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O NATAL DO CAWBOY / Diana Palmer
O NATAL DO CAWBOY / Diana Palmer

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

O NATAL DO CAWBOY

 

           Era a época de feriado em Jacobsville, Texas. Fios de luzes alegres e coloridos cruzavam a rua principal, guirlandas verdes e festões enfeitavam cada poste de telefone pelo caminho. No centro da cidade, todas as árvores de Nogueiras pequenas que cresciam fora, ao lado da praça, a intervalos e ao longo da calçada estavam também enfeitadas com luzes.

           Fora pessoas agasalhadas com casacos, porque até mesmo no Sul do Texas faz frio no fim de novembro. Eles se apressam ao longo dos Shoppings, às bolsas cheias de alegres presentes, embrulhados para serem colocados embaixo das árvores de Natal. E a cima, rumo ao Leste na Rua Principal, o Clube de Optimist já estava com suas árvores de Natal aberta à visitação anual. Um conjunto de quatro árvores já estava folheando seus chãos cobertos de serragem, as árvores tinham prematuramente suas copas enfeitando modernamente a formosa árvore, logo após o dia de Ação de Graças. Dorie Wayne contemplou ao seu arredor do mesmo jeito que uma criança olharia por uma janela de loja de brinquedos, que não poderia comprar. A mão dela foi para a cicatriz fina e bem diferente da outra face perfeita dela e suas mãos tremeram. Quanto tempo atrás parecia que ela se colocou aqui mesmo na frente, nesta esquina da rua da Farmácia de Jacobsville, apoiada por Corrigan Hart. Tinha sido um movimento instintivo; aos dezoito anos, ele a tinha amedrontado.

           Ele era assim muito másculo, um homem maduro com um temperamento frio e uma vontade férrea. Ele fixara os olhos em Dorie que o achou medonho em vez de atraente, apesar do fato de ser a única mulher na vizinhança a ter se curvado a ele.         Ela recordou do cabelo muito preto dele e olhos muitos azuis, quase metálicos e empalideceu. Ela tinha se perguntado se no princípio não tinha sido a beleza dela que o atraiu, porque ele era tão misterioso. Dorie tinha os cabelos tão loiros quase platinados, e estava cortado curto, na altura dos ombros, enquanto caiam em abundantes ondas naturais. A aparência dela era delicada e delgada, e ela tinha olhos cinzas grandes, só um tom mais escuro do que o de Corrigan. Ele era muito bonito ao contrário dos irmãos dele. Pelo menos, era isso que as pessoas falavam. Dorie não tinha conseguido conhecer os outros quando ela deixou Jacobsville. E só Corrigan e três dos irmãos dele moravam em Jacobsville. O quinto irmão Hart não era nunca mencionado. O nome dele não era nem mesmo conhecido localmente.

           Corrigan e três dos quatro irmãos dele tinham chegado a Jacobsville oito anos atrás vindo de San Antonio e assumido a rica criação de gado que o avô deles tinha deixado no testamento pra eles.

          Tinha sido alvo de uma brincadeira local que o Harts não tinham nenhum coração, porque eles pareciam imunes às mulheres. Eles preservavam a si mesmo e não havia nenhuma fofoca sobre eles com as mulheres. Porém isso mudou quando Dorie compareceu a uma dança na quadra local e começou a rodopiava ao redor no salão nos braços de Corrigan Hart.

           Nunca uma atração o tinha atingido, e ele garantiu suas obvias intenções no princípio. Ele a achou atraente. Ele ficou atraído por ela. Ele a quis. Somente gostou dela.

           Nunca foi mencionado algum casamento, compromisso ou até mesmo algum furtivo arranjo. Corrigan falava freqüentemente que ele não era do tipo para casar. Ele não queria amarras. Ele deixou isso muito claro, porque nunca havia mencionado qualquer intenção de levá-la para conhecer os irmãos dele. Ele a manteve longe da Fazenda deles.

           Mas apesar da aversão dele para relações, ele não pôde aparecer pra ver bastante Dorie. Ele a desejou e a cada novo beijo Dorie se sentia fraca e mais faminta por ele.

           Então num dia de primavera, ele a beijou rudemente, a apanhou em seus braços e a levou direito para o próprio quarto dela em um momento que o pai dela tinha saído para o jogo semanal de pôquer dele.

           Apesar do efeito embriagante dos beijos habilidosos e de suas trêmulas e lancinantes que as mãos dele despertavam, Dorie tinha atingido os sentidos dela só um momento antes e o repeliu. Confuso, ele tinha abaixado o olhar para ela com olhos atordoados e confusos, só compreendendo retardamente que ela estava tentando escapar, não mais íntima.

           Ela se lembrou, ruborizando-se até mesmo agora, de como ele tinha se separado e se colocado de pé, enquanto respirava asperamente, com olhos que brilham de desejos frustrados. Ele a tinha tratado, a repreendendo fervorosamente, falando sobre meninas que o aborrecia. Que ela tinha se oferecido a um solteiro convicto, que não a escolheria sem nem mesmo contestar, especialmente desde que ela tinha lhe falado que ela não era do tipo que dormia com todos.

           Que ele não realizaria o sacrifício, ele tinha dito friamente a ela. Ela somente estava se guardando para o matrimônio, e não havia nenhuma esperança naquele sentido. Ele desejava apenas dormir com ela, e ela certamente também parecia desejar o mesmo. Mas ele não a queria para sempre.

           Dorie tinha estado apaixonada por ele, e rejeição brutal dele tinha quebrado algo frágil dentro dela. Porém ela não tinha estado a ponto de o deixar ver o sofrimento dela.

           Ele tinha se desesperado no mesmo sentido. Um insulto tinha conduzido a outro, e uma vez que ele tinha realmente se excitado, ele tinha feito uma tempestade porta afora. A tentativa de separação dele tinha sido que ela era louca se achava que ela o subornaria com sua virgindade. Mais não havia semelhante coisa, até mesmo à jovem de dezoito anos.

           A rejeição dele tinha fechado as portas entre eles. Dorie não pôde agüentar o pensamento de ficar em Jacobsville e ter todo o mundo, a saber, que Corrigan Hart tinha a jogado aparte, porque ela não tinha dormido com ele. E todo o mundo saberia, de alguma maneira. Eles sempre sabiam das coisas mais secretas em cidades pequenas.

           Que Dorie na mesma noite tinha decidido aceitar a oferta do primo de Belinda, de ir para Nova Iorque e tentar a carreira de modelo. Certamente Dorie tinha aparência e aspecto pra isto. Ela podia ser jovem, mas ela tinha porte, graça e um rosto perfeito, emoldurado por cabelos loiros curtos e ondulados. No belo rosto, tinha enormes olhos cinzas que brilhavam como faróis, quando refletia felicidade ou tristeza.

           Depois daquela noite sórdida, Dorie machucada com suas perdas, comprou uma passagem de ônibus.

          Ela tinha estado aqui nessa mesma posição, nesta mesma esquina, esperando pelo ônibus para apanhá-la na frente desta mesma farmácia, quando Corrigan a tinha encontrado.

          Sua saída brusca tinha o parado nos rastos dele. Tudo que ele tinha ido dizer, a recusa envergonhada dela em olhar para ele, combinado com os passos recuados dela, o deteve. Ela ainda estava sofrendo pelas palavras inflamadas dele, como também pelo seu próprio comportamento desinibido. Ela estava envergonhada que ela tinha se determinado uma licença com o corpo dela, agora ela sabia, tinha havido desejo só da parte dele.

           Ele não tinha mencionado uma única palavra antes do ônibus parar pra ela. Ele não tinha mencionado uma única palavra quando ela apressadamente entregou a sua passagem ao motorista, pegou o ônibus e partiu sem mesmo olhar na direção dele novamente. Ele tinha permanecido lá enquanto caía lentamente a chuva, sem nenhuma capa de chuva, com as mãos afundadas no fundo dos bolsos da calça jeans dele, e aguardou o ônibus arrastasse ao longo do meio-fio. Isso era como Dorie tinha se lembrado dele todos os longos anos, uma figura que ia desaparecendo ao longe.

           Ela o tinha amado desesperadamente. Mas seu amor-próprio, não permitia se conformar com um romance furtivo, com a sociedade de Jacobsville se metendo em sua vida. Ela queria uma casa, marido e filhos.

           Carrigan só desejava ter dormido com ela.

           Ela tinha partido, ofegante e com o coração machucado, todo o caminho para Cidade de Nova Iorque, fazendo seu pai jurar segredo absoluto sobre os movimentos dela.

           Tinha chegado uma carta do pai dela, algumas semanas depois da chegada dela. Nela, ele lhe falava que ele só tinha visto uma vez Corrigan desde a sua partida e que agora ele perseguia ardorosamente uma mulher divorciada rica e sofisticada, porém uma pessoa chata. Se Dorie tivesse qualquer remorso pela decisão em deixar a cidade, que foi o fim deles. Corrigan tinha deixado claros os sentimentos dele, já que já estava saindo com outra mulher.

           Dorie desejou saber se o pai dela não tinha falado algo desagradável a Corrigan Hart sobre a súbita partida de sua filha de casa, quando tinha estado como ele. Ele era um feroz protetor da única filha, especialmente depois doença do coração e morte da mãe dela alguns anos atrás. E a opinião dele sobre homens sedutores era evidente a todo o mundo.

           Ele acreditava em um tipo antiquado de namoro, do tipo que terminava em casamento. Somente poucas pessoas convencionais se importavam, ele contou para Dorie inúmeras vezes. Tais pessoas eram os alicerces da sociedade. Se todos eles sucumbissem, o caos reinaria, Um homem que ama uma mulher quereria dar seu nome aos filhos dela. E Corrigan, ele acrescentou, tinha deixado claro para a cidade inteira, que ele não queria nenhum compromisso com casamento ou uma família. Dorie teria seu coração quebrado se ela tivesse cedido ante as exigências egoísta de Corrigan.

          O pai dela estava morto agora. Dorie tinha vindo pra casa, para o funeral de seu pai, como também dispor da casa e da propriedade e decidir o próprio futuro. Ela tinha partido com a esperança de se tornar uma modelo famosa. Os olhos dela fecharam e ela tremeu inconscientemente às recordações.

           - Dorie?

           Ela se virou ao som hesitante do seu nome. Olhou o rosto e levou um pequeno tempo mais logo reconheceu. - Abby? - ela disse.  - Abby Clark!

           - Abby Ballenger, - a outra mulher corrigiu com um sorriso. - Eu me casei com Calhoun.

           - Calhoun! - Dorie ficou sem chão momentaneamente. O mais jovem dos irmãos Ballenger tinha sido um tempo o mais beberrão, e ele estava casado? E com Abby, dentre todas as pessoas, a menina mais tímida e doce para quem Calhoun e Justin tinha compartilhado a tutela que se seguiu depois da morte dos pais dela.

           - Surpreendente, não é? - Abby perguntou, enquanto abraçava a outra mulher. - E há mais. Nós temos três filhos.

           - Eu não estive fora tanto tempo, eu estive? - Dorie perguntou indecisa.

           - Oito anos, - veio a resposta. Abby era um pouco mais velha, mas ela ainda tinha os mesmos olhos bem cinza-azulados e os cabelos escuros, até mesmo agora com alguns fios prateados. - Justin se casou com Shelby Jacobs, logo após eu me casei com Calhoun. Eles também têm três filhos - ela adicionou com um suspiro. - Não há nenhuma menina no grupo. - Dorie balançou sua cabeça. - Por Deus! - Nós ouvimos que você agora era modelo. . - A voz dela falhou um pouco quando ela viu a longa cicatriz na face um dia, perfeita. - O que aconteceu? – Abby perguntou

           Os olhos de Dorie estavam mortificados. - Não muito. Eu decidi que ser modelo não era para mim. - Ela riu de seu gracejo, - eu voltei para a escola e completei um curso em negócio. Agora eu trabalho para um grupo de advogados. Eu sou uma taquigrafa . O olhar dela baixou. - Jacobsville não mudou nada.

           - Jacobsville nunca muda, - Abby riu. - Eu acho isto confortável. – O sorriso lhe saltava os olhos. - Todos nós ouvimos falar de seu pai. Eu sinto muito. Deve ter sido um golpe.

           - Ele tinha estado internado em um Hospital perto da minha casa durante algum tempo, mas ele sempre disse que queria ser enterrado aqui. Foi por isso que eu o trouxe pra casa. Eu apreciei todas pessoas que vieram para o funeral. Foi amável.

           - Eu suponho que você notou uma face perdida na multidão? - Abby perguntou cuidadosamente, porque ela sabia como Corrigan Hart tinha sido persistente na sua perseguição a Dorie.

           - Sim. - Ela torceu nervosamente nas mãos sua bolsa. Eles ainda estão fazendo piadas sobre os garotos Hart?

           - Mais que nunca. Nunca houve alguma insinuação mais leve de fofocas sobre quaisquer deles e uma mulher. Eu acredito que eles todos estão determinados a morrem sós. Especialmente Corrigan. Ele está se transformando em um monge. Ele agora fica o tempo todo no Rancho. Ele nunca é visto.

           - Por que?

           Abby parecia evasiva. - Ele não se mistura e ninguém sabe muito sobre a vida dele. Estranho não é? Especialmente em uma cidade deste tamanho, onde nós sabemos um do outro principalmente nos negócios, mas porque ele nunca é mencionado? Mas ele fica longe da vista de todos e nenhum dos outros garotos fala sempre sobre ele. Ele se tornou o mistério da localidade.

           - Bem, não olhe pra mim como se eu fosse a resposta. Ele não conseguiu ter intimidade suficiente rápido comigo, - ela mencionou atormentada com o que sobrou da sua amargura.

           - Isso é o que você pensa. Ele se tornou uma peste terrorista pelas semanas seguintes em que você deixou a cidade. Ninguém chegava perto dele.

           - Ele só me desejou, - Dorie disse cansada.

           Os olhos de Abby se estreitaram. - E você estava apavorado com ele, - ela recordou. - Calhoun brincava sobre isto. Você era tão inocente e Corrigan era mais experiente. Ele disse que era a justiça poética que, homens libertinos serem presa fáceis para jovens inocentes.

           - Eu me lembro de Calhoun que é um farrista.

           - Ele era, - Abby recordou. – Não, mas agora. Ele está reformado. Ele é um grande homem de família que eu poderia ter imaginado, um pai amoroso e um marido maravilhoso. - Ela aquietou-se. - Eu estou penalizada pelas coisas não terem funcionado para você e Corrigan. Se você não tivesse partido tão repentinamente, eu penso que ele poderia ter decidido que ele não poderia viver sem você.

           - Deus me livre, - ela riu, os olhos dela ficaram impacientes e nervosos. - Ele não era um homem pra casar. Ele falava isso freqüentemente. E eu fui criada. . . bem, você sabe como o Papai era. Ministros têm um determinado ponto de vista convencional em vida.

           - Eu sei – Abby falou

           - Eu não tive momentos ruins com isto, - ela mentiu, grata por sua velha amiga não pudesse ler seus pensamentos. Ela sorriu. - Eu gosto de Nova Iorque.

           - Você tem alguém lá?

           - Você quer dizer um namorado, ou como se fala isto, um amante? - ela murmurou, - Não. EU. . . Não tenha muito a ver com homens.

           Havia um olhar estranhamente assombrado sobre ela, que Abby dispersou depressa com uma oferta de café e um sanduíche no café local.

           - Sim, obrigada, eu não estou com fome, mas eu adoraria tomar um chocolate quente.

           - Grande! - Abby disse. - Eu tenho uma hora para descansar antes que eu tenha que pegar meus dois meninos mais velhos em escola e o mais novo no jardim da infância. Eu desfrutarei de sua companhia.

          O café se encontrava quase vazio. Era um dia calmo, e com exceção de um vaqueiro com olhar enfadado que se sentava só em uma mesa no canto, o local estava deserto.

           Bárbara, a dona, anotou os pedidos delas com um sorriso.

           - Local agradável para se ter uma companhia agradável, - disse ela, enquanto olhando para o vaqueiro no canto. - Ele trouxe uma pequena nuvem negra com ele, e está crescendo. - Ela inclinou mais perto. - Ele é um dos empregados dos Hart, - ela sussurrou. - Ou, ele era até esta manhã. Parece que Corrigan o despediu.

           - O despediu? Deu um rápido olhar ao homem. - Abby fez uma careta. - Mas ele é Buck Wyley, - ela protestou. - Ele é o capataz dos Harts'. Ele esta com eles desde que eles vieram morar aqui.

           - Ele fez uma observação que Corrigan não gostou. Ele teve um contratempo com suas calças, devido sua dificuldade e foi sumariamente despedido. - Bárbara encolheu os ombros. - O Harts são todos temperamentais, mas até agora eu sempre pensei que Corrigan fosse justo. Que tipo de chefe despediria um homem três semanas antes do Natal?

           - Ebenezer Scrooge?  Abby aventurou secamente.

           - Buck disse que ele cortou os salários de outro vaqueiro só porque deixou um portão aberto. - Ela sacudia sua cabeça. - Engraçado, nós nunca ouvimos falar quase nada de Corrigan durante anos, e de repente ele surgi atacando como um louco queimando em chama.

           - Assim eu soube, - Abby disse.

           Bárbara esfregou as mãos dela em um pano de copa. - Eu não sei o que aconteceu para provocá-lo depois de tantos anos. Os outros irmãos estão mais visíveis ultimamente, menos Corrigan. Eu desejava saber se ele tinha se mudado durante algum tempo. Ninguém falava nem mesmo dele. - Ela olhou para a Dorie com olhos curiosos. - Você é Dorothy Wayne, não é? - ela perguntou então, enquanto sorria. - Eu acho que a reconheci. Sinto sobre seu pai.

           - Obrigada, - Dorie disse automaticamente. Ela notou quando os olhos de Bárbara olharam para sua cicatriz fina na face e nervosa saiu rapidamente.

           - Eu atenderei o seu pedido.

           E Bárbara foi para trás do balcão e contemplou confusa Abby e ficou embaraçada.

           - Tendo um dia ruim, Buck?  Ela perguntou.

           - Ele tomou um gole de café preto. - Não poderia ser pior, Senhora Ballenger, - ele respondeu em um tom profundamente agradável. - Eu não suponho que Calhoun e Justin estão contratando um novo capataz?

           - Eles o contratariam num minuto, e você sabe disto, - Abby lhe falou. Ela sorriu.  - Por que você não vai lá no Rancho e. . .

           - Oh, o diabo! - Buck murmurou, seus olhos pretos flamejando. Ele ficou em pé enquanto estremecia, quando uma figura alta e magra passou pela porta aberta.

           Dorie na verdade prendeu sua respiração. O homem alto era familiar a ela, igualmente depois de todos esses anos. Vestido em calças jeans apertadas, com botas e uma camisa de chambray e um Stetson branco imaculadamente limpo, sobre o cabelo preto dele, ele parecia formidável, até mesmo com a bengala que ele estava usando para apoiar-se.

            Ele não olhou para a mesa onde Dorie estava sentada, que estava no lado contrario da mesa de Buck.

           - Você me despediu, - Buck rosnou para ele. - O que você quer, dar outro soco em mim? Está em tempo, você conseguirá se apoiado com uma pá, perna manca ou não!

           Corrigan Hart encarou um pouco o homem, os olhos pálidos dele como cromo que brilha na luz do sol.

           - Esses puros-sangues Angus que nós compramos em Montana estão sendo entregues esta manhã através de um caminhão, - ele disse. - Você é o único que sabe usar o programa de computador para registrar os rebanhos.          

           - E você precisa de mim, - Buck concordou com um sorriso frio. - Por quanto tempo?

           - Duas semanas, foi à resposta curta. - Você trabalhará muito por causa da sua indenização de demissão. Se sua mente ainda deixar.

           - Deixe-me, inferno! - Buck levantou-se, surpreso. - Você me despediu!

           - Não! - o homem mais velho respondeu rápido. - Eu disse para você prestar mais atenção a seu próprio maldito trabalho ou poderia cair fora.

           Buck virou a cabeça e encarou o outro homem durante um minuto. - Se eu voltar, você manterá de agora em diante seus punhos juntos a você, - ele disse brevemente.

           O outro homem não piscou. - Você sabe por que você levou o golpe.

           Buck olhou cautelosamente para ele e um rubor atingiu ao longo das maçãs altas do rosto dele. - Eu nunca quis dizer aquilo daquele modo, você me levou a isto, - ele replicou.

           - Você pensará duas vezes antes de supor, fazer tal observação novamente sobre mim, então, não vai?

           Buck fez um movimento que o empregador dele compreendeu como consentimento.

           - E sua gratificação de Natal agora é estória! - ele acrescentou.

           Buck concordou com um suspiro irritado, quase falando, mas reprimiu seus lábios finalmente em uma submissão furiosa.

           - Vá para casa! - O homem mais velho disse abruptamente.

           - Buck puxou seu chapéu a cima dos olhos, deixou um dólar em cima da mesa junto com a xícara de café e com passos longos saiu apenas com uma inclinação do chapéu para as mulheres presentes, enquanto murmurava um resmungo enquanto saía.

           A porta fechou com um estalo. Corrigan Hart não se moveu. Ele ainda aguardou um momento, como se fortalecendo.

           Então ele se virou, e seus os olhos pálidos fitaram diretamente em Dorie. Mas a raiva neles desapareceu com o choque em reconhecer Dorie que ela pestanejou.

           - O que aconteceu a você? - ele perguntou brevemente.

           Ela soube o que ele quis dizer sem perguntar. Ela pôs a mão inconsciente à sua face. - Um acidente, - ela disse tensa.

          Ele ergueu seu queixo. A tensão no café era tão grande que Abby se sentiu incomodada à mesa.

          - Você não é mais uma modelo, - ele continuou.

          A certeza na declaração a fez sentir miserável. - Não. Claro que eu não sou.

          Ele se apoiou pesadamente na bengala. - Sinto sobre seu pai, - ele disse bruscamente.

          A face dele parecia atormentada quando ele a encarou. Até mesmo através da sala, a fúria no seu olhar era tangível a Dorie. A suas mãos apertaram com força a xícara de chocolate quente, que os nós dos seus dedos ficaram brancos com a pressão.

           Ele olhou para Abby. - Como estão as coisas na engorda de gado?

           Muito bem, como sempre, - ela respondeu agradavelmente. - Calhoun e Justin ainda estão se virando nos negócio. Bom, eles estão com plano de comercializar o gado neste outono.

           - Eu concordo. Nós selecionamos muitas cabeças quanto possíveis e nós estamos nos arriscando em novas áreas de gados mestiços.

           Nada mais de puro-sangue agora. Nós esperamos ser pioneiros numa nova raça.               

           - Bom para vocês. – Abby respondeu.

           Os olhos dele voltaram para Dorie. Eles demoraram na face pálida dela, na falta de vitalidade dela. - Quanto tempo você vai ficar? - ele perguntou.

           A pergunta tinha expressado de tal modo que parecia como um desafio. Os ombros dela se elevaram e caíram. – Eu suponho que, até que eu resolva todos os problemas pendentes. Eles me deram duas semanas na Empresa de advocacia onde eu trabalho.

           - Como uma advogada?

           - Ela negou com um movimento da cabeça. - Como taquigrafa.

           - Ele fez uma careta. - Com sua cabeça para cálculos? - ele perguntou brevemente.

             O olhar dela ficou confuso. Ela não tinha percebido que ele estava atento para sua aptidão com números.

           - É um desperdício, - ele persistiu. - Você era tão natural com contabilidade e mercado.

           Ela também pensava freqüentemente nisso, mas ela não tinha procurado outros interesses naquele campo. Especialmente depois dela ter tentado primeiro ser uma modelo.

           - Ele lhe deu um calculado olhar fixo. - Clarisse Marston abriu uma boutique na cidade. Ela desenha roupas para mulheres e os tem confeccionado em uma fábrica têxtil local. Ela vende no Estado e por toda a região.

           - Sim, - Abby acrescentou. - Na realidade, ela está criando muitos desenhos agora para a esposa de Todd Burke, Jane, você sabe, a linha produtos esportivo para rodeio tem a assinatura dela.

           - Eu ouvi falar disto, até mesmo em Nova Iorque, - Dorie admitiu.

           - A única coisa que Clarisse não tem é alguém para ajudá-la na comercialização e a contabilidade. - Ele meneou sua cabeça. - Me pasma que ela já não tenha falido.

           - Abby começou a falar, mas o olhar na face de Corrigan a silenciou. Ela só sorriu a Dorie

           - Esta é sua cidade, - Corrigan insistiu calmamente. - Você nasceu e cresceu em Jacobsville. Tendo um bom trabalho seguro aqui, é preferível do que ser uma taquigrafa em Nova Iorque. A menos que, - ele acrescentou lentamente, exista alguma razão para você querer ficar lá.

           - Os olhos dele estavam flamejando. Dorie contemplou o chocolate quente dela esfriando. - Eu não tenho ninguém em Nova Iorque. - Ela cruzou suas pernas. – E eu também não tenho ninguém aqui agora.

           - Mas você tem, - Abby protestou. - Todos seus amigos.

           - Claro que, ela pode sentir falta das luzes luminosas e da excitação, - Corrigan falou com paciência.

           - Ela olhou curiosamente para ele. Ele estava tentando feri-la. Por que?

           - Jacobsville - é agora muito pequena para você, menina da cidade? - ele persistiu com um sorriso zombeteiro.

           - Não, não é nada disso - ela falou. Ela rareou sua garganta.

           - Volte pra casa, - persuadiu ele.

           Ela não respondeu.

           - Ainda com medo de mim?  - Corrigan perguntou com um riso rude quando ela levantou a cabeça para olhar para ele. – É por isso que você partiu. É por isso que você não quer voltar?

           - Ela ruborizou-se furiosamente, o primeiro sinal de cor que tinha mostrado na face dela, desde que esta conversa estranha começou.

           - Eu não estou. . .com medo de você! - ela hesitou.

           - Mas ela estava, e ele reconheceu isto. O brilho dos olhos prateados dele somado aquele sorriso familiar e zombeteiro voltou os lábios dele. - Prove isto.

           - Talvez Clarisse Marston não queira uma contadora.

           - Ela quer, - ele devolveu.

           Ela hesitou.  - Ela pode não gostar de mim.

           - Ela vai gostar de você.

           Ela emitiu um suspiro exasperado.  - Eu não posso tomar uma decisão tão importante em alguns segundos, - ela lhe falou. - Eu tenho que pensar nisto.

           - Leve o tempo que precisar, - ele respondeu.  - Ninguém a está apressando.

           - Seria adorável se você voltasse, entretanto. - Abby disse com um sorriso. - Não importa quantos amigos nós temos, nós sempre poderemos ter mais um.

           - Exatamente, - Corrigan lhe falou. Estreitando os olhos.

           - Claro que, você não precisa me considerar em sua decisão. Eu não estou tentando persuadi-la para que você volte por minha causa. Mas eu estou seguro que há bastantes bons partidos na cidade que se encantariam em sair e dar um volta, se você precisasse de um incentivo. A face dele enrijeceu e ele não pode disfarçar, que um brilho de emoção induziu ao longo disto.

          Abby olhou curiosamente para ele, mas ela não disse uma palavra, nem mesmo quando ela olhou à mão dele na bengala prateada e viu os nós dos dedos ficarem brancos com a pressão.

           Ele naturalmente a manuseou a cima.  - Bem?

           - Eu gostaria, - Dorie disse mansamente. Ela não olhou para ele. Estranho, como a declaração dele tinha doído, afinal de contas, depois de todos esses anos. Ela olhou para o passado com desespero todos os dias, desejando saber como a vida dela seria se ela não tivesse resistido a ele na noite que ele tinha tentado levá-la para cama.

           - Ela não tinha desejado um romance, mas ele era um homem honrado, a sua moda. Talvez ele a tivesse seguido com uma proposta, apesar da aversão óbvio dele em ficar casado. Ou talvez ele não tivesse. Poderia ter havido uma criança. . .

           Ela fez careta e ergueu a xícara de chocolate aos seus lábios. Estava morno e vagamente desagradável.

           - Vá ver Clarisse, por que não ir? - ele acrescentou.

           - Você não tem nada a perder, e muito ganhar. Ela é um doce de pessoa. Você gostará dela.

           Sim? Ela não ousou admira-se sobre isso, ou expressa sua curiosidade.  - Eu poderei fazer isso, - ela respondeu.

           O bater da bengala dele pareceu surpreendentemente alta quando ele voltou para a porta.  - Dê todos meus irmãos, sou o melhor, - Corrigan contou para Abby. Com um aceno de cabeça enquanto saía.

           Só então Dorie olhou para cima, e observou o corpo alto e musculoso dele enquanto ele caminhava cuidadosamente em direção da grande pick-up cabine dupla preta do Rancho, que ele usava para negociar seu rebanho.

           - O que aconteceu a ele?  - Dorie perguntou.

           Abby tomou um gole de seu próprio chocolate quente antes dela responder. - Aconteceu uma semana depois que você deixou a cidade. Ele foi a uma viagem de caça em Montana com alguns outros homens. Durante uma nevada intensa de fim de Primavera, Corrigan e outro homem saíram no próprio veículo utilitário de passeio para olhar outra seção de caça.

           - E? - Dorie insistiu

           - O caminhão virou em um declive íngreme e ficou destruído. O outro homem morreu na hora. Corrigan ficou preso nas ferragens e não pôde sair. Ele passou toda à noite e parte do dia, até antes de ser achado pelos homens que os procuravam. Segundo antes, ele estava inconsciente. O impacto quebrou a perna dele em dois lugares, e ele teve ulceração por causa do gelo. Ele quase morreu.

           Dorie prendeu a respiração. - Que horrível!

           - Eles quiseram amputar sua perna, mas. . .  - ela encolheu os ombros.  - Ele recusou dá autorização para amputá-la, assim eles fizeram o melhor que eles puderam. A perna é utilizável, somente há pouco tempo, mas sempre será desajeitada. Eles disseram depois que era um milagre que ele não perdeu nenhum dedo do pé. Ele teve bastante bom senso em ter levado levando para viagem um desses lençóis térmicos e se embrulhado nele enquanto aguardava o socorro. Isso foi que o salvou de uma ulceração perigosa.

           - Pobre homem.

           - Oh, não cometa esse erro – Abby falou - Ninguém tem permissão de ter pena de Corrigan Hart. Somente pergunte para os irmãos dele.

          - Todos, igualmente ele nunca parecia ser o tipo de homem que perde o controle de qualquer coisa, nem mesmo de um caminhão.

          - Ele não era, mas ele não perdeu controle, ou.

          - Eu implorar o seu perdão? 

          Abby fez careta.  - Ele é outro homem, o que estava dirigindo, tinham estado bebendo. Ele não só se culpou pela destruição, mas pela morte do outro homem. Ele sabia que o homem não tinha autorização para dirigir, mas ele não o tentou parar. Eles dizem que ele se puniu desde então. É por isso que ele nunca entra na cidade, ou tem alguma vida social. Ele está recolhido e ninguém pode fazer voltar atrás. Ele se tornou um ermitão.

           - Mas, por que?

           - Por que ele estava bebendo, você quer dizer?  - Abby disse, e Dorie afirmou com a cabeça. E Abby ainda hesitou em falar isto.

          - Me fale, - persistiu Dorie.

           Os olhos de Abby expressavam pesar. – Ninguém sabe realmente. Mas a fofoca era que ele estava tentando superar a sua perda.

 

           - Mas ele quis me perder, - Dorie exclamou, chocada. - Ele não conseguir sair bastante rápido da minha casa quando eu o repeli. . . - ela revelou. Ela apertou junto suas mãos. - Ele me acusou de ser frígida e uma oportunista. . .

           - Corrigan era um pouco mais jovem, Dorie, - Abby disse suavemente. Até mesmo em Jacobsville, - nos tempos modernos, muitas meninas são bem mais sofisticadas aos dezoito anos. Ele não sabia que seu pai era um ministro, porque ele tinha se aposentado da igreja antes do Harts virem assumir a Fazenda do avô deles. Ele foi pego de surpresa, para achar você menos afável que outras meninas provavelmente.

           - Surpreendido não era essa a palavra, - Dorie disse miseravelmente. - Ele estava furioso.

           - Ele foi para a Estação Rodoviária quando você partiu.

           - Como você soube disso?

           - Todo o mundo falou sobre isto, - Abby admitiu. - Geralmente foi perguntado o que ele foi fazer lá.

           - Ele não disse uma palavra, - veio à resposta quieta. – Nenhuma palavra.

           - Talvez ele não soubesse o que falar. Ele estava provavelmente envergonhado e transtornado sobre o modo como ele a tinha tratado. Um homem gosta disso, ele poderia não saber o que fazer com uma menina inocente.

           Dorie riu amargamente. - Seguramente ele sabe. Você se despede e espera que ela não volte. Ele me falou que ele não tinha nenhuma intenção de se casar.

           - Ele poderia ter mudado o pensamento dele.

           Dorie negou com a cabeça. – Nenhuma chance. Ele nunca falou sobre nós sermos um casal. Ele continuou me lembrando que eu era jovem e que ele gostava de variar. Ele disse que nós não deveríamos pensar, de um com outro de nenhum modo sério, mas somente em tem prazer um com o outro enquanto durasse.

           - Certo isso parece um Hart. - Abby teve que admitir. - Eles são todos como Corrigan. Aparentemente eles têm uma atitude coletiva ruim com as mulheres e pensam nelas como diversões secundárias.

           - Ele escolheu a garota errada, - Dorie disse. Ela terminou o seu chocolate quente. - Eu nunca tinha tido um namorado sério quando ele apareceu. Ele era tão forte, exigente e inflexível, tão sem ternura quando ele estava comigo. - Ela se aconchegou mais íntimo no seu suéter. - Ele veio a mim como um foguete. Eu não pude correr, eu não pude me esconder, ele somente me manteve próxima. - Os olhos dela fecharam com um suspiro longo.

           - Oh, Abby, ele me assustou mortalmente. Eu tinha sido elevada de um tal modo que eu não pudesse fazer nada, e eu soube que isso era tudo o que ele queria. Então eu fugi, e me mantive fugindo. Agora eu não posso parar.

           - Você pôde, se você quisesse.

           - O único modo que eu volte, é com uma garantia escrita que ele não queira mais nada comigo, - ela disse com um riso frio. - Caso contrário, eu nunca me sentirei segura aqui.

           - Ele há pouco lhe falou lhe que não tem nenhuma intenção em você, - Abby a lembrou, - Ele tem outros interesses.

           - Sim? Outros. . . interesses em mulheres?

           Abby apertou os dedos dela junto na mesa.  - Ele sai com uma mulher divorciada rica quando ele está necessitando de companhia, - ela disse. - Isso já faz muito tempo agora. Ele estava falando provavelmente a verdade quando ele disse que ele não mais a aborreceria. Afinal de contas, já faz oito anos. - Ela estudou a outra mulher. - Você quer vir para casa, não quer? – Abby perguntou

           Baixando a guarda, Dorie confirmou com a cabeça. - Eu estou tão só, - ela confessou. - Eu tenho ferrolhos e cadeiras em minhas portas, e eu vivo como uma prisioneira quando eu não estou no trabalho. Eu raramente saio fora. Eu não vejo árvores e grama verde.

           - Sempre há Parque Central. – Abby lembrou

           - Você não pode plantar árvores lá, - ela disse, - ou ter um cachorro ou gato em um apartamento tão minúsculo como um ovo. Eu quero me sentar na varanda e olhar a chuva cair e assistir as estrelas à noite. Eu sonhei vindo pra casa.

          - Por que não o vem?

          - Por causa do modo como eu parti, - ela confessou. - Eu não quero ter mais nenhum problema mais do que eu já tive. Já era bastante ruim que papai tivesse que ir me ver, sem que eu não pudesse vir em casa.

           - Por causa de Corrigan?

           - O quê? - Por um momento, os olhos de Dorie ficaram amedrontados. Então eles pareceram se acalmar. - Não, era completamente por outra razão, nesses primeiros anos. Eu não pude arriscar vir aqui, onde é tão fácil de achar as pessoas. . . - Ela fechou a boca quando percebeu o que ela estava dizendo. – Foi um problema que eu tive, em Nova Iorque. Isso é tudo que eu posso lhe contar. E já acabou agora. Não há mais nenhum perigo nesse sentido. Eu agora estou segura.

           - Eu não entendo – falou Abby.

           - Você não precisa entender, - Dorie disse suavemente. - Não ajudaria na questão para se falar agora sobre isto. Mas eu gostaria de voltar. Eu pareço ter usado toda a maior parte de minha vida nessa corrida.

           Isso é uma frase estranha, Abby pensou, mas ela não questionou isto. Ela sorriu um pouco. - Bem, se você decidir voltar, eu a apresentarei a Clarisse. Somente me permita saber.

           Dorie pensou. - Certo. Deixe-me pensar nisto por um dia ou dois, e eu entrarei em contato com você.

           - Bem. Eu me assegurarei disso.

           Durante os próximos dois dias, Dorie não pensou em nada mais, além disso, da volta dela para casa. Enquanto ela pensava, ela vagou ao redor do pequeno quintal, enquanto olhava de perto os cevadores de pássaro e esquilos vazios. Ela observou o regador descartado, a erva daninha saltando dos canteiros de flores. A longa ausência do pai dela já tinha deixado sua marca na pequena propriedade. Precisava de uma mão amorosa para restabelecer isto.

           Ela ficou parada quando uma idéia se formou em sua mente. Ela não tinha que vender a propriedade. Ela poderia preservar isto. Ela poderia viver aqui. Com suas habilidades em matemática e em contabilidade, que ela tinha estudado na escola de Comércio, poderia abrir um pequeno escritório de contabilidade para ela própria. Clarisse poderia ser uma cliente. Ela poderia ter outros. Ela poderia se sustentar. Ela poderia deixar Nova Iorque.

          A idéia criou asas. Ela estava tão entusiasmada sobre está idéia que ela ligaria para Abby na manhã seguinte, quando ela estivesse segura que os meninos estivessem na escola.

           Ela fez um resumo da idéia para amiga. - Bem, o que pensa você?  - Ela perguntou entusiasmada.

           - Eu penso que é uma grande idéia! - Abby exclamou. - E a solução perfeita.         Quando você vai começar?

           - Semana que vem, - ela disse com certeza absoluta. - Eu usarei as férias do Natal que eu teria como aviso prévio. Levará só dois dias para empacotar as poucas coisas eu tenho. Eu terei que pagar o aluguel, porque eu assinei um contrato de aluguel, mas se coisas não funcionar como eu tenho esperança que elas se resolvam, isso não será um problema. - Oh, Abby, é como um sonho!

           - Agora você parece mais o Dorothy que eu conhecia, - Abby lhe falou. - Eu estou tão feliz por você está de volta.

           - Assim eu sou, - Dorie respondeu, e até mesmo o modo de falar isto, ela tentou não pensar nas complicações que poderiam surgir. Corrigan ainda estava nas proximidades. Mas ele tinha lhe feito uma promessa de se manter afastado, e talvez ele mantivesse a promessa. De qualquer maneira, ela se preocuparia depois sobre essa situação.

           Uma semana depois, Dorie se fixou na casa do pai dela, com todas doces recordações do pai, para manter junto a si. Ela tinha transportado algumas coisas grandes, como o piano dela, familiar de mais para ser transportado por um serviço de mudança. Caixas se achavam trancadas num recanto, mas ela estava começando a botar um pouco de ordem em casa.

           Precisava de um telhado novo, e alguma pintura, como também como um conserto no encanamento da torneira da banheira que estava mal vedada. Mas essas eram inconveniências inferiores. Ela tinha um pequeno pé-de-meia bom na poupança dela, que se ela tivesse cuidado, até que poderia suprir suas necessidade, até que ela começasse novamente no negócio dela.

           Ela tinha alguns cartões e papéis impressos e pôs um anúncio no Jornal semanal de Jacobsville. Então ela se instalou e começou a trabalhar numa área próxima a casa, apesar do tempo frio. Ela estava achando que aquela tristeza tinha que ser resolvida imediatamente. Não tinha terminado com o funeral do seu pai. E a casa era uma lembrança constante dos dias passados quando ela e o pai tinham sido felizes.

           Assim foi o choque de encontrar Corrigan Hart na sua porta logo no primeiro sábado que ela estava de volta em sua residência.

           Ela somente o encarou no princípio, como se ela tivesse estado atordoada. Na realidade, ela estava. Ele era a última pessoa que ela teria esperado encontrar no degrau de sua porta.

           Ele tinha um buquê de flores na mão que não estava segurando a bengala e o chapéu dele. Que ele entregou bruscamente.

           - Apresente-me a sua casa, - ele disse.

           Ela pegou o bonito buquê e retardamente colocou-se de pé à parte. Você gostaria de entrar? Eu poderia fazer um café.

           Ele aceitou o convite, enquanto colocava o chapéu no cabide da porta. Ele manteve a bengala e ela notou que ele se apoiou pesadamente nela quando ele fez o caminho mais próximo da cadeira e se sentou.

           - Eles dizem que tempo úmido é difícil para articulações danificadas, - ela observou.

           Os olhos pálidos dele feriram como lança na face dela, com uma mistura igual de curiosidade e irritação. - Eles têm razão sobre lesões nas articulações, - ele demorou. - Ajuda-me ter de admitir isto?

           - Eu não estou tentando marcar pontos, - ela respondeu calmamente. - Eu não consegui falar assim no café, mas eu sinto muito por você ter se ferido.

           Os olhos dele estavam propositalmente na cicatriz que corria toda a face dela. - Eu sinto muito por você, - ele disse rude. - Você mencionou café?

           Lá estava novamente, aquela aspereza que a tinha amedrontado tanto aos dezoito anos. Apesar de oito anos terem se passado, ele ainda a intimidava.

           Ela foi à cozinha pequena, visível da sala de estar, e colocou água na cafeteira com um pouco de café. Depois que ela coou o café, colocou na bandeja com xícaras, pires e os acompanhamentos, e se uniu a ele na sala.

           Você está bem instalada? - ele perguntou um minuto depois que ela tinha se sentado sobre o sofá.

            - Sim, - ela disse. - É estranho, depois de estar fora durante todos estes anos. E eu sinto muita falta de Papai. Mas eu sempre amei esta casa. Eventualmente estarei confortável para viver aqui. Uma vez que eu consiga superar esse sofrimento.

            Ele acenou com a cabeça. - Nós perdemos ambos nossos pais, em uma inundação, que - ele disse polido. - Eu me lembro bem de como nós nos sentíamos.

            Ele deu uma olhada nos tetos altos e paredes marcadas, e a lareira acessa. Ele balançou com a cabeça para isto.

           - Isso não é suficiente. Você precisa de uma estufa aqui.

           - Eu preciso de muitas coisas aqui, mas eu tenho que comer, também, - ela disse com um sorriso lânguido. Ela empurrou os cabelos platinados curto e ondulados dela atrás e se enroscou às pernas no sofá com as calças jeans e a camisa de moletom cinza e meias. Os sapatos dela estavam debaixo do sofá. Até mesmo em tempo frio, ela odiava usar sapatos enquanto estava em casa.

           Ele pareceu notar e achou isto divertindo, a julgar pelo brilho nos olhos pálidos dele.

           - Eu odeio sapatos, - ela disse.

           - Eu me lembro.

           Isso era surpreendente. Ela quase nunca se lembrava da garota que tinha sido há oito anos atrás. Parecia uma outra vida.

           - Você tinha um cachorro, um maldito Cook spaniel, e vocês estavam fora no quintal da frente, enquanto o banhava, em um dia em que eu dirigia por perto, - ele recordou. - Ele não gostou do banho, e você estava toda molhada, com os pés descalços, bermuda desfiada, no alto da caixa d’água. – Seu olhar escureceu quando olhava para ela. - Eu lhe disse que entrasse na casa, você se lembra?

           - Sim. – A curta ordem sempre tinha a confundido, porque ele parecia ter ficado irritado, não divertido como ele achava agora.

           - Eu nunca disse por que, - ele continuou. A face dele ficou tensa enquanto olhava para ela. - Você não estava usando nada debaixo daquela blusa e ela estava colada em você, - ele acrescentou calmamente.  - Você não pode imaginar o que isso fez em mim. . . E ainda havia o maldito Bobby Harris, que se encontrava de pé na calçada para olhar você.

           Bobby tinha lhe convidado naquele dia para sair, e ela tinha recusado, porque ela não gostava dele. Ele era um rapaz mais velho; o pai dela nunca tinha gostado dele.

           - Eu não percebi, - ela disse, maravilhada com recordações que deveria ser agora tão doce, embora o comportamento estranho dele tinha doído de fato no passado. Ela na verdade corou ao pensar que ele tinha a visto daquele modo, no início do relacionamento deles.

           - Eu sei que, agora, oito anos é muito tarde, - ele disse abruptamente.

           Ela levantou a cabeça, enquanto o estudando curiosamente.

           Ele a viu contemplá-lo e ergueu os olhos dele. - Eu pensei que você estava exibindo todo seu visual charmoso descaradamente para meu próprio benefício, e talvez até mesmo para Bobby, - ele disse com um sorriso zombeteiro.  – Foi por isso que eu agi daquele jeito naquela última noite.

           A face dela contraiu com angústia. - Oh, não! 

           - Oh, sim, - ele disse, sua voz soando com profunda amargura. - Eu pensei que você estava me tomando por bobo, Dorie. Que você estava fingindo que era inocente porque eu era rico e você queria um anel de casamento em vez de uma aventura.

           O horror que ela sentia se mostrava em sua face pálida.

           - Sim, eu sei, - ele disse quando ela começou a protestar. - Eu só vi o que eu queria ver. Mas o ridículo era eu. Até o momento que eu percebi o terrível engano que eu tinha cometido com você, você estava no meio da viagem em um ônibus, eu a persegui. Mas eu não consegui falar as palavras certas para fazê-la voltar. Meu orgulho cortou minhas palavras. Eu nunca fiz aquela injustiça sobre alguém antes.

           Ela evitou o olhar dele. – Foi há muito tempo atrás. Eu ainda era uma criança.

           - Sim. Era ainda uma criança. E eu a confundi com uma mulher. - Ele a estudou com olhos estreitos.  - Você não parece muito mais velha agora. Como você adquiriu esta cicatriz? – perguntou curioso.

           - Seus dedos correram pela cicatriz. As recordações caíram em cima dela, quente e doendo. Ela ficou de pé.  - Eu cuidarei do café.

           Ela ouviu um som áspero atrás dela, mas aparentemente não era algo que ele queria pôr em palavras. Ela escapou para cozinha, achou alguns biscoitos para por em uma vasilha e levou o café para a mesa de centro em uma bandeja prateada.

           - Objetos caprichosos, - ele pensou.

           Ela soube que ele tinha objetos igualmente caprichosos na casa dele. Ela nunca foi lá, mas ela certamente ouviu falar das antiguidades dos Hart que os quatro irmãos exibiram com tanto orgulho. Pratarias espanholas, de cinco gerações passadas, de uma época distante vinda da Espanha, enfeitavam a mesa deles. Havia cristais bem como, dúzias de outras antiguidades que provavelmente nunca passariam para outras mãos. Pois nenhum dos Harts tinha nenhuma intenção de se casar.

           - Esta era da minha avó, - ela disse.  - É tudo que eu tenho dela. Ela trouxe este serviço da Inglaterra.

           - Os nossos vieram da Espanha. - Ele a esperou por o café. Ele apanhou a xícara dele, enquanto recusava o creme e o açúcar. Ele tomou um gole, aprovou com a cabeça enquanto tomava outro.  - Você faz um bom café. Surpreso como outras pessoas não sabem.

           - Eu estou segura, isto é ruim para nós. A maioria das coisas são.

           Ele concordou. Ele repôs a xícara no pires e a estudou por cima da xícara. - Você está planejando para ficar?

           - Eu acredito que sim, - ela hesitou.  Eu tenho papeis e cartões impressos, e eu já tive duas ofertas de trabalho.

           - Eu estou o trazendo um terço de nossas contas domésticas. Nós a temos dividido desde que nossa mãe morreu. Por conseguinte cada de nós insiste que não é nossa vez para fazê-lo, assim elas nunca são feitas.

           - Você as traria para mim? - ela perguntou indecisamente.

           Ele estudou a face clara dela. - Por que eu não deveria? Você tem medo de ir para a Fazenda e as fazer? 

           - Claro que não.

           - Claro que não, - ele murmurou, enquanto olhava ela. Ele se sentou adiante, enquanto via o movimento inquieto dela. - Oito anos, e eu ainda a amedronto.

           Ela se encolheu mais. - Não seja ridículo. Eu tenho vinte e seis anos agora.

           - Você não age com se tivesse essa idade.

           - Continue, - ela convidou. - Seja tão cego quanto você gosta.

           - Obrigado, eu sou. Você ainda é virgem. 

           O café caiu por todos lugares. Ela amaldiçoou enquanto curvava-se, enquanto ele ria divertindo, quando ela procurou guardanapos para enxugar o desastre que o café derramado tinha provocado nela.

           - Por que você é virgem? - ele persistiu, - Você esta esperando por mim?

            Ela se levantou, enquanto derrubava a xícara de café no chão. Quebrando com um barulho alto, e ela agradeceu com bondade por ser uma xícara velha. - Você o filho de um. . . !

           - Também, - ele resistiu rindo. - Isso é o melhor, - ele meditou, enquanto assistia os olhos dela brilharem e seu rosto se ruborizar.

           Ela chutou os cacos da xícara. - Oh, Corrigan Hart, - condenou.

           Ele se chegou mais íntimo, enquanto via as pálpebras dela tremularem. Ela tentou voltar para trás, mas ela não pôde ir longe. As pernas dela estavam contra o sofá. Não havia nenhum lugar para onde pudesse correr.

           Ele hesitou a um passo dela, perto o bastante para que ela pudesse sentir o calor do corpo dele através da roupa de ambos. Ele olhou para baixo nos olhos dela sem falar durante longos segundos.

           - Você não é mais a criança que era, - ele disse, a voz dele tão macia quanto veludo.  - Você pode, se defender até mesmo de mim. Mas tudo vai dar certo. Você está em casa. Você está segura.

           - Era quase como se ele soubesse através dela. Os olhos dele estavam calmos e cheio de segredos, mas ele sorriu. A mão dele alcançou e acariciou o cabelo curto.

           - Você ainda usa o cabelo como um menino, - ele murmurou. - Mas é sedoso. Ainda me lembro de como era macio.

           Ele estava muito íntimo. Ele a fez ficar nervosa. As mãos dela foram e apertaram a camisa dele, mas em vez se afastar para trás, avançou para ele. Ela tremeu ao contato do peito dele debaixo das suas mãos, até mesmo através da camisa que cobria seu peito..

           - Eu não quero um amante, - ela disse, enquanto quase sufocando nas palavras.

           - E nem eu, - ele respondeu pesadamente. - Assim nós seremos só amigos.      – Isso é tudo.

           Ela mordiscou seu lábio inferior. Ela sentiu o cheiro da pele dele. Ela sonhava com ele quando ela saiu de casa a primeira vez. Durante os anos, ele tinha assumido a imagem de um protetor na mente dela. Estranho, como ele a amedrontou tanto uma vez.

           Impulsivamente com um pequeno suspiro, ela pôs seu rosto contra o peito dele, fechando seus olhos.

           Ele tremeu para um momento, antes que suas mãos magras a apertassem suavemente as delas, de um modo nostálgico. Ele a fitou por cima de sua cabeça com olhos que brilharam, gratos por ela não poder ver.

           - Nós perdemos anos, - ele disse com a respiração entorpecida. - Mas o Natal traz milagres. Talvez nós teremos o nosso próprio milagre.

           - Um milagre?  - ela pensou, enquanto sorria. Ela sempre se sentia tão segura nos braços dele. - Que tipo de milagre?

           - Eu não sei, - ele murmurou, à medida que acaricia o cabelo dela. - Nós teremos que esperar e ver. Você não vai passar o Natal dormindo, você vai?

           - Não completamente. - Ela ergueu sua cabeça e olhou para ele, um pouco confusa com familiaridade que ela sentia com ele. - Eu não espero que você sempre esteja disponível por perto.

           - Como assim?

           - Ela encolheu os ombros. - Eu não tenho receio.

           - Por que você deveria ter? - ele contestou. - Nós somos pessoas diferentes agora.

           - Eu supus.

           Ele acariciou vagamente as sobrancelhas delas com mãos seguras com uma inclinação, de sua mão segura. - Eu quero que você saiba algo, - ele disse calmo. - O que aconteceu aquela noite. . . Eu não a teria forçado. As coisas saíram um pouco fora do meu controle, e eu disse algumas coisas, muitas coisas que eu lamento. Eu sei que você percebe agora que eu tive uma idéia diferente do que você era realmente. Mas mesmo assim, eu não a teria ferido.

           - Eu pensei que soubesse, - ela disse. - Mas lhe agradeço que tenha me falado.

           Sua mão acariciava sua face macia e os olhos metálicos dele ficaram escuros e tristes.  - Eu lamentei, - ele disse brusco.  – Nada foi o mesmo depois que você partiu.

           Ela abaixou seus olhos à base do pescoço dele. - Eu não tive muito divertimento no princípio em Nova York.

           - A carreira de modelo não está terminada, está?

           Ela hesitou. Então ela meneou a cabeça dela. - Eu fiz melhor como um taquigrafa.

           - E você fará melhora até mesmo como perita financeira, certamente aqui mesmo. - ele lhe falou. Ele sorriu, enquanto erguia seu queixou para cima. - Você vai ficar com trabalho que eu lhe ofereci?

           - Sim, - ela disse imediatamente. Seu olhar percorreu lentamente em cima da face dele. Seus irmãos são como você?

           - Espere e veja.

           - Isso soa promissor.

           Ele riu, enquanto se movia lentamente para longe dela e recuperava a bengala dele da cadeira. - Eles não são piores, pelo menos.

           - Eles são tão sinceros quanto você?

           - Definitivamente. - Ele viu a apreensão dela.  - Pense no lado positivo. Pelo menos você sempre saberá exatamente onde você se encontrará conosco.

           - Isso deve ser uma vantagem. – ela ironizou.

           - Na vizinhança é. Nós somos casos difíceis. Nós não fazemos amizades facilmente.

          - E vocês também não se casam. Eu me lembro.

          A face dele ficou rígida. - Você tem bastante razão para se lembrar que eu falei isso. Mas eu estou oito anos mais velho, e muito mais sábio. Eu não tenho mais tais idéias concretas.

           - Você quer dizer, você ainda não está comprovadamente solteiro? - Ela riu nervosamente. - Eles disseram você teve uma separação amigável.

           - Como você ouviu falar dela? - ele perguntou curto.

           O nível de sua voz, olhar desafiador a fez ficar nervosa. - As pessoas falam, - ela disse.

           - Bem, foi uma separação amigável, - ele enfatizou, a expressão dele ficando mais fechada, - é um caso especial. E nós não somos um par. Apesar do que você possa ter ouvido. Nós somos amigos.

           Ela se virou.  - Isso não é da minha conta. Eu farei a contabilidade dessas suas contas domésticas, e lhe agradeço o trabalho. Mas eu não tenho nenhum interesse em sua vida privada.

           Ele não devolveu o elogio. Ele alcançou o chapéu dele e colocou no seu cabelo preto. Havia algumas mechas de cinza nos seus cabelos, e algumas linhas de expressão na sua face magra.

           - Eu sinto muito por seu acidente, - ela disse abruptamente, enquanto o via apoiar-se pesadamente na bengala.

           - Eu sobreviverei, - ele disse. - Minha perna está rígida, mas eu não estou aleijado. Dói agora mesmo porque eu levei um tombo do cavalo, e eu preciso da bengala. Como uma prescrição, eu caminho bem o bastante sem uma.

           - Eu me lembro do modo que você montava, - ela recordou. - Eu pensei nunca ter visto qualquer coisa em minha vida tão bonita quanto ver você montado em um cavalo em um galope rápido.

           A postura dele foi mais rígida. - Você nunca falou.

           Ela sorriu. - Você me intimidava. Eu tinha medo de você. E não só porque você me queria. Ela evitou os olhos dele. - Eu também o quis. Mas eu não tinha sido criada para acreditar em um estilo de vida promíscuo. O qual, - ela acrescentou, enquanto olhando para a face chocada dele, - era tudo que você estava me oferecendo. Você disse isso.

           - Que Deus me ajude, eu nunca soube que seu pai era ministro e sua mãe uma missionária, - ele disse pesadamente. - Não até que estava distante muito tarde para me fazer qualquer coisa justa. Eu pensei que todas as mulheres jovens fossem livres com os favores delas nessa idade sem nenhuma conseqüência de intimidades.

           - Não teria nenhuma conseqüência comigo, - ela disse firmemente. - Eu nunca fui de igual a todo mundo. – E ainda não sou.

           - Sim, eu sei, - ele murmurou secamente, enquanto lhe dava um olhar longo e significante.  - É óbvio.

           - E não é nenhum de seu interesse.

           - Eu não iria tão longe. - Ele inclinou o chapéu para cima de seus olhos.  - Eu não mudei completamente, você sabe. Estas coisas vêm depois das coisas que eu quero, até mesmo porque não posso ser tão rápido quanto eu costumava ser.

           - Eu espero você consiga, - ela disse. – A separação sabe?

           - Que sabe disso? Que eu sou persistente? Seguramente.

           - Bom para ela.

           - Ela é uma beleza, - ele acrescentou, enquanto se apoiava na sua bengala.           - De uma idade sofisticada e bem divertida.

           O coração dela doeu. - Eu estou segura que você tem prazer na companhia dela.

           - Eu tenho muito prazer com a sua, - ele respondeu surpreendentemente.   

- Obrigado pelo café.

           - Você não gosta de biscoitos?  - ela perguntou, enquanto notava que ele não os tinha comido.

           - Não, - ele disse. - Eu não quero nenhum biscoito.

           - Realmente?

           Ele encolheu os ombros.  - Nós nunca os temos em casa. Nossa mãe não era do tipo família.

           - Como, o que ela tinha? - ela teve que perguntar.

           - Ela não gostava de cozinhar, ela odiava serviços doméstico e desprezava qualquer mulher que soubesse costurar, tricotar e fazer crochê, - ele respondeu.

           Ela sentiu um calafrio. - E seu pai?

           - Ele era um homem bom, mas ele não pôde conviver somente conosco. Os olhos dele cresceram escuros.  - Quando ela se foi e o abandonou, parte dele morreu. Ela só voltou quando se viu sem dinheiro e sozinha, separada de seu mais recente amante. Eles estavam falando sobre uma possível reconciliação quando a inundação levou a casa onde ela vivia e desabou sobre eles. A face dele mudou, endureceu. Ele apoiou pesadamente na bengala.  - O Simon, Cag e eu éramos mais crescidos. Nós tomamos cuidado do outros dois.

           - Não é nenhuma maravilha você não gosta de mulheres, - ela murmurou calmamente.

           Ele lhe deu um longo olhar calmo e então abaixou o olhar para ela. Ela errou na avaliação do tom dele quando ele acrescentou, - Casamento está fora de questão, de qualquer maneira. Eu tenho um cachorro, um cavalo bom e uma casa cheia de eletrodomésticos modernos. Eu tenho uma empregada que pode até mesmo cozinhar. Uma esposa seria desnecessária.

           - Bem, eu nunca.... - ela exclamou, ofegante.

           - Eu sei, - ele respondeu, e havia de repente um brilho malvado nos olhos dele. - Você não pode me culpar por isso, - ele acrescentou, - Deus sabe. Eu fiz o meu melhor para minha idade. Enquanto ela estava absorvendo aquela observação seca, ele inclinou o chapéu, virou e caminhou para fora da porta.

           Ela correu para a varanda depois dele.  - Quando?  - ela chamou atrás dele.

- Você não disse quando quer que eu comece.

           - Eu lhe telefonarei. Ele não olhou para trás. Ele escapou no seu caminhão de trabalho com o rebanho sem até mesmo um aceno de sua mão.

           Pelo menos ela tinha a promessa de um trabalho, ela falou. Ela não deveria ler mensagens escondidas no que ele disse. Mas o passado que ele tinha compartilhado com ela, sobre a mãe dele, deixou calafrios para ela. Como uma mulher poderia ter cinco filhos e abandoná-los?

           E o que foi o segredo sobre o quinto irmão, Simon, que ninguém nunca tinha visto alguma vez? Ela desejou saber se ele tivesse feito algo que ninguém queria falar, ou se ele tinha alguma dificuldade com a lei. Isso seria uma razão por que os irmãos nunca falaram muito dele. Talvez ela descobrisse um dia.

              

           O dia seguinte chegou antes que Dorie percebesse que ela não tinha agradecido a Corrigan as flores que ele tinha trazido. Ela enviou uma nota para a Fazenda na segunda-feira, e voltou uma simples nota que ela leu, - Você é bem-vinda.  – Assim como uma proposta de paz, se alguém estiver precisado.

           Ela achou bastante coisas para se manter ocupada pelos dias que se seguiram. Parecia que todos o amigos de seu pai e as pessoas com as que ela tinha estudado na mesma escola queriam que ela voltasse para casa. Todo o mundo parecia conhecer um cliente potencial para Dorie. Não tinha passado muito tempo quando ela já estava até o pescoço de trabalho.

          A surpresa maior veio na quinta-feira pela manhã quando ela ouviu o som de muitos passos pesados e observou de sua escrivaninha três enormes e intimidantes homens que se encontravam em sua varanda apenas além da soleira da porta. Eles entravam numa grande Pick-up cabine dupla que Corrigan normalmente dirigia, e ela desejou saber se estes eram os irmãos dele.

           Ela foi abrir a porta e se sentiu como uma anã quando eles foram entrando dentro de sua casa, as esporas deles tinindo agradavelmente em botas com aspectos como se eles tivessem sido mantidos em um pântano.

           - Nós somos o Harts, - um deles disse. Os irmãos de Corrigan. Como ela tinha adivinhado. Ela os estudou curiosamente. Corrigan era alto, mas estes homens eram gigantes. Dois eram iguais a Corrigan com cabelos pretos, e um era loiro com algumas mechas de cabelos castanhos. Todos tinham olhos escuros, ao contrário do de Corrigan. Nenhum deles estariam em qualquer lista de solteiros bonitos. Eles tinham um olhando áspero, e eram magros e bronzeados, e eles a deixavam nervosa. Os garotos Hart faziam maioria das pessoas ficarem nervosos. A única outra família que habitavam perto deles tinha a mesma reputação deles com temperamentos iguais, eram os garotos Tremayne que estavam todos casados e um pouco domados agora. O Harts eram relativamente novos moradores em Jacobsville, tinham chegado somente há oito anos na vizinhança. Mas eles mantinham laços fortes em San Antonio que pareciam difícil de quebrar. Que eles eram poucos sociáveis na cidade. Eles não circulavam muito em Jacobsville.

           Não só eles eram muito ásperos com as palavras, como também possuíam nomes poucos comuns, Dorie poderia se lembrar de ter escutado. Eles entraram abruptamente, sem ao menos ter pedido primeiro, Reynard era o mais jovem. Eles o chamaram o Rey. Ele tinha fixado profundamente os olhos pretos e uma boca magra e, e segundo fofocas, era o pior temperamento dos quatros.

           O segundo mais jovem era Leopold. Ele era mais robusto que os outros três, embora não fosse gordo, era também o mais alto. Ele nunca parecia barbear-se. Ele tinha cabelos loiros com algumas mechas de cabelos castanhos e olhos castanhos com um brilho perigoso que nos outros faltavam aparentemente.

               Callaghan era o primogênito, dois anos mais velho que Corrigan. Ele tinha olhos pretos como uma serpente. Ele não piscou. Ele era mais alto que todos seus irmãos, com a exceção de Leopold, e ele realiza a maior parte do serviço pesado na Fazenda. Ele parecia um espanhol, mais que os outros, e tinha um porte e uma arrogância de realeza, como se ele pertencesse há outro século. Eles disseram que ele teve as atitudes antiquadas bem como no passado.

           Ele foi o primeiro dos três a dar um passo em direção a Dorie. Ele olhou por cima do ombro, mas tirou o chapéu e forçou um sorriso quando ele se colocou na frente de Dorie.

           - Você deve ser Dorothy Wayne, - Leopold disse com um sorriso. - Você trabalhará para nós.

           - S. . . Sim, eu penso que eu trabalharei, - ela gaguejou. Ela se sentia sufocada. Ela se moveu para trás da escrivaninha e os encarou um pouco, enquanto se sentia nervosa e inadequada.

           - Vocês querem parar?  Leopold atirou aos irmãos taciturnos dele. - Vocês a estão assustando!

           Eles pareciam fazer um esforço para relaxar, embora não conseguissem totalmente.

           - Não importa, - Leopold murmurou. Ele apertou o chapéu em suas mãos. - Nós gostaríamos que você fosse para a Fazenda, - ele disse.  - As contas domésticas estão a ponto de nos deixarem loucos. Nós ainda não conseguimos manter bastante Corrigan longe para conseguir que ele os traga a você.

           - Ele veio sábado, - ela disse.

           - Yeah, nós ouvimos, - Leo meditou.  – Eram rosas, não era?

           O outro dois quase sorriram.

           - Rosas, - ela concordou. Os olhos cinzas dela deram um longo olhar e eles olharam longamente de um para outro.

           - Ele esqueceu de trazer os livros para você. O escritório está uma verdadeira bagunça.  - Leo continuou.  - Nós não podemos fazer as contas de cabeças.  Corrigan rabisca, e nós nos oferecemos para fazer isto, principalmente, mas nós não podemos ler a escrita dele. Ele deixou escapar uma venda de rebanho em Montana, assim nós estamos impedidos de prosseguir. -  Ele encolheu os ombros e conseguiu parecer desamparado. - Nós não podemos ver se nós temos dinheiro bastante na conta para comprar mantimentos. - Ele parecia faminto. Ele suspirou ruidosamente. - Nós seguramente apreciaríamos isto se você pudesse ir, talvez a manhã, aproximadamente às nove? Se isso não for muito cedo.

           - Oh, não, - ela disse. - Eu estou acordada e fazendo o café da manhã antes das seis.

           - Fazendo o café da manhã? Você pode cozinhar, então? - Leopold perguntou.

           - Bem, sim.  - Ela hesitou, mas ele olhou realmente interessado. - Eu faço biscoitos e bacon com ovos. 

           - Carne de porco, - A pessoa chamada Reynard murmurou.

           - Bife é melhor, - Callaghan concordou.

           - Se ela puder fazer biscoitos, as outras coisas não importa, - Reynard replicou.

           - Conseguem os dois ficarem calados? - Leopold perguntou nitidamente. Ele voltou para Dorie e lhe deu uma avaliação completa, embora não no menos sexual.   Você não se parece com uma contadora.

           - Cabelo agradável, - Reynard observou.

           - Cicatriz ruim na sua face. - Callaghan observou. - Como aconteceu? -

           Céus, ele eram cegos! Ela ficou muito assustada quase o bastante para lhe falar. Ela revelou que tinha sofrido um acidente.

           - É cruel. - ele disse. - Mas se você puder cozinhar, cicatrizes não importam muito.              

           Ela ficou de boca aberta, e Leopold pisou duro no pé do irmão mais velho.

           Callaghan deu um murro no braço com um punho fechado, pelo seu exagero. – Não a insulte! Ou ela não virá!

           - Eu não estou insultando!

            Reynard avançou, enquanto acotovelava os outros dois do mesmo modo. Ele tinha seu próprio chapéu na mão. Ele tentou sorrir. Olhou como se ele não tivesse tido muita prática nisto.

           - Nós gostaríamos que você fosse amanhã.  - Você Vai?

           - Agora veja o que você fez! - Leopold disparou a Callaghan.  - Ela está assustada conosco!

           Ela hesitou.

           - Nós não a magoamos. - Reynard disse suavemente. Ele deixou de tentar sorrir; de qualquer maneira não era natural.  - Nós temos a velha Sra. Culbertson que mantém a casa para nós. Ela mantém sempre um cabo de vassoura ao seu redor. Você estará segura.  

           - Ela prendeu o sorriso. Mas os olhos dela começaram a brilhar.

           - Ela mantém o cabo de vassoura por causa dele, - Reynard acrescentou enquanto indicando Leopold.  - Ele gosta. . .

           - Não importa!  - Leopold disse friamente.

           - Eu só ia dizer que você. . .

           - Cálice! – exclamou Leopold.

           - Se você dois não pararem, eu vou brigar com ambos aqui mesmo, - Callaghan disse, e olhou muito como se ele quisesse dizer isto. – Me desculpe.

           Eles murmuraram relutantes as desculpas.

           - Certo, é isso. - Ele repôs o seu chapéu.  - Se você puder vir as nove, nós enviaremos um dos rapazes para pegar você.

           - Obrigado, eu dirijo meu próprio carro.

           - Eu vi seu carro. É por isso que eu estou enviando um dos rapazes para levar você, - Callaghan continuou teimoso.

           Ela ficou de boca aberta. - É um. . . um carro velho mais agradável! E corre bem!

           - Todo o mundo sabe que Turkey Sanders o vendeu a você.- Callaghan disse com um olhar enojado. - Ele é um pirata. Você terá sorte se as rodas não caírem na primeira vez que você passe numa curva.

           - Isso é certo, - Rey concordou.

           - Nós faremos a viagem do nosso modo e falaremos com ele, - Leopold disse, - Ele devolverá seu carro e terá a certeza que será perfeitamente seguro dirigi-lo. Será a primeira coisa que fará amanhã.

           - Mas. . .

           Eles colocaram os chapéus, lhe deram acenos corteses e caminharam para a porta.

           Callaghan parou à frente da porta, com a tela aberta.  - Ele pode falar e parecer duro, más ele está machucado por dentro. Não se machucará novamente.

           - Ele?

           - Corrigan.

           Ela deu um passo à frente.  – Meu sentimento não era igual ao dele, - ela disse suavemente.  - Ele não sentia nada por mim.

           - E você não fez, o mesmo a ele?

            Olhando para baixo, evitou seu olhar dela.  - Foi há muito tempo atrás.

           - Você não deveria ter partido.

            Olhando para trás, os olhos dela estavam tristes e magoado.   - Eu tinha medo dele!

          Ele deu um longo suspiro.  - Você era pouco mais que uma criança. Nós tentamos lhe falar. Embora nós não a tivéssemos visto, nós soubemos de você através de outras pessoas. Nós estávamos bem seguros que você não era o tipo de garota. Ele não escutaria.  - Ele encolheu os ombros.  - Talvez nós o corrompemos. Você poderia lhe perguntar às vezes por nossos pais, - ele acrescentou friamente.  - Crianças não crescem odiando casamento sem razão.

           Havia muita dor em seu rosto. Ele estava contando coisas para que ela nunca ousou perguntar a Corrigan. Ela caminhou atenta aos outros dois que ficaram conversando silenciosos na varanda

           - Ele era quieto. . . ele ainda é assim?

           Os olhos dele estavam frios, quando ele olhou para ela, eles pareciam que tinham amolecido um pouco.  - Ele não é mais o mesmo homem que era. Você terá que descobrir o resto por você. Nós não interferimos na vida um do outro, é como uma regra. O olhar dele revisou a face pálida dela.  - Você também sofreu muito.

           Ele era tão perspicaz quanto o irmão dele. Ela sorriu.- Eu suponho que faz parte do processo de se tornar um adulto. Ilusões perdidas e sonhos desfeitos, eu quero dizer.  - Ela fechou suas mãos e olhou calmamente para ele.  - Crescer é doloroso.

           - Não deixe que seja, - ele disse de repente.  - Não importa o que ele diz, e o que e faz, não deixe.

           Ela abriu os olhos em surpresa.  - Por que?

           Ele puxou o chapéu para seu rosto.  – Já não se fazem as mulheres mais como você.

           - Como eu?  - Ela gracejou.

           Os olhos escuros dele brilharam. Ele sorriu de certo modo que, se ela não tivesse tão apaixonada por Corrigan, ele cairia a seus pés, - eu desejaria que nós tivéssemos nos conhecido antes, - ele disse.  - Você nunca deveria ter ido naquele ônibus.  - Ele inclinou o chapéu.  - Nós enviaremos o Joey para pegar você pela manhã.

           - Mas. . .

          A porta fechou atrás dele. Ele acenou para o outro dois e eles o seguiram seus passos para porta da pick-up. Era um carro grande. Era arrojado, dinâmico e preto, e deu um olhar ameaçador para os irmãos de Corrigan Hart!

           Ela desejou saber por que todos eles vieram lhe pedir que fosse para a Fazenda, e por que eles tinham feito isto quando Corrigan tivesse saído. Ela descobriria.  Ela desejou saber novamente sobre o quinto irmão, o misterioso que Corrigan tinha mencionado. Nenhum deles mencionou o nome Simon.

           Depois, o telefone tocou, e era Turkey Sanders.  - Eu só queria que você soubesse que eu vou ver aquele carro que te vendi pela manhã e fazer uma boa revisão nele, - ele disse imediatamente.  - Eu garanto, vai ser o melhor carro usado você alguma dia dirigiu! Se você sair, deixe a chave, que vai ser a primeira coisa que farei amanhã. E se há qualquer outra coisa que eu posso fazer para você, senhorita, pode perguntar!

           Ele soou muito mais entusiasmado do que quando e lhe tinha vendido o pequeno carro enferrujado.  - Obrigada!

           - Nenhum problema. Agora tenha um dia agradável.

           Ele desligou e ela encarou o telefone vagamente. Bem, ninguém poderia dizer que viver em Jacobsville não era interessante, ela falou. Aparentemente os irmãos também tinham um jeito com outros homens de negócios. Ela nunca admitiu que o carro tinha lhe preocupado todo tempo que Turkey tinha lhe falado em lhe vender, por um preço que parecia muito alto para tanta má conservação. Ela tinha carteira de motorista, que ela tinha que ter renovado. Mas nunca pode ter um carro em Nova Iorque, nada era igual a ter seu próprio carro, até mesmo que se parecesse tão mal conservado.

           Era uma manhã fria, quando um homem jovem chegou em carro Mercedes preto e segurou a porta aberta para ela.

           - Eu sou o Joey, - ele lhe falou.  - Os irmãos me enviaram para lhe buscar. Eu estou alegre que você tenha aceitado este trabalho, - ele acrescentou.  - Eles não me deram dinheiro para por gasolina até que tenha as contas equilibradas. Eu tenho tido uns calafrios quando estou fora dos caminhões.  - Ele meneou a cabeça enquanto esperava que ela tivesse saído completamente fora da soleira da porta, de forma que ele poderia fechar a porta.  - Eu odeio o cheiro de gasolina.

           Ele fechou a porta, e saiu enquanto deixava uma nuvem de poeira.

           Ela sorriu. Os irmãos eram as pessoas estranhas.

           A Fazenda era imaculada, de suas cercas de madeira brancas, uma casa com tijolo aparente com um longo e gramado extenso, piscina e quadra de tênis.    Também, tinha bancos de tijolos o celeiro era tão grande que ela imaginou que poderia guardar um rebanho inteiro de cavalos.

           - Grande hum? - Joey sorriu.  - Os irmãos fazem grandes negócios em grande escala, eles são tão meticulosos especialmente Cag. Ele confere pessoalmente todo o lugar.

           - Cag?

           - Callaghan. Ninguém na família o chama assim. - Ele caminhou em sua direção, e advertiu. - Eles disseram que você é a razão que Corrigan nunca ter se casado.

           O coração dela deu um salto. – Está brincando?

           - Sim. Ele nem mesmo olhou para outras mulheres por estes dias. Mas quando ele ouviu que você estava voltando, ele fez a barba e comprou roupas novas.  - Ele balançou a cabeça dele.  - Nos chocou a todos, quanto nos o vimos sem a barba.

           - Eu não posso imaginar uma coisa dessas, - ela disse confusa.

           - Ele sofre com sua perna, mas ele é elegante em um cavalo, só mesmo você vendo.

           - Eu penso que ele melhorará com o tempo.

           - Espero que sim.  - Ele parou na frente da casa, saiu fora do carro e a ajudou a descer.

           - Você desce aqui.

           - Obrigado Joey.

           Ele a conduziu para dentro pela porta da frente e desceu por um corredor acarpetado para um escritório decorado com painéis.  - Sra. Culbertson estará aqui a qualquer momento e trará um pouco de café, chá ou qualquer outra bebida. Os irmãos tiveram que ir trabalhar ou eles estariam aqui para receber você. Não se preocupe, logo eles estarão de volta. Corrigan estará brevemente aqui e lhe mostrará os livros. Ele está tentando medicar um potro, lá no celeiro.

           - Eu não posso imaginá-lo com um, - ela disse um pouco confusa.

           Ele inclinou o chapéu.   - Foi um prazer.  – Saiu com um pequeno aceno.

           Não fazia muito tempo que tinha saído quando uma pequena mulher,

rechonchuda com brilhantes olhos azuis e cabelos cinzas entrou, enquanto secavam suas mãos avental dela.  - Você deve ser Dorie Wayne. Eu sou Betty Culbertson, - ela se apresentou. - Eu posso lhe trazer uma xícara de café? 

           - Oh, sim, por favor.

           - Com creme e açúcar?

           - Eu gosto puro.

           A mulher mais velha sorriu.  – Eu faço assim para os meninos. Eles não gostam de doces.Tem medo de ficarem gordos, só não dispensam os biscoitos. Eles comeriam todos biscoitos se eu os fizesse.

          As perguntas que os irmãos tinham lhe feito, se gostava de cozinhar a ela, voltou a lhe assombrar.

           - Nenhum deles acredita em casamentos?  - ela perguntou.

           Sra. Culbertson balançou a cabeça. – Eles estão solteiros há muito tempo agora. Eles são rígidos do jeito deles e nenhum deles tem muito há ver com mulheres. Não que eles não admirem as belezas das mulheres, - ela acrescentou com um sorriso.  - Mas nenhum teve muita sorte. Agora, Corrigan está melhor. Eu escutei que ele está assim por sua causa.

           Enquanto corava Dorie tentou achar as palavras certas para lhe responder.

           - É sim, - Corrigan disse entrando.  – Só não é certo que ela soubesse disto.

           - Oh. Desculpe - Sra. Culbertson disse enquanto ria.

           Ele encolheu os ombros.  - Não causou nenhum dano. Eu gostaria de um café. E se você vê Leopold. . .

           - Eu lhe esmagarei o seu crânio, a se faço, - a mulher mais velha disse abruptamente, e o comportamento dela mudou inteiramente. Os olhos azuis dela soltavam faíscas.   - Aquele diabo!

           - Ele fez isto novamente, adivinhei? 

           Ela fez um barulho bravo pelo nariz dela.  - Eu falei pra ele e falei. . .

           - Você pensaria que ele se cansaria de levar umas vassouradas, não foi? - Corrigan perguntou agradavelmente.

           - Um destes dias ele não será bastante rápido, - Sra. Culbertson disse com um sorriso mau.

           - Eu falarei com ele.

           - Todo mundo já falou com ele. Isso não é nada bom.

           - O que ele fez?  - Dorie perguntou curiosamente.

           - Senhora Culbertson olhou para Corrigan que começou a responder com os olhos que prometiam arrependimento.

           - Desculpe, não posso dizer - ele disse abruptamente.

           - Senhora Culbertson acenou com a cabeça enquanto sorria para Dorie.

           - Eu fiz café há pouco. Estarei de volta num minuto.

           Ela partiu e os olhos escuros de Corrigan deslizaram em cima da bonita figura de Dorie.

            - Você parece estar muito confortável, - ele disse. Os olhos dele ergueram em apreciação enquanto olhavam para os cabelos ondulados dela. - Eu sempre amei seu cabelo. Isso foi à primeira coisa que me chamou atenção. Normalmente eu admiro muito o cabelo de uma mulher. E o seu me fascina muito da maneira que é.

            A mão esbelta dela foi inconscientemente para as ondas de platina.  - É fácil de manter assim.  - Ela trocou ao outro pé.  - Seus irmãos foram lá em casa ontem e me pediram para vir olhar as contas domésticas. Eles dizem que estavam passando fome.

           - Também, parece que faço isso a eles?  - ele perguntou ruidosamente. – Bom Deus, passando fome!

           - Eles são muito agradáveis, - ela continuou.  - Eles falaram com Turkey Sanders e ele está consertando meu carro.

           - O mecânico dele está consertando seu carro, - ele lhe falou. - Turkey Sanders está tendo que fixar um dente.

           Ela soube que não deveria perguntar. Mas ela tinha que perguntar.  – Por que?

           - Ele fez uma observação da qual Cag não gostou.

           - Cag. Oh, sim, ele é o primogênito. 

           Ele percebeu que ela se lembrou disso.  - Ele tem trinta oito anos, se você o chamar velho.  - Se antecipando a sua próxima pergunta, ele acrescentou.  – O Leo tem trinta quatro anos. Eu tenho trinta seis anos. Rey tem trinta dois anos.

           - Assim Cag bateu Turkey Sanders? 

           - Ele bateu na cabeça dele.

           - Então quem quebrou o dente dele?

           - Foi Leo.

           - Cag se aborreceu, mas o Leo bateu em Turkey Sanders?  - ela perguntou fascinada.

           - Ele afirmou com a cabeça.  - Ele fez isso para o salvá-lo de Cag.

           - Eu não entendo.

           - Cag estava nas Forças Especiais, - ele explicou. - Ele era um capitão quando eles o mandaram de volta do Oriente Médio há alguns anos.  - Ele encolheu os ombros.  - Ele sabe muito sobre lutas marciais para ser deixado solto com seu temperamento. Assim nós tentamos proteger as pessoas dele.  - Ele sorriu.  - Leo imaginou se ele batesse primeiro em Turkey, Cag não bateria. E ele não bateu.

          A cabeça dela tremeu um pouco.  - Seus irmãos são. . . sem igual, - ela disse finalmente, depois de não ter achado uma palavra boa para os descrever.

           Ele riu.  - Você não sabe nem a metade disto.

           - Eles realmente odeiam as mulheres?

           - Às vezes, - ele disse.

           - Eu apostarei quando elas virem aqui depois, - ela mencionou, - especialmente quando as pessoas derem uma boa olhada nesta Fazenda. 

           - A Fazenda é só uma parte das propriedades que nós possuímos, - ele respondeu.  - Nós somos a quarta geração aqui no Texas, e nós herdamos milhares de acres de terra e cinco Fazendas. Nós estávamos quase falidos quando nosso velho pai morreu, entretanto, - ele meditou.  - Ele realmente não teve muita cabeça para pensar. O coração principalmente e sem dinheiro. Ele viu o fim do seu próprio império. Mas nós tiramos isso como experiência

           - Assim eu espero, ela concordou.

           - O único problema é, que se nenhum de nós casarmos. Então nós não teremos descendentes que vão continuar levando o nosso império? 

           Ela pensou na resposta mais terrível àquela pergunta, e então deu uma risada.

           Ele ergueu uma sobrancelha.

           Ela pôs uma mão em sua boca até que ela se encontrasse sob controle.

- Desculpe. Eu só estava pensando naquele filme que o homem fica grávido. . . !

           Ele lhe deu um olhar sério.

           Ela perguntou - Onde estão às contas?

           Ele hesitou durante um minuto, e então abriu a gaveta de escrivaninha e tirou os livros caixa, enquanto os colocava em cima da imaculada escrivaninha de madeira de Cerejeira.

           Isto é muito bonita - ela observou, enquanto passava a mão sobre a superfície sedosa e polida.

           - Era de nosso avô, - ele falou.  - Nós não quisemos mudar muitas coisas. O nosso velho avô estava apaixonado pelo modo que era seu escritório.

           Ela deu uma olhada, confusa com a madeira que decorava o painel claro. Não havia nenhuma cabeça ou armas em qualquer lugar.

           - Ele não gostava de troféus, - ele falou.  – Nem nós. Se nós caçarmos, nós usamos toda parte da caça, mas nós não temos as cabeças montadas. Não parece totalmente uma brincadeira.

           Ela virou e tirou uma cadeira de escrivaninha, e olhou para ele com curiosidade.

           - Nenhum dos seus irmãos é como eu os imaginava. 

           - De que modo?

           Ela sorriu.  - Você é muito bonito, - ela disse, enquanto evitava os olhos dele quando os dele começaram a brilhar. – E eles não são. E todos eles têm olhos muito escuros. Os seus são cinzas.

           - Eles herdaram os olhos de nossa mãe, - ele disse.  – E eu me pareço.  - Ele mostrou com a cabeça para um retrato, na parede atrás da escrivaninha. Foi no início do século vinte e parecia muito com Corrigan, fora o cabelo prateado.

           - De forma que você se parecerá com ela.  - ela observou

           - Eventualmente. Não demorará muitos anos, eu espero.

           Ela olhou pra ele, porque ele viria se sentar ao seu lado.  - Você ficará com o cabelo prateado, só com o tempo.

           Ele olhou para face macia dela. Os olhos dele estreitaram quando ele passou a mão por sobre a pele de seu rosto. - O Cinza nos seus cabelos não fará que você fique menos bonita, - ele disse calmamente.  - Misturará dentro e fará isto até ficar mais bonito. 

           O comentário foi dito suavemente, e tão de tão poético que a envergonhou. Ela sorriu inconsciente, enquanto seu olhar era atraído para a camisa ele. Ele estava com o colarinho aberto, porque o tempo estava quente. Os pêlos macios e pretos de seu peito saltavam pelo botão aberto da camisa, e recordações não desejadas da noite que eles tinha tido veio à tona, enquanto ela era atraída para junto dele. Ele tinha tirado a camisa, para dar total acesso as mãos inquietas de Dorie, sobre o cabelo encaracolado do seu tórax largo, Ele gostava de sentir os lábios dela nele. . .

           Ela tossiu, limpando sua garganta, e olhou fora, com o rosto ruborizado.  - Eu acho melhor irmos trabalhar.

          A mão magra dele pegou o braço dela, muito suavemente, e ele a puxou os dela em torno de si. As mãos dele tiveram livra acesso para os botões de sua blusa. Ele olhou lentamente para os olhos assustados dela, um por um, ele abriu os botões lentamente.

           - O que é.. . que você. .  está fazendo?  - ela hesitou. Ela não podia respirar.  Ele estava fazendo loucuras por todo seu corpo. Ela já sentia os joelhos fracos e a visão daquele peito largo completamente nu tirou um suspiro lânguido de seus lábios.

           Ele a pegou pelos cotovelos. E a atraiu a ele, de forma que os lábios dela ficassem no nível de seus ombros. Ela poderia ouvir as batidas frenéticas do coração dele.

           Está bem melhor assim - ele disse rouco. – Enquanto admirava os seios nus de Dorie. Assim junto a mim, - ele sussurrou roucamente, enquanto a puxava ao encontro de seu corpo, ele baixou a cabeça, enquanto levava seus lábios abaixo. . . assim. . Gosta disso?

           Estava sentindo por todo o corpo novamente. Já fazia oito anos, mas aparentemente nenhum dia menos vulnerável aos carinhos dela. Ele pôs as mãos frias dela no seu peito coberto de pelos macios e os moveu enquanto a sua boca dura tomava posse lentamente dos lábios doces dela.

                Ele hesitou uns poucos segundo enquanto acariciava lentamente os lábios dela, com um longo olhar via a submissão faminta e lânguida neles.Havia um pequeno sorriso sugestivo em seus lábios enquanto ele separa dos lábios macios dela.

 

           Ela não tinha nenhum orgulho, ela entendeu isso alguns segundos depois que sentiu os primeiros toques dos lábios deles nos seus. Ela era um total desastre como uma mulher liberada.

           As mãos dele tinham ido para sua cintura depois ela sentiu quando ele começou a movê-las em direção aos seus seios macios. Ele deixou que elas repousassem ali até que sentiu um leve estremecimento quando os lábios de Dorie emitiram um gemido, e então as mãos fortes dele se ergueram e acariciaram com furor os seios dela.

           Ele sentia a sua boca suspirar. E sentiu seu próprio corpo reagir a isto, quanto ele a tocou, com lábios ávidos sugava um mamilo rígido, enquanto com mãos inquietas acariciava o outro.

           Sua boca se tornou mais violenta. Ela se sentia presa a ele enquanto as mãos dele se moviam pelo seu corpo. A blusa dela foi tirada com uma urgência, e segundos depois sentiu o contato de seus seios nus contra o peito forte e coberto de pelos macios.

           Ela gemeu, enquanto sentia os lábios dele em seu corpo.

           Ele olhou nos olhos dela, mas não a deixou sair. A face rígida dele era inexpressiva. Enquanto os olhos soltavam faíscas. Ele se movia deliberadamente de lado a lado fazendo-a vibrar com isto, enquanto desfrutava o prazer que essa carícia provocava no corpo de Dorie sem que ela conseguisse disfarçar.

           - Seus mamilos estão rígidos contra mim. - Ele falou enquanto a segurava mais íntimo.  - Eu tive seus seios em minha boca na noite em que nós quase fizemos amor, antes de você sair da cama fugindo de mim. Você se lembra do que você fez depois? 

          Ela não podia falar. Ela olhou para ele com desejo controlado e medo.

          - Você deslizou suas mãos por minhas calças jeans, - ele sussurrou asperamente. - E você me acariciou. Foi quando eu perdi o controle.

          O gemido dela era de vergonha, não de prazer. Ela tocou seu tórax com a face e o abraçou junto a si, enquanto tremia.  Eu sinto muito, - ela sussurrou trêmula.  -  Eu sinto muito...  muito. . . ! 

           A boca dele achou os olhos fechados dela e os beijou.  - Não feche seus olhos, - ele sussurrou asperamente.  - Eu não estou falando nada que seja vergonhoso. Eu só quero que você se lembre por que terminou daquele modo que terminou. Você era muito jovem e eu não reconheci isto. Eu a encorajei para que você ficasse desinibida, mas eu nunca faria isso se soubesse o quanto você era inocente. A boca dele deslizou para cima da testa dela com ternura ofegante, enquanto as mãos dele deslizavam por suas costas mais abaixo, num abraço mais íntimo.  - Eu a queria, - ele sussurrou. As mãos dele se contraíram e o corpo dele ficou rígido com uma nova onda de prazer que ela poderia sentir. As pernas dele tremeram.  - Eu ainda a quero, Que Deus me ajude, - ele ofegou ao mesmo tempo dela. - Eu nunca tinha tido tanto prazer, como o que eu tenho com você. Eu nem mesmo precisei me despir primeiro. As mãos dele começaram a tremer, quando ele se moveu sensualmente contra os quadris dela. A boca dele deslizou suavemente enquanto a beijava novamente, tocava e sondava até que ela tremeu novamente com prazer.

           - Eu pensei você soube, - ela choramingou.

           - Não, eu não sabia. As mãos dele moveram para base de sua espinha e a ergueu suavemente enquanto a puxava de encontro ao seu corpo musculoso. Ele prendeu a respiração em uma nova onda de prazer. - Dorie, - ele gemeu.

           Ela não pôde pensar em nada. Quando ele levou um das mãos dela e apertou de encontro a seu membro rígido, ela não fez nenhum movimento em protesto a isto.  Ela abriu a mão e deixou que se movesse suavemente contra ele, estava em chamas com a necessidade para o tocar.

           - Oito anos, - ela disse trêmula.

           - E nós ainda estamos sofrendo com fome de um para com o outro, - ele sussurrou junto a sua boca. A mão dele ficou mais insistente. - Duramente, - ele falou com a respiração presa.

           - Isto. . . Não está certo, - ela disse contra seu tórax.

           - Não, mas é doce. Dorie. . . !  - Ele gemeu roucamente, o corpo estremecendo inteiro.

           A mão dela parou imediatamente.  - Eu sinto muito, ela sussurrou fora de si. - Eu o machuquei?

          Ele não estava respirando normalmente. Enquanto ele enterrava sua face de encontro à base de seu pescoço, ele estava trêmulo como uma folha ao vento. Ela passou sua boca pela face, queixo, lábios, nariz dele, enquanto sussurrava junto a ele.

          A mão dele agarrou sua coxa, ele estava machucado, assim ela tinha medo que ela teve que protestar. Ela lutou por sua sanidade, envergonhada pela sua fraqueza.

           Ela ainda estava o beijando. Ele sentia os seios dela movendo contra seu peito, enquanto ficava mais intensa sua palpitação, aumentava a dor horrível abaixo do cinto dele.

           Ele a estava segurando firmemente com suas mãos trêmulas.

           Ela baixou e se levantou calmamente contra ele. Ela soube agora, como não soubera oito anos atrás, que tinha errado com ele. Ela sentia culpada e vergonha por telo empurrado descontrolada para longe de si.

           Os dedos dela tocaram os cabelos macios dele amorosamente. Os lábios dela acariciavam as pálpebras dele e os beijaram suavemente. Ele estava vulnerável e ela quis protegê-lo. Ela o protegeria.

          A ternura estava fazendo coisas estranhas a ele. Ele ainda a queria com loucura, mas esses pequenos beijos confortantes faziam o coração dele esquentar. Ele nunca tinha sido tocado de tal modo por uma mulher; ele nunca tinha se sentido assim.

           Ela tentou se afastar, enquanto ele a puxou para si novamente.

           Não pare, - ele sussurrou, mais tranqüilo agora. As mãos dele tinham seguido pela pele sedosa de suas costas, e ele sorriu enquanto ouvia os sussurros dos lábios dela na sua pele.

           - Eu sinto muito...  muito.  - ela sussurrou.

           Os dedos dele deslizaram novamente debaixo da blusa e até explorar a suavidade dos seios dela. - Por que?  - ele perguntou.

           - Você esta machucado, - ela disse.  - Eu não deveria tê-lo tocado. . .

           Ele riu maldosamente.  - Eu quis.

           - Eu ainda não posso ir para cama com você, - ela disse miseravelmente.  - Eu não me preocupo se o mundo inteiro fizer isto, eu ainda não posso!

           As mãos dele abriram e envolveram os seios dela ternamente.  - Você quer, - ele murmurou enquanto os acariciava.

           - Claro que eu quero! Os olhos dela fecharam e ela se moveu mais íntimo às mãos dele.  - Oh, glória, - ela conseguiu dizer firmemente, enquanto tremia.

           - Seus seios são muito sensíveis, - ele disse contra lábios dela. - E macio e gosto de sentir a seda morna debaixo de minhas mãos. Eu gostaria de colocá-la sobre a escrivaninha de meu avô tirar sua blusa e poria meus lábios em seus seios. Mas Sra. Culbertson está fazendo café.  - Ele ergueu a cabeça e olhou para ela com os olhos cinzas ofuscados. - Agradeça a Deus, - ele sussurrou absorto.

           - Agradeça Deus por isso o quê? - Ela perguntou brusca.

           - Milagres, talvez, - ele respondeu. Ele alisou a blusa novamente para cima e os olhos dele viram os seios bonitos, seios róseos com os mamilos num rosa mais escuro. - Eu poderia comê-los agora mesmo como bombons, - ele disse em um tom áspero.

           - O escritório estava tão quieto que nenhum som pudesse ser ouvido além da respiração dela enquanto o olhava.

           Os olhos pálidos dele eram quase de pesar. - Eu penso que te desejo até a morte - ele começou brusco enquanto dobrava o corpo.

           Ela sentiu a boca dele parar em cima de seus seios com uma sensação maravilhosa. Com olhos abertos, sentiu a respiração parar em sua garganta, enquanto tremia.

           Então ele observou, e viu os olhos dela. Ele fez um som que veio do fundo de sua garganta enquanto com a boca aberta quando ele a impeliu mais íntimo, de forma que ele quase a teve completamente naquele morno e úmido recanto.

           Ela lamentou. O prazer cresceu a alturas insuportáveis. Os dedos dela enroscaram no cabelo dele e o puxou mais íntimo pra si. Ela rosnou nitidamente às sensações que ela sentia. Os quadris dela moveram involuntariamente, enquanto procurava o corpo dele.

          A sucção se tornou tão doce que ela repentinamente arqueou-se para trás, e teria caído se não tivesse o apoio dos braços dele. Ela prendeu a respiração e convulsionou, enquanto dobrava o corpo em puro êxtase.

           Ele sentia as contrações profundas do corpo dela embaixo de seus lábios com um orgulho intenso. A boca dele cresceu um pouco áspera, e as convulsões cessaram.

           Só quando ele sentiu que ela começava a relaxar ele trouxe o rosto parado dela para si de forma que ele poderia olhar para a face dela.

           Ela não pôde respirar. Ela chorou enquanto observava os olhos pálidos dele. As lágrimas vieram, quentes e rápidas, quando ela percebeu o que tinha acontecido. E ele tinha visto isto!

           Não faça isso, - ele a repreendeu ternamente. Enquanto ele pegava seu lenço e secava as lágrimas dos olhos vermelhos e assoava o nariz de Dorie. Não tenha vergonha.

           - Eu poderia morrer de vergonha, - ela lamentou.

           - Por isso?  - ele perguntou suavemente.  - Por me deixar assistir? 

           Sua face ficou vermelha.  - Eu nunca, nunca. . . ! – disse ela.

            Ele pôs um dedo longo contra os lábios dela.  - Eu nunca vi uma sentir isso, - ele sussurrou.  - Eu nunca soube que uma mulher poderia ter alcançado o orgasmo só por ter se seio sugado pela boca de um homem. É a experiência mais bonita que eu já tive.

           Ela já não mais chorava agora. Ela o estava encarando, com seus olhos abertos, meigos e curiosos.

          Ele puxou o cabelo dela para trás selvagemente.  - Valeu tudo o que eu senti antes, - ele murmurou secamente.

          Seu rosto ruborizou-se mais. - Eu não posso ficar aqui, - ela lhe falou de modo frenético. - Eu tenho que ir embora. . . 

           - Inferno! Não, você não vai, - ele disse trêmulo.  - Você não ira para longe de mim uma segunda vez. Nem mesmo pense em sair correndo.

           - Mas, - ela começou insistentemente.

           - Mas o quê?  - ele perguntou curto.  - Mas você não pode me ter fora do casamento? Eu sei disso. Eu não lhe estou pedindo para que durma comigo. 

           - Será como uma tortura para você. 

           - Sim, - disse simplesmente. - Mas a alternativa é nunca lhe tocar. - A mão dele deslizou por cima da blusa dela e ele sorriu suavemente à resposta imediata do corpo dela. - Eu amo isto, - ele disse bruscamente.  - E assim você fará. 

           Ela fez careta.  - claro que eu faço, - ela murmurou.  - Eu nunca deixei outro qualquer me tocar. É faz oito anos desde que eu até mesmo fui beijada.

           - O mesmo aqui, - ele falou disse abruptamente.

           - Ha! Você tem uma separação no passado!  - ela jogou na cara dele, cheia de frustração e embaraço.

           - Eu não fiz sexo com ela, - ele disse.

           - Eles dizem que ela é muito bonita.

           Ele sorriu. - Ela é. Bonita, elegante e amável. Mas eu não sinto desejo por ela, por mais que ela tenha sentido isso por mim, eu lhe falei que nós éramos amigos. E nós somos. E isso é tudo que nós somos. 

           - Mas. . . mas. . .

           - Mas o que, Dorie? , perguntou ele.

           - Homens não deixam de beijar as mulheres só porque eles foram rejeitados uma vez. 

           - Era muito pior que há pouco ter sido colocado para trás, - ele lhe falou. – Eu sai em viagem. E estava vivendo asperamente com isso, especialmente quando seu pai levou alguns recortes para mim e me falou uma parte de todo o seu passado. Eu me sentia muito insignificante. Os olhos estavam com dor pela memória passada.  - Eu odiei ter feito um mais um inimigo, seu pai. Ele era um homem bom. Mas eu nunca tive muito interesse em casamento ou deixado qualquer um chegar tão perto de mim como você fez. Se você não tinha medo, eu tinha medo do casamento.

           - Cag disse que seus pais não eram um casal feliz. 

          A ergueu a sobrancelha - Ele nunca fala sobre eles. Isso é a primeira vez.

           - Ele me pediu que lhe perguntasse por eles.

           - Eu compreendo. - Ele suspirou.  - Bem, eu já lhe falei um pouco sobre isso, mas nós vamos ter que falar mais cedo ou tarde sobre eles, e sobre algumas outras coisas.  - Ele ergueu a cabeça pensativa e então olhou para ela com um sorriso maldoso.  - Mas para o presente, você feche melhor seu sutiã e coloque sua blusa para dentro e tente me olhar como se você não tivesse feito amor comigo.

           - Por que?

           - Sra. Culbertson está vindo pelo corredor.

           - Oh, meu Deus!

           Ela tateou com mãos trêmulas e fechou os botões da blusa, a face dela vermelha, o cabelo dela desarrumado selvagemente que ela logo se pos para ajeitar. Ele vestiu a camisa dele por cima dos ombros, os olhos prateados dele cheio de medo como ele tivesse feito esforços frenéticos para melhorar a aparência dele.

           - Sorte eu não a ter colocado em cima da escrivaninha, não é? - ele disse, enquanto ria.

           Havia uma fresta na porta meio fechada e Sra. Culbertson entrou com uma bandeja. Ela tinha a intenção de colocar em cima da escrivaninha intacta que ela nem mesmo dirigiu o olhar a Dorie.

           - Aqui está. Desculpe ter demorando tanto, mas eu não pude achar o bule para colocar o creme.

           - Quem vai quere tomar café com creme?  - Corrigan perguntou curiosamente.

           - Foi à única desculpa que eu pensei, - ela lhe falou seriamente.

           Ele pareceu intranqüilo.  - Obrigado.

           - Ela sorriu a ele e então olhou para Dorie. Os olhos dela estavam brilhantes quando ela saiu fechando a porta

           A face de Dorie ficou mais corada. Os olhos cinzas dela estavam abertos e turbulentos. A boca dela estava inchada enquanto vacilante ela dobrou os braços acima dos seios.

           Os olhos dele foram para a blusa dela e voltaram para seu rosto novamente.

           - Quando eu olhei fixamente seus seios, me excitei, e eu fiquei um pouco.... 

- Eu a feri?

           A pergunta era verdadeira, ela estranhou a pergunta.

           Ela meneou a cabeça, enquanto evitava os olhos dele. Estava envergonhada por se lembrar do que tinha acontecido.

           Ele pegou a mão dela e a conduziu para cadeira atrás da escrivaninha. – Sente um pouco enquanto coloco uma xícara de café para você. 

           Ela olhou para ele um pouco excitante. – Tem algo errado comigo, você acha?

 - ela perguntou com honesta preocupação.  - Eu quero dizer, é normal. . . Não é? 

           Os dedos dele a tocaram na face macia. Ele meneou a cabeça.  - Pessoas não podem ser tão tímidas. Você poderia não ter repulsão a qualquer outro homem. Talvez está espera tenha sido longa. Talvez seja que você esteja em sintonia perfeitamente a mim. Eu poderia poder realizar a mesma coisa beijando suas coxas, ou sua barriga. 

           Ela corou.  - Você não vai! 

           - Por que não?

           O pensamento disto a fez sentir vibrações por todo corpo. Ela soube que os homens beijaram as mulheres em lugares íntimos, mas ela não tinha conhecimento total sobre isso.

           - Entre as suas coxas é muito mais vulnerável de ser acariciado, - ele disse simplesmente. Sem mencionar sua nádegas, seus quadris, seus pés, que - ele acrescentou com um sorriso suave.  – Fazer amor é uma arte. Não há nenhuma regra fixa.

           Ela o viu trazer o café em uma xícara de cerâmica. Ele deu a xícara a ela e deixou que seus dedos se tocassem deliberadamente antes de se afastar.

           Ele a queria tanto que ele pouco podia resistir, mas, contudo, ainda era muito cedo. Ele teria que ir lentamente e não apresar as coisas. Ela não só tinha medo dele, mas de uma intimidade real. Ele não podia deixar coisas irem muito longe.

           De quais assunto nos vamos conversar agora? - ela perguntou depois que ela bebido a metade do seu café.

           - Repolhos e reis, - ele meditou. Ele se sentou em frente a ela, as pernas longas dele cruzaram, e com olhos possessivos acariciando a face dela.

           - Eu não gosto de repolho e eu não conheço nenhum rei. 

           - Então que achas de nós deitarmos junto no sofá? 

           Os olhos dela brilharam, até vêem a diversão nos olhos dele, por cima da sua xícara. - Não brinque. Eu não sou sofisticada o bastante para isto.

           - Eu não estou brincando.

           Ela suspirou e tomou outro gole de café. - Não existe futuro nisto. Você sabe disso. – ela falou.

           Ele não reconhecia isto. Ela estava vivendo de lembranças, convencida de que ele não tinha nada além do prazer para eles. Ele sorriu secretamente quando pensou no futuro. O destino tinha lhe dado uma segunda chance; e ele não ia desperdiçar essa chance.

           - Sobre estes livros, - ele disse em um tom eficiente. - Eu fiz um esforço com eles, mas embora eu posso fazer matemática, minha caligrafia não é o que deveria ser. Se você não puder ler nenhum dos números, os circule e eu lhe contarei o que eles são. Eu tenho que conhecer um comprador previdente lá embaixo no celeiro em alguns minutos, mas eu estarei em algum lugar por perto todo o dia. 

           - Certo. – falou ela.

           Ele terminou seu café e pôs a xícara na bandeja, enquanto olhava a hora no relógio. - Eu já vou.  Ele olhou para ela com olhos cobiçosos e apoiou os braços na cadeira dela para a estudar. Nós vamos sair amanhã à noite para dançar.

           O coração dela deu um salto. Ela estava se lembrando como era quando eles estavam intimamente juntos e sua face corou.

           Ele ergueu a sobrancelha e sorriu. - Não precisar ficar tão apreensiva. O tempo para se preocupar será quando nada acontecer quando eu a segurar. 

           - Sempre acontecerá, - ela respondeu.

           Ele concordou com a cabeça.  - Toda vez, - ele concordou.  - Eu só tenho que tocá-la. - Ele sorriu suavemente. - E vice-versa, - ele acrescentou com um olhar maldoso.

           - Eu era jovem, - ela o lembrou.

           - Você ainda é, - ele a lembrou.

           - Nem tanto. - ela aventurou.

           - Nós dois aprendemos algo hoje, - ele disse calmamente. - Dorie, se você sente tanto prazer com tão poucas carícias, tente imaginar como você sentiria se nós fomos até o fim.

          As pálpebras dela tremularam. A respiração dela veio como um sussurrar de folhas.

           Ele desceu a boca por sobre os lábios dela com ternura primorosa enquanto o separa com os seus. - Qual é o problema realmente? - ele perguntou junto à boca dela. - Você está com medo da penetração final? 

           O coração dela bateu freneticamente e então correu atrás dele.  - Corrigan! - Ela gritou o nome dele.

           Ele respirou profundamente de forma que ele poderia ver os olhos dela. Ele não estava sorridente. Não era nenhuma piada. - Você me explique melhor, - ele disse calmamente.

           Ela mordeu seu lábio inferior, parecendo preocupada.

           - Eu nunca contarei para ninguém. – Ele murmurou

           - Eu sei disso. - Ela respirou fundo. - Quando minha prima Mary estava casada, ela veio nos visitar depois que a lua de mel dela terminou. Ela estava tão contente e entusiasmada. - Ela fez careta. - Ela disse que doeu muito e que ela tinha sangrado muito e que o marido dela tinha ficado sombando dela porque ela tinha chorado. Ela disse que ele nem mesmo lhe tinha dado um beijo. Ele apenas. . . penetrou nela. . . ! 

           Ele amaldiçoou respirando profundamente. - Você nunca falou com ninguém sobre sexo?

           - Não era algo que eu poderia discutir com meu pai, e Mary era a única amiga que eu tinha, - ela lhe falou. - Ela falou que todas as coisas escritas sobre sexo são meramente ficção, e que a realidade é muito diferente e que poucas gostam, que a mãe dela disse que uma mulher aceita isso só pelo prazer de ter filhos. 

           Ele segurou as mãos dela, enquanto balançava a cabeça.

           - Eu queria que você tivesse me falado isto oito anos atrás. 

           - Você teria rido, - ela respondeu. - Você não acreditou que eu era inocente.

           Ele observou nos olhos dela. - Eu sinto muito, - ele disse pesadamente. – A vida ensina duras lições.

           Ela pensou na sua própria experiência como modelo.  - Sim, ensina.

           Ele ficou de pé e olhou para ela com um olhar preocupado. Você não assiste a filmes quentes?

           - Essas mulheres não são mais virgens. - ela devolveu.

           - Não. Eu não sei se eles são. Os olhos dele estreitaram quando ele procurou a face dela. - E eu não sei o que lhe falar. Eu nunca tive uma mulher inocente até você. Talvez doa. Mas eu lhe prometo, será só uma vez. Eu sou bastante experiente para fazer isto se bom para você. E eu vou. 

           - Não vai ser daquele modo, - ela lembrou concisa trêmula, enquanto se negava a ter desfeitos seus sonhos de casamento e crianças que ela sempre quis ter com ele. - Nós vamos ser só amigos. 

           Ele não falou. O olhar dele não hesitou. - Eu conferirei depois com você sobre os livros, - ele disse calmamente.

           - Ok. 

           Ele começou a sair, pensou melhor e apoiou novamente seu peso nos braços da cadeira. Você se lembra do que aconteceu quando eu comecei beijar e sugar seus seios?

           Ela ficou escarlate.  -  Por favor. . . 

           - Será do mesmo jeito, - ele falou uniformemente. – Será um pouco assim. Você não pensará em dor. Você poderá nem mesmo sentir qualquer dor. Você ficará de ponta-cabeça quando eu a tocar. E eu nem mesmo estava com tempo para lhe mostrar a você hoje. Pense nisso. Poderá ajudar. 

           Ele foi novamente para longe dela e pegou na escrivaninha o chapéu dele. Ele pós o chapéu enquanto sorriu para ela sombeteiro.

           - Não deixe meus irmãos pisarem em cima de você, - ele disse.

           - Se um deles lhe der qualquer trabalho, bata neles com o primeiro objeto duro que você conseguir por nas mãos.

           - Eles parecem ser muito agradáveis.

           - Eles gostam de você, - ele respondeu. -  Mas eles têm planos. 

           - Planos?

           Não vai doer, - ele a assegurou. - Você nunca deveria lhes ter falado que você poderia cozinhar. 

           - Eu entendo. – ela murmurou.

           - Sra. Culbertson quer nos deixar. Eles não sabem fazer biscoitos. É para o qual eles vivem, uma bandeja de biscoitos untados com manteiga caseira e meia dúzia de potes de geléia.

           - Como isso me interessa?

           Você não sabe? - Ele se encostou contra a escrivaninha. - Eles decidiram que nós deveríamos nos casar. 

           - Nós?

           - Nós somos uma família. Principalmente nós compartilhamos coisas. Não as mulheres, mas nós compartilhamos as cozinheiras. - Ele levantou a cabeça dele e sorriu à face chocada dela. - Se eu me casar, eles não têm com que se preocupar quando terão o próximo biscoito fresco deles.

           - Você não quer se casar comigo.

           - Bem, eles provavelmente acharão ao redor algum modo para isso, ele disse prontamente.

           - Eles não podem me forçar a me casar.

           - Eu não faria nenhuma aposta sobre isso. - ele disse. - Você, contudo não os conhece.

           - Você é o irmão deles. Eles quererem que você seja feliz.

           - Eles pensam que você me fará feliz.

           Ela abaixou os olhos. - Você deveria falar com eles.

           - E dizer o quê? Que eu não a quero? Eu penso que eles não acreditariam em mim.

           - Eu quis dizer, você deveria lhes falar que você não quer se casar. 

           - Eles já tiveram uma reunião e decidiram que eu quero. Eles escolheram ministro e um vestido que eles acham que você ficará adorável vestindo ele. Eles até fizeram um embolso de um convite de casamento. . . 

           - Você está fora de si!

           - Não, eu não estou. - Ele foi até a gaveta do meio da escrivaninha, abriu a gaveta e pegou o que seria um envelope, e mostrou a ela.- Eles produziram isto, - meneando a cabeça, deu o papel a ela. - Leia aqui. 

           Era um convite de casamento. O nome do meio foi escrito errado. - É Ellen, não Ellis.

           Ele alcançou a caneta que estava atrás dele, pegou de volta o convite, fez a mudança e devolveu a ela.

           - Por que você fez isso? - ela perguntou curiosamente.

           - Oh, eles gostam de tudo limpo e correto. 

           -  Não corrija! Rasgue! 

           - Eles fariam outro depois. Os documentos impressos são os que estão lá em cima. Você não quer que seu nome do meio seja escrito errado várias vezes, você quer? 

           Ela estava menos ofegante. - Eu não entendo.

           - Eu sei. Não se preocupe agora com isto. Há bastante tempo. Eles ainda não decidiram por uma data definida, de qualquer maneira.

           Ela se levantou, com olhos selvagens. - Você não pode deixar que seus irmãos decidam quando e com quem você vai se casar! 

           - Bem, você vai ter de impedi-los, então, - ele disse facilmente.

           - Mas não diga, eu não contava com disso. 

           Ele puxou o chapéu à cima dos olhos dele e caminhou pra fora da porta, enquanto saía assobiando suavemente.

 

           Primeiro ela fez as contas. A mente dela ainda estava num turbilhão pelo ardor de Corrigan, e ela tinha que ser profissional quando ela falasse com os irmãos dele. Ela decifrou os números rabiscados dele, equilibrado os livros, conferiu os rascunho que tenha feito e chegou a um total.

           Eles certamente não estavam sem dinheiro, e havia bastante dinheiro na conta deles para alimentar um terço do Exército de Patton. Ela deixou uma declaração na nota que deixou rabiscada para eles, riu do quadro patético que eles tinham pintado das finanças deles. Provavelmente, com certeza isso era parte do plano de mestre deles.

           Ela foi procurá-los depois que tinha terminado de conferir os livros. Os quatros estavam no celeiro, quando ela chegou no celeiro todos se levantavam juntos. Eles deixaram de falar na mesma hora que ela entrou no campo de visão deles, e ela soube com certeza que eles estavam falando sobre ela.

           - Eu não estou querendo me casar, - ela lhes falou claramente, e apontou para Corrigan.

           - Certo - Leo disse facilmente.

           - Esse pensamento nunca passou pela minha mente. - Rey observou.

           Cag somente encolheu os ombros.

           Corrigan sorriu.

           - Eu estou terminado com os livros, ela disse tranqüila. - Eu quero ir para casa agora.

           - Você ainda não almoçou, - Rey disse.

           - São só onze horas, - ela disse prontamente.

           - Nós almoçamos cedo, porque nós trabalhamos até a noite, - Cag explicou.

           - Sra. Culbertson é um pouco desajeitada, - Rey suspirou.

           - Ela pôs alguma carne de boi e caldo de carne no forno para esquentar. Mas ela não fez nenhum biscoito. - Nós não temos nada para acompanhar o caldo de carne, - Leo concordou.

           Não posso trabalhar toda à tarde sem um biscoito, - Cag disse, enquanto acenava com a cabeça.

           Corrigan sorriu.

           Dorie tinha pensado que Corrigan estava inventando aquela história sobre a mania dos irmãos por biscoitos. Aparentemente era a mais pura verdade.

           - Faça só uma bandeja, - Leo persuadiu. - Não levaria nem cinco minutos. - Ele olhou pra ela com cautela. - Se você realmente sabe fazê-los, talvez você não saiba. Talvez você estava dizendo há pouco que você podia, só para nos impressionar.

           - Isso é certo, - Rey acrescentou.

           - Eu sei fazer biscoitos, - ela disse, - Você pode me mostrar à cozinha e eu mostrarei para vocês. 

           Leo sorriu. – Certamente que mostrarei! 

           Meia hora depois, a bandeja de biscoitos tinha sido tão rapidamente consumida que parecia que eles a tinham desintegrado. O Leo e Corrigan estavam lutando pelo último, e partiram o biscoito na pressa, e acabaram dividindo entre eles enquanto o outro dois se sentaram, Eles tinham comido mais que à parte deles, porque eles tinham tido mãos mais rápidas.

           - Da próxima vez, você tem que fazer duas bandejas, - Corrigan lhe falou. – Não deu nem para encher o buraco do dente de Léo. 

           - Eu notei, - ela disse, surpreendentemente pela maneira que tinha comido com tanta apreciação e prazer os biscoitos que tinha feito.

           - Eu lhe farei uma bandeja com pãezinhos da próxima,

           - Pãezinhos? - Léo parecia lânguido. - Você sabe fazer pãezinhos caseiros? 

           - Eu cuidarei agora mesmo das alianças do casamento, - Rey disse, enquanto limpava a boca dele e saia para longe da mesa.

           - Eu tenho o convite corrigido em meu bolso, - Cag murmurou quando se levantou também.

           Leo uniu aos outros dois à porta. - Disseram que eles podem conseguir o vestido vindo de Paris daqui a duas semanas, - Leo disse.

           Dorie tentou fala a eles. Mas antes de ela pudesse abrir a boca dela, todos os três tinham saído apressados pra fora e fechado à porta, enquanto saiam falando animadamente entre eles.

           - Mas, eu não disse. . . ! - ela exclamou.

           - Lá, lá, - Corrigan disse, esperto enquanto acrescentava outra colherada de geléia a sua própria metade do biscoito que permanecia.  - É certo. Eles esqueceram de chamar o ministro e fazer a reserva. 

           Só naquele momento, a porta abriu e o Leo colocou a cabeça dele pra dentro. -Você é Metodista, Batista ou Presbiteriana? - ele lhe perguntou.

           - Eu sou. . . Presbiteriana, - ela hesitou.

           Ele fez careta. - Mais o ministro presbiteriano mais próximo está em Victoria, - ele murmurou pensativo, - mas não se preocupe, eu o trarei aqui. – Disse fechando a porta.

           - Só um minuto! - ela chamou.

          As portas do pick-up fecharam três vezes. A máquina rugiu. - Muito tarde, - Corrigan disse completamente impertubado.

          - Mas você não me ouviu? - ela explodiu.  - Por Deus, eles foram buscar um ministro! 

           - Dificilmente se casará na igreja sem um, - insistiu ele. Ele gesticulou para o prato dela com um garfo para o pedaço grosso restante da sua carne de boi. - Não desperdice isso. É de nossa própria criação. Alimentado com milho, sem nenhum hormônio, nenhum antibiótico, nenhum inseticida. Nós os criamos sem nenhuma perturbação, fazemos uma operação ambiental segura aqui. 

           Ela ficou distraída. - Realmente?

           - Nós somos os renegados, - ele lhe falou. - Eles dão um suspiro quando eles nos vêem chegando a convenções de gado. Normalmente nós vamos com os Donavan. Eles há poucos estão como nós sobre gado. Ele e os irmãos Ballenger foram a várias palestras sobre produção de gado e alimentos sem aditivos. Ele melhorou um pouco desde que o sobrinho dele veio viver com ele e ele se casou. Mas ele gosta do modo como nós fazemos coisas.

           - Eu acredito. - Ela saboreou o último pedaço de carne de boi. - É realmente boa. 

           - Bateria em que come carne de porco, - ele observou, e sorriu.

           Ela estourou a rir. - Seu irmão Cag teve que falar nesse assunto.

           - Ele só come carne de boi ou peixe. Ele não tocará nada que vem de um porco. Ele diz que é porque ele não gosta do sabor. - Ele apoiou à frente conspirando. - Mas eu digo que é por causa daquele filme que ele foi assistir. Ele amava o porco adorável.

           - Que filme?

           - O um com o porco falante. 

           - Cag foi ver este filme? 

           - Ele gosta de desenhos animados e filmes românticos. - Ele encolheu os ombros. - Estranho, não é? Ele é o mais sério de nós. Olhando para ele, você nunca sabe que ele tem um senso de humor ou que ele é tão sentimental. Ele está como os outros na falta de olhares bem convencionais, entretanto. A maioria das mulheres não sabe nada além daquele nariz e olhos grandes.

           - Uma cobra com um coelho, - ela disse sem pensar.

           Ele riu. - Exatamente.

           - Ele odeia as mulheres como o resto de você?

           - Difícil de falar. Você nunca o viu em um smoking em uma festa social. - Mulheres, mulheres realmente bonitas, elas o seguem ao seu redor até jogam as chaves do quarto delas aos pés dele.

           - O que ele faz?

           - Segue guardando-as.

           Ela deixou cair o garfo. – E o que faz você?

           Ele sorriu sombeteiro. - Elas não derrubam as chaves dos quartos mais aos meus pés. Mancar me deixou de fora.

           - Bobagem, - ela disse. - Você é o mais bonito dos quatro, e não são só os olhos.

           Ele se apoio na cadeira dele para olhar para ela. Os olhos dele estreitaram pensativamente. Você se aborrece por eu mancar? 

           - Não seja ridículo - ela disse, enquanto erguia os olhos. - Por que deveria?

           - Eu não posso mais dançar muito bem.

           Ela sorriu. - Eu não saio sempre para dançar. 

           - Por que não?

           Ela tomou um gole de café. - Eu não gosto de quando homens me tocam.

           Os olhos dele mudaram. - Más você gosta quando eu a toco.

           - Você não é um estranho, - ela disse simplesmente.

           - Talvez eu seja, - ele murmurou. - O que sabe você de mim? 

           Ela o encarou. - Bem, você tem trinta e seis anos, você é um rancheiro, você nunca se casou, você é de San Antonio. 

           - E? 

           - Eu não sei mais, - ela disse lentamente. 

           - Nós fomos um casal durante várias semanas antes de você deixar a cidade.- Isso é tudo que você aprendeu?

           - Você sempre foi uma pessoa fechada, - ela o lembrou. - Você nunca falou sobre você ou seus irmãos. E nós nunca realmente falamos muito quando nós estávamos juntos.

           - Nós passávamos mais tempo nos beijando - ele recordou. - Eu também fui muito apresado tentando ir para sua cama sem se preocupar muito sobre o que sabíamos um do outro, ele disse com desprezo. - Eu desperdicei muito tempo. 

           - Você disse que nós não deveríamos olhar para trás. 

           - Eu estou tentando. É duro, às vezes -. Ele avançou e pegou as mãos dela entre as suas sobre a mesa. - Eu gosto de música clássica, mas eu gosto da mesma maneira de música country ou pop. Eu gosto de um bom jogo de xadrez. Eu gosto filmes de ficção científica e velho Westerns, sou carinhoso. Eu sou um madrugador, eu trabalho duro e eu não engano em minhas declarações de renda. Eu fui para a faculdade para aprender como domar animais, mas eu nunca me formei. 

           Ela sorriu. - Você gosta de fígado frito? 

           Ele fez uma careta. – E você? 

           Ela fez outra careta. - Mas eu não gosto muito de qualquer doce, - ela disse, enquanto se lembrando que ele não fez.

           - Coisa boa. Ninguém daqui os come. 

           - Eu me lembro. - Ela deu uma olhada na cozinha confortavelmente grande. Havia um fogão elétrico novo e um refrigerador enorme, acompanhado por um freezer vertical. A pia era de aço inoxidável com duas cubas, com uma janela sobre a pia para apreciar o pasto onde os potros eram criados. Próximo a isso estava uma lavadora de louça. Havia também bastante espaço no ambiente. 

           - Como essa?  Ele perguntou. 

           Ela sorriu. - É um sonho de uma cozinha. Eu aposto que a Sra. Culbertson ama trabalhando aqui. 

           Você vai? - Ele perguntou.

           Ela encontrou os olhos dele e sentiu o seu próprio vacilar à intensidade do olhar fixo dele. 

           - Se você puder fazer pão caseiro, você tem que ser uma cozinheira realizada, - ele continuou. - Há uma batedeira de última geração no armário, e todos instrumentos conhecidos que um gourmet ou uma mulher conheça para manusear. 

           - É muito moderno.

           - Vai estar muito deserto em aproximadamente três semanas, - ele informou. 

           - Por que, a Sra. Culbertson vai deixá-los?

           - O marido dela tem câncer, e ela quer se aposentar e ficar em casa com ele, para longos contatos com ele, - ele disse abruptamente. Ele brincou com a xícara de café dele. - Eles estão casados a cinqüenta anos. - Ele respirou fundo, e os olhos dele estavam muito escuros como eles encontraram os seus. - Eu acreditei por toda minha vida que nenhum matrimônio pudesse durar por muito mais tempo que alguns anos. Pessoas mudam. Situações mudam. A conflitos no trabalho. - Ele encolheu os ombros. - Então Sra. Culbertson veio aqui para trabalhar, com o marido dela. E eu tive que engolir minhas palavras. - Ele abaixou os olhos dele atrás à xícara - Eles sempre estavam segurando as mãos, ajudando um ao outro, enquanto estavam junto e falando pela manhã. - Ela sorriu pra ele, e ela estava tão bonita. Ele sorriu depois. - Ninguém precisava dizer que eles amam um ao outro. Era óbvio. 

           - Meus pais também eram iguais, - ela recordou. - Papai e Mãe amaram um ao outro terrivelmente. Quando ela morreu, eu quase também o perdi. Ele viveu para mim. Mas a última coisa ele disse no leito de sua morte - ela prendeu as lágrimas. – Foi o nome dela. 

           Ele saiu de junto da mesa e foi para a janela que tinha em cima da pia. Ele se apoiou contra a pia, enquanto respirava pesadamente, como se o que ela tinha dito tinha o afetado poderosamente. E o afetou na realidade. 

           Ela o olhou entre lágrimas. - Você não gosta de ouvir falar de casamentos felizes. Por que?

           - Porque eu tive a mesma chance uma vez, - ele disse em baixo tom. - E eu joguei fora isto. 

           Ela desejou saber que tinha sido essa mulher. Ninguém tinha falado que qualquer dos irmãos de Hart alguma vez tinha sido comprometido. Mas poderia ter havido alguém do qual ela não tinha ouvido falar. 

           - Você é quem diz que nós não podemos olhar atrás, - ela observou, enquanto enxugava de leve os olhos dela com o guardanapo. 

           - Não é possível deixar. O passado nos faz ser as pessoas que nós somos.- Ele suspirou cansado. - Meus pais nos tiveram os cincos em dez anos. Minha mãe não queria ter a primeira criança. Ela não teve uma escolha. Ele tomou o talão de cheques dela e a manteve grávida. Ela odiou meu pai e a nós em medida igual. Quando ela partiu foi quase um alívio. - Ele virou e olhou pela cozinha para ela. - Eu nunca fui tratado com ternura. Nenhum de nós foi. É por isso que nós somos do modo que nós somos, é por isso que não temos as mulheres ao nosso redor. A única coisa que nós sabemos de mulheres é que eles são traiçoeiras, frias e cruéis.

           - Oh, Corrigan, - ela disse suavemente, enquanto estremecia. 

             Os olhos dele estreitaram. - Desejo é uma coisa quente e incontrolável. Sexo pode ser bastante agradável. Mas eu fico alegremente impotente em ter uma mulher para me segurar do modo você fez em meu escritório e beijar meus olhos. - A face dele ficou dura quanto pedra. - Você não pode imaginar como me senti. 

            - Mas eu posso, - ela respondeu. Ela sorriu. - Você beijou meus olhos. 

            - Sim. – Ele concordou.

            Ele parecia tão perdido, tão só. Ela desceu de cima da mesa e foi a ele, parando na frente dele. As mãos dela apertaram suavemente contra o peito largo dele enquanto ela observava nos olhos dele. 

           - Você sabe mais de mim que eu sempre contei para qualquer outra pessoa, - ele disse calmamente. - Agora você não pensa que já é tempo de você me contou o que aconteceu a você em Nova Iorque? 

           Ela suspirou angustiada. Ela tinha vergonha de lhe falar como estúpido ela tinha sido. Mas agora havia uma razão maior. Ia o ferir. Ela não entendeu como ela reconheceu isto, mas ela soube. Ele ia se culpar por tudo novamente, pelo modo eles tinham separado. 

           - Não agora, - ela disse. 

           - Você está segura. Nós não temos mais segredos entre nós, ele disse solenemente. 

           - O Machucará, - ela disse. 

           - A maioria das coisas que nós fizemos nestes dias. - murmurou - e esfregou a coxa dele.

           Ela pegou a mão dele e a segurou calorosamente. - Venha e se sente. 

           - Não a aqui. 

           Ele a puxou para a sala de estar. Estava morna, e escura e quieta. Ele a conduziu à poltrona grande dele, a puxou e a fez sentar em seu colo. 

           - Agora, me fale. - ele disse, quando a fez se deitar em seu tórax largo. 

           - Não é uma história agradável. - murmurou

           - Me fale.- ele exigiu. Ela esfregou a mão dela contra a camisa dele enquanto fechava os olhos. - Eu achei um anúncio num panfleto. Era um desses anúncios grandes que prometem as estrelas, só uma coisa dessas para atrair uma menina do interior e ingênua que pensa que ela pode entrar em uma carreira de modelo. Eu recortei o anúncio e telefonei para o número. 

           - E? 

           Ela fez careta. - Era uma fraude, mas eu não reconheci isto no princípio. O homem parecia ser muito agradável, e ele tinha um estúdio em um local bom da cidade. - Belinda tinha ido para a Europa passar uma semana a serviço para a revista onde ela trabalhava, e eu não soube com quem tirar minhas dúvidas quanto isto. Eu acreditei que era legal. - os olhos dela fecharam e ela o apertou mais íntimo, enquanto sentia os braços dele ao seu redor mais firmemente, como se ele soubesse que ela estava buscando conforto. 

           - Prossiga, - ele persuadiu suavemente. 

           - Ele me deu umas roupas para experimentar e ele tirou fotos minhas com as roupas que eu usava. Entretanto eu estava sentada lá, só em um maiô de duas peças, e ele me disse que eu tirasse a roupa. - A respiração dele a acalmou sob a orelha dela. - Eu não pude, - ela soltou. – E eu tão pouco não o pude deixar olhar em mim, não importava que bom emprego eu pudesse arrumar, falei para ele. Então a coisa começou a ficar feia. Ele me falou que ele estava no negócio de produzir calendários de pessoas nuas e que se eu não fizesse as fotos, ele me levaria ao tribunal e me processaria por não cumprir o contrato que eu tinha assinado. Não, eu não li o contrato, - ela disse quando ele perguntou.  O Documento dizia que eu concordava em posar de qualquer maneira que o fotógrafo falasse para mim. E eu sabia que eu não podia contratar um advogado.

          - E? – Sua voz soou tão frio quanto gelo. 

           Ela mordeu seu lábio. - Enquanto eu estava pensando sobre as alternativas, ele riu e veio para mim. Ele me disse que poderia esquecer o contrato, se eu fosse bem jeitosa. Mas que ele teria que ter um retorno pelo tempo que ele tinha desperdiçado comigo. Ele disse que eu teria que dormir com ele. 

           - Bom Deus!

           Ela alisou a camisa dele, enquanto tentava acalmá-lo. Lágrimas caiam dos olhos dela.  - Eu lutei, mas eu não era bastante forte. Ele me despiu sem que eu percebesse. Nós lutamos no chão e ele começou a me bater. - a voz dela partiu e ela sentiu Corrigan endurecem contra ela. - Ele tinha um anel de diamante na mão direita. Foi como ele cortou a minha face. Eu nem mesmo me dei conta disto até muito tempo depois. Ele me bateu até o ponto que eu não pude mais chutá-lo, morder ou gritar. Eu nunca poderia ter escapado. Mas um das meninas dele, um das que não se importou em posar nua, entrou no estúdio. Ela era a amante dele e ela ficou furiosa quando ela o viu comigo...Tal que. Ela começou a gritar coisas e atirar objetos nele. Eu agarrei minhas roupas e corri. 

           Ela tremeu até mesmo quando se lembrava da humilhação, com medo que ele viesse atrás dela. - Eu consegui correr bastante para parecer decente no meio do caminho, e eu andei todo o caminho atrás do apartamento de Belinda. - Ela engoliu,

 - Quando eu estava calma o bastante para falar, eu chamei a polícia. Eles o prenderam e o levaram para delegacia por tentativa de estupro. Mas ele disse que eu tinha assinado um contrato e que eu não estava feliz com o dinheiro que ele tinha me dado, e que eu só gritei estupro porque eu quis sair fora da transação. 

           Ele cuspiu fora uma imprecaução, - E então o que aconteceu?  

          - Ele ganhou, - ela disse em tom derrotado. - Ele tinha amigos e influência. Mas a estória foi divulgada grandemente e localmente durante dois ou três dias, e ele estava furioso. O irmão dele teve um comportamento sórdido e ele começou a fazer ligações obscenas para mim e me fazendo ameaças. Eu não quis pôr Belinda em qualquer tipo de perigo, então eu me mudei enquanto ela ainda estava na Europa e nunca lhe contei qualquer coisa sobre o que tinha acontecido. Eu arrumei um emprego em Nova Jersey e trabalhei lá durante dois anos. Então Belinda se mudou para Long Island e me pediu que voltasse. Havia um trabalho bom em uma Empresa de advocacia e tinha um escritório bonito perto da casa dela. Eu como eu tenho habilidades como datilografa, assim eu consegui o emprego. 

           - O que soube sobre o irmão? - ele perguntou. 

           - Ele não soube onde me achar. Eu soube depois que ele e o fotógrafo estavam tendo dificuldade com a polícia sobre um esquema de pornografia que eles estavam envolvidos. Ironicamente ambos foram para a prisão logo que eu deixei Manhattan. Mas por muito tempo, eu tinha até mesmo medo de vir casa, no caso de qualquer um deles tivessem me seguindo. Eu tinha medo por meu pai.

           - Pobre criança, - ele disse pesadamente. – Bom Deus! E depois de tudo o que tinha acontecido aqui... Os dentes dele rangeram quando ele se lembrou do que ele tinha feito a ela. 

           - Não faça isso, - ela disse suavemente, enquanto com as mãos alisava as rugas pesadas entre as sobrancelhas dele. - Eu nunca o culpei. Nunca! 

           Ele pegou a mão dela e a trouxe junto de sua boca. - Eu quis ir atrás de você, - ele disse. – Mas seu pai me impediu. Ele disse que você odiava a simples menção de meu nome. 

           - Eu o odiei, no princípio, mas só porque eu estava muito ferida como as coisas tinham acontecido - Ela olhou para o queixo firme dele. - Mas eu teria ficado feliz mesmo em só te ver.

           - Eu não estava seguro disso. - Ele olhou para boca dela. - Eu pensei que poderia estar tudo bem deixando as coisas do jeito que eram. Você era tão jovem, e eu era cauteloso com complicações em minha vida só. - Ele suspirou suavemente. Há uma outra coisa que você não sabe de mim.

           - Você pode me falar? 

           Ele sorriu suavemente. - Nós estamos compartilhando nossos segredos mais profundos. Eu suponho que eu posso. Nós temos um quinto irmão. O nome dele é Simon. 

           - Você o mencionou na primeira vez que você veio me ver, com aquele buquê. 

           Ele confirmou com a cabeça. - Ele está em San Antonio. Logo depois que você deixou cidade, ele sofreu um acidente e ficou em coma. Nós não podemos voltar logo, e deixe a fazenda só. Assim eu fui. Passaram-se várias semanas antes que eu pudesse voltar. Quando eu voltei, você não estava vivendo mais com Belinda e eu não pude fazer com que ela me falasse onde você estava. Em seguida que, seu pai veio em cima de mim como um tijolo, e eu perdi a coragem.

           - Você ligou para Belinda? 

           - Sim. 

           - Você quis me achar? 

           Ele procurou os olhos dela calmamente, - eu quis saber se você estava segura, que eu não a tinha ferido muito. Pelo menos eu tinha a esperança que não muito. Eu não podia mais esperar. 

            Ela localizou as sobrancelhas dele, perdida numa intimidade súbita. - Eu sonhei com você, - ela disse. - Mas toda vez, que você vinha para mim, eu acordava.

            Ele localizou a artéria que pulsava no pescoço dela. - Meus sonhos eram um pouco mais eróticos. Eu a tive em modos e lugares que você não pode imaginar, cada vez mais quente do que o outro. Eu não podia mais esperar para a levá-la pra cama, da forma que eu poderia tela novamente. 

           Ela se ruborizou. - No princípio, você quer dizer, logo após eu parti? 

          A mão dele acariciou por sobre a garganta dela. -Durante oito anos. Todas as noites de minha vida.. 

           Ela prendeu sua respiração. Ela poderia ter isto ou dificilmente nada. Os olhos dele estavam brilhando. - Todo esse tempo? 

           Ele assentiu com a cabeça. Ele olhou para a pele macia onde à blusa dela tinha aberto, e a face dele endureceu. Os dedos dele arrastaram ligeiramente abaixo um pouco acima da cintura dela, sobre a curva do seu seio. - Eu não toquei em nenhuma outra mulher desde que você deixou Jacobsville, - ele falou rouco.  Eu não fui um homem completo desde então. 

           Os olhos abertos dela encheram de lágrimas. Ela teve uma boa idéia de como seria para um homem como Corrigan ter tido nenhuma mulher. - E porque nós lutamos afinal?

           - Era porque nós quase fizemos amor, - ele sussurrou. - Você esqueceu o que nós fizemos? 

          Ela evitou os olhos dele, enquanto os escondendo em embaraço. 

          - Você deixou de ser uma virgem, ele disse calmamente, - mas só tecnicamente. Nós tivemos um ao outro em sua cama, - ele a lembrou, - nus um nos braços do outro. Nós fizemos tudo menos ultrapassar as últimas barreiras. Seu corpo quase estava aberto para o meu, eu estava contra você, nós estávamos nos movendo junto...E foi por essa causa que você chorou quando você me sentiu intimamente. Você saiu debaixo de mim e correu. 

           - Eu tive tanto medo, - ela sussurrou envergonhada. - Doeu, e eu continuei me lembrando do que eu tinha sentido ao senti tão intimamente... 

           - Não teria doído para sempre, - ele disse suavemente. - E não teria sido tão traumático, não com você. Mas você não soube conhecer, e eu estava muito excitado para persuadi-la também. Eu perdi minha paciência em vez de me segurar. E nós passamos tantos anos separados, enquanto sofríamos por isto. 

           Ela pôs seu rosto quente contra o peito dele fechado seus olhos. - Eu não quis me lembrar como tão longe tínhamos ido, - ela disse por uma névoa. - Eu o feri terrivelmente quando eu me retirei...

          - Não tanto, - ele disse. - Nós já tínhamos feito amor de muitos modos que eu não estava tão faminto. - Ele a alisou seu cabelo macio. - Eu desejava uma desculpa para lhe deixar. 

         - Por que? 

           Os lábios dele tocaram o cabelo dela. - Porque eu queria engravidá-la, - ele sussurrou, - enquanto sentia o salto que o corpo dela deu quando escutou isto. - E me assustou a morte. Você vê, as mulheres modernas não querem os ter bebês, porque eles são uma armadilha. Minha mãe me ensinou isso.  

 

           - Isso não é verdade! - Ela o apertou mais íntimo. - Eu teria amado ter um bebê, e eu nunca me sentiria presa numa armadilha! - ela disse, com a voz rouca sem sentir. Especialmente seu bebê, ela acrescentou silenciosamente. - Eu não sabia coisa alguma sobre o seu passado, especialmente qualquer coisa sobre sua mãe. Você nunca me falou. 

           O tórax subiu enquanto suspirava abruptamente. - Eu não pude. Você me assustava até a morte. Talvez eu a lhe fizesse fugir, entristecê-la deliberadamente. Mas quando eu percebi o que tinha lhe feito, eu percebi que não queria isto. Doeu muito quando você nem mesmo quis olhar pra mim, no ponto de ônibus. Eu supus que a tinha envergonhado tanto que você não podia. - Ele suspirou. - Eu pensei que você era moderna, que nós desfrutaríamos um ao outro e isso seria o fim disto. Eu senti um choque em minha vida ontem à noite. Eu nem mesmo pude lidar com isto. Eu perdi minha cabeça. 

           Ela ergueu sua face e olhou nos olhos dele. - Você foi honesto sobre isto. Você já tinha dito que não queria nenhuma coisa com matrimônio ou uma família que tudo que você poderia me oferecer eram uma noite em seus braços sem laços prendendo você. Mas eu não consegui parar, ou o seja, até no último minuto. Eu fui criada pensando que dormir com um homem antes do casamento era um pecado. 

          Ele contraiu sua face. Ele evitou os olhos dela para a impedir de ver a dor neles. - Eu não soube até muito recentemente. Às vezes, você não percebe quanta coisas significam para você até que você as perde. 

           Os dedos dele se moveram sobre o cabelo dela suavemente enquanto ela estava de pé calma, respirando tranqüilamente. - Não era só nossa mãe que nos azedou com as mulheres. Simon estava casado, - ele disse depois de um minuto. - Ele desde então era o único de nós que era casado. A esposa dele ficou grávida na primeira vez que eles saíram juntos, mas ela não queria a criança. Ela realmente não quis Simon, ela apenas queria ser rica. E ele estava louco por ela. - Ele suspirou dolorosamente. - Ela fez um aborto e ele descobriu acidentalmente depois. Eles tiveram uma briga no caminho pra casa depois de uma das festas incessantes que ela ia. Houve um acidente com o carro, ela morreu e ele perdeu um braço. É por isso que não mora na Fazenda. Ele não pode fazer as coisas que ele fazia antes. Ele é uma pessoa amargada e ele está afastado do resto de nós.- Ele riu um pouco. - Você pensa que nós quatro temos ódio de mulheres. Você deveria ver o Simon.

           Ela se mexeu nos braços dele.  – Pobre homem. Ele a deve tê-la amado muito. 

           - Muito. Isso é um outro problema comum que nós parecemos ter. Nós amamos irracionalmente e obsessivamente. 

           - E relutantemente, - ela adivinhou. 

           Ele riu. - É isso.

           Ele a deixou ir com um suspiro longo e encarou calorosamente a ela. - Eu suponho que seria melhor se eu levasse você pra casa. Se você ainda estiver aqui quando os meninos voltarem, eles a amarrarão ao fogão. 

           Ela sorriu. - Eu gosto de seus irmãos. Ela hesitou. - Corrigan, eles realmente não vão tentar me forçar a me casar com você, eles vão? 

           - Claro que não, - ele ridicularizou. - Eles só estão a importunando. 

           - Certo.

           Era uma coisa boa, ele pensou, que ela não pudesse ver os seus dedos cruzados nas suas costas. Ele a levou pra casa dela, enquanto parou para beijá-la suavemente à porta da frente. 

           - Eu estarei amanhã à noite aqui, - ele disse suavemente. - Nós iremos assistir a um filme. Há um novo todas as noites de sábado no centro da cidade de Roxy. 

            Ela procurou os olhos dele e tentou decidir se ele estava fazendo isto porque ele queria ou porque os irmãos dele o estavam obrigando. 

            Ele sorriu. - Não se preocupe tanto. Você está em casa, vai ser Natal, você tem um trabalho e bastantes amigos. Vai ser o melhor Natal que você alguma vez já teve. 

           Ela sorriu atrás. - Talvez seja, - ela disse, enquanto pegando pra si um pouco da própria excitação dele. O olhar dela acariciou a face dele. Eles eram muito mais amigos, com todos os segredos sombrios fora ao ar livre. Mas os beijos dele a tinham feito ficar muito faminta por ele. Ela precisava de tempo para ter as emoções dela sob controle. Talvez um dia fizesse isto. Ele estava lançando insinuações abertas a esse tipo, mas ele não tinha falado uma palavra de amor. Naquele respeito, nada tinha mudado. 

           - Boa noite, então, - ele disse. 

           - Boa noite.  

           Ela fechou a porta e acendeu as luzes. Tinha sido um dia estranho e maravilhoso. De alguma maneira, olhou o futuro indescritivelmente luminoso, apesar de tudo as preocupações dela. 

           Na manhã seguinte, Dorie teve que ir a cidade na loja de Clarisse para ajudá-la com a contabilidade. Ela estava infeliz quando entrou na loja, uma mulher bonita em roupas de grife estava de pé em frente à contadora, falava sobre Corrigan. 

           - Vai ser o Natal mais glorioso! - ela estava falando para a outra mulher, enquanto empurrava seu cabelo de um tom vermelho ouro para trás rindo. - Corrigan está me levando à festa de Natal na casa dos Coltrains', e depois nós vamos para o concerto de Véspera de Natal na Igreja Metodista. - Ela suspirou. - Eu estou feliz de estar em casa. Você sabe, está havendo alguma conversa sobre Corrigan e uma mulher do passado dele que recentemente voltou. Eu perguntei sobre isto a ele, se era verdade o assunto sobre ela. - Ela riu feliz. - Ele disse que estava somente a levando no banho-maria de forma que ela fará alguma contabilidade para ele e os irmãos, e que ela correu uma vez atrás dele e ele não tem qualquer intenção de permitir ficar íntimo o bastante para fazer isto novamente. Falei-lhe que se eu pudesse descobrir isto, em meu coração me sentiria arrependida por ela, e ele disse que ele não se sentia arrependido de nada por ela, e que ele tinha planos para ela... 

           Clarisse viu Dorie e prendeu sua respiração. - Por aqui, Dorothy? Eu não a estava esperando...tão cedo! 

           - Eu pensei em dar um olá, - Dorie disse, parada na entrada. Ela conseguiu dar um sorriso pastoso. - Eu voltarei segunda-feira. Tenham um fim de semana agradável. 

           - Quem era ela? - Ela ouviu a outra mulher perguntar quando ela saiu na porta que dava para rua abaixo onde ela tinha estacionado o carro que Turkey Sanders tinham devolvido de manhã cedo, muito bem consertado. 

           Ela conseguiu sentar no banco e segurou a direção, os nós de seus dedos ficaram brancos. Enquanto observava as lágrimas caírem. Ela ligou o carro com mãos trêmulas e o colocou na rua. Ela ouviu alguém chamá-la, uma pessoa ruiva que se levanta na calçada, com uma expressão estranha na face dela, tentando chamá-la atenção. 

           Ela não olhou novamente. Ela pôs o carro em movimento enquanto ganhava velocidade. 

           Ela não foi para casa diretamente. Ela foi a um pequeno parque na cidade e se sentou entre as luzes alegres e as decorações, com uma multidão que tinha se juntado para assistir ao concerto de Natal executada pelo coral da Escola secundária local. Havia tantas pessoas ali que mais nada lhe importava, e as lágrimas dela não eram notadas no meio da multidão, O adorável e familiar cantar alegre das vozes era estranhamente como um calmante. Mas seu espírito de Natal estava ausente. Como ela poderia ter confiado em Corrigan? Ela estava se apaixonando por ele novamente, e ele estivera arquitetando tudo durante o outono. Ela nunca mais acreditaria novamente em uma palavra que ele disse. E agora que ela tinha tido uma visão da bonita ex-mulher dele, ela soube que não teria mais nenhuma chance com ele. Aquela mulher era primorosa, de pele e rosto sedoso, a figura dela era perfeita.            A única coisa surpreendente era que ele não tinha se casado com ela anos atrás. Seguramente uma mulher que gosta dele não seguiria esperando, enquanto ela pudesse ter qualquer homem que ela quisesse. 

          Alguém lhe ofereceu uma xícara de chá quente, e ela conseguiu dar um sorriso e agradeceu a criança lhe tinha oferecido isto para ela. Estava quente e doce e era gostoso contra o frio. Ela tomou um gole, enquanto pensava como ia ser horrível de agora em diante, vivendo aqui em Jacobsville com Corrigan só alguns quilômetros e aquela mulher pendurada nos braços dele. Ele não tinha mencionado nada sobre Natal com Dorie, mas aparentemente ele tinha outros planos traçados para levar a ex-mulher para uma alegre festa. Quando ele ia lhe contar a verdade? Ou ele achava em deixar que ela descobrisse tudo sobre a outra pelos outros?

          Ela não podia se lembrar de sentir um sentimento tão ruim. Ela terminou o chá, escutou mais uma canção e então se levantou e caminhou pela multidão, para a rua abaixo onde ela tinha deixado o carro. Ela se sentou no carro por um momento, enquanto tentava decidir o que fazer. Era sábado e ela não tinha planejado nada para hoje. Ela não ia para casa. Ela não podia agüentar o pensamento enquanto estava indo para casa. 

           Ela virou o carro e foi no sentido da Rodovia Interestadual, na estrada para Victoria. 

           Um impaciente Corrigan andava para cima e para baixo na varanda da frente da casa de Dorie durante uma hora, até que ele percebeu que ela não estava em casa. Ele dirigiu de volta à cidade e parou na frente da casa de tijolos aparentes de Tira Beck's. Ela saiu na varanda, de calças jeans e uma camisa de moletom com os gloriosos cabelos caindo como cascatas ao redor dos ombros dela. Os braços dela estavam dobrados e ela parecia preocupada. O telefonema desesperado dela tinha o feito vir voando da casa de Dorie, antes que ele fosse buscá-la para irem assistir o filme. Agora a olhava como se o filme ou qualquer outra coisa, não importasse. 

           - Bem? - ela perguntou. 

           Ele balançou a cabeça, com as mãos nos bolsos da jaqueta dele. - Ela não estava lá. Eu esperei por uma hora. Não há nenhuma nota na porta, não havia nada. 

           Tira suspirou miseravelmente. - É tudo minha culpa. Eu e minha boca grande. Eu não tinha nenhuma idéia que era ela, e eu não soube que, o que eu estava revelando a Clarisse era somente sobre um lote de touros que você tinha tenta me impedir de ver, preocupado por eu ser mulher. - Ela observou acusadoramente. - Vê o que acontece quando você mente para seus amigos? 

           - Você não tinha que lhe contar isso! 

           - Eu não sabia que ela estava lá! E nós tínhamos concordado em irmos juntos para a festa dos Coltrains', você, eu e Charles Percy. 

           - Você não mencionou que você tinha um encontro por causa dele, eu adivinhei? - ele perguntou irritado. 

           - Nenhuma. Eu não percebi ninguém, exceto Clarisse estava escutando, e ela já sabia que eu ia com Charles. 

           Ele inclinou seu chapéu mais em cima de seus olhos cansados. - Deus, as teias que nós tecemos, - ele disse pesadamente. - Ela se foi e eu não sei onde procurá-la. Ela pode ter voltado para Nova Iorque é tudo que eu sei, especialmente depois de ontem. Ela tem toda razão para achar que eu estava sem perspectiva sérias à cerca dela até esta manhã.

           Tira apertou os braços dela mais íntimo contra o olhar frio que ele a olhou. - Eu disse que sinto muito, - ela murmurou. - Eu a tentei parar e lhe falar que ela tinha me entendido mal sobre a festa, que não era eu o seu encontro. Mas ela nem mesmo quis olhar pra mim. Eu não estou segura se ela me viu. Ela estava chorando.

          Ele gemeu em voz alta. 

          - Oh, Corrigan, eu sinto muito, - ela disse suavemente. – O Simon sempre diz que você faz tudo do jeito mais difícil. Eu sei que ele sabe que você é melhor do que os outros. 

           Ele a olhou curiosamente. - Quando você viu o Simon? 

           - Na convenção de gado em San Antonio na semana passada. Eu vendi meu lote do meu rebanho de Montana. 

           - E ele na verdade falou com você? 

           Ela sorriu saudosa. - Ele sempre fala comigo, - ela disse. - Eu não o trato como um inválido. Ele se sente confortável comigo. 

           Ele lhe deu um olhar significativo. - Ele não se sentiria, se ele soubesse como você se sente a respeito dele. 

           Os olhos dela estreitaram furiosamente. - Eu não lhe revelei. E nem você! Se ele quer que sejamos apenas amigos, eu posso me conformar com isso. Não é como se eu estiver no mercado atrás de um novo marido. Um casamento já foi bastante, - ela acrescentou rude. 

           - Simon sempre foi protetor com você, - ele recordou. - Até mesmo antes de você se casasse. 

           - Ele me empurrou para John, - ela o lembrou. 

           - O Simon já estava casado quando ele a conheceu. 

          A expressão dela fechou. Ela não disse uma palavra, mas estava lá, na face dela. Ela tinha odiado a esposa de Simon, e o sentimento tinha sido mútuo. Simon não odiava o marido dela. Mas apesar de toda a turbulência entre Tira e Simon, nunca tinha havido nenhuma intenção de infidelidade enquanto eles eram ambos casados. Agora, era como se eles não pudessem esquecer dos respectivos matrimônios ruins deles para realmente olhar um ao outro romanticamente. Tira amava Simon, embora ninguém exceto Corrigan sabia disto. Mas o Simon manteve o segredo. Nada era mais particular a eles, nem mesmo aos próprios irmãos dele. Ele preservou isso a ele em San Antonio. Muito às vezes. 

           Tira estava o assistindo preocupada. - Por que você não envia uma informação para pessoas desaparecidas? - ela sugeriu de repente. 

           - Eu tenho que esperar vinte e quatro horas. Ela poderia ir até o Alasca. - Ele murmurou debaixo da respiração dele. - Eu acho que poderia contratar um detetive particular para procurá-la. 

           Ela lhe deu um olhar pensativo enquanto olhos dela brilhavam. - Eu tenho uma idéia melhor. Por que não fala para seus irmãos que ela esta perdida? 

          As sobrancelhas dele se ergueram, e a esperança voltou. - Agora isso é uma boa idéia, - ele concordou, enquanto concordava com a cabeça, e ele começou a sorrir. - Eles já estavam esperando ter biscoitos caseiros todas as manhãs. Eles ficaram horrorizados! 

           E eles ficaram. Estavam pasmados, os olhares que ele ganhou dos próprios irmãos quando ele mencionou que a fabricante de biscoito deles estava perdida. 

           - É sua culpa, - Rey disse furiosamente. - Você deveria ter feito a proposta a ela. 

           - Eu pensei que vocês tivessem tendo o cuidado com tudo, - Corrigan disse razoavelmente. - Os anéis, o ministro, o vestido, os convites... 

           - Tudo menos a parte mais importante, - Cag lhe falou friamente. 

           - Oh, isso. Nós esquecemos de lhe falar que ele a amava? - o Leo perguntou nitidamente. – Bom Deus, nós não fizemos! Nenhuma promessa e ela partiu. Ele olhou fixamente para o irmão dele. - Você poderia ter lhes falado, se você não estivesse remoendo o seu orgulho ferido. E falando de orgulho, por que você não contou para Tira a verdade em vez de restringir suas ações com um monte de mentiras? 

           - Porque Tira tem uma boca grande e eu não quis que a cidade inteira soubesse que eu estava morrendo de amor secreto por Dorie! - ele se enfureceu. - Ela não quer se casar comigo. Ela falou! Um homem tem que ter um pouco orgulho! 

           - Orgulho e biscoitos, essas coisas não se misturam, - Rey acentuou. - Nós a temos que trazê-la de voltar. Há alguns rapazes nós conhecemos na patrulha rodoviária? Melhor ainda, nós não conhecemos um Texas Ranger pelo menos? Esses rapazes podem localizar qualquer pessoa! Concentraremos nos recursos aqui... 

          Assistindo-os trabalhar, Corrigan se sentiu aliviado por ele e um pouco aflito por Dorie. Ela não teria nenhuma chance. 

          E ela não teve.  Um homem alto, bonito com cabelos pretos que usava um Stetson branco e uma estrela de Texas Ranger no seu uniforme, estava batendo à porta do quarto do motel que ela estava em Victoria. Quando ela o atendeu, ele inclinou o chapéu dele educadamente, sorriu e pôs algemas nela. 

Eles estavam no meio do caminho de volta a Jacobsville, tinha empacotado suas coisas apressadamente e tinha colocado a bolsa dela ao seu lado, antes que ela tivesse sua respiração calma o bastante para protestar. 

           - Mas por que você me prendeu? - ela perguntou. 

           - Por que? - Ele pensou durante um minuto enquanto ela o via fazer uma careta no espelho retrovisor. - Oh, eu me lembro. Roubo de gado.- Ele acenou com a cabeça. - Sim é isto. Roubo de gado. Ele olhou pra ela no espelho retrovisor. - Você vê, roubo de gado é um crime que vai além das divisas deste município e me dar autoridade para prendê-la. 

           - O gado de quem eu roubei? - ela exigiu impertinente. 

           - Os Irmãos Hart fizeram a acusação.   

           - Hart...Corrigan Hart? Ela fez um som furioso sob sua respiração. - Nenhum. Não Corrigan. Então são eles! Eles e os malditos biscoitos deles! É ainda um suposto trabalho, - ela exclamou. - Eles me acusaram falsamente de forma que eles possam me trazer de volta para cozinha deles! 

           Ele riu do modo que ela falou disso. Os irmãos de Hart e a mania deles por biscoitos eram de longe conhecidos. - Não, madame, eu posso jurar isso, - ele lhe falou. Os olhos pretos brilharam refletindo uma agitação enquanto ele se inclinava, e mostrava sua face morena. Também, o cabelo dele era totalmente preto e grosso debaixo do largo do chapéu branco. - Eles o mostraram para mim onde estava. 

           - Eles? 

           - O touro que você roubou. A baia dele estava vazia, certo. 

           Os olhos dela saltaram. - Você não o procurou na Fazenda? 

            - Sim, madame - ele a assegurou com um sorriso largo. - Eu olhei. Mas a baia estava vazia, e eles disseram que ele estaria lá se ele não tivesse sido roubado. Aquele era um touro de um milhão de dólares, madame - Ele meneou sua cabeça. - Eles poderiam atirara por isso. Este é o Texas, você sabe. Gado roubado é uma acusação muito séria. 

           - Como eu poderia roubar um touro? Você tem qualquer idéia de quanto pesa um touro? - Sua voz soava histérica. Ela se acalmou. - Certo. Se eu levasse aquele touro onde ele estaria? 

           - Provavelmente escondido em seu quarto, madame. Eu planejava telefonar depois quando nós chegarmos na casa dos Hart e temos que procurar o administrador de lá, - ele a assegurou. O sorriso dissoluto dele alargou. - Claro que, se ele não acha um touro em seu quarto provavelmente significará que eu posso tirar a acusação. 

           - Então as tire, o diabo! - ela se irritou, enquanto soprava uma mecha de seu cabelo platinado dos olhos. - Eu processarei este maldito Estado todinho por falsa apreensão! 

           Ele riu à fúria dela. - Desculpe. Você não pode. Eu tenho a causa provável. 

           - Que provável causa? 

           Ele olhou para ela pelo espelho retrovisor com um sorriso corrupto. - Você não teria um hambúrguer para o almoço, madame? 

           Ela estava ofegando abertamente até agora. O homem era um lunático. Ele devia ser amigo dos irmãos, essa era a única explicação possível. Ela deixou de discutir, porque ela não podia ganhar. Mas ela ia realizar algum dano sério e feio aos quatro homens quando ela voltasse a Jacobsville. 

          O Texas Ranger estava parando na frente da casa da Fazenda Harts' e todos os quatros vieram, enquanto saíam fora da sala de estar e viam até a calçada. Todos eles estavam sorrindo, menos Corrigan. 

           - Obrigado, Conton, - Leo disse, enquanto apertava a mão dele. - Eu não sei o que nós teríamos feito sem você. 

           O homem chamado Conton desceu fora do carro e puxou o assento da parte de trás para libertar uma raivosa Dorie. Ela olhou para os irmãos com olhos que prometeram retribuição enquanto as algemas eram tiradas dela e devolvidas sua bolsa e mala.

           - Nós achamos o touro, - Cag falou para o Texas Ranger. - Ele só estava pastando fora, detrás do celeiro. Desculpe por tê-lo posto neste problema. Nós daremos nossas próprias desculpas a Senhorita Wayne aqui. 

           Conton encarou a ex-prisioneira raivosa com lábios enrugados. Boa sorte, - ele lhes desejou. 

           Dorie não sabia por onde começar. Ela olhou para Conton e desejou saber quantos anos ela poderia pegar por chutar a canela de um Texas Ranger. 

           Lendo aquela intenção nos olhos dela, ele riu e foi para trás do carro dele. - Falem para o Simon que eu deixei um olá, - ele falou pra eles. - Nós perdemos o contato agora que ele mora na capital do Estado, já que ele está determinado para trabalhar no Ministério Público. 

           - Eu lhe falarei, Cag prometeu.

           Ele registrava tudo enquanto com um pequeno aceno para Dorie saía, enquanto deixava Dorie só com os homens. 

           - Agradável vê-la novamente, Senhorita Wayne, - Cag disse, enquanto inclinando o chapéu dele. - Com licença. Tenho vacas para alimentar. 

          - E eu tenho cercas para reparar, - Leo acrescentou, enquanto seguia sorrindo a exemplo de Cag. 

          - Certo. Eu, também - Rey inclinou seu chapéu e seguiu afora depois dos irmãos dele. 

          O Corrigan foi deixado para enfrentar a realidade, e estava discordando e furioso com todos que saíram. 

           Ela cruzou seus braços em cima dos seios e olhou fixamente pra ele. 

           - Foi idéia deles, - ele disse prontamente. 

           - Presa por roubo. Eu! Ele...aquele homem...aquele Texas Ranger tentou deduziu que eu tivesse um touro escondido em meu quarto no motel, pelo amor de Deus! Ele me algemou! - Ela levantou seus pulsos para mostrar a ele. 

           - Ele se sentia mais seguro provavelmente daquele modo, - ele observou, enquanto ele observava a face ruborizada e furiosa dela. 

           - Eu quero ir para casa! Agora mesmo! 

           Ele viu que poderia seria inútil tentar falar com ela. Ele só fez um pequeno esforço. - Tira está aflita, - ele disse calmamente. - Ela queria lhe falar que ela vai para a festa de Coltrains' com Charles Percy. Eu só ia dirigir, isso é tudo. Eu tinha planejado levá-la comigo. 

           - Eu ouvi toda parte do seu plano. 

          A dor nos olhos dela era difícil de agüentar. Ele evitou o olhar dela. - Você tinha dito repetidamente que você não desejava ter nada comigo, ele disse curto. - Eu não estava certo de deixar as pessoas pensarem que eu estava morrendo de amor por você. 

           - Não tinha nenhuma pessoa para registrar nos livros? - ela disse furiosamente. 

           O olhar dele encontrou o seu uniformemente.  Eu conseguirei que o Joey a leve em casa. 

           Ele virou e caminhou pra fora, se favorecendo de sua pequena bengala. Ela o assistiu com lágrimas em seus olhos. Era somente também pelo fim de semana.

           Joey dirigiu a casa dela e ela permaneceu longe da Fazenda. Corrigan estava de volta a trabalhar nos livros dele, porque ela não foi. O orgulho dela estava ferido assim como o dele. Encontrava-se num completo beco-sem-saída. 

             - Nós temos que fazer algo, - Cag disse na Véspera de Natal, quando Corrigan se sentou para estudar os documentos na escuridão.  Isto esta o matando. Ele não quer nem mesmo conversar sobre ir para a festa dos Coltrains'. 

           - Eu não vou perder esta festa, - Leo disse. - Eles têm cinco jogos de trens elétricos Lionel, correm para cima e acessos planos mais expressivos do Texas. 

           - Seu irmão é mais importante que os trens, - Rey disse severamente. - O que nós vamos fazer? 

           Os olhos escuros de Cag começaram a brilhar. - Eu penso que nós deveríamos trazer um presente de Natal para ele. 

           - Que tipo de presente?  - Rey perguntou. 

           - Uma fabricante de biscoito, - Cag disse. 

           Leo riu. - Eu pegarei um violino. 

           - Eu pegarei o caminhão de transporte, - Rey disse, enquanto disparava para a porta da frente. 

           - Shhh! Cag chamou a eles. - Não façam nada para deixá-lo saber de nada, até que nós a tenhamos. Nós já cometemos um erro monumental. 

           Eles acenaram com a cabeça e moveram-se mais apressados. 

           Corrigan estava bebendo um copo de uísque. Ele ouviu o caminhão partir e voltar depois de uma hora, mas ele realmente não se interessou pelo que os irmãos dele estavam fazendo. Eles provavelmente foram à festa de Natal na Fazenda dos Coltrain. Ele ainda estava sentado na escuridão quando ele ouviu sons curiosamente enfraquecidos e um fechar de porta. Ele se levantou e saiu no corredor. Seus irmãos olhavam corados e agitados e um pouco desarrumados. Eles olharam para ele, com olhos abertos. Leo estava respirando pesadamente, apoiando-se contra a porta do quarto.  - O que vocês três querem agora? - Ele exigiu. 

           - Nós pusemos seu presente de Natal lá. - Leo disse, enquanto indicava a sala de estar. - Nós vamos deixá-lo abrir mais cedo.

           - É algo agradável, - Cag lhe falou. 

           - E muito útil. - Leo concordou. 

           Rey ouviu barulhos enfraquecidos que ficaram mais alto. - Melhor o deixe entrar lá. Eu não quero ter que correr novamente. 

           - Sair correndo? - Corrigan levantou a cabeça dele. - O que o inferno vocês deixaram lá? Não outra cascavel...! 

           - Oh, não é tão perigoso, - Cag o assegurou.

          Ele fez uma carranca. - Bem, não totalmente tão perigoso.- Ele avançou, Leo abriu e se afastou da porta, enquanto empurrava Corrigan para dentro. - Feliz Natal, - ele acrescentou, e fechou a porta.

           Corrigan notou duas coisas quando a porta foi fechada, que um saco de um tecido grosseiro amarrado com uma fita, que estava sentado numa cadeira e lutando como louco. Fora da porta, se ouvia vocês amortecidas. 

           - Oh, Deus, - ele disse apreensivo. 

           Ele desamarrou na parte superior do saco uma fita vermelha que estava amarrada com firmeza, e saiu uma Dorothy Wayne furiosa. 

           - Eu os matarei! - ela gritou. 

           Grandes pés calçados de botas corriam para segurança fora do corredor. 

           Corrigan começou a rir e não pôde mais parar. Bom Deus, as boas intenções dos seus irmãos ia ser a sua morte. 

           - Eu os odeio, eu odeio esta Fazenda, eu odeio Jacobsville, eu o odeio... ! 

           Ele parou a discussão furiosa dela com sua boca. Surpreendido com a rapidez com que ela se tranqüilizou quando os braços dele passaram ao redor dela e ele a tirou suavemente fora da cadeira e a levou para sentar no longo sofá de couro. 

Ela não tinha bastante respiração para continuar. A boca dele estava livre e faminta nos lábios dela e o corpo dele estava tão duro quanto o seu era macio quando se movia impaciente contra o dela. 

           Ela sentia as mãos dele nos quadris dela, e um momento depois, ele estava deitado entre as coxas dela, movendo-se delicadamente num ritmo dolorosamente macio que fez ela gemer. 

           - Eu a amo, - ele sussurrou antes de ela pudesse disser uma palavra. 

           E ela não queria dizer nenhuma. 

           Suas mãos estavam dentro da blusa de Dorie, enquanto ele estava lutando de um jeito sob a saia dela quando eles escutaram a chave girar vagamente na fechadura. 

          A porta abriu e três pares de olhos chocados, emergiram encantados. 

          - Vocês os monstros! - ela disse com a última respiração que ela tinha. Ela estava em tal um estado de desordem que ela não conseguiu dizer qualquer outra coisa. A situação deles era tão descarada, que havia pouco a fingir de que eles pouco soubesse do que estavam fazendo. 

           - Isso não são modos de falar com seus cunhados, - Leo declarou. A propósito, no próximo sábado que vem de ser o casamento. Ele sorriu em sua defesa. - Nós não conseguiremos trazer a Orquestra Sinfônica de San Antonio, porque eles têm compromissos, mas nós conseguimos trazer o Governador. Ele estará aqui antes da cerimônia. Ele acenou com a mão e sorriu pra eles. - Continue, não preste atenção em nós. 

           Corrigan procurou sem jeito uma almofada e jogou na porta fechada com toda sua força. Fora podia se ouvir risos. 

           Dorie observou nos olhos cinzas como aço de Corrigan com maravilha. - Ele disse que o Governador vira aqui? Nosso Governador? O Governador do Texas? 

           - O mesmo. – Ele confirmou. 

           - Mas, como? 

           - O Governador é amigo nosso. O Simon trabalhou com ele até o acidente, quando ele se aposentou do serviço público. Você não lê sempre o jornal? 

           - Eu não adivinho. 

           - Não importa. Apenas se esqueça de todos esses detalhes. Ele se inclinou à boca dela. - Agora, onde nós estávamos...?

           O casamento foi o evento social do ano. O governador se fez presente; juntamente com todos os quatro irmãos, inclusive o alto e sombrio e distinto Simon que há pouco usava um braço artificial na ocasião. Dorie estava primorosa em um vestido vindo de Paris, especialmente desenhado para ela, por um estilista famoso. Jornais enviaram seus representantes. O mundo todo parecia estar fora da pequena Igreja Presbiteriana em Victoria. 

           - Eu não posso acreditar nisto, - ela sussurrou a Corrigan quando eles estavam partindo para a Jamaica na lua de mel deles. - Corrigan aquele é o vice-presidente que está lá cima de pé ao lado do Governador e Simon! 

           - Bem, é desejo dele ter o Simon para uma posição no gabinete do governo. Ele não quer deixar o Texas. Eles o estão adulando.

           Ela somente meneou a cabeça. A família de Hart era apenas muito.

           Naquela noite, entre os braços do esposo e ouvindo lá fora o som do oceano pela janela, ela o contemplou maravilhada, depois de terem feito amor com brandura e doçura no quarto vagamente iluminado. 

           O corpo dele subiu e desceu como uma onda, e ele sorriu a ela, enquanto olhava os olhos excitados dela que brilhavam como faíscas, enquanto o corpo dela hesitava brevemente ante a doce invasão do corpo dele e então o aceitou completamente com um suspiro de prazer chocado. 

           - E você tinha medo, achando que ia doer, ele a repreendeu quando ele se movia ternamente contra ela. 

           - Sim. Ela estava ofegante, abraçada e erguendo-se a ele sinuosamente trêmula involuntariamente rígida. - É... Eu estou exausta...! 

           - Já? - ele a repreendeu, enquanto se curvava para roçar levemente seus lábios sobre a boca intumescida dela. – Querida, - nós apenas começamos! 

           - Apenas...? Oh!    

          Ele estava rindo. Ela poderia ouvi-lo enquanto ela era levada para cima ao longo de ondas de êxtase que fazia emitir sons incríveis. Ela morreu meia dúzia de vezes, e ainda tinha quase perdido a consciência, e ainda ele ria profundamente, à medida que ele ia de um lado a outro da cama com ela em uma agitada entrega gloriosa que nunca parecia terminar. Eventualmente eles acabaram no tapete junto com o lençol que eles trouxeram quando ela gritou, soluçante no último momento que ouvia ele gemer trêmulo. Estavam ambos cobertos de suor. O cabelo dela estava molhado. Ela estava trêmula e se sentia incapaz de parar. Ao seu lado, ele se deitara de costas com o joelho dobrado. Inacreditavelmente ele ainda estava tão excitado quanto eles tinham começado. Ela se sentou num movimento cuidadoso e o fitou amedrontada. 

           Ele riu dela. - Venha aqui, - ele a desafiou. 

           - Eu não posso! Ela estava ofegando. - E você não pode...Você não pôde...!

           Se você não tivesse machucada para caminhar, eu a seguro que você pode, - ele disse. - Eu me preservei todo completamente durante oito anos, e eu ainda estou te desejando ardentemente. 

           Ela somente olhou pra ele, fascinada. - Eu vou ler um livro. 

           - Eu não vou fazer isto, - ele a assegurou. Ele a puxou para junto ao longo dele e roçava os seios dela com seus lábios. - Eu acredito que esteja dolorida. 

           Ela se ruborizou. -Você acredita? 

           Ele riu. - Certo. Venha aqui, minha nova melhor amiga, e nós iremos dormir, já que nós não podemos fazer qualquer outra coisa. 

           - Nós estamos no chão, - ela notou.  

           - Pelo menos nós não cairemos da próxima vez.

           Ela riu porque ele era exagerado. Ela nunca pensou que a intimidade seria divertida como também um deleite. Ela traçou o nariz dele e se curvado beijou os lábios dele. - Onde nós vamos viver?  

           - Na fazenda. 

           - Só se seus irmãos morarem no celeiro, - ela falou. - Eu não os quero tê-los na porta nos escutando a noite. 

           - Eles não terão que se colocar fora da porta. Julgando do que eu há pouco ouvi, eles poderiam nos ouvir com as janelas fechadas se eles se colocassem no quartel da cidade... Ai! 

           - Deixe isso ser uma lição para você, - ela lhe falou secamente, enquanto o via esfregar o beliscão que ela tinha dado na coxa dele. - Homens nus são vulneráveis.  

           - E você não é?  

           - Agora, Corrigan...! – ela pediu.

           Ela gritou e ele riu e eles caíram novamente ao longo de um entrelaçar intimamente juntos, e riu de modo à conversa suave. Eventualmente eles igualmente dormiram. Quando eles voltaram à Fazenda, os três irmãos tinham saído e havia uma nota rabiscada apressadamente na porta. 

           - Nós estamos dormindo no alojamento dos operários até que nós pudermos construir a sua casa própria. Parabéns. O champanhe está na geladeira. - assinado com carinho, todos os três irmãos e o nome do quarto estava escrito dentro. 

           - Uma segunda opinião, - ela disse – Com os braços dela ao redor dele enquanto ela o abraçava, - talvez esses meninos não sejam afinal de contas tão ruins! 

           - Ele a tentou fazê-la parar de abrir a porta, mas era muito tarde. O balde de água caiu diretamente no cabelo ondulado dela e a esquerda deixou ensopado o casaco azul marinho dela. Ela olhou para Corrigan com olhos muitos abertos com os braços estendidos e a boca dela aberta. 

       Corrigan deu uma olhada ao redor dela. No chão do corredor tinham duas toalhas e dois roupões de banho novos, e um sortimento de artigos não mencionáveis. 

Ele soube que se ele risse, ele estaria dormindo no celeiro durante o próximo mês. Mas ele não pôde prender o riso. E depois de dar uma olhada no chão ela também não pôde.   

 

                                                                                            Diana Palmer

 

 

                      

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