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Series & Trilogias Literarias
Júlia deixou sua mesa de trabalho organizada e saiu para almoçar. Lívia tinha pedido que saísse mais cedo e demorasse umas duas horas para voltar. Era certo de que sua chefe pretendia receber algum subalterno em sua sala, para serviços “extras”. Todos na empresa conheciam sua fama de devoradora de auxiliares. O único que ainda não tinha se dado conta disso era o seu noivo, Alexandre, um dos executivos solteiros mais cobiçados da cidade.
Ele trabalhava num pool hoteleiro, administrando vários empreendimentos ao mesmo tempo. Por estar sempre sobrecarregado de trabalho, não percebeu as traições de Lívia. Por duas vezes ele quase a pegou no flagra, mas Júlia conseguiu contornar a situação, mentindo que a chefe não estava. Numa das vezes, ele estava determinado a esperar na sala da noiva para lhe fazer uma surpresa. Com muito jeito, Júlia o convenceu a acompanhá-la para tomar um café na cafeteria do prédio, dando tempo para que Lívia se livrasse do subalterno da vez.
Essa função, de livrar a barra da chefe, não estava nas atribuições do seu cargo, mas se negasse a fazê-lo, Júlia com certeza seria dispensada. Se isso acontecesse, não teria como pagar as mensalidades do seu curso de Administração e Organização de Empresas, nem o seu aluguel. Ficava se sentindo entre a cruz e a espada, mas naquele momento não podia se dar ao luxo de ficar desempregada.
Júlia não entendia o porquê de Lívia precisar dos encontros clandestinos. Alexandre era tudo e muito mais do que uma mulher podia desejar. Bonito e sempre elegante em seus ternos italianos, ele esbanjava charme e carisma. Era uma verdadeira provação manter uma atitude profissional na presença dele. Por mais vontade que tivesse de ficar babando, Júlia mantinha o decoro.
Quando voltou do almoço naquele dia, sua mesa, que tinha sido deixada organizada, estava um caos. Uma possibilidade desagradável veio à sua mente, a da chefe ter se atracado sexualmente em cima da sua superfície de trabalho. Horrorizada, foi buscar um álcool gel para desinfetar tudo. Se havia uma coisa que tirava Júlia do sério era mexerem em suas coisas. Contaminarem, então? Nem se fala.
Depois de higienizar a mesa e recolocar seus objetos e pastas nos devidos lugares, chegou à conclusão de que não poderia mais continuar trabalhando para Lívia. Ela não valorizava sua eficiência, nem dava espaço para seu desenvolvimento. Parecia ter prazer em se manter muito acima dos seus funcionários. Todos deviam se conformar de estarem ali para serem usados e mandados.
Na semana seguinte, o pedido de Lívia para que saísse mais cedo se repetiu. Júlia já estava no hall do prédio, quando viu Alexandre entrando com um presente para a noiva, provavelmente outra joia, como costumava fazer quando queria se desculpar pela falta de tempo. Júlia até tentou alcançá-lo, mas as portas do elevador se fecharam antes que ela conseguisse.
Um conflito se instalou em seus pensamentos: ligar ou não ligar para avisar a chefe. Cansada de servir de anteparo para a má conduta alheia, não ligou. Afinal a ordem que havia recebido era apenas a de se ausentar por duas horas, não a de ficar de plantão para evitar tragédias. Já era tempo do Alexandre saber quem de fato era sua noiva. Se ele decidisse perdoá-la seria problema dele, mas Júlia estava farta de acobertar Lívia.
Sem saber se a chefe tinha sido descoberta, Lívia retornou do almoço como se nada tivesse acontecido. Deu duas batidinhas na porta, antes de entrar na sala da chefe, para avisar que já estava de volta. Lívia estava sentada em sua cadeira, descabelada, semivestida e branca como cera. Júlia perguntou se ela estava bem e ela simplesmente apontou para um papel em cima da mesa. No papel estava escrito:
Júlia
Todos os objetos e roupas da sua chefe, que estão em meu apartamento, deverão ser retirados durante este final de semana. Estarei viajando. As chaves que estão com ela deverão ser devolvidas na portaria, assim que o trabalho for terminado. Quando eu voltar na segunda-feira não quero um vestígio dessa pessoa em minha casa.
Alexandre
– Faça isso por mim – pediu Lívia, estendendo as chaves para Júlia. – Mande entregar no meu apartamento.
– Pode deixar. Você quer um chá de camomila?
– Não. Só quero que me deixem em paz. Suspenda todos os meus compromissos. Não quero falar com ninguém. Ninguém mesmo, entendeu? – gritou Lívia.
– Entendi. Se precisar de mim, estarei na minha mesa.
As traições de Lívia finalmente tinham sido descobertas. Pela aparência dela, Júlia imaginou que a reação de Alexandre foi terrível. E não era para menos, chegar para presentear a noiva com uma joia e dar de cara com ela transando, com o responsável pelas fotocópias, em cima da mesa. A reação da chefe, gritando com ela, reforçou sua convicção de ter feito a coisa certa. Precisava urgentemente de outro emprego.
Por outro lado, estava triste por Alexandre. Ele devia estar sofrendo muito e Júlia se sentia culpada por ter causado aquele desgosto. Tentaria compensar isso fazendo o que ele determinou no bilhete. Eliminaria todos os vestígios de Lívia do apartamento dele.
Sábado bem cedo pela manhã, Júlia chegou ao apartamento de Alexandre, munida de muitas caixas de papelão e fitas adesivas. Já tinha estado ali para entregar documentos para Lívia assinar, mas nunca tinha passado do hall de entrada. O apartamento era uma cobertura duplex, de fachada envidraçada. Assim que entrou na sala, os olhos de Júlia brilharam. A luz do sol iluminava totalmente o ambiente e a decoração era linda.
Sentiu uma vontade imensa de colocar um biquíni e ficar tomando sol na piscina que havia no terraço, mas estava ali para trabalhar. Apesar de só passar os finais de semana no apartamento de Alexandre, Lívia tinha mudado muito do seu guarda-roupa para lá. Conhecendo bem o exagero relativo a compras da sua chefe, Júlia teria muito o que embalar.
Decidiu começar pelo mais difícil, a suíte que tinha sido partilhada pelos dois. Lá as lembranças seriam mais complicadas de apagar, mas Júlia estava determinada a deixar o ambiente com outra cara. Aproveitou sua vontade de ficar no sol para montar as caixas de papelão no terraço. Pensou em como Lívia tinha sido tola colocando em risco a sua relação com Alexandre. Ele era rico, bem sucedido e apaixonado por ela.
Depois de deixar umas dez caixas prontas, Júlia subiu com duas delas, para o andar de cima, onde ficava o quarto e o closet. Como a porta do quarto estava fechada, precisou colocar as caixas no chão para poder abri-la. Estava prestes a entrar na intimidade da vida de Alexandre, ver sua cama, sentir seu perfume no ambiente, tocar em suas coisas. Sem saber o porquê, seu coração bateu mais forte. E mais forte ainda bateu, ao abrir a porta e se deparar com Alexandre totalmente nu, enxugando-se com uma toalha.
Em estado de choque, sem saber o que fazer, mas olhando cada centímetro daquele corpo sarado e delicioso, Júlia se desculpou e saiu correndo até o terraço. Começou a se torturar em seus pensamentos, porque tinha sido descuidada, porque devia ter batido antes de entrar, porque devia ter se certificado de que ele não estava em casa. Mas já era tarde. Continuou a montar as caixas restantes para não ter de olhar para os olhos de Alexandre quando ele descesse. E ela já podia ouvir os passos dele na escada.
– Bom dia, Júlia! – ele disse. – Desculpe não ter avisado que minha viagem foi adiada. Esqueci completamente do que eu tinha pedido.
– Bom dia! – ela respondeu sem jeito. – Eu é que tenho que me desculpar por não ter batido. Como entrei pela garagem para descarregar as caixas, não falei com o porteiro. Senão imagino que ele teria me avisado da sua presença. Desculpe mais uma vez pela intromissão e se preferir eu volto outro dia.
– Não se preocupe com isso, a culpa foi toda minha. Você pode ficar à vontade para embalar as coisas da Lívia. Quanto antes eu me livrar de tudo isso melhor.
– Está bem. Tentarei ser o mais rápida possível.
– Não precisa ter pressa. Eu tenho alguns compromissos e só devo voltar à noite.
– Antes de sair, será que você poderia me dizer o que mais devo embalar, além dos itens que estão no closet?
– Ah, você tem razão. Vamos dar uma volta por aí que eu te mostro.
– Vou pegar algumas etiquetas para ir marcando.
– Certo. Aqui na sala este quadro pertence a ela e aquela estátua também. Na piscina pode jogar fora aquela espreguiçadeira branca, que era a preferida dela. No salão de jogos pode pegar os baralhos para levar para ela. Finalmente me livrei das noites de jogatina, que ela promovia sem minha aprovação. Na cozinha nada é dela, nunca fritou nenhum ovo. Na lavanderia pode ser que a diarista tenha deixado alguma roupa secando, depois dê uma olhada. No escritório tem as joias que estão no cofre. Eu apanho para você quando eu voltar. Agora não posso, porque já estou atrasado para uma reunião. Então me espere. E tem comida na geladeira. Sirva-se à vontade.
– Combinado, fico te esperando. Até mais tarde! – disse Júlia.
– Até mais.
Júlia só voltou a se mexer depois que Alexandre saiu. Aos olhos dela ele não parecia abalado com o rompimento do noivado, nem chateado por ela ter invadido o quarto dele. Mas ela própria não se perdoaria tão cedo, por não ter passado na portaria e perguntado se poderia subir. Sem poder corrigir aquele erro, faria o melhor que pudesse no restante da tarefa.
Voltou para o quarto de Alexandre, para começar a retirada das roupas de Lívia do closet. O perfume do banho que ele havia tomado ainda estava no ar. Uma mistura de sabonete, shampoo e colônia após barba. Um aroma másculo e excitante, ainda mais depois dela ter presenciado a visão dele nu. Mais uma vez pensou em como Lívia era burra por ter deixado aquele homem escapar.
No enorme closet, Júlia ficou estupefata. Lívia tinha tomado conta de praticamente todo o espaço. As roupas de Alexandre estavam socadas num canto. Aqueles ternos italianos caríssimos amassados, sem ventilação. Os sapatos de couro amontoados, as camisas misturadas, os jeans e camisetas dobrados de qualquer jeito. Era um milagre ele andar sempre elegante. Provavelmente mandava passar diariamente a roupa que pretendia usar. Júlia deixaria o closet de Alexandre impecável, pois um dos seus maiores dons era organizar coisas.
Só para dobrar e embalar as roupas e acessórios de Lívia, Júlia precisou da manhã inteira. Depois de carregar as caixas que já estavam cheias para o andar de baixo, decidiu dar uma pausa para comer alguma coisa. Encontrou pão e frios e montou um sanduíche. Sentada no balcão da cozinha, a cena do momento em que abriu a porta e se deparou com a nudez de Alexandre voltou à sua mente. Apesar do constrangimento, foi muito excitante vê-lo como veio ao mundo. E mais excitante seria se pudesse tocar em sua pele, beijar seus lábios, cheirar seu pescoço e escutar seus gemidos quando ela colocasse seu pênis na boca...
A fantasia estava indo longe demais. Júlia sacudiu a cabeça e disse para si mesma: “Foco, Júlia, você ainda tem muita coisa para fazer .” Terminou de comer rapidamente e voltou ao trabalho. Telefonou para a lavanderia em que Lívia era cliente VIP e requisitou um serviço em domicílio. Pouco tempo depois a lavanderia mandou duas pessoas, com a aparelhagem necessária para deixar os ternos, camisas e demais roupas impecáveis.
À medida que cada peça ia sendo passada, Júlia ia colocando no closet, organizando tudo de maneira que as roupas ficassem espaçadas e alinhadas por função, cor, tecido, etc. Todos os ternos pretos, depois os azuis marinhos, depois os de tom cinza. Todas as camisas brancas, as cinzas, as azuis claras, as azuis escuras, as pretas. Todas as gravatas arrumadas, os cintos, os sapatos, as camisetas em ordem degrade de cores, as blusas de lã, as de fio, os moletons, as roupas de musculação e esporte... As malas de viagem na parte superior das prateleiras, os relógios na gaveta própria para eles, que antes estava ocupada com as bijuterias da Lívia. Com tudo passado, Júlia mandou debitar na conta da chefe. Nada mais justo que ela pagasse o serviço.
No banheiro, com todas as maquiagens, cremes e shampoos de Lívia retirados, Júlia pode organizar os produtos de Alexandre. Não resistiu a vontade de borrifar em sua pele um pouquinho do perfume que ele mais usava. Inspirou profundamente e a fantasia erótica continuou de onde tinha parado. Desta vez, olhou-se no espelho e se deu um tapa de leve na cara, para parar de pensar no que não devia. Já eram cinco da tarde e ainda havia os objetos do andar de baixo para embalar, antes que a empresa transportadora chegasse.
Lívia tinha conseguido uma permissão especial com o porteiro para retirar as coisas pela garagem. A transportadora mandaria um furgão pequeno. Conseguiu embalar o restante a tempo de mandar os carregadores subirem e levarem tudo para o apartamento de Lívia. Assim que fechou a porta, depois que a última caixa foi levada, mandou uma mensagem para ela, dizendo que os pertences estavam a caminho e que ficaria esperando Alexandre, para que ele lhe entregasse as joias do cofre.
Lívia respondeu pedindo que ela pegasse as joias e as entregasse na segunda-feira no escritório. Júlia respondeu que estava bem e ficou esperando um muito obrigado da chefe, mas Lívia não agradeceu. Sem querer perder tempo pensando na ingratidão alheia, Júlia interfonou para o porteiro, perguntando se ele conhecia alguém que quisesse a espreguiçadeira. Ele respondeu que ele mesmo queria e que Júlia podia colocá-la no elevador de serviço que ele apanhava lá em baixo.
Com tudo despachado e resolvido, Júlia foi dar os retoques finais na sua arrumação. Para deixar o quarto perfeito, trocou as roupas de cama, passou aspirador no chão e colocou no lixo as revistas de Lívia, que estavam na mesinha de cabeceira. A arrumação do closet tinha ficado perfeita para o gosto de Júlia e o banheiro parecia outro sem as coisas da Lívia. Satisfeita com seu trabalho, foi se arrumar no lavabo. Tirou as roupas que tinha usado o dia inteiro e, depois de refrescar o corpo com lenços umedecidos, colocou um vestido floral. Escovou os dentes, passou desodorante, refez a maquiagem e o penteado. Mas o perfume de Alexandre continuava em sua pele e ela estava torcendo para que ele não percebesse.
Foi esperá-lo no terraço. As luzes da cidade estavam começando a acender e, quando anoiteceu de vez, a vista ficou deslumbrante. Perdida em seus pensamentos, Júlia não percebeu quando Alexandre entrou, nem quando colocou umas sacolas de comida sobre o balcão da cozinha.
– Também gosto de ficar olhando as luzes da cidade – ele disse baixinho, um pouco atrás dela.
– Ai que susto! Quer me matar do coração?
– Desculpe! – pensei que tinha me ouvido entrar.
– Estava tão distraída que não percebi.
– Trouxe comida chinesa para nós dois. Você gosta?
– Gosto sim, mas não quero atrapalhar sua noite de sábado. E eu já terminei de arrumar tudo, quer dar uma olhada?
– Quero sim, mas só depois do jantar e você tem que me fazer companhia. Não vai me deixar sozinho, não é mesmo? Estou passando por momentos difíceis – ele brincou, ou pelo menos pareceu brincar.
– Se é assim, não posso recusar – Júlia respondeu sem saber no que acreditar. – Mas me deixe te ajudar a arrumar a mesa.
– Combinado. Você prefere comer dentro do apartamento ou no terraço?
– No terraço. A noite está maravilhosa.
Enquanto Júlia colocava os pratos, talheres e as taças na mesa, Alexandre abria uma garrafa de vinho. Serviram-se de dentro das caixinhas de comida mesmo e ficaram apreciando a noite enquanto jantavam e saboreavam o vinho.
– Eu queria te agradecer por todo o trabalho que teve. Sei que havia uma tonelada de coisas para embalar e você ter conseguido resolver tudo num dia me surpreendeu enormemente.
– Gosto de organizar coisas, então não precisa me agradecer. Espero ter arrumado suas roupas de um jeito que goste.
– Depois você vai me mostrar e eu vou te dizer se gostei ou não. Mas antes vamos comer a sobremesa. Comprei aqueles sorvetes de palito cobertos com chocolate belga. Gosta?
– Amo.
– Então, espere que eu vou buscar e deixe que eu tiro os pratos. Você já trabalhou demais por hoje.
Júlia sorriu para Alexandre e deixou que ele limpasse a mesa. Pensou em como ele era diferente de Lívia. Ter se livrado dela faria um bem enorme a ele. E parecia que já estava fazendo, nem precisava se sentir culpada por ter deixá-lo descobrir o que estava acontecendo.
– Toma, aqui está o seu.
– Obrigada!
Júlia abriu seu sorvete e começou a chupá-lo devagarinho. Sentiu a doçura do chocolate e mordeu a casquinha. Com a língua experimentou o creme de baunilha. Depois lambeu os lábios, olhando para Alexandre, que tinha os olhos vidrados em sua boca. Percebendo o fascínio dele, colocou o sorvete ao máximo que conseguiu dentro da boca e foi retirando devagar, sorvendo o caldo que derretia. Depois passou a língua de baixo para cima, em toda a extensão, de um lado e de outro, para novamente colocá-lo inteiro dentro da boca.
Ela sabia que o estava provocando e estava adorando. Ver o desejo dele transparecendo em seus olhos a deixou num estado em que nada mais importava. Ela o queria e queria que ele soubesse disso. Alexandre nem abriu o seu sorvete. Largou-o em cima da mesa e se sentou bem próximo a Júlia. Ela ofereceu uma mordida para ele. Ele aceitou, tirou um bocado do sorvete dela e imediatamente a puxou de encontro aos seus lábios.
Partilharam o sorvete dentro de suas bocas. Um beijo deliciosamente doce e gelado no começo, molhado e quente num segundo momento, mas fervendo em seu final. Quando escutou Júlia dizer que o queria dentro dela, Alexandre a tomou nos braços e a colocou em cima da mesa. Não houve tempo para que a calcinha fosse retirada, apenas afastada para a entrada do membro duro e grosso de Alexandre, que tinha saltado para fora quando seu zíper foi aberto.
Sem se importarem se estavam sendo observados dos prédios mais altos, se deixaram guiar pela exigência de seus corpos, Alexandre investindo seu pênis cada vez mais rápido dentro de Júlia, que por sua vez se agarrava a ele, para que a penetração fosse funda. A excitação de ambos era tanta que as sensações do orgasmo foram logo se aproximando e ela gemeu alto, agarrando-se às costas dele. O corpo dele correspondeu aos seus gemidos de êxtase, jorrando o prazer que sentia dentro dela. Um minuto depois, palmas foram ouvidas no escuro. Tinham encontrado admiradores.
Com pesar o pênis teve de ser retirado e a saia de Lívia abaixada. Queriam permanecer unidos por mais alguns segundos, aproveitando ao máximo o prazer que tinham atingido, mas aquele momento era para ser só deles. Por isso foram em direção ao quarto e um ah de tristeza foi ouvido na plateia. Para eles o show tinha terminado, para Júlia e Alexandre estava apenas começando.
Depois de um intenso final de semana nos braços de Alexandre, Júlia foi por ele contratada, para ser sua assistente direta, responsável pela organização de seus compromissos e de sua agenda.
Quem disse que trabalho e prazer não combinam?
Para Alexandre e Júlia combinavam perfeitamente.
Nic Chaud
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