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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


SEDUZA-ME/ Josiane Veiga
SEDUZA-ME/ Josiane Veiga

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Nós já estávamos separados há mais de um ano. Aliás, separados oficialmente, apesar da insistência de Bernardo em tentar adiar a assinatura do divórcio.
Insistência essa que somente aumentou a raiva que eu sentia pelo meu ex-marido.
Nós já havíamos sido felizes. No começo, claro, tudo é um mar de rosas. E, francamente, parecíamos o casal perfeito, nascidos para se completar, tão impecavelmente encaixados estávamos na existência um do outro.
Estudamos direito juntos, frequentamos a mesma academia de polícia, e dividimos o sonho de uma promoção no departamento de homicídios.
Foi o trabalho que nos separou. Ambos queríamos a mesma coisa. Só ele conseguiu.
Durante meses, uma onda de assassinatos começou na cidade onde morávamos. Uma única pista unia todos os crimes: as vítimas, mulheres entre vinte e vinte e cinco anos, de cabelos escuros e de pele branca, eram mortas sempre no mesmo horário, entre o meio dia e às treze horas.
Não havia pistas além do aspecto físico que ligava os crimes, pois nada relacionava as mulheres, e sequer os assassinatos aconteciam no mesmo local. Começou então uma busca desenfreada para encontrar o vilão.
Foi quando eu percebi que a grande solução estava exatamente no horário. O suposto assassino podia ter apenas àquela hora de folga durante o dia, para cometer as mortes.
Mantive minhas ideias em segredo, afinal de contas, eu sabia que a solução daquele embate daria a minha tão sonhada promoção.

 


 


Bernardo também teve suas próprias ideias e também não as dividiu comigo. Sem percebermos, aos poucos, estávamos numa frenética luta, um contra o outro, para encontrar o serial killer.

Da luta pela justiça à luta pelo ego, foi um passo. Passei a esconder dele cada pista que eu tinha e, sabia de alguma maneira, que ele também não dividia suas descobertas comigo.

Foi quando uma testemunha de um dos assassinatos que ninguém até então havia dado atenção despertou meu faro de investigadora.

Era um homem drogado, que mal conseguia se manter em pé, viciado em crack e que costumava ter alucinações.

Ele havia dado um depoimento, certa vez, mas foi descartado porque havia muitos furos em sua história mirabolante onde um anjo roubava a vida das mulheres.

Contudo, decidi correr atrás do homem mais uma vez, apenas para ouvi-lo novamente. Repetiu-me a história do anjo, e eu indaguei porque ele pensava ser um ser divino.

— Alto, bonito e veste branco. Quem mais poderia ser?

Em dois dias eu já tinha meu suspeito. Um médico alto, muito bonito, que fazia um turno diurno no maior hospital da cidade e que tinha uma folga exatamente no horário das mortes. Mais que isso, levantei a ficha das vítimas e todas tiveram pequenas consultas no plantão, no dia das mortes ou anterior a elas.

Descobri onde ele morava, e – bingo! – na cidade vizinha, em algumas noites houve assassinatos semelhantes, mas com homens moradores de rua.

Logo cheguei à conclusão que o padrão não tinha gênero e sim cor – branco de cabelos pretos.

Passei a segui-lo. Durante um mês ele saía do hospital e ia lanchar em um restaurante próximo.

Quase advim achar que estava enganada, quando, enfim, o assassino deu um passo em falso.

Era um dia chuvoso, e ele não foi ao restaurante como costume.

Trafegou pelas ruas alagadas, parecendo sem rumo. Porém, logo parou o carro e deixou embarcar uma moça. Provavelmente, uma paciente.

Uma paciente de cabelos negros e pele branca.

Eu já conseguia sentir o sabor da vitória enquanto seguia, discretamente, o veículo. Logo ele entrou num quarteirão vazio, de murros altos e estacionou.

Aguardei alguns minutos. Nenhuma das vítimas tinha sinal de abuso, então eu sabia que não haveria sexo, mas precisava ter cautela para não entregar minha única chance de pegar o maldito.

Então ouvi um grito. Saquei meu revólver e corri até o carro. Contudo, aconteceu.

Um segundo antes de eu chegar, Bernardo já estava à porta do suspeito, gritando para que ele largasse a moça e saísse do carro.

De alguma maneira, ele soubera das minhas investigações, apoderou-se delas, e passou a fazer o mesmo que eu.

Apesar de todo meu esforço, foi ele que recebeu a promoção e tornou-se o delegado da sessão de homicídios.

Eu o odiei tremendamente, e o acusei sem piedade ou provas, porque na minha mente, não haveria outra forma de Bernardo pegar o cara que estava praticamente em minhas mãos.

O assassino foi entregue a justiça. Enquanto a imprensa se alvoroçava em cima do meu marido, fazendo dele um herói da noite para o dia, em casa eu fazia questão de transformar seus dias em um inferno.

Era o meu caso! Era o caso da minha vida!

Bernardo, primeiramente, pareceu entender meu estado, contudo, sua paciência logo chegou ao limite.

Eu pedi o divórcio, mas ele queria um tempo.

— Fabi — murmurou para mim, antes de eu sair de casa. — Você não está conseguindo pensar direito — objetou. — Nós nos amamos.

Que ele fosse pro diabo com o amor dele! Que se danasse tudo que vivi ao lado dele! Eu não seria a famosa trouxa de marido, que engole seus sapos só para vê-lo feliz.

Assim, deixei o apartamento em que morávamos e, em seguida, pensei em largar também o departamento de homicídios, transferindo-me para outra cidade.

Contudo, mudei de ideia quando percebi que podia me vingar de tudo que aconteceu. Se eu conseguisse o relatório dele, poderia, talvez, encontrar furos que defendessem a minha tese de que ele havia sido corrupto com uma colega, e roubado sua investigação.

Provavelmente, não daria nada referente ao seu emprego, mas eu acabaria com a honra dele perante os demais policiais. Ninguém dentro do nosso departamento toleraria algo do tipo.

E esse virou o foco da minha vida.


Entrei de forma discreta no prédio. O porteiro não me viu, entretido demais em olhar para a bunda de uma das empregadas que vivia flertando com ele.

Não subi de elevador porque não queria que as câmeras me delatassem. Corri pelas escadas, chegando sem ar ao sétimo andar, onde vivíamos antes.

A chave reserva estava no clichê lugar de sempre – embaixo de um vaso de tulipas ao lado da porta.

Girei a maçaneta e adentrei o local. Estava tudo quieto. Eu sabia que Bernardo estava trabalhando em um latrocínio ocorrido no norte da cidade e raciocinei que tinha tempo.

Rumei para o quarto. Ignorei a cama de lençóis brancos bem ajeitada, porque odiava pensar no quão besta eu havia sido sobre ela.

Como mulher, francamente falando, eu era tão apaixonada e devota ao meu marido que fazia todas as suas vontades sexuais.

Não vou negar, Bernardo me levou ao céu várias vezes, mas também me atirou ao inferno com a sua traição, e aquela raiva era maior que qualquer lembrança afetiva que eu tinha.

Comecei a revirar as gavetas. Haviam papeis ali, bagunçados (sim, porque ele era incapaz de organizar qualquer coisa!), mas nada comprometedor. Apenas contas a vencer e rascunhos de alguns poemas que ele gostava de rabiscar.

Fui até a gaveta de cuecas. Todas arrumadas. Aquilo ligou meu alerta de que alguma mulher estivera ali porque meu marido era incapaz sequer de pendurar a toalha no varal.

Quanto mais dobrar cuecas!

Subitamente, um som. Olhei assustada em volta, buscando um lugar para me esconder, quando meus olhos se encontraram com o armário.

Eu fechei a porta do móvel no exato momento que uma jovem bonita entrou no quarto cantarolando.

O que diabos era aquilo? Uma vagabunda qualquer ou uma ladra?

Pela porta entreaberta, percebi-a mexendo em coisas que ninguém mais tocava.

Okay, não era amante pela forma impessoal com que ela mexia nas coisas! Meu instinto policial me deixou claro isso, o apartamento estava sendo roubado e eu devia cumprir meu dever.

Momentaneamente, esqueci-me de que estava escondida. Peguei minha arma e saltei para fora do armário.

— Polícia! — gritei. — Encosta a mão na parede — ordenei, firme e rápida.

Ela gritou desesperada, não sei se pelo susto ou pelo fragrante quando Bernardo entrou no quarto e me encarou, de boca aberta.

— O que diabos está fazendo, Fabiana? — ele estava indignado. — Por que está apontando a arma para a Márcia?

Eu fiquei naquele estado apático de realmente não saber o que fazer.

Baixei o revólver, um tanto envergonhada, imaginando o que diria para explicar minha presença ali e como deveria reagir diante da certeza de que ele seguira em frente.

— Márcia é a moça que faz a limpeza desde que você foi embora — ele explicou, rápido, antevendo meus pensamentos. Depois, girou para ela. — Fabiana é minha esposa.

— Ex — eu consertei, colocando a arma no coldre e me aproximando dela.

Estendi a mão. Ela me cumprimentou acanhada.

— Márcia, você pode ir hoje, que eu tenho que ter uma conversa séria com Fabi.

Enquanto a mulher saía e eu o aguardava fechar a porta, sentei na cama.

Eu não morava mais ali, era invasão de domicílio, mas não acreditava que ele faria uma denuncia formal.

Por fim ele voltou. Os braços musculosos cruzados sobre o peito e o olhar inquietante.

— Fale — ordenou e eu me arrepiei.

Bernardo tinha uma beleza expressiva. Era alto, malhado, porte de autoridade, e rosto marcante. Ele lembrava muito aqueles atores dos anos setenta que faziam filmes de ação. E, provavelmente por isso, eu costumava dizer que precisava pôr “gelo nas calcinhas” sempre que ele me encarava assim.

— Não tenho muito que falar — comecei. — Você sabe por que estou aqui.

— Porque entrou escondido, você quis dizer.

Não neguei.

— Eu faço qualquer coisa para te desmascarar.

O suspiro masculino parecia irritado.

— Sei que é orgulhosa, e sei que está fora do seu juízo normal desde o caso daquele assassino que eu...

— Eu! — gritei, interrompendo-me e colocando-me de pé. — Eu prendi! — afirmei. — Aquela investigação era minha.

— Eu também estava nela, Fabiana. E eu trabalhei duro por ela.

— Conversa fiada! — ridicularizei. — Você, de alguma maneira, roubou minhas provas.

— Que provas?

— Eu havia descoberto quem era o criminoso há tempos.

Bernardo deu os ombros, como se aquela conversa já tivesse atingido todos os limites.

— Chega! — ele ergueu as mãos. — Isso acaba agora. Não vou mais ouvir suas acusações estúpidas. Eu trabalhei duro naquele caso, não tenho culpa de ter pegado o cara antes de você!

Estapeei-o. Não que eu tenha o costume de fazer isso. Bem da verdade, nunca trocamos violência. Mas, minha raiva era tamanha que a única coisa que eu pensava era em quebrar a cara dele.

— Fabiana, você está indo longe demais — ele murmurou, se afastando.

O segui, descontrolada.

— Eu proponho um negócio.

— De que tipo?

— Você me deixa ler os relatórios e eu peço a transferência do departamento e te deixo em paz.

Bernardo me encarou como se não acreditasse nas palavras.

— Primeiro, você não tem autoridade para ler o relatório. Eu não posso entregá-lo a você, mesmo que quisesse. Em segundo, o que a faz pensar que eu quero que deixe o departamento?

— O que você quer pelos documentos? — exigi, sem me atentar as palavras.

— O que está propondo? Se vender como uma vagabunda?

Abri a boca, pasma pela audácia. Ergui novamente a mão, mas os dedos dele seguraram meu braço com força.

Em seguida, o chão sumiu dos meus pés, e minhas costas chocaram-se contra o colchão.

Que ele não ousasse...

Ele ousou!

Sobre meu corpo, Bernardo arrancou a camisa, deixando o tórax masculino à mostra.

Era lindo... lindo, e eu estava há um ano sem sexo.

Por favor, quem aguenta tanto tempo assim, vivendo apenas a base da raiva e pela vingança?

Foi essa a desculpa que eu dei a mim mesma enquanto avançava contra aqueles mamilos rosados, deslizando minha língua sedenta contra seu peito de macho.

— Você ainda me ama? — ele perguntou.

— Não — menti, porque era mais fácil e mais cômodo para mim mesma.

— Então o que quer aqui? — aquela pergunta parecia sem propósito já que eu havia confessado minha intenção antes, mas eu a entendi imediatamente.

— Seduza-me — implorei.

As mãos másculas e ásperas logo arrancaram minha blusa e sutiã. Bernardo segurou meus seios, espremendo-os contra as mãos grandes, depois afundando o rosto contra minha pele, como um adolescente a ver peitos pela primeira vez.

Ri.

A língua dele veio contra meus lábios. Primeiro passeando contra minha boca, depois, deslizando para dentro da cavidade úmida, lambendo-me, brincando, excitando-me.

Eu mesma abri o zíper do meu jeans, mas foi ele que o arrancou. Logo, sua calça também sumiu e eu vi, com os olhos sedentos, aquele pênis maravilhoso, erguido, firme, parecendo estar me cumprimentando depois de um longo distanciamento.

Aquele pensamento me fez rir novamente, mas Bernardo não estava naquele clima. Logo, ele me puxou para o seu colo, deslizando a cabeça grossa entre as minhas pernas, sem invadir.

Queria me molhar. Queria me fazer estremecer como uma puta, como uma mulher que se deixasse levar por qualquer sentimento sexual.

Conseguiu isso quando eu gemi alto, querendo logo aquele mastro quente dentro de mim.

Deslizei as mãos em seu peito. Os pelos negros enroscaram-se nos meus dedos.

— Rebola — ele mandou.

E eu obedeci. Porque era sempre assim, ao menos na cama.

Eu sempre fazia tudo que ele queria para que a tortura parasse. Porque não senti-lo dentro de mim enquanto minha pélvis pulsava de antecipação era agoniante.

Eu estava rendida. Mais que isso. Naquele instante, ele era meu dono.

Minhas costas voltaram para a cama. Ele me penetrou no exato momento que meu joelho se encaixava nas suas nádegas.

E era assim, eu estava completa. Completa novamente pelo único homem que amei.

— Me ama? — ele repetiu a pergunta de antes, porque sabia que eu não poderia mentir.

— Sim.

— Então não vá mais embora.

— Não irei — jurei. — Mas, agora me fode, por favor.

As entocadas vigorosas começaram, com força. Ele batia dentro de mim tão forte que eu podia ouvir o som dos meus músculos se estendendo.

E havia mais. O pré-gozo me melou mais, me deixou mais suave, aquela sensação quente que só uma mulher bem satisfeita poderia entender.

— Eu te amo — voltei a murmurar, enquanto o clímax se aproximava, rapidamente.

O que era uma pena. Por que tão rápido? Talvez a resposta estava no tempo que ficamos afastados, e no quanto meu corpo clamou pelo de Bernardo.

— Eu vou gozar — ele avisou, tirando o pênis de mim.

Enrosquei sua cintura, não o permitindo sair.

— Dentro de mim.

O urro mudo dele indicou que ele não suportava mais. As ondulações vieram e com elas o apogeu daquele amor.

 

Bernardo ressonava na cama, enquanto eu mexia nas gavetas.

Eu jamais conseguiria permanecer ao lado dele sem saber a verdade.

De alguma forma, sentia-me a traidora por desconfiar dos sentimentos masculinos quando tivemos aquele momento tão intenso entre os lençóis.

Contudo... Porém...

Não tinha desculpas, apenas a necessidade.

No quarto nada achei. Rumei ao escritório. Mexi nos armários, na sua mesa, e enfim lembrei-me do seu notebook.

Sentei-me diante do computador, liguei-o e digitei a senha (minha data de aniversário).

A tela abriu e, numa das pastas do trabalho, enfim, o relatório surgiu diante dos meus olhos.

Bernardo apareceu à porta naquele momento. Encarou-me, num misto de emoções. Eu sabia que havia zanga no semblante, mas também havia compreensão.

— Me desculpe — murmurei. — Não conseguirei seguir em frente sem isso.

Ele assentiu e se aproximou da mesa. Ficou atrás de mim enquanto meus olhos percorriam o texto.

Enfim, em resumo, ele havia feito uma investigação paralela a minha. Sequer voltara ao homem drogado, e conseguiu chegar até o médico porque uma das enfermeiras havia atendido duas das vítimas e notou que ambas haviam trocado olhares com o doutor antes de sumirem.

Bernardo passou a segui-lo antes de mim, e já tinha provas dos assassinatos na cidade vizinha. Ele apenas aguardou o momento certo para o flagrante.

Eu afastei meu olhar, entendendo de uma vez por todas que ele havia conseguido a promoção porque era mais capacitado, e não por ter sido corrupto.

— Eu não vou me desculpar — disse, no entanto.

— Como não vai? — seu tom estava furioso.

— Você se casou comigo jurando ficar ao meu lado na saúde e na doença. Bem, ser desconfiada, louca e insana é a minha doença. Agora aguenta.

Ele gargalhou e por fim concordou.

— Vai me respeitar, agora? Parar de ficar sendo pirada no trabalho? Parar de ficar fazendo sinal de arma e de tiro na minha direção? Não vai mais invadir o apartamento e ficar escondida no armário? Apontar arma pra empregada? Vai parar de achar que eu estou tentando te prejudicar?

— Ok — murmurei.

— E vai anular o pedido de divorcio?

— Ok...

— E vai pedir desculpas?

— Ok... Não! Não vou me desculpar! Se tivesse contado para mim antes sobre tudo isso, não teria desconfiado.

— Eu falaria se você também tivesse falado. Como você acha que eu me senti quando a vi espiando o hospital e, depois, quando te indaguei, você me disse que estava sem progressos?

Enrubesci.

— Acho que teremos que colocar uma pedra sobre isso — decretei.

— Me peça desculpas — ele insistiu.

Levantei-me. Enfim, era mais difícil do que prender criminosos.

— Perdão... — sussurrei, tão baixo que nem eu mesma ouvi.

— Quê?

— Caralho! Perdão, cacete!

O riso dele indicou-me que estava tudo bem.

— Agora vamos voltar pra cama — ele me puxou pelo braço. — Temos um ano todo para colocarmos em dia.

Eu o segui, silenciosamente.

Era o segundo round de uma tarde maravilhosa.

 

 

                                                   Josiane Biancon da Veiga         

 

 

 

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