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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


O FAMINTO / J.C. Wilder
O FAMINTO / J.C. Wilder

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Shai Jordânia, uma jovem jornalista de Nova Iorque, está na pista de um assassino em série. A emoção de sua primeira grande missão se transforma em terror quando vê uma estranha semelhança entre a série de assassinatos e a morte de sua mãe anos atrás, com os corpos drenados de sangue. Agora, em uma confabulação inquietante, repugnante, todas as vítimas têm uma semelhança inquietante para Shai, e todos os indícios a apontam como a próxima vítima. Mas ninguém, nem sequer a polícia, acredita ou a protege. Da escuridão vem um homem que transforma seu sangue em chamas e desperta seus mais profundos, escuros desejos. Seu amante sensual a arrasta a um mundo noturno de abandono erótico que põe em perigo não só sua carreira, mas também sua vida. Enquanto as evidências começam a empilhar-se, Shai deve determinar se seu escuro amante é seu salvador... Ou seu assassino.

 

 

Capítulo Um
— Acredito que deve conseguir um amante.
Shai se deteve, com o garfo e uma batata no meio do ar. Ficou horrorizada olhando por sobre a mesa a sua amiga.
— Desculpa?
— Ohhh, sim — Sussurrou Melanie — Alguém alto, moreno e bonito — Girou uma mecha de cabelo loiro ao redor de seu dedo indicador e caiu contra a cadeira com um sorriso curvando sua boca cheia — E rico, é obvio.
— Acredito que é uma ideia maravilhosa, se me permite dizê-lo — Vivian, a instigadora da conversa se inclinou para frente com os cotovelos sobre a imaculada toalha branca. Um cigarro espanhol queimava entre seus dedos enquanto assinalava a Shai — Justo o que necessita para sair da rotina — A fumaça dos ricos cigarros importados derivou preguiçosamente ao redor de sua cabeça e depois desapareceu, vencido pelo ar condicionado do restaurante.
Shai franziu o cenho a Vivian.
— Não estava consciente de que estava em um buraco.
Vivian revirou seus formosos olhos azuis e a olhou como se fosse, ao menos, uma menina tola.
— Bom, é obvio que você não o vê, querida, é para isso que suas amigas estão... Para te assinalar essas coisas.
— Inclusive se eu não as peço — Murmurou Shai.
Erihn não fez caso às palavras de Vivian e disse.
— Por que acha que te comprei esse traje para seu aniversário? — Ela agitou o camarão que tinha na mão em direção a Shai — Vivian disse que tínhamos que jogar a isca, por assim dizê-lo.
Shai deu uma olhada à roupa nova que usava. É óbvio, a roupa que tinha aparecido belamente envolta em um pacote em seu endereço antes da tarde não era sua taxa normal de chá. A saia era curta de veludo negro, com a blusa de seda negra de manga longa e uma jaqueta brilhante de seda verde esmeralda que não estava mau. De fato, via-se linda com ela admitiu com acanhamento.
Antes dessa noite nunca teria sonhado usar um conjunto revelador. Tinha tido que lutar contra o impulso de puxar para baixo a escassa saia cada vez que se movia. Nunca tinha usado algo em público que só cobrisse a metade da coxa, simplesmente não tinha sido o correto. Mas não era isso o que a preocupava, era a roupa interior que tinha acompanhado a doação.
— com certeza que não os está usando — Especulou Jennifer, uma morena de olhos sagazes.
— Pensa isso? — Vivian apagou seu cigarro — Nos ilumine um pouco Shai. Está usando a travessa roupa interior que Jen e eu escolhemos?
— Isso é muito pessoal — Shai disse deixando o garfo com um som metálico antes de alcançar sua taça de vinho. O bordô profundo parecia sangue no interior da taça irlandesa. À luz tênue do restaurante, o líquido brilhava e brilhava como se estivesse iluminado de dentro.
Ela tomou um vacilante gole, com sua mente procurando uma desculpa para não usar a deliciosa e sexy roupa interior. Teria sido muito pequena, talvez? Não, Jennifer poderia ver através disso. Maldição! Ela desejava que não tivessem ido juntas de compras a semana passada. Pôs seu copo sobre a mesa uma vez mais.
Talvez pudesse dizer que um ataque de calcinhas tinha ocorrido enquanto estava na ducha.
Ou que guerrilheiros armados com metralhadoras tipo uzi tinham entrado em seu apartamento e as tinham roubado.
— Parece que tem razão. Não está usando — Melanie desenredou seu cabelo com seu dedo e voltou sua atenção a seu prato.
— Não estou segura de por que saio com vocês — Se queixou Shai. Tomou o garfo e picou sua agora fria batata levando à boca, mastigando enquanto olhava a suas quatro amigas.
— Porque somos da família é tudo o que conta — Erihn respondeu a pergunta de maneira casual — E nós a adoramos.
Jennifer sorriu como o gato Cheshire, de Alice no país das maravilhas, bem alimentado.
— Isso ainda não responde a pergunta. Está usando os objetos íntimos que Viv e eu compramos para você?
Shai sentiu o rubor esquentando suas bochechas. Enquanto ela tinha estado encantada com a roupa que suas amigas tinham escolhido, a roupa interior era intimidante para alguém que tinha levado religiosamente algodão branco normal durante toda sua vida.
O sutiã tomara que caia de renda negra e a tanga combinando ficaram na cama até o último minuto. À medida que se preparava para a noite, não tinha deixado de olhar a roupa interior, dividida entre seu desejo de usar a e seu de que desejo desaparecesse no ar. Ao final tinha cedido.
Agora, sentada no moderno restaurante de Nova Iorque vestia um traje e roupa interior que haveriam custado seu pagamento de uma semana, Shai se sentia verdadeiramente livre pela primeira vez em sua vida. Moveu-se em seu assento, com seu traseiro nu contra a meia de seda negra antiderrapante. O sussurro da coxa em negro com costuras exteriores se sentia sexy contra sua pele.
— Sim, faço-o — Ela deixou o garfo na mesa com um golpe — E eu gosto.
— Bravo, querida — Viv levantou sua taça em um simulacro de saudação.
— Imaginava — Jennifer encolheu os ombros em sua jaqueta de veludo negro tipo bolero que revelava sua brilhante pele de porcelana e um pequeno sutiã de couro negro — Talvez eu deveria ter outro amante — Comentou a ninguém em particular.
— Já terminou com Marcel? — Melanie perguntou. Ela tomou seu copo de vinho e o terminou.
— Esse é o problema com os homens de hoje — Vivian tirou um novo cigarro do pacote de Melanie — Não têm resistência.
Erihn engoliu um suspiro enquanto agachava à cabeça. A metade de face oculta por um lado de seu rico cabelo castanho, ocupou-se de afundar um pedaço de carne de caranguejo tirando o de sua concha.
— Necessita mais de ginseng? Mais haste de cervo em pó?
— Seria difícil para qualquer pessoa manter-se ao dia com você, Viv querida. Quantos dias da semana vai ao ginásio? — Perguntou Melanie.
— Três — Com um simples acionamento de seu acendedor de ouro, acendeu um novo cigarro — Posso esmagar uma lata com estas coxas.
— É por isso pelo que teve tantos homens? Esmaga-os até a morte? — Melanie brincou.
Shai olhou a Vivian.
— E isso é algo bom... Como?
— Talvez Viv está na reciclagem — Riu Erihn.
Vivian olhou nos olhos de Erihn.
— Não estaria de mais de vez em quando.
— OH, não, não eu — Erihn chamou a atenção da garçonete e agitou a mão às garrafas de vinho vazias para demonstrar que necessitavam outra — O que faria eu com um homem?
Um terno olhar entrou nos olhos de Vivian, aproximou-se e tirou o cabelo de Erihn longe de sua face.
Seus ágeis dedos ligeiramente riscaram a cicatriz que danificava a bochecha da jovem. Um louco no Parque Central tinha terminado a carreira de modelo em florações de Erihn fazia sete anos. Com a ampla luz do dia, tinha-a agarrado enquanto ela saía de uma sessão de fotos. Tinha-a sequestrado e aterrorizado durante três longos dias de agonia antes que a polícia o encontrasse.
Ela tinha escapado com vida e uma horrenda cicatriz que estragaria para sempre seu rosto. Mas não eram as cicatrizes exteriores e sim as que estavam ocultas no interior as que preocupavam a suas amigas. No dia de hoje, Erihn se negava a falar do incidente que tinha trocado para sempre sua vida.
— Acredito que é perfeita tal como está — Murmurou Vivian.
As lágrimas brilharam nos profundos olhos marrons de Erihn.
— Obrigado.
Shai sentiu a ardência das lágrimas em seus olhos. Essa é a razão por que amava a essas mulheres. Devido a que eram sua família de formas em que contava mais. Elas estavam ali quando se necessitavam umas às outras e inclusive quando não o faziam. Durante os últimos dois anos,
tinham rido e chorado juntas, compartilhando suas vidas, como só podia contar com outras mulheres. Em um brinde em silencio a suas amigas, tomou seu copo e bebeu.
— Bom, por minha parte, não tenho nenhum desejo de esmagar nada entre estas coxas — Disse Jennifer — Algo que se interponha entre estas pernas suspirará de prazer... Não de dor — Shai se afogou com seu vinho. Sem perder o ritmo, Jennifer golpeou as costas enquanto ela continuava — Não tive nenhuma queixa ainda.
— Nem a terá, querida — Disse Melanie. Sorriu enquanto a garçonete aparecia com outra garrafa de vinho bordô — Poderia trazer algo dessas aqui? — Ela agitou a mão às garrafas de vinho vazias que enchiam a mesa antes de voltar sua atenção a suas amigas — É óbvio, isso não soluciona o assunto atual.
— Qual é? — Erihn perguntou.
— Encontrar um amante para Shai — Vivian franziu o cenho a jovem — Não está prestando atenção?
— Bom, é obvio. Estou sentada aqui mesmo.
Shai se recostou no assento, com a base de sua taça de vinho golpeando o prato como um sino de porcelana fina.
— Como no mundo chegamos a este tema? Quem diz que necessito de um amante de todos os modos?
— Sim, querida — Vivian apanhou a garrafa da Borgonha antes que Melanie pudesse evitálo.
Ela se inclinou ao redor de Erihn para encher o copo de Shai e depois o seu — É seu trigésimo primeiro aniversário hoje e, nos dois anos que te conheço, nunca mencionou um homem em sua cama. Isso é sequeira se posso dizer isso.
Shai encolheu os ombros.
— E?
— Isso tem que parar — Melanie tomou a garrafa de Viv e encheu seu próprio copo. — Agora que penso a respeito, nunca te ouvi falar de nenhum homem. O que acontece? É lésbica e não nos disse?
Shai revirou os olhos.
— Não é de sua conta, mas não. Não Sou lésbica.
— Estaria bem se for — Vivian tomo seu garfo.
— Nós sabemos que Melanie compra sexo. Se ela não conseguir de seu prometido o que quer o compra.
Suas amigas riram enquanto Shai tomou seu copo e deu um gole rápido. Como no mundo ia sair dessa bem? Ela deixou o copo sobre a mesa antes de falar.
— O fato é que não necessito de um homem para fazer minha vida completa, isto me faz um inseto estranho?
— Sim — Todas falaram com uníssono.
Shai revirou os olhos.
— É muito para a libido de uma mulher. Perderam-se. Não vejo nada mau em estar sozinha.
— Eu sim. Simplesmente não é natural — Jennifer se inclinou para tomar sua bolsa e extrair um cigarro — Tome a mim, por exemplo. Sou uma jornalista muito bem-sucedida e não tenho uma relação. Entretanto…— Ela atirou o caso sobre a mesa —Tenho vários cavalheiros aos que posso chamar para me entreter e saltar pela borda. Shai piscou.
— Saltar pela borda do que?
— Do sexo, querida — Vivian apanhou uma pinça de caranguejo da bandeja no centro da mesa e ficou a extrair as suculentas carnes brancas — Já sabe, Para te deixar louca?
— Ser agarrada — Jennifer comentou em tom irônico.
— Para colocar o encher buraco da rosca — Interveio Melanie.
— Garotas são tão vulgares — Disse Erihn sem calor.
Vivian sorriu
— Obrigado, pequeno camundongo — Ela meteu o pedaço de caranguejo, jorrando manteiga em sua boca.
— OH, irmã — Shai revirou os olhos de novo.
— É virgem — Anunciou Melanie.
O silêncio reinou na mesa enquanto Shai encontrava calada com suas amigas pela primeira vez essa noite. As observando, suas expressões foram duvida a perguntar-se como tinham chegado a essa ideia. Ela se retorceu em seu assento, incômoda por seus olhares interrogantes.
Ela não era virgem... Mas não estava longe da marca tampouco. De fato, a declaração de Melanie estava muito perto para sentir-se cômoda. Umas poucas experiências na universidade com um perito em computadores não eram suficientes para deixar a uma mulher satisfeita.
Depois de sua experiência um tanto anticlímax, tinha decidido que o sexo não era tudo o que pintavam, assim não se aplicou mais. Entretanto, tecnicamente, não era virgem.
— Não sou — Protestou ela — Só porque não durmo com a metade dos Yankees de Nova Iorque...
— Oponho-me — Vivian inundou outro pouco de caranguejo em sua vasilha de manteiga — Foi só com a primeira base e com um tolo — Uma risada gutural sensual escapou — E me deixe dizer, minhas queridas, que foi algo menos curto.
— Sério? — Exclamou Melanie — Eu que o diga.
Vivian se moveu em seu assento. Um suave sorriso brincou em seus magros lábios, pintados de vermelho.
— Tinha uma coisa sobre morder os dedos dos pés, enquanto gozava — Ela sacudiu a cabeça — Muito estranho, já que nunca tinha visto esse truque em particular antes. Mas tinha esta manobra incrível com...
— Alto! — A mão de Erihn se aproximou de pôr fim a qualquer nova revelação com suas bochechas cor carmesim.
Jennifer alcançou o vinho.
— Essa é uma palavra que nunca passou pelos lábios de Vivian.
— OH, não sei, a palavra não parece estar frente à “para” — Melanie rompeu uma cauda de lagosta com hábil prática de seu pulso enquanto as damas se atacavam de risada. Shai esvaziou sua taça de vinho. Suas bochechas estavam quentes e ela sabia que estava ruborizada até as raízes de seu cabelo cor vermelha. Nunca tinha entendido como todas elas se fez amigas nos últimos anos. Eram tão diferentes com muito pouco em comum. Ela deu uma olhada a Vivian, impressionante em sua jaqueta de seda azul e calças de couro negro. Sua roupa, seu culto sotaque e suas maneiras gritavam dinheiro. Várias vezes divorciada, Vivian era conhecida por seus extravagantes amantes, por seu alarde dos costumes da sociedade e porque sua família ao parecer oferecia ilimitado dinheiro em efetivo. Era conhecida por suas obras de caridade com as pessoas sem lar de Nova Iorque, mas isso era algo do que estranha vez falava. Morena impressionante com um perverso senso de humor, moviam-se em círculos que Shai só podia sonhar. Jennifer, fisicamente era quase o dobro de Vivian. Ambas tinham cabelo negro, Jen comprido e reto, enquanto Viv curto e encaracolado. Distinguida e elegante, Jennifer era uma das jornalistas dos meios impressos e colega de trabalho de Shai no The New York Times. Jennifer também era uma dos afortunadas de três por cento que faziam dinheiro disso. Depois de escrever sobre uma guerra pouco conhecida na América do Sul e ganhar um Pulitzer, o céu tinha sido o limite para ela e tinha escrito seu próprio ingresso. Shai sabia pouco a respeito de seus antecedentes e Jennifer voluntariamente dava muito pouca informação pessoal. Melanie era a vivaz do grupo. Loira e um pouco boba, tinha trabalhado por comprido tempo em um show de auditório noturno de televisão como a garota dos cartões de referência. Suas numerosas aparições em televisão quando o encarregado da série se referia a ela durante o show tinham dado entrada a anúncios e logo se dirigiria a Hollywood para fazer seu primeiro filme. Sonhava fazer algo grande nos filmes e casar-se com o Mel Gibson. Enquanto que a parte do Mel Gibson estava fora, todas queriam seu bem e a apoiavam a cada passo. E depois estava Erihn que não era como nenhuma delas. Era uma escritora romântica e uma amiga de muito tempo de Jennifer. Erihn e Shai a tinham conhecido quando Shai, em seu primeiro trabalho como jornalista, tinha sido enviada a entrevistála como o rosto novo das novelas românticas. Ambas as mulheres eram quase dolorosamente tímidas, mas tinham tido êxito imediatamente, transformando-se nas melhores amigas. Vivian encolheu os ombros e tomou um cilindro.
— Talvez a tenham atado?
— Não. Não me diga que o homem de pão branco com a que está comprometida te ata? — Jennifer arrastou as palavras.
Erihn se inclinou para frente, com a luz das velas piscando sobre sua cicatriz, por isso se via mais suave, menos evidente. Shai poderia virtualmente ver suas notas mentais para um novo livro.
— Somente uma vez — A pele cremosa de Melanie se voltou vermelha e Shai não pôde dizer se era pelo álcool, a conversa, ou as lembranças do evento em questão —Foi maravilhoso.
Liberador em realidade.
Vivian lambeu a manteiga de seus dedos e sorriu a sua loira amiga.
— Só isso?
Shai piscou. Depois de tantos anos de conversas escandalosas, deveria estar-se acostumando a esse tipo de bate-papo. Mas não o estava e isso a inquietava. O sexo era alheio a ela e, em sua mente, sobre valorizado. Tomou sua taça e a esvaziou uma vez mais. Já tinha tido muito mais do que estava acostumada a tomar e amanhã pagaria o preço.
— Então, qual é sua última fantasia sexual, Jennifer? — Erihn perguntou com os olhos brilhantes por muito vinho e pela curiosidade.
— Mmmm — Jennifer fez uma pausa, com seus lábios em concentração — Não sei — Um brilho malvado entrou nos olhos — Que tal algemada na parte traseira de um carro de polícia?
Algemada à grade, enquanto que o Policial de divisão Joe pula comigo com sua muito dura...
Bengala.
Erihn e Melanie soltaram a risada enquanto Vivian sorria.
— Estive ali e fez isso. Seu sobrenome é Mathison da delegacia de polícia 13 de Nova Iorque — Ela suspirou e levantou sua taça de vinho, com os olhos cada vez com mais sonhadores — E, OH, que bengala tinha.
— Está bem — Jennifer apagou seu cigarro com tom desafiante — Qual é sua última fantasia? Querida Viv, e não seja tímida.
— Outra palavra que nunca se associou com Viv — Riu Melanie.
Vivian fez uma pausa, com seu copo a meio caminho a sua boca. Com sua expressão tornando-se caprichosa.
— Bom, não posso honestamente pensar em muitas coisas com as que fantasiar quando, somos sinceras, vivi a maior parte delas. Suponho que, se realmente tivesse que ter uma, seria ser empregada de um bar, ou a fantasia da senhora e o escravo ou a fantasia do policial mau sempre é uma boa...
— Só uma, Viv. Não é necessário recitar seu repertório de truques — Se queixou Jennifer. Ela tomou a garrafa vazia de vinho e a agitou em direção à garçonete.
— Hmm... Provavelmente a fantasia da garota no salão — Vivian se moveu em sua cadeira — Estou trabalhando em um salão do antigo oeste enquanto alguns vaqueiros entram nele. Três deles, acredito. Ordenam uma bebida, enquanto me olham em minha reveladora blusa camponesa — Riscou as pontas de seus dedos brandamente sobre a pele bronzeada que mostrava entre as lapelas de sua jaqueta. Um sorriso curvou seus lábios sensuais enquanto começava a perder-se na fantasia.
— O nome do homem mais alto é Stud Lonewolf e é um presente à vista. Com o cabelo comprido e loiro, olhos azuis escuros e peitorais que fariam que um modelo romântico gritasse de vergonha. Enquanto coloco sua bebida frente a ele, toma meu pulso e me puxa em seu colo — Ela se moveu em seu assento uma vez mais antes de cruzar e voltar a cruzar as pernas — Posso dizer que passou um comprido tempo desde que viu uma mulher real. Sussurra em meu ouvido todas as coisas más que quer me fazer. Enquanto me inclino para trás contra seu peito, alcança-me até desatar minha blusa e meus seios saem livres. Seus dedos calosos jogam com meu mamilo
enquanto abre com seu joelho minhas coxas. Seus dentes remoem meu pescoço enquanto sua mão passeia de acima a abaixo, através de minhas coxas até dentro de minha saia. Sua mão em minha pele faz que me ponha arrepiada. Seus dedos livres abrem meus calções para saquear minha boceta. Grunhindo impaciente, chega com sua mão livre para tirar a si mesmo antes de me levantar para esfregar seu pênis duro contra mim. Meus olhos se abrem com a sensação ao me dar conta de que seus dois amigos estão me vendo. À medida que seus olhos se obscurecem com luxúria, Stud me penetra com seu duro pênis. A voz dela trocou de tom enquanto continuava.
— Suaves gemidos escapam de meus lábios enquanto seu amigo loiro vem para frente. Seus lábios ávidos sugam meu seios enquanto enredo meus dedos em seu cabelo. O terceiro homem se aproxima para levar meu outro seios a sua boca enquanto Stud obriga a ir de cima abaixo... de cima abaixo. É implacável. Justo quando começo a chegar a meu pico, goza com um grunhido, muito dentro de mim. Por um segundo, estou decepcionada. Mas, antes que possa respirar, o vaqueiro loiro me agarra pela cintura e me atira sobre a mesa, com as coxas abertas. Liberando um pênis que faria que um cavalo se sentisse orgulhoso, mete-se dentro e começa a empurrar. Bombeando, bombeando até que os gritos rasgam minha garganta e me rompo em milhões de unidades em seus braços. Vivian desabou em seu assento e guardou silêncio. Suas bochechas estavam vermelhas com um olhar de satisfação em sua cara. Shai engoliu e procurou seu copo de vinho. Deuses...
— E o terceiro homem? — Melanie perguntou em transe.
Deixe-o Melanie. Shai lutou por não afogar-se com seu vinho.
Vivian recolheu o guardanapo para limpar suas bochechas cor rosa.
— OH, ele. Espero-o e o arranho mais tarde.
Jennifer estalou em uma gargalhada e golpeou a palma sobre a mesa.
— Bravo, querida!
Vivian sorriu.
— É uma pena que só tenha um vibrador ao ir casa esta noite. Sinto-me um pouco excitada agora mesmo — Ela deu um olhar ao redor para avaliar o restaurante como se fosse espiar a uma vítima voluntária.
— Amém, irmã — Erihn sussurrou. Tomou seu vinho e bebeu o resto.
Jennifer voltou seus olhos escuros a Shai.
— Assim nos diga o que faz que suas calcinhas se molhem, querida?
Shai piscou.
— Minhas fantasias?
Vivian deu uma risada gutural.
— Por que, é obvio. Tenho a sensação de que não é tão pura como pretende ser —Seus brilhantes olhos azuis desafiaram Shai a dar um passo em frente.
— Quem disse que eu era pura?— Shai chiou.
— Ninguém, querida — Erihn deu uns tapinhas na mão para acalmar suas penas arrepiadas. Shai olhou seu jantar descuidadamente enquanto quatro pares de olhos a observavam espectadores. O que faria agora?
— Vamos bebê, solte-o — Viv falou. Shai clareou garganta.
— Bom... — Vacilou antes de deixar à deriva seus olhos e depois fechá-los — Estou deitada em minha cama. É uma calorosa noite do verão, como esta noite. As cortinas se movem com uma suave brisa, mas não é o suficientemente forte para aliviar a umidade que se apanhou em minha cama. Inquieta, chuto minhas cobertas enquanto uma sombra aparece na janela. É um homem.
“Quem é você?” sussurro. “Você sabe quem sou” A voz dele era profunda e sensual como o ronrono de um gato gigante da selva. Ondas de sensibilidade se movem através de minha pele.
Meus mamilos se apertam debaixo de minha camisa de dormir de algodão simples. “Sim, já sei quem é” me sento na cama e estendo a mão em silencioso convite à figura escura na janela. “O que quer de mim, Shai?” Pergunta-me. “Que venha para mim.” “Está-me convidando a entrar?”
“Sim” respondo. “Uma vez que cruzar a soleira, não haverá volta atrás. É isso o que realmente quer?” Ponho-me de joelhos, com minha camisa pega a minha pele reaquecida. “Sim, desejo-o, desejo tudo de você”. Os dentes dele brilham na escuridão quando sorri. Entra pela janela, dispersando as suaves cortinas com suas botas. É muito alto, muito mais alto que meus 1,63m.
Está vestido de negro, jeans negros e uma camiseta negra, que se estende através de seu largo peito e ombros. Seu negro cabelo está escovado sobre seus ombros e seus cachos caem perdidamente. Febris olhos azuis brilhavam baixo espessas sobrancelhas. Sua boca sensual estava curva com prazer. “vim te dar sua última fantasia”. Eu só posso assentir fracamente. Ele me estende a mão, me tentando para alcançar o êxtase que oferecia. Vacilante, chego a ele, conteve a respiração enquanto seus dedos quentes se fechavam ao redor de meus. Com um suave puxão, insiste-me a me pôr de pé. Minha camisa se formou redemoinhos ao redor de minhas coxas enquanto me movia para ele. Um forte braço se deslizou ao redor de minha cintura enquanto recolhia a barra, com sua excitação evidente contra seu baixo ventre. “diga-me o que deseja” sussurra ele contra minha pele. Seus lábios se moviam sobre meu pescoço, dando uma mordida aqui, uma provada ali, enviando tremores de desejo descendo por minhas costas. “Tudo. O que seja. Quero a fantasia de toda mulher” suspiro enquanto sua boca me toca a orelha, jogando com o delicado lóbulo. A risada dele rouca pôs minha pele arrepiada “Lavarei sua roupa e ajustarei seu talão de cheques”… Shai abriu os olhos para encontrar que suas amigas a olhavam, suas expressões foram de maravilha absoluta a diversão. De repente, Melanie e Erihn romperam a gargalhadas.
Viv levantou a caixa de cigarros, com um sorriso suave atirando de sua boca.
— Bom, isso é definitivamente uma fantasia que sabemos que nunca vai acontecer. Bravo, minha amiga.
Jennifer encolheu os ombros.
— Não é certo, Viv. Poderia acontecer com alguns homens — Ela se voltou para Shai — É essa sua fantasia? Um estranho alto e moreno que entre em seu quarto na escuridão da noite? E que faça amor contigo até que não possa pensar? O que cumpra suas fantasias mais escuras?
— Parece-me bem — Erihn alcançou seu copo de água. Lágrimas de alegria raiaram suas bochechas.
— Não sei — Shai encolheu os ombros — E se soubesse que estava perfeitamente a salvo?
— Tomou outro gole de vinho. Sabia que estava bêbada agora e se dirigia correndo a um terreno perigoso. Para ela, discutir suas fantasias sexuais era algo que nunca teria ocorrido fazer, nunca.
Mas ali estava, sentada em um restaurante público bebendo vinho e discutindo suas intimidades com suas amigas.
Uma repentina rajada puxou através de sua audácia e se inclinou para frente, golpeando seu copo sobre a mesa.
— Claro por que não? Quem não quereria ter um arrumado estranho tomando o controle, do corpo e da alma? E que fizesse amor até que se fundissem em um só? Que adorasse seu corpo até o final dos tempos?
Jennifer assentiu, com um brilho especulativo em seus olhos.
— Outra de minhas fantasias favoritas.
Vivian assentiu lentamente.
— Como a minha — Ela levantou sua taça de vinho em direção a Shai — Feliz aniversário, minha amiga. Acredito que acaba de revelar mais sobre si mesma do que nunca saberemos.
Jennifer levantou sua taça.
— E que suas mais escuras fantasias se façam realidade, minha querida Shai.
Shai riu e levantou sua taça enquanto Erihn seguia seu exemplo.
— Pelas fantasias — Interviu Melanie que já tilintava sua taça e as ocupantes se dissolveram de risada.
Shai levantou a taça a seus lábios e a risada se apanhou em sua garganta quando uma mudança nas sombras captou sua atenção. Ela olhou em cima da cabeça de Melanie para olhar os mais escuros olhos azuis que já tinha visto.
Espinhos de consciência correram através de sua pele e seus mamilos se apertaram contra o cordão suave de seu sutiã.
Sua boca se secou. Sem dúvida era um produto de sua imaginação. Nenhum homem mortal poderia ter olhos tão escuros, tão sem idade. Tão encantadores.
Ele era, sem lugar a dúvidas, o homem mais formoso que tinha visto. Penetrantes olhos azuis estavam sombreados de sobrancelhas negras. Cabelo negro acariciava sua alta testa e caía uma polegada debaixo de seus ombros em ondas suaves pelo que seus dedos doeram por explorar.
Afiadas feições, maçãs do rosto altos e um nariz aristocrata, salvo pela austeridade da boca.
Completa e sensual, esta gritava longas, quentes noites, lençóis de seda e enrugado sexo almiscarado.
Era o rosto de um anjo caído.
As imagens chegaram espontaneamente dos dois em sua cama de ferro forjado com dossel.
O suor brilhava sobre sua pele enquanto suas mãos acariciavam sua reaquecida carne ao parecer por toda parte ao mesmo tempo. Seu coração trovejava em seu peito enquanto ela se imaginava seus lábios sobre seu estômago, deixando um rastro úmido à medida que avançava para seu seios. Sua boca se fechou com extrema dor e mamava dela profundamente enquanto ela se arqueava fora da cama para ele, querendo mais de sua escura magia. Suas mãos se agarravam a seus largos ombros, com suas coxas abrindo-se a ele, permitindo o acesso ao ápice que gritava só por este homem. Por seu tato. Um gemido saiu de seus lábios enquanto uma sensação se vertia através de seu corpo. Ela se sacudiu em sua cadeira, com sua taça de vinho fazendo um estrépito contra o prato enquanto a deixava cair e cegamente a colocava de novo. Sua respiração era entrecortada, com uma excitação inesperada deixando seu corpo palpitante e insatisfeito em lugares que mal reconhecia que inclusive existiam. Erihn se voltou e franziu o cenho enquanto Jennifer pôs-se a rir encantada e elevou as mãos para o estranho em sinal de saudação.
— Está bem? — Erihn sussurrou.
Shai foi sacudida enquanto rompia o contato visual, olhando do outro lado dela e o escutando falar com Jennifer. Assentiu, perguntando-se se realmente estava bem.
Que diabos tinha acontecido? Nunca tinha reagido assim com outro ser humano em sua vida. Moveu o vinho longe de seu alcance e tomou seu copo de água. Não mais álcool para ela, isso era seguro.
A voz do estranho interrompeu suas reflexões. Era profunda e ressonante com um leve sotaque do que não pôde determinar o lugar. Um calafrio se comprimiu através de sua pele. Rica, como chocolate escuro, como brandy bem envelhecido ou veludo, tratava-se de uma voz se podia escutar por toda a eternidade. Ela resistiu o impulso próprio de desmaiar.
Ele não era definitivamente deste mundo astral.
— Tinha negócios com Jacques, o dono daqui — Ele se movia com a graça letal de um gato grande. Inconsciente e sexy. Nenhum homem mortal devia ser capaz de mover-se assim. Tinha que ser ilegal em alguma parte.
O prazer se enroscou em seu estômago, enviando ondas de desejo correndo através de seu sangue. Deixa de fazer isso. É hora de recuperar a sobriedade. Café, talvez? Sim, café, certamente faria o truque. Ela olhou a seu redor procurando à garçonete que não estava à vista.
Maldição!
O desconhecido pôs-se a rir e os dedos de seus pés se enroscaram com prazer enquanto seu olhar se dirigia a ele.
Ele sustentou a mão de Jennifer e Shai lutou por sufocar a onda de ciúmes enquanto a levava a boca. Seu sorriso foi íntimo, com o olhar de conhecimento enquanto roçava a boca sobre sua pele.
Jennifer pôs-se a rir e puxou sua mão.
— Deixa de tentar me impressionar, Val. Esquece-o.
Ele sorriu com facilidade, imperturbável pela rejeição de Jennifer e o coração de Shai fez um pequeno de alvoroço. Este homem era perigoso para seu bem-estar e soube nesse instante que nada voltaria a ser o mesmo outra vez. Ele deu uma olhada ao redor da mesa, com seu olhar detendo-se nela. Seus olhos brilharam com um fogo escuro.
— De fato, faço-o. É difícil recordar a mim mesmo quando estou rodeado de tanta beleza — Ele moveu a cabeça em sua direção. As luzes brilhantes de seu grosso cabelo negro se apagaram, dando um brilho azulado. Melanie se levantou torpemente enquanto Shai se obrigou a olhar para outro lado.
— Assim é? — Brincou Vivian. Seus olhos estavam fixos na parte dianteira das calças do desconhecido — Não me parece, mas demos um pouco de tempo — A boca dela se curvou em um sorriso de gato enquanto lambia os lábios.
Ele riu entre dentes enquanto se movia ao redor da mesa para tomar a mão de Vivian e dar um beijo também. Ele se agachou a seu lado murmurando algo no ouvido enquanto Viv que era uma mulher que nunca deixava passar a oportunidade pressionava seu amplo peito contra o peito dele e passava em círculos um braço sobre seus ombros, passando suas unhas obscenas vermelhas no cabelo dele.
As bochechas de Shai se esquentaram por sua flagrante tentativa de sedução. Trocou seu olhar fixo a seu prato ao tentar ignorá-los. Nunca tinha sido do tipo de mulher que atraía os homens com facilidade. Houve momentos em que simplesmente conversar com um homem poderia provocar urticária. Desejou poder deslizar-se debaixo da mesa e desaparecer no rosto da sensualidade fácil de sua amiga.
A suave carícia de um dedo tocou a bochecha, com o que sua cabeça se levantou. Ela olhou a seu redor. Ninguém sequer olhava em sua direção e muito menos o suficientemente perto para tocá-la.
— Shai — A voz de Jennifer atraiu a sua atenção de novo à mesa — Eu adoraria te apresentar a alguém. Trata-se de Valentin, é um velho e querido amigo meu — Ela agitou a mão em sua direção — Val, esta é Shai Jordânia, uma amiga minha muito mais recente.
Shai captou a diversão na voz de Jennifer e avermelhou. Esticou-se enquanto o escuro homem se desenredava de Viv e se aproximava dela com sua preguiçosa graça. Seu colete com ricos bordados estava aberto, mostrando os cordões de sua camisa branca que caíam. Aberta, revelava a forte coluna da fusão de sua ampla garganta e seus ombros musculosos.
As calças jeans negras se agarravam a suas coxas tensas. Um negro cinturão com uma fivela de ouro rodeava sua cintura e umas botas negras envolviam seus pés.
Facilmente se apoderou de sua mão dentro da dele, muito maior. O calor a rodeou antes de ver-se invadida por sua carne fresca. Seus dedos eram fortes, os dedos de um artista, rodearam-na enquanto lentamente levantava a mão para sua boca.
— Encantado — Seu fôlego jogou com a pele sensível de seus nódulos. Os lábios dele eram quentes e secos, provocando um calafrio quando sua língua tocou a parte posterior de sua mão. Imagens carnais encheram sua mente enquanto um desejo a queimava como em um incêndio florestal. Diante seus olhos cintilaram imagens deste homem em sua cama, enterrado profundamente dentro dela, penetrando sua alma. Val se afastou, com seus dentes fechando-se com um golpe seco e Shai alcançou a ver uma emoção similar à descarga correndo por seu rosto. Sentiria dor?
— Está bem? — Perguntou surpreendida quando sua voz saiu rouca. Ele deu um sorriso perfeito.
— Melhor agora que te conheci — Endireitou-se suavemente, sem nunca libertar sua mão — Senhoras, foi um grande prazer conhecê-las, mas temo que tenho que correr.
Ele olhou para Shai, com o olhar capturando e explorando a dela facilmente.
— Os negócios não esperam por meus prazeres pessoais — Deu a sua mão um apertão suave.
Viv ronronou bastante seu desgosto.
— Isso está muito mal, Val. Já passou algum tempo desde que nos vimos. Dirigíamo-nos à Pirâmide depois do jantar. Talvez possa se unir a nós, não?
— De fato, passou muito tempo. Se puder ir, seria uma honra me unir a vocês senhoras esta noite.
Seu olhar nunca deixou o de Shai enquanto levantava a mão a seus lábios uma vez mais.
— Até o próximo encontro, pequena — Beijou a mão pela segunda vez, com seus dentes acariciando sua pele antes de soltá-la. Voltou-se e se dirigiu para a porta, com os olhos de cada mulher sobre ele ao sair.
— Agora essa é uma fantasia — Anunciou Erihn em silêncio.
— Parece que nossa pequena Shai chamou a atenção de Val — Comentou Jennifer.
— Garota com sorte. Estive atrás dele desde que apareceu pela primeira vez em Nova Iorque faz aproximadamente um ano — O tom de Vivian era azedo — Nem sequer me olha dessa maneira.
— É gay— Disseram Viv e Erihn ao mesmo tempo.
Jennifer deu uma forte risada.
— Confiem em mim, minhas queridas, o homem não é gay. É um professor da sedução e tem às mulheres lançando-se a ele da esquerda e a direita.
— Certamente não o jogaria de minha cama — Disse Melanie.
— Eu tampouco o faria — Shai que ainda se sentia aturdida, falou através de seus intumescidos lábios.
Vivian pôs-se a rir, com seu despertar ao parecer esquecido.
— Já era condenadamente hora, mulher. Finalmente um homem pôs a nossa Shai de cabeça.
E que homem…— Ela se inclinou mais perto — Tome cuidado, pequena. Val é um dos tubarões do oceano da vida — Ela fez uma pausa — É obvio, que isso o faz ainda mais desejável a meus olhos — Levantou sua taça de vinho — Por Shai e por suas mais profundas e escuras fantasias. Desejando que meu Val as encha... E algumas outras coisas.
— Eu não... — Shai começou, só para dar-se conta de que já não a escutavam. Tremores dançaram ao longo de sua coluna ao recordar seus olhos azul profundo e sua pecaminosamente boca sexy.
— OH, que diabos... Pelas fantasias.
Capítulo Dois
Várias horas mais tarde, a cabeça de Shai batia a porta de seu apartamento. Agarrando-se a maçaneta da porta, deteve-se enquanto sua grande bolsa golpeava o cabide, enviando-o a bater contra o piso. Endireitou-se e procurou provas o interruptor da luz. As luzes piscaram os olhos e ela piscou, com sua visão distorcida como se estivesse sob a água.
— Demônios.
Sua voz era confusa e riu enquanto chutava a porta principal e a fechava com o pé. Começou a caminhar através da sala para a escuridão da porta de seu quarto e enquanto caminhava, descartava sua roupa em um caminho irregular, marcando seu progresso através do apartamento.
Sua jaqueta de seda aterrissou no braço de uma cadeira, a bolsa em uma colina de suave pele em meio de sua sala de estar. Logo veio sua saia negra, em um atoleiro de veludo perto da mesa de café.
À medida que se aproximava da porta, notou com alarme que o quarto estava inclinando.
Estirando uma mão se recarregou contra a parede e se manteve em posição vertical.
— O que... — Olhou seus pés para ver que um sapato de salto alto faltava. Volteando-se, sua cabeça começou a girar e caiu contra a parede.
— Oooof... — Olhou para a sala de estar, com seu olhar impreciso procurando o sapato que faltava. Riu quando viu seu andante sapato enredado em sua saia.
— Isso fede — Dando as costas, tropeçou através da porta, perdendo seu outro sapato no processo.
Um passo mais adiante a camisa se deslizou até o chão.
Em uma piscina brilhante de luz da lua iluminava sua cama com dossel. As janelas estavam abertas e uma suave úmida brisa atirava as cortinas azuis. Shai caiu sobre a cama, com seu corpo intumescido pela bebida e uma embriaguez sensual. Suas unhas roçaram os suaves lençóis brancos. Suspirou outra vez. OH, como amava sua cama. Era a melhor cama no mundo.
Inesperadamente uma imagem de Val entrou em sua mente e ela gemeu.
Val em seu quarto.
Em sua cama.
Nela.
Ela fechou os olhos e agarrou um travesseiro para embalar contra seu superaquecido corpo. Basta já disso.
As fantasias eram uma coisa, mas sua realidade era que um homem como Val nunca estaria interessado em uma aborrecida mulher que usava roupa interior branca de algodão como ela. Suspirando em seu travesseiro enrugou sua face mais profundamente no algodão disposta a relaxar seu corpo. Em questão de segundos, cedeu às demandas que o álcool tinha posto, e ficou adormecida.
Ela se via como uma qualquer.
O vampiro se sentou no batente da janela, com seus pés na forma adormecida de Shai. Um sorriso zombador riscou seus lábios. Prostituta ou não, era ainda mais deliciosa do que tinha imaginado. O cabelo grosso vermelho estava caído no travesseiro em um rio de cachos. Escuras sombras de pestanas davam contra suas bochechas, seus olhos escondidos que sabia eram de um verde brilhante. Um nariz pequeno, delicado formava com um ligeiro golpe na ponte como se a tivesse quebrado uma vez e sua boca era generosa com um lábio inferior ligeiramente mais fino que de acima. Sua pele era um deleite de creme claro como só uma verdadeira ruiva possuía. Sua garganta era magra só empanada por uma pequena cicatriz na base do lado direito. Perfeição. Um sutiã de renda negro mal cobria seus seios cheios, rodeando-os. Doía não tocá-los, degustá-los. Seu ventre se via suave e acolhedor, enquanto seus quadris e coxas estavam cobertos por umas meias de seda. Travesso nylon negro encerrava suas coxas e formosa panturrilhas até os tornozelos e os magros pés. Uma delicada tornozeleira dourada brilhava a luz da lua. Certamente apreciava suas opções de roupa interior. Mas surpreendia que uma mulher tão conservadora como Shai vestisse como uma experimentada prostituta debaixo de sua roupa de rua. Seria tão fácil matá-la, pensou friamente. Sabia exatamente onde tocar sua magra garganta e em questão de segundos, ela seria um dos defuntos. Só outra vítima achada morta na cidade de Nova Iorque. Ele olhou as mãos, com sua pele clara brilhando em branco à luz da lua. Não se via como se tivesse mais de 900 anos de idade. Fechou o punho de sua mão direita. Nove séculos gloriosos de assassinatos, caos e sangue. Afrouxou a mão. Pelo amor de Shai, seria mais humano para ela se a matasse com suas mãos. Rápida e eficientemente, sem complicações, sem despentear-se. Nenhum mortal quereria viver o que tinha planejado para ela. Um sorriso sem alegria curvou sua boca. Mas mesmo que ele houvesse sido humano, não havia sido humano. Seu olhar percorreu seu corpo de felpa. OH, como a desejava. Mais agora que a primeira vez que tinha posto seus olhos nela. Ao passar dos anos seu desejo se tornou mais forte, até que tinha chegado ao topo de sua antecipação. Sentado frente à janela de seu quarto vendo seu sono, louco de amor por ela mas estranhamente não querendo tocá-la.
Ainda.
Uma risada débil, autocrítica escapou. Logo chegaria sua hora e nada se interporia entre eles. Ela se agitou em seu sono, com seu cenho franzido danificando a perfeição de seu rosto. Como se soubesse que ele estava olhando-a, voltou à cabeça e torceu o corpo longe do olhar como se queria evitá-lo. A seda se apertou, deslizando-se para cima para revelar a parte superior de suas meias e a pequena calcinhas de tanga negras que usava. O fôlego do vampiro ficou apanhado na garganta e um leve assobio de ar escapou. A tanga não deixava nada à imaginação. A luz da lua fazia ver dourada a perfeição de sua pele, os montes suaves e tentadores globos de seu traseiro. Maior que o que se considerava na moda para os padrões atuais, seu traseiro era perfeitamente redondo e tenso. Ele lambeu os lábios. Tinha preferido por muito a suas mulheres com forma de mulher, não paus com seios. Esta beleza tinha algo de que agarrar-se, uma parte posterior que encheria suas mãos admiravelmente. O vampiro quis deslizar-se através da janela e apoderar-se dela, puxando-a furiosamente contra sua ereção e enterrar-se em sua suavidade até que ela gritasse com sua liberação. Ele mesmo se imaginava na cama com ela, com seu corpo movendo-se sob seus pés com seus olhos sonolentos de luxúria. Um grunhido escapou de sua garganta. Essa noite não era o momento para saborear sua iminente vitória. Essa noite tinha assuntos que atender, assuntos do Conselho e um explorador o estava esperando no carrossel do Parque Central e esperava que tivesse boas notícias que dar. Com um último olhar à mulher adormecida, afastou-se. As mulheres mortais. Seu lábio se curvou. Tinham sido a queda de mais de um vampiro. Combinações de carne viva, respiração clamando debaixo dele, em cima dele, não importava. Eram um vício longo e se encontrava em grave necessidade de uma solução. Ele olhou a forma dormindo. A debilidade era a debilidade e tinha que ser destruída ou apaziguada. Era estranho que um mortal tivesse chegado na forma em que ela o tinha feito, na forma em que sempre o fazia. Igual a sua mãe muitos anos antes. Com um assobio mostrou os dentes. A luz da lua parecia ainda mais brilhante do que tinha estado antes. Era o momento de pensar e o dever. Fazendo soar sua mandíbula com frustração, o vampiro a acariciou uma última vez com seu olhar. Movendo-se em silêncio como um dos mais antigos, saltou da janela ao beco dez metros abaixo. Aterrissou com um golpe suave e se endireitou, procurando que sua roupa estivesse em perfeita ordem antes de mover-se para a boca do beco e às escuras ruas mais à frente. O momento de Shai viria porque era seu destino e sabia isso com certeza. Inclusive quando era uma menina de cinco anos, o parecido entre ela e sua esposa Elisabeth tinha sido inconfundível. Ambas as mulheres possuíam a mesma pele pálida, o cabelo cor vermelha escura e os olhos verdes entretanto, até aí era onde a semelhança chegava. Sua esposa tinha sido uma cadela mentirosa e fria que o tinha traído nos últimos momentos de sua vida, ele tinha tido o prazer de ver sua vida desvanecer-se com suas mãos envoltas firmemente ao redor de sua garganta. Ela tinha sido a única mulher que poderia tê-lo destruído e no final, a força tinha escrito sua perdição. Era uma das melhores lembranças que tinha da cadela. Diferente de Elisabeth, Shai era excepcional, uma raridade entre as mulheres. Inteligente, bela e amadurecida para a vista. Sua respiração se acelerou. Infelizmente, suas amigas eram de nível médio. Se tivessem sido excepcionais, poderia ter salvado suas vidas. Suas sobrancelhas se arquearam com o belo rosto de Jennifer brilhando em sua mente. Quem teria sabido que Jen seria amiga da mulher que tinha espreitado durante os últimos vinte e cinco anos? Ela poderia ser um problema para ele, embora o resto de suas amigas serviriam a seu propósito e serviriam bem. Ele puxou os punhos de sua imaculada camisa, com as gêmeas cor vermelha rubi sangre piscando os olhos para ele. Primeiro o primeiro, entretanto. Não era um jogo alegre o que tinha que desempenhar e os atores deste drama se encontravam no lugar e o ato número um já se iniciou. A risada encheu a noite enquanto o vampiro se desaparecia nas sombras.
— Então, quem é a mulher?
Val congelou com o esquecido livro caindo de seus dedos no piso de pinheiro com um golpe oco. Elevou a vista para ver uma visita inesperada de pé junto à lareira, com uma expressão perplexa em sua cara.
— Miranda, que grata surpresa. Não ouvi quando entrou.
Uma risada prateada se ecoou na extensão da biblioteca.
— Essa é uma nova — Miranda tirou a negra capa de veludo e a pendurou no respaldo da cadeira frente a ele. Agachou-se para resgatar o livro encadernado em couro do piso.
— Cúpulas borrascosas — Disse ela fechando a tampa com cuidado. Suas unhas carmesim brilharam na tênue luz enquanto acariciava o precioso volume — Primeira edição, inclusive. Um sonho de amor não correspondido, meu amigo? — Um sorriso dançava no rosto dela ao pô-lo no braço da cadeira oposta.
— Simplesmente desfrutando de um clássico, querida — Val se levantou de sua cadeira para recuperar o livro dela.
Ela não o soltou.
— Como se chama?
— E por que acha que uma mulher está em minha mente? — Perguntou ele cuidando de manter seu tom leve. O sorriso dela se voltou triste quase decepcionada.
— E quem te conhece melhor que eu? Pode enganar a outros, mas nunca pode me enganar. Ele passou os dedos pela fria bochecha. A primeira vez que tinha posto seus olhos nela, tinha pensado que Miranda era a criatura mais formosa que tinha já visto. Seu cabelo era negro como a noite, caía em grosas e deliciosas ondas até sua diminuta cintura. A pele era de cor creme espesso, pelo contrário seus lábios estavam cheios e vermelhos. Seus profundos olhos azuis estavam emoldurados por pestanas de fuligem que o olhavam. Alta e construída como uma estátua de Rubens, era a perfeição envolta em um vestido exuberante, de veludo negro. Era uma mulher que muitos homens desejariam, embora seu coração já tinha falado. Miranda era seu anjo da escuridão, sua melhor amiga e salvadora. Ela o tinha salvado de seus demônios pessoais muitas vezes através dos anos, mas também sabia que queria mais, muito mais do que podia dar nunca. Doía fazer mal a ela assim, mas no momento em que tinha conhecido o anjo ruivo ontem de noite, tinha sabido que era inevitável que alguém saísse ferido. Por desgraça, seria Miranda.
— Nunca você, querida — Sussurrou ele.
Ela soltou o controle sobre o livro, com seu olhar firme enquanto juntava as mãos em seu colo como uma solteirona afetada em uma tarde de chá.
— É mortal?
— Sim — Seu tom era resignado. Não via ela que não queria machucá-la mais?
— A ama?
A amargura recobriu sua língua. Como se atreveria a amar uma mulher mortal? Suas relações estavam sempre condenadas ao fracasso e à perda como um vampiro que sempre sobrevivia à vida mortal, que seguiria por muitas vidas.
— Como poderia amá-la? — Ele deixou escapar — Como posso amar a alguém?
— Da mesma maneira em que qualquer de nós pode amar — O tom dela era suave, uma voz musical e sensual. Era essa voz a que tinha retirado da borda em muitas ocasiões. Sentiu a tentação de fazer isso, inclusive agora.
— Só a vi uma vez.
As sobrancelhas dela se arquearam.
— Ela deve ser bastante mulher para ter captado sua atenção.
— Não é mais que luxúria — Disse ele, mas suas palavras soaram ocas em seus ouvidos.
— Se acha que é só luxúria, então é um tolo, maior do que tinha suspeitado nunca. — Ela olhou para baixo para recolher uma penugem imaginária de sua saia — Se dá conta de que os mortais poderiam ser nossa perdição?
Ele não respondeu.
— Quantos de nossos irmãos foram abatidos pela morte de seus amantes mortais?
Centenas? Milhares? Inumeráveis imortais foram enterrados na terra ou foram presos por chorar seus amores perdidos e amaldiçoar seu coração frágil e aqui está a ponto de se unir a eles na condenação eterna.
Tinha a pele avermelhada e Val odiou ver a dor em seu rosto. Sua mandíbula se apertou e uma de suas presas cravou sua língua e ele acolheu com beneplácito a dor. Seu olhar era conhecido.
— Deseja tanto morrer? — Ela sussurrou.
— Não, já não — Ele se moveu longe dela e foi para as janelas altas que eram do piso ao teto. Como poderia explicar o reconhecimento imediato, ao vermelho vivo que o tinha golpeado no momento em que tinha posto os olhos na impressionante ruiva? Como podia dizer que em suas vísceras tinha sabido que estavam destinados a estar juntos?—Não sei como explicar isso.
As cortinas borgonha se afastaram para revelar a noite clara e estrelada. As sombras mais à frente do vidro chamavam a sua alma e pela primeira vez em muitos anos, quis amaldiçoar a noite que sempre o tinha envolto.
— Não tem nada que explicar, Val — Miranda falou em voz baixa — Não me deve nada.
— Está equivocada — Disse, com voz áspera — Devo-lhe tudo — Ele se voltou para a beleza que o olhava com rosto de amor. O amor que poderia aliviar a solidão esmagante de sua vida. O amor que nunca poderia devolver — Tudo.
Ela negou.
— Não me deve nada, não me pode dar nada de boa vontade — Seu tom era de dor enquanto se levantava de seu assento — Não tomarei nada que não me ofereça livremente, meu amigo — Ela tomou sua capa e se moveu para colocar-se diante dele, com seus dedos acariciando seu frio rosto como se o queira reter em sua memória.
As lágrimas encheram seus olhos e deixou cair sua mão.
— Me despeço de você com um coração cheio de amor pelo menino que uma vez foi, e o homem no que se transformou.
Ela desapareceu deixando seu suave perfume de jasmim e um formigamento delicado em sua bochecha. Seu coração pesou, Val se voltou, com os olhos uma vez mais procurando na escuridão da noite de Nova Iorque. Como era que sua vida tinha chegado a isto?
Capítulo Três
Pela enésima vez, Shai franziu o cenho ao ramo de rosas vermelhas como o sangue colocados perto da borda rabiscadas sobre mata-borrão. Tinham estado esperando por ela quando tinha retornado de almoçar e agora, três horas e meia mais tarde, não estava mais perto de determinar quem as tinha enviado. Ninguém na sala de imprensa tinha sido testemunha de sua chegada e não havia nenhuma anotação na lista de entregas do escritório da recepcionista. Era como se tivessem aparecido de um nada sem que o remetente tivesse deixado alguma pista quanto a sua identidade.
Ela passou a ponta dos dedos pelos botões meios abertos. Seu doce aroma a rodeou, invocando um desejo que nunca tinha sonhado que existisse. Do momento em que tinha entrado para trabalhar no Teme, tinha visto muitas de suas companheiras receber ramos de formosas flores por seus aniversários e aniversários ou por nenhuma razão absolutamente. Um simples símbolo que deixava que o receptor soubesse que alguém estava tendo bons pensamentos a respeito delas. Quantas vezes tinha visto essas entregas, sabendo que provavelmente nunca aconteceria a ela? Tinha sonhado durante anos com seu cavalheiro de brilhante armadura só para dar-se conta que era alérgica aos cavalos. Um sorriso triste tocou seus lábios enquanto acariciava as pétalas da frágil e delicada flor. Suave como o beijo de um amante. Inesperadamente, as imagens do homem que tinha conhecido na noite anterior entraram em sua mente. Tinha ocupado seus pensamentos desde que se levantou para preparar-se para o trabalho. Valentin. Inclusive seu nome forjava tremores débeis de conscientiza sobre sua pele. Era, sem lugar a dúvidas, o homem mais bonito que tinha já visto. E certamente nunca tinha tido uma reação como essa para outra alma vivente. Suas bochechas se coloriram com a lembrança de sua repentina excitação quando tinha pousado seus olhos nele. Normalmente evitava os homens como à peste. Faziam-na sentir nervosa, ansiosa e carente. Mas Val a chamava como uma traça à chama. Franziu o cenho. Essa era uma má analogia, já que sempre terminava mal, para a traça pelo menos. Estaria tentando advertir a si mesma que poderia se queimar? Um suspiro escapou. O que importava de todos os modos? Provavelmente nunca voltaria a vê-lo. Ele não reconheceria à mulher desalinhada que estava sentada atrás de seu escritório essa tarde. Ela era invisível em comparação com a mulher de roupa interior travessa sentada no restaurante rindo e falando com suas amigas.
— Encontraram outro.
Shai saltou, ofegando enquanto um dedo ficava apanhado em um espinho cravando a carne desprevenidamente. O sangue brotou através do corte em um cordão de cor vermelha brilhante.
Tomou um lenço de papel, e a gota vermelha se estremeceu com seus movimentos.
— Encontraram outro o que? — Shai envolveu o lenço ao redor de seu dedo antes de olhar a sua chefe.
A editora noturna do Teme, Mariah Whites, entrou no pequeno escritório que Shai compartilhava com outros três empregados ajudantes. Em uma mão levava uma folha de papel de fax, e um lápis bem mastigado na outra. Plantou seu generoso traseiro no canto da mesa de Shai e deixou cair o papel diante dela.
Cansada, Shai se reclinou em sua cadeira e esfregou a testa com a mão em bom estado. Desejava saber que diabos acontecia. Tinha conhecido a um homem bonito ontem à noite e agora, vinte e quatro horas mais tarde, era toda tolices muito sensíveis e assim agia também. Esta não era a normalmente estoica, mulher sem emoções que a fazia sentir cômoda.
— Olá? — Mariah agitou seu lápis no ar — Não estou falando de minha saúde aqui. Acorda. Um bocejo escapou antes que Shai pudesse detê-lo.
— Sinto muito. O que estava dizendo?
— De um corpo. Outra mulher, mesmo modus operandi que as demais — Mariah tomou um chocolate do frasco de caramelos de Shai e depois o colocou à boca. —Encontraram-na atrás do antigo teatro Garden já sabe, que está em remodelação. Isto acaba de chegar por fax não faz nem cinco minutos.
— Soa como o lugar para estar — Voltou a bocejar, tomando seu bloco de papel de notas e a sempre presente gravadora.
Mariah tomou outro caramelo.
— Sabia que ia dizer isso — Deslizou-se da mesa e se dirigiu à saída. Detendo-se na porta, voltou-se — Tenho curiosidade por que está tomando estes assassinatos com um interesse pessoal? Brett Springer está escrevendo sobre eles para o jornal e os assassinatos não costuma ser sua especialidade.
Shai se levantou de sua cadeira e afogou um gemido.
— Todo mundo tem que ter um hobby — Disse secamente.
Tirou o lenço de seu dedo para inspecionar a ferida. A hemorragia se deteve, deixando um pequeno zero vermelho. Deixou cair o lenço ao lixo.
— Talvez precise sair mais.
Não, saí muito ontem à noite. Ela forçou um sorriso, com a esperança de não parecer tão falsa como se sentia.
— Talvez tenha razão.
— É obvio que sim. É por isso que faço muito dinheiro — Rindo de sua própria brincadeira, Mariah desapareceu pela porta.
Shai recolheu as ferramentas de seu ofício em sua grande bolsa de mão e tratou de reunir suas forças para a seguinte prova. Pensar que dez minutos mais e ela teria escapado do trabalho.
A seu apartamento tranquilo, com um bom livro, um pouco de sopa de lata e uma noite de sono reparador. Homem, tinha má sorte.
A viagem em táxi até o velho Theater foi rápido. As ruas da cidade de Nova Iorque estavam relativamente tranquilas às 2:30am e o tráfico era leve. Uma grande multidão estava reunida no final do beco atrás do teatro quando o táxi de Shai se deteve na calçada. O ar úmido de agosto golpeou na face quando abriu a porta. Tinha vivido em Nova Iorque a maior parte de sua vida, mas esta noite os aromas do ar eram alheios. O aroma a lixo podre, de muitas pessoas, de refugos humanos, e de sujeira revolveram o estômago junto com o aroma subjacente do medo e a violência da morte ficou no ar grosso.
Não de novo.
— Ouça, senhora, Fechará a porta ou só ficará aí recarregada toda a noite? A voz estridente do taxista interrompeu sua meditação.
— OH, sinto muito — Pôs uma nota de cinco dólares na mão e depois fechou a porta.
— Quer que a espere?
— Não, não, obrigado.
Ele deu um brusco movimento de cabeça e a deixou na calçada, envolvendo-a em uma nuvem de gases de escapamento, com ardor ela desejou ter ido com ele.
Sem coragem não havia glória.
Com sua bolsa no ombro, deu a volta para procurar entre a multidão, tratando de ignorar a agitação de seu intestino. Por que a pessoa estava de pé em uma rua desolada em meio da noite em uma cena de um crime? O que motivava a alguém a fazer isso? Não se davam conta de que alguém tinha morrido de forma violenta e de que não era uma brincadeira? Não era a televisão onde o vilão do filme estava morto e ao momento em que as câmaras se apagavam havia risada e se aceitavam as felicitações dos companheiros atores. Era a vida real e era dolorosa e feia.
O alívio se apoderou dela quando viu um rosto familiar na multidão. O detetive JB Henry estava além da linha de cor amarela brilhante da polícia tomando notas em um maltratado computador portátil negro. Henry e Shai se conheceram quando ele a tinha detido por roubar comida. Tinha tido oito anos e pouco a pouco morria de fome nas ruas de Nova Iorque. Ele a tinha levado a Serviços Infantis e tinham encontrado a uma família para que a levasse e se encarregasse de que recebesse uma boa educação. Se não fosse por ele, Shai não estava segura de si estaria viva hoje.
Depois que ela se graduou no SUNY com um título em jornalismo, seu primeiro trabalho tinha sido escrevendo para a seção policial do jornal Village Investigador. Sempre se tinha assegurado de mencionar os casos nos que trabalhava inclusive se eram insignificantes. Mantê-lo no olho público tinha ajudado a subir nas filas com a policial de Nova Iorque de forma rápida e, em troca, sempre podia contar com a correta informação e com uma exclusiva.
Shai empurrou seu cabelo grosso de volta a sua testa pegajosa depois quadrou os ombros para a tarefa que a esperava. Colocou o crachá de plástico que dizia IMPRENSA no pescoço da blusa de algodão enquanto se deslizava com o passar da borda da multidão. Agachou-se debaixo da fita enquanto vários oficiais de patrulha perseguidos se defendiam dos curiosos. A gente abriu a boca para gritar uma reprimenda e se deteve quando se deu conta de que era ela. Shai deu ao Oficial Martínez uma piscada, depois moveu seu olhar até o detetive Henry.
— Muitos olheiros para ser tão cedo pela manhã.
Recordando a Shai a Albert Einstein com seu cabelo revolto e bigode caído, Henry olhou para cima, franzindo o cenho em sua face redonda quando a viu.
— O que está fazendo aqui, garota? Sabe melhor que ninguém que não pode cruzar a linha da polícia. Ela encolheu os ombros e não pôde deixar de sorrir.
— Conhece-me, Henry, sou igual a uma moeda falsa. A gente nunca sabe aonde poderia chegar.
— Moça, é verdade — Levou seus olhos de policial a suas calças enrugadas e a sua blusa branca de algodão — Horas extras de novo?
— Quando não é assim? Saí para jantar com umas amigas ontem à noite. Transformou-se em tarde na noite — A vários metros de distância uma figura envolta jazia no chão enquanto a vários metros de distância havia um nó de detetives consumindo cigarros. Ela assentiu para a vítima — E agora isto.
— Como se chama?
Confusa, ela o olhou.
— Quem se chama?
— O cara...
— Que cara?
— Com o que saiu ontem à noite?
— Agora, quem disse que era um homem? — Perguntou ela irritada. Primeiro suas amigas agora Henry. Todos acreditavam que necessitava um encontro?
— Só posso esperar — Resmungou ele.
— Continua tentando, Henry — Ela sufocou um sorriso e moveu uma mão para o corpo no chão — Qual é a história?
— Shai — Disse ele com severidade.
Ela negou.
— Só entre você e eu, Henry. Não escreverei isto.
Ele dirigiu um olhar duvidoso e sacudiu a cabeça para indicar que estava louca.
— Igual às outras três. Uma prostituta acompanha John a um beco, crava-o e depois sua garganta é arrancada — Henry encolheu os ombros — Não há nada novo com este.
— Escutei alguém do escritório do forense que disse que não havia sinal de sêmen como nos outros três. Que não havia sinais de resíduos de látex tampouco —Murmurou ela, com a esperança de que acrescentasse mais informação.
— É desconcertante e correto. A pessoa poderia pensar que as garotas como essas usam camisinhas, céu santo. Entretanto, este não é como outros — Henry começou a caminhar para o cadáver, deixando que Shai o seguisse.
— O que o faz diferente?
— Ela não é uma garota para passar o tempo. É uma cara peça de um serviço de acompanhantes.
— Deve estar brincando — Tenaz Shai seguiu seus passos — Por que uma mulher cuidaria de seus negócios em um beco em meio da noite?
— Essa é a pergunta agora — Henry negou — A que está chegando este mundo? —Ele assentiu ao grupo de detetives.
— A nada bom, isso é seguro — Decepcionou-se de que ele não adicionasse mais a sua declaração, mas não deixou de dissuadi-lo. Henry podia ser uma fonte de conhecimento quando era convencido. Detendo-se uns três metros, tratou de forçar a si mesma a olhar a morte cara a cara. Nunca era bonita e teve um pressentimento de que este seria pior que a maioria. Até agora, todas as vítimas tinham sido jovens e formosas e esta provavelmente seria igual. Henry fez um gesto a um jovem oficial uniformizado para que puxasse o lençol manchado de sangue.
— É uma olheira, muito bem — Comentou ele.
Shai conteve o fôlego e se esforçou por controlar seu estômago que não se revelasse, mantendo sua expressão impassível.
Em uma breve olhada, notou o cabelo selvagem tingido de vermelho que caía expertamente através dos ombros da vítima e sua pele que era da cor da morte. Surdos, os olhos verde esmeralda ficaram olhando o céu negro com o horror congelado em suas profundidades. O vestido vermelho de noite era obviamente caro e tinha sido despedaçado. A saia tinha subido até a cintura para revelar uma liga negra e umas magníficas pernas. Seu olhar voou até a face da vítima e seu ventre deu um tombo antes de olhar para outro lado. A cabeça da mulher tinha sido quase arrancada.
— Que pena, não é? Por que uma mulher tão formosa estava na prostituição está além de mim — Henry mexeu no interior de sua jaqueta por um cigarro. Um tremor leve empanava seus movimentos.
— Quem sabe o que motiva às pessoas a fazer algo? Talvez estava desesperada por dinheiro em efetivo, talvez não teve outra opção — Shai murmurou mais para si mesma que em resposta a suas palavras. Esses olhos verdes opacos a perseguiriam até que o assassino fosse capturado.
Tremeu. Não havia nada que pudesse fazer a respeito, entretanto. Ainda não, de todos os modos.
Tudo o que podia fazer era seguir reunindo dados e arquivá-los para futuras referências — Quem sabe por que as pessoas fazem o que fazem? — Shai repetiu, de repente cansada até os ossos.
Queria terminar com isso o mais rápido possível, mas se obrigou a olhar para trás, ao cadáver.
Tentando ser objetiva, considerou o corpo quase nu da vítima de maneira tão impessoal como era possível.
Aparentemente, não via nada diferente às outras três vítimas que se encontraram em vários lugares nas últimas duas semanas. Formosa, prostituta, com cabelo castanho escuro ou vermelho, bem vestida, tinha tido sexo antes de morrer, tinha morrido em uma posição pouco digna em um lugar muito público.
Ela fez um gesto ao oficial uniformizado para baixar o lençol.
— A pessoa poderia supor que com uma ferida tão grande, haveria mais sangue que este.
Henry assentiu.
— Outro dos mistérios neste caso.
— Dará-me uma cópia do relatório do forense? — Shai perguntou, caminhando para a entrada do beco.
Ele caminhou até chegar a seu lado.
— É obvio. Tomou um interesse muito grande nestes assassinatos. Por quê? Ela deu uma olhada à parte de céu estrelado com manchas visíveis entre os edifícios.
— Talvez esteja cansada de ver que isto aconteça dia após dia.
Dezenas de imagens encheram sua mente, mulheres assassinadas, corpos maltratados e meninos machucados. Igual ao de sua mãe, morta aos vinte e sete anos. Assassinada depois de um engano em seu desmantelado apartamento no Harlem. Vários anos mais tarde, o edifício se queimou até as cinzas baixo misteriosas circunstâncias e ela havia se sentido secretamente contente. Para ela, a construção representava todo o vil e mau que havia neste mundo e agora se foi, embora suas lembranças ficassem.
— Entre você e eu, ambos — Disse Henry com voz triste. Levantou a fita da polícia enquanto Shai escapava.
— Estarei em contato.
— Obrigado — Caminhou até a borda da calçada a um táxi que se deslocava pela rua para ela.
Um comichão na nuca fez que parasse com sua mão meio levantada.
Alguém a estava observando.
Percorreu a multidão e as janelas abertas dos edifícios que a rodeavam antes de ver passar um homem pela rua. Era pouco mais que uma sombra contra o edifício de pedra avermelhada. Um calafrio agitou sua pele enquanto sorria, com seus dentes brancos luzes de alerta contra a escuridão.
Ela o conhecia... Não?
A chegada da caminhonete do forense interrompeu seu pensamento. O veículo retumbou pela rua, com seu silenciador prejudicado rompendo a quietude do dia. Retumbou passando o homem por uns poucos segundos, enquanto estacionava na rua ao lado de seu táxi. O motor se apagou e o súbito silêncio foi inquietante, cheio de tensão. Sentia como se algo a esperasse na escuridão, à margem da escassa iluminação das luzes. Estremeceu.
Caminhando ao redor da caminhonete se deu conta de que o estranho se foi. Franziu o cenho. O teria imaginado? Talvez seus cansados olhos estavam jogando uma má passada? Estava esgotada de verdade e era mais tarde, iria se casa a dormir um pouco.
Shai o tinha visto.
O vampiro olhava a jornalista ruiva em seu trajeto ao táxi. Era ardilosa e estava desfrutando da caça. Nada fazia correr seu sangue mais que a antecipação de um ser inteligente como adversário, mas esta era especial. Tinha estado esperando por ela durante muitos anos e agora estava amadurecida para ser tomada. Ela tinha crescido até ser muito bela e a desejava mais que a ninguém. Ela seria seu maior lucro, sua perfeita conquista, seu amante de toda a vida. Ele desfrutava da familiar agitação de suas costas. Desejava-a debaixo dele, quente e ofegante, pedindo a gritos por ele. Teria-a também, quando se cansasse da perseguição. Era estranho que uma mulher mortal conseguisse captar sua atenção, mas Shai Jordânia era única e não queria estragar o jogo ao pôr fim antes de tempo. Ele suspirou com antecipação. As coisas que fariam juntos... O que divertido seria, mal podia esperar a reclamar sua mulher. Mas primeiro, tinha que localizar Gabrielle, a mulher que o ajudaria a derrocar o Conselho de Anciões.
Capítulo Quatro
Ele chegou a ela essa noite.
Shai passou de um sono profundo, a estar alerta em questão de segundos. Piscando, olhou o relógio ao lado de sua cama e gemeu. Eram tão somente as 4 am. pelo amor de Deus! Ninguém em seu são juízo deveria estar acordado nesse momento. Olhou ao redor do pequeno quarto, com o olhar nublado, sem saber o que a tinha despertado. Um suave resplendor dourado apanhou seu olhar e seus olhos se abriram quando se deu conta que havia diversas velas acesas titilando espalhadas pelo quarto. Franziu o cenho. Certamente não as tinha acendido antes de ir à cama e inclusive se o tivesse feito, teria que as ter apagado antes de pôr sua cabeça no travesseiro. Que diabos estava acontecendo? Sentando-se, seu fôlego ficou apanhado na garganta enquanto um sensual dedo de brisa separou as cortinas e divisou uma figura masculina que se agachou na escada de incêndios para fora da janela de seu quarto. Seu coração estremeceu e deixou sair o fôlego para gritar quando ele se inclinou para a dourada luz vacilante. Em um instante ela soube que era ele, o homem do restaurante. Val.
— Me convide a entrar— Ordenou ele.
O prazer dobrou os dedos dos pés quando sua voz soou baixa na noite. Uma onda de antecipação deslizou por suas costas. Sua mente gritou “Está louco?” Mesmo que seu corpo desejava convidá-lo a entrar.
Seus lábios se abriram para afastá-lo de sua janela e se surpreendeu do pensamento contrário que escapou da boca.
— É bem-vindo aqui.
Ele estirou uma perna pela janela aberta e se meteu em seu quarto, com suas botas dispersando as almofadas do assento de sua janela. Seus movimentos eram ágeis elegantes enquanto avançava a sua cama, com um brilho em seus olhos.
A respiração dela se fez profunda. Isto tinha que ser um sonho, é obvio, não podia acontecer na vida real, especialmente não na dela. Mas que sonho tão bonito era! Ele era muito mais alto do que tinha pensado em um princípio, muito por cima de seus próprios 1,63m. Seu comprido cabelo negro até os ombros pendurava ao redor de suas fortes feições cinzeladas e seus olhos azuis brilharam ricos contra a palidez de sua pele. Sua roupa era simples. Jeans negros ajustados, uma camisa branca solta frouxa e botas de couro negras. Uma adaga com joias estava metida no cinturão de couro negro que rodeava sua cintura. Shai pensou que parecia um pirata muito sexy.
— Sabe quem sou? — A voz dele era profunda e ressonante, causando que chamas de consciência lambessem seus agudos sentidos. Sua camiseta de dormir de algodão se sentiu pesada e asfixiante contra sua pele. Mais que nada, desejava que este homem a tirasse de seu superaquecido corpo.
— Sim — Sua voz soou estranha a seus ouvidos, lenta, como se estivesse drogada.
— E sabe o que quero de você?
Ela tinha a garganta seca, só pôde assentir em resposta.
Um sorriso de satisfação masculina pura curvou seus sensuais lábios. Estendeu a mão.
— Vêem comigo, meu amor.
Ela não pôde evitar tomar sua mão com luvas de couro fino, sua mão se apoderou de sua carne quente em um apertão forte, seguro. Maus pensamentos dessa mão musculosa espremendo outras partes de seu corpo, acariciando levou uma onda de calor a sua face.
Wow, que sonho tão vívido.
As sobrancelhas dele se arquearam e sorriu como se pudesse ler seus travessos pensamentos. Levantando a mão a seus lábios, beijou-a, agitando sua pele com a língua.
— Me diga o que deseja — Murmurou ele contra seus nódulos.
A luxúria crua pegou como uma onda de maré, o que fez sentir vertigem. Nunca havia sentido algo como isso antes. Meu Deus, mas as novelas românticas estavam certas! Ela conteve o fôlego ruidosamente. Desejava inclinar-se para ele e permitir liberdades espantosas, enquanto sua mente racional gritava que fugisse correndo. Este era um sonho... Não? Certamente o era... Tinha que sê-lo. Na vida real os estranhos bonitos não apareciam em sua janela exigindo sua submissão... Pelo menos nunca o tinha tido antes.
Ela mordeu o lábio. Doeria ceder a seus instintos básicos?
— A você, desejo-o — Ela sussurrou.
Os olhos dele brilharam com satisfação e a puxou de pés. Com sua mão na sua se voltou e entrou com ela na pequena sala de jantar. Com um golpe de seu poderoso braço, limpou a mesa.
Um pêssego amadurecido golpeou o chão com um som surdo enquanto ele alcançava a uma vela localizada em uma parede com spots. Pôs a vela sobre a mesa e a acendeu com um acendedor que tirou de seu bolso. Ela mal teve tempo para apreciar o brilho dourado quando ele a arrastou para cima e a depositou na borda da mesa.
Abrindo suas coxas, ele se moveu entre suas pernas. A crista de sua ereção se pressionava contra suas calcinhas de algodão e as delicadas dobras ocultas debaixo. Surpreendida, gemeu e tratou de afastar-se e de fechar as pernas contra sua invasão.
— Não quero — Ela se deteve confusa.
— Esta é sua fantasia — Sussurrou ele — Isto é o que pediu. Um amante escuro, que te seduzira, que te obrigasse a ceder às demandas de seu corpo. Que te levasse a alturas às que nunca tinha atrevido antes.
As mãos dele vestidas de couro acariciaram brandamente a parte inferior de seus sensíveis seios através da camisa. Seus mamilos se apertaram e ela se inclinou para ele, seu fôlego vivo como de um som involuntário rompeu em seus lábios.
Sua mente racional podia dizer que se opor a ele, mas seu corpo estava levando-a a outra parte.
Ele riu entre dentes.
— Já imaginava.
Capturou seus pulsos, uma com cada mão, e as arrumou para pôr as palmas de suas mãos sobre a mesa atrás de suas costas. A posição a forçou a elevar seu corpo como um arco para ele.
— Não tire suas mãos da mesa—l Advertiu sua voz de uísque — Se o faz deixarei de te tocar.
Shai assentiu. Embora tinha medo nunca havia se sentido mais viva em toda sua vida. Sua pele se estremeceu com antecipação.
Os olhos escuros dele brilharam com quente desejo, riscando um caminho de sensações ao longo de sua mandíbula com um dedo.
— É obediente e será recompensada com acréscimo...
Ele baixou sua escura cabeça com seus lábios riscando um caminho de fogo ao longo de sua mandíbula, debaixo de sua garganta aonde seu batimento do coração soava freneticamente. Com a ponta de preguiçosos dedos roçou a ponta de seu seio através de sua camisa de dormir e ela estremeceu enquanto sensações primitivas se vertiam através de seu corpo.
Baixando mais, ele tomou o ereto mamilo com sua boca, umedecendo o fino algodão. Um grito se arrancou de seus lábios enquanto um aumento de luxúria primitiva surgia em suas veias. O vértice de suas coxas ficou úmido enquanto ele mamava. Ela se arqueou contra ele, desejando que tomasse mais dela em sua boca.
Inclinando para trás sua cabeça, ela não pôde fazer nada contra ele e o ardente desejo que despertava nela.
A mão dele riscou uma linha de fogo por suas costelas enquanto puxava para trás e voava sobre o úmido algodão, torturando sua excitada carne. Um soluço escapou de seus lábios e ela lutou por manter suas mãos sobre a mesa. Uma mão vestida de couro roçou a parte interna da coxa, quando chegou à prega da camisa para levantá-la por sua cabeça. Ele levantou as mãos da mesa o suficiente para tirar a camiseta livre e a que jogou sobre uma cadeira. Voltando a colocar as mãos na mesa deu um passo atrás.
Lentamente com desejo, ela levantou a cabeça, com seu peito ofegante enquanto engolia seco e tomava ar. Um sorriso curvou o cantos de sua sexy boca e tirou a adaga de seu cinturão. Shai se esticou enquanto a folha do malvado aço brilhava a luz das velas. Apertou o frio dela contra seu ventre suave e ela gemeu, levantando as mãos, tentando afastar-se.
— Não, pequena.
Ele sacudiu a cabeça enquanto a obrigava a pôr suas mãos sobre a mesa. Desta vez se colocou mais perto de suas nádegas, empurrando seus seios para frente, o que permitiu um melhor acesso. Passou a plana folha pouco a pouco por seu mamilo, jogando, tentador, antes de dar ao outro a mesma atenção.
Ele se moveu para baixo sobre seu estômago, riscando uma linha de antecipação para suas calcinhas brancas. Com os agudos olhos dele em sua face, deslizou a folha debaixo da correia de seu quadril e as cortou as afastando do corpo dela, primeiro um lado e logo o outro. Insistindo seus quadris, deslizou-as debaixo dela e as deixou cair ao chão.
Seus olhares se encontraram quando seus dedos enluvados abordaram seus cachos úmidos, Shai suspirou quando começou acariciar seus clitóris. Tremendo com necessidade, com calor, ela se moveu titubeando contra sua mão, fazendo caso omisso de seu corpo por qualquer dúvida persistente que poderia ter tido. Olhando-a de perto, dirigiu um sorriso amável e alentador. Sob os movimentos sutis de sua mão, a umidade se estendeu a um ritmo crescente.
Ele enredou os dedos de sua outra mão em seu cabelo comprido, o que obrigou a sua cabeça a mover-se para trás para que ela não pudesse vê-lo.
Ela gemeu em sinal de protesto. Enquanto suas mãos seguiam trabalhando sua magia, os gemidos dela se fizeram mais fortes enquanto acelerava seu ritmo. Seus olhos se fecharam e lutou por levar ar suficiente a seus famintos pulmões.
Fazendo gestos e com a luz brilhante sob suas pálpebras fechadas gozou.
Os espasmos de êxtase sacudiram seu corpo e seus braços ameaçaram paralisando-se e cair da mesa. Seu fôlego entrou tremendo ofegante enquanto um braço forte caía sobre seus ombros e a atraía a ele.
Sua cabeça caiu contra a ampla extensão de seu peito, com sua mente formando redemoinhos, seu coração indo mais lento. Sua mão riscou uma rota de consolo por suas costas enquanto se tranquilizava e voltava para a consciência.
Ela se agitou, com seus dedos vestidos de couro ainda enterrados nela. Agora, O que faria?
Ele não tinha alcançado sua satisfação no momento. O que diria Emily Post sobre esta situação?
— Melhor? — Ele retumbou.
— Mmm — Suspirou ela e assentiu.
Ele se inclinou para frente, pressionando suas costas a sua posição anterior sobre a mesa.
Ficou tensa quando seus dedos acariciaram sua congestionada carne e o desejo despertou em seu interior novamente. Os olhos dele eram escuros enquanto dava uma suave tocada. Os quadris dela se arquearam para seguir seu movimento até sua deliciosa terminação.
— Você gosta disso?
Os olhos dela se entrecerraram enquanto dava um baile lento com no dedo diretamente contra seus clitóris. Sem palavras, ela assentiu enquanto seus quadris tomavam o preguiçoso ritmo, com suas coxas abrindo-se uma vez mais para permitir um melhor acesso. Seus olhares se enfrentaram enquanto sua respiração se aprofundava e se voltava mais dura com seus olhos mais febris. Um grunhido surgiu da garganta dele e afastou sua mão. Ela gemeu em sinal de protesto quando sua mão livre se enredou em seu cabelo uma vez mais e puxou sua cabeça para trás. Ouviu o toque do zíper de sua calça, o som se misturou com sua respiração fora de controle. Um suave resplendor de maravilha se levantou em seu peito para ouvi-lo amaldiçoar ligeiramente. Ela o tinha conduzido a esta borda. Ela. A normal, pequena Shai. Todo pensamento coerente fugiu dela ao sentir a ponta dura de seu pênis contra sua coxa. Ela se queixou com a tortura, abrindo as pernas mais e levantando os quadris, oferecendo-se a ele. Imediatamente, ele esteve dentro dela. Ela suspirou quando a encheu, estendendo-a, completando-a. Libertando o agarre por seu cabelo, agarrou-a pela cintura e se afundou. Suas mãos trabalharam em seus quadris, em suas costas e movendo-se para trás sobre sua virilidade empurrando, mais e mais duro mesmo que seus gritos romperam o silêncio da sala. Não pôde permanecer imóvel, agarrou seus braços e se moveu contra ele, tomando tudo o que oferecia e dando de volta tão logo o recebia. As sensações apertavam seus músculos e com uns poucos impulsos ela gozou duro novamente. Soluçando, agarrou-se a ele quando seu orgasmo reclamou seu corpo e alma. Vagamente, deu-se conta de que ele ainda estava dentro dela, duro como uma rocha. Seus braços tremeram e quase caiu da mesa quando cederam. Ele a atraiu de novo a seus braços, sustentandoa contra seu peito enquanto acariciava o cabelo e sua pele úmida. Os lábios dele estavam frios contra sua garganta.
— É minha agora — Soava sem fôlego.
Assentiu enquanto levantava seus braços, insistindo-o a envolver-se ao redor de seu pescoço e ombros. Com ela segura em seus braços, tirou-a da mesa, lançou um grunhido inarticulado quando seu pênis se esfregou contra seus clitóris. Arqueou os quadris quando ele se voltou e a apoiou de costas contra a parede da cozinha. O gesso se sentia frio contra sua pele quente, mas mal teve tempo de apreciá-lo quando pressionou nela. Pouco a pouco depois de fazer rodar seus quadris ele começou a empurrar.
— Diga-o — Sussurrou ele contra seu pescoço enquanto empurrava — É minha.
— Sim... — Gemeu enquanto faíscas brilhavam e dançavam contra suas pálpebras. Estava tão perto, tão perto de...
— Eu sou seu senhor — Ele aumentou suas estocadas.
O agarre por ela se apertou enquanto o êxtase se criava, tão perto, mas tão longe.
— Sim, é meu Senhor.
Ele a levantou mais alto, trocando seu ângulo sempre sutil, com seu agarre fazendo um hematoma na cintura enquanto tomava o ritmo. Em questão de segundos a levou a precipício e caiu sobre ele pela borda. À medida que seu corpo explodia em mil pedaços brilhantes, sentiu uma leve ardência na garganta, depois, deu um quente beijo com a boca aberta. Ele chupou sua carne e seu corpo se estremeceu como se estivesse aceso fogo, com o intenso êxtase aumentando enquanto eram consumidos por seu mútuo desejo. Segundos mais tarde, isso o conduziu a seu próprio clímax metido profundamente em seu corpo. O estridente toque do telefone a fez levantar-se da cama. Desorientada, olhou ao redor de seu quarto e observou que tudo estava em seu lugar. As velas se foram, os travesseiros estavam de volta no assento da janela e as cortinas tremiam com a brisa. Passou uma mão por seu cabelo.
— Wow... Que sonho — Voltou a franzir o cenho ao telefone na mesinha de noite quando soou de novo. Tomou.
— Olá — Grunhiu ela.
— Shai, onde está? — Gritou a voz de Mariah em seu ouvido.
— O que quer dizer? Eu diria que é óbvio onde estou — Ela deu uma olhada a seu relógio — São só 07:30. Qual é o problema? Acabo de ir à cama faz um par de horas.
— Shai... São as 7:30 da noite.
Ela piscou e olhou sua janela.
Efetivamente, o sol ia desço no céu ocidental.
— Dormi dezessete horas? Como é possível?
— Não sei, Mas o fez! Perdeu a reunião do conselho municipal sobre a que se supunha que escreveria, maldição. Por sorte para você Jenny esteve disposta a tomar a substituição e salvou seu traseiro. Não sei o que está acontecendo ultimamente, mas o está arruinando. Estava costumada a ser uma de nossas repórteres mais confiáveis e agora não posso contar com você para nada.
Com sua mente lutando, Shai se endireitou, com seu coração pulsando em seu peito.
— Mariah, sinto muito…
— Eu também, moça — A resignação pendurava da voz de Mariah — Sei que estes assassinatos a têm na borda.
— Isto não tem nada que ver com os assassinatos — A cortou ela — Estive trabalhando muito ultimamente e meu aniversário foi faz só dois dias e estive fora algumas horas de noite… — É mais que isso e você sabe. Estes assassinatos estão arruinando a muitos aqui no jornal, mas você parece ser quase obcecada com eles.
— Mas…
— Quero que tome a noite livre e reveja sua carreira aqui no Teme. É uma grande repórter, mas a necessitamos aqui em corpo e em espírito, Shai. Não pela metade e com o coração pela metade.
— Mariah…
— Faça-o, a vejo amanhã de noite.
Shai desabou quando desligou do outro extremo e o tom de chamada soou em seu ouvido. As lágrimas picaram seus olhos enquanto deixava cair o receptor na base. Não estava obcecada com os assassinatos, não estava. Tinha uma curiosidade profissional que não tinha nada que ver com a morte de sua mãe de uma maneira similar muitos anos antes. Sua morte sem resolver não tinha nada que ver com estes incidentes. Nada. Tropeçou quando o telefone voltou a soar. Pensando que era Mariah, tomou e depois se dirigiu para a sala de jantar.
— Realmente não é necessário…— Shai começou.
— Eu sei quem as matou — Uma voz baixa masculina ronronou em seu ouvido.
Ondas de choque se filtraram através de seu corpo. Cegamente tirou uma cadeira e se deixou cair nela.
— Q… O que disse? — Balbuciou ela. No chão junto à cadeira, encontrou um pedaço de renda, renda das calcinhas que tinha usado na cama a noite anterior. Perplexa, passou um dedo por cima da camisa que a cobria até o quadril. Empalideceu. Eram as calcinhas que não usava agora. Sua mão se apertou em um punho ao redor do material enquanto sua mente rebuscava uma explicação razoável para que estivessem no piso.
— Você sabe quem sou — Falou de novo quem a chamava.
— Sim — Repentinamente sentiu a garganta seca e se concentrou em dar profundas, regulares respirações. Era ele.
— Sei a identidade do assassino. Vemo-nos esta noite as dez no Lindy’s na Broadway e por favor, vêem sozinha.
Sozinha? Estava louco...
— Eu...
A voz dele se voltou de persuasão.
— Tenho informação que necessita para resolver estes crimes. Pensa em quão vidas só você pode salvar. Quem estava ali para salvar a sua mãe? Ninguém. Não se pode mudar a história, mas pode fazer uma diferença e ajudar a se desfazer desse louco.
O sangue dela se transformou em gelo e seu coração começou a correr. Como sabia ele de sua mãe? Quem era este homem? Deixou cair à renda no chão, com as delicadas flores jogando nele. Era este homem o amante de sua fantasia, Val? Poderia ser um assassino?
Não...
Ela tinha que saber a verdade.
— Estarei lá — Murmurou ela.
Ele riu entre dentes.
— Sabia que o estaria.
Capítulo Cinco
Shai procurou através da gaveta de seu escritório no jornal. Onde diabos estava sua gravadora? Tirou uma bolsa enrugada de um popular aperitivo. Céus, quanto tempo tinha estado ali? Não tinham deixado de fazê-los fazia uns cinco anos? Golpeou o lixo com um ruído surdo. Encontrou a gravadora portátil sob uma pilha de jornais amarelados e um pacote de goma de mascar. Alcançando a gravadora, substituiu as pilhas enquanto se dizia pela centésima vez que era uma completa tola por encontrar este homem sozinha, inclusive se tratava de um lugar público. Mas uma multidão de perguntas ainda corriam através de seu cérebro. Primeiro, Como a tinha encontrado? Seu número não estava incluído na lista Telefônica e Jennifer não teria dado seu número sem que primeiro houvesse dito para que a queria. Em segundo lugar, E em todo caso, como sabia ele sobre do assassinato de sua mãe? Chutando a gaveta, colocou a gravadora em seu bolso. Era estranho que nunca falasse de sua mãe, inclusive a suas melhores amigas. Em sua mente, sua mãe era território emocional sagrado e sua rochosa infância era uma pedra mais deixada sem voltear.
— Shai — Leonard, um dos repórteres sênior, colocou a cabeça em seu escritório e rompeu o trem de seu pensamento. Lançou um envelope de papel em seu escritório. — Isto chegou esta tarde. É o relatório preliminar do forense sobre a autópsia de uma Regina Williams, a mulher que se encontrou fora do teatro na noite passada.
— O leu? — Ela tomou o envelope.
— É obvio — Ele entrou no escritório, seu corpo quase esquelético transbordava por suas calças jeans e de um botão debaixo de sua camisa Oxford. Leo tinha sido o jornalista original dos assassinatos e tinha adquirido uma boa quantidade de informação privilegiada.
— Intrometido — Murmurou ela sem calor.
— Assim é como ganhamos a vida, boneca.
Ele deu uma dentada a uma maçã vermelha brilhante e continuou falando com seu redor, jogando pequenos pedaços de maçã e cuspindo-os.
— A causa da morte é perda maciça de sangue, por não mencionar o fato de que a maioria de sua garganta tinha desaparecido. Ela foi esvaziada até ficar literalmente seca. É obvio, agora a pergunta do momento é que aonde se foi tudo o sangue?
Shai franziu o cenho e folheou as páginas.
— É uma boa pergunta — Disse ela sem levantar a vista do relatório. Ela tinha notado a falta de sangue a noite anterior e ainda ninguém parecia ter nenhuma resposta.
Todas as vítimas tinham sido drenadas de sangue, entretanto nenhum dos informes do médico forense podiam jogar alguma luz sobre por que ou o que havia acontecido com ele. Os corpos não tinham mostrado nenhuma evidência de ser movidos, tinham morrido onde foram encontrados.
— Uma vez mais, houve manchas, mas nenhuma delas tinha sido o suficientemente grande para igualar a quantidade drenada — Leo mordeu ruidosamente a pequena fruta dizimada — Tomará dias até que os resultados do laboratório voltem para determinar se todo o sangue encontrado na cena pertencia à vítima. Ela deixou cair o relatório sobre seu escritório, Shai se encontrou com seu olhar.
— Portanto, ninguém tem ideia? Não há rumores, não há nada? Ele negou.
— Nenhuma palavra. A polícia está perplexa, os detetives não têm ideia e há rumores de que querem chamar os federais.
Ela mordeu o lábio. Agora era uma notícia. Ninguém odiava chamar os federais mais que os de Nova Iorque. Se estavam contemplando tal passo, tinha que ser porque estavam sem pistas.
Em cada assassinato, pouca ou nenhuma evidencia física se recuperou. Pelo que tinha podido reunir, as autoridades só tinham uma luva de couro e uma mancha de sangue do segundo assassinato. Esse lugar tinha umas certas características peculiares e ainda estavam tentando determinar se era humano ou animal. Até agora, a teoria era que era de um ser humano e muito antigo, possivelmente de outro delito não declarado no beco desde anos antes. Em definitivo, tratava-se de uma série de desconcertantes crimes.
— A polícia mencionou algo a respeito da possibilidade de um culto satânico ou alguma estupidez pelo do tipo — Leo deu outra dentada, jogando quase tudo o que tinha ingerido.
— De um quê?
— Os assassinatos são metódicos, quase rituais em sua natureza — Ele atirou o centro dizimado ao lixo.
— Definitivamente temos uma nova espécie de assassino em serie à espreita em nossa cidade. Um mais rápido, mais eficiente e exigente. Um detetive disse que era o melhor dos melhores. Segundo a polícia é quase impossível de cometer o crime perfeito, entretanto, depois de vários assassinatos, este está chegando o mais perto do crime perfeito, que já se viu. Este se as acerta para matar a mulheres jovens e saudáveis, a mulheres que podem lutar entretanto, estranha vez há provas deixadas para trás. Sem cabelo, sem pele, nada. Simplesmente não ocorre todos os dias.
Ela assentiu lentamente, sua mente dando voltas às possibilidades.
— Quem ou o que acha que está fazendo isto, Leo?
— Se me perguntar, acredito que são vampiros — Ele saiu de seu escritório, com sua risada ressoando na sala.
O pescoço dela começou a sentir um formigamento e Shai se esfregou distraidamente, com o olhar voltando para relatório do médico forense. Apesar de sua risada, era provável que fosse a sério as tolices sobre vampiros.
Lindy’s era um restaurante da moda em Manhattan, justo para fora da Broadway. Quando chegou uns minutos antes, estava cheio de gente de parede a parede. Depois de dizer ao garçom que estava esperando a alguém, levou-a a uma pequena mesa no fundo da sala longa e estreita e a sentou frente à parede, longe dos outros clientes. Inquieta, ela olhou ao redor da sala. As grandes multidões a faziam sentir incômoda apesar de que seu trabalho requeria uma grande quantidade de interação social em todo tipo de situações. Esta era uma multidão especialmente bem vestida que o fazia pior. Ela puxou conscientemente sua gasta bolsa e depois deu uns tapinhas no bolso tranquilizadoramente. Sua fita gravadora se encontrava no lugar e pronta para funcionar. Agora, se só pudesse sobreviver à confrontação. Por favor, por favor, não deixe que seja ele. Ela tirou um pacote de cigarros e o deixou cair sobre a mesa. Ela não fumava frequentemente, mas agora parecia um bom momento para renovar sua amizade com o Sr. Marlboro. Mãos fortes aterrissaram sobre seus ombros enquanto uma voz sussurrava no ouvido.
— Sentindo saudades?
Shai quase saltou de sua cadeira enquanto uns lábios frios roçavam a orelha, enviando calafrios gelados a disparar-se para debaixo de seu pescoço.
Então a libertou e se moveu rapidamente em torno da cadeira vazia no lado oposto da mesa.
Os olhos dela se abriram quando ele relaxou estirando-se na elegante minúscula cadeira.
Quem era este homem? Val definitivamente não tinha o cabelo loiro nem tinha os olhos tão gelados. Quem diabos era este desconhecido?
Fosse quem fosse, era muito bonito. Grosso cabelo loiro roçava seus ombros e levava um suéter de pescoço de tartaruga negro que fazia jogo com sua impecável calça de cor creme com dobras afiadas como facas. Suas feições eram finas, quase femininas, e seus olhos eram de um hipnótico gelado azul. Um sorriso curvou sua fina e esculpida boca, mas não podia considerar-se de forma remota amistosa.
— Quem é você? — Exclamou ela.
Ele sacudiu a cabeça, com sua expressão tornando-se zombadora.
— Se te dissesse estragaria o jogo, não?
— O jogo…
O olhar dele era desconcertante em seu caráter direto, deixando Shai à sensação de estar nua e vulnerável. Obrigou a seu o olhar a deixá-lo e tirou um cigarro do pacote. Colocando a mão em seu bolso, deu a volta à fita gravadora.
— A vida é um jogo, não é Shai? — O tom dele era lírico, quase hipnótico.
Ela ignorou a pergunta.
— Quem é e sobre o que quer me falar? — Ela tirou um acendedor de prata leve e fino e orou para que o estranho não se desse conta de que suas mãos estavam tremendo.
— Quero falar com você a respeito de muitas coisas, só que não posso decidir por onde começar — O sorriso dele se ampliou — Manteremos as coisas simples, de acordo? Estamos a ponto de nos embarcar em uma aventura juntos. Este jogo se chama “me Apanhe se puder”. Uma loucura.
— E por que ia eu querer jogar este jogo? — A inquietação cresceu ainda quando ela se obrigou a manter a calma e a acender seu cigarro. Exalou a fumaça lentamente — Não sei quem é nem o que sabe. Como sei que não é um mentiroso que conseguiu meu nome do jornal? — Ela deixou o acendedor sobre a mesa. Um brilho perigoso entrou nos olhos dele alertando a de que suas palavras não tinham gostado. O sorriso dele desapareceu.
— Faz muitos anos, tive um mascote como você. Uma loba que tinha sido objeto de caça por matar gado — Sua voz se voltou rouca — Ela só tinha que ser... Quebrada. Depois de muitas semanas, tinha aprendido a tomar comida de minha mão. Servil, formosa, e em algum nível continuava sendo perigosa que era exatamente como eu queria que ela se comportasse… Um fio de medo baixou ao longo da coluna de Shai com a ameaça de suas palavras.
— Adorável historia, mas o que tem isso haver com os assassinatos? — Ela lutou por falar com uma nota de desprezo.
Ele visivelmente se sacudiu e devolveu o sorriso.
— Há certos aspectos destes assassinatos que não se diz em público.
— Por exemplo?
— A falta de sangue na vítima e a escassez de provas forenses deixadas para trás.
Os olhos dela se estreitaram. Era certo que essa informação não tinha sido liberada. Só o pessoal dentro do departamento de polícia, o assassino ou alguém que tivesse estado na cena do crime teria sabido que algo do que acabava de dizer. Não seria prudente fazer saber o que estava pensando. Ela tinha a sensação de que sabia muito.
— Está tentando me dizer que é o assassino?
Ele estendeu suas mãos em um gesto conciliador, e se deu conta de que pareciam excepcionalmente pálidas.
— Por que mais estaria aqui?
— Pelo café? Por uma sobremesa? — Ela lutou por controlar seu mal-estar. Se realmente era o assassino, podia estar em grave perigo. Inclusive depois da chamada, tinha sido cética sobre a autenticidade deste homem, mas só dando um olhar a seus olhos podia ver a verdade. Estava sentada frente a um louco.
Ele soprou e agitou uma mão em um elegante padrão e obras mestres de mantimentos se espalhavam diante deles.
— Posso te assegurar que aqui não há nada que eu queira — Deu um frio olhar —Salvo você, é obvio.
— Por que eu?
A expressão dele se voltou sonhadora.
— Tem o olhar de sua mãe em você, em seus olhos especialmente.
O pânico rasgou o coração dela quando seus olhos se moveram sobre sua face como se queria memorizar cada expressão.
— O que sabe sobre minha mãe? — Ela baixou a voz até ser um sussurro.
Ele piscou e o olhar longínquo deixou seus olhos.
— Me diga o que sabe a respeito dos assassinos em série — Ordenou ele fazendo caso omisso de sua pergunta. Ela recuou, surpreendida. Dois podiam jogar este jogo e ela não se sentia intimidada ainda. Medrosa, sim. Desconcertada, sim. Intimidada, não. Enquanto estivesse na multidão, deveria estar o suficientemente segura.
— Você é o que segue me dando a entender que é o assassino. Você me diga.
Ele bateu com a mão sobre a mesa e esta se cambaleou perigosamente.
— Não é assim como se joga o jogo!
Surpreendida por sua repentina mudança de atitude, seu coração começou a golpear. O zumbido de atividade morreu enquanto alguns dos pressente os olhavam com curiosidade antes de reatar suas conversas. Grandioso, só em Nova Iorque um louco poderia ameaçá-la em uma multidão e não tinha a ninguém que prestasse a mais mínima atenção.
Shai se inclinou.
— Talvez deveria me deixar saber as regras — Disse ela entre dentes.
— Faço perguntas e você as responde — Ele espetou.
Ela se recostou em sua cadeira, agradecida pela pequena mesa entre eles. Inadequada como fosse, mas estava muito agradecida, não obstante.
— Bom, pelo geral mata a seus próprios grupos étnicos — Começou ela.
— Não, não, não! Quero saber por que mata — Seus olhos tinham adquirido um brilho febril e um fio de medo percorreu a coluna. Olhou a seu redor. Apesar de que a sala estava cheia, ninguém parecia estar consciente de que estavam ainda ali. Os nova-iorquinos eram notórios por não querer “envolver-se” Talvez não estava tão segura como tinha pensado?
— Pelo geral, mata porque cobiça O... — Ela começou.
Ele negou.
— Errado de novo — Inclinando puxou sua mão. Seus dedos gelados se afundaram em seu pulso e a puxou para si até que ficaram cara a cara. A mesa se afundava em seu estômago e ela grunhiu pela surpresa. Ele era rápido.
— É pela fome — O fôlego dele lambeu a boca e ela recuou pelo aroma úmido, quase acobreado — Se encontrar outra maneira de saciar a fome — Roçou os lábios nos dela — As mortes pararão.
Ela se retorceu diante a sensação de seus lábios frescos em sua carne. Queria gritar, mas tinha medo de que uma vez que começasse não fosse capaz de deter-se. Em troca, concentrou-se em sua respiração de maneira uniforme em controlar seu pânico em aumento. Sem prévio aviso, ele a soltou e ela caiu contra a cadeira.
O sorriso dele era cruel e passou a língua pelos lábios lentamente, como se estivesse saboreando seu gosto. A repulsão se retorceu no estômago dela e temeu que estivesse doente.
— A fome nos conduz e não há fim à mesma. Você, também, logo conhecerá a sede, o desejo de enchê-la. Consumirá toda sua vida e passará todo o tempo encontrando a maneira de apaziguá-la. Até que por fim se converta em uma com fome... Ela o olhou fixamente, com sua mente lutando por um ponto de referência nesta escura conversa. Não encontrou nada a que agarrar-se.
— Sabe exatamente o que me refiro — Ele chegou através da mesa e capturou sua mandíbula com uma fria mão antes que ela pudesse evadi-lo. Ele a manteve cativa enquanto assinalava com o dedo ao longo de seu forte lábio inferior com o olhar fixo nele.
— Sentir a queimação, a eterna queimação. A febre de desejo que ameaça devorando. Isso, também, acontecerá no corpo e alma e matará para senti-la uma e outra vez.
O arrepiante olhar dele se desviou até sustentar a sua. Shai reconheceu o olhar de queimação no fundo de seus olhos.
Luxúria. O interior dela se converteu em gelo e se arrastou por sua pele.
— Então me diga, Shai, o muito que sabe de Valentin, o homem ao que deu a bem-vinda em sua cama… OH meu Deus...
— Pensou que era seu pequeno segredo, não é? Val e eu conhecemos um ao outro durante muitas vidas e este é outro jogo entre nós — A testa pálida dele se arqueou. — Embora tenha que admitir que te encontrar em meio de nossa dança é um presente inesperado. A pergunta é, quem será o ganhador do maior de todos os prêmios? Se for uma garota inteligente, Shai, Escolherá o ganhador sabiamente? — Ele pôs-se a rir — É um jogo alegre que jogamos.
Soltou-a e ela recostou na sua cadeira. Fechando os olhos esteve agradecida pela fita gravadora zumbindo em seu bolso, porque ninguém ia acreditar nesta conversa. Ela não estava segura de fazê-lo e era uma participante.
— Temo que... — Ela vacilou quando abriu os olhos e a cadeira frente a ela estava vazia.
O repentino silêncio no restaurante a fez olhar a seu redor. Perto os clientes a olhavam como se tivesse perdido a cabeça e uma sensação progressiva de irrealidade se apoderou dela. O que tinha acontecido?
Suas bochechas se ruborizaram e tomou seus cigarros e o acendedor, desesperada por escapar dos olhares de pergunta. Levantando-se, dirigiu-se à porta, com as espetadas de dezenas de olhares a suas costas. Seu coração pulsava com força enquanto esquivava aos espectadores, às mesas e às pessoas que servia a comida. Estava dando uma corrida leve, quando saiu à rua, com um grito retido só por seus dentes apertados. Tinha o assassino na fita e o tinha visto de perto. Já era hora de ir à polícia.
— Shai — O Detetive Henry colocou suas mãos sobre a mesa de conferências com marcas na madeira e se inclinou aonde ela estava aconchegada na poltrona — Digo-te, a única coisa na fita é sua própria voz. Soava como se estivesse mantendo uma conversa só lado consigo mesma.
— E eu te digo que falei com ele — Ela agarrou a xícara de café cinza e se perguntou se estaria ficando louca.
— E eu te digo, que não há nada nessa fita, e ninguém no restaurante viu ninguém com você. Entretanto, contaram-nos uma história interessante de uma jovem ruiva falando consigo mesma. Como podia ser isso? Ela mordeu o lábio e olhou sombriamente a gravadora na mesa, com sua mente dando voltas loucamente em uma tentativa por encontrar uma resposta. Tinha-a aceso estava segura disso. Talvez… Ela saltou quando Henry pôs uma mão no ombro. Não o tinha ouvido caminhar ao redor da mesa.
— Shai…
Ela sabia o que ia dizer e o cortou afastando-se e levantando-se. — Obrigado por sua ajuda, Henry.
— Não me surpreende que esteja tendo problemas com os assassinatos. Sua mãe... — Ele começou de novo.
— Ela não tem nada haver com isto — Shai agarrou a gravadora portátil e a meteu em sua bolsa — Sabia que tinha sido um engano te dizer sobre ela. Este é um assunto completamente diferente, e sei que se converteu em pessoal. É entre ele e eu agora. Se não for escutar e a usar a informação que tenho para detê-lo, então, pelo céu, Eu o farei!
— Não faça nada precipitado — Advertiu ele.
— Precipitado? — Ela olhou por cima do ombro enquanto abria a porta da sala de entrevistas — Não viu nada ainda — Os Detetives do escritório ficaram em silêncio, olhando-a sobre seus papéis. Sem sentido da gente que a olhava, caminhou pela sala, indo à sala que levava a exterior e à liberdade.
— Não me faça te prender, Shai — Henry gritou atrás dela.
Ela deu um latido curto de risada.
— Me apanhe se puder.
Capítulo Seis
Shai agitou o uísque em sua velha jarra de vidro dos Flintstones com o líquido dourado apanhando a luz de uma só vela e voltando-a um fogo âmbar. Sendo um presente de Natal de vários anos antes, a pequena garrafa de uísque havia visto estranha vez à luz do dia. Puxou a vermelha e poeirenta fita ao redor de seu pescoço.
— Algo melhor das Terras Altas — Ela riu com sua voz soando confusa. Levantando seu copo bebeu o líquido.
A ressaca trazia lágrimas aos olhos e piscou para as afastar. Tinha bebido o suficiente na última hora como para não sentir nada. Mas o fazia. Sentia muito. E recordava ainda mais. Ela tinha poucas lembranças de seu pai, mas eram muito claros. Uma visão dele sentado em uma desigual mesa da cozinha em meio da noite depois de uma briga com sua mãe. Usava uma camiseta e calças jeans sujas, bebendo o uísque mais barato que pôde dar o luxo de encontrar. Tinha-o visto fazer isso muitas vezes nos poucos anos que tinha permanecido com elas. Tinha sido pouco depois de que uma de suas horrendas brigas que as tinha abandonado e sua mãe tinha voltado à prostituição para manter seu vício às drogas e à filha que nunca tinha desejado. Sua mãe. Agora havia uma telha de aranha. Quando não estava drogada, Sarah Jordan tinha sido uma mulher encantadora. Tinha tido engenho e um coração suave, muito suave para suportar os rigores de criar a uma menina ela sozinha. Sempre em busca da felicidade e de alguém que cuidasse dela, mais homens dos que Shai podia recordar tinham desfilado por sua casa e por suas vidas. Nenhum deles tinha subido a nada, embora alguns tinham tratado bem à filha tímida que Sarah tinha mantido oculta a maioria das vezes. Tinha sido seu próprio pai quem tinha levado Sarah pelo caminho do alcoolismo, depois pelo das drogas. Como um veterano alcoólico, Jared Jordânia tinha tentado manter a sua desigual família junta e por um curto tempo o tinha obtido. Então todo caiu. Justo depois de seu quarto aniversário, tinha-as deixado em uma noite fria de outono. Açoitado pelos demônios sem nome de seu passado, tinha sucumbido à escuridão e se deixou consumir pelo uísque barato e pela heroína. Até mais tarde, papai... Ela voltou a encher seu copo com uma mão tremula e se perguntou se seu pai ainda estava vivo. Se o estivesse duvidava de que pudesse ter permitido uísque deste calibre. Ela levantou o copo em uma saudação simulacro.
— Isto é para você, papai.
À medida que tomava se pergunta quantas mais bebidas tomaria até que ela perdesse o conhecimento. Era uma longa tradição na família Jordan beber até perder o conhecimento.
Inferno, sua mãe o tinha convertido em uma forma de arte, mais ou menos a missão de sua vida.
Shai não podia discutir. Tudo era melhor que esta tortura sem fim que estava suportando. Ela finalmente estava seguindo os passos de sua mãe e se foi volta da esquina?
Deixou o copo e ficou olhando a gravadora na mesa de café. Não tinha sido uma alucinação ou sim? Ela se inclinou e a girou. Sua voz se derivou através do alto-falante pequeno e ela podia ouvir os ruídos do restaurante em meio de suas palavras. O tinido do cristal, o toque dos talheres da China, continuando, silêncio de morte. Depois de uns segundos de silêncio, os sons se reatam.
Quase se como se as palavras do desconhecido se apagou com o resto da fita intacta.
Ela franziu o cenho. O silêncio total. Inclusive os ruídos de fundo tinham desaparecido. E se o assassino sabia a respeito da gravadora? Era um mago? Como as tinha arrumado para que sua voz não se gravou? Era um vampiro como Leo suspeita? Eram vampiros embora de verdade? Desligando a gravadora, Shai se acomodou no sofá. Não havia duvida sobre isso, ela estava louca.
— Certificável — Era o que tinha chamado a sua mãe — De tal pau, tal estilhaço —Ela se alargou para o vidro, uma vez mais e derrubou o conteúdo — Por fim! Esse não queimou até o fundo — Levantou a garrafa e se deu conta que estava quase vazia. Amaldiçoou enquanto vertia a sobra no copo. Uma mola do desgastado sofá se cravou em suas costas, mas não pôs atenção. Um torpor quente se apoderou dela quando se estabeleceu em uma posição cômoda para tomar o resto de sua bebida. Em questão de minutos, o copo caiu ao tapete cinza e derramou o uísque. Shai fechou os olhos e se deleitou com uma sensação estranha de paz e bem-estar já na deriva de dormir. O aroma das rosas a despertou. Ela piscou e se estirou, sentindo-se melhor do que havia em anos. Algo pecaminosamente suave acariciava sua pele enquanto se movia, fazendo a seus olhos abrir-se. Olhando para baixo, ela se surpreendeu ao ver as folhas de seda branca e centenas de pétalas de rosas vermelhas que tinha substituído a sua roupa de cama usualmente de algodão. Que diabos... Ela captou um movimento no canto de seu olho e seu olhar se encontrou com o homem sentado em sua cadeira de balanço. Era ele. Seu amante sonhado, Val. Um coro de palavras clamavam em sua mente, a mendicidade a ser posta em liberdade. Ela queria dizer tudo o que lhe tinha acontecido no restaurante. A maior parte de tudo o que queria dizer era que estava delirantemente feliz de que não fosse o assassino. Ela piscou. Como tinha metido Val em seu quarto? Desconcertada, ela se sentou na cama. O ar da noite era quente na pele e se sentia exposta à curiosidade. A mão dela voou a sua garganta e ela se começou a sentir a pele nua. Em vez de dormir com a habitual camisa, usava uma camisola de seda azul real e alguém tinha solto seu cabelo. Os cachos caíram sobre seus ombros em uma nuvem vermelha.
— Você... — Ela se deteve sem saber como terminar seu pensamento.
Val se levantou da cadeira e cruzou a sala para sentar-se na borda de sua cama. Ele suavemente colocou um quente dedo na boca e sacudiu a cabeça.
— Esta noite não, meu amor — Murmurou ele — Esta noite é para você.
— Mas…
— Shh, só você.
Ele jogou para trás o lençol e capturou sua mão antes de ajudá-la a ficar em pé. Mais pétalas de rosa estavam no chão e se sentiam maravilhosamente sexy contra seus pés nus. Val a levou frente ao comprido espelho oval escondido em um canto do quarto. Colocando-a frente a ele, pôs suas mãos sobre seus ombros.
— Eu quero que veja.
Um tremor de desejo passou através de seus membros, muito mais potente que qualquer quantidade de álcool na terra.
Shai se sentia fraca, com os joelhos de gelatina quando ele insistiu a suas costas para que descansasse contra ele. Elevando-se sobre ela, as mãos dele pareciam incrivelmente eróticas em contra a seda azul tocando as curvas exuberantes de seu corpo. Uma onda de desejo correu através de seus membros, tão forte que a ameaçou caindo de joelhos. Chegar aos ombros, ele passou as mãos por seus braços para capturar seus pulsos. Seus dedos ao redor delas e pôs seus braços em alto, guiando seus dedos por trás de seu pescoço. A seda de sua camisola ficou tensa entre seus grandes seios e uma súplica suave se separou de seus lábios quando seus mamilos duros contra a fricção suave.
— Lembra-se de ontem à noite, não? — Ele murmurou contra seu ombro, seus lábios roçando sua carne sensível.
— Sim — A voz dela tremia.
— Não mova as mãos ou vou deixar de te tocar. Entende?
Com a garganta seca, ela assentiu com a cabeça e ele deslizou as mãos pela curva de seus braços antes de deter-se em seus seios.
— Quero que veja enquanto te amo. Se fechar os olhos, deterei-me até que os abra de novo — Ele mordeu no pescoço, os dentes abrindo caminho de fogo sobre sua pele, antes de levantar a cabeça escura para encontrar seu olhar quente no espelho.
Ela assentiu com a cabeça uma vez mais, não confiando em si mesmo para falar.
Ele sorriu.
— Bem — As pontas de seus dedos ligeiramente riscando seus seios, a curva exterior sensível e a inferior vulnerável. De ida e volta. De ida e volta — Me diga o que quer que faça, Shai.
— Me toque — A voz dela foi como um suspiro comprido e elaborado.
— Onde quer que te toque?
— Em todas partes — No espelho, ela olhava enquanto ele acariciava sua pele despertando através de seda fina. A sensação de suas mãos contra a camisola e a pele exposta foi impactante, erótica.
Ele riu entre dentes.
— Isso não é o suficientemente específico.
— Toca meus seios.
Ele tomou seu seio e o apertou brandamente, sem fazer nenhuma tentativa de acariciar sua dor.
— Por favor — Ofegou ela dividida entre afastar-se de seu toque atormentador ou apoiando-se nele para mais.
— Por favor, o que? Me diga o que deseja, Shai.
— Eu…— As bochechas dela se ruborizaram com o pensamento de sussurrar esse pedido explícito.
— Vamos — O tom dele era suavemente uma reprimenda — Não se envergonhe de mim, meu amor. Não há espaço para a modéstia no quarto… — Toca meus mamilos — Sussurrou ela. Ele cumpriu em acariciando-os em plena excitação, beliscando brandamente e brincadeiras até que ela se esfregou contra sua ereção cada vez maior — Quero que use sua boca — Ela ficou sem fôlego — Me sugue.
— Pensei que nunca o pediria.
Ele soltou as mãos atrás de seu pescoço e se moveu. Pondo suas mãos sobre os ombros dele, levantou seus braços até que seus seios estavam à altura da boca dele.
Pouco a pouco, ele tomou um mamilo coberto de seda na boca e o rodou com sua língua.
Ela gritou pelas sensações que ele estava criando através do delicado tecido. O calor se precipitou a sua vagina, aumentando sua temperatura a um tom febril. Ela envolveu suas pernas com força ao redor de sua cintura, seus dedos se enredem no cabelo, pedindo mais, quando tomou na boca a seu outro seio.
Ele mordeu sensações de prazer e dor misturados por uma necessidade primitiva sem sentido.
Ele soltou seu agarre na cintura dela, o que permitiu deslizar-se por seu corpo, antes de voltar para sua antiga posição atrás dela e pondo as mãos dela atrás de seu pescoço. Ele retirou a mesma adaga de sua cintura.
Sustentando a faca à vista dela, a luz das velas brilhava brilhantemente nas pedras de cores e afiada folha.
Ela ficou sem fôlego. Ele moveu a adaga e pressionou brandamente a palma da contra sua coberta de seda no estômago, depois, lentamente, começou a desenhar para cima.
Shai não podia afastar o olhar da folha. A metade com medo que a cortasse enquanto que sua outra metade se converteu no além de crença. As joias brilhavam e ela doía por senti-la sobre sua pele.
Como se lesse seus pensamentos, ele moveu a adaga ao interior de seu pescoço perto da camisola.
— É isto o que quer, meu amor? — Ele mordeu sua orelha antes de tomá-la puxando sua carne.
A folha cruzou mais baixo e em círculos através da seda com um sussurro.
— Não vou deixar ir a sua pele. Esta só aqui para tentar e zombar, não cortar.
A faca continuou seu caminho, separando a seda até seu umbigo. Shai se estremeceu, sem fôlego quando chegou ao topo de suas calcinhas. Não se deteve até que chegou à barra e sua camisola pendurou languidamente sobre seu corpo, a parte dianteira dividida perfeitamente em duas. Ele levantou a folha à delicada tira dos ombros. Colocando a folha na primeira, o olhar dele se cruzou com ela no espelho.
Ela não deveria querer isto? Estava sendo muito descarada?
Contendo a respiração, Shai assentiu com a cabeça e ele cortou primeiro uma, depois a outra. A camisola de seda caiu em um montão de seda, deixando-a nua à exceção das calcinhas a jogo.
Ele deslizou sua mão sobre seu estômago, os dedos ligeiramente escovado a cintura elástica.
— Devo?
— Por favor — Ela se arqueou contra ele, sua ereção pressionando em suas costas. Se não o conseguia no interior com rapidez, ela ia explodir. Ele trouxe a faca e cortou as calcinhas caindo ao chão. Quando estavam longe ela teve que sufocar o desejo de cobrir-se. No espelho, refletiu-se no ouro luz das velas, sua pele estava pálida cremosa. Pela primeira vez em sua vida, envolta nos braços deste homem, quase se sentia formosa.
— Abre as pernas para mim.
Ela se apressou a cumprir, movendo os pés separando-os muito levemente. O ar se sentia quente e estranho contra sua carne úmida ao descoberto.
— Mais…
Ela deu um suspiro tremulo e separando as pernas mais. Seu olhar se encontrou com o dele no espelho e sorriu.
— Vê de perto, meu anjo. Quero ver que se separam de mim — Ele colocou os dedos dentro dela no calor e arrancou um grito dela quando tocava seus clitóris excitado — Isto te agrada?
Ela assentiu com a cabeça, não confiava em si mesma para falar coerentemente. Ela se arqueou como seus movimentos aumentado. A respiração dela se fez dificultosa e suas pernas mais instáveis, até que rapidamente a levou até a borda e caiu sobre ela.
Ela voltou a cair totalmente contra ele. Sem esforço, elevando a de seus pés a levou a cruzando o quarto.
Deixando-a cair sobre a cama em uma rajada de pétalas, ele ficou de pé sobre ela, sua respiração entrecortada, os olhos escuros com o desejo. Ele se deixou cair de joelhos e apertou as coxas separando-as, roçando suas mãos para cima até que chegou a sua boceta. Separando suas dobras úmidas ele lambeu seus clitóris, seu escuro olhar fixo em seu rosto.
Shai se arqueou contra seu toque magistral e seu olhar nunca o deixou enquanto ele movia a adaga à vista.
Seguro que ele não...
— É isto o que quer?— Ele baixou a adaga e se zombava de sua vagina com o metal frio do cabo. Ela estremeceu, um medo horrível, entretanto, desejando em seu interior ainda mais.
Sem fôlego, ela assentiu e sorriu com satisfação. suavemente ele inseriu o cabo até o punho, firmemente pressionado contra seus clitóris, o metal frio se estendeu nela, enchendo-a. Ela apertou os joelhos em posição vertical e juntos balançou para frente e para trás enquanto ele conservava um controle sobre a folha.
A fricção foi incrível. Quando seu corpo se movia contra o punho acariciando com ternura, as joias grandes criaram uma fricção deliciosa em sua vagina. Shai gritou, apenas capaz de extrair o oxigênio em seus pulmões. Selvagens pulsos atravessaram seu corpo, seus sentidos concentrados nessa mágica joia e o homem que a controlava.
Um gemido marcou o primeiro espasmo quando seu pico se elevava frente a ela. Ela se retorcia na cama com suas mãos atadas nos lençóis de seda, esmagando as pétalas frágeis. Seus gritos se estenderam em um grito quando o poder de seu orgasmo passou através dela.
Com a respiração ofegante, estava coxeando no momento Val separou as coxas e tirou amante metal. Ela ouviu o chiado de um zíper e sua cabeça se aproximou de vê-lo despir-se. Seu peito era amplo e bem definido apesar de que estava tão pálido como um nerd da computação. Seus quadris estreitos e as musculosas coxas. Uma linha fina de cabelo negro correu pelo centro de seu ventre que levava a… WOW! Seu pênis orgulhoso se sobressaía de um arbusto de cabelo de meia-noite. Grosso e pesado, deu uma sacudida leve, como saudando.
— Viu o suficiente? — Ele tom dele era de brincadeira.
— Nem sequer perto…
— Mais tarde, Shai. Muito mais tarde.
Ela suspirou quando seu peso se estabeleceu entre suas pernas. Com um golpe suave, empurrou seu pênis profundamente dentro dela. Shai o agarrou pelos ombros depois passou a levá-lo mais profundo. Ela engoliu um gemido enquanto seus quadris deram um impulso involuntário.
Ela se obrigou a abrir os olhos e se encontrou com seu olhar quente. Ele se mantinha completamente imóvel dentro dela e ela levou suas pernas contra os quadris dele para insistir a seguir.
Ele agarrou sua face entre as mãos.
— Você é minha — Ele sussurrou com urgência quando começou a acariciar.
Ela gemeu envolvendo seus braços ao redor de seus largos ombros e concordou com sua promessa.
— Sim — Sussurrou ela enquanto que a tensão terrível se começou a construir uma vez mais — Eu sou tua… — Para sempre — Sussurrou ele.
— Para sempre — Soluçou ela quando chegou a seu pico, uma vez mais.
Com um impulso final, ele inclinou a cabeça na garganta ao descoberto. Ele alcançou seu ponto máximo ao mesmo tempo em que seus dente romperam sua pele e começou a beber.
Ela era a perfeição. O vampiro acariciava seus seios cheios brancos e a ruiva gritou de alegria. Ela estava dando a melhor de todas as mamadas e ele era o melhor amante de sua vida. Talvez ele o permitisse o ter durante horas. Pouco sabia que não ia permitir a si mesmo alcançar a liberação até que ele bebesse seu sangue. O suspirou e enredo as mãos em seu cabelo vermelho brilhante, obrigando à cabeça ir mais rápido e mais rápido em sua vara dolorida. Ela mesma poderia facilmente terminar fazendo isto e ele podia tomar sem muito alvoroço. Mas, Ele queria isso? Pelo geral, gostava da batalha mais que a vitória. Infelizmente os mortais não tinham mais resistência. Ele sorriu ao imaginar outra ruiva a quem acabava de deixar seu amante escuro menos de uma hora atrás.
Agora havia uma mulher com resistência!
Vendo seu antigo nêmeses Valentin de merda com ela com a adaga tinha sido quase sua ruína. Como desejava ter sido ele quem havia balançado a folha. Muito em breve, entretanto, ela seria dele. Em primeiro lugar precisava fazer frente a Val, seu amante filho de puta. Depois disso nada o impediria de possuí-la e Shai se penduraria de seu pênis e só dele. Talvez deixaria chupá-lo como um tolo durante todo o dia e se ela não o agradava, então ele a ataria e a montaria como um cão. Gostaria muito disso e ele apostava que a ela também. A imagem dele atando-a e ela esperando pela carícia de seu chicote trouxe para o vampiro a um nível de desejo que tinha alcançado só uma vez antes. Ele apertou seus dentes, enquanto a febre do delírio da luxúria e a fome o enjoava como sua virulência. Brutalmente ele arrancou a cabeça da mulher e a arrojou de costas sobre a cama. Ela gritou de alegria enquanto empurrava suas coxas para separados e empalando-a. Ele deslizou suas mãos ao redor de seu pescoço e lentamente começou a apertar enquanto empurrava seu eixo mais duro. Seus gritos trocados a alegações quando ela começou a luta e arranhava com suas mãos geladas. Estrangulados sons saiu de sua garganta enquanto lutava por escapar dele. O vampiro imaginava outra ruiva debaixo dele. Selvagem e disposta como tinha estado por Val, gritando pelo êxtase, só que era seu nome que ela soluçou.
— Shai, Shai — Gritou ele como seu desejo chegado a um ponto febril.
Ele arrancou as mãos da garganta da mulher que lutava e se reduziu a longitude total sobre ela. Desfrutando da sensação de seus seios enquanto ela lutava por respirar, acariciou a bochecha com ternura depois inclinou a cabeça à garganta. Os gritos dela encheram a noite.
Capítulo Sete
Shai despertou com um gemido. O sol da tarde entrava pela metade das cortinas abertas e a golpeou nos olhos com a delicadeza de um caminhão através do creme batido. Levantando-se cambaleou tonta à janela e arranhou o tecido até que a fechou para os raios que a cegavam. Lançando um suspiro de alívio se inclinou fracamente contra a parede. Por que em nome do céu se sentia assim? Passando uma mão tremula por seu enredado cabelo se deu conta de que sua língua se sentia como de algodão. Fez uma careta. Como alguém tinha conseguido pôr todas essas pequenas meias em cada um de seus dentes? Ela se separou da parede para dar um passo vacilante para o corredor. Talvez um café da manhã a ajudaria. O pensamento de mantimentos fez que seu estômago se revolvesse e provocou outro gemido.
Dando uma pequena e relaxante respiração, suas náuseas diminuíram lentamente. Que demônios tinha feito na noite anterior? Franziu o cenho enquanto pedaços da noite e de seus sonhos fraturados começavam a reafirmar a si mesmos. Recordou-se sentada no sofá com uma garrafa de uísque, terminando e devia ter ficado adormecida. Depois tinha chegado a seu quarto. Ou ele a tinha levado? Ela franziu o cenho e os golpes em sua cabeça aumentaram. Tinha sido real? Um brilho de vermelho chamou a atenção e se agachou para recolher uma pétala de rosa vermelha de seu tapete. Nah... Ele não podia ser... Levantou a pétala a seu nariz e o aroma das frágeis rosas jogou com seus sentidos, evocando imagens de seus sonhos da noite anterior. Um picar lento começou entre suas coxas e seus seios doeram e a base do lado esquerdo de seu pescoço começou a picar. O que estava acontecendo? Ela empurrou seu emaranhado cabelo de seu rosto com uma cansada mão. Por tudo o que haveria passado ou o que não, necessitava uma ducha e uma xícara de café neste momento. Deixou cair às pétalas sobre a cômoda e foi por volta do banheiro. O toque do telefone parou seu progresso. Agarrou o telefone e depois gemeu uma saudação.
— Em quanto tempo pode estar no Celebrity Deli na Quarenta e dois? — Mariah gritou em seu ouvido.
— Em quinze minutos. Por quê? — Shai afogou um bocejo. Quão único realmente queria era ir de novo a sua cama. Por que estava dormindo tanto de repente? Não era estranho que dormisse mais de sete horas ao dia. Estaria pegando um vírus?
— Encontraram outra. O detetive Henry te espera na cena. Disse que é necessário que veja esta em particular.
Ela franziu o cenho, tentando ignorar a tensão repentina dos músculos de seu estômago e a agitação de seu intestino que não tinha nada que ver com o uísque da noite anterior. Henry estranha vez tinha pedido por ela especificamente, o que estava acontecendo não podia ser bom.
— Disse por quê? — Perguntou.
— Vejo-me como um serviço de secretária eletrônica? Consegue levar seu traseiro ali o antes possível e encontra o que quer e escreve sobre isso. Espero sua história sobre minha mesa em um prazo de quatro horas — Com isso Mariah desligou o telefone.
Shai deixou cair o telefone no suporte e se lançou para o armário. Tinha a sensação de que não ia ser bonito. Tinha aprendido muito em breve que quando se enfrentava a uma tarefa desagradável o melhor era abordar a situação como se tomasse um medicamento, tomá-lo de forma rápida e acabar de uma vez.
A requerida multidão estava concentrada em torno da barricada da polícia quando ela chegou meia hora mais tarde. Estirou o pescoço para tentar ver o que estava acontecendo, depois sussurrou para si como se tivesse medo de que a morte a escutasse. Shai se aproximou do oficial de polícia mais próximo e pediu que a dirigisse com o detetive Henry. Henry fez gestos a Shai quando começou a descer pelo escuro beco, contornando os montões de lixo podre e botes de lixo atirados. Ela notou com diversão que tinha o cabelo mais revolto que nunca. Isso e os círculos nos olhos contavam a história e soube que este caso o estava desgastando. Ele não era o único.
— Outra? — Perguntou ela sem preâmbulos.
Ele assentiu lentamente.
— Claro que é. Outra formosa garota, assassinada e jogada em um lado como desperdício do dia anterior.
— Por que me chamou aqui, Henry?
— Depois de sua história ontem à noite acredito que pode me ajudar neste caso, Shai — O agudo olhar dele estava fixo em seu rosto.
Ela levantou a sobrancelha.
— Então, acredita agora?
Ele encolheu os ombros e olhou para outro lado.
— Possivelmente fiquei sem ideias com isto e quero que dê uma olhada a esta jovem e que me diga o que vê.
O suor cobriu a testa dela e suas palmas puseram fria e úmidas. Ela esfregou suas mãos contra suas desgastadas calças jeans.
— Está bem.
Ele a levou aonde vários detetives estavam fotografando a cena e tomando notas. Entre suas pernas enrugadas, vestida de traje e gastos sapatos alcançou a ver uns brilhantes cachos vermelhos derramados sobre o pavimento. Uma onda de enjoo a golpeou e se deteve, pondo sua mão contra a úmida parede de tijolos em uma tentativa por recuperar a compostura. Henry fez gestos aos homens para que se afastassem e depois a ela para que se movesse mais perto.
Um olhar disse mais do que queria saber sobre esta vítima.
O cabelo do cadáver estava enredado ao redor de sua cabeça e um calafrio percorreu a espinha de Shai quando uma suave brisa moveu seus cachos. A mulher morta tinha uns olhos verdes intensos que olhavam acusadoramente a Shai e teve a sensação de que se considerou defeituosa.
Os olhos dela se fecharam em uma tentativa por bloquear a visão da vítima, mas a visão dançou contra suas pálpebras.
Por que acontecia isto?
Ela se obrigou a abrir os olhos fixando o olhar na mulher que estava diante dela. Esta formosa mulher estava morta porque Shai tinha fracassado e o assassino ainda estava em caminho reunindo mais vítimas com cada hora que passava. Súbitas lágrimas picaram seus olhos e piscou as afastando.
Ela não devia, ou melhor dizendo, não podia, cometer o mesmo engano outra vez. Preparando-se, evitou o rosto da mulher e tratou de ver a cena de maneira imparcial. Pele pálida perfeita e cheios lábios vermelhos entreabertos em uma careta de morte revelavam inclusive dente brancos. Brincos de diamantes brilhavam em suas orelhas e uma grossa corrente de ouro se mantinha no que ficava de sua garganta. Suas unhas eram longas, pintadas de cor rosa pálido e ela usava… A respiração dela se concentrou em sua garganta. O mundo girou violentamente e se perguntou por que não caía ao chão. Henry continuou falando, mas ela não pôde ouvir suas palavras. Não era a visão da morte o que a sacudia, era sua roupa. A mulher morta usava a camisola de seda azul que tinha sido tirada do corpo de Shai OHtão-disposto não fazia nem doze horas por um homem que apenas ela conhecia. Ela deu a volta enquanto as lágrimas queimavam seus olhos e a bílis escaldava sua garganta. Henry tomou seu braço e a afastou do corpo para acomodá-la sobre uma gaveta de frutas maltratadas. Ela lutou por recuperar a compostura quando ele se moveu frente a ela, com expressão preocupada.
— O que viu? — Perguntou ele.
— Ummm... — Shai freneticamente procurou algo. Algo — Ela não é como as demais, não é?
— Não, não é. O que é diferente nela?
As mãos dela tremiam enquanto pinçava em sua bolsa por uma hortelã, por algo para acalmar seu inquieto estômago.
— Não sabe?
Ele soltou um bufido.
— É obvio que sim. Quero saber o que realmente sabe disto.
Derrotada, renunciou a sua busca e puxou sua jaqueta de algodão aproximando-a a sua ao redor dela.
— Tentei te dizer o que sabia ontem de noite mas não me escutou — Replicou ela.
— Shai…
De repente ela sentiu frio. Tanto que nada voltaria a ter calor outra vez. — Ela tem bons dentes — Murmurou ela no pescoço de sua jaqueta — Os brincos de diamante, a corrente de ouro. Não é uma prostituta — Ela levantou a cabeça para olhar ao Henry — Isso é verdade? Não era uma prostituta absolutamente.
— Exatamente. Esta jovem era uma estudante do SUNY com o nome de Rebecca Leigh. Ela e sua irmã Maeve, foram dadas por desaparecidas ontem cedo pela manhã. Dado que o rigor mortis não se pôs nela esteve morta menos de duas horas. O que pôde ter acontecido nesse período de vinte e quatro horas?
Shai se levantou e o olhou fixamente aos olhos.
— Não tenho nem ideia, detetive.
— Você me disse ontem que tinha conhecido o assassino destas jovens a noite anterior e isso foi horas depois de que estas jovens fossem reportadas como desaparecidas. O que fez depois de que saiu da estação de polícia? Ela respirou sobressaltada. —Você não acredita… Henry levantou a mão, detendo seu fluxo de palavras. —Não estou te acusando de nada, Shai. Conheci-a por muitos anos e sei melhor que isso. Simplesmente estou dizendo, que se na verdade falou com o assassino de ontem à noite, por que te escolheu? Ela não respondeu, seu olhar permanecia fixa na sua. Ele permaneceu em silencio durante uns segundos.
— Se dá conta de que esta jovem se parece com você? O que o assassino está obcecado com você? Por que de repente muda seu MO depois de tanto tempo? Antes eram só prostitutas, agora chegou ao meio dos subúrbios. Ela franziu o cenho.
— Isto o converte em um crime ainda mais odioso, já que não há mais prostitutas? Uma vez que isto chegue ao público em geral se voltará balístico. É isso o que está me dizendo?
— Isso não é o que disse absolutamente. A conclusão é que quero algumas respostas e acredito que é a única que me pode dar isso.
— Não estou de acordo — Ela se levantou e caminhou para a barricada da polícia para escapar.
A frustração e a ira agitavam suas vísceras, as lágrimas picavam seus olhos. Tinha que afastar-se da polícia, do fedor da morte. A polícia tinha sentido o mesmo por sua mãe. Ela tinha sido só uma prostituta haviam dito. Realmente importava? Sim. Não importava então e ainda mais importava agora.
Henry a agarrou pelo braço e a obrigou a voltar sua cara a ele uma vez mais.
— Me fale, Shai. Me fale agora ou te prenderei.
Ela se separou dele.
— Henry, conhecemo-nos há anos, assim, por favor, confia em mim agora. Se soubesse o que está acontecendo, não te parece que diria isso? acredite quando digo que não tenho mais pistas que você tem.
Henry a olhou duvidoso.
— Então, por que se encontrou com este homem ontem à noite?
— Não sei por que este psicopata me escolheu. O único sei é o que fez e agora tenho que lutar com suas ações. Juro que te chamarei imediatamente se tenta ficar em contato comigo de novo. Honestamente, acredito que é um louco e que não o fará — Shai se voltou e se afastou dele uma vez mais.
— Atribuirei proteção para você vinte e quatro horas do dia — Bramou ele atrás dela.
Ela lançou um sorriso sobre seu ombro e seguiu caminhando.
— Não vai ajudar, Henry. Assim é como tenta deter um vampiro?
Ele viria a ela esta noite e desta vez ela estaria pronta para ele. Estendida em seu maltratado leito, estava vestida com desgastada jaqueta e uma camisa de flanela de manga longa. Suspirou. Inclusive a esta altura de agosto estava a ponto de congelar-se. Em um bolso tinha uma cruz de prata. Tinha metido uma estaca de 30c na parte dianteira da poltrona. Em sua mão direita, agarrava um frasco de água benta. Talvez estava ficando louca, pensou quando o relógio deu a meia-noite. Se estivesse realmente louca, ela mesma iria internar-se no Hospital Bellevue. Mas esta noite queria respostas e só havia um só lugar para as conseguir. As marcas pequenas da base de sua garganta começaram a picar. Mordidas do Vampiro. Ela empurrou o pensamento longe. Agora tinha que concentrar-se na tarefa à mão. Mais tarde, depois de ter tomado algumas pílulas de Valium, contemplaria a ideia dos vampiros em Nova Iorque. Uma leve mudança nas sombras chamou sua atenção. A figura de um homem tomou forma na janela e então seu amante se materializou. Ele entrou pela janela e Shai lutou por controlar sua respiração enquanto Val seguia em movimento para ela olhando-a. Sentia uma atração quase irresistível para ele e era uma luta física permanecer no sofá completamente imóvel. Apertou duramente o frasco de água. Quando ele chegou aos pés do sofá, ela o golpeou com sua perna atrás do joelho. Com um rápido movimento, fez-o perder o equilíbrio. Saiu da cama e se impulsionou contra ele derrubando-o ao chão. Ela caiu em cima com seu cotovelo afundando-se em seu diafragma. Ele era muito maior do que tinha recordado, pensou grosseiramente enquanto lutava por estar sobre ele e abrir a pequena garrafa. Talvez deveria ter tomado alguns cursos de defesa pessoal antes de tentar isto. Ela conseguiu abri-la e derramou umas quantas gotas em seu aturdido amante. Ele vaiou. Com mãos tremulas, ela regou umas quantas gotas em sua mão e começou a cantar uma bênção católica tradicional, enquanto desenhava uma cruz em sua testa com o líquido.
— Em nome da mãe — Ofegou ela.
Ela aterrissou com um ruído surdo.
— Começou de trás. Começa “Em nome do Pai...” Ela tirou a pequena cruz de prata de seu bolso e a sustentou diante dela como um escudo.
— Recue.
Val estalou em uma gargalhada e o som dela pôs a tremer seu desejo por sua espinha. Até que tomou nota de que ele estava rodando pelo chão como um menino, apertando seus lados.
— Supõe-se que cambalearia de horror — Espetou ela. Ele sacudiu a escura cabeça e estendeu a mão arrancando a cruz de seus intumescidos dedos.
— Eu era um Cristão quando vivia nesta terra como mortal. Sem dúvida, não tem poder contra mim. Vê muitos filmes — Ele atirou a cruz sobre seu ombro e aterrissou em algum lugar do escuro canto do quarto. Tirando a estaca de debaixo do sofá ela a mostrou.
— Se aproxime e te afundarei a estaca — Sua voz se cambaleou.
Ele sorriu com alegria movendo-se a ela enquanto facilmente tirava o pau das mãos.
— Eu não como carne — Brincou ele.
Ela o olhou e começou a afastar-se a passo de caranguejo torpe. Em questão de segundos ele a agarrou e forçou a ficar pega no chão, com seu corpo encarcerando-a.
— Não! — Protestou ela enquanto seus lábios se perdiam como fogo em sua garganta.
Ele se retirou e a olhou.
— Por que resiste agora, anjo? — Ronronou ele — Não brigou comigo ontem à noite. De fato, pensei que ia me destroçar por me ter dentro de você — Ele mordeu o lóbulo de sua orelha, arrancando um gemido dela.
— Não sabia o que era ontem à noite — Ela lutou por libertar seus braços.
— E é importante? — Ele mordeu o botão superior da camisa dela e o cuspiu sem cuidado através do quarto.
— É obvio que importa — Ela virou para a esquerda, tentando evitar sua boca… OH-tãotalentosa, enquanto descia uma vez mais.
— Não será um assunto uma vez me tenha enterrado em você — Ele lambeu a pele vulnerável entre seus seios antes de reduzir à zero o seguinte botão. Ricocheteou na mesa finalmente quando ele o cuspiu a um lado.
Shai gemeu. Já seu corpo a traía. Seus seios doíam e ela se revolveu contra a maravilhosa dureza terrível de suas calças.
— Eu não te desejo — Protestou ela enquanto seu desejo chegava quase a um nível insuportável — Não posso te desejar — Ela se movia inquieta debaixo dele.
Ele riu entre dentes contra seu seio.
— Está mentindo, formosa. Seu corpo me diz a verdade — Ele tomou o bico de cor de rosa de seu seios — Me diga por que está tentando me mentir — Ruidosamente ele a mamou.
Ela mal podia pensar e muito menos falar coerentemente.
— Me deixe levantar. Não posso respirar — Libertando seu mamilo a contra gosto, deu um sorriso diabólico que dobrou os dedos de pés dela. Ele se tirou dela. Ela lutou por pôr sua camisa junta de novo, mas era difícil quando a maioria dos botões tinham sido mordidos. Acomodou-se para puxar das duas metades, logo depois de cruzar seus braços debaixo de seus seios, todo o tempo consciente do ávido olhar de Val. Quando ela se sentiu um pouco mais tranquila, ela baixou o olhar para o vampiro que seguia sentado em seu piso.
— Tenho algumas pergunta para você — Anunciou então movendo-se a borda da poltrona. Ela aumentou seu movimento quando ele se levantou do chão e se sentou a seu lado.
— Sou um livro aberto — Ele estendeu a mão capturado um cacho de cor vermelha brilhante e deu voltas sobre seu dedo.
Shai começou a excitar-se, mas ele se negou a renunciar a sua mecha de cabelo. Em troca, ela se escapuliu a um canto do sofá e tratou de sentá-lo mais longe possível dele.
— Qu-qu-quem é? — A voz dela tremia.
Ele sorriu.
— É um pouco tarde para isso, não? Acredito que me conhece muito bem agora... Melhor que bem...
— Tinha outra opção?— Espetou ela.
Ele se surpreendeu.
— Outra opção? Pelo que entendo, nunca quis uma opção. Se mal não recordar corretamente, suas palavras exatas foram que queria “um amante escuro e misterioso que te violasse muito tempo de noite. Um homem que te obrigasse a ceder às demandas de seu corpo” Ela franziu o cenho. A declaração ricocheteou em seu cérebro. Então a golpeou.
— Essa noite na Casa Roma. Você não estava ali, quando estávamos falando disso… — Ouvi-a, não obstante. Foi com suas amigas e a loira bonita te perguntou qual era sua fantasia secreta. Você disse que desejava que alguém entrasse e te violasse até o amanhecer. Se dar por completo a ele e a seus desejos, acredito — Ele deixou cair seu cacho e tomou sua mão — Não fiz isso?
— Eu estava bêbada e não escutou bem — Afirmou ela sem rodeios — Não pode entrar nas casas da pessoa...
Ele negou quando lhe deu a mão e riscou as linhas delicadas de sua palma.
— Você me convidou a entrar. Sabia que estava ali essa noite e sabia quem era e era exatamente o que queria — Ele beijou sua palma.
Shai tentou ignorar quão corrente estremeceu seu braço. OH, como queria entregar-se a ele.
— Não! Eu não sabia, pensei que era um sonho, um produto de minha imaginação.
Ele deixou cair à mão e se sentou com uma expressão de dor em seu formoso rosto.
— Fui amigo de Jennifer durante muitos anos. Sem dúvida, isso te tranquilizara quanto a meu caráter.
— Ela nunca te tinha mencionado antes.
— Todos seus amigos conhecem todos seus outros amigos?
— Bom, não realmente…
— Há algo mais? — Ele capturou seu tornozelo e puxou-a para ele — Realmente eu gostaria de passar a assuntos mais importantes.
— O que pode ser mais importante que uma mulher morta levando a camisola que me tirou?
Val se deteve e a olhou fixamente com uma expressão molesta.
— Do que está falando?
— Esteve lendo sobre o assassino em série de Nova Iorque?
Ele assentiu com expressão protegida.
— A polícia encontrou outro corpo esta noite. Ela se parecia comigo e usava a camisa que tirou de meu corpo na noite anterior.
Ela tinha a esperança de que fosse mostrar algum tipo de emoção que dissesse de uma maneira ou outra que ela estava fora da base. Ela esteve muito decepcionada.
— O que me pode dizer disso?
— O que ia eu fazer das mulheres mortas e da roupa interior rasgada? — Ele tom dele era remoto.
— Você me diga — Ela arrancou seu pé de suas mãos e se levantou — Sabe um inferno muito mais do que dá a entender.
Val passou os dedos pelo cabelo, fazendo-os passar sobre sua testa. Sua expressão a exasperou.
Maldição, mas ele era magnífico.
— Não te fará mal, Shai. Juro isso.
Ela ficou tensa. Agora estavam chegando a alguma parte.
— Sabe quem é?
— Sim, mas…
— Me dê seu nome — Exigiu ela.
— Não. Não pode detê-lo. Ninguém pode…
— É loiro com gelados olhos azuis? Mede uns dois metros e está construído como uma parede? — Grunhiu ela — Já conheço sua descrição física. Conheci-o ontem à noite. Tudo o que preciso é um nome e que possa conseguir me afastar dele para sempre.
A expressão dele se tornou escura.
— Conheceu-o? Onde?
— Ligou-me e me pediu que o encontrasse…
— Em realidade, Reuniu-se com ele? — Rugiu ele enquanto se levantava do sofá. Seus olhos brilhavam com uma estranha luz negra e ela se perguntou se teria sido prudente deixar que a peça de informação tivesse deslizado.
— Foi em um restaurante cheio de gente e se foi. Não poderia ter me ferido em público… — É uma tola! Poderia ter te matado e te fazer sangrar até a morte na sopa e ninguém o teria notado — Ele caminhou como um animal enjaulado e ela não pôde deixar de admirar o ondulação de seus músculos lisos debaixo da camisa de algodão negra e dos jeans também negros — Teria sido só um número como o resto delas… — Não acredito que queira me fazer mal. Parece que está jogando um jogo comigo — Shai o interrompeu — Disse-me que gostava da caça e que tinha que apanhá-lo. Val se voltou para ela e a agarrou pelos braços.
— Não irá a nenhuma parte perto dele — Sussurrou ele.
— Em efeito! — Ela tratou de afastar-se, mas ele não cedeu seu domínio — Quem acredita que é?
— Seu amo, pequena. Você mesma se entregou para mim, não se lembra?
— B… Bom, sim, mas pensei que era um jogo sexual. Não quis dizer que poderia ter controle sobre mim em corpo e alma.
Ele sorriu.
— Muito tarde, formosa. É minha responsabilidade. Se não tem o sentido de se manter segura, parece que terei que fazê-lo por você.
Com um gesto de sua mão, ela sentiu um comichão de energia crescer ao longo de sua pele antes de rodeá-la baixando-a ao chão. Ela deu um grito afogado enquanto flutuava pela sala e no quarto para aterrissar não muito suavemente na cama.
— Que infernos…— Gritou ela e tentou escapar enquanto a energia diminuía.
Ele apareceu na porta e com outro gesto da mão, gravatas de seda brancas apareceram nos postes da cama e se ataram ao redor de seus braços e pernas, assegurando-a de forma escancarada na cama. O pânico revoou em seu peito enquanto puxava contra suas ataduras em vão.
— Deixe-me ir.
Val se aproximou da cama, com um cálido sorriso curvando seus lábios.
— Não até muito mais tarde, meu amor. Quando estiver seguro de que estará a salvo — Ele se acomodou na borda da cama e se apoiou no estribo — O que acha que devamos fazer para nos divertir até então?
Shai lutava contra suas ataduras, com as lágrimas queimando de frustração em seus olhos.
Ela não queria ceder a ele, mas já seu corpo a estava traindo. Uma voz antiga em sua alma parecia estar chamando-a para entregar-se a ele. Era incapaz de resistir.
— Não — Sussurrou ela.
Ele sacudiu a escura cabeça.
— Cede, Shai, para que conheça seu destino final. Não pode me resistir mais do que eu posso resistir a você. Nos dois somos impotentes contra nossos desejos. Essa é sua fantasia, não?
Ela fechou os olhos enquanto seu toque familiar se movia sobre ela, tirando sua roupa de maneira eficiente. Dedos ágeis trabalharam seu caminho em cima de seu corpo até que suavemente acariciou os seios. Pouco a pouco, separou a camisa sem botões e seus olhos se abriram quando o ar úmido da noite tocou seus seios.
Val permanecia imóvel no extremo da cama, com seus olhos escuros com desejo selvagem, com os braços cruzados sobre seu peito.
Ele sorriu ao vê-la arquear-se a suas carícias invisíveis.
— Você gosta disso? Posso ver que te agrada um amante invisível, tudo enquanto eu sei que sou o único. Lábios Invisíveis se apoderaram do topo rosado de seu seio e começaram a mamá-la enquanto ela se retorcia e gemia na cama. Já sabia onde tocá-la, acariciá-la, para despertar os gritos de sua alma. A ponta de seus dedos riscou uma esteira de fogo na parte superior de seu seio. Com um movimento de seu dedo, toda sua roupa desapareceu e ela ficou nua e vulnerável na cama diante dele.
— Só espera até que veja as coisas que posso te fazer, meu amor. Posso te dar o mundo…— Cantou ele enquanto seu amante invisível, levava-a a alturas de prazer. Ela se esticou para as místicas mãos, enquanto saqueavam seu corpo. Nenhuma parte ficou intacta, ou sem ser beijada. Ela não queria isso dessa forma. Ela desejava a ele, ao homem, não à magia.
— Quero te sentir contra mim — Exclamou ela — Sua carne contra a minha — Ela olhou profundamente seus olhos azuis — Por favor… Val se sobressaltou, mas absurdamente esteve agradado. De repente as mãos invisíveis em seu corpo se foram e só ficaram os dois.
— Seus desejos são minhas ordens Shai — Sussurrou ele.
Tirando a adaga da parte superior de suas calças, deixou-a cair sem ruído no pano ao lado do tapete da cama.
Ela conteve o fôlego quando ele chegou a ela. Com dedos largos e calosos, tinha mãos capazes, mãos sensuais.
Ele se moveu entre suas coxas para dar uma estocada a sua carne quente, sensível. Ela se estremeceu quando seus fortes dedos pressionaram sua pele. Ligeiramente, acariciou-a para cima, abrindo sua vagina.
— Deixei o melhor para mim, é obvio — Ele colocou sua cabeça.
Surpreendida, tratou de girar fora dele.
— Val!
Ele beijou o interior de sua coxa.
— Não seja tão tímida, anjo. Compartilhamos muito mais que este simples beijo.
Ele baixou a cabeça e tocou com sua língua seus clitóris e ela gritou com as deliciosas sensações que despertava. Tentou afastar-se de seus atormentados beijos mas ele a segurava firmemente contra sua boca agarrando seus quadris e sustentando-a para que ficasse quieta.
Ondas de êxtase começaram em seu interior e se irradiaram enquanto gemidos se separavam dos lábios dela. Suaves gritos entrecortados encheram o quarto enquanto Val trazia a chama completa de excitação.
Ele beijou um caminho de fogo por seu corpo, fazendo uma pausa para sugar e mordiscar aqui e lá enquanto Shai permaneceu saciada em seus braços. Ele deu um sorriso de cumplicidade, depois tomou seus lábios em um beijo que foi poderoso. Ele tinha sabor de desejo, escuro, carnal e a seu sexo. Suas mãos e pernas foram postas em liberdade todos de uma vez e ela envolveu suas pernas ao redor da cintura de suas calças jeans e enredou seus dedos em seu cabelo. Ela se agarrou a ele enquanto sua língua se afundava em sua boca em uma imitação da dança erótica por vir. Ela o desejava contra ela, sem a barreira oculta de seus Levis Strauss. A contra gosto deixou seu cabelo e moveu suas mãos para baixo para libertar os botões de suas calças jeans, suspirando enquanto a pesada longitude dele surgia livre. Estava feito magnificamente. Ela rompeu o beijo enquanto deslizava a mão ao redor de sua ereção e começava a acaricia-lo de uma maneira preguiçosa.
— Por mim? — Ronronou ela.
Val sorriu.
— Mas, é obvio, senhora — Ele a agarrou pela cintura e deu a volta até que esteve estendida sobre ele. Ele entrelaçou os dedos atrás de sua cabeça — Para fazer o que quiser.
Ela pôs sua mão sobre seu peito para recuperar o equilíbrio. Uma sensação de poder se apoderou dela e soube exatamente o que queria. Desejava sentar-se em cima de seu pênis e permanecer ali o resto de sua vida.
Ela se arqueou para trás. Seu comprido cabelo roçou as costas e deu calafrios. Sua ereção saltou e pulsou, pressionando firmemente contra sua vagina.
Ela se levantou sobre seus joelhos e ficou suspensa sobre ele. Seus olhares chocaram e sorriu justo antes de empalar a si mesma em seu pênis disposto. Enchia-a tão perfeitamente como se fossem um para o outro. Com seus braços levantados atrás da cabeça, pôs seus seios para fora em um silencioso convite. Ela elevou a cabeça, movendo ligeiramente os quadris enquanto ajustava sua posição.
— Estou perfeitamente contente agora. E você?
O sorriso dele foi mau. De repente, trocou suas pernas e ela caiu para frente sobre seu peito.
Antes de saber o que estava acontecendo, tinha-a voltado de costas e ela ficou apanhada baixo ele.
— Insolente — Sussurrou ele entre estocadas.
Shai gritou enquanto ele mordia seu ombro. Ela o agarrou com força e seus golpes se fizeram mais profundos, mais selvagens.
A liberação dela se aproximava rapidamente e ia rasgá-la.
— Quem começou isto? — Ofegou ela apertando seu traseiro com úmidas mãos e urgindo-o a ir mais profundo, mais duro.
— Realmente importa? — Grunhiu ele a seu ouvido — Estou desejando que chegue o fim.
Sua liberação se rompeu sobre ela como uma tempestade de verão. Selvagem e poderosa, os raios dançaram e se mostraram contra suas pálpebras fechadas e pareceu não terminar nunca.
Inclinando a cabeça para trás, ela ofereceu sua garganta a ele por um escuro beijo. Enquanto seus dentes afiados como agulhas rompiam sua pele, ela se sentiu assolada por um sentimento de retidão que nunca tinha conhecido com nenhum outro homem.
Capítulo Oito
Shai ajustou seus óculos de sol contra o resplendor final da tarde. Não se sentia bem e queria nada mais que aconchegar-se na cama e permanecer ali até o anoitecer. Até que ele chegasse a ela de novo. Um formigamento de consciência correu através de sua pele e fez cambalear seus joelhos. Reprimindo um sorriso. Estava se convertendo em uma garota insaciável. A luz do sol queimava seus olhos e sentia que não tinha dormido em semanas. Essa manhã tinha começado a ter problemas para reter os mantimentos. Depois de comer uma torrada e chá tinha retornado tudo em minutos. Talvez estivesse pegando a gripe de verão. Havia uma cepa particularmente virulenta nos arredores este ano. Percorrendo os passos o escritório do forense sem nenhuma das caras conhecidas e viu uns poucos companheiros jornalistas de vários jornais da cidade. Assentiu em sua direção, mas não fez nenhum intento de falar com eles. Os passos e as calçadas estavam repletos de jornalistas de imprensa locais e alguns de tão longe como Maine. Todos estavam esperando David Worth, o juiz de instrução à cabeça, para que entregasse informação a respeito da jovem encontrada ontem à noite. A porta de vidro se abriu e vários homens, uma mistura de policiais e empregados forenses, dirigiram-se para o pequeno banco de microfones. A maioria vestiam trajes bem engomados e tinham expressões sérias. O detetive Henry com cara de pedra fechava a marcha e como sempre estava vestido com sua enrugada roupa esportiva e uma feia mancha marrom que se parecia suspeitosamente a molho em sua gravata.
— Eles não têm nem ideia — Uma voz sussurrou ao ouvido. Lábios frios roçaram sua pele causando que Shai saltasse. Dando à cara de seu visitante, os olhos dela se fizeram cada vez maiores ao ver o homem do restaurante. Seu cabelo loiro claro estava fora de sua testa e óculos escuros ocultavam seus olhos. Só vestia jeans azuis, uma camisa de seda branca e um blazer negro leve. Sorriu elegantemente e a agarrou pelos ombros obrigando-a a enfrentar à multidão de novo. Um grito subiu pela garganta dela quando ele falou de novo.
— Não se incomode em gritar, minha querida — Suspirou ele — Ninguém pode me ver mais que você.
— Não sou tão afortunada? — Sussurrou ela obrigando seu olhar de novo ao pódio.
Ele riu e passou um frio dedo por sua bochecha. Era curioso quando Val a tocava não se sentia particularmente frio.
— Em realidade é, querida.
— Como tirou a roupa de meu apartamento?
— Quem disse que o fiz? — Ele riu entre dentes — O que aconteceu com seu amante?
Valentin é realmente tão inocente? Está disposta a acreditar em alguém só porque a fode bem?
Shai se congelou. Era Val tão inocente como parecia? Tinha saltado à vista a noite anterior que ele sabia muito mais do que tinha revelado. Ela o havia inclusive enfrentado com esse sentimento e ele não se tomou a moléstia de responder. De fato, fazia todo o possível por distraí-la.
— Me diga, Shai, como se sente quando está enterrado profundamente dentro de você? Faz-te sentir quente e molesta? Faz ficar louca? — Ele passou sua língua por sua orelha jogando com esta. Ela se rebelou, tentando afastar-se dele, mas ele puxou-a a seu lugar antes de fazê-lo.
— Não deveria estar dentro ou algo? — Ela o empurrou com seu cotovelo uma vez mais tentando pôr distância entre eles, mas ele não a libertou — Não parece tão bonito como quando esta bronzeado… — A luz do sol não tem nenhum efeito em mim — Ele riu.
— Isso não é o que dizem nos filmes — Espetou ela. Várias pessoas perto dela deram um estranho olhar e ela pegou um sorriso benigno em sua cara.
— Vê muitas filmes — Disparou de novo ele.
— Isso ouvi — Se queixou ela.
— Ah, sim, muito comovedor, essa cena entre você e seu escuro amante. Pena que a estaca não tenha funcionado ou os dois poderíamos nos ter libertado dele.
Ela ficou paralisada com o horror emanando de sua coluna como a água com gelo.
— Você…
— Sim, fiz. Vi cada segundo sórdido de seu pequeno interlúdio. É minha palavra, mas é uma gritadora, não é certo? com certeza que posso te fazer gritar ainda mais forte que ele. Não posso esperar para te ter debaixo de mim rogando por isso.
— Por nada do mundo — Enquanto apertava a atraía mais a seu férreo abraço. Podia sentir sua crescente ereção contra suas costas enquanto a apertava.
— Não, querida, não na sua — Ele levantou uma mão lentamente para sua coxa e Shai lutou por permanecer imóvel. Ele cavou o ápice de suas coxas bruscamente, provocando um grunhido de dor nela.
Maldição...
Desesperada por escapar de sua tortura, arrancou-se fora de seu gelada controle e se jogou pelos degraus de pedra. Caiu quatro degraus até aterrissar em um montão indigno. Surpreendidos ofegos se suscitaram entre a multidão enquanto a pessoa se movia para ver se estava bem. Mãos se inclinaram para ajudá-la e ficou de pé dizendo que não estava ferida. Quando seus samaritanos se afastaram se balançou sobre pernas tremulas.
Olhando seus joelhos, olhou para cima dos degraus para ver o loiro na parte superior rindo dela.
— Bom movimento, Shai. Tomou por surpresa com isso. É possível que tenha ganho esta rodada, mas a seguinte será minha. Descubra quem é o assassino e captura-o se puder. Se não, poderia ser a próxima.
Ela se deu a volta e se empurrou através da multidão e correu para a rua, com seu coração pulsando com força. Estava tão confusa. Quem dizia a verdade? Ela não conhecia Val. Estaria ele mentindo a ela? Era o estranho realmente o assassino ou tinha sido seu amante desde o começo?
O sol se pôs quase ao chegar a seu apartamento. Shai se sentou na mesa de sua sala de jantar, com uma frágil taça de porcelana de chá Darjeeling posta diante dela. Olhou-a brevemente e depois às murchadas flores sobre a mesa.
— Vi-o de novo hoje — Disse com voz apagada.
Val se aproximou e ela levantou a mão para detê-lo. — Não. Por favor, sente-se — Ela assinalou a cadeira frente a ela — Quero saber o que está acontecendo aqui e refiro a tudo.
Ele vacilou antes de sentar-se e Shai sentiu que seu olhar escuro a perfurava, olhando fixamente os hematomas púrpuras em sua têmpora e bochecha.
— Fez isso? — Ele falava com uma voz acalmada sepulcral.
Ela negou.
— Foi um acidente…
— Por que não acredito? — Quando ela não respondeu ele falou em voz baixa — O que é o que deseja saber?
— Quem é ele?
— Seu nome é Mikhail. Nasceu em Kiev, perto de faz novecentos anos — Disse ele simplesmente — Era um escravista Viking.
— E você? Quem é você?
— Sou Valentin, o filho de Merrick do que agora se conhece como a Inglaterra. Tenho 1.200 anos de idade.
— Como conhece Mikhail e o que está fazendo aqui?
Vacilou e Shai desviou seu olhar das flores quase mortas para encontrar seu perturbado olhar. Uma parte dela queria acalmar sua testa enrugada, enquanto uma grande parte dela queria matá-lo por ocultar coisas.
— Eu o criei — Disse ele em voz baixa.
A incredulidade floresceu na boca de seu estômago.
— O que fez o que?
— Eu o converti em vampiro. Acidentalmente.
— Como se pode fazer isso por acidente? — Ela lutou por controlar sua voz. Sua cabeça doía horrivelmente e quão único desejava era deitar-se. Seu corpo era uma massa de contusões e não havia nada nela que não doesse. Era curioso, mas não recordava ter golpeado tantos degraus quando caiu.
— Não é muito fácil — Admitiu ele — Com o fim de converter a alguém em vampiro, deve beber deles três vezes e obrigá-los a beber o sangue de um vampiro ou drená-los por completo e obrigá-los a beber.
— Três vezes? — Perguntou ela fracamente e se agarrou a garganta.
— Está completamente segura a menos que beba de mim.
— Isso é muito tranquilizador — Tremores correram por suas costas diante a ideia de em realidade beber sangue. Mais inquietante era que seu estômago não se revelasse tanto como o faria diante o pensamento de um sanduiche. Ele franziu o cenho.
— Dúvidas de mim.
— O que esperava? Não te conheço!
Ele sacudiu a cabeça com uma expressão triste.
— Está tão equivocada, Shai. Sabe tudo a respeito de mim que é importante. Os mortais põem tanto ênfase em conhecer alguém durante um comprido período de tempo antes de confiar neles. Não se dão conta de quão limitado seu tempo nesta terra é.
Ela se sentiu como um pingo de algo. Mas como poderia confiar em um homem que se deslizava na escuridão da noite? Tinha muitos segredos e não fazia nenhuma tentativa de compartilhar uma parte de si mesmo. Agora um louco a espreitava e Val esperava uma fé cega. Ela não podia fazer isso. Muitas vezes tinha sido defraudada com resultados desastrosos. Sabia sem lugar a dúvidas que falhar agora significava sua morte.
— Não posso — Sussurrou ela entrecortadamente. Já sentindo a crescente distancia entre eles por suas palavras. Era uma distância invisível que certamente romperia seu coração.
Val assentiu e se levantou de sua cadeira com uma expressão fechada.
— Quero saber quando estiver pronta para confiar em mim. Isto é o que te fará livre — E desapareceu nas sombras deixando-a só na escuridão.
Capítulo Nove
O vampiro ficou na rampa de caminhões a esperar. A meia-noite se aproximava e logo seu nêmeses Val poderia estar morto e seu pequeno anjo seria dele. Muito tarde para isso, é obvio, mas considerando que ela era um mero aperitivo, estava bem. Sorriu e distraidamente aproximou seu peito ao da mulher. Ela não era tão bonita como Shai, mas teria que conformar-se com o que tinha. Shai seria seu triunfo final. Ele a tinha desejado desde a primeira vez que a tinha visto, muitos anos antes, quando tinha visitado sua mãe naquela noite fatal. Uma imagem de cabelo mogno e leitosas coxas brancas vieram a sua mente. Ela tinha sido uma mulher talentosa. Tinha dado uma mamada que teria deixado os homens mortais cambaleando-se por dias. O vampiro sorriu com carinho. E então tinha estado sua filha pequena, Shai. Escondeu-se na sala atrás de uma velha poltrona, enquanto sua mãe entretinha a vários homens. Não havia dúvida de que tinha ouvido sua mãe gritar de prazer quando ele a tinha visitado. Colocando a mão dentro de suas calças e desabotoando acariciou seu rígido pênis. Ele tinha levado a uma constante ereção desde que tinha tido em seus braços a Shai esse mesmo dia. Como adorava ser vampiro. As ereções caíam como chapéus e podia as realizar em qualquer momento e em qualquer lugar que quisesse e enquanto quisesse. A imortalidade era o presente que a maioria das pessoas associavam sendo um vampiro, mas havia muito mais que isso para desfrutar. É obvio esta pequena mulher junto a ele se faria cargo disso. Não era que necessitasse muito tempo com ela. Ele riu entre dentes e olhou à ruiva dormir. Era uma coisa segura. A mulher gemeu e moveu a cabeça sem descanso enquanto começava a despertar. Com um movimento de seu pulso, sua roupa foi eliminada e substituída com a camiseta de algodão de dormir de Shai, que estava acostumado a usar na cama. Outro movimento de pulso produziu gravatas de seda negras que adorava e a moça foi atada e ficou indefesa. Ele se aproximou dela quando seus drogados olhos verdes se abriram e ele sorriu.
— Quem é você? — Perguntou ela com voz débil — Onde está minha irmã?
— Maeve Leigh sou seu sacerdote local e vou ajudá-la a salvar sua alma imortal —Riu ele.
Ela franziu o cenho com a confusão gravada em seu rosto sonolento.
— O que?
— Chamo a isto, batismo de fogo — Ele se agachou e soltou sua carne congestionada. A confusão deixou os olhos dela e sua expressão se voltou horrorizada.
— Não — Exclamou ela lutando contra suas ataduras de seda.
O vampiro agarrou suas coxas, mais ou menos obrigando-as e entrou nela com um impulso rápido. Enquanto inclinava a cabeça a sua exposta garganta seus gritos encheram o depósito vazio.
O edifício estava em silêncio e Shai estremeceu em sua jaqueta leve de verão. Tinha as mãos apertadas em seus bolsos e o coração pulsava com força. Ela estava sozinha nesta ocasião. Val não ia resgatar às garotas não sabiam nada do que estava acontecendo e a polícia tinha dado as costas. A sobrevivência dependia completamente de suas próprias ações. Agarrou o punho da adaga com joia de Val em seu bolso. Estava fria contra sua úmida palma. Ela nunca havia se sentido mais só em sua vida. Os saltos de suas botas davam golpes ocos no chão enquanto caminhava na seção principal do vazio armazém. Cada átomo de seu ser gritava que corresse desse lugar escuro, mas sua consciência não o permitia. Havia um aroma desagradável no ar, a mofo, papel em decomposição e um aroma leve subjacente ao da morte. Algo tinha morrido definitivamente aqui. Agora, se só ela pudesse evitar ser a seguinte pensou com um sorriso amargo. Mikhail materializou diante dela, levava um smoking e um sorriso de bem-vinda.
— Não pensei que faria um espetáculo, meu amor — Deu uma cortês reverencia.
— Como ia rejeitar este tipo de cantada…? — Ela tragou — Convite? — Mikhail a tinha chamado poucos minutos depois que Val se foi. Com os gritos de uma mulher aterrorizada no fundo, tinha solicitado sua presença — Onde está ela?
— Ela está aqui e completamente ilesa. Um pouco desgastada, é obvio — Ele riu. Com um movimento sua mão, as sombras atrás dele se moveram e uma figura miúda se aproximou deles. Shai engoliu um grito quando a mulher saiu à luz. Era uma réplica exata de sua irmã gêmea que se encontrou no beco só anteontem à noite. O cabelo vermelho rico estava enredado em seu rosto. Sua pele clara estava golpeada e estava coberta de sangue seco de um corte alto em seu pescoço. Vestia simplesmente uma camiseta e seus pés estavam nus. Shai tomou nota do olhar em branco de seus olhos verdes.
— O que fez a ela? — Perguntou ela com frieza.
— Tão somente a reclamei para mim — Disse ele simplesmente — Conhece Maeve, minha última revenant… — O que é isso?
— Minha serva humana. Agora é imortal e obrigada a mim para sempre. Muito logo ela também se converterá em uma das condenadas. Tudo o que toma é uma gota, sabe? — Ele pôs-se a rir alegremente — Uma vez que te tenha deixarei que a imbecil se vá é obvio.
— Está realmente seguro de que me terá?
— É obvio, estou seguro. Posso não saber muitas coisas, encantadora Shai, mas nunca me engano. Você é um ser moral, uma moça — Ele moveu uma mão para a maltratada mulher — Nunca permitiria que alguém sofresse quando há algo que possa fazer para ajudá-lo.
Ele se moveu para frente e ela o deteve sacudindo a cabeça.
— Não tão rápido, por favor. Posso fazer pergunta primeiro? Por que eu? Por que eu de todas as mulheres desta cidade?
Mikhail a olhou surpreso.
— Não se lembra? Não te pareço familiar?
Ela negou uma vez mais.
— É obvio, era muito jovem nesse momento. Uma menina na verdade. Com sua mãe que tinha a tantos homens dentro e fora de seu barracão por que teria me destacado da manada?
Isso foi como se água gelada tivesse sido jogada sobre sua cabeça. Dezenas de imagens destroçadas se reproduziram através de sua mente como disco rajado. O padrão da cadeira velha e úmida onde se escondeu quando sua mãe estava “entretida”. Os estranhos grunhidos e gritos que vinham de trás da porta fechada. Todos seus “tios” que queriam abraçá-la e acariciá-la. Um urso de pelúcia que faltava em seu braço. Um homem alto e loiro com a pele fria e os olhos gelados.
Foi à última noite, um homem bonito loiro com um presente para uma menina pequena.
Tinha sido uma gloriosa boneca de porcelana das quais uma menina lixo branco nunca tinha visto.
Lembrou-se dos familiares sons do sexo, dos sons e estalos continuados e gritos depois. Mas esses gritos tinham sido diferentes, mais assustadores.
Entretanto, ela tinha se mantido atrás da cadeira como sua mãe a tinha instruído muito assustada para sair. Quando a porta se abriu, Shai recordava ter sentido tanto alívio porque tudo era igual à sempre.
Só que não era sua mãe, quem tinha saído do quarto tinha sido Mikhail. Tinha arrancado à garganta de sua mãe e a tinha drenado como às demais. Com o sangue sem tomar, molhando a cama e o chão a seu redor. Ela recordou que havia a levado e abraçada a Mikhail, olhando sobre seu ombro para ver sua mãe em um atoleiro de sangue, com suas extremidades atadas com lenços de seda negros e seus olhos olhando acusadoramente à filha que nunca tinha querido.
— Vejo que recorda — Comentou ele.
— Por quê? Por que a matou? — Shai sussurrou — Ela era tudo o que tinha.
— O tempo faz que sua memória confunda, meu amor. Ela não era mais que uma puta, uma das inumeráveis no mundo. Golpeava-a, matava-a de fome e permitia aos homens que pagassem para fodê-la. Quanto tempo teria passado para que te forçasse a ser puta como ela? Quanto tempo teria passado antes que seus clientes começassem buscar a você, a te persegui? — Rugiu ele — Merecia morrer!
Sua visão flutuou e ela sentiu que o mundo ameaçava recuando enquanto lutava por permanecer em posição vertical. Desmaiar agora com certeza significaria sua morte. Sua única oportunidade era fazê-lo enfurecer o suficiente para que se esquecesse de si mesmo, baixasse o guarda e a deixasse aproximar suficiente para destruí-lo.
— Chegou muito tarde, Mikhail — Ela fingiu indiferença — Anos muito tarde. Não acredito que a matou por algum motivo altruísta. Não me importa o que ela me fez nem a ninguém, ninguém merece morrer assim.
— Eu não cheguei muito tarde! — Grunhiu ele — Eu te salvei, maldita seja! É minha, sempre foi minha do momento em que pus meus olhos em você — Ele começou a caminhar a seu redor em um círculo lento como um animal espreitando a sua presa.
A pele dela se arrepiou.
— Desejou-me desde que era pequena?
— Não, só vi seu potencial. Só vi que era um diamante em bruto. Uma medrosa fraca menina, frequentemente coberta de hematomas por uma indiferente e drogada mãe. Vi-a nessa sujeira e te escolhi para sobreviver, para ser mim… — Por que, por que me escolheu? Minha mãe não era perfeita, mas era minha mãe — O pânico arranhou sua garganta. Com cada palavra desta vil criatura se arrastava para sair mais e mais.
A expressão dele mudou e uma brincadeira cruel torceu seus lábios.
— Sabia que sua mãe gostava das coisas sujas na cama? Gostava de ser atada e açoitada como um cão.
Shai apertou os lábios para não gritar. Nada do que dizia importava ela não o permitiria. Sua mãe tinha morrido e não havia nada que pudesse fazer para retificar o passado. Tudo o que podia fazer agora era salvar a si mesma.
— Você a matou para ocultar o fato de que não podia satisfazer uma mulher na cama — Zombou ela.
O rosto dele se contraiu de raiva.
— Maldita cadela.
Ela sabia que tinha que empurrá-lo a borda. Havia uma pequena possibilidade de que pudesse sobreviver em um combate mão a mão. Se não, esperava, estaria tão zangado que a destruiria rapidamente.
— Ouvi-a rindo enquanto estava com ela. Nunca a ouvi rir com os outros homens, só com você. Por que foi isso? Por que era defeituoso debaixo da cintura? Pode levantá-lo absolutamente? — Lançou um olhar mordaz — Não acredito.
Um grito de raiva surgiu da boca dele e se jogou sobre ela. Ela se preparou e tirou a adaga de seu bolso e apontou a sua garganta. Com um grunhido, Mikhail mesmo se empalou na afiada ponta.
Um olhar quase cômico de incredulidade cruzou seu rosto enquanto jorros de sangue saíam da ferida como gêiser, ensopando Shai e o chão a seu redor.
Ela cambaleou para trás, esfregando com fúria seus olhos e deslizando-se no concreto. O sabor do sangue encheu sua boca ao mesmo tempo em que um rugido surdo encheu seus ouvidos.
O mundo se inclinou violentamente e caiu no chão. Ela lutou por abrir os olhos só para ver Maeve avançar para ela, como se fosse ajudá-la, mas Mikhail deu um empurrão, deixando-a no chão, onde ficou quieta.
Ele se abateu sobre Shai, tranquilamente tirando a faca da garganta. Sorriu com um sorriso selvagem.
— Perdeu — Sua voz foi rouca por suas cordas vocais danificadas — Não sabe que não pode matar um vampiro? Disse antes que viu muitas filmes.
— Bastardo — Grunhiu ela. Olhou com incredulidade como a ferida aberta se fechava, mas se deu conta que ele estava muito mais pálido que antes.
Ele começou a tirar a gravata e a desabotoar sua uma vez elegante camisa.
— E ao vencedor, o premio.
Sua cabeça palpitava e estava tendo problemas para respirar. Tudo parecia mover-se em câmara lenta a seu redor. O cinza se fez visível na borda de sua visão e ela desejou ceder a ele.
Dobrando-se a seu lado, ela se agarrou suas pernas, ficando em uma posição fetal.
— Não é momento de brincar de anjo inocente — Cantarolou ele jogando sua camisa a um lado. Com um gesto da mão, esteve despida e seu vestido se voltou uma camisola de seda branca.
Debaixo do concreto duro baixo ela, uma cama se materializou, amortecendo seu maltratado corpo. Lençóis vermelho sangue adornavam a cama e logo ela esteve atada na cabeceira de bronze e a pés da cama com gravatas de seda negras.
— É hora de aceitar a seu amante final.
Ela ofegava penosamente. Suas costelas rangiam como se tivessem uma grande quantidade de pressão. A dor era insuportável, mas não a estava tocando. Teve frio e seus dentes bateram. Tratou de afastar-se quando ele se instalou na borda da cama, mas seus membros não cooperavam.
Bruscamente tomou um seio, mas ela mal pôde sentir sua mão. Ele estava falando com ela, mas ela não podia entender suas palavras. Era como se alguém tivesse baixado o volume da televisão e quão único ouvisse fora um ruído branco. Um movimento brusco girou a atenção de Mikhail para uma sombra que se aproximava. De repente o som esteve de volta como a explosão de uma arma de fogo. Val deu um passo à piscina da luz, com a ira piscando em seus escuros olhos enquanto olhava os dois na cama.
— Basta! — Rugiu ele.
Mikhail saltou da cama com sua expressão selvagem.
— Você? O que está fazendo aqui, camponês?
— Te detendo — Val disparou de novo — Deveria ter te matado anos atrás.
Mikhail riu com um som amargo e áspero.
— Está brincando? — Zombou ele — Foi seu engano o que me fez o monstro que sou.
— Tem razão. Eu te criei e te destruirei, porque é meu dever. Fez estragos suficientes neste mundo. Acabou-se — Ele tirou uma espada reluzente afiada de sua cintura e se moveu com graça para Mikhail, com cada movimento deliberado, fatal —Não pode escapar. Cede ante mim e mostrarei misericórdia.
Reservou um olhar a Maeve, que permanecia quieta no chão de cimento frio.
— O que é mais do que posso dizer de você.
— Não se sairá com a sua, Val. Não pode matar outro vampiro. O Conselho não permitirá isto.
— Quem diz? Eu sou um dos mais antigos desta terra. Posso fazer minhas próprias leis.
Uma espada se materializou na mão de Mikhail. Saudou com a mão seu adversário.
— Que assim seja. Para o vencedor, a jovem mulher — Ele recortou o ar, nem sequer perto da espada do outro homem — Só pensa em mim entre suas coxas formosas — Ele assentiu a Shai — Ela nem sequer recordará seu nome quando estiver comigo.
Ela levantou a cabeça fracamente com o choque de espadas. Val tinha feito que Mikhail corresse. Seus movimentos eram elegantes, eficientes, enquanto Mikhail se sacudia violentamente como um peixe fora da água. O vampiro loiro lutava por manter o equilíbrio enquanto Val apoiava sem descanso contra a parede.
A cabeça dela caiu para trás à cama enquanto os sons da batalha se calavam e começavam a reaparecer de novo.
Fragmentos de suas palavras de irritação se apoderaram dela.
— O primeiro sangue para mim — Riu Mikhail.
Shai voltou a ver, com o coração na garganta enquanto sua visão se atenuava.
— Simplesmente é um arranhão, sanará em um momento — Val lançou e cortou o braço da espada de Mikhail perto de seu apêndice — E o último será para mim —Grunhiu — Agora morre. Uma onda de dor explodiu sobre ela e deu um gemido agônico. Seu estômago rodou. Doía muito. Como podia aguentar muito mais tempo? Ela estava morrendo. Ela tinha que estar passando por isso. Não podia sentir nada da cintura para abaixo e tinha tão terrível frio. Os gritos furiosos de Mikhail irromperam em seus pensamentos.
— Isto não terminou — Grunhiu ele — O destruirei e a sua cadela raivosa! Por um momento feliz, fez-se o silêncio longo, escutou-se o golpe de espada no concreto. Val apareceu junto à cama, com a espada em uma mão e a adaga na outra e sangue empapando sua camisa. Shai se obrigou a permanecer com os olhos abertos quando ele se inclinou sobre ela.
— Meu amor — Sussurrou ele.
Ela piscou quando captou sua preocupada expressão e tratou de tranquiliza-lo com um sorriso.
— O que aconteceu? — Gemeu ela quanto mais calafrios se acumulavam em seu corpo.
Ele deixou cair à espada no chão e cortou suas ataduras com a adaga. Tirou um lenço e começou a limpar o sangue de seu rosto.
— Foi-se, Shai, foi com a cauda colocada entre suas pernas. Você o fez.
Ela negou, detendo-se quando o movimento causou que sua dor aumentasse.
— Não, meu amor, você o fez — Ofegou.
— Tomou a decisão correta? — Perguntou ele. Sua voz era grave e urgente — acha que não tive nada que ver com esses assassinatos?
— Fui uma tola. Tinha tanto medo de confiar em você. Fui ferida tantas vezes. Mas essa garota se foi agora.
Os olhos dele brilharam diabolicamente.
— Espero que tenham ficado alguns restos em você.
— Sim, claro — As pálpebras dela caíram.
A mão dele se deteve.
— Shai, tomou algo de seu sangue?
— Nn-não — Ela estremeceu enquanto um calafrio gelado violento sacudiu seu corpo.
Ele puxou as mantas a seu redor em um vã tentativa de dar calor.
— Salpicou toda sua face. Nem sequer uma gota entrou em sua boca?
Shai franziu o cenho. Recordou apunhalar Mikhail e seu sangue saltar da ferida. Tinha-a golpeado na face e na boca. Era possível que engoliu algo dele.
Ela assentiu.
— Sim, é possível, mas só um pouco. Estou tão contente de que tudo isto tenha terminado — Ela tagarelou. Por que estava tão terrivelmente fria? Obrigou-se a abrir os olhos uma vez mais, olhou seus olhos e viu algo que a perturbou. Tentou afastar-se e ele se negou a deixá-la ir.
Ela franziu o cenho.
— O que...
— Meu anjo. Esta morrendo — Sussurrou ele — Está se convertendo em um vampiro.
Ela o olhou sem compreender. Ele parecia a ponto de chorar. Pelo sangue?
— Não posso morrer — Sussurrou ela — Não posso ser um vampiro.
— Sim, carinho, sim pode.
As lágrimas encheram os olhos dela quando se deu conta da dor de quando respirava e que se estendia através de seu corpo enquanto seus órgãos deixavam de funcionar. Ela levantou uma tremula mão a sua bochecha, surpreendida ao ver as veias mostradas através de sua pálida pele.
— Tenho medo, tenho medo — Gemeu ela.
— Eu estou com você, Shai — Ele a apertou e a abraçou perto.
— Obrigado, obrigado — Sussurrou ela enquanto seus olhos começavam a fechar-se. Sentiase terrivelmente cansada. Era muito o esforço manter seus olhos abertos e sua consciência desapareceu.
— Quando despertar, estarei aqui com você, Shai — Sua voz foi desaparecendo rapidamente na escuridão estabelecida que demandava sua alma. Os lábios dele roçaram sua garganta, seus dentes rasparam sua pele. Com um suave suspiro, a realidade desapareceu e a escuridão a levou. A transformação tinha começado...
Epílogo
Três meses mais tarde.
— Então, o que significa que Mikhail é meu Senhor? A voz de seda de Shai surpreendeu a Val em seu sono. Seu amante estava na porta de sua guarida, com sua nuvem de cabelo vermelho empilhado em um matagal descuidado em sua cabeça. Seu lábio inferior estava ligeiramente inchado e soube que tinha estado mordendo-o de novo. Não importa quantas vezes o tinha advertido, ela ainda não estava acostumada a suas novas presas que podiam perfurar a carne com facilidade.
— Para ser honesto, não estou muito seguro de todas as ramificações deste tipo de relação. Mikhail é seu criador, o vampiro que te converteu em um de nós apesar de que tentei impedi-lo — Val baixou os faxes que tinha estado olhando durante a última meia hora — Essa relação carrega um pouco de peso sendo ele um poderoso vampiro e alguns desses poderes se transferiram a você.
— Como ser canhota? — Sorriu ela.
— Em certo modo.
— Então, sabe o que penso? — Ela caminhou para ele com seu corpo exuberante coberto por um fino robe de seda negra.
— Alguns mestres têm essa capacidade, mas até onde eu sei, Mikhail não a tem.
O alívio se apoderou do formoso rosto dela.
— Isso é bom. Estou esperando que me apareça em qualquer momento. Val sorriu.
— Isso não é algo do que tenha que preocupar-se. A relação servo-mestre é um pouco turva para a maioria de nós — Ele se empurrou fora da mesa e se levantou. Ela empalideceu.
— Tenho que... Servi-lo?
— Não na forma em que está pensando. O termo não tem importância a menos que seja uma revenant ou um humano servo. Os serventes humanos têm a obrigação de estar à inteira disposição e chamado de seu mestre — Ele chegou a ela aproximando-a. Ela se inclinou para ele, com sua bochecha contra seu peito e o aroma de rosas jogando com seus sentidos.
— Que terrível destino seria esse.
Ele apoiou o queixo em seu cabelo sedoso.
— Há destinos muito piores que ser o servo de um vampiro. Poderia ser um homem lobo… — De maneira nenhuma — Ela pôs-se a rir — Não acredito que possa dirigir ter tanto cabelo.
— Que tal homem-gato...?
— Agora do que é que está falando — Ela se apertou à cintura dele — É verdade que os gatos são multi-orgásmicos?
— Sim, é.
— Pode imaginar isso…?
— Do que está falando?— Ele deu um apertão — Você é multi-orgásmica agora.
Ela inclinou a cabeça para trás, com seus olhos brilharam com malvada diversão.
— Só quando faz isso com sua língua...
Val pôs-se a rir, inclusive quando sentiu a extensão do rubor de suas bochechas.
— Jovenzinha…
— Pirata…
O peito dele se sentiu curiosamente apertado quando ela esfregou sua face contra sua camisa sua risada se escutou enquanto dava beijos contra sua pele. Nos últimos meses com ela, ele tinha rido mais do que nunca podia recordar. Estar com Shai era tão natural como respirar e não podia imaginar sua vida sem sua presença brilhante a seu lado.
Agradecendo a suas estrelas da sorte por ter entrado no restaurante essa noite, sabia que o mais importante trabalho que tinha era vir por ela. Shai era uma alma doce e generosa e logo teria que explicar as realidades de seu novo estilo de vida. Nesse momento ela estava apanhada em sua relação e tinha uma grave fascinação por suas novas habilidades. O que ela não sabia era que, como vampiro, havia pessoas nos humanos e o mundo dos Habitantes das Sombras instintivamente que a odiariam e desejariam que adoecesse. O fato de que fosse serva de Mikhail e amante de Val não fazia a não ser aumentar o perigo que a rodearia.
Ele a apertou mais forte. Tinha que encontrar o diário, era sua única esperança para um futuro em paz, juntos.
Mikhail ainda estava ai, ferido e mais perigoso que nunca. De acordo com um decreto entregue em mãos do Conselho de Anciões, o vampiro se considerava um fugitivo entre sua própria gente e os Shadow Hunters tinham sido designados para segui-lo e capturá-lo. Sobre a brilhante cabeça de Shai, Val olhou para fora na escuridão da noite de um frio inverno. Enquanto Mikhail ainda andasse solto, Val tinha que estar sempre vigilante, no que se referisse a Shai. Não sabia o que faria ele se algo acontecia com ela.

 

 

                                                    J.C. Wilder         

 

 

 

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