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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


PAGANDO A DÍVIDA / Mary Wine
PAGANDO A DÍVIDA / Mary Wine

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

Biblioteca Virtual do Poeta Sem Limites

 

 

3º Livro da série “Sonhos”

PAGANDO A DÍVIDA

 

Passado: Christina Faulkner fez uma aposta e agora deve um beijo ao seu salvador. Se ela tiver sorte, ele esqueceu por completo seu prêmio.

Presente: Shane Jacobs simplesmente não queria que a aposta fosse cancelada. Ele queria algo mais que isso. Mas uma vez que a paixão toca seu coração, um desejo converte um simples contato em fascinante paixão.

Futuro: Christina está a ponto de descobrir que Shane não a esqueceu. De fato, ele retorna para reclamar tudo que lhe pertence. Inclusive seu beijo.

  

   Christina Jennifer Faulkner escutou seu próprio suspiro e resmungou. Hoje a vida parecia difícil. Inclinou-se para frente para olhar cheia de raiva o computador de seu pai, mas a máquina não parecia impressionada por seu caráter.

   Bem... ela ia ganhar!

   — Ainda está mandando a mensagem?

   — Sim, papai, o enlace do satélite não responde.

   Novamente tentou e de novo apareceu na tela à mensagem de conexão danificada. Ela elevou sua cabeça quando um som atravessou a janela. O som débil da hélice de um helicóptero a fez levantar da mesa em que se encontrava. A conexão não se estabeleceria até que o avião militar se afastasse.

   Seu serviço teria que esperar. Sua frustração se dissipou junto com o ruído do avião. Era cômico como o conhecimento de determinados assuntos facilitava a vida. A maior parte dos residentes do Benton County assumia que os helicópteros usavam a área como treinamento militar.

   Ela sabia bem. Foi esse conhecimento que a fez recordar o quanto ela não era estúpida. Ela tinha visto com seus próprios olhos as máquinas negras como carvões do exército. Tinha visto os homens que a vigiavam e que viviam no estilo militar e sentiu saudades da base militar que se encontrava sobre o topo da montanha.

   Lançando um olhar pela loja de seu pai, sorriu e um riso escapou de sua garganta.

   Seu pai dirigia uma loja de maquinaria e roupa de inverno militar, além de pesadas botas e grossas jaquetas possuía garrafões de propano, aquecedores e engrenagens de neve.

   Mas a grande verdade era que a seu pai não gostava dos bosques durante o inverno. A loja era seu brinquedo favorito e adora jogar com ela. A Era da computação era uma ameaça que preocupava a Tomam Faulkner. Preferia um bom catálogo para organizar os seus negócios.

   — Aonde vai esta noite?

   Seu pai a olhou por cima de uma pilha de revistas enquanto executava seu olho paternal sobre sua roupa. Sua saia curta não desviou sua atenção.

   — Cynthia está se recuperando de uma torção no tornozelo. Mick necessita de ajuda esta noite. —O único lugar para beber no condado de Benton era o bar do Fossa, era o centro das atividades sexta-feira à noite em Benton. Também era a semana do dia dos namorados. Mick Trunal era ótimo amigo da família, não podia deixá-lo a mercê de vários homens famintos sem uma garçonete que levasse cerveja durante as propagandas do jogo de beisebol que ocorreria esta noite.

   Seu pai grunhiu e levantou seu dedo para ela.

   — Me chame quando chegar lá.

   — Amo-te, papai. —Ficando de pé, ela pôs um beijo em sua dura bochecha antes que sentisse um puxão em sua saia.

   — Jacobs sabe que está usando uma saia tão pequena?

   — Realmente não me preocupa o que pensa. —Shane Jacobs sequer ousou telefonar lhe durante os últimos dois meses. Porque se importaria se mostrava um pouco da coxa?

   — Sua atitude precisa ajustar-se, minha querida.

   Ela depositou outro beijo em seu pai enquanto agarrava sua bolsa e se dirigiu para a porta. Seu pai pensava que Shane Jacobs era um santo. Não havia nenhum ponto para discutir quando ele era o assunto. O homem havia devolvido-a ao seus pais quando eles acreditavam que ela havia morrido.

   Ela saiu na noite e sorriu ao ver as estrelas que iluminavam o caminho. Elevou seus ombros quando começou a percorrer a curta distância até o quarto da piscina. Eram só duas quadras e as ruas do Benton eram absolutamente seguras para caminhar de noite.

   Pelo menos isso era o que gostaria de acreditar de novo. Desta vez seu suspiro foi amargo. Quanto dói conhecer a verdade? O mundo não é um lugar bom, e viver seus dias acreditando que é um conto de fadas, é uma boa maneira de suicidar-se antes que uma arma seja apontando na sua cabeça.

   De repente sentiu uma ponta de dor que vinha do seu ombro, tratou de esquecê-la. Suas feridas a bala estavam sãs, mas as cicatrizes que seu espelho lhe mostrava a obcecavam É absolutamente aterrorizante pensar que alguém pudesse ser tão mal, e como sua maldade poderia proliferar de forma tão rápida e eficiente.

   Aqui mesmo na doce e cálida Benton, ela e sua melhor amiga tinham lutado por suas vidas. Christina recordou o ocorrido. Apesar de tudo, as feridas de quatro balas que cobriam seu torso não eram produto de sua imaginação.

   Nem Shane Jacobs. Olhando as montanhas que constituíam a maioria do Condado de Benton, tentava ver a casa que tinha compartilhado com o homem. OH, ele tinha sido mais carcereiro do que um anfitrião, essas lembranças negativas que iria tirar de sua mente.

Que coisa patética, Tina.

   Realmente! O homem nem sequer recordava que estava viva e ali estava como uma cachorrinha que olhava o bosque sob a luz do luar. A maioria dos homens nascia com a habilidade natural de evitar o amor. Só queriam uma desculpa para obter sexo. Uma mulher tinha que ser mais inteligente que suas enganosas palavras se quisesse proteger sua saúde mental.

   Um verdadeiro sorriso se formou em seus lábios. Roshelle tinha encontrado um desses estranhos homens que amavam de verdade. Era impossível enganar-se ao ver o olhar com que Jared Campbell a seguia. Seu amor tinha conseguido superar o mal.

   Ela também o tinha feito. Recolhendo seus pés, Christina se encaminhou para seu destino. Possivelmente ela pudesse fazê-lo esta noite. Era hora de seguir em frente.

 

   O Comandante Shane Jacobs parecia-se com seus pais. O homem era um gigante. Seu um metro oitenta e três o faziam tão alto como seu pai. Não era magro, mas seus ombros eram largos e seu peito enorme.

   Roshelle assobiou quando o homem usou cada milímetro da capacidade de seu peito para gritar com seus homens. Não era uma perda explosiva de temperamento, a não ser uma precisa ordem militar que agitou a janela detrás dela. O sentinela que a protegia prestou atenção antes de sair e obedecer a ordem de seu imponente funcionário .

   Seu filho emitiu uma suave choramingo quando a superabundância de ruído o sobressaltou. Roshelle franziu o sobrecenho para Shane, mas ele pareceu completamente tranqüilo ante sua má face.

   — Algum problema, senhora?

   A maioria das mulheres o considerava um grosseiro. Roshelle admitiu que ela teria sido uma delas até alguns poucos meses atrás. E agora? Bem, ela estava acostumada ao gigante que comandava a unidade de seu marido. Não era sociável, mas possuía uma mortal eficácia. Sua casa, a maior parte do tempo, estava nessa base militar na montanha.

   Os Ranger do Exército que constituíam a unidade de seu marido sempre estavam preparados para qualquer ameaça que pudesse surgir. Aqui, a segurança era prioridade sobre delicadezas, maneiras e ainda privacidade. Era algo que ela aceitava como parte do pacote do homem como quem se casou.

   — Isso significa que não, senhora?

   Seu filho de um mês começou a lamentar-se com um tom típico de um recém-nascido. Shane gelou quando olhou à única pessoa do lugar que não ia deixar se impressionar com sua autoridade.

   O bebê ficou vermelho como se gritasse de desgosto. Os seios de Roshelle responderam imediatamente a sua cria. O leite empapou a fronte de sua camisa apesar do fato que ela tinha alimentado Tivon a apenas quarenta e cinco minutos.

   — OHHH... Shane Jacobs precisa trabalhar em alguma parte fora daqui!

   O perfume de seu leite pôs a seu filho frenético. Seus bracinhos golpearam para trás e para frente enquanto fazia fortes sons, sua boca pequena começou a salivar. Não poderia alimentá-lo agora! Seus seios não estavam cheios e isso significava que Tivon não se satisfaria rapidamente. Conseguir um horário para um recém-nascido não era uma tarefa fácil e ela olhou para Shane quando seu filho demandava por seu mamilo.

   — Faça-o. —Grace Campbell não levantou sua voz. A mulher apareceu do lado da casa e caminhou silenciosa para Roshelle. Sua sogra lhe fascinava. A mulher tinha uma vontade assombrosa. Parecia radiar o ambiente.

   Ela olhou para seu neto e Tivon deixou de gritar imediatamente. Seus olhos do mesmo verde esmeralda de sua avó pareciam conectar-se com ela em algum nível mais alto.

   Isso era completamente possível. Grace Campbell era uma psíquica, e Roshelle tinha aprendido a respeitar esse fato. A mente de seu marido era tão afiada quanto à de sua mãe e o dom parecia ser parte do código genético de seu filho.

   Grace não fez um só som. Ela não abraçou ou balançou seu neto. Em troca apoiou sua cabeça com uma mão firme enquanto seu braço tomava seu peso. Tivon levou sua mãozinha a sua boca enquanto seus pequenos olhos esmeralda olharam fixamente a sua avó.

   — Vá tomar um banho. Eu me ocuparei de Jacobs.

   Shane suspirou, mas Roshelle teve que resistir o impulso de rir. Grace era uma mulher de poucas palavras, mas ela apoiava a todos e cada um deles. Deu-se a volta para tomar essa ducha antes que terminasse cheirando a leite. Valia a pena o fedor enquanto estivesse com seu filho.

 

   Shane amaldiçoou silenciosamente e esperou. Ele estava fora de linha e sabia. Não havia muitas pessoas na montanha que pudessem lhe fazer escutar se ele não quisesse, mas a psíquica de seu pai era um delas. Apesar de sua falta de modos. Ela era demais.

   Grace estava ocupada estudando seu neto e parecia estar ignorando-o. Ele sabia bem. A perita psíquica inclusive era mais afiada que uma navalha de barbear. Tinha vivido sua vida inteira em uma unidade de Rangers do Exército. Nada passava sem que ela o visse.

   Seus olhos verdes o olharam antes que a comissura de sua boca se estirasse. Ela se voltou para fora de casa e seguiu sua conexão mental com o bebê.

   Shane a acompanhou. Ela enviou seus afiados olhos para ele antes de levantar uma sobrancelha.

   — Sozinho Jacobs?

   — Aflito. Mas não necessito de nenhuma companhia. Pensei que vieste conversar comigo.

   Ela se deteve e riu.

   — A única pessoa que pode resolver seu problema é você. Seria bom para o resto de nós se conseguisse fazê-lo antes que essa moça vá e se case com algum outro residente do condado. Então poderia ter que considerar te transferir de unidade.

   Shane se deteve e olhou para as árvores. Grace não era muito civilizada. Ela preferia o bosque às paredes de uma casa e tinha criado três filhos entre aquelas árvores.

   Ele estava acostumado a isso, realmente se sentia mais cômodo nesses lugares ásperos e acidentados que nas finuras civis. Ele viveu toda sua vida rodeada pela brutalidade do exército. Seu problema era o fato que ele sentia-se encantado por certa moça suave e delicada que ele tinha encontrado aqui em sua montanha.

   Outra maldição saiu de sua boca quando Shane considerou a idéia de fumar um charuto. O problema com isso era que ele não fumava. O hábito se tornou atrativo quase o mesmo tempo em que ele se encontrou com a Senhorita Christina Faulkner.

   Se ele a negava, sua mãe poderia matá-lo. Se ele não o fazia, a memória da Christina poderia lhe fazer desejar a morte. Procurar a opinião de outra pessoa não ajudou. Grace tinha uma visão já pronta, mas com sua sorte, cada maldito homem de sua guarnição saberia o que o estava acontecendo.

   Merda!

   Dando a volta caminhou pelo atalho dianteiro que separava sua casa da casa de Jared Campbell. Uma risada seca escapou sua garganta. Jared tinha de fato agora uma casa. Era cômico que uma mulher tivesse provocado essa mudança.

   Jared tinha encontrado sua alma gêmea. Droga, se Shane tivesse alguma pista de como a mulher o fez, ela pôde equilibrar sua vida e o elemento militar que a rodeava. Pessoas comuns não se adaptavam bem no reino em que ele e Jared viviam.

   Uma risada amarga saiu de sua boca quando ele simplesmente evocou a imagem de Christina e sua loira cabeça cheia de cachos. Seus olhos azuis faiscavam cada vez que ela ria bobamente. Sua boca queria fazer bruscamente uma dessas caretas tolas cada vez que ele ouvia sua voz, inclusive em sua memória. A nenhuma mulher deveria ser permitido acompanhar os sonhos de um homem antes de ser sua amante. Por Cristo, nem sequer tinha chegado ao fundo com ela.

   Não, idiota, tudo o que fez foi vigiá-la.

   Possivelmente esse era o problema. Ele tinha observado cuidadosamente a maneira em que ela caminhava e a maneira com que movia seu lábio inferior quando o contemplava zombadora. Ela abraçava um travesseiro quando dormia e sempre dava chutes no cobertor até tirar os pés, deixando perceber suas unhas pintadas.

   Os detalhes de seus passeios estavam incluídos copiosamente em sua mente, o movimento de seus quadris que oscilavam de um lado a outro. Ao aroma suave e feminino de seu cabelo pareciam estar gravados, de todas as formas em sua mente. Ele tinha cometido o engano de roçar uma só vez suas pernas e seu pênis começou a palpitar.

   A palavra idiota não era suficiente. Shane olhava sua casa e decidia se iria sair em um dos seus helicópteros. Ele estava inventando algum trabalho para evitar voltar para casa. De algum modo, o lugar era incômodo sem sua convidada. Sim, idiota não era a palavra apropriada.

   Era imbecil.

 

   — Tenho uma ordem para você.

   Christina sentiu que um calafrio percorria seu pescoço. Ela esteve servindo aos clientes toda a noite, mas reconheceu o tom daquela voz. Era profundo e duro como aço. O calafrio que a agitou se chocou contra sua têmpera. Ela se moveu para trás negando-se a encolher-se ante o homem sentado na esquina do bar do Fossa.

   O lugar tinha uma barra e uma pista de baile a um lado, do outro lado um vestíbulo junto ao bilhar. Rourke Campbell estava apoiado contra uma das portas, um de seus pés calçados com botas atravessava o outro. Seus braços se cruzaram em cima de seu peito com esse olhar preguiçoso de residente do condado de Benton que busca um pouco de animo para divertir-se.

   Ela o conhecia bem. Ele era o irmão de Jared Campbell e tão letal como uma cobra. O tempo passado em sua montanha tinha estado cheio de agentes de psíquicos. Não era algo que eles lhe dissessem, ela tinha obtido o testemunho de primeira mão. Este homem, assim como seu irmão, fazia parte de uma operação das forças negras do Exército. Eles se mantinham ao bordo da vida e se fundiram nas páginas apagadas de arquivos classificados.

   Seus lábios se abriram para lhe mostrar um par de dentes brancos. Seus olhos eram do mesmo verde esmeralda como os de Jared e parecia cortar direito sua alma. Ela caminhou pelo chão de madeira enquanto o impulso de correr fora da cozinha enchia seus pensamentos imediatos.

   Ele estava de pé no lugar e permitiu a seus olhos inspecioná-la. Não era a primeira vez, desde que voltou para casa, que algum agente a observava. Ela tinha mantido sua palavra ante o seu pai, o Xerife Brice Campbell. Nenhuma palavra tinha saído de seus lábios sobre o complexo militar que existia dentro das montanhas. Mas isso não queria dizer que sua família tivesse alguma intenção de permitir de desaparecer de sua vida. Eles a vigiavam e se asseguravam que ela soubesse.

   Às vezes o xerife visitava a loja de seu pai, outras vezes era um simples zumbido em seus ouvidos a chamava atenção sobre algum musculoso sentado em um automóvel fora da loja em que ela estava presente. Seus olhos se afastavam dos civis. Ela nunca tinha entendido por que os militares consideravam a palavra civil como se referisse a outra espécie diferente.

   Agora entendia.

   — Não se preocupe, não mordi a ninguém o dia todo.

   — OH, bem, acredito que poderia fazê-lo em qualquer momento. Temos uma regra no Fossa: os animais devem ficar no lado de fora.

   Ele riu. Inclinado sua cabeça atrás permitiu expressar seu gozo masculino. Seus olhos faiscassem quando eles a focassem novamente. Um brilho de avaliação a fez trocar de posição. Rourke Campbell tinha em cada parte de seu corpo uma musculatura de aço, mas ela não queria que a percebesse como mulher.

   Uma sobrancelha escura subiu em resposta a sua reação. Seus lábios se abriram em uma careta que simplesmente era um pouco de simpática. A confusão a golpeou, mas ela manteve seus lábios fechados. Esta família não respondia perguntas, eles as engendravam.

   — Quero um copo de café, puro e forte se tiverem.

   Sim, eles o tinham. Aquele café forte era uma especialidade daquele estabelecimento. Por essa razão, a maioria dos estabelecimentos tinha uma vendiam um café forte na região. O simples fato que Rourke Campbell estivesse planejando em ficar dentro do ambiente, mesmo de forma rápida, para tomar um copo de café, a fez esboçar uma face de não muito amigos cada vez que entrava na cozinha.

   Era como se ela estivesse capturada entre o momento em que foi seqüestrada e sua vida real. Sim, ela estava em sua casa, tentando viver uma vida normal. Mas ela se sentia como um animal enclausurado que lutava pela vida, pela liberdade e tinha terminado recebendo quatro tiros a queima roupa.

   Não podia retornar à sua vida normal. Possivelmente essa era a lição que ela precisava aceitar. Uma vez que a inocência acaba é preciso arrumar outros meios de prosseguir a vida. Usando seu quadril, ela empurrou a porta que se abriu enquanto equilibrava uma bandeja com o café de Rourke. Ela elevou seu queixo enquanto caminhava para o homem.

   Ela sabia sobre sua vida, e isso o que? Ela manteria sua promessa e de algum modo encontraria o valor para deixar de preocupar-se tanto pelas possibilidades do cruel mundo que existia.

 

   — Doutora Roshelle Campbell, parece incrivelmente domesticada esta tarde.

   Roshelle não se assustou. Um pequeno sorriso se elevou em seus lábios enquanto procurava controlar sua necessidade de reagir ante o irmão de Jared. Rourke gostava de parecer uma sombra quase tanto como a seu marido.

   — E você parece alguém a quem pedi para bater na porta antes de entrar.

   Rourke mostrou seus dentes na resposta.

   — Mesmo, mas por quê? Você pode me sentir se quiseres.

   Suas palavras acenderam em sua face um sentido de orgulho. Roshelle o desfrutou enquanto Rourke continuava sorrindo para ela abertamente. Ela podia senti-lo. Seus sentidos empáticos eram cada vez mais fortes à medida que ela mesma os entendia. Era algo que crescia com a prática e a família de seu marido sempre estava desejosa de ajudá-la a conseguir toda a prática que necessitava.

   — Não mudo de assunto. Estava descansando.

   — Bem, eu não estou. Detive-me por um pouco de café esta noite. Essa tua amiga me trouxe um copo horrível de café e o entregou com uma saia tão curtinha, que ainda estou pensando nela.

   Agora que tinha toda sua atenção, Roshelle sentiu levantar novamente o calor em seu rosto. Ela jogou um olhar a seu redor, mas os homens mantiveram seus rostos calmos não permitindo vislumbrar alguma pista sobre o agressivo e estranho comentário de Rourke. Seu marido moveu a cabeça para encontrar seus olhos. Jared tinha entrado em sua mente a noite em que eles se encontraram e o elo estava fortalecendo-se mais cada dia.

   Cada vez mais. Seu filho estava mastigando o dedo de seu pai e parecia incrivelmente pequeno ao lado de seu enorme marido. Tivon não era pequeno! O bebê já tinha completos os nove meses e meio e golpeava e comia como um filhotinho de lobo.

   Jared olhou a seu irmão de repente e levantou uma sobrancelha.

   — Não sabia que Christina estava trabalhando no Fossa.

— Eu tampouco, mas estou fazendo uma nota mental para recordar beber mais café nesse bar. Ela tem umas pernas que alcançam a sua caixa torácica.

   Nesse momento Roshelle sentiu que a emoção se convertia em irritação. Seus olhos se moveram para Shane Jacobs sem sequer um pensamento consciente. Neles se concentrou sua mente. Shane sempre estava perto, por ser companheiro de seu marido estava acostumado a sentir-se muito cômoda em sua companhia.

   Esta noite, os ciúmes surgiram nele como vapor. Sua face era uma máscara de mando militar, mas seus olhos queimavam a fogo lento com o calor de sua mente, ela sentiu que estava aproximando-se de um nível explosivo.

   Roshelle desviou o olhar de Shane. Rourke sabia que suas palavras estavam acendendo o homem. A menos que ela se equivocasse, só estava provocando ciúmes a Shane com esse comentário sobre as pernas da Christina. Todos os homens que a rodeavam eram duros. Eles viviam sua vida no limite. Inclusive um conselho amistoso era visto de má fé entre eles. Neste caso, Rourke estava atirando uma isca de peixe e Shane estava preparado para mordê-la.

   Uma pequena careta irônica apareceu em seu rosto quando ela considerou o que aconteceria se Christina tivesse alguma idéia de que os homens estavam falando dela. De preciosa e angélica sua amiga se transformaria em um demônio fazendo sofrer cada um de seus pretendes.

   Poxa, como sentia saudades de sua amiga!

 

   — Vai de novo ao Fossa? —Tomam Faulkner não estava muito contente, outra vez via sua filha com uma saia curta. Sua filha logo que viu o olhar de seu pai. O impulso por rebelar-se estava crescendo dentro dela. Olhou a profunda das dobras de preocupação que surgir no rosto de seu pai.  

   — Papai, é uma torção no tornozelo, não pode sarar em uma noite. Mick necessita de toda a ajuda possível. É como se o Sr. não conhecesse cada cidadão desde lugar.

   Seu pai grunhiu, mas levantou um dedo para ela.

   — Nós conhecemos até aos estranhos, minha menina. Diga ao Mick que eu disse que mande a um de seus moços tirarem o lixo. Não te quero fora na escuridão.

   — Sim, Papai. —Ela observou amorosamente seu pai e ele usou seu dedo para tocar sua bochecha. Subindo por seus dedos, deu-lhe um beijo antes de sentir de novo ajeitar a barra de sua saia para baixo.

   — Iremos às compras no domingo, cresceste e as saias ficam curtas.

   Seu pai estava de pé na porta e a olhou enquanto saía.

   Não, Papai, elas são curtas assim. Como se diz a seu pai algo desse tipo?

   O Fossa estava a dois quarteirões da loja de seu pai. Dando a volta, ela saiu de sua vista e entrou no Fossa.

   Um homem estava de pé na porta da barbearia, apoiando-se contra uma fachada de tijolos. Ele estava olhando para ela, sua face mascarada pelas sombras. Seus pés se congelaram quando ela o notou. A menos que ele estivesse dormindo ele poderia vê-la, mas nenhuma saudação veio dele.

   A advertência de seu pai estava fresca em sua mente. Eles conheciam os estranhos de Benton e qualquer pessoa teria dito olá. Não havia nada mais que um pequeno aglomerado de lojas, com O Fossa ao final da rua. A música flutuava na brisa noturna proveniente da porta dianteira aberta, junto com animadas risadas.

   O medo passou ao longo de sua espinha quando ela reconheceu a perfeita cena para outro sequestro. Seu sangue se congelou assim como seus músculos em resposta ao seu estado de tensão. O terror estava tentando capturá-la completamente e reduzi-la a um animal assustado que reagia em lugar do pensar

   Ela se negava a fazer isso! Juntando coragem, ela lutou contra a maré de horror de suas lembranças. Ela encontrou o celular em seu bolso e o abriu sem hesitar. Do jeito que as coisas estavam acontecendo seu pai não hesitaria em sacar sua espingarda. Seus pés já estavam retrocedendo para trás quando ela sentia o número cinco sob a ponta de seus dedos. Os faróis de um automóvel se acenderam sobre ela quando um caminhão surgiu na rua, e os freios chiaram quando se deteve seu lado. A janela do passageiro já estava abaixo, Web Nelson sorriu abertamente a ela pelo assento dianteiro.

   — Quer que te leve até o final da rua?

   Christina enviou um sorriso a Web quando alcançou a asa da porta. O alívio a pegou quando ela subiu no caminhão e se afastou do estranho na porta. Seus olhos flutuaram atrás para a sombra na porta e a encontraram vazia. Seus dedos se agitaram quando ela tentou controlar o medo que a comia. Torceu seu estômago com náuseas enquanto subia ao caminhão. Sua cabeça se voltou quando passaram por sobre a porta.

   Estava completamente vazio.

 

   — Deveria te chutar a bunda. —As palavras de Rourke foram faladas brandamente. Shane se encolheu enquanto o homem saia da escuridão de uma árvore.

   — Poderia tentá-lo, mas eu não faria isto justamente esta noite.

   Shane sempre sentia que o outro homem examina seus pensamentos ligeiramente. Era um sentimento que tinha aprendido a conviver.

   Esta noite, ele estava contente. Rourke Campbell era um psíquico e possivelmente era mais fácil ganhar na mega Senna do que explicar ao Coronel Jacobs, seu pai e superior, por que sentia a necessidade de esmagar a face de um de seus homens.

   Shane não queria falar sobre Christina com ninguém e muito menos com Rourke Campbell a quem queria que estivesse a três estados de distancia de Christina. Rourke elevou suas mãos de repente em sinal de rendição.

   — Bem, tentaria-o... Mas.... —Suas mãos baixaram. — Assustou-a, companheiro. Muito mal. — O sorriso cínico de Rourke iluminou a noite. — E se eu não pensasse que isso pudesse feri-la, eu ficaria muito contente em usar meus punhos para fazer o trabalho.

   Rourke se dissipou na noite deixando um obstinado Shane. Ele não queria assustá-la. Soldados atuavam mais por instinto. Escondendo sua face reconheceu que virtualmente tudo em sua vida tinha sido um treinamento militar.

   Ele olhava o Fossa rua abaixo e tinha estado pensando durante muito tempo em uma cerveja fria. Essa maldita pressão entre suas coxas o chateava fazendo com que Shane se esquecesse da cerveja. Não haveria um maldito homem em todo Benton que não estivesse desfrutando da vista das coxas de Christine e ele terminaria no cárcere se tivesse que sentar-se ali no bar e vê-los olhar a sua mulher.

   Ele chegou ao fundo do poço.

  

   — Garota, que bicho te mordeu?!

   Sandra, a cozinheira do Fossa, balançou a cabeça enquanto entregava outro prato aos funcionários. Separou seus lábios em um sorriso que exibiu seus dentes brancos, e mexeu sua cabeça outra vez. Uma espátula foi erguida para a Christina como uma varinha.

   — É muito jovem para estar tão preocupada.

   — Nada de preocupações aqui.

   — Fecha a boca, garota, vejo-o nesses olhos. —Sandra olhou para a churrasqueira e Christina aproveitou a oportunidade para escapar. Encontrou-se olhando ao redor Do Fossa com olhos suspeitos e quase gritou.

   Droga!

   Seu humor estava péssimo a qualquer momento ia explodir. Droga! Entregando o aperitivo a um par de clientes, retirou suas tigelas vazias. O Fossa estava agora quieto, as pessoas estavam jogando bilhar ou simplesmente olhando a repetição de uma partida na televisão enquanto tomavam seu café.

   Poderia voltar para casa. Mick não precisava de sua ajuda agora, já que o lugar não estava cheio, podia se virar com seus funcionários. Na verdade estava inventando razões para não ir para casa.

   Sua raiva aumento enquanto refletia sobre esse fato. Era tão fácil pensar que algo estava acabado até que tinha que enfrentar a isso. Quanto mais pensava nisso, mais louca se voltava.

   — Ouça Mick, estou saindo.

   — Obrigado, Chrissy. —Deu-lhe uma piscada sobre a mesa de atendimento e se girou para o homem com quem estava falando. Metade da cidade ainda a chamava Chrissy. Sim, Shelly e Chrissy, as gêmeas que andava com um rabo-de-cavalo! Algumas vezes se perguntava se Mick percebeu que tinha trocado suas cintas do cabelo por um prendedor.

   Pensando-o bem, talvez não precisasse sabê-lo.

   Saiu da noite de fevereiro e se encolheu em seu casaco. O ar moderadamente frio esbofeteou suas bochechas lhe fazendo sorrir.

   A expressão se desvaneceu quando se aproximou da porta da barbearia. Uma sombra enchia o local. Apertando os dentes sobre seus lábios se obrigou a endireitar-se e passar de lado. Nada se moveu ou se materializou no lugar. Quem quer que fosse o homem já se foi. Continuando o passo girou a esquina para casa.

   — Não pretendia te assustar.

   — Não me assustou. —Christina teve que colocar uma enorme quantidade de ar em seu peito para compensar a aceleração de seu coração. O músculo palpitava freneticamente enquanto via o homem parado na porta. Parecia descansado e depravado, mas só seu tamanho facilmente poderia afligir até a pessoa mais cheia de confiança do mundo.

   — Não era minha intenção.

   A voz de Shane Jacob fez pulsar seu coração rapidamente quando olhou banhados pela lua. Algo dentro dela partiu, uma onda de alguma emoção borbulhou através dela que a fez franzir o cenho. Parecia como se estivesse feliz de vê-lo.

   — Esse helicóptero que pilota danificou sua audição.

   Seus lábios se dividiram para lhe mostrar um par de dentes.

   Seus pequenos mamilos estavam o suficientemente duros para cortar o aço. Shane não podia deixar de cravar os olhos nos pontos gêmeos que se desdobravam ante ele. O medo era outra forma de estimulação, o desejo era quase gêmeo e os dois estavam incrivelmente relacionados. Os seios de uma fêmea estavam unidos ao seus receptores sensoriais, os mamilos respondiam a qualquer estímulo que fora suficientemente forte.

   Repentinamente sua boca encheu de água ante a idéia desses pequenos mamilos respondendo a ele, estimulando a seu corpo. Seu corpo ardeu e sentiu uma enorme necessidade de estar nu. Observar já não ia ser suficiente. Nunca tinha se permitido examinar a necessidade que saía de sua mente. Essa noite era mais clara que a água. Seu pênis lentamente endureceu enquanto olhava o par de olhos azuis que o tinham estado torturando.

   — Então, seus mamilos ficam duros por qualquer homem que encontra?

   — Meus o que?

   Shane saiu do portão da barbearia e se aproximou dela. Ela cravou os olhos nele em estado de choque enquanto seus olhos tratavam de ler sua expressão a com a pouca luminosidade. Levantando uma mão amavelmente ele acariciou um dos pequenos mamilos e a escutou ofegar de ultraje.

   — Estes pequenos pontos me dizem você está experimentando uma grande excitação. Seja devido ao choque, ou porque você e eu estamos compartilhando os mesmos sonhos e desejos.

   A palma dela golpeou sua bochecha.

   Shane girou sua cabeça com o golpe para minimizar o machucado que surgiria na mão de Christina. Agarrou sua mão e a sujeitou prisioneira ao seu grande corpo.

   — Tsk, tsk, que temperamento. —Shane esfregou a palma de sua mão quando ela tratou de se libertar.

   — Me solte!

   — Acredito que não.

   Continuou roçando sua fina mão. Christina sacudiu com força seu braço outra vez, mas ele simplesmente levantou uma sobrancelha para ela e moveu seu sua mão pelo seu braço.

   — É esta sua idéia de advertência?

   Ele negou com a cabeça e deixou de esfregar sua mão. As pontas de seus dedos riscassem a delicada pele do interior de seu pulso. O prazer correu por seu braço a fez tremer. A mão que sustentava seu braço apertou a mais forte quando seus dedos passaram uma segunda vez antes de levantar sua mão e pressionar seus lábios sobre sua palma. O fogo se disparou por seu braço ante o quente roce de seus lábios masculinos.

   Por alguma razão ela era agudamente consciente do fato de que ele era um homem e ela uma mulher. Um louco desejo de baixar seus olhos para a pélvis dele fez com que seu coração batesse mais rápido.

   — Para cada ação, existe uma reação. Quando você me toca, Christina, eu te toco.

   — Você me tocou primeiro. —Ela moveu bruscamente seu braço porque não podia controlar o impulso. Sua pele parecia converter-se em um único ponto de sensações. Essas sensações corriam velozmente desde seus pulsos até seus mamilos onde as apertadas protuberâncias se contraíram até que começaram a doer. Uma lenta corrente de fluido se deslizou por sua passagem enquanto ela lutava contra a idéia de girar sua mão para tocar os sólidos músculos do braço que a sujeitava.

   — Imediatamente depois que te assustei.

   — Você não me assustou, Shane Jacobs!

   — Então te excitei.

   Sua voz era protuberante e sinistra. Desafiava-a a admitir ambas as emoções. Ambas a colocavam em desvantagem. O instinto a advertia que devesse ir embora, mas a tentação lhe rogava que ficasse. Lambeu seus lábios secos antes obrigar a seu cérebro a funcionar.

   — Bom, recordarei de não voltar a cometer o desatino de tocá-lo. Agora, solta meu braço!

   Ele o fez e a mandíbula dela se abriu involuntariamente em resposta. Shane apertou fortemente seus dentes enquanto mantinha seu corpo reto. A necessidade de escapar cruzou os olhos dela. A ponta de sua língua passou por cima de seu lábio inferior fazendo com que ele gemesse. Queria saborear esse lábio, lambê-lo ao longo de sua superfície e saber como se sentia sua boca baixo a dele.

   — Está segura? Acredito que você me tocará o mais rápido possível, Christina.

   — Quando aranhas voarem.

   Ele mostrou seus dentes brancos para ela e, levantando sua enorme mão, estendeu os dedos e imitou a uma aranha grande caminhando lentamente.

   — Parece que você da forma com que eu te toco, do que a faço sentir. —Sua voz baixou inclusive mais, praticamente rouca. — eu adoro a forma que reage a mim. Não agüento esperar que pague sua dívida.

   Sua voz era pura tentação. Seu corpo lhe rogava com pequenos puxões que se aproximasse daquele som rico e profundo de promessa masculina. Sua lógica gritou para ser ouvida sobre o clamor de sua pele. Ambos os impulsos se mesclaram conjuntamente enquanto ela simplesmente ficava ali tratando de entender, mas seus olhos se voltaram à pélvis de Shane. O grosso vulto que empurrava contra o tecido fez com que seu corpo lhe doesse de desejo. Sua vagina repentinamente se sentiu seca enquanto enviava um fluxo de fluido por suas paredes. Seu pênis estava inchado e grosso no interior daquelas calças e seu corpo queria estar muito, muito mais perto daquela dura longitude.

   — Do que está falando?

   — Nossa aposta. Parece esta com ótima saúde, assim ganhei. —Ele deu um passo para ela e elevou seu queixo com sua mão.

   O perfume quente de sua pele a rodeou, fazendo com que seu ventre se estremecesse de necessidade. Seus pulmões respiraram profundamente em sua próxima respiração para atrair ainda mais desse perfume masculino a seu corpo. O calor fez seu ventre explodir de calor e este correu pelas paredes de sua passagem intima. O músculo duro do corpo dele se roçou contra ela fazendo-a desejar um abraço mais apertado que poria aquele pênis duro em contato com ela. Seus pensamentos pareceram centrar-se na idéia que tinha provocado sua excitação. Excitação saída da idéia de que ele tinha vindo para vê-la e de que seu pênis estava duro em resposta a ela.

   — Isso significa que me deve um beijo.

   Sua boca capturou a dela enquanto seu braço rodeava sua cintura e a apertava contra seu corpo. Suas mãos aterrissaram em seus ombros para se aparar naquele corpo, logo surgiu um delicioso desejo capitalista que se sentia sob as pontas de seus dedos. Havia duros músculos esculpidos em seus ombros que a fizeram estremecer suas mãos quando a estendeu e as pressionou contra ele.

   Seu beijo não foi suave. Sua boca se moveu sobre seus lábios em uma fácil conquista quando sua mão cavou seu queixo para obrigá-la abrir sua mandíbula e admitir sua língua. Colocou-a profundamente em sua boca e ela gemeu ante o sabor duramente masculino dele. Era consciente do quão agressivo era seu corpo. Sua força penetrou em seu corpo desencadeando uma quebra de onda de necessidade tão capitalista que se afundou contra seu corpo e se aferrou a seus ombros.

   A ponta da língua dele riscou a longitude da sua. Lenta e profundamente, acariciou sua língua até que esta se moveu com a dele. O braço através de sua cintura se deslizou sobre seus quadris até seu traseiro. Seus dedos acariciaram cada nádega antes de curvar-se ao redor de uma e pressionar seus quadris para frente. Seus quadris empurraram para frente e encontraram a dura protuberância que ela tinha admirado. Foi agudamente consciente de seu púbis e a passagem do interior de seu corpo ardeu e se umedeceu para seu duro pênis.

   O fluido emanou pelas paredes de sua passagem quando sua língua empurrou profundamente em sua boca. Um gemido escapou de sua garganta quando seu sangue correu muito rápido através de suas veias. Movia-se muito rápido! Seu corpo estava muito quente! Empurrou freneticamente contra a parede animal que a mantinha. A necessidade de escapar a fez separar suas bocas enquanto ela se contorcia em seu agarre.

   Shane a deixou ir. Aspirou violentamente quando olhou seus mamilos. Christina lentamente retrocedeu da crua paixão que brilhava em sua face. O homem estava sempre tão sereno, sua face era uma máscara que nunca sugeria suas emoções. Esta noite estava severamente esculpida com a necessidade primitiva de tomá-la. Seu nariz se alargou ligeiramente quando ela deu outro passo atrás. Não era o olhar em sua face o que mais a assustava, era a enorme protuberância sob sua calça que a dizia que ele estava no limite do controle. A grossa longitude pressionando contra suas calças lhe prometia que ele queria muito mais que um beijo. Inchadas dobras de seu sexo lhe gritavam que se aproximasse a fim de poder alimentar sua fome.

   O animal dentro dele queria cruzar com ela. Estender seu corpo e introduzir-se no canal molhado entre suas coxas. Deixar sua marca da forma mais básica e primitiva. Ela negava com a cabeça enquanto se afastava. Shane obrigou seus pés a ficar no lugar. A doce essência de seu sexo ia à deriva no ar da noite lhe fazendo lutar contra o desejo de capturá-la. Em lugar disso, viu-a lutar contra a onda de desejo que vibrava através de seu corpo. Ela seria dele, era uma questão de tempo.

   O corpo dela era uma confusão de impulsos que se estrelavam em seu cérebro enquanto freneticamente tratava de ordená-los para entender. A única idéia que ressonava através de seu cérebro era o conhecimento de que uma vez que aquele a homem tomasse, lhe pertenceria. Seria irreversível e sua rendição seria vista como incondicional. Seu orgulho se rebelou contra a verdade do mesmo modo que sua passagem chorava em acordo.

   — Agora irei para casa.

   Ele assentiu com a cabeça enquanto cruzava seus braços sobre seu peito. Aquilo fez com que os músculos de seus braços se avultassem ainda mais. Os olhos dela se deslizaram sobre sua força e seus lábios se abrandaram com a feminina necessidade dessa força.

   — Então vá, mas voltarei para ganhar meu beijo.

   Seu coração saltou e seus olhos se abriram como uma flor.

   — Acaba de tomá-lo.

   Ele negou com a cabeça e lhe sorriu maliciosamente.

   — Você apostou um beijo, ou seja, deve me dar espontaneamente. É bem-vinda a voltar aqui e pagar a dívida agora mesmo.

   Em lugar disso, ela se deu a volta e correu. Shane se moveu atrás dela. Admirou os detalhes de seu traseiro enquanto fugia dele. A forma enche e sedutora de seus quadris que pareciam rebolar justamente para seus olhos. Eram como sinais de néon dirigidos para seu membro. Aquele se sacudiu com força e empurrou contra suas calças lhe fazendo amaldiçoar quando cada passo que enviava dor através de sua ereção.

   Seguiu-a até que fechou a porta principal e fechou o ferrolho. Um rude grunhido de aprovação golpeou a noite quando percorreu o perímetro da loja de seu pai. Tudo era seguro, mas seus olhos distinguiam as debilidades nas defesas da estrutura. Todas as formas em que alguém poderia entrar ilegalmente.

   Shane sentiu a fúria bulir dentro dele. Realmente desfrutou da emoção quando eliminou sua fome. Seu pênis ainda pulsava, mas era uma doença estável e amortecida que mesclada com sua fúria dava o equilíbrio necessário para caminhar de volta ao lugar onde tinha estacionado seu Hummer. Deslizou atrás do volante e pressionou o acelerador a fundo.

   O vencedor de qualquer batalha era o homem que sabia esperar o momento certo para atacar. Um guerreiro verdadeiro nunca enfrentava a uma luta sem ter pensado em seu ataque. O dolorido membro em suas calças era sua recompensa por enfrentar-se Christina sem um plano.

   Não voltaria a cometer esse engano.

   Shane entrou em seu caminho de acesso e simplesmente caminhou diretamente para sua casa. O ranger de serviço emitiu uma saudação que logo que devolveu. Para ele não existia “fora de serviço”. Ele dirigia uma unidade classificada de rangers que não existia. O que significava que sua vida pessoal e militar era uma só.

   Se seus homens não sabiam onde ele tinha ido essa noite, mas saberiam aonde os levaria amanhã. Um baixo grunhido de aprovação saiu de seus lábios quando considerou essa idéia. Bem. Queria que todos os homens do planeta pensassem que Christina era dele. Queria que acreditassem que ele romperia seus pescoços se sequer pensassem em olhar suas longas pernas.

   Entrou em seu banheiro e abriu a ducha. Shane deixou a luz apagada, adequada a seu humor, enquanto se despia. A luz da lua entrava em torrentes através da janela do quarto de banho. Dobrou suas roupas quando as tirou, por costume, e pôs suas botas em fila contra a parede, sua pistola no alto da prateleira que tinha instalado justamente para por arma de que estava em seu cinto.

   A arma nunca estava fora de seu alcance, jamais. Era sua vida. Entrou na ducha e apertou os dentes quando a água gelada cobriu sua pele quente. Só tinha aberto a água fria, desejando que o contraste de temperatura fosse de encontro a seu sangue.

   Seu membro se sobressaía de seu corpo, negando-se a diminuir enquanto o sabor dos lábios de Christina permanecesse nele. Seu perfume estava profundamente metido em seus pulmões e seu membro se moveu nervosamente outra vez ante a idéia da quente excitação que tinha cheirado nela. Tinha estado molhada para ele. Tão úmida que o cheirou diretamente através de sua roupa. Sua ereção permanecia firme sob a água fria enquanto a fome dava voltas à lógica que lhe tinha mantido longe da cama dela.

   Dobrou os dedos ao redor da dura longitude, deslizando-os para cima e para abaixo em sua larga rigidez. O prazer se uniu à dor enquanto movia sua mão mais rapidamente. Sua semente salpicou os ladrilhos enquanto seus dentes apertados soltavam seus lábios.

   Sua mente se tranquilizou quando as demandas de seu corpo foram aquietadas. Saindo da ducha agarrou uma toalha e começou a traçar um plano.

  

   Christina despertou cansada. Retirou os lençóis que estavam enrolados de sua cama, seu cabelo era um ninho de nós que eram desfeitos quando começou a penteá-los.

   Ela olhou seu reflexo no espelho como se seu corpo pertencesse a de uma desconhecida. Esses não podiam ser seus seios. Os globos pareciam ter aumentado de tamanho. Os mamilos se desenhavam como pequenas protuberâncias enrugadas, sem retornar à condição lacônica como tinham normalmente.

   Sua pele parecia estar ruborizada e também ultra-sensível. Demorou sobre os detalhes de sua maquiagem e seu cabelo, porque o sutiã que tinha tirado de sua penteadeira se parecia mais a um dispositivo de tortura. Seus seios ainda palpitavam ante a mera idéia de estar em contatos com a mão grandes de Shane.

   Ela não quis usar calças jeans. As dobras de feltro contra seu sexo também a incomodavam, e a idéia de usar calcinhas a zangava. Tudo o que queria era vestir um ligeiro vestido de praia de algodão e deixar sua pele livre para sentir o ar sobre ela.

   Christina protestou com frustração e pôs a se vestir.

   Shane Jacobs era o culpado disso! Não sabia como, mas de certa forma ele tinha ativado algum botão em seu cérebro que tinha alterado seu corpo, sua sensibilidade. Interrompendo qualquer pensamento racional em uma manhã comum, algo cintilou em sua face, imagens de uns braços inchados de puro músculo e a percepção de sua dura ereção contra seu ventre.

   A pilha de trabalho que a esperava batalhou contra suas fantasias mentais. Cometeria enganos e esqueceria alguns detalhes que sempre fazia por rotina, mas achado engraçado se a causa não a aterrorizasse.

   OH, estava assustada. Estava furiosa, mas Christina sabia que não se podia mentir. Tinha sido beijada antes. Centenas de vezes e ela não podia recordar seus pretendentes. Tudo o que enxergava era Shane e a forma com que ele deixou fora de si.

   Os moços com os que ela tinha beijado, mas Shane tinha tomado sua boca e a tinha saboreado como um homem. Seu corpo floresceu ao recordá-lo ao mesmo tempo em que seu sexo se esquentava, enviando seu lubrificante fluxo para baixo pelas paredes de sua passagem simplesmente ao recordá-lo.

   Sim, estava assustada. Somente por sua virgindade. Nunca tinha passado da primeira fase como qualquer menina de sua idade e nunca lhes tinha deixado que vissem seus seios ou tocassem seus mamilos. Talvez soubesse que seu corpo se voltaria louco depois disto. Possivelmente essa foi à razão pelo que ela se obstinou com tanta determinação ao negar as ofertas de fazer o amor como motivos de ceder seu corpo.

   Seu corpo tremeu como se reconhecesse o fato básico de que Shane tentaria outra vez com ela. Esse homem ia devastar seu corpo e tomá-lo ao completo, passo a passo, sem perder nem um só momento.

   Sua única opção era se defender, quando entrasse no território onde Shane Jacobs estava presente.

 

   — Papai, posso conduzir, eu mesma até O Fossa?

   Seu pai imediatamente se levantou. Suas sobrancelhas se elevaram sobre seus olhos quando ele colocou seus agudos olhos sobre ela. Christina sorriu e esperou. Seu estômago trabalhava para dissolver o enorme nó enquanto olhava para o sol e pensava que se estava aproximando o momento para que se dirigisse para O Fossa.

   Mas ela não tinha um carro. Quando tinha sido seqüestrada estava no assento dianteiro de seu próprio carro. Em um dos caminhos da montanha de Benton. Dois caminhões a obrigaram a parar ou se chocar contra eles. Ainda não tinha nenhuma pista do que tinha ocorrido ao carro. Seus seqüestradores tinham tudo bem planejado e até um caminhão veio participar de seu rapto. Eles tinham levado para longe seu carro enquanto a tomaram como refém. Não houve nenhum sinal de derrapagem para poder dizer onde tinha desaparecido.

   Seus pais procuravam qualquer desculpa para mantê-la longe de qualquer carro. Deixava-os fazê-lo porque seu pai só possuía três caminhões que tinha comprado para as atividades que a loja exigia. Nos quatro meses que ela tinha estado em casa, tinha utilizado os três enquanto tentava conseguir que sua companhia de seguros pagasse o seguro por seu carro. Sem resultado, era uma tarefa impossível.

   Mas ela não andaria até O Fossa esta noite. Preferia confrontar a seu pai e pedir que a levasse antes de arriscar-se com outro passeio, estando Shane na escuridão.

   Ela venceria seus impulsos, seus impulsos sexuais não iriam controlá-la. Seu seqüestro tinha sido uma tortura que fazia a união com o Shane mais intensa. Devia ser essa a razão pela qual seu corpo reagisse sob seu toque. Ele, um guerreiro com escudo e espada que tinha salvado sua vida.

   Enquanto ela evitasse o homem, seu corpo voltaria ao normal. Não deveria ser muito difícil. Shane não pertencia a seu mundo. Ele se sobressaía como um leão que vivia nas profundezas das selvas africanas. Ele poderia rondar ao redor dos cantos escuros da cidade já que se manteria longe dos padrões civis vigentes.

   — Claro, toma a Betty.

   — Obrigado, Papai.

   Ele beijou sua bochecha e ela se elevou para lhe dar um beijo. Ele tinha um nome para cada caminhão e parecia que ele gostava de todos por igual, sem ter preferidos. “Betty” era o menor dos três e ele sabia que ela mais gostava de conduzir. Mas já que eles eram os bebês de seu pai, sempre deixava escolher qual emprestaria.

   Depois de tudo, ela já tinha passado da idade de deixar o ninho. Era outra coisa que seus pais seguiam encontrando motivos para atrasá-la. Viver sozinha outra vez. Necessitaria de um bom trabalho para isso e sua posição nos tribunais parou quando foi atingida por diversos tiros. Não era exatamente justo dispensar um empregado vigente, quando todo mundo pensa que está morto.

   Ela necessitava um carro que pudesse conduzir melhor para seu trabalho, que lhe daria os meios de estabelecer sua própria casa. Em troca, abriu o caminhão de seu pai e o conduziu para O Fossa.

   Amanhã iria comprar um carro. Tinha que sair de Benton e ir buscar sua própria vida. Shane Jacobs era uma das razões pelas qual ela precisava se mudar dali.

   Isto significava que ele também tinha que desaparecer de sua mente.

 

   Em lugar disso ele estava sentado em uma mesa em uma cadeira à espera que ela chegasse. Uma taça de um café puro descansava em sua mão ele sabia que ela apenas o serviria se não houvesse outra opção.

   Seus lábios ofereceram um sorriso quando seus olhos a encontraram. Aqueles agudos olhos a seguiram por toda parte durante horas. Seu estômago se converteu em uma massa sólida de tensão que temia que não conseguisse beber nem um copo de água.

   Um sorriso surgiu em sua face, mesmo estando carregando uma enorme tensão em seu peito. Mas ele manteve seus olhos sobre ela. Ela colocava seu terceiro jogo de taças antes de levantar sua cabeça para contemplá-lo. Os olhos sombrios se toparam em seu fixo olhar.

   Shane tinha os olhos mais assombrosos que ela já encontrara. Eram de cor avelã, mas tinham tanta calma e estabilidade que ela poderia encontrar paz olhando-os fixamente. Tinha esquecido quanto desfrutou de examinar apenas seus olhos. Parecia tão completamente correto.

   Ele se levantou e andou diretamente para ela. O lugar estava tranqüilo e quase vazio. Seus olhos sustentaram os seu durante todo o percurso até que ele se inclinou sobre ela para lhe sussurrar ao ouvido.

   — Tenho uma pergunta para você. Responda-me e partirei.

   Uma onda diminuta de desilusão emergiu quando considerou seu pedido.

   — De acordo.

   — Você é virgem?

   Seus olhos não se separaram dos seus enquanto ele fazia a pergunta. Ele esperava certamente uma reação honesta. Esta apareceu quando um rubor manchou suas bochechas de carmesim. Ela abriu sua boca, mas ela não pôde encontrar nenhum modo de ocultar sua inocência ante ele. O olhar que desprendiam seus olhos a fez tremor.

   — Responde a pergunta, Christina. Tomaste alguma vez a longitude de um homem?

   — Não pode me fazer essa pergunta tão ordinária. —Ela conteve seu fôlego, olhando ao seu redor rapidamente. Ninguém prestava atenção, mas mesmo assim parecia que cada um podia saber exatamente do que estavam falando. Sua face lhe queimava pelo calor, estava segura de que o casal que estava na escura esquina poderia ver seu rubor.

   — Não tenho que escutar isto.

   Ele segurou suas mãos para mantê-la no mesmo lugar. Seus polegares passaram brandamente sob seus pulsos acariciando a pele interior uma vez mais. Desta vez seu corpo apreciou alegremente. Esqueceu-se de todas as suas objeções, excitou-se com apenas um toque. Seus mamilos imediatamente endureceram. Seus olhos desceram para seu suéter e encontraram os dois mamilos rígidos antes de observar seu rosto outra vez.

   Ela ofegou ante o duro brilho que havia em seu olhar fixo uma vez mais. Não havia nada de amistoso nele, nem um só fragmento de paz em seus olhos cor de avelã, só a pura agressão masculina se formou em sua cabeça.

   — Não me empurre preciosa. A forma em que responde minha pélvis me conduz à demência e o aroma de seu sexo úmido me faz querer penetrá-la e não quero machucá-la. Apenas responda minha pergunta, tomaste alguma vez um pênis em seu doce e pequeno corpo ou alguma outra classe de brinquedo sexual?

 

   — Não. —Ela chiou a palavra e esperou que ele se afogasse nela!— Haja aposta ou não, isto tampouco mudará. —Ela retirou sua mão obrigando-o a deixá-la ir ou prender seu corpo. Suas mãos se levantaram em uma fração de segundo ao sentir como ele flexionava seus dedos em seus punhos.

   — Respondi, com permissão.

   Seus olhos em troca desceram para seus escuros mamilos, se moveram sobre seus seios e vagaram para a curva de seu pescoço.

   — Quando faz uma aposta comigo, Christina, deveria planejar pagá-la. —Seus olhos foram duros quando ele se inclinou através da mesa. — Ou te acossarei até a morte. —Seus olhos cor de avelã se abrandaram quando ele acariciou seu rosto com sua mão quente.— Mas não te farei mal, enquanto não me volte louco. Quer-me, carinho, posso cheirar sua umidade daqui. Talvez não esteja quente e preparada, mas se fosse honesta e não jogasse como se fosse uma menina pequena...

   Ele se levantou e se endireitou em toda sua altura. O aspecto de seu corpo gritava para convidá-lo a fazer tudo o que um homem faria com sua mulher. Cem sussurros das suas mais escuras fantasias a impulsionaram a agradar seus caprichos. Ele de repente sorriu abertamente ao olhar seus olhos e se inclinou para ela para sussurrar uma vez mais.

   — Vejo sua face quando fecho meus olhos de noite. Cada noite desde que tomei e te deixe com seu pai. Agora minha casa está vazia sem você.

   Ele se foi um segundo depois. Um tolo sorriso cobriu sua face quando ela pensou no que ele tinha admitido. Ele não tinha retornado pela aposta.

   Shane tinha retornado por ela.

 

   Ele a observava quando ela partiu do Fossa. Não havia duvida de que o Hummer estacionado na garagem era do Shane. OH, realmente o carro não tinha um aspecto militar. O carro marrom poderia pertencer a outro residente.

   Mas se notava. A forma enorme do condutor, até na escuridão, o carro era de Shane e somente ela e ele sabiam disso. Foi quase como se sentisse seus olhos sobre ela. O Hummer se retirou da garagem um segundo depois de que ela saiu. Ele seguiu seu caminhão até chegar ao estacionamento da loja de seu pai.

   A parte de baixa era a loja e o piso superior era a residência familiar. Seu pai possuía uma pequena cabana no topo da montanha, mas ela criou-se em cima da loja. Abriu à porta, Christina entrou, fechando a porta e jogando uma olhada pela cortina.

   Shane tinha ido. A rua estava vazia. Perguntou-se se o homem realmente tinha estado ali. Sacudindo a cabeça, deu volta para a escada. Ele não se parecia com os homens com que estava acostumada a ter a seu redor. Inclusive o seu pai.

   Shane era uma espécie de predador que tinha sido treinado para ser um assassino perfeito. As coisas diárias que eram normais, agora pareciam diferentes desde o momento em que ela tinha visto outra vida. Coisas como andar. Shane sempre olhava a seu redor, seus olhos em contínuo movimento, precavendo-se de qualquer coisa que se movesse. Esta noite, ele tinha sentado com suas costas à parede e as duas portas estavam claramente à vista. Ele não sentava atrás da mesa tampouco. Ele tinha girado sua cadeira longe dela e deixado sua taça na borda. Poderia ter saltado por sua cadeira em apenas um segundo. Não andava inseguro ao redor das cadeiras ou das mesas, o homem sempre se assegurava antes de sentar.

   Ele sempre esperava que algo acontecesse e se assegurava de que poderia responder quando ocorresse. Como se estivesse diante de um espelho ela observava essas provas que a disseram que ele tinha o direito de viver desse modo.

   Quatro balas tinham rasgado seu corpo em uma fração de segundo. Shane não tinha estado ali. Ele e Jared a tinham deixado ela e Roshelle sob o guarda de seus homens. O ataque tinha vindo tão rapidamente, que terminou antes que ela compreendesse que sua vida estava em perigo. Tudo tinha sido tão silencioso que somente escutou a seu próprio coração porque esperou que este parasse para sempre.

   Em troca, tinha examinado aqueles olhos cor avelã de Shane e tinha descoberto exatamente o quanto gostava. A esperança tinha estado em seu fixo olhar quando ele atendeu suas feridas, e apesar de que ter dito que morreria, de algum jeito ele a tinha feito acreditar que não pereceria.

   E ela tinha sobrevivido, por isso devia ao homem um beijo. Um tremor sacudiu seu corpo. Olhou seus mamilos enrijecidos enquanto um calor líquido escorregava para baixo de suas pernas. Viu-se tão necessitada ao sentir uma dor em seu sexo, que pedia a gritos que cuidasse de suas necessidades.

   Em troca ela avançou lentamente para sua cama sem roupa. Sua pele rechaçava ser coberta e esse foi o único desejo que ela pareceu ser capaz realizar.

  

   — Maldito dia dos namorados.

   Dois ruídos surdos golpearam o piso enquanto seu pai resmungava algo mais. Levantando do pequeno escritório da loja de seu pai, Christina olhou seu pai enquanto ele olhava carrancudo o que fosse que tinha deixado cair no piso. Seu movimento capturou sua atenção e deu a ela sua masculina expressão de descontente.

   — Sua mãe nos reservou uma fuga romântica.

   — Sinto realmente, papai. —Ela conteve o sorriso que se formava em seus lábios porque seu papai considerava pescar em uma remota cabana algo romântico. Ter um quarto simples era a idéia de luxo de seu pai. O porquê ele uma vez se casou com sua mãe era um mistério.

   — Eu me encarregarei da loja, Papi, não se preocupe.

   — Ah, esquece! Ninguém vem aqui no dia dos namorados. Deixa a porta fechada.

   — Temos tomadas! Independente da situação...

   Essa era a advertência normal de sua mãe antes de realizar sua nova viagem de compras. Ali estava o ligeiro par de saltos altos sobre as escadas de madeira antes que Terri se deslizasse fora de sua vista. A face de seu pai quase resplandeceu quando ele a olhou. Repentinamente não foi tão duro entender o que formavam os dois juntos.

   — Senhorita, parece estar perdida, quer que nos metamos em confusões?

   — Meu papai poderia fazer você me encontrar na igreja e me fazer uma mulher honesta.

   Seus pais se dirigiram olhares sensuais entre eles que nenhuma filha queria lembrar. Seu papai agarrou a Christina em um abraço enquanto lhe piscava os olhos.

   — Hei agora, eu me casei com ela, verdade?

   — Divirtam-se.

   Seu papai torceu o rosto em um sorriso falso antes que ele recolhesse sua bagagem e seguisse a sua mãe para fora da porta.

   — Se nos necessitar, querida, é só nos chamar. —Sua mãe soprou um beijo enquanto se acomodava no assento dianteiro de um caminhão. Sua figura não combinava com a velha máquina, tão antiga como refletia, mas o resplendor em sua face dizia que estava justo onde queria estar.

 

   — Está salvando a vida de um homem velho esta noite.

   Mick começou a refletir enquanto suas mãos continuavam mesclando uma bebida quando ele falou. O Fossa fazia parte da vida das pessoas. Cynthia se sentou na cadeira com seu tornozelo ferido apoiado em uma caixa de madeira enquanto executava o registro. Era o fim de semana do dia dos namorados e ninguém queria ficar em casa. O verdadeiro dia dos namorados não era até manhã, mas a noite de sexta-feira era uma razão bastante boa para começar a celebração.

   Christina estava desfrutando da noite. Doíam-lhe os pés e havia uma opressão entre suas omoplatas, mas só a excitação do lugar a fazia feliz. A única coisa que a esperava era uma casa escura. Aqui, havia amizades e umas quantas gorjetas adicionais para ajudar com essa expedição da compra de carro.

   A viagem não anunciada de seus pais ia ser sua oportunidade para voltar para mundo. Amanhã pela manhã ela cairia fora de Benton, em busca de uma distribuidora de carros.

   Era meia-noite quando Mick a dispensou. A banda tocava uma suave balada de amor tão pegajosa que se gravou em sua cabeça enquanto conduzia para casa. Ela ainda cantarolava quando pôs a chave na fechadura.

   — Está pronta para pagar a dívida?

 

   Assustou-se desta fez. Christina não fez um só som enquanto curvava seus dedos em um pequeno punho e o socou.

   — Ai. —Sua mão doeu quando ela conectou com sua mandíbula muito grande. A dor viajou através de sua mão, acima por seu braço e justo dentro da opressão entre suas omoplatas.

   Sua memória lhe recordou a reação dele da última vez que o golpeou. Ela saltou para trás, mas não o suficientemente rápido. Sua mão terminou presa na sua enquanto a olhava ferozmente.

   — Melhor, doçura, mas precisa usar seu ombro se quer dar um murro que valha a pena. Especialmente quando trata com alguém duas vezes seu tamanho. —Shane começou a esfregar sua mão, seus dedos enviaram pequenas ondas de prazer a seu dolorido braço.

   — O que está fazendo na loja de meu pai? A porta estava fechada com chave. —Um sarcástico sorriso apareceu em sua face enquanto Shane elevava uma só sobrancelha ante ela. A expressão arrogante a fez querer batê-lo usando seu ombro e um próximo ataque. O gigante incluso não tinha gruindo ao ser socado. — Você sabe, meu pai gosta de sua escopeta. A violação de domicílio em sua loja é justo fazê-lo te disparar.

   — Suspeito que é uma boa coisa que seu papai não esteja em casa esta noite.

   A face da Christina ficou branca com sua declaração. Um tremor

percorreu sua coluna vertebral quando viu seus olhos concentrados nela. Ele estava olhando-a com um claro aspecto de um caçador. Seus mamilos se apertaram repentinamente e quase insuportavelmente quando ela considerou ser sua caça.

Shane soltou sua mão quando a deixou afastar-se dois passos dele. O nervosismo titilou nos olhos dela, mas as órbitas azuis também se moveram sobre seu peito e para baixo antes de retornar a sua face. O desejo disparou através de sua corrente sanguínea como fogo. A excitação não era algo que planejava que estivesse ali ou não. As duas pontas de seus mamilos levantaram sua camisa fazendo a seu pênis endurecer-se de necessidade.

   — Vêem para cá, Christina.

   Shane estava acostumado a ser obedecido. Sua voz foi cortante, com autoridade. A ordem era algum tipo de prova de sua vontade. Seu corpo repentinamente insistiu em que ela fizesse o que ele queria. Percorreu os três passos que a colocariam outra vez dentro de seu abraço. O calor pareceu irradiar da pele dela em ondas que fizeram a sua roupa muito quente.

   Ela entendeu a pressa da sensação agora. Soube sem dúvida por que estava ali o suave fluxo de calor percorria seu corpo desde seus seios até seu ventre. As dobras de seu sexo ficassem ultra-sensíveis enquanto o fluido surgia entre eles. Jogando seu cabelo para trás, ela olhou o homem de pé ante ela. Passando o olhar por seus ombros, ela olhou a força pura exteriorizada por sua ampla largura.

   Cada célula de seu corpo pareceu zumbir de aprovação. Seu corpo exigiu uma inspeção mais próxima dele e seus hormônios invadiram sua capacidade de pensar. Ela quis envolver seus pensamentos ao redor da idéia de que ele tinha retornado a ela por alguma razão além de sua aposta.

   — Bem, Shane, eu apostei um beijo e sou uma mulher de palavra. —Dando outro passo ela levantou seus braços para alcançar esses ombros.

   Sua cálida respiração tocou os lábios dela antes que se elevasse sobre as pontas dos dedos de seus pés para completar o beijo. Seus dedos vagaram sobre o peito dele enquanto ela abria sua boca contra a dele. Seu sabor masculino a tocou. A ponta de sua língua não poderia resistir à tentação de viajar para o centro de sua boca, explorando-o e acariciando toda a longitude de sua língua.

   Suas mãos se fecharam sobre sua cintura enquanto ele a elevava mais alto. Seus corpos conectaram quando ele empurrou sua língua profundamente em sua boca. O desejo se contraiu ao redor de seu ventre quando a dura longitude de seu pênis ardeu em seu ventre. Seus lábios deixaram os dela enquanto ele continuava levantando-a, até que seus lábios encontraram a suave coluna de seu pescoço e ela ficou sem fôlego enquanto o prazer ondeou por seu corpo abaixo.

   Shane a colocou sobre o mostrador da loja e passou uma mão através dos fios sedosos de seu cabelo. Empurrando sua cabeça para cima, ele mordeu a pele do seu pescoço e gemeu. Movendo-se mais abaixo ele encontrou seu ombro e amavelmente mordeu o lugar onde seu pescoço começava. Um pequeno gemido saiu de seu peito quando arqueou sua cabeça.

   Cada botão da camisa dela saiu voando para o piso. Um rápido puxão de suas mãos rompeu os fios antes que Shane desabotoasse a fronte de seu vestido. Seu sutiã tinha um broche na parte dianteira e ele expressou com um grunhido sua aprovação quando seus dedos o separaram. O ar fresco da noite roçou contra sua carne reaquecida fazendo-a ronronar com satisfação. Seus dedos roçaram brandamente os mamilos de seus seios antes de apertar cada um de seus mamilos entre o polegar e o dedo indicador.

   Um grito encheu a loja escura. Christina não estava segura de que fora dele. Era muito feminino, muito cheio de prazer primitivo. Suas costas se arquearam para oferecer seus seios a ele como em algum ritual de união. A luz de lua banhou a ambos quando ele deu um passo adiante e separou suas coxas.

— Estive pensando em saborear estes mamilos por muito tempo, doçura. —A expressão sobre sua face a fascinou. Era pura avaliação masculina, dura e talhada com um jeito primitivo que a fez tremer. Suas mãos cavaram seus seios, fazendo a abrir a boca de prazer. Suas costas se arquearam até mais enquanto ela colocava suas mãos para trás do móvel mostrador para balançar-se. Sua saia curta se levantou com a separação de suas coxas. Ela estava repentina e profundamente consciente de sua exposição. Só sua magra calcinha a defendia dele, e estava tão molhada que o algodão se pegava a suas dobras enquanto a cabeça dele mergulhava nos seios que ela oferecia.

   Ela gritou quando ele apanhou um mamilo entre seus lábios. Shane grunhiu ao redor da protuberância enquanto usava sua língua para atormentar a ponta. O quente aroma de sua vagina ardeu em sua cabeça quando ele pegou a seu seio e o sugou. Seu pênis estava palpitante com a necessidade de enterrar sua longitude nela.

   Ela era uma virgem, sua virgem. Seu pênis ia esperar até que ele afrouxasse sua estreita passagem. Movendo sua boca ao outro seio, Shane enviou uma mão ao longo de sua coxa. Ele empurrou sua saia completamente para seu quadril antes de tocar gentilmente suas dobras abertas pela primeira vez. Ela sobressaltou-se, mas seu braço ao redor de sua cintura a sujeitou firmemente no lugar enquanto ele pressionava sua mão sobre seu sexo.

   — Shane... necessito-o. —E não se importou com nada, apenas com sua necessidade. Sua mão encontrou a protuberância dura de seu pênis e tratou de encontrar o zíper na escuridão. Ele capturou sua mão e firmemente a devolveu ao topo do mostrador atrás dela.

   — Shhh... vai tocar-se primeiro, carinho. —Sua voz estava cheia de determinação, seus olhos brilhavam intensamente enquanto a mão se apoiava sobre seu sexo pressionando outra vez. O prazer se disparou diretamente a seu ventre. Ela se arqueou para essa mão de pura necessidade. A tensão começou a pulsar diretamente sob sua mão. Ele separou suas dobras enquanto um só dedo se inundava no seu calor. Acariciou tudo antes de dirigir-se ao pequeno broto no alto de sua vulva. Um grito estrangulado saiu de seus lábios quando esse dedo esfregou e rodeou seus clitóris.

   — Me olhe. —Ela estava retorcendo-se em seu abraço, seus quadris empurrando para sua mão procurando a liberação. Seus sucos cobriram a mão dele quando pressionou mais forte sobre seu pequeno clitóris. Os olhos dela se abriram repentinamente quando ela se retorceu para a pressão que sua mão estava aplicando, seus pulmões subiram e baixaram rapidamente enquanto o clímax começava a dilatar seus olhos.

   — Goza, Christina, deixa acontecer.

   Ela não teve opção. Seu corpo contorceu-se quando o prazer rompeu e explorou através de sua carne. Seus dedos se curvaram em garras que se enterravam em seus ombros e ela gritou pelo tecido que a separava da pele dele. O aroma de seu corpo se elevou entre eles quando ela ofegou. Sua mão estava ainda entre suas coxas quando ela tentou formar uma só palavra para recuperar algum pedaço de dignidade.

   Em vez disso a boca dele apanhou a sua, empurrando seus lábios abertos enquanto sua língua invadia e acariciava em toda sua longitude a dela. O beijo foi duro e profundo, e ele se atrasou no beijo enquanto o corpo dela se balançava nas ondas de seu clímax.

   Seus dedos se moveram para baixo por seu sexo aberto para a abertura de seu corpo. Uma ponta do dedo se moveu em círculos na carne escorregadia antes de empurrar brandamente por dentro de seu canal. Seu corpo ronronou de prazer quando ele pressionou outro dedo e empurrou dois grossos dedos em seu corpo outra vez. Seus quadris empurraram para diante enquanto seu dedo polegar aterrissou sobre seus clitóris e brandamente o esfregou enquanto ele continuava empurrando dentro dela.

   — Isso é gostoso. —Suas palavras saíram em um gemido enquanto Shane empurrava mais dentro dela. Ela estava tão condenadamente apertada que isso o fazia querer grunhir. Tudo que ele quis pensar foi na forma que seria quando seu pênis afundasse dentro dela. Ele pressionou seus dedos profundamente nela e escutou os sons que vinham de sua garganta para avaliar se ela estava ou não dolorida. Seus gemidos lhe ditavam o seu próximo passo. Ele grunhia de aprovação ao seu prazer.

   Ele a elevou por cima do mostrador em um sólido movimento. Ela aterrissou contra o peito dele enquanto suas pernas a levavam para as escadas. Não houve mais som exceto o da respiração dela, seus pés não pareciam fazer um só som enquanto ele se movia através da casa. Era quase como se ele fosse uma das sombras que tinha se formado para unir-se a suas fantasias.

   A luz em seu banheiro estava acessa e se ramificava pelo corredor enquanto Shane a levava para seu dormitório. Sua mandíbula estava colocada em uma dura linha quando ele a levou através da porta. Ele deixou que seus pés caíssem quando ela tocou a cama com uma nítida comoção.

   Os lençóis foram jogados de lado. Algo verde e marrom, tecido de camuflagem, uma mochila estava no extremo da esquina e um par de botas negras enormes estava postas em fila contra a parede ao lado disso.

   — Só porque meus pais estão de viagem não significa que pode se mudar para meu quarto.

   — Christina, carinho, é tempo de que você e eu terminemos certo negócio. Agora tire essa saia se quiser.

   Sua réplica mordaz morreu em seus lábios quando ele deu um passo atrás e abriu sua camisa. Seu peito era magnífico. Cada polegada dele esculpida para o bel prazer feminino. Seus dedos ardiam por percorrer ao longo de seus músculos e explorar a força que irradiava dele.

   A caixa de camisinhas que estava sobre sua mesa de cabeceira fez com que seu temperamento explodisse.

   — Juro que você deve ser o rapaz mais presunçoso sobre o planeta! —Ela não tirou sua saia. Em lugar disso arrumou e puxou para baixo sobre suas coxas enquanto sua face ardia da vergonha. Ela só estava ali e se comportando como uma imbecil. — Você não dormirá em minha cama.

   Shane desabotoou o primeiro botão de sua calça em resposta. Ela não quis olhar, mas seus olhos desobedeceram a seu cérebro e caíram em sua mão quando ele desabotoava outro botão e logo outro. Ele não tinha vestia nada por baixo. A dura carne masculina saiu de sua braguilha aberta e empurrava para frente com um claro propósito.

   — E isso não estará perto de nenhuma parte de meu corpo!

   Shane riu dela. Ele jogou sua cabeça para trás e riu com gostosas gargalhadas de masculina diversão. Suas calças abertas caíram para o piso e ele simplesmente saiu delas. Ela ficou olhando a ereção que suas calças haviam sustentado. Seu pênis estava grosso e comprido e uma cabeça da cor do rubi que tinha simplesmente uma gota de fluido brilhante em sua abertura. O desejo demente de tocá-lo passou por sua mente enquanto sua palma ardia por ver como sentia dentro esse monstro.

   — Fala como uma verdadeira virgem.

   Ela levantou seus olhos e Shane ficou sério. A dor cruzou a face dela enquanto ajeitava desesperadamente sua saia. Ela tinha esquecido que seus seios estavam nus. Sobressaíram-se orgulhosamente, culminando com pequenos mamilos rosados.

   — Não tive a intenção de ferir seus sentimentos, carinho.

   Ela quis negar que ele o tinha feito, mas os olhos dele eram muitos agudos. Simplesmente encolheu os ombros pôs sua saia para abaixo em seu lugar outra vez.

   — Não que ser incômodo para ninguém. —Christina observou sua face enquanto ela disse isso. Só porque tinha uma face bonita não significava que era burra e muitos homens tinham cometido o engano de acreditar justamente isso. Se você for bonita então é o suficientemente parva para acreditar que eles lhe amassem em um segundo encontro.

   A face de Shane repentinamente ficou dura. Seus olhos estavam frios com ferocidade quando se focaram sobre seu ombro. De pé perto da porta do quarto de banho, a luz se derramou sobre o corpo dela. As cicatrizes de suas feridas de bala se sobressaíam claramente em sua pele. O desejo de cobrir seu corpo a fez virar-se.

   — Vire. —Isso foi uma ordem. Sua voz foi dura e quase feroz. — Agora mesmo.

   — É meu corpo.

   — Está equivocada. —A mão dele a fez girar enquanto seu corpo grande a apertou contra a parede. — Você me pertence agora. Não se esconda de mim, carinho, já sei dessas cicatrizes. As ver só me faz querer matar novamente esses bastardos.

   Foi uma declaração tão brutal, mas ela deu a volta a seu refúgio protetor. A face de Shane estava dura de cólera, mas seus olhos se moveram sobre suas cicatrizes com firme resolução o que disse a ela que não ocorreria de novo. Ele tinha assegurado disso de forma brutal, mas havia também um sentido profundo de afeto que se originava em saber que ele a defenderia assim permanentemente.

   A dura longitude de sua ereção esfregava sua perna nua fazendo que uma chama de calor atravessasse sua pele e fluíra para sua passagem. O pequeno nó escondido nas dobras de seu sexo pulsou com um louco desejo. Os olhos de Shane estavam fixos na cicatriz sobre seu peito onde o cirurgião tinha tapado a ferida que foi dirigida ao seu coração.

   — São feias.

   — Não, são a prova de que você não é uma desertora. —Seus dedos acariciaram por cima a pele-vermelha antes de apanhar seu queixo para levantá-la para seu duro olhar.— O fato de que você não se rendeu e morreu faz de você a mulher mais sensual que eu já conheci.

   Sua boca recebeu um tenro beijo. Seus lábios eram firmes enquanto exigia que seus lábios se abrissem, ele saboreava longamente sua boca. A pele masculina nua atraiu seus dedos. Ela teve que tocá-lo e sentir o pulso de vida que ela realmente podia cheirar. Tudo o que seu corpo queria era ele de qualquer modo. Shane ia tomá-la e ela tremeu ante a crua idéia de seu corpo possuindo-a.

   Ele levantou sua cabeça da dela e sorriu abertamente aos olhos nublados pela paixão. Seu pênis estava palpitante, mais duro, quando o aroma de sua cálida vagina fez quase impossível manter qualquer classe de controle. Shane apertou seus dentes e resistiu ao desejo de rasgar aquela pequena saia. Ele não ia tomá-la como um animal… nesse momento ele até se sentia como um.

   — Se quiser tomar um banho, tem dez minutos.

   — Sabe falar com uma pessoa sem dar ordens?

   Ele curvou seus lábios em um sorriso aberto.

   — Não.

   Faz uma pergunta tola e obterá uma resposta mais tola. Ela queria tomar banho, mas o fato de que Shane estivesse uma vez mais a um passo dela fez com que se zangasse. Descobrir que ele parecia entender seu corpo tão bem como ela a fez sentir-se muito exposta.

   — Nove minutos e o relógio segue marcando.

   — Não te pertenço.

   Desta vez seu sorriso foi de deboche. Ele acariciou uma de suas flamejantes bochechas antes de percorrer com seus olhos seu corpo quase nu. Ele apanhou seu queixo quando ela tentou jogar para trás a cabeça, e manteve sua mandíbula com força de ferro que era completamente inquebrável.

   — Se quiser seu banho, então é melhor ir agora. Está aqui de pé me tentando com a essência molhada de sua vagina e chegaremos diretamente ao final para ver justamente onde penso que você me pertence.

   A determinação ardia em seus olhos. Um pequeno suspiro escapou de sua boca quando ela viu a certeza de sua posse em sua face. Este homem ia tê-la e seu corpo ia ajudar a fazê-lo.

 

   Oito minutos eram pior que uma sentença de morte. Shane andava tenso e cravou os olhos na porta do quarto de banho. Amaldiçoou e percorreu o perímetro do quarto outra vez. O desejo e a necessidade estavam tentando romper a barreira de seu autocontrole e arruinar totalmente cada idéia sensata em sua cabeça avivada.

   Inspirou profundamente e afastou de sua mente a imagem de Christina estirada no chão coberta de sangue. Um homem não caía em cima de uma mulher como se fosse uma carne fresca, essa classe de atitude ficou atrás em sua juventude quando todo seu corpo adolescente o que podia fazer era foder.

   Especialmente uma virgem. Shane olhou o quarto e bufou. Este não era o quarto de uma garota, havia indícios de feminilidade por todo ele. Os lençóis de cetim azul meia-noite na cama e uma pequena camisola de seda combinando. Curtas saias penduradas no armário e havia uns saltos altos matadores que fizeram água em sua boca. Bravo, Christina havia dito adeus às coisas de menina a um bom tempo. Em lugar disso havia cosméticos sutis, perfumes delicados e sutis meias calças penduradas na cadeira.

   Essas coisas só fizeram olhar sua virgindade com mais respeito. Shane sujeitou seu controle solidamente, e observou seu pênis erguido. A maldita coisa ia ter que esperar. Mas ele a teria. O perfume de seu clímax estava ainda em seus dedos, o pequeno som que ela tinha feito quando ele a levou a esse primeiro pico ecoou em suas orelhas. Eles não eram um par de meninos que precisavam marcar encontros.

   Não, eles eram de dois gêneros diferentes que estavam envolvidos no mais antigo dos rituais. Talvez ele fosse um homem rude, mas Shane não ia ser chamado por algum nome suave, efeminado. Ele queria estender suas coxas completamente expostas na metade de sua cama e deixá-la sentir seu peso enquanto ele empurrava em naquela estreita vagina. A água se fechou da ducha fazendo-o sorrir abertamente. Christina não era uma covarde e isso fazia o querê-la muito mais.

   Ela não tinha que fazer nada que não quisesse. Christina olhou seus mamilos e considerou a forma em que seu rubor parecia estender-se ao longo de seu pescoço e sobre seus seios. Cada sentido parecia estava mais agudo. Ela jurou que quase podia cheirar Shane no quarto ligado. Era como se ele rastreasse com seus sentidos. Seu corpo estava em algum modo vigilante para detectar o seu homem.

   Mas isso não queria dizer que ela ia fazer algo que a lançasse nas garras do desespero amanhã pela manhã. Shane Jacobs tinha que ser o pior homem que ela poderia querer. O homem não existia! Ele emergiu das sombras e atravessou um mundo que quase tinha convivido em toda a sua vida.

   Mas ele tinha retornado para ela. Esse era um fato que fez seu coração se firmasse. Ela não tinha como ligar para ele, mas ele apareceu em sua vida sem nenhum convite. A ação falava mais alto do que qualquer regra a respeito de como um homem e uma mulher terminavam juntos na cama.

   A necessidade se movia através dela em uma onda quente que derreteu todos seus outros pensamentos. Sua pele se voltou em uma rede de receptores que pareciam só funcionar para transmitir prazer ao seu centro. Ela o queria, e essa caixa de camisinhas em sua mesa lhe disse que Shane tinha tido a intenção de passar a noite em sua cama. Uma camisinha na carteira de um homem serviria para satisfazer sua luxúria com qualquer mulher disponível a seu alcance. A caixa dizia que Shane estava planejando mais do que só uma rápida ronda de luxúria.

   Lançando a água sobre suas costas, deu um passo atrás na ducha. Se ela ia conhecer o maior mistério da vida, havia um pequeno detalhe do que ela tinha a intenção de ocupar-se primeiro. Uma sombra se moveu para o portal e ela abriu a porta de cristais.

   — Permanece ai fora, Shane Jacobs! Tomarei banho no meu próprio tempo!

 

   Seu pênis estava erguido. Seus olhos se prenderam em cima da ereção com assombro. A arma em nada se acanhou.

   Christina encolheu os ombros e forçou um pé em cima do tapete. Ela não sabia o que estava fazendo, só que lamentaria não saborear a este homem completamente antes que ele deixasse sua vida outra vez.

   — Deixa cair à toalha.

   Ela ondulou seu corpo em vez de atendê-lo. Shane piscou e olhou de novo para assegurar-se de que isso era o que ele tinha visto. Nunca tinha visto uma mulher realmente fazer esse tipo de coisa. Ela arrastou um só dedo sobre a parte superior de sua toalha e agitou suas pestanas outra vez.

   — Quer dizer esta toalha? —Seu dedo viajou sobre o topo de cada seio quando o olhou muito inocentemente. — Sabe Shane Jacobs. Sua mãe deveria ter ensinado-o como pedir o que quer a uma dama. —Seu dedo golpeou ligeiramente o centro de seu lábio inferior quando ela baixou seus olhos. O oco de seu estômago se atou com antecipação. Ela chupou só o extremo desse dedo entre seus lábios fazendo-o gemer.

   — Veja, Shane, eu não estou muito segura de que entendas isto, mas não sou um de seus homens. —Ela deu a volta e olhou sobre o ombro quando desenrolou a toalha e manteve os extremos abertos. A malha azul profunda movendo-se para baixo através de suas costas.— De fato, é um insulto que você não tenha notado que não pareço em absoluto um homem.

   — Notei, muito bem.

   — La vamos nós outra vez. —A toalha retornou ao redor de seu corpo e ela se voltou para mostrar que tinha envolvido os extremos para trás um sobre o outro. — Enrugando essa face para mim, e gritando comigo. Essa realmente não é a maneira de obter o que você quer de uma garota.

   Seu jogo restaurou seu equilíbrio. Christina estava repentinamente divertindo-se em lugar de tremer em resposta ao homem. Seus olhos vagaram por seu corpo antes que ele contraísse seus lábios para mostrar a ela seus dentes. Ele olhou cada polegada de seu corpo enquanto dirigia seus olhos duros para ela.

   — Tira a toalha, agora.

   — Você gostaria de saber um segredo? —Seus dedos se atrasaram sobre a borda de sua toalha enquanto ela ondulava seu corpo novamente. Shane sentiu que o nó de seu estômago se apertou ainda mais.

   — Seguro.

   — Depilei-me no banho... Em todas as partes.

   — Por favor, deixa cair essa toalha.

 

   A gravidade foi sua melhor amiga. Christina deixou cair sua toalha a seus pés. Os olhos dele observavam a sua vulva e sua boca quase se abriu involuntariamente.

   Cada última fio de cabelo dourado se foi. Sua fenda estava aberta para seu olhar enquanto ela se levantava e o deixava olhar até cansar.

   — É tão malditamente perfeita, carinho. —Era mais que sua pele cremosa. A aparência relaxada em sua face a fazia a criatura mais bela sobre o planeta. Ela estava abraçando sua necessidade pelos dois e simplesmente desfrutando de seu corpo. Essa era uma confiança que a maioria de mulheres nunca encontrava a habilidade para aceitar quem era. Isso ia além da superfície da beleza, movendo-se dentro da profunda atração que se arraigava na alma.

   Nenhum homem alguma vez tinha sido a desejado como Shane o fazia. Ela viu seus anseios sendo posto em praticas e ele a obrigou a lhe revelar sua verdadeira natureza. Se sentia tão livre nesse momento. Ela era simplesmente uma mulher que ia compartilhar seu corpo com um homem. O nervosismo tentava meter-se às escondidas em sua cabeça, mas ela resistiu sua atração. Em lugar disso ela olhou dentro dos olhos cor avelã que se enchiam do calor da conquista. Shane Jacobs nasceu para jogar. Estava preparado para ser alimentado.

   Ele levantou uma mão e a chamou por gestos com um só dedo.

   — Vem cá doçura.

   Estava a menos de um passo, mas pedir-lhe a fez sorrir. Seu corpo tremeu quando ela levantou um pé e se adentrou em seu abraço. Sua mão segurou seu queixo e a levantou para ser inspecionada por seus olhos.

   — Tranqüila, doçura, não te machucarei.

   Ele apertou um braço ao redor de sua cintura e acabou fechando a brecha entre eles. Sua pele fez erupção com a sensação quando eles se abraçaram. O contanto com o cabelo crespo que cobria aquele peito másculo a fazia se sentir malditamente bem. Ele a levantou do piso enquanto sua boca cobria a dela. Christina levantou seus braços para envolver os ombros que ela tanto tinha passado a desejar. As pontas dos dedos dela percorreram os músculos duros e perfeitos dele enquanto Shane a levava a sua cama.

   Suas costas tocou os lençóis enquanto a boca dele ordenava a sua a abrir-se em um beijo profundo de intenção. Suas mãos se deslizavam abaixo para os lados do corpo dela em um lento movimento que começou sobre seu peito e se curvou ao longo de sua cintura e logo outra vez sobre seus quadris. Seu corpo não se deitou na cama. Em lugar disso sua boca desceu para seus seios enquanto ele se apoiava em seus joelhos e usou suas mãos sobre seus quadris para atirá-la para ele. Suas coxas se viram forçados a abrir-se quando ela se aproximou mais a seu corpo.

   — Tem idéia quão erótica é uma vagina depilada?

   Se ela não tinha agora o fez. Sua face quase a assustou com sua intensidade, escura e dura, seus olhos enfocados em seu corpo aberto enquanto suas mãos agarravam seus quadris e as mantinha exatamente onde ele queria. Mas uma rápida excitação a golpeou quando viu a forma como o olhava seu sexo aberto. Seus clitóris pulsava de necessidade enquanto ela via seu agudo olhar centrado em seu pequeno botão.

   A cama se moveu quando ele a deixou, para logo ajoelhar-se no piso rente a cama. Logo depois enquanto seus ombros obrigavam a suas pernas a manter-se estendidas inclusive mais separadas ele a tocou.

   — Uma vagina sem pelos implora justamente por ser comida.

   Sua respiração ficou suspensa em seu peito quando sua cabeça se mergulhou e essa boca quente cobriu sua vulva. Seus quadris resistiram afastando-se da cama enquanto o prazer se disparava diretamente a seu útero. Shane a sujeitou no lugar enquanto ele pressionou outro beijo sobre seu corpo aberto. A ponta de sua língua explorou as dobras de seu sexo enquanto ela se contorcia devido às ondas de prazer.

   Sua mão soltou seus quadris e acariciou firmemente sobre sua barriga. Sua boca apanhou a parte superior de seu sexo e a chupou, fazendo-a choramingar. Cada polegada de seu corpo estava muito quente! O suor cobria seu corpo quando ela pôs seus braços por cima de sua cabeça e arranhou os lençóis. Seu torso se retorcia enquanto sua boca mantinha a tortura.

   Sua mão tocou sua vulva e abriu as dobras separando-os e deixando descoberto seu pequeno botão. O ar fresco golpeou os terminais nervosos, fazendo-a tremer. Seus olhos se abriram de repente para observar a cabeça de Shane enquanto ele baixava sua boca para sugar seus clitóris.

   Ela gritou quando o prazer a dividiu em dois. Era muito apertado e quente, tudo girava em sua mente enquanto ele a apertava com a ponta de sua língua. Ele a conduziu para o clímax outra vez enquanto ela gemia em voz quase não humana.

   Justo quando ela começou a fragmentar-se, sua mão se moveu. Sua língua ainda tocava seu botão controlando seu prazer mas dois dedos grossos empurraram profundamente em sua passagem. O clímax atravessou seu corpo com a penetração. Seus quadris deram uma quebra de onda desesperada para cima quando ele inseriu seus dedos dentro e fora de seu corpo enquanto ela estremecia.

   — Isso, carinho, cavalga-o.

   Seu pênis estava dolorido quando Shane pressionou seus dedos na úmida vagina que desejava ardentemente. Ele penetrou em seu corpo outra vez quando ela ofegou para respirar. Era como todas as terminações nervosas de seu corpo fossem para seus dedos, fazendo com que sua ereção se deleitasse de antecipação ante o estreito abraço apertado. Ele ficou de pé e caminhou para a mesa de noite.

   Seus olhos se abriram repentinamente quando ele a deixou. Ela podia cheirar sua pele masculina ao redor dela, este cheiro era conduzido para seus pulmões através de sua respiração e parecia fluir para sua corrente sanguínea. Ele se moveu para trás da cama e seus olhos encontraram o impulso de seu pênis duro. Sua mão se estendeu até a arma de pura necessidade. O grito sufocado e primitivo que saiu de seus lábios a fez ronronar e deslizar sua mão por toda sua extensão.

   Seu pênis estava muito quente contra sua palma, a pele se estirou ao longo de sua largura. Movendo-se para baixo, ela moveu seus dedos sobre a cabeça torcida de seu pênis. O fluido coroou a ponta e ela se moveu para prová-lo.

   — OH Deus, Christina! —Sua mão empunhou seu cabelo quando ela relaxou sua mandíbula para abrir sua boca um pouco mais. Ela queria saboreá-lo exatamente como ele a tinha saboreado a ela. Precisava dar o mesmo prazer a seu companheiro e escutá-lo gemer com uma satisfação que ela tivesse incitado.

   — Cristo, carinho, me sinto malditamente bem assim!

   Ela sorriu ao redor de seu pênis quando sua mão se cavou em sua cabeça. Seus quadris empurravam adiante quando ela acariciava a pele com sua língua. Um som estridente veio de seu peito fazendo-a mais atrevida. Levantando-se em cima de seus cotovelos, ela usou suas mãos para acariciar a longitude que ela não poderia pôr em sua boca. Seus quadris começaram a empurrar para ela quando sua respiração vaiou entre seus apertados dentes.

   Cada poro de seu quarto de garota elevou um sussurro em sua memória quando ela usou sua língua para rodear a cabeça em sua boca. Seus dedos excitaram seu pênis e se relaxou abrindo mais sua boca. Seus dedos se torceram em seu cabelo quase brutalmente quando seus quadris se sacudiram com força e empurraram para sua face. Uma explosão quente de fluido golpeou contra sua língua quando seu corpo ficou rígido.

   Christina lambeu até a última gota de seu clímax, e ronronou ao redor de seu corpo, seu triunfo. Sua mão se relaxou quando ele se deixou cair em cima da cama com ela, e unindo seus corpos, abraçados, ela colocou sua cabeça contra seu peito agitado. Ele amaldiçoou alguma coisa em meio de suas respirações quando a luz da lua iluminou a ela, seu pênis ainda estava ereto munido de necessidade. Um tremor passou através de sua passagem quando considerou o seguinte lugar em que ele poderia aliviar essa haste torcida.

   — Onde diabos aprendeu a chupar assim a um homem?

   Ela riu de seu temperamento. Shane trespassou seus dedos através de seu cabelo, mas não podia mover-se além disso. Seu corpo ainda se sacudia com as pulsações de prazer. Nenhuma virgem viva deveria ser capaz de fazer isso ao pênis de um homem com sua boca!

   — As garotas falam, sabe, e eu não perguntei onde você aprendeu a fazê-lo porque posso imaginar isso tudo por mim mesma. Só porque não deixei que qualquer um tenha relações sexuais comigo não significa que não averigüei exatamente o que acontece durante o acontecimento.

   E ela também se orgulhou de si mesma. Shane sentiu seu ciúme emergir quando escutou o tom de satisfação em sua voz. A idéia de que ela alguma vez houvesse por ventura tomar o pênis de outro homem com seus doces lábios o fazia querer matar. Mas o fato de que ela tomou o tempo para estudar o sexo fez a seu pênis avançar dando sacudidas com antecipação.

   Rodando para seu lado, ele a pressionou para baixo suas costas. Amavelmente alisando um seio, ele rodou o mamilo e escutou o incremento de sua respiração.

   — Você é uma estudante “E”, doçura.

   Seu corpo respondeu tão completamente a ele. Sua mão se moveu entre seus seios acendendo essa mesma labareda ardente de calor outra vez. Desta vez foi uma onda lenta que se moveu desde seu peito até sua passagem e se incrementou com cada toque. Se reacomodou em seu ventre onde se retorceu em uma dor que pulsava e suplicava a verdadeira satisfação.

   — Não me deitei com outra mulher desde que a encontrei, carinho. —Ela tremeu em seu abraço. Shane acariciou seu corpo nu com uma mão firme. — Tudo no que penso é em ti. Talvez seu papai devesse tirar sua escopeta e me fazer correr.

   — Ele gosta de você.

   — Teria sido melhor se ele não o gostasse. —Ele apanhou sua mandíbula e a obrigou a lhe olhar enquanto a indecisão cruzava sua face. — A ultima vez que nossas vidas se descontrolaram você acabou dentro uma poça de sangue. — Seus dedos acariciaram seu pescoço até a cicatriz justamente debaixo de sua clavícula.

   — Roshelle parece estar fazendo certo.

   — Roshelle é um psíquico. Você viu o que ocorre quando um psíquico não está protegido.

   Não gostou da parede que ele construía com suas palavras. Seus corpos estavam nus e enrolados, mas ele colocava uma sólida barreira para separá-los. Não tinham compartilhado momentos suficientes juntos? Seu corpo tornou-se tenso enquanto ela considerava a idéia de que ele partir sem completar o que tinha começado.

   — Irá agora?

   Sua mandíbula se apertou quando ela curvou seus dedos ao redor de seu pênis. A carne dura avançou dando sacudidas contra sua palma enquanto sua passagem enviou uma súplica pelo duro impulso disso dentro dela.

   — Não, doçura, eu só estava esperando que te relaxasse um pouco mais. Não deixará esta cama como uma virgem.

   Apoiando-se sobre um cotovelo e pressionou as costas dela contra a cama. Sua boca aterrissou sobre a dela enquanto ele avançava separando seus lábios com uma língua que empurrou intensamente em suas profundidades. Seu corpo não pareceu preocupar-se com algo exceto do calor que ardia entre eles.

   Assim que ela não deixaria que sua mente se preocupasse.

  

   Estava ganhando tempo. Shane cheirou o perfume renovado de sua excitação e nada mais importava. Sempre soube que sua vida não era do tipo que se oferecia para compartilhar com uma garota como Christina. O destino a tinha posto em seu caminho e agora não a podia deixar ir.

   Pelo menos ainda não. O último de seu controle se evaporava ao ver o corpo a um lado dele. Seus sentidos estavam tão cheios dela. Parecia consente até de seu ritmo cardíaco. Seus quadris giraram lentamente até encontrar sua dobra e esfregou o pequeno botão no alto de sua passagem.

   O suspiro que escapou de seus lábios pôs o sangue a palpitar em seu cérebro.

   A camisinha que tinha tirado de seu pacote estava atrás dele na cama. Tomando a capa de látex, pô-lo em seu pênis. A magra barreira era sua única concessão para o futuro.

   Rodou sobre seu corpo. Christina sentiu suas coxas levantar-se e agarrar seus quadris por algum instinto primitivo. Sua pélvis saltou ao sentir a primeira pontada do corpo invasor. A dura cabeça de seu pênis pressionava as dobras que protegia sua passagem, mas se conteve em vez de dar a profunda penetração que seu corpo tanto queria.

   — Relaxa, carinho, não há pressa.

   Seus quadris avançaram, mas não permitiu que ela se levantasse para aumentar sua conexão. Em lugar disso procurou gentilmente acariciar seu pequeno clitóris. O prazer saiu disparado de seu toque fazendo com que mais fluido fluísse para sua entrada.

   A dura carne estirada pulsava em seu corpo e se erguia bruscamente quando seus quadris moveram com grande necessidade de fricção. Seus dedos se converteram em garras em seus bíceps. Ela ficou sem fôlego ao sentir as pequenas gotas de sangue em suas unhas. Seu peito retumbou com assombro ao flexionar-se seus quadris e envio sua haste para mais dentro dela.

   — Me arranhe, carinho. Deixa que a dor diminua. —Seus quadris se flexionaram uma e outra vez ao fazer mais profunda sua penetração— Só tome devagar e calmamente.

   Seu corpo se contorcia em uma só chama que parecia queimá-los a ambos. Impulsionou-se para cima para tomar o impulso de seu corpo e se esforçou em tomá-lo até o mais profundo.

   O suor cobria sua frente como seus pequenos gemidos tratavam de quebrar o ultimo pedaço de pensamento civilizado dele. Suas mãos se aferravam à roupa de cama ao deslizar seu pênis dentro de seu corpo. Estava tão molhada que se deslizou facilmente para seu interior, empurrando para trás e para frente dentro dela. Ela se moveu agitadamente sob seu corpo ao apertar sua vagina sobre seu pênis e acariciá-lo. O clímax apertou seu corpo tão forte que explorou uma e outra vez ao tempo que os músculos de seu corpo atiravam e se contraíam ao redor de seu pênis. O prazer se estrelou em seu corpo quando um forte grito saiu de seus lábios.

   Shane ficou de costas levando seu corpo com ele. Ela permaneceu em cima dele, enquanto ele tratava de encher seus pulmões de oxigeno para alimentar a seu coração. O batimento de seu coração golpeava contra seu peito enquanto acariciava suas costas. Ainda estavam unidos. Seu pênis ainda estava sendo apertado nas paredes de sua vagina enquanto suas coxas estavam amarradas a seus quadris. Shane gentilmente acariciou suas nádegas e suas nuas coxas ao sair de dentro dela.

   O prazer ondeou através dela ao encontrar-se escutando o pulsar do coração de Shane. O profundo som parecia quase hipnótico enquanto sua cabeça começava a sair da névoa de sensações que a rodeavam. Cada músculo que tinha estava solto e depravado. O sonho ferveu a fogo lento como uma brilhante recompensa. Shane se volteou e gentilmente controlou sua descida ao colchão. Seu grande corpo rodeado e enredado com o dela enquanto seu cérebro se negava a funcionar mais. Uma dessas fortes mãos acariciou ao longo de seu quadril e sobre sua coxa, fazendo que sua pele zumbisse com deleite. A morna essência masculina de sua pele atraindo-a a sonolência ao sentir-se verdadeiramente protegida pela primeira vez desde que deixou seu lar.

   Shane alisou seus cabelos, os pondo para traz e escutou seu respirar comprido e profundo. Amaldiçoou brandamente quando seu pênis se retorceu e se queixou de sua necessidade de dormir. Separou-se de seu corpo adormecido, levantou-se e caminhou silenciosamente para o banho. Lançando a usada camisinha no balde de lixo, Shane entrou na ducha exatamente três minutos. Secou-se rapidamente com a toalha e retornou para sua companheira adormecida.

   Não estava cansado, em vez disso, estava cativado pela delicada forma do corpo ao seu lado em vez de apenas sonhar. Pura sorte atravessava seus pensamentos e foi capaz de acariciá-la e tocá-la a sua vontade. A luz da lua se derramava sobre seu corpo deixando ver as femininas curvas. Nada os interrompia e se encontrou escutando sua respiração como o mais tranqüilo som que seus ouvidos tinham ouvido.

 

   A manhã não foi amável. Christina se estirou e ficou sem fôlego quando seu corpo se queixou amargamente. Cada músculo parecia estar tenso assim simplesmente ficou quieta e abriu seus olhos.

   O sol iluminava seu quarto e um braço descansando sobre sua cintura. Ficou olhando a mão masculina excessivamente grande e obviamente sua face se encheu de muito calor. Todos os cobertores foram chutados, o corpo de Shane era perfeito. Apenas seu corpo descansando a seu lado abundava em calor para mantê-la quente.

   Sua cama estava cheia devia a sua companhia inusitada. O colchão era de casal e Shane ocupava a maior parte da cama e ela estava grudada ao seu corpo, apenas umas polegadas e ela estaria na borda da cama. Sua mesa lhe chamou a atenção e ficou olhando à caixa de camisinhas descansando aí. A coisa estava aberta e um pacote metálico estava na descolorida superfície de madeira, vazio. A negra parte traseira de uma pistola descansava até lado dele.

   Ficou olhando ao brusco aviso do que era Shane, na forma de uma pistola. Não era uma pistola pequena de calibre, em lugar disso a coisa era muito grande justo como a mão do homem que a possuía. Estava polida com um brilho azul escuro e poderia apostar que havia uma bala dentro da arma.

   — Nunca minha arma ao menos que esteja morto.

   — Não estava planejando.

   A mão ao redor de sua cintura se moveu para tocar em seu seio e Shane virou o seu corpo e a pôs de costas.

   O brusco impulso de seu pênis com fez que seu fôlego se obstruísse em sua garganta. Seus dedos começaram a apertar gentilmente seu mamilo e uma de suas pernas abriu caminho entre suas coxas. O calor fluiu entre seu seio e o estômago quando acariciou seu seio novamente. Sua boca encontrou a coluna de seu pescoço e gentilmente o mordeu.

   — Hmm... bom dia para você também.

   Riu contra seu pescoço e a mordeu de novo. A perna entre suas coxas se moveu e separou suas pernas para lhe dar acesso a seu pênis. A dura cabeça de sua ereção encontrou a entrada de seu corpo e se escorregou gentilmente dentro dela.

   — Posso te cheirar. Sabia disto? Saber que sua xoxota está molhada me volta um louco.

   Sua passagem estava alagada por ele, o fluido deslizando-se pelas paredes de seu corpo ao pressionar mais profundo nela. Suas nádegas se levantaram instintivamente. A mulher nela queria estar exatamente onde estava.

   Ninguém lhe falou com esse tipo palavras. Deveria estar zangada por chamar a essa parte de seu corpo de xoxota. Em vez disso envio outra sacudida de fogo através de sua passagem e o duro intruso empurrava nela.

   Possivelmente a linguagem era parte da diferença entre os meninos com que tinha saído e o homem que estava em sua cama.

   — Estou te machucando muito.

   Suas nádegas se levantaram com seu seguinte impulso inconscientemente. Seu corpo gemeu, mas o desejava ao mesmo tempo. Esse nó de tensão estava torcendo-se em seu ventre uma vez mais quando tratou de mover-se mais rápido.

   Suas mãos sujeitaram seus quadris e as manteve aí, seu corpo gritou pela liberdade de movimento, onde estava sendo sujeitada com sua enorme ereção profundamente dentro dela.

   — Me responda.

   Admitindo sua necessidade em palavras expressa ele parecia muito à-vontade. Seu orgulho lutava com seu corpo como Shane se negava a mover-se até que respondesse.

   — Estou bem.

   Ela falou tão sinceramente e isso o voltou louco. Shane agarrou suas coxas e negou seu próprio desejo. Queria escutá-la dizê-lo.

   — E o que deseja carinho? — Shane mordeu sua orelha antes de deixar um rastro de suaves beijos sobre sua bochecha. Seu corpo tremeu ao negar-se a soltar suas coxas. As paredes de sua vagina começaram a sujeitar e apertar ao redor de seu pênis. Era uma doce tortura que pôs a prova sua vontade. Saindo de seu corpo, empurrou profundamente dentro dela e sorrio ante o suave gemido que escapou de seus lábios. Agasalhado profundamente dentro dela, uma vez mais sustentou suas coxas solidamente em seu lugar.

   — Escutei que algumas mulheres gostam de ser a voz dominante na cama. Apenas me diga o que seu pequeno e doce corpo gostaria ou posso esperar aqui até que o pense.

   OH Deus não poderia sobreviver a isso. Quando a grossa e comprida haste palpitava em seu corpo. Precisava mover-se desesperadamente. Cada terminação nervosa parecia estar em sincronia com essa parte de corpo.

   — Só preciso de você, Shane.

   Seus quadris se sacudiram e empurraram. Ela ronronou de prazer quando ele se estirou e fez mais profunda a penetração. Uma de suas mãos se deslizou sobre seu quadril e encontrou o pequeno botão no alto de seu sexo. O prazer a atravessou quando começou a esfregar esse pequeno botão e empurrou profundamente em seu corpo ao mesmo tempo.

   — Isso, não é assim carinho. —Seus quadris se flexionaram e seu dedo esfregou mais forte. Suas mãos se enterraram nos lençóis e seu fôlego se voltou brusco e entrecortado ao aproximar-se de seu clímax.

   — Goza nenê. Quero sentir essa pequena xoxota me apertando outra vez.

   Ela não tinha opção. Seu corpo explodiu de um prazer tão forte que a fez gritar. Um forte grunhido ressoou em ouvido e sua mão prendeu sua coxa e a sustentou para um impulso mais profundo. Estremeceu dentro dela ao sentir seu corpo apertar seu comprido pênis, mas o profundo desejo não se alimentou. Seu ventre sentiu seu clímax e lamentou a falta de seu sêmen golpeando-o. Olhou sobre seu ombro para ver uma segunda caixa de camisinhas do outro lado da mesa. Não tinha percebido quando tinha posto essa coisa.

   Uma mão acariciou seu rosto ao levantar-se sobre seu cotovelo para observá-la.

   — Deixarei estes malditos preservativos, mas tem que aceitar uma coisa a respeito disso.

   Sua face se converteu em uma sólida mascasse de pedra e seus olhos podiam cortar aço.

   — Encho seu ventre e me pertence para sempre.

  

   Estava-se transformando em uma medusa. Christina cedeu ao desejo de bufar de frustração porque o som da ducha a encobriria.

   Pertencer a ele para sempre? O sexo tinha prejudicado seu cérebro! Um estúpido momento de excitação emocionante a tinha deixado encantada, até escutar aquelas palavras bárbaras. Ela não tinha nascido no século passado, logo não deveria se sentir encantada ante a idéia de ser arrastada e se transforma em seu prêmio, sua presa.

   As relações deveriam ser confortáveis e abertas à discussão. Bufou outra vez. Claro, perfeito! Shane Jacobs não possuía a palavra negociação em seu vocabulário.

   Sim, mas você gostou da forma em que ele assumiu o controle.

   Não gostava de admitir esse fato, mas não podia mentir a si mesma. Era como se ele tivesse tirado o ferrolho de alguma porta secreta e tivesse encontrado o controle de sua paixão. O sexo normalmente não era tão intenso, não podia sê-lo. Se o fosse, então ela teria se metido na cama com a metade dos meninos com que tinha saído. Ela nunca havia sentido seu corpo explodir de forma tão fantástica, mas o havia sentido na noite anterior.

   Sua face flamejava enquanto dava um passo para fora do cubículo do chuveiro. Não estava segura onde estava agora Shane, mas estava toda arrepiada. Ele não era o tipo de homem que alguém quisesse que estivesse te observando furtivamente.

   Um assobio proveio de seu quarto. Seus lábios se contorceram em um sorriso enquanto se virava para ver o Shane apoiado contra a parte superior das escadas. Sua face lhe dizia que ele a tinha estado observando desde a porta.

Essa mesma absurda emoção cruzou sua mente enquanto notava o fato de que sua bolsa de equipamento estava ainda na esquina de seu quarto. De certa forma, a idéia de que ele não tinha desaparecido logo depois de que tinha obtido o que ele desejava, a fez querer sorrir e pensar um pouco mais a respeito de ficarem juntos para sempre, que ele tinha proposto.

   Ops, seu cérebro estava avariado.

   — Faminta?

   — Um pouco.

   Ele franziu o cenho com sua resposta. Shane se afastou da parede e caminhou para ela. Seus olhos se moveram sobre ela em uma valoração precisa de seu corpo.

   — Precisa comer mais. É uma dessas mulheres que sempre seguem essa estúpida idéia de estar sempre em dieta?

   — Me perdoe, mas meus hábitos alimentícios estão muito bem e não há nada de estúpido em vigiar meu peso.

   A face dele dizia outra coisa. Estendeu sua mão e a tocou. Atirou-a para ele enquanto caminhava para a parte de abaixo das escadas e avançava para os fundos da loja.

   — Perdeste peso da última vez que esteve comigo.

   Ele a levou para fora do ambiente, e fechou a porta antes de sair. Colocou o molho de chaves dela em seu bolso antes de olhar com olhos atentos para trás.

   — Está mais magra e isto é definitivamente de minha preocupação.

   — Desde quando?

   Essa era uma boa pergunta. Shane não estava seguro de estar preparado para dar essa resposta. Em lugar disso a atraiu para ele enquanto se encaminhava para o lugar em que tinha estacionado seu Hummer.

   Ele fechou sua porta violentamente fazendo-a arquear uma sobrancelha para ele. A comunicação definitivamente não era uma das habilidades do homem. Seu estômago resmungou, fazendo-a rir nervosamente. O almoço soava bem depois de tudo.

 

   — É um bárbaro.

   Shane sorriu abertamente e exibiu seus dentes brancos em resposta. Sua sobrancelha se elevou para cima enquanto ele a olhava através da mesa.

   — Talvez, simplesmente, sou um verdadeiro menino mau.

   — Acredito que terei que te dar umas boas palmadas.

   Um divertimento atravessou seu peito antes de que ele se inclinasse através da mesa e fizesse com voz enrouquecida o seguinte comentário.

   — Dar palmadas tem suas etapas. Primeiro quando se usa para castigar a um menino e logo depois quando se converte na fantasia do dormitório de uma mulher. Talvez deveríamos ver se você já consegue entrar nessa segunda etapa.

   — Você não vai me dar palmadas.

   Ele apertou seus lábios e lhe enviou um beijo em resposta.

   — Então possivelmente não deveria ficar tão excitada pela idéia.

   Suas bochechas ardiam, mas era devido a seu humor. Christina lhe lançou um olhar mortal, mas a garçonete justamente apareceu para preencher sua xícara de café. Os casais carinhosos não se dão de palmadas entre si! Bem, de algum jeito, ela tinha a idéia de que Shane não tinha feito planos para ser o receptor de nenhuma classe de tapinhas, mas ainda assim! Que tipo de homem surrava a sua noiva?

   Seus olhos se abriram enormes enquanto ela aplicava essa palavra a ambos. Ela o tinha classificado como um bárbaro porque todo mundo no refeitório os observava e Shane se assegurava de que eles tivessem algo que olhar também. Ele apanhou sua mão e lhe enviou um escuro olhar de desejo que nem sequer uma freira poderia passar por cima.

   — Meu dia de sorte, dois amigos com quem almoçar.

   O xerife Brice Campbell inclinou seu corpo no assento bem ao lado dela enquanto Christina cravava os olhos no homem em estado de choque. Seus olhos café a observaram com os mesmos movimentos afiados que Shane sempre usava. A garçonete apareceu com um prato de almoço e o pôs em frente dele e perguntou:

   — Ouvi dizer que seus amigos estavam fora de Benton devido a um feitiço. Algum problema na loja?

   Brice Campbell manteve seus olhos nos dela como se esperasse uma resposta. A Pergunta soou tão benigna, mas não o era. O xerife era parte dessa escuridão, desse sombrio mundo ao qual Shane pertencia. Sua esposa era algum tipo de psíquico de alto nível e o pai de Shane era seu guarda-costas.

   O xerife era simplesmente outro aviso da constante vigilância sob a que ela estava, mesmo que seu rosto não fosse cruel. De fato, tinha a firme autoridade de um pai vigilante em seus olhos cor café. Seu próprio pai não poderia ter feito nada para protegê-la de um homem como Shane, mas Brice o podia fazer.

   —Tudo está bem, obrigada.

   Ele assentiu e olhou através da mesa para Shane.

   — É agradável vê-lo no povoado.

   Shane levantou sua tigela e olhou ao xerife de lado. Christina teve a impressão de que qualquer outro homem o teria mandado procurar suas melhoras, mas Brice Campbell possuía uma parte do respeito de Shane. Observaram-se com olhos brilhantes um ao outro em uma masculina batalha de vontades antes que o xerife levantasse seu garfo e apontasse com ele para Shane.

   — Relaxe, filho, há umas poucas partes de meu trabalho que tomo a sério.

   O forte amparo de ambos os homens a fez sentir um tanto inútil. Ambos só tinham decidido vigiá-la e nada que pudesse dizer ia trocar esse fato. Ela afastou seu almoço ainda cheio porque seu estômago estava repentinamente muito apertado para comer qualquer outra coisa.

   Shane o empurrou de volta para ela.

   — Come.

   Ela teria rido, mas os olhos do xerife repentinamente inspecionaram seu braço antes que ele assentisse com a cabeça em aprovação.

   — Espero que não siga essa nova tendência de moda de parecer meio morta de fome.

   — Não posso me entupir de comida para agradar alguma idéia masculina a respeito de o quanto devo comer.

   Brice a inspecionou, seus olhos faziam que o temperamento dela fervesse a fogo lento.

   — Perdeste peso.

   — Estupendo! De acordo, E o que mais?

   Brice sorriu abertamente antes de elevar suas sobrancelhas.

   — Pois, talvez necessite um pouco mais de exercício para estimular esse apetite. Shane deveria ter algumas boas idéias para ti.

   Ela bufou e não se importou se alguém pudesse ouvir esse som tão impróprio de uma dama. Shane e Brice sorriram como um par de hienas antes que ela pedisse emprestado um dos ditos favoritos do Roshelle.

   Levantando a mão, ela a ondeou diante de sua face.

   — A sua testosterona deve está alcançando níveis tóxicos.

 

   — Equivocado.

   A maioria dos homens nunca discutiria para ouvir esse tom em sua voz. As mulheres normalmente fugiam em disparada. Christina se levantou e cruzou seus braços através de seu peito e o confrontou. Shane não podia evitá-lo, mas se sentia impressionado.

   —Você que está equivocado, Shane Jacobs.

   Ela sempre usava seu sobrenome quando estava com raiva dele. Shane sorriu abertamente enquanto notou este detalhe e o armazenava em seu cérebro.

   — Disse ao Mick que faria o trabalho, vou trabalhar.

   — Minha mulher não serve em um bar.

   — Quem disse que sou sua mulher?

   Seus olhos brilharam com ferocidade. Christina ficou parada firmemente em seu lugar. Talvez ela houvesse dito isso justamente para ver o que ocorreria. Shane estreitou suas mãos e pareceu estar preparado para assassinar a alguém.

   — Não estou pedindo que rompa sua palavra, Shane. Mick não teria me pedido isso se não necessitasse de um par adicional de mãos. Além disso, você não me disse que iria aparecer. Disse-lhe que estaria ali.

   Isto o tirou de suas reflexões. Seus olhos se voltaram sombrios enquanto considerava o olhar determinado na face dela.

   — Além disso, você me trata como a um brinquedo. Não pode simplesmente aparecer e jogar comigo a seu desejo. Não pedi que lançasse esse celular que leva em seu quadril pela janela de modo que deixe de atuar como se meu compromisso não valesse um centavo.

   — Muito bem, doçura, tem seu ponto.

   Sua mão agarrou sua mandíbula e logo ele pôs um duro beijo sobre sua boca. Ele empurrou diretamente através de seus lábios para acariciar intimamente toda a longitude de sua língua. Seus mamilos se endureceram imediatamente enquanto ela o beijava também.

   — Mas estarei aqui quando retornar.

 

   Ela precisava deixar de pensar em sua promessa. Realmente, tinha sido mais como uma ordem, mas a tinha feito sorrir. As ordens e Shane couberam como um par de sapatos. Essa voz enganosa e suave em sua cabeça tentou sugerir que ela e Shane encaixavam como um par de sapatos também.

   Christina suspirou e tratou de descartar seus pensamentos. Em lugar disso se encontrou observando o relógio porque precisava saber se ele manteria sua palavra. Voltar para casa nunca tinha parecido tão importante antes. De fato, ela amava a seus pais e antes de seu seqüestro, o fim do dia de trabalho era recebido com alegria, mas isto era muito diferente. Ela queria ir casa para ver o Shane. Os detalhes não pareciam importar em nada enquanto sentia o inconfundível aumento de calor em seu corpo. Ela não se precaveu de quanto tinha sentido saudades. Talvez por isso que ela não tinha lutado realmente por sua independência para sair da casa dos seus pais. Tinha estado vivendo em uma neblina de emoções indefinidas que ainda tinha ataduras que a faziam desejar voltar correndo com o Shane.

   O tempo repentinamente se tornou mais precioso que ouro. Os momentos que se têm para compartilhar com aqueles que amamos são os mais valiosos que nunca chegará tê-los de volta. Seu seqüestro a tinha ensinado essa lição. Ela e Roshelle lutaram pela vida como se tivessem que brigar para viver só um dia mais. Ela já tinha ficado estendida aos pés de Shane sobre seu próprio sangue e tinha feito essa aposta com ele só para lhe fazer pensar que ela estava disposta a brigar pela vida.

   De modo que esta noite ele a estaria esperando e amanhã iria embora. Cada minuto restante resplandecia como um diamante enquanto ela reconhecia a dura realidade de sua iminente separação. Shane retornaria com seus homens e a pior parte a respeito disso era a idéia de que nem sequer se incomodaria em pedir para ir com ele.

   Dando meia volta sobre seus calcanhares olhou o relógio. Só se preocuparia com um coração quebrado mais para frente! Esta noite ela iria para casa criar algo mais que lembranças que encheria seus sonhos.

 

   Voltou para casa cedo. Shane a observou andar pelo Fossa duas largas horas antes que ela terminasse o expediente. Ainda tinha muita gente dentro do bar, mas ela deu uma piscadinha para Mick e seguiu seu caminho de volta casa.

   Ela vinha para ele. Shane não podia suprimir a emoção que enchia seu peito em resposta. Não tinha a menor pista do que estava fazendo ao vir atrás dela desta maneira, só que ele não podia resistir ao tempo que lhes foi provido para ficarem juntos desde que os pais dela viajaram.

   Não estava se lamentando por nada, ele estava mantendo o mesmo passo que ela, observou a pequena saia que revoava com cada um de seus passos. Seu pênis endureceu com uma necessidade furiosa de empurrar-se no interior de sua apertada vagina. Era uma reação básica e talvez muito crua por ela, mas se voltava mais profunda que só transar. Ele a queria, à suave civil que era a mesma definição do que estava proibido para ele.

 

   Um pesado passo atrás dela a fez dar a volta. Shane lhe dirigiu um sorriso arrogante e levantou seu braço para defender-se dos murros que ela pudesse lançar.

   — Realmente não acreditava que ia deixar caminhar para casa sozinha.

   Essa foi uma declaração sem emoção. A verdade era que ela ainda não tinha considerado o que deveria fazer. Shane não esquecia os detalhes. Os dedos dele acariciaram o flanco de seu rosto enquanto ele a olhava tranqüilamente na escuridão.

   — Voltou para casa cedo. —Sua expressão estava oculta, mas sua voz era baixa e rouca.

   — Sim. — Simples e convencional, ela não quis preocupar-se com palavras, tudo o que queria era senti-lo outra vez. Ele deu um passo mais perto e o perfume quente de sua pele escorregou sobre seus sentidos. Seu corpo instantaneamente o reconheceu. O calor transbordou sua pele e chegou a seu ventre.

   — Por quê?

   Em resposta, Christina colocou suas mãos sobre seu largo peito. Sua respiração se voltou trabalhosa enquanto ela movia suas mãos sobre seus musculosos peitorais e para baixo por cima de seu abdômen. Seu corpo inteiro pareceu zumbir em aprovação ao dele. Foi mais que as condições primárias, incluía sua atitude dominante e teimosa, e a aproximação rude e frontal que ele sempre utilizava para obter o que queria.

   Shane empurrou a porta da loja de seu pai e a empurrou no interior com ele. A porta se balançou de volta e se fechou e ambos se converteram em sombras que se fundiam paulatinamente em uma só forma. Seus lábios roçaram seu pescoço e enquanto seus dedos se enredavam em seu cabelo, ele se inclinou para frente e inspirou o perfume de seus loiros cachos antes de olhá-la com olhos brilhantes.

   — Por que, Christina?

   O homem nunca se rendia. Christina se recusou a escutar a seu próprio orgulho que lhe ordenava manter seus sentimentos enterrados.

   — Você disse que estaria aqui.

   Suas palavras impregnaram em seu ser. Shane sentiu suas mãos tremerem antes de apanhar sua boca em um beijo duro. Não queria ouvir nada que lhe desse uma razão para apertá-la contra si. O desespero o obrigou a fazer mais fundo o beijo. A boca dela tremia e seu corpo se pressionava para o dele. Essa flexível forma feminina que suavizava os duros borde de seu corpo.

   Seus mamilos duros e pequenos se enterravam em seu peito enquanto o perfume de sua vagina alcançou seu nariz. Necessitava que um disparo lhe atravessasse para conseguir pôr o freio que impedisse a liberação de sua força plena. Ela se contorceu em seu abraço enquanto uma mão pequena esfregava atrevidamente seu pênis.

   Christina não podia evitar isto e não queria fazê-lo! O que ela queria era ele. Encheu sua mão com a torcida ereção que continham suas calças. Seu corpo já estava úmido e molhado em antecipação ao preenchimento que sofreria outra vez. Seus dedos encontraram um botão e o desabotoaram. Um pequeno barulho de botão aberto golpeou seus ouvidos lhe fazendo buscar a fundo outro botão para abrir.

   Sua torcida haste caiu sobre sua mão ao segundo em que ela abriu o último botão. A coisa pulsou em suas mãos enquanto ela rodeava sua largura. Shane levantou sua cabeça e sugou uma enorme quantidade de ar entre seus dentes apertados enquanto ela fazia uma agradável carícia sobre sua longitude.

   Suas mãos repentinamente se deslizaram para cima por sua coxa até chegar às pequenas tiras elásticas de suas calcinhas. Um puxão forte e ele as rompeu à altura de seus quadris. Deixou cair o objeto arruinado e apalpou seu monte entre suas mãos. Os pés dela se elevaram do piso enquanto ele a levantava e a acomodava contra a parede. Seus quadris abriram suas coxas e seu corpo se abriu, deixando que a ponta de sua ereção se aproximasse de sua entrada.

   — Te segura em mim, doçura.

   — Sim, Senhor.

   Ele grunhiu a sua resposta e empurrou para de seu corpo. Ela se aferrou a seus ombros enquanto sua passagem o estreitava e ele a elevava mais alto. Seu seguinte impulso penetrou mais profundo, até lhe fazer gemer enquanto o prazer se disparava até seu útero. Seus movimentos eram duros e profundos. Suas mãos a sujeitavam no lugar para que os impulsos penetrassem nas profundidades de seu corpo.

   Ele não podia se deter. Ela estava condenadamente molhada e seu pênis muito duro para ir devagar. Ele sentiu a primeira pontada do clímax indo a toda pressa para seu pênis e se introduziu em seu corpo ainda mais duramente. Ela gemeu e enterrou os dedos em seus ombros. Seu impulso seguinte foi igualmente de forte e ela ficou sem fôlego enquanto sua vagina tratava de capturar toda sua longitude.

   — Goza, neném. Agora.

   Ela o fez. Seu corpo se estremeceu com o clímax enquanto ele se introduziu com um golpe dentro dela com tal força que sacudiu a parede detrás deles. O prazer se explorou em seu interior quando um jorro quente de sua semente golpeou seu centro. Seu corpo se apertava ao redor dele e ativamente tratou de extrair ainda mais.

   Ele amaldiçoou em voz baixa e dura enquanto seu cérebro tentava pôr em ordem seus pensamentos. Seu clímax tinha sido tão duro que estava quase tonto e agradecido pela parede detrás deles. Ela levantava a cabeça de seu ombro quando a profanidade que ele proferiu chegou a seus ouvidos.

— Se ficar grávida...

   — Terei a meu bebê. —Suas palavras foram suaves, mas firmes. Os lábios dela tocaram os dele com um beijo tenro enquanto rebolava contra a superfície dura detrás dele.

   A longitude que ainda se alojava dentro de seu corpo se sacudiu em resposta. Shane a olhou, mas ela se recusou a apartar o olhar.

   — Uma de minhas razões para esperar estava no fato de que nenhum controle de natalidade é totalmente seguro, Shane. Uma mulher deveria pensar bastante e muito cuidadosamente com um homem antes que ela tenha sequer a possibilidade de ter um bebê. Assim é que guarda suas maldições para seus homens, posso ir para casa de meu primo passar a noite.

   Em lugar disso ela veio para ele. Isso o humilhou. Suas coxas envoltas ao redor de seus quadris lhe fizeram menear a cabeça com o presente que estava dando. Tirando seu pênis dentro dela, ele a embalou contra seu peito enquanto ele se voltava para as escadas e a sua cama.

   A noite ia ser muito curta.

  

   A cama estava vazia. Christina afastou o edredom e observou seu quarto. Os bens de Shane não estavam mais ali. Ela piscou e olhou para o lado da mesa que tinha estado seu equipamento militar e não encontrou nada exceto a parede que lhe devolvia o olhar fixamente.

   Ficando rapidamente em pé, agarrou suas roupas e as pôs. Baixou as escadas a uma velocidade alucinante descalça e parou ao descobrir Shane de pé junto à porta traseira. Estava recostado contra o marco da porta, olhando as escadas e obviamente esperando-a.

   Parecia tão estranho para ela. Da cabeça aos pés estava vestido como o boneco de ação gigante com o tinha comparado desde o inicio. Sua pistola descansava contra sua coxa e ele estava totalmente fardado. Ela procurou em sua face alguma pista do homem que tinha sido seu amante. Os lábios dele se curvaram ligeiramente para cima em resposta enquanto se endireitava e caminha em sua direção.

   Suas mãos abrangeram a sua cabeça, mantendo-a no lugar. Sua boca tomou um sorvo de seus lábios antes de deslizar-se sobre sua superfície e dividi-los. Inclinou a cabeça enquanto seus lábios a coagiam para abrir a boca para ele. A ponta de sua língua se deslizou dentro para unir-se a dela quando obedeceu e tomou o quente sabor que lhe oferecia. Ela moveu sua mão para os ombros dele e a deslizou sobre o tecido de sua camisa. O objeto de camuflagem verde e marrom parecia tão estranho a suas mãos que levaria por certo um dia inteiro para tirar todo aquele aparato para poder deslizar sobre sua pele...

   Ela suspirou quando ele levantou a cabeça e colocou suas mãos sob o pescoço dela. Essa carícia a deixou toda arrepiada, fazendo-a sorrir. Shane levantou uma de suas mãos e brandamente mordeu a pele da parte inferior do seu pulso. Um pequeno ronrono de deleite saiu dela enquanto outro e mais profundo estremecimento percorria seu corpo. As bicudas e apertadas vestimentas do exercito que percorriam sua camisa fizeram com que ela franzisse seus lábios.

   — Quero te dizer algo. —Sua mão abrangeu sua cabeça de novo. Seus olhos estavam sombrios enquanto a olhava.— Quero que recorde esta única coisa, carinho. Amo-te.

   Christina sentiu como o sangue abandonava sua face. As palavras não tinham sido ditas alegremente. Em lugar disso, sua face se havia transformado em máscara militar de inexpressividade enquanto sua voz mudava de entonação, lembrando a que ele era um mestre em transmitir ordens.

   — Não vivo aqui, Christina. Não vivo neste mundo contigo. É hora de que retorne.

   E tampouco pensava voltar a vê-la! Ela viu escrito em seus olhos. A máscara de sua face era impenetrável. Nem sequer se via um respigo de emoção nela.

   — Shane...

   Seu polegar fechou a mandíbula dela. Seus dentes chocassem entre si enquanto ele mantinha sujeito seu queixo e apanhava seu olhar no dele. Era outro desses agarre que lhe recordavam simplesmente quão mortífero podia ser. Seu polegar aplicava só uma pequena pressão em uma zona que parecia ser completamente vulnerável e que ela nunca tinha sabido que o era.

   — Recorda que te amo o suficiente para me afastar de ti, carinho.

   Ela sentiu repentinamente livre sua cabeça quando ele apartou a mão. Houve um pequeno clique antes que ele a liberasse por completo e se girasse para a porta. Agarrou sua esteira e saiu pela porta no mesmo segundo em que a abriu. Ela se moveu para segui-lo, mas foi obrigada a deter-se por que um objeto detinha seu pulso. Olhando para baixo viu o brilho de uma algema ao redor de seu pulso. A algema estava presa ao mostruário que existia na loja do seu pai enquanto a porta se fechava com um golpe que fez pedaços seu coração.

   Ele a estava deixando.

   Sentiu como se a metade de seu corpo estivesse sendo rasgada. A dor percorria um corpo que só segundos antes estava regozijando-se sob o toque dele. Seu aroma ainda estava aderido a sua pele, o sabor de seu beijo ainda permanecia em seus lábios. Ela esta cheia de raiva enquanto tentava tirar freneticamente as algemas. O bracelete de metal cortou seus pulsos enquanto escutava acender o motor e ouvia partir Hummer.

   Shane não olharia para trás. Ela sabia no centro de seu coração. Era um homem que se mantinha firme em suas decisões sem importar as conseqüências. Mas nunca lhe tinha mentido.

   Christina se derrubou sobre o mostrador enquanto seus olhos se negavam a conter as lágrimas que se deslizavam por suas bochechas. Shane tinha sido dolorosamente honesto com ela. Não vivia em seu mundo e nunca tinha tido a intenção de ficar.

   Enxaguou suas lágrimas e ficou direita. Shane não a tinha tratado como a uma menina e ela certamente não ia começar a atuar como tal! Seus pais iriam chegar em dez minutos e ela não necessitava que eles fossem testemunhas de sua derrota.

   Seus olhos olharam para seu pulso e tentou descobrir como retirar o objeto. Era uma conexão sólida. Shane tinha inserido um dos extremos de metal na grade das cadeias, e o outro estava firmemente sujeito ao seu pulso. Não eram algemas quaisquer, pareciam pertencer ao exercito. Inclusive os enlaces entre as algemas eram grandes e muito fortes.

   Genial.

   Seus olhos se deslocassem sobre o ambiente procurando algum tipo de ajuda. Uma pequena caixa marrom estava ao seu alcance, frente à porta. Estirando-se para ver o objeto. Seu nome estava escrito na parte de acima, simplesmente dobrado sobre si mesmo.

   Claro, é obvio que lhe havia posto fáceis as coisas. Tinha planejado algemá-la ao mostruário da loja de seu pai. Ela levantou a tampa. Uma pequena chave chapeada descansava sobre um pedaço de papel. Levantando a chave a colocou na fechadura e acabou com seu encarceramento. A nota estava curvada pelo peso da chave, mas ela não teve que alisá-la para lê-la.

   “E se você me ama o suficiente, me siga”.

   A mensagem não tinha nenhum sentido. Tirou-o da caixa para olhá-lo mais de perto. E se congelou ante o que encontrou. No fundo da caixa havia uma pequena caixinha de veludo de uma joalheria.

   Seus dedos tremeram enquanto a agarrava. O suave veludo fez cócegas na palma de sua mão enquanto abria a tampa. O branco e resplandecente diamante brilhou para ela quando revelou uma única pedra, o solitário que formava parte de um anel de noivado. A pedra devia ser de mais de dois quilates, e estava atalho segundo a talha Marquesa? Uma diminuta nota estava pega ao anel.

   “Domingo, 14.00 horas.

   É uma viagem só de ida, carinho.”

   Daqui a menos de uma semana! OH, Deus, iria ser uma eternidade! Ela agarrou o anel do estojo de veludo e o deslizou em seu dedo. Encaixava perfeitamente, fazendo-a sorrir. Shane certamente era um homem que se fixava nos detalhes.

   A porta principal se abriu de repente com um só golpe enquanto sua mãe entrava agitadamente na habitação.

   — Está aqui, Christina! Por que não me havia isso dito? De verdade! Temos tanto que fazer! Uma semana? Quem organiza um casamento em uma semana?

   — Pare de gritar à garota, Terry. Uma semana é suficiente! Shane é um militar, não tem tempo para perder em tolices. Só há uma igreja na cidade e já a reservaram. Vá conseguir um vestido para a garota e encomende algumas flores. Estou seguro de que Mick levará as bebidas.

   Sua mãe se foi correndo escada acima enquanto continuava lamentando-se pela falta de tempo. Seu pai se deteve e assinalou sua bochecha. Christina lhe deu um beijo enquanto curvava os dedos sobre seu anel de compromisso.

   Uma semana era muito tempo!

 

   As meninas pequenas fantasiavam sobre coisas equivocadas. Christina estava de pé junto à porta aberta que levava a para o santuário da igreja de Benton e olhava fixamente ao homem que a esperava. Sim, as meninas pequenas sonhavam com seus vestidos de noiva e as flores e quais vestidos queriam que levassem suas amigas.

   Com o que realmente valia a pena era sonhar com o homem que estava de pé ao final do corredor. Shane Jacobs vestia seu uniforme de ornamento. Um sorriso cobriu sua face quando ela se deu conta de que era a coisa mais perfeita que ele poderia ter. Defini-lhe, era quase como um reflexo de sua alma.

   Seu pai parecia a ponto de explodir de felicidade quando a dirigiu para o homem que de verdade ele admirava. Roshelle estava de pé esperando para ser testemunha do casamento que uniria não só a um casal em matrimônio, mas também a duas amigas separadas pela idade adulta. O novo marido de Roshelle, Jared Campbell, estava de pé detrás o Shane quando seu pai a entregou.

   As palavras sortes realmente não eram necessárias, o homem ali de pé com ela dizia tudo o que ela precisava saber com seus olhos. A mensagem chegou direito a seu coração e permaneceu ali.

   Girando-se, olhou para a igreja. As faces das pessoas que a olhavam eram as mais estranhas que Benton já tinha visto. O xerife Campbell estava com uma mulher de olhos verdes que pouca gente sabia que era sua esposa. Havia mais uniformize nos bancos que outra coisa. Rourke Campbell estava junto a seu irmão e piscou os olhos um olho para ela.

   Eram uma família. Seus costumes podiam ser diferentes, mas todos estavam unidos por um vínculo comum de amor. A vida podia ser vivida de maneiras tão diferentes, justo como agora, civis e militares juntos durante um único momento na mudança de percurso da vida. Uma viagem só de ida? Se tivesse sorte, Shane manteria essa promessa e nunca a deixaria partir.

   No momento no que o pastor terminou Shane a dobrou sobre seu braço para deleite dos homens da capela. Piscou os olhos um a um e avançou pelo corredor quase correndo. Christina correu atrás de seu marido enquanto seus homens se inclinavam sobre os bancos para lhe aplaudir o traseiro.

   Ela moveu seus pés mais rápido e dobrou sua velocidade. Depois de tudo, a vida era muito curta para ir lentamente!

                                                                                Mary Wine  

 

                      

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