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O Pagode Negro em Konarac na índia, um exemplo vivo surpreendentes capacidade arquitetônicas dos tempos antigos, especialmente quanto ao transporte do enorme bloco de pedra que encima a torre, Avanços tecnológicos de culturas extremamente antigas na índia sugerem uma ligação com culturas ainda mais antigas onde a ciência progredira até a consciência de vôos em máquinas-mais- pesadas - que -o-ar, foguetes, estrutura atômica, e o conceito de Tem e sua colocação no espaço sideral iguais às de hoje (Foto: cortesia do Escritório de Turismo do Governo Indiano).
Um objeto de ouro encontrado em um túmulo pré-colombiano e que, apesar de sua idade muito grande (cerca de 1.800 anos) é considerado por muitos pesquisadores como o modelo de um avião pré-histórico, completo com suas asas em delta, motor, carlinga, cauda e lemes de profundidade. Uma cópia deste objeto controvertido está exposta no Museu permanente do Mundo do Homem, em Montreal. Outros objetos de ouro, semelhantes a aeronaves têm sido encontradas em diferentes locais da América do Sul. (Foto: Jack Ullrich)
Vista aérea das Linhas de Nasca, no Peru. Estas linhas de idade desconhecia nos mostram animais, pássaros, formas geométricas e, na opinião de muitos, campos de aterrissagem. Difíceis de serem percebidas de terra, elas não foram identificadas até o meio do século XX — e apenas por vistas aéreas. A linha negra cortando diagonalmente um campo de aterrissagem é a Rodovia Pan-americana. Os astronautas do Skylab 2 foram instruídos a fotografarem as Linhas de Nasça para determinarem se elas tinham um significado especial quando vistas do espaço mas até hoje as fotografias espaciais não tiveram êxito.
Baixo relevo Maia em pedra, em Palenque, Chiapas, no México, freqüentemente citado por crentes em visitas pré-históricas por antigos astronautas como uma prova de tais visitas e sua representação pelos antigos Maias que os observaram ou que deles ouviram falar. O escritor e cientista russo Kazantsev considera que esta placa seja a representação de um veículo espacial completo com um sistema estilizado de antenas porém ainda reconhecíveis, sistema direcional de vôo, turbo compressor, painel de controle, tanques, câmara de combustão, turbina e escapamento.
O mapa de Piri Reis encontrado em Istambul em 1928, parte de um mapa do mundo que dizem ter sido recopiado de um original grego na biblioteca da antiga Alexandria. Entre outros traços, o mapa de Piri Reis mostra formas detalhadas da Antártida, evidentemente desenhadas milhares de anos antes que a Antártida fosse "descoberta", assim como a verdadeira forma da Antártida sem a sua cobertura de gelo. Outras características indicam um conhecimento avançado de astronomia, trigonometria e a habilidade de se determinar a longitude, fato desconhecido da nossa cultura até o reinado de Jorge III da Inglaterra. (Foto: Biblioteca do Congresso.)
O mapa Bennicasa de 1482, que Colombo talvez tenha trazido em sua primeira viagem. A parte de cima do mapa aponta a leste para as costas de Espanha e Portugal e algumas das ilhas do Atlântico mostradas aqui já eram conhecidas dos navegadores europeus enquanto outras eram lendárias. Antília, a ilha na parte direita inferior do mapa, era reputada pelos cartagineses como uma ilha muito grande no oceano Atlântico Ocidental. (Foto: Biblioteca do Congresso.)
O mapa Buache de 1737, copiado de antigos mapas gregos, mostrando a Antártida sem o gelo. Se o gelo não cobrisse hoje a Antártida, os mares de Ross e de Weddell se uniriam num estreito gigantesco separando a Antártida em duas massas de terra, um fato que só foi estabelecido nos tempos modernos até o Ano Geofísico Internacional de 1968. Este mapa é uma outra indicação das surpreendentes capacidades tecnológicas de algumas culturas antigas (Foto: Biblioteca do Congresso).
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Cada vez que vestígios de civilizações submersas são encontrados no Atlântico (ou em qualquer lugar), séries de artigos nos jornais e reportagens em revistas, além de livros, geralmente procuram identificá-la com o continente "perdido" da Atlântida. A Atlântida, cuja imagem estarreceu a humanidade desde os tempos mais antigos, foi descrita em detalhes consideráveis por Platão em seus diálogos de Timaeus e Critias como a terra da Idade de Ouro do homem, um império grandioso e um mundo maravilhoso no Atlântico que... "com violentos terremotos e inundações... num único dia e uma única noite de chuvas.,, afundou para dentro do mar... e que é esta a razão por que o mar naquelas paragens é vedado à passagem e impenetrável..." A Atlântida, como era natural, foi identificada com as ruínas submersas das Bahamas, apesar de Platão, o mais famoso comentarista da antigüidade da Atlântida, localizá-la em frente às Colunas de Heracles (Hércules), conhecidas hoje em dia como o Estreito de Gibraltar, em algum lugar bem no meio do oceano Atlântico. Uma leitura minuciosa dos relatos de Platão, no entanto, mostram uma informação bem mais interessante sugerindo que o império Atlântico não era formado por uma só ilha mas por uma série de ilhas no Atlântico, que se espalhavam para ambos os lados do oceano. Platão escreveu:
"...Naqueles dias (aproximadamente há 11.500 anos atrás), o Atlântico era navegável e havia uma ilha situada em frente aos estreitos que vocês chamam de Colunas de Heracles: a ilha era maior que a Líbia e a Ásia reunidas, e era o caminho para outras ilhas, e destas ilhas você podia passar para o continente oposto que rodeia o verdadeiro oceano; pois este mar que está dentro dos estreitos de Heracles (o Mediterrâneo) é apenas uma baía, que tem um entrada estreita, porém o outro é que é o mar verdadeiro e as terras que o circundam é que podem ser verdadeiramente chamadas um continente."
É notável o fato de que Platão mencionou a Líbia (significando a África) e a Ásia, mas específica e separadamente designou o continente — isto é, o continente a oeste na área que ele mencionara previamente como sendo dos domínios da Atlântida.
Os complexos submarinos de Bimini e de outros pontos nas Bahamas já foram atribuídos a antigos viajantes dos oceanos — fenícios, cartagineses, gregos minóicos, maias, egípcios e, como último recurso e quando sua idade se tornar mais evidente — aos povos da Atlantida. É quase certo, no entanto, que nenhuma raça conhecida por nossa história os tenha construído e duplamente certo que eles não foram construídos por baixo d'água.
A referência de Platão a um continente do outro lado do "verdadeiro oceano" tem sido citada com freqüência como uma prova de que relatos antigos conservavam um conhecimento da América do Norte e que estas recordações serviram de inspiração e encorajamento a Colombo, que, conta-se, levava consigo um mapa mostrando a Atlântida e as terras além dela. O relato de Platão tem uma conexão direta com a possibilidade dos Atlantes (o termo usado aqui no sentido de um império oceânico no Atlântico) e sua presença na parte extrema ocidental do oceano Atlântico. Isto incluiria as ilhas atuais do Grande Banco das Bahamas, onde vastas áreas de baixios estavam bastante acima do nível das águas, com as formações oceânicas mais profundas e atuais tais como a Língua do Oceano e os estreitos da Flórida, formando uma baía interior e uma barreira de mar desde as costas da Flórida, que estendia muito além na direção do mar. De-clives circulares no fundo do mar a quatorze milhas ao largo das ilhas ao sul da Flórida e 150 metros de profundidade no mar que os cercam — que é quase de 350 metros naquela região, cartografada pelo Serviço de Guarda Costa dos Estados Unidos e pelo Departamento Geodésico — foram confirmados como lagos de água doce cobertos pelo mar na ocasião do último levantamento do oceano ou o afundamento das terras costeiras.
Uma olhada na atual tábua de profundidades do Atlântico Ocidental apresenta uma clara indicação de que, se o nível do mar fosse abaixado de 200 a 300 metros, surgiriam grandes ilhas no Atlântico onde hoje existem outras menores. E é do maior interesse lembrarmos que este levantamento das águas teve lugar entre 11.000 e 12.000 anos passados, coincidindo com o relato que Platão, segundo a opinião geral, recebeu através de Solon, que o recebera de sacerdotes egípcios em Sais e cujos registros escritos são muito anteriores àqueles feitos pelos gregos há milhares de anos.
A Atlântida, no correr dos anos, foi "localizada" em um bom número de lugares diferentes no mundo; por baixo do oceano Atlântico, no mar Egeu, no mar Cáspio, no mar do Norte, na África Ocidental, Espanha, Tunísia, Alemanha, Suécia, no Saara, Arábia, México, Iucatán, Venezuela, nos Açores, nas Canárias e na ilha da Madeira, no Brasil, Irlanda, Ceilão, e até mesmo no fundo do oceano Índico, sempre dependendo da nacionalidade e, podemos dizer, do Weltanschauung do escritor ou do observador.
Elevações submarinas do fundo do Atlântico Ocidental mostrando as áreas escuras como as mais profundas. As montanhas do centro mostram as Bermudas sobre o grande planalto chamado Surgimento das Bermudas. A área mais profunda, a oeste, é a Planície Abissal de Hatteras e ao sul. a Planície Abissal de Nares. Os limites do Mar dos Sargaços podem ser seguidos a partir da Fossa de Nares, ao longo de toda a Fossa de Hatteras, virando a leste na ponta norte do surgimento das Bermudas, e ao sul. quando se aproxima da Cordilheira do Atlântico Central, e então novamente a oeste, de volta à Planície de Nares. Ao largo das costas dos Estados Unidos dois grandes desfiladeiros fluviais, agora submersos pelo mar. podem ser vistos como a continuação dos leitos dos rios Hudson e Delware para dentro do mar, através de canais escavados na plataforma continental. A plataforma continental do continente americano e as plataformas das Antilhas e das Bahamas, o planalto em torno das Bermudas. e as altas montanhas e platôs que começam no extremo direito do mapa estavam, provavelmente, acima d água antes do final da última Era Glacial. e teriam dado ao Atlântico Ocidental uma forma totalmente diferente cerca de 12.000 anos atrás.
A hipótese que colocava a Atlântida na parte ocidental do Triângulo das Bermudas popularizou-se desde as descobertas de 1968 e por um acúmulo de circunstâncias, ligadas ao próprio ano de sua descoberta. Isto diz respeito às profecias de Edgar Cayce, o "profeta adormecido" e curandeiro psíquico que morreu na Virgínia em 1945, mas cujas "leituras" (um termo usado para as entrevistas dadas por Cayce quando se encontrava em transe) continuaram a influenciar vários milhares de pessoas. Enquanto ele vivia, deu através de suas leituras conselhos e indicações para mais de 8.000 pessoas, primeiro quanto ao estado de saúde e, mais tarde, sobre grande variedade de assuntos. A documentação de suas curas extraordinárias e poderes telepáticos não precisam ser recontadas aqui, exceto para provar que foram as mais singulares das previsões arqueológicas, que diziam respeito principalmente à Atlântida e Bimini.
Entre os anos de 1923 e 1944 Cayce concedeu centenas de entrevistas em transe sobre a Atlântida, relacionando-a a pessoas que, em sua opinião e na daqueles que haviam continuado seu trabalho à frente da Associação para Pesquisas e Esclarecimentos, tinham vivido na Atlântida durante uma vida anterior. Quando não estava em transe, Cayce tornava-se indiferente e até mesmo ignorante do problema da Atlântida e, muitas vezes, expressava uma certa perplexidade ao saber que ele a mencionara tantas vezes. Entretanto, em junho de 1940, ao citar numerosas outras observações prévias sobre a Atlântida que teria existido na área de Bimini (referida por Cayce como Poseidia) ele declarou inesperadamente:
"Poseidia estará entre as primeiras porções da Atlântida a se erguer novamente... isto é esperado em 1968... e 1969... daqui a pouco tempo.
Esta curiosa profecia arqueológica foi cumprida quase que dentro da data prevista com as numerosas descobertas feitas nos Baixios das Bahamas, da exposição pelas marés de algumas construções e um levantamento do fundo do mar em certas áreas. Ficamos tentados, no entanto, a imaginar se estas descobertas foram feitas como previra a profecia ou porque se conheciam as profecias, ou ainda porque aqueles que leram Cayce estavam à procura delas como foi o caso de alguns dos pilotos que avistaram as primeiras formações ou construções submersas.
Como era de se esperar, estas descobertas submarinas de 1968, como fora previsto há vinte e oito anos atrás, deram motivo para muitas pessoas examinarem outras referências feitas por Cayce sobre a Atlântida e toda aquela área com um interesse renovado. Se as seções de Cayce e as lendas antigas foram baseadas em recordações de verdadeiras ocorrências, podemos encarar a possibilidade da existência de forças desenvolvidas por uma antiga civilização cientificamente mais avançada operando parcialmente, ainda hoje, dentro daquela área aonde eles numa época se concentraram; e podemos também considerar a possibilidade de que as aberrações eletrônicas,, magnéticas e gravitacionais do Triângulo das Bermudas sejam uma herança, embora uma herança negativa, de que uma cultura tão longínqua no tempo que quase não existem mais vestígios e da qual nossas memórias sejam mais instintivas que concretas.
Vários investigadores dos fenômenos do Triângulo das Bermudas sugeriram que seres inteligentes alienígenas talvez estejam interessados, ou até mesmo preocupados, com a possibilidade de nossos aperfeiçoamentos no campo da desintegração nuclear para fins de guerra estarem ameaçando a existência da civilização em nosso planeta, como talvez já tenha destruído outras civilizações deste ou de outros planetas.
A era do homem racional neste planeta, com um potencial de inteligência comparável ao dos dias de hoje, pode se entender por um período de 40.000 a 50.000 anos atrás ou até mesmo antes. Por isto, se dermos a uma civilização tal como a nossa um período de cerca de 10.000 anos para progredir a um ponto na ciência e na tecnologia que a torne capaz de se auto-destruir, teremos ainda o tempo suficiente para a presença de uma ou mais culturas anteriores à nossa. Talvez qualquer civilização tecnicamente avançada pudesse eventualmente, por sorte ou desígnios próprios, desenvolver o poder intrínseco da desintegração nuclear (a nossa civilização levou bem menos de 10.000 anos para consegui-lo). A que ponto a civilização terá necessidade de decidir sobre os meios de controlá-lo e a seu desenvolvimento ou de arriscar a sua própria ruína? Se uma tal cultura existiu neste mundo, ela causou a sua própria destruição e desapareceu, mas sua memória talvez pudesse ter sido preservada através das lendas, ou sugerida por certos artefatos anacrônicos de idade incerta, ou relembrada por ruínas imensas e impossíveis de identificar ou explicar-se. E estes são os verdadeiros elementos que tendem a localizar o lugar de uma tal cultura sobre a área hoje coberta pelas águas do Triângulo das Bermudas.
Edgar Cayce, em seus artigos sobre a Atlântida, repetidamente fez o que parecem ser referências a fontes de energia nuclear, raios laser e maser, comparáveis aos nossos e geralmente empregados para os mesmos usos que nós gostamos (se for esta a palavra certa) de fazer hoje em dia. As descrições de seus usos e a observação quanto ao perigo de um emprego mal feito teriam sido considerados hoje praticamente normais e indignos de comentários editoriais, mas como Cayce podia saber de uma coisa destas há mais de trinta e cinco anos atrás?
Cayce descreveu estas fontes de energia em detalhes. Eram grandes geradores produzindo energia para a propulsão de embarcações aéreas e submarinas. Eram capazes de produzir iluminação, calefação e comunicações. Faziam funcionar formas de radiodifusão, televisão, e eram igualmente usadas em fotografias a longa distância. Supriam ainda a energia que servia para a modificação e o rejuvenescimento dos tecidos vivos, inclusive os do cérebro, e graças a isto, eram igualmente usados para controlar e disciplinar toda uma classe social.
No entanto, através de um emprego errado das forças naturais que eles haviam aperfeiçoado, e através de antagonismos civis e externos, os Atlantes eventualmente libertaram forças incontroláveis da Natureza que causaram a sua própria destruição, numa crença geralmente partilhada por Cayce e as lendas das mais antigas culturas e civilizações do mundo. Nas palavras de Cayce:
..."O Homem criou as forças destrutivas... que combinadas aos recursos naturais de gases, de forças oriundas da Natureza e em sua forma natural, deu origem à pior de todas as erupções já nascidas das profundezas da Terra que se esfriava lentamente e aquela porção (da Atlântida) que agora fica perto do que foi S chamado o Mar dos Sargaços foi a primeira a mergulhar no oceano..."
Em sua relação com a pré-história, Cayce parece especificamente prever o emprego de raios laser e maser, cuja existência reconhecida naquele momento (em 1942) ainda jazia muito à frente do futuro. Ele descreveu uma fonte de energia como um cristal gigantesco:
...No qual a luz aparecia como um meio de comunicação entre o infinito e o finito ou os meios pelos quais existiam as comunicações com aquelas forças externas. Posteriormente isto veio a significar que do local de onde a energia era irradiada, como de um centro de onde as atividades radiais guiavam as várias formas de transição e de mudanças através dos períodos de atividade dos Atlantes.
Era montado como um cristal, apesar de ter uma forma muito diferente daquelas (primeiro) usadas ali. Não confundam as duas... pois existem muitas de diferentes gerações. Era nestes períodos em que havia as forças propulsoras dos aeroplanos ou de outros meios de transporte, pois eles naquela época viajavam por ar, ou pelas águas, ou por baixo dágua, da mesma forma. No entanto a energia que os dirigia era proveniente de uma estação central de força... ou a pedra de Tuaoi que era... e o facho de luz no qual funcionava...
Em outra seção, ele referiu-se a um local em "Poseidia", ou, em outras palavras, na área das Bahamas e, portanto, agora abaixo do nível das águas, como a posição de:
..."o local de armazenagem das forças motivadoras da Natureza que se irradiavam do grande cristal que condensava as luzes, as formas, as atividades, que serviam para guiar não somente as embarcações no mar como também nos ares e também muitas daquelas agora conhecidas conveniências para o homem como a transmissão do corpo, e a transmissão da voz, e no registro destas atividades que muito em breve se tornarão uma coisa prática ao criarem as vibrações necessárias à televisão — como as conhecemos no presente. (O "presente", neste caso refere-se a 1935!)
Uma "seção" de 1932 continha uma referência interessante ao transporte de materiais pesados e objetos:
..."pelo uso de... estes gases recentemente redescobertos e aqueles das formações elétricas e aéreas na ruptura das forças atômicas para produzirem a força de empuxo a meios de transporte ou de viagem, ou para levantarem grandes pesos, ou para mudar as próprias forças da Natureza."
O fato de povos supostamente primitivos da pré-história terem deixado enormes pedras ainda no lugar após vários milhares de anos, sobre muitas das quais as raças subseqüentes construíram novas edificações, há muito se tornou um mistério arqueológico, já que estas pedras são muito maiores e mais difíceis de serem transportadas que aquelas postas nos locais pelas culturas posteriores e que sua presença e meios de transporte usados são até hoje inexplicáveis. Entre os exemplos se incluem os blocos de pórfiro de 200 toneladas de ollantaytambo e ollantayparubo, no Peru, transportadas a grandes distâncias através das montanhas e ravinas e depois colocadas no topo de outras montanhas de 500 metros de altitude. Os enormes blocos de sacsayhuamán, no Peru, tão grandes e tão intrinsecamente colocados uns contra os outros que os incas atribuem a sua construção aos deuses; os blocos de 100 toneladas das fundações de Tiahuanaco, na Bolívia, sobre os quais se fizeram imensas edificações não se sabe de que maneira, apesar de se acharem a uma altitude de 4.000 metros acima do nível do mar. Outros exemplos incluem as grandes pedras de calendário ou do observatório de Stonehenge, na Inglaterra, os blocos maciços das muralhas submarinas de Bimini; as fundações ou o forte marítimo, ou as pedras postas em pé da pré-histórica Bretanha, uma das quais pesava mais de 340 toneladas e erguia-se a 22 metros de altura, e as grandes pedras das fundações do templo de Júpiter em Baalbek, na Síria, colocadas no lugar bem antes que o templo clássico fosse construído, uma das quais pesa 2.000 toneladas. Como quase todas estas construções são extremamente difíceis de serem explicadas foi sugerido que uma civilização superior tenha sido a responsável por sua construção. Essa teoria é sustentada pelo fato de que muitas destas ruínas inexplicáveis se assemelham umas às outras.
Cayce especificamente seleciona Bimini como uma das várias localizações onde informações a respeito das supostas fontes de energia da Atlântida podem ser encontradas: — "... No local onde afundou a Atlântida ou Poseidia, onde uma parte de seus templos pode vir a ser descoberta sob as camadas de lodo de muitas eras de água salgada, perto do lugar em que é conhecido por Bimini, ao largo das costas da Flórida."
Uma descrição detalhada de uma destas usinas de força (ou usinas nucleares?) foi feita em 1935. O filho de Cayce, Edgar Evans Cayce, um engenheiro e também um escritor ("Edgar Cayce sobre a Atlântida", Warner Library, 1968) observou ao comentar o paradoxo das considerações de Cayce sobre a pré-história tendo antedatado por várias décadas os nossos próprios aperfeiçoamentos científicos: "Um leigo hoje em dia dificilmente poderia descrever nossos últimos desenvolvimentos científicos com mais clareza." Os comentários de Cayce (gravados em 1933) falam de um edifício aonde uma "pedra de fogo" ou um complexo de cristal era guardado e do qual a energia era difundida:
"No centro do edifício que hoje se diria ter sido construído com pedras não-condutoras — algo parecido com o asbestos, com... outros materiais não-condutores tais como os que são fabricados hoje em dia na Inglaterra sob um nome que é bem conhecido daqueles que lidam com estes tipos de materiais.
O edifício por cima da pedra era oval; ou um domo em que pudesse haver... uma porção que se abria para trás, para que a atividade das estrelas — a concentração de energias que emanam dos corpos que já estão em chamas por si mesmos... junto com os elementos que são e não são encontrados na atmosfera da Terra.
A concentração através de prismas ou vidros (como seriam chamados no presente) era feita de tal forma que agia sobre os instrumentos com os quais eram ligados e com as diversas maneiras de viajar através de métodos de indução que se pareceriam muito com o (mesmo) tipo de controle que nos dias presentes seria chamado de controle remoto através de vibrações por rádio ou direções; por uma espécie de força que emanava da pedra e que agia sobre as forças motivadoras nas embarcações.
O edifício foi construído de tal maneira que quando o domo era recuado para trás deveria haver um mínino ou nenhum obstáculo à aplicação direta da energia às várias embarcações que deveriam ser propulsionadas através do espaço — tanto dentro do raio de visão ou se fosse dirigido por baixo da água, ou por baixo de outros elementos, ou através de outros elementos.
A preparação desta pedra ficava exclusivamente nas mãos dos corpos que já estão em chamas por si mesmos... junto com os que dirigiam as influências das radiações que dela emanavam, sob a forma de raios que eram invisíveis para os olhos mas que atuavam sobre as próprias pedras assim como as forças motivadoras — se a aeronave fosse levantada pelos gases durante o período; ou se servisse para guiar os veículos que pudessem passar perto da Terra, ou embarcações na água ou sob as águas.
Estas, eram então impulsionadas pela concentração dos raios que partiam das pedras colocadas bem no meio da estação de energia ou da casa de força (como se chamaria hoje).
Cayce volta constantemente ao problema do mau emprego das tremendas forças aperfeiçoadas por esta super-civilização: — "... o aumento das forças do próprio sol até aos raios que causam a desintegração do átomo... trouxe a destruição a esta parte da Terra."
Se, e sempre se, um tal cataclismo ou uma série de cataclismos ocorreram, a grande fonte de energia teria sido precipitada para dentro do mar, junto com cidades populosas, muralhas, canais e outras construções da Atlântida. E interessante considerarmos que os próprios locais indicados por esta teoria são aqueles em que as muitas aberrações eletromagnéticas do Triângulo das Bermudas se verificaram, tais como a Língua do Oceano, Bimini, e outros lugares.
Enquanto dificilmente se poderia esperar que tais complexos de energia ainda estariam em funcionamento depois de milhares de anos, é de certa forma interessante comentarmos neste sentido o comportamento das misteriosas "águas brancas" notadas por vários observadores, desde Colombo até os astronautas. Estes verdadeiros canais de água branca parecem se originar no mesmo ponto ou nos mesmos pontos de emanação, sobem da mesma maneira, e depois derivam por uma milha ou mais. As linhas são bem definidas no começo e depois vão se tornando mais difusas, quase como se elas indicassem gases escapando sob pressão.
Os desvios das bússolas e os defeitos nos aparelhos elétricos podem ser causados por uma enorme concentração de metal por baixo dágua. Isto tem sido observado em várias partes do mundo onde conhecidos depósitos de minério de ferro causam a variação das bússolas. Massas de sub-superfície ou de substrato podem possivelmente afetar até mesmo a superfície dos mares. Em 1970, a NASA publicou um relatório sobre uma "cavidade" na superfície do oceano acima da Fossa de Porto Rico, e esta depressão da superfície das águas foi atribuída pelos cientistas a "uma estranha distribuição de massas abaixo do fundo do oceano", causando uma reflexão na força da gravidade. No caso do Triângulo das Bermudas, foi sugerido que estas fontes de energia em ruínas ainda conservaram algumas de suas forças e, acionadas em certas ocasiões, poderiam ser não somente os responsáveis pelos desvios magnéticos e eletrônicos mas também contribuir com impulsos elétricos para as tempestades magnéticas.
Esta teoria, uma das mais singulares que já foram propostas para explicar os incidentes dentro do Triângulo das Bermudas, é baseada nas "seções de Cayce e na crença que elas sejam verdadeiras. Entretanto, pode-se justificadamente perguntar: existe alguma razão para os curiosos darem crédito a qualquer um dos pronunciamentos gravados por Cayce ou simplesmente admirá-los como produto de uma imaginação prodigiosa? Enquanto for verdade que algumas das fontes de força que ele descreveu há trinta e cinco anos atrás ainda não haviam sido descobertas ou até mesmo imaginadas no "mundo real" (e algumas delas mesmo agora ainda não foram aperfeiçoadas), devemos lembrar que Cayce não era um físico. Nem tampouco um historiador. Ele era simplesmente um vidente esclarecido e com uma excelente reputação. No entanto, previsões que não têm nada a ver o curandeirismo que ele fazia no curso de suas seções, de certa maneira se" provaram inconfortavelmente verdadeiras, tais como a bomba atômica, o assassinato de presidentes dos Estados Unidos, conflitos raciais nos Estados Unidos e até mesmo deslizamentos de terras na Califórnia.
Além de tudo, as seções de Cayce eram propositadamente baseadas em visões ou lembranças da vida de seus pacientes durante suas encarnações anteriores, num fato que freqüentemente abalou a credibilidade por parte de pessoas que, pela religião, convicção científica ou pela própria lógica, não aceitam a teoria da reencarnação. Ficamos imaginando se não pode haver uma outra explicação para descrições tão detalhadas e cientificamente válidas de civilizações passadas e seus aperfeiçoamentos potencialmente perigosos.
Nos registros filosóficos e religiosos da antiga índia, que muitas vezes contêm conceitos estranhamente modernos sobre a matéria e o universo, encontramos referências ao que eles chamam de "consciência cósmica", significando a presença persistente de lembranças de tudo o que aconteceu antes. Hoje, a existência da telepatia, a influência e a insistência escondida das memórias, e o poder das emanações psíquicas, longe de serem subestimadas pelas modernas investigações científicas, vêm sendo seriamente estudadas, não somente na Terra, como também no espaço, tanto como um fenômeno, mas também como um meio de comunicação. Experiências têm sido feitas pelos líderes das corridas espaciais, os Estados Unidos e a União Soviética, que sugerem que a ficção científica talvez esteja sofrendo uma metamorfose para um fato futuro da ciência. É possível já esperarmos desenvolvimentos surpreendentemente novos nesta área na qual até os dias de hoje, alguns indivíduos privilegiados tiveram, quase sem ter consciência disto, a habilidade de captar os pensamentos de outros ou talvez suas memórias esquecidas de um passado. O passado, neste caso, pode-se referir às memórias herdadas em cromossomos de nossos ancestrais. Pois, assim como nós herdamos os atributos físicos e as tendências de nossos pais e avós, podemos herdar igualmente, num grau menor talvez, de nossos antepassados mais distantes, e estes cromossomos de memória podem bem fazer parte desta herança. Existe um espaço bastante amplo dentro do cérebro humano (do qual se estima que apenas dez por cento sejam usados) para a armazenagem de um banco da memória de heranças.
Isto viria a explicar a presença de memórias incompletas em uma pessoa, a impressão angustiante de já se ter visitado um local anteriormente, onde a gente sabe que nunca esteve em toda nossa existência, a certeza frustrante de ter vivido um grande período de tempo dentro de um simples sonho, o reconhecimento da parte de certas pessoas, algumas vezes, mas nem sempre sob hipnose, de detalhes de vidas passadas (e que diversas vezes foi verificado como historicamente certo, quando informações previamente desconhecidas acerca do período de tempo em questão foram descobertas), casos de fluência repentina e o esquecimento posterior por crianças de línguas faladas por seus antepassados mas que elas não poderiam possivelmente adquirir. Enquanto que a consideração destes fatores conhecidos são muitas vezes atribuídos à reencarnação das almas, uma crença partilhada por budistas, hinduístas ou neobramanistas, e a religião que talvez seja a mais velha de nossa história religiosa, a do antigo Egito, a sugestão da memória herdada oferece uma possível alternativa apesar de na realidade se aproximar da mesma coisa, apenas um tanto modificada se considerarmos que, ao invés da alma do indivíduo ter sido a mesma em uma outra época, são os nossos próprios ancestrais que se reencarnaram em nós, doando suas memórias acumuladas, junto com os outros atributos, exatamente como nas "gerações" de computadores que podem ser programados para instalarem seus arquivos de memória em novas máquinas sucessivas.
Entretanto, se Edgar Cayce efetivamente se comunicou com as almas ou também com as memórias reencarnadas de pessoas que ele usou, o efeito foi mais ou menos o mesmo e o interesse pela Atlântida gerado por suas "seções" deu ao assunto um novo ímpeto, que aumentou consideravelmente quando as descobertas inesperadas ocorridas no último decênio ofereceram um notável fortalecimento às teorias sobre a Atlântida.
Aqueles que se apegam à teoria de que existia uma civilização mundial altamente desenvolvida antes mesmo dos primeiros vestígios culturais no Egito e na Suméria, foram durante muito tempo considerados como cultistas, sensacionalistas, visionários ou simplesmente imbecis. Esta reação contra o que nós podemos chamar de "as instituições" dos estudos arqueológicos e pré-históricos é compreensível quando consideramos que a existência de uma grande civilização antes do terceiro milênio A.C. iria "bagunçar o coreto" e desarrumar os degraus progressivos da história desde os seus princípios no Egito e na Mesopotâmia, passando pelas culturas da Grécia e de Roma e culminando eventualmente em nossa "supercivilização" de hoje. Admissões transitórias são muitas vezes concedidas a outras culturas antigas pouco conhecidas como, por exemplo, as civilizações pré-históricas das Américas, índia e Ásia Central, e certas outras áreas que não afetam, de forma alguma, a nossa própria "linha direta" de civilização.
Apesar de existirem muitas lendas e registros de todas as antigas culturas a respeito de um extermínio repentino de uma grande civilização antes do dilúvio, que havia progredido tanto até o ponto de desafiar os céus, os deuses, ou Deus, estas lendas por mais estranhamente que se assemelhem entre si, podem simplesmente representar uma lição objetiva ou uma história interessante transmitida através do mundo inteiro nos antigos mercados ou nas trilhas das caravanas ou nas rotas marítimas durante milhares de anos e posteriormente preservadas dentro dos registros religiosos de quase todos os povos da Terra.
Lendas sobre .uma inundação universal, uma torre que os homens tentaram construir para chegar aos céus, mas que os trabalhadores ficaram atrapalhados por uma confusão de línguas divinamente inspirada, assim como outras histórias que nos são familiares, já foram encontradas pelos espanhóis no seio das populações indígenas das Américas, na época das primeiras conquistas. Em todas as partes do mundo existem lendas conservadas pelas populações indígenas vivendo sob as sombras de enormes ruínas, cuja construção elas não poderiam projetar nem realizar, a não ser por técnicas de assentamento de pedras e de transporte de uma tecnologia extremamente avançada, referida por eles sempre como uma raça semelhante aos deuses que puseram aquelas pedras no lugar muitos milhares de anos antes que a sua própria história começasse. Existem até mesmo vestígios do que talvez tenha sido uma antiga linguagem comercial, possivelmente uma língua ancestral do grego com reflexos aramaicos, encontrada em regiões tão distantes do Oriente Médio que parecem ter sido levadas ali pelas ondas do oceano e dos mares. Temos assim palavras de grego arcaico no Havaí e outras línguas da Polinésia, na língua Maia do Iucatán, no Nahuatl, falado pelos Aztecas, e a perdida língua dos Guanches das ilhas Canárias, falado por uma misteriosa raça branca. (Os Guanches, descobertos e logo exterminados pelas expedições espanholas do século XV, tinham lembranças de uma ^ pátria muito maior e com uma cultura superior que afundara no oceano.) As antigas línguas americanas também possuíam palavras evidentes do Aramaico e de origem fenícia, assim como outras análogas àquelas que existem nas línguas polinésias e siníticas do outro lado do Pacífico, tudo isto indicando as longas viagens e os contatos culturais da extrema antigüidade. Inscrições em fenício, aramaico, minóico, grego e outras línguas que não chegaram a ser identificadas, têm sido encontradas com uma freqüência cada vez maior nas Américas do Norte e do Sul, nas selvas ou em áreas de "segundo crescimento". Porém lendas, mitos religiosos ou curiosidades lingüísticas não são o bastante para dar-se crédito às afirmações feitas por Cayce em suas seções, assim como não o são as tradições tribais, as lendas e até mesmo os registros escritos da antigüidade a respeito de conhecimentos científicos altamente desenvolvidos, e a existência, em épocas arcaicas, de muitos dos confortos modernos em viagens, comunicações e de destruição em escala cósmica.
E é precisamente nestas regiões, entretanto, que estranhas descobertas e reavaliações de materiais previamente descobertos têm sido feitas nos últimos anos. Elas contêm extraordinárias indicações de um conhecimento avançado e invenções sofisticadas que pertenceram a uma era muito anterior àquela que à história nos conta que teve início com as primeiras culturas no Oriente Médio. Ê interessante lembrar a respeito disto, que as lendas do Egito e da Suméria referem-se ambas a uma grande cultura anterior da qual eles tiraram a própria inspiração e o impulso. Em certas culturas, exatamente como no caso do Egito, Bolívia, Peru, América Central, México e índia, para citarmos apenas algumas delas, a civilização permaneceu estática ou até mesmo retrocedeu em vez de conservar o impulso original.
Qualquer sugestão séria sobre o fato de que culturas extremamente antigas da Terra já estavam familiarizadas com as "máquinas-mais-pesadas-que-o-ar" são normalmente acolhidas com zombarias. De qualquer forma, um número cada vez maior de objetos ou de referências escritas tem sido descoberto ou reexaminado nos anos mais recentes e eles indicam um conhecimento ou até mesmo uma certa familiaridade com aeronaves e viagens aéreas em uma época consideravelmente anterior àquela que nós consideramos o alvorecer de nossa história. E estes registros ou modelos não podem ser comparados às referências pitorescas da antiga mitologia, tal como Ícaro e suas asas de penas colocadas com cera, ou o carro de Apoio levando o Sol, e puxado por quatro corcéis flamejantes. Pelo contrário, são registros concretos que demonstraram um conhecimento de aerodinâmica e uma consciência dos fatores da decolagem, propulsão, freagem e aterrissagem.
1 – Açores 2- Madeira 3- Canárias 4- Cabo Verde
5 Pequenas Antilhas 6- São Pedro e São Paulo, 7- Fernando de Noronha. 8- Ascensão. 9- Ilhas da Guiné. 10 — Santa Helena 11 — Trindade
12 — Tristão da Cunha 13 — Gaugh. 14 — Bouvet.
15 — Georgias do Sul. 16 — Sanduíches do Sul. 17 —- Falklands ou Malvina
Mapa da Cordilheira do Atlântico, mostrando as conexões com a América do Sul e a África, interrompidas apenas pela "zona de fratura" (F.Z)I. As ilhas oceânicas associadas à cordilheira são mostradas numeradas sobre o mapa em seu canto inferior direito:
Algumas destas ilhas podem ter formado consideráveis áreas de terreno quando o nível do oceano era mais baixo, cerca de 12.000 anos antes da era atual, formando naquela ocasião as grande ilhas descritas por Platão, inclusive a da "Atlântida". As fossas oceânicas são mostradas nas áreas claras de cada lado da cordilheira. (A linha de contorno de 2.000 braças desenhada aqui, delimita as plataformas continentais.
Na coleção de objetos antigos de ouro no Museu da Colômbia, por exemplo, existe um modelo de ouro do que já foi considerado como um pássaro, uma mariposa ou um peixe voador, encontrado em uma tumba junto com outros objetos enterrados e que tinham uma idade estimada de 1.800 anos. Este objeto foi posteriormente examinado com lentes de aumento por Ivan Sanderson, que suspeitou que ele não fosse um modelo de um organismo vivo, e sim, de um objeto mecânico, muito semelhante a um avião com asas em delta, com motor, carlinga e pára-brisas, e tudo isto como um avião de nossos dias, possuindo ainda o leme e as aletas de inclinação lateral ou lemes de profundidade. Este objeto foi mostrado a diversos pilotos e engenheiros, inclusive J. A. Ullrich, um piloto experimentado com uma folha de serviço com combates em duas guerras e professor de aerodinâmica. Quando lhe perguntaram o que era aquilo, Ullrich, que ignorava a sua procedência, ou o fato de que ele já fora considerado anteriormente um pássaro, um inseto ou um peixe, afirmou que parecia se tratar de um modelo de um avião de caça F-102 e o fato das asas se encurvarem nas pontas, assim como a forma do avião, indicavam que se tratava de um avião a jato. Ele reparou que certos detalhes, tais como a falta de aletas traseiras, que também não existem no F-102, eram iguais às do novo caça Sabre, recentemente aperfeiçoado na Suécia. Parte de sua opinião é especialmente interessante devido à menção de Cayce a veículos que podiam voar pelos ares e por baixo d'água, como tantas observações feitas no Triângulo das Bermudas a respeito de OVNIs entrando e saindo das águas a grandes velocidades. Nas palavras de Ullrich:
"A configuração é válida apenas para certos tipos de vôo — em altitudes muito grandes. O tipo de asas é adequado para uma atmosfera acima de quinze a vinte mil metros... O perfil é para evitar vibrações ao ultrapassar a barreira do som... A estrutura das asas indica uma habilidade supersônica... Quando você voa a uma supervelocidade cria uma espécie de colchão de ar... Ele seria capaz também de voar dentro d'água sem arrebentar as asas. Se quiséssemos fabricar uma embarcação de alta velocidade para voar por baixo d'água ela seria (construída) como esta."
Mas este "avião", se for mesmo um avião, não é um único exemplo arqueológico. Outros exemplares, alguns com dois pares de asas, já foram descobertos em diferentes túmulos pré-colombianos. Podemos apenas imaginar que outros modelos estranhos de aperfeiçoamento mecânicos de eras pré-históricas — talvez nem mesmo reconhecidos por seus posteriores usuários — se perderam quando os espanhóis invasores fundiram todos os objetos de ouro que conseguiram localizar para transformar em barras que facilitassem a sua distribuição entre os conquistadores.
Reproduções gravadas do que parecem ser aeronaves ou foguetes têm sido identificadas cada vez mais ou reconhecidas nas artes das antigas culturas da América. Como a maior parte dos registros escritos ou pintados e desenhados de várias civilizações foi destruída pelos espanhóis, estas referências foram preservadas de outras formas — às vezes gravadas em pedras, pintadas num vaso, esculpidas em pedra, ou tecidas em fios usados como vestimentas para as múmias. Temos um exemplo especialmente notável na figura de um Maia semi-reclinado e esculpido em pedra sobre a tampa de um sarcófago encontrado enterrado no fundo da pirâmide de Palenque, no México. Não se sabe ao certo o que representa a minuciosa escultura; uma autoridade em assuntos maias diz que a figura do fundo é um monstro terrestre no qual a pessoa está apoiada enquanto que os dois são acobertados por uma árvore. O escritor e cientista soviético Alexander Kazantsev sugeriu uma explicação bem mais revolucionária. Ele acredita que a figura reclinada esteja dentro de um veículo espacial estilizado, comparável em construção e desenho aos foguetes de hoje. Até mesmo a posição da figura de um homem (ou piloto) é semelhante à posição que nossos astronautas tomam dentro do foguete e todas as formas desde a antena até o sistema direcional de vôo, o turbo compressor, painel de controle, tanques de combustível, câmara de combustão, turbinas e escapamento são reconhecidos apesar de estarem um tanto modificados para um efeito estético. Ficamos com a impressão que estas representações de aeronaves e foguetes são remanescentes ou lembranças de uma era de uma civilização mais avançada, quando tais veículos seriam feitos daquela forma e não apenas estilisticamente.
Em agosto de 1973, os astronautas do Skylab 2, que se encontravam em órbita no espaço, receberam uma missão estranha. Eles deveriam fotografar, se fosse possível, as linhas de Nasça, uma série de misteriosas linhas artificiais no vale de Nasça, no Peru, para ver se elas eram visíveis do espaço. Estas imensas marcas no solo formam uma série de linhas retas e figuras geométricas, imensos desenhos de animais visíveis apenas dos ares, assim como várias pistas prováveis de aterrissagem. Elas foram cavadas na terra ou entalhadas nessas pedras do solo pedregoso do vale em um tempo desconhecido no passado. Não existem lendas locais sobre elas, pois que são vistas de terra, e só foram descobertas do ar, durante uma busca a fontes de água nos Andes. Estas linhas e desenhos gigantescos enchem uma boa parte do vale de Nasca, de cem quilômetros de comprimento por dezesseis de largura. Por vezes elas desaparecem em frente a pequenas elevações e surgem em linha reta do outro lado. Às vezes os desenhos como no caso dos prováveis campos de pouso, são extremamente largos e chegam a formar imensas e artisticamente sofisticadas figuras de animais, peixes e pássaros, até mesmo a de uma aranha monstruosa. Enquanto teorias de suas origens são formuladas, a única evidência clara é que elas foram traçadas por povos que possuíam instrumentos altamente aperfeiçoados de cálculos e que foram feitas para serem vistas do céu, pois esta é a única forma de seguirmos os seus contornos.
Na baía de Pisco, no Peru, existe uma alta muralha de pedras na qual está gravado um enorme tridente ou um candelabro, de acordo com a interpretação do observador, o qual, ao contrário das Linhas de Nasça (tem mais de 270 metros de comprimento), era facilmente visto do mar pelos espanhóis invasores, que a interpretaram como um sinal da Santíssima Trindade para encorajá-los a conquistar e converter os pagãos. Fosse qual fosse a sua finalidade, ela é mais notada do ar do que do mar e o dente central do tridente aponta diretamente para o Vale de Nasça, como se fosse um indicador de direção para os supostos" campos de pouso", talvez as próprias bases para os aviões tão estranhos representados naqueles modelos de ouro.
Outras linhas geométricas e figuras enormes, aparentemente desenhadas para serem vistas dos ares, existem em vários locais das Américas tais como as imensas figuras de humanóides no deserto de Tarapacá, no Chile, o labirinto dos Navajos na Califórnia, os montes do Elefante e da Serpente no Wisconsin, assim como em outras partes diferentes do mundo, algumas sem nenhuma tradição arqueológica.
O grande depósito da arqueologia, o Egito faraônico, revelou recentemente algumas indicações surpreendentes de princípios de máquinas de voar mais-pesadas-do-que-o-ar na antigüidade. Ao contrário dos aviões de ouro da Colômbia, estes são feitos de madeira, encontrados em tumbas onde foram preservados por milhares de anos do apodrecimento pelo clima seco do Egito. Parecem ser modelos de planadores e se encontram em coleções de museus onde, em princípio, foram tomados como modelos de pássaros, descobertos nos túmulos antigos. Um modelo de madeira que está atualmente no Museu Egípcio de Antigüidades, identificado e estudado em 1969 pelo Dr. Khalil Messiha, longe de ser um pássaro, possui as mesmas características das aeronaves monoplanas dos dias de hoje. O leme ou cauda é vertical e o corpo tem uma seção em aerofólio. Ao comentar os ângulos em diedros existentes de cada lado, o irmão do Dr. Messiha, Sr. G. Messiha, um engenheiro de vôo, observou:
"Os ângulos diedros negativos preenchem as mesmas exigências que os positivos; um corte mostra que a superfície da asa faz parte de uma elipse que fornece a estabilidade de vôo; e as formas dos aerofólios no corpo diminuem a resistência ao avanço, um fato que só foi descoberto depois de muitos anos de trabalhos experimentais em aeronáutica."
O planador, depois de milhares de anos, ainda pode voar e, quando atirado com a mão voa admiravelmente, demonstrando o conhecimento de aerodinâmica por parte de seus antigos criadores. Depois que o Dr. Messiha percebeu que a envergadura das asas de alguns modelos de pássaros eram quase idênticos à envergadura dos novos aparelhos Caravelle, outros aviões e planadores em potencial foram identificados e, em 1972, abriu-se uma exposição de quatorze modelos no Museu de Antiguidades do Cairo como prova do conhecimento de vôo. no antigo Egito. Nós não sabemos se estes objetos foram inventados ou herdados de uma cultura mais antiga. No entanto, como a maior parte dos objetos existentes nos túmulos egípcios estão ligados a originais maiores, é possível que, por baixo das areias do deserto um planador original ou um avião estejam à espera de seu escavador.
O mais completo dos antigos registros escritos a respeito de aeronanves talvez seja o do Mahabharata, a epopéia hindu, que apesar de ter sido escrita em sua forma atual por volta de 1500 A.C., foi aparentemente copiada e recopiada desde a mais remota antigüidade. Este tratado épico conta as proezas dos deuses e dos antigos povos indianos, mas contém uma tal riqueza de detalhes de natureza científica que, quando primeiro foi traduzido em meados do século XIX, as referências a aparelhos aéreos e propulsão de foguetes não fizeram nenhum sentido para seus tradutores, já que os mecanismos descritos há milhares de anos só seriam conhecidos nos tempos modernos mais de meio século depois. Muitos dos versos do Mahabharata são dedicados às máquinas voadoras chamadas vimanas e continham, para a perplexidade dos tradutores, informações minuciosas sobre os princípios de sua construção. Em outro antigo texto indiano, o Samarangana Sutradhara, as vantagens e desvantagens de diferentes tipos de aeronaves são discutidas em profundidade, quanto às suas capacidades relativas de ascenção, velocidade de cruzeiro, e aterrissagem, e até mesmo a descrição das fontes de combustível — mercúrio — e recomendações quanto aos tipos de madeira e metais leves e que absorvem calor indicados para a construção de aparelhos voadores. Para completar, existem informações detalhadas sobre como fotografar-se os aviões inimigos, métodos para determinarem a sua aproximação, meios de tornarem os seus pilotos inconscientes, e finalmente, como destruir os vimanas inimigos.
Antigo modelo egípcio de planador encontrado num túmulo e que originalmente, foi dado como um modelo de pássaro, — comparado com um antigo modelo de gavião. O planador (à esquerda) sugere um conhecimento da parte de seu fabricante dos princípios da aerodinâmica, demonstrando o arqueamento, o ângulo das asas se afastando da parte traseira da fuselagem, e o ângulo diedro, o ângulo de elevação ou depressão em relação à fuselagem. A causa do planador é vertical — um fato que nunca acontece com os pássaros. As asas do planador são construídas para formarem um vácuo. Apesar de possuir princípios de vôo comuns, os pássaros, com suas asas e caudas emplumadas, são feitos de maneira diferente dos planadores, e a construção deste planador é uma ampla prova de que ele não é um modelo de pássaro, e sim de uma máquina-mais-pesada-que-o-ar. Para completar, ele voa a uma distância considerável quando atirado com a mão.
Em outro clássico antigo hindu, o Ramayana, encontramos curiosas descrições de viagens feitas em aeronaves, milhares de anos atrás. Detalhes de vistas aéreas do Ceilão e de partes da costa da índia são descritos com tanta naturalidade e são tão similares às que estamos acostumados a ver hoje em dia — as arrebentações na beira das praias, a curva da terra, a subida das montanhas, o aspecto das cidades e florestas — que corremos o risco de nos convencer que alguns viajantes aéreos dos tempos antigos viram realmente a terra dos céus em vez de apenas imaginá-la. Num trabalho de ficção, contemporâneo do Ramayana, o Mahavira Charita, o deus-herói Rama, de volta de Lanka, de onde ele acabara de salvar sua esposa, Sita, é apresentado em um vimana especial, descrito da seguinte maneira: — "movimentos livres, com a velocidade desejada sob um controle perfeito, cuja ação é sempre obediente à sua vontade... (dele, que voava com a máquina)... com janelas espaçosas e excelentes assentos..." num exemplo dos antigos clássicos que bem podia servir de anúncio para a Air índia. No mesmo texto nós encontramos um diálogo que é especialmente surpreendente quando lembramos que ele foi escrito há milhares de anos atrás:
Rama: — O movimento desta carruagem maravilhosa parece ter mudado.
Vishishara: — ... Esta carruagem está abandonando agora nas proximidades do mundo médio.
Sita: — Como é possível que mesmo à luz do dia apareça... este círculo de estrelas?
Rama: — Rainha! Ê realmente um círculo de estrelas, mas devido à grande distância em que nos encontramos não podemos percebê-las durante o dia pois nossos olhos estão ofuscados pelos raios do sol. Agora que subimos tanto, este obstáculo foi removido pela ascensão desta carruagem... (e assim nós podemos ver as estrelas).
Se estes relatos são memórias de uma civilização muito antiga e tecnicamente muito avançada ou se são simplesmente fantasias comparáveis à imaginação de nossos modernos escritores de ficção científica, alguns destes textos de um passado tão longínquo nos parecem estranhamente contemporâneos a não ser pelo material usado como fonte de energia para suas aeronaves (e que podem muito bem ter sido mal traduzidos do original):
"... Dentro é necessário colocar o motor de mercúrio com seu maquinismo térmico de ferro por baixo. Por meio do poder latente do mercúrio que impulsiona o redemoinho em ação, um homem sentado dentro dele pode viajara distâncias muito longas pelos ares... quatro'tanques de mercúrio devem ser construídos dentro da estrutura interior. Quando estes forem aquecidos por um fogo controlado... o minana desenvolverá uma potência de trovão através do mercúrio... Se este mecanismo de ferro com suas articulações devidamente soldadas for cheio de mercúrio e o fogo for levado para a parte superior, ele desenvolverá uma força como o ronco de um leão... e imediatamente flutuará como uma pérola nos céus..."
Porém modelos e reproduções de aeronaves e histórias de foguetes e vôos espaciais são apenas uma indicação, não uma prova, de um grande avanço científico. No entanto, certas técnicas e objetos, alguns reconhecidos muitos anos depois de sua descoberta pelo que são realmente, fornecem uma prova mais definida de uma prévia capacidade tecnológica insuspeita num passado distante.
Um bom exemplo disto é o "computador de estrelas" de Antikythera, um pequeno objeto de bronze, consistindo de duas placas ou chapas e rodas ou mostradores soldados pela ação do mar, e descoberto junto com outros objetos, na maioria estátuas, num destroço antigo no fundo do Mar Egeu há mais de setenta anos atrás. Submetido a exames detalhados e banhos de ácido, quase sessenta anos após a sua descoberta através dos estudos de vários arqueólogos, inclusive Derek de Solla Price e George Stamires, ele revelou-se uma luneta de pesquisa de estrelas, articulada, e um computador de órbita dos planetas, um mecanismo para fornecer a posição do barco durante a noite, indicando um conhecimento astronômico e náutico insuspeitado nos tempos antigos. Nas palavras do Dr. Prices: — "Nada parecido com este instrumento foi encontrado em outros lugares... Encontrar um objeto deste é como achar-se um avião a jato dentro do túmulo do Rei Tutancâmon..." — uma eventualidade que talvez não estivesse completamente fora de possibilidade às luzes de descobertas mais recentes...
Outras provas concretas de avanço técnico podem existir ainda em museus, classificadas como objetos religiosos, brinquedos de crianças, ou simplesmente rotuladas com "de uso desconhecido". Wilhelm Konig, um arqueólogo alemão, escavando em ruínas de 2.000 anos de idade perto de Bagdá, no Iraque, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, desenterrou alguns objetos curiosos, cilindros envoltos em asfalto, guardados dentro de potes e munidos de um tampão de ferro — em outras palavras, pilhas secas sem o eletrólito que, fosse lá como fosse, se evaporara. Amostras destas baterias funcionaram mais tarde perfeitamente quando um novo eletrólito — sulfato de cobre — foi adicionado. Após sua descoberta inicial, Konig identificou partes de outras baterias já em exibição em museus e rotuladas como "objetos de uso desconhecido". Depois que estas baterias foram escavadas e identificadas muitos outros exemplares têm sido achados no Iraque e em outras partes do Oriente Médio. Elas eram aparentemente usadas para galvanizar os metais, porém ficamos imaginando se estes conhecimentos extremamente antigos de eletricidade, talvez herdados de alguma civilização anterior mas esquecido até ser redescoberto no século XVIII, teriam sido usados para outras finalidades além da galvanização. O mundo greco-romano usava tochas e lâmpadas a óleo para iluminação e onde ainda existem corredores e passagens altas entre edifícios antigos, traços de fumaça podem ser encontrados nos tetos. Porém, no caso das mais remotas civilizações egípcias, túneis, subterrâneos, maravilhosamente pintados e esculpidos, não mostram nenhum vestígio de tochas ou de lâmpadas de óleo nos tetos, nem as paredes e os tetos de certas cavernas na Europa Ocidental onde os sofisticadíssimos pintores das cavernas de Magdalena e Aurignac executaram suas obras primas de 12.000 a 30.000 anos passados.
Um antigo baixo-relevo no Templo de Hathor, em Dendera, no Egito, durante muitos anos considerado como um enigma arqueológico, representa uma cena onde dois criados parecem estar carregando duas lâmpadas gigantescas, com filamentos interiores na forma de serpentes muito finas, ligados a uma caixa ou comutador por cabos trançados, e que sugerem poderosas lâmpadas elétricas apoiadas sobre siladores de alta tensão. Ao examinar os cabos o Dr. John Harris, da Universidade de Oxford, observou:
" — Os cabos são virtualmente uma cópia exata das ilustrações de engenharia correntemente usadas. O cabo é reproduzido como sendo muito pesado, indicando um feixe de muitos (para múltiplas finalidades) condutores em vez de um único cabo de alta voltagem..."
Existem muitas outras ilustrações em papiro e esculturas, conservadas há milhares de anos pelo clima seco do Egito, que, quando olhados com olhos novos e imparciais, parecem-se evidentemente com descrições dos empregos de aparelhos modernos na antigüidade. Lembramo-nos que nos registros egípcios existem referências a um reinado dos deuses antes da Primeira Dinastia, a uma época de uma civilização superior e poderes miraculosos, partilhados na memória e nos registros das mais antigas culturas de nosso mundo.
É surpreendente imaginarmos que culturas antigas, consideravelmente anteriores a Grécia e Roma, possuissem conhecimentos de astronomia, matemática avançada, cálculo do tempo, e as medidas da Terra e do sistema solar milhares de anos antes que estes fatos fossem redescobertos ou reestabelecidos nos tempos modernos. Para conseguirem estes conhecimentos e informações, estas antigas ou antiga cultura deveriam ter a seu dispor telescópios ou outros instrumentos suficientemente preciosos para realizarem os cálculos com exatidão.
Descobertas extraordinárias foram feitas com os estudos de certos mapas medievais, notadamente pelo Professor Charles Hapgood, (Mapas dos Antigos Reis do Mar), que passou muitos anos reexaminando estes mapas à luz das informações que eles continham sobre terras presumidamente desconhecidas na época em que foram feitos.
Baixo-relevo nas paredes do Templo de Hathor, em Dendera, no Egito, com milhares de anos de idade, mostrando o que foi anteriormente descrito como "objetos rituais", mas que. aos olhos modernos, lembram estranhamente lâmpadas poderosas com cabos trançados ligados a um gerador ou comutador geral. Evidências de conhecimentos de eletricidade foram descobertos em áreas diferentes do Egito e do Antigo Oriente Médio, junto com indicações de seu uso em galvanização e possivelmente também em iluminação.
Alguns deles foram copiados e recopiados no correr dos séculos de originais que desapareceram e guardados anteriormente na biblioteca da antiga Alexandria, e demonstram conhecimentos extraordinariamente exatos sobre terras ainda não descobertas (de acordo com a história como nós a estudamos) quando os originais e até mesmo as cópias foram feitas, tais como a existência das Américas do Norte e do Sul e a Antártida, milhares de anos antes das viagens de Colombo. O mapa de Piri Reis, uma seção de um mapa-múndi dos tempos antigos, descoberto em 1929 entre as ruínas de um antigo harém do extinto Sultanato da Turquia, mostra claramente as costas verdadeiras da Antártida como elas deveriam ser quando não havia gelo, assim como a topografia do interior, igualmente sem a cobertura de gelo. Um exame de amostras de terra na Antártida, tomados nas vizinhanças do Mar de Ross, indicam que ela já está coberta de gelo há seis mil anos, no mínimo. Isto significaria que o mapa original foi feito consideravelmente antes da nossa história conhecida, durante a época de tempo atribuída à Atlântida e sua reputada cultura mundial.
Outro mapa, o Mapa do Mundo de 1502 do Rei Jaime, igualmente uma cópia de mapas muito mais antigos, mostra o deserto do Saara como uma porção de terras férteis com lagos enormes, rios e cidades, o que, numa época muito remota, ele foi mesmo. O Mapa do Mundo de Buache de 1737 mostra a Antártida, como foi copiada de um antigo mapa grego (e a própria existência da Antártida era apenas suspeitada no mundo moderno antes de sua descoberta oficial em 1820), como duas ilhas muito grandes', separadas por um mar interior. Se os gelos pudessem ser retirados na Antártida seria precisamente assim que as terras apareceriam se bem que este fato só ficou conhecido quando as expedições do Ano Geofísico de 1958 revelaram a descoberta. Outros mapas mostram algumas das geleiras da Idade do Gelo ainda existentes em partes da Europa, da Inglaterra e da Irlanda, e, em outro, o estreito de Bering é desenhado como um istmo de terra, como foi numa era passada.
Os traços marcantes destes mapas, recopiados de outros mais antigos, são os fatos de que as coordenadas exatas e o conhecimento da longitude (que só foi aperfeiçoado no mundo moderno por volta do final do século XVIII) indicam um conhecimento de trigonometria esférica, o uso de instrumentos geodésicos de excelente precisão, e a possibilidade de que eles tenham sido riscados há aproximadamente 8.000 a 10.000 anos atrás, muitos séculos antes de nossa própria história começar.
Pequenos bocados de informações astronômicas corretas existem nos registros de antigas raças, se bem que, até aonde nós sabemos, eles não possuíam telescópios, gigantes ou simples, para obterem tais dados. Estes dados incluem a percepção das duas luas de Marte, (e sua distância do planeta), os sete satélites de Saturno, as quatro luas de Júpiter e as fases de Vênus (chamada a "Cornucópia", nos registros babilônicos). Até mesmo aspectos de estrelas distantes foram descobertos: a constelação do Escorpião é assim chamada porque tem uma "cauda", um cometa dentro da constelação, mas isto só pode ser visto por um telescópio poderoso. Do outro lado do oceano, os Maias da América Central, que talvez compartilhassem um conhecimento de culturas anteriores, chamavam também esta constelação de "Escorpião". (Os Maias, de todos os povos antigos, computavam o ano solar no cálculo mais próximo jamais alcançado por outro calendário, inclusive o nosso próprio, como tendo 365,2420 dias, quando o número exato é de 365,2422 dias.)
Os conhecimentos científicos aparentemente regrediram de seu antigo apogeu, e desta forma as informações astronômicas se transformaram em lendas, como, por exemplo, aquela que o deus (planeta) Urano comeu (eclipsou) suas próprias crianças (luas) e depois vomitou-as (o fim do eclipse). Apesar de tais fenômenos não poderem mais ser vistos devido ao desaparecimento dos aparelhos de observação, as informações astronômicas foram preservadas através de mitos semi-religiosos.
Talvez a mais estranha de todas as indicações de uma ciência anterior à nossa e muito adiantada, ainda existente e disponível a nossos exames, seja a da Grande Pirâmide do Egito. Durante milhares de anos ele foi olhada como um túmulo, se bem que as tradições conservadas pelos coptas, uma minoria de egípcios descendentes diretos dos antigos egípcios, indicam que ela seja uma compilação dos conhecimentos do "Reino dos Deuses"; e que isto prova que ela seja um livro de pedra, compilado por Surid, um dos reis de antes da inundação, e que ela seria decifrada no futuro por aqueles suficientemente avançados para compreendê-la.
Este aspecto secreto de informações da Grande Pirâmide foi notado durante a invasão Napoleônica no Egito, quando engenheiros franceses, usando a Grande Pirâmide como um ponto de triangulação, descobriram que os lados eram alinhados na direção dos pontos cardeais com o meridiano de longitude passando sobre o ápex da Pirâmide, e linhas diagonais que passavam através do ápex, se prolongadas no rumo norte, iriam formar uma bissetriz exata com o delta do Nilo. Uma linha prolongada para o norte através do encontro das diagonais da base iria errar o Pólo Norte por apenas 6.400 metros, sempre considerando que o Pólo Norte poderia ter mudado de posição nos séculos que se seguiram à construção da Grande Pirâmide.
O sistema de medidas de hoje é baseado no metro, um décimo-milionésimo do meridiano, uma medida desenvolvida pelos franceses pouco antes da invasão do Egito. O côvado piramidal de cinqüenta polegadas empregado pelos antigos egípcios e que era anterior ao metro francês de milhares de anos é quase igual ao metro, mas é na realidade mais exato pois é baseado no comprimento do eixo polar em vez de no de qualquer meridiano, que pode mudar de acordo com os contornos da Terra.
Certas medidas tomadas na Grande Pirâmide, em termos de côvado egípcio, indicam um extraordinário conhecimento da Terra e de sua colocação dentro do sistema solar — um conhecimento que foi esquecido e só voltou a ser redescoberto na era moderna. Esta informação é traduzida em termos matemáticos: o perímetro da pirâmide é equivalente aos dias do ano, 365.24; dobrando-se o perímetro obtêm-se o equivalente a um minuto e um grau no Equador; a distância da base até o ápex pelo declive de um dos lados é um seiscentos-avos de um grau de latitude; a altura multiplicada por 109 dá a distância aproximada da Terra ao Sol; o perímetro dividido pelo dobro da altura da pirâmide nos dá o valor de, ir- 3,1416 (consideravelmente mais exato que o número a que chegaram os matemáticos gregos antigos — 3.1428); o peso da pirâmide multiplicado por 101$ nos fornece o peso aproximado da Terra. O eixo polar da Terra muda de posição no espaço de dia para dia (trazendo uma nova constelação do zodíaco por detrás do sol uma vez a cada 2.200 anos), e alcança a sua posição original uma vez em cada 25.827 anos, um número que aparece nos cálculos da pirâmide — (25.826,6) quando as diagonais cruzadas das bases são adicionadas. As medidas da Câmara do Rei dentro da Grande Pirâmide têm as dimensões exatas dos dois triângulos básicos de Pitágoras: 2.5.3 e 3.4.5, apesar dela ter sido construída vários milhares de anos antes de Pitágoras. E estas são apenas algumas das coincidências entre as medidas da pirâmide.
Fica-se imaginando porque uma estrutura tão imensa e tão complicada teria sido erguida para transmitir tais informes, a não ser que, após uma série de catástrofes mundiais, os sobreviventes possuíssem facilidades técnicas e desejassem transmitir seus conhecimentos de uma maneira que não pudessem ser destruídos até mesmo se todos os registros e todas as línguas da terra se perdessem. Em relação a este problema, é preciso lembrar que quando os exploradores do espaço chegarem à Terra ou exploradores da Terra alcançarem outros planetas civilizados, a matemática e as equações matemáticas seriam um meio efetivo de estabelecerem as comunicações primordiais, já que os conhecimentos científicos e tecnológicos para uma tal viagem seriam necessariamente baseados na matemática. A mensagem da Pirâmide, que não vem do futuro e sim do nosso próprio passado, poderá revelar consideravelmente mais elementos de informação na medida que nós formos ficando mais hábeis em reconhecê-los.
Já foi sugerido diversas vezes por pesquisadores que a Grande Pirâmide é um registro de um órgão de conhecimentos que mais tarde se perdeu ou se dispersou, a não ser pela parte preservada pelas lendas. Tais vestígios de uma civilização mundial antiga ou de civilizações que nós pensamos conhecer parecem indicar que, enquanto alguns de seus aperfeiçoamentos são similares aos nossos, talvez tenham desenvolvido em outros campos coisas que até os dias de hoje nos são desconhecidas. As enormes estruturas de pedra espalhadas pelo mundo são classificadas como "anônimas", o que significa que ninguém sabe realmente quem as construiu, e geralmente se assemelham umas às outras, lembrando o alinhamento dos planetas, o sol e a lua em suas órbitas, as constelações e outras estrelas fixas, e outras forças ainda, possivelmente os campos magnéticos e as correntes da Terra. Estas enigmáticas estruturas pré-históricas incluem as pirâmides de Teotihuacán no México e nas cidades antigas de Iucatán, nas ruínas pré-incaicas dos Andes peruanos e as linhas do Vale de Nasça, as maciças ruínas de Tiahuanaco a uma altitude de 4.500 metros, as estruturas de pedras gigantescas das ilhas Britânicas, sobretudo Stonehenge e Avebury, e as grandes pedras eretas da Bretanha, algumas das quais ainda subsistem no fundo do oceano, as ruínas pré-históricas das ilhas do Mediterrâneo, no Oriente Médio, no sudeste Asiático, os restos ciclópicos das Carolinas, Marquesas e de outras ilhas do Pacífico, as estruturas monolíticas abaixo do nível das águas no Mar das Caraíbas, os trabalhos de pedra pré-históricos de Niebla, na Espanha, e os trabalhos anônimos no norte da África, inclusive no Egito, os alinhamentos dos grandes montes nos Estados Unidos e as pirâmides arcaicas na China.
Até a primeira década do século atual, todas as moradias da China, antes de serem construídas, eram orientadas por um feiticeiro no sentido de tirar vantagens de todos os rumos da felicidade ou das correntes invisíveis que passam sobre e por dentro da terra. (Deve ser recordado que as primeiras bússolas, como as conhecemos hoje em dia, vieram da China.) Um comentarista inteligente, escrevendo sobre a arquitetura urbanística da China, o Dr. Ernst Borschmann, calculou que o arranjo dos templos, pagodes e pavilhões, dispostos em um centro de onde se espalhavam, pareciam-se a um campo magnético. O processo para se seguirem as linhas de força na Terra (em chinês—feng shui, vento-água), possivelmente os remanescentes de uma ciência antiga avançada, desceram agora ao nível das superstições apesar de uma outra forma de superstição, a acupuntura, que talvez seja uma relíquia científica válida através de séculos de magia, tenha sido elevada a uma posição de respeito pelo atual regime político da China.
Se as forças do magnetismo ou do magnetismo inverso já foram compreendidas e desenvolvidas em épocas muito antigas até um ponto em que a gravidade, ela própria uma forma de magnetismo, possa ser canalizada como outras forças naturais, pode existir uma explicação simples para certas construções pré-históricas tecnologi-camente impossíveis, muitas das quais parecem ter sido literalmente atiradas nos cimos de montanhas e penduradas em plataformas de precipícios como se estas pedras monolíticas houvessem flutuado até lá.
É curioso refletirmos que alguns resíduos de antigas técnicas eletromagnéticas estejam talvez protegendo as pirâmides do Egito enquanto os cientistas de hoje estão se empenhando em revelar seus segredos — neste caso as câmaras seladas dentro das pirâmides. Durante algum tempo organizou-se um projeto para penetrar a estrutura interna da pirâmide de Quefrén em Giza, pela penetração registrada de raios cósmicos nas massas de pedras. Este projeto esteve sob a direção do Dr. Amr Gohed, da Universidade de Fin Shams, no Cairo, usando, entre outros equipamentos, um computador IBM 1130 novo. Apesar dos testes terem sido realizados corretamente, os registros, dia após dia, davam padrões completamente diferentes nas mesmas áreas. De acordo com o Dr. Gohed: — "... Isto desafia todas as leis conhecidas das ciências e da eletrônica..." — e — "é cientificamente impossível". Um artigo escrito no London Times dizia que:
—"As esperanças de uma grande descoberta foram transformadas em um amontoado de símbolos incompreensíveis..." e o Dr. Gohed, ao constatar o fracasso do projeto, declarou: — "...Existe alguma influência que desafia as leis da ciência trabalhando na pirâmide..."
Longe de ser um desafio às leis da ciência, talvez ela esteja simplesmente ligada a nutras leis ou usos ou modificações de outras leis que nós não compreendemos até mesmo hoje em dia — tensões e atrações que representem as forças ocultas da Terra, dos planetas, do j sol, da lua e das estrelas.
Em seu livro Uma Visão sobre a Atlântida, John Mitchell se refere a uma unidade de cultura pré-histórica e observa o seguinte: — "A terra está juncada de trabalhos de engenharia pré-histórica ligados ao uso do magnetismo polar." Ele sugere que nós vivemos dentro — "... das ruínas de uma antiga estrutura cujo tamanho tão vasto tornou-a invisível..." — unindo as grandes pedras remanescentes da pré-história e que ainda existem nas planícies, nas montanhas, nos desertos, nas florestas e por baixo dos mares do mundo. Na opinião dele: — "Os filósofos daquela época (consideravam que) a Terra era uma criatura viva e seu corpo, como o de qualquer outra criatura, possuía um sistema nervoso ligado e relacionado a seu campo magnético. Os centros dos nervos da Terra, correspondendo no corpo humano aos pontos da acupuntura da medicina chinesa, eram guardados e santificados por construções sagradas, elas próprias dispostas como microcosmos de uma ordem cósmica..."
Vestígios do que talvez possa ter sido uma ou mais de uma civilização mundial num passado remoto que desapareceu em resultado de catástrofes naturais ou induzidas por eles próprios e que aconteceu muito antes de nossos próprios começos de que se tem notícia no quarto milênio Antes de Cristo, sobreviveram com facilidade através de fragmentos de conhecimentos avançados, contados e recopiados pelos séculos afora. Edifícios ou monumentos que talvez ainda datem deste período, por mais imponentes que sejam, dificilmente podem ter sua idade determinada. Além do que, a duração deste período que nós previamente havíamos reservado para o aparecimento e desenvolvimento do homem civilizado, dificilmente permitiria o tempo necessário para a construção de edificações desta àvançadíssima e hipotética cultura. Entretanto, as descobertas recentes feitas pelo Dr. Louis Leakey e Mary Leakey no Desfiladeiro de Olduvai, na Tanzânia, e aquelas de Richard Leakey, no Quênia, indicam que o homem primitivo pode recuar até cerca de 2.000.000 anos atrás, e os achados das grutas de Vallonet, na França, deram a idade de 1.000.000 de anos para as ferramentas primitivas ali encontradas. O estudo dos crânios do Homem de Cro-Magnon (geralmente considerado como tendo existido entre 30.000 e 35.000 anos antes de nossa era) indicam que sua capacidade craniana, com o tamanho provável de seu cérebro, era pelo menos igual ou algumas vezes superior ao nosso.
Enquanto as maravilhosas pinturas de animais das cavernas da França e da Espanha, muitas vezes em locais que se encontram abaixo do nível do solo, têm sido aceitas como parte da herança artística do mundo, outros trabalhos artísticos menos conhecidos podem eventualmente causar uma reavaliação básica da idade do homem civilizado. Desenhos rabiscados sobre pedaços chatos de pedra, escondidos por diversas camadas posteriores de terra, encontrados em Lussac-les-Chateaux, na França, mostram desenhos tão surpreendentes para este período geralmente associado aos homens das cavernas que são inacreditáveis; numa era milhares de anos antes do alvorecer da civilização como nós a conhecemos, vemos inesperadamente pessoas de aparência moderna usando roupas, botas, cinturões, casacos e chapéus, e os homens são desenhados com barbas aparadas e bigodes.
Outros desenhos e pinturas murais sofisticadas existem em cavernas profundas na África do Sul, aproximadamente do mesmo período mostrando viajantes brancos, usando vestimentas muito elaboradas, empenhados no que parece ter sido um safári pré-histórico ou uma viagem de exploração.
Os conceitos da evolução pré-histórica postulam que cada tipo de homem segue um outro em uma escala evolucionária ascendente, com os mais aptos e mais desenvolvidos tomando o lugar dos mais primitivos. Se bem que isto seja geralmente verdadeiro, com o tipo mais adiantado do Homem de Cro-Magnon substituindo o embrutecido Homem de Neanderthal, seria ainda possível durante a longa história da Terra, que junto com estes dois tipos, coexistissem outros, numa situação que encontramos presente até os dias de hoje em meio à população do nosso mundo, que inclui cientistas atômicos e aborígines australianos.
Se uma civilização muito adiantada chegou mesmo a existir antes daquelas que nós conhecemos, parece-nos razoável esperar que alguma indicação sobreviveria, fornecendo uma prova evidente (se é que existe alguma coisa realmente evidente nas pesquisas arqueológicas) de que uma cultura tecnicamente tão adiantada houvesse vivido não há poucos, mas há muitos milhares de anos atrás. No entanto, assim como no caso de nossa própria civilização chegar a ser destruída, a maioria das construções, máquinas e aparelhos iria apodrecer, enferrujar-se, partir-se em pedaços e se tornar irreconhecível antes que outros milhares de anos se passassem. Alguns indícios poderiam compreensivelmente sobreviver se tivessem sido enterrados sob avalanches de terra sob os gelos eternos dos Pólos Norte e Sul, ou escondidas no fundo dos mares.
O aperfeiçoamento dos testes de carbono 14, potássio argônio, urânio, tório, termo luminescência, dendrocronologia (o sistema de verificar-se a idade das árvores pelo número de anéis concêntricos nos troncos), e outros processos para determinar-se a idade de objetos e ruínas, sacudiram algumas das sempre clássicas teorias sobre os primeiros passos da civilização. Uma mina de ferro em Ngwenya, no Lesotho, foi explorada por mineiros desconhecidos há 43.000 anos passados. Ferramentas de pedra encontradas no Irã tiveram a sua idade determinada em 100.000 anos. Operações de grande escala nas minas de cobre no estado de Michigan, nos Estados Unidos, aparentemente antecederam os índios americanos em milhares de anos. Em Wattis, no estado de Utah, um túnel recente escavado dentro de uma mina de carvão abriu uma série de vários outros túneis já existentes e de idade desconhecida. O carvão encontrado nestes túneis estava tão velho que não servia mais para queimar. Não existem lendas índias a respeito destas minas, nem os índios usam as técnicas de túneis para a mineração.
À medida que o homem vai se aprofundando na exploração da terra, certos objetos manufaturados vão sendo descobertos encerrados dentro de carvão, pedras ou outros minerais, indicando ter uma idade tão grande que ela pode ser apenas grosseiramente calculada. Uma marca de sapato no Desfiladeiro Fisher, em Nevada, encravada num veio de carvão, teve a sua idade estimada em 15.000.000 de anos; outra marca de uma sola de sapato com nervuras ou uma sandália encontrada sobre um lençol de arenito sob o Deserto de Gobi foi calculada como tendo provavelmente vários milhões de anos de idade. Ainda uma outra marca de sandália fossilizada, descoberta nas vizinhanças de Delta, no Utah, continha trilobitas incrustrados, significando que eles vieram depois da marca da sandália ou estavam engastados nela. Ora, trilobitas são animais paleozóicos marinhos que se tornaram extintos, acredita-se, pelo menos há 200.000.000 anos passados. Um esqueleto humano fossilizado escavado na Itália em 1959, estava rodeado por camadas de materiais cuja idade foi calculada em milhões de anos.
Um pedaço de quartzo encontrado na Califórnia revelou um prego de ferro, completamente encerrado dentro dele, como os insetos pré-históricos preservados em âmbar no Mar do Norte. Um fragmento de feldspato das minas Abbey, em Treasure City, no estado de Nevada, em 1865, continha um parafuso de metal de cinco centímetros, que se havia oxidado porém deixara a sua forma e suas espirais dentro do feldspato; a própria pedra teve a sua idade calculada em vários milhões de anos. No século passado, na aldeia de Schondorf, perto de Vocklabruck, na Áustria, um pequeno cubo de ferro de menos de um centímetro de comprimento e largura, foi achado dentro de um bloco de carvão que havia sido aberto em dois. Uma linha escavada forma uma ranhura em torno do cubo, que tem as pontas arredondadas, como se houvesse sido feito por uma máquina. Não existe, é lógico, nenhuma explicação sobre o que seja ou como foi parar dentro do bloco de carvão há milhões de anos atrás.
Na época da conquista do Peru, sabe-se de um registro de um prego que foi achado dentro de uma pedra por um grupo de índios que trabalhava sob as ordens dos espanhóis, dentro de uma mina peruana, um incidente que causou uma certa movimentação não somente devido à sua idade aparente mas também porque o ferro era desconhecido na América antes da chegada dos espanhóis.
Um mastodonte encontrado em Blue Lick Springs em Kentucky foi escavado a uma profundidade de quatro metros. Mas, ao continuarem as escavações, foi descoberto uma área pavimentada de pedras cortadas e encaixadas umas nas outras, a um metro mais ao fundo, por baixo do mastodonte. Este é apenas um dos exemplos de achados de antigos trabalhos em pedra nos Estados Unidos, tão velhos que a sua idade fornecida pelos materiais que os cercam ou pela superposição de outros objetos (como no caso do mastodonte) não pode ser aceita.
Este e outros casos são tão difíceis de explicar em termos de história que muitos se inclinam a não dar crédito integral a eles, enquanto outros preferem acreditar em visitantes de outros mundos que deixaram suas pegadas em nosso mundo em eras tão remotas que as próprias pedras eram maleáveis e certas áreas viscosas. Uma possibilidade existe, no entanto, de que estas marcas de pés e simples objetos tenham sido feitos por homens de raças extremamente antigas, vivendo na terra, e que as descobertas feitas dentro das minas signifiquem que esta civilização estivesse tão atrás nos tempos que apenas os vestígios que ficaram enterrados no seio da terra ou conservados dentro de outros materiais fossem encontrados e, mesmo assim, não-identificados. Imagina-se quantas destas pequenas indicações não foram destruídas através dos séculos, ficando apenas uns enigmas remanescentes para provarem qualquer evidência de uma civilização anterior ao amanhecer da nossa.
Lendas e representações pictóricas gravadas de animais extintos, porém ainda identificáveis, podem vir a ser outra indicação da cultura humana. Um animal extremamente parecido com o toxodonte desenhado em cerâmica foi encontrado em Tiahuanaco, a cidade de cinco mil metros de altitude na Bolívia. O toxodonte, um animal pré-histórico semelhante a um hipopótamo, havia sido considerado anteriormente extinto muito antes do desenvolvimento da civilização humana e, de qualquer maneira, seu habitai natural não poderia nunca ser um planalto agreste a cinco mil metros de altitude como é Tiahuanaco, nem esta região seria um local adequado para o florescimento de uma grande civilização. E existem indicações, como os terraceamentos para o plantio de milho erguidos acima das linhas de neves atuais nas montanhas vizinhas e um lago profundo contendo exemplares de fauna oceânica, de que toda a região estivesse alguns milhares de metros mais baixa .quando Tiahuanaco foi construída, talvez até ao nível do mar e sobre a costa.
No Planalto de Marchuasi, perto de Kenko, no Peru, encontram-se imensas escavações em pedras — em alguns casos encostas inteiras foram modificadas pelas esculturas. Estes entalhes, apesar de gastos pelo correr de tempos incontáveis, podem ainda ser identificados como leões, cavalos, camelos e elefantes, nenhuma espécie que supostamente tenha vivido na América do Sul durante a era do homem civilizado. Ainda no Peru, lhamas desenhadas em cerâmica pré-incaica muito antiga encontrada nas ruínas de uma cidade costeira perto de Pisco, são mostradas com cinco dedos, como elas possuíam há milhares de anos atrás, no lugar do casco fendido que mais tarde desenvolveram.
O que parecem ser dinossauros foram descobertos em petróglifos inseridos em formações rochosas tanto na América do Norte como na do Sul. Mas como os lagartos comuns, os helodermas e as iguanas por exemplo, se assemelham muito aos seus ancestrais dinossauros, é difícil determinar-se se estes exemplares representam monstros pré-históricos ou lagartos comuns. Talvez seja este o caso de uma gravura indígena ou pré-indígena exibindo um grande lagarto, rabiscada sobre uma formação rochosa no Rio Big.Sandy, em Oregon. A gravura, entretanto, é uma cópia excelente de um estegossauro.
A expedição Doheny encontrou, em 1924, petróglifos antiqüíssimos no desfiladeiro de Havasupai, perto do Grand Canyon. Um desenho em pedra mostra homens atacando um mamute, um petróglifo inesperado de ser encontrado na América, onde o homem sempre foi considerado, geologicamente falando, um retardatário. Entre outras gravuras examinadas existe um desenho bastante razoável de um tiranossauro, de pé sobre as patas traseiras, em parte equilibrado sobre a cauda, exatamente como as reproduções posteriores feitas nos museus o exibiam. Outros petróglifos encontrado ao longo do rio Amazonas e seus tributários mostram outros animais pré-históricos, especialmente o estegossauro.
Perto da aldeia de Acámbaro, no México, durante uma escavação realizada numa ruína em 1945, estatuetas de barro foram desenterradas e causaram um tumulto arqueológico que durou muitos anos. Elas consistiam em modelos de rinocerontes, camelos, cavalos, macacos gigantescos, assim como dinossauros da Era Mesozóica. (O achado foi mais tarde desacreditado pois o seu descobridor, Waldemar Julsrud, ao oferecer o pagamento apenas pelas estatuetas intatas, inadvertidamente encorajou os índios locais a fazerem reproduções.) Testes de carbono 14 realizados com algumas figuras, no entanto, indicaram que elas tinham entre 3 mil e 6 mil e 500 anos. Uma das figuras se parece extraordinariamente com um dinossauro chamado braquissauro que, se não fosse pelas eras geológicas entre os dois, dificilmente poderia ter sido desenhado por um artista que não houvesse visto o animal.
O fato de homens primitivos terem desenhado ou modelado animais que se assemelhavam a dinossauros, é lógico, não serve de prova de que eles realmente tenham visto algum destes animais (apesar deles poderem ter visto os seus ossos). O Dragão de São Jorge e o Dragão da China estão retratados em meio a animais verdadeiros ao longo das muralhas da babilônia, sendo dificilmente realidades físicas. De qualquer forma, certos detalhes sugerem que o homem primitivo talvez tenha surgido muito antes do que é comumente pensado e que ele manteve relações com alguns animais considerados extintos naquela época...
Alguns destes sobreviventes seriam localizados no tempo nas últimas épocas da Era Terciária. Entretanto, já que algumas picto-grafias parecem retratar répteis da Era Mesozóica, muito anterior ao advento do homem, pode-se sugerir uma explicação surpreendente. Se homens altamente civilizados existiram na Terra numa época anterior à nossa, sua curiosidade científica sem dúvida os levaria a descobrir a presença anterior dos dinossauros Jurássicos como foi o nosso caso. Com o desaparecimento desta civilização este conhecimento talvez tenha sido conservado através de lendas (dragões) e pictografias. Novamente, como no caso de nossa civilização, é preciso lembrar que, há pouco mais de cem anos atrás, certos tradicionalistas explicavam a presença de enormes fósseis na Terra dizendo que Deus os fizera ao mesmo tempo em que criara a Terra.
Andrew Tomas, escrevendo sobre anacronismos históricos em seu livro Nós não Somos os Primeiros, fala a respeito de um crânio desenterrado de um auroque (espécie de touro selvagem antigo) agora no Museu de Paleontologia de Moscou. Este crânio, com várias centenas de milhares de anos, apresenta um buraco na parte frontal, evidentemente causado por um projétil redondo. A falta de linhas de fratura radiais, a velocidade e o calor do projétil, assim como o seu formato, sugerem uma bala. Esta suposta bala não foi desfechada após a morte do auroque, já que as investigações realizadas sobre a ferida mostraram que ela cicatrizara algum tempo depois de ter sido feita. Existe um outro exemplo em Londres (no Museu de História Natural), aonde se exibe um crânio humano, encontrado em uma caverna, em Zâmbia, e com 40.000 anos de idade, com um orifício parecido no lado esquerdo, igualmente sem fraturas radiais. As possibilidades contidas nestes dois tiros pré-históricos são extraordinárias, se é que foram mesmo tiros...
Tais descobertas, isoladas e interpretadas da maneira que se desejar, apontam para uma probabilidade de que o homem civilizado existiu na Terra muito antes do que foi suposto anteriormente. Sem mesmo considerarmos a possibilidade de que a civilização tenha sido trazida à Terra do espaço externo, como foi freqüentemente sugerido, haveria tempo e espaço na história de nosso próprio planeta para uma ou várias culturas se terem desenvolvido a um ponto de aniquilação própria através de guerras, distúrbios do meio ambiente ou por terem sido destruídas por outras forças que involuntariamente acionaram.
Nossa própria cultura, se tomarmos como ponto de partida a data de 4.000 anos Antes de Cristo, progrediu desde a agricultura e as atividades pastoris primitivas até a desintegração nuclear em apenas 6.000 anos. Considerando-se a idade da humanidade, existe tempo de sobra para outras civilizações terem chegado a um nível grosseiramente igual ao nosso. Um reexame de alguns dos registros antigos que nos chegaram às mãos talvez possa dar alguma indicação da humanidade ter previamente atingido a nossa presente capacidade de destruição. Enquanto existem várias alusões a grandes explosões sobre a superfície da Terra na Bíblia (Sodoma e Gomorra), nos mitos gregos, e nas muitas lendas dos índios das Américas do Norte e do Sul, é nos antigos registros da índia, copiados e recopiados desde a mais pré-histórica antigüidade, que encontramos, descritos com grande riqueza de detalhes, o uso e o efeito do que se parece terrivelmente com explosões atômicas na guerra.
Referências inesperadas a tais aperfeiçoamentos de nossa civilização tecnológica estão presentes em muitos livros antigos da índia, que, ao contrário de tantos escritos do mundo ocidental, escaparam ao fogo e à destruição. Estas referências, como se houvessem sido escritas nos dias de hoje e não há milhares de anos atrás, falam de coisas como a relatividade do tempo e do espaço, os raios cósmicos, a lei da gravidade, a radiação, a natureza cinética da energia e a teoria atômica. A escola Vaisesika de filósofos cientistas da antiga índia desenvolveu ou preservou a teoria de que os átomos vivem em constante movimento. Seus membros subdividiram as medidas de tempo em uma série de incríveis frações de segundo, sendo a mais infinitesimal delas considerada como "o período levado por um átomo para atravessar a sua própria unidade de espaço".
Referências surpreendentemente modernas são abundantes no Mahabharata, um gigantesco compêndio de mais de 200.000 versos sobre a criação do cosmos, religião, orações, costumes e hábitos, história e lendas a respeito dos deuses e heróis da índia antiga. Calcula-se que ele foi escrito originalmente há 3.500 anos, mas se refere a eventos que tiveram lugar milhares de anos antes disto. Entre os versos do Mahabharata, há um bom número que encerra vividas descrições do que parece ter sido uma primeira mão de uma guerra atômica.
Quando estudantes de filosofia e religião, por volta de 1880, conseguiram ler e estudar o Mahabharata (a tradução só foi completada em 1884), eles naturalmente consideraram como poéticas fantasias as freqüentes, curiosas e detalhadas referências a antigas aeronaves (vimanas), com instruções de como deviam ser propulsionadas e como reconhecer as aeronaves inimigas. Havia citações ainda mais estranhas a respeito de uma arma que paralisava os exércitos inimigos (mohanastra ou "a flecha da inconsciência"), assim como descrições de "carruagens celestes de dois andares" com muitas janelas que projetavam um fogo vermelho que subia aos céus até que se parecessem a cometas... para as regiões tanto do sol como das estrelas.
É necessário que se note que o Mahabharata foi traduzido décadas antes do aparecimento dos aviões, dos gases venenosos ou dos nervos, dos foguetes tripulados e das bombas atômicas. Tais citações não significaram nada e só alimentaram os devaneios da imaginação dos leitores da era vitoriana. Outras referências eram facilmente compreendidas pelos estudiosos ocidentais do Mahabharata já que se referiam a armamentos relativamente modernos como os controles de fogo, os diferentes tipos de artilharia e foguetes, as "balas de ferro", balas de chumbo, explosivos de salitre, enxofre e carvão, bombas e foguetes capazes de reduzir os portões de cidades a destroços, e as agneyastras, canhões cilíndricos que faziam um barulho de trovão. Apesar destes inventos serem atribuídos aos indianos antigos, não chegaram a divertir os leitores, alguns dos quais suspeitaram que os trechos eram "intrusos" ou que haviam sido encaixados entre as traduções numa compreensível tentativa indiana de dizer "nós já sabíamos disto antes de vocês".
Outras armas misteriosas mencionadas no Mahabharata foram compreendidas melhor, apesar de serem quase incompreensíveis antes, durante o correr da Primeira Guerra Mundial. Um comentarista militar indiano, Ramchandra Dikshitar (A Guerra na Índia Antiga), acentuou que a arte da guerra finalmente alcançara o Mahabharata com os modernos aeroplanos equivalentes aos vimanas, a arma mohanastra que causava a inconsciência aos exércitos inimigos, o equivalente aos gases venenosos; ele citou ainda o emprego de foguetes de fumaça que produziam uma densa neblina de camuflagem, e comparou as tashtras, "capazes de exterminar grandes números de inimigos ao mesmo tempo", com os explosivos modernos aperfeiçoados. Enquanto estudiosos do século passado e oficiais britânicos da Primeira Guerra Mundial podiam reconhecer algumas das armas "redescobertas" descritas no Mahabharata, outras descrições eram tão incríveis que chegavam a confundir os tradutores. Até mesmo o tradutor principal, P. Chandra Roy, observou na introdução ao seu trabalho: — "Para o leitor inglês tradicional existem muitas coisas neste livro que ele pensará que são ridículas."
Porém o que era ridículo nos anos de 1880 e até mesmo durante a Primeira Guerra, já não é mais um enigma para quase ninguém neste mundo incerto de nossos dias. Os seguintes trechos, que falam das guerras antigas, são desagradavelmente familiares para nós, apesar de estarem separados de nossa era atômica por vários milhares de anos. Uma descrição de uma arma especial lançada contra o exército inimigo diz o seguinte:
"Um único projétil, carregado com todo o poder do Universo. Uma coluna incandescente de fumaça e chamas, tão brilhante quanto dez mil Sóis, ergueu-se em todo o seu esplendor... era uma arma desconhecida, um trovão de ferro, um mensageiro gigantesco da morte e que reduziu a cinzas a raça dos Vrishnis e dos Andhakas (os inimigos contra os quais ela foi empregada)... Os cadáveres ficaram tão queimados que estavam irreconhecíveis. Suas unhas e os cabelos caíram; as cerâmicas se quebraram sem nenhuma causa aparente, e os pássaros ficaram brancos. Depois de algumas horas, todos os alimentos ficaram contaminados... para escapar deste fogo, os soldados se atiraram nos rios para se lavarem e a seu equipamento...
(Esta armada todo-poderosa)... varreu as multidões (de guerreiros) com seus corcéis de batalha e elefantes e carros e armas como se eles fossem folhas secas das árvores... levadas pelos ventos... eles tinham um ar muito lindo, parecendo pássaros es-voaçantes... voando de cima das árvores..."
Em vez de referir-se aos resultados visuais subseqüentes à explosão desta super-arma como uma nuvem em forma de cogumelo, o escritor, que viu, recopilou de outros narrativas, ou simplesmente imaginou o efeito, descreveu-o como se grandes nuvens se abrissem umas por sobre as outras como uma série de parassóis gigantescos: uma noção diferente da nossa, mas não tão diferente...
Até mesmo as medidas aproximadas da arma ou da bomba são fornecidas:
"Um dardo fatal como o cajado da morte. Ela media três côvados e dois metros. E encerrava toda a força dos trovões de Indra, o de mil olhos... e era... a destruidora de todas as criaturas vivas..."
Existe ainda um resumo do encontro de dois mísseis nos ares.
"... As duas armas se encontraram em pleno céu. Então, a Terra com todas as suas montanhas e mares e árvores começou a tremer, e todas as criaturas vivas se aqueceram com a energia das armas e foram grandemente afetadas. Os céus se iluminaram e o ponto além do horizonte tornou-se negro de fumaça..."
A grande guerra descrita no Mahabharata é calculada como sendo a invasão "ariana" ao subcontinente indiano pelo norte, uma narrativa que podia ter sido relatada em termos compreensíveis, em proporção à época, como Ilíada, sem os recursos de tais coisas como a ficção científica e os tipos de armas estranhamente proféticos.
Cabe-nos ainda acentuar, entretanto, que esqueletos descobertos nas antiqüíssimas cidades de Mohenjo-Daro e Harappa, no Paquistão, estavam extremamente radioativos. Não se sabe praticamente nada destas cidades tão antigas exceto o fato de que elas foram repentinamente destruídas.
Antigas descrições de aeroplanos e de uma guerra atômica, por mais exata que sejam não provam que quem as escreveu testemunhou tais maravilhas pessoalmente ou que elas chegaram mesmo a acontecer somente dentro de sua febril e ativa imaginação. Em nossa própria era, as histórias em quadrinhos de Buck Rogers lidavam livremente com o uso de bombas atômicas até que o FBI, pouco antes de que a supersecreta bomba atômica verdadeira fosse testada no estado do Novo México, persuadiu o autor a desistir de tais referências em suas historinhas. Outra coincidência inconsciente de ficção científica existe nas páginas do livro de Júlio Verne, Viagem à Lua, quando ele estabeleceu na Flórida a base para o lançamento de seu foguete fictício à Lua, mais de um século antes do lançamento real de um homem à Lua. Outra coincidência profética: as medidas citadas por Verne, há cem anos atrás, para o submarino imaginário do Capitão Nemo são quase idênticas às dos atuais submarinos atômicos americanos. Ainda mais extraordinário é o caso de Swift e as luas de Marte. Ao escrever As Viagens de Gulliver, em 1726, Swift descreveu os satélites de Marte e deu-lhes aproximadamente as dimensões verdadeiras e detalhes de suas órbitas em torno do planeta, apesar do fato de que as duas luas que ele tão casualmente (e exatamente) se referia em um trabalho de ficção não foram descobertas antes de 1877. De qualquer maneira, Verne, Swift e o criador de Buck Rogers viviam numa era científica em que a possibilidade de tais descobertas ou invenções era simplesmente uma questão de tempo. Mas os registros indianos foram feitos talvez há mais de seis mil anos passados.
Certos asiáticos e também ocidentais, que sustentam a teoria de que o homem civilizado existiu por um período de tempo muito maior do que o anteriormente suspeito (e o recuo da cortina da civilização parece realmente se estender por séculos e até mesmo milênios que ainda estavam vagos) não consideram inacreditável a possibilidade da existência de ondas sucessivas de civilizações pelo mundo inteiro, algumas das quais teriam desaparecido sem deixar vestígios a não ser em lendas. Assim eles estão preparados para acreditar que as inesperadas e detalhadas citações indianas aos átomos, armas atômicas e tecnologia avançada possam simplesmente ser uma recordação de civilizações pré-históricas e cientificamente muito adiantadas.
Nas lendas da índia, devemos igualmente considerar o fato de que certas regiões da Terra e de sua superfície parecem mostrar cicatrizes atômicas, algumas adquiridas milênios antes de nossas atividades atômicas atuais. Estes locais podem ser vistos na Sibéria, no Iraque, no estado do Colorado e na Mongólia (aonde os chineses com seus testes atômicos estão deixando novas cicatrizes comparáveis às antigas e, em alguns lugares, muito abaixo do nível atual do solo).
Durante escavações exploratórias ao sul do Iraque em 1947, camadas de culturas foram sucessivamente empilhadas no que bem poderia ser chamado de uma mina arqueológica de veios. Partindo do nível atual do solo, as escavações passaram os níveis culturais da antiga Babilônia, Suméria e Caldéia, com marcas de inundações entre as diferentes idades culturais, depois passaram as primeiras aldeias com vestígios de cultura, depois a um nível correspondente aos primitivos agricultores de uma época localizada entre 6.000 e 7.000 anos A.C., e por baixo deles, indicações de tribos pastoris, e finalmente a uma era correspondente ao período Madaleniano ou da Idade das Cavernas de cerca de 16.000 anos atrás. Mais fundo ainda, por baixo de todos os outros níveis, foi descoberto um assoalhado de vidro fundido, diferente de tudo o mais, porém idêntico ao solo dos desertos do Novo México depois das explosões que inauguraram a nossa atual Idade Atômica.
Se aviões, navios e pessoas estão sendo seqüestrados, especialmente dentro do Triângulo das Bermudas, e em outras áreas do mundo, por OVNIs ou outros engenhos e meios, um fator importante de qualquer investigação deve ser as considerações acerca de uma ou várias possíveis razões. Alguns pesquisadores têm sugerido que entidades inteligentes, anos-luz cientificamente mais avançadas se comparadas aos povos relativamente primitivos da Terra, estão empenhadas em observar nossos progressos através dos séculos e eventualmente irão intervir para impedir que nossa civilização venha a destruir o seu próprio planeta. Isto seria, é lógico, a admissão da existência de uma natureza altruística da parte destes seres de um espaço exterior ou interior, um fato nem sempre dominante entre exploradores ou pioneiros.
Por outro lado, talvez seja possível que exista, nas vizinhanças do Triângulo das Bermudas e certas localizações nodais de correntes gravitacionais eletromagnéticas, uma porta ou uma janela para uma outra dimensão no tempo ou no espaço, através da qual seres extraterrenos suficientemente sofisticados nas ciências possam penetrar segundo sua própria vontade, mas que quando encontrada por humanos represente uma rua de mão única, da qual o simples retorno seria impossível devido ao nível de seus aperfeiçoamentos científicos* ou, vedada por forças alienígenas. Muitos dos desaparecimentos, especialmente aqueles que dizem respeito às tripulações completas de alguns navios, sugerem expedições de captura, coleta de exemplares humanos para jardins zoológicos espaciais, exibições em eras diferentes no desenvolvimento planetário ou para experiências.
O Dr. Manson Valentine sugere que podem haver vários e quem sabe? — até mesmo grupos antagônicos de visitantes espaciais, ou das profundezas oceânicas, ou mesmo de outra dimensão, alguns talvez até aparentados — nossos próprios primos de muitos milhares de anos passados, suficientemente civilizados para terem uma razão altruística para nos proteger e à própria Terra, ou pragmaticamente preocupados com o seu próprio meio ambiente.
A partir deste último ponto de vista é evidente que a Terra e suas populações estejam cada vez mais caindo em um perigo maior e de âmbito mundial de ruínas e destruição. Esta situação talvez já tenha até acontecido em diversas ocasiões nos milênios passados, mas apesar da Terra haver passado por um grande perigo, não se tornou inabitável como talvez tenha sido o destino de vários de nossos planetas vizinhos e suas luas. Memórias de catástrofes mundiais quase-fatais ainda continuam preservadas entre certas raças antigas que praticamente desapareceram. De acordo com as tradições de várias destas raças da antigüidade, não houve apenas uma, mas várias catástrofes de âmbito global. As raças indígenas da América Central contam que se viram frente à frente com três fins de mundo até os dia> de hoje estão à espera do quarto fim do mundo — desta vez pelo fogo — numa data não muito longínqua no futuro. Os Hopi, que, entre as tribos de índios dos Estados Unidos, são os que guardam os registros mais completos e estranhamente detalhados de suas peregrinações e dos rumos do próprio cosmos, falam também de três fins de mundo anteriores, uma vez devido a erupções vulcânicas, uma vez causado por terremotos e uma rotação temporária do planeta fora de seu eixo e uma terceira vez pelas inundações e o afundamento dos continentes devido aos habitantes guerreiros do "Terceiro Mundo" estarem destruindo mutuamente suas cidades por meio de uma guerra aérea. Fica interposta a referência de que a Terra rodou fora de seus eixos, o que já é uma indicação de extraordinários conhecimentos mantidos por uma tribo indígena muito pequena, não somente da verdadeira forma da Terra, mas também de sua rotação. A teoria da Terra perder o seu movimento giratório e depois tornar a reajustá-lo está de acordo com uma teoria científica recentemente desenvolvida por Hugh Auchin-closs Brown, que afirma que os distúrbios de rotação foram causados por um excesso de peso do gelo sobre um dos pólos.
Antigas lendas religiosas da índia contam das nove crises do mundo, enquanto outras culturas da antigüidade variam de acordo com o número, porém não quanto à negação de catástrofes globais.
Platão, em seu diálogo Critias, cita um sacerdote egípcio que contou ao legislador ateniense Solon, durante uma viagem ao Egito, o seguinte:
"... Já houve, e vai haver novamente muitos extermínios da humanidade em conseqüência de causas diversas."
E depois de explicar a Solon como os egípcios, devido a seus registros, tinham conservado as memórias de alguns destes acontecimentos, ele supostamente observou:
"... e então, no período atual, as correntes dos céus descerão como uma pestilência... e assim vocês terão de recomeçar novamente como se fossem crianças... (acrescentando, como uma advertência à falta de observações por parte dos gregos). Vocês se lembram apenas de um Dilúvio, quando vários deles já aconteceram..."
A teoria cíclica da civilização, aceita no mundo antigo e ainda em certas regiões da Ásia, forma um contraste marcante com a teoria do progresso de nossa própria cultura e sua preocupação com o correr do tempo e com a luta constante para o avanço da civilização e do desenvolvimento científico. Enquanto nossos conhecimentos aumentam, no entanto, nós passamos a descobrir que o que eram apenas suspeitas de observadores da antigüidade pode muito bem ser o que realmente sucedeu.
Catástrofes mundiais e destruições de civilizações inteiras podem ser o resultado de uma variedade enorme de causas, muitas das quais enfrentamos hoje em dia, mas que resolutamente nos recusamos a encarar. Proeminente entre todas é a questão da superpopulação, um problema que se encontra em alusões nos registros da antigüidade, não somente no Mahabharata, como se o subcontinente indiano houvesse sofrido em determinada ocasião de uma estrangulante superpopulação. A guerra nuclear, sugerida igualmente nos registros da antigüidade, é um dos outros problemas importantes de nossos dias, e é, logicamente, uma maneira inadvertida de resolver o problema da superpopulação, apesar de acarretar o dilema da destruição de boa parte da vida do planeta e até mesmo de prejudicar a sua futura habitabilidade, se as reações atômicas forem bastante fortes, causando desastres sísmicos e eventualmente inundações resultantes do degelo das calotas polares.
Outras catástrofes podem estar se desenvolvendo agora mesmo, não-relacionadas às atividades atômicas, mas ligadas ao desenvolvimento tecnológico, cujos resultados só serão conhecidos com o correr do tempo. Pois hoje, além dos nossos testes atômicos, resíduos nucleares, poluição ambiental do ar e das águas, desequilíbrio da ecologia, e outras coisas, estamos inconscientemente envolvidos em diversas experiências gradativas que poderão eventualmente causar conseqüências surpreendentes.
Um exemplo disto foi sugerido pelo observador científico, Dr. Columbus Islin, ex-diretor do Instituto Oceanográfico de Woods Hole. Discutindo o aumento de dióxido de carbono na atmosfera, ele afirma:
"Durante os últimos cem anos, o uso crescente de combustíveis provenientes de fósseis em nossa civilização industrial global resultou na produção de cerca de 1.700 bilhões de toneladas de dióxido de carbono, 70 por cento do qual se encontra atualmente na atmosfera. Devido ao fato de dois terços deste dióxido de carbono acrescentado ao ar ter sido absorvido pelo mar, um aumento de talvez 20 por cento de dióxido de carbono deve ser esperado na atmosfera.
Os efeitos de um tal aumento não são fáceis de serem previstos, mas existem razões para crermos que isto possa resultar no aquecimento das camadas baixas da atmosfera em vários graus. Assim, estamos realizando, a despeito de nossa vontade, uma tremenda experiência."
O efeito de um degelo, provocado pelo homem, das calotas polares ocorrendo junto com maremotos e inundações das costas através do mundo inteiro são reminiscências do que agora já consideramos longe de ser lendário, o Dilúvio da pré-história que cobriu as terras do Atlântico, do Mar das Caraibas e do Mediterrâneo e outros, Até mesmo o vazamento de petróleo de um destes cada vez maiores superpetroleiros ou de um oleoduto no Ártico podem iniciar um degelo polar em larga escala e de efeitos imprevisíveis.
A extinção de tantas espécies de vida animal pode vir a ser outra fonte em potencial de futuros desastres dos quais nós ainda nem podemos suspeitar. Numa catástrofe anterior, lembremos que Noé, um ecologista antes da moda chegar, enquanto levou sete pares de cada um dos animais mais úteis para bordo de sua Arca, levou também um par de cada um dos outros animais, fossem eles úteis ou não. Talvez a caminhada entre o barbarismo e a civilização e, eventualmente, os conhecimentos e a habilidade para se usar a desintegração nuclear, sejam comuns ao homem e a outras inteligências igualmente equipadas, um processo natural que não ocorreu antes somente na Terra mas em várias outras partes do Universo. Quem sabe se outros sistemas civilizados, extraterrestres ou não, como foi sugerido por Valentine, Sanderson e outros, se bem que não sejam aparentes para nós, triunfaram sobre este impulso de autodestruição e estejam estudando nosso mundo através de seus caminhos ou portas abertas dentro do Triângulo das Bermudas? Seja como uma lição objetiva ou para preservar partes de sua cultura para estudos, ou para impedir que eles se destruam a si próprios. Talvez eles até planejem guiar-nos, como as nações mais fortes tentam fazer com as menos desenvolvidas. Porém atribuirmos motivos a nossos espiões seria assumir que eles pensam como nós: animais selvagens não podem realmente entender porque os colecionadores querem apanhá-los e mostrá-los em exibições em vez de matá-los e comê-los. Possivelmente, como já foi mencionado, os OVNIs estão simplesmente "reconhecendo" nosso planeta. Se for assim, eles andam por aqui realmente há muito tempo. Se existe alguma verdade na hipótese de que entidades alienígenas estejam visitando e observando a Terra e recolhendo informações e espécimes para fins desconhecidos, especialmente dentro da área do Triângulo das Bermudas, será interessante especular o porque desta área ser a de maior concentração especial para os OVNIs. Visões de aparelhos "celestes" no passado distante mostram que eles apareceram em regiões onde o desenvolvimento cultural e tecnológico estava em seu apogeu, como que para se certificarem de tempos em tempos, onde novos núcleos de civilização estavam se aperfeiçoando e se eles seriam ou não perigosos potencialmente. Basta apenas notarmos a seqüência dos antigos registros a respeito destas visitas celestiais à Terra por deuses e aeronaves para percebermos um vago padrão de movimento e ênfase. As primeiras visitas descritas em detalhes foram aquelas feitas ao antigo Egito durante o reinado de Tutmés III e a viagem espacial empreendida pelo sumeriano Etana. Temos, é lógico, indicações mais detalhadas destes contatos extraterrenos no Livro de Ezequiel, que conta as visitas feitas à Terra pelo que parece ser uma espaçonave em quatro ocasiões durante um período de dezenove anos, e que em uma ocasião viu dois deles e, como Etana, foi igualmente um passageiro, além de uma outra possível indicação no caso de Elijah, que subiu aos céus dentro de uma "carruagem flamejante" — para nunca mais voltar. Da índia temos a memória de vôos espaciais na descrição do vôo empreendido por Rama e nas antigas referências americanas ao fato de que os deuses chegaram em máquinas do céu para construírem Tiahuanaco. Sucessivamente, os muitos relatos vindos da Grécia, de Roma, da Europa Renascentista e, em nossos dias, um número cada vez maior em todo o mundo, porém especialmente dentro do Triângulo das Bermudas, sugere a possibilidade de que estes espiões ou observadores estejam interessados nos avanços da civilização tecnológica na Terra, especialmente no que diz respeito às viagens aéreas, viagens espaciais e técnicas de guerra moderna. Durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra da Coréia a aparição de um bom número de "fogos" (luzes não-identificadas ou objetos que acompanhavam os bombardeiros e os caças durante as missões), eram quase um lugar comum, enquanto concentrações relatadas de OVNIs estiveram presentes nas vizinhanças das áreas de explorações espaciais, ou porque isto representa um desenvolvimento potencial de técnica ou por ser uma ameaça ao sistema solar ou a parte do Universo.
As teorias de Ivan Sanderson, entretanto, sugerem que esta ameaça cada vez maior ao meio ambiental de nossos oceanos talvez possa ser compartilhada por formas de vida altamente desenvolvidas dentro dos próprios oceanos.
Parece haver ocorrido várias e surpreendentes confirmações (além dos exemplos citados no Capítulo 6) de OVNS submarinos e suas atividades sendo observados e rastreados por unidades da Marinha dos Estados Unidos. Estes incidentes têm sido, como de costume, "abafados" tanto quanto possível, exceto pelos relatos iniciais. Um dos mais extraordinários foi o rastreamento de um objeto submerso, movimentando-se a mais de 150 milhas, primeiro por um destróier e posteriormente por um submarino durante um exercício da Marinha americana a sudeste de Porto Rico em 1963, na margem sul do Triângulo das Bermudas. Como as manobras eram efetivamente um treino de rastreamento, imaginou-se que o objeto fazia parte do exercício e treze outras naves da Marinha captaram o objeto que se movia rapidamente impulsionado, provavelmente, por uma hélice e fizeram anotações a respeito dele em seus respectivos livros de bordo. Ele foi seguido por um total de quatro dias, às vezes penetrando a profundidades de nove mil metros e sempre mantendo a sua incrível velocidade. Nunca se soube ao certo o que era, apesar da maioria dos relatórios concordarem que se tratava de algo propulsionado por uma única hélice.
Apesar de registros de OVNIs saindo do, entrando no, ou operando no mar, serem relativamente freqüentes no passado, poucas vezes um deles foi tão atentamente detectado e rastreado como durante as manobras de 1963, que eu acabei de descrever.
Supondo a existência de um ramo mais antigo da humanidade ou de outra forma "civilizada" de vida por baixo dos mares, tais criaturas, com uma quantidade de espaço vital muito maior à sua disposição do que a insignificância ocupada pelas formas de vida civilizada sobre a superfície da Terra como nós, eles não se teriam preocupado com nossas ações durante os últimos milênios. Mas uma vez que nosso potencial técnico representou um perigo para eles, a política do Laissez-Faire pode muito bem mudar e os fenômenos do Triângulo das Bermudas podem muito bem ser uma tentativa de antecipação ou de ações exploratórias antes de executarem algo mais definitivo.
Ivan Sanderson sugere que certos relatórios inexplicáveis e não-publicados sobre gigantescos domos transparentes submersos, alguns dos quais foram vistos por pescadores de esponjas ao largo das costas da Espanha e, às vezes, percebidos também da superfície, quando a visibilidade submarina era favorável, por pescadores de lagostas e pescadores profissionais sobre a plataforma continental americana, podem ser (se não forem instalações secretas de defesa) partes de uma rede submarina sendo construída por seres submarinos para fins possivelmente ligados à neutralização da progressiva poluição e envenenamento dos mares. Se nos estendermos neste rumo de raciocínio ainda mais além, seria possível, já que a Terra é essencialmente um dínamo gigantesco, "ligar-se" a Terra com a extensão de redes eletromagnéticas dentro dos oceanos e, eventualmente, ao se ativarem os impulsos corretos, mudar a rotação do planeta.
Esta ligação da própria Terra é remanescente de antigas tradições assim como de teorias comparativamente novas a respeito das grandes fontes de energia da Atlântida, dos complexos de cristal dos raios laser que talvez ainda estejam no fundo do Mar dos Sargaços, parcialmente em funcionamento após milhares de anos e intermitentemente causando as tensões eletromagnéticas e os defeitos que resultam no mau funcionamento e na desintegração de embarcações aéreas e marítimas.
Para nós, é claro, é natural refletir sobre as razões para as visitas de seres extraterrenos e procurar identificar suas finalidades dentro de nossos próprios pontos de referência. Seguindo este raciocínio, é normal supormos que estes visitantes tenham vindo para nos proteger de nós mesmos, enquanto outros observadores menos otimistas calculam que os visitantes não tenham vindo com fins de proteção e sim apenas de colecionadores. Esta última suposição poderia parecer a mais lógica considerando-se o número de aviões, navios e pequenas embarcações com suas tripulações que desapareceram dentro do Triângulo das Bermudas.
O Dr. John Harder, professor de Engenharia da Universidade de Berkeley e um investigador do OVNIs, recentemente (outubro de 1973) expressou a teoria singular e pouco lisonjeira de que a Terra talvez seja uma espécie de "jardim zoológico cósmico, separada do resto do universo e que de vez em quando os guardas venham aqui e façam uma coleta, ao acaso, de seus habitantes".
Uma outra teoria defende que os visitantes talvez sejam indiferentes à humanidade, muito ocupados com seus próprios objetivos, que até agora não fomos capazes de imaginar, e que estas irregularidades aparentes (já que não podemos afirmar definitivamente se alguém morreu mesmo nestes desaparecimentos) tenham sido causadas inadvertidamente, pela projeção dentro do campo de ionização.
Esta teoria tem fornecido aos jornais e às revistas oportunidades periódicas para títulos 'tais como "A Atlântida Perdida está Bem Viva e Está Seqüestrando Navios e Aviões". A idéia de que um facho de raios laser possa destruir ou pulverizar um avião é plausível, mas a idéia de que instalações de energia ou gigantescos complexos de raios laser ainda possam estar em funcionamento depois de milhares de anos imersos no fundo do mar me parece portentosamente ridícula, já que as centrais de laser, como as conhecemos, precisam de manutenção e manejo.
Entretanto, laser é um aperfeiçoamento relativamente recente em nosso mundo, e é provável que eles possam ser levados a um grau de perfeição bem maior no futuro. O laser ultravioleta (que ainda não está desenvolvido) terá consideravelmente mais energia que os lasers raios-X, como será igualmente o caso quando os lasers forem operados a partir de baterias de energia solar ou, como no caso da Atlântida, por forças de dentro da Terra. De qualquer forma, uma era tecnológica altamente civilizada no passado poderia tê-lo desenvolvido não obrigatoriamente da mesma forma que os nossos, nem eles estariam restritos aos limites presentes e temporários de nossa técnica ainda em desenvolvimento.
Ao considerarmos as centenas de desaparecimentos dentro do Triângulo das Bermudas, nota-se que o único traço em comum entre eles é o fato de que os navios e os aviões desvaneceram-se completamente ou que os barcos foram encontrados sem seus tripulantes e passageiros. Enquanto mistérios isolados desta natureza podem ser explicados por circunstâncias extraordinárias ou coincidências de tempo e erros humanos, a maior parte dos incidentes no Triângulo das Bermudas aconteceu com tempo bom e claro, perto dos portos, costas ou pistas de aterrissagem, e por isto tornam-se inexplicáveis de acordo com nossos atuais conceitos.
A história do Triângulo das Bermudas abrange eventos toldados pelas névoas de lendas antigas e modernas, pelas aberrações aparentemente intermitentes das forças naturais e teorias de física ainda não desenvolvidas e que poderiam revolucionar nossos conceitos prévios. O Triângulo das Bermudas nos leva de volta às terras perdidas e que se afundaram, a civilizações há muito esquecidas, a visitantes de nossa Terra através dos séculos, vindos de um espaço exterior ou interior e cuja procedência e finalidades nos são até agora desconhecidas.
Antes de teorizarmos sobre explicações até agora inexplicáveis, talvez seja mais fácil dizer que o Triângulo das Bermudas existe apenas na imaginação dos místicos, ocultistas, dos supersticiosos e dos sensacionalistas. Um dos muitos comentaristas que acreditam
que o Triângulo não seja mais que uma coincidência de desaparecimentos, cada um dos quais pode vir a ser explicado separadamente, observou: — "Aqueles que acreditam no Triângulo das Bermudas acreditam também nas serpentes marinhas", se bem que este último epigrama não seja necessariamente uma prova de que se um não existe o outro também não pode existir, isto é, se uma serpente marinha for finalmente e satisfatoriamente identificada, então todas as outras lendas dos mares se tornarão mais verossímeis.
Em geral, as pessoas não gostam de se defrontar com mistérios que não podem eventualmente ser explicados ou que não tenham uma explicação teórica em termos que elas possam compreender. Espiritualmente é mais confortador quando somos capazes de reconhecer o que estamos encarando no perímetro de nosso mundo físico do que enfrentarmos uma ameaça desconhecida. Se o fenômeno não pode ser explicado, a melhor resposta é ignorá-lo — um tipo de ação muito tranqüilizadora e, de certa forma, mais inocente. Mas a época da inocência científica, junto com a confiança implícita, já passou, tendo terminado definitivamente naquela manhã do dia 16 de julho de 1945, em Alamogordo, no estado do Novo México, quando a teoria atômica estabeleceu a sua própria prova conclusiva de que ela não era apenas uma teoria.
Nós vivemos atualmente em um mundo em que as linhas da ciência e da paraciência estão convergentes — um mundo em que as antigas magias e os sonhos dos feiticeiros têm sido adotados pela ciência e tornados aceitáveis por sua nomenclatura científica. Os biólogos já podem criar a vida; biólogos da criogenia em breve serão capazes de preservar a vida humana indefinidamente através do congelamento dos corpos vivos; transferências de pensamento de desenhos para filmes já foram provadas; a psicocinese, o movimento de objetos pela força da vontade, já não é mais um assunto de levitação e sim uma experiência séria; a telepatia dentro e fora do espaço sideral já foi assunto para experiências de nossos maiores líderes espaciais. O sonho dos alquimistas, a transmutação da matéria, já não é mais uma impossibilidade, e o único impedimento para se transformar quantidades de chumbo em ouro seriam de ordem financeiro.
Numa escala cósmica o firmamento das verdades científicas abriu-se em crateras tão grandes e tão profundas que muitos daqueles que preferem andar em solo firme e familiar ficam estonteados e desorientados. A possibilidade da existência da anti-matéria, a curvatura do tempo e do espaço, os novos conceitos de gravidade e magnetismo, a suspeita da existência dos planetas obscuros dentro de nosso próprio sistema, sóis implosivos, novíssimas e minúsculas partículas de matéria mais pesada que todo um planeta, quasars e outros orifícios escuros no espaço, um universo infinito que aumenta à medida que nossa visão telescópica se estende a milhões de galáxias desconhecidas — este misterioso conhecimento que nos espera à medida que avançamos a uma velocidade tão acelerada que nenhum "mistério" já nos surpreende apenas porque não nos parece lógico. O Triângulo das Bermudas, uma área localizada em uma região tão familiar de nosso planeta, se bem que talvez ligada a forças que ainda não compreendemos (mas que em breve talvez possamos entender), pode ser um destes mistérios. Como raça, estamos agora nos aproximando da maturidade. Não podemos retroceder em nossa busca de conhecimentos ou novas explicações — tanto neste mundo como talvez em outros...
Charles Berlitz
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