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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


RETRO SEXUAL / Ainsley Booth & Sadie Haller
RETRO SEXUAL / Ainsley Booth & Sadie Haller

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Stew:

Eu não fui o marido mais atencioso ultimamente.

Adrienne:

Ele é o chefe da equipe do novo primeiro ministro. Eu entendo.
Mas...

Stew:

Sim. Esse “mas”. Esse é o problema. Eu estou farto, pois nada é tão importante quanto o meu casamento.

Notas:

Nenhum hipster ou metrossexual foram prejudicados nesse livro.
Essa história acontece antes de Prime Minister, mas pode ser lida sozinha, como a história de um coroa.
Essa história contém significativas partes de Prime Minister.

 

 


 

 


CAPÍTULO 1

Stew

—Não trabalhe muito. —Ela me diz enquanto me dá um beijo de adeus pela manhã.

Ainda está escuro.

Ambos sabemos que não vou seguir esse conselho. Então eu a beijo em vez disso, e não sou muito rápido nisso. Eu amo minha esposa. Não só porque ela arruma meu almoço todos os dias, mas porque ela vem até a porta da frente comigo, eu em um terno que não ficará alinhado por mais de uma hora, ela em um roupão de banho que comprei três Natais atrás. E sim, eu sei que um roupão de banho é um presente terrível para a esposa.

Ela é difícil de presentear.

Eu também não sou talentoso a esse respeito.

Mas posso beijá-la, então beijo. Um longo e lento adeus, meus dedos emaranhados em seus cabelos, meus lábios contra os dela.

Adoro sentir o gosto de Adrienne assim, toda quente e desfeita. —Espere por mim acordada esta noite. —Sussurro contra sua boca.

Ela endurece. —Você não vai jantar em casa?

Lá se vai um simples e bom adeus. Suspiro e estremeço quando ela se afasta. —Eu disse que viria? Eu posso tentar.

—As crianças não te veem há três dias. —Ela morde o lábio e ergue as sobrancelhas, esperando que eu preencha os espaços em branco.

Eu estava viajando com o primeiro ministro durante o fim de semana, e chegamos em casa tarde na noite passada. E estou fugindo no início da madrugada porque agora, meu trabalho está superando meu papel como pai.

Mas é uma grande semana.

Temos uma série de novos estagiários hoje, escolhidos a dedo a partir de programas de pós-graduação em todo o país. Eles vão trabalhar em estreita colaboração com os líderes, incluindo o primeiro-ministro eleito, para garantir que todas as vozes estejam representadas na mesa, incluindo a juventude do nosso país.

E antes de chegarem, eu tenho a reunião diária com o PM e uma tonelada de outros trabalhos para desempenhar para que eu possa passar a maior parte do dia orientando o estagiário designado para o Escritório do PM, entre todos os incêndios habituais que precisarei apagar.

Por outro lado, meus filhos não me veem por três dias. E minha esposa está olhando para mim. —Certo. Ok, vou estar em casa para o jantar.

Ela balança a cabeça. —Não me prometa isso se você não acha que...

Ela está certa. Eu praguejo baixinho. —Eu sinto muito. Não sei quando vou estar em casa. Mas eu te ouço, e vou fazer o meu melhor.

Compromisso e honestidade podem não ser sexy, mas eles nos serviram por um tempo. Não tínhamos ideia do que aconteceria quando o último governo caiu e a eleição foi chamada.

Não fazia ideia de que a Febre Gavin Strong iria varrer a nação e meu candidato: o solteiro de trinta e nove anos de Vancouver, lutador, jogador de hóquei, o homem do povo, levaria sua guerra a uma vitória inesperada.

Sim, eu sabia que ele tinha certo apelo. E sabedoria. E uma grande quantidade de impulso e compromisso com seu país.

Tão genial quanto incrivelmente capaz, Gavin é um cara inteligente e antenado. Mas inteligente e antenado nem sempre ressoa bem para os eleitores.

Eu sabia que representávamos o bem e conseguiríamos mais alguns assentos no parlamento do que os outros dois patéticos que tínhamos antes das eleições.

Eu não tinha ideia de que nós íamos chegar ao poder.

Ou que eu acabaria como o chefe de gabinete do líder do país, e minha esposa de repente educaria os nossos três filhos sozinha.

Era para ser uma eleição rápida. Agora será um turbilhão de quatro anos no poder. No mínimo.

Eu a abraço. —Eu te amo. E farei o meu melhor. E se você adormecer antes de eu chegar em casa esta noite, não vou te acordar.

—Você pode me acordar. —Ela sussurra, roçando a boca contra a minha. —Nós podemos ser rápidos.

Por dentro, eu ganho vida. Mesmo depois de todos esses anos, essa mulher é tudo para mim. —Um dia... —Vamos tomar o nosso tempo. Um dia, dormiremos nus e acordaremos tarde e teremos todo o tempo no mundo.

Ela ri. —Eu sei. Um dia.

Mas não hoje. E provavelmente também não esta noite.

***

O novo estagiário, na verdade é uma estagiária, candidata a doutorado da Universidade de Ottawa, Ellie Montague. Ela parece ainda mais esperta do que prometia em seu currículo. Infelizmente, no meio da manhã, tenho certeza de que ela já se arrependeu de ter aceitado o estágio de três meses porque é o que eu chamo de um dia: Gavin Nada feliz.

Não me interprete mal. Meu chefe não estar feliz é uma coisa boa. Isso significa que ele zerou um problema e vai consertá-lo.

É por isso que estamos no governo. É por isso que nunca vejo a minha esposa e filhos, porque nós vamos corrigir todas essas merdas.

Apenas que isso vem com uma boa dose de gritos quando a incompetência é descoberta.

O furor de hoje é sobre a angariação de fundos e lobistas. É uma preocupação legítima, uma sobre a qual queremos nos distinguir em grande parte dos nossos antecessores, mas temos um evento privado em cinco semanas que poderia ser cortado se o PM decidir seguir uma linha dura com os influenciadores.

Então, depois que Gavin estabelece a lei, articular a angariação de fundos ou abandonar completamente, porque não estaremos nos bolsos dos ricos, eu levo Ellie para o meu escritório para um almoço de trabalho. A orientação acabou, bem-vinda à bagunça real.

—Desculpe por isso. —Gesticulo para as pilhas de livros informativos na minha mesa. —Suponho que eu deveria levá-la para almoçar no seu primeiro dia, mas este é o ritmo em que trabalhamos.

—Está tudo bem. —Ellie diz, me dando um sorriso que rapidamente desaparece com um olhar sério. —O que você precisa que eu faça?

Há algo sobre essa aqui. Eu acho que ela realmente quer dizer isso, como se ela realmente quisesse fazer a diferença. Claro que ela ainda tem estrelas em seus olhos em relação ao PM, todos tem, é um fato da vida. Mas ela está fazendo o seu melhor para disfarçar, e eu respeito isso.

Puxo meu almoço. Adrienne fez um sanduíche de presunto e queijo suíço com centeio, extra-grande, então posso cortar ao meio. —Você quer um?

Ellie me dá um olhar surpreso. —Claro.

—Alimentá-la é o mínimo que posso fazer.

Ela ri. —Não literalmente.

—Ok, é o mínimo que minha esposa me permitiu fazer. —Aponto para a foto de Adrienne na minha mesa. —Ela fez o sanduíche, então está dividido por suas regras.

—Isso é doce. —Ela diz isso como se soubesse que deveria, mas é mesmo. Essa é minha esposa. Sou um homem de sorte, mas a expectativa é grande.

Eu pego duas latas de Coca Diet do frigobar embaixo da minha mesa e lhe entrego. Ela abre com uma mão enquanto alcança o arquivo da angariação de fundos.

Nós comemos em silêncio. Cinco minutos de mastigação e pensamentos, e durante o último meio minuto, a testa de Ellie fica mais tensa com cada batida silenciosa dos segundos no meu relógio.

Eu me inclino para trás na minha cadeira. —O que você tem?

—Um problema com ele dizer isso sem parar é que ele é rico também. —Ela aponta, lambendo a mostarda de seus dedos. —E todo mundo sabe disso. Não me interprete mal, a maioria das pessoas gosta disso. Mas ele não é um de nós que traz sanduíches de casa.

Eu bufo. —Não permita que ele ouça você dizer isso.

—Ele é um homem do povo de muitas outras maneiras. Ele sabe quanto custa um pacote de pão, é tudo o que importa. Mas ele também está à vontade com esses doadores, certo? E se não fosse uma festa para angariação de fundos? E se fosse... como um pontapé inicial para um desafio comunitário?

—Continue falando. —Eu mexo na minha bolsa de almoço pela melhor parte. — Cookies com gotas de chocolate?

Ela balança a cabeça. —Mas vou aceitar outro refrigerante se você tiver um.

Eu lhe atiro outra Coca-Cola.

Ela toma um gole, então se inclina. —Ele não deveria se afastar dos líderes empresariais. Ele precisa ficar conectado a eles e mostrar-lhes quem é o chefe. Os canadenses só querem saber que ele não está nos bolsos desses caras. Eles ficarão encantados se ele puder dar uma volta neles e fazê-los se curvar à sua vontade.

—Merda. —Eu giro minha cadeira e empurro o resto do biscoito na minha boca. —Isso é bom.

Isso é tão bom, que quero que ela apresente a ideia amanhã na reunião. Ela esfria, mas concorda. Eu gosto desse espírito, e estou prestes a tranquilizá-la de que ele não é tão assustador quanto parece quando Gavin aparece, entrando no meu espaço sem sequer uma batida na porta. —Este relatório do Ministério do Meio Ambiente é uma besteira, Stewart.

—Eu estou em uma reunião, Gavin. —Eu suspiro e aponto para Ellie.

Gavin se volta, sua atenção agora firmemente na minha convidada. —Srta. Montague. Você poderia sair?

Jesus, isso não pode ser bom. E dado que Ellie é uma convidada no nosso escritório, e é o primeiro dia dela... abro a boca para protestar, mas ela me supera, dando-lhe um olhar firme. —Eu prefiro ficar.

Eu quase ri em voz alta, da forma como Gavin congela. Ele não estava esperando isso.

—Senhor. —Ela acrescenta, corando um pouco. —Eu prefiro ficar, senhor. Porque... eu sou o barômetro, certo? Sem mim, você está falando em uma câmara de eco. Foi o que você disse no seu anúncio sobre esses estágios. —Ela volta sua atenção para mim. —Eu não acho que seu escritório seja uma câmara de eco, não é Stew.

Eu sorrio enquanto Gavin ri. Isso corta a tensão, porque não, eu não tenho nenhum problema em dizer ao PM quando ele está errado, e foi o que Ellie lhe disse.

Ela levanta o queixo. —OK. Então, qual parte do relatório é uma besteira?

Ele ri e se vira para mim. —Essa aqui pode ficar.

—Fico feliz que você aprova. —Murmuro, revirando meus olhos. —Agora, podemos seguir esta reunião no caminho certo? Eu já estou algumas horas atrasado no meu dia e prometi a minha esposa que estaria em casa antes do anoitecer.

***

A última coisa que faço antes de sair do escritório é desativar outro e-mail.

Verificar e responder, é a primeira coisa que faço quando entro na minha casa escura. Todas as luzes estão apagadas, e meu coração afunda.

Eu sabia que era tarde, mas...

Nem sempre será assim. Não era assim quando ele estava na oposição. Havia noites de chegar atrasado, mas não eram na maioria das vezes. E não viajávamos tanto.

Eu silenciosamente entro. Estou com fome, mas a primeira coisa que faço depois de colocar minha pasta no banco na entrada e chutar meus sapatos é olhar no andar de cima. Os gêmeos ainda dormem com a porta aberta, então paro na porta e olho para eles. Ambos estão enormes para suas camas de solteiro... nós precisamos nos mudar para uma casa com outro quarto, mas aqui é perto da escola de Adrienne e decentemente perto da ponte para mim, também.

Estou constantemente pensando em vocês, mesmo quando não estou aqui. Isso não alivia nada a culpa no meu interior, no entanto. E a porta de Daniel está firmemente fechada e isso não é bom também. Paro ali e pressiono minha mão contra a madeira. Especialmente você, filho. Seus irmãos mais novos dominam o tempo e a energia de Adrienne. Volto para baixo e encontro um marcador e um pedaço de papel. Eu rabisco Daniel, Matador de dragões, ou assim diz seu pai.

De volta ao andar de cima, eu enfio pela porta dele.

Nosso quarto fica no final do corredor. Nossa porta não está fechada, mas está encostada, e eu estremeço quando a porta chia enquanto a abro.

Eu não precisava me preocupar em acordar Adrienne, no entanto.

Ela está na cama, lendo.

Ela não olha para cima.

Desculpe, eu deveria dizer, mas sei que não é suficiente.

—Eu vou a Toronto no próximo fim de semana. Minha irmã vai cuidar das crianças, então você não precisa se preocupar em tirar folga. —Ela fecha o livro. Ainda sem me olhar.

—Tentei chegar em casa. —Digo calmamente. —E surgiu algo.

—Algo sempre aparece. E esta noite, seus filhos foram idiotas comigo. Então vou sair pelo fim de semana sem nenhum de vocês. —Ela desliga seu abajur e rola de lado.

Puta merda. Eu tiro minha boxer e me inclino na cama atrás dela. Quando toco seu quadril, ela endurece, mas não se afasta quando me aproximo, envolvendo seu corpo menor no meu. Ainda nos encaixamos perfeitamente.

—Nem sempre vai ser assim. —Eu finalmente digo em voz alta.

—Eu sei.

—Eu te amo.

Ela suspira. —Eu sei disso, seu bobo. Só... é difícil para todos nós. E hoje foi um longo dia.

—Meus filhos foram idiotas, hein?

—Totalmente idiotas. —Ela ri. —E sim, em noites como esta, eles são todos seus.

—E quando eles são muito atraentes, gentis e inteligentes, eles são todos seus. —Eu beijo esse ponto macio atrás de sua orelha. —Não estou discutindo com você. Isso é totalmente verdadeiro.

—Massageia meu pescoço? —Ela pede com esperança. Como se fosse um grande pedido, e ultimamente, talvez possa ser.

—Sempre. —Sussurro, circulando meu polegar contra sua pele.

Ela adormeceu assim, comigo acariciando a tensão de seus músculos. Antes que eu possa me arrepender de não ter feito nada mais, meu celular vibra do outro lado do quarto.

Nem sempre será assim.

Eu só preciso continuar falando para mim e para todos, até que pareça verdade.


CAPÍTULO 2

ADRIENNE

A sexta-feira seguinte é um dia sem escola para as crianças, e minha irmã está feliz por tê-los chegando cedo, então vou tirar um dia de férias para prolongar meu fim de semana também.

Pego o trem de Ottawa até Toronto em um assento de primeira classe. Quatro horas de vinho e leitura, e sem crianças nem “maridos” me irritando.

Maridos.

Talvez esse seja o problema. Eu só tenho um marido. Se eu tivesse dois, não seria um grande problema o trabalho de Stew. Eu poderia ter o Stew do trabalho, do qual sou ridiculamente orgulhosa, e eu poderia ter... o Stew de casa. O cara que corta a madeira para a nossa lareira, que faz o molho a partir do zero e depois umas margaritas para combinar. O cara que gosta de dormir aos sábados e fazer caminhadas aos domingos. O cara que coloca as crianças na cama e depois vem me encontrar com um sorriso safado que diz que também é minha hora de dormir.

Sinto falta desse sorriso.

Também sinto falta do seu molho.

Se eu pudesse ter um terceiro marido, eu escolheria o Stew jovem. Não tenho certeza de que ele estaria interessado em casar-se com uma versão vinte e cinco anos mais velha da namorada da universidade, mas ela estaria por ele e por seu entusiasmo juvenil por aventuras noturnas e sexo sem fim.

Embora o Stew real tenha algumas vantagens sobre o seu eu mais novo. Ele é muito mais paciente do que costumava ser. Ele conhece meu corpo melhor. Ele simplesmente não tem tantas oportunidades para provar seu domínio que me faz tremer.

Suspiro e fecho meu livro. Eu realmente preciso dessa fuga, mas estou quase a meio caminho de Toronto e estou pensando no quanto sinto falta do meu marido.

Mas eu sentiria falta dele ainda mais se eu ficasse em casa e ele tivesse que trabalhar.

Ele me levou para a estação de trem. Ele teve que deixar o trabalho. Chegou em casa e nos pegou. Nós deixamos as crianças na minha irmã, então ele me levou para a estação de trem e me ajudou a descarregar minha mala. Me envolveu em seus braços grandes e fortes e me beijou.

Ele entregou muito nesse beijo, e me deixou sem ar.

Agora toco meus lábios e penso... ok. Nem sempre será assim. Seu mantra, e eu acredito nele.

Por enquanto, preciso cuidar de mim mesma. Um tempo para Adrienne, nada de mãe.

Eu me contorço e encontro a atendente da primeira classe. —Eu poderia ter outra taça de vinho? —Pergunto, e ela a traz de imediato. Ah sim. Tempo para Adrienne.

***

Estou hospedada em um hotel chique a oeste do centro da cidade. Eu não tenho planos específicos, mas assim que faço o check-in, abro minha mala e percebo com um baque que odeio tudo o que embalei.

Nada disso diz: noite na cidade . Não estou falando de coisas extravagantes. É que nada disso é divertido . É só roupa de mãe, e isso é ótimo para Ottawa. Sou mãe lá.

Eu também sou uma mãe agora, mas que seja. Seja como for, na verdade.

Ok, o primeiro passo é fazer compras. Pego minha bolsa e desço as escadas.

A funcionária chama meu nome, e quando eu me viro, levanta um envelope. —Isso foi deixado para você, senhora.

Eu estremeço. Odeio ser chamada de senhora. Pego o envelope branco sem remetente com um agradecimento educado. No interior tem uma folha de papel com o logotipo de uma sala de concertos que fica na esquina, envolto em um ingresso para esta noite. Não reconheço o nome da banda.

Olho de volta para a funcionária e seguro o ingresso. —Você já ouviu falar dessa banda?

Ela assente com entusiasmo. —Eles são incríveis. Deverá ser um bom show. Há uma banda da década de noventa que abre para eles também. Já ouviu falar nos The Replacements?

Eu rio. —Mundo pequeno. Eles foram meu primeiro concerto de rock de verdade.

— Oh, isso é legal.

Muito legal. Eu olho para o ingresso. Não há nenhum bilhete, mas tenho uma suspeita de quem é o responsável.

Enquanto encaro o sol, o meu objetivo está claro: comprar algo para vestir no show, eu envio a Stew uma mensagem rápida.

Adrienne: Obrigada. Você não precisava fazer isso.

Stew: Fazer o quê?

Adrienne: O ingresso para ver The Replacements.

Stew: Isso parece ser algo que eu gostaria de aceitar o crédito.

Adrienne: Humm. Alguém deixou para mim no hotel. Talvez fosse para outra pessoa...

Stew: sua irmã?

Adrienne: Eu vou perguntar a ela. Como anda o trabalho?

Stew: Você sabe a resposta para isso. Você está se divertindo?

Adrienne: vou fazer compras.

Eu posso ouvir suas risadas de Ottawa.

Stew: Desculpe.

Adrienne: vou sair pela cidade esta noite. Eu não preciso parecer com uma mãe.

Stew: Você é uma mãe gostosa.

Adrienne: cale a boca.

Stew: eu amo você. Jeans apertado e uma camiseta são sempre uma boa pedida para você.

Adrienne: Obrigada. Volte para o trabalho.

Stew: Envie-me uma foto.

Eu balanço minha cabeça. Suspiro. Ele é um bom homem, apenas um pouco sem noção. Não tenho como usar nada apertado.

Somente uma hora depois, após entrar e sair de uma dúzia de lojas, eu me vejo em uma loja de camisetas, à saída da Queen Street, e eu me apaixono por uma camiseta com um selvagem Crânio pintado nela. É o tipo de coisa que eu teria usado há vinte anos, e quero isso agora, só por essa noite, quando ninguém saberá quem eu sou.

—Posso experimentar uma tamanho médio? —Pergunto à vendedora.

Ela atravessa por uma pilha, então balança a cabeça. —Nós temos pequena e grande. Mas elas se encaixam bem, então acho que a grande será enorme para você. Experimente a pequena.

Não. Eu não compro roupas de tamanho pequeno desde antes do nascimento do primeiro filho. Eu balanço minha cabeça. —Não vai caber.

Ela apenas sorri e empurra-a para as minhas mãos. —Dê uma chance.

Pego a camiseta, mas não me troco. Olho as outras estampas na mesa. —Qual destas você tem em tamanho médio?

Ela faz uma busca rápida nas pilhas de tecido, com o tipo de caça a olho nu como uma águia, que apenas um profissional do varejo tem, e tira duas opções. Eu não gosto de nenhuma delas tanto quanto da camisa do crânio, mas pego a vermelha, porque não quero sair do provador parecendo uma boba porque a pequena não serviu. Mais fácil fingir que prefiro a vermelha.

Exceto que quando estou no provador, e puxo a camisa do crânio sobre meus peitos... ela serve.

E bem. A gola em V ajuda. Cara, quando foi a última vez que usei algo decotado?

A camisa está confortável em todo o meu corpo, do tamanho suficiente para acabar bem na altura dos meus quadris. algumas sobreposições na minha calça jeans para que ninguém veja minha barriga se eu ficar animada e erguer minhas mãos no ar no concerto hoje à noite.

Tiro uma selfie rápida e envio para Stew.

Adrienne: apertada o suficiente?

Stew: Puta merda. Sim. Adoro isso.

Ai caramba. Uma emoção calorosa me percorre. Ok, se ele gosta. Talvez eu possa usá-la como uma camisa para dormir quando voltar para casa.

Não me importo de tentar a camiseta vermelha.

***

Depois de um jantar em um restaurante de massas, onde li mais do meu livro, ininterruptamente, enquanto apreciava a comida quente que não exigia qualquer tipo de atenção com os membros da família ou ameaças sobre ser educado ao comer, volto para o hotel para tomar banho, me trocar e me preparar para o meu retorno a minha juventude.

The Replacements.

Eu acho que a primeira vez que Stew disse que me amava foi naquele concerto. Ele estava bêbado demais, então eu não tinha acreditado nele, mas depois disse novamente na manhã seguinte, quando eu parecia com algo que o gato tinha arrastado, então acreditei nele. E concordei em me casar com ele alguns meses depois.

Acabo de ajeitar meu cabelo. Com muito spray de cabelo. Então faço minha maquiagem: mais caprichada do que o habitual, porque o meu habitual nos dias de hoje é brilho labial e rímel e envio a Stew outra selfie.

Este fim de semana deveria ser apenas um tempo para mim, mas também estou gostando desse flerte distante.

Adrienne: pronta para sair e fingir que tenho vinte anos.

Stew: Droga, mulher. Apenas lembre-se que você é minha.

Adrienne: nunca me esqueço disso.

Stew: Quando um estranho te tocar hoje à noite, a primeira coisa que você precisa dizer a ele é que seu marido é um cara grande que luta boxe com o primeiro ministro.

Adrienne: KKKK ok, querido

Stew: Estou falando sério

Adrienne: eu te amo muito

Stew: Bom. Divirta-se.

Há uma pequena fila do lado de fora da sala de concertos, e entro na fila atrás de um casal de mãos dadas. Eu penso em Stew, então deixo para lá. Tempo para Adrienne.

Eu preciso de uma cerveja.

O segurança mal olha minha identificação, então estou dentro. Não há fila no bar, então pego minha carteira dentro de minha bolsa e peço uma garrafa de cerveja Stella artois.

A multidão é uma mistura de idades. Definitivamente não sou a pessoa mais velha aqui, o que me faz sentir melhor. Muitos cabelos grisalhos, assim como os de Stew, mas ninguém está de terno. Muitos jeans apertados: olá, caras gostosos e tatuagens visíveis.

Eu deslizo do bar, então saio do caminho do bartender, mas o show ainda não começou, e não quero simplesmente passear aleatoriamente pela crescente multidão quando não tenho ninguém com quem falar. O bar é uma boa base para observar as pessoas.

Do outro lado da sala, um hipster de trinta e poucos anos me pega.

Eu sorrio e sinto um rubor se espalhando por minhas bochechas. Eu vou ter que contar a Stew sobre isso. Ele me provocará implacavelmente, mas vai ser bom saber que sua esposa chamou a atenção de um jovem.

A cerveja desce suavemente, e como não tenho preocupações nem um carro para dirigir, eu me viro e peço outra.

Quando volto para a multidão, o Hipster está de pé na minha frente.

—Oi. —Ele diz.

Ele é mais alto do que pensei no outro lado da sala. Quase tão alto quanto Stew. Mais magro, com quadril estreito e pés grandes.

Sim, notei seus pés. E as mãos. Sou casada, não morta.

—Posso te pagar uma bebida?

Levanto minha cerveja com um sorriso. —Já tenho uma, mas obrigada.

—Você está aqui sozinha?

Eu concordo. —Sim.

Seu olhar vai para onde minha mão esquerda segura a minha cerveja. Para a minha aliança de casamento. Oh Deus, eu vou precisar dizer a Stew o quanto isso é sacana. Quando ele ergue os olhos para o meu rosto, ainda estou sorrindo.

Ele lentamente passa por mim e se inclina no bar, acenando para o barman, que segura o dedo indicador. Um minuto. —Eu sou Fallon.

Isso é um nome verdadeiro? —Prazer em conhecê-lo. —Estendo a mão. —Adrienne.

—E o que você faz, Adrienne?

—Eu sou professora. —E uma mãe, motorista, esposa, fabricante de almoço, mantenedora da paz...

—A minha irmã acabou recentemente a faculdade de pedagogia.

—Ela ainda está na lista de espera? —Eu deslizo diretamente para o caminho profissional e falamos sobre como é difícil o mercado de trabalho até a chegada da cerveja.

Ele segura a garrafa. —Prazer em conhecê-la, Adrienne.

Eu toco minha garrafa contra a dele. —Você também.

—Talvez eu te veja depois do show.

Não, mas é um bom pensamento. —Talvez.

Eu o vejo desaparecer na multidão enquanto a atividade começa no palco. Um técnico atravessa, colocando uma última guitarra no lugar. Então o baterista sai, as luzes se apagam e a multidão grita.

No final da segunda música, deixo o bar e me junto à multidão. É quente e pegajoso, e agradeço a cerveja gelada. Pressiono a garrafa contra o meu pescoço, e o sujeito ao meu lado dá uma olhada rápida para a minha bebida.

Isto é divertido.

E as músicas estão totalmente me levando de volta no tempo.

Eu retiro meu celular para escrever para Stew, mas tenho sinal zero. Droga. No entanto, há uma mensagem dele. Eu simplesmente não posso responder.

Stew: Lembre-se, estou em Ottawa trabalhando.

O que? Isso é estranho. Por que ele pensaria que eu esqueceria?

Estou tentada a enviar uma resposta, lembre-se, eu estou vestindo uma camiseta apertada, mas com minha sorte, não chegaria até ser muito mais tarde e não faria sentido.

Em vez disso, guardo meu celular. Ok, chega de pensar em meu marido em outra cidade. Música, cerveja e diversão.

Por trás de mim, alguém me toca. Sob o toque da música, ouço uma desculpa, depois uma mão no meu quadril.

Opa, mãos fora, amigo.

Giro e a respiração fica presa na garganta. O cara mais gostoso que já vi está de pé na minha frente. O jeans escuro abraça suas coxas e uma camiseta preta com você só vive uma vez estampada nela, abraça seu peito amplo e seus bíceps. Ele é tão alto e grande e obviamente me analisa.

Minha pele aquece sob sua avaliação.

Ele está segurando uma cerveja e, enquanto olho para ele, ele toma um gole longo e lento. A maneira como sua boca fica um pouco molhada faz minhas coxas se apertarem. A maneira como seus olhos são uma mistura de calor fundido faz com que o resto de mim vire pó.

Lembro-me do que devo dizer. —Meu marido é um cara grande que pratica boxe com o primeiro ministro.

Ele ri e se inclina para eu poder ouvi-lo. —É mesmo? Por que ele não está aqui esta noite?

—Ele está... em Ottawa trabalhando.

—Que pena.

Oh Deus. O calor irradiando de seu corpo desliza sob minha pele e tenho redemoinhos na minha barriga. —Realmente uma pena. —Sussurro.

Ele se aproxima ainda mais. —Eu não entendi.

Eu hesito, então fico na ponta dos meus dedos dos pés e aperto minha mão contra seu peito. —Não importa. —Digo, levantando minha voz sobre a música.


CAPÍTULO 3

Stew

 

Deus, ela está radiante.

Há quanto tempo desde que fomos a um concerto juntos? Desde que ela tomou uma cerveja e ouviu música ao vivo, com meus braços envolta dela?

Não que chegamos a esse ponto ainda. Ainda estou seduzindo-a.

Ela gosta desse estranho, e meu coração bate um pouco ao lembrar que não compartilhamos nada assim há tempos.

Isso só me ocorreu ontem. Eu deveria ter planejado mais, mas foi isso. Isto tudo foi meu plano. Pegar um voo depois do trabalho e encontrá-la no show.

Vê-la ser paquerada foi um bônus inesperado. Adoro a forma como ela cora. Como se não tivesse ideia do quanto é bela.

Eu tiro seu cabelo grosso e escuro de seu ombro, deixando as pontas dos dedos vagarem ao longo da pele nua de seu pescoço. —Você gosta dessa banda? —Eu pergunto, já conhecendo a resposta. Eu quero vê-la se contorcer.

—Eu gosto! —Ela hesita. —Vi muitas vezes quando eu era mais jovem.

Todas às vezes comigo. —Sim?

Ela assente com a cabeça. —Eles são um dos meus favoritos.

—Meus também. —Eu aceno com a cabeça para o palco. —Eu amo essa música.

Ela se revira, e eu me inclino ao lado dela, meu braço frouxamente ao redor de sua cintura, minha mão no quadril. Ela não se afasta de mim.

O que está passando por sua mente? Até onde ela me deixará brincar assim? Eu tomo um longo gole de cerveja.

Contra a minha mão, seu quadril se move. Para cima e para baixo. Olho para ela quando começa a se mover com a música. Ela toma um gole de sua cerveja, então se move mais perto de mim, sua coxa esfregando contra a minha agora. Eu coloco meu dedo no cinto e afasto mais o meu pé, me preparando no caso de alguém bater em mim, protegendo-a da multidão.

É assim que apreciamos as próximas duas músicas, ela dançando ao meu lado, primeiro em meu braço, então se move mais na minha frente. Terminamos nossas bebidas, e as garrafas vazias são retiradas por um funcionário que passa. Eu coloco ambas as mãos na sua cintura agora, agarrando firme o seu corpo e baixando até a curva de seus quadris.

Eu latejo por ela. Estou pronto para arrastá-la de volta para o hotel agora.

Mas hoje sou um estranho. Ela não convidaria este homem para o quarto dela, não é?

Movo minhas mãos para seus braços, então para seus ombros. Abaixo minha cabeça e roço meus lábios contra sua orelha. —Quer outra bebida?

Ela balança a cabeça. —Eu não deveria.

—Você precisa chamar seu marido para dizer boa noite?

Ela estremece em meus braços. Leva um segundo para sacudir sua cabeça rapidamente. Não. —Não esta noite. —Ela inclina a cabeça para o lado, me mostrando seu perfil. —Ele está trabalhando até tarde.

—Ele faz muito isso?

Ela assente com a cabeça.

—Perigoso, ignorar uma bela esposa.

Ela morde o lábio. Oh, ela quer defendê-lo. Eu esfrego meu polegar em sua mandíbula. —Está tudo bem. —Murmuro em seu ouvido enquanto a música se acalma. —Vou manter seus segredos.

Seu peito sobe e desce, e como os outros homens aqui, não posso evitar, deslizo meu olhar sobre suas curvas. Mas, ao contrário desses desgraçados, eu sei o quanto é suave e doce a sombra entre seus peitos. Como a respiração dela se acelera quando circulo seu mamilo com a ponta do dedo, atiçando sua carne para ficar um pico duro antes de puxar e retorcer.

Ela fica tão molhada quando toco seus mamilos. Chorona e ofegante. Ela vai implorar pelo meu pau, se eu conseguir que ela se esforce o suficiente.

Ela finalmente se vira em minha direção, seus lábios se separam, seus olhos arregalados. —Eu sinto falta dele. —Ela sussurra, e quase desisto disso quando a banda toca a próxima música. —Esse é o meu segredo.

Eu acaricio meu polegar de um lado para o outro enquanto aceno com a cabeça. —Ok. —Eu balanço com ela, quase dançando. —Bem, você não está sozinha agora.

—Não. —Ela suspira.

Eu quero jogá-la por cima do meu ombro e tirá-la daqui, mas, em vez disso, viro as costas dela para o palco, e aproveitamos o resto do show, a necessidade zumbindo na minha corrente sanguínea.

Quando The Replacements toca sua última música, estamos com sede novamente. Eu a guio para o bar, minha mão na parte inferior de suas costas. Sobre a curva de seu traseiro enquanto passamos através da pressão da multidão, mas eu não tiro a mão de lá.

Eu não quero um estranho tateando o traseiro da minha esposa.

Não, a menos que ela o queira.

Pedimos duas garrafas de cerveja, então me viro para ela. —Grande camisa, por sinal.

Ela joga a cabeça para trás e ri. —Obrigada.

—Isso é engraçado?

—É uma longa história.

—Eu tenho a noite toda. —Eu a puxo contra meu corpo, mostrando-lhe o quanto estou duro. Quanto eu a quero. Quanto quero ser o que ela precisa hoje à noite. —Você está aqui por perto?

Ela sorri com conhecimento, uma brilhante transformação em seu belo rosto. —Muito tentador. —Ela diz, subindo e descendo a mão no meu peito. —Mas eu não conseguiria enganar meu marido.

Eu sorrio para ela. —Ele nunca saberia.

—Oh, ele saberia. —Ela lambeu os lábios. —Mesmo quando ele está ocupado, é observador. E eu nunca conseguiria manter um segredo desse tipo dele. Eu digo tudo a ele.

—De jeito nenhum.

Ela assente com a cabeça. —Sim. Vou falar sobre isso.

—E o que ele vai dizer?

Ela toma um gole de cerveja e dá de ombros. —Que você tem um bom gosto para mulheres.

—Ele confia em você. —É uma declaração, não uma pergunta. Eu confio, com todo o meu coração.

Um outro aceno de cabeça. —É claro que sim.

—E você confia nele, mesmo com todas aquelas noites até tarde no trabalho?

Seus olhos nublam. —Oh, não, nem vem. Não tente me enganar para duvidar dele. Você não conhece o meu marido tanto quanto eu.

Ha. Isso provavelmente é verdade. Às vezes, ela me vê melhor do que eu mesmo. —Você conhece?

Ela respira fundo. —Ele tem a chance de fazer algo enorme agora. Com o governo. Talvez seja a única chance de mudar literalmente o mundo. É tudo o que ele pode pensar, e... eu não posso reclamar disso. Eu o amo por isso. Você não entende? Eu o amo porquê...

Abaixo minha cerveja e pego seu rosto em minhas mãos. Minha incrível esposa. Eu não a mereço. Eu abaixo a minha boca na dela e dou tudo em nosso primeiro beijo na noite.

Primeiro, mas definitivamente não o último. —Você quer ficar para a próxima banda? —Pergunto, enquanto ela se aproxima mais.

—Não.

—Bom.

À medida que saímos pelas portas da frente, eu quase trombo em duas meninas. Elas provavelmente são adultas, por pouco, porque é um concerto para maiores de dezenove, mas praticamente... crianças. E eu quase as derrubo, porque elas estão em pé no meio do caminho brincando sobre a banda “retrô” que abriu para a sua banda favorita.

Eu derrapo.

Adrienne fica entre eu e as crianças e sussurra algo para mim, provavelmente para não fazer uma cena.

—The Replacements não são retrô. —Protesto.

—Isso importa?

—Elas estão erradas.

—Isto não é como ideologia política, querido. Elas estão autorizadas a pensarem o que quiserem sem ter que ouvir uma palestra.

—Eu não palestro para as pessoas sobre política.

—Eu sigo você no Twitter. Não minta para mim.

Eu a puxo para perto e a beijo. —Quero voltar a ser o estranho te seduzindo em uma noite apenas. Ele não é mal-humorado sobre política ou música.

—Ah. —Ela sussurra. —Mas eu não queria ter sexo sacana com ele no meu quarto de hotel. Só com você.

—Sacana?

—Obsceno.

—Me diga mais.


CAPÍTULO 4

ADRIENNE

Stew abre meu jeans antes de entrarmos no quarto de hotel. O pequeno corredor está vazio, mas ainda estou queimando com entorpecimento enquanto ele acaricia a pele nua de minha barriga acima da minha calcinha. —Querido, eu não posso pegar a chave do quarto se você me despir.

Ele espalma a minha nuca. —Deixe-me tentar.

Eu giro e pressiono o cartão em sua mão, então devolvo o favor, encontrando e pegando sua ereção através de seu jeans.

Ele não pode fazê-lo funcionar, também.

—Foda-se. —Ele rosna, e agarra a minha nuca, me segurando para um beijo antes de tentar novamente. —OK. Mãos quietas por um segundo.

—Isso é o que eu disse a você. —Eu indico.

—Você é irresistível. Não é minha culpa.

Minhas bochechas irão doer amanhã de tanto eu sorrir. Ele finalmente abre a porta, e nós tropeçamos para dentro. Ele me pressiona contra a porta do lado de dentro, e passa as mãos sobre a camiseta apertada como solicitado. —Isso parece tão bem em você.

—Obrigada.

—Agora tire. —Ele ajuda, um pouco, e logo a camiseta, meu jeans, minhas botas de salto alto, e a maioria de suas roupas também, estão espalhados ao nosso redor.

—Isto é o que aquele garoto queria fazer com você. —Ele murmura, enquanto trilha seus dedos em meus seios inchados, doloridos. —Ele queria te despir e te tocar por toda parte.

Meu marido está oficialmente louco. E adorável. Eu beijo a lateral de sua mandíbula. —Ele não estava seriamente tentando me pegar. Ele estava apenas sendo gentil.

—Eu vi. Em seus sapatos de metrossexual e seu corte de cabelo de garoto bonito. Eu o vi olhar de soslaio para a minha esposa.

Eu rio suavemente e o puxo mais perto, feliz de ter uma desculpa para deslizar as minhas mãos sobre o abdômen sólido de Stew. —Ele era um hipster, não um metrossexual.

—Como eu saberia a diferença? De repente, a música que escuto é retrô. Que porra é essa?

Eu rio mais ainda. —Você é como o oposto de um metrossexual. Você é um retrossexual.

Ele me dá um olhar severo que me faz tremer. —Você está zombando de mim por ser velho.

—Nããão. —Digo em uma má tentativa de ser solene, ganhando mais olhares severos. Afundo em seus braços e começo a nos mover por todo o quarto, tropeçando em seu jeans.

—Você tem a mesma idade que eu.

—Não realmente. —Eu rio, e isso lhe faz se encolher.

Sua expressão muda de brava para confusa. —Quantos anos você tem?

Isso me faz cair na gargalhada. Ele franze o cenho enquanto me persegue do outro lado da cama. —Essa foi uma pergunta séria. Eu não me lembro.

—Eu sei, querido. Eu sei. Eu sou dois anos mais jovem do que você.

Ele me prende na cama, pairando acima de mim. —Você parece dez anos mais jovem.

Eu solto meu pulso para que eu possa deslizar a palma da mão sobre seu traseiro muito firme. —De modo nenhum.

—Não me distraia com elogios sobre a minha bunda. Você me chamou de velho.

—Tecnicamente, as adolescentes no concerto chamaram sua música de retrô, que você interpretou no sentido de velha, e eu só transformei em uma coisa. #Retrossexual. #DILFsDeOttawa. #...

—O que é um dilf1?

—Eu realmente não vou te dizer

Ele envolve a sua mão em meu braço. —Eu vou te dar umas palmadas.

—Promessas, promessas.

Ele rola e me puxa para o seu colo. Ele preguiçosamente bate na minha bunda.

—Oh, vamos lá, ponha mais força nisso do que... ah!

A dor de uma palmada adequada sempre me deixa molhada. Também termina eficazmente todas as provocações, porque ele alterna cada golpe firme com um golpe preguiçoso, entre as minhas pernas. Depois de três palmadas, ele tira minha calcinha com uma eficiência áspera, e continua a bater em minha carne nua até que estou inchada e descaradamente esfregando meu monte contra sua coxa.

—O que dilf significa? —Ele pergunta novamente, sua voz áspera agora.

—Coroa que eu gostaria de foder. —Soletro sem fôlego.

Sua palma faz uma parada. —Você tem uma lista deles?

—Apenas um nome. —Eu me viro e fico de joelhos, montando seu colo. —Stewart.

Ele geme enquanto eu deslizo um dedo em sua trilha feliz.

Quando chego em sua boxer, deslizo meus dedos no cós. Ele cai para trás, apoiando-se nos cotovelos, e eu sussurro para ele levantar seus quadris antes de deslizar a boxer por suas coxas.

Rastejando de volta para o seu corpo, eu fixo os seus pulsos à cama, então me inclino e o beijo. Eu balanço meus quadris enquanto passo por sobre ele, meu clitóris deslizando sobre a ponta de sua ereção, apenas tocando-o.

Ele arqueia, mas não rápido o suficiente. Eu engulo seus gemidos enquanto subo nele, nunca perdendo o contato, mas também nunca dando a pressão que ele necessita.

É uma sensação inebriante ter o mais poderoso DILF da nação à minha mercê.

Mas eu o quero dentro de mim. Torturá-lo é me torturar, e isso não estava no menu para este fim de semana. Eu pressiono para baixo um pouco e deslizo em seu pênis para alguns toques, para saciar o apetite, então eu estou de volta a provocá-lo com meu clitóris.

Ele resmunga em protesto, e enquanto empurra para cima novamente, eu mexo com ele, quebrando o beijo.

—Você só está tornando isso mais difícil para si mesmo. —Eu provoco.

—Tenho certeza de que teria uma resposta espirituosa para você se meu pau tivesse deixado qualquer vestígio de sangue para a minha função cerebral.

—Não se preocupe. —Digo docemente. —Não é o seu cérebro que preciso funcionando no momento.

Eu mordisco sua orelha... seu pescoço... seu ombro.

Os tendões em seus pulsos flexionam enquanto suas mãos apertam em punhos, e ele geme enquanto faz uma tentativa frouxa de se libertar.

Sei que ele está no limite de seu autocontrole, porque eu também estou. No entanto, ele não tenta assumir o comando.

Este é o meu Stewart: deixando meus desejos e necessidades à frente de seu próprio o quanto ele puder. Porque por mais vezes do que ele gostaria, tem que colocar as necessidades do Primeiro Ministro e, por extensão, do país à frente de todos os outros.

Com pena de nós dois, eu relaxo sobre ele, aumentando a pressão enquanto deslizo para trás e para a frente, da raiz à ponta.

Eu tenho o desejo de descer por seu corpo e levá-lo em minha boca, me provar nele, e engoli-lo inteiro.

Mas não sou tão benevolente.

Não essa noite.

Hoje à noite, quero senti-lo profundamente dentro do meu corpo.

Eu deslizo de volta sobre seu pênis, e desta vez não posso levantar meus quadris até que a ponta dele esteja na minha entrada.

Eu sorrio para ele enquanto afundo e esfrego meus quadris um pouco.

Ao levantar, eu inclino para frente e o beijo, então bombeio meus quadris em golpes curtos e rápidos sobre a cabeça de seu pau. Quando os punhos apertam e seus pulsos tencionam contra meu agarre, eu mergulho fundo, levando-o tão profundamente quanto posso.

Estou perto e eu quero que ele esteja dentro de mim quando eu gozar.

Enquanto afundo, esfrego o meu clitóris contra ele. Subir, descer, esfregar. Stew empurra-se contra mim, adicionando mais uma deliciosa pressão exatamente onde eu mais preciso. Meu controle desliza enquanto ele se move ainda mais, conduzindo em mim agora. Nós dois estamos tão perto.

Então seus quadris empurram para cima e com força contra mim, os primeiros pulsos de seu orgasmo desencadeando o meu próprio.

E estou perdida.

Liberando os seus pulsos, eu desabo em seu peito.

Seu coração bate rápido e forte debaixo da minha orelha enquanto ele me envolve em seus braços e beija o topo da minha cabeça.

Eu não poderia pedir por uma noite mais perfeita. Ou um marido mais perfeito.


CAPÍTULO 5

Stew


Eu acordo antes do amanhecer. Adrienne está enrolada em mim, sua carne quente e gloriosamente nua encostada em mim.

Não ter nenhuma criança prestes a interromper é uma coisa boa.

Acordar tão cedo não é.

Eu jogo meu antebraço sobre meus olhos, desejando que não fosse da minha natureza agora levantar tão cedo. Então ouço meu telefone. Puta que pariu. Eu não tinha acabado de acordar só por rotina.

Praguejando baixinho, eu deslizo da cama, dobrando os cobertores de volta ao redor da minha esposa para aquecê-la enquanto acho o dispositivo causador do problema sob uma montanha de roupas amontoadas.

Quando o encontro, meu estômago afunda. É o primeiro-ministro. São seis da manhã aqui, mas ele voou para sua casa em Vancouver pelo fim de semana. São apenas três da madrugada lá.

—Você deveria estar dormindo. —Digo, quando atendo.

—Sim. Não posso. Então eu estava pensando. —Que novidade. —Como você se sente sobre...

Eu esfrego minha mão em meus olhos e pego o bloco de notas e caneta na mesa de cabeceira.

Levemente, lindos dedos finos deslizam em minha volta. Eu me viro e vejo que Adrienne acordou. Ela dá de ombros e me dá um sorriso triste. O que você pode fazer, diz a expressão dela. Vou fazer café, ela boceja, apontando para a máquina no canto.

Eu volto minha atenção para o PM e a atitude que ele quer para dois de seus ministros.

Até o momento em que fiz as três chamadas impostas pela ideia de Gavin, Adrienne está em sua segunda xícara. Mas ela ainda está nua, então estou contando isso como uma vitória. —Já tomou muito café para voltar a dormir? —Pergunto enquanto eu me junto a ela na cama.

—Provavelmente sim. —Ela sorri para mim. —Quanto tempo eu tenho com você?

—Todo o fim de semana. Vou de trem com você amanhã.

Ela não parece acreditar em mim.

Eu estremeço enquanto aponto para o telefone. —Não há promessas que não tocará repetidamente, mas não preciso voltar a Ottawa.

Ela ainda não está convencida.

Justo. Eu envolvo a minha mão em torno de sua perna, logo abaixo do joelho, e puxo. —Que tal nós apenas vermos como o dia passa? Eu não estou ocupado neste segundo, por exemplo. —Eu pressiono a perna para o lado e deslizo a palma da mão sobre sua coxa. —E estou morrendo de fome.

***

Depois de chupar Adrienne, nós seguimos para o chuveiro, e ela torna a me provocar.

Então nos vestimos e saímos. Adrienne insiste nisso, menina tola. Tenho certeza de que o romance pode ser completamente recapturado na cama, mas este é o seu fim de semana na cidade grande.

Ela tem um dia inteiro planejado, e apesar de interiormente desejar tirar proveito de nosso tempo livre dos filhos e do trabalho, eu também quero que ela faça exatamente o que ela queria fazer antes de eu aparecer.

Começamos com o café da manhã em uma cafeteria a poucos quarteirões de distância. E esse lugar parece exatamente o tipo de lugar onde o admirador de Adrienne da noite anterior iria, e eu lhe digo isso enquanto olhamos o menu.

A garçonete rapidamente aparece com café, em seguida, retorna para nos dizer os especiais. Ela nos dá alguns minutos, em seguida, volta quando abaixamos nossos menus na borda da mesa.

—Vocês já sabem o que vão querer? —Ela pergunta com um sorriso caloroso.

Eu peço ovos Benedict e Adrienne a fritada do dia.

—Vocês estão visitando pelo fim de semana? —A garçonete pergunta enquanto anota o nosso pedido no seu bloquinho.

—Algo assim. —Adrienne diz.

Eu sorrio para ela.

A garçonete aponta sua caneta para mim. —Você é... oh, Deus, isso é embaraçoso. Tipo, eu te reconheço, mas esqueci o seu nome. Mas você trabalha para o primeiro-ministro, certo?

Surpreso, eu me inclino na minha cadeira. —Isso mesmo.

Ela cora. —Eu sigo você no Twitter.

—Certo. Legal. —Eu não sei o que mais dizer. Esta é a primeira vez que fui reconhecido fora de uma convenção política ou entre os seis blocos em torno do Parlamento Hill. Eu limpo minha garganta e me estico para o outro lado da mesa para pegar a mão de Adrienne. —Esta é minha esposa, Adrienne. E eu sou Stew Rochard, aliás. Esse é o meu nome.

A garçonete geme e acena. —OK. Muito prazer em conhecê-los, e peço desculpa pelo esquecimento. —Ela balança seu bloco de pedidos no ar. —Eu só vou entregar seus pedidos e trazer o seu café.

Nós a observamos ir, então Adrienne me chuta por debaixo da mesa. —Agora quem está sendo paquerado hein? —Ela brinca, sorrindo para mim.

—O que? Não.

—Sim. Essa foi uma versão política-nerd do que aconteceu na noite passada.

Eu dou a minha esposa um longo olhar descrente e ela se inclina e ri. O meu telefone vibra, e eu o pego. É um e-mail que posso responder depois de comer, então eu deixo para lá.

—Pelo menos com Gavin lá no oeste, eu te tenho para mim pelo menos no café da manhã. —Ela diz suavemente.

Eu resmungo. Eu não gosto de sua viagem inesperada. Eu não gosto do que eu suspeito seja a razão por trás disso.

Adrienne não perde nenhuma reação minha, e sua expressão desliza para uma preocupada. —Algo que você pode falar?

—Na verdade não.

—Buuu. —Ela pisca para mim. Ela sabe exatamente como isso é, e realmente não se importa. Mas em algum ponto quando estivermos sozinhos vou dizer a ela que eu me preocupo que o primeiro-ministro está mergulhando de cabeça na luxúria com a nova estagiária, e que não tem como isso acabar bem.

—Você me faz extraordinariamente feliz, você sabe disso? —Eu aperto suas pernas com a minha debaixo da mesa. —E em momentos como este, eu sou grato pelo que temos. Eu juro que eu sei o quanto você está carregando a nossa família.

—Tão sério no café da manhã. —Ela murmura, mas não afasta o olhar.

—Eu sou sempre sério sobre você. Tenho sido desde o primeiro momento em que coloquei os olhos em você. —Ela era uma estudante do primeiro ano da universidade. Eu era um ano superior e tentava me mostrar. O grande homem no campus. Algo que era difícil com a minha língua pendurada da minha boca.

Ela me pegou desde o início. —Eu lembro.

Gosto da maneira como seus olhos se suavizam. —Bom.

A nossa comida chega em seguida, e nós curtimos, com uma segunda xícara de café antes de finalmente pagar a conta e ir dar uma volta.

Juro que Adrienne ficou desapontada por a garçonete não ter tentado me dar seu número enquanto saíamos. Eu pego a mão dela. —E agora o que?

Nós vamos para o Royal Ontario Museu para uma exposição temporária sobre tatuagens do mundo. Tatuagens: Ritual. Identidade. Obsessão. Arte. O folheto diz. Nós vagamos em silêncio no salão de exposições por uma hora, às vezes juntos e, por vezes, separados. Ela pega a minha mão enquanto subimos para ver ossos de dinossauros, e se inclina. —Lembra quando você queria fazer uma tatuagem?

—Na universidade?

Ela pisca para mim. —Sim.

Neste ponto eu percebo duas coisas importantes. Primeiro, minha esposa estava muito necessitada de um fim de semana, apenas nós dois. E em segundo lugar, lá no fundo ela ainda é aquela garota roqueira raivosa por quem eu me apaixonei. Não tão escondida agora.

Ela era mais Guns N' Roses do que à minha extensa coleção do Queen. Eu me apaixonei por suas camisas xadrez e botas, e mantive esse segredo para mim mesmo até depois que eu tinha enlouquecido por sua mente inteligente e boca sexy também.

—Eu tenho certeza que apenas disse isso para impressioná-la. —Eu enrolo uma mecha do seu cabelo em volta do meu dedo. —O que eu queria mesmo?

—Eu não me lembro. Provavelmente algo que você odeia agora.

—Nós mudamos muito daquela época, mas... —Eu a puxo para perto. —Isso é o mesmo. Será sempre o mesmo.

No meio da enorme escada do Royal Ontario Museu, eu beijo a minha esposa, e não é de maneira rápida ou discreta ou educada. A vida é muito curta para isso. Eu a beijo até ela ficar sem fôlego e corar.

E isso é exatamente o mesmo que costumava ser, também.


CAPÍTULO 6

ADRIENNE

Nosso check-out no hotel é ao meio-dia. Faltando dez minutos, nós saímos como adolescentes em um carro embaçado, sabendo que o toque de recolher está prestes a bater duro sobre nós.

Sendo duro a palavra certa.

—Que horas é o nosso trem? —Stew pergunta, sua voz áspera enquanto desliza sua coxa entre as minhas. Suas mãos estão por toda parte, deixando-me quente, distraída e trêmula da melhor maneira.

—Em uma hora. E acho que a arrumadeira vai entrar aqui e começar a limpar ao redor de nós, se não sairmos... —Mas eu não o afasto. Quero absorver cada momento de privacidade, também.

Passamos a maior parte de ontem fora, explorando a cidade e esse tipo de coisa que adulto faz. Voltamos para o quarto para dar uma rapidinha antes do jantar, em seguida, saímos novamente. Seu telefone tocou três vezes, e ele parou um monte de vezes para responder e-mails. Mas na maior parte, o trabalho esteve fora da vista e da mente. E quando ele não estava sendo arrastado para problemas urgentes, eu era o centro de seu dia e objeto de toda a sua atenção.

Ele definitivamente recarregou as minhas “baterias” em mais de uma maneira. Emocionalmente, sexualmente, ousadamente...

E agora temos de ir para casa, porque temos empregos, filhos e uma vida. Mas vamos para casa juntos, e isso é um presente também.

—Eu tive um incrível fim de semana. —Sussurro, roçando meus lábios em sua mandíbula.

—Eu quero prometer antecipadamente que faremos isso de novo. —Stew acaricia meu rosto, em seguida, levanta meu queixo com os nós dos dedos para que possa me beijar.

Eu me abro para ele, enrolando a língua contra a dele, encontrando seu ataque com fome. Vai demorar até que possamos fazer isso novamente. Mas isso é sobre mim, tanto quanto sobre ele. —Da próxima vez, vou convidá-lo. —Murmuro. —E talvez possamos fazer isso em Ottawa, também.

Ele aperta sua ereção contra mim. —Oh, nós vamos fazer isso em Ottawa. Esta noite.

—Não isso. Bem, sim, isso. Mas isso aqui, quero dizer. Podemos ter um quarto no Chateau Laurier. Você pode passar pelo Lounge de Zoe depois do trabalho e pegar a mamãe sexy no bar.

—A de camiseta apertada e botas.

—Ou isso.

—Eu amo você com o que quer que você vista, e onde quer que esteja.

Eu me aproximo mais e respiro o cheiro da sua pele. —Eu também te amo.

***

—EU TE ODEIO.

Stew sorri para mim enquanto o trem chocalha até Kingston. —O que?

Eu engulo em seco e tento ignorar os dedos ao longo da minha coxa. —Isto é uma tortura.

—Eu estou me divertindo.

—Eu aposto que sim. —Eu estico as pernas na minha frente, tentando ignorar como a minha calcinha está molhada. Em público.

Em um trem. Sem esperança nenhuma de tirá-la e exigir que meu marido termine o que começou... olho para o meu relógio. Outras duas horas.

Ótimo.

Parte de mim quer que o primeiro-ministro tenha uma outra ideia que precisa da entrada urgente do seu chefe de gabinete. Um telefonema ou um e-mail distrairia Stew de sua missão atual de me tocar, de leve e não tão levemente, inocente e não tão inocentemente, por todo o canto, tanto quanto pode.

Ele começou assim que saímos da Union Station e percebeu que nossos lugares eram privados o bastante para que ninguém pudesse realmente nos ver a não ser que passasse por nós. Então ele se virou para mim e deslizou as pontas dos dedos ao longo da minha clavícula antes de por meu cabelo para fora do caminho. —Você é linda. —Ele sussurrou contra a curva do meu ouvido.

Quente, né?

Tão quente.

Muito quente, realmente. Porque ele não parou. Quando paramos em Cobourg, eu estava quente e me mexendo no meu lugar. Belleville? Eu teria concordado em qualquer coisa equivalente a transar como no clube de alta milhagens.

Agora que estamos nos aproximando de Kingston e estou rastejando para fora da minha pele. Descobri, que você pode ficar muito excitado. Isso é um fato divertido que eu gostaria de nunca ter aprendido.

—Volte para o seu livro.

—Não.

Ele ri baixinho. —Por que não?

—Porque você continua lendo por cima do meu ombro e fazendo... —Eu abaixo a minha voz. —O que quer que o herói faz.

—Ele tem algumas grandes ideias.

Estou lendo um romance histórico. Há um duque que está seduzindo lentamente uma governanta. Stew se agarrou à ideia de que eu sou tipo uma governanta, como uma professora, e ele é, naturalmente, o duque libertino.

Ele certamente está bancando o safado com perfeição.

Eu abro meu livro e retomo a leitura.

O mesmo acontece com ele, e sua mão continua seu rastejar do meu joelho para... oh, Deus. Eu viro a página. Esta não é uma cena que vai acabar com um acidente conveniente, arruinando a chance do duque de conseguir algo.

Ao contrário da governanta, eu não estou vestindo saias volumosas que disfarçam dedos bobos.

Eu jogo o livro sobre o assento oposto. —Já chega.

—Você deveria ter usado uma saia... —Ele suspira. —Oportunidade perdida.

—Podemos terminar de ler essa cena juntos esta noite quando formos para a cama.

—Oh, leremos. —Ele envolve o braço em volta de mim e me puxa para perto. —Agora deixe-me te dizer uma história que acabei de pensar...

***

Pegamos um táxi da estação de trem para casa. Eu ainda não liguei para saber das crianças, porque estava distraída, mas a vida real nos pegará em breve, e uma grande parte de mim está ansiosa para ouvir como foi o fim de semana deles.

Outra parte de mim quer primeiro amarrar meu marido em nossa cama e ensinar-lhe o quanto a minha governanta interior pode ser mandona.

Depois de pagar o taxista, eu disparo uma deliberadamente vaga mensagem à minha irmã.

Adrienne: Como está tudo? Indo para casa.

Sandra: Hora de chegada? Os rapazes sentaram com sanduíches para assistir um filme.

Eu olho para o meu marido, destravando a porta da frente da nossa casa. A coisa certa a fazer aqui seria dizer a verdade.

Eu faço o oposto. E ainda parece bom.

Adrienne: Devo estar em casa em uma hora ou algo assim. Você quer que a gente vá buscá-los?

Sandra: Eu posso levá-los. Daqui uma hora e meia parece bom?

Parece perfeito.

—Quem era? —Stew pergunta enquanto apresso meu passo.

—Atualizações sobre as crianças. Temos noventa minutos para terminar o que você começou no trem.


CAPÍTULO 7

STEW

Eu sei que ela acha que precisamos nos apressar, mas assim que Adrienne fecha a porta da frente, eu pego a bolsa de sua mão e a coloco para baixo. Nós vamos fazer isso corretamente, e vamos lentamente.

—Agora Senhorita Adrienne, o que tanto lhe excitou?

Ela me dá um olhar incrédulo. Incrédulo, mas excitado. Suas bochechas estão coradas e seus olhos brilhantes. Minha esposa safada e deliciosa. —Eu não sou uma governanta inocente e você não é um duque libertino. Tire suas roupas.

Eu a ignoro e pressiono suas costas contra a parede, pairando sobre ela. —Eu amo o seu temperamento mandão.

Ela pega meu cinto. —Tudo bem, você pode deixar suas roupas.

Ha. Eu pego seus pulsos e puxo suas mãos para cima entre os nossos corpos. —Boa tentativa. —Eu beijo seus dedos. —Uma hora e meia, você disse?

Ela respira fundo, tomando fôlego e me dá um olhar suplicante. —Sim.

—Você acha que eu sou terrivelmente cruel? —Eu passo os nós dos dedos, beliscando enquanto ela se inclina para mim.

—Uh, sim.

Viro o pulso dela para que eu possa beijar a pele macia e exposta, no interior do seu braço. —Eu não posso evitar, você sabe. Você é bonita demais para não tocar. Para não provocar.

—Mas agora estamos sozinhos. —Ela sussurra, deslizando a mão do meu alcance e envolvendo os braços ao redor do meu pescoço. Eu deixo. Eu a deixo fazer o que quiser.

Quase tudo.

Ela não vai mandar agora. Eu pego seus pulsos e os empurro sobre sua cabeça, contra a parede. —Exatamente. Estamos sozinhos. E acordados. Não há filhos. Em nossa casa. Você quer saber por que eu não podia manter minhas mãos longe de você no trem? Porque eu sabia que apesar de todo o sexo incrível que tivemos neste fim de semana, quando eu estivesse com você em casa, eu começaria a fazer amor com você. Eu pensei que poderia ser hoje à noite, depois que você acabasse o papel de mãe, e eu queria ouvir você gemer durante toda a noite com a consciência do quanto eu quero você.

Algo brilha em seus olhos. Excitação, talvez, mas outra coisa também.

Eu me inclino para baixo e arrasto os meus lábios em sua mandíbula. —Nós não precisamos fugir da realidade. —Eu digo enquanto sinto seu cheiro. —Eu quero você tanto aqui, quanto queria lá.

Ela exala rapidamente. Alívio. Essa é a coisa que eu tinha visto em seus olhos, e pude sentir saindo de seu corpo agora enquanto ela pressiona contra mim. —Do mesmo jeito.

Eu a seguro lá, minha prisioneira relutante, enquanto traço meus dedos por seu corpo e a provoco sob a bainha de sua camisa. Ela é suave e deliciosa. Eu movo minha mão para trás de novo, desta vez sob o tecido, contra sua pele. Encontro o sutiã e cubro o seu seio com a palma da minha mão, não perco que o mamilo já está duro, uma protuberância que deve enviar choques de consciência para seu interior enquanto eu o esfrego.

Mais de vinte e cinco anos fazendo isso, e eu nunca vou me cansar desse olhar vidrado, a forma como ela fica suave e querendo mais enquanto eu a excito. Claro, eu brinquei com ela no trem, mas isso é outra coisa. Isto é preliminar com intenções. Muitas intenções.

Eu a observo se derreter para mim. Imagino o calor aumentando dentro dela, virando líquido de dentro para fora, e aumento meus toques. Mais firme, mais brusco. Eu belisco o mamilo agora, através do tecido do sutiã, e ela engasga.

Música para meus ouvidos.

Eu cubro sua boca com a minha, engolindo seus apelos desesperados por mais. Eu a beijo até uma necessidade primordial para levar minha esposa duramente, rapidamente e tão profundamente que ela não poderá andar por um tempo, isso está rolando nas minhas veias.

Afastando-me dela, eu agarro seus quadris e nos giro, apontando-a para as escadas. —Para cima.

Ela corre à minha frente e eu sigo, mais uma vez incapaz de manter minhas mãos longe dela.

No quarto, ela se move para fechar a porta atrás de nós.

—Deixe-a aberta. —Digo a ela, que me dá um olhar arregalado, incrédulo.

Eu não sei por que isso é importante, mas é.

Ela engole em seco, mas não diz nada. E não fecha a porta, também.

—Se eles chegarem em casa, a porta da frente está trancada. Vamos ouvi-los melhor assim.—Mentira. Eu gosto do elemento de perigo mais do que eu estou sendo um pai sensato no momento.

Seus olhos se iluminam, entendendo. Ela me vê no meu interior, minha esposa me conhece. Ela lambe os lábios. —Você gostaria se de repente eu fosse quieta, não é?

—Eu odiaria. —Rosno enquanto a empurro para a cama. —Porque isso implicaria que fomos interrompidos, e eu quero muito te ter completamente antes das crianças chegarem em casa.

Eu caio em cima dela, tomando cuidado para não ser muito pesado enquanto nos encaixamos. Ainda com muita roupa no meio. Eu puxo sua camisa para cima enquanto ela se atrapalha com o meu cinto. Nós rolamos para o lado em um emaranhado de pernas e roupas, até que estejamos ambos nus e eu estou entre suas coxas, meu pau projetando-se contra a sua barriga enquanto a beijo novamente.

Nunca beijos suficientes.

Nunca tempo suficiente.

Tanta coisa para dar em apenas quarenta e cinco horas. Tanto a dizer e palavras são definitivamente inadequadas.

Uma última tentativa de mostrar tudo o que ela significa para mim antes que esta janela de oportunidade, este tempo que foi um presente, se feche.

Ela enrola as pernas em volta de mim enquanto eu sigo pelo corpo dela, até que minhas mãos estão cheias com seus seios e meu rosto está enterrado no vale doce entre eles. Eu a acaricio ali, onde sua pele é sensível e eu sei que vai fazê-la estremecer. Então eu lambo meu caminho até o campo delicioso, arrepiando sua pele, saboreando cada centímetro de seus seios antes de apertar o mamilo.

Pronto para eu sugá-lo, provocantemente.

Pronto para eu engoli-lo, pulsando contra a minha língua enquanto chupo sua carne.

Minha esposa.

Ela alcança entre nós, e eu a deixo capturar minha ereção com seus dedos conhecedores. Ela está acabando comigo com uma familiaridade que enfraquece meus joelhos. Seu polegar rola sobre a cabeça sensível, queimando e inchando a ponta úmida. Eu fico ainda mais duro. Estou tão pronto, mas a quero pegando fogo antes de tomá-la. Eu a quero tão quente que eu possa ser áspero, que ela vai precisar que eu seja assim para ela.

E, em troca, ela pode me incendiar também. Consumir com seu calor e sua beleza. Vou empurrar dentro dela, que vai envolver-se em torno de mim, tomando cada centímetro.

Eu afundo minha cabeça no outro seio, amando esse mamilo com a minha boca, minha língua, dentes, até que ela está se contorcendo debaixo de mim, tentando nos unir.

Eu deslizo a minha mão sobre sua coxa, abrindo-a para o meu toque. Seus pelos estão lisos, de tanto que ela está molhada para mim, e no interior, está quente, macia e aderente enquanto eu lhe dou primeiro um, depois dois dedos.

—Agora. —Ela suspira, e eu não vou discutir com isso.

Mesmo depois de um fim de semana transando, a primeira estocada parece como se não houvesse nenhuma maneira de caber dentro dela. Sempre assim. Ela é perfeita para mim. Eu só preciso trabalhar por isso. Ela joga a cabeça para trás e geme de prazer pela intrusão. O som feliz de tesão só me deixa mais duro.

Ela se mexe debaixo de mim, revirando os quadris enquanto trabalhamos juntos para eu ir até o fundo. Cada pulso é úmido e quente, como línguas contra meu pau. Como se eu tivesse uma dúzia de Adriennes adorando meu pau, e como faço para manter o controle com uma imagem como essa?

Eu não posso. De jeito nenhum.

Eu a seguro firme enquanto martelo meus quadris, balançando nela. Que grita meu nome, então sussurra: —Mais uma vez, faça isso novamente.

Eu prendo suas mãos acima da cabeça, os dedos ligados. Tudo de mim pressionando contra toda ela enquanto empurro novamente. Sem chance de ser cuidadoso agora. Estou pesado, duro e exigente enquanto a levo até a borda, fazendo-a tremer e balançar por mim.

—Porra. —Isso é ao que fui reduzido, uma única palavra, uma maldição gutural.

Mas ela está lá comigo nessa neblina sexual. Eu sinto os lábios no meu pescoço, em seguida, sua língua.

A escuridão começa a envolver a minha visão enquanto eu bato dentro dela. Selvagemente, num cio desesperado. Eu posso senti-la me apertando, me agarrando por dentro e seus membros enrijecem também. Como se ela estivesse realmente subindo em direção a esse pico figurativo.

—Goza para mim. —Digo grosseiramente. A cabeceira batendo contra a parede e ambos tentando chegar até isso, empurrando contra a parede em uma tentativa desesperada para não acordar ninguém.

Oh, como estamos condicionados.

Mas estamos sozinhos.

Nós podemos fazer tanto barulho quanto quisermos. Eu alcanço entre nós e pego seu seio, o mamilo entre os dedos.

—Oh, sim! —Ela se esfrega contra mim enquanto eu me enterro dentro dela, me segurando ainda porque estou muito perto de explodir e isso não pode acontecer ainda... —Jesus, sim. Stew. Deus. Estou gozando!

Eu empurro de novo, me perdendo dentro de sua boceta.

Minha. Esposa. Porra.

—Eu te amo. —Digo, minha voz entrecortada enquanto passo meus braços em volta dela.

Ela me beija, sua respiração pesada e rápida. —Eu também. OK. Isso valeu a pena esperar.

E ainda temos tempo para compartilhar um banho.


CAPÍTULO 8

STEW

O retorno ao trabalho é uma volta brutal e implacável à realidade.

Gavin decidiu ficar em Vancouver durante toda a semana, o que me irrita porque o trabalho está acumulando. Estamos todos trabalhando mais já que seu dia de trabalho no oeste não termina até bem depois do anoitecer em Ottawa. Quando ele resolver as suas coisas e trouxer o seu traseiro de volta para cá, isso vai me fazer feliz. Até então, faço o melhor que posso.

Ellie está trabalhando como uma louca em uma estratégia em torno de doadores e captação de recursos. Eu gosto do que ela traz, e lhe digo isso. Ela conseguiu fazer muito sob restrições severas, porque não quero que ela dê qualquer indício da nova direção de Gavin aos militantes do partido planejando seu próximo evento.

Na sexta-feira, Gavin assina o plano, também e ainda melhor, decide voltar para a capital.

Finalmente.

O alívio que sinto é tão palpável, que tenho certeza que pode ser percebido em todo o país.

Envio a todo o escritório um e-mail ordenando-lhes irem para casa para suas famílias, amigos, plantas, companheiros de quarto, gatos.

Não me importa para onde eles vão, eu só não quero ninguém ficando até mais tarde.

Eu sei que eu não vou estar no trabalho depois das seis. Pode ser a última chance que qualquer um de nós terá por algumas semanas, ter um pouco de vida pessoal, e minha família, minha esposa especialmente, merece aproveitar essa oportunidade.

O meu dia inteiro é orientado para sair pela porta às 17:45.

Eu me viro para tentar sair às cinco.

Isso vai ter que ser bom o suficiente.

Quando chego em casa, os gêmeos estão andando de skate no beco sem saída no fim da nossa rua. Eu aceno para eles e entro, onde encontro o meu mais velho e minha esposa em um impasse silencioso na cozinha.

Dou a Adrienne um olhar perguntando: o que está acontecendo?

Ela simplesmente dá de ombros.

Eu respiro profundamente. —O que tem para o jantar?

Adrienne aponta para a geladeira. —Carne pronta para ir na grelha. As batatas estão quase prontas, também. E uma salada.

—Seu prato favorito. —Daniel diz sombriamente de trás de seu celular.

Sento-me no banco do balcão ao lado dele e tiro o dispositivo de suas mãos.

—Ei!

—Ei, o quê? —Eu mantenho a minha voz leve.

—Eu estava usando isso.

—Eu notei. Tudo o que você estava fazendo, pode esperar um minuto. Olhe para mim.

Ele leva um tempo, mas seus olhos finalmente se apertam para atender o meu olhar. — O quê?

Ele acha que vai ficar em apuros, quando na verdade, sou eu que preciso de um sermão. —Desculpe, eu tenho faltado a um monte de jantares.

Ele dá de ombros. —Tanto faz.

—Não. Não é o ideal. Mas também não é permanente, e eu apreciaria você não tornar a vida de sua mãe, muito mais difícil só porque estou sendo um idiota.

—Ok, quem quer pôr a mesa? —Adrienne chama, sua voz desnecessariamente alta.

Daniel dá um sorriso e pisca para mim. —Não diga idiota na frente da mãe, ela não gosta. —Ele sussurra.

—Certo. —Sussurro de volta. —Eu esqueci.

Ele pula de seu banquinho e abre a gaveta de talheres.

Adrienne espera até que ele pegue garfos para todos e se dirija à sala de jantar antes de sorrir para mim. —Conexão através de péssimo linguajar?

—O que funcionar. —Eu me levanto e me aproximo dela, abrindo o armário. Eu paro para lhe dar um beijo rápido. —Obrigado por ter fé em mim.

—Sempre. —Ela suspira. —Por que é tão fácil para você lidar com ele?

—Não é. Isso foi apenas um breve alívio. E ele força mais contra você porque ele sabe que pode. Porque sabe que você é a nossa rocha, e você não vai a lugar nenhum.

Seus olhos suavizam enquanto se inclina para mim. —Você não vai a lugar nenhum também.

—Eu preciso me esforçar mais para mostrar isso a eles. —Eu beijo o topo da cabeça dela. —Posso assar?

—Por favor.

—Dê-me cinco minutos para trocar essa roupa de trabalho.

Ela dá um tapinha na minha bunda. —Vá colocar o jeans apertado do último fim de semana. Dê-me uma emoção.

—Mãe! —Da porta, Daniel cobre seus olhos enquanto resmunga sobre como é nojento seus pais se tocarem.

Um retorno implacável da realidade, de fato.

Dou a Adrienne um leve beijo nos lábios. Eu não preferiria de nenhuma outra maneira.

 

 

                                                   Ainsley Booth & Sadie Haller         

 

 

 

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