.
-Com abundante nata, como você gosta, Gwen- disse Nell, colocando um tigela de papa de aveia, nata e pêssegos ao lado dela.
Um rugido de atrás da porta.
-Está lhe servindo a ela papa de aveia?
-Isto não é nada que te concirna- respondeu Nell serenamente.
-Sinto muito, Drustan- disse Gwen apaciguadoramente-, mas isto é tudo por sua culpa. Se uma vez sequer tivesse estado disposto a te sentar e tomar um pouco de café ou tomar o café da manhã comigo e falar, não teria que estar fazendo isto. Mas o tempo transcorre e realmente precisamos esclarecer algumas costure. Nell se irá agora, e vai ser somente entre você e eu.
Silêncio. Dilatado, tenso.
-O que quer de mim, moça?- finalmente disse ele, cansado.
-O que quero é que ouça. vou dizer te tudo o que posso recordar a respeito de nosso tempo juntos no futuro. pensei nisso bastante, e ali deve haver algo que te fará recordar. É possível que simplesmente não saiba, algo que seja isso.
Ela ouviu um suspiro enorme detrás da porta.
-Muito bem, moça. Ouçamo-lo todo esta vez.
Drustan estava sentado sobre o piso do garderobe, suas pernas estiradas, os braços pregados sobre seu assumo, suas costas contra a porta. Fechou os olhos e esperou que começasse. Só tinha conseguido cansar-se enfurecendo-se. A contra gosto, admirou sua persistência e determinação. O arrebatamento que tinha tido teria aterrorizado a qualquer outra moça. Enquanto ele se encolerizou e se precipitou contra a porta, imaginava ao Gwen ao outro lado, os braços dobrados sob seu preciosos seios, golpeando ligeiramente um pé, esperando pacientemente a que ele se acalmasse. Esperando horas, sabendo que poderia ter acontecido o meio-dia incluso.
Ela era formidável.
E pelo Amergin, um pouco muito lista para estar completamente atordoada.
Você sabe que ela não está transtornada, por que não o admite?
Porque se ela não está transtornada, diz a verdade.
E por que demônios te incomoda?
Ele não tinha resposta para isso. Não tinha idéia de por que a moça o convertia em um idiota lhe balbuciem.
-Tenho vinte e cinco anos de idade- lhe ouviu dizer através da porta.
-Tão velha?- burlou-se ele-. Minha prometida tem quinze-. Ele sorriu quando ela grunhiu.
-Isso, segundo a Constituição, chama-se violação de menores em meu século- disse ela com voz afiada.
Segundo a Constituição, ele refletiu. Outra frase pouco clara.
-Isso significa que pode ir a prisão por isso- adicionou a jovem.
Ele bufou.
-por que me importaria que tão velha é? Tem isso algo que ver com sua história?
-É a versão larga com um pouco de antecedentes. Agora, te cale.
Drustan calou, sentindo-se curioso a respeito do que lhe diria.
-Tirei férias em Escócia, sem saber que era a excursão em ônibus de uns anciões...
À medida que o tempo passava, Drustan relaxava suas costas contra a porta e ouvia com atenção em silêncio. Imaginou a partir do som de sua voz que ela estava sentada quase da mesma maneira, de costas à porta, falando sobre seu ombro para ele.
Isso queria dizer, em certo modo, que se tocavam, coluna vertebral contra coluna vertebral. O pensamento era familiar: sentar-se na escuridão, escutando sua voz.
Gostava do som de sua voz, decidiu. Era baixa, melódica, firme e confiada. por que não tinha advertido isso antes?, perguntou-se. Que sua voz continha um grau de confiança em si mesmo que tinha que ter provindo de alguma parte?
Talvez porque cada vez que lhe tinha falado, ele tinha estado desesperadamente distraído por sua atração para ela, mas desde que não podia vê-la, seus outros sentidos estavam intensificados.
Sim, ela tinha uma voz delicada, e lhe gostaria de ouvi-la cantar uma balada antiga, pensou, ou talvez um arrulho para seus meninos...
Negou com a cabeça e enfocou a atenção nas palavras, não em seus pensamentos idiotas.
Nell silenciosamente deu ao Gwen outro jarro de café e se escabulló.
-E subimos pela colina para as pedras, mas seu castelo não estava. Tudo o que ficava eram os alicerces e umas poucas paredes desmoronadas.
-Em que data te enviei através das pedras?
-Setembro vinte e um, e você o chamou Mabon. O equinócio de outono.
Drustan aspirou bruscamente. Isso não estava usualmente relatado nas lendas, que as pedras podiam ser usadas só nos solstícios e equinócios.
-E como usei as pedras?- pressionou.
-Você te está salteando tudo- queixou-se ela.
-Bem, me diga primeiro isto, logo volta atrás. Como usei as pedras?
por cima dela, detrás da balaustrada, Silvan e Nell estavam sentados sobre o piso, escutando-a. Nell estava ruborizada por suas carreiras do lado do Gwen até a cozinha, subir pelas escadas dos serventes, e retornar a unir-se ao Silvan. Tudo com a quietude de um camundongo.
-Não acredito que você devesse ouvir- murmurou Silvan, mas calou abruptamente quando Nell pressionou sua boca contra sua orelha.
-Se está pensando que vivi aqui doze anos e não sei o que são, então, velho, está tão parvo como Drustan pensa que está Gwen.
Os olhos do Silvan se alargaram.
-Posso ler também, sabe?- murmurou Nell rigidamente.
Os olhos do Silvan ficaram enormes.
-Pode?
-Shh... que estamos nos perdendo tudo.
-Você juntou pintura de rochas, rompeu-as no círculo e gravou fórmulas e símbolos nas faces interiores das treze pedras.
Um calafrio escovou a coluna vertebral do Drustan.
-Logo riscou três mais na laje. E esperamos a meia-noite.
-Och, Cristo- murmurou Drustan. Como podia ter ela conhecimentos de coisas assim? As lendas sugeriam que as pedras eram usadas para viajar, mas ninguém, salvo ele mesmo, Dageus e Silvan, sabiam como fazê-lo. Exceto, agora, Gwen Cassidy.
-Recorda os símbolos?- perguntou ele bruscamente.
Ela descreveu vários deles, e suas descrições, embora incompletas, tinham a suficiente exatidão para perturbá-lo profundamente.
Com sua mente rechaçando a possibilidade, titubeou torpemente procurando algo sólido no que pensar. Um pouco menos perturbador. Ele sorriu, atinando um bom tema. Não tinha dúvidas de que ela trataria de trocá-lo rapidamente.
-Afirmou que tomei sua virgindade. Quando fiz o amor contigo, moça?- disse com voz rouca, girando sua boca para a porta.
Gwen estava sentada do outro lado e voltou sua boca para a porta. Beijou-a, logo se sentiu completamente tola, mas pelo som de sua voz, parecia como se ele, também, estivesse sentado com suas costas para a porta. E sua voz tinha divulgado mais próxima agora, como se ele tivesse posto sua boca para a dela.
-Nas pedras, diretamente antes de que acontecêssemos delas.
-Sabia que você foi virgem?
-Não- ela murmurou.
-O que?
-Não- ela disse em voz mais alta.
-Enganou-me?
-Não, simplesmente não pensei que fora o suficientemente importante para mencioná-lo- disse ela defensivamente.
-Tolices. Algumas vezes, não dizer toda verdade é o mesmo que mentir.
Gwen se sobressaltou, sem lhe gostar de que suas próprias palavras fossem lançadas de retorno a sua face.
-Tive medo de que não fizesse o amor comigo se soubesse- admitiu. E você teve medo de que te deixasse se sabia a verdade a respeito de ti. Que bom casal fomos.
-por que foi ainda virgem aos vinte e cinco?
-Eu... simplesmente nunca encontrei o homem correto.
-E como seria o homem correto para ti, Gwen Cassidy?
-Não acredito que isso tenha algo que ver...
-Certamente pode encontrar em seu coração o me conceder uns poucos dons, vendo onde me mantiveste apanhado todo o dia.
-OH, está bem- disse ela a contra gosto-. O homem correto... me deixe ver, seria preparado mas brincalhão. Teria um bom coração e seria fiel...
-A fidelidade é importante para ti?
-Muito. Não compartilho. Se ele for meu homem, então é só meu.
Ela podia ouvir um sorriso em sua voz quando ele disse:
-Segue.
-Bem, lhe gostariam das coisas simples. Como o bom café e a boa comida. Uma família...
-Quer meninos?
-Dúzias- ela suspirou.
-Ensinaria-os a ler e todo isso?
Gwen fez uma respiração profunda, seus olhos empanados. A vida requeria um balanço delicado, e a dela tinha estado dolorosamente desequilibrada. Sabia exatamente o que ensinaria a seus meninos.
-Ensinaria-os a ler e sonhar e olhar as estrelas e admirar-se. Ensinaria-lhes o valor da imaginação. Ensinaria-lhes a jogar tão duro como a trabalhar-. Suspirou com força antes de acrescentar brandamente-: E lhes ensinava que todos os cérebros do mundo não podem compensar o amor.
Ela o ouviu fazer uma respiração arruda. Esteve muito tempo silencioso, como se suas palavras tivessem significado muito para ele.
-Verdadeiramente crie que o amor é a coisa mais importante?
-Sei que o é-. Ela tinha aprendido toda classe de lições em Escócia. Uma carreira, o êxito e a aclamação da crítica, nada disso tinha muita importância sem amor. Era o ingrediente necessário que tinha estado necessitando toda sua vida.
-Como fiz o amor contigo, Gwendolyn Cassidy?
Os lábios do Gwen se entreabriram em um gemido suave. As singelas palavras que ele havia dito tinham enviado o calor lanceando através de seu corpo. Começava a soar como seu Drustan. Essa conversação íntima a comovia; possivelmente comovia as defesas dele de igual maneira.
-Como, Gwen? me diga como fiz o amor contigo. diga-me isso com muito detalhe.
Molhando seus lábios, ela começou, sua voz baixando intimamente.
Silvan agarrou a mão do Nell e atirou fortemente.
-Não- ela vocalizou.
-Não podemos ouvir às escondidas isto- ele pronunciou a sua vez-. Isto não é correto.
-Não irei-. Os lábios do Nell estavam franzidos, seu olhar teimoso.
Silvan ofegou mas, depois de uns poucos momentos, agachou-se outra vez.
E quando Gwen falou, ele se encontrou cedendo a alguma sorte de privacidade, imaginando que era Nell quem estava lhe dizendo com tanto detalhe o que tinha feito ele a ela. Ao princípio deixou seu queixo firmemente baixo, evitando seus olhos, mas depois de um tempo roubou um olhar subrepticia nela.
Nell não apartou o olhar.
Os olhos café encontraram os azuis e os sustentaram.
Seu coração começou a golpear.
-E logo me disse algo, ao final, que nunca esquecerei. Disse as palavras mais doces, e eram tão afetuosas que estalaram através de mim. Disse-o nessa voz engraçada que tem.
-Que pinjente?-. Drustan moveu sua mão sobre seu membro. Seu plaid estava jogado para um lado, suas pernas estendidas, sua mão ao redor de seu pênis. Estava tão excitado que pensou que ia explorar. Lhe havia dito em detalhe como tinha feito o amor com ela, e tinha sido a experiência mais erótica de sua vida. Sentando-se às escuras, olhando as imagens em sua imaginação, havia sentido como se voltasse a vivê-lo. Sua mente tinha suprido os detalhes que ela não tinha mencionado, os detalhes que podiam somente ter nascido de sua imaginação ou de alguma memória profundamente enterrada. Não sabia.
Nem lhe importava.
Já não tinha importância se ela estava mentindo ou dizendo a verdade. Desejava ao Gwen Cassidy em uma forma que desafiava a razão, em certo modo mais à frente até da dúvida.
Admirava sua tenacidade; desejava-a com cada fibra de seu ser; o fazia rir, punha-o furioso. Ela se mantinha firme; acreditava que ele era um Druida e o desejava de todas maneiras.
Pelo Amergin, o três vezes plantado Drustan MacKeltar estava sendo açoitado por uma mulher que sabia o que era ele. Já não podia recordar que alguma vez a tivesse resistido para começar.
Ele lutou contra um desejo intenso de chegar por si mesmo ao clímax, para encontrar liberação, uma liberação que desesperadamente tinha necessitado do momento em que ela tinha entrado em sua casa. Mas, não, não de uma maneira tão vazia. Desejava-o com ela. dentro dela.
-O que disse foi tão romântico- disse a moça com um pequeno suspiro.
-Um-hmm- ele se engenhou para murmurar. Quando ela falou outra vez, tomou uns poucos momentos dar-se conta do que dizia.
E quando o fez, lançou-se sobre seus pés, rugindo, mas ela continuou falando:
-Se algo deve perder-se, então seja minha honra pelo teu. Se um deve ser desamparado, então seja minha alma para a tua. Se a morte chegar logo, então seja minha vida para a tua. Sou Dado. Isso é o que você disse.
Quando ela terminou, Drustan se dobrou sobre si mesmo. Um raio de calor e luz se criou dentro dele e se pulverizou, envolvendo-o. Não podia falar, logo que podia respirar, enquanto onda detrás onda de emoção colidia sobre ele.
Gwen se dobrou sobre si mesmo, enquanto uma quebra de onda de emoção intensa colidia sobre ela. sentiu-se engraçada, realmente estranha, como se verdadeiramente houvesse dito algo irrevogável.
-Och, Cristo, Nellie- murmurou Silvan, atordoado ao mesmo tempo pelas palavras do Gwen e pela compreensão de que estava sustentando a mão do Nell, e ela o deixava-. Simplesmente se casou com ele.
-Casado?-. Os dedos do Nell apertaram os dele.
-Sim, os votos do Druida. Nunca fiz esse feitiço, inclusive quando me casei com minha esposa.
Os lábios do Nell se abriram em um "por que?", mas logo ambos olharam às escondidas, sem fôlego, sobre a balaustrada, desesperado-se por ouvir o que ocorreria depois.
Capítulo 21
-Ejem- disse Drustan depois de muito tempo-. Sabe que acaba de te casar comigo, moça?
-O que?- gritou Gwen.
-Por favor, deixaria a seu marido sair do garderobe?
Gwen ficou aturdida. Ela se tinha casado com ele com essas palavras?
-Esses eram os votos matrimoniais druidas, um feitiço lhe vinculem, e não entendo como sabia você, mas...
Deus Santo, ele ainda não recordava!, precaveu-se ela com uma sensação de afundamento, embora lhe havia dito tudo, até os detalhes minúsculos.
-Sabia isso, imbecil, porque você me disse isso! E não sabia que me casava contigo...
-Não cria que sairá disto- ele disse malhumoradamente.
-Não trato de sair disto...
-Não?- exclamou ele.
-Você quer estar casado comigo? Ainda sem recordar?
-É muito tarde. Estamo-lo. Nada o pode desfazer. Será melhor que te acostume-. Ele deu murros à porta para enfatizá-lo.
-O que há a respeito de sua prometida?
Ele resmungou algo a respeito de sua prometida que esquentou seu coração.
-Mas essa é outra coisa que não entendo, moça. Se o que disser que ocorreu realmente ocorreu, então não entendo por que não teria tecido um feitiço que me deveria dizer. Teria sabido que a possibilidade existia, que não poderia conseguir retornar. Certamente te teria dado um feitiço de cor.
-Um he-enfeitiço de m-m-memória?- resmungou Gwen. Pôde ser tão simples todo o tempo? ela tinha a chave para fazê-lo recordar, mas não lhe havia dito como usá-la? Que não lhe havia dito ela até agora? Deliberadamente tinha retido uns poucos detalhes para ter algo com o que prová-lo quando repentinamente ele reclamasse ter recuperado a memória. Fechando seus olhos, pensou ferozmente, repassando rapidamente detalhes... OH!
Tem boa memória, Gwen Cassidy?, tinha-lhe perguntado ele no carro enquanto se aproximavam do Ban Drochaid.
-OH, Deus Santo. Como algo que rimava?- gritou ela.
-Pode ser.
-Se me tivesse dado um feitiço, haveria-me dito como usá-lo?- disse ela acusadoramente.
Houve um silêncio comprido, logo ele admitiu:
-Ao melhor, não lhe haveria isso dito até o último momento possível.
-E se no último momento possível você desapareceu?- pressionou ela.
Houve uma aspiração arruda, logo um dilatado silêncio detrás da porta. Então:
-Dava sua rima se tiver uma!- exclamou ele.
Ela deu a volta e olhou para a porta, logo colocou sua Palmas e sua bochecha contra ela. Fica, mas claramente, falou.
Drustan estava orientado à porta, sua Palmas estendidas contra a madeira fresca, sua bochecha pressionada contra ela. Ele tinha murmurado os votos matrimoniais Druida a sua vez do momento em que ela os havia dito. Não havia forma de que ela escapasse dele agora. Seu anterior compromisso matrimonial não significava nada. Ele estava bem e verdadeiramente casado. Os votos de atadura de um druida nunca poderiam ser quebrados. Não existia algo como o divórcio Druida.
Ele se preparou psicologicamente, em espera de suas palavras, esperando e temendo.
Sua voz melódica se transmitiu claramente através da porta. E enquanto ela falava, as palavras tremeram através dele, mesclando o passado e o futuro com um morteiro cósmico e um redemoinho de luz.
-Onde você te derrube, ali é onde estarei eu, duas chamas brilhando em uma só brasa; ambos para frente e atrás voando no tempo: se se murcha sua arte, recorda.
Ele caiu ao piso dobrando-se sobre si mesmo, agarrando duramente sua cabeça. Och, Cristo, pensou, minha cabeça certamente se dividirá em dois. Sentiu como se estivesse sendo rasgado em dois, ou tivesse sido esmigalhado em duas e alguma força inimaginável tratasse de esmagar as duas partes para as unir outra vez.
Foi instinto puro livrar-se disso.
As palavras, de um lugar de sonho, esbofetearam-no:
-Você não confia em mim.
-Eu confio em ti, muchachita. Confio em ti muito mais do que crie.
Mas não era verdade. Ele tinha medo de perdê-la.
Logo as imagens: outro brilho desse trew azul, uma Gwen nua baixo ele, em cima dele. Uma insignificância de fita de seda vermelho entre seus dentes. A ponte branca.
-Briga contra mim até a morte- os lábios da falsificação se moveram silenciosamente-.Já vejo. Vejo agora que só a gente vive. Isto não é obra da Natureza, é-lhe congenitamente indiferente, mas sim é nosso próprio temor o que nos impulsiona a nos destruir mutuamente. Rogo-te, me aceite. nos deixe a ambos viver.
-Nunca te aceitarei- Drustan rugiu.
Ele tinha brigado, cruel e victoriosamente.
nos deixe a ambos viver.
Drustan jogou mão de sua vontade druida, obrigando-o a baixar suas defesas, obrigando-o a submeter-se.
Ama-a, a falsificação murmurou.
-Och, Gwen- Drustan respirou-. Gwen, meu amor.
Gwen contemplou a porta cautelosamente. Não tinha havido um som detrás dela do momento em que havia dito a rima.
Preocupada, escavou a porta.
-Drustan?- perguntou nervosamente.
Houve um silêncio comprido.
-Drustan, está bem?
-Gwen, moça, abre esta porta neste mesmo instante- ordenou ele. Soou ofegante, sem respiração.
-Tem que responder algumas pergunta primeiro- ela equilibrou riscos, querendo saber exatamente quem sairia em um momento do garderobe-. Qual era o nome da loja?
-Barrett's- ele disse impacientemente.
-O que quis que te comprasse na loja para te pôr?
-Quis trews púrpuras e uma camisa púrpura e você me deu uma camisa canção negra e trews negros e sapatos brancos duros. Não entrei em seus trews azuis e você ameaçou me ajudando a calçá-los com minha espada-. Sua voz se fez mais funda, com ar satisfeito-. Mas lembrança que suas ameaças se acabaram uma vez que te beijei. Converteu-te realmente em uma moça aprazível logo.
Ela se ruborizou, recordando com exatidão que tão inexcusablemente tinha respondido a seu beijo. Um pequeno tremor de excitação correu a velocidade através dela. Era seu Drustan outra vez!
-Qual era o nome da dependienta no Barrett's? Essa tão maliciosa e pouco atrativa- adicionou ela, enrugando o nariz.
-A verdade seja sorte, não tenho a menor ideia, moça. Tinha olhos só para ti.
OH, Deus Santo, que grande resposta!
-Abre a condenada porta!
As lágrimas empanaram seus olhos enquanto dava um salto para golpear a lança principal para soltá-la. Estralou pelo piso, seguida pela segunda.
-E o que tinha posto eu quando fez o amor comigo?- disse ela, tirando a terceira e a quarta a patadas, ainda incapaz de acreditar que o tinha de volta.
-Quando fiz o amor contigo?- ronronou ele através da porta-. Nada. Mas antes, tinha uns trews café claro cortados na coxa, uma chemisse curta na cintura, botas chamadas Timberland, meias três-quartos batizados Pólo Sport, e um fita de seda vermelho...
Ela devorou bruscamente a porta aberta.
-Que me tirou com os dentes e a língua- ela choramingou.
-Gwendolyn!-. Ele a esmagou em seus braços e a beijou, um beijo profundo da alma que a queimou até os dedos dos pés.
Quando Gwen envolveu seus braços ao redor de seu pescoço, ele cavou suas mãos sob seu traseiro e a elevou, devorando suas pernas ao redor de sua cintura. Ela fechou seus tornozelos detrás dele. Ele nunca se separaria dela outra vez.
-Deseja-me, moça. A mim. Sabendo tudo o que sou- ele disse incrédulamente.
-Sempre te desejo- ela resmungou contra sua boca.
Ele riu gozosamente.
Sua reconciliação não foi uma coisa suave. Ela atirou de seu kilt, ele rasgou os trews dela, a roupa voou em todas direções, até que, ofegando entre beijos, ambos se levantaram nus perto da escada do Grande Hall. Gwen o percorreu com o olhar, seus olhos ampliando-se, sua respiração saindo em ofegos curtos, enquanto tardiamente se precavia de onde estavam. Logo seu olhar se derramou sobre seu corpo incrível, e se esqueceu não só de onde estava, mas também até em que século. Não existia nada exceto ele.
Os olhos chapeados brilharam intensamente, e ele agarrou sua mão, devorando-a pelo corredor até a despensa, onde fechou de repente a porta com uma patada, e a esmagou contra a parede, deixando sua roupa pulverizada ao redor do vestíbulo.
Gwen pressionou sua Palmas contra seu assumo musculoso e suspirou de prazer. Não podia ter suficiente de tocá-lo. O tempo que ele não a tinha reconhecido tinha sido o pior tipo de tortura, olhando-o todos os dias, incapaz de acariciá-lo e beijá-lo. Tinha um montão de tempo perdido que recuperar, e começou riscando suas mãos sobre seus ombros, por suas costas, roçando seus quadris fornidos. Sua pele era veludo sobre aço, tinha aroma de homem e especiarias e a fantasia de cada mulher.
-Ah, Deus Santo, senti saudades, moça-. Ele tomou sua boca rudamente, suas mãos lhe englobando a face, beijando-a tão profundamente que ela não podia respirar, até que ele encheu seus pulmões de sua própria respiração.
-Senti saudades também- ela choramingou.
-Estou tão causar pena, Gwen- ele murmurou-, por não acreditar em ti...
-te desculpe mais tarde. me beije agora!
A risada do Drustan rodou erótica e enriquecedora na escuridão da despensa. Ele empurrou as costas da jovem em cima dos costales de grão e se abateu sobre ela, suspendendo seu peso em seus antebraços. E a beijou. Beijos lentos, intensamente íntimos, e carreiras loucas de beijos profundos. Ela o bebeu como se ele fora o ar que necessitava para sobreviver.
Abrandando as costas contra os costales, a moça gemeu quando sua coxa musculosa se deslizou entre suas pernas. Ele riscou beijos quentes e úmidos sob seu pescoço, sobre suas clavículas, através de seus ombros. Ela envolveu suas pernas ao redor dele, roçando-se contra seu homem lascivamente, saboreando o deslizamento escorregadio dele.
Drustan a contemplou, maravilhando-se. Ela era tão bela; suas bochechas ruborizadas, seus olhos tempestuosos de paixão, seus lábios médios divididos em um ofego suave. Ela era sua alma geme-a, lista, preciosa e tenaz. Amaria-a até seu último suspiro, e mais à frente, se algo semelhante era possível para um Druida e seu consorte. Lhe mostraria com seu corpo todas as coisas que sentia por ela, e talvez ela murmuraria essas palavras tenras que ele tanto tinha desejado ouvir no círculo de pedras, quando lhe tinha dado sua virgindade.
Ela choramingou quando ele raspou com sua mandíbula sem barbear seus mamilos. arqueou-se para cima, faminta de mais. Ele trocou de posição seu corpo, de maneira que seu comprimento grosa e quente descansasse entre suas coxas, movendo seus quadris em impulsos lentos, parecidos.
Logo retrocedeu, enlouquecendo-a, e procedendo a saborear a de pés a cabeça.
Começando nos dedos dos pés.
Gwen jogou para trás a cabeça, enlevada, sentindo os golpes largos e aveludados de sua língua em suas pantorrilhas e seus tornozelos. Dobrando suas pernas, ele riscou beijos sedosos no dorso de seus joelhos. Beijos úmidos e famintos em suas coxas, piscadas brincalhonas de sua língua contra a pele sensitiva onde seu quadril se unia à perna.
Logo beijos profundos, quentes e úmidos onde ela mais o necessitava. Dando lambeduras e mordiscando, as mãos do homem se deslizaram para cima de seu corpo para provocar seus mamilos enquanto ele a beijava e saboreava até que ela se estremeceu contra sua boca, arqueando seus quadris para cima, pedindo mais.
A ressonância que sempre a acompanhava se elevou até um crescendo delicioso, e estalou profundamente, chorando seu nome.
Enquanto ela ainda se estremecia com pequenos tremores diminutos, ele a deu volta e percorreu com sua língua descendendo por sua coluna vertebral até o oco onde suas costas encontrava seus quadris. Logo beijou e saboreou e beliscou cada polegada de seu traseiro. Amassando, apertando, acariciando, perigosamente perto de sua parte mais ardente. Mas não completamente ali. ia morrer se ele não entrava nela, pensou a moça, apertando os dentes. queimava-se, doía de necessidade.
Escorregando sua mão entre ela e os sacos de grão, ele cavou a palma da mão em seu montículo de mulher, e a devorou para trás contra ele, descansando a ponta pesada de seu pênis na fenda de seu traseiro. Enquanto se roçava contra sua brandura exuberante, ele apanhou o nó diminuto com seus dedos, dando golpecitos agilmente de atrás para frente.
Ele saboreou os gritos diminutos que ela fez, os ofegos suaves e os gemidos sem fôlego, escutando atentamente para descobrir que toque produzia como resposta cada som. Logo jogou contra ela uma e outra vez, levando-a perigosamente perto do topo, logo lhe negando o prazer para ouvir seus gritos ficar mais selvagens, sentindo seus quadris estremecer-se para trás contra ele, vendo a prova de seu desejo. Ela sabia o que ele era, e ainda o queria com tal fome. Ela sabia o que ele era, e apesar de todo o queria com tal fome. Era mais do que ele havia, em toda a vida, sonhado tendo. Se ela só dissesse as palavras, essas três palavras simples que ele desejava ouvir... Sim, era um guerreiro, era forte e viril, mas, pelo Amergin, ele queria essas palavras. Tinha passado toda sua vida acreditando que uma mulher nunca poderia dizer-lhe
-Drustan!- gritou ela-. Por favor.
Amo-te, ele pensou, desejando ouvir o dela. Desejando dizê-lo. Ele riscou um dedo sobre o nó tenso de seus clitóris antes de deslizar-se dentro dela. Entrecerró os olhos e gemeu quando ela se esticou ao redor dele. Quando sua mulher se arqueou contra ele grosseiramente, o último vestígio de seu controle se rompeu. voltou-se louco de necessidade. Envolvendo suas mãos ao redor de sua cintura, ele empurrou nela em um movimento resolvido.
Ela soluçou de prazer, rogou-lhe que não se detivera, logo murmurou algo tão deshechamente que ele quase não o ouviu.
Mas não, ele não deixaria que essas palavras passassem inadvertidas!
Tremendo, deteve-se o meio movimento e murmurou roncamente:
-O que acaba de dizer?
-Pinjente que não te detivera- choramingou Gwen, pressionando suas costas contra ele.
-Não isso, a outra coisa que logo disse- demandou ele.
Gwen ficou quieta. Lhe tinha escapado uma declaração apaixonada de seus sentimentos! Deus, como o amava! Ela, Gwen Cassidy, estava completa e delirantemente apaixonada.
A moça falou quedamente, saboreando o calor de seus sentimentos, pondo cada onça de sua alma nas palavras.
-Amo-te, Drustan.
Sujeitando-se em seus cotovelos, Drustan se cambaleou, sentindo as palavras golpeá-lo com todo seu impacto.
-Diga-o outra vez- ofegou ele.
-Amo-te- ela repetiu brandamente.
Ele aspirou em um ofego rude e ficou silencioso um comprido momento, saboreando suas palavras.
-Ah, Gwen, minha pequena e preciosa Gwen, pensei que nunca poderia ouvir essas palavras-. Ele levantou o cabelo da moça para apartar o de sua face e beijou sua têmpora meigamente-. Amo-te. Adoro-te. Quererei-te todos os dias de minha vida- jurou-. Sabia inclusive em seu século que foi a única para mim, o que tinha desejado durante toda minha vida.
Gwen entrecerró seus olhos, entesourando o momento, abraçando suas palavras contra ela.
Quando ele se moveu outra vez, empurrando dentro de seu calor flexível, ela se arqueou para trás para encontrá-lo. Movendo seus quadris, introduzindo-se devagar e profundo, ele inclinou sua face para um lado e a beijou com o mesmo tempo. Aumentando o ritmo, sem nunca romper o beijo.
Foi um emparelhamento de necessidade crua e união sem medida. Como se em certa forma pudessem entrar dentro do outro se conseguissem estar o suficientemente perto.
Ele empurrou; ela gritou. Ela se apertou com força; ele rugiu.
Drustan deslizou suas mãos para cima pelo corpo do Gwen e cavou as mãos sobre seu seios, devorando suas costas contra ele à medida que se entrava nela. A despensa se encheu de sons de paixão, perfumados com o almíscar erótico de homem e mulher e sexo.
Quando ela chegou ao clímax outra vez, ele explorou, gritando seu nome.
Ele a manteve na despensa quase tanto tempo como ela o tinha confinado no garderobe. Incapaz de deixar de tocá-la, de amá-la. Incapaz de acreditar que todo isso tinha acontecido, que ela certamente se apaixonou ele em seu século, que lhe houvesse dito a sua vez os votos de atadura, que embora ele tinha passado por cima lhe dar as instruções completas, ela tenazmente tinha perseverado. Incapaz de compreender que Gwen o amava exatamente pelo que era. Precisava dá-lo voltas dentro de sua mente como ao saborear o brandy mais fino.
Ele a fez dizer-lhe uma e outra vez à medida que se refamiliarizaba com cada polegada de seu corpo delicioso.
Era plena noite antes de que ele aparecesse uma cabeça cautelosa, recuperasse suas roupas, tomasse em seus braços e a levasse até sua cama.
Onde ela dormiria cada noite, jurou-se, até o fim da eternidade.
Capítulo 22
Besseta Alexander se sentou imóvel, uma mão agarrando firmemente suas varas de disco, a outra sua Bíblia. Ela fez uma careta ante sua própria tolice. Sabia qual era mais útil, e não era o tomo cheio de graxa.
Tinha tido sua visão outra vez. Nevin, o sangue jorrando de seus lábios, a mulher chorando, Drustan MacKeltar carrancudo, e essa quarta presença anônima que parecia também estar preocupada com a morte de seu filho.
O que podia fazer uma velha para desafiar ao destino? Como podia evitar ela, com muitos anos em seus ossos e muito pouco vigor em suas veias, a tragédia iminente?
Nevin não emprestaria atenção a suas súplicas. Lhe tinha rogado que deixasse seu posto e retornasse ao Edimburgo, mas ele se recusou. Tinha fingido estar penosamente doente, mas ele tinha visto o trasfondo de suas táticas. Algumas vezes se perguntava que o moço tinha crescido dentro de seu próprio ventre, tão implacável era sua fé em Deus, tão relutante era a sua visão.
Nevin tinha forçado uma promessa dela de que não machucaria ao Drustan MacKeltar. Na verdade, Besseta não tinha desejos de machucar a ninguém, só queria a seu filho vivo. Mas tinha começado a dar-se conta de que ia ter que machucar a alguém ou perder ao Nevin.
Esteve sentada, balançando-se por um tempo incomensurável enquanto a manhã se transformava em tarde e fazia jogo com o crepúsculo, opondo-se à escuridão abismal em sua mente.
Foi no crepúsculo, com as Highlands viva com o zumbido das rãs e o suave ulular dos mochos, quando ouviu os sinos tilintando, as vozes gritando, e o trovão de cavalos aproximando-se da granja.
Besseta se empurrou a si mesmo de sua cadeira, correu a toda pressa até a porta, e abriu uma greta.
Quando viu a caravana cigana, fechou-a rapidamente, pois os selvagens ciganos a assustavam. Contou dezessete carromatos na caravana, alegremente decorados e devorados por cavalos cabrioleros adornados em sedas. Passaram com grande ruído para o Balanoch.
Nevin lhe havia dito tempo atrás que os ciganos acampavam cada verão perto da propriedade MacKeltar, onde nutriam uma feira comercial no Balanoch, liam as fortunas e se misturavam com as pessoas do povo. Havia fogueiras e bailes selvagens e, ao ano seguinte, bebem com pele e olhos escuros.
Besseta se estremeceu, fechou a porta, e se apoiou contra ela.
Mas à medida que uma possibilidade tomava lentamente forma em sua mente, lutou para sobrepor-se a seus medos. Com as artes escuras dos ciganos, ela poderia derrocar a ameaça sem machucar a ninguém. Bem... sem machucar a ninguém realmente. Os ROM realizavam vendas de feitiços poderosos e sortilégios lado a lado com suas mercadorias ordinárias. Custavam uma fortuna, mas ela sabia onde encontrar um tomo iluminado com folhas de ouro que cobriria sobradamente o preço de algo que procurasse. Quanto mais tempo o considerava, mais atrativa a solução parecia. Se pagava aos ciganos para encantar ao laird, então realmente não o danificaria; ela simplesmente... o suspenderia. Indefinidamente. A fim de que Nevin pudesse experimentar sua vida a salvo e em paz.
Quereria dizer que teria que sair a procurar a essas criaturas selvagens, enfrentar-se a seu acampamento obsceno e pecaminoso, mas por seu amado Nevin, ela se enfrentaria a algo.
Silvan e Nell tinham fugido de seu lugar de vigilância no momento em que Gwen tinha liberado ao Drustan do garderobe.
Nell não tinha necessitado esperar a ver o que ia ocorrer depois. Durante a conversação íntima do Drustan e Gwen, assombrou-se de que a porta mesma não tivesse estalado em chamas.
Tinha seguido ao Silvan em uma cega carreira para sua torre, onde se tinham derrubado em sua cama, lançando bufos pela falta de respiração de sua carreira amalucada pelos cem degraus.
Quando seu coração finalmente deixou de golpear, ela se precaveu, com muita consternação, onde estava encarapitada. Na cama do laird! Ao lado dele! Nell se esticou para levantar-se.
Com as mãos firmes em sua cintura, ele a apanhou antes de que ela pudesse escapar e voltou sua face para a dele com uma mão firme sob seu queixo. Os olhos transbordavam de emoção à medida que ele procurava o olhar do Nell. Fundo, em suas profundidades café, as diminutas bolinhas douradas brilharam intensamente. Ela não podia apartar o olhar. Contemplou-o silenciosa.
Então lentamente, tão lentamente que lhe deu uma vida para trocar de direção, ele baixou seus lábios para os dela.
A respiração do Nell ficou apanhada em sua garganta. Tinham passado doze anos desde que tinha beijado a um homem. Recordaria ainda como fazê-lo?
-passou muito desde que a última vez que beijei a uma moça, Nellie- ele disse com voz rouca, como sentindo seus medos-. Rogo-te tenha paciência. Poderia precisar me recordar os matizes mais finos.
A respiração do Nell emergiu em uma corrente, ao final em um gemido pequeno. Sua admissão quebrou com violência seus medos. Em todos seus anos em Castelo Keltar, nem uma vez tinha visto o Silvan cortejar a uma mulher. Ela tinha pensado que ele simplesmente era discreto a respeito de suas necessidades viris, que talvez fora ao povo para satisfazer seus desejos, mas era possível que ele tivesse estado tão solo como ela o tinha estado? Quis perguntar quanto tempo, mas não podia expressar a pergunta. Não importava, pois ele a lia em seus olhos.
-Desde que minha esposa morreu, Nellie.
Ela ficou sem fôlego.
-Beijaria a um homem tão inexperiente?- perguntou ele brandamente.
Não confiando em si mesmo para falar, ela inclinou a cabeça.
Seu primeiro ligeiro roce foi suave e tentativo, igual a como se sentia ela. E ele não tratou de mergulhar-se diretamente, não; Silvan a beijou como se ela fora feita de fina porcelana a China. Beijou seus lábios, roçando-os levemente, beijou seu nariz, seu queixo, logo seus lábios outra vez. Beijou as esquinas de sua boca.
Logo se retirou e a contemplou sinceramente.
Ela provou um sorriso tentativa.
Seu segundo beijo foi quente e alentador. Para o terceiro toque de seus lábios contra os dela, uma parte do Nell se sentia dançar uma giga escocesa. E recordando como beijar como se nunca tivesse deixado de fazê-lo. Ele certamente não se esqueceu!
Seu quinto beijo foi profundo e faminto de paixão.
Quando ele finalmente rompeu esse beijo, ela estava disposta a lhe prometer algo, mas Silvan se tornou para trás e disse brandamente:
-Och, Nellie, há uma pergunta que desejei te fazer. E se bisbilhotar, pois bem, então bisbilhotarei. passou o suficiente tempo para poder nos falar livremente. Diria-me, moça doce, que demônios te ocorreu a noite que te encontrei?
Quando as lágrimas empanaram os olhos do Nell, ele envolveu seus braços ao redor dela e a abraçou fortemente.
-Ah, moça- ele murmurou-. fui um maldito parvo por muito tempo. Tantas coisas que deveria haver dito, mas estava assustado.
-Assustado?- Nell murmurou incrédulamente-. O que pode temer Silvan MacKeltar?
-Och, as possibilidades parecem não ter fim, miríades de medos. Que não pudesse fazer que toda sua dor desaparecesse. Que pudesse fazer um desastre contigo, e você fosse... e meus moços lhe amavam tanto. Que pudesse pensar que sou estranho...
-É estranho, Silvan- disse Nell a sério.
Ele suspirou.
-Que não me amasse, Nellie.
As palavras que ela não se atrevia a dizer tremeram em seus lábios. Palavras que a assustavam, palavras que fariam seu coração vulnerável outra vez.
Assim que lhe ofereceu essas palavras silenciosamente, pressionando seus lábios contra os dele, esperando que pudessem imprimir-se no beijo e descobrir o caminho a seu coração.
Dúzias da Candelas brilhavam tenuemente no dormitório do laird.
Drustan lhe tinha feito o amor outra vez, tantas vezes, que ela tinha perdido a conta. O corpo do Gwen se sentia deliciosamente inflamado pelos beijos e minuciosamente amado de pés a cabeça. À luz da vela, a pele escura do homem brilhava tenuemente dourada, seu cabelo negro e sedoso cintilava. Ela o contemplou, maravilhada. Tinha recuperado a seu Drustan. Ainda não podia acreditá-lo.
-Realmente o dizia a sério quando disse que quando saísse foste fazer me o amor até que minhas pernas não me sustentaram, verdade?- brincou, perguntando-se se poderia caminhar pela manhã.
-Pelo Amergin, Gwen, matava-me te observando passear ao redor do castelo! Estava obcecado contigo. Tanto como você me espiava, eu te observava. E se te tivesse detido, talvez teria começado a te espreitar eu.
-Uma lástima que não o fizesse, então. Fartava-me mas bem de me sentir humilhada.
Ele se sobressaltou e se estirou em cima dela, sustentando seu peso em seus cotovelos. Alisando uma mecha de cabelo dourado detrás de sua orelha, murmurou:
-Och, moça, me perdoe.
-por que? Por ser um homem medieval teimoso e te recusar a acreditar em mim imediatamente?- brincou ela.
-Sim, por isso e muitas outras coisas- ele disse tristemente-. Por não te preparar melhor. Por ter medo de confiar em ti completamente...
-Entendo por que não o fez- ela o interrompeu afetuosamente-. Nell me contou sobre suas três prometidas. Disse que tiveram medo de ti, e me dava conta de que a razão pela que não confiou em mim era que pensava que te deixaria.
-Deveria te haver conhecido melhor.
-Pelo amor de Deus- protestou ela-, tinha despertado cinco séculos no futuro. Além disso- admitiu- não confiei em ti tampouco. Tendo a esconder minha inteligência. Se tivesse sido mais honesta, então você o poderia ter sido também.
-Nunca a esconda de mim- ele disse brandamente-. Essa é uma das muitas coisas que adoro de ti. Mas, Gwen, há mais costure pelas que devo procurar seu perdão.
-te casar comigo sem me dizer isso ela disse ligeiramente-. Tem idéia de quão adulada me sinto? Estamos realmente casados?- pressionou-. Podemos nos casar em uma igreja também? Formalmente, com um vestido comprido e tudo?
-Och, estamos mais casados do que a igreja pode decretar, mas sim, moça. Eu gostaria que nos casássemos em uma igreja- esteve de acordo ele-. Você levará um traje digno de uma rainha, e eu me porei a Regalias Keltar completa. Festejaremos por dias, convidaremos ao povo inteiro. Será a celebração do século-. Ele fez uma pausa, seus olhos chapeados titilando nas sombras-. Mas há ainda algo mais pelo qual devo procurar seu perdão. É o assunto sem importância de te seqüestrar e te apanhar em meu século.
Ela estendeu seus dedos carinhosamente sob sua mandíbula cinzelada, logo escorregou suas mãos em seu cabelo sedoso, esfregando seu couro cabeludo com as unhas. Quase se tocavam, nariz a nariz, e seu cabelo caía em redor de sua face, emoldurando-a. Lhe inclinou a cabeça para um beijo rápido. Logo dois. Três.
-Não sei se imagina- murmurou ela alguns minutos mais tarde- mas quando realizou seu ritual nas pedras, ao princípio pensei que tinha retornado a seu século e me tinha deixado atrás no meu. Estava furiosa. Estava tão ferida porque me tivesse deixado. Pensei que tinha começado a te apaixonar por mim...
-Fiz-o!- exclamou ele-. Faço-o!
-Meu ponto é que se me houvesse dito todo essa noite nas pedras, e me tivesse perguntado se viria contigo ao século dezesseis, tivesse-o feito. Quero estar contigo em qualquer lugar ou ainda quando queira que tenha que ser.
-Não me odeia por não poder te retornar?- ele fez uma pausa para lhe dar ênfase-. Nunca, Gwen. Não te posso retornar nunca.
-Não quero retornar. Pertencemo-nos. Senti-o do momento que te encontrei, e isso me aterrorizou. Eu segui tentando encontrar desculpas para te deixar, mas não podia fazê-lo. Senti como se o destino nos tivesse juntado porque se supunha que devíamos estar juntos.
Seu sorriso relampejou, branca em sua face moréia.
-Senti o mesmo. Comecei a me apaixonar por ti do momento em que te vi, e quanto mais aprendia a respeito de ti, mais intensos se faziam meus sentimentos. Essa noite nas pedras, quando me honrou com sua virgindade, quando te oferendava meus votos de druida, soube que preferia ter uma só noite contigo -ainda se queria dizer que estaria condenado a estar amarrado a ti, sofrendo por ti para sempre- que não conhecer seu amor. Jurei que se recebesse a oportunidade de ter uma vida contigo, trataria-te como a uma rainha. Que dedicaria minha vida para que perdoasse o que havia feito de ti. E quis dizer isso, Gwen. Algo que você queira, algo no mundo... somente tem que mencioná-lo.
-me ame, Drustan, simplesmente me ame, e não quererei nada mais.
Mais tarde ela disse:
-por que não pode passar através das pedras? Disse que nunca poderiam ser usadas por razões pessoais. Para que as usa então?
Ele o disse tudo, sem reter nada. A história inteira, desde seus antepassados, os druidas que tinha servido aos Tuatha Do Danaan, e a respeito da Guerra, e como se selecionou e adestrado aos Keltar para sanar em nome de todos os Druidas que tinham deixado uma cicatriz na Gaea.
-A última vez que as pedras foram usadas, enviamos duas frotas de Cavalheiros Templarios, levando o Santo Grial, vinte anos ao futuro para que pudessem escondê-lo outra vez.
-Disse O Santo Grial?- chiou Gwen.
-Sim. Nós o protegemos. Teria sido uma guerra que acabaria com todas as guerras se o rei da França, então Philip the Fair, tivesse posto suas mãos nele.
-OH, Deus Santo- Gwen suspirou.
-As pedras podem ser usadas só para o major bem do mundo. Nunca para propósitos de um só homem.
-Entendo-. Ela fez uma pausa um momento, logo se obrigou a continuar-. Tive que encarar uma situação parecida uma vez.
Ele a beijou na ponta do nariz.
-Conta-me o Quero saber tudo a respeito de ti.
Ela rodou a seu lado, e ele se desperezó, de face a ela. Suas frentes se tocaram no travesseiro brando, o cabelo dourado emaranhado com a seda negra. Ele enlaçou suas mãos, palma contra palma. E Gwen lhe contou tudo, coisas que nunca havia dito a outra alma vivente. Confessou seu Grande Ataque de Rebelião.
Tinha havido um tempo quando, como seus pais, ela tinha adorado investigar. A pressão de suas expectativas paternais não tinha parecido uma carga para ela então. Do momento em que tinha começado a falar, tinham deixado em claro que esperavam que fora seu lucro máximo, com um gênio que ultrapassasse o deles e realçasse sua reputação.
E até que teve vinte e três anos de idade, ela tinha seguido obedientemente a linha que carinhosamente tinham definido. Seu amor ao conhecimento, de estirar sua imaginação até o limite mais remoto, tinha parecido uma compensação justa por uma infância estranha. Ela prosperava na pressa de descobrir uma maneira de ver as coisas distintas. E por um tempo glorioso em sua adolescência, deleitou-se na aprovação de seus pais e se comprometeu a associar-se com eles em Los Álamos e trabalhar a seu lado algum dia.
Mas à medida que tinha maturado e tinha aprendido mais, Gwen começou a compreender o perigo de certos conhecimentos. E uma noite, enquanto estava trabalhando no laboratório, tinha tido uma compreensão aterradora. Por anos, tinha estado trabalhando com um conjunto de teorias, esforçando-se para uma hipótese que, se tivesse aplicação, faria que a água trocasse a forma em que o mundo o olhava tudo.
Seus pais tinham estado encantados com seus progressos, constantemente exigindo atualizações, empurrando-a mais e mais duro.
Tão fascinada tinha estado Gwen provando sua hipótese pela pura alegria de prová-la, que não tinha considerado todas as ramificações possíveis até que tinha sido quase muito tarde. Em um momento de claridade deslumbrante, repentinamente vislumbrou todos os potenciais que se desprenderiam se completava seu trabalho.
Os fundamentos dessa teoria fariam possível arma que excederiam todas as armas conhecidas até então. As possibilidades eram infinitas, não só de destruir a Terra, mas também de alterar o mesmo tecido do universo. Muito poder para que o homem o possuísse.
Tarde essa mesma noite, o laboratório da Corporação Tritón tinha sido devorado pelo fogo.
Tudo ficou destruído.
O investigador em chefe de Bombeiros e de Incêndios Premeditados aconteceu semanas recolhendo indícios através dos escombros antes de redigir um relatório que declarava o fogo como acidental, a pesar do calor indecifrável que tinha causado que a construção explorasse.
Tinha havido também muitos produtos químicos armazenados no sítio para provar algo, e os patrões de incêndio tinham sido raramente aleatórios. Um estudo autêntico de aleatoriedad, seu pai tinha comentado fríamente quando lhe tinha informado que toda sua investigação tinha sido destruída nas chamas e tinha esquecido guardar os discos Zip auxiliar na caixa de segurança do banco como lhe tinha ensinado.
Cinco dias mais tarde, Gwen tinha deixado a universidade e se mudava a seu pequeno e árido apartamento. Seu pai se recusou a advertir sua partida, como se se tivesse tratado de uma peça do mobiliário.
Ela nunca tinha cuidadoso para trás.
-Prendi fogo ao laboratório no que tinha estado trabalhando e queimei tudo. Dava-me de baixa do mundo de meus pais e tomei um trabalho tranqüilizador em... er, questões.
Os olhos do Drustan brilhavam intensamente quando ela terminou. Estava aturdido pelo que lhe tinha crédulo. Duplamente estupefato porque o destino houvesse lhe trazido para essa mulher que era seu equivalente em todos os aspectos. A inteligência, a paixão, a honra, a coragem para desafiar e fazer o que sabia era correto.
Que meninos teriam, que vida teriam!
-Estou orgulhoso de ti, Gwen- ele disse quedamente.
Ela sorriu radiantemente.
-Obrigado! Sabia que entenderia. E por isso entendo a respeito das pedras.
beijaram-se lenta e apaixonadamente, como se tivessem todo o tempo do mundo. Logo, disse Drustan brandamente:
-diz-se que se um Keltar usar as pedras por razões egoístas, as almas dos Druidas perdidos -quão malignos morreram na Guerra- esperam para tomar posse de semelhante tolo. Estão apanhadas em uma espécie de lugar intermédio, nem mortos nem vivos. Não sei se for certo, nem me arriscarei a comprová-lo. Para voltar a despertar tal violência, tal loucura e tal fúria...- ele se interrompeu-. Há muito sobre o Druidismo que ainda nós não entendemos. Não manipulamos indevidamente o desconhecido. Quando Dageus morreu na outra realidade, não podia romper meus juramentos-. Ele piscou e pareceu alarmado-. Dageus- resmungou, levantando-se.
Gwen se incorporou com ele.
-Ele está vivo, recorda? Enviou a duzentos guardas com ele.
Ele esfregou sua frente.
-Och, este obstáculo maldito de ter duas realidades aqui dentro. Posso ver que minha mente instintivamente resiste. Mantenho toda a pena de sua morte ainda sabendo que ele não o está- soprou, franzindo o cenho-. Ainda.
Gwen explorou seus olhos.
-Está preocupado por ele.
-Não- disse ele velozmente-, tenho a minha esposa amada...
-Está preocupado por ele- ela disse secamente.
Ele passou uma mão através de seu cabelo.
-Não ocorreu a batalha ainda? Você nunca me disse em que data morreu.
-Dois dias desde hoje. O segundo dia de agosto.
-Poderia chegar para então?- pressionou ela.
Ele assentiu com a cabeça, claramente esmigalhado.
-Mas só se montante sem pausa.
-Então vê. Traz-o para casa sem nenhum dano, Drustan- ela disse brandamente-. Estarei bem aqui. Não posso suportar pensar que ele poderia morrer se você não está ali. Vete.
-Joga-me de sua cama tão logo?- grunhiu ele em brincadeira, mas ela vislumbrou um rastro de vulnerabilidade em seus olhos. maravilhou-se de que um homem tão inteligente, atrativo, apaixonado e sexy, pudesse sofrer insegurança.
-Não. Se fosse por mim, nunca te deixaria ir, mas sei que se Dageus não vier a casa a salvo, odiarei-me mesma. Temos tempo. Temos o resto de nossas vidas- ela disse, sorrindo.
-Sim, temo-lo-. Ele se estirou sobre ela, suspendendo seu peso em sua Palmas, e a beijou com apenas seus lábios tocando-se. Por muito tempo, devagar e deliciosamente. A seda ardente de sua língua formou redemoinhos lánguidamente contra a dela.
Quando ele se tornou para trás, sorria abertamente.
-O que?
-Anya. Posso ao mesmo tempo me certificar da segurança de meu irmão e pôr em ordem esse pequeno assunto. Nenhuma moça de quinze anos deve poder tolerar a 'magia' adequadamente. Induzirei-a a romper o compromisso matrimonial, trarei para casa a meu irmão, e te farei o amor até que não possa te mover. Por uma semana, não, umas duas semanas pelo menos.
-Retornará, amará-me, e logo pensaremos em quem planeja te seqüestrar, porque ainda temos um grande problema grande, sabe?- corrigiu-o Gwen enquanto um calafrio de preocupação danificava sua satisfação de sonho. Tão eufórica por ter a seu Drustan de volta, e tão perdida em sua forma de fazer o amor, que o perigo em que estava ele se deslizou de sua mente. Devorou a colcha ao redor de sua cintura e se sentou com as pernas cruzadas, olhando-o.
-Quem te seqüestrou, Drustan? Não recorda nada absolutamente?
Seus olhos chapeados se escureceram.
-Disse-te tudo o que podia recordar sobre o seqüestro em seu século. Nunca alcancei a ver meus seqüestradores. Para o momento em que me aproximava do claro, qualquer tenha sido a droga que me tivessem dado, tinha-me deixado quase inconsciente. Inclusive não podia abrir os olhos. Ouvi vozes, mas não as poderia identificar.
-Então a primeira ordem na agenda é que eu pessoalmente prepararei toda sua comida e sua bebida durante o mês entrante- anunciou Gwen.
Ele arqueou uma sobrancelha.
-Não acredito que te permita sair de minha cama tanto tempo.
-Não haverá maneira de que bebês ou coma nada que não tenha sido preparado por mim ou provada por alguém primeiro.
-É uma idéia- refletiu ele-. depois de tudo, é só uma droga, não um veneno. soube-se que nossos guardas exerciam essas funções em tempos de perigo.
-Perguntei ao Silvan quem poderia ter o desejo de te danificar. Ele disse que não tem inimigos. Você pode pensar em alguém?
Drustan considerou cuidadosamente sua pergunta.
-Não. A única possibilidade em que posso pensar é que a alguém lhe tenha ocorrido roubar nossa tradição, mas isso, não obstante, não explica por que alguém eu adoraria. por que não me teriam matado? por que fazer dormir?-. Ele negou com a cabeça-. Pensei que uma vez que retornasse aqui, veria algum indício de ameaça. Mas ainda assim, não posso imaginar quem poderia ser.
-Bem, quando a mensagem chegue, você não irá. Podemos enviar aos guardas ao claro. Que dia foi seqüestrado?
-O décimo sétimo dia de agosto. Umas duas semanas depois de que Dageus fora... - ele se interrompeu, a preocupação gravada em sua face.
-Vê agora- urgiu-o ela. Ele parecia tão preocupado-. Podemos falar mais disto quando retornar. vá trazer para casa a seu irmão. Silvan e eu pensaremos e faremos uma lista de possíveis suspeitos enquanto não está: então quando Dageus e você retornem, chegaremos a alguma conclusão
-Não quero te deixar.
Gwen suspirou. Ela não queria que a deixasse tampouco. Logo que acabava de recuperá-lo. Mas sabia que se ela tivesse um irmão, e se seu irmão tivesse morrido em alguma outra realidade, ela precisaria estar ali para assegurar-se de que ele não morrera essa vez. Não poderia suportar se algo saísse mau. Drustan precisava estar ali, e necessitava que ela o animasse a ir.
-Deve fazê-lo- ela insistiu-. Não posso cavalgar o suficientemente bem ainda, e te atrasaria. Não poderia chegar a tempo se me levar.
Passando uma mão através de seu cabelo, ele se deslizou da cama, luzindo impossivelmente esmigalhado. Seu olhar se derramou sobre ela; sua pele ruborizada de fazer o amor, seus lábios inflamados de beijos. Estava sentada com as pernas cruzadas em meio das colchas de veludo violeta, uma deusa cremosa levantando-se de um mar púrpura.
-A imagem mais preciosa que nunca vi- ele disse com voz rouca.
Gwen lhe dirigiu um sorriso resplandecente a seu esplêndido Highlander.
-Retornarei, moça. Teria ordenado que não movesse um músculo para poder te encontrar igual a agora, mas temo que passarão quatro ou cinco dias antes de que retorne.
-Poderia-me tomar quatro ou cinco dias começar a andar bem outra vez- ela disse, ruborizando-se.
Lhe dirigiu um sorriso de pura satisfação masculina, vestiu-se velozmente, beijou-a uma dúzia de vezes, e logo partiu da câmara.
Então apareceu sua cabeça para dentro outra vez.
-Amo-te, Gwen.
Gwen caiu para trás na cama, suspirando soñadoramente. Amor. Gwen Cassidy tinha um coração, e era amada.
-Diga-o- ele disse ansiosamente.
Ela riu com grande deleite.
-Amo-te também, Drustan-. Sua necessidade de ouvir as palavras era adorável. Seu musculoso Highlander tinha uma vulnerabilidade tão encantadora.
Ele sorriu brilhantemente e se foi.
Na ausência do Drustan, Gwen, Silvan e Nell fizeram uma lista de suspeitos potenciais: todos os ocupantes do castelo, certos personagens duvidosos do povo do Balanoch, as exprometidas do Drustan, e vários clãs vizinhos. depois de muitos debates, cada um foi exonerado completamente por falta de possíveis motivos.
-É possível que os Campbell tivessem algo que ver nisto?- perguntou Gwen-. Porque mataram ao Dageus na outra realidade- esclareceu.
Silvan negou com a cabeça.
-Não vejo que os dois acontecimentos se relacionem, minha querida. Colin Campbell nunca arremeteu contra nós, e suas posses são o suficientemente vastas para que inclusive tenha dificuldades protegendo seu território. Além disso, está o assunto do sortilégio. O que nos leva a outro Druida ou uma bruxa para fazê-lo. Os Campbell não têm tais artes.
Gwen suspirou.
-Então o que vamos fazer?
-Quão único podemos fazer é tomar todas as precauções. Triplicaremos as rotações de guarda. Enviarei-os fora para percorrer o campo. E esperaremos. Agora que sabemos que há uma ameaça, não deveria ser muito difícil evitá-la. Drustan não irá em nenhuma parte sozinho. Robert, nosso capitão de guardas, fará as funções de provador.
-E enquanto isso- disse Nell, tomando a mão do Gwen-, nós as mulheres dedicaremos a coisas mais felizes, como talvez selecionar o quarto que queira usar quando tiver um menino.
Silvan derramou um olhar beatífica nelas. Gwen não perdeu seu olhar atrasar-se muito tempo no Nell. Nem se perdeu o olhar aceso que aconteceu eles.
Hmmm, pensou. Parece que finalmente entraram em razões sem minha ajuda.
poderia-se haver sentido envergonhada se soubesse precisamente como os tinha ajudado ela.
-Sim, agora há um plano lógico- disse Silvan-. E dorme tranqüila, minha querida. Evitaremos a ameaça.
Durante os seguintes poucos dias, Gwen se meteu totalmente em seus planos para o futuro. Drustan era um homem forte e preparado e seu castelo estava bem fortificado. Agora que sabiam da ameaça iminente, certamente desmascarariam ao inimigo, e a vida seria tudo o que ela nunca tinha sonhado que poderia ser.
Capítulo 23
Os olhos da Besseta estavam escuros de terror enquanto observava o guarda MacKeltar passar com grande ruído pela granja. As notícias que ela tinha ouvido no Balanoch tempo atrás eram certas! Os guardas retornavam com a prometida do Drustan! Nem sequer tinha sabido que tinham ido procurar a, graças às negativas do Nevin para discutir os acontecimentos do castelo.
Agora via a chegada da mulher que mataria a seu filho!
Tremendo, Besseta se arrastou longe da janela e mais perto do fogo. Friccionou suas mãos, fazendo um intento vão para apartar um calafrio que não tinha nada que ver com o clima. O calafrio estava de seu coração, sem descongelar-se até que assegurasse o futuro de seu filho.
Tinha comprometido os serviços dos ciganos vários dias antes, mas, ignorando que a prometida do laird chegaria tão logo, mais a culpa do Nevin por ser tão reservado, não tinha especificado a data para o seqüestro do Drustan. Tinha tido a intenção de usar ervas para drogar ao laird, logo enganá-lo com algum chamariz para levá-lo a lago onde, indefeso, ele seria encantado. Agora tinha uma melhor ideia. Iria ao acampamento cigano essa mesma noite e lhes ordenaria atuar imediatamente, levar a sua prometida, usá-la como ceva, e logo encantá-los a ambos.
Agarrou sua capa em dedos trementes e se apressou a ir a porta. Nevin estava ainda no castelo e o estaria por várias horas se seguia exatamente seu horário. Completamente inconsciente do perigo que o espreitava.
Deixou seus olhos apertadamente fechados, agarrando firmemente a porta e endurecendo sua vontade. Estava quase feito. Simplesmente um dia mais, enfrentaria-se ao bando cigano uma vez mais, e seu filho estaria a salvo.
E possivelmente, só possivelmente, essa horrível escuridão absorvente finalmente a deixaria em paz.
A tarde que Drustan retornou, Gwen, Silvan e Nell, alertados pelo guarda que cavalgava adiante, esperavam nos degraus da parte dianteira do castelo.
Gwen sentia que seu coração poderia explorar de felicidade. Seu olhar permaneceu muito tempo nos dois homens imponentes que falavam, golpeando-se ruidosamente um ao outro nos ombros e brincando enquanto se apeavam e o chefe de quadras conduzia longe seus cavalos. Ela tinha tido uma parte nisso, pensou, sorrindo. A primeira meta obtida. O irmão do Drustan estava a salvo.
Quando Drustan alcançou o degrau mais baixo, ela se lançou a seus braços.
Ele a fez girar em seu abraço e a beijou avidamente. Quando teve terminado, ela estava sem fôlego e rendo.
-Meu turno?- brincou Dageus.
-Acredito que não- grunhiu Drustan. Logo seu semblante carrancudo se desvaneceu e sorriu a seu irmão-. Pelo Amergin, isto é como um sonho. Ainda lembrança estar parada no século do Gwen, levando luto por ti, irmão. Tome cuidado contigo mesmo. Nunca quero passar por isso outra vez. Espero que vivas cem anos ou mais.
-Tenho essa intenção- reconfortou-o Dageus. Logo sorriu ao Gwen, e ela recuperou o fôlego. Por um momento, pensou que ele era quase tão belo como Drustan. Esses dourados olhos leoninos seus... Voltou o olhar ao Drustan, que tinha arqueado uma sobrancelha, vigiando-a.
-OH, vamos- disse Gwen agilmente-. Posso apreciar que tão atrativo é, tanto como se parece com ti.
Drustan rugiu profundo em sua garganta.
-Mas me casei contigo- ela disse impertinentemente.
-Sim, fez-o, moça. Foi ela quem o fez, Dageus- disse Drustan significativamente.
-E não faz um bom trato- disse Dageus com ligeireza-. É claro que seu coração é só para ti. Se recordar, não gostou de me beijar.
Drustan grunhiu outra vez.
Dageus riu.
-Dou-te as obrigado, Gwen Cassidy. Drustan me disse que recuperou sua memória quando lhe disse o feitiço. A batalha ocorreu como predisse. E te pagarei com minha vida.
-Não- protestou Gwen-. Estou feliz de ter podido ajudar, e contente de que você esteja bem.
-Este é um velho costume. Sempre protegerei a ti e aos teus- disse ele, seus olhos dourados brilhando intensamente-. E está o fato pequeno de que tem feito a meu irmão mais feliz do que alguma vez o vi, assim que te agradeço duplamente, moça. Dou-te a bem-vinda a nossa família.
Os olhos do Gwen se empanaram. Era parte de uma família agora. Os braços do Drustan a apertaram e ele levantou suas pernas para cima, embalando-a. Ela inclinou a cabeça para trás para outro beijo lento.
Dageus sorriu abertamente e sacudiu a cabeça, começando a saudar seu pai. Fez uma pausa, advertindo o braço do Silvan ao redor da cintura do Nell.
Drustan o advertiu ao mesmo tempo. Seus olhos se ampliaram e olhou ao Gwen.
Ela se encolheu de ombros, sorrindo.
-Não sei o que aconteceu, mas desde que foi, estiveram atuando diferente. Parece que finalmente admitiram seus sentimentos.
Dageus jogou para trás a cabeça e deu um grito de alegria. Agarrou ao Nell e a beijou solidamente na boca. Nell se ruborizou, mostrando-se imensamente aliviada, e Gwen se precaveu de que ela teria devido estar nervosa a respeito de como poderiam sentir-se Drustan e Dageus a respeito de sua relação com seu pai.
-Detenha- grunhiu Silvan-. Beija sua bochecha se o desejar, mas não beije esses lábios. São meus.
A risada do Nell foi jovial, e ela e Gwen intercambiaram um sorriso puramente feminino. A posesividad em dose diminutas poderia ser deliciosa.
Dageus sorriu abertamente.
-Então, nosso marco p finalmente tem aberto os olhos.
Silvan pareceu tímido.
Dageus levantou o Nell e a girou em círculos vertiginosos.
-É tempo de que tome seu assento em nossa mesa, Nell.
-Então suponho que o passa- disse Silvan secamente.
-OH, sim, passamo-lo- disseram Dageus e Drustan simultaneamente.
Quando Dageus depositou ao Nell junto ao Silvan, só Gwen advertiu o indício débil de tristeza nos olhos do Dageus, enterrado profundo atrás do brilho dourado. Não o poderia ter advertido de tudo se não tivesse experiente isso por si mesmo.
Era solidão.
Onde haveria Dageus MacKeltar, irmão de um homem que tinha sido plantado quatro vezes...
-Rompeu o compromisso matrimonial, verdade?-. Ela apartou a cabeça do Drustan, entrecerrando os olhos.
-Sim, parece que a Anya não gostou que invocasse uma tormenta durante a batalha- disse ele, sorrindo abertamente.
...um druida extraordinário, muito belo além das palavras, encontrar a uma mulher para casar-se em toda Alvorada?
E Dageus sabia isso, embora Drustan não se deu conta ainda.
-Fez seus olhos resplandecer e todo isso?- brincou ela, observando ao Dageus atentamente.
-Foi mais impressionante- informou-lhe Dageus-. Deveria-o ter visto levantar seus braços para o céu e fazer realmente uma interpretação, quando na verdade não precisa muito esforço, só uma flecha com os elementos corretos disparados em uma certa formação nubosa.
-OH, me deve contar isso Gwen suspirou.
Os dois irmãos riram, lançando jubas similares de cabelo escuro e sedoso sobre o ombro.
-Não mandei baixar uma tormenta. Disse a ela que se rompia nosso compromisso matrimonial, poderia reter o preço da noiva para usá-lo como uma dote futura-. Ele fez uma careta-. Parece que não tinha desejos de casar-se comigo de qualquer maneira, já que tinha estado penando por outro. Disse-me que sua p não lhe deu eleição, porque tinham necessidade de dinheiro.
OH, Drustan, pensou Gwen. Condenado a não ser nunca apreciado pelas mulheres de seu século. E Dageus! Teria que fazer alguns esforços sérios de casamenteira em seu futuro. Onde diabos lhe encontraria ela uma esposa?, perguntou-se.
Logo ela não se perguntou nada mais, pois Drustan trocou de direção com ela em seus braços e subiu as escadas do castelo. Para fazer imediatamente o amor apaixonadamente com ela, estava realmente segura, e seu corpo inteiro se aliviou com antecipação.
-Um momento!- chamou-os Silvan-. Pensei que poderíamos jantar juntos como uma família.
-Deixa-os, p, que duvido que deixem o dormitório até o amanhecer- disse Dageus secamente.
Silvan suspirou, logo percorreu com o olhar ao Nell. Seu olhar se fez mais e mais ardente.
Quando Silvan tomou a mão do Nell e a apurou para as escadas, desejando uma boa noite sobre seu ombro para seu filho, Dageus negou com a cabeça, sorrindo fracamente, e retirou uma garrafa de uísque de seu sporran.
Dageus permaneceu sentado sobre os degraus por muito tempo, cheio de uma inquietação estranha que nem ainda o uísque não podia adoçar, olhando o céu noturno brilhando intermitentemente com as estrelas brilhantes.
Se se sentia sozinho, na imensidão das coisas, era um sentimento ao qual ele se acostumou fazia muito tempo.
Gwen deu a bem-vinda a seu marido a casa em uma maneira avalizada pelo tempo. Passaram a tarde em sua câmara, onde carinhosamente lhe lavou o pó da viagem, para logo unir-se a ele em uma banheira limpa e lhe demonstrar que tão muitíssimo o tinha sentido saudades.
Acenderam velas e recolheram o veludo das corinas da cama, alternativamente fazendo amor e se detendo para alimentar o um ao outro com delicadezas de um suculento jantar entregue pessoalmente pelo Dageus.
Ficava em claro pelo conjunto imponente de refeições, decidiu Gwen, que Dageus tinha realmente uma mente erótica, quão mesmo seu irmão. Pois havia lhes trazido comida de amantes: fatiadas suculentas de pêssegos e ameixas, tortas cozidas de carne, queijo e uma barra de pão perebenta. Ele também havia trazido mel, com nada específico onde pô-la, algo que ela não tinha entendido até que Drustan colocou suas costas sobre a cama, deixou cair pequenas gotas nessa parte tão feminina dela, logo procedeu a lhe demonstrar simplesmente quanto tempo podia lhe levar lambê-la completamente. A fundo.
Ela tinha chegado ao clímax duas vezes sob sua língua magistral, ligeiramente pegajosa.
E depois houve cerejas do horta, e ela tinha comido um punhado enquanto provava sua própria mão no mel.
Drustan tinha jazido indolente na cama por dois minutos e médio antes de lançá-la uma vez mais de costas e fazer-se carrego do assunto. Ela se tinha deleitado em escavar seu controle. Para ser um homem tão disciplinado, certamente não o era na cama. Desinhibido, apaixonado, seu entusiasmo pelo sexo parecia não ter fim.
Ela o tinha alimentado com fatias de leitão assado, logo lhe tinha dado de beber pequenos sorvos de vinho de seus lábios. E quando lhe tinha murmurado para ouvido as mesmas básicas, primitivas palavras que havia dito a ele sua primeira noite juntos nas pedras, a luxúria selvagem os tinha consumido a ambos.
Tinham rodado através da cama e se cansado ao piso, tombando as mesas e as Candelas e prendendo fogo ao tapete de pele de cordeiro. riram-se e Drustan o tinha apagado com a água fria da banheira.
E quando ela finalmente dormiu acurrucada, suas costas apoiada contra o assumo de seu marido e seus braços ao redor dela, seu último pensamento foi céu. Ela tinha encontrado o céu nas Highlands de Escócia.
Capítulo 24
-Mmm- suspirou Gwen satisfeita. Tinha estado tendo um sonho maravilhoso no qual Drustan despertava lhe fazendo o amor. Fracamente, a compreensão de que não era um sonho a penetrou no mesmo momento que ele o fez.
Ela ficou sem fôlego enquanto, quieta em sua posição de flanco, ele se deslizava nela desde atrás.
-OH, Deus Santo- ela ofegou à medida que ele aumentava o ritmo. Mais profundo, mais duro, mais rápido. Ele empurrou nela, seus braços envoltos apertadamente ao redor de sua mulher, e mordeu a pele na base de seu pescoço. Quando ele rodou seus mamilos entre seus dedos, ela se arqueou para trás contra ele, encontrando-o em cada impulso até que chegaram ao clímax em harmonia perfeita.
-Gwen, meu amor- murmurou ele.
Quando, mais tarde, ele tinha ido procurar café da manhã, em seu intento de servi-la na cama, ela se recostou, um sorriso bobo emplastado em sua face.
A vida era tão boa.
Assobiando uma melodia alegre, Drustan balançou em seu braço uma bandeja carregada de arenques e embutidos gordinhos, tatties e bolas de massa, pêssegos e papa de aveia, enquanto manuseava torpemente a porta. Tudo tinha sido preparado pela mesma Nell e saboreado pelo Robert.
Apesar de que a ameaça pendia malignamente a alguma distância ainda no futuro, ele não correria riscos com sua esposa.
-O sustento está aqui, e o vais necessitar, amor- ele anunciou, empurrando a porta para abri-la.
As cortinas de veludo da cama estavam atadas para trás, revelando um enredo de colchas e roupa de cama, mas a cama mesma estava vazia. Ele percorreu com o olhar o quarto, desconcertado. esteve ido uma meia hora escassa, a recolher a comida. Onde se tinha ido ela? Uma visita rápida para o garderobe? Ele tinha planejado uma manhã deliciosa: um café da manhã pausado, um lento banho para sua esposa, que deveria estar dolorida de tanto jogo de cama. Mais fazer o amor só se ela era capaz, e em caso de que não, daria-lhe uma massagem com os azeites perfumados em sua pele e atenderia meigamente suas extremidades brandas.
Um calafrio de pressentimento beijou sua coluna vertebral à medida que olhava a cama vazia. Deixando cair a bandeja em uma mesa perto da porta, ele atravessou velozmente o penteadeira até a Câmara De Prata.
Ela não estava ali.
Ele girou sobre um eixo e retornou a sua própria câmara.
Só então viu o pergaminho sobre a mesa perto do fogo. Suas mãos tremeram enquanto ele o agarrava rapidamente e o lia.
Vêem o claro junto ao lago pequeno se apreciar sua vida. Sozinho, ou a moça morrerá.
-Não! - ele rugiu, esmagando o pergaminho em seu punho. Ainda não é tempo, protestou sua mente. supunha-se que ele seria encantado dentro de quase duas semanas! Ele ainda não tinha dado indicações aos guardas de triplicar a vigilância e procurar por todos os sítios!
-Pelo Armegin- murmurou roncamente-, trocamos as coisas em certa forma-. Impedindo a morte do Dageus, teriam devido alterar os subseqüentes acontecimentos que se desenvolveriam. Sua mente correu a toda velocidade, furiosamente. Quem estaria detrás de tudo? Tinha pouco sentido para ele. E o que poderia querer o inimigo com o Gwen?
-Para aproximar-se de mim- ele resmungou desagradablemente. Não o tinham drogado essa vez. Como Gwen estava ali, tinha sido utilizada como ceva.
Freneticamente, ele apertou seus pés dentro de suas botas e agarrou suas bandas de couro, as enfaixando em seu assumo. No Grande Hall, encheu cuchilla detrás cuchilla as fendas enquanto corria para a guarnição.
Sozinho, meu culo, pensou.
Entrarei andando sozinho, enquanto meus homens se movem furtivamente detrás deles e destroem a todos e cada um de quão bastardos tomaram a minha mulher.
Besseta se encolheu de medo atrás do carvalho elevado, observando aos ciganos dispor-se a manipular o feitiço que lhes havia comissionado. Tinham pintado um grande círculo vermelho na terra. Runas que ela não reconhecia demarcavam a escura magia cigana dentro do perímetro, pensou, tremendo.
No momento em que Nevin se foi a seu passeio matutino para o castelo, ela tinha saído da granja e tinha avançado a rastros através do bosque. Estava decidida a ver a ação feita com seus próprios olhos. Só logo acreditaria que seu filho estava seguro.
Estreitou seus olhos, olhando fixamente à prometida de seu inimigo Drustan, que tinha sido tirada a força de sua cama, estava segura, pois a moça não trazia posto nada exceto uma branca bata de noite. Logo o laird mesmo chegaria, os ciganos eles adorariam e os levariam longe, para ser enterrados secretamente, e suas preocupações se terminariam. Os ciganos tinham exigido mais dinheiro para encantar à mulher também, obrigando a Besseta a furtar a caixa de caridade do Nevin. Mas nenhuma trasgresión era muito grande para salvar a seu filho.
Umas poucas jardas mais à frente, Nevin observava a sua mãe com o coração oprimido. Durante algum tempo, ela tinha estado piorando, seu temperamento fazendo-se progressivamente errático, seus olhos muito brilhantes. Olhava-o incesantemente, como se temesse que um raio pudesse golpear o de um momento a outro. Ele tinha feito tudo o que podia para apaziguar seus medos de que Drustan MacKeltar pudesse danificá-lo, em vão. Ela estava perdida em suas miragens terríveis.
Ele murmurou a Deus uma oração suave de agradecimento por guiá-lo. despertou-se com um pressentimento molesto, e em vez de ficar em marcha imediatamente para o castelo, demorou-se detrás da granja. Em efeito, momentos mais tarde, sua mãe tinha saído distraída, vendo-se selvagem, seu cabelo desordenado, médio vestida, devorando sua capa apertadamente ao redor dela.
Quando se tinha escapulido, ele a tinha seguido a certa distância. Ela tinha avançado a rastros para o bordo do bosque, até um claro circular ao bordo do lago pequeno. Agora a observava, profundamente inquieto. O que estava fazendo sua mãe? Que implicação tinha ela nos assuntos ciganos, e que desenhos estranhos estavam gravados na grama?
Ele esquadrinhou o claro, atiesándose quando um grupo de ciganos se apartou e alguém se livrou do resto, levando a uma mulher atada para o círculo vermelho. Era a pequena moça loira que Nevin tinha visto no castelo ultimamente. Quando o cigano brevemente olhou em sua direção, Nevin se agachou rapidamente mais profundo na maleza nas sombras do bosque.
Que acontecimentos detestáveis planejavam? por que estava ali sua mãe observando, e por que estava uma mulher do castelo atada? Em que coisas terríveis tinha sido enredada Besseta?
Alisando suas roupas, recordou-se a si mesmo que era um homem de Deus, e como tal, tinha o dever de operar em Seu nome apesar de sua curta estatura e sua natureza humilde. O que for que estava a ponto de acontecer, estava claro que nenhum bem poderia resultar disso. Era sua responsabilidade pôr um alto antes de que alguém fora prejudicado. Ele começou a dar um passo adiante de sua encoberta posição, mas não antes de que Drustan MacKeltar, montado em um garanhão negro, irrompesse no claro. O laird saltou de seu cavalo e, desencapando sua espada, dirigiu-se ao cigano que sustentava à moça.
-Solta-a- Drustan rugiu grosseiramente em uma voz que soou como mil vozes. Seus olhos chapeados resplandeceram incandescentemente. Essa não era uma voz normal, precaveu-se Nevin, a não ser uma voz de poder.
Nevin se agachou rapidamente para trás outra vez, piscando.
O cigano que levava a moça loira a deixou cair como se queimasse e retrocedeu para o lago. A moça deu voltas e começou a rodar através da grama rochosa, detendo-se algumas jardas de onde Nevin estava oculto.
E assim estavam quando todo o inferno se desatou.
Besseta caiu de joelhos mugindo à medida que o caos fazia erupção no claro. Enxugou sua Palmas úmidas e pegajosas em sua saia e viu com horror como os guardas montados saltavam do bosque.
Os ciganos, sitiados pelo lago a suas costas e os guardas por todos lados, alcançaram suas armas.
Mau, mau, tudo estava saindo mau!
Ela avançou lentamente do bordo do bosque, avançando a rastros, inadvertida no tumulto, para ao carromato que tinha sido gasto para levar o corpo adormecido do laird.
Os ciganos apontaram suas molas de suspensão.
Os guardas levantaram seus escudos e balançaram suas espadas.
Os homens foram morrer e o sangue ia derramar se, pensou Besseta, agradecida de que Nevin estivesse seguro no castelo trabalhando em sua capela. Em vez de ser encantado, Drustan MacKeltar seria assassinado em combate. Não por sua mão absolutamente. Talvez.
Mas talvez fora uma possibilidade muito frágil para afirmar a segurança de seu filho.
Não danificarei ao MacKeltar, tinha prometido ao Nevin, e era uma mulher de palavra. Se um filho não podia confiar na palavra de sua mãe, no que podia fazê-lo?
Ela tinha pensado cuidadosamente o sortilégio a fim de que nem um cabelo na cabeça do laird fora prejudicado. Mas agora todos seus minuciosos planos se saíram de leito. Não tinha mais alternativa que provar outra opção para salvar a seu filho. Se não podia tirar o Drustan MacKeltar de no meio antes de que se casasse, então sua dama... bem, ela não tinha feito nenhuma promessa a respeito dessa dama. E essa senhora estava nesse momento esquecida enquanto a batalha se enfurecia ao redor de seu corpo pacote.
Jazendo sobre a terra, ela podia ou não ser pisoteada pelos cavalos. Podia ou não ser alcançada por uma flecha vagabunda.
Besseta estava decidida a não correr riscos. Se Drustan sobrevivia à batalha, Besseta tinha que assegurar-se de que não tivesse nenhuma mulher com a qual casar-se.
Estreitou seus olhos, olhando a luta da moça com suas ataduras, e avançado lentamente mais perto do carromato.
Com as mãos trementes, apontou uma mola de suspensão apertadamente esticada e, exigindo cada onça de sua força, pô-la em direção à moça.
Os olhos do Nevin se ampliaram de horror. Sua mãe, sua própria mãe, cometeria um assassinato! Estava verdadeiramente perdida em sua loucura! Não matará!
-Não! - rugiu ele, emergindo raudamente da maleza.
Besseta o ouviu e terminou de esticar a corda. Sua mão escorregou no cordão.
-Não! Mãe!-. Correndo, ele se catapultou através do ar para defender à moça atada, e tropeçou, aterrissando literalmente em cima dela-. Nooooo....
Seu grito terminou abruptamente enquanto a flecha se metia de um golpe em seu assumo.
Besseta se congelou. Seu mundo se fez ainda mais escuro. O tumulto no claro amainou e se fez nebuloso, como se estivesse parada em um túnel de sonho, ela em um extremo, seu filho moribundo no outro. Afogando um soluço horrorizado, seus joelhos paralisaram e se desabou.
A visão caiu sobre ela outra vez, esta vez em sua totalidade, e finalmente viu a face da quarta pessoa. A pessoa que ela tinha pensado não tinha significado nada dado que tinha sido incapaz de vê-la.
Não tinha podido ver a quarta pessoa porque tinha sido ela mesma.
Ela era a mulher que mataria a seu filho. Nunca tinha sido a moça. Och, indiretamente, em certa forma, porque se não tivesse chegado a moça, Besseta não teria tido a intenção de seqüestrar ao laird, e pôr esses planos em movimento, e nunca teria disparado a seu amado filho.
Fará-se a Vontade de Deus, Nevin havia dito mil vezes, não uma.
Mas, confiando em suas visões mais que em Deus, ela tinha tratado de trocar o que acreditava ter visto e tinha causado o mesmo acontecimento que tinha tentado tão desesperadamente evitar.
imaginou que podia ouvir seu filho ofegando, respirando moribundo sobre o estrépito da batalha.
Inconsciente da guerra desatada ao redor dela, as flechas que voavam, as espadas balançando-se, ela engatinhou ao lado de seu filho e o devorou em cima de seu regaço.
-Och, meu muchachito, meu pequeno- cantou docemente, alisando seu cabelo, acariciando sua face-. Nevin, Meu bebê. Meu menino.
Gwen lutou para incorporar-se no momento que já não se sentiu imobilizada pelo corpo do homem. Um soluço lhe escapou quando observou a flecha projetando-se de seu assumo ensangüentado.
Nunca tinha visto ninguém ferido antes. Era horrendo, pior que o cinema incluso. Tratou de afastar-se lentamente, mas suas bonecas estavam atadas detrás dela, seus tornozelos apertadamente ligados. Reptando torpemente sobre seu traseiro, cuidadosamente foi afastando-se. Quando um cavalo relinchou e se levantou em duas patas detrás dela, quando ouviu a chicotada fria de uma espada partindo o ar, ficou completamente quieta, e decidindo que mover-se poderia não ser o curso de ação mais sábio.
Drustan se tinha ido só por uns poucos minutos quando os ciganos se colocaram silenciosamente na câmara e a tinham apressado. Tinham-na dobrado com facilidade humilhante.
Não os tinha visto chegar, mas em certa forma, impedindo a morte do Dageus, tinham trocado as coisas. Os planos tinham sido acelerados, e em vez de uma mensagem obrigando ao Drustan a ir se desejava saber o nome do homem que tinha matado a seu irmão, ela tinha sido empregada como ceva.
Gwen cravou os olhos na velha chorosa, cujas mãos frenéticas e nodosas revoavam por cima das bochechas e a frente do homem. Enquanto Gwen observava, o assumo do sacerdote se levantou e caiu, logo não se levantou mais.
-Fui eu desde o começo- gemeu Besseta-. Foi minha visão a que fez isto. Nunca deveria ter negociado com os ciganos!
-Você planejou encantar ao Drustan?-, Gwen ficou sem fôlego. Essa velha de cabelo cinza com mãos artríticas e olhos legañosos era sua inimizade desconhecida?-. Você é a que está detrás de tudo?-. Mas a velha não respondeu.
-Gwen!- rugiu Drustan-. Te aparte da Besseta!
A cabeça do Gwen se recuperou rapidamente, e ela o viu dirigindo-se para ela, uma expressão horrorizada em sua face.
-Engatinha, escape !-rugiu outra vez ele, capeando espadas e flechas.
-Retrocede- gritou Gwen-. Te proteja!-. Ele nunca o obteria através de tantas armas.
Mas ele não retrocedeu, continuou correndo, sem emprestar atenção ao perigo.
Não estava a mais de uma dúzia de jardas dela quando uma flecha se estrelou contra seu assumo, levantando o de seus pés. Enquanto ele se derrubava sobre suas costas, repentinamente ela esteve...
...Na rocha plaina, tomando o sol, nas colinas ao pé de uma montanha por cima do Loch Ness.
-Noooooo!- gritou ela-. Drustan!
-A liberação do poder do átomo alterou
Tudo, exceto nossa forma de pensar...
A solução para este problema jaz no coração do gênero humano.
Se só o tivesse sabido, deveria me haver convertido em um relojoeiro.-
- Albert Einstein
- O coração tem suas razões das quais
A razão não sabe nada.-
- Blaise Pascal
Capítulo 25
Gwen jazeu na rocha plaina por um tempo incalculável.
Estava atordoada, destruída de dor. Quando um sorvo de realidade finalmente retornou, foi uma pílula impossível de tragar: a realidade sem ele. para sempre.
Como ela -a Física genial- não o tinha previsto?
Como podia ser tão estúpida?
Tinha estado tão emocionada por ficar com o Drustan no século dezesseis, tão perdida nos planos de sonho de seu futuro, que seu cérebro se declarou em greve, e tinha passado por cima ter em conta um fator criticamente importante: no momento em que ela trocasse o futuro do Drustan, trocaria o dela.
No futuro novo que tinham criado, Drustan MacKeltar não estava encantado. Não estava enterrado na caverna para que ela o descobrisse.
E assim, nesse futuro novo que tinham criado porque Drustan não estava encantado, ela não o tinha encontrado, e ele nunca a tinha enviado de retorno a ele.
No momento preciso em que a possibilidade de que ele fora encantado tinha sido completamente invalidado, Gwen Cassidy tinha deixado de existir no século dezesseis. A realidade a tinha deixado cair pesadamente de retorno aonde tinha estado antes de que tivesse cansado abaixo do ravina. No exato momento em que tinha estado antes. Sem nenhuma necessidade de usar a ponte branca. A realidade do século dezesseis a tinha cuspido fora, rechaçando sua mesma existência. Uma anomalia inaceitável. Drustan nunca tinha estado encantado, portanto ela não tinha nenhum direito a existir em seu tempo. Isso quanto às teorias que reclamava Stephen Hawking, que assegurava estavam equivocadas por apoiar a existência de um censor cósmico que impediria a acumulação de paradoxos. Havia claramente alguma força mantendo as coisas alinhadas no universo. Deus aborrece uma singularidade nua, pensou Gwen com um meio bufido que rapidamente se traduziu em soluço.
Agarrou firmemente sua cabeça, repentinamente temendo que suas lembranças pudessem desvanecer-se.
Mas não, recordou-lhe o cientista, as flechas de tempo recordavam para frente, assim que sua memória permaneceria intacta. Ela tinha estado no passado, e a lembrança dele estava gravado na essência de seu ser.
Como tinha passado por cima dar-se conta de que, ao salvá-lo a ele, ela o perderia para sempre? Agora, olhando para trás, não podia acreditar que uma vez não tivesse pensado que inevitável teria que ser o final. O amor a tinha cegado, e retrospectivamente, deu-se conta de que não tinha querido pensar no que poderia ocorrer. Meticulosamente tinha bloqueado pensar em algo que tivesse que ver com a Física, ocupada em saborear a alegria simples de ser uma mulher apaixonada.
-Não- gritou-. Como se supõe que viverei sem ele?
As lágrimas se escorregaram por suas bochechas. Esquadrinhou a área tremente, procurando o ravina no qual ela tinha cansado, mas inclusive isso já não estava. Não havia já nenhuma fenda dividindo a face nordeste das ladeiras. Os ciganos teriam devido criá-la, precaveu-se, possivelmente ainda estava baixo ela, quem sabia?
O que sabia era que ainda se cavava sob a montanha de escombros nos quais se encarapitava, não encontraria a um Highlander dormido baixo ele.
-Não!- ela gritou outra vez.
Sim, o cientista murmurou. Ele leva quinhentos anos morto.
-Ele virá através das pedras até mim- insistiu ela.
Mas ele não o faria. E ela não necessitava que o cientista lhe assinalasse isso. Ele não podia. Ainda se tivesse sobrevivido à ferida de flecha, nunca usaria as pedras. Seria como se alguém lhe dissesse: "Se terminar sua investigação, cria a última arma e a desata em um mundo inocente, pode retornar com o Drustan."
Nunca poderia desatar tal aptidão para o mal, sem importar a dor permanente.
Nem o faria ele. Sua honra, uma das muitas coisas que ela amava dele, manteria-os para sempre apartados.
Se ele tinha sobrevivido.
Gwen deixou cair sua cabeça contra a rocha, introduziu sua mochila em seus braços, e a agarrou apertadamente. Nunca poderia saber se tinha morrido da ferida de flecha, mas se não tivesse morrido em combate, ainda assim teria morrido quase quinhentos anos atrás. A pena a afogou, a dor mais intensa que algo que alguma vez tivesse imaginado. Enterrou sua face na mochila e chorou.
Passaram horas antes de que ela conseguisse obrigar-se a si mesmo a levantar-se das rochas e caminhar até o povo. Horas nas quais chorou como se seu coração se quebrasse.
Uma vez no povo, tinha encontrado seu alojamento e se registrou, mas não pôde suportar estar sozinha, assim tinha baixado como intumescida ao acolhedor restaurante da estalagem, esperando encontrar ao Beatrice e Bertie. Não para conversar, logo que poderia falar de fato, a não ser para ser confortada por seu cálida presencia.
Agora, de pé no portal do comilão, piscou à medida que percorria com o olhar o interior brilhantemente iluminado. Não começarei a gritar outra vez, Gwen se disse a si mesmo ferozmente. Choraria mais tarde, depois de que tivesse retornado a casa, ao Sante Fé. cairia a pedaços ali.
O restaurante se sentia estranho e moderno depois de ter estado no século dezesseis. A chaminé pequena na parede sul do comilão parecia uma miniatura comparada com as chaminés medievais, as decorações de néon da barra cheia de muitos cores depois de semanas de suave luz de velas e globos de azeite. As dúzias de mesas, coroadas com floreiros de frescas flores silvestres, pareciam muito pequenas para sentar aos convidados com qualquer grau de comodidade. O mundo moderno, talher com uma capa impessoal para ela agora, parecia fora de ordem, com estilos e formas uniformize.
Seu olhar flutuou sobre uma máquina vendedora de cigarros na esquina. Fracamente, precaveu-se de que tinha passado através do pior da crise no século dezesseis.
Apesar de tudo, sentiu uma necessidade urgente, completamente autodestructiva, romper-se em uma onda sobre ela.
Seu olhar foi atraída por um calendário amarelado que pendia detrás da caixa registradora. 19 de setembro.
Era o mesmo dia em que ela tinha saído. Mas é obvio, pensou. Não tinha passado o tempo. Possivelmente uns meros poucos momentos inadvertidos no século vinte e um, enquanto ela tinha vivido os dias mais felizes de sua vida da Escócia do século dezesseis.
Ela inalou pelo nariz, perigosamente perto das lágrimas outra vez. Jogando uma olhada ao redor, pensando que o conjunto do arco íris do Bert deveria ser fácil de divisar, quase passou por cima à mulher de cabelo prateado sozinha, em uma das cabines alinhadas junto a um banco de janelas, sua silhueta recortada contra a luz crepuscular. O anoitecer lançava sobre o Beatrice sombras machucadas, e Gwen foi golpeada pela percepção de que tão velha se via. Seus ombros estavam encurvados, seus olhos fechados. Seu chapéu de asa larga estava esmagada entre suas mãos. Enquanto um carro estacionava fora do banco de janelas, os focos dianteiros iluminaram a face da mulher maior, revelando os rastros brilhantes de lágrimas em suas bochechas.
OH, Deus, Beatrice chorando? por que?
Gwen, afligida, apressou-se a ir à cabine. O que poderia fazer a alegre Beatrice chorar, e onde estava Bertie? Desde que Gwen conhecia a apaixonada casal, a única forma em que Bert deixaria de estar junto a B era se fosse fisicamente incapaz de estar ali. Um calafrio roçou seu pescoço.
-Beatrice?- ela disse fracamente.
Beatrice se estremeceu com força, alarmada. Os olhos que olharam ao Gwen estavam vermelhos de chorar, cheios de pesar.
-Não- Gwen respirou-. Me diga que nada ocorreu ao Bert- insistiu-. Diga-me isso Repentinamente frouxa, ela se deixou cair bruscamente no cubículo frente a Beatrice e envolveu a mão da mulher maior na dela-. Por favor- implorou.
-OH, Gwen. Meu Bertie está no hospital-. A admissão trouxe uma rajada fresca de lágrimas. Depenando outro guardanapo do dispensador, Beatrice se limpou os olhos, soprou seu nariz, e depositou o guardanapo algodonada em cima de um substancioso montão.
-O que aconteceu? Ele estava bem justamente... er, esta manhã- protestou Gwen, sentindo dificuldades em continuar a data convencional.
-Ele pareceu bem para mim também. Tínhamos estado às compras toda a manhã depois de que saiu, nos renda e passando-a bem. Ele se sentia em plena forma- disse ela com um sorriso dolorido-. Logo ocorreu. ficou absolutamente quieto e simplesmente permaneceu ali com o olhar furioso e alarmado em sua face-. Os olhos do Beatrice se encheram de mais lágrimas enquanto voltava a viver o momento-. Quando se agarrou fortemente o assumo, soube-. Ela passou um pano impacientemente por suas bochechas-. O maldito homem nunca se cuida. Não comprova seu colesterol, nem sua pressão sangüínea. uns quantos dias atrás, finalmente tinha conseguido extrair a promessa de que uma vez que voltássemos para casa, faria-se um reconhecimento médico completo-. Ela se quebrou, tremendo.
-Mas está vivo, certo?- perguntou Gwen fracamente-. Me diga que está vivo-. Ela não poderia suportar mais tragédias esse dia. Nenhuma onça mais.
-Ele está vivo, mas teve um ataque ao coração- murmurou Beatrice-. Embora o estabilizaram, não sabem quanto dano se feito. Ainda está inconsciente. Vou retorno para o hospital em uns poucos minutos. As enfermeiras insistiram em que tomasse ar fresco-. Ela se ruborizou-. Não podia deixar de chorar. Acredito que fui muito gritã e o doutor se ofuscou comigo. Pensei que poderia tomar um pouco de sopa e chá antes de retornar esta noite, mas aqui estou-. Ela ondeou uma mão para a vasilha plástica de sopa e sanduíches para levar.
-OH, Beatrice, sinto-o tanto- suspirou Gwen-. Não sei o que dizer-. As lágrimas que tratava de reter escorregaram por suas bochechas; lágrimas pelo Drustan, e agora lágrimas por B e Bertie.
-Queridita, está chorando por mim? OH, Gwen!-. Deslizando-se para o lado do Gwen na cabine, ela a abraçou, e se mantiveram juntas por muito tempo.
E algo dentro do Gwen se quebrou.
Envolta nos braços maternais do Beatrice, a dor de todo o acontecido se estrelou sobre ela. Que injusto amar tão profundamente e perdê-lo tudo. Que injusta era a vida! Beatrice logo que tinha encontrado a seu Bert, igual a Gwen logo que tinha encontrado ao Drustan. E agora, deviam ambas angustiar-se interminavelmente por perdê-los?
-Melhor é não amar- Gwen murmurou amargamente.
-Não- arreganhou-a Beatrice amavelmente-. Nunca pense isso. Melhor amar e perder... O velho dito é certo. Se nunca tivesse outro momento com meu Bertie, apesar de todo me sentiria bendita. Estes meses passados com ele me deram mais amor e paixão do que algumas pessoas alguma vez conhecem. Além disso- disse ela-, ele vai estar bem. Se tiver que me sentar junto a sua cama e agarrar sua mão e lhe gritar até que se melhore, arrastar seu teimoso traseiro até o doutor cada semana, e aprender a cozinhar sem graxa ou manteiga ou qualquer maldita coisa de comer, farei-o. Não consentirei que o homem se além de mim-. Ela fez punho sua mão adornada com o anel de bodas e a sacudiu ao céu raso-. Você não o pode ter ainda. Ele é meu ainda.
um pouco de risada escapou do Gwen, misturada com lágrimas frescas. Se só fora tão fácil para ela, se só devesse lutar por seu homem, da forma em que Beatrice podia batalhar pelo seu. Mas o dela levava cinco séculos morto.
Gwen se voltou consciente, depois de um momento, de que Beatrice a contemplava fixamente. A mulher maior cavou seu braço sobre os ombros do Gwen e procurou seu olhar.
-OH, queridita, o que é? Parece-me como se pudesse ter um problema próprio- inquietou-se ela.
Gwen remeteu sua franja detrás da orelha e evitou seu olhar.
-Não é nada- ela disse precipitadamente.
-Não trate de me desalentar- arreganhou-a Beatrice-. Bertie te diria que não há caso uma vez que coloco minha mente em uma coisa. Não é só meu problema com o Bertie o que te tem feito chorar.
-Realmente- protestou Gwen-. lhe sobram os problemas...
-Assim aparta minha mente deles por um momento, se quiser- pressionou-a Beatrice-. A pena compartilhada é pena reduzida. O que te ocorreu hoje? Encontrou seu... né, desmontadora?-. Os olhos azuis do Beatrice brilharam apenas um pouco, e Gwen se maravilhou de que a mulher maior ainda pudesse faiscar em semelhante momento.
Se tinha encontrado seu desmontadora? Gwen reteve uma borbulha de risada quase histérica. Como podia lhe dizer ao Beatrice que tinha vivido quase um mês em um só dia? Ou, ao menos, pensava que o tinha feito. Era tão estranho descer da saia da montanha para encontrar-se que não tinha passado o tempo, que estava começando a temer por sua prudência.
Mas Beatrice estava no correto: a pena compartilhada era pena reduzida. Ela queria falar dele. Precisava falar dele. Mas, como poderia confia sua dor? A menos que...
-Não é realmente nada- ela mentiu fracamente-. Que tal se lhe conto uma história em lugar disso, para tirar sua mente destas coisas?
-Uma história?-. As sobrancelhas de B desapareceram sob seus cachos chapeados.
-Sim- disse Gwen-, estive pensando em experimentar com a escritura, e estive rondando uma história, mas me fiquei em branco no final.
Os olhos do Beatrice se estreitaram atentamente.
-Uma história, diz. Ah sim, eu gostaria de ouvi-la, e talvez você e eu poderíamos pensar como deveria ser o final.
Gwen fez uma respiração profunda e começou:
-De acordo, a protagonista é uma garota que caminhava nas colinas ao pé de uma montanha de Escócia, e ela encontrou a um Highlander encantado dormindo em uma caverna por cima do Loch Ness... bom, bastante longe, né?
Uma hora mais tarde, Gwen observava ao Beatrice abrir a boca várias vezes, e fechá-la outra vez. Ela acomodou seus cachos, acomodou seu chapéu, logo alisou seu suéter rosado.
-Ao princípio pensei que foste contar me algo que te ocorreu hoje, algo que não queria dizer diretamente-. Beatrice negou com a cabeça-. Mas, Gwen, não tinha idéia de que tivesse tanta imaginação. Verdadeiramente tirou minha mente de minhas preocupações por um tempo. Córcholis- exclamou, fazendo gestos com as mãos para as vasilhas plásticas- até comi quando estava seguro de que não poderia tragar nem um pouco de comida. Queridita, deve terminar esta história. Simplesmente não pode deixar ao herói e a heroína pendendo dessa maneira. Não me entra nem a balaços. me conte o final.
-O que ocorre se não haver final, B? O que ocorre se isso é tudo? O que ocorre se ela foi enviada de retorno a seu tempo e ele morreu e isso é tudo?- disse Gwen geada.
-Não pode escrever uma história assim. Encontra a maneira de trazê-lo através das pedras.
-Ele não pode- disse Gwen rotundamente-. Nunca. Ainda se tivesse sobrevivido...
-Os juramentos são um montão de tolices quando o amor fica em risco- insistiu Beatrice-. Incumple as regras. Simplesmente reescríbelas com mais detalhe.
-Não posso. É parte da história. Ele se converteria em um Druida escuro se o fizesse-. E Gwen entendia que tão horrível seria-. Ninguém em seu clã alguma vez tem quebrado o juramento. Não devem. E na verdade, temo que pensaria menos dele se o fizesse.
Beatrice arqueou uma sobrancelha.
-Você? Que você poderia pensar menos dele?
Gwen negou com a cabeça timidamente.
-Quis dizer minha heroína na história. Ela poderia pensar menos dele. Ele era perfeito como era. Ele era um homem de honra que conhecia suas responsabilidades, e essa era uma das coisas que ela amava dele. Se ele rompesse seus votos e usasse as pedras por razões pessoais, corromperia o poder dentro dele. Não poderia te mencionar que tão perverso ele se voltaria. Não. Se ele vivesse -o que duvido seriamente-, nunca viria através das pedras até ela.
-Você é a narradora do conto. Não o deixe morrer- protestou Beatrice-. Acerta esta história, Gwen- disse severamente-. Como te atreve a me relatar uma história tão amarga?
Gwen encontrou seu olhar fixo.
-O que ocorre se não ser só uma história?- ela disse brandamente.
Beatrice a estudou um momento, logo deixou cair o olhar fora da janela no crepúsculo. Seu olhar percorreu de esquerda a direita, sobre o Loch Ness, ao longe. Logo sorriu fracamente.
-Há magia nestas colinas. Hei-a sentido desde que chegamos. Como se as leis naturais do universo realmente não se aplicassem a este país-. Ela fez uma pausa e retornou o olhar ao Gwen-. Quando meu Bertie se melhore, simplesmente poderia empregar essa magia das colinas para nós, sob o cuidado de um bom doutor é obvio, e alugar uma casa de campo pequena pelo resto do outono. Deixar algo dessa magia entrar em seus velhos ossos.
Gwen sorriu tristemente.
-Falando do Bertie, levarei-te de retorno ao hospital. vamos ver o que os doutores nos podem dizer. E se precisa chorar, então eu dirigirei a conversação-. Embora Beatrice levantou um sinal protesto, Gwen não passou por cima o alívio e a gratidão em seus olhos.
Gwen estava aliviada também, porque suspeitava que não poderia suportar estar sozinha por algum tempo.
Gwen passou ao resto de suas férias no povo ao lado do lago frágil e profundo com o Beatrice, sem olhar nunca para as colinas, sem aventurar-se nunca fora do povo, sem permitir-se nunca sequer considerar ir ver se o Castelo Keltar ainda se levantava. Estava muito em carne viva, a dor muito afresco. Enquanto Beatrice visitava o Bertie no hospital, Gwen se acurrucaba sob as mantas, sentindo-se afiebrada de dor. A perspectiva de retornar a casa, a seu apartamento pequeno e vazio na Santa Fé, era mais do que ela podia suportar.
Quando Beatrice retornava nas tardes, exausta por suas preocupações, confortavam-se uma à outra, obrigavam-se a comer algo saudável, e davam lentos passeios ao lado do espelho prateado enorme do Loch Ness, e observando o sol pintando de vermelho a superfície chapeada e lavanda.
E sob o céu escocês agreste, Gwen e Beatrice se uniram como mãe e filha. Intercambiaram idéias sobre sua "história" em mais de uma ocasião. Beatrice a urgiu a que o pusesse por escrito, convertê-lo em um romance histórico e enviá-la a um editor.
Gwen pôs reparos. Nunca se publicaria. Não há maneira de que o faça.
Isso não é certo, Beatrice tinha discutido. Li um romance de vampiros este verão que adorei. Um vampiro, que surpresa! O mundo necessita mais pedras de amor. O que pensa que leão quando estou sentada no hospital, esperando para ver se meu Bertie alguma vez poderá falar outra vez? Não alguma história de horror.
Talvez algum dia, tinha concedido Gwen, em sua major parte para acabar a conversação.
Mas começava a considerá-lo. Se não pudesse ter seu e-viveram-felizes-para sempre na vida real, ao menos poderia escrevê-lo. Alguém mais o poderia viver por umas poucas horas.
Apesar de sua pena implacável, recusou-se a deixar o lado do Beatrice até que Bert esteve estável e Beatrice com melhor ânimo. Dia a dia, Bert se robustecia. Gwen estava convencida de que cicatrizava pela pura magnitude e a profundidade do amor do Beatrice por ele.
O dia que ele foi dado de alta, Gwen acompanhou ao Beatrice ao hospital. Sua fala estava impedida porque o lado esquerdo de sua face estava paralisado, mas o doutor havia dito que com o tempo e com terapia, poderia recuperar considerável terreno. Beatrice havia dito com uma piscada que não lhe importava se ele alguma vez pudesse falar claro de novo, enquanto todas suas outras partes estivessem em boa forma para funcionar.
Bert se tinha rido e tinha escrito sobre seu tabuleiro borrable que certamente o estavam, e que estaria feliz de demonstrar-lhe se todo mundo deixasse de preocupar-se com ele e o deixavam a sós com seu sexy algema.
Gwen tinha sorrido e tinha observado, com uma mescla de alegria e dor, como Beatrice e Bert gozavam um do outro.
Só depois de que tivessem obtido uma promessa dela de que os visitaria em Maine por Natal, Beatrice realmente tinha alugado uma casa de campo preciosa no Loch para o resto do outono, Beatrice tinha ajudado ao Gwen a empacotar e a tinha acompanhado ao táxi para a viagem ao aeroporto.
Enquanto Gwen se acomodava no assento traseiro, Beatrice fez passar sua massa ampla pela porta e a abraçou ferozmente, beijando sua frente, nariz e bochechas. Ambas estavam emocionadas.
-Não te atreva a te render, Gwen Cassidy. Não te atreva a deixar de amar. Nunca poderei saber o que te aconteceu esse dia nas colinas, mas sei que foi algo que trocou sua vida. Há magia em Escócia, mas sempre recorda: um coração que ama faz sua própria magia.
Gwen tremeu.
-Amo-te, Beatrice. E cuida do Bertie- adicionou ferozmente.
-OH, tenho essa intenção- reconfortou-a Beatrice-. E te amo também-. Beatrice deu um passo atrás enquanto o condutor fechava a porta.
Uma vez que o táxi se separou da sarjeta, e ela tinha cuidadoso ao Beatrice até que foi uma bolinha vestida de rosa ao longe, Gwen chorou todo o caminho até o aeroporto.
Capítulo 26
20 de outubro, Dia Presente
Embora Gwen tinha sabido à idade de quatro anos que a cor dos objetos derivava de sua estrutura química inata amortecendo certas longitudes de onda de luz e refletindo outras, agora compreendia que a alma tinha uma luz própria que dava cor ao mundo também.
Era uma luz essencial, a luz da alegria, da admiração, da esperança.
Sem isso, o mundo estava escuro. Não tinha importância quantas luzes ela acendesse, tudo era plano, cinza, vazio. Dormindo, ela sonhava com ele, seu amante Highland. Despertando, ela o perdia uma vez mais.
A maioria dos dias a feria muito para abrir os olhos sequer.
Assim que ficou na cama, em seu apartamento diminuto, as cortinas devoradas, as luzes apagadas, o telefone desligado, voltando a viver cada instante que tinham acontecido juntos, alternativamente rendo e chorando. Poucas vezes tratou de persuadir-se a si mesmo de sair da cama. Abruptas excursões ao quarto de banho para aplacar um estômago nauseabundo, ou tropeçar até a porta para pagar ao menino das pizzas, não estava funcionando.
Estava mortalmente ferida, mas seu coração estúpido continuava bombeando.
Como devia supostamente viver sem ele?
Tinha sido enganada pelas perogrulladas e os clichês. O tempo não cicatrizava todas as feridas. O tempo não fazia uma maldita coisa. A verdade era que o tempo se roubou a seu amante, e se ela vivesse cem anos -que o céu proibisse que sofresse tanto-, nunca perdoaria o tempo.
-Isso é tolo, o cientista inalou pelo nariz.
Gwen gemeu, dando-se volta sobre um flanco e devorando um travesseiro sobre sua cabeça.
-me deixe tranqüila. Nunca foste que ajuda. Nem sequer me avisou que salvando-o, perderia-o.
-Tratei de fazê-lo. Não quis me ouvir. E trato de te ajudar agora- disse o cientista rigidamente-. Precisa te levantar.
-Fora.
-É melhor que te levante, a menos que queira acontecer a noite te revolvendo com essa fatia de pizza de três dias que acaba de comer.
Bem, essa era uma saída da cama, uma Gwen estremecida decidiu alguns momentos mais tarde enquanto fracamente escovava seus dentes. Parecia a única forma em que ela se levantava ultimamente. Olhando-se de reojo, preparou-se psicologicamente antes de acender a luz para poder ver e limpar o inodoro. A luz machucou seus olhos e tomou vários instantes ajustar-se a ela. Quando se viu momentaneamente no espelho, ficou sem fôlego.
via-se horrível. Seu cabelo estava opaco e emaranhado, sua pele pálida, seus olhos vermelhos e inflamados de chorar. Sua face parecia magra, seus olhos derrotados.
Realmente precisava encontrar-se de novo, pensou fracamente.
Se não ser por ti, então pelo menino, assentiu o cientista.
-Qu-o que?-. Sua voz, muito tempo sem usar, quebrou-se, e a palavra escapou em um grasnido rouco e incrédulo.
O menino. O menino, idiota, espetou o cientista.
Gwen boqueó, atordoada, olhando fixamente seu reflexo. olhou-se um comprido momento, as sobrancelhas unidas.
Não deveria ver-se sua pele radiante ou algo se estivesse grávida? Não deveria ganhar um pouco de peso? Contemplou dudosamente seu estômago plano. Mais plano do que nunca tinha estado de sua vida. Definitivamente tinha perdido peso, não o tinha ganho.
-Não me diga que não pode fazer contas. Quando foi a última vez que tivemos o período?
Gwen sentiu um broto diminuto de esperança em seu coração.
Esmagou-o firmemente. Um sentimento perigoso: esperança. De maneira nenhuma seguiria esse caminho. Se esperava estar grávida, somente se sentiria duplamente esmagada quando averiguasse que não era certo. Destruiria-a. Estava em bastante más condições já.
Ela negou com a cabeça amargamente. O cientista estava equivocado esta vez.
-Não estou grávida- disse a seu reflexo rotundamente-. Estou deprimida. Uma grande diferencia-. Era simplesmente a tensão nervosa a que fazia que seu período se atrasasse, nada mais. Tinha ocorrido antes. Durante seu Grande Ataque de Rebelião, saltou-se dois períodos.
-Muito bem. Então engatinha de retorno à cama, continua comendo pizza rançosa, e te recuse a te perguntar por que te estiveste adoecendo. Culpa de tudo à tensão nervosa. E quando perder a nosso bebê porque não te cuida, não me culpe.
-Perder a nosso bebê! - ela ficou sem fôlego. O medo a esfaqueou e seus olhos se alargaram. Se havia sequer uma remota possibilidade de que tivesse um menino do Drustan dentro dela, não havia maneira de que o perdesse. E assustada de ter esperança -porque imaginava quão horrível a desilusão potencial poderia ser- compreendeu que havia mais que uma possibilidade. Havia uma probabilidade. Faziam o amor repetidamente, e ela não tinha usado nenhum controle de natalidade. Se não tivesse estado tão perdida no sofrimento, poderia-o ter considerado mais logo. Se estava grávida e fazia algo para pôr em perigo ao bebê, ela simplesmente morreria.
Afligida, tropeçou de volta ao dormitório, acendeu a luz, e se fixou bem ao redor, pensando duro. Contando os dias, saindo de dúvidas.
Seu dormitório era uma pocilga. As caixas de pizza, com fatiadas meio refeições, cobriam o piso. Os copos com recursos incrustados de leite estavam esquecidos em cima da mesa junto à cama. Os envoltórios de bolachas salgadas estavam consteladas através da cama: as bolachas salgadas que tinha estado mordiscando na manhã para acalmar seu apetite nauseabundo.
-OH, Deus Santo- ela murmurou-. OH, por favor, OH, por favor deixa que seja certo.
A espera para averiguar se estava grávida foi interminável.
Nenhuma prova doméstica de embaraço para o Gwen Cassidy: ela precisava ouvir qualquer fora a notícia diretamente de um doutor.
Depois fazer uma prova de urina e de sangue, Gwen golpeou ligeiramente seu pé e se sentou tensamente na sala de espera abarrotada do consultório. sentia-se alambrada de pés a cabeça. Trocou de posição uma dúzia de vezes, trocou de cadeira, se abanicó com cada revista do escritório. passeou-se. Periodicamente se assegurava de que a recepcionista soubesse que estava ainda viva.
A recepcionista a olhava carrancuda cada vez que acontecia comprido, e Gwen suspeitava que a mulher pensava que ela estava desequilibrada. Quando Gwen tinha chamado mais cedo, quase histérica, insistindo em ver a doutora imediatamente, a recepcionista bruscamente lhe tinha informado que a Dra. Carolyn Devore não tinha ocos em sua agenda por várias semanas.
Gwen tinha implorado e tinha soluçado até que finalmente a recepcionista, frustrada, tinha posto ao telefone ao Carolyn. Sua querida, maravilhosa doutora da infância, que se tinha convertido em uma amiga através dos anos, tinha-lhe feito um oco.
-Sinta-se- espetou a recepcionista, exasperada, enquanto Gwen se passeava outra vez-. Põe nervosos aos outros pacientes.
Gwen, envergonhada, jogou uma olhada ao quarto cheio de pessoas e se moveu furtivamente a sua cadeira.
-Senhora Cassidy?-. Uma enfermeira apareceu sua cabeça muito perto.
-Essa sou eu!- Ela voltou a levantar-se e trotou detrás da enfermeira-. Essa sou eu- informou a recepcionista brilhantemente.
Uns poucos momentos mais tarde, tomou assento na mesa de exame. Abraçando-se no quarto moderadamente frio, sentou-se, com os pés balançando-se, esperando.
Quando a porta se abriu e Carolyn Devore deu um passo, Gwen disse jadeantemente:
-Bem?
Carolyn fechou a porta, sorrindo.
-Estava no correto. Está grávida, Gwen.
-Estou-o?- murmurou, logo que atrevendo-se a acreditá-lo.
-Sim.
-Verdadeiramente?- insistiu.
Carolyn riu.
-Absoluta e inequivocamente.
Gwen saltou fora da mesa e a abraçou.
-Amo-te, Carolyn- exclamou Gwen-. OH, obrigado!
Carolyn riu outra vez.
-Não posso me atribuir o mérito disso, mas é bem-vindo.
Por vários minutos, tudo o que Gwen pôde fazer foi repetir "estou grávida", com um sorriso encantado em sua face.
-Precisa ganhar peso, Gwen- Carolyn arreganhou-. Fiz-te um oco esta tarde porque soou tão horrível no telefone que me preocupou-. Ela fez uma pausa, como procurando uma forma delicada de continuar-. Sei que perdeu a seus pais este ano-. Seu olhar café foi compassiva.
Gwen inclinou a cabeça apertadamente, seu sorriso desvanecendo-se.
-Lamentar-se exige sua tarifa. Está dez libras mais magra do que estava em sua última revisão. Começarei a te receitar suplementos hoje e te pondo em um regime alimentício. É bastante autoexplicativo, mas se tiver qualquer pergunta, então me telefone. Come. Sinta-se libere de comer até te fartar. te exceda durante algum tempo-. Deu ao Gwen uma pasta de sugestões de menus e uma caixa de suplementos de amostra para tirar a do apuro até que ela fora à farmácia.
-Sim, senhora- prometeu Gwen-. Palavra do Scout. Ganharei peso, prometo-o.
-Ajudará-te o pai?- Carolyn perguntou cuidadosamente.
Gwen aspirou profundamente. Sou forte, disse-se a si mesmo. Meu bebê depende de mim.
-Ele, hum... ele, er... morreu-. A palavra escapou em uma rajada de ar suave; somente dizê-lo-a machucou até os ossos. Quinhentos anos atrás, isso não o disse. Carolyn a teria despachado a um hospital cômodo e acolchoado se houvesse dito isso.
-OH, Gwen- exclamou Carolyn, apertando sua mão-, sinto-o muito.
Gwen apartou o olhar, incapaz de encontrar o olhar compassivo do Carolyn. A bondade simples poderia desfazê-la, fazendo brotar as lágrimas. Carolyn devia havê-lo sentido, porque sua voz se alterou, fazendo-se energicamente profissional outra vez.
-Não posso acentuar o bastante que deve ganhar peso. Seu corpo vai precisar cuidado especial, e eu gostaria de programar um ultra-som.
-Um ultra-som? por que? Está algo mal?-. Gwen se alarmou e seu olhar retornou voando ao Carolyn.
-Não, nada mal- Carolyn se apressou a reconfortá-la-. De fato- adicionou sorrindo-, segundo seu ponto de vista, poderia pensar que é algo maravilhoso. Seus níveis do HCG me conduzem a acreditar que terá gêmeos. Um ultra-som nos dará uma resposta definitiva.
-OH, Deus Santo! Gêmeos!- gritou Gwen-. Gêmeos- repetiu incrédulamente. Gêmeos, ao igual a Drustan e Dageus. Um calafrio correu através dela: não simplesmente um bebê dele, a não ser dois! OH, Drustan, pensou, ferida pela dor penetrante. Gêmeos, meu amor! Como se teria regozijado ele com as notícias, como celebraria o nascimento de seus meninos!
Mas ele nunca saberia, nunca veria seus filhos ou suas filhas. Ela nunca poderia compartilhar isso com ele. Ela entrecerró seus olhos contra uma quebra de onda de dor.
Carolyn a observou estreitamente.
-Está bem, Gwen?
Gwen assentiu com a cabeça, com a garganta oprimida. depois de um momento comprido, abriu seus olhos outra vez.
-Se precisa falar, Gwen...- Carolyn se interrompeu, esperando.
Gwen assentiu com a cabeça rigidamente.
-Obrigado, mas acredito que te tirei bastante tempo- forçou um sorriso débil-. Estarei bem, Carolyn. Cuidarei-me, prometo-o-. Nada poria em perigo a seus bebês.
-Farei-te um espaço outra vez na sexta-feira- disse Carolyn, caminhando com ela para a porta-. Farei que a recepcionista te chame esta tarde com um turno.
Gwen o agradeceu profusamente.
-Não tem idéia de quanto precisava saber isto.
Carolyn contemplou os círculos escuros sob seus olhos.
-Acredito que o faço- disse brandamente-. Agora sal de casa, come e te cuide. Há alguém mais que só você para pensar agora.
Gwen ondeou a mão em um gesto de adeus a recepcionista enquanto saía.
Estava grávida. Tinha uma parte do Drustan dentro dela. Um menino dele, possivelmente dois, para criar, amar, para querer.
Atravessando andando o estacionamento para seu carro, ficou brevemente aturdida por quão azul o céu parecia, que brilhante o sol, que verde a erva.
A cor. Havia luz em sua alma outra vez.
Capítulo 27
Uma semana mais tarde, Gwen estava de retorno em Escócia.
Ela se sentou na base da montanha MacKeltar, no capô de seu automóvel de aluguel, contemplando para cima, cheia de incerteza.
Quando Carolyn lhe tinha confirmado que teria gêmeos, tinha-a alagado uma quebra de onda de energia. Tinha limpo seu apartamento, tinha posto de novo o telefone no gancho, cortou-se o cabelo, tinha-se permitido o prazer de depilá-las sobrancelhas, e tinha ido às compras à loja de comestíveis. Logo tinha telefonado ao Allstate para oferecer formalmente sua demissão, só para encontrar que já a tinham despedido por não apresentar-se em tantas semanas. Não tinha perdido nada, e se tinha encolhido de ombros filosoficamente.
Tinha telefonado a um Agente Imobiliário e tinha colocado a casa de seus pais no mercado. O ostentoso lugar se amortizou anos atrás, e sua venda lhe daria mais que suficiente dinheiro para começar de novo. Tinha terminado com a Santa Fé. Com as reclamações de seguro, contudo. Pensava mudar-se à Costa Oeste, talvez a Maine, perto do Bert e Beatrice. Compraria uma casa preciosa com uma encantadora creche. Possivelmente obteria um posto de ensino em matemática na universidade local e fazê-la divertida.
Mas antes de poder fazer algo disso, antes de que pudesse seguir adiante, tinha, em certa forma, que fazer as pazes com o passado.
E a única forma a fazê-lo era responder as perguntas que a enlouqueciam às três da manhã, quando seu coração se sentia pesado e sua alma tinha tendência a refletir.
Perguntas como: tinha morrido Drustan da ferida de flecha, ou tinha sobrevivido? E se ele tinha sobrevivido, teria se casado alguma vez? Ela odiava considerá-lo sequer, porque a fazia sentir rasgada por dentro. sentiria-se devastada se ele se tornou a casar, mas ao mesmo tempo, sentiria-se devastada se ele tivesse passado o resto de sua vida aflito. Amava-o tanto que se ele tivesse vivido, queria que tivesse sido feliz. Machucava-a pensar que ele poderia ter sofrido por trinta ou quarenta ou cinqüenta anos. deu-se conta de que ela era a afortunada: ambos se tinham perdido mutuamente, mas só ela tinha o presente precioso de seus bebês.
Mais pergunta: teria tido Dageus meninos? Teria sobrevivido qualquer descendente MacKeltar até o século vinte e um? A resposta a essa pergunta poderia ser uma bênção, pois se os MacKeltars ainda viviam sobre o Alborath, sentiria-se como se não tivesse falhado completamente. Uma das coisas que Drustan tinha querido era assegurar a descendência futura de seu clã, e se salvando ao Dageus tinham afiançado sobrevivência de seu clã, poderia encontrar alguma pequena satisfação nisso.
Ainda mais que encontrar as respostas, entretanto, ela precisava sentar-se ao lado de sua tumba, colocar ramitas de urze em cima dela, lhe contar sobre seus meninos, rir e recordar o passado e chorar.
Então iria a casa e seria forte para seus bebês. Era o que quereria Drustan.
Fortalecendo-se, voltou silenciosamente para automóvel de aluguel.
Não se enganava a si mesmo, porque sabia que o que for que encontrasse em cima da montanha ia atormentá-la. Porque esse ia ter que ser o adeus final.
À medida que Gwen chegava ao final do topo da montanha, seus olhos se empanavam.
A parede do perímetro tinha sido derrubada, e as pedras majestosas do Ban Drochaid se elevavam contra o céu brilhante, espaçoso e azul.
Ali tinha feito o amor com seu consorte Highland. Ali tinha viajado de volta ao passado. Ali ela tinha ficado grávida, segundo a data em que sairia de contas.
Tinha sabido que ver as pedras outra vez lhe doeria, porque sua parte estava tentada a retornar ao laboratório e tratar de calcular as fórmulas que dançavam até agora além de sua compreensão. Quão único a continha era que sabia que, por muito brilhante que fora, poderia passar o resto de sua vida tentando-o, só para morrer como uma velha amargurada, sem nunca obter o conhecimento. Ela não viveria sua vida dessa maneira, nem submeteria a seus meninos a isso. As poucas vezes que tinha considerado cuidadosamente os símbolos, precaveu-se de quão longe de sua compreensão estavam. Ela poderia ser um gênio, mas simplesmente não era o suficientemente preparada.
Nem suplicaria aos modernos MacKeltars, se existiam, para que rompessem seus juramentos e a devolvessem, desatando um Druida Escuro no mundo. Não, ela seria a mulher que Drustan tinha amado: honorável, ética, carinhosa.
Assim resolvida, acelerou até depois das pedras e levantou seu olhar para o castelo. Conteve a respiração. O castelo Keltar era ainda mais belo do que tinha sido no século dezesseis. Uma fonte brilhante, de muitos degraus, construiu-se na grama dianteira. Estava rodeada por uma exuberante zona de arbustos e flores e corredores de pedra. A fachada tinha sido renovada, provavelmente muitas vezes durante os séculos, e as escadas dianteiras já não eram de pedra, mas sim tinham sido substituídas com mármore rosado. Um elegante passamanes de mármore a jogo emoldurava ambos os lados. O que uma vez tinha sido uma porta de madeira enorme eram agora umas portas dobre esculpidas de cerejeira brunida e decorado com ouro. por cima das portas, um vitral detalhando -seu coração saltou- o plaid MacKeltar, púrpura, brilhava tenuemente brilhante à luz do sol.
Estacionou ante os degraus e se sentou contemplando a porta, perguntando-se se esse pedaço pequeno de herança MacKeltar queria dizer que o castelo estava habitado ainda pelos descendentes. Repentinamente, a porta se abriu e uma muchachita, com seus cachos loiros derrubando-se ao redor de uma face delicada, saiu aos degraus, olhando-a fixa e curiosamente. Dentro do Volto alugado, Gwen olhou contra a luz do sol brilhante à garotinha preciosa, que foi seguida de perto por um menino de idade similar, e um par maior de gêmeos.
O menino maior e a garota lhe tiraram a respiração e erradicaram qualquer pergunta em sua mente a respeito de que qualquer descendente tivesse sobrevivido.
Com toda segurança o tinham feito.
O puro sangue MacKeltar era visível nos dois meninos maiores, nas densas jubas escuras, os olhos incomuns e a pele dourada. O menino podia ter sido o próprio filho do Dageus, com olhos dourados similares.
Ela entrecerró seus olhos brevemente, resistindo às lágrimas, sentindo-se ao mesmo tempo alegre e triste. Não tinham falhado completamente, mas a visita ia atormentá-la, precaveu-se, dando massagem a suas têmporas.
-Olá- a garotinha chamou, golpeando a janela do carro-. Entrará, ou estará sentada observando ali todo o dia?
Gwen bufou agilmente, a dor aliviando-se um pouco. Abriu seus olhos e sorriu. A garotinha era absolutamente bonita, olhando-a com atenção, impacientemente. vais ter dois desses logo, uma voz reconfortante lhe recordou.
-Face, volta desse carro!- chamou uma mulher loira que parecia estar nos inícios dos trinta, apressando-se a baixar as escalinatas.
Estava embarazadísima, e Gwen instintivamente tocou seu próprio abdômen. Desativando o aceso, remeteu sua franja detrás de sua orelha e abriu a porta do carro. precaveu-se, à medida que saía, que não tinha pensado algo adiantado: em que não tinha idéia de que desculpa ofereceria para visitar de improviso a perfeitos desconhecidos. Teria que tocar de ouvido, manter estar gostada muito do castelo, logo implorar um passeio. Estava agradecida de que a mulher estivesse grávida, porque estava disposta a apostar que a convidaria a entrar em fazer uma visita sem fazer muitas perguntas. Gwen recentemente tinha descoberto que as mulheres grávidas eram uma raça à parte, com uma tendência a forjar uma união foto instantânea, profunda. uns quantos dias atrás, tinha conversado por mais de uma hora com uma desconhecida grávida no corredor dos sorvetes da loja de comestíveis, discutindo provas e métodos e roupas de recém-nascidos e toda classe de coisas que aborreceriam a uma tola pessoa não grávida.
-Suponho que estes preciosos meninos são deles?- disse Gwen, oferecendo seu sorriso mais amigável.
-Sim, os menores som Cory e Face- disse ela, assinalando-os. Face disse olá outra vez, e Cory sorriu timidamente-. E estes- ondeou uma mão para os gêmeos menores de cabelo escuro- são Christian e Colleen-. Os garotinhos disseram olá simultaneamente.
-Mais dois que entrarão em cena em uns poucos meses- adicionou Maggie-. Como se não fora óbvio- disse secamente.
-Estou grávida de gêmeos também- confiou Gwen.
Os olhos do Maggie titilaram estranhamente.
-É mais fácil desse modo- disse-. Faz-os chegar da dois de uma vez, e sempre tinha querido uma dúzia mais ou menos. Sou Maggie MacKeltar e meu marido deveria sair em um momento-. Ela se voltou para os degraus e gritou-: Christopher, te apure, ela está aqui!
-Vou, amor- respondeu uma voz profunda de barítono.
Gwen franziu o cenho, intrigada, perguntando-se o que tinha querido dizer Maggie com "ela está aqui". A tinham confundido com alguém mais? Possivelmente esperavam a alguém, decidiu; talvez contratariam a uma babá ou uma criada e pensavam que Gwen era essa pessoa.
Face atirou impacientemente do braço do Maggie.
-Mamãe, quando lhe mostraremos...?- começou Face.
-te cale- disse Maggie rapidamente-. Vê com o Cory dentro. Entraremos em pouco tempo. Christian, você e Colleen vão ajudar à senhora Melbourne a colocar o chá no solar.
-Mas, mami...
-Tenho que repeti-lo?
vou ter que esclarecer este caso de identidade equivocada, pensou Gwen, observando aos meninos entrar. Não queria enganar ao Maggie MacKeltar. Então todo pensamento fugiu de sua mente enquanto o marido do Maggie, Christopher, saía do castelo. Gwen conteve a respiração, sentindo-se repentinamente enjoada.
-Sim, o parecido é forte, verdade?- disse Maggie brandamente, observando-a.
Uma mecha escura de cabelo caía sobre a frente do Christopher, e tinha a mesma altura extraordinária e o corpo musculoso. Seus olhos não eram de prata, mas sim de um cinza profundo e tranqüilo. Mas se parecia tanto ao Drustan que doía olhá-lo.
-Qu-o que quer dizer?- gaguejou Gwen, tratando de compor-se.
-Quero dizer que se parece com o Drustan- respondeu Maggie.
Gwen abriu a boca mas nada saiu. Ao Drustan? O que sabiam a respeito do Drustan e ela?
-Och, Gwen Cassidy- disse Christopher com um grosso acento escocês-, estivemo-lhe esperando por muito tempo-. Sorrindo, ele deslizou seu braço ao redor da cintura do Maggie. Ambos estiveram parados ali, olhando-a radiantes.
Gwen piscou.
-Como sabe meu nome?- perguntou fracamente-. O que sabe a respeito do Drustan? O que acontece aqui?- seguiu dizendo, sua voz aumentando de volume.
Maggie beijou a bochecha de seu marido, deslizou-se de seu abraço, e passou seu braço através do do Gwen.
-Entra, Gwen. Temos muito que te dizer, mas acredito que poderia precisar te sentar enquanto o ouve.
-Sente-se- repetiu Gwen em silêncio, com os joelhos débeis-. Bem. Sentar-se seria bom.
Mas não pôde sentar-se, porque no momento em que Gwen entrou em Grande Hall se congelou, olhando boquiaberta o retrato que pendia por cima da escada dobro, olhando para a entrada.
Era ela.
Seis pés do Gwen Cassidy, luzindo um vestido de cor lavanda pálido, o cabelo loiro derrubando-se ao redor de sua face, adornava a parede no descanso entre as duas escadas.
-Eu- conseguiu dizer, apontando-. Essa sou eu.
Maggie riu.
-Sim. Foi pintado no século dezesseis...
Mas Gwen não ouviu o resto. Sua atenção ficou apanhada e sustentada pelos retratos familiares que cobriam quase cada polegada das paredes do Grande Hall. Das épocas remotas até o presente dia, se desperezaban dos respaldos das cadeiras até o céu raso.
Ansiosa por ver com quem se casou Dageus, e que tipo de meninos tinha criado, passou de comprimento as pinturas modernas. Fracamente, sua mente percebeu que Maggie e Christopher se atrasavam detrás dela, agora observando em silêncio.
Na seção de exibição do século dezesseis, Gwen se deteve atordoada. Ela ficou com o olhar fixo por um momento, incapaz de acreditar o que via, logo sorriu enquanto as lágrimas empanavam seus olhos. Imaginou que podia ouvir débeis ecos da risada do Silvan no ar. E Nell, dando alguma resposta descarada. O esperneio dos pés de meninos nas pedras.
A pintura que a mantinha cativada era de oito pés de alto. Um retrato de tamanho natural, com o Nell sentada na terraço, Silvan detrás dela, suas mãos nos ombros da mulher. Nell sujeitava dois gêmeos em seus braços.
-Nell?- finalmente disse, começando a olhar ao Maggie.
-Sim. Nosso ramo descende diretamente do Silvan e Nell MacKeltar. Ele se casou com sua ama de chaves, conforme contam as crônicas. Tiveram quatro meninos. Ter gêmeos é algo extraordinário nesta família.
-Acredito que se vê bastante velho para ter meninos- disse Colleen, enrugando seu nariz enquanto saltava de novo ao Grande Hall, seguida por seus irmãos-. O chá está preparado- anunciou.
O coração do Gwen se inchou.
-Ele tinha sessenta e dois anos de idade- disse brandamente. E Nell não tinha sido um pombinho da primavera tampouco. Querida-a Nell tinha recuperado a seus bebês depois de tudo, e tinha sido Silvan quem os tinha dado.
Ela se moveu até o seguinte retrato, mas seguiam dois espaços vazios. A parede estava mais escura onde os retratos uma vez tinham pendido.
-O que estava aqui?- perguntou com curiosidade. Tinham baixado os retratos do Drustan para dar-lhe
Christopher e Maggie intercambiaram um olhar estranho.
-Precisamente dois retratos estão sendo retocados- disse Christopher-. Há outro do Nell e Silvan- adicionou, assinalando com o dedo mais à frente.
Gwen os contemplou um momento.
-E Dageus? Onde está Dageus?- perguntou.
Outra vez, o casal intercambiou olhadas.
-Ele é um mistério- disse Maggie finalmente-. Afastou-se em algum momento de 1521.
-Não há nenhum registro de sua morte?
-Não- Maggie respondeu tensamente.
Que estranho, refletiu Gwen. Mas retornaria a isso mais tarde, pois agora os pensamentos sobre o Drustan a consumiam.
-Tem algum retrato do Drustan?
-Mami!- choramingou Colleen-. Vamos, você me matas! Sigamos com isso!
Christopher e Maggie sorriram abertamente.
-Vêem, temos algo mais para ti.
-Mas tenho tantas perguntas- protestou Gwen-. Como há...
-Mais tarde- disse Maggie fico-. Acredito que precisamos te mostrar estes primeiros, logo poderá perguntar o que quiser.
Gwen abriu sua boca, fechou-a outra vez, e assentiu.
Quando Maggie fez escala na porta da torre, Gwen fez uma respiração lenta e profunda para acalmar os batimentos do coração de seu coração. Havia Drustan deixado algo para ela? Algo que lhe poderia dar a seus meninos, do pai que alguma vez conheceriam? Quando Maggie e Christopher intercambiaram um olhar carinhoso, quase chorou de inveja.
Maggie tinha a seu MacKeltar; Gwen desejava alguma sinal pequeno para recordar o seu. Um plaid com seu perfume, um retrato para mostrar a seus bebês, algo. Tremeu, esperando.
Maggie tirou uma chave de seu bolso, pendurando frouxamente em um fita de seda desfiado e puído.
-Há um... legado que aconteceu dos séculos no Castelo Keltar. foi a fonte de sonhos românticos de muitas jovencitas- arqueou uma sobrancelha a sua filha maior-, e Colleen aqui foi a pior.
-Não é verdade. Ouvi-os ti e a papai sonhando sobre ele toneladas de vezes, e logo ambos têm esse olhar repugnante em seus olhos...
-Poderia te recordar que esse olhar repugnante pressagiou o advento de sua pequena vida- disse Christopher secamente.
-Eww-. Colleen enrugou seu nariz outra vez.
Maggie riu e continuou.
-Algumas vezes penso que o puro amor dele benzeu a todos os que alguma vez viveram dentro destas paredes. A história passou cuidadosamente de geração em geração enquanto esperavam para o dia vindouro. Bem, o dia chegou, e agora o resto depende de ti-. Sorrindo, deu ao Gwen a chave-. Diz-se que você saberá o que fazer.
-diz-se que o tem feito antes- adicionou Colleen sem fôlego.
Gwen, perplexa, inseriu a chave com mãos trementes. O ferrolho estava velho e arenoso pelo tempo, e tomou uns poucos minutos trabalhar no ferrolho.
Enquanto abria a porta, Christopher lhe deu uma vela.
-Não há eletricidade ali dentro. A torre não foi aberta em cinco séculos.
O suspense aumentando, Gwen aceitou a vela e cautelosamente entrou no quarto, fracamente consciente de que o clã inteiro MacKeltar estava em brasas atrás de seus talões.
Estava muito escuro para ver muito, mas a incandescência da vela caiu sobre uma pilha de tecido velho e o brilho prateado de armas.
As adagas do Drustan!
Seu coração deu inclinações bruscas dolorosamente.
Ela se ajoelhou e manuseou o tecido na qual jaziam. As lágrimas picaram seus olhos quando se precaveu de que era seu plaid, e, em cima dele, jazia um par pequeno de trews de couro negro que provavelmente teriam uma talha perfeita.
Ele nunca se esqueceu de que ela tinha querido um par.
-Isso não é tudo- disse Colleen impacientemente-. Isso é o de menos. Olhe para cima!
-Colleen- disse Christopher severamente-. A seu tempo, moça.
Piscando para conter as lágrimas, Gwen olhou para cima, e quando seus olhos se ajustaram completamente, advertiu uma laje no meio do quarto circular. Seu coração golpeou ruidosamente contra suas costelas, e se levantou de um salto.
-OH, Deus Santo- sufocou-se, tropeçando para a laje. Não podia ser. Como podia ser? Olhou freneticamente ao Maggie, que sorriu e assentiu com a cabeça alentadoramente.
-Ele te espera. Esperou-te quinhentos anos. diz-se que sabe como despertá-lo.
Gwen começou a hiperventilar. Viu uma bruma frente a seus olhos e quase se deprimiu onde estava parada. Por vários instantes não pôde fazer nada mais que estar ali de pé, com o olhar fixo, em shock. Logo empurrou os trews negros que não se deu conta que agarrava firmemente ao Maggie e engatinhou em cima da laje.
-Drustan- chorou, chovendo beijos em sua face dormida-. OH, Drustan! Meu amor...- as lágrimas escorregaram para baixo por suas bochechas.
Como o tinha despertado ela?, perguntou-se freneticamente, incapaz de acreditar que ele estava realmente ali. Tocou-o com mãos trementes, assustada de que pudesse desaparecer, assustada de estar sonhando.
-Não estou sonhando?- murmurou fracamente.
-Não, moça, não está sonhando- disse Christopher, sorrindo.
Gwen cravou os olhos no Drustan, tratando de recordar exatamente o que tinha ocorrido na caverna. Ela tinha cansado abaixo do ravina e tinha aterrissado justo em cima dele. Tinha estado fascinada, havia-o meio doido, desvergonzadamente passando as mãos sobre seu assumo. Logo se tinha reclinado para que o sol pudesse cair sobre ele, e obter uma melhor olhada do homem devastador.
-O sol! Deve me ajudar a levá-lo fora- disse ela com urgência-. Acredito que a luz do sol tem algo que ver com isto!
Tiveram que combinar forças para baixar ao Highlander encantado pelas escadas sinuosas, atravessar a biblioteca e depositá-lo em cima da terraço empedrada. Lançavam bufos quando depositaram a seu capitalista guerreiro nas pedras.
Gwen permaneceu de pé por um momento, simplesmente olhando-o atordoada. Drustan estava aqui! Tudo o que ela tinha que fazer era pensar em como despertá-lo! Deslumbrada, deslizou-se escarranchado sobre ele e colocou sua Palmas contra seu assumo, da mesma maneira em que o tinha feito na caverna. O brilho do sol caía diretamente em seu rosto e seu assumo.
Mas nada ocorreu.
Os símbolos permaneceram gravados claramente em seu assumo. Na caverna tinham começado a desaparecer. por que?
Ela estreitou seus olhos e olhou com atenção o sol. Era brilhante e claro, um dia espaçoso. Olhou ao Maggie.
-Ele não deixou nenhuma instrução?-. Ela o necessitava acordado agora.
Os MacKeltars menearam suas cabeças.
-acredita-se que ele temia que alguém pudesse despertá-lo antes de que fosse o momento- disse Maggie. Lançou ao Colleen um olhar sardônico-. Como minha filha, que esteve enfatuada com ele desde a primeira vez que apareceu por uma greta na torre e o viu dormido.
Fechando seus olhos, Gwen pensou duro. O que era diferente? Reabriu os olhos lentamente e contemplou o assumo de seu marido. Tudo era igual: o sol, os símbolos, suas mãos...
O sangue. Tinha havido sangue melado nos símbolos, por haver-se raspado as mãos quando tinha cansado através das rochas. Podia ser tão elementar? O sangue humano e o brilho do sol? Ela não sabia nada de feitiços, mas o sangue figurava destacadamente em mitos e lendas.
-Necessito uma faca- gritou.
Colleen entrou correndo ao castelo e retornou velozmente, sustentando uma pequena faca para cortar carne.
Resmungando uma oração, Gwen agilmente passou o fio sobre sua palma até que as gotas de sangue fluíram. Com as mãos trementes, melou-a através dos símbolos em seu assumo, e logo se recostou ansiosamente, esperando.
Por um momento, nada ocorreu.
Então um por um, os símbolos começaram a desvanecer-se.
Ela conteve o fôlego e olhou para cima, a sua face.
-bom dia, inglesa- disse Drustan perezosamente, abrindo os olhos, seu olhar chapeada cheia de ternura-. Sabia que poderia fazê-lo, amor.
As pálpebras do Gwen revoaram e ela se deprimiu.
Capítulo 28
Quando Gwen recuperou o conhecimento, jazia sobre a cama na Câmara De Prata. Drustan estava inclinado sobre ela, contemplando-a com tanto amor em seus olhos que ela ofegou e começou a chorar.
-Drustan- murmurou, aferrando-se a ele.
-Está acordada, Maggie- disse Drustan sobre seu ombro-. Ela está bem-. Gwen ouviu a porta fechar-se quando Maggie saiu, lhes dando privacidade.
Ela ficou com o olhar fixo em seus olhos chapeados, insegura. Ele a olhava como se ela fora a coisa mais preciosa no mundo.
-Como?- conseguiu perguntar, cavando a face do homem em suas mãos. Ela riscou seus dedos sobre cada plano e ângulo, e ele os beijou repetidamente enquanto passavam sobre seus lábios-. Como?
-Amo-te, Gwen MacKeltar- murmurou ele, apanhando sua mão e plantando um beijo na palma.
Gwen riu através de suas lágrimas.
-Amo-te também- murmurou a sua vez, arrojando seus braços ao redor dele e abraçando-o com força-. Mas não entendo.
Em meio de dúzias de beijos, rápidos, muitos pausados, ele o contou.
Disse-lhe como a tinha observado desaparecer enquanto ele tinha jazido sobre a terra, a batalha estalando em todas partes. Disse-lhe como a flecha tinha sido dobrada pelo disco de metal em suas bandas do couro e tinha sofrido uma ferida superficial. Disse-lhe como tinham descoberto quem era o "inimigo" era.
-Essa anciã- Gwen murmurou-. Ela disse que tinha contratado aos ciganos.
-Sim, Besseta. Fez uma confissão completa-. Ele a beijou outra vez antes de continuar, sugando delicadamente seu lábio inferior-. Besseta afirmou que tinha visto em suas varas de disco que uma mulher provocaria a morte de seu filho. Já que estava a ponto de me casar, Besseta decidiu que minha prometida devia ser a mulher em sua visão. Advertiu ao Nevin, mas ele tomou a risada e lhe fez prometer que não me danificaria. Para sua mente doente, me enfeitiçar não me danificaria, assim que ela comprou os serviços dos ciganos para me encantar e impedir as bodas. Na primeira realidade, quando Anya foi assassinada pelos Campbell, Besseta teria devido pensar que a ameaça tinha passado. Suspeito, entretanto, que em alguma ocasião pouco depois da morte da Anya, Besseta teria devido ter sua visão outra vez, e se teria dado conta de que enquanto ainda estivesse vivo e pudesse me casar, o perigo nunca passaria. Assim seguiu com seu plano original para me encantar.
-Assim que te drogou e enviou a mensagem ordenando ir descobrir o nome do homem que tinha matado ao Dageus.
-Sim. eu adorei, você me encontrou, e te enviei ali.
-Mas na segunda realidade- exclamou Gwen-, já que Dageus e Anya não foram assassinados, ela deveu ter ouvido que voltava para casa com sua prometida...
-... e trocou os planos para me seqüestrar. Para não correr nenhum risco, quis a minha "prometida" também. Como você estava em meu dormitório, assumiram que foi Anya.
Gwen negou com a cabeça, assombrada.
-Foi seu convencimento em sua "visão" o que fez que tudo ocorresse, Drustan! Se não tivesse acreditado nisso, ela nunca te teria encantado, nunca teria ido eu ali, e Nevin nunca teria sacrificado sua vida para me salvar.
-Sim. É por isso que os ciganos são tão cautelosos com a adivinhação. Fazem-no estimando que qualquer futuro que eles prognostiquem não é mais que um futuro possível: o mais provável, mas não o que ocorrerá indefectiblemente. Para a Besseta, arrastada pelo medo, era entretanto seu futuro provável. O medo a conduziu a me encantar. me encantar deu como resultado que eu te enviasse para o passado. Uma vez que esteve ali, Nevin sacrificou sua vida para te proteger. Seu medo a conduziu a cumprir a cabalidad algo que era só uma possibilidade.
Gwen esfregou sua frente.
-Isto me faz doer a cabeça.
Drustan riu.
-Faz doer a minha também. Serei mais que feliz se nunca nos colocarmos com o tempo outra vez.
Gwen guardou silêncio um momento, pensando.
-O que aconteceu a Besseta?
Os olhos do Drustan se escureceram.
-depois de que desapareceu, mergulhou-se na batalha, e embora os homens se esforçaram em não danificá-la, estava decidida a morrer. cravou-se a si mesmo no claymore do Robert-. Ele franziu o cenho-. Acusou-se antes de morrer, e pudemos relacionar a história.
As lágrimas frescas se apinharam nos olhos do Gwen.
-Chora por ela?- exclamou Drustan.
-Desde não ser por ela, nunca te teria encontrado- disse Gwen brandamente-. É triste. É triste que ela estivesse tão assustada. Mas ao mesmo tempo, estou tão contente de te haver encontrado...
Ele a beijou outra vez, logo lhe contou o resto da história. Como se tinha aflito, como se tinha enfurecido. Como tinha saltado às pedras e discutido consigo mesmo por horas.
Logo sua mente se deteve em uma idéia tão tentadoramente possível que lhe tinha tirado a respiração.
Os ciganos. Tinham-lhe feito dormir uma vez por cinco séculos. por que não outra vez? E assim, tinha seguido a pista à tribo errante e tinha contratado seus serviços. Reina-a cigana em pessoa tinha realizado o feitiço por uma bolsita de moedas.
-Por uma bolsita de moedas!- exclamou Gwen-. Como se atrevem a cobrar? Foram eles os que...
-Os que venderam um serviço, nada mais. Os ROM fazem cumprir um código estranho. Sustentaram que culpar os de que Besseta os tivesse contratado para me encantar seria igual a culpar à adaga por provocar sangue: é a mão que esgrime a adaga, não a adaga mesma.
-Uma boa forma de fugir da responsabilidade pessoal- queixou-se Gwen. Logo aspirou em uma respiração pouco funda-. Sua família! Silvan e Nell Y...
Ele a interrompeu, beijando-a.
-Minha eleição foi dolorosa para eles, mas entenderam.
Ele não tinha vacilado. Tinha passado vários meses dizendo seus adioses antes de ser encantado, e implementando planos que dariam fruto cinco séculos mais tarde, planos para assegurar uma boa vida para ele e sua esposa. Mas haveria tempo para dar conta disso a manhã seguinte, ou a seguinte... ou a seguinte-. Pediram-me que te enviasse seu amor quando nos reuníssemos.
Gwen se sentiu emocionada outra vez, logo esmurrou seu assumo com um punho.
-por que não deixou instruções para que Maggie me encontrasse faz semanas?- chorou-. Tinha o coração quebrado. estive que retorno por mais de um mês...
-Não estava seguro de quando retornaria a seu tempo. Não podia saber se o mês passaria para ti em ambos os séculos.
-OH- disse ela com uma voz pequena.
-E não estava disposto a tomar o risco de te chamar antes de que me tivesse encontrado. Och, se não, imagina a confusão que teria sido. Você não teria sabido como despertar. Nem sequer me teria conhecido se tivéssemos enviado por ti muito logo. Parecia mais seguro te deixar vir.
-Mas o que tivesse ocorrido se eu não tivesse vindo? O que tivesse ocorrido se alguma vez tivesse retornado a Escócia?
-Deixei instruções de que se não tivesse chegado pelo Samhain, meus descendentes deveriam te encontrar e te convidar a vir. Que lhe buscassem na América e lhe trouxessem aqui.
-Mas...
-vais falar me até morrer ou a me beijar, esposa?- perguntou ele com voz rouca.
Ela optou pelo beijo.
Quando seus lábios reclamaram os dela, seu corpo se encheu de desejo. Ele fez uma pausa só para tirá-la camisa de linho, enquanto Gwen trabalhava brevemente com seu plaid.
-te recoste- ordenou ela quando o deixou completamente nu-. Eu gostaria de estar em cima-. Ele acessou, lhe dirigindo um sorriso erótico que escorria promessas de fantasias a ponto de ser realidade. Ela se apoiou em seus talões, contemplando-o, convexo através da cama. Sua pele de bronze e seu sedoso cabelo escuro brilhavam contra a roupa de cama branca. Seis pés e meio de guerreiro Highland jaziam ante ela, aguardando seu prazer.
Yum.
Anos de não entender a equação da vida culminaram em um momento perfeito de vida, de claridade, onde a paixão equivalente ao amor o elevava ao quadrado. Amar e sentir paixão pelo ser amado fazia que a vida fora tão preciosa. Ela estava absolutamente feliz de passar o resto de sua vida provando essa equação.
-me toque- ele ronronou.
Ela o tocou. Ligeiramente, deslizando suas mãos sobre suas coxas musculosas. Riscando cada músculo, cada ondulação, logo baixando sua cabeça para saborear o que em sua mão despertava. Ela o rodeou e passou sua língua da parte inferior de seu pênis duro para cima, muito contente quando ele se estremeceu baixo ela.
-Gwendolyn!- resfolegou ele, embalando sua cabeça com suas mãos-. Não suportarei nem um minuto se fizer isso!
-Och, não, meu esplêndido laird- disse ela com um rítmico acento escocês-. Ainda tem que servir para meu prazer... ack!- estalou de risada quando em um movimento veloz ele a começou a rodar em cima de suas costas.
-Peço-te que recorde que te estive desejando por quinhentos anos, enquanto que você me estiveste esperando só um mês.
-Sim, mas você não sabia que o tempo passava...- ela começou, mas ele beijou suas palavras para as sossegar. Cobriu seu corpo com o seu, deslizando sua camisa para cima, beijando cada assumo à medida que os deixava ao descoberto. Alternativamente voltando para um beijo abrasador em seus lábios, logo movendo-se mais baixo.
Quando ao fim ele se sepultou dentro dela, gemeu de êxtase. Ele teria esperado uns mil anos, não, uma eternidade, para ter a essa mulher dessa maneira.
Muito mais tarde, Drustan a sustentava em seus braços, maravilhando-se de como o completava ela. Ela tinha tido seu turno acima a terceira vez, lhe informando que ele era seu "campo de jogo privado", e esclarecendo o que era um campo de jogo. Ele tinha muito que aprender para integrar-se completamente em seu século. Não tinha medo quanto a isso; antes bem, estava eufórico pelo desafio.
A emoção o alagou, um sentido de correção e completitud, e ele a beijou, incorporando toda sua alegria no beijo. sentiu-se surpreso quando ela se apartou, mas então, Gwen tomou sua mão e meigamente colocou sua palma em cima de seu ventre.
Ele se incorporou velozmente na cama, inspecionando seus olhos.
-Está me dizendo algo?- exclamou roncamente.
-Gêmeos. Teremos gêmeos- disse ela, transbordando de alegria.
-E esperou até agora para me dizer isso rugiu ele, e arrojou para trás sua cabeça e gritou de alegria. Tomou em seus braços e dançou com ela ao redor do quarto. Girou-a em espiral, beijou-a, dançou mais, logo se deteve e gentilmente a colocou de novo na cama-. Não deveria te sacudir dessa maneira- exclamou ele.
Gwen riu.
-OH, por favor, se nosso amor não os sacudiu, um pouco de baile certamente não o fará. Estou de perto de dois meses.
-Dois meses!- gritou ele, incorporando-se outra vez.
Gwen resplandeceu; ele estava tão exaltado. Era o que cada mulher deveria experimentar quando dizia a seu homem que estava grávida: um homem completamente eufórico por ser pai.
Ele se manteve de pé sorrindo como um parvo por um momento, logo ficou sério e caiu de joelhos ante ela.
-Casará-te comigo em uma igreja, Gwendolyn?
-Sim, OH, sim- suspirou Gwen soñadoramente.
E essa vez, quando fizeram o amor, foi mais tenro e lento e doce que nunca antes.
-Onde viveremos?- perguntou ela finalmente, penteando com seus dedos o cabelo sedoso do Drustan. Simplesmente não podia deixar de tocá-lo. Não podia acreditar que ele estava ali. Não podia acreditar no sacrifício que ele tinha feito para estar com ela.
Ele sorriu abertamente.
-Encarreguei-me disso. A propriedade foi dividida em três partes em 1518. Minha parte é a do sul. Dageus fiscalizou a construção de nossa casa. Aguarda-nos ainda agora. Maggie e Christopher me asseguraram que a abriram e tudo está preparado.
Dageus, pensou Gwen. Ela precisava lhe contar que Dageus tinha desaparecido, mas haveria tempo de isso mais tarde. Não queria que nada arruinasse esse momento.
-Não te importa viver em Escócia, verdade, moça?- brincou ele com ligeireza, mas ela sentiu um indício de vulnerabilidade em sua pergunta. Seria duro para ele ajustar-se a um século novo. Seria ainda mais difícil se ela o arrastasse a América. Com o tempo, suspeitava que lhe gostaria de viajar, pois era um homem curioso, mas Escócia sempre seria sua casa. O que estava bem, porque ela tinha poucas vontades de voltar para os Estados Unidos.
A enormidade do que tinha feito ele, quanto tinha sacrificado por ela, tinha-a afligido.
-Drustan- ela murmurou-, você o deixou tudo...
Ele a devorou em cima de seu assumo e roçou seus lábios contra os dela.
-E o faria uma vez mais, meu doce Gwen.
-Mas sua família, seu século, seu lar...
-Och, moça, não sabe? Seu coração é meu lar.
Karen Marie Moning
O melhor da literatura para todos os gostos e idades