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Night Slayer / Livro 2
A Dra. Bethany Stavinoski não foge de um desafio. Como a melhor bioquímica em seu campo, a loira de aparência delicada, rotineiramente se mantém na linha. Mas seu projeto mais recente de pesquisa a mergulha em um mundo terrível que ela nunca soube que existia - e para os braços de um homem perigoso e irresistível.
Seduzido pelo perigo...
Dirk Adams é um changeling, um ser humano com a força e as habilidades de um vampiro. Ele patrulha a escuridão para destruir vampiros renegados, e sente algo muito mais poderoso por trás dos perseguidores implacáveis agora na trilha de Beth. Como um pesadelo que nunca imaginou se desenrolar, a única chance de Beth salvar a vida de ambos é render-se a necessidade desesperada de Dirk... e combinar sua fome com a dele.
Em uma noite contraditoriamente calma e silenciosa, o ruído leve e suave da brisa apenas foi registrado por Bethany Stavinoski, cujos pensamentos estavam focados em outro lugar. Em seu caminho para o escritório, caminhou outro meio quarteirão ao longo da calçada da deserta Washington D.C. antes de lhe ocorrer que uma mulher sozinha a noite deveria ser mais cautelosa e alerta.
Olhando a sua volta, em parte, espera que um assaltante ou vagabundo salte sobre ela. Sentiu-se aliviada e um pouco tola quando a única outra pessoa a vista era um homem que se debruçava contra a parede da entrada de um edifício, meio quarteirão atrás dela. Estranho, pensou. Não o havia notado antes. O brilho fraco de uma iluminação perto da rua só iluminava a metade dele, deixando o resto oculto pela entrada escura. Suas características eram obscuras e um artifício da fraca iluminação dava a seus olhos um brilho avermelhado. Vestia um sobretudo preto e longo acima das roupas, igualmente escuras. Estava com uma perna dobrada de forma que poderia apoiar a sola de seu pé contra a parede e fumava um cigarro, parecendo sem pressa e extremamente perigoso.
Enquanto o observava, ele retirou o cigarro de sua boca para exalar, e seus lábios se ergueram em um leve sorriso quando inclinou sua cabeça em uma saudação sutil. Com medo de que seu olhar fixo pudesse ser mal interpretado como um convite para uma abordagem, ela se virou e saiu correndo.
Está certa, doçura: tenha muito medo. Dirk Adams observou o olhar de apreensão cruzar o rosto da jovem mulher antes dela virar e ir embora. Levantou a mão, levando o cigarro à boca, e deu uma longa tragada antes de exalar lentamente a fumaça.
Esperou até que ela desapareceu na esquina antes de jogar o cigarro na rua, assistiu a ponta brilhar brevemente e depois desaparecer. Não era seu, Dirk não fumava — Não mais.
— Obrigado pelo empréstimo, — disse em tom de conversa, virando-se para a criatura que segurava pelo pescoço contra a porta. — Mas quer saber? Não tem o mesmo sabor que costumavam ter. Isso vai te matar. — Sorriu de sua própria piada enquanto estudava a criatura, mais monstro agora do que o homem de vinte e poucos anos que costumava ser. — No entanto, suponho que não importa para você.
— Eu... vou... matar… você, — sons abafados escaparam da garganta estrangulada da criatura, soando áspero e selvagem. — Você não pode… me parar.
Unhas afiadas como garras arranharam toda a mão de Dirk e ele estremeceu com a dor. Doeu para caramba e ele sentiu sua raiva subir, mas não afrouxou seu aperto. Em vez disso, ele apertou os lábios deixando escapar um grunhido.
Os olhos da criatura se arregalaram em surpresa, então renovou sua luta. Dirk hesitou em fazer o que tinha que ser feito, na esperança de conseguir alguma informação útil enquanto existia um mínimo de pensamento coerente em seu cativo. — Onde estão Harris e Patterson? Onde está a guarida?
— Vá para o inferno, — cuspiu de volta.
— Certo. — Dirk puxou um pequeno punhal de sua bainha embaixo de seu sobretudo e o dirigiu ao coração do vampiro. — Guarde um lugar para mim.
Bethany ansiosamente olhou para cima e, vendo adiante a forma familiar da construção da Van Home Technologies, suspirou aliviada. Não era um edifício grande, só quatro andares, mas estava em casa — muito mais que em seu apartamento, ultimamente. Trabalhava ali em pesquisa bioquímica por quase cinco anos e estava satisfeita com o que fazia. Havia um ordenamento inerente à pesquisa que a atraía. Gostava de sua vida limpa, organizada, e o mais importante: tranquila.
Alcançou a porta do edifício e passou seu crachá. As portas imediatamente se abriram e ela cruzou o salão de entrada para a mesa do segurança, seus passos soavam ruidosos no silêncio. Bethany achou curioso o guarda não estar no seu posto, mas concluiu que ele estava fazendo suas rondas. Ela assinou o registro de horas, notando a assinatura de seu assistente na linha acima, e não pode evitar preocupar-se com o caos que Stuart estava causando em sua ausência. O pensamento a enviou correndo para os elevadores.
Entrando, apertou o botão para o quarto andar, e quando o elevador começou sua subida, ela pensou sobre seu mais recente projeto. Estava frustrada, mas determinada a enfrentar os desafios, mesmo que isso significasse uma bateria de testes cronometrados que a arrastariam ao laboratório durante toda a noite.
Questionou Miles Van Home sobre quem havia encomendado o projeto, mas ele se manteve obstinadamente com a boca fechada. Não que ela esperasse que o CEO divulgasse essas informações para qualquer pessoa, mas ela não era apenas a pesquisadora responsável pelo projeto, ela era sua… noiva.
A palavra rolou desajeitada em sua mente e tentou visualizar a recente mudança em sua condição, de uma perspectiva estritamente analítica. Estava namorando Miles por quase um ano e, apesar de não considerar sensato namorar o chefe, ele tinha sido encantadoramente persistente.
Miles era um pouco mais velho do que ela e o relacionamento físico deles era mais PG-13 do que R¹, mas que parecia satisfazer a ambos. Eles nunca misturam negócios com suas vidas pessoais e ela achava que era improvável encontrar qualquer outro que incentivasse sua pesquisa com o horário de trabalho louco que mantinha. Adicione a riqueza e o status dele na equação e o resultado final era que ela poderia estar muito pior.
Ela tomou a decisão certa em aceitar sua proposta, disse a si mesma, passando o polegar sobre o solitário de diamante e esmeralda de dois quilates em seu dedo anelar. No geral, o relacionamento deles era perfeito. Então, quando ele sugeriu que se casassem, por que ela hesitou?
Uma voz suave sussurrou a resposta em sua mente e ela silenciosamente zombou de si mesma. Amor? Por favor. Era extremamente realista para acreditar nesse conto de fadas. A pontuação de relacionamentos desastrosos antes de Miles cintilou em sua mente. Não, este era um partido bom e prático.
Quando o elevador parou, Bethany mentalmente se forçou a colocar-se em marcha e olhou para o relógio. Maldição. Estava atrasada e conhecendo Stuart, ele começou sem ela. Perguntou-se, não pela primeira vez, se deveria conversar com Miles sobre o homem. Talvez se Miles entendesse o quão incompetente Stuart realmente era, ele iria… ele iria o que? Despedir Stuart? Bethany suspirou. Ela não queria ser responsável por alguém perder o seu emprego.
Resignada a trabalhar com o homem, por enquanto, abriu a porta de seu escritório e viu a luz no laboratório — Stuart estava trabalhando arduamente, sem dúvida. Sim, isso era engraçado. Por favor, não deixe que tenha começado a próxima fase da experiência, rezou silenciosamente.
Guardou a bolsa na gaveta de sua mesa, agarrou o jaleco perto da prateleira, e dando de ombros, se apressou pela porta de ligação.
— Stuart?— Parou abruptamente e sentiu seu coração parar.
Os copos de vidro estavam quebrados na bancada enquanto reagentes escorriam pela borda, pingando no chão, onde já formavam poças. As estantes que mantinham frascos e tubos no lugar agora estavam espalhadas sobre os pedaços estilhaçados. Tudo estava arruinado, todo seu trabalho duro, havia ido por água abaixo.
E Stuart estava notavelmente ausente.
Adentrou mais no laboratório para avaliar os danos. — Stuart. Droga! Onde diabos você está?
Sentiu uma raiva queimando por dentro e lutou para se controlar. Ele fez isto? Não havia dúvidas que o homem a odiava. Praticamente a acusou de usar a cama para subir a posição de gerente de departamento. Esta destruição era apenas outro ato infantil de ciúme profissional. Bem, desta vez, ele foi longe demais.
Voltando apressadamente para seu escritório, agarrou o telefone e discou para a recepção. Não houve resposta, então desligou, com crescente irritação, ao lembrar-se da ausência do guarda. Assim discou o número do celular de Miles. Ele atendeu ao segundo toque, ela não lhe deu tempo de falar, lançando imediatamente seu discurso.
— Tudo está arruinado, absolutamente arruinado. Eu não posso acreditar que ele faria tal coisa.
— Quem?
— Stuart! Ele destruiu tudo. Todo o meu trabalho neste projeto está agora espalhado pelo chão. Ainda tenho minhas notas, claro, mas agora tenho que começar tudo outra vez. Essa é sua ideia de trabalhar juntos? Como ele pôde?
— Bethany!— A voz de Miles se fez ouvir contendo o fluxo das palavras iradas. — Devagar me diga o que esta acontecendo. Você está bem?
Ela respirou fundo, tentando se controlar, e então, falando lentamente, disse-lhe o que havia encontrado.
— Você acredita que Stuart fez isto?— Ele perguntou quando ela terminou.
— Sim… não, — ela admitiu relutantemente. — Mas quem mais poderia ter sido?
— Nós descobriremos ok?— Sem esperar por sua resposta, ele continuou. — Estou a caminho. Não toque em nada. Estarei ai em breve, e depois vamos decidir se é preciso chamar as autoridades ou não. Se Stuart for responsável, lidaremos com ele. Apenas para o caso de quem fez isto ainda estar por perto, eu me sentiria melhor se você chamasse Frank para esperar aí com você.
Ela sentiu outra pontada de irritação com a menção do guarda ausente. — Tentei. Ele não está na recepção.
— Provavelmente está fazendo suas rondas. Vá para o saguão e veja se ele está de volta, mas primeiro me ligue de volta de seu celular. Quero estar em contato com você o tempo todo.
Bethany desligou, pegou seu celular da bolsa, e se dirigiu para o elevador. Sabia que o telefone não funcionava, com as portas fechadas, de modo que esperou até chegar ao térreo para fazer a chamada. Embora tivesse se acostumado com o silêncio do escritório depois do expediente, agora esse silêncio se tornou sinistro.
— Certo, estou no térreo, — disse a Miles quando ele respondeu. Foi até a recepção e olhou em volta. — Frank ainda não está aqui. — Frustrada, foi para o corredor, pensando que ele poderia estar no banheiro masculino. Tinha acabou de passar pela porta aberta da sala de conferência quando algo que viu a fez parar e dar uma olhada.
Frank estava no canto, deitado com as pernas dobradas em um ângulo muito estranho para ser natural. Ele parecia não estar respirando. — Oh, Deus!
— Bethany, o que foi?— Soou a voz preocupada de Miles em seu ouvido.
Lutou para superar sua apreensão o suficiente para tentar se curvar por cima do corpo do guarda e colocar os dedos contra sua garganta. — Achei Frank.
— Ótimo. Diga a ele para pôr seu traseiro de volta na recepção onde é o lugar dele.
— Não posso. Ele está morto.
Dirk arrastou o corpo do vampiro morto para a parte de trás de seu SUV e jogou por cima do ombro. Ele não teria que carregá-lo agora, eram somente cerca de dez metros para o local do despejo. Ele lançou o corpo em cima dos corpos que já estavam lá e estudou a vista. Seis cadáveres de vampiros— e ele havia sido o responsável por trazer quatro deles. Os números o aborreceram porque ele sabia que amanhã existiriam mais. Ultimamente, estava quase parecendo que Harris e Patterson, os dois vampiros dominantes ou Prime, tinham se envolvido em alguma festa de orgia alimentar.
Dirk rangeu os dentes e vasculhou os bolsos da vítima mais recente, procurando por alguma identificação.
Sua mão se fechou em torno da carteira do vampiro e puxou-a. Entre a licença de motorista e os cartões de crédito estava uma fotografia do homem ao lado de uma jovem atraente e uma menina. Dirk empurrou a carteira no bolso do seu sobretudo e relanceou em direção à parte de trás da mansão que ele chamava de lar. O almirante teria de fazer outra doação anônima para uma família de luto.
Com uma última tarefa restante, Dirk retornou ao SUV e pegou o cobertor enrolado no banco traseiro. Segurando-o cuidadosamente, ele colocou a mão até o fim. Houve um zumbir breve de energia e então sua mão tocou o punho, ele fechou sua mão em torno, envolvendo-o e puxou a espada, muito brilhante da bainha dentro do cobertor, então colocou o cobertor atrás do carro e levantou a espada, admirando como a lâmina brilhava sobre a luz do luar. Era a espada do Cavaleiro da Morte, usada para matar vampiros, e só um Changeling —metade vampiro, metade humano— poderia empunhá-la e comandar o seu pleno poder. Existiam só dois changelings em toda a área de D.C., inferno, em todos os Estados Unidos. Dirk era um deles. Enquanto ele segurava a espada, o punho ficou quente em sua mão e os olhos de rubi da cabeça do vampiro gravado na lateral cintilaram em um vermelho brilhante.
Foi para frente da pilha de corpos e, não pela primeira vez, se perguntou o que aconteceria se ele puxasse o punhal do coração de um vampiro. O corpo viveria novamente? Seu telefone celular escolheu aquele momento para começar a tocar, olhou o visor para identificar a chamada antes de respondê-la. — Sim, Almirante?
— John Boehler ligou. Houve outro assassinato. Ele achou que gostaria de dar uma olhada. Vi que você está dirigindo para casa, já está quase feito?
— Sim. Estarei lá. — Dirk guardou o telefone e olhou fixamente para a vista a sua frente. Amanhã, o sol tornaria a pilha de cadáveres em uma massa de pedra que o primeiro vento forte reduziria a poeira. Havia somente uma tarefa para finalizar.
Levantando a espada, ele trouxe-a para baixo em um golpe rápido e suave. Não havia sangue quando a cabeça bateu no chão com um baque surdo que Dirk já estava acostumado. Com o semblante sério, ele jogou a cabeça para trás da pilha e limpou a lâmina de sua espada nas roupas do homem morto.
Existiam momentos que ele gostava de ser um Caçador Noturno, mas este não era um deles.
Em outra parte da cidade, Kent Patterson limpou o sangue de sua boca enquanto sua refeição caia no chão, já esquecida. Patterson tinha se alimentado até o seu limite, mas a fome não diminuiria. Agarrou sua preza com raiva e uma irritação implacável se apoderou dele. Silenciosamente repreendeu-se por não sair com Harris está noite. Ele teria apreciado uma boa caçada.
A admissão muda o fez suspirar. Era provavelmente muito melhor que ele permanecesse na guarida. Ultimamente, ele e Harris não estavam entrando em acordo, e isso o preocupava. Ele considerou saborear um dos outros humanos acorrentados à parede, o medo um odor enjoativo na atmosfera rançosa da guarida, mas um som no exterior da câmara o distraiu.
Seus convertidos haviam retornado e Patterson estava ansioso pelo prêmio que eles trouxeram. Patterson, sempre engenhoso, tinha um plano que incluía riqueza pessoal e poder. O sucesso deste plano, no entanto, dependia de ter um bioquímico. Um que faria o trabalho para ele, de boa vontade ou coagido, não fazia nenhuma diferença para Patterson.
Caminhando para a porta, ele olhou para o jovem assustado em um jaleco branco, estava suspenso pelos braços entre os dois subalternos. Patterson suspeitou que mantivessem seu domínio sobre o jovem mais para sustentá-lo que para prendê-lo. A ironia aqui era que não era o jovem quem devia estar mais assustado.
— Que diabo é isto?— Patterson berrou, fazendo os dois vampiros recuarem.
— Ele… ele é o bioquímico que o senhor queria, — o mais valente dos dois respondeu.
— Não. — Patterson disse, sua voz soando aparentemente calma. — Esse não é o bioquímico que eu queria. Este bioquímico é um homem. Ele ergueu uma sobrancelha quando olhou primeiro para um subalterno e depois o outro como se ousassem refutar a verdade óbvia. — Onde está a mulher?— Se fosse possível para os dois vampiros ficarem mais pálido, eles estariam.
— Nós fomos para o laboratório conforme as instruções, mas ele era o único lá.
— Então. Vocês. Falharam. — Patterson cuspiu as palavras, assegurando-se de que os convertidos entenderam a magnitude de seu desagrado. Seu domínio sobre o prisioneiro provisório aumentou como se eles fossem deixá-lo lá e retornar imediatamente para o laboratório. Imbecis. — Vocês não podem voltar agora. Sua incompetência me colocou em uma situação difícil. Vou ter que achar outro caminho para conseguir o que quero. — Se virou para voltar para sua câmara.
— E o que fazemos com este aqui?
Sem se voltar, Patterson acenou com descaso. — Eu não me importo. Drenem-no se vocês quiserem.
— Espere!
Patterson parou e olhou para o jovem que era mais corajoso ou mais tolo do que Patterson esperava. — Você deseja dizer algo?
O jovem engoliu visivelmente e respirou fundo. — Você quer Bethany Stavinoski, certo? Eu posso ajudá-lo a tê-la.
Dirk acenou para o policial uniformizado que guardava a entrada para Technologies Van Home quando passou por ele. Ele observou os pisos de azulejos caros, a área da recepção opulenta, o balcão de segurança de alta tecnologia, o teto saltado, e a arte cara presa às paredes. Tudo cheirava a dinheiro e sofisticação, quase intocáveis, com nenhuma função real ou segurança.
Um lugar como este seria brincadeira de criança para violar e quase impossível de defender. Isso é como Dirk analisou tudo em termos militares. Dez anos como um SEAL da Marinha seguido por seis meses de caça a vampiros faziam isso com um homem.
— Este é John,— Almirante Charles Winslow disse, levando seu pequeno grupo através do hall de entrada e para o balcão de segurança onde o detetive estava esperando por ele.
Além do almirante e Dirk, havia Mac e Lanie Knight. Dirk tinha conhecido Mac há anos, no acampamento e depois servindo nas SEAL junto com ele. Seus caminhos haviam se separado há um ano e meio atrás, depois de uma emboscada que custou a vida de metade da unidade e que deixou o fêmur de Mac quebrado após a bala de um franco atirador atingir sua perna. Foi quando Mac deixou a Marinha e, depois de meses de reabilitação, começou a voar com escrituras privadas, que foi como ele encontrou sua esposa.
Um bibliotecário de dia na EMT e bombeira de noite, Lanie contratou Mac para voar pela América do Sul, logo que soube da morte de seu pai. Dr. Weber estava trabalhando em uma das unidades de pesquisa do governo e supostamente morreu depois de ser atacado por um animal selvagem.
— Charles. Estou contente que você pôde vir. — As palavras do detetive John Boehler tiraram Dirk de seu devaneio. Ele observou o detetive apertar as mãos do almirante. — O corpo está aqui.
Ele os levou por um corredor e para a direita parando na primeira porta, levando-os ao que parecia ser uma sala de conferência.
Com seus sentidos super desenvolvidos, Dirk pegou o cheiro de sangue imediatamente e olhou para além da mesa de conferência longa e escura com cadeiras e para o corpo estendido na outra extremidade da sala. Os investigadores da cena de crime já haviam demarcado o espaço, e presumivelmente, juntavam todas as evidências que podiam, na esperança de encontrar o assassino, mas Dirk sabia que eles nunca iriam. Isso não era nenhuma critica ao departamento de polícia metropolitana, só que eles simplesmente não entendiam o que estavam procurando.
O falecido parecia estar em meados dos cinquenta anos, com cabelos grisalhos. Dirk pensou que o homem devia ter cerca de um metro e oitenta e cinco de altura e tinha o tórax largo que demonstrava mãos de musculação, em outras palavras, um homem difícil de derrubar se estivesse lutando com humanos.
Lanie puxou uma luva do bolso e colocou-a. Então, ajoelhando-se ao lado do corpo, esticou uma mão para tocá-lo, parando e direcionando um olhar para John. — Está certo disso?—
John acenou a cabeça. — Sim, estamos.
Lanie segurou a cabeça do guarda e torceu-a para o lado, expondo o pescoço. — Aqui. — Ela apontou para os ferimentos de perfuração. Contra a cor anormalmente pálida da pele, os dois furos escuros se distinguida em total contraste, cada um do tamanho aproximado de um cotonete e parcialmente cheio com sangue coagulado.
— Esta é a única vítima?— Dirk perguntou ao detetive. Não fazia sentido para ele que um vampiro teria tal dificuldade, invadir um edifício corporativo para se alimentar e matar um guarda quando existiam outras fontes de comida mais facilmente disponível do lado de fora, nas ruas.
— É o único corpo que encontramos, — John respondeu. Dirk não era o único a notar a escolha das palavras, porque Mac alfinetou o detetive com um olhar interrogativo. — O que quer dizer?—
John encolheu os ombros. — Significa que temos um assistente de pesquisa que está desaparecido. De acordo com o registro de segurança, ele assinou a entrada horas atrás, mas ele não está no edifício. Além do mais, o laboratório onde ele trabalha está destruído e encontramos certa quantidade de sangue no chão. Tudo aponta para um sequestro, mas o que não temos é um motivo ou suspeitos.
— Que tipo de pesquisa ele estava fazendo?— Dirk perguntou.
— Eu não sei,— John admitiu, levando eles fora da sala de conferência. — Isto é uma instalação de pesquisa bioquímica em pequena escala. Vamos subir, — ele sugeriu. — Você pode dar uma olhada no laboratório e encontrar o CEO e o gerente do departamento. Eu os apresentarei a vocês.
A polícia não era obrigada a mostrar qualquer coisa e era somente por causa de John que eles tinham permissão para checar o local, caso contrário seria um local restrito.
— Miles Van Home, do Van Homes, possui este lugar,— John explicou, levando eles aos elevadores. Eles entraram no elevador e ele apertou o botão para o quarto andar. — A gerente de departamento, Bethany Stavinoski, é sua noiva. — Ele suspirou. — Ela está envolvida nisto de alguma maneira. Não só ela encontrou o guarda, mas também foi seu laboratório de pesquisa que foi destruído e o sujeito que está desaparecido é seu assistente.
Quando o elevador parou, eles seguiram o detetive para o corredor passando várias portas fechadas, até que eles alcançaram a que estava aberta. Desta vez quando Dirk entrou na sala o cheiro de sangue não foi tão fácil de detectar— primeiro, porque não existia tanto, e segundo, porque os cheiros de reagentes químicos enchiam o ar, mascarando o odor. Não obstante, ele se moveu alguns passos no laboratório, mais para o fundo da sala e Mac o acompanhou de perto.
— Lá. — Dirk apontou para as manchas de sangue no chão e o topo do balcão. As pequenas gotas estavam mais para um corte de vidro quebrado do que de uma ferida mortal.
Dirk fez uma inspeção visual lenta da destruição dentro do laboratório. — Mal feito, — ele suavemente comentou, somente para os ouvidos de Mac, não se referindo aos escombros, mas sim ao método de ataque.
— Definitivamente não era Harris ou Patterson, — Mac concordou. — Eles teriam deixado aqui dentro e lá fora muito mais limpos do que isto.
— Concordo, mas eles devem estar envolvidos. Os vampiros não poderiam ter planejado isto sozinhos. — Dirk moveu-se pela sala, estudando os cacos de vidro e o equipamento quebrados. — Seria bom saber que tipo de pesquisa estava sendo realizada aqui.
— Mac? Dirk?— Lanie chamou-os da frente do laboratório e os dois homens juntaram-se a ela. Ela estava ligeiramente afastada do almirante e de John, que estavam conversando com um homem de aparência distinta, em um terno de negócios. Ele parecia ser mais velho, do que o almirante. A mulher de pé ao lado dele vestia um jaleco branco, mas Dirk não podia ver o rosto dela já que o corpo do detetive bloqueava sua visão.
Em uma pausa na conversa, o almirante apontou os dois homens adiante. — Mac Knight e Dirk Adams, este é Miles Van Home e sua noiva, Bethany Stavinoski.
— Sr. Van Home, Sra. Stavinoski. — Mac apertou as mãos de ambos e moveu-se para um lado para que Dirk se aproximasse.
Dirk estendeu sua mão, primeiro para o homem, e pensou que a postura de Van Home exalava uma confiança nascida pelo excesso de dinheiro. Os ressentimentos de infância remexeram-se e ele teve que resistir o desejo quase incontrolável de apertar com um pouco mais de força do que necessário à mão dele quando se cumprimentaram. Em seguida virou-se para cumprimentar a noiva e sentiu o impacto de reconhecimento acertá-lo com o toque de suas mãos e uma sacudida de tiro de consciência o atravessou.
Bethany olhou fixamente para o homem diante dela e o restante da sala desapareceu. Ela tinha quase certeza de que já tinha visto antes e se esforçou para lembrar onde. Quase como se ele soubesse que ela estava tentando adivinhar, ele sorriu, uma ligeira elevação de seus lábios e de sua mente, ela de repente estava de volta na rua escura, olhando fixamente para aquele mesmo sorriso.
Ele vestia o mesmo sobretudo preto, sombrio, a camisa sem colarinho, calça jeans preta, e botas. Com olhos azuis penetrantes e cabelos loiros arenosos que pareciam não terem sido cortados por longo tempo, existia uma selvageria estilo James Dean em sua aparência.
— Bethany?— A voz das Miles a tirou de seu devaneio e ela girou para ele com culpa.
— Desculpe-me?— Ela ficou horrorizada ao perceber, que por um momento se esqueceu de que ele estava lá.
— Almirante Winslow perguntou se você conhece alguém que poderia desejar prejudicar Stuart?
— Não, eu temo que eu não. Como eu disse a Detetive Boehler, Stuart e eu não éramos próximos. Ele não confiava em mim.
O almirante assentiu e virou para discutir algo com o detetive, permitindo a ela uma chance de estudá-lo. Ele tinha mais ou menos a mesma idade que Miles, fazendo-a supor que estava por volta dos cinquenta anos. Seu cabelo grisalho, penteado para trás, a barba, mais escura, estava nitidamente aparada e o bigode devam a ele uma aparência Sean Connery. Ela não podia ouvir o que ele estava dizendo para o detetive, mas logo perdeu o interesse em tentar escutar quando o sentimento de ser observada a distraiu.
— Que tipo do trabalho você estava fazendo aqui?— Dirk perguntou a ela, sua voz com uma masculinidade natural que a levou concentrar-se mais no homem que a questionava.
— Eu estava tentando produzir uma duplicata sintética de um extrato de planta. — Seu escrutínio intenso a enervou e ela teve que trabalhar para concentrar seus pensamentos. — Me disseram que é uma planta encontrada somente na parte mais espessa da selva da Amazônia. Uma das tribos locais usa isto para propósitos medicinais com resultados milagrosos. A Technologies Van Home está contratada para ver se é possível duplicá-la.
— Quem contratou você?— Dirk perguntou a Miles em um tom que indicava que ele esperava uma resposta. Bethany tentou não mostrar seu próprio interesse em ouvir a resposta a uma pergunta que ela fez incontáveis vezes para Miles.
— Eu temo que essas informações sejam confidenciais no momento, — Miles respondeu. Era a mesma que ele costumava dar a ela todo o tempo. Frustrada, ela olhou em volta e encontrou Lanie dando a ela um olhar interessado.
— Quanto tempo você tem trabalhado neste projeto?— Dirk perguntou.
— Aproximadamente um mês,— Bethany respondeu, voltando a olhá-lo. Ela foi atingida novamente pela intensidade de seu olhar.
— Leva, geralmente, esse tempo para duplicar algo?— Ele perguntou.
Sim quando eu intencionalmente o arrasto. — Este extrato não é como qualquer coisa que eu tenha me deparado antes, — ela ofereceu uma explicação, descartando que qualquer um deles soubesse suficiente sobre bioquímica para desafiar sua declaração.
Houve uma pausa na conversa e Bethany observou o grupo trocar olhares significativos um com o outro. Ela não teve que esperar muito tempo para descobrir o que significava.
— A situação é a seguinte,— o almirante começou, soando como se ele estivesse para dar notícias ruins. — Baseado na forma pela qual o guarda foi assassinado, nós acreditamos que uma pequena facção terrorista subterrânea é a responsável. E até que nós possamos determinar que seu interesse no Sr. Meyers, é pessoal e não relacionado ao projeto em que ele e Sra. Stavinoski estavam trabalhando, nós temos que admitir que Sra. Stavinoski também está em perigo.
— Não, você deve estar errado, — Miles insistiu. — Stuart está por trás disto. Estou certo disso.
— O assistente da Sra. Stavinoski não matou o guarda, — Dirk respondeu. — É mais provável, que ele tenha sido levado pelo grupo que o fez. Nesse caso, as chances de o ver vivo novamente são remotas.
Bethany sentiu um calafrio em sua espinha por suas palavras. Ela estava horrorizada em pensar que Stuart poderia ter sido sequestrado pelos assassinos do guarda, poderia até estar morto agora. Pior que isto, nunca imaginou ou aconteceu qualquer coisa para que sua própria vida estive em jogo. Ela cruzou os braços, sentindo-se de repente insegura e exposta.
— Não. — Miles agitou a cabeça negativamente enquanto trocou seu peso de um pé para outro, chamando atenção para ele. — Dado o tipo de pessoa que Stuart Meyers é, eu tenho como certo que seu rapto é pessoal. Frank morreu porque ele apareceu de algum modo. Isto é tudo.
— Você está disposto a arriscar a vida de sua noiva nisto?— Dirk alfinetou Miles com um olhar gélido e duro.
Bethany viu os músculos da bochecha de Miles se movimentar, ele contraiu a mandíbula, tentando controlar sua raiva. Ele abriu a boca para responder quando o detetive o puxou para fora.
— Sr. Van Home, com todo o respeito, eu temo que, neste caso, eu tenho que concordar com Almirante Winslow. Está não é primeira vez que me deparei com esse grupo de terrorista especifico, nós chamamos os Exsanguinators, e se há a menor possibilidade de a vida da Sra. Stavinoski estar em perigo, então ela precisa de proteção. — Ele fez uma pausa e prosseguiu hesitante. — Eu penso que será melhor se eu a colocasse em custódia de proteção. É o único meio de garantir sua segurança.
A sugestão deixou Bethany atordoada. Ela não tinha nenhuma ideia se o detetive realmente podia fazer isto, mas ela não gostou da forma como isso soou. Ela abriu a boca para expressar sua objeção quando foi interrompida.
— Existe outra opção. — A voz do Dirk era como aço frio cortando o silêncio espesso. — Contrate um guarda-costas.
— Não pode ser qualquer um,— Mac Knight afirmou, juntando-se a discussão. — Tem que ser alguém que entende a natureza sem igual desta ameaça particular. Teria que ser um de nós.
Dirk olhou fixamente para Bethany, deixando-a intranquila. — Eu farei isto.
Seu anúncio a pegou de surpresa e ela estudou a expressão ilegível em seu rosto, tentando compreender o que ele estava pensando.
— Isso não será necessário. — O tom de Miles era frio. — Se Bethany precisa de proteção, eu tomarei as providencias necessárias para contratar um guarda-costas. — Seu tom derrubava qualquer argumento.
A expressão no rosto de Dirk era sombria, mas foi o almirante quem falou. — Neste caso, devemos seguir nosso caminho. É bom que vocês decidam o melhor. — Ele apertou as mãos de cada um deles. — Se houver qualquer coisa que pudermos fazer para ajudar, por favor, não hesite em nos contatar. John,— ele disse, virando para o detetive, — eu posso ter uma palavra?
Quando os dois saíram do laboratório, Bethany atirou um olhar interrogatório para Miles que a ignorou. Ao invés, ele virou sua atenção para Mac e Lanie, que estavam esperando para apertar as mãos em despedida. A mulher, Lanie, deu um sorriso simpático quando apertou a mão de Bethany.
— Foi muito bom conhecer você, — disse ela. — E parabéns por pelo Prêmio Rod O’Connor. Esta é uma grande realização e muito merecida, eu estou certa. — Bethany deve ter mostrado surpresa em seu rosto porque a outra mulher sorriu e encolheu os ombros. — Eu li no jornal.
— Obrigada. — Bethany não imaginava que alguém fora do campo notasse o artigo, muito menos que leria isto. Não era o que a maioria considerava como notícias excitantes.
— Ela estava no jornal?— A voz do Dirk a arrancou de sua reflexão quando ele olhou primeiro para ela e então para Lanie. Foi está última quem respondeu.
— Sim. Eu acho que foi há uma semana, não foi?— Ela olhou para Bethany que podia somente assentir com a cabeça, intrigada com o claro interesse na face de Dirk.
— Qual era o prêmio?— O Mac perguntou de tal modo que Bethany pensou que ele soava quase tão intimidador quanto Dirk.
— O prêmio era para excelência bioquímica, — Miles anunciou orgulhosamente, colocando o braço ao redor dos ombros de Bethany puxando-a brevemente para perto. — Bethany é um dos principais pesquisadores em seu campo. — Ela corou com o elogio de Miles e demonstração de carinho, tentando não deixar a condenação que relanceou através dos olhos de Dirk incomodá-la. Ela já tinha visto isto uma vez ou outra desde que ela e Miles começaram a namorar, nas pessoas que achavam que ela era uma jovem caçadora de fortuna, e depois que Miles era um libertino velho roubando o berço com esperanças de recuperar sua juventude.
— É hora de ir, — Dirk anunciou de repente. Todo mundo se despediu e como Mac e Lanie foram juntar-se ao almirante e Detetive Boehler, Bethany se viu esperando sem fôlego por um segundo toque da mão de Dirk contra a dela, perguntando-se se ele poderia causar a mesma faísca de consciência nela como da primeira vez. Infelizmente, ela não teve uma chance de descobrir.
— Sr. Van Home, Sra. Stavinoski. — Dirk acenou com a cabeça mais uma vez em despedida e então partiu a passos largos, deixando-a para sentir-se irracionalmente desapontada e um pouco confusa com sua rudez.
— Você está bem?
Miles perguntou pegando-a de surpresa, e levou alguns instantes para perceber que ele estava se referindo a invasão e assassinato, e não ao comportamento de Dirk. Ela assentiu com a cabeça devagar.
Olhando em volta para se certificar de que ela e Miles estavam sozinhos no laboratório, ela lhe deu um empurrão. — Talvez agora você possa me dar mais informações sobre isso tudo?
Entretanto não existia nenhuma mudança óbvia em sua expressão, de repente seu noivo quente foi substituído pelo frio e eficiente homem de negócios. — Não, hoje não, Bethany. É quase de manhã e nenhum de nós dormiu. Vamos voltar para minha casa. Você pode relaxar tomar um banho quente e agradável enquanto eu tomo as providencias para o guarda-costas então.
— Nós conversaremos?
— Nós iremos para a cama.
Sua sugestão a distraíra do tópico em questão. — Miles, eu… um… eu estou bastante cansada. Eu não sei se me sinto… você sabe.
Sorrindo para ela, ele era o noivo quente mais uma vez. — Eu somente quis dizer que nós deveríamos dormir minha querida, mas na minha casa. Eu não acho que seja uma boa ideia você retornar a seu apartamento hoje à noite.
O alívio varreu através dela que se sentia culpada. Miles tinha sido praticamente seu único amigo nos últimos anos. Em muitos aspectos ele era mais sua família que seus pais e irmãos, ela não achava que tinha algo errado em se casar com seu melhor amigo, mas ela não deveria querer dormir com o homem que ela iria se casar? Ela afastou o pensamento, dizendo-se que, com tudo que aconteceu esta noite, era natural sentir-se desconfortável com… tudo.
— Eu não tenho nenhuma roupa na sua casa. — ela objetou na tentativa de conseguir ir para seu apartamento.
Miles somente riu e a guiou ao escritório dela para que assim pegasse a bolsa. — Isso não é um problema. Eu simplesmente ligarei para umas lojas e terá tudo que precisar.
Ela girou seus olhos. — Isso custará uma fortuna.
Ele sorriu. — Qual é a vantagem de eu ter tanto dinheiro se eu não puder gastá-lo com a mulher que amo.
Duas horas mais tarde, Bethany estava mergulhada num banho de imersão na enorme banheira da suíte da cobertura de Miles, deixando as quentes bolhas com aroma de baunilhas acalmarem seus nervos enquanto a água quente trabalhava para relaxar seus músculos. Velas iluminavam em torno da banheira e fornecia luz suficiente sem o contraste das fortes luzes da iluminação comum, criando uma atmosfera quieta, pacífica. Ela podia quase esquecer os eventos traumáticos da noite ou que Miles estava, neste momento, no telefone, na sala de estar, fazendo acordos para a contratação de um guarda-costas.
Em sua mente, ela repassou os acontecimentos da noite, do momento que ela viu Dirk pela primeira vez na rua, até quando ela encontrou Frank, a memória de Dirk no laboratório diante dela. Foi tudo como um sonho estranho, perturbado que não fazia sentido algum para Bethany, finalmente fechou os olhos, disposta a fazer com que tudo voltasse ao normal. Ela queria sua vida estruturada, a calma restabelecida.
Quando a água ficou morna, ela saiu da banheira e se secou antes de vestir o pijama extra que Miles havia fornecido a ela. Quando ela caminhou dentro do quarto, o sol estava começando a nascer no horizonte.
Ela foi até a janela e apreciou uma sensação de antecipação enchendo seu pensamento de esperança, do dia que a aguardava e as oportunidades que se estendiam adiante. Era como ela se sentia toda vez que ela testemunhava um novo amanhecer.
Então seus pensamentos voltaram-se para o caos que a aguardava no laboratório, e soltando um suspiro, ela fechou as cortinas e o quarto mergulhou na escuridão.
Dirk sentou-se no Humvee do almirante, seu pequeno grupo se dirigia de volta para a mansão, ele sentiu o peso da fadiga enquanto o sol nascia no horizonte. Ele odiou o amanhecer e quanto mais cedo ele fosse para a cama, melhor seria para ele. Tinha sido uma noite estranha. Não que matar vampiros ou encontrar cadáveres fosse incomum. Isso tudo estava se tornando muito familiar.
Seis meses atrás, Mac e Lanie tinham ido para o centro de pesquisa na América do Sul esperando identificar os corpos do pai de Lanie, Dr. Weber, e de Lance Burton, um antigo ex-companheiro de time do SEAL do Mac e Dirk. Ambos os homens tinham sido mortos em um ataque animal selvagem. Porém, quando Mac e Lanie chegaram lá, eles encontraram todo mundo no centro de instalação da pesquisa morto. As únicas marcas em seus corpos tinham sido dois ferimentos de perfuração no pescoço, por meio do qual, os corpos tiveram seu sangue drenado. Para piorar a situação, os corpos de Weber e Burton não foram encontrados em parte alguma.
A busca resultou em Lanie encontrar o diário de seu pai, com isso, eles descobriram que a criatura misteriosa que seu pai havia trazido para estudar era o lendário El Chupacabra. Não demorou muito para o detetive compreender que o animal selvagem havia atacado Weber e Burton, tal criatura transformou Weber e Burton em vampiros. Eles, por sua vez, mataram os pesquisadores no laboratório.
Depois, para piorar, Burton escapou com o Chupacabra para Washington D.C., onde forçou a criatura a matar seus amigos a fim de criar sua própria equipe especial de vampiros, ele por sua vez almejava o assassinato do Presidente dos Estados Unidos. Parar ele tinha quase custado à vida de Mac, Lanie e Dirk, e ao final dois de sua equipe tinham escapado: Patterson e Harris.
Nos últimos seis meses, Dirk e Mac haviam procurado pela dupla sem sucesso algum, mas eles já caçaram muitas das criaturas que Harris e Patterson criavam quando se alimentavam de humanos, tantos que Lanie de forma carinhosa havia os apelidado de Assassinos da Noite.
O sequestro era algo novo, entretanto, e Dirk perguntava-se por que, de repente, Harris e Patterson estavam almejando um bioquímico.
Dada sua formação militar e suas tendências de mercenários, a primeira resposta que veio à mente foi que eles haviam decidido continuar com plano original de Lance Burton.
Não gostando da direção de seus pensamentos, ele se virou na cadeira para assim encarar Mac e Lanie, logo atrás. — O quão difícil poderia ser para um bioquímico construir um biotóxico que poderia, vamos dizer destruir toda a área de D.C.?
— Não poderia ser qualquer um. — Mac respondeu pensativamente. — Teria que ser alguém que realmente soubesse o que eles estavam fazendo.
— Como alguém que tivesse acabado de ganhar o Prêmio Rod O'Connor em Excelência Bioquímica?— O almirante disse desde o assento do motorista.
— Oh, não! — Lanie respirou fundo, expressando como tudo fazia sentido.
O silencio caiu entre eles e Dirk deixou sua mente vagar de volta ao laboratório, de volta para a imagem de uma mulher com o cabelo louro-acinzentado na altura dos ombros, de rosto delicadas e fino, estava um pouco admirado que Miles Van Home a queria como esposa. Ele fez o possível para afastar esse pensamento ao fundo de sua mente, onde ele se recusava a ficar.
Quase um pé mais alto que Bethany, ele perdeu-se olhando fixamente abaixo para seus olhos verde-esmeralda. Ele reviveu a memória de suas mãos se tocando quando eles se conheceram e a faísca de eletricidade que crispou entre eles. Sua imagem mental passou a incluir Miles Van Home e ele franziu a testa. O homem era claramente errado para ela.
Relanceou os olhos para trás em Lanie e Mac, foi difícil perder o olhar carinhoso que Mac deu para a esposa. Não pela primeira vez, Dirk sentiu que devia haver algo mais para sua vida.
Ele silenciosamente zombou de si mesmo. O tipo de paz e realização que ele ansiava vinha para outros, não vinha para pessoas como ele. Ele bloqueou as emoções que vazavam de sua mente, elas estavam há muito guardadas.
Quando chegaram à mansão, Dirk e Mac saíram do carro com um esforço óbvio.
— Meninos, vocês deviam ir para a cama, — Lanie disse quando eles já estavam do lado de dentro. — Eu posso ver como ambos estão se arrastando.
— E quanto a você?— Mac perguntou.
— Eu estarei lá brevemente. — Ela sorriu quando deu um beijo em seu marido. — Eu quero estar aqui quando o novo assistente chegar e ajudá-lo a instalar-se.
— Você está brincando?— Dirk disse surpreso. — Ele recusa contratar uma empregada ou uma governanta por razões de segurança, e agora ele está contratando um assistente?— A confusão e preocupação anularam a fadiga de Dirk quando o grupo dirigiu-se automaticamente à cozinha. — Por quê?
— Opa, o que você está fazendo aqui?— Lanie caminhou até a grande estatua em forma de gárgula, apoiada no balcão cozinha e pegou-a. Então ela virou para Dirk. — Nosso trabalho de segurança está começando a tomar mais do tempo do Tio Charles, então ele pensou que seria uma boa ideia contratar alguém para ajudar.
— Onde ele conseguiria esta pessoa?— Mac perguntado. — Não é como se ele pudesse simplesmente contratar qualquer um de fora.
— Não se preocupe, — ela assegurou-lhes. — Ele contratou através de uma agência especial. Esta mulher superou todos os antecedentes.
— Se ele já tiver verificado tudo, então eu acho que não existe nada para nos preocuparmos, — Dirk murmurou dando um bocejo. — Eu estou indo para a cama.
— Sim, eu também. — Mac adicionou.
Os dois, em silêncio, subiram a escada para seus respectivos quartos. Ser metade vampiro veio com um custo, um deles era que eles tivessem dificuldade de funcionar durante o dia. Embora Dirk sentisse falta da luz do sol, ele não se importava de dormir durante o dia e estar de pé à noite toda. Afinal, ele era um assassino de vampiros durante a noite, quando caçava.
Bethany partiu para o laboratório no final da tarde, vestindo um conjunto que Miles havia comprado para ela. Ela quase se recusou a usá-lo, com medo do que uma gota de ácido poderia fazer para ao fino linho. Ela afastou as preocupações e se dirigiu ao trabalho, acompanhada por seu novo guarda-costas, o Sr. Yarbro, um homem enorme, de aparência brutal e careca, que tinha ombros tão largos quanto ela era alta. Não passou muito tempo em sua companhia, no entanto, para perceber que, embora ele possa ser eficaz em protegê-la dos perigos externos, ela estava em risco de morrer de tédio. Não acostumada a ter alguém com ela, constantemente, ela tentou se empenhar em uma conversa, somente para descobrir que ele tinha a sagacidade e personalidade de uma rocha.
Em uma nota mais cedo, no entanto, Miles havia ordenado a limpeza do laboratório e substituição do equipamento quebrado, então tudo estava pronto para ela começar trabalhar quando ela chegou. Ela foi até o cofre refrigerado e digitou a combinação para abri-lo. Dentro dele estava o frasco original do extrato da planta que Miles dera a ela. Ela usou um conta-gotas para separar uma pequena quantia, que ela então, colocou em outro tubo, antes de trabalhar.
Depois de estudar suas anotações, ela percebeu que existiam só alguns testes que ela precisava recorrer para atingir o ponto de onde ela estava antes da invasão. Por volta das onze, os músculos na parte de trás do pescoço doíam de ficar curvada acima do balcão por horas e um sentimento de estômago vazio a incomodava, Bethany finalmente decidiu que estava na hora de parar. — Sr. Yarbro, eu acho que eu estou pronta para darmos a noite por encerrada.
O guarda-costas consentiu com a cabeça e juntos eles deixaram o edifício. Enquanto ela caminhava para o estacionamento há vários quarteirões de distancia, Bethany sentiu que estava sendo observada. Um flash de algo do outro lado da rua captou seu olho e ela se voltou para ver o que era.
Dois homens, de costas para ela, tropeçavam pela abertura de um beco, pelo menos um deles muito bêbado para aguentar seu próprio corpo. Ela achou que o casaco escuro que um dos homens usava lhe era familiar e sentiu seu coração vibrar em antecipação.
Um toque em seu cotovelo afastou sua atenção. — Sra. Stavinoski, nós realmente devíamos manter distância.
Bethany relanceou o perfil do Sr. Yarbro enquanto seus olhos mantiveram uma vigilância constante no ambiente. Sua precaução a lembrou do quão surrealista estava sua situação. Ela relanceou para trás, rua abaixo, vendo que os homens haviam sumido. Permitindo ao Sr. Yarbro guiá-los em direção à garagem. Ela silenciosamente repreendeu-se por seu tolo devaneio ao imaginar Dirk Adams em todos os lugares que olhava.
Dirk segurou o vampiro morto contra o edifício para trás do depósito de lixo onde eles estavam bem escondidos. Ele contou até dez e então até vinte, resistindo à tentação de se afastar o suficiente e tentar ter mais um vislumbre da imagem de Bethany Stavinoski.
Deixá-la vê-lo não faria nenhum bem e poderia até ser desastroso. Ela poderia questioná-lo por que ele a seguia e ele não poderia dizer a ela que seu guarda-costas humano não podia mantê-la segura. Nem podia ele dizer que ela estava sendo perseguida por vampiros, ela pensaria que ele era um maluco.
Ela estava atenta, entretanto, o que era mais do que ele podia dizer de seu guarda-costas. Pelo menos, ele assumiu que era quem o gorila de terno era. O homem tinha passado totalmente despercebido de um vampiro que os estava seguindo por quase um quarteirão. Se Dirk não estivesse por lá para eliminar a ameaça, não saberia dizer o que poderia ter acontecido.
Ele deixou o corpo da criatura deslizar para o chão, a pequena estaca de madeira no peito do vampiro mal era visível. Empurrando o corpo para longe, fora da vista por detrás do depósito de lixo, ele deixou o beco e dirigiu-se para sua expedição. Com sorte, ele teria tempo para carregar o corpo e esperar para seguir Bethany e seu guarda-costas quando eles deixassem o estacionamento. Depois de hoje à noite, não existia nenhuma dúvida na mente de Dirk que ele precisava vigiá-la, ainda que fosse feito a distancia.
Bethany entrou no laboratório no final tarde do dia seguinte para iniciar suas experiências. Miles ofereceu direcionar um dos alunos da academia de outro projeto para auxiliá-la, mas ela não estava muito certa se queria envolver ninguém novo no projeto, ainda que ela tivesse que passar um pouco mais de tempo no laboratório. Pelo menos deste modo, ela saberia que as experiências seriam corretamente feitas. Não que ela fosse uma excêntrica controladora, como Miles gostava de implicar.
Como eles haviam feito na noite anterior, ela e o Sr. Yarbro estacionaram e caminharam ao local onde a pesquisa estava sendo realizada. Bethany novamente sentiu como se ela estivesse sendo observada e lutou com o desejo de se voltar para checar. Quando finalmente ela olhou para trás, ela notou um homem em particular entre os outros pedestres.
Ele vestia um, sobretudo preto familiar acima das roupas escuras e tinha o cabelo loiro macio. Seus óculos de sol a impedindo de ver seu rosto bem o suficiente para dizer se realmente era Dirk Adams, mas ela tinha quase certeza que era.
— Algum um problema?
Ela olhou para o guarda-costas e considerou mostrar-lhe o homem que ela pensava que poderia ser Dirk, entretanto mudou de ideia. — Não, nenhum problema.
Ela o permitiu conduzi-la por seu caminho e para longe, mas depois de caminhar mais ou menos uns dez metros, ela relanceou para trás novamente. O homem havia ido e por alguma razão ela se encontrou mais perturbada.
Seus pensamentos permaneceram nele a distância durante todo o caminho para o edifício Van Home e assim que ela entrou no laboratório, ela olhou através da janela. O sol completamente posto refletia pontos iluminados na calçada, deixando o resto nas sombras. Era o suficiente, entretanto, para que ela pudesse definir a forma de um homem de pé contra o edifício do outro lado da rua. Entretanto ela não podia o ver claramente, para definir suas características, de sua posição ela reconheceu que ele era o homem que viu mais cedo. A lógica disse a ela que poderia ser qualquer um, mas sua intuição dizia que não era.
Era quase uma da manhã quando Bethany registrou os últimos resultados dos testes. A próxima etapa das experiências a manteria no laboratório até o amanhecer se as começasse agora e ela não estava disposta a permanecer lá por tanto tempo assim. Ela organizou tudo, e então, acompanhada pelo Sr. Yarbro, sempre presente, deixou o edifício. Entretanto ela procurou do lado de fora pela a figura familiar, mas parecia que os dois eram os únicos na rua.
Quando chegaram ao estacionamento, eles acessaram o elevador para o terceiro andar. A garagem parecia estranhamente quieta, o som de seus passos ecoando ruidosamente quando caminharam em direção ao carro. Eles estavam a meio caminho quando um grito abafado os parou.
Sr. Yarbro se aproximou dela e puxou uma arma de fogo de dentro de sua jaqueta. Um lampejo de movimento ao lado chamou a atenção de Bethany e antes que pudesse compreender o que estava acontecendo, o guarda-costas correu.
Perguntando-se exatamente o que devia fazer, ela virou várias vezes, percebendo quão só ela estava na garagem escura. Um pequeno tremor de medo passou por ela quando imaginou que a espreita na sombra atrás de cada carro teria um monstro.
Seu próprio veículo estava estacionado mais ou menos há uns vinte passos de distancia, as luzes de emergência que deviam ter mantido o lugar bem iluminado estavam misteriosamente apagadas. A segurança do elevador parecia estar há uns bons trinta passos atrás dela, fazendo-a sentir-se presa ao ar livre. Só a escadaria, escura e ameaçadora estava mais próxima, logo ao lado, o suficiente para fornecer uma fuga, ainda assim, poderia ser outra fonte de perigo.
Quando ela focou sua atenção, ela ficou ciente de um barulho que vinha das sombras. Congelando no lugar, ela tentou enxergar além da escuridão, um som de metal causava um arrepio na nuca de fazer os cabelos levantarem.
Com o coração acelerado, Bethany olhou fixamente percebendo como as sombras giravam e tomavam forma. Então, uma figura escura surgiu, parecendo maior que a vida, expondo o perigo. Era o diabo encarnado e ele estava vindo em sua direção. Em algum lugar dentro de sua cabeça, uma voz gritava para ela correr.
— Eu não machucarei você.
— Você!— Sua voz terminou soando ofegante, ela se encontrou olhando fixamente para um rosto familiar.
— Você não devia estar aqui fora tão exposta— Dirk a repreendeu.
Com menos medo agora, sua voz reassumiu o tom. — Bem, não, mas por outro lado, você não devia estar saltando da escuridão e me assustando, quase me matando como a qualquer outro, devia?
Ele estava mais próximo agora e prendeu seu olhar nela por um momento antes de olhar em volta da garagem vazia. — Você não acha que seu namorado tão rico quanto é, tem condições de contratar um guarda-costas de verdade para você?— O desgosto em sua voz era duro.
Bethany abriu sua boca para defender ambos, tanto Miles como o errante guarda-costas, mas Dirk a cortou.
— Economize sua fala. Qualquer guarda-costas que se preze primeiro teria certeza de que você estava segura antes de deixar você. Eu tenho uma mente boa para… — Ele deixa uma pista de ameaça diminuir enquanto ele esquadrinhava a área mais uma vez. — Onde está seu carro?
— Ali. — Ela apontou na direção.
— Vamos. — Ele colocou uma mão em suas costas, apesar de seu toque ser suave, sua pele formigava pelo contato, mesmo através da camada de roupa. Ela o olhou rapidamente, perguntando-se se ele notava a faísca de eletricidade que estalava entre eles, mas ele não estava olhando para ela. Seus olhos estavam em movimento constante, olhando em todos os lugares exceto nela.
— Você tem a chave?— Ele perguntou enquanto se aproximavam do veículo.
Ela afirmou com a cabeça, contente que tinha dado uma chave reserva para o guarda-costas e manteve a sua original. Ela puxou o chaveiro de sua bolsa e entregou-a para Dirk. Como estava fechado, ele destrancou a porta lateral do motorista. — Entre. Eu vou ver o que aconteceu com seu guarda-costas. Se eu não voltar em cinco minutos, ou você ver alguém que você não conhece, ligue o carro e saia daqui o mais rápido que conseguir. — Ele mexeu no bolso de seu casaco, retirou de lá um cartão de visita, e entregou-o a ela, junto com as suas chaves. — Se você tiver que partir, não vá para casa. Ligue neste número e converse com o Almirante Winslow ou Mac Knight. Eles saberão o que fazer.
Ela entrou no carro e então pegou o cartão dele, olhando-o ceticamente. — Eu realmente não acho que isto será necessário. Eu estou certa de que Sr. Yarbro está aqui por perto em algum lugar.
— Estou certo que ele está, mas ele está morto ou vivo?
Quando ela começou a protestar, ele levantou sua mão. — Olhe, eu não vou discutir sobre isto. Tenho a sua promessa de que você partirá?— Ele a olhou duramente.
— Tudo bem, tudo bem. Eu prometo.
Ele começou a fechar a porta, mas ela o parou. — Era você que eu vi no outro dia, não era? No beco?
Pareceu que algo cintilou em seus olhos, mas ele nem admitiu nem negou. Tudo que ele disse foi, — Feche a porta. — Então ele bateu a porta fechado-a, encerrando qualquer conversação.
Por um longo segundo, ele olhou fixamente para ela e ela prendeu seu olhar, esperando ele dizer alguma coisa. Então ele bateu na janela e ela demorou em perceber o que ele estava esperando.
Assim que ela travou a porta, ele levantou sua mão, demonstrando nos dedos. — Cinco minutos, — ele moveu os lábios, então virando, partiu entre os carros estacionados até Bethany perde-lo de vista. Ela estava só, novamente.
Só que desta vez era diferente. Desta vez ela não estava ao ar livre, no meio do caminho entre seu carro e o elevador. Antes de partir, Dirk se certificou de que ela estava segura dentro do carro, e com um meio de fuga. Era mais do que seu próprio guarda-costas havia feito e isso deixou-a irritada. Então as palavras de Dirk ecoaram em sua cabeça. É, mas ele está morto ou vivo? E ela se sentiu imediatamente culpada.
Dirk cruzou para o lado de fora da garagem, movendo-se silenciosamente e ficando escondido. Havia dois vampiros que espreitavam na escadaria quando Bethany e seu guarda-costas saíram do elevador. Um deles fez barulho suficiente para chamar a atenção do guarda-costas e então o levou em uma perseguição, sem dúvida nenhuma no intento de deixar Bethany sozinha, como um objeto fácil para o vampiro restante. Só não contava que Dirk estivesse por perto.
Ele entrou na escadaria, puxou seu punhal e despachou o vampiro, espreitando antes de poder atacar, mas ao fazer isso, ele fez barulho e Bethany o ouviu. Era bom que ela fosse cuidadosa, ele disse a si mesmo, mas vendo o olhar assustado em seus olhos e como ela olhou fixamente na escadaria, ele se sentiu compelido a ir até ela. Para tranquiliza-la, ele argumentou consigo mesmo, não querendo cogitar o pensamento de que poderia ter sido por outro motivo.
Ela parecia tão perdida e vulnerável lá de pé, ele teve que lutar com o desejo de puxá-la para seus braços e a confortar, mas o mais difícil tinha sido deixá-la. Ela estava mais segura no carro que de pé no meio da garagem e Dirk estava certo de que havia descartado a ameaça mais imediata dela, mas a ausência do guarda-costas o aborrecia.
Como se seus pensamentos o chamassem, Dirk ouviu o som de passos correndo na frente dele, por um momento achou que fosse o homem desaparecido. Abaixado atrás de um carro estacionado, Dirk observou ele surgir, aparecendo ileso, e Dirk rapidamente questionou-se sobre o que havia acontecido ao vampiro que ele tinha perseguido. Achando que aquela criatura, porém, era uma preocupação secundária. A primeira prioridade era fazer com que o guarda-costas retornasse para Bethany e os dois partissem ilesos.
Entre seu treinamento no SEAL e a experiência mundana que lhe deram habilidades, foi um pequeno esforço para Dirk arrastar o guarda-costas de volta até Bethany sem o outro homem saber o que estava acontecendo. Ele observou o homem subir no carro e permaneceu escondido até os dois deixarem o estacionamento. Assim que ele esteve seguro de que eles haviam partido em segurança, ele retornou aos negócios inacabados na escadaria. Era uma boa coisa que ninguém mais estava por perto, deste modo, achar um corpo decapitado, teria sido um choque bem grande para a maioria das pessoas.
O cadáver estava onde ele havia deixado, no andar superior, um corpo com uma cabeça por perto separada. Dirk olhou fixamente para a cena, desejando que os vampiros só desaparecessem em uma explosão de pó, como no cinema. Seria uma limpeza tão mais fácil. Agora ele tinha que arrastar a maldita coisa para seu local de descarte, e esperar que não ser surpreendido por ninguém.
Andando de volta para a garagem, ele procurou uma lata de lixo grande e arrastou-a para a escadaria. Ele se curvou para levantar o corpo e sentiu o, sobretudo, pesando apertando acima da espada em suas costas. Ele estava agradecido mais uma vez por sua força extra, porque este vampiro era quase tão grande quanto ele e teria sido difícil de levantá-lo.
Ele encheu a lata de lixo com o corpo, então juntou as extremidades do plástico para esconder o corpo. Então, deixando-o lá, desceu correndo os degraus para o nível inferior, onde seu SUV estava estacionado, dirigiu-o até parar ao lado da escadaria. De lá, era seria mais simples descarregar o corpo atrás de seu veículo. Pelo menos vampiros não sangravam muito.
Ele deixou a garagem e se dirigiu para o apartamento de Bethany. Ele estacionou ao longo de uma extensa rua vazia e então caminhou uma pequena distância para o lugar onde ele ultimamente usava para ficar de sentinela. Dava a ele uma visão clara da rua em ambas as direções, da entrada da frente do edifício para os apartamentos e da frente das janelas laterais de seu apartamento de canto no terceiro andar.
Ela estava em casa agora e as luzes estavam ligadas. Ele viu a sombra de uma figura passar na frente das cortinas da janela e reconheceu a partir da postura e altura que era o guarda-costas. Um segundo mais tarde, outra sombra apareceu na janela de canto. Essa era menor e ele soube que tinha que ser Bethany. Dirk se perguntou se ela estava em seu quarto e como ela desapareceu de visão, seu subconsciente trouxe uma imagem dela se preparando para dormir. Um grunhido pequeno soou baixo em sua garganta quando ele pensou sobre o guarda-costas ali com ela e ele teve que lembrar a si mesmo que isso não era da sua conta.
Alguns minutos mais tarde, as luzes em ambos os quartos desligaram, mas Dirk permaneceu lá. Ele não partiria até os primeiros raios de luz solar brilharem acima do horizonte. Só quando ele soubesse que os vampiros estavam profundamente adormecidos ele iria deixar seu posto.
Um pequeno movimento no canto da janela chamou sua atenção e à medida que ele observava, a cortina foi puxada para mostrar um rosto, Bethany. Com sua visão noturna acentuada, Dirk não teve nenhuma dificuldade para ver sua expressão preocupada ou o modo como abraçou a parte de cima de seu corpo e sua camisola azul claro.
Ele viu seus olhos vasculharem a rua abaixo como se ela estivesse procurando por alguém e finalmente lhe ocorreu que ela estava procurando por ele. Ele sabia que ela não podia vê-lo de onde estava e seria mais esperto deixar deste modo, mas ele avançou de qualquer maneira, para o brilho de iluminação do poste.
No momento que ela o viu, seus olhos se iluminaram e um pequeno sorriso tocou seus lábios. Ou talvez fosse sua imaginação. Ele levantou a mão em reconhecimento e não pode conter o calor que se apossou de seu corpo quando ele a viu em um pequeno movimento acenar com a mão. Então a cortina fechou e ela se foi, mas a sensação de calor permaneceu com ele o resto da noite.
Bethany despertou no final da manhã seguinte sentindo-se mais descansada do que ela esteve em vários dias. Levou um momento para perceber por que. Era porque, pela primeira vez desde que havia começada essa provação, ela se sentiu verdadeiramente segura. Ela não sabia nada sobre Dirk Adams e os superficiais olhares escuros e hábitos misteriosos de espreitar nas sombras deviam tê-la assustado. Ao invés disso, ele a fazia sentir-se segura.
Ela decidiu não tentar compreender o que era ou o porquê, e pulou pra fora da cama. Ela almoçaria com Miles para examinar cuidadosamente o anúncio de seu noivado para o jornal. Ela também ansiava secretamente que ele lhe desse mais informações a respeito do projeto em que ela estava trabalhando.
Existiam vários aspectos do extrato de planta que a incomodava. Por exemplo, o modo como as células humanas o absorviam muito prontamente sugeria que isto podia ser viciante. Ele também criava um aumento incomum na atividade molecular, que poderia dar a alguém que o tomasse uma sensação de ser mais forte ou mais rápido do que era. Ela até descobriu que um subproduto resultante de uma reação com algumas das enzimas naturais do corpo era semelhante à dopamina. Com moderação, poderia deixar o usuário com um zumbido agradável, mas se utilizado em excesso, poderia resultar em episódios psicóticos.
Para Bethany, o extrato tinha todas as características de uma droga. A duvida em sua mente, que nunca teria sido uma questão, em primeiro lugar, se Miles somente fosse sincero com ela é se esta droga era realmente para uso médico, aprovada pelo FDA para distribuição como Miles há levou a acreditar ou para distribuição ilegal de rua.
Ela não celebraria algo ilegal, ainda que ela tivesse sucesso em criar a duplicata sintética perfeita, ela destruiria isto antes de deixar ser usado para propósitos ilícitos.
O almoço estava sendo tão calmo quanto frustrante. Tudo que Miles falou foi sobre o casamento e sobre o anúncio para o jornal. Não importava quantas vezes ela tentasse direcionar o assunto para o trabalho, ele voltava direito para o assunto novamente. Eles finalmente haviam se separado, e ela não sabia mais sobre o seu cliente do que antes.
Indo diretamente para o laboratório, Bethany tentou afastar o almoço de sua mente e, pelas próximas duas horas, focar no seu trabalha. Ela estava totalmente submersa em pensamentos quando um das técnicas do segundo andar apareceu à vista, levando um pacote de tamanho de uma caixa de sapato embrulhado em papel pardo.
— Isto é para você, Bethany. O sujeito da entrega deixou isto no andar de baixo e já que eu estava subindo de qualquer maneira, eu disse que traria isto para você.
— Obrigado, Laura, eu agradeço. — Confusa, ela derrubou alguns de seus instrumentos e então cuidadosamente descartou as luvas de borracha que vestiu. — Aqui, eu pego isto. — Ela esperou até a mulher jovem partir e então olhou de relance para o guarda-costas. Ele parecia desinteressado na avaliação do pacote e Dirk relampejou por sua mente esquecida rapidamente quando ela viu o nome no remetente. Dizia, simplesmente, Adams.
Uma excitação correu por ela que pegou o pacote se dirigindo para seu escritório onde teria um pouco de privacidade.
Arrancando o papel do embrulho, ela viu que realmente era uma caixa de sapato velho. Curiosa, ela ergueu a tampa. Dentro dela estava uma pequena embalagem com um frasco de spray. Ela o ergueu tirou da caixa, mas não existia nenhuma escrita ou etiqueta na lata. Em baixo disto, entretanto, ela encontroou uma nota dobrada.
Ela deitou a caixa da lata de lado pode ler: Bethany, esta lata contém uma mistura de Mace e spray de pimenta. Faça-me um favor e mantenha isto com você todo o tempo, especialmente à noite. Dirk.
Bethany não estava certa de como se sentiu a respeito do presente de Dirk, mas ela colocou a lata em sua bolsa. Nunca era demais ser cautelosa, ela pensou, retornando ao trabalho.
Várias horas mais tarde, ela e o Sr. Yarbro deixaram o laboratório. Eles chegaram ao seu edifício de apartamentos, ela o procurou por lá, mas não pode ver Dirk em qualquer lugar. Sentindo-se irracionalmente desapontada, silenciosamente ridicularizou-se. Um homem como Dirk tinha coisas mais importantes para fazer do que vigia-la o tempo todo.
E ainda assim, ela não conseguia descartar o sentimento de que estava sendo observada.
Depois de tomar o elevador para o terceiro andar, Bethany estava caminhando pacientemente pelo corredor enquanto Sr. Yarbro verificava seu apartamento. Ainda pensando em Dirk, um grunhido do lado de dentro chamou sua atenção e ela imediatamente estava alerta.
— Sr. Yarbro? Você está bem?— Ela imaginou o homem grande e musculoso chocando-se com a mesa de canto ou com a planta pequena próxima à janela. Quando nenhuma resposta rápida veio, um frio estancou em sua espinha. Esgueirando-se mexeu em sua bolsa, retirou a lata de spray, agradecida que a manteve consigo, e segurou-a na frente quando se movia devagar pela porta da frente.
A visão que encontrou foi tirada diretamente de um pesadelo. Sr. Yarbro deitado no chão, e um homem curvado acima dele com a boca apertada no pescoço do guarda-costas.
Sangue escoava da abertura dos lábios do homem contra o pescoço do guarda-costas e gotejava sobre o tapete. Quando o homem balançou sua cabeça, ela se encontrou olhando fixamente para um par de ardentes olhos vermelho. Paralisada de terror, ela quase perdeu o movimento para o lado.
Neste momento, ela não hesitou em agir. Puxando o gatilho da lata de spray, ela girou para o lado direito e pulverizou o Mace cegamente na direção do segundo homem e correu para a saída da frente do seu apartamento.
Com o coração acelerado, ela apertou o botão do elevador varias vezes, rezando para as portas se abrirem rapidamente. Ela olhou de volta para o corredor e viu o homem que tropeçava na sala, com a mão nos olhos. Olhou para a escada, então as portas do elevador se abriram e ela saltou para dentro, apertando sua mão contra o botão para fechá-las novamente.
Como em câmara lenta, o homem se arrastou para frente, sua imagem emoldurada pelas portas finais. Elas estavam quase fechadas quando ele enfiou o braço pela abertura. Gritando, Bethany se jogou contra a parede do fundo do elevador, apenas escapando de seus dedos. Ela levantou a lata de Mace e despejou um fluxo fixo. O homem retirou-se e as portas deslizaram fechando.
Incapaz de permanecer quieta e com o coração acelerado, Bethany trocava de um pé para o outro enquanto o elevador descia. As luzes acima da porta relampejando de tempo em tempo quando contava os andares abaixo. Assim que ela alcançou a parte inferior, as portas se abriram e ela correr para fora, não parando até que ela alcançou a rua. Então, ela hesitou. Sentindo-se perdida quanto ao que fazer, ela olhou para escuridão na entrada no lado oposto, rezando para que Dirk estivesse por ali, como na noite anterior.
Ele não estava.
Um aperto tênue e as rédeas de seu medo deslizaram para o pânico puro, enchendo-a. Ela se virou procurando pela noite, com medo que qualquer outro monstro como o que acabou de matar seu guarda-costas a perseguisse. Poderiam também estar espreitando aqui fora, esperando para pular nela e rasgar sua garganta.
Só então, a porta da frente de seu prédio se abriu e um homem correu para fora. Bethany imediatamente recuou, nunca afastando seus olhos dele. Ela estava para fugir quando ela o ouviu chamar seu nome.
— Dirk… Sr. Adams? É você?— Seu coração batia acelerado em seu peito, enquanto a figura lentamente se movia em direção a ela. A incerteza a agarrou e ela permaneceu, congelado no lugar, tentando definir suas características, mas ele manteve seu rosto para baixo e a luz que brilhava atrás dele escondia suas características na sombra.
— Dirk?— Ela perguntou novamente. — É você?
Agora, há poucos metros de distancia, ele finalmente olhou para cima. Seu coração caiu aos seus pés à vista do rosto desconhecido com olhos que brilhavam com uma luz vermelha artificial. Assim como os olhos do homem lá de cima tinham brilhado. De repente todo filme de horror que ela já tinha visto passaram por sua mente. Segurando o spray de pimenta, ela levantou seu braço para pulverizá-lo, mas antes de seu dedo poder pressionar o gatilho, ele a alcançou e agarrou seus pulsos, arrancando a lata de sua mão e lançando para o chão.
— Não… não… por favor. — Ela apenas teve força para respirar e para forçar as palavras que escapavam de seus lábios trêmulos. Nunca em sua vida tinha estado tão apavorada.
— Eu ouço seu coração acelerado. Você esta assustada, pequeno coelho?— Ele falou em um tom quase sociável, apesar de um tom maníaco cintilar em seus olhos vermelhos. Quando seus lábios se curvaram ela viu os dentes afiados em sua boca. — O sangue, pulsando por suas veias, me chama. Eu não posso ajudar, gostaria de saber qual sabor terá.
Instintivamente, ela tentou se afastar, mas ele a segurou facilmente. Quando ele se aproximou, a paralisia a deixou e ela tentou se libertar. Ele só riu quando ela se dirigiu para trás, empurrando-a até que fosse encurralada na entrada do prédio, sem ter como fugir. Ela iria morrer, e não havia nada que pudesse detê-lo. Ela olhou fixamente com horror quando ele arreganhou os dentes e abaixou a cabeça em direção a seu pescoço. Ela gritou.
Preza por sua compressão, Bethany lutava por sua vida, esperando a qualquer momento sentir apunhalada de dor quando ele a mordesse. De repente seu atacante a afastou e uma expressão estranha se desenhou em seu rosto. Ele olhou abaixo, e seguindo a direção de seu olhar, Bethany viu o brilhar da ponta de uma espada que atravessava seu tórax. Com sua mente lutando para que tudo fizesse sentido, seu aperto relaxou e ele deslizou para o chão a seus pés.
Ela olhou fixamente para ele em surpresa atordoada por vários segundos, e quando ela ousou olhar em cima, Dirk estava lá, espada na mão e um frio olhar, com uma expressão feroz em seu rosto.
Com um soluço de alívio, ela se jogou em seus braços. Ele a abraçou, puxando para si. — Por favor, me diga que está bem. — ele disse suavemente, seu tórax retumbando contra sua bochecha.
— Eu não pude encontrar você… — Um tremor a percorreu.
— Está tudo bem, Beth.
— Você não estava na entrada.
— Eu estou aqui agora. Eu não deixarei nada acontecer com você.
Ela quase soluçou de alívio, porque ela sabia que ele a protegeria, diferentemente de… — Oh, Deus! Sr. Yarbro, existe outro lá cima.
Dirk levantou a espada do corpo e, pegando a mão dela, caminhou para o prédio.
— Vamos.
Ela puxou a mão de volta e agitou sua cabeça. — Eu não posso subir lá. — Ela sentiu seus lábios tremer quando ela pleiteou se afastar dele.
— Beth, eu não posso deixar você aqui fora sozinha. Você tem que vir comigo. — Ele olhou fixamente no fundo de seus olhos, disposto a fazê-la confiar nele. — Eu não deixarei nada te machucar. —
Lentamente, ela movimentou a cabeça.
Eles foram para dentro e quando entraram no elevador apertaram o botão para o terceiro andar, Dirk manteve os olhos em Beth. Várias vezes, ele a viu relancear os olhos pela lâmina ensanguentada de sua espada e então para ele. Ela não era estúpida. Tanto quanto estava apavorada, ele sabia que ela estava juntando todos os pontos. Ele rezou para que ela esperasse para fazer perguntas até mais tarde, quando ele teria tempo para respondê-las.
O elevador diminuiu a velocidade e parou quando as portas se abriram, ele se preparou para um ataque, mas nada aconteceu. De onde estava era possível ver o corredor longo e vazio diante dele.
Apertando o botão que seguraria o elevador no andar ele se adiantou. Ele suspeitava que os vampiros tivessem partido, mas ele gostava de ser cauteloso.
O apartamento de Bethany estava na outra extremidade e quando eles alcançaram a porta, eles a encontraram entreaberta. Dirk parou para tentar escutar algum som do lado de dentro. Entretanto, não ouviu nada. Ele empurrou o máximo que pode a porta aberta e perscrutou pela rachadura para ter certeza que ninguém se escondia lá.
Movendo-se para o hall de entrada, ele parou na entrada da sala de estar. Lá, no meio da sala, no chão, estava o guarda-costas.
Era óbvio que o homem estava morto, e até ha vários metros de distancia, Dirk podia ver os dois furos no lado de seu pescoço. Atrás dele, ele ouviu a respiração de Beth, então ele a guiou para a cena, precisando verificar o resto do apartamento.
Ele teve que ficar alerta pela a possibilidade de haver mais vampiros. Seria incomum para eles esperarem, mas nada do que ele vinha testemunhando ao longo das últimas noites tinha sido comum. Inferno, ele já matara mais nesta noite que o normal. Havia os três que ele despachou no beco antes dele ouvir o grito de Beth e então a pessoa que tentou matá-la. Quatro somente na última hora. Se Harris e Patterson estavam por detrás dos acontecimentos, eles devem estar ficando desesperados.
Com Bethany logo atrás dele, Dirk lentamente perscrutava todo o apartamento. No quarto, ele encontrou uma janela aberta e uma mancha de sangue na cortina que tinha sido aberta. Ele não soube se foi por ali que eles haviam entrado, mas definitivamente escaparam.
Dirk saiu para checar a escada de incêndio, mas não viu nada. Ele completou o percurso indo até o telhado, mas não havia nenhum ponto. Os vampiros não voltariam hoje à noite.
Retornando para o lado de dentro, ele embainhou sua espada e virou para Beth, que ainda o olhava fixamente, com olhos assombrados. Ela estava em choque.
— Eles se foram. — Ele disse aproximando-se dela, pois não conseguia permanecer distante, ele lentamente esfregou suas mãos para cima e para baixo em seus braços, ele esperava que fosse uma carícia reconfortante. — Você está bem?
Ela movimentou a cabeça, e então desabafou. — Não, eu não estou bem. Eu não entendo o que está acontecendo. É como se estivesse vivendo uma cena de um filme de Vincent Price. — Ela verbalizou, vermelha de excitação e pausou para respirar profundamente. — Eu sei que posso soar como louca, mas eles pareciam com vampiros… — Suas palavras diminuídas em um tipo desesperado de risada quando ela levantou uma mão para esfregar a cabeça. — Você provavelmente pensa que eu estou perdendo o juízo. Eu não sei. Talvez eu esteja.
Ele soube que ele devia dizer a ela que era sua imaginação pregando truques, que os assassinos eram humanos. Mas então, quando ele abriu a boca para dizer a mentira, ele se encontrou dizendo a ela a verdade. — Eles eram vampiros.
Ele esperou por sua reação, mas tudo que ela fez foi movimentar sua cabeça.
— Certo. Foi isso que eu pensei. — Sua voz soou muito certa de fato e Dirk novamente reconheceu os sintomas do choque. Era a proteção de suas reações, admitindo poucas emoções. Estudando seu rosto, ele perguntou-se quando a represa arrebentaria, sabendo que seria logo.
— Eu preciso fazer algumas ligações. — Ele disse, torcendo para que tivesse tempo.
Ela movimentou a cabeça. — Eu devia ligar para Miles. Ele quererá saber sobre o Sr. Yarbro.
Dirk achou sua declaração reveladora, mas não apontavam que as preocupações de Miles seriam primeiramente por sua segurança. A menção do nome do homem, porém, levantou um assunto que precisava ser tratado. — Não vamos mencionar os vampiros para Miles certo? De fato, não mencionaremos para ninguém.
Um quê interrogativo apareceu em seu olhar compenetrado e vítreo. Então ela encolheu os ombros. — Ele provavelmente não acreditaria em mim de qualquer maneira. — Ainda soando estranhamente tranquila, ela caminhou até a mesa de cabeceira da cama onde um telefone sem fio estava próximo a um livro e se sentou.
Quando ela começou a discar, Dirk pegou seu telefone celular e discou o número de telefone do Mac. Enquanto ele escutava os sons de discagem, seus olhos esquadrinharam o quarto, observando os detalhes que o ajudaram a pintar um retrato da mulher que vivia ali. A mobília era elegante, mas simples, combinava com o ar calmo e neutro da fina colcha e cortinas. Estantes se enfileiravam nas paredes e com exceção de uma prateleira dedicada para fotografias que Dirk assumiu ser de família, elas estavam cheias, com sua capacidade esgotada, com vários volumes de capa dura. Esquadrinhando os títulos, ele viu livros de tudo desde referência científica até ficção popular. Ele pegou tudo à primeira vista e isso não disse muito sobre Bethany Stavinoski a não ser que ela era limpa e gostava de ler. Só a pequena boneca de pano, em sua cômoda, parecia estar fora de lugar.
A roupa de veludo roxo pequena com detalhes púrpura, a gola de babados tinha se soltado, o colarinho arrepiado ficou destacado a um lado, e a cor uma vez branca estava enfraquecido para cinza. O chapéu de palha precariamente em sua cabeça, acima das mechas de cabelo uma vez douradas, um olho estava faltando do rosto. Para qualquer outro, a boneca poderia parecer lixo, mas Dirk suspeitava que tivesse sido o objeto de amor da menina jovem, tanto que a mulher crescida não podia se desfazer disto. Um homem seria sortudo por ganhar o amor de uma mulher assim.
Um clique da outra linha pegou sua atenção.
— Aqui é Mac.
— Mac eu estou no apartamento de Bethany. Houve outra tentativa. Eu tenho três corpos atrás no beco, um na calçada na frente do prédio, e um guarda-costas morto do lado de dentro. — Ele manteve suas palavras e foi direto ao ponto.
— E a mulher?
Dirk lançou um olhar nela e a viu desligar o telefone, ele se virou de costas assim ela não o ouviria. — Ela está em choque, mas por outro lado está bem. — Dirk pausou. — Eu disse a ela.
Houve um momento de silêncio, mas quando Mac falou, ele não fingiu entender mal. — Tudo?
Neste momento, Dirk pareceu envergonhado. — Só sobre os vampiros. Ela os viu e eu… não quis mentir.
— Certo. Você estava lá por isso foi a sua chamada. Eu estou a caminho. Eu posso dar um jeito nos corpos do lado de fora, mas e sobre o guarda-costas?
— Eu acho que nós teremos que chamar John.
— Eu farei isto.
— Obrigado. — Dirk desligou o telefone e virou para verificar Bethany, só para encontra-la indo para a sala de estar. Preocupado, ele seguiu atrás dela quando ela caminhou até o corpo do homem morto olhando fixamente.
— Ele morreu por minha causa. — Sua voz falhou com a emoção. — Eu não entendo.
Ela olhou para Dirk, seus olhos implorando para ele explicar, e uma única lágrima deslizou pelo canto de seu olho. Ele mal ouviu suas próximas palavras, elas foram ditas muito suavemente. — Eu estou com medo.
Dirk sentiu a represa se quebrar e a puxou em seus braços, abraçando-a. — Você não é responsável por estes ataques, Bethany. Não é sua culpa. E eu não deixarei eles te machucarem, eu prometo. — Ele ouviu seus soluços amortizados e jurou que ele manteria sua promessa, ainda que isso o matasse.
Na segurança protegida dos braços de Dirk, as defesas de Bethany caíram. Ela se enterrou mais fundo em seu abraço, precisando sentir seu tórax sólido, largo e a força de seus braços em torno dela para bloquear os horrores dos eventos da noite. Ela sabia que devia se sentir constrangida, chorando como ela estava nos braços de um estranho, mas naquele momento particular, ela não o sentiu como um estranho.
Quanto tempo eles ficaram lá, Bethany não tinha nenhuma ideia, mas quando ela finalmente parou de chorar, ela esperou Dirk se afastar. Surpreendentemente, ele não o fez, nem ela pode fazer qualquer esforço para se afastar dele. Parecia certo e ela quis que o momento nunca terminasse.
— Bethany, você está bem?
Ela saltou ao som da voz de Miles e se afastou rapidamente de Dirk, como se ela fosse pega fazendo algo de errado. Dando a Dirk um último olhar, ela foi para Miles e deixou-o a abraçar. Seus braços parecendo pequenos e delgados comparados aos de Dirk, ou seu tórax cadavéricos comparado com o firme e musculoso de Dirk, ela tentou não notar. Afinal, sua relação não estava baseada em atração física, ela lembrou-se. Sua aparência não era o motivo pelo qual estava se casando com ele.
— O que aconteceu?— Miles perguntou. — Quem fez isto?
Vampiros! Eu voltei para casa e eles estavam esperando por mim. Eles mataram o Sr. Yarbro e quase me mataram. Até em sua mente, soou muito forçado para ser verdade. Ela se soltou de seu abraço. — Eu não sei.
— Você acha que poderia dar informações ou uma descrição à polícia?
Ela soube que se lembraria dos ardentes olhos vermelhos, os afiados dentes e o pálido, rosto translúcido dos vampiros para o resto de sua vida. — Eu sinto muito, Miles. Tudo aconteceu tão rápido. — Ela esfregou sua têmpora, sabendo que Miles acreditaria em suas palavras, era muito tarde para lembrar-se de quaisquer detalhes de seus atacantes.
Uma movimentação na porta da frente chamou sua atenção e Mac segundos depois entrou caminhado pela sala. Seu olhar registrou tudo, parando brevemente diante dela e de Miles antes de descansar em Dirk.
— Algum problema?— Dirk perguntou.
— Talvez. — O olhar de Mac passou pelo casal para depois se voltar para Dirk. — John está a caminho.
Dirk movimentou a cabeça. Então Bethany o viu olhar para o corpo do guarda-costas. — Deixe que te leve para o outro quarto— ele sugeriu.
Momentaneamente confusa, até que ela viu seu aceno com a cabeça sutil em direção a Miles, ela pegou Miles pela mão e o levou para o quarto.
Dirk observou eles irem e assim que eles estavam fora de visão e de audição, ele virou para Mac. — O que?
— Eu achei os três corpos atrás do beco, mas não existia nada na calçada em frente ao prédio.
Dirk atravessou a sala e puxou a cortina. Ele tinha corrido com toda sua adrenalina e puro medo desde que ele ouviu os gritos de Beth da metade de um quarteirão de distancia. Ele estava sem nenhum humor para tolerar a merda de um cadáver perdido. Olhando pela janela, sua visão noturna melhorada permitiu que ele escolhesse a entrada escura do outro lado da rua. — Filho de uma cadela.
Mac moveu-se para trás dele e examinou seu ombro. — O que?
— Ele não está lá.
— Como eu disse.
— Eu o vi morrer. Como ele podia ter simplesmente desaparecido?
— Talvez você tenha errado o coração?
Dirk deixou a cortina voltar para seu lugar. — Merda.
— Eu acho que você estava distraído.
Apavorado, estava mais para isto, Dirk pensou, perguntando-se qual seria o preço de seu engano.
Do outro quarto, Bethany esforçava-se para ouvir o que Mac e Dirk estavam dizendo, mas não poderia entender suas palavras. Então Detetive Boehler chegou e ela e Miles saíram para juntar-se ao outros no hall de entrada.
— Sr. Van Home, Sra. Stavinoski. Eu sinto muito ver você novamente nestas circunstâncias,— o detetive disse, aproximando-se deles. — Nenhum de vocês foi ferido?
— Não, — Miles respondeu. — Porém, o Sr. Yarbro, o guarda-costas que eu contratei, não teve essa sorte.
Detetive Boehler movimentou a cabeça. — Eu gostaria de dar uma olhada no corpo.
— Por aqui, John— Dirk disse.
O detetive começou a seguir ele na sala de estar, entretanto parou e olhou para Bethany. — Eu temo que seja necessário você sair do apartamento por alguns dias.
Ela movimentou a cabeça. — Eu não quero ficar aqui de qualquer maneira.
Como o detetive, Dirk, e Mac continuaram caminhando pela sala de estar, Bethany e Miles retornaram a seu quarto. Ele permaneceu ao lado fora quando ela puxou uma mala de seu armário e colocou sobre a cama. Escolhendo algumas de suas roupas, ela não teve nenhuma dificuldade decidindo o que levar com ela. O mais breve possível ela estaria fora do apartamento, era o melhor. Ela só desejou que pudesse levar tudo agora e nunca mais ter que retornar.
Focanda em colocar as coisas na mala, ela quase esqueceu que Miles estava lá até que ele falou.
— Eu sinto muito, Bethany. Eu nunca imaginei que você pudesse ser machucada.
— Bem, claro que não. — Ela parou de colocar as coisas na mala, já tinha o suficiente, se dirigiu para ele pegou sua mão e se acomodou confortavelmente em seu braço. — Você contratou o melhor guarda-costas que você pode encontrar. São só estas… pessoas… são mais perigosas que nós percebemos. Afortunadamente, Dirk estava por perto.
No minuto que ela disse isto, ela soube que tinha cometido um erro. Imediatamente, seus olhos se estreitaram. — E como, o Sr. Adams estava por aqui exatamente neste momento, de qualquer maneira? Muito conveniente se você me perguntar.
— Ninguém perguntou a você,— Dirk abruptamente respondeu, caminhando para o quarto.
— Somente aconteceu de você estar na vizinhança?
— Não, eu fiz questão de estar no bairro. Como você vê, eu tinha algumas preocupações sobre o que você pensou que seria uma segurança adequada.
O queixo de Miles rangeu de indignação. — Pois saiba que eu contratei a melhor agência da cidade.
— Então você devia pegar seu dinheiro de volta. E não se aborreça contratando outra pessoa. De agora em diante, eu protegerei Beth.
Beth? Soou como o nome de um animal de estimação e Bethany não soube se Dirk fez isso sem pensar ou se ele fez de propósito para incomodar Miles. De qualquer modo, Miles estava irritado.
— Eu tomo conta da proteção de Bethany, obrigado.
— Como? Eles arrombaram ambos, seu laboratório e sua casa e o guarda-costas que você contratou não podia lutar com eles. Então me diga, exatamente, como você planeja protegê-la?
— Eu contratarei um exército de guarda-costas para estar com ela todo o tempo e aumentarei a segurança no laboratório. Quando ela não estiver no trabalho, ela ficará comigo. Eu vivo em um apartamento de cobertura bem seguro e é próximo do laboratório, então ela não terá que se locomover para longe para trabalhar.
O anúncio pegou Bethany de surpresa e ela olhou fixamente para Miles. Ela não estava pronta para morar com ele e estava perguntando-se como dar a notícia para ele quando Dirk rebateu o assunto.
— Em primeiro lugar, Beth devia ficar tão longe do laboratório quanto possível até que isto seja resolvido. Segundo, estes terroristas são altamente qualificados e perigosos. Seu apartamento de cobertura de alta segurança será nada além de um obstáculo secundário para eles.
— Realmente?— Miles perguntou sarcasticamente.
— Nós já vimos à qualidade da proteção que você contrata, — Dirk continuou. — Contratando novos guardas só conseguirão mais pessoas mortas, possivelmente até Beth. Eu não permitirei isto.
— Quando se trata de Bethany, você nada tem a dizer do que diz respeito a ela.
— Eu faço agora. Ela está vindo comigo para a propriedade do Almirante Winslow. Nós temos muitos quartos e é o último lugar em que alguém irá procurá-la.
Miles ofegou. — Você está sugerindo que minha noiva mude-se com você! Eu me recuso.
Uma escuridão cintilou nos olhos de Dirk quando ele se aproximou de Miles, fazendo com que o homem mais velho instintivamente recuasse. — Você entendeu mal, eu não estou pedindo sua permissão. Eu estou dizendo a você como vai ser. Ela está vindo comigo porque eu posso protegê-la. Você teve sua chance e falhou.
Bethany observou o rosto de Miles ficar tão vermelho de raiva que ela se preocupou de ele ter um infarto. Os dois homens permaneceram frente a frente e Bethany quis bater suas cabeças uma na outra. Como eles continuaram a encarar um ao outro, ela aproveitou-se do silêncio.
— Em primeiro lugar, você dois pode parar de agir como se eu não estivesse aqui. Eu não gosto disso. Segundo, ninguém precisa me dizer o que eu devo ou não fazer, certo?— Ela levantou o queixo desafiadoramente com dois conjuntos de olhos, um azul e um marrom, virado para ela.
— Miles, você esta certo. Eu preciso continuar trabalhando no projeto e eu pretendo fazer isso. E seu apartamento é mais próximo do laboratório. — Ela ignorou o olhar de triunfo que se espalhou por seu rosto e olhou para cima, para Dirk quando ele abriu sua boca para protestar. — Mas não é seguro, então eu vou mudar para a propriedade do almirante até que isto esteja terminado.
— Bethany, não há necessidade disto— Miles às pressas protestava. — Eu contratarei guarda-costas uma dúzia se necessário. Inferno, eu contratarei duas dúzias, mas você não viverá com este homem, você me entende?
Ela agitou sua cabeça. — Não, Miles. Eu não preciso de duas dúzias de guarda-costas, eu só preciso de Dirk. — Suas bochechas começaram a queimar no segundo que ela percebeu o que disse. Apressou-se em corrigir, e tentou explicar para Miles o que ela quis dizer. — Você pode não entender isso, mas Dirk tem agido como meu guarda-costas nos últimos dias. Não é?— Ela o alfinetou com um olhar. — Eu não percebi isto no momento, mas houve outras tentativas. Ontem à noite na garagem do estacionamento, por exemplo. E quantas outras?
Dirk serrou sua mandíbula e se recusou responder.
— Isto é certo. Eu sei que houve outras tentativas. — Ela se voltou para Miles. — Tentando respeitar seus desejos, ele só entrou em ação quando o Sr. Yarbro falhou em fazer seu trabalho, o que estava acontecendo com frequência. — Ela deu mais um passo para aproximar-se de Miles e apoio sua mão no tórax dele. — Eu sei que você só quer o que é melhor para mim e se isso significa viver na casa do almirante por um tempo, então é isso que eu devo fazer.
Ela contou com a inteligência de Miles para o ver superar o ciúme. Ela não estava errada. — Muito bem, Bethany. Se for isso que você quer. — Seu tom petulante a deixou saber o quanto ele não gostou da ideia.
— Não é sobre o que eu quero Miles. É sobre fazer a coisa mais inteligente. — Ela sorriu para ele e colocou um beijo em sua bochecha, que pareceu fazer ele se sentir melhor. Quando ela relanceou os olhos em Dirk e viu sua carranca, ela não poderia ajudar, mas perguntava-se o que, exatamente, ela estava conseguindo...
— Leve o suficiente para ficar por vários dias, — ele disse a ela. — Se você precisar de algo do outro quarto, eu pegarei para você.
Esperando que não estivesse cometendo o maior erro de sua vida, ela colocou na mala as roupas que ela tinha separado e se voltou para a cômoda. Prática em todos os aspectos de sua vida, Bethany tinha uma propensão para rendas, jogos combinando sutiãs e calcinhas. Obrigada a vestir um unissex para o trabalho no laboratório todos os dias, eles eram as únicas coisas que permitiam que ela parecesse feminina.
Tendo um conjunto para qualquer tipo de roupa, ela passou por sua coleção de roupas íntimas para encontrar aquelas que combinavam com as roupas que ela havia pegado e as lançou na cama. Até encontrar, finalmente, ela puxou seu par novíssimo: a calcinha e o sutiã púrpuros da gaveta. Com eles oscilando de sua mão, ela girou para a mala e parou. Suas bochechas se aqueceram quando ela viu ambos, Miles e Dirk que olhavam fixamente para ela.
Miles olhava indignado que ela se atrevia a exibir suas roupas íntimas publicamente, especialmente com outro homem no quarto. A intensidade de seu olhar, porém, não era nada comparada a de Dirk. Pura fome, um desejo animal queimava lá, enviando uma excitação que correu por ela, deixando-a terrivelmente confusa porque ela não era o tipo de mulher para se demonstrar fortes paixões, era uma falha em sua composição genética.
Ignorando ambos os homens, ela empurrou a roupa em sua mala e a fechou. Agarrando uma segunda, menor, ela guardou seus artigos de toalete.
— Sra. Stavinoski,— Detetive Boehler disse, caminhando no quarto com Mac. — Onde eu posso te encontrar?
— Ela estará conosco. — Dirk respondeu.
Se o detetive pareceu surpreendido, ele não demonstrou. — Bom. Eu contatarei você lá se eu tiver quaisquer perguntas.
— Isto é tudo?— Dirk perguntou, movimentando a cabeça para as duas malas quando deu um passo em direção a elas.
Ela vasculhou o quarto, dando uma inspeção final. Quando seu olhar alcançou sua pequena boneca que ficava sentada na estante de livros, ela a agarrou. A boneca foi um presente de sua avó há muitos anos atrás e era uma lembrança de momentos felizes. Ela não podia deixar isto para trás. Recusando-se a encontrar o olhar de um ou outro homem, ela colocou a boneca em sua bolsa. — Isto é tudo, — ela disse, finalmente arriscando um olhar para Dirk. Em vez da diversão que ela esperava ver, ela viu sentimentalidade, existia um flash inesperado de calor e compreensão. Então, gesticulando com a cabeça que ela devia sair na frente dele do quarto, ele levantou ambas as malas e a seguiu.
Trinta minutos mais tarde, Bethany se sentou no banco dianteiro do carro de Miles, olhando fixamente para as luzes ouro do Humvee que Mac estava dirigindo, sem realmente ver eles. Perdida em seus pensamentos, ela não notou a princípio silêncio de Miles ou os olhares brilhantes que ele a atirava. — Desculpe você disse algo?
— De fato, eu disse várias coisas, até que eu percebi que você não estava escutando.
— Eu sinto muito, — ela se desculpou novamente. — Hoje à noite foi muito traumático. Eu continuo vendo corpo do Sr. Yarbro em minha mente e me perguntando se eu poderia ter feito algo para salvá-lo.
Miles suspirou, a raiva se esvaindo dele quando ele alcançou sua mão e a segurou junto dele. — Eu sou um idiota insensível. Claro que você está chateada sobre o que aconteceu hoje à noite, mas não se preocupe, eu não deixarei nada acontecer com você.
Suas palavras eram um eco tímido das de Dirk, mas elas a fizeram se sentir mais segura. Ela soube o que ele quis dizer, então deu a ele um sorriso agradecido e depois olhou para a janela.
Eles estavam fora da cidade e o sol estava começando a subir. Bethany sentiu como se ela estivesse em um mundo diferente. Ela observou as pastagens abertas passar e estava apenas começando a se perguntar a que distância o Almirante Winslow vivia quando os freios do Humvee iluminaram. O carro girou sobre um passeio parcialmente escondido atrás de uma linha de árvores afilando a estrada.
Uma mansão, era o que verdadeiramente era, aparecia diante deles. Duas filas de árvores de carvalhos enormes, antigos e elegantes à frente, lembrando Bethany da Ruela de Carvalho na Louisiana.
Os três carros estacionaram na frente e Bethany, sentiu-se de repente desajeitada, hesitando antes de sair. Ela estava fazendo a coisa certa em ficar com estas pessoas quando ela nem os conhecia?
Miles viera abrir a porta para ela, ajudando-a. Ela segurou sua mão, agradecendo-o por estar com ela, e ele pareceu gostar de sua demonstração de atenção, deixando sua outra mão em cima da dela antes de virar e enfrentar Mac e Dirk que se juntaram a eles, cada um levando uma das malas de Bethany.
— Por aqui,— Mac disse, caminhando para a porta da frente. Ele a abriu e, olhando uma vez para ter certeza que eles eram seguidos, foi à frente para o lado de dentro.
Assim que Bethany andou para o hall de entrada, ela foi subjugada pelo charme do velho mundo que a saudou. Os almirantes Winslow e Lanie subiram para cumprimentá-los, oferecendo sorrisos e palavras calorosas de boas-vindas. Mac deixou a mala que levava na porta e deu em sua esposa um beijo.
Bethany viu o modo terno que Lanie olhou ele e como seus olhos queimaram possessivamente quando ele olhou para ela. Eles eram claramente apaixonados e Bethany sentiu uma punhalada de ciúme, que depressa suprimiu.
— Bom dia, a todos,— disse o almirante agradavelmente, apertando as mãos de Miles e Bethany. — Por favor, entrem. Eu posso oferecer um café da manhã ou uma xícara de café?— Ele ofereceu a eles na cozinha. Bethany não estava com fome, então ela educadamente recusou como Miles, mas o café parecia bom e depois que se sentou à mesa, ela aceitou a xícara que a ofereceram.
Bethany notou que Dirk estava mudo, ele se debruçou contra o contador, recusou o café e ela achou isto estranho, considerando o quão cansado ele parecia.
Como se sentisse seu olhar para ele, Dirk virou e ela viu um flash de algo cruzar seus olhos, mas foi muito depressa para ela saber o que era.
— Como você está?— Lanie perguntou, chamando a atenção de Bethany pelo calor em sua voz. — Deve ter sido horrível.
— Estava assustada— ela admitiu, não querendo reviver a coisa toda novamente.
Lanie deve ter sentido sua relutância porque não insistiu no tema. — Eu estou contente que você esteja conosco, — ela disse. — Nós temos bastante espaço e será agradável ter outra mulher ficando aqui.
— Obrigada. — Bethany tomou um gole do café e deixou seu calor correr por ela. Ao lado dela, Miles tinha iniciado uma conversação com o almirante. Eles dois, homens de riqueza, o que quer dizer, conheciam muitas pessoas em comum. Por quinze minutos, enquanto eles conversaram, Bethany permaneceu quieta e fez seu melhor para manter sua atenção focada na conversa. O tempo inteiro, porém, ela sentiu Dirk observando-a e não podia resistir mover furtivamente e dar uma olhada na direção dele de vez em quando.
A intensidade de seu olhar estava instabilizando-a. Ela não sabia como reagir, então ela voltou sua atenção para a conversa, mas os muitos eventos da alta sociedade nunca interessaram a ela. Colocando sua xícara na mesa, ela lutou para manter seus olhos abertos.
De repente uma mão quente estava em seu cotovelo, puxando-a e colocando-a de pé.
— Se vocês todos nos desculparem— A voz de Dirk encheu a sala, interrompendo a conversa, —Beth esta cansada. Lanie, se você puder vir conosco, nós podemos mostrar a Beth seu quarto.
— Claro. — Lanie saltou de pé.
Miles e o almirante também se levantaram. Bethany viu a irritação retornar aos olhos das Miles quando ele notou que a mão de Dirk sustentava seu cotovelo e em vez de observar os dois homens entrarem em outra discussão adolescente, ela educadamente afastou seu cotovelo das mãos de Dirk. Quase imediatamente, ela desejou que não tivesse feito, porque ela estava aparentemente mais cansada do que imaginava e por um momento a sala rodou diante dela.
— Eu acho que seria melhor eu te ajudar. — A mão de Dirk imediatamente voltou e desta vez ela deixou que permanecesse lá.
— Obrigada.
Miles, talvez sentindo que qualquer esforço de sua parte para ajuda-la seria impróprio nessa situação, deixou isso e seguiu junto quietamente.
Sentindo-se como uma VIP cercado de companhia, Bethany foi levada para cima aos degraus principais e adiante de corredor longo. Quando Lanie finalmente parou e abriu a porta, Bethany estava certa de haver algum engano. O quarto era enorme e luxuoso.
— Oh, isto é lindo, — ela exclamou suspirando. — Realmente, isto é muito lindo.
Lanie riu. — Tolice. Nós temos mais quartos que o suficiente e, como eu disse antes, será agradável ter outra mulher aqui. Eu me sinto só às vezes. Agora, você tem tudo que precisa?
— Eu acho que sim. — Bethany disse olhando a cama Queen-Size. Parecia o céu e ela não quis nada além de desmoronar através dela e cair profundamente adormecido.
— Bem, eu acho que é hora de eu ir. — Miles parecia relutante. Ele lhe tomou as mãos e deu um sorriso caloroso. — Que horas você quer que eu te busque hoje à noite? Eu acredito que você quererá dormir, mas nós temos aquela recepção na galeria às oito.
— Ela terá que perder— Dirk disse. — Ir para um lugar público é muito perigoso.
Miles começou a protestar, mas Bethany colocou uma mão em seu braço para acalmá-lo.
— Ele está certo— ela disse. — Além disso, eu tenho bastante trabalho para fazer no laboratório. Todos aqueles testes. Preciso refazê-los.
Miles suspirou, mas não se afastou. — Certo. Eu pegarei você as seis, então, e a deixarei no laboratório.
Bethany pensou no seu horário e lentamente movimentado a cabeça. — Certo, pode ser.
— Desnecessário— A voz de Dirk os interrompeu — Eu a levarei para o laboratório sempre que ela precisar. Não existe nenhuma razão para você pegá-la.
— Agora olhe aqui. — Miles soou indignado. — Eu não terei você me dizendo quando eu posso ou não ver a minha própria noiva.
— Eu não estou dizendo a você quando você pode ou não pode ver Beth, — Dirk falou. — Mas desde que eu sou agora seu guarda-costas até que esta situação esteja resolvida, eu vou ser sua sombra sempre que ela deixar esta casa. De forma que significa que se ela for para o laboratório, eu vou levá-la. Se você quiser estar conosco, então certamente, partiremos daqui primeiro.
Beth deu a ele um olhar suplicante quando ela depositou a mão pacificadora no braço do homem mais velho. — Ele está certo, Miles. Não há necessidade de você vir até aqui, nesta distância toda quando ele pode da mesma maneira mais facilmente me levar à cidade.
— Certo— Miles finalmente concordou. — Você está certa.
Naquele momento, Almirantes Winslow e Mac juntaram-se a eles.
— Você está partindo, Miles?— O almirante perguntou.
— Eu temo que sim. Bethany está cansada e existem coisas no escritório que preciso checar. — Os dois homens apertaram as mãos. — Foi muito bom ver você novamente. Obrigado por permitir a Bethany ficar com você. Ela e eu somos muito agradecidos.
Dirk observou quando Miles puxou Bethany em seus braços e deu nela, o que Dirk pensou que deveria ser um profundo beijo apaixonado. Bethany pareceu mais envergonhada pela exibição do que qualquer outra coisa. Então Miles saiu para o corredor e, acompanhado pelo almirante, Mac e Lanie, dirigiu-se à porta da frente, permitindo a Dirk ter sua primeira respiração fácil em quase doze horas.
Finalmente sozinhos, Dirk virou para Beth e a encontrou lhe olhando esperançosamente. De repente, sentindo-se autoconsciente, ele limpou a garganta. — Que horas você quer estar na cidade?
Dirk silenciosamente rezou para que não fosse muito mais cedo de que Miles originalmente havia sugerido. O inverno estava provando ser difícil. Os dias eram curtos e as noites eram longas e duras, que não permitia muito tempo para descansarem. Como era necessário, pois ultimamente ele esteve usando sua força no limite só para permanecer de pé.
— Eu devia checar os resultados dos testes mais ou menos duas da tarde, — ela disse, — mas eu acho que vou ligar no laboratório e solicitar a um dos alunos que faça isso por mim. Seis estaria bom para você?
Ele suspirou com alívio. — Na mosca. Eu encontrarei você na grande sala então. — Ele começou a andar para a porta quando ela o parou.
— Dirk, sobre os vampiros...
— Não agora, certo? Eu sei que você tem muitas perguntas e eu ficarei contente em respondê-las, mas depois, agora nós dois precisamos descansar, dormir um pouco.
Ela movimentou a cabeça. — Certo. — Ela pausou. — Obrigada, por tudo. — Existia tal sinceridade em seu tom, ele soube que era realmente sincera.
Ele deu seu um sorriso leve e movimentou sua cabeça uma vez. — Disponha sempre.
Ele fechou a porta e então foi para seu quarto onde encontrou Mac esperava por ele.
— Você parece um lixo.
Dirk ergueu uma sobrancelha, mas continuou caminhando para sua cama mesmo assim, ele podia se sentar na extremidade. — O que você quer?
Mac deu a ele um olhar sério. — Você está bem?
Dirk esfregou seu rosto antes de olhar até encontrar o olhar de Mac. — Eu quase a deixei morrer.
— Mas você não fez. Não pode se torturar pelo que poderia ter acontecido. Tire isso fora, comerá você vivo.
— Mas da próxima vez…
Mac levantou sua mão. — Da próxima vez, você fará o que precisa ser feito, assim como você fez hoje à noite.
— Eu rezo para que você esteja certo. — Ele se levantou e começou caminhar para a porta.
— Onde você está indo?
— Eu me esqueci dos corpos.
Mac permaneceu e acenou de volta. — Vá para a cama. Eu cuidarei deles. Sua noite foi mais dura que a minha.
Dirk não precisou ser convencido. — Obrigado.
— Sem problema. Eu sei que você esta cansado, mas nós precisamos conversar sobre Harris e Patterson logo.
Dirk movimentou a cabeça. — Venha para o laboratório hoje à noite. Nós poderemos conversar então.
Harris lambeu as últimas gotas de sangue de seus dedos e lábios e largou o corpo do negociante de drogas no chão. Alcançando seu bolso da jaqueta, ele retirou a estaca de madeira e a empurrou através do coração do homem morto, assegurando que ele não levantaria novamente. Ele não sentiu nenhum remorso em matar um negociante de droga. De fato, do seu próprio modo, ele considerava isto como um serviço para a comunidade. Ele o tinha visto tentando vender drogas para um grupo de adolescentes. Não levou muito para assustar as crianças embora ele soubesse que eles pensariam duas vezes antes de comprar drogas novamente. O pensamento causou nele um sorriso quando ele jogou o corpo atrás de um container onde, eventualmente, alguém iria encontrá-lo.
Então ele retornou pelo beco abaixo, movendo-se mais rápido que qualquer humano podia, e fez seu caminho ao longo das ruas da parte de trás da cidade até chegar à entrada da toca. Com um último olhar ao redor, ele desceu para os níveis mais baixos, fazendo seu caminho através de grandes tubos que fediam com os dejetos humanos. O cheiro era ofensivo, mas um efetivo desencorajador, eficaz contra seres humanos curiosos.
Alcançando a velha estação de trabalho subterrânea abandonada, ele entrou na sala, seus olhos indo imediatamente para os humanos encadeados na parede. Eles eram machos jovens, saudáveis, em seus vinte e poucos anos, se tivesse que adivinhar.
Eles se agacharam de medo quando o viram, mas ele ignorou e continuou abaixo pelo corredor pequeno para a parte de trás do quarto entrando sem bater.
A primeira coisa ele notou foi outro homem encadeado na parede. Esse não era uma fonte de comida, como os anteriores. Esse era um vampiro, ou tinha sido várias noites atrás. Agora era nada além de uma criatura depravada puxando suas cadeias, tentando se libertar.
— Outra remissão?— Ele perguntou a Patterson, que vadiava em torno da cadeira. — Este aqui só durou uma semana.
O outro Principal deu a ele um olhar irritado. — Eu sei quanto tempo ele durou. — levantando de sua cadeira, uma estaca embrenhada em uma mão, Patterson atacou a criatura antes de poder reagir, dirigindo a estaca em seu coração. — Nós teremos que contar com os vampiros que convertemos nós mesmos no momento. Terceira geração e abaixo são muito instáveis.
Harris jurou abaixo de sua respiração. — Nós nunca vamos chegar a lugar algum desta forma. Nós precisamos de um bioquímico.
— Olhe, — Patterson estalou. — Se você pensa que você pode fazer melhor, então se sinta livre para tentar.
A visão de Harris sangrou quando ele olhou para Patterson. Ele nunca gostara particularmente do homem quando eles estavam vivos. O quão irônico foi que eles seriam lançados juntos na morte. Ele tentou lembrar habilidades aprendidas em vida e socou sua ira e frustração. — O que aconteceu hoje à noite?
— Adams estava lá. Como nós pensamos, matou a três no beco, distraí-o, mas não tempo suficiente. A mulher fugiu e nós perdemos nosso time, com exceção do mais novo. Uma polegada e nós teríamos o perdido, também. — Ele esfregou sua mandíbula. — Talvez nós devêssemos tentar converter alguns de nossos antigos companheiros de time de SEAL, como Burton fez?
Harris agitou sua cabeça. — Não. Uma vez que eles começam a regredir, estes civis são duros de controlar. Eu odiaria tentar com um SEAL naquele estado. — Ele pausou. — Talvez nós devêssemos seguir um bioquímico diferente, um que não esteja tão bem protegido. — Harris estava ficando desesperado. Ele viveu como um vampiro por seis meses até agora e odiou cada minuto disto.
Se Lance Burton já não estivesse morto, Harris o mataria. Ele não pediu isso. Sua vida finalmente começou a ir para frente. Ele conheceu uma garota, Cynthia. Eles começaram a namorar e ele pensou que ela poderia ser a única. Seis meses atrás, quando ele olhou para seu futuro incluiu casamento, filhos e todos felizes para sempre. Agora tudo que ele via era uma estrada sem fim de morte e destruição, principalmente pela sua própria mão se quisesse sobreviver. E ele fez, mas não gostava disso.
— Você quer arriscar deixar um bioquímico de segunda-mão usar nossa última amostra de veneno chupacabra?— Patterson o pegou em armadilha.
Harris atirou um olhar. — Ao invés do assistente que você atualmente tem trabalhando nisto?
— Sim. Aquele assistente trabalhando com a mulher Stavinoski. Ele não pode ser um completo idiota.
Harris estudou rosto do Patterson e reconheceu que seu antigo companheiro de time não estava mais seguro que ele estava, mas decidiu não insistir no assunto. — Eu vou descansar. — O sol estaria alto logo e Harris precisava de tempo só, para pensar.
Ele deixou a sala e caminhando pelo túnel abaixo por outros cem metros, indo para um lugar aparentemente fortuito. Relanceou para ambos os caminhos por não ter certeza se algum vampiro errante estava por perto, ele ativou uma alavanca e uma parte do tubo deslizou de volta, revelando um buraco pequeno que ele tinha transformado para ser seu lugar de descanso. Levou quase um mês de trabalhos forçados, mas isto valia a pena. Pelo menos agora quando ele dormia, ele não tinha que se preocupar com alguém o estacando durante o sono.
Pulando para dentro, ele fechou a porta e deitou. Ele relaxou sua mente e deixando Patterson para trás, para além da cidade, sentindo apenas uma presença que ele esperava, ele rezou para que estivesse lá fora. Ele sentiu uma vez antes, o chupacabra adulto. Dr. Weber, o bioquímico que foi coagido a trabalhar para Lance Burton, disse a eles que ela morreu, mas se ela verdadeiramente tivesse o vínculo que eles compartilhavam, todos teria morrido com ela. Isso não tinha acontecido.
Ele conduziu sua procura sistematicamente, cobrindo cada polegada do avião psíquico até que ele sentiu o primeiro puxar de fadiga. O sol subiria logo e ele podia adicionar outra tentativa falha para sua lista de realizações.
Então ele tocou em algo. Ele estava tão chocado que ele quase deixou o vínculo se dissolver e teve que subir e esperar. Era ela, o adulto chupacabra. Ele a reconheceu, sentiu. Abrindo sua consciência, ele tentou conseguir uma impressão de onde, na cidade, ela estava, se ela estivesse na cidade. Ele não tinha nenhuma ideia de por qual distância o vínculo se estendia.
Quando o sol surgiu, o vínculo fechou desmoronado, mas pelo menos agora ele tinha esperança. Se ele pudesse a encontrar, então ele podia assegurar mais veneno. Então tudo que ele precisava era um bioquímico para descobrir o segredo do veneno e o fazer humano novamente.
— Boa noite. — A voz de Miles veio da entrada. — Eu trouxe seu café de favorito… — Suas palavras diminuíram quando Bethany girou ao redor do balcão do laboratório para olhar com uma embalagem semelhante a que ele segurava suspensa a meio caminho para sua boca. — Oh. Eu vejo que você já tem um. — Seu olhar passou dela para o outro lado do laboratório na mesa onde Dirk se sentou e sua expressão ficou fria e ressentida.
Na esperança de evitar outra discussão entre os dois homens, Bethany colocou seu copo na mesa, saltou do banco enfrente ao balcão, e se aproximou de Miles. — Isso foi tão doce de sua parte. Você deve ter lido minha mente. Eu disse a Dirk quando nós paramos no caminho que um não seria suficiente pra me fazer passar a noite. Você economizou minha ida para buscar outro. — Ela plantou um beijo em sua bochecha quando ela pegou a embalagem de sua mão. — Obrigado por ser tão prestativo.
Miles afastou sua atenção de Dirk e a expressão em seus olhos suavizou, mas não por muito tempo. Agarrando seu cotovelo com sua mão livre, ele a guiou para fora do laboratório, em seu escritório. — Você está certa de que não virá comigo hoje à noite?— Ele a questionou. — Eu podia providenciar um vestido que seria entregue aqui num instante.
Bethany não podia imaginar qualquer lugar que ela gostaria de estar menos que esses afazeres sociais chatos, mas ela não disse a Miles. — Não. Eu realmente tenho muito trabalho a fazer.
Ele passou os olhou pelo laboratório. — Quanto tempo, Bethany? Quanto tempo você está planejando ficar fora, naquele lugar?
— Eu não sei Miles. Até que eu esteja segura para partir, eu acho.
— Eu não gosto disto, tanto quanto desse homem. Eu sei que você confia nele e parece que ele é bom no que faz, mas… só não é certo.
Miles era normalmente um homem muito paciente, mas até ele tinha seus limites. — A formalidade de entrega do prêmio está chegando, — ele se aventurou. — Você irá querer receber Premiu Rot O'Connor pessoalmente, não é?
Era um tiro barato. Ele sabia o quanto receber o prêmio significava para ela. Ela lutou para controlar sua irritação e evitou responder quando uma cigarra saiu do laboratório. — Miles, eu tenho que ir. Eu conversarei com você amanhã.
Ela começou a sair, o copo extra de café em sua mão, mas Miles a segurou pelo braço parando-a. — Eu sinto muito, Bethany. Eu sinto sua falta. — Então ele a beijou, mas não era seu toque gentil e habitual. Ela perguntou-se se ele estava tentando a subjugar com a intensidade de sua paixão. Quaisquer que fossem suas intenções, o beijo era de desespero e era quase doloroso em sua força. Somente porque ela entender o quão ameaçado ele se sentia pela presença de Dirk, a fez suportar essa demonstração de afeto e por isso não o afastou. Finalmente, o beijo terminou e ela aceitou afastando-se um passo. Não sabendo o que dizer, ela murmurou um simples — Boa noite, Miles. — e caminhou de volta ao laboratório.
Quando ela retornou a sua estação de trabalho, ela sentiu Dirk observando-a. Deixando o copo de café no balcão, ela o olhou e viu uma expressão sombria em seu rosto.
— O que foi?— Ela perguntou irritada.
— Então ele realmente faz isso com você?
— Trazer-me café? Sim, às vezes, quando ele sabe que eu estou aqui trabalhando até tarde.
Dirk estreitou seus olhos. — Não foi isso que eu quis dizer, digo se ele acelera seu motor? Se ele consegue fazer seus fluídos correrem por seu corpo?
Ela se virou e o olhou boquiaberta. — Me desculpe. Mas isto é repugnante.
— Sim, eu também acho, mas eu não estou beijando um homem velho o suficiente para ser meu pai.
— Ele não é velho. Ele é... — ela procurou pela palavra certa — maduro.
Dirk riu com vontade. — É assim que você chama isso? Por curiosidade, qual é a diferença de idade? Vinte? Trinta anos?
Ela deu um suspiro exasperado. — Vinte anos, e isto não é uma grande diferença.
Dirk encolheu os ombros. — Então, novamente, o que a atrai?
Bethany se forçou a voltar a trabalhar. — Eu não espero que alguém como você entenda.
— Alguém como eu?
— Sim. Alguém que pensa que aqueles corpos suados, rolando na cama, tendo sexo de maratona é o alicerce principal de uma relação forte.
Ele saiu de seu lugar e Bethany esperou que ele estivesse deixando-a sozinha para trabalhar. Ela até não se aborreceu e o ignorou, focando atenção ao invés em despejar a quantia exata de reativo no frasco. Isto é, até que ela o sentiu surgir e permanecer atrás dela, o calor de seu corpo emanando atrás dela. Suas mãos surgiram para acariciar seus ombros, seu toque tirando sua razão, tanto que ela teve que apoiar o frasco de reativo no balcão antes dela soltá-lo.
Ela sabia que devia se afastar dele, ele a mantinha presa entre seu corpo e o balcão, suas mãos em seus ombros parecendo fortes e seus movimentos suaves a deixaram incapaz de se mover. Ele fechou a última pequena distância entre eles até que seus corpos se tocaram, seu coração batia com antecipação. Então ele abaixou a cabeça para encostar sua bochecha na orelha de Bethany.
Sua respiração se espalhou através de seu pescoço na quente umidade do ar. — Quando você esta com ele, — ele disse, sua voz retumbando baixo em seu peito — Ele é tudo que você pensa? Ele enche você de uma necessidade tão grande que você tem medo que se ele tocar em você vai explodir, mas se ele não o fizer você morre?— Seus lábios roçaram seu pescoço enquanto ele falava, provocando arrepios em sua espinha. — Seus beijos roubam de você cada pensamento?— Sua mão deslizou em torno de sua cintura e ele a puxou firmemente contra ele. — Você pode sentir o desejo por ele correr por todo seu corpo até alcançar aquele lugar doce entre suas pernas?
Bethany não podia responder nem se sua vida dependesse disso. Suas palavras, seu toque, a reduziram a uma massa de emoções tremulas. Ela fechou seus olhos, perdeu-se nas sensações que ele agitou dentro dela, provocara sentimentos que assustavam e tentavam ao mesmo tempo. Ela sabia que ele devia parar, mas rezou para que ele não fizesse.
Abruptamente ele a largou e se afastou. Seu corpo ficou gelado na ausência súbita de seu calor e ela desejou puxá-lo para junto de si, ele cruzou a sala, só para parar quando alcançou a porta. Ela ousou olhar para ele, para seu olhar faminto, queimando seu corpo antes de encontrar seus olhos. — Você não seria tão rápida em descartar o aspecto físico de uma relação se você já tivesse experimentado isso direito. Talvez Miles não seja o homem certo para você, Beth. Não se ele não pode libertar essa natureza apaixonada que você tenta manter escondida dentro de você. O que você precisa… é de um homem real.
Como eu. As palavras não ditas ecoaram em sua cabeça muito depois que ele saiu pela porta. Ela estendeu a mão, cegamente, para o balcão do laboratório e puxou o banco o mais próximo possível, para que pudesse ter um colapso sobre ele. Ela estava em apuros, considerou. Como podia reagir assim a um homem quando era noiva de outro? Mais assombroso ainda, como ela podia reagir dessa forma? Ela nunca se sentiu assim. Nunca ninguém tinha provocado esses sentimentos nela, nunca. Toda sua vida, pensando que o problema estava nela, que era geneticamente incapaz de sentir paixão. No entanto, aqui estava ofegante, quente, e desperta, e tudo que ele fez foi massagear seus ombros e sussurrar em seu ouvido.
Dentro de seu peito, seu coração estava acelerado. Respirando fundo, ela tentou ser racional. Dirk era um homem bonito e provavelmente tinha estado com centenas de mulheres. Ele era um sedutor mestre, e ela com seu punhado de relações patéticas passadas, não eram nenhuma partida páreo para seus mecanismos.
Miles, por outro lado, embora escassamente másculo era quente, sensível, inteligente e refinado. Podia não ser viril para os padrões de Dirk, mas ainda era um bom homem. E o fato de Miles nunca ter despertado nela nada, nem mesmo um mínimo do que Dirk tinha feito nada significava. Nada.
Dirk fugiu do laboratório. Ele teve que sair de lá antes de fazer algo que lamentaria mais tarde. Ou pior, que não lamentaria de todo.
Andando do lado de fora do laboratório, ele parou quando Mac bloqueou seu caminho. Pela expressão no rosto de seu amigo, Dirk soube que ele tinha testemunhado parte, se não tudo, do que tinha acabado de acontecer. Dirk viu a condenação nos olhos de seu amigo, que refletiu o que ele sentia, mas Dirk não estava preparado para lidar com isto. Ele começou a empurrar Mac, mas ele agarrou seu braço.
Dirk olhou para o olhar duro de seu amigo antes de voltar sua atenção para a mão que Mac não ofereceu. Sem uma palavra, Dirk continuou pelo corredor abaixo seguindo para os elevadores e então para as portas da frente do prédio, até Mac pegá-lo.
— Que diabo está acontecendo com você? Ela está noiva.
— Fique fora disto, Mac. Não diz respeito a você.
— Faz se você estiver deixando suas emoções distraírem você. Estamos lidando com vampiros, ou você esqueceu?
— Não. Eu não esqueci.
Dirk ouviu o suspiro de Mac. — Então o que deu em você?
Dirk andou uma distancia curta e passou a mão pelo rosto antes de virar para Mac, sua raiva e hostilidade se desvanecendo. — Ela.
Mac o estudou por vários minutos e então lentamente acenou a cabeça. — Você se deu mal, não é?— Ele se aproximou e colocou a mão nas costas de Dirk em um gesto de simpatia. — É. Aconteceu da mesma forma comigo.
— Com uma diferença gritante. Lanie não era noiva. Beth é… Ela não é minha, nunca será. Ela pertence à outra pessoa.
Dirk teria adorado ter Mac dizendo a ele que ele estava errado, que Beth podia ser sua, mas seu amigo permaneceu quieto. Eles dois sabiam o modo como às coisas tinham que ser.
— Cuida dela por mim, certo? Eu preciso ficar longe daqui por algum tempo.
Bethany olhou por cima de seu trabalho e ficou surpreendida ao ver Mac caminhando no laboratório. — Onde está Dirk?
— Ele… teve algo que ele precisou fazer.
Ela tentou ignorar seu olhar de quem muito sabia. — Quando ele voltará?
— Eu não sei.
Ela acenou a cabeça, sentindo a raiva machucar e apertar seu peito. Talvez fosse melhor que ele tivesse partido, ela discutiu consigo mesma. Ela achava sua presença a deixava muito instável e isso não era bom para uma mulher sentir, não quando ela estava comprometida com outro homem.
Dentro da toca, Patterson olhou fixamente para a forma murcha, morrendo com sua experiência mais recente. — Eu não posso vender esta merda no mercado negro, — ele gritou. — Ninguém vai comprar se não funcionar. — Ele foi embora e a visão alfinetou Stuart com um clarão. — Eu devia ter matado você no dia que você chegou.
— O que você está pedindo é virtualmente impossível, — o convencido jovem bioquímico disse.
— Isto é certo?— Patterson rosnou, voltando para o corpo acorrentado a parede. A vida do sujeito tinha finalmente acabado. — Então me diga Stuart, — ele disse uma calma afetada que ele não sentia, — Por que eu deveria manter você vivo?
Olhos ligeiramente alargados de Stuart. — Porque você precisa de mim.
— Realmente? Eu não sei. Eu sinto como se você estivesse desperdiçando meu tempo. Você está desperdiçando meu tempo, Stuart?— Ele aproximou-se do homem jovem, mas parou quando ele sentiu o formigamento familiar ao longo do vínculo psíquico de presença de Harris. Que foi seguido segundos depois pela presença do vampiro.
— O que está fazendo?
— Onde você estava?— Patterson rosnou.
— Fora. — Harris não ofereceu qualquer explicação adicional, mas Patterson já sabia. Ele sabia sobre o adulto chupacabra. Era um testemunho para seu intelecto, ele pensou que ele permitia que Harris operasse em ignorância. Deixe Harris achar a criatura e quando ele fizesse, Patterson se aproveitaria e usaria isso, como Burton fez.
Ainda assim, até com o chupacabra adulto, existia a necessidade para ter uma fonte de veneno sintético. A experiência de Burton o ensinou muito. O adulto era incerto.
— Eu preciso da mulher Stavinoski, — ele murmurou para ninguém em particular. — Minha fonte me diz que ela tem tido noites de trabalho no laboratório. Talvez nós devêssemos tentar pegá-la novamente.
Harris agitou sua cabeça. — A segurança do prédio esta mais reforçada do que nunca. Nós perderíamos um inferno de um tempo para entrar sem que nos vejam.
— Não se você tivesse um distintivo de identificação.
Patterson e Harris viraram junto para olhar fixamente para Stuart, que sorriu de volta para eles. Em sua mão ele segurou seu cartão de segurança da Technologies Van Home.
Bethany acordou na manhã do dia seguinte sentindo-se cansada e estranha. Dirk não voltou para o laboratório ontem à noite e Miles não a aborreceu chamando-a depois da recepção.
Ela fez seu melhor para afastar ambos os homens de seus pensamentos enquanto ela trabalhava e Mac finalmente a levou de para a mansão por volta de duas de manhã.
A cozinha estava vazia quando ela se vestiu e desceu, um bule de café fresco estava sobre o balcão. Enchendo uma xícara, ela procurou por adoçante e creme, encontrou o adoçante, mas não teve sucesso com o creme. Ela não se importou, entretanto, depois de se misturar adoçante tomou a bebida. Fechando seus olhos, ela deixou a essência quente e doce deslizar garganta abaixo e tentou imaginar a energia líquida correndo por suas veias, se espalhando ao longo de seu corpo, e reavivando-a. Era suficiente, então suspirou.
— Eu suponho que você não tem algo mais, o que é que você está bebendo?—
Bethany abriu seus olhos e se surpreendeu ao ver uma mulher desconhecida de aproximadamente quarenta e poucos anos, de pé na entrada da cozinha, segurando uma estátua de gárgula grande em uma mão e uma coleção pequena de cadernos na outra. Ela tinha cabelos castanhos escuros que caiam até a altura do queixo. Estava perfeitamente penteada e o terno de seda azul marinho que ela vestiu provavelmente custava tanto quanto o aluguel do apartamento de Bethany.
A mulher sorriu e se moveu confiante em direção à mesa. — Eu sou Julia Penrose,— ela disse, ajeitando os cadernos na frente dela cuidadosamente e colocou a gárgula no meio da mesa, onde ficava menos provável cair. — Eu sou assistente pessoal do Almirante Winslow.
Ela estendeu sua mão e Bethany finalmente lembrou-se de seus modos. — Eu sinto muito. Bethany Stavinoski. Eu estou… ficando aqui. — Ela demonstrou incerteza em suas palavras, mas Julia sorriu.
— O almirante me explicou que, além de suas atividades filantrópicas ele também dirige uma agência de segurança e que um cliente estava atualmente em sua residência. Eu suponho que seja você.
Bethany abriu a boca para oferecer uma explicação, mas Julia a fez parar. — Ele também explicou a respeito do trabalho de segurança do qual precisa saber a base. Se ele quiser que eu saiba, ele me dirá.
Bethany ficou aliviada, tomou outro gole de seu café e então abruptamente soltou a xícara. — Me desculpe. Você quer café. — Ela pegou outra xícara no armário. — Como gosta?
— Adoçante e creme, por favor.
— Bem, eu achei o adoçante, mas eu não tive muita sorte encontrando o creme.
— Acho que posso ajudá-la. — Julia se dirigiu para a despensa ao lado do forno e abriu a porta. — Eu me lembro de visto aqui ontem. Oh, sim, esta aqui. — Ela entregou para Bethany o creme e Bethany sentiu o perfume da mulher. Era um cheiro quente, rico de cravo e canela que parecia de alguma maneira combinar com ela. Bethany despejou o creme na xícara, ela olhou para Julia.
— Está ótimo, obrigada. — a mulher respondeu sua pergunta não dita.
Bethany despejou no café e então deu a xícara à mulher. Pegou a sua, e então retomou seu lugar inclinado contra o balcão.
Naquele momento, a voz baixa de Mac se fez ouvir na outra sala. — Você está me dizendo que não senti isso?— Ele soou cansado e incrédulo.
— O que? O “distúrbio na força”?— Dirk perguntou com voz de locutor de rádio. Então, soando como ele mesmo novamente, ele continuou. — Ok, sério. Sim, eu fiz, mas isso não prova nada. Certamente não significa que ela ainda está viva.
— Mas poderia.
Os dois homens apareceram na entrada da cozinha e quando Bethany olhou para cima, seu olhar cruzou com o de Dirk. Suas bochechas se aqueceram com a memória de seu corpo próximo do seu e ela se achou incapaz de falar.
Quando ela finalmente conseguiu desviar seus olhos, ela encontrou Mac olhando fixamente para Julia.
— Quem é você?— Ele perguntou.
Em seu tom culto, ela se apresentou. — Meu nome é Julia Penrose. Eu sou a nova assistente do Almirante Winslow. E você é?
Surpreendentemente, um sorriso pequeno cruzou os lábios de Mac. — Mac Kinght. É um prazer conhecer você. — Ele apertou a mão dela e então virou gesticulando na direção de Dirk. — Este é Dirk Adams. Nós fazemos a parte de segurança dos negócios, o que significa que nós normalmente trabalhamos de noite.
Julia levantou a mão para apertar a de Dirk, que hesitou um momento antes de pegá-la. — Bom conhecer você, Senhora— ele disse gentilmente.
— Vocês acabaram de chegar?— Julia perguntou aos dois homens.
— De fato, nós acabamos de chegar— Mac respondeu.
— Tem bastante café, — Julia ofereceu. — Vocês gostariam de um?
— Não, obrigado. Eu acho que nós só precisamos fechar nossos olhos.
— Eu imaginei ter ouvido sua voz,— Lanie disse, entrando e indo diretamente para seu marido, que a prendeu em seus braços e deu um completo beijo de bom dia. Quando ela escapou segundos mais tarde, ela parecia embaraçada e feliz. — Eu vejo que você teve a chance de conhecer Julia.
— Sim, — disse Mac. — Nós acabamos de nos apresentarmos.
— Bom dia, para todos. — A voz profunda do almirante Winslow encheu a cozinha quando ele juntou-se eles. — Eu acredito que todos tiveram uma boa noite?— O modo que ele fez a pergunta, com o olhar prolongado em Mac e Dirk, fez com que Bethany soubesse que ele estava perguntando se eles encontraram mais vampiros.
Os dois homens moveram a cabeça solenemente. — Nada que não podíamos lidar, — Dirk disse.
— Muito bom. Fico contente em ouvir isso, — o almirante continuou. Ele desviou sua atenção para as mulheres. — Lanie, Bethany. Bom dia para vocês. Eu acredito que esteja tudo bem.
Elas concordaram com um movimento de cabeça.
Então ele direcionou sua atenção para Julia. — Bom dia, Julia.
Bethany notou a mudança sutil em seu tom e olhou quando ele começou a falar com sua nova assistente. Pareceu mais quente, mais intimo.
— Bom dia, Almirante. — Julia respondeu e pela primeira vez naquela manhã toda soou um pouco agitada.
— Chame-me de Charles, por favor. Eu sou aposentado agora e Almirante Winslow soa muito… formal. — Ele sorriu e Bethany achou que o interesse do almirante em sua nova assistente poderia ser mais que profissional. Julgando pela expressão contente no rosto dela, ela não achou que o interesse era unilateral.
— O que isto está fazendo aqui?
Perguntou Lanie distraindo Bethany que notou que ela estava olhando para a estátua.
— Oh, eu trouxe para dentro. — disse Julia. — Estava no meio da escrivaninha, tornando terrivelmente difícil trabalhar. Eu me perguntei se poderíamos encontrar um novo lugar para isto?
— Claro, — disse Lanie. — De fato, eu colocarei em outro lugar agora. — Ela levantou a estátua e saiu da cozinha.
— Julia, foi um prazer conhecer você, — Mac disse. — Se você me der licença?— Ela acenou a cabeça e ele virou para Dirk. — Nós terminaremos isso mais tarde.
Dirk também se afastou do balcão. — Julia, foi um prazer conhecer você. Beth. — Ele meneou a cabeça em despedida, deu ao almirante um olhar curioso, e então seguiu Mac para fora da cozinha.
— Nós devemos começar?— O almirante perguntou a Julia.
— Sim. — Ela se virou para Bethany. — Obrigado pelo café. Eu espero que nós tenhamos uma chance de conversar novamente em breve.
— Eu gostaria. — Bethany concordou com ela. Ela assistiu os dois pedirem licença e estava só mais uma vez. Lutando com uma sensação inexplicável de decepção, ela tornou a encher a xícara e voltou para seu quarto, onde seus pensamentos giraram em torno de Dirk Adams, como eles tendiam a fazer, muito frequentemente.
Ficar pensando nesse homem não estava fazendo bem para sua relação com Miles. O que ela precisava era uma chance de gastar mais tempo com seu noivo. Uma ideia a atingiu, ela se levantou para usar o telefone celular, pois não existia um telefone no quarto, e digitou o número.
— Eu não posso acreditar nisto, — Miles arreliou quando ele respondeu e ouviu-a verbalizar. — Seu guardião realmente está permitindo a você fazer um telefonema social?
Lembrando o modo violento que o Sr. Yarbro morreu e o olhar dos olhos do vampiro que quase a matou, Bethany teve um tempo para refletir, desprezando sua piada. — Eu sei que Dirk parece bastante rígido, mas ele me manteve segura.
— Ele o tem feito realmente?— Ele soou duvidoso. — Ou os ataques pararam e é por isso que você está segura?
Não querendo continuar esta linha de conversa, a qual só poderia levar a uma briga, ela contou até dez, lentamente. — A razão de eu ligar é porque eu pensei talvez que nós podíamos almoçar juntos.
Ela ouviu o som de digitação quando ele acessou sua agenda on-line. — Eu sinto muito, Bethany. Eu tenho de recusar, tenho reuniões a tarde toda. A última começa as seis e trinta hoje à noite.
Bethany se forçou a engolir sua decepção. — Certo. Alguma outra hora, então.
Ela estava há segundos de desligar o telefone quando ela o ouviu suspirar. — Não, espere. Eu quero ver você. Que tal jantar, sete e trinta? Eu farei reservas em Nicolette é confortável, mesa para dois?
Sete e trinta significava que seria noite já. — Talvez nós pudéssemos ir a algum outro lugar?
— Por quê? Eu pensei que você gostasse do Nicolette.
Frustrada, Bethany agitou o telefone em sua mão como ela gostaria de chacoalhar Miles. Então ela calmamente colocou o fone na orelha. — Eu posso, mas vai ser duro ter um jantar confortável para dois quando existirão três de nós. Dirk não vai deixar-me ir a qualquer lugar sem um guarda-costas.
— Eu estou certo de que o Sr. Adams não se importara de nos deixar ter uma mesa para nós dois enquanto ele se senta por perto. Afinal, seu trabalho é de vigiar você, não jantar com você.
Bethany teve que morder sua língua para não dizer que não era trabalho do Dirk fazer qualquer coisa, que ele não estava sendo pago. Ele a estava protegendo, correndo riscos nada pequenos para ele mesmo, por que… bem, ela não estava exatamente certa por que. Talvez tenha sido por um senso de obrigação ou dever. Talvez fosse algo mais.
Com precisão interpretando seu silêncio, Miles tentou novamente. — Bethany, eu prometo que eu estarei em meu melhor comportamento. Por favor, vamos jantar juntos. Eu me sinto como se não visse você há dias. Eu sinto sua falta.
Entretanto ela não podia deixar de sentir-se como se estivesse cometendo um erro, mas concordou. — Certo. Faça as reservas. Nós encontraremos você lá.
Miles desligou o telefone e uma parte dele ferveu. Bethany poderia estar cega para isto, mas ele identificou que a atenção de Dirk Adams ia além de simplesmente mantê-la segura. Era quase como se ele achasse que Bethany pertencesse a ele. O temperamento de Miles ferveu com a audácia do homem. Dirk Adams, por suas muitas ações, emitiram um desafio e enquanto Miles não poderia ser capaz de assegurar seu próprio território fisicamente, ele tinha seus próprios meios.
Ele levantou o telefone novamente e dentro de minutos ele estava conectado com o gerente do Nicolette. Não levou muito tempo para fazer as reservas e quando ele desligou o telefone, ele não pode deixar de emitir um sorriso que iluminou seu rosto. Ele sentiu suas mãos coçarem de antecipação e alegria.
Quando o sol se pôs logo depois de seis, Dirk já estava acordado e vestido. Ele sabia que mais cedo ou mais tarde, ele teria que enfrentar Beth novamente. Ele não se preocupou sobre se ela tentaria o evitar. Ele não iria dar uma chance, mas ele a envergonhou e a humilhou, por isso ele estava arrependido. No entanto, ele não podia perder seu tempo lamentando o que tinha feito. Até agora, a memória de seu corpo apertado contra seu o atormentava.
Ele se forçou a afastar isso de seus pensamentos e olhou a espada de Cavaleiro da Morte, pendurada em seu suporte. Ele não a levaria hoje à noite para o laboratório. Ao invés, ele levaria seu punhal menor e deixaria Mac levar a espada. Ele fez uma nota mental para pedir ao almirante que se ele tivesse uma chance contatasse seus parentes que vivem na Inglaterra. Aquela parte da família era descendente do ferreiro original que forjou a espada de Cavaleiro da Morte e não haviam discutido sobre a possibilidade de fazerem outra agora que existiam dois Changeling para esgrimi-las.
Dirk perguntou-se o quão difícil seria para fazer outra espada, ou se era até possível. Existia algo sobre a espada de Cavaleiro da Morte que a fazia sem igual. Dirk não acreditava em mágica, mas ele não tinha certeza de que outra forma poderia se explicar por que o emblema de olhos de vampiro gravado no lado do punhal brilhava quando um vampiro estava por perto. Ou por que a lâmina comum permanecia eternamente afiada e podia facilmente dividir a cabeça de um vampiro. Ou por que ele e Mac, que nunca usaram uma espada antes, podiam esgrimir esta com a habilidade de mestres espadachins.
Ele olhou para o punhal embainhado em sua mão. Não existia nada mágico sobre isso, mas no fim para lutar com um vampiro, era mais que adequado. Ele deslizou o punhal sobre seu cinto, puxando seu sobretudo, agarrou a espada de Cavaleiro da Morte, e dirigiu-se ao estúdio.
Lá, ele encontrou Beth que se sentava em uma das cadeiras de couro enorme do almirante, lendo. Ela olhou para cima e quando seus olhos se encontraram, a consciência intensa que surgiu entre eles era quase palpável e Dirk perguntou-se, novamente, o que tinha esta mulher que o fazia agir muito diferente dele mesmo. Até uma saudação simples o iludia.
Beth se recuperou primeiro, fechando o livro que ela estava lendo. — Oi. Você estava procurando por mim?
— Não.
— Oh.
Ele quis chutar ele mesmo por soar tão grosso. — O que eu quis dizer foi que eu não vim para o estúdio procurando por você, eu não sabia que você estava aqui. — Ele pausou e percebeu que ele não estava tornando a situação melhor. Finalmente, ele levantou a espada. — Eu vim colocar isto aqui.
Ele continuou através da sala, ciente de Beth em sua cadeira que o seguia com os olhos. Ele trabalhou na combinação para a fechadura e abriu a tampa de vidro pesada. Com cuidado e reverência especiais, ele fixou a espada no local do lado de dentro, admirando o modo que a luz de exibição refletia na prata e envolta de ônix.
— É linda.
Dirk olhou abaixo na mulher ao lado dele. — Sim, ela é.
Um toque rosa na bochecha de Beth mostrava constrangimento quando ela o olhou e então depressa olhou em torno da sala. — Todas estas armas são suas?
Dirk seguiu a direção dos olhos dela e a varredura graciosa de sua mão quando ela acenou para o conteúdo da sala. — Não. Todas pertencem ao almirante.
Ela olha de volta para a espada de Cavaleiro da Morte. — Esta é a espada que você usou na outra noite, não é?
— Sim, é.
— E onde você mantém a cruz de prata, as estacas de madeira, e a provisão de água benta?
Ele sorriu. Se ela estava brincando com ele, então ela não devia estar muito brava com ele. — Sabe, eu nunca tentei usar uma cruz ou água benta antes. Eu não tenho nenhuma ideia se eles funcionariam. Quanto às estacas, bem, eu levo algumas comigo, mas eu acho que a espada é uma arma muito mais ambientalmente segura.
Ela lutou com seu próprio sorriso. — Você não me parece exatamente como o tipo ambientalmente consciencioso.
— Eu os oculto profundamente— ele disse com uma seriedade e, desta vez, ela sorriu de verdade antes de mudar de assunto.
— Quanto tempo você vive aqui?
— Quase seis meses.
— E quanto ao Mac e a Lanie?
— O mesmo. — Ele pausou, tentando pensar sobre ele de sua perspectiva. — Eu acho que parece estranho para você, que todos nós trabalhamos e vivemos juntos.
Ela encolheu os ombros. — Dada sua linha particular do trabalho, para falar a verdade não. Eu penso que é bom. Vocês são como sua própria pequena família.
Família. Dirk nunca pensou sobre ele desse modo antes, mas ela estava certa. Já fazia muito tempo, desde que ele teve uma família, ele já tinha esquecido como era sentir isso — Sim, eu acho que nós somos. — Com medo da direção que a conversa os levaria, a lugares que ele preferia não ir, ele olhou seu relógio. — Já esta quase na hora do jantar, você está com fome? Nós podíamos ver o que temos na cozinha para comer. Ou podemos pegar algo a caminho do laboratório.
— Oh, não. Que horas são?— Ela agarrou seu pulso e girou-o assim ela poderia ver seu relógio enquanto ele olhava fixamente para ela em divertido.
— O que importa? Você esta atrasada para um encontro quente ou algo assim?
— De fato. — Ela o soltou quando se deu conta de que o estava tocando. — Nós estamos indo encontrar Miles para jantar.
Ele estava meneando a cabeça antes mesmo de ela terminar a frase. — Não. — Ela fez uma careta, mas ele recusou. — Não só não, mas inferno não.
— Ok. Vou perguntar ao Mac se pode me levar.
A ideia de que ela até consideraria perguntar ao Mac o irritou. — Mac está ocupado.
— Então eu irei por minha conta. — Ela olhou ao redor e andou alguns passos para fora do estúdio, deixando ele para permanecer com suas mãos cerradas em punhos.
Ele queria esmurrar algo, a porta, a parede... Ou o rosto de Miles. — Volte aqui, — ele gritou atrás dela. — Nós não estamos discutindo isto.
Ela não respondeu e Dirk ruidosamente amaldiçoou. Sabendo que ele não teria nenhuma escolha, ele deixou o estúdio e subiu para mudar de roupa. Iria ser uma noite longa, muito longa.
Quando Beth desceu vinte minutos mais tarde, Dirk estava esperando por ela no hall de entrada. Silenciosamente, ele gemeu e rezou para que todos aqueles severos anos de disciplina fossem suficiente pela noite.
Ela usava um vestido sob medida, a mesmo esmeralda-verde de seus olhos, e ele se ajustava tão perfeitamente, que nada de seu corpo ficava para a imaginação. A linha de divisão do decote levou seu olhar para baixo, numa trilha sedutora até desaparecer sob o tecido do vestido. Seus olhos se demoraram nos seios que estavam mais cheios do que ele esperava, tendo a visto apenas em jaleco e camisas enormes no laboratório. Sua cintura e quadris eram estreitos, apesar dela ser bem menor que ele, dava para ver suas pernas abaixo da bainha de seu vestido, elas eram longas, esbeltas e bem formadas.
Dirk ficou com a pulsação acelerada. — Você está estonteante. — ele disse quando ela o alcançou e ficou diante dele.
Ela deu a ele um sorriso nervoso, como não esperava o elogio, mas estava agradecida por isto. — Você parece muito bem também.
Enquanto ela estava se arrumando, ele voltou para seu quarto e substituiu a calça jeans preta, camiseta e sobretudo por um terno preto. O punhal ainda estava prezo em seu cinto, mas a jaqueta o escondia da vista.
Ele se moveu em direção à porta e a segurou para ela. — Nós podemos ir?
Do outro lado da cidade, Miles terminou com a papelada que verificava e olhou o relógio em sua escrivaninha. Ele precisava partir em alguns minutos a fim de encontrar Bethany. Hoje à noite Miles teria um prazer extra através da experiência de jantar. Nicolette não era o tipo de lugar que esperava ver um homem duro, bruto como Dirk Adams. O contraste entre Adams e ele mesmo seria total e Miles estava certo de que qualquer atração que Bethany poderia sentir em direção a Adams desapareceriam de sua face.
Miles assinou o documento diante dele, fechou a pasta de papéis, e colocou-a no canto de sua escrivaninha onde seu secretário encontraria isto pela manhã. Ele estava para se levantar quando a porta de repente se abriu e um homem entrou.
— O que você está fazendo aqui?— Miles perguntou quando partes iguais de medo e aborrecimento correram por ele.
— Eu achei que poderia ser bom se nós conversássemos. — Sua visita fechou a porta antes de cruzar a sala para se sentar em uma das cadeiras na frente da escrivaninha.
— Sobre o que? — Miles perguntou, embora ele achasse que ele sabia a resposta.
— Eu gostaria de discutir o progresso que você tem feito no trabalho que você está fazendo para mim, ou a falta de progresso.
Miles não era de ser normalmente intimidado, não obstante, se encontrou sentindo nervoso. Ele estava jogando do lado de fora de seu ambiente e ele soube disto. — Como eu já disse ao seu menino de recados, tivemos alguns contra tempos, mas nós devemos voltar à programação em breve.
— Que tipo de contra tempo?
— Houve vários ataques a minha noiva, o laboratório foi arrombado e está faltando um dos assistentes. Toda vez que algo assim acontece, naturalmente, interrompe o trabalho e nos põe atrasado. — Ele pausou, olhando o homem em frente a ele cuidadosamente. — Eu suponho que você não saberia qualquer coisa sobre estes ataques, certo?
— Eu? Não. Por que eu saberia qualquer coisa?
Miles deixou passar. Este cliente não era um usual representante dos bons costumes farmacêuticos ou algum agente da lei com o qual ele estava acostumado a lidar, ele não tinha nenhuma ideia do que esse homem era capaz. Querendo dar um fim na conversa, ele levantou. — Se isto é tudo, eu estou atrasado para um compromisso importante. Você vê, eu estou indo encontrar minha noiva no Nicolette para jantar hoje à noite.
— Está certo?— O outro homem sorriu educadamente quando ele retirou o telefone celular, mas ao contrário, não fez nenhum movimento para partir. — Eu temo que você tenha que faltar. Mas por favor, sinta-se livre para ligar e desculpar-se. E se você me der licença, enquanto você faz isto, eu tenho um telefonema para fazer.
Bethany não podia manter seus olhos afastados de Dirk, caminhando ao lado dela. Ele realmente parecia espetacular em suas roupas. Como Miles sempre dissera aquelas roupas faziam um homem, mas ele nunca se pareceu com isto, não importa o quão caras suas roupas fossem. Existia até uma graça fluida nos movimentos de Dirk que Bethany reconheceu nada tinha a ver com roupa e sim com o físico de atleta finamente afiado.
Enquanto eles se moviam através do estacionamento, ela arriscou outro olhar, só para se surpreender quando ele a encontrou observando-o. Agradecida pela escuridão que ajudou a esconder seu rubor, ela focou sua atenção no edifício em frente.
Nicolette era uma casa velha que tinha sido transformada em um restaurante. Era localizado em Georgetown, há alguma distância da estrada e cercada por árvores que davam uma sensação de isolamento. E intimidade. Seus pensamentos traiçoeiros retornaram ao homem ao lado dela e ela se sentiu muito ciente da mão de Dirk atrás dela, guiando-a à medida que eles caminhavam. Quando eles alcançaram a entrada do restaurante, seus nervos estavam em frangalhos.
O maitrê os olhou de cima quando eles caminham para o lado de dentro. — Senhorita Stavinoski, o quão bom é vê-la novamente, — ele disse. — Sr. Van Home nos ligou mais cedo e suas mesas estão prontas. Poderiam me acompanhar, por favor?
Eles foram levados a uma mesa confortável em um canto privado do restaurante.
— Eu sinto muito, — Bethany disse. — Deve haver algum engano. Esta mesa não parece grande suficiente para três.
O maitrê disse meramente sorrindo e gesticulado para outra mesa há uma pequena distância. — Sr. Van Home também teve esta aqui reservada.
Bethany sentiu um flash de aborrecimento quando ela percebeu o que Miles estava tentando fazer. — Isto é inaceitável— A mão de Dirk em seu braço parou suas palavras em meio ao protesto.
— Isto será bom, — ele disse. Ele a conduziu para um lado da mesa contornando deu a volta na mesa enquanto ele se sentava do lado oposto dela, um cintilar em seus olhos.
— Eu acredito que o Sr. Van Home reservou esta mesa para você, — disse o maitrê.
— Eu estou certo que ele fez, mas eu decidi me sentar aqui. Isto é um problema?
Seu tom deixou claro que o único problema seria se o homem tentasse discutir com ele, e o maitrê, olhando-o irritado, mas inteligente, ofereceu um sorriso aflito e chamou o garçom, que anotou seus pedidos de bebida.
Deixou-os só, Bethany olhou fixamente para Dirk — Você não gosta dele, não é?— Ela perguntou.
— Quem? O garçom?
Ela deu a ele um olhar. —Miles.
Ele levantou o cardápio e fingiu estuda-lo, mas ela se recusou deixar ele a ignorar. — Miles é um homem caloroso e atencioso. E ele é inteligente e sofisticado.
— Olhe. — Dirk dobrou o cardápio e direcionou o olhar para ela. — Nós já tivemos esta conversa. A verdade é: não, eu não gosto do sujeito. O Van Home tem muito dinheiro. E eu duvido que enquanto ele crescia tenha ficado sem uma única coisa que queria.
Algo no modo que ele falou as palavras disse a ela que sua infância não tinha sido das mais felizes. Ela quis perguntar a ele sobre isso quando seu telefone celular tocou. Procurando em sua bolsa, ela tirou o telefone.
— Alô?
— Bethany, é Miles. Eu sinto muito, minha querida. Eu não vou poder jantar hoje à noite. Algo inesperado surgiu. Negócios. Espero que você me perdoe.
— Oh. Você não pode adiar isto? Por favor?
— Eu temo que não. Não há nenhum modo. Você já está no restaurante?
— Sim.
— Você veio só?— Ele soou preocupado.
Ela olhou para cima, em Dirk. — Não.
Existiu uma pausa e ela ouviu o suspiro. — Eu preciso ir. Nós conversaremos mais tarde, certo?
— Certo. — Ela desligou o telefonema e colocou na bolsa. — Miles não poderá juntar-se a nós— ela disse a Dirk. — Você vê nosso garçom? Nós devíamos tentar cancelar nosso pedido.
— Por quê?
Sua pergunta a surpreendeu. — Bem, você não quer realmente ficar aqui e comer, quer?
— Você já comeu aqui antes?
— Sim, Miles gosta daqui, então nós viemos aqui frequentemente.
— A comida é boa?
— Bem, sim.
— Excelente, então eu não vejo problema algum. Nós temos que comer de qualquer maneira e nós já estamos aqui. Por que iríamos a algum outro lugar?
Ela deu a ele um olhar duvidoso. — Isto é um restaurante de fondue. Você não me parece como o tipo de homem que come muito fondue.
Ele encolheu os ombros. — Comida é comida. Eu tentarei isto e se nós não conseguirmos comida suficiente, pararemos pelo caminho e pegamos um hambúrguer a caminho de casa. Pode ser?
— Realmente, isto soa bem.
Isso fez com que ele levantasse uma sobrancelha. — Você é uma menina que come hambúrguer e fritas?
— Eu não posso dizer a você quanto tempo tem desde que eu realmente comi um hambúrguer realmente grande e quente com batatas fritas. Como Miles se recusa comer “uma coisa tão comum” como ele diz. — Ela encolheu os ombros, um pouco envergonhada por ter compartilhado isto. — Você conhece o que eles dizem prazeres simples para mentes simples.
Ele lhe dirigiu um olhar intenso. — Não existe nada simples sobre você, Beth.
Naquele momento, o garçom apareceu com suas bebidas e Dirk pediu uma seleção de carnes e legumes para dois. Quando eles estavam sós novamente, Bethany olhou ao redor para ter certeza de que ninguém estava dentro do alcance para escutar, e inclinando-se ligeiramente para frente disse:
— Me fale sobre vampiros. Nós não conseguimos uma chance de conversar ontem.
Dirk levantou uma sobrancelha. — O que você quer saber?
— Tudo. Comece do princípio. De onde eles vêm? Como você ficou envolvido? Pegar vampiros é algo que você faz indiretamente para a polícia? Quanto tempo você tem feito isto? O que?
— Wow, diminua a velocidade,— ele disse, rindo. — Primeira coisa. Eu não sei quanto tempo os vampiros tem estado por perto, exatamente, mas a espada que você viu mais cedo hoje foi forjada séculos atrás para matar eles, então eles devem ter estados ao redor por muito tempo. Aqui nos Estados Unidos, entretanto, eu não acho que tenham existido até seis meses atrás.
— Eu não entendo. Não é um cenário galinha e ovo? Você tem que ter pelo menos um vampiro para criar outro.
— Não necessariamente. Você já ouviu sobre El Chupacabra?
— Não, o que é isto?
— Era o nome da criatura que criou os vampiros que nós estamos lidando hoje.
Ela esperou ele continuar.
— Um ano atrás, eu não ouvia falar qualquer coisa sobre isso. O nome, El Chupacabra, é de origem espanhola. As cabras são a fonte de comida preferidas das criaturas, ou melhor, o sangue das cabras, porque chupacabras não vivem sem sangue. Até um ano atrás, eles eram considerados como pé grande: nada além do folclore ou contos da beira de fogo dos acampamentos. Houve até aparições, mas nada que poderia ser comprovado.
Ele olhou ela, talvez para ver como estava reagindo com sua história, mas ela manteve seu rosto em branco, esperando ele continuar.
— Aproximadamente há um ano, o governo dos Estados Unidos achou duas criaturas na Amazônia que eles acreditaram ser El Chupacabras. Eles chamaram um cientista para estuda-las, um criptozoologista, Dr. Clinton Weber, Pai da Lanie.
Ele tomou um gole de sua bebida antes de continuar. — Weber os estudou por vários meses e descobriu que estas criaturas tinham dentes ocos que eles injetam suas presas com veneno enquanto se alimentam como uma serpente faz. Weber pensou que o veneno poderia prevenir a coagulação do sangue enquanto o chupacabra está se alimentando. Enfim, uma vez que o animal morre fim da história. Isso não acontece com os humanos. O veneno tem um estranho efeito nas pessoas e quando o humano morre, o veneno de alguma maneira restabelece a vida do cadáver, e duas noites mais tarde a vítima se levanta como um vampiro.
Bethany permaneceu muito quieta, disposta a não perder nada do que Dirk estava contando. Ele obviamente tomou seu silêncio como uma aceitação e continuou.
— Das duas criaturas encontradas, uma era adulta e a outra era muito jovem. Mais ou menos seis meses atrás, o chupacabra adulto atacou e matou Dr. Weber e outro homem, Lance Burton. Naquela época, ninguém imaginava qualquer conexão sobre o chupacabra-vampiro, mas dois dias mais tarde, Dr. Weber e Burton voltaram, literalmente, dos mortos e mataram os membros restantes de sua equipe de pesquisa.
Bethany ofegou. — Que horrível. — Na sua mente ela viu uma imagem do Sr. Yarbro com o vampiro debruçado em cima dele, perto do tórax, dentes enterrados em seu pescoço. — Isto é o que tem estado atrás de mim? O pai de Lanie e este Lance Burton?
— Não, o Dr. Weber nunca foi uma ameaça. Burton, por outro lado, foi. — Ele pausou e parou um momento, Bethany pensou que ele não iria continuar. — Burton era um antigo SEAL, junto comigo e Mac. Em vida ele era psicopata, mas quando se tornou um vampiro ficou muito pior. Ele apresentou um plano para assassinar o Presidente e para fazer isto, ele precisou de ajuda. Então ele sequestrou o adulto chupacabra e o forçou a matar vários outros membros de nossos antigos homens de time do SEAL que tinham sido seus amigos. Deste modo, ele foi criando, seu próprio time especial de vampiros. O Mac e eu matamos todos menos dois deles seis meses atrás, inclusive Burton. Eu acredito que os dois que escaparam são os responsáveis pelos ataques a você.
Foram quase todas as informações que Bethany podia processar, mas existia uma pergunta acima de todas as outras que ela ainda queria respondida. — Por que eles me querem?
— Eu não estou certo. Eu acho que eles querem continuar de onde o Burton parou só que não existem pessoas o suficiente para empreenderem um ataque. Então eles planejam um ataque bioquímico. Guerra biológica. E eles precisam de um bioquímico.
Bethany ofegou. — O que? Isto é incrível.
— É a melhor teoria que eu tenho agora— Dirk disse.
— E, de todos os bioquímicos da área, eles fortuitamente me selecionaram?
O silêncio de Dirk causou um tremor nela. — Eu não fui fortuitamente escolhida?
Seu rosto estava horrível quando ele falou. — Eu fiz algumas investigações. Van Home não estava só alardeando quando ele disse que você era a melhor em seu campo, eu acredito que eles precisarão da melhor e sendo essa uma mulher. Eles estavam certos de ter um benefício. Provavelmente pensaram que você seria fácil de intimidar.
Enquanto Bethany digeriu isto, o garçom chegou com a comida. Assim que ele partiu, Dirk pegou sua comida e entregou a dela. — Eu não deixarei nada acontecer com você, ok? Agora, vamos tentar apreciar a comida.
Ele deu um gentil aperto em sua mão ao dizer isto. O gesto era para ter sido reconfortante, ainda assim enviou quentes calafrios em seus braços. Ela perguntou-se se o contato o afetou também, mas sua atenção estava focada na comida e nas panelas de queijo. Ele visualizou com um ceticismo óbvio.
Ela usou a oportunidade para estudá-lo enquanto ele fazia a tentativa de perfurar um cubo de pão e o imergir na panela mais próxima de fondue. Então ele colocou em sua boca.
— Não é ruim, — ele disse depois que comeu. Bethany sorriu. Ela sempre pensou que existia algo inerentemente feminino sobre comer fondue, mas Dirk fez isto com tal confiança masculina, que a deixou perguntando-se o que aquelas mãos podiam fazer em circunstâncias diferentes.
Ela levantou seu espeto e apunhalou um pedaço de vegetal, então molhou isto no queijo. Quando ela ergueu a comida para sua boca, ela sentiu Dirk olhar para ela. Ele a fez parecer tímida e se preocupar que tivesse queijo preso no canto de sua boca, ou algo assim, igualmente absurdo. Ela levantou seu guardanapo e o apertou em seus lábios, por via das dúvidas.
Em frente a ela, Dirk foi, mais uma vez, pegando outro pedaço de bife e sua atenção foi acompanhar a mão segurando o espeto. Era uma mão forte e larga, com veias aparecendo casualmente. Ela soube dos poucos tempos que ele a tocou que suas mãos eram ligeiramente ásperas, com calos, não lisas e suaves como as mãos de Miles eram. Seu olhar vagou para seu dedo polegar e ela perguntou-se se existia qualquer verdade para o conto das esposas velhas sobre o tamanho do dedo polegar do homem e o tamanho de seu...
— Você quer a minha carne?
Seus olhos voaram até seu rosto quando ela tentou decidir se ela o tinha ouvido corretamente. — Desculpe?
Houve uma centelha diabólica em seus olhos quando ele acenou seu espeto no ar, o pedaço de bife no fim que estava perto de gotejar queijo por todo lado. — Você estava olhando fixamente para meu bife aqui, então eu pensei que talvez você o quisesse.
— Não, obrigada. — Bethany murmurou, tentando decidir se seus comentários eram deliberadamente sugestivos ou se era sua própria imaginação depravada tendo liberdade para fazer o que quisesse. A comida que deveria ajudar enfocar seus pensamentos e atenção em seu noivo estava fazendo apenas o oposto.
Perdida em pensamentos, ela perfurou um pedaço de bife e colocou-o na boca, puxando o espeto lentamente quando sentiu o sabor... Saboreando. Em sua frente ela pensou que ouviu um gemido e quando ela olhou para cima, Dirk a estava observando com uma intensidade que cintilava através do espaço aberto entre eles. Causando uma excitação culpada ao pensar que ele poderia ser afetado pelas insinuações ela.
— O sabor está bom?— O estrondo baixo de sua voz rouca a atingiu, mexendo com seus sentidos.
Sentindo-se ousada, ela deu a ele um sorriso sedutor. — Sim. Suculento e espesso. — Ela enunciou as palavras lentamente, outra manobra em um jogo perigoso de tentação.
Ele levantou seu espeto com um pedaço de bife nele e aproximou-o da boca dela. — Deixe-me alimentar você com minha carne,— ele disse, direcionando o bife para seus lábios e então afastando ligeiramente, da mesma maneira quando ela abriu a boca para pegar. Na escuridão da sala, seus olhos pareceram empreender um brilho avermelhado e estranho.
A tensão começou a construir um buraco em seu estômago e sua respiração aumentou. Quando sirenes de advertência gritaram em sua cabeça que este jogo estava indo muito longe. Eles estavam perto de cruzar aquela linha invisível dividindo paquera de algo muito mais perigoso, e ainda assim ela não pode resistir afiando só um pouco mais.
Prendendo ambas as mãos ao redor do braço dele, ela trouxe o bife para sua boca e suavemente pegou isto, tomando seu tempo. Então ela puxou o espeto de dentro de sua boca, tirando-o lentamente antes de afasta-lo novamente.
Em frente a ela, os olhos do Dirk estavam colados em sua boca, hipnotizados por seus movimentos. Ele gemeu, largou o espeto, deslizou para fora da mesa, e desapareceu. Deixando Bethany saborear seu momento de triunfo.
Ele estava em grande dificuldade. Dirk sabia que nunca devia ter levado o jogo tão longe. Ele caminhou no banheiro e, vendo-o vazio, ligou a torneira, se aproximou e jogou água fria em seu rosto. Então colocou suas mãos contra a extremidade da pia e se debruçou adiante, olhando fixamente no fundo de seus olhos através do reflexo, onde ardiam seus olhos vermelhos fixos de volta a ele.
Quando sua respiração voltou quase ao normal e o vermelho em seus olhos enfraqueceu voltando para os azuis, ele enxugou seu rosto com uma toalha de papel e caminhou de volta para a mesa. Bethany olhou para cima quando ele se sentou, mas não disse uma palavra. Eles continuaram a comer em silêncio, só pedindo ocasionalmente algo na mesa para ser passado. Quando eles já haviam comido, Dirk pagou a conta, achando que quanto mais cedo eles estivessem fora daquele lugar, melhor.
Ele segurou a porta aberta para ela e eles fizeram seu caminho de volta para o estacionamento silenciosamente. Não foi até que estavam quase próximo ao seu SUV que Dirk percebeu que a sensação de desconforto que estava sentindo era por algo mais do que o que ocorreu do lado de dentro. Ele olhou em volta, notando o estacionamento vazio e o silêncio incomum.
Ele reagiu quando a primeira onda de vento o bateu, empurrando Bethany para um lado. — Corra!
O impacto com o vampiro batendo nele o jogou no chão e ele não teve tempo para pegar seu punhal. Caiu para o lado e ignorou a dor que o atingiu no quadril. Ele não teve tempo de atacar, mas livrou-se imediatamente dele. Usando o impulso do esforço rolou para o lado e então saltou sobre seus pés da mesma maneira que um segundo vampiro saltou em suas costas. Os dois não eram tão experientes em lutar como Dirk, mas sua força sobre-humana compensava a falta de habilidade.
Dirk tomou vários socos antes de poder puxar seu punhal e o fincar até o fundo no coração do primeiro atacante. Antes do vampiro cair no chão, Dirk se virou em direção ao segundo. Suas próprias emoções, já no limite, saíram de controle. Ele enrolou os lábios para dar ao vampiro um sorriso selvagem e viu os olhos da criatura alargarem em surpresa. A decisão de correr relampejou através do rosto do vampiro claramente. Como se estivesse escrito em uma página.
— Muito tarde. — Dirk tomou o passo largo que fechou a distância entre eles, agarrou a criatura pelo pescoço, e o empurrou adiante, sobre a lâmina de seu punhal, segurou no ângulo exato precisado para perfurar seu coração.
O grito rasgado de Bethany soou pelo ar da noite e o mandou em uma corrida para onde ele a viu desaparecer do lado da casa velha.
Bethany lutou com seu atacante com tudo que ela poderia, chutando seus pés e resistindo com seu corpo enquanto ele a arrastava para mais distante da segurança de Dirk. Algo molhado escorreu por seus braços e ela suspeitou que fosse sangue de onde suas unhas tinham arrancado um pedaço de carne.
Desespero e terror a consumiram, deixando um gosto amargo em sua boca. Ela não queria morrer assim. Ela gritou novamente e estava vagamente consciente de Dirk que corria em torno da casa, antes de seu atacante mudar e bloquear sua visão. — Dirk!— Ela gritou, acreditando que ele a ouviria. Eles só passaram pelo depósito do lixo quando de repente o vampiro a soltou, cambaleou e caiu para trás.
Então Dirk estava lá, entre ela e o vampiro, uma parede de proteção que enfrentava o inimigo. Bethany quis agarrar seu braço e fugir antes da criatura poder mata-los, mas ela estava congelada de medo. Dirk se moveu em direção ao vampiro e ela gritou para ele parar, mas ele não escutou. Ele puxou a criatura pela gola da camisa acertou a mão no rosto da criatura, atirando-a a vários metros de distancia.
— Dirk, vamos, — Bethany chamou de onde estava. Ela andou um passo involuntário na direção dele e ele deve tê-la ouvido, porque hesitou. Naquele momento, a criatura pulou para seus pés e atacou. Esticando os lábios para revelar os dentes pontudos, um branco perolado no luar, ele cravou sua boca contra o pescoço do Dirk.
Rugindo em raiva, ele rodou e agarrou a criatura, arrancando-o fora como se fosse um inseto e lançando o vampiro, que aterrissou atrás do depósito de lixo, longe da vista. Desta vez, quando Dirk seguiu a criatura, ela não o chamou de volta. Ela esperou, escutando os sons de luta que encheram o ar da noite. Desesperada, ela imaginou que mais vampiros espreitavam nas sombras, esperando para saltar sobre ela.
Ela considerou correr para ajudar, entretanto lembrou-se da lata de spray em sua bolsa. Ela puxou isto e segurou diante de si enquanto se moveu devagar em direção ao depósito de lixo. Cautelosamente, ela dobrou a esquina e todas as esperanças desapareceram.
O vampiro estava entre ela e Dirk. Ela começou a espreitar ao redor, buscando ver a criatura de um ângulo diferente. Naquele momento, ela ouviu o som da faca quando foi apunhalada no coração do vampiro. Foi acompanhado por um grunhido. Então, em câmara lenta, o vampiro escorregou para o chão e ela observou a queda em fascinação mórbida.
Estava terminado? Ela perguntou-se. Estava morto? Ela olhou para cima, precisando ver a certeza no rosto de Dirk, precisando saber que estava segura.
Com o peito arfando pelo esforço da luta, um punhal ensanguentado ainda prezo na mão, Dirk olhou fixamente para ela com olhos que ardiam uma luz vermelha antinatural e com lábios enrolando-se em um feroz grunhido, revelando duas prezas afiadas, branca perolada.
Ainda pego de surpresa agitado pela adrenalina da briga, Dirk levou um momento para perceber que Bethany estava olhando fixamente para ele com horror. Ele soube como ela deveria estar vendo-o, sem nenhuma diferença dos vampiros que a atacaram.
Ele fechou a boca, escondendo a visão de suas prezas, dispondo a metade vampira de sua natureza em submissão. Por vários longos segundos, ele pensou que seria capaz de salvar a situação, porque enquanto ele tinha lutado para controlar seu temperamento, Bethany não se moveu.
Não sabendo exatamente como reassegurar que tudo estava certo, ele deu um passo em direção a ela. Naquele momento, ela gritou e puxou o gatilho.
O spray bateu no rosto, queimando seus olhos, ofuscando sua visão temporariamente. Ele rugiu de dor e frustração, enxugando seus olhos quando ele tropeçou atrás dela, usando o som de seus passos e correndo, mais que visão, guiando ele. Não levou muito tempo para pegá-la e quando ele a agarrou em seus braços e a puxou fazendo-a parar, ele se movimentou para guardar o punhal.
— Bethany, pare de lutar comigo e me deixe te explicar.
— Por favor, não me machuque, — ela gemeu enquanto tentava se afastar.
— Oh, Beth, querida. Você esta quebrando meu coração. Eu nunca machucaria você. — Ela pensou nele como um monstro, como as pessoas que mataram seu guarda-costas, e o conhecimento disso o cortava mais eficazmente que qualquer lâmina de faca. Ainda assim, ele não podia corrigir essa impressão sem ter certeza que nenhum outro vampiro estava por perto.
Entretanto ela resistiu e ele a puxou contra seu corpo prendendo-a em seu abraço assim ela não podia se mover. Em vez de chutar ele, agora, ela tremia impotente em seus braços, gemendo e continuando a despedaça-lo.
Seus olhos doíam como o inferno, então ele os fechou enquanto ele descansava sua cabeça contra a dela. — Beth, fique quieta agora. Ninguém vai machucar você.
— Você é um vampiro. — A acusação terminou em uma voz sufocada.
— Não, eu não sou. Eu sou um Changeling: metade vampiro, isto é verdade, mas também metade humano. Eu não sou um morto vivo. Eu tenho uma consciência e uma alma. — Ele esperou para suas palavras fazerem efeito, esperando que ela acreditasse nele, sabendo que ela não faria. — Beth, como eu posso te provar que eu não machucarei você?
Ela se acalmou em seus braços. — Você pode me soltar.
— E se eu soltá-la, você me promete que não vai fugir?
Ela começou a movimentar sua cabeça e então parou. — Não.
Ele sentiu um puxão de um sorriso em seus lábios, apesar do quão preocupado ele estava. Mantendo seu tom de confiança, ele tentou argumentar. — Nós temos vários problemas aqui. Primeiro, eu não quero ninguém saindo do restaurante e vendo corpos por toda parte do estacionamento. Eles poderiam chamar a polícia e as coisas podiam ficar complicadas até que eu possa conseguir encontrar John. Segundo, eu não sei se aqueles vampiros que eu matei estão realmente mortos, então quanto mais cedo eu conseguir tirar os corpos daqui e dar fim neles corretamente, melhor. E finalmente, eu não sei se nós vimos o último dos vampiros aqui por hoje, então eu preciso conseguir um lugar seguro para você o mais rápido possível.
Ele esperou para ver se ela reagia por qualquer coisa que ele disse, mas ela permaneceu quieta e ainda em seus braços. Decidindo que ele não tinha nenhuma outra escolha, ele lentamente a deixou ir. Para seu crédito, ela aceitou e recuou um passo muito propositado, mas não saiu correndo. Até agora, ela não olhou para ele, não realmente, e ele ficou tenso, esperando por aquele momento. Finalmente, ela levantou seus olhos e ele soube que apesar do fato que suas prezas estarem recuadas e seus olhos retornaram a seu azul normal, ela ainda viu o vampiro.
Depois de hoje à noite, ela nunca o veria de qualquer outro modo. Ela provavelmente quereria sair da mansão e ir para longe dele, mas isso não significava que ele ainda não estaria lá, nas sombras, fazendo seu melhor para protegê-la de Harris e Patterson, pelo menos até que esta coisa inteira estivesse terminada. Depois disso ele não sabia. Talvez ele ainda estivesse lá, tentando pegar vislumbres dela, buscando o que seria suficiente para ele, mas sabendo que não seria.
Movendo-se lentamente, para não a alarmar, ele alcançou em seu bolso e retirou as chaves de seu SUV. Então ele as segurou e as entregou para ela. — Tome. Dirija você mesmo para casa, ou para onde quer que você queira ir, mas pelo amor de Deus, seja cuidadosa. Isto ainda não terminou e provavelmente existirão outros ataques.
— Como… como você sabe?
— Porque você ainda está aqui. Beth, eles não vão parar até que eles tenham você, ou até que eu mate todos eles. — Quando ela não se moveu, ele chacoalhou as chaves na frente dela. — Vá.
Indecisamente, ela alcançou e pegou-as dele. — E sobre os corpos?
— Eu chamarei Mac e o pedirei para me encontrar aqui.
Ela movimentou a cabeça e foi para longe dele na direção do SUV. Minutos mais tarde, ela saiu do estacionamento e foi embora.
O som da porta do restaurante se abrindo despertou Dirk de seus pensamentos e ele às pressas se abaixou ficando longe da vista, atrás do container de lixo onde um dos corpos estava caído. Ele afastou o corpo para mais longe, esperado pelos protetores mais jovens ir embora antes de recuperar os outros dois corpos.
Então, relutantemente, ele pegou seu telefone celular e ligou para Mac.
Com as mãos segurando firmemente o volante, ela prendeu a atenção na estrada, Bethany dirigiu, não prestando muita atenção para onde estava indo desde que estivesse longe do restaurante, longe de Dirk, e longe de vampiros. Agora mesmo, tudo que ela sentia era um entorpecimento, mas ela sabia que aquele medo e confusão espreitavam em baixo da superfície. Ela queria gritar e a tentação para seguir em viagem e continuar sem direção, deixando tudo, Dirk, Miles, o projeto de pesquisa e os vampiros para trás era grande.
— Controle-se Bethany. — A verbalização soou estranhamente alta dentro do veículo muito quieto e ela ligou o rádio. Uma canção de rock tocava, uma melodia familiar que a acalmou, afugentando o entorpecimento e o medo, permitindo ao seu cérebro funcionar novamente.
Ocorreu que enquanto ela tentava se adaptar a realidade de vampiros, existia uma parte dela que ainda estava em negação. Vendo os três hoje à noite quebraram aquela ilusão minúscula. Ela nunca tinha visto nada como eles antes. Sua força e velocidade até agora excediam as capacidades humanas e ela se perguntava como alguém possivelmente podia derrotar eles.
Não era surpreendente que o Sr. Yarbro havia falhado, apesar de ser forte e, presumivelmente, bem treinado na arte da luta e combate. A imagem de Frank, o segurança, passou em sua mente. Até Frank não teria chance contra eles. Nenhum humano poderia.
Bethany parou em um semáforo, e olhando fixamente em seu brilho vermelho, ela mais uma vez viu os olhos de Dirk olhando fixamente para os seus, preocupado e inseguro, mas não com malícia. Nunca com malícia, porque Dirk nunca a machucaria. Ela sabia disso com uma certeza inabalável. Desde o momento que ela o viu pela primeira vez, ele não fez nada além de protegê-la.
Ela pensou novamente no modo como que ele lutava com os vampiros, sua força e velocidade equiparam-se as deles. Fazia sentido, não? Seria possível alguém não humano o bastante para derrotar eles. Não humano o bastante, ou talvez metade humano e metade qualquer outra coisa?
Quando a luz mudou, Bethany recompôs sua mente. Ela foi para o acostamento ao lado da estrada e retornou. Quando ela estava próximo do restaurante, sua pulsação começou a acelerar. Ela esperava que não estivesse cometendo o maior engano de sua vida. Nesse caso, ela descobriria isso logo.
A princípio, ela não viu Dirk e os indícios de pânico começaram. Ele já partiu? Ou talvez fosse para dentro? Ela considerou estacionar o SUV, mas a memória de vampiros que a atacariam a deixavam sem ar. Ao invés, ela lentamente dirigiu em torno do estacionamento, finalmente indo à parte de trás do restaurante. Lá ela o encontrou parado próximo à linha das árvores.
Ela se aproximou dele e estacionou o SUV, desligando o motor. Ele estava no telefone.
Quando ela saiu e o enfrentou, ele abaixou o telefone da orelha, mas não desligou o telefone. Ele deu um olhar curioso, demonstrando partes iguais de confusão, preocupação, e, ela pensou, esperou.
— Eu não entendo tudo que está acontecendo, — ela disse a ele. — Eles me assustaram, muito. Vi coisas que diria ser impossível, e isto também me assusta. As únicas vezes que me senti segura ultimamente, foram quando estava com você, mas hoje, pela primeira vez, eu tive medo de você.
— Beth, eu...
Ela levantou a mão para silenciá-lo. — Eu pensei bastante enquanto dirigia de volta. Você poderia ter me matado muitas vezes ao longo dos últimos dias, mas você não o fez. Então, eu voltei. — Ela caminhou ao redor para o outro lado do SUV e abriu a porta do passageiro. Ela olhou para ele por cima do V formado pela porta e o para-brisa. — Como disse antes, não entendo tudo, mas eu acho que fico mais segura com você. — Ela olhou nas árvores atrás dele. — Você precisa de ajuda com os corpos?
— Não.
Ela movimentou a cabeça, mas não podia pensar sobre qualquer outra coisa para dizer, então ela caladamente subiu no SUV e fechou a porta.
Dirk olhou fixamente para ela, pasmo e muito aliviado. Lembrando-se do telefone, ele ergueu-o para sua orelha. — Esqueça a carona. Eu estou bem. Estarei aí em breve.
Ele olhou atrás para Bethany, metade com medo de ter imaginado que ela havia retornado, mas ela continuava sentada no SUV, esperando ele juntar-se a ela. Ele esperava que ela não mudasse de ideia quando ele começou a arrastar os corpos e os descartou.
Trabalhando depressa, ele levou cada um de onde havia colocado, atrás da linha das árvores. Para seu crédito, Bethany não fugiu. Ela se sentou ali, um impassível no rosto, olhos para frente, nunca virando a cabeça, nem uma única vez, até que ele finalmente terminou e subiu na SUV ao lado dela.
Seus olhos se encontraram brevemente e doía-lhe ver o lampejo de medo que passou por seus olhos. Ele quis dizer algo, mas não estava certo do que, então simplesmente pôs o carro em movimento para fora do estacionamento.
Eles dirigiram pouco mais de cinco minutos em silêncio quando ela finalmente o quebrou. — Aquelas coisas estão mortas? Eu quero dizer, eu sei que estavam mortos ou bastantes mortos vivos, não é como se referem a eles no cinema? Mas atrás no restaurante, você disse que não sabia se eles estavam realmente mortos, então… — Como se ela percebesse que estava vagueando, ela parou e respirou fundo. — Existe alguma chance que eles retornem e pulem sobre o banco traseiro atrás de nós?
— Eles estão tão mortos quanto eu poderia deixá-los, no momento. — Ele esperava que estivessem mortos o suficiente, pelo menos até que ele pudesse chegar a sua espada e cortar as cabeças. Até onde sabia essa era a única garantia.
Bethany esfregou sua fronte, mas Dirk sabia por experiência que nenhuma quantia de massagem faria a dor passar. No mais, o que ele podia fazer para ajudar era esperar até que ela estivesse pronta e então responderia suas perguntas. Ele não teve que esperar muito tempo para isso.
— Você disse que você é metade vampiro. Você nasceu daquele modo? Um de seus pais é…
— Um vampiro? — Ele terminou para ela quando ela pareceu hesitar. — Não. Eu nasci humano, mas lá atrás quando tudo isso começou, eu fui atacado pelo chupacabra adulto.
Ele ouviu seu suspiro. — Que horrível.
— Sim, foi. — Ele pensou que aquela noite seria muito longa. — Mac chegou lá antes de a criatura poder terminar, mas até então injetou muito veneno em minha circulação sanguínea que meu corpo reagiu. Transformou-me em um Changeling. — Ele hesitou para o comprimento de uma batida do coração e então continuou. — É disso que eles chamam aqueles que são como eu— Changeling.
— Existem mais de você?
— Só um que eu conheça: Mac.
— A mesma coisa aconteceu com ele, também? Ele foi atacado pelo chupacabra?
— Sim. De fato a pessoa que o salvou foi Lanie.
— Ela é…?
— Não. Ela ainda é humana.
Ela movimentou a cabeça devagar, tentando processar as informações. — Qual é o envolvimento do almirante com tudo isto?
— Até onde eu sei, seus antepassados costumavam encontrar Changeling, ajudando-os a adaptar-se, e ter certeza que eles tiveram o treinamento e equipamento para caçar os vampiros.
— Por equipamento, você quer dizer aquela espada que você me mostrou?
Ele movimentou a cabeça.
— Mas você não tinha a espada hoje à noite?— Ela lançou um olhar nervoso atrás do SUV. — Você tem certeza de que eles estão mortos?
— Eu acho que nós vamos ficar bem. Cortar suas cabeças usando a espada é a melhor maneira de ter certeza que estão mortos, mas este não é o único modo.
Ela olhou para a parte de trás do SUV novamente, mas Dirk podia dizer que ela não parecia tão nervosa quanto antes. — Então se a família do almirante tem feito isto por séculos, como fazem para não existir mais Changeling? Ou menos vampiros?
— Supostamente, todos os vampiros foram mortos, pelo menos aqui nos estados. Graças a Burton trazendo o chupacabra da Amazônia até D.C., que tudo mudou.
Ela ficou muda novamente, de forma que o único barulho ouvido dentro do carro era dos pneus na estrada. Finalmente, ela olhou para ele, uma expressão nervosa em seus olhos. — Você bebe sangue?
Ele quis sorrir, mas teve medo que ela pudesse interpretar mal sua expressão.
— Não. Um Changeling normalmente não almeja sangue e nós não precisamos dele para sobreviver. Existem certas circunstâncias, porém, que o sangue pode nos curar ou dar a nós força e vitalidade incomum. — Ela pareceu confusa, então ele explicou rapidamente. — Você vê, sangue que é livremente dado é como o néctar mais doce. É o presente de vida e nos enche com tanta energia e força, é como ser superalimentado ou algo assim, pelo menos, é isso o que Mac me disse. Ele tem tomado do sangue da Lanie várias vezes.
— Que tipo de circunstâncias?— Qualquer outro que tivesse perguntado, seria para especificamente poderem evitar achar eles mesmos em tal circunstância, mas Beth acabou soando curiosa. Afinal de contas, em base, ela era uma cientista.
— Bem, por exemplo, houve uma vez que Mac foi capturado por Burton. Ele foi severamente abatido, virtualmente morto. Lanie o deixou beber de seu sangue, assim ele podia conseguir sua força de volta e salvá-los.
Ela pareceu assustada novamente. — Isso frequentemente acontece?
— Até onde eu sei, ele só tomou seu sangue uma vez que teve necessidade. — Ele não pode resistir dando um sorriso lascivo. — As outras vezes, foram quando eles fizeram amor. Aparentemente, é bastante afrodisíaco.
O choque em seus olhos fez sua observação ousada, valer a pena. Ela se recuperou rapidamente. — Isso não a transforma em um vampiro? Ou um… um Changeling?
— Não. A mordida de um Changeling não parece afetar humanos. E vampiros só tornam humanos em vampiros se eles os matarem.
Dirk lançou outro olhar para ela e viu que em vez de assustada, ela apenas pareceu atordoada. Ele achou que era uma melhoria.
— O que mais é diferente sobre você?— Ela perguntou.
— Bem... — ele fingiu pensar— Eu tenho reflexo em um espelho, alho não me mata, embora eu ache o odor ofensivo. Não fico repentinamente em chamas quando saio no sol, mas preciso de óculos de sol porque luz brilhante machuca meus olhos. Eu também tenho um grande poder de visão durante a noite.
Ela permaneceu quieta, como se esperando ver se avia mais, então ele continuou. — Eu não morro durante o dia, mas a luz do dia me deixa estranhamente cansado, tanto que para mim é difícil funcionar enquanto o sol está claro. Do contrário, eu sou muito mais forte que eu era como um humano e podemos correr absurdamente rápido. Eu não posso voar ou saltar edifícios altos em um único salto e não posso me transformar em um morcego ou qualquer outra criatura.
Eles finalmente chegaram à mansão e Dirk estacionou. E os dirigiu para a porta da frente e parou, mas não desligou o motor. Ao invés, ele buzinou três vezes. — Vá para o lado de dentro, Beth. Mac e eu sabemos o que estamos fazendo. Você estará segura aqui na mansão. Você tem minha palavra.
Ela agarrou a maçaneta, entretanto parou. — Você não virá?
Ele agitou a cabeça. — Não ainda.
Naquele momento, a porta da frente se abriu e Mac saiu com a espada embreada em sua mão. Vendo isto, Bethany movimentou a cabeça e desceu do veículo.
— Lanie está lá dentro, esperando por você, — Mac disse para ela quando ele tomou seu lugar.
Bethany virou e dirigiu-se à porta da frente, muito ciente de dois conjuntos de olhos observando-a. Assim que ela estava do lado de dentro, ela ouviu o SUV partir.
À frente dela, a grande sala pareceu quente e agradável.
— Bethany!— Lanie dobrou a esquina e veio em direção a ela. — Você está bem?— Ela não deu a Bethany uma chance de responder, mas a puxou para a sala de estar onde elas se sentaram no sofá juntas. — Dirk telefonou e nos disse tudo sobre o ataque. — Ela deu a Bethany um olhar simpatizante. — E ele disse nos disse que você descobriu sobre ele, também.
Bethany agitou sua cabeça. — Eu não sei por que eu nunca notei isso antes, a menos que, sejam prezas retrateis?
— Não, — Lanie disse com uma risada. — Você devia ter notado Mac e Dirk quando suas prezas cresceram. Eles tiveram um tempo difícil até aprender o jeito certo de abrir suas bocas sem as prezas parecerem óbvias. Não conseguiam nem conversar. Até hoje, eles não sorriem muito.
Bethany movimentou a cabeça porque havia notado isso. — E sobre os olhos?
— Você quer dizer, o modo que eles ardem vermelhos? Eu não compreendi o que causou isto, mas normalmente acontece quando eles sentem fortes emoções.
Bethany lembrou na aparência estranha dos olhos de Dirk na mesa de jantar mais cedo nesta noite eles deixaram-na maravilhada. Ela afastou o pensamento antes de chegar a quaisquer conclusões erradas. Ao invés disso, ela se voltou para Lanie. — Eu sinto muito sobre seu pai.
Lanie deu um sorriso triste. — Obrigada.
— Ele ainda está… — Ela parou com medo de sua curiosidade estar sendo desagradável.
Lanie não pareceu se importar, entretanto. — Ele ainda está vivo— ou bastante quieto como morto vivo, até onde eu sei. Existe uma velha lenda sobre uma aldeia habitada por vampiros em algum lugar na Amazônia. Ele decidiu ir procurar por isto.
— Quando foi à última vez que você o viu?
— Antes de tudo isso começar.
— E você não soube dele desde então?
Lanie sorriu. — Não, mas ele tem tirado dinheiro de sua conta bancária. Eu deixei aberta. Ainda, sinto falta dele.
O coração de Bethany ficou tocado por ela. Ela reconheceu que a outra mulher havia perdido seu pai e um grande negócio e a fizeram perceber o quão sortuda ela era por que ambos seus pais estavam vivos. Só então, o reflexo de um movimento ao lado pegou sua atenção e ela girou para ver algo cinza amontoada perto da escrivaninha. — Eu não sabia que você tinha um cachorro,— ela comentou, perguntando-se por que ela não havia o visto na casa antes.
— Nós não temos. — Lanie levantou-se e caminhou para a escrivaninha onde ela levantou o pequeno animal e o trouxe com ela para o sofá.
Bethany olhou fixamente com assombro. Ela nunca viu qualquer coisa parecida. Era mesclado cinza, com uma cabeça redonda e um focinho ligeiramente comprido. Apoiados em duas pernas compridas e olhava fixamente para ela com enormes olhos vermelhos ardendo. Podia quase ser considerado bonito, com exceção de suas duas prezas afiadas como garras e a fila de barbatanas até suas costas.
— Esta é Gem, — Lanie disse. — Ela é um chupacabra.
Bethany olhou fixamente para a criatura pensando que, apesar de sua aparência estranha, ela já havia visto antes. Então ela lembrou. — Ela parece à estátua que eu vi Julia carregar hoje.
Lanie acariciou as costas da criatura. — Na verdade, ela é a estátua.
— Me desculpe?
O sorriso de Lanie se alargou. — Durante o dia, chupacabras se transformam em pedra.
Bethany olhou fixamente para ela, espantada. — Esta é a gárgula de pedra, que está sempre em frente à escrivaninha de Julia?
Lanie pareceu perturbada. — Sim. Não importa quantas vezes eu afugente a Gem da escrivaninha, ela sempre volta. Existe algo em Julia que ela gosta. Eu tento a fechar em meu quarto antes do sol nascer, mas ela tem uma propensão para escapar quando Mac volta para casa da caça porque me distraio e esqueço-me dela. — Ela ficou vermelha, lembrando Bethany que ela e Mac estavam recém-casados. Ela os viu juntos tempo suficiente para saber que eles eram muito apaixonados e uma parte dela invejava isto. Ela não podia ver ela e Miles dessa forma.
Naquele exato momento, ela ouviu os sons de Mac e Dirk conversando e soube que eles terminaram a tarefa que eles foram fazer.
— Eu acho que algo estava acontecendo, — Mac estava dizendo. — Tem de ser o vínculo.
— Talvez sim. Eu só não sou tenho certeza do que isso significa.
— Sim, você sabe.
Quando os homens apareceram, eles tiveram suas expressões igualmente sombrias em seus rostos. Os olhos de Dirk imediatamente buscaram os de Bethany e ela ofereceu a ele uma tentativa de sorriso para deixá-lo saber que ela não iria sair correndo. Vendo isto, o rosto de Dirk relaxou e embora seus lábios não tenham se separado, ele sorriu de volta.
Lanie levantou do sofá e foi até Mac. — Sobre o que você dois estavam conversando?
— Hoje à noite, Dirk e eu sentimos o vínculo— Mac disse.
— Você sentiu? — Lanie pareceu surpresa e depressa explicou para Bethany. — Um dos efeitos colaterais do veneno do chupacabra é que todo mundo atacado pela mesma criatura tem algum tipo de conexão psíquica que permite que sintam as emoções e pensamentos um do outro. Quando o adulto estava morrendo, o vínculo diminuiu e ficou tão fraco que se tornou quase inexistente. Nós assumimos que o significado é que o adulto chupacabra morreu.
Lanie olhou em ambos os homens e quando cada um assentiu Bethany viu quão atordoados eles ficaram. — Mas se vocês foram capazes de sentir as emoções e pensamentos um do outro, se o vínculo ainda está ativo… — Ela se aproximou de Mac e ele fechou seus braços ao redor ela. — Então ela está ainda viva.
— Quem está ainda viva?— Bethany se aventurou a perguntar. Mac e Lanie pareceram preocupados, então Bethany virou para Dirk, que respondeu a pergunta para ela.
— O chupacabra adulto. O que nós pensamos que estava morto.
— O que atacou você?
— Sim.
Bethany estudou Gem que rondava em torno da sala. Era duro para ela estar assustada com a pequena criatura quando os outros não estavam. Ainda assim, quando tentou imaginar uma criatura que parecia com Gem, mas maior, ela sentiu o sangue correr mais rápido em sua cabeça.
— Você sabe onde está?— Ela não gostou de pensar sobre uma criatura assim errante solta e matando pessoas.
— Nós achamos que sim.— Dirk disse.
— Onde?
— Aqui mesmo em Washington, D.C.
No final da manhã seguinte, Bethany despertou com um sentimento de completa exaustão. Ela não dormiu muito, apesar do calmante banho quente que havia tomado. Seus pensamentos giraram em sua cabeça como um turbilhão até que ela quis gritar. Nada mais parecia normal e ela queria desesperadamente sua vida calma de antes.
Indo para o andar de baixo, para a cozinha, ela encontrou Julia na cafeteira, servindo-se de uma xícara de café.
— Bom dia.— Bethany disse, entrando.
O rosto de Julia se iluminou quando ela a viu, fazendo Bethany se sentir bem-vinda.
— Bom dia. Você gostaria de tomar um café?
— Isso soa maravilhoso. — Bethany se sentou à mesa esperado por Julia encher sua xícara.
— Eu fico surpresa por ver você de pé tão cedo.
— Eu tive dificuldade em dormir.— ela admitiu, pegando a xícara que Julia ofereceu a ela. Ela tomou um gole, rezando para a cafeína agir rapidamente. — Obrigada. Eu precisava disto.
A expressão de Julia se tornou simpática. — Eu falei com Charles quando eu cheguei esta manhã. Ele mencionou que houve algum tipo de ataque a você ontem à noite. Absolutamente isso soou assustador.
— Foi. — ela admitiu. — Mas Dirk estava comigo. — Bethany ouviu o tom reverente em que ela verbalizou e rezou para que Julia não notasse. Infelizmente, ela notou e por vários segundos ela estudou rosto do Bethany.
— Ele parece como um homem jovem muito capaz. — ela finalmente disse.
Bethany não pode fazer nada além de sorrir na indicação de entendimento. — Ele é.
— Ele e Mac são bastante intimidadores. — Julia admitiu. — Eu não estou certa se eles me querem aqui.
A declaração pegou Bethany de surpresa. — Não, eu estou certa de que você está enganada. Todos são muito afeiçoados por você.
— Talvez. Por mais que eu faça, eu não consigo deixar de sentir como se alguém estivesse de propósito tentando tornar as coisas difíceis para mim. Por exemplo, eu tenho repetidamente perguntei sobre aquela estátua, que ainda que eu a mova, é colocada em minha escrivaninha, toda manhã ela está lá. — Julia olhou, agitando sua cabeça. — É tolo, eu sei. Eu devia parar de reclamar e simplesmente arrumar a situação. Ele que não é pesar todo tanto, mas é o princípio, sabe?
— Eu sinto muito, Julia. Eu não posso dizer a você por que a estátua está sempre lá. Eu gostaria, mas eu sei que todos aqui gostam de você e eu não acho que alguém esteja tentando ser malicioso.
Julia sorriu. — Eu espero que você esteja certa.
Bethany tomou outro gole de seu café. — Eu preciso ir ao laboratório hoje cedo.
Julia olhou em volta. — Oh, os outros estão lá em cima? Talvez eu devesse preparar o café da manhã.
— Não, não se aborreça. Eles ainda estão adormecidos e eu comerei algo pelo caminho.
Ela deu a Bethany um olhar preocupado. — Você está indo sozinha?
— Eu ficarei bem. — Bethany assegurou a ela, tomando um último gole de seu café antes de deixar a xícara vazia na pia. Não houve nenhum modo de explicar para a mulher por que durante o dia era possivelmente o único tempo seguro para ela estar só, então ela saiu da cozinha antes de Julia poder dizer outra palavra.
Quarenta e cinco minutos mais tarde, o táxi de Bethany parava na frente do edifício da Technologies Van Hom. Ela pagou ao motorista, desceu do carro e caminhou a passos largos, decidida, pelas portas da frente. Ela acenou a cabeça para o novo segurança, incapaz de bloquear a imagem de seu predecessor em sua mente e apressada seguiu para os elevadores. Pareceu bom estar fazendo algo de sua rotina novamente.
Ela gastou toda a manhã de trabalho no extrato da planta e quanto mais testes ela fazia, mais preocupada ela se tornava. Muitos aspectos da substância se assemelhavam aos narcóticos ilegais de rua e o sigilo de Miles a aborreceu mais. A única coisa que ela se recusava era fazer um estudo para algo ilegal.
Com medo do que Miles poderia tentar não atendê-la se ele soubesse por que ela queria o ver, ela não se aborreceu em ligar. Ao invés disso, tomou o elevador para o segundo andar onde seu escritório estava localizado. Sua secretária não estava em sua mesa e quando Bethany olhou no relógio, ela viu que já passavam das seis. Trabalhou tão duro, que ela não percebeu a hora passar. Para a maioria das pessoas o dia de trabalho estava terminado. Ela perguntou-se se Miles ainda estariam por perto.
Apressadamente se dirigiu para seu escritório, ela levantou a mão para bater, entretanto parou um instante quando encontrou a porta ligeiramente aberto. Vozes podiam ser ouvidas de dentro e ela percebeu que Miles não estava só.
Pensou em ir embora, mas a curiosidade levou a vantagem. Ela olhou ao redor para ter certeza que ninguém estava observando e então se aproximou da à porta.
— … Meu melhor pesquisador, se alguém pode analisar isto, ela pode, — Miles estava dizendo para um homem que Bethany não reconheceu. Ela não podia ver seu rosto, mas ele estava vestindo um terno verde-oliva caro. Olhar conservador, cabelo de corte curto, somente arruinado por sua cor vermelha alaranjada clara.
— Nós temos um cronograma para atender. — o homem disse, falando com um sotaque que soou áspero. Quando ele acenou com a mão no ar para dar ênfase, Bethany viu vários anéis de ouro em seus dedos. — Eu tenho compradores alinhados, mas se eu não puder entregar o produto, eles vão tornar a coisa bem feia.
— Não me ameace Santi, — Miles disse em um tom severo, frio que Bethany nunca o ouviu usar antes. — Eu entregarei o produto, da mesma maneira que eu disse que eu iria, mas eu não preciso de você ou seu chefe me hostilizando. Agora, se você me der licença, eu tenho trabalho fazer.
A duas bochechas de Bethany ficaram rosa, com medo dos homens a pegarem espiando, correu corredor abaixo, não parando até que ela estava segura no elevador, voltado para seu laboratório. Quando ela entrou no elevador, ela analisou a conversa em sua cabeça. A maior parte dos clientes da Van Home eram uma de duas companhias de droga de grupos ou o Departamento de Justiça. O visitante de Miles não parecia pertencer a qualquer um dos grupos. De fato, Bethany pensou que ele parecia com um traficante de droga e ela lutou para se convencer do contrário, mas não conseguia. A última coisa que ela queria acreditar era que Miles estava envolvido com traficantes de droga.
Harris despertou de sua soneca como ele normalmente fazia. Um momento, ele estava morto, desavisado. O próximo ele estava completamente consciente. Ele não subiu imediatamente, mas esperou pacientemente.
Apareceu finalmente, sentiu um vínculo suave sondando a distância, um sussurro simples em sua mente. Era a chupacabra adulto e que ela o tenha procurado desta vez não era uma vitória pequena.
Ele abriu sua mente para ela e sua fome bateu-lhe como uma força inesperada que atravessou por seu corpo. Se tivesse sido no seguro buraco de seu quarto, ele teria se dobrado a dor. Ela estava sofrendo de fome, mas seu medo de humanos, de ser pega, a mantinha longe da busca por comida.
Harris soube que ele tinha que a ajudar e ele formou uma imagem mental de um rancho que ele não achava longe da cidade. Ele viu ambos os gado e cabras lá, correndo desacompanhado em grande número nos pastos. Ele enviou a imagem para o chupacabra tão claramente quanto ele podia, pressentindo a alimentação da criatura pelo gado.
Ele soube o minuto que ela recebeu a imagem porque o vínculo cresceu lânguido quando a criatura virou seus pensamentos para encontrar a fazenda. Brevemente, Harris considerou ir lá ele mesmo a fim de capturá-la, mas descartou a ideia quase tão depressa quanto a formou. Não neste momento, ele pensou. Ele queria a criatura confiasse nele e isso teria de ser lentamente construído, com o passar do tempo. Ele somente esperava que ele tivesse esse tempo.
Bethany estava respirando quase normal quando ela chegou ao laboratório, mas seus pensamentos estavam ainda em tumulto. Ela estava tão chateada que ela não viu Dirk até que ela chocou-se contra ele.
— Você não vai sair sozinha por sua conta novamente— ele disse, prendendo ela pelos braços e a agitando-a. — Você está me ouvindo?
— O edifício inteiro pode ouvir você. — Ela olhou nele. — Você se importa?— Ela tentou se afastar furiosa com o modo que ele a maltratava, ainda inexplicavelmente contente por vê-lo.
— Eu não estou brincando, Beth. Só porque tem a luz do dia não significa que você esta segura. Estes Primes com os quais nós estamos lidando não são estúpidos, eles sabem que podem contratar ajuda para o dia, humanos que farão qualquer coisa por dinheiro. — A luz em seus olhos começou suavemente a arder. — Você tem que ser mais esperta que isto, Beth. E você tem que fazer o que eu digo.
O desafio queimava dentro dela, que queria defender suas ações, mas a verdade era que não pensou que os vampiros poderiam contratar humanos. Olhando fixamente em Dirk, ela percebeu o quão sério ele estava, o quão preocupado com ela. Ela se tornou muito ciente dele, estava tão próximo que ela sentiu o calor de seu corpo. O limpo odor amadeirado de seu sabonete ou loção pós-barba a cercaram até que sua respiração tornou-se totalmente cheia do cheiro dele. Seus braços queimando onde ele a segurava. Não de dor, mas das centenas de milhares de nervos que de repente despertaram por seu toque. Dirk, e tudo sobre ele, era um assalto aos seus sentidos.
Sua língua saiu para umedecer seus lábios de repente muito secos. A falta do fluxo da respiração de Dirk a fez olhar para cima em seus olhos e então sua própria respiração parou. Duas piscinas de larva derretida olhavam para ela, queimando-a, fazendo sua pulsação se acelerar.
Dirk deslizou uma mão por de braço para a parte de trás de sua cabeça onde ele enterrou seus dedos em seus cabelos. Com uma lentidão insuportável, ele se inclinou em direção a ela até que sua respiração tocou seus lábios. Algo bem no seu interior se misturava com fome e antecipação.
Parecia que eles ficaram ali parados por uma eternidade, tão próximos, mas sem realmente se tocarem. Então seus lábios romperam a fina barreira de ar que os separava.
O beijo não era puro, de boca fechada, como os beijos que Miles normalmente dera nela. Este era possessivo e exigente. Derrubou todas as suas defesas e não tomou nada em troca. Ela se debruçou nele e esqueceu tudo, exceto sentir seu corpo duro quente quando ele a segurou junto a ele.
Ela nunca experimentou qualquer coisa assim antes, embora uma parte dela argumentasse que não devia estar fazendo isso, a voz era muito fraca para ser ouvida acima de sua pulsação acelerada.
O barulho de um zumbido finalmente penetrou seu estado de atordoamento, uma intromissão indesejada. A princípio, ela tentou ignorá-lo, mas quando ele não foi embora o suficiente de sua mente consciente ela veio à tona, e ela reconheceu o som do temporizador do laboratório, apoiado na mesa, onde ela havia colocado mais cedo.
— Oh, não. — Bethany afastou seus lábios do de Dirk e num piscar de olhos, a realidade desabou sobre ela. Ela olhou fixamente para ele com horror e desta vez, quando ela tentou se afastar ele permitiu.
— Beth...
— Não. — Ela levantou uma mão para silenciá-lo e enquanto se afastava dele tentou pensar. O que ela tinha feito? Ela traiu Miles. Foi só um beijo, e ainda assim, se o temporizador não a parasse o que ela poderia ter feito?
Ela sentiu Dirk observando-a, sua preocupação óbvia, mas ela não podia olhar para ele. Quando suas costas encostaram contra o balcão do laboratório, ela girou ao redor pegando frascos e provetas, tentando focar no recentemente teste terminado, embora seus pensamentos estivessem extremamente confusos para algum pensamento coerente.
— Olhe Beth... — Dirk tentou novamente, mas ela o interrompeu.
— Deixe pra lá, não vamos fazer disto mais do que foi, certo? Foi só um beijo. Não quis dizer nada.
Ela não podia olhar para ele por medo que ele visse seus olhos e soubesse que ela mentia. Significava algo para ela. Mantendo-se de costas para ele, ela voltou a trabalhar. Só muito tempo depois dele ter ido embora, ela começou a relaxar.
Dirk observou Beth lutar para trabalhar, lutando com o desejo de se aproximar por trás, pelas costas pegá-la em seus braços e a beijar novamente. Beijá-la até que ela se esquecesse do trabalho, esquecesse sobre vampiros e esquecesse Miles. Se afastar dela foi umas das coisas mais difíceis que ele já havia feito, ele o fez.
Ele não quis beijá-la, mas sabia que mais cedo ou mais tarde aconteceria. A tentação vinha corroendo-o desde o momento que ele a viu pela primeira vez. Ele pensava que sentir o gosto dela suavizaria seu apetite, mas estava gravemente enganado. O que ele devia fazer agora, a coisa certa a fazer, seria chamar Mac para substituí-lo como guarda-costas de Beth.
Como inferno que ele iria fazer isso. Não que esperasse repetir o que acabou de acontecer. De fato, seria sortudo se ela falasse para ele fazer isso novamente. Existia um clima glacial no laboratório. Se perguntava se devia tentar conversar com ela ou não quando um fraco barulho de repente prendeu sua atenção.
— Que barulho foi este?
Beth olhou para ele, suas sobrancelhas enrugadas. — O que? Eu não ouvi nada.
Ele cruzou a sala para assim poder esperar na porta. Quando Beth abriu a boca para dizer algo, ele levantou sua mão para silenciá-la. Ele esperou para ver se ouvia o barulho novamente, mas os sons não se repetiam. Ainda assim ele soube o que haviam sido: tiros. Se ele fosse humano, ele não poderia ter ouvido qualquer coisa quatro andares abaixo.
Se ele descesse, sabia o que encontraria: o guarda caído morto, provavelmente com dois ferimentos de perfuração em seu pescoço. A diferença entre hoje e a primeira noite é que o guarda conseguiu apertar o gatilho da arma de fogo algumas vezes antes de encontrar seu fim.
Existia ainda outra diferença, também. Eles sabiam que Dirk estava aqui com Beth, protegendo-a e eles teriam trazido reforço suficiente.
— Desligue qualquer coisa que possa queimar ou explodir. — ele ordenou Beth, rapidamente arrancando sua atenção da porta para olhar para ela.
Ela hesitou só um momento enquanto ela estudou seu rosto e então se apressou pelo laboratório, fazendo como ele instruiu. Quando ela terminou, ela veio permanecer ao seu lado.
— Muito silêncio. — ele sussurrou quando ele a levou para a entrada. Perscrutando do lado de fora, ele esquadrinhou o corredor. Até agora, tudo estava quieto. Ele hesitou só um segundo e então saiu, fazendo com que ela o seguisse. Eles não deram mais do que alguns passos quando Dirk ouviu o som de passos que vinham das escadas.
Agarrando o braço de Beth, eles correram corredor abaixo na direção oposta, o importante era se movimentarem e correr. A última coisa ele queria fazer era voltar para o laboratório. Seria o primeiro lugar que os vampiros procurariam. Ele esquadrinhou pelo corredor procurando por suas opções e seu olhar achou o armário de utilidades.
Correndo para o armário, eles entraram e só tiveram tempo suficiente para puxar e fechar a porta, quando a porta das escadas se abriu e cinco vampiros caminharam pelo corredor. Dirk os observou da abertura da porta, rezando para que nenhuma das criaturas fosse esperta ou observadora o suficiente para notar que a porta estava ligeiramente entreaberta.
O armário era pequeno com espaço suficiente apenas para acomodar eles. Em outras circunstâncias, Dirk poderia ter se aproveitado do confinamento confortável. Beth estava com a respiração acelerada, arfando atrás dele e ele queria se virar, pegá-la em seus braços e confortá-la, mas ele não ousou tirar sua atenção do corredor.
Os vampiros vieram em direção a eles, movendo-se ruidosamente. Quando eles alcançaram a primeira porta para laboratório de Beth, eles foram para o lado de dentro. Não levaria muito tempo para perceberem que estava vazio e então eles começariam a procurar pelo edifício. Se eles abrissem o armário… Ele não quis pensar nisso. Eles teriam que fazer uma corrida enquanto os vampiros estavam ocupados.
Sem um segundo a perder, Dirk agarrou a mão de Beth e a puxou do armário e saíram para o corredor em direção ao elevador. Eles estavam quase lá quando um barulho anunciou a chegada do elevador. Dirk, pouco disposto a deixar um infeliz empregado no lugar errado no tempo errado para um destino cruel, esperou as portas se abrirem. Quando as portas se abriram, ele deu de cara com mais dois vampiros.
Dirk empurrou Bethany em direção às escadas pela porta. Com os dois vampiros logo atrás deles, não existia nenhum modo de correr mais que as sanguessugas. Olhando por cima da grade lateral e contando com a aterrissagem de três andares abaixo, Dirk tomou sua decisão.
— Segure-se. — Ele puxou Beth para si e a segurou com um braço feito ferro com o outro os impulsionou sobre a grade.
O grito reverberado de Beth estrondou para fora das paredes quando eles caíram ao nível da rua, o ar passando por eles. Dirk absorveu o choque da queda com suas pernas e depressa partiu puxando-a em direção à porta de saída. O som da aterrissagem de dois vampiros atrás dele o parou em seu caminho.
Empurrando Bethany para o lado, ele agarrou o extintor de incêndio da parede e voltou para trás junto com o primeiro vampiro caído. Dirk quebrou o objeto no rosto da criatura, amassando a caixa de lata fazendo a espuma branca para vazar diante deles. Os olhos do vampiro se fecharam quando o corpo começou a amassar, Dirk estava agarrando seu punhal com a mão livre. Um estalido rápido de seu pulso enviou o punhal voando sobre o tórax da segunda criatura. Sua pontaria era certeira e o segundo vampiro ficou suspenso no ar por um momento antes disso, e também, caiu por terra.
Lançando o extintor de lado, Dirk agarrou Bethany pelo braço, empurrando a porta de saída e juntos eles saíram correndo.
Ele nunca viu o punho que o atingiu. Num segundo eles estavam correndo e no seguinte ele estava sendo arremessado para o lado do edifício com tal força que quando colidiu contra a parede ela se rachou.
Ele caiu no chão, atordoado e sem fôlego. Sua visão se desvaneceu em preto, com exceção da luz branca relampejando em baixo de suas pálpebras fechadas. Quase como se viesse de uma grande distância, ele ouviu o grito de Beth, entretanto não estava certo que pudesse ajudar, ele colocou as duas mãos apoiadas no chão e se levantou.
Estava há uma pequena distância de Bethany. Ela estava sendo levada por dois vampiros e lutava, lutava com os demônios do inferno que eles eram.
Ele correu atrás deles, chegando até não muito longe da garagem de estacionamento. Agarrando o primeiro vampiro pelo ombro, ele o arremessou a distância com o punho no rosto da criatura, com força suficiente para o vampiro cambalear para trás, tropeçar e cair. Antes mesmo do corpo bater no chão, Dirk agarrou o braço de Beth e a puxou das mãos do outro vampiro, ao mesmo tempo acertou com seu punho no rosto da criatura da melhor maneira que podia. O vampiro afundou como uma pedra.
— Você está bem?— Ele podia dizer que ela estava assustada e queria tranquiliza-la, mas naquele momento, ele ouviu o som da porta de incêndio sendo aberta. — Vamos, — ele gritou para Beth, puxando-a junto atrás dele quando correu apressado em direção à garagem onde o SUV estava estacionado. Se eles pudessem chegar ao carro antes dos outros os alcançarem, eles poderiam sobreviver à noite.
Dentro da garagem, Dirk os guiou em direção ao elevador. Sem sinal ainda de seus perseguidores, eles caminharam para dentro.
Enquanto procurava por suas chaves ele sentiu Beth estremecer ao seu lado.
— Meu carro esta logo à frente à direita, — ele tentou acalmá-la. — Assim que as portas se abrirem, corra para o carro.
— Eles ainda estão ai fora, não é?— Sua voz era fraca, pouco mais que um sussurro.
— Sim, eles estão. — Ele não iria mentir para ela. — Mas nós temos uma pequena vantagem. Eles não sabem exatamente em que andar nós estamos.
Ela olhou para cima, seus olhos arregalados com medo. — Existem tantos que, você não pode lutar com todos eles.
Ele queria dizer a ela que tudo ficaria bem, mas já que ele não podia garantir isto, ele fez a única promessa que ele podia. — Se eles quiserem você, terão que passar por mim primeiro.
Só então, o elevador diminuiu a velocidade, parou e as portas se abriram. Dirk saiu esquadrinhando a área. Até então, nenhum sinal dos vampiros, mas ele sabia que eles estavam por perto. Os cabelos atrás de seu pescoço arrepiando com a antecipação de sua chegada. — Corra para o carro.
Ele a espreitou, desativando as fechaduras ao mesmo tempo em que ela alcançou a porta do passageiro e subiu no carro. Ele só tinha aberto sua porta quando ouviu o som de pés correndo nas escadas.
Subindo no banco do motorista, ele fechou a porta e travou as fechaduras. Então ligou o motor, colocou o SUV em movimento, na direção contraria, olhando por cima, pela janela traseira, ele viu os vampiros surgirem nas escadas. Eles estiveram bem perto, foram rápidos e Dirk às pressas trocou de marcha e travou o pé no acelerador. O SUV disparou em velocidade.
Ele não fez nenhum esforço para guiar em torno do estacionamento.
Vários das criaturas avançaram para a saída. Um, porém, saltou no veículo quando Dirk acelerou e ouviu o baque quando a criatura passou sem tocar o capô e caiu sobre o teto.
Não tiveram tempo para se preocupar com o passageiro indesejado, então Dirk se concentrou em sair da garagem tão rapidamente quanto possível.
Alcançando a saída, Dirk pisou no freio e girou o volante, fazendo a curva praticamente em dois pneus. A rampa de saída para o próximo nível estava à frente, do lado oposto. Esquadrinhando a área para ver se havia algum humano errante, agradecido por não haver nenhum, Dirk acelerou e quando alcançou à rampa, ele pegou-a sem diminuir a velocidade.
Quando chegaram ao andar de baixo, estavam em alta velocidade, tão rápidos que Dirk pensou que eles não tiveram uma batida por sorte. Ele colocou sua atenção inteira em dirigir.
Eles estavam no terceiro andar, e precisavam alcançar a próxima rampa quando ele ouviu o grito de pneus. Então um carro preto grande apareceu atrás deles e depressa começou a fechar a distância entre eles.
Do canto de seu olho, ele viu Beth olhar de volta acima de seu ombro. Então ela virou e gritou para ele. — Eles estão nos perseguindo, em um carro. — Ela soou atordoada. — Eu não pensei que eles pudessem dirigir.
— Sim? Bem, advinha?— Eles alcançaram a rampa, apenas diminuindo a velocidade o suficiente para fazer a curva para o andar de baixo.
Eles entraram no segundo andar e o carro preto se aproximava deles. Quando o carro aproximou o suficiente, ele se jogou na traseira da SUV e Dirk lutou para controlar a direção. Acima dele, ele ouviu os sons, lembrando-se que um vampiro estava agarrado no teto. Dirk soube que ele precisava fazer algo rapidamente. Pensando e dirigindo para sair desta situação.
— Segure-se. — Ele pisou no acelerador e jogou o carro pra frente. A pequena distância que Dirk e Beth atingiram logo foi perdida quando o carro preto também acelerou. — É isso mesmo, imbecil. Não nos perca— Dirk murmurou.
O SUV correu através da rampa numa velocidade perigosamente alta. Dirk segurou o volante mais firmemente quando lutou para controlar o SUV quando fez a curva fechada. Atrás deles veio o barulho dos pneus rangendo seguido pelo do metal arranhando ao longo do concreto quando o carro de seus perseguidores bateu na parede.
Mas eles continuaram vindo.
O SUV chegou ao nível da rua e Dirk apenas conseguiu endireitar a roda antes de quase colidirem numa coluna de suporte.
Os vampiros não foram tão sortudos quanto Dirk e Beth, ao alcançarem a curva, ouviram com satisfação o ruído de metal quando o carro preto desgovernado colidiu na mesma coluna de suporte que Dirk conseguiu evitar.
Dirk não diminuir a velocidade. A saída estava bem na frente deles, eles já estavam quase chegando lá quando outro carro preto, semelhante ao primeiro, de repente apareceu bloqueando sua fuga.
Bethany ofegou. Eles estavam presos e ainda por cima SUV ia colidir adiante, Dirk aparentemente não viu o problema. — Dirk, — ela gritou, se preparando para a colisão inevitável. — Nós estamos indo para...
No último segundo, Dirk desviou e o SUV disparou para o portão de entrada. Houve quatro explosões, tiros afiados a caminho dos seus pneus, mas Dirk manteve a direção, virando sobre a rua.
Bethany lançou um olhar nervoso para o retrovisor fora da janela, com muito medo de soltar o suporte ao qual ela estava se segurando. — Eu não vejo ninguém mais atrás de nós. Talvez nós os perdêssemos. — Sua garganta estava seca e suas palavras soaram ásperas.
— Ainda não. Apoie seus pés contra o painel... E aperte seu cinto de segurança.
Cautelosa, ela fez o que foi instruída. Dirk pisou no freio e ela balançou para frente, mas o cinto de segurança e seus pés apoiados a mantiveram firme contra a colisão com para-brisa. Dirk lutou para controlar a direção quando o SUV começou a se firmar, os pneus cantaram através do asfalto enchendo o silêncio da noite. Então Bethany ouviu o som de algo grande batendo o capuz.
Ela olhou em cima na hora exata para ver o salto de um vampiro fora do capuz e desaparecer debaixo na frente do veículo, que levantou com uma pancada de velocidade, mas continuo em frente.
Ela congelou quando se lembrou do vampiro no teto. Sabia que seus olhos deviam estar tão redondos quanto pires quando ela olhou fixamente para Dirk com horror. — Ele… esta… morto?
Sua expressão era solene quando ele se concentrou na estrada. — Nós deveríamos nos preocupar?— Ele continuou a dirigir por mais outros dois quarteirões, diminuindo gradualmente a velocidade do SUV até que ele pode virar o suficiente para entrar e parar num estacionamento moderadamente cheio de uma boate.
Ele não andou muito pelo estacionamento, deixando o carro quando encontrou ao longo do edifício uma vaga. — Você está bem?
Ela movimentou a cabeça afirmativamente. — Um pouco agitada, mas na maior parte, sim, estou bem. E você?
— Sim. Vamos. — Ele soltou seu cinto de segurança e saiu do SUV. Bethany hesitou um momento e então o seguiu. Ela nervosamente olhou ao redor, esperando vampiros para saltar sobre eles, mas com exceção de um ou dois, humanos, que encabeçavam no bar, eles estavam sós.
Ela se apressou em torno do veículo para aguardar Dirk, que estava conversando em seu telefone celular.
— Eles bateram no laboratório novamente. Sim, nós estamos bem, no momento. — Ele olhou o nome perto do sinal. — Nós estamos na boate Escura Aveludada. Certo. Até mais, então.
— Mac está a caminho, — ele disse a ela, desligando o telefone. — Levará aproximadamente uma hora para chegar aqui.
O pânico tomou conta de Bethany. — O que nós faremos até então? Nós não podemos só esperar aqui fora.
Dirk estudou seu rosto por um momento e ela pensou ver um abrandamento leve de sua expressão antes dele virar a cabeça para fazer uma varredura da área. Então ele olhou de volta para ela.
— O que acha de uma bebida?
Ela olhou nervosamente para o bar, cética de sua aparência decadente, e imaginou o tipo de clientes que o lugar atraia. — Eu não sei. Nós poderíamos ficar mais seguros com os vampiros, — ela murmurou. — Talvez nós devêssemos esperar aqui por Mac. — Ela esfregou as mãos para cima e para baixo em seus braços, tentando afastar o frio da noite e o medo.
— Eh, está certa. — Seu tom simpatizante foi um bálsamo para seus nervos em frangalhos e quando ele se aproximou, ela o deixou fechar seus braços ao redor sua cintura e apoio sua cabeça contra seu tórax. Ele a fez se sentir segura e foi somente neste momento que ela percebeu o quanto realmente estava assustada.
— Eles nunca vão desistir. — Ela lutou contra as lágrimas que arderam em seus olhos.
— Eles irão, eventualmente.
— Não. — Ela agitou sua cabeça. — Eles só continuarão atacando é o que fazem todo o tempo, outra pessoa morrerá. Outro guarda, outra vítima inocente. E é tudo minha culpa. — Seus braços se apertaram ao redor. — Eu não poderia suportar se algo acontecesse com você. — Ela apenas balbuciou as palavras, mas ele as ouviu de qualquer maneira.
— Beth?— Quando ela recusou encontrar seus olhos, ele pôs seu dedo debaixo de seu queixo e levantou seu rosto. — Sua segurança é a coisa mais importante para mim. Eu farei qualquer coisa para manter você segura. Mas se algo acontecer a mim, não será sua culpa, certo? Nada disso é sua culpa. Entendeu?
Ela olhou em seus olhos, perdendo-se em suas profundezas, procurando por respostas para perguntas que ela não sabia se tinha. Quando eles começaram a arder com a estranha luz interna vermelha, ela soube que nenhum deles estava mais pensando sobre vampiros.
Ela quis sentir seus lábios em sua boca e tentou usar a força de seu próprio desejo para fazer ele a beijar. Seus peitos se arquearam pesados e onde seus corpos se tocaram, chamas pareciam se acender. A luz em seus olhos aumentou, ficou brilhante, como um inferno, uma evidência de sua própria emoção, ela sentiu-se consumida por seu calor.
— Não olhe para mim assim, — ele implorou com uma voz rouca de desejo. — Nós já estamos caminhando em uma linha estreita aqui e eu estou perto de não dar a mínima para o fato de você estar comprometida com outra pessoa.
Ele a soltou de seus braços e caminhou para longe dela. Bethany lutou para manter a compostura. Ele estava certo, mas isso não a fez se sentir melhor por sua rejeição.
— Vamos para dentro, — ele sugeriu depois de um minuto. — Eu acho que nós poderíamos ambos tomar uma bebida.
Dentro do bar, Dirk fez os pedidos e então achou uma mesa para eles, tranquila, boa e atrás, onde eles podiam se sentar e esperar. O barulho no lugar os impediu de conversar, então eles se sentaram em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Nenhum deles fez esforço para reacender o que começou lá fora, o que estava mais do que bem porque Bethany estava mais confusa do que nunca sobre seus sentimentos por Dirk e Miles.
Quando Mac chegou quarenta e cinco minutos mais tarde, ela ficou contente por partir, e quando eles finalmente voltaram para a mansão, foi imediatamente para seu quarto onde deslizou gratamente na cama e caiu em um exausto sono.
Dirk acordou naquela noite quando o sol começava a ser pôr. O sono do dia não o deixou com mais bom humor do que ele estava quando foi para a cama mais cedo, e saber que Miles Van Home tinha sido convidado para o jantar acabou por deixá-lo muito pior.
Durante o jantar infinitamente longo, ele quietamente se sentou, respondendo só as perguntas dirigidas a ele e ignorando o resto do bate-papo sem animo. Muito frequentemente, seu olhar, assim como seus pensamentos, vagueavam para a pessoa sentada a sua frente.
Ela não tinha nenhuma ideia do quão próximo ele esteve de leva-la para a parte detrás de sua SUV. Ele a quis com a luxúria dos hormônios acumulados de um adolescente. E ele não achava que fazer amor uma vez ia ser suficiente. Era melhor não saber o gosto dela de forma nenhuma, do que saber o que Miles podia desfrutar sempre que quisesse.
O pensamento do noivo de Beth o queimou com uma ira impotente e ele odiou ter o homem lá na casa do almirante, sentando próximo a sua mulher... Não sua mulher, Dirk se obrigou a corrigir.
Respirando fundo, ele voltou sua atenção para a mesa de jantar e suportou o resto da refeição. Finalmente, o grupo terminou e retirou-se para a sala de estar para as bebidas. Se Dirk pensou que ele estava desconfortável durante o jantar, não era nada comparado à sensação que ele sentiu sentando sozinho em uma poltrona, enquanto todos os outros, proposital ou por acaso, formaram pares. Mac sentado no braço da cadeira de Lanie, o almirante e Julia se sentaram juntos no sofá, e Miles e Bethany se sentaram no assento de amor ao lado.
— Charles, o jantar estava delicioso. — Miles disse.
— Sim, estava, mas eu não tive nada a ver com isto. Julia fez todos os arranjos para mim— o almirante respondeu, dando um sorriso orgulhoso para a mulher que estava ao lado dele.
Com um sorriso radiante Julia disse. — Não foi nada, realmente.
Os outros também expressaram sua apreciação sobre a refeição, fazendo a mulher corar delicadamente e Dirk não ficou surpreendido quando o almirante estendeu a mão e apertou a dela carinhosamente. Ele e Mac trocaram olhares significativos. Foi a primeira vez que desde que eles conheceram o almirante que ele demonstrou interesse por alguém. Dirk pensou que poderia ser uma boa ideia gastar um pouco de tempo extra para conhecer a mulher que tinha captado a atenção de seu mentor.
Quando a conversa atingiu outra calmaria, Miles pigarreou, atraindo a atenção de todos os olhos para ele. — Como vocês devem saber, amanhã é a cerimônia de entrega do Premio Rod O’Connor. — Ele passou um braço sobre os ombros de Bethany e a abraçou. — Vocês estão todos convidados.
— Eu temo que isso não seja possível— Dirk disse. — Nenhum de nós estará lá, inclusive Beth. — Ele olhou para ela, sentindo-se como um idiota, mas esperando que ela entendesse assim que ele explicasse. — Eu sei que isto é uma grande honra para você, Beth, mas seria extremamente perigoso para você participar dessa cerimônia.
— Por quê?— Miles soou indignado.
— Porque todo mundo estará esperando que ela apareça, — Dirk explicou. — Ela será um alvo fácil e eu não estou disposto a arriscar sua segurança por causa de um prêmio. — Ele olhou Miles. — Você está?
Miles teve a decência de parecer envergonhado. — Não, claro que não eu nunca a colocaria em perigo. — Ele se virou para Bethany e seu rosto suavizou. — Eu sinto muito, minha querida. Eu suponho que eles estão certos, é muito perigoso. Se você quiser eu poderia ir para a cerimônia e receberei o prêmio em seu favor.
Dirk viu a decepção em seus olhos quando ela relutantemente concordou com Miles e ele prometeu que de alguma forma ele faria algo por ela.
Com o assunto da formalidade de lado, a conversa retornou ao comum tagarelar que Dirk odiou mais ainda. Depois de escutar pelo que lhe pareceu uma eternidade, ele finalmente levantou-se.
— Se vocês me dão licença, eu tenho trabalho fazer. Julia, a refeição estava espetacular. — Ele deu ao outros um curto aceno de cabeça e então deixou seu olhar vagar para de Bethany. — Eu sinto muito, Beth. Eu espero que você entenda por que eu não posso permitir que você vá à cerimônia.
Ela assentiu com a cabeça, embora a decepção se mostrasse em seus olhos. Sabendo que não existia nada que ele podia fazer a respeito, ele virou e saiu da sala.
Bethany assistiu Dirk partir e perguntou-se onde ele estava indo. Ele não conversou muito durante refeição e ela teve a impressão que ele não queria estar lá. Bem, ela podia entender isto. Até ela estava desejando que a noite terminasse logo. Ela tinha estado em clima de tanta tensão ultimamente que ela acabou querendo uma chance de relaxar. Dando um suspiro mudo, ela perguntou-se quando Miles iria para casa.
Olhando para ele, ela percebeu que iria ser uma noite longa. Quando Miles e o almirante se aventuraram sobre o tópico de investimentos financeiros, ambos os homens estavam em seu campo. Bethany se debruçou contra o sofá e mesmo achando o tópico extremamente chato, escutou educadamente.
Depois de mais de uma hora, Bethany ouviu um pequeno barulho através da sala. Examinando, ela viu Lanie abafando um bocejo que poderia não ter sido totalmente autêntico. — Oh, me desculpem — Lanie disse. — Eu não percebi o quão cansada estava.
— Oh, querida. — Miles de uma olhada para seu relógio. — Está tarde, eu sinto muito ter mantido você. — Ele sorriu para eles indulgentemente. — Eu continuo esquecendo que não é todo mundo que é a coruja da noite como eu sou.
Bethany teve que engolir seu sorriso, agradecida quando o almirante chamou a atenção para ele se levantando. — Miles foi bem termos você conosco— ele disse.
— Obrigado, Charles, por me convidar.
Bethany permitiu Miles a puxar para próximo de si e então o seguiu com submissão junto com o Almirante Winslow acompanhando Miles até a porta. Lá, ele fez sua despedida e deixou-os sós.
— Eu ligo para você amanhã, ok?— Miles disse com suas mãos em seus ombros.
Ela assentiu com a cabeça.
— E não se preocupe quanto ao laboratório— ele continuou. — Temos o pessoal da manutenção, eles organizaram tudo, novamente. Eu sou só agradeço que você não ter sido machucada ontem à noite.
— Obrigada, Miles. Eu aprecio isto.
— Boa noite, minha querida. — Ele se debruçou diante dela para beijá-la, mas de repente Bethany não podia fazer isto. Ela virou a cabeça no último minuto e o beijo caiu sobre sua bochecha. Miles deu um olhar engraçado, mas não disse nada.
Bethany fechou a porta depois que ele partiu e voltou à sala da família. Até agora, ela estava só. Pensando que todo mundo já devia ter ido para a cama, e caso contrário estava muito ocupado, ela dirigiu-se ao estúdio na esperança de encontrar um livro para ler. Ela deu somente alguns passos naquela direção quando ouviu o som de uma televisão.
Seguindo o barulho adiante no corredor principal, ela parou na frente de uma porta e bateu.
— Está aberta— uma voz grunhiu lá de dentro.
Ela abriu a porta e caminhou para o lado de dentro. No minuto em que ela viu quem era depressa gaguejou suas desculpas e começou a voltar para a porta.
— Onde você está indo?— Dirk perguntou.
— Eu, uh, não quis incomodar.
Ele deu um suspiro impaciente. — Você não incomoda. O que você quer?
— Nada. Eu ouvi a televisão, isto é tudo.
Ele gesticulou para o conjunto diante dele. — É o único aparelho na mansão inteira. Entre.
Ela olhou o sofá pequeno, a única cadeira disponível na sala e a memória da noite anterior veio com toda a força de uma pequena explosão. — Seria melhor não.
— Tem medo?— Ele zombou dela. — Eu prometo que não vou morder, a menos que você queira.
Ela sentiu o calor correr por suas bochechas e não pôde removê-la. Aparentemente vendo sua indecisão, Dirk suspirou, levantou-se, e subjugou ela.
— Beth, o que aconteceu ontem à noite, no laboratório e então mais tarde, é minha culpa e não acontecerão novamente. Eu prometo.
Ela estudou seu rosto, tentando decidir se ele era sincero e viu sua frustração.
— Por favor, Beth. A última coisa no mundo que eu quero é deixar você desconfortável a minha volta. Diga o que quer. Eu partirei. Você pode ficar aqui e assistir TV. Eu irei ler um livro ou algo assim.
Ela sorriu do pensamento deste homem, sempre em atividade, sentando distante o suficiente para ler um romance. Ele pegou seu sorriso e deu um olhar de desdém falso. — Eu posso ler, sabe.
— Bem, — ela contestou docemente. — Eu não quero que você se esforce.
— Ai. — Ele riu e Bethany sentiu alguma da tensão entre eles diminuir.
— Existe qualquer coisa boa?— Ela perguntou.
Ele a deu espaço a ela. — Veja você mesma.
Ela pegou o controle dele, examinou cuidadosamente se sentando no sofá, e estudou o guia on-line. Então ela notou que Dirk estava ainda de pé na porta. Ela olhou para cima e notou uma expressão quase saudosa em seu rosto, que depressa desapareceu, assim que ele a pegou olhando para ele.
— Encontrou algo interessante para assistir?— Ele perguntou.
— O que você estava vendo é bom. Você não vai terminar de assistir?
— Se você tem certeza que não se importa.
Ela sorriu. — Eu tenho. — Virando sua atenção para a televisão, Bethany estava logo perdida na história que se desdobrava diante de si. Ela não podia lembrar-se da última vez que ela pode simplesmente parar, se sentar e relaxar. Isto pareceu maravilhoso.
Quando o programa terminou, não fez nenhum movimento para partir. Ao invés, sentindo muito à vontade, Bethany tirou seus sapatos e dobrou suas pernas em cima do sofá debaixo dela. Quando um filme apareceu, Dirk levantou-se.
— Não se mexa— ele ordenou quando caminhou para a parte de trás da sala. Curiosa, ela virou e o viu atravessar para uma pilha de cobertores dobrados em uma cadeira ao lado da estante empilhada de romances. Ele pegou alguns em cima do topo e voltou para o ninho de amor onde ele colocou um sobre seu colo e outros ao redor seus ombros. — Melhor?
— Mmm. Muito melhor. — Ela não notou o frio no ar até o cobertor a envolver. — Obrigada.
Ele sorriu. — Disponha sempre.
Quando o filme começou, liberou o estresse e com o calor do cobertor logo ela teve que lutar para ficar acordada.
Quando ela caiu para o lado, Dirk se aproximou ligeiramente, passando seu braço ao redor dela até que sua cabeça descansou em seu tórax. Ele olhou fixamente abaixo dela e sorriu. Mil vampiros podiam fazer uma tempestade ao redor do castelo naquele momento e ele os deixaria desde que ele pudesse continuar a segurar Beth em seus braços.
Ele nunca sentiria tal satisfação, o que devia tê-lo aborrecido, mas se recusou pensar nisto. Pelo menos por esta noite, disse a si mesmo, ele simplesmente apreciaria o momento. Que não seria longo pensou. Assim que ela despertasse e percebesse o que fez, ficaria mortificada. Em sua mente, ela compararia isto a “dormir” com ele. Se ele fosse um cavalheiro realmente, a despertaria agora, a mandaria para a cama, e a salvaria do embaraço, mas ele já provou que não era. Ele diminuiu o volume da TV, não querendo que o barulho a despertasse, e continuou a assistir. Logo depois do amanhecer, Dirk, incapaz de lutar com a fadiga que o contagiou com o nascer do sol, se moveu.
Através de cidade, o Detetive John Boehler olhou fixamente para o corpo de outro traficante de drogas morto, suas emoções e pensamentos estavam em conflito. O corpo tinha sido achado atrás de um container de lixo, na mesma condição que vários outros tinham sido recuperados durante os últimos meses.
Tinha os dois ferimentos de perfuração no pescoço, marcando isto como o trabalho do Exsanguinators. Os “terroristas” caçados pelo Almirante Winslow e seu grupo de seguranças. John e o Almirante Winslow nunca realmente usaram a palavra vampiro, quando eles discutiram os responsáveis destes crimes, mas John não era estúpido. Ele tinha estado na força muito tempo e visto coisas que enrolariam seus dedões do pé e fariam você querer rastejar até sua casa para mamãe. Ele conhecia exatamente as atrocidades que um humano podia infligir em outro. As coisas que possivelmente não podiam ser consideradas humanas. E, entretanto estas mortes não eram o mais violento que ele tinha visto, ele estava quase certo que nenhum humano havia cometido elas. Mas isto é o que John estava deixando de lado. No momento.
Quando ele encontrou Mac Knight e Dirk Adams, ele sentiu algo sombrio sobre eles. Depois de chegar a conhecê-los bem, ele soube duas coisas. Eles podiam ser tão perigosos quanto os monstros que eles caçavam e ele confiaria a eles sua vida.
O jogo estava em ação, quando John soube disto os terroristas matavam pessoas inocentes e o time do almirante conseguiu encontrar e matar vários terroristas. O papel do John era manter Mac e Dirk informando a qualquer hora que ele topasse com uma nova vítima. Ultimamente, entretanto, John notou uma mudança sutil no jogo, e foi esta mudança que o deixou confuso.
Ultimamente, pessoas não tão inocentes, estavam sendo mortas. Pessoas que John, pessoalmente, sentia que era melhor para a comunidade estar livre deles. Estas vítimas eram tal escória que para o distrito policial inteiro era difícil fazer mais esforços para encontrar seus assassinos, e se encontrassem eles… bem, acidentes aconteciam, crimes escapavam, a papelada ficava especialmente perdida quando era o melhor para a comunidade.
É por isso que John não estava mais certo que queria este terrorista em particular morresse e por que, pela terceira vez neste mês, ele não ligou para o time Winslow. Quaisquer pistas que poderiam ajudar Mac ou Dirk a encontrar vampiros, ou esse vampiro em particular seria perdido hoje à noite.
E se John tivesse um tempo difícil dormindo à noite porque ele estava cobrindo a verdade seria pela esperança de servir a um bem maior, então não aconteceu hoje à noite nada diferente de qualquer outra noite.
Sentindo-se estranhamente relaxada, Bethany abriu seus olhos para saudar os raios dourados do amanhecer que entravam pelas cortinas para encher seu quarto de luz.
Ao invés, de ela encontrar o clarão brilhante da tela da TV iluminando a sala, encontrou, ao contrario, um lugar escuro e desconhecido. Sua confusão sobre onde estava durou só um segundo até sua memória da noite anterior invadiu sua mente. No mesmo instante, ela percebeu que na cama que ela estava deitada tinha um homem com uma viva respiração. Pelas subidas e descidas compassadas de seu tórax, Bethany achou que Dirk estava profundamente adormecido e aproveitou-se da situação para demorar alguns minutos mais. Agora que ela estava acordada, podia apreciar a força dura de seu corpo e o modo como seu braço estava ao redor dela, prendendo-a com ele, mantendo-a segura.
A culpa bateu nela como uma bomba de nêutron. Nada aconteceu, ainda assim, ela não podia afastar o sentimento opressivo de que ela traia Miles, novamente.
— Dirk, acorde. — Ela suavemente o agitou, tentando o despertar. Ele nem se mexeu. Ela tentou novamente, desta vez empurrando um pouco mais duro. — Dirk, é de manhã. — Seu braço a manteve preza a ele e seus primeiros esforços para se levantar foram inúteis. Ela tinha bastante força, mas agora não fazia diferença, provava ser totalmente incapaz.
— Vamos— ela murmurou.
Quando ficou óbvio que ele não iria despertar, ela torceu seu corpo e de modo que ela pudesse escapar por debaixo de seu braço e ir para o chão.
Ela aterrissou caindo no chão, sem graça, mas não existia ninguém para ver. Levantando-se, ela alisou suas da melhor forma que pode e então olhou para o homem adormecido. Ela estava pasma de como ele dormia sem fazer barulho, entretanto lembrou-se dele dizendo-lhe como a luz do dia afetava os Changeling. Era a influência de sua metade vampiro, ela supôs.
Ele não parecia particularmente confortável e ela se preocupou com o quão dolorido e duro ele estaria quando finalmente despertasse. Ela tentou uma última vez o despertar, mas falhou, decidiu então jogar um cobertor por cima dele, assim ele não ficaria com frio e depois, quietamente, deixou o quarto.
De seu lugar na mesa da cozinha, Charles Winslow observou quando Bethany cruzou o hall de entrada para os degraus e sentiu como se outro peso tivesse sido adicionado a seu fardo.
— Você esta franzindo sua sobrancelha. — Julia, sentada próximo a ele, assinalou suavemente.
— Eu estou preocupado sobre Dirk e Bethany. — ele admitiu.
— Preocupado porque eles parecem estar se envolvendo e você não aprova? Ou porque você aprova?
Ele sorriu. — Eu acho que essa não é a questão, não é? — Ele tomou outro gole de seu chá e observou xícara lentamente. — Dirk e Mac são como filhos para mim.
Julia educadamente ridicularizou. — Por favor, você não é velho suficiente para ter filhos da idade deles.
Ele sorriu contente dela não o achar velho. — Certo, se não filhos então irmãos mais jovens. Eu acabei de conhecer Bethany, mas fiquei fascinado por ela também. Eu quero só o que é melhor para todos eles e odiaria ver algum deles ser machucado.
Julia colocou a mão sobre a dele, leve e reconfortante. — Se machucar faz parte da vida, Charles, e você não pode manter isto afastado daqueles com quem você se importa, não importa o quanto você tente. Mas você pode estar lá quando eles precisarem de você.
Charles examinou os olhos de gengibre quente olhando de volta para ele. Não existia nenhuma censura ou amargura em seu tom de voz ou expressão, ainda assim havia algo nas profundezas de seus olhos que diziam que ela havia sofrido no passado. — Você soa como se falasse por experiência.
Havia um toque de tristeza no sorriso que ela lhe deu. — A vida é como ela é.
Ele gostava desta mulher, mais do que deveria, provavelmente. Ela tinha uma forma suave e elegante, de maneira que isso o levava a pensar em longas noites sentado na frente do fogo crepitante, bebericando chocolate quente, seguro e quente enquanto neve caía do lado de fora. Era uma combinação de sua maneira confortante e sua própria solidão que lhe trouxe tais imagens.
— Eu estou muito contente que você veio trabalhar para mim, — ele disse a ela, naquele momento percebendo a profundidade de seus sentimentos. Eles se estendiam muito além da relação de trabalho, mas ele era velho e inteligente o suficiente para saber que não devia apressar as coisas. Existia, porém, algo que precisava ser feito. — Você gosta de chá?
Sua mudança súbita de assunto a pegou de surpresa, mas ela era muito equilibrada para fazer mais que piscar algumas vezes. — Por quê? Sim. Eu bebo de vez em quando.
— Bom. — Ele afastou a mesa e começou a encher a chaleira com a água antes de colocar no fogão para aquecer. — Eu vou à Inglaterra de dois em dois anos para visitar minha família e eles cultivam um chá especial lá que eu acho que poderia gostar.
Ele alcançou a despensa e encontrou o recipiente metálico guardado na prateleira da frente da estante. Abriu, perscrutando o conteúdo. Estava mais da metade vazia. Ele teria que escrever a seu primo, Gerard, para lhe enviar mais, especialmente se as coisas em torno de D.C. continuassem como estavam.
— É isso que sua família faz? — Julia perguntou, virando em sua cadeira, assim ela podia o ver de frente. — Eles são produtores de chá?
— Não, produzir o chá é algo que eles fazem para a família e amigos, como um passatempo que ao longo dos anos se tornou uma tradição. — Ele despejou um pouco do chá na palma de sua mão e mostrou a ela. — Como você pode ver, não parece muito diferente do chá que você está acostumada. O que faz este chá único é o estrato seco das flores azuis.
— Que tipo de flores são essas?
— Elas são chamadas Lafleur de Vivre, a flor da vida.
Ele pegou duas bolas de maceração de uma gaveta e as encheu com chá antes de coloca-las em xícaras frescas. Então ele pegou a chaleira de água agora fervendo do fogão e derramou sobre as bolas.
Imediatamente, um odor doce, quente e úmido se fez sentir, lembrando Charles dos verões dele na Inglaterra quando era criança, correndo através dos campos de flores silvestres, brincando com seus primos.
Julia fechou seus olhos e inalou. — Cheira maravilhoso— ela disse, abrindo seus olhos e dando a ele um sorriso que ele não pode resistir em retornar.
— Espere até que você experimente. — ele prometeu. Ele adicionou uma colherada de mel em ambas as xícaras e então deu um para ela. Ele se sentiu como uma criança, segurando sua respiração, quando a observou tomar um gole. Deixava-a pensar nele como um velho bobo velho com os gostos de excêntrico, se ela quisesse, desde que bebesse o chá.
— Hmmm, é bom.
Ele soltou sua respiração, levantando sua própria xícara, e tomou um gole. — Eu sinto como se meu dia fosse de alguma maneira melhor se eu o começar apreciando uma xícara, — ele comentou. — Consideraria isto uma grande honra se você se juntasse a mim toda manhã nessa pequena cerimônia.
Seus olhos brilharam acima da beira de sua xícara e ele pôde dizer que seu convite a agradou.
— Eu sou normalmente pouco mais que de uma bebedora de café, mas obrigada, — ela disse. — Eu apreciaria isto.
Ele movimentou a cabeça. — Bom, então nosso encontro está de pé.
Por vários momentos, nem falaram enquanto eles apreciaram suas bebidas. Depois de um tempo, Julia quebrou o silêncio. — Charles, — ela começou, usando seu primeiro nome à medida que ele insistiu. — Eu queria conversar com você sobre a estátua de gárgula.
Ele podia dizer pelo modo hesitante em que ela educadamente tocou no assunto que não era algo que ela se sentia confortável para conversar.
— Ela ainda aparece em sua escrivaninha toda manhã?
— Sim, entretanto não é um grande esforço para movê-la, eu não sei, mas pergunto-me por que continua sendo necessário. Eu realmente não quero fazer muita confusão sobre isto…
Quando ela pausou, ele alcançou a mão com a sua. — Não, você está certa. Não devia ser tão difícil de controlar o paradeiro de uma pequena estátua. Eu cuidarei disto, certo?
Ela abriu sua boca para dizer algo, então pareceu mudar de ideia e simplesmente acenou a cabeça em aceitação.
Ele fez uma nota mental para conversar com Lanie e ele espera que entre os dois, eles podiam ter certeza de retirar a Gem da escrivaninha todas as manhãs antes da Julia chegar.
— Bem — ele disse com um sorriso, — agora que isso está resolvido, vamos tomar nosso chá no estúdio para iniciarmos nossa lista de compromissos de hoje?
Bethany tomou banho e se vestiu antes de descer para a cozinha para comer algo. O almirante e Julia davam duro no trabalho no estúdio menor que serviu como escritório da Julia. Não precisar estar no laboratório por até muito mais tarde, deixava Bethany com várias horas de tempo livre.
Tendo terminado de ler um livro que ela começou, ela se lembrou da estante repleta de livros na sala de TV. Ela pensou em ir pegar um, entretanto mudou de ideia. Se Dirk estivesse ainda adormecido lá, ela não queria arriscar o despertar. Então ao invés disso, ela foi à procura de algo para ler do estúdio do almirante.
Alguns minutos mais tarde, ela voltou para seu quarto e se enrolou na cama com um livro na frente. Infelizmente, o gosto do almirante por ficção era para histórias de espionagem e guerras e no final da tarde, nem mesmo o exército dos Estados Unidos explodindo um batalhão de alemães era suficiente mantê-la acordada.
Algum tempo mais tarde ela foi despertada de seu sono por uma batida suave em sua porta.
— Entre, — ela disse roucamente.
— Oi. — Dirk colocou a cabeça dentro do quarto e deu um sorriso. — Como você está?
Ela sorriu de volta. — Bem, e você?
Ele moveu seus ombros. — Um pouco dolorido em alguns lugares, mas do contrário, em boa forma. Eu não me lembro de você partindo.
Ela considerou dizer a ele que acordou no meio da noite e retornou a seu quarto, mas havia chances de que ele ficou acordado até tarde e saber que ela estaria mentindo. — Eu tentei despertar você, mas o sol estava alto e você estava apagado.
— Então não foi um sonho, — ela pensou que o ouviu dizer. Então mais alto, — Você me cobriu?
Ela sentiu seu rosto se aquecer. — Sim, eu fiz.
Ele pareceu contente. — Obrigado.
— Disponha.
Ele olhou abaixo em seu relógio então. — Pronta para ir para o laboratório?
Três horas mais tarde, Bethany estava concentrada no trabalho em seu teste mais recente. O segundo ataque no laboratório deixou ela nervosa e era difícil de concentrar. Apertando várias gotas do extrato modificado no Wells da eletroforese de gel, ela enganchou em cima os elétrodos que correriam uma carga pelo instrumento, separando esta nova derivação em suas partes positivas e negativas que carregaram os componentes. Ela debruçou sobre seus testes como se ela estivesse em piloto automático, perdido em pensamentos.
Ela não teve uma chance de conversar com Miles hoje, então ela não poderia perguntar a ele sobre o homem que ela o viu conversando. Nem teve uma chance de discutir suas preocupações sobre a substância. Ela arrastou seus pés analisando isso, mas ultimamente não houve necessidade para demoras artificiais.
— O que está errado? — A voz do Dirk cortou seus pensamentos quando ele surgiu atrás dela e começou massagear seus ombros. Ela sabia que não devia deixar, mas seus músculos estavam doídos de permanecer curvada acima do equipamento e seus nervos sentiram a mágica.
— Eu acho que estou cansada, — ela ofereceu como desculpa, desejando que pudesse dizer a ele a verdade. Seria agradável compartilhar suas preocupações com alguém, de que existia algo sobre o extrato que até ela não podia identificar. — Talvez eu não seja tão esperta quanto todo mundo pensa que eu sou.
— Eu duvido que isto seja verdade, — ele ridicularizou. — Mais a tensão dos últimos dias está afetando você. — Ele parou de massagear seus ombros, mas não removeu suas mãos. — Eu sinto muito sobre a cerimônia hoje à noite.
— Está tudo bem.
Naquele momento, seu telefone celular tocou. — Com licença. — Ele saiu no corredor para conversar e Bethany relutantemente retornou ao trabalho.
Uma hora mais tarde, ela olhou em torno do laboratório e percebeu que Dirk não voltou de seu telefonema. Ela estava perguntando-se para onde ele foi quando seu estômago rosnou, lembrando-a que ela não jantou e já era tarde. Finalmente em um ponto de ruptura bom, ela estava na pia lavando suas mãos quando Dirk entrou.
— Onde você estava?
— Ao redor, — ele vagamente respondeu. — Você está com fome?
— Sim. De fato, eu estou morrendo de fome.
— Bom, vamos comer.
— Oh. — Bethany olhou em torno do laboratório nas várias experiências em andamento. — Eu realmente não fiz o suficiente de trabalho para sair.
— Não tem problema, — Dirk disse. — Eu trouxe comida.
Ela olhou fixamente para ele pasma. — Você fez?
Ele sorriu. — Podemos?— Ele gesticulou para ela sair do laboratório na frente dele, e caminharam juntos até o corredor. — Está aqui— ele disse parando em frente à sala e abrindo a porta.
No minuto em que andou para a sala, ela deu uma parada imediata. As luzes do teto tinham sido desligadas e o quarto estava iluminado pelo brilho de duas dúzias de velas organizadas em torno da sala. A mesa estava coberta por toalha de mesa de linho branco pronta para dois, com o jantar sendo mantido quente sob as tampas de placas de metal. Duas velas iluminavam as extremidades da mesa e no centro estava uma orquídea roxa Cattleya em plena floração.
Com música suave tocando ao fundo e champanhe que gelava em um balde de gelo, a coisa mais espetacular que Bethany já tinha visto. Ela piscou com seus olhos, tentando lutar com as lágrimas que ameaçavam transbordar finalizada com as palavras no banner pendurado no teto.
— Parabéns Bethany!
— Está lindo — ela sussurrou passada à obstrução de sua garganta.
Ela sentiu a mão de Dirk em suas costas e permitiu que a guiasse para a mesa.
— Eu sei que você preferiria estar no grande jantar da celebração, recebendo seu prêmio pessoalmente.
Ela ficou diante da mesa, deslizando os dedos em uma trilha no pano de linho. — Eu acho que isto é a coisa mais bonita que alguém já fez para mim. — Ela se virou para ele, querendo que ele visse a sinceridade em seus olhos. — Obrigada.
Seus olhos suavizaram e os cantos de seus lábios se ergueram ligeiramente. — Claro.
— Onde você conseguiu todas essa velas? E a música?
— Eu não estou sem recursos, — ele jocosamente disse.
Seus olhos atacaram a orquídea no centro da mesa. — Oh! Uma Cattleya. Minha favorita.
Ele riu. — Sim, quem poderia ter imaginado? — Disse sarcasticamente. Em seu olhar interrogatório, ele continuou. — Vamos ver. Seu bloco de notas tem o retrato de uma cattleya, Você tem uma pequena cerâmica em sua escrivaninha. Seu descanso de tela é o retrato de uma orquídea. Você tem um broxe de orquídea preso em seu jaleco — ele pausou. — Eu devo continuar?
— Bem, — ela disse com uma risada, — quando você coloca assim…
— Sim. Uma pessoa teria que ser cega e estúpida para não saber. — Ele moveu acima de uma das cadeiras e puxou para ela. — Agora vamos comer. A comida está esfriando.
Ela se moveu adiante, entretanto parou, sentindo-se preocupada. — E se os vampiros atacarem hoje à noite?
— Isto não é muito provável. Eles tentaram duas vezes e falharam. Além disso, Mac está do lado de fora patrulhando. — Ele retirou seu telefone celular e o colocou na mesa. — Se ele vir qualquer coisa ligará.
Bethany tentou ficar confortável neste momento, quando Dirk afastou sua cadeira, ela se sentou. — O que temos para jantar?— Ela se sentiu quase como uma criança, a excitação começando a crescer dentro dela, olhando fixa e esperançosamente no prato quando ele colocou sua mão na tampa e se preparou para tirar.
— É uma noite especial e então eu quis conseguir algo especial igual para celebrar. — Seu tom era muito sério. — E sabendo o quanto você gosta de fondue... — ele levantou a tampa da cobertura... — eu não podia fazer isto novamente, desculpe.
Ela bateu as palmas de suas mãos juntas quando ela sentiu o cheiro de grelhado. — Hambúrgueres e batatas fritas!
— Não é sofisticado ou extravagante, — ele começou a se desculpar.
— Está perfeito. Isto é maravilhoso, Dirk. Muito obrigada. — Ela esperou até que ele se sentou e descobriu a comida.
Ele sorriu. — Aproveite.
Olhando para tudo, ela viu que ele até se lembrou de fornecer um guardanapo de linho. Colocando–o em seu colo, ela levantou seu sanduíche.
— Oh, — ela disse depois de degustar a primeira mordida. — Eu acho que eu morri e fui para o céu. Isto é maravilhoso. — De repente ela estava tão faminta, que dificilmente podia permanecer falando. Ela se focou em comer, saboreando cada mordida. Dirk deve ter estado com fome, também, porque não falou por muito tempo.
Depois enquanto, Dirk alcançou a garrafa que se encontrava no balde de gelo. Correndo sua mão pela superfície, ele enxugou o excesso de umidade e então descascou a chapa em torno da boca. Angulando a garrafa para longe deles, ele estalou a cortiça, prevenindo o conteúdo se derramasse.
— Champanhe? — Ele não esperou por sua resposta, mas despejou em um copo e segurou para ela. Quando ela tomou, ele despejou em outro copo para ele mesmo e então pôs a garrafa de volta no balde. Virando para ela, ele segurou seu copo no alto. — Um brinde a você, Bethany: Uma mulher surpreendente.
Ela sorriu quando eles tocaram seus copos e então tomou um gole para testar. Surpreendeu-se com o quão saboroso era e tomou outro gole maior. Quando ela sentiu Dirk observando-a, ela olhou para cima, mas não podia ler a expressão em seu rosto. — O que?
— Eu estou impressionado, isso é tudo.
A declaração confusa enviou uma corrente de excitação minúscula por ela. — Obrigada.
— Seus pais devem se orgulhar de você.
— Hm, isto é bom, — ela disse ao redor de um bocado de comida, tentando mudar de assunto.
Dirk era muito afiado. — Você disse aos seus pais, não disse?
Ele dirigiu um olhar que fez ela se torcer em sua cadeira. — Não, eu infelizmente... Esqueci.
— Não, você não esqueceu. Por que você não disse a eles?
— Meus pais são divorciados e tudo que eles fazem é uma cachorrada um com outro. Eu não converso muitos com eles. Agora minha avó, ela teria se emocionada.
— Você foi próxima dela?
— Sim. Ela sempre teve tempo para mim e constantemente estava me persuadindo a perseguir meus sonhos. — A imagem do rosto bem amado veio a sua mente, seguido depressa pela dor de perder um momento que ela teve de sua avó, a boneca pequena. Ainda tinha estado em sua bolsa quando os vampiros atacaram saqueando o laboratório, eles acharam sua bolsa e tomaram isto.
Ela sentiu Dirk olhar nela e sua expressão simpatizante, seria uma maravilha se ela tivesse alguém com ele por perto enquanto crescia. — E você? — Ela perguntou, pegando seu copo. — É próximo de seus pais?
Ela soube no minuto que viu sua expressão nublada que tinha dito algo errado.
— Não exatamente, — ele disse seu tom sem emoção. — Quando tinha cinco anos, meu pai se matou.
— Oh, Dirk. Isto é horrível. Por quê? — Ela imediatamente sentiu arrependida. — Eu sinto muito. Isso foi rude. Não é da minha conta.
Ele encolheu os ombros. — Foi muito tempo atrás, eu acho que ele não podia lidar com as responsabilidades de um trabalho, casamento e uma criança pequena.
— E sua mãe?
Sua risada não segurou nenhum humor. — Existe outro vencedor. Depois da morte do meu pai, ela começou a beber. Seis meses mais tarde, morreu de overdose de álcool.
Bethany não pode se segurar de alcançar e colocar sua mão no braço do Dirk. Ela achou sua revelação chocante e seu coração clamou pelo menino abandonado pequeno que ele tinha sido. Pelo o menino só e pequeno ela sentiu uma pena profunda. — Eu sinto tanto. — Ela se sentiu ingrata por depreciar seus pais. Comparada a sua vida, ela era abençoada.
Ele levantou seu copo, eficazmente quebrando o contato com ela. — Foi uma lição vitalícia severa, mas um eu aprendi bastante. — Ele lançou de volta o conteúdo de sua bebida como se fosse uísque, não champanhe, então abaixou seu copo vazio para a mesa e olhou fixamente fora da sala, sem nenhuma dúvida vendo um passado que ela não podia. — Depois que minha mãe morreu, eu vivi em uma série de casas, nunca ficando em um lugar por muito tempo. Eu estava bravo com o mundo e ninguém pareceu saber o que fazer comigo.
— Você não teve algum outro familiar com quem podia ficar?
— Eu costumava ansiar por um avô, ou uma tia ou tio, vir por mim, mas se qualquer um de meus pais tido parentes vivos, eles nunca me falaram. Depois de alguns anos, eu desisti de desejar algo que nunca iria acontecer.
— Isto é tão triste.
— Quando eu tinha dezoito anos, eu havia estado em tanta dificuldade com a lei que era só uma questão de tempo antes de acabar na prisão. — Uma risada sem humor escapou. — Quando o inevitável aconteceu, o juiz deu a mim uma escolha: A prisão ou me alistar. Eu escolhi a Marinha e foi a melhor coisa que já aconteceu para mim.
Naquele momento, Bethany ouviu o zumbido distante da cigarra no laboratório, mas ela não fez nenhum movimento para levantar da mesa.
— Isso não significa que seus testes estão prontos? — Dirk perguntou.
— Sim, mas eles podem esperar. — Se existia qualquer outra coisa que Dirk quisesse compartilhar, ela queria estar aqui por ele. Mas ele não fez isso, ao invés, afastou a mesa. — Vamos. Eu levarei você para o laboratório, então voltarei e limparei enquanto você termina.
Ela levantou-se também. — Você está bem?
— Sim.
Ela lutou com a decepção de que Dirk finalmente se abriu para ela e compartilhou um lado dele que duvidava que muitos outros conhecessem. Ela odiou que eles tevessem sido interrompidos.
Eles deixaram as velas queimando e à medida que caminharam, Dirk retirou seu telefone celular e fez uma chamada. Depois de um momento, ela o ouviu dizer, — Nós terminamos. Obrigado.
Bethany estava pasma. Ele tinha feito tanto para fazer este noite especial para ela. Ela tentou se lembrar de quando alguém fez tanto por ela, sem querer algo em retorno.
Quando eles alcançaram o laboratório, Dirk fez uma varredura rápida. — Tudo limpo. Eu voltarei em um minuto.
Ela movimentou a cabeça e então impulsivamente pôs uma mão em seu braço, se aproximou e ficou nas pontas dos pés e beijou sua bochecha. — Obrigada, Dirk, por fazer a noite tão especial.
Ele movimentou a cabeça uma vez. — Não tem de que. — Então ele virou e caminhou para o corredor, deixando ela para voltar ao laboratório e terminar o trabalho.
Era quase uma da manhã quando Dirk e Bethany retornaram para a mansão. Ela estava se sentindo especialmente bem. Não só o jantar com Dirk tinha sido especial, mas ao refazer um teste antigo, ela descobriu um erro que Stuart cometeu ao registrar o resultado anterior. Tendo a anotação de dados corretos tinha uma nova luz ao projeto, finalmente, ela estava perto de concluir sua análise. Miles não gostaria de suas conclusões, mas ela lidaria com isso bem mais tarde.
Agora mesmo, entretanto, ela estava cansada e relaxada na sala de estar, conversando com Dirk e os outros.
— Você está aí, — Lanie os saudou com um sorriso quando caminharam pela porta. — Como foi sua noite?
Bethany sorriu. — Foi especial.
Lanie pareceu contente. — Eu estou contente. — Ela olhou atrás para a sala de estar. — Você tem uma visita.
— Eu.
Naquele momento Miles apareceu. Em uma mão ele levou um buquê de rosas e na outra tinha uma placa que deveria ser seu prêmio. — Bethany, minha querida, eu gostaria que você pudesse ter estado lá. — Ele surgiu para ela e beijou sua bochecha antes de entregar as rosas. Então ele pareceu notar a orquídea que ela segurava. Uma carranca leve dobrou sua sobrancelha e ele atirou um olhar acusador em Dirk.
Não querendo qualquer dificuldade entre os dois, ela equilibrou a planta de orquídea em uma mão enquanto pegava o buquê de rosas de Miles. — Obrigada, Miles. Elas são adoráveis.
Atrás dela, ela ouviu um murmúrio de Dirk. Ela não podia entender as palavras, mas decidiu que poderia ser para o melhor.
— Isto é uma surpresa, — ela disse ao invés. — Eu não esperava você aqui.
— Eu não podia deixar a maior noite de sua vida passar sem fazer algo para celebrar. — Se seu tom soou artificial e protetor, Bethany fez seu melhor para ignorar isto.
— Isso é muito prestativo de sua parte — ela respondeu. — O que você teve em mente?
— Sabendo que nós não podíamos sair, eu pensei que nós poderíamos ter uma celebração um pouco privada. — Ele olhou intencionalmente em Dirk, cuja expressão Bethany não podia ver.
— Não deixe a mansão, — Dirk murmurou para ela antes de virar para Lanie. — Onde está Mac?
— Ele está no estúdio com Tio Charles. Eu irei com você.
Os dois foram embora, deixando Bethany e Miles a sós no hall.
— Você quer ir para a sala de estar? — Ela perguntou a ele.
Ele sorriu, pondo sua mão em seu cotovelo e a guiou para os degraus. — Não, eu tinha qualquer outra coisa em mente. Vamos para seu quarto.
Ela reuniu um sorriso pálido, perguntando-se por que ela tinha uma sensação de dificuldade sobre passar o tempo com Miles. Afinal, passar o resto de sua vida com ele era o que ela queria, não era? Confusa, ela o levou para cima.
Uma vez dentro de seu quarto, ela viu o balde de gelo colocado na pequena mesa de canto com a garrafa de champanhe gelando. Embora Bethany nunca tivesse sido uma grande bebedora hoje à noite estava parecendo à hora perfeita para começar.
Ela cruzou o quarto para sua cômoda e colocou as orquídeas. Um vaso de cristal estava ao lado do balde de gelo, então Bethany usou para organizar as rosas enquanto Miles abria o champanhe.
Seus pensamentos eram um vendaval louco dentro de sua cabeça, quando que ela tentou colocar sentido em suas emoções. Friamente, ela ouviu a cortiça estalar e Miles teve que chamar seu nome duas vezes para conseguir sua atenção, quando ele a deu um copo cheio.
— A principal bioquímica da Tecnologia Van Home.
Quando Bethany tocou em seu copo com o dele, ela não podia evitar comparar seu brinde ao mais pessoal do Dirk.
— Aqui, minha querida. Aqui está a placa que você trabalhou tão duro para receber.
Ele a entregou e existia uma sensação de orgulho quando ela finalmente segurou aquilo. Não existiam muitos que ganhavam a distinção e ela o exibiria orgulhosamente em seu escritório onde ela e todos os outros poderiam ver todos os dias. — Obrigada por recebê-la por mim, Miles. Eu gostaria de ter podido estar lá.
— Oh, Bethany. Você teria apreciado. Todo mundo que é alguém no campo estava lá… exceto a convidada de honra. — Ele deu seu um sorriso triste. — Eu sinto muito. Eu não quero fazer isto pior dizendo a você o que você não viu.
Ela agitou sua cabeça. — Isto é certo. Eu quero ouvir tudo sobre isto.
Bethany bebericou sua bebida enquanto Miles descreveu a elaborada decoração no corredor da recepção e todas as pessoas notáveis que frequentaram, mas enquanto sua voz falava sem parar, ela achou seus pensamentos girando em outro lugar.
Dirk tinha elaborado medidas para fazer a noite especial para ela. Miles, como o homem que era, trouxe uma garrafa de champanhe e rosas.
Seus olhos vagando sobre o quarto, vindo descansar na orquídea que estava em sua cômoda. Por que Miles não comprara suas orquídeas? Ela saia com ele por mais de um ano e o conhecia pelo menos por cinco e ainda assim ele não sabia que orquídeas era sua flor favorita.
De repente aquele pequeno detalhe ficou significante. Miles não sabia nada dela e se ela fosse sincera com ela mesma, ela não sabia qualquer coisa dele também. O peso total daquela realidade a derrubou.
— Eu não posso fazer isto.
Miles, que vinha se movendo sobre a formalidade do prêmio, parou e olhou fixamente para ela, claramente confuso.
Ela procurou seus olhos, pedindo para ele entender. — Eu sinto muito, Miles. Eu não posso me casar você.
— Claro que você pode, — ele a assegurou. — Seu premio, este prêmio não muda nada.
Ela baixou a cabeça. Não iria ser fácil explicar. Ela colocou seu copo e puxou seu anel de compromisso de seu dedo. — Eu sinto muito. Eu pensei que isto funcionaria, mas ao longo dos últimos dias eu vim percebendo que eu realmente não conheço você. E mais importante, enquanto eu gosto muito de você, eu não o amo. As pessoas devem se casar por amor, você não acha? — Ela segurou o eco para ele até que ele pegou isto dela.
— É apenas a tensão de tudo isto que tem acontecido ao longo dos últimos dias, — ele pacientemente disse. — Está confundindo você. Se você precisar de mais tempo, nós adiaremos o casamento, mas, por favor, Bethany, não acabe com isto.
— Miles, eu sinto muito, mas nunca funcionaria.
— É ele, não é?
Ela não fingiu entender mal. — Em parte. Eu sinto algo por ele. Algo que eu não devia sentir se eu fosse apaixonada por você. — Ela odiou o olhar machucado que entrou em seus olhos quando ele olhou para ela.
— Eu tinha medo que algo como isto poderia acontecer. É um dos riscos que vem com namorar uma mulher tantos anos mais jovem que eu. Eu soube que você não tinha estado muito bem quando nós começamos a nos encontrar, mas esperava que eu fosse suficiente. — Quando ela ia interromper, ele pegou ambas as mãos dela e olhou profundamente em seus olhos. — Eu entendo. Você precisa explorar isto, você precisa ver o que vida pode oferecer a você. Posteriormente, talvez você descubra aquilo que realmente está procurando e eu estarei esperando.
Ela começou a agitar sua cabeça e dizer a ele que ele estava errado, mas ela não podia. Ela já o machucara o suficiente. Não existia nenhuma razão para fazer isto pior o roubando toda a esperança.
Abruptamente ela levantou-se e cruzou até sua cômoda. Dentro da gaveta superior, ela achou a caixa do anel de compromisso e pegou. Ela tirou de lá e entregou para ele, observando como ele colocou o anel de volta dentro da caixa e fechou a tampa. Um silêncio desconfortável caiu entre eles e Bethany achou se olhando fixamente para as rosas.
— Você vai me fazer aceitar em devolução as rosas também? — Ele suavemente perguntou.
Ela não podia dizer se seu tom de voz era sério ou não, mas quando ela olhou para ele, ele estava sorrindo.
— Não, eu gostaria de mantê-las, se você não se importar.
— Eu não me importo, mas você poderia querer dar a elas água antes delas murcharem.
Era algo que podia esperar, mas ela tinha medo que ele pensaria que ela não se importou com seu presente se ela não fizesse isto imediatamente, então ela levantou o vaso e levou ao banheiro. Quando ela caminhou de volta ao quarto, Miles a estava aguardando perto da cômoda.
— Eu acho que eu devia dizer boa noite.
— Obrigada, por... Tudo.
Ele começou a caminhar para a porta, mas parou depois de dar um único passo. — Isto é somente pessoal, certo? Você não vai terminar com nossa relação profissional, também? Você continuará seu trabalho no laboratório?
Ele a pegou de surpresa. Ela não podia acreditar que se esqueceu disso e em como seria trabalhar para ele agora. — Poderia ser desconfortável para ambos se eu ficasse, — ela começou. — Mas eu não quero deixar meu trabalho.
— Bom, então não faça. — Ele sorriu quando se inclinou e beijou sua bochecha. — Eu posso ir sozinho para fora.
Bethany olhou fixamente para a porta depois que ele partiu, repassando de novo sua conversa em sua mente, pasma com o quão bem Miles aceitou seu colapso.
Espiou a garrafa quase cheia de champanhe, ela examinou cuidadosamente e encheu seu copo. Enquanto bebia, ela deixou seus pensamentos vaguearem para Dirk. Por alguma razão, ela sentiu uma necessidade inexplicável de dizer a ele que não estava mais comprometida. Antes de poder desistir disto, ela pousou o copo e deixou o quarto.
O quarto de Dirk não era longe do seu e ela não encontrou ninguém no caminho. Quando ela chegou lá, ela bateu uma vez e esperou. De dentro veio uma resposta amortizada. Insegura, se era um convite para entrar ou uma ordem para partir, ela tentou a fechadura. Girou facilmente em sua mão.
Ela colocou sua cabeça no quarto e Dirk estava sentando na cama, vestindo só sua calça jeans, desabotoada na cintura, debruçado contra a cabeceira da cama, uma garrafa meio vazia de uísque na mão. Ela apenas olhou para frente e entrou.
— O que você está fazendo aqui? — Ele meio que rosnou. — Eu pensei que você estivesse com Van Home.
— Ele acabou de partir.
Ele olhava para frente, deixando as palavras afundarem, depois levantou a garrafa e tomou um gole. Ele engoliu em seco, então descansou de volta contra a cabeceira da cama e fechou seus olhos. — Volte para seu quarto, Beth.
— Eu quero conversar com você.
— Agora não é uma boa hora.
— Por quê?
Ele deu um olhar desgostoso. — Eu estou ocupado. — Levantou a garrafa e bebeu profundamente.
Ela tentou ignorar o modo que os músculos em seu tórax incharam quando ele ergueu a garrafa ou a visão de suas mãos fortes em torno do pescoço da garrafa. — Você esta bêbado. — Ela ouviu a censura em sua voz.
— Deus, eu espero que sim. — Ele enxugou sua boca com a parte de trás de sua mão e olhou fixamente para ela com uma intensidade enfocada que a disse que ele não estava tão bêbado quanto ela havia pensado. — O que você quer?
Ela hesitou. Para um homem que gastou tanto tempo a paquerando no laboratório, agora ele pareceu totalmente desinteressado. Ela veio aqui esperando… o que? Que ele iria seduzi-la? Realizar todas as promessas sugestivas que ele fez.
O anúncio que ela planejou fazer morreu em seus lábios. Quão patético era ela ter pensado que o interessaria. Ela procurou por outra desculpa para sua presença. — Eu quis agradecer novamente pelo jantar e as flores.
— Você já fez isto.
— Bem, eu queria ter certeza que você sabia que eu queria dizer isto, — ela disse sua frustração se tornando irritável.
— Vá embora, Beth.
— Por quê?
Ele fez um som estrangulado em sua voz. — Tudo bem, ficar por aqui, mas eu não serei responsável pelo que acontecer. — Ele fez soar como uma ameaça finamente oculta.
— Você não me machucará. — Ela disse isto suavemente e moveu-se um pouco mais adiante no quarto, mais próxima da cama.
— O que a deixa tão certa?— Ele ergueu a garrafa e tomou outro gole.
— Eu conheço você. — Ela deu mais um passo para frente, nervosamente movendo uma mexa de seu cabelo dos olhos. Seus olhos seguiram seus movimentos e, curiosa, ela baixou a mão para a base de sua garganta.
Seus olhos seguiram cada movimento dela, quase a escaldando com sua intensidade, dando-lhe a coragem de ser ousada. — Eu quero fazer amor com você.
A garrafa congelou a meio caminho de sua boca. — Cuidado, meu controle agora não é o que deveria ser. Na verdade, — ele rosnou, — não está nada bom.
— Está certo— ela sussurrou tão nervosa que seus joelhos começaram tremer. — Você não tem que fazer nada. — Ela agarrou o botão superior de sua blusa e lentamente o soltou. Seu olhar faminto observou como ela soltou o próximo e o próximo.
Muito cedo, ela abriu todos os botões. Era o momento da verdade e ela não estava certa se podia continuar, se devia continuar, mas o modo como seus olhos a devoraram a deixaram excitada, como nada mais tinha feito. Ele a excitou como ninguém mais tinha feito.
Ela deixou a blusa deslizar para fora de seus ombros até que deslizou para o chão. Ela mostrou-se, agora, diante dele em um sutiã que era mais decoração do que suporte. Seus mamilos se endureceram sob seu olhar e ela se perguntava se teria a coragem para desfazer os ganchos na parte de trás e continuar sua sedução ousada.
— Bethany, — ele sufocou em uma voz áspera. — pelo amor de Deus, o que você está fazendo?
Ela falou provocativamente. — Eu estou tentando seduzir você. — Ela estava na extremidade da cama agora e estava prestes a rastejar sobre o colchão quando suas próximas palavras a congelaram.
— Seduzir-me?— Ele rosnou. — Por quê? O homem velho atirou em seu chumaço muito cedo? Ele deixou você insatisfeita?
Suas acusações rudes apunhalaram seu coração. — O... O que?
— Eu não costumo fazer malfeito, mas que inferno. Vamos. — Ele colocou a garrafa na mesa ao lado dele e agarrou o zíper de sua calça jeans, abrindo-o.
Mortificada, lágrimas enchendo seus olhos, ela desviou seus olhos, apoiando cegamente fora da cama.
— Qual é o problema?— Ele zombou dela. — Você mudou de ideia? Então vá, mas é melhor você correr, antes que eu mude de ideia sobre deixar você partir.
Ela pegou sua blusa do chão e, segurando-a com ela, correu para a porta.
Ela não o ouviu mover-se, mas sentiu a lufada de ar pouco antes de bater em seu corpo de pedra sólida. Suas mãos agarraram seus braços, segurando-a indefesa diante dele.
Sentindo o calor de seu olhar, ela ousou olhar para seu rosto e viu seus olhos ardendo em vermelho.
— Muito condenadamente tarde.
Ele apertou sua boca contra a dela, ela ficou tensa, esperando que ele não fosse tão duro quanto às palavras que ele havia lançado nela. Ao invés disso, era sensual e exigente, roubando dela todos os pensamentos até que ela estava respondendo com desespero crescente. Era como se ela não pudesse conseguir o suficiente. Seu beijo era uma droga e ela era uma viciada.
A blusa dela caiu no chão, esquecida, quando ela colocou os braços em volta da cintura dele, puxando-o. Sua língua forçou seu caminho por seus lábios e mergulhou dentro de sua boca para provocar a dela. Através do tecido fino do sutiã, ela apertou contra o calor sedoso de seu peito. Cada instinto primitivo dela se deleitava com a sensação e o gosto dele, o formigamento que começou no fundo de seu estômago crescendo até que ela se esfregou contra ele descaradamente.
Quando Dirk arrancou sua boca da dela, ela queria gritar em protesto. Então, ele abaixou a cabeça e começou a provocar um de seus mamilos através do sutiã, fazendo-a gemer, ao invés. Em um movimento corajoso, ousando, ela passou a mão ao longo de seu lado, para baixo passando por seu quadril até que ela pudesse alcançar entre seus corpos. Ele encheu a mão dela e, quando ela o acariciou através de seu jeans, ele gemeu de prazer. Saber que podia provocar esse tipo de reação nele a incentivou e ela começou a escorregar a mão dentro de seu zíper quando ele parou.
Entretanto foi sem dúvida a coisa mais difícil ele já tinha feito, Dirk afastou a mão de Bethany para longe até que ela não mais o tocasse. Quando ela abriu sua boca para protestar, ele a fez ficar em silencio, descansando sua fronte contra a dela, fechando seus olhos e rezando para ter força.
— Beth, nós não podemos fazer isto. — Ela começou a falar, mas ele a cortou. — Você não está pensando claramente agora mesmo, mas acredite em mim, você nunca se perdoaria ou a mim.
— Você não me quer? — Ela suavemente perguntou, soando magoada. A pergunta era tão absurda que ele gemeu em voz alta.
— Não fazer amor com você será a coisa mais difícil que eu já fiz, mas eu não farei amor com uma mulher comprometida com outra pessoa. — Ela abriu a boca novamente e sabendo que ele não podia aguentar ouvir seus protestos, ele capturou seus lábios em um beijo quente. O último, ele disse a si mesmo. Quando ele sentiu que perdia o controle, ele quebrou o beijo e se afastou.
Foi um erro. Sua lingerie estava mais atraente do que se ela tivesse nua e seu já pulsante membro cresceu mais duro com a visão. Como se ela soubesse da guerra que ele travava com ele mesmo, ela sorriu. — Miles e eu não estamos mais comprometidos.
Ele piscou, olhando fixamente para ela em silêncio, enquanto seu cérebro lutava para entender. — Desde quando?
Ela se aproximou alguns passos e arrastou suas mãos por seu tórax enquanto olhava ele com sensuais olhos verdes. — A partir de mais ou menos vinte minutos atrás, quando eu desabafei tudo e devolvi o anel para ele.
Como um homem se afogando e que de repente lhe é lançado um colete salva vidas, ele a puxou e a beijou como quis fazer por tanto tempo, tomando cuidado extra para não a cortar com suas prezas. Seu corpo reagiu aos montes verdejantes e as curvas pressionadas contra ele. Ele não se negaria.
Pegando-a em seus braços, ele a levou para a cama e deitou-se ao lado dela. — Você é tão bonita. Saber que você estava com Van Home esteve me matando.
— Nós não fizemos nada, — ela suavemente disse. Ele ouviu a preocupação em sua voz e quase chutou si mesmo por suas grosseiras declarações anteriores. Ele a tinha machucado e dado coices.
— Não fale, eu sei, — ele disse ternamente, colocando seu dedo em seus lábios. Ela puxou-o em sua boca, chupando-o suavemente e ele sentiu uma reação imediata abaixo.
Ele a deixou continuar enquanto seu olhar seguia a linha de seu queixo até sua garganta, tão longa e esbelta. Com seus sentidos agudos, ele ouviu seu pulso batendo abaixo da superfície e era como uma canção de sereia, a puxando para mais próximo ele apertou sua boca contra seu pescoço, acariciando a pele com sua língua e depois sugando suavemente.
Bethany ofegou com os sentimentos eróticos que a agitaram por dentro. Quando a mão de Dirk segurou seu peito, ela se arqueou, precisando sentir seu toque. Por vários segundos, ela impotente se agarrou aos seus ombros enquanto ele provocou um mamilo com a ponta de seu dedo através do tecido de seda de seu sutiã. Então ele puxou a boca de seu pescoço e abaixou a cabeça até que sua língua substituiu seu dedo.
Mergulhada em sensações que ela nunca tinha sentido antes, Bethany quase se desfez quando Dirk soltou seu sutiã para que assim pudesse mamá-la com a boca. Tão subjugada estava que ela quase não notou quando ele momentaneamente se afastou para libertar a ambos de suas roupas.
Antes de poder sentir falta dele, ele voltava, seu corpo duro equilibrado entre suas pernas separadas, e seu eixo pressionando contra ela. — Não é muito tarde para dizer não, — ele ofereceu sua voz soando mais rouca que o normal. Por um momento breve ela perguntou-se se ele realmente pararia se ela pedisse, sabendo que ele iria, ela pegou sua cabeça entre suas mãos para que pudesse olhar em seu rosto. — Faça amor comigo.
Era todo o convite que ele precisava. Ele surgiu dentro dela, estirando-a, enchendo-a até que ela pensou que seu corpo não aguentaria mais, então ele se manteve quieto por um longo momento, deixando ela se ajustar ao tamanho, antes de puxar de volta. Então ela sentiu o comprimento inteiro dele dentro dela novamente, oh tão lentamente, ele a deixou ofegando de puro prazer.
Envolvendo suas pernas ao redor de sua cintura, ela segurou firmemente enquanto seu corpo se movia com poderosos golpes suaves. Com cada punhalada, a pressão dentro de si crescia, levando mais perto de uma explosão sobre a qual ela só tinha ouvido falar, mas nunca antes experimentado.
Quando ela sentiu o primeiro fragmento de suas prezas contra seu pescoço, ela não teve medo. Mas quando seu ritmo hesitou, ela soube que ele tinha reservas. — Não pare, — ela respirou.
— Eu machucarei você. — Seus braços se esforçaram manter-se acima dela quando ele procurou seu rosto.
Ela sorriu e colocou seus braços ao redor de seu pescoço, puxando-o. — Não, você não irá. Eu prometo.
Mais uma vez, ela sentiu sua boca em sua garganta e seu corpo poderoso retomou seu ritmo primitivo, dirigindo dentro dela, empurrando-a para a borda. Só quando ela pensou que não aguentaria ir mais longe, ele afundou suas prezas em seu pescoço, seu corpo inteiro sentiu como se rompesse em mil pontos de luz e energia.
Acima dela, Dirk surgiu uma última vez e então ficou rígido quando ele encontrou sua própria liberação.
Momentos mais tarde, ele desmoronou ao lado dela e a puxou em seus braços. Ele se sentia melhor do que ele já esteve antes. Com o sol começando a subir, ele devia estar se sentindo esgotado e ainda assim ele sentia como se pudesse continuar para sempre. Ele soube por que. Era o presente de seu sangue, livremente dado, isso o fez sentir-se tão vivo.
Sensibilizado por que ela compartilhou seu sangue com ele, ele virou o rosto para ela e viu lágrimas em seus olhos.
— Beth?— Seu humor eufórico desmoronado em preocupação. — Eu machuquei você?— Ela deitou uma mão em seu tórax, mas não o afastou então ele cobriu-a ele com sua própria. — Você se arrepende que nós fizemos amor?
— Desculpe?— Ela deu uma risada nervosa. — Não. Surpresa? Pasma? Sim. Eu não sabia que podia ser dessa forma. Eu quero dizer, eu ouvi outras conversas de mulheres, mas eu pensei que elas estavam exagerando.
Dirk fez seu melhor para seguir esta lógica, mas estava além dele. — Me desculpe doçura. Eu não entendo.
Seu rosto corou e depois ela desviou o olhar, incapaz de encontrar seus olhos. — Dirk, eu pensava que existia algo errado comigo porque eu nunca tinha… — Suas palavras diminuídas, mas Dirk finalmente compreendido.
— Você nunca teve um orgasmo.
Ela movimentou a cabeça.
Uma sensação de muito orgulho o encheu por ele saber que tinha sido o único a dar-lhe essa experiência. Ela viu e riu. — Vá em frente, pode bater em seu peito se você quiser. Você merece. Você não tem nenhuma ideia do que isso significa para mim. Achei que existia algo errado comigo, como se talvez eu fosse frígida ou coisa assim.
Desta vez riu alto, lembrando-se de suas respostas enquanto eles tinham feito amor. — Querida, deixe-me assegurá-la. Você definitivamente não é frígida.
— Não?— Ela começou a tocar os cabelos em seu tórax.
— Absolutamente não. — Ele inclinou-se para beijá-la, mas o gosto dos seus lábios só aguçou seu apetite. Ele a puxou para ele, beijando-a com uma fome que poderia nunca ir embora, e prosseguiu para mostrar o quanto ela não era frígida.
Julia chegou naquela manhã em uma mansão quieta. Como esperado, Charles tinha ido embora, estava dirigindo para a cidade para uma reunião pela manhã, e nenhum do outros estavam.
Indo para o estúdio para concluir seu trabalho, ela hesitou quando alcançou sua escrivaninha. Para uma mudança, a estátua de gárgula não estava apoiada no meio, como esperado. Ao invés, ela estava na lixeira próximo à escrivaninha. Para vários segundos, ela simplesmente olhou fixamente. Tinha que ser um engano, ela pensou, curvando-se para pegá-la. Não importa que a estátua não fosse algo que ela teria comprado que ela achou seu aparecimento inquietante, ela ainda deve ter algum valor. Por que alguém jogaria isto fora?
Deixando isto na escrivaninha, ela puxou sua mão longe e notou algo pegajoso em seus dedos. Olhando para eles, ela os achou cobertos em uma substância marrom claro que cheirava doce. Era a mesma substância pegajosa que cobria a frente da estátua. Ela puxou um lenço de papel de uma caixa perto e tentou enxugar a substância de ambas as mãos e da gárgula. Era quase impossível. Lançando o papel na lixeira, ela notou um jarro quebrado de xarope. Isso explicava a viscosidade.
Perguntando-se o que ela devia fazer sobre a estátua, ela notou a nota de Charles que estava na escrivaninha.
“Julia, eu me sinto mal tendo que dar fim nisto, mas eu acho que é para melhor. Por favor, veja que vai para o lixo hoje. — Charles.”
Pareceu um pouco dramático para jogar a estátua, mas se assim era como Charles queria lidar com o problema que ela tem tinha, então quem era ela para discutir?
Colocando a estátua na lixeira, ela verificou a hora. Os lixeiros normalmente vinham cedo e ela não quis faltar com eles, então ela levou a lixeira para fora e esvaziou o conteúdo, estátua e tudo, na lata de lixo grande. Sentindo-se ligeiramente melhor, Julia voltou para dentro e lavou as mãos.
O sol estava alto quando Dirk rolou acima de Beth e depositou minúsculos beijos ao longo dos olhos, fronte e lábios. — Hora de levantar— ele sussurrou.
— Nós temos que ir?— Ela murmurou.
— Temo que sim.
Ela se esticou na cama ao lado dele e era tudo que podia fazer para não correr sua mão junto a sua forma perfeita, mas ele sabia que se fizesse os dois estariam em apuros. — Vamos. — Ele saiu da cama e vestiu a calça jeans.
— Onde você está indo?
— Onde nós estamos indo, e a resposta é que, eu vou acompanhar você até seu quarto antes da casa inteira perceber que você passou a noite comigo. Seria melhor se você tivesse uma chance de dizer a eles que você rompeu seu compromisso com Miles antes deles saberem sobre nós. — Ele curvou acima dela e apertou um beijo em sua fronte. — Então você devia se levantar e ser vestir a menos que você queira caminhar pelo corredor sem roupa.
— Certo, certo.
Ela saiu da cama e Dirk quase gemeu em voz alta. — Você é tão linda.
Seus olhos se iluminaram e ela sorriu timidamente. — Obrigada.
Ele a puxou em seus braços e a beijou porque ele não podia resistir, então suspirando ele a deixou ir. — Agora vamos procurar por suas roupas. — Ele procurou em torno da parte inferior da cama até que ele encontrou. Levantando ele segurou-as para ela e observou com interesse imperturbável enquanto ela se vestia. Ele se lembrou da sua mala e a memória de um conjunto de sutiã e calcinha particular assombrou sua mente. Ele a quis ver neles.
Ele sorriu para o pensamento, então abriu a porta de seu quarto para verificar o corredor. Encontrando este vazio, ele a conduziu para fora e dirigiram-se ao quarto dela.
— O sol está alto, você não está cansado?— Ela perguntou a ele à medida que eles caminharam.
— Um pouco, — ele admitiu. — Talvez exista algo de fato sobre aquela coisa de sangue livremente dado afinal.
Eles alcançaram a porta e ele a abriu para ela, mas não a seguiu. — Você devia conseguir descansar um pouco, — ele disse a ela.
Ela agitou sua cabeça. — Eu não estou realmente tão cansada. Eu provavelmente tomarei um banho e então vou surrupiar uma xícara de café enquanto eu examino cuidadosamente as notas da minha pesquisa. O que você vai fazer?
— Eu acho que vou pegar Mac antes dele ir para a cama. Existem umas coisas que nós precisamos conversar. Depois disto, eu provavelmente irei dormir um pouco. Você precisa ir para o laboratório hoje à noite?
— Sim, mas não até mais ou menos umas oito.
— Certo. Isso dará a nós tempo para dar a notícia sobre você e Miles. Então, antes das perguntas se tornarem muito pessoais, nós podemos partir. — Ele fechou a distância entre eles e a puxou em seus braços. — Vai ser difícil não ver você o dia todo, — ele disse suavemente, logo antes dele a beijar.
Ela se derreteu contra ele, respondendo ao beijo com entusiasmo. Foi com grande força de vontade que ele se afastou dela e fechou a porta.
Ela suportou um momento em uma ofuscação, dificilmente ousada para acreditar em tudo que aconteceu. Era suficiente para deixá-la aturdida. Ela embrulhou seus braços sobre si mesma, incapaz de tirar o sorriso que se espalhou através de seu rosto. Então ela pegou com um olhar em seu reflexo no espelho e congelou.
Ela estava uma bagunça. Correndo seus dedos por seu cabelo, ela tentou se pentear, embora tenha sido inútil. Ela gemeu ao pensar que Dirk a viu dessa forma. Envergonhada, ela se apressou para o banheiro e abriu a água do chuveiro.
Tirando suas roupas, ela caminhou para dentro e deixou o fluxo da água morna cair por seu corpo, acalmando músculos que ela não percebeu que estavam doloridos. Pareceu tão bom que ela fechou seus olhos e caiu em uma espécie de transe.
— Tem espaço para dois?
Seus olhos abriram de repente quando ela girou para a porta. Dirk estava lá, sorrindo e olhando fixamente para ela com uma fome em seus olhos que a deixaram sentindo ambas tímida e excitada.
— Eu pensei que você fosse conversar com Mac.
— Ele já tinha ido para a cama, então eu pensei em trazer para você uma xícara de café. — Ela relanceou as duas xícaras que estavam sobre o contador, mas ele não fez nenhum movimento para dar um para ela. Ao invés disso, suas mãos foram para o botão de sua calça jeans e ele abriu o zíper de suas calças. Ela já sabia que Dirk não vestia nada por baixo, mas ainda assim segurou sua respiração em antecipação quando ele deslizou o tecido abaixo de seus quadris e pernas. Ele era magnífico.
Lançando a calça jeans para o lado, ele caminhou para o chuveiro, deixando a água bater em seu corpo. Pequenos pingos espirraram por sua pele de bronze e ela correu sua mão por seu tórax, enxugando-os, assim eles podiam formar novamente. Ele tinha os ombros largos e tórax largo de um nadador e ela o pressentiu sentando na estação do salva-vidas acima de uma poça, seu cabelo loiro alvejado em contraste afiado pelo brilho dourado escuro de sua pele.
Sentindo seu olhar nela, ela olhou para cima e percebeu que ele tinha observado seu olhar fixo nele. Quando ele sorriu, ela ruborizou.
Ele pôs suas mãos em seus quadris e lentamente girou ela para enfrentar o chuveiro. De pé atrás dela, ele esfregou um pouco de sabão entre suas mãos até que ficaram cheias de espuma, então começou massagear seus ombros, movendo suas mãos e espalhando em círculos.
Suas palmas deslizaram suavemente através de sua carne, acordando todos os nervos dentro dela. Quando ele alcançou seus seios, empurrou os lóbulos gêmeos juntos e os ergueu, testando seu peso, massageando em abundância.
Bethany estava respirando rapidamente e ela se debruçou contra seu tórax, perdendo-se nas sensações táteis que ele despertou para vida. Ele estava duro e apertou contra ela, a fazendo se torcer. Quando ela o ouviu prender a respiração, ela sorriu. Abrindo seus olhos, ela alcançou e correu sua mão ao longo do sabão. Então ela se debruçou adiante enchendo ligeiramente as mãos de Dirk com seus seios quando ela voltou-se para trás e levou as mãos ao seu comprimento deslizando dentro e fora de seu aperto.
— Doce Cristo, — ele gemeu e então estava debruçado adiante na cintura até que ela estava apoiada contra a parede na frente dele. Antes de ter tempo para entender o que ele estava fazendo, ele agarrou seus quadris e a segurou, enterrou-se nela com um único golpe. O sabão aliviou sua passagem e ele a tomou com uma fúria animalesca.
A água batendo em suas costas corria para os lados e ao longo de seus seios até um fluxo constante que corria por seus mamilos até o chão. Os sons de suas idas e vindas ecoou pelo banheiro, e a tensão, agora familiar, se fez abaixo em sua barriga. Ela não podia fazer nada além de agarrar-se nessa viagem.
Então Dirk mudou seu ritmo e quando ele se enterrou, em vez de retirar-se, ele moveu seus quadris, afundando-o um pouco mais fundo nela. Ao mesmo tempo, ele deslizou um braço através da frente de seus quadris para segurá-la no lugar enquanto a outra mão moveu para seus seios onde ele rolou e ligeiramente apertou seu mamilo entre seus dedos.
O ataque duplo foi demais e ela bateu seu clímax como a força de um carro em velocidade batendo contra uma parede de tijolo. Ela estava ainda em espiral, pelo choque quando Dirk tenso derramou-se dentro dela.
Por longos momentos, eles permaneceram juntos agarrados, a água morna caindo acima deles. Então lentamente, Dirk a aliviou dele puxando para fora.
— Uau,— ele disse, soando surpreendido. — Eu acho que ainda estou vendo estrelas. Está tudo bem com você?— Ela a virou em direção a ele e moveu sua cabeça para cima assim podia estudar seu rosto, sua preocupação óbvia.
— Nunca estive melhor,— ela o assegurou, sentindo uma excitação pequena em sua reação.
Ele pegou o sabão novamente e ensaboou suas mãos. Ele começou a lhe dar banho, então ele parou e deu seu um sorriso desculpando-se. — Nós nunca vamos sair daqui se eu fizer isto. Eu tomarei banho e saio assim você pode terminar.
Não levou muito tempo e logo ela estava no chuveiro sozinha, despejando xampu em sua mão para lavar seu cabelo enquanto ele se secou fora.
— Eu estarei aqui fora esperando por você, — ele disse a ela. — Você quer seu café antes que eu vá?
— Não, eu não demoro. — Ela o ouviu sair e colocou a cabeça debaixo da água para enxaguar seu cabelo. Ela rapidamente ensaboou e enxaguou seu corpo, não deixando de pensar sobre o modo que as mãos de Dirk a fizeram se sentir quando ele a lavou. Ela estava corada desde quando ele saiu do chuveiro.
Não existia nenhum barulho vindo do quarto enquanto ela se secou e ela perguntou-se se Dirk voltou para seu quarto afinal. Passou o pente por seu cabelo, e então embrulhou uma toalha ao redor dela e seguiu para o quarto.
Dirk estava lá, de pé ao lado da cômoda, sua expressão sombria e fechada. Ao lado dele, seu novo sutiã e calcinha púrpuros largados em cima da cômoda, próximo à orquídea e rosas.
— Algo está errado?— Ela perguntou.
— Eu pensei que você tivesse terminado seu compromisso. — Seu tom era vagamente tranquilo, mas não menos acusador.
Ela olhou fixamente, confusa, em seu anel de compromisso, agora em sua mão. — Onde você conseguiu isto?
— Eu achei isto em sua gaveta quando eu fui pegar isto. — Ele movimentou a cabeça para o lingerie em cima. — Eu vi que você colocar eles e quis ver você neles. Eu estou certo que é o último lugar que você esperava que eu olhasse. Desculpe se eu arruinei seu pequeno esquema.
— Que esquema?
Ele agitou sua cabeça. — Agora isso tudo faz sentido. Você nunca realmente terminou com Miles, não é?
— Claro que terminei, — ela estalou. — Você realmente pensa que eu faria amor com você enquanto eu estava comprometido com outra pessoa?
Ele fechou a distância entre eles, seus olhos relampejando. — Sim, eu acredito.
Foi como uma bofetada em seu rosto e ela não soube se estava mais atordoada ou machucada. — Por que eu faria isto?
— Curiosidade.
— Sobre o que?
Seu olhar quente acima dela e quando ele correu um dedo ao longo da extremidade da toalha onde embrulhou através de seus peitos, ela não podia parar seu corpo de responder ao seu toque. Então ela compreendeu.
Sua insinuação imediatamente acendeu seu temperamento e ela bateu sua mão longe. — Saia de meu quarto, agora.
Ele não se moveu. Dor e a frustração inchavam dentro dela, ela quis gritar ou chorar, mas ela não fez nenhum dos dois. Dando a ele seu olhar fixo mais frio, ela manteve sua voz firme até o fim. — Saia agora ou eu gritarei até que todo mundo na casa venha para cá correndo.
Um minuto inteiro se passou enquanto eles olhavam um para o outro. A proximidade que eles compartilharam recentemente murchou e morreu. Então Dirk despertou e fechou a tampa da caixa da joia e lançou sobre a cama quando ele saiu do quarto.
Bethany não podia se mover. Ela estava ainda tensa pela briga, respirando irregularmente rápido enquanto a raiva a queimou bem no fundo e machucava, deixando seu estômago doendo. Só quando ela percebeu que Dirk não estava mais, ela se permitiu relaxar ligeiramente.
Ela examinou cuidadosamente a cama e levantou a caixa com a joia. Como foi parar em sua gaveta? Ela distintamente lembrou-se de devolver isto para Miles. Ela deslizou a caixa em sua bolsa e cruzou para a cômoda para colocar no lugar a lingerie púrpura que Dirk havia retirado de lá. Seus olhos fixaram o vaso de rosas e uma memória da noite anterior a atacou. Miles podia ter deslizado o anel em sua gaveta enquanto ela tinha ido encher o vaso com a água, mas por quê?
A única explicação que ela podia pensar era que talvez ele estivesse tendo dificuldade para aceitar aquelas coisas que realmente estava acontecendo entre eles. Nesse caso, ela teria que explicar isto para ele novamente quando ela devolvesse o anel.
Dirk era outro problema. Seus sentimentos por ele eram complicados e machucou que ele não confiasse nela. Depois de escutar as histórias de sua infância, ela entendeu por que confiança era difícil para ele, mas ela não achou que ela podia viver sob a égide da desconfiança contínua.
Além disso, ele a tinha machucado, humilhado. Toda vez que ela o visse agora, estaria lá, pendurando entre eles, junto com a memória de fazer amor. O pensamento de viver sob o mesmo teto com ele, mesmo por um dia ficou de repente intolerável. Depois que se vestiu ela puxou suas malas do armário e começou a arrumar suas roupas.
Os vampiros ainda estavam lá fora, mas se ela aproveitasse o uso de suas horas de luz do dia, ela poderia estar longe de Washington, D.C., ao anoitecer. Ela escolheria um destino ao acaso, por isso não haveria maneira fácil de segui-la.
Você está fugindo. As palavras ecoaram em sua cabeça. Não, é começar de novo, uma voz desafiadora rebateu. Não existia nada a prendendo aqui. Não Miles. Certamente não Dirk.
Que tal o projeto?
Ela pausou no ato de dobrar uma camisa. Seu trabalho era um obstáculo na estrada definida. Depois de ontem à noite, ela estava perto de terminar. Só mais alguns testes, mas existia ainda a pergunta do que a droga era para ser usada. Era uma pergunta que só Miles podia responder. Se fosse algo ilegal, então ela iria embora. Deixaria o trabalhar inacabado. Se não fosse ilegal, ela terminaria isto tão rápido quanto ela podia e então ela partiria.
Espontaneamente, seus pensamentos se voltaram para Dirk. Se uma parte pequena dela esperava que ele viesse rastejando de volta, pedindo lhe perdão, então estava na hora de enfrentar a realidade. Respirando fundo, ela terminou de embalar suas coisas.
Minutos mais tarde, ela estava no andar de baixo, pegou outra xícara de café e então entrou na sala de estar onde ela encontrou Lanie de pé no meio da sala, olhar perdido.
— Bom dia. Tem ago de errado?
Lanie saltou no som de sua voz e então sorriu desculpando-se. — Eu sinto muito. Eu estou procurando pela Gem. O tio Charles me pediu para vigiá-la, mas eu acho que fiquei distraída esta manhã quando Mac voltou para casa. — Ela corou, dando a Bethany uma ideia satisfatória de como, exatamente, ela foi distraída.
— Ela não está na escrivaninha da Julia? — Bethany recordou Lanie dizendo a ela como o pequeno bebê chupacabra desenvolveu um dente doce e constantemente estava mordiscando as hortelãs de Julia e continuava sentando em sua escrivaninha.
Lanie agitou sua cabeça. — Foi o primeiro lugar que eu chequei.
— Você perguntou a Julia se ela a viu?
Lanie pareceu envergonhado. — Não ainda. Eu não quis fazer um grande negócio sobre isso. Ela já pensa um de nós está fazendo uma piada com ela, eu não quis que ela pensasse que era eu.
Bethany compreendeu. Todo mundo gostava de Julia e, entretanto era necessário manter segredos dela, ninguém gostava de fazer isto. — Eu ajudarei que você encontre.
Lanie relampejou um sorriso. — Obrigado, eu apreciaria isto.
— Onde você olhou até agora?
— Eu verifiquei o estúdio, a sala de estar e a cozinha. Ela não está em meu quarto e não existe nenhum modo que ela iria para quarto do Dirk.
— Por que é isto?— Bethany perguntou com curiosidade.
— Ela parece demais com o adulto que o atacou, — Lanie disse enquanto elas caminharam para corredor abaixo para verificar um pouco mais dos outros quartos. — Ele a chuta fora sempre que ela vaga em seu quarto por engano.
— Mas Mac aceita bem ela estarao redor dele?
— Isto talvez seja um pouco diferente. Embora o adulto tenha atacado Mac, quando Burton quase me matou, foi a Gem que salvou minha vida. O Mac jurou então sempre cuidar dela.
Eles alcançaram o quarto onde ela e Dirk assistiram TV e a conversa deu uma parada enquanto elas procuraram. Levou tempo porque elas não podiam fazer só uma procura superficial. Tiveram que explorar todo o espaço, onde quer que uma criatura brincalhona pudesse se esconder.
Depois que eles concluíram que ela não estava lá, elas moveram para o próximo quarto. Quatro quartos mais tarde, elas ainda não a acharam. Até agora, Bethany soube que Lanie estava seriamente preocupado sobre a pequena criatura.
Entrando na cozinha para almoço, eles estavam sentando à mesa, escolhendo sua comida, quando Julia entrou. Ela elevou seu olhar para os rostos e o seu próprio ficou preocupado. — Algo está errado? — Era uma declaração mais que uma pergunta.
Bethany não estava certo se Lanie diria qualquer coisa para a mulher, então ela fez. — Eu tenho medo que a estátua de gárgula esteja sumida. É tipo de uma história longa, complicada que eu não tenho liberdade para compartilhar, mas ele tem valor sentimental grande e parece estar perdida. Você a viu?
Por um momento Bethany pensou que Julia poderia saber algo. Seus olhos cresceram largos e, entretanto ela era muito refinada para deixar o declive de mandíbula aberta, Bethany conseguiu a impressão que ela estava não obstante confundida. — Eu… eu, — ela tragou. — Não. Você está certo que você olhou em todos os lugares?
— Não ainda, — Lanie admitiu, ela verbalizou soando renunciada. — Eu acho que eu terei que ir pelo resto dos quartos na ala oeste. — Ela afastou a mesa, deixando sua comida intacta. — Eu acho que eu continuarei procurando.
Bethany ia continuar quando Lanie a acenou de volta. — Eu sei que você tem coisas melhores para fazer. Eu certamente seguirei olhando eu mesma, obrigado. Não existe nenhuma urgência real até anoitecer. — Ela deu a Bethany um olhar significante. — Então eu terei que pedir a Mac e Dirk para ajudar.
— Você está certo, eu não me importo de ajudar, — Bethany disse.
— Sim, obrigada. Eu estou certa.
Bethany assistiu ela sair do quarto. Julia agora parecia preocupada assim Bethany terminou de comer o almoço. Ela realmente precisava conversar com Miles.
— Eu tenho que ir até a cidade um pouco, — Julia de repente anunciou.
Bethany saltou na oportunidade. — Você se importaria se eu fosse junto? Eu preciso fazer algum trabalho no laboratório.
A princípio ela pensou que Julia poderia dizer não, entretanto a mulher sorriu. — Claro que não. Eu levo você. Deixe-me fazer um telefonema rápido e então nós podemos estar a caminho.
Julia deixou a cozinha e apressada para o estúdio onde ela fechou a porta. Seu coração estava fazendo correr e ela lutou para ficar tranquila. O que ela fez? O que ela tinha pensado? Claro que eles não jogariam fora a estátua. O quão idiota era ela pensar o contrário.
Ela soube que Lanie não acharia a estátua na asa do oeste. De fato, Lanie não acharia a estátua em qualquer lugar nas premissas porque os coletores de lixo vieram mais cedo naquela manhã.
Levantando o telefone, ela chamou o número para a companhia de gerenciamento de lixo. Levou bons de dez minutos, mas ela finalmente conseguiu as informações que ela precisava. Agarrando sua bolsa, ela voltou na cozinha para encontrar Bethany que esperava por ela.
— Pronta?
Bethany movimentou a cabeça, e por um breve segundo, Julia estava tentada a dizer a ela o que aconteceu. Então ela pensou melhor.
Quarenta minutos mais tarde, Bethany saiu do carro de Julia e assistiu a mulher ir embora. Ela soube que existia algo a aborrecendo, mas Julia não compartilhou e Bethany não insistiu.
Quando o carro desapareceu de visão, Bethany se apressou em direção à entrada dianteira do Edifício Van Home, constantemente esquadrinhando seu ambiente à medida que ela foi. Ela lembrou o que Dirk disse a ela sobre vampiros contratando humanos para ajudar durante o dia, mas pensou que se ela permanecesse alerta, ficaria bem. Ela estava quase na porta quando viu um homem familiar, saindo. Levou um minuto para lembrar onde o viu, mas finalmente se lembrou. Era o mesmo homem que ela escutou conversando com Miles, o de cabelo laranja.
Apressando o passo ela foi para seu laboratório, levantou o telefone e discou escritório de Miles, só para ser informado pelo secretário que ele estava em uma reunião. Depois de conseguir o acordo do secretário para chamá-la quando Miles estava livre, Bethany colocou uma panela de café e, enquanto ela preparou, revisou suas notas até este ponto. Ela não podia ajudar a sensação de urgência empurrando-a para se apressar. A uma lição que ela aprendeu era que ela não queria absolutamente estar no laboratório depois de escurecer.
Indo para a geladeira, ela retirou o último grupo de extrato sintético que ela fez e levou para a mesa. Ao levantar um tubo para examinar debaixo do microscópio, ela hesitou, mão suspensa acima da prateleira, enquanto ela fez uma conta rápida. Nove tubos, que significava que três estavam faltando. Ela contou novamente e apresentou os mesmos resultados.
Voltando para a geladeira, ela verificou do lado de dentro, perguntando-se se os frascos foram roubados ou extraviados. Ela voltou para suas notas da noite anterior, no caso dela usar mais do sintético que ela podia recordar. Ela não tinha feito.
O tocar do telefone a surpreendeu e ela correu para responder.
— Ele pode ver você agora, — A secretária de Miles a informou.
Prometendo investigar a fundo, Bethany pôs os frascos de volta no refrigerador e saiu.
— Bethany, isto é uma surpresa inesperada, — Miles disse alguns minutos mais tarde quando ela entrou em seu escritório. — Você está só?
Ela ignorou a pergunta. — Eu penso que nós devíamos conversar.
— Claro. Vamos sentar. — Ele a levou ao sofá do outro de seu escritório e sentou ao lado dela. Estando só com ele agora se sentiu desconfortável. Mais ou menos confirmado sua suspeita de que seria difícil de continuar a trabalhar para Tecnologias de Van Home.
— Eu queria conversar com você sobre o extrato de planta.
— Certo.
— Eu levei dias para criar uma réplica sintética quase perfeita, mas existe um elemento na amostra original que me confunde. Eu tenho medo, até que eu possa compreender o porquê de os sintéticos serem instáveis. Os títulos químicos não os segurarão junto e os elementos resultantes podiam ser muito perigosos.
— Eu não estou certo que eu entendo, — ele disse.
— É como o sal de cozinha, — ela explicou, — só que em uma escala mais complexa. Quando sódio e cloro são quimicamente colocados juntos, eles fazem o sal de cozinha, completamente saboroso. Mas se quebrarmos a ligação química, obtemos sódio, o qual é um explosivo volátil, e cloro, o qual é um gás venenoso, nenhum dos dois é particularmente saudável para ingerir.
A sobrancelha de Miles enrugou, mas ele não disse nada.
— Eu quero saber o que você está planejando fazer com o extrato se eu tiver sucesso em duplica-lo. — Ela manteve o olhar nivelado e fixo, desejando que ele a levasse a sério. — Eu sei sobre Sr. Santi.
— Você sabe? — Ela podia dizer que as notícias o pegaram de surpresa.
Ela movimentou a cabeça. — Sim. Eu apareci aqui para conversar com você outro dia e ele estava em seu escritório. A porta estava aberta e eu escutei sua conversa.
Seus olhos se estreitaram quando a estudou. — O que, exatamente, você ouviu?
Ela estava patinando em gelo fino e debateu quanto ela podia blefar de sua passagem e da conversação porque ela não realmente ouviu tanto. — Suficiente para saber que você tem que lidar com ele para distribuir droga.
Miles movimentou a cabeça solenemente. — Sim, isto é verdade e você tem medo que eu esteja fazendo algo ilegal?
Ela movimentou a cabeça. — Eu não quero ver qualquer coisa ruim acontecer com você.
Algo relampejou através de seus olhos e ela não pode interpretar, entretanto ele sorriu, segurando sua mão. — Eu estou muito feliz por ter alguém que se importa comigo. De fato, eu estou tentando fazer um acordo com o Sr. Santi, mas ele é perfeitamente legítimo. Você vê. O Sr. Santi é dos Produtos farmacêuticos de Burkford.
— Ele é?
Ele movimentou a cabeça. — É uma companhia relativamente nova que produz remédios a base de ervas. Porque eles estão ainda começando as atividades e eles têm que terceirizar grande parte de sua pesquisa em novas drogas. Tudo estritamente legal, eu te asseguro.
Um sorriso se estendeu através do rosto de Bethany quando ela digeriu o que ele disse. — Oh, eu estou tão aliviada por ouvir isto. Eu não posso dizer a você as coisas que eu imaginei. — Ela quis rir de sua própria tolice. — Sr. Santi não parece com um típico representante, eu suponho que pensei o pior. — Ela sorriu quando viu a expressão de compreensão de Miles. — Eu pensei o pior de você, também. Eu sinto muito.
Ele bateu levemente sua mão. — Eu não posso ter você pensando que eu sou um santo em tudo isto, — ele respondeu. — A verdade é que Produtos farmacêuticos de Burkford está pagando Tecnologias Van Home uma taxa robusta para analisar o extrato.
— Mas eles estão pagando isto às claras, — ela disse.
— Sim. — Por vários momentos, ele olhou ela e então algo em seus olhos mudou. — Eu sei que eu vi você ontem à noite, mas eu sinto sua falta.
Naquele momento, ela soube que ela podia dizer a ele que ela mudou de ideia e ele a tomaria de volta. As coisas podiam retornar ao modo que elas tinham sido antes de Dirk e os vampiros. Por um breve momento, ela tentou, entretanto soube que não faria isto. — Miles, eu...
— Por favor, não diga isto, — ele a interrompeu. — Ouvindo uma vez ontem à noite foi suficiente. Eu não acho que eu posso lidar com uma segunda rejeição em tão pouco tempo. — O sorriso que ele deu a ela era doce. — Estou contente que você veio me ver. Como eu disse antes, é bom saber que você ainda se importa.
— Eu sempre me importarei,— ela disse, significando toda palavra. Sentindo desconfortável uma vez mais, ela soube que não podia partir até que cuidasse de mais uma coisa. Alcançando no bolso de seu jaleco, ela retirou a pequena caixa da joia e segurou, assistindo seu rosto. Ele teve a decência de parecer envergonhado. — Eu acho que você esqueceu isto ontem à noite, — ela disse.
Ele alcançou e tomou dela. — Eu estava pensando que você poderia ter uns segundos pensamentos quando encontrasse.
— Eu sinto muito, Miles. Eu não mudarei de ideia.
Ele movimentou a cabeça, e assistindo-o colocar o anel em seu bolso, ela esperava não ver ele novamente.
— Eu preciso voltar ao trabalho, — ela disse a ele. Levantaram-se e ele a acompanhou para a porta. Eles quase tinham a alcançado quando ela pensou sobre outra coisa. — O anúncio do casamento.
— Sobre isso? Oh, sim. Desculpe. Eu cuidarei disto.
Ela sorriu. — Obrigada, Miles.
Ela partiu, sentindo melhor pelo menos em uma parte de sua vida. Ela poderia estar lutando com Dirk e vampiros poderiam ainda estar atrás dela, mas pelo menos agora ela não tinha que se preocupar com Miles indo para prisão porque estava fazendo algo ilegal.
Retornando a seu laboratório, Bethany se fixou no trabalho. Ela estava determinada a terminar antes de escurecer e se recusou a perder tempo, pelo menos mais uma noite ficaria na segurança da mansão. Amanhã, quando o sol surgisse, ela partiria.
Julia tentou manter seus olhos na estrada à medida que ela dirigia. Charles estaria tão desapontado com ela se ele soubesse o que ela fez. Não se ela concertasse. Ela tinha toda intenção de confessar, mas primeiro queria ver se poderia fazer as coisas direito.
Trinta minutos mais tarde, Julia permaneceu no pé de quase um acre de lixo, pensando que ela seriamente subestimou a tarefa à mão. Procurar o container não só iria tomar muito tempo, mas prometia ser também extremamente desagradável. Se o odor rançoso era qualquer indicio de algo, podia dizer muito bem que lá estava uma dúzia corpos em deconposição, junto com outras coisas que ela não quis considerar.
Resignando-se ao inevitável, ela deu um suspiro e então imediatamente lamento como ela ofegou para respirar ar limpo, livre de odor.
— Bem, Julia, adiar isto não vai torna-lo mais fácil, — ela disse a si. — Melhor chegar a ele.
Depois de deixar Bethany mais cedo, ela parou na primeira loja de hardware que ela viu e comprou um conjunto impermeável, botas de borracha e uma caixa de luvas. Então ela dirigiu para o endereço que o balconista da cidade lhe deu. Agora, vestida bem em suas novas compras, ela começou a trabalhar.
Inicialmente, ela procurou peneirando pelo lixo educadamente, depois com medo de que pessoas a expulsassem ao descobri-la se levou ao limite. Como com tantas coisas, sucesso dependia do quão disciplinado a mente era. Também ajudou o fato de Julia estar procurando por algo grande, permitindo passasse por cima dos muitos artigos pequenos, menos agradáveis.
A primeira seção que ela procurou provocou um desapontando, então ela moveu para outra seção onde seus esforços não foram mais frutíferos. Ainda sim, ela perseverou, movendo-se para outro se separando do volumoso container. Ao final do dia, Julia estava cansada, deprimida e não tinha nada para mostrar para seus esforços exceto um fedor que ela esperou não fosse permanente. Uma pequena parte de sua preocupação era de que algum lugar ao longo da rota lixeiros ou outra pessoa tivessem visto a estátua entre o resto do lixo, gostado, e agora a levasse em sua posse. Se esse era o caso, então ela nunca veria aquilo novamente.
Agora, ficando tarde, Julia trabalhou seu modo sistematicamente ao redor uma montanha relativamente fresca de lixo, preocupada que o sol não ficaria posto tempo suficiente para que ela terminasse. Ela também se preocupou sobre que estava acontecendo na mansão. Até agora, eles deviam estar perguntando-se onde ela estava.
Como o cheiro do lixo cresceu mais forte, ela puxou seu atomizador de perfume pequeno de seu bolso e se pulverizou, era forte o suficiente para mascarar o mais ofensivo odor agarrado a ela.
O sol estava morrendo e os raios lançam um brilho laranja através da paisagem, lançando a um lado da pilha uma grande sombra. Ela caminhou para a lateral e permaneceu de costas para o sol, então ela poderia enxergar, começando a escolher pelos escombros.
Logo perdida em seus pensamentos, um lampejo de movimento ao ser lado a surpreendeu. Ela congelou em seu lugar e esperou. Ela tinha acabado de decidir que tinha sido uma invenção de sua imaginação quando veio novamente.
A apreensão disparou através dela. Embora não tivesse visto nenhum, não era inconcebível existir cachorros ou até mesmo ratos que cavavam pela pilha, ela disse a si. O problema era que, em todas as probabilidades, o animal não era domesticado e potencialmente perigoso.
Tentando evitar isto, ela se afastou da pilha. Infelizmente, o animal movia com ela, quase como se fosse a acompanhando. Ela congelou mais uma vez e moveu sua visão, cheirando a pilha. Na luz escura, era duro de ver exatamente que tipo de animal era.
O cabelo era cortado tão pequeno que a criatura pareceu sem graça, embora lá parecesse ter topetes de cabelo parando suas costas. Como ela moveu para conseguir dar uma olhada melhor para ele, o animal levantou sua cabeça e a viu.
Seus olhos ardiam vermelhos e Julia estava certa de que ela viu dentes longos, afiados contraindo de sua boca. De repente ela estava com muito medo. Ninguém sabia que ela estava aqui fora e ela deixou seu telefone celular no carro.
Movendo-se lentamente, ela voltou um monte abaixo de lixo e acabou por alcançar a parte inferior quando ela ouviu o grunhido. Em uma tentativa desesperada para se salvar, ela correu em direção a seu carro. Ela tomou só uns passos quando perdeu sua sorte.
Dirk acordou com um humor escuro. Ele foi um brinquedo e não gostou disto. O velho Dirk não teria importado tanto, na verdade ele poderia até aproveitar-se da situação apreciando a mulher até que ficasse cansado dela e então a enviasse de volta para seu noivo. Por alguma razão, ele achou difícil fazer isso com Bethany. Do primeiro momento que ele a viu, ela o afetou de jeito estranho.
Ele agora percebia que aquilo que tinha estado entre eles era puramente físico, nada mais. E agora que tinha acabado ele se preparou para a enorme sensação de perda. Ele recusava se deixar afetar. Ele ainda tinha um trabalho a fazer e ele seria um maldito se deixasse isso interferir. Ele ainda guardaria Bethany com sua vida e desde que ela estivesse na mansão, ela estava segura. Nos seis meses em que eles tinham caçado Harris e Patterson, os dois nunca tinham ousado atacar a mansão. Para fazer isto teria de ser suicida e os antigos SEALS eram mais espertos.
Dirk suspirou. Apesar de sua relutância para sair da cama, uma sensação de urgência o afetava, até que ele não pode mais ignorar isto. Saindo da cama, ele vestiu-se depressa e encabeçou no andar de baixo.
Mac estava na sala de estar, seus braços embrulhados ao redor de Lanie que estava claramente chateada. O almirante Winslow também estava lá, compassando de um lado para outro, olhando horrendo. Olhando para rosto do Mac, Dirk soube que a sensação de urgência que ele sentiu foi tinha sucedido pelo vínculo psíquico que dois homens compartilhavam.
— Nós temos que achar Gem, — Lanie pleiteou com Mac.
— Eu sei bebê, nós iremos. Eu prometo. — Ele procurou e viu Dirk e, por um momento, sua expressão relaxou. — Dirk e eu sairemos e a acharemos, mas você tem que me prometer que ficará aqui.
Dirk olhou de Mac até o almirante, e então atrás novamente. — O que esta acontecendo?
— Gem desapareceu. — o almirante disse.
Dirk não podia ajudar relanceou em torno do quarto e notado pela primeira vez que o pequeno chupacabra não estava espreitando perto como normalmente estava. — Bem, ela não pode ter ido longe. O sol só se pôs à uma hora, — ele debateu. — talvez ela esteja do lado de fora.
Lanie estava agitando sua cabeça antes dele terminar. — Eu gastei o dia inteiro procurando por ela, eu penteei cada polegada deste lugar, dentro e fora. Ela não está aqui.
— Por que você não veio me despertar, — Mac quietamente repreendeu sua esposa.
— Você precisava de seu sono. Além disso, eu pensei que eu a acharia. Eu quero dizer, ela é tão pequena, onde ela poderia ir?— Sua voz quebrou acima desta última parte e ela caiu muda.
— Talvez Julia a achou e a pôs em algum lugar, — Dirk sugeriu.
— Isto é o outro problema, — Mac disse seu tom acusando. — Julia saiu mais cedo hoje e nunca voltou. Ela não avisou a qualquer um.
O almirante parou de caminhar a fim de enfrentar Mac. Dirk viu as linhas de preocupação cauterizada em seu rosto e a entrada rígida que segurou ele mesmo. — Jovem homem, eu espero que você não esteja sugerindo que Julia teve algo a ver com o desaparecimento da Gem.
— Isto é exatamente o que eu estou sugerindo,— Mac rebateu, movendo Lanie para trás dele assim colocando-se em posição de ataque com o almirante.
Dirk pensou que era só uma indicação do quão chateados os dois homens estavam, que eles estavam muito perto de explodir. Ele estava para se colocar entre eles quando o som da abertura de porta da frente pegou sua atenção.
Dirk girou ao redor quando o cheiro apareceu, pegando uma brisa de algo errado. Julia estava lá, vestindo uma peça de jaqueta que estava tão imundo Dirk não teve nenhuma ideia de que cores ela alguma uma vez tinha sido. Seu cabelo estava uma massa selvagem em cima de sua cabeça e seu rosto estava riscado com lama.
Almirante Winskow tomou um passo em direção a ela, entretanto parou sem dúvida repelido pelo odor. — Julia, o que em nome do Deus…
— Eu sinto muito, — ela disse. — Eu cometi um engano hoje. Eu não espero que você me perdoe, mas eu não quis que você me despedisse antes de eu ter uma chance de arrumar as coisas direito.
O almirante pareceu tão confuso quanto Dirk sentiu. — Sobre o que você está falando?
— A estátua.
A menção mera da palavra causou a tensão na sala para escalar.
— O que você sabe sobre a estátua?— O tom de Mac era mortalmente sério.
Julia olhou como se ela quisesse ir embora, mas Dirk deu seu crédito para que tivesse a coragem para permanecer onde estava. — Eu sei o que aconteceu com ela. — Ela girou olhar para Lanie. — Eu sinto tanto. Quando você perguntou a mim mais cedo onde estava, eu menti.
Lanie ofegou, mas Julia se apressou antes de alguém poder interromper. — Você vê, eu entrei esta manhã e achei a estátua na lixeira. — Ela girou para o almirante. — Depois de nossa conversa ontem, você disse que você cuidaria disto. Eu pensei que tinha sido sua solução jogar fora. Especialmente depois de eu ler sua nota.
— Minha nota?
Todos os olhos giraram para o almirante e por um segundo ele pareceu confuso, então ele suspirou e movimentou sua cabeça. — Eu estava atrasado para meu café da manhã marcado no centro da cidade. Eu estava indo para caixa do correio para ter certeza que não existia nada lá que eu precisasse quando eu notei um pacote de um amigo velho. Eu abri e achei várias garrafas pequenas de xarope, uma da qual quebrou. Eu lancei-a no lixo e deixei Julia uma nota para dar fim nela.
Lanie girou então para Mac, sua expressão esperançada. — Ela está provavelmente fora na caixa da lata de lixo. Você iria checar?
— Claro. — Ele apertou sua mão e começou para a porta quando o almirante passou sem tocar sua garganta.
— Ela não estará lá, — o almirante firmemente disse. — Hoje é dia de coleta.
Julia perscrutou em Lanie com uma expressão renunciada em seu rosto. — Quando você perguntou sobre a estátua, eu percebi que eu tinha cometido um engano, mas até lá, era muito tarde para corrigir isto. O lixo já tinha sido coletado.
— Nós precisamos descobrir onde eles esvaziaram o lixo, — Lanie disse claramente aflito. — Talvez ela ainda esteja lá.
— Eu cuidarei disto. — Mac olhado para Dirk, que movimentou a cabeça que ele estava pronto para ajudar a procurar pela criatura pequena.
— Eu quis ajudar — Julia começou, mas Mac a cortou fora, com seu frio de tom, limitamente cruel.
— Eu penso que você já fez o suficiente.
Ele girou para ir, mas mudando sua velocidade, o almirante cruzou o quarto e agarrou braço do Mac em um forte aperto, tecendo ao redor.
O olhos do Mac lampejaram um vermelho claro e Dirk o viu lutar para controlar sua reação, por respeito ao homem mais velho. Por vários segundos, eles olharam um ao outro. Dirk aproximou-se, perguntando-se se ele iria ter que separar uma briga, então Mac deu um suspiro, lançando sua raiva. Ele girou para enfrentar Julia, que ainda não se moveu de onde estava. — Eu sinto muito. Eu estava fora de controle.
— Não, — ela respondeu. — Você tem todo direito de estar chateado. Tudo que eu quis dizer é que você não tem que ir a qualquer lugar. — Ela disse fora de visão por um momento e quando ela voltou, ela estava segurando o bebê chupacabra em seus braços.
Lanie guinchou com encanto e correu para a criatura. E Gem emitiu um barulho em algum lugar entre um latido e um grunhido, que Dirk assumiu significava que ela estava excitada. Ela saltou nos braços do Lanie e quase a derrubou.
Dirk assistiu ao reencontro feliz, perguntando-se quando todo mundo perceberia que existia agora mais uma pessoa quem sabia do segredo, ou pelo menos parte dele.
Não levou muito tempo. Com Gem embalada contra seu lado como um bebê, Lanie olhou fixamente para Julia em assombro. — Como?— Parecia ser tudo que ela era capaz de perguntar.
Julia sorriu. — Não foi tão difícil. Eu fui até a cidade para descobrir onde o lixo era esvaziado. Foi onde eu estive a tarde toda.
— Mas você estava procurando por uma estátua, — Lanie assinalou. — Quando você percebeu que a Gem realmente não era uma estátua?
— Logo depois que o sol se pôs e eu pensei que ela iria rasgar fora minha garganta.
O almirante foi para ela. — Você está bem? Você não é machucada, não é?
— Não, eu estou bem,— ela respondeu, olhando para o almirante com uma mistura de esperança e desejo que fizeram Dirk perguntar-se se o almirante percebeu o quanto ela gostava dele. — Eu admito, eu pensei que eu estava morta quando ela me bateu acima de e foi para minha garganta.
Todo mundo na sala ofegou em alarme, mas Julia permaneceu tranquilo. Ela alcançou no bolso superior de seu conjunto e retirou de lá uma hortelã, como aquelas que continham sua escrivaninha, e segurou aquilo para o bebê chupacabra, que pegou de sua mão e começou a lamber. — Percebi que ela não estava indo para minha garganta afinal. Uma vez que eu percebi que eu não estava para morrer, eu tive uma chance de estudá-la. Foi ai que notei a semelhança com a estátua.
— Eu estou impressionado,— Dirk admitiu, falando pela primeira vez. — Não existem muitas pessoas que teriam permanecido tranquilas sob essas circunstâncias.
Julia deu uma risada pequena. — Então eu não direi a você sobre o desarranjo pequeno que eu tive.
O sorriso do almirante foi quente e gentil. — Eu suspeito que você tenha algumas perguntas.
— Realmente, — ela admitiu, — eu só tenho uma.
Eles todos viraram para ela e esperaram.
— Você vai me matar?
Todo mundo olhou fixamente para ela e Dirk perguntou-se se eles, como ele, estava tentando compreender se ela estava tentando ser engraçada ou séria. Ele suspeito que fosse o ultimo e isto o aborreceu.
O almirante, porém, parecia estar o mais chateado. — Julia, por que você perguntaria isto?
Ela olhou no nível dos olhos quando respondeu. — Você diz que você está dirigindo uma agência de segurança, mas você só tem um cliente, até onde eu posso dizer, e ela não está pagando a você para cuidar dela. Todo o dinheiro que você consegue para as atividades filantrópicas está vindo de em algum lugar, mas eu não tenho nenhuma pista de onde. Você era do exército e você trabalha com a polícia local. Dirk e Mac trabalham principalmente de noite e com exceção de comermos ocasionalmente, você faz grandes esforços para ver se eu não estou aqui depois de escurecer. Eu sei que você estava tentando manter qualquer coisa que você faz confidencial e esta criatura, qualquer coisa que seja, faz parte disto. Então, eu acabei de perguntar se você iria matar-me a fim de manter seu segredo.
— Claro que nós não vamos matar você. — O almirante soou firme. — Eu estou altamente ofendido que você até sugeriria tal coisa. Eu admitirei que nós afastemos certas coisas de você, mas só para sua própria proteção.
Julia deitou sua mão em seu braço. — Você não me deve quaisquer explicações. Eu não vou dizer a qualquer um o que eu vi. Eu só limparei totalmente minha escrivaninha e estou fora de sua casa assim que eu puder.
— Você está partindo?— Lanie perguntou, com o rosto demonstrando preocupação deixou o bebê chupacabra no chão para que pudesse se aproximar de Julia.
Foi a vez de Julia ficar com o olhar surpreso para Lanie e então o almirante. — Não, eu não estou deixando. Eu quero dizer, eu não quero deixar, mas eu pensei depois que tudo aconteceu que você não iria… quero dizer, eu pensei que eu seria despedida.
O almirante sorriu. — Não, você não será despedida. Eu não posso parar você se quiser partir, mas eu espero que fique.
Julia sorriu para ele, a sujeira em seu rosto dando uma particular aparência a sua face.
— Bem, eu gosto daqui.
— Bom, — o almirante disse, como se as coisas tivessem sido decididas. — Mas isto muda as coisas um pouco. — Ele trocou olhares significantes com Dirk e os outros e eles todos silenciosamente movimentaram a cabeça. Voltando para Julia, o almirante continuou. — Eu tenho medo que exista muito mais para dizer para fazemos que você compreenda. Eu acho que é tempo de te informarmos de tudo, mas primeiro, talvez você gostasse de se refrescar lá em cima um pouco?
O olhos de Julia se alargaram em horror quando ela levantou uma mão para seu cabelo. — Oh, meu, eu devo estar uma bagunça e esse cheiro.
— Eu acho que você parece atordoante, — o almirante respondeu corajosamente. — Lanie, mostre a Julia um quarto de convidado assim ela pode tomar banho e talvez você ou Bethany tenham uma muda de roupas que ela possa usar.
— Bethany é do seu tamanho,— Lanie disse, levando Julia para cima. Eles se foram por alguns minutos até Lanie voltar bruscamente. — Alguém viu Bethany? Ela não está em seu quarto.
Dirk ficou tenso. — O que você quer dizer com ela não está lá?— Ele rosnou, correndo até o quarto do Bethany. Ele imediatamente encontrou as malas dela na cama, tampas abertas para revelar as roupas empacotadas do lado de dentro. Ela estava partindo?
A descoberta veio como um choque, seguida próxima por raiva, frustração e um gotejar de medo. — Onde inferno ela está?
— Talvez ela ainda esteja no laboratório— Julia ofereceu, chamando atenção de todo mundo. — Eu a deixei lá mais cedo hoje. — Ela procurou. — Oh, querido, — ela suspirou. — Isso estava errado?
Dirk não disse uma palavra. Ele simplesmente correu para o lado de fora, saltado em seu SUV e encabeçando para a cidade.
Harris abordou a fazenda, seus sentidos alerta para todo soar de movimento. Ele sabia que o adulto chupacabra estava próximo porque ele sentiu sua presença pelo vínculo psíquico.
Ele o dirigiu mesmo fora do estado, mas deixou a estrada abaixo de carro, querendo não assusta-lo. Ele não estava esperando milagres hoje à noite. Ele soube que sua confiança seria dura de ganhar, graças à crueldade do Burton. Uma vez mais, Harris sentiu o ódio e raiva familiar dentro até que quase o sufocou. Levou grande disciplina para se segurar, mas Harris ainda teve a disciplina, a qual era um milagre nele mesmo.
Todo dia, encontrava mais duro controlar o monstro, mas todo dia, Harris achou a força para fazer isto.
Subindo pelas ferrovias de uma cerca de madeira, ele caminhou através do pasto, rumo ao celeiro. Ele só caminhou alguns passos quando achou a primeira carcaça animal. Entretanto era noite, ele não teve nenhuma dificuldade fingindo os dois ferimentos de perfuração no pescoço. Ele caminhou um pouco mais distante antes de localizar mais duas vacas mortas. Estes corpos não tinham estado mortos tanto tempo. Ele subiu o declive superior do Pasto até que ele permaneceu bem no topo e então, olhando abaixo no vale pequeno abaixo, ele viu as formas mais escuras.
O adulto estava se alimentando, mas ela deve ter o sentido lá porque parou e olhou para cima. Ele congelou, não querendo assustar ao longe. Era suficiente que estivesse tão perto e ela não saísse correndo dele.
Ele permaneceu onde estava até que ela terminou de comer e então ele usou o vínculo psíquico compartilhado para enviar sua uma imagem de sua própria partida. Ele não quis ir ao restante da fazenda longa suficiente para ser manchada. Isso não seria bom.
Ela permaneceu assistindo ele por vários segundos e então finalmente girou e pulou fora. Uma vez que ela estava fora de sua visão, Harris girou ao redor e voltando para seu carro. Ele estava se parecendo bem. Ele conseguiu fechar e ela não correu dele. Hoje à noite o encontro podia ser considerado um sucesso.
Bethany colocou uma gota de seu grupo mais recente de extrato sintético em um deslizamento e colocou isto debaixo do microscópio próximo ao primeiro. Ela correu com todo teste ela podia pensar sobre e em todos os casos os sintéticos reagiram da mesma maneira que os originais para mais ou menos dez minutos. Olhando fixamente para ambos os originais e sintéticos pelo tempo, como se a resposta estivesse na frente dela se ela pudesse só ver isto, ela tentou aceitar seu próprio fracasso.
Ela tentou ser objetiva, mas não podia. Ela não gostou de falhar. Respirando fundo, ela instalou outra rodada de experiências, recusando-se a desistir.
— Que diabo você pensa que você está fazendo?
Aparência súbita de Dirk a surpreendeu e o som de sua voz a deixou com a pulsação acelerada, entretanto ela tentou não mostrar isto. — Eu estou trabalhando.
Surgindo atrás dela, ele agarrou seu braço e girou seu ao redor no balcão até que ela estava olhando fixamente para em seus olhos azuis bravos tintos com uns tons de luz vermelhos ardendo. — Eu disse a você especificamente para não sair sozinha.
Ela olhou atrás. — Novas notícias, — ela disse calorosamente, — eu não aceito ordens de você. — Ela começou a girar suas costas para ele, mas ele agarrou seu braço novamente e se recusou a deixar ir.
— O que você fez é perigoso. — Seus olhos praticamente atiraram faíscas de luz e seus lábios enrolado, revelando suas prezas. Ela não soube se ele estiva tentando assustar ela de propósito ou se ele estava até ciente de como ele pareceu. De qualquer modo, ele estava aglomerando, fazendo isto difícil para ela focar em qualquer coisa além dele. Não era medo, entretanto, que ela sentiu. Apesar de tudo, ela ainda o quis e isto, para ela, era o sopro mais cru de todo.
Ela conseguiu partir do balcão e permaneceu pé ante pé, olhando ele. Ele não se moveu. — Você está no meu caminho, — ela disse entre dentes, olhando fixamente ele desafiadoramente.
— Nós não estamos falando.
— Oh, sim, nós estamos. — Ela colocou sua mão contra seu tórax e empurrou. Ele não se moveu, fazendo-a parecer pequena e ineficaz. Raiva, frustração, e machucado borbulhado, quase a sufocando como ela empurrou ele novamente, este tempo foi mais duro. — Fique longe de mim.
— Você devia ter me dito para onde estava indo, — ele rosnou.
— Dizer a você onde eu estava indo?— Ela gritou incrédula. — Por quê?— Ela apertou suas mãos e montaram a onda de raiva que cursava por ela. — Você teria acreditado em mim? Afinal, em sua pequena realidade torcida, eu sou uma mentirosa, uma fraude. Você não dá a mínima para o que acontece comigo.
— Eu não quero que nada te machuque, — ele disse e ela perdeu isto.
Batendo nele com seus punhos, ela começou a gritar. — Você não quer que nada me machuque? Bem, adivinhe seu idiota? Nas últimas duas semanas, a única coisa que me machucou foi você. Você. Você. — Cada palavra era pontuada com um novo golpe em seu tórax.
Dirk esteve lá e deixou a abertura, culpabilidade que o atingia com mais força que qualquer coisa que ela podia partir. Depois de achar o anel em sua gaveta, nunca lhe ocorreu que ela podia ter sido honesta com ele, que ela desistiria da riqueza e Miles e do que a riqueza significava e que queria uma chance de estar com ele.
Ele ficou lá pacientemente esperando quando seus golpes mais fracos e finalmente parasse. Ele olhou abaixo e viu que ela não estava tentando lutar agora, não estava olhando ele. Ela estava simplesmente de pé, sua cabeça curvada, chorando.
Ele a puxou, não a permitindo resistir e passou os braços ao redor dela. — Eu sinto muito, — ele sussurrou em seu cabelo. — Desculpe-me, se eu machuco você. Eu sinto muito… por tudo.
Ele acariciou suas costas, saboreando a sensação dela em seus braços, enquanto ela permitisse a ele a abraçar. Ela o odiava, como ela não poderia? E era sua própria culpa.
Olhando para ela, ele pôs um dedo debaixo da ponta de seu queixo e inclinou em direção a ela. Seus olhos estavam inchados, seu rímel estava borrado e seu nariz estava vermelho, mas ele nunca pensaria que ela pudesse estar mais bonita. Ele quis um último beijo para, durar toda vida.
Ele se moveu devagar, dando tempo para ela se afastar ou virar sua cabeça, em seguida sua boca estava sobre a dela e sua língua brincou com a costura de seus lábios fechados até que ela se abriu para ele. Ele ouviu seu suspiro e percebeu que ele estava errado quando ele pensou que tudo que existia entre eles eram uma atração física.
Em algum lugar no caminho, Beth se tornou a coisa mais importante em sua vida.
— Eu terminei.
Patterson olhou para cima quando Stuart caminhou na câmara onde ele mantinha os prisioneiros. — Realmente? E isto é diferente dos outros como?
— O problema era a enzima...
Patterson levantou sua mão, silenciando o homem jovem. — Me poupa de sua explicação técnica. Só me diga o quão certo você está de que isto é a combinação perfeita para o veneno real?
Ele viu confiança no Stuart, expressão convencida. — Positivo.
Patterson sorriu, não aborrecendo em esconder suas prezas. — Positivo?— Ele ecoou. — Então vamos testar isto, nós devemos?— Ele olhou para a parede onde os corpos dos testes prévios estavam murchos e mortos no chão. Todos menos um homem agachado.
— Você tem uma seringa?
Stuart movimentou a cabeça, segurando isto. — Eu já enchi isto.
— Excelente. — Ele agarrou a seringa e ficou atordoado quando o outro homem puxou sua mão atrás fora de alcançou.
— Lembre-se de nosso acordo, — Stuart disse. — Eu sei que você esta planejando vender isto e espero que você faça uma tonelada de dinheiro. Tudo que eu estou pedindo é uma parte da ação. Eu penso que isto é justo.
O dois olharam fixamente um para o outro, enquanto Patterson lutava controlar seu temperamento. Ele sorriu. — Claro. — Ele estendeu sua mão novamente e desta vez Stuart deu a seringa. Patterson a tomou e segurou contra a luz. — Eu confio que você fez muitas notas sobre a fórmula?
— Claro, — Stuart imitou o tom condescendente do Patterson.
— Bom. — Patterson nunca deu a Stuart uma chance de antecipar seu falecimento. A primeira pressa de sangue morno enchendo sua boca era como ambrosia e ele bebeu profundamente. Se o veneno funcionava desta vez ou não, ele estava contente por ter se libertado deste homem.
Quando Stuart caiu em seus braços, Patterson o abaixou para o chão. Puxando a seringa de seus dedos inanimados, Patterson injetou o conteúdo no coração do Stuart. — Uma parte da ação, tal como prometido.
Bethany despertou no final do dia seguinte ainda parecendo cansada e emocionalmente drenada. Ela e Dirk não estavam mais brigando, mas sua relação estava ainda em uma fase desajeitada.
Depois do beijo, ele a deixou voltar ao trabalho. Tinha sido duro se focar com ele muito próximo, mas ela correu uma bateria de experiências e finalmente concluiu que o grupo mais recente de extrato de planta sintético foi tão perto da coisa real quanto alguém conseguiria, mas não perto o suficiente. Em sua opinião profissional, se a companhia farmacêutica quis usar o extrato de planta em uma nova droga, eles iriam ter que pegar das plantas por eles mesmos.
Quando Dirk os levou para casa, o sol já estava surgindo acima do horizonte e assim que chegaram à mansão, foram diretamente para a cama, Dirk para a sua e ela para a dela.
Cansada e deprimida, dormiu mal ao longo do dia. Toda vez que ela acordava, meramente rolava na cama e se forçava a voltar a dormir. Não existia muito sentido em levantar, na medida em que ela estava preocupada. Ela não tinha que ir ao laboratório e tendo provisoriamente feito as pazes com Dirk, ela colocou em espera seus planos de deixar a cidade.
Pensando em Dirk ela deu um gemido e puxou as cobertas mais para cima. A verdade era que ela não sabia onde eles estavam o que significava que seu próximo encontro estava destinado a ser desconfortável. Em antecipação a isto, ela rolou e fechou seus olhos, determinada a ficar na cama o máximo de tempo possível.
Finalmente, no final da tarde, ela estava morrendo de fome e cansada. Ela tomou um banho vagaroso, se vestiu casualmente em uma calça jeans e um suéter e foi para o andar de baixo.
Ela esperou que pudesse ser capaz de apreciar uma xícara de café sozinha, mas aquelas esperanças desapareceram quando ela caminhou para a cozinha e encontrou Dirk sentando à mesa, uma xícara de café na frente dele e uma expressão dura em seu rosto.
— Você se levantou cedo, — ela disse surpreendida por vê-lo antes do anoitecer. — Você não dormiu bem?
— Bem o suficiente, — ele vagamente respondeu.
Bethany não podia julgar seu humor e se preocupou. Tentando agir como se nada estivesse errado, ela despejou uma xícara de café e juntou-se a ele na mesa.
— Você teve um telefonema mais cedo, — ele a informou.
— Sério? Quem?
— Miles. — Ele fez soar como uma acusação.
Ela não podia ajudar com isto se Miles a ligava e ela se recusou a deixar Dirk fazer ela se sentir culpada. — O que ele queria?
— Ele não disse, mas eu estou achando que tem algo a ver com isto. — Ele empurrou o jornal dobrado através da mesa para ela. Estava aberto para a seção de sociedade e quando ela olhou, ela viu seu próprio rosto olhando fixamente de volta nela.
— Oh, não. — Ela apoiou sua xícara e levantou o jornal, precisando pegar e olhar mais de perto.
— É uma boa fotografia de vocês dois. Não acha?— Seu tom era malicioso e Bethany quis gritar.
Ao invés disso, ela respirou fundo e soltou a ar lentamente. — Eu não sei quantas vezes eu tenho que dizer a você que eu terminei com ele, mas esta será a última vez que eu farei isto. Então escute bem. Eu. Terminei. Com. Ele. — Ela lançou o jornal de volta nele. — Apesar de todas as evidências dizerem o contrário.
— Sim? Talvez ele não tenha recebido a mensagem.
Ela olhou fixamente para Dirk em descrença. — Você está sendo absurdo. — Ela afastou-se da mesa, indo para o telefone. Ela apertou o número de telefone de Miles e esperou. Depois de alguns instantes, ele respondeu.
— Oi?
— Miles, é Bethany.
— Oh, eu estou tão contente que você ligou. Escute, eu quis avisar você que nosso anúncio de compromisso está no jornal hoje.
Ela levantou um suspiro. — Eu vi isto.
— Eu sinto muito, Bethany,— ele disse, soando sincero. — Eu tentei cancelar, mas já era muito tarde. Eu posso pedir a eles para imprimir uma retratação. Eu estou certo que eles não se importarão. Esse tipo de escândalo é bom para eles impulsionarem as vendas.
Ele estava certo. Como um membro da família de Van Home proeminente, os documentos teriam um auge com esta torção mais recente acima de seu compromisso. A mídia não estaria satisfeita até que eles descobriram por que Bethany e Miles terminaram com seus planos. Em perseguição de uma explicação, existia uma boa chance de que Dirk e o resto do time de segurança do almirante seriam arrastados nisto. Ela não achava que eles apreciariam a exposição.
— Não, não faça nada. Quanto menos publicidade, melhor.
— Realmente, Bethany. Não é nenhum problema.
Bethany relanceou a expressão azeda do Dirk. — Só deixe isto.
— Certo, se você quer. Escute, eu estou contente que você ligou — ele continuou. — Eu queria examinar cuidadosamente suas anotações no laboratório.
— Certo. Eu entrarei em contato assim nós podemos examinar cuidadosamente elas.
— Isso não será necessário. Eu tenho seu caderno aqui na minha frente.
A carranca de Bethany. — Você tem meu caderno?— Ela estava cansada e distraída ontem à noite, mas era quase certo que ela tinha trancado o caderno em sua escrivaninha antes de partir. Ela nunca o deixou dando bobeira ao ar livre.
— Sim, estava no balcão quando eu entrei em seu laboratório procurando você. — Agora ele soou um pouco confuso. — Existe um problema?
Ela achou que ela tinha estado mais cansada que ela se lembrava. — Não, nenhum problema. Certo, se você virar para o último par das páginas, você verá…
Pelos próximos dez minutos, enquanto Dirk se sentava à mesa e bebia seu café, ela se submeteu a responder suas perguntas. Ela podia dizer que Miles não gostara de sua conclusão.
— Você esta certa?— Ele perguntou quando ela estava acabando.
— Eu sinto muito, Miles. Eu sei que você estava contando com vender a fórmula por um bom preço.
Ela ouviu seu suspiro. — Eu tenho que ir. Eu conversarei com você mais tarde.
Ela desligou o telefone e virou para encontrar Dirk observando ela. Sua expressão não mudou muito e ela estava ficando cansada de sua desconfiança constante. — Ele tentou cancelar. — ela disse a ele, olhando novamente no artigo, — mas era muito tarde.
— Besteira.
Ela empurrou sua cabeça em cima em surpresa. — Desculpe?
— Você me ouviu. — Ele empurrou um deslize de jornal através da mesa em direção a ela. Ela não fez nenhum movimento para tomar isto, mas viu tinha um número de telefone rabiscado através deste. — Este é o número de telefone do jornal. Quando você decidir que você está pronta para enfrentar a verdade sobre Miles, ligue para o jornal e pergunte qual foi o prazo final para cancelar um anúncio e se alguém ligou para cancelar algum anuncio em particular.
Com essa declaração de partida, ele se levantou e saiu da cozinha, deixando ela sozinha à mesa, silenciosamente furiosa. Ela contou até dez, então levantou da mesa, pegou um lanche e despejou outra xícara de café. Quando ela passou pela mesa da cozinha, ela olhou e pegou o jornal. Com um suspiro repugnado ela agarrou ele e voltou para seu quarto.
Aquela noite, Julia, que agora sabia tudo sobre os vampiros, ficou para jantar. Com algumas horas para matar antes deles dirigirem a cidade para patrulhar as ruas, Mac e Dirk juntaram-se aos outros no grande salão.
Quando eles tomaram suas cadeiras, Gem apareceu. Ela só tinha terminado de consumir uma refeição de sangue do porco, que Lanie comprou na loja do açougueiro local. Agora, ela caminhava para Julia, sentando ao lado do almirante no sofá.
— Eu mal posso acreditar naqueles vampiros e criaturas, como isto existe, — ela disse com a cabeça virando para Gem. — De onde ela veio?
— Gem foi achada na selva da Amazônia, — o almirante respondeu. — Pelo menos, la é onde nós a achamos e o adulto, mas se você quiser dizer de onde a espécie original, eu realmente não conheço.
— Existem várias teorias na origem verdadeira dos chupacabras, — Lanie disse por cima. — Uma delas é que são extraterrestres presos na Terra, deixados por alguma visita antiga. Ao longo dessa mesma linha existe a teoria que relaciona o chupacabra como o resultado de uma pesquisa NASA entre aliem/animal experimento que não deu certo, embora eu pense que nós podemos agora descartar essa já que a família do almirante tem caçado vampiros há anos antes da NASA existir. De uma natureza menos científica é a teoria que chupacabras são transdimensionais ou anjos escuros, crianças de Lúcifer, que se manifestam em forma física em nossa dimensão, virando pedras durante o dia para evitar ser descoberto.
Julia pareceu tão confuso quanto Bethany se sentiu. — Qual é a correta?
— Talvez nenhum deles, — Lanie disse. Ela alfinetou o almirante com um olhar. — Você sabia que chupacabras existiam antes de você enviar meu pai para estudar eles no ano passado, não é?
— Eu sabia que existiam criaturas que tinham a habilidade de converter humanos em vampiros, mas eu não sabia, especificamente, que eles eram o chupacabra, embora seu pai e eu discutisse a possibilidade detalhadamente ao longo dos anos. É uma das razões por que eu o pedi para estudar eles. Porém, eu nunca esperei que nós o perdêssemos assim. — Sua expressão cresceu triste. — Mandar a ele foi um engano que eu lamentarei o resto de minha vida.
— Não, você não deve, — Lanie correu para reassegurá-lo. — Você deu a ele a oportunidade de toda vida. É o que ele sempre quis e eu sei que até com o modo como coisas se tornaram agora, ele não lamenta isto. Você não deve qualquer um.
Ele movimentou a cabeça, mas o olhar problemático permaneceu em seu rosto.
— Sua família soube sobre vampiros por gerações, — Mac disse para o almirante. — Eles tiveram que aprender algo em todo esse tempo sobre vampiros e de onde eles vêm. Eu quero dizer, a pessoa que forjou a espada de Cavaleiro da Morte não era um ferreiro comum. Como sua família ficou envolvida?
O almirante sorriu. — Não, Ewan Winslow não era nenhum ferreiro ordinário e nós não sabíamos no que entramos ao fazer aquela lâmina, quanta mágica e quanta ciência. Aquela linha da família é encarregada por fazer a lâmina e eles passaram adiante seus segredos de pai até filho, da mesma maneira que meu lado passou para adiante a carga de achar os Changelings.
— Muita da lenda foi perdida com o passar do tempo, — ele continuou, — mas a história vai como isto. Séculos atrás, quatro irmãos estavam fora fazer um pouco de caça da noite quando eles toparam com uma criatura no bosque. Não reconhecendo a besta, o irmão primogênito, Angus, aconselhou seus irmãos a deixar a criatura só e retornar para casa. Ewan e Sean, os gêmeos do meio, concordaram, mas o mais jovem e mais precipitado, Erik, pensou que seria um bom esporte caçar a criatura, então ele pegou sua espada e tentou a matar. Ela atacou e matou Erik antes de seus irmãos pudessem reagir. Quando eles desembainharam suas armas, a criatura sumiu.
— Os três irmãos levaram o corpo de Erik para casa e por dois dias as pessoas prestaram homenagem. Na segunda noite, a véspera de seu enterro, Erik voltou a vida como um vampiro. Estava louco e faminto, ansiava por sangue. Ele matou várias pessoas antes de perceber o que estava fazendo e então ficou horrorizado com o que ele se tornou e o que ele fez.
— o povo o quis morto, mas Angus, Ewan, e Sean, que amavam seu irmão mais jovem, não podiam fazer isto. Ao invés disso, eles o levaram para casa e permitiram que ele vivesse no porão de seu castelo onde eles o alimentaram com o sangue de animais e o mantiveram seguro. Sean, que trabalhava com magia negra, começou a procurar por um feitiço que inverteria o que aconteceu para seu irmão. Ele precisou do sangue da criatura, então Angus e Ewan se armaram com armas e foram encontra-la.
— Por muitas noites eles saíram e retornaram de mãos vazias. Mas então numa noite nebulosa, eles acharam. Juntos, os irmãos atacaram. Eles lutaram ferozmente, mas a criatura era mais forte. No meio da batalha, Ewan foi abatido inconsciente. Deixou só Angus que continuou a batalha, mas no fim, caiu para a criatura. Ele estava próximo da morte quando o sol saiu e a criatura foi transformada em pedra.
— Ewan despertou e levou Angus para casa onde os irmãos se prepararam para outra morte na família. Nunca veio. Em vez de morrer, Angus se curou quase totalmente durante a noite de seus ferimentos.
— Ele se tornou um Changeling, — Lanie sussurrou.
O almirante sorriu. — O primeiro Changeling, entretanto no momento, os irmãos não viram muita diferença entre Angus e Erik. Eles tiveram os mesmos olhos e dentes, força superior, velocidade, eles pensaram que eles eram os mesmos, com exceção de duas diferenças. Angus não teve nenhum interesse em sangue e ele podia sair durante o dia.
— Por este tempo, a Vítimas do Erik começaram a surgir, mas em vez de aprender a controlar sua sede, como Erik pareceu capaz de fazer, eles indiscriminadamente matavam. Existiam logo tantos vampiros como existiam humanos e de noite era difícil de dizer a diferença entre eles até que era muito tarde.
— Os irmãos decidiram que era sua responsabilidade libertar a cidade dos vampiros, mas eles souberam que eles precisaram ser espertos sobre como eles fariam isto. Angus, agora tão forte quanto Erik e os outros vampiros, era a escolha lógica para caçar eles, mas ele precisou de uma lâmina especial, uma que atingiria verdadeiro todo tempo. Ewan empreendeu a tarefa de forjar isto. Enquanto isso, Sean usou o sangue do Erik para fazer um amuleto que arderia na presença de um vampiro de forma que Angus não seria enganado em pensar que um vampiro era humano. Existiam tantos vampiros, porém, que nem mesmo Angus podia caçar eles todos. Então uma segunda espada foi forjada e Erik juntou-se a briga.
— Eles já acharam o chupacabra?— Julia perguntou.
— Eles acharam o que eles acreditaram ser um chupacabra tocado no bosque próximo à borda da Escócia, mas eles nunca acharam a criatura, — o almirante disse. — Ao longo dos anos, porém, tiveram um par de encontros com as criaturas.
— Você nunca soube de onde eles vieram?— Lanie perguntou.
— Lembre-se que isto foi muito tempo atrás e os irmãos tinham medo de comentar o que eles sabiam para os jornais. Então o que eu sei hoje é o que foi passado à frente por gerações, sujeito a embelezamentos.
Todo mundo assistiu o almirante atentamente, esperando ele continuar. — Se as criaturas eram alienígenas de eras atrás ou criaturas pré-históricas que conseguiram sobreviver escondidas ou eram as crianças dos deuses, a verdade é que o chupacabra tem suas raízes na mitologia egípcia. Nós sabemos isto porque mais ou menos cem anos atrás, um pedaço pequeno do Livro Egípcio da Morte foi achado. Era uma referência para o guardião de um dos doze reinos do mundo dos criminosos e um retrato do chupacabra.
Lanie fez uma carranca. — Eu não me lembro de ver isso em nenhuma das minhas pesquisas.
— Não, você não teria. Erik entrou sorrateiramente no local de escavação uma noite e roubou isto antes de qualquer outro ter uma chance de estudar isto.
Dirk, que tinha estado quieto até agora, de repente falou. — Erik? Um dos Quatro Originais?
— O mesmo em pessoa.
Carranca de Dirk. — Como isto é possível?
— Porque Erik, até onde eu sei, ainda está vivo.
O silencio caiu na sala. Foi Lanie que finalmente fez a pergunta que Bethany esteve morrendo para perguntar. — Você o encontrou?
O almirante agitou sua cabeça. — Não, mas meu primo, Gerard, sim. Ele vive no castelo da família onde o Erik ainda reside. — Ele sorriu. — Gerard é um grande personagem. Eu espero que você consiga uma chance de encontrá-lo.
— O que aconteceu com Angus?— Lanie continuou. — Ele está ainda vivo? Changeling vivem tanto como vampiros?
— Não, Angus está morto. Ele morreu há muito tempo atrás. Quanto tempo um Changeling vive, eu receio não saber a resposta para isso — o almirante solenemente disse. — Os caçadores de vampiro sempre tem sido uma ocupação perigosa e ao longo dos séculos só existiram alguns — e eu suponho que todos morrem lutando com vampiros. É impossível saber quanto tempo eles poderiam ter vivido caso contrário.
Bethany viu Mac alcançar acima e tomar a mão da sua esposa, dando um tranquilizante aperto. Ela não pode evitar olhar em Dirk, sentando lá, olhando fixamente para o fogo, perguntando-se o que ele estava pensando ou sentindo. Do outro lado da sala, Julia levantou-se, murmurando algo sobre fazer uma chaleira de café. Bethany assistiu ela partir, invejando sua fuga.
— Se o chupacabra é original do Egito, como ele acabou estando na Inglaterra e na selva da Amazônia?— Bethany perguntou.
— Eu não estou exatamente certo, — o almirante respondeu. — Mas a teoria de família é que foram confundidos com estatuas pelos Romanos quando eles estavam no Egito. Por alguma razão, as figuras de gárgula agradaram a eles e como os Romanos lentamente conquistaram a Europa, eles tomaram as estátuas com eles.
—Tenho certeza que ao longo dos anos, várias das criaturas eram deixadas em vários pontos do caminho, mas algumas claramente foram tão longe como a Inglaterra e a Espanha. Nós pensamos que os conquistadores espanhóis trouxeram o chupacabras com eles para a América do Sul.
— Onde o chupacabras foram eles devem ter deixado para trás vampiros e Changeling. Como o mundo não está fervilhando de mortos-vivos?— Mac perguntou.
— A história do quatros originais é só como minha família ficou envolvida em matar vampiros. Eu presumo que existem outros com contos semelhantes ao longo de história.
— Falando de família, — Mac disse, — você podia conseguir um contato com seu primo sobre fazer outra espada?
— Sim. De fato, ele tem estado trabalhando nisto. Ele deveria avisar-me assim que estiver terminado.
A conversa girou em torno das armas e Bethany, já sentindo subjugada com tudo que ela ouviu, desculpou se e foi juntar-se Julia na cozinha.
Ela encontrou a outra mulher que se debruçava contra o balcão, olhando fora da janela de parte de trás na noite enquanto o som de infusão de café encheu a cozinha. — É quase incrível, não é? — Ela suavemente comentou, indo permanecer ao lado da mulher.
Julia olhou nela e sorriu. — Sim, é. Se eu não visse o chupacabra por mim mesma, eu teria pensado que a coisa inteira era brincadeira.
— Ignorância é uma benção?
Ela deu uma risada suave. — Algo assim.
— Eu me senti do mesmo modo, — Bethany admitiu. — Até depois que eu vi os vampiros com meus próprios olhos. E acredite em mim, eles não são tão românticos e afáveis quanto o cinema os faz parecerem. Pelo menos, não aqueles que eu vi.
— Mac é um Changeling?
Bethany girou para ela, estudando seu rosto. — Dirk, também. Você não sabia?
Julia agitou sua cabeça. — Charles tentou explicar tudo para mim mais cedo hoje, mas era tanto para assimilar tudo de uma vez. — Ela caiu muda por muito tempo até que Bethany pensou que ela poderia ter perdido interesse em conversar. Então ela perguntou, - Charles é um Changeling?
— Eu não acho, — Bethany honestamente disse. — Eu nunca ouvi alguém dizer que ele era, mas como você, muito disto ainda é novo para mim.
Bethany sentiu uma rajada de ar de frio através dela e dobrou seus braços, protegendo-se. — Você se importa se eu fechar isto?— Ela perguntou, localizando a porta de vidro corrediço aberta.
Olhos da Julia cresceram redondo. — Oh, querida. — Ela procurou a cozinha. — Onde está ela?
— Quem?
— Gem. Ela me seguiu aqui e foi diretamente para a porta. Ela começou a arranhar o vidro, fazendo um barulho de uma raquete terrível, eu pensei que ela quebraria o vidro. Eu abri uma fresta da porta e isso parecera bom para ela. Ela esteve lá, apreciando a brisa, então eu a deixei enquanto fiz o café. Tenho medo que eu fiquei perdido em meus pensamentos, e bem, eu simplesmente esqueci sobre ela. — Ela rolou seus olhos. — Seria melhor eu a seguir antes dos outros notarem que ela está sumida. Eles vão quere minha cabeça se eles descobrirem que eu a perdi, novamente. — Ela pareceu preocupada. — Eu espero que ela não tenha ido muito longe.
— Vamos, — Bethany disse. — Eu ajudarei você a procurar.
Agarrando umas jaquetas deixadas dentro da área de serviço, elas vestiram quando elas saíam de volta a porta.
Ela e Julia andaram chamando o nome do jovem chupacabra. Quando ela não veio, eles alargaram o padrão de sua procura. Eles vagaram em torno de cem metros da mansão quando um ruído de som pegou atenção de Bethany.
Os cabelos atrás de seu pescoço levantaram enquanto ela puxou Julia para uma parada. Ela olhou ao redor e embora não visse nada, ela soube que eles estavam lá. Vampiros.
— Nós temos que conseguir voltar para dentro, agora. — Agarrando braço da Julia, ela a empurrou em direção a casa.
Elas não andaram mais que alguns passos quando uma figura de repente apareceu no gramado na frente deles, bloqueando seu caminho. Bethany sentiu seu coração balançar. Desta distância, ela não podia ver claramente suficiente para saber se era Mac ou Dirk, ou algo muito mais perigoso.
Ela puxou Julia para uma parada. — Dirk? É você?— Ela gritou.
O silêncio da figura continuou, ela olhou em volta. Ele parecia estar só. Havia um velho barracão distante em torno de 45 metros. Era mais próximo para elas que a casa e Bethany pensou se elas podiam simplesmente correr para lá…
Um flash de movimento pegou seu olhar quando a figura fechou a distância entre eles. Bethany não o reconheceu, mas ela soube o que ele era. Seus olhos arderam um vermelho claro e quando ele sorriu, suas prezas brilharam um branco perolado. Apavorada, Bethany não podia pensar, não podia se mover.
Então o vampiro agarrou Julia e afundou seus dentes em sua garganta.
Como Julia ficou inerte no aperto do vampiro, Bethany entrou em ação. Gritando por ajuda, ela bateu nele com ambos os punhos.
De repente Julia estava livre. Quando ela caiu por terra, o rosto do vampiro contorcia em uma máscara de dor. Ele permaneceu como se congelado, não fazendo nenhuma tentativa para aproveitar-se de Bethany quando ela curvou para agarrar Julia e a arrastar para longe.
Então, para assombro chocado do Bethany, ele desmoronou para o chão e deitou lá imóvel.
Bethany esperou por ele levantar, mas depois de vários segundos, percebeu que ele estava morto, permanentemente morto.
Sem tempo para compreender o que aconteceu, ela curvou acima de Julia e viu sangue cobrindo seu pescoço. Ela estava em choque, mas consciente.
— Nós não podemos ficar aqui, — Bethany disse, lançando um nervoso olhar em volta. — Você pode aguentar?
Julia movimentou a cabeça e, com ajuda do Bethany, conseguido apoiar-se em seus pés. Bethany perguntou-se se existiam outros vampiros por perto, esperando para atacar eles. De repente a mansão parecida muito longe.
— Eu penso que nós precisamos correr para o abrigo. É o mais próximo. Talvez nós possamos nos esconder lá até que saibamos que é seguro. — Ela movimentou a cabeça para a estrutura ao lado. — Você pode fazer isto?
— Tente e continue, — Julia corajosamente disse, entretanto Bethany pensou que ela pareceu agitada.
Agarrando ela pelo braço, Bethany correu. O tempo todo, o coração manteve a batida para suas orações que ela enviou ao céu. Torcendo para que as portas do abrigo estivessem destrancadas. A sorte estava com elas.
Apressando do lado de dentro, Bethany procurou. O luar de lânguido filtrou pelas janelas forneceram apenas suficiente luz para ver. O abrigo era mais velho e maior do que ela tinha imaginado. Poderia ter sido, alguma vez, usado como a garagem, pelo menos até que a mais próxima da mansão tinha sido construída. Agora, estava vazio, com exceção de um carro, coberto por um grande trapo.
Empurrando sua atenção atrás para a porta, Bethany sentiu um aperto em seu coração. — Não existe nenhuma fechadura. O que nós vamos fazer?
— Que tal a alavanca?
Bethany olhou para onde Julia apontou e viu a coleção de ferramentas no balcão. Ela agarrou a alavanca e deslizou pelas maçanetas de metal, enganchando assim ficaria e rezaria para que segurasse contra força do vampiro.
Virando-se para fazer o inventário de seu ambiente, Bethany sentiu uma sensação de perda de esperança. A exceção de uma coleção de pequenas ferramentas mecânicas empoeirada não havia nada. Ela ansiou pela presença de Dirk e, se não isso, que pelo menos tivesse sua espada.
O primeiro choque de um corpo contra a porta rasgou um grito de ambas. Proximamente ouviram o som de alguém no telhado. Bethany recusou estar lá sem ajuda enquanto os vampiros procuravam por um modo de entra no lado de dentro. Deixando a mão da Julia, ela começou a procurar por algo que ela podia usar como uma arma.
— Eu nunca esperei que eles fossem assim.
Bethany lutou um olhar rápido em Julia, que permaneceu com uma mão apertada para seu pescoço. — Como você está?— Ela perguntou, movimentando a cabeça para o pescoço da mulher.
Julia puxou sua mão longe. Estava coberta com sangue. — Você supõe que eles transmitem doenças? Como um rato?
Bethany não soube. — Você é sortudo por estar viva ainda.
Julia fez careta. — Se nós sairmos disso vivas me lembre de falar com Charles sobre uma taxa devido ao perigo.
O comentário atingiu Bethany com grassa, mas outra comoção no telhado fez seu sorriso enfraquecer. — Eu não posso dizer quantos existem.
Julia para arremessou seu olhar para o teto. — Soa como se eles estivessem ao redor de nós.
— Nós precisamos de armas. — Bethany retomou sua procura.
— Você pensa que os outros ouviram nossos gritos?
— Eu estou certo que eles fizeram, — Bethany disse com uma confiança que ela não sentiu, não querendo chatear a mulher. Precisava acreditar ela mesma que poderia ser verdade.
Uma incessante batida começou nas portas do abrigo, empurrando a atenção das mulheres naquela direção.
— Elas não segurarão muito mais, — Bethany disse. — Talvez em vez de procurar por uma arma, nós devíamos achar em algum lugar para esconder. — Ela estudou o carro coberto, mas depressa despediu a ideia de dentro de si. Elas seriam como ratos preso em uma cova.
Ela procurou. — Talvez nós possamos nos esconder atrás.
Ela apontou e juntas as mulheres moveram-se naquela direção.
Bethany não viu a luminária no chão até que seu pé bateu nela. Levantando-a, ela perguntou-se se ainda funcionava. Existia uma camada boa de pó nisto, mas não era tão espesso quanto à camada em alguns dos outros artigos abandonados.
Puxando o gatilho, ela depressa pôs uma mão sobre seus olhos. A luminária funcionou. A explosão de leve que ela disparou era muito mais poderosa que qualquer que outra que ela tinha visto antes. Teve tanta potência, teria tornado a noite mais escura no dia mais brilhante.
Querendo salvar a bateria, ela cessou o gatilho e a garagem ficou imediatamente mergulhada na escuridão.
Por minutos longos, só o som de sua respiração podia ser ouvido. Então veio o som das lascas de madeira da porta do abrigo colidindo com algo. Seus olhos agora estavam ajustados novamente para a escuridão, Bethany olhou fixamente, horrorizou ao ver o vampiro de pé lá, iluminado pelo luar atrás dele, o vermelho ardendo em seus olhos que desviavam a vista de um rosto pálido.
Ela recuou horrorizada, desejando que pudesse desaparecer na madeira. Um calafrio de medo correu abaixo em sua espinha quando ele vasculhou a garagem. Então seu olhar encontrou com o seu logo antes dele se lançar através do quarto, pouco mais que obscurecido.
Bethany e Julia subiram de volta, tentando cair fora quando ele mergulhou através do carro, seus braços estendidos para agarrar elas. Instintivamente, Bethany ergueu a luminária para batê-lo longe. Seu dedo, ainda no gatilho, involuntariamente o apertou e a luz ofuscante encheu o quarto.
Ela esperou para sentir o choque do corpo do vampiro batendo no seu. Esperou pela dor que viria quando ele rasgasse fora sua garganta. Nada aconteceu.
O vampiro pareceu congelado, seu braço estendido, ainda a agarrando. Ele não piscou. De fato, ele não parecia mais vivo.
Tomando um olhar mais íntimo, ela notou algo estranho sobre seu aparecimento. Seu rosto, ainda muito pálido, agora teve a aparência arenosa de pedra. Ela moveu a viga da luminária e notou que onde quer que tocasse, a pele do vampiro endurecia.
— Eu penso que ele se transformou em pedra,— ela sussurrou, debruçando para um lado, permitindo a ela olhar todo o corpo do vampiro e ver o seu pé estremecer. — Pelo menos, a maior parte dele.
— Foi à luminária, — Julia disse em um tom aterrorizado. Bethany assentiu, perguntando-se o que teria acontecido se ela iluminasse com o holofote a metade mais baixa de seu corpo primeiro? A metade superior de seu corpo ainda estaria viva?
Só então, a luz da luminária relampejou. — Eu preciso desligar isto, — ela disse. — No caso de nós precisarmos novamente. — Não querendo estar próximas ao vampiro quando saíssem, ela e Julia se moveram ao longo do espaço entre o balcão de trabalho e o carro.
Quando carregaram a viga da luminária tornaram mais do corpo do vampiro em pedra. Como agora a parte de cima ficou mais pesada, então o torso superior puxou o corpo para baixo e começou a deslizar.
— Se apresse, — Bethany gritou. Elas tiveram apenas tempo suficiente para subir fora do caminho antes do vampiro tombar para frente. No momento que sua cabeça bateu contra a bancada, explodiu em uma nuvem de pó, junto com parte de seu torso superior. Só a parte mais baixa de seu corpo permaneceu intacta.
Bethany diminuiu a luz e as duas mulheres se amontoaram juntas.
— Você sabia que isso aconteceria?— Julia sussurrou.
— Não, — Bethany admitiu.
— Eu pensava que vampiros entravam repentinamente em chamas quando o sol os tocava.
Bethany agitou sua cabeça. — O chupacabra vira pedra durante o dia. Talvez isso tenha algo a ver com a potência da luz do refletor ser tão alta. As luzes fluorescentes regulares não parecem afetar os vampiros deste modo.
Julia girou de repente e foi para a banca de trabalho.
— O que você está fazendo?— Bethany sussurrou para ela.
— Eu estou procurando por uma arma. Se existem mais daquelas criaturas lá fora, eu quero estar preparada.
Bethany movimentou a cabeça. — Nós precisamos de uma estaca ou faca ou algo assim. Isto é como Dirk os matou. Ele os apunhala pelo coração com o punhal.
O som de mais lascas de madeira as fez parar e olhar para cima em como o telhado veio colidindo abaixo. Então um vampiro saltou pela abertura.
Corajosamente avançando, Bethany apontou a luminária e puxou o gatilho. A luz brilhante chamejou fora, parando momentaneamente a criatura de forma que ele esticou seus braços para proteger os olhos.
Bethany assistiu com fascinação como a pele da criatura engrossava, empreendendo a textura áspera, arenosa, mas nele estava acontecendo mais lentamente, e ela se achou puxando para ver. Com choque, ela percebeu que a luminária estava apagando.
Presa em um pesadelo lento, Bethany olhou fixamente como o lampião ficou mais escuro. Então Julia segurava uma alavanca, como um taco de beisebol. Quando ela terminou seu balanço, a ponta da alavanca foi fincada no tórax do vampiro, afundando no fundo do lugar onde seu coração estava.
Um olhar de surpresa cruzou o rosto da criatura antes dele se amassar no chão, morto.
Bethany olhou fixamente para Julia com algo parecido a um estado de choque. — Você acabou de empalar um vampiro com uma alavanca.
— Sim. Eu acredito em que eu fiz. — Ela parou no processo de demolir os punhos da manga de sua blusa e alisando as rugas de sua calça comprida para olhar para Bethany como se ela estivesse chocada que Bethany devia ficar tão surpreendido. — Você disse que eles podiam ser mortos apunhalando eles pelo coração, não disse?
Um sorriso lento rastejado acima de rosto do Bethany. — Sim, eu disse. — Sua admiração para Julia subir outro entalha.
Ainda desordenadamente preocupado com endireitar suas roupas, Julia lhe deu um olhar exasperado. — Oh, por favor, pare de olhar estupidamente. Não é refinado. Agora, eu não ouço nada, no momento. Você supõe poderia ser seguro para nós fazermos uma corrida para a casa?
Lembrando sua situação, Bethany ficou séria mais uma vez. Ela armou sua cabeça para escutar, mas como Julia, também não ouviu nada. — Eu não sei. Eu podia ter jurado eu ouvi mais de um lá em cima. Eu tenho medo que se nós tentarmos partir, eles saltem ou... Ela pausou escutar. — O que é isto?
O som lânguido de um grito podia ser ouvido. O coração do Bethany deu um balançar de felicidade, substituído depressa por medo pela segurança de Dirk. — Dirk! Vampiros!— Não existia tempo para explicações longas e ela rezou ele ter compreendido.
— A garagem velha, — ela ouviu o grito distante do Mac. Pelas portas de garagem quebrada, ela viu por um momento um movimento, então um ruído de barulho. Minutos mais tarde, o som de luta chegou a elas e esperar saber se Dirk estava seguro provou ser demais para Bethany suportar pacientemente.
Com partes da porta de garagem provendo pedaços de madeira, ela economizou o refletor e procurou pelos escombros até que achou uma tábua que não era muito pesada para levar. O fim lascado era afiado o suficiente para ser usado como uma estaca.
Ela começou a caminhar para a porta quando Julia a parou. Por um segundo ela tinha medo que a mulher tentaria a conversar ao invés de ir, mas Julia só estava procurado um pedaço de madeira para ela mesma. A sua mão era pequena e ela gostaria de segurar um punhal. — Podemos?— perguntou quando ela estava pronta.
As duas rastejaram lentamente para a porta da garagem, metade esperando um vampiro para chamar atenção delas. Quando nenhum fez, elas andaram para o lado de fora.
Os sons de luta cresceram mais alto conforme elas hastearam o declive pequeno levando a parte de trás da mansão. Quando elas alcançaram a colina, ambas as mulheres pararam. A visão ante elas estava além de qualquer coisa que Bethany podia ter imaginado. Alguém ligou as luzes de quintal e três pares de homens da mansão podiam ser vistos lutando.
Mac e Dirk estavam ombro a ombro, lutando com dois vampiros, se movendo com uma velocidade e força equiparada a deles. O almirante permanecia fora a uma distância pequena, usando uma espada para desviar outro vampiro. Bethany teria pensado que o almirante, um mero humano, seria um objetivo fácil, mas ela viu os flashes de luz dos aços que ele segurava.
Dois vampiros caíram no chão, próximos de Mac e Dirk. Bethany se aproximou mais, absorvida pela cena. Os olhos ardendo, prezas a mostra, todos pareciam com vampiros. Bethany teve a sensação que a briga continuaria para sempre, mas naquele momento o almirante fez um movimento com a sua espada. E seu oponente caiu ao chão, o almirante amputou o braço e enviou a espada dentro. Nem Mac nem Dirk pareceram cientes dele indo em sua direção, entretanto a mão de Mac disparou. Em um movimento liso, ele arrancou a espada do ar e fez um movimento limpo e cortante. O vampiro contra o qual ele esteve lutado de repente desmoronou antes do corpo, Mac lançou a espada.
Como aconteceu antes com Mac, Dirk levantou a mão, agarrou a espada e em uma estocada rápida e única a enterrou no coração do vampiro, a criatura foi para o chão.
Os três homens permaneceram imóveis. Bethany teve a sensação de que eles estavam escutando, se preparando para o próximo ataque. Então ela ouviu a voz do almirante. — Mais alguma coisa?—
O rosto do Mac estava tenso. — Estou sentindo algo, mas não sei o que é.
Os olhos de Bethany encontraram os de Dirk através da distância e incapaz de se parar, ela correu para ele. Não levou quatro passos antes de ele estar lá, a puxando, segurando ela em seus braços, sua cabeça curvada adiante para sussurrar palavras calmantes de certeza.
— Você está bem?— Ele acariciou a parte de trás de sua cabeça. — Eu fiquei tão preocupado quando eu percebi que você se foi. — Ele suspirou. — Por que você foi para o lado de fora?—
— Nós estávamos procurando por Gem.
— Julia, você está machucada. — O almirante Winslow se apressou para o lado da mulher e ligeiramente tocou em seu pescoço.
— Eu estou bem, — ela o assegurou, embora Bethany pensasse que ela parecia pálido.
— Onde está Lanie?— Mac perguntou claramente preocupado, procurando ao redor. — Ela desapareceu logo depois de vocês duas, eu pensei que ela estava com vocês.
Bethany agitou sua cabeça, com um sentimento ruim. — Não, nós não a vimos.
Mac praguejou e levantou sua mão ao mesmo tempo em que Dirk lançou a espada. Ele a pegou e avançou em direção a casa.
Lanie estava próxima à extremidade do bosque no lado longe da casa. Toda fibra dela sendo formigada com alarme, mas ela não se moveu. Quando ela entrou na cozinha mais cedo e achou esta vazia com a porta aberta, temeu o pior. Quando ia gritar para Mac, ela viu Gem passar correndo de volta a porta.
Com medo de que ela se perdesse na noite, Lanie seguiu o pequeno chupacabra. A perseguição às levou para frente da mansão, terminando na linha de árvores onde o aparecimento do chupacabra adulto trouxe Lanie para uma parada abrupta.
Apesar do tremor de medo que correu por ela, ela ficou parada. Seu pai nunca determinou a relação exata entre o adulto chupacabra e Gem, porém, ambos ele e, mais tarde, Lanie, assumiram que o adulto era a mãe da Gem. Até agora, ela aninhou Gem como uma mãe iria a sua filha.
Quando Lanie observou, um pouco de seu medo enfraqueceu. Ela soube agora que os ataques da criatura em Mac, Dirk, e os outros não tinha sido malicioso.
Quanto tempo ela permaneceu assistindo, ela não teve nenhuma ideia, mas sua consciência do vampiro quando ele emergiu do bosque, não longe dos chupacabras, foi instantânea. Ela soube que não podia correr, pois ele iria atacar então ela se segurou muito quieta, esperando para ver o que aconteceria.
Muito lentamente, talvez não querendo a alarmar, o vampiro avançou e Lanie viu seu rosto.
— Harris,— ela ofegou, olhando fixamente para o vampiro alto, escuro e cabeludo.
Ele sorriu, mas não suficiente para mostrar suas prezas. — Sra. Weber, eu vejo que você se lembra de mim.
— Não é provável esquecer o homem… a criatura… que quase matou ao meu marido, — Lanie replicou com ódio.
— Marido? Parabéns. — Uma expressão aflita cruzou seu rosto bonito e então tinha ido. — Eu não espero que você acredite em mim, mas eu estou contente que você está bem.
— Eu não acredito em você. O que você quer?
Ele movimentou a cabeça para o adulto chupacabra. — Eu vim por ela.
Medo pela criatura a atravessou. — Por favor, você não pode. — Harris levantou sua mão, estancando seus protestos.
— Eu não vou a machucar. Meus interesses nela não são os mesmos que do Patterson ou do Burton.
Longe, Lanie ouviu Mac chamar seu nome. Ela queria correr e o advertir da presença do Harris. O grito cresceu mais alto e Lanie soube que era só um assunto de segundos antes de ele dobrar a esquina da casa e vir eles.
— Eu não estou aqui prejudicar ninguém, — Harris disse como se lendo sua mente.
— Novamente, eu não acredito em você.
— Eu não sou a abominação que você pensa que eu sou. — Seu olhar encontrou o seu e o olhar de sinceridade lá quase a fez acreditar. Então ela ouviu abordagem de Mac e girou gritar uma advertência.
— Mac, seja cuidadoso.
Um sussurro de folhas teve sua tecedura atrás para enfrentar Harris, mas ele não estava lá. E nem estava o chupacabra adulto.
Você está certa de que não esta machucada?— O almirante perguntou, pairando acima de Julia como uma mãe galinha. Apesar de todos estarem assistindo o claro afeto do homem mais velho para Julia, o que fez Bethany querer sorrir.
Julia empurrou sua mão de lado quando ele colocou um pano molhado e o espremeu para colocar acima dos ferimentos em seu pescoço, conseguindo mais água em suas roupas que qualquer outra coisa. — Por favor, Charles. Eu te garanto. Estou muito bem.
— Mas existe sangue por toda parte em você.
— Sim, mas como eu já te disse foi só um arranhão realmente. O vampiro me atacou e então de repente morreu. Eu quero dizer, realmente morto.
— É verdade, — Bethany adicionou. — Eu vi isto.
Ela olhou para Dirk que se sentou próximo a ela naquela mesa.
—Existia um corpo lá fora que não tinha sido apostado, decapitado, ou... — ele armou um olho em Bethany... — parcialmente girado para apedrejar. Eu não posso explicar isto. — Então ele alfinetou o almirante com um olhar. — Mas eu aposto que você pode não é?
Todo mundo girou olhar para Almirante Winslow e, surpreendentemente, ele pareceu envergonhado. Finalmente, desistindo de tentar ajudar Julia, ele se levantou em aparente rendição, colocou o pano molhado no contador da cozinha, e tomou uma cadeira vazia à mesa. — Antigamente nos dias dos quatro originais, minha família experimentaram ervas até que eles criados uns híbridos que provou ser fatal se um vampiro ingerisse enquanto bebia o sangue de um humano que recentemente consumiu esta erva. É uma das poucas defesas que humanos têm contra vampiros, embora ele não seja perfeito. É só efetivo para mais ou menos vinte e quatro horas, dependendo do vampiro não funciona.
— Mas eu nunca tomei qualquer coisa, — Julia assinalou confusa.
— Eu tenho dado isto para você. — Ele teve a decência de parecer envergonhado.
— Como? Eu teria sabido. — Então Julia estreitou seus olhos nele. — O chá que nós temos bebido toda manhã?
Ele movimentou a cabeça. — Eu não podia aguentar o pensamento de qualquer coisa acontecendo com você e não consegui imaginar qualquer outro caminho para te proteger sem dizer a verdade, que, no momento, eu não podia fazer.
Julia sorriu para ele com tal ternura, Bethany percebeu que a mulher já perdoou o almirante. — Se aquele chá pode matar vampiros, talvez todo mundo devesse estar bebendo isto, — ela aventurou.
Bethany viu o almirante se mover furtivamente um olha lateralmente para Lanie.
— Realmente, — Lanie disse, — todo mundo já tem tomado a erva. Eu tenho moído isto e misturado com o café. Não é tão forte desse modo, mas nós pensamos que poderia ajudar.
— O que?— Mac soado alarmado. — Você pensa que isto é uma boa ideia?— Ele alfinetou Lanie com um olhar. — Eu lembro a primeira vez que o almirante testou Dirk e eu, para ver se nós éramos Changelings. Nós bebemos um pouco de seu sangue depois que ele tomou a erva, mas foi só uma gota de sangue.
Lanie corou, mas foi o almirante que respondeu a preocupação do Mac. — Desde que você e Dirk são Changelings e tomam só sangue que é livremente dado, então a erva não machucará vocês.
Aquela resposta pareceu satisfazer os outros, mas deixaram Bethany com uma pergunta. — Se eu fosse protegida contra mordida de vampiro este tempo inteiro...
Dirk não a deixou terminar. — Os vampiros atrás de você não estão interessados em você, Beth. Eles querem te tornar refém e fazer com que trabalhe para eles.
— Nós podemos ter outro problema, agora,— Lanie anunciou, olhando em Mac, que movimentou quietamente a cabeça, encorajando ela a prosseguir. — Quando eu cheguei até Gem, ela estava com o chupacabra adulto. E não estava só. Harris estava com ela.
— Ótimo. Agora ele e Patterson podem reconstruir seu exército mercenário de vampiros, — Dirk disse com desgosto.
— Nós só teremos que achar um caminho para parar eles, — Mac respondeu.
— Mas não hoje à noite,— Lanie disse, abafando um bocejo. — Eu estou tão cansada, que mal consigo pensar em linha reta. — Ela e Mac se levantaram, pegando Gem e saindo da sala. Bethany os observou ir, invejosa da proximidade que os dois compartilhavam.
— Eu acho que você devia ficar aqui, — o almirante disse para Julia.
— Obrigado. Não quero ser uma carga, mas eu me sentiria mais segura.
— Nenhuma carga mesmo, — o almirante a assegurou. — Eu te mostrarei um quarto.
Eles também saíram, deixando Bethany só com Dirk. Um silêncio desconfortável caiu.
— Como eles nos acharam?— Bethany perguntou após um momento.
Dirk franziu a testa. — Não teria sido tão difícil. O almirante Winslow costumava ser seu C.O., da mesma maneira que ele era do Mac e meu. Estou certo que eles sabiam que Mac e eu estávamos vivendo aqui, e eles sabem que estou protegendo você, então… — Ele pausou. — Não se preocupe Beth. Eles não voltarão hoje à noite. Nós matamos a maior parte do time que apareceu e agora eles perderam o elemento surpresa. — Ele deu seu um sorriso confortante. — Você devia dormir um pouco.
— E você?
Ele movimentou a cabeça. — Sim, eu provavelmente tentarei conseguir um pouco de descanso.
Juntos, eles foram para cima. Em sua porta, ela virou para Dirk, perguntando-se e querendo que, ele a beijasse, ficou desapontada quando ele não fez.
— Boa noite, Beth.
— Boa noite. — Terminou por um pouco mais que um sussurro. Ela se apressou em seu quarto, fechou a porta atrás de si, e se apoiou contra isto, sentindo-se mais só do que ela já esteve antes.
Imagens de vampiros encheram sua cabeça e ela às pressas ligou o interruptor de luz, com medo do escuro pela primeira vez em sua vida. Essa iria ser uma noite longa.
Dando um suspiro, ela se afastou da porta, tirou suas roupas e tomou o banho mais rápido de sua vida. Enquanto a parte racional dela reconhecia que ela estava segura, sua imaginação corria solta. Deixando as luzes acesas, ela subiu na cama, mas não se esticou. Ao invés disso, ela se debruçou contra a cabeceira, encolhendo suas pernas para junto de seu tórax, esperando por dormir.
Todo pequeno barulho a assombrava e não demorou muito antes que seus nervos serem amarrados como barbantes apertados. Depois de uma hora, Bethany estava tão cansada que ela quis chorar. Existia só uma maneira que ela iria conseguir dormir.
Jogando as coberturas, ela rastejou para a porta de seu quarto, apertando sua orelha para escutar. Nenhum som veio do outro lado assim ela abriu a porta e examinou o corredor. Estava vazio de vampiros, fantasmas e coisas que fazem barulho durante a noite.
Ela se moveu depressa para porta do quarto de Dirk e bateu suavemente, não querendo despertar a casa inteira. Quando não obteve nenhuma resposta, ela considerou voltar para seu quarto. Ao invés disso, ela tentou sua maçaneta e a achou destrancada. Lentamente, ela abriu e deslizou para o lado de dentro.
Seu quarto estava escuro, mas ela podia ouvir o som de sua respiração fixa. Ele estava adormecido e o pensamento de despertá-lo quase a fez voltar.
— O que você está fazendo aqui?— Sua voz ressoou através da escuridão.
— Eu… eu não consegui dormir. — Ele não disse nada e sua coragem fugiu — Eu sinto muito. Eu não devia ter aborrecido você. — Ela voltou em direção à porta, apalpando para a tranca.
— Beth, venha aqui. — Sua voz foi gentil, mas firme enquanto ele levantava o cobertor e esperava por ela.
Ignorando a voz pequena de bom senso que disse que ela retornasse a seu quarto, ela se apressou para a cama e subiu ao lado dele. Talvez isto tenha sido um engano, ela pensou, deitou tão perto dele que sentiu o calor de seu corpo a alcançar e a envolver.
— Relaxe, — ele sussurrou. — Feche seus olhos e durma.
Ela não estava certa que ela podia, mas até que ela pensou nisto, seu sono apareceu e ela ficou sonolenta.
Dirk a escutou respirando e soube o momento que ela adormeceu. Ele quis a tocar, entretanto ele não pode, ainda. Ele esperou até que ele estivesse certo que ela não acordaria e então deslizou fora da cama.
Ele cruzou o quarto e fechou a janela, ainda aberta de sua ronda final da noite. Ele bloqueou isto, agora que não existia mais uma necessidade para se escapar sorrateiramente e espreitar em sua sacada. Nunca antes os vampiros estiveram muito perto da mansão. Eles eram ou ousados ou estúpidos. De qualquer modo, apesar do que disse a Beth, Dirk não confiou que eles não tentariam novamente.
Mantendo o relógio em sua sacada, tinha sido duro não deixar sua atenção perdida na mulher do lado de dentro. Ele viu o medo em seus olhos e lamentou não ter feito um trabalho melhor em protegê-la. Quando baixou a guarda ela escapou para o corredor. Ele teve que se mover extra rápido atrás de sua janela, pretendendo deslizar no corredor para segui-la, nunca imaginou que seu destino era seu quarto. Ele apenas teve tempo para deslizar debaixo das cobertas e fingir estar adormecido antes dela bater e entrar.
Ele a estudou agora à medida que ela dormiu, sentindo-se confuso. Talvez ele tenha sido muito precipitado em julgá-la quando ele achou o anel de compromisso. Era mais provável que fora algo que Miles fizera, gostara do anúncio. Ele sabia de um fato, que Miles não fez nenhuma tentativa de cancelar o anuncio porque ele ligou para o jornal ele mesmo e perguntou. O que não sabia era por que Miles recusara reconhecer que estava tudo acabado entre ele e Beth. Isso aborreceu Dirk mais. Talvez Miles não estivesse pronto para desistir de Bethany, achando que ela mudaria de idéia depois de gastar mais tempo com Dirk. Afinal, Dirk possivelmente não podia oferecer a ela o que Miles podia.
Tais pensamentos eram destrutivos e eles estiveram tomando seu pedágio. Dirk era um homem de ação e não gostou de não saber onde estava com Beth. Uma coisa ele soube com certeza, entretanto, era que ele estava cansado de não fazer nada. Ele nunca desistiria sem uma briga e era certo como inferno que não iria fazer isto agora. Bethany não era indiferente a ele e procurou ele quando ela estava assustada. Se ele e Miles estivessem lutando para ganhar seu coração, tinha sido um retrocesso real para ele não acreditar nela. Ele precisava ter mais fé nela. Começando pela manhã, as coisas seriam diferentes. Podia ter perdido uma batalha, mas ele estava ainda para a guerra e ele estava determinado a ganhar.
Sentindo-se melhor, ele tirou as roupas que ainda vestia e subiu na cama. Bethany se mexeu, mas ele sussurrou palavras calmantes com seu corpo em concha contra o dela. O sentimento de seu corpo apertando contra ele quase o fez gemer em voz alta, mas ele se segurou. Hoje à noite, ele queria a segurar, nada mais. Amanhã, quando eles despertarem, ele começaria a batalha para ganhá-la.
Através da cidade, Miles apertou uma mão contra o bolso de sua jaqueta. O frasco de extrato sintético era uma presença tranquilizante e, entretanto a solução era defeituosa, ele tinha a intenção de manter aquele pedaço crítico de informações para ele mesmo.
Era manhã, horas antes de o sol subir. Ele se apressou ao caminho do parque abaixo em direção ao local de encontro, medo e alegria o enchendo. O que ele estava para fazer era à coisa mais perigosa que ele já fez e enquanto não estivesse sem riscos, ele achou que o pagamento valeria a pena isto.
Ele alcançou a curva no passeio pavimentado e parou para deixar um solitário corredor passar. Ele agitou sua cabeça, meditando o esforço que tantas pessoas põem em tentar ficar jovem. Quando o corredor desapareceu, Miles deixou o caminho e continuou sua migração através da grama, passadas as árvores, desceu em um desfiladeiro pequeno para área pouco usada. Aqui ele parou e procurou. Não existia ninguém.
Ele permaneceu lá quase vinte minutos antes dele ouvir um barulho vir de fora da escuridão.
Ele girou ao redor e viu várias figuras abordarem. — Você está aí. Eu tenho esperado.
— Eu tive outras coisas para enfrentar para, — Kent Patterson disse, não se aborrecendo em apresar seu passo. Suas prezas eram visíveis quando ele sorriu e seus olhos ardido vermelho no luar. Miles tragou vigorosamente. Ele não devia mostrar medo, ele disse a ele mesmo.
Ele alcançou em seu bolso e retirou o frasco, segurando isto fora para o vampiro. — Aqui esta , o tão prometido.
Patterson avançou, erguendo uma sobrancelha. — Realmente? Fez, uma duplicata perfeita?
Miles não piscou. — Sim.
Patterson tomou isto e segurou. —Isto é diferente dos outros que você me trouxe?
Novamente, Miles movimentou a cabeça.
Patterson girou para os vampiros com ele. — Traga-me alguém. Eu quero testar isto.
Isto era uma situação inesperada que Miles não estava preparado, mas não existia nada que ele podia fazer sobre isto. Ele esperou, não dizendo uma palavra. Uma coisa ele aprendeu em negócios era não encher o silêncio com nervoso tagarelar, é assim que as falhas aparecem.
Eles não tiveram que esperar por muito tempo antes dos vampiros retornarem, sangue gotejava em suas bocas e levavam um homem de meia-idade entre eles. Ele vestia calça de correr azul e uma camiseta da Nike branca e Miles reconheceu o corredor que ele viu mais cedo. Miles não podia dizer se ele estava inconsciente ou morto até que eles soltaram seu corpo inanimado aos pés do Patterson.
Patterson alcançou em seu bolso e retirou-se uma seringa vazia, que ele encheu com a mistura sintética. Então ele se debruçou acima dele e injetou isto no coração do homem morto. — Nós não saberemos por algumas noites se este funciona ou não. — Patterson olhou para Miles. — Você tem a fórmula?
Era agora ou nunca, Miles percebeu. — Sim, e eu darei para você depois de que eu tiver meu pagamento.
Patterson deu a ele um olhar cético. — Você espera que eu te pague agora? Antes de nós sabermos se a fórmula funciona?
— Olhe o modo que eu vejo isso é que, — Miles explicou, — eu entreguei o melhor sintético possível. Se funciona ou não, não é culpa minha.
Patterson o estudou por vários minutos e então encolheu os ombros. — Não faz nenhuma diferença para mim se eu pago agora ou mais tarde.
Uma pressa de alegria correu por Miles em antecipação. Este era o momento que ele tinha esperado. Ele olhou fixamente para Patterson até que um obscuro de movimento o distraiu. Quando ele percebeu o movimento de Patterson, um tiro de dor passou por seu pescoço. Um único coerente pensamento veio de seus sentidos chocados, eu estou morrendo.
Bethany acordou lentamente. Ela estava quente, confortável e a última coisa que ela quis fazer era sair da cama. Ela se sentia muito bem onde ela estava. Como um gato, ela se esticou e então congelou quando ela sentiu um corpo de musculoso atrás dela.
Abrindo seus olhos, ela reconheceu o quarto por dentro de Dirk e os eventos da noite anterior vieram apressadamente de volta. O calor encheu seu rosto com a memória de como ela praticamente veio rastejando para ele com seus pesadelos e medos.
Ela devia escapar da cama antes dele despertar, ela percebeu. Era a coisa certa a fazer e ainda sim ela hesitou. Pareceu muito maravilhoso estar em seus braços novamente, porém longo poderia ser a última vez. Ela fechou seus olhos e ficou adormecida.
Ela despertou algum tempo mais tarde para sentir uma mão ligeiramente acariciando o lado inferior de seu peito enquanto lábios percorriam a volta de seu pescoço.
— Bom dia, — Dirk sussurrou. — Ou melhor, boa noite.
Ela sorriu e se torceu quando ele tocou um lugar particularmente sensível. — Boa noite. — Ela se deixou apreciar o toque enquanto despertava. A fez pensar sobre a última vez que eles tinham estado juntos e ela imediatamente saboreou. — Dirk, obrigado por deixar-me ficar com você ontem à noite. — Sua mão parou de mover e ela se apressou, precisando conseguir por tudo para fora antes de ser muito tarde. — Eu estava realmente com medo e não podia dormir e você sempre me faz sentir segura, e… obrigada.
— Tudo bem, Bethany. Eu estou contente que você veio para mim.
Ela movimentou a cabeça e respirou fundo. Esta era a parte dura, ela pensou. — É só que eu não quis que você pensasse que eu desci aqui para seduzir você. Eu não quis que você pensasse que eu estive usando você novamente. — Ele continuou quieto e ela se sentiu mortificada, humilhada. — Eu devia ir,— ela murmurou, tentando sair de perto dele.
Ele era forte, mas gentil, quando ele rolou sobre ela por trás. Sua expressão era séria quando ele olhou. Sua mão escovou o cabelo de sua fronte e então a parte de trás de seus dedos acariciaram sua bochecha. — Como as coisas conseguiram ficar tão bagunçadas?
Ela localizou a linha de sua testa enrugadas, com a ponta do dedo, querendo afastar para longe suas preocupações. Ele capturou sua mão com a sua e a trouxe para sua boca onde ele beijou as pontas de seus dedos.
— Eu sinto muito que eu duvidei de você. Se existisse uma forma que pudesse compensar isto para você, eu iria, eu só não sei como. — Sua voz era áspera com emoção.
— Então me deixe mostrar a você. — Suavemente, ela demoliu sua cabeça e o beijou, ternamente, não querendo assumir demais. Sua resposta, porém, era cheia com fome e paixão, lançando seus próprios desejos retidos até que eles estiveram fora de controle.
Ele a segurou com um braço em baixo dela enquanto sua outra mão passeou pelo caminho de seu quadril até sua cintura e então para cima, mais distante, movendo em baixo do tecido de sua camisa. Sua mão moldou seu seio e ela quase desmaiou. Quando ele se afastou o suficiente para puxar sua camisa acima de sua cabeça, ela ergueu seus braços para ajudá-lo, ofegando em voz alta quando ele embrulhou o material ao redor de seus braços assim eles estavam mais juntos.
Então sua boca estava no montículo carnoso de seu seio, as pontas de suas prezas arranhando a pele. O tempo de sua respiração ficou mais rápido e ela soube que ele estava lutando com a tentação de morder. O pensamento dele fazendo isso devia tê-la a assustado, mas teve o efeito oposto e ela arqueou nele.
— Sim, — ela sussurrou.
Suas prezas perfuraram sua pele e ela escalou a fina linha que separa prazer e dor até que o movimento de sucção da sua boca quando ele bebeu dela a fez cair em ondas de êxtase.
Quando ele finalmente levantou sua cabeça, seus olhos estavam como brilhantes luzes de neon. Ela sentiu uma queimadura pequena quando ele rasgou sua calcinha de seu corpo e se posicionou entre suas pernas. Já molhada de desejo, seu corpo deu as boas-vindas avidamente e ela embrulhou suas pernas firmemente ao redor de seus quadris quando ele fez amor com ela.
Lutando contra a camisa que prendia seus braços até que ela se libertasse, ela tentou agarrar seus ombros, esperando para o passeio selvagem e furioso. Quando seu clímax veio novamente, ela deixou a explosão a levar. Momentos mais tarde, Dirk ficou rígido acima dela e seu grito primitivo foi como música para seus ouvidos.
Muito mais tarde, Bethany foi ao andar de baixo sozinha. A verdade de sua situação, comprometida com Miles em um dia e dormir com Dirk no próximo, era muito estranha. Até ela teve um tempo difícil acreditando que esperar que todo mundo aceitasse era talvez pedir demais, então ela e Dirk decidiram esperar antes de revelar para os outros a natureza exata de sua relação.
Caminhando na cozinha, ela foi saudada pelos cheiros aromáticos do jantar cozinhando.
— Oi, — Julia disse quando ela fechou a porta do forno e colocou a luva sobre o balcão. — Dormiu bem?
— Sim. E você?— Bethany pensou que ela parecia cansada. — Espero que não tenha ficado acordada por muito tempo.
Julia sorriu simpaticamente. — Não muito mais que você, eu imagino. — Ela acenou para a mesa. — Sente-se. Eu trarei uma xícara de café.
— Cheira maravilhoso aqui, — um Almirante sorridente Winslow disse quando ele entrou e juntou-se a elas. — Bethany. Julia. — Bethany pensou que o rosto do almirante iluminou quando ele girou para a mulher mais velha.
— Boa noite, Charles, — Julia o saudou, seu próprio sorriso parecendo um pouco mais brilhante agora. — Sente-se com Bethany. Eu trarei uma xícara de café. — Ela trouxe as xícaras cheias acima da mesa, dando um para Bethany e outra para o almirante, então sentando com sua própria.
Lanie e Mac vagaram na cozinha então, sorrindo um ao outro em uma piada compartilhada. — Oi, para todo mundo, — Lanie disse quando ela fez sinal a Julia para permanecer acomodada enquanto ela conseguiu o café. Levando suas xícaras para a mesa, ela se sentou ao lado de Mac.
— Que aventura nós tivemos ontem à noite, não foi?— Mac perguntou. Bethany estudou seu rosto, pensando que ele pareceu particularmente vibrante e vivo. Ela estava perplexa para explicar isto.
Então Dirk caminhou para a cozinha, saudando todo mundo com um sorriso, entretanto seu olhar demorou em Bethany.
— Café?— Julia perguntou a ele.
— Não, obrigado. Eu estou bem. — Ele sorriu e tomou a última cadeira.
— Lutar com vampiros deve fazer muito bem para você e Mac, — Julia observou. — Eu não acho que eu já vi qualquer um de vocês parecerem tão saudáveis e vivos.
Mac e Lanie trocaram um olhar rápido e então em seguida seus olhares surpresos voaram para Dirk e Bethany, que não conseguia entender por que até que ela se lembrou do que Dirk disse a ela sobre o efeito de sangue dado livremente para os Changeling e as circunstâncias em que Mac normalmente tomava o sangue de Lanie. Em seguida suas bochechas queimaram com vergonha e ela não teve coragem de olhar para nenhum deles.
Julia continuou inconsciente dos olhares rápidos sendo trocados ao redor ela. — Você tem que sair para o laboratório hoje à noite, Bethany? Eu cozinhei bastante comida para nós. Depois de dormir pela maior parte do dia, eu pensei que nós precisávamos disto.
— Não, não hoje à noite. De fato, não durante algum tempo. Eu realmente terminei o projeto ontem à noite.
— Ótimo, — Julia disse.
O temporizador no forno saiu e Julia saltou em cima da mesa. Ela abriu a porta do forno e o aroma de rosbife e legumes encheram a cozinha, dando água na boca de Bethany.
— Posso ajudar com qualquer coisa,— ela ofereceu, querendo fazer algo que forneceria uma pequena fuga do olhar astuto de todos.
Julia sorriu. — Por que você não apronta a mesa enquanto eu termino. Então nós podemos comer.
Bethany levantou e foi para o gabinete para conseguir os pratos. Eles eram pesados e ela moveu-se cuidadosamente, não querendo deixar nenhum cair. Ela tinha pegado apenas um abaixo quando dois braços familiares alcançaram ao redor dela no gabinete. Virando sua cabeça, ela olhou para cima no rosto de Dirk.
— Deixe-me ajudá-la. — Seu sorriso quente e reconfortante quando ele tirou os pratos restantes deixou a sensação de que tudo ficaria bem.
Pouco tempo depois, a mesa estava posta e a comida estava pronta. Bethany, que temia a refeição, ficou agradavelmente surpresa quando ela acabou por ser muito agradável. O almirante disse a eles mais uma lista de informações sobre os Quatro Originais e suas primeiras façanhas em caças de vampiro. Então Mac, Dirk, e o almirante compartilharam um pouco de suas aventuras nos SEALs. O jantar passou depressa e logo ela, Dirk, Mac, e Lanie estavam se despedido, assim Julia podia lavar louça. Ela insistiu em fazer ela mesma, só permitindo ao almirante ficar para e a ajudar.
Os outros caminharam para a sala de estar.
— Você está saindo para patrulhar?— Lanie perguntou ao Mac.
Ele sorriu para ela. — Não hoje à noite. Eu acho que seria melhor se nós ficássemos mais próximos de casa. Nós só precisamos correr fora e verificar os corpos de ontem à noite, ter certeza que todos eles viraram pedra.
— Grande, então Bethany e eu encontraremos algo na televisão para assistir.
— Vamos, Dirk. Foram-nos dadas ordens.
Dirk, que tinha estado próximo a Bethany enquanto eles escutaram a troca entre Mac e Lanie, alcançado-a deu em seu braço um aperto tranquilizador. — Eu vou estar de volta.
— Seja cuidadoso, — ela disse um pouco ofegante enquanto observava eles irem.
— Não se preocupe, — Lanie disse ao lado dela. — Eles estarão bem. Vamos ver o que está passando.
Elas foram para a pequena sala de TV onde Lanie ligou a televisão. Ela lentamente rolou pelo guia na tela enquanto Bethany se sentou ao lado dela.
— Existe só uma maneira de um changeling receber o olhar que Mac e Dirk tiveram hoje à noite, — Lanie casualmente disse, sem tirar os olhos da TV.
Bethany sabia onde ela estava indo. — Eu não estou traindo Miles. — Ela estava contente por poder dizer a alguém. — Eu terminei com ele na noite da cerimônia de premiação.
Lanie pareceu envergonhada. — Eu sinto muito me intrometer. É só que Dirk significa muito. Ele é como um irmão e eu odiaria o ver ser machucando, e ninguém pode falar do modo como ele é quando esta ao redor de você, que ele se importe com você é um grande negócio.— Então, talvez porque ela percebeu o quão séria e ameaçadora ela soou, ela correu para adicionar, — Eu não podia estar ser mais feliz de ver vocês dois juntos.
— Obrigada, — Bethany disse. — Você acha que os outros sabem?
— Bem, Mac sabe como Dirk se sente, mas eu não acho que ele sabe sobre você e Miles. Vamos esperar Dirk ter uma chance de explicar antes de brigarem.
Isso pegou a atenção de Bethany. — Você realmente pensa que eles machucariam um ao outro?
Lanie sorriu. — Não se preocupe.
Quinze minutos mais tarde, a porta se abriu e Mac e Dirk entraram. Bethany podia dizer a partir dos olhares sobre os então rostos que Dirk deu a notícia para Mac. Ambos os homens tinham manchas de sujeira em suas roupas e ela notou um raminho de gramo cabelo de Dirk, a deixando perguntar-se se Dirk não conversou rápido o suficiente.
O sofá era pequeno, mas os quatro se ajustaram bem. Espelhando Mac e Lanie, Dirk se sentou com Bethany e a puxou perto ao seu lado, seu braço envolto firmemente sobre ela. Foi assim que o almirante os encontrou uma hora mais tarde.
— Com licença. — Ele deu a eles um olhar desaprovador. — Bethany, você tem um telefonema na cozinha. Dirk, talvez eu pudesse ter uma palavra?
Dirk ajudou Bethany a ficar de pé e segurou sua mão enquanto eles deixaram a sala. Ele deu-lhe um aperto de mão reconfortante antes de deixá-la ir. Ela sentiu como se devesse esperar e ajudar a explicar as coisas para o almirante, mas um olhar o rosto de Dirk fez que ela soubesse que ele não queria, ou necessitava, dela lá.
Entrando apressada para a cozinha, ela encontrou onde o almirante tinha deixado o telefone sem fio na mesa e o pegou.
— Oi?
— Oi, Bethany?
A voz do outro lado soou familiar, mas levou um segundo para reconhecer a secretária de Miles. — Suzanne? É você? Algo está errado?
— Eu sinto muito aborrecer você. Eu tentei seu telefone celular, mas não estava ligado. Sr. Van Home disse que você estava ficando com amigos. Eu achei este número em seu arquivo pessoal.
— Não, tudo bem que você ligou. Algo está errado?
— Bem,— ela hesitou, soando insegura. — Ele esta com você?
— Quem? Miles? Não, eu não o vi desde ontem.
— Oh, querida. Eu espero que nada tenha acontecido com ele. Ele não chegou hoje e eu não ouvi sobre ele.
As notícias ficaram assombrosas. — Talvez ele tenha deixado uma mensagem em meu telefone celular, me deixe checar. — Ela já estava se apressando pela casa e estava ofegante quando alcançou os degraus para seu quarto. Ela ligou seu telefone celular, mas não existia nenhuma mensagem. — Eu sinto muito, Suzanne. Ele não me ligou.
— Não é comum ele não fazer o registro de entrada, — a secretária continuou claramente chateada.
— Eu acho que você já tentou seu apartamento?
— Sim. Eu conversei com o gerente de edifício e ele me assegurou que Sr. Van Home não estava em casa.
Bethany não soube o que dizer a ela. Não era comum Miles simplesmente desaparecer sem deixar avisado com alguém, mas normalmente esse alguém tinha sido Bethany. Agora que eles não eram mais comprometidos, não existia certamente nenhuma razão para ele a informar de seus planos.
— Ligou para sua família?
— Eu tentei, mas eles ainda estão na Europa.
— Talvez nós devêssemos ligar para a polícia, — Bethany finalmente sugeriu.
— Eu já tentei, mas não existe nenhuma razão para suspeitar de algo. Até que exista, não há nada que eles possam, ou tenham vontade, de fazer.
— Eu acho que nós não temos muita escolha. Nós só teremos que esperar que ele apareça.
— Eu não gosto disto, — Suzanne reclamou. — Ele é não assim.
— Eu sei. Eu não gosto muito disso também, mas eu não sei o que dizer a você.
Suzanne prometeu ficar em contato e então desligou. Bethany retornou ao quarto de TV. Dirk obviamente terminou sua conversa com o almirante e estava esperando por ela.
— Problemas?— Ele perguntou quando ela se sentou próximo a ele.
Decidindo que Miles já era um assunto tenso entre eles, ela achou melhor não dizer qualquer coisa. — Não, só alguém do laboratório confirmando algo. — Ela deu a ele o que ela esperava ser um sorriso tranquilizante. — E por aqui? Tudo certo?
Sua expressão ficou sombria muito ligeiramente. — Nada que você precise se preocupar.
Ela não gostou de como isso soou, mas decidiu por não pressionar. No lugar disso, ela virou sua atenção para o show na televisão.
Estava quase amanhecendo quando os quatro finalmente chamaram isto de uma noite de descanso. Dirk e Bethany voltaram para seu quarto onde ele gastou uma boa parte das primeiras horas do amanhecer fazendo amor com ela.
Eles finalmente adormeceram e acordaram muito mais tarde com o som de alguém batendo na porta. Bethany gemeu, querendo esconder em baixo dos cobertores. Ela se sentiu como uma adolescente pega na cama do seu namorado por seu papai.
— Dirk, acorde, — o almirante bateu na porta.
— Eu estou acordado, — Dirk rosnou de volta. — Inferno, a casa inteira está acordada. Qual é o assunto?
— Telefonema.
Bethany viu Dirk esfregar seu rosto. — Tome uma mensagem. Eu estou dormindo.
— Não é para você.
Bethany então gemeu.
— Fique aqui,— Dirk disse, lançando para trás as cobertas. Ele vestiu a calça jeans e caminhou para a porta passando as mãos pelos cabelos, amarrotado. Bethany achou que ele nunca pareceu mais sensual.
Ele abriu a porta um pouco, alcançou e pegou o telefone. Então, fechando a porta atrás dele, ele o levou até ela.
— Oi?
— Bethany, é Suzanne novamente. É quase quatro da tarde eu ainda não vi ou ouvi sobre Sr. Van Home. Ele faltou todos os seus compromissos. Eu estou realmente preocupada agora.
Bethany lançou um olhar preocupado em Dirk. Ele não gostaria disto, mas ela soube que ele a ajudaria. — Certo Suzanne. Eu irei até aí e verei o que eu posso descobrir. Se nós não ouvimos dele até amanhã, então você deve chamar a polícia novamente.
— Obrigado, Bethany. Eu me senti tão perdido estes últimos dois dias.
Bethany desligando o telefonema e olhou até encontrar Dirk observando-a cuidadosamente. — Miles não foi visto por dois dias. Sua secretária está preocupada e francamente agora, isto não parece o jeito dele de agir. Eu acho que ele poderia estar em alguma dificuldade real.
— Por quê? Porque ele tomou algum tempo livre por uns dias sem dizer a qualquer um?
— Sim, de fato. Alguém como Miles, que possui negócios grandes e tem obrigações sociais, simplesmente não desaparece.
— Talvez ele precisasse de umas férias.
— Mas sair sem dizer a alguém?
Dirk encolheu os ombros. — O homem tem o direito de desaparecer se ele quiser.
— Mas ele não age dessa forma.
Dirk a olhou queimando. — Sim, e você o conhece tão bem, certo?
A réplica cortou fundo e ela rangeu seus dentes juntos, assim não reagiria para o machucar. — Não, você esta certo. Ultimamente, eu pareço ser uma juíza terrível de caráter, mas você sabe o que mais? Se você desaparecesse por dois dias, eu me preocuparia com você, também.
Ela lutou para sair da cama, tirando os lençóis para se cobrir. Ela apenas deu um passo antes de Dirk estar lá na frente dela.
— Eu sinto muito, Beth. Somente... — Ele pausou e Bethany preencheu o branco.
— Miles fez você duvidar de mim? Não, eu não acho. Era mais fácil pensar que eu estivesse usando você, que arriscar deixar-me ficar muito próxima.
Ela prendeu sua respiração e esperou por sua negação, mas ela não veio. No lugar disso ele movimentou a cabeça. — Você pode estar certa. Eu ajudarei você a procurar.
Ela não podia acreditar nisto. — Sério?
— Beth, você sabe que eu não gosto do sujeito e se existisse qualquer coisa no mundo que eu pensasse que pudesse convencer você a ficar aqui, eu faria isto. Mas eu sei que você só se sentará e se preocupara. E Deus me ajude, eu não quero você esteja comigo, pensando nele.
Ela deixa o lençol cair no chão quando ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço. — Obrigada. Eu admitirei você um pouco do meu segredo. — Ela o puxou mais próximo assim ela poderia sussurrar em seu ouvido. — Não importa com quem eu estou ou o que eu estou fazendo, você é o único em que eu penso.
Foi depois de escurecer que Bethany e Dirk finalmente deixaram a mansão e eles acabaram de alcançar os limites da cidade quando telefone celular do Bethany tocou. Olhando para o identificador de chamada, ela fez uma carranca.
— Miles, você está bem? Onde você está? Suzanne e eu estamos preocupadas com você.
— Eu sinto muito, minha querida,— ele disse, soando vago. — Alguns negócios inesperados surgiram e eu estava temporariamente longe. Eu sinto muito se eu deixei você se preocupar comigo, embora sendo sincero, eu fico tocado que você estava.
— Claro, eu estava preocupado com você. Nós somos amigos, pelo menos eu espero que nós sejamos. — Ela suspirou. — Bem, se você estiver bem, então eu acho que nós podemos voltar.
— Voltar? Onde vocês estão?
— A caminho de seu escritório, íamos verificar você.
— Eu estou tocado. Deixe-me compensar isto para você, que tal um jantar?
Bethany olhou para Dirk, certa que ele ouviu a oferta de Miles pelo telefone. Ela soube que estava certa quando ele agitou sua cabeça.
— Eu não acho uma boa ideia— ela começou.
— Bebidas, então, ou o Sr. Adams é tão inseguro que você não pode nem compartilham um bebida com um velho amigo?
Bethany viu Dirk agarrar o volante com mais força, mas ele não disse nada. Ela não estava interessada em encontrar Miles para bebidas, mas ela estava curiosa para saber o que aconteceu com ele, porque ele realmente não era disso, de desaparecer assim sem uma palavra para ninguém. Ela compôs sua mente.
— Um bem, uma bebida soa bem, Miles. Onde nós devemos encontrar você?
Dirk achou um lugar para estacionar fora do bar. Ele não estava emocionado por estar lá e não confiava em Miles mesmo. Fazendo a situação piorar, no minuto eles estacionaram, Dirk começou a levantar o que ele reservadamente chamava de uma força perturbadora, algo que fluía por dentro dele pelo vínculo psíquico. Era difícil de saber o que era, mas seus sentidos estavam em alerta, cheios para outro ataque de vampiro.
Com sua mão atrás dela, Dirk guiou Beth para a porta, sentindo só marginalmente mais seguro uma vez que eles estavam do lado de dentro. Miles já estava acomodado, esperando por eles, quando eles o abordaram.
— Você tiveram alguns problemas chegando aqui?— Ele perguntou educadamente quando eles todos se sentaram.
— Não, — Dirk respondeu.
— Bom. — Miles levantou sua mão para chamar o garçom para tomar seus pedidos de bebida. — Isto não é bom?— Ele perguntou depois que o garçom partiu. Dirk fisicamente quis enxugar o sorriso do rosto do homem, mas se segurou.
— Bethany, eu estou contente que eu consegui pegar você. Santi estava desapontado com os resultados, mas ele pagou pelo trabalho que você fez. — Ele olhou para Bethany esperançosamente.
— Ótimo Miles,— ela felicitou, olhando Dirk, que manteve sua expressão cuidadosamente neutra. Metade de sua atenção estava ainda focada no sentimento desconfortável deslizando pelo vínculo. Em vez de ir embora como ele esperava, ficou pior, fazendo Dirk perguntar-se se ele cometeu um engano em trazer Beth aqui.
— Existem uns de novos equipamentos que seria bom ter, — Bethany estava dizendo, desavisando o tumulto interno do Dirk.
Miles sorriu para ela. — Sugestão excelente. Talvez você pudesse pôr junto uma lista e enviar isto para eu revisar?
Ela movimentou a cabeça. — Eu teria muito prazer.
Suas bebidas chegaram e eles optaram por não pedir jantar, para o alívio de Dirk. Quando o garçom partiu, Miles puxou um pãozinho de jornal de uma pasta no chão ao lado de sua cadeira.
— O que é isto?— Bethany perguntou.
— É uma fotocópia do projeto para os novos escritórios que eu estou pensando em construir.
— Sério? Miles, isto é tão excitante.
— Não é?— Ele sorriu quando demonstrou o jornal na frente dela, então aproximou sua cadeira mais próximo dela para que ambos pudessem estudar as páginas. Ele assinalou vários aspectos do desenho, mas seu braço continuou a tocar com o de Bethany.
— Me desculpe, — ele murmurou, finalmente pondo seu braço atrás de sua cadeira, com o pretexto de tirá-lo do seu caminho.
Dirk não gostou disto, mas Bethany atirou-lhe um olhar, mais ou menos mediador para que ele não fizesse caso do assunto, então ao invés disso ele abaixou o copo de sua bebida e ordenou outro, rezando que ela se apressaria assim eles podiam sair de lá.
Depois de instantes que pareceram uma eternidade para Dirk, Miles levantou seu copo e disse, — Um brinde. — Ele esperou até Bethany e Dirk levantassem seus copos diante deles. — Por um futuro brilhante e a mulher que tornou isso tudo possível.
Bethany corou e Dirk quis vomitar. Seguramente ela viu o quão Miles era transparente de onde estava sua atenção? Ele levantou seu copo sem tomar um gole, notando aquilo, embora Miles levantasse seu copo para seus lábios, ele não tomou realmente um gole, o que Dirk achou estranho.
Os sentidos psíquicos do Dirk estavam gritando bastante em alarme agora e ele esquadrinhou o ambiente, procurando pela fonte disto. Ele se sentiu certo da escuridão, de que o mal pulsando estava vindo de um vampiro, mas ele não soube onde a criatura espreitava.
— Obrigado, Bethany,— Miles disse, deixou seu copo e agarrando sua mão. — Eu sabia que você podia fazer isto. Eu sempre disse que nós formamos um grande time.
Ele deu em sua mão um afetuoso apertar, não se importando em deixar ir. Dirk olhou fixamente intencionalmente nas mãos juntas, sentindo um foguete de em seu temperamento. Bethany levou olhar para seu rosto e então se desculpou, usando a pretensão de precisar ir para o banheiro das senhoras.
Dirk assistiu ela desaparecer pela multidão, tentado seguir ela, ter certeza que estava segura.
— Ela não é muito boa na cama, não é?
A pergunta veio de Miles com um tom tão frio e calculado, que Dirk foi pego de surpresa. — Desculpe?
Miles dera a ele um sorriso tolerante. — Oh, não me entenda mal. Ela é uma mulher bonita e uma brilhante cientista. Com ela em meus braços, eu serei invejado por meu par, e como minha esposa, sua pesquisa manterá a Technologies Van Home uma instituição financeiramente viável por muito tempo. É por isso que eu não me importo de adiar o casamento.
Dirk perguntou-se que jogo Miles estava jogando agora. — Beth não vai se casar você.
— É isso que ela disse a você? Eu admito que fiquei com um pouco de ódio quando ela disse que queria ter sua diversão antes de ficar sério, mas como eu disse, ela vale a espera.— Ele encolheu os ombros. — Além disso, qualquer coisa que você a ensine na cama só me beneficia, certo?— Ele pausou, dando a Dirk um meio sorriso como desculpa. — Eu espero que você não esteja se sentindo muito preso. Você dois nunca realmente teriam um futuro juntos. Para ela, você é nada além de uma fase, um interlúdio brincalhão, por assim dizer.
Dirk se sentou lá, querendo nada além de bater no homem, ainda existia aquela voz pequena em sua cabeça que se perguntou quanto do que Miles disse poderia ser verdade. Bethany retornou naquele momento e Miles levantou-se para segurar sua cadeira. Depois que ela se sentou, ele colocou suas mãos em seus ombros e começou a massagear eles.
Dirk lutou para controlar o inferno furioso dentro dele quando ele cuidadosamente dobrou seu guardanapo levantando-se. — Hora de ir.
Ele podia dizer que o anúncio deixou Beth surpresa. Ela olhou ansiosamente para Miles e ele braceou para sua recusa, entretanto ela agarrou sua bolsa e primorosamente deslizou fora do toque de Miles.
— Boa noite, Miles. Eu estou contente que você esteja bem,— ela disse, permanecendo. — Não deixe de avisar Suzanne, certo?— Ela adicionou, caminhando em torno da mesa para se aproximar de Dirk, que alcançou em seu bolso e retirou dinheiro suficiente para pagar pelas bebidas, suas e de Beth. Então, pondo seu braço ao redor da cintura de Bethany, ele a escoltou do restaurante.
— O que foi tudo isso?— Ela perguntou um momento depois que eles estavam do lado de fora.
Dirk teve que dar crédito a ela por esperar. A pergunta com a qual ele lutava era quanto dizer a ela. Se ele dissesse a ela a verdade, ela poderia não acreditar. Pior que isto, se ela fizesse, os comentários de Miles sobre ela a esmagaria e Dirk não queria a machucar, não que o homem velho não merecesse perder sua amizade.
Ele usou o tempo que levou para subir no SUV, ligar o motor, e retirar-se do estacionamento para pensar sobre o que ele diria. Finalmente, ele fez sua decisão.
— Você se lembra de do que eu disse sobre o vínculo psíquico que Mac e eu compartilhamos com o chupacabra adulto?— Ele perguntou a ela.
— O vínculo compartilhado por todos aqueles atacados pelo mesmo chupacabra? Certo, mas eu pensei que você disse que estava mais ou menos morto.
— Tem sido, mas de vez em quando, eu sinto algo por isto. É como estar assistindo TV com uma recepção realmente ruim. Normalmente você consegue neve e barulho branco, mas de vez em quando, clareia suficiente para que você consegua um sinal.
— E hoje à noite, durante as bebidas, você conseguiu um sinal, por assim dizer?
— Sim, e mais, quando nós estávamos lá, um pior chegou. Eu tive medo que nós estivéssemos para enfrentar outro ataque e eu quis tirar você de lá antes de acontecer.
Ela pareceu pesar suas palavras e então Dirk pensou que ele a viu relaxar quando ela se debruçou de volta e desviou a vista do para-brisa dianteiro. — Eu tinha medo que você e Miles entrassem em algo. Que talvez ele dissesse algo. Eu estou contente que este não é o caso.
Eles dirigiram junto em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos.
— Você está com fome?— Ela perguntou. — Nós podíamos parar em algum lugar e agarrar alguma comida?
— Não hoje à noite. Eu acho que seria melhor nós comermos na mansão.
— Ainda sentindo um sinal no vínculo?
Ele sorriu. — Sim. Se existe outro ataque vindo, eu iria preferir estar logo em casa onde eu tenho uma chance melhor de acabar com eles.
Julia, que estava se transformando numa chefe de cozinha completa, mais uma vez cozinhou o jantar. Bethany e Dirk voltaram para a mansão a tempo de juntar-se a Julia e o almirante para o jantar. Mac e a Lanie saíram, querendo passar um tempo a sós.
Eles estavam quase por com sua comida quando telefone celular de Dirk tocou. Ele fez uma carranca quando viu número do Detetive Boehler no identificador.
— Dirk.
— Dirk, é John. Eu tenho um corpo que você poderia querer dar uma olhada.
— Agora não é uma boa hora— Dirk disse, não querendo deixar Beth na mansão desprotegida.
— Este aqui você quererá ver, — John respondeu. — Nós achamos isto fora do apartamento de Miles Van Home.
Dirk olhou Beth, então se levantado saindo da cozinha, entrando na sala de estar onde ele podia conversar sem ser escutado.
— Dirk?— John perguntou quando ele ficou mudo por muito tempo.
— Sim, eu estou aqui. Quem é a vítima? Não é Van Home, é?
— Não, uma desconhecida. Nós estamos verificando as pessoas desaparecidas agora. Eu pensei que você poderia querer ver isto, desde que você está tomando conta de sua noiva. Os dois poderiam estar relacionados.
Dirk não se importou em dizer a John que Bethany e Miles não eram mais comprometidos. Isto não importava naquela situação. — É Van Home? Ele estava em casa no momento?
— Não. De fato, nós não o localizamos ainda. O gerente disse que ele não apareceu nos últimos dois dias, mas o homem não podia dizer onde estava. Inferno, eu não sei se ele esta na cidade.
— Ele esta. Eu acabei de o ver uma hora atrás.
— Onde?
Dirk deu a ele o endereço.
— Certo. Eu enviarei um carro para lá agora. E você?
— A caminho. — Ele desligou e voltou a cozinha. — Eu preciso sair durante algum tempo, — ele disse aos outros.
— Problemas?— O almirante perguntou. — Talvez eu devesse ir com você?
— Não, só um desconhecido. Eu posso lidar com isto. Eu preciso de você para ficar aqui. — Ele deu ao almirante um olhar significante.
O homem mais velho olhou em Bethany e movimentou a cabeça.
Dirk então virou para Bethany. — Me acompanhe até a porta?
Ela o seguiu para fora da cozinha. Ele parou no hall para confirmar o punhal envolto em sua cintura. Quando ele estava pronto, ele colocou suas mãos em seus ombros, precisando ver as emoções refletidas em seus olhos quando ele conversou com ela.
— Eu sinto muito que eu tenha que ir. Espero que, não leve muito tempo. Enquanto eu estiver fora, de forma alguma, vá do lado de fora, certo?
Ela olhou fixamente para ele com seus impossíveis olhos verdes, a preocupação arruinando as características delicadas de seu rosto. — Seja cuidadoso. Eu… — Pareceu que ela quis dizer mais, mas hesitou, — Seja cuidadoso, certo?
Ele sorriu e deu um beijo de adeus. Antes de ficar distraído, ele virou e partiu.
Levou vinte minutos para alcançar o edifício de apartamentos de Van Home e Dirk gastou a viagem inteira perguntando-se por que, de repente, os vampiros deviam ter um interesse em Miles.
Uma vez lá, ele tomou o elevador para o topo, mostrando seu ID para avisar aos oficiais em guarda, e caminhou corredor abaixo. Ele reconheceu imediatamente que porta era de Van Home. O corpo ainda estava deitado afundado contra a porta. Dirk foi dar um olhar mais próximo.
O falecido parecia ser um homem em seus trinta anos e meio. Ele vestia um calça azul de correr e uma camiseta da Nike branca. Aparte dos dois ferimentos de perfuração em seu pescoço, não existia nada que visivelmente deferisse este corpo em comparação ao de outras vítimas de vampiro que Dirk viu. Uma matança de vampiro típica. E ainda assim…
— O que você acha?— John perguntou, surgindo atrás de Dirk. — Só uma coincidência que este homem, não é um inquilino do edifício, devia ser encontrado aqui nesta porta particular? Ou alguém está tentando enviar uma mensagem para Van Home?
Dirk descartou luvas que ele costumava usar para examinar o corpo e se levantou. — Eu acho que nós dois sabemos a resposta para isso. A pergunta é... Qual é a mensagem?
— Talvez eles tenham desistido de tentar sequestrar a noiva e estão indo para Van Home eles mesmos.
— Mas por quê? Isso não faz sentido. Van Home pode possuir e administrar uma firma de pesquisa, mas ele não é nenhum bioquímico.
— Talvez eles nunca estivessem atrás de um bioquímico. O que lembra a mim, nós achamos o corpo de Stuart Meyers.
— Você achou?
— Sim, mais cedo hoje. Mesmo M.O., mais ou menos. Pareceu que ele estava morto mais tempo, entretanto. Uma parte de suas extremidades murcharam e secaram, eu nunca vi qualquer coisa como isto. O corpo está no necrotério se você quiser dar uma olhada.
Dirk movimentou a cabeça. — Eu irei. — Ele olhou no detetive. — Você se importaria se eu demorasse mais alguns minutos aqui?
— Fique a vontade. — John encolheu os ombros. — Nós acabamos.
Dirk esperou até que ele fosse embora antes de retirar a estaca de madeira pequena que ele pôs em seu bolso. Ele mantinha uma provisão delas em seu SUV para tais emergências. Ele ergueu a camisa da vítima assim ele teve uma visão clara do tórax do homem e dirigiu a madeira no fundo do coração do homem morto. Teria sido difícil de fazer se ele tivesse sido só humano, mas ele não era. Ele teria preferido arrastar o corpo de volta a mansão e decapitar, mas muitas pessoas viram este aqui para ele simplesmente desaparecer. Ele teria que estar satisfeito e apostar nisto. Tinha um consolo pequeno em saber que as criaturas que ele matou outra noite em Nicolette não voltaram depois de ser apunhaladas no coração.
Terminada aquela tarefa, ele girou seus pensamentos para Miles. Não era uma coisa boa que os vampiros estavam agora atrás do homem e Dirk não podia ajudar, mas ele se perguntava se existia algo que Miles estava omitindo. Ainda preocupado, ele caminhou no apartamento de Miles para achar o detetive.
— Ainda nenhum sinal de Van Home, — John o informou, fechando seu telefone celular.
Dirk pensou sobre isto. — Eu ficarei aqui e espero por ele, no caso de alguém aparecer para entregar outra mensagem.
John pensou sobre isto, então movimentou a cabeça. — Certo. Eu acho que nós acabamos mesmo. Eu devolverei a chave mestra para o gerente. Não deixe de fechar depois de nós partirmos, e ligar se Van Home, ou qualquer outro, aparecer.
Bethany se sentou à mesa da cozinha, tocando distraidamente sua xícara de café, enquanto ela se preocupava sobre o que Dirk estava fazendo.
— Ele está bem.
Bethany olhou inexpressivamente para o almirante, tão enfocada em seus pensamentos que suas palavras, a princípio, não foram registradas. Então ela movimentou a cabeça. — Eu sei.
Só então, Mac e Lanie vieram entrando.
— Onde você dois estavam?— Julia perguntou.
— Nós saímos para jantar e então para um passeio, — Lanie respondeu quando eles juntaram-se os outros à mesa.
— Realmente? Aonde você iria?— O almirante perguntou educadamente interessado.
— O jardim zoológico.
Julia pareceu confusa. — É depois dessa hora, não está fechado?
— Sim, é por isso que nós fomos. — Lanie entrincheirou-se sua bolsa e retirou-se um jornal dobrado. — Eu achei esta história hoje no jornal, veja?— Ela segurou o jornal fora assim Julia e o almirante podiam ler o artigo que ela indicou. — Várias cabras no zoológico foram encontradas mortas esta manhã.
— Você pode ver pelo retrato aqui que parece que elas eram mordidas no pescoço. Eu perguntei-me…
Quando Lanie continuou, os pensamentos de Bethany retornaram a Dirk. Ela olhou fixamente distraída atrás do jornal até que algo sobre uma fotografia chamou sua atenção. A cor laranja do cabelo se distinguido do homem, fazendo fácil identificar Sr. Santi.
Curiosa sobre o que era a história, ela olhou fixamente para a legenda de cabeça para baixo até que ela distinguiu as palavras. A trepidação a encheu. — Eu posso ver isto?— Ela pediu a Lanie, já alcançando o jornal.
— Uh, ok,— Lanie disse, dando isto para ela. — está tudo bem?
— Eu não estou certa. — Bethany leu o artigo: Juan Santi, segundo no cargo de um dos maiores cartéis de droga da Costa do Leste, foi morto com um ferimento de tiro que aconteceu durante uma negociação de droga que acabou mal, isso é o que a polícia acredita.
— Bethany, qual é o assunto?
Sentindo-se mal, Bethany mostrou ao artigo e a fotografia para os outros. Isto é a droga do representante com quem Miles tem feito negócios. Ele deve ter mentido para Miles sobre o que ele trabalhava.
Ela afastou a mesa e se apressou para o telefone. — Miles não tem nenhuma ideia no que está envolvido. — Depressa discando o número de telefone celular de Miles, ela o esperou responder, o que ele fez no terceiro toque.
— Miles, é Bethany.
— Qual é o assunto, você parce chateada?— Ele pausou. — Diga que isto não tem qualquer coisa haver com mais cedo, porque eu não sei o que Adams pode ter dito a você, mas...
— Não, não. Não tem nada haver com Dirk. Onde você está? Você está seguro?
— Sim, eu estou bem.
— Onde você está?
— Eu só estou caminhando em meu edifício de apartamentos, por quê?— Ele soou confuso.
— Você viu o jornal hoje?
— Não, não ainda. Eu pensei que eu poderia olhar para isto hoje à noite.
— Bem, existe uma história lá sobre Sr. Santi.
— Realmente?— Ele não soou particularmente chateado.
— Miles, ele está morto. Sr. Santi está morto, e isto não é o pior. Ele era um negociante de droga importante.
Houve silêncio no outro lado, então ela ouviu Miles suavemente perguntar. — Como ele foi morto?
— Ele levou um tiro. A polícia acha que foi um negócio de droga que acabou mal. — Ela pensou ter ouvido um suspiro de alívio vindo da linha e se preocupou que ele não estava tomando isto seriamente. — Se os assassinos sabem que você estava ajudando ele a desenvolver uma nova droga, ainda que você fizesse isto sem conhecimento, você pode estar em apuros, também.
— Acalme-se, Bethany, tudo está bem. Olhe, eu estou em meu apartamento. Segura aí enquanto eu destranco minha porta. Então nós podemos terminar de discutir isto.
Ela ouviu o som de sua chave na porta e então...
— Que diabo…?
O telefone foi desligou e Bethany olhou fixamente para ele, tentando compreender o que aconteceu. Ela bate a rediscagem, mas em vez de tocar caiu na caixa postal com a voz das Miles. Ela pensou em centenas de argumentos para explicar a rudeza com que o telefonema terminou tão trágico.
Confusa, ela suspendeu.
— Bethany, o que está errado?— Lanie perguntou.
Ela girou o olhar para os outros. — O telefone caiu. Ele estava no meio da conversa e então… caiu. — Ela começou a suar nas mãos, incapaz de parar. — Posso obter um carro emprestado de alguém, por favor.
Ninguém se moveu e Bethany ficou desesperada. — Por favor, eu tenho medo que alguém poderia estar tentando o matar.
— Eu irei. — O Mac afastou a mesa. — Eu não posso deixar você ir se realmente existe qualquer problema.
Quando ele começou a caminhar para a porta, Bethany pegou sua bolsa do contador e se apressou atrás dele. — Se você pensar que está me deixando para trás, você está enganado. Eu vou.
Mac parou no corredor e girou para enfrentá-la. — Eu não acho.
— Eu estou indo, também,— Lanie disse, juntando-se Bethany.
— Agora espere só um maldito minuto, — Mac protestado como o almirante apareceu.
— Você está brincando? Podemos discutir no carro, vamos. Eu estou dirigindo. Você vem, Julia? Existe segurança em números.
— Que diabo você está fazendo aqui?
— Eu estava esperado por você, — Dirk disse friamente, sentando nas sombras do apartamento de Miles.
— Estou aqui agora?— Miles lançou seu telefone sobre o contador e passeou pela sala, claramente inalterado por ter encontrado uma visita não desejada esperando por ele. — E por que seria? Você quer continuar nossa conversa de mais cedo?
— Eu acho que isso não será necessário. Eu estou aqui por outra razão.
— Realmente?
Dirk permaneceu, assim ele podia enfrentar Miles como homem mais velho caminhando sobre o quarto. — Eu sei o que você é e eu não posso deixar você cair fora com isto.
— E eu suponho que você planeja me parar?
— Sim, eu farei.
— Eu gostaria de ver você tentar, — Miles rosnou. Na iluminação escura da sala, seus olhos arderam num vibrante vermelho e quando seus lábios enrolaram para cima, Dirk viu as duas recentemente formadas prezas.
Miles então fez uma carranca. — Você não parece surpreso.
— Eu não estou, — Dirk admitiu. — Eu tenho caçado vampiros durante algum tempo agora. Você poderia dizer que eu tenho um sexto sentido para eles. Eu admito que você me enganou no restaurante. Eu sentia um vampiro, mas eu não esperava que fosse você.
Miles encolheu os ombros. — Sua reação é um pouco desapontadora, mas suponho faz sentido. Na noite do ataque no laboratório, eu vi o corpo do Frank. Eu sabia que se a polícia te chamou era porque você sabia algo sobre vampiros.
Outro pedaço do quebra-cabeça caiu em lugar para Dirk. — Você tem trabalhado com Patterson e Harris desde o princípio, não é?— Ele mentalmente se chutou por não ter visto isso mais cedo.
— Claro, — Miles prontamente admitiu.
— E o extrato de planta que Beth vem tentando duplicar?
— Veneno de Chupacabra.
Dirk estava aliviado que não era biotóxico, mas confuso. — Se Beth já estivesse trabalhando em duplicar o veneno, então por que Patterson e Harris tentariam a sequestrar?
Rosto de Miles nublou acima dele. — Eu nunca esperei que isso acontecesse, — ele admitiu. — Patterson sentiu que sua pesquisa estava indo muito devagar, que ela estava arrastando-a de propósito. Ele pensou que se a tivesse em sua toca, ele poderia a persuadir a trabalhar mais depressa.
— E você não fez nada para tentar parar eles?— Dirk sentiu sua raiva crescer. — Nós não fingiremos que aquilo que você sentiu por ela era amor, mas você não se importa nem um pouco com ela?
Miles tivera a decência para parecer insultado. — Claro que eu me importo. Eu ia me casar com ela, não é?
— Você a usou. Eu devia matar você por isso, — Dirk cuspiu fora.
Miles circulou pelo quarto, tomando passos casuais e lentos, Dirk continuou a se mover com ele. Eventualmente, Dirk percebeu que teria que lutar com o homem mais velho, mas não ainda. Ele não obteve todas as suas respostas. — O que você está conseguindo em retorno por ajudar os Primes?
— Eu consigo imortalidade, — Miles disse orgulhosamente, gesticulando para ele mesmo. — E um por cento dos lucros quando nós vendermos Imortalidade na rua.
— Não conseguiram muitos novos negócios nisto, não é?
— No preço que Patterson planeja vender isto, nós não precisamos de muitos negócios.
— Só há um problema, — Dirk disse confuso. — Eu pensei que Beth não podia duplicar o veneno.
— Verdade, mas eu nunca estive nisso pelo o dinheiro.
— Eu suspeito que Patterson e Harris estão, então me pergunto por que eles concordaram em te converter antes de entregar os bens?— Então a luz continuou. — Você deu a eles o material que Beth estava trabalhando e disse a eles que funcionava.
Miles ergueu uma sobrancelha e sorriu.
— E eles não testaram a droga por eles mesmos?
— Claro que eles fizeram, mas como eu estou certo que você sabe, leva algumas noites.
Dirk agitou sua cabeça. — Você não tem nenhuma ideia de com quem você está lidando, não é?
— Eu realmente não me importo. Eu consegui o que procurava. Quando eles checarem isto, estarei longe. — Existia arrogância em seu tom que não teria estado lá se ele realmente entendesse o que estava acontecendo.
— Este foi seu primeiro engano. — Miles levantou uma sobrancelha curiosa, então Dirk continuou. — A polícia achou um corpo contra sua porta mais cedo hoje à noite. Homem de meia-idade, calça azul de corredor, camiseta branca. Soa familiar? Pelo seu olhar, ele foi morto uns dias atrás. Era para ele ter se convertido, entretanto algo deu errado. Aquele corpo nunca subirá novamente. Eu diria que Patterson já sabe que sua droga não funciona.
Miles ficou mudo por um momento, parecendo perdido em pensamento. Então, como se lembrando de que não estava só, ele se virou para Dirk. — Bem, eu aprecio as informações. Acho que terei que deixar cidade um pouco mais cedo do que o esperado.
— Eu não acho.
Os olhos de Miles ofuscaram mais brilhantes e ele deu um riso de escárnio. — O que? Você pensa que você vai me parar? Você não é nada comparado ao que eu sou.
— Este é seu segundo engano, — Dirk respondeu. Ele deu a sua raiva e ódio rédea solta. Sua vista ficou vermelha e seus lábios instintivamente enrolaram atrás para revelar suas prezas. Ele viu os olhos de Miles se alargarem em surpresa. — Se for uma briga que você quer, vamos ter uma.
O caminho para o apartamento de Miles estava silencioso, com exceção de Bethany dando as direções para o almirante à medida que ele dirigia. Embora ele estivesse bem acima do limite de velocidade, ainda levou vinte minutos para alcançar o edifício. O porteiro tentou parar eles, mas o almirante levantou um pouco um distintivo que Bethany nunca viu na frente dele e eles tiveram permissão para continuar.
Eles andaram no elevador e Bethany quis gritar quando lentamente os levou para o andar de Miles. Assim que as portas abriram, ela se apressou corredor abaixo, descuidando da ordem do Mac para deixá-lo ir primeiro. Eles alcançaram a porta do apartamento de Miles e a acharam ligeiramente entreaberta. De dentro veio o som de grito seguido pelo baque enfadonho que um corpo que caia no chão.
Sem pensar em nada além de salvar Miles, Bethany entrou repentinamente na sala.
A visão que encontrou era tão horrorizante que ela parou e olhou fixamente, boquiaberta. Sobre o corpo de Miles no chão, Dirk estava equilibrado, os olhos ardendo vermelho, respirando duro, fios de sangue saindo dos arranhões em seus braços, e sua mão estava parada, prendendo o punhal enterrado até o cabo no tórax de Miles.
Dirk lentamente ficou ciente que não estava mais só no apartamento. Olhando para cima, ele viu Mac, o almirante, Lanie, Julia e Bethany estando só dentro da porta. Suas expressões chocadas de horror foram compreensíveis. A condenação que ele viu não era.
— Você o matou?— A voz de Bethany era apenas mais que um sussurro de som.
— Bethany… — ele começou a explicar, tomando um passo em direção a ela só para parar quando ela se afastou.
Ele olhou para Mac e o almirante. Ambos os homens estavam com expressões horrendas de confusão e algo pior, decepção. Ele soube o que eles estavam pensando. Em uma ira ciumenta, ele perdeu controle e matou um homem velho e inocente. Eles não estavam interessados em saber o que aconteceu e de repente Dirk era um adolescente novamente, encontrando-se culpado sem consideração com a verdade.
Tinha sido a história de sua vida por tanto tempo, ele devia ter sido usado para isto. Sua censura devia vir como nenhuma surpresa e certamente não devia causar a dor e machucar, mas isto fez. Vendo a confusão e o horror de Bethany, seu medo dele, era o sopro mais cru de tudo.
Ele teve que cair fora. Dando a eles um clarão desafiante, ele escovou passando por eles.
Bethany assistiu ele ir com o pesar e o horror lutando com a confusão, deixando ela em um tipo de choque. Miles estava morto. Dirk o matou. Aquelas eram os únicos pensamentos que ela pareceu capaz de se importar e isso se jogava contra ela repetidas vezes. Ela sabia que Miles e Dirk odiavam um ao outro, mas odiar teria sido suficiente razão para Dirk matar Miles?
Finalmente, um único novo pensamento perfurou por sua névoa mental. Não. Irrefutavelmente, não. Dirk poderia ser muitas coisas, mas ele não era um assassino de sangue frio.
Ela se lembrou da expressão de Dirk quando os viu de pé lá. A dor que relampejou através de seus olhos rasgou em seu coração e ela soube que ele pensou que o culparam.
Empurrando os outros, ela saiu correndo para os elevadores, apunhalando o botão para o salão de entrada repetidamente até as portas se fecharem.
— Um homem acabou de passar por aqui, — ela disse ofegante ao porteiro quando ela alcançou a frente do edifício. — Alto, cabelo loiro, vestindo um sobretudo preto. Para qual lado ele foi?
O porteiro apontou.
— Obrigada. — Ela se apressou porta a fora, encabeçando na direção que o porteiro indicou. O ar da noite era fresco, mas ela não notou. Alguns carros estavam nas ruas e o tráfico de pedestres neste momento da noite era iluminado. Ela esquadrinhou a calçada à frente dela, mas não viu nenhum sinal de Dirk.
Pulando o porteiro a guiou na direção certa, ela apetou seu passo. Depois de ir vários quarteirões, ela o viu longe. Ela correu, para alcançá-lo, com medo que ainda que ele a ouvisse, ele não escutaria.
Desesperada, ela correu mais rápido, fechando a distância e quase bateu nele quando ele de repente virou ao redor para a confrontar. — Que diabo você pensa que você está fazendo? Você não devia estar aqui fora. — Ele olhou além dela. — Onde está Mac?
— Atrás no apartamento, — ela arquejou.
— Você chegou aqui sozinha?— Ele estava gritando agora, mas ela soube que sua raiva originou-se de sua preocupação por sua segurança.
— Eu não estou por mim mesmo, eu estou com você.
Ele deu um irrisório bufar. — Sim, e nós dois sabemos o quão seguro isto é certo?
— Eu estou disposta a arriscar. — Ela procurou em seu rosto um sinal do que ele estava sentindo. — Você não é um assassino de sangue frio.
— Não engane você mesma, Beth. Eu não o achei morto. Eu afundei meu punhal em seu tórax. O homem que você ia se casar, eu acabei de apunhalá-lo no coração. Não me diga que não assusto você.
Ela vacilou com a dor e a raiva no seu tom e em suas palavras. — Eu gostaria de saber o que aconteceu, — ela suavemente admitiu. — Mas você está mais ou menos errado em uma coisa. Eu não ia me casar Miles. Eu não o amava. — Ela hesitou, olhando em seus olhos, disposta a acreditar nele. — Eu, porém, amo você.
Dirk estava lá, chocado. Ninguém disse a ele antes que... Ninguém que significou aquilo. — Beth. — Ele respirou fora seu nome como se fosse uma oração a agarrou e a beijou. Ela era o sangue da sua vida, sua razão para viver. Ele saboreou a sensação de seu corpo e em seus braços, ele encontrou o santuário de paz. Ele quis dizer a ela o quanto a amava, mas nunca tendo falado essas palavras antes, elas ficaram presas em sua garganta.
— Isto não é romântico?— Uma voz maliciosa falou da escuridão.
Dirk congelou. — Patterson, — ele cuspiu fora, erguendo sua cabeça para procurar. Ao fazer isso, ele viu que eles estavam cercados por vampiros e sabiam que ele falhou em fazer aquela coisa que ele jurou fazer, manter Beth segura.
Dirk sentiu em seu cinto, lembrando tarde demais onde ele tinha deixado seu punhal. Isso o fez pensar sobre os outros. Mac não teria permitido que Bethany corresse para fora desprotegida. Ele tinha que estar próximo. Tudo o que Dirk tinha que fazer era protelar por um tempo. — O que você quer?— Ele perguntou ao Principal.
— Eu pensei que seria óbvio até agora, Adams, — Patterson disse com um sorriso.
— Você não vai pegar Bethany até passar por mim. — Dirk a empurrou atrás dele para protegê-la.
Patterson riu. — Muito nobre da sua parte, e ainda assim, totalmente ingênuo. Eu tenho vinte recrutas frescos. Você supõe que pode bater neles todos? Você pensa que você pode me bater?
Dirk soube que ele não podia levar eles todos, então ele mudou de tática. — Você não precisa dela. O veneno não pode ser duplicado.
Patterson agitou sua cabeça. — Não, eu não acredito nisto. Van Home simplesmente não sabia como motivar seus empregados corretamente.
— O que Miles tem haver com isto?— Bethany perguntou quietamente por detrás de Dirk. — Que veneno?
Patterson olhou para Dirk em surpresa. — Você não disse a ela como seu noivo esteve nos usando a todos?
— O que?— Dirk ouviu o suspiro em sua voz.
— Está certo, — o vampiro continuou. — À noite em que nós tomamos Stuart não foi nossa primeira tentativa para sequestrar um bioquímico. A noite que nós o sequestramos Van Home foi a primeira. — Ele deu uma risada. — Você pode imaginar nossa decepção quando nós descobrimos que ele não era nem mesmo um cientista, era meramente um homem de negócios rico, mas um pelo que parece com ambição alta.
Bethany ofegou e Dirk desejou que ele pudesse ter mudado a verdade, mas se isso conseguisse mais tempo a eles. Ele esperava que Patterson continuasse a conversar.
— Desde o início, Van Home só estava interessado no que podia ganhar para ele mesmo, — Patterson continuou. — Ele nos assegurou que sua instalação de pesquisa podia duplicar o veneno. Que sua noiva era uma brilhante cientista e indiscutivelmente dedicada a ele. Eu assumo que ele quis dizer você. — Ele deu seu um sorriso zombeteiro.
— O extrato de planta?— Ela perguntou.
Patterson agitou sua cabeça. — Não era extrato de planta. Era veneno de chupacabra.
— Mas por que Miles ofereceria ajuda?— Ela perguntou.
— Não por dinheiro. Um homem assim, rico, poderoso, no outono de sua vida, só quer uma coisa, mas que diabo. Quem eu sou para negá-lo? Se ele mantivesse sua palavra, eu tinha intenção de manter a minha. Eu disse a ele meus planos para vender o veneno no mercado negro e ele ofereceu para trabalhar com o distribuidor que eu já me alinhara.
— Sr. Santi.
— Sim. Felizmente para mim, negociantes de droga não se importam muita sobre a natureza de seus clientes, desde que eles sejam pagos. Sr. Santi omitiu minha condição de vampiro quando eu o apresentei com a oportunidade de distribuir minha droga. Ele agiu como um intermediário, entregando minhas mensagens para separar minério para casa e trazendo as amostras que Van Home tirou do laboratório assim nós podíamos verificar o progresso de seu trabalho. Duas noites atrás, Van Home me trouxe o produto terminado ele mesmo.
— Mas eu nunca...
Patterson levantou sua mão para pará-la. — Eu não sou tão crédulo, Sra. Stavinoski. Quando Van Home exigiu o pagamento para o veneno duplicado, eu paguei a ele.
— Você quer dizer que matou ele, — Dirk disse.
— Dando a imortalidade que ele buscava, — Patterson corrigiu.
— Imortalidade cativa, — Dirk clarificou.
Patterson não se preocupou em esconder suas prezas quando sorriu.
— O que você quer dizer?— Beth perguntou.
Foi Dirk que a respondeu. — Miles queria ser um dos Primes, mas só um chupacabra pode fazer isto. Patterson não tinha o adulto, não é, Patterson? Você mesmo o matou.
Patterson meramente sorriu.
— Pobre Miles hoje à noite como um vampiro, mas ele provavelmente só tinha mais ou menos de duas a quatro semanas antes de perder todos os rastros de humano e se tornar nada além de uma criatura desmiolada sanguinária, vivendo de uma vítima até a próxima.
— É por isso que você o matou, — ela murmurou para ela mesma, entretanto Dirk a ouviu.
— É hora de ir, — Patterson anunciou. — Eu voltarei mais tarde para lidar com Van Home, pessoalmente.
— Não se aborreça, — Dirk respondeu. — Eu acabei de mata-lo.
Patterson pareceu surpreendido, entretanto ele encolheu os ombros. — Tanto faz. Economiza-me a dificuldade. Agora, vamos.
Dirk olhou os vampiros que o cercavam. Era agora ou nunca. Mac não iria alcançar eles a tempo.
Ele esperou até que o primeiro vampiro os atacou, ficando perto de Beth, com medo de que eles pudessem a agarrar enquanto ele estava ocupado lutando com os outros.
A batalha acabou quase antes de começar, quando Patterson e seu time saltaram em Dirk e o lançaram para o chão, acabando com toda a distância.
Depois do que pareceu uma longa e interminável caminhada pela a cidade, Dirk e Bethany foram levados para uma cobertura que bloqueava a entrada para o sistema de esgoto subterrâneo.
— Interessante à localização que você tem aqui, — Dirk murmurou quando eles foram arrastados ao longo das tubulações de esgoto, onde o cheiro do esgoto agrediam seus sentidos. Ele estava certo de que o cheiro rançoso poderia terminar com o trabalho que os vampiros haviam começado com ele.
— Você ainda está vivo, Adams?— Patterson brincou. — Você gosta disto? Pode não ver ou não gostar muito do cheiro, mas ele tem a vantagem de ser o último lugar que alguém pensaria em procurar.
— O que você planeja fazer conosco?— Dirk perguntou.
Patterson riu. — Sra. Stavinoski, claro, será posta para trabalhar no laboratório. Eu penso que você ficará impressionado com a instalação que nós temos. Muitos do equipamentos eram do Dr. Weber enquanto estava conosco, mas nós fizemos algumas adições, graças às sugestões de Sr. Meyers.
— Stuart está aqui?— Bethany perguntou.
Patterson olhou para ela. — Não por muito tempo. Parece que o veneno que ele sintetizou não era tão perfeito quanto ele acreditou, quando ele voluntariamente testou isto.
— Mas como ele foi voluntário? — Dirk clarificou.
— Qual é a diferença? O veneno não funcionou e agora ele está permanentemente morto.
— Eu não farei isto, — Bethany disse a Patterson. — Eu não analisarei o veneno.
O Prime parecia desinteressado. — Minha querida, você dificilmente tem uma escolha, — ele disse muito calmamente, estendendo um dedo com uma unha muito afiada visível. Ele se moveu para perto de Dirk e apertou a ponta contra a garganta dele. Lentamente, ele riscou a unha através da superfície, só funda o suficiente para que uma linha de sangue escorresse abaixo do pescoço.
— Pare!— Ela chorou em horror. Ela teria ido para o lado de Dirk, mas dois dos vampiros a seguraram de volta.
— Não concorde em qualquer coisa, — Dirk disse a ela, puxando contra seus próprios guardas. — Nada, você me ouve?
Patterson se debruçou adiante e, apesar dos esforços do Dirk de soltar-se, lambeu o sangue da pele de Dirk antes de virar para Bethany. — Eu quero a fórmula e estou certo que eu testarei cada frasco que você faz. Se não trabalhar exatamente à medida que eu espero, então Adams pagará as consequências.
O olhar de Dirk fixou nela. — Eu não me importo com o que ele ameace fazer, você, não faça isto. Você conhece o que ele vai fazer com aquele veneno, pessoas inocentes vão morrer.
Bethany estava hipnotizada pelo pequeno colar de rubi vermelho, do sangue que vazava de pescoço de Dirk. Ela sabia que ele suportaria muita dor, mas ela não sabia quanto mais ela podia assistir. Ela juntou sua determinação ao redor de uma proteção magra e agitou sua cabeça. — Não, eu não farei isto. Eu não ajudarei você.
Patterson estudou seu rosto e então encolheu os ombros. — Então eu não vejo nenhuma razão para manter Adams vivo.
Ele deu uma guinada, agarrando Dirk pela cabeça quando os outros vampiros o seguraram cativo, e o empurrou adiante, afundando suas prezas no pescoço de Dirk em um ataque violento. Dirk resistiu e lutou, mas já fraco da luta anterior, ele estava facilmente contido. Bethany podia só fingir, com seu rosto na iluminação escura. A dor e agonia que ela viu despedaçou sua decisão. Patterson estava matando o homem que ela amava e estava dentro de seu poder parar isto.
Patterson continuou a beber e Bethany pensou que não existia nenhum modo que Dirk podia ter tanto sangue nele. Quando ela viu seus olhos, a forçar o recuo em sua mente, o horror de indivíduos sem nome, sem cara morrendo como resultado de seus esforços para duplicar o veneno empalideceu a sua face ao horror atual. Dirk estava morrendo agora.
— Pare, — ela gritou. — Eu ajudarei você.
Patterson a ignorou e ela avançou desesperada. — Pare, pare. Eu disse que eu ajudaria, mas eu juro que eu não faço se você o matar. Se ele morrer, então você poderia também me matar. — Ainda sim ele continuou a beber e ela finalmente gritou. — Eu sou sua única chance.
Bethany apenas ouviu o som de pés correntes antes de um tiro passar por ela. Chocada pelo surgimento súbito deste novo vampiro, ela o assistiu afastar Patterson de Dirk e empurrar o Prime de volta vários passos. — Isto é suficiente, — ele rosnou.
O vampiro colocou seus dedos contra garganta do Dirk e os segurou lá.
— Ele está…?— Bethany não podia conseguir as palavras.
Ele agitou sua cabeça. — Viverá, no momento. O leve para o laboratório— ele se dirigiu aos dois vampiros segurando Dirk. Então ele virou para Bethany.
— Eu sou Sheldon Harris. E você é Bethany Stavinoski, eu presumo?
Ela movimentou a cabeça.
Ele recusou sua mão, gesticulando para ela caminhar com ele quando eles seguiram os vampiros que levavam Dirk.
— Harris!— O grito rouco reverberado de Patterson contra as paredes. Quando Bethany girou ao redor, ela viu que seus olhos brilhavam e existia um olhar louco sobre ele. — Não faça isto novamente.
— Não me ameace Patterson. Você sabe que eu faço o necessário e se você matar Adams, você nunca conseguirá a cooperação da mulher.
Ele girou então, muito mais confiante que Patterson não os atacaria por detrás do que Bethany estava, e continuou a caminhar, levando-a a pela porta pequena que os outros vampiros levaram Dirk.
Andando na sala, Bethany viu um laboratório quase completamente equipado. Ela teve que se perguntar como os vampiros conseguiram todo esse equipamento, e a eletricidade que corria pelas luzes e equipamentos, entretanto ela se lembrou de que Patterson e Harris costumavam ser SEALs e provavelmente sabiam como obter muitas coisas que outras pessoas não poderiam.
Do outro lado, contra a parede, Dirk estava deitado em uma cama. Bethany se apressou para seu lado, verificando sua pulsação para ela mesma ter certeza que ele estava bem.
— Eu posso apenas sentir uma pulsação, — ela disse preocupadamente. — Nós temos que conseguir ajuda médica. — Ela olhou em Harris, não estando longe.
Ele agitou sua cabeça. — Ele ficará bem. Adams é diferente. Eu o vi aguentar danos piores e sobreviver.
— Mas...
Ele levantou sua mão. — Não arrisque sua sorte. — Ele girou para os outros vampiros. — Nos deixe.
Eles movimentaram a cabeça obedientemente e deixaram a sala. De repente só com Harris, Bethany perguntou-se o que estava vindo.
— Existe um banheiro ali,— ele disse, apontando para o canto longe. — Ele precisa se alimentar para ajudar a reconstruir seu sangue. Eu trarei algum, como também um pano para limpar seus ferimentos.
Ela olhou fixamente nele. — Qual é o ponto de nos trazer comida se você vai matar-nos?
— Ninguém vai matar você se eu puder evitar isto, — ele a assegurou.
Ela levantou-se para enfrentá-lo. — Por que você está sendo bom?
Uma sombra passou por seu rosto. Ele levantou sua mão, como que para tocar na sua bochecha, entretanto pensou melhor e deixou sua mão retirar-se para seu lado. — Você me lembra a alguém que eu conheci.
Algo sobre o modo que ele disse isso fez Bethany perguntar-se se ele queria dizer uma esposa ou namorada. Ela não considerou que um vampiro poderia ainda ter aqueles que ele deixou para trás. Pela primeira vez, ela considerou este vampiro como algo diferente de um monstro horroroso, brevemente relanceou o homem que ele foi uma vez.
Ela caminhou para a porta, parando quando ele a alcançou. — Não tente fugir. Se apegue ao fato que o lugar está fervilhando de vampiros, os tubos são interconectados, confundindo. Você podia facilmente se perder e gastar o resto de sua vida tentando achar a saída. — Ele esperou ela movimentar a cabeça indicando que entendeu antes dele continuar. — Eu voltarei em breve.
Ela esperou até a porta fechar antes de retornar ao lado do Dirk, sussurrando seu nome. — Dirk? Você pode me ouvir?— Quando ele não respondeu, ela ficou temerosa de que ele poderia já estar morto.
Ela curvou acima dele, abraçando ele enquanto ela sussurrou em seu ouvido. — Por favor, não morra, por favor, não morra. Dirk, você pode me ouvir?
— Bethany?— Sua voz era fraca e ela tentou ouvir.
— Sim, amor. Eu estou aqui.
— Você… esta bem?
— Sim, eu estou bem. — No momento, ela pensou.
— Onde…
— Eu acho que nós devemos estar em alguma seção de manutenção subterrânea abandonada do sistema de esgoto. A porta esta trancada e Harris foi conseguir comida.
Dirk lutou para se sentar, mas estava muito fraco. — Nós precisamos sair daqui.
— Você não vai a lugar algum. — Ela forçou ele a deitar-se. — Você perdeu muito sangue e nós precisamos dar a seu corpo uma chance de se recuperar.
Ele estava agitando sua cabeça antes dela terminar. — Não. Não confie nele. Não confie em Harris.
— Agora mesmo, Adams, você não tem qualquer outra opção, — Harris disse da entrada, surpreendendo Bethany que não ouviu a porta se abrir. — Eu sugiro que você coma algo. Em pouco tempo, Patterson enviará dois de seus convertidos para você. Ele decidiu que será melhor separar vocês durante o dia como garantia adicional contra qualquer tentativa de fuga enquanto nós dormimos. — Harris deu seu um sorriso tranquilizante. — Ninguém vai incomodá-la.
— Eu não me importo com o que aconteça comigo. O que você vai fazer com Dirk?
Ela novamente viu a sombra passar através de olhos de Harris. — Minhas desculpas. — Então ele virou seu olhar para Dirk. — Adams, você é um homem sortudo, por ter encontrado alguém que se importa com você, tanto quanto ela faz. — Ele entregou-lhe a comida e partiu.
Com esforço, ela pode ajudar Dirk a comer vários sanduíches, mas ele estava muito fraco para fazer mais do que isto. Ela não sabia quanto de sua fadiga era devido a sua condição debilitada e quanto era porque eles estavam muito perto do amanhecer, que normalmente o teria deixado cansado.
Como previsto, não demorou a alguns dos lacaios de vampiro do Patterson virem e levaram Dirk, fechando a porta atrás deles, deixando Bethany só num laboratório abastecido com equipamento e sem meios de fuga.
Quanto tempo se passou, ela não tinha nenhuma idéia, mas sentiu como se fosse uma eternidade. Ela estava começando a pensar que talvez o sol tenha surgido e ela teria várias horas para ela mesma quando ela ouviu a fechadura da porta. Segundos mais tarde, Patterson entrou.
Imediatamente ela se afastou dele, movendo-se para permanecer atrás da mesa do laboratório, talvez se afastando pudesse conseguir alguma proteção.
Patterson, notando o que ela fez, ergueu seus lábios em um sorriso do mal e começou a caminhar em torno da mesa do laboratório, forçando ela a movimentar-se se ela quisesse manter a mesa entre eles.
— Bem, Sra. Stavinoski, Bethany. Eu posso chamar você de Bethany? Eu acho que você achará que o laboratório é equipado com tudo que você precisa. Eu sugiro que você compense o uso de seu tempo. Se você tentar recusar, bem, eu não penso que Adams tenha condições de perder muito mais de seu sangue.
Sua situação era desesperadora. — Eu não posso duplicar aquela fórmula.
— Não pode ou não quer?
— Não posso, — ela enfaticamente disse. — Existe um elemento para o veneno que é completamente pouco conhecido para mim. Eu não entrarei na explicação científica, mas é como se o chupacabra não fosse realmente de nosso planeta. Este elemento é completamente desconhecido e a forma que reage e combina com as enzimas em nosso corpo, bem, é impossível de predizer. Eu não posso duplicar isto. Eu não sei se alguém pode, — ela adicionou suavemente.
A fachada de cortesia de Patterson desapareceu e ele aumentou seu tom afiado. Em um obscuro movimento, ele estava ao lado dela, sua mão em sua garganta, só apertando o suficiente para ser desconfortável, seus olhos ardendo quando eles olharam fixamente para ela. — Seria melhor você esperar que isto não seja verdade, porque quando eu voltar hoje à noite e checar você é melhor ter veneno. Se não tiver, eu terminarei o que comecei com Adams e então vou para você.
— Solte-a.— Harris disse da entrada.
— Vá embora, Harris. Isto é uma conversa privada.
Harris se moveu na sala, vindo para insistir no outro apoio. Ele não tentou tocar em Patterson. — Nada que envolve esta mulher ou Adams é privado. Eu estou nisto tanto quanto você e eu não deixarei você acabar com tudo porque você não pode controlar seu temperamento. Agora, se afaste. Já está quase amanhecendo.
Presa entre eles, Bethany observou-os muda, uma batalha de vontades, sentindo-se impotente. Finalmente, o aperto de Patterson diminuiu. Ela segurou sua respiração e só começou a respirar novamente quando sua mão caiu para seu lado. Sua atenção não estava mais nela só em Harris. Tanto de forma que Bethany estava com medo que os dois vampiros duelariam entre si.
Então o momento passou e Patterson andou a passos largos para a porta. — Eu estou ficando cansado de sua interferência, Harris. Eu estou advertindo você, eu não tolerarei muito mais. — Na porta ele parou para olhar de volta. — Eu quero aquele adulto chupacabra. Onde está ela?
— Como eu disse a você repetidamente, não é tão fácil. Você não a chama como se fosse um cachorro. Eu informarei assim que eu fizer contato com ela. Até então, você terá que esperar.
Patterson deu a Harris um olhar duro e então simplesmente girou e saiu.
Sozinha com Harris, Bethany estava confusa, não entendendo por que este vampiro repetidamente a protegia de Patterson. — Obrigada, novamente, — ela disse.
— Economize sua gratidão. Se ele vier para uma briga, eu não sei o que eu posso levar de Patterson. E ele pode ainda matar você.
— Então você tem que nos ajudar a fugir.
Harris deu seu um olhar incrédulo. — Por que eu faria isto?
Bethany perguntou-se se ela julgasse mal o homem. — Eu pensei… — Ela procurou as palavras. — Você não é como ele. Você é melhor que isto. Eu sei que você não quer ver nós sermos machucados.
Harris agitou sua cabeça. — Você me dá crédito demais. Eu estou interessado naquele veneno como Patterson.
O anúncio a chocou. — Eu não acredito nisto.
Seu olhar estava frio e duro quando a olhou fixamente. — Seria melhor, você acreditar. Oh, não me entenda errado, eu não tenho nenhum desejo de criar um tipo especial de vampiros. Meus interesses remetem a outro lugar.
— Onde, exatamente?— Ela estava quase com medo de ouvir a resposta.
— Você pode achar isto difícil de acreditar, — ele começou sarcasticamente, — mas eu tive uma vida real, antes de Burton roubar isso tudo de mim. Eu quero aquela vida de volta. Eu quero ser humano novamente. E eu espero que você me ajude.
Bethany congelou com o peso total de suas palavras a bateu. Não existia nenhum modo de dar a ele o que ele estava procurando. Tanto que ela soube. Ainda que ela pudesse duplicar o veneno perfeitamente, ainda que ela pudesse achar um caminho para inverter os efeitos, Harris não seria humano novamente, ele estaria morto.
— Se você quiser minha ajuda para escapar, — ele continuou, — então você tem que me ajudar em retorno. Sua escolha, mas faça isto agora.
A culpa a apunhalou. Este homem, este vampiro, nada fez além de ajudá-la e ela odiou, mas ela tinha que fazer o que ela podia para salvar Dirk.
— Certo. Eu ajudarei você.
Harris movimentou a cabeça e caminhou para a porta. — Patterson deu a você o dia para terminar o sintético. Gaste esse tempo para descobrir como inverter os efeitos do veneno ao invés, porque nós partimos quando o sol se for.
Horas depois que Harris a deixou, Bethany andou pelo laboratório, procurando por um caminho para escapar. Até agora, a única saída parecia ser a porta que estava trancada. Ela quebrou duas cadeiras contra a porta tentando quebra-la antes de perceber que era feita de aço.
Ela meio que esperou Dirk aparecer para salvar a ambos, mas quanto mais tempo passava e ele não aparecia, mais sua preocupação com ele aumentou. Ele teria vindo por ela se pudesse, mas ele estava muito mal quando eles o levaram. Se Patterson tivesse se alimentado dele novamente…
Ela se esforçou a afastar esse pensamento. Dirk estava vivo. Ela tinha que acreditar nisto. E se ele não estivesse em uma posição para ajudar na fuga então ela teria que achar um jeito de ajudá-lo.
Com aquela meta no lugar mais alto em sua mente, ela estudou as substâncias químicas disponíveis no laboratório. Com os ingredientes certos, ela poderia ser capaz de fazer uma bomba ou duas. Ela procurou pelo equipamento, retirando o que ela precisava quando ela topou com um diário.
Ela não reconheceu a caligrafia, mas depois de ler só umas páginas, ela soube que era o trabalho de um cientista altamente inteligente. As notas em cada experiência estavam meticulosamente registradas e complementadas com os teoremas e hipóteses privadas do escritor. Ela perguntou-se se isto poderia ser o trabalho de Dr. Weber, Pai de Lanie. Ela estava para fechar isto quando uma anotação pegou sua atenção. Avidamente, ela o leu. Dr. Weber desenvolveu um antissoro que destruiu o veneno no sistema do hospedeiro. Entretanto ele não veio a publico, embora sua meta, ela podia dizer, era encontrar uma maneira de destruir os vampiros. Mais surpreendente para Bethany era que sua mistura funcionou. De repente a ideia de inverter o veneno e restabelecer vida não estava tão improvável quanto ela originalmente pensou.
Infelizmente, ela descobriu que para fazer isto ia levar muito mais tempo do que um único dia. Podia levar uma vida inteira.
Ela se sentou na cama e continuou a ler, lutando para manter seus olhos abertos, como ela poria em pratica as notas do Dr. Weber. Só talvez…
O esgotamento roubou a razão dela e não demorou muito ela adormeceu.
Algo a empurrou acordando-a e ela se sentiu arrastada para fora da cama. Patterson olhou fixamente para ela, seus olhos ardendo com raiva. — Que diabo você está fazendo dormindo?— Ele gritou, esbofeteando o rosto quando ele segurou na vertical. — Onde esta meu veneno?
Bethany saboreou o sangue que escorreu no canto de sua boca onde seu lábio se cortou. Seu coração se acelerou com a combinação de adrenalina e terror que cruzou seu corpo. Ela abriu sua boca para dizer algo, mas nunca conseguiu a chance.
— Se você não vai fazer o que eu digo a você, então eu não tenho nenhum uso para você, — ele cuspiu fora.
Ela apenas teve tempo para antecipar a dor antes de ele a agarrar, então afundou seus dentes em seu pescoço. A agonia a rasgou, espalhando pelas suas veias quando Patterson bebeu. Ela lutou contra ele, batendo e arranhando, mas seus esforços não o perturbaram. Ela pensou sobre a erva do almirante em sua circulação sanguínea e a esperança a encheu, até que ela se lembrou de sua limitação de vinte e quatro horas. Sua última xícara de café ainda estava intacta, na mesa da cozinha. Quando a esperança morreu, sua força falhou e só Patterson a mantinha de cair. Ela estava morrendo, estava muito fraca para se importar.
— Que diabo...?
De repente ele a largou, ela caiu para o chão, aterrissagem em um montão amassado. Harris permaneceu acima dela, confrontando Patterson, entretanto ela tentou enfocar em suas palavras à medida que eles discutiram, ela só pegou pedaços pequenos.
— … Louco? Nós precisamos dela, — Harris estava dizendo.
— Ela não é melhor do que Meyers, — Patterson atirou de volta. — Ficamos em melhor situação matando-a e achando alguém novo.
— Não, é muito tarde para isto. — Harris cerrou os punhos. — Deixe-me cuidar disto, você lida com Adams. Eu estou certo que ele esta acordando agora.
Bethany viu o modo como Patterson olhou fixamente para o outro Prime. Existia certa insegurança entre eles. Como se sentindo a vacilação de Patterson, Harris disse, — Deixe-a comigo. Eu posso ser muito persuasivo, ou você já esqueceu aquele tempo no Iraque?
Patterson ainda pareceu hesitante, mas ele finalmente movimentou a cabeça.
— Certifique que ela esteja cooperando quando eu voltar. Seu único valor é sua capacidade de duplicar o veneno. Se ela não vai fazer isto, então nós podemos também desfrutar dela.
Bethany sentiu medo quando ouviu a frieza em suas palavras e ela assistiu ele sair do laboratório. Então ela olhou até ver Harris de pé acima dela, sua expressão ilegíve, e ela não soube se ficava aliviada ou com medo.
Dirk despertou encontrando-se só em um quarto vazio com exceção de um cadáver de alguma alma desgraçada em decomposição encadeada na parede próxima a ele. Quando seus captores o levaram horas atrás, ele estava muito fraco para colocar-se em uma luta. Eles prenderam seus punhos em argolas de ferro que estavam encadeadas na parede e o deixaram. Ele pensou que se ele pudesse encontrar a força e energia, ele podia usar o tempo enquanto seus captores dormiam para escapar e encontrar Bethany, mas como o sol se levantou, ele foi subjugado com a fadiga. Incapaz de lutar contra isto, ele dormiu.
Enquanto ele dormia, seu corpo usou suas habilidades especiais de se recuperar. Agora, olhando para as paredes atrás dele, ele viu onde as correntes estavam prezas e sentiu um jato de esperança. A argamassa e os tijolos pareciam velhos. Inclinando a cabeça se esforçou para escutar se ouvia algo ou alguém se aproximando, não ouviu nada.
Não havia espaço suficiente nas correntes, se ele desse um passo mais próximo a parede, ele podia agarrar-las com suas mãos. Seus pés estenderam-se para ter equilíbrio e ele puxou, puxou com toda sua força até que os músculos de seus braços e tórax se agitaram com o esforço. O suor irrompeu sobre seu corpo e seus gemidos encheram o quarto.
Então um dos parafusos se moveu. Encorajado por esta pequena vitória, ele renovou seu esforço. Pouco a pouco, os parafusos soltaram-se da parede, enviando a argamassa pelo ar.
De repente livre Dirk caiu no chão e ficou lá, exausto. Seus músculos doíam além do que ele podia imaginar e ele não estava certo que podia se mover, mas ele precisava. Ele tinha que achar Bethany, se ela ainda estivesse viva.
Ele recusou considerar qualquer outra possibilidade e forçou-se para ficar sobre seus pés, suas cadeias balançavam nas pulseiras de ferro em seus pulsos, pesando sobre ele. Não existia nenhum jeito de conseguir tira-las, então ele não desperdiçou tempo tentando. Ele balançou seus braços ao redor em círculos, enrolando as correntes sobre seus antebraços para agir como um tipo incômodo de correia de correntes.
Ele deu só um passo em direção à porta para arrombar, quando Patterson apareceu. Seu rosto estava nublado com raiva, mas ao ver Dirk, ele sorriu.
— Eu vou apreciar isto, Adams, — ele zombou à medida que eles colocaram-se em posição de ataque. — Eu acabei de apreciar o gosto de sua namorada, ela colocou-se em uma luta e tanto. Se Harris não entrasse, eu não sei dizer o que eu poderia ter feito.
Dirk lutou para manter suas emoções sob controle. Se ele perdesse isto agora, Patterson teria a vantagem. Ele tinha que permanecer tranquilo e procurar por uma boa oportunidade para atacar.
— Sim, realmente, — Patterson continuou. — Ela foi um prazer tratar deka. Eu definitivamente quero outro gosto, se existir algo ainda. Você sabe, quando Harris consegue o que ele quer quando ele esta… negociando. Você lembra o que ele fez a aquele terrorista iraquiano por bombardear a missão uns anos atrás? Você acha que qualquer um já achou o suficiente do corpo para encontrar o responsável?
— Eu acho que algumas coisas nunca mudam, não é?— Dirk ridicularizou. — Eu pensei que você estava a cargo desta pequena operação subterrânea, mas eu vejo agora que tem sido Harris desde o princípio.
A farpa fez seu trabalho e Patterson rugiu quando atacou. Dirk jogou seu braço, a dor rasgou pelos músculos já tensionados. O peso da corrente adicionada ao poder de seu soco fez Patterson voar através do quarto. Ele recuperou depressa e com outro grito, se preparou. Nesta vez, ele estava pronto para o choque das correntes e Dirk não podia livrar-se dele.
Patterson saltou em Dirk, levando ele para o chão. Pela segunda vez, Dirk sentiu as prezas do vampiro em seu pescoço e a gota morna de sangue parou em sua pele. Fraco, Dirk lutou para afastá-lo. Fracassado, ele empurrou ele mesmo fora do chão, levando Patterson em suas costas. Finalmente, conseguindo seus pôr seus pés para baixo, ele tropeçou para a parede e bateu Patterson contra a mesma. Ele teve que repetir o movimento várias vezes antes de Patterson soltar seu pescoço.
Alcançando-o por cima, Dirk agarrou o vampiro e o arrastou acima de seu ombro. Assim que Patterson caiu sobre o chão, Dirk bateu até quebrar o nariz do vampiro. Patterson rolou de lado, livrando-se do aperto de Dirk e eles dois cambalearam sobre seus pés.
Dirk soube que se ele não abatesse Patterson logo, ele nunca iria. Deixando um comprimento de corrente fora de seu braço, ele esperou por Patterson para atacá-lo. Quando ele fez, Dirk enroscou um laço ao redor do pescoço de Patterson e pegou o outro lado. Antes do Prime saber o que Dirk estava fazendo, Dirk puxou as correntes apertando.
O intento original de Dirk era para decapitar o vampiro, mas entre seus músculos debilitados e o tamanho dos vínculos das correntes, provou ser impossível de se fazer, então ele puxou as correntes tão apertadas quanto ele pode e rezava para que o vampiro precisasse de ar para respirar.
Patterson lutou para ficar livre, fazendo tudo que ele podia para Dirk soltar seu aperto, até se bateu completamente na parede repetidamente. Por isso tudo, Dirk esperou, puxando as correntes mais e mais apertadas. Lentamente, os esforços debilitaram Patterson até que finalmente, ele deslizou para o chão. Dirk não deixou as correntes, preocupado que Patterson poderia estar fingindo.
Depois de instantes que pareceram uma eternidade, Dirk desenrolou as correntes. Ele moveu-se cautelosamente, pronto para reagir se de repente Patterson entrasse em ação. Porém, até com as correntes não mais ao redor seu pescoço, Patterson estava quieto. Dirk lentamente foi para fora do quarto. Fechando a porta atrás dele, ele girou e correu pelo corredor abaixo, rezando para que ele alcançasse Beth antes de ser muito tarde.
— Você pode ficar de pé?
Bethany piscou seus olhos, tentando fazer a vertigem passar. Ela encontrou-se olhando fixamente nos olhos do Harris e percebeu que ela estava deitada no chão. Ela olhou fixamente para ele inexpressivamente como seu cérebro fez rebobinando.
— Eu não sei, — ela honestamente respondeu. Ela lutou para se manter em posição de se sentar e então pausou enquanto o mundo se encaixava propriamente. Então ela apoiou suas mãos e tentou se levantar.
— Dê-me sua mão.
Bethany pausou em seus esforços e olhou fixamente para a mão estendida de Harris. Ela ousaria confiar? Ele estava lá pacientemente enquanto ela compôs sua mente. — O que você fez no Iraque?— Ela perguntou, finalmente colocando sua mão na dele, se entregado e deixando ele a puxar para seus pés.
O movimento súbito a fez se perder e tudo virou preto. Ela sentiu-se caindo, mas não podia fazer nada para prevenir isto. Então braços fortes enrolaram ao redor ela, impedindo-a de cair, a segurando enquanto a escuridão passava.
— Obrigada. — Ela verbalizou soando fraca, até para suas próprias orelhas, mas ela não se importou. Ela precisava se recompor se quisesse ter qualquer chance de fuga.
Ao longe, ela ouviu o som de uma porta colidindo com a parede, então ela estava caindo novamente enquanto Harris foi jogado para o chão.
Ela ouviu os grunhidos de dor e o baque de metal contra o concreto. Lutando com seus joelhos, suas mãos apoiadas contra o chão, ela examinou e viu alguém em cima de Harris, braços batendo. Com o pulso acelerado, ela percebeu quem era.
— Dirk?— Seu sussurro não podia ser ouvido acima da lutar, então ela tentou novamente, dessa vez mais alto. — Dirk?
Ainda assim ele não respondeu e com um tiro de adrenalina passou por seu corpo, ela chegou a seus pés. — Pare com isto,— ela ordenou, examinando cuidadosamente ao agarrar seu braço. Ele a atirou para longe como se ela fosse nada além de uma mosca. Um vislumbre do rosto sangrado de Harris lhe deu força para tentar novamente.
Ela puxou o braço de Dirk que prendia Harris no chão pela garganta. Era como tentar mover uma coluna de pedra. Desistindo, ela agarrou rosto do Dirk e girou-o assim ele olhou fixamente para ela. Era uma visão de assustar. Ele nunca se pareceu tanto com um vampiro. Ela estava quase com medo que ele não a reconhecesse.
Mantendo sua voz suave e fácil, ela tentou conversar com ele. — Dirk, olhe para mim. Por favor. Você tem que soltar Harris.
— Por quê?— A voz do Dirk terminou com um grunhido.
— Ele salvou minha vida.
Dirk agitou sua cabeça. — Eu o vi. Ele estava atacando você.
— Não. Eu estava muito fraca para permanecer de pé. Ele estava me ajudando a levantar.
Dirk pareceu não convencido, então ela se apressou. — Patterson entrou aqui e me atacou. Harris o parou. Por favor. Eu estou implorando a você. Não mate ele. Por favor. Por mim?
Dirk soltou seu aperto e ela ouviu Harris retrair uma respiração. Passando a mão pelo braço de Dirk, ela puxou seus dedos de em torno da garganta do vampiro e o puxou.
Harris estava ali, imóvel, seu olhe focado em Dirk. Bethany não soube se ele estava ferido ou sendo apenas cauteloso. Uma vez que Dirk e Bethany se afastaram para dar espaço a ele, entretanto, ele pulou de pé.
Ele ficou ali, esfregando sua garganta. — E agora?
Dirk gesticulou para Bethany, — Nós vamos sair daqui e você vai nos deixar.
Harris agitou sua cabeça. — Não é tão simples. Estes tubos correm debaixo da cidade inteira. Alguns deles desmoronaram anos atrás e são intransitáveis e existem outras surpresas lá fora. A menos que você saiba como, você pode ficar aqui por muito tempo antes de você sair. — Ele movimentou a cabeça para Bethany. — Ela não está em forma para ficar aqui por muito tempo, e a meu ver, nem você.
Dirk tornou a avançar. — Que tal se apenas tirarmos as instruções de você?
Harris encolheu os ombros, entretanto seus olhos brilharam furiosamente. — Eu já estou morto. O que mais você acha que você pode fazer para mim?
Dirk começou a avançar novamente, mas Bethany o puxou de volta. — Isto não está ajudando,— ela disse, olhando o vampiro. — Nós...
— O que você fez para Patterson?— Harris interrompeu com sua sobrancelha enrugada.
— O que? Eu o matei.
Harris deu um puxão impaciente de cabeça. — Não, eu não acho. Regiamente deve tê-lo derrubado, talvez, mas você não o matou. — Ele olhou de volta em Dirk. — Você não pode o sentir?
Bethany assistiu Dirk armar sua cabeça para um lado, como se ele estivesse escutando o som, ela não podia ouvir. Então ele agarrou sua mão. — Hora de ir, você pode fazer isto?
Seus olhos azuis brilharam com uma luz intensa. — Sim. — Estava além de sua convicção, e assustada, mas ela faria qualquer coisa que ele pedisse a ela.
— Saia de nosso caminho, — Dirk rosnou quando Harris bloqueou a porta.
— Não tão rápido. Sra. Stavinoski?— Harris olhou fixamente para ela esperançosamente.
Ela soube o que ele queria e lembrou a ela do diário. Lançando mão de Dirk, ela cruzou o quarto, pegou ele, e apressada voltou para o lado de Dirk. Em vez de tomar sua mão, entretanto, ela entrou na frente dele, enfrentando Harris.
— Eu sinto muito. Eu não sei como tornar você humano novamente. Eu menti para você mais cedo porque eu quis escapar e eu sinto muito por isto. — Ela olhou abaixo para o diário do Dr. Weber e então o segurou para ele.
— Eu acho que o Dr. Weber poderia ter estado fazendo algo do tipo. Eu não sei se existe uma cura para você ou não, mas se existe as notas aqui poderiam ajudar.
— Que diabo eu deveria fazer com isto?— Harris rosnou, tomando isto dela. — Sequestrar outro bioquímico?— Ele lançou o livro através do quarto onde ele derrubou vários frascos de vidro que estavam em cima da mesa do laboratório.
— Talvez eu pudesse ajudar, — ela indecisamente ofereceu. — Se eu puder sair daqui, para um laboratório real. Talvez a tempo...
Ela foi interrompida por um rugido quando algo poderoso golpeou a porta do outro lado. Só Harris, debruçado contra ela a segurou e fechou.
— Abra a porta, Harris, — Patterson gritou seu tom maníaco assustando mais que qualquer outra coisa que Bethany ouviu antes. Ela assistiu como Harris e Dirk olharam fixamente para um ao outro, um montes de palavras não ditas passando entre eles.
Patterson bateu contra a porta novamente, surpreendendo ela e aparentemente quebrando a paralisação completa entre vampiro e Changeling.
Apertando sua mandíbula, com sua expressão desgostosa, Harris falou. — Quando você partir fique a direita. Nos becos sem saída, você achará um conjunto de degraus na parede que leva a superfície. Termina no parque. De lá, você está por conta própria. — Ele esperou até que Dirk movimentou a cabeça e então, movendo-se em velocidade de raio, arrancou a porta e caiu em cima de Patterson. O som dos dois vampiros lutando era mais como dois javalis selvagens.
Dirk agarrou sua mão e eles saíram correndo pela tubulação. Quanto mais distante eles ficavam da toca dos vampiros, mais fracos ficaram os sons da briga. Eles viraram a direita na primeira interseção e continuaram correndo. As luzes ficaram fracas até que finalmente se tornou muito escuro para Bethany ver. Com sua visão noturna, ela soube que Dirk não teria nenhuma dificuldade, mas várias vezes ela tropeçou e ele teve que a pegar antes dela cair.
Quando eles se aproximaram de uma interseção onde outro tubo fazia um T, Dirk diminuiu a velocidade de seu passo, fazendo-os parar. Beth se aproximou e automaticamente Dirk passou seus braços ao redor ela, segurando-a. Ela passou seus braços ao redor do pescoço dele e congelou.
— Isto é sangue?— Ela ligeiramente tocou em sua pele e então puxou a mão, apertando dedo polegar e dedos juntos para verificar a viscosidade.
— Eu estou bem, — ele a assegurou.
— Não, você não esta. Patterson sangrou você novamente, não foi?
Ele capturou sua mão e trouxe-a até sua boca onde ele beijou-a. — Eu estou bem. Vamos continuar andando.
Eles continuaram tubo abaixo, ocasionalmente parando para escutar sons de perseguição. Bethany não estava certa a que distância eles estavam quando ela ouviu um barulho que a gelou até os ossos. Mais a frente no túnel, bloqueando seu caminho para a liberdade, estavam vários vampiros abandonados do Patterson e pelo som de seus uivos penetrantes, eles estavam loucos e famintos.
Ela instintivamente apertou um pouco mais forte a mão de Dirk quando ele diminuiu a velocidade seus passos. — Quantos? Você pode ver eles?
— Quatro. Talvez cinco.
Ela lutou para afastar o pânico. — Talvez nós possamos achar outra saída?
— O outro único modo é voltar por onde nós viemos e esta não é uma boa opção.
— O que nós faremos?
— Eu posso lutar contra eles, — ele disse severamente.
Ela pensou sobre aquilo quando os sons dos vampiros ficaram mais altos. — Não. Você perdeu sangue demais e, além disso, você não tem nenhuma arma. Que chance você tem?
Ela o ouviu suspirar. — Eu não posso matar eles, mas se eles estiverem ocupados lutando comigo, você poderia ser capaz de se mover furtivamente passar por eles e fugir.
Ela agarrou sua mão e o puxou para trás um passo. — Não. Eu não estou partindo sem você. Vamos voltar. Nós podemos nos esconder em um túnel lateral até que eles se movam passando por nós.
Ela percebeu que Dirk devia estar machucado muito mais do que ela originalmente pensou, porque ele não discutiu com ela. Eles repassaram seus passos, e os uivos dos vampiros se arrastam depois deles. No primeiro túnel lateral, eles giraram, tomando a distância suficiente para que os vampiros não vissem eles quando eles passaram.
Apertado-a contra a parede, eles esperaram, dificilmente ousando respirar. Quando os vampiros vieram para a abertura, porém, em vez de passarem por ela, eles viraram.
Bethany ouviu Dirk amaldiçoar suavemente debaixo de sua respiração enquanto ele os levava adiante para mais distante. Os sons dos vampiros continuaram a aumentar, como se eles estivessem vindo mais rápidos. Bethany e Dirk não tiveram nenhuma escolha, mas mantiveram-se em movimento. Logo ficou aparente que os vampiros sabiam que eles estavam lá e estavam caçando eles.
Afundando ainda mais em outro cruzado do túnel, Bethany e Dirk deram para uma parada súbita.
— O que aconteceu?— Bethany perguntou todos muito cientes dos vampiros que se aproximavam deles.
— Beco sem saída.
— Sério? Você consegue ver os degraus que leva para cima?
Houve um momento de silêncio enquanto Bethany esperava, tentando não se deixar ficar muito excitada. Ela odiou estar abaixo nos túneis. O opressivo escuro a estava sufocando.
— Não existe nada aqui. — Ele soou tenso. — Nós teremos que voltar.
— Mas os vampiros...
— Eu sei, mas se nós ficarmos aqui, nós estaremos presos.
Ele a arrastou pelo braço e ela tropeçou atrás dele. Era difícil dizer que distância eles regressaram, na frente, Dirk de repente a puxou para uma parada e a apertou contra a parede.
Quando ela abriu a boca para perguntar o que estava acontecendo, ele a cobriu com sua mão para silenciá-la.
— Vampiros, — ele sussurrou em sua orelha, apenas alto suficiente para ela ouvir.
Ele empurrou suas costas no caminho que eles vieram, abraçando a parede à medida que eles iam. Então de repente Dirk caiu no chão.
O pânico rasgou por ela com a imagem de Dirk deitando inconsciente relampejando por sua mente. Quando uma mão agarrou seu braço, ela quase clamou.
— Fique bem. Sou eu. Eu achei uma seta. Nós podemos nos esconder lá, mas nós precisamos nos apressar.
Ela deixou Dirk a guiar como o som dos vampiros ficando mais altos.
— Aqui,— Dirk sussurrou, trazendo ela para uma parada. — Lá, na base da parede, está uma seta pequena. Será apertado, mas eu acho que se nós nos apertarmos ficaremos bem. Abaixe suas mãos e joelhos, depois disto. Eu guiarei você.
Com a ajuda de Dirk, ela fez como ele instruiu e entrou na pequena abertura. Como ele havia dito, era bem apertado, especialmente quando ele ficou ao lado dela.
Eles nunca estiveram mais presos um no outro do que agora, quando os vampiros entraram no túnel. Seus grunhidos guturais e respirações pesadas lembraram a ela de uma matilha na caça e se ela já não estivesse no chão, ela tinha certeza que suas pernas teriam caído de terror.
Ela rezou para que eles não fossem espertos o suficiente para olhar abaixo e perguntar-se o quão visível à seta estava para alguém com visão noturna. Quando os sons deles aproximaram-se, Bethany sentiu algo escova seu pé. A princípio, ela pensou que era pé do Dirk, entretanto ele veio novamente.
— Tem algo aqui conosco. — Não houve virtualmente nenhum som de seu sussurro, mas ela soube que Dirk a ouviu.
— Fique quieta, — ele sussurrou de volta.
Fácil para ele dizer, ela pensou como qualquer coisa tocando sua perna. Neste momento, ela pensou que sentiu o arranhão de garras.
Ela se debruçou mais próxima de Dirk. — O que é isto?
Sua respiração estava quente contra sua bochecha quando ele a respondeu. — Rato.
Bethany sentiu o grito bem formado dentro dela quando recuou horrorizada até onde a seta permitiria. Quando o rato escavou entre suas pernas, ela soltou um grito estarrecedor.
Os vampiros imediatamente pararam e apressaram-se em direção a seta. Ao lado dela, Dirk resmungou. Então houve uma agitação violenta de movimento entre seus corpos, como se o rato estivesse atacando. Dirk lutou ao lado dela e então ela sentiu um roçar de pele contra seu rosto logo antes dela ouvir algo beijocar contra a parede longe do túnel.
Houve um som de correr e então os grunhidos excitados dos vampiros foram diminuindo.
Bethany sentiu Dirk se torce ao lado dela e segundos mais tarde ela estava sendo completamente arrastada fora da seta por um par de braços bem musculoso. Ela estava vagamente ciente das correntes ainda enroscados ao redor dos antebraços Dirk. Ela não se importou.
— Beth, meu doce. Esta tudo bem. Eles se foram.
Ela embreou sua camisa em seus punhos procurando, embora ela não pudesse ver coisa alguma. — Onde está o rato?
— Ficou no túnel.
— E os vampiros?
Ela ouviu o sorriso em sua voz. — No momento se foram. Perseguindo atrás daquele rato. —Então ele ficou sério. — Eu não sei quanto tempo eles levarão para compreender que era um humano gritando, então nós devíamos conseguir sair daqui logo. Você acha que pode?
Ela movimentou a cabeça. — Sim, — ela sussurrou.
— Esta é a minha menina. — Ele virou o rosto para ela e a beijou. Então ele tomou sua mão e a levou túnel abaixo.
Eles caminharam pelo que pareceram como horas e Bethany não teve nenhuma idéia onde eles estavam e rezou que Dirk soubesse. A fadiga a montou, mas ela soube que ela não podia estar tão cansada quanto Dirk. A briga com Patterson e Harris o deixou fraco e com as correntes pesadas, ele tinha que conseguir soltá-las. Finalmente, ele parou assim eles poderiam descansar.
— Nós podemos nos sentar aqui durante algum tempo,— ele disse, abaixando-se para o chão.
— Mas por quanto tempo?
— Não muito. Os vampiros estão ainda lá fora.
Apesar de sua fadiga, Bethany achou difícil de relaxar. Sem a visão, todo barulho parecia ampliado. Quando ela primeira ouviu os grunhidos de vários vampiros ecoando fora das paredes ao redor, ela pensou que era sua imaginação reagindo pelo o susto recente. Quando ela sentiu o incomodo de Dirk ao lado dela, ela soube que ele estava muito pior. Não só eram reais os sons, mas não existia nenhum eco no túnel. Eles estavam presos, com vampiros em ambas as direções.
Ela não viu qualquer caminho para evitar uma briga e soube que se viessem para eles, no estado debilitado de Dirk, eles dois morreriam. A menos que…
— Eu posso ajudar você, — ela disse.
— Não. Você não pode lutar com eles.
— Mas eu posso dar a você a força e energia que você precisa para lutar.
Ele estava ainda ao lado dela. — Eu não vou beber seu sangue. — Seu tom de recusa era inflexível.
Ela colocou suas mãos num ou outro lado de suas bochechas e demoliu sua cabeça para sua assim ela podia ligeiramente o beijar. — Você tem que fazer, — ela sussurrou. — É o único jeito.
— Beth, no calor da paixão é uma coisa. Se eu morder você agora, vai machucar.
— Não tanto como aqueles vampiros me machucarão se eles conseguirem pegar-me.— Ainda assim ele hesitou e o desespero dela aumentou. — Nós não temos tempo para discutir. Faça isto, por favor. Eu prometo que você não me machucará.
Ela puxou sua cabeça para seu pescoço. — Eu quero que você faça isto, — ela sussurrou seu coração já batendo em antecipação.
Os sons dos vampiros eram mais altos e ela rezou que eles tivessem tempo suficiente para isto funcionar. Ela sentiu a respiração quente de Dirk em seu pescoço e era duro não reagir. Passando as mães por suas costas, ela o puxou para perto. Ela sentiu a picada de seus dentes quando ele a mordeu, mas em vez da dor afiada que ela sentiu com a mordida de Patterson, uma lança de desejo passou por ela. As mãos de Dirk agarraram seus ombros e cabeça, segurando ela enquanto ele bebia e ela ouviu o som áspero de sua respiração que demonstrava toda sua excitação.
Uma tensão se fundou entre suas pernas e ela fechou seus olhos até minúsculas luzes brancas estourem atrás de suas pálpebras fechadas. Dirk estava respirando duro quando ele finalmente puxou sua cabeça para longe de seu pescoço e uma pequena onda de vertigem a bateu, deixando-a esperar por ele para ajudá-la a manter seu equilíbrio.
Imediatamente ele a segurou. — Você está bem?— Ele perguntou, preocupado.
— Eu estou bem. Como você está?
— Me sinto bêbado, eu me sinto muito bem. — Ela ouviu o sorriso em sua voz.
— Bom.
Os vampiros estavam próximos agora, entretanto Bethany ainda não podia ver eles.
— Espere aqui, — Dirk ordenou.
— Seja cuidadoso. — Ela não permitiria pensar sobre o que aconteceria se ele não voltasse.
Os sons da briga chegaram até ela quando ela se debruçou contra a parede e escutou, tentando perceber o que estava acontecendo. Ela devia estar apavorada, sentada na escuridão, vulnerável, atordoada e fraca, mas tudo que ela sentia era cansaço. Sentia-se cansada até os ossos, impotente até o entorpecer da fadiga. Gradualmente, seus pensamentos se distanciaram e suas pálpebras caíram pesadas.
Sem arma para apunhalar os corações dos vampiros e nenhum modo para decapitar eles, Dirk soube que suas opções para matar os vampiros eram limitadas. O sangue que ele tirou de Beth cantava em suas veias, dando a ele uma pressa de energia sem igual a nada que ele experimentou antes. Movendo com uma velocidade muito mais rápida que o normal para ele, ele se adiantou aos vampiros, pegando eles. Ele quebrou o pescoço do primeiro e o lançou em um segundo enquanto agarrou o terceiro. Mais animais que humano agora, lutando com habilidades que eram mínimas e ele podia os despachar depressa. Eles ainda não estavam mortos e ele se preocupou com como ele poderia dar fim neles.
No momento, entretanto, eles não estavam movendo e os vampiros no outro lado de Beth estavam vindo, então Dirk correu de volta no túnel para encontrá-los. Quando ele passou por Beth, ele viu que ela não se moveu, mas se sentou com sua cabeça curvada adiante. Algo sobre ela o deixou em alarme alfinetando sua mente, mas não existia tempo para verificá-la. Ele tinha que lidar com os vampiros restantes primeiros.
Estes eram dois dos recrutas mais recente de Patterson. Dirk os reconheceu como os dois que o seguraram cativo mais cedo e estava contente por uma chance de conseguir um pouco de vingança. Quando o viram, eles pararam em seus caminhos e Dirk usou sua vacilação momentânea para atacar.
Eles eram mais difíceis de derrubar, mas novamente, Patterson tinha recrutado cidadãos médios e suas habilidades de luta não eram páreo para as de Dirk. Limitado em opções, ele quebrou suas pernas, fazendo impossível para eles o seguir.
Uma vez que ele tivesse Beth segura na mansão, ele prometeu que voltaria com Mac e eles exterminariam estas criaturas.
Com os dois vampiros se torcendo no chão, Dirk se apressou de volta para Bethany. Ela não se moveu quando ele se debruçou até a despertar. Verificando seu pulso, ele achou-o lânguido, mas fixo. Segurou-a em seus braços, Dirk começou a andar de volta túnel abaixo e esperou que pudesse se lembrar de como sair de lá.
Ele a carregou desde que ele podia, viajando uma grande distância antes de finalmente parar e descansar. Sentando, suas costas contra a parede, ele embalou Beth em seus braços. Quando ele descansou o tanto que ele ousava, ele ergueu-se novamente e caminhou.
Seus músculos gritavam em agonia, mas ele recusou a atendê-los. Em certo ponto na noite, a respiração dela mudou e ele pensou que talvez seu corpo tivesse se recuperado o suficiente para movimentar-se, mas continuou inconsciente. Pelo menos ele pensava isso, mas não tentou a despertar.
Uma vez que ele ouviu o grunhido de vampiros, ele não parou e as criaturas entraram na direção oposta. Depois de várias viradas erradas e o que pareceram como horas, Dirk alcançou um beco sem saída. Olhando para o lado da parede, ele notou os degraus que levavam para cima e viu o esboço lânguido do prato de ferro redondo cobrindo a saída.
Ele não podia subir e abrir aquilo com Beth em seus braços, então ele a deitou suavemente no chão. Ele estirou, tentando aliviar dores de seu corpo, e então agarrou os degraus. Cada passo exigiu um esforço maior e Dirk soube que os efeitos de tomar o sangue de Beth dissiparam.
Alcançando o topo, ele espiou pelos buracos no prato, tendo certeza que aquela era a saída do parque, ele não estava pronto para erguer o prato e rastejar fora em direção contrário ao tráfico. Tudo que ele viu foram árvores e deu graças que algo, finalmente, deu certo.
Friccionando seus dentes, ele empurrou o prato para cima e empurrou para um lado. O céu da noite estava agora uma fumaça de luz-cinza e Dirk percebeu que levou a noite toda para eles escaparem. Ele também soube que o amanhecer era iminente e assim que viesse ele estaria muito cansado para mover-se. Era imperativo que ele conseguisse deixar Beth em segurança agora.
De volta abaixo, ele foi para seu lado. Colocando sua mão em seu ombro, ele suavemente a agitou. — Beth, meu doce. Você pode me ouvir?— Levou várias tentativas, mas finalmente suas pálpebras tremulas se abriram.
— Dirk?— Ela verbalizou soando fraca e existia uma expressão perdida em seu rosto à medida que ela o procurou. Então ela alcançou e agarrou seu braço quando tudo voltou para ela. — Os vampiros?
— Incapacitados.
— Quanto você está machucado?
Ele sorriu, ouvindo a preocupação com ele em sua voz. — Eu viverei. — Então ele ficou sério. — Beth, eu achei a saída, mas eu não acho que eu posso levar você. Você pode subir os degraus sozinha?
Ela seguiu os olhos dele acima, então girando para ele. — Você me levou por todo caminho?— Ela soou pasma.
— Foi fácil, — ele mentiu.
Sua expressão virou determinada e ela segurou sua mão com a dele. — Você pode me ajudar a subir?
Ele permaneceu e colocou de pé. Ela balançou um pouco e Dirk tinha medo que ela estivesse muito fraca para subir, entretanto ela se esforçou e se deixou soltar da sua mão. — Eu estou bem. — Seus primeiros passos foram hesitantes, mas ela fez isto sem precisar de sua ajuda.
Ficando atrás dela, eles recomeçaram a atividade juntos, Beth se prendeu entre seus braços no caso de que ela ficasse atordoada e caísse.
Eles só subiram alguns degraus quando algo bateu em Dirk do lado, jogando ele para o chão. Quando ele olhou para cima, Patterson estava olhando fixamente abaixo nele.
— Agora, Adams, eu vou matar você. — Patterson dirigiu seu punho na mandíbula do Dirk, quase o batendo inconsciente. Em seu estado atual, Dirk teve pouca esperança de sobreviver. Desde que Beth caiu fora, Dirk certamente morreria.
Como as estrelas sobre sua enfraquecida cabeça, ele olhou para cima dos degraus e viu que Beth parou de subir. Ela estava a meio caminho, olhando fixamente abaixo dele, medo e concernir cauterizado atravessaram seu rosto. — Mantenha a ida — ele gritou para ela, com medo que ela tentaria o ajudar. Ele viu sua vacilação e esteve para gritar novamente quando Patterson o chutou.
Neste momento, ele sentiu o sangue quando suas próprias presas cortam seu lábio. Do canto de seu olho, ele viu Bethany movendo e com um sentimento de alívio percebeu que ela iria escapar. Tudo que ele tinha que fazer era manter Patterson ocupado até que ela estivesse completamente fora, então se Patterson o matasse, ele não morreria em vão. Ele só desejava que tivesse dito a Beth o quanto a amou.
Braceado com o próximo sopro do Patterson, ele ficou surpreendido quando se virou. Então ele notou a direção do olhar de Patterson. Dirk lutou com seus pés da mesma maneira que Patterson quando o alcançou primeiro. Ele saltou adiante, agarrando o Prime pelo tornozelo e puxou.
Os dois caíram, com a aterrissagem de Dirk em suas costas. Ele deitou lá um segundo, atordoado. Beth, ele notou, alcançou o topo e estava quase fora. Atrás dela, ele viu o acendedor de esquis crescentes. Ela estava segurou.
Então de repente Patterson atacou, sua boca foi para garganta de Dirk.
Dirk trançado seu corpo, sabendo que se Patterson o mordesse, estaria tudo acabado. Com força a nascida de desespero, ele afastou o vampiro e ficou de pé. Patterson se levantou e lhe bateu. O golpe bateu de volta em Dirk, mas não o derrubou. Quando escapou da vertigem, a sombra de movimento chamou acima dele. Ele percebeu que Bethany estava vindo, de pé acima permanecendo dispersa.
Então Patterson o apressou. Seus punhos esmurrando no rosto do Dirk, Patterson o repeliu, passo por passo, até que Dirk estava preso contra a parede só com a mão do Patterson contra sua garganta para segurá-lo em cima.
O Prime deu a Dirk um sorriso horroroso. — Está terminado, Adams. Eu ganhei. O homem agonizante tem algumas últimas palavras?— Ele aferroou.
— Corra!— Dirk sufocou fora tão alto quanto ele pode.
Ele viu a confusão no rosto de Patterson. Então Beth se afastou para o lado e o sol recentemente nascido que ela estava bloqueando encheu a abertura, enviando uma raio abaixo no buraco para cair sobre o local onde o Patterson permanecia.
Dirk viu os olhos do vampiro se abrirem largo quando ele perceber a implicação disso e então ele congelou no lugar quando seu corpo rapidamente virou pedra.
Dirk alcançou acima e tirou mão parada em sua garganta, esmagando ela em seu punho. Arrastando em uma respiração sufocada, ele se afastou da parede e empurrou a estátua, assistindo esta cair por terra onde explodiu em uma nuvem de pó. Patterson não existia, não mais.
— Dirk?— Preocupação flutuou da voz de Beth até ele pela abertura.
— Está terminado, — ele chamou-a quando se moveu para os degraus. Saber que ela esperava por ele deu a Dirk a força que ele precisava para subir. Quase cego do clarão do sol em seus olhos, ele alcançou a abertura e ela estava lá para ajudá-lo. Pareceu bom respirar o ar da superfície limpa, em vez do cheiro de esgoto rançoso e a brisa matutina fresca viva estava refrescante. Melhor que tudo aquilo, entretanto, era sentir Beth em seus braços, quando ele a segurou a puxou e a beijou no topo de sua cabeça antes de deitar sua bochecha contra ela. Ele teria ficado lá por horas, mas de repente ela o empurrou.
— Não faça isto novamente, — ela estalou nele.
— O que...?— Sua raiva o surpreendeu.
— Arriscar sua vida por mim. Nunca mais faça isso de novo, você me ouviu?— Ela o atingiu no tórax, embora houvesse pouca força no ato. — Que diabos você acha que estava fazendo?— Sua voz falhou e embora ele mal pudesse vê-la, ele soube que ela estava chorando. Ela levantou seus punhos para batê-lo novamente, mas ele os pegou facilmente e a segurou.
— Beth?— Ele falou seu nome suavemente, tentando entender.
— Por que você pensaria que eu quereria viver se você morresse?— Ela sufocou fora entre lágrimas.
— Fique calma,— ele sussurrou, puxando ela contra ele. — Está terminado. — Ele acariciou seu cabelo à medida que ele falou. — Patterson está morto. Nós estamos salvos.
— Mas existem outros.
— Nós cuidaremos deles.
Nenhum deles mencionou Harris. Dirk tinha caçado Harris por tanto tempo, parte dele se sentiu compelido para continuar, mas ele sabia que ele não iria. Em sua mente, Harris alcançou a mesma condição que Dr. Weber. Sabendo que existiam agora dois vampiros no mundo que pareciam capazes de atuar honradamente, lembrou a Dirk mais uma vez mais do quão pouco eles sabiam sobre vampiros.
Foi mais do que ele queria pensar sobre isso. Neste momento, ele só queria descansar.
Apenas capaz de ver, mas precisando cuidar de algo antes de qualquer outra coisa acontecer, Dirk guiou eles para um banco do parque em baixo de algumas árvores onde eles podiam estar na sombra. Beth se sentou, mas em vez de se sentar próximo a ela, ele ajoelhou no chão a seus pés. — Existe algo que eu preciso dizer a você. — Pegando ambas as mãos dela entre as suas, ele olhou em seus olhos. — Eu amo você, Beth, com todo meu coração. Eu acho que me apaixonei por você a primeira vez que eu vi você na rua, Deus, parece que foi há tanto tempo. — Ele pausou antes de continuar. — Eu sinto muito, eu devia ter dito a você antes, mas eu não sabia como. Eu continuei procurando pelas palavras certas e o tempo certo, e então ontem à noite, eu estava com tanto medo que eu nunca a veria novamente e eu não disse nada...
Só então ele percebeu com quanto medo ele tinha estado até aquele momento e ele respirou duro, lutando para manter suas emoções em cheque.
Beth puxou suas mãos das deles e as colocou contra suas bochechas, acariciando seu rosto ferido, machucado, ela o olhou com seus olhos marejados em lágrimas. — Eu amo você, também. — Ela se debruçou adiante e o beijou cuidadosamente, não querendo o machucar. — Venha comigo. — Em sua expressão confusa, ela meramente sorriu quando ela parou e esperou por ele juntar-se ela. Então ela o levou a árvore mais próxima onde ela se sentou no chão com suas costas contra um tronco grande e gesticulado para o chão próximo a ela. —Sente-se antes de você cair.
Assim que ele fez, ela bateu levemente seu colo. — O sol está em cima, os vampiros não são nenhuma ameaça agora, você está cansado. Descanse um pouco e então nós tentaremos chegar a casa.
Ele pareceu hesitar e ela soube que era difícil para ele confiar em outra pessoa para vigiar ele. Ela não forçou, mas deixou-o decidir. Finalmente, ele aceitou, descansando a cabeça em seu colo. Ela correu seus dedos por seu cabelo, deixando o movimento o acalmar para ele dormir. Ela o viu lutar para ficar acordado, mas eventualmente, o movimento rítmico, os eventos da noite e o brilho do dia o pegou.
O almirante e Mac os acharam uma hora mais tarde, com Dirk quieto adormecido, sua cabeça no colo de Bethany. Com um pouco de esforço, eles conseguiram colocar os dois no carro e dirigir para casa, com Beth explicando tanto da noite quanto ela podia lembrar.
Uma vez que eles chegaram à mansão, Bethany insistiu que eles ajudassem Dirk até seu quarto e Julia a trouxe um kit de primeiros socorros, uma tigela grande, e panos extras. Então ela deu a Bethany um abraço rápido e deixou o quarto.
Bethany não perdeu tempo, libertou Dirk de suas roupas, limpando-o e tratando seus vários ferimentos. Então, despiu-se e tomou um banho rápido, secou-se e deitou-se na cama ao lado dele, onde os dois dormiram o resto do dia.
Bethany estava sentada na sala de estar quando ela ouviu a porta da frente volumosa da mansão abrir cedo aquela noite. Ela olhou acima do livro que ela fingiu estar lendo e trocou rápidos olhares com Lanie e Julia. Os homens retornaram para casa seguramente. Pela primeira vez desde que o sol se pôs, ela relaxou.
— Oi, senhoras, — O Almirante Winslow disse quando eles caminharam na sala. — O que vocês tem feito enquanto nós estávamos fora?
— Charles, — Julia o ralhou, — você sabe perfeitamente bem que nós temos estado sentadas aqui nos preocupando com vocês homens. Agora, diga a nós tudo sobre o que aconteceu.
O almirante riu e, colocando uma mão no cotovelo de Julia, inclinou-se adiante para beijar sua bochecha. — Julia, foi emocionante. Nós chegamos à entrada bem na frente do pôr do sol e entramos. O fedor era terrível. Dirk, Bethany, eu não sei como vocês suportaram isto por tanto tempo.
Bethany olhou para Dirk e Mac, que se moveram na sala. Mac abaixou para Lanie, que se levantou e o beijou. Então eles se sentaram no sofá para escutar o almirante recontar suas aventuras.
Bethany escutou com metade de uma orelha, tendo a consciência de Dirk pairando por perto. Quando ela relanceou nele, ele piscou para ela e sorriu. Ela não podia ajudar, mas sorriu de volta quando ele veio depois estar na frente dela. Puxando ela de pé, ele a beijou profundamente na frente de todo mundo. — Eu senti sua falta, — ele disse suavemente.
Ela sorriu para ele. — Eu também senti falta de você. Eu estou contente que você esteja seguro.
— Peguei mais que uns vampiros para diminuir para aquele menino, — o almirante ostentou através da sala.
Dirk sorriu abaixo para ela, então sentou na cadeira, puxando-a para seu colo.
Pela próxima hora, eles escutaram o almirante recontar como eles entraram na tubulação de esgotos e caçaram os vampiros. Eles acharam a maior parte daqueles que Dirk lutou na noite anterior.
— Existiam facilmente vinte ou trinta vampiros, — o almirante disse a Julia.
Bethany olhou em alarme para Dirk, que deu um sorriso largo e soltou à palavra — dez.— Inclinado contra ele, ela sorriu e escutou o resto da história do almirante. Enquanto ele o fazia, seus pensamentos giraram para outras coisas.
— Você encontrou Harris?— Ela perguntou, quase com medo de ouvir a resposta. — Você acha que Patterson o matou?
— Não — Mac respondeu. — Para ambas as perguntas.
— Como você sabe?— Dirk perguntou. — Só porque ele não estava nos túneis...
— Ele é a pessoa que nos chamou e disse a nós onde encontrar vocês, no parque, — Mac disse. — A princípio, nós pensamos que poderia ser uma armadilha, mas nós não podíamos perder a chance se não fosse.
Uma vez mais, Bethany achou-se se sentindo agradecida com o vampiro. Então seus pensamentos retornaram para outro aspecto, ela se questionou. — Se Miles estava trabalhando para Patterson desde o princípio, então por que ele estava conversando com Santi? E quem matou Santi?
— Eu acho que eu sei a resposta para isso, — Dirk respondeu. — Patterson teve toda intenção de vender o veneno no mercado negro. Santi era o negociante que ele escolheu para fazer isso.
— Então por que ele o mataria?
— Ele não fez, — Mac respondeu. — Nem Miles. Eu falei com John, Santi realmente foi morto em um negócio de droga.
Bethany levou uns minutos para digerir tudo isto. — Eu me sinto como uma idiota por deixar Miles aproveitar-se de mim assim. Eu realmente pensei que sabia.
Dirk a puxou para perto. — Não seja tão dura com você mesma. Não é sua culpa. Miles era um mestre na arte de manipulação. Ele usou pessoas para conseguir o que ele quis e quando ele viu uma chance de obter a imortalidade, ele foi para isto, tanto que pagou o preço.
— No fim, entretanto, Patterson o enganou também, não é?— Bethany perguntou. — Ele nunca iria ser como Harris ou Patterson, retendo uma parte de sua humanidade. — Ela girou para Dirk e suavemente falou. — Ele teria matado muitas pessoas inocentes se você não o parasse. Obrigada.
Dirk olhou para ela com surpresa e então gratidão tenra. Ela deu a ele um sorriso carregado com todo o amor que ela sentia por ele.
— Falando de Miles, — Mac disse. — John disse que a mídia descobriu sobre Miles, que ele foi morto pelos Exsanguinators e assumiu que ele estava de alguma maneira trabalhando para eles. Muita infelicidade de sua família ao ouvir isso do John.
— Isto não é bom. — Bethany conheceu o quanto a família de Miles era influente e se preocupava sobre as dificuldades que eles poderiam ter.
— Não se preocupe, — Dirk disse como se lendo sua mente. — Nós lidaremos com eles mais tarde. No momento, entretanto, eu tenho outras prioridades.
Ele a colocou fora de seu colo, então os dois ficaram de pé, passando seus braços através de seus ombros, ele puxou ela apertada. — Eu penso que nós vamos pegar uma noite para nós, — ele disse para os outros.
— Que tal um jantar?— Julia perguntou, preocupada.
— Nós conseguiremos algo mais tarde, — Dirk prometeu com um sorriso. — Muito mais tarde.
— Aqui mesmo, — Mac disse quando ele e Lanie também ficaram de pé.
— Eu acho que é só você e eu, — o almirante disse quando ele permaneceu e ofereceu a Julia sua mão. — Eu estou contente que você decidiu se mudar, — ele disse a ela calorosamente.
Ela sorriu de volta. — Obrigado. Eu, também. Oh, antes de eu esquecer, você teve um telefonema mais cedo hoje à noite. Uma Jessica Winslow?
O almirante sorriu. — Ela é filha do meu primo. Eu não ouço algo sobre ela em anos. — Seu sorriso enfraqueceu. — Será que existe algo de errado por lá?
— Não, não. Nada assim. Ela me pediu que dissesse a você que ela está a caminho. Ela está voando para cá e queria saber se ela poderia ficar aqui por alguns dias. Eu acredito que ela esteja trazendo para você algo de Gerard também.
A excitação do almirante cresceu. — Ela deve estar trazendo a espada. Isto é uma notícia maravilhosa. Eu dificilmente posso esperar para ver. Ela deve estar em seus vinte anos agora. — Seus olhos empreenderam um olhar perdido. — Meu tempo voa, não é mesmo?
Então, como se ele os sentisse observando, ele sorriu. — Boa noite, para todos.
Beth e Dirk foram para cima em seu quarto, onde eles gastaram uma quantia considerável de tempo explorando seu amor. Muito mais tarde, eles adormeceram enroscados uns nos braços do outro.
Foi bem depois da meia-noite quando Bethany acordou sentindo-se faminta. Dirk estava profundamente adormecido e não querendo o despertar, ela escapou da cama, vestiu sua camiseta e dirigiu-se até a cozinha para encontrar algo para comer.
Gem estava aguardando na porta de vidro corrediça de volta e ela girou aqueles olhos grandes, vermelho em Bethany quando ela entrou.
— Qual é o assunto, menina?— Ocupada assistindo a criatura pequena, ela não ouviu Dirk até que ele falou.
— O que você está armando?— Ele veio em direção a ela, vestindo nada além de sua calça jeans.
— Eu estava com fome. Eu sinto muito se eu despertei você.
— Eu senti falta de você.
Gem empurrando contra a porta novamente, distraindo Bethany. Quando ela voltou para Dirk, ele estava debruçado contra o contador, olhando fixamente o chão.
— Eh, qual é o assunto?— Ela suavemente perguntou indo permanecer ao lado dele, tocando em seu braço. Ele levantou sua cabeça e pareceu tão problemático, que ela ficou imediatamente preocupada. — Dirk?
— Case-se comigo.
Seu coração ainda com várias emoções a bateram. Entendendo mal seu silêncio como vacilação, ele se apressou. — Eu não quero apressar você e eu entendo que com tudo que aconteceu com Miles...
Ela colocou seu dedo contra seus lábios para silenciá-lo, então se inclinou para ele e colocou um beijo pequeno, doce onde seu dedo acabava de estar. — Sim.
Ele olhou para ela, surpreso. — Sim?
Ela sorriu. — Sim, eu casarei você.
— O que eu faço é perigoso. Você ouviu o almirante. Um Changeling não vive muito tempo. Você podia acabar uma viúva muito jovem.
— Eu vou arriscar.
— Eu quereria que você ficasse comigo de noite, enquanto eu fico acordado e durma durante o dia, comigo.— ele a preveniu.
Ela arrastou um dedo abaixo seu tórax. — Apesar dos vampiros, eu já sou bastante fissurada pelas noites, — ela disse brincando ligeiramente e beijando cada canto de sua boca. — Você poderia dizer que eu fui seduzida pela noite.
Ele sorriu então e a transformação fez seu coração cantar.
— Fique aqui mesmo, — ele disse a ela, afastando-se do contador e deixando a cozinha. Por um segundo, ela estava muito atordoada por sua partida para fazer mais que estar lá parada. Então, quando ela considerou o seguir, ele retornou, passeando em direção a ela com suas mãos atrás de suas costas. — Eu tenho algo para você. — Ele segurou algo e mostrou para ela, que ficou alarmada com a surpresa. Acomodando na palma de sua mão estava a boneca que sua avó tinha dado a ela.
Estava com lágrimas em seus olhos quando ela pegou-a dele. — Onde? Como?— Ela pensou que tinha perdido para sempre. Trazendo-a para perto de si, ela abraçou como tinha feito quando era uma criança.
— Eu achei isto na toca, — Dirk explicou. — Eu pensei que você poderia gostar de ter isto de volta.
Subjugada, ela se lançou em seus braços e o beijou até que a única coisa que qualquer um deles podia pensar era em retornar a seu quarto onde eles podiam terminar o que começaram.
Eles estavam a meio caminho para os degraus quando um barulho os parou.
— O que está acontecendo com ela?— Dirk perguntou, observando Gem passar a pata na porta de vidro corrediça. Ele afastou Bethany para trás dele quando ele foi investigar.
— O que é isto?
Bethany olhou para o objeto que está contra o batente da porta e sentiu um frio pequeno correr junto sua espinha. — Parece que é o diário do Dr. Weber, — ela disse em temor, reconhecendo o livro. Dirk abriu a porta para recuperá-lo e quando ele o fez, Gem disparou passando por ele.
Bethany e Dirk trocaram olhares preocupados. Pensaram em segui-la, mas os dois ficaram parados.
De pé na outra extremidade do jardim estava o adulto chupacabra. Gem correu para ela e elas esfregaram focinhos em um show óbvio de afeto. Ao lado do adulto estava a solitária figura de um homem, seus olhos vermelhos uma luz lânguida ao longe.
— Harris — Bethany sussurrou.
Ela e Dirk permaneceram observando-o. Depois de um momento, Gem correu de volta para a mansão, passando por eles, e desaparecendo dentro da casa. Bethany pegou o diário das mãos de Dirk e segurou em frente, Harris veria que ela o encontrou. Ela soube por que ele retornou com isto e ela não o desapontaria. Ela estava começando uma nova vida com o homem que ela amava, e agora, ela tinha um propósito.
Depois de um momento, Harris levantou sua mão em despedida. Dirk e Bethany acenaram de volta. Então, vampiro e chupacabra viraram e foram embora, desaparecendo na noite quieta, escura.
Robin T. Popp
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