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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


PRINCIPE DA PAIXÃO / Donna Grant
PRINCIPE DA PAIXÃO / Donna Grant

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

Biblio VT

 

 

 

 

Quando o tempo não tem limites, a paixão nunca acaba.
Keiran é o filho mais velho e herdeiro do trono de Drahcir, e sente o peso da antiga maldição pesar sobre seus ombros. Quando o tempo de retornar a Drahcir se aproxima, ele teme que tenha que voltar sem sua companheira, selando o destino de seu reino.
Ele sempre permitiu que a paixão fosse seu princípio, para o bem ou para o mal, e ele tem seguido essa paixão. Mas quando tem uma noite de paixão e descobre sua companheira, ele será capaz de convencê-la e voltar com ele a tempo de salvar seu amado reino?

 



 

 


Capítulo Um
Inverno, 1270
Encosta das Montanhas de Ben Nevis
A noite varreu a terra, como as asas de um corvo, encharcando a pequena aldeia escocesa, em escuridão. Keiran Sinclair deu às boas-vindas a escuridão para
assentar o cansaço crescente dentro dele.
Ele suspirou forte e debruçou-se sobre a mesa pequena de madeira ante a lareira. A pousada era pequena, mas limpa, e, entretanto ele devia estar procurando
por sua companheira, esgotamento e o frio o dirigiram para dentro da casa. Ele gostou da pequena aldeia, porque era próximo da passagem que o levaria para casa.
Casa.
O fogo aqueceu o frio que se instalou em seus ossos das temperaturas frias que tinham caído há dois dias. Sentia falta do calor de Drahcir. Sentia falta do
gentil, amoroso sorrisos de sua mãe e o modo que seu pai perguntava a sua opinião, como herdeiro do trono. Mas acima de tudo, sentia falta de seus três irmãos.
Como primogênito, ele deixou Drahcir primeiro. Esperava ser o primeiro a retornar. Ainda que estivesse destinado a ser o último.
Keiran esfregou a mão no olho, enviando flashes vermelhos atrás de sua cabeça. Seus olhos pareciam que tinham areia de tantas noites acordadas, e seu corpo
estaca cansado até a alma.
Por muito tempo, ele procurou por sua companheira, de cidade em cidade, e de vez em quando com ajuda do Fae. Quando Aimery o mandou para seu irmão mais jovem,
Sorin, com uma advertência, levaria tudo que Keiran tinha dentro dele se fosse embora com seu irmão.
Ver Sorin tinha sido maravilhoso. Mas, a despedida tinha cortado Keiran mais fundo que qualquer lâmina.
Tudo que podia esperar era que Sorin conseguisse voltar para Drahcir com sua companheira.
Keiran bufou, quando ergueu uma caneca de cerveja inglesa para um longo gole, deixando o líquido queimar uma trilha por sua garganta. A maldição que enviou
os irmãos da segurança do reino mágico à procura de suas companheiras, uma maldição de uma Princesa Fae mimada, egoísta que tinha sido o brinquedo de um de seus
antepassados.
Sua mão fechou em torno da caneca. Se Keiran pudesse encontrar seu antepassado ele o estrangulava, antes que ele pudesse prejudicar a linhagem Sinclair inteira.
Cada irmão deixou Drahcir no seu vigésimo primeiro ano. Cada um deles teria até a quinta lua do ano de colheita para retornar com suas companheiras. O tempo
passava mais lento em Drahcir que em qualquer outro lugar, o tempo era diferente na Escócia quando eles saíram pelos seus portões.
Se encontrar suas companheiras fosse fácil, mas a tarefa era complicada pelo Tnargs, bestas malignas com uma tarefa em mente... matar as companheiras dos Sinclair.
Quando os antepassados de Keiran conseguiam localizar suas companheiras e iludir o Tnarg, a princesa do Fae entrou e moveu as futuras companheiras ao longo do tempo,
tentando destruir os Sinclair.
Felizmente, existia Aimery, um comandante do Fae e amigo de Drahcir. Foi Aimery que ajudou três dos irmãos de Sinclair, mas não existia nada que ele pudesse
fazer por Keiran.
Keiran jogou atrás o resto da cerveja inglesa e bateu a caneca na mesa. A raiva e frustração ameaçando o afogar. Ele tornou a olhar o fogo e soltou uma respiração
trêmula.
Eu falhei. Eu falhei com todo mundo de Drahcir, mas principalmente com minha família.
Sua família e todos em Drahcir deixariam de existir, se ele não retornasse com sua companheira a tempo, e parecia que era exatamente o que aconteceria. Tudo
porque, ele não conseguia achar sua companheira.
A quinta lua do ano da colheita era dali alguns dias. Como seria possível localizar sua companheira e convencê-la a deixar seu mundo e sua família para trás,
e viajar para um reino mágico em tão pouco tempo?
Era impossível, que era exatamente o que a princesa queria.
Como herdeiro de Drahcir, Keiran nunca pensou que falharia. Por mais de quatro anos, tinha procurado pela mulher que o completaria totalmente, a mulher a qual
estaria destinado para a eternidade. Certamente, não a encontrou até agora.
"Você gostaria de outra?"
A voz melódica, suave o alcançou através de suas reflexões. Ele piscou e girou do fogo para encontrar uma mulher ao lado dele. Seu cabelo era da cor de mel,
com reflexos em ouro. As mechas tinham se soltado de sua espessa trança e emoldurado seu rosto.
Perguntou-se como seria seu cabelo caindo ao redor dela e se seria tão liso e suave quanto aparecia.
"Meu senhor?" ela perguntou.
Keiran inclinou sua cabeça de lado, enquanto olhava seus olhos de um cinza incomum. Havia algo de quase familiar sobre a menina, como se devesse conhecê-la.
Finalmente, ele movimentou a cabeça. "Sim. Eu gostaria de outro."
Os cantos de sua boca ergueram-se em um sorriso, antes dela girar o salto de seu sapato e mover-se para o bar. Keiran assistiu o modo como seus quadris balançaram,
enquanto caminhava e sentiu que respondia a suas curvas. Ela caminhava com a graça de uma rainha e o comando de um general, uma mistura arrojada para um homem que
tinha estado sem ninguém por um longo tempo.
Mas existia algo no formato de coração de seu rosto, que dizia a Keiran que já tinha visto a menina antes. Mas aonde? Ele se aventurou próximo a esta aldeia,
quando deixou Drahcir, mas nem uma vez ele parou na pousada.
Ele olhou a menina mais atentamente, notando o modo como suas sobrancelhas cor de mel, que suavemente se curvava acima de seus grandes olhos, que puxavam ligeiramente
nos cantos. Os ossos da bochecha eram altos, seu queixo teimoso lhe dizendo que tinha boa educação. Seu olhar foi para sua boca, maravilhosamente cheia e os lábios
vermelhos pediam atenção.
Ela tinha uma altura mediana e um sorriso fácil, como se o mundo ainda não a tivesse batido. Suas curvas suaves, todas nos lugares certos faziam Keiran tomar
conhecimento. Sua pele era cor clara, brilhante e quente pela luz da lareira, à medida que o abordou.
"Aqui está." ela disse e pousou a caneca.
Keiran virou-lhe uma moeda, espantado quando ela a apanhou habilmente com sua mão. "Qual é o seu nome?" Ela se recusou a encontrar seu olhar. "Meu nome?"
Ele não deixou de notar o modo que suas sobrancelhas franziram, antes dela o questionar. "Sim. Seu nome?"
"Gwyn, meu senhor."
Ele gostou do som disto. "Bem, Gwyn, por que você não está em casa cuidando de seu marido?"
Um sorriso lento se estendeu por seus lábios, quando ela brevemente encontrou seu olhar. "Porque eu não tenho nenhum marido, meu senhor."
Ele estava mais que surpreso, para dizer o mínimo. Gwyn era uma menina muito graciosa, o tipo que a maioria dos homens casaria em uma batida de coração. Keiran
olhou em torno da quase deserta área de jantar. "Eu acho difícil de acreditar."
"Não tão difícil realmente." ela disse e girou seus olhos cinza para ele. "Eu não vou me casar com qualquer homem."
Algo dentro de Keiran rugiu para vida em suas palavras. Ele se sentou e segurou seu olhar. Tinha passado um longo tempo, desde que aliviou seu corpo com uma
mulher, e ele estava certamente enfrentando um desafio.
"E que tipo de homem é esse?" ele perguntou.
Ela ergueu um ombro esbelto e o encolheu. "Um que me ame e não me queira simplesmente para o nascimento de suas crianças, assim ele terá alguém para cuidar
das áreas dele."
Keiran riu. Tinha passado tanto tempo desde que sentiu vontade de rir. "Percebi que isto é um problema por aqui?"
"Mais que você possa imaginar."
Ele se sentou adiante em sua cadeira, intrigado. "Se sente comigo." ele disse e afastou a cadeira oposta com o pé.
Seus olhos cinza brilharam. Ela olhou a cadeira e lambeu seus lábios. "Eu não posso."
Havia algo em seu sotaque, que não estava certo. Ele podia ouvir o sotaque escocês, mas não pensava que vinha naturalmente dela.
"Claro que você pode." ele disse. "Há poucos cliente aqui, e se alguém precisar de você, eles podem chamar por você. Se sente comigo, por favor."
Ela torceu seu avental branco em suas mãos e olhou em torno do salão, antes dela se sentar.
Keiran debruçou seus antebraços na mesa. "De onde você é?"
"Uma aldeia aqui perto."
Seu olhar apertou. Quanto mais falava com ela, mais pensava que a conhecia. Impossível. "Você sempre viveu aqui?"
"Eu me movi ao redor." ela confessou.
"Freqüentemente?"
Ela se recostou na cadeira e levantou uma sobrancelha. "Por que o interesse em onde eu vivi?"
"Porque eu juraria que já te vi antes."
Ela suspirou e soltou a respiração. "Isto é porque, Príncipe Keiran, você viu. Em Drahcir no dia em que você partiu. Eu era a menina nos portões." ela disse,
antes dela se levantar e ir embora.
Keiran sentiu como se tivesse levado um coice de um cavalo. Sua mente balançou com sua revelação. Havia algumas pessoas que deixaram o reino mágico de Drahcir,
mas uma vez que eles caminharam pelos portões, não podiam nunca mais retornar.
Ele virou sua cabeça para assisti-la enxugar o bar e levar uma bandeja de canecas sujas para uma sala na parte de trás. Lembrava-se nitidamente do dia que
deixou sua amada Drahcir para buscar sua companheira. Desde que, todo o reino estava em risco, todo mundo foi para fora ver quando o príncipe partiu para cumprir
a maldição.
As ruas de um azul chapeado de Drahcir tinham sido forradas, seus moradores lançaram flores a seus pés e cantando seu nome, o tempo todo desejando sucesso.
Ele parou nos portões e girou para ofertar a sua família uma última despedida. Logo antes dele partir, ele viu uma menina que olhava fixamente para ele. Ela
não sorriu, nem o aplaudiu. Mas seus olhos cinza o seguraram imóvel, enquanto o observar.
Pelos deuses!
Capítulo Dois
Gwyn queria chutar algo de tão irritada que estava. Por quatro anos, esperou por Keiran, agarrada na previsão que Aimery lhe deu, uma previsão que a fez deixar
Drahcir.
Aimery pediu sua promessa que não diria a ninguém, nem mesmo sua família, de por que deixou o reino mágico. Sua família não entendeu e tentou tudo exceto amarrá-la
na cama para fazê-la ficar. Deixar Drahcir tinha sido a coisa mais difícil que já tinha feito.
Há um mês, Aimery de repente mostrou-se, soube que ela não tomou sua palavra para nada. Mas o que lhe disse a deixou com gelo em suas veias.
O Tnarg a achou.
Por um mês, não se aventurou fora da pousada. Se o fazia, era a luz do dia com várias pessoas ao redor dela, e nunca se afastava da aldeia. O Tnarg poderia
ser maligno, mas não era valente o suficiente de se mover por uma aldeia podendo ser caçado pelos homens.
Ainda assim, toda a noite deitava-se acordada, perguntando-se se ele conseguiria passar pelas venezianas reforçadas com ferro.
Aimery tinha sido positivo que o Tnarg chegaria qualquer dia, e sabia que a besta estava perto, esperando por ela. O fato de Keiran agora sentar-se ante ao
fogo era a prova disto.
Ela ansiava que Keiran viesse por ela, que a reivindicasse como sua companheira, mas agora... agora se preocupava que eles nunca passariam pelo Tnarg e salvar
seu povo.
Gwyn olhou Keiran. Ele se sentou curvado acima da mesa, cabelo tão escuro que era quase preto até os ombros. Seus olhos castanhos mostravam tanto sofrimento
e insegurança que quis dizer-lhe quem era ela.
Mas ela não podia. Aimery a proibiu disto. Ele tinha lhe dado uma chance, compartilhando as informações com ela.
O rosto de Keiran não possuía a exuberância juvenil que já teve. Em seu lugar estava um homem endurecido por este novo mundo e suas responsabilidades, mas
isso apenas pareceu torná-lo mais misterioso, mais bonito, se isso fosse possível.
Antes de Aimery dizer-lhe seu destino, Keiran pegou o seu olhar. Como herdeiro do trono, cada menina mais velha, o queria. O fato que fosse mais bonito que
o pecado apenas fazia as coisas piores.
Ela agitou sua cabeça lentamente e caminhou para a habitação da parte detrás, onde os pratos a aguardavam. Quando agarrou o balde vazio que tinha certeza de
tê-lo enchido uma hora atrás.
Os pratos não podiam esperar. Ela tinha que limpá-los, antes da manhã e a chegada de seu patrão, porque se ele a mandasse embora, não teria nenhum lugar para
viver.
Gwyn levantou o balde e abriu de volta a porta. A música dos grilos enchia o frio e a noite clara. A lua era só uma lasca no céu da noite e as estrelas brilhavam.
Parecia ser uma bela definição, mas sabia o que a espreitava nas sombras.
Ela olhou na noite, aguçando os ouvidos para ouvir qualquer som do Tnarg. Além dos grilos e uma coruja ao longe, não existia nada. Ela ergueu seu pé para sair
quando a agarraram pelos ombros e a giraram para aterrissar contra a parede.
Gwyn examinou os olhos castanhos de um Keiran incomodado. Seu rosto estava a centímetros do dela, suas pernas apoiadas em cada lado seu. O calor de seu corpo
a fez segurar a respiração.
"O que você está fazendo aqui?" ele perguntou com voz estrangulada. "Por que você deixou Drahcir?"
Ela abriu sua boca para responder exceto quando olhou para fora e jurou que viu algo se movimentar nas sombras. Antes dela poder se inclinar e olhar, Keiran
fechou a porta.
"Eu preciso de uma resposta." ele insistiu.
"E eu não posso dar uma a você." Ela queria contar-lhe, mas promessa é promessa, algo que levava muito seriamente. Especialmente a um Fae.
Keiran se inclinou mais próximo, sua respiração morna roçando em sua bochecha. "Por que você partiu?"
Sua voz era tão fria quanto à temperatura. Desde que deixou seu reino, ele não pararia até que obtivesse uma resposta.
Sob suas mãos, braços de aço a seguravam imóvel.
"Era o meu destino." ela finalmente admitiu.
Seu olhar a procurou, antes dele fechar seus olhos. "Você está mentindo."
"Não. Eu não estou."
Seus olhos abriram-se de repente, relampejando raiva. "Você deixou a magia e a beleza de Drahcir para isto?" ele silvou. "Você espera que eu acredite nisto."
"Eu parti porque era meu destino. Todos nós temos coisas que devemos fazer, gostando ou não. Você foi por uma maldição antiga. Também deixou Drahcir."
Ele a afastou e andou longe. Seu corpo estava rígido e seus olhos escuros. Gwyn andou até ele e estendeu sua mão para ele.
"Por favor, sua alteza. Eu tenho um quarto que você pode usar. Você precisa descansar."
Ele bufou. "Descansar? Gwyn, se eu não achar minha companheira, todos em Drahcir desaparecerão."
"Eu sei." ela suavemente respondeu.
"E não me chame 'sua alteza'. Eu sou Keiran aqui." Ele passou sua mão abaixo de seu rosto e debruçado contra uma parede. "Pelos deuses, eu nunca estive tão
exausto."
Ela aproximou-se um passo dele. "Venha. Você precisa descansar."
De alguma maneira, ele permitiu que tomasse sua mão e o puxasse para o quarto. Uma vez no quarto principal, ela soltou sua mão, mas ele continuou a segui-la.
Ela daria a ele seu quarto. Não era grande, mas estava seguramente entre outros, então seria difícil para o Tnarg chegar sem alertar de sua chegada.
Entretanto todo homem, mulher e criança de Drahcir sabiam do Tnarg, mas apenas a família real e seus companheiros já se encontraram com um. As histórias de
como as bestas tentavam matar os companheiros eram lendários, mas piores eram as histórias do Tnarg ligando a família Sinclair se os companheiros não pudessem ser
mortos.
Gwyn se recusou a permitir que Keiran morresse tão próximo a sua casa.
Ele subiu os degraus lentamente, e quando ela parou dentro de seu quarto, deteve-se ao lado dela.
"'Este é seu quarto?"
"Não existe nenhum outro quarto vazio." ela mentiu. "Você precisa descansar."
Um lado de sua boca balançada em um sorriso. "Você se juntará a mim?"
O estômago de Gwyn contraiu, antes de cair aos seus pés. Ela não podia encontrar seus olhos, não quando já sabia seu futuro. "Descanse Keiran."
Ela se moveu para ficar longe, quando seu braço a parou. Seus olhos castanhos presos aos seus, quando se inclinou sobre ela, esquentando-a com seu calor e
seu odor de ânsia, neve... e poder.
"Você é muito bonita." ele sussurrou contra sua orelha. "Muito bonita para este mundo. Você devia ter ficado em Drahcir."
E nunca conseguido você? Nunca.
Sua mão se moveu para seu pescoço e para cima a cada lado de seu rosto. Ficou impossível respirar, enquanto esperava... Esperava... por seu beijo. Ela sonhou
com ele por anos, perguntou-se que sabor ele teria.
Ela pegou suas mãos para evitar tremer, quando viu seu olhar abaixando para sua boca. Seus lábios se separaram por vontade própria, seu coração batendo tão
rápido que sabia que estouraria em seu peito.
Tudo que tinha que fazer era erguer seu rosto e seus lábios se encontrariam, mas o medo a manteve imóvel.
E então sua cabeça abaixou.
O primeiro contato de seus lábios contra os seus foi como um raio por seu corpo, e estava impotente para resisti-lo. No entanto, ele não parou simplesmente
roçando seus lábios.
Suave, flexível, insistente eram seus lábios, quando a beijou. Um suspiro pequeno escapou, quando sua língua deslizava entre seus lábios. Seu coração parou
e caiu aos pés quando a boca inclinada empurrou sua língua dentro de sua boca e duelou com ela. Ele gemeu baixo em sua garganta, enviando calafrios acima de sua
pele.
Era o prazer mais primoroso que ela já experimentou.
Assim que ela se abriu para ele, aprofundou o beijo, trazendo-a contra os planos rígidos de seu corpo. Incapaz de parar ergueu seus braços ao redor de seu
pescoço, e seus dedos enfiados contra a espessura de seu cabelo escuro.
Aimery a alertou para que esperasse até eles retornarem para Drahcir antes dela deixar que Keiran a reivindicasse, mas o beijo despertou algo bem no fundo
dela. Algo que queria apenas Keiran.
Deuses, sim. Eu esperei tanto.
Quando o beijo finalmente terminou, achou que não podia se afastar dele. Estar em seus braços, feitos para ela e esquecer-se de tudo, menos dele.
"Olhe para mim." ele a persuadiu.
Relutantemente, Gwyn abriu seus olhos.
"Eu não tenho nenhum direito de pedir, mas fique comigo."
Ela podia ir embora. Ela sabia que ele deixaria. Mas a solidão tão forte em seu olhar capturou seu coração. Se ficasse com ele, sabia que a reivindicaria.
Aimery deixou claro para eles esperarem.
Mas como podia depois de tal beijo? Seu corpo já desejava sentir seus lábios novamente.
Estava simplesmente pedindo demais para um mero mortal.
Ela se esqueceu de tudo, dos pratos e os poucos homens ainda lá embaixo. Tudo que ela se importava era com o homem em seus braços.
"Sim." ela respondeu.
Com um empurrão de seu pé, Keiran fechou a porta e a levou em um beijo feroz que não deixava nenhuma dúvida, que não se importava o que ele quisesse fazer
com ela naquela noite.
Sua cama era estreita e não existia nenhuma lareira em seu pequeno quarto, mas nada pareceu importar, quando Keiran a levou para cama. Lentamente, como se
tivesse todo o tempo do mundo, começou a despi-la. O ar fresco encontrou sua carne exposta e causou calafrios percorrendo sua pele.
Quando estava nua na frente dele, ele alcançou sua trança e soltou seu cabelo até que seus cachos caíram em cascata ao seu redor.
"Perfeito." ele murmurou.
Nenhum homem já a tinha visto nua antes, mas o olhar de Keiran a aqueceu, fazendo-a parecer bonita e sensual, a mulher que sempre quis ser.
Suas mãos acariciaram seus braços até seus quadris. Dolorosamente sem pressas, ele começou a mover suas mãos para cima, parando em sua cintura, apenas abaixo
de seus seios.
Sua respiração acelerada, ansiosa por sentir suas mãos nela. Seus peitos inchados e seus mamilos enrugados no ar frio embaixo de seu aquecido olhar. Seus olhos
deslizaram cerrados, quando ele finalmente pegou seu seio, em forma de xícara.
Quando seus dedos polegares moveram-se acima de seus mamilos sensíveis, Gwyn ofegou, seus sentidos em um vendaval. O prazer era tão intenso, tão maravilhoso
que se tornou quase demais.
Ela agarrou seus ombros para se manter firme com o algo novo e surpreendente florescia dentro dela, espalhando bem no fundo de sua alma, até que esteve arquejando
com tudo isto, era dolorido demais.
Sua cabeça inclinou-se e começou a afogar no prazer. A boca de Keiran estava em todos os lugares. Ele beijou seu pescoço e a pele sensível atrás de sua orelha,
mas quando seus lábios moveram-se para seus seios, Gwyn sabia que seus joelhos não a segurariam.
Como lendo seus pensamentos, um dos braços de Keiran envolveu ao redor dos seus, um momento antes de sua boca fechar sobre seu mamilo.
Keiran amamentou o atrevido pequeno broto em sua boca, com o som de gritos suaves luxuriantes de Gwyn. Seu outro mamilo rosa chorava por atenção, quando trocou
sua boca para o seio à espera. Seus peitos estavam eretos e enchiam suas mãos.
Ele amamentou profundamente, arrastando seu mamilo longe em sua boca, antes de correr sua língua acima do broto. Seu pênis pulsava com necessidade, implorando
para enchê-la e aliviar a dor dentro dele.
Mas ele ainda não estava pronto para parar a exploração de seu corpo magnífico. Sua pele era perfeita, cremosa e lisa como seda suave, como bebê.
Ele agarrou seus quadris e empurrou seu pênis contra ela, deixando-a saber o quanto a queria. Por ter achado alguém de sua casa era apenas o que precisava
esta noite, ainda que não fosse sua companheira. Não se sentiu sozinho com Gwyn em seus braços.
Suas roupas se tornaram um obstáculo. Queria ter a pele contra a sua. Antes de erguer sua cabeça, mordeu suavemente seu mamilo, a fazendo ofegar e mover os
quadris contra os seus.
Keiran girou e a deitou na cama, antes de tirar suas roupas, tão rápido quanto podia. Quando esteve livre afinal, ficou congelado com seu faminto olhar juntava-se
ao dela.
No fundo de seu coração, Keiran sabia que não devia nem pensar sobre estar na cama com Gwyn, não quando ainda tinha que achar sua companheira. Mas existia
algo em Gwyn que o atraia, algo que não podia simplesmente ir embora. Talvez fosse sua beleza primorosa, sua influência calmante sobre sua alma, ou a atração entre
eles, não podia, e não iria embora esta noite.
Suas bolas apertadas com seu olhar fixo em seu pênis. Ele gemeu quando ela lambeu seus lábios, fazendo-o pensa como sentiria sua língua nele, deslizar sua
boca quente e molhada em seu pênis.
Não podendo agüentar mais, ele moveu-se para a cama e rastejou sobre ela. Seu corpo suave embalou o seu, enquanto seus olhos cinza o devoraram com a mesma
quantia de desejo que pulsava em suas veias.
Iria ser uma noite divina.
Capítulo Três
Gwyn sentiu como se estivesse flutuando em nuvens. Por tanto tempo esperou para ser segurada nos braços de Keiran, antes até de Aimery dizer a ela seu destino.
E agora, seu maior desejo estava sendo realizado.
Seu corpo era duro e morno, e o peso delicioso dele sobre ela era diferente de qualquer coisa que já experimentara. Ela gostaria de ficar embaixo dele por
toda a eternidade. Especialmente, enquanto a beijava como agora.
O beijo era hipnótico, fazendo seus membros líquidos e o calor de seu corpo a estava queimando. O menor movimento de seus quadris e sentia seu membro contra
seu sexo, tentando-a... provocando-a.
Com sua boca, como um especialista, a mordiscou, lambendo e beijando seus lábios, Gwyn quase não era capaz de conter o prazer dentro dela.
Então sua mão tocou seu peito novamente.
Desejo, rápido como raio, a percorreu, centrando em seu sexo e dando um desejo ingovernável de esfregar seus quadris contra ele. Ela cedeu e gemeu, enquanto
um prazer tão intenso que mal podia respirar a inundou.
Suas mãos deslizaram acima de seus musculosos braços, para seu ombro largo e então acima dos músculos de seu pescoço, que flexionaram e se agruparam em suas
mãos.
"Pelos santos, você é tão bonita". ele sussurrou, antes de se aninhar em seu pescoço.
Gwyn suspirou e fechou os olhos, enquanto seu corpo se deslocava de seu rosto para seus seios. Esperou ansiosamente que tomasse um mamilo em sua boca, e esfregasse
sua língua acima do broto.
Ela observava, hipnotizada, circular a primeira auréola, e fazendo uma pressão com seus dedos, até seus mamilos enrugarem. Ele beliscou o ajustando até o momento
que sua boca desceu.
Um grito suave rasgou de sua garganta, quando arqueou suas costas com o prazer que a consumiu. Ele ligeiramente trocou sua mão rapidamente se moveu de sua
cintura e quadril para sua coxa.
Seus lábios separados, um gemido baixo emitindo de sua garganta, quando seus dedos separaram os cachos de seu sexo e de seu núcleo. Sua mão apertada contra
ela, a fazendo mover seus quadris contra os dele.
Ela queria mais, precisava de mais. Mas ela não estava certa do que precisava. Seu corpo procurava por algo, movendo-se para algum objetivo, e tudo que podia
fazer era ficar lá e aproveitar a experiência, cada momento feliz.
Quando seu dedo a penetrou, empurrando fundo, suas unhas cravaram em seus ombros, seu dedo movia-se dentro e fora, dirigindo-a selvagem com cada punhalada,
enquanto a estirava.
Ela gemeu, quando seu dedo roçou em sua pérola. A urgência construiu dentro dela, enquanto seu polegar tocava seu clitóris e seus dedos a preparavam para seu
pênis. Suas mãos sabiam como e onde tocar e se contorcer com necessidade.
As sensações de destruição em seu corpo eram intensas, bonitas e viciadoras. Seus quadris moviam no ritmo de sua mão, combinada com a pressão deliciosa continuou
a construir até que... quebrou-se.
Gwyn clamou quando seu primeiro clímax rasgou seu corpo, mandando-a afogando nas ondas de felicidade.
Ela abriu seus olhos para encontrar Keiran sobre ela, seus olhos brilhantes com desejo. Ela ofegou, quando esfregou seu pênis contra a carne sensível de seu
sexo, antes de penetrá-la.
A sensação dele preenchendo-a e estirando era a coisa mais arrebatadora que já tinha sentido. Seus quadris se movimentavam, levando-o mais fundo, enquanto
a preenchia centímetro por centímetro.
"Eu não posso esperar." ele sussurrou.
Gwyn envolveu seus braços ao redor dele. "Não espere. Eu quero sentir você, todo você."
E com isto, retirou-se de uma vez, para dar um impulso duro e se enterrar até a raiz.
Ela endureceu, tentando superar a dor dele rompendo seu hímen. Quando ele não se moveu, olhou nele e o viu a olhando fixamente, com choque e surpresa.
"Gwyn". Começou, mas ela depressa colocou um dedo acima de seus lábios.
"Era meu para dar, Keiran. Não pense. Só sinta."
Quando ainda assim não se movia, ela levantou suas pernas e envolveu-as ao redor de sua cintura, com seus tornozelos fechando juntos. Ele gemeu, quando o trouxe
mais fundo dentro dela.
Então ele começou a empurrar. Longo e lento, devagar e rápido, cada movimento a deixava ansiosa por respirar e ávida por mais. Seu corpo flutuando, cercada
pela força dos braços de Keiran, e ela se entregou prontamente.
Suas punhaladas começaram a acelerar, enquanto ele bombeava no fundo dela. Seu corpo despertado novamente, ávido e disposto ao ser tocado e beijado por Keiran.
Suas respirações misturadas e o suor brilhando acima de seus corpos, enquanto continuava a empurrar nela. Tempo e lugar foram esquecidos. Tudo que importava
era um ao outro e o prazer que os cercava.
Não durou muito tempo, antes de ele dar uma punhalada final que o enterrou até seu útero, lançando sua cabeça atrás e derramando seu sêmen nela. Ela ofegou
quando chegou ao clímax uma segunda vez. Gwyn se segurou nele, enquanto seu corpo empurrava com a força de seu orgasmo. Quando ele desmoronou em cima dela, avidamente
o segurou, sabendo que estavam juntos.
Ele retirou-se dela e rolou para seu lado, já adormecido. Ela correu seu dedo abaixo de seu rosto, odiando os círculos escuros em baixo de seus olhos e as
linhas de preocupação ao redor sua boca.
Seu dedo acariciou as sobrancelhas escuras, que cortavam acima de seus olhos castanhos e moveu-se para seu queixo e boca larga. Uma mecha de seu cabelo caiu
através de sua testa larga. Ela moveu o cabelo para longe e sorriu para o homem que tinha declarado dela.
Amanhã levaria a perguntas e explicações, mas hoje à noite era para apreciar à vontade.
Keiran acordou para ver os primeiros raios solares, que se infiltravam pelas venezianas de uma janela no quarto. Ele sorriu para a mulher que dormia ao seu
lado, seu cabelo cor de mel adorável com seu dourado destacado, enrolados ao redor deles.
Ele mal podia se lembrar da última vez que dormiu a noite. Sentiu-se mais descansado do que em meses e tudo porque cedeu a sua paixão.
Seu pênis despertou com os seios expostos e o mamilo de Gwyn à vista. Pensava várias maneiras de despertá-la quando se virou em seu sono.
A boca de Keiran secou, quando olhou fixamente para o braço esquerdo de Gwyn. Do ombro até o cotovelo, uma complicada mescla de laços e redemoinhos anunciando
para o mundo o que era.
Sua companheira.
Ele inalou uma respiração trêmula e agarrou seu estômago que parecia que tinha sido esmurrado. Lentamente, apoiou-se em seu cotovelo e olhou abaixo em seu
braço direito. Assim como esperava, a mesma marca o adornava.
Keiran passou uma mão por seu rosto e tentou envolver sua mente em torno do fato de que realmente tinha encontrado sua companheira. Sem sequer tentar. Mas
era coincidência, ou existia algo mais no trabalho?
Drahcir não tinha nenhuma escolha, senão permitir a Gwyn retornar desde que era sua companheira. Se ela quisesse retornar.
Ele colocou suas pernas para fora da cama e debruçou os cotovelos em seus joelhos, quando soltou sua cabeça em suas mãos. Sua cabeça cheia de perguntas, mas
nem tinha certeza de ter tempo para elas.
O Tnarg estava lá fora, esperando por eles. Assim que começassem a jornada para Drahcir, atacaria. Isso era se ela concordasse em retornar com ele. Poderia
ter achado uma boa vida fora de Drahcir. Como sua companheira, Keiran não podia retornar sem ela.
Uma mão suave tocou em suas costas, causando-lhe saltar em surpresa. Ele girou e olhou para Gwyn acima de seu ombro. "Olhe para seu braço."
Ela lambeu seus lábios e olhou para seu braço marcado até o dele. Seu sorriso nervoso disse mais que quaisquer palavras.
Ela sabia.
"Por que você não me disse?" ele perguntou.
Ela soltou sua mão e sentou, envolvendo o cobertor em seu peito. "Eu devia dizer, eu sei. Fui egoísta, mas queria que você me quisesse, me desejasse, não simplesmente
porque eu sou sua companheira."
"Explica a atração imediata e profunda." admitiu e girou para ela. Desejou que tivesse lhe dito, mas o alívio que sentiu em achá-la anulou qualquer outra emoção.
"Eu nunca senti nada como isto em toda minha vida."
Ela tocou com o cobertor em sua mão, seus olhos abatidos. "Era tudo que eu já sonhei e mais."
"Quanto tempo faz que você sabia? Eu devo saber."
Ela soltou uma respiração e encolheu os ombros. "Eu acho que posso dizer a você agora. O dia que você deixou Drahcir, Aimery me visitou."
"O que?"
Ela encontrou seu olhar e movimentou a cabeça. "Ele me disse que eu era sua companheira, e que se ficasse em Drahcir, você nunca me acharia, desde que todos
os companheiros estão do lado de fora dos portões."
"Verdade." ele disse com aceno com a cabeça. "Nem um único Sinclair encontrou sua companheira como um dos nossos."
"Eu não tenho certeza de como aconteceu, mas eu estou contente que o fez."
Keiran alcançou e tomou sua mão. "Eu quase perdi a esperança de achar você. Eu vim aqui porque eu quis estar mais próximo possível de Drahcir."
"O que nós fazemos agora?"
Ele olhou na janela. "Nós precisamos chegar a Drahcir."
"E o Tnarg?"
Ele levantou e andou para a janela. "Está aqui. Eu sei disso. Eu estou surpreso de não ter tentado matar você antes que eu chegasse."
"Aimery disse-me que me caçaria. No último mês, eu me mantive na pousada, apenas me aventurando para fora durante o dia e cercada pelas pessoas, e nunca deixei
a aldeia. Foi mais difícil para ele me pegar."
Keiran agitou sua cabeça, não entendendo. "Por que ele não atacou você aqui?"
Ela apontou para as venezianas. "Bastante difíceis quando foram reforçadas com ferro."
Ele riu. "Brilhante. Você está pronta para o que virá?"
Não houve medo do modo que olhou pela janela. "Claro." ela disse.
Ele sabia que mentia. Ela mostrou seu lado valente, mas ela tinha tanto medo, e com razão, pela sua vida. O Tnarg não pararia até matá-la.
"Nós precisamos sair imediatamente. Nós temos poucos dias preciosos para alcançar os portões, e o tempo vai nos atrasar."
Ela deslizou da cama. "Sem mencionar o Tnarg."
Ele cerrou sua mandíbula e começou a se vestir. Ele estava entusiasmado por encontrar sua companheira, mas aquela alegria misturada com um medo profundo. Se
seus outros três irmãos fizeram isto por Drahcir, então o Tnarg seria implacável em tentar matar Gwyn. Apenas de pensar nela morta o fazia ter náuseas.
Keiran olhou para a tatuagem em seu braço, antes que colocasse o vestido. Ela era tão bonita que podia olhá-la pelo dia inteiro e nunca ficar cansado. Seus
olhos, de um cinza incomum, podiam o capturar com somente um olhar. E a riqueza do cabelo cor de mel bonito, que se enrolava até sua cintura, o fez querer correr
seus dedos nele.
Ele olhou abaixo na tatuagem em seu braço, logo antes dele vestir sua túnica e o gibão. Ele e Gwyn estavam marcados com ferros um para o outro, para sempre
agora. Sabia poucas coisas sobre ela, mas não pareceu importar. Teriam o resto de suas vidas para aprender tudo que havia para saber.
Contudo, estava ansioso para começar a sua vida juntos. Como desejou que o Tnarg e a princesa do Fae que lançou a maldição, desaparecessem. Séculos se passaram,
mas ela nunca estava satisfeita.
Keiran não podia nem pensar em ver seus filhos deixarem Drahcir para procurar por suas companheiras. Não era certo pedir-lhes para fazer isto, e isso devia
parar. Como não tinha certeza, trataria de fazê-lo.
"Keiran?"
Ele olhou até ver Gwyn na frente dele. Ele sorriu e a puxou em seus braços. "Eu esperei por você minha vida inteira." ele sussurrou em seu cabelo.
Ele foi erguido como o herdeiro e amado profundamente por sua família. Aprendeu a levar com justiça e com honra, mas sempre existia uma parte dele que queria
achar sua companheira. Agora que a segurava em seus braços, se sentia completo. Verdadeiramente inteiro.
"Se pudéssemos ter tido os anos em Drahcir, um com o outro." ela disse e levantou seu olhar para ele.
"Nós teremos muitos anos juntos, Gwyn. E conseguiremos chegar aos portões. Eu prometo."
Sua sobrancelha franzida. "Isto é estranho."
"O que?"
"Não existe nenhum som vindo de baixo como deveria existir."
O estômago de Keiran contraiu. Algo estava errado.
Ela alisou suas mãos em seu tórax. "Eu estou assustada."
"Eu protegerei você."
E ele iria, até seu último suspiro.
Capítulo Quatro
Keiran ajusta suas armas, verificando duas vezes, antes de agarrar seu capote. Esfregando suas mãos, procurando por calor, entretanto não era o frio do quarto,
mas medo do Tnarg que dirigiu o calor de sua carne.
Ela tocou o punhal em seu quadril. Tinha sido um presente de partida de seu pai, um que sempre manteve com ela. Não era muito, mas seria algo contra o Tnarg.
"O que lhe parece?"
O olhar de Keiran encontrando o seu. "O Tnarg?"
Ela movimentou a cabeça.
"É grande e coberto com pêlo espesso, escuro e grosso. Seus olhos são vermelho sangue. Seus dentes são muito longos, e suas garras são afiadas. Desde que foi
formado pela princesa de Fae, é feito de magia."
Ela bufou. "Bastante injusto e desleal."
"Eu concordo. Nós não podemos executá-lo, e tem a força de dez homens."
Gwyn afundou sobre a cama. "Nós nunca conseguiremos."
Estava ao lado dela em um momento. "Todos os meus antepassados fizeram isto. Então, nós vamos. O Tnarg tem uma debilidade. Nós apenas temos que achá-la."
Seu coração acelerou de modo selvagem, quando se inclinou para beijá-la. Um tiro de excitação foi para seu estômago e estendeu para seu sexo, aquecendo seu
sangue. Suas mãos foram para seu pescoço, por iniciativa própria.
Ela estava relutante em terminar o beijo, mas não podiam desperdiçar mais tempo.
"Pelos santos, eu quero você novamente." ele murmurou.
Gwyn não pôde deixar de sorrir. Ela tinha Keiran, finalmente. Teria esperado uma eternidade para segurar o homem que amava em seus braços. E aqueles quatro
anos foram como quatro séculos.
Ele levantou e pegou sua mão. "Pronta?"
Ela não estava nem próxima de estar pronta, mas se iria ser sua esposa e a futura rainha de Drahcir tinha que ter coragem. Ela tomou sua mão e permaneceu ao
lado dele.
"Nosso futuro nos aguarda." ela disse.
Um lado de sua boca inclinou para cima. "Você será uma rainha magnífica."
"Eu não me importo em ser rainha, desde que eu tenha você."
Keiran viu a verdade de suas palavras no brilho de seus olhos cinza claros. "Rainha ou não, você sempre estará ao meu lado."
"Isto é tudo que eu posso pedir."
Ele pegou seu rosto e deu-lhe um beijo rápido, antes de puxá-la de seu pequeno quarto. Quando desceram os degraus para o salão de jantar, pararam.
Todas as mesas e cadeiras estavam rasgadas em pedaços, o chão cheio de lascas de madeira, que uma vez tinha sido mobília. A mão de Gwyn começou a tremer na
sua, os dois sabiam quem tinha feito isto.
O Tnarg.
"Está aqui?" ela sussurrou.
Keiran a empurrou para uma parede. "Eu não sei. Se ele entrou aqui, por que não foi até seu quarto?"
"Eu não me importo. Estou contente que não o fez."
Houve uma pancada na habitação da parte de trás. Gwyn puxou sua mão, tentando conseguir sua atenção, mas Keiran não quis olhar no caso de que fosse o Tnarg.
"Keiran." ela murmurou.
Ele olhou para onde apontava e contou três corpos mortos. O Tnarg nunca matou inocente antes. Pelo menos, nenhum que eles soubessem.
"Para seu quarto." ele sussurrou e a convenceu subir os degraus.
Ele caminhou de costas, seu olhar na entrada, para o quarto da parte de trás. Não até que alcançaram o topo, dois degraus rangeram. O barulho da habitação
de trás imediatamente parou.
Merda!
"Entre em seu quarto." Keiran lhe disse, enquanto girava ao redor.
Eles correram para seu quarto e fecharam a porta atrás deles.
"A cadeira." ele disse, quando se debruçou contra a porta.
Ela apressadamente trouxe a cadeira que ele escorou contra a porta. Não seguraria a besta, mas daria a eles algum tempo.
Ele deu-lhe um gentil empurrão para sua janela. "Nós estaremos saindo de outra maneira."
"Nós estamos no segundo andar." disse com os olhos enormes.
Ele agarrou seus ombros. "Confie em mim, Gwyn."
Ela movimentou a cabeça. "Certo."
Keiran a lançou e escancarou as venezianas. O chão abaixo deles estava coberto de neve, que abrandaria sua queda. Preferiu ir primeiro e pegá-la, mas não podia
dar a chance que não saísse a tempo.
Agarrou-a e ergueu sobre o peitoril da janela, suas pernas oscilando do lado de fora. "A neve vai pegar você. Não espere por mim. Corra para os estábulos e
se esconda. Eu estarei logo atrás você."
"E se você não for."
Ele alisou uma mecha de cabelo em seu rosto e desejou que pudesse apagar a preocupação de sua sobrancelha franzida. "Eu estarei. Agora vá."
Ela olhou fixamente para ele um momento mais, antes de saltar. Ele prendeu sua respiração até que ela se ergueu e correu para o estábulo. Nada a seguiu. O
estranho silêncio da cidade lhe dizia que algo estava muito errado.
Entretanto, não podia se preocupar sobre isto agora. Tinha que chegar até Gwyn. Keiran pôs primeiro uma perna, então a outra, fora da janela. Quando estava
para saltar, algo bateu contra a porta.
A queda foi rápida. Ele saltou em seus pés, assim que se equilibrou seguiu pelo caminho de Gwyn até o estábulo. Sua chance de pegar comida para sua viagem
tinha ido embora, enquanto o Tnarg estivesse por perto, não estavam seguros.
Fechou as portas atrás dele e soltou a respiração. "Gwyn?"
"Aqui." Respondeu, levantando-se de uma baia. "Eu estou aqui, Keiran."
"Nós não podemos perder tempo. Existe algo errado com a cidade."
Ela saiu da baia e tirou a poeira com suas mãos, sua sobrancelha franzida com preocupação. "Eu acho que eles estão todos mortos."
"Como nós não ouvimos nada?"
Ela encolheu os ombros. "A aldeia é normalmente movimentada, até agora. Não há ninguém por perto."
"A menos que sintam a criatura e estão se mantendo em suas casas."
"Vamos esperar que seja isso." ela disse e olhou ao redor. "Nós devíamos levar cavalos?"
Ele agitou sua cabeça. "Eles não se moverão rápido na neve alta."
Caminhou para ele, e ele a viu tremer. Ele envolveu seus braços ao redor dela.
"Como nós não ouvimos nada dentro da pousada? E por que não veio para meu quarto?"
Keiran apertou seus olhos fechados brevemente. "Está brincando conosco. Quer que pensemos que estamos seguros, que podemos escapar."
"Ou ele quer que saibamos o quão rápido e mortal ele é."
"Sim, amor, também." Ele tomou sua mão. "Venha. Nós precisamos nos apressar."
O caminho mais rápido para Drahcir estava acima do caminho da montanha, e o único caminho para os portões de Drahcir pelo qual passar. Quando ele passou por
um cavalo, parou e olhou para os olhos escuros e do grande animal.
"O que é isto?" Gwyn perguntou.
Bateu levemente no pescoço do cavalo. "Eu tenho uma idéia. Poderia ajudar a diminuir a velocidade do Tnarg."
"Qualquer coisa para nos dar uma vantagem." murmurou. "O que você precisa que eu faça?
"Pegue outro cavalo." ele disse, enquanto abria a porta da baia e pegou uma grande égua preta.
Alguns minutos depois, Gwyn estava ao lado dele segurando uma cinza. Deu-lhe um aceno com a cabeça e caminhou para parte de trás do estábulo.
"Eu sinto muito, meninas." ele disse para os cavalos. "Está frio lá fora, mas vocês podem salvar nossas vidas."
Ele abriu as portas e bateu nas ancas dos cavalos, mandando-os correndo pela neve. Keiran gostaria de ver a que distância iria, mas não havia tempo.
"Venha." disse, enquanto tomava a mão de Gwyn e a levou para a escada.
Eles subiram na área superior e esconderam-se no feno, assim podiam ver abaixo no celeiro. Pareceu uma eternidade que se sentou no feno sarnento, à medida
que esperaram, mas finalmente ouviram um barulho embaixo.
Keiran apertou mão de Gwyn, quando começou a tremer, quando o Tnarg caminhou abaixo deles cheirando o ar. Ele rezou que seu plano funcionasse, porque se o
Tnarg os achasse, estaria tudo terminado.
Ele prendeu sua respiração, enquanto a besta caminhava lentamente em torno do estábulo cheirando o ar, procurando por eles. A irritação crescendo dentro dele,
quando a criatura olhou cada baia vazia e começou a ir para a parte de trás do estábulo.
Entretanto parou e cheirou a escada que eles subiram.
Keiran agarrou sua espada em sua mão, pronto para defender Gwyn, enquanto ela corria para a liberdade, se fosse necessário. Mas, para seu alívio, o Tnarg continuou
na parte detrás do estábulo e seguiu as marcas de casco na neve.
Eles esperaram até o Tnarg estar bem longe, antes deles se apressarem escada abaixo. Keiran apertou sua mão e fez sua companheira correr para frente do estábulo.
A neve que caiu na noite anterior era tão espessa, que em alguns lugares apenas dava para caminhar.
"Keiran." Gwyn sussurrou e apontou para sua esquerda.
Seguindo seu olhar e viu alguém espiando entre as venezianas de sua casa. "Eu não penso que o Tnarg os prejudicou. Eu acho que talvez todo mundo sabia que
ele estava lá, então ficaram em suas casas."
"Eu espero que você esteja certa."
Ele também.
De vez em quanto, Keiran examinava por seu ombro, para ver se o Tnarg percebeu que tinha sido enganado. Não levaria muito tempo para a besta, mas Keiran queria
que estivessem a muitos quilômetros à frente, quando isto acontecesse.
Levou mais tempo do que gostaria até se distanciarem da pequena aldeia. O frio logo o entorpeceu, e, entretanto ele odiou a neve, quando começou a cair mais
uma vez, mas quando cobriram seus rastros, ele comemorou.
"Para onde você está nos levando?" Gwyn perguntou batendo seus dentes.
Ele puxou seu capote mais apertado ao redor dela. "Quando eu deixei Drahcir, eu gastei alguns dias conhecendo a montanha. Foi quando descobri uma rota alternativa
no caminho."
"Agradeço aos deuses que você o fez."
Ele riu e a ajudou na neve funda. Ela estava sem fôlego, como ele estava, mas não podia ter chance de descansar. Não agora. Não ainda.
"Sim." ele movimentou a cabeça. "Eu gosto de estar preparado. Tomando este caminho adicionará outro dia, entretanto."
Gwyn parou e empurrou sua cabeça para ele. "Keiran, nós não temos outro dia. Falta cinco dias para a quinta lua do ano da colheita. Nós devemos estar nos portões
de Drahcir para cumprir a maldição."
Ele suspirou e começou a caminhar novamente. "Você está me dizendo algo que eu já sei. Nós não temos muita escolha, não com o Tnarg tendo nos achado. O tempo
não está ao nosso lado, mas eu lutarei com isto."
"Como eu vou." ela jurou. "Ninguém mais esperou tanto tempo para retornar. Eu não posso deixar de me preocupar."
Ele não podia deixar de pensar, mas ele não adicionaria sua preocupação. "Nós conseguiremos."
Ela enxugou seu rosto para remover os flocos de neve de seus cílios. "Sim, claro."
Keiran olhou para sua companheira, ávido por saber mais sobre ela, mas apreciando o que tinha visto até agora. Ele estava assustada com sua inteligência, congelada,
sem saber se sobreviveria até o dia seguinte, mas tinha fé nele.
Ele não podia... e não faria nada que a decepcionasse.
Capítulo Cinco
Gwyn tentou apertar sua mandíbula, para que seus dentes não tremessem, mas nada estava funcionando. Não podia mais sentir seus dedos, e, entretanto sabia que
Keiran tinha uma pressão em sua mão, mas não podia sentir a sua.
Suas botas velhas estavam encharcadas, fazendo impossível para ela mexer seus dedos do pé ou sentir qualquer coisa até com as meia-calças de lã espessa que
vestia. Ela tropeçou tantas vezes que perdeu a conta, mas Keiran sempre estava lá para segurá-la.
Ela silenciosamente amaldiçoou o peso de suas saias, quando ficaram prejudicando e como eles ficaram embaraçados e ensopando na neve espessa novamente. Como
desejou um fogo, uma cama morna e uma comida quente.
As pessoas de Drahcir tinham seu clima ameno, mas Gwyn nunca mais iria cometer aquele engano. Se voltasse para casa.
Foi mais fácil do que Gwyn esperava ter que se despedir da aldeia, na qual viveu por quatro anos. Se não fosse por Keiran e seu futuro juntos, podia ter facilmente
vivido sua vida na pequena cidade, pacata. As pessoas eram boas e decentes, mas ele não estava em Drahcir.
Não estava em casa.
Ela sentiu falta da magia e a majestade de Drahcir. Sentiu falta de ver a estrutura imponente do palácio alto acima deles, onde as torres tocavam as nuvens,
e as pedras azuis bonitas que enfileiraram a estrada.
Acima de tudo, sentia falta de sua família.
"Gwyn!"
Ela ergueu sua cabeça para Keiran. "O que foi?"
"Eu tenho chamado seu nome. Você está bem?"
"Sim."
"Mentirosa." ele disse com um sorriso. "Estou congelado."
Ela riu apesar da situação. "Eu não posso sentir meus pés ou minhas mãos. E não sei se meu nariz está ainda preso ou não, desde que deixei de senti-lo há muito
tempo."
"Está ainda ai." Ele piscou para ela, aquecendo-a por dentro. "Fale-me sobre você."
Ela encolheu os ombros, enquanto se moviam pela neve mais condensada, podendo causar uma fratura nas pernas doloridas. "Não existe nada para dizer realmente.
Eu não era ninguém especial em Drahcir."
"Eu não acredito nisto."
Um sorriso repuxou seus lábios rachados. "'Verdade."
"Eu nunca notaria você antes de eu partir, se você não tivesse sido especial."
Suas palavras aceleraram seu coração. "Minha família possui uma fazenda de cavalos. Nós sempre tivemos dinheiro, mas tinha que trabalhar para isto."
"Em outras palavras." Keiran a interrompeu, "Você não era da nobreza."
Ela não podia deixar de virar seus olhos. "Você estava imaginando que eu era?"
"Como se me importasse. Houve muitos poucos casos, onde um príncipe de Drahcir retornou com uma companheira nobre. Assim que nós reivindicarmos você, você
será nobre."
"E minha família? Eles serão um embaraço para você?"
Ele agitou sua cabeça. "Não por isso, entretanto até onde eu sei, nem um único Sinclair casou-se com um membro de Drahcir. Haverá algumas diferenças, mas eu
não me importo."
Ela suspirou. Até aquele momento, não tinha pensado o quão temerosa estava por sua resposta.
"Como é sua família?"
Ela inalou o ar gelado e sentiu que congelava seus pulmões. "Eles são maravilhosos. Quando eu pedi que eles para confiassem em mim, que eu tinha que deixar
Drahcir, fizeram isto, entretanto não gostaram."
"Não, eu imagino que não gostaram. Você tem irmãos?"
"Uma irmã mais jovem e um irmão mais velho."
Ele movimentou a cabeça, seus lábios apertados. "Eu sinto falta da minha família. Eu sou muito próximo de meus irmãos e não falar com eles há tanto tempo
é..."
"Doloroso." ela inseriu.
Ele olhou nela. "Exatamente. Eu não posso esperar para encontrar seus familiares."
"Será um reencontro glorioso." Ela podia só imaginar como seu retorno seria. Os Sinclair eram muito amados em Drahcir, e a lealdade e o amor profundo da família
eram sabidos ao longo de seu reino.
Ainda assim, tinha que perguntar se sua família aprovaria. Ela se entenderia com eles? Ela seria a futura rainha, afinal. Só pensar nisto fazia seu estômago
saltar.
"Está errado que apesar de estar congelado, eu queira beijar você?" Keiran disse com um sorriso diabólico.
Gwyn riu sua respiração ondulando ao redor ela. "Se você pode me desejar, quando eu estou tão mau, então penso que nós estaremos de acordo."
"Você parece deliciosa para mim." ele sussurrou em sua orelha.
Apesar da temperatura baixa, a neve caindo e suas botas encharcadas, não se afastou quando ele a parou e girou-a para enfrentá-lo. Sua respiração morna roçou
sua bochecha, apenas uma batida do coração, antes de seus lábios descerem sobre os seus.
Ele era como um raio de sol, e se aqueceu em seu brilho. Seu beijo a deixava em chamas, seus lábios se movendo lentamente, seduzindo, aquecendo seu sangue.
Seu sexo apertou com fome, e seus peitos incharam. Se ele quisesse, seria seu direito, deitá-la na neve e possuí-la, estaria alegremente abaixo e oferecido
seu corpo para ele.
Ela ouviu as histórias do desejo incontrolável, o pulsar da necessidade e a vasta fome que a companheira de um Sinclair sentiria, mas experimentá-la estava
arquejando com uma necessidade tão profunda e tão imensa, que toda a vida com Keiran nunca seria suficiente.
Não era apenas desejo quanto estava em seus braços. Ela não podia explicar o prazer dentro dela em apenas estar próximo dele e de saber que era sua. Era quase
como se ficasse completa, quando a reivindicou. Na marcação de seu braço, com o símbolo antigo dos Sinclair, havia também marcado seu coração e alma.
Ela queria ter olhado atentamente para a tatuagem em seu braço esta manhã, mas não teve tempo. O pequeno vislumbre enviou um frio através de seu corpo, pois
apesar da profecia de Aimery, duvidou com o fim do resultado.
No entanto, não havia nenhuma dúvida agora, não com seu braço, como também o de Keiran, marcado para eternidade. Ela deslizou sua mão pelo seu braço direito.
"Eu ainda não posso acreditar nisto." sussurrou quando ele levantou sua cabeça. "Mesmo sabendo que estava destinada a ser sua, não posso acreditar nisto. Eu
costumava observar você em Drahcir, quando andava pela cidade sobre sua montaria. Você estava tão bonito, tão qualificado."
Ele esfregou seu nariz no seu. "Eu sou todo seu agora, amor, ainda que você não me queira. Eu tenho manias horríveis, que em resumo a deixará louca."
Gwyn desatou a rir com sua força renovada. "Eu não acredito nisto nem por um momento."
"Não diga que eu não te aconselhei." ele lhe disse, enquanto continuava a caminhar.
A queda da neve se transformou em uma terrível tempestade, com ventos que uivavam ao redor deles, os arrastando, enquanto marcharam pela neve.
Keiran ficava na frente de Gwyn, tomando todo o impacto do vento, como também empurrando de lado a neve, com o joelho, fazendo mais fácil o seu caminhar.
Ela segurou seu capote, deixando-o saber que ela estava ainda lá. Ele estava exausto. Suas coxas doíam e seu corpo inteiro machucado pelo frio.
Pelos deuses, por que não podia ter sido no verão!
Estava sempre frio na montanha, mas tempestades no inverno eram as piores. Ninguém em seu juízo perfeito subiria a montanha no inverno, mas ele e Gwyn não
tiveram uma escolha. Eles tinham que alcançar Drahcir e assegurar que o reino continuaria.
Keiran olhou atrás dele. Gwyn tinha sua cabeça baixa, seu queixo em seu peito, contra o vento amargo. Ela apertou seu capote mais, mas o vento arrancou longe.
Ele suspirou. Eles não podiam ficar fora. Ela morreria com certeza.
Keiran examinou a neve caindo rápido, tentando visualizar uma caverna ou qualquer outra coisa que os abrigasse, fora do vento por algum tempo. Ele apertou
seus olhos e girou sua cabeça ao lado, quando viu por um momento algo. Quase parecia o brilho de um fogo por uma janela. Mas isso não podia ser. Ninguém vivia tão
longe acima da montanha. Pelo menos, ninguém que ele soubesse.
Porém, valia à pena verificar, especialmente se eles achassem abrigo para passar a noite, pois começava a escurecer na última hora.
Keiran os levou para as árvores. Gwyn seguiu com apenas um som. Assim que alcançaram a primeira árvore, ele pos suas costas nela e puxou Gwyn em seus braços.
"Eu acho que achei um abrigo." ele gritou acima do vento.
Ela movimentou sua cabeça em resposta.
Ele não desperdiçaria outro minuto fora da tempestade, mas apressou-se para a cabana, um braço ao redor Gwyn, guiando-a para o abrigo.
Fumaça saia da chaminé, persuadindo Keiran a ir mais rápido. Se pudessem ter tempo para secar suas roupas e se aquecerem, seria o suficiente. Não havia nenhum
sinal do Tnarg, e com a tempestade, existia uma pequena chance de a besta os achar tão rápido logo.
Quando alcançaram a pequena cabana, sem deixar de segurar Gwyn. Keiran bateu à porta, enviando uma dor violenta abaixo seu braço congelado.
Um momento mais tarde, a porta foi aberta para revelar uma mulher de meia idade com olhos azuis. "Oh, meu Deus." ela disse quando os viu. "Entre, saiam desta
tempestade."
Keiran não hesitou, enquanto puxava Gwyn pela cabana. Imediatamente, o calor os cercou.
"Vocês dois estão congelado." a mulher estava chocada. "Vão para perto do fogo e remova estas roupas molhadas, antes que vocês congelem até a morte. Eu buscarei
alguns cobertores para vocês."
"Keiran?" Gwyn sussurrou.
"Está tudo bem. Venha se aquecer." Disse, enquanto a levava mais próximo ao fogo e começou a remover suas botas e capote.
Ele olhou em seu rosto para achar seus olhos fechados e suas mãos estiradas para as chamas do fogo. Ele sabia exatamente como ela se sentia. Ele podia alegremente
mergulhar no fogo de tão frio.
Ao invés, ele tirou suas próprias botas e deixou-as próximos ao forno, ao lado de Gwyn, para secar.
"Aqui, querida, deixe-me ajudar você." A mulher disse, quando começou a ajudar Gwyn a remover seu vestido.
Keiran ficou de costas para as mulheres e às pressas tirou sua roupa molhada, antes de se envolver em um cobertor e voltar-se para o fogo. Gwyn já estava aconchegada
em um cobertor no chão, seus dedões do pé nus próximos ao fogo.
"Eu não acho que vocês tenham queimaduras." a mulher disse. "Ninguém em seu juízo perfeito apareceria nesta montanha no inverno."
Os olhos cinza de Gwyn encontraram os de Keiran, antes dele olhar para a mulher. "A tempestade nos pegou de surpresa. Nós apreciamos muito por você compartilhar
seus cobertores e o fogo conosco."
A mulher sorriu e tocou em seu cabelo escuro, listrados com alguns cabelos cinza. "Não foi nada. Eu raramente tenho visitas, então isto é um encanto. Eu fiz
sopa. Vocês estão com fome?"
"Sim, por favor." Gwyn sussurrou.
O próprio estômago de Keiran tinha rosnado por horas. Não tinham comido nada, desde que deixaram a aldeia. Ele se sentia tão fraco, quanto um gatinho e tão
congelado quanto um pingente.
"Isso seria maravilhoso."
"Bom." a mulher disse. "Chame-me Molly. Meu marido e eu nos mudamos para cá, há alguns anos atrás, para ficar longe de todo mundo. Eu estou sem o meu Fergus,
por quase cinco anos."
Keiran a observou, enquanto mexia a sopa acima do fogo. "Eu sinto muito por sua perda. Eu sou Keiran e esta é minha esposa, Gwyn."
Molly encolheu os ombros. "A vida é assim, eu suponho. "É bom encontrar os dois."
"Você vive aqui sozinha, então?"
"Sim, eu vivo." ela disse com um sorriso.
Keiran perguntou-se como fazia tudo sozinha, parecia que tinha tudo o que precisava. Algumas mulheres podiam caçar, e achou que Molly aprendeu com seu marido
a manter comida na mesa, se algo acontecesse com ele.
A sopa esta em uma louça e tinha um gosto delicioso. Keiran repetiu duas vezes, antes de entregar a tigela. Entre a comida e o calor, podia já sentir seu corpo
começar a descongelar.
Ele olhou Gwyn e a encontrou o observando. Suas bochechas tinham um brilho suave novamente. "Sente-se melhor?"
"Muito." ela admitiu. "Eu nunca tinha sentido tanto frio em minha vida. Eu ficaria muito bem sem ver neve novamente."
Ele com concordava com aquilo. Perguntou-se o que ela pensou quando a chamou de esposa. Em Drahcir, até sem uma cerimônia formal, ela era considerada sua esposa
assim que tinham sido marcados. Ainda assim, foi a primeira vez que ele a chamou como sua esposa, e sentiu-se inchar de orgulho em tê-la ao seu lado.
Sua mulher valente. Seria uma rainha excelente.
Molly deu a cada um deles uma caneca de chá quente. "Isto ajudará, também." ela disse. "A tempestade deve parar durante a noite, e vocês dois são bem vindos
para ficar a noite. Eu não aconselharia aventurar-se fora na tempestade novamente."
Keiran encontrou o olhar de Gwyn, caladamente perguntando-se o que ela queria fazer. Ela deu-lhe um leve movimento com a cabeça.
"Se você não se importar." ele disse. "Eu penso que nós aceitaremos a sua amável oferta."
Capítulo Seis
Gwyn flexionou seus dedos do pé até os sentir retornando ao movimento. Keiran aproximou-se mais íntimo e esfregou seus pés para ajudá-la a retornar o movimento.
Ela sorriu para ele. Ele era um bom homem, sacrificando-se tanto, pelo bem de suas pessoas. Ela conhecia sua generosidade, da sabedoria que parecia possuir
até em uma idade tão nova. Drahcir prosperaria durante seu reinado, tanto quanto nas gerações antes dele.
"O que você está pensando?" ele perguntou.
Gwyn procurou Molly com olhar, até achá-la, longe o bastante para não ser ouvida. "Eu estou pensando que você será um grande rei."
"Com você ao meu lado, eu posso fazer qualquer coisa."
Ela tocou em sua bochecha, roçando o começo de sua barba, embaixo de sua mão.
"Diga-me seu maior desejo." ele perguntou.
Ela encolheu os ombros e lambeu seus lábios. "Eu sempre quis ter filhos. Eu amo a inocência nos olhos dos bebês, quando nos olham, o modo confiante que agarram
seu dedo em suas mãos minúsculas. E o riso da criança é um dos melhores sons no mundo inteiro."
"Você será uma mãe maravilhosa."
Ela respirou fundo. "Tanto como eu quero filhos e filhas com seu cabelo escuro e olhos castanhos, eu tenho medo. Eu não sei como seus pais podem deixar quatro
de vocês partirem, sabendo que existia uma chance de nunca mais os verem novamente."
"Esta é a chance que todos os Sinclair tiveram de quebrar a maldição, desde que surgiu. Eu, tão logo quebre a maldição, acabe com esta miséria de uma vez por
todas. Ainda, não sei como fazer isto. Eu costumava vasculhar a biblioteca do meu pai, buscando encontrar algo naqueles livros que me dessem uma idéia, mas eu nunca
achei coisa alguma."
"Você pediu a Aimery?"
Ele agitou sua cabeça. "Eu estava tão preocupado em achar você, que me esqueci."
Ela enlaçou seus dedos com o seu. "Então é isso que nós faremos, quando nós alcançarmos Drahcir. Nós acharemos um caminho para terminar com isto. Eu não quero
que nossas crianças sofram pela frustração e ânsia de procurar por seus companheiros e tentando correr mais que a besta."
"O peso de um reino inteiro está em meus ombros, Gwyn." ele murmurou. "Eu não posso dizer a você o quão pesa sobre mim."
Ela podia apenas imaginar. Apesar de seus ombros largos, ninguém devia ter que levar tal carga. Ela simplesmente recusava-se a ter suas crianças sofrendo como
Keiran e seus irmãos sofreram.
O braço de Keiran envolveu ao redor de seus ombros, encostando contra ele com seu calor a cercando. Seu corpo respondeu imediatamente com sua proximidade.
A necessidade de senti-lo entre suas pernas, empurrando fundo dentro dela era impressionante.
Ele aninhou seu pescoço. "Eu amo o cheiro de sua pele." ele sussurrou em sua orelha. "Eu podia lamber você da cabeça até dedão do pé e nunca conseguir ter
suficiente."
Ela estremeceu em suas palavras. Pelos deuses, como ela o queria.
"Eu podia lamber você também." ela disse.
"Ah, não me tente, amor."
"Mas eu quero tentar você."
Seus olhos brilharam diabolicamente. "Você pode me tentar todo dia, pelo o resto de nossas vidas."
"Então eu farei. Eu devia começar hoje à noite?"
Ele gemeu em seu cabelo. "Eu quero você com uma ferocidade que eu acho divertido e um pouco preocupante."
Gwyn mordeu seu lábio impedindo de gemer, quando a mão de Keiran deslizou para dentro de seu cobertor e pegou seu seio, enquanto manuseava seu mamilo. O tiro
de prazer foi para seu sexo, fazendo-a juntar suas pernas. Ela queria se livrar dos cobertores e ir para seu colo, lentamente se abaixando sobre seu pênis e montá-lo
até que os dois estivessem gritando em êxtase.
Apenas a presença de sua anfitriã a parou.
"Keiran, por favor." ela implorou.
"Por favor, o que? Você quer mais?"
Ela agitou sua cabeça. "Você deve parar. Nós não podemos, não com Molly tão próxima." ela sussurrou.
Ele relutantemente removeu sua mão. Sua boca, porém, continuou a dirigi-la selvagem, com seus lábios suaves e língua quente, roçando sua carne.
Sua respiração soprou em seu pescoço, enviando calafrios através de sua pele. "Eu quero fazer você gozar novamente." ele sussurrou. "Eu quero ouvir você gritar
meu nome."
A resistência de Gwyn estava se esgotando. Seu corpo estava em tal estado de necessidade, que estava quase ao ponto da indiferença de quem iria assisti-la
fazendo amor com Keiran.
Seus olhos se fecharam, e jogou a cabeça para trás, dando-lhe maior acesso ao seu pescoço. Seus dentes rasparam em sua pele e seu coração acelerou, antes dele
deslizar a língua para cima. Foi demais para Gwyn.
"Pelos deuses, como eu quero você." Keiran disse sua voz rouca e profunda.
Os sons de passos próximos fizeram Gwyn erguer sua cabeça e abrir seus olhos. "Molly está vindo." ela murmurou.
"Ah, eu desejava que se fosse." ele disse.
Ela sufocou uma risada e endireitou seu cobertor ao redor dela. Seu corpo pulsava com necessidade, desejo percorrendo suas veias, exigindo que buscasse o gozo
e prazer que apenas Keiran podia dar-lhe.
E iria. Tão logo Molly dormisse.
Molly se debruçou até adicionar outro tronco ao fogo, antes dela esfregar suas mãos e enfrentou-os. "Existe um sótão onde tem uma cama, que podem passar a
noite, ou eu posso fazer uma cama em frente ao fogo."
"O sótão será bom." Keiran respondeu.
"sirva-se de qualquer coisa que vocês precisarem, então." Molly se moveu passando por eles para sua cama, que ficava bem atrás deles.
Gwyn levantou e começou a subir as escadas que os levaria para o sótão. Keiran estava logo atrás dela. Levou algum tempo para subir a escada, enquanto segurava
firme o cobertor, mas quando ela e Keiran chegaram ao sótão, Molly já estava em sua cama.
Quando Keiran puxou seu cobertor, deixou que caísse, se amontoando em seu quadril. Seus olhos castanhos mornos a capturaram e suas mãos seguraram seu rosto.
"Você é minha."
Ela movimentou a cabeça e olhou na marca em seu braço, uma marca que deixava todo mundo saber que ele estava acasalado. "Eu sou sua. Para sempre."
Seu beijo, quando veio, realizou todo o desejo, promessa e amor que ela viu em seus olhos. Novamente sua língua rodou ao redor da sua.
Ela empurrou seu cobertor, expondo seus músculos a sua visão. Com um estalido de seu pulso, ela o empurrou sobre suas costas e escarranchou em seus quadris.
Seu pênis espesso aconchegado entre suas pernas, duro e quente.
Entretanto, por mais que quisesse segurá-lo na sua mão, esperou. Ao invés, estendeu suas mãos pelo seu peito, sentindo a batida de seu coração embaixo de sua
mão. Lentamente, moveu-se para baixo de seu torso e acima de seu abdômen ondulado e estômago apertado.
Seu pênis saltou em antecipação, quando sua mão se aproximou dele. Um olhar em seu rosto, o mostrou a assistindo atentamente, silenciosamente e perguntando-se
se ela o levaria na mão.
Quando Gwyn não podia agüentar mais, pegou seu pênis, pasma com a suavidade dele. Seu dedo polegar esfregou a gota de umidade acima da ponta.
"Gwyn." Sua voz era tensa e rouca.
Sua mão subiu e desceu abaixo de seu comprimento, aprendendo a senti-lo. Várias vezes ele gemeu, suas mãos apertando o cobertor, mas nenhuma vez a fez parar.
"Eu preciso de você muito desesperadamente." ele sussurrou.
Antes de ela poder dizer que não estava pronta, ele se ergueu e a levou em um beijo que roubou seu fôlego. Ela agarrou em seus ombros, seu corpo trêmulo com
cada esfregão de seu pênis contra seu sexo.
Ele alcançou entre eles, deslizando seu dedo por seus cachos úmidos até que se empurrou dentro dela. Gwyn ofegou na sensação e afastou sua boca da dele.
Dentro e fora seus dedos se moviam. Ela sentiu sua própria umidade, o desejo enrolando dentro dela.
Como se entendesse sua necessidade, Keiran deitou de costas e a ergueu por seus quadris até que ela se ajoelhou acima de seu pênis. Ela afundou sobre ele,
seu comprimento, seu calor, sua deliciosa ereção a enchendo centímetro por centímetro.
Suas mãos em seus peitos deram a seus mamilos um beliscão, antes de seus dedos polegares começarem a apertar os brotos minúsculos. Os calafrios de prazer a
percorreram, fazendo mover seus quadris, e o prazer mais deleitável a consumiu.
Movendo seus quadris, no ritmo que os dedos de Keiran pressionavam em sua pele com o prazer que sentia dela o montando. Somente quando pensou que não podia
tomar mais, sua mão moveu-se para seu sexo e tocou sua pérola com o mais puro dos toques, enviando-a mais alto.
Seu clímax a levou quase imediatamente. Com suas mãos no tórax de Keiran a segurando, Gwyn mordeu seu lábio para impedi-la de gritar e afastar de clamar e
montou seu orgasmo. As mãos de Keiran agarraram seus quadris, ajudando a deslizar acima e abaixo de seu comprimento, e mergulhou bem fundo nela. Ele enterrou sua
cabeça em seu pescoço, um momento antes dele endurecer embaixo dela, seu corpo empurrando seu próprio clímax.
Keiran pegou Gwyn quando ela caiu sobre seu tórax, suas respirações irregulares, enchendo o ar ao redor deles. Entretanto, tentaram ficar quietos, ele tinha
certeza que Molly não tinha dormido com seu interlúdio amoroso.
Ele puxou sua companheira de volta, sentindo a maravilhosa e sedosa pele. Ele não podia esperar para retornar a Drahcir com ela ao seu lado. Eles entrariam
nos portões, sendo saudado pelo seu povo. Sua família estaria lá, os saudando com abraços, lágrimas e risos.
Muita alegria encheria o reino, quando a maldição fosse cumprida mais uma vez. Keiran sabia que sua mãe precisaria de pouco tempo para conseguir preparar a
cerimônia de seu casamento. Era só uma formalidade, mas uma que sabia, Gwyn apreciaria imensamente.
Ele mal podia esperar para ver a coroa sobre sua bonita cabeça cor de mel, o sol brilhante nela e destacando suas mechas douradas.
Um presente. Ele queria lhe dar um presente, algo para celebrar seu retorno a Drahcir e seu futuro juntos. Ele tinha uma safira que formava uma lágrima magnífica,
que poderia ser transformada em um colar.
Apesar de ter este presente, não era exatamente o que tinha imaginado. Em sua mente, pensou nas jóias que comprou ao longo dos anos, como também aquelas da
abóbada real. E foi quando se recordou do anel de diamante amarelo, que surpreendente tropeçou, antes dele deixar Drahcir.
Era perfeito. Apenas do presente ser para sua esposa. Ele mal podia esperar para vê-lo em sua mão. Seria um sinal de seu amor.
Amor? Eu a amo? Eu a desejo, mas o amor?
Keiran afastou uma mecha de cabelo de seu rosto, para achá-la adormecida. Seus lábios estavam ligeiramente separados e sua mão estava enrolada em seu peito.
Ela era bonita, valente, leal e corajosa... tudo que uma futura rainha de Drahcir precisava ser. Estar com ela o fazia se sentir inteiro, e não existia nenhuma
dúvida que gostava dela. A emoção fez que seu coração batesse mais rápido, toda vez que ele a olhava, poderia ser amor.
Ele suspeitava que fosse amor. Mas não podia dizer com certeza. Não ainda, de qualquer maneira.
Suavemente, rolou para seu lado. Gwyn mexeu-se e enrolou-se longe dele. Ele deslizou sua mão pelos quadris largos e foi para sua cintura. Até agora, tão exausto
quanto estava a queria novamente.
Perguntou-se quanto tempo antes dela carregar seu filho. E então se recordou da maldição.
Pelos deuses. Eu não quero meus filhos sofrendo isto.
Mas não havia outro modo. Ou existiria? Nunca pensou em questionar Aimery sobre isto. O Fae podia ter segurado a resposta todos estes anos? Com certeza, Keiran
não era o primeiro Sinclair a perguntar sobre como terminar com a maldição.
Ele se ergueu e puxou o cobertor acima dele e Gwyn, antes dele se aconchegar contra ela. Qualquer que fosse o preço que precisasse ser pago, faria isto e terminaria
com a maldição para sempre.
Um sorriso se formou em seus lábios, quando se acomodou para dormir e sonhar com seu reino, com Gwyn ao seu lado e seus filhos brincando ao redor eles.
Capítulo Sete
Gwyn não estava certa do que a despertou. Ela bocejou e suspirou contra o tórax de Keiran. Seu braço estava embaixo dela, com sua mão tocando seu seio. Até
dormindo, seu marido tinha uma necessidade de tocá-la.
"Meu marido." ela sussurrou, amando o som disto.
Era ainda difícil de acreditar que Keiran fosse realmente seu e estavam retornando para Drahcir. Se o Tnarg não estivesse tentando matá-los.
Seu humor agora quebrado, Gwyn se sentou e puxou o segundo cobertor para seu tórax, quando se moveu para a extremidade da escada. Ela olhou para o lado, encontrando
o fogo ainda crepitando e Molly sentada à mesa sorrindo para ela. Gwyn retornou seu sorriso e começou a descer a escada.
"Eu acho que você dormiu bem?" Molly perguntou.
Gwyn movimentou a cabeça. "Sim, obrigado. Nós não podemos expressar nossa gratidão por você nos oferecer abrigo."
Molly acenou longe suas palavras. "Tolice, criança. Eu tenho muito prazer em ter companhia. Eu estou só por tanto tempo."
Gwyn sentiu-se desconfortável no silêncio que se seguiu, enquanto Molly examinava sua xícara. Ela foi até suas roupas. Estavam quase secas, o que significava
que logo poderiam sair.
"Venha se sentar comigo um momento." Molly acenou.
Gwyn moveu-se para mesa e aceitou a xícara de chá quente que Molly lhe ofereceu. "Obrigado. Existe algo que eu posso fazer para reembolsar sua generosidade?"
"Ah, não precisa, moça." a mulher mais velha disse. "Para onde você e seu marido estão viajando?"
Gwyn hesitou. Ninguém deveria saber de Drahcir, mas odiava mentir para Molly. Antes dela poder responder, porém, Molly continuou.
"Vocês devem ter se casado recentemente."
"Sim, nos casamos recentemente." Gwyn admitiu.
Molly correu seu dedo acima da beira da xícara. "Onde você fará sua casa? Na aldeia na base da montanha?"
"Não. Nós temos outros planos."
"Bom. Bom." Molly lambeu seus lábios finos e girou seus olhos azuis para Gwyn. "Eu tenho uma confissão para fazer."
Gwyn riu. "O que seria?"
"Meu nome não é Molly. De fato, eu não sou nem humana."
O sorriso morreu nos lábios de Gwyn, enquanto lutava para compreender o que Molly acabava de lhe dizer. "Quem... o que você é?"
"Eu devo mostrar a você." Com uma onda de sua mão, uma luz brilhante infundiu a cabana.
Gwyn ergueu seu braço para proteger seus olhos, enquanto assistia a mulher mais velha se transformar em uma mulher jovem, magnífica diante de seus olhos.
"Este é meu eu verdadeiro." O ser disse. "Meu nome é Saynarra."
Imediatamente, Gwyn sabia quem ela era. "Você é a princesa Fae que amaldiçoou os Sinclairs."
Ela agitou sua cabeça. A riqueza dos cabelos ruivos que caiam passava por sua cintura, brilhando ao seu redor. Seus olhos azuis eram frios, quando olhou fixamente
para Gwyn. "Eu não sou uma princesa, entretanto eu sou uma Fae. Foi um Sinclair que me rotulou uma princesa."
Gwyn olhou para o sótão, desejando que Keiran despertasse e se juntasse a ela. Ela estava desconfortável falando com o Fae sozinha.
"Ele não despertará."
A cabeça de Gwyn se voltou para Saynarra. Seu coração martelava em seu peito e constringido, como se uma faixa de aço o envolvesse. "Você o matou?"
"Não. Não ainda de qualquer maneira."
Gwyn fechou seus olhos com alívio. Respirou fundo, controlando-se e olhou para Saynarra. "O que é que você quer?"
Sua cabeça ruiva inclinou-se. "Talvez, eu devesse ter feito esta pergunta a você, Gwyn de Drahcir."
O estômago de Gwyn caiu aos pés com medo. "Eu não entendo."
"Sim, você entende. O que você, seu companheiro e todos de Drahcir mais querem?"
"Eu quero a maldição quebrada." ela disse. Se isto fosse sua chance de remover a maldição, ela pegaria. "Existe qualquer coisa que eu possa fazer para quebrar
a maldição?"
Um sorriso lento, astuto se formou nos lábios rosa de Saynarra. "De fato, existe. Eu quebrarei a maldição imediatamente."
"O que você quer de mim?"
"Você deve desistir de Keiran."
Gwyn apertava seu peito, incapaz de respirar. O mero pensamento de estar sem Keiran fazia sentir seu coração como se estivesse sido rasgado em seu peito. "Você
pede o impossível.
"Nem tanto." Saynarra disse, enquanto olhava para seus pés.
Ela era alta e ágil. Seu vestido azul e prata era feito do mais puro tecido, que caia diretamente ao chão e flutuava ao redor de seus pés.
O Fae girou para Gwyn. "Eu peço a você para desistir de Keiran, em troca eu quebro a maldição. Sinclair algum terá a necessidade de deixar Drahcir para procurar
suas companheiras. O Tnarg não mais caçaria você ou qualquer Sinclair."
Gwyn tragou e olhou para Keiran adormecido profundamente no sótão. Ela se preocupou muito que seus filhos tivessem que deixar Drahcir, mas se concordasse,
os filhos de Keiran estariam seguros. Ela não levou o pensamento adiante, pois pensar em Keiran com filhos de outra, fez seu estomago contrair.
Ela tragou e enfrentou o Fae. "E a marca em seu braço, como a minha?"
Saynarra encolheu os ombros. "Terá ido, como qualquer memória que teve de você e seu tempo juntos. Ele retornará a Drahcir em segurança para viver sua vida."
Gwyn segurou o encosto da cadeira e levantou-se com as pernas trêmulas. Todo instinto dentro de si, gritava para dizer a Saynarra não, mas como podia ser
tão egoísta? Estava sendo oferecido um caminho para terminar com a maldição, dar aos Sinclair, como também todos em Drahcir, um novo começo.
Keiran não a lembraria, não saberia que não tinha encontrado sua companheira, o que fazia sua decisão um pouco mais fácil.
Ela se moveu para o fogo e girou para olhar Keiran novamente. Ele estava virado de lado para ela agora. Uma mecha de seu cabelo caia em sua testa, quis afastá-la
e sentir seus braços fortes ao redor dela.
"Ele será feliz?" ela perguntou.
"Sim. Ele casará em alguns anos e terá filhos, crianças que eu devo mencionar, que nunca terão que se preocupar sobre cumprir minha maldição."
Com um suspiro, Gwyn girou para Saynarra. "Se você jurar que ele não me lembrará, então eu farei isto. Mas ele deve nunca lembrar-se de qualquer coisa sobre
mim ou nosso tempo juntos, porque aos companheiros separados é como matar ambos."
Saynarra andou para ela. "Minha magia é forte. Desde que ele viva, nunca recordará de você."
"O que eu farei? Eu retornarei a aldeia e viverei minha vida?"
"Não. Você não pode estar em qualquer lugar próximo dele. Eu levarei você para algum lugar longe, longe. Em algum lugar onde você pode pacificamente descansar."
"Certo." Gwyn concordou antes de ela mudar de idéia. "Eu concordo com suas condições."
Saynarra sorriu. "Uma escolha sábia, Gwyn. Você não teria gostado de morrer pela mão do Tnarg."
Um calafrio percorreu a espinha de Gwyn, ao ouvir a menção da besta.
"Agora." Saynarra disse, enquanto estendia a palma de sua mão e uma maçã vermelha brilhante apareceu. "Tudo o que você tem que fazer é dar uma mordida. Lacrará
nosso negócio."
Indecisamente, Gwyn agarrou a bonita fruta. Ela nunca gostou de maçãs, mas por Keiran faria qualquer coisa.
Com um último olhar em Keiran, Gwyn mordeu a maçã e começou a mastigar. Uma sensação estranha começou a roubá-la. Cresceu difícil, tornou-se doloroso respirar.
Seu olhar subiu para Saynarra, quando a maçã caiu de sua mão. Ela podia sentir seu coração começar a diminuir a velocidade e o sono a tomá-la.
"Não lute contra isto, Gwyn." O Fae a persuadiu, enquanto envolvia um braço ao redor dela. "Deixe o veneno tomar você. Quanto mais você luta, mais doloroso
se tornará."
Keiran. Keiran, por favor, me ajude!
A última coisa que Gwyn viu antes da escuridão a levar, foi os olhos azuis de Saynarra.
Keiran estirou-se e despertou devagar. Ele rolou sobre suas costas e lentamente sentou, olhando ao redor. Molly não estava na cabana, mas o fogo ardia e um
pão com queijo estava na mesa o aguardando.
Ele se apressou pelo sótão e vestiu suas agora secas roupas. Depois de uma olhada pela janela, para ver que a tempestade realmente tinha parado durante a noite,
Keiran rasgou um pedaço de pão e comeu com o queijo.
Finalmente, neste dia ele retornaria para casa.
Quando acabou seu café da manhã, gritou por Molly. Quando ela não respondeu, ele vestiu seu capote e foi ao lado de fora. O dia amanheceu brilhante e claro
depois da tempestade, mas ainda não conseguiu encontrar Molly.
Ele desejava despedir-se dela, antes de partir. Depois de trinta minutos procurando, desistiu e começou o caminho que o levaria para casa.
Ao meio-dia ele estava quase perto. Ele parou para comer o resto do pão e queijo, antes de continuar. O frio não o aborreceu como na véspera, não quando o
calor de Drahcir estava muito próximo.
Duas horas mais tarde, a passagem surgiu. Keiran acelerou seu passo, enquanto envolvia seu capote mais apertado ao redor dele. O gelo e as paredes de neve
se erguiam na passagem, ao redor dele.
A primeira vez que tinha chegado por aqui, não tinha sido um lugar que apreciou, mas sabendo que daquela vez ao passar pelo espaço estreito, veria os portões
de Drahcir, empurrou-se mais duro.
Ele estava correndo nos últimos cem metros da passagem, quando os portões de Drahcir surgiram. Uma risada borbulhou dentro dele.
"Mãe! Pai." ele gritou. "Eu estou em casa. Abra os portões."
Enquanto se aproximava, viu as pessoas começarem a se enfileirar nas ruas em saudação ensurdecedoras. E então, viu seus pais que corriam para ele. Sua mãe
tinha lágrimas caindo pelo seu bonito rosto, e os olhos do seu pai, inundado com lágrimas. Atrás de seus pais, ele viu seus três irmãos e suas esposas.
Finalmente ele estava em casa!
Keiran andou pelos portões e para os braços dos seus pais.
"Eu achei que você nunca retornaria." sua mãe disse entre lágrimas.
Keiran sorriu para ela, antes de girar para seu pai.
"Filho, nós estamos tão orgulhosos de você." Rei Urises disse.
Ele andou ao redor seus pais para ser envolvido nos braços dos seus irmãos, seus abraços e batendo em suas costas, trazendo risos em todo mundo.
Quando ele pôde finalmente ficar de pé, olhou para as mulheres próximas a seus irmãos e com apenas uma batida do coração, sentiu como se algo estivesse faltando.
"Keiran, onde está sua companheira?" Elric perguntou.
Keiran encolheu os ombros. "Sobre o que você está falando?"
"Sua companheira?" Sorin repetiu. "Onde está ela? Você não deveria retornar sem ela."
"E aqui eu estou." Keiran respondeu.
A rainha Morag apertou as mãos à sua frente. "Isto não pode estar acontecendo. Urises, a maldição."
Lucian trocou os pés. "O Tnarg atacou você? Matou sua companheira?"
"Claro que não." Keiran gritou. "Eu nunca achei minha companheira, mas não importa. Eu estou aqui."
Sorin bufou. "Claro que importa, tolo. Você bateu sua cabeça ou algo? Você não pode retornar sem sua companheira ou Drahcir e todos os seus ocupantes desaparecerão."
Keiran cruzou seus braços acima de seu tórax. "Você que se esquece, irmão mais novo, eu sou o primogênito. Eu sei mais sobre a maldição que qualquer um de
vocês."
"Isto é discutível." Elric murmurou.
Keiran deslizou seu olhar para seu segundo irmão mais novo. "Eu não bati minha cabeça, e o Tnarg não matou minha companheira."
"Keiran."
A voz profunda atrás dele era familiar. Ele girou e achou Aimery sozinho fora dos portões.
"O Tnarg tomou sua companheira." o chefe de Fae suavemente disse.
Capítulo Oito
Após várias batidas do coração, Keiran pôde olhar fixamente Aimery. Certamente o chefe dos Fae estava errado. Keiran não saberia se tivesse perdido sua companheira?
Ele estaria gritando em agonia por sua perda, morrendo.
Ao redor dele, o silêncio de Drahcir era ensurdecedor. Ele podia sentir os olhares fixos de seu povo, as perguntas não feitas de sua família.
E tudo o que Keiran podia sentir era seu coração que batia forte em seu peito.
"Há algo errado." ele murmurou.
Aimery deu um passo para ele, o Fae com seus olhos azuis intensos, enquanto o observava. "Mais do que você sabe, Keiran. Lançaram um feitiço sobre você. Você
encontrou sua companheira. Ambos estavam a caminho de Drahcir, quando você encontrou problemas."
"Impossível." Será?
"Escute seu coração." Elric disse por trás dele.
Keiran ignorou seu irmão e afastou seu capote. Poderia saber quem estava mentindo se a tatuagem estivesse em seu braço. Com um puxão maligno, arrancou a manga
de sua túnica.
Para achar seu braço nu, sem qualquer tatuagem.
Ele levantou seu olhar para Aimery. "Veja? Eu nunca a achei."
"Então como você podia retornar a Drahcir?" Aimery suavemente perguntou.
Keiran passou uma mão por seu cabelo, sua frustração e confusão crescente pelo momento. Ele começou a andar. "Isto não faz sentido." Disse movendo-se.
Toda vez que tentava pensar sobre a véspera, sua cabeça começou a latejar. Ele agarrou sua cabeça entre suas mãos.
"É o feitiço impedindo você de lembrar." Aimery disse.
Isto não podia estar acontecendo. Isto não está acontecendo. Keiran esperou muito tempo para retornar para casa para descobrir que falhou.
Ele soltou suas mãos e girou para Aimery. "Como eu posso andar pelos portões? Se minha companheira não está comigo, por que Drahcir ainda está aqui?"
Aimery suspirou e agitou sua cabeça. "Sua companheira quebrou a maldição."
Os joelhos de Keiran ameaçaram ceder, quando as palavras de Aimery penetrando em sua mente. Ele sentiu como se alguém acabasse de chutar suas bolas.
Um flash de um sorriso bonito da mulher passou por seu cérebro. Ele fechou seus olhos, enquanto via outra imagem, de uns cachos longos cor de ouro e mel, enrolado
em seus dedos.
E então soube.
Pelos deuses!
"Gwyn." ele lançou sua cabeça e berrou, enquanto caia de joelhos.
Uma dor tão intensa, tão violenta o rasgava que pensou que seu peito se despedaçaria. Ele pôs sua mão em seu peito e fechou seus olhos, quando a dor o rasgou.
"Keiran, seu braço." Sorin disse ao lado dele.
Ele olhou para encontrar a tatuagem uma vez mais visível. Onde estava Gwyn, e quem fez isto com ele?
"Aimery?" ele perguntou.
O Fae levantou uma mão. "Antes de você exigir vingança, entenda o que sua companheira fez."
"Eu entendo." Keiran disse. Tudo muito bem. "Onde está Gwyn?"
Aimery abaixou sua cabeça, seu corpo duro. "Saynarra. Mostre-se."
Quase imediatamente houve um flash de luz e outro Fae, uma fêmea atordoante, apareceu. Ela olhou Aimery, mas sua atenção permaneceu em Keiran.
"Como ele se sente?" ela perguntou. "Você aprecia saber que você teria que viver sua vida sem o que você ama? Se Aimery não tivesse interferido, você teria
casado em alguns anos, com uma agradável menina de Drahcir e tido muitos bebês."
"Eu. Quero. Gwyn." Keiran se levantou, colocando-se de pé.
Saynarra encolheu os ombros, um ombro esbelto. "Ela fez um acordo comigo. Não pode ser quebrado, nem eu renunciaria, a menos que você goste da maldição por
mais uma geração em Drahcir."
Keiran não podia fazer isto, mas do que podia esquecer Gwyn.
"Você esqueceu algo, Saynarra." Aimery disse. "O acordo que você fez com Gwyn está quebrado."
A mulher de Fae virou seus olhos. "Nada pode quebrar aquele pacto."
"Você quebrou sua palavra a Gwyn." Aimery continuou, como se ela nada tivesse dito. "Você jurou que Keiran nunca se lembraria de qualquer coisa sobre ela."
Keiran fechou suas mãos em punhos. "Eu me lembro de tudo sobre ela."
Saynarra rodou seus olhos azuis, movendo-se de Keiran até Aimery e atrás novamente. "Você fez isto, Aimery." ela gritou.
"Você teve sua vingança." o chefe do Fae disse. "Por séculos você colocou os Sinclair e suas companheiras em perigo. Gwyn de boa vontade deu sua vida para
a maldição ser quebrada."
Keiran podia ouvir os murmúrios de seu povo, quando seus irmãos puxaram as lâminas de suas bainhas. Os humanos não podiam ganhar uma batalha com um Fae, mas
os Sinclair não iriam ficar de braços cruzados, enquanto estava com a companheira de Keiran.
"Dê-me Gwyn." ele exigiu.
Aimery sorriu seus lábios descascados acima de seus dentes. "Ela não tem nenhuma escolha mais. Saynarra. Retorne Gwyn. Agora."
Keiran esperou com respiração ofegante, por sua amada voltar. E nada aconteceu. Ele olhou em Saynarra para achá-la começando a rir. Ela lançou sua cabeça para
trás e gargalhou.
"Você quer que Gwyn de volta?" ela perguntou a Keiran. "Então você pode tê-la."
Houve um flash ofuscante. Keiran olhou para seus pés, para encontrar Gwyn deitada com metade do corpo na neve e metade nas pedras azuis de Drahcir.
Ele se ajoelhou imediatamente e a arrastou para seu peito. "Gwyn." ele chamou.
Mas ela não se mexeu.
Não! Eu não posso perdê-la. Eu não a perderei.
Keiran a agitou. "Gwyn. Acorde, amor. Nós estamos em casa."
"Você nunca a despertará." Saynarra disse a alegria evidente em seu adorável rosto malvado.
"Aimery." Keiran chamou pelo Fae.
Houve um movimento atrás de Keiran, quando sua família se juntou ao redor. Seu conforto o ajudou, mas não era sua necessidade, era Gwyn.
"Ajude-a." ele implorou ao chefe de Fae, quando Aimery ajoelhou-se na frente dele.
Aimery apertou seus lábios juntos, em uma linha reta e correu suas mão por Gwyn. Ele inalou profundamente e se sentou de volta. "Saynarra a pôs em um sono
profundo onde ela ficará para a eternidade."
"Não." Keiran disse com uma sacudida de sua cabeça.
A raiva o consumiu. "Como? Você disse que o pacto estava quebrado."
"É, por isso que você a tem, com você, agora. A outra, não era parte do pacto."
Keiran acariciou sua bochecha, caladamente implorando que ela despertasse, assim poderia examinar seus olhos cinza e ver seu bonito sorriso. Ele se recusava
a viver sem ela. Um Sinclair nunca durou muito, uma vez que sua companheira tivesse ido.
Uma mão pegou seu ombro. Ele girou sua cabeça para achar seu pai acima dele. "Traga ela para o palácio, filho. Nós vamos descobrir o que fazer, mas você não
pode ficar aqui."
Ele sabia que seu pai estava certo, mas Keiran não estava satisfeito com Saynarra. "O que acontecerá com Saynarra." ele pediu a Aimery.
"Eu a estou levando de volta para o Reino do Fae. Ela será castigada pelo que fez para sua família e Gwyn."
Keiran girou seu olhar para Saynarra e perdeu sua respiração, enquanto a assistia se transformar no Tnarg. O Fae uma vez bonita, era agora a besta horrorosa
que tentou matar os Sinclair.
"Deuses." Sorin exclamou atrás dele.
Lucian deu um passo para a criatura. "Eu quero um pedaço dela para guardar."
"Lucian." Keiran disse em um tom calmo que sabia que deteria seu irmão. Quando Lucian parou, Keiran se abaixou e pegou Gwyn do chão.
Queria mergulhar sua espada na criatura, mas ao invés, manteve a arma na bainha em seu quadril e caminhou para o Tnarg. "'Era você desde o princípio. Você
não só nos amaldiçoou e moveu nossas companheiras para tempos diferentes, você também as caçou."
"E quase teve sucesso em matar a nós e nossas companheiras." Sorin gritou.
Keiran respirou firme. "Por quê? Apenas porque meu antepassado não correspondeu seu amor? Você é realmente tão insignificante?"
"Eu sou Fae." O som da voz da besta irreconhecível em Saynarra. "Ninguém escolhe um mortal acima de um Fae. Ninguém."
"Não sem conseqüências, sim?" Keiran perguntou. "Afinal nestes séculos, quando nós contrariamos as chances e retornamos a Drahcir com nossas companheiras,
até escapando de você, você ganhou no final. Gwyn fez a coisa mais corajosa que uma pessoa poderia fazer. Ela se sacrificou pela felicidade das pessoas de Drahcir."
"Exatamente." o Tnarg gritou. "Ela queria a maldição quebrada, e não se importou de deixar você."
Keiran não acreditou nem por um momento. "Ela não teria feito se você não tivesse prometido apagar todas as minhas memórias dela, se este fosse o caso. Agora
mesmo poderia estar levando o futuro herdeiro do trono, mas você não se importa. Agora você conseguiu sua vingança final e machucou os Sinclair como nunca tinha
conseguido antes."
Ele procurou o olhar da feia besta. "Esta forma que você toma, isto é o que você verdadeiramente é, não o Fae que reivindica ser. Você quer saber por que meu
antepassado brincou com você? Porque ele viu dentro de você, viu o que você realmente era. E você empalidece em comparação as mulheres que nós estamos destinados."
Sem outra palavra, ele girou e caminhou de volta para Gwyn. Ele suavemente a ergueu em seus braços e andou passando por seus irmãos e por seus pais.
"Gwyn é de Drahcir." ele disse para eles. "Aimery ordenou-lhe que deixasse nossos portões, dias depois que eu me fui, para me aguardar no mundo além de Drahcir.
Sua família está aqui."
Seu pai deu um aceno com a cabeça. "Eu mandarei buscá-los imediatamente."
Keiran olhou para sua mãe e a total tristeza em seus bonitos olhos. "Eu queria estar celebrando este dia e planejando nosso casamento, não estar lamentando
sua perda."
"Oh, filho." ela sussurrou, enquanto mais lágrimas ela derramava.
Keiran deixou as lágrimas fluírem, era incapaz de retê-las. Ele e Gwyn só tiveram preciosas poucas horas juntos, mas naquele pequeno tempo, experimentou a
maior alegria de sua vida inteira.
Ele olhou para ela, quando começou a descer a longa estrada para o alto palácio nas falésias. Ele podia quase imaginar que ela estava simplesmente adormecida
e despertaria a qualquer momento, envergonhada que ele a estivesse levando.
Deuses, como eu posso viver sem ela?
Capítulo Nove
Por dois dias Keiran se sentou ao lado de Gwyn, recusando comer ou deixá-la. O reino inteiro lamentou a perda de sua futura rainha, mas ninguém lamentou mais
que Keiran.
Ele conversou com ela, gritou com ela e implorou que despertasse, mas ela nunca se moveu. Nem mesmo um vacilar, para deixá-lo saber que o ouvia.
Era o pior tipo de tortura imaginável.
Um movimento atrás dele chamou sua atenção. Quando ele examinou seu ombro, encontrou todos os seus três irmãos enfileirados ombro a ombro.
Eles eram bons homens, seus irmãos. Bons, fortes, leais e os melhores guerreiros que conhecia.
"Eu não posso governar Drahcir sem ela." ele finalmente murmurou.
Ele tinha pensado sobre isto nos últimos dois dias. Já tinha falado com seus pais. Eles não concordaram com sua decisão, entretanto eles a respeitaram.
"Eu estou abdicando do trono amanhã. Lucian, como é o próximo mais velho, você será o herdeiro."
Lucian agitou sua cabeça. "Eu não quero isto, Keiran. É seu. Você está destinado a ser o rei de Drahcir."
"Eu sou destinado para ser rei, com minha rainha ao meu lado. Se eu não posso ter Gwyn, que bem eu traria para nosso povo? É o melhor, Lucian. Confie em mim
sobre isto."
Os ombros de Elric caíram, quando deu um suspiro. "Eu entendo por que você pensa que você não pode decidir, mas eu penso que você pode. Que Gwyn gostaria que
você fizesse?"
Keiran olhou para sua companheira e enrolou uma mecha cor de mel, em seus dedos. Sentiu desabrochar um sorriso e soube exatamente o que ela diria. "Ela diria
que eu cumprisse o meu dever, apesar de tudo."
Tão depressa quanto o sorriso começou, desapareceu. Ele girou para seus irmãos. "Eu rezo que nenhum de vocês tenha sua companheira sendo levada. A dor é...
insuportável."
Sorin acotovelou seus irmãos e caminhou no quarto, assim que Keiran enfocou mais uma vez sua companheira. Sorin girou para seus irmãos, quando a porta se fechou
atrás de Elric.
"O que é isto?" Lucian perguntou.
Sorin cruzou seus braços acima de seu tórax. "Katrina e eu temos pensado pela maior parte das últimas duas noites, tentando algum modo do feitiço poder ser
desfeito."
"Eu já examinei isto." Elric admitiu, enquanto se apoiava contra a parede. "Só o Fae que pôs o feitiço pode remover."
Lucian bufou. "Maravilhoso. O que isso nos deixa agora? Eu levarei se eu devo, mas Keiran nasceu para esta posição. É sua."
"Ele já definiu seus movimentos." Sorin disse. Ele girou e caminhou para uma das janelas do corredor que dava para seu reino. "Tudo que quis foi que retornássemos
com nossas companheiras."
"Nós pensamos que seríamos suficientes." Elric suavemente admitiu. "Eu não posso imaginar perdendo Marin."
"Nem eu Isabelle." Lucian concordou. "Aimery achou Saynarra já?"
Sorin agitou sua cabeça. "Não. Eu quis ir procurar, mas Aimery disse que se ela pôde iludir o Fae, eu seria inútil."
"Ele está certo." Lucian disse com uma risada.
Sorin lançou um negro olhar, que arruinou com um sorriso que logo enfraqueceu. "Se nós pudéssemos achar Saynarra, poderíamos ser capazes de convencê-la a lançar
um contra feitiço em Gwyn."
Elric se afastou da parede. "Não acontecerá. Ainda que Aimery e seu exército a achem, ela está condenada a voltar para seu reino imediatamente. Não haverá
tempo para que nos ajude."
"Merda." Lucian amaldiçoou.
Sorin não podia concordar mais.
Keiran ficou surpreso por ver a noite cair. A última vez que notou o céu das muitas janelas do quarto, tinha sido dia. Como ele perdeu tantas horas?
Ele reviveu todo segundo e todo momento que ele e Gwyn estiveram juntos. Se apenas soubesse o que sabia agora, nunca teria parado na cabana.
Quando Aimery lhe contou o truque que Saynarra usou com eles, o estômago de Keiran chegou a contrair em desgosto. Sabia que tinha estranhado ver uma cabana
em tal montanha, mas tinha estado tão aliviado por encontrá-la, que não pensou em mais nada. Agora sabia o por que.
"Eu sinto tanto, Gwyn." ele disse e enlaçou seus dedos com os seus. "Eu deveria proteger você. Eu falhei amor."
"Você a ama?"
Keiran girou ao redor, no som da voz de Saynarra, encontrando o Fae de pé atrás dele. Ele pensou em gritar para seus irmãos ou Aimery, mas não podia trabalhar
a noção.
Ele suspirou e girou para Gwyn. "Sim, eu a amo."
Talvez fosse quando imaginou ela lhe sendo tirada, que toda a emoção dele era amor, não luxuria, justamente. Gwyn era seu tudo, a outra parte de sua alma.
Sem ela, ele não era nada.
"Você devia ter apenas a matado..." Keiran disse, quando a ira começou a construir dentro dele mais uma vez. Ele largou a mão de Gwyn e levantou para enfrentar
o Fae. "O que você fez com ela, comigo, é desnecessariamente cruel. Não fomos nós que prejudicamos seu orgulho. Temos nela alguém tão bonito, tão bom que nosso reino
inteiro lamenta sua perda."
As feições tranqüilas de Saynarra, nunca mudaram. "Você chora por ela?"
Ergue suas mãos em derrota. Não sabia por que estava conversando com ela. Nada mudaria o que ela fez. "Claro, que eu choro por minha companheira."
"A palavra se espalhou, que você está abdicando como herdeiro e legando isto para Lucian."
Seus olhos estreitaram. "Fiz isso. Eu sou desprezível para Drahcir, sem Gwyn ao meu lado. Ela ainda vive então eu não posso morrer, mas eu estou morto por
dentro."
"Um companheiro morrerá sem o outro?"
"Sim." ele disse e girou suas costas para Saynarra. Ele não podia olhar para o Fae atordoante, que se apresentava sem ver o Tnarg. O repugnou.
Entretanto devia provavelmente estar implorando de joelhos pela liberdade de Gwyn, Saynarra mostrando seu verdadeiro eu. Ela não gostaria de nada diferente.
Ela não poderia compreender a extensão de sua dor, e tentar fazê-la entender seria infrutífero.
"Por que você veio aqui?" ele perguntou. Quando não houve uma resposta, olhou por seu ombro para ver que tinha se ido.
Keiran encolheu os ombros e retomou para sua cadeira, próximo à cama e mais uma vez tomou a mão de Gwyn junto a sua. Ele coçou seu queixo, tentando entender
e deitou sua cabeça na cama, deixando o esgotamento tomar conta de seu corpo.
Saynarra olhou abaixo em Keiran e Gwyn como tinha feito, quando eles estiveram na cabana. Sua necessidade de ferir alguém, como ela tinha sido machucada a
levou tão longe do estilo de vida de um FAE. O Fae deveria vigiar os humanos e ajudá-los, não os ferir.
Ela sentiu presença de Aimery, antes dela o ver. Ela estava cansada de correr, cansada do Fae que a caçou por séculos. Tinha sido dois mil anos, desde que
viu seu próprio reino.
O Fae desenhou o símbolo mágico de seu reino, mas ela podia alimentar seu símbolo mágico com seu ódio. E qualquer Fae sabia que giraria um do mal.
"Eu não esperava encontrar você aqui." Aimery suavemente disse.
Ela encolheu os ombros e olhou para o bonito chefe do Fae. Aimery tinha uma lista longa de admiradores, mas tinha ainda que achar sua companheira, até onde
ela sabia.
"Quando eu era mais jovem, eu costumava sonhar com o dia que eu me apaixonaria, da família que logo seguiria e os anos de felicidade adiante." ela confessou.
Não estava certa por que lhe disse tal segredo, quando não compartilhou isto com ninguém antes.
Aimery a considerou com seus olhos azuis. "O que aconteceu?"
"Eu nunca esperei apaixonar-me por um humano."
Eles ficaram quietos, enquanto olhavam fixamente para o par adormecido.
"Você já achou sua companheira, Aimery?"
Ele hesitou por tanto tempo que pensou que não lhe responderia. "Não." ele finalmente disse.
"Você pensa que a encontrará?"
"Ao seu tempo." ele respondeu.
Ela respirou fundo e o enfrentou. "Eu estou pronta."
"Assim seja." ele disse e pegou seu pulso, um momento antes deles se transportarem para o Reino do Fae.
Aimery queria bater em algo. Duro. Ele não podia acreditar que mesmo implorando na frente de Saynarra, antes de ter sido condenada a morte, não liberou Gwyn
do feitiço que lançara.
E agora tinha que dizer a Keiran que toda a esperança estava perdida.
E depois de tudo que... ele falhou. Não era algo que fez, nunca, e não gostou do sentimento que ameaçava sufocá-lo.
Se soubesse no que Saynarra se transformou. Teria estado lá para advertir Keiran e Gwyn antecipadamente, nada disso teria acontecido. A maldição poderia agora
ser quebrada, mas a dor de Keiran era a dor de Drahcir.
Keiran abriu seus olhos para ver uma carriça que se sentava na janela. Ele ergueu sua cabeça e o pássaro voou para um novo dia. Keiran protegeu seus olhos
do sol brilhante e bocejou.
Ele parou quando os dedos de Gwyn moveram-se contra os seus.
Seu olhar foi para seu rosto. Embaixo de suas pálpebras, seus olhos se movendo.
"Gwyn? Amor volte para mim." ele implorou. "Por favor, Gwyn."
Uma meia risada, e um meio soluço saíram de seus lábios quando seus olhos tremularam abertos, e ela respirou fundo. Ele segurou sua respiração até que seu
olhar encontrou o seu.
"Keiran?"
Ele sorriu. "Sim, amor. 'Sou eu."
"Você parece terrível. O que..." Suas palavras diminuíram e seus olhos arregalaram, quando começou a recordar o que lhe aconteceu. "Como?"
"Eu não sei, e eu não me importo." Ele disse e a trouxe contra seu tórax. Ele envolveu seus braços ao redor dela e beijou por toda parte do rosto. "Eu estou
tão contente por você estar de volta."
Quando ela se aconchegou em seus braços e aninhou seu pescoço, Keiran soube o que era felicidade verdadeira. Inclinou-se o suficiente para reivindicar seus
lábios, em um beijo que começou gentil e suave, mas logo virou quente e apaixonado que seus desejos subiram rapidamente.
Entretanto, se quisesse deitar e ter prazer com seu corpo por horas teria que esperar. Ele concluiu o beijo e colocou sua testa contra a sua.
"Nós estamos em Drahcir." Ele disse a ela.
Ela sorriu, com seus olhos redondos. "Verdade? Você fez isto Keiran, da mesma maneira que sabia que faria."
"Não, amor. Você fez. Você quebrou a maldição."
Ela olhou longe. "Foi à coisa mais difícil que eu já fiz, deixando você. Ela tinha induzido você a dormir durante nossa conversa, mas jurou que você não se
lembraria de mim."
"Eu não me lembrei a princípio. Aimery me ajudou a lembrar que eu encontrei você, e uma vez que eu lembrei, quebrou o pacto que você e Saynarra tiveram. Você
retornou a mim, mas ela usou seu símbolo mágico para fazê-la dormir pela eternidade, nunca despertando."
"Ela é o Tnarg." Gwyn disse.
Keiran movimentou a cabeça. "Ela se mostrou isto a todos em Drahcir. Aimery a pegou e retornou com ela ao seu reino para condená-la. Ela está morta por suas
ações contra os humanos."
Gwyn mordeu seu lábio. "É por isso que quebrou o feitiço?"
"Não." disse uma voz atrás deles.
Keiran olhou por seu ombro para achar Aimery. "Então o que quebrou o feitiço?"
"Saynarra o fez." Aimery disse. "Eu implorei que ela o quebrasse, mas se recusou a me responder. Eu acho que ela já removeu o feitiço antes de eu perguntar."
"Se ela concordasse, teria salvou sua vida?" Gwyn perguntou.
"Sim."
Keiran fez uma carranca. "Então por que ela não admitiu isto?"
"Eu penso que quis morrer." Aimery disse e caminhou para uma janela. "Ela saiu de nossos costumes. O mal afundou em sua alma, e estava cansada disto. Queria
a liberdade. O único caminho para fazer isto foi era a morte."
Keiran envolveu seu braço ao redor Gwyn. "Eu sinto muito que ela esteja morta, mas eu estou contente que libertou Gwyn."
Aimery girou para eles e sorriu suas mãos apertadas atrás de suas costas. "Eu suponho que isto significa que você estará mantendo a coroa?"
Keiran riu da testa enrugada de Gwyn. "Sim, eu manterei."
Com um aceno de cabeça, Aimery caminhou para a porta. "Eu informarei seus pais. Se preparem para uma invasão da família." disse antes dele sair do quarto.
"Você iria desistir de seu lugar legítimo como herdeiro?" Gwyn perguntou.
Ele movimentou a cabeça e a beijou novamente. "Sem você, eu não sou nada." ele disse entre beijos.
"Isto pode esperar?" Lucian disse, enquanto entrava a passos largos no quarto. "Eu vi Aimery no corredor e ele me disse as notícias."
Keiran gemeu. "Você pode voltar em um minuto?"
"Não." Lucian disse com um sorriso. "Eu quero encontrar minha nova cunhada e a futura rainha de Drahcir."
Keiran virou seus olhos, mas não podiam parar o riso que borbulhava. Apenas da véspera, sua vida tinha sido cheia de desespero, e agora que olhava para sua
bonita companheira, o longo futuro à frente deles, os levando sabiam aonde.
Epílogo
Duas semanas mais tarde...
As mãos de Gwyn apertada nas coberturas, suas costas curvadas à medida que ela gemeu. "Keiran, por favor." implorou.
Ele não ergueu sua cabeça dentre suas pernas, enquanto continuava a lamber seu sexo, provocando sua pérola, até que estava se contorcendo e ofegante. Toda
vez que estava para chegar ao pico, ele parava e afagava seus seios ou a beijava.
"Eu preciso gozar." ela clamou.
Ele riu e o som que vibrava contra seu sexo e fazendo empurrar contra ele. Seu dedo empurrou dentro dela, penetrando lentamente a princípio, então aumentando
seu ritmo quando adicionou um segundo dedo.
"É demais. Ah, deuses, Keiran." ela gemeu. Ela foi muito perto do orgasmo, a tensão dentro dela, amarrada apertada como um arco, a dor da liberação.
Apenas quando pensou que ele poderia ceder, ele a colocou sobre seu estômago, então a ergueu para suas mãos e joelhos. Suas mãos grandes esfregando acima de
sua parte inferior, tocando e espalhando suas nádegas, enquanto esfregava seu pênis contra ela.
"Eu amo seu traseiro."
Gwyn estava além de palavras. Ela balançou seus quadris, fazendo seu traseiro subir ao ar. Quando ele gemeu, ela sorriu, sabendo que lhe doía quando o fez.
Finalmente, seu pênis se esfregou contra o seu sexo úmido, deslizando nela. Ela clamou, enquanto ele agarrou seus quadris e enterrou-se até a raiz. Ele deu
uma punhalada dura, rápida que enviou seu sangue a ferver.
Era exatamente o que ela precisava. Ele começou a bombear dentro dela, fazendo seus seios balançarem, enquanto fechava seus olhos e se afogava em êxtase.
Quanto mais rápido a dirigia, mais rápido seu corpo levantava. Quando seu orgasmo finalmente tomou conta dela, gritou seu nome e seu corpo fechou ao redor
de seu membro.
Ainda assim, continuou a empurrar com seus dedos em seus quadris, enquanto se movia nela. Sabia que ele estava perto, da forma que acelerou seu ritmo. Depois
do prazer que lhe deu, quis retornar o favor, assim começou a mover-se contra ele.
"Gwyn." ele gritou, quando mergulhou bem no fundo, tocando seu útero, quando derramou sua semente, seu corpo o empurrando com seu clímax.
Sua respiração ofega encheu o quarto, enquanto caiam sobre a cama.
"Eu acho que estou pronto." Keiran sussurrou.
Gwyn riu e afastou uma mecha de cabelo de sua testa úmida. "Você disse isto há uma hora."
"Dê-me outra hora então."
Ela girou sua cabeça, para lhe olhar. "A cerimônia foi bonita."
"E longa." ele disse com uma careta.
O teto reluziu com cada movimento de sua mão e o diamante amarelo bonito que lhe deu e que agora pegava os raios do sol. "Eu amo o anel."
"Adapta-se a você." ele disse e beijou sua testa. "Eu nem quero pensar que eu terei que esperar outra hora. Meu pênis desperta por você novamente."
Gwyn rolou acima e pegou sua endurecida ereção. "Você é insaciável."
"Só com você, amor. Se nos mantivermos assim você estará grávida logo."
"Hmmm. Isso seria bom."
Keiran a lançou sobre suas costas e apoiou-se em seu cotovelo, enquanto sua outra mão apalpava seu sexo. "Nós devemos ter certeza disto, então?"
"Oh, sim." ela gemeu, quando deslizou um dedo nela.
"Nunca diga que eu não estou disposto a agradá-la."
Gwyn sabia do fato que ele estava mais que disposto a agradá-la. E ela estava muito contente com isto.
Com a maldição quebrada, os Sinclair e Drahcir permaneceriam escondidos para todo o sempre. Não haveria mais príncipes partindo e lutando com o Tnarg. Tudo
estava com devia ser.
Ela encontrou seu companheiro, um homem que encheria seus dias com carinho, luz e risos. Um sonho que se realizava.

 

 

                                                                  Donna Grant

 

 

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