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Poesia & Contos Infantis

 

 

 


O MELHOR DE DOIS MUNDOS / Suzanne Enoch
O MELHOR DE DOIS MUNDOS / Suzanne Enoch

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

Biblio VT

 

 

 

 

Quem roubou o bracelet de Lady Neeley? Foi um caçador de fortunas, um jogador, uma criada, ou um malandro? Toda a Londres está zumbindo com as especulações, mas é claro que um dos quatro casais está envolvido no crime. Papéis societários de Lady Whistledown, Maio de 1816
Julia Quinn encanta: Um elegante caçador de fortunas é cativado pela debutante mais desejada da temporada... e deve provar que está ali para roubar o coração da dama, e não o seu dote.
Suzanne Enoch provoca: Uma jovem inocente que passou toda sua vida escrupulosamente evitando escandalos está de repente - e secretamente - sendo cortejada pelo mais notório malandro de Londres.
Karen Hawkins seduz: Um visconde viajante retorna ao lar para reacender as labaredas apaixonadas de seu casamento... apenas para descobrir que sua linda e cabeça dura noiva não será tão fácil de ser conquistada.
Mia Ryan delicia: Uma encantadora e rebelde criada está deslumbrada com as românticas intenções de um charmoso conde... despontando em um romance escandaloso que poderia ser a ruína dos dois.
Você saberá em primeira mão no Lady Whistledown...

 

 

 


 

 

 


Capítulo 1

. . . Mais conversa inútil sobre a mal fadada honra de Lady Neeley. Tão difícil quanto é para muita gente acreditar, existem outros assuntos merecedores de fofoca
. . . mais precisamente, os olhos mais azuis de Londres, Lorde Matson, O Conde.
Embora não pretendido para o título (seu irmão mais velho morreu tragicamente no ano passado), Lorde Matson não parecia ter dificuldade em assumir o papel de homem assunto da cidade. Desde que chegou a Londres mais cedo esta temporada, ele foi visto com uma mulher considerada apropriadas em seu braço durante o dia.
E de noite, com senhoras que não seriam consideradas apropriadas de modo algum!
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 31 de maio de 1816.

- Mas nós não éramos convidados, - Charlotte Birling disse.
Sua mãe, sentada atrás da escrivaninha de carvalho do salão matutino escrevendo, olhou a nova coluna do Whistledown.
- Isso não significa muita coisa, porque nós não teríamos ido, de qualquer maneira. Então agradeça a Deus por isso. Imagine-nos de pé conversando, e tendo Easterly entrando. Infame.
- Sophia não teve que imaginar isto. Ela era convidada. - Charlotte olhou de relance o relógio. Quase dez. Com o coração acelerado, ela colocou de lado seu bordado. Ela precisava chegar à janela sem sua mãe notar.
- Sim. Pobre Sophia. - Disse a Baronesa Birling. - Doze anos tentando esquecer aquele homem, e justo quando sua vida começa a se recuperar, ele reaparece. Sua prima deve estar mortificada.
Charlotte não estava tão certa sobre isto, mas ela fez um som assentindo, de qualquer jeito. O relógio de mão ornamentado empurrava. E se o relógio estivesse atrasado? Ela não considerou isto. Ou e se estava cedo? Incapaz de evitar, ela saltou sobre seus pés.
- Chá, Mamãe? - Ela falou sem pensar, quase tropeçando em cima de seu gato. Beethoven pulou fora, pisando na bainha de seu vestido.
- Hum? Não, obrigado, querida.
- Bem, eu tomarei apenas esse.

Com seu olhar fixo na janela da frente, ela colocou chá em uma xícara. A rua em frente de Birling House ostentava algumas folhas perdidas, enganadas pelo tempo frio a pensar que ainda é inverno, mas nada mais se movia. Nem mesmo um vendedor ou uma carruagem a caminho de Hyde Park. Acima do som do jornal que sussurrava da escrivaninha, o relógio conferido novamente. Charlotte tomou um gole de chá, mal notando duas coisas: que era muito quente e que ela se esqueceu de adicionar açúcar.
E então, ela perdeu o fôlego. Anunciado por um tinido de rédeas, um cavalo preto virou na esquina da rua principal. O mundo, o relógio, o entrecortar da respiração, a batida de seu coração pareceu diminuir a velocidade quando ela olhou ao cavaleiro.
O cabelo de cor âmbar brincou um pouco na brisa matutina suave. O chapéu de castor azul escuro sombreou seus olhos, mas ela soube que eles eram de um cobalto desbotado, como um lago em um dia nublado. Seu casaco combinou com a cor de seu chapéu, enquanto sua ajustada calça comprida parda e suas ditas botas Hessian polidas tão claramente quanto qualquer ornado com relevos de ouro, clamando que ele era um cavalheiro. Sua boca parecia uma linha direta, relaxada, mas sombria, e ela perguntou-se o que ele poderia estar pensando.
- Lotte? Charlotte! O que faz você com essa janela aberta?
Ela saltou, e girou longe da janela, mas já era muito tarde. Sua mãe literalmente a cutucou, debruçando adiante olhando pela janela o cavaleiro que passava.
- Nada, Mamãe, - Charlotte disse, tomando outro gole de chá e quase engasgando no sabor amargo.
- Eu acabava de pensar...
- Lorde Matson, - a baronesa falou, fechando as cortinas com um puxão. -Você estava olhando fixamente para Lorde Matson. Pelos amor de Deus, Charlotte, e se ele olhou e viu você?
Humph. Ela o olha pela janela nos últimos cinco dias, e ele não virou a cabeça em sua direção uma única vez. Xavier, Conde Matson. Para ele, ela nunca existiu.
- Eu tenho permissão para olhar de minha própria janela, mamãe, - ela disse, abafando um suspiro enquanto o árabe e seu cavaleiro magnífico desapareciam atrás do verde aveludado das cortinas.
- Se ele me viu, eu espero que ele presuma que eu estava olhando nossas lindas rosas, que era o que estava fazendo.
- Ah. E você regularmente ruboriza ao olhar as rosas, então? - A baronesa Birling sentou-se outra vez na sua cadeira, atrás na escrivaninha. - Esqueça aquele sem-vergonha. Você tem que se preparar para Hargreaves'Ball hoje à noite.
- São dez horas da manhã, mamãe, - Charlotte protestou. - Colocar um vestido e prender um grampo em meu cabelo não leva dez horas. Mal leva duas.
- Eu não quero dizer preparações físicas. Eu estou me referindo a preparações mentais. Não esqueça, você estará dançando com Lorde Herbert.
- Oh, Céus. A única preparação que precisarei para isto é um cochilo.
Ela não percebeu que falou em voz alta até a baronesa se voltar sobre seus pés novamente. - Obviamente, filha, você esqueceu os esforços de seu pai em ir procurar por lorde Herbert Beetly e averiguando seu interesse em achar uma esposa.
- Mamãe, eu não fiz...
- Se você exigir um cochilo a fim de se comportar de uma maneira apropriada, então vá tirar um de uma vez. - Com expressão carrancuda, a baronesa amassou a coluna de Whistledown. - E tenha cuidado com sua língua, para que você não acabe aqui também.
- Eu nunca faço essas coisas, então eu não vejo como isso possivelmente possa acontecer.
- Ha. O erro de Sophia foi se casar com Easterly doze anos atrás. E até depois de não o ver em todo aquele tempo, até depois de viver uma vida impecável por mais de uma década, no momento que ele reaparece, seu nome é associado ao escândalo novamente. Não importa o que você pode pensar sobre lorde Herbert, ele não causará um escândalo. Você dificilmente pode dizer o mesmo sobre aquele homem que você estava olhando estupidamente. Lorde Matson esta na cidade a menos de três semanas, e ele já conseguiu ser notado por Whistledown.
- Eu não olhava estupidamente... - Charlotte resmungou com a boca fechada. Aos dezenove anos, ela sabia todos os passos, viradas e tiradas de sua mãe. Interferindo agora só piorariam as coisas. - Eu estarei em meu quarto, então, dormindo, - ela disse duramente, e partiu.
Além disso, com toda honestidade, ela tinha olhado estupidamente Lorde Matson. Ela não viu mal nisso. O conde era extremamente bonito, e vê-lo por uma janela aberta ou passando a caminho da mesa de refresco era o mais próximo que ela provavelmente conseguiria vê-lo. Heróis de guerra arrojados e solteiros certamente não tinham permissão para ir à propriedade Birling. Céus, poderiam piscar para ela e causar um escândalo.
Não era como se ela quisesse ou esperasse se casar com ele, ou qualquer coisa do tipo. Mesmo sem a obsessão dos pais dela com respeitabilidade e decoro, ela sabia que os homens bonitos e tentadores eram para danças e flertes. Casar-se com um homem que estava sempre procurando uma nova conquista, parecia um caminho certo para a miséria.
Mas ele não paquerou com ela ou a pediu para dançar. Charlotte suspirou, com Beethoven em seus calcanhares. Nunca aconteceria. Ela podia dizer que seus pais iam adverti-la sobre qualquer homem com uma mancha em sua reputação, e então eles desistiriam, mas não era provável ela atrair algum convite de tal homem, de qualquer maneira.
Considerando que ela só levantara duas horas antes, dormir não a atraiu muito, entretanto Beethoven já se enrolara em seu travesseiro e estava roncando suavemente. Então ela recuperou o livro que estava lendo e afundou na cadeira confortável em baixo da janela. Geralmente ela teria empurrado e aberto o vidro, mas com o verão se recusando a chegar e com o céu cheio de nuvens, já começando outro chuvisco, ela lançou uma manta sobre suas pernas e aconchegou-se.
Assim era como ela se preparava para seus encontros com lorde Herbert Beetly - fingindo estar em outro lugar. Em seus romances favoritos de príncipes e cavaleiros prósperos, e até terceiros filhos de marquesas secundárias eram ou heróis ou vilãos. E ninguém nos campos das fadas podia-se dizer que eram tediosos.
Charlotte ergueu sua cabeça, fitou seu fraco reflexo na chuva que corria na janela. Céus, e se a descreveram, também? Ela era enfadonha? Era por isso que seu pai escolheu Lorde Herbert como seu par perfeito? Estreitando seus olhos, ela intensificou sua auto análise.
Ela não era uma beleza encantadora, claro; Até sem o ocasional comentário murmurado, criticando sua altura e seus seios pequenos, ela já havia se olhado o bastante no espelho de vestir para saber. Ela gostava de seu sorriso, e seu escuro cabelo com seu matiz de vermelho. Seus olhos marrons, eram fixados na distância apropriada de seu nariz. Não, não era sua aparência. Isto era o modo como ela sempre se sentiu, como um pato, grasnando no meio de cisnes elegantes.
Então ela olhava estupidamente Xavier, Lorde Matson, enquanto ele ia para seu compromisso diário com Gentleman Jackson. E com toda justiça ela não era a única que gostava de olhar para ele - e pelo menos ela não rabiscou seu nome em nenhuma parte do corpo dela, como ela viu outras meninas fazerem. Ela sabia bem. Mas ainda era bom sonhar, de vez em quando.

Quando o relógio do corredor sinalizou nove da noite, Xavier, Conde Matson tirou seu sobretudo encharcado e entregou aos cuidados de um dos criados de Hargreaves. Ele tomou seu lugar na linha de nobres aguardando a entrada no salão de baile principal, dando boas-vindas à brisa morna, altamente perfumada, do ar que saia lá de dentro, que quase não cobria o fraco cheiro bolorento. Ele imaginou que em um tempo muito curto ele acharia isto sufocante. O evento fechou sua respiração, o fez querer arrancar fora seu plastrão1 e fugir de volta para a fria e escura noite.
O assombrava que num evento tão abarrotado podia sentir-se intimamente tão... isolado. Ele preferia muito um jogo íntimo de cartas em um clube ou outro, ou até uma noite no teatro, onde pelo menos existia algo para enfocar além do fofocar da massa da humanidade - especialmente quando uma parte grande dela parecia estar enfocada nele.
Sim, ele tinha chegado recentemente na cidade, e sim, ele tinha uma fortuna considerável em seu nome. Mas pelo amor de Deus, ele passou o último ano em Farley, a propriedade da família - sua propriedade - em Devon, e depois de doze malditos meses de trabalho - roupas de luto e confusão, cujos malditos negócios estavam, de que importava se ele possuía para gastar algumas libras apostando e apreciando um bom vinho do porto? E uma atriz ou duas? Ou uma viúva jovem e solicita de reputação incerta, mas bem equipada com um sorriso sedutor e pernas longas e adoráveis?
Os lugares como Hargreaves'Ball, de qualquer forma, eram onde respeitáveis mulheres jovens que queriam casar-se viam para exibir sua plumagem, e hoje à noite ele estava caçando a presa mais respeitável. Então ele deu ao mordomo seu convite e passou ao salão principal enquanto seu nome e título eram anunciados em sonora voz.
- Matson, - outra voz repentina a sua esquerda, e Xavier virou-se para o Visconde Halloren que andou a passos largos até agarrar sua mão e apertá-la vigorosamente. - Veio pelo show, não é? Olhá-las como todo mundo vem.
- O show? - Xavier repetiu, entretanto ele teve uma idéia sobre o que Halloren estava falando. Aparentemente todo mundo lê Whistledown.
- Aquele desastre do bracelete de Neeley. Aparentemente todos os suspeitos compareceram.
Xavier não se importou muito com a pulseira perdida, mas pelo menos o colunista de mistério teve algo para discutir além de seu calendário social. Ele movimentou a cabeça. - Veja, é como se todo mundo em Londres comparecesse.
- Ha. Tinham que ser vistos no Salão Principal de Hargreaves'Ball, você não sabe. E eu disse a você, este é o lugar para começar se você estiver procurando por uma provável jovem para casar. Multidão mais alegre do que o Almack, e isto é malditamente certo. - O visconde debruçou-se mais perto. - Só uns conselhos: Não beba o xerez. E chegue ao porto cedo."
- Muito obrigado. - Quando Halloren pareceu pronto para começar uma dissertação em bebidas alcoólicas, Xavier desculpou-se.
Ele nunca estivera no salão Principal do Hargreaves'Ball antes, mas as decorações pareceram tão escassas quanto inexistentes, e ele não precisou ser um matemático para ver que não existiam cadeiras suficiente para todo mundo, nem a metade. Aparentemente isto era esperado, porém, porque a maioria dos convidados evitou as bebidas e lanches, e ao invés permaneciam em grupos discutindo quem poderia ter roubado o infame bracelete de Lady Neeley. Ele aparentemente aterrissaria na capital da fofoca de Londres. Agradecido como ele era que não fosse o tópico da conversação, era só um bracelete maldito, pelo amor de Deus.
- Mãe, só porque Lady Neeley decidiu acusar Lorde Easterly não significa que nós temos que juntar-nos ao rebanho, - uma voz feminina dissera de um lado o que ele pensara.
- Silencio, Charlotte. Ela só está dizendo o que todo mundo já está pensando.
- Nem todo mundo, - a voz retornou. - Pelo amor de Deus, é só um maldito bracelete. A ignorância sobre seu paradeiro parece ser insuficiente para arruinar a reputação do homem.
Xavier virou sua cabeça. Era impossível para ele imaginar que garota falou, no meio de tantas, de várias idades, tamanhos e cores de vestido, provavelmente a abrir caminho em uma corte sólida de charmes femininos. Ele não era o único interessado em saber disso, porém. Uma ondulação dentro da sala abriu para revelar um cavalheiro alto, cabelo marrom Roxbury, se sua memória o serviu.
Ele pegou a mão da senhora, curvando acima dela e sussurrando algo que fez ela tremer, então continuou a próxima, uma alta e magra mulher, com cabelo escuro.
- Boa noite, Miss Charlotte, - Roxbury demorou, beijando sua mão.
- Pra você também, Lorde Roxbury. - Ela sorriu ao barão.
Essa era a voz que prendeu sua atenção. O sorriso que ela deu ao barão estava um pouco torto, não equilibrado e perfeito, praticado por horas na frente de um espelho. Genuíno, em um mar de falso humor e humildade. Charlotte. Com uma respiração impaciente, Xavier esperou até um risonho Roxbury mover-se para longe, e então entrou antes das jovens fecharem a fila novamente.
- Charlotte, eu disse a você para não encorajar tais sem-vergonhas, - a mulher mais velha sibilou ao lado dela. Ela pegou a mão da jovem lady e esfregou-a com o canto de seu manto matronal.
- Ele não deixou uma marca, Mamãe, - Charlotte respondeu, seus olhos marrons dançando. - E ele está beijando a mão de todo mundo, pelos céus.
- Isto é um erro seu; Você não precisa encorajar este tipo de coisa. Só agradeço que Lorde Herbert não tenha visto você mostrando gentileza a outro cavalheiro.
- Como se ele não iria... - Ela olhou para cima, olhos marrons encontraram Xavier. O seu rosto perdeu a cor, e sua boca formou um suave 'O' antes de apertá-la e fechá-la novamente.
Alguma coisa o pegou por dentro e o impulsionou a dar outro passo à frente. Estranhamente, a sensação não era totalmente desagradável. - Boa noite, - ele disse.
- Boa . . . oi, - ela retornou, fazendo um reverencia. - Lorde Matson.
- Você me tem em desvantagem, - ele calmamente disse, notando que a mãe endureceu o rosto. - Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.
- Charlotte, - ela tragou, então com um suspiro endireitou seus ombros. - Charlotte Birling. Milorde, essa é minha mãe, a baronesa Lady Birling.
O nome não soou nem um pouco familiar, entretanto ele só estava em Londres a algumas semanas apenas.
- Milady, - ele disse, alcançando os dedos da mulher.
- Mi ... milorde.
Ele soltou-a antes dela ter uma apoplexia, voltando sua atenção para Charlotte. - Miss Charlotte, - ele disse, tomando sua mão e repetindo a maneira em que Roxbury dirigiu-se a ela. Seus dedos através de suas luvas de renda finas pareciam mornos, e apesar de sua inicial gagueira, seus olhares permaneceram fixos um no outro, fascinados. Ele não quis soltá-la logo.
- Eu fico surpreendido por ver você aqui esta noite. - Com um olhar de lado em sua mãe ela deixou seus dedos livre.
- E por que isso?
O sorriso desenhou em sua boca novamente. - Limonada morna, bebida alcoólica diluída, bolo passado, e uma orquestra apenas audível sem dança.
Xavier ergueu uma sobrancelha. - Soa como se ninguém devesse estar aqui. - Com um olhar próprio em sua pálida mãe, ele se debruçou mais perto. - Então qual é a atração? - Ele perguntou a uma voz mais baixa. Além desta mulher inesperada, claro.
- Fofoca, e mórbidas curiosidades, - ela prontamente respondeu.
- Eu ouvi a fofoca, mas explique o resto, se puder, por favor.
- Oh, é simples. Lady Hargreaves tem pelo menos cem anos de idade, e ela tem setenta ou oitenta netos e bisnetos. Ela se recusa a escolher um herdeiro, então todo mundo vem para ver quem seria o favorito mais recente.
Percebendo algo que ele nunca esperaria da noite - estar se divertindo - Xavier riu. - E quem é o atual primeiro colocado?
- Bem, é muito cedo ainda...
- Charlotte, você iria me levar para a mesa de refresco, - a baronesa interrompeu, andando entre os dois.

Xavier piscou. Ele havia esquecido totalmente de todo mundo que estava lá - e dada a multidão, o barulho e seu habitual senso aguçado de auto-preservação, isso era altamente incomum. Prestar atenção a uma adequada jovem era um bom modo de qualquer um ser alvo de fofoca, ou pior, enredado - e isto estava extremamente adiantado em seu processo de seleção. - Boa noite, então.
- Foi bom encontrar você, mi...
- Oh, ali está seu pai, - Lady Birling interrompeu novamente, agarrando o braço de sua filha.
Depois disso ele olhou-as por um momento quando elas caminharam através da massa. Ela sabia quem ele era, e isso não era totalmente assombroso considerando a atenção que as colunas de Whistledown gastaram com ele, incomodando-o, e ele estava a quase um mês em Londres e nunca a tinha visto. Certamente ela não era uma beleza clássica, mas ele definitivamente a deixaria no belo lado da modéstia. Dentro da soma, seu sorriso e seu olhar fixo tinham sido... persuasivos.
- Você está aí, Xavier, - uma voz de mulher sussurrou para ele, e uma mão esbelta enganchou ao redor de seu braço.
- Lady Ibsen, - ele retornou, parando seus pensamentos voadores.
- Mm. Era Jeanette ontem à noite, ela respirou, apertando seu seio contra ele.
- Isso era em particular.
- Ah, entendo. E esta noite você está, de outro modo, ocupado. Bem, eu estou de olho. Eu tenho várias futuras possíveis noivas em mente para você. Venha comigo.
Ele olhou abaixo em seu rosto oval, virado para cima e em seus olhos escuros, qual sotaque de sua linhagem espanhola. - As noivas que não se importariam se seu marido continuasse sua infidelidade com uma mulher em particular de reputação questionável, eu presumo?
Ela sorriu só o suficiente para insinuar seduções reservadas. - Claro.
Com um suspiro ele gesticulou a ela para ir à frente. Enquanto eles empurravam a multidão, porém, ele não podia resistir olhar pela última vez sobre o ombro uma alta jovem com dedos mornos e um sorriso torto.


Capítulo 2


E finalmente, notícias mais tranqüilas, Lorde Herbert Beetly foi visto mais cedo esta semana, comprando um chapéu marrom para combinar com seu casaco marrom e calça comprida marrom, que, com certeza, combinam totalmente com seu cabelo marrom e olhos marrons.
Quem discorda da pergunta - que Lorde Herbert ao comer em um restaurante, ele escolheria bolo de chocolate marrom? Este Autor de alguma maneira não pensa. As batatas de Browned parecem muito mais para seu gosto.
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 31 de maio de 1818.

- Nós pensamos que o erro de sua prima com Lorde Easterly teria sido lição suficiente para você, Charlotte. Charlotte?
Charlotte olhou à frente de seu prato de torradas cobertas de marmelada, consternada ao perceber que ela não ouviu uma palavra do que seu pai falou. - Sim, Papai, - ela respondeu de qualquer maneira, decidindo que seria uma resposta segura.
Bem, obviamente não era. - Sua mãe disse a mim que você não só falou com Lorde Matson, mas que você encorajou sua conversa.
- Eu simplesmente estava sendo cortês, - ela contrapôs, fazendo o melhor que podia para manter sua atenção na conversa, não voltando a um colorido sonho, Xavier Matson.
- Existe uma hora em que a cortesia deve dar lugar a responsabilidade, - o barão declarou. - Graças ao erro de sua prima em julgar, esta família está mais uma vez em uma posição delicada. Outro escândalo poderia...
- Papai, Sophia casou com Easterly doze anos atrás. Eu tinha sete anos, pelos céus. E eu não consigo ver o que era tão escandaloso sobre isto, de qualquer maneira."
Lorde Birling baixou suas sobrancelhas. - Como você diz, você tinha sete anos. Você não testemunhou o alvoroço quando Easterly simplesmente deixou a Inglaterra e abandonou Sophia. Eu fiz. E ninguém nesta casa tentará revolver isto. Isto está claro?
- Sim, está claro. Perfeitamente claro. E não se preocupe, Papai. Eu estou certa que Lorde Matson nunca terá determinação para falar comigo novamente. Especialmente não depois do modo que sua mãe praticamente entrou em histeria à vista dele. Charlotte suspirou. Primeiro o milagre dele olhar para ela, e falar com ela, então sua destruição - se alguma vez ele pensasse nela novamente seria em estar agradecido de ter escapado.
- Eu agradeço por Lorde Herbert não ter visto você conversando com outro homem, - a baronesa contribuíra através da mesa.
Desta vez Charlotte fez cara feia. - Então agora eu não tenho permissão para falar com qualquer um?
- Você sabe muito bem o que quero dizer. Nós não estamos sendo cruéis, querida, e eu espero que você perceba isto. Nós estamos fazendo o máximo para fornecer a você o melhor futuro possível, e eu acho razoável ter a certeza que você não fará nada para sabotar o que será melhor para seu próprio interesse."
Ela odiava quando seus pais eram diretos - especialmente quando seu possível melhor futuro era tão sem graça quanto Lorde Herbert Beetly. - Claro, - ela disse, inclinando-se até bater levemente na mão de sua mãe. - É só que a excitação parece terrivelmente rara em minha vida, e como é tão bonito, às vezes é difícil de ignorar.
- Hm. - Seu pai deu um sorriso breve. - Tente.
- Eu tentarei.
Naquele momento, como se tivesse esperado no corredor para sua sugestão, o mordomo abriu a porta do salão do café da manhã.
- Milorde, milady, miss Charlotte, lorde Herbert Beetly.
Charlotte abafou um suspiro, ficando em pé a mesa como seus pais fizeram para saudar o convidado. - Milorde, - ela disse, fazendo uma mesura, e desejando por um segundo, apesar dela ter prometido, que pudesse ser alguém arrojado como Lorde Roxbury ou Lorde Matson vindo para cortejá-la.
A inércia de Herbert não era sua culpa, ela supunha; Sua família inteira parecia sofrer de uma singular falta de genialidade e imaginação. Quando ele terminou de saudar seus pais e a abordou, ela teve que admitir que ele era agradável na aparência - que ele se vestia bem. E se seu olhar estava um pouco... choco, seu semblante era bonito.
- Miss Charlotte, - ele disse, curvando acima de seus dedos pegajosos de marmelada, - seu acompanhante de compras chegou.
Ele também tendia a indicar o óbvio. - Sim vejo. Se você me der um momento, nós poderemos sair logo.
- Com prazer.
Quando ela se desculpou e se apressou para cima para pegar seu chapéu e luvas, ela ouviu seu pai inquirir se Herbert já havia comido ou não. Claro que ele comeu; esta manhã ele teria se barbeado, vestido, comido, e escolhido a carruagem apropriada, exata para sua aventura porque, bem, isso era o que se faz antes de visitar alguém.
- Oh, fique quieta, Charlotte, - ela disse a si mesma quando ela pegou suas coisas e retornou ao andar de baixo. - Sua vida é ordenadamente da mesma maneira.
Com sua empregada, Alice, acompanhando eles, ela e Herbert andaram por Bond Street em sua carruagem. Ela teria preferido um cabriolé assim ela podia olhar mais livremente, mas desde que estava chuviscando novamente, a carruagem fechada fez mais sensação.
- Eu espero que você não se importe com a carruagem, - Herbert disse quando eles desembarcaram, - mas com a chuva eu não pensei que o cabriolé fosse apropriado.
Bom Deus, eles estavam até pensando igual. Lutando contra uma crescente onda de pânico, Charlotte forçou um sorriso e passou pela porta da loja mais próxima. Ela era tão enfadonha quanto Herbert. Será que suas amigas, que sempre tiveram histórias excitantes para dizer, ainda que ela não acreditasse em quase todas elas, achavam ela tão insípida quanto ela pensava dele?
Tentando correr mais que sua própria estagnação, ela não viu o manequim de roupa até que ela deu com ele. Antes dela poder agarrá-lo, o pesado metal-estriado caiu longe dela, precisamente nos braços do comprador mais próximo. - Oh! Eu sinto tanto! Eu não estava olhando onde. . . Lorde Matson.
Com uma torção de seu lábio o conde facilmente empurrou o suporte de roupa novamente. - Charlotte Birling.
Os olhos de cobalto desbotado a olharam desde a cabeça até dedão do pé, e ela desejou estar vestida com algo menos coberto, apesar do tempo. Por causa da virtude, ela parecia com uma solteirona velha desalinhada. - Eu me desculpo, milorde.
- Você já fez isto. O que...
- Charlotte, - A voz de Herbert, em tom alto e firme, veio por detrás ela, -por que diabos você entrou aqui? Não está de todo adequado.
Seu olhar malicioso desde o vestido cinza escuro piorou sua situação. Antes de olhar em volta e franzir a testa, ela xingou. Por estar com tanta pressa de fugir de seus próprios pensamentos, ela poderia ter escolhido algum lugar mais apropriado que a loja de alfaiate dos homens. - Droga, - ela murmurou.
- Você está tentando escapar do sujeito? - O conde murmurou, balançando sua cabeça para estudar sua expressão.
- Não, só de mim mesma, - ela retornou, ruborizando. O que diabos estava errado com ela? Para dizer uma coisa tão íntima para alguém, que alem de tudo era um, mesmo bonito, estranho. Era completamente atípico isso nela.
Algo brilhou em seus olhos, mas tinha ido antes dela poder começar a entender o que poderia ser. Para sua surpresa, entretanto, ele puxou um cartão de seu bolso e deslizou-o em seus dedos.
- Não, - ele continuou em um tom normal, - eu não saberia que estava faltando até que chegasse em casa. Obrigado, Miss Charlotte. Pertenceu a meu avô, sabe. E lá fora na chuva, iria ficar arruinado.
Ele segurou sua mão, e ela entorpecida custou colocá-la em sua palma. - Eu estou contente de ter notado que você deixou cair isto, milorde. - Ela fez uma mesura, lutando para manter sua voz firme quando ela queria cantar que isto era a coisa mais agradável que alguém tinha feito com ela. - Se me der licença, então. - Charlotte teria partido, mas com Herbert empoleirado atrás dela, a única saída teria sido atropelando o manequim novamente. Gesticulando ao homem que praticamente subia em seu ombro, ela escondeu seu nervosismo com um sorriso. - Lorde Matson, eu posso apresentar Lorde Herbert Beetly? Herbert, Xavier, isto é Lorde Matson.
Para seu crédito, Herbert se debruçou ao redor dela para oferecer sua mão. - Milorde.
Matson retornou o aperto. - Beetly.
Um balconista emergiu do fundo da loja. - Você está certo que não existe nada mais que eu possa fazer por você, milorde? - Ele esperançosamente perguntou, colocando um pacote embrulhado no balcão.
O conde manteve sua atenção em Herbert. - Não, obrigado. Você mandará a conta para mim?
- Claro, milorde. - O balconista finalmente olhou em direção a Charlotte. - Eu posso ajudá-la? - Ele perguntou, conseguindo soar oficioso e parecer duvidoso, tudo ao mesmo tempo.
Hm. Ela podia não ter a intenção de fazer isto, mas ela podia entrar com uns homens e fazer compras se ela desejasse. E se ela estivesse lá procurando por um presente para seu pai ou algo? Ainda assim, se Herbert contasse a seus pais que ela falou novamente com Lorde Matson, ela estaria em grande encrenca, sem adicionar qualquer outra coisa na mistura. - Não obrigado, - ela respondeu. - Nós já estávamos partindo.
Matson levantou o pacote e o colocou debaixo de seu braço. - Eu também, - ele disse, gesticulando para Charlotte e Herbert o seguirem para a rua.
Bondade. Meio que esperando que o conde pretendesse acompanhá-la em sua excursão de compras, Charlotte parou em baixo do mais próximo toldo excedente. A realidade certamente perdeu-se nas últimas vinte e quatro horas. Depois dela quase jogá-lo abaixo no alfaiate, seu coração começou um bater tão estrondoso que ela pensou que o funcionário deve ter ouvido.
Desde ontem à noite, não parava de lembrar do divertimento dos olhos de Lorde Matson e em sua maneira indiferente, confiante, que não se importava com o que qualquer um poderia pensar. Desde os sete anos que sua família tinha decidido que Sophia e suas desgraças significavam sua vergonha, ela desejou que ela pudesse ser indiferente e negligente sobre as opiniões das outras pessoas.
- Obrigado novamente, Miss Charlotte, - disse o conde com a voz carregada. Tomando sua mão, ele alisou as pontas de seus dedos com seu dedo polegar e então a soltou novamente. - Beetly.
- Matson.
Ela observou o conde seguir rua abaixo até que ele desapareceu em uma loja de chá. Um momento mais tarde ela percebeu que Lorde Herbert estava no meio da chuva, a água gotejando na borda de seu chapéu, ofuscado nela. Charlotte limpou sua garganta. - Eu preciso de um par de fitas de cabelo prateada, - ela avisou, andando toda a rua sem olhar para ver se ele a seguia.

Xavier permaneceu na janela da loja de chá, assistindo quando Charlotte Birling entrou na modista, sua escolta e sua criada a seguindo. Então a jovem com os olhos bons tinha um namorado. Ontem à noite ele pensou que a mãe havia inventado a fim de escapar de sua conversa.
Ele gostou da textura de seus dedos; no último dia ele lembrou da sensação de sua morna mão dentro das suas várias vezes. Parecia emocionante a maldita melhor idéia que ele teve em semanas.
Ele se sentiu fisicamente atraído por mulheres antes, então a sensação não era tão incomum. A coisa estranha sobre seu interesse assombroso em Miss Charlotte Birling era sua obsessão com sua boca. Assim que ele viu seu sorriso ele pensou em beijar seus suaves lábios, de dizer e fazer coisas em favor dela assim ele poderia ver seu sorriso genuíno, torto.
Ele devia estar divertido, exceto quando ele assistiu Lorde Herbert Beetly a sombrear, ele não era divertido. Ele estava acostumado a avaliar o caráter de inimigos e supostos amigos num piscar de olhos, e ela parecia ser alguém dura, muito inquieta e recatada, e achava isto uma perspectiva difícil.
Por razões que poucas pessoas entenderiam, ele podia simpatizar.
Outro par de mulheres apressadas passou pela janela, seus guarda-sóis franzinos resistindo no vento forte. Lady Mary Winter e sua mãe, Lady Winter. A Winter mais jovem estava em sua lista de futuras possíveis cônjuges em potencial, entretanto na verdade ele gastou mais tempo riscando nomes dentro e fora dela que examinando realmente uma união. Ele sabia o sentido do casamento; ele era o Conde Matson agora, e um conde precisava de herdeiros. Se sua própria família era um exemplo, ele precisaria de dois. Pois o primeiro podia morrer de pneumonia, e o segundo podia abandonar sua carreira militar e apressar-se para casa e tomar o lugar de seu irmão como se isso fosse o plano desde o princípio.
- Sir? Existe algo que você deseja comprar?
Xavier saltou, relutantemente girando da janela até o vendedor de bolos olhando para ele por trás do balcão carregado de comida. Desde que ele esteve usando a vitrine do homem, ele supôs que devia pagar pelo privilégio. Ele abordou, apontando a uma provável pilha de bolos e chá. - Uma dúzia daqueles, - ele disse, esvaziando algumas moedas sobre o balcão.
- Muito bem, sir.
Tendo pago sua taxa de janela, ele retornou a vista enquanto o vendedor embrulhou sua compra. Charlotte e sua pequena companhia estavam ainda dentro da loja da modista, Beetly sem dúvida fazendo sugestões de moda perfeitamente adequadas e Charlotte educadamente ignorando todas elas. O divertiu que ele decidisse que podia ler seu caráter suficientemente bem para deduzir os pontos de sua conversa. Ele perguntou-se o que ela selecionaria, e se ela o vestiria fora da loja.
Agora que ele ativou sua imaginação, entretanto, sua mente não tinha conteúdo para adivinhar a cor de seu chapéu ou suas fitas de cabelo. Ele estava vendo-a removê-los, seus olhos marrons expressivos, olhando-o enquanto ele a observava despir-se, sua pele morna e radiante sob luz diminuta da vela. E ele estava ouvindo seus gemidos e gritos suaves de êxtase como ele ensinaria algumas coisas que o alto e envergonhado jovem Lorde Herbert não conheceria em sua melhor perspectiva.
Xavier tragou. Jesus. Ele coletou seus bolos de chá e andou a passos largos de volta a chuva. No canto da viela um pequeno grupo de moleques amontoados contra uma parede, seu entusiasmo habitual para mendicância e furtar bolsas amortecidos pelo mal tempo. Dando um assovio pequeno para conseguir sua atenção, ele lançou a eles o pacote de bolos.
Obviamente ele precisava ir para casa e examinar seus planos de casamento em uma luz mais séria. Simpatizando com uma absurdamente puritana jovem que era completamente oposta ao seu gosto habitual era uma coisa, mas isto rapidamente estava começando a soar como uma obsessão. E isso o estava aborrecendo extremamente.
- Eu pensei que nós estávamos aqui por fitas de cabelo, - Herbert disse, com seu rosto carrancudo e impaciente.
Charlotte olhou da prateleira de jóia por cima de uma massa de colares que se situava no canto da loja. - Nós viemos. Eu estava só olhando. Você não acha que alguns destes são bonitos?
Em particular, ela manteve um dedo num colar com uma corrente de prata intrincada e uma esmeralda em forma de gota em um engaste de prata delicada. Era no valor de alguns xelins, e o comprimento era extenso demais para usar com qualquer coisa que ela possuía, porem ela gostou dele.
- É desprezível, - Lorde Herbert retornou. - E um pouco espalhafatoso, você não acha? O que você iria fazer com isto?
- Mm, - uma voz feminina arrulhando da entrada. - Espalhafatoso é o ponto.
Charlotte se debruçou ao redor uma tribuna de chapéu para ver quem falou. Olhos escuros em um pálido e liso rosto como porcelana olhava de volta para ela. - Lady Ibsen, - ela disse, interiormente contraindo-se.
Falando com Lorde Matson duas vezes em dois dias a colocaria em encrenca suficiente. Conversando com Jeanette Alvin, Lady Ibsen, provavelmente conseguiria ser trancada em seu quarto por uma semana. A jovem esposa do finado Marquês de Ibsen uma vez tinha sido respeitável, Charlotte estava certa, mas desde a morte do seu marido ela se tornou conhecida por dar festas selvagens e por manter em sua companhia qualquer número de cavalheiros, tantos solteiros como casados. Seu mais recente, de acordo com os rumores, era ninguém menos que Lorde Matson.
- Miss Charlotte, - a marquesa respondeu, sacudindo as gotas de água fora de seu manto e dando sua sombrinha a sua criada. O rosto de Herbert avermelhou no momento que Jeanette apareceu atrás deles. - Milady, - Ele deixou escapar, respirando com dificuldade em seu plastrão.
Então até cavalheiros corretos não podiam se controlar o bastante na presença de Lady Ibsen. Hm. Herbert nunca corou perto dela. Não ajudou naquelas várias ocasiões em que Charlotte desejou ter a reputação da marquesa - e sua popularidade com homens jovens e bonitos.


- Por que é espalhafatoso o ponto? - Ela perguntou, principalmente porque se sentiu contrariada. Lady Ibsen deslizou para a prateleira de colares e ergueu um em seus dedos longos e delicados. - Atraente aos olhos, - ela disse, erguendo um falso rubi, uma bugiganga que captou a luz da lanterna.
- Então usaria quaisquer pedras preciosas reais, - Charlotte retornou.
- Ah, sim, mas não é somente o brilho - Ela fechou o gancho atrás de seu pescoço e passou sua mão para abaixo em toda a extensão da corrente. O rubi pendurado justamente entre seus seios, refletindo. - Também é o comprimento.
- Oh, meu Deus, - Lorde Herbert sussurrou, e por um momento Charlotte ficou preocupada que ele pudesse desmaiar.
Com uma risada baixa, Lady Ibsen retornou o colar para a prateleira. - E viu como é eficaz, - ela murmurou, sacudindo o rubi para enviá-lo em um lento, cintilante giro.
Charlotte não pode evitar um sorriso. - Entendo.
Ela voltou para as fitas de cabelo quando Lady Ibsen comprou um surpreendente vistoso chapéu azul, virou e saiu da loja. Herbert quieto fez uns sons de cacarejo em desaprovação o tempo inteiro, mas nem isso fez ele remover seu olhar da delicada figura da marquesa, de seios grandes.
Com um suspiro ela trouxe suas fitas para o balcão. Quando Herbert se moveu para a janela para ver Jeanette partir, Charlotte rapidamente encostou-se a prateleira e arrebatou o colar de esmeralda. Indicando com uma sobrancelha erguida que ela desejava incluí-lo como parte de sua compra, ela soltou-o em sua bolsa de pelica.
Movimentando a cabeça, a balconista pois as fitas em uma caixa pequena e entregou-a. - Oito xelins, minha senhora,- ela disse, com diversão em sua voz.
Charlotte pagou e apanhou seu pacote, dando a Alice. Quando eles deixaram a loja, Herbert devolveu uma carranca na direção da balconista.
- Eu digo, não concordo que você freqüente mais aquela loja. Oito xelins por duas fitas é escandaloso.
Eles retornaram a sua carruagem, e Charlotte não podia evitar olhar sobre seu ombro a qualquer sinal de Lorde Matson. - Escandaloso,- ela suavemente repetiu, tocando o colar em sua bolsa.

 

 

Capítulo 3


A fofoca parece dizer que o esplendido e terrível Lorde Matson poderia estar procurando por uma esposa, mas é difícil acreditar nestes rumores. Afinal, que homem de espírito casamenteiro iria a Lady Ibsen por conselho?
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 3 de junho de 1816

O visconde Halloren estava atrasado. Xavier verificou seu relógio de bolso pela terceira vez, então afundou de volta na edição do The Londres Times que ele supostamente estaria lendo nos últimos quarenta minutos.
Passado o meio-dia, o White's club estava lotado. Compreensível, então, que o chefe dos garçons não olhasse excessivamente contente a posse da mesa por um único ocupante que solicitou apenas uma garrafa de porto e recusava-se a pedir o almoço.
Xavier, porém, não estava em um humor agradável, e ele não iria mover-se até que tivesse uma conversa com William Ford, Lorde Halloren. Ele e William eram primos distantes, e embora ele só tivesse encontrado o visconde uma vez antes de sua atual aventura em Londres, sua relação estava provando ser uma fonte valiosa de informações - particularmente já que agora a coluna do maldito Whistledown parecia obcecado com o roubo do bracelete de Lady Neeley, e estava dando o mínimo espaço para o desfile de jovens elegíveis pavoneando-se sobre a cidade nesta estação.
E ele precisava achar uma noiva. Depressa. Estar próximo a caça, sem a menor pista, estava deixando-o louco. Então nas últimas duas noites ele sonhou com uma jovem alta, cabelos escuros, com olhos fascinantes e uma boca aparentemente muito capaz.
- Matson.
Finalmente. Ele olhou por cima do jornal, gesticulando para seu primo sentar-se. - Halloren. Estou contente por você decidir me encontrar.
- Eu quase não o fiz. Com este maldito tempo a lama que estamos tendo, ninguém está indo a lugar nenhum. Eu juro que eu nunca vi tal multidão de carruagens nas ruas em minha vida.
- Então isto não é habitual?
- Bom Deus, não. Quando foi a última vez que você esteve em Londres?
Ele realmente teve que pensar sobre isto. - Seis anos atrás, eu acredito. Antes de eu partir para a Espanha.
- Seis anos no exército. Não me admiro você estar tão fixado em achar uma esposa agora que voltou.
- Cinco anos no exército, - Xavier corrigiu. - Um ano atrás em casa tentando entender como ser um proprietário de terras.
Halloren movimentou a cabeça, seu olhar surpreendentemente simpatico. - Conheci seu irmão. Acho que Anthony nunca me permitiria pagar por uma refeição.
Hm. Se isso era uma sugestão, ele aceitaria. Ele convidou o visconde para um interrogatório, de qualquer maneira. Ele poderia também alimentar o homem.
Eles fizeram seus pedidos, e Xavier viu que Halloren bebia de um cálice cheio até a borda de porto. Ele imaginou esta manhã que perguntar a um notório solteiro sobre uma lista de possíveis futuras noivas parecia um pouco estranho, mas o visconde permanecia sua melhor fonte até agora.
- Por que você é solteiro? - Ele perguntou de qualquer maneira, decidindo que se a resposta estivesse muito instável, ele rodearia o assunto e seguiria sozinho.
Halloren gargalhou. - Eu não sou casado porque eu não tenho nenhuma fortuna, e porque, bem, olhe para mim. Eu sou do tamanho de um boi. Assusto qualquer jovem casamenteira, eu penso.
Xavier riu. - Mas você manteve um olho para uma possível esposa, de qualquer maneira.
- Claro. Casar com uma jovem com dinheiro é minha esperança. - Ele balançou seu cálice, bebendo metade de seu conteúdo. - Diferentemente de você, seu sortudo bastardo.
Xavier remexeu seu próprio cálice. - Não é sorte, - ele retornou. - Nem boa sorte, de qualquer maneira. Eu preferia ter meu irmão que seu título e dinheiro.
- Eu quis dizer sua aparência horrorosa, realmente. Você não está exatamente só desde que entrou na cidade.
Sim, aparentemente todo mundo sabia sobre ele e Lady Ibsen, novamente graças aquela coluna de fofoca maldita. - Um homem faz o que precisa, - ele disse. - Mas isso me traz para meu ponto. Eu encontrei. . . Várias jovens ladies, e eu pensei que você poderia me dar uma opinião mais prudente sobre elas, do que eu possa formar sozinho.
Halloren desatou a rir, atraindo a atenção dos comensais em várias mesas vizinhas. - Oh, eu desejaria manter um diário, - ele bufou. - Você pedindo a mim conselho sobre mulheres.
- Conselho não, - Xavier contrapôs, franzindo as sobrancelhas. - Uma opinião. Você conhece mais a fundo a cerca de suas famílias do que eu, e quero fazer isto direito.
Fazer isto direito. Aquele pensamento particular o assombrou no momento que ele caminhou pela porta do Farley e percebeu que ter tudo tornava sua responsabilidade maior - a casa, a terra, os inquilinos, as colheitas, o título e seu futuro.
- Certo, certo. Quem é sua primeira candidata, então? - O nome em seus lábios não era o de ninguém de sua lista, e ele cerrou sua mandíbula contra isto. Pelo amor de Deus. - Melinda Edwards, - ele disse ao invés.
- Ah, ela é um diamante, não é? - O visconde suspirou. - Mal olhou uma vez em mim. Sua família é boa o bastante; Seu avô é o Duque de Kenfeld, sabe. Seu irmão começa a ter uma fraqueza por cavalos rápidos, mas nada que você não disponha, eu apostaria. Ha, ha. Aposta.
- Muito divertido. Que tal Miss Rachel Bakery?
- Você tem o olho em direção ao belo, não é?
- Eu estou explorando todas as minhas possibilidades.
- Bem, essa tem seu valor máximo estabelecido em Lorde Foxton. - Halloren olhou pra ele por um momento. - Você podia provavelmente mudar de idéia.
Eles continuaram por outros vinte minutos, e sem exceções ele aparentemente escolhera um conjunto de mulheres bem criadas, bonitas, amáveis, que qualquer um adoraria ou poderia facilmente ser persuadida a se tornar a Condessa Matson. E ele ainda queria perguntar sobre Charlotte Birling. Ela não a era sério, claro, apenas curiosidade, então qual era o mal? Ela era uma mulher solteira e sozinha, como qualquer outra jovem em sua lista, dificilmente óbvia. Xavier tomou uma respiração - e um gole de porto. - Charlotte Birling?
- Quem?
- Birling. Charlotte Birling. Filha do Lorde e Lady Birling.
- Oh, sim, sim, sim. Jovem alta, não diz muito. - Halloren ergueu uma sobrancelha. - Realmente, Matson?
Xavier encolheu os ombros, fazendo o seu melhor para olhar indiferente e ligeiramente chateado. - Só curioso.
- Bem, não se aborreça. Primeiro ela é prima de Lady Sophia Throckmorton. Sabe, a jovem que casou com Easterly doze ou mais anos atrás. Ele fez algo desprezível - não lembro o que - e deixou o país. Escândalo terrível. - O visconde inclinou-se adiante. - E Birling não vai deixar qualquer coisa acontecer a sua filha. Eles estão provavelmente contentes que ela não seja uma grande beleza, porque aquele modo dela não atrai os libertinos. Eles a casarão com algum simplório velho e seguro em breve. Qualquer coisa para evitar outro escândalo. Com Easterly agora como suspeito naquele fiasco do bracelete de Neeley, estão todos tremendo, sem nenhuma dúvida. - Ele riu novamente. - Então não é como se eles deixassem gente como você em qualquer lugar próximo a ela.
- Perdão?
- Vamos, rapaz. Todo mundo sabe que você tem Lady Ibsen sorrindo. E isto não é nenhum feito fácil.
Com uma sobrancelha erguida, Xavier cavou em seu prato de presunto assado. Ele não estava disposto a comentar, não importa que relações privadas estavam sendo discutidas. Além disso, algumas coisas sobre Charlotte Birling abruptamente fizeram muito sentido. Não o espanta sua mãe parecer tão assustadiça quando ele aproximou-se.
Ele devia estar aliviado. Entretanto ele discordou da avaliação de Halloren, sobre a sua aparência, ela não era seu tipo habitual de presa delicada, de seios grandes. E com a histeria de seus pais sobre escândalo, Não admira que outros homens a olhariam, não a achariam impressionante, e a dispensariam por ser problema.
Mas ele não estava aliviado. Nem um pouco. Sua beleza é mais profunda do que a maioria, mas ele enxergou isto. E de algum modo o saber que ela era inacessível a fez ainda mais desejável. Sim, ele a quis, quis tocar em sua pele morna e quis saber como ela seria quando removesse sua preocupação com sua decência - junto com seu vestido conservador e chapéu adequados, e seu cabelo excessivamente esticado.
- Então você reduziu isto a uma meia dúzia, então? - Halloren estava dizendo.
Xavier sacudiu a si mesmo. - Sim.
- Boas escolhas, eu tenho que dizer, - seu primo concordou. - O mais difícil será decidir-se por uma só.
- Nenhuma dúvida. - Exceto que ele aparentemente reduziu a lista para uma só - e ele não teve nenhuma idéia de como ele poderia ganhá-la.
Tomando um gole longo de porto, ele fez um movimento para reabastecer. Ele teve o desejo abrupto de ficar muito, muito bêbado. Jesus. Era cômico, exceto que ele não estava rindo.

- Oh, venha comigo, - Melinda Edwards adulou na manhã seguinte, arrastando Charlotte pelas mãos em direção à porta. "Não está chovendo, e eu perecerei se não tomar um pouco de ar fresco."
Embora ela se sentisse do mesmo modo, Charlotte hesitou. Sua mãe permitiu que ela visitasse Melinda, mas ela deixou bastante claro que ela só ficaria para um primeiro almoço e então retornaria para casa. Miss Edwards era conhecida por ter cavalheiros visitando-a nas tardes, e Deus me livre que Charlotte estivesse ali deleitando-se com sua amiga refletindo esplendor e possivelmente encontrasse alguém de reputação manchada.
Ainda assim, ninguém podia procurar Melinda se ela não estivesse em casa. E elas ainda não almoçaram. - Muito bem, - ela concordou. - Um passeio pequeno.
- Sim, sim. Só uma rua ou duas.
Lady Edwards olhou de cima de sua escrivaninha. - Leve Anabel com você. E não fique fora muito tempo. Se você pegar uma febre terá que ficar em casa pelo resto da semana.
- Sim, Mamãe.
A criada de Melinda uma vez juntando-se a elas, partiram em um passo vivo abaixo por White Horse Street em direção a Knightsbridge. Não estava chovendo, mas ela olhou como se isso pudesse mudar a qualquer momento. Ainda assim, era bom estar fora sem ter que carregar um guarda-sol ou arriscar-se a arruinar o chapéu.
Melinda laçou seu braço ao redor de Charlotte. - Você nunca adivinhará quem veio me visitar ontem.
- Por favor, diga-me - Charlotte disse com um sorriso. - Você sabe que eu vivo de ouvir falar de suas conquistas românticas.
- Bem, ele não é uma conquista, exatamente. Não ainda, de qualquer maneira. Ele pareceu bastante interessado, entretanto, e até me trouxe rosas brancas. - Sua delicada face baixa. - Ele também pareceu um pouco... Embriagado, entretanto eu poderia ter confundido.
- Diga-me, pelos céus!
- Xavier, Lorde Matson. Você pode acreditar nisto? Ele tem os olhos mais bonitos, você não acha?
- Sim, ele tem, - Charlotte disse suavemente, seu coração desintegrando. Quando Melinda olhou para ela, entretanto, ela conseguiu dar um sorriso. Ele não era para ela, de qualquer maneira. Todo mundo sabia disto. Não com sua manchada reputação e a dela ridiculamente limpa. Simplesmente porque ele falou com ela duas vezes não significa nada. - Que excitante! Ele falou com seu pai?
- Oh, longe disso, é cedo demais. Mas ele me perguntou tudo sobre meus interesses, e meus amigos - e quando eu dei a ele seu nome, ele mencionou que se encontrou com você! Você menina terrível! Por que você não me disse?
Por um momento Charlotte não podia lembrar como respirar ou falar, e ela quase esqueceu como caminhar. Ele a mencionou. Ele a lembrou. Uma picada parou sua espinha. O conde Matson falou seu nome, enfadonho ou não, destinada a Lorde Herbert Beetly ou não, e reconheceu que eles se encontraram.
Ela percebeu que Melinda ainda a olhava esperançosamente. - Oh, ele chocou-se praticamente comigo em Hargreaves' Ball, - ela contou. - Ao dizer que nos encontramos, bem, eu penso que ele estava só sendo cortês.
- Muito bem. Está perdoada, minha querida. Eu pensei que deveria ser algo assim. E quando eu disse que você estava praticamente comprometida com Lorde Herbert, ele disse, 'Sim, eles parecem bastante compromissados.'
Bem, isso deixou uma coisa clara. Lorde Matson não prestou muita atenção a seus dois encontros e se até ele pensou nela "muito compromissada" com Herbert. Ela mal podia tolerar o homem, por causa da bondade. E embora ela não esperasse nada mais, ainda machucava. Podiam existir poucas coisas piores, ela supunha, do que ter uns devaneios e afundar na lama. Agora ela nem poderia fingir que ele tinha uma paixão secreta...
- Bom dia, Miss Edwards, Miss Charlotte. - Num som tão baixo, de fala arrastadamente masculina, Charlotte moveu sua cabeça ao redor tão rápido que ela quase tropeçou. - Lorde Matson, - ela gritou, quando ele diminuiu a velocidade de seu cavalo preto magnífico ao lado delas. Claro. Era quase dez horas. Ele estava a caminho do clube de boxe.
Muito mais conectada, Melinda sorriu e fez uma meia-mesura. - Que surpresa agradável, milorde! Eu dificilmente esperava vê-lo esta manhã.
Charlotte impediu uma carranca abrupta. Melinda era uma mentirosa terrível. Ela absolutamente esperaria ver o conde, o que queria dizer que ele teria mais do que uma mulher espiando-o enquanto ele ia para Gentleman Jackson todo dia pela manhã.
- Sim, eu estou a caminho de um compromisso, - ele retornou. - Mas desde que nós parecemos estar indo na mesma direção, eu poderia caminhar com você um pouco?
- Claro, milorde.
Quando ele desceu de seu cavalo, Melinda soltou-se do braço de Charlotte, fazendo um espaço entre as duas para o conde. Oh, querido. Mamãe iria matá-la. Três dias em menos de uma semana, conversando com Xavier Matson. Tirando o fato de que ele não estava juntando-se a elas para conversar com ela, claro. Ele estava interessado em Melinda. E Charlotte dificilmente podia culpá-lo. Sua amiga era esbelta, delicada e loura, com olhos verdes cintilantes e graça perfeita. E pela primeira vez em sua longa amizade, Charlotte a odiou.
Mas apesar dela saber que ele não estava lá por sua causa, mesmo que ele tivesse se juntado a elas para poder andar com Melinda, sua respiração parou quando ele deu seu cavalo a sua criada e ofereceu um braço a sua amiga e o outro a ela. Ele pegou sua mão duas vezes antes, mas isto era o mais perto que eles estiveram um do outro. Mesmo através de sua capa e casaco, Charlotte podia sentir o calor dele, fluindo por sua própria manga e luva e em sua pele. Lorde Matson era alto, mesmo para ela. O topo de sua cabeça ia até seu queixo, que teria sido perfeito, ela pensou, para valsar. Os músculos de seu braço tocaram em baixo de seus dedos, fazendo ela querer subir suas palmas junto a seus ombros.
Como ele virou e engajou Melinda em uma conversação, Charlotte não podia evitar inclinar-se um pouco mais perto para aspirar seu odor. Sabão de barbear, torrada e couro - uma surpreendentemente e intoxicante combinação.
O olhar de cobalto desbotado sobre o seu como se ele soubesse que ela esteve cheirando-o. - E o que vocês duas estão fazendo aqui fora esta manhã?
- Caminhando, - Melinda respondeu antes dela poder.
- Isso eu vejo. Vocês se arriscaram, entretanto, vindo do lado de fora neste tempo.
- Nós não somos feitas de açúcar, milorde, - Charlotte retornou, tentando recuperar sua compostura. - Ou pelo menos, eu não sou.
Ele riu. "Não, você parece ser composta de várias especiarias mais sutis." Seu olhar demorou no seu um momento antes dele girar para Melinda novamente. - E você, Miss Edwards? Quais são seus ingredientes?
- Oh, céus, devem ser açúcar, pois estou certa que eu derreteria na chuva. Eu não sou tão robusta quanto Charlotte.
- Não se preocupe, Melinda, - Charlotte disse, desejando que ela pudesse demorar em seu comentário sobre ingredientes, preocupada que Melinda a fizesse soar como um animal de fazenda. - Eu emprestaria a você meu guarda-sol. - Ela arriscou um olhar no rosto de Matson. - E de que ingredientes é você, milorde?
- Charlotte!
- É uma pergunta justa, Miss Edwards, - o conde contrapôs, seu sorriso suave aumentando. - Eu suponho, entretanto, que dependeria do que você perguntou. Meu irmão costumava dizer que eu estava cheio de ar quente.
Melinda deu sua encantadora e borbulhante risada. - Oh, seguramente não.
- Eu prefiro pensar sobre mim mesmo como meramente sangue, nervo e osso, entretanto eu suponho que soe bem mundano.
- Ele soa verdadeiro, - Charlotte disse, mantendo seu rosto virado para longe para que os outros dois não vissem seu rubor. Sim, sua mãe a enviaria para longe, para um convento, mas valeria a pena isto. Ela nunca esperaria poder brincar com Lorde Matson, muito menos descobrir que ele tinha um senso de humor e uma inteligência aguçada, que desmentiu bastante sua dissoluta reputação.
Eles pararam quando alcançaram a Brick Street. - Nós prometemos a minha mãe retornar para casa, - Melinda disse, seu olhar fixo deixando tão claro que ela desejava que ele concordasse em acompanhá-las todo o caminho.
- E Lorde Matson tem um compromisso, - Charlotte lembrou, incapaz de conter a irritação dura em sua voz. Estar perto dele e tê-lo dividindo a atenção com outra pessoa era insuportável. Efêmero ela perguntou-se o que ela faria se ele casasse com Melinda. Era estúpido, porque ela não tinha absolutamente nenhum direito sobre ele, mas ela não estava certa de que poderia permanecer amiga de Miss Edwards sabendo quem era seu marido.
- Então eu irei. Eu presumo que as senhoras estarão no teatro amanhã à noite?
- Oh, sim, - Melinda esguichou.
Ele afastou-se e recuperou seu cavalo, lançando-se na sela com uma graça atlética que fez Charlotte sentir dor. Ele inclinou seu chapéu as duas - Então talvez eu veja você lá, - ele disse, seus olhos encontrando o seu por um breve momento. Um segundo mais tarde ele assobiou para sua montaria, e eles foram rua abaixo.
- Eu penso que posso desmaiar, - Melinda arrulhou, abraçando-se.
Charlotte olhou de cara feia. - Não seja tola; o chão está todo molhado.
- Oh, Charlotte, eu estou só sendo romântica. - Miss Edwards agarrou sua mão novamente. - Venha comigo, agora. Eu de repente estou faminta. Você não está?
- Sim, - Charlotte automaticamente respondeu, entretanto o almoço se tornou a coisa mais longe de sua mente. Não, agora ela teria que achar um caminho para convencer seus pais a ir ao teatro amanhã à noite. Xavier Matson poderia quase pertencer a outra pessoa, mas pelo menos ela ainda podia olhar.

- Eu pensei que você ficaria além do jantar. - Jeanette, Lady Ibsen, brincou com uma vela, sacudindo os dedos através da chama. Seus criados deixaram o jantar vinte minutos atrás, e Xavier soube que não os veria novamente esta noite. Jeanette tinha seu pessoal sumamente bem treinado.
- O jantar estava magnífico, como sempre, - Xavier retornou, deixando seu guardanapo na mesa, - mas eu estou indo ao teatro hoje à noite. Eu disse a você que não ficaria.
Ela suspirou. - Sim, eu sei. Se deve sempre esperar, porém. - Inclinada através da extremidade da mesa, ela lambeu a curva de sua orelha. - Eu sou muito melhor que Hamlet, Xavier.
- Eu não duvido disto. A peça hoje à noite é Como Você Gosta Disto, porém, e você dificilmente é uma comédia.
- Sim, mas nós podíamos jogar como você gosta a noite toda, - ela retornou, chegando mais perto para enroscar seus dedos em seu cabelo.
Em qualquer noite anterior, desde que ele chegou a Londres, ela não teria que seduzi-lo deste jeito para convencê-lo. Esta noite, entretanto, a sensação de que ele estava desinteressado era aborrecida. Ele precisava estar em outro lugar.
- Eu gostaria muito disto, estou certo, - ele retornou, encolhendo os ombros livres de suas mãos tão suavemente quanto ele podia, - mas eu sou esperado.
Ela endireitou, o movimento trazendo algumas coisas muito boas para a frente de seu decotado vestido de Borgonha. - Quem é ela?
Xavier empurrou de volta em sua cadeira e permaneceu. - Perdão?
- Oh, eu não sou ciumenta, - ela disse, movendo seus pés com a graça de um felino, - entretanto eu fico surpreendida. Eu pensei que nós estávamos procurando por uma esposa que teria uma certa compreensão sobre nossa relação. Quem quer que seja ela, entretanto, tem sua atenção. E seu interesse.
Franzindo as sobrancelhas ele parou sua retirada. - Tudo que eu disse era que eu sou esperado. Eu estou compartilhando um camarote com Halloren.
- Então você não achou uma mulher que conseguiu seu interesse. Alguém que você está com pressa de ver no Teatro hoje à noite.
- Não.
- Hm. Talvez eu apareça pó lá. Eu amo Shakespeare.
Interiormente amaldiçoando, ele deu de ombros. Esta sua obsessão já era suficientemente difícil sem Jeanette espreitando nas sombras, tentando excedê-lo em esperteza. - Adapte-se, minha querida.
- Eu sempre faço, meu querido. - Ela segurou sua mão, e ele curvou acima disto. - Eu tenho uma idéia já, sabe, mas eu não estragarei sua diversão.
- Jeanette, d...
- Eu disse a você, eu não sou ciumenta. Eu gosto demais de você para desejar-lhe mal. - Ela sorriu. - Mas estarei aqui se acontecer de você não ser. . . Aceitável para seus pais. Você adquiriu uma certa reputação, afinal, e será esperado ter padrões altos. E um olhar errante.
Sim, ele adquiriu uma reputação, entretanto a maior parte era tolice. Jeanette disse que ela não era ciumenta, e dado o modo como ela viveu sua vida, ele tendeu a acreditar. - Hipoteticamente, como iria um cavalheiro de reputação questionável ir como vencedor perto dos pais de uma adequada jovem?
Lady Ibsen dobrou seu braço ao redor do seu, especulação em seus olhos escuros. - Hm. Como podemos fazer que você pareça respeitável?
Com um bufar, Xavier se soltou. - Eu não sou tão ruim, - ele disse, rumo ao vestíbulo. - Eu conseguirei.
Sim, ele tomou algumas amantes desde que ele chegou a Londres, e ele gastou tempo apostando somas bastante grandes e bebendo um pouco demais, mas ele nunca reivindicaria ser um santo, pelo amor de Deus. E depois de um ano praticamente preso em Devon, tentando meter-se por um enredo de documentos e finanças por alguém que não esperou estar morto na idade de trinta e um anos, ele precisou de uma pequena realização e um pouco mais de distração.
- Talvez lembre a eles que você é um herói de guerra, - Jeanette sugeriu quando ele pegou seu chapéu e casaco. - Oh, ou talvez que você está determinado a deixar seus modos escandalosos para trás. Em toda verdade, entretanto, eu duvido que eles acreditem que suas filhas sejam capazes de dissuadir você de sua diversão.
- Então você deve estar pensando sobre a mulher errada, - ele arrastou, fazendo sinal ao mordomo para abrir a porta. Só prometa que você não interferirá.
Ela pôs um longo dedo da mão em seu peito. - Eu? Se eu não gostar dela, talvez. Mas eu prometo. Nenhuma interferência.
Xavier sinalizou sua carruagem e subiu a bordo. Nenhuma das jovens em sua lista poria em cima qualquer objeção em todo seu termo. A lógica disse a ele simplesmente para escolher uma delas e embarcar em fazer um herdeiro e re-enraizamento de sua árvore genealógica.
Lógica, porém, parecida terrivelmente inadequada quando ele olhou para Charlotte Birling. Sua mera presença o despertou. Mas não era somente uma atração física que ele podia despojar longe como qualquer uma ou outra pessoa. Ele gostou de estar em sua companhia; desde que eles se encontraram, ele gastou mais tempo pensando de como ele se tornou só desde a morte de Anthony, e como ele não se sentiu daquele modo quando falou com Miss Charlotte.
Mas antes disto estender-se, ele precisaria gastar mais de dois minutos de conversa com ela, e ele precisaria saber se ela poderia ficar interessada em alguém com uma reputação pobre, autorizada ou não.


Capítulo 4


Como não existe nenhuma notícia do caso de Neeley, este autor uma vez mais enfocará em um destes assuntos favoritos da Coluna: Conde Matson.
Os rumores antigos que ele poderia ser amarrado ao altar parecem ter mais validade do que no começo desta semana; Realmente, foi verificado que ele procurou Miss Melinda Edwards na segunda-feira, e então ele foi visto escoltando esta mesma lady (e uma companheira não identificada) em White Horse Street ontem. Pareceu ser uma reunião acidental, mas como todos os leitores queridos conhecem, nenhuma reunião entre homens e mulheres solteiras é sempre verdadeiramente acidental.
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 5 de junho de 1816

- Você não disse que a apresentação estava esgotada por semanas? - Lady Birling perguntou, sentando ao lado de Charlotte em seu recém alugado camarote do teatro.
- Tem sido, - Charlotte afirmou depressa, esperando não ter ninguém nos camarotes vizinhos para escutar isto. - O tempo provavelmente tem mantido alguns deles longe.
Seu pai tirou seu casaco e o lançou acima da cadeira na traseira do camarote. - Eu desejaria nos manter longe, - ele murmurou, tomando a cadeira atrás de sua esposa.
- Você gosta do teatro, papai.
- Geralmente, sim. Com Easterly na cidade, porém, eu prefiro que nos mantenhamos mais reclusos.
Se fossem se tornar um pouco mais reclusos, ela desapareceria completamente. - Sophia não parece se importar muito que ele tenha retornado.
- Eu acredito que Sophia queira ter o casamento anulado, - a baronesa contrapôs em uma voz mais baixa, olhando sobre o ombro como seu marido fez. -E com as acusações de Lady Neeley, quem pode culpá-la?
Com dificuldade Charlotte manteve seu silêncio, ao invés ergueu seu programa assim ela podia perscrutar em torno das extremidades nos camarotes ao redor do teatro. Ela podia defender Lorde Easterly e Sophia até que perdesse sua respiração, mas seus pais obviamente já tinham feito suas cabeças sobre o episódio inteiro.
A verdade seja dita, ela mal se lembrava de Lorde Easterly, de qualquer maneira, a não ser que ele era bastante alto e tinha uma risada agradável.
Melinda e sua família estavam em suas cadeiras vários camarotes mais perto do palco. Dando um aceno rápido, Melinda voltou a olhar a multidão tanto quanto Charlotte estava. Elas estavam, claro, procurando pelo mesmo homem - e pelo menos Melinda tinha razão para fazer isso. Se o valente Lorde Matson aparecesse, seria porque ele desejava ver Miss Edwards.
- Charlotte? - Sua mãe quietamente disse, batendo levemente em sua mão. - Você parece triste. Você está se sentindo bem?
Ela se agitou. - Sim, eu estou bem. Eu estava só pensando sobre Sophia.
- Espero que sua prima tenha determinação e capacidade de colocar este dissabor para trás. Ela certamente o fez quando Easterly a abandonou antes.
Charlotte não estava tão certa que Sophia pôs qualquer coisa para trás, mas sua prima se tornou perita em convencer as pessoas que era capaz disso. Às vezes Charlotte desejava que ela pudesse parecer tão tranqüila, elegante e composta. Ela nunca teve muita sorte com aquilo, mas pelo menos ela tinha a vantagem de poder passar praticamente imperceptível.
Até seus pais sucumbiam a sua invisibilidade às vezes, entretanto não tão freqüentemente agora que ela tinha mais idade e precisava ser introduzida na Sociedade e um marido em potencial. Sua irmã mais velha, Helen, casou ao final de sua primeira temporada, entretanto ela era borbulhante e risonha, e possuía grandes olhos marrons e muito talento para o piano e a valsa.
Até que deixou Charlotte com Lorde Herbert. Ela tentou reclamar sobre sua falta de animação, mas sem proveito. Seus pais queriam casá-la; Ela queria casar. Em seus sonhos, entretanto, estaria com alguém que achasse interessante e excitante - e com alguém a quem ela podia ao menos dizer algo engraçado e dar risada. Aos olhos dos seus pais, ela deveria conformar-se com Herbert porque, bem, como ela podia esperar qualquer coisa mais?
- É uma vergonha que nós não tenhamos convidado a Lorde Herbert para juntar-se a nós, - sua mãe disse, sentando de volta quando as cortinas abriram.- Ele gosta de teatro?
- Eu honestamente não sei, - Charlotte sussurrou de volta. Ela cuidou de não pensar, porque apreciar o teatro exigia uma imaginação, e ela não acreditava que ele tivesse uma.
Ela deu uma última olhada quando a peça começou e abruptamente espiou Lorde Matson. Ele se sentou nas sombras em direção à parte de trás do camarote de Lorde Halloren, que do contrário estava lotado com várias mulheres exageradamente vestidas. Demi-mondaimes, sua mãe as chamaria. Ela se inclinou um pouco pra frente para ver melhor. Ele pareceu estar ignorando o resto dos ocupantes do camarote, ao invés olhava em direção ao palco.
- Charlotte, pare de olhar estupidamente as pessoas, - sua mãe murmurou.
- Todos os outro estão.
- Você não é todos os outros.
Charlotte se sentou pelo primeiro e segundos atos, muito consciente do conde sentado em algum lugar atrás acima de seu ombro. Rapidamente ela se perguntou se ela devia pedir permissão para visitar o camarote de Melinda no intervalo, porque Lorde Matson provavelmente estaria fazendo a mesma coisa. Oh, ela era tão malditamente óbvia.
Quando as cortinas se fecharam ela juntou-se ao aplauso. Agora todo mundo deixaria seus camarotes para se entrosarem, fofocarem e serem vistos, e ela e seus pais ficariam sentados onde eles estavam, onde ninguém possivelmente podia pensar que eles fossem qualquer coisa exceto extremamente dignos.
- Charlotte, você pediria a um criado para me buscar um cálice de Madeira? - Sua mãe perguntou. - Este tempo vai causar minha morte.
Piscando, Charlotte levantou-se. - Claro. Eu só irei fora da cortina.
Sua mãe sorriu. - Eu não espero que você vá embora. Nós confiamos em você, querida. Nós só desejamos o que julgamos ser melhor para você.
Não era com suas ações que eles precisavam preocupar-se; era com seus pensamentos. Contentando-se com um aceno de cabeça, ela deslizou ao redor da cadeira de seu pai e passou pelas cortinas pretas pesadas. O corredor de cima estava abarrotado com pessoas, luz e barulho, e ela se lançou de volta contra a parede por um momento para conseguir andar.
- Você está apreciando a peça? - Uma voz disse suavemente ao lado dela.
Ela reconheceu a voz imediatamente, e enquanto uma profunda excitação corria por seu corpo, ela encarou Lorde Matson, olhando até encontrar seu desbotado olhar azul. - Eu estou. E você?
Ele deu um pequeno sorriso. - Eu mal posso ouvir isto. Halloren parece ter convidado todo o cantor de ópera em Londres a juntar-se ele em seu camarote.
- Eles são... coloridos, - ela ofereceu.
Seu sorriso aprofundou. - Você estava olhando para mim.
Droga. - Bem, eu... Você viu, eu... Você disse que viria hoje à noite.
- Então eu fiz.
Oh, ela podia somente olhá-lo para sempre. Na luz do lustre seu cabelo de âmbar colorido parecia ouro rico, um pouco ondulado, com um fio através de um olho. Percebendo que ela estava olhando fixamente, Charlotte clareou sua garganta. - Eu acredito que Melinda Edwards está na assistência, também. Você deve achá-la naquela direção. - Ela gesticulou o corredor de cima.
- Eu sei onde ela está, - ele respondeu. - Eu posso fazer a você uma pergunta?
- Claro.
Pela primeira vez em seu pequeno conhecimento ele pareceu incerto. Charlotte podia entender. Quando ela o viu de longe, o nervosismo a inundou. Quando eles realmente falaram, porém, ela sentiu... Exaltou, mas tranqüila, como se ele fosse a coisa mais natural no mundo.
- Herbert Beetly, - o conde continuou, sua voz muito mais suave. - Vocês estão noivos?
Ela ruborizou. - Não. Não ainda, de qualquer modo.
- Então você espera uma proposta dele. - Sua voz soava apertada, mas sem dúvida ele estava pensando sobre sua própria futura proposta a Melinda. Charlotte forçou um sorriso. - Mais provavelmente. Ele tem sido meu único pretendente no último ano.
Matson abaixou a cabeça. - Seu único pretendente? - Ele repetiu. - Por que isto?
- Por que. . . - Seu rubor se pronunciando, ela olhou na direção do criado mais próximo. Ela precisava fazer como sua mãe pediu e voltar antes que seus pais viessem procurar por ela. - Não há necessidade de ser mau, Milorde, - ela disse rigidamente.
Ele pegou seu braço suavemente, mas suficientemente firme para mantê-la ali. - Eu meramente fiz a você uma pergunta. É um acordo de família? Vocês foram prometidos um ao outro desde o nascimento ou algo assim?
- Não. Não seja ridículo. - Ele não pareceu estar zombando; de fato, ele parecia perfeitamente sério. Bem, ele fez uma pergunta, e ela nunca seria uma mulher de ilusões, não importa quão dolorosa a verdade poderia ser. - Eu não sou... o tipo de mulher aclamada por todos os homens. - Charlotte encolheu os ombros. - Meu pai e Herbert são conhecidos, e quando ninguém expressou um interesse em mim, eles chegaram a uma compreensão mútua.
- Então Beetly não possui seu coração, - ele aspirou, ainda segurando seu braço.
Seu coração sem dono saltava ao olhar sério em seus olhos. - Não, ele não possui meu coração. Ele faz sentido, entretanto.
Para sua surpresa, ele arrastou uma respiração mais íntima. - Faz sentido como?
- Milorde, você não devia estar conversando com Miss Edwards? - Charlotte aventurou, perguntando-se se ele podia sentir ela pulsar em baixo de seus dedos.
- Eu estou conversando com você, Charlotte. Como você casar com o torrão mais enfadonho de Londres faz sentido?
- Nós somos bem parecidos. - Ela nunca confessaria em voz alta quão enfadonha e ordinária ela parecia ser. Até agora, aparentemente.
- E quem em nome de Deus disse isto a você? - Ele estalou, sua voz subindo um pouco. Um ou dois dos mais próximos freqüentadores girando para olhar para eles.
Charlotte desejou que ela pudesse ser feita de pedra, assim ela não iria ruborizar e não podia ser tentada a afundar no chão e esvair-se longe. - Eu tenho um espelho, milorde, - ela disse rigidamente. - E ouvidos. Agora se você me desculpar, eu tenho uma incumbência.
Ele começou, olhando em volta embora ele acabasse de lembrar que eles estavam em um corredor lotado.
- Você estará em casa de manhã?
- Por que?
- Porque eu pretendo cortejar você. Você estará em casa?
Ela empalideceu. - Você... por que?
O humor breve tocou em seus desbotados olhos azul. - Sim, ou não?
- Eu suponho. . . sim. Mas meus pais...
- Os deixe para mim. - Ele correu sua mão para baixo por seu braço para pegar seus dedos. Seu olhar segurando o seu, ele ergueu sua mão e acariciou suas juntas com seus lábios. - Até amanhã.

Mil perguntas inundavam sua mente, mas ela não podia pensar em nenhuma ela mal podia articular em voz alta sem soar como uma idiota completa. Mas ainda assim... - Eu não entendo, - ela sussurrou.
O conde sorriu. - Você tem olhos muito bons, - ele sussurrou de volta, e então retrocedeu na multidão.
Ela precisou se sentar. O mundo acabava de girar inteiramente em um novo rearmar. Xavier, Conde Matson, pretendia cortejá-la. Ela.
Se isso fosse uma gozação, era a coisa mais cruel que ela já ouviria falar dele. Mas dissoluta reputação ou não, não mostrava em seu caráter ser cruel. Em seus poucos encontros, ela certamente nunca sentira qualquer coisa nele. E se ela fosse boa em alguma coisa, era lendo pessoas. Quando ninguém notava você, era fácil estudá-los.
Charlotte se concentrou em respirar quando ela empurrou de lado as cortinas e retornou a sua cadeira. Agora que ela pensava sobre isto, quando ele a encontrou e Melinda ontem, ele pareceu gastar maior tempo de conversa com ela. Tinha sido cortesia, entretanto - ou então ela pensou. Oh querido, oh querido, oh querido.
- Minha querida? - A voz da sua mãe fez saltar. - Você está vermelha como uma beterraba. O que aconteceu?
Explosão. - Eu olhei em todos os lugares por um criado, mas eu não pude chamar atenção de ninguém, - ela defendeu-se, desejando que ela pudesse escapar a algum lugar para juntar sua genialidade.
Com um suspiro seu pai levantou. - Eu verei isto, - ele resmungou, saindo para a parte de trás do camarote.
- Eu sinto muito, minha querida, - a baronesa disse. - Eu não iria mandar você a tal aglomeração, mas seu pai e eu nos preocupamos que estejamos sendo muito restritivos. Você deve estar ciente de quão delicada nossa posição está agora mesmo.
- Eu estou ciente, - Charlotte retornou. Mas talvez seus pais não estivessem sendo restritivos suficientemente - se eles a mantivessem no camarote, ela não teria encontrado Lorde Matson, e ele não poderia informá-la que ele tinha a intenção de cortejá-la.
Por outro lado, ela já não podia recordar quando esteve tão excitada e nervosa e... esperançosa. Qualquer que fossem suas razões, se ele pedisse para vê-la amanhã, ela diria que estaria lá, e que queria vê-lo. Charlotte deu um pequeno sorriso. Ele achava que ela tinha bons olhos. Ainda que só durasse por uma noite, ela pareceu realmente atraente. Era uma sensação, ela acreditou, isso somente um espelho ou uma falha de Lorde Matson em aparecer amanhã podia dispersar. E hoje à noite ela não iria olhar em um espelho.

Charlotte não podia evitar olhar no espelho na próxima manhã à medida que ela se vestia. Nem podia ela ignorar a cor alta em suas faces e o brilho em seus olhos. - Ele não poderia fabricar uma aparência, - ela lembrou a si mesma duramente. - Ele provavelmente não quer.
Atrás dela, Alice pausou quando ela prendeu com alfinete o cabelo de Charlotte. - Perdão, o que disse Miss Charlotte?
- Nada. Eu estou só conversando comigo mesma.
- Se posso dizer, você parece um pouco abalada esta manhã. Eu devo dizer a Sra. Rutledge para fazer um chá de menta?
Alice não seria a única a notar seu comportamento, porque desde o intervalo ontem à noite ela teria fluido entre pânico e euforia. Talvez admitindo um ataque de resfriado mantivesse as suspeitas de todo mundo longe, até Lorde Matson chegar. Se Lorde Matson chegasse. - O chá seria adorável. Eu terei isto com o café da manhã.
Sua empregada fez uma mesura e saiu do quarto. Suspirando, Charlotte terminou de desembaraçar a fita de cabelo da noite anterior e a deixou sobre a mesa de vestir. Se ela pensasse sobre isto logicamente, não importaria se ela tivesse um visitante esta manhã ou não. Seus pais nunca permitiriam que ela o visse. Eles pensariam que ele deve ter um motivo oculto; claro que ele não viria só para vê-la.
De sua janela, misturado com o barulho da chuva, ela ouviu uma carruagem subir o passeio. Seu coração preso em uma esfera apertada, martelava. Ele não tinha zombado.
Ela quis correr a janela para olhar. - Não, Charlotte, - ela disse a si mesma duramente. - Você parecerá como um cachorro raivoso.
Ao invés ela foi terminar seu cabelo, uma tarefa difícil sem Alice para ajudar. Com mais um alfinete para por, ela abruptamente parou.
Por que ela estava muito apaixonada por Xavier Matson? Sim, ele era bonito, confiante e atlético, mas quão muito mais ela sabia sobre ele? Seu horário: O modo como ela fazia boxe às dez horas toda manhã quando ele não tinha Parlamento; Sua preferência para almoçar no White's ou no Boodle's; os passeios da tarde em Hyde Park, o tempo permitindo. Diferente disto, ele era um estranho. E isso era parcialmente o que ela gostou sobre ele. Ele podia ser bonito e romântico e misterioso, e seguramente inacessível.
Mas agora ele estava em sua porta da frente.
Alice emergiu de volta no quarto de vestir. - Peço perdão, Miss Charlotte, mas você tem um visitante. - Ela andou nas pontas dos pés mais perto. - É um cavalheiro, miss.
- Oh, - Charlotte disse evasiva. - Você me ajuda a terminar meu cabelo?
- Imediatamente, miss. - Alice rapidamente terminou o trabalho que Charlotte tinha feito. - Não está curiosa sobre quem poderia ser, miss?
Oops. Ela esqueceu; Ela não deveria conhecê-lo. - Claro que estou, Alice. Onde Boscoe o pôs? - Ela perguntou, entretanto ela presumiu que o mordomo mostrou ao conde o salão matutino, o lugar habitual em que os convidados eram solicitados a esperar. Não que ela tivesse qualquer convidado com exceção de Herbert.
- Ele está no escritório do seu pai. Lorde Birling não o olhou muito contente. Eu estou certa que não sei por que, porque sua visita é muito . . . agradável - olhando, mas ele não é meu assunto, de qualquer maneira.
Não era, mas Charlotte era tão agradecida pelas notícias que ela não reclamou. Ela precisava se apressar; Se ela não chegasse ao andar de baixo depressa, seu pai poderia muito bem mandar Lorde Matson embora antes dela ter uma chance de vê-lo.
Finalmente, com Alice ainda praticamente enforcando a parte de trás de seu cabelo, Charlotte correu para o andar de baixo. O mordomo permanecia em seu posto habitual no vestíbulo, mas até Boscoe estóico não podia esconder a máscara de curiosidade em sua visita.
- Boscoe? Alice disse que eu tenho um visitante. - Praticamente vibrando com nervosismo, ela não podia resistir um olhar em direção à porta fechada do escritório do seu pai.
- Sim, Miss Charlotte. Seu pai pede que você espere no salão matinal com sua mãe.
Até aquelas últimas três palavras, Charlotte tinha sido esperançosa. Sua mãe, entretanto, teria perguntas, e ela não tinha nenhuma idéia do que responder. - Obrigado, - ela disse de qualquer maneira, deslizando pela porta meio aberta.
- Você planejou isto? - A baronesa exigiu, não pausando em seu rápido compasso.
- Ter um visitante? - Charlotte perguntou, mantendo em mente que ela supostamente não sabia que seu pai o prendeu em seu escritório.
- Ter Lorde Matson cortejando você.
Felizmente, ouvindo o nome falado em voz alta a agitou suficientemente que ela não teve que representar sua reação. - N-não. Como eu podia planejar tal coisa?
- Eu estou certa que não tenho nenhuma idéia. Mas você olhou fixamente para ele pela janela noutro dia, e ele a abordou em Hargreaves' Ball.
- Mamãe, você deixou claro que eu devia concentrar meus esforços em Lorde Herbert, desde que nenhum outro cavalheiro me cortejou a um ano. Por que pensaria que eu podia planejar algo como isto?
- Mas por que ele está aqui? - Sua mãe persistiu.
- Ele está aqui para ver Charlotte. - Seu pai permanecia na entrada, sua expressão fechada e claramente descontente. - Ele deseja cortejá-la.
A baronesa afundou em uma cadeira. - O que? Charlotte?
Pelo rugir em suas orelhas, Charlotte estava fazendo exatamente as mesmas perguntas. Mesmo assim, a reação de sua mãe a magoava. Sim, ela era quieta e reservada e não vibrante e bela como Helen, mas a machucava saber que seus pais realmente pensaram sobre ela tão... pouco, que Herbert era o melhor partido para ela.
- Sim, Charlotte. Então, por favor, receba-o você mesma, Vivian, eu o trarei aqui dentro.
- Mas...
- Não seria muito correto expulsá-lo quando ele veio para pedir a minha permissão para cortejar nossa filha, - o barão interrompeu e em uma voz mais baixa. - E muito respeitosamente. - Ele girou seu olhar avaliando Charlotte. - Não o encoraje. Sua reputação é menos que nebulosa, e a sua pode ser a única prejudicada.
- Sim, Papai.
Lorde Birling desapareceu, só para reaparecer um momento mais tarde com Lorde Matson em seus calcanhares. O conde olhou tão fácil como se ele estivesse sentado jogando uíste, e Charlotte só podia invejar sua compostura. Claro, estava começando a parecer muito provável que aquele Lorde Matson era completamente louco. Ela não podia pensar em outra explicação porque ele desejaria ir a Birling House para vê-la.
Quando seu olhar a achou, porém, ele sorriu. - Bom dia, Miss Charlotte, Lady Birling.
- Milorde, - a baronesa retornou com uma mesura, - o que no mundo o traz aqui?
- Como eu disse a Lorde Birling, eu mesmo tenho considerado que de certa forma acabei solto aqui em Londres, não conhecendo muitas pessoas e começando a associar-me à multidão de injustiça. As palavras amáveis e decoro óbvios de sua filha chamaram minha atenção.
Charlotte piscou. Céus, ele soou quase. . . Manso. Se não pelo cintilar profundo em seus olhos azuis, ela teria pensado que uma enfadonha duplicata de Lorde Herbert passou pelo salão. Uma duplicata com genialidade e senso de humor, claro.
- Levando em conta isto, - ele continuou, - eu pedi permissão a Lorde Birling para cortejar Miss Charlotte. Eu pensei que nós poderíamos dar um passeio em meu faetone, já que ele tem um topo coberto e nos protege do chuvisco."
Um faetone! Ela nunca andou em um veículo tão esportivo em sua vida. Charlotte bateu praticamente palmas, suas mãos juntas antes dela poder parar ao invés apertá-las afetadamente atrás dela.
- E uma acompanhante? - Sua mãe aspirava, sua reação muito mais cética que da sua filha.
- Meu criado, Willis, está segurando os cavalos para mim agora. Ele nos acompanhará a cavalo.
A sobrancelha abaixada da baronesa. - Outro homem? Eu não faço...
- Eu dei minha permissão, - seu pai cortou a conversa. - Por hoje. Como eu disse, milorde, ela deverá estar em casa ao meio-dia.
Matson esboçou um arco elegante. - Ela estará. - Seu olhar ainda em Charlotte, ele segurou sua mão. - Devemos ir?
Era uma boa coisa que seu pai desse permissão, porque ela não estava para privar-se da perspectiva de andar em um faetone com Lorde Matson, não importava as conseqüências. Ela movimentou a cabeça, tentando abafar seu sorriso excitado. - Como desejar, milorde, - ela administrou em uma calma verbalizada.
Alice apareceu com uma manta morna, e Charlotte aconchegou os ombros nela. Ambos os pais a seguiram a porta da frente como abutres examinando uma matança fresca, então ela não ousou tomar a mão oferecida do conde, e ao invés deixou seu pai ajudá-la subir na cadeira alta. Lorde Matson dobrou um cobertor em volta e sob seus pés por fim olhou o barão e a baronesa, e num instante eles foram rua abaixo.
Charlotte suspirou, sua respiração curta no nevoeiro do ar frio. - Você veio realmente.
- Claro que vim. Eu disse que viria. - Ele olhou para ela. - Por que você deixa eles falarem sobre você assim?
- Como o que?
- Sua mãe agiu como se ela não pudesse conceber por que eu viria para cortejá-la, e seu pai pareceu pensar que eu quis dizer escoltar você em algum lugar para o propósito exclusivo de abandoná-la e envergonhar você.
- Oh, querido, - ela murmurou. - Somente é. . . Bem, você viu o quão preocupados eles são sobre decoro...
- Não era isto.
Ela manteve seu olhar na rua. - O que você deseja que eu diga, milorde? Que eles não entendem por que alguém com sua atraente aparência física e sua renda e reputação consideráveis ficariam interessados em cortejar sua filha? Eu mesma, quase não entendo isto.
Ele ergueu uma sobrancelha. - Por que não? O que está errado com você? -
Charlotte esvaziou. Ela não podia ajudar nisto. - O que você quer dizer, 'O que está errado comigo?' Você não deveria fazer perguntas assim.
- Eu meramente estou tentando entender por que eu não deveria ser visto em sua companhia. - Ele trocou assim ele podia enfrentá-la mais completamente, sacudindo as rédeas de sua mão direita de sua esquerda. - Você pisca?
- Não, milorde. Não a menos que o sol esteja muito brilhante.
- Não é um problema hoje, então. Gagueja?
- Não geralmente.
- Falta um dedo ou um dedão do pé?
Apesar de seus esforços, um sorriso arrastou em sua boca. - Não a partir desta manhã.
- São falsos seus dentes?
- Não, milorde.
- Duas orelhas, aproximadamente nivelem uma com a outra, um...
- Pare de zombar...
- Eu não estou. Eu estou procurando por seu defeito. Deve haver um, para eles estarem tão nervosos sobre me expor com você. Um nariz, - ele continuou, -ligeiramente virado para cima na ponta, uma boca, com lábios em acima e embaixo, dois olhos, que nós discutimos ontem. Seu olhar moveu-se rapidamente por ela e de volta novamente. - Isto é, nada que eu estou vendo atualmente é seu?
- Por bondade, milorde. Isto é demais, - ela protestou, incerta de se escandalizar ou terrivelmente divertida. - Você está olhando justamente parte do problema, eu me atrevo a dizer.
- Então deve ser que você está vestindo uma peruca. Você é careca, não é?
Finalmente ela riu. Ela não podia ajudar nisto. - Não, milorde. Meu cabelo é meu mesmo, firmemente preso. - Ela desenhou uma respiração antes dele poder questionar seus cílios ou seu seio ou algo. - Eu não sou bonita ou exuberante, e você é bastante bonito e rico, tem a sua escolha qualquer mulher em Londres. É isso que eles não entendem. E francamente, nem eu faço.
- 'Não é bonita,' - ele repetiu, devagar virou a frente novamente, na hora certa para girar em Bond Street. Com um estalo de seu pulso ele girou os cavalos ao lado da rua e puxou as rédeas para fazê-los parar. Quando ele novamente a enfrentou, seus olhos cintilavam. - Você não dirá isto novamente, - ele disse em uma voz baixa, dura. - Isto está claro?
Charlotte tragou na ferocidade de seu olhar. - Não faz sentido negar qualquer coisa. Se eu levasse-me como qualquer coisa mais do que eu sou, eu pareceria a única ridícula.
- A única ridícula coisa sobre você é aquela declaração. Você. . . - Ele diminuiu, bateu um punho em seu joelho. - Em Hargreaves' Ball, - ele começou novamente, sua voz mais baixa, - você teria melhor razão que a maioria de espalhar rumores, ou aceitar os rumores, de Lorde Easterly em outro escândalo. Mas você o defendeu para sua mãe porque era a coisa certa a fazer.
Para um longo momento ela olhou para ele, tentando lembrar da conversa exata e como ele poderia escutar isto. - Isso era uma discussão privada, - ela finalmente disse.
- Isso não importa. Eu gostei do que você disse, que uma acusação de uma pessoa não era suficiente para arriscar arruinar a reputação do homem. Eu falei com várias outras jovens ladies naquela noite, e nenhuma delas teve voz para qualquer coisa exceto a teoria popular atual. Eu duvido que teria ocorrido a elas fazer o contrário.
- Talvez elas falassem daquele modo porque elas o acreditaram culpado, - ela ofereceu, seu pulso disparou. Ela não era uma idiota; Ele estava dizendo que a admirava.
- Se eu dissesse que o céu era magenta e verde elas teriam concordado comigo. - Ele se sentou de volta um pouco, ainda olhando-a. - Você ia?
- Se o céu fosse daquela cor eu certamente teria concordado com você.
Depois de um momento ele visivelmente se agitou. - A chuva parou. O que diz de algumas compras?
- Você. . . Isto é muito bom, milorde, mas não ajudará qualquer um de nós sermos visto juntos. - Apesar de relativamente deserta as ruas, alguém que eles sabiam, estavam destinados vê-los, e então os rumores iriam começar, e as pessoas começariam a perguntar-se o que estava errado com ele, ser visto em sua companhia.
- Me ajudará muito. Willis, segure os cavalos.
O criado de libré levou sua montaria até a frente dos cavalos e pegou no arreio do cavalo mais próximo. Quando ele fez isso, Matson tomou seu queixo suavemente entre seus dedos e girou suas costas para enfrentá-la. Antes dela poder ofegar ou até formar um pensamento para fazer isso, ele tocou em seus lábios mornos com o seu. Podia só ter sido alguns segundos, uma dúzia de batidas rápida do coração, mas o momento pareceu esticar para sempre, o toque daquela boca na sua. Charlotte fechou seus olhos, tentando memorizar a sensação.
- Eu já me sinto melhor, - ele murmurou. - Abra seus olhos, Charlotte.
Ela fez isso, metade esperando ver que ele estava rindo dela. Ao invés, entretanto, o sorriso suave que curvava sua boca deixou ela querendo se lançar em seus braços, e que se danem as conseqüências. - Milorde, isto é...
- Isto é o início, - ele terminou para ela. - E me chame de Xavier.


Capítulo 5


Veio para atenção deste Autor que Lorde Matson, sobre quem, como todos os Leitores Queridos recordarão, certas atividades vinculadas ao altar foram relatadas, tem dado assídua atenção a uma jovem lady em particular.
Este Autor estaria contente para reportar o nome da lady em questão (e realmente, Este Autor não está em posse deste nome) exceto que é tão espantoso, completamente e totalmente inesperado, que Este Autor teme a falsidade.
Especialmente quando, pelo que dizem, Lorde Matson tentou galantear esta jovem lady ter sido completamente repelido.
Céus, a jovem está louca da cabeça?
JORNAL da SOCIEDADE de LADY THISTLEDOWN, 10 de junho de 1816


Charlotte Birling estava perto de rebelar-se. Na última quinta-feira Lorde Matson - Xavier - retornou para sua casa antes do meio-dia, da maneira que prometeu. As duas horas prévias para ela tinha sido a mais gloriosa da sua vida. Ela não esperou que seu interesse fosse durar, mas ela tinha intenção de apreciar isto enquanto pudesse.
Entretanto seus pais ofereceram a ele um bom dia, e ela não o viu novamente. Não, isso não era bem verdade; Ela tem olhado-o por sua janela listrada da chuva três vezes, e ela ouviu sua voz no andar de baixo quando ele procurou entrar, mas para conversar, um ou outro deles poderia também estar residindo na lua.
E até depois de só três reuniões acidentais e uma manhã de conversar sobre nada em particular, ela perdeu-o. Ela sempre se sentiu confortável e segura ao redor dos homens em geral porque ela não esperava ser lisonjeada ou paquerada, e eles pareciam apreciar sua falta de vaidade. Com Xavier, entretanto, era diferente. Ele se sentiu confortável, e fácil conversar, mas definitivamente não era seguro. Nenhum homem olhou para ela como ele fez, e calafrios ainda percorriam sua espinha sempre que ela o recordava- Que era praticamente cada segundo da última semana.

Ela dificilmente poderia ter a expectativa de expressá-lo fora de seu pensamento, claro, desde que ele a pediu a cada dia dos últimos quatro. Recusa após recusa, mentira após mentira de seu pai ou sua mãe, e ele ainda vinha. Ela nunca o ouvira levantar a voz, mas ela teve um breve vislumbre dele quando ele subiu em sua carruagem ontem mostrando estar tenso, ombros retos e um punho batendo duro contra a moldura da janela.
- Ele vai vir esta tarde? - A baronesa permanecida em seu quarto de vestir a porta aberta, vestindo a mesma expressão desgastante e fracamente disfarçada de desprazer que ela tinha desde a quinta-feira.
- Perdão? - Charlotte perguntou, colocando depressa seu colar de esmeralda espalhafatoso atrás em sua gaveta de cômoda.
- Não finja que você não sabe sobre o que estou conversando, Charlotte. Seu pai disse para você não o encorajar.
- Eu não fiz. Eu estava sendo eu mesma, Mamãe. E acredite-me, eu acho tão estranho que ele pareça gostar de mim quanto você.
- As pessoas estão começando a falar. Inclusive Lady Whistledown.
Charlotte desenhou uma respiração. - Herbert tem estado em Whistledown.
- Só em referência a seu caráter perfeito. E falando de Lorde Herbert, ele freqüentou a festa Wivens. Você notou?
- Eu dancei com ele, - Charlotte respondeu, ignorando o resmungão pensando que ela gastou mais tempo olhando Lorde Matson, e que ela não deu a Herbert um pensamento até que ele tossiu e a pediu para dançar.
- Bem, eu posso só esperar que Matson seja suficientemente cavalheiro para perceber que nós sofremos o suficiente por sua tolice e que nós não queremos vê-lo mais aqui.
Charlotte quase deixou sua mãe partir sem responder. Depois da furiosa reação de Xavier a sua rejeição a ele, entretanto, ela não podia fazer isto. - Seria tão terrível se eu tivesse dois homens me cortejando? Eu pensei que a meta era me ver felizmente casada. Enquanto especificamente, Lorde Herbert era simplesmente o único interessado - até agora.
A baronesa parou. - Não é . . . isto não é . . . Lorde Matson é um devasso, Charlotte. Nós não temos nenhuma razão para acreditar que ele seja sincero em sua denominada perseguição a você.
- Mas e se eu gostar dele? - Ela perguntou a uma voz mais calma, lutando contra o desejo abrupto de chorar.
- Você precisa ter expectativas mais realistas, minha querida. Agora alegre-se. Eu tenho isto de fonte segura que Lorde Herbert a estará visitando esta tarde. Ele expressou interesse em experimentar meu novo piano.
- Oh. Esplêndido.
- Eu não sei mais o que esta passando em sua cabeça, Charlotte. Ele estará aqui a qualquer momento agora. Por favor, vista algo apropriado.
Sua mãe fechou a porta. Algo apropriado. De acordo com seus pais, pensar isso seria um grande saco. Perdida em pensamento Charlotte voltou a brincar com o colar de esmeralda. Ela experimentou isto uma vez em particular, e teve que admitir que Lady Ibsen tinha sido correta. Fazia-a parecer completamente escandalosa. Ela perguntou-se se Lady Ibsen vestia uma bugiganga semelhante para Lorde Matson - e se ele ainda visitava a viúva.
- O que importa? - Ela respirou. - Ele certamente não está tendo qualquer diversão vindo aqui.
Naquele momento a luz solar atravessou sua janela. Sorridente, ela ergueu-se para abrir o vidro e apoiar-se na janela. A luz e calor depois de dois meses de frio e quatro dias diretos de chuva pareciam gloriosos. Ela fechou seus olhos, aquecendo-se no brilho.
- Charlotte?
Em um começo ela abriu seus olhos e olhou para baixo. Lorde Matson permanecia visando-a, de pé olhando ela na janela. - Boa tarde, - ela sussurrou, corando.
- É agora. Você pode arrumar para me encontrar em algum lugar? - Ele disse, sua voz apenas audível.
Céus. Agora ela se sentiu como Julieta. - Onde?
Ele franziu o cenho um momento, então sua expressão clareou. - É um dia adorável para ir a Hyde Park, você não acha?
Sim, era, se ela pudesse convencer Lorde Herbert que demorasse seu recital. Só estaria em dificuldade se seus pais descobrissem onde ela estava, ela não quis pensar sobre isto. Esta tarde, um homem que roubou sua respiração com seu sorriso, desejava vê-la. E ela desejou muito, muito vê-lo. - Eu tentarei, - ela chamou de volta baixo.
- Eu estarei esperando.
Ele retornou a sua carruagem e instruiu seu cocheiro para partir. Quando ele desapareceu em torno da esquina da casa, ela respirou fundo e deixou seu quarto. Ela realmente devia ter aproveitado a oportunidade para dizer a ele para parar de cortejá-la, mas ela não podia se negar mais uma chance de viver um sonho.


Para dizer que Xavier sentia-se frustrado era muito possivelmente a indicação incompleta do século. Ele colocou suas roupas mais conservadoras, conversava com a genialidade de um maldito agente funerário, pediu para ver Charlotte todo dia por quase uma semana, e ele só conseguira vê-la uma vez. Obviamente, depois da primeira emboscada de surpresa, seus pais tinham estado prontos para ele - um ou outro, ou Charlotte teve o calendário social mais ativo na Inglaterra. Até depois de vê-la em sua janela, ele estava tentado a bater em sua porta só para ver onde seus pais diriam que ela tinha ido: Chá com amigos, a biblioteca de empréstimo, visitando uma tia doente que - ele ouviu isso tudo. E então, considerando o fato que com sucesso ele manobrou melhor contra Bonaparte durante a guerra, ele teve que admirar a habilidade de Lorde e Lady Birling em subterfúgios.
Se isto fosse simples desejo por uma simples jovem, ele não teria se importado; Apesar de sua reputação, ele teria mais que suficiente autocontrole para afastar-se de uma mulher, se a dificuldade começasse a superar a recompensa. Este, entretanto, era muito mais sério. Depois de duas horas de conversa com Charlotte, ele foi para casa e rasgou sua lista de possíveis futuras noivas. Estava na hora, então, de fazer alguma manobra própria.
E assim ele deteve sua carruagem na extremidade de Hyde Park de onde ele poderia ver alguém vindo da direção de Birling House. Quem ela poderia trazer com ela, ele não tinha nenhuma idéia, mas ele não se preocupou muito. Ele queria vê-la novamente. Ele queria segurá-la, beijá-la, ver a luz de seus olhos com paixão e excitação em seu toque.
Ele esperou na sombra de uma árvore de olmo enquanto o parque crescia mais lotado ao redor dele. Aparentemente todo mundo queria aproveitar-se da luz solar hoje. Bom. Faria o comparecimento de Charlotte menos suspeito para seus pais.
Ele perguntou-se o que seu irmão teria dito, vendo que sujeira ele fez em sua busca por uma noiva. Provavelmente a primeira coisa que Anthony teria feito seria rir dele por preparar uma lista, por pensar que podia fazer dele mesmo um nobre perfeito proprietário de terras e achando a esposa perfeita, como se isso solucionasse todas as suas frustrações em deixar para trás uma carreira militar promissora e suas preocupações que ele poderia jamais despachar as malas de sua nova estação. Mas Anthony teria gostado de Charlotte. Xavier soube isto instintivamente. Seu irmão sempre teve um bom olho para caráter.
Ele trocou, procurando por uma posição mais confortável contra a árvore. Droga, se seus pais recusassem deixá-la sair, ele iria seqüestrá-la. De qualquer maneira ele estava começando a formular um plano, entretanto, ela apareceu. Sua criada se arrastava atrás dela, ela caminhou com sua mão em torno do braço de quem a escoltava - Lorde Herbert Beetly.
"Bastardo," Xavier murmurou, entretanto ele estava mais bravo com seus pais. Casando Charlotte com Beetly seria como prender uma borboleta com um besouro. Apesar dele mesmo ele sorriu um pouco. Beetly o besouro.
Então agora ele teria que imaginar uma maneira de conseguir afastar o inseto para longe pelo menos alguns minutos, porque se ele não pudesse beijá-la esta tarde, iria explodir. Eles começaram um passeio junto a um dos caminhos, e ele os sombreou do matagal. Herbert continuou a falar sem parar sobre algum tipo de reação alérgica que ele teve com a grama. Depois que Xavier quase se enforcou em um galho baixo, ele começou a meditar querendo a mesma coisa para o besouro.
Afortunadamente para Herbert, porém, uma carruagem aberta chocalhou ao lado. - É Lady Neeley e aquele seu companheiro, - Beetly comentou, angulando manter eles em vista. - Eu ouvi que ela queria ter Bow Street para prender Easterly pelo roubo da pulseira.
- Tolice, - Charlotte respondeu, puxando sua mão livre.
Xavier deslizou atrás de sua criada. Cobrindo a boca de Alice, ele sinalizou para ela ficar muda, guiando-a então diretamente acima atrás do par. Ele colocou a mão da Alice no braço de Beetly, e no mesmo movimento agarrou Charlotte e a arrastou para trás dos arbustos.
Charlotte tropeçou, e ele a pegou contra ele antes que ela pudesse cair. - Shh, - ele respirou, conduzindo-a o mais longe de sua escolta. Quando eles alcançaram relativo isolamento de uma pequena clareira, ele parou. Ela estava sem fôlego, seu chapéu caído em seus ombros, e ela vestia um sorriso de encanto genuíno. Deus, ela era fascinante.
- Esta determinação nunca esgot...
Xavier a pegou pelos ombros e inclinando-se para abaixo, cobriu sua boca com a dele. Ela ficou rígida debaixo de seu aperto, então relaxou contra ele, dando um gemido suave, gutural que o deixou duro. - Agora isto é uma saudação adequada, - ele murmurou, beijando-a novamente.
- Não, é uma saudação imprópria, - ela corrigiu, seus dedos que seguravam em suas mangas.
Seria tão fácil arruiná-la, deitá-la na grama e fazê-la sua. Paciência, ele ordenou a si mesmo, soltando-a relutantemente. Ela era correta e terrivelmente apreensiva sobre aparências, e ele não queria assustá-la. Isto não era sobre satisfação da tarde; era sobre a vida deles.
- Lorde . .. Xavier . . . eu não sou... Eu não jogo este tipo de jogo muito bem, - ela tropeçou, seu olhar ainda enfocado em seus lábios. - Se isso é o que é , um jogo, eu quero dizer que... eu quero que você me diga.
Às vezes os homens eram como bobos. Ele mesmo quase seria um, olhando para rostos e popularidade e sombras de cabelo como se isso importasse um bocado. - Não é um jogo, Charlotte, - ele quietamente disse. - Mas se meu caráter desagrada você, ou se você tiver seu coração fixo em outro lugar, por favor deixe-me saber então...
Com uma pequena respiração ela embrulhou seus dedos ao redor de suas lapelas, encostou-se junto ao seu corpo para cima, e o beijou novamente. Bem, isso respondia. Ele deslizou seus braços ao redor de sua cintura, segurando ela bem perto.
- Vamos tirar o maior proveito de nossa fuga, então? - Ele murmurou, trocando sua atenção para o contorno de seu maxilar.
Ela franziu o cenho. - Eu pareço ser mais protegida que o rei, não é?
Ele riu. - Não se preocupe. Você pode dizer a Beetly que você saiu andando e pensou que ele estava logo atrás de você.
- Você é muito desonesto.
- Quando eu preciso ser.
Charlotte andou de volta um pouco, encontrando seu olhar com seus olhos castanhos afetuoso. - Eu tenho algumas perguntas para você, Xavier.
Seu coração gaguejou um pouco. - Pergunte, então.
- Você está cortejando Melinda Edwards? Porque ela é minha amiga, e eu não quero ser posta no meio de qualquer coisa que possa machucá-la.
Ele podia fazer algo sacudir, ele soube, e ela provavelmente compreenderia isto. E, além disso, existia algo tão... franco sobre aquilo que ele não podia evitar querer responder. - Eu consultei um amigo meu, - ele disse devagar, - porque eu não tinha estado em Londres por muito tempo e desejava saber qual Lady tinha melhor naipe para mim.
- "Naipe para você?' Ela repetiu.
Xavier sorriu um pouco. - Você não gosta de jogos, não é?
- Não, eu não gosto. - Ela suspirou. - Ele soa tolo, e eu realmente não sou tão delicada, mas isso aconteceu a várias horas, que eu estaria fora em algum lugar e um homem começa a prestar atenção em mim então seu amigo pode falar com Melinda. Eu não gosto de ser a distração.
Ele tocou em sua face, correndo um dedo junto a sua pele lisa. - Não, você está distraindo, - ele corrigiu. - É muito refrescante. E eu não estou fazendo jogos. Eu estou aqui para achar uma esposa. Sim, Melinda Edwards estava originalmente naquela lista. Ela não está mais.
A cor fugiu de suas faces. - Mas...
- Eu estava no exército, sabe, - ele interrompeu, não querendo a ouvir dizer algo ridículo como ele não podia seriamente estar considerando-a, - e eu queria muito minha carreira. Eu comecei como um tenente, e depois de dois anos eu tive uma promoção importante. Eu era bastante feliz seguindo com minha vida. A Inglaterra está sempre lutando uma guerra em algum lugar."
- O que aconteceu, então?
- Meu irmão mais velho, Anthony, morreu no ano passado. Eu fui chamado para casa e cheguei apenas para seu enterro. Algum tipo de gripe. - Ele clareou sua garganta, perguntando-se se ela podia ouvir o quão bravo estava por ser abandonado por seu amigo mais íntimo, e que só ele ainda sentia. - Anthony não casou e não teve nenhum herdeiro, o que me deixou com o título. - Ele forçou uma risada. - Comparado a ser um conde, a guerra era fácil.
- Por que eu?
- Por que você? - Ele repetiu, tocando-lhe novamente porque não podia não entender. "Você defendeu seu primo por casamento para sua mãe.
- Mas...
- Não só contra a opinião popular, e não porque você sabia se ele era inocente ou culpado, mas porque nada tinha sido provado. Isto, minha querida, envolve muito caráter.
- Então você gosta de meu caráter.
- Charlotte, você gosta de ser exigida a se comportar como você faz? Você aprecia seu tempo gasto com Lorde Herbert? Fazer com que você espere que você seja perfeitamente feliz dizendo sim quando - e eu quero dizer quando - ele perguntar se você casaria-se com ele?
Seu rosto dobrado em uma carranca. - Claro que eu não gosto de nada disso. Eu não gosto de ter meu comportamento esquadrinhado por meus próprios pais como resultado de um suposto escândalo que não teve nada a ver comigo e que aconteceu quando eu tinha sete anos de idade. Quem gostaria de tal coisa?
- Eu não tenho nenhuma idéia. Mas eu sei que eu nunca esperei ter este impulso em mim, e que eu estaria perfeitamente feliz me divertindo em Waterloo e ter Anthony vivo e carregando nos ombros toda a responsabilidade. Com exceção de uma coisa.
- E que coisa seria isso?
- Você.
Charlotte olhou para ele. Ela o visualizou de longe, imaginando que coisas valentes ele fez na guerra, admirando sua auto confiança e facilidade em conversar com outras pessoas. Ela nunca imaginaria que ele poderia ser infeliz, ou só, ou especialmente que ele olharia em sua direção. Mas ele olhou, e aparentemente ele viu como espíritos parentes, duas pessoas não completamente confortáveis com onde eles se achavam e tentando fazer os melhores para si mesmos. A coisa mais estranha era, ela podia ver isto, também.
Oh, meu. - Eu preciso caminhar, - ela revelou, andando a passos largos em uma direção aproximadamente oposta de onde Herbert devia estar.
Em um segundo ele chegou até ela. - Eu não quis dizer para chatear você, - ele disse em sua voz calma.
- Eu não estou chateada. Eu estou pensando.
- Pensando em um bom modo, ou um modo ruim?
Uma risada inesperada escapou de seus lábios. - É isso que eu estou tentando de...
Alguém trombou nela, e antes dela poder arquejar, ela esparramou-se no chão, seu nariz a polegadas de...
- Charlotte! - Sua amiga Tillie Howard ofegou. - Eu sinto tanto!
Ela sentou, agradecida por descobrir que ao menos sua saia não voou a cima de sua cintura. Nada mais a sua dignidade. - O que você estava fazendo? - Ela exigiu, puxando seu chapéu de trás para cima de seu cabelo.
- Uma corrida, realmente, - Tillie murmurou, olhando envergonhada. - Não diga a minha mãe.
- Eu não terei que dizer - Com o parque lotado, outra pessoa estava destinada a vê-la. - Se você pensa que ela não vai ouvir falar deste...
- Eu sei, eu sei, - Tillie disse, suspirando. - Ela está esperando me arriscar que o sol me induza a loucura.
- Ou quem sabe o sol a cegue? - Xavier interveio, ajudando Charlotte a ficar de pé. Ela achou que ele parecia divertido, entretanto ele não tinha sido jogado ao chão.
Ainda assim, sua mãe teria uma apoplexia com seu comportamento hoje, então quem era ela para julgar alguém ou qualquer coisa? - Lady Mathilda, este é Conde Matson.
- Contente em ... - Tillie saiu do caminho quando um homem alto, cabelo escuro deslizou até ao lado dela.
- Tillie, você está bem? - Ele perguntou.
Lady Mathilda respondeu e recebeu ajuda para ficar de pé, mas a atenção de Charlotte estava em Xavier. Ele endureceu um pouco quando o outro cavalheiro apareceu, e ele imediatamente tomaria um passo mais próximo dela, mantendo sua mão entre a sua. Uma excitação a atravessou. Ele era realmente ciumento? E ao seu lado?
Tillie a apresentou a Peter Thompson, mas antes dela poder apresentar Xavier em retorno, Sr. Thompson a interrompeu. - Matson, - ele disse, movimentando a cabeça.
- Vocês já se conhecem? - Tillie perguntou, antes de Charlotte poder.
- Do exército, - Xavier respondeu.
- Oh! - Tillie exclamou, seus cachos vermelhos indo para cima e para baixo. -Você conheceu meu irmão? Harry Howard?
A expressão nos olhos de Xavier mudaram por um momento. Charlotte não podia ler isto, mas algo naquele cobalto desbotado a fez apertar seus dedos um pouco mais.
- Ele era um bom companheiro, - ele respondeu depois de um momento. - Todos nós gostávamos dele.
- Sim, - Mathilda concordou, - todo mundo gostava de Harry. Ele era muito especial daquele modo.
O conde movimentou a cabeça. - Eu sinto muito por sua perda.
- Como todos nós. Eu agradeço por seus cumprimentos.
Charlotte olhou de relance no Sr. Thompson, então olhou novamente mais próximo. Ele estava olhando Xavier do mesmo modo que o conde parecia estar olhando ele, como dois garanhões cada um protegendo uma égua de um rival.
Oh, querido. - Vocês eram do mesmo regimento? - Ela perguntou, tentando distrair eles.
- Sim, nós éramos, - Xavier retornou, - entretanto Thompson aqui foi sortudo o suficiente para permanecer até o final da ação.
- Você não esteve em Waterloo? - Tillie perguntou.
- Não. Eu fui chamado para casa por razões de família.
- Eu sinto tanto, - Tillie murmurou.
Abruptamente Charlotte desejou que sua amiga não parecesse precisamente atraente, com seu seio levantado e suas faces que ardiam por causa da corrida. Bronzeada. - Por falar em Waterloo, - ela quebrou, - você pretende ir na semana que vem a representação? Lorde Matson estava justamente reclamando que ele perdeu a diversão.
- Charlotte, - Xavier murmurou, muito quietamente para os outros ouvirem.
- Eu dificilmente chamaria isto de diversão, - Sr. Thompson murmurou.
- Certo, - Tillie secundou em uma voz animada. Obviamente ela também desejou estar em outro lugar. - Representação do Prinny2! Eu esqueci-me inteiramente sobre ele. É para estar em Vauxhall, não é?
- Uma semana a contar de hoje, - Charlotte disse, movimentando a cabeça, e começando a desejar que ela só mantivesse sua boca fechada, como sua mãe vivia dizendo a ela. - No aniversário de Waterloo. Eu ouvi que Prinny fica fora de si quando está excitado. E lá terá fogos de artifício.
Peter não pareceu terrivelmente excitado com a perspectiva. - Porque nós queremos que seja uma representação exata da guerra.
- Ou a idéia do Prinny de precisão, de qualquer maneira, - o conde adicionou friamente.
- Talvez seja querida para imitar o fogo da artilharia, - Tillie firmemente disse. - Você irá, Sr. Thompson? Eu apreciaria sua companhia.
Charlotte moveu-se desconfortavelmente. Obviamente o assunto era até mais sensível do que ela percebeu. Ela abriu sua boca para mudar o assunto quando Tillie e Peter continuaram a debaterem se eles deviam freqüentar ou não, mas Xavier puxou sua mão. Quando ela olhou nele, ele agitou sua cabeça ligeiramente, seu olhar em Tillie surpreendentemente compassivo. - Deixe ir, - ele murmurou, inclinado para baixo sobre Charlotte.
- Mas...
- Muito bem, - Sr. Thompson estava dizendo para Tillie, embora com seu lábios apertados.
- Obrigado, - Mathilda respondeu com um sorriso. - É muito amável de sua parte, especialmente desde...
A expressão abruptamente desconfortável do seu amigo, agitou Charlotte. - Bem, nós devemos ir, - ela disse, - er, antes que alguém...
- Nós precisamos nos colocar a caminho, - Xavier suavemente terminou.
- Arrependo-me terrivelmente sobre a corrida, - Mathilda disse, alcançando apertar a outra mão de Charlotte.
Sorridente, Charlotte apertou de volta. Os amigos estavam quietos, afinal. - Não pense nada disto. Finja que eu sou a linha de chegada, e então você ganhou.
- Uma idéia excelente. Eu devia ter pensado sobre isso eu mesma.
Quando Xavier a arrastou para trás, Charlotte não protestou. Herbert estava provavelmente esquadrinhando o parque por causa dela até agora, e qualquer fila que ele causasse seria sua culpa.
- Você tem amigos interessantes, - ele disse depois de um momento, levando-a a vegetação rasteira mais espessa.
- Você também.
- Eu não chamaria Thompson exatamente de amigo.
Quando ela percebeu que ele se dirigiu uma vez mais a achar uma clareira na mata abrigada de todos os outros ocupantes do parque, ela puxou sua mão livre. - Eu preciso voltar para Herbert.
- Eu sei. - Ele fechou a distância entre eles com um passo longo. - E eu espero que você saiba que enquanto eu tenho feito toda tentativa de me comportar mesmo por causa dos seus pais, eu ganhei uma reputação um tanto... colorida.
Sua batida do coração acelerada. Ela começou a achar novos níveis de coragem desde seu primeiro encontro, ela mesma. - Oh, você tem?
Alcançando, ele tomou seus ombros em suas mãos e a puxou contra ele. Quando seus lábios acharam os seus, Charlotte sentiu uma quentura correr de seus lábios até seus dedões do pé, com mornos e inesperados, formigamento entre suas coxas. Ele quis dizer isto. Ele era sério em seu interesse. Tão maravilhoso quanto era, uma pequena parte lógica de sua mente ainda queria saber por que. Por que ela? Por que não alguém adorável e coletada e sofisticada como Melinda? Por que...
Suas mãos seguiram para baixo por seus braços, roçando a parte externa de seus seios enquanto seus dedos polegares alisavam seus mamilos através da cobertura de musselina com suficiente autoridade para deixar ela saber que ele fazia isto de propósito, e que beijando ela era só o início do que ele procurava.
- Xavier, - ela ofegou, inclinando sobre ele.
- Shh.
- Charlotte!
Ela começou, sua paixão nublou seu cérebro tomando um momento para registrar que a voz de Herbert não estava logo atrás dela mas estava longe o suficiente que ele possivelmente não veria coisa alguma. - Deixe-me ir, Xavier, - ela murmurou, incapaz de resistir procurando sua boca por um último beijo áspero.
- Você precisa cortar relações com Herbert, - o conde disse, sua voz mais dura.
- E que razão eu daria? - Ela perguntou, partes iguais emocionadas e frustradas. - Eu já mencionei meu descontentamento com seu caráter excitante para meus pais. Em resposta, meu pai aceitou seu convite para me acompanhar ao Vauxhall.
- Nós trataremos disto, - Xavier respondeu. - Eu tolerarei esta furtiva por algum tempo, mas minha paciência tem um limite, Charlotte. - Ele segurou seu rosto em suas mãos. - E Lorde Herbert não estará acompanhando você a Vauxhall. Eu estarei. Você pode apostar nisto.
Faria coisas piores, e por uma vez Charlotte não se importou. Quando Herbert chegou mais perto, Xavier desvanece-se para trás nas sombras. Ela deu a desculpa que ele sugeriu, que ela vagou fora dele e ficou surpresa ao achar que ele tivesse ido. Sendo um homem sem imaginação, ele acreditou no conto. E da expressão divertida da Alice, a criada não iria traí-la, ou qualquer um dos dois.
Xavier disse que sua paciência não duraria, e ela podia só perguntar-se o que aconteceria então. Uma coisa, entretanto, era com certeza. Ela estava indo a Vauxhall na próxima quarta-feira.

 

Capítulo 6


Muito bem, o segredo acabou. O objeto dos afetos de Lorde Matson é nenhum outro do que Miss Charlotte Birling, cujo nome, Este Autor deve confessar, que nunca antes encantou as páginas desta coluna.
O par em questão foi visto de braços dados ontem em Hyde Park, parecendo bastante acolhedor, de fato.
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 12 de junho de 1816


Charlotte cantarolou quando enfrentou o espelho. Ela mal comera no jantar ontem à noite, e ela mal dormira, mas mesmo assim ela se sentiu... Elétrica, como se eletricidade corresse debaixo de sua pele. Junto com isto, ela ficou ciente do sentimento alarmante que nada podia ir erradamente. Isso imediatamente devia alertá-la que tudo estava a ponto de ir para o inferno.
Pelo menos seus pais permitiram ela terminar sua toalete matutina e ir ao andar de baixo para tomar o café da manhã em feliz ignorância antes deles se lançarem sobre ela. - Bom dia, - ela disse, varrendo no pequeno salão do café da manhã e respirando profundamente o odor de pão fresco assado.
- Bom dia, - sua mãe respondeu olhando por cima de seu escrutínio da nova coluna de Whistledown.
- Espere até que você ouça isto.
- Eu não me importo o que qualquer outro está fazendo ou dizendo. - Charlotte selecionou um pêssego e uma fatia espessa de pão do aparador. - Eu nem me importo se provavelmente vai chover novamente hoje.
Seu pai abaixou The London Times para olhar para ela. - E qual a razão para esta novidade, Charlotte?
Algo em sua voz pegou sua atenção, mas ela fingiu ignorar isto. Ela mudou nos passar dos dias; ela não podia esperar que eles tivessem. Mas eles iriam, porque ela precisava deles se ela quisesse ter qualquer tipo de futuro com Lorde Matson. E ela pretendia ter. - Você rirá de mim.
- Nós não riremos, - sua mãe retornou. Não diga nada mais, a pequena voz sensata dentro de sua cabeça começou a persuadi-la. Esta manhã, entretanto, a frívola voz, a que quis cantar e valsar através do quarto, era muito mais alta. - Eu sinto como se fosse uma lagarta, e agora eu sou uma borboleta.
Ela tomou sua cadeira, e isso foi um momento antes dela notar que nem o barão nem a baronesa comentaram sua metáfora. Quando ela olhou para cima, eles estavam olhando um para o outro. Algo aconteceu. - O que está errado? - Ela perguntou.
Lentamente sua mãe deslizou a coluna de fofoca acima da mesa na frente dela. - Você pode pensar que é uma borboleta, - ela quietamente disse, - mas isso implicaria que você ficou independente, e que suas ações...
- ... E que suas ações não refletem em ninguém mais, - seu pai terminou. - Eu penso que podemos todos concordar que você está cometendo um erro.
Engolindo, Charlotte olhou para a coluna de Whistledown. Oh, não. - Eu...
- Considere pensar cuidadosamente no que você pretende dizer, - o barão interrompeu novamente. - Você e Herbert já nos regalaram com a história de como vocês dois ficaram separado no parque ontem. O nome de Matson não surgiu naquela conversa.
Por um momento Charlotte fechou seus olhos. Virou a lagarta novamente em um segundo. E agora ela nunca teria permissão para sair de seu casulo. Sempre. A menos que ela se forçasse a abrir. - Eu gosto de Lorde Matson, - ela calmamente disse. - Eu acho que você gostaria dele, também, se você desse a ele uma chance.
- Nós não fizemos sua reputação, Charlotte. Ele fez isto sozinho. E ele deve enfrentar as conseqüências disto, sozinho.
- Que tal minha reputação? - Ela protestou. - Você decidiu quando eu tinha sete anos que cada respiração que eu desse podia me arruinar, e então eu não tive uma oportunidade para fazer qualquer coisa. Sim, sou mencionada no Lady Whistledown. Mas eu estou arruinada? Não.
- Isso permanece sendo visto. Você pretendia vê-lo no parque, ou foi um acidente? - Sua mãe aceitou em devolução a coluna. Indubitavelmente entraria em uma caixa assim ela podia puxar isto para fora toda vez que ela quisesse marcar um ponto sobre alguma coisa.
Charlotte ergueu seu queixo. - Foi de propósito.
- Charlotte!
Ela empurrou em seus pés. - Eu não sou bonita ou vibrante, Mamãe. Acreditem-me, eu sei disso. E quando estou com Lorde Herbert, eu me sinto simples, comum, e pequena. Mas quando Xavier olhar para mim e conversa comigo, eu me sinto... atraente. Não espere que eu ignore isso. Ele é um bom homem, tentando tomar um lugar na sociedade quando ele nunca esperou ter que fazer isso.
- Então ele lisonjeia você com mentiras e agora você está pronta para deixar ele usar nosso bom nome para melhorar seu próprio prestigio.
- Papai, não é...
- Não é assim? Você pode pensar sobre outra razão por que ele poderia estar cortejando você?
De forma que era isto. Em seus olhos, ela era verdadeiramente comum. Por que alguém tão bonito e rico quanto Xavier Matson quereria associar-se com ela, a menos que existisse algo tangível nela para ele? - Oh, - ela calmamente disse, sua voz travada.
- Edward, não há nenhuma necessidade disso. - Charlotte ficou surpresa, sua mãe ficou de pé e pôs um braço sobre seus ombros. - Nós não queremos machucar você, mas você precisa considerar que nem todo mundo é tão generoso e honrado como você é.
- E se você vive debaixo de nosso teto ou não, suas ações refletem em nós e nossas reputações. - O barão apertou os lábios.
- Eu manterei isso em mente, Papai. Eu posso ir para meu quarto agora?
- Lorde Herbert estará apanhando você para o almoço. Até então, sim, eu sugiro que você recolha-se a pensar sobre as conseqüências de suas ações.
Quando Charlotte voltou para cima, ela perguntou-se quanto tempo Xavier permaneceria interessado nela se seus pais nunca permitissem que eles se encontrassem novamente. Nele ela achou um espírito de companheiro, mas enquanto o seu ainda estava amarrado, o dele estava livre.
Suas ações refletiam em ninguém mais que ela mesma, e sendo ambos homens e ricos, a maioria das coisas que ele fizesse iria ser desculpada. Quanto a suas próprias ações, seu pai estava correto. Ela vivia debaixo de seu teto, compartilhando seu nome, tinha sido apresentada a Sociedade por eles. E ela podia aceitar tudo isto.
O que a aborrecia era que os padrões de conduta esperados de toda jovem apropriada em Londres não se aplicava a ela. Ou eles fizeram bastante, mas três vezes mais e ela não tinha a beleza reverente e inspiradora ou ousadia para contrapor as paredes rígidas colocadas de pé ao redor dela.
Xavier não pareceu notar suas culpas, mas ela sabia que ele estava frustrado com sua situação. E Melinda Edwards, Rachel Bakely, Lady Portia Hollings, e uma meia dúzia de outras jovens ladies estavam totalmente sem conseguir pegar a atenção de alguém - enquanto ela se sentava em sua cama, murmurando sobre seu destino em solidão.
- Charlotte? - O golpe da sua mãe soou suavemente contra a porta fechada.
- Entre.
A baronesa entrou no quarto, fechando a porta atrás dela, então passeando até sentar-se à penteadeira do quarto de Charlotte. Ela não parecia brava, mas Charlotte manteve-se muda, de qualquer maneira. Ela certamente não queria precipitar outra confrontação.
- Eu recebi uma carta de Helen ontem, - sua mãe disse.
- Bom. Como ela, Fenton, e as crianças estão?
- Todos estão bem. Ela espera vir para cidade no próximo mês, entretanto eles não poderão permanecer muito tempo.
- Será bom vê-la novamente.
A senhora Birling movimentou a cabeça. - Ela tinha doze anos quando Sophia cortou relações com Easterly, você sabe.
- Sim, eu lembro.
- Mas desde que ela e Fenton tinham sido prometidos um para o outro desde seu segundo aniversário, nós não estávamos preocupados sobre o escândalo prejudicial a espera dela na Sociedade.
- E eu não era prometida de ninguém.
- Não, você não era. - A baronesa alisou suas saias.
- Nós não quisemos fazer você se sentir como uma lagarta. Nós justamente almejamos dar alguns passos necessários certificando-nos que você poderia casar-se bem.
Charlotte brincou com o rico bordado em sua colcha da cama. - Eu entendo isto. Mas espero que você conheça-me bem o suficiente para perceber que eu preferia não casar que casar com alguém que eu não tenha em nenhuma consideração.
- Você quer dizer Herbert.
- Ele é bom, eu suponho, - Charlotte retornou, buscando qualquer coisa que podia ser considerado um elogio.
- E limpo. E eu entendo que você considere-nos estar bem combinados. Eu... Eu só não concordo com isto.
- Quão seriamente Lorde Matson está cortejando você?
Ela olhou para cima. Sua mãe olhava-a pelo reflexo do espelho da penteadeira, sua expressão sombria. - Eu não estou completamente certa, - ela respondeu devagar. - Mas eu sei que ele não está me usando para subir degraus. Céus, alguém com seus olhos e riqueza pode ter alguém muito melhor que eu.
- Não diga isto.
- Por que não? Você sempre faz.
- Charlotte, eu estou tentando ser simpática. Ora não lance insultos em mim.
Isso a surpreendeu. - Simpática? De que modo? - Ela deslizou fora da cama para seus pés. - Você quer dizer que você poderia permitir que Xavier me cortejasse?
- Nossa situação não mudou, filha. Eu quero dizer que eu poderia falar com seu pai sobre desencorajar Lorde Herbert. Se você preferir verdadeiramente estar só que casada com ele.
- Eu verdadeiramente preferia, - Charlotte disse veementemente.
- Você entende que pode não ter outra oportunidade para casar. A cada ano você permanece só, suas chances declinarão um pouco mais. E não descanse suas esperanças em Lorde Matson. Qualquer que seja seu interesse em você, como você disse, ele tem outras escolhas. Você não suplicará.
- Mamãe, não pense que eu não considerei tudo que você disse todos os dias no último ano. Eu sei quem eu sou, e eu sei que eu não tiro a respiração dos homens jovens. E Herbert nunca me verá diferentemente. Se eu me casar já, eu esperaria que fosse com um cavalheiro que, se ele não me vir tão bonita, pelo menos não me veja tão enfadonha.
A baronesa ergueu-se. - E como Lorde Matson vê você? Ou você não tem nenhuma idéia disso, qualquer uma?
Charlotte sorriu. - Ele diz que eu tenho bons olhos.
- Eu falarei com seu pai. - Lady Birling caminhou para a porta e a abriu. - Se ele concordar, Lorde Matson pode cortejar você aqui. Você não irá a qualquer lugar com ele, e ele não cortejará você em público. Não até que esta bagunça com Sophia acalme, de qualquer maneira. Isto está claro?
Seu coração bateu tão rápido por um momento que Charlotte pensou que poderia desfalecer. - Muito claro, - ela respondeu, não fazendo seu melhor sorriso. Ela pelo menos iria chegar a ver Xavier novamente.

Quando Xavier fez sua visita diária à tarde em Birling House, ele estava revisando seu plano de seqüestro.
Fazia vinte e quatro horas desde que ele falou com Charlotte, e ele se sentiu esticado mais apertado que uma corda de arco. Até agora ele desistiu de tentar compreender o que tinha em torno dela que o atraía, mas não poderia ficar mais longe do que poderia parar de respirar. Anthony estava provavelmente dando uma boa risada as suas custas agora mesmo.
Ele bateu a aldrava contra a porta. Quando ela abriu-se ele levantou o buquê de rosas vermelhas, pronto para entregá-las e seu cartão ao mordomo quando sua entrada fosse mais uma vez recusada. Ao invés, o empregado de libré afastou-se para trás.
- Se puder esperar no salão matinal, milorde.
Por um momento Xavier pensou que bateu na casa errada. Recuperando-se, ele seguiu o homem velho em um pequeno e confortável salão e assistiu a porta fechar. Talvez Lorde Birling quisesse trancá-lo longe - mas nenhuma chave girou na porta. Ele agarrou as flores e andou até a lareira e voltou. O barão podia adverti-lo para longe novamente, mas ele retornaria. E ele continuaria retornando até que Charlotte dissesse que ele fosse embora.
A porta abriu-se novamente. Quando ele olhou, Charlotte caminhava no salão matutino. Ele estava a meio caminho através do salão antes dele perceber que sua criada entrava atrás dela. Amaldiçoando caladamente, Xavier obrigou-se a parar. Ela estava lá; Ele não se importava se ela veio acompanhada por artistas de circo.
- Boa tarde, milorde, - ela disse com uma mesura.
Inclinando sua cabeça, ele terminou de fechar a distância entre eles em um passo mais tranqüilo e deu o buquê a ela. - Boa tarde. Eu... acredito que esteja bem.
- Sim, obrigado. Não quer sentar-se? - Ela abaixou seu rosto para as pétalas de rosas, inclinou-se sobre ele com as pestanas escuras baixas. - E obrigado pelo buquê, - ela continuou, dando-o para sua criada, que voltou para a entrada e entregou-o para um criado.
Ela se acomodou no sofá. Ele quis se sentar ao lado dela e tomar sua mão, mas o que quer que isto fosse, parecia que era para eles agirem com decoro, e então ele tomou a cadeira diretamente oposta a ela. - Você é muito bem-vindo. -
-Eu posso oferecer algum chá?
Xavier se sentou adiante um pouco. - O que o diabo está acontecendo?
Seus lábios se contraíram. - Você terá permissão para me cortejar.
Seu coração deu um baque. - Eu tenho? Então o que...
- Mas existem regras.
- Regras, - ele repetiu, recostando novamente. - Que regras?
- Eu não posso deixar a casa em sua companhia, e você não pode ser visto me cortejando em público.
- Eu posso ser visto dançando com você em público?
- Não.
- Então eu suponho que beijar você está fora de cogitação.
A cor inundou suas faces. - Sim, esta.
- Por que a mudança? Não que eu esteja reclamando, claro. - Realmente ele tinha algumas reclamações, mas desde que eles agora pareceram capazes de conversar, ele supôs, o resto podia esperar um pouco de tempo. Um tempo muito pequeno.
- Nós estávamos no Whistledown.
Ele movimentou a cabeça. - Eu vi, maldita mulher - quem quer que seja ela. O que você disse a seus pais?
- Que eu fui para o parque para encontrar você.
Xavier ergueu uma sobrancelha. Algo obviamente mudou para melhor, e se ele tivesse que achar, ele diria que teve muito para fazer com a mulher jovem atraente acomodada em frente a ele. - Você simplesmente disse a eles?
- Sim. - Ela abaixou a voz. - Eles ficaram um pouco bravos.
- Parece ter trabalhado para nosso benefício.
- Parcialmente, de qualquer modo.
- E Lorde Herbert?
Charlotte fez careta por um momento. - Ele não sabe, qualquer um.
Este acordo pareceu ser até menos vantajoso do que ele pensou. - Então eu não sou considerado um pretendente sério. E então uma vez que seu compromisso for anunciado eu simplesmente vou embora?
- Xavier, eles sabem que eu não desejo casar com Herbert, mas meu pai insiste que suas intenções não possam ser... Sinceras, e que minhas chances de matrimônio enquanto isso não deviam ser arruinadas.
Depois que ele a ganhasse de uma vez por todas, Xavier tinha a intenção de ter uma conversa com Lorde Birling sobre menosprezar o valor de sua filha. Antes dele poder ganhá-la, porém, ele obviamente precisaria receber permissão para pelo menos dançar com ela na frente de outras pessoas, maldição tudo isso.
- São muitas regras, - ela continuou, inclinou-se para ele e então afastou-se novamente. - Afinal, existem outra mulheres sol...
- Eu posso tolerar as regras, - ele nitidamente devolveu. - Eu posso até tolerar o maldito Herbert. Mas eu sou sincero em minhas intenções, e eu farei seu pai entender isto.
- Você é?
- Claro que eu sou. - Cedendo um pouco, ele forçou um sorriso. - Afinal, eu aprendi um grande negócio sobre estratégia no exército. Eu não procuro uma campanha a menos que eu tenha uma boa expectativa de ter sucesso.
- E tudo isso porque eu defendi Lorde Easterly?
Uma risada escapou de seus lábios. - Isso virou minha cabeça em sua direção. Minhas orelhas, olhos e boca cuidaram do resto. - A medida que teve seu coração, ele estava começando a perceber, mas a fazê-la entender o quão especial ela era continuava difícil e suficientemente interessante sem assustá-la com declarações de morte. Inferno, ouvi-lo dizer em voz alta daria-lhe uma apoplexia. Xavier o libertino infernal apaixonando-se por uma fêmea quieta, contida, engenhosa, inteligente.
Seus lábios torceram-se, ela olhou de relance em sua criada. - Eu admito que eu senti o efeito de sua boca, milorde, - ela disse em uma voz baixa.
Isto de olhar e não tocar iria matá-lo. - Você ainda não começou a sentir o efeito de minha boca, Charlotte, - ele murmurou. - E você está causando que minha paciência encurte consideravelmente com esta tolice.
Ela olhou nele por um momento. - Você é completamente sério, não é?
- Sobre você? Sim, eu sou. - Ele soube o que ela estava perguntando, e ele soube o que sua resposta queria dizer. Para sua surpresa, entretanto, nem ao menos o instabilizou. Bem, ele se sentiu . . . completo. E contente. Ora ele iria, se ele pudesse compreender o que em danação levaria para conseguir que seus pais concordassem em tomar seu termo seriamente.
- Desculpe-me se sôo incrédula, Xavier, - ela continuou devagar, - mas meu pai teve que sair e achar Lorde Herbert quando eles decidiram que eu precisava casar. Nenhum homem havia me cortejado. Eu...
- Até agora, - ele interrompeu.
Charlotte olhou para baixo em suas mãos por um momento, então olhou nele novamente. Ela sempre o olhou nos olhos, ele percebeu. Ele gostou daquilo sobre ela - além das outras coisas ele rapidamente estava próximo para apreciar seu caráter.
- Minha irmã mais velha, Helen, - ela disse depois de um momento, - é atordoante. Ela teve pretendentes praticamente subindo pelas janelas para cortejá-la. E eu amo muito Helen, eu tenho que dizer que eu notei coisas - o modo que ela odiava ler, não podia agüentar discutir qualquer coisa exceto fofoca e moda, não freqüentaria o teatro a menos que escoltada por alguém que ela gostaria que todo mundo visse quem era seu acompanhante - ela soube como ser popular, e gostava muito, e nada mais interessava a ela.
- É um tema comum no meio de jovens ladies, - ele retornou, refletindo que ele conhecia dúzias como sua irmã, e ninguém como ela.
- Mas não para mim, - ela continuou, como se lendo seus pensamentos. -Nenhuma das coisas que interessava a ela, interesse-me. E eu penso que eu disse a mim mesma que minha recusa em jogar aqueles jogos era a razão do porque eu nunca tive qualquer visita de cavalheiros. Mas eu sei a verdade. Eu não sou atordoante, e eu não sou excitante. E eu... Eu quero estar certa que você não está me perseguindo simplesmente porque o fato de meus pais suspeitarem de seus motivos fez isto algum tipo de desafio para você.
Ele sorriu devagar, incapaz de resistir correr um dedo junto a sua face. - Você é um desafio. E por favor, não me culpe porque um bando de homens muito estúpidos olhou para você uma vez e achou você desinteressante. Eu olhei para você duas vezes, e vi o que você é.
A cor cobrindo suas faces. - E o que sou?
- Minha.
- Xavier...
O barão e a baronesa entraram no salão com suficiente velocidade que eles provavelmente testemunharam ele acariciando-a. Danação. Puritanos e espiões. Ele não podia imaginar uma combinação pior.
- Boa tarde, Lorde Matson.
Ele permaneceu, esboçando um arco. - Lorde e Lady Birling. Obrigado por me permitir conversar com Charlotte.
- Nós permanecemos não convencidos de suas intenções, - seu pai abruptamente disse, - mas Charlotte não se convencerá disso até que veja seu interesse por ela acabar.
Ao lado dele, ela enrijeceu. Pelo menos ela pareceu notar agora a baixa opinião dos seus pais de ser desejável - e pelo menos agora a incomodou. - Lorde Matson sabe tudo sobre as regras, - ela disse firmemente, - e ele concordou em segui-las.
Não, ele não concordava. - Eu tenho medo que você fique desapontado, milorde - Xavier respondeu, perguntando-se o que eles fariam se ele pedisse a ela naquele mesmo lugar. Ele não poderia correr o risco, porém.
Se eles o recusassem, como ele estava bastante certo que eles fariam, ele seria posto na posição de desafiá-los diretamente. Enquanto ele não tinha reservas quanto a isso, ele sabia que Charlotte teria.
- Charlotte está praticamente comprometida com Lorde Herbert Beetly, - sua mãe disse.
- Você deixou claro, milady. Com todo respeito, ela não tem nenhuma proposta, nem tem que aceitar qualquer oferta. Ela está então disponível para ser cortejada, e galanteada.
O barão realmente piscou. - Verdade, eu suponho, mas se você for sincero, você também está atrasado para a corrida. Eu tenho confiança em Lorde Herbert e seu caráter impecável. Eu estou incerto sobre você.
- Você não terá quaisquer dúvidas quando eu tiver acabado. - Ele teria empurrado mais duro, mas o rosto de Charlotte ficou pálido, e ela praticamente agitou de tensão. Xavier tomou sua mão e passou seus lábios por suas juntas. - Eu tenho algumas incumbências para fazer. Eu visitarei você amanhã, Charlotte.
- Xavier.
Ele podia sentir ela pulsar em baixo de seus dedos, duros e rápidos. Isso o encorajou, muito mais que a desaprovação óbvia dos seus pais podia abaixar suas esperanças. Quando ele andou a passos largos passando pelos Birling para a porta da frente, ele fez um voto silencioso para si mesmo. Ele se casaria com Charlotte Birling. E dali em diante, qualquer um com uma palavra indelicada para ela teria que responder a ele.

 

 

Capítulo 7


Lorde Matson continua a enfrentar resistência em sua perseguição a Miss Birling.
Mas é Miss Birling que está fazendo-o resistir, ou os pais da jovem lady?
Dado a aparência fina de Lorde Matson, só podemos imaginar que é o Birling mais velho quem está revelando-se ser anti - romântico. Miss Birling é feita de material duro, com certeza, mas seguramente não tão duro.
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 14 de junho de 1816


- Eu pensei que nós tínhamos um acordo.- Charlotte passeou de um lado para outro na frente de sua mãe que estava sentada a escrivaninha. - Lorde Matson deveria ter permissão para me cortejar.
- Charlotte, - Lady Birling respondeu, economizando sua pena, - ele foi permitido fazer isso.
- Então por que eu não o vi?
- Lorde Matson é obviamente um homem com muitos negócios e obrigações sociais. Eu disse a você que nós duvidávamos da profundidade de seu compromisso com você. E melhor descobrir isto agora, antes das fofocas poderem fazer isto. Olhe como ele te influenciou e depois cansou de você.
Aquele pensamento passou por ela de vez em quando, especialmente de noite, só em sua cama, mas na luz do dia sua propensão para realidade felizmente obteve vitória. - Como ele pode cansar de mim quando nós nunca vemos um ao outro?
- Talvez ele já tenha feito muito. - Sua mãe deu um sorriso obviamente forçado. - Agora, você não tem um almoço hoje com Melinda Edwards? Você não deve se atrasar.
Charlotte escondeu uma carranca súbita. Durante os dias passados ela tinha sido assustadoramente exigida. Ela atribuiu isto a sua menção no Whistledown, mas amigos, relações, sua mãe, todos pareceram exigir sua presença para comer, fazer compras ou passear entre os chuviscos. Agora ela abruptamente começou a perguntar-se se seus pais estavam tentando mantê-la fora da casa de forma que Xavier não pudesse vê-la. Foi dada permissão a ele para cortejá-la, mas ninguém disse que ela devia estar em casa para vê-lo. Droga. - Melinda enviou uma nota esta manhã implorando sair, - ela mentiu. - Eu acredito que ela tenha um resfriado.
- É este tempo cruel. - Lady Birling ficou de pé. - Nós não queremos que venha para baixo com qualquer coisa. Por que você não vai para cima e descansa um pouco?
Um pouco de tempo para inventar uma estratégia pareceu uma idéia muito boa. - Sim, Mamãe.
Não certa de estar furiosa da atual conspiração ao redor dela ou exultando que Xavier poderia não ter estado evitando-a, Charlotte fez seu caminho para cima para seu quarto e sentou-se em sua cadeira de leitura. Beethoven saltou em seu colo, mas depois de um olhar pensativo em seu rosto, mudou para o peitoril. Então aquilo era como seus pais pretendiam lidar com Xavier. Dar sua permissão, fazê-la indisponível para ele, e então empurrar Herbert para fazer uma proposta sem demora.
Sua janela chacoalhou. Com um uivo Beethoven saltou para baixo e fugiu para baixo da cama, enquanto Charlotte moveu sua cabeça ao redor. Grudado a moldura da janela, uma dispersão de pétalas, flor e pólen através de seu cabelo e ombros, era Xavier.
- Deixe-me entrar, Charlotte, antes que eu quebre meu pescoço, - ele murmurou, sua voz amortizada pelo vidro.
Ofegando, ela puxou o trinco da janela e empurrou para abri-la, agarrando um cotovelo para ajudar arrastá-lo pela abertura. - O que no mundo...
Esparramado no chão, ele a puxou para baixo para seu colo e a beijou duro e profundo. Charlotte afundou em seu abraço. Sua mãe poderia chamar isto uma fantasia, mas ela estava achando isto suficientemente real. E tão intoxicante que ela dificilmente podia ser capaz de não comportar-se ao vê-lo.
- Oi, - ele disse depois de um momento, correndo um dedo polegar através de seu lábio inferior.
Ela piscou, tentando se puxar de volta para um reino lógico. - O que você está fazendo aqui?
Agora ele estava alisando seus dedos, concentrando em cada apêndice como se fosse algo precioso. - Eu chamei na porta da frente primeiro, - ele disse em sua fala arrastada e baixa, - mas seu mordomo disse que você tinha uma gripe e não podia ser incomodada. Você não está doente, não é?
Era uma mentira terrível para dizer, especialmente para alguém que perdeu um membro da família com a mesma enfermidade.
- Não, eu não estou doente. - O alívio tocou em seu rosto.
- Bom. Mas por que você tem me evitado, então?
- Como eu posso evitar você quando você não tem vindo? - Ela retornou.
Ele olhou nela. - Eu vim vê-la todos os dias. Você é a pessoa que tem estado em outro lugar. portanto escalei a treliça hoje.
Charlotte respirou fundo. - Você veio todo dia?
- Eu disse a você que viria.
- Eles me disseram que você não tinha vindo. E eu fui enviada a visitar todo mundo. Até tias que eu mal soube que tinha. - Lentamente Xavier movimentou a cabeça. - Parece que algumas pessoas estão tão seguras que nós não combinamos que têm tentado forçar a realidade a combinar com suas convicções. - Acariciando sua face com dedos gentis, ele a beijou novamente.
- Mas isso não funcionou. Você escalou minha treliça. - Envolta em outro abraço, Charlotte cuidadosamente escovou um pouco de flores que recusavam-se a sair de seu cabelo.
- E quase quebrei meu pescoço. Não parecia ter sido usada por alguém como uma escada antes.
Ela sorriu. - Ninguém usou.
- Bem, se esta tolice continuar, eu vou trazer um pouco de ferramentas de carpintaria comigo da próxima vez e faço alguns consertos.
Charlotte podia imaginar isto; Xavier deslizando em seu quarto, em sua cama, no meio da noite, enquanto seus pais achavam que eles destruíam com sucesso quaisquer encontro deles. Um calor úmido começou entre suas coxas, e ela moveu-se mais junto dele, correu seus braços ao redor de seus ombros. - Isso seria bom.
- Eu sugiro que você não faça movimento ao redor como esse, - ele disse, sua voz mais tensa. - Eu não estou aqui para me aproveitar de você. Não desta vez, de qualquer maneira.
Ela não teve nenhuma idéia do que dizer sobre aquilo. Soou muito mal, e soou como se seus pais iriam ter que tomar medidas drásticas se eles desejassem manter Lorde Matson longe dela. Claro que primeiro eles teriam que descobrir que ele começou a cortejá-la de um modo mais direto - e ela não tinha nenhuma intenção de informar a eles.
- Então seus pais me deram permissão para cortejá-la, então se certificaram que você não estaria aqui para me ver, enquanto diziam a você que eu não estava interessado.
Charlotte desenhou uma respiração. - Eles não são... maus ou qualquer coisa, sabe. Eles pensam que eu estou ficando muito presa a você, e que você não retorna o sentimento.
Xavier ergueu uma sobrancelha, percebendo que ele estava perfeitamente satisfeito por se sentar em seu chão com ela o resto do dia. Para o resto de sua vida. - Eles estão errados.
Ela suspirou. - E eles nunca reconhecerão esse fato. Tenho certeza que eles terão Herbert fazendo a proposta até o Vauxhall.
A raiva rasgou nele. - Não, eles não irão. - Deixando suas costas um pouco, ele tocou em sua face olhando em seus olhos marrons suaves por muito tempo. -Case-se comigo, Charlotte, - ele sussurrou.
Ela abriu sua doce boca, então a fechou novamente. - Eu não posso. Não sem permissão.
Lembrando ele mesmo que ele gostou dela em parte porque ela tinha um bom coração, adequada jovem, ele tomou uma respiração. - Digamos por um momento que eu tenho sua permissão.
- Mas você não a tem. E você não terá. Eu amo eles, aparte de seu cepticismo que eu atrairia alguém sozinha, mas eles não concordarão em algo que eles pensam que podiam pôr uma marca na família, ainda que esteja só em suas próprias imaginações. Não importa quanto eu poderia querer isto.
Isso era o que ele queria ouvir. - Você diria sim, se não fosse isto.
Lentamente ela movimentou a cabeça. - Sim.
- Então eu arranjarei o resto.
Com um exasperado olhar, ela arrancou o último pedaço de pólen fora de sua jaqueta. - Eu sei que você está acostumado a conseguir o que você quer, mas ele não irá...
Ele parou seu argumento com outro beijo. Beijá-la parecia a melhor coisa já inventada. Ou a segunda melhor coisa, bem. Ocorreu a ele que se ele a arruinasse, seus pais provavelmente teriam muito prazer em casá-la com ele. Mas ele não queria recorrer aquilo - entretanto ele manteria a opção aberta. Nada o impediria de tê-la. Ele acharia um modo ao redor deste, porque ele se recusava a perdê-la para qualquer outro. E especialmente não para o maldito Herbert Beetly.
Eles conversaram por quase uma hora antes de Alice bater em sua porta. Com um ganido Charlotte ficou de pé. - O que é isto?
- Lady Birling deseja ver você, miss.
- Eu descerei imediatamente.
- Eu poderia me esconder debaixo da cama, - Xavier sugeriu, ficando de pé atrás dela.
- Você podia, mas eventualmente você passaria fome até a morte. - Ela sorriu, tendo vertigens apesar da humilde perspectiva para os dois. Ele a pediu para casar-se com ele, pelos céus.
- Prometa-me algo, Charlotte, - ele disse suavemente, atraindo ela para seus braços novamente.
- O que?
- Prometa-me que qualquer coisa que seus pais ou Beetly diga, você não cederá. Eu farei isto direito.
Porque ela não podia ajudar nisto, ela se esticou para cima e o beijou. Podia ser suficiente que seu coração batesse rapidamente neste momento? Até quando ela sabia que ele estava destinado a falhar? Claro que existia sempre a mínima chance dele ter realmente sucesso. - Eu prometo.
Ele deslizou de volta para fora da janela, amaldiçoando a condição de sua treliça à medida que ele desceu. Charlotte assistiu ele examinar cuidadosamente de volta a cerca, antes dela juntar-se a sua mãe no andar de baixo, só para descobrir, de todas as coisas, sua prima Sophia convidou-a para passar a noite.
- Foi-me permitido? - Ela perguntou, olhando o convite. Apesar de sua diferença de idade ela sempre apreciara conversar com Sophia, mas desde o reaparecimento de Easterly que ela mal punha os olhos nela.
Sua mãe suspirou. - Seu pai e eu temos discutido este convite desde ontem. Eu não gosto disto, mas ela é da família. E espero que ninguém mais descubra sobre isto. Mas você não discutirá Matson. Aquela tolice nunca aconteceu, até onde nós estamos absorvidos.
E obviamente sua mãe, pelo menos, começou a perceber que algo mais significativo que um almoço ou uma excursão de compras seriam precisos para mantê-la indisponível para as visitas de cavalheiros. Estaria provavelmente próxima de uma surpreendente semana em Bath com Vovó Birling. Bem, ela seria tão discreta quanto pudesse, mas com Sophia ela sempre sentia que podia discutir qualquer coisa. E ela estava desesperada por um ouvido amigável onde Xavier fosse respeitado. - Sim, Mamãe.
Durante toda a noite enquanto arrumava a mala ela perguntou-se se Xavier tentaria visitá-la novamente esta noite, e então quebraria seu pescoço na treliça quando ninguém viesse para abrir a janela. Oh, querido. Perturbada como ela estava, a única coisa ela podia fazer sobre isso era fazer as malas doze vezes e comer todo o prato de massas que Alice foi buscar de lanche para ela.
Finalmente ela vestiu seu vestido favorito de visita azul com chapéu combinando e fitas, e entrou pacificamente na carruagem da família que imediatamente se pôs em movimento. Quando ela chegou vinte minutos mais tarde a Sophia, sua prima estava esperando por ela no vestíbulo. Lady Sophia Throckmorton sempre pareceu fria e recolhida e completamente sob controle, e esta tarde Charlotte a invejou por isto. Tão agravante quanto era a situação de Charlotte com Xavier, Sophia teve no mínimo muitas preocupações com seu marido que retornou a Londres justo quando ela decidiu casar com outro homem.
O criado mal tomou suas bolsas quando Sophia avançou e deu um sonoro abraço. - Eu estou tão contente que você pôde vir! - Ela exclamou. - Eu estou em assombrosa necessidade de boa e lógica conversa feminina. Você já está com fome? Eu ordenei um jantar leve para ser servido às sete.
Agora Charlotte estava começando a lamentar sua massa no lanche. - Isto é bom, - ela respondeu. - Eu acabei de tomar chá e não posso dar outra mordida.

- Excelente. Eu a trouxe para meu quarto. Tenho esperado muito ansiosamente para ver você, mas devo dizer que fixei uma regra para esta visita.
Charlotte ergueu suas sobrancelhas. - Uma regra?
Inesperadamente Sophia a abraçou novamente. Ela provavelmente sentia a necessidade de uma amiga, Charlotte refletiu, sentindo culpa por ela não ter sido uma prima melhor. - Sim, uma regra, - Sophia continuou. - Nós podemos discutir roupas, chapéus, luvas, bainhas, jóias, sapatos, carruagens, cavalos, bolas, comida de todos os tipos, mulheres que nós gostamos ou não gostamos, e qual das danças mais recente a maioria de nós apreciamos, mas nós não vamos dizer uma palavra sobre homens.
Danação. Charlotte forçou um sorriso. - Eu penso que posso fazer isto.
- Perfeito! - Tomando seu braço, Sophia a levou as escadas. - Venha e veja o novo vestido que eu acabei de comprar.
É azul com russo elegante, e é apenas a coisa mais adorável. - Oh, e eu tenho um vestido de seda de rosa pálido agradável com rosetas vermelhas que eu penso ser exatamente o necessário para você.
Soou adorável, mas abruptamente Charlotte perguntou-se se Xavier a veria vestindo isto, e o que ele pensaria. - Para mim? Eu não poderia...
- Você pode e quer. Eu comprei isto em um capricho no último mês, mas isso não é para mim, e eu odeio desperdiçar coisas.
Quando elas foram olhar os vestidos e ter uma agradável e longa conversa, Charlotte perguntou-se como seria poder ver um vestido, decidir que gostou, e só comprá-lo - sem ter que se preocupar se chamaria atenção demais de homens possivelmente escandalizados. Ela saltou quando a empregada bateu na porta para anunciar que o jantar estava sendo servido.
Conversar tinha sido bom, mas quando elas terminaram de comer e Sophia serviu o chá, ela teve que admitir que não fez nada para a distrair de Lorde Matson. Ela queria muito conversar sobre ele, saber se Sophia entenderia como ela se sentia e concordar que valeria a pena que ela arriscasse tudo para estar com ele.
Suas conversas seguiam. Charlotte estava começando a debater se quebrava a regra de Sophia ou não quando sua prima abriu a boca para falar, então mudou de idéia.
Charlotte pausou com a xícara a meio caminho para sua boca. - Sim? - Ela iniciou.
- Nada. Eu era só... não era nada.
Explosão isto. Charlotte voltou a saborear seu chá. Agora ela não tinha nenhuma distração mesmo, e olhos de cobalto desbotados e um sorriso morno, suave pareceram espreitar em todo pensamento. Não era justo, que dúvidas dos seus pais sobre sua aparência e seu medo de escândalo pudessem arruinar sua chance em uma vida feliz. Especialmente quando ela sabia que se eles aceitassem conhecer Xavier, eles compreenderiam que ele não era totalmente um maldito libertino - que ele tem sido triste e sozinho, e decidiu se divertir um pouco quando chegou na cidade. Não era sua culpa, e não era dela. E então ali estava ele, declarando que podia unicamente estabelecer tudo por direito, enquanto Lorde Herbert Beetly permanecia pronto.
A xícara de Sophia retiniu em seu pires. - O que você está pensando tão seriamente?
Charlotte ruborizou. - Eu estava pensando sobre... - Não, não quebraria a regra a menos que Sophia fizesse isso primeiro. - Nada realmente. Eu estava só sonhando.
- Seus pais estão nisto novamente, não é? Tentando persuadir você a casar. Eu juro, eu agitaria minha tia Vivian até que seus dentes chocalhassem.
- Oh, ela está bem intencionada, mas...
- Eles todos estão bem intencionados, mas isso não significa que eles estão certos. Talvez eu deva falar com tia Vivian e tio Edward sobre os perigos de casar-se cedo demais. Eles não vêem minha triste situação atual como uma advertência? Que toda mulher devia esperar até que ela tenha ao menos vinte e cinco para tomar tal decisão?"
Charlotte piscou. - Vinte e cinco? Ela queria casar com um homem diferente que seus pais escolheram, não meramente empurrar de volta o início de sua miséria.
- Ou mais velha.
- Mais velha? Que vinte e cinco? Mas isso seria seis anos! Seguramente, eu quero dizer, se você encontrasse a pessoa certa, isto é, se você pensasse que você encontrou a pessoa certa, não existiria nenhuma razão para esperar.
Enquanto Charlotte tentou não parecer muito lamentável, Sophia olhou nela. - Não, eu não suponho existir qualquer razão para esperar se você encontrasse a pessoa certa. O problema é que não existe nenhuma garantia. Eu casei por amor, sabe. Às vezes até isto não é fácil. - Ela pausou. - Talvez nós devêssemos suspender nossa regra e falarmos francamente sobre um homem, um homem em particular, só para dar um exemplo.
- Nenhum nome, entretanto, - Charlotte quebrou, lembrando a advertência de sua mãe. - Você conhece como minha mãe odeia me ver fofocando. - Deste modo pelo menos ela podia manter a identidade de Xavier em segredo e ainda conversava sobre ele, e receberia uma opinião e conselho honrado, que ela desesperadamente precisava.
- Concordo, - Sophia declarou.
Charlotte agarrou as mãos de Sophia, tão agradecida que sentiu as lágrimas próximas. - É tão bom poder falar francamente!
- Então faça! Eu acredito que é por isso que os homens conseguem enganar a nós, pobres mulheres, muito freqüentemente; nós não conversamos sobre eles de uma honrada e franca maneira. - Sophia deu a sua prima um olhar astuto. - Mas você sabe o que eu quero dizer quando eu disse que aqueles homens são criaturas orgulhosas, difíceis. E muito arrogantes.
- Sim, sim, eles são.
- Todos eles. Sophia pausou novamente, obviamente escolhendo suas palavras, e seu conselho, cuidadosamente. - E homens teimosos são os piores.
Charlotte movimentou a cabeça. - Especialmente aqueles que recusam escutar a razão, até quando eles tiverem que saber que você tem sido completamente lógica.
A expressão da Sophia se tornou mais entusiástica. - Você é tão direta!
- Eu também acredito que alguns homens apreciem causar rompimentos simplesmente assim podem controlar em colocar as coisas direito novamente. Ou pensam que podem.
- Isto é certamente verdade. Eu também odeio o modo como alguns homens estão sempre tentando nos conseguir para... - Sophia piscou, sua cor afundando. - Eu sinto muito. Talvez...
- Não, você está certa. - Suas próprias faces aquecidas, mas isto era a melhor chance que ela provavelmente teria para discutir Xavier francamente. - Eles estão sempre roubando beijos. E nos lugares mais impróprios, também. E tudo que você tem é sua palavra que quer dizer qualquer coisa mesmo. - E se ela só fosse uma loucura para Xavier, afinal? E se ela conseguisse afastar-se de Herbert, e então Xavier a virasse as costas uma semana mais tarde, uma vez que o jogo estava ganho?
Sua prima estava de pé, sua expressão sombria. - Eu prefiro ser o papagaio repugnante de Lady Neeley que qualquer homem eu conheça.
Oh, agora Charlotte estava fazendo Sophia se parecer ruim, também. - Ou aquele macaco de Liza Pemberley estará para sempre em apuros, - ela disse, tentando alegrar ambas. - Eu ouvi que ele mordia.
- Faz isto?
- Eu nunca o vi fazer isso, mas ele seria adorável se fizesse, - Charlotte retornou para um sorriso leve. - Eu posso pensar ao menos numa pessoa assim para esse macaco morder. - Lorde Herbert. Então se por nada mais, pelo menos ele poderia mudar sua expressão por um momento.
Os lábios de Sophia contraíram-se. - Seria bastante útil ter um macaco treinado para atacar a um comando.
- Melhor que um cachorro, porque ninguém o veria chegando. - E talvez se ela possuísse um macaco, nem todo mundo pensaria ser tão enfadonho e comum. Ela suspirou. - Eu suponho realmente que um macaco não morda. Sempre pareceu uma criatura bastante dócil para mim.
- Sim, mas com macacos nunca se sabe. Ou homens.
- Sim eu notei. - Ela franziu o cenho. - Eu pensei freqüentemente que isto... Os homens... sempre parecem pensar que eles sabem mais.
- Orgulho. Eles estão inchados com isto, como o Tamisa depois de uma chuva.
Algo brincou contra a janela. Charlotte suspirou novamente. Esplêndido. Chovia mais.

Sophia olhou de relance no vidro, então voltou. - Eu também odeio isto de quando certos homens recusam admitir quando eles estão errados. Eu...
Duas batidas chegaram nesta hora. Por um simples momento Charlotte perguntou-se se Xavier a achou, mas ela rapidamente deu de ombros fora do pensamento. Ele não arriscaria causar um escândalo subindo pela janela de outra pessoa. - Está chovendo? O que é isto?
O som veio novamente. - Isto não é chuva, - Sophia declarou. - Soa mais como um idiota de pé do lado de fora minha janela, lançando pedras.
Ela não parecia totalmente chateada com isso, entretanto Sophia era equilibrada para ter casado assim que ela e Easterly alcançaram um acordo. - Ah, deve ser Sr. Riddleton, - Charlotte disse. - Ele está bastante apaixonado por você, não é?
- Eu não acredito que ele seja tão apaixonado por mim quanto você poderia pensar. - Antes de Sophia poder elaborar, uma chuvarada do que parecia ser pedras bateu na janela.
- Bondade! - Charlotte exclamou, franzia as sobrancelhas na janela. Não era Xavier; Ela estava certa disto.
E Sophia pareceu ter uma boa idéia, de qualquer maneira. - Ele soa um pouco determinado. Eu penso que ele está usando pedras maiores.
Sua prima suspirou. - Talvez eu deva ver o que ele quer, antes da janela...
A janela quebrou. A pedra culpada rolou até o pé de Sophia.
- Jesus Cristo! - Sophia agarrou a pedra e caminhou até o vidro quebrado da janela, olhando como se ela quisesse lançar a pedra de volta no perpetrador. - Eu não posso acreditar Thomas... - Ela parou, debruçando fora.
- O que é isto? - Charlotte perguntou, sua respiração falhando. Não era Xavier; não podia ser.
Sophia, entretanto, pareceu saber exatamente quem era. Inclinada mais para fora da janela, ela começou uma conversa baixa com o vândalo. Charlotte escutou por um momento até que ela percebeu que devia ser Easterly mesmo. Agora se sua mãe descobrisse, ela nunca teria permissão para visitar qualquer lugar.
Mas se Lorde Easterly teve que recorrer quebrar a janela de Sophia a fim de conseguir sua atenção, talvez suas situações não fossem tão diferentes. Pelo menos Sophia podia decidir se e quando ela queria vê-lo sozinha. Charlotte queria ver Xavier, queria beijar e ser beijada por ele, desejando coisas sobre o que ele só insinuava, e todo mundo disse a ela que era impossível. Todo mundo exceto Xavier, mas ela tinha muito mais experiência com seus pais que o conde.
Ela mexeu em uma das rosetas em seu novo vestido de seda. Ele poderia convencer o barão e baronesa para deixá-los casarem-se, mas ela duvidou disso. Os Birling eram ricos o suficiente para ela não precisar casar por dinheiro, e eles certamente consideraram que Lorde Herbert adicionaria mais respeitabilidade para a família que Xavier podia.
Não devia nem ter sido uma pergunta - e ela abruptamente percebeu por que se recusou perder a esperança. Ela o amava. Ela amava Xavier Matson. Desde que ela fixou os olhos nele que ela se apaixonou, mas desde que eles se falaram que ela o admirou. E agora que ela veio conhecê-lo, ela o amou.
- Pare agora! Você quer parar de lançar pedras na janela da Lady?
- Oh, obrigado, Oficial! - Sophia chamou.
Charlotte saltou, desordenada em seus pés. Espiando acima do ombro de Sophia, ela podia ver Lorde Easterly sair cercado por três homens vestindo os uniformes de vigilantes. Alguém estava em apuros.
Lorde Easterly cravou os olhos neles, não olhava muito contente. - Você me enganou, você...
- Pare agora, chefe! Não na frente das ladies. Venha conosco. Isto dá cadeia gênio.
- Você sabe quem eu sou?
Charlotte sufocou uma risadinha. Ela não pensou que o vigilante se importasse sobre quem seria ele, tão pouco. Talvez ela e Xavier fossem mais sortudos que Sophia, Easterly e Riddleton. Pelo menos ela e Lorde Matson queriam a mesma coisa. Sua prima, entretanto, parecia querer seu arredio marido arrastado dentro da cadeia.
Estranho como o pensamento era, deixou seu sentimento mais esperançado. Ela e Matson queriam a mesma coisa. Ele queria fazer algo sobre isto. O que ela podia fazer, então?


Capítulo 8


Lorde Herbert Beetly ou Conde Matson? Realmente, ladies, qual vocês escolheriam?
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 17 de junho de 1816


Xavier chegou a porta de Birling House justo quando o coche de Lorde Herbert virou na esquina. Por um momento Xavier considerou retornar mais tarde, mas ele teve algumas incumbências para correr esta tarde, e ele precisava chegar a Vauxhall na frente de Charlotte e sua escolta. Além disso, ele não tinha nenhuma intenção de instalar acampamento no meio do território inimigo. Ele já escolhera seu campo de combate.
O mordomo abriu a porta, movimentando a cabeça duas vezes reconhecendo ambos os homens quando Herbert juntou-se a ele no pórtico dianteiro. - Milordes.
Beetly de olhos nele. - Você não é bem-vindo aqui, Matson.
- Talvez não, - Xavier retornou, erguendo seu buquê de rosas e dando para o mordomo antes que alguém pudesse dizer a ele que Charlotte não estava em casa. Não para ele, de qualquer maneira - Mas minhas flores são mais agradáveis do que as suas.
- Eu não trouxe quaisquer flores.
- Não, você não fez não é? - Xavier tocou seu chapéu. - Boa tarde.
Ele odiou deixar Beetly lá; Charlotte prometeu que ela não faria nada precipitado, mas ele soube que em face a crítica dos seus pais e mediocridade de Beetly não seria difícil para ela esquecer que não só era melhor que aquilo mas ela também merecia melhor que isto.
Isso o matava toda vez que ele ia aquela porta, sabendo que seus pais teriam a removido de seu domínio. Mas ele foi de qualquer maneira, certificar-se que Birling soubesse que ele não estava para desistir. Ela já sabia isso; Ele esperou que ela acreditasse nisto.
Pelo menos ele podia dizer a ele mesmo que ele só tinha que esperar até hoje à noite. Do que ele pode descobrir, milhares estariam freqüentando Vauxhall, todos testemunhariam a reapresentação da Batalha de Waterloo por ocasião do aniversário de um ano da batalha. O príncipe George aparentemente conseguiu gastar milhares de libras no evento, dinheiro que ele deve ter obtido emprestado e nunca reembolsaria. Considerando que ele poderia ver Charlotte lá, porém, Xavier estava disposto a perdoar a extravagância.
- Lorde Matson!
Xavier saltou, diminuindo a velocidade de sua montaria quando ele olhou na direção da voz feminina. - Bom dia, Miss Bakely,- ele saudou, tocando seu chapéu.
Ela o abordou, duas de suas amigas colocando as mãos atrás dela e audivelmente dando uma risadinha. - Bom dia. Você irá a Vauxhall hoje à noite?
- Eu planejo, sim.
- Vai ser um espetáculo triste, eles dizem. Com fogos de artifício e uma batalha no lago!
-Sim, eu ouvi. - Entretanto que batalha aquática teve em Waterloo, ele não estava completamente certo.
- Eu presumo que você quer dizer que irá também?
- Sim, eu irei.
- Talvez eu veja você lá, então. - Ela estava visando uma escolta, obviamente, mas ele tinha outros planos. Tendo que entreter alguma inconstante e risonha jovem, enquanto ele queria ter Charlotte em seus braços não parecia uma perspectiva muito agradável.
- Meus pais alugaram um camarote no lado leste do palco. Eu estou certa que eles adorariam ver você novamente.
- Hm. Visto lá de cima uma vez que ela o convidou, ele estava no caminho certo para a ratoeira do Parson. E a coisa era estranha, algumas semanas atrás ele provavelmente aceitaria isto: Ela estava em sua lista, e então ele não se importava com quem ele casaria, enquanto o processo era indolor. Seus sentimentos obviamente mudaram. - Eu irei se puder, - ele esquivou-se.
Charlotte disse que ela gostou dele e apreciou estar em sua companhia. Sua objeção a sua proposta de casamento tinha sido porque seus pais não aprovariam. Xavier decidiu tomar seu acordo no coração - se ele pudesse conseguir que seus pais aceitassem a idéia de casamento. Aquele problema particular continuava a aborrecê-lo. Ele tentou ser cortês e reservado, e eles não deram uma polegada de chão. Suave e encantador não funcionou, qualquer um dos dois. Ele podia fugir com Charlotte, ele supôs, mas ele duvidou que ela fosse de boa vontade longe contra os desejos de seus pais. O que ele sabia era que no tocante a ela, ouvir sua voz, se tornou necessário para ele como ar.
Amaldiçoando sob sua respiração, ele girou seu cavalo para o sul. O que quer que acontecesse, ele estaria pronto para isto; Desde que envolvesse atrair Charlotte para ele.
A carruagem de Lorde Herbert levou vinte minutos para chegar as margens dos Jardins de Vauxhall até a entrada da ponte de água. Herbert se sentou de volta em sua cadeira de couro funda parecendo chateado, mas Charlotte estava na pequena janela do coche e examinava a quantidade enorme de cidadãos. Lordes e ladies, comerciantes, demi-mondaimes, atrizes, lojistas - todo mundo que podia dispor a taxa de entrada de dois xelins espremidos na entrada por sua chance de encher o lado de dentro.
- Eu nunca vi tantas pessoas num mesmo lugar, - ela exclamou, dizendo a si mesma que estava olhando para ver quantos de seus amigos estavam presentes, e não determinar se Lorde Matson estava lá. Ele disse que iria, mas isso tinha sido dias atrás. Ele não subiu em sua janela desde a sexta-feira, e embora ela evitasse o exílio para Bath, seus pais asseguraram que ela não estivesse em casa para receber nenhuma de suas visitas.
- A multidão seria mais manejável se os proprietários aumentassem a taxa de entrada, - Herbert comentou. - Segure firmemente sua bolsa; até ladrões pagam para entrar em festividades como esta.
- Eu estou certa que não tenho nada para temer em sua companhia, - ela disse. Se ela fosse presa com ele esta noite, talvez ela pudesse pelo menos fingir que ele era galante e perigoso.
- Eu não pretendo fazer qualquer coisa tola porque você não pode se incomodar de cuidar de seus próprios bens, - ele respondeu, descendo quando a carruagem parou e a ajudando descer também. - Eu pensei que você não gostasse daqueles jogos tolos.
- Eu não gosto. Qual o sentido de me ter como acompanhante, entretanto, se você não pretende apresentar nenhuma ação em meu nome?
- Eu estou acompanhando você; isto é minha tarefa. E é sua tarefa ficar fora de problemas.
Charlotte livrou sua mão da sua assim que ela pode. - Isso não soa galante mesmo.
Ele olhou nela por um momento. - Eu poderia ser mais galante se eu não soubesse que você estava encorajando Lorde Matson nas minhas costas.
Então Herbert teve uma pitada de inteligência. - Eu não fiz nadas nas suas costas.
- Hm. Outro dia você estava tentando comprar aquele colar idiota naquela massa de bugigangas.
Ha. Se ele soubesse. Ela levava sua bugiganga de esmeralda idiota em sua bolsa esta noite, só porque ele a fazia se sentir um pouco escandalosa e livre. - Você pareceu admirar um que Lady Ibsen usava.
O rubor manchou suas faces. - Tolice. Mas eu não vim aqui para discutir com você. Vamos achar nosso camarote e pedir o jantar. Os fogos de artifício devem ser espetaculares.
- Foi o que ouvi.
Com Alice fechando atrás deles assim eles não seriam separados pela multidão, eles empurraram pela clareira principal no centro do Jardim. Se possível, o palco e pavilhão estavam até mais lotados que as cercanias. A melhor coisa que Charlotte podia dizer sobre a multidão volumosa era que pelo menos ela criava um pouco de calor; A noite era bastante fresca.
Ela vestia o vestido rosa com as rosetas que Sophia deu a ela. Claro que seus pais desaprovaram o decote baixo e o olho do desenho do material, mas ela teve que admitir que ela nunca se parecera mais sensual e viva. Tudo que ela precisava para fazer a noite completamente perfeita seria ter Xavier a seu lado em vez de Herbert.
- Eu tenho um camarote principal, - Herbert continuou, como se eles não tivessem discordado sobre qualquer coisa.
- Eu me atrevo a dizer que nós teremos as melhores cadeiras que qualquer um nos Jardins.
- Que adorável, - ela retornou. - Eu estou um pouco faminta. Nós devemos tomar nossas cadeiras?
- Claro.
Já os falsos soldados franceses e britânicos estavam alinhando-se nos lados opostos do campo, aguardando sua sugestão para começar a batalha. Mais perto do palco o Príncipe George e o Duque de Wellington tomaram seus assentos, entretanto com a multidão ao redor deles ela apostaria que eles não veriam muito da batalha.
Quando os criados chegaram com travessas de fatias finas de galinha e presunto frios, já estava anoitecendo. A orquestra no palco principal começou a tocar, e ela se sentou de volta para assistir quando, com um impacto de pratos, as luzes de gás penduradas ao longo dos passeios e nas árvores acenderam simultaneamente.
Charlotte juntou-se no aplauso, ainda procurando na enorme multidão por um rosto familiar, bonito. Nada. Sua vida inteira tinha sentido como isto, ela percebeu, aceitando mediocridade e o tempo todo esperando por algo - alguém - excitante vir junto e fazer tudo melhor. Talvez estivesse na hora dela parar de esperar.
- Antes da batalha começar, eu preciso sair para me refrescar, - ela disse, levantando.
- Alguém pegará nosso camarote, - Herbert reclamou, carrancudo. - Fique aqui. Alice me acompanhará. Eu virei direito para cá. - Logo depois dela descer do camarote ela ouviu a agitação de trompetes anunciando o começo da batalha. Todo mundo começou a surgir em direção ao campo, gritando encorajamentos e batendo palmas com excitação.
- Nós perderemos o Waterloo, Miss Charlotte, - Alice disse, chegando pra perto dela.
Ela abriu sua boca para responder que ela não se importava, quando ela o viu. Vestindo preto e cinza, Xavier permaneceu na entrada para o Caminho Druid's escurecido, olhando-a. Seu coração acelerou. Ele veio.
- Eu preciso de um pouco de ar, Alice, - ela disse. - Por que você não espera aqui mesmo contra a cerca, eu voltarei em um momento.
- Eu não posso deixá-la sozinha aqui! Lorde e Lady Birling me demitirão!
- Eles nunca saberão. Eu prometo. E deste modo você pode assistir a batalha. Eu serei boazinha. Eu prometo.
- Oh, Miss Charlotte, isto não é uma boa idéia.
- É uma idéia maravilhosa. Espere aqui.
Ainda parecendo terrivelmente intranqüila, sua empregada movimentou a cabeça. - Sim, Madame.
Charlotte recebeu alguns curiosos olhares quando ela cruzou o pavilhão, mas ela escassamente os notou. Esta noite ela não se sentia como ela mesma. Esta noite ela se sentia como alguém selvagem, despreocupada e livre, alguém que deixaria sua criada para ir caminhar ao longo de um caminho escuro com um libertino bonito.
- Você esta adorável, - Xavier disse em uma voz baixa quando ela se aproximou.
- Minha prima Sophia deu o vestido para mim.
- Ficou bem em você.
- Eu me sinto meio desnuda.
Seus olhos cobalto desbotado vagaram por seu decote baixo e de volta a seu rosto novamente. - Longe de estar nua o suficiente, - Ele murmurou.
Meu Deus. Ele tinha aquele olhar predatório em seus olhos, que ela viu em Hyde Park quando seus beijos praticamente a devoraram. Charlotte tragou. - Eu estou contente por você ter vindo.
- Eu quero que você caminhe comigo, - ele disse, seu olhar intenso em seu rosto. - Mas eu também quero advertir você. Se você juntar-se mim, nada será o mesmo novamente. Então escolha cuidadosamente, Charlotte. Eu estou certo que Beetly está esperando por você em seu camarote. Ele é seguro. Eu não sou.
- Eu tenho sido segura minha vida inteira, Xavier, - ela retornou, então forçou um sorriso nervoso quando ela olhou sobre seu ombro o caminho percorrido. - Diferente do fato que é escuro, o que é tão espetacular naquele caminho, de qualquer maneira?
Seus lábios curvaram-se para cima em um sorriso lento, sensual. - Venha e descubra.
Eles não estavam sós ao longo do Caminho do Druid's. Em várias alcovas escuras ao longo do caminho, acima dos sons da batalha próxima, ela podia ouvir sussurros e o som inconfundível de lábios tocando lábios. Sua mãe teria uma apoplexia se ela soubesse que sua filha estava visitando um dos passeios mais escuros e infames do Vauxhall, muito menos na companhia de Conde Matson.
Eles viraram outra curva, o obscurecer só iluminado por fogos de artifício esporádicos significando fogos de canhão. - Você está certo de querer faltar a reapresentação? Você não estava lá para ver a original, você disse.
- Isto é o passado, - ele retornou, guiando-a além de um baixo pendente. - Eu recentemente descobri uma nova esperança para o futuro. - Ele quis dizer o seu. Se seu coração batesse mais rápido, voaria de seu peito. Isto era onde ela precisava e queria estar, e ele era o homem que ela precisava e queria ter. - A que distância nós estamos indo?
Sua risada suave enviou um calafrio por seus braços. - Só aqui. - Eles viraram fora do caminho para uma clareira pequena situada distante do resto dos Jardins, cobertos habilidosamente por uma manta pendurada. Ele tinha planejado. - E se alguém nos vir?
- Eu tomei precauções. Wilson?
- Aqui, milorde.
Ela não estava surpreendida por ver um de seus criados de pé na extremidade da trilha, olhando de volta na direção de onde eles vieram. - Quanto tempo você planejou isto? - Ela perguntou, esperando que sua voz soasse menos nervosa do que ela sentia em seu interior.
- Alguns dias. Eu tenho pensado sobre isso desde que nós nos encontramos, porém. - Dentro do abrigo dos cobertores ele a enfrentou, atraindo-a a seus braços. - Eu disse a você que eu era um bom estrategista, - ele murmurou, balançando seu rosto até beijá-la.
Charlotte gemeu, deixou o suave puxar de sua boca enviar seu coração ascendente. Com ninguém vendo, ninguém interrompendo, eles podiam fazer o que eles desejavam. Ela soube o que ele procurava; ela. E ela o quis também, com uma força e paixão que algumas semanas atrás ela teria achado que ela até não possuía. Ainda assim, se seus pais descobrissem...
- Isto é sábio? - Ela sussurrou, tremula quando sua boca moveu-se lentamente ao longo da linha de sua mandíbula.
- Não. Mas eu não posso ajudar a mim mesmo. Esqueça tudo fora deste lugar, Charlotte. Fique só comigo. Se você quiser.
- Eu quero. - Então mal, machucaria ir embora. Ela se lembrou da bugiganga em sua bolsa e a puxou para fora.
- Lady Ibsen recomendou isto para mim, - ela disse insegura.
Ele tomou o colar de seus dedos. - Jeanette? Quando?
- Alguns dias atrás. Herbert disse que era espalhafatoso, e ela disse que era o ponto.
Um sorriso lento curvou sua boca sensual, Xavier firmou o colar atrás de seu pescoço, então passou seus dedos abaixo ao longo do comprimento da corrente para onde a esmeralda descansava entre seus seios. - Não inteiramente, -ele sussurrou, movendo-se atrás dela. - O que você...
Seu vestido soltou e então deslizou de seus ombros. Ofegando, Charlotte segurou a frente acima de seu seio. O que ela estava fazendo? Ela estava louca, obviamente. Mas qualquer pensamento de vôo desapareceu quando ele parou na sua frente novamente para outro profundo e gratificante beijo. Como se por sua própria iniciativa, seus dedos relaxaram, e seu vestido deslizou para seus pés.
Do grito distante de saúde e explosões, a reapresentação de Waterloo e o público pareceu estar tendo um tempo bom, mas ela duvidou que pudesse comparar com o seu. Herbert provavelmente começaria a perguntar-se onde ela estava, a menos que as luzes brilhantes o distraíssem, mas ela não se importou. Não esta noite, não agora. Não com Xavier.
Tudo aquilo permanecida entre ela e a brisa da noite era seu turno de mudar. Ela esperou estar fria, mas quando ele deslizou seus dedos debaixo dos ombros e suavemente deslizou o algodão por seus braços, ela só era ciente do calor, excitação e estimulação. Seus beijos cresceram mais duros, mais exigentes, e ela varreu seus braços ao redor seus ombros para puxá-lo mais perto.
- Xavier, - ela arquejou, beijando sua garganta como ele beijou a sua, - eu me recuso a ser a única desnuda nesta festa.
Ele gemeu. - Eu quero você, - ele respirou, permitindo a ela empurrar sua jaqueta abaixo de seus ombros. Seu plastrão seguindo, afundando para o chão em um murcho amontoar. Com seu gentil arrastar ela moveu-se rastejando por seus ombros, expondo seus seios e então sua barriga e suas pernas para o luar e flashs escuros de fogos de artifício. Xavier tocou a bugiganga de esmeralda novamente onde pendurada pesada e fria agora contra sua pele nua. - Agora é assim que você deve usá-lo sempre.
Seus dedos hábeis acariciaram os lados dos seus seios, e ela ofegou novamente, arqueando em direção à pressão. - Céus. - Xavier riu, esfregando seus mamilos entre seu dedo polegar e o indicador. - Você quer pecar esta noite, Charlotte?
- É por isso que estou aqui. - Ela fez outra respiração instável. - Mas por favor se apresse, porque eu não quero que alguém nos pare antes ... - Ela quis dizer antes dela poder ser satisfeita, mas isso soou completamente temerário e escandaloso.
Ela arrastou sua camisa livre de sua calça comprida e correu as mãos pela pele morna de seu tórax. Liso, e ela ainda podia sentir o aço. Seus músculos saltados de baixo de seu toque, e ela percebeu que ela afetava-o tanto quanto seu toque afetava-a.
Com ela ajudando ele tirou a camisa acima de sua cabeça, e então ele abaixou-os para a manta no chão. Excitou-a ainda mais para ela saber que ele fez como cumprimento para ela. Ela quis perguntar o que aconteceria amanhã, depois que sua luxúria tinha sido satisfeita, mas quando ele a deitou sobre suas costas e então tomou seu seio em sua boca, ela não se importou o que poderia acontecer depois desta noite. Ela se sentia quente e espiralando no interior, crescendo mais apertado e mais apertado, esperando por algo que só ele podia fornecer.
Ele sugava seu seio profundamente, e ela enredou seus dedos em seu cabelo fulvo, puxando ele mais forte contra ela. O lânguido som choramingado que ela fez dificilmente soava como seu, mas nada disto era como seu. Com sua mão livre ele desfez sua calça comprida e a empurrou, então debruçou sobre ela novamente para beijá-la profundamente.
Sua excitação parecia grande e dura contra sua coxa, e ela espiralava ainda mais apertada em seu interior. - Xavier, agora, - ela exigiu, mudando desconfortavelmente.
Ele empurrou seus joelhos separadamente e se colocou entre suas pernas. - Diga que você se casará comigo, - ele exigiu, sua própria voz agitando nas extremidades.
- Mas eu...
- Eu não me importo o que qualquer outro pense, Charlotte, - ele interrompeu, aliviando adiante de forma que ela pudesse senti-lo apertando intimamente entre suas pernas. - Diga que você se casará comigo.
Ela mal podia formar um pensamento coerente, muito menos uma oração coerente. - Sim, - ela disse rouca, elevando seus quadris.
Lentamente ele empurrou adiante, entrando nela. Charlotte ganiu, mas ele amortizou o som contra sua própria boca. - Shh. Relaxe, meu doce. Só relaxe.
A dor baixou, e ele retomou seu deslizamento lento bem no fundo dela. Nada que ela já sentiria podia comparar a isso, então... satisfazendo, e ainda deixando ela querendo muito mais. - Xavier. - Em um momento ele começou a mover-se, seu ritmo lento, seu desenho mais apertado e mais apertado. Com uma barulhenta vibração os fogos de artifício explodindo em uma celebração de falsa vitória. Ela gemeu no momento de seu empurrão, enquanto o cobalto desbotado, quase preto na obscuridade, olhava intimamente nela. Fogos de artifício, alegrando, calor, suor, o peso de seu morno e musculoso corpo, enchendo-a com uma pressa assombrosa até ela quebrar-se. - Você me pertence, - ele rosnou, seguindo-a na liberação. - Minha.
Por vários longos momentos Xavier não quis mover-se. Com antecedência o plano assombroso pareceu estúpido e desesperado. Realmente planejando um encontro e assegurando uma clareira no mato retirado para isto. Entretanto ela apareceu, procurando por ele, e tinha funcionado.
Enquanto sua respiração e coração diminuíam pra velocidade normal e antes dele se tornar muito pesado para ela, ele enterrou o rosto em seu cabelo com aroma de lavanda. Isto era onde ele deveria estar; não em Waterloo ganhando glória a custas de milhares de vidas, não sentando sozinho em Farley Park desejando que Anthony estivesse lá carregando nos ombro os fardos da propriedade e título, não sentado no esfumaçado escuro apostando ou pecando com alguém só assim ele não teria que enfrentar a casa sozinho.
Charlotte trouxe algo em sua vida, algo que ele soube que faltava mas nunca pode pôr um nome. Em sua companhia, com ela em seus braços, ele se sentiu... Completo. E indescritivelmente feliz.
A orquestra principal do pavilhão começou a tocar música de Handel quando os fogos de artifício reais, e foguetes multicoloridos começaram a estourar no céu. Eles estavam aqui muito tempo; a escolta de Charlotte estaria procurando-a. O problema, Xavier refletiu, era que ele não queria devolve-la, mesmo temporariamente.
- Eu suponho que nós não podemos viver aqui nos Jardins do Vauxhall, - ela disse, ecoando seus pensamentos quando ela lentamente correu suas mãos por suas costas. - Como Robin Hood e a Criada Marian?
Ele riu enquanto relutantemente saiu dela, sentando até correr uma mão por seu corpo. - Isto é tentador, mas parece um pouco extremo.
- Eu suponho que sim.
Ela tremeu um pouco, e ele alcançou-a até pegar seu movimento. - Nós precisamos levá-la de volta, antes que você congele até a morte.
- Estar na companhia de Herbert não deixa precisamente morno meu coração, - ela retornou.
Na extremidade da frustração na voz dela ele se debruçou sobre ela e a beijou, longo e profundo. - Isso não durará mais que esta noite, - ele disse. - Você me fez uma promessa.
Os olhos marrons suaves encontraram os seus. - Com falta de minha completa ruína, eu não vejo como minha promessa persuadirá meus pais. Charlotte passou seus lábios contra sua garganta. - Provavelmente teria sido melhor se você nunca me notasse.
Seu coração balançou. O pensamento o aborrecia às vezes, que ele quase passou ao seu lado sem um pensamento. - Não. Você me pertence, Charlotte. E por isso eu serei para sempre agradecido a Lady Neeley e sua pulseira perdida. Ele a ajudou com seu vestido, incapaz de resistir beijar sua nuca quando ele firmou de volta o vestido.
- Oh, - ela suavemente gemeu, curvando sua cabeça.
Então era isso. Ele não poderia permanecer separado dela. - Charlotte, o que levaria, verdadeiramente, seus pais a parar este plano idiota com Herbert? Excluindo eu assassinar o bastardo, claro.
- Eu não sei. Eu fiquei sem lógica, Xavier. Eles não acreditam em mim. E você não pode forçar confiança.
- Você pode encorajar isto, entretanto, - ele declarou, puxando a bugiganga de esmeralda livre de seu vestido e deixando-o entre seus seios novamente. Deus, ela comprou aquilo porque ela queria ser escandalosa, com ele. E ele não estava a abandoná-la para mediocridade. - Até onde me concerne, você já se casou comigo.
- Oh, Xavier, - ela respirou, olhos abertos, - uma vez mais aí parece ser um abismo enorme entre fato e confiança.
- Eu construirei uma ponte sobre isto, Charlotte. Eu acharei um modo, - ele retornou, dando de ombros e vestindo sua calça. - Eu jogo para ganhar.
- Mas meus pais...
- Eu não estou apaixonado por eles, Charlotte, - ele calmamente disse, assistindo como ela desenganchou seu colar e soltou-o dentro de sua bolsa. Ela estava ali, o retrato de decoro novamente. Exceto que ele sabia melhor. - Eu estou apaixonado por você.
- Você... - Ela desenhou uma respiração, olhando nele por um longo momento. - Eu estarei na noite da esfera em Frobisher amanhã, Xavier. Você estará lá?
- E o que mudará apartir de agora e depois? Nós vamos ver seus pais esta noite.
- Não. Dê-me mais uma chance de argumentar com eles.
- Charlotte...
- Tenha um pouco de fé em mim, Xavier, - ela disse, sorrindo suavemente.
Se ele tivesse apenas que confiar nela, ele teria consentido sem vacilação. Como arriscada era a demora, ele podia ver em seus olhos o quão importante isto era para ela; Mais importante do que ele provavelmente percebia. - Eu tenho fé em você, Charlotte. Isto é um fato.
Com um último e demorado beijo, ele tomou sua mão e a guiou de volta para o caminho. Seu empregado dobrou os cobertores e removeu todos os rastros que alguém tinha estado ali. Quando eles estavam quase no fim do passeio, o brilho dos fogos de artifício e o barulho da multidão aumentou.
- Olhe, eles colocaram fogo no pagode, - ela comentou, inclinando-se em seu ombro com uma facilidade que o fez querer reconsiderar abandoná-la ao maldito Herbert ainda que por um momento.
- Pelo menos aqueceu a noite um pouco. Charlotte, eu cuidarei disto esta noite, se você desejar.
- Eu sei. Mas você fez tanto por mim. Agora é minha vez. - Ela se inclinou até sussurrar em sua orelha. - Eu verei você amanhã à noite.
- Eu estarei lá.

 

Capítulo 9


Embora o pagode em chamas atraísse maior atenção ontem à noite (mais, Este Autor tem medo, de quem realmente fez reapresentação), Este Autor não mais podia evitar tomar nota de Lorde Herbert Beetly, que se sentou o espetáculo inteiro sozinho em seu camarote, com uma expressão resolutamente brava em seu semblante.
E em uma exibição resolutamente não característica de emoção, Lorde Herbert lançou uma cadeira fora de seu camarote, quebrou-a no chão, e andou a passos largos para longe, sua grande partida arruinada apenas por seu inseguro pé, que o deixou esparramado na grama, e então, tristemente bombardeado por uma torta de carne.
Este Autor está informado que o ofensor que arremessou a torta era um habitante pobre de Londres.
JORNAL da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 19 de junho de 1816


- Obviamente a solução é não deixar você ir a qualquer lugar sem um de nós como seu acompanhante, - Lorde Birling disse, dando seu casaco para o criado de Frobisher. - E se perdendo em Vauxhall podia ter sido sério. Existem ladrões e assaltantes em todos os lugares junto aqueles caminhos, sabe.
- E aquele pagode chinês queimado até o chão! Agradeça aos céus que você não estava em qualquer lugar próximo, - sua mãe disse.
Charlotte fechou seus olhos por um momento. Eles têm ruminado este mesmo assunto o dia inteiro. Ela tem sido tão direta quanto ela ao desafiá-los em suas declarações que não tinha nenhuma intenção de casar com Lorde Herbert Beetly, e que outra pessoa pegou seu coração. Sua mãe pareceu entender, mas nenhum de seus pais parecia acreditar que alguém tão espetacular quanto Xavier Matson podia retornar o sentimento.
Ela se sentiu menos simpatizante com seus pânicos absurdos e duvidas agora, conhecendo só o quão as intenções de Xavier eram honradas. Um homem, o homem, até onde ela estava interessada, a desejava, queria ela em sua vida, tanto quanto ela queria ser parte dela.
E desde que a lógica obviamente funcionou tanto quanto podiam antes de expirar, medidas mais drásticas tornaram-se necessárias.
Claro, aquelas medidas exigiriam a presença de Xavier. E naquele momento, ela o viu. Ele permanecia a um lado do salão lotado, olhando-a. O azul profundo de sua jaqueta destacou o azul de seus olhos, e ele parecia com algum distante e esquecido deus grego vindo para a esfera de Frobisher caminhar entre os mortais. Seu coração martelava. Ele disse que ela pertencia a ele, mas o contrário era verdade, também. Ele pertencia a ela.
- Charlotte, eu não vou advertir você novamente. Não olhe estupidamente aquele homem.
- Sim, Mamãe, - ela disse ausente, encolhendo os ombros fora de seu mantô e arrancando através do salão em direção a ele. Ela disse que era sua vez de tomar iniciativa, e agora era uma boa hora e oportunidade que ela provavelmente achou.
Assim que ela se moveu, ele deixou seu posto e veio em direção a ela. Seus pais nunca entenderiam que ela não se importava com uma pulseira estúpida, ou com o escândalo de Sophia, ou a opinião de qualquer outra pessoa. Ela se comportou como ela fez porque era a coisa certa a fazer, não porque seu mau comportamento provocaria a queda da Sociedade de Londres ou da família Birling.
- Oi, - ela disse, diminuindo a velocidade quando eles se encontraram no meio do salão de baile.
- Boa noite, - ele retornou, seu olhar varrendo ela da cabeça até os pés. -Alguma sorte?
- Nem um pouco, - ela retornou.
A raiva e frustração relampejaram breves em seu olhar. - Então talvez você devesse esperar aqui, eu terei uma conversa com seus pais.
Charlotte agitou sua cabeça. - Eu tenho uma idéia melhor.
Ele ergueu uma sobrancelha. - E o que poderia ser?
- Eu amo você, - ela sussurrou, dando um pequeno passo mais perto, seu coração batendo tão duro que ela pensou que iria estourar por seu tórax. Você pode fazer isto, ela disse a si mesma. Ela teria que fazer. Para ele, para eles, para ela.
- Eu amo você, - ele respondeu, balançando sua cabeça um pouco, obviamente tentando medir o que ela tinha em mente.
Tomando uma profunda, e firme respiração, ela subiu nas pontas dos pés, alargando seus dedos juntos a seus ombros para equilibrar-se, e o beijou. Ao redor deles convidados ofegaram e rugiram e riram em uma cacofonia ensurdecedora. Ela não se importou.
Ela sentiu sua dura surpresa, e então sua resposta imediata quando ele afundou o beijo antes de erguer sua cabeça e olhar para baixo ela refletindo em seus olhos. - Você está numa grande encrenca, - ele sussurrou, então sorriu. - É tão brilhante.
Xavier tomou sua mão, girando ela para enfrentar seus pais. - Lorde e Lady Birling, obrigado por não fazer-nos esperar para anunciar nosso noivado, - ele disse elevando a voz, dando uma volta então na direção, - e agradeço novamente por dar Charlotte a mim. Ela é...
Sua voz realmente hesitou um pouco, e Charlotte olhou nele, apertando sua mão. - Nós somos muito felizes, - ela disse.
A boca do barão ficou aberta, e com esforços visíveis ele estalou e a fechou novamente. - Sim, bem, nós soubemos que você não desejava esperar para fazer um anúncio, - ele tropeçou, o rosto pálido.
- Nem nós desejemos esperar para casar, - Xavier disse, um aquecimento de sorriso lento em seus olhos. - Eu estava em Canterbury esta tarde, assegurando uma licença especial para nós. Eu gostaria que ela fosse minha esposa antes do fim da semana. Eu amo Charlotte com todo meu coração. Se não fosse seu carinho por vocês, eu penso que nós poderíamos ter fugido.
Sua mãe voltou a vida. - Bem, agradeço aos céus que você não fez isto. Eu não podia imaginar o escândalo.
Charlotte não podia ajudar a sua risada. Ela ganhou. Sim, seus pais, ou seu pai, pelo menos, estaria bravo, mas ela teve um sentimento que Xavier podia ser persuasivo com eles como ele tem sido com ela. E nada que dissessem poderia mantê-los afastados.
- Charlotte, - ele disse suavemente, enquanto uma multidão de felicitadores cercou-os e seus pais, que rapidamente pareceram estar adaptados a situação, - você é notável.
- Você fez-me dessa maneira, - ela respondeu.
Xavier agitou sua cabeça. - Talvez eu tenha feito você enxergar isso, mas isso é tudo. Você me excita, e me intriga, e eu não posso imaginar estar em qualquer outro lugar com você.
- Só fique quieto e me beije novamente, - ela exigiu, e com uma risada ele concordou.

 


1 PLASTRÃO ou PLASTROM: Gravata larga, que cobre o peito, de pontas cruzadas obliquamente. Peitilho de camisa.
2 Como era carinhosamente chamado o Príncipe Regente na época.

 

 

                                                                  Suzanne Enoch

 

 

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