Quando Shepard Black deixou o circuito de rodeio, ele pensou seus dias de cobiçar jovens cowboys tinham terminado. Agora proprietário da Fazenda Backbreaker, Shep cria touros ferozes como os que ele montava quando competia nos rodeios. Era um desafio, mas nunca imaginou que o filho de seu melhor amigo, Jeremy, seria um desafio maior ainda. Assistir as pernas longas de Jeremy agarradas ao redor dos touros dava a Shep muitas idéias de conforto. Até pior, Jeremy parece conhecer exatamente o quanto afeta seu chefe e professor.
Quando Jeremy pediu a Shep para treiná-lo para o próximo Rodeio de Cattle Valley, ele tem dois objetivos em mente. Passar um tempo com o homem que ele cobiça desde que ele era um adolescente e bater em seu pai. Tem sido um inferno para ele ser o filho do Campeão Nacional, e ele quer que seu pai tenha o gosto do próprio remédio. Ele poderia também ter um gosto do que ele anseia há tanto tempo.
Capítulo Um
“Hey, chefe. Quer assinar a aprovação da lista do gado para os dias do Rodeio?”
Shep olhou por acima dos óculos de leitura. Estava tratando de encontrar onde tinha cometido o maldito engano nos livros, e maldição se podia encontrá-lo. “Já reuniu todos na lista?“
Rance sorriu e acomodou o branco chapéu inclinando-o na metade da testa. “É no princípio de junho. Nós temos apenas um mês antes do rodeio.“
Shep olhou para o calendário de seu escritório. “Maldição. Como diabos se foi o tempo?“ Pegou a lista de Rance e a revisou. “Está bem. Tem certeza sobre o Tabasco Red?“
“Está preparado. Jeremy está trabalhando com ele.“
“Jeremy?“ Shep ficou de pé e pôs suas mãos em seus quadris. “Você está tratando de que me processem? Esse menino vai cair e quebrar o maldito pescoço.“ Uma imagem do magro menino de cabelo escuro, atirado na terra torcido e quebrado, causou lhe uma dor de estômago.
Rance riu e negou com a cabeça. “Você não prestou atenção suficiente ultimamente. Jeremy é o melhor cowboy de touros que temos.“
Shep entrecerrou os olhos e deu um falso grunhido.
“Bom, depois de ti.“ Rance rapidamente modificou seu descarado sorriso. “Ele não é um menino qualquer. Porque trabalha aqui em lugar de estar no circuito, é algo que nunca entenderei. Eu penso que com suas conexões teria seu próprio ingresso no circuito profissional.
Shep se recostou no respaldo e revisou a lista de Rance. “Ele tem suas razões, tenho certeza. A lista se vê bem.”
Rance assentiu e começou a caminhar saindo da casa oficina. “Rance,“ gritou ao vaqueiro.
Rance girou. “Bom trabalho.“ Shep disse, aprovando-o com um leve movimento de cabeça.
“Obrigado.“ Rance disse e continuou saindo do quarto.
Depois que seu capataz o deixou, Shep tratou de retornar aos livros, mas o pensamento em Jeremy seguia infiltrando-se em sua mente. Sempre pensou que Jeremy tinha decidido viver em Backbreaker por causa de sua orientação sexual. A vida pode ser muito dura quando é o filho do campeão do mundo. Ser o filho gay do mesmo homem pode ser intolerável dentro do circuito de cowboys profissionais de touros. Shep sabia isso muito bem. Tinha vivido anos de sua vida, sempre assustado de que um movimento errado ele fosse descoberto.
Tirou seus óculos e sentou-se a velha mesa do escritório. Ele foi obrigado a aposentar-se depois que o ‘Diabo’ o lançou e o pisou. Construir esse rancho parecia o mais lógico, para fazer nesse momento. Shep sorriu para si mesmo. Ao pensar que seus dias fossem ser de solidão.
Negou com a cabeça, pegou seus óculos uma vez mais. Ele amava ver os jovens e apertados vaqueiros nas excursões. Essa era sua esperança ao ser o chefe de seu próprio rancho, o fazia sentir como um menino em uma doceira. E tinha sido esse menino por vários anos ao menos. Ele discretamente tinha sido tolerante consigo mesmo entre as pernas abertas de um homem enquanto se filtrava dentro e fora de seus empregados. Até…
“Chefe!“ Rance gritou, entrando correndo em seu escritório. “Penso que deveria sair agora.”
Shep ficou de pé e caminhou para a porta de saída, antes que Rance tivesse oportunidade de lhe dizer o que estava mau. Em seu negócio, os segundos importavam. Uma lenta resposta pode significar a diferença entre a vida e a morte. “Que acontece?“ ele perguntou abrindo a porta da frente.
“Quando deixei seu escritório, eu percebi a caminhonete de Jeremy estacionada atrás. Fui ao barracão para ver como tinha sido sua viagem para ver seu pai, e o encontrei na cama.” Rance agarrou o braço de Shep detendo-o.
“Ele foi golpeado, chefe.” Rance indicou seu rosto. “Ele tem um corte em sua bochecha e penso que precisa levá-lo a cidade.”
“Merda.“ Shep disse zangado e se dirigiu ao barracão. Sentiu uma opressão em seu peito, quando abriu a porta do quarto que Jeremy compartilhava com o novo trabalhador Bo. Felizmente Bo estava fora no palheiro. Seria muito difícil para o bondoso menino não tratar de ajudar se tivesse estado presente.
Entrou no quarto e ficou sobre um de seus joelhos ao lado da cama de Jeremy.
Rance minimizou sua avaliação sobre Jeremy. Tinha estado em uma briga, os golpes se viam principalmente no lado esquerdo da cara de Jeremy que estava roxa e torcida, de onde se podia ver sob o pano ensangüentado. “Deixe-me ver isso.“ Shep ordenou quando alcançou a toalha.
“Estou bem.“ Jeremy murmurou. “Apenas abri a boca quando não devia fazê-lo.”
“Eu julgarei se isso está ou não está bem.“ Shep disse. Cobriu a mão de Jeremy com a sua e o obrigou a tirar o pano da cara. O corte em sua bochecha parecia seguir aberto e era de três centímetros de comprimento, mas parecia que ia necessitar pontos de sutura.
“Vou levar você ao médico. Pode vir voluntariamente ou vou ter que levar carregado como a um menino?“ Odiava falar assim a Jeremy, mas sabia que o menino era tão teimoso como seu pai. Deveria sabê-lo. Todd Lovell tinha sido seu melhor amigo pelos passados doze anos, e era o homem mais teimoso que tinha conhecido.
Jeremy o olhou e grunhiu. “Não sou um menino.”
“Então não atue como um, e leva seu traseiro à caminhonete.” Shep lhe ofereceu uma mão e voltou à vista para Rance. “Leva minha caminhonete à frente, agora.“
Seu capataz assentiu e se foi, foi quando Jeremy pegou a mão de Shep. Shep puxou brandamente ajudando-o a levantar-se. O movimento fez que o corpo de Jeremy se apoiasse contra o seu. Com uma difícil respiração, Shep deu um passou atrás. Não tinha por que ficar em ridículo diante de Jeremy, quem mais que ninguém estava fora de seus limites.
“Vou pegar uma toalha limpa.“ ele disse. Rapidamente caminhou pelo corredor até o banheiro. Quando retornou com a toalha molhada, Jeremy estava apoiado contra o marco da porta.
Girou uma vez mais ficando cara o cara com Jeremy. “Aqui.” Shep pegou o ensangüentado pano das mãos de Jeremy e o substituiu pelo limpo. O som da buzina indicou que Rance já havia trazido a caminhonete à porta. Apontou para o corredor. “Vamos.” Esperou que Jeremy começasse a caminhar para a porta para segui-lo a uma discreta distância.
Quando estavam na caminhonete e dirigindo-se à cidade, Shep limpou a garganta. “Vai me dizer quem te fez isso?“
“Não.“ Jeremy disse recusando-se a deixar de olhar para fora pela janela do passageiro.
Shep se perguntou se Jeremy abriu a boca com o vaqueiro equivocado. Uma coisa podia dizer de Jeremy, ele não se envergonhava de ter desejos sexuais por outro homem. Não era que atuasse orgulhoso o fato de que era gay, Jeremy apenas nunca tratou de escondê-lo. O mais provável é que isso lhe tivesse causado problemas. Shep podia pensar que o menino teria aprendido que por agora o circuito de rodeios não era um lugar para fazer encontros.
Recordou a primeira vez que conheceu Jeremy. Isso foi há cinco anos, estava compartilhando uma casa trailer, quando Todd seu melhor amigo, recebeu o telefonema de que sua ex-esposa tinha morrido em um acidente automobilístico. Todd tinha deixado imediatamente e tinha retornado três dias depois com Jeremy.
Jeremy Lovell de dezessete anos se mudou com eles. Imediatamente anunciou a seu pai que era gay e que sua mãe tinha conhecimento há dois anos. Quando os dias se converteram em semanas, Shep sabia que tinha que separar-se da companhia de seu melhor amigo ou iria ao cárcere. Jeremy era muita tentação para suportar.
Tinha pensado em Jeremy e seus inapropriados desejos pelo jovem, no dia que quase o mata ‘Diabo’ Uma parte dele estava aliviado de poder usar a lesão de seu joelho e quadril e o fim de sua carreira como desculpa para afastar-se de Jeremy.
O rancho cobriu suas necessidades durante os seguintes quatro anos, até que Jeremy apareceu em sua porta, com sua mala no ombro, e entregando a Shep uma nota de Todd que mudaria sua vida para sempre.
Shep,
Por favor, cuida de Jeremy por mim. Minha vida no circuito não é o certo para ele. Você de todas as pessoas sabe quão perigoso pode ser, para um homem abertamente gay. Tenho medo de encontrar a Jeremy morto detrás de um reboque. Eu não posso ficar sentado e não fazer nada para proteger a meu filho.
Se nossa amizade significou algo para você, te peço que lhe dê trabalho e um lar.
Seu amigo, Todd
Shep não teve opção, deu a bem vinda a Jeremy em seu rancho familiar. Sabia que devia permitir a Jeremy usar um dos quartos de hóspedes da grande casa do rancho, mas saber que estava aí era muito duro, tinha que pôr distância. O jovem viveria nos barracos com outros vaqueiros, apenas afastando-o, tinha conseguido cumprir sua promessa a Todd de proteger a Jeremy, inclusive de si mesmo.
Chegando à frente da clínica, Shep estacionou e ajudou a Jeremy a sair da caminhonete. Sam Browning os recebeu na entrada de emergências. “Sim. Parece que temos um desagradável corte.“ Sam disse guiando-os para dentro.
Sam deu a Shep um formulário e uma caneta. “Porque não preenche isto, enquanto levo Jeremy para dentro para suturar isso.”
“Necessito sua carteira.“ Shep disse a Jeremy.
Jeremy procurou em seu bolso traseiro e lhe deu uma maltratada carteira de couro. “O cartão do seguro está na frente.“ Jeremy disse, quando Sam o guiava ao quarto de exames.
Tomando assento Shep começou a preencher o formulário, nome, endereço, e tudo o que sabia da história médica de Jeremy. Abriu a carteira e encontrou o cartão do seguro. Depois de copiar a informação, deslizou o cartão em seu lugar designado.
Sorriu ante a óbvia pressão do preservativo através do suave couro. Ao menos tinha ensinado bem ao menino para que levasse proteção em todo momento. A dor que sentiu ao pensar que Jeremy fodia com algum vaqueiro desconhecido lhe surpreendeu.
Sabendo que não deveria, sua curiosidade foi maior e revisou o resto da carteira. Encontrou uma foto da mãe de Jeremy entre as dobras e a tirou. Quando o fez outra fotografia caiu ao piso a seus pés. A pegou e paralisou. Era uma foto dele com Jeremy de quatro anos atrás, quando o jovem fez dezoito anos.
Shep obrigou a seus dedos a trabalhar, e lentamente recuperou a fotografia. Recordava a fotografia porque tinha uma fotografia igual no álbum de fotos no rancho. Jeremy a tinha alterado, cortando seu pai da foto. Shep se perguntava se a tinha talhado para que coubesse na carteira. Sim. Tinha certeza que essa era a razão, embora se recusasse a perguntar por que estava seu rosto e não o de seu próprio pai na fotografia.
Rapidamente voltou a deixar a fotografia em seu escondido lugar, Shep terminou o resto do formulário. Com o formulário na mão, ele foi procurar ao Doutor e a Jeremy. E os encontrou no primeiro quarto de exames. “Há apenas umas perguntas médicas que não pude responder.“ ele disse.
“Está bem.“ Jeremy disse, sobressaltando-se quando Sam aplicou uma injeção diretamente na ferida.
Shep posicionou a caneta sobre a folha. Enquanto revisava a lista de perguntas, uma por uma e Jeremy respondia. “Fraturas de ossos?“ ele perguntou.
Quando Jeremy não respondeu em seguida, Shep levantou a vista da folha “Jeremy?“
“Um braço quebrado quando tinha quatorze.“ Jeremy realmente sorriu. “Caí do touro mecânico. E duas costelas quebradas há vários anos.”
Shep levantou a caneta do papel. “Como que quebrou duas costelas? Não recordo ter ouvido isso.” Sabia que devia ter sido um ano antes que Jeremy chegasse a viver com ele ao rancho.
“Briga.” Jeremy girou a cabeça.
Shep podia dizer que já não ia obter mais dele. “Está bem. Então me diga que fazia em um touro mecânico?“
“Treinamento.“ Jeremy murmurou “Eu era um menino ingênuo. Pensei que se eu aprendesse a montar touros, meu velho finalmente se interessaria por mim.” Jeremy riu. “mas isso não o fez feliz. Eu era um estúpido.”
Queria perguntar a Jeremy sobre sua resposta, mas decidiu que era melhor deixá-lo assim. Pressionar ao jovem a revelar algo era como dar de cabeça contra uma parede de tijolos. Shep decidiu deixar quieto o comentário, por enquanto.
Voltaria para a tarefa de volta a casa, Shep finalmente terminou o formulário com a ajuda de Jeremy, enquanto Sam o suturava. Bobamente esperava que o medicamento para a dor que o doutor lhe desse, afrouxasse a língua. Shep tinha certeza que poderia fazê-lo falar.
Capítulo Dois
Quando Shep levou Jeremy para casa e a seu barraco, estava escurecendo. Deu a Bo estritas instruções de que lhe contasse se a bochecha de Jeremy começasse a sangrar sob o curativo. Felizmente Bo sabia bem como levar o menino. O novo trabalhador não tinha ocultado que era portador de HIV, antes que Shep tivesse decidido contratá-lo. Mesmo assim o contratou, Shep não via nenhum problema com a condição médica de Bo, enquanto fosse cuidadoso.
Deu um rápido ‘Boa Noite’ aos vaqueiros e voltou à casa principal. Logo que entrou em seu escritório levantou o telefone. Sabia que o rodeio de Todd estava perto, essa foi a razão da viagem de Jeremy, mas ele não sabia se Todd sabia da aparente briga de seu filho.
“Olá.“ Todd arrastava as palavras um pouco.
“Está bêbado velho?“ Shep riu.
“Só um pouco.“ Todd respondeu.
“Bom, Eu espero que esteja celebrando algo e não que esteja afogando as mágoas.”
“Diabos, conhece-me melhor que isso. Claro que estou celebrando. Como está?“
“Bem.“ Shep disse. “Escuta, Jeremy retornou a casa com um feio corte na bochecha…“
“Eu não tenho nada que ver com isso.“ Todd disse, interrompendo a Shep.
Isso era estranho. “Não estou dizendo que você o fizesse. Eu apenas pensei em te chamar em caso de que soubesse onde tinha estado.” Algo não estava certo. “Você não sabe quem pôde tê-lo feito?“
“Não.“ Todd respondeu.
Shep podia sentir a ira aumentar em seu velho amigo. Não tinha certeza se era pelo álcool, ou se estava interrompendo a Todd com uma das garotas que sempre tinha pendurada ao seu redor. Independentemente, a falta de preocupação com seu próprio filho, tinha-o impactado.
“Me chame quando estiver sóbrio, “ Shep disse e desligou. Sabendo que Todd provavelmente voltaria a chamar para iniciar uma briga, Shep deixou fora do gancho o telefone do escritório.
Caminhando por volta do estábulo três dias depois, Shep chamou a atenção no pequeno curral. Uma multidão de vaqueiros estava reunida no que parecia a prova de um de seus touros.
Mudando de direção, ele caminhou para o levemente iluminado curral.
O que olhou quase detém o coração. Ali estava Jeremy em cima de Tabasco Red, começava a lançar-se ao redor da arena, igual a uma boneca de pano. Shep queria pular na arena e estrangulá-lo. Em lugar disso esperou os oito segundos.
Uma vez que Jeremy estava fora do caminho do perigo, ele soltou seu ataque. “Jeremy! No meu escritório, AGORA!“ Deu a meia volta e se dirigiu para sua casa. Seu coração bombeava a mil por minuto, quando Jeremy bateu no marco da porta.
Shep apontou uma das cadeiras do escritório. Ainda não tinha certeza de poder falar sem lhe gritar. Por três dias ele se assombrou de não ter revoado ao redor de Jeremy. Imaginava que quão último que o menino queria era ser super protegido por um velho machucado em rodeio.
“Fiz algo mal?“ Jeremy perguntou.
“Você me diga isso.” Shep tirou seu chapéu e o atirou no armário detrás dele. “Você continua tomando comprimidos para a dor?“
Jeremy negou com a cabeça. “Não desde a primeira noite.”
Isso ao menos era algo. “Em que pensava, para subir a um touro, com seu rosto que começa a sarar? Está tentando de que se abram os pontos? Porque é um maldito sortudo de que isso não acontecesse.”
Viu as costas de Jeremy esticar-se. “Sei o que estou fazendo em cima de um touro. Eu não sou um de seus novatos.”
“Você tem apenas vinte e dois fodidos anos.“ Shep gritou, sua pressão sangüínea voltou a elevar-se.
Jeremy pareceu retroceder ao ver a firmeza de Shep. Lentamente ficou sem seu chapéu sobre seu cabelo café escuro. “Vai me despedir por fazer meu trabalho?“
“Desde quando na descrição de seu trabalho está que se mate?“ Shep perguntou.
Jeremy olhou para o chão. “Desde que Rance me disse que me assegurasse que Red estivesse preparado para o rodeio.” Jeremy fechou seus olhos e negou com a cabeça. “Red não é o primeiro touro que provei. Possivelmente se você deixar de pensar em mim como em um menino, poderia ver o malditamente bom que sou em meu trabalho.”
Shep abriu a boca para dizer algo mais voltou a fechar. Teria Jeremy razão? Tinha que admitir que não tinha prestado muita atenção ao que Jeremy fazia no rancho. Tinha tomado toda sua força de vontade, inclusive estar ao menos a dois mil metros e não saltar sobre os ossos do magro vaqueiro. Deliberadamente evitava ver Jeremy por essa razão.
“Se não tiver nada mais, eu tenho trabalho e precisou retornar,” Jeremy disse. O jovem era bastante inteligente para esperar a que Shep o deixasse ir.
Finalmente assentiu. “Fique afastado do gado até que seu rosto sare completamente. Eu tenho certeza que Rance pode encontrar algo para fazer, enquanto isso.”
“Sim, Senhor.”
“Senhor? Desde quando você me chama de senhor?“ Shep perguntou. Odiava admiti-lo, mas lhe machucava que Jeremy lhe falasse como se fosse nada mais que seu chefe.
“Calculo que desde que cheguei a sua porta e você começou a me tratar como um estranho.”
Shep olhou duas coisas. A óbvia dor nos grandes olhos café de Jeremy, e a tensão em sua mandíbula que fechava seus dentes quase ao ponto de parti-los. “Está certo,“ Shep admitiu. “Eu não queria ter problemas com os outros trabalhadores por te dar um tratamento especial. Suponho que exagerei.” Ele não quis confessar a real razão de manter Jeremy longe de seus braços.
Jeremy começou a ir, mas se deteve. Ele não deu a volta, mas Shep pôde ouvir as palavras fortes e claras. “Você é tudo o que me resta.“ Jeremy disse antes de sair pela porta.
As suaves palavras lhe tiraram toda a ira que tivesse ficado a Shep. Deixou-se cair na cadeira e passou suas ásperas mãos por seu rosto. “Você é tudo o que me resta.“ ele disse as palavras em voz alta.
Que demônios tinha acontecido entre Todd e seu filho? Prometeu tirar um montão de obstáculos que tinha levantado e restabelecer com seu jovem trabalhador. Jovem. Essa era a palavra chave para Shep. Jeremy tinha dezessete anos, era um menor. Com vinte e dois anos poderia ser legal, mas ele ainda tinha muita aveia que semear,[1] e quando, ou se, Shep admitisse seus sentimentos, Jeremy o esperaria. Ele não tinha planos para compartilhar e nunca se perdoaria que alguém ao redor o fodia a suas costas.
Apenas esperava seguir na graça do jovem até que chegasse a ele tempo adequado. Shep se prometeu interessar-se mais nos talentos de Jeremy, dos que tanto falava seu capataz.
Olho o telefone frente a ele, três dias e ainda não falava com Todd. As palavras de Jeremy retornaram uma vez mais. Que é que Jeremy tentou me dizer, que não tem mais um pai?
Todd nunca tinha mostrado ter problemas com a orientação sexual de Shep, ao menos nenhuma que tivesse expressado. Seu velho amigo se sentiria diferente porque Jeremy era seu filho. Seria por isso que não se mostrava preocupado a respeito da lesão de seu filho?
Olhando o relógio, surpreendeu-se do rápido que se foi a manhã. Se ele não se movesse ia perder a comida. Sempre estava acostumado a fazer um sanduíche em sua própria cozinha. Mas comer com os meninos era preferível a comer sozinho.
Com uma ultima olhada ao telefone, Shep levantou seu chapéu e o pôs na cabeça. Certamente podia mostrar a Jeremy que ainda o cuidaria, sem importar o que lhe custasse.
Quando chegou ao barracão, sua testa já estava transpirando. Pendurou o chapéu no cabide ao lado da porta e secou a testa com o lenço que sempre levava no bolso traseiro.
Depois de sentar-se, alegrou-se ao ver entrar Jeremy e pendurar o chapéu ao lado do dele. Realmente sorriu quando o jovem tirou seu vermelho lenço do bolso e se secou a testa e o pescoço. “Ensinei-lhe bem.“ ele riu.
Jeremy levantou a cabeça. Evidentemente se deu conta da presença de Shep na longa mesa da cozinha. “Visitando os bairros baixos hoje?“ Jeremy perguntou tomando assento vários lugares longe de Shep.
Não disse nada da ceva de seu argumento, Shep simplesmente se deslizou até ficar ao lado de Jeremy. “Senti a necessidade de algo diferente que um sanduíche.”
Só o cozinheiro Frank estava na habitação. Tomando sua oportunidade, Shep apontou para o curativo na bochecha de Jeremy. “Revisou para que não se infecte?“
Jeremy assentiu, e encheu seu copo com chá gelado da jarra da mesa. “Se incomodaria se o vejo?“ Shep perguntou. Sabia que estava empurrando sua sorte, mas sem dor não há ganho.
Jeremy levantou o curativo e expôs a ferida que se curava. A pele ao redor da sutura ainda estava púrpura, Shep automaticamente fez uma careta de dor. “Vê-se doloroso. Tem certeza que não necessita de nada para a dor?“
“Tenho certeza.“ Jeremy disse. “As pílulas me faziam sentir-se muito cansado. Eu não posso trabalhar se as tomo.”
“Você trabalhou sem descanso todo o ano. Eu diria que pode tomar uns dias livres se os necessitar.”
O jovem vaqueiro negou com a cabeça. “Não, eu estou bem.“ ele disse jogando nervosamente com seus talheres.
Shep podia dizer que havia algo mais que Jeremy queria dizer. Cobriu a mão do jovem com a sua, silenciando o tinido da faca e o garfo. “Diga-me o que está pensando.”
Jeremy olhou para Shep brevemente, antes de baixar a vista para suas mãos. “Eu sou malditamente bom com os touros. Por isso que subi na manhã, antes de você me afastar…“
Deus, Jeremy se ouvia muito parecido a ele, em seus dias de juventude. Porque estava trabalhando em um rancho em lugar de competir pelo dinheiro do prêmio? “Eu não quero te afastar. Apenas você realmente precisa deixar que essa ferida sare primeiro.”
“Por quê? Lembro-me de ter te visto muitas vezes, retornar e subir ao touro. Embora estivesse machucado. Porque isto é diferente?“
Shep apertou ligeiramente a mão de Jeremy. “Porque eu era um estúpido e não havia ninguém que me quisesse o bastante para me deter.”
Jeremy girou a cabeça e olhou diretamente aos olhos de Shep. “Não tenho certeza de que escutei.”
Sorriu. “Provavelmente não o tivesse feito. Mas possivelmente se eu o tivesse feito, eu ainda estivesse montando.” Sua mão se foi automaticamente à cicatriz de seu joelho. Foi sortudo com sua lesão, só lhe doía quando o clima estava úmido. Shep conhecia outros vaqueiros que foram mortos ou malditamente perto de ficar inválidos, depois de ser lançados e pisados por um touro de trezentos quilos. As palavras começavam a cair em Jeremy. Tratava de dizer ao jovem que queria o suficiente para tentar de detê-lo que retornasse esse dia. Algo em seu peito mudou.
A porta se abriu e entraram quatro vaqueiros famintos. Shep liberou a mão de Jeremy e sorriu a seus empregados. “Bastante quente fora?“ ele perguntou com um sorriso.
Rance tirou seu chapéu e se sentou escarranchado na cadeira frente a Shep. “Jeremy me disse que tenho que lhe encontrar outra coisa que fazer por um tempo.”
Ia confirmar automaticamente a necessidade de um trabalho seguro, mas se deteve. Olhou Jeremy antes de voltar a ver Rance. “Não me incomoda se trabalha com os touros, mas ele não vai montar por uns dias mais. Se precisar provar um touro me chame.”
Rance abriu amplamente os olhos. “Sério? Eu nunca te vi subir em um touro em quase dois anos.”
Shep riu. “É como montar em bicicleta.”
Jeremy se moveu em seu assento “Alguns desses touros são bastante desagradáveis para dirigir, Shep.”
Por alguma razão o comentário golpeou o orgulho de Shep. Entrecerrou os olhos olhou fixamente ao jovem. “Você pode se sustentar?“
Viu como o pomo de Adão de Jeremy oscilava. “Sim.”
Shep assentiu com um profundo movimento de cabeça. “Nesta mesa há apenas uma pessoa que estava acostumado a montar profissionalmente.” Enquanto o dizia, Shep sabia que estava se vendo como um parvo presunçoso, mas maldição. Jeremy o via como um velho avariado, Diabos o menino era somente dezessete anos mais novo que ele.
Jeremy foi o primeiro em romper o contato visual. Ficou de pé e se separou da mesa. “Acredito que vou levar comida ao Bo no palheiro.”
Shep notou o olhar que Rance dava a Jeremy antes de assentir. “Acredito que está nos pastos do leste.”
Jeremy assentiu e saiu da cozinha. Voltou um momento depois com um pequeno contêiner na mão. Pegou seu chapéu do cabide, o pôs em sua cabeça. “Vou ganhar tempo. Sei que temos que marcar os animais de um ano, mais tarde.”
Logo que Jeremy saiu pela porta, cruzou a mesa e deu um murro no ombro a Shep. “Desde quando você mostra seus poderes com meninos?“
“Ele tem vinte e dois.“ Shep corrigiu a seu capataz “E eu não gosto da maneira que disse que era muito velho para montar.”
O formoso rosto de Rance estalou em um sorriso. “Então, assim como é?“
Maldição deveria saber que ele não podia esconder algo assim de seu capataz. Rance podia ler às pessoas melhor que qualquer que tivesse conhecido. Shep sabia que seu segredo tinha escapado, mas ao menos pegou um ano dar-se conta. “Se cale.“ disse, e lhe deu um golpe ao bondoso capataz.
Rance levantou as mãos em sinal de rendição. “Sua vontade, nenhuma palavra.”
Capítulo Três
Quando subiu a colina, Jeremy divisou o pó levantado pela cortadora. Parecia que Bo estava progredindo a bom ritmo. Sabia que para o fim de semana, o campo estaria embalado em apertados tubos de empacotamentos de feno.
Levou a caminhonete tão perto como pôde do trator e buzinou. Bo fez um gesto de reconhecê-lo e desligou a maquina antes de descer do velho John Deer[2].
“Comida.“ Jeremy gritou, levantando o contêiner.
Bo caminhou cruzando o campo, sorrindo. “Leu minha mente.”
Jeremy sob a tampa traseira da caminhonete sentou-se. Abriu o contêiner e pegou dois sanduíches, dando um a Bo quando se sentou a seu lado. “Há outro para ti também.”
“Obrigado.“ Bo disse, dando uma grande mordida. “Então… porque esta inesperada entrega? Não é que não a aprecie, mas você nunca havia me trazido a comida antes.”
Jeremy se encolheu de ombros. “Apenas precisava me afastar uns minutos.”
Bo assentiu e deu outra mordida. “Te afastar do rancho ou do chefe?“
“Eu não devia nunca ter te falado de meus sentimentos sobre Shep.” Vendo-o comer seu sanduíche, ele de repente perdeu o apetite. “Aqui, quer este?“ ele perguntou.
“Você precisa comer isso.“ Bo respondeu. “Além disso, se me lembro bem, você não me falou exatamente a respeito de Shep.”
Jeremy sentiu seu rosto quente. Não. Ele não tinha falado a seu companheiro de quarto a respeito de seus sentimentos. Teve a desagradável sorte de gritar o nome de Shep, quando uma noite estava se masturbando. Pensou que todo mundo tinha ido à cidade, mas Bo o surpreendeu quando entrou no quarto nesse exato momento.
Tratou de dar outra mordida a seu sanduíche de presunto e queijo, mas sentia serragem em sua garganta. “Não há maneira.“ ele disse colocando o sanduíche em uma pequena bolsa de plástico. “Me vê como um menino, sempre tem feito e sempre o fará.”
“Você pode se surpreender de saber a maneira em que te vê Shep.” Bo terminou sua comida e procurou uma lata de chá gelado e um segundo sanduíche.
“Porque diz isso?“
Bo se encolheu de ombros. “Apenas um pressentimento. Quero dizer, você tem que saber que é quente. Duvido que haja um vaqueiro em todo o rancho que não tenha pensado em meter-se dentro desses Wranglers[3] pegos a sua pele.
Ele não pôde evitar sorrir. “Sim, notei vários meninos revisando meu traseiro uma ou duas vezes, apenas não estou interessado em ninguém apenas em Shep.” Claro que tinha sido indulgente ocasionalmente a aceitar atividade sexual.
Entre os trailers de gado, enquanto vivia com seu pai, ele sabia que precisava aprender. A última coisa que queria é fazer o ridículo se alguma vez Shep permitia lhe mostrar quanto ele amava e o necessita. Ainda não era nenhum perito, mas tinha aprendido muitos truques dos vaqueiros de armário no circuito.
Sentindo-se um pouco melhor, tirou uma bolsa de batatinhas fritas. Ele e Bo comeram comodamente em silêncio, depois Bo arruinou isso.
“Alguma vez vai me dizer quem te embelezou?“
Sua coluna ficou tensa. Tinha sido ameaçado de não soltar uma palavra sobre o nome de seu atacante. Em silêncio, levava a carga durante tanto tempo…
“Só posso te dizer que eu nunca vou visitar meu pai de novo. Nunca.” Merda. Podia dizer pelo olhar fixo de Bo, que sabia exatamente que tinha acontecido. Jeremy se perguntava que tipo de ataque nuclear sofreria se seu velho descobrisse que tinha falado.
“Você não pode dizer nada a ninguém.“ Jeremy rapidamente adicionou.
Bo atirou a lata vazia na caixa da caminhonete. “Isso é foda.”
“Sim.“ Jeremy adicionou.
“Porque o fez?“ Bo perguntou.
Jeremy podia ver as cordas dos músculos dos braços de Bo flexionar-se dando rédea solta à ira. “Disse-lhe que eu pensava entrar no rodeio de Cattle Valley.”
Bo saltou da porta da caminhonete e se colocou frente a Jeremy. “Que? Golpeou-te porque quer competir no maldito rodeio? Não sabe que é bom nisso?“
Jeremy riu. “Sim, sabe. Esse é o problema.”
Seu amigo começou a caminhar adiante e atrás do feno. “Não o entendo.“ Bo finalmente disse.
Nem ele tampouco. Tinha tratado de compreender seu pai por anos. Tinha passado sua infância procurando a esse homem. Diabos, tinha trabalhado duro tratando de aprender a montar touros só para agradar a seu afastado pai.
“Quando eu tinha vinte anos, eu entrei em uma competição, sem dizer a meu pai. Por anos eu tinha praticado a suas costas. Eu queria esperar até ser o suficientemente bom para falar com respeito. Eu estive economizando para pagar minha inscrição e pensei que seria uma boa surpresa para ele. Eu queria que soubesse que eu queria me parecer com ele.” Jeremy deteve a lembrança que esse dia não lhe trouxe nada mais que dor de cabeça.
Encolheu os ombros. “De qualquer maneira foi ultima competição em que eu entrei.”
Bo não disse nada por um momento. “Bom, eu sei que você é malditamente bom. Vi-o com meus próprios olhos, então posso calcular que foi muito bem para que se dirigisse ao campeão do mundo Todd Lovell.”
“Algo, parecido a isso.” Jeremy tirou a outra lata de chá gelado e a deu a Bo antes de guardar os contêineres. Saltar da porta da caminhonete e fechá-la. “Melhor voltar a trabalhar.”
Bo abraçou Jeremy. “Se você perguntar a Shep, ele te ajudaria a vencer a competição.”
Jeremy negou com a cabeça. “Isso, não vale a pena, seria perder meu pai completamente.” Apesar de tudo, seguia amando seu pai. Podia não ter muito respeito pelo homem ou inclusive parecer-se com ele, mas seguia sendo sua única real família.
“Parece-me, que seu pai tem feito tudo isto para seu próprio benefício. Possivelmente é tempo de que você pare sobre seus próprios pés.”
Jeremy pensou a respeito do que Bo lhe disse todo o caminho de volta ao rancho. Que faria seu pai se participava? Seu dedo se foi ao curativo do rosto.
“Me faça um favor e leva isto a Shep,“ Rance disse dando a Jeremy o filme dos touros e vacas de um ano.
“Por que eu?“ Jeremy perguntou. Ele não tinha visto o Shep desde que saiu do barraco ao meio-dia.
“Bom, número um, por que eu sou seu chefe e lhe peço isso. E número dois, por que eu vou à cidade me reunir com o comitê de celebração.”
Olhou o filme na mão de Rance e finalmente o pegou. Jeremy olhou para baixo a si mesmo. “Se importa se primeiro tomo um banho? Suponho que cheiro mais a merda de vaca e pó que a minha própria pele.”
Rance sorriu. “Como quiser menino lindo. Apenas se assegure que Shep tenha isto.”
Jeremy tomou um banho rápido e vestiu uns jeans limpos e uma camiseta sem mangas branca. Isso é quente, esteve tentado a vestir uns shorts, mas se refreou. Um real vaqueiro não usa shorts. Renunciou a suas botas e pôs um par de sandálias.
Pegando o filme do canto de sua cômoda, passou por Bo no corredor. “Retorno em um momento se quer jogar cartas.“ Jeremy disse.
“Sonha bem.“ Bo respondeu. “Aonde vai?“
Levantou a fita. “Rance me pediu que entregasse isto a Shep.”
“Pergunte se quer te treinar enquanto estiver lá.“ Bo disse enquanto seguia caminhando saindo de seu quarto.
Jeremy tinha pensando toda a tarde a respeito disso. Poderia Shep ajudá-lo? Possivelmente seria uma boa maneira de passar tempo com o propósito de seus desejos. Quando chegou à porta, ele tinha se decidido. Havia algo que era mais importante que levantar o ego de um homem mais velho.
A porta se abriu e Shep estava de pé frente a ele com apenas jeans. O coração de Jeremy começou a acelerar-se em seu peito. Tinha passado muito tempo desde a última vez que tinha visto Shep sem camisa. A parte de uma pequena quantidade de pêlos brancos misturado em seu usual cabelo negro no peito parecia o mesmo. O corpo de Shep ainda se via duro e esculpido como a primeira vez que pôs seus olhos nele.
Shep limpou sua garganta, e o olhar de Jeremy seguia aproximando-se dos olhos mais azuis que tinha visto. Envergonhado que seu chefe apanhasse seu olhar de amor. Levantou o filme.
“Rance pediu que me entregasse isto.“ Shep disse e pegou o filme. Seus dedos o tocaram, ou era apenas sua imaginação, Shep pegou uns segundos extras para retirar o objeto de suas mãos.
Antes que Shep pudesse fechar a porta Jeremy falou. “Eu me perguntava se tem alguns minutos? Eu gostaria de falar a respeito de algo.” Não tinha certeza se o movimento em seu estômago era de nervos, o mais provável, estando tão perto de um quase nu Shep.
“Claro.“ Shep disse, dando um passou atrás e assinalando ao interior da casa.
Jeremy entrou e Shep fechou a porta. “Deveríamos ir ao escritório, ou pode ficar e tomar uma cerveja comigo na cozinha.“
“Cerveja parece bem.” Possivelmente assim pudesse acalmar seus nervos. Seguiu o traseiro revestido de jeans de Shep até a cozinha. Senhor tenha misericórdia, o homem tem um traseiro lindo. Quando Shep se inclinou no refrigerador, Jeremy teve que fazer uso de toda sua resistência para não gemer. Quase é apanhado quando Shep girou.
“Fique a vontade.” Shep girou uma das cadeiras e se sentou escarranchado. A boca de Jeremy se encheu d’água da maneira em que os fortes músculos dos braços de Shep descansavam no respaldo da cadeira.
Estava fodidamente duro, ele rapidamente se sentou. Apenas esperava que Shep não tivesse notado sua reação antes de escondê-la sob a mesa. Depois de abrir a lata de cerveja e dar um grande gole, acalmando seus nervos.
“Quero entrar no rodeio de Cattle Valley, e quero que me ajude a ganhar.“ ele finalmente disse abruptamente.
Shep olhou surpreso ao princípio, mas rapidamente entrecerrou os olhos. “Você alguma vez competiu?“
“Uma vez.“ Jeremy admitiu.
“E como foi?“
Jeremy se encolheu de ombros. “Eu apenas fiz a primeira volta, fiz em oito segundos e obtive um maldito bom resultado.”
Shep inclinou a cabeça a um lado e pareceu estudar a Jeremy. “Porque somente uma volta?“
Ele não ia confessar o que realmente aconteceu esse dia. “Tive uma briga e quebrei duas costelas antes da segunda volta.”
Shep finalmente sorriu. “Sentiu-se um pouco mais atrevido e saiu a disparar fora?“
Jeremy sentiu um nó em seu estômago. “Um pouco parecido a isso.”
Shep acabou sua cerveja. “Porque me pede isso e não a seu pai? É muito melhor que eu.
“Porque eu não quero que ele saiba.“ Jeremy respondeu. “Por favor, me diga que não descobrirá meu segredo.”
Sorrindo, Shep negou com a cabeça e foi pegar outra cerveja do refrigerador. “Eu não vou dizer uma palavra. É sua surpresa.” Levantou uma nova lata. “Está preparado para outra?
Jeremy levantou sua lata meio vazia tomou toda. “Claro.” Ele não costumava beber, Disse a si mesmo que apenas mais uma. Honestamente, ele não deveria inclusive aceitar a primeira. Tinha estado tão dolorido, depois de trabalhar com os animais de um ano. Que tomou uma das pílulas para a dor. Ainda assim ele não podia rechaçar a cerveja. Era a primeira vez em muito tempo que tinha tido uma conversação agradável com Shep.
“Se está bem com isso, poderíamos ver meus velhos filmes montando. Eu poderia te dar possivelmente alguns truques que eu aprendi durante minha profissão.“ Shep ofereceu.
Jeremy sorriu e assentiu. “Eu gostaria disso.”
Eles se foram ao estudo e Jeremy pegou assento em uma profunda poltrona de couro. Shep retornou com uma velha fita VHS procurando a vídeo cassete no escritório a colocou e ligou. “Já volto.”
Shep saiu só um momento retornando com duas cervejas mais. “Desta maneira não temos que nos levantar na metade.”
Jeremy deixou a lata na mesa diante dele. Sentou-se para ver os lances das melhores montarias de Shep. Shep poderia dizer que Todd era melhor cavaleiro, mas Shep era todo um espetáculo. Jeremy via a diferença nos estilos de baixar-se. Pensava como haveria se sentido seu pai ao ver que seu amigo era melhor nisso.
“Se você não tivesse se ferido você seria campeão agora.“ Jeremy comentou.
Quando ele não obteve reação de Shep ele ficou olhando o homem sentado ao seu lado. Shep tinha um olhar distraído em seu rosto. “Shep?“
“Isso era o que eu pretendia.“ Shep finalmente disse.
“Você e meu pai brigavam muito naquele tempo?“ Sabia que essa pergunta não tinha nada que ver com seus negócios, mas precisava saber. Como era seu pai com todos os competidores ou só com seu filho.
Shep esvaziou sua cerveja e abriu outra lata. “Nós tínhamos desacordos. Principalmente porque eu era gay. Seu pai nunca o disse, mas suponho que se preocupava que seu filho abertamente gay, vivesse no mesmo pequeno trailer com um homem gay embutido.”
Huh? “Você alguma vez saiu em circuito? Porque eu não recordo isso. Você sempre foi aberto em casa, sobre que preferia a companhia masculina.”
“Só que não o dizia. Diabos, ainda sigo sem dizê-lo. Há um montão de homens gay no rodeio, mas muito poucos têm as bolas para admiti-lo.”
“E você não tinha as bolas? Eu encontro difícil de acreditar.” Jeremy olhou diretamente para o vulto nos apertados jeans de Shep. OH sei, Shep definitivamente tinha bolas.
“Isso é pelo que seu pai e eu brigávamos. Disse que eu não podia compartilhar o quarto com ninguém, nem sair com outros cowboys. Ele não queria que as pessoas pensassem que eu era um marica.” Shep passou sua mão por seu cabelo sal e pimenta[4]. “Eu cuidava da minha amizade com ele, então não sai, mantive minha atividade com estranhos em becos escuros e quartos de motel.”
Da maneira que disse a Jeremy pareceu que Shep sentia um sabor amargo em sua boca.
Perguntava-se por que se adaptou a isso por conservar uma amizade tanto tempo.
“Estava apaixonado por meu pai?“ ele perguntou.
“Não.” Shep negou com a cabeça veementemente. “Todd definitivamente não era meu tipo.”
Jeremy finalmente abriu a seguinte cerveja. “Quem é, ou foi exatamente seu tipo?“
Shep começou a dizer algo, mas fechou a boca. “Meus negócios.”
Ele queria fazer Shep ver que estava errado. “Bastante justo. Sinto muito, se perguntei.”
Ambos se giraram para ver a televisão. Não disseram muito depois disso, mas ocasionalmente Shep lhe assinalava uma particular posição da mão.
Depois da terceira cerveja, os olhos de Jeremy se sentiam pesados. O que seguinte soube era que Shep estava ao lado dele na poltrona, com sua mão em seu peito.
“Acorda dorminhoco.”
Jeremy abriu os olhos e olhou os profundos olhos azuis de Shep. “Sinto muito. Adormeci.“
“Não se desculpe.“ Shep riu e limpou a garganta. “Você sempre teve a tendência a dormir frente à televisão.” Apontou para as escadas. “Se você quiser tenho quartos separados acima das escadas.”
Pensar em dormir a um corredor de distância de Shep endureceu seu pênis. Não havia maneira de que pudesse comportar-se bem, especialmente não com a cerveja e o comprimido de dor combinados. Negou com a cabeça e se sentou. “Estou bem. Não quero que Bo faça uma idéia equivocada.”
Viu a mandíbula de Shep esticar-se. “Você tem algo com ele? Eu te disse, quando o adicionei a seu quarto que ele é HIV positivo.”
Jeremy olhou para a mão de Shep, que ainda pressionava seu peito. “Não. Bo e eu apenas somos amigos. É mais por sua reputação como um duro chefe no que estava pensando.”
Shep olhou para sua mão e imediatamente retirou e ficou de pé. “Sinto, não é meu assunto.”
Jeremy ficou de pé e sua camiseta que estava toda para cima. “Pode me ajudar com o treinamento?“
“Sim. Se você aceitar fazê-lo a minha maneira.
Jeremy assentiu, aceitando o acordo.
“Bom começaremos a treinar todas as noites durante duas horas depois do jantar.” Shep colocou suas mãos nos bolsos da frente de seus jeans.
“Esta bem, Obrigado.” Jeremy caminhou para a porta da frente. “Foi uma noite agradável. Obrigado pela cerveja.”
“É bem vindo. Vemo-nos depois.”
Jeremy caminhou para o barracão mais confuso ainda. Zangou-se Shep porque dormiu? Parecia diferente quando despertou.
Capítulo Quatro
Na manhã seguinte Shep estava de péssimo humor. Quase não tinha podido dormir e seu pênis estava vivo. A pele de Jeremy tinha enfeitiçado seu sonho. Várias vezes na noite e uma antes de dormir se masturbou recordando o suave pedaço de pele que se expôs quando a camiseta do jovem se levantou durante seu sono.
Eles estavam assistindo a fita, quando Shep girou a dizer algo a Jeremy e encontrou ao outro homem dormido, caindo bruscamente a um lado do sofá. Sorriu e se levantou para tratar de olhar tudo o que podia dessa formosa pele bronzeada pelo sol que o hipnotizava.
O seguinte que soube é que estava sentado no sofá, quadril com quadril com Jeremy. Tão formoso que era Jeremy quando estava acordado, estando dormindo era ainda mais. Essas longas e negras pestanas desdobrando-se sobre suas bochechas, era quase um estilo feminino. Shep desejava passar sua língua pelo magro lábio superior e pelo mais grosso lábio inferior de Jeremy. Inclusive queria explorar o interior e saborear ao homem de suas fantasias por anos.
Quando terminou sua aveia, pensar em Jeremy tinha ficado duro uma vez mais. Maldição. Tinha que fazer algo a respeito dessa situação. Não era possível que pudesse trabalhar tão perto do jovem com uma ereção entre seus jeans todo tempo.
Um toque na porta de vidro o fez saltar. “Entre.“ ele disse bruscamente.
Rance apenas pôs a cabeça pela porta. “Eu queria saber se lhe deram o filme.”
“Sim, deram-me isso. Embora não tive oportunidade de vê-la. Algum prospecto no grupo?“ Falar com Rance de negócios começou a desinflar seu pênis “Entre e toma uma xícara de café.”
Rance entrou na cozinha e foi à prateleira para pegar a xícara de sempre. “Há dois que mostra sinais de estar malditamente bem para o gado de rodeio, eu acredito que podemos trabalhar com eles de novo, em algum momento. Um par mais que eu não quero escolher dos prospectos da lista. Dê-me outros seis meses e tratar de novo com uma parte.”
Shep assentiu e tomou um gole de café. “Confiou em seu julgamento.”
“Obrigado.“ Rance disse. Não estava sentado ante a mesa de Shep, em lugar disso tinha escolhido apoiar-se contra o balcão. “Jeremy mencionou que você vai trabalhar com ele depois do jantar.”
“Sim. Se ele quer ganhar, precisa trabalhar duro para conseguir estar preparado a tempo.”
“Que touro quer que te prepare?“
“Nenhum por agora. Eu vou fazer que comece pelo princípio e use o velho touro mecânico que esta no estábulo.”
Rance levantou suas negras sobrancelhas. “Eu não sabia que essa coisa funcionava.”
“Não o faz. Esse é meu projeto do dia. Apenas necessita um motor, mas eu posso ir ao Sheridan antes do almoço.”
Rance sorriu e negou com a cabeça. “Ele não vai gostar disso.”
“E a mim não preocupa. Até que não veja seu nível por mim mesmo, ele não vai subir num touro de trezentos ou quatrocentos quilos. Além disso, é muito mais fácil ensinar quando você realmente está ao lado do cavaleiro e lhe ajuda a posicionar os braços.”
“Mmm humm. Apenas te assegure de estar interessado na posição dos braços de Jeremy.”
“Te cale.“ Shep grunhiu. Maldição. Rance ia fazer de seu maldito dia uma merda, agora que tinha descoberto seus sentimentos por Jeremy.
Terminando com seu café, Rance lavou sua xícara e a colocou no armário. “Você sabe mais sobre o negócio do rodeio que eu. Vou deixar que seja o professor.“ Rance disse com uma falsa reverência.
Rindo, Shep lançou seu guardanapo ao capataz. “Saia daqui e encontre algo em que trabalhar.”
“Já vou.” Rance deixou a porta fechada atrás dele, rindo e continuou brincando. “Eu me assegurarei que o resto dos trabalhadores se afastem do estábulo, enquanto você e Jeremy treinam.” Rance deu grandes passos, rindo consigo mesmo.
Shep negou com a cabeça, mas não pôde evitar que um pequeno sorriso lhe escapasse. “Tolo.”
“Foda. Você não está me escutando?“ Shep gritou fora toda sua frustração com suas mãos em seus quadris.
“Sinto muito.“ Jeremy gritou. “De onde eu estou sentado se vê justo como me mostrou isso.”
Shep moveu sua cabeça e se deslizou detrás de Jeremy no envelhecido touro mecânico. Levantou o braço de Jeremy e o estirou para trás na precisa posição que estava tratando de explicar por quinze minutos. “Vê? Você sente a diferença?“
De repente notou que tinha a Jeremy em seus braços. Merda. Possivelmente deveria primeiro pensar melhor as coisas. A única coisa que ele levava para deter sua ereção era seus jeans. Que estava contra o traseiro de Jeremy, não havia forma de que pudesse esconder sua atração pelo jovem.
Shep liberou o braço de Jeremy e começou a desmontar. Antes que pudesse deslizar-se para baixo, Jeremy passou sua mão pelo cabelo de Shep. Isso foi suficiente para que o pênis de Shep endurecesse ainda mais. Rapidamente desceu do touro e lhe deu as costas.
Nenhum deles falou por um momento. Finalmente, Shep encontrou sua voz. “Sentiu a diferença na posição?“
Jeremy olhou fixamente e assentiu lentamente.
“Bom. Essa é a posição do dinheiro. Se a mantiver correta tem o êxito garantido.”
Caminhando para os controles, Shep pôs sua mão na alavanca. “Preparado para tentá-lo de novo?“
Quando Jeremy inclinou a cabeça, Shep ligou o touro mecânico através de um passo firme. “Guarda a potência da perna aí.” ele continuou treinando. Ver os magros quadris de Jeremy mover-se adiante e atrás foi mais difícil do que era conveniente, sabia que tinha que desculpar-se a si mesmo e entrar nesses jeans.
Rapidamente desligou o touro e olhou para a porta do estábulo. “Isso é tudo por agora, toma um banho e vai dormir.”
Ele não podia retornar a casa o bastante rápido, virtualmente correu os ultimo cinqüenta metros.
Quando chegou à frente da porta, logo que teve tempo de baixar o zíper de seus jeans e pôr sua mão ao redor do pênis, antes que sua semente saísse em um riacho sobre sua mão e sua camiseta.
Estava ainda apoiado contra a porta, quando alguém golpeava a porta com o punho. “Shep, abre essa porta.“ Jeremy gritou.
Fechando seus olhos, Shep olhou para baixo o desastre que tinha feito. “Espera um minuto.“ ele disse. A última coisa que queria era que Jeremy visse que gozou explosivamente por ele. Rapidamente foi à cozinha lavou as mãos. Usando uma toalha úmida de papel limpou seu pênis.
Voltou à porta da frente, quando recordou o fresco sêmen em sua camiseta. “Merda.” Shep tirou a camiseta e a jogou ao balcão. Quando abriu a porta estava ligeiramente sem respiração.
Jeremy voltou a tocar e Shep abriu a porta. “Que diabos é tudo isso?“ Jeremy perguntou. Empurrou Shep e entrou na casa.
“Nós tínhamos terminado.“ Shep respondeu.
Jeremy caminhou para ele até estar nariz com nariz com o Shep. “Não. Nós não terminamos e nem estamos perto de fazê-lo.” O jovem pegou a parte de atrás da cabeça de Shep e puxou a um beijou.
Os braços de Shep automaticamente se envolveram ao redor de Jeremy, enquanto o beijou se voltava selvagem, ambos mordiam e exploravam com suas línguas dentro da boca do outro. Shep passou suas mãos sob as costas de Jeremy apertando seu traseiro. Necessitava-o inclusive mais perto, ele esmagou a Jeremy contra a porta e contra sua renovada ereção.
“Quero-te,“ Jeremy gemeu, tratando de desabotoar os jeans de Shep.
Shep grunhiu em resposta, atacando os Wranglers de Jeremy. O toque do telefone apartou a Shep de seus desejos luxuriosos. Separou-se e olhou os olhos de Jeremy. Era tão jovem “Não podemos fazer isto,“ ele disse.
Jeremy parecia estar ferido. “Que? Não.“ Jeremy disse, negando com a cabeça. “Depois de todo este tempo, nós finalmente fazemos o certo. Não te afaste de mim agora.”
O timbre do telefone continuava, dando uma desculpa a Shep para afastar-se e sair do quarto. “Olá?“
“Já era tempo de que respondesse já ia desligar.”
“Hei Todd.” Shep olhava Jeremy na sala sentando-se no sofá. Com seus braços cruzados frente a seu peito, Shep não pôde evitar notar sua magra musculatura.
“Chamava porque queria me assegurar se seria bem vindo em seu rancho durante três dias prévios do rodeio.”
“Claro.“ Shep respondeu sem tirar a vista de Jeremy. “Você sabe que sempre será bem vindo aqui.” Ele não podia ler a expressão no rosto de Jeremy, mas definitivamente não teve problemas para ler sua linguagem corporal quando o jovem se levantou e caminhou para a porta do frente.
“Genial. Depois de nossa última conversação, não estava tão seguro como antes de apenas aparecer com minhas malas. Estaria bem se levar a um amigo?“
Levando o telefone até a janela viu Jeremy dirigir-se aos barracos. Esse não parecia ser Jeremy que não se rendia facilmente. Possivelmente estava certo. Possivelmente o menino era muito jovem para uma relação séria.
“Shep?“
“Sim. O que seja.” Shep ouvia uma aguda voz feminina no fundo.
“Obrigado companheiro. Escuta, tenho que ir, mas nos vemos daqui umas semanas.”
“Esta bem. Veremo-nos.” Shep desligou e foi ao gabinete de bebidas. Sabia que se não tirasse o sabor da boca de Jeremy nunca poderia dormir.
A bebedeira lhe chegou, e a fúria o apanhou. Queria ir a barranco e tirar Jeremy de sua cama e lhe pedir uma explicação. Parte dele sabia que isso não era sensato. Era o que havia dito que eles não poderiam continuar. Mas ele seguia discutindo com sua parte bêbada, Jeremy era o que tratava de convencer o que era correto. O seguinte soube era que o homem se afastava da casa sem sequer dizer adeus.
Possivelmente foi pelo telefonema. Porque faria isso? Todd sempre ficava na casa durante o rodeio. Porque poderia ser agora diferente? Algo não estava certo. Terminou de beber e deixou a garrafa vazia na mesa de café. “Por Deus, eu tenho que averiguá-lo.”
Tratou de pôr suas botas e caiu de traseiro no piso. “Porra.“ ele desistiu e caminhou fora do quarto com os pés nus.
Como sempre, a porta do barraco estava sem chave. “Jeremy?“ ele gritou, deslizando-se adiante e atrás. “Jeremy! Traz seu traseiro aqui.“ ele rugiu.
Rance foi a primeiro cara que olhou na escuridão do corredor.
“Que diabos faz acordado? Retorna a sua cama, tenho um problema com Jeremy não contigo.”
“Estou aqui.“ Jeremy disse, limpando o sono dos olhos.
Shep quase cai de joelhos frente a Jeremy em seus apertados boxers negros. “Não tínhamos terminado de falar quando nos interromperam.”
Shep notou várias caras mais na sombra do corredor. Estava bastante sóbrio para saber que não queria discutir seus assuntos pessoais frente a seus trabalhadores. Apontou a casa. “Quero que retorne à casa e falemos disto como homem, ou quer isso aqui?“
Jeremy olhou sobre o ombro a Bo. “Que tem a ver com ele? Não pode tomar sua maldita própria decisão?“ Shep se desdenhou.
Bo olhou Shep antes de assentir com um leve movimento de cabeça para Jeremy. “Eu vi isso.“ Shep rugiu de novo.
“Vamos.“ Jeremy disse e caminhou para fora sem esperar que Shep o seguisse.
Podia com certeza seguir a Jeremy aonde fosse, esse era o ponto, mas primeiro ele precisava saber que diabos estava acontecendo.
Capítulo Cinco
Quando chegaram à sala Jeremy estava tremendo. Olhou a garrafa meio vazia de uísque na mesa de café e a pegou. Jeremy somente tinha dado dois grandes goles quando seu herói entrou na sala.
Shep tirou a garrafa da mão e se sentou “Porque saiu dessa maneira?“
Ele não sabia que dizer. Como poderia confessar a verdade, que seu pai ficasse no rancho o assustava. “Se meu pai ficar aqui, eu não serei capaz de entrar no rodeio.“ ele disse finalmente, dando a Shep somente a metade da verdade.
Depois de várias piscadas e uma rápida sacudida de cabeça, Shep se enfocou nele uma vez mais. “Mas como? Porque te afastou sem sequer dizer adeus? Todd sempre fica aqui nos dias de rodeio. Que te faz pensar que este ano ia ser diferente?“ Shep se deteve repentinamente. “Você não quer que saiba de nós.“ ele pareceu concluir.
Não. Ele não queria que seu pai soubesse, mas não pelas razões que Shep conjeturava em sua mente. Jeremy sabia que se quisesse começar uma relação com Shep, Deveria ser capaz de falar de seus segredos. Diria a seu amor a verdade, embora isso pudesse terminar com a amizade entre o Shep e Todd.
Shep deu vários passos atrás e caiu em uma cadeira de couro marrom. “Eu sei que é muito jovem para saber o que quer. Eu esperei na fila por ti.” Shep escondeu seu rosto em suas mãos. “Eu tratei de esperar. Eu quero que você tire qualquer outro homem de sua vida, antes que se comprometa comigo.”
A ira que Jeremy sentia pela maneira que Shep o levantou da cama se foi em um batimento de coração. Caminhou até ele e ficou de joelhos em frente do homem da maneira que quis do primeiro dia que conheceu. “Não. Não há ninguém além de ti.” Envolveu suas mãos ao redor das panturrilhas e descansou sua bochecha contra o cicatrizado joelho.
O primeiro toque da mão de Shep em sua cabeça lhe deu esperança. “Eu não quero a meu pai aqui, porque eu não agrado a ele. Eu sei que quando chegue poderia ser fácil fingir que não estamos juntos.“ Jeremy murmurou.
Olhou dentro dos aquosos olhos azuis. “Mas não pela razão que pensa.”
“Por… Porque então?“ Shep perguntou.
“Ele não me aprova.” Jeremy abriu seus braços amplamente. “Nada a respeito de mim. Eu aprendi a viver com isso, mas você não tem que fazê-lo. Eu quero participar do rodeio, mais do que posso explicar. E se ele souber que está me ajudando a treinar, ele nunca perdoaria isso.” Jeremy soltou uma respiração. Necessitava que Shep aceitasse o que ele se atreveu a dizer.
Shep embalou o rosto de Jeremy em suas grandes e ásperas mãos. “Apenas até depois do rodeio?“ Shep perguntou.
“Sim. Depois. Se eu tiver uma oportunidade de competir contra ele, ele provavelmente nunca mais fale comigo de novo de qualquer maneira. Dê-me um pouco de tempo para lhe dizer adeus a minha própria maneira.”
“E até lá?“
Jeremy podia ver a oração silenciosa diante de Shep. Afastou o suficiente para ficar em pé. Estendeu os braços, ele apresentou o seu corpo quase nu a seu logo ‘possível amante’. “Eu sou todo seu.”
Shep começou a ir por ele, mas Jeremy o deteve com uma mão em seu peito. “Eu sempre fui teu e sempre serei, nós apenas seremos um pouco mais discretos quando meu pai chegue.”
Deslizou seus dedos através do encaracolado pêlo ao redor dos mamilos de Shep. “Mas pai não está aqui ainda.“ Jeremy disse com necessidade em sua voz.
Shep estava sobre ele, antes que terminasse a oração, escondendo seu rosto na virilha mal coberta de Jeremy. A pressão contra seu eixo afastou todos os pensamentos a respeito de seu pai de sua mente. Passou suas mãos pela cabeça de Shep e empurrava seus quadris, necessitando mais.
Seu pênis estava preparado ao ser lambido sob seu molhado boxer. “Por favor.“ ele ofegou.
Shep pegou o elástico da cintura do apertado boxer no quadril de Jeremy e os desceu por suas pernas. Enquanto seu pênis era tragado pela cálida boca de Shep, Jeremy chutou sua cueca e pôs um pé na cadeira ao lado do quadril de seu amante.
Viu a língua de Shep deslizar-se contra a ranhura da ponta de seu pênis. Seu homem foi recompensado com uma grande gota de pré-sêmen. “Mmm.“ Shep gemeu.
“Chupa isso.“ Jeremy grunhiu, pressionando duro contra a parte de atrás da cabeça de Shep.
“Com prazer.“ Shep respondeu.
Jeremy via como seu pênis era devorado. Ver os lábios de Shep estreitar-se ao redor de seu eixo tinha sido sua fantasia por anos. Jeremy não podia contar às vezes que se masturbou com essa imagem em sua mente. Com quantos anônimos vaqueiros tinha estado, fechava os olhos e fingia que eram Shep. Todos eles. Nunca tinha tido sexo sem desejar que fosse com o homem que agora lhe estava chupando seu pênis.
Sentindo que suas bolas estavam preparadas, Jeremy agarrou um punhado de cabelo de Shep. “Não posso sustentá-lo,“ ele advertiu.
A resposta de Shep foi deslizar o pênis ainda mais dentro de sua garganta. Quando seu amor raspou ligeiramente seus dentes contra a base de seu pênis, Jeremy se perdeu, disparando sua semente.
Shep se retirou o suficiente para tragar cada gota derramada, com a força de sua liberação, pelo vibrante corpo de Jeremy. “Nunca.“ ele ofegou. “Foi tão bom.”
Depois de lambê-lo, limpando-o, Shep se sentou em sua cadeira e esfregou sua mão sobre a umidade em sua virilha. “Necessito-te,“ Shep grunhiu.
Jeremy desabotoou os jeans de Shep e os retirou deixando-os a um lado. Começou a ajoelhar-se, mas seu amante o deteve. “Não. Eu te necessito.”
Olhou ao redor do quarto. “Onde?“
“Maldição.“ Shep amaldiçoou. “Vamos.”
Jeremy sem perder tempo puxou a seu aceso homem fora da cadeira. “Vamos.”
Depois de procurar no banheiro o que lhe pareceram horas, Shep finalmente encontrou uma camisinha. Quase retorna sob as escadas sabendo que tanto ele como Jeremy, tem uma em suas carteiras. “Sim.“ ele gritou, enquanto seus dedos se fechavam ao redor do pequeno quadrado de alumínio.
Retornando ao quarto, deteve-se, a pele de Jeremy parecia brilhar ante a suave luz do abajur. Seu jovem amante tinha encontrado a garrafa de lubrificante e estava estirando seu próprio traseiro.
Sem romper o contato visual, Jeremy adicionou um terceiro magro dedo e gemeu. “Porra.“ Shep disse em um tom reverente. Sentiu suas bolas começar a preparar-se e rapidamente as apertou forte afastando as de seu corpo. Não ainda. Por favor, apenas me deixe entrar primeiro. Usou seus dentes para abrir o envoltório e rapidamente deslizou em seu pênis.
“Porra, é sexy.“ ele disse, retirando a mão de Jeremy. Depois de derramar uma pequena quantidade de lubrificante no traseiro de Jeremy, ele posicionou a cabeça de seu pênis sobre o estirado buraco e se empurrou lentamente para dentro.
Um vaio ofegante de Jeremy, deteve-o. “Estou te machucando?“ Shep conseguiu perguntar.
Seu amante negou, movendo sua cabeça de um lado a outro do travesseiro. “Mais.“ Jeremy pediu.
Com um profundo impulso, o pênis de Shep se enterrou até a raiz. Sentiu suas bolas golpear contra o traseiro de Jeremy com a força de seu impulso. Shep se deteve e tratou de estar sob controle uma vez mais. “Esperei anos por este momento.”
“Desejo-o, eu deveria sabê-lo.” Jeremy ofegava, enquanto Shep se empurrava dentro e fora dele.
Aumentou o ritmo da penetração, entrando e saindo do doce traseiro de Jeremy. Rara vez tinha encontrado um namorado que pudesse tomá-lo todo, em sua primeira vez juntos. Isto apenas provava a Shep que Jeremy estava destinado a estar com ele.
Precisando entrar mais profundo, Shep levantou os quadris de seu amante da cama sem romper seu avanço.
“Duro.“ Jeremy gritava.
Foda. Saiu e lhe deu um pequeno golpe ao traseiro de Jeremy. “Mãos e joelhos.”
Seu jovem amante rapidamente girou e apresentou seu bem estirado buraco uma vez mais. “Não me quebro.“ Jeremy disse, olhando-o sobre ombro.
Com um impulso, Shep estava uma vez mais dentro enterrado até o punho. Tinha ambas as mãos nos ombros de Jeremy para fazer pressão enquanto se empurrava dentro de seu amante com toda sua força e paixão.
Com suas mãos estabilizando-se contra a cabeceira, Jeremy continuou gritando o nome de Shep enquanto suas costas oscilavam, pela força dos impulsos. Com uma rápida mudança de ângulo, Shep golpeou a glândula do prazer de Jeremy uma e outra vez.
A pressão do corpo de Jeremy enquanto derramava sua semente abaixo nos cobertores foi um presente bem vindo para Shep. Segurou tudo que pôde. Esperando para que seu amante terminasse de gozar. Com um rugido, Shep gozou. Seu pênis vibrava deixando correr jorro atrás de jorro de sêmen.
Temendo encher a capacidade da camisinha, rapidamente saiu antes de dar a oportunidade de suavizar-se. Sabia que estava limpo, mas ele não queria correr nenhum risco com a segurança de Jeremy. Deitou-se ao lado de seu amante, ainda com a camisinha em seu pênis. Enquanto esperava que sua respiração se normalizasse, tirou a camisinha e a atou antes de atirá-lo no pote de lixo de metal a um lado da cama.
Shep apagou a luz, antes de se abraçar a Jeremy. Ele não podia acreditar que isto estivesse acontecendo. Seu amor pelo jovem era tão forte que queria gritar alto, mas deteve a si mesmo. Jeremy merecia todo o processo antes de ouvir declarações de amor de um antigo cowboy de touros.
Seu amor estava tão tranqüilo, que Shep pensou em dormiu. Beijou a parte de atrás do pescoço de Jeremy enquanto colocava a cabeça no travesseiro.
“Você disse que tinha esperado anos. Que significa isso?“ Jeremy murmurou na escuridão do quarto.
Todo o corpo se Shep ficou tenso. Atreveria-se a dizer a verdade? Pensaria Jeremy que era um pervertido?
“Shep.“ Jeremy insistia.
“A primeira vez que te vi envolto em uma toalha, soube.” Shep pôs distância entre eles em caso de que precisasse proteger-se de um golpe. “Acredito que tinha dezessete. Diabos, possivelmente dezesseis. Não estou orgulhoso disso. Suponho que é a razão…“
“Shhh.“ Jeremy disse, interrompendo-o. Seu jovem amante girou e pressionou um beijou nos lábios de Shep. “Isto é o que eu queria e desfilava meu corpo meio nu diante de ti tanto como podia. Eu te quis no primeiro momento em que te vi. Essa é a razão pela que aceitei ir com meu pai ao trailer que compartilhava contigo.”
Jeremy o beijou de novo. “Eu queria que você soubesse que seria bem vindo qualquer avanço de sua parte.”
Shep negou com a cabeça. “Era muito jovem. Diabos. Você continua sendo muito jovem.” Shep passou suas mãos sobre o curto cabelo de Jeremy. “Eu havia fodido com um montão de vaqueiros, antes de estar preparado para me assentar com um. Eu quero… não, eu necessitava que tivesse outros homens antes que você saísse do sistema.”
Jeremy de repente passou uma de suas pernas sobre seu estômago e montou escarranchado. Olhando-o para baixo, Jeremy negou com a cabeça. “A única razão pela que deixei que outros vaqueiros me fodessem, foi estar preparado para ti quando chegasse o momento. Eu nunca quis ou necessitei a ninguém. Eu ouvia histórias sobre todos os homens que fodia e eu não queria te decepcionar.”
Shep puxou seu amor para seu peito. “Eu te ensinarei.”
Parecia que já não havia nada mais que dizer no momento, Shep acariciava as costas de Jeremy formando círculos. A respiração do jovem era lenta. O suave ronco de Jeremy o fez sorrir. Sabia que podia ser feliz dormindo nessa posição pelo resto de seus dias.
Restava ainda o assunto de Todd, mas ele não duvidava que se alegrasse de que estivesse nos braços de seu melhor amigo.
Capítulo Seis
Shep estava inclinado sobre seu teclado, quando Jeremy entrou emocionado em seu escritório. “Sente-se bem para me acompanhar ao pré-registro mais tarde?“ Jeremy perguntou.
Deixando seus óculos em sua mesa, Shep ficou de pé e puxou Jeremy a seus braços. “Apenas se você aceitar ir jantar comigo depois.”
“Hmmm.“ Jeremy pretendeu pensar a respeito da oferta. “Suponho que posso com isso. Embora eu realmente esperasse com ânsia os sanduíches Sloppy Joe[5] do Frank.”
Shep beliscou o traseiro de Jeremy. “Eu farei que valha a pena perdê-lo.”
Eles tinham passado cada noite dessa semana, um nos braços do outro e nunca haviam se sentido mais felizes.
Jeremy sorriu e roçou o pênis coberto por seus jeans contra o zíper dos jeans de Shep. “Você sempre o faz.”
“Shep!“ Rance gritou, entrando correndo no escritório. Seu capataz se deteve patinando, seus olhos estavam totalmente abertos. “Sinto interromper, mas algo mal acontece ao Dynamo.”
Shep se dirigia à porta da frente, antes que Rance, tivesse oportunidade de continuar. “Buddy o encontrou em um lado dos pastos. Disse que o tratou, mas o maldito idiota não pôde pô-lo em pé e respirava com dificuldade. Chamei Jeb Garça. Mas está atendendo a uma bezerra no Ez, mas disse que chegaria aqui logo.“ Rance lhes explicava enquanto os três subiam à caminhonete.
Rance saltou e abriu a porta do passageiro. “Quanto falta para que se abram os registros?“ Shep perguntou dando a Jeremy um apertão.
“Não se preocupe.“ Jeremy respondeu Shep conduzia no pasto enquanto esperava que seu capataz fechasse a porta.
Antes que Rance tivesse oportunidade de retornar, Shep se inclinou e beijou os lábios de Jeremy. “Preocupa-me. Eu te quero ir, de uma maneira ou de outra.”
Rance finalmente entrou e apontou para o ponto do touro cansado. Shep cruzou o pasto. Quando chegaram ao ponto onde estava Buddy e o touro, ele tinha certeza que seu cérebro completamente confundido.
Shep se deteve. Antes inclusive de chegar ao lado de Dynamo, Buddy levantou as mãos e caminhou para eles. “Sinto muito, Chefe.”
Ignorando as mãos abertas de Buddy, Shep continuou por volta de um de seus touros favoritos. Era mais que evidente que estava morto. Olhou de volta para Buddy. “Que aconteceu?“
Buddy negou com sua cabeça e pôs suas mãos em seus quadris. “Convulsões, começou faz vinte minutos. Até justo antes que chegassem.”
Shep tirou seu chapéu e o atirou na terra. Olhando o pasto, soltou uma réstia de maldições. “É óbvio que comeu algo.” Cruzou o pasto para o arroio, revisando a erva a seu passo. Notou que os outros três homens se separaram e seguiram seu exemplo.
Com uma premente sensação se aproximou do riacho. Quando viu soltou outra fileira de maldições. “Quem é o fodido trabalhador que se encarregou de revisar o pasto este ano?“ perguntou a Rance.
Rance se deteve ao lado de Shep e olhou para a tóxica planta cowbane[6] na borda do rio. “Porra.“ Rance soltou. “Era trabalho de Contrell. Merda. Eu deveria saber que era necessário que alguém revisasse seu trabalho.” Rance olhou para Shep. “Eu assumo a responsabilidade, Chefe.”
“Você deve ter dois trabalhadores, revisando a área. Eu quase sinto que tenhamos despedido desse filho de uma cadela. Sabe se ainda está na cidade?“
Rance negou com a cabeça. “Último que ouvi foi que se dirigia a Montana a trabalhar em um rancho.”
“Me consiga o nome e o numero de telefone do proprietário do rancho. Merece saber que tipo de descuidado e imbecil é o homem que trabalha para ele.”
“Sim, Chefe.”
“E vê com o Bo e todos os homens que possa, para revisar os pastos. Eu quero cada centímetro quadrado de minha terra revisado antes, que outro de meus animais sejam postos aqui.”
Bo assentiu e saiu aos pastos em companhia de Buddy. Shep começou a caminhar de retornou a Dynamo.
Eles tinham que esperar ao Jeb ali, para que assinasse os papéis da companhia de seguros, antes de enterrar o pobre touro.
Pôde ouvir o ruído da erva, enquanto Jeremy caminhava atrás dele e se detinha, ele procurou sua mão.
“Sinto muito.“ Jeremy disse, tomando a mão que Shep lhe ofereceu. “Eu sei que era um de seus melhores touros.”
“É um desperdício. Eu nunca devia contratar fodidos trabalhadores preguiçosos.” Caminhou para a sombra com seu braço ao redor de Jeremy.
Jeremy mordiscou a mandíbula de Shep. “Quer beijocas até que chegue o Doutor Garça” Jeremy perguntou divertidamente.
Shep sorriu. Assim de rápido Jeremy tinha feito sentir-se melhor. “Eu não sei se seria boa idéia. Você sabe que tenho a tendência a me deixar levar, e a ultima maldita coisa que quero é que Jeb consiga ver meu bonito traseiro.”
Jeremy se pressionou contra a braguilha de Shep. “Seu traseiro.”
“Meu.“ Shep dando ao fino traseiro em questão um bom apertão.
Jeremy revisava o céu. Eram quase seis da tarde, e se perguntava pela centésima vez, se Carol estaria na prefeitura da cidade, à hora que eles conseguissem chegar.
Eles tinham usado muito tempo revisando os pastos e agora que estava na ultima seção olhava os arredores procurando Shep.
O encontrou levando um tratou com reboque. Shep tinha insistido em enterrar Dynamo ele mesmo, recusando toda a ajuda, Jeremy não podia acreditar que alguém que foi feito merda ao ser pisoteado por um ainda se abrandasse ante um touro de seiscentos quilos.
O trator se deteve vários metros longe dele. Subiu à cabine com ar condicionado “Está pronto? Shep perguntou.
“Sim, justo faz uns minutos. Você?“
“Sim. Coloco o trator no estábulo, tomo um banho realmente rápido e podemos ir.
Jeremy deu um rápido beijou em Shep. “Você devolve o trator, eu te espero na ducha.”
Shep sorriu. “Se você fizer isso nunca chegaremos à cidade a tempo.”
“Merda. Tem razão. Eu vou tomar banho no barraco e nos vemos em trinta minutos.” depois de outro rápido beijo, desceu do trator e foi para sua caminhonete. “De qualquer maneira quero que esteja preparado quando retornarmos.“ ele gritou.
Bo entrou no assento do passageiro e quatro meninos na caixa.
“Encontrou algo?“ Bo lhe perguntou enquanto eles se dirigiam a casa.
“Não, mas é melhor acautelar que lamentar.“ Jeremy respondeu. “Você?“
“Uma pequena quantidade de cardo leitoso[7] no lado oeste do pasto.” Bo negou com a cabeça. “Se eu fosse Shep estaria muito zangado.”
“OH, ele está me acredite.“ Jeremy riu. Deteve-se para que Bo abrisse a porta do pasto, antes de continuar conduzindo. “Vou tomar um banho rápido e vou à cidade. Necessita algo?“
“Não, não posso pensar em nada. Diria rolinhos de canela, mas duvido que Kyle abra de noite. Eu estou tão sujo como você, então porque seria justo que você te banhe primeiro.”
“Shep e eu vamos fazer o pré-registro do rodeio e aproveitaremos para jantar. Não quer que chegue tarde?“ Estacionou a caminhonete ao outro lado do estábulo e saiu. Olhando para o Bo lhe fez um gesto. “Corre para às duchas.”
“Eu... adiante.“ Bo disse, quando ambos deixaram de correr.
Rindo, Jeremy passava ao Bo enquanto abria a porta. “Trapaceiro.“ Bo gritou quando apanhou Jeremy no banheiro. “Ao menos há mais de um, desocupado.”
Ambos se despiram e entraram em seus cubículos individuais, separados por um curto muro. A água fria se sentia bem depois de um dia quente nos pastos. Geralmente estava mais nos estábulos ou nos currais interiores que fora. “Não sei como agüenta isto.“ ele comentou.
“Que?“ Bo perguntou, colocando xampu em seu cabelo café escuro até os ombros.
“Estar no campo todo o dia. É mais aborrecido e quente que o inferno.” Pegou o xampu com aroma de ervas antes de ter uma pequena quantidade em sua palma.
Bo se encolheu de ombros. “Isso não é para todos, mas eu o amo. Dá-me tempo de pensar.”
“Que tanto tem que pensar todo o dia, todos os dias?“ Se enxaguava a espuma de seu cabelo e olhava Bo.
“Não sei… a vida e a merda. Eu assinei os papéis do divórcio na semana passada. Ela diz que esta bem, mas há algo em sua voz que me incomodou.” Bo fechou a água e procurou uma toalha na gaveta fora da ducha.
Jeremy o seguiu. “Dá-me uma dessas?“
Bo lhe lançou uma toalha e saiu do banho, sem dizer nada mais. Jeremy viu a bronzeadas costas deixar o banho. Que foi que lhe disse? Secou-se rapidamente e envolveu a toalha em seus quadris.
Detendo-se no quarto, viu Bo preocupado. “Bo? Há algo que te incomoda?“
Bo vestia um ‘sarong’, essa coisa como saia da que todos se burlam. “Não realmente. Apenas pensava em Jan.” Bo negou com a cabeça. “Eu não gosto de machucar as pessoas.”
Jeremy pendurou sua toalha no gancho detrás da porta e pegou sua cueca. “Acreditei que você disse que estava bem com isso?“
“Sim. Ela disse isso mais eu não posso deixar de me preocupar por algo que ela não disse.”
“Pode estar grávida?“ Jeremy selecionou uma camisa de manga curta de seu pequeno closet e a tirou.
Bo lhe franziu o cenho. ”Eu sou HIV positivo. Acredita que faço amor com alguém desprotegido?“
“Não.“ Jeremy disse defensivamente. “Eu apenas tratava de te animar e consegui que se zangasse até mais. Sinto muito.”
Bo caminhou para Jeremy e lhe deu um abraço. “Não tem que se desculpar,“ Bo disse e, continuou o abraço. “A verdade, eu pensei o mesmo, eu não sei o que pensar, isso é tudo, suponho.”
“Que diabos acontece aqui? “
Jeremy girou a cabeça para a porta e viu o olhar de ira de seu amante. “Hei. Já estou pronto.“ disse a Shep. Sabia que não tinha feito nada de mau e se recusava a sentir culpa por confortar a um amigo.
Olhou para os negros olhos de Bo. “Você está bem?“
“Claro.“ Bo sorriu. “Eu sempre estou de pé.”
Quando Jeremy deixou Bo e se uniu a Shep, podia sentir a ira emanando de seu homem. “Vamos.” Caminhou ao lado de Shep que continuava como uma estátua com seus braços cruzados frente a seu peito.
Quando entrou com Shep na caminhonete, Jeremy também começava a zangar-se. “Quer me dizer que foi tudo isso?“ Jeremy perguntou.
“Engraçado. Isso mesmo é o que ia perguntar.“ Shep rebateu. “Há algo com que deva me preocupar?“
“Maldição.“ Jeremy disse zangado. “Eu estava apenas lhe dando conforto a um maldito amigo. Nada mais. Supera-o.”
Esses olhos azuis o olharam por um momento antes que Shep suspirasse. “Sinto muito. Suponho que me deixei levar por minha imaginação.”
“Nada, apenas o confortava.“ Jeremy repetiu a seu amante.
“Esta bem, sei, já disse isso. Mas agora como se sentiria se você entra na habitação e me vê abraçando a Rance?“
Jeremy imaginou aos dois homens juntos. Podia definitivamente senti-lo sob sua pele. Se fosse um fato, provavelmente se sairia de suas casinhas. “Já vejo o que quer dizer. Mas não use esse exemplo com Bo. Eu posso ver que não há nada entre você e Rance, mas Bo pode pensar outra coisa.”
Shep puxou a Jeremy a seus braços e o beijou. “Você está me dizendo que Bo está apaixonado por mim?
Jeremy começou a rir. “Diabos, não. Você pensa que ele seria meu melhor amigo se esse fosse o caso? Não. Bo definitivamente só tem olhos para um só homem e esse é Rance.
Shep ligou a caminhonete. “Está perdendo seu tempo.”
Eles se dirigiam à cidade. Jeremy se aproximou de Shep e beijou seu pescoço. “Porque diz tal coisa? Bo se vê bem, é divertido, é Doutor…”
“Suficiente.” Shep lhe deu uma cotovelada. “Não é por Bo. É por Rance. Ele foi o primeiro homem que contratei, quando construí este lugar, e nunca conheci um amante seu em todo este tempo.
“Hmmm.” Sabia que havia uma história nisso, mas decidiu deixá-lo por agora.
“Eu falei com a Carol, pelo caminho. Ela disse que nos esperaria até que chegássemos. Felizmente ela tem uma debilidade por mim.”
Jeremy riu. “Mentiroso. Essa mulher não tem debilidade por ninguém.”
Shep sorriu. “Está bem. Eu lhe falei e lhe ofereci cinqüenta dólares se ficasse.”
“Agora sim parece como Carol.”
Capítulo sete
Shep não pôde evitar notar a maneira que Jeremy tomava em sua mão a folha do registro. Quando eles deixaram a prefeitura, apontou para a livraria Booklovers. “Você se incomodaria se pararmos alí, antes de comer? Naomi recebeu um novo livro sobre inseminação para mim.”
Jeremy riu, e negou com a cabeça. “Enquanto seja sobre inseminação entre criaturas de quatro patas e não das que caminham em duas.”
Shep riu e aproximou mais a Jeremy. “Não a menos que seu plano seja fazer história médica.”
Shep abriu a porta e entraram no afresco interior. Desejava ter mais tempo para desfrutar da leitura. Havia algo mágico em uma livraria.
“Hey, meninos.“ Naomi disse.
“Hey, Naomi.“ Shep saudou. “Pensei em vir e recolher o livro que tinha encomendado.”
“Está bem, já trago.” Naomi entrou na parte detrás da loja.
“Ela é linda.“ Shep pensou. Havia algo em seu cabelo vermelho que o fazia sorrir.
Jeremy lhe deu um pequeno golpe na parte de atrás de sua cabeça. “Tira esse sorriso da cara, antes que me ponha ciumento.”
Retornando a loja, Naomi levantou os braços, quando lhe deu o livro em suas mãos. “Não dispare, prometo que não tem que preocupar-se por mim.”
Shep riu quando Jeremy se voltou vermelho.
“Não pensei que nos estava ouvindo.“ Jeremy murmurou.
“OH, mas eu ouvi tudo.“ Naomi disse em um estranho murmúrio. Deu o livro a Shep. “Há algo mais em que possa te ajudar?”
“Não, isso é tudo.” Eles caminharam ao balcão do caixa. “Que faz aqui tão tarde, onde esta Melissa?“
Naomi virou seus olhos. “São vinte e sete cinqüenta. Melissa está no Sheridan tomando uma aula noturna. Realmente não me importa. Assim como parece que não tinha nada melhor que fazer, pude passar meu tempo esperando a um par de formosos vaqueiros.”
“Isso é bom para meu ego.“ Shep riu, tomando sua mão.
Naomi descansou sua mão no balcão. “É bom ver que estão felizes.”
Olhou para Jeremy. “É bom sentir sua felicidade. Espero que finalmente encontre isto.”
“De seus lábios ao ouvido de Deus.“ Naomi disse.
Eles deixaram Booklovers e caminharam pela calçada. “Que pensa? La Canoe?”
“Wow. Todos vão ali, é nosso primeiro encontro oficial?“ Jeremy perguntou movendo suas largas pestanas negras.
Repentinamente lhe ocorreu que ele não tinha levado Jeremy a nenhum lugar. Podia culpar ao feito de que nunca realmente tinha tido encontros, mas a verdade era que ao final do dia, apenas queria Jeremy para si mesmo. “Sim. Sinto muito, suponho que é nosso primeiro encontro oficial. Lembre-me de sair mais vezes. Eu realmente não estou acostumado a isto.”
“Estava brincando.“ Jeremy disse. Eles caminharam para o La Canoe. “Em caso de que não o tenha notado, eu sou um lindo tipo de baixa manutenção. Eu gosto das noites tranqüilas em casa tanto como a ti.”
“Bom porque embora eu goste de sair às vezes, eu gosto mais de te ter em casa aninhado em meus braços.” Shep abriu a pesada porta e deixou entrar Jeremy. Deslizou uma mão de propriedade sobre as costas de Jeremy. Em caso de que Eric, andasse nos arredores. Tinha parecido gracioso que o dono do restaurante paquerasse com os clientes, mas isso foi antes que tivesse a alguém que pudesse perder. “Fique perto.“ disse-lhe ao ouvido a Jeremy.
Shep não precisou preocupar-se. Rapidamente descobriu que Eric estava em São Francisco tratando de contratar um ajudante de chef sobre o qual tinha ouvido. Shep desejou sorte ao tipo. Eric considerava os chef como parte de seu negócio.
Conduzindo para casa, abriu as pernas quando a mão de Jeremy começou a vagabundear. “Continue com isso até que cheguemos dentro de casa.” Ele não disse a seu amante que se detivera, especialmente quando Jeremy começou a desabotoar o botão de seus jeans. E tinha passado muitíssimo tempo desde que sua mão tinha se masturbado, sustentando o volante com uma mão.
Shep gemeu quando Jeremy se deitou no assento e lambeu o caminhou devorando seu pênis. Tinha passado muito tempo desde que tinha sido mamado enquanto dirigia. Pegou o volante com uma mão e passou a outra sob as costas de Jeremy. Tratou de deslizar a pele que amava, não teve sorte com o cinto das calças. “Por muito que ame esses Wranglers pintados em sua pele, eu preferiria sentir seu traseiro agora.
Sem tirar o pênis de sua boca Jeremy desabotôo seus jeans e os desceu por suas coxas. Shep grunhiu quando seu vaqueiro os deslizou até seus joelhos, apresentando seu perfeito traseiro. “Maldição, é sexy.”
Jeremy levantou seu traseiro, até que Shep lambeu seus dedos e os introduziu no enrugado buraco do traseiro de seu amante. Um profundo gemido gutural de Jeremy vibrou sob a longitude de seu pênis para suas bolas.
Tirou o pé do acelerador e colocou a caminhonete no acostamento, a um lado da estrada enquanto empurrava dentro da boca de seu amante. “Preparado? Não posso me conter mais.”
Jeremy assentiu tudo o que lhe permitiu a necessidade, antes de disparar o conteúdo de suas bolas. Inclusive quando sua semente estava disparando-se sob a garganta de Jeremy. Shep continuava assaltando com seus dedos o traseiro de seu amante, até que ouviu o gritou de terminação.
Shep puxou a Jeremy a seus braços e o beijou, provando sua própria semente. “Caralho.“ ele disse com um sorriso.
Jeremy lambeu a mandíbula de Shep e desceu por seu pescoço. “Vamos para casa. Agora que meu traseiro já esta estirado, quero um bom rodeio antes de ir à cama.
Eles acomodaram suas roupas e Shep voltou a pisar no acelerador. Depois desse dia a única coisa que queria era Shep e perder-se dentro de seu amante.
A negra caminhonete de cabine dupla na frente de sua casa impactou a ambos. “Foda.” Jeremy amaldiçoou. “Que faz ele aqui tão adiantado?“
Shep negava com a cabeça. Perguntava-se o que com a adiantada chegada de Todd afetaria sua relação com Jeremy, na seguinte semana e meia. Sua resposta chegou mais cedo do que pensava.
“Me deixe no barraco. “ Jeremy disse.
Shep envolveu seu braço fortemente ao redor de seu amor. “Tem certeza que isso é o que quer? Estar escondido igual a um amante secreto?
Jeremy assentiu e beijou a bochecha de Shep. “É a única maneira. Se meu pai não se focar em mim, então ele não saberá que decidi participar do rodeio.”
Shep o deixou frente ao barracão. Ia dizer que não queria estar separado de seu amor pelos seguintes dez dias, mas um beijo de Jeremy o deteve. “Por favor.“ Jeremy rogava. “Eu tenho que competir. Eu te amo muito, tenho que fazer isto.“
“Está bem.“ ele concordou. Deu a Jeremy um último beijo e o olhou afastar-se. Enquanto conduzia de retornou à casa sentiu o pêlo da parte de atrás de seu pescoço arrepiar-se. Esse era o mesmo sentimento que tinha tido quando Jeremy lhe pediu que lhe ajudasse a treinar. Porque era tão importante para seu amor manter essa informação em segredo de seu próprio pai?
Seus pensamentos foram interrompidos, quando a porta da frente se abriu. Todd e uma pequena loira estavam de pé no iluminado portal. Desligando a caminhonete, Shep saiu e subiu os degraus da entrada. “Chegou cedo.“ ele disse abraçando seu amigo. Reconhecia que Todd já não era seu melhor amigo. Essa posição claramente tinha o filho desse homem, e Shep não queria que fosse de outra maneira.
Todd se encolheu de ombros. “Eu decidi não competir nos eventos deste fim de semana. Pensei que possivelmente seria melhor visitar meu velho amigo e me preparar para as competições da próxima semana.”
Enquanto Shep os dirigia à sala, se esfregava o pescoço. Pareceu-lhe estranho que Todd não tivesse mencionado a necessidade de olhar seu filho.
Imediatamente foi ao bar e preparou o habitual uísque escocês com água. Deu um gole a seu amigo. “Que posso te oferecer?“ perguntou a ‘buckle bunny’[8] de Todd.
“Sinto muito, esqueci minhas maneiras.“ Todd disse. “Esta é Regina. Ela toma gin and tonic[9] se tiver isso?”
Shep assentiu e procurou o que necessitava. Destampou uma garrafa de tônica, estudo a seu velho amigo. Algo definitivamente estava diferente, mas não sabia o que, algo nos olhos de Todd.
“Então.“ Todd começou. “Como vão os negócios?“
Assinalando o sofá, Shep deu sua bebida a Regina e abriu uma garrafa de água para ele. “Perdi meu touro Dynamo por uma cowbane. Enterramos ao irascível filho de cadela, faz umas horas.”
“Maldição.“ Todd disse. “Era um dos maiores fazedores de dinheiro, também.”
Shep assentiu. Ele não o sentia pelo dinheiro, ia sentir saudades de ver atuar Dynamo diante das multidões “Além disso, tudo vai bem. O programa desta cria está separando e temos um bom numero de bons touros chegando à idade de competir.”
Odiava admitir que ele não tivesse seguido a carreira de seu velho amigo. “Como foi esta temporada? Há novos talentos?”
Todd tinha uma expressão divertida em seu rosto, antes de cobri-la rapidamente com sua bebida. “Você sabe como é isto, sempre há algum jovem cowboy te pisando os talões.”
“Imagino isso.” Olhou de Todd a Regina, quem se aninhava a um lado do campeão. “Posso te oferecer outro?“ ele apontou o copo vaziou de Regina. Maldição, a mulher sabia beber.
“Por favor.“ ela riu nervosamente.
Depois de preparar outros copos para seus hóspedes, olhou o relógio. “Eu espero que não pensem que sou rude, mas este foi um endemoniado de comprido dia. Estaria bem, se nós seguirmos falando no café da manhã?”
“Você pode ir para cama.“ Todd disse, apertando abertamente os peitos GG de Regina. “Eu tenho certeza de que encontraremos em que nos ocupar. Certo, bebê?”
Regina voltou com seu risinho. Shep se perguntou e não era a primeira vez, se o tamanho no fato das mulheres era tudo o que Todd via nelas.
“Você sabe onde é seu quarto.“ Shep disse enquanto deixava sua garrafa vazia no lixo. “Boa noite.”
“Boa noite.“ Todd gemeu, enquanto as longas unhas de Regina raspavam contra a braguilha de seus jeans.
Shep virou os olhos e saiu do quarto. Olhava para a porta da frente enquanto caminhava, a única coisa que queria era ir com seu amor.
Com um suspiro de resignação, Shep subiu as escadas para sua própria cama. Agora que se acostumou a dormir com Jeremy virtualmente encima dele, Shep sabia que ele teria uma longa noite.
Jeremy estava sentado em sua cama depois de que Shep o deixou. Odiava esconder coisas de seu amor, mas não via outro jeito. Se Shep soubesse o que Todd lhe tinha feito…
“Algo está mau? Você e Shep tiveram uma briga devido ao abraço que te dava?“ Bo perguntou da cama ao lado.
“Não. Meu pai está aqui, sua caminhonete estava na frente quando nós chegamos.”
“E você não quer que saiba que você e Shep estão juntos.“ Bo conjeturou.
“Correto. Eu preciso seguir na escuridão até a competição. Eu preciso competir contra ele, e não posso fazê-lo se Shep o mata primeiro.”
“Você está tomando um grande risco. Shep vai se zangar quando se inteirar do que está escondendo. Sabe isso, verdade?”
Realmente não tinha pensado nisso. Agora isso repentinamente o assustava e Bo tinha razão. Poderia Shep se sentir traído? Oh, Deus nos livre. Permitirá?
“Merda. Uma coisa mais prá me preocupar.“ ele disse exasperado.
“É o único que pode decidir o que é mais importante.” ouviu as cobertas de Bo, quando seu amigo se acomodava em sua cama. “Boa noite.”
“Boa noite.” Jeremy tinha um montão de coisas em que pensar. Esperava que dez dias fossem suficiente tempo.
Capítulo Oito
Por dois dias, Shep observou como Todd e Jeremy se evitavam. A única vez que podia ver seu amor, era quando estavam dentro do curral durante suas sessões de treinamento secretas, ou no estábulo. Nunca, nenhuma só vez, Jeremy foi à casa procurar a seu pai, e a si mesmo, Todd nunca perguntou a respeito de seu filho. Algo definitivamente passava entre esses dois homens.
Encontrou Todd na cozinha a manhã do terceiro dia. “Convidei Jeremy para jantar.“ ele anunciou.
Todd ficou momentaneamente impactado, mas rapidamente escondeu sua expressão. “Você convida a todos os trabalhadores para jantar?”
Shep sentiu uma opressão em seu peito, ante as frias palavras de seu amigo. “Não, mas Jeremy é mais que um trabalhador. Notei que vocês dois não tiveram tempo juntos, assim pensei que seria uma boa forma de que colocassem seus assuntos em dia.”
Todd se encolheu de ombros. “Não nos olhamos nos olhos por muitas razões, tudo mudou depois de que você se retirou.”
Uma vez mais, Shep se perguntava se Todd estava ressentido ante o fato de que seu único filho fosse gay. Decidiu deixar de esgotar-se com esse tema. “Porque é gay? Acreditava que você não tivesse problemas com os homossexuais.
Todd riu. “Eu não tenho problemas com os maricas em geral, enquanto eles sigam detrás das portas fechadas. É meu filho quem sente a necessidade de anunciar suas preferências ao mundo, eu admito tenho um problema com isso.”
Estava querendo dizer que Jeremy era sexualmente promíscuo, quando vivia com Todd, e porque diabos estava usando a palavra marica? Tinha tido mais de uma conversação com seu amigo sobre esse termo em particular. A seguinte declaração de Todd esclareceu umas coisas na mente de Shep.
“Foi a razão de porque perdi alguns dos patrocinadores. Ninguém quer o pai de um maricas anunciando Botas ou bebidas.”
Shep entrecerrou os olhos apoiando-se na mesa frente à cara de Todd. “Se voltar a usar uma vez mais esse termo em minha casa, chuto-te o traseiro.”
Todd levantou as mãos em sinal de rendição. “Isso é fácil. Eu não tenho nenhum desejo de brigar contigo. Você perguntou e eu te respondi, tratando de te explicar.”
“Bom, explica sem coloridas metáforas, tá?“ Shep voltou a sentar justo quando Regina perambulava dentro da sala.
“Bom dia.“ ela disse. Shep olhou pela borda do olho, enquanto ela enchia uma xícara de café e se unia a eles ante a mesa. “Carinho, pode me levar à cidade? Eu quero encontrar algo especial que vestir para o baile na rua.” Ela ricocheteava em sua cadeira. “OH, ouvi dizer que vai se apresentar para Trick Allen, e ele é demais.”
Todd riu nervosamente, abertamente acariciava os peitos de Regina e entrecerrava os olhos. “Não me dê idéias a respeito de Trick Allen. Eu odiaria ter que esmagar as cordas vocais do homem.”
Incapaz de que seu estômago agüentasse mais o evidente jogo sexual, Shep ficou de pé. “Melhor ir as minhas ocupações. Que tenham uma agradável tarde de compras.”
Enquanto se dirigia ao estábulo, se perguntava se Todd, sempre tinha sido um idiota ou tinha mudado agora.
Abrindo a porta da frente, Shep sabia que tinha apenas uns preciosos minutos para saudar seu amante, antes que Todd e Regina baixassem as escadas. Puxou Jeremy aos seus braços e puxou sua boca. “Senti sua falta. Senti muito sua falta.“ ele disse, antes de beijá-lo de novo.
“Me encontre no estábulo depois, “ Jeremy murmurou.
Separou-se de seu amante quando ouviu passos nas escadas. “Conte com isso.“ ele murmurou.
“O jantar está pronto.“ Shep disse enquanto Todd e Regina desciam as escadas.
“Pai,“ Jeremy disse, saudando com um leve movimento de cabeça.
Seu amante olhou a Regina de acima a abaixo. “Você é nova.“ ele comentou.
“Apresento a Regina. Bebê, este é meu filho, Jeremy.”
Shep se sentiu orgulhoso de seu amante, quando ofereceu a mão a Regina para saudá-la. Regina olhou para Todd por um momento vacilante reconheceu a saudação que Jeremy oferecia. “Seu pai me falou de você.“ ela disse, retirando rapidamente da mão de Jeremy.
“Eu aposto que falou.“ Jeremy adicionou, olhando diretamente aos olhos a seu pai.
Shep podia sentir a hostilidade no ar. Concluiu que os dois homens honestamente já não se agradavam. “Jantar.“ ele interrompeu e apontou à mesa.
Pressionou confortavelmente sua mão contra a parte pequena das costas de Jeremy, quando seus convidados lhes precediam. Apesar de que sabia que Jeremy não queria chamar a atenção, ele não pôde evitar alardear de seu amante. “Jeremy tem sido de grande ajuda no rancho.“
“É?“ Todd pareceu perguntar-se. “É um bom recolhedor de merda?”
Antes que Jeremy pudesse dizer algo, Shep saiu em sua defesa. “Rance o colocou para dar ritmo aos touros. E é malditamente bom em seu trabalho.”
O aberto olhar hostil no rosto de Todd impactou-o. Jeremy virou seu rosto para ele e murmurou “Estou bem.”
Shep decidiu manter sua boca fechada até que pudesse perguntar a seu amante. Algo era definitivo, havia algo oculto neles e tinha planejado encontrar exatamente o que era. O primeiro era conseguir terminar o jantar.
Shep se desculpou pouco tempo depois de que Jeremy se foi, com o pretexto que tinha que revisar algo no estábulo. O jantar tinha sido uma tortura, com os furiosos olhares entre pai e filho, e as incessantes risadas de Regina.
Quando se encontrou com seu amante, estava quase lívido. “Que diabos foi isso?” Ele perguntou.
Jeremy rapidamente desceu do touro mecânico e ficou frente a ele. “A que se refere?”
“Não se faça de parvo. Isto não me agrada. Que diabos passa entre você e Todd? E não quero nenhuma merda, quero a verdade.”
Viu a boca de Jeremy abrir-se e fechar-se, seu pomo de Adão oscilava. “Bom?“ Shep pressionou, quando seu amante não dizia nada.
Jeremy se afastou e olhava o chão. “Ele não quer que monte.“ Jeremy confessou. “Nunca o quis.”
A ira de Shep começou a dissipar-se, ante o abatido olhar de seu amante. Caminhou o necessário, até pôr seus braços ao redor da cintura de Jeremy. “OH, amor, apenas se preocupa com você. Isso é o que fazem os pais.”
Jeremy riu. O frio som percorreu toda a coluna de Shep fazendo-o estremecer. “Isso não tem nada que ver com que eu me machuque. Está assustado de que eu ganhe.”
Shep se congelou. Pensou em todas as coisas que tinham acontecido no passado. Todd enviando Jeremy a viver ao rancho justo quando começava. Todd realmente queria que seu filho saísse de seu caminhou? Sabia que seu amigo tinha tendência competitiva e desejava estar sempre no topo, ele não duvidou das palavras de seu amante.
Jeremy girou em seus braços e escondeu seu rosto no cabelo de Shep. “Eu não queria que você soubesse. A princípio tinha medo de que você cumprisse seus desejos e se recusasse a me deixar montar. Então eu deitei em sua cama e me preocupava o que poderia fazer se descobrisse.” Jeremy beijava o pescoço e a mandíbula de Shep. “Eu não quero te perder, não por causa dele. Eu sei que ele é seu melhor amigo e eu…”
“Shhh.“ Shep o acalmava. Ergueu a cabeça de Jeremy para olhá-lo nos olhos. “Eu te amo. Você é meu melhor amigo.”
Os olhos de Jeremy brilhavam com lágrimas não derramadas. “Eu te amo, também. Mais que qualquer maldito rodeio. Vou deixar.”
“Não.“ Shep ladrou. “Você precisa fazer isto.”
“Não se corro o risco de te perder.“ Jeremy disse.
Shep pegou Jeremy dos ombros e gentilmente o sacudiu. “Você não vai me perder. Diabos, eu esperei minha vida inteira por um homem como você. E seria um maldito se permitir que as inseguranças de Todd te afastem deste caminho.”
Passou seu polegar pela ferida na bochecha de Jeremy. “Eu nunca tive que me preocupar com a segurança de ninguém em cima de um touro. Você terá que ser paciente comigo.“ ele sorriu.
Jeremy se apoiou em Shep. “Seja o que for que aconteça eu preciso fazer isto. É tempo de finalmente parar por mim mesmo e me apartar da sombra de meu pai.”
Shep entendia o que Jeremy dizia. E seu significado começou a lhe preocupar. “E que acontecerá se deixar a sombra de Todd? E se você ganhar? Deixará Cattle Valley para fazer fama e sorte com os cowboys de touros profissionais?“ ele perguntou, sua voz era de preocupação.
Jeremy negou com a cabeça. “Eu já enchi minha vida das estradas. Este é meu lugar, eu prefiro ficar aqui, em sua cama cada noite o resto de minha vida.”
Shep pressionou a boca de Jeremy, pondo todo o amor que sentia em uma série de beijos. Depois de três noites seguidas, Shep sabia que esta vez conseguiria dormir muito pouco, mas esta vez por uma razão completamente diferente.
Jeremy despertou com o sólido corpo de Shep pressionando suas costas. A inconfundível longitude da ereção de seu amante pressionando contra seu traseiro, na estreita cama. Abriu os olhos e se surpreendeu um pouco ao ver o olhar de Bo fixo neles. “Bom dia.“ Jeremy murmurou.
“Eu posso ver isso.“ Bo disse com um sorriso “São quase seis. A menos que as coisas tenham trocado durante a noite, você tem que despertar ao chefe, e que tenha tempo de chegar a sua casa, antes que despertem os convidados.”
Jeremy assentiu. “Pode nos dar uns minutos?”
“Claro.” Bo tirou as cobertas e tirou as pernas a um lado da cama. Antes de deixar o quarto. Bo retornou. “Disse-lhe tudo?
“Quase.“ ele murmurou.
Bo olhou uns segundos antes de sair da habitação. “Que foi o que não me disse?“ A profunda voz de Shep perguntou em sua orelha.
Merda. Tinha estado preocupado por este momento desde a primeira vez que seu pai tinha lhe golpeado. Sabia inclusive, quando eles não eram amantes, como raciocinaria Shep. “Se eu te disser, você afastará meu pai e então eu não terei oportunidade de competir contra ele.”
Shep se deslizou sobre as costas o suficiente para girar a Jeremy em seus braços e o ter nariz com nariz, Shep olhou fixamente nos olhos.
Nenhum dos dois disse nada por um momento. De repente pareceu que se fez a luz na cabeça de Shep. Seu amante passou seu dedo pela ferida da bochecha. “Ele te fez isto?
Jeremy tragou saliva. “Quando eu fui vê-lo, se zangou. Então eu lhe disse que ia montar no rodeio e que esta vez se terminaria, então nós veríamos quem era o melhor homem. Eu sei que foi estúpido, mas eu…“
“Vou matar ele.” Shep saltou da cama e procurou seus jeans.
“Não, por favor. Isto é pelo que não queria que soubesse. Por favor, Shep.“ Jeremy rogou, envolvendo seus braços ao redor do torso nu de seu amante.
Shep deixou de vestir-se e embalou o rosto de Jeremy. “Inclusive se eu não te amasse como o faço, eu nunca seria capaz de me deter sabendo que esse monstro levantou a mão contra você.”
“Por favor, não ainda.“ Jeremy continuou rogando.
“A única coisa que eu posso prometer é que me assegurarei de que vai competir.”
“Como?“ Jeremy perguntou.
“Deixe comigo.“ Shep disse e o beijou. “Eu te encontrarei depois de atirar o lixo.”
Jeremy viu as musculosas costas de Shep sair do quarto com sua camisa na mão. Rapidamente se vestiu e foi procurar a Rance.
Capitulo Nove
Shep subiu a escada de dois em dois, entrando no quarto de Todd sem bater. Caminhou para a cama e a chutou o suficientemente forte para despertar Todd e Regina. “Empacota suas coisas e saia de minha casa!”
Regina rapidamente pegou as cobertas para cobrir sua exposta pele. “Que… que acontece?“ ela chiou.
Shep não se molestou em responder à parva loira. Focou-se em Todd e em despertar a consciência do que estava acontecendo. “Que diabos esta mal contigo?“ Todd perguntou, procurando suas calças.
“Como te atreveu a levantar a mão a seu próprio filho, bastardo.”
“Que? Ele te disse isso? É um mentiroso. Mente o tempo todo.”
Shep foi para Todd em um instante, envolvendo suas mãos ao redor da garganta do homem. “Vou te matar.“ ele gritou.
“Shep! Pare.“ uma voz gritava.
Alguém atrás dele estava tratando de abrir à força o agarre por suas mãos. “Não faça.“ Rance dizia em seu ouvido. “Pode ser um idiota, mas ainda é o pai de Jeremy, e seu amigo.”
Shep olhou o vermelho rosto de Todd. Estava fascinado pela maneira em que o rosto de seu amigo de tanto tempo se estava voltando lentamente púrpura.
“Por favor.“ uma suave voz ao lado dele disse.
A voz de Jeremy era a única com o poder de romper o feitiço da ira que tinha ultrapassado. Liberou Todd e o empurrou à cama. “Cinco minutos. Tem cinco minutos para sair daqui ou finalizo o trabalho que comecei.”
Sempre o homem da razão, Rance parou entre o Shep e Todd. “Desçam enquanto eles empacotam as coisas.”
Shep deu a volta e puxou a Jeremy a seus braços.
“Está bem.“ Jeremy disse e guiou Shep fora do quarto.
Quando Jeremy o sentou em uma cadeira na cozinha, Shep tinha começado a tremer. Tinha sido muito capaz de matar a seu amigo, ex-amigo. Rance lhe deu uma xícara de café, mas suas mãos estavam tão trementes que inclusive não podia sustentar a xícara.
Jeremy pegou a xícara de café e a colocou na mesa e se sentou no colo de Shep. “Eu não devia haver dito isso.”
A tristeza na voz de seu amante o tirou do estado de transe em que se encontrava. “Não. Não diga isso. Eu desejo que possa me dizer tudo logo que aconteça…“ Shep se deteve, quando algo lhe ocorreu. “Ele fez isto antes, não é assim? Quando foi a primeira vez?”
Jeremy olhou para baixo, recusando-se encontrar-se com o olhar de Shep. “Minhas costelas. Recorda que te disse que entrei em uma competição faz vários anos? Bom, depois da primeira ronda, meu pai me descobriu e me empurrou contra um dos tubos de descarga. É por isso que não pude terminar.”
Ainda não podia acreditar que o homem ao que tinha chamado amigo por tantos anos fora capaz dessas coisas. “Que lhe aconteceu? Ele está estranho.”
“Eu te direi o que aconteceu.“ Todd disse, parado no marco da porta. “Eu herdei um maricas por filho, que pensa que é bastante homem para me vencer.”
Shep se levantou repentinamente de sua cadeira, deixando a Jeremy de pé. Ia avançar, mas Rance e Jeremy o detiveram. “Adverti-te sobre usar essa palavra em minha casa.”
“Estou te pegando muito perto de casa, Shep? Este é o momento em que pode ganhar.” Todd se burlou. “Você deveria ter se associado à Associação de Rodeio Gay. Possivelmente aí tivesse tido oportunidade de obter um campeonato.”
Vindo do homem com o que tinha viajado e vivido por anos, Shep sentia como se lhe estivessem chutando o traseiro. Sabia que tinha sido um maldito bom cowboy com os touros, mas saber era muito pouco para ele, mexeu com seu orgulho nesse momento. Deus, como desejava poder competir, mas no estado de seu joelho isso era…
Jeremy o surpreendeu ao dar um passou à frente e ficar cara a cara com seu pai. “Vou montar no rodeio de Cattle Valley. Acredita que é mais homem que eu, prove isso.”
Todd olhou sobre o ombro de Jeremy. “Esta é sua idéia?“ perguntou a Shep.
“Não. Mas eu o apoio em tudo, sinceramente, e farei tudo que estiver em meu poder para ajudá-lo.“ Shep respondeu, envolvendo seu braço ao redor da cintura de Jeremy.
Todd entrecerrou os olhos e seus lábios fizeram uma careta de desgosto. “Você está fodendo com ele.“ ele asseverou.
“Eu estou apaixonado por ele.“ Shep respondeu.
Todd riu e negou com sua cabeça “Vamos, Regina. Eu não posso ficar com estes pervertidos nem mais um segundo.”
Regina, quem tinha permanecido ao seu lado, com os olhos muito abertos, assentiu e seguiu a Todd. Antes de abrir a porta da frente, Todd girou. “Deveria saber de uma velha rainha como você. OH, como amava a carne dos vaqueiros jovens. Suponho que não mudou muito, huh? Bom isso me adoecia então, adoece-me ainda mais agora.”
Shep tratou de ir para pegar Todd uma vez mais, mas Rance se interpôs entre os dois homens. “Todd. Se não tirar seu traseiro da propriedade nos próximos trinta segundos, você nunca será capaz de voltar a montar de novo. Tenho um rancho inteiro cheio de maricas, e tenho certeza que estão mais que dispostos a te ensinar o que um real homem pode fazer.”
A ameaça finalmente o convenceu, porque Todd deu meia volta e saiu pela porta, com sua mala na mão. Ele não olhou para trás, nem sequer para ver se Regina o seguia.
Enquanto Shep olhava pelo caminhou, negou com a cabeça. Como pôde equivocar-se tanto tempo sobre o tipo de homem que era Todd? Sentia-se como um parvo.
Jeremy envolveu seus braços ao redor da cintura de Shep. “Ele piorou com o passar do tempo.”
“É isso? Ou eu estive sempre cego de seus reais sentimentos por mim?”
Jeremy negou com a cabeça. “Não pense nisso. Eu sei que te amava como um amigo, quando vivia conosco. Ele não podia haver se sentido dessa maneira, se tivesse estado aborrecido contigo porque é gay. Não, eu penso que há algo mais que está acontecendo.”
“Não é desculpa para o que te fez.“ Shep disse.
“Não, não é. Embora eu precisasse acreditar que ele me amava, também.“ Jeremy murmurou.
O sino da porta tilintou, quando Shep entrou no Tyler’s Flores e Presentes. Ele não tinha tido razão para deter-se na nova loja, desde sua remodelação. “É genial o que fez aqui,“ comentou quando Tyler chegou da parte de trás.
“Obrigado.“ Tyler disse, olhando ao redor de sua loja. “Eu duvidava inclusive, de te ver aqui, deve ter um novo homem em sua vida.”
Shep sentiu o rubor subir por seu rosto. “Não é realmente novo, apenas finalmente reconhecido.“ ele admitiu.
Notou uma expressão de tristeza no rosto de Tyler antes que rapidamente a escondesse. “Que posso fazer por ti?”
“Jeremy vai montar no rodeio em uns dias, e quero lhe dar algo especial que lhe deixe saber o quanto orgulhoso estou dele.”
Tyler esfregou o queixo. “Como flores ou algo mais?”
“Não sei. As flores morrerão e os doces os comerá, eu pensava em algo um pouco mais permanente.”
Tyler levantou suas sobrancelhas. “Então, esta nova relação é seria?
“Como um ataque ao coração.” Shep olhou ao redor da loja. “Tem algumas roseiras?”
“Sim.“ Tyler continuava com a mão em seu queixo. “Já sei, o que quer, me deixe te mostrar algo, se planeja uma longa vida com ele, lhe dê uma árvore.”
“Uma árvore?“ Ele não tinha pensado em algo tão aborrecido como uma árvore.
Tyler assentiu e indicou a Shep que o seguisse. Shep se deteve frente ao balcão e esperou, enquanto Tyler tirava um livro da gaveta detrás dele. “Há duas variedades que penso que deveria considerar. Primeira é o American Linden, com folhas verde escuro em forma de coração cresce até perto de quarenta metros. No verão ele tem flores amarelas. Minha segunda sugestão pode ser o sensacional Sensation Boxelder. É uma variedade masculina que não atrai as pragas habituais. É uma árvore muito forte e cresce também até os quarenta metros.”
Tyler girou o livro para que visse as fotografias. “Em minha opinião, nada indica longevidade como uma árvore.”
Shep revisava as fotografias. Pensava que de um lado do pátio tinha um grande espaço vazio onde o raio atingiu ao velho carvalho anos antes. Podia facilmente imaginar a nova árvore plantada para Jeremy. “Você tem estes aqui?”
“Não, mas eu posso encomendar e ir até Sheridan. Eu tenho certeza que trazer isso no ônibus.” Enquanto Shep estava tratando de decidir se tinha tempo de ir a Sheridan, o sino anunciava a chegada de outro cliente. Tyler se inclinou para frente, e murmurou. “Pode me esperar? Hearn esta aqui por seu acerto semanal para a tumba do Mitch.”
Shep assentiu e olhou para Hearn. O homem se via absolutamente miserável. Shep, como a maioria da gente da cidade, pensavam que Mitch Lanham era um asno. Mitch tinha a um bom homem como Hearn, mas o idiota sempre pescava ao redor.
Independentemente, o homem não merecia morrer dessa forma, especialmente com Hearn e Tyler no carro quando aconteceu.
Decidindo dar aos dois amigos um pouco mais de privacidade, ele retornou a estudar o livro. Tratou de imaginar cada árvore no terreno que tinha escolhido. Uma imagem dele e Jeremy apareceu em sua mente e sua decisão já estava tomada.
Girou para Tyler para lhe dizer sua decisão e se deteve ao ver o amor no rosto de Tyler, quando lhe deu o acerto de cravos e margaridas ao desconsolado Hearn.
Hearn disse algo tranqüilamente e saiu da loja. Tyler ficou de pé um momento olhando a porta antes de retornar ao balcão. Shep se ruborizou, sabendo que tinha sido testemunha de um algo extremamente pessoal.
“Já se decidiu?“ Tyler perguntou.
“Sim. Eu realmente aprecio sua ajuda, mas acredito que irei até Sheridan e trarei American Linden, se posso encontrá-lo.
Tyler deu seu melhor sorriso. “Não é problema. Seu Jeremy é um homem muito sortudo de ter um homem como você.”
“Não.” Shep negou com a cabeça. “Eu sou o único sortudo.
Quando Shep chegou ao rancho já era quase hora do jantar. Decidiu esperar para surpreender Jeremy com seu presente. Caminhou para o barraco.
Antes que chegasse, Rance o encontrou baixando os degraus e levantou suas mãos. “Eu preciso falar contigo antes que entre.”
Shep olhou para a porta sobre o ombro de Rance, e voltou a vista para seu capataz. “Aconteceu algo?“ ele perguntou sentindo que seu coração se acelerava.
“Sim e não. Não é nada sério, mas quero que saiba antes que veja por você mesmo.”
“O que?“ Shep perguntou, impacientando-se, tratando de se esquivar de seu amigo.
“Jeremy caiu duro sobre seu quadril. Não quebrou nada. Parece ser apenas uma contusão, mas pode ter um músculo estirado.”
Shep empurrou Rance fora de seu caminhou e chegou à porta. “Onde ele está?”
“Ele insistiu que o levássemos a sua casa.“ Rance disse atrás dele. “Bo está com ele, embora Jeremy fizesse um alvoroço por isso. Clamava que estava bem, mas eu percebi que coxeava bastante.”
“Obrigado.“ Shep disse, enquanto corria para a casa.
Deteve-se no afresco interior e olhou a sala “Jeremy.“ ele gritou.
“Suba.“ Jeremy respondeu.
Shep subiu correndo as escadas e entrou no quarto. Jeremy estava apoiado contra o respaldo da cama, jogando cartas com Bo. Seu amante parecia estar de muito bom ânimo, embora a metade de seu corpo estivesse coberta por cobertas.
“Como se sente?“ Shep perguntou, a um lado de Jeremy.
“Estúpido.“ Jeremy respondeu.
Bo escolheu esse momento para tirar as cartas da mão de Jeremy. E fez uma grande cena ao vê-las. “Maldição, eu poderia ter ganho. Bom, jogaremos em outra ocasião.”
“Sim.“ Jeremy sorriu. “Obrigado por ser minha babá.”
Bo riu. “Ao menos não tive que pôr talco em seu traseiro e trocar suas fraldas.”
“Boa coisa.“ Shep grunhiu.
Rindo, Bo saiu do quarto. Logo que ouviu a porta da frente abrir-se e fechar-se, Shep levantou a coberta. “Porra.“ ele soltou. O hematoma azul e arroxeado se estendia do quadril de Jeremy para sua virilha e sua coxa.
Jeremy tratou de lutar com ele pela coberta. “Não é nada. Nós pusemos ungüento. Espero que esteja melhor pela amanhã.”
Shep se inclinou e roçou seu nariz com o de seu amante. “Quem te pôs o ungüento?“ Pensar que Bo tivesse posto suas mãos no corpo nu de Jeremy, não lhe estava caindo bem.
“Principalmente eu, mas Bo me ajudou nos lugares aonde não alcançava.” Jeremy embalou a bochecha de Shep e sorriu. “Me acredite. Não estava de humor para desfrutar isso.“
Shep começou a despir-se e se deteve. “Precisa comer algo antes que suba à cama?”
Jeremy negou com a cabeça. “Tudo o que precisou é de você.”
Agora nu Shep brandamente subiu à cama sob as cobertas e se pressionou contra o lado não machucado de Jeremy. Pensou brevemente na árvore na parte de atrás da caminhonete, mas decidiu esperar até manhã para dar o presente a Jeremy.
Com seu amante aninhado contra ele, enquanto dormia, Shep olhou para a janela e sorriu. Algum dia eles seriam capazes de estar deitados aí e ver sua árvore dessa mesma janela.
Sua mente começou a perguntar-se se seria boa idéia que Jeremy montasse, ao pensar na expressão no rosto do Hearn. Isso valia a oportunidade?
Capítulo Dez
“Heiy.“ Shep disse encontrando Rance no curral. “Eu dei um comprimido para a dor de Jeremy e lhe disse que dormisse o resto do dia. Se necessitar alguma coisa, volto daqui umas horas. Primeiro vou à cidade para ver se Todd já se registrou para o rodeio.”
Rance assentiu. “Quer que diga a alguém que plantem a árvore que vi apoiada contra a casa?”
“Não. É um presente para Jeremy. Eu a plantarei quando retornar.”
Rance sorriu. “Acredito que vou vender ingressos. Duvido que um só homem aqui, o tenha visto trabalhar escavando um buraco.”
“Cale a boca, menino preparado. Isso é porque eu sou o chefe.“ Shep respondeu com um sorriso.
Rance continuava rindo, enquanto Shep se dirigia à caminhonete.
Estava preocupado a respeito de Jeremy, quando dirigiu os sete quilômetros à cidade. Sabia que Jeremy podia ser capaz de montar, apesar de seu quadril. Diabos ele mesmo tinha feito dúzias de vezes faz anos, por isso ele sabia quanto doloroso podia ser.
Shep tinha passado quase uma hora tratando de convencer Jeremy de que saísse da competição, mas seu amante não queria ouvir nada sobre isso. Insistindo uma vez mais que o único que queria era ganhar o respeito ante os olhos de seu pai. Shep sabia que Jeremy podia ganhar centenas de competições e nunca ganharia o respeito de homens como Todd, apenas manteve sua boca fechada. Se algo bom podia sair de tudo isso era que Todd aprendesse um pouco de humildade nas mãos de seu filho.
Estacionando frente à prefeitura, Shep foi diretamente ao escritório da Carol. Apesar da porta estava aberta diplomaticamente bateu no marco.
Carol olhou detrás do computador. “Hey, Shep. Quade não está.”
Shep tirou seu chapéu e entrou no pequeno escritório. “Hey, Carol. Apenas vim te pedir um favor se não se incomodar.”
A secretária de meia idade tirou as lentes e olhou.
“Isso depende de que tipo de favor, agora em que posso te ajudar?”
Sorriu. “Sim, senhora. Eu apenas me perguntava se podia me dizer se já se registrou Todd Lovell para montar neste fim de semana?”
Uma das sobrancelhas marrom escuro de Carol se levantou. “Shepard Black. Pareço mais velha para você? Todo mundo sabe que você não diz ‘senhora’ a uma mulher a menos que ela tenha o cabelo grisalho. Vê algum fio branco em meu cabelo?”
Negou com a cabeça. “Não. Sinto muito. Eu não quis te ofender.”
Carol suspirou e girou os olhos, deixando seus óculos na mesa. “Você não tem que fazê-lo. Eu sou a que devo me desculpar. Está foi em uma semana difícil. Sinto muito estou cansada e me desforrei contigo.”
“Os grandes preparativos para o vigésimo quinto aniversário da cidade está lhe esgotando?”
“OH diabos não. Eu posso dirigir essas coisas com os olhos fechados. Não, é Quade. Está me deixando completamente louca.”
A relação entre o prefeito e sua secretária era legendária. Os dois brigavam constantemente como marido e mulher, mas no fundo podia dizer honestamente que não cuidavam um do outro. “Que está fazendo Quade agora?”
“Nenhuma maldita coisa. Esse é o problema. Desde que voltou do Havaí esteve deprimido. Eu pensei que o novo albergue o faria mover o traseiro, mas não o fez.”
“Finalmente encontrará o caminho. Eu sei que isso não é de muita ajuda. Você é a única que trabalha com o dia a dia, mas vai melhorar.”
“Huff.” Carol colocou seus óculos. “A resposta a sua pergunta é não, o Sr. Lovell não se registrou. Claro, ainda pode fazê-lo até a manhã do evento no rodeio.”
“Obrigado.“ Shep disse, despediu-se com um sinal de mão e saiu do escritório.
Depois de deter-se na arena do rodeio nos subúrbios da cidade, Shep teve sorte ao encontrar um amigo de Todd descarregando seu cavalo. Jim disse que ele tinha recebido um telefonema de Todd, e que ele e Regina estavam ficando em um motel a uma hora ao norte de Cattle Valley.
Vendo a caminhonete de Todd estacionada frente ao solitário e histórico motel, apertou o volante. Falar com Todd era a ultima maldita coisa na terra que queria fazer, apenas que isto não era por ele. Tinha prometido a Jeremy que lhe daria a oportunidade de competir contra seu pai, e Por Deus, Shep se asseguraria que isso acontecesse.
Com sua nova resolução, ele saiu da caminhonete e foi direto a bater na porta de Todd. Depois de bater por vários minutos. Começou a gritar. “Todd! Abre!”
Finalmente a porta se abriu e Todd saiu. “Que diabos quer, agora?”
Shep girou e enfrentou seu ex-amigo. “Quero saber por que não se registrou para o rodeio?”
“Decidi não fazê-lo. Não vou ganhar nada competindo contra meu próprio filho.”
Todd era audaz falando, mas Shep começava a ver debaixo da máscara. Sabia que Todd sabia que podia perder. “Você vai montar.“ Shep declarou. “Porque se não a imprensa pode receber um telefonema. Que acredita que pensam seus muitos admiradores, quando se inteirarem que o grande Todd Lovell abusava fisicamente de seu próprio filho?”
“Você não faria isso.“ Todd grunhiu.
“Me prove.” Shep lhe disse, e caminhou para sua caminhonete. “Espero te ver nas preliminares na sexta-feira.“ disse casualmente sobre o ombro.
Jeremy despertou com uma umidade percorrendo seu corpo. “Hey.“ ele disse levantando a cabeça de Shep para beijá-lo. “Acaba de chegar em casa?”
“Não.“ Shep respondeu. “Cheguei a casa faz algumas horas. Estava um pouco suado e pensei em subir e te dizer que tomássemos um banho juntos, mas te encontrei dormindo.” Shep se sentou ao lado dele na cama.
“Devia ter me acordado. Eu necessito um banho de qualquer maneira. Estive nesta cama desde minha queda e estou um pouco pestilento.“ ele disse cheirando sua axila.
“Mmm.“ Shep gemeu, pegando seu nariz na axila de Jeremy. “Parece-me que cheira a homem.”
“Sim? Então deixamos o banho e ficamos com um viril aroma?“ Circulou com seu dedo o mamilo de Shep vendo-o endurecer-se.
“Estava sujo, não só suarento.” disse Shep.
Sujo? Shep? “O que, os livros estavam cheios de pó?”
“Muito divertido. Acredito que você e Rance foram à mesma escola de palhaços.” disse Shep.
Embora Shep risse, Jeremy podia ver que suas palavras tinham ferido seu orgulho. O beijou o pescoço de Shep. “Sinto muito. É que ultimamente é estranho que te veja fora de seu escritório.”
Shep suspirou e passou sua mão pelas costas de Jeremy. “É a única coisa que odeio deste lugar.”
“Então contrata a alguém para que trabalhe com os livros.“ sugeriu Jeremy.
“Poderia fazê-lo, mas então que faria eu?“ Shep se moveu incomodo até que ficou deitado ao lado de Jeremy. “Meu joelho está bastante bem, mas depois de algumas horas começa a pulsar. Eu achei que era melhor que os empregados não se inteirassem que seu chefe tinha dor. Não tinha sentido que eles me vissem como um prejudicado ex-cowboy de touros.”
Jeremy se sentou, machucando-se com o rápido movimento. “Você tem feito coisas que os homens deste rancho só podem sonhar então não me venha com a rotina de ‘pobre por mim’. Além disso, nós somos mais que seus empregados somos seus amigos.”
Shep puxou de novo a seu lado. “isso acalma vaqueiro.”
“Isso digo eu.”
“Eu sei o que você diz, e estou de acordo. Eu estou rodeado de amigos.”
Jeremy passou sua mão pelo peito de Shep e embalou suas bolas. “Possivelmente poderia dar a Rance e Bo um pouco mais de deveres?”
“Como que?“ Shep perguntou.
“Bom. Fazer que Bo leve os livros das sementes e os inventários. Realmente é muito preparado e para esse tipo de trabalho na comunidade onde vivia. E Rance é mais que capaz de levar os dados da reprodução no computador. Inclusive se apenas consegue ter livre um par de horas ao dia, acredito que se sentiria melhor.”
Jeremy soltou o fôlego. Necessitava que Shep pensasse a sério. Não somente porque seria um bom augúrio para sua futura relação, mas sim porque repentinamente sentiu medo. Que se Shep decidisse que trabalhar com os livros do rancho não era lugar para ele e decidia vender esse lugar?
Shep parecia que estava trabalhando a idéia em sua mente, enquanto que Jeremy seguia apertando e acariciando as bolas de seu amante. “Por favor, não quero que se aborreça e me deixe.“ Jeremy murmurou.
O olhar de Shep passou da branca parede a Jeremy. “Que? Porque me aborreceria e te deixaria? Não se deu conta que é o mais importante em minha vida?”
Shep exalou em frustração. “Vamos, se vista, há algo que quero te mostrar.”
Mais que um pouco confundido, Jeremy se sentou, e ficou de pé sem permitir que seu rosto traísse a dor que sentia. Olhou ao redor do quarto. “Onde estão meus jeans?”
“Lavando. Sinto muito, esqueça isso. Colocarei na secadora quando descermos.“ Shep disse. Caminhou para sua cômoda e pegou umas calças de moletom. “Ponha isto por enquanto.”
Jeremy pegou a calças de algodão azuis e voltou a sentar-se na cama para vestir, quando ficou de pé, as calças se deslizaram para baixo por seus quadris, via seu pêlo púbico exposto. “Realmente quer que eu saia com isto?”
“Porra.“ Shep disse caindo de joelhos em frente de Jeremy. Enterrando seu rosto na virilha de Jeremy, Shep ofegou.
Jeremy gemeu quando a boca de Shep rapidamente se encheu de seu pênis, através do suave algodão. Apoiou suas mãos nos largos ombros frente a ele. Shep empurrou a suave calça com seu queixo pegou o pênis de Jeremy em sua boca.
“OH, Deus.“ Jeremy gemeu e se empurrou para o rosto de Shep.
O entusiasmo com que seu amante chupava e lambia seu pênis. Era estar no céu, até que Shep tratou de ancorar-se tomando os quadris de Jeremy.
O vaio de dor fez erupção de sua garganta antes que pudesse evitá-lo. Shep imediatamente tirou sua mão e deixou rapidamente o desinflado pênis de Jeremy saísse de sua boca.
“OH, doce coração, sinto muito.“ Shep disse. Ficou de pé e envolveu seu braço ao redor de Jeremy. “Eu não quis te machucar por nada do mundo.”
Ele se aconchegou contra o peito de Shep. “Eu sei. Ambos nos deixamos levar um pouco. Acredite-me com a chupada de meu pênis, a última coisa que eu pensava era em meu quadril.”
Shep olhou fixamente aos olhos de Jeremy antes de aproximar-se. Passou sua língua pelos lábios de Jeremy, antes de explorar o interior. Jeremy pôde provar seu próprio sabor na língua de seu amante.
Retirou-se com um sorriso. “Que é o que queria me mostrar?”
“OH. OH! Sim vamos.” Shep o guiou fora do quarto e desceram as escadas. “Segure as calças na cintura com suas mãos, quando sairmos. Eu odiaria ter que dar um murro nos olhos a algum de meus vaqueiros por ser tolos ao ver-te.
Ele amava quando Shep se comportava todo ciumento e protetor. Tinha tido muito tempo que pensar no dia e meio sobre as palavras de seu pai. Realmente esperava que Todd estivesse errado sobre Shep ele era apenas mais um dos jovens vaqueiros aos que fodia. Em seu coração sabia que essas palavras somente foram ditas para ferir a ambos, mas era algo em que pensar. Diabos, os jovens gays que estariam ao redor no circuito, ainda se perguntariam pelo Shep e poderiam querer vir de visita.
Shep o guiou a um lado da casa e se deteve. Jeremy se apoiava nos braços do grande vaqueiro. “Eu queria te dar algo especial para que soubesse o quanto orgulhoso estou de você.” Shep o beijou antes de lhe assinalar uma árvore de uns três metros de altura recém plantada.
“Você plantou isso?“ Estava um pouco confundido pelo presente, mas o fato de que Shep tivesse dado algo o enchia de alegria.
“Sim é um American Linden, chamam-na de legendário. Vêem aqui, quero que veja algo.” Shep puxou Jeremy para uma das folhas verde escuro da árvore. “Vê a folha? Têm forma de coração. Da maneira em que eu o vejo quando este jovem alcance os quarenta metros de altura estará nos cobrindo com ‘nosso amor’.”
Jeremy nunca tinha ouvido nada mais formoso. Sentia o ardor das lágrimas enquanto Shep continuava.
“Dentro de dez anos mais ou menos, nós seremos capazes de olhar da cama as folhas golpear a janela com a suave brisa. Penso que podemos construir algo no pátio, mas isso será quando for suficientemente grande. Possivelmente podemos pôr uma poltrona reclinável abaixo, mas tem que ser o suficientemente largo para os dois.”
“Pare.“ Jeremy disse momentos antes de beijar ao homem que amava. Derramou cada grama de seus sentimentos nesse beijo. Quando se separaram olhou os profundos olhos azuis de Shep. “Esse é o melhor presente que poderia me dar.” Todas as preocupações a respeito das cruéis palavras de seu pai se desapareceram em um instante.
“Hey. Que está mau?“ Shep perguntou secando as lágrimas que já desciam pelo rosto de Jeremy.
“Nada. Estou feliz que nos veja juntos em dez anos.”
“Dez?“ Shep riu. “Isso é apenas o começo.”
Capítulo Onze
“Bom dia.“ Shep disse, servindo café em sua xícara térmica.
“Bom dia.“ Rance disse. “Nós estamos preparados para carregar o gado do rodeio. Imagino que precisaremos de três viagens.”
Shep assentiu e bocejou. “Parece bom.” Revisou os touros. Estão muito agitados esta manhã. Era mais que óbvio por sua conduta, que eles sabiam que algo ia acontecer. “Quem está ajudando?”
“Buddy está enganchando o trailer enquanto falamos. E Jim e Steve estão terminando suas tarefas e estão dando uma mão.”
“E Bo?“ Shep perguntou.
“No pasto como de costume. Pensa que virá uma tormenta e quer empacotar todo o feno que seja possível antes do rodeio.”
Shep olhou para cima e se encolheu de ombros. “Bom, o céu esta azul como posso ver e meu joelho não me machuca, então penso que está equivocado.”
“Quem sabe. Onde está Jeremy? Vai estar nas preliminares esta tarde?”
“Sim estará. Eu lhe pus linimento perto de cinco vezes diárias. Está tentando encontrar o que vai vestir,“ Shep riu. “Está tão nervoso, como o inferno e duas vezes mais lindo.”
Rance riu. “Acreditarei em sua palavra sobre isso.”
Buddy atirou a um lado do abrigo o equipamento e retrocedeu o trailer até o curral do gado. “Vamos começar com os touros. Eu não gosto da maneira em que me vêem.”
Durante os seguintes trinta minutos eles carregaram aos agitados animais. Shep estava fechando a porta do trailer quando Jeremy chegou caminhando atrás dele.
“Hey. Sinto muito, não fui o bastante rápido para ajudar.“ Jeremy riu.
Distraído, Shep soltou a porta o suficiente para que ‘Hell’s Bells’ golpeasse com a cabeça o metal, a pesada porta golpeou o machucado joelho de Shep, causando que gritasse de dor.
Jeremy e Rance se apressaram a chegar e fechar a porta e assegurá-la. Shep estava inclinado, assustado de vomitar por causa da dor. Jeremy tratou de tocá-lo, mas Shep levantou uma mão, silenciosamente lhe pedia um momento. Já por volta de anos que tinha experimentado uma dor assim. Eu me estou voltando débil.
Depois de cuspir várias vezes na terra. Shep balançou seu peso para sua perna boa e se endireitou. ”Pode me ajudar a chegar à caminhonete?“ perguntou a Jeremy.
“Não.“ Jeremy disse. “Mas posso ir e trazer a caminhonete e te ajudar a entrar.” Se foi antes que Shep pudesse opor-se.
“Necessita que te leve ao doutor.“ Rance disse, pondo seu braço ao redor da cintura de Shep para estabilizá-lo.
“Estou bem.“ ele insistiu. “Eu apenas preciso me sentar uns minutos.”
“Com toda a loja de ferragens[10] que tem nesse joelho, algo pôde facilmente soltar-se com o golpe. Apenas te cale e deixa que cuidem de ti.”
Genial. Isso é o que necessitava. Tinha prometido a Jeremy dançar com ele na celebração na rua depois do rodeio.
Sua caminhonete chegou diretamente frente a ele e Jeremy se baixou. O sentido comum e a dor, invalidou qualquer argumento que estava preparado a dar.
Rance e Jeremy o ajudaram a subir na caminhonete. “Leva esses touros à arena.“ disse a Rance, enquanto Jeremy subia ao assento do condutor.
Empurrou o assento, para trás tudo o que pôde para manter sua perna esticada, sobressaltando-se de dor com cada salto do caminhou. “Estou velho.“ murmurou.
Jeremy estirou seu braço e alcançou a mão de Shep. “Não, não está. Foi uma distração ante meu assombroso corpo sexy.”
“Se acredita isso. Claro então será sua culpa que eu não possa cumprir minha promessa de dançar contigo.”
Jeremy riu. “Nós vamos combinar bastante. Dois vaqueiros coxos com um grande fim de semana frente a nós.”
Quando eles chegaram à entrada de emergências, a dor no joelho de Shep tinha diminuído um pouco. Entretanto ele não pôde deter o preocupado Jeremy sair atrás de uma cadeira de rodas. Um rosto sorridente apareceu através do guichê.
“Eu ouvi que tem alguns problemas.“ o Dr. Singer disse.
Shep virou os olhos. Realmente melhorou seu humor ante a alegria do Isaac. Claro que esse homem tinha duas razões para estar feliz nesses dias. Enxergou Matt empurrar a cadeira de rodas à entrada em companhia de Jeremy.
“Aqui, vamos.“ Matt disse e segurou a cadeira. “Levaremos para dentro.”
Isaac e Matt o ajudaram a sair da caminhonete, com Jeremy perto. Pegou a mão de seu amante. “Deveria ir se preparar para sua montaria?“
Jeremy negou com a cabeça. “Parece-te que posso me concentrar contigo aqui. Dê-me um descanso.”
Isaac levou a cadeira ao quarto de exames e Matt se ajoelhou frente a ele. Sentiu o joelho de Shep através do brim antes de negar com a cabeça. “Sinto muito, precisa tirar isso. Pode fazê-lo, ou quer que os corte?”
“Está brincando. Podem estar descoloridos, mas são uns perfeitos bons jeans.” Shep abaixou o zíper. “Pode me ajudar?“ perguntou a Jeremy lhe piscando um olho.
Jeremy pegou o cinto enquanto Shep se levantava um pouco apoiando-se nos braços da cadeira. Seu amante facilmente deslizou os jeans e se tirou, emprestando maior atenção ao machucado joelho.
Matt assobiou quando viu as linhas de cicatrizes que decoravam sua perna esquerda. “Maldição. Vê-se que tiveste um pouco de trabalho aí, quando foi?”
“Há quatro anos. Eles tiveram que me reconstruir a maldita coisa usando tela metálica de galinheiro e cola.”
Matt riu. “Como vê a instalação.” O jovem fisioterapeuta, começou a examinar o joelho de Shep, manipulando de uma e outra maneira. Finalmente se apartou. “Necessitamos radiografias, mas acredito que o mais provável é que seja uma profunda contusão.” Matt olhou para Isaac. “Quer fazer as honras?”
“Seria melhor, eu não tenho nenhuma consulta agendada até dentro de uma hora.” Ficou de pé atrás da cadeira de rodas de Shep. “Vamos vaqueiro. Darei-te uma coroa na mesa de radiografias.”
Shep olhou para Jeremy e virou os olhos.
Passou uma hora a mais antes que Shep e Jeremy estivessem a caminho. “Tem certeza de que não quer que te leve para casa?“ Jeremy perguntou. “Tenho tempo suficiente para ir e retornar à arena.”
Shep negou com a cabeça. Não, Matt lhe tinha dado alguns comprimidos para a dor e estava se sentindo um pouco sonolento. “Eu posso dormir uns minutos na caminhonete antes de sua montaria, mas eu não quero perder isso.”
Estava pensando a respeito do que Isaac tinha mencionado por acaso. Evidentemente o doutor não sabia que já não dirigia a palavra a Todd, e que já não era seu melhor amigo. “Isaac disse que seu pai foi até ele para que lhe desse uma receita para dor.” Olhou para Jeremy. “Sabe para que está tomando?”
Jeremy levantou as sobrancelhas. “Não. Não tinha idéia. O doutor não te disse o que eram?”
“Dor em articulações. Muito provavelmente ele tem princípios de artrite, muitas fraturas, por todos os lados, suponho.” Ele não pôde deixar de se perguntar se a mudança de personalidade poderia ser devido à dor ou aos remédios. Possivelmente a nenhuma. Provavelmente sabia que ele não poderia seguir montando mais tempo. Ia dizer algo a Jeremy, mas se deteve a tempo. A última coisa que Jeremy precisava era preocupar-se com Todd antes de sua apresentação.
“Tem certeza que está preparado para isto?“ Shep perguntou. “Passaram vários dias desde que praticamos.”
Jeremy se inclinou e o beijou. “Tenho certeza. Eu pratiquei para este dia, desde que tinha treze anos.“ Jeremy disse, antes de entrar no estacionamento.
Shep estava se pondo cômodo de novo, quando Rance chegou à caminhonete e golpeou o teto. “Como está seu joelho?”
Shep olhou para baixo e apontou uma joelheira negra ao redor de sua perna. “Está bem, machucada, mas nada fora de seu lugar. Trouxe o equipamento de Jeremy?”
“Sim, Está na cabine da caminhonete.” Rance parecia querer dizer alguma coisa.
“O que?“ Shep finalmente perguntou depois de uns momentos.
“Todd está aqui. E esteve falando a respeito de golpear a ti e a Jeremy.”
A primeira coisa que passou pela mente de Shep, foi a segurança de Jeremy. Sabia que em sua presente situação necessitaria mais ajuda em uma briga. “Me diga, por favor que manterá os olhos em Jeremy. Todd tem um bonito recorde evitando que Jeremy termine uma competição contra ele.”
Rance entrecerrou os olhos. “Eu sei sobre o corte da cara. Há algo mais que queira me dizer?”
Shep disse a seu capataz das duas costelas quebradas de Jeremy a última vez que tratou de competir. “Filho de cadela.“ Rance amaldiçoou, e cuspiu na terra. “Imagino porque está Bo com Jeremy agora, vou manter um olho em ambos.”
Shep sorriu e lhe piscou um olho a seu leal amigo. “Faça-o. Apenas te assegure que os olhos se mantenham acima da cintura.“ disse-lhe com um sorriso.
Bufando seu desgosto, Rance deu meia volta e se dirigiu à arena. Shep esfregou sua mandíbula e pensou. Rance tinha chegado pouco depois de que comprasse o lugar. Disse a Shep que tinha crescido em um rancho, mas tinha se mudado a Boston para fazer carreira como policial. Então Rance lhe disse um segredo. Um que levaria a tumba.
Tinha tido várias conversações com seu amigo através dos anos. No inverno, eles passavam muito tempo descansando no rancho. Ele e Rance se embebedaram frente ao fogo falando da vida e do que esperavam dela. Shep lhe rompeu o coração quando lhe disse que sabia que morreria sozinho e que já tinha aceitado isso.
Vendo as largas costas de seu capataz afastar-se, Shep odiava a determinação do homem. Bo claramente queria lhe conhecer, mas Rance fechava toda possibilidade disponível. Embora Shep soubesse que ele não podia falar de seu segredo, possivelmente poderia lhe fazer mais difícil a seu amigo resistir à proposta de Bo.
Seus olhos foram à deriva construindo um plano em sua mente, um que pudesse ajudar a ele, e também Rance e Bo.
“Hey. Pensei que nunca chegaria aqui.“ Bo disse, correndo para ele.
“Não pude evitá-lo, tinha que me assegurar que meu homem estivesse bem.“ Jeremy disse sorrindo.
Bo sorriu. “Eu posso entender isso.”
Jeremy notou que Bo olhava os arredores. “Vi-o ir para a caminhonete quando vinha.”
“A quem?“ Bo perguntou.
Jeremy sorriu ante o inocente olhar de Bo. “Rance. A quem mais estaria procurando?“
Bo negou com a cabeça. “De fato, está equivocado. Procurava Todd. Rance me pediu que mantivesse um olho nele.”
Rapidamente revisou à multidão aos arredores. Cowboys e aficionados estavam por todos os lados. “Viu-o?“ Girou temeroso de que lhe disparassem, embora ele soubesse que era ridículo, ele não podia evitá-lo.
Bo apontou para a pequena tribuna de espectadores. “Está assinando autógrafos para seu adorado publico.“ Bo disse com brincadeira
“Preciso ir recolher meu número. Você tem todas as minhas coisas?”
“Sim, estão na caminhonete. Nós podemos pegar depois de que faça sua entrada.”
Bo caminhou ao lado dele, pela zona escura debaixo da loja onde estava a mesa de inscrição. Enquanto esperavam na linha, Bo nunca se separou mais de meio metro dele. Por alguma razão isso lhe dava cócegas. Provavelmente era o único cowboy na concorrência que tinha um guarda-costas.
Depois de assinar e que lhe entregassem seu número, Jeremy se moveu ao lado de seu amigo e lhe deu os dois alfinetes de segurança. “Incomodaria que me colocar isto?”
Quando Bo estava pondo o alfinete, Jeremy ouviu uma voz familiar atrás deles. “Então, você realmente vai fazer isto.“ Todd riu. “Se prepare para ser envergonhado em frente de milhares de pessoas.”
“Saia daqui.“ Bo grunhiu terminando a tarefa.
“Então você já substituiu Shep? Não te culpo, menino. Certamente logo se cansou de você. Isso é a coisa de Shep. Está interessado apenas na conquista, depois de que consegue se aborrece.”
Jeremy tratou de não permitir que as palavras lhe afetassem. Sabia que seu pai somente tratava de afetá-lo antes da apresentação. O problema era que estava preocupado com isso desde que ele e Shep se uniram. Sua boca dominava a seu cérebro. “Não, Pai. Esse é mais seu estilo.” Olhou ao redor. “Eu não vejo a Regina. OH, é certo. Vi-a no ônibus do Trick Allen quando passamos pela cidade. O que? Ela te trocou por alguma estrela mais brilhante.”
“Você é um pequeno maricas.“ Todd disse furioso.
“Caminha, nos afastemos.“ Bo lhe murmurou ao ouvido. “Nós estamos começando a reunir multidão. Será pior para Todd se você apenas o ignorar depois do que disse. Não esqueça que ele esta rodeado de maricas.”
Jeremy assentiu. Estava feliz de caminhar e afastar-se, não tanto como se tivesse castigado ao seu pai, apenas que ele não sabia que poderia responder. Deixou que Bo o guiasse fora das sombras para os currais.
“A caminhonete está estacionada ali. Nós pegamos suas coisas e nos afastamos de Todd até que seja sua vez de montar.”
Jeremy sabia que necessitava um lugar tranqüilo para recuperar sua concentração. Depois de revisar suas coisas. Sentou-se na grama na sombra de um trailer. “Vou necessitar tempo para mim mesmo.“ disse a Bo.
Seu amigo entrecerrou os olhos enquanto revisava os arredores. “Vou estar lá. Bastante longe para te dar tranqüilidade e o bastante perto para cuidar de suas costas.”
Jeremy sorriu “Obrigado homem duro.” Bo sorriu e se afastou
Tirando sua roupa da bolsa, Jeremy se assegurou de ter todas as coisas que necessitava. Enquanto as revisava, colocou suas rachaduras[11] e suas esporas. O colete protetor que sempre usava podia esperar igual às luvas.
Olhando para baixo com a corda na mão tratou de imaginar que estava montando uma e outra vez, tratava de recordar todos os truques que Shep lhe tinha ensinado para impressionar aos juízes.
O touro de sua primeira ronda seria um que ele nunca tinha montado, tinha ouvido que o trouxeram de Cheyenne, Zero Tolerance, supunha-se que era um inferno de montar. Jeremy só esperava não se fazer de estúpido, não só por ele, mas também por Shep.
Capítulo Doze
“Você não pode caminhar.“ Jeremy disse.
“Como então cheguei até aqui?“ Shep tratou de brincar. Tranqüilamente acariciou o rosto de Jeremy com seus nódulos.
Jeremy deveria estar lendo sua mente. “Eu posso com isto.”
Shep assentiu. Queria puxar seu amante aos seus braços e mantê-lo seguro e longe desse touro de quinhentos quilos, em lugar disso se afastou. Jeremy necessitava cada grama de concentração para manter-se a salvo, e Shep não faria nada para arriscá-lo.
Apoiou-se contra o curral e olhou o lindo traseiro de Jeremy emoldurado nas velhas rachaduras, caminhando pelo canal. Com Bo e Rance ao seu lado, Bo levava a corda e o guizo.
Shep tinha o estômago feito nó, enquanto eles preparavam Jeremy e ao touro para a primeira montaria do dia. De algum jeito se alegrava de que Jeremy fosse o primeiro, havia menos tempo para os nervos e menos tempo para que Todd tratasse de foder a cabeça de seu filho.
Já havia dito a Rance que ia estar na tribuna, quem tinha ouvido foi Bo. Aproximou-se mais para ver Jeremy montar. A cena lhe era tão familiar que retornou uns minutos no tempo. Havia algo sobre o aroma de pipocas de milho e algodão doce. Shep riu. Nunca tinha entendido algodão doce, especialmente em um poeirento evento de rodeio. Possivelmente as pessoas compravam o espumoso globo de açúcar para passá-los frente a eles e filtrar a terra no ar levantada pelo touro e seu cavaleiro.
O locutor apresentou Jeremy ante a multidão. O nó no estômago de Shep aumentou. Havia muitas coisas que podiam ir mal em oito segundos. Viu Jeremy enrolar a corda do touro em sua mão lhe dando o ajuste correto. Um sutil movimento de cabeça com seu chapéu assentindo e a porta se abriu.
A multidão gritou selvagem quando Zero Tolerance deu bruscos saltos e giros, na arena. Jeremy se sustentou com uma mão enquanto a outra se movia para adiante e para trás no ar. Quando o timbre dos oito segundos soou, Shep foi finalmente capaz de respirar. Jeremy deveria obter uma qualificação decente com essa subida. Os juízes levantaram a qualificação, oitenta e sete ponto cinco. Precisava adicionar algo mais de firmeza no final se queria ganhar, mas ao menos teve uma boa pontuação para passar a seguinte ronda.
Seu coração não recuperou o ritmo normal, até que Jeremy saiu da arena e caminhou para ele, com um tolo sorriso no rosto. “Fez bem.“ Shep disse. Abrindo seus braços e Jeremy caminhou direto dentro deles.
“Obrigado.“ Jeremy disse. “Sinto-me muito bem. Eu sei que não fiz tudo o que estava em minhas mãos, mas pensei em deixar algo para impactá-los depois.”
Shep olhou fixamente os olhos café de Jeremy e sorriu. “Deixa isso, preocupa-se por uma subida de cada vez.”
Um alvoroço chamou sua atenção.
“Foda-se você, Jax. Você não é meu chefe hoje.“ um bonito homem disse.
Shep murmurou no ouvido de Jeremy. “Você conhece esse tipo?”
“É o novo vaqueiro de ‘EZ Does It’. Chegou de Montana substituindo Smokey.“ Jeremy murmurou.
Shep olhou como Jax Brolin se colocava diante do rosto de Logan. Com o numero colocado nas costas da camisa do Logan, era óbvio que o menino planejava montar. Evidentemente, Jax não estava feliz com isso.
“Você não sabe em que diabos está se colocando. E passará a ser meu assunto, quando romper seu fodido pescoço, e eu tenha que substituir seu traseiro na segunda-feira.”
Logan empurrou Jax contra um dos sulcos de aço. “O que? Você foi o único que me incitou a entrar e agora mudou de opinião? Eu não penso assim. Eu posso ter um montão de coisas, mas essa não é uma delas.” Logan deu meia volta e se afastou, Com Jax justo atrás dele.
“Estão juntos?“ Shep perguntou a Jeremy.
Jeremy se encolheu de ombros. O nome de Todd foi anunciado pelo alto-falante com fanfarras. Jeremy girou para a arena. “Se importa se nós o vemos?”
Shep negou com a cabeça. “Enquanto não deixe que te afete.”
“Não o fará.”
Jeremy ajudado por Shep se aproximou o bastante para ver melhor os detalhes da subida. “Você me olhou todo tempo daqui?”
“Sim.” Shep sentiu seu rosto ruborizar-se. “Eu estava um pouco nervoso.“ ele admitiu.
Shep olhou Todd sobre as costas do touro. O segundo que se abriu a porta, Shep estudou a seu velho amigo. Havia algo definitivamente diferente. Ele não tinha visto Todd em vários anos, parecia que a idade tinha apanhado ao campeão.
Todd conseguiu manter-se todos os oito segundos, antes de saltar e ir rapidamente para perto. Shep esperou aos resultados dos juízes, oitenta e três ponto cinco. Negou com a cabeça, sabendo que a qualificação dos juízes tinha sido muita alta. “Eles qualificaram por quem é, em lugar de como montou.“ comentou-lhe.
Jeremy se encolheu de ombros ao lado dele. “É o que é.”
O estranho tom na voz de seu amante captou sua atenção. Envolveu seu braço ao redor do forte abdômen de Jeremy, beijou-lhe em um lado do pescoço. “Está bem?”
“Sim.“ Jeremy disse sem virar-se para ele. “Logan esta acima.”
Shep retornou a atenção à arena. Negou com a cabeça quando Logan conseguiu manter-se sobre o touro os oito segundos. “Esses foram os piores oito minutos que vi.“ ele riu.
Pela maneira em que os fortes músculos do Logan se esticavam abaixo a ajustada camiseta, Shep supôs que foi apenas com a força bruta e um inferno de boa sorte que o manteve acima. Sorriu quando Jax estava justo aí frente à cara de Logan, logo que o jovem chegou perto.
“Eu preciso me preparar para a seguinte montaria.“ Jeremy disse.
Shep assentiu. Sabia que necessitava espaço para conseguir serenar-se. Guiando a Jeremy a um lado, gentilmente levou a uma sombra e parou frente a ele. “Você tem o que necessita e eu me assegurarei que não lhe incomodem.“
Sentiu que tocava suas costas. “Obrigado.“ Jeremy disse.
Jeremy estava dormido antes que saíssem do estacionamento. Fez o que tinha decidido fazer. Ele não chegou a primeiro nem em segundo, mas passou à ronda final.
Decidiu levar seu cowboy para casa, alimentá-lo e lhe dar uma boa e comprida massagem. Enquanto conduzia não podia tirar da mente Todd. Seu ex-amigo tinha passado em primeiro, naturalmente, mas ele não tinha ganhado. Shep decidiu investigar algo quando chegassem à casa e as necessidades de seu cowboy estivessem resolvidas.
Chegando a casa, Shep passou sua mão pelo abdômen de Jeremy. “Acorde dorminhoco, estamos em casa e eu não estou em forma para te carregar.”
Jeremy abriu os olhos piscando rapidamente antes de finalmente abri-los. “Maldição. Não pôde dirigir mais algumas horas?” Perguntou-lhe com um divertido sorriso.
“Vamos. Move esses ossos jovens fora da caminhonete e sobe as escadas.” Shep saiu coxeando e rodeou a caminhonete. Abriu a porta de Jeremy e sorriu. O tempo que rodeou a caminhonete Jeremy já estava outra vez dormindo.
Shep amava suficiente seu vaqueiro para considerar fazer o que Jeremy havia dito, e conduzir ao redor umas horas mais. A chegada de uma caminhonete ao rancho lhe deu outra opção.
Fez gestos a Rance para que se detivesse.
Seu capataz sob o vidro da janela. “Problemas?”
“Sim.“ Shep riu. Deixando os ciúmes a um lado, se perguntou que era o melhor para Jeremy. “Bo, pode me ajudar a levar a Jeremy acima? Não consigo despertá-lo suficiente para que vá por si mesmo.”
Rindo, Bo saltou do assento do passageiro e caminhou para ele, dizendo adeus a Rance com a mão. Com suas mãos em seus quadris Bo estudou ao adormecido cavaleiro. “Apenas quer que o leve acima?“
“Se você puder.”
Bo começou a alcançar Jeremy, mas Shep o deteve. “Apenas leva-o. Não se sinta livre.”
Bo riu e assentiu. “Prometo-lhe isso, chefe. Tenho minha vista em outro vaqueiro de todos os modos.”
Shep sentiu um nó em seu estômago. Inclusive embora Bo dissesse de maneira festiva, Shep podia ouvir os sentimentos atrás das palavras. Prometeu-se uma vez mais fazer algo para que chegasse a Rance. Viu como Bo cuidadosamente levantava Jeremy do assento. Quando Bo se dirigia a sua casa, Jeremy se acomodou e envolveu seus braços ao redor do pescoço de Bo, aconchegou em seu peito.
“Opa aí, companheiro. Quer que me matem?“ Bo brincou.
Ainda dormindo, Jeremy não reagiu ante o comentário de Bo. Shep apontou para a casa e Bo subiu os degraus da entrada levando Jeremy dentro. “Suponho que o quer acima.”
“Sim, se pensar que pode levá-lo. Pode não pesar muito mais é alto.“ Shep disse. “Vou fazer uns sanduíches. Quer um?“ Agora ele poderia lhe perguntar.
“Claro. Já desço. Vou deixar que você tire sua roupa.”
“Será o melhor.“ Shep grunhiu. Dirigiu-se à cozinha e começou a tirar as coisas para a comida. Porque tinha pedido ao Bo que ficasse para comer algo? Possivelmente talvez a tristeza na voz do vaqueiro tivesse algo a ver. Sabia que não podia divulgar os segredos de Rance, mas possivelmente podia dar um pouco de luz sobre a conduta de seu capataz. Se dessa maneira podia comprar um pouco de tempo, até que pusesse seu plano em andamento.
Em minutos, Bo estava entrando na cozinha “Não acredito que não despertou.”
Bo se sentou ante a mesa da cozinha, quando Shep lhe pôs um prato em frente. “Quer uma cerveja?“ Shep perguntou.
“Claro.“ Bo respondeu.
Depois que tirou as duas latas, Shep sentou-se. Decidiu entrar direto na conversa. “Jeremy e eu conversamos, e eu gostaria de passar tempo fora do escritório. Jeremy sugeriu que poderia te interessar ingressar seus próprios dados das sementes no computador.”
“Eu posso com isso.“ Bo disse, tragando um pedaço de sanduíche.
“Bom. Tenho que falar com Rance para lhe informar que vai assumir algo do trabalho no computador. Pensei comprar um e instalá-lo para que ambos o compartilhem, mas não penso que o escritório do curral seja um bom lugar, há muito pó. Eu estou considerando que seja no barraco de Rance. Teria algum problema com isso?”
Bo sorriu e negou com a cabeça. “Não. Claro que Rance pode ter outra idéia. Parece que faz todo o possível para manter sua distância comigo. Embora suponha que poderíamos estabelecer um horário.”
Está bem, aqui vou eu. “Seja paciente com ele. Leva mais bagagem do que se vê forçado a levar um homem normal.”
Uma das sobrancelhas negras de Bo se levantou. “Mais que eu?”
“Depende de sua definição. A grande diferencia entre os dois, é que você aprendeu a viver com sua bagagem. Rance não.” Aí esta. Isso é tudo o que ele podia dizer do assunto. “Falando disso, como está sua saúde?“ A última coisa que ele precisava era obter que estivessem juntos, e ver que Rance lhe quebrava o coração se algo acontecesse ao Bo.
“Bem. Eu vivi com o HIV por anos. E sei como cuidar de mim mesmo.”
Shep assentiu. “Isso é justo o que precisava ouvir.” Os dois comeram o resto de sua comida em silêncio. Quando terminaram de comer Shep ficou de pé. “Bom, tenho que subir e tomar um banho, sinto que tenho uma coberta de terra de ao menos cinco centímetros.”
“Obrigado pela comida.“ Bo disse e ficou de pé para ir-se.
Antes que Bo chegasse à porta. Shep falou. “Recorda plante a semente e lhe dê tempo a que cresça antes de tentar colher.”
Bo deu meia volta e olhou fixamente aos olhos antes de assentir. “Eu farei isso. Obrigado, chefe.”
“Sou Shep. E é bem vindo.”
Jeremy abriu os olhos e se estirou, com caretas de dor quando todos seus doloridos músculos protestaram ante o movimento. Hoje era o dia. Girou a cabeça e olhou Shep dormir enquanto revisava uma e outra vez suas subidas.
Quanto mais revisava mais incomodo se sentia. Ver seu pai montando nas preliminares realmente lhe tinha aberto os olhos. Ele não duvidava que o velho homem pudesse ser vencido, se isso lhe obcecava, mas a que custo?
Shep se moveu, Jeremy viu esses brilhantes olhos azuis fixos nele. “Hey.“ Shep murmurou sonolento. “Como se sente?”
“Estou bem. Um pouco rígido, mas tenho certeza que não é nada que não se possa dirigir com um pouco de atividade pré-montaria.“ Jeremy disse, lhe piscando um olho. Ele não tinha tido seu amante a quase dois dias e seu traseiro se sentia abandonado.
Shep puxou Jeremy acima dele, consciente de seu joelho machucado. Jeremy beliscava e lavava seu caminhou da clavícula de Shep até os suaves lábios que ele amava suas línguas em um duelo no apaixonado beijo.
“Amo-te.“ Shep murmurou, quando eles se separaram para tomar ar.
“Amo-te, também.“ Jeremy respondeu. Podia sentir o pênis de Shep duro e úmido contra seu abdômen. Sorrindo, ele pegou a grossa ereção em seu punho. “Você é meu touro favorito. Quero te montar.”
Shep procurou na mesa de noite o lubrificante. “Tem certeza? Imagino que seu traseiro já está bastante machucado. Tem certeza que quer lhe adicionar isto?”
Jeremy respondeu movendo-se a Shep girando-se com o rosto para os pés da cama, apresentando seu traseiro como presente. “Eu quero ser capaz de sentir seu pênis em mim pelo resto do dia, não espero nada lento e amoroso. Eu quero uma fodida para recordar.”
Shep lubrificou seus dedos e os passou pela enrugada pele ao redor do buraco. “Bom, com estado de meu seu joelho vais ter a maior parte do trabalho. Suponho que eu não tenho que te dizer o ritmo.”
“Você sempre tem que dizê-lo,“ Jeremy lhe recordou. “Eu apenas espero que seus desejos sejam iguais aos meus.” Gemeu quando o polegar de Shep passou o anel de músculos. OH sim, eles pareciam estar pensando o mesmo, quando Shep rapidamente retirou seu polegar e introduziu dois dedos em seu lugar.
“OH Deus.“ Jeremy gemeu, empurrando-se para trás a esses maravilhosos dedos. “Suficiente.“ ele repentinamente disse.
Girando se montou escarranchado no colo de Shep, enquanto seu amante usava tempo para passar sua mão lubrificada acima e abaixo de seu pênis. Shep pegou seu eixo pela base, quando Jeremy lentamente se empalou, lhe queimando com o estiramento, enviou um estremecimento por sua coluna. Ficou arrepiado nos braços e pernas, quando finalmente se sentou completamente, descansando seu traseiro nas bolas de Shep.
Suas pernas trataram de protestar quando se moveu acima e abaixo do pênis de Shep. Jeremy rapidamente fez a um lado os gritos de seus doloridos músculos e se moveu mais rápido. De acima a abaixo, cada movimento era puro êxtase.
Quando Shep envolveu com seus dedos a pulsante ereção de Jeremy, um alto gemido fez erupção de sua garganta. “Não vou durar muito.“ ele grunhiu.
Shep começou a empurrar-se, penetrando seu pênis mais profundamente dentro do corpo de Jeremy.
O suor da testa de Jeremy caía no peludo peito de Shep. Os quadris de Jeremy seguiam movendo-se acima e abaixo formando um imaginário oito, pressionando-se contra seu amante.
Shep gemeu e pressionou seu polegar na ranhura do pênis de Jeremy. Olhando para baixo Jeremy viu o primeiro jorro de seu esperma fazer erupção, contra o grande e bronzeado dedo. “Porra.“ ele gritou. Queria agüentar mais tempo, mas entre o grande pênis que enchia seu traseiro e a talentosa mão, era uma causa perdida. Jeremy conseguiu manter abertos os olhos para ver como sua semente pintava o peito de Shep. Jeremy se inclinou e provou sua própria essência do peito de Shep. Essa vista fez algo em Shep, porque o traseiro de Jeremy foi sujeito com um brutal agarre quando seu amante vibrava debaixo dele.
Caindo completamente contra o peito de Shep, Jeremy lutava por respirar. OH sim, ele ia sentir o pênis de Shep durante todo o dia.
Capítulo Treze
O primeiro que Jeremy viu ao sair da caminhonete foi seu pai rodeado de seus admiradores. Riu. A maioria parecia ser mulheres loiras que o admiravam, Seu pai se via aceitável, mas definitivamente nada que merecesse um segundo olhar de uma mulher se não tivesse posto seu cinturão de campeão mundial. Realmente triste.
Shep se deteve ao seu lado e seguiu seu olhar. “Quando perde uma, troca por outra.”
Jeremy olhou de seu pai a Shep. “Suponho que deve sentir-se muito solitário? Quero dizer, sim, ele tem sexo regularmente, mas sabe que tudo se acabará completamente algum dia.”
Os olhos de Shep pareceram estudá-lo por um momento. “É a vida que cultiva. Não acredito inclusive que Todd olhe para o futuro. Está muito ocupado vivendo na glória do presente.”
A imagem de seu pai montando os dias anteriores entrou em sua mente. Aparentemente, o campeão do mundo necessitava reconsiderar esse plano. Shep girou e tirou as coisas de Jeremy da caixa da caminhonete. “Vamos procurar uma sombra.”
Podia dizer pelo tom de voz de Shep, que havia algo que queria dizer. Em lugar de lhe perguntar que era, deixou que o homem que amava o guiasse a um lugar rodeado de árvores.
Uma vez que eles se sentaram sob um grande álamo, Jeremy pegou a mão de Shep. “Você tem algo que me dizer?”
“Notou isso? Doce coração.“ Shep perguntou.
“Meu pai está perdendo.”
Shep exalou e assentiu. “Eu fiz uma pequena investigação, antes de ir para cama. Todd decidiu não participar da ultima competição. Ele não se qualificou para as finais. Não tenho certeza se foi pela evidente dor ou o medicamento que está tomando.”
Jeremy assentiu com um leve movimento de cabeça. Começava a perguntar-se quanto tempo seu pai tinha vivido com dor. “Pensa que por isso se opunha, a que competisse contra ele?”
Shep passou uma confortável mão pelas costas de Jeremy. “Pode ser. Embora isso não desculpe o que fez.”
“Não, eu sei isso.” Via o entendimento nos olhos de Shep. “Evidentemente reter o cinturão era mais importante que reter a mim. Não tenho certeza como me sinto com isso.”
Shep beijou a têmpora de Jeremy enquanto o envolvia em seus braços. “Ninguém pode responder isso, por ti.” Shep suspirou. “É difícil explicar para alguém que não aconteceu por isso. Mas para um homem como é seu pai ganhar é tudo. Todd não é excepcionalmente inteligente, e realmente é muito preguiçoso para qualquer tipo de trabalho. Isto. Montar é a única coisa que sabe fazer.”
Jeremy repentinamente sentiu lástima pelo homem que não só lhe quebrou as costelas, também lhe golpeou a cara. Procurava dentro de sua alma as respostas, à pergunta, que lhe envergonhava muito para fazê-la.
Quando começou a aprender a arte de montar touros, o fez para obter a atenção de seu pai. Era um menino solitário com sua mãe trabalhando todo o dia, apenas se viam nas refeições. Vendo seu pai na televisão Jeremy o considerava um super herói. Apenas sabia que se aprendesse como montar seu pai o receberia com os braços abertos.
A morte de sua mãe foi um choque. Ainda sofria por isso. Apesar de que não lhe mostrou o amor e a atenção que tivesse querido, ela pôs um teto sobre sua cabeça e comida em seu estômago.
Com a morte de sua mamãe Jeremy tinha a oportunidade de conhecer seu pai. Passava horas estudando seu pai montando os touros cada fim de semana. Esperando, treinando em segredo, estava sedento do respeito e aprovação de seu pai, que somente parecia mostrar para outros vaqueiros. A lembrança da subseqüente briga e a fratura das costelas lhe doíam, como se tivesse sido ontem.
Depois desse primeiro intento, ele sabia os sentimentos de seu pai sobre esse assunto, porque o intento de novo? Ainda procurava aprovação ou era simplesmente tratar de vingar-se de seu pai? Porque seguia sendo tão importante para ele?
Olhou Shep. Tinha toda a felicidade que necessitava nesses olhos azuis frente a ele, que no mundo o fazia procurar sua aprovação? Nada.
Ficando de pé, sacudiu seus jeans. “Vamos, me leve para casa.”
Shep olhou para cima, impactado ante a bela expressão em seu rosto. “Huh?”
Jeremy puxou ligeiramente a mão de Shep, até que seu amante ficou de pé. “Que nós estejamos juntos é muito mais importante que provar ao meu pai do que sou capaz. Este pode ser seu ultimo momento de fama, e acredito que vou deixar que o tenha.”
Shep puxou Jeremy aos seus braços e o beijou. “Não podia estar mais orgulhoso de você, pelo que estou neste momento. Amo-te.”
Jeremy raspou seus dentes na mandíbula de Shep. “Vamos informar aos oficiais. Possivelmente é tempo para que adicionem Logan. Pode ser que o menino tenha um dia com sorte.”
Capítulo Quatorze
Depois de um dia de descanso na cama, Shep estava de fato dançando. Ele não fazia freqüentemente, e nunca tinha feito com Jeremy, mas sustentar seu amante perto na pista de baile, soava como no céu.
Jeremy tinha saído depois de uma deliciosa ducha, para os barracos para se trocar. Shep colocou sua camisa azul, favorita aberta à frente e uns jeans negros, sentou-se na cama, tinha que falar com Jeremy a respeito de que se mudasse permanentemente, depois de tudo, ele tinha plantado a árvore para o tipo. Sorriu. A vida era boa.
“Está preparado?“ Jeremy gritou das escadas.
Shep olhou para baixo a seu ainda meio nu corpo e passou sua mão sobre sua meia ereção. “Não ainda.” Riu quando ouviu os passos de seu amante subir as escadas.
Jeremy caminhou dentro do quarto e assobiou. “Bom, bom, bom. Olhe no que utilizaste seu tempo.”
Shep se inclinou na cama apoiado em seus cotovelos. “Pode me ajudar a… me vestir?”
Jeremy negou com sua cabeça, e ficou de joelhos entre as coxas abertas de Shep. Sem uma palavra tragou toda a longitude de seu pênis. Maldição, seu cowboy era bom.
Quando chegaram finalmente à cidade, o baile na rua estava em seu apogeu. Jeremy saudou Nate e Rio. “Onde está Ryan?“ perguntou-lhe, detendo-se frente aos dois homens.
Nate virou os olhos. “Tratando de deter uma briga entre o Logan e Jax. Ryan não está de bom humor, e imagino que finalmente os meterá na única cela do cárcere da cidade.”
Shep riu atrás dele. “Como foi Logan no rodeio? Conseguiu manter-se de pé?”
“Sim.“ Nate negou com a cabeça. “O menino conseguiu levar seu traseiro para sua casa. Ficou inconsciente antes inclusive de que se abrisse a porta. Estava acima desse touro filho de cadela, Tabasco Red de vocês. Red saltou enquanto estavam no sulco e Logan voou, quando a cabeça desse monstro o golpeou.
“Merda.“ Jeremy disse. “Suponho que está bem para brigar com Jax, ele não se machucou muito.”
Nate riu. “Imagino que sobre isso é a briga. O doutor tratou de que Logan se desse conta de que tinha estritas ordens de ficar em sua casa e descansar.“ Nate observou à multidão a seu redor. “Parece que ainda queria estar aqui.”
A canção terminou e começou um ‘Fox Trot’ Jeremy olhou para o Shep. “Se nos desculparem meninos, Shep me prometeu dançar ao redor da pista.”
Rio olhou para baixo à férula no joelho de Shep. “Posso ver que isso será gracioso.” ele riu.
“Não há problema.“ Jeremy disse, puxando Shep para a pista. “O importante é que me tenha em seus braços.“ disse a Shep.
Shep beijou o pescoço de Jeremy. “Algum dia nós vamos fazer apropriadamente, mas por agora, você provavelmente terá que te conformar com que te sustente.”
“Isso nunca será conformar-se,“ Jeremy lhe informou, quando Shep lhe dava voltas com seus fortes braços. Passou seus dedos pelo cabelo da nuca de Shep movendo-se totalmente contente com a música.
“Depois de que nos levantemos na manhã, penso que possivelmente devamos levar suas coisas para casa.“ Shep lhe disse ao seu ouvido.
Jeremy sorriu e olhou fixamente aos olhos a Shep. “Bo tem feito uma merda me perguntando todo tempo quando me mudaria.”
“Falando dele.“ Shep grunhiu.
Um toque em seu ombro fez que Jeremy girasse e encontrou ao Bo. “Hey.“ ele saudou seu amigo.
“Pensei que Rance estava por aqui, mas não o encontro. Viram-no?”
Jeremy negou com a cabeça. “Sinto muito.”
“Sim está aqui, ele estará longe da multidão, pode apostar nisso.“ Shep disse. “Agora, se não te incomodar, estou tratando de ter um encontro romântico.”
Rindo, Bo disse adeus com a mão e se afastou.
Jeremy estava orgulhoso de Shep e como seu amante tinha agüentado duas canções. “Está bem, meu joelho oficialmente está protestando. Podemos encontrar algumas cadeiras e tomar uma cerveja?“ Shep perguntou.
“Certo.“ Jeremy deu um beijou ao seu machucado homem, saíram da pista de baile para a mesa na rua principal.
Eles caminharam para o jardim das cervejas, Jeremy procurou sua identidade para mostrar ao vendedor de cervejas. Shep apontou para uma mesa vazia. “Vou sentar-me.” Deu a Jeremy um par de bilhetes. “Pode ser melhor que traga uma jarra estou sedento.”
Detendo-se ante o improvisado bar, Jeremy pediu uma jarra de cerveja e um chá gelado para ele. Ao que parecia seu companheiro se embebedaria e teria que conduzir para casa.
Conseguiu esquivar à multidão e chegar à mesa sem derramar uma gota. Deixando a jarra na mesa, soltou o copo dos dentes e serviu cerveja a Shep. Sentou-se e deu um gole a seu chá, olhando ao redor, parecia que estava toda a cidade. Todo mundo parecia estar vivendo um bom momento em sua vida.
Assinalando para o cenário Jeremy se inclinou para frente. “Olhe quem esta ali.”
Shep olhou e assobiou.
Ali estava Regina, virtualmente expondo seus peitos frente à cara do Trick Allen. Jeremy não pôde evitar notar que os olhos do cantor foram de Regina a George Manning, o chefe dos bombeiros. Ouviu que eles tinham crescido juntos. George era o responsável por ter se contratou à banda de Trick. Perguntava-se… pela maneira em que ambos se viam eram mais que amigos. Não. Escapadas sexuais de Trick eram quase legendárias. Não, Regina era mais do estilo de Trick, conforme se via nas revistas.
Vários de seus amigos se detiveram ante a mesa dele o tempo suficiente para tomar uma cerveja, mas era que evidente que ele e Shep eram felizes sozinhos. Shep estava em sua segunda jarra, quando Jeremy divisou seu pai, dirigir-se para eles.
De novo, Todd estava rodeado por uma mulher sexual. Rance lhes tinha informado que o delegado Rick Buchanon tinha surpreendido a todos a quase ganhar o primeiro lugar.
Quando Jeremy via caminhar seu pai para eles, podia ver a frágil maneira de mover-se de seu pai. Era quase como se cada passo fosse doloroso e repentinamente Jeremy sentiu piedade pura por seu pai.
Todd se deteve frente a sua mesa e tirou o grande chapéu negro. “Então, que te fez acovardar?”
Sentiu a mão de Shep pressionando sua coxa sob a mesa. Não duvidava que seu amante estava esperando que Jeremy enlameasse a seu pai em seu rosto a causa porque se retirou. Mas ele não podia fazer isso. “Eu não queria competir contigo, pai. Eu apenas queria ganhar seu respeito, mas compreendi que nunca poderia ganhar com isso.”
Todd parecia que queria dizer algo, mas manteve sua mandíbula fechada. Jeremy via o pomo de Adão de seu pai oscilar enquanto tragava saliva. E então aconteceu. Jeremy fixou o olhar em seu pai, e no espaço de um minuto, seu pai se deu conta da verdade, pelo que Jeremy fazia por ele.
Todd piscou várias vezes. Inclinou-se para frente e aproximou sua boca à orelha de Jeremy. “O fez hoje, filho.” Seu pai ficou de pé e assentiu para Shep. “O faça feliz ou te seguirei no inferno.”
“Nós estaremos no rancho se você nos necessitar.“ Shep ofereceu.
Todd lhe deu um meio sorriso, antes de retornar à adoração de seus fanáticos.
Depois de que seu pai os colocou, Shep pôs seu braço ao redor de Jeremy e puxou a um beijo. Pôde provar o sabor da cerveja na língua de seu amante, enquanto eles jogavam com suas amígdalas no centro da cidade.
Quando se separaram, Shep sorriu. “É um homem maior do que sou eu. Não acredito que pudesse fazer isso.”
Jeremy se encolheu de ombros. “Já esta pagando por seus pecados, e tenho a sensação de que isso vai ficar pior. Levou-me com ele, quando morreu minha mamãe e me apresentou para você. Como posso odiar ao homem que fez essas coisas?”
Shep terminou sua cerveja e ficou de pé. “Vamos vaqueiro. Leva a este ex-cowboy de rodeio para casa e lhe recordar o porquê é sortudo.”
“Com gosto o farei recordar cada dia de nossas vidas.”
[1] Aveia que semear se refere, a vida que viver.
[2] Marca de tratores e equipamentos agrícolas.
[3] Wrangler, marca de vaqueiros.
[4] Cabelo preto e branco, nas laterais.
[5] Sloppy Joe, sanduíche quente que se serve nos Estados Unidos, é um pedaço de carne, geralmente moída, entre dois pães tradicionalmente cobertos com molho de tomate, embora possa ser de churrasco ou outro tipo. Sloppy Tom, carne de peru.
[6] Cowbane, planta venenosa que cresce em lugares úmidos e é da família da cicuta.
[7] Planta serralha ou timalo, planta que produz alcalóides e é toxica.
[8] Bucke bunny, garotas fanáticas do rodeio, que se oferecem aos vaqueiros para ter sexo.
[9] Gin and tonic, gin com soda.
[10] Refere-se a parafusos, pregos e placas que se utilizam para estabilizar um joelho danificado.
[11] São projetados fornecer a proteção para os pés e feitos geralmente de couro. São geralmente associados com a cultura do cowboy do oeste americano, como um protetor a ser usado ao montar a cavalo.
Carol Lyne
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