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SAOLDERING HUNGER / Donna Grant
SAOLDERING HUNGER / Donna Grant

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Seus beijos lhe comoviam a alma, e a deixavam ofegando e desejosa de mais. Tiraram-na do páramo de sua vida cruel e sem piedade. Com um só beijo ela se apegou a ele, lhe suplicando silenciosamente que lhe mostrasse tudo o que um roce de seus lábios lhe tinha prometido.
TENTAR AO destino
Darius está de volta. Edimburgo pensou que tinha visto o último deste sedutor Rei Dragão, mas isso foi antes que Darius encontrasse algo que valesse a pena. Ele simplesmente não pode manter-se afastado da incrivelmente bela Dra. Sophie Martin, apesar de que sabe que uma paixão tão forte poderia ser prejudicial... para os dois.
DESEJANDO O DESEJO
Sophie tentou esquecer-se de seu encontro com o muito bom Darius sem êxito. Ele está em seus sonhos, tentando-a. Mas sua associação com Darius chama a atenção de outra pessoa e a põe em perigo de morte... e o Darius, que prometeu protegê-la, é sua única esperança. Mas pode ela confiar no escandaloso Dragão? Quão único sabe com certeza é que não pode resistir a ele...

 


 


Capítulo Um

Edimburgo
Metade de Novembro

Suas mãos eram grandes e ásperas quando lhe rasgou a camisa. Seus dedos se inundavam em seu comprido cabelo loiro, sentindo a sedosidade das grossas mechas. Ela não podia fazer chegar suficiente ar a seus pulmões. A forma em que a pressionava contra o edifício e imobilizava com seu corpo era... excitante.
Nenhum homem nunca lhe tinha mostrado tal paixão, tal necessidade dela antes. Estimulava seu próprio desejo até que se sentia arder.
Por ele.
Seus beijos lhe comoviam a alma, e a deixavam ofegando e desejosa de mais. Tiraram-na do páramo de sua vida cruel e sem piedade. Com um só beijo ela se apegou a ele, suplicando silenciosamente que lhe mostrasse tudo o que um roce de seus lábios tinha prometido.
A sensação de sua excitação pressionando contra seu estômago, enjoava-a de necessidade. Essa necessidade formava redemoinhos lentamente em seu ventre e começava a consumi-la com cada pulsar de seu coração.
Ela fechou os olhos contra a noite, contra o mundo que se fazia pedacinhos a seu redor. E fez quão único jurou que nunca voltaria a fazer...
Abriu seu corpo.
As Palmas de suas mãos roçaram sua coxa. Sentiu suas mãos ásperas contra sua pele e seu calor contra frio da noite. Cada beijo era como uma bola de demolição, atravessando as paredes eretas ao redor de seu coração sem nenhuma dificuldade. Tinha-a desejado e havia sentido sua própria atração por ele, e tinha atuado em conseqüência.
Quando foi a última vez que um homem tinha feito isso?
Nunca
Não tinha que pensar nem atuar. Tudo o que tinha que fazer era sentir. E ele era como uma inundação de sensações que a alagavam, consumindo-a. Mas isso não a assustava.
Excitava-a, deleitava-a.
Estimulava-a.
Ela ofegou quando ele cavou seu sexo. Logo se converteu em um gemido quando seus dedos entraram em sua umidade e brincaram com seu clitóris antes de deslizar-se dentro dela.
Deixou cair a cabeça contra o edifício enquanto sua boca deixava um quente e úmido caminho para baixo de seu pescoço até seus seios. Seus lábios rodearam um mamilo e sugaram.
Ela mordeu o lábio e brevemente se perguntou quando se aberto seu casaco e sua camisa tinha sido desabotoada. Logo lhe esqueceu pensar enquanto ele começou deslizar sua língua sobre o montículo rígido.
De repente levantou a cabeça, e o seguinte que ela soube, foram suas mãos transladando-se até seu traseiro levantando-a para que pudesse lhe rodear com suas pernas.
Ela abriu os olhos e olhou em seus escuros olhos. As sombras ocultavam seu rosto, mas não necessitava a luz. Sua imagem estava marcada em sua mente desde seu primeiro encontro.
Era perigoso, severo, inquietante, e um pouco ameaçador. Era tudo do que deveria manter-se afastada. Apesar de seus melhores esforços, sentia-se atraída até ele como as abelhas ao mel.
Não houve palavras entre eles. Tampouco havia necessidade delas. A paixão e o desejo o diziam tudo. Aterrava-a quão dolorida estava pelo ter em seu interior. Sabia poucas coisas sobre ele, mas a seu corpo não importava. E francamente, nesse momento, tampouco a ela.
Percorreu com as mãos seus ombros e seus braços que eram puro músculo. Sentia a musculatura movendo-se sob as Palmas de suas mãos enquanto a levantava justo o suficiente para que quando a baixou, ela sentisse a cabeça de sua excitação em sua entrada.
Seus lábios se separaram e suas unhas se cravaram em sua camisa enquanto esperava com antecipação a que a enchesse. Baixou-a pausadamente, deixando que sua vara a fosse estirando com agônica lentidão.
Não foi capaz de respirar até que aceitou toda sua longitude. Todo o tempo, lhe sustentou o olhar, desafiando-a a que apartasse a sua.
Em seus olhos, via seu desejo, seu desejo ardente. Nesse momento, nesse mesmo segundo, lhe permitiu ver seu verdadeiro eu. E fez que seu coração se detivesse, porque gostou do que viu. Muito.
Ele grunhiu ruidosamente antes que tomasse os lábios dela em um beijo selvagem que foi de uma vez tenro e implacável. Logo começou a deslizar-se dentro e fora dela.
Ela não podia fazer mais que rodear seu pescoço e lhe abraçar. Com seu pênis enchendo-a mais e mais rápido e sua camisa raspando ao longo de seus mamilos nus, o orgasmo chegou rapidamente.
Como se soubesse que estava a ponto de alcançar seu ponto máximo, começou a investir mais forte e mais profundamente, levando-a a lugares aos que não sabia que poderia chegar.
Seus beijos se tragaram seus fortes gritos quando seu corpo se estremeceu a seu redor. Logo ele começou a desvanecer-se, convertendo-se em fumaça. Tratou de lhe tocar a cara, mas tudo o que encontrou foi ar.
Logo ficou só. Justo como antes.
Sophie abriu os olhos, odiando quando a realidade se introduziu em seus sonhos. Sentou-se enquanto tentava ignorar como seu corpo ainda pulsava por causa do clímax.
Como poderia um sonho fazer que encontrasse prazer tão expressiva e vividamente enquanto estava nos braços do Darius? Pôs a mão sobre o estômago e fechou os olhos enquanto esperava a que sua respiração retornasse à normalidade e seu corpo se acalmasse uma vez mais.
Não se moveu quando o despertador soou. Só quando ela esteve sob controle fez por alcançá-lo e apagá-lo.
Sophie abriu os olhos e lançou as mantas por diante de onde estava. Tinham transcorrido duas semanas desde que Darius e ela tinha tido sexo contra um edifício, só a uns passos do hospital onde alguém pudesse havê-la visto.
Não lhe tinha importado muito quem poderia ter tropeçado com eles aquela noite. Ela tinha estado muito apanhada em sua pura masculinidade, no desejo incontenible que a atravessou.
Agora, entretanto, perguntava-se sobre sua prudência. Ela não fazia tais loucuras, ou coisas imprudentes ou temerárias.
Mas se sentiam tão bem!
Sophie só o admitiria para si mesmo, e inclusive essa pequena concessão ameaçava fazendo girar seu mundo sobre seu eixo. A culpa recaía diretamente no Darius. Sem importar quanto o tentasse, ainda se encontrava buscando-o quando saía do hospital, de dia ou de noite. Com cada dia que passava e ele não estava ali, voltava um pouco mais de prudência.
Estava quase no ponto em que estava bastante segura de poder rechaçá-lo.
De acordo, disse-lhe seu subconsciente com uma gargalhada. É por isso pelo que sonha com ele todas as noites, chegando ao clímax cada vez que recorda como se sentia ele em seu interior, deslizando-se dentro e fora. Te estirando.
Suspirou, seu estômago esticando-se ante a lembrança. Se só isso não fosse a verdade. Sophie estava frente ao armário olhando sua roupa, mas sem vê-la. Via o Darius e sua forma de olhá-la.
Seus escuros olhos de cor chocolate a tinha apanhado. Seu olhar lhe tinha prometido paixão, agradar e uma multidão de outras coisas nas que não se atreveu a pensar então. E especialmente agora.
Recordá-la duas semanas depois ainda lhe tirava a respiração. Era um olhar que tinha visto outras conseguir, mas nunca tinha sido dirigida a ela.
Tinha evocada lembranças, sonhos e desejos enterrados durante muito tempo. Esses que eram perigosos, porque eram parte de sua vida na que não tinha tido o controle, onde ela tinha seguido a seu coração.
“Nunca outra vez” sussurrou ela.
Foi um juramento que se feito fazia muitos anos e repetia freqüentemente. Era seu mantra, seu lema. Era a única maneira que tinha podido acontecer esses primeiros meses horríveis. Essas palavras construíram os muros de cimento a seu redor.
Tinha que parar de sonhar com essa noite e em como Darius a fazia sentir. Sophie se aferrava a essas sensações incríveis porque não tinha pensado que algo sairia disso. Agora, quatorze dias depois, reconhecia quão equivocada tinha estado. Ou não? Tinha esperado viver sua vida só, e se sentia cômoda com isso. Ou assim se havia sentido.
Até que Darius saiu das sombras e se meteu em sua vida uma noite.
Havia uma forma de acabar com os sonhos e os pensamentos que tinha sobre o Darius. E era pensar nesse dia desgraçado, sete anos antes.
Sophie havia interiorizado profundamente essa lembrança, mas nunca era muito. Sempre estava ali, um aviso de sua credulidade, sua estupidez. Mas tirou a luz o pensamento e deixou que toda a dor, a ira, a traição, a confusão e a dor a voltassem a envolver.
Durante justo uns poucos segundos, deixou-se levar pelo lembrança. Era um aviso de por que jurou viver só, por que rechaçava a qualquer que tentasse aproximar-se dela. Logo empurrou com força a repugnante lembrança até um rincão escuro de sua mente.
“Nunca outra vez” repetiu.
Agora era forte. Era uma mulher. Sabia a verdade do mundo. Era escura, solitária e desumana. Tinha-o aprendido da forma mais dura, mas não voltaria a deixar-se agarrar nessa situação outra vez.
Sophie agarrou uma camisa e umas calças de us armário e se dirigiu ao quarto de banho. Seus pensamentos se centraram em seus pacientes esperando no hospital. Darius já não ocupava nenhuma parte de sua mente.
Justo como devia ser.
Capítulo Dois
Em outro lado de Edimburgo
O armazém estava tranqüilo e vazio exceto por quatro Dark Fae mortos aos pés do Darius. Ele lhes olhava fixamente, perguntando-se em onde estavam todos outros Dark. Esses quatro eram tudo o que tinha matado desde que começou a caçar a manhã antes. Eram vinte e quatro horas mais tarde e tudo o que tinha para mostrar eram quatro Dark.
Respirou fundo. Alguém ou algo mais estava matando aos Dark. Não é que lhe importasse a ajuda, mas desejava saber quem era.
Soltando um profundo suspiro, Darius tentou não dar-se conta da quietude do armazém. Só umas semanas antes, era um lugar aonde Thorn e ele tinham ido enquanto lutavam contra os Dark Fae, que tentavam apoderar-se da cidade, -e falharam.
Agora Thorn estava de volta a Dreagan com seu casal, Lexi, e Darius só em Edimburgo. Só. Era uma palavra tão insignificante. Ou o tinha sido durante séculos. Tinha procurado a solidão, tinha dormido séculos em sua cova sem duvidá-lo.
E agora? Agora odiava a tranqüilidade. Detestava estar só. Não é que sentisse falta dos outros Reis Dragão. Podia comunicar-se com eles via seu enlace mental em qualquer momento. Era algo muito mais profundo, muito mais forte que lhe retorcia as vísceras.
Havia dito aos outros Reis que queria que terminasse a guerra com os Dark Fae para poder retornar a sua montanha e dormir o sonho de Dragão. Isso tinha sido certo. Por pouco. Agora, encontrava-se procurando algo que não entendia nem sabia.
Não importava quantas vezes caminhasse pelas ruas da cidade, não importava quantas vezes matasse aos perversos Dark Fae que procuravam assassinar aos humanos inocentes, Darius nunca se sentia satisfeito.
Era como se sentisse falta de algo. O que só fazia que ele caçasse mais tempo e mais duramente. Tinha rastreado aos últimos Dark Fae restantes que não tinham sido o suficientemente inteligentes para abandonar a cidade, fazendo que os bastardos caíssem a terra.
Como os Dark se alimentavam das almas dos humanos, Darius sentia prazer em matá-los. Mas nem sequer isso ajudava a aliviar a tensão dentro dele.
Mas sim lhe ajudava o recordar que era um guerreiro letal. Fazia o que fazia não só por si mesmo, mas sim por seus irmãos em Dreagan que destilavam uísque de fama mundial entre os humanos. E o fazia pelos humanos.
O reino poderia ter sido primeiro para os Dragões, e o mais importante mas os humanos também eram parte desse mundo. Os Reis Dragão lutavam por eles e por quão mortais uma vez tinham tratado de lhes matar.
Darius tirou a camisa e a dobrou cuidadosamente, colocando-a sobre a mesa ao outro lado do armazém. Depois de tirar as botas e as colocar ordenadamente juntas, desabotoou os jeans e os tirou. Dobrando-os, deixou o jeans ao lado de sua camisa e se voltou para olhar aos Fae mortos.
Com só um pensamento, transformou-se, seu corpo se transformou de um corpo humano a um Dragão. Sacudiu sua grande cabeça e piscou seus olhos enquanto os mantinha fixos nos Dark.
A avareza e o esbanjamento dos Dark Fae tinham motivado que a cidade explodisse em um caos. Entretanto, Edimburgo não tinha sido o único lugar bombardeado pelos Dark. Todas as cidades importantes de Escócia e Inglaterra tinham sido atacadas.
Isso fez que os Reis Dragão adotassem ações drásticas contra os Fae. Ao fazê-lo, os Reis jogaram justo a mão dos Dark. Os Dark Fae filmaram os Reis em Dreagan voando, transformando-se, e lutando. Esse vídeo era pendurado depois em Internet, e uma furiosa tormenta de perguntas caiu sobre o Dreagan.
Seu líder, Constantine, Rei de Reis, ordenou que nenhum Rei Dragão poderia transformar-se da forma humana. Darius ia fazer o que seus irmãos não tinham podido fazer em semanas.
Não perdeu tempo em lançar fogo sobre os Dark. Não havia nada em nenhum reino tão calorífico como o fogo de Dragão, e converteu os corpos em cinzas quase imediatamente.
Darius imediatamente retornou à forma humana e se vestiu. Não podia permanecer em sua verdadeira forma quando outros não podiam fazê-lo. Não era justo. E isso só fazia que odiasse aos Dark Fae ainda mais.
Uma vez, fazia muito tempo, houve uma guerra na Terra entre os Fae e os Reis. As Guerras Fae tinham durado décadas com centenas de mortos.
Os Reis eventualmente saíram vitoriosos. Supunha-se que tinha que ter sido uma guerra que nunca voltaria a repetir-se. Tivesse seguido sendo assim se os Reis não tivessem tido que ocultar seu verdadeiro eu. Só havia uma raça a que culpar: os humanos.
Uma vez vestido, Darius abandonou o armazém. Eram justo as cinco da manhã. Ainda havia tempo para um pouco de caça. Talvez tinha sorte e via quem estava matando aos Dark.
Não tinha caminhado além de cinco maçãs quando encontrou a si mesmo girando até a esquerda. Darius caminhou outras duas antes de dar-se conta de que estava em caminho do Hospital Royal Vitória. Seus pés se detiveram imediatamente.
Cada vez que Sophie entrava em seus pensamentos, esmagava-a apressadamente. Era uma distração que não necessitava -e não podia permitir-se. Entretanto, quando caminhava pelas ruas, cada vez que via um cintilo de cabelo vermelho, esperava que fosse ela.
Houve uma só vez nas duas semanas desde que lhe fez o amor na rua, envolto pelas sombras com o desejo de que lhe montasse duro, que se tinha permitido vê-la.
Um dia depois de seu encontro permaneceu oculto em um telhado observando-a quando ela abandonava o hospital. Ela nem sequer tinha cuidadoso em direção onde eles tinham tido sexo contra um edifício.
Recordaria como lhe tinha parecido suas unhas na pele? Recordaria como seu corpo se estremeceu pela força de seu clímax? Teria esquecido como teve que tragar-se seus gritos de prazer com um beijo?
Ele não tinha problemas para recordar tudo isso e mais. Muito mais. Ainda dias depois, ele tinha o sabor dela em sua língua. Inclusive agora recordava a sensação de sua suave e cálida pele sob suas mãos. Ele sabia o peso de seus seios e quão sensíveis eram seus mamilos.
Se permitisse a si mesmo, poderia embebedar-se de seus beijos.
Era só por essa razão que não tinha retornado ao hospital nem tinha ido a nenhuma parte perto da casa de Sophie. Ela era muito atrativa e muito tentadora para aproximar-se dela.
Então, por que se dirigia agora até o mesmo lugar do que se apartou? Seus pensamentos tinham versado sobre os Dark e erradicá-los para sempre deste reino. Nem sequer tinha estado pensando em Sophie.
Darius deu meia volta e desfez o caminho andado. Tinha que conseguir afastar-se de Sophie. Nada bom viria de que a visse de novo.
Durante horas caminhou sem rastro de que os Dark tivessem sido vistos. Isso lhe punha nervoso, mas sabia havia ainda uns poucos desses safados na cidade.
O sol subiu no céu e logo começou sua descida. Durante todo esse tempo caminhou através da cidade de um extremo ao outro. Algumas vezes pensava que lhe estavam olhando, mas nunca pôde descobrir quem era.
Darius ficou em caminho até o Castelo de Edimburgo. Sentou-se enquanto olhava de acima a cidade quando sentiu um impulso contra sua mente. Imediatamente reconheceu a voz de Con em sua cabeça.
Abriu o enlace a Con. “Sim?”
“Como vão as coisas?” Perguntou Con
“Se me está perguntando e se descobri quem mais está matando aos Dark, vai ser que não”. Darius tinha tido a esperança de ter melhores notícias. Os Reis necessitavam alguma boa notícia logo.
Con respirou fundo. “Tem que ser um Fae. São os únicos que podem permanecer velados”
“Se se tratar de um Fae, então por que não se mostra?” “Nunca disse que tivesse sentido, só disse que poderiam ser eles”
Darius pôde escutar o cansaço na voz de Con. Não tinha estado em Dreagan desde antes da filtração do vídeo. Darius poderia imaginar que as tensões estavam em pleno apogeu e que todos faziam o possível por aparecer o mais humanos possível ante o MI, que tinha descido sobre seus negócios e seu lar.
“E você?” Perguntou Darius. “Como está?”
Houve uma larga pausa antes que Con dissesse “Estamos bem”
“Não estou perguntando sobre Dreagan. Sei que o maldito uísque vai bem. Perguntei como está, obstinado safado”
“Como diabos crê que estou?”
Darius sorriu quando escutou o aborrecimento na voz de Con. Constantine era conhecido por ser tão frio como o gelo em qualquer situação. Poucos lhe tinham visto zangado e vivido para contá-lo. “Quase sinto pena pelos Dark pelo que lhes vamos fazer”
“Necessitam que lhes apague da face da Terra”
“Todos os Faes deveriam ir-se. Inclusive Rhi. Não causam mais que problemas” Darius esperava que Con estivesse de acordo independentemente de que a Light Fae fosse a que lhes tinha ajudado em incontáveis ocasioes, mas o silêncio se estendeu.
“Rhi tem muitos amigos entre os Reis” “E você quer Usaeil como aliada”
“A Rainha dos Light Fae não tem nada que fazer nisto”, disse tensamente Con.
Seu tom fez que Darius franzisse o cenho. Tinha sido isso um tintura de irritação no tom de Con? Sobre a rainha Fae? Interessante. Havia rumores entre os Reis de que Con desaparecia muito ultimamente. Muitos suspeitavam que Usaeil e ele eram agora amantes.
Isso não ia acabar bem em nenhum cenário.
Darius trocou o tema de conversa. “Como vai o seguimento dos Dark?”
“Não tão bem como antes. Henry está cumprindo sua missão para lhes rastrear”
Henry. O único humano que não era casal de um Rei. Tinha-lhe sido permitido conhecer os segredos dos Reis e entrar em seus domínios privados. Entretanto, Henry não era simplesmente um humano. Era um dos melhores espiões que a Inglaterra tinha para oferecer.
“Estão os desagradáveis insetos na Irlanda como se supõe que deveriam estar?”
“A maioria. Há ainda alguns atrasados. Muitos para meu gosto” “Se estiverem em Edimburgo, eu os encontrarei”
O suspiro de Con foi o suficientemente forte para passar pelo enlace mental. "Temos que encontrar ao Ulrik, Darius, e lhe fazer responder por este vídeo. Não farei que nenhum vá a suas covas para se esconderem dos mortais outra vez. Já sobrevivemos uma vez. Não lhes pedirei isso pela segunda vez”
“Entendemos o que está em jogo. Ulrik sabe que o estamos procurando. Estivemos procurando durante semanas. Talvez é hora de que perguntemos ao Broc”
“Não” disse Constantine com determinação. “Os Guerreiros e Druidas já chamaram a atenção para deles durante a batalha com os Dark em Edimburgo. É nossa luta. Podemos acabar com o Ulrik por nós mesmos”
“Ele não está longe da Escócia. Poderia jurá-lo”
“Só fique atento. E recorda, Darius, não se pode confiar nele”
Con cortou a comunicação antes que a última palavra fosse pronunciada. Darius olhou sobre as luzes da cidade e pensou nas palavras de Con. Desde que Darius despertou e se aventurou em sua cova uns meses antes, sabia que seu tempo se gastaria na batalha. Con visitava cada Rei que dormia e lhes atualizava sobre o mundo. Darius era muito consciente das crescentes ameaças do Ulrik antes de sair de sua montanha.
Agora ele, como o resto dos Reis, estavam dando caça a um deles. Ulrik era uma ameaça para todos os Reis Dragão. Ulrik poderia ter ressuscitado Lily pelo Rhys, mas pouco depois tentou matar Darcy.
As ações do Ulrik eram caóticas e aparentemente indiscriminadas. Cada vez que pensavam que sabiam o que faria, Ulrik trocava seus objetivos. Surpreendia-lhes com suas decisões em todo momento.
Era uma tática brilhante para mantê-los adivinhando e nervosos, sem saber o que faria depois. Sem dúvida, estava voltando louco a Con para lhe zangar.
Darius reconheceu a contra gosto a astúcia do Ulrik. Por outra parte, não era uma surpresa. Ulrik era um dos Reis Dragão mais fortes. Podia ter sido o Rei de Reis, e provavelmente o teria sido se Con não tivesse querido o posto.
Tinham sido tão próximos como irmãos. Eram inseparáveis. Até que Con se fez cargo como Rei de Reis. Ulrik nunca lhe desafiou, inclusive tendo Ulrik esse direito. Em lugar disso, Ulrik esteve detrás de Con como seu líder.
As coisas teriam sido diferentes se Ulrik tivesse desafiado a Con e ganho? Ulrik poderia ter sido ainda traído por seu amante humana, mas não se teria exilado a si mesmo. Não duvidava que ele não só teria começado a guerra contra os humanos, mas também Ulrik lhes teria exterminado deste Reino.
Havia uma coisa certa, se Ulrik fosse o Rei de Reis, nenhum dos problemas dos Reis Dragão estaria ali agora. Não se estariam escondendo dos humanos. Nem estariam em uma guerra com os Fae. Os Fae não estariam no reino se não fosse pelos mortais.
Ao melhor Ulrik tinha tido razão todo o tempo. Teria sido melhor acabar com a existência dos humanos desde o começo. Mas isso não foi o que aconteceu. Con era o que governava, e Con tinha posto um final à guerra do Ulrik contra os mortais. Para manter a paz, seus Dragões tinham sido enviados longe e todos os Reis Dragão se ocultaram em suas montanhas durante vários séculos até que os humanos se esqueceram deles.
Os Reis se ocultaram uma vez. Não se ocultariam outra vez. Já era muito para eles frear-se quando podiam voar. Antes do desastre com o vídeo, só podiam sair aos céus pela noite ou em uma tormenta elétrica, e permaneciam em Dreagan quando o faziam.
Agora, todos estavam efetivamente castigados já que cada olho mortal no mundo procurava um Dragão.
Uma parte do Darius queria lhes mostrar aos humanos exatamente quem tinha estado vivendo a seu lado por milhares de anos. Queria que todos os Reis voassem e demonstrassem seu poder de uma vez por todas.
O Reino tinha sido deles desde o começo. Voluntariamente o compartilharam com os mortais, mas agora os Reis eram o carapaça dos grandes Dragões que alguma vez foram. E entristecia ao Darius ver no que tinham cansado.
Respirou fundo e ficou de pé. Baixou o olhar até as ruas que rodeavam o Castelo de Edimburgo. Franziu o cenho quando acreditou ver um Fae de cabelo branco na rua, mas no seguinte instante não havia nada.
Darius olhou o lugar fixamente durante comprido momento. O Fae podia velar-se. Entretanto, nenhum, salvo os mais capitalistas deles podiam permanecer ocultos durante pouco mais que uns segundos.
Escaneou as ruas e os arredores dos edifícios, mas não viu nada. Era que estava tão desesperado por matar que estava começando a ver Dark onde não os havia?
E um Fae com o cabelo branco? Não existia tal coisa como bem sabia. Os Light Fae tinham o cabelo tão negro como a noite e olhos tão chapeados como a luz da lua refletindo-se em um lago.
Os Dark Fae tinham mechos chapeados salpicando suas largas cabeleiras negras. Quanta mais prata, mais maldades tinham cometido. E seus olhos eram vermelhos como o sangue.
Era certo que um Fae podia fundir-se com glamour o que lhes permitia trocar sua aparência, mas por que um intencionalmente chamaria a atenção sobre eles mesmos como o de cabelo branco?
Darius se esfregou os olhos. Estava tenso, seus pensamentos preocupados, e a necessidade de voar e planejar entre as correntes de ar, era muito forte.
Como desejava mover-se e estender suas asas, rugir comprido e forte na noite e anunciar a todos que estava ali. Como desejava sentir a aleta de suas asas enquanto voava e sentir o sol e a lua sobre suas escamas, inundar-se e mergulhar, girar e deslizar-se.
Esfregou-se o peito, perguntando-se pelo dor que se assentou ali. Seu olhar se elevou à lua meio oculta pelas nuvens grossas. Havia um desejo desesperado dentro dele, mas não era só por estar em forma de Dragão.
Era por uma beleza ruiva que o enfeitiçou com seus ardentes beijos e seu corpo disposto.
Antes de sabê-lo, estava afastando do Castelo. Darius estava tão perdido em seus pensamentos que quase não vá ao Ulrik antes de dar a volta a uma esquina.
Darius rapidamente alterou seus passos e seguiu ao Ulrik. O banido Rei Dragão caminhava só. Seus passos eram lentos e sem pressas enquanto olhava ao redor da cidade como vendo que danos tinham feito os Dark.
Ulrik levava botas negras de sola grossa que não faziam nem um som, vaqueiro escuro e um suéter vermelho escuro. Seu cabelo negro estava recolhido em um acréscimo na base do pescoço.
Uma fria rajada de vento uivava através da rua, fazendo que os mortais se acocorassem em seus casacos. Ulrik levantava seu rosto até a rajada.
Darius quase abriu o enlace mental e chamou a Con, mas duvidou. Seria melhor saber até onde se dirigia Ulrik e se se encontraria com alguém primeiro. Se Darius o comunicava a Con, o Rei de Reis quereria ao Ulrik capturado imediatamente.
Era melhor saber no que estava trabalhando Ulrik junto com os Dark Fae. Se os Reis podiam conhecer seus planos antes que acontecessem, então já não estariam à defensiva. Os Reis poderiam ir um passo por diante dos safados e ganhar a guerra antes que se estendesse pelo mundo humano mais do que já o tinha feito.
Darius sorriu e seus pensamentos se desvaneceram quando Ulrik finalmente deixou de caminhar e o Darius se encontrou frente ao Royal Vitória Hospital.
* * *
Capítulo Três
A Sophie doíam as costas quando se apoiava no mostrador das enfermeiras e terminava de escrever notas no expediente de seu último paciente. Suas têmporas palpitavam com uma dor de cabeça que não diminuiria, mas ao menos seu estômago tinha deixado de grunhir.
Fechou o expediente e o entregou a uma enfermeira que esperava antes de agarrar o seguinte gráfico. Ela rapidamente o escaneou, tomando nota das numerosas fraturas e ossos quebrados que a mulher tinha recebido nos últimos cinco anos.
"Outra, certo?" perguntou Claire enquanto passava. Sophie apoiou um cotovelo contra o mostrados e descansou sua frente na mão “Sim”
"Realmente acreditam esses animais que não sabemos que estão golpeando às mulheres?" Claire perguntou com um bufido. "Tudo o que tem que fazer é ver onde se produziram as lesões"
Sophie odiava aqueles casos. Olhou a sua amiga Claire, uma das melhores enfermeiras do hospital. "foi admitida porque lhe lesou a traquéia"
“Não pode salvar a todas, Soph” disse Claire em sua suave voz com acento escocês. Infelizmente, Sophie aprendeu isso muito cedo quando ainda estava na Faculdade de medicina em Londres e sua companheira de habitação foi golpeada até a morte por seu namorado.
Respirou fundo e se endireitou, o gráfico na mão. “Sei”.
“Entretanto, há um preparado detetive fora de sua habitação” Claire lhe piscou um olho. “passou muito desde seu último encontro. É tempo de que tenha um pouco de diversão, doc”
Sophie sorriu e riu porque o esperava. E curiosamente havia uma sensação estranha em seu estômago, quase como se soubesse que algo estava por vir.
Sete anos eram muitos para estar só.
Deteve-se havia passado realmente tanto tempo? Ela contou os meses, surpreendida ao dar-se conta de que tinha passado tanto tempo. Sua carreira tinha florescido durante esse tempo.
Na verdade, essa tinha sido a única forma de que ela sobrevivesse a princípio. Inundou-se no trabalho, lhe deixando consumir cada hora de seu dia: acordada ou dormindo. Se não podia retificar sua própria vida, poderia salvar a outros. Tinha-o feito tão bem e durante tanto tempo que se converteu em uma segunda natureza, um hábito que nem sequer tinha compreendido que tinha.
A coisa era que nada trocava. Trabalhava turnos noturnos no hospital, atendia a quão pacientes não podiam acessar a ela, e sempre estava pronta para trabalhar se alguém mais queria tempo livre.
Tudo ia bem, tal como o tinha planejado. Sem buracos, sem vaivéns, nada que alterasse sua vida tranqüila e sem incidentes.
Logo chegou Darius.
Do primeiro momento que lhe viu, sentiu como se seus óculos lhe tivessem cansado. Tranqüilamente lhe tinha dado a direção para atender a uma amiga do Darcy, e no instante seguinte, havia-lhe dito que não era um bom homem.
Isso deveria havê-la enviado diretamente a casa sem pensá-lo duas vezes. Em troca, tinha-lhe pego a direção. Não porque nunca rechaçasse a alguém necessitado -porque ela não o fazia- mas sim porque lhe pediu ajuda.
Por que não podia parar de pensar no Darius–por que não podia tirar-se o da cabeça? Não deveria importar que seu toque a deixasse dolorida ou que a tivesse levado a tal prazer. Não havia tornado a vê-la desde aquela última noite. Quatorze dias. Trezentas e trinta seis horas.
E hoje. Olhou seu relógio. Isso por volta de trezentas e quarenta oito horas, dezessete minutos e dez segundos.
OH, merda. O que lhe estava acontecendo?
“Sophie?”
Ela piscou e olhou para encontrar Claire observando-a com um olhar preocupado em seus olhos marrons. Sophie lançou um sorriso, mas Claire inclinou sua loira cabeça e ficou uma mão na quadril, dizendo com isso a Sophie que não acreditou sua atuação nem por um segundo.
“Só fiquei distraída com meus pensamentos” disse Sophie com um encolhimento de ombros.
Claire levantou uma sobrancelha enquanto olhava a Sophie. "Pelo olhar, diria que se trata de um homem"
Um homem? Darius era muito mais que isso. Sua presença parecia fazer que a Terra se parasse, esperando sua ordem. Ordenava sem dizer uma palavra, dominava com um olhar de seus escuros olhos marrons.
Homem? Nenhum homem que ela tivesse conhecido poderia ser tão forte e imponente.
E sexy.
A boca lhe fazia água pensando na dura linha de seu queixo e em seus lábios que eram suaves e insistentes. Seus olhos podiam ser cortantes com frieza, mas também podiam brilhar com um fogo tão ardente que poderia derreter o sol.
Sabia como se refletia o desejo em suas profundidades de cor chocolate. Seus olhos se suavizavam, resultavam francamente sensuais enquanto ele sustentava seu olhar, desafiando-a a que retirasse o olhar.
Todo o momento seu magnífico corpo com marcados músculos a levaram mais e mais alto, lhe dando um êxtase como nunca tinha conhecido. E nunca tinha pensado que pudesse conhecer.
Se não tivesse estado dolorida à manhã seguinte quando despertou, poderia ter pensado que tudo tinha sido um sonho.
“Não sei quem é, mas precisa lhe voltar a ver” disse Claire, interrompendo os pensamentos de Sophie de novo. Seu sorriso era amplo, com um olhar de cumplicidade em seus olhos.
Sophie tragou saliva e se passou uma mão pelo cabelo para assegurar-se de que sua grossa cabeleira ainda estava em seu lugar. "Não sei do que está falando"
“Uh-huh” disse Claire com uma piscada. “Faz duas semanas entrou aqui com um rubor na pele e um sorriso nos lábios. Levava o aspecto de uma mulher que tinha sido bem e profundamente amada. Após, de vez em quando tem esse olhar em seus olhos. Lhe estou dizendo isso como amiga, Soph. Vá ver lhe outra vez. Porque se pudesse encontrar um homem que me fizesse olhar assim depois do sexo, encadearia a minha cama”
Esta vez a gargalhada de Sophie não foi fingida. Conhecia muito bem os problemas do Claire com os homens. Era uma mulher pequena, preciosa, que tinha um brilhante sorriso e uma risada contagiosa, e entretanto, todos os meninos nos que estava interessada preferiram a alguém mais. Pior, eram todos os tipos equivocados de homens os que se sentiam atraídos pelo Claire.
Se Sophie pensava que seus anos sem uma encontro eram muito tempo, Claire não ia por detrás dela com diferença. Era por isso que as duas se feito tão boas amigas.
Sophie se inclinou e lhe sussurrou ao ouvido ao Claire, "O sexo estava fora deste mundo, mas ele também está fora de toda visão".
Sophie se afastou, deixando ao Claire com a boca aberta e com interrogantes em seus olhos. Sophie riu por dentro, porque era algo estranho surpreender ao Claire. Normalmente, era Claire que a surpreendia diariamente.
Sophie dobrou a esquina e se encontrou a um homem apoiado contra a parede que a olhava fixamente. Estava incrivelmente atrativo com seu suéter vermelho escuro e seus jeans.
Vestia um pequeno sorriso em seus lábios abertos enquanto seus olhos dourados a olhavam. Seu comprido cabelo negro estava recolhido para trás, mostrando os marcados planos de seu rosto.
Incomodava-lhe como a olhava, como se fosse algo que examinar sob o microscópio. Sophie apartou seu olhar dele, e se deteve em seco quando viu o Darius.
Seu coração lhe golpeou o peito e o estômago caiu aos pés. Não podia decidir se estava emocionada de lhe ver ou surpreendida. Especialmente depois de só pensar nele.
Suas mechas eram largas, seu cabelo loiro escuro se movia pelo vento. Só estava despenteado o suficiente para lhe fazer ainda mais sexy. Seu cabelo, além da barba a meio sair, fez que o sangue lhe disparasse e suas mãos lhe formigassem por tocá-lo, por percorrer seu peito e seus largos ombros de novo.
Olhou-a com seus profundos olhos marrons sem um sinal de emoção. Enquanto ela se cambaleou ao vê-lo depois de tanto tempo e seu corpo imediatamente começou a palpitar de necessidade, ele não parecia sentir... nada.
Sophie sabia que tipo de desastre havia com o Darius. Ela se tinha jurado que nunca mais voltaria por esse caminho. Por muito tentador que fosse -e bom Deus, era ele muito tentador- fortificou as paredes ao redor de seu coração.
Entrou na habitação de seu paciente sem olhar atrás ao Darius. Se pelo menos fora tão fácil lhe apagar de seus pensamentos como foi olhar até outro lado.
Entretanto, não podia. Em metade de seu exame a um menino jovem que se quebrado um braço algum tempo depois, suas mãos tremiam enquanto pensava em como o quente fôlego do Darius tinha avivado sua pele justo antes de lhe beijar o lugar onde seu pescoço se encontrava com seu ombro.
Menos de uma hora depois, seus pensamentos de repente se voltaram do gráfico que estava lendo ao recordar como as enormes mãos do Darius a tinham pego tão gentil e firmemente enquanto balançava seus quadris em seu interior com tão força que sentia suas bolas golpear contra suas pernas.
Seus olhos se voltaram frágeis pelo que teve que ler o gráfico quatro vezes antes de assimilar as palavras.
Quando Claire a arrastou para conseguir algo de comer, Sophie pensava nos lábios do Darius. Como se beijaram como se fosse seu último beijo, como se sua própria vida dependesse disso. Desde lento e sensual, até rápido e feroz, beijou-a de todas as maneiras imagináveis em um curto período de tempo.
E ela se lembrava de cada um deles.
Tinha passado tanto tempo da última vez que a beijaram que o cérebro lhe ardia: cada som, cada carícia, cada aroma. Formavam parte de sua lembrança como seu beijo.
Sophie tinha esquecido quão bom pode ser um beijo. Não tinha recordado como um beijo podia fazê-la cair de seus pés. Ou como poderia fazer que seu Corpo se estremecesse e desejasse ser tocado. Tinha esquecido o desejo, o coração pulsando por saciar a crescente necessidade que um beijo podia estimular.
Por que Darius não podia ser um mau besador? Teria sido muito mais fácil que ele tivesse sido tão mau como...
Sophie, então, deteve seus pensamentos diretamente. Quase diz seu nome. Rapidamente, trocou seus pensamentos. Se os estava comparando, então as coisas tinham progredido a um ponto que era preocupe-se.
O sexo alucinante ou não, Darius precisava ser apagado de sua vida a partir desse momento.
Não sabia por que tinha aparecido no hospital depois de duas semanas, mas não ia averiguar. Quaisquer que fossem os pensamentos raivosos que a impulsionaram a atirar a precaução ao vento e deixar que a levasse às sombras se foram.
Sophie estava sob controle uma vez mais. A Sophie serena e racional que nunca se divertia ou fazia algo imprudente ou selvagem.
Darius poderia estar nu no hospital, e ela não sentiria nada.
Como o inferno que não seria assim. Definitivamente sentiria algo.
Ela respirou fundo. Seu subconsciente tinha razão. Sentia algo agora, mas não deveria atuar sobre isso. Não podia. “Nunca outra vez” murmurou ela.
Claire a olhou suspeita antes de voltar para seu tema dos homens em um sítio de encontros online no que se havia assinado. Todos os que queriam falar com ela eram velhos, extremamente pouco atrativos ou simplesmente horripilantes. Os poucos nos que Claire tinha mostrado interesse não se incomodaram sequer em reconhecer sua existência.
Se alguém necessitava "montar-lhe bem" como ela dizia, essa era Claire.
Se tão só Sophie conhecesse alguém que pudesse lhe apresentar ao Claire. Sophie odiava quando a gente interferia em sua vida amorosa, mas Claire era diferente. Claire tinha passado pelo inferno e retornado com um homem com o que tinha estado durante quatro anos lhe prometendo matrimônio, e logo a deixou por outro homem.
Claire acreditava ainda no amor e no romantismo e tudo o que isso suportava. Merecia um homem que lhe abrisse as portas, que primeiro chamasse, que lhe trouxesse flores sem motivo e que sempre tivesse em conta seu bem-estar. Ela merecia um homem que não pudesse apartar suas mãos dela, um homem que só tivesse olhos para ela, e um homem que a agradasse até que ela ficasse flácida.
Era irônico que Sophie uma vez tivesse ansiado essas mesmas coisas, mas o destino tinha sua forma de obrigar a alguém a dar-se conta de quão trágica e difícil podia ser a vida.
Mas Claire não era ela. Claire tinha uma oportunidade, e se Sophie podia ajudá-la, faria-o.
Imediatamente, a imagem do Darius apareceu em sua mente. Claire poderia ser seu melhor amiga, mas não ia compartilhar nada sobre o Darius. Darius era um segredo que Sophie levaria a tumba.
"Um perdedor atrás de outro", disse Claire enquanto percorria seus "casais" do sítio de encontros. "É ridículo com quem acreditam que eu gostaria de sair. Eww" exclamou para si mesmo.
Sophie mordeu seu sándwich e gesticulou quando Claire lhe ensinou a foto do que Sophie teria jurado que era a ficha policial de um bêbado.
"Isto é o que há" disse Claire negando com a cabeça. "Estou apagando meu perfil. Também poderia investir em um vibrador melhor, porque de agora em diante vai ser meu companheiro de cama"
Sophie abriu a boca para dizer algo, mas apertou as pernas enquanto recordava ao Darius. Nem um vibrador nem um consolador no mundo poderiam comparar-se com a realidade de estar com ele.
* * *
Capítulo Quatro
Darius sabia que ir ao hospital era uma má idéia. Logo que entrou, seu olhar procurou uma ruiva em vez de manter-se centrado somente no Ulrik.
O passo do Ulrik através dos corredores tinha sido casual, quase como se ele estivesse dando uma volta por um parque. Nem olhou dentro das habitações nem falou com ninguém.
Darius permanecia o suficientemente longe detrás dele como para que não o notasse, mas Ulrik era um Rei Dragão. Sabia que Darius estava ali. A forma em que Ulrik atuava era quase como se quisesse que Darius lhe seguisse.
E quando finalmente Ulrik se deteve e se apoiou em uma parede enquanto comia uma bolsa de pistachos, Darius soube por que. Ele rezou por haver-se equivocado por uma vez. Então Sophie apareceu à vista e foi como um golpe no estômago.
Darius realmente deu um passo atrás. Seu olhar estava fixo nela e seus pulmões se contraíram. Como se tinha mantido afastado dela? Não tinha esquecido o incrivelmente formosa que era, desde sua pálida pele que parecia nata até seu vibrante cabelo vermelho que se havia sentido como a suave seda em sua mão.
Ele a bebeu, como se estivesse morto de fome por só vê-la. Desde seu rosto ovalado até seus olhos amendoados e seus incríveis lábios, era hipnótica e fascinante.
Magnética.
Darius se umedeceu os lábios, recordando seu cativante sabor. Inclusive semanas depois podia ainda recordar como se sentia tê-la firmemente embainhada em seu verga enquanto ela alcançava seu ponto máximo e como se sentiam suas unhas cravadas no pescoço enquanto se agarrava a ele.
A Dra. Sophie Martín poderia parecer para o mundo tão tranqüila e fria como uma pulso de porcelana. Mas ele tinha visto seu fogo. Havia-o sentido. E ardeu até o mais alto.
Tinha estado de forma voluntária e desinibida em seus braços. A máscara que vestia tinha cansado sem sequer tentá-lo. Nem sequer estava seguro de estar a par de tudo o que lhe tinha mostrado em meio de tanta paixão.
Darius tampouco queria pensar no que ele poderia lhe haver revelado. Tinha-a desejado, mas não tinha estado preparado para seu forte e visceral reação até ela.
Era pelo que se manteve afastado dela. Bom, isso entre outras razões. Entretanto, agora que estava parada justo ao final do corredor, deu-se conta de quão tolo tinha sido.
Darius se esqueceu por completo do Ulrik, esqueceu por que o tinha seguido ao hospital. Esteve a ponto de ir-se com Sophie e rodeá-la com seus braços para beijá-la.
Observou como olhava ao Ulrik. Logo seu olhar se afastou e aterrissou sobre ele. Darius esperava ver um olhar de deleite ou inclusive um pingo de sorriso, mas se afastou como se ele fora um desconhecido.
Como se não tivessem compartilhado um momento dilacerador semanas antes enquanto Edimburgo ardia.
Darius estava tão assombrado pela fria recepção que só pôde observar como desaparecia na habitação de um paciente.
Quando piscou, Ulrik tinha desaparecido. Darius não teve mais remedeo que segui-lo. Jogou uma olhada dentro da habitação onde Sophie entrou e a viu de pé junto à cama de uma mulher que obviamente tinha sido golpeada.
Darius pôde escutar a Sophie falar brandamente com a mulher, lhe dizendo que se curaria, mas que se não tomava alguma ação contra seu marido a próxima vez não seria tão afortunada.
Lutou contra seu instinto de ficar perto de Sophie. Não era acidental que Ulrik entrasse no hospital ou se dirigisse à mesma planta de Sophie. Ulrik não fazia nada sem uma razão.
Havia uma pequena possibilidade de que fosse pura coincidência que Ulrik tivesse ido à planta de Sophie, mas Darius sabia que esse pensamento era puro lixo. Mas como soube Ulrik de Sophie?
A menos que ele tivesse visto o Darius com ela essa noite nas ruas. Darius tinha estado tão absorto na mulher que tinha em seus braços que não tinha posto atenção em nada mais. Tinha-lhe surpreso quão fácil ela tinha sido capaz de fazer que o mundo se dissipasse.
Darius jogou um olhar mais a Sophie, que estava direita como uma flecha com seu comprido e grosso cabelo vermelho recolhido uma vez mais detrás da cabeça. Quis atirar de seu cabelo para baixo e empurrá-la contra a parede para tomá-la uma vez mais.
Não tinha imaginado a paixão que aninhava em seu interior, e queria pô-la a prova. “Em outro momento” murmurou para si mesmo. Inclusive enquanto se perguntava por que, depois de ter jurado manter-se afastado dela.
Darius perdeu ao Ulrik entre a multidão de pessoas que entravam e saíam do hospital. Quando encontrou ao Ulrik uns momentos depois, Ulrik estava paquerando com uma bonita morena.
Ainda devanándose pela reação de Sophie até ele, Darius se dirigiu a um banco e se sentou, esperando ao Ulrik. Pôde vigiar ao Ulrik e ter uma vista clara da entrada do hospital.
Darius não se surpreendeu quando Ulrik terminou sua conversa com a enfermeira e se sentou a seu lado. Nenhum dos dois disse uma palavra quando Ulrik rompeu outro pistacho e meteu o fruto seco verde na boca.
“Pensei que ficaria atrás e falaria com ela”
Darius apertou os dentes. Merda. Justo o que temeu, Ulrik estava ali pelo Sophie. Thorn e ele se tomaram grandes moléstias para assegurar-se de que Sophie nunca fosse vista lhes ajudando a sanar Lexi. Isso significava que Ulrik tinha descoberto Sophie pelo descuido do Darius.
Foder. Tinha enlameado bem as coisas esta vez.
“O que quer com ela?” Perguntou Darius. Ulrik atirou a um lado mais cascas vazias e se encolheu de ombros. “É atrativa. Se você gostar das ruivas. Sempre as encontrei extremamente entusiastas na cama”
Ulrik lhe fez um olhar, um sorriso ardiloso em seus lábios. "Não pensei que seria tão descuidado para te enredar com outra mulher, Darius. Não depois de seu... passado"
Darius respirou fundo e lentamente o soltou, tentando manter sua ira sob controle. Despertou-se de seu comprido sonho tão zangado como quando procurou sua cova. Em conseqüência, não se necessitava muito para lhe provocar.
Custou-lhe um incrível esforço manter a boca fechada e as mãos relaxadas quando tudo o que queria fazer era transformar-se em Dragão e procurar a jugular do Ulrik.
Em troca, seguiu o exemplo do Constantine. Empurrou toda a raiva e todas suas emoções a um lado até que não houve nada. Só então pôde Darius responder. "Não tenho nada com a doutora"
“Sempre dando a mesma resposta. Esperava que pudesse ser mais criativo” “Como sabe que não contatei com o Constantine já?”
Ulrik voltou a cabeça e sorriu ao Darius. “Pela doutora. Quer saber do que se trata antes de informar ao Constantine de que estou aqui”
Esse tinha sido o dom do Ulrik antes que fosse um desonesto e fora exilado de Dreagan. Sempre tinha sido capaz de descobrir às pessoas, sem importar o que ocultassem.
“Constantine sabe que está aqui”
Ulrik riu e colocou a mão na bolsa por outro punhado de pistachos. “Se soubesse, estaria aqui. OH, espera. Não pode estar aqui o suficientemente rápido posto que tem que conduzir”
Darius queria lhe apagar o sorriso da cara. A multidão de gente ao redor deles lhe obriga a permanecer como estavam. A presunção na voz do Ulrik quando mencionou que nenhum dos Reis Dragão podia transformar-se e voar, ameaçou acabando com a calma do Darius, mas as arrumou para mantê-la.
“minha batalha com o Constantine chegará logo” disse Ulrik. “nos enfrentar uns contra outros aqui não fará nenhum bem a ninguém. Pelo momento não, em qualquer caso”
“Fez o que queria. Cortou-nos as asas” disse Darius. “por agora”
Ulrik terminou de mastigar e tragou antes de dizer com voz tensa, “Não pude me transformar em minha forma verdadeira durante milhares de anos. Não me fale de lhes ter com as asas cortadas”
Pelo mais leve segundo, Darius viu a fúria nos olhos dourados do Ulrik antes que a relaxasse. Tinha passado umas poucas semanas sem poder voar, mas Darius tinha sido capaz de transformar-se. Ulrik não tinha sido capaz de fazê-lo durante muitos séculos para contá-los. Tão terrível como Darius imaginou que era isso, não desculpava ao Ulrik das atrocidades que tinha cometido nos últimos anos.
“Se odiar a Con tanto por que não só vai contra ele diretamente?” Perguntou Darius.
Ulrik ficou de pé e enrolou a bolsa vazia. “Porque foder a todos vocês é muito mais divertido”
Darius sabia que era muito mais que isso. Ulrik era muito ardiloso para perder tempo causando problemas. Cada ataque, cada golpe era calculado "Assim destruirá toda nossa raça porque foi exilado?"
“Não fui simplesmente exilado, ou o esqueceu tão facilmente? O meio sorriso do Ulrik se endureceu, seus olhos dourados se voltaram gelo. “Todos vocês a mataram. Era meu direito ante sua traição. E em lugar de apagar aos humanos de nosso mundo, você e outros escolheram protegê-los. Aos que tinham tentado me matar. Aos que eram responsáveis por que nossos Dragões fossem enviados longe. Quer saber se lhes destruirei a todos? Faria-o com um sorriso em minha cara”
“Se fosse o único Rei Dragão que ficasse, não poderá lutar contra os Dark Fae que quererão ficar com este mundo”
Nenhum pingo de emoção cruzou a cara do Ulrik. Darius esperava ler algo no rosto de seu velho amigo para ajudar a determinar o que Ulrik planejava, mas uma vez mais Ulrik demonstrava ser um professor em ocultar seus planos.
Darius ficou de pé, enfrentando-o cara a cara. "Quer brigar com o Constantine? Então lute contra ele. Todos sabemos que o que vem é entre vocês dois"
“De verdade sabem?” Disse Ulrik com ironia brandamente.
“Sim”
Darius manteve o olhar sobre o Ulrik inclusive apesar de que queria olhar ao redor do hospital. Ulrik tinha provado no passado que era mais que capaz -e estava disposto- a matar a qualquer mulher que pudesse ser companheira de um Rei.
Darius não ia permitir que Sophie se visse mesclada nisto. Faria o que estivesse em sua mão para mantê-la fora de perigo -o que significa longe do Ulrik.
Ela só estava envolta porque eles a tinham metido. Darius o piorou ao procurá-la para lhe fazer o amor. Se se afastava agora, existia a possibilidade de que Ulrik desviasse sua atenção dela.
"Quero que todos vocês entendam como se sente o estar apanhado em forma humana sem nenhuma saída. Ao menos, você tem um armazém o suficientemente grande para que possa te transformar e queimar corpos de Darks"
Logo Darius tinha sido seguido. Como não o tinha sabido? Normalmente estava muito atento a esse tipo de coisas. Punha-lhe dos nervos que Ulrik lhe voltasse a surpreender.
“Então seu foco está posto em mim agora?” Perguntou Darius. “Salvou Lily pelo Rhys, só para matar Darcy para machucar ao Warrick?”
Darius deixou fora a parte de como eles salvaram Darcy que estava vivendo felizmente com o Warrick em Dreagan.
Ulrik arrojou a bolsa a um lixeiro próximo. "Possivelmente esteja aqui para salvar Sophie"
Darius nem acreditou por um momento. Ulrik tinha provado que não se podia confiar nele. Sim tinha ajudado a salvar ao Lily, mas também tinha machucado aos Reis de muitas formas.
“Não me crê” Ulrik sacudiu as mãos para limpar-lhe Poderia te contar todos meus segredos neste momento, e não acreditaria"
“provou que é um mentiroso que só cumpre sua própria agenda”
“E seu não foi atrás de sua própria agenda faz duas semanas quando tomou à preciosa doutora contra um edifício?” Perguntou Ulrik despreocupadamente. "Parecia bastante interessado em sua agenda"
Darius apertou os punhos para evitar golpear o petulante rosto do Ulrik.
Então tinham sido observados. Pelo Ulrik.
Ulrik tinha visto a paixão dela, seu desejo. Tinha escutado seus gritos de prazer. O bastardo. Darius queria lhe pagar por ser testemunha do que só ele deveria ter visto. Não importava o fato de que a tivesse tomado na rua.
Ulrik riu brandamente. "Esse olhar em branco que me está dando recorda a Con. Infelizmente, suas mãos apertadas contam uma história diferente. Cuida da doutora"
“Ela era uma mulher. Tinha passado muito tempo desde que tive uma liberação assim. Isso foi tudo”
“Ah sim?” Perguntou Ulrik com ironia. “Com essa classe de paixão? Não me incomode com suas mentiras, Darius”
Darius cortou a distância entre eles até que estiveram nariz com nariz. “Muitos inocentes pagaram o preço por nossa guerra. Não a queria -nem a ninguém neste hospital- machucada por causa de que creia que tenho algum sentimento por um mortal”
Ulrik lhe olhou fixamente durante um comprido momento.
"Se quer me machucar, já o tem feito te assegurando de que não possa voar. Fez o que queria. Vá", exigiu Darius.
"Meus planos logo estão começando. Além disso, não tenho nenhum interesse em deixar Edimburgo pelo momento. Adiante, diga a Con. Podemos ter nossa batalha aqui".
Darius sabia que Con nunca perdoaria tal coisa. Con tinha jurado proteger aos humanos muito a sério para lutar contra Ulrik até a morte frente a eles.
Ficou frente a Ulrik para lhe deter o afastar-se. “Não vou te dizer outra vez que se afaste da doutora”
“Ahh” disse Ulrik com um bufido. "Algum de vocês finalmente vai intervir e a me desafiar?"
Maldição. Darius não podia. Con já tinha exigido para si mesmo essa opção.
“Acredito que não” Ulrik soltou uma gargalhada. "Que lástima. Pensei que o velho Darius poderia ter retornado. Mas segue sendo o mesmo dragão quebrado"
Olhou aos olhos dourados do Ulrik. "Se busca uma briga, aqui estou. Embora não será uma briga justa contigo só tendo algo de sua magia"
O sorriso do Ulrik foi frio. “Pensa que sabe muito. E não sabe nada. Nenhum de vocês. Quando tudo se derrube, darão-se conta de quantas peças do quebra-cabeças faltavam”
“Tentando trocar o tema de conversa?”
Ulrik sustentou seu olhar, seu sorriso se endureceu. “Absolutamente”
Um grito de dor tirou o olhar do Darius do Ulrik por cima do ombro a uma mulher que estava no chão retorcendo-se de dor.
"Segue me provocando, Darius. Não tenho problema em ferir qualquer destes... seres" disse Ulrik.
Darius pensou em Sophie e nas centenas de pessoas no hospital. Recordou seu juramento de proteger aos humanos, e embora ia contra tudo o que ele era, não lhe deu um murro na cara ao Ulrik como queria.
Ou lhe rasgar. Isso é o que Darius realmente queria fazer.
O guerreiro de antigamente, o dragão letal que golpeou sem remorso nem vacilação se elevou em sua cabeça. Darius pensava que tinha perdido esse espírito guerreiro fazia muito tempo. Havia sentido um início disso fazia umas semanas, - e após cada vez mais e mais.
Então, hoje, soube que tinha retornado. Ele tinha retornado. O Dragão que tinha sido antes que a tragédia lhe golpeasse.
Agora tinha um objetivo, e alguém a quem proteger. Ulrik não ia saber o que lhe tinha golpeado quando Darius tivesse terminado com ele.
Os gritos da mulher se fizeram mais fortes à medida que a gente se congregava a seu redor e os trabalhadores do hospital correram a ajudá-la. Este não era o momento de recordar ao Ulrik seu lugar no mundo. Isso viria muito em breve.
Darius pensou em Sophie trabalhando no edifício atrás dele, salvando vistas. Viu seus olhos cor oliva, seu sorriso. E dirigiu seguir onde estava, sob controle completamente de sua ira.
“Um dia logo saberão quão segredos Con tão desesperadamente guarda longe de vocês” disse Ulrik enquanto se afastava, seu sorriso de muita superioridade para o Darius.
Os gritos da mulher se detiveram e foi ajudada a ficar de pé um momento depois.
Darius queria falar com Sophie, até que Ulrik desapareceu.
Mas em seu lugar seguiu ao Ulrik. Justo ar um minuto depois.
* * *
Capítulo Cinco
Pompeya, Itália
Balladyn estava ante as ruínas da Pompeya, recordando como tinha seguido até ali a Rhi. Tinha-a procurado por todo o Reino. Cada vez que conseguia aproximar-se, ela escapulia. Ele a sentia, junto como sentia a ele.
Ainda não estava seguro por que parou de fugir dele. Mas estava contente de que o fizesse.
Do momento em que ela era um demônio jovem do Light Fae, tinha deslocado desenfreada sobre todos e tudo. Não eram só os Fae os que se sentiam atraídos por ela. Eram todos e tudo: planta, animais, vento, água e inclusive o sol.
Era uma força para ser reconhecida, e nem sequer era consciente disso. Embora todos os Fae eram por natureza formosos, Rhi tinha um brilho interior que nenhum outro Fae possuía, nem sequer Usaeil, a Rainha dos Light.
Foi sua amizade com o irmão de Rhi, Rolmir, o que tinha dado ao Balladyn o privilégio de conhecê-la. Durante séculos a tinha amado de longe, esperando até que tivesse idade suficiente para querer um marido.
Em lugar de seguir os passos da maioria das mulheres Light, Rhi seguiu ao Rolmir e a ele. Treinou-se com eles, lutou com eles e ganhou uma posição como a única mulher na Guarda da Rainha.
Era uma das mais altas honras que um Light Fae podia obter. Foi realmente um dia de celebração. Para o Balladyn, foi duplamente porque pôde acontecer mais tempo com Rhi.
Entretanto, enquanto comia com ela, preparava-se junto a ela e sonhava com ela de noite, Rhi se estava apaixonando por um Rei Dragão. Balladyn ainda recordava a sensação de uma adaga cravando quando lhe contava tudo sobre o Rei Dragão que tinha conhecido. Balladyn não pôde evitar lhe dizer como se sentia.
A precaução lhe deteve, insistindo a lhe dar tempo. Porque certamente o que seja que estivesse passando com o Rei nunca duraria. Como se o destino conspirasse contra ele, o assunto continuou muito mais tempo do que alguma vez pensou que fosse possível, e justo quando estava preparado para dar-se por vencido, o Rei terminou abruptamente o assunto.
Quão seguinte Balladyn soube foi que sujeitava Rhi enquanto ela chorava sem cessar, sua angústia lhe fazendo pedaços. Balladyn passou de odiar ao Rei Dragão, a querer lhe cortar em pedaços por romper o coração de Rhi.
Durante dias permaneceu ao lado de Rhi confortando-a, inclusive quando tudo o que havia era chorar. Era suficiente com que ela tivesse voltado para ele. Isso significava que ela sabia que ele estaria ali sempre para ela.
Então Usaeil o convocou. Nunca em seus sonhos mais loucos imaginou que Rhi se aventuraria no lado mais escuro do reino Fae onde nenhum Light Fae se atrevia a ir.
Mas Balladyn estava preparado para ir por ela. Só que viu que o Rei Dragão de Rhi foi atrás dela primeiro. Até este dia, Rhi não tinha nem idéia de quem a tinha tirado dessa armadilha mortal.
Balladyn deixou o queixo sobre o peito enquanto as lembranças lhe assaltavam. Tinha jurado permanecer junto a ela sempre. Assim estava preparado para esperar a que passasse seu coração quebrado, exceto o exército Fae foi chamado à guerra. Como Guardas da Rainha, lideraram a carga.
Tocou seu ombro esquerdo onde tinha sido ferido com uma flecha de um Dark. A ponta esteve tão perto de perfurar seu coração que ainda estava surpreso de que não tivesse morrido. De algum jeito, tivesse sido melhor se o tivesse matado em lugar de terminar em uma masmorra dos Dark Fae, onde tinha sido convertido.
Todo o amor que uma vez manteve pelo Rhi foi então transformado em ódio. Converteu em seu objetivo capturá-la e convertê-la também. Quando ela se aventurou nos domínios do Taraeth, Balladyn logo que tinha acreditado sua sorte.
Durante só uns segundos, acreditou que ela estava ali por ele, para tratar de lhe levar de retorno aos Light. Logo ele se inteirou de que o Rei Dragão, Kellan, estava sendo retido. Apesar de tudo o que o amante de Rhi lhe tinha feito, ela ainda estava ajudando aos Reis Dragão.
Isso lhe enfureceu, exasperou-lhe. E estava decidido a fazer algo sobre aquilo.
Balladyn conseguiu sua justiça. Capturou Rhi. E a tinha torturado.
O rei dos Dark, Taraeth, tinha estado estático acreditando que teria dois Guardas da Rainha com ele.
Exceto Balladyn levou Rhi muito forte muito rápido. Ela destruiu sua fortaleza, e no processo lhe mostrou a enorme quantidade de poder dentro dela.
O estar perto dela uma vez mais também lhe revelou algo mais -que ainda estava apaixonado por ela. Profundamente.
Balladyn procedeu a persegui-la por todo mundo. Não para convertê-la no Dark, a não ser para estar perto dela. Seu coração tinha saltado quando a tinha encontrado na Pompeya e ela pôs sua mão na dela.
Não sabia o que fazer depois daquilo. Rhi já não fugia, mas ela ainda não era dela. Balladyn sabia então que teria que caminhar lentamente com ela. Seu primeiro beijo o tinha chegado até o fundo de sua alma negra.
Quanto mais estava com Rhi, inclusive durante simples segundos, mais se sentia trocar. Ela consumia seus pensamentos dia e noite, dormido ou acordado.
Tinha-a esperado durante milhares de anos. Não queria esperar mais.
Logo ela tinha chegado a ele lhe pedindo ajuda. Lhe havia tocado, tinha-lhe beijado. Tanto se ela queria admiti-lo ou não, ela sentia que havia algo entre eles. Não podia negar, não pela forma em que lhe devolvia seus beijos.
Para que estivessem juntos, Balladyn tinha que descobrir como podiam escapar de Usaeil e Taraeth ou derrotar aos dois. Tinha visto Rhi em ação recentemente, quando ela, junto com Constantine e Thorn, atacaram a casa do Mikkel para salvar a uma humana.
Tudo ia bem até que Rhi recebeu uma descarga de magia Dark. Reviver esse momento ainda lhe fazia sentir impotente e muito malditamente zangado.
Balladyn se esfregou o peito onde deveria estar seu coração e se teletransportou ao deserto. Era o lugar onde tinham compartilhado seu primeiro beijo, o lugar ao que voltavam uma e outra vez.
Sentou-se na areia quente, deixando que os pequenos grãos lhe queimassem as mãos quando as enterrou. O sol lhe cobria, mas não sentia nada disso. Seguia vendo Rhi lançada para trás pela explosão de magia na mansão e logo que permanecia imóvel.
Balladyn tinha tentado ir por ela, mas Ulrik lhe deteve. Foi Constantine que a levou a Dreagan. Tudo o que Balladyn podia esperar era que o Rei de Reis utilizasse seu poder para saná-la.
Era o não saber como Rhi estava o que lhe estava matando lentamente. Não tinha ouvido nem visto Rhi em semanas. Cada dia que passava sem palavra dela era uma espécie de tortura.
Chamou-a repetidamente. Ela ou não respondia porque não podia, ou não queria. Com Rhi, poderia ser qualquer opção. Rhi era leal até o engano. Tinha um bom coração que se amargurou durante o tempo que a torturou. Era assombrosa com a espada, e alguém que você sabia que podia confiar explicitamente.
Não deixava de ter defeitos. Adorava intrometer-se, e tinha uma inclinação pelas compras diárias. Sua coleção de esmaltes de unhas não tinha rival, igual a sua afinidade por pintar as unhas.
O fato de que não pudesse mentir sem sentir uma dor extrema era uma bênção para qualquer pessoa próxima a ela. Rhi sempre dizia a Verdade, sem importar quão doloroso pudesse ser. Não havia mentiras ou enganos com ela. Só honestidade e risada.
Essa risada tinha desaparecido de seus olhos desde que se liberou das Correntes do Mordare enquanto esteve em seu calabouço. Tinha feito isso a ela. Quase tinha apagado sua luz. Como lhe pôde fazer isso se a amava?
Amava a Rhi que corria rindo através de um campo de flores com seu negro cabelo solto e os braços levantados.
Amava a Rhi cujos olhos chapeados brilhavam com malícia cada vez que fazia uma brincadeira.
Amava a Rhi que dava saltos de emoção cada vez que tinha uma surpresa para alguém.
Amava a Rhi que fechava os olhos e levantava a cara até o sol como se procurasse sua calidez.
Tudo isso lhe atraía de Rhi. E ele o esmagou. Era a escuridão dentro dela o que permitia que ele a encontrasse. Era isso o que lhe chamava. Tinha-a odiado por no que se converteu, e, entretanto, era responsável por voltá-la na mesma direção. Isso se ela vivia.
Balladyn deixou cair a cabeça em suas mãos, uma banda apertada lhe oprimia o peito. A vida sem ela seria... impossível. Ele não poderia estar aqui sem ela. Ela era seu tudo, sua razão para respirar.
“Por favor, Rhi. Volta para mim” sussurrou Balladyn. “Necessito-te. Amo-te”
Olhou para cima, esperando que ela de repente aparecesse, olhando-o como se fosse patético. Em lugar disso, só o som do vento sobre a areia chegou a seus ouvidos.
Destilaria Dreagan
Rhys estava na porta olhando por volta da cama na que Rhi permanecia imóvel como tinha estado durante as últimas duas semanas. Visitava-a cada dia e cada vez esperançoso de que estivesse sentando exigindo a Con que lhe trouxesse uma bandeja de comida.
“Nenhuma mudança ainda?” Perguntou Con enquanto chegava para ficar junto a ele.
Rhys olhou ao Rei de Reis e negou com a cabeça. O olhar de Con se enfocou em Rhi. “Nenhum”
“Não entendo” disse Con enquanto se aproximava da cama e punha uma mão na frente de Rhi. “Curei-a. De todas suas feridas. A estas alturas deveria estar acordada”
“Sei” Rhys se separou da porta e se dirigiu à cadeira perto da cama. Ele se sentou pesadamente e suspirou. "Algo vai mau"
Con se endireitou inclinando a cabeça assentindo “Estou de acordo” “Mas o que? a magia Dark?”
Con se encolheu de ombros, sua camisa branca estirando-se sobre seus braços em movimento. Colocou as mãos nos bolsos de suas calças. "passou por muitas coisas ultimamente. Não sabemos o que aconteceu nas mãos do Balladyn".
“Ela não é uma Dark” disse Rhys através de seus dentes apertados. “Nunca disse que o fora”
“Implicitamente disse que ela pudesse sê-lo”
Con retirou o olhar. “Tudo o que disse é que não temos todos os fatos. Sabemos que foi torturada. Vi-a, Rhys. Não a reconheci quanto entrei no calabouço. O que fosse que Balladyn fizesse, fez-o bem”
"Passaram semanas depois que Ulrik a tirasse da fortaleza do Balladyn antes que a víssemos" admitiu Rhys.
“E não foi a mesma. Sua luz é... menor. Não se foi mas é diferente”
Rhys negou com a cabeça tristemente. “Inclusive posso admitir que tem razão nesse aspecto. Temo que a magia Dark de algum jeito vá aniquilar o que fica de sua luz.
“Rhi é muito forte para isso”
Rhys olhou a Con. “Como gostaria a ela te ouvir dizer isso”
"É porque está adormecida que posso" replicou Constantine com um pequeno sorriso. Esse sorriso morreu enquanto retornava seu olhar outra vez até ela. “Mas é preocupante que ela não desperte. Não sei que mais fazer. Usaeil a quer no castelo”
“Não” declarou Rhys enquanto se levantava. “Rhi de maneira nenhuma vai deixar Dreagan”
A frente de Con se franziu por um momento. “Ela é uma Light Fae. Ela deveria estar com sua própria gente, não aqui conosco os Reis Dragão”
“Aí é exatamente onde ela precisa estar. Com amigos. Deixou a Guarda da Rainha. Rhi não quereria retornar ali”
Con fez uma inclinação de cabeça assentindo. “Não poderei manter longe a Usaeil durante muito tempo”
“Você é o Rei de Reis. Pode mantê-la longe indefinidamente” Rhys suspeitava que algo estava acontecendo entre Usaeil e Con, e quanto mais falava com o Constantine sobre a rainha, mais pensava que estava certo.
“Posso, mas não quero”
“Desde quando te inclina ante os Fae?”
Um músculo saltou no queixo de Con. “Nunca”
“Mas o faz ante Usaeil. Por aí se diz que vocês dois estão tendo uma confusão. Há algo de certo nisso?”
“Desde quando escuta os rumores?”
“Desde que envolvem Usaeil. Responde a pergunta” pressionou Rhys.
Con lhe sustentou o olhar durante um comprido momento. “Não perguntei a quem levava a cama. Eu gostaria da mesma cortesia tanto se se tratar de uma Fae como de uma humana. É meu assunto”
Rhys o observou saindo do dormitório sabendo que já tinha sua resposta. Agora por tudo o que Rhys poderia rogar era que Rhi não descobrisse nunca a verdade.
* * *
Capítulo Seis
Não era a primeira vez que Sophie tinha um dia que parecesse não acabar nunca, mas este se levava a palma. E algo mais. Era um acontecimento seguido de outro.
Depois de ver o Darius, foi como se o destino queria lhe recordar a ele constantemente. Ela deu a volta à esquina do hospital e viu uma parte da cara de um homem rodeado de pessoas. Seu coração se acelerou, pensando que era Darius.
Até que a multidão se moveu e lhe viu por completo. A desilusão quando não se tratava do Darius só a zangou. O que se tivesse ido ao hospital? Não lhe tinha falado.
Não é que lhe tenha dado a oportunidade. Nem sequer um sorriso.
Sorriso? Não estava pensando em sorrir quando lhe viu. Tinha estado pensando em seus ardentes beijos, respirações ofegantes e pele roçando contra pele.
Caminhou até sua bilheteria e a abriu. Sorrir. Como se pudesse. Não havia nenhum sorriso quando seu corpo se esquentava dessa maneira.
Podia ao menos lhe deixar saber que estava feliz de lhe ver. Eu tampouco teria falado contigo
Sophie pendurou a bata branca de médico em sua bilheteria. Logo agarrou sua bolsa. Já estava bem. Melhor que bem, em realidade. Ela não queria falar ou ver o Darius. Não o havia dito a si mesmo antes?
“Nunca outra vez” repetiu.
Não tem que falar quando um deus do sexo como ele o está fazendo contigo. De fato, nem sequer tem que lhe olhar.
Com a mão na bilheteria, preparada para fechá-la, Sophie vacilou. Mas ela queria lhe ver. Era magnífico como puro pecado. Havia também um ar de perigo que lhe rodeava.
Sempre quis saber como era sentir-se atraído por um menino mau.
Darius não era “um menino mau”. Só era mais que escuro, algo mais que malvado. Não tinha mentido quando lhe disse que não era um bom homem, e ainda assim ela tinha crédulo nele. Algo estranho posto que ela não confiava nos homens em geral.
Eram seus olhos.
Sim, seus olhos. Esses profundos olhos de escuro e rica cor do chocolate. Não tinha tratado de ser modesto ou encantador. Simplesmente era o que era. Era isso o que a atraía dele? Era porque lhe disse a verdade, sem lhe importar o que ela pudesse pensar dele? Não sabia que os homens eram capazes de tais coisas.
Não tinha tentado flertar com ela nem ser carismático. De fato, havia dito muito pouco a primeira vez e nada absolutamente a segunda.
Em troca, seu grande mão tinha cavado a parte posterior de sua cabeça e a sujeitou enquanto a beijou como se não houvesse um amanhã. Seus sentidos tinham sido assaltados por seu sabor, seu calor, seu desejo e seu aroma. Inclusive agora só tinha que pensar no sândalo e os calafrios lhe percorriam a pele.
Sophie piscou e se encontrou a si mesmo olhando fixamente seu reflexo através do pequeno espelho em sua bilheteria. Seus olhos estavam dilatados, seus lábios separados e seu peito respirando pesadamente.
Seu sexo estava dolorido por sentir a longitude do Darius dentro dela uma vez mais, lhe ter investindo dura e rapidamente. Seus seios se inflamaram e sua calcinhas se umedeceram.
Meu deus. O que andava mal nela?
Ele te cavalgou bem.
Sophie fechou de repente sua bilheteria, jogou-lhe a chave e deu meia volta. Era passada a meia-noite e queria dormir umas horas antes de voltar para hospital para seu próximo turno.
Ao sair, deteve-se para ver a mulher cujo marido a tinha golpeado. A mulher se negava a apresentar cargos ou dar-se conta de que, se não realizava algum tipo de ação, poderia terminar morta.
Sophie se deteve na porta quando ouviu vozes no interior. Olhou à volta da esquina para ver um homem com ela. Estava chorando, jurando que nunca mais voltaria a fazê-lo.
Quantas vezes haveria dito essas mesmas palavras? Segundo o expediente médico da mulher e todos seus ossos quebrados, tinham sido muitas, muitas vezes.
Sofía fazia sua parte. Deu à mulher a mesma advertência que dava a todas as vítimas de violência doméstica. A bola estava no telhado da mulher. Sophie só podia rezar para que ela tomasse uma posição e recuperasse sua vida.
Quando saiu do hospital, Sophie sentiu ao vento lhe golpear o rosto com uma explosão de ar gelado. Uma ligeira nevada tinha cansado dois dias atrás, e havia mais em caminho. Inclusive depois de sete anos, ainda não estava acostumada aos duros invernos de Escócia.
Ainda sufocada por seus pensamentos sobre o Darius, não se incomodou em abotoar o casaco. Seus saltos faziam clique nos paralelepípedos enquanto caminhava pela rua.
Incapaz de evitar olhou até o lugar onde Darius e ela se renderam a sua paixão. As sombras ocultavam o lugar, mas não necessitava luzes para saber onde estava.
Por um curto espaço de tempo, Sophie tinha esquecido seu passado e as traições que a tinham moldado para ser quem era. Durante um breve espaço de tempo, só tinha sido Sophie. Uma mulher que ansiava o toque do Darius como necessitava o ar. E se havia sentido tão bem ceder a isso.
Olhou ao chão e tragou saliva. Condenado Darius por aparecer. E maldita sua própria mente por não poder esquecer-se dele.
Quando levantou a cabeça, seus olhos se chocaram com os de chocolate. Sophie se deteve uns centímetros de encontrar-se com o Darius. Ela agarrou sua bolsa com uma mão e sua maleta com a outra enquanto se perguntava o que fazer.
"Caminha a meu redor" disse Darius.
Ela franziu o cenho, a ira atravessando-a. Não tinha sido ele quem tinha vindo ao hospital, seu lugar de trabalho? Não era ele o que estava frente a ela agora?
“Segue andando, Sophie. Verei-te mais tarde e te explicarei” disse ele em voz baixa.
Ela pôs os olhos em branco e passou por seu lado, assegurando-se de se chocar com ele o suficientemente forte para lhe desequilibrar. Por que ela tinha idealizado sua paquera? por que uma vez mais tinha descoberto que estava convertendo a um homem em algo que ele não era?
Darius lhe havia dito que não era um bom homem. Entretanto, ela se tinha deixado levar e o tinha feito ver dessa maneira em sua mente. Todas essas noites sonhando com ele, com a paixão e o desejo, tinham criado um homem em sua cabeça que não poderia existir.
Depois deste brigado com o Darius, Sophie estava segura de que ele estaria bem e verdadeiramente fora de sua cabeça para sempre. Ela não tinha o tempo ou a inclinação até homens como ele.
Optou por ir a casa andando em vez de chamar um táxi como normalmente estava acostumado a fazer. O era enérgico, e com a neve caindo, poderia ser sua última oportunidade para um intermédio. A caminhada se sentiu bem apesar de que lhe doíam os pés por dois turnos consecutivos.
Sophie estava mais que exausta quando entrou em seu apartamento. Atirou as chaves, a bolsa e a maleta sobre a mesa de entrada. Logo pendurou o casaco e se tirou os sapatos de caminho ao banho.
Foi desabotoando sua camisa quando se deteve para abrir a água da banheira. Depois de que suas roupas estiveram no cesto da roupa suja, foi nua até a banheira e jogou um grande montão de sai de banho antes de acender as velas em torno da banheira com patas.
Enquanto a água enchia a banheira, acendeu a música e apagou as luzes. Seu novo favorito foi a banda sonora do Outlander. Meteu-se na banheira com a evocadora melodia tocando ao fundo.
Sophie suspirou enquanto se reclinava e deixava que a água e as borbulhas a rodeassem. Quando a água a cobria o suficiente, voltou-se para fechar o grifo com os pés.
Seus olhos estavam fechados enquanto se relaxava. Lentamente a tensão e o estresse começaram a desaparecer de seus músculos. Sua cabeça se inclinou até um lado. Estava tão cansada que poderia cair adormecida justo aí. O único que lhe faltaria para que todo fora perfeito seria o vinho.
E o Darius.
Com a música soando, Sophie não pôde evitar pensar nele. Encontrou-se com uns Highlanders enquanto estava em Edimburgo, mas nenhum deles se comparava com o Darius. Nem sequer teve que lhe perguntar se era um Highlander.
Foi a forma em que se movia, a forma de falar. Havia um olhar neles que não podia ser imitada ou copiada. Fosse o que fosse, um homem, um Highlander, estava em seu sangue, em sua própria alma. Adorava os filmes e os livros românticos que tinham Highlanders como heróis. A verdade fora dita, Sophie sempre se sentiu atraída por esse tipo de homens. Os Highlanders valoravam a lealdade, a honestidade e a família. Os alfas que dariam suas vidas pelos que amavam.
Em um momento tinha sonhado encontrando um homem assim para ela. Mas, em realidade não tinha pensado em que fosse um Highlander. Contentou-se encontrando a seu homem mais perto de casa.
Isso era o que conseguia por pensar que os homens eram como o que apareciam nos filmes e nos livros. Esses eram personagens escritos por aqueles que os criaram. Não eram gente real.
Darius é o mais perto que tinha estado de encontrar a esses heróis sobre os que estava acostumado a ler. Logo demonstrou que era tão defeituoso como ela. O qual era algo bom. Ela o necessitava assim para não encontrar-se desejando-o em sua vida.
Não necessitava a ninguém. Não tinha necessitado a ninguém em sete anos, e isso não ia trocar. Vivia sua vida da forma que queria sem ter que responder ante ninguém ou agüentar seu merda.
Era justo a maneira de viver que gostava.
Mentira
Sophie silenciou seu subconsciente com um violento chute. Sabia exatamente o que queria, e embora um rápido escarcéu com o Darius fazia maravilha para ela mental e fisicamente, sabia que não devia pensar em mais.
Moveu-se na banheira e viu as velas flutuar através de suas pálpebras. Sophie abriu os olhos e ficou a boca aberta quando viu o Darius apoiado no lavabo observando-a.
“O que...–Como...? Não há...” começou ela, só para encontrar-se que seu cérebro estava em branco.
O olhar dele ardia com desejo sem reservas enquanto suas mãos se agarravam fortemente ao lavabo. Apesar de seu aparente relaxo, seu corpo estava tão tenso como um arco.
Quanto tempo levava em seu banho? Como não lhe tinha ouvido entrar? E o que queria?
Independentemente das perguntas que percorriam sua mente, nenhuma delas atravessou seus lábios. Sophie lutava contra a maré de desejo que a varria. Não ajudava, por certo, que Darius a olhasse como se estivesse a ponto de lançar-lhe sobre o ombro e levá-la à cama para lhe fazer o amor.
O sexo de Sophie começou a pulsar só por pensar nisso. Não havia forma de que fosse capaz de manter uma conversa se ela não punha sob controle seu próprio corpo. E teria que haver uma conversa, seguida de que Darius fosse rapidamente depois.
Nada de sexo.
Ummm. Disse algo?
Merda. Estava em problemas. Do tipo que a faria despertar pela manhã gemendo de... Dor?... más decisões. E o Darius era definitivamente uma má decisão.
Seu olhar desceu de seu rosto à água. Uma respiração áspera o deixou. Os olhos dela viajaram por seu peito até sua cintura e mais abaixo, onde viu como o contorno de sua excitação se alargava e se endurecia ante seus olhos.
Seus mamilos se endureceram como resposta. Quando Darius murmurou algo sob sua respiração em um tom muito grave, ela voltou seu olhar a seu rosto.
Foi então quando ela se deu conta de que seus mamilos se sobressaíam da superfície da água e as borbulhas se deslocaram ao redor de seus seios. Sophie se inundou rapidamente sob a água.
Darius fechou os olhos brevemente e deixou sair a respiração de forma áspera. Quando a voltou a olhar, estava sob controle novamente. Que pena para ela.
Durante compridos minutos se olharam simplesmente o um ao outro. Sophie mentalmente lhe despia, pensando em como percorreria com as mãos seu corpo e sentiria seu calor e sua dureza.
“O que está fazendo aqui?” Conseguiu finalmente perguntar.
Como se suas palavras fossem um murro, o voltou a cabeça por um momento e disse “Está em perigo. Se alguma vez me vir, faz como se não te importasse. Te assegure de que qualquer que esteja perto pense que preferiria ver alguém que não fosse eu”
“Posso fazer isso”
Contraiu-se de dor? Ela estava segura de que tinha feito uma careta de dor. Agora isso era um shock. Desde quando suas palavras alguma vez machucavam a alguém?
“Só vim te dizer isso” disse ele.
Sophie estava de repente triste de que pudesse ir-se. Não lhe queria ali, mas já que ele estava, não queria que fosse. “Obrigado”
Separou-se do lavabo e se afastou dele. Darius caminhou até a banheira e se inclinou para baixo “te Cuide, doc”.
Seus lábios brevemente tocaram os dela. Um gemido saiu dele ao mesmo tempo que a mão dela serpenteou fora da água para lhe rodear o pescoço.
* * *
Capítulo Sete
Darius estava queimando, ardendo de dentro até fora com um inferno de necessidade que ameaçava devorando-o se não conseguia saboreá-la uma vez mais.
Na verdade, ele tinha estado ardendo pelas carícias de Sophie antes inclusive de seguir ao Ulrik ao hospital e vê-la outra vez. Mas foi descobri-la na banheira o que o fez que ficasse de tal modo.
Ele soube logo que entrou que estava perdido. Entretanto, não se foi. Seus pés se negaram a mover-se, e seu corpo... bom, seu corpo lhe exigia que se metesse na banheira com ela e lhe recordasse quão forte podia fazê-la gritar.
Quando ela abriu os olhos, Darius ficou fascinado. A forma em que as mechas de seu cabelo da cor das chamas se pegavam aos lados de sua cara e pescoço era uma das coisas mais sexys que tinha visto alguma vez, ou que nunca veria. Logo se produziu a piscada da luz das velas movendo-se sedutoramente sobre sua pele.
O golpe de graça chegou quando Sophie se moveu ligeiramente na banheira. Seus peitos se elevaram da água, separando as densas borbulhas. A boca do Darius se fez água ao ver seus mamilos rosados franzidos. Cada gota de sangue se foi a seu pênis enquanto lutava por permanecer onde estava.
O que lhe levou a caminhar até ela para despedir-se? E tentar-se saboreando de novo seus lábios, sem importar quão ligeiramente o fizesse? Devia ser um parvo para ficar em tal situação.
Tudo o que se precisou foi uma amostra, uma pequena pressão em suas bocas para lhe levar ao limite. Todo o desejo, todo o desejo que sentia por ela, que disse a si mesmo que não era real, retornou como um tsunami.
Consumia-lhe, devorava-o. Deixá-lo não era uma opção. Tinha que tê-la outra vez.
Darius gemeu quando os lábios dela se moveram debaixo dos seus. Ele apoiou suas mãos a cada lado da banheira, inclusive quando lhe rodeou o pescoço com um braço.
A água se deslizou descendo por seu nariz e ao longo de suas costas. As borbulhas que se pegavam aos dedos de lhe faziam cócegas na orelha. A água lambeu ruidosamente o flanco da banheira quando lhe rodeou o pescoço com o outro braço.
Supunha-se que Darius tinha que ter entrado e saído do piso. Tudo o que queria era que ela estivesse a salvo. E necessitava uma última olhada dela.
Supunha-se que não devia beijá-la, e seguro que se supunha que não estaria pensando em deslizar sua dolorida vara entre suas pernas.
O som das borbulhas chapinhando era quase tão forte como suas respirações ásperas quando ele inundou um braço na água e a apertou contra seu peito. Com a música ainda soando de fundo, Darius a beijou com toda o desejo reprimido e o desejo que tinha estado descartando por dias.
Ele se endireitou, levando-a com ele. A água baixava pelo corpo dela até a banheira. Darius deixou de beijá-la o suficiente para ver como um punhado de borbulhas que se deslizavam para baixo por suas costas, seu traseiro bem proporcionado e suas pernas, retornando à água.
“Não pare” sussurrou ela com seus olhos cor oliva fechados com as pálpebras pesadas.
Como se pudesse fazê-lo. Darius se inclinou e tomou em seus braços. Ele girou e a teve empapada à habitação. Justo quando estava a ponto de deitá-la na cama, baixou a cabeça para lhe beijar.
Darius não tinha poder para afastar-se. Seus beijos tinham uma forma de fazer que seu cérebro deixasse de funcionar corretamente. Com só um mimo de seus lábios, ele era massa em suas mãos.
Pôs um joelho sobre a cama e se inclinou até diante, sujeitando-os com sua mão livre. Darius não pôde conter um grunhido de prazer quando se encontrou acocorado entre suas pernas.
Se tão só sua roupa não estivesse no caminho de sentir sua pele Lisa e úmida contra a dele.
Como se Sophie estivesse pensando o mesmo, ela atirou da camisa por cima de seus ombros. Darius tirou o objeto transgressora. Ficou sem respiração quando sentiu seus seios contra seu peito. Como podia haver-se atrevido sequer a pensar que sua primeira vez juntos seria o melhor? Especialmente quando não a tinha visto ou sentido a toda ela?
Com sua mão movendo-se sobre seus ombros e para baixo de suas costas, Darius a olhou aos olhos que eram uma bela mescla de verde e prata.
Ele vaiou em um suspiro quando ela rodeou com uma perna larga e magra sua cintura, aproximando-o mais a seu sexo. Através de suas calças jeans, sentiu o calor de seu núcleo. A mão dela se deteve em sua parte posterior, pressionando o suficiente como se estivesse contra ele. Darius apertou os dentes enquanto se balançava dentro dela. Sua vara se sobressaltou, agonizante por mais.
Duas semanas era muito tempo para pensar em Sophie e não aproveitar o tempo que lhes dava. Darius se levantou sobre seu cotovelo e começou a agarrar a cintura de suas calças. Em um abrir e fechar de olhos, as mãos de Sophie estavam ali.
Um segundo depois estava ajudando-a a baixar as calças pelos quadris enquanto tirava as botas mediante uma patada. Tomou muito tempo tirar a roupa e uma vez mais estar sobre ela.
Mas quando estiveram pele com pele, ambos ficaram calados e imóveis no momento.
Até que a paixão se fez cargo uma vez mais.
Começaram a beijar-se freneticamente. As mãos dele estavam em seu cabelo, atirando de sua extensão livre de forquilhas. Logo lhe estava tocando os braços, os quadris e as pernas antes de embalar seu peito e encontrar um mamilo insolente esperando sua atenção.
Quando ele se inclinou e tomou o bico em sua boca, ela arqueou as costas e cravou as unhas em suas costas. Darius viu o prazer transfigurar seu rosto, o que só respirou seu desejo.
Estava tão concentrado em memorizar o peso de seus seios nas Palmas das mãos e também quão sensível eram seus mamilos frente a seus dedos, lábios e boca, que não se deu conta de que suas mãos estavam vagando sobre ele até que lhe rodeou com os dedos sua vara.
* * *
Sophie crepitava através de cada partícula de seu corpo. Estava tão perto do orgasmo que, se se balançava contra Darius uma vez mais, faria-se pedacinhos. Era o desejo de sentir sua longitude dentro dela o que a mantinha relaxada.
Isso era pelo que ela tinha passado tanto tempo sem ter relações sexuais antes que Darius? Mantinha-se o suficientemente ocupada para não pensar em aliviar seu corpo com muita freqüência. Ou era Darius quem provocava seu desavergonhado abandono? E realmente importava?
Sentia-se bem. Ele se sentia bem.
Sophie passava sua mão acima e abaixo por sua grossa longitude enquanto a língua dele brincava com seu mamilo sem piedade. Cada lambida, cada suave sucção a aproximava cada vez mais ao limite.
Era justo que ele estivesse ali com ela. Sophie amava a sensação de sua excitação. Era como veludo quente deslizando-se sobre aço. Não se tinha dado conta de que fosse tão grande. Não é de sentir saudades que a tivesse estirado assim a primeira vez.
Uma gotinha de pre-sêmen se formou, e ela a friccionou ao redor da cabeça de seu eixo. Depois, cavou a bolsa de suas bolas e as girou em sua palma antes das roçar brandamente com as unhas.
Darius vaiou, seu pênis saltando em resposta. Ela sorriu, e em troca, ele ligeiramente mordeu seu mamilo. Sophie gritou de prazer enquanto lhe contraíam as vísceras.
Ela não pôde fazer nada quando lhe subiu os braços por cima da cabeça e a reteve ali com uma forte mão. Con uma lenta e torcido sorriso, Darius manteve um olho sobre ela enquanto baixava a cabeça e lhe mordiscou seu seio. Logo atraiu seu mamilo profundamente dentro de sua boca e sugou de uma vez que sua língua lambia seu bico turgente.
Enquanto sua boca fazia coisas maravilhosas e decadentes a seus seios, sua mão livre acariciou ao longo de seu estômago até seus quadris. Ele moveu seu corpo a um lado para poder deslizar seus dedos em seu pequeno triângulo de cachos vermelhos de seu sexo.
As pernas de Sophie se abriram por si mesmos. Sua respiração era áspera, seu corpo tremia enquanto esperava ansiosamente que seu dedo a tocasse e aliviasse algo de sua necessidade.
Mas ele não a tocou. Em seu lugar, acariciou o interior de ambas as coxas, aproximando-o suficiente a seu sexo para sentir o calor de sua mão, -mas sem tocar. Todo o tempo ele tinha seus mamilos tão duros que doíam.
Sophie tratou de mover seus quadris para ficar em contato com sua mão, mas Darius se manteve fora de seu alcance. Seu sexo pulsava, estava muito perto do clímax.
Ele levantou a cabeça e cavou seu sexo. Ela se deteve imediatamente no contato. Logo ele passou um dedo ao longo de seu sexo até seu clitóris inchado e de retorno a sua entrada outra vez.
“É isto o que necessita?” Perguntou ele.
Sophie não podia formas as palavras assim assentiu com a cabeça.
Ele deslizou um dedo dentro dela. Seus olhos se fecharam ante tal sorte. “Tão malditamente molhada” murmurou ele. “Preciso te saborear”
Ele estava acocorado entre suas pernas antes que ela soubesse. "Não", chorou enquanto ele a lambia.
“Não?” Perguntou ele, detendo o tempo suficiente para dizer a palavra antes de encontrar seu clitóris.
Sophie agarrou o edredom e lutou por falar além da crescente paixão. "Quero te provar também"
Isso fez que levantasse a cabeça e a olhasse. Ela esperou, seu peito se agitou quando seu sexo se apertou por mais.
"Está empapada" disse enquanto a olhava. "Está a ponto de ter sua liberação"
Sim, mas por que importava isso? Ela queria saber mais dele para acrescentá-lo a suas lembranças. Sentir seu corpo em cima do sua era assombroso, tal como o era conhecer a grossura de seus braços e o largo de seus ombros. Sem mencionar seu estômago que estava cheio de músculos duros.
“Está segura?” Perguntou ele com um brilho em seus olhos enquanto dava voltas a seu clitóris com seu polegar.
* * *
Darius viu que ela punha os olhos em branco. Suas pernas estavam estendidas e seu sexo aberto para ele. Ela era magnífica. O pequeno triângulo de cachos vermelhos recortado com esmero e o resto barbeado para mostrar seu sexo brilhando por sua excitação.
Ele estendeu seus lábios de mulher e encontrou seu clitóris. Inclinou-se e lhe lambeu a gema com a língua enquanto a respiração dela se voltava mais irregular à medida que os suaves gritos saíam de seus lábios.
Ela sabia tão selvagem e fogosa como sua paixão. Seu sexo se contraiu com força ao redor de seu dedo quando o deslizou dentro dela.
Justo como ele suspeitava, só teve que mover os dedos dois bombeamentos antes que um grito rouco enchesse a habitação enquanto ela alcançava seu ponto máximo. Mas Darius não tinha terminado com ela.
Com as paredes de seu sexo ainda apertando ao redor de seu sexo, ele retirou sua mão e se elevou sobre ela. Colocou a cabeça de seu pênis em sua entrada, e lentamente a penetrou.
Seus próprios olhos se fecharam quando sentiu seu orgasmo lhe apertar. Estava tão quente e úmida que não podia estar dentro dela e não mover-se. Com seus quadris investindo brandamente a princípio, estabeleceu um ritmo ao que logo ela se uniu. Apoiou as mãos a ambos os lados de sua ajustada vagem.
Lhe urgiu com as mãos e as pernas. Seu sedutor olhar mantinha a dele e a preocupação e o prazer que ele viu em suas profundidades lhe surpreendeu.
Com seu orgasmo rapidamente aproximando-se, Darius investiu mas duro e mais profundo. Viu o rubor em seu peito e seus olhos frágeis durante um momento antes que seu corpo ficasse rígido.
Ele olhou com assombro, já que uma vez mais ela chegou ao clímax. Foi uma vista tão formosa que não pôde obter suficiente. A ligeira curva de seus lábios, a forma em que seus peitos se elevavam, a carnalidade que brilhava em seus olhos.
Tudo aquilo lhe pôs ao limite. Darius bombeou dentro dela com golpes duros e rápidos antes de enterrar-se profundamente e deixar que o orgasmo o levasse. O prazer foi intenso, potente.
Quando olhou os olhos cor oliva de Sophie, tudo o que queria era beijá-la outra vez. Baixou a cabeça e tomou seus lábios enquanto seus corpos ainda se estremeciam pelo êxtase.
Quando saiu dela, Darius não se vestiu e se foi. Girou sobre suas costas com seus dedos entrelaçados com os de Sophie.
Por cada momento que permanecia, cada vez era mais difícil ir-se. Entretanto, se a queria longe da guerra na que estavam envoltos os Reis Dragão, tinha que fazer precisamente isso.
Darius voltou a cabeça até ela, preparado para soltar uma mentira que lhe permitisse ir-se. Só que a encontrou adormecida. Voltou-se até ela e passou o dorso dos dedos pela bochecha e a mandíbula dela. "Adeus, doc"
* * *
Capítulo Oito
Rhi flutuava na escuridão com chamas de luz procedentes de milhares de quilômetros de distância. Ela os olhava, curiosa. Eram estrelas? Não. Ela sabia como eram as estrelas. Estes eram algo completamente diferente.
Não tinha medo. Pela primeira vez em muito tempo ela não sentia... nada. Sem felicidade, sem pena, sem irritação, sem arrependimento. Era como se tudo se apagou. Como se a piçarra estivesse apagada, o que lhe permitia começar de novo.
Que carga de merda era isso. Ninguém começava de novo. A bagagem sempre permanecia. Tinha-o aprendido pelo caminho difícil. O que alguém fazia com dita bagagem era o que marcava a diferença.
Sabia que estava em Dreagan. E sabia por causa dele.
Estava no dormitório com ela outra vez. Não era a primeira vez que seu amante vinha a vê-la. Desejava poder lhe ver o rosto. Desejava poder falar para que pudesse lhe escutar e exigir saber por que ele tinha voltado para ela agora.
Era porque estava ferida? Agora se preocupava? Lhe tinha importado realmente alguma vez?
Essa era a pergunta que a perseguia. Se o amor que uma vez ele clamava sentir por ela tivesse sido real, então não teria podido deixá-la ir tão facilmente. Não teria enviado Darius a falar com ela.
Não podia olhar ao Darius sem escutar essas palavras que haviam lhe tornado o mundo do reverso em questão de segundos. Em um minuto estava na crista da onda. No seguinte, estava se afogando em metade da miséria e a confusão, tratando de encontrar seu equilíbrio com a mão que o destino lhe tinha dado.
Não odiava ao Darius exatamente. Entretanto, ele podia haver-se negado a lhe dar a notícia. Seu amante deveria ter tido as bolas de dizer-lhe por si mesmo. Tinha medo de que se voltasse nuclear com ele como o tinha feito na fortaleza do Balladyn?
Rhi se deteve. O mais provável é que o tivesse feito agora que o pensava. Mas isso não fazia que seu pensamento fora mais fácil de tragar. Não gostava que estivesse na habitação com ela.
E adorava que estivesse ali com ela.
O coração lhe doía com sua cercania. Como queria lhe agarrar a mão e aproximar-lhe a seu rosto para sentir seu toque sobre ela uma vez mais. Era patética, lastimosa.
Quantos séculos necessitava que acontecessem ele se aproximasse dela antes de poder deixá-lo ir? Ela sempre se fazia a mesma pergunta, e cada vez era mais fácil de responder.
Ela se tinha estado dizendo de um tempo a esta parte que precisava deixá-lo ir. Ulrik o havia dito, igual a Balladyn. Ambos guardavam rancor contra os Reis Dragão, e de algum jeito esses ressentimentos estavam justificados.
“Acorda”
Sua voz foi como um murro no estômago. Sentiu as lágrimas acumulando-se e lhe odiou por isso. Odiava-se por ter tal reação ante ele.
"Já o deixou claro, Rhi. É hora de despertar"
Ela não estava pronta. Se ela despertava, teria que encarar ao Balladyn. Pior, precisaria confrontar Usaeil, e não estava pronta. Além disso, estava o assunto da escuridão dentro dela.
Estava crescendo. Não podia negá-lo por mais tempo. Quanto tempo passaria antes que se apagasse sua luz? Quanto tempo passaria antes que se voltasse Dark?
A perspectiva não a assustava como estava acostumado a fazê-lo. Talvez ela tinha estado destinada a este caminho desde o começo. Talvez por isso Balladyn era Dark, por isso poderia ajudá-la quando ela se convertesse.
Balladyn. Se pudesse estaria ali com ela? Sabia a resposta a isso. Era um inequívoco sim. Se tivesse estado em qualquer outro sítio salvo em Dreagan, Balladyn teria estado a seu lado.
Isso esquentou seu coração. Depois de todo o rechaço de seu amante, Balladyn, como sempre, nunca lhe falhava. Claro que a tinha torturado para convertê-la em Dark, mas ela tinha escapado. Esse tipo de atenção era preferível a ser rechaçada e ignorada.
Um grande Isso amor era o que ela e seu Rei tinham afirmado que compartilhavam. Se fosse tão bom, onde tinha estado? por que tinha terminado? Por que...
Ela deteve as perguntas. Realmente importava já? Ela tinha passado milhares de anos sem respostas, e não era como se ela as fosse a conseguir. Nunca.
Seu corpo não podia mover-se. Não era a descarga de magia Dark o que a mantinha dormindo. Fazia-o ela. Estava em uma encruzilhada, e ainda não estava segura do que fazer.
Se seguia por esse caminho, amando a um homem que não lhe devolvia seu afeto e deixando que a escuridão continuasse crescendo, transformaria-se no que ela dava caça -uma Dark Fae.
Se tomava um caminho diferente, não sabia o que lhe esperava por diante.
Poderia ser com o Balladyn ou com alguém mais.
“Como vai?” Disse uma voz com acento britânico.
Henry. Ela suspirou. Doce Henry.
Era um estupendo beijador, e adorava como a olhava. Mas era um humano. Já tinha cruzado a linha lhe beijando e lhe dando esperanças de que algo podia ocorrer entre eles. Era algo que precisava arrumar logo.
“Não houve nenhuma mudança”
Rhys. Estava de volta outra vez? De alguma forma a Rhi não surpreendeu. Henry deixou sair um ruidoso suspiro. “Estou preocupado”
“Como o estamos todos” declarou Rhys.
“estive procurando Con antes. Alguém me disse que esteve aqui” Rhys resmungou “Sim. Esteve”
“Seu poder é curar. Não pode ele como um inferno fazer algo?” Perguntou Henry com aborrecimento.
“Já o tem feito” declarou Rhys. “Está curada” “Então por que não acorda?”
Odiava a preocupação e o medo que ouvia na voz de ambos os homens, mas não estava pronta para enfrentar-se às coisas ainda. Rhi se afundou mais profundamente em seu sonho para não escutar nada mais.
Justo antes de deixar-se levar, sentiu os olhos de seu observador outra vez. Não se tinha afastado de seu lado. Estava mais que curiosa sobre quem era o que podia permanecer velado por tanto tempo.
Seria uma das primeiras coisas que descobriria quando despertasse. Mais tarde. Muito mais tarde.
* * *
Sophie soube muito antes de inclusive abrir os olhos que Darius se foi. Ela se aproximou e sentiu o lugar onde tinha estado. A cama estava fria, lhe informando que se foi faz algum tempo.
Abriu os olhos e rodou sobre suas costas. Normalmente lhe custava bastante ter um orgasmo com um homem, mas Darius o fazia fácil.
A primeira vez com o Darius o atribuiu ao feito de que tinha passado muito tempo desde que tinha estado com um homem, mas a noite passada? Darius não lhe tinha dado só o clímax de sua vida. Tinha-lhe dado dois em um pequeno espaço de tempo.
Sophie mordeu o lábio quando se moveu e o lençol lhe roçou os mamilos que ainda estavam muito sensibilizados por suas brincadeiras.
Cuidadosamente retirou as mantas e desceu da cama. Apagando seu alarme um minuto antes do que se supunha que teria que apagá-la, dirigiu-se ao banho.
Ali se deteve e olhou a banheira cheia de água. As velas tinham sido apagadas. Darius devia ter feito isso. Sophie rapidamente tirou o plugue à banheira para permitir que a água drenasse e agarrou sua toalha. Acendeu a ducha e esperou a que a água se esquentasse antes de entrar.
Mas sob o jorro da água quente só podia pensar em estar nos braços do Darius. Durante duas semanas tinha estado sonhando com ele tomando-a contra a parede do edifício porque tinha sido muito erótico e impressionante. A última noite excedia de longe à primeira. Poderia durar todo um ano de sonhos.
Não foi até que se esteve secando que recordou o que Darius havia dito. Estava em perigo, e se lhe via, tinha que atuar como se não pudesse suportá-lo.
Isso tivesse sido fácil ontem, mas depois de outra noite em seus braços? Não estava segura. Não havia dúvida de que Darius era lhe exaspere. Dizia-lhe coisas crípticas como aquela, penetrava em seu apartamento, e logo lhe fez o amor como se ele se estivesse morrendo por não tê-la.
Sophie não podia recordar a última vez que um homem a fez sentir dessa maneira. Quando a olhava, só a via ela. Nem a seu móvel, nem a seu ordenador, nem a seus amigos ou trabalho. Só a ela.
E isso se sentia... assombroso.
Piscou e se deu conta que estava frente ao lavabo agarrando-a toalha enquanto pensava no Darius. Fracamente, reconheceu a banda sonora do Outlander que ainda se reproduzia em modo repetição.
E seu estado de ânimo glorioso se azedou porque temia que nunca voltaria a ver o Darius.
* * *
Ulrik tachou outro nome da lista e olhou fixamente os poucos que ficavam. Estava-lhe levando mais tempo de que tivesse desejado, mas lentamente estava averiguando quem era o espião do Mikkel em Dreagan. Fechou o arquivo e o meteu no falso fundo de sua escrivaninha junto com outros.
Um de seus móveis soou. Respondeu com um cortante “Sim?”
“Não esteve aqui, chefe” disse uma profunda voz ao outro lado da linha. Ulrik se reclinou e sorriu. “Estão seguros?”
“Estamo-lo. Estive vigiando a parte principal do edifício enquanto Jonás vigiava a parte traseira. Darius não passou a visitar a doutora”
“Vigiaram o telhado?”
“Sim, chefe. Tal e como ordenou”
Ulrik ficou sentado ali um momento. Depois do que Darius tinha passado, seria o último dos Reis Dragão que se enredaria com uma mortal. Entretanto, Ulrik precisava estar seguro de estar dizendo a verdade. Parecia que Darius tinha atuado assim.
Salvo que recordou quão furioso se pôs Darius quando se deu conta de que Ulrik lhes tinha estado observando enquanto faziam o amor.
“Segue à doutora ao trabalho. Discretamente” lhe advertiu Ulrik “Não quero que lhes veja”
“Assim o faremos”
Ulrik voltou a colocar o móvel com outros na esquina de sua escrivaninha. Seu interesse na Dra. Sophie Martin ia encontrar ao Darius com ela. Ela tinha ajudado Thorn e Lexi.
Sophie trabalhava fora do hospital, freqüentemente visitava aqueles que não podiam permitir o hospital ou não conseguiam chegar a ele. Por acaso, um dos espiões do Ulrik a tinha visto entrar em um edifício com o Thorn. O mesmo edifício onde se encontrava o piso do Darcy.
Esse edifício agora tinha sido derrubado pelos Dark, assim não havia esperança de que Ulrik encontrasse algo entre os escombros. Dependendo do muito que soubesse, Sophie poderia ser uma grande vantagem. Esfregou-se a mandíbula.
Com a quantidade justa de coação e persuasão, Ulrik poderia voltá-la e utilizá-la como uma espiã. Com a inclinação dos Kings por aparecer em Edimburgo e que qualquer mortal a seu redor se lesasse, era natural que chamassem Sophie.
Eles confiavam nela, o que significava que não lhe ocultariam as coisas. Seria outro golpe para os Reis. Embora estava satisfeito com o vídeo que exporsaos Reis Dragão ante o mundo, essa era só uma muito pequena parte de seu plano.
Uma vez que Mikkel se desse a conhecer, Ulrik não teria outra eleição a não ser alterar suas tramas algo. Agora não só tinha que preocupar-se com lutar -e bater- em Con, mas sim também tinha que matar a seu próprio tio.
Era isso ou que Mikkel matasse a ele, e Ulrik não tinha sofrido ao longo daqueles milhares de anos como um mortal para não obter sua vingança.
Quanto a seu tio, seguiu deixando que Mikkel pensasse que estava cumprindo suas ordens. Até agora, Mikkel aceitava tudo enquanto vigiava ao Ulrik.
Mas Ulrik não estava preocupado. Havia muito que seu tio sabia, mas havia inclusive mais que seu tio não sabia.
Enquanto a balança se inclinava a seu favor, para o Ulrik todo estaria bem. Entretanto, não tinha chegado até onde se encontrava, deixando que o destino decidisse seu caminho. Ele marcava seu próprio caminho, forjando alianças e enlaces que garantiriam seu resultado.
Mikkel tentaria lhe matar às escondidas. Era a razão pela que Ulrik nunca dormia. Nem confiava em ninguém.
O que o levava de volta aos laços. Sophie Martin seria uma boa adição a seus aliados.
Uma vez tomada sua decisão, Ulrik se levantou e foi se trocar. Tinha uma viagem a Edimburgo por fazer.
* * *
Capítulo Nove
Sophie estava agradecida à loucura de trabalho por afastar ao Darius de sua mente. Tinha chegado ali às seis da manhã, e a vez seguinte que olhou, eram as quatro da tarde.
Apoiou-se contra o mostrador das enfermeiras e anotou algo em um expediente.
Não foi até que Claire a tocou que Sophie olhou a sua amiga e sorriu.
“O viu ontem à noite” disse Claire em um sussurro de voz, seus olhos enormemente abertos.
Sophie tentou negá-lo, logo se deu por vencida e se encolheu de ombros. Claire olhou ao teto "Graças a você, Deus. Agora, se não te importar, ponha a outro em meu caminho. Bob se está cansando"
“Quem é Bob? Não me falou nada a respeito do Bob” disse Sophie, um pouco ferida.
“Tenho-o feito muito” disse Claire e lhe deu um pequeno empurrão no braço. “Bob é Bateria que Opera como um Namorado (Boyfriend). B.O.B.”
Sophie riu, porque só a Claire ocorreria pôr um nome a seu vibrador.
Logo Claire bateu as pestanas e pôs seu melhor acento sulino para imitar a seu melhor personagem, Kaylee, do filme Serenity como ela a chamava “Faz um ano que não me acontece nada, meus baixos não funcionavam com pilhas”
Sophie teve que agarrar os flancos do muito que estava rindo.
Deixou que Claire a fizesse sorrir.
“O que?” Disse Claire com uma expressão inocente, mantendo seu forte acento sulino. "Algo do que disse era gracioso?"
Sophie levantou uma mão quando Claire continuou com mais frases do filme “Não mais, por favor”
“É tudo é café” disse Claire enquanto jogava uma olhada à taça que Sophie tinha deixado fazia um momento. “Água, Soph, água”
“Sim, mas a água não tem a cafeína que necessito para me manter em marcha”
“Com o Sr. O-faço-muito-bem em sua cama, acredito que vai necessitar muita cafeína”
Isso lhe recordou que Darius tinha entrado em sua vida saindo de entre as sombras, e ele desapareceu dela da mesma maneira. Sophie tentou manter o sorriso em seu sítio, mas Claire a conhecia muito bem.
“Do que se trata, carinho?” Perguntou ela.
Sophie fez um movimento com a mão para afastar o tema. “Nada. Só foi sexo, nada mais. E agora se foi. Não vai voltar”
"Que estúpido. Ao menos não era perfeito"
Só Claire imediatamente ficaria de seu lado e encontraria algo mau com o Sr. O-faço-muito-bem, como lhe tinha chamado. Sophie sorriu com ironia. "Não era um tipo perfeito"
"Todos têm defeitos. Roncava?"
“Não tenho nem idéia”
"Arrumado a que roncava" disse Claire com uma firme inclinação de cabeça. "Estava sua intriga torcida? Curvava-se até um lado, não?"
Sophie negou com a cabeça.
“Era...?” Claire se deteve e moveu seu dedo mindinho.
“O Sr. O-faço-muito-bem?” Sophie perguntou com um olhar lânguido. “Certamente ele não é pequeno”
Claire pôs os olhos em branco. “Hey, alguns meninos pequenos podem fazê-lo bem. Simplesmente se sente melhor quando o homem está bem armado. Então talvez ele não podia beijar. Isso. Ele era um mau besador”
Sophie negou com a cabeça outra vez.
Clair deixou cair as mãos e deixou que lhe golpeassem as coxas ao cair. "rendo-me. Parece que era perfeito, exceto se foi. Isso definitivamente lhe converte em um idiota"
“É o melhor que se foi”
"Não é o melhor se pensar isso. Se te alegrar, isso significa que te tocou a fibra, Soph. E o sinto, mas depois de sete anos, necessita que lhe toquem a fibra várias vezes. Repetidamente. E freqüentemente"
Sophie jogou uma olhada ao relógio e piscou um olho a Claire. "Obrigado pelo bate-papo de ânimo. Tenho que correr"
"Não acabamos aqui", gritou Claire enquanto Sophie se afastava. Sophie levantou a mão e saudou, sem incomodar-se em olhar para trás. Essa era uma conversa que Claire e ela tinha mantido durante anos. Conheceu Claire seis meses depois de transladar-se a Edimburgo, e estiveram juntas durante um turno incrivelmente largo.
Durante uma noite de garotas um ano depois, Sophie teria bebido muito e terminou contando ao Claire toda a horrível historia. Claire era a única pessoa em Edimburgo que conhecia os detalhes mais sórdidos.
Não importava o que Claire dissesse, Sophie estava feliz com sua vida. Tinha tudo o que queria. Sua carreira ia bem, amava seu trabalho, e tinha uma amiga próxima. Era tudo o que necessitava.
Exceto com o Darius, ela tinha começado a desejar muito mais. Esse sonho de um marido e uma vida feliz começaram a brotar de novo. A esperança era algo perigoso. Especialmente para ela, e tudo o que ela tinha suportado. A humilhação, a vergonha.
Sophie deu a volta à esquina e se chocou contra um homem. Ela se recuperou, mas suas mãos a agarraram pelos braços para sujeitá-la. "Sinto muito" disse ela e olhou a uns olhos dourados.
Ele sorriu, embora o sorriso não chegou a esses olhos únicos deles. "É minha culpa. Não estava olhando até onde ia"
Lhe reconheceu do dia anterior. “Está bem. Este corredor está muito cheio”
“Tenho que te fazer uma confissão” disse ele enquanto ela começava a andar para rodeá-lo. Intrigada, perguntou “OH?”
“Interpus-me em seu caminho. Levo todo o dia tentando chamar sua atenção”
Sophie olhou o traje feito a mão que levava e negou com a cabeça. Virtualmente emanava dinheiro e classe do velho mundo. "Um homem como você pode ter a qualquer mulher que queira"
“O que quer dizer quando diz “um homem como eu”?” “Atrativo, rico e encantador”
"Mas não encontra essas qualidades positivas?" perguntou ele, observando-a intensamente, com um meio sorriso.
Sophie se encolheu de ombros. "O ser atrativo é sempre uma bênção. O dinheiro vem e se vai facilmente, assim que isso não deveria marcar a diferença"
“Mas faz a vida mais fácil”
“Isso é certo” concedeu ela. “Quanto ao encanto, aprendi que os homens o utilizam para conseguir o que querem, mas que estranha vez é genuíno”
O falso sorriso decaiu enquanto a olhava de uma maneira diferente, como se a estivesse vendo pela primeira vez. "Não está equivocada, moça. Entretanto, os homens não são quão únicos utilizam algo para conseguir o que querem"
“Ah, mas eu não sou dessas mulheres que utilizam seus corpos para conseguir algo. Tenho um cérebro”
“O qual é a razão pela que estou interessado” Lhe ofereceu a mão “Sou Ulrik Dunn”
Sophie duvidou durante um momento antes de aceitar sua mão e estreitá-la. “Sophie Martin”
“Doutora” a corrigiu ele com um sorriso.
Encontrou-se lhe devolvendo o sorriso. "O que está procurando, Sr. Dunn?"
“Ulrik, por favor” disse ele enquanto soltava a mão dela. “Tenho descoberto muito sobre você, Dra. Martin. Sei que freqüentemente ajuda aos menos afortunados com seus avisos a domicílio”
Sophie imediatamente resgatou a mão e deu um passo atrás. “Isso não é ilegal”
Ulrik levantou suas mãos e inclinou a cabeça. “De maneira nenhuma estou dizendo tal coisa. Simplesmente, estou assinalando que é seu trabalho secundário, por assim chamá-lo, o que me atraiu”
“por que?” Perguntou de repente Sophie com precaução até ele. “Pensa em outros. É uma qualidade que admiro”
Ela sujeitou o gráfico contra seu peito e envolveu seus braços ao redor dele. Havia algo sobre o Ulrik que não acabava de encontrar. Suas palavras eram corretas, mas aos olhos faltavam... humanidade.
As palavras de advertência do Darius da noite anterior lhe voltaram para a memória. "Então me esteve seguindo?"
"Os rumores sobre seus atos chegaram até mim. Examinei-te, é obvio"
“É obvio” replicou firmemente Sophie. Ela encontrou seus olhos dourados e disse “Sr. Dunn, desfruto do que faço. Minhas horas estão cheias aqui no hospital e ajudando a outros. Não tenho tempo livre para o que seja que queira de mim. Também agradeceria se deixasse de me seguir”
“Vai sem sequer escutar minha proposição?” Ela se deteve quando tratou de lhe rodear. “Sim”
“Não confia em mim” replicou com um toque de surpresa em sua profunda voz.
Como regra geral, não confio em ninguém” Não estava segura de por que estava lhe contando tal coisa, posto que já não era verdade. Ao menos não no que se referia ao Darius.
Se o queria ou como se não, descobriu que confiava no Darius.
Ulrik colocou as mãos nos bolsos de sua calça e ele assentiu ligeiramente com a cabeça. Houve algo em seu olhar dourado. Tinha sido só por um segundo, tão fugaz que se foi antes que pudesse dar-se conta do que era. Mas não havia dúvida de que era um pouco de tristeza e uma grande dose de ira.
Estava profundamente machucado.
Sophie não queria sentir uma conexão com ele. Ulrik não era um homem confiável -nunca. Era muito controlado, e totalmente muito atrativo. Os homens como ele eram um vulcão esperando erupcionar.
E quando o faziam, levavam-se por diante tudo o que havia a seu redor.
A diferença do Darius que era mais como a água. Suave às vezes, e outras inflexível e perigoso. Por que então, queria ela confiar nele?
Tentou seguir andando, mas algo a manteve aí. Sophie voltou a cabeça até o Ulrik. Ele inclinou ligeiramente a sua, com uma pergunta em seus olhos.
Por seu olhar de confusão, ele não tinha nem idéia do que tinha revelado. A maioria da gente não teria podido vê-lo, mas Sophie conhecia muito bem quão profundas eram as feridas de uma traição. Aqueles que tinham as mesmas feridas podiam as ver em outros, sem importar o bem que se pudessem ter escondido.
“Vou por um café. É livre de vir comigo” lhe disse ela.
Seu sorriso presunçoso estava de volta em seu lugar. "Enquanto posso fazer meu melhor esforço nesse curto espaço de tempo para te convencer de meus proposta?"
“Síp”
Sophie começou a caminhar, e justo como ela esperava, Ulrik esteve a seu lado. Ele sujeitou a porta para ela, como um perfeito cavalheiro faria. Entretanto, havia uma corrente precária a seu redor.
Era diferente ao que ela sentia com o Darius. Darius era eletrizante, uma tentação. Estar perto de lhe fazia palpitar o coração e era perigoso para sua saúde, embora estimulante ao mesmo tempo.
Com o Ulrik, tinha a sensação de que estar perto dele quase com toda certeza significava morrer. Isso a punha nervosa, fazendo que estivesse tensa e incômoda.
Com o café na mão, sentaram-se em uma mesa vazia. Sophie colocou o gráfico em seu regaço e encheu seu café com um montão de nata.
“por que me há convidado?” Perguntou Ulrik.
Sophie se concentrou em preparar seu café. "Não estou segura. Faz-me sentir incômoda e sabe que não confio em você"
“Exatamente. Deveria estar longe de mim, e entretanto aqui está sentada”
Ela se encolheu de um ombro e provou o café. “Disse-te que ouviria o que tem que dizer. Uma vez que o decline, poderá ir ”
“Estou mais interessado em por que quis me escutar”
Reclinando-se e colocando seu café sobre a mesa, Sophie lhe olhou. Ele tinha trocado de tática. Já não era o gentil homem de negócios que estava tratando de vender alguma proposta e querer sua participação.
O homem ante ela agora estava enfocado em uma só coisas -a causa de que ela não se afastou.
Sophie podia mentir e inventar algo, mas a nenhum deles lhe serviria de nada. Ulrik era o tipo de homem que podia detectar uma falsidade a cem milhas de distância.
“Tão estúpido como soa, é porque vi sua dor” admitiu ela. Toda emoção desapareceu de seu rosto em um milisegundo. “Perdoa?”
“Alguém te traiu” Lentamente deu voltas a sua taça com os dedos. "Suponho por sua reação que poucas pessoas são capazes de dar-se conta disso"
“Pode jurá-lo” suas palavras foram cortantes e frias.
Sophie deixou sair um lento suspiro. “Normalmente posso reconhecer a alguém que foi traído profundamente. Esconde o teu muito bem. Quase não o vejo”
“Mas o viu” Ele golpeou o bordo de sua taça de café com seu dedo indicador. "Nota o que você mesmo oculta"
“Não é algo que eu compartilhe, mas sim. Eu também fui traída”
Seus olhos dourados sustentaram os dela, negando-se a lhe permitir retirar o olhar enquanto olhava profundamente no interior dela. Sophie se removeu incômoda em seu sítio. Finalmente, ela pôde baixar o olhar. Encontrou-se olhando fixamente o nó de sua gravata.
"Me deixe te levar a jantar"
Sophie levantou o olhar até ele para lhe encontrar acontecendo uma mão através de seu comprido corto negro. O primeiro pensamento dela foi para o Darius. “Obrigado, mas devo declinar”
Depois de uns poucos segundos em silêncio, Ulrik arrastou sua cadeira para trás e ficou em pé. “Está em seu direito, Sophie”
Com uma inclinação de cabeça, Ulrik se afastou, deixando a Sophie mais confundida sobre sua chegada que antes.
* * *
Capítulo Dez
Darius se sentia inquieto e nervoso. Precisava encontrar a um Dark Fae com quem pagar sua frustração, mas tinha percorrido a cidade três vezes e não tinha podido encontrar a nenhum desses insetos.
Ele estava ali para liberar ao Edimburgo dos Dark. Era algo que ajudava a manter sua mente afastada de Sophie e da necessidade que avançava rapidamente. Mas sem o Dark contra os que lutar, em tudo o que podia pensar era nela.
Darius se deteve ao lado de um hotel e se apoiou contra o edifício. De algum jeito, conseguiu rodear o hospital sem entrar e procurar Sophie. Sem mais Dark na cidade, deveria comunicar a Con e retornar a Dreagan. Ou ao menos ver se algum dos outros Reis necessitava ajuda em suas cidades.
Entretanto, Darius não fez nada. Sabia que o correto era continuar a missão e acabar com o Ulrik e os Dark. Com o Ulrik na cidade e aparecendo no hospital, aqui era onde Darius precisava estar.
Sophie era preciosa e uma fera -e letal. Não só isso, mas também Ulrik já tinha começado a fixar-se nela. Darius não desejava levar sobre seus ombros a carga de sua morte. Já levava muita carga.
Sua missão se completou. Os Dark se foram. E de repente aparece Ulrik.
Darius deveria contar a Con sobre seu encontro com o Ulrik. Não estava seguro de por que não o tinha feito ainda. Com toda a busca do Ulrik que Con tinha desdobrado, Con ia se pôr furioso.
Darius viu algo pelo extremidade do olho que fez que girasse a cabeça até sua esquerda. Havia, durante a metade de um batimento do coração, um homem com o cabelo comprido e branco. Era a segunda vez que tinha captado o brilho do homem antes de desaparecer.
Seu cabelo não era prateado, assim Darius não acreditava que fosse um Dark. E embora tinha visto um montão do Dark com mais prata que negro no cabelo, nunca tinha visto -ou escutado- a um Dark de cabelo branco sólido.
Mas se não era um Dark quem podia ser o homem que desaparecia tão rapidamente como um Fae?
"Bom, esta é a primeira vez" disse uma voz profunda cheia de humor detrás dele.
Darius suspirou e deu a volta para encontrar ao Constantine, Rei de Reis e Diretor Geral de Indústrias Dreagan, detrás dele. Merda. Com o muito que tinha podido pôr ao tanto ao Constantine através de seu enlace mental.
Con vestia um traje cinza escuro com uma camisa branca engomada e uma gravata cinza aço com um rajado prateado que a percorria verticalmente.
Constantine estava sorrindo, seu ondulado cabelo loiro recortado, enquanto que seus olhos negros viam tudo e todos. O meio sorriso se desvaneceu. Franziu um pouco o cenho. "O que ocorre?"
“ouviu alguma vez falar de um Dark com o cabelo branco?”
“Não” disse Con negando com a cabeça. “Nem sequer de algum que tivesse todo o cabelo prateado”
Darius olhou por cima de seu homem até o ponto no que tinha visto o homem com o cabelo branco. “Isso é o que eu acreditava. É a segunda vez até agora que lhe vi”
“E seus olhos?”
“Não sei” disse Darius enquanto se voltava de novo. “Só sou capaz de captar um brilho. É o cabelo. Ambas as vezes lhe captei pelo extremidade do olho, e ao momento que me volto, ele desapareceu”.
Com colocou sua mão esquerda no bolso da calça “Duas vezes?”
“Sim. Seu cabelo é largo, Con, e branco como a neve. Não é algo que possa me passar desapercebido”
“Se lhe viu, outros também”
Darius grunhiu. "Como se um mortal fizesse conta. Agora se tingem o cabelo com todo tipo de cores estranhas. O branco não significa nada"
Con inclinou a cabeça assentindo enquanto permaneceu em silêncio um momento. “E nossa situação por aqui?”
"Quase por completo em ordem. Nem sequer encontrei um Dark usando glamour. É como se se foram. Ontem seguia matando a uns quantos, mas agora não há nada".
“Passa igual em outras cidades. Acredito que é o momento de retornar a Dreagan com o resto de nós”
Isso significava deixar a Sophie detrás com o Ulrik. O qual não ia acontecer absolutamente.
“Vi o Ulrik ontem”
O escuro olhar de Con se entrecerrou. “por que não me fez saber isso imediatamente?”
“Porque não teria sido bom” Darius se encolheu de ombros e olhou na direção do hospital.
“me conte o que aconteceu. Tudo” lhe disse Con em voz baixa com um tom tingido de ira.
Darius olhou ao chão. “Encontrei-lhe entrando no Hospital Royal Vitória e lhe segui”
“No hospital? por que?”
“Lembra-te quando Lexi esteve doente? Thorn chamou o Warrick, e o Darcy pôde lhe dar o nome de uma doutora que deveria ver ao Lexi”
“Posto que Thorn não podia levá-la ao hospital” terminou Con. Darius inclinou a cabeça. “Exatamente. O nome da doutora era Sophie Martin. Ela se dirigiu ao Thorn enquanto este estava no piso do Darcy com o Lexi. A Dra. Martin pôde curar Lexi”
“E pensa que Ulrik está interessado nessa Sophie Martin porque ajudou Lexi? Há algo mais. Que não me está contando?”
Darius olhou fixamente a Con durante um comprido momento antes de dizer, “Tinha passado muito tempo desde que satisfiz meu corpo”
Con se afastou, murmurando algo pelo baixo enquanto passava uma mão por seu rosto. Girou-se até o Darius, com seus olhos negros gelados como o Ártico. "Fodeu-a"
“Compartilhamos nossos corpos, sim” Enfureceu ao Darius que Con utilizasse tão só uma palavra para definir o que tinham feito, inclusive embora fora verdade. "Ela sabe o que é?"
“Ela não sabe nada” Darius levantou uma sobrancelha e olhou a Con enquanto a ira fervia a fogo lento. “Quer saber onde tomei? Em que posição ou quantas vezes ela chegou a gozar? Posto que aparentemente isto é tudo o que conseguiu Ulrik”
“Não fiz essas perguntas”
“Não o fez”. Darius agora entendia como Thorn se sentou sob o escrutínio do Constantine com respeito a sua relação com o Lexi. “Sophie foi uma mera queda. Ela relaxou meu corpo”
Toda a atitude de Con trocou. Relaxou-se, parecia quase aborrecido. "Deita com ela uma vez, e o Ulrik vem ao hospital. Falou com ela?"
“Não. Segui-lhe até que saiu. Foi então quando falou”
“Ele... o que?” Con exigiu acaloradamente, a raiva fazendo que seus olhos negros saltassem com emoção.
Darius tinha visto o Constantine furioso duas vezes em todos seus milênios juntos, mas não se podia negar a indignação que Con lhe permitia ver.
“A conversa não foi larga. Ia detrás de Sophie por pensava que eu estava interessado nela”
As fossas nasais de Con se abriram. "por que?"
“Viu-nos juntos”
“Fodendo?” Perguntou Constantine com os lábios curvados.
“Sim”
“Não sabia que havia alguém olhando pela janela?”
Darius não precisava explicar nada a Con, mas se não respondia, faria que Con fora ao hospital e encontrasse a Sophie. Darius preferiria responder as perguntas que levar a Sophie mais longe em sua guerra.
“Tomei fora do hospital contra a parede do edifício”
Os olhos de Con se abriram uma fração. “Mas perdeu sua condenada cabeça? Quando foi isso?”
“A noite em que Edimburgo estava ardendo”
Con fechou os olhos e permaneceu tão imóvel como uma pedra durante um momento. Quando levantou as pálpebras, havia censura ali, e isso incomodou ao Darius.
Como se Con não tivesse cometido antes alguma loucura ou algo imprudente. Ao melhor Con era perfeito. Ele nunca tinha feito nada fora do normal ou equivocado, pensou Darius burlando-se com um bufido.
“Enquanto fodia com Sophie” disse Con, enfatizando na palavra foder, “Ulrik lhes estava observando. Evidentemente, viu algo que lhe fez acreditar que tem interesse nela”
“Tal e como te disse, ele está equivocado” “Quantas vezes esteve com ela?”
Darius logo que controlava sua própria ira. Ele guardou silêncio, seu olhar sustentando a de Con. Con sorriu burlonamente enquanto soltava uma risadinha seca "Quantas vezes te deitou com ela?"
“Duas”
“Quando foi a segunda vez?”
Maldição. Só Con podia perguntar uma coisa assim não é certo? Darius sabia que sua resposta lhe pareceria mau. “Ulrik deixou claro que atacaria a qualquer que os Reis mostrassem interesse. Segui Sophie a casa ontem à noite para me assegurar de que Ulrik não estava ali”
“E?” Urgiu-lhe Con espectador quando se deteve.
“E” disse Darius com irritação “Lhe disse que se alguma vez me via fizesse como se me odiasse”
Con levantou sua sobrancelha loira interrogante “Suponho que quer que creia que saiu de seu apartamento então?”
“Fiz-o. Depois de ter sexo”
“E o que se Ulrik estava observando?”
“Não o estava” lhe assegurou Darius.
Con assentiu e respirou fundo. “De acordo. Digamos que ele não estava no apartamento dela. Como sabe que ele não te estava seguindo?”
“Não sou estúpido, Con. Sei como me assegurar de que ninguém me siga os passos”
“E os Dark que são os aliados do Ulrik. Crê que nenhum deles te seguiu?”
Darius se cruzou de braços. “Nenhum deles pode permanecer velado durante mais de um minuto ou assim. Não fui seguido”
“Pensa que Ulrik te vai tomar a palavra sobre Sophie?”
Isso tinha vexado ao Darius todo o dia. "Assegurarei-me disso. Ajudou Lexi, e tive sexo com ela. Isso é tudo o que há".
“por que não me fez saber que estava aí com o Ulrik? Poderia lhe haver capturado”
Darius olhou até um lado. “Ulrik assinalou que, já que os Reis não podem voar mais, que inclusive se te avisasse de seu paradeiro, teria ido antes que pudesse chegar aqui”
“Vai com vantagem neste jogo. Por agora” Con expandiu o peito enquanto respirava fundo. “Esse não será sempre o caso”
Darius sabia que Ulrik tinha que ser destruído. Sua necessidade de vingança contra Constantine estava perturbando muitas vidas. O único lugar que os Reis haviam sempre considerado seguro era Dreagan.
Ulrik tinha posto um letreiro luminoso sobre seu lar, convertendo-o mais em uma prisão que em um refúgio. A aliança do Ulrik com o MI e os Dark Fae era só uma parte disso. Se Ulrik tinha provado algo, era sua habilidade para fazer que os humanos lhe ajudassem.
O pior -e o mais duro- pelo que Ulrik fazia era jogar um feitiço para que Rhys não pudesse voar. Logo estavam os intentos do Ulrik de matar Darcy e Lexi.
Nenhuma mulher -mortal ou Fae- a que um Rei Dragão demonstrasse atenção ia estar fora do radar do Ulrik. O que significava que essas mulheres estavam mortas se os Reis não estavam perto.
“Quão sério era o do Ulrik em querer falar com Sophie?” Perguntou Con.
Darius se encolheu de ombros, retornando de novo à conversa. “Suspeito que queria ver quão apegado estava”
“Crê que voltará para Sophie hoje?”
Darius deixou cair os braços a suas costas. “É uma possibilidade”
“Então deveria ir com ela. Agora” “Lhe disse que se mantivesse afastada”
Con inclinou a cabeça até um lado. "Estive de acordo com essa declaração faz uns minutos. Já não. Preciso saber se Ulrik lhe fala, e preciso saber o que diz. Sophie poderia nos ajudar a nos dar uma vantagem".
“Disse isso sobre o Darcy também” assinalou Darius.
“Pode estar perto de Sophie, ou enviarei a alguém mais com a doutora. Escolhe, Darius”
Como se fosse uma eleição. Darius deu meia volta e caminhou até o hospital.
* * *
Capítulo Onze
Sophie ainda estava pensando sobre a peculiar visita do Ulrik enquanto tirava a vasilha da bolsa. Estava acostumado a comer diretamente do recipiente, até que se deu conta de que levava dois meses sem lavar um só prato.
Desde o começo, sempre punha sua comida para levar em um prato. Era um bom jogo de simulação que jogava, permitindo-se acreditar que realmente cozinhava a comida.
Em realidade, cozinhar para um era quase impossível a menos que ela queria comer o mesmo durante três ou quatro dias, e não podia dirigir isso. Além disso, nunca gostou de cozinhar.
Entretanto, comer, isso era outra história completamente. Adorava comer. Desfrutava visitando toda classe de restaurantes e provando o que um chef poderia criar. Tinham passado meses desde que tinha estado em um restaurante.
O trabalho tinha sido enorme, com ela recolhendo todos os turnos extra de quão médicos queriam sair de Edimburgo até que todas as mortes se detiveram. Até o sonho tinha sido um luxo que ela não tinha podido permitir-se. Ela dormia sestas no hospital quando podia. Às vezes era inclusive mais fácil ficar ali em lugar de voltar para seu apartamento.
Talvez era o momento de agarrar uma noite e ter um encantador jantar. Não era como se desfrutasse comendo só, mas tinha aprendido a fazê-lo desde fazia anos. O truque estava em não parecer que estivesse a ponto de te romper em um milhão de peças porque se sentisse só.
A Sophie não importava comer só. Não tinha que preocupar-se de manter uma conversa, ou, pior, pretender encontrar interessante a um menino.
Pôs o sushi em seu prato e encheu um copo de vinho branco. Depois se sentou à mesa, tirou o móvel e examinou o calendário. Tinha os dois dias seguintes livres. Não tinha sido eleição dela. O administrador do hospital tinha insistido. Aparentemente ela tinha trabalhado durante três semanas sem um só dia livre.
Alguém tinha que fazê-lo. Por que não ela? Não tinha nem familiares nem ninguém esperando-a em casa. Nem sequer um gato. Era a candidata mais provável para cobrir esses turnos e permitir que outros com cônjuges e filhos estivessem em casa com eles.
"Posso dormir até tarde", disse em voz alta e tomou seu primeiro bocado do cilindro.
Dormir até tarde. O que era isso exatamente? Seu relógio interno a manteria acordada às cinco com ou sem um dia livre. Lhe proibiu inclusive ir ao hospital durante os próximos dois dias. O que ia fazer? O que fazia a gente em seus dias livres?
Havia uns poucos pacientes que podia lhes jogar uma olhada dos que via fora do hospital, mas isso só lhe levaria umas poucas horas. O que, no mundo, ia fazer com o resto?
Olhou à mesa. Não podia recordar a última vez que a acendeu. Havia filmes. Podia ver um filme. Isso lhe ocuparia um par de horas. E então, o que?
Comeu o resto de seu sushi e bebeu o vinho enquanto girava os ombros. Um bom remojón na banheira ajudaria para resolver as cãibras.
Logo que entrou no quarto de banho e viu a banheira, as imagens da noite anterior encheram sua mente. Darius. O homem que fazia que ardesse com uma só olhar. Não era justo que tivesse esse tipo de controle sobre ela.
“Não é controle” se disse a si mesmo. "Simplesmente não aliviei meu corpo em um tempo. Só se tratou que isso"
Caca de cavalo.
Era completamente caca de cavalo. Darius tinha controle sobre ela de tantas maneiras que não podia começar a contar. Seu cabelo, seus olhos, esse assombroso queixo e bochechas. Que boca!
E suas mãos.
Suspirou justo pensando em suas enormes mãos acariciando sua pele.
“Não” disse e lhe tirou firmemente de sua mente.
Darius estava fora de sua vida. Tinha aparecido tão de repente como tinha desaparecido. Se não lhe houvesse tocado ela mesma, quase lhe teria considerado um fantasma.
Sophie acendeu as velas ao redor da banheira e abriu a água. Sentou-se no bordo da banheira até que conseguiu a água que queria, logo lhe pôs as borbulhas de banho e pressionou o controle remoto que acendia um pouco de música clássica.
Os instrumentos de corda conmovedoramente belos começaram a jogar. Sophie dançava ao redor do banho enquanto se despia. Não pôde evitar sorrir ao dar-se conta de que, durante um breve momento, tinha tido seu próprio Highlander.
Agora sabia que os homens como esses realmente existiam. Eram estranhos, e pelo geral já os reclamava alguém, mas estavam aí fora. Se realmente pensasse que poderia voltar a ter uma relação, começaria a procurar um Highlander. Um homem que se orgulhava de si mesmo por sua lealdade, honra e amor.
Não é certo. Procuraria o Darius.
Ela poderia ter visto os homens um pouco diferentes se tivesse conhecido ao Darius anos antes. Por outra parte, Sophie sabia que não o teria feito. Um ano depois de chegar ao Edimburgo, ainda estava muito amargurada.
Demônios, sete anos depois e a amargura se desvaneceu. Algo.
Sophie entrou na água e se sentou reclinando-se na banheira. Fechou os olhos, escutando a música. A metade da banda sonora ela abriu os olhos pensando em que Darius pudesse estar ali. Mas não estava.
Terminou-se seu vinho e permaneceu na água até que as borbulhas começaram a desaparecer e a água ficou temperada. Sophie se secou com uma toalha e se envolveu em seu penhoar, apagando a música quando saiu do banho. Depois de revisar seu correio durante a última semana e atirar o lixo, ela se levou as revistas ao sofá com ela e as olhou. Isso gastou outros trinta minutos.
Finalmente, Sophie desistiu e se desatou o penhoar enquanto caminhava até sua habitação. Jogou-o sobre uma cadeira e se deslizou entre os lençóis.
Durante muito tempo, esteve olhando fixamente ao teto pensando no Darius.
Em suas mãos sobre seu corpo, em sua boca e em quão estupendamente beijava.
Finalmente fechou os olhos e deixou que todo se repetisse em sua cabeça. Inclusive enquanto o sonho a reclamava, perguntou-se onde estaria Darius e se estaria pensando nela.
Foi o frio o que despertou. Olhou à janela para ver sua cortina movendo-se dentro da habitação pelo vento. E permanecendo entre as sombras havia um homem.
Sophie lhe reconheceu imediatamente.
Darius.
Não sabia por que retornou, e tampouco lhe importava. Seu corpo se esquentou imediatamente, desejando lhe sentir dentro dela. Voltou-se para fechar a janela e foi então quando ela deu conta de que estava nu. Ela ficou de joelhos, ofegando com excitação e desejo.
Darius deu meia volta para encará-la e lentamente caminhou até sua cama. Ela se umedeceu os lábios enquanto o colchão se afundava quando ele colocou o joelho sobre ele.
Lhe olhou fixamente aos escuros olhos e lhe acaricio a cara. Com um grunhido, agarrou-a da nuca e a aproximou dele.
Reclamou-lhe sua boca com paixão e fúria, a necessidade que lhes conduzia só podiam aplacá-la o um com o outro. Ela grunhiu como resposta quando seus mamilos se roçaram contra seu peito.
Antes que pudesse tocá-la, Sophie lhe empurrou até a cama e se ajoelhou a seu lado. Ele a olhou, com um leve sorriso de antecipação elevando seus lábios.
Ele era um homem que sempre estava sob controle, um homem ao que gostava de agradar a sua companheira de cama. Mas esta vez, ela ia ser a do controle. Esta vez ela ia ser quem ia estar ao mando.
Inclinou-se até diante e percorreu com as mãos desde sua cinzelada mandíbula descendo por seu largo peito até seus impecáveis abdominais. Sophie olhou sua excitação e sorriu.
Ele a tinha conduzido à loucura a noite passada com sua boca, com suas mãos e seu corpo. Era o justo que lhe fizesse o mesmo. E o OH, as coisas que queria lhe fazer.
Sophie passou os dedos mais à frente do umbigo até a vara. Ela a rodeou com seus dedos e sentiu seu pênis saltar em sua palma. Esse sorriso malvado tinha desaparecido, substituída por um desejo que fez que a ela lhe contraíra o estômago.
Moveu sua mão acima e abaixo por sua longitude um par de vezes enquanto se inclinava para frente para lamber e beijar seu peito. Ele levantou as mãos, não para detê-la, a não ser para lhe tirar o alfinete de seu cabelo de modo que caísse quão comprido era ao redor de seus ombros e lhe emoldurasse rosto.
“Maldição” sussurrou ele.
Sophie lhe olhou. A forma em que murmurou essa palavra, como se ele estivesse cativado por ela, fez que queria chorar. Se não deixava de fazer coisas assim, ela se encontraria em um problema real pelo que a ele se referia.
Para trocar o enfoque, Sophie se moveu e levou sua boca a sua excitação.
Ele disse mecanicamente seu nome, suas mãos agarrando o edredom.
Sophie tomou profundamente em sua boca. Os dedos dele se enredaram no cabelo dela, quase como se temesse que ela fosse a parar. Ela não tinha intenção de parar de maneira nenhuma logo.
A respiração dele era rouca em meio do silêncio. Podia sentir seu olhar sobre ela, e isso a fez desejar agradá-lo ainda mais.
Ela inspirou surpreendida quando suas mãos a agarraram e a giraram para que ela se recostasse sobre seu peito com as pernas a cada lado de seu rosto.
Sophie deixou sair um suspiro quando sua língua encontrou seu clitóris e começou a brincar com ele. Ela alguma vez tinha feito o antes, e se disse por que não–Dar prazer ao mesmo tempo que se recebe? Era perfeito.
Mas quanto mais agradar lhe provocava, mais difícil era concentrar-se em sua tarefa. Para vingar-se dele, ela o sugou com força, apertando brandamente a bolsa de suas bolas.
Quando saboreou o líquido preseminal, Sophie sorriu. Quase estava preparado. Não planejava deter-se até que ele se corresse em sua boca. Havia uma coisa que ela esqueceu enquanto fazia tais acertos: Darío tinha suas próprias regras.
Em um momento, ele estava debaixo dela, e no seguinte ela estava sobre suas mãos e joelhos e ele estava enchendo-a por detrás. Sophie gemeu enquanto a enchia de uma aposta. Seu corpo suspirou, sentindo falta da sensação dele.
Agarrou-a pelos quadris e se começou a mover. Ela podia sentir suas bolas golpeando contra a parte posterior de suas coxas enquanto aumentava seu tempo.
Com sua brincadeira com seu clitóris, ela estava muito perto do clímax. Logo ele se inclinou sobre ela e cavou seus peitos, beliscando seus mamilos enquanto o fazia.
Ela se balançou contra ele. Sua bochecha se esfregou contra a dela, sua barba roçava seu rosto. Ela fechou os olhos. Não tinha sentido lutar contra uma força como Darius. Sabia onde tocá-la para lhe dar a maior felicidade.
Seu peito exalou e seus seios se incharam com este toque. Não acreditava que a paixão pudesse melhorar até que sua mão baixou a seu sexo e encontrou seu clitóris.
Ele acariciou o broto inchado até que ela gritou pelo intenso prazer. Podia lhe escutar lhe dizendo que lhe desse mais, que lhe desse tudo. Sophie podia sentir as apostas de sua excitação em seu interior uma e outra vez, tocando seu útero, pelo que ele aprofundava. Quanto mais a enchia enquanto brincava com o clitóris, mais acima subia ela.
Até que o orgasmo a invadiu. Atravessou-a com a força de um tsunami. Ela gritou, inclusive quando o prazer a consumiu. E ainda ele martilleaba nela, e mesmo assim fazia círculos ao redor desse pequeno broto.
Justo quando o primeiro orgasmo começou a ceder, surgiu outro, este ainda mais intenso que o primeiro. Tudo o que Sophie podia fazer era fechar os braços e entregar-se ao êxtase.
Sua cabeça pendurava entre seus braços quando os últimos vestígios dos orgasmos começaram a desvanecer-se. A forma de agarrar a do Darius era apertada sobre seus quadris enquanto martilleaba contra ela.
Sua respiração se paralisou justo antes de sentir seu cálida semente disparar-se dentro dela. Sophie não podia acreditar que não tivesse pensado em um embaraço ou em usar proteção alguma das vezes que tinha estado com ele.
Era capaz Darius de fazer que se esquecesse de tudo menos dele tão facilmente? Ela era doutora. Ela sabia melhor que a maioria do que poderia passar com o sexo desprotegido.
Ele se separou dela e a sustentou contra ele enquanto ficava de flanco. Sophie abriu a boca para falar quando sua mão lhe acariciou o cabelo para baixo, até suas costas, uma e outra vez.
Ela se permitiu relaxar-se uma vez mais. Darius tinha esse efeito nela. Realmente deveria estar preocupada, porque estava começando a querer ao Darius.
Nunca outra vez.
Mas... ao melhor com o Darius.
* * *
Capítulo Doze
Darius tinha agarrada a Sophie enquanto olhava à parede oposta. Já não se podia negar o fato de que a desejava tanto como desejava voar.
Era um sentimento que nunca tivesse esperado sentir outra vez. E não deveria sentir nada nem perto disto. E entretanto... não se podia negar a reconhecê-lo.
Ele enrolou um comprido mecha de seu cabelo vermelho ao redor de seu dedo e escutou sua respiração começar a equilibrar-se. Maldito Con por insistir em que permanecesse perto de Sophie.
Por outro lado, Darius tinha a intenção de fazê-lo de todos os modos. Simplesmente era mais fácil culpar a Con que admitir o que lhe confundia totalmente.
O sexo com Sophie era incrível. Suas carícias, seu aroma, seu corpo -tudo a respeito dela era como se tudo o que sempre tinha desejado tivesse cobrada vida.
Não deveria estar acontecendo. Não podia estar passando. Ele já tinha encontrado -e perdido- a sua companheira.
“A que está dando tantas voltas?” Perguntou Sophie com voz rouca.
Seu pênis se moveu ao som sexy de seu acento britânico. "A muitas coisas"
“Evidentemente”. Ela voltou a cabeça de forma que lhe olhava, franzindo o cenho com preocupação. “Quer falar disso?”
“Não particularmente”
Mas ia ter que fazê-lo. Quanto lhe contaria antes que ela começasse a perguntar? Sophie era inteligente. Figuraria-se coisas se Darius não era cuidadoso.
Sob nenhuma circunstância seria responsável por que ela descobrisse seu segredo e a pusesse na linha de visão do Ulrik. Ele obteria o que necessitava dela e se iria rapidamente. Era tanto por sua segurança como pela dele.
A mão dela se posou sobre seu coração enquanto se corpo se pressionava contra ele. A sensação do calor de sua pele era estimulante. Jazer com ela dessa maneira era perigoso.
“Não esperava te ver outra vez” disse ela em meio do silêncio.
Darius respirou fundo e lentamente deixou sair o ar. “Tentei me afastar” “Estou... contente de que esteja aqui”
Lhe beijou o cocuruto. “Eu também”
A verdade daquilo lhe golpeou. Não se tratava do Ulrik. Ele se teria ficado sem importar, mas o interesse do Ulrik só o estimulou a admitir o que tinha estado lutando por ignorar, sua crescente necessidade de ter a Sophie.
"E ainda se supõe que devo atuar como se eu não gostasse?" “Sim”
Ela ficou em silencio durante um batimento do coração “por que?”
“Por um homem perigoso com o que estive tratando”
“Perigoso?” Repetiu ela nervosamente."E isto tem que ver com...?"
Darius disse quão único tinha sentido, e porque não queria mentir “Negócios”
Ela estalou brandamente ante suas palavras enquanto girava sobre suas costas. Sophie se escabulló o suficiente para que não se tocassem. Não passou desapercebido pelo Darius que o tinha feito a propósito, como se precisasse romper o contato para orientar-se.
“De acordo” disse Sophie. “Negócios. Soube no momento em que lhes conheci o Thorn e a você que não foram os típicos homens de cidade. Trabalham para o governo?”
“Algo assim” Era tão boa cobertura como outra, e lhe permitiria manter a maior parte do que fazia em segredo.
Mas por quanto tempo? Um dia? Dois? Se continuava passando o momento com Sophie teria que lhe contar tudo porque eventualmente veria algo.
Isso lhe aterrorizava. Uma parte dele se perguntava se seria ela capaz de dirigir a verdade do que ele era. Logo estava o assunto de seu passado.
Ia ter que enfrentá-lo mais logo que tarde. Darius preferiria fazer muito mais tarde, mas as lembranças lhe assaltavam constantemente.
Ela ficou o cabelo detrás da orelha e se voltou até ele. "Vê-te como esses tipos que trabalham para o governo"
Agora isso lhe intrigou. Ele rodou até ela e se apoiou em um cotovelo. Darius se assegurou de não tocá-la enquanto o fazia. "Tipo? Há um tipo?"
“É obvio”
“E como é exatamente?”
Lhe dirigiu um olhar cortante, seus olhos cor oliva cheios de calor e brincadeira. “O tipo que permanece entre as sombras. O tipo que necessita doutoras para ir a ele em lugar de ir ao hospital. O tipo que desaparece sem uma palavra, só de repente, reaparecer saindo de um nada. O tipo que tem ar de mistério e uma larga dose da atitude de ‘não me fodas’”
Darius sorriu, não pôde evitá-lo. De verdade lhe via assim?
Seu rosto se suavizou maravilhando-se “Ele sorri” “Sorrio” Ou não?
“Não assim” Ela estendeu a mão e tocou seu lábio inferior. "Te transformou a cara. Deveria sorrir mais"
“Eu poderia dizer o mesmo de você”
Ela deixou cair a mão enquanto baixava o olhar inclusive quando se voltou para olhá-lo. "Não tenho que perguntar para saber que algo mau passou em seu passado"
“Porque não sorrio?”
O sorriso dela era triste quando seu olhar se encontrou com a dele. “Está em seus olhos. Sua visão do mundo é de cor”
“Como a tua”
Houve uma larga pausa antes que ela inclinasse a cabeça assentindo “Sim”
Darius de repente sentiu curiosidade, mas se deteve de perguntar. Se ele não estava disposto a compartilhar seus segredos, por que o faria ela? Não era justo por sua parte perguntar sobre seu passado ou o que havia a tornado tão dura.
“Não me vai perguntar?”
Ele negou com a cabeça. “Não quer falar de seu passado mais do que eu quero falar do meu. Me fale de por que te converteu em médico”
“Um... me deixe ver” disse ela com um sorriso. “Inclusive desde menina jogava com meus pulsos. Remendava seus ossos quebrados, costurava-as quando era necessário, e inclusive as operava”
"Suponho que seus pulsos eram gladiadoras ou algo similar"
Ela riu. O som foi mágico. Cativou-o por completo. Tudo o que queria era escutá-la muitas mais vezes.
"Não são gladiadores, embora brigavam freqüentemente. É incrível quão difícil pode ser uma pulso com outra", disse, ainda rindo.
“Só o posso imaginar”
“Após levava uma caixa de tirita, gazes e anti-séptico todo o tempo. No pátio de recreio, se um dos meninos se machucava, cuidava-lhe. Meu bolsa de remédios começou a crescer à medida que eu crescia. Enquanto caminhava pelas ruas de Londres, freqüentemente parava e atendia a qualquer que o necessitasse”
“E eles lhe deixavam?”
Ela se encolheu de ombros. “Surpreendentemente, faziam-no. Não pensei nada disso nesse momento, mas olhando para trás agora deveriam pensar que havia me tornado louca”
"É uma curadora por natureza"
“Acredito que cada um de nós nasceu com um dom especial. Para alguns como eu, damo-nos conta disso bastante logo e o captamos. Outros o encontram mais tarde. Sinto-o pelos que rechaçaram seu dom ou ainda não o encontraram”
Darius levantou uma mecha de seu cabelo da cama e o esfregou entre seus dedos "É muito afortunada"
“Sei. Adoro curar a outros, e me mata quando não fazem caso de minhas advertências. E o que tem que você? Sempre soube o que faria o que seja que faça?”
“Sim” respondeu sem duvidar.
“Então acredito que ambos somos afortunados” o olhar dela se transladou até o pescoço dele.
Darius soube exatamente o que estava olhando. A cabeça de sua tatuagem de Dragão que aparecia por seu ombro direito. Seu interesse lhe fez querer mover-se.
“Isso é uma tatuagem?” Perguntou ela.
A primeira vez que a tinha tomado, ele tinha estado vestido. A segunda vez tinham estado muito frenéticos para notar algo como aquilo. Esta terceira vez tinha sido na escuridão onde ela não tinha podido vê-lo. Devia ser a luz por detrás dele que arrojava a luz suficiente para distinguir a tatuagem.
“Sim”
Sua curiosidade despertou, sentou-se. “Posso vê-lo?”
Darius se sentou enquanto acendia o abajur de sua mesinha de noite. Quando ela o enfrentou, ele sentiu o impulso de estreitá-la em seus braços e beijá-la. Em troca, ficou quieto enquanto ela se arrastava mais perto.
O primeiro contato de suas mãos sobre a cabeça do Dragão lhe deixou sem respiração. Seu toque era suave, ligeiro e curioso. Ele não queria que se detivera.
* * *
Sophie estava assombrada pelo elaborado detalhe da cabeça do Dragão. Olhava por cima do ombro dele como se estivesse vendo com quem estava falando Darius. A tinta não era nem negra nem vermelha, a não ser uma mescla que nem sequer deveria ser possível.
Ela ficou de joelhos dando a volta para lhe ver as costas e só poder olhar em mudo silêncio a beleza dessa obra de arte. O Dragão ocupava todas as costas do Darius.
O Dragão estava encarapitado, como se estivesse subindo pela costas do Darius até seu ombro. O detalhe era tão impressionante que inclusive podia ver as garras do dragão cravando-se na costas do Darius. O Dragão tinha as asas meio abertas enquanto a cauda se enrolava na ponta, detendo-se justo em cima de seu traseiro.
Ela passou os dedos por cima da tatuagem, incapaz de manter as mãos quietas. Não era como se conhecesse o Darius particularmente bem, ou realmente, mas não tinha esperado que se feito uma tatuagem. Entretanto, ela tampouco estava surpreendida pela revelação.
“por que um Dragão?” Perguntou. Ele se encolheu de ombros, fazendo que seus músculos se contraíram e o Dragon parecesse como se estivesse vivo. “Eu gosto”
“É magnífico”
Darius voltou a cabeça para olhá-la por cima do ombro. “Você gosta?”
“Sim” disse ela com um sorriso. “Vi um montão de tatuagens como médico, e posso dizer honestamente que é um dos mais bonitos que vi jamais”
Sophie riu quando seus braços serpentearam e a arrastaram até o fronte. Seus olhos cor chocolate sustentaram os dela por um comprido momento.
“O que sabe dos Dragões?”
Ela enrugou a cara. "Nunca fui alguém ao que goste de nenhum elemento de fantasia, assim não sei muito sobre eles. Sei que estão na maioria das culturas de alguma forma, às vezes como algo bom, às vezes como algo mau".
“São as mais antigas criaturas mitológicas do mundo”
“Certo” admitiu ela assentindo com a cabeça “É por isso pelo que o escolheu?”
O sorriso dele conseguiu que seu coração se saltasse um batimento do coração. “Nasceu para sanar às pessoas. Foi eleito para você”
“Então o Dragão foi eleito para você?” Perguntou ela.
“Foi”
“Não tomava por um homem que se deixasse levar por elementos de fantasia” Lhe acariciou o pescoço. "Nunca disse que o era"
“Mas leva um Dragão em suas costas” disse ela enquanto seus olhos se fechavam e seus braços lhe rodeavam o pescoço. Os lábios de lhe estavam fazendo coisas maravilhosas em seu pescoço e garganta.
“Suficiente de falar” murmurou ele.
Sophie se esqueceu do que estavam falando enquanto ele brincava com seus mamilos entre os dedos. Lhe aconteceu as mãos por seu espesso cabelo enquanto lhe beijava a garganta, o pescoço e os seios.
Um suspiro lhe escapou enquanto deixava cair para trás a cabeça e lhe oferecia seu corpo, uma vez mais, a sua hábil boca.
* * *
Palácio dos Dark, Irlanda
Taraeth tamborilava seus dedos no braço de seu trono. Tinha estado esperando ao Balladyn durante mais de uma hora. Não podia ser que sua mão direita não viesse quando lhe chamavam.
Por outro lado, Balladyn levava um tempo atuando de forma estranha. Concretamente, desde que seqüestrou Rhi e a torturou. Bom, isso não era certo. Balladyn mostrou seu verdadeiro valor como um Dark Fae quando a torturou.
Não foi até que de algum jeito Rhi destruiu a fortaleza do Balladyn e escapou o que lhe trocou. Balladyn estava determinado a trazer a de volta. Tinha prometido ao Taraeth que se voltaria Dark, mas enquanto as semanas passavam, Taraeth estava começando a perguntar-se se Balladyn seria capaz de encontrar Rhi.
Taraeth se acariciou o coto de seu braço esquerdo. Nenhuma de sua considerável magia podia fazer que deixasse de sentir como se seu braço ainda estivesse aí. Assim de capitalista era uma espada Fae. A força do aço não tinha comparação, mas foram os Fogos do Erwar nos que foi fabricada o que dava às armas o poder de destruir um Fae como nenhuma outra arma poderia fazê-lo.
Exceto o fogo de Dragão.
Taraeth se negou a pensar nisso. Os Reis Dragão eram os grandes inimigos dos Dark. Os Reis não só tinham magia que não tinha rival, mas também seu fogo era o mais calorífico de todos.
Justo quando Taraeth perdeu a paciência e tratava de enviar homem para procurar o Balladyn, a porta do salão do trono se abriu. Balladyn caminhava com sua cabeça baixa. Não se deteve até ajoelhar-se frente a Taraeth.
“Meu Rei” disse Balladyn.
Taraeth se inclinou até diante e apoiou seu braço direito na joelho.
“Melhor que tenha uma boa razão para me manter esperando”.
Capítulo Treze
Balladyn apertou os dentes. Estava dando toda sua lealdade ao Taraeth. Pôs-se a prova por ele uma e outra vez, e a primeira vez que chegava tarde, Taraeth se atrevia a lhe ameaçar.
Custou um grande esforço que Balladyn não agarrasse sua espada e separasse a cabeça de seu Rei do corpo. Balladyn em lugar disso se levantou e se encontrou com o olhar do Taraeth.
“Queria que vigiasse ao Mikkel”
“Disse-te que precisávamos lhe vigiar. Nunca te impus essa responsabilidade” disse Taraeth, seus olhos vermelhos cheios de desprezo.
Balladyn descansou sua mão sobre o punho de sua espada e sorriu. “Sou sua mão direita. Sei o que quer antes que me dê a ordem”
"Sempre foi muito presunçoso para seu próprio bem. Inclusive como um Light Fae creíste que podia te sair com a tua"
“Porque o fazia” respondeu Balladyn. “Isso é pelo que me feriu e me converteu no Dark”
Taraeth apartou a cabeça e replicou a contra gosto “Certo. Vai dizer me o que encontrou?”
"Não pude me aproximar o suficiente ao Mikkel"
A cabeça do rei se girou até ele, a ira irradiava por seus olhos vermelhos. Taraeth ficou de pé, seu comprido cabelo negro e prateado caindo por suas costas. “Deixou-me esperando para nada?" perguntou em um tom furioso”
“Nunca hei dito isso” Balladyn moveu os pés. “O que vi foi a Con e a outro Rei Dragão atacando uma das mansões do Mikkel”
“por que?” Perguntou Taraeth com a sobrancelha levantada.
Balladyn se encolheu de ombros. “Não tenho uma resposta, mas posso te assegurar que Con ainda não sabe que está lutando contra Mikkel e o Ulrik”
“Estava Ulrik ali?”
“Como se Mikkel lhe permitisse estar muito longe de sua vista”
Taraeth assentiu enquanto retornava a seu trono. “Mikkel não confia em seu sobrinho, e é o suficientemente inteligente para não fazê-lo”
“Tampouco Ulrik confia nele”
“Outra sábia eleição”
“Quem ganhará?”
Taraeth sorriu com malícia. “Isso dependerá da quem eu dita ajudar”
“Ulrik sabe que está ajudando ao Mikkel, mas tem descoberto Mikkel que está ajudando ao Ulrik também?”
Taraeth lhe lançou um olhar divertido. "Mikkel está muito apanhado em seus planos para dar-se conta disso. Entretanto, logo o fará. É por isso que estou jogando coisas muito seguras pelo momento. Não sempre serei capaz de fazer isso. Saber o que esses dois estão fazendo em todo momento ajuda a me manter por diante"
“Quem está vigiando ao Ulrik?”
“Uma mulher Dark que lhe enviei a última vez que ele esteve aqui. Ela descobrirá tudo o que necessito sem que Ulrik compreenda o que ela está tratando”.
“Tome cuidado com ele, senhor. A necessidade de vingança do Ulrik ultrapassa com muito ao Mikkel”
Taraeth se reclinou no trono e suspirou. “Sei. Ulrik é calculador e ardiloso. Se não me equivocar, destruirá ao Mikkel antes que eu tenha que tomar uma decisão”
Na mente do Balladyn, não havia decisão possível. Ficaria detrás o Ulrik porque era o mais forte dos dois. “Há realmente uma opção?”
“Sempre há uma eleição. Ulrik pode estar um pouco por diante, mas Mikkel traz outras coisas à mesa que Ulrik não tem. Qualquer das opções é boa, mas qual é a melhor para os Dark?”
O que Taraeth realmente queria dizer era qual era melhor para si mesmo. Balladyn não era tolo. Taraeth tinha estado no trono dos Dark muito mais tempo que a maioria dos Dark Fae que o reclamavam, e se Balladyn tinha algo que ver com isso, Taraeth não estaria ali muito mais tempo.
Balladyn só tinha que esperar um pouco mais. Agora poderia derrubar ao Taraeth, mas por que meter-se em meio de uma guerra entre o Ulrik e o Mikkel se não tinha que fazê-lo?
Ele já tinha feito sua eleição, embora não tinha sido fácil. Balladyn ajudaria ao Ulrik só porque Ulrik se converteria no Rei de Reis e logo eliminaria a todos os outros Reis. Isso liberaria Rhi para amar de novo.
Mikkel clamava querer matar a todos os Reis também, mas se o fazia, não teria a ninguém sobre quem governar. Mikkel queria a outros lhe fazendo reverências. Seu irmão mais jovem, e logo Ulrik, tinham sido Reis dos Silvers.
Qualquer que fosse a magia ou o ser que decidiu quem seria o Rei, nunca escolheria ao Mikkel até que fosse o último Silver no reino depois que Ulrik tivesse sua magia atada. Durante esses poucos minutos, Mikkel tinha sido um Rei Dragão.
Era um gosto, e desejava o ter tudo. Embora Mikkel não era um completo parvo. Sabia que nunca poderia derrotar ao Constantine. Aí era onde Ulrik entrava. Ulrik queria matar a Con de qualquer forma por sua traição.
Mas se Ulrik conseguia matar Con, isso converteria ao Ulrik em Rei de Reis, o que nunca seria para o Mikkel. Haveria outra traição ao Ulrik se não tomava cuidado. Por outra parte, Ulrik farejava essas coisas o suficientemente bem. Quem no círculo do Mikkel se atreveria a enfrentar-se ao Ulrik?
Havia um montão do Dark Fae aos que Mikkel pagava para que estivessem de seu lado, e o Taraeth permitia que acontecesse. Ulrik não pagava a nenhum deles. Os Dark estavam em dívida com ele, assim que eles lhe ajudavam voluntariamente ou ele lhes obrigava.
Isso mostrava aos Dark quem era o Dragon mais forte -Ulrik.
Alguns poderiam dizer que era Mikkel porque utilizava o dinheiro em lugar do músculo. Mas Ulrik utilizava sua inteligência, astúcia e músculo quando era necessário.
Balladyn piscou e se enfocou, dando-se conta de que Taraeth tinha estado falando.
“Isto é onde estou” disse Taraeth. “Mikkel acabará com o Ulrik por um cabelo, mas ao final nós queremos este reino. Temos alimentação de primeira nos milhares de milhões que nos estão esperando. Estão feitos para ser dominados. Os Reis Dragão foram uns parvos por não escravizá-los desde o começo”
Balladyn pensou em Rhi e em quantas vezes tinha ajudado aos humanos. Não os quereria escravizados por ninguém, mas muito especialmente pelos Dark.
“O que opina?”
Balladyn duvidou por um momento, e logo disse “Ainda acredito que Ulrik seria a melhor aposta. Em relação aos mortais? Foram nossos durante milhares de anos. É tempo de que liberemos ao reino deles”
Taraeth sorriu e se inclinou até a direita onde seu braço bom estava apoiado sobre o braço do trono. “Acredito que odeia a todos os Reis Dragão”
“Sim, mas como disse, isto é por nós. Necessitamos ao mais forte para que nos dê o que necessitamos”
Taraeth assentiu, com um brilho aprobador em seus olhos vermelhos. “A próxima vez, não me tenha esperando. Não serei tão indulgente no futuro. O que tem da Light Fae? A encontrou?”
“Estou lhe seguindo os passos. Esteve em Dreagan durante umas poucas semanas. Estava com o Constantine lutando contra Mikkel. Foi ferida com magia Dark”
"É o suficientemente forte para superá-lo?"
“Con a levou com ele. Ele a curará”
“Bem. Quero-a ante mim em um mês, Balladyn. Agora vá”
Balladyn deu meia volta e saiu do salão do trono. Não havia forma de que trouxesse Rhi ante o Taraeth. Encerraria-a em sua masmorra, e Balladyn talvez nunca voltaria a vê-la”
Isso significava que Balladyn teria que antecipar seus planos para ser o rei dos Dark. Tinha um mês para planejar como matar ao Taraeth.
* * *
Constantine olhava fixamente pela janela do Hotel O Balmoral. Ulrik estava aí fora em algum sítio. Darius falou com ele e não se incomodou em lhe alertar.
Estava perdendo a seus homens? Estavam voltando-se contra ele como fizeram uma vez?
O pensamento lhe produzia ácido no estômago. Ulrik tinha sido o responsável a primeira vez, e lhe enfurecia que ele fosse o culpado uma vez mais. Con não perderia a seus homens. Não outra vez.
Se tinha que acabar com o Ulrik na metade do o Edimburgo, faria-o. Algo para desfazer do elemento perturbador que tinha arruinado suas vidas.
Bebeu um sorvo de uísque, deixando que o licor descesse por sua garganta. Dreagan. O melhor uísque do planeta. Apesar da distinção da companhia, cada movimento que um deles fazia era observado e gravado. O MI tinha cinco pessoas seguindo a Con, e não eram da feição do grupo de espiões leais ao Ulrik. Nem sequer Henry pôde lhes convencer de que lhe deixassem, e o Henry o tinha tentado.
Pensar que Con confiava em um mortal tanto como o fazia no Henry. Ainda isso assombrava sua mente, mas ali estava. Henry se tinha posto a prova a si mesmo em muitas ocasiões, e suas conexões com o MI lhes tinham ajudado no passado. Não mais, entretanto.
Inclusive agora Henry estava sendo chamado de retorno a Londres. Quando se negou a ir, foi avisado de que, também, seria vigiado.
Con fingiu ignorar ao imbecil ao outro lado da rua tomando fotos dele.
Con passou séculos sem ser fotografado, e agora MI teria registros dele.
Isso nunca funcionaria. De uma forma ou outra, Con ia destruir cada imagem, cada gravação e cada documentação dela que qualquer agência governamental tivesse, sem importar de que governo se tratasse.
Ao menos a habitação não estava intervinda. Levou a Con uma boa hora revisar minuciosamente sua habitação e as de cada lado que também tinha alugado para a noite.
“por que a cara larga, amor?”
Constantine fechou os olhos ante o som da voz do Usaeil. Fechou as cortinas e se voltou para enfrentar à Rainha Light Fae. “Sabe que estou sendo seguido. Não teria que estar aqui”
Ela sorriu desde sua posição sobre a cama. Usaeil não tinha posto absolutamente nada. Seu comprido corto negro caía por detrás como uma cortina de ônix. Aplaudiu a cama e lhe piscou um olho. “teve-me esperando durante dias”
“Disse-te que necessitava um pouco de tempo. Sabe no que ando” disse ele e deixou brandamente o copo de uísque. “Que esteja aqui é um risco. O MI está procurando a tudo o que esteja conectado comigo”
“Crê que isso me preocupa?”
Con levantou uma sobrancelha. “Deveria. O mundo inteiro sabe que é uma atriz americana. Pode imaginar que lhe conectem comigo?”
“Posso pensar em coisas piores. Além disso, acredito que é tempo de que outros saibam”
Outros significava os Reis Dragão. “Sabe como reagiu seu povo quando Rhi foi agarrada flertando com um Rei Dragão. Crê que vão aceitar que você cometa o mesmo engano?”
“Sou sua Rainha” declarou Usaeil em tom régio. “Farão o que lhes ordene. E não quero falar de Rhi”
Con se manteve a distância da cama, inclusive quando Usaeil se acariciou os seios para lhe tentar. Era hora de que Con descobrisse quanto sabia Usaeil sobre Rhi. "Fez algo outra vez?"
"Refere-te além de afastar-se de mim e seu dever?" Todo desejo desapareceu do Usaeil quando ela se sentou e o olhou com seus olhos chapeados. "Não vi nem escutei de Rhi, e enviei a um montão do Fae procurando-a"
“por que? vai castiga-la por deixar o Guarda da Rainha?”
Usaeil se deslizou até os pés da cama e cruzou uma perna sobre a outra “por que se preocupa?”
“Porque os Fae a adoram. Se for contra ela tão publicamente, poderia ser mau para você”
A rainha pôs os olhos em branco e se deixou cair para trás na cama com os braços estendidos. “se preocupa muito. Sou rainha, e o fui durante milênios. Não há um simples Fae capaz de tomar meu lugar, e cada um deles sabe”
“Se descobrirem que somos amantes e vai detrás de Rhi por deixar a Guarda da Rainha, poderia muito bem perder a sua gente”
“Nunca vai acontecer” Ela voltou a cabeça até ele. “Agora vai vir à cama ou devo ir a você?”
Quando ele não se moveu imediatamente, Usaeil moveu sua mão no ar, lhe tirando a roupa. Ela sorriu quando baixou a vista e viu sua ereção.
“Justo como pensava”, ronronou.
* * *
Capítulo Catorze
Sophie despertou ao mais delicioso prazer. Os dedos do Darius estavam entre suas pernas, acariciando-a. Abriu os olhos para lhe encontrar observando-a.
Seus escuros olhos ardiam de desejo e que provocavam que calafrios lhe percorressem a pele. Realmente poderia desejá-la tanto? Parecia impossível, e entretanto, pensar nisso fazia que sua própria paixão ardesse mais intensamente.
Ela levantou seu rosto até o dele e pressionou seus lábios contra sua boca.
Ele gemeu enquanto a beijava com tal abandono que a deixou sem respiração.
Enquanto seus dedos a enchiam, seu polegar girava ao redor de seu clitóris com agonizante lentidão. Quase como se soubesse que ela estava pronta para alcançar seu ponto máximo, mas estava prolongando as coisas.
Agarrou-se a seus braços, lhe rogando em silêncio que lhe desse mais. Isso não fez que ele cedesse. Sophie ficou sem fôlego pelo agradar e apartou sua boca da dele, já que a estava fundindo. Seus pulmões não podiam respirar o suficiente, mas nada disso importava quando o desejo se enroscava mais e mais forte dentro dela.
“Necessito-te dentro de mim” rogou ela.
Ele sorriu “OH, estarei-o”
Ela tentou lhe deter, mas se sentia muito bem. Lhe sustentou o olhar, negando-se a soltá-la enquanto suas experimentadas mãos a conduziam ao bordo do clímax, mantendo-a ali por uns segundos, e logo brandamente a impulsionaram para que se deixasse ir.
Sophie abriu a boca para gritar, mas ficou bloqueado em sua garganta pela força pura do orgasmo. Atravessou-a, invadindo seu corpo enquanto a inundava tão poderosamente como uma cascata, tão ferozmente como o sol. Quando pôde voltar a respirar com seus pulmões, ele a estava beijando. Tinha sido lento e sexy. Sensual. E sacudiu totalmente seu mundo.
* * *
O Dragão de Prata, Perth.
Ulrik cortou uma parte da maçã com a faca e o levou a boca. Mastigou-o enquanto olhava a pasta aberta em sua escrivaninha. Passeava ao redor da loja, mas não para olhar as antiguidades que tinha ido comprando durante os últimos anos. Não, estava pensando em Sophie Martin.
A Dra. Sophie Martin.
Quis conhecer sua história do momento em que descobriu que ela ajudou ao Thorn. Levou-lhe só uma chamada para descobrir todos os detalhes.
Ulrik esperava encontrar algo que pudesse utilizar para chantageá-la e que fizesse o que ele quisesse, como com qualquer que ele procurasse. Mas Sophie era diferente.
Ela era uma pessoa solitária, desconfiada e receosa de qualquer homem. E sabendo o que seu prometido lhe tinha feito, entendia-a. Seu passado também explicava por que sotaque Londres, entretanto, não havia outra razão para que escolhesse Edimburgo que a de que seus velhos professores de Oxford praticavam a medicina em Edimburgo. No Hospital Royal Vitória.
Sophie não tinha família em Escócia. Não tinha família em nenhum sítio. Sabendo tudo isto antes de conhecê-la, Ulrik foi a sua primeira reunião com Sophie com a intenção de ser justo o que a fazia suspeita. Ele ia jogar com suas simpatias de ajudar aos menos afortunados. Entretanto, lhe tinha dado as costas e havia trazido seu passado à conversa.
Para uma mulher que não tinha encontros e raramente punha atenção ao sexo oposto, Ulrik tinha esperado certa reação de sua parte. E não a tinha conseguido. O que significava que tinha que trocar de tática.
Ulrik cortou outra parte de maçã e se deteve para examinar o arquivo. Havia uma conexão entre a preciosa doutora e o Darius. Ulrik só precisava encontrá-la.
Com os outros Reis, eles tinham sido capazes de afastar-se dos mortais.
Mas até agora, Darius também estava fazendo o contrário do que Ulrik esperava.
Ulrik recordou ver Darius e Sophie tendo sexo. Tinha sido tão selvagem e rude que nascia de um desejo entre eles que não se podia negar. Tinham que se ter o um ao outro, para experimentar prazer.
Pela forma em que Darius a tinha beijado... Ulrik ia ter que vigiar de perto a Sophie. Se sabia algo sobre o Darius, era que se tomava suas responsabilidades a sério. Inclusive se Sophie não fosse mais que um rápido escarcéu, Darius não abandonaria Edimburgo sem assegurar-se de que Ulrik deixasse em paz a Sophie.
Ulrik sorriu e se perguntou o que pensaria Darius se soubesse que Ulrik tinha tomado café com a preciosa Sophie. Isso fez rir ao Ulrik só de pensá-lo.
Era tão fácil encolerizar ao resto dos Reis. Só ameaçar a um mortal, e eles perdiam a cabeça. Quão patéticos podiam chegar a ser?
Continuou com seu passeio ao redor da loja, sua mente retornando uma vez mais a Sophie. Ulrik queria que trabalhasse para ele. Podia ser um grande ativo. Ainda mais se obtinha que ela espiasse para ele. Darius confiava nela. O truque era convencer a Sophie de que era o correto.
Ela se mantinha em solidão. Só podia ameaçar a uma amiga, mas suspeitava que esse movimento só a apartaria por completo. Não, não podia ameaçar à loira baixa.
Se Ulrik ia conseguir ao Darius através de Sophie, então tinha que trocar de tática. Tentaria atrair uma vez mais a Sophie a seu lado, Se isso não funcionava, então ele tinha algo que certamente faria o truque.
A maioria dos humanos eram fáceis de decifrar, mas Sophie era diferente. Ela não tinha encontros, não ficava com amigos, nem tinha nenhum tipo de vida social. Tudo o que lhe importava era curar às pessoas.
Ulrik cortou outra parte de maçã e a comeu. Embora seus homens não tinham visto o Darius no apartamento de Sophie, isso não significava nada. Os Reis não eram nada se não predecibles. Agora que Ulrik tinha aparecido no hospital, Darius estaria pendente de Sophie.
Quanto tempo passaria antes que o Darius contasse a Sophie sobre os Reis Dragão, os Fae, e inclusive, sobre o Ulrik?
Se Sophie não era mais que um simples escarcéu, Ulrik podia estar fazendo tudo isto para nada. Mas tinha a sensação de que esse não era o caso. Darius era muito predecible. Como o era Constantine.
Darius falaria com Con sobre sua conversa, e Con exigiria ao Darius que permanecesse perto para ver o que Sophie descobria e qual seria o seguinte movimento do Ulrik. O que significava que Darius não seria capaz de manter suas mãos longe de Sophie.
Ulrik riu enquanto lançava a faca, cravando-o no centro de uma foto do Constantine. “Meu movimento”.
* * *
Darius não podia acreditar quão rápido tinha passado a noite. Não tinha posto sobre o toalha de mesa ao Ulrik com Sophie. Como poderia quando não era capaz de apartar as mãos dela? Estar perto dela sem tocá-la era impossível.
Tinha perdido a conta das muitas vezes que tinham feito o amor. Cada vez que via o prazer cruzar seu rosto, queria vê-lo uma, outra e outra vez.
Enquanto fazia que dormia, Sophie preparava café silenciosamente na cozinha. Abriu um olho e a observou através da porta vestindo nada mais que uma bata de cor marfim e seu comprido cabelo vermelho caindo por suas costas.
Fazia-a sorrir cada vez que pensava nela dormindo nua. Surpreendia-lhe com coisas como essa. Con a forma em que sempre levava o cabelo recolhido para cima e cada mecha em seu lugar, imaginava que ficaria flanela na cama.
Darius se deu a volta e a observou enquanto examinar seu correio. Era tão corriqueiro, e entretanto lhe fascinava. De novo, tudo a perto de Sophie o cativava.
Levantou-se da cama, ficou os jeans, sem incomodar-se em grampear-lhe enquanto saía do dormitório. Ela levantou a cabeça e sorriu.
Havia uma parte do Darius que se deu conta que essa simples ação era perigosa para ele. Mesmo assim, foi até ela, permitindo-se envolver-se em algo que poderia rasgá-lo facilmente -esta vez para sempre.
“bom dia”, disse ela.
Ele sorriu. “bom dia. Dormiu bem?”
“Durante o pouco que dormi, sim” O sorriso dela se alargou enquanto seus olhos cintilavam. “E não é que me queixe. E você?”
“Sim”. Entretanto, ele estranha vez dormia. Como Rei Dragão não precisava fazê-lo, nem sequer em forma humana. Isso por não mencionar que tinha passado durante vários séculos, dormindo o sonho de Dragão.
Ela deixou cair sobre do correio e se voltou até o mostrador. “Café?”
“Seguro. Três colherinhas de açúcar, por favor”
Sophie lhe olhou por cima do ombro, com evidente surpresa em seu rosto “Três?”
“Eu gosto das coisas doces” disse ele encolhendo-se de um ombro.
Ela riu enquanto acrescentava o açúcar a seu café antes de oferecer-lhe Esta é a segunda surpresa da manhã”
“A segunda? Qual foi a primeira?”
“Que ainda esteja aqui”
Ele esperou até depois de que ela se servisse seu café para dizer, “Supunha-se que não deveria voltar para você absolutamente”
“por que o fez?” Perguntou ela enquanto se apoiava no mostrador, com seu mug de café pego entre as mãos.
“Sabe por que”
“por que somos bons juntos na cama?” Perguntou antes de dar um sorvo do fumegante líquido.
Darius colocou seu mug sobre a mesa e a estudou. “Isso te incomodaria, moça?”
“Definitivamente, não. Passou muito tempo desde que tive sexo” “Quanto?”
Ela olhou ao chão. “Muito. Mas isso me leva a algo que, não posso acreditar que não tenha pensado nisso como médico. Proteção"
“Proteção?” Darius se sentia confundido. Estava falando de proteger a do Ulrik?
“Sim. Não quero ficar grávida”
Darius só pôs olhá-la fixamente enquanto ela falava de forma tão prática. Devia ter que ver com o fato de que ela era médico e estava acostumado a discutir tais coisas.
Foi golpeado pelo lembrança de sustentar a seu filho em seus braços. Grávida. Poderia acontecer, como bem sabia. Apertou os dentes e esperou a que passasse o pior da dor para poder respirar melhor.
Darius tragou salive e afastou a lembrança que lhe tinha empurrado à montanha. “Não precisa preocupar-se por nenhuma enfermidade. Respeito ao de ficar grávida...”
Não pôde sequer terminar a frase. Darius queria lhe dizer que não poderia acontecer. Desejava com todas suas forças que fosse a verdade.
A idéia de que ela pudesse estar levando a seu filho fez que começasse a tremer. Não poderia passar por isso de novo. Negava-se.
“Darius está bem?”
Ele piscou e olhou para baixo para encontrar-se a Sophie a seu lado com uma mão em seu ombro enquanto lhe olhava com preocupação em seus olhos cor oliva. Estar bem? Ele nunca se tornou a sentir bem.
“Sim”, mentiu
“Não parecia nada bem faz um momento”
Darius rechaçou suas palavras com um gesto da mão. "Não me incomodou"
“Bem” Ela deixou cair sua mão do braço dele e foi procurar seu café que estava junto a ele na mesa. "Não sou boa com as sutilezas sociais, Darius. Estou segura de que vou ofender te com meu franqueza. É assim como sou. A vida é muito curta para os enganos e as mentiras".
Enganos e mentiras. Sim, ele estava de acordo. Entretanto, ele tinha vivido toda sua existência do momento da guerra com os humanos entre falsidades e enganos. Era a única forma em que ele e outros Reis tinham sobrevivido sem outra guerra.
Seria tão fácil acabar com os mortais. Nada que eles tivessem feito então -ou agora- poderia matar a um Rei Dragão. Podiam ter apagado do reino a existência dos humanos, mas não o tinham feito. Tudo por causa de um juramento.
Esse juramento os pôs em uma posição na que tinham que ocultar quem eram e fazer do engano uma forma de vida. Sophie nunca o entenderia. A maioria dos humanos não o faria. Se só soubessem o que os Reis Dragão tinham sacrificado por sua existência.
"Afastou-te de novo" disse Sophie.
Darius se passou a mão pelo cabelo. “Sinto muito. Tenho muito em minha cabeça”
“O perigo do que me falou o outro dia?”
“Sim”. Darius aproveitou a oportunidade que lhe apresentava e disse: “Há um homem que poderia te machucar só pelo feito de te associar comigo. É um assassino, Sophie. Estava no hospital o outro dia. Segui-lhe até ali. Ele nos viu”
Ela assentiu lentamente com a cabeça. “O homem com o pulôver”
“Sim” Darius a agarrou dos ombros e a olhou aos olhos. “Poderia tentar aproximar-se de você. Parecerá o suficientemente inocente, mas é extremamente ardiloso em...”
“Ele voltou ao hospital para ver-me ontem” lhe interrompeu ela.
Darius sentiu como se lhe tivesse atravessado com magia Dark. E pensar que quase sai de Edimburgo e deixa a Sophie atrás. “Conte-me tudo”
* * *
Capítulo Quinze
A angústia do Darius era evidente. E, agora, também a de Sophie. Assassino. Isso por si a aterrorizava. Tomou café com um assassino e nem sequer sabia. O que tivesse passado se ela se foi com o Ulrik? Sophie não queria nem pensá-lo.
Ela não se havia sentido intimidada pelo Ulrik, o qual deveria ter feito. Estava tão acostumada a ignorar às pessoas e estar só que já não podia sentir esse tipo de coisas?
Sophie olhou fixamente ao Darius. Não precisava perguntar-se sobre ele. Desde o começo tinha havido algo atraente nele. Sentia-se atraída pelo Darius -e isso não se podia ignorar.
Não só era algo físico. Também era algo mental e emocional.
Con ele, ela se sentia normal. Como se a catástrofe de fazia sete anos não a tivesse destruído a ela e a sua vida. A salvo. Isso é algo mais que ele suscitado. Sophie não se preocupava de ninguém nem de nada quando Darius estava perto.
“Ulrik queria conseguir que eu trabalhasse para ele” disse ela.
Darius brevemente fechou os olhos. “Sophie, é uma mulher forte que tem suas próprias opiniões. Não posso te dizer o que tem que fazer, mas te rogo que seja muito cuidadosa. Não te exagero quando te digo que ulrik é perigoso”
“me conte o que tem feito” lhe urgiu ela. Quando Darius duvidou, Sophie ficou mais nervosa. “Conte-me por favor. Passei tempo com ele. Parecia agradável, embora o tipo de homem que está acostumado a que o ter sua riqueza lhe dá o que quer”
"Não posso te contar detalhes, não importa quanto o deseje. Não tem motivos para confiar em mim, mas te peço que o faça"
Sophie não confiava na gente. Mas tinha crédulo no Darius. Isso a aterrorizou e a surpreendeu a um tempo. “Diz que é um assassino. Pode prová-lo?”
“Nada que possa te ensinar ou te dizer. Ulrik não tem boas intenções. Não duvidará em te matar ou a alguém ao redor de você para conseguir o que quer”
“Poderia me haver matado ontem. Não o fez”
Darius deixou cair os braços e se afastou para passear de um lado a outro da área da sala de estar. Passou-se uma mão pelo corto antes de deter-se para encará-la. “Ele foi ao hospital a primeira vez porque nos viu juntos a noite do beco”
“Ele nos viu...” Sophie não pôde sequer terminar a frase pelo assombro que sentiu. Se, ela tinha sabido que podiam ter sido vistos, mas realmente não esperava que ninguém desse um passo à frente e o admitisse”
Darius respirou fundo. “Porque estava comigo é pelo que sentiu interesse por você. Arrumado a que te seguiu ou que tem a alguém te seguindo desde essa noite”
Sophie sentiu vontades de vomitar. Ulrik tinha admitido segui-la. “Ele disse isso”
“Merda” Darius deixou cair o queixo sobre seu peito durante um momento antes de voltá-la para olhar. “te afaste dele. Só conseguirá te machucar. Poucos saem de seus entendimentos com o Ulrik com vida”
“Ele me quer porque estivemos juntos?”
O rosto do Darius se encheu de preocupação. “Sim”
“Então por que não só me matou? Poderia me haver tirado do hospital”
“Poderia fazê-lo. Está conseguindo que muita gente trabalhe para ele. Não te machucou ontem porque queria que eu soubesse que era capaz de estar perto de você. E eu não estava ali. Não o vi. Essa era sua mensagem para mim”
“Como? O que podia aproximar-se de mim?”
Darius assentiu. “Que truque utilizou para conseguir estar perto de você?”
“Fez menção de meu trabalho filantrópico atendendo a aqueles que não podiam conseguir um hospital. Entretanto, nunca me disse o que queria. Uma vez mencionei que vi a dor que tentava ocultar, fez algumas observações e se foi”
“Com um pouco de sorte, é possível que te tenha posto fora de seu caminho”
Sophie tirou uma cadeira da mesa e se sentou pesadamente nela. "Tudo isto porque tivemos sexo?"
“Ulrik o faz por mim e meu... grupo”
Agora se estava pondo interessante. Sophie queria saber mais. “por que?”
“Salvamo-lhe de uma traição, mas não o viu dessa maneira. Logo, nós tivemos que lhe deter quando começou a atacar a outros. A única forma que terminar com o que estava fazendo foi lhe desterrar de nosso grupo”
“lhe desterrar?” Repetiu ela. Ela esperava isso da cultura medieval, mas não aqui e agora. Diretamente em que classe de grupo estava envolto Darius? E queria ela ser parte disso? “Isso é... extremo”
“Possivelmente. Mas foi nossa única opção”
Agora tudo isto começava a ter sentido. A dor do Ulrik, sua necessidade de machucar ao Darius. “Então o que quer Ulrik é vingança?”
“Sim”
“E vai atrás de qualquer com o que você vão e seu grupo?”
Darius lhe ofereceu um singelo assentimento inclinando a cabeça. “O que há sobre o Thorn e o Lexi? Eles estão bem?” "Ulrik assinalou ao Lexi, mas Thorn pôde salvá-la”
Sophie se reclinou na cadeira enquanto tentava assimilar a situação. “Isto não pode ser real”
“Sinto te dizer que é. Queria ir para lhe provar ao Ulrik que...”
“Não significo nada para você” lhe interrompeu ela. “Entendo-o. Não são necessárias as explicações”
“Se voltava a te ver, então não acreditaria o que lhe disse” “Falou com ele?” Perguntou ela com assombro. Darius a olhou um pouco arrependido. “Sim”
Por alguma razão, isso fez que ela ficasse tão furiosa como confundida. “Com o homem que vai detrás de você? Você falou com ele? por que não tentou só resolvê-lo?”
“Ulrik quer nos machucar dando caça a aqueles a quem acredita que nos importam. Falei com ele, mas de algum jeito isto terminará, Sophie”
“Como é isso?”
“Culpa a todos, mas seu verdadeiro objetivo é nosso líder. Constantine e ele lutarão por isso”
Lhe olhou com os olhos muito abertos. Estava em meio de um filme? Tudo isto era tão irreal. “Está-me dizendo que é um sociópata?”
“Sim”
“por que não lhe param antes que o Constantine e ele possam encontrar-se? Ou por que não foram Con e ele e lutaram como você diz?”
Darius se passou a mão pelo cabelo. “Temos um conjunto de regras que temos que seguir”
“Isso de algum modo impede que vá detrás o Ulrik você mesmo?” Perguntou Sophie. “Isto não tem sentido. Especialmente se Ulrik apontar a qualquer pessoa com a que seu grupo e você passem tempo. Deveria poder te defender”
“Fazemo-lo. Ulrik não atua só. A... gente... que lhe está ajudando são igualmente perigosos. Estamos lutando contra eles durante um tempo até agora, e sempre Ulrik consegue escapulir”
"Então faz que Con o chame e termine com isto"
Darius se encolheu de homens enquanto torcia os lábios. “Con está procurando o Ulrik por essa mesma razão”
“Ulrik está aqui. Chama a Con”
“Con está na cidade. Sabe o que está passando”
Não importava quantas perguntas fizesse e as respostas que Darius dava, Sophie estava mais perplexa que ao princípio. Se tão só ela estivesse a par das partes que Darius estava deixando fora, poderia entender, mas tinha a sensação de que esses segredos ficariam sem dizer.
"Estou confusa. Por que não se pôs Con em contato com o Ulrik?"
“Está tentando. Não é tão fácil como son. Ulrik tem um plano. Enquanto o leva a cabo, vai machucando a todos os nossos que pode. O golpe final será atacar a Con”
"E o governo onipotente não vai mover as coisas para que a gente como eu esteja a salvo? Me diga que o MI está envolto"
“OH, eles estão envoltos” declarou ele, com uma voz que destilava irritação.
Perguntou-se se Darius sabia que tinha revelado que não trabalhava para o MI. Sophie olhou fixamente seu mug de café que agora já estava morno. De todos os modos, tampouco podia beber com o estômago feito um nó.
"Não quis causar angústia. Só quero que esteja a salvo", disse ele.
A salvo. Que relativas eram as coisas. Existia alguém verdadeiramente a salvo? Inclusive em um momento em que ela acreditava que nunca estava mais segura, não o tinha estado. Primeiro a cidade se abrasou e dezenas morreram, sem respostas sobre os assassinos. Agora estava Ulrik.
E o Darius.
“Assim não me crê”
Sophie se encontrou com seus olhos marrom escuro. “É só que é muito estranho que Ulrik fora detrás de mim só porque tivemos sexo. A não ser que ele saiba que veio a noite anterior”
“Não sabe. Asseguro-me de que ninguém me seguisse. Havia um casal de homens vigiando seu edifício, mas cheguei pelo coberto”.
“Pelo coberto?” Perguntou alarmada. Havia alguma vez um momento em que ela não se surpreendesse pelo que dizia?
Provavelmente não, e isso era o atrativo.
Verdade. Maldição.
“Era a única forma de poder chegar sem ser visto” declarou Darius como se fosse uma ocorrência do mais normal. Para ele, deduziu que o seria. “E ontem à noite?”
“Estavam vigiando o teto”
Lhe olhou com espera. “minha janela estava aberta. Entrou através da janela como?”
"Tenho habilidades"
Essa era uma forma de dizê-lo. Tinha sabor de ciência certa que tinha muitas habilidades que lhe tinha demonstrado uma e outra vez a noite anterior. "E o Ulrik? Tem as mesmas habilidades?"
A cara do Darius se viu salpicada de ira. "Sim. Não tinha pensado nisso. Terá que tomar precauções"
“Não se ele acreditar que não tornaste. Se retornar ao hospital posso lhe fazer acreditar que te foi. Que só tivemos uma aventura de uma noite”
“Ele sabe que estou aqui. Além disso, não quero que você fale com ele. Assegurarei-me de estar ao redor do hospital em caso de que retorne”
Sophie ficou de pé e sorriu. "Vale a pena tentá-lo. Não vou pôr minha vida em perigo porque desfruto tendo sexo contigo. Vou assegurar me de que Ulrik desvie sua atenção de mim"
“Não lhe subestime, Sophie”
“Isso é algo pelo que não tem que preocupar-se” Ela levou os duas tigelas à pia e os derrubou ali. “ia fazer o café da manhã, mas não tenho nada no piso”
“E não eu não posso consegui-la posto que poderia me ver. Não quero que Ulrik saiba que estou aqui” grunhiu Darius.
Sophie voltou a cara até ele e olhou até seu impressionante peito com a cabeça do Dragão que parecia olhá-la do ombro. “Irei eu. Se quer pode ficar ”
Ele se relaxou visivelmente. “Quero ficar ” “bem”
Sophie foi ao dormitório a trocar-se. Sabia exatamente por que ela queria que ficasse, e era só em parte, devido a sua mestria na cama. A maior razão era que desfrutava de ter a alguém em sua vida -alguém como Darius. Inclusive se esse fio de perigo que ela tinha discernido desde o começo a tinha posto em meio de tudo isto. Mesmo assim ela não trocaria nada.
Sophie ficou uns jeans e um suéter cor canela antes de alcançar suas botas. Escovou-se o cabelo e o recolheu em uma trança solta que lhe caía
Sobre o ombro esquerdo. Um rápido escovado de seus dentes e ela retornou à cozinha onde Darius estava sentado à mesa.
“Já retorno” disse ela enquanto ficava o casaco. Logo se deteve e lhe olhou. “O que você gosta?”
“Algo”
Ela riu. “A gente diz isso, mas não é assim. Há algo ao que seja alérgico ou que você não goste?”
“Não, moça. Comerei o que seja que me ponha diante”
Sophie pôs a mão sobre o pomo da porta. “E o que há sobre os que você gosta? Tem algo que seja seu favorito?”
“Carne. Eu gosto da carne”
“Isso posso te assegurar que o terá. Retornarei logo”
“Sophie” a chamou Darius, fazendo que ela se detivera na porta. Ela voltou a lhe olhar “Sim?”
“Tome cuidado” lhe advertiu ele. “Observa tudo. E te apresse a voltar” Sophie lhe piscou os olhos um olho. “Estarei bem. Não irei longe” “Possivelmente seja melhor que fique. Podemos encontrar algo”
“Não tenho nada. Te diga a você mesmo que se Ulrik tivesse querido me agarrar ontem, poderia havê-lo feito. E não o fez. Mas estarei à espreita”
Darius se levantou e caminhou até ela. Cavou seu rosto em suas mãos e a olhou profundamente aos olhos. “Ulrik tem homens vigiando o edifício”
“Serei rápida”, prometeu ela enquanto ficava nas pontas dos pés e lhe dava um beijo rápido. Fechou a porta atrás dela, e baixo rapidamente as escadas, com seus pensamentos no Darius e nas assombrosas sensações que tinha despertado nela.
Não foi até que saiu de seu edifício que se deu conta de quão ligeiros eram seus passos. Uma noite tendo a um homem como Darius lhe fazendo o amor, havia-lhe, certamente, tirado todo o estresse. Seu corpo estava agradavelmente dolorido, e não era de sentir saudades que ela ainda lhe desejasse.
Levantou o rosto e olhou ao brilhante céu azul sem uma nuvem à vista. Fazia mais frio que no dia anterior, mas ia desfrutar de do sol. Isso lhe fez desejar acontecer o dia fora.
Sophie cruzou a rua até sua loja delicatesen mais próxima. Não soube o que lhe tinha recordado que Darius havia dito que homens vigiavam seu edifício. O que fosse, fez que ela ralentizara seus passos e olhasse no cristal da cristaleira de uma loja ao passar. Ela advertiu que havia um homem no lado oposto da rua olhando-a.
Seu coração se saltou um batimento do coração. Uma pequena parte dela tinha pensado que Darius estava sendo muito cauteloso, mas não se podia negar o que via.
Sophie observou ao homem. Levava óculos, uma jaqueta negra e jeans, e a estava olhando diretamente.
Tentou fazer como que não lhe tinha visto. Quando um grupo passou junto a ela, assegurou-se de que parecesse como se um deles se chocou com ela ao correr rodeando-a.
Essa foi a oportunidade que necessitava para olhar detrás dela. Suas vísceras se contraíram quando viu outro a outro vestido de forma similar caminhando quinze passos detrás dela.
“Oy! Olhe por onde vai!” Chiou ela ao grupo ao que tinha usado para a armadilha.
Sophie se voltou e seguiu andando. Os homens tinham estado vigiando seu edifício. Tinha crédulo no Darius, mas tinha sido só uma sensação. Agora sabia que podia confiar nele de forma segura.
De repente, desejou ter permanecido no piso. Logo que alcançou as delicatesen, pediu-as. Enquanto esperava, passeou ao redor, olhando sutilmente a todos na loja, e fora. Os dois homens seguiam esperando.
Sophie se apoiou sobre o mostrador até o ancião ao que estava pagando depois de ter feito o pedido. “Há uma saída traseira?”
“Não”
Ela olhou sobre seu ombro aos homens que permaneciam na cristaleira e que a tinham seguido. “Vê a esse tipo fora calvo e com cavanhaque? É meu ex, e me esteve espreitando. Realmente eu gostaria de chegar a casa sem enfrentá-lo. Por favor. Há outra saída que possa usar?”
O ancião olhou a seu seguidor e chamou a outra pessoa para que ficasse na caixa registradora. Logo lhe fez um gesto com a mão para que rodeasse o mostrador. Con uma mão na costas, conduziu-a através da cozinha até um quarto de armazenamento e a porta traseira à rua.
“Não te verá, moça” disse o homem.
Sophie lhe aplaudiu o braço e lhe lançou um sorriso de agradecimento. "Muito obrigado. Salvou-me o dia"
Para sua surpresa, ele se ruborizou até as raízes de seu cabelo de cor sal e pimenta. "te cuide"
Sophie saiu da loja de delicatesen e se apressou de retorno ao edifício, seu coração pulsando contra suas costelas. Seus dois perseguidores não foram tão inteligentes, mas viu outro homem vestido justo como os
Que tinham estado ao longo da rua de seu piso. Logo que a viu, levou-se o telefone móvel à orelha e realizou uma chamada.
Fez como que não via nada enquanto entrava no edifício e se abriu caminho subindo a seu piso. Sophie abriu a porta e entrou correndo, fechou a porta de repente e jogou a chave com mãos trementes.
“Sophie?” Disse Darius enquanto saía do banho ficando-a camisa.
“Seguiram-me dois homens. Havia um terceiro fora” disse enquanto lhe oferecia a bolsa de comida.
Darius amavelmente lhe agarrou a mão com uma das enormes suas e agarrou a comida com a outra. “Não lhe machucarão enquanto eu esteja aqui”
E que Deus a ajudasse, mas Sophie lhe acreditou. Como não poderia fazê-lo? A sinceridade estava em sua voz, estava em seus olhos.
E estava na forma de agarrá-la.
* * *
Capítulo Dezesseis
Rhi lutou por aferrar-se à escuridão. Estava decidida a ficar adormecida, porque se despertava, teria que enfrentar tudo do que tinha estado fugindo.
“Sei que pode me ouvir” disse Rhys.
Sua voz era baixa, apenas um sussurro, mas estava perto. Ela se imaginou que estava sentado na cama. Rhys, seu fiel amigo, que a tinha visto em seu pior momento. O amigo que nunca vacilou em seu apoio a ela, inclusive quando outros Reis Dragão -Darius- posicionaram-se contra ela.
“Está-te ocultando” continuou Rhys. “Sabe que te conheço, Rhi. Conheço-te melhor que a maioria. Esconde-te nesse sonho como me escondi no Dragonwood não faz tanto tempo. Urgiu-me a sair de meu esconderijo. Agora te digo que ponha seu traseiro em marcha e desperte. Não é uma debilucha. Enfrenta o que seja do que se trate. Manterei a seu lado da forma em que me necessite. Sabe que o farei”
Rhys sempre tinha uma maneira de iluminar uma situação em particular.
Suspirou ruidosamente. “passaram três semanas. Três semanas. Já aconteceu tempo suficiente para que desperte. Vim ontem, e juro que pilhei ao Henry antes que se metesse na cama contigo”
Isso a fez querer rir. Era a forma do Rhys de pôr luz em uma situação volátil.
"Con bem poderia te jogar"
Lhe deixe tentá-lo, pensou Rhi. Ela não era tão parva para acreditar que Rhys permitiria que isso acontecesse. Rhys se aferrava a algo para que ela abrisse os olhos.
“Maldição” grunhiu Rhys. “Não há outra razão para que não desperte que o que tem medo. Quando temeu a algo?”
Todos e cada um dos malditos dias. Mas Rhys não precisava sabê-lo. Todos eles pensavam que ela era a mais forte e que não se alterava pelas coisas. Todos estavam equivocados. Só se tratava de que ela era uma boa atriz.
“É Balladyn? Te está pressionando para que te converta no Dark? Estarei feliz de lhe matar”
“Terá que te pôr detrás de mim, à cauda”
Phelan. É obvio que ele viria. Como poderia ela resistir tanto ao Phelan como ao Rhys? Ambos eram como irmãos, e de alguma forma mais próximos para ela que seu próprio irmão o tinha sido.
Houve um movimento a seu outro lado e alguém lhe agarrou a mão. Phelan. Deu-lhe um pequeno apertão na mão. “O que esteve falando com ela?” Perguntou ao Rhys.
"Para despertar seu fraco traseiro"
Phelan riu brandamente. “Pensa que isso funcionará? Rhi que não aceita nenhum tipo de ordem?”
Rhys grunhiu e disse, “Tentamos falar com ela docemente, enrolando-a, subornando-a e inclusive ignorando-a. Imagino que esta era a única opção que ficava”
“Há outra”
Não. Rhi sabia no que Phelan estava pensando. Tudo o que ela podia fazer era rezar para que Rhys não deixasse que o segredo saísse à luz.
“Qual?” Perguntou Rhys.
“lhe traga seu amor”
Não.
Nãonãonãonãonãoooooooooooo.
Houve uma larga pausa antes que Rhys dissesse “Não o farei. Nunca me perdoaria”
“Mas despertaria”
“Ao melhor sim. Ou ao melhor, não. Passou muito, Phelan. Rhi não é a mesma Fae há um mês a esta parte. Com a forma em que ela esteve experimentando as coisas, ela bem poderia afundar-se mais no sonho em lugar de despertar. Além disso, ela me esfolaria vivo se deixasse que o nome me escape”
Phelan bufou. “esteve aqui, não é certo?” “Deixa-o”
“Merecia a pena tentá-lo para descobrir quem é o imbecil. Por que nenhum de vocês me diz isso?”
“Porque Rhi não quer que saiba”
O agarre pelo Phelan de sua mão se esticou. "O que significa isso exatamente?" “Tentaria lhe matar, o qual sabe que é inútil” “Então me encontrei isso?”
A cadeira rangeu quando Rhys se levantou. “Importa?” “Sim. Ele machucou Rhi. Continua machucando-a” “Até que ela passe ”
Houve um parêntese de silêncio. A voz do Phelan destilava surpresa quando perguntou “Está passando ?”
“Muitos de nós a urgimos a que assim o faça” “Porque não há esperança de que seu amor volte com ela?”
Rhys atirou do cabelo a ela. "Porque o amor não correspondido pode matar, e Rhi é muito importante para que isso aconteça. Nada eu gostaria mais que o safado se desse conta de que perdeu algo precioso, mas acredito que por tranqüilidade de Rhi, ela deveria deixar de amá-lo.
“Eu nunca poderia deixar de amar Aisley. Nunca” disse Phelan.
“Ela aconteceu vários milhares de anos sem que seu amor fora recíproco. Isso troca às pessoas, especialmente a alguém como Rhi. Ela sente as coisas mais profundamente que a maioria. Ela é uma das pessoas mais generosas que conheci, e merece a felicidade”
“E se essa felicidade é com o Ulrik?”
Tinha sido um grunhido o que tinha ouvido do Rhys? Definitivamente, tinha-o sido.
“Ela não é tão estúpida”
Phelan fez um som do fundo de sua garganta. “Foi Ulrik que a tirou da fortaleza do Balladyn. Foi a lhe ver umas quantas vezes também. Me diga que não estão preocupados de que haja algo”
“Sim. Embora já não me preocupa Henry. Lhe romperá o coração, mas eventualmente encontrará a alguém mais”
“Como Rhi?” Perguntou Phelan. “O que tem do Balladyn? Rhi me há dito que a ama”
“Acredito que o faz. Ele é o único que me preocupa. Tiveram uma conexão muito forte antes, durante e depois do amor de Rhi. Não acredito que seja uma coincidência que Balladyn tenha retornado a sua vida agora”
Rhi odiava admiti-lo, mas ela estava de acordo. Por que depois de todos aqueles milhares de anos se encontrou com o Balladyn–por que justamente a tinha procurado? Não existiam as casualidades, disso estava segura.
“Ele é Dark” declarou Phelan.
“me diga algo que não saiba” disse sarcásticamente Rhys.
“Se se for com ele, converterá-se no Dark”
“Há uma possibilidade disso, sim, mas ela tem a você e a mim. Há outros que poderiam ajudá-la a afastar-se disso”
“Não, Rhys. Não me sinto cômodo empurrando-a até o Balladyn”
"Pode que não haja opção para nós. Rhi quer ser amada desesperadamente e devolver esse amor. Balladyn lhe está dando esse amor. Não acredito que nenhum de nós pudesse resistir a ele se estivéssemos na posição dela".
Wow. Assim que isso pensavam dela. Rhi não estava segura de se sentir-se adulada ou não. Em um momento diziam que era forte, e ao seguinte que estava muito fraco para resistir ao Balladyn. Não importava o fato de que ela não tivesse pensado em resistir a ele. Isso não era verdade. Ela o tinha feito. Simplesmente se sentia tão bem ter o braço de alguém a seu redor, ver o desejo na olhar de um homem e ser desejada.
“Falarei com ela”
Rhys estalou a língua e voltou para seu assento. “Podemos falar até que o sol explore, mas não servirá para nada. Rhi tem mente própria. Fará o que lhe dê a vontade”
“Não posso perdê-la”
“Eu tampouco. Nenhum de nós pode. Não estou seguro de que ela saiba”
Rhi não tinha compreendido a profundidade da amizade do Rhys e o Phelan até esse momento. Queria sentar-se e abraçá-los simultaneamente.
Foi muito para assimilar. Afundou-se ainda mais na escuridão e deixou que o sonho a levasse, porque sabia que não passaria muito tempo antes que não tivesse mais remedio que despertar.
Entretanto, ainda não. Ainda não.
Phelan viu Rhi dormindo e lhe esfregou a nuca com a mão livre. “Crê que o que ela esteja aqui está causando isto?”
Rhys lhe dirigiu seu olhar azul água rodeada de azul escuro. “Acredito que se a levarmos a qualquer outro sítio, Balladyn estaria ali em um segundo. Ou Ulrik”
"Pode qualquer magia chegar a Rhi em onde esteja?"
“Tentei-o. Se for assim, ela não responde” Rhys se reclinou na cadeira e olhou fixamente a Rhi. “Não vou sentar e ficar olhando-a mais tempo. Preciso fazer algo”
“Já o faz. Está aqui por ela”
Phelan levantou uma deixa “E isso é fazer muito”
“mais do que crê. Rhi esteve só por um tempo. Ela diz que gosta dessa maneira, mas com que freqüência está em Dreagan? Sei que ela me visita menos uma vez à semana. E o que tem que você? Com que freqüência a vê?”
Phelan pensou nos últimos meses. “Mais agora que antes. A última vez que a vi, ela só me abraçou. Sabia que algo estava mau, mas ela não me contou isso”
"O fato de que tenha ido a você diz muito. Rhi não é das que se abrem facilmente"
“Então, esperamos?”
Rhys assentiu com a cabeça “Esperaremos”
Phelan soltou a mão de Rhi e aproximou outra cadeira. “Estarei com ela um momento. Retorna com o Lily”
Rhys se levantou e caminhou até a entrada. Olhou a Rhi uma vez antes de cruzar a porta e fechá-la detrás dele.
Phelan inclinou a cabeça para trás e olhou fixamente ao teto. “Balladyn, Rhi? De verdade? Só porque te há dito que te ama? Deve ir ao primeiro que diz isso? Depois de experimentar a classe de amor que eu tenho com Aisley, como pode te conformar com algo menos?”
Deixou-se cair na cadeira e ficou os dedos sobre o estômago. “Por outro lado, suponho que Balladyn poderia ser outro amor como esse. Ódeio a idéia de que esteja contigo depois de que ele te tenha torturado. Também odeio ao Rei que rechaçou seu amor tão duramente. Espero que algum dia me diga quem é. Realmente eu adoraria golpeá-lo.
“Não é que nunca me diga isso. Demônios, Rhys, nem sequer compartilharia o nome. Estou começando a pensar que todos me ocultam isso pela forma em que vou reagir. O que significa que já conheci idiota. Só me diga que não é Con. A forma em que lhes odeiam mutuamente me leva a pensar que é ele.
“Mas esse ódio mútuo poderia ter que ver com seu amante. Con poderia ter convencido a seu amante para que te deixasse ir. Se tivesse descoberto isso, voltaria toda a força de sua ira sobre ele”
Phelan respirou fundo. "Só desejaria saber o que era"
* * *
Ulrik esteve no hospital uns meros dez minutos antes de descobrir que Sophie tinha o dia livre. Estava saindo quando escutou um assobio detrás dele. Ulrik se deteve e lentamente voltou a cabeça para encontrar-se a amiga loira de Sophie sorrindo.
“É o tipo?” Perguntou ela. Ulrik inclinou a cabeça e sorriu. "Sou um grande número de coisas, moça. A que te refere?"
Ela riu e cortou a distância entre eles. "ouvi que perguntaou às enfermeiras pelo Sophie. Vi-te aqui o outro dia com ela. Pergunto-me Se você for o que desestabilizou seu mundo, se entender o que quero dizer"
“Entendo-te” replicou ele com seu melhor sorriso. "O que te faz pensar que sou eu?"
“Além disso do fato de que pode levar um traje como ninguém e é incrivelmente bonito? Veio aqui por ela outra vez” Lhe ofereceu a mão “Sou Claire, por certo”
Tomou a mão na sua e a saudou. “Prazer em conhecê-lo, Claire. Eu sou Ulrik”
Ela deixa cair a mão a um lado. “Sabia que foi você. Só queria te agradecer que lhe tenha posto um sorriso em sua cara”
“Sorri freqüentemente?”
"Faz umas semanas ela o fez, e deve estar fazendo algo bem, porque também o fez ontem. Tenho curiosidade por saber por que não sabia que ela estava fora hoje".
"Tenho os dias mesclados" Ulrik se apressou a mentir. "Devo ter escrito em meu agenda mau"
“Então logo chegará a ela. Quero outro sorriso em sua cara a próxima vez que entre” disse Claire lhe piscando os olhos um olho e afastando-se.
Ulrik saiu do hospital com um sorriso. Logo a Dra. Sophie Martin seria dele, e Darius veria outra mulher morrer”
* * *
Capítulo Dezessete
Darius queria sair e rastrear ao Ulrik. Mas também queria permanecer ao lado de Sophie. Não estava seguro de qual seria a melhor alternativa para terminar com a situação atual.
Ulrik não brigaria contra ele. Realmente não. Ulrik queria a Con, mas com o passar do caminho machucaria a tantos Reis Dragão como pudesse. Ao igual a qualquer pessoa conectada com eles.
Darius olhou a Sophie sentada no sofá enquanto navegava pela televisão. Ela parecia aborrecida. Quantas vezes se olhou o relógio na última meia hora? Ao menos uma dúzia de vezes, se não mais.
“Ódieo os dias livres” disse ela.
Darius se separou de apoiar-se contra a parede perto das janelas para poder olhar sem ser visto. "Todos os necessitamos"
“Eu não” Apagou a televisão e lançou o mando em cima da mesinha do café. “Tenho que estar ocupada, ou me volto um pouco louca”
“Quanto trabalha?” Perguntou ele.
Ela se encolheu de ombros e se voltou de forma que pôs seu braço contra o respaldo do sofá para lhe olhar. “Trabalho todos meus turnos”
“Os quais são...?”
“Desde doze a quatorze horas. Logo fico com os de outros quando posso. Cada par de meses me vejo obrigada a agarrar um par de dias livres, porque aparentemente não é normal para uma pessoa trabalhar várias semanas seguidas sem um dia livre”
Darius se dirigiu ao sofá e se sentou no lado oposto. Sophie se voltou com ele, sua expressão lhe disse que estava esperando a que ele dissesse algo. Ele a observou um momento. “Tudo o que quer fazer é trabalhar?”
“Encher o tempo assim é melhor que ver filmes”
“Quando foi a última vez que viu um filme?” Darius poderia ter visto só uma ou dois desde que saiu de sua montanha, mas as tinha desfrutado.
Sophie olhou ao teto e se mordeu o lábio. Logo disse “Sei que aconteceram quatro, possivelmente cinco anos”
Darius estava assombrado. Não era isso anormal em um humano? Seguro, a uns gostava mais do tempo de ócio que a outros, mas não querer nenhum? Devia haver uma razão para isso.
"Assombrei-te" disse Sophie com um sorriso.
Darius deixou descansar o braço sobre o respaldo do sofá, aproximando seus dedos para tocá-la. "Tem-no feito"
“Então, me conte algo sobre você, já que estamos compartilhando”
Darius não tinha terminado de discutir sua necessidade de trabalhar todas as horas de todos os dias. Não queria dizer tão facilmente nisso. Ela o descobriria o suficientemente rápido. "O que vê, é o que há"
Ela riu a gargalhadas. "Duvido-o muito"
"Não me disse nada que não pudesse ter averiguado de alguém no hospital"
Ela entrecerrou seu olhar burlonamente antes de sorrir. "Está bem. Ódio o tempo de inatividade de qualquer tipo. Não tenho exatamente insônia, mas só posso dormir umas quatro horas antes de estar completamente acordada"
“Dormiu passada noite” lhe disse ele com um sorriso.
Sophie retirou o olhar enquanto sorria. “Isso foi porque alguém me deixou exausta”
“Talvez é o que necessita cada noite” “Pode que nunca queira deixar a cama”
Darius não pensou que isso seria algo mau. De fato, a idéia de tê-la em sua cama todos os dias lhe atraía muito mais do que ele se sentia cômodo.
“Ainda estou esperando para ouvir algo sobre você” disse ela.
Ele se esfregou a mandíbula. O que lhe contava–O que podia lhe contar? “OH, vamos. Tem que haver algo” brincou ela.
Darius negou com a cabeça. “Amo as tormentas. Sinto-me... livre quando há uma” Ou estava acostumado a sentir-se assim. Inclusive isso tinha sido restringido recentemente.
“As tormentas? Huh” disse ela lhe olhando com interesse. “Posso vê-lo”
Houve um golpe na porta que fez que Darius se levantasse em um segundo.
Sophie ficou de pé e estendeu sua mão para detê-lo.
“Tudo está bem. É minha amiga Claire. Sempre passa por aqui em meus dias livres”
Ficou de pé e correu ao redor do sofá. "Não lhe diga que estou aqui" “O que?” Perguntou em um sussurro rouco.
Darius olhou assinalando até a janela. “Está sendo vigiada. Ninguém sabe que estou aqui”
“De acordo”, disse ela com a preocupação invadindo seu olhar.
Darius foi até o armário do dormitório e fechou a porta detrás dele.
Deixou aberto o suficiente para poder ver fora.
Sophie olhou até a porta de seu armário fechada antes de abrir a porta.
“Está aqui” disse Claire com surpresa. “Pensei que poderia estar fora, mas pensei que iria de todos os modos”
Sophie se moveu a um lado para deixar entrar no Claire. “Nop. Estou aqui. Sempre estou aqui. Por que pensou que teria saído?”
“Porque me encontrei com ele. E me deixe que te diga, Soph, é muito bonito!”
Sophie lanço um olhar a sua habitação, com o estômago caindo até os pés. Sabia que Claire não se referia ao Darius. Rezava por que não fosse Ulrik. “te encontrar com quem?”
“A sério me pergunta isso? Perguntou Claire enquanto se truncava de risada. "vai jogar essa carta? O tipo que te esteve desgastando com esse grande sexo que esteve tendo"
O estômago de Sophie se contraiu dolorosamente. OH Deus, não. “Quando?” “Esta manhã”
"Como era?" apressou-se a perguntar Sophie.
Claire pôs os olhos em branco. “Garota, por favor. É o menino magnífico que usa um traje melhor que um modelo GQ. Com esse comprido cabelo negro e esses olhos dourados... mmm é tudo o que posso dizer. Não poderia ter eleito um menino melhor parecido"
Em realidade, tinha-o feito -Darius. Mas Sophie não lhe disse isso. Não queria alertar ao Claire que havia descrito justamente ao Ulrik no caso de que pusesse a sua amiga em perigo.
“Não tem nada que dizer?” Perguntou Claire sospechosamente. “Ou está zangada com o É por não recordar que era seu dia livre?”
Merda. A situação se estava pondo cada vez pior. “Não estou zangada” Sophie odiava mentir ao Claire, e lhe contaria tudo, uma vez que Ulrik saísse de sua vida. Até então, mentiria tanto como devesse para que Claire esteja a salvo.
Claire assentiu com um sorriso de suficiência. “Lhe vai fazer pagar por esquecê-lo verdade? Também estou surpreendida de que ele não esteja aqui. Têm planos esta noite?”
"Tocamo-lo de ouvido"
“Isso pode ser bom” disse Claire enquanto começava a recolher suas coisas. "Sei que manteve aos homens a distância, Soph, mas é bom te ver sair novamente. Passaram anos"
Disse as últimas palavras em um sussurro, como se fosse um grande secreto.
Sophie lutou para manter o sorriso posto. Claire sabia as razões, mas sua amiga a tinha empurrado constantemente a esquecer o passado. Era o passado o que tinha convertido a Sophie em quem era agora. Simplesmente não poderia ser esquecido como a lasaña da semana passada.
"vai terminar com isto" Claire pôs os olhos em branco, com os lábios apertados. "por que? Em realidade, poderia ir a algum lado. Simplesmente não pode deixar atrás o passado e o que esse idiota te fez"
Sophie freqüentemente se perguntava como a mente do Claire saltava de um pensamento a outro tão rapidamente, mas era a solução perfeita. “Sim, assim é. Ele não é bom para mim”
"A primeira vez que teve sexo em anos" Claire a olhou de cima abaixo, com as mãos nos quadris. “Conheço-te muito bem, Soph. Lhe vai mandar a passeio antes que haja uma oportunidade para que tenha sentimentos até ele”
Sophie se encolheu de ombros, insegura do que dizer. Ela queria ao Ulrik longe do Claire. Sophie se perguntava se seria melhor lhe dizer ao Claire que é perigoso, mas então se Ulrik retornava ao hospital, Claire atuaria de forma diferente e alertaria ao Ulrik. E o mais importante, isso poderia atrair a atenção do Ulrik sobre ela.
E se Ulrik era tão ameaçador como Darius dizia, então essa era a última coisa que Sophie queria lhe fazer a sua amiga.
Claire afastou o olhar, com seus olhos brilhantes pelas lágrimas. “Preocupo-me com você, sabe. Não tem idéia dos homens que lhe olham quando passa pelo hall do hospital. Pode ter a qualquer deles, e eu não posso fazer que um tipo que não seja escória se interponha em meu caminho. Os homens estão esperando que os Prestes um pouco de atenção”
“vai encontrar a um menino, Claire. Sei. É muito especial para não ter a alguém com quem passar sua vida”
“Sei” Claire se limpou os olhos e encará-la uma vez mais, com um brilhante sorriso.
Sophie foi até sua amiga e a abraçou. "foi uma verdadeira amiga"
Claire se tornou para trás e a olhou com o cenho franzido. "O que está passando, Soph?"
“Nada” disse ela. Mas aquilo não era certo. Havia algo grande, e Sophie não suportava que machucasse a sua amiga.
“me conte. Agora” exigiu Claire. Pôs as mãos em seus quadris. “Nunca te vi tão inquieta. É como se estivesse esperando que algo mau fosse a acontecer”
Sophie se umedeceu os lábios. “Claire, o homem ao que estive vendo não é quem foi hoje ao hospital”
“O que?” Os olhos do Claire se abriram desmesuradamente.
“Olhe, não quero te colocar medo, mas o homem que esteve hoje no hospital é perigoso. Ele é...” O que lhe ia dizer? Nem sequer estava segura de no que estava ele envolto, assim não sabia o que lhe dizer ao Claire.
“Da Máfia?” Perguntou Claire.
Isso soava bem, e havia suficiente medo na voz do Claire que Sophie assentiu com a cabeça. “Sim. Quer-me para algo, mas não estou interessada”
“Merda” disse Claire, e se cobriu a boca com a mão. “Disse-lhe que era seu dia livre”
Sophie fechou os olhos brevemente. De qualquer maneira, Ulrik tinha homens vigiando seu piso. “Não importa. Só te afaste dele se lhe vir”
“Possivelmente deveríamos ir à polícia”
“Não tem feito nada, ainda. Não quero alertar o de que sabe quem é” disse Sophie. Claire assentiu sem expressão “Sim. De acordo”
“É importante, Claire. Mantenha longe dele, mas se ele te busca, realiza uma dessas espetaculares atuações tuas e te afaste o mais possível dele o mais rápido possível”
“Que demônios fez para te ver envolta com ele, Sophie?” Ela se encolheu de ombros, negando com a cabeça. “Não sei” "Como te envolveu com este idiota?"
“Só me encontrou. Estou pondo distâncias sem me pôr de seu lado mau”
Claire se rodeou com seus próprios braços. “Essa é uma boa idéia. Quer que fique aqui esta noite?”
“Obrigado, mas estarei bem. Não virá aqui” Ao menos isso esperava. E se o fazia, Darius estava ali.
“Então, acredito que vou a casa” Deu a Sophie um rápido abraço. “Chamarei-te mais tarde. Se não me agarrar isso, chamarei as autoridades”
Sophie sorriu, amando ao Claire ainda mais. “Sim, mami”
“Está bem” disse Claire lhe piscando os olhos um olho. Agarrou sua bolsa e se despediu com a mão enquanto saía do piso.
Sophie fechou a porta com chave e pôs sua frente contra a madeira. “Ulrik sabe que estou aqui”
Sophie se girou para ouvir o som da voz do Darius. Ela não o tinha escutado sair de seu armário, por isso encontrá-lo detrás dela foi surpreendente. "Como sabe?"
“Foi ao hospital. Claire falou de seu amante. Ulrik jogou para obter informação”
Ela se esfregou os olhos, de repente sentindo-se muito cansada. “Machucará Claire?”
“O mais provável é que não. Ele me persegue através de você” “Então agora o que? O que tenho que fazer?” “Você não faz nada. Irei detrás o Ulrik”
Sophie pôs a mão sobre o peito dele para lhe deter enquanto olhava a seus olhos cor chocolate. “por que?”
Ele baixou um dedo por sua bochecha até seu queixo. “A vingança que persegue Ulrik não te envolve. Isso nunca tem que te envolver. Vou assegurar me de que isso siga sendo assim”
“Verei-te outra vez?”
Ele duvidou, o qual foi resposta suficiente. Sophie se zangou consigo mesma por perguntar sequer. Ela não se apegava. Ela não deveria sentir-se apegada.
Mas já era muito tarde.
Seus braços a rodearam. “Sim” disse ele.
Con seu escuro olhar sustentando a dela, ele lentamente baixou a cabeça e a beijou. Sophie se inundou no beijo, um beijo lento, fascinante e pecaminoso que a fez esquecer...tudo.
Quando ele o finalizou, ela manteve os olhos fechados. Quando a beijou brandamente na frente, ela os fechou com força. Ela não os abriu até que a porta se fechou detrás dele.
Olhou o piso ao redor. Não se deu conta de quão silencioso estava até que Darius se foi. A manhã não tinha sido insuportável. Tinha estado nervosa porque ele estava muito perto e lhe queria de volta na cama com ela.
Lhe deixou pensar que era porque estava aborrecida posto que não tinha sido capaz de dirigir a verdade. Agora que estava uma vez mais só, recordou quanto odiava os dias livres.
Sophie se dirigiu até o sofá e se atirou. Voltou-se até a televisão e se reclinou para ver um filme e pretender que não estava sentindo falta de já ao Darius.
*******
Capítulo Dezoito
Levou mais tempo do que Darius queria, mas conseguiu sair do edifício de Sophie sem que nenhum dos homens do Ulrik lhe visse. Darius esperou até que esteve a três maçãs de distância antes de entrar em um beco para ver se alguém o seguia.
Então abriu o enlace mental e disse o nome de Con. O Rei de Reis respondeu imediatamente.
“Temos um problema” disse Darius.
“Que classe de problema?”
“Ulrik sabe que estou aqui. Foi ao hospital hoje a falar com Sophie”
Houve uma pausa antes que o Constantine respondesse. “Suponho que ela estava contigo”
“Sim”
“E?” Perguntou Constantine com irritação.
Darius apertou a mandíbula. Agora entendia por que Thorn tinha duvidado tanto de deixar saber a Con sobre Lexi. Con era de mente unidirecional na proteção dos Reis. Exceto quando se tratava de matar humanos.
Permitiria que os Dark lhes matasse ou inclusive o MI sem piscar se isso significava que o segredo dos Reis Dragão permanecia a salvo.
“Darius?”
“Ulrik queria que ela trabalhasse para ele. Não lhe disse em qualidade do que. Adverti-a que se afaste e lhe hei dito que Ulrik era perigoso”
“Crie que te escutou?”
Essa era a verdadeira questão verdade? Darius tinha escutado a conversa entre Sophie e o Claire. O que tivesse ocorrido em seu passado a tinha feito perder a confiança em outros. Ela tinha isso em comum com o Ulrik.
"Existe uma possibilidade de que o faça" “Então pode cair na armadilha do Ulrik?”
“Sim. Pode, mas acredito que é muito inteligente para isso” “Conhece nosso segredo?” Exigiu Con. “Não sabe nada”
Con suspirou ruidosamente através do enlace mental. “Finalmente. Alguém com algum foder sentido”
“Poderia ser melhor se ela soubesse. Se lhe dissesse a história completa, ela entenderia por que Ulrik é tão perigoso”
Todos os Reis sabiam que a Con não agradava quantos deles estavam procurando casal. Darius entendia a relutância de Con a aceitar as mudanças. A primeira vez que os Reis começaram a tomar companheiras, uma mulher tentou trair ao Ulrik.
Foi o catalisador de sua guerra contra os humanos, do enviar a seus Dragões longe, e de que os Reis se estiveram escondendo durante vários séculos.
Uma repetição seria... catastrófica.
Darius estava bastante seguro de que os Reis não quereriam ir voluntariamente a suas montanhas e esperar que os humanos se esquecessem deles outra vez. Haveria outra guerra.
E os mortais perderiam.
“Está indo pelo mesmo caminho que Warrick e o Thorn, não é certo?” Perguntou Con.
Darius pensou em Sophie e em como não podia esperar a tê-la em seus braços outra vez. Deitar-se com ela era tudo o que queria. Qualquer outra coisa era... inútil.
“Não”
“Excelente. Então não há necessidade de que lhe conte nada”
Darius apoiou um ombro contra o edifício. “Isso não significa que vá sentar e ver Ulrik colocar a Sophie em sua rede de enganos. Só a persegue porque nos viu juntos. Isso é minha culpa”
“Então, quer protegê-la?” Disse Constantine com exagerado sarcasmo.
“De verdade precisa perguntá-lo? Juramos proteger aos humanos. Pus a um em perigo porque não a tirei das ruas antes de tomá-la e assim qualquer pudesse tropeçar conosco”
“Se não tem sentimentos pela doutora, deixa ao Ulrik que fique” disse Con, interrompendo seus pensamentos. “Teríamos que ver exatamente o que Ulrik está fazendo”
“Agora quem é o estúpido?” Murmurou Darius.
Con estalou a língua “Suponho que isso é um não então”
“Sabe malditamente bem que é. Ulrik se aproximará dela outra vez. Acredito que seria bom para mim ter um bate-papo com ele primeiro”
Houve uma pausa espessa por parte de Con. “Esse pode ser um bom movimento. Ulrik não o esperará. Não quando quero que todos vocês estejam longe dele até que chegue o momento de nossa batalha”
“Penso o mesmo. Sabe que está na cidade?” “É possível. Não tentei me ocultar”
Darius se arranhou a bochecha. “Jogarei de ouvido. Se ele não te mencionar, então tampouco o farei”
“Que espera obter? Empurra ao Ulrik para que se mantenha afastado de Sophie, e isso só o estimulará mais para consegui-la”
“Sei. Não sei o que lhe direi, mas não será sobre Sophie”
A risada de Con foi breve e forte. "Brilhante, Darius. Esperemos que Ulrik o compre"
Darius não o esperava do Ulrik. Cortou o enlace com o Constantine e saiu do beco. Assegurou-se de que estava no outro lado da cidade antes que terminar de ocultar-se e caminhar em aberto.
Durante a seguinte hora, Darius uma vez mais se passeou pelas ruas da cidade. Esteve atento a qualquer que pudesse ser um Dark Fae, mas não havia nenhum. Não era que não estivesse contente com isso, Darius se sentia confundido a respeito de por que tinham saído de Edimburgo tão rápido.
Advertiu ao homem que lhe seguia quase logo que aconteceu. Darius não tentou fugir. Quis que Ulrik lhe encontrasse.
Darius seguiu seu caminho até o Princes Street Gardens. O parque público estava no centro da cidade e à sombra do Castelo de Edimburgo.
Inclusive em meados de Novembro, o parque transbordava de gente, tanto de locais como de visitantes. As flores de formosas cores tinham desaparecido ao aproximar o inverno, mas com o castelo, as fontes e a beleza do parque, era uma balance.
Darius viu um banco vazio e se sentou. Reclinou a cabeça para trás com os olhos fechados e deixou que o sol iluminasse seu rosto. Enquanto esperava que Ulrik lhe encontrasse, sonhou voando através das nuvens, com o sol tão perto que Darius tinha freqüentemente pensamentos de que podia tocá-lo se tão somente o importava.
Mas isso só lhe entristeceu. Darius abriu os olhos e levantou a cabeça. Podia divisar a parte superior do Monumento ao Scott desde seu assento. O campo de erva verde que tinha ante ele tinha às pessoas dispersa por todos lados graças ao magnífico dia.
“Não te tinha por um observador da gente” disse Ulrik enquanto se aproximava e se sentava.
Darius não se distraiu com o Ulrik. Manteve sua atenção nos mortais. "Vê todo tipo. É uma forma de entretenimento"
"por que me procurou?"
“Não o tenho feito”
Ulrik fez um som do fundo de sua garganta. “deixou de te ocultar. Não sou um estúpido. Queria que te encontrasse”
“Então o fiz”. Darius voltou a cabeça para lhe olhar.
“por que?”
Tinha surpreso ao Ulrik, justo o que queria. Entretanto, Darius precisava ser cuidadoso. Ulrik era um professor da manipulação. Darius queria obter vantagem da oportunidade que lhe oferecia. “Encontrei-te aqui. Por que não permanecer em Edimburgo e te jogar um olho?”
Os lábios do Ulrik se distenderam em um sorriso antes de começar a rir. “Manter um olho sobre mim, não? Está seguro de que não é pela Dra. Martin?”
“Disse-te que ela não significa nada”
“É pelo que te deitou com ela outra vez?” Perguntou Ulrik com a sobrancelha levantada.
Darius se deslizou mais abaixo no banco e estendeu suas pernas. "Não importa o que te diga, não me acreditará"
“Acreditaria-te se me dissesse que estava com ela” “Bem” disse Darius. “Estive com ela”
Os olhos do Ulrik se entrecerraram. “Rendeu-te muito facilmente” “Te disse que não me acreditaria”
Ulrik retirou o olhar e ficou em silencio durante vários minutos. Finalmente, perguntou “por que mentir? por que não me dizer a verdade?”
“Como sabe que não o faço?”
“Meus homens não lhe viram entrar em seu piso”
Darius assentiu lentamente. "Então, se eles não o viram, então não é verdade"
“Está tentando jogar comigo” Darius não ocultou seu sorriso. “Ah, sim?”
A cabeça do Ulrik se girou até ele. "Está-o. Acredito que te importa a doutora. Acredito que a idéia de que ela realmente considere minha oferta te enfurece"
“Não quero que se envolva contigo, mas não porque sinta algo até ela. Sentiria-me dessa maneira com respeito a qualquer mortal que se enrede contigo. Todos terminam mortos”
"Como sabe? rastreou a todas as pessoas que trabalham para mim? Não, não o tem feito. Não o tem feito porque não tem nem idéia dos quais são" Ulrik lhe lançou um olhar zombador. "Trato muito bem a meus empregados"
“Sempre que fizerem o que você quer”
Ulrik se encolheu de ombros, com seu olhar indicando que era um fato. “É certo que lhe ponho fim a qualquer que tente me trair. Só ficam aqueles que são completamente leais. Con é o mesmo com respeito a cada um dos Reis. Todos vocês estão tão acostumados a isso que não lhes dão conta de mais”
“Ele não nos mata”
“É obvio que não o faz. Ele só manda a sua montanha e te diz que durma durante uns milhares de anos”
Darius tratou de não reagir, mas não pôde evitar que seu corpo se contraíra. Como o tinha descoberto? Não havia forma de que Ulrik soubesse tal coisa posto que aconteceu quando Ulrik estava lutando contra os humanos.
O sorriso presunçoso do Ulrik fez que Darius desejasse eliminá-la drasticamente.
“Con nunca mataria a um Rei Dragão. Sou a prova disso” declarou Ulrik. "Importa quantos de nós estejamos aqui. Há-te dito isso?"
Era a primeira vez que Darius o tinha escutado. É obvio que quantos mais Reis Dragão estivessem vivos, melhor para eles, mas Ulrik até que parecesse como se houvesse algo mais. Conhecendo o Ulrik, aquilo era uma armadilha para fazer que Darius duvidasse de Con.
Por outro lado, Constantine tinha o costume de guardá-las coisas para si mesmo. O único que sabia era Kellan como Guardião da História.
“É obvio que não o tem feito” continuou Ulrik. “Quando compartilha Con esse tipo de informação com o resto dos Reis a menos que implique a continuação de Dreagan?”
“Qual é seu ponto?”
Ulrik se meio encolheu de um ombro. “Acredito que os Reis deveriam começar a fazer perguntas a Con. Lhe fazer responder por suas decisões enquanto que ele sempre faz que cada um de vocês responda as suas”
“me deixe deduzir” disse Darius com um olhar plaina. “Se você fosse o Rei de Reis, as coisas seriam diferentes?”
Ulrik lhe lançou um sorriso. “É obvio que o seriam. Eu não sou Con. Quis ser Rei de Reis do momento em que nasceu. Não se deteve até obter essa posição. Crê realmente que renunciará a isso tão facilmente? por que me manter vivo se puder potencialmente lhe desafiar um dia?”
Eram boas perguntas, e isso incomodou ao Darius. Não estava aqui para que Ulrik pusesse pensamentos em sua cabeça. Entretanto, isso era exatamente o que estava acontecendo.
“Ao que chegou Con para ser Rei de Reis foi extremo”, disse Ulrik. Seu sorriso desapareceu como se recordasse dias passados quando Con e ele ainda eram amigos. Con um ligeiro movimento da cabeça para limpar essas lembranças, Ulrik voltou a sorrir. “Possivelmente deveria perguntar a Con por que está preparado para lutar contra mim. Por que então está escondido em sua suíte não longe daqui?”
“Não lutará contra você frente aos mortais”
Ulrik riu ao ficar de pé e ajustou sua jaqueta para grampear o botão de acima. “Nunca disse que brigaria com ele diante dos humanos. Só disse que lhe desafiaria. E ganharei”
* * *
Capítulo Dezenove
Rhi? Pode me ouvir? Por favor, me escute.
A voz do Balladyn a alcançou em seu profundo sonho. A nota de desejo e preocupação foi suficiente para despertá-la. Ficou quieta até que esteve segura de estar só.
Rhi tratou de reunir a escuridão a seu redor para dormir uma vez mais, mas a voz do Balladyn fez pedacinhos qualquer tênue afeto que tivesse sobre ela.
Abriu os olhos. Obrigou-se a piscar um par de vezes antes que a habitação entrasse em sua visão. Olhou o teto branco e a moldura do coroava durante uns segundos antes de sentar-se.
A habitação estava coroada em vários tons de branco e cinza. Era uma paleta suave. Uma que a fazia querer acocorar-se de lado e dormir um pouco mais.
Rhi
Ela se contraiu ante a chamada do Balladyn. Tinha descoberto Taraeth que era quem disse a ela onde estava sendo retida Lexi? Estava Balladyn em problemas? Esse pensamento fez que balançasse suas pernas até uma lado e ficasse em pé.
Imediatamente, sentiu sobre ela os olhos de seu observador. Cada vez que ela despertou, ele tinha estado aí. Alguma vez a deixaria em paz? E que demônios queria dela?
Rhi jogou uma olhada a si mesmo no espelho e fez uma careta. Ainda levava as mesmas roupas que levou na batalha, e os buracos em sua camisa causadas pela magia Dark não estavam fazendo nada para que se visse melhor.
Com um toque de seus dedos, Rhi substituiu sua roupa com umas calças de cor azul clara e uma camisa de manga larga de um brilhante laranja que marcava seus seios e sua cintura. Baixou o olhar aos botas de cano longo marrons e sorriu.
Laranja. Não podia recordar a última vez que tinha levado o laranja. De fato, não tinha usado nada mais que branco e negro desde fazia algum tempo. Não tinha eleito exatamente o laranja, mas tampouco tinha pensado em suas cores habituais.
Houve um som na porta. Rhi girou em redondo para ver o Rhys. Ele estava olhando sua eleição de camisa com um sorriso nos lábios. “Estava começando a me perguntar se despertaria algum dia” disse ele enquanto entrava na habitação.
Rhi olhou pontualmente até a porta. Rhys a fechou sem perguntar e se dirigiu a ela. Antes que o Rhi pudesse reagir, envolveu-a em um abraço.
“Estávamos preocupados” disse ele.
Ela fechou os olhos e lhe devolveu o abraço. Havia algo relaxante em um abraço. Algo que fazia que todo o estresse se mitigasse. “Sinto muito”
“Está bem?”
“Na verdade, não sei” admitiu ela. “E o sonho? Era só a magia Dark?”
Posto que Rhi não podia mentir sem experimentar uma dor extrema, optou por não responder. Rhys respirou fundo e se recostou “O que suspeitava”
“Necessita um pouco de tempo”
“Posso respeitá-lo. Eu também tomei um pouco. Todos o necessitamos, mas isso não significa que tenha que te afundar em tal sonho que não pudéssemos contatar contigo”.
Rhi não se incomodou em lhe dizer que tinha ouvido algumas de suas conversas. Em outras, tinha estado tão profundamente inundada no sonho para as escutar.
“Estou de volta agora” Que mais terei que dizer, realmente? “Sim. Isso parece”
Rhi retirou o olhar da penetrante do Rhys. Olhou-se as unhas e soube que uma das primeiras coisas que ia fazer era a manicura. Também poderia fazer uma pedicura. Se os dedos das mãos se viam tão mal, então poderia imaginar-se como se veriam os de seus pés.
Jogou-se seu comprido corto por cima do ombro. Justo quando estava a ponto de teletransportarse com um comentário brusco, escutou ao Balladyn dizer seu nome outra vez. Esse hesitação fez que Rhys fosse a seu lado. “O que acontece?” Perguntou Rhys.
Ela voltou o rosto até ele. “O que aconteceu enquanto estive dormindo?”
“Nada apenas. Todos os Dark saíram de Edimburgo. Em realidade, da maioria das grandes cidades”
“Os Reis Dragon lhes chutaram o traseiro, suponho”
Antes que ela terminasse de falar, ele estava negando com a cabeça e com o cenho franzido. “Isso é o estranho. Darius está em Edimburgo agora, e esteve matando a um montão deles. Logo se voltou mais e mais difícil encontrar a um Dark. A última vez que Thorn falou com ele foi faz uns poucos dias e o Darius tinha passado dias sem ver um Dark”
Não era isso interessante? Tinha repensado Usaeil e feito o que uma Rainha dos Light Fae deveria ter feito logo que o ventilador pulverizou a merda?
Rhi olhou até onde seu observador estava parado na esquina da habitação. Sabia que era um Fae. Só um Fae podia velar-se quando queria, mas até onde ela sabia, nem sequer Usaeil poderia permanecer velada tanto tempo como Rhi. E seu observador estava dessa forma quase indefinidamente.
Um Fae com segurança. Mas Dark ou Light?
E o mais importante, O que queria dela?
"O que está passando com os Dark?" perguntou ela desinteresadamente.
Rhys soprou em voz alta. “Está querendo dizer que está passando com o Balladyn?”
Lhe olhou e levantou as sobrancelhas, esperando que lhe contasse.
Rhys negou levemente com a cabeça. “Entendo que esteve muito perto dele uma vez. Ele te torturou, Rhi. Recorda as Correntes do Mordare?”
Ainda havia vezes que podia sentir o peso delas em seus pulsos. Deu um passo até o Rhys. "Levei-as postas", disse em um tom cortante. "A lembrança"
“Bem” Rhys levantou as mãos com gesto de render-se. “Até onde eu sei, Taraeth não sabe que Balladyn te disse onde estava Lexi”
“foi tão difícil?” Perguntou ela com ironia.
Uma veia se moveu na têmpora do Rhys. “mais do que pensa”
"Quanto a por que me preocupo com ele, ele nos ajudou. A risco de si mesmo, deu-me a informação que lhe pedi".
“Porque quer que confie nele. Não pode ver isso?” Rogou ele.
Havia uma boa oportunidade de que Rhys tivesse razão. Logo estava a esperança de que alguém a amasse.
“Vejo-o” admitiu ela em voz baixa, incapaz de encontrar-se com o olhar do Rhys. Ele a agarrou dos braços e esperou até que lhe olhou para dizer “O sinto”
Lhe olhou com receio, insegura de por que se desculpava. "por que?"
“Porque não soube do profundo da dor que experimentou quando...ele...se afastou de você”
Rhi não queria escutar isso. Tentou apartar-se. Mas Rhys a agarrou rapidamente.
“Entendo-o agora. Lily me deu um amor que não acreditava que fosse possível. Inclusive se sentir só uma gota do que você experimentou, entendo-o. Quero que encontre essa classe de amor outra vez”
Ela olhou a todos sítios salvo ao Rhys. Não havia maneira de que ela fora testemunha da compaixão na olhar dele. “Um amor de anos, Rhys. Recorda-o? Agora se foi. Posso encontrar a felicidade em outro lado”
“Sim. Só que com o Balladyn, não”
A ira alcançou seu máximo nela. Não podia ter a seu amado Rei Dragão. Agora, estavam-lhe dizendo que tampouco podia ter ao Balladyn. Quando poderia ser feliz?
“Não sei quando será feliz outra vez” disse Rhys com voz relaxante. “te acalme, Rhi. Só estamos falando”
“Estou acalmada!”
“Rhi” disse ele enquanto apanhava seu olhar. “Não há necessidade de zangar-se”
Lhe olhou. “Se crê que estou zangada agora, espera a ver-me começar a brilhar”
“Está-o fazendo”
“O que?” Ladrou. Olhou-se.
Rhys a olhava. “Está brilhando”
Olhou-se e viu a luz branca que emanava a seu redor. Uma olhada à habitação mostrou que tudo estava tremendo.
Houve uma comoção na porta. Rhi olhou por cima para encontrar ao Phelan, Henry e o Kellan olhando-a boquiabertos. Ela fechou os olhos e lentamente reduziu sua ira a uma pequena bola em seu interior.
“Fora!” Gritou Rhys sobre seu ombro. Logo a envolveu em um forte abraço. “Tudo está bem. Não quero fazer que enlouqueça. Só estava tentando ser atento contigo”
Ela se aferrou a ele, com as lágrimas ameaçando. O que lhe estava acontecendo para que um comentário inocente pudesse provocar a dessa maneira? Ela era um perigo para todos.
“vai amar outra vez. Sei, Rhi” lhe disse Rhys enquanto lhe acariciava o cabelo. "Passou por muito como para não encontrar a alguém”
“Não quero estar só nunca mais, Rhys. É...” “Horrível” terminou por ela. “Sei”
Rhi apertou os olhos fechados, mas as lágrimas já corriam bochechas abaixo.
"Fique aqui um pouquinho mais" sugeriu Rhys. "Con se foi ao Edimburgo, assim não te incomodará"
Sim. Uns poucos dias mais podiam ser o seu. Mas...estava Balladyn. Rhi saiu dos braços do Rhys e limpou as lágrimas. “Estava-me chamando. Preciso ver o que quer”
“Balladyn”
Não foi uma pergunta. “Retornarei logo”
“esteve dormindo durante mais de três semanas. Perdeu muito”
“E preciso recuperá-lo” Pôs um brilhante sorriso em seu rosto e lhe piscou os olhos um olho. “Não se preocupe, machão. Retornarei logo”
Rhys respirou fundo uma vez que ela se afastou. “Podem passar” disse Rhys aos outros. A porta da habitação se abriu e o Henry, Phelan e o Kellan entraram.
“foi-se a ver o Balladyn?” Disse Henry com um brilho de aborrecimento em seus olhos cor avelã. Rhys intercambiou um olhar com o Kellan. Foi Kellan quem disse “Ele nos deu a informação para o Thorn para encontrar Lexi. Ela o deve”
“Ouviu-a” disse Phelan. “Voltará”
Com um ruído que soou sospechosamente a um grunhido, Henry deu meia volta e se afastou a pernadas.
“Merda”, disse Phelan. “Está-o tomando bastante mal”
Kellan se cruzou de braços, olhando até a porta pela que tinha desaparecido Henry. “Sim. Precisamos atrair a atenção do Henry sobre alguém mais”
“Quem? As únicas mulheres que há aqui são nossos casais” disse Rhys.
Kellan fez um gesto com os lábios. “Teremos que pensar em alguém rápido”
“Falando de rápido” disse Phelan. “O que disparou Rhi?” “Eu. Disse-lhe que Balladyn não era para ela” “A ouvimos gritar” disse Kellan
Phelan assentiu. “Rompeu-me o coração ouvi-la perguntar quando conseguiria o amor”
“Sim” Rhys sentiu o olhar do Kellan sobre ele. Ambos estavam pensando no mesmo. Que era hora de lhe dar uma surra a certo Rei Dragão até que descobrissem a verdade de por que tinha terminado as coisas com Rhi”
“OH, não acredito isso” disse Phelan, olhando aos dois.
Kellan franziu o cenho. “O que?”
“Vi a forma em que olha ao Rhys. Querem encontrar ao amor de Rhi e lhe golpear um pouco. Isso não vai acontecer a menos que eu vá com vocês” declarou Phelan.
Rhys lhe aplaudiu as costas. "Não é um segredo que se manterá pela eternidade. E me acredite, quando o descobrir, desejará não havê-lo sabido"
* * *
Capítulo Vinte
Rhi chegou ao deserto e procurou ao redor ao Balladyn. Decepcionou-se quando não o viu em nenhuma parte. Ela não se incomodou em rastreá-lo, porque supunha que era ali onde estaria. Ela não sabia como, mas o deserto se converteu no lugar onde sempre se encontravam.
Senti-se bem voltar a ter o sol sobre sua pele. Depois de semanas dormindo, desejava a calidez do sol e a forma em que lhe fazia que a pele se formigasse.
Não sabia quanto tempo passou ali antes de sentir a presença. Não era seu observador. Tinha estado ali segundos depois de que se teletransportara. Não, isto era alguém mais.
Rhi se voltou ao redor, pronta para chamar a sua espada se era necessário quando seu olhar aterrissou no Balladyn. Estava-a olhando como se ela não fosse real.
“Vi-te cair” disse ele. “Vi que a magia te golpeou, e não te levantou. Tentei ir até você. Não te levantava depois da descarga, e temi que estivesse...”
“Morta? Eu não” disse ela movendo o cabelo com a cabeça. No momento seguinte, ele estava diante dela, uma mão em suas costas e com a outra embalando sua cabeça enquanto a beijava profundamente, fervientemente. Sentiu sua excitação contra o estômago, assim como sentia sua paixão em seus beijos. Rhi lhe rodeou com os braços e lhe devolveu o beijo com uma grande dose de desejo próprio.
Agarrou-lhe a cabeça entre as mãos e terminou o beijo para olhá-la fixamente à cara. Olhou aos olhos vermelhos e viu a preocupação que estava tentando oculta. “Poderia ter morrido” sussurrou ele.
Ela fechou os olhos enquanto ele apoiava a frente na dela. Esse era um lado do Balladyn que ela nunca tinha visto antes, e lhe impressionou gratamente.
“Onde esteve?”
Lhe acariciou os braços com as mãos. “Dormindo” “Foi a magia Dark a que te fez tanto dano?”
“Não” Nem sequer pensou em lhe mentir. “Con me curou, mas a escuridão era minha escapamento”
Balladyn se contraiu. “De mim”
Lhe tocou o rosto brandamente. “De tudo. Do Usaeil, dos Dark, do Ulrik, da escuridão crescendo em meu interior, e sim, dos sentimentos que você está provocando em mim. Precisava romper com tudo isso”
“Já vejo”
“Estou aqui, não é certo?” Perguntou a ele com um sorriso. “Se queria me afastar de você teria vindo?”
Lhe ofereceu um sorriso torcido. “Não”
“Então deixa de pensar nisso. Não sei o que quero ainda, assim tampouco pense que te estou dizendo que sim”
Seu sorriso cresceu, fazendo que seus olhos se enrugassem pelas extremidades. “Fará-o. Um dia logo, fará-o”
Foi sua imaginação, ou tinha o vermelho dos olhos um pouco mais diluído? Rhi só teve esse olhar antes que ele voltasse a beijá-la.
* * *
Sophie despertou pelo som de seu móvel vibrando sobre a mesinha do café. Apressou-se a alcançá-lo para ler a mensagem do Claire. Sorriu e rapidamente teclou uma mensagem para lhe dizer ao Claire que tudo estava bem. Sophie então suspirou e deixou cair a cabeça para trás sobre o sofá.
Seus pensamentos estavam com o Darius, não com o Ulrik. O sexo era assombroso, mas era isso suficiente–Importava que lhe pudesse dar um par de orgasmos?
Um par??? Garota, foram uma dúzia!
Uma dúzia ou não, não importava.
Sophie Riu consigo mesma. É obvio que isso significava. Ter a um homem capaz de tocá-la e levá-la ao bordo da liberação em questão de segundos era uma habilidade estranha vez encontrada. "Tão estranho como o Arca da Aliança" murmurou Sophie para si mesmo
Não era só sexo. Ela desejava que fosse assim para poder programar algo cada poucas semanas. Despertar essa manhã para encontrar ao Darius ainda na cama lhe tinha feito algo, tinha-a trocado.
Levantou-se para servir-se um pouco de vinho. O meio-dia tinha vindo e se foi, e não podia seguir olhando a televisão nem um minuto mais. Con os homens do Ulrik por aí, tampouco estava disposta a abandonar seu apartamento. Tampouco tinha idéia de quando retornaria Darius.
Ele havia dito que retornaria. Esperava que o fizesse, mas estava preparando-se para o fato de que não o fizesse. “É melhor esperar o pior” disse enquanto bebia vinho.
Tinha deixado ao Darius entrar em sua vida -e em seu coração. Agora Sophie temia que tivesse sido um engano. O que aconteceria a machucava–O que aconteceria não retornava?
Sophie levantou o queixo. Ela tinha passado por coisas piores. Ela superaria o que tivesse que acontecer Darius.
Todo o tempo esteve rezando para que retornasse. Gostava da nova perspectiva de vida que lhe tinha dado. Sabia ele sequer o que tinha feito por ela? Certamente não.
Ia se voltar louca pensando no que Darius pudesse estar fazendo e em se voltaria ou não a ela. Foi então quando Sophie encontrou um palavrão de cartas e jogou um solitário.
Estava no terceiro jogo e baralhando quando recordou que se descarregou uma app em seu móvel. Deixou as cartas a um lado e se acocorou no sofá com o telefone para começar a jogar.
Levou-lhe uns quantos jogos antes de aborrecer-se. Sophie se passou ao jogo Bubble Witch e jogou até que ficou sem vistas. Era aditivo, mas não ia pagar um bom dinheiro para comprar mais vistas que apareceriam magicamente em dez minutos mais ou menos.
Começou a revisar todas as aplicações de seu telefone às que nunca lhe emprestou atenção e descobriu que tinha descarregado um leitor de livros eletrônicos, e que ali havia um livro.
Sophie decidiu lhe dar uma oportunidade porque era um romance, e de repente ficou apanhada por seu interesse. Antes que se desse conta, estava absorta no livro. O que fez que parasse foi quando ficou a si mesmo no lugar da heroína, e pôs ao Darius no papel de herói.
Deixou cair o livro ao chão, olhando-o fixamente como se fosse a encarnação do Diabo.
“Nunca outra vez” sussurrou.
Era isso o que se dizia a si mesmo–por que não funcionava recordar-se não apaixonar-se por outro homem?
Sophie ficou em pé e andou dando voltas pelo piso. Con nada mais que fazer, começou a limpar. Primeiro tirou o pó. Logo aspirou antes de limpar todos seus armários e limpar a pia.
Quando tudo ficou feito, abriu-se caminho ao quarto de banho e esfregou a ducha, a banheira, a pia e o inodoro. Quando terminou de esfregar o chão do quarto de banho e da cozinha, passou-se o dorso da mão pela frente e suspirou.
O piso pode que necessitasse uma boa pasadita, mas isso lhe recordou quanto odiava limpar. Era fácil ignorá-lo quando estava estranha vez no
Departamento, mas tendo que passar o dia olhando-o tudo, tinha chegado a ser muito.
Isso não era inteiramente certo. O estar pensando no Darius e estar aborrecida a impulsionou a limpar. Então a moral é não estar aborrecida.
Com isso resolvido, Sophie guardou todos os fornecimentos de limpeza e guardou a roupa do tintura que tinha recolhido uns dias antes e que ainda estava pendurada na parte de atrás da porta de seu armário.
Terminou de recolher o último quando houve um golpe na porta. Sophie ficou olhando fixamente por um momento antes de sair do dormitório e com vacilação se abriu caminho até ela.
Queria que fosse Darius tão desesperadamente que lhe revolveu o estômago. “Sophie”
Quase lhe cedem os joelhos quando escutou a voz do Darius. Correu até a porta e rapidamente a desbloqueou. A porta se abriu e se atirou contra ele. Sophie saboreou seus braços ao redor dela. Tinha retornado, tal e como havia dito. Agora sabia seguro que ele era de total fiabilidad.
Quando o deu um passo atrás, viu sua agitação pela forma em que tinha a mandíbula apertada e seu corpo tenso. “O que passou?”
“falei com o Ulrik”
“E?” Perguntou ela enquanto ele entrava e ela fechava a porta atrás dele.
Darius se voltou até ela e se encolheu de ombros. “Não consegui muito dele”
Isso era sua maneira de lhe dizer que não ia divulgar o que tinha averiguado. Sophie tentou não zangar-se. Lhe teria contado se isso a envolvia Verdade?
Isso era pelo que ela não conseguia aproximar-se às pessoas. Porque sempre havia segundas intenções neles. Nunca acreditou que pudessem ser honestos com ela, e a maioria da vezes, dava no prego.
Darius parecia ser a exceção à regra.
“limpou” disse Darius enquanto olhava ao redor. Foi o turno dela encolher um ombro. “Estava aborrecida”
As linhas de preocupação se desvaneceram quando sorriu a ela. “Necessita um hobby, doc”
Ela tinha um hobby -ele. Cada vez que fazia o amor com ele, ela se abrandava. Quase como se as robustas paredes ao redor de seu coração se fossem desvanecendo. Confiava mais nele que em si mesmo.
Nunca lhe ocorreu que pudesse confiar ou pensar em apaixonar-se por outro homem outra vez. E entretanto, aqui estava. O fato de que pensasse, inclusive, na palavra amor era suficiente para alertar a de que as coisas foram mais profunda e rapidamente do que desejava.
“O edifício está sendo ainda vigiado?” Perguntou ela.
Darius assentiu com a cabeça. “Está”
“Eu não gosto de estar enjaulada aqui, mas tampouco gosto de ser seguida” “Então saiamos”
Ela o olhou boquiaberta, com um sorriso nos lábios. “Diz-o a sério?”
“Ulrik sabe que estou contigo. Ainda vou venho sem que seus homens me vejam, mas só porque não quero que ele saiba quando estou aqui e quando não estou”
“Preciso revisar a alguns de meus doentes domiciliários” “Então vá e vísta-se, doc” disse ele.
Em menos de vinte minutos, estava tomada banho, trocada e pronta na porta com sua maleta.
“Quer que vá andando contigo?” Perguntou Darius.
Lhe tocou a cara. “Sim, mas também quero provar ao Ulrik que não lhe tenho medo”
“Então seguirei atrás de seus homens e me assegurarei de que nada aconteça”
Sophie não estava segura de como tinha tido tanta sorte ao encontrar ao Darius. Bom, em realidade ele a tinha encontrado a ela, mas não ia atirar se dos cabelos por isso. O fato era que era um maldito bom homem. Cada vez que ele mantinha sua palavra, ele restaurava a fé que tinha perdido em outros.
Seus braços a rodearam enquanto a acocoravam contra ele durante um momento, um lento beijo fez que ardesse por ele. “Algo para guardar seu calor” sussurrou ele e a beijou detrás da orelha.
Não podia parar de sorrir enquanto a ajudava a ficar o casaco e abrir a porta para ela. Quando ela baixou as escadas, Darius encontrou outra saída.
Quando Sophie saiu do edifício, viu os homens do Ulrik, mas não tinha medo. Porque Darius estava ali. E sabia que ele não iria a nenhuma parte.
Seu primeiro paciente estava a um só curto caminho. Sophie se grampeou o casaco e se voltou para a direita. Olhou ao céu para ver que o sol estava brilhando rapidamente e as nuvens se estavam movendo. A neve que estava prevista provavelmente cairia essa noite.
Queria estar de volta em seu apartamento e acocorar-se nos braços do Darius depois.
* * *
Darius saltou do teto silenciosamente. Esperou até que os dois homens do Ulrik seguiram a Sophie antes de segui-los a eles. Alguém ficou detrás para vigiar o edifício, mas nunca viu o Darius.
Sophie desapareceu ao dar a volta à esquina, e os homens do Ulrik lhe seguiram o ritmo. Darius odiava que Sophie estivesse envolta nesta guerra.
Entretanto, isso não é o que fazia que retornasse a ela. Era por toda Sophie, desde sua pele suave e beijos embriagadores até sua rouca risada e seus olhos inquisidores.
Encontrou-se querendo lhe contar o que ele era logo que ela abriu a porta. Depois de falar com o Ulrik, Darius sabia que as coisas foram só a ser piores. Sua esperança de que se mantinha as distâncias com Sophie poderia afastar a atenção do Ulrik, desvaneceu-se.
Ulrik tinha tirada suas próprias conclusões e agora estava detrás Sophie com tudo o que tinha. Darius desejou caminhar a seu lado. Inclusive mantendo-a ante sua vista não detinha o fio de medo que se fechava cada vez mais sobre seu peito.
Qual seria a reação de Sophie se lhe contasse a verdade? Darius queria confiar em Sophie, e o fazia. Entretanto, ele se recordava que toda sua raça estava em perigo. Não da extinção, porque isso não podia acontecer, mas sim de ser descoberta pelos humanos.
A fuga do vídeo da batalha em Dreagan com os Dark Fae já era bastante má. Por isso Thorn lhe contou, helicópteros e aviões sobrevoavam Dreagan dia e noite onde estava acostumada haver uma zona de exclusão aérea.
Darius não sabia durante quanto tempo mais poderia manter o segredo do resto do mundo, mas sabia que uma vez que fosse revelado, a alguns mortais não importaria de maneira nenhuma.
Alguns quereriam ser seus amigos. Outros quereriam lhes caçar. Outros experimentar com eles. Outros enjaulá-los. E alguns quereriam aniquilá-los.
Em qual daqueles grupos estaria Sophie? Era uma pessoa prática. Por sua reação ante a tatuagem, não era muito aficionada ao fantástico ou paranormal.
Ele era o epítome do fantástico e paranormal.
E imortal.
Darius olhou pelo flanco de um edifício quando a viu entrar em uma residência. Ela tinha sua maleta negra, por isso provavelmente estava fazendo visitas a domicílio.
Mas o que se não era assim?
* * *
Capítulo Vinte Um
Sophie se sentiu melhor depois de visitar seu quarto e último paciente.
Seguia querendo ver detrás dela ao Darius, mas se freou a si mesmo.
A pesar do frio, ou talvez por isso, optou por caminhar a casa. Não emprestou atenção aos dois homens que a seguiam. Sentia-se tão bem confiar em alguém de novo como o fazia no Darius. Como o tinha perdido.
As ruas de Edimburgo estavam muito diferentes a como tinham estado semanas antes. Um visitante podia olhar e pensar que tudo era normal, mas as inexplicáveis mortes, os ataques, e o enfrentamento tinha afetado profundamente aos residentes.
O medo estava aí para quem soubesse como olhar, e com uma cidade que tinha visto muita guerra, ferida-las eram novas e ainda estavam em carne viva.
A gente estava assustada. Ainda caminhavam pelas ruas, todos estavam mais cautelosos e vigilantes que antes. Ocasionalmente passou a um grupo de meninos em idade universitária que estavam muito bêbados para dar-se conta de que ainda havia perigos por aí fora.
Sophie não sabia como ela sabia que a ameaça ainda estava aí. Era uma sensação. Como se aqueles responsáveis pelas mortes e a destruição simplesmente estivessem ocultos por um tempo. Mas retornariam.
Conteve-se um calafrio o melhor que pôde, desejando que Darius estivesse a seu lado. Edimburgo não tinha estado preparado para os monstros a primeira vez. Seriam eles os próximos?
Houve semanas em que todo mundo tinha os olhos vermelhos. Sophie pensava que tinham uma aparência perversa. A quem gostava dos olhos vermelhos? Fazia uma busca sobre como conseguir lentes de contato vermelhas, e, embora encontrou algumas, não eram de um vermelho tão vibrante como o que ela tinha visto na cidade. O que fez que quase acreditasse que aqueles olhos vermelhos eram reais.
Quase.
Logo se recordou a si mesmo que não acreditava em nenhuma classe de coisas. Os olhos vermelhos não eram habituais nos humanos. Havia todo tipo de melhoras que uma pessoa poderia conseguir, mas tantas com os olhos vermelhos? Deviam ser lentes de contato.
Sophie sentiu pena por essas pessoas pobres que realmente acreditavam no paranormal. As lendas das Ilhas Britânicas eram extensas e era fácil as fazer parte da vida cotidiana. Felizmente, Sophie nunca se apaixonou por nenhum tipo de contos de fadas.
Ou não o tinha feito durante muito tempo.
Seus saltos cliqueaban sobre a calçada. Seu casaco estava abotoado e a bolsa sobre o ombro. A maleta negra em sua mão cada vez era mais pesado porque os dedos lhe estavam ficando gelados.
Estava a uma maçã de seu piso quando o primeiro floco de neve começou a cair. Eram dispersos ao princípio, mas em questão de segundos caíam tão grossos e rápidos que ficavam nas pestanas.
Sophie sabia que os homens estavam ainda seguindo-a, mas não lhe importava. Toda ela queria chegar a estar dentro de seu piso e esquentar-se em sua cama. Com o Darius.
Tudo o que ela podia pensar era no Darius. Fazia que queria rir e dançar na neve. Que livre se sentia!
Apressou os passos e se deu pressa para chegar a seu lugar. Sophie fechou de uma portada a porta detrás dela e fechou com chave. Logo deixou as chaves, a bolsa e a maleta, e se desabotoou torpemente o casaco com os dedos intumescidos.
Apenas ela tinha pendurado seu casaco, uns fortes braços a rodearam. Ela se recostou contra Darius. A isto poderia acostumar-se.
“Obrigado” disse ela. Ele a voltou e sorriu “foi um prazer, moça”
Ela se estremeceu e se aproximou dele. "Está congelada", disse com o cenho franzido.
“Então me esquente”
Ele a agarrou em seus braços e deu meia volta até o dormitório. “Não tem que me dizer isso duas vezes”
Em uma inundação de mãos e dedos, tiraram-se a roupa e caíram na cama, sem sentido, com paixão. Não houve jogos prévios, nem provocações.
Necessitava-lhe. Como se o sentisse, Darius se inclinou sobre ela, entrando nela de uma só envestida.
Sophie suspirou, seu corpo lhe aceitando com impaciência. Isso era o que ela necessitava. Ao Darius.
Em toda capacidade.
* * *
Sophie despertou pelo grunhido de seu estômago. A comida tinha sido o último no que sua mente tinha pensado quando retornou a casa. Olhou o relógio ao lado da cama para ver justo que eram as três da manhã. Rodou fora da cama e agarrou sua bata, atando-lhe redor. Uma olhada ao Darius mostrou dormido, com o cabelo revolto.
Isso a fez sorrir. Ela o queria perto, e isso a aterrorizava até o fundo de sua alma. Entretanto, não havia nada que ela pudesse fazer. Ele já era parte de sua vida, e lhe gostava disso.
Em seu caminho até a cozinha, Sophie olhou o departamento. Tinha poucas coisas. Um ambientador com aroma de lavanda pendurava perto da entrada do quarto de banho, mas, além disso, não havia toques pessoais na habitação.
De acordo, só era um quarto de banho, mas levava no apartamento cinco anos. A essas alturas, esses toques pessoais deveriam ter estado pressente inclusive nessa habitação.
Dirigiu-se à cozinha. Era tão impessoal e fria como o banho. Sophie se voltou e olhou ao resto do piso tentando encontrar algo que o convertesse em um lar e não só em um lugar no que viver.
Além do ambientador de lavanda, seu edredom branco e sua eleição de sofás brancos, não havia absolutamente nada.
Assim é como tinha sido sua vida. Escassa.
Mas nunca mais. Darius havia lhe trazida cor e vida. E era refrescante e glorioso.
Sophie se deteve quando viu um sobre que tinha sido arrojado por debaixo da porta. Levantou o sobre e viu seu nome escrito com rotulador negro. Olhou até o dormitório, mas Darius ainda dormia. Assim abriu o sobre.
Ante seu assombro, era um convite para jantar do Ulrik para a noite seguinte.
Não punha nada mais que onde seria o encontro e quando.
Ela viu o número de telefone ao final do convite.
“Sophie?”
Ela se voltou ante o som da voz do Darius. O olhar dele imediatamente baixou ao sobre enquanto se sentava na cama.
“Do Ulrik?” Perguntou.
Ela assentiu e foi até o dormitório onde lhe entregou o sobre. Leu-o rapidamente, a ira esticando seu rosto.
“O que vamos fazer?” Perguntou ela.
Darius lhe agarrou a mão e a beijou. “Está perto. Preciso lhe seguir” “Vá” lhe urgiu ela.
Ele se levantou e se vestiu. Justo antes de sair pela janela, deteve-se e disse “Voltarei logo”
* * *
Darius viu o Ulrik olhando o relógio e assentir com a cabeça a seus homens que estavam vigiando a Sophie antes de meter-se em seu mclaren C Spider cor gelo prateado e afastar-se conduzindo. As arrumou para manter-se ao mesmo tempo com ele, movendo-se de cubro em teto.
Não foi até que a rota do Ulrik lhe levou até o Hotel Balmoral que Darius enviou a Con uma advertência através de seu enlace mental. Con não respondeu. Darius o tentou de novo quando Ulrik se deteve junto ao hotel e atirou as chaves a um aparcacoches.
“Con!” Tentou Darius pela terceira vez. “Estou seguindo ao Ulrik. Está entrando no Hotel”
Quando Con não respondeu tampouco, Darius saltou ao chão e caminhou cruzando a rua até o hotel. Entrou no vestíbulo e olhou a seu redor. Ulrik se dirigia à zona do bar.
Esperou a que Ulrik se sentasse em uma mesa antes que o Darius selecionasse uma posição no vestíbulo na que pudesse lhe observar. Darius se perguntava quem se reuniria com o Ulrik quando uma figura alta com o cabelo loiro caminhou diretamente até o Ulrik.
“Con” sussurrou Darius.
Que infernos estava acontecendo?
Ulrik sorriu a Con, que tomou a cadeira frente a Ulrik e pediu um gole quando uma garçonete se aproximou. A típica expressão sem emoções de Con devolveu o olhar.
Se Darius não lhe conhecesse tão bem, pensaria que Con não sentia nada. Salvo que Darius sabia como de sério e tenso se sentou Con.
Assim que esta era uma reunião, em público. Quem a tinha querido e quem decidiu reunir-se aqui–Era para manter a Con a raia? Depois do que Ulrik disse antes sobre nunca dizer que queria brigar com o Constantine diante dos mortais, Darius tinha problemas para discernir quem queria o que.
Deveria ser fácil. Ulrik era o vilão. Constantine era quem mantinha aos Reis Dragão juntos ao longo dos incontáveis séculos.
Bom e mau. Mau e bom.
Poderia definir-se a cada um deles com essas simples palavras? Seguro, Con tinha feito coisas questionáveis, mas tudo em nomeie de manter o segredo dos Reis frente aos humanos.
Ulrik fazia coisas detestáveis e cruéis. Mas tinha ressuscitado ao Lily pelo Rhys.
O intento de Con se separar a alguns dos Reis e suas companheiras causava fricções em Dreagan. Mas Con tinha movido céu e terra por eles.
Ulrik queria vingança por ter sido banido. Utilizou a uma Druida – Darcy- para fazê-lo, e tentou matá-la. Foi só Con quem conseguiu mantê-la viva e curá-la.
Bom e mau.
Mau e bom.
As linhas se estavam esfumando mais cada dia. Darius temia que um dia nenhum dos Reis pudesse olhar a Con e ainda acreditar que ele era o bom. A necessidade de Con de proteger a Dreagan e manter aos Reis juntos enquanto lutava contra os Dark, contra Ulrik, e agora contra os mortais, estavam-lhe abandonando.
Só houve outra ocasião em que Con tinha sido respaldado de tal maneira, e o desterro do Ulrik e a ligadura de sua magia de Dragão tinha sido o resultado. O que passaria esta vez?
* * *
Capítulo Vinte Dois
Con pôs seus dedos sobre seu copo de uísque e olhou ao Ulrik ao outro lado da mesa. "Veio".
“Como se não tivesse deixado de fazê-lo”
Tinham passado dúzias de milhares de anos desde que tinha visto o Ulrik como não fosse só em fotos. Mas seu velho amigo não tinha trocado. Ainda se via tão pícaro e inteligente como sempre.
Constantine estava acostumado a invejar ao Ulrik sua natureza despreocupada, mas agora tudo o que queria era pôr fim ao reino de terror do Ulrik.
Com sua jaqueta do traje negro aberta para revelar uma camisa de cor vermelha escura, e seu cabelo negro comprido e solto, Ulrik se via tão diabólico como Con sabia que era.
Ulrik riu baixo e bebeu seu uísque. Lentamente deixou sobre a mesa o copo, com um pequeno sorriso em sua boca. "Podemos nos sentar toda a noite olhando um ao outro, sonhando com o que faremos quando chegar o momento de que briguemos, ou pode cuspir o que for que queira dizer"
“Vá de Edimburgo”
Ulrik levantou as sobrancelhas e franziu a frente “Isso não vai acontecer” “Posso te obrigar”
“Em realidade pensa que pode. Que...bonito”
Cada vez que Ulrik ria, sentia-se como garras esfolando as costas de Con. Ele era o Rei de Reis. Ulrik necessitava que o recordasse. Agora. Justo antes que Con ficasse em pé e mostrasse ao Ulrik quem estava a cargo, a risada de uma mulher ao outro lado do salão quebrou sua nuvem de ira, lhe recordando onde estava. Músculo a músculo, Con relaxou.
"Arrumado a que foi difícil" disse Ulrik antes de beber novamente. “Foi você que quis um lugar público. Teria estado feliz de te encontrar em algum lugar no campo”
“De verdade?” Foi o turno do Constantine de sorrir com superioridade. “Não pensei que fosse um bom momento com seus planos e todo isso”
"Neste ponto, imagino que demônios. Vai acontecer de uma forma ou outra"
“Sim. Assim é” Con apertou o punho sob a mesa. A urgência de alcançá-lo ao outro lado da mesa e golpear ao Ulrik era forte. Muito forte.
“Chego tarde?”
Justo quando Constantine pensava que a noite poderia ser pior. Olhou a sua esquerda onde Rhi estava em pé com um sedutor vestido de cor burdeos
Que se amoldava a suas curvas. Seu cabelo negro o tinha recolhido em uma espécie de coisa desordenada que parecia ter sido jogada sem cuidado. Alguns cachos emolduravam seu rosto, lhe dando um olhar sensual que tinha todos os olhos do bar postos nela.
Seus olhos chapeados de Fae se dispararam até Con. “Obrigado por curar minhas feridas”
“Quando despertou?”
Simulou um brilhante sorriso e baixou a voz. “É bem-vinda, Rhi. Eu adorei te poder ajudar posto que arriscou seu próprio traseiro por nos ajudar outra vez”
“Rhi”, interrompeu-a Ulrik enquanto se levantava e tirava sua cadeira.
Con não perdeu a forma em que Ulrik a olhava ou o inquieta que ficava Rhi sob seu olhar. Começou a perguntar-se se os dois eram amantes. Por tudo o que Rhi sabia dos sucessos de Dreagan, ela poderia ser a toupeira que filtrava informação ao Ulrik. Mas foi a magia do Ulrik a que esteve a ponto de matá-la na última batalha.
Havia algo que perdia aqui. Con podia senti-lo, mas não podia imaginar o que era. Tinha suspeitado durante algum tempo, mas agora tinha a confirmação disso.
“Esteve perto de matar Rhi” disse Con. “Como pode lhe sorrir agora como se não tivesse passado nada?”
Ulrik tomou assento uma vez mais e chamou uma garçonete para pedir uma bebida a Rhi. “De verdade precisa perguntar isso?”
“Estou viva” declarou Rhi com calma antes que Constantine pudesse dizer algo mais. “Tenho que agradecer a um de vocês pela ferida e ao outro pela cura. Prossigamos”
Con esperou até que o empregado pôs um Martini frente a Rhi antes de perguntar “O que está fazendo aqui, Rhi?”
“Chamei-a eu” disse Ulrik. “Pensei que era justo que tivéssemos um mediador. Ou ao menos, alguém que possa dar fé do que se diz esta noite. Sei como você...lhe dá a volta às coisas para as adaptar a você”
Con se estava pondo mais iracundo cada minuto que passava. “Isto é entre nós dois”
“Não é certo. O Guardião da História tem conhecimento disso, inclusive enquanto falamos. Kellan escreve a verdade quando acontece porque está compelido a isso”
Kellan nunca tentaria ocultar algo. E tampouco o faria eu” Ulrik se encolheu de homens. “O que você diga”
Rhi pôs os olhos em branco. “Ambos tentaram me machucar. Ambos tentaram me recrutar. Ajudo a quem quero, quando quero. Só pensem em mim como se fosse a Suíça”
“Posso fazê-lo” declarou Ulrik.
Con inclinou a cabeça em acordo quando Rhi lhe olhou.
“Genial. Então sigam com isso” disse ela enquanto se reclinava em sua cadeira com sua bebida.
Con e Ulrik se olharam em silencio durante vários minutos. O olhar de Rhi ia de sua bebida a ao redor do salão.
“por que queria esta reunião?” Perguntou novamente Ulrik.
Con respirou fundo e lentamente soltou o ar. “Você estava acostumado a ser honorável”
“E você estava acostumado a ser um bom menino”
“Você estava acostumado a pensar em outros”
“Você estava acostumado a me guardar as costas” disse Ulrik. “Podemos estar assim toda a noite”
Con tentou outra direção. “Quer te vingar de mim. Então te centre. Em mim”
“OH, estou centrado. Normalmente é mais inteligente. É a má sorte a que agora se abate sobre Dreagan?”
“Deixa aos Reis e aos humanos fora de nossa guerra”
O sorriso do Ulrik foi frio e feroz. “Deixou-lhes fora quando a matou? Lhes deixou fora quando atou minha magia e me desterrou?”
“Não me deixou outra opção”
“Você sempre teve uma opção” disse Ulrik com desdém. “Você escolheu a incorreta, e agora pagará por isso. Todos vocês”
Tanto se Ulrik tinha querido como se não, tinha deixado escapar um pouco seu plano. "Qual é seu final de jogo? Quer sua vingança. Digamos que a consegue e te converte em Rei de Reis. Perdoará a outros? Ou os matará também?"
“Isso realmente importa? Se vencer, estará morto e incapaz de fazer nada. Se você vencer, estarei morto e nada trocará”
“Deixa em paz aos Reis”
Ulrik se sentou até diante em sua cadeira para apoiar os dois antebraços na mesa. Estava sorrindo, mas não havia humor em seu olhar. “Machuco-lhes, e a sua isso vez machuca. Ainda não te deu conta, velho amigo? Vou destroçar seu mundo pouco a pouco. Vou tirar tudo o que quer e com que conta, tudo o que procura para poder acontecer cada dia até que não fique nada”.
Assim Con o tinha suspeitado.
“Não quero nada tanto como que caminhe por este mundo durante milênios em forma humana, incapaz de te transformar, como eu fiz. Mas não sou tão estúpido para te deixar vivo. Cortarei-te a cabeça e tomarei o posto que devia te haver tirado faz muito tempo” disse Ulrik em voz baixa.
Con negou com a cabeça a câmara lenta. "Ordenei-te que brigasse comigo quando reclamei o posto. Tinha muito medo"
Ante isto, Ulrik deixou sair uma ruidosa gargalhada que fez que todo mundo na zona do bar se voltasse até eles. Con permaneceu onde estava, sem deixar de olhar ao Ulrik.
Quando Ulrik deixou de rir, passou uma mão pela boca e cravou o olhar em Con. “Encontra divertido como recorda as coisas. Não tinha medo de lutar contra você. Tinha medo de te pegar, bastardo insofrível e presunçoso. Não queria ser rei de reis, mas temia tanto que trocasse de opinião que tentou me ordenar que te desafiasse. Me diga, Constantine, quem tinha medo do que?”
Não tinha sentido responder. Não importava o que dissesse Con, Ulrik nunca admitiria que estava equivocado e que Con tinha razão. "Aprendi faz muito tempo que não vale a pena discutir com um louco"
“Louco?” Disse Ulrik, olhando assombrado. “Quando tudo isto acabe, veremos quem realmente está louco. Se tudo o que queria me dizer era que me afastasse dos Reis, então perdeu seu tempo e me permitiu saber que lhe importam tanto, que organizou uma reunião comigo”
Levantou-se para ir, mas Con ainda não tinha acabado. Ele perguntou, “Se você queria lhes machucar por que salvou Lily?”
Isso deteve em seco ao Ulrik. Dirigiu seu olhar até Con e bufou. "crê que a salvei? De verdade crê que uma vida com um Rei Dragão é melhor que a morte?"
“Acredito que não queria que Rhys sofresse tal e como você fez”
O olhar chapeado do Ulrik se endureceu. “Não pretenda entender o que sofri. Sei melhor que ninguém que não há uma alma gemea para nós. Os humanos e os Dragões não estavam destinados a estar juntos. As mortais que se emparelharam com os Reis aprenderão o suficientemente logo quão compridos se fazem os anos. O que fará, Con, quando as companheiras comecem a voltar-se loucas pelo transcurso sem fim do tempo?”
Essa era uma pergunta que Con se perguntou do momento em que Hal tomou Cassie como sua companheira, e cada vez que um Rei encontrava o amor.
Não tinha dúvida de que os Reis amavam. Mas as humanas? Amavam elas como os faziam os Reis Dragão? Os mortais tinham dado provas uma e outra vez que casar-se e amar era tão fácil como divorciar-se e jogar sujo. Poucos pronunciavam os votos seriamente, e temia que todos seus Reis Dragão que estavam emparelhados o descobrissem por si mesmos.
“Ah”, disse Ulrik enquanto punha as mãos sobre a mesa e se inclinava até diante. “Fará o que sabe fazer melhor, não? Matará às companheiras, salvando aos Reis de ter que fazê-lo por si mesmos”
Con levantou o queixo. “Sempre faço as tarefas difíceis”
“Não. Você toma a saída fácil. Fez-o comigo, e o está fazendo com outros em Dreagan. Permite-lhes companheiras humanas, sabendo o que está por vir. Em lugar de lhes falar do que pode acontecer, você espera o melhor e te prepara para o pior”
“Sou um Rei”
“Você é uma merda na sola de um sapato” disse Ulrik irrespetuosamente. “Um líder verdadeiro lhes diria a verdade. Um verdadeiro líder teria proibido o emparelhamento até que as mortais tivessem convivido com os Reis durante vários anos para entender como é essa vida”
Con não ia justificar suas ações ante ninguém e menos ante o Ulrik. Con tinha suas razões para as decisões que tomava, e ao final, seria o único que respondesse por todas elas -boas e más.
“E o que passa com Rhi?” Perguntou Ulrik.
Con apertou os dentes. Por que Ulrik tinha que tirá-la a colação? Já era bastante mau que ela estivesse na mesa escutando sua conversa enquanto seu olhar se movia entre os dois.
“Nop, machão” disse Rhi ao Ulrik enquanto terminava a bebida e a pôs sobre a mesa. “me deixe fora disto. Posso me dirigir eu só com o Constantine. Não necessito que lute minhas batalhas por mim”
Como se não a tivesse ouvido, Ulrik perguntou "Sabia que estava na masmorra do Balladyn? Viu-te encadeada e parecia morta, mas não te liberou"
O olhar de Rhi se entrecerrou sobre Con enquanto sorria firmemente. “Isso não me surpreende”
Ulrik se endireitou e grampeou a jaqueta do traje. Sem dizer uma palavra, afastou-se.
Con esperou até que Ulrik esteve fora do alcance do ouvido antes de olhar a Rhi. "por que respondeu a sua chamada?"
“Chamada?” Repetiu com uma gargalhada com altas dose de sarcasmo. “Tem muito que aprender de mim se pensar que posso ser chamada”
“Isso é certo. Você só responde a determinadas pessoas em determinadas ocasiões”
Ela retirou o olhar, com um flash de dor em seu rosto. Con queria feri-la, e o tinha feito. Faria-lhe sentir melhor. Por outra parte, Ulrik sempre tirava o pior dele.
“Ulrik queria a conversa registrada” disse Rhi. “Pensei que era uma boa idéia. Não importa quem ganhe dos dois, agora os Reis saberão o que aconteceu aqui”
"E estará disposto a dizer a verdade?" perguntou ele sem convencimento.
Rhi descruzou as pernas e lhe ofereceu um sorriso. “Não o farei por você ou pelo Ulrik. Farei-o por outros Reis que são meus amigos”
“Ele está equivocado, por certo. Eu fui ajudar te ao calabouço”
Rhi empurrou para trás sua cadeira para afastar a da mesa. “Sei que quão único quer é não voltar a me ver outra vez. Talvez consegue seu desejo um dia”
Enquanto ela se afastava, Con desprezava seu uísque. Nada disto tinha saído como pretendia. Sentia-se como se tudo e todos estivessem agora contra ele. Mas de novo, Con sempre tinha estado só, frente ao mal e a aqueles que queriam ferir os Reis.
Levantou-se, tentando retornar a sua suíte. Salvo que quando olhou para cima, Darius estava frente a ele.
* * *
Capítulo Vinte Três
Darius não sabia o que dizer a princípio. Ver o Ulrik, Con e o Rhi todos sentados à mesa e falando sem que nenhum se matasse parecia surrealista.
“Darius” disse Con e voltou a sentar-se. Fez um gesto até uma das outras cadeiras. "Não sabia que estava aqui"
“Chamei-te” Darius agarrou a cadeira que Ulrik tinha deixado vazia e se serve um copo. Darius negou com a cabeça quando um garçom começou a dirigir-se a eles.
Con assentiu como se só agora recordasse. “Estava centrado em minha reunião”
"E se tivesse sido importante?" perguntou Darius. "Diga, o que se era porque os Dark rodeavam o hotel?"
O olhar negro de Con se voltou frio. “Poderia dirigi-lo”
“Ignorou-me quando estava tentando te dizer que estava depois dos passos do Ulrik”
Con respirou fundo. “A simples verdade é que não queria que ninguém soubesse que tinha uma reunião com o Ulrik. Queria lhe dizer que deixasse de ir atrás de todos vocês e se centrasse só em mim”
Isso soava exatamente como algo que Con faria. Darius olhou ao redor da habitação a todos os mortais que se ocupavam de suas vidas cotidianas e mundanas. "Ele não vai fazer isso"
“Não, não vai. Sabe que ao lhes fazer dano a todos, machuca-me. Quer acabar com meu mundo”
Darius se esfregou os olhos com o polegar e o índice. “Isso significa Dreagan” “Sim. Sei”
Ele levantou a cabeça e olhou a Con. “O que vamos fazer?”
“nos preparar. Somos Dragões, Darius. Não podem nos matar. Estivemos ocultos durante muito tempo e ocultamos nosso segredo. Mas”, disse ele, fazendo uma pausa durante um batimento do coração. "Pode que nos estejamos dirigindo a um momento no que já não possamos nos esconder"
"Nunca poderemos abandonar Dreagan. Teremos que permanecer e manter a outros fora"
Con se encolheu de ombros e levantou seu copo vazio até a garçonete por outro. "Fazemos o que devemos fazer. Os Dark nos têm exposto. Alguns dos humanos não acreditam no vídeo, mas outros o fazem"
“Aqueles que querem provas”
Con assentiu com a cabeça até a empregada quando um novo copo de uísque foi posto frente a ele. Uma vez que ela se foi, disse “Bem poderíamos nos acostumar à atenção, mas estou começando a pensar em que vejamos além disso”
Darius, como o resto dos Reis, tinham estado tão envoltos por não poder transformar-se e voar que quase perdem o evidente. “Ulrik quer desviar nossa atenção”
“Precisamente. Queria um cara a cara com ele para ver se lhe escapava algo”
“E?”
Con retorceu os lábios. “É obvio que não. Mas o que não disse foi quase tão bom. Não pude obter que lhes deixasse em paz a todos, mas averiguamos essa parte”
"Isso nos dá vantagem. É só um pouquinho, mas segue sendo uma vantagem". “Meu pensamento exatamente”
Darius jogou um olho a Con. “E o que fazia Rhi aqui?”
“Ulrik lhe pediu que viesse como uma classe de mediadora. Ela escutou e poderá chamar a qualquer de nós um mentiroso se dissermos algo que não é verdade”
Darius passou uma mão pelo cabelo. “Isso pode nos beneficiar” Con simplesmente fez um som do fundo de sua garganta.
“Não deveria ter estado aqui só. Deveria me haver deixado saber o que estava acontecendo”
“Sou o Rei de Reis. Não necessito uma babá” declarou Con.
Darius respirou fundo, seus pensamentos voltando para Sophie.
“O que ocorre?” Perguntou Con. Darius se reclinou na cadeira. “Ulrik mandou uma carta a Sophie esta noite lhe pedindo jantar amanhã”
“Quê-la só”
“Isso penso eu. Foi ao hospital hoje procurando-a, mas ela não estava ali”
Con assentiu, franzindo o cenho. “Ulrik provavelmente quer ver se te apresenta, mas seu objetivo segue sendo Sophie”
“Quê-la machucar como tentou com as demais” “E esteve perto de ter êxito com Darcy”
“por que fazer isso depois de salvar Lily?” Foi a sutil tensão nos ombros de Con o que disse ao Darius que algo andava mau. "Todos sabemos que ele foi quem a salvou"
Con fez um gesto com as mãos ante suas palavras. "O comportamento do Ulrik sugere que perdeu a cabeça"
“Não o homem com o que falei hoje ou no dia de ontem. Que não me está contando?”
“Nada” disse Con. “vamos voltar para os da carta. Vai enviar a Sophie?”
Darius negou com a cabeça. "Não a usarei como isca. Poderia ser contraproducente. Não vou arriscar me"
"Poderíamos encontrar algo útil"
“Isso não vai acontecer” declarou Darius cortantemente. Não ia expor a vida de Sophie a mais perigos dos que já estava exposta.
“Ela pode averiguar algo que nos salve”
“O mais provável é que a mate ou a converta. Qualquer que seja a informação que encontremos, faremo-la nós mesmos, já seja escutando algo ou Ryder fazendo sua magia com os ordenadores”
“me fale sobre Sophie” exigiu Con.
Darius levantou um ombro. “Foi ferida faz anos. Suspeito que aconteceu quando ainda vivia em Londres. Não sai, e só tem uma amiga que eu saiba”
“Mantém as distâncias com a gente” Darius olhou a Con “Sim” “Igual a você”
“Mantenho as distâncias com os humanos e sabe por que”
Con inclinou a cabeça “Tudo isso pode ser facilmente descoberto. Tudo que precisamos é fazer que Ryder indague no passado de Sophie”
“Não” Darius ficou surpreso ante a veemência com a que a palavra tinha saído de sua boca.
Con levantou uma sobrancelha “por que?”
“Não há necessidade. Não requererei sua história” “Possivelmente não, mas isso faz as coisas mais fáceis” “Não”
Con levantou ambas as mãos “Se não vai enviá-la ao jantar, então, o que?” “Vou eu”
“Ele não estará feliz. De algum jeito poderia desforrar-se com Sophie", advertiu Con.
Darius sorriu firmemente. “Pode tentá-lo”
“Ulrik gosta de pensar que é ele o que está ao cargo. Lhe conceda isso”, disse Constantine com um sorriso. “Ao menos durante o tempo em que o esteja”
* * *
Rhi estava passeando pelas ruas de Edimburgo com seu mudo –e velado- observador seguindo-a de novo.
"Isto está passando de castanho escuro", disse em voz alta. "Sei que está aí" Silêncio. Deveria havê-lo imaginado.
“por que não me diz o que quer de uma vez? Se me está espiando para o Usaeil, ela pode beijar meu perfeito traseiro, porque não vou voltar para o Guarda da Rainha”
Mais silencio.
Ela se deteve e se girou. Embora não podia precisar onde estava exatamente, sentia seu olhar e soube que ele estava detrás dela. "Quando era menina, eu não gostava que meu irmão me seguisse para me manter afastada das travessuras, e te asseguro que agora estou furiosa com isto. Te revele e me diga o que quer, ou vá. A próxima vez, não serei tão amável”
Ainda nada.
Rhi pôs os olhos em branco e se teletransportou.
* * *
Daire não seguiu Rhi imediatamente. Deixou cair seu véu quando Cael deu um passo das sombras. Daire observou o líder dos Reapers e levantou uma sobrancelha.
Cael lhe lançou um olhar de interesse. Logo perguntou com o acento irlandês que tinham todos os Fae, “falou com ela?”
“Sabe que não o tenho feito” respondeu Daire, “Vigio, que é o que a Morte me ordenou fazer”
Cael assentiu com a cabeça. “Rhi é tão forte como a Morte suspeitava” “Quando se equivocou a morte?” “Nunca”
“Então por que soa surpreso?” Perguntou Daire com curiosidade. Todos os Reapers cumpriam as ordens da Morte –ou morriam. Era assim de simples.
Cada Reaper tinha sido eleito especificamente pela Morte. Os sete contribuíam algo único ao grupo que eram juizes, jurados e executores dos Fae.
“Rhi pode estar em problemas” respondeu finalmente Cael.
Daire relaxou os lábios enquanto a recordava com o Balladyn. “mais do que crê”
"esteve com esse Dark Fae de novo"
“Ele a ama. E ela...” Daire se deteve, inseguro de como pôr em palavras o que agora sabia sobre Rhi.
Embora nunca tinha falado com ela ou com alguém mais, sentia pena por ela. Ela tinha sido gravemente prejudicada por seu amante o Rei Dragão. Apesar disso, tinha seguido amando-o ao longo dos séculos, esperando que ele voltasse com ela.
Mas ele nunca o faria.
Daire se perguntou se Rhi finalmente se deu conta por si mesmo. Possivelmente fora por isso que se voltava cada vez mais até o Balladyn. E Daire não podia culpá-la.
Uma pessoa que necessita amor e desejo o buscaria onde pudesse. Balladyn estava dando a Rhi exatamente o que necessitava, e Balladyn sabia. O Dark Fae tinha esperado pacientemente a Rhi. Ele já não estava por seguir esperando.
“Daire?” Cael lhe chamou. Daire olhou ao Cael aos olhos chapeados. "Aplaudo ao Balladyn por ter as bolas para ir detrás de Rhi"
“Sabe o que acontecerá se se juntam?” Perguntou Cael com a voz cheia de assombro. “Rhi se converterá em Dark”
“Não sabe. Nenhum de nós sabe. Ela poderia o converter em um Light Fae”
“Se seu amor for certo” assinalou Cael.
Esse era o problema. Amor verdadeiro. Alguns se burlavam da idéia, mas estava aí diante. A maioria dos humanos se conformavam com a primeira pessoa que chegava a suas vidas com a que podiam ver-se a si mesmos. Outros não sabiam que o verdadeiro amor estava justo diante deles e seguiam procurando.
“Para você o ponto” admitiu Daire.
Cael passou a mão por seu comprido corto negro. “Vá com ela. Não sei o que a morte tem guardado para Rhi, mas é importante”
"E se se vai com o Balladyn?"
Os olhos chapeados do Cael se entrecerraram. "Esperemos que isso não aconteça. Embora não posso estar seguro, tenho a sensação de que se Rhi o fizer, trocará as coisas drasticamente"
“Fará-o. Com o tempo”
"Esperemos que não seja hoje"
Daire se velou logo que Cael se teletransportou. Não lhe custou muito encontrar Rhi. Estava de volta em sua ilha, de pé, com a água turquesa lhe chegando às acne.
Tinha os braços cruzados, com seu comprido cabelo negro levantando-se com a brisa. Ela levava um biquíni cinza que logo que cobria seu traseiro bem proporcionado.
Essa era a segunda vez que levava uma cor que não era negro. Daire começou a perguntar-se se estava livrando-se da escuridão que a rodeava. Via-o em que quando Rhi estava só, já não tentava escondê-la. A escuridão estava crescendo, lentamente, mas crescendo de todos os modos. Inclusive agora a rodeava como uma bruma.
Mas esta vez parecia... mais tênue.
Daire se moveu para ficar junto a uma árvore. A princípio não estava contente com sua tarefa. Quem queria seguir a uma Light atrevida em lugar de lutar contra os Dark com o resto dos Reapers?
Entretanto, a Morte o tinha eleito. Quanto mais tempo passava Daire junto a Rhi, mais brilhos de grandeza via. Era natural em Rhi assumir o mando, mas lutava contra isso. Não queria a responsabilidade.
Assim como Ulrik não a tinha querido com os Reis Dragon. Ulrik estava lamentando essa decisão agora. Faria-o Rhi?
De repente, a bruma desapareceu, como o biquíni de Rhi. Rhi se voltou lentamente e o enfrentou. A respiração do Daire se paralisou em seus pulmões quando viu o que tinha diante.
“Se for olhar, acredito que deveria me ver de tudo” Maldito fosse seu corpo, mas respondeu ante ela.
“Vamos, machão. Não quer isto?” Perguntou com um tom rouco e levantando os braços, seus seios elevados.
Ele era Fae, é obvio que o queria. Desesperadamente. Mas ele devia olhar e só olhar.
“Ou deseja muito por espiar? O que acontece Balladyn?”
Não, Daire definitivamente não gostava de vê-la com o Balladyn e a forma na que o Dark a abraçava tão possessivamente.
Ela saiu da água para ficar frente a ele. "Ofereço a você. Tudo o que tem que fazer é deixar cair o véu"
Daire retirou o olhar do esplendidamente feito corpo dela e deu dois passos atrás. De algum jeito sempre sabia que ele estava ali –e onde estava. Não deveria ser capaz de fazer isso.
"Poderia te matar agora mesmo"
Ela podia tentá-lo, mas Daire não era tão fácil de matar. Algo que Rhi provavelmente descobriria muito em breve. Ela se estava zangando com ele ao segui-la, e ela era o suficientemente obstinada para tentar trespassá-lo.
Daire realmente o estava esperando.
* * *
Capítulo Vinte Quatro
Sophie soltou um suspiro enquanto se voltava de um lado e outro frente ao espelho. O vestido negro era um de seus favoritos. Cada vez que o punha, sentia-se sexy.
E ela necessitava algo para aumentar sua coragem.
Levava o cabelo solto e o passou por cima do ombro. Sophie só levava um par de pendentes de aranha de ouro, um anel de ouro, e um conjunto de braceletes de ouro.
Olhou para baixo a seus negros sapatos com salto de agulha, com o salto dourado e inclinou a cabeça em sinal de aprovação. Sutil, mas sofisticada. Uma combinação perfeita para reunir-se com um homem como Ulrik.
Sophie estava nervosa. E não só porque ia encontrar se com o Ulrik, mas também porque tinha que falar com o Darius. Quando retornou a noite anterior, foi ele que enviou a resposta desde seu telefone ao Ulrik.
Depois não se falou com todos os beijos e carícias. Depois de que fizessem o amor, ficou adormecida em seus braços.
Despertar a seu lado só fazia que lhe resultasse mais fácil deixar que a percepção dele crescesse. Fechou os olhos. A quem estava enganando? Não estavam crescendo. Estavam ali, plenos de amar-se e de glória.
E isso a assustava muitíssimo.
A última vez que se abriu de tal forma tinha sido o pior tempo de sua vida. Darius lhe mostrava uma e outra vez que era digno de confiança e um homem de palavra. Mas ele estava envolto em algo perigoso.
Estava-se pondo a si mesmo na linha de fogo sem sequer saber quão segredos Darius guardava. Isso provava quanto tinha chegado a lhe importar ele.
Inclusive com toda a intriga, os segredos e o perigo, Sophie queria uma vida com ele. Queria ter amigos também outra vez, decorar sua casa, cozinhar, ter jantares entre amigos e festas.
Que formar parte de algo importante.
Necessitava-o.
Em pouco tempo, Darius conseguiu aproximar-se mais que ninguém em sete anos. O que havia nele? por que não lhe deu as costas quando tinha dado as costas a outros? por que ela seguia buscando-o?
Ele tinha um passado, mas isso não lhe definia como se o até o seu ou o do Ulrik. Não, fosse o que fosse o que tivesse acontecido ao Darius o deixou introvertido e distante.
Mas ainda procurava a outros porque não tinha outra opção. Justamente o contrário que ela.
“Não sou um bom homem”
Inclusive agora, recordando suas palavras lhe fazia desejar conhecer mais sobre ele.
Ele não pensava que fosse um bom homem, mas o era. Por que, então, pensava o contrário? Tinha curiosidade por sabê-la causa. Entretanto, pode que nunca chegasse a descobrir a verdade.
Sophie abriu os olhos ao espelho e viu o Darius parado detrás dela. Ela se voltou, com um sorriso em seu lugar. Lhe abriu os braços e a aproximou para beijá-la.
“Está espantosa” murmurou. “Vai a alguma parte?” Ela respirou fundo. “A um encontro com o Ulrik” “Não”
Definitivo. Concludente. Autoritário. Ela odiava normalmente aos homens assim, mas Darius não estava controlando-a. Estava-a protegendo. Sophie o reconheceu e isso lhe fez sorrir.
“Sorri?” Perguntou confundido.
Sophie lhe olhou e assentiu. “Porque sei por que não quer que o faça” “Sim. Não irá a nenhum sítio perto desse bastardo” “Mas tenho que fazê-lo” insistiu ela.
Darius deixou cair seus braços e deu uns passos para afastar-se dela, passando as mãos através de seu cabelo. “Não”
“Sim” Ela ficou frente a ele. “Sabe que isto é o melhor que podemos fazer. Posso lhe tirar informação”
“O que fará será jogar diretamente entre suas mãos. Ele sabe que estará ali como isca”
A verdade é que ela não tinha pensado nisso.
“Conheço-lhe” continuou Darius. “É inteligente, Sophie. Mais inteligente inclusive que você. Pensou em tudo isto, em todos os cenários imagináveis, e se assegurará de ter vantagem”
Ela tragou salive, mais nervosa agora que antes. “Inclusive em um restaurante abarrotado?”
“Inclusive aí. É muito perigoso”
Ele atirou dela novamente a seus braços. "Mas avalio que queira ajudar"
Sophie descansou a cabeça sobre seu peito e se inundou em seu calidez e força. "Ele me queria, assim pensei que seria o movimento correto"
“Não esta vez, moça” murmurou ele e a beijou na têmpora. “Não contigo”
Nunca antes Sophie se havia sentido tão querida, desejada ou necessitada como foi nesse momento. Ela desejou poder ficar tal como estavam, sem interferências do mundo exterior ou de ninguém.
Logo depois de repente, algo a golpeou. Ela levantou a cabeça para lhe olhar. “Vai falar com o Ulrik”
Darius a olhou com seus olhos profundamente marrons e deslizou seus dedos por seu cabelo. “Sim”
“Não posso te perder”
Ele a silenciou com um beijo. “Isso não acontecerá. Prometo-lhe isso”
“Todo mundo morre. O que acontece resulta ferido? Me deixe estar ali para que possa te alcançar rapidamente em caso de que algo aconteça” lhe urgiu ela.
Ele estava muito tranqüilo ao lhe falar de que saísse ferido. Isso significava que acontecia freqüentemente ou que não tinha medo. Como ela conhecia cada centímetro de seu corpo, sabia que não tinha feridas de facas ou balas.
Era estranho para alguém com essa classe de trabalho. De fato, não havia nenhuma só cicatriz em nenhum sítio de sua pele. Todo mundo tinha cicatrizes.
“Não tem medo a ser ferido” disse Sophie. Ele negou com a cabeça. “Não o tenho. Não agora”“O que não me está dizendo?” “Ambos temos secretos, Sophie”
“Isso é certo” E talvez era hora de que ela fora honesta consigo mesma. "Mas não quero que haja mais secretos entre nós"
“Sophie” começou ele.
Mas lhe deteve o dizer “Estive comprometida uma vez”
Darius não poderia ter emitido outro som embora sua vida tivesse dependido disso. De todas as coisas que ele tinha pensado que Sophie poderia estar escondendo, essa não era uma delas.
Ele a deixou ir quando ela se saiu de seus braços e se dirigiu ao sofá. Sentou-se no bordo e olhou fixamente pela janela, aparentemente curvada por seu passado. Darius se sentia doído por ela, porque sabia como aquilo se sentia muito bem.
Nunca perguntou sobre meu passado. Descobriu como o fez Ulrik? “Não”
Ela se olhou as mãos agarradas sobre seu regaço. “Nos sete anos que estive em Edimburgo, só contei minha história a uma só pessoa”
“Claire” deduziu Darius.
“Não queria que Claire e eu fôssemos amigas, mas ela é muito persistente” disse com uma risada. “Não tive eleição antes sua preocupação. É triste não ter mais que uma amiga não é certo? Sete anos, e nem sequer conheço meus vizinhos”
Ele rodeou o sofá e se sentou junto a ela. “Tem uma vida e uma carreira muito importantes. É uma curadora, Sophie. Todos os dias, a gente põe suas vidas em suas mãos. É pelo que não conhece seus vizinhos”
“Sim” murmurou ela. Logo voltou a cabeça até ele. “Tive uma relação de dez anos com outro médico. Estivemos comprometidos e vivendo juntos. Estava apaixonada por ele. Fazia-me rir todos os dias, e gostava a todo mundo. Ele era a vida da festa. Fazíamos tudo juntos, passávamos cada minuto como se fôssemos um. Ou isso pensei”
Quando ela parou, Darius soube que estava recordando. Matava-lhe saber que ela tivesse sofrido tanto, porque já tinha deduzido o que não tinha contado ainda.
“Havia uma nova doutora a que estava ajudando Scott” continuou Sophie. “Era encantadora. Eu gostava. Não é que passasse muito tempo com ela. O que não sabia é que começaram a ter uma aventura meses antes. Todos esses textos do trabalho eram dela”
“A máxima traição” murmurou Darius.
“Dar a alguém seu amor, devoção, confiança e sua alma só para que eles lhe pisoteiem isso como se não significasse nada. Isso foi horrível, mas não acaba aqui. Deitou-se com ela em nossa cama e tirou fotos. Burlaram-se de mim como uma idiota, e nunca esperei nada disso”
A doutora sólida e formosa estava vulnerável, e ele odiava vê-la assim. Darius queria vingá-la de algum jeito. Porque ninguém deveria sofrer tal destino. "Deveria matá-lo?"
Sophie sorriu brandamente. “Se te tivesse conhecido faz uns anos, poderia te haver pedido que lhe tivesse dado uma surra, mas agora... só quero me esquecer de tudo. Não me importa Scott ou o que ele esteja fazendo.”
Ele estendeu e colocou sua mão sobre a dela. “Foi um idiota por deixar ir”
“Mantive perto o que Scott fez para que não voltasse a passar. Esperava viver minha vida só. Então saiu das sombras”
Darius sentiu seu sangue arder quando viu o desejo nos olhos dela Não sabia esta mulher o que fazia com ele? Seguro que a estas alturas já tinha que sabê-lo, e possivelmente esse era o ponto. “Por você”
Ela entrelaçou seus dedos com os dele. “Acredito que por isso entendo a necessidade de vingança do Ulrik, porque eu consegui a minha”.
“Sua vingança te fez sentir melhor?”
“Convenci a outro doutor para que mantivesse relações sexuais com a amante do Scott em seu carro. Fiz fotos de tudo, as quais enviei ao Scott. Sua relação explodiu espetacularmente por todo o hospital”
“Sua vingança te fez sentir melhor?”
“Durante um tempo. Logo, senti-me asquerosa por prepará-lo. Ao final teria passado de todos os modos. Uma vez trapaceiro, sempre é um trapaceiro, verdade?”
“Você só facilitou as coisas” disse Darius.
Riu entre dentes. "Tratou de voltar comigo um ano depois. Senti-me tão bem ao lhe dizer que se esquecesse disso e lhe fechasse a porta na cara. Estive rota por muito tempo, mas não me dava conta até recentemente. Até você.
“Sinto que tenha tido que suportar tal coisa. Não merecia isso”
“Alguém merece?”
“Não”
Seu olhar cor oliva procurou o dele. “Onde nos deixa isto? Seja o que seja que sejamos”
Darius queria estar com ela, estava-o fazendo em realidade. Mas já tinha passado por esse caminho. Ele já tinha perdido a sua companheira. "Não estou seguro"
“De acordo”
Ela começou a separar sua mão, mas Darius a deteve. Havia uma pergunta nos olhos dela -e uma esperança.
Deixou que seu olhar percorresse o encaixe do vestido que lhe cobria os braços justo por cima dos cotovelos e do pescoço até os seios, mostrando o suficiente de seus seios para fazer que seu pênis saltasse com desejo.
Seu cabelo vermelho fogo era vibrante frente ao negro, lhe provocando para que tomasse um punhado dele e a sujeitasse enquanto a beijava.
“mantive meu segredo contigo para te manter a salvo” disse ele.
“Quero saber. Tudo”
“Não acredito”
Ela se moveu para enfrentá-lo completamente. "Vi todo tipo de traumatismos no hospital. Posso dirigir o que for do que trata de me proteger"
Darius não estava tão seguro. Por outro lado, ele sabia desde o começo que ela chegaria a saber quem era. Talvez era o momento. Também a manteria afastada do Ulrik, que era exatamente o que tinha que acontecer.
Seria quase impossível convencer a dos Reis Dragão e os Fae sem provas. Sophie era prática. Ela já admitiu que não acreditava em nenhum tipo de fantasias como os dragões.
Como reagiria uma completa descrente em tais coisas quando visse um? Não seria bom, disso Darius estava seguro.
“Posso suportá-lo” disse Sophie com uma firme inclinação de cabeça.
Darius se esfregou o queixo, tentando pensar por onde começar. Como dizia a alguém que ele era imortal e que levava ali desde o começo dos tempos?
“Não trabalho para o governo” declarou ele. “O grupo do que te falei é tudo o que fica. Eles são minha família, meu lar”
“De acordo” disse ela assentindo com a cabeça.
Darius se levantou e começou a passear de um lado a outro lentamente. Olhou a Sophie para lhe encontrar lhe observando atentamente. “Não há outra forma de dizê-lo que só dizê-lo”
“Então cospe-o”
Ele se deteve e se encarou a ela “minha tatuagem de Dragão não está aí porque eu o escolhesse. Está aí porque é o que sou”
Lhe olhou silenciosamente por um momento antes de dizer “Não entendo” “Sou um Rei Dragão, Sophie”
“OK” disse ela remarcando a última sílaba. “É alguma classe de turma ou algo assim?”
Darius desejou que Con ou alguém estivesse ali para explicar-lhe porque o estava fazendo fatal. “me deixe começar pelo princípio. Este reino se formou quando começaram os tempos, e com o tempo chegaram os Dragões”
“Reino?” Repetiu ela franzindo um pouco o cenho.
Estava-a perdendo, podia vê-lo. Mas tinha que terminar. “Havia milhões de nós. De todos os tamanhos e cores. Não só havia pássaros no céu, mas também Dragões também. Estávamos agrupados por cores, e em cada um havia um líder -um Rei. O mais capitalista dos Reis se convertia em Rei de Reis”
Sophie logo que pestanejou enquanto escutava.
“Durante eras vivemos aqui e governávamos este planeta. Então, um dia, os humanos estavam aqui. De repente cada um dos reis Dragão se transformaram em forma humana. Isso é como nós fomos capazes de nos comunicar com eles”
“Então te converteu em um humano?”
“Podemos nos transformar a vontade” Darius se sentou sobre o braço do sofá. “Transladamos fora de alguns territórios aos Dragões para que assim os mortais pudessem ter onde viver. As tensões sempre foram altas, mas o dirigíamos e conseguimos manter a paz. Alguns de nós, os Reis, tomamos amantes entre as humanas. Ulrik foi um desses Reis”
Sophie abriu muitíssimos os olhos, mas não disse nada. “Ele ia aceitar à sua como sua companheira. É uma cerimônia na que o mortal então se voltaria imortal, vivendo tanto como seu Rei o fizesse. Mas não foi assim”
Darius apertou a ponte do nariz “Constantine, o Rei de Reis, descobriu que a mulher do Ulrik ia tentar matá-lo. Era uma loucura de plano, porque o único que pode matar a um Rei Dragão é outro Rei Dragão. Mas ela não sabia isso. Tudo o que ela perseguia era instigar uma guerra. Con enviou longe ao Ulrik em alguma missão. Enquanto esteve fora, nós abordamos à mulher e a matamos. Quando Ulrik retornou estava furioso. Com ela e conosco. Com o mundo. E passou a odiar aos humanos.
“O que fez Ulrik?” Perguntou Sophie com um tom suave de voz.
“Começou uma guerra. Os mortais matavam Dragões, e os Dragões matavam mortais. Quando os humanos chegaram, cada Rei jurou proteger aos humanos. Tínhamos que parar ao Ulrik, salvo que ele não escutava razões. Nada do que lhe dizíamos fincava o dente em sua ira. Os Dragões tinham magia, e nós fomos os mais fortes. Pudemos ganhar a guerra com os mortais, mas só foi nosso juramente o que impediu que uníssemos ao Ulrik.
“Para ajudar a pôr um ponto final à guerra, enviamos longe a nossos Dragões. Todos nós pensamos que seria por um curto período de tempo, justo até que os mortais se acalmassem. Quatro dos Silvers do Ulrik não se separaram de seu lado. Capturamo-lhes e lhe introduzimos em um sonho mágico. Logo fomos detrás do Ulrik”
Darius deixou cair o queixo sobre o peito e fechou os olhos. “Despimo-lhe de sua magia, lhe impedindo que se pudesse transformar em Dragão e assim esteve destinado a caminhar pelo mundo sob a forma que o odiava”
“Um humano”
Ele assentiu, sem olhar a Sophie. “Desterramo-lhe de Dreagan. Depois, todos fomos a nossas montanhas e dormimos durante séculos, esperando o momento em que acontecemos mito. Depois de algumas centenas de anos, despertamos e tomamos nossos lugares a seu lado. Escondemos nossa verdade, só Voando ao céu durante a noite. Ou ao menos estávamos acostumados a fazê-lo. Todo isso trocou com a vingança do Ulrik e sua aliança com outro grupo”
O silêncio lhe acolheu. Depois de um momento, Darius levantou a cabeça e encontrou a Sophie lhe olhando fixamente. Seu rosto estava cinzento, com os olhos frágeis”
“Sei que é muito para assimilar, mas tudo é verdade. Nunca te menti. E nunca o farei”
"Essa história é absurda", disse. Ela fechou os olhos e negou com a cabeça enquanto se afastava. “Confio em você e você não me mentiste. Não quero acreditar em nada disto. Isto não tem sentido” Lhe olhou então. Me pode demonstrar isso “
“Se me transformasse agora, destruiria seu piso. Mas há algo que posso fazer. Se me permitir isso”
Ela assentiu rapidamente com a cabeça. Darius se sentou ao lado dela, e logo tomou suas mãos nas dele. Enquanto lhe sustentava o olhar, ele pensou no tempo anterior aos humanos, no tempo dos Dragões. Logo pôs esse pensamento na mente de Sophie com sua magia de Dragão.
* * *
Sophie queria acreditar no Darius mas como poderia? Todos sabiam que os Dragões não eram reais. Se houvesse Dragões, alguém em algum sítio teria visto algo. Nada podia permanecer oculto na era da tecnologia. Nada.
Ela sentiu algo contra sua mente enquanto olhava aos olhos cor chocolate do Darius. Logo estava aí, as lembranças percorrendo sua mente como se fossem os seus próprios.
Dragões. Milhares de Dragões. Havia alguns enormes voando no céu. Uns diminutos que construíram suas casas nas quedas dos escarpados, e inclusive os que chamavam lar aos oceanos. Tal como havia dito, eram de todos os tamanhos, de todas as cores. E eram belamente magníficos.
A lembrança desapareceu. Sophie piscou, olhando ao Darius de forma diferente. “Isto o provocou você?”
“Com minha magia de Dragão”
Magia? ela ia acreditar realmente nisso e em Dragões? “Agora entende por que não lhe queria contar isso perguntou Darius. Sophie respirou fundo. “Entendo-o”
“Isso é o que sou”. Vacilou, tragando saliva. “Mas esse não é meu passado. Eu também aceitei tomar uma companheira”
Essas poucas palavras machucaram Sophie mais do que ela acreditasse possível. Assim foi como ela soube que se apaixonou pelo Darius da cabeça até os pés.
“Não contagiamos enfermidades, nem podemos embaraçar a uma mortal. Há algo incompatível entre nossas duas espécies. A maioria das mulheres abortam em questão de semanas. Mas cada mês que passava, seu ventre crescia. Esperava que meu filho fosse a exceção à regra”
Sophie tentou tragar, mas tinha a boca muito seca. Ela agarrou a mão do Darius e a apertou com firmeza.
"Ficou de parto. Cada Rei Dragão conteve a respiração para ver se o menino viveria. Algumas mulheres conseguiram levar os bebês a término, mas todos nasceram mortos. Meu filho era forte Ele ia vencer as possibilidades”.
As lágrimas se acumulavam nos olhos de Sophie, mas se negou às deixar sair.
“Houve problemas no nascimento” continuou Darius com sua voz sem emoções. “Havia tanto sangue. Tentamos ajudá-la, mas nada funcionava. Con poderia havê-la curado. O teria feito. Se ele tivesse estado aí. Estava tão fraca que logo que podia dar a luz a nosso filho. Ela morreu quando veio ao mundo”
Sophie sentiu como uma lágrima corria para baixo por sua bochecha. O peito do Darius se expandiu antes de deixar sair o fôlego, com a tristeza enchendo seu olhar.
“Meu filho a seguiu uns poucos minutos depois. Perdi a ambos em uma noite”
Não houve palavras para sanar as feridas do Darius e Sophie nem sequer o tentou. Lhe rodeou o pescoço com os braços e simplesmente o abraçou. A forma em que seus braços se apertaram ao redor dela, quase partindo-a pela metade, disse-lhe quão ferido se sentia.
E ela lamentava por ele.
* * *
Capítulo Vinte Cinco
Darius estava sobre o teto e olhava fixamente ao Restaurante o Português no que Ulrik tinha entrado recentemente. Suas emoções ainda estavam em carne viva depois de falar com Sophie. A fúria que se agitava em seu interior ante o intento do Ulrik de agarrá-la só lhe transbordava.
A pedra se esmiuçou sob as mãos do Darius. Soltou-a e se reclinou para trás do beiral. Precisava controlar as emoções se ia continuar com seu plano.
Não era fácil quando tudo o que queria fazer era voltar correndo a Sophie e fazer o amor com ela. O que estava mal nele? Era porque tinha compartilhado seu passado? Certamente não.
Uma coisa era aplacar sua luxúria com seu complacente corpo. Outra coisa era quando a desejava tanto que estava disposto a fazer algo para tê-la em seus braços.
Darius não queria imaginar como esta noite poderia ter ido se ele e Sophie não confiavam um no outro. Ela poderia estar aqui em lugar dele, e talvez não como isca. Ulrik era convincente. Ele poderia havê-la convencido de unir-se a ele.
Isso fazia que Darius se sentisse tremendamente agradecido. Isso também lhe recordou que era tempo de que baixasse fazia ali e confrontasse ao Ulrik. Saltou silenciosamente do telhado ao beco. Passou por cima aos homens do Ulrik, que estavam muito confiados, e penetrou perto do restaurante.
Houve um grunhido e logo o som de alguém golpeando o chão. Darius se girou, só para encontrar Con caminhando até ele.
“Acaba de nocautear a um dos homens do Ulrik?” Perguntou Darius.
Con sorriu brilhantemente. “Pude ter golpeado aos seis inconscientes. Incluindo os agentes do MI que me seguem”
Darius teve que soltar uma risadinha baixo. “Não deixou a nenhum homem do Ulrik para mim?”
"Você é o que passou justo diante deles"
Isso fez que Darius entrecerrasse os olhos sobre Con. “Quanto tempo leva aqui?”
“Um momento”
“Como sabia o restaurante?”
Con se encolheu de ombros, abrindo sua jaqueta o que deixou ver sua camisa azul debaixo. Nenhum deles se resfriava, mas para não atrair a atenção, os Reis usavam casacos no inverno. Às vezes.
"Encontrei-te antes" disse Con. “Chamei-te, mas não me escutou. Tenho que supor que o edifício de que saía às escondidas é o da doutora?”
“Estupidezes”
“Estava centrado em Sophie”
Darius suspirou “Queria deixar-se utilizar como isca. Convenci-a de que não” “E?” Pressionou Con.
“Ela compartilhou seu passado”
Os lábios de Con se apertaram. "Suponho que compartilhou o teu. Compartilhou também nosso segredo?"
“Sim” Darius não ia desculpar se por isso. Tinha tomado uma decisão, e o defenderia.
“Já. Ela é seu casal”
Isso tomou ao Darius por surpresa. “Eu já tive casal. E a perdi depois da cerimônia de vinculação”
“Está seguro?”
Darius tinha sabido que Con tentaria essa tática. “O que se estiver seguro de que já tinha tido casal? Sim”
“Está fazendo todo o possível para proteger a Sophie. Isso faz que me pergunte se ela não é seu casal”, argumentou Con.
“Preocupa-me que Ulrik tente machucar a outro inocente”. Mas isso não era tudo, e ele sabia. Con estava perguntando se Sophie poderia ser sua companheira quando ele mesmo tinha tido o mesmo pensamento uma ou duas vezes.
O olhar de Con se transladou através da janela até onde Ulrik se sentava detrás da cortina. “Qual é seu plano?”
“Pensa que Sophie vai vir”
Con lhe lançou um olhar. “Está-a vigiando. Sabe que ela não virá” “Não importa”
“Deveria havê-la deixado vir”
Darius ofereceu a Con um duro olhar. “Estará-a esperando para utilizá-la como isca”
“Está dizendo que não lhe burlamos?”
“Estou dizendo que ele está muito por diante de nós. Esteve planejando isto por muito tempo, como é evidente em cada movimento que faz. Inclusive quando tratamos de trocar o jogo, ele se as acerta para manter-se por diante”
Con olhou fixamente ao Ulrik durante um comprido momento em silêncio. “Temos que ganhar esta guerra. E algumas vezes os inocentes devem ser sacrificados para que outros ganhem”
Darius estava estupefato. “Não pode falar a sério. Quer pôr voluntariamente a Sophie em sua armadilha? Uma mulher que nos ajudou quando a necessitávamos?”
“Ela não é a primeira inocente nem a última” Con lhe olhou fixamente uma vez mais. “Vamos a Dreagan”
“Não”
A cabeça de Con lentamente se voltou até ele. “Pensava que havia dito que ela não é seu casal. Por que lutas tão duramente por ela?”
“Não o faço” Darius negou com a cabeça enquanto ria. “Fizemos um juramente recorda? A mesma promessa que enviou a nossos Dragões longe e nos manteve ocultos durante séculos. Agora quer não respeitá-la?”
“Absolutamente”
Darius considerou seriamente lhe golpear. “Está acabando com meu paciência”
“Queria ver sua reação. Estou de acordo com sua avaliação da situação. Averigua o que possa do Ulrik e informa. Vou vigiar Sophie enquanto isso”
Darius franziu o cenho detrás dele. A noite ficaria mais estranha? Neste ponto, estava tendo dificuldades para determinar em que direção estava. Mas havia uma coisa que ele sabia, e era que Ulrik precisava ser detido.
* * *
Capítulo Vinte Seis
Darius entrou no restaurante brandamente iluminado. Em uns instantes, foi levado a parte de trás onde cortinas transparentes separavam a mesa da zona de comilão principal.
A cortina foi aberta por um lado pelo maître. Ulrik ficou em pé, encontrando-se seus olhares. Darius advertiu que Ulrik não pareceu surpreso por lhe encontrar ali.
Darius tirou a cadeira e observou ao Ulrik com seu traje de jaqueta negro e uma camisa de vestir dourada clara que fazia que seus olhos ressaltassem. Uma gravata negra que parecia ter algum tipo de pequeno desenho dourado lhe completava.
Seu cabelo estava recolhido em uma cauda, e esses olhos dourados estavam dirigidos diretamente até ele.
“Darius” disse ele com sua voz suave enquanto retomava seu assento. "Que... pouco surpreendente”
Darius agarrou a garrafa de vinho da cubitera e se serve um copo. “vamos prescindir de todas as ameaças e declarações. Por que não só me diz por que não deixará só à a Dra. Martin?”
“Porque não a deixa em paz”
Ele se reclinou, com a taça de vinho na mão enquanto observava ao Ulrik. “Realmente espera que creia que a tivesse deixado em paz se eu tivesse saído da cidade?”
“É obvio que não”
“Ela é uma curadora, Ulrik. Quão único fez foi ajudar ao Thorn e a Lexi”
O sorriso do Ulrik foi lento. “Sempre foi exigente com suas mulheres. A doutora é uma boa eleição. Brilhante, formosa e incondicional”
“Seu ponto?”
“É importante para você”
Darius ia ter que pisar cuidadosamente. “Estou aqui porque sou o único em Edimburgo”
Ante isso Ulrik fez um som. “Também está Con. Podia ter vindo em seu lugar. Mas em lugar disso está você”
“Con está tratando com algo mais. vocês dois já tiveram sua discussão”
“Como a tivemos você e eu. Por que repeti-la?”
Darius deixou sobre a mesa seu vinho sem tocar. “Quer ir detrás de mim, pois então, faz-o. Deixa de utilizar a outros”
“me conte, Darius. Desfrutou dizendo a Rhi que tinha acabado o que havia entre ela e...”
“Para” disse ele para o Ulrik. “Não vá encolerizar me” O sorriso do Ulrik se ampliou. “Já o tenho feito”
Que satisfatório seria se Darius se transformasse e incendiasse todo o restaurante, recordando ao Ulrik que ainda estava apanhado em sua forma humana.
Isso teria acontecida centenas de anos antes, mas agora não. Especialmente com a filtração do vídeo. Darius não tinha outra opção que permanecer com forma humana e tratar com o Ulrik sem provocar uma cena.
Algo difícil com o Darius querendo armar uma grande cena.
“Nada o que dizer?” Mediu Ulrik com um sorriso.
Darius descansou seu braço sobre a mesa. “Acredito que tem muito medo para ir atrás de nós por você mesmo. Passou muito tempo sem sua magia e sem seu poder. Não recorda como é os ter, assim põe sua energia em machucar aos humanos. Ainda guardando esse rancor, por isso vejo”
“E você não?” Grunhiu Ulrik, com toda pretensão de sorriso desaparecido. “Pode me dizer honestamente que não os olha e se pergunta como seriam nossas vidas se eu os tivesse apagado da existência?”
“Não o vou negar, mas há uma pequena diferença. Fizemos um juramento, Ulrik. Uma promessa que como Reis Dragão não devemos romper”
“Con tem feito muitas promessas. Confia em mim quando te digo que ele rompeu a maioria delas”
Tão perto como tinham estado Con e Ulrik, Ulrik teria tido acesso a grande parte do que Con tinha feito. Mas poderia estar dizendo isso em um intento de que lhe voltassem as costas tanto ele como outros. "Bom intento"
Ulrik levantou uma sobrancelha negra. “Há uma coisa que não tenho feito durante tudo isto, velho amigo, e isso é mentir”
Darius passou uns momentos pensando em tudo o que tinha acontecido até esse momento. "Ressuscitou Lily?"
“vai revisar tudo o que crê que tenho feito e me pedirá que te dê uma resposta?”
“Nunca respondeu a ninguém sobre isso. Estou perguntando agora” “Lily estava morta. Logo não o estava”
“Essa é sua resposta?” Perguntou Darius com confusão.
Ulrik se encolheu de ombros um pouco. “Isso é tudo o que vai conseguir”
Ele era o único que podia ressuscitar a alguém, o que significava que tinha sido ele. Mas por que não o podia admitir diretamente? “E Darcy?”
“Tinha que fazê-lo” disse Ulrik, seus olhos dourados estavam inclusive um pouco mais frios que antes.
Outra admissão, sem dizer realmente as palavras. Ulrik não estava mentindo.
Merda.
“Se eu não estou mentindo, então quem o faz?” Perguntou Ulrik. “Está tentado debilitar Con”
“Está-o fazendo ele só sem minha ajuda” Ulrik se levantou e abotoou sua jaqueta de traje. “Tanto se sabe ou não, mostrou sua mão no que concerne a Sophie. Se preocupa por ela. Enormemente”
Darius ficou em pé e olhou diretamente ao Ulrik. “Sou o único na cidade. Corresponde-me protegê-la”
“E aparentemente compartilhar sua cama”
“Todos nós temos necessidades”
Ulrik colocou uma mão no bolso de sua calça e rodeou a mesa. Deteve-se quando chegou junto ao Darius. “Converterei Sophie em uma das minhas. De uma forma ou outra”
“Matarei-te eu mesmo se lhe pôr uma mão em cima”
“te pergunte por que Con estava tão decidido a me desafiar quando se converteu no Rei de Reis. É porque sabe que posso acabar com ele. E se posso fazê-lo, posso te fazer o mesmo”
“Com só a metade de sua magia?” Perguntou Darius com um bufo.
Mas Ulrik simplesmente sorriu antes de ir-se.
Darius queria lhe perseguir e pôr fim ao Ulrik essa noite. Con poderia estar zangado, mas o superaria.
Fechou os olhos e conseguiu pôr sua ira sob controle. Con não só se zangaria. Poderia muito bem encerrar ao Darius por toda a eternidade por perseguir o Ulrik.
Quão único Con tinha exigido era que Ulrik fosse dele, e só dele.
Entretanto, Darius não tinha que fazer fácil a vida do Ulrik. Saiu correndo do restaurante, mas não havia nada do Ulrik. O bastardo tinha desaparecido de novo. "Como consegue fazer isso?" perguntou-se Darius.
“Con” disse através de seu enlace mental. Logo que sentiu que Con lhe permitia entrar em sua cabeça, Darius disse “minha reunião com o Ulrik terminou. Desvaneceu-se outra vez”
“Deve ser um Dark que tem perto que lhe agarra” disse Con. “O que aconteceu?”
Darius começou a retornar ao piso de Sophie. “Ulrik jura que não nos mente”
“E?”
“Tentei lhe dizer que fosse atrás de nós em lugar de utilizar aos mortais. Tentei lhe aguilhoar dizendo que estava débil, e que por isso não nos perseguia”
“Funcionou?” Perguntou Con
Darius suspirou. “Não como eu tinha esperado. Especialmente quando mencionei nosso juramento de proteger aos humanos. Disse-me que você rompe todas suas promessas”
“Em outras palavras, suas matanças de mortais estão justificadas em sua opinião”
“Essencialmente”
“Ninguém incomodou a Sophie. Os homens do Ulrik estão ainda aqui, e não parece que se vão logo”
“Chegará em seguida”
Darius cortou a conexão. Não passou desapercebido para ele que Con não tinha admitido nem negado haver incumplido as promessas. De fato, Con o tinha passado por cima.
Nesse momento Darius alcançou o edifício de Sophie, e não podia esperar a abraçá-la. Entrou uma vez mais sem ser visto pelos homens do Ulrik.
Darius se apoiou contra a parede na área mais longínqua do vestíbulo. Observou-a mover-se pelo apartamento. O vestido negro tinha desaparecido, substituído com uma sudadera e um tartán azul a quadros de grande tamanho.
Ela de repente olhou para cima e sorriu, feliz de lhe ver. Sophie deixou a um lado a toalha que levava nas mãos. “Como foi?”
“Como esperava. Não me deu nada que pudesse utilizar”
Ela se mordeu o lábio inferior “Lhe dissuadiu com respeito a mim?” “Justamente o contrário, infelizmente”
“Hmmm” disse ela assentindo com a cabeça e com um olhar ausente em seus olhos enquanto os baixava. Logo lhe voltou a olhar. “por que entrou em minha vida?”
Darius não se moveu um centímetro. Ela tinha estado pensando, e isso era preocupe-se. “Lexi estava doente”
“E ela estava sendo perseguida para homens maus, o qual é pelo que Thorn não podia levá-la a um hospital”
“Isso é certo”
“Sei. Ia Ulrik atrás dela?” Quando ele não respondeu imediatamente, ela continuou. “Já me falou quem é. Estou nisto” ela moveu as mãos em círculos, “seja o que seja isto. Não perguntei essa noite. Estou perguntando agora”
Darius observou a Sophie. Não tinha idéia de quão impressionante aparecia estando aí parada em metade da luz, com seus homens jogados para trás, seu queixo levantado e o desafio em seu olhar. Nesse momento, Darius bem podia imaginá-la como uma das jaquetas celtas de antigamente.
Não estava absolutamente seguro de que lhe tivesse acreditado sobre o que ele era, mas não tinha fugido dele ou lhe havia dito que era um louco. Tampouco acreditava que ela continuava lhe dando a bem-vinda porque a estava mantendo a salvo do Ulrik.
Suas emoções eram genuínas. Lhe queria ali tanto como ele queria estar ali. Darius se estava consumindo por desejar a Sophie. Seu corpo estava em sintonia com o dela de uma forma que não sabia que fosse possível.
“Está pronta para isso?” Perguntou ele.
Ela tragou, assentindo com a cabeça. “Preciso saber. Por mim mesma. Por você”
Darius não foi até ela, entretanto, cada fibra de seu ser exigia sentir seu calor contra ele. Em lugar disso, manteve as distâncias para não curvá-la.
“Alguns dos mitos e lendas que se vieram repetindo derivaram que a verdade”
“Quais são verdade?”
“Derivados da verdade” a corrigiu ele. Logo respirou fundo. “Os Fae”
Sophie foi até o sofá e se acocorou nele lhe olhando. Fez-o em silêncio, esperando a que ele continuasse.
“Os Fae não são as delicadas criaturas aladas que exercem seu poder em público. Parecem-se com você ou a mim, exceto que são tão formosos que não parecem reais. Há duas classes do Fae: os Light e os Dark.
Sophie disse “Suponho que os Light são os bons, e os Dark os maus”
“Sim. Poderia ter visto algum Dark na cidade na cidade a noite em que ardeu e as semanas prévias a ela”
“os dos olhos vermelhos” disse ela com assombro.
Darius fez uma inclinação de cabeça assentindo. “Com o cabelo negro e prata. Quanto mais prata, mais maldades têm feito”
“Que maldade? Via às pessoas como um rebanho atrás deles”
“Os humanos se sentem atraídos por eles. Não podem evitá-lo. Os Dark têm sexo com eles, agradando aos mortais além de toda crença. Mas está feito para mascarar o que realmente são os Dark”
Sophie se estremeceu. “O qual é?”
“As almas. Todo o tempo que eles têm sexo com os humanos, eles drenam suas almas”
“Por Deus” murmurou ela.
Darius enganchou seus polegares em suas presilhas. “Os Light são igual de formosos. Têm o cabelo negro e os olhos chapeados por regra geral. Entretanto, todos os Fae podem usar o glamour para trocar sua aparência”
“OH, isso é genial” disse Sophie com sarcasmo.
“Uma vez que sabe o que buscas, pode localizar a um Fae tanto se eles usarem glamour ou não. Os Light permanecem em sua forma porque quando têm relações sexuais com um mortal, só o fazem uma vez”
Os lábios de Sophie fizeram uma careta. “Eles estiveram sempre por aqui também?, como vocês?”
“Os Fae chegaram faz milhares de anos. Eles têm seu próprio mundo que foi destruído em sua maioria por suas constantes guerras civis. Lutamos contra eles. As Guerras Fae ocorreram sem que os humanos soubessem”
“Que deveram ser faz muitíssimo tempo” disse Sophie com um pequeno sorriso.
Darius sorriu. “OH, sim. Faz muito, muito tempo” “Não os jogaram fora?”
“Os Light eventualmente se posicionaram a nosso lado, e fizemos que os Dark assinassem um tratado que lhes mantinha longe de Escócia. Nunca se supunha que deviam chamar lar a este reino, e entretanto o têm feito. Fizeram-no silenciosamente sob nossos narizes na Irlanda”
A boca de Sophie se abriu. “Irlanda?”
Darius levantou as mãos. “Confiamos em que manteriam sua palavra. Não o fizeram, e se voltou contra nós. Agora estamos em uma guerra com eles. O ataque ao Edimburgo foi um de quão muitos houve com o passar do Reino Unido. Os Dark estava tratando de nos manter fora de tudo para poder chegar a nós”
“Eles não chegariam até Lexi, verdade?”
“Apesar de nossos melhores esforços, eles o fizeram. Mas Thorn e Con, junto com uma Light Fae chamada Rhi, conseguiram resgatá-la. Ela e Thorn vivem agora em Dreagan”
Sophie suspirou ruidosamente. “por que os Dark vão atrás de vocês?”
“Têm uma aliança com o Ulrik. Estão trabalhando juntos, cada um nos atacando em diferentes momentos”
“Assim estão constantemente parando golpes de uma forma ou outra” disse ela com uma inclinação de cabeça. “É uma boa tática”
Darius teve que estar de acordo. “Isso é Ulrik”
“A maior parte do mundo viu o vídeo que os Dark gravaram de nós e que logo foi pendurado. Viu-o?”
Sophie lhe ofereceu um sorriso irônico. “Não acendo a televisão nem ponho atenção às notícias”
“lhe procure disse Darius.
Ela se levantou e procurou em seu móvel. Em uns minutos encontrou o vídeo e o olhou três vezes antes de lhe olhar “É isto real?”
“É. Isso era pelo que os Dark estavam lutando” Sophie deixou o móvel e lhe olhou. “Que mais há aqui?”
“Há Druidas, mas elas são humanas. Só humanas com magia. OH. Também há Guerreiros. São imortais também e têm um deus primário dentro deles. Entretanto, são boa gente. E nossos aliados”
“Todo este tempo” disse ela enquanto lentamente caminhava até ele. “Magia, imortalidade, e Dragões. Sinto como se tudo isto fora um sonho”
Darius atirou de uma mecha de seu cabelo vermelho. “Não é. É muito real. Lamento muito que tenha entrado nisto”
“Eu não”
Darius a olhou fixamente aos olhos, com as manchas douradas vibrantes na cor verde oliva. Não poderia haver ficado mais surpreso por suas palavras. "Sua vida está em perigo".
“Assim é. E estou aterrorizada. Logo penso em você. Trocou-me, Darius. Rompeu todas as barreiras que construí ao redor de mim”
Deveria lhe dizer que não pensasse em sua relação. Se isso for o que eles tinham. Ele não sabia mais. Honestamente, tinha acreditado que tinha tido seu casal, e a tinha perdido. Agora, não estava tão seguro.
O desejo pelo Sophie o dominava tudo. Se não a tinha, ia arder em chamas.
“Deseja-me?” Perguntou ela.
“Desejei-te do momento em que estive pela primeira vez fora do hospital. Soube da noite em que tomei na rua que te desejava”
A ela, os olhos lhe brilharam de desejo.
“O que quer você?” Perguntou ele.
“A você” disse ela diretamente antes de lançar os braços ao redor dele.
Darius a agarrou facilmente. Abraçou-a forte enquanto se beijavam ambos com desejo, como se nenhum deles tivesse suficiente do outro.
Colocou-a sobre o mostrador e lhe tirou a camisa. Ela sorriu enquanto atirava para baixo de suas calças de moletom. Quando ele viu as calcinhas de seda vermelha que cobriam seu sexo, gemeu de prazer.
“Não me faça esperar”
“Não” disse ele inclusive quando ambos desabotoavam as calças jeans dele e atiravam deles para baixo.
Entrou nela com uma investida, seu ruidoso gemido ecoou através do apartamento. Aqui era onde ele sentia paz, profundamente dentro dela.
* * *
Capítulo Vinte Sete
Con baixou o olhar até a parte superior do teto onde se encontrava. Quando veio ver o lugar de Sophie, soube que Darius confirmaria suas suspeitas. A prova estava justo ali diante dele.
Con o sentiu quando disse ao Darius que permanecesse na cidade e averiguasse o que Ulrik queria de Sophie. Tinha sabido que Darius sentia algo forte pela doutora, mas tinha esperado que fosse um pouco simplesmente sexual.
Vê-los falar mostrou ao Constantine muitíssimo. Tanto se Darius queria reconhecê-lo ou não, havia algo além da atração física entre os dois. As tripas de Con se contraíram de pavor porque tinha a sensação de que outro Rei Dragão tinha encontrado a seu casal. Entretanto, Darius nunca queria escutar, Con tinha tentado repetidamente lhe dizer que a mãe de seu filho não tinha sido a companheira do Darius. Mas Darius tinha estado muito destroçado por suas mortes para escutar.
Agora o estava experimentando de primeira mão.
Con ficou rígido quando sentiu uma mão em suas costas que lhe acariciava por cima do ombro até seu peito.
“Olá, amor” sussurrou uma voz feminina com um acento irlandês.
Usaeil.
Con se deteve enquanto ela caminhava para ficar frente a ele, passando sua mão por seu peito. Ela tinha um sorriso sexy e um vestido branco curto com um decote tão baixo que podia ver que não levava prendedor.
“supunha-se que não devia estar aqui” lhe disse ele.
Ela estalou a língua. “Sou a Rainha dos Fae. Posso fazer o que quiser”
“Então talvez precisa terminar com sua pessoa como atriz” Sua risada foi rouca “Se supõe que teria que estar feliz de me ver” “O estou”
“De verdade?” Sua mão baixou para cavar suas bolas e passar sua mão ao longo de seu pênis fláccida. “Estou começando a pensar que está mentindo”
Con agarrou suas mãos para detê-la. “É Novembro, Usaeil. Se os humanos lhe virem, perguntarão-se por que está com esse vestido sem um casaco”
“A quem lhe preocupa?”
“Disse-te que poderíamos manter nossa aventura se esta se mantinha em privado. Mostrou-te em meu hotel, e agora aqui. Em privado, Usaeil. Isso significa que se tem que guardar frente a todo mundo”
“Você é o Rei de Reis, e eu sou rainha” disse ela enquanto atirava de seus pulsos de sua sujeição, seus olhos chapeados se estreitaram com ira. “por que te importa se alguém sabe?”
“Não tenho que te explicar nada”
“Fará-a se quer compartilhar minha cama”
Ele simplesmente a olhou fixamente, recusando-se a responder.
O olhar do Usaeil se alargou enquanto ficava boquiaberta em estado de shock. "Ninguém me rechaça"
“Há uma primeira vez para tudo”
Depois de lhe esbofetear, Usaeil disse: “Não tem nem idéia do que tem feito”
Con lentamente voltou seu rosto até ela. “Disse-te minhas condições se você queria que não compartilhasse sua cama. Você esteve de acordo”
"progredimos além disso", argumentou, a dor enchendo seu rosto. “Não, não o temos feito”
“Estou pronta para contar tudo aos Light, Con. Por que não unir nossas duas raças?”
“Porque se supunha que os Reis não iam emparelhar-se com os Fae”
Ela sacudiu sua cabeça, lançando seu comprido cabelo negro sobre o ombro. "O que tem do Kiril e a Shara?"
“Uma exceção”
“E o que de Rhi e...”
Ele baixou o rosto até o dela e rugiu “Nem sequer o diga”
O sorriso dela era frio e calculista. “O grande Rei de Reis teme que outros descubram que está deitando-se com um Fae”
“Não tenho medo” Não, o que sentia era muito mais profundo.
Usaeil olhou sobre seu ombro até a janela onde pôde ver o Darius e Sophie fazendo amor sobre o mostrador. Ela começou a soltar uma risadinha pelo baixo. Esta se converteu em risada quando se voltou até ele. “OH, está muito triste, Constantine”
“Há muito desordenado agora mesmo. Deveria estar com sua gente ou reunir seu exército. Escutei os rumores sobre os Reapers. Tornaram?”
“Não te atreva a tentar sequer me dizer como dirigir aos Light” As aletas de seu nariz se alargaram. Com um estalo de seus dedos, o vestido desapareceu ficando nua. “Pode pretender que não me deseja, mas ambos sabemos que posso te pôr de joelhos”
“Nunca me ajoelharei por você” declarou Con.
Seu olhar desceu por seu corpo, e seu pênis se endureceu. Mas maldição não recusaria a ela. Con rodeou com as mãos seu pescoço e apertou. Isso só a fez sorrir. Estava a ponto de tombá-la e tomá-la quando um brilho de cabelo branco chamou sua atenção. Con se inclinou até ela e lhe sussurrou: "me espere em sua cama. Quero-te nua e molhada"
“Eu sempre estou pronta para você, amor” disse ela com um rápido beijo antes de desvanecer-se.
Con enfocou no ponto onde tinha visto o cabelo branco. Ali, junto nas sombras viu um homem. Era alto e de formidável aparência, e justo como Darius havia descrito, tinha um comprido corto branco.
O homem dava as costas a Con assim não podia ver seus olhos, mas era Fae. Light ou Dark estava por ver-se. Possivelmente era o momento de que Con fosse a falar com ele.
"Nunca senti a coisa do voyerismo" veio uma sarcástica voz irlandesa detrás dele.
Con fechou os olhos e rezou por ter paciência. O que tinha feito para merecer uma visita do Usaeil e de Rhi uns minutos uma depois da outra? Logo isso golpeou Con. Se Usaeil não se foi, Rhi os teria visto. As implicações disso tinham ao Constantine assustado. Usaeil disse que não lhe importava quem lhes descobrisse, mas sabia que isso também era uma mentira. Importava-lhe muito se Rhi sabia. Porque, se Rhi sabia então...
“Também é de má educação ignorar às pessoas” disse Rhi.
Con abriu os olhos, mas o Fae de cabelo branco se foi. Outra vez. Girou-se para encontrar Rhi sentada no beiral com suas pernas balançando-se sobre um lateral enquanto se olhava as unhas.
Levou a Con um momento dar-se conta que não estava vestida de negro pela segunda vez. Levava um suéter bege com fios de ouro. O tecido vaqueiro escuro se aderia a suas pernas como uma segunda pele e mostrava quão largas e magras eram.
“O que está fazendo aqui?”
“eu adoro estas nossas conversas” disse ela e lhe lançou uma doce e açucarado sorriso falso. Bateu suas largas pestanas. “Sempre vou tão quente e alvoroçada”
“Rhi” lhe disse ele em advertência.
Como se ele não tivesse falado com um tom que sempre conseguia o que queria, Rhi disse: “Pensei que Darius precisava desafogar-se depois de todos esses anos de sonho, mas tal e como toca e beija a essa mortal, isto é muito mais que um pó rápido”
Como se Con não soubesse isso já. “Eu me preocuparei de meus homens”
"Fez um grande trabalho até agora" Girou suas pernas antes de levantar a cara até o céu. "Há suficientes nuvens. Pensei que estaria ali acima"
“Não posso. E sabe”
“Correto. Sei” Outra vez lhe mostrou outro sorriso zombador.
Lhe estava cravando. Con normalmente era capaz de tirar-se de cima seus comentários sarcásticos e formas antagonistas, mas não esta noite. Muitas coisas estavam ocorrendo de uma vez. Estava sendo miserável em um milhão de direções, e não estava seguro da qual delas pôr atenção.
“Quer que sejam infelizes?”
Tomou por surpresa sua pergunta feita brandamente. Con observou seu perfil enquanto olhava as ruas debaixo deles. Sabia sem perguntar que ela se referia aos Reis Dragão.
Embora tinha jurado proteger aos mortais, isso não significava que estivesse preocupado por sua felicidade.
“Você sabe que não”
Ela levantou seus olhos chapeados até ele. A brincadeira tinha desaparecido. Por uma fração de segundo, ela revelou seu verdadeiro eu. "Não sei. Nem tampouco sabem eles"
“Não quero que se machuquem” Con nem sequer tentou pretender que não tinha idéia da o que ela se referia. Tudo era sobre os Reis e as companheiras encontradas. Tudo parecia retornar a isso.
“É uma parte da vida, já seja Fae, Dragão ou mortal. Está atuando como um pai que não quer que seus filhos aprendam a montar em bicicleta porque podem cair e arranhar um joelho”
“Isto é muito mais que um joelho ferida, Rhi”
Seu sorriso foi um pouco triste e desolada. “Pode honestamente me dizer que nenhum dos Reis Dragão alguma vez traiu a alguém? Ou mentiu? Ou matou? Ou roubou?”
“Só quando foi necessário”
“Agora é Deus? Decidir o destino de um humano quando faz a vista gorda a sua própria raça ou põe desculpas”
Ela disse tudo aquilo sem calor, o qual foi a única razão pela que ele não se zangou. “Não julgo aos mortais”
Rhi balançou suas pernas até que plantou seus pés no teto e se levantou. Ela sacudiu sua cabeça até ele, sorrindo ante suas palavras. "Confia em seus homens. Deixa que decidam seus destinos, e se acontecer algo, esteja ali para lhes ajudar. Mas segue meu conselho, não te interponha em seu caminho ou trate de lhes acautelar"
Con estava receoso. Não era próprio de Rhi querer lhe oferecer tal ajuda. Foi bom, o que lhe incomodou. Deveria havê-lo sabido e não ter tido a uma Fae que lhe oferecesse tal raciocínio.
“Faz isto por eles, não por você” disse ela. Lhe olhou de cima abaixo como se fosse uma caca em seus sapatos.
Con cruzou os braços e sorriu. “Deve-me isso”
Lhe olhou fixamente “Dever? Eu devo a você? O que te fumou?” “Salvei-te a vida”
Os ombros de Rhi começaram a sacudir-se enquanto ria. “OH, honey” replicou com tom de brincadeira. “Eu estava ali por minha própria vontade para ajudar ao Thorn. Não me pediu isso, e não te pedi permissão”
“Mesmo assim te salvei a vida”
“Quantas vezes ajudei aos Reis? Acredito que me deve isso e muito mais antes que inclusive me sinta em dívida contigo”
Não pôde deter seu próprio triunfante sorriso enquanto imaginava o que a incomodava. “Irritou-te que eu fui quem curou suas feridas.”
"Está presumindo como um pavão", disse com indignação. "Não te necessitava"
O sorriso caiu da cara de Con enquanto deixava que seus braços caíssem aos flancos. "Realmente me necessitou, Rhi. A ferida foi grave"
“E você não me deixou morrer? Uma moléstia menos em sua vida”
Ela tinha razão. Tivesse sido bastante fácil deixá-la morrer, mas nunca tinha entrado em sua mente.
"Rhys deve ter estado ali te obrigando a me curar" disse com um sorriso. "Arrumado a que doeu"
Con a deixou acreditar isso. Não precisava saber que a tinha curado por sua própria vontade sem que nada fora exigido pelos Reis.
“Acredito que deveria estar agradecida de que não fomos só nós dois ou estaria atormentando seu traseiro neste momento”
“A próxima vez poderia não ser tão afortunada”
Ela o olhou com lástima. "Se crê que vai acontecer, é tão parvo como acredito que é. Essa descarga de magia teve sorte"
“Ulrik te feriu com ela”
Ela olhou até o céu. “Sei. É a guerra”
“Desde quando continua a amizade com alguém que tentou te matar?”
“Não sou amiga dele. Mas ele é um inferno de beijador” disse ela com uma piscada.
Con suspeitava que Ulrik e ela tinham estado juntos, mas ter a confirmação enviou uma onda de fúria através dele. "De que lado está, Rhi? Do nosso ou do Ulrik?"
“É um idiota, Con” disse ela antes de afastar-se se teletransportándo.
* * *
Capítulo Vinte Oito
Darius recordava sua conversa com Sophie em sua cabeça, uma e outra vez enquanto ela dormia em seus braços. Cada vez que faziam amor, era novo e maravilhoso. E cada vez sentia que a conexão entre eles se estreitava.
Isso era o que ela temia, -e ele.
Sophie era uma boa pessoa. Ajudava aos que o necessitavam e era uma doutora com talento. Se não pudesse ser tocada por seu mundo, isso seria o melhor.
Tinha-lhe contado tudo porque ela tinha perguntado -e porque queria que ela soubesse. Mas uma vez que Ulrik se enfrentasse a ele, Darius faria que Guy entrasse e apagasse tudas as lembranças com ele.
Era como pensava deixar as coisas quando fosse da cidade e de sua vida de uma vez por todas. Quanto mais tempo permanecesse, mais difícil seria para ele partir.
Estavam crescendo seus sentimentos por ela. Sophie foi benta com um dom de cura. Não podia afasta-la disso.
“Alguma vez dorme?” Sophie perguntou.
Ele olhou para baixo para encontrar seus olhos abertos e lhe olhando. Darius sorriu e disse “um pouco. Não necessito muito. Por que não está dormindo?”
“Deveria fazê-lo. Cansou-me de novo” disse ela com um sorriso. “Só estava pensando em todas as coisas”
“E?”
“Obrigado por me contar isso “
Ele a beijou, fazendo-a rodar sobre suas costas. Segundos depois ele ouviu a voz de Con em sua cabeça. Darius se sentou e suspirou.
“O que acontece?” Perguntou Sophie.
“Con”
Ela levantou as sobrancelhas. “Um... o que?”
“Como Dragões, temos um enlace mental que nos permite nos comunicar. Con está me chamando”
Sophie negou com a cabeça e se levantou para ir ao banho. “Melhor responder” disse ela com uma piscada.
“Sim”, disse Darius.
“Necessito-te no hotel”
“Não quero deixar a Sophie só. Ulrik não parará até tê-la” “Não estará muito tempo aqui”
Sophie retornou ao dormitório para ver o Darius sentado no bordo da cama com a cabeça entre as mãos. “Passa algo mau?”
“Con quer me ver”
“Deve ser algo importante, então”
Darius levantou a cabeça e se aplaudiu as pernas enquanto se deixava cair. “Não quero te deixar só”
“Irei ao hospital. Há muita gente ao redor. Ulrik não poderá me alcançar” Darius assentiu. “Vá se vestir. Levarei-te eu mesmo”
Sophie tomou banho e se vestiu. Minutos depois estavam saindo do edifício. Ela olhou boquiaberta ao Darius quando chamou um táxi. “Não te importa que os homens lhe vejam?”
“Ulrik já sabe que estou contigo aqui. Já não importa” disse Darius enquanto abria a porta do táxi.
Sophie se deslizou dentro do carro com o Darius seguindo-a. Lhe jogo um braço pelos ombros e a aproximou mais. Ela descansou a cabeça sobre os ombros dele e sorriu.
Muito logo chegaram ao hospital. Darius pagou ao condutor e a escoltou dentro do edifício. Ali a deteve e lhe agarrou o rosto entre as mãos enquanto a beijava lentamente.
Ela sentiu que seu coração se derretia. Quando abriu os olhos, ele a estava olhando.
“Não vá com ninguém que não conheça. Mantenha-se com alguém todo o tempo. Voltarei assim que possa. Prometo”
“Sei” disse ela e se levantou nas pontas dos pés para lhe dar outro rápido beijo. “Tome cuidado”
Darius sorriu. “Sempre tomo cuidado, doc”
Ela riu enquanto ele se voltava e se afastava. Agora sua preocupação começava pelo Darius.
* * *
Capítulo Vinte Nove
Darius entrou em hotel e localizou Con que estava no vestíbulo falando com uma morena de pernas largas que não podia parar de lhe tocar. Logo que Con lhe viu, disse umas poucas palavras à mulher e se afastou.
“arruinou sua noite” disse Darius.
Con se encolheu de ombros. “Ela encontrará a alguém mais logo. Vamos”
Caminharam até o elevador e subiram ao último piso. Darius seguiu Con à suíte do apartamento de cobertura que ocupava todo o piso.
Seus passos se ralentizaron quando ouviu vozes provenientes da sala de estar. Dobraram a esquina e Darius viu Kiril e Rhys. Kiril se sentava em um sofá enquanto Rhys estava no outro. Cada um deles tinha um copo de uísque na mão e debatiam de boa vontade algo que Darius nem sequer tentou descobrir.
"Vê-te bem satisfeito", disse Kiril enquanto ficava de pé quando entraram. Os olhos de cor verde trevo do Kiril o observavam cuidadosamente.
Darius aceitou o copo de uísque que Constantine lhe oferecia. “Opina sobre seus próprios assuntos”
Rhys levantou seu copo de uísque até o Darius, com seus olhos azuis água rodeados de azul marinho muito sérios. “Ulrik volta para seus velhos truques de novo?”
“Novos truques”, declarou Constantine.
As sobrancelhas do Kiril se levantaram “OH? Explica-o”
Darius se surpreendeu porque ainda não lhes tivesse informado, e mais se surpreendeu ao descobrir que estavam em Edimburgo.
“Pedi-lhes que dessem uma mão quando te reuniu com o Ulrik ontem à noite” lhe explicou Con antes que o Darius pudesse perguntar.
Darius bebeu de seu uísque e deixou que seu calor se estendesse por sua garganta e seu estômago. Necessitava uma garrafa inteira de uísque, não só um trago.
Kiril se sentou no braço arredondado do sofá, com preocupação em seu olhar enquanto retirava de frente uma mecha de cabelo de cor trigo. "Está Sophie em perigo?"
“Sim. Ulrik vai atrás dela para me machucar”
Con saltou e disse “Pedi ao Darius que permanecesse na cidade porque Ulrik apareceu no hospital onde trabalha Sophie. Ele estava ali por ela”
“Tem sentido” disse Rhys.
Darius se dirigiu até o aparador e se serviu outro copo de uísque. “O que Con não lhes está dizendo é que Sophie e eu nos deitamos”
O silêncio detrás dele era ensurdecedor. Darius bebeu seu segundo copo e serviu um terceiro.
“Segue” insistiu Kiril.
Darius levantou seu copo e se encarou os outros. “Ulrik a esteve observando. Está sendo seguida aonde quer que vá”
“Ele sabe que a está visitando?” Perguntou Kiril.
Darius assentiu com a cabeça. “Sabe que ainda estou na cidade”
Rhys franziu o cenho enquanto se deslizava até o bordo do sofá. "O que quer dizer com 'ainda' aqui?”
“Ele sabe de Sophie e eu” disse Darius. O rosto do Kiril se enrugou. “Quer dizer que lhes esteve espiando pelas janelas?”
Con não disse uma palavra enquanto se dirigia à ventania e olhava fosse o horizonte antes do amanhecer.
“Não” disse Darius. "Nós... estivemos à intempérie"
"Isso é algo melhor, mas ele ainda olhava" disse Kiril com desgosto. Rhys deixou seu copo sobre a mesinha do café. “Assim Ulrik está interessado nela por você”
“Tentei lhe convencer que ela só era uma forma de relaxar meu corpo, mas não me acreditou”
Darius olhou para baixo ao liquido dourado do uísque antes de voltar a beber. “Quando primeiro Sophie nos ajudou com Lexi, não fez perguntas. Ela perguntou esta noite”
“E lhe contou” disse Con sem voltar-se.
Rhys olhou a Con antes de enfocar-se no Darius uma vez mais. “O que aconteceu?” “Aceitou-o” disse Darius.
“Ao menos não pensou que estava louco” disse Rhys.
Kiril agachou a cabeça. "Ou que suas bolachas não estavam bem cozidas" "Ou que seu piloto se apagou", brincou Rhys.
Kiril negou com a cabeça enquanto olhava ao Rhys. “Ou que tem poucas uvas para uma salada de frutas"
“Ou que não é o mais rangente da bolsa”.
“Ou que lhe faltam umas quantas folhas do arbusto”
“Ou que não tem todos os pontos nos jogo de dados” “Ou que perdeu o contato com a realidade” “Ou que ele não é o navio mais rápido da frota” “Ou que é a ovelha curta do rebanho”
Darius fechou os olhos e rezou por ter paciência para agüentar aqueles dois.
Kiril riu dissimuladamente e disse: "Ou que tem poucas cerdas em sua vassoura" “Não, que ele está tecendo com uma só agulha”
Con esclareceu a garganta, mas se podia ver seu sorriso no reflexo do cristal da janela. “Acabem com isto, homens”
Rhys se inclinou com um brilhante sorriso. "Estaremos aqui toda a noite"
Mas essa vez inclusive Darius estava sorrindo enquanto lhe olhava. Passou junto ao Kiril e se sentou no sitio oposto no sofá. “Sophie sabe que Ulrik é perigoso. Deixei-a no hospital antes de vir”
O sorriso do Kiril caiu “Ele pode ainda chegar a ela” “Mas isso não é tão fácil” disse Darius
Rhys passou uma mão através de seu comprido e marrom escuro corto. “Ulrik tem um final de jogo. Tentou várias formas de chegar às mulheres com as que estamos”
“Não se deu por vencido antes. Tampouco o fará agora” disse Con. Kiril lhe olhou. “Sophie é importante para você, não?”
"Parece que sim" Con se deu a volta da janela e lhes olhou de frente.
Rhys provocou Darius com um olhar "Sim" Darius exatamente sabia ao que ele estava aludindo. “Eu já tive meu casal”
“Talvez estava equivocado” disse Kiril.
Con passeou lentamente pela habitação “Independentemente, Ulrik quer me ferir através de todos vocês. Desmentir o que ele pensa que é uma companheira potencial para um Rei é só um golpe mais”
A cara do Rhys ficou muito séria. "O que vamos fazer?"
"O que terá que fazer além de levar Sophie longe a Dreagan?" Perguntou Kiril.
Darius negou com a cabeça. “Não. Ela tem uma carreira aqui. Para ela é importante seu trabalho. Não vou afasta-la e arruinar sua vida. Temos que protegê-la aqui”
Os três intercambiaram olhadas.
“Está diferente” declarou Rhys.
Kiril assentiu duas vezes “O está”
Darius olhou a Con que parecia estar lhe estudando. Ele estava diferente. Sabia desde fazia um tempo e sabia que o motivo era Sophie.
Tinha estado quebrado. Todos os Reis Dragão o estavam de uma maneira ou outra, mas ele mais que outros.
“Falou a ela de seu passado?” Perguntou Rhys.
Darius se olhou a mão que estava em fechada em um punho. “Fiz-o. Ela também me contou o seu”
Kiril deixou sair um suave assobio. “Nunca falou disso com nenhum de nós. A mera menção disso enviou a sua montanha durante séculos”
Con se sentou no sofá contrário ao do Darius e descansou um tornozelo sobre o outro joelho. “Quão longe crê que Ulrik quer chegar com a doutora?”
Darius se inclinou até diante e se esfregou o rosto com as duas mãos. Olhou aos três através de seus dedos antes de deixar cair as mãos e descansou seus cotovelos sobre suas coxas. “Ulrik se sente crédulo. Muito crédulo”
“Essa é a forma em que está de um tempo a esta parte” disse Rhys.
Darius negou com a cabeça. “Não como agora. Pôde desafiar Con ontem à noite e não o fez”
“Darius está correto” admitiu Con. “Ulrik me disse que me quer tirar isso tudo”
Rhys ficou de pé de um salto e olhou a Con “Você falou com ele? Quando?” “por que não nos contou isso?” Exigiu Kiril.
“Não tenho que responder a nenhum dos dois” disse Constantine com um tom frio.
Darius não estava zangado como Rhys e o Kiril. Em lugar disso disse “O faz. Justo quando nós lhe perguntamos”
“Não lhe estamos perguntando com quem está compartilhando sua cama” disse Kiril.
Rhys lançou ao Kiril um olhar estupefato. “Seu pode que não o faça, mas eu, seguro como o inferno, que o faço”
Darius olhou a Con atentamente. Havia algo nos rumores que giravam em torno de Dreagan sobre os desaparecimentos de Con então. Tinha uma amante, tal como Rhys suspeitava desde fazia muito tempo, e era evidente que se tratava de alguém do que Con se negava a falar.
“Não lhes falei de minha conversa com o Ulrik a causa justo desta reação” disse Con sobre o Rhys que continuava falando.
A habitação ficou em silêncio. Só então Con voltou a cabeça e olhou ao Rhys. “Isto não tem nada que ver com quem compartilha minha cama. Vai sobre o Ulrik”
“Não. Isto vai sobre a confiança” disse Kiril.
Douradas sobrancelhas de Con se levantaram. “Não confiam em mim?”
“Não confio em que você não ataque ao Ulrik se chegar a esta habitação?” Disse Rhys.
Con assinalou ao Darius. “Ele viu a reunião. perguntem a ele como foi”
Três pares de olhos se voltaram até ele. Darius franziu o cenho até Con antes de olhar ao Rhys e ao Kiril. “Eles falaram no bar de baixo. Ulrik convidou Rhi para ser testemunha. Ela se sentou com eles sem dizer muito. Con e Ulrik tiveram uma discussão sem levantar um dedo um contra o outro”
“Não deveria ter ido só” disse Kiril a Con.
Con bebeu de seu uísque e disse. “Não o fiz. Darius estava ali” “Então você sabia de sua reunião?” Perguntou Rhys.
Darius negou com a cabeça enquanto dizia “Não. Estava seguindo ao Ulrik e aconteceu tudo isto”
“Ulrik poderia ter tido homens ali, Con” disse Kiril.
Con descansou o braço sobre o respaldo do sofá. “Não os tinha”
"Não tem sentido esclarecer isto" disse Darius. "A reunião teve lugar. Está feito e terminado. O que temos agora é o que se disse ali, o que Ulrik me disse, e o que sabemos que contou a Con".
Rhys se voltou e murmurou um “que me fodam” enquanto ia a por mais uísque.
Retornou um momento depois e preencheu todos os copos.
Kiril voltou para seu assento no sofá, com o rosto cheio de rugas de preocupação. “Os mortais desconfiam de tudo o que não entendem”
“O que significa nós” disse Rhys.
Darius se esfregou um lado da cabeça. "Se Sophie não tivesse crédulo em mim, tudo isto poderia ir muito diferente. Ela não acreditava em nada mágico"
“Está seguro de que ela o faz agora?”, perguntou Con.
Darius assentiu com a cabeça. Estava mais que seguro. Rhys olhou a cada um deles. “Tudo o que Ulrik tenta fazer é matar às mulheres. Fará algo estúpido. Precisamos estar preparados”.
* * *
Capítulo Trinta
Rhi não esta segura de por que foi à suíte de Con. Bom, estava toda a espionagem sem que ele soubesse nada disso. Sempre arrumava para saber quando ela estava em seu escritório em Dreagan, mas até agora, no hotel, ainda não se tinha dado conta.
Ou se o fazia o guardava para si mesmo.
“Rhi, esteve ali?” Rhys disse com um olhar de cepticismo. “Ulrik esteve perto de matá-la, e esteve de acordo em vir? Não o entendo”
Con se meio encolheu de ombros. “Nem sequer o tente. Não funciona. Há um registro de nossa conversa com ela agora. Isso é tudo o que importa”
“Ela pode nos ajudar, então” disse Kiril.
“Fará-o?”
É obvio que tinha que ser Con quem perguntasse isso. Rhi lhe tirou o dedo anelar. Que idiota, mas ela sempre tinha sabido que o era.
"Ela o fará" disse Rhys. "Rhi sempre esteve aí para nós" Houve uma pausa e Darius disse, “Recentemente esteve... ausente”
"Eu também o estaria". Rhys se levantou e ficou frente aos sofás. “depois de tudo pelo que ela passou, merece um tempo”
Kiril levantou seu copo de uísque. “Penso igual a Rhys. Arriscou sua vida por nos ajudar a Shara e a mim. Quantas outras vezes se pôs ela mesma em perigo por nós?”
“Muito para as enumerar” disse Rhys.
Rhi sorriu ao Rhys e o Kiril, mas seu sorriso desapareceu quando se voltou até o Darius. Estava recordando esse dia, fazia tantos milhares de anos em que trocou sua vida para ela?
Não podia lhe olhar sem pensar nisso. E embora não fosse justo por sua parte, tinha enfocado todo seu ódio nele porque nem sequer podia pensar em odiar a seu amante.
Isso durou um tempo, mas finalmente essa ira se voltou até o que tinha enviado ao Darius. Inclusive agora não entendia por que Darius tinha aceito lhe trazer notícias tão inquietantes. Odiava-a tanto?
Ele era um dos poucos Reis que nunca se emocionou com seu romance. Darius tinha que ter desfrutado observando como seu mundo se vinha abaixo. Havia outros Reis que sentiram o mesmo? A usavam para o que podia fazer para lhes ajudar? Isso era tudo para o que era boa?
Sabia que Con adoraria que nunca voltasse a mostrar seu rosto. Rhi olhou aos quatro Reis Dragão na habitação. Sabia sem lugar a dúvidas que podia contar com o Rhys para algo.
Do resto dos Reis Dragão não estava segura. Sim, tinha ajudado ao Kellan, Tristán, Kiril, Laith, Warrick e o Thorn, mas a ajudariam a ela se as situações fossem ao reverso?
Rhi se apoiou contra a parede e voltou a cabeça até onde seu observador não estava além de cinco pés dela. Não importava onde se transladava, velada ou não, era capaz de encontrá-la. O que pensaria ele do que estava escutando?
Por que sequer se preocupava?
“Rhi está lutando” disse Darius. “Infernos, todos nós estamos de acordo nisso agora”
Kiril assentiu com a cabeça lentamente. “E só vai piorar” “Como estão suas companheiras?” Perguntou Con ao Rhys e ao Kiril.
Kiril intercambiou um olhar com o Rhys. “Shara é Fae. Está mais que bem. Está interessada e preocupada, mas está bem”
“Conhece Lily” disse ao Rhys com um sorriso.
Rhi sentiu que seu coração se contraía. Ver tanta devoção na olhar do Rhys quando falava de seu amor. Como sentia falta de Rhi ter esse tipo de conexão com alguém, física e emocional.
“Já passou por muito”, continuou Rhys. Isto Capeará como faz com todo o resto”
Con assentiu com a cabeça. “Bem. Eu gostaria de saber o momento em que qualquer dos casais se inquieta ou molesta”
“por que?” Perguntou Kiril.
Darius manteve seu olhar fixo no chão porque ele sabia sobre o intercâmbio entre Con e o Ulrik em relação aos casais. Rhi não ia ser quem dissesse aos Reis o que poderia passar a suas companheiras. Ulrik estava correto em que Con deveria falar com eles, mas Con não o faria.
Por que? Tivesse sido um bom argumento para evitar que os Reis tivessem tomado companheira. De novo, não havia muito que Con fizesse que Rhi o entendesse. Ele era um enigma, e ela tinha aprendido desde fazia muito tempo que ele não seguia as regras de ninguém mais que as suas.
“As coisas podem ficar mal para todos nós” disse Con. “As companheiras revistam estar a salvo em Dreagan. Isso pode não ser o caso em algum tempo”
“Do que nos está falando?” Exigiu Rhys.
“Precisamos manter o foco sobre o Ulrik e Sophie” disse Con. “Podemos discutir isto depois”
Rhi podia ver que Darius sentia algo muito profundo por Sophie. Queria protegê-la como todos os Reis faziam, mas havia algo mais que fazer. Ela o tinha visto se por acaso mesma mais cedo quando se tropeçou com o Constantine lhes olhando juntos.
Esse era o mesmo tipo de magnetismo louco e primário que não se negaria.
Rhi sentiu uma vez essa mesma classe de luxúria. Morria por senti-la uma vez mais.
Algo lhe tocou o cabelo. Relaxou-se ao dar-se conta de que seu observador se aproximou. Era o mais perto dela que tinha estado -que soubesse. Podia estirar o braço e lhe golpear no estômago se queria, mas não o fez.
Sentia-se...bem... lhe ter ali. Possivelmente se tinha convertido em uma espécie de consolo já que sempre estava perto. Ele via tudo, escutava cada palavra. Quão único ele não sabia era o que havia em sua cabeça, e inclusive que não estava segura de se manter-se separada dele.
A única pessoa que tinha estado assim de perto dela foi seu amante. Doía-lhe fisicamente não o ter assim de perto.
Sentia falta de seu aroma.
Sentia falta de seus braços ao redor dela.
Sentia falta de ser desejada e tocada.
Sentia falta de agarrar-se das mãos e abraçar-se.
Sentia falta de compartilhe comidas, risadas e lembranças.
Sentia falta dos sorrisos secretos que só duas pessoas que tinham intimado compartilhavam. Sentia falta dele, desejava a ele e a seu amor.
Rhi retirou seus pensamentos e se deu conta que perdeu muito da conversa em que Darius falava sobre a rotina de Sophie.
Durante outra meia hora os quatro discutiram idéias sobre o Ulrik e como poderiam adiantar-se a ele. O problema com todos seus planos era que implicava não permitir que os humanos soubessem deles.
Isso era onde Ulrik seguia tendo vantagem. Não lhe importava que tirasse o chapéu que era um Rei Dragão. Posto que não estava preocupado de manter tão drástico secreto, tinha uma vantagem que ninguém em Dreagan tinha. Com esse tipo de vantagem, não havia nada que os Reis pudessem fazer para superá-lo.
Rhi falaria mais tarde com o Rhys. Escutaria-a e o diria a Con. Não é que o Reis não fossem fazer nada com essa informação.
Darius, Kiril e o Rhys ficaram e ordenaram um serviço de habitações enquanto abriam outra garrafa de uísque Dreagan e continuavam seu bate-papo sobre o Ulrik. Con se levantou e saiu da habitação.
Rhi lhe seguiu acontecendo junto ao piano de cauda, a mesa de comilão que podia acomodar a doze pessoas, outra sala de estar, e até uma das três habitações.
Posto que Con tinha escolhido esta, evidentemente era a principal. O tamanho era impressionante, incluindo a grande cama coberta de um edredom branco com toques navais ao redor da habitação.
Con continuou além da cama até as portas dobre que davam saída para balcão. Curiosa, Rhi lhe seguiu, surpreendendo-se ante quão grande era o balcão.
Ele se apoiou sobre o corrimão de ferro em vez de tomar uma das muitas cadeiras. Durante vários segundos olhou fixamente à cidade com as mãos juntas.
Então disse, “Pode te mostrar de uma vez agora”
Rhi olhou até seu direito onde estava seu observador. Sabia que Con não sabia dele, mas ela tampouco queria que Con descobrisse que alguém mais tinha estado escutando sua conversa.
Ela se deu a conhecer e saiu ao balcão. Ele nem sequer olhou em sua direção. Rhi se afundou em uma das cadeiras e o examinou. Con parecia depravado por fora, mas ela se imaginava que por dentro o estava algo menos. Tinha aprendido a dominar suas emoções. Isso desanimava a muita gente porque assumiam que suas reações refletiam o que ele estava pensando. Esse nunca era o caso quando se tratava de Con.
Por isso não se surpreendeu quando sua voz, destilando fria cólera disse “Estou cansado de que me espie”
“Não estou aqui por você”
Girou lentamente a cabeça até ela. “Rhys está bem situado agora”
“Sempre pensa que sabe o que estou fazendo. Quantas vezes temos que acontecer antes que te dê conta de que não sabe nada?”
Imediatamente seguinte ele a estava levantando da cadeira, seu antebraço apertado contra sua garganta enquanto a sujeitava contra a parede.
Rhi sorriu depois de sua inicial surpresa ante seu repentino movimento. Con normalmente tinha palavras para ela. Esta era a primeira vez que se fazia de valer fisicamente, o que demonstrava quão nervoso estava. "Do que está assustado?"
“De que nos traia. Rhys canta seus louvores constantemente” disse enquanto seu rosto estava perto do dela. “Ele não pode ver que não tem as mesmas lealdades que antes”
Ela levantou o queixo, lhe desafiando com os olhos. "Equivoca-te"
“Então me diga a verdade, Rhi. Por que veio quando Ulrik te chamou? Ele esteve perto de te matar”
“Disse-te a verdade. Sabe que eu não minto” disse ela enquanto ele pressionava mais duramente contra sua garganta.
Os lábios dele se retraíram em um sorriso “De verdade sei? Possivelmente tenha aprendido a controlar a dor o suficiente para ser capaz de mentir”
“Não o tenho feito” disse ela e o empurrou para afastar o dela.
Seu olhar desceu por seu corpo por um instante antes de voltar a olhá-la. "Agora isto?"
Rhi se olhou as mãos para ver que estavam brilhando. Con sempre tinha uma forma de fazer que se zangasse e perdesse o controle. Fechou a distância entre os dois e colocou suas mãos em seu peito.
Deixou que o poder de sua magia que a fazia brilhar fluíra da palma da mão e através de seu peito. Sua mandíbula se contraiu enquanto seu brilho aumentava, mas ele não retrocedeu.
As cadeiras a seu redor começaram a tremer sobre o cimento, recordando a Rhi que estava em metade de uma cidade. Tinha que recompor-se ou poderia matar a muitos mortais.
Deu-lhe um duro empurrão com sua magia antes de retirar a mão. O brilho diminuiu quando controlou sua fúria. Ela olhou a Con acima e abaixo.
“Foi à reunião porque Ulrik o pediu. Fui por causa dos amigos que tenho em Dreagan. Foi porque queria estar ali. Fui fazer a seu traseiro um favor. A próxima vez, declinarei”
Ela começou a dá-la volta para afastar-se quando a mão dele a agarrou pelo braço para detê-la. Rhi olhou para baixo a seus dedos, logo lhe olhou ao rosto.
“Não confio em você”
“Nunca o tem feito” respondeu ela com frieza. “Não é nenhuma notícia”
Ele atirou dela para que suas caras estivessem a centímetros de distância. "Se nos trair, não haverá nenhum lugar onde possa te esconder no que não te encontre. E te matarei"
Ela sorriu, brevemente debatendo-se em se pôr seus lábios sobre os dele e ver sua reação. Justo antes de afastar-se teletransportándose, ela disse “Beija meu traseiro”
Capítulo Trinta e Um
Sophie fez sua ronda, tomando seu tempo para conversar com os pacientes e olhando seus expedientes e gráficas. Voltar para hospital lhe dava sentido de pertença como sempre fazia.
Logo pensou no Darius e em como, com ele, também se sentia como se pertencesse, como se estivesse com a outra metade dela mesma.
Manteve sua mente ocupada com pacientes, medicina e algo mais que impedisse que pensasse no Darius. Entretanto, deslizava-se em seus pensamentos nos momentos mais estranhos.
Como quando estava escrevendo as instruções em um expediente e pensou em seus dedos e em como seu toque era tão amável e de uma vez, tão autoritário.
Ou como quando corria à habitação de um paciente que estava gritando de dor e se imaginava quão tranqüilo e concentrado estaria Darius nessa situação.
Possivelmente era só porque estava preocupada com ele. Esta coisas com o Ulrik era grande. Darius não tomava à ligeira a situação, mas tratava de evitá-la. O vídeo que tinha visto de homens e dragões cambiantes, lutando e respirando fogo provava que eram competidores formidáveis. Mas Ulrik também era um Rei Dragão. Isso fazia que se sentisse nervosa.
Darius disse que só um Rei Dragão poderia matar a um Rei Dragão. E o Ulrik estava detrás dela para chegar ao Darius. Quereria matar ao Darius para vingar-se?
A idéia do Darius sendo assassinado fez que seu estômago lhe desse voltas violentamente. Ela não tinha querido acreditar em sua história de dragões e imortalidade, mas tirou o chapéu a si mesmo fazendo isso, aceitando e reconhecendo tudo.
Quanto tinha trocado seu pensamento desde que conhecia o Darius era evidente em tudo o que ela fazia. Sorria mais. Inclusive pensava no futuro outra vez, permitindo que esses sonhos retornassem novamente.
Sophie entrou em seu escritório e fechou a porta. Entretanto, a felicidade que procurava estava em suspense. Pelo Ulrik e os Dark Fae. Ela se sentou ante seu ordenador e fez uma busca sobre os primeiro Fae.
O grande número de enlaces sobre os Fae assombrou sua mente. Levaria-lhe anos examiná-los todos, tratando de pô-los tuda em ordem.
Então procurou Fae com olhos vermelhos. Fotos dos homens e mulheres que tinha visto quando a cidade tinha estado ardendo encheu a tela. Todas foram subidas desde dispositivos móveis ao Facebook, Twitter, Pinterest e similares.
Enquanto se deslocava através delas, surpreendeu-se ao ver quantas pessoas estavam com os Dark. Sophie não queria pensar em quanta dessa gente agora estaria morta.
As mortes que antes do Halloween tinham aparecido nos periódicos e na televisão. Nem sequer Sophie podia evitar inteirar-se delas, mas não lhe tinha emprestado muita atenção às reportagens.
Ela os revisou agora, lendo cada conta que pôde encontrar. Sophie estava surpreendida pelo número de mortes. Foi a sorte -e sua teima para excluir ao mundo- o que a manteve afastada dos Dark.
Foi uma chamada de atenção segura. Ela precisava saber o que estava passando no mundo, e também precisava ser parte disso. Do contrário, por que estava ela ali?
Durante um comprido momento, Sophie olhou fixamente ao ordenador, perguntando-se se a providência a tinha mantido a salvo dos Dark.
Depois de um momento, fez outra busca -esta vez dos Reis Dragão. Várias coisas apareceram desde filmes até livros e inclusive gibis, mas nada sobre os homens reais. Logo procurou Dreagan.
Os enlaces ao vídeo apareceram e logo desapareceram imediatamente, como se alguém os estivesse apagando tão rápido como apareciam. Sophie imaginou que era alguém em Dreagan trabalhando para manter seu segredo.
Passou uns minutos averiguando tudo o que pôde sobre Dreagan. Como ela não era uma bebedora de uísque, não sabia muito a respeito. Quão único sabia é que era o escocês que todos queriam. Era um grande benefício quando a um restaurante lhe dava permissão para servi-lo.
Sophie leu sobre os inícios da destilaria. A Web declarava que começou no século XV e continuou após, sem parar a produção. Mais de seiscentos anos destilando. Era impressionante.
Reclinou-se em seu assento quando terminou de ler a Web de Dreagan. Sua mente perambulando sobre a gente dali. Darius não lhe tinha falado de quantos Reis mais viviam ali, mas se imaginava que eram muitos.
E mulheres? Algum dos outros teriam tomado companheiras? Certamente o tinham feito. Se algum deles se via tão bonito como Darius, então não estariam sós por muito tempo. Depois de tudo, Lexi tinha ao Thorn, que era quase tão atrativo como Darius.
Enquanto deixava que sua mente se perguntasse sobre os Reis Dragão e tudo o que tinham suportado, uma imagem do Ulrik encheu sua mente. Darius não havia dito nada sobre um sobrenome, mas Ulrik lhe tinha dado um.
Sophie se sentou e rapidamente teclou o nome do Ulrik Dunn no navegador. Apareceu uma fileira de imagens, mas nenhuma delas era a do Ulrik que ela conhecia. Ela reduziu a busca a Escócia, mas isso não ajudou absolutamente.
Não importava o muito que escavasse, não podia encontrar nada do Ulrik Dunn. Obviamente, o sobrenome que Ulrik lhe tinha dado era falso. Apesar de que foi forçado a permanecer como humano, estava-se escondendo tão efetivamente como os que estavam em Dreagan.
Sophie se reclinou em sua cadeira e se perguntou onde estaria Darius e o que estaria fazendo. Rezava por que estivesse a salvo. Dragão ou não, podia ser ferido.
“Não sou um bom homem”
Refletiu sobre essas palavras que lhe tinha dado primeiro, porque lhe tinha demonstrado que definitivamente era um bom homem. Uma e outra vez o tinha demonstrado.
Pode que ele não acreditasse que era um bom homem, mas logo dependeria dela lhe mostrar que o era. Significaria que Sophie se estaria metendo em meio de uma guerra, uma guerra na que estava envolta de fato já.
Houve um toque na porta do despacho e logo Claire apareceu a cabeça por ela. “Hey. Vai tudo bem?”
“Só estava tomando uns minutos para mim. Passa algo?”
“O homem está fora” disse Claire, com um toque de medo nos olhos.
As vísceras de Sophie se contraíram. Ulrik estava ali. Agora. “lhe diga que estou ocupada”
Claire olhou por cima de seu ombro antes de meter-se no despacho. Fechou a porta atrás dela e se apoiou nela. “me diga o que está acontecendo”
“Não posso”
“Sim, você pode” declarou Claire com um duro olhar. “Está te mesclando em algo e estou muito preocupada”
"Não por eleição". Sophie pressionou uma mão contra sua frente durante um momento. Logo se levantou e rodeou sua escrivaninha. “Ulrik é um inimigo do Darius”
“Seu amante novo” disse Claire para ter as coisas claras.
Sophie assentiu com a cabeça. “Ulrik tentou me utilizar contra Darius” “Que infernos faz envolta nisto, Sophie?”
Ela se encolheu de ombros, não disposta a dizer nada mais.
“Chamemos à polícia”
“Darius se está ocupando disso” Quão último Sophie podia permitir que acontecesse era que Claire ficasse em contato com as autoridades.
Claire bufou “Isso não é suficiente”
“Tem que confiar em mim, Claire. Isto é o melhor”
“Nada bom vem desse tipo de decisões. Não confia em ninguém e está pondo sua vida nas mãos do Darius?”
“Faço-o”
Os olhos do Claire se abriram desmesuradamente. “meu deus. Em realidade, faz-o”
Sophie afastou o olhar de sua amiga. “Surpreendente, sei”
“Adoro estar feliz por você, mas estou mais preocupada com este assunto do Ulrik”
“Enquanto me mantenha afastada do Ulrik, ele não pode chegar para mim”
“por que não me há dito isto antes?” Perguntou Claire, a dor enchendo seus olhos.
“Quando veio a meu piso, Darius estava ali. Os homens do Ulrik estavam vigiando, e não queríamos te pôr em uma posição em que eles pudessem te interrogar”
Claire cruzou os braços e assentiu. “De acordo. Isso tem sentido. Mas Darius não está aqui agora. O que vamos fazer?”
“Manterei-me afastada do Ulrik até que Darius retorne para me levar de volta a meu piso”
“Então me desfarei do Ulrik e me assegurarei de que as outras enfermeiras também saibam”
Sophie foi até ela e lhe agarrou a mão. “Obrigado, Claire. Tenho muita sorte de ter uma amiga como você”
“Quero conhecer o homem que tem feito que troque tanto e lhe dar um abraço” disse Claire com uma piscada.
Quando Claire ia dispor se a sair, Sophie a deteve. “Tome cuidado com o Ulrik. É perigoso, Claire”
"Então acredito que posso tacha-lo da Lista de Possíveis Encontros", disse com um olhar irônico. "Há bons homens por aí?"
Sophie sabia que de fato os havia. “Sim”
Claire soltou uma risadinha. “nos desfaçamos do Senhor Atrativo-mas-perigoso, e logo me vai contar sobre o Darius e o Ulrik”
Sophie não teve tempo de responder antes que o Claire fosse. Ela fechou com chave a porta de seu escritório e retornou a sua escrivaninha. Com espírito renovado começou uma nova busca sobre o Ulrik em Edimburgo.
Quão pronta saiu foi larga, entretanto, nada daquilo servia. Então procurou através de imagens e fotografias. Outra vez, nada.
Sophie expandiu sua busca a outras grandes cidades de Escócia. Ulrik era um homem de dinheiro. Tinha que ter grupos de empresas em algum sítio. Não parecia o tipo que se ocultasse fora em cidades pequenas. Estaria perto de uma cidade em algum lugar. Também era um Highlander, o que significava que passava a maior parte de seu tempo em Escócia.
Foi em seu sexto intento quando teclou Perth junto com o nome do Ulrik que viu um anúncio de uma loja de antiguidades chamada The Silver Dragon. Nesse momento soube que tinha encontrado o que estava procurando.
Sophie indagou mais sobre a loja de antiguidades e descobriu que tinha existido durante várias décadas, passou através de uma família, embora nunca foi capaz de encontrar o sobrenome da família.
Depois de outra meia hora de procurar mais, finalmente se rendeu. Ulrik se tinha esforçado muitíssimo por ocultar algo pertinente sobre si mesmo.
Retirou-se de sua escrivaninha e se levantou. Sophie estava caminhando até a porta quando soou seu telefone móvel. Tirando-o do bolso de sua bata branca, viu que era uma mensagem do Ulrik.
Te ocultando EM SEU ESCRITÓRIO? ISSO NÃO É ENCANTADOR
Suas tripas se contraíram ante essas palavras. Queria ao Darius. E queria estar tão longe do Ulrik como pudesse. Como soube que estava em seu escritório?
Não se incomodou em responder a sua mensagem. Deixou cair o móvel no bolso e fechou as persianas da janela. Se estava observando-a, então ia bloquear qualquer rota que ele tivesse.
Dez minutos depois houve um golpe na porta, logo a voz do Claire.
Sophie se apressou a abri-la e permitir a sua amiga entrar.
“Todo mundo sabe” disse Claire. “Incluindo o administrador do hospital. Vi ao Ulrik sair do hospital por mim mesma”
Sophie tirou seu móvel e o ofereceu ao Claire para lhe mostrar a mensagem de texto.
“Merda” Claire agarrou a mão a Sophie e caminhou com ela até as cadeiras frente a sua escrivaninha. Empurrou brandamente a Sophie antes de tomar o outro assento. "É hora de que cuspir tudo"
"A essência de tudo é que Ulrik quer vingar-se do Darius"
“Através de te machucar a você” os lábios do Claire fizeram uma careta com nervosismo. “Quão longe crê que pode chegar Ulrik nisso?”
“Tão longe como necessito”
“Demônios, Soph. Não seria mais fácil deixar que a polícia dirija isto e afastar-se de tudo?”
Ela sorriu tristemente e negou com a cabeça. “Poderia, mas não é o que quero fazer”
“Obstinada” murmurou Claire. Logo respirou fundo e logo tentou outra tática. “O que tem feito Ulrik para te ameaçar?”
“Nada”
Claire a olhou divertida. “Nada?”
“Veio ao hospital e tomou um café comigo. Isso foi saber quem era” “O que disse?”
“Só que me queria para algo, mas nunca disse o que. Isso foi quando Darius me falou de quem era. Convidou-me para jantar, mas não acudi. Darius foi em meu lugar”
“Com duas bolas” disse Claire com aprovação. “O que aconteceu?”
Sophie se encolheu de ombros “Ulrik disse ao Darius que me teria de uma forma ou outra”
“Acredito que isso é suficiente ameaça. Se acrescentarmos a mensagem de texto, definitivamente precisa te afastar dele” Claire a olhou observando-a. "Meu descanso quase terminou, e não pode ficar aqui todo o dia. Tem rondas"
“Sei”
Claire ficou em pé. “Olhe como hoje sou sua sombra”
* * *
Capítulo Trinta e Dois
Darius procurou, mas não encontrou nenhum dos homens do Ulrik no hospital. Isso não queria dizer que não houvesse nenhum ali. Ulrik tinha demonstrado ter uma vasta coleção de pessoas, e o mais provável era que estivessem caminhando ao lado de Sophie sem que ela sequer se desse conta.
Não era coisa do Ulrik dar a aparência de dar-se por vencido. Seu golpe de morte viria rapidamente. Darius só tinha que descobrir quando poderia ocorrer isso para poder salvar a Sophie.
Darius caminhou até a esquina da rua. Permaneceu ali observando o hospital. Sophie só tinha um pouco mais de tempo antes que seu turno terminasse.
Com um suspiro se voltou e, logo, deteve-se quando seu olhar aterrissou em Rhi. A Light Fae vestia um comprido abrigo negro com um pescoço de pele branca. O casaco estava aberto, mostrando uma camisa branca, jeans, e botas negras. Suas mãos estavam nos bolsos do casaco enquanto lhe olhava fixamente sobre a neve.
Por um momento, não estava seguro de se Rhi ia falar ou a lutar. Ambos sabiam que não poderia lhe matar, mas isso não a pararia de lhe infringir o maior dos dores.
Sua preciosa cara do Fae estava sem expressão. Em muitas coisas, a forma silenciosa em que estava lhe observando recordou a Con. Ele se quadrou e se encontrou com seu olhar chapeado.
Fazia milhares de anos, Rhi captou a atenção dos Reis Dragão devido a sua habilidade como jaqueta. Ela tinha sido a luz mais brilhante de sua gente. Sua beleza, sua felicidade e sua lealdade cativaram a todos os que a viram.
Não era de sentir saudades que um Rei se sentisse atraído por ela. Na verdade, ele não tinha sido o único. Todos queriam Rhi, mas ela só tinha olhos para um deles.
Todos sabiam que Rhi odiava ao Darius. Odiaria a quem lhe contasse notícias tão devastadoras, inclusive se o tivesse feito Rhys. Mas não tinha sido Rhys. Tinha sido ele.
Rhi insistia em não estar a sós com o Darius, por isso não estava seguro do que queria. Era certo que ultimamente tinha sido errática. Rhys estava seguro de sua lealdade, mas Darius não.
Rhi tinha ajudado ao Ulrik e era conhecido que visitava o Balladyn -dois de seus inimigos. Ela não era ela mesma, e não o tinha sido desde que Balladyn a torturou. Por tudo o que eles sabiam, podia estar convertendo-se no Dark.
Uma rajada de vento uivava através dos edifícios e dentro deles, mas nem ele nem Rhi se moveram apesar da força. Seu cabelo negro se levantou antes de voltar a cair.
Darius deixou sair um suspiro. “Se tiver algo que dizer, então diga-o" ela permaneceu tão silenciosa como uma estátua.
Moveu os pés. Rhi nunca tinha sido das que sujeitavam a língua em nenhuma ocasião. O fato de que agora o estivesse fazendo lhe dizia que estava muito zangada. Ou que estava calculando.
"Ainda tem ira contra mim", disse Darius assentindo com a cabeça. "Sei".
“Você não sabe nada”
Seu tom era acalmado, muito acalmado para o que ele conhecia de Rhi. Darius a examinou. "De acordo, não te conheço como o fazem Rhys ou outros"
“Nunca me conheceu. Nem me passou”
Ah. A raiz do problema. “Necessita que te recorde as Guerras Fae?”
“As Guerras Fae” disse ela com uma gargalhada carente de humor. “Seus Dragões foram mandados longe por causa da guerra com os mortais e, entretanto, muitos dos Reis tomam como companheiras. Esteve te deitando com uma também”
Darius perdeu um pouco de compostura enquanto espreitava Rhi e lhe cravava um dedo no ombro. "Deixa Sophie fora disto"
“Não estou fazendo nada a ela” replicou fríamente Rhi.
Ele franziu o cenho. Onde estava o temperamento de Rhi? Darius sob a mão a seu flanco “Está ajudando ao Ulrik?”
Houve um flash de irritação em seus olhos chapeados. “Acreditaria algo do que eu dissesse?”
“Sim. Você não mente”
Ela pôs os olhos em branco. “Essa é a única razão pela que me acreditaria? Não porque me sacrifiquei muitas vezes para ajudar aos Reis”
“Não estava aqui. Só sei as histórias”
“É estranho quão rápido crê nas histórias de que estou ajudando ao Ulrik, mas dúvidas respeito de aceitar como certas as que dizem que ajudo aos Reis”
Darius se encolheu de ombros. Tinha um ponto, mas não ia admitir o. “Responde a minha pergunta”
“por que o faria?”
“Então por que está aqui?”
Seu olhar se dirigiu ao hospital. “Sou curiosa”
“Não o seja” disse e deu um passo para meter-se em sua linha de visão. “Sophie não é de sua incumbência. Fica fora de sua vida”
“por que? Ela sabe tudo sobre mim”
Darius grunhiu com os dentes juntos. Como sabia isso Rhi?
Rhi sorriu ante seu silêncio.
Ele entrecerrou o olhar sobre ela. “Posicionou-te com o Ulrik?”
“Não o tenho feito, mas não acreditará. Deixa de perguntar coisas das que não acreditará a resposta”
“Então por que está aqui?”
“Por você”
Isso lhe agarrou por surpresa. Darius não precisava perguntar por que lhe buscava. A razão estava clara como o cristal.
“Nada que dizer?” Perguntou com uma negra sobrancelha levantada.
Darius se encolheu de ombros. “O que terá que saber? O fato, feito está”
“Faz que soe como se trouxesse uma jarra de leite da loja. Foi muito mais que isso”
“Tivemos essa conversa faz muito tempo” disse Darius. Em realidade, não a tiveram. Tinha sido algo similar, mas ela tinha estado muito ferida e assombrada por suas palavras para perguntar nada específico.
Darius sabia que este dia chegaria sempre e quando Rhi mantivera a amizade com os Reis. Mentiria se dissesse que não tinha esperado que rompesse todos os laços com eles.
Rhi dirigiu um olhar sinistro com seus olhos chapeados. "Freqüentemente me perguntei que tipo de baba ajudaria voluntariamente a um amigo e entregaria essas... palavras atrozes com tanta alegria"
“Você o há dito. Um amigo”
“Um amigo” repetiu Rhi brandamente e olhando ao chão. “Ele me deveria haver isso dito por si mesmo”
Darius não respondeu. Nada do que ele dissesse poderia ser tomado pelo caminho equivocado. Era melhor deixar que as coisas continuassem como estavam.
“Não responde. Não esperava outra coisa”
Quanto mais falava ela, mais profundo era seu acento irlandês. Darius nunca lhe diria, mas tinha todo o direito a estar furiosas sobre como as coisas tinham terminado. O que ele tinha feito, fez-o por outro Rei. Ponto.
"Realmente não o entende, verdade?" Rhi perguntou com um bufido. "Um dia, Darius, vai estar em uma situação similar, e receberá as palavras por meio do amigo de seu amante. Então saberá como se sente".
Darius se encolheu de ombros. “Vi um amigo com necessidade. Fiz o que ele não podia”
“É um covarde”
Darius nem se incomodou em responder. Não havia nada que pudesse dizer. Se lhe tivesse visto esse dia, teria sabido que sua decisão tinha sido a mais dura que tinha tomado em sua vida. Quebrando-se em dois a respeito.
Foi pelo que Darius se ofereceu a ir a Rhi. Porque se Darius não o tivesse feito, a relação não teria podido terminar. Darius não tinha entendido a atração entre seu amigo e Rhi -até que conheceu Sophie.
“Odiei-te durante comprido tempo” disse Rhi.
“Sei”
“Mas recentemente me dei conta de que, embora seja o que mais desfrutou me dando essas notícias, a verdadeira culpa é dele”
Darius franziu o cenho. Ele não tinha desfrutado em dizer a Rhi que aquilo tinha acabado. Tinha sido horrível. Podia não ter particularmente preocupação por ela, mas não tinha querido machucá-la. Agora que ele sabia tudo o que ela tinha feito por ajudar aos Reis, sentia-se inclusive pior.
Deu um suspiro de alívio quando Rhi se teletransportou. Deixou cair seu queixo sobre o peito, suas palavras fazendo-se eco em sua mente. A ameaça de Rhi lhe preocupava -por seus sentimentos pelo Sophie eram cada vez mais profundos por minutos.
Olhou a neve que cobria as ruas, com os rastros de sapatos que danificavam o branco antigo. As temperaturas baixaram mais enquanto os mortais se acocoravam em seus casacos, cachecóis e luvas. Não lhe emprestaram atenção enquanto corriam de um lado a outro procurando calor.
Darius fez uma ronda pelo hospital enquanto esperava a Sophie. Ela o seduziu até um grau contra o que ainda estava lutando. Tinham passado menos de vinte e quatro horas desde que a tinha provado, tinha estado dentro dela. Sentiu seu prazer.
E morria por mais.
Foi um desejo que entrou nele. Um que não podia sacudir sem importar o muito que o tentasse, -e o tinha tentado.
Darius passou por um beco e olhou dentro. Deteve-se quando viu o homem de cabelo branco falando com outros três Fae, dois dos quais eram Darks.
Baixou pelo beco com a intenção de enfrentar a todos. Não importava que um dos Fae fora Light. Se estava falando com um Dark, então era considerado um inimigo.
Como um, os quatro olharam ao Darius. E logo desapareceram sem dizer uma palavra.
Darius olhou fixamente ao ponto onde os tinha visto. O Fae do cabelo branco lhe tinha cuidadoso diretamente. Não tinha os olhos vermelhos que Darius havia reflexo, a não ser brancos. Como seu cabelo.
Não retrocedeu, porque tinha a sensação de que os Fae não se foram. Darius enviou uma pequena descarga de sua magia de Dragão até o lugar onde tinham estado os Fae. Encontrou algo, mas logo desapareceu muito rápido.
“Quem são?” Exigiu Darius.
Ficou ali vários minutos, esperando a que se mostrassem, atacassem, ou inclusive lhe dessem uma resposta. Mas não aconteceu nada.
Darius respirou profundamente com frustração e voltou a caminhar pelo perímetro do hospital.
* * *
"Isso esteve perto" disse Fintan do terraço.
Cael olhou para baixo ao Darius, e assentiu.
Fintan lhe olhava boquiaberto. “Queria que o Rei Dragão nos visse?” “Queria ver sua reação” explicou Cael. “por que”
Cael se esfregou o queixo. “Não sei exatamente”
“Isso não tem sentido se não quer que os Reis se misturem em nossos assuntos”
“Sei isso” Cael voltou sua cabeça para olhar aos olhos brancos olhos do Fintan. “O que diz a Morte?”
“Nada”
Fintan fez um som do fundo de sua garganta. “É um engano. Os Reis tem sua própria guerra, como nós a nossa. Não precisamos nos mesclar”
“Seguro?” A cabeça do Cael se girou até o Darius. “Temos um inimigo comum”
“Sabemos que nosso inimigos são os Dark. Isso não significa que sejam quão mesmos os dos Reis. Quem, posso acrescentar, também têm ao Ulrik como inimigo. Um deles”
“Não me está dizendo nada que não me haja dito mesmo. Não sei qual é o movimento correto, mas tenho o sentimento de que os Reis nos necessitarão tanto como vamos necessitá-los”
Fintan cruzou os braços. “eles podem saber de nós?” “Boa pergunta”
“Eles não são Fae, o que significa que não tem que morrer se averiguarem quem sou. Mas tampouco são humano”
“O que eles são, são os primeiros habitantes deste reino. É deles. Os mortais e os Fae vivem aqui com a permissão dos Reis”
Fintan riu entre dentes com ironia. "Esperemos que não nos joguem" “Sim. Esperemo-lo”
* * *
Capítulo Trinta e Cinco
Sophie saiu pela porta traseira do hospital. Ela não viu sinal do Darius quando cuidadosamente foi abrindo caminho através da neve.
Logo, das sombras perto do lugar onde primeiro tinham feito o amor, moveu-se uma figura. Deu um passo sob a luz da luz, um sorriso em seu rosto.
“Olá” disse ela
“Olá, você também”
Sophie se apressou até ele. Seus braços a rodearam abraçando-a com força. Ela fechou os olhos, desfrutando de seu calor e de seus braços. “Como esteve seu dia?” Perguntou ela, logo riu.
Ele se reclinou para trás. “O que é tão divertido?”
“É estranho estar te perguntando uma questão tão mundana quando não é nada disso”
Darius lhe deu um rápido e duro beijo. "Tampouco você o é, doc". Lhe agarrou sua maleta de médico e entrelaçou sua mão livre com a dela. "Quanto a meu dia, foi tranqüilo"
“Isso está bem. Verdade?”
Ele assentiu enquanto a olhou antes de retornar seu olhar a observar tudo ao redor deles. Sophie tinha que sorrir. Sua vida estava acostumada a ser simples. Aborrecida para a maioria, mas ela tinha estado contente. Ou ao menos ela tinha pensado que estava contente.
Logo Darius entrou em sua vida com a força de um sussurro e alterou tudo.
"Que tal seu dia?" perguntou-lhe Darius.
“O normal”. Logo ela se deteve enquanto recordava a visita do Ulrik. Rapidamente narrou o acontecimento, incluindo o que havia dito a Claire. O rosto do Darius estava sério “Claire não pode saber de nós, Sophie”
“Sei”
“sobrevivemos obrigado a que só uns poucos sabiam de nosso segredo” “por que me contou isso? Poderia me haver mentido”
Lhe tocou a cara, seus dedos quentes apesar do clima. “Queria que soubesse quem era eu. A pessoa real”
“Não o farei até que te veja na forma em que nasceu”
Os lábios dele se suavizaram em um sorriso. “Se me transformo será porque te estou protegendo. Esperemos que não cheguemos a isso”
“Ulrik não vai renunciar, não é certo?” “Não”
“Não pode estar comigo cada segundo de cada dia”
Ele olhou ao chão. “Há um lugar ao que poderia te levar para te manter a salvo”
Ela sabia que era Dreagan sem ter que perguntar. Tanto como queria estar com ele, não queria renunciar a sua carreira. Nunca tinha entrado em sua mente que ela pudesse ter que escolher uma coisa sobre a outras.
“Sim” disse ele com um assentimento de cabeça. “Figurava-me que desejaria permanecer aqui”
“Amo o que faço. Tenho compromissos aqui”
Ele lhe aconteceu um dedo pelos lábios. “Não precisa me explicar. Sei que o que faz é importante. Eu não gostaria de te tirar isso. Se não quer vir comigo, terei que estar contigo em todo momento”
Sophie ia desfrutar com isso. Pergunta-a era o faria Darius? Ele queria lutar contra Ulrik. Não podia fazer isso quando a estava cuidando.
“Ainda pode me utilizar de isca”
“Isso está fora de toda questão” disse Darius com determinação. “Vamos. Precisamos nos refugiar deste clima”
Sophie seguiu, sua mente agora se perguntava aonde iriam as coisas com ela e o Darius uma vez que o assunto do Ulrik fora tratado. Darius se iria? Pediria a ela que fosse com ele?
Diria ela que sim? Sophie lhe olhou enquanto caminhava junto a ela, sua alta figura desprendendo vibrações que faziam que a gente lhes abrisse um amplo caminho.
Ela não queria que fosse. Jamais. Mas tampouco podia deixar seu trabalho.
Mas sabia uma coisa certa -que estava apaixonada pelo Darius.
* * *
Capítulo Trinta e Quatro
Rhi estava na loja olhando todas os botecitos de esmalte de unhas de sua marca favorita -OPI. Havia muitos que não tinha recebido enquanto estava em seu fagote.
Isso não era absolutamente certo. Ela tinha comprado todos os tons de negro, prata e branco que havia. E realmente, era surpreendente a quantidade de maneiras em que se poderia confeccionar um negro para que se visse diferente.
Como agora usava a cor, precisava começar a adicionar todas as garrafas que não tinha. O problema era que não podia decidir nada.
Trocou três vezes porque ficava o negro. Se ela ia fazer que todos pensassem que era a antiga Rhi outra vez, então precisava vestir essa parte. Exceto ela não era a antiga Rhi -ou a nova Rhi que tinha estado por aqui ultimamente. Ela não sabia quem era.
Rhi escolheu um reluzente esmalte OPI vermelho dourado denominado “Go with the Lava Flow”. Alguns dias sentia vontades de vestir-se de negro, e logo se surpreendia utilizando a cor como o fez quando despertou em Dreagan.
Sabia que queria muito mais do que o tinha tido nos últimos milênios. Também sentia que algo grande estava por vir. Quase como se estivesse no limbo, esperando.
Essa era a essência do problema porque Rhi odiava esperar por algo.
Logo, moveu-se aos azuis e selecionou outra cor da coleção Hawái. O nome do Azul Lacuna era “This Color Is Making Waves”. Estava a ponto de dá-la volta quando o verde brilhante chamou sua atenção. Justo quando foi agarra-lo, viu um arroxeado que lhe recordou os recifes nos que nadava perto de sua ilha. Rhi tomou a garrafa e leu o título -Lost My Biquíni in Molokini- e riu.
Rhi se dirigiu ao mostrador e pagou os três esmaltes. Isso era muito... humano. É obvio, utilizou magia para obter o dinheiro, mas ninguém precisava saber isso.
Logo se teletransportou a seu salão, onde sua manicure, Jesse, esperava. Rhi fechou os olhos e se sentou reclinada na poltrona enquanto Jesse começava sua manicura. Rhi queria relaxar mas sua cabeça dava voltas e voltas entre o Balladyn, Ulrik, Con e sua confrontação com o Darius.
Não tinha tido narizes para perguntar ao Darius se seu amante tinha sido convencido de cortar sua relação. E isso importava realmente? Se seu amante se permitiu ser convencido em algo então ele nunca realmente a quis. Mas seu amor tinha sido profundo e poderoso.
Por que o tinha deixado ir tão facilmente? por que não tinha lutado por ela, por eles?
Rhi sentiu os olhos de seu observador e começou a relaxar. Ele não a tinha prejudicado, e tinha havido muitas oportunidades. Tampouco sentia que estivesse ali para algo perverso.
A princípio, tinha-lhe incomodado que ele sempre estivesse ali, e inclusive lhe tinha assustado. Agora, ela se sentia quase a salvo. Não, essa não era a palavra correta. Ela se sentia... protegida. Como se fosse um sentinela protegendo-a.
Ela abriu os olhos e olhou a sua esquerda onde ele estava. Rhi imaginou apoiado contra a parede. Tinha-a visto como muito poucos o tinham feito. Pensava ela que era frívola? Vaidosa? Obstinada? Arrogante?
Muito em breve suas unhas pareceram. Rhi se moveu até a cadeira de massagem onde Jesse pôs seus pés em água quente para empapá-los. Seu observador permaneceu a sua esquerda enquanto começava sua pedicure.
Sua mente se deslizou até o Balladyn. Poderia ter uma relação com ela. Tinha-a esperado. Rhi tinha estado só durante tanto tempo que desejava a mão de um homem sobre suas costas, seu olhar de adoração em seu rosto, e seus lábios sobre os dela. Queria acariciar seu corpo e seu rosto. Queria ser invadida por tal desejo que não pudesse pensar de forma coerente.
Queria fazer amor toda a noite e sentir um prazer tão profundo que varresse o passado de um só golpe.
Balladyn a amava. Via-o em seus olhos vermelhos cada vez que a olhava. Rhi sentia algo por ele, isso não se podia negar.
Se só pudesse deixar de amar a seu Rei Dragão. Primeiro, necessitava deixar de chamá-lo “seu”. Não tinha sido seu em... anos.
Ele tinha seguido. Por um lado, era um homem. Por outro lado, era um Rei Dragão. As mulheres iam em manadas, e ele tinha necessidades. As tripas lhe contraíram quando pensou nele com alguém mais. Tinha sido casta todo este tempo, esperando a possibilidade de que a quisesse de novo.
Que absolutamente estúpida. Por que tinha pensado que poderia dar-se conta de seu engano? Suas palavras, entregues através do Darius, tinham sido bastante claras.
“Nosso tempo juntos foi bom, mas se acabou. É tempo de que separemos nossos caminhos”
Pelas estrelas! Ela era uma completa boba por pensar que ainda a amava. Quantas vezes ultimamente o tinha visto em Dreagan? Quantas vezes a tinha cuidadoso diretamente? Quantas vezes tinha fingido que ela nem sequer estava ali?
Tinha fingido o amor que houve entre eles. Rhi sabia desde fazia séculos, mas não tinha querido enfrentá-lo. Já não se aferraria cegamente a algo que foi só uma aventura passageira para ele.
Rhi respirou fundo, e sentiu que um grande peso lhe tirava do peito. Ela valia muito mais para enganchar-se a um Rei que a tinha utilizado. Merecia a felicidade e o amor de um homem que a apreciasse.
Sentiu um formigamento na bochecha. Ela o esfregou, só para dar-se conta de que era lágrima que lentamente descia por seu rosto. Rhi aspirou pelo nariz. Essa era a última vez que choraria pelo amor perdido de seu Rei.
Quando as unhas de seus pés pareceram, Rhi pagou Jesse e saiu do salão para passear rua abaixo. Na seguinte maçã se teletransportou a sua ilha. Rhi colocou seus três esmaltes em sua estante pondo-os com suas cores. Logo saiu da cabana e ficou ao sol.
Levantou as mãos para olhá-las unhas sob o sol e sorriu quando viu que Jesse tinha eleito o esmalte azul lacuna. Tinha suficiente brilho para capturar ao sol. A magra linha dourada que se curvava ao longo das pontas de suas unhas adicionava um toque de cor. Com um estalo de seus dedos, as roupas de Rhi desapareceram, substituídas por um biquíni dourado metálico.
Foi sua imaginação ou estava seu observador sorrindo?
Voltou-se para olhar por cima de seu ombro direito até onde ela sabia que ele estava. Não estava acostumado a lhe falar. Ele não responderia. Além disso, não havia necessidade de palavras entre eles.
Rhi se sentou sobre a areia e se tombou para trás, deixando que os raios do sol esquentassem sua pele. Olhava fixamente o vívido azul do céu e se perguntava como se sentiria ter a alguém outra vez, não estar só.
Porque estava só. OH, ela dizia a todos que essa era a forma em que queria estar, mas era uma mentira tão grande como a gorda verga de um alce.
Cada vez que ia a Dreagan e via um dos Reis com seu casal compartilhando sorrisos, agarrando-se das mãos, beijando-se, ou simplesmente rindo, era como se lhe cravassem uma adaga no coração.
Fechou os olhos e deixou que sua mente fosse à deriva a qualquer lugar, salvo aos pensamentos de seu Rei e seu coração quebrado. Seus olhos se abriram de repente quando sentiu que algo lhe roçava a mão.
Rhi voltou a cabeça para olhar sua mão direita. Havia uma marca na areia como se alguém se sentasse a seu lado e apoiasse sua mão junto à dela.
Seu observador. Estava tão perto que sentia seu calor. Rhi sorriu e fechou seus olhos uma vez mais.

* * *
Daire queria tocá-la. Podia sentir a solidão de Rhi. Ela fazia um valioso trabalho para ocultar a todo mundo. Exceto quando estava só. Então deixava cair a máscara. Permitia-lhe que visse a pena e a dor do coração que sofria diariamente.
Entretanto, algo ocorreu no salão quando estava esperando a que lhe fizessem as unhas. Houve uma classe de paz que desceu sobre Rhi, quase como se ela tivesse tomado algum tipo de decisão. Ainda havia tristeza em seus olhos chapeados, mas tinha diminuído. Inclusive em sua ilha, seus sorrisos eram mais fáceis hoje. Tinha curiosidade pelo que ela tinha decidido. Era pelo Balladyn?
Daire tinha um sentimento incômodo sobre o Dark Fae. Balladyn se preocupava com Rhi, isso era óbvio. Mas o que faria a ela sua relação?
Embora Daire não sabia por que a Morte estava interessada em Rhi, devia ser importante para o Daire segui-la por toda parte. E Daire estava bastante seguro de que a Morte não queria que Rhi se voltasse Dark.
Durante a seguinte hora Daire se sentou ao lado de Rhi enquanto ela tomava o sol. Ele observava o movimento das ondas rompendo na borda, as águas de vibrante turquesa.
Tudo a seu redor era impressionante tanto na cor como na beleza, incluindo Rhi. Não se perguntava por que ela tinha eleito tal lugar. Era onde uma Light Fae se sentiria atraída por toda a colorida flora que lhes rodeava.
Voltou a cabeça para olhá-la. Suas largas pestanas negras que descansavam sobre suas bochechas, embora não acreditava que ela estivesse dormindo. Se Rhi soubesse quão importante peça era na guerra por vir não estaria tomando o sol como agora.
Con suspeitava de Rhi quando deveria estar ganhando seu favor. Rhi era um aliado formidável, e tinha demonstrado uma e outra vez que lutaria junto aos Reis.
Balladyn deveria empurrar um pouco mais duro para ganhar Rhi a seu lado. Balladyn poderia facilmente tomar o trono do Taraeth, mas para liderar aos Dark e vencer contra os Reis, necessitaria a Rhi.
Por último estava Ulrik, Daire suspeitava que o rei banido sabia exatamente quão importante era Rhi para seu jogo. Ulrik tinha estado aí quando Rhi lhe tinha necessitado, e em uma ocasião tinha pedido ajuda a Rhi. Ulrik era inteligente ao não empurrar Rhi em um caminho ou em outro. O qual pudesse muito bem ganhar sua aliança se Con não se espabilaba.
Viu pela respiração de Rhi que ficou adormecida. Daire alcançou e gentilmente retirou uma mecha de cabelo de suas bochechas. Sua cabeça se voltou até ele como se procurasse seu toque.
Suas mãos lhe formigavam por acariciar suas bochechas, por cheirar o sol sobre sua pele. Mas era um Reaper, destinado a estar só. Suas únicas companhias eram a dos outros Reapers. Se Rhi ou algum Fae descobriam aos Reapers, seriam imediatamente levados a morte. Essa era uma das estritas regras da Morte que envolviam aos Reapers.
Daire se perguntava o que pensaria Rhi deles e do que eles faziam.
Conhecendo Rhi, passaria-o. Logo ela poderia pediria unir-se a eles.
Isso fez que Daire sorrisse. Entretanto, entre os Reapers havia Dark e o Light Fae, mas nunca tinha havido uma mulher. Não estava seguro de por que a Morte só escolhia homens, mas não era sua coisa perguntar.
Estava estendendo a mão para passar o dorso dos dedos pela bochecha de Rhi quando apareceu Balladyn. Daire estava feliz de ter permanecido velado. Ficou em pé de um salto e retrocedeu inclusive enquanto olhava ao Balladyn olhá-la como se tivesse encontrado o maior tesouro de todos os reino.
Aí foi quando Daire se deu conta de que Balladyn realmente a amava. A classe de amor com a que todos os mortais sonhavam, mas que muito poucos encontravam. A classe de amor que Rhi pensava que tinha tido com seu Rei.
“Rhi” sussurrou Balladyn enquanto se ajoelhava a seu lado. Pôs-lhe as mãos a cada lado da cabeça e se inclinou para posar seus lábios sobre os dela.
Suas pálpebras se abriram para olhar ao Balladyn.
O sorriso dele foi lento enquanto elevava as comissuras dos lábios “Cheira a sol e a sal”
“supunha-se que não tinha que estar aqui” replicou ela.
“Como se pudesse estar longe de você. Aflijo-me por estar perto de você. Não entende que desejo seu toque? Que desejo seus beijos?”
Ela colocou suas mãos em seus braços e lentamente lhe acariciou até seu pescoço. “demonstre-me isso lhe disse com voz rouca.
Daire não pôde retirar o olhar do beijo que começou lento e se voltou apaixonado. Continuou observando quando Balladyn se inclinou sobre ela e a agarrou em seus braços antes de girar sobre suas costas e a levou com ele.
Conteve o fôlego quando Rhi se sentou e desatou a parte superior de seu biquíni dourado antes de atirá-lo. Daire olhou os peitos cheios e os mamilos duros e escuros.
Mas se afastou quando Balladyn se sentou e rodeou com seus lábios ao redor de um dos túrgidos picos. Daire não queria estar aí, mas não podia ir-se. Tinha a tarefa de observar Rhi, inclusive quando isso significava ficar enquanto fazia amor com o Balladyn.
* * *

Capítulo Trinta e Cinco
O sonho nunca chegou para Sophie, inclusive nos braços do Darius. Ela não podia deixar de pensar em tudo. Foi lhe impacte e emocionante descobrir que se apaixonou de novo, mas no fundo disso estava o terror de saber que estava em meio de uma guerra que não tinha final à vista.
Ulrik não ia parar até que ela morresse. Sophie não queria morrer. Tinha muito por viver ainda -e o maior era Darius.
Ela apertou seus braços ao redor dele enquanto eles estavam tombados de lados, ela frente a suas costas. Embora não tinha perguntado, tinha a suspeita de que ele não estava dormindo, mas lhe deixou pretendê-lo. Isso dava tempo a ela para pensar.
Porque quando eles estivessem acordados, não podiam manter as mãos longe um do outro.
Essa classe de paixão era embriagadora, lhe formiguem, e o OH, tão impressionante. Agora que o tinha experiente, nunca se conformaria com nada menos que isso.
Carreira ou Darius?
Não queria ter que tomar essa decisão. Tudo o que ela podia fazer era rogar que ela não estivesse preocupada com nada que não fosse que Darius vivesse em Edimburgo. Isso a deteve.
“O que ocorre?” Perguntou Darius sonolentamente.
Ela se inclinou para ver seu rosto, mas seus olhos ainda estavam fechados. "Onde vive?"
“Em Dreagan”
“Quero dizer aqui, na cidade”
Ele abriu os olhos e logo se deu volta, rodeando-a com um braço. "Há um armazém que usamos se necessitar um lugar aonde ir. Não precisamos dormir ou comer como fazem vocês"
“Assim quando este assunto do Ulrik acabe voltará para o Dreagan?” “Sim”
Justo como ela temia. Então definitivamente tinha algo do que preocupar-se. Isso se ele a queria com ele. Pode que ele não sentisse quão mesmo ela.
"Não irei até que esteja resolvido o do Ulrik"
“Quanto tempo faz que ocorre isto com ele?”
“Começou faz uns anos”
“Anos?” Perguntou ela
Darius enrolou seu cabelo ao redor de sua mão grossa. "Não podemos simplesmente atacá-lo, Sophie. Ele não tem toda sua magia. Seria como um adulto atacando a um menino"
“Então querem esperar a que ele recupere toda sua magia? Isso não tem sentido. Está ameaçando aos amigos dos Reis, e querem esperar?”
"Tem que desafiar Con. Ainda não o tem feito"
“Pode lhe agarrar”
Darius apertou a mandíbula. “Nada eu gostaria mais que isso, mas tenho ordens de meu Rei”
“Você é um Rei por você mesmo”
Ele se sentou para apoiar-se contra o cabecero. “Não funciona assim” “Deveria” Ela se encarou a ele, cruzando as pernas.
“Pensa em nós como em soldados. Con é nosso general. Ele toma as decisões, e nós as levamos a cabo”
Ela negou com a cabeça. “vocês não são soldados. Você é um Rei Dragão” “Sem Dragões a quem governar” disse ele com calma.
Sophie fez uma careta ao dar-se conta de que sua voz se tornou mais forte. Lhe agarrou suas mãos nas dele. “A última vez que alguém desobedeceu Con foi quando Ulrik foi depois dos humanos. Podíamos estar em desacordo com ele, o qual acontece freqüentemente, mas não vamos contra uma ordem direta”
“Inclusive se isso significa salvar a alguém?” “Não deixarei que nada te Ela aconteça suspirou. “Sei”
“O que passa realmente?”
Sophie tratou de encolher-se de ombros, mas lhe apertou a mão com mais força quando ela tentou retirá-la.
“Conte-me" a urgiu ele com voz firme.
“O que há entre nós?”
Foi o turno dele de inquietar-se “Não sei”
“Preciso saber. Se isto só for uma aventura, então é necessário acabá-lo agora”
“Não é um flerte” lhe assegurou ele.
Aliviou-a um pouco de sua ansiedade, mas não de tudo. "Eu gosto do que sinto. Não quero que termine"
“Inclusive apesar de que sou um Dragão?”
“Um Rei Dragão” lhe corrigiu ela com um sorriso. “E a resposta é sim”
Ele se passou uma mão por seus despenteados cabelos loiros. “Não sabe no que te estaria envolvendo, doc. Estamos sendo bombardeados desde todos lados com o Ulrik, os Dark, e o MI. Temos mais inimigos que aliados, e sempre estamos lutando contra alguém”
“Isso soa como a habitação do pânico” “Vivemos em Dreagan. Todos nós”
Ela sabia que ele estava falando de que se permaneciam juntos, ela teria que viver em Dreagan.
“Tem sua carreira aqui. Tem todo um caminho por diante. Se seguir comigo, isso trocará”
A confusão de Sophie sobre o que queria a manteve calada. Tinha trabalhado tão duro para chegar aonde estava no hospital. Ela estava na fila para ser Chefa de Gabinete, uma meta que ela tinha estabelecido antes de ingressar na Faculdade de medicina.
Por outro lado, tinha um homem que tinha curado suas feridas e seu coração. Um homem que a desejava e que a cuidava como se se tratasse de um tesouro para ele.
Quando comparava sua vida com o Scott e com o Darius, as diferenças eram como o branco e negro. Ela nunca seria verdadeiramente feliz com o Scott. Embora odiava esse momento de sua vida, teve que ocorrer por uma só razão. Agora sabia qual tinha sido essa razão: Darius.
O som de seu despertador a tirou de seus pensamentos. Sophie se levantou e se dirigiu ao banho, com sua mente sendo uma confusão enquanto se preparava para o dia.
* * *
Darius tentou que Sophie agarrasse um táxi para ir ao trabalho, mas estava decidida a caminhar, apesar das temperaturas. Caía neve, mas ela caminhava com passos decididos. Uma vez mais, Darius não viu os homens do Ulrik. Já não estavam vigiando o edifício, e isso era desconcertante.
Ulrik não se afastaria. Estava planejando algo. Era suficiente para levar a limite ao Darius. Entretanto, não queria preocupar a Sophie, assim não o mencionou. Quando chegaram a um café a só uma maçã do hospital, Sophie disse “Necessito um café”
Lhe pôs a mão na costas enquanto abria a porta do café e esperava a que ela entrasse. Darius rapidamente escaneou o restaurante, mas não viu sinal dos Dark. Os mercenários contratados pelo Ulrik eram mais fácil de dirigir.
Estavam na fila para pedir quando Darius sentiu que lhe punham os cabelos de ponto na nuca. Olhou pelas janelas do café e viu três Dark Fae. Dois usavam glamour, mas o terceiro fazia alarde de seu curto cabelo negro e prateado e seus olhos vermelhos com um sorriso.
O trio se aproximava desde diferentes direções, e seu foco era o café.
Darius estava ansioso por acabar com os Dark, mas não diante de testemunhas.
Tampouco Darius estava interessado em deixar só a Sophie nem por um segundo.
Darius enviou uma chamada através do enlace mental entre Dragões a Con, Rhys e o Kiril. Estariam aqui logo. Até então, Darius permaneceria ao lado de Sophie.
“Esse é um Dark” sussurrou ela, sua voz tremia enquanto captava a imagem do Fae.
“Sim”
Seu fôlego se deteve quando viu os outros dois. "Pensei que se foram da cidade"
“Eu também”
Isto era alguma classe de armadilha. Darius sabia no fundo de sua alma.
Se deixava a Sophie, Ulrik estaria ali em um batimento do coração.
Cada um dos Dark logo tinham humanos aos que tinham chamado a atenção. Momentos depois o Dark que não estava utilizando glamour sorriu diretamente ao Darius através das janelas do café e dirigiu duas mulheres a um beco.
“vai ficar com suas almas” disse Sophie em shock.
Darius fechou os punhos. Isso era exatamente o que o Dark estava fazendo.
Também estava tentando atrair Darius fora.
“Tem que as salvar”
Olhou para baixo a Sophie e negou com a cabeça. “É justo o que eles querem”
“minha vida não vale mais que a dessas duas mulheres” discutiu Sophie. “as ajude”
Darius estava resolvido a permanecer onde estava. Logo os outros dois Fae se foram com mortais. A idéia de alguns humanos morrendo enfurecia ao Darius, mas não abandonaria a Sophie.
“Não pode deixar morrer” disse ela lhe sacudindo o braço.
Darius se voltou até ela. “Se for, Ulrik ou um de seus homens tentará te apanhar”
“lhes deixe” disse ela levantando o queixo com desafio. "Não importará a quem machuque para chegar até você"
Sophie assinalou até fora “Você disse que sou uma curadora. Tem alguma idéia do que me está provocando saber o que lhes está passando a essas pessoas? Estão morrendo por minha culpa. E você pode lhes deter”
“Com o risco de te perder”
“É um risco que assumo voluntariamente”
“Eu não” declarou Darius. “Além disso, Con e outros estarão aqui logo. Eles se farão cargo dos Dark”
Pelo momento, a cara de Sophie se enrugou enquanto olhava por uma das janelas. O primeiro Dark que se afastou apareceu ante sua vista. Ele simplesmente lhes sorriu e assinalou a outra mulher.
“Sai às salvar agora ou sairei eu mesma aí fora” exigiu Sophie.
Darius odiava estar apanhado entre a espada e a parede. Se não salvava aos mortais, Sophie nunca lhe perdoaria. Se ia ajudar, ela poderia ser capturada.
“Por favor” rogou ela.
Darius sabia que era o equivocado, mas foi ajudar. Agarrou a Sophie dos braços. “Luta com tudo o que tenha se vierem por você”
“Farei-o”
“Voltarei logo”
Lhe agarrou e ficou nas pontas dos pés para lhe dar um rápido beijo. “Sei. Agora vá ser um herói e salva a essas pessoas”
Darius saiu do café dirigindo-se até o Dark que estava mais perto dele.
* * *

Capítulo Trinta e seis
Sophie se dirigiu até a janela mais próxima para ver o Darius. Todos outros no café estavam alheios ao que estava passando. Ela os olhou, sabendo que ela tinha sido uma deles não faz tanto tempo.
Mas agora sabia o que estava aí fora e não podia ficar e permitir nada do que estava acontecendo. Tinha que as salvar. Estava em sua natureza. Era uma curadora, e isso significava que, tanto se eram suas mãos as que trabalhavam para curar ou enviar a alguém mais, ainda assim estava trabalhando para salvar a quem a rodeava.
Pôs as mãos sobre o cristal da janela tentando ver o Darius enquanto ele se dirigia ao beco no que tinha desaparecido o Dark. Os outros dois lhe seguiram.
Sentiu-se como uma eternidade antes que o Darius emergisse de um beco conduzindo a uma mulher que parecia aturdida. Deixou sair um suspiro e se controlou para não dar Palmas e assobiar a seu homem.
Darius apartou à mulher dos outros Dark e a empurrou. Logo passou ao seguinte Dark. A linha de visão de Sophie na rua lateral onde o segundo Dark estava lhe permitiu presenciar a luta do Darius. Ela ficou maravilhada enquanto ele dava vários golpes letais.
Ela teve que conter-se para não precipitar-se até ele quando viu o que pareciam borbulhas na mão do Dark antes de ser arrojadas diretamente contra Darius.
Quando o corpo do Darius se sacudiu, ela sabia que essas borbulhas tinham que ser dolorosas. Apesar da óbvia dor que sofria, Darius seguiu atacando aos Dark.
As marcas de queimaduras sobre a camiseta do Darius recordaram a Sophie o vídeo que tinha visto. Aqueles Dark tinham arrojado essas mesmas borbulhas. Magia. Isso é o que era, e estavam machucando ao Darius.
“É impressionante não é certo?”
O coração de Sophie caiu aos pés quando reconheceu a voz do Ulrik detrás dela. Ela lentamente se voltou para lhe encarar. Hoje vestia um par de jeans e um suéter cinza escuro que acentuava seus largos ombros e seu enorme peito.
“Con estará aqui logo” Não estava segura de por que disse a aquilo Ulrik, mas foi o primeiro que lhe ocorreu. Ele simplesmente sorriu “Inclusive melhor”
“Não importa o que me faça, isso nunca parará aos Reis”
“Ah, então Darius te contou” Ulrik se moveu para aproximar-se da janela. “Perguntava-me se ele teria compartilhado esses segredos. Con deve estar furioso”
“Não vou dizer a ninguém”
Ulrik voltou seus olhos dourados até ela. “O que me diz -e a Con- que Darius se está apaixonando por você. Se não o estiver já”
Essas notícias fizeram a ela querer gritar de júbilo. Se ela não estivesse tão aterrorizada pelo homem que estava junto a ela. Sophie se mantinha dando as costas à janela. Queria ver se alguém mais vinha até ela para estar preparada.
“Olhe” continuou Ulrik, “os Reis só falam disso com os que confiam, e posto que eles não confiam facilmente, isso significa que Darius tem sentimentos por você. E os Reis que compartilham seus segredos geralmente aceitam às mulheres como suas companheiras”
Companheira. Sim, Sophie podia ver-se como a do Darius. Isso fazia que se sentisse enjoada ao pensar que podia ter tudo o que sempre tinha pensado que nunca aconteceria.
“Se esse olhar for uma indicação de que você gosta da idéia”, grunhiu Ulrik, “pensaria isso duas vezes”
Sophie lhe lançou um olhar duro “Porque foi machucado no passado?”
“Porque havemos sentido quão pior a vida tem para oferecer e isso nos deixa saber que não pode voltar a nos passar”
Sophie nunca o tinha procurado. E de repente ali estava. Pôde ter ignorado os sentimentos pelo Daríus, mas em vez disso, deu-lhe o valor para abrir seu coração uma vez mais. “É certo que uma vez rechacei algo que me tivesse curado, porque queria essas feridas abertas como um aviso do estupidamente ingênua que tinha sido”
“Então Darius trocou sua opinião? A esperança é algo perigoso, Sophie”
“Também é curadora. Pode dar a alguém coragem” E ela necessitava dele justo agora, um montão.
Darius tinha tido razão em saber que Ulrik viria a por ela. Não tinha idéia de se Con e outros estavam ainda por ali ou, como Darius, brigando – e tampouco se atrevia a olhar.
“Aí está sua amiga Claire”, disse Ulrik. “Está cheia de tal esperança que é difícil olhá-la. É realmente triste, de verdade”
A Sophie lhe fechou a garganta. Ulrik estava agora ameaçando Claire. Queria lhe tirar os olhos, porque Claire não tinha feito nada a não ser só sua amiga ser.
“Seria uma pena se algo lhe acontecesse”
Sophie se voltou para lhe encarar “Te compadeço” “me Compadecer?” Perguntou ele com um sorriso.
“Sim. Pensava que você e eu fomos iguais por causa de nossa dor, mas justo agora me dou conta que não somos nada iguais. Fala sobre meus sentimentos como se fossem uma brincadeira. O fato é que não importa que a traição te tenha ferido tão profundamente como para que as feridas não tenham cicatrizado, porque não o permitirá. Mantém o ódio, a vingança e a amargura perto para superar cada dia”
Levantou uma sobrancelha, sem sorrir. “Você deveria sabê-lo”
“De acordo”, disse ela, com sua ira desprendendo-se dela. “Falou da experiência. Fiz isso durante anos. É a única forma na que pude sobreviver ao princípio. Estava me asfixiando sob o peso de minha traição. Esse ódio era minha balsa salva-vidas. Assim como o é a tua”
“Não pretenda me conhecer, mortal”
Ela soube por seu olhar feroz que lhe estava incomodando. Seu medo deveria ter detido mais as palavras, mas tudo o que podia pensar era no Darius. Ele nunca se deteria, e ela tampouco o faria.
“Aferra-te à vingança”, continuou. “É tudo o que tem. Não tem amigos, nem lar, nem família”
Ele deu um passo para aproximar seu nariz até quase tocar a dela. “Cuidado, doc. Está pisando em areias movediças”
“É agora quando me mata?”
Ulrik riu brandamente. “Deveria te haver afastado do Darius quando teve oportunidade. Em lugar disso, continuou jogando com fogo. É o momento de que ambos descubram as conseqüências”
Sophie lhe deu uma cotovelada no estômago e saiu correndo até a porta. Captou uma imagem do Darius lutando contra dois Dark em uma beco justo antes que sua visão se voltasse negra.
* * *
Darius acabou com o Dark contra o que estava lutando. Antes que pudesse voltar a sair à rua, mais lhe rodearam. Os Dark estavam compensando sua ausência os últimos dias. Se não soubesse, pensaria que lhe estavam impedindo de retornar com Sophie.
Rompeu o pescoço a um Dark, deixando que o corpo caísse ao chão quando se deu conta de que isso era exatamente o que tinham estado fazendo. Darius não teve tempo de pensar nisso à medida que chegavam mais Dark. Lutou mais à frente da dor procedente da magia Dark que continuamente se Descarregava contra ele. Seu braço esquerdo estava intumescido, e era tudo o que podia fazer para manter-se de pé.
Girou em redondo com um bramido quando uma descarga lhe golpeou na costas. Darius não queria nada mais que transformar-se e soltar um flash de fogo de Dragão.
“Estamos aqui!” Gritou Con em sua cabeça.
Darius tentou jogar uma olhada ao café através dos Dark contra os que lutava, mas não podia ver dentro. Se só pudesse ver um rastro de Sophie, faria-lhe sentir melhor.
Não sabia quanto tempo levava brigando contra um Dark Fae atrás de outro. Sua perna direita cedeu, aterrissando duramente sobre o joelho. Darius rodou para esquivar uma surriada de magia de um Dark.
“Temo-lhes” disse Kiril enquanto ajudava ao Darius a ficar em pé.
Em uns momentos, Darius, Kiril, Rhys e Con mataram aos últimos Dark. Quando o último caiu, Darius se apoiou contra o edifício e fechou os olhos durante um segundo. Logo se separou do muro e começou a dirigir-se até a cafeteria.
“Wow” disse Rhys enquanto retinha o Darius antes que caísse. “aonde vai?”
Darius assinalou até o café. “Sophie”
“Irei por ela” disse Con. Logo olhou ao Rhys e ao Kiril. “Sigam com ele aqui”
Darius observou enquanto Con cruzava a rua até o café. Uma vez que Rhys lhe colocou outra vez contra o edifício, Darius se deslizou para baixo até sentar-se.
Manteve-se esperando a que Con saísse com Sophie. Darius não podia esperar para lhe ver o rosto, embora não queria que lhe visse tal e como estava. Os minutos passaram lentamente. Muito lentamente. “Algo vai mal” disse Darius.
Rhys assentiu enquanto olhava a todos os Dark que jaziam no chão. “Em mais de um sentido”
Darius ficou de pé quando Con saiu do café puro. “Não”
Kiril passou uma mão pelo cabelo e deu uma patada ao pavimento enquanto Rhys se girava até Con e soltava uma correntes de maldições.
“Onde está ela?” Perguntou Darius quando Con se reuniu com eles.
Con se encolheu de ombros, seus olhos negros cheios de tristeza. “Ninguém viu nada. Convenci ao dono de que me mostrasse as imagens de vigilância”
“E?” Urgiu-lhe Rhys.
Mas Darius já sabia. “Ulrik estava com ela”
Con simplesmente inclinou a cabeça assentindo. “Não se foi voluntariamente. Fez por fugir mas havia um Dark ali. Tocou-a e ao Ulrik”
“Tenho que encontrá-la antes que a mate”
Kiril moveu aos Dark. “Temos que tirar isto daqui antes que alguém venha e o veja”
“E o Darius precisa curar-se” acrescentou Rhys.
Darius lançou um olhar ao Rhys “Estou bem. Preciso encontrar Sophie”
“por que?” Perguntou Con. Darius de repente voltou a cabeça até o Rei de Reis. Sabia o que Constantine estava perguntando. Darius não estava preparado ainda para admiti-lo ante ninguém, porque apenas se se tinha atrevido a confessar a ele mesmo.
“OH, merda” disse Kiril, com os olhos verde trevo totalmente abertos.
Darius sentiu os olhares de todos sobre ele, mas não retirou a seu de Con “Sim. Sophie é minha companheira”
“Então sugiro que a busquemos” disse Con, com as comissuras dos lábios inclinadas levemente para cima.
Darius fechou os olhos. Já poderia ser muito tarde. Ulrik poderia ter tomado já sua vida. Ou pior –dar-lhe aos Dark. O temor borbulhou dentro dele, unindo-se a sua fúria. A única forma em que ia conseguir Sophie de volta era ser o guerreiro Dragão que uma vez foi. E com independência do que Constantine quisesse, se a oportunidade surgia, Darius ia cortar a cabeça do Ulrik. Isto tinha que terminar de uma vez por todas.
Os Reis não teriam que preocupar-se já mais porque Ulrik encontrasse a suas companheiras. Nenhum Rei teria que brigar contra um dos seus. Não teriam que lutar mais com os Dark e o Ulrik.
Para quando saísse o sol em um novo dia, Darius se asseguraria de que tivessem um inimigo menos com o que lutar.
“Conheço esse olhar” disse Rhys. "passou muito tempo desde que o vi, mas não é algo que alguém esqueça"
Con deu um passo à frente do Darius. “Faremos isto juntos”
Antes que o Darius pudesse responder, houve um toque contra sua cabeça e escutou a voz do Ulrik. Darius esvaziou, mas logo abriu o link.
“Entendo que havia um montão do Dark na cidade de repente” disse Ulrik, com um sorriso na voz.
“Eles voltaram a demonstrar sua estupidez. Estão todos mortos agora”
“É uma vergonha. Estou seguro de que Taraeth não vai se sentir muito feliz com isto”
“Taraeth pode fazer o que lhe venha em vontade” disse Darius. “Onde está Sophie?”
“Comigo”
Darius se voltou e golpeou a parede, derrubando os tijolos ante tal investida. “Disse-te que a deixasse em paz”
“Esta é a parte na que me diz que me vai matar e que faria algo por ela. De acordo?”
“Sim”
“Então comprovemo-lo” disse Ulrik. “te encontre comigo” “Hora e lugar”
“Já os darei. Traz Con”
E com essas crípticas palavras, Ulrik cortou a comunicação.
“O que aconteceu?” Perguntou Kiril.
Os lábios de Con se contraíram. “Ulrik”
“Sim”, disse Darius com uma inclinação de cabeça. “Quer que me encontre com ele mais tarde”
Rhys se esfregou as mãos. “Finalmente. O bastardo virá a nós”
Con se cruzou de braços e deslizou o olhar até o Kiril e o Rhys. “Ulrik pode que não saiba que nenhum dos dois estão na cidade”
“Não contamos com isso”, declarou Darius.
“Exatamente. Necessitaremos um plano que mantenha Rhys e Kiril fora da vista de todo mundo –incluindo os Dark”.
Darius fez uma careta com os lábios. “Isso depende de onde Ulrik queira o encontro”
“Parece que temos que nos pôr a pensar” disse Rhys com um sorriso.
* * *
Capítulo Trinta e Sete
No momento em que Sophie despertou tinha uma só coisas na mente - Darius. Tinha-lhe advertido repetidamente que Ulrik tentaria apanhá-la assim que ele saísse a ajudar às mortais. Tinha sido uma armadilha desde o começo.
E ela se colocou nas mãos do Ulrik.
Sentia-se como uma parva, mas mesmo assim não trocaria sua vida pela da gente que Darius tinha salvado. Sua vida não valia mais que qualquer das outras.
Sophie se sentou na cama e olhou ao redor. Toda estava em vermelho e negro. Inclusive as paredes estavam pintadas de negro. A habitação era enorme, com um teto que devia estar a seis metros por cima dela. A roupa de cama era negra com toques vermelhos. A cadeira era um patrão negro e vermelho. Os tapetes eram negros. Inclusive o copo sobre a mesa negra ao lado da cama era negro.
As luzes flutuantes espaçadas ao longo das paredes e sobre a cama confirmavam que estava em um lugar no que não queria estar. Sophie se deslizou até o final da cama. Olhou até a porta, esperando que se abrisse e que alguém lhe dissesse que não podia caminhar.
Mas não aconteceu nada.
Levantou-se e caminhou ao redor da habitação. Havia alguns objetos normais, como um livro, que lhe fizeram pensar que ainda poderia estar na terra. Logo abriu o livro e viu palavras em um idioma que nunca tinha visto.
Sophie fechou apressadamente o livro e envolveu seus braços sobre si mesmo. Realmente, realmente esperava que não estivesse no reino dos Fae, ou inclusive na Irlanda, onde estavam os Dark.
Sentou-se em uma poltrona e recolheu suas pernas a um lado. Como desejaria que Darius estivesse ali. Ele sempre sabia o que fazer, o que tinha sentido posto que ele tinha lutado contra os Fae e com o Ulrik durante um tempo.
Fechou os olhos enquanto pensava no Darius. Tinha-a abraçado como se fosse a coisa mais importante do mundo. Tinha-a beijado como se a tivesse procurado até os limites da Terra. E lhe tinha feito o amor como se estivesse adorando a seu corpo, lhe dando todas as vezes um prazer inimaginável.
Pensar que realmente tinha acreditado que nunca mais se preocuparia com alguém tão profundamente para perder-se. Entretanto, ali estava ela.
Tudo o que tinha que fazer era recordar esses primeiros seis meses depois da traição do Scott. A dor, o vazio. A desolação. Seu mundo havia Sido destruído tão vividamente que não tinha sido capaz de voltar a armar as peças.
Por fora, todos pensavam que ela tinha a vida perfeita. Por dentro, parecia que uma menina de três anos cujos pedaços haviam tornado a ser costurados. Havia pedaços dela desaparecidos e peças que nunca encaixariam de novo. Fez dela algo... vazio... egoísta.
Estranho como só um pouco de tempo com o Darius tinha trocado todo isso. Seu coração sempre levaria as cicatrizes do que aconteceu com o Scott, mas estavam curadas agora. Tudo pelo Darius.
Sophie as tinha arrumado por si mesmo durante um comprido tempo. Sabia que não necessitava a um homem, nem sequer ao Darius. Mas lhe queria. E isso, ao final, marcava a diferença.
Quando Sophie abriu os olhos, Ulrik estava no dormitório com ela. Ela respirou fundo, odiando que ele a tivesse pego por surpresa outra vez. Seu mas caía solto sobre seus ombros com apenas uma onda.
“Rezando?” Perguntou ele.
Lhe olhou de cima abaixo. “Sim. Por sua alma”
Ele sorriu, com aprovação em seus olhos. “Isso não é algo pelo que precise preocupar-se”
“É-o. Darius te vai matar”
Ulrik soltou uma risadinha brandamente. “Ah, querida Sophie. Crê que sabe o que terá que saber sobre os Reis, mas só há tocado a ponta do iceberg. Con há dito a todos os Reis que não me toquem. Não importa quanto possa querer Darius me matar, ele não o fará. Porque todos nós sabemos que vou desafiar a Con. E ganhar”
“Está muito seguro de você mesmo”
“Estou seguro de mim mesmo há eras. Então, deveria ter deixado a um lado a amizade e lutar contra ele”
Suas palavras captaram sua atenção. “Mas lhe queria como a um irmão”
“E aonde me conduziu isso?” Perguntou ele. Ele estendeu suas mãos de par em par. "Justo aqui"
“Então desafia a Con. Deixa de cobrar sua mesquinha vingança contra nós”
Sophie sabia que era o pior para dizer no momento em que saiu de sua boca e a ira invadiu ao Ulrik.
Ele se parou ante ela, apoiando seus braços sobre os da poltrona e inclinando seu rosto perto do dela “Mesquinha? Foram seus malditos humanos que começaram isto. Deveríamos ter apagado sua mancha deste reino no momento em que chegaram, em lugar de prometer proteção. O que nos ofereceu isso? Ocultamos nossa verdadeira natureza e enviamos longe a nossos Dragões para não ofender a suas sensibilidades sangrentas. São o açoite deste planeta!”
Sophie fez uma careta, afundando-se tão atrás na cadeira como pôde. As poucas vezes que tinha falado com o Ulrik tinha sido tão frio como o gelo. Agora havia uma ira absoluta em seus olhos, em seu tom. Em seu próprio fôlego.
“Eu não sou a que te traiu”
Ele estrelou seu punho no respaldo da poltrona perto de sua cabeça. “Você é uma mortal. Isso te converte em um deles”
Sophie decidiu permanecer em silêncio. Algo que ela dissesse ia sentar fatal a ele. Quando olhou aos olhos, ela viu sua própria morte neles.
“Pode culpar ao Darius por isso. Teria-te deixado em paz se ele não te tivesse procurado. Vi os dois foder na rua entre as sombras. Vi então que havia algo. Paixão como essa se dirige a uma coisa -amor”
Sophie piscou para conter as lágrimas. Não queria mostrar nenhum tipo de debilidade ao Ulrik.
Ulrik se endireitou e se passou uma mão pelo cabelo. “Desfruta de suas poucas últimas horas, doc”
Logo que a porta se fechou atrás dele, Sophie enterrou a cabeça nas mãos e chorou.
* * *
Mais e mais rumores sobre os Reapers chegaram ao Balladyn. Entretanto, cada vez que procurava mais informação, não havia nada. Nem sequer procurar entre seus arquivos resultou útil. Queria mais, e não só porque Rhi lhe pedisse que indagasse.
Não, era porque Balladyn tinha um mau pressentimento que continuava crescendo quanto mais escutava sobre os Reapers.
Nada bom viria de sua chegada. Não estava preocupado por si mesmo, porque se eles queriam ir por ele, nada lhes deteria. A inquietação do Balladyn era por Rhi. Ela estava segura de que tinha um observador.
Balladyn não tinha sentido a ninguém, e Taraeth não sabia onde encontrá-la. Além disso, Balladyn conhecia todos os Dark Fae que tinham a aula de poder que lhes permitia permanecer velados. Nenhum deles poderia permanecer dessa forma indefinidamente.
Usaeil era o suficientemente estúpida para mandar a alguém atrás dela.
Realmente tinha dado provas disso quando teve ao Inen seguindo Rhi.
Nenhum dos Light tampouco tinha essa aula de poder para permanecer velado. O que deixava só um grupo -os Reapers.
O frio atravessou ao Balladyn até os ossos. Tinham chegado para matar a Rhi? Recrutá-la? Afasta-la dele?
As possibilidades eram intermináveis, e ele não ia voltar a sentar-se e deixar que acontecesse. Rhi era dele. Tinha-a estado esperando durante séculos. Lhe pertencia, e ia provar.
* * *
Darius passou uma mão pelo cabelo, sua frustração ao máximo. Tinham um mapa de Edimburgo sobre a mesa, localizando os lugares onde Ulrik poderia querer a reunião.
Entretanto, todos os planos estavam em espera enquanto Con viajava a Dreagan, sem lhes dizer do que se tratava. Kiril tinha chamado ao Ryder, mas o friqui informático não tinha idéia do que faria retornar a Con durante tal crise.
Crise. Merda. Isso é exatamente o que era, e o Darius não podia fazer nada mais que esperar para saber do Ulrik antes de fazer nada.
Não podia olhar o mapa mais vezes. Tudo o que podia fazer era pensar em Sophie, rezar para que ela não estivesse ferida, e pensar em todas as formas nas que ia matar ao Ulrik.
“Os Dark não têm feito um movimento sobre isso em semanas” disse Kiril. Rhys bufou. “Não renunciaram a ela”
“O que?” Perguntou Darius, sua conversa introduzindo-se em seus pensamentos.
“A arma” disseram Kiril e o Rhys ao uníssono.
Darius contraiu os lábios. “Têm razão. Não ouvi nada sobre isso ultimamente. Isso não é bom sinal”
“Absolutamente” declarou Rhys enquanto apoiava as mãos na mesa e olhava ao mapa. “Com toda a vigilância de nossos amigos do MI em Dreagan, não podemos patrulhar como o fazíamos normalmente”
Kiril levantou a vista do portátil desde sua posição no sofá. "Não importa. Nossa magia ainda está ali. Os Dark não podem entrar sem que saibamos"
“Mas os mortais podem” assinalou Rhys enquanto lhes olhava.
Darius se deixou cair no outro sofá e soltou uma fileira de maldições. "Os Dark querem a arma, não Ulrik. Está no melhor interesse do Ulrik se os Dark não a têm, porque então os Dark poderiam lhe destruir também"
Kiril fechou o portátil e o pôs junto a ele. “Esse é um bom ponto. Ulrik quer nossa morte, mas quer permanecer vivo. Não lhes daria voluntariamente a arma”
"Mas a usaria como uma ferramenta de negociação com os Dark" disse Darius.
“Nem sequer sabemos o que é” disse Rhys. Ele se incorporou e assinalou até o mapa. “Os Dark não atacaram uma e outra vez Dreagan para render-se simplesmente assim de fácil só porque eles obtiveram um vídeo de nós, ou porque algo da magia do Ulrik tenha sido recuperada”
Kiril se esfregou o queixo. “No que está pensando?”
“Isso é tudo, não sei” disse Rhys, o cansaço endurecendo suas palavras.
Darius tamborilou com os dedos sobre o braço do sofá. “Possivelmente estejamos olhando tudo isto mau”
“O que significa isso?” Perguntou Kiril.
Darius se moveu até o mapa e o ordenador. “Cada vez que Ulrik e os Dark fizeram algo, reagimos para rebatê-lo”
“Como se supõe que temos que fazer” disse Rhys.
Darius assentiu com a cabeça. “Mas o que se estiver tudo feito para nos dirigir a fazer exatamente isso?”
Kiril se inclinou até diante e olhou do Darius ao Rhys. “Enquanto estivemos perseguindo nossas caudas tentando ocultar as coisas para permanecer ocultos dos humanos, Ulrik e os Dark nos estiveram dirigindo a uma feliz perseguição”
“Eu ainda digo que deveríamos nos perguntar sobre a arma” disse Rhys. “Eu não gosto de descobrir sua existência agora depois de todo este tempo. Eu especialmente odeio que os Dark dela saibam antes que nós. E eu não gosto não saber o que é”
Darius assentia com cada coisa que Rhys dizia, como faziam todos os Reis. “Mais logo ou mais tarde Con vai ter que nos dizer que é essa arma. Até então, precisamos ver tudo o que Ulrik e os Dark fizeram para ver se houver um patrão que nos tenha passado por cima”
“Ou um sinal do que eles querem” disse Kiril.
Rhys lhe lançou um olhar. “Sabe o que querem. A todos nós mortos” “Quem pensam vocês que ganhará entre o Ulrik e Con?” Perguntou-lhes Kiril.
Darius se encolheu de ombros. Tinha-o estado pensando mais e mais e não estava seguro. Se isto tivesse ocorrido antes do desterro, Darius haveria dito Con apenas porque o coração do Ulrik não estava nisso.
Mas agora? Agora Ulrik queria vingança, e queria a Con morto.
“Não sei” admitiu Rhys. “Poderia ir em qualquer direção. Se Ulrik derrotar Con, virá depois atrás de nós”
O silenciou invadiu a habitação enquanto eles assimilavam as palavras do Rhys. Porque se os Reis morriam, então o fariam as mulheres que eram seus casais.
* * *
Capítulo Trinta e Oito
Con passeava através das covas de sua montanha sem nenhuma necessidade de luz. As conhecia como se conhecia cada centímetro de Dreagan –pelo coração. Mas com sua vista de Dragão –inclusive sob a forma humana- podia ver o suficientemente bem na escuridão.
Na profundidade do coração da montanha, a centenas de pés desço da caverna que utilizava enquanto estava em forma de dragão, havia um corredor estreito. Teve que mover-se de lado para chegar à câmara.
Alcançou a entrada ao dormitório e lentamente entrou. Con estalou os dedos e um fragmento de luz se abateu no centro da câmara arrojando um resplendor amarelado sobre tudo.
Con olhou fixamente à arma que os Dark tão desesperadamente queriam em suas mãos. Ainda tinha que averiguar como os Dark tinham descoberto a arma, mas o faria.
Havia só dois Reis que sabiam da arma –Kellan e ele mesmo. Posto que Kellan tinha estado dormindo em sua montanha até fazia pouco, não tinha sido ele.
Con estava quase cem por cem seguro que Rhi não sabia tampouco nada da arma. O qual só deixava a um mais. Con tinha tomado grandes moléstias para ocultar a existência da arma aos Reis.
Kellan e ele nunca falavam dela ao redor deles. Era muito capitalista como para que caísse nas mãos equivocadas. Na verdade, deveria havê-la destruído faz muito tempo. Con não estava seguro de por que não o tinha feito quando assumiu o cargo do Rei de Reis. Poderia fazê-lo agora. Por isso estava ali.
Embora algo lhe detinha.
Não estava seguro do que. Talvez era a necessidade de descobrir quem lhes tinha traído. Ou possivelmente era porque tinha guardado a arma durante tantos milhares de anos. Era o responsável por mantê-la em segredo tanto como sua identidade.
Os Reis queriam saber que arma era, mas se eles chegavam o a saber, isso trocaria tudo. Porque, apesar de que sua forma de vida estivesse sendo ameaçada pelo vídeo e as ameaças do Ulrik, não seria nada comparado com o que aconteceria se os Reis descobriam a verdade.
Con soube que não estava só na habitação. Não lhe surpreendeu que Kellan estivesse em sua montanha. A arma era muito importante como para não ser vigiada, porque nem sequer a magia de Dragão era suficiente para mantê-la a salvo.
“Não poderemos ocultar sempre” disse Kellan da esquerda de Con. Este não se incomodou em olhar a seu amigo. “Manterei-a oculta deles tudo o que possa”
“Esse tempo está chegando a seu fim. É uma arma que pode usar-se para nos destruir, sim. Mas também se diz que poderia usar-se para nos ajudar”
“Não” declarou Con.
Kellan suspirou ruidosamente. “V está ainda desaparecido. Ulrik está centrado em Sophie, que suponho por seu rosto que é o casal do Darius. Os Dark estão sospechosamente tranqüilos. Temos aos mortais arrastando-se por todo Dreagan procurando sinais de Dragões. Não estamos seguros de se Rhi estiver de nosso lado ou não, e os Light Fae não fazem nada. Sim, Con, precisamos fazer algo”
“Não isto. Nunca isto” Se voltou até o Kellan. “Quanto ao resto, trataremo-lo como fazemos com todo o resto”
“A magia de Dragão só pode ocultá-la em certo modo” “É tudo o que necessitamos”
Era tudo o que alguma vez eles tinham necessitado.
* * *
Darius se esfregou os olhos com o polegar e o índice. Quanto mais passava sem saber nada do Ulrik, mais incômodo se sentia. Tinham localizado dois lugares que favoreciam a privacidade e a reclusão. O clima também ajudaria a evitar que os mortais se aventurassem perto.
Sobressaltou-se quando Ulrik lhe chamou por seu nome em sua cabeça. Darius olhou ao Rhys e ao Kiril e assentiu com a cabeça, lhes fazendo saber que se tratava do Ulrik.
“Preciso escutar a Sophie”
Ulrik riu “Isso não vai acontecer”
“Então Con não irá”
“Não me importa”
“Não faz nenhum bem a seu plano. Sabemos que o quer ali ou não o teria solicitado”
Ulrik ficou em silencio durante um momento. “Isto vai de você, Darius”
“Então por que pergunta por isso?”
“Quero-lhe para que veja de primeira mão seu sofrimento quando mate a Sophie”
Darius fechou os olhos, tentando manter a calma o mais possível. “Faz isso e não terá que preocupar-se por desafiar a Con porque te matarei”
“Ambos sabemos que isso não acontecerá. Nunca desobedeceu ao Constantine”
Esta vez, definitivamente Darius o faria. Mas deixou Ulrik pensar que o faria posto que isso funcionava em vantagem dela. “me mostre que Sophie está viva”
“Virá te encontrar comigo tanto se estiver viva como se não o está. Descobrirá então se estiver ainda viva. Encontraremo-nos no extremo sul de Edimburgo. Conhece o lugar”
“Sim”
“Em uma hora” E o Ulrik fechou o enlace.
Darius estrelou a mão partindo a mesa em dois.
“Suponho que não foi bem”
Todos os três se voltaram para encontrar Con parado no marco da porta. Entrou e deixou que a porta do hotel se fechasse detrás dele enquanto se dirigia até eles.
“Tudo está bem em Dreagan?” Perguntou Kiril.
Con assentiu com a cabeça. “Assim como o estão Shara e o Lily”
Darius se meteu no bolso o móvel e olhou fixamente a Con. “Nos vai explicar por que de repente tinha que visitar Dreagan?”
“Não”
Rhys se encolheu de ombros, seu olhar dizendo que era o que esperava de Con enquanto Darius olhava até ele. Kiril só suspirou. Con se serviu um copo de uísque. “Ulrik nos esteve guiando em uma alegre perseguição durante meses. Isto nos dá o que necessitamos. Iremos todos esta noite. Salvaremos a Sophie, e no processo, capturaremos ao Ulrik e acabaremos com esta derrota”
“O que significa que lhe matará uma vez que retornemos a Dreagan” disse Rhys.
Con se tomou o uísque “Deveria haver dito isso em lugar de desterrá-lo. Foi um engano meu que tem que ser corrigido. Arruinou nossa forma significativamente. Isto termina esta noite”
“Digamos que isto funciona” disse Darius “A necessidade dos Dark de ir atrás de nós não acabará”
Kiril fez uma careta com os lábios enquanto se cruzava de braços. “Em realidade, poderia. Os Dark têm no Ulrik um aliado. Sem ele, eles não sabem nada. Já não nos pilharão despreparados”
“É um grande risco o que estamos correndo”
Con lançou seu escuro olhar ao Rhys “Então não quer te desfazer do Ulrik?”
“Não hei dito isso” lhe corrigiu Rhys. “O que estou dizendo é que tudo isto poderia não desaparecer com o Ulrik fora. Os Dark está atrás da arma. Não se deterão até que a tenham”
“Isso não vai acontecer” declarou Constantine com uma voz tão fria e letal como a mesma morte. “Goste ou não, trata-se de um bom plano. Ulrik sabe como trabalhamos. Ele espera aos dois, mas se trabalharmos bem, isto poderia funcionar”
Isso fez que Darius sorrisse. “Con tem razão. É uma muito boa oportunidade para nós para terminar com tudo isto justo agora”
“E se Sophie consegue meter-se em meio do fogo cruzado?” Perguntou Kiril. Darius os olhou a todos eles. “Isso não pode acontecer”
Kiril suspirou enquanto deixava cair seus braços aos lados. “Haverá Darks aí. O lugar que Ulrik escolheu está bem oculto dos mortais. É perfeito para que nos possamos transformar se tivermos que fazê-lo”
“Não podemos” ordenou Con. “Sob nenhuma circunstância nenhum de nós se transformará. Não sabemos quem pudesse estar observando”
“Ou se os Dark pudessem estar fazendo vídeo” declarou Rhys pondo os olhos em branco.
“Temos que fazê-lo” disse Darius.
Con assentiu com a cabeça. “Estou de acordo. Deixar passar esta oportunidade seria uma loucura”
“Ulrik suspeitará que tentaremos lhe apanhar” disse Kiril.
O sorriso de Con estava cheia de vingança e ira. “Não esperará o que tenho reservado para ele”.
* * *
Sophie recordou essa sensação de sufoco quando descobriu as armadilhas do Scott, mas isto era muito pior. Isto se sentia como se estivesse sendo sugada por uma maré.
Tudo o que queria lhe estava escapando antes que alguma vez tivesse tido a oportunidade de agarrá-lo. Nem sequer havia dito ao Darius que o amava.
Tantos anos que tinha perdido permanecendo isolada e escondendo seu coração. Darius lhe mostrou tudo o que se esteve perdendo. Seus sonhos passavam ante seus olhos como pó no vento.
E o destino ria dela uma vez mais.
Capítulo Trinta e nove
Darius conduzia o Mercedes SUV, com as mãos apertando o volante. Outros tinha escolhido diferentes rotas, chegando por separado para ocultar-se dos Dark. Enquanto conduzia pela auto-estrada fora de Edimburgo, tudo no que podia pensar era em Sophie. Chegou à conclusão de que Sophie ainda estava viva, estando-o pelo momento. Ulrik quereria matá-la frente a ele.
Nem sequer podia pensá-lo. Negava-se a permitir-se esses pensamentos pelo caminho. Era melhor se se concentrava em como ia conseguir liberar Sophie.
E matar ao Ulrik
Uma e outra vez deixava que a cena de agarrar a cabeça do Ulrik e acabar com aquela estúpida guerra, corresse por sua mente. Vinte minutos depois enquanto saía da auto-estrada e girava à direita, imaginou sua reunião com Sophie.
Agora que tinha admitido que ela era seu casal ante Con e outros, era momento de dizer-lhe a ela. Sabia que Sophie tinha sentimentos até ele, mas estava duvidoso de dizer-lhe.
Sua carreira significava tudo para ela. Não queria que tivesse que escolher, o que aconteceria se lhe falava de seu amor.
Tão difícil como seria isso, o melhor que Darius podia fazer era deixá-la ir. Sophie poderia retornar a seu trabalho como curadora sem ter que sofrer suas guerras, seus segredos e ao MI investigando a todo aquele que estivesse associado a Dreagan.
Darius reduziu a velocidade e girou até um caminho de terra. Conduziu vários quilômetros antes de chegar ao limite de um bosque. Estacionou o veículo no parque, apagou o motor e saiu.
Dirigiu-se à frente do Mercedes e olhou ao redor. A área estava inquietantemente tranqüila. Darius estava em máxima alerta, porque sabia que haveria Dark que se mostrariam logo. Como se os animais soubessem quão mau estava por vir, abandonaram a área também.
Suas botas rangiam sobre a neve quando se dirigia até as árvores enquanto as rajadas fluíam a seu redor. O sol se desvanecia rapidamente, obscurecendo o já cinza céu.
Nenhuma ramo rangeu, nem sequer um assobio de vento. A desconcertante quietude o fez olhar ao redor, esperando um ataque. Mas nada vinho. Ainda.
Enquanto Darius se abria caminho através das árvores, pensava no passado e em como se tornou louco de culpa e ira ao perder a sua mulher e a seu filho. Esses sentimentos destrutivos lhe consumiram até que não Ficou nada. Quando finalmente se foi a sua montanha, sua alma tinha sido uma ferida em carne viva e lhe supurem.
Quando Con despertou por esta guerra, Darius tinha deixado sua montanha tão iracundo como quando tinha ido. Séculos de dormir o sonho de Dragão não lhe tinha tranqüilizado. Nada o fez.
Até Sophie.
Darius disse a si mesmo que a fome selvagem e primitiva respondia simplesmente a sua necessidade de aliviar seu corpo. Na verdade, tinha ocorrido com Sophie desde o começo.
Ela é a que acalmou sua alma maltratada. A que consolou ao Dragão. A que ardia vivamente cada vez que a tocava.
Desejava Sophie até um grau que deveria aterrorizá-lo, mas só lhe fazia sorrir. Nunca antes havia sentido tanto desejo por uma mulher. Ansiava estar perto dela, ansiava tocá-la.
Desejava seus beijos.
Houve um tempo em que lhe incomodou que Kellan e outros Reis desafiassem ao destino e ao mundo por ter a suas mulheres, que dessem de lado a seu passado e tivessem encontrado a felicidade. Parecia que também era um desses, - ou o tinha sido brevemente.
Era uma pena que não tivesse o futuro que tanto desejava. Doía-lhe saber que ia ter que deixar a Sophie atrás, mas era o melhor.
Um movimento a sua direita chamou a atenção do Darius quando deixava o bosque e entrava no vale. Um olhar lhe mostrou que havia um Dark a cada lado dele e outro a suas costas. Mantinham as distâncias, mas isso provava que Ulrik não tinha intenção de acabar esta batalha a não ser com a vitória.
Muitas vezes Ulrik lhes tinha pilhado despreparados. Os segundos transcorriam enquanto começava a nevar mais rápido e as temperaturas caíam. Darius escaneou a extensão de terreno entre eles e a linha de árvores oposta. A necessidade de ver Sophie lhe atravessou, de abraçá-la e saber que não estava machucada.
Agora desejava ter trazido todos os Reis Dragão. Con, entretanto, tinha outras idéias. Darius estava cansado de jogar este jogo com o Ulrik. Nunca deveria ter ido desta maneira.
Mas em retrospectiva era 0/0. Olhando para trás, Daríus sabia que deveriam ter tomado outras decisões e eleições, mas não havia volta atrás. Tinham fixado este rumo, e Ulrik estava decidido a terminá-lo.
Darius captou uma visão do Ulrik saindo de entre as árvores dirigindo-se até ele. Uns passos detrás dele estavam dois Dark Fae. Um tinha agarrado Sophie pelo braço, atirando dela. O outro levava a uma inconsciente Claire em seus braços.
“Que demônios?” Murmurou Darius.
Quando se tinha metido Darius com Claire? Já não importava. Havia duas cativas para liberar. Trocava os planos um pouco.
“Vi-a”, disse Con na mente do Darius. “Deixa que Ulrik suba a aposta”
Ulrik sorria enquanto olhava ao Darius. Tudo o que Darius podia esperar agora era que tudo fosse sem problemas, mas de novo tratavam com o Ulrik e os Dark. Quando algo saía bem com eles?
Quando Ulrik começou a mover-se até ele, Darius fez o mesmo. Detiveram-se três metros um do outro. Os Dark ficaram justo detrás do Ulrik com as mulheres.
“Aqui estamos” disse Darius ao Ulrik. “Entrega Sophie e Claire” “Acredito que manterei às moças comigo durante um ratito”
Darius apertou os dentes. Tinham esperado que Ulrik fizesse isso mesmo, mas isso não o fazia mais fácil para ele. De fato, só conseguiu aumentar sua crescente irritação.
“Isso não te fez zangar, verdade?” Perguntou Ulrik, com um largo sorriso. “Sorri quando puder. Não durará muito” “Acredito que durará mais do que pensa”
Darius manteve o olhar cravado no Ulrik apesar de que não queria nada mais que voltar-se até Sophie. Mas tinha que manter a atenção do Ulrik nele e não nas mulheres. “Porque planejou tudo isto?”
“Tenho-o feito”
“Não se pode conhecer todos os detalhes. Não se conhece os humanos o suficientemente bem para predizer suas decisões”
Ulrik riu com sarcasmo. “Sou melhor nisto que você, aparentemente”
“Assim faz cem anos, quando planejou tudo isto, sabia que capturaria a Sophie e o Claire”
Os olhos dourados do Ulrik se endureceram. “Não vou perder tempo tratando de te explicar as coisas. Não é mais que um bruto, Darius. Por que crê que Con sempre te enviava primeiro a uma batalha? Não pensa. Suas emoções lhe governam”
“Con me mandava primeiro porque sabia que não falharia cumprindo minhas ordens”
“Justo como um bom soldado” se burlou Ulrik. “Sempre seguindo ordens”
Darius não podia esperar a lhe mostrar ao Ulrik que não ia ser mais um soldado.
Ulrik trocou todo isso no momento em que se centrou em Sophie.
Pela extremidade do olho, Darius viu Sophie tremendo. Embora seu pulôver era grosso, não era suficiente baixo essas temperaturas tão frias.
“vamos seguir com isto”
“Sim, vamos” Ulrik deu um passo mais perto, com seus duros olhos dourados cheios de determinação e resolução. “Onde está ele?”
* * *
Capítulo Quarenta
Sophie não podia parar de tremer, mas não havia nada que ver frio que fazia, e tudo com a situação. O ar era helador e os flocos caíam mais forte enquanto a lua brilhava sobre a neve, fazendo que a área quase brilhasse. Série formoso se não fosse pelas circunstâncias extremas.
A realidade de Dragões, Faes e a magia a estava olhando à cara. Não se burlaria mais daqueles que acreditavam em tais coisas. Agora que o estava experimentando de primeira mão, perguntava-se como algumas pessoas instintivamente sabiam que era real, enquanto que outras, como ela estava acostumada fazer, mostravam-se firmes em que não era assim.
Não é de sentir saudades que o vídeo que mostrava aos Reis Dragão transformando-se em Dreagan atraíra tanta atenção. Os que acreditavam procuravam provas, enquanto que outros queriam verificar que tudo era falso.
Não podia tirar os olhos de cima ao Darius. Mantinha-se alto e magnífico à luz da lua. A tensão era máxima, a situação lhe intimidem. Em qualquer momento, explodiria uma batalha.
Havia algo diferente no Darius. Parecia mais concentrado, mais intenso. Ulrik burlando-se dele por seguir ordens não lhe tocou a corda que Ulrik queria.
Ou ao melhor o fez.
Embora não estava ao lado do Darius, o fato de lhe ver fez maravilhas para mantê-la em pé.
Sophie queria lhe tocar, sentir sua força e seu calor. Mas o Dark que a tinha a agarrada mantinha a seu lado. Piscou através da neve que caía rapidamente até os três metros que a separavam do Daríus.
“Estamos aqui” disse Darius. “Entrega a Sophie e ao Claire”.
Sophie escutou o intercâmbio que seguiu com interesse. Não foi até que Ulrik exigiu saber onde estava um homem que soube que tudo aquilo não tinha sido mais que uma versão prévia do que se morava.
Olhava ao Darius e o Ulrik sucessivamente, observando que os dois se olhavam fixamente, sem piscar, um ao outro. Sophie girou a cabeça, olhando ao redor para ver se havia alguém ali. Logo viu um homem saindo da linha de árvores detrás do Darius.
As nuvens se separaram e a lua enche iluminou sobre ele como se lhe fizesse destacar por cima de todos. O homem era alto e se movia com a mesma pernada predadora que Darius. E inclusive que Ulrik, se Sophie era sincera.
O desconhecido tinha ondas douradas de cabelo que levava curto pelos lados e mais comprido por acima. Vestia botas, um par de jeans e um suéter ligeiro apesar da neve. Não se deteve até que esteve ao lado do Darius.
“Con” disse Ulrik ao desconhecido. “Me alegro de que o tenha feito”
“Não perderia isto” declarou Constantine com uma voz plaina, como se lhe aborrecesse sua opinião.
Con assinalou com seu queixo quadrado até Sophie e ao homem que sujeitava Claire. “Darius está aqui, e agora eu também. Permita que Sophie e Claire se vão. Isto é entre nós”
A tensão se fez mais densa, até poder cortar-se com uma faca, enquanto Ulrik e Con se olhavam um a outro durante compridos minutos.
“Sabe quanto ódeio aos mortais” disse Ulrik. “O que importa se dois mais morrem?”
O coração de Sophie se desabou. Havia uma parte dela que sabia que isto mesmo poderia passar. Tinha rezado e esperava que Darius pudesse liberá-la, mas agora também estava Claire, uma verdadeira inocente nesta confusão.
“Deixa às moças livres ou vou” declarou Con.
Ulrik então Riu. “Ambos sabemos que isso não acontecerá”
“Deixa que Sophie e Claire se vão. Este assunto é entre nós”
Ulrik sorriu então, um sorriso frio e áspera. “Entre nós? É assim na verdade?”
“Sabe que assim é” declarou Con.
“Eu acredito que não” Ulrik estendeu a mão e tocou a bochecha de Sophie. Ela sacudiu sua cabeça e a afastou. “Não me toque” “Não serei o único em fazer isso”
Claire gemeu então, mas não era um som cheio de dor. Era um som cheio de prazer.
Sophie olhou ao Darius para ver seus lábios estreitando-se. O Dark que sujeitava Claire estava sorrindo olhando-a. Sophie começou a sacudir a cabeça. “Não! Claire é uma inocente! Deixa-a em paz!”
A cabeça do Ulrik se girou até ela e a olhou fixamente. Sophie podia ver a morte que prometia em seus olhos, na forma em que ele olhava ao mundo e todos nele. Quase como se não pudesse suportar ser parte de nada disso.
“Inocente?” Repetiu ele a palavra como se fosse veneno. “Nenhum dos mortais é inocente. vocês sujam nosso mundo, destruíram nossa forma de vida. Cada um de vocês merece ser assassinado da maneira mais cruel e atroz possível. Fui detido uma vez antes que pudesse terminar o trabalho. Não serei detido outra vez”
“Isso já o veremos” declarou Con.
Ulrik soprou e voltou sua atenção ao Rei de Reis. “Será-te bastante difícil fazer algo uma vez que esteja morto”
Claire gemeu de novo, mais alto. Sophie viu que o Dark que a sujeitava ficou em cócoras para tombá-la na neve e lhe abriu o casaco. Ele tirou uma faca e cortou o suéter do Claire antes de fazer o mesmo com seu prendedor.
Sophie só podia olhar com mudo horror como ele começava a brincar com os mamilos de Claire, fazendo que ela gemesse mais alto e mais vezes. Quando o Dark Fae esfregou o sexo do Claire por cima de suas calças, Sophie tentou lançar-se até eles, mas o Dark que a sujeitava a agarrou rapidamente.
“Deixa-a em paz, monstro!” Gritou Sophie ao Dark.
Ulrik riu ante sua explosão. “Monstro. Que curiosa palavra” Se voltou até ela, com os lábios levantados com uma careta de desprezo. “Os monstros fariam espaço em seu reino para outra espécie? Um monstro os levaria a sua casa e os amaria? Um monstro ofereceria suas vidas por eles? Não, Sophie. Eu não sou o monstro. Sua raça o é”
Ela tragou e olhou ao Darius. Ele a olhava fixamente com uma mescla de fúria e medo que disse a ela justo quão horrenda era a situação.
“Sua raça” continuou Ulrik, “agarram o que seja que queiram. Não se detêm em considerar que lhe acontecerá à Terra ou a seus habitantes. Tudo serve para sua comodidade. E seu medo ao que não entendem. Toda sua raça pensa que quando encontra algo novo é para persegui-lo e matá-lo. Tudo o que sua espécie sabe é conquistar o que eles pensam que é deles. Não sabem como amar incondicionalmente. Não sabem o que significa ser generoso e paciente. Então me diga, doutora, quem é o verdadeiro monstro?”
“Sinto o que te aconteceu”
Ele soprou, olhando-a como se fosse o demônio reencarnado. “Sentir? O que você sente? Duvido. Dirá o que seja necessário para tentar sair desta situação” Ele se inclinou mais perto, mas seu olhar se foi ao Darius. “O fato é, moça, que vou matar te e fazer que Darius o veja. Logo ele saberá o que realmente é perder a sua companheira”
Claire estava gemendo contantemente agora sobre a neve. Seu jeans estavam baixados até os tornozelos e o Dark tinha seu dedo dentro dela.
“ouvi que foi difícil para o Kellan observar como Taraeth forçou um clímax no Denae frente a ele” disse Ulrik enquanto se encarava a Con e ao Darius. “Tenho curiosidade por ver sua reação, Darius”
“Esta é sua última oportunidade” disse Darius, “as solte ou morre”
Ulrik lhe soltou um falso sorriso. “Seja um bom soldado e recorda suas ordens”
Darius nunca havia sentido tanta necessidade de matar como naquele momento. Não importava o que Con quisesse, Darius ia matar ao Ulrik lentamente, desfrutando de cada momento de sua dor. “Lembro perfeitamente minha obrigação”
O olhar do Ulrik se deslizou até Con. “Nada o que dizer? Preocupado pelo que vai perder? A coisa é, velho amigo, que perdeu no momento em que atou minha magia e me desterrou de Dreagan”
“Você tomou suas decisões” disse Con. “Sabia as conseqüências de ignorar minhas advertências”
“Já era hora de que aprendesse que não todos sempre cumpriríamos suas ordens”
Os negro olhar de Con era frio como o pólo norte. “Alguém o tentou uma vez. Foi banido, incapaz de transformar-se”
“Possivelmente o resto dos Reis deveria saber quem é. Constantine que não deixa que ninguém -ou nada- interponha-se no caminho de ser Rei de Reis”
“Desafiei-te e ganhei”
Ulrik simplesmente pôs-se a rir. Isso fez que Darius se perguntasse justo que queria Ulrik que eles soubessem e que Con não queria. Evidentemente, havia algo no passado de Con que Ulrik pensava que pudesse voltar para outros contra Con.
Se era o suficientemente mau, poderia ocorrer.
Isso em si mesmo preocupou ao Darius. Con tinha seus defeitos, mas sua principal preocupação era Dreagan. Como os outros, Darius não sempre estava de acordo com tudo o que fazia Constantine, mas ninguém mais se detinha fazer o que fazia Con. Era difícil julgar a um Dragão quando nenhum deles queria todas as preocupações e o estresse de ser o Rei de Reis.
Darius olhou a Sophie que estava olhando Claire. Claire agora estava virtualmente nua, e em qualquer momento agora o Dark poderia tomá-la. Sophie nunca lhe perdoaria se permitia que algo acontecesse a Claire.
“Sabe que não vou permitir que esse inseto toque Claire” disse Darius.
Ulrik olhou ao casal. “Acredito que chegou muito tarde. É bem-vindo para que tente lhes deter”
Em outro tempo, Darius teria esperado a que Con lhe tivesse dado a ordem, mas isto envolvia a sua companheira. Não podia esperar.
Justo quando Darius estava a ponto de agarrar o Fae de Claire, Sophie golpeou com o punho as bolas do Dark que a sujeitava. Este se inclinou, lhe saindo um grito estrangulado.
Sophie correu até Claire, nocauteando ao Dark que a tocava. Darius correu até o Fae quando grunhiu e se girou até Sophie. Darius lhe lançou à neve com um rugido e lhe arrancou o coração.
Ele se voltou até Sophie “Corre!”
* * *
Capítulo Quarenta e um
Sophie caiu sobre suas mãos e joelhos e se inclinou sobre o Claire protegendo-a. Não poderia acreditar o que tinha feito, mas a oportunidade se apresentou, -e ela a tinha aproveitado.
“Corre!” Gritou Darius.
Sophie esbofeteou o rosto do Claire para conseguir que despertasse. Deu-lhe outra bofetada na outra bochecha enquanto tentava lhe pôr as calças.
“Soph?” Perguntou Claire, piscando enquanto saía da sedação.
“te mova!” Disse- ela a Claire com urgência. Sophie a ajudou a que se sentasse. “Agora!”
Claire ficou em pé, atirando de suas calças enquanto elas começavam a correr. Sophie rodeou a sua amiga com um braço para que mantivesse o equilíbrio e olhou a seu redor, esperando que Ulrik as seguisse. Seus pés se afundavam na espessa neve, obstaculizando sua carreira.
“Que infernos ocorreu? Onde estou?” Perguntou Claire enquanto terminava de grampeá-los calças. “E por que demônios está meu suéter talhado?”
Sophie olhou por cima de seu ombro ao Darius. “Mais tarde”
“Sim” disse Claire com sarcasmo. “Tenho-me que pôr em ambiente”
Só deram uns passos antes que aparecessem dois Dark Fae de repente frente a elas. Sophie não tinha idéia de que pudessem mover-se tão rápido. Ela se deteve, mas não pôde manter Claire em pé e ambas caíram na neve. Houve uma comoção detrás dela, mas Sophie estava mais preocupada com os dois Dark que tinha frente a ela.
Claire começou a gemer, dirigindo-se até os homens. Sophie ficou em modo proteção. Atirou das mãos do Claire e se inclinou sobre ela para que os Dark não pudessem alcançá-la.
Mas eram dois contra ela, e suas mãos estavam em todas partes. Sobre ela, e sobre o Claire.
De alguma forma Sophie foi rechaçada por Claire e um dos Dark começou a beijar Claire. Sophie se revolveu através da neve para chegar a sua amiga. Tinha os dedos intumescidos, mas o ignorou. Sophie tirou de cima ao tipo ao Claire, mas Claire lhe seguiu.
“Claire!” Gritou Sophie.
Logo a foi agarrar por detrás. Umas mãos lhe embalaram os seios enquanto uma boca começava a lhe beijar o pescoço. Foi então quando ouviu uma furioso rugido detrás dela.
Todo mundo se deteve, incluindo Sophie. Ouviu que alguém gritava o nome do Darius. Sophie tentou tirar-se de cima ao Fae e assim poder ver o Darius e averiguar o que estava acontecendo.
Quanto mais duro tentava afastar-se, mais forte a sujeitava o Dark. Sophie lhe deu uma cotovelada, mas nem sequer se alterava. Claire, entretanto, já tinha tirado a jaqueta e o talhado suéter com o Fae lhe beijando a garganta e baixando até seus seios expostos.
Não houve mais gritos, e Sophie podia escutar Con e Ulrik. Mas não pôde escutar a voz do Darius. O pensamento de que pudesse estar ferido renovou seus esforços para liberar-se.
Sophie foi jogada sobre suas costas como se não estivesse lutando com todas suas forças. Olhou até os olhos vermelhos e levantou o joelho até sua garganta. O homem desviou seu golpe com facilidade, para seu desgosto.
“Darius!” Gritou Con.
Sophie viu o Darius abater-se sobre ela e, com um pequeno esforço, lançar longe ao Dark. Darius a olhou, logo seguiu os passos ao Dark que se pôs de pé.
Ela separou os lábios quando as mãos do Fae se apartaram e uma enorme borbulha iridescente apareceu. Quando esta alcançou o tamanho de uma bola a lançou contra Darius. Darius sem esforço se inclinou até um lado para evitá-la.
Sophie seguiu a borbulha quando aterrissou na neve a poucos passos dela. A neve se derreteu imediatamente, e se escutou um som lhe chispem enquanto a borbulha se evaporava no chão que ficou negro.
“Merda” murmurou ela.
Ela girou sua cabeça até o Darius para encontrá-lo e ao Fae cara a cara. Sophie vislumbrou ao Ulrik e Con, que estavam parados e falando, mas não podia entender o que estavam dizendo. Girou-se para procurar Claire e localizou a dois Dark indo até elas. Tentou ficar em pé utilizando suas intumescidas mãos. Tropeçando, Sophie caiu entre o Claire e o Dark. Em lugar de zangar-se, ele tratou de lhe tirar a jaqueta.
Apartou suas mãos e sacudiu Claire para tratar de tirá-la dali. Quão seguinte Sophie soube foi que outra mão a agarrava. Esta vez havia muitos tentando despi-la. Logo que o ar frio lhe golpeou o estômago, conheceu o medo real. Isto estava acontecendo. Ia ser violada.
Sophie chutou e gritou em vão. Ouviu o Darius gritar seu nome. Através dos corpos, lhe localizou. Seu rosto estava contorsionado pela raiva, logo sua visão foi bloqueada.
O som de um grunhido baixo e profundo ressonou a seu redor e sacudiu o chão. Todo mundo se deteve. Sophie aproveitou a oportunidade para sair da pilha de homens que a sujeitavam e viu uma pata morada escura, -ou era uma garra?-, coberta de escamas. Era mais que enorme com umas garras que pareciam quase negras na noite.
Seguiu a pata, -ou garra-, para cima, até um grosso antebraço. Seu olhar seguiu movendo-se para cima, até inclusive mais escama e uma caixa torácica. Sua cabeça se inclinava para trás quando chegou ao comprido pescoço e seguiu até a cabeça.
De um Dragão.
Sophie sabia que estava vendo o Darius. Ela piscou quando estendeu suas asas e seu olhar de cor lavanda se enfocou sobre o Dark que tinha tentado violá-la.
Era enorme, gigantesco, suas asas imensas. Não é de sentir saudades que ele dissesse que destruiria seu apartamento se se tivesse transformado quando ela o tinha pedido. Quando lhe olhou, reconheceu ao Dragão. Porque era o mesmo que tinha tatuado.
Saindo de entre as árvores vinham dois homens correndo do lado oposto do vale. Um se transformou justo diante de seus olhos em um Dragão laranja torrado. Sophie voltou a cabeça para observar ao outro ao tempo de lhe ver transformar-se em um Dragão amarelo.
Logo todo o inferno se desatou.
* * *
Darius queria dizer a Sophie que tudo estaria bem, mas não podia. Não em forma de Dragão. Tudo o que podia fazer era proteger a dos Dark Fae. Kiril foi depois do Dark que estava tentando ter sexo com Claire enquanto Rhys mantinha a outro grupo do Faes longe das garotas.
As vísceras do Darius se encolheram quando viu a forma na que lhe olhava com seus olhos totalmente abertos e os lábios separados. Ela tinha querido lhe ver. Desejou saber o que estava pensando.
Deveriam ter sabido que os Dark tomariam o assunto em suas próprias mãos. Con tinha tratado de lhe deter, mas nada ia impedir que Darius se mantivesse afastado de Sophie.
Ele moveu sua cabeça até Claire. Sophie rapidamente assentiu com a cabeça e lutou por ficar de pé. Tocou-lhe seu antebraço antes de sair correndo por volta de sua amiga enquanto os Dark estavam agora enfocados sobre ele.
Os Dark tinham os dentes ao descoberto e estavam juntando sua magia, preparados para descarregá-la com tudo o que tinham. Darius estava preparado para matar a mais Fae, especialmente a aqueles que tinham tentado forçar a sua mulher.
Com as roupas do Claire reunidas, Sophie conseguiu levantá-la. Meio tropeçando, meio correndo, Sophie finalmente alcançou as árvores. Não foi até que Darius ouviu o Mercedes arrancar que pôde respirar fundo e deixou sair uma baforada de fogo que matou aos Dark que tinha mais perto.
Darius golpeou ao Dark com suas asas, derrubando ao Fae para trás, justo na baforada de fogo do Kiril. Os Dark Fae estava saindo de todas partes, mantendo ao Darius, Kiril e o Rhys ocupados. E todo o momento a magia dos Dark se estrelava contra Darius.
Queria tornar-se a voar e assegurar-se de que Sophie tinha fugido, mas não houve oportunidade. Tudo o que podia fazer era esperar que as garotas fossem inteligentes.
Darius captou alguma visão do Ulrik e Con. As palavras que intercambiaram se acabaram rapidamente já que os dois agora estavam brigando em um combate mão à mão.
Uma descarga de magia Dark golpeou ao Darius em seu flanco esquerdo. Quase simultaneamente, foi golpeado em seu lado direito com duas descargas. Transformou-se em humano, incapaz de parar a mudança.
Com seu corpo destroçado pela dor, Darius ficou de joelhos e se levantou. Ele não era tão capitalista em sua forma humana, mas ainda podia derrotar a um Dark.
Incapaz de voar, só era questão de tempo antes que Kiril e Rhys retornassem a sua forma humana. Até então, os dois estavam erradicando dúzias do Dark Fae de uma vez com seu fogo de Dragão.
A matança do Dark continuou de forma brutal até que, finalmente, não ficaram mais que um punhado. Logo se dissiparam no vento.
Con um suspiro, Darius olhou ao Rhys e ao Kiril. Doía-lhe tudo, mas Sophie tinha conseguido escapar. Só isso o fazia suportável.
Darius se voltou para encontrar ao Ulrik e a Con ancorados na batalha, nenhum dos dois capazes de tomar vantagem sobre o outro. Darius sempre tinha sabido que Ulrik poderia desafiar a Con, mas ver o poder do Ulrik desdobrado era um aviso do que estava em jogo.
“Merda” disse Kiril enquanto ficava ao lado do Darius. Os pés descalços do Rhys rangeram sobre a neve enquanto olhava ao dueto. "Sabia que este dia chegaria"
“Isto não é uma batalha” disse Darius. “Isto simplesmente é o princípio”
Kiril assentiu com a cabeça lentamente. “Darius tem razão. Saberemos quando eles lutem. Estão provando a força de cada um”
“Ainda assim é um dia que sabia que viria” replicou Rhys em tom suave.
Darius olhou sobre seu ombro enquanto se perguntava pelo Sophie. Não podia deixar a cidade sem visitá-la uma vez mais.
"Deveríamos nos levar ao Ulrik?" Kiril perguntou Rhys sorriu e moveu as sobrancelhas. "Tenta me deter"
Os três se dispersaram e rodearam ao Ulrik e Con. Várias vezes, Darius tratou de apanhar os olhos de Con, mas o Rei de Reis estava muito concentrado em seu inimigo para dar-se conta.
Quando os três estiveram em seu lugar, agarraram ao Ulrik. Logo que lhe puseram as mãos em cima, ele se desvaneceu.
“Filho de cadela!” Gritou Kiril de ira.
Rhys olhou ao redor. “Demônios. Isto não tinha que acontecer”
Darius olhava fixamente a Con que estava ofegando e com os olhos que lhe ardiam. O calor da batalha ainda estava sobre Con, por isso os três mantiveram sua distância até que finalmente se afastou e soltou uma fileira de maldições.
"Isto poderia ter ido melhor", disse Darius
Con estava parado com as mãos nos quadris enquanto não olhava a nada. Vários minutos passaram antes que lhes encarasse, uma vez mais era o homem tranqüilo, e controlado de sempre. “Não, não poderia”
“Esperava realmente terminar com isto esta noite” disse Darius. O teria feito, se os Dark não tivessem atacado a Sophie. Rhys pôs a mão sobre seu ombro e inclinou a cabeça assentindo “Todos nós o esperávamos”
Ver os Dark Fae sobre Sophie tinha levado Darius ao limite. Ninguém tocava a sua mulher. Supunha-se que não tinha que transformar-se. Ia deixar o caminho livre para ela. Até que esses bastardos a tocaram.
“Sei”
Darius lhe olhou sentido saudades “O que?”
Rhys elevou uma escura sobrancelha. “Sabe que o há dito em voz alta?”
Darius olhou ao Kiril e a Con, ambos pareciam estar absortos em algo mais. Ele então olhou ao Rhys “Não sabia”
Rhys respirou fundo. "Me alegro de que não tenha brigado como eu o fiz. Tentei-o e não valeu a pena".
“Nem sequer sei o que estava acontecendo”
“Merece um pouco de felicidade, Darius. Aceita-a sem perguntas”
Darius olhou até a cidade a que Sophie se dirigiu. “É médico, Rhys. Um malditamente bom. Tem uma carreira. Se a tomo como minha companheira, teria que renunciar a tudo”
“Não deveria ser ela que tomasse essa decisão?”
“Ela me perguntou o que passaria quando todo este assunto do Ulrik acabasse” disse enquanto olhava ao Rhys. “Disse-lhe que eu retornaria a Dreagan. O olhar em seu rosto o disse tudo. Ela não irá”
Os lábios do Rhys se torceram. “E nós lhe necessitamos em Dreagan” “Sim”
Con e o Kiril caminharam até eles logo, interrompendo a conversa. A fúria controlada de Con era tão gélida como a neve. Kiril intercambiou um olhar silencioso com o Rhys, uma mensagem tácita que se intercambiaram. Algo que uma vez Con e o Ulrik tinha compartilhado.
Darius olhou ao redor aos corpos cansados dos Dark Fae. Olhando para trás, não se sentia bem que Con e o Ulrik tivessem terminado assim. Dois dos Reis Dragão mais próximos atacando-se entre si.
Deslizou seu olhar sobre Con, mas Darius não se deixou enganar pela calma exterior de Con. O Rei de Reis irradiava tanta ira como o sol, calor. “Não temos ao Ulrik, o que significa que a guerra não terminará” disse Kiril. “Por não mencionar todos os Fae mortos”
Rhys se encolheu de ombros “Os Dark são algo fácil do que fazer-se carrego. Kiril e eu nos encarregaremos disso”
“Nós?” Perguntou Kiril com um olhar plaina.
“Sim”
Kiril levantou uma sobrancelha. “limpamos Edimburgo antes”
"Deixa sua cadela, idiota"
Kiril lhe golpeou “Cretino”
Darius negou com a cabeça enquanto começava a aproximar-se dos corpos dos Dark. “Eu estava acostumado a fazê-lo. Farei-o eu”
“Não” declarou Con. “Você tem outros assuntos”
Darius se deteve e fechou os olhos. Sophie. Esse era seu assunto. Sem voltar-se até Con, declarou “Pode que tarde um momento.”
“Não te estou falando de Sophie”
Darius girou até Con “Quais, então?”
“Limpa todos seus rastros em Edimburgo. Logo retorna a Dreagan. Terminamos em Edimburgo pelo momento”
Darius observou como Constantine se afastava. Os três ficaram aí parados nus na neve enquanto o Rei de Reis caminhava entre os mortos como se não estivessem ali.
“Vá a Sophie” urgiu Rhys. Darius não sentia a neva em suas pernas nuas. Não sentia o frio que soprava a seu redor. Mas por dentro... por dentro estava vazio e gelado até a medula de seus ossos.
Porque sabia que ia ter que dizer adeus a seu casal. Sophie tinha sido um meio para relaxar o desejo de seu corpo. Sua força e sua inteligência só a voltavam mais sexy. Mas foi sua fome por lhe penetrou
Sua beleza foi o primeiro que chamou sua atenção. Seu corpo lhe apanhou. Sua mente e espírito lhe cativaram completamente. Não havia dúvida de que o tinha reclamado a um nível que não tinha conhecido antes dela.
Kiril se aproximou pelo lado esquerdo do Darius. “Rhys tem razão. Vá com ela”
“Não quero deixá-la” admitiu Darius.
“Transformou-te frente a ela” disse Rhys com surpresa na olhar. “Inclusive quando Con o tinha proibido. Se isso não provar que é seu casal, então não sei o que o fará. Deixa-a decidir o que ela quer”
Kiril se esfregou a bochecha. “A ama. Não o deixe passar. Uma vez pensou que perdeu a seu casal. Se deixa ir a Sophie, perderá a oportunidade de ser feliz”
“Não estou seguro de que isso seja uma boa idéia”
Rhys empurrou contra o ombro do Darius. "Que diabos se supõe que significa isso?"
“Justo isso”. Darius levantou os braços. “Olhe a seu redor. Ulrik e os Dark estão chamando a nossa porta. Con pode ganhar, mas pode que não. Algum de vocês pensastes o que acontecerá suas companheiras se Ulrik lhe derrotar?”
Kiril baixou o queixo ao peito. “É obvio”
“Não, não o têm feito” disse Darius. “Se o tivessem feito, nunca lhes teriam permitido aproximar-se de vocês”
“Incrível” disse Rhys enquanto olhava às estrelas. “depois de tudo o que experimentou com Sophie diz isto? Sabe a quem te parece? Ao Constantine”
“Ele não está confundido” declarou Darius zangado. “Não quero a Sophie em nenhum lugar perto desta merda na que estamos colocados”
Kiril se cruzou de braços. “Acredito que essa opção não está em suas mãos”
“Aí é onde te equivoca. Suas lembranças serão apagadas, e poderá seguir com sua vida” Tão dura como isso ia ser, era o melhor para Sophie. Darius a amava tanto que ia deixá-la ir voluntariamente.
Rhys lhe deu um olhar de indignação. “perdeu realmente a cabeça? Darius, tanto se suas lembranças são apagadas como se não, ela está nisto. Se crê que Ulrik ou os Fae a deixarão em paz, não te dá conta da situação”
“Dou-me conta perfeitamente. Vou sair de sua vida” “Boa sorte com isso”, disse Kiril com cinismo.
Darius ia fazer o. Pelo Sophie. Porque ela merecia mais. Porque queria que fosse feliz.
Porque a amava.
Esse só pensamento foi como uma faca em seu coração. Girando e girando cada vez que pensava nos Dark tentando levar-lhe suas mãos sobre ela, seus olhos vermelhos iluminando-se de excitação ao tocar seu corpo. Daríus a amaria de longe. Vigiaria e se asseguraria de que ela estivesse sempre a salvo dos perigos nas sombras de seu mundo.
Isso seria suficiente.
Tinha que ser suficiente.
* * *
Capítulo Quarenta e Dois
Sophie conduzia como uma louca. Seguia olhando o retrovisor esperando ver os Dark Fae. Con cada quilômetro que deixava passar atrás delas, mais relaxada se sentia. Subiu a calefação.
Claire grunhia e se agarrava a cabeça. Sentou-se e piscou, olhando-se horrorizada. "por que estou despida? E por que demônios me dói a cabeça?"
“As roupas estão aqui” Sophie assinalou até o chão do carro. Não queria tratar de encher os espaços em branco do Claire. “Ia caminho a sua casa para ver como estava. Um homem se parou frente a mim, e isso é tudo o que lembro até que despertei na neve”
Claire voltou a cabeça até ela e a olhou “Me golpeou. Duas vezes” Sophie lhe lançou um olhar arrependido. “Tinha que despertar ” “então me conte por que estava adormecida na Isso neve foi Ulrik. Não falou com ele outra vez, verdade?”
"Agora olhe aqui", disse Claire enquanto começava a vestir-se. "Mantén esse tom esnobe britânico teu. É um homem magnífico que mostrou interesse. Sou uma mulher semi atrativa que está cansada de estar só"
Sophie apertou o volante e rezou por paciência. "Claire..."
“Não falei com ele. Não lhe vi” Claire a interrompeu enquanto se grampeava as calças e ficava a jaqueta, envolvendo-se com ela firmemente.
“Bem” Sophie estava agradecida por isso. Sabia quão só estava Claire e quão encantado podia ser Ulrik, assim que ela teve um momento de temor.
“Tinha pensado que me dava mais crédito que isso” Ela fez uma careta ante o tom áspero do Claire. “Não foi ao Ulrik a quem vi antes de me deprimir” “esse homem tinha os olhos vermelhos”
Claire que ficou em silencio durante um comprido momento. “Quer dizer como aqueles répteis que foram pelas ruas antes do Halloween?”
“Sim”
“Não. Lembro que era incrivelmente atrativo” “Acredito que trabalha para o Ulrik” explicou Sophie.
Claire olhou pela janela e se encolheu de ombros. “Tem sentido. Drogaram-me?”
“Isso suponho” Provavelmente foi magia, mas não havia necessidade de dizer-lhe ao Claire.
“Que mais aconteceu?”
"Tirei-te"
Houve um momento de silêncio antes que o Claire dissesse, “Quer dizer que aqueles outros homens não estavam ajudando?”
Sophie seguiu conduzindo, com o coração lhe dando um tombo. “Homens?” “Acredito que um deles tem que ter sido Darius. Vi-lhe falar contigo” “Darius estava ali”
“Então ele ajudou” disse Claire. Sophie assentiu em silêncio. Tinha pensado que Claire estava fora de si e não tinha visto nada. Estaria equivocada? Tinha visto o Darius transformar-se. E o que acontecia os outros dois Dragões? E os Dark? Viu Claire ao Darius lutando contra os Dark?
“Fui... fui violada?” Perguntou com a voz rota enquanto se voltava até ela.
Sophie a olhou “Não. Não deixamos que isso acontecesse” “Bem” Claire uma vez mais olhando pela guichê.
Sophie contraiu os lábios. Rezava para que Claire não perguntasse algo mais. Ao menos até que Sophie falasse com o Darius e averiguasse o que lhe podia dizer ao Claire.
Ela pensava no Darius em forma de Dragão e queria sorrir. Ele era absolutamente magnífico. Ela nunca imaginou que um Dragão pudesse ser tão formoso. Estava apaixonada por um Rei Dragão. Sophie queria dançar e gritá-lo ao mundo.
Seu sorriso decaiu quando se deu conta de que não podia dizer a ninguém o que era Darius. Deveria guardar o segredo sobre tudo aquilo.
“Sophie, está-te pondo pálida”
Ela tragou saliva e se desviou bruscamente para estacionar o Mercedes frente a seu departamento. Depois de deixá-lo estacionado e apagar o motor, Sophie se voltou até o Claire. "te apresse a entrar. Ouve-me?"
“Crie que estão ainda atrás de nós? O que impedirá que entrem em seu apartamento?”
Tinha Claire que ser prática nesse momento? Sophie apertou as chaves do SUV na mão. Darius as tinha tido não faz tanto tempo. Que patético que pensasse que podia sentir o calor de sua mão sobre o metal.
“Sophie?”
“Temos que entrar”
“De quem é este carro?” Perguntou Claire.
Sophie olhou até fora pela guichê, examinando a área ao redor do Mercedes. “Do Darius”
Abriu a porta e saiu, dando uma portada com a porta do SUV atrás dela enquanto se apressava até seu edifício. Com um click do chaveiro, Sophie jogou a chave às portas enquanto Claire a seguia dentro.
Inclusive quando Sophie entrava em seu piso, soube que não estavam a salvo.
Porque sentado em uma cadeira ante sua mesinha não havia outro que Con.
Advertiu que trocou de roupa. Não havia sangue nem levava o suéter quebrado como antes. Olhava-a com curiosidade enquanto Claire ficava boquiaberta do assombro. Sophie podia entender por que, posto que Con era um especimen magnífico de homem.
“Olá, Dra. Martín” disse ele com uma suave voz como se não lhe tivesse visto rodeado de Dragões mais altos que a maioria dos edifícios de Edimburgo.
Sophie fechou a porta atrás dela. "Suponho que não deveria perguntar como chegou aqui?"
“Não tem importância” replicou ele.
Claire elevou sobrancelhas loiras enquanto olhava aos dois. "Umm. Que diabos está passando? Este não é Darius, Sophie. E me conte como está conhecendo todos estes homens magníficos"
Con ficou de pé e sorriu a Claire. "teve uma terrível experiência. Possivelmente você gostaria de descansar?"
“Descansar?” Claire lhe olhou de cima abaixo antes de lhe jogar um olhar apreciativo. “Acredito que essa é uma idéia fabulosa”
Sophie teve um momento difícil para controlar seu sorriso quando Claire se tirou o casaco e o lançava a Con enquanto se dirigia ao sofá e se sentava. Assegurou-se de encará-los com o olhar cravado em Con.
O comprido suspiro que Con deixou sair foi suficiente para fazer sorrir a Sophie, sem tentar ocultá-lo. Logo se desvaneceu quando se deu conta de por que Con estava ali. Uma imagem de um enorme dragão púrpura encheu sua mente.
Suas escamas eram metálicas. A cor tão vívida e escuro que tinha tido que tocá-lo.
“Está Darius bem?”
“Sim” Con deixou o casaco do Claire sobre o respaldo da cadeira. “Ele está bem”
Sophie se deixou cair em uma cadeira, feliz de saber que ele não estava ferido. "Bem. Isso está muito bem". Foi o tinido das chaves em seu mão o que a impulsionou às pôr sobre a mesa e as lançar até Con. "Estas são para o Darius"
"Logo teremos o todoterreno", disse Con sem olhar as chaves. "Quanto sabe Claire?"
“Claire está justo aqui”, disse Claire asperamente do sofá. “pergunte-me isso ”
Con pareceu como se o chamassem milhares de meninos gritando enquanto voltava a cabeça até o Claire. "Quanto sabe?"
Sem perder um segundo, Claire disse: "Sei bastante em realidade. Quanto sabe? Deveria te fazer um exame?"
“Claire”, admoestou-a Sophie embora lhe custou muito não sorrir.
Claire suspirou dramaticamente. “Como disse a Sophie, não lembro nada depois de que o homem desse um passo frente a mim na calçada pela que eu ia. Não sei o que eles fizeram, porque o seguinte que lembro é despertar meio nua com Sophie. Quer preencher os espaços em branco?”
“Não” declarou Con e se voltou de novo até Sophie. “E você?”
Sophie permaneceu em silêncio. Con sabia que ela tinha visto o Darius e a outros. Não tinha medo, se isso for o que tinha vindo a averiguar. Em lugar de lhe dizer todo isso e fazer que Claire fizesse mais perguntas, Sophie devolveu o olhar a Con.
“OH, pelo amor do Pete” disse Claire enquanto dava com as Palmas das mãos no sofa e se levantava. Passou como uma exalação junto a eles e disse: “vou tomar um bom comprido banho para ajudar a me descongelar, já que ninguém me dirá o que está passando. Está bem. Não preciso saber por que me tirou a roupa ou por que me sinto como se tivesse estado estendida sobre um bloco de gelo”
A porta do banho se fechou com uma portada detrás dela. Um momento depois se abria a água. Sophie entendia como se sentia Claire. Ela tinha estado na mesma posição não fazia muito tempo.
“Sophie” a chamou Con.
Ela se centrou novamente em seu rosto. “Claire não parará até que obtenha todas as respostas”
“Posso lhe dar algo para que ela não pergunte outra vez” “Serão eles de verdade?”
Con levantou uma loira sobrancelha somente, o que foi suficiente resposta.
Sophie se esclareceu garganta. “me deixe a Claire. Com respeito a seu outra pergunta, sabe que vi o Darius”
“Também ao Kiril e o Rhys”
Ela assentiu com a cabeça. “Fiz-o, e não tenho medo se for isso o que estava te perguntando. Darius me contou tudo sobre os Reis Dragão e por que Ulrik faz o que faz”
Con agarrou a cadeira mais próxima a ela e se sentou. “Posto que não estava surpreendida de ver os Dark, ele teve que te falar deles também”
“Alguém vai se machucar se isto segue assim”
“Não tem nem idéia de como de certo é isso”. Con retirou o olhar e pôs suas mãos sobre as coxas. Como se ele tivesse tomado uma decisão, Con encontrou seu olhar e a olhou durante um comprido momento. “Darius se supunha que não tinha que transformar-se. Ordenei-lhe que não o fizesse”
Sophie não necessitava que tivessem que explicar-lhe com todo luxo de detalhes. Con lhe estava dizendo que Darius se transformou para ajudá-la a ela. Tinha desobedecido a Con. Por ela.
“Ama-lhe?” Perguntou Con.
“Faço-o” respondeu sem vacilação ela.
Con respirou fundo. “Assumi-o pela forma em que lhe olhou antes. Como sabe tudo sobre nós, sabe o importante que é que ninguém saiba nosso segredo”
Ela recordou o vídeo que Darius lhe tinha ensinado. “Isso já não é tão secreto”
“Está falando do vídeo. O creíste quando o viu?” “Vi-lhe depois que Darius me dissesse quem era ele, e não” Con sorriu. “A maioria não crê” “E os que o fazem?”
Seu sorriso decaiu. “Esse é um problema com o que estamos lutando e não envolve a você. Não preciso te dizer que Claire não pode saber nada disto”
“Sei” disse ela olhando até a porta do quarto de banho. “E o entendo”
Sophie se perguntou por que Con não lhe perguntava se ia a Dreagan. Talvez pensava que ela iria. O problema com isso era que Sophie não estava segura do que fazer. Ela queria ao Darius, mas não estava pronta para renunciar a sua carreira.
Logo recordou como com só um olhar Darius podia tê-la ansiosa por suas carícias. E sua voz. Sua você em si mesmo era todo sedução.
“Acredito que terminamos” disse Con enquanto se levantava e rodeava a mesa. Sophie lhe seguiu com os olhos enquanto se detinha na porta. Ele a voltou a olhar e disse “Pensa-o cuidadosamente, Sophie”
A porta se fechou atrás dele enquanto pensava ela em como demônios poderia ter sabido o que ela estava pensando.
* * *
Capítulo Quarenta e Três
Darius se deteve na rua e levantou o rosto até o céu, piscando por causa da neve. Ansiava transformar-se e deixar que suas asas apanhassem uma corrente de ar que lhe levaria além das nuvens. Queria perder-se na liberdade disso, para ajudar a diminuir a dor em seu peito.
Mas não podia transformar-se. Como tampouco podia ter a Sophie.
Ele respirou fundo e se dirigiu ao edifício de Sophie. Chegou à porta e tocou. Abriu-se de repente quase imediatamente. Ela voou até seus braços logo que lhe viu. Ele fechou os olhos, adorando senti-la contra ele.
“Estava tão preocupada” disse ela contra seu pescoço.
Darius se afastou e atirou dela até o interior do piso antes de fechar a porta. "Não te seguiu nenhum Dark?"
“Não vi nenhum”
Ele tocou seu rosto. “Sinto muito o que aconteceu”
“Nada disto foi tua culpa. Deveria te haver escutado quando disse que não deveria me deixar só na cafeteria”
“Isso não está em você. Teria que ter esperado até que Con e outros chegassem”
A porta do quarto de banho se abriu e Claire saiu envolta em uma toalha. Ela pôs os olhos em branco enquanto se dirigia à habitação de Sophie. “Acredito que poderia vomitar se tivesse que seguir escutando a vocês dois”
Darius franziu o cenho a Sophie que se encolheu de ombros. “Esqueci-o” sussurrou. Uns minutos depois música estrondosa saía do dormitório. Sophie sorriu e lhe levou a sofá. Ela se acocorou em um rincão e atirou dele para baixo a seu lado.
“Claire está ainda tentado averiguar o que aconteceu. Por certo, Con esteve aqui faz um momento”
“Esteve?” Bastardo. Darius ia averiguar o que Constantine queria dela.
Ela entrelaçou seus dedos com os dele. “Acredito que queria assegurar-se de que não fosse contar nada a Claire sobre tudo o seu”
“Sempre é mais que isso com o Constantine”
Sophie retirou o olhar, lhe dizendo que Con a tinha interrogado sobre seus sentimentos. Darius desejava que tivessem tido êxito na captura do Ulrik. Então poderia sentir-se melhor a perto da segurança de Sophie uma Vez que ele se afastasse. Tudo isso o que obteve, entretanto, foi estimular ao Darius para encontrar ao Ulrik muito mais rápido.
“Sei que tinha visto o vídeo, mas te ver em pessoa me deixou sem fôlego. Não tinha idéia de quão grande é” disse ela, com tom reverencial na voz.
Ele sorriu ante suas palavras. Tinha-lhe preocupado que lhe tivesse medo, mas deveria ter sabido que Sophie era feita de coisas mais duras.
“Não esperava que suas escamas estivessem quentes”
Ele adorava o som de sua voz quando sussurrava seu nome. Seus gemidos de prazer eram tão malditamente sexis. Darius ficou duro só de pensar em seu corpo e na forma que ela se sentia em seus braços. “Queria te ver como um Dragão outra vez” disse ela.
Darius se levou sua mão aos lábios e lhe beijou o dorso. "Estamos sendo vigiados muito de perto agora. Nenhum de nós deveria haver-se transformado esta noite, mas vi os Dark te tocando, e me transformei antes de me dar conta".
“Obrigado por nos salvar, a mim e a Claire”
Darius não pôde olhá-la a seus bonitos olhos cor verde oliva. Doía-lhe muito.
“Vai”
Ele fechou os olhos ante suas palavras. Depois de um momento, olhou-a e assentiu.
“Então Ulrik terminou comigo?” Perguntou ela, com o sorriso desaparecido enquanto se inclinava longe dele.
“Con me assegurou que Ulrik não te incomodará outra vez” “Mas você não pode garanti-lo” “Não”
Ela retirou as mãos das dele.
“Então, abandonará-me com a palavra do Ulrik de que não me incomodará?” “Tem uma vida e uma carreira, Sophie”
“Pensava que tínhamos algo especial” Seu olhar estava cheio de dor e uma enorme dose de ira.
Esta era a parte que Darius tinha temido. “Temo-la” “Então por que te afasta?”
“Porque o que você faz é especial. Não todos têm sua habilidade” argüiu ele.
Ela respirou fundo. “Isso não é mais que merda. Tem medo. Acreditava que seria eu quem pusesse desculpas, não você”
“Sou imortal!” Gritou ele e ficou em pé. Passou uma mão pelo cabelo. “Vivo em Dreagan, Sophie. Quer renunciar a sua vida e amigos para vir comigo? Quer renunciar a suas metas como médica? Realmente quer enfrentar aos Dark e ao Ulrik todos os dias? Porque isso é o que significaria que seguíssemos juntos”
Ela simplesmente ficou olhando, com os braços cruzados. Darius lhe tocou uma mecha vermelha antes que saísse do piso.
Doía-lhe cada centímetro de seu corpo. Não da batalha contra os Dark.
Não sentia essas feridas. Não, doía-lhe afastar-se da mulher que amava.
Inclusive enquanto seu coração lhe exigia que retornasse com ela, sua mente sabia que tinha tomado a melhor decisão. Sophie não estava pronta para renunciar a sua carreira. Tinha-o visto em seu rosto. Para que pôr a qualquer deles a passar mais tempo juntos só para piorar as coisas?
Era o melhor caminho.
Se não fosse pela guerra, Darius se voltaria para as montanhas e dormiria uma vez mais. Este tempo logo chegaria. Até então, teria que passar cada dia o melhor que pudesse.
Alcançou a calçada e caminhou a pernadas para chegar ao SUV, com seus pensamentos retornando ao Ulrik. Não tinha havido sinal do Ulrik desde que tinha desaparecido quando tentaram lhe agarrar. Tudo o que Darius podia esperar era que Ulrik desviasse sua atenção de Sophie. Sem o Darius e os outros Reis em Edimburgo, essa possibilidade era muito melhor.
A mentira que disse a Sophie era para seu benefício, mas a vigiariam. Entretanto, não seria Darius. Ele não confiava em si mesmo para permanecer na cidade.
Quando retornou a Dreagan, era um desastre. Não podia falar com ninguém e foi diretamente a sua montanha, embora não entrou. Subiu ao topo e olhou em direção a Edimburgo, perguntando-se o que estava fazendo Sophie.
Darius permaneceu ali durante várias horas ignorando a neve que se empilhava a seu redor. Logo voltou sobre seus passos pela montanha. Com Dreagan vigiado pelo MI, tudo tinha que fazer-se como faria um mortal. Era lhe exaspere.
A metade da montanha, Darius viu o Rhys sentado em uma rocha. Rhys ficou olhando a mão que sustentava a palma levantada apanhando neve. Darius fez uma pausa por um segundo antes de continuar até o Rhys.
“Pode vê-la do topo?” Perguntou Rhys.
Darius enganchou seu polegar na trabilla do cinturão de seu jeans. "Sabe que não posso"
“Mas se sente mais perto dela”
Darius olhou ao chão. As palavras lhe entupiram na garganta ao pensar em Sophie. Como um pouco tão simples terminou sendo tão complicado?
“Nunca a tirará de seu sangue”, disse Rhys enquanto olhava ao Darius. “Terá seu sabor nos lábios anos a partir de agora. Esse desejo que tem, só se intensificará”
Darius apertou a mandíbula. Não precisava dizer nada ao Rhys. Já o sentia.
Rhys, lentamente, fechou os dedos ao redor de um pequeno montão de neve na palma de sua mão. “Essa dor começará a te esmagar de dentro até fora”
“É assim como o sentiu com Lily?”
“Sim, mas não esperei tanto tempo em tomá-la. Logo que lhe fiz o amor, soube que não havia volta atrás” Rhys abriu os dedos e os inclinou para que caísse a neve.
Darius lhe olhou, perguntando-se aonde queria chegar.
Rhys ficou em pé, seus olhos cor água rodeados de azul escuro se cravaram nele. “Se quer saber como será, deve falar com Rhi”
“Para” disse Darius e levantou uma mão. “Não precisava escutar isso” “Eu acredito que sim”
Darius negou com a cabeça e deixou cair as mãos a suas costas. “Perdi algo uma vez, faz muito. Conheço o que se sente”
“Crê que o faz” argumentou Rhys. “Só está começando a saboreá-lo. Espera, meu amigo. A dor não começou ainda”
Rhys se voltou e se afastou sem outra palavra. Durante vários minutos, Darius permaneceu onde estava.
Sabia exatamente quão sombrio era seu futuro. Resultava estranho que se fechou a todos por uma tragédia de fazia milhares de anos. Esse tempo em sua vida tinha pensado que tinha sido o pior que poderia passar.
Quão equivocado tinha estado.
* * *
Sophie olhava pela janela com a taça de café entre suas mãos. Não tinha sido capaz de dormir apesar do que lhe doíam os olhos. Porque cada vez que os fechava então via um Dragão Arroxeado.
Via o Darius.
“Poderia preencher a taça uma terceira vez, mas seria um desperdício se não ir beber" lhe disse Claire por detrás dela.
Sophie olhou a sua amiga através do reflexo da janela. Claire tinha dormido como um bebê toda a noite. Ao menos Claire não recordaria nada e seria capaz de seguir adiante. Sophie não teria esse privilégio.
“Sei” disse Sophie. “Pensava que o queria, mas não” “Quando foi a última vez que comeu?”
Sophie tentou recordar e se encolheu de ombros. “Em algum momento de ontem, acredito”
“Precisa comer”
“Não posso” O simples pensamento da comida a punha doente. Claire se colocou a seu lado. “Poderia chamar o Darius”
Se só Claire soubesse quantas vezes Sophie tinha começado a lhe chamar. “Não”
“Hmm” disse Claire enquanto olhava rua abaixo. “O Mercedes ainda está aí. Nem Con nem Darius o agarraram”
Sophie se encolheu de ombros. Não lhe importava o SUV.
“Pergunto-me quem virá por ele”
Sophie estava tratando de não incomodar Claire e dizer a sua amiga que não lhe importava um caramba. Darius tinha terminado as coisas, e ela não podia assimilá-lo. As lágrimas chegariam, mas Sophie ainda estava em estado de shock.
Claire voltou a cara até ela e sorriu. “O que pensa sobre o uísque Dreagan?”
Ela olhou ao Claire franzindo o cenho. “Uísque? Eu não gosto do uísque”
“Sim, eu o tentei umas poucas vezes, mas em realidade nunca gostei de seu sabor. Ouvi que Dreagan é o melhor que há. Sabe que está feito em Escócia”
Sophie se encolheu de ombros. É obvio que sabia. Darius lhe tinha falado de que era sua casa. “Sim”
“Acredito que seu logotipo é realmente precioso”
“É bonito” Os nervos de Sophie estavam em carne viva. Queria estar só, mas não tinha o valor de dizer-lhe ao Claire. Tampouco queria dizer a Claire nada do Darius, porque repeti-lo agora mesmo poderia rompê-la.
“OH”, disse Claire enquanto ficava a seu lado, chupando a colher que tinha pego para remover seu café. "Chamei um amigo na delegação de polícia. Esse Mercedes que não te importa está registrado em nome de Indústrias Dreagan"
Havia algo sobre tudo isto pelo que Sophie deveria estar preocupada, mas iria a Dreagan. Ela poderia devolver o SUV.
Se ia, então significava que estava deixando atrás sua carreira, deixando atrás a seus amigos.
“Vá” a urgiu Claire.
Sophie a olhou. “O que?”
“Vá com o Darius. Encontrou o que estive procurando toda minha vida”
Ela olhou impotente a seu apartamento. “Claire, isso significaria renunciar a minha vida”
“É ele o tipo de homem que te faz desejar estar com ele?” “Sim”
“É a classe de homem que faz que se sinta completa, que faz que se sinta como se estivesse melhor quando estão juntos?”
Sophie assentiu com a cabeça, as lágrimas acumulando-se em seus olhos. “É a classe de homem que vale a pena deixar escapar?” “Não” disse Sophie enquanto as lágrimas começavam a cair.
Claire sorriu tristemente e a rodeou com um braço. “Então não seja estúpida, Soph. Vá dizer lhe o que ele significa para você”
Sophie deu a taça de café a Claire e correu até a habitação. Trocou-se em tempo recorde, agarrou as chaves sobre a mesa, enquanto saía correndo, com as gargalhadas do Claire seguindo-a.
“Boa sorte” disse Claire justo antes que Sophie desse uma portada detrás dela.
Uma vez com o Mercedes na estrada até Dreagan, Sophie teve tempo de pensar no que ia dizer ao Darius. Se é que estava ali.
OH, Deus. E se não estava ali?
Estará ali.
Sophie adiantou a um automóvel que ia devagar. Ela lhes diria que estava ali para devolver o SUV. Logo, casualmente, pediria ver o Darius. Ela gemeu ante um movimento tão estúpido. Se pelo menos ele estivesse ali enquanto conduzia. Mas quais eram as possibilidades de que ele estivesse ali nesse momento?
Sophie não estava segura de como fazer isto. Não tinha ido depois de um homem em...anos. Depois de que deixasse que Darius pensasse que sua carreira era mais importante que ele, ia custar lhe um tempo humilhar-se.
Mas o que lhe diria ela?
O que o sentia? Ficava doente só de pensar em um só dia sem ele. Ele merecia a pena de que renunciasse a sua carreira, porque tinham a aula de amor que em realidade nunca tinha pensado que existisse. Sentia-o cada vez que se tocavam, cada vez que a olhava.
Os quilômetros passavam rapidamente. Quando mais perto estava de Dreagan, mais lhe encolhia o estômago. E logo sua mente se deteve. Como demônios tinha sabido Claire sobre os Dragões? Havia dito que não tinha visto nada, mas evidentemente o tinha feito.
Sophie guardaria o segredo pelo tempo que fosse. Claire já tinha passado por suficiente. E possivelmente se Sophie nunca falava disso, Claire tampouco o faria.
Quando Sophie finalmente baixou pelo comprido e sinuoso caminho até a destilaria, estava tão nervosa que sentia náuseas. Suas mãos tremiam enquanto estacionava o SUV. O estacionamento estava desprovido de carros, e se deu conta de que a destilaria estava fechada ao público. Mas tinha que haver alguém ao redor.
Sophie agarrou sua bolsa e saiu do carro. Seus joelhos ameaçavam cedendo quando ela ficou parada de pé. Fechando a porta do carro, olhou ao redor a beleza de Dreagan. Os edifícios que se podiam ver estavam caiados com cobertos vermelhos polvilhados com neve. Havia uma fila de altos sebes na parte traseira de uma loja de presentes que obviamente ocultava algo do público.
Era onde estava Darius?
Sophie olhou para baixo às chaves em sua mão. Tinha uma oportunidade para falar com ele. Não podia desperdiçá-la.
Respirou fundo e levantou a cabeça, dando um passo. Só para deter-se a vista de um homem alto com o cabelo cor trigo e os olhos de cor verde trevo do mais incomuns.
Reconheceu-lhe como um dos homens da noite anterior. Outro Dragão. Ele simplesmente a olhou esperando a que falasse.
Sophie tragou e levantou as chaves. “vim devolver isto” “Não, não o tem feito por isso, moça. Veio pelo Darius” “vim pelo Darius” admitiu ela.
Um lado de sua boca se levantou em um sorriso. “Isso está bem” Ele então deu meia volta, e disse “me Siga”
* * *
Capítulo Quarenta e Quatro
Darius estava atravessando a montanha conectada com a mansão Dreagan quando seu móvel vibrou no bolso. Tirou-o e viu uma mensagem de texto do Kiril lhe dizendo que se encontrasse com ele na biblioteca.
Quão único queria era estar só, mas Darius sabia que tinha que ver o que Kiril queria primeiro. Continuou atravessando os túneis até a porta principal da mansão.
Apesar da hora do dia, e do fato de que a maioria dos Reis e suas companheiras permaneciam na mansão, tudo estava tranqüilo. Darius escutou vozes, e quanto mais se aproximava da biblioteca, mais claras se voltavam.
Estava na porta da biblioteca, procurando o fecho quando escutou a voz de Sophie. Darius ficou paralisado, sua mente dando voltas. Ela não devia estar ali. Guy estava em caminho ao Edimburgo para apagar suas lembranças inclusive agora.
Darius lentamente abriu a porta e a abriu de par em par. Olhou dentro para encontrar Sophie de costas a ele enquanto estava de pé falando com o Kiril. O olhar do Kiril por cima dos ombros dela se encontrou com o seu.
“Está ele aqui?” Perguntou Sophie.
Kiril inclinou ligeiramente a cabeça. “Sim”
“Eu gostaria de lhe ver. Tomou uma decisão sobre nosso futuro sem me dar uma oportunidade”
“Está segura disso moça?” Perguntou Kiril.
Sophie inclinou a cabeça por um momento. “Preciso falar com o Darius disto, não contigo”
Darius entrou em silencia na habitação. “Não deveria ter vindo”
Sophie se girou, seu comprido cabelo vermelho movendo-se com ela. Deus, ela era tão formosa que doía olhá-la. Fechou os punhos aos lados para evitar tocá-la. Era um inferno tê-la na mesma habitação que ele.
“por que?” Repetiu ela, com um olhar afligido em seu rosto. Ela se umedeceu os lábios. “Estava tão doída a última noite que deixei que fosse. Não posso viver sem você. minha carreira não importa se não tiver a ninguém com quem compartilhar minha vida. Você me fez vê-lo”
“Diz isso agora, mas o que passará dentro de cinco anos?” Darius não olhou ao Kiril enquanto saía da biblioteca em silêncio. “Arrependerá-te depois”
“Você não sabe. Só sei o que há em meu coração, e está tudo cheio de você, Darius. Conheço seu corpo, seu sabor, a sensação de suas mãos em mim. Sei que gosto de te ter perto, e que, apesar de tudo, estou apaixonada por você”
Darius não podia retirar o olhar dos olhos cor verde oliva. Suas palavras eram tudo o que queria ouvir e mais. “Este mundo não é para você. Tem a oportunidade de te afastar”
“Não se significa me afastar de você” Ela deu um passo mais para aproximar-se. “Pensei que eu gostava de minha vida controlada. Logo te conheci. E eu adorei o fora de controle das coisas. Pensei que nunca mais quereria confiar, e logo confiei em você”
“A gente te necessita no hospital” tentou ele argumentar.
“Posso abrir um consultório no povo pelo que aconteceu o carro. Estarei perto de Dreagan, perto de você”
Ele negou com a cabeça. “Não quero que te volte para mim dentro de cinco, dez, vinte anos, me odiando porque deixou sua carreira”
“Amo-te” Sophie caminhou até ele e pôs as mãos em seu peito. “Amo-te, Darius. Eu adoro que te esforçasse tanto para que não soubesse o que é. Eu adoro que seja um Dragão. Eu adoro que desobedecesse a Con para me proteger. Eu adoro como me olha. Eu adoro como me toca. Eu adoro tanto de você”
Ele a agarrou de ambas as mãos e as levou aos lábios, deixando um beijo no dorso de cada uma. "desejei te ouvir dizer essas palavras"
O coração de Sophie começou a golpear em seu peito. Estava pondo tudo em jogo, algo que jurou que nunca voltaria a fazer. Mas pelo Darius o arriscaria tudo. "Mas?"
“Acredito que estará melhor longe de mim”
“Ama-me?”
“Não pergunte isso” disse ele enquanto ficava parado e logo caminhava até a janela.
“Acredito em você. Acredito em nós. Amo-te, Darius. Amo-te como homem. Amo-te como Dragão”
Ela queria que soubesse o muito que sentia por ele, mas suas palavras não pareciam o suficientemente adequadas. As lágrimas a ameaçavam, porque sentia como se lhe estivesse perdendo.
“Amo-te” disse ela outra vez. “Jurei que nunca voltaria a me apaixonar por ninguém, mas você atravessou meus muros sem que eu soubesse”
Estava parado olhando fixamente suas costas enquanto suas lágrimas corriam por seu rosto. Sophie tinha dado tudo o que tinha para dar, mas não era suficiente. Esta vez foi sua culpa. Ela era a culpada por perder o melhor de sua vida. Agora ela realmente estaria só, porque não havia uma alma que pudesse comparar-se com a do Darío.
Ela assentiu enquanto a verdade disso a afundava. Não lhe faria perder mais tempo. “É um bom homem. Não deixe que Ulrik se apodere do melhor de você. E... espero que encontre a felicidade algum dia”
Sophie deu meia volta. Agarrou sua bolsa do sofá como os olhos alagados de lágrimas. Com a cabeça levantada, saiu da biblioteca. Não tinha nem idéia de como ia chegar ao povo mais próximo, mas caminharia se tinha que fazê-lo.
Só tinha dado três passos quando foi empurrada contra a parede e os lábios do Darius estavam sobre os dela. O beijo foi frenético enquanto ambos se abraçavam o um ao outro fortemente.
Quando finalmente ele terminou o beijo, sua respiração era áspera e ofegava minta a olhava. “Amo-te, Sophie Martin. Amo-te com tudo o que sou”
As lágrimas começaram a rodar por suas bochechas mais rápido, mas eram lágrimas de júbilo agora. “Eu também te amo”
Abraçaram-se, simplesmente contentes de abraçar o um ao outro. Sophie não tinha nem idéia de quanto tempo permaneceram assim antes que o Darius se recostasse.
“Só quero sua felicidade” disse ele
“Sou feliz contigo” Lhe sorriu. “Estou melhor quando está comigo” “Sim, moça. Faz que me sinta inteiro” Ele a beijou outra vez, lentamente.
Quando terminou o beijo, Sophie lhe acariciou o rosto. “eu adoro meu trabalho no hospital, mas o que realmente eu adoro é ajudar a aqueles que mais me necessitam. Os que como Lily não podiam ir ao hospital por qualquer razão. Posso fazê-lo aqui. Posso fazer o que amo e estar com o homem que amo ao mesmo tempo”
“Sophie” disse franzindo as sobrancelhas e com um pingo de esperança em seu olhar “Está segura?”
Ela lançou sua cabeça para trás e riu. “Sim”
Tirou-lhe o cabelo da cara, seu sorridente sorriso enrugando as esquinas de seus olhos. “Uma vez que faça isto, não haverá volta atrás”
“Não quero viver sem você”
“Inclusive nesta guerra?”
“Inclusive nesta guerra. Sou o carapaça de uma pessoa até que estou contigo. Trouxe-me de novo à vida. Quero isso todos os dias. Através dos bons e maus tempos. Através da enfermidade e a saúde e tudo o que está entre meio”
Darius a olhou profundamente aos olhos. “Quero-te como meu casal. Quero passar a eternidade contigo”
“Mas?” Perguntou ela com uma sobrancelha levantada.
“Os humanos não estavam destinados a ser imortais. Há uma possibilidade de que te volte louca”
Ela se encolheu de ombros e lhe acariciou os ombros com as mãos. “Há uma possibilidade de que morra em um naufrágio amanhã ou me padeça câncer em uma década. Vivi a salvo muito tempo. Quero me arriscar e amar, -e tudo contigo”
“E os meninos? Sabe que não pode ocorrer”
“Nunca fui que tipo maternal” disse ela com um sorriso. “Não sou ambiciosa, Darius. Tudo o que quero é você”
“Tem-me. Por inteiro” Ele pressionou sua excitação contra o sexo o dela. “Todo o tempo”
Ela Riu e lhe beijou. “Eu gosto de como isso soa”
“Quer ser minha companheira, Sophie? Passará a eternidade ou o que seja que eu viva comigo?”
“Sim”
Levantou-a em seus braços e se aproximou das escadas para subi-las de dois em dois. Sophie ria e desfrutava de seu sorriso. Olhou por cima de seu ombro para ver o Kiril, Rhys e duas mulheres lhes olhando com um sorriso.
De verdade tinha conseguido um final feliz? Sophie logo que podia acreditá-lo.
Não o tinha acreditado possível, mas sabia que com o Daríus tudo era possível.
Com ele tinha aberto novamente seu coração e sua alma, sabendo que a protegeria tão ferozmente como a tinha protegido. Quem pediria mais?
* * *
Epílogo
Quatro dias depois...
“Bem, isto está perto de Dreagan” disse Darius enquanto observava a Sophie atentamente.
Ela passeou ao redor do espaço do local com um sorriso no rosto, passando seus dedos ao longo das paredes e pelas prateleiras vazias. “É perfeito”
“Não posso acreditar que o hospital te deixasse ir tão fácil”
Sophie se encolheu de ombros, com um sorriso aberto. “Isto vai ser todo meu”
“O que disse o hospital, Sophie?”
Ela entrou na seguinte habitação. “Dobraram meu salário” Darius cruzou os braços e abriu os pés. “E?”
“E o que?” Perguntou ela enquanto saía da habitação. “Não sei como Ryder encontrou este lugar, mas tenho que lhe dar de presente uma dúzia de caixas de donuts por isso. Adapta-se a todas minhas necessidades”
“Alegra-me.Agora me conte o resto do que aconteceu no hospital”
Seu sorriso morreu enquanto saía da habitação para apoiar-se contra a parede. "Tentaram me dizer que grande ativo era. Disse-lhes que até que encontrassem uma substituição, com gosto ajudaria com as cirurgias se necessitavam A alguém" “Que mais?”
“Claire quer vir trabalhar para mim”
Darius estava negando com a cabeça antes que ela terminasse. “Sabe que ela não pode”
“vou necessitar uma enfermeira, e o fato é que ela é muito boa” “Preciso te recordar que ocorreu com ela e o Ulrik?”
Sophie caminhou até ele, um sedutor sorriso jogando em seus lábios. “O lembro”
Darius tentou retirar o olhar, mas não pôde. Agarrou-a e a arrastou contra ele e a beijou. “Não podemos ficar muito tempo. Shara e Lily estão esperando para ir comprar um vestido contigo”
“Podem esperar. Precisamos batizar cada habitação”
Darius lançou uma gargalhada enquanto a levantava em seus braços e se dirigia até a habitação traseira que ia ser o consultório de Sophie. Começariam ali primeiro e se abririam caminho até o fronte. Não lhe importava que chegasse nua para a cerimônia de vinculação. Ela ia ser dele, e isso era tudo o que importava.
* * *
Perth, Escócia
Ulrik acabou seu quinto uísque. Não estava de humor para tratar com ninguém, e menos com seu tio. Mas Mikkel entrou no The Silver Dragon como se fosse seu dono.
“Divertiu-se?” Perguntou Mikkel.
Ulrik não se incomodou em lhe responder. Olhava até fora pela janela e se serviu mais uísque no copo.
“Segue falhando com os Reis” Seu tio riu. “Se me contasse seus planos, eu poderia te haver ajudado”
Ulrik não tinha falhado. De fato, tinha aprendido muito de Con e do Darius, tanto se ambos se deram conta disso ou não. O fato de que quase lhe capturassem era o que lhe tinha de tão mau humor.
E quanto mais tempo permanecia Mikkel, mais difícil era para o Ulrik fingir que estava cedendo ao governo de seu tio. Ulrik queria que Con sofresse, mas não suportava a interferência do Mikkel.
Isto tinha que terminar. E logo.
“Possivelmente agora parará de te comportar tão estupidamente” disse Mikkel. “Se tiver vindo me jogar um sermão, pode ir ”
Mikkel se pôs a rir. “OH, não estou aqui para te jogar nenhum sermão, sobrinho. Estou aqui para te dizer que há um novo plano. Assegurei-me que Ryder vá ter uma visita logo. Com toda a atenção em Dreagan, isto provocará coisas interessantes”
Ulrik se voltou até seu tio. Necessitava uma diversão.
* * *
Rhi se acocorou contra o peito do Balladyn. Faziam o amor tantas vezes que tinha perdido a conta. Os Reis não iam estar felizes com ela, mas a ela sinceramente não importava.
Por uma vez era feliz. Era hora disso, era hora de que ela fosse egoísta.
Ela sentia o olhar de seu observador sobre ela. Rhi abriu os olhos e olhou até o refúgio onde sabia que ele estava parado. Ele não se foi. O que pensava do que tinha feito? E por que sequer se preocupava?
“Rhi”, sussurrou Balladyn enquanto ele a girava sobre suas próprias costas e lhe punha seus braços por cima da cabeça enquanto ele a beijava.
Sim! Isso é exatamente o que ela necessitava. Ser desejada e querida, sentir prazer e êxtase.
Ela arqueou suas costas enquanto sua boca procurava seus mamilos. Quando lhe olhou, pôde só ficar olhando com assombro a uns olhos chapeados que lhe devolviam o olhar.
* * *
Ryder se sentou ante o monitor enquanto abria outra caixa de donuts cheios de geléia. Era uma boa coisa ser imortal, ou teria que considerar seriamente cortar-se um pouco.
Fez sua rotina de verificar as aparições do Dark Fae e jogar uma olhada a Irlanda, onde viviam a maioria dos Fae. Mas não importava o que fizesse, não lhe levou muito tempo teclar uma direção e esperar a que a câmara lhe deixasse entrar.
Ryder pôs a um lado o donut e olhou fixamente a pitoresca casa de pedra nos subúrbios do Glasgow. Quantas vezes ao dia a olhava? Havia tão poucas ocasiões nas que tivesse sido recompensado com uma olhada dela.
Kinsey.
Ele a tinha saudades. Sua aventura foi algo que manteve escondido de outros. Quando teve que deixar Glasgow faz uns anos e retornar a Dreagan quando Hal se apaixonou por Cassie, Ryder sabia que seus sentimentos por ela eram muito mais profundos que só uma aventura.
De uma vez que outros Reis estavam apaixonando-se, ele não podia parar de pensar nela. Logo Con lhe enviou de volta ao Glasgow para lutar contra os Dark.
Ryder tinha esperado que poderia ver Kinsey, e o tinha feito. Simplesmente, que não foi como lhe tivesse gostado. Ele fechou os olhos enquanto escutava seu grito na cabeça. Foi a pior noite de sua vida. E o fazia ainda pior saber que nunca a voltaria a ver.
* * *
W entrou no pequeno povo na Bélgica e sorriu enquanto espiava a uma mulher sentada só sobre um banco. V se dirigiu até ela e se sentou.
Seu cenho franzido desapareceu quando lhe viu. O sorriso dela era vacilante, mas se alargou quando ele a devolveu.
“Olá” disse V
“Olá”
Ele olhou ao redor ao povo. “É um sítio bonito”
“Não realmente” disse ela com um fechado acento holandês.
Ele sorriu abertamente enquanto levantava as mãos. “Então me deixe que o faça mais interessante”
Logo que ela pôs sua mão na dele, colocou-a em seu regaço e a beijou. Seu gemido de prazer esporeou seus desejos. Ele se levantou, levantando-a com ele enquanto caminhava até um grupo de árvores. Ali a deixou e a esmagou contra a casca enquanto rasgava sua camisa para revelar seus seios.
Ela se sentia esfomeada porque rapidamente lhe desabotoou as calças e deslizou suas mãos dentro para cavar sua ereção. Em minutos ele estava dentro dela.
V começou a perguntar-se por que tinha dormido em sua montanha durante tanto tempo. Era hora de estender suas asas -e em mais de um sentido.
* * *
Extrato da seguinte novela da série, “Smoke and Fire”
Depois de um momento, acendeu as luzes e começou a tirar a roupa. Tudo estava amontoado na cadeira. Sobretudo, porque ela não estava obcecada dobrando cada peça de roupa. Mas também porque não tinha nem o tempo nem a inclinação.
Kinsey tirou o prendedor e agarrou a camiseta verde oliva e a pôs.
Logo lavou a cara e escovou os dentes antes de meter-se na cama.
Exceto, a diferença das últimas duas noites, ela não dormiu.
Estava completamente acordada, olhando ao teto.
E pensando no Ryder.
O principal em sua mente era seu beijo. Seus lábios ainda formigavam por isso. Seu sabor... calafrios lhe percorreram a pele. Ela ainda podia saboreá-lo.
O poder, o desejo.
O anseia.
Se ele não tivesse retrocedido, ela não teria podido. Durante três anos ela tinha desejado ter seus lábios sobre os dela de novo. Quando aconteceu, ela tinha estado muito assustada para mover-se ao princípio.
Mas seu corpo recordou o que fazer. Seus braços lhe rodearam o pescoço e ansiosamente ela se abriu a ele.
Seu corpo pulsava de necessidade. Uma necessidade que só Ryder tinha sido capaz de chamar -ou acalmar. Juntou as pernas apertadamente e girou para ficar de flanco, mas isso não conseguiu nada bom. Seu sexo lhe doía por sentir ao Ryder deslizar-se dentro dela, enchendo-a como só ele podia.
Kinsey não tinha nem idéia de quanto tempo esteve tombada ali pensando no Ryder e recordando todas as vezes que tinham feito amor quando a porta se abriu.
Ela permaneceu de lado. A luz do corredor iluminou a habitação em forma de triângulo quando a porta se abriu. Uma grande forma encheu a abertura antes que a porta se fechasse rápida e silenciosamente.
Kinsey não moveu um músculo. Quem estava em sua habitação e por que? Estava-se preparando para gritar o nome do Ryder quando a forma se afastou da porta e das sombras dali. O resplendor da lua arrojava pouca luz, mas lhe bastou para ver uns largos ombros e um perfil que reconheceu muito bem.
Ryder.
Com o medo desaparecido e substituído pela curiosidade, Kinsey lentamente deixou sair a respiração que tinha estado mantendo. Ryder estava em sua habitação.
Ryder estava em sua habitação!
Que demônios! Estava furiosa.
Ou não?
Infelizmente, a fúria nem se aproximava do que estava sentindo. Esse lugar estava reservado para a euforia. E a antecipação.
Seu ritmo cardíaco aumentou, e se fez difícil respirar. Tudo porque Ryder estava na habitação. Ela desejava agora estar em disposição de poder olhá-lo. Tinha saído de sua vista, caminhando por detrás dela até o lado oposto da cama.
Quando a cama se moveu por seu peso, Kinsey logo que pôde conter-se. O que tem que sua promessa de ignorá-lo? Não tinha terminado com ele?
Ela só era uma mulher, uma mulher com desejos. Teria que estar morta para não desejá-lo. E ela estava algo menos morta.
Romperá-te o coração outra vez.
Já estava quebrado. O que importava se ela cedia e desfrutava? Depois dos últimos três anos, não o merecia muito?
Ante isso, seu subconsciente ficou calado.
Ryder suspirou e se recostou na cama. Durante vários minutos, não se moveu. Logo se voltou até ela, acariciando seu cabelo. Como seus sonhos!
Tinham sido sonhos? Era esta a única vez que ele entrava em sua habitação? Ela tinha estado morta de pé as últimas duas noites, por isso uma explosão nuclear poderia ter explodido e ela não o teria sabido.
Seu coração pulsou duplo quando lhe pôs a mão na cintura. Logo, lentamente, ele se deslizou perto até que seus corpos ficaram acoplados juntos, as costas dela contra sua parte frontal.
As mantas lhe impediam de saber se tinha as calças postas, mas não se podia negar que tinha o torso nu. Ela estava acostumada acariciar com suas mãos todo seu peito e a tatuagem de Dragão cada vez que podia.
E desejava fazê-lo de novo.
"Estou tão feliz de que esteja aqui", sussurrou ele.
Kinsey apertou os olhos fechados. Essas palavras a golpearam diretamente no peito. Ela queria lhe acreditar, agarrar essas palavras e as guardar em seu coração para sempre.
Mas Ryder estava acostumado a dizer coisas doces todo o tempo antes de havê-la abandonado.
“Não vá nunca, Kins”
Se seguia assim, ela ia chorar. Que o homem de que estava apaixonada fosse inesperadamente, e passassem três anos sem contato só para que ele dissesse tudo o que ela tinha sonhado que lhe diria, era cruel.
E glorioso.
Esta vez ela sabia o que ia acontecer. Esta vez ela entendia seu lugar no mundo dele perfeitamente.
Esta vez, ela ia ser quem fosse.
Jogaria um jogo perigoso. Ela era o cordeiro e o Ryder o leão. Ele tinha destroçado seu coração e sua vida sem esforço antes. Poderia voltar a fazê-lo.
Os quentes lábios dele se encontraram com seu ombro e lhe deu um ligeiro beijo. "Não tenha medo de mim. Sempre te protegerei"
Kinsey se moveu para trás contra ele, permitindo que seu ombro esfregasse contra seu peito nu. O calor irradiava dele, envolvendo-a em todo Ryder.
Deu-lhe outro beijo na brinca antes de acariciar meigamente seu pescoço. Ela sentiu seu pênis endurecer-se e aumentar contra suas costas. Seus mamilos se endureceram e a umidade se acumulou entre suas pernas.
Conhecia o Ryder o suficiente para saber que nunca se aproveitaria dela quando deixasse em claro que não lhe desejava. Se ela ia ter sua noite em seus braços, teria que ser ela quem fizesse o movimento.
Kinsey cobriu a mão que ele mantinha sobre sua cintura com a dela. Girou a cabeça para lhe olhar por cima do ombro. Ele se congelou, esperando escutar o que ela diria ou faria. Kinsey tomou sua mão e a colocou sobre seu seio. Olharam-se o um ao outro durante segundos compridos.
Logo lhe apertou o dolorido mamilo através de sua camiseta sem mangas.
Ryder olhou fixamente seus chamativos olhos violetas, incapaz acreditar que
Kinsey não só estivesse acordada, a não ser querendo que ele a tocasse.
Ele acariciou com o polegar o duro bico de seus mamilos. Seus lábios se separaram e seus olhos se fecharam. Seu pênis estremeceu com desejo. Queria estar dentro dela justo nesse minuto, mas se controlou.
Três anos tinham passado da última vez que tinha tido ao Kinsey. Ele não ia apressar se de maneira nenhuma. Tinham toda a noite sem interrupções. Horas para nada a não ser para eles, para a noite e para o desejo.
Ryder girou o mamilo entre seus dedos, odiando a camiseta que se interpunha.
Ela moveu seus quadris, esfregando-se contra sua ereção e lhe fazendo gemer.
“senti falta desse som”, sussurrou Kinsey. Ele se moveu para poder pô-la sobre suas costas. Ela levantou as pálpebras, encontrando-se com seu olhar. O desejo estava ali, firme e evidente. Ela já não tentava ocultá-lo ou fingir que não lhe desejava.
“Que mais sentiu saudades?” Perguntou.
Lhe tocou a mão e logo seu rosto. “Isto e isto” Logo ela colocou sua mão sobre o peito dele, justo sobre a cabeça de seu Dragão tatuado. “Isto”. Ela se inclinou e cavou sua vara através de suas calças. “E isto”.

 

 

                                                    Donna Grant         

 

 

 

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