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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


Selvagem 01 / Jaci Burton’s
Selvagem 01 / Jaci Burton’s

 

 

                                                                                                                                                

  

 

 

 

 

 

Abby Lawson parou diante da porta do escritório do Doutor Mike Nottingham e levantou a mão para bater, mas deteve-se. De acordo, pedaço de idiota. Ele a chamou em seu escritório por algum motivo. Ir-se-á converte-se em uma veterinária decente, tem que deixar de tremer cada vez que algum dos chefes queria ver-lhe. Deveria ter tido um orgasmo aquela manhã. Agora estava feita um movimento de nervos. Bom, ela sempre era uma revolta de nervos, mas hoje mais que de costume.

A culpa era do seu ex-marido. Se Chad não tivesse sido tão mentiroso, falso e filho da puta, ela poderia ser uma mulher saciada e feliz. Em troca, estava embarcando em seu primeiro trabalho, morta de medo e permanentemente excitada por que não tinha nenhum homem em sua vida, nenhum a vista, nem tempo para tê-lo, e sem vontade de voltar a repetir os erros que tinha cometido no passado. Por desgraça, seu instinto sexual não entendia a parte de nada de homens. Sua libido queria um homem como fosse. Coisa que não ia conseguir. Agora mesmo tinha que concentrar-se na sua carreira profissional, não em sexo. E carreira significa concentrar-se em o que Mike queria falar com ela.

Era a época das avaliações finais do semestre. Talvez isso fosses o motivo pela a qual ele queria vê-la. Os dois semestres passados no Hospital Veterinário Silverwood tinham estado próximos de serem condenadamente perfeitos. O Hospital Veterinário Silverwood era um dos melhores de Oklahoma. Demônios, de não ter ambição de abrir sua própria clínica depois da graduação, adoraria trabalhar ali permanentemente. Antecipar-se aos acontecimentos não era muito ruim. Pelo o que sabia, quando entrasse no escritório, Mike dir-lhe-ia que não tinha futuro algum como veterinária.

 

 

 

 

Pare de pensar, Abby. Aquela manha tinha deixado o amor próprio em casa? Se suas amigas, Blair e Callie, fossem capazes de escutar seus pensamentos, bateriam nela. Isso era o que precisava agora mesmo: uma boa bofetada de suas melhores amigas, as quais eram espertas em alimentar o ego quando precisava de um empurrão. E o precisava nesse momento. Ou uma boa patada no traseiro, pelo menos. Bate na maldita porta! Bateu suavemente.

-Entre – disse Mike.

Entrou e fechou a porta nas suas costas. Mike estava ao telefone e indicou uma das cadeiras que tinha diante de sua mesa. Ela deslizou nela, e quando Mike se voltou de lado, admirou seu perfil. Tinha o cabelo preto, o usava um pouco longo e se enrolava nas pontas, era espesso, desejava tocá-lo e percorrer com os dedos a brilhante escuridão. Era alto, de aproximadamente um metro e noventa, calculou. Não era corpulento demais, mais bem atlético, todo musculoso. Vestia jeans e uma pólo que revelava seus torneados peitorais e seus braços. Sempre relaxado, informal e sorridente. E bronzeado.

Talvez derrubasse nu junto à piscina e se esforçava por embelezar, seu já por si mesmo, maravilhoso corpo. Seu sexo palpitou. Genial, Abby. É uma boa idéia isso de fantasiar, enquanto esta sentada no escritório do chefe. Igual poderia deslizar suas mãos entre as pernas e começar a masturbar-se agora mesmo. Certo de que ele não se daria conta. Urgh. Sua carreira profissional lembra? Homens não. E definitivamente, não esse homem. Distraiu sua mente poluída percorrendo com o olhar o amplo escritório. A parede estava coberta por quadros de cachorros, gatos, lagartos e cavalos. Atrás da mesa tinha um aquário recheado de peixes exóticos. Abby ficou hipnotizada observando os maravilhosos peixes que brilhavam entre o coral e as ondulantes plantas marinhas.    

-Sinto muito. Obrigada por esperar.

Ela desviou sua atenção do hipnótico aquário, cruzou as mãos no colo e o olhou. Ele fez um grunhido, com um sorriso tranqüilizador. Certo o que seja esta sorrindo. Bom sinal.

-Não importa.

-Não terá começado sem mim, não é?

Abby girou no assento. Seth Jacobs, o sócio de Mike, cruzou a entrada, fechou a porta a suas costas e sentou-se em uma cadeira ao lado da sua. Vestido de maneira tão informal quanto Mike, com jeans e uma pólo, Seth sorriu de orelha a orelha e afastou uma mecha do cabelo castanho claro do rosto. Abby se excitou ante seu sorriso. Igual acontecia com Mike, Seth sempre fazia com que se revoltasse seu estômago, apesar de seu aspecto ser totalmente distinto. Mike era um compêndio, de altura, escuridão e beleza, Seth irradiava encanto juvenil. Com menos de um metro e oitenta, Seth era puro músculo, com o corpo de um guerreiro e ainda assim, um dos homens mais amáveis que ela tinha conhecido na vida. E brincava direto, fazendo-a rir tanto, que acabava dobrada sobre o balcão com lagrimas nos olhos.

-Abby, o seu período de pratica esta prestes a acabar – disse Mike capturando sua atenção.

-Eu sei – Teve uma momentânea sensação de perdida. Gostava daquele lugar, ia sentir falta quando se fosse.

-E temos decidido que deveríamos comemorá-lo – acrescentou Seth – Depois de tudo, somos sua ultima parada antes da graduação, verdade?

-Sim a última parada. Comemorá-lo?

-Sim, já sabe. Uma espécie de festa? – Seth ergueu uma sobrancelha.

-Oh, não e preciso. Ambos têm sido maravilhosos – O rubor lhe subiu pelo pescoço e encheu seu rosto quando ambos cravaram o olhar nela e logo olharam entre si.

-Claro que é, pensávamos em fazer nesse fim de semana, em um clubee – disse Mike, olhando a Seth.

Seth assentiu.

-Grande idéia.

-Eh? – De que estavam falando? – Que clube?

-O Silverwood Country Clube, claro – respondeu Seth – Comemoraremos com uma grande festa com motivo de sua iminente graduação. Convidaremos a todos empregados. Pode trazer algumas amigas.

Abby sacudiu a cabeça, horrorizada diante da idéia de qualquer presente, sobre tudo por parte daqueles dois homens.

-Não acredito, mas obrigada – Balir e Cassie iam rir muito as suas costas. Não iam permitir que o esquecesse. Divertir-se com dois dos solteiros mais requisitados de Silverwood? Oh, Deus, somente de pensar...!

-Não sejas ridícula. Insistimos. De todos os modos queríamos eh, sair com você – disse Mike.

Abby cravou o olhar no seu, convencida de não ter ouvido bem a última frase.

-Sair comigo?

-Isso sim que é sutileza, imbecil – Seth fulminando Mike com o olhar – Deixe que lhe explique Abby. Tanto Mike como eu estamos... Interessados em você.

-Interessados – Sabia que parecia o eco, mas francamente, não acabava de entender o que tentavam dizer. Bom, o entendia, mas não acreditava. Nem por um maldito segundo.

-E dizia que eu não era sutil? – Mike olhou a Seth girando os olhos.

-Bom não é um assunto fácil, verdade? – retrucou Seth.

Abby tinha entrado em um universo alternativo. Tinha que ser isso, por que sua vida real nunca tinha sido assim.

Mike rodeou a mesa e se ajoelhou diante dela, colocando as mãos entre as suas. Contudo, nessa ocasião não tinha instrumentos, frascos de vacinas, os papeis entre eles. Somente pele. Pele quente. Os dedos dela descansavam sobre o pulso, percebendo o ritmo e normal de seu pulso. O qual era mais do que podia dizer do seu, que ia a toda velocidade cada vez que respirava. O corpo dele era uma manta quente. Voltou a respirar coisa que não serviu de nada, por que ele cheirava como se acabasse de sair do banho. Limpo e fresco. Deus, que tipo de sabonete usava esse homem? Certo que era uma espécie de afrodisíaco. Eau de Tortura as Mulheres. Esta fatal, Abby. De modo que parecia como se tivesse tido sexo desde o quatorze anos. E que? Bom talvez fossem os dois. Dois malditos anos. Tinha trinta e três. Era jovem sexualmente, e nesse momento deveria estar desfrutando do melhor sexo de sua vida. Em vez disso, estava afundada até o pescoço para terminar seu período de pratica na escola veterinária, e a única liberação que tinha, procedia da que proporcionava o seu vibrador.

Patético.  

-Abby, estou certo de que notou que Seth e eu estamos interessados em você.

De acordo, definitivamente estava tendo uma espécie de insólito sonho, estando acordada.

-Eh, não.

Mike levantou a sobrancelha.

-Não?

E agora estava envergonhada por ser tão distraída. Estavam os dois interessados nela? Por Deus bendito! Onde tinha estado o último ano? Oh, claro que a provocavam e brincavam com ela. Eram atraentes, agradáveis, maravilhosos e cheirava muito bem, ela gostaria de desabotoar os jeans, agarrar suas torneiras e... Oh Deus! Aonde ia com essa idéia em todo caso? Pela a forma em que Mike a olhava nesse instante, com os olhos escuros, compreendeu que levava vários meses prestando-lhe muita atenção. Desviou o olhar rumo a Seth e viu em seus olhos quentes a mesma olhada inquisitiva. Contudo, não era um olhar profissional de indiferença. Era paixão. Desejo. Muito mais que um. Eh! Trabalhas aqui e acreditamos que será uma grande veterinária. Era mais algo como: Eh! Carinho, adoraríamos desnudá-la.

Merda. Aquilo normalmente estava bastante fora de seu alcance.

-Sinto muito Abby. Estamos a colocando nervosa – disse Mike. Levantou-se e afastou-se dando espaço.

-Não, não esta fazendo. De verdade – Bom sim, mas era um incomodo agradável. Desejavam-na os dois homens. Uau!

-Realmente não tinha nem idéia – disse Seth.

-Não. Não o tinha. Por Deus, acredito que isso e muito embaraçoso, mas não, não o sabia – Podia ser mais ingênua? Uma feia qualidade. Afastou o cabelo do rosto com os dedos, tentando não ruborizar. A única pessoa com quem tinha se deitado era com Chad, e levava sem ligar desde o colégio. Fazia quase quinze anos. Faltava-lhe prática.

-De acordo, em vista de que Mike levou isso tão condenadamente mal, comecemos desde o principio – Seth ficou de pé e levantou a Abby de seu assento, sem soltar-lhe as mãos – Abby, durante o último ano Mike e eu temos chegado a conhecê-la muito bem, tanto profissionalmente como pessoalmente. Não somente é uma veterinária competente, sem acrescentar afetuosa, encantadora, maravilhosa e com ótimo bom humor, de modo que nos encontramos com um terrível dilema. Ao principio não quisemos aproximar-nos durante seu período de pratica, por que teria sido pouco profissional. Agora que já terminou, não existe nenhum conflito ético, de modo que nos pareceu que podíamos perguntar-lhe se gostaria... Merda, não estou fazendo melhor que Mike. Isso parece uma maldita entrevista de trabalho.

Ela conteve um sorriso diante de seu evidente incomodo. De acordo, admitia aquilo era divertido.

-Um dilema?

-Sim, ambos querem sair com você.

Ela não pode evitar. Curvaram-se os lábios.

-E isso e um dilema? – notou que a antiga coquette voltava tanto tempo inativa, voltava à vida. Estava oxidada por falta de uso, mas ali seguia estando.

-Muito grande – acrescentou Mike, colocando junto a Seth para segurar uma de suas mãos – Sinto que tenhamos a pegado de surpresa. Pensávamos que sabia.

Um ligeiro estremecimento de prazer percorreu a costas ao compreender que estava no meio de dois homens incrivelmente sexys. Podia chegar a acostumar-se a aquilo facilmente.

-Parece-me que estava concentrada em seu trabalho e não prestava atenção – Mas estava condenadamente certa de que agora a estava prestando. E desfrutando cada segundo de ter Mike e Seth olhando-a como se quisessem comê-la viva. Seu corpo inteiro se acendeu, mas nessa ocasião não se tratava de vergonha. O calor a queimava dentro. A sua calcinha umedeceu e se endureceram os mamilos até o ponto de ter vontade de baixar a vista para ver se notavam através da roupa.

-Muito trabalho e pouca diversão – disse Mike, piscando um olho – Os últimos anos te deixou até o pescoço de trabalho. É hora de se divertir um pouco. Deixa que Seth e eu saiamos com você esse fim de semana. Desde que nos demos conta de que ambos estão interessados em você, e nenhum estava disposto a se afastar, decidimos que sairíamos os dois com você e deixaríamos que decidisse você.

-Decidir? – Os olhou aos dois e engoliu a saliva, sem querer pensar no que consistia essa palavra.

-Bom, decidir não e exatamente a palavra – corrigiu Seth – Mike é um asno. Não tem que tomar nenhuma decisão. Somente vamos nos divertir. A Levaremos para jantar no clubee, assistiram todos os empregados, e você pode trazer suas amigas para sentir-se completamente segura. Dançaremos e brindaremos por sua iminente graduação com uma garrafa de champanhe. Ou com duas. Logo se esta interessada em qualquer um dos dois, ou inclusive em ambos... Bom irá dali – terminou com um grunhido.

Merda! Poderia fazer aquilo? Sair com dois homens? Ao mesmo tempo? Estava começando a doer-lhe a cabeça. Tudo estava acontecendo rápido demais. Aquela mesma manhã sua maior preocupação era chegar em casa para poder dar de comer ao gato, fazer compras no supermercado, e chegar a tempo para ver seu programa de televisão favorito, antes de ter que começar com suas obrigações. Assim era emocionante sua vida. Isso era ligeiramente superior ao que estava acostumada. Precisava de Blair e Cassie, e precisava agora. Faria uma reunião.

Na verdade não queria fazê-lo. Queria se lançar agora mesmo sobre eles, antes que mudassem de idéia. Contudo, antes tinha que falar com Blair e Cassie, e conseguir seus conselhos. A única pessoa com que tinha tido encontros era Chad. Não podia dizer que foi esperta nisso.

-Faça-o – disse Mike – Nada de pressões. Deus de verdade que sinto muito Abby. Levamos muito mal isso.

Ela levantou-se e apesar do desejo de acabar com a conversa em tom profissional, não pode evitar o sorriso nos lábios.

-A verdade é que acredito que ambos têm feito um trabalho muito bom para alegrar meu dia. É muito possível que todo o ano. Obrigada.

-Oh, Abby. Uma coisa mais. – disse Mike.

Abby deteve-se

-Sim?

Ele tirou um arquivo de sua mesa e o deu.

-Quero que amanhã faça a esterilização de Jackson.

Ela sorriu de orelha e orelha e aceitou o arquivo.

-Tenho que pensar em tudo isso – disse passando o olhar de um para o outro.

-De acordo.

-Vai ser uma grande veterinária, Abby.

-Obrigada a vocês dois. Desfrutei de verdade o tempo que estive aqui e aprendi muito. Comportaram-se muito bem comigo.

Antes de seguir colocando em ridículo, se apressou a sair do escritório. Depois de acabar com o trabalho administrativo, saiu disparada dali e telefonou para Blair e Cassie do celular, e ficou de comer com elas no dia seguinte. Se alguma vez tinha precisado de suas melhores amigas, era agora. Demônios, que dia!

 

-Grande jogada, estúpido – disse Mike observando o suave balanço do traseiro de Abby, enquanto ela caminhava rumo ao seu carro. Afastou-se da janela de seu escritório de má vontade e fulminou Seth com o olhar. Seth recostou-se contra a quina da mesa de Mike e cruzou os braços.

-Sim e você foi o Dom Suave.

-Vai à merda!

Mike o olhou com um sorriso de orelha a orelha

-De acordo, nenhum dos dois soube como levar. De todas as formas, não e um assunto fácil.

-Se renunciasse não teríamos esse problema.

-Ou poderia fazê-lo você.

Mas nenhum dos dois queria. E esse era o problema ao que se tinham enfrentado quando se deram conta de que ambos desejavam a Abby. Não era a primeira vez que se viam nesse conflito. Levavam sendo amigos a mais de trinta anos, tinham crescido e trabalhado juntos, compartilhando jogos e brigando entre eles. Na escola tinham compartilhado meninas e, de vez em quando, brigado por elas, mas no geral renunciavam a menina antes que a amizade se desfizesse.

Desta vez era diferente. Abby era diferente.

Mike adorava as mulheres. Sobre tudo gostava de fodê-las. Queria foder a Abby. Depois disso quem sabe? Mas, Abby não lhe falava a hora sem o respeito de chefe e isso o tirava do serio. No geral, as mulheres se lançavam sobre ele. De acordo, a indiferença dela feria um pouco seu ego. Não teve mais remédio que rir de si mesmo por isso. Por que estava acostumado com a adoração. Seth sempre dizia que ele era lindo, por que era alto, tinha o cabelo preto, a pele bronzeada e os olhos azuis, e alem disso fazia bastante exercício para seu corpo estivesse em forma. De modo que era atraente, tinha um corpo maravilhoso e um caráter tranqüilo e talvez utilizasse esses atributos de vez em quando. Certo, os usava muito.

Seth o chamava de “imã de vagina”. Aquilo lhe divertia, mas maldita seja se não era verdade. Por outra parte, passado o tempo, não sabia se o que atraia as mulheres era seu aspecto ou seu dinheiro, ou o considerável tamanho de seu pênis. Podia ser que fosse uma combinação dos três. Estranhamente, nada disso parecia interessar em absoluto a Abby. E ela usava o tempo suficiente na clínica para ter escutado os rumores. Contudo, desde que a conhecia, ela nem sequer tinha lhe piscado um olho. Talvez fosse por isso que tinha se interessado nela. Jamais tinha tido que perseguir uma mulher anteriormente.

-Em que esta pensando? – perguntou Seth.

Mike encolheu os ombros.

-Nela.

-O mais provável e que a tenhamos assustado. Sobre tudo você. Às vezes é um pouco... excessivo Mike.

-O que? Esta se referindo a meu pênis?

Seth bufou.

-Também não encontrou com o monstro de Nottingham, aos menos que as ensinando em segredo.

Mike olhou a Seth com exasperação e lançou um processo.

-Exato. O sabe de sobra. Mantenho a busca de mulheres fora da clínica – Algo que ambos concordaram fazer quando montaram sociedade. O negocio era o negocio. A diversão ficava para depois do trabalho. E isso lhe tinha dado bom resultado durante os últimos dez anos. Nada de passatémpos pessoais na clínica. Nada de encontros com empregados e absolutamente nada de foder na clínica. Nada de enrolar-se com clientes, jamais. Essa era uma regra imóvel que nenhum deles tinha quebrado nunca, para maior desgosto da grande parte da clientela feminina.

Claro, de vez em quando perdiam a algum cliente por esse motivo, mas aquilo tinha ajudado a manter o negocio e a amizade. Quando uma cliente queria deles algo mais que uma relação profissional, se viam obrigados a dizer que não. Mas agora desejavam Abby, os dois.

E Mike era bom nos jogos com as mulheres. Pode ser que Abby tivesse se surpreendido, mas também estava interessada. Tinha visto a chama de interesse em seus olhos quando ambos falaram de seu desejo por ela. E se alguém precisava de um homem e um pó verdadeiramente bom era ela.

-Acredita que vai ser um a um ou dois em um? – perguntou Mike.

Seth encolheu os ombros.

-Pode ser que nenhuma das duas formas. Apesar de que estava interessada.

-Você que prefere que seja?

Seth riu.

-A quero para mim, idiota.

-Bastardo egoísta – disse Mike, rindo dissimuladamente. Eram amigos demais para que Mike se sentisse insultado – Não posso convencê-la para que me escolha antes.

-Acredito que Abby escolheria o que quer. E se quer aos dois, duvido que qualquer de nós se queixe disso.

Seth tinha razão.

-Nunca temos feito nojo de um ménage. Somente de pensá-lo fico duro. De modo que deixa de falar disso antes que tenha que andar pela entrada com uma ereção.

Mike sacudiu a cabeça e mostrou a Seth alguns processos que tinha que terminar, mas sua mente permaneceu com a mulher que tinha capturado a atenção de ambos.

Se Abby estivesse de acordo, ele se ocuparia de passar muito bem aquele fim de semana. Já se imaginava a festa no clube, perguntando-se se ela seria capaz de estar com s dois. Ou escolheria somente um. E se verdade escolhesse um, a quem seria?

-Bom já veremos como vão as coisas – disse Seth entregando a Mike os processos – Estou indo a minha sala.

-Terminei por hoje, te verei amanhã.

Seth sentou-se em sua mesa para terminar o trabalho administrativo. Gostava da noite, quando todos se tinham ido. Normalmente ficava sendo o último. Mike sempre tinha algum encontro. Ou alguma amiga com direito a benefícios, pelo menos. Não era freqüente que se fosse a casa sem uma mulher. Seth era mais seletivo naquela época. E ultimamente seus olhos estavam postos em Abby.

A mudança se produziu desde o primeiro dia em que ela chegou na clínica. Divorciado de um endemoniada cigana vingativa, Seth estava convencido de que nenhuma mulher, e com isso queria dizer nenhuma, conseguiria fazer que a olhasse duas vezes. Pode ser que para uma coisa sim, mas para algo mais? Nunca mais. Apesar de que Abby a tinha olhado mais que uma par de vezes. De acordo, queria jogar. Demônios, claro que queria transar com ela! De pé, tombado, de lado, de frente, de trás, de todas as maneiras. Deus se levantava somente para pensar nas formas de que queria montar aquela mulher. Com seus cabelos loiros, longos até o queixo, seus olhos azuis celestes, sua pele cremosa e seu corpo flexível, era um úmido sonho andante. Contudo, também se encontrou desejando passar seu tempo com Abby fora do quarto. Era total e completamente ingênua, e isso era o que mais o cativava. Não tinha nem idéia do quanto era sedutora, não sabia o mais elementar sobre como usar sua beleza e seu incrível corpo para ter um homem comendo na palma de sua mão. Inteligente, condenadamente divertida e, além disso, ingênua. Que homem não adoraria se colocar de joelhos e adorá-la? Exceto Mike que somente desejava fodê-la. Certo, talvez Mike quisesse algo mais, concederia isso a seu melhor amigo. Apesar de que Mike era o ardente deus do sexo, e Seth quem utilizava o encanto e a persuasão para levar as mulheres para a cama. Primeiro se fazia de amigo delas. Mike somente usava seu sex-appeal. Eram completamente diferentes em sua forma de aproximar-se das mulheres e pode ser que esse tinha sido o motivo de que nunca tinham ido atrás da mesma mulher antes. Talvez por isso continuassem amigos. Contudo, Seth supunha que ia a competir por Abby, ou talvez a compartilhar, o que oferecia uma gama de possibilidades.

Se ela estivesse de acordo à festa de sábado à noite, aquele de semana podia ser realmente interessante.

 

Quando Abby chegou ao Tormos, seu restaurante mexicano favorito viu Blair no lugar de sempre, no canto perto da barra. Já tinha uma margarita esperando-a. Blair a cumprimentou com a mão, fazendo soar a prata de varias pulseiras.

-Onde esta Callie? – gritou Abby por cima do alto volume da música. Sentou-se no assento de vinil, frente da Blair.

Adoravam Torinos, especialmente pelas mortíferas margaritas, mas também por que podiam falar de suas intimidades sem que ninguém escutasse dissimuladamente. Sempre estava lotado e com ruídos, assim ninguém podia ouvir o que diziam ao menos que se sentassem praticamente em cima delas.

-Virá mais tarde. Tinha que encontrar a alguém para que a substituísse na loja durante o almoço. Não demorará a chegar – Blair bebeu um gole de sua margarita e pegou uma rodela de limão para morder – Bom, o que acontece?

-Vou esperar que chegue Callie. Não quero ter que contar isso duas vezes.

Blair levantou uma de suas perfeitas sobrancelhas castanha.

-Certo, é tão importante?

-É... Interessante – bebeu um longo gole de sua margarita, estremecendo com a queimação da tequila. Seus olhos encheram de lágrimas e mordeu uma rodela de limão para absorver o álcool.

-Esta acabando comigo Abby – disse Blair dando golpes com as unhas contra a mesa – Sabe que odeio esperar. Me dê pelo menos uma pista.

-Não, não, vamos esperar a Callie.

-Que chega tarde, mas já esta aqui. Sinto muito. Afaste-se Blair – Callie sentou-se junto a Blair e sorriu para Abby – Hoje Casey estava doente e normalmente e ela que faz meu turno na hora do almoço, de modo que tive que esperar que chegasse Jolene.

-Poderíamos ter feito outros planos Callie – disse Abby – Sua loja e importante. Não tinha por que deixá-la.

Callie levantou a mão para pedir ao garçom uma margarita e logo se dirigiu a Abby.

-Esta brincando? Você é importante. Quando uma das ABC convoca reunião é que se trata de algo serio.

-Nisso tem razão carinho – interveio Blair – Cancelei um encontro para depilar-me para por o biquíni por você.

Abby girou os olhos, mas sorriu de orelha a orelha ao olhar a Blair e Callie. Aquelas duas eram completamente opostas. Blair com todo seu brilho e seu lindo cabelo castanho claro, Callie com sua maravilhosa pele maravilhosa e seu cabelo preto. Uma toda a elegância, a outra a suavidade e sutileza. Blair era uma designer de interiores e Callie funcionava com café. Suas duas melhores amigas nos últimos vinte e oito anos. Onde estaria sem elas? Desde o jardim de infância as conheciam como as ABC, eram inseparáveis, compartilhavam todas as alegrias, tristezas e segredos, e claro, davam conselhos quando necessário. E agora mesmo, ela precisava de que a aconselhassem de verdade.    

-Tenho um problema.

-Nos imaginávamos – disse Blair – De modo que o solte.

-Conhecem aos veterinários para que trabalho? – perguntou depois de dar alguns goles na margarita para reunir coragem.

-Mike Nottingham e Seth Jacobs – disse Callie

-Também conhecidos como Tio Bom e Tio Boníssimo. – acrescentou Blair.

Abby esteve a ponto de cuspir sua bebida, deu-lhe um ataque de tosse que encheu seus olhos de lágrimas. Callie abandonou seu lugar e se apressou em dar palmadas nas costas até que Abby conseguiu voltar a respirar.

-Está bem carinho? – perguntou.

Abby assentiu e utilizou o guardanapo para limpar o rosto

-Estou bem. – grasnou – Por Deus Blair da próxima vez avisa.

Blair ergueu a sobrancelha

-O que fiz?

-Não importa – Como ia poder contar?

-E bem? – perguntou Blair voltando dar golpes com a unha.

-De acordo. – disse Abby com um suspiro – Não posso acreditar que tenha acontecido, mas me pediram para sair com eles. Ou algo assim.

-Te pediram que saísse com eles – repetiu Blair. Os golpes pararam.

Callie voltou a seu lugar para pegar sua margarita e dar um gole, com seus olhos cor de âmbar como prata.

-Os dois?

-Ao mesmo tempo? – acrescentou Blair.

-Sim. Mais ou menos. Acredito. Não estou realmente certa, mas sim, acredito que isso fez – Nessa ocasião terminou sua margarita e logo indicou a garçonete que trouxesse outra.

-Quando? Como? Quer saber todos os detalhes – exigiu Blair com os olhos brilhando de excitação.

Abby lhes fez um resumo de sua estranha conversa com Mike e Seth, agradecida pelo ambiente barulhento e a música alta.

-Merda! – exclamou Callie quando Abby terminou – Menina deveria ir a comprar um bilhete na loteria, esta com sorte.

Abby encolheu os ombros.

-Não sei. Isso e estranho demais. Acredito que nem sequer me tinha dado conta de seu interesse.

-Como demônio não ia dar-se conta de que dois machos queriam meter-se em sua calcinha? – perguntou Blair, lançando a cabeça para trás quando a garçonete trousse outra rodada de margaritas. – Carinho esse e o sonho de qualquer mulher.

-O meu não – Abby pegou a bebida e deu uns goles. Verdadeiramente precisava um monte de coquetéis. Aquela tinha sido uma semana infernal. Na verdade levava dois anos sendo um inferno. Os últimos dois dias foram somente o remate. Um remate muito bom.

-Besteira. Dois caras importantes, ricos, vencedores, endemoniadamente quentes e atraentes o suficiente para derreter a roupa, e disseram que queriam sair com você. E por “sair” entende desnudar você, lamber todas as partes e foder até que caia rendida, carinho. E vai dizer que não sonha com isso cada vez que se masturba?

Sempre podia contar com Blair para os detalhes gráficos.

-Bom, talvez fantasie um pouco com dormir com mais de um homem, mas eram fantasias. E não vem ao caso, já que de todas as formas, Mike e Seth não falaram nada sobre trio.

-Não precisam dizer – interveio Callie – Você sabe que o que tem em mente. Aposto que não se importariam em participar.

-Oh Senhor. – Abby colocou as mãos entre a cabeça – Não posso aceitar.

-Sim você pode. Gostaria de estar em sue lugar. Quer que troquemos?

Abby levantou a cabeça e colocou os olhos suplicantes em Blair.

-É claro. Você vai ao meu lugar.

Callie riu dissimuladamente.

-Ia comer os dois e logo os cuspiria como faz com todos os seus homens.

Blair agarrou uma rodela de limão e a agitou diante de Callie.

-Sim, mas logo me agradecem – Mordeu a rodela e sorriu de orelha a orelha enquanto a mastigava.

Abby riu.

-E serio Abby, o que tem a perder? – perguntou Callie – Faz séculos que não tens um encontro. E se trata do clube de campo. Não e membro Chad?

-Sim.

Blair começou a rir.

-Melhor ainda. E não se morreria ao ver você andando por ali com Mike e Seth? Refiro-me a morrer de ciúmes.

-Por favor! Chad não se importava quando estávamos casados. Por que ia se importar agora?

-Por que sempre pensou que lhe pertencias. Sabe que também o pensa – respondeu Blair – E vê-la feliz o mataria. Esse asqueroso bastardo trapaceiro quer que sofras e morras por ele. Acredito que deveria ir somente para esfregar e demonstrar que seguiu em frente. Que tem uma carreira e dois homens em vez de um, para ocupar o seu lugar.

Certoria a pena ver à cara de Chad enquanto ela se divertia com Seth e Mike. Não que fosse minimamente vingativa. No divorcio aceitou o que lhe correspondia legalmente, e nada mais, para maior irritação de seu advogado. Somente queria que aquilo terminasse, esquecer a vergonha, o embaraço, a humilhação pública que Chad que lhe tinha causado com seu descaramento. Mas gostaria de lhe mostrar, apesar de que somente fosse uma vez, que tinha começado uma vida aceitável sem ele, e que era capaz de conseguir outro homem. Inclusive dois.

-Adoro quando sorri assim. – declarou Blair – É um sorriso malvado. Lembra-me os velhos tempos.

Abby não podia evitá-lo. Na verdade tinha começado a imaginar todo tipo de situações, desde a chegada ao clube, até o que pudesse acontecer depois. Mas seria capaz de levar a pratica em caso de jantar e dançar levar a algo mais com Mike, com Seth inclusive – que Deus a ajudasse – com ambos? Não lhe tinha ocorrido que eles pudessem estar pensando em algo assim, até que Blair o mencionou. Ela não era uma mulher de mundo. Carecia de experiência nesse tipo de sexo pervertido. Não que não tivesse fantasiado com ele, mas a fantasia era uma coisa e a realidade algo completamente diferente

-Eu venderia a minha alma por uma noite de paixão com dois homens como Mike e Seth – disse Callie com um suspiro – Ou inclusive com um deles. O sexo leva sendo praticamente inexistente em minha vida, desde já saber. Tempo demais.

Callie olhou fixamente sua margarita como se fosse uma bola de cristal. Abby sabia que estava pensando em Bobby. Deslizou uma mão rumo a Callie.

-Sente sua falta.

-Sim – Callie sorriu – Apesar de que já e hora de seguir em frente. Passou muito tempo.

-E Bobby te daria patadas no traseiro se seguir morrendo de pena de si mesma por mais tempo – acrescentou Blair colocando a mão em cima da de Callie e Abby.

Os olhos de Callie brilharam com as lágrimas não derramadas. Abby sabia o que tinha amado seu marido. Perdê-lo por culpa do câncer foi um duro golpe. Seguiu em frente, por que aquilo era o que Bobby teria querido que fizesse. Contudo, tinha razão, já tinha passado muito tempo. Tinha que começar a viver de novo.

-De modo que me parece que vai ser a única que vai conseguir algo por agora – disse Callie com um sorriso.  

Blair arqueou uma sobrancelha.

-Carinho, sempre consigo tudo. Apesar de que admito que a comida esta sendo bastante escassa ultimamente.

-Isso por que segue rejeitando todo aquele que te propõe casamento, e a aqueles que aceita, nos deixa no altar no último minuto. Limita-se a lançar em cima de Rand Mckay, coisa que deveríamos ter feito faz quinze anos, você sexo e suas penas de amor estariam perfeitamente aténdidos – brincou Abby, sabendo que isso irritaria a Blair, apesar de que por outro lado, precisava que alguém o dissesse. Levava desde o colégio apaixonada por Rand. E todo mundo sabia, inclusive Rand. Mas pela a razão que fosse ele era o único que Blair se negava a ter algo.

-De momento o xerife Rand Mckay não esta na minha mira – disse Blair indignada – E francamente não é meu tipo.

Abby olhou a Callie e logo as duas se voltaram para Blair, estalando em gargalhadas.

-Que não e o seu tipo? Que não e o seu tipo? E uma merda! Claro que é. Praticamente baba cada vez que cruza com ele.

-Não babo.

-Sim o faz – insistiu Abby contente por que o assunto tivesse se desviado para outra pessoa.

-De acordo, pode ser que precise de sexo. O que não quero dizer que me passou pela mente que precise de Rand Mckay, entendido?

-Entendido – disse Abby apesar de que trocou um olhar intencional com Callie. Oh sim a Blair passava algo com Rand.

-Parece-me que todas nós precisamos de uma revolução. – declarou Blair – Sabem o que quero dizer com isso?

Abby quase tinha medo de perguntar. Blair tinha esse olhar nos olhos. E quando Blair tinha aquele olhar, isso significava problemas.

-O que quer dizer?

-Precisamos fazer uma aposta.

-Merda!

-Dobro de merda! – acrescentou Abby.

-Covardes. Sabem de sobra que isso que precisamos. E outra rodada – Blair se incorporou no assento e buscou com o olhar a garçonete no balcão, que agora estava escondida na multidão, franzindo o cenho ao não vê-la – Volto logo, enquanto isso vão pensando.

Quando tinha ido, Abby olhou a Cassie com desespero.

-Odeio quando faz isso.

Abby assentiu.

-Também. Somente Deus sabe com que aposta não vai sair. Sou maior demais para essas besteiras.

Contudo, ambas soltaram uma risada, como fazia no colégio, diante da idéia de agüentar uma aposta. Apesar de que fosse algo alarmante, sempre se tinham divertido. No geral, a instigadora era Blair. Tinha-se algo era imaginação.

Quando Balir voltou, acompanhada com a garçonete ligeiramente irritada, tinha aquele desafio especial nos olhos.

-Já o tenho, e as margaritas também.

-O que já tem? – perguntou Callie.

-Para a aposta claro.

-Não somos algo que grandes para isso? Acredito que já temos deixado para trás o colégio – Abby dirigiu um olhar de esperança para Abby.

-Callie tem razão. A nossa idade não podemos atirar de papel higiênico na casa de ninguém.

-Por todos os demônios, sabem perfeitamente que não e isso que estou sugerindo – disse Blair – E tem razão, já temos passado da idade de atirar ovos e papel higiênico. Mas já esta deixada de lado, sugeri uma aposta e sabem de sobra que agora não podem voltar atrás.

Callie resmungou baixo algo sobre que algumas pessoas nunca terminavam de crescer. Abby gemeu. Precisava de conselhos e compaixão, não uma maldita aposta. Às vezes se perguntava por que se incomodava em pedir ajuda, quando o único que conseguia em troca era introduzir mais caos em sua vida já caótica.

-De acordo, do que se trata?

-De sexo.

Abby esperou, mas Blair não disse mais nada

-Aí esta? Sexo?

-Bom e que mais? – perguntou Callie.

-Não há mais nada, idiotas. Deus! Não e isso que queremos? Um fim de semana de sexo desenfreado e sem inibições.

-Parece-me bem – disse Callie – Mas para isso não precisamos de uma aposta. Por que como estão as coisas, ao menos para mim, precisamos de um milagre. Onde sugere que vamos procurá-lo?

Blair se remexeu no assento.

-Aqui e onde entra a diversão. Cada uma de nos tem uma oportunidade. Temos que desfrutar de um fim de semana de sexo tórrido. Sem ataduras, claro. Não e que tenha que procurar e encontrar ao homem de seus sonhos, nem nada parecido. Somente tem que atirar em alguém.

-Isso é fácil – disse Callie mordendo um nacho – de modo que onde esta o truque?

Abby sorriu. Nas apostas de Blair sempre tinha um truque.

-As outras duas tem que escolher o homem.

-Que? – De verdade Blair acabava de sugerir o que Abby acreditava que estava propondo?

-Já me ouviu. Escolher-nos-emos seu homem. Por exemplo, se Abby topa ter seu fim de semana de sexo selvagem, então Callie e eu temos que escolher ao homem que fará as honras.

-Esta de brincadeira – A Abby se arregalaram os olhos – E se não gostar desse homem?

Blair sorriu com malicia.

-Carinho, se não pode confiar em suas melhores amigas para que te escolha um homem, em quem vai confiar?

Callie parecia tão surpresa como Abby. Algumas vezes esta se perguntava se a Blair não faltava um neurônio. Mas, claro Blair sempre foi a mais atrevida das três. Abby não deveria se surpreender por essa aposta.

-Não sei Blair. Isso e bastante indisposto inclusive para você.

-Pelo amor de Deus, Callie! Não estamos falando de espionagem. Trata-se de sexo. Um fim de semana de sexo. Um monte de orgasmos. Com homens de confiança. E, além disso, nos vigiaremos umas as outras para assegurar que não aconteça nada.

Abby olhou a Callie e mordeu o lábio inferior, com as palavras não penso fazê-lo, na ponta de língua. Logo lembrou a Chad, em todas as noites que se tinha passado em casa, enquanto ele estava por ai fodendo com todo o mundo que usasse saia. Certo que não tinha feito distância. E durante os últimos anos, Abby se tinha deixado o traseiro trabalhando, enquanto sua libido definhava por falta de atenção. Necessitava de sexo. Um orgasmo, ou vários, centenas.

-Aceito.

Callie arqueou a sobrancelha.

-De acordo, se você aceita eu também.

Blair girou os olhos.

-Já era hora. Estava começando a ver-me comprando guarda-chuvas de cor roxa e fazendo parte de um clube de bridge. Foda-se vocês me preocuparam.

Abby começou a rir

-Claro que não. Estou preparada.

-Isso é bom, senhorita Abby. Por que você vai ser a primeira, e este fim de semana – anunciou Blair com um sorriso astuto. A risada de Abby desapareceu.

-Eu? A primeira?

-Oh sim – disse Callie – E, além disso, acredito que já sabemos com quem.

-Merda! Parece-me que também sei – Tinha se metido de cabeça naquilo e tinha o pressentimento de que o tinha provocado. Arderam-lhe as bochechas ao pensar no que acabava de aceitar. A teoria era uma coisa, e a realidade algo completamente diferente. Podia fazê-lo? Seria capaz de esquecer-se da velha Abby Lawson e pegar o que tinha na frente dela?

-E, além disso, não se trata somente de um cara. Você vai encontrar o prazer, Abby. Vai a deitar tanto com Mike Nottingham como a Seth Jacobs.

-Aos dois? De maneira nenhuma! Isso não fazia parte da aposta.

-Uma pena. Desejam-te os dois, não e? Disse que ambos estão interessados. Na verdade, você quem o tem mais fácil. Esses dois estão prontos e preparados para você.

-Para ficar comigo, não foder-me. Ao menos e o que acredito que querem. Oh demônios, não sei! – colocou o cabelo para trás das orelhas e as olhou fixamente – Socorro!

-A estamos ajudando carinho. – disse Blair – É evidente que te desejam

-Para mim não é.

-Para isso nos temos umas as outras – interveio Callie –para ajudar com problemas sexuais.

Abby a fulminou com o olhar.

-Não e tão divertido. Agora mesmo tenho um grave problema de sexo. Como por exemplo, como demônios, vou me aproximar dele. O que vou dizer?

-Começa por aceitar sua oferta de uma festa no clube de campo, este fim de semana – sugeriu-lhe Blair – O resto, iremos improvisando a partir dali.

-Iremos. – A Abby sempre lhe dava medo quando Blair falava em plural.

Contudo, tinha estado de acordo, de modo que agora tinha que dizer a Mike e Seth que estava de acordo em fazer uma pequena celebração no sábado à noite. Mas, como ia converter umas danças e bebidas no clube de campo em um verdadeiro ménage à trois?

-E que passa se alguma perde a aposta? – perguntou

Blair olhou o teto durante um minuto, logo voltou a olhá-las com um sorriso diabólico.

-Terá que pagar das três a Lãs Vegas, um fim de semana.

Callie assobiou.

-Isso supor um grande buraco no orçamento.

-Você o disse. – disse Abby – Não quero perder.

-Eu também não – declarou Callie.

-Então vai a levar até o fim. Todas nos o faremos. Ao jogo senhoritas. – disse Blair.

Abby suspirou. A aposta tinha começado.

 

Abby apagou a luz da sala e dirigiu-se a cozinha. Preparou o café para a manhã seguinte, aspirando ao aroma de café recém moído. Agora mesmo parecia-lhe que iria muito bem tomar um copo. Apesar de cafeína há essas horas era uma péssima idéia.

Não somente ia realizar uma operação pela manhã, mas também tinha que planejar o que dizer a Mike e Seth que adoraria assistir a sua pequena festa. E logo, encontrar uma maneira de dirigi-los rumo um trio antes que o fim de semana terminasse. Maldita Blair e suas apostas. Sacudiu a cabeça, apagou a luz da cozinha e agarrou seu copo de água, dirigindo-se a seu quarto pelo corredor escuro. As margaritas lhe tinham sossegado, deixando-a em um agradável estado de relaxamento, perfeito para dormir. Tirou a roupa e deslizou debaixo dos frescos lençóis, a noite era quente demais para colchas.

Mas em vez de entregar-se de imediato ao sono, ficou observando a lua crescente que parecia estar suspendida em cima de um alto cume, quase a cegando com seu brilho prateado. Merda.

Por que não conseguia dormir? Estava tranqüila, relaxada e saturada de margaritas. A esta alturas deveria estar dormindo. Em vez disso, estava completamente desperta e nervosa. E perdida de consciência era essencial, maldição! O último que precisava era dormir pela manhã na sala de operações. Depois de todos os elogios que Mike e Seth lhe tinham dedicado, não quero decepcioná-los. De modo que durma já, Abby! Inquieta sabia que a ordem de dormir somente ia piorar as coisas. Os lençóis que tão frescos pareciam uns minutos antes, agora lhe arranhavam os mamilos como se fosse uma espécie de tortura.

Excitou-se. A cabeça começou a dar voltas com as imagens dela entre Mike e Seth, como se fosse o cremoso recheio de um biscoito Oreo. Maldição. Precisava gozar. Queria que ambos se materializassem magicamente em seu dormitório e lambessem seu clitóris até provocar-lhe um orgasmo alucinante. Ou dois, ou três. Que a tocassem, lambessem, fodessem até que caísse em esquecimento, saciada até a exaustão.

Coisa que, podia acrescentar, nunca tinha acontecido com Chad, pensou com um ruidoso resmungo. O qual era o motivo pelo o que tinha acumulando um monte de jogos de uma caixa com o correr dos anos. Seus companheiros sexuais. E, além disso, possuía uma imaginação bastante viva. Suas fantasias tinham sido suas salvadoras, por que Chad era de falar e nada de ação. Bom, isso não era exatamente certo. Claro que a tinha tido, mas toda sua ação foi com outras mulheres. Durante todos os anos de casamento, tinha tido uma mulher selvagem em casa e nunca se deu conta. Nunca explorou sua sensualidade e jamais tomou seu tempo para descobrir o que ela procurava.

Imbecil. Esperava que se acabasse caindo o pênis. Oh merda Chad! Nada de Chad. Mike e Seth. Ficou de lado e mexeu na mesinha de cabeceira até que encontrou o que queria: seu lubrificante favorito e o vibrador. Sua vagina contraiu de antecipação. Se de alguma maneira ou outra, aquela noite ia foder. Jogou os lençóis macios para trás com os pés, emitindo um suspiro de alivio quando o ar noturno refrescou seu corpo acalorado. Contudo, estava a ponto de elevar a temperatura uns graus. Colocou os pés sobre a cama e separou as pernas, logo colocou um pouco de lubrificante de cor cereja na mão, desfrutando da sensação que lhe proporcionava ao filtrar-se entre seus dedos.

O quadril levantou por própria iniciativa buscando sua mão.

-O deseja de verdade? – sussurrou na escuridão – Precisa de um pênis no seu traseiro.

Mas, primeiro queria excitá-lo um pouco. Pressionou a mão contra seu sexo, permitindo que o lubrificante deslizasse pela fechadura até cobrir o orifício do ânus. Estava tão excitada que não lhe importou. Levava preparada desde o dia anterior e, entre a conversa com Mike e Seth e a aposta, aquela noite precisava uma intensa cavalgada. Notava-se quente, descontrolada e obscena, precisava algo mais que uma simples massagem no clitóris para ficar satisfeita. Passou os dedos ao redor do ânus, excitando-o, sem tocar o ponto mágico que ansiava sua atenção. No lugar, se entreteve na parte afastada de seu centro de prazer, rolando a vagina nas coxas, atormentando-se com ligeiras caricias até que se ergueram os mamilos e se contraíram as nádegas. Ofegou com a antecipação fazendo secar a garganta. Desejava introduzir o vibrador no traseiro e os dedos em torno. O sim! Precisava que a fodessem intensa e profundamente, esta noite precisava de rudez.

Lançou mal ao vibrador, encheu ele de lubrificante, desfrutando ao sentir cada parte e cada veia, fechando os olhos e imaginando ser o pênis de Mike de pé, junto a sua cama, exibindo seu corpo desnudo a luz da lua. Enquanto olhava o vibrador, imaginava olhando-a de cima abaixo, quando se recostou sobre ela para beijá-la, com suas mãos reclamando seus mamilos, abraçando-os, e afastando logo a boca para beijar-lhe o pescoço, percorrer com a língua a base de sua garganta, e seguir baixando até chegar a seus sensíveis mamilos. Ela arqueou as costas, oferecendo seus impacientes lábios. Oprimiu o pênis com a mão, quando Seth colocou um mamilo entre os dentes e tirou com ele com força o suficiente para fazê-la gritar. Ouviu o assobio de Mike quando subiu a mão por seu membro e logo a baixou, precipitante contra seus testículos, enquanto o fervente frenesi de sua excitação assumia o controle.

-Foda-me. – gemeu estirando as pernas de tudo.

Mike avançou lentamente até a cama e agarrou os tornozelos com as mãos, separando-lhe as pernas. Abby se colocou o vibrador na vagina. Era duro e quente, como devia estar o pênis dele. De cabeça grossa, quase grande demais para que ela o abrigasse.

-Mas o acolherá, verdade neném? – perguntou ele – Inteiro.

-Sim.

-Quer que o introduza com força em seu traseiro, verdade?

-Oh Deus sim! Forte e profundamente, Mike. Faça com que doa.

-Gosta de dureza Seth. Está preparado para dar-lhe?

-Sabe de sobra.

-Bom para baixo, Abby.

Santo Deus, sim! Precisamente como gostava. Girou sobre si mesma, utilizando uma mão para massagear o clitóris, ao tempo que colocava uma almofada debaixo e se derrubava sobre ela. Colocou a mão na gaveta para pegar outro vibrador, mais fino dessa vez e grosso na base. O lubrificou com as mãos tremendo e logo deslizou para trás.

-A quem quer no seu traseiro neném? – O tom de Mike era rígido devido a tensão.

-A Seth. Quero que Seth foda meu traseiro.  

Nesse momento seus dedos se moviam velozmente sobre seus clitóris, a fantasia s mesclou com a realidade quando separou as nádegas. Colocou lubrificante no ânus e tateou o vibrador pequeno, introduzindo a ponta. Ofegou ante a maravilhosa sensação.

-Isso vai doer. – disse Seth – O quer violento ou que o faça lenta e suavemente?

-Faça-me mal. – ordenou ela, pressa de uma paixão que a levava a um frenesi próximo a loucura – Desejo que seja violento, Seth.

-Sabia – disse ele inclinando-se para lamber as costas desde a parte mais baixa até o pescoço. Quando lhe mordeu a nuca, ela estremeceu e gritou, derramando seus fluidos no colchão.

Mike a alcançou e deslizou para debaixo dela. Seu grosso pênis roçou o clitóris ao colocar-se contra sua vagina. Ficou tenso no rosto quando ele a agarrou pelo cabelo e a obrigou a concentrar-se nele.

-Eu primeiro Abby. Vou a acabar com essa sua doce vagina que tem, enquanto Seth se ocupa de seu ânus.

Adorou seu olhar de intensa concentração, a forma em que a precisava. Somente a ela.

-Sim. Oh Sim! – isso era o que ela desejava, que ambos a penetrassem ao mesmo tempo. Baixou a mão, deslizou o vibrador grosso entre os lábios de seu sexo e o introduziu profundamente. Sua vagina oprimiu o consolador, contraindo-se ao redor dele. Deus era capaz de correr nesse mesmo momento.

Ainda não. Ainda não. Deteve-se, permitindo que as contrações amenizassem. Não podia correr agora. A fantasia também não tinha acabado.

-Esta preparada Abby?

A voz de Seth, o vibrador tateou seu ânus. Ela o empurrou pela a apertada barreira de músculos, introduzindo o fino e gritando quando o pênis a encheu por completo.

-Oh sim! Foda-me!

Ela penetrou a si mesma em dobro, esfregando seu clitóris contra a almofada, enlouquecida pelas as sensações enquanto se tirava um dos vibradores ao tempo que introduzia profundamente o outro. O silencio de o quarto lhe permitir ouvir os sons de sucção dos vibradores entrando e saindo de seu corpo. Os sons eram selvagemente eróticos e não lhe custou nada imaginar-se que aquilo era real.

-E obscenamente selvagem Abby. – gemeu Mike elevando os quadris para introduzir seu pênis mais para cima.

-Porra viciosa de ânus apertado – disse Seth a suas costas, cravando os dedos nas nádegas – Um ânus doce e quente Abby.

Ela se encurvou contra a almofada, esfregando o clitóris, enquanto notava que se aproximava o orgasmo.

-Oh.. Oh Deus! – gemeu colocando os vibradores na velocidade máxima. Mais e mais rápido. Então correu e gritou, enquanto seu mundo se fazia em pedaços e os fluidos de sua vulva se escorriam pelo vibrador, fluindo pela a mão, tanto que ela o mantinha em seu lugar enquanto as fortes contrações a estremeciam. Um doce e insuportável prazer estalou em seu interior, e guardou cada sensação, contendo-a e sem querer parar nunca.

Derrubou-se esgotada, empapada, suando, e completamente satisfeita. Esteve ofegando um tempo, com os olhos fechados e permitindo que a fantasia chegasse a seu fim. Eles a beijariam e a acariciariam o cabelo, murmurando o quanto que significava para eles e quanto prazer lhes tinham dado.

Deus aquilo tinha sido fantástico.  

Quando conseguiu mover-se, saiu da cama e se meteu no banheiro para se limpar e seus brinquedos. Ao olhar-se no espelho, Abby não reconheceu a mulher que lhe devolvia o olhar. Tinha o cabelo bagunçado, os olhos vidrados, a respiração também era irregular e os mamilos apertados, tinham um aspecto completamente selvagem. E também condenadamente sexy.

Por que Chad não o tinha visto nunca? Ela possuía uma libido verdadeiramente excitante. Contudo, ele não tinha nem sequer tentado descobrir que era o que ela colocava em marcha. Simplesmente lhe tirava de cima, se movia uns minutos, lançava sua carga e dormia, como um relógio. Nunca lhe provocou um orgasmo. Ela era tão jovem e inexperiente, que nunca lhe ocorreu falar do que lhe dava prazer. E não e que isso tivesse significado diferença alguma. A ele não importava. Jamais lhe importou.

-Que o fodam, Chad. Você perdeu. Contudo, Mike e Seth não vão fazê-lo.

Mais decidida do que nunca, a fazer que aquele fim de semana funcionasse, permitiu por fim, que a tensão desaparecesse. Tinha direito a desfrutar de um pouco de diversão. Não, tinha o direito de desfrutar muita diversão. Tinha que recuperar anos de falta de atenção sexual e aquela era a sua volta ao baile, começando por esse fim de semana. Apagou a luz do banheiro, e se, meteu na cama, fechou os olhos e dormiu de imediato.

 

-Vou vomitar.

Blair olhou furiosa a Abby.

-Nada disso. Acabo de terminar de maquiar-te e está a ponto de por esse pecaminoso vestido. Se vomitar em cima, te dou uma bofetada.

Abby soltou uma gargalhada.

-De acordo, isso é engraçado. – Deus isso era o precisava: deixar que Blair lhe tirasse o medo de um acidente vascular cerebral.

-Esta linda. – disse Callie levantando o vestido que a tinham ajudado a escolher – Vai a colocar esses homens mais duros que uma rocha, quando entrar pela a porta.

-Ai Deus! – O estômago lhe deu uma volta e olhou as suas amigas com desespero – De verdade vou poder fazê-lo?

-Claro que sim, é muito sexy carinho – respondeu Blair – Agora põe esse vestido e vejamos como fica.

Colocou a roupa, começando a ter uma breve visão de si mesma no espelho da entrada ao fazê-lo. Deus, somente a roupa interior fazia que se umedecesse. Uma tanga de seda preta liga meias e um sutiã preto, desenhado para elevar seus seios, mas que não os cobria em absoluto. Os mamilos se endureceram até converter-se em pequenos pontos. O vestido de fibra elástica era preto e ajustado e se adaptava a seu corpo como uma segunda pele. Callie se apressou a subir o zíper. Apenas podia respirar, mas sabia que era culpa dos nervos e não da roupa.

-Deveríamos nos dedicar a isso. – disse Blair exibindo um sorriso de satisfação.

-Estou de acordo, – respondeu Callie – olhe-se Abby.

Abby se voltou e ficou de frente ao espelho. Estava aclaro que suas amigas eram uns gênios. Callie lhe tinha arrumado o cabelo para trás e o tinha recolhido para cima, deixando cair alguns fios no pescoço e nas bochechas. Um toque de desarrumação, de aspecto incrivelmente sedutor. Blair a tinha maquiado de uma forma que não resultava exagerada, mas que decididamente ressaltava seus olhos. Brilhavam como záfiras. O vestido se acercava nos seios, o sutiã dava a sensação de empurrá-los quase para cima, os sujeitava bastante como para que a ela não lhe parecessem que iam saltar. As tiras estreitas de diamantes falsos eram somente adornos, já que o corpo era o bastante ajustado como para manter o vestido em seu lugar. A cintura se entrecruzava para cair logo pelos quadris, fazendo sussurrar a frente cada vez que ela se movia.

Sentiu-se profundamente sedutora. Nunca tinha sido das que se arrumassem ou sentissem atraentes. Mas, essa noite sim.

-Obrigada, são incríveis.

-O sabemos. – brincou Blair piscando um olho – Agora será melhor que nos vistamos. Você vai procurar uns brincos. Ah, e uma pulseira! Nada mais. E esses sapatos que fazem que suas pernas pareçam quilométricas. Estou condenadamente ciumenta e gostaria de ser mais alta. Hoje a noite vou ter que usar sapatos altos para poder competir.

Abby começou a rir e foi buscar seu porta-jóias, quando Blair e Callie a deixaram para irem se vestir. Aquilo voltava a ser como no colégio, todas elas reunidas para arrumar-se antes do baile. Com a diferença de que aquela era a sua casa e já fazia muito tempo que tinham deixado o colégio, apesar de que era uma noite importante.

Alegrava-se que ambas tivessem aceitado ir com ela. Claro, quando lhes disse que Mike e Seth, as tinham convidado também, Blair declarou que não ia perder essa noite nem por todo o dinheiro da conta corrente de Bill Gates. E Callie ficou louca de emoção.

Abby seguia tendo vontade de vomitar.

-Talvez eu tenha entendido tudo errado. – disse-lhes a Blair e a Callie, pouco depois no carro – É possível que somente quisessem montar toda essa festa por que são encantadores e desejava me dar felicitações. Provavelmente nem sequer estão interessados em mim... Dessa forma.

Blair se mexeu no banco e ergueu uma sobrancelha.

-Esta de brincadeira? Quantas vezes temos que repeti-lo? Esta bem. Eles estão ótimos. Ambos querem os colocar no pó. E agora fecha a boca, ou farei com que Callie pare o carro, irei ai atrás e te darei uma porrada.

Não pode evitá-lo. Começou a rir ao imaginar a Blair subindo no console do carro com seu estreito vestido, e brigando com ela. E uma vez que começou a rir, não pode parar. Blair começou a rir e logo Callie se uniu a elas. Quando chegaram à entrada principal do clube de campo, se tinha relaxado o bastante para deixar de hiperventilar. Mas, agora eles estavam ali, e ela tinha que sair do carro e entrar como se soubesse o que estava fazendo. Como se fosse uma mulher de mundo que fazia aquilo freqüentemente. De acordo, uma mulher do mundo. Nem sequer tinha um encontro, levava sem ter um encontro desde... Chad.

-Por que aceitei essa estúpida aposta? – perguntou Abby, enquanto saia do veículo.

-Por que esta desesperadamente precisando de sexo. – sussurrou Blair, lançando a echarpe por cima de seu ajustado vestido vermelho.

-Como todas. – acrescentou Callie, colocando-se ao lado de Abby.

Essa a olhou, a presença de Callie era tranqüilizadora. Blair era relâmpago e fogo. Callie era serenidade e juízo. Somente com olhar a ela sentia-se melhor.

-Vou precisar de você quando atravessar a porta. – disse Abby olhando o vestido de seda cor de creme que se pegava nas curvas generosas de Callie como uma segunda pele – Está condenadamente linda.

Callie sorriu de orelha a orelha.

-Estou muito nervosa por estar aqui. Demônios, carinho, nós temos nos esforçado muito. Essa é nossa ocasião para nos divertir. E sua oportunidade de brilhar, para liberar os restos de Chad e de todo o trabalho duro que levamos ao fim. Vai presumir seus atributos – Empurrou a Abby, e Blair e ela colocaram-se atrás.

Abby fez cara de coragem, tomou ar e cruzou as portas do clube, percebendo os ânimos de suas meninas nas costas. Podia fazê-lo. O faria. O queria e o precisava. Apesar de que aquela noite não sucedesse mais nada, ao menos ia divertir-se tudo o que pudesse. O Silverwood Country Clube era o mais conhecido da cidade. Seus membros eram a elite e isso se notava. Elegante, de bom gosto, apesar de que luxuoso, desde o chão de mármore até as lâmpadas dos lustres, passando pelas maçanetas de cobre nas portas e o revestimento de madeira escura das paredes. Todo em que ele falava dinheiro, dinheiro e dinheiro.

Abby sentiu-se fora de lugar. Sabia que Chad freqüentava o clube, mas aquilo não era para ela. Não era uma menina de festas. A ela ia bem os vestidos de praia ou os jeans, as camisetas ajustadas e nada de sapatos, sentar-se em uma cadeira diante da porta, bebendo um chá gelado e observando as estrelas como uma menina. Não disfarçar-se e converter-se em quem não era. Parou-se em seco e deu meia volta.

-Não posso fazê-lo.

Blair a olhou com determinação.

-Sim, claro que pode.

Ela sacudiu a cabeça.

-Não posso. Essa não sou eu, você me conhece, Blair. Essa não sou eu.

-Abby, olha-me.

Voltou-se rumo a Callie.

-Não posso Callie. Por favor. Você sabe.

Callie assentiu.

-Eu sei carinho. Ele te fez mal. Fez com que acreditasse que não tinha valor, mas é ele quem é uma completa merda. Usa esse vestido como se tivesse nascido para andar com ele. E pode ser que não se sinta a vontade usando-o, mas tem o mesmo aspecto de um milhão de dólares.

-Mas essa não eu, Callie. Sabe que não sou. Sinto-me uma fraude.

Callie colocou as mãos com dedos quentes e reconfortantes.

-Sabe de uma coisa? Às vezes esta bem fazer o papel de princesa de contos de fadas. Somente por uma noite.

-Abby! Bem na hora!

Oh, Deus! A voz de Seth. O coração esteve e ponto de desmanchar-se no peito. Lançou um olhar de pânico para Blair e Callie, que mostrava um amplo sorriso. Os dedos de Callie a soltaram e foi para trás. A Abby não ficou mais opção que virar. Mui amigas que eram abandonando-a em seu momento de necessidade.

Seth se aproximou dela, rodeou-lhe a cintura com um de seus fortes e quentes braços e a aproximou rumo a si para abraçá-la. Oh! Também era condenadamente firme, todo seu corpo era puro músculo, notou ao acomodar-se em seus bíceps. O último homem que tinha agarrado era Chad, e ele não era tão musculoso. Contudo, notava-se que Seth exercitava seu corpo. E pelo amor de Deus, cheirava tão bem que quase dobraram os joelhos. Não se tratava de nenhum tipo de colônia. Cheirava somente a... Homem. Verdadeiramente precisava de sexo. Sentia-se tão bem somente com um homem a rodeando com um braço, não ia poder sobreviver a uma noite de sexo de primeira. Quando ele retirou-se, observou-a com um olhar muito diferente a que dirigia no trabalho.

-Tem uma aparência... Maldição Abby! Fiquei sem palavras.

Ela notou que subia o rubor por seu pescoço diante do elogio.

-Obrigada. Você também tem um aspecto estupendo.

-Vamos à festa? Quem são suas amigas? – Afastou o olhar e lhe dedicou um amistoso sorriso de Seth Jacobs a Blair e Callie.

O que significava que ela tinha que recuperar a fala.

-Essas são minhas melhores amigas, Blair Newcastle e Callie Jameson.

Ele tocou as mãos.

-Me alegro muito que vieram. Não sei se Abby teria vindo se não fosse com vocês.

-Oh, acredito que sim. – disse Callie.

-A festa esta em pleno auge. Posso escoltar a tão encantadoras damas ao salão de baile?

-Carinho você pode me acompanhar aonde quiser. – Blair piscou um olho e deslizou o braço em Seth, indicando a Abby com a cabeça, que fizesse o mesmo do outro lado. Ela obedeceu e segurou a mão de Callie para ter apoio. Entraram no salão de baile em que tinha um ruído tremendo, já que estava tocando um grupo.

E estava às escuras. Menos mal que era Seth que as conduzia. A Abby custava bastante andar por culpa dos estúpidos saltos altos que Blair tinha insistido que pusesse por que “faziam que suas pernas parecessem quilométricas”. Ou algo parecido. Suas pernas não pareciam tão atraentes quando rompesse uma e acabasse engessada. No salão de baile, reconvertido em sala de jantar, estava abarrotado de mesas independentes para que as pessoas desfrutassem do jantar com seus familiares e amigos. Toalhas brancas, porcelana elegante e multidão de garfos. Tudo aquilo proclamava a gritos classe e dinheiro. Abby olhou ao seu redor para ver se conhecia alguém, de acordo, estava procurando a Chad. Mas não o encontrou, além disso, estava intimidada demais pelo o que rodeava para seguir procurando.

-Conseguimos um canto, um pouco afastado disso. – disse Seth indicando varias mesas juntos as portas do terraço.

Ela assentiu, sorriu e tentou concentrar-se em lembrar como se caminhava com saltos.

A maior parte do pessoal da clínica estava ali, recebendo-a com abraços de felicitações. O certo era que ia sentir saudades de trabalhar com aquela gente. Tinham-na ajudado mais que poderia agradecer. Começou a mesclar-se com as pessoas, assegurando-se de aproximar-se e agradecer a cada um deles. A única pessoa a que não viu foi Mike.

-Onde está Mike? – perguntou a Seth, uma vez que terminou de cumprimentar.

-Provavelmente penteando-se. – respondeu Seth com um sorriso arrogante.

Abby lançou um resmungo. Duvidava muito que Mike fizesse algo mais que sair da ducha e parecer um Deus. Certamente estaria ocupado em outra coisa. Pode ser que nem sequer viesse essa noite. Não e que fosse obrigatório que estivesse ali. E em, qualquer caso, por que estava obcecado por isso? Ela perguntou-se se Blair e Callie sentir-se-iam fora de lugar, mas quando Seth tinha colocado um copo de champanhe nas mãos, suas amigas já estavam perambulando por ai, mesclando-se com alguns empregados e rindo com as piadas que contava Dave, um dos técnicos veterinários.

Ah, sim, Dave, ele e as piadas maduras. Não tinha nada de raro que rissem. Deveria ter sabido que não tinha que preocupar-se por suas amigas. Eram capazes de procurar sua própria diversão.

-Faminta? Tem muitas entradas.

A voz de Seth por cima de seu ombro lhe provocou um calafrio nas costas.

-A verdade é que não.

-Bom, então vamos dançar. – Deslizou-lhe uma mão ao redor da cintura e ela sentiu como labaredas de sensualidade do gesto lhe queimava através da roupa. Ele deu a volta e a colheu, conduzindo até a pista de dança. Não caia de bunda, Abby. Tirar os sapatos de uma vez na metade da pista de Silverwood Country Clube, provavelmente não fosse adequado. Não era o Whisker’s Bar precisamente, e ela não usava jeans.

Seth a aproximou mais para si e pousou sua mão no oco de suas costas, aproximando-a com um gesto íntimo que fez que sua pélvis ficasse em contato com sua coxa. Sua vagina respondeu com uma contração de reconhecimento. Oh, sim, homem. Algo que usava muito tempo sem dar atenção. Ele dançou com ela ao som da melodia de uma de suas canções favoritas. Apesar de que tivesse outros casais dançando, a ela pareceu como se todo o mundo os estivesse olhando.

-Esta nervosa demais, verdade?

Ela ergueu a cabeça para olhá-lo.

-Eu? Nada disso.

-Besteira. Está mais tensa que uma tábua. Relaxe, Abby. Não tem ninguém nos olhando. Esse lugar esta lotado. Todos que estão aqui tem sua própria festa. A gente se dedica a comer e beber. Não está se exibindo.

Ela não sabia por que estava tão tensa, mas Seth tinha razão. Ao revisar o local se deu conta de que ninguém lhe estava prestando atenção na mais mínima atenção.

-Sinto muito, tem razão.

-Então se recline sobre mim, deixa-me desfrutar de sua companhia e relaxe, neném.

Deus era tão atraente. Sua voz era suave e tranqüila, e dissolvia a tensão. Sua mão rodeava-a como uma manta quente e, permitiu-lhe que a dirigisse a pista de dança, enquanto contemplava seus olhos marrons como o chocolate. Com Seth sempre se sentia a vontade.

-Assim esta melhor. Agora não tem tão tensas as coxas.

-Obrigada. Sinto-me tonta por ser tão assustada.

-Não o seja. Somente são os nervos por ser a primeira vez que está aqui. Apesar de que seu ex-marido é sócio, não?

Ela assentiu.

-Mas nunca me trouxe aqui.

Seth sacudiu a cabeça.

-Cafajeste

Ela sorriu de orelha a orelha

-Essa e uma descrição ótima. – Nesse momento, Seth gostou ainda mais. A maneira em que a mantinha próxima, mas não demais, não era ameaçadora, nem inadequada, nem agressiva em absoluto. E seus corpos se adaptavam com perfeição. Era alto, com a constituição de uma rocha. Endureceram-se os mamilos ao pensar em como seria estar nua, enquanto pressionava-se contra aquela parede de músculos, pode esfregar-se contra ele, passar as mãos pelo corpo.

-Certo já a esta tendo muito tempo. Agora éminha vez.

Abby levantou a cabeça de golpe e viu Mike com a mão estendida. Voltou a olhar rumo a Seth, que estava sorrindo.

-Sim não há mais remédio. – Beijou-lhe a mão e a pôs nos braços de Mike dizendo – Até logo, Abby.

-Até logo Seth. – Foi ao encontro dos braços de Mike e aquilo foi completamente diferente. A respeitável distância desapareceu.

Mike a abraçou intimamente e a ela teve a sensação de que a temperatura subia graus. Quando lhe passou o braço pelas as costas, descansando a palma da mão sobre sua pele nua, sentiu que as chamas lambiam, todas e cada uma, de suas terminações nervosas. Contraiu a garganta, endureceram os mamilos, e se umedeceu a calcinha. Demônios, incendiou sua libido a toda velocidade. Vestia um traje preto, camisa branca e gravata prateada, seus olhos azuis constatavam com sua pele bronzeada. Nunca se tinha aproximado dele mais que o necessário para passar o instrumento ou os arquivos. Cheirava a tormentas e chuva de primavera. Desejava lambê-lo por todas as partes.

-Sinto ter chegado tarde. A cirurgia de hoje se complicou e não teve mais remédio que me ocupar disso.

Ela tentou com todas as forças encontrar algo coerente para dizer.

-Saiu tudo bem?

-Agora sim. Alegro ter terminado a tempo. Não teria gostado de perder a noite.

Ela afastou o olhar, procurando Seth. Encontrava-se na compania de Blair e Callie rindo. Claro Blair era capaz de capturar atenção de qualquer homem e mantê-la durante horas. Possivelmente dias. E Callie era tão linda que podia embelezar a um homem para sempre. Quanto a Seth, era maravilhoso por se assegurar que suas amigas não sentissem excluídas.

-Te deixo nervosa não é? – perguntou Mike

Ela afastou a vista de Seth e a voltou a pousar em Mike.

-Essa noite quase tudo me deixa nervosa. Aqui estou um pouco fora da minha realidade.

-Deixe de preocupar-se com Seth quando está comigo. E não se preocupe por mim, quando está com Seth. Somos adultos, resolveremos isso.

-Sem importar o que seja.

-Será o que você quer que seja, Abby. Nessa noite não vai passar nada que você não queria que passe. Limita-se a relaxar e divertir-se. Trata-se de uma festa com os empregados e seus amigos, se dela surgir algo mais, que assim seja. – Levou-a até as portas abertas do terraço, as cruzaram e logo a pegou pelo braço, caminhando com ela até a beirada.

Tinha lua cheia, as estrelas tinham saído em massa, e a noite de verão era dolorosamente bela. As gardênias suavemente perfumadas povoavam os jardins abaixo de seus pés. Não podia ter desejado um cenário mais perfeito. Queria congelar esse momento e não avançar nem retroceder. Mas, Mike lhe deu a volta e supôs que tinha que corresponder a sua amável atenção, prestando-lhe atenção. Ali fora ia acontecer algo. Podia notar a antecipação zombante por dentro como uma vibração. Enterrando uma mão em seu cabelo, Mike a manteve hipnotizada.

-Se esta noite resulta ser algo mais que uma, simples, festa então iremos passar para o próximo passo.

Quando ele se inclinou ela deixou de respirar.

-De acordo? – sussurrou ele com os lábios a menos de um centímetro dos seus.

-De acordo.

Ele pressionou seus lábios nos dela, logo aprofundou o beijo, e que a condenassem se não estivesse a ponto de cair sobre seus saltos agulha.

 

Quando Mike a inclinou sobre seu braço, pareceu-lhe que era a protagonista de um filme romântico e por fim entendeu o significado da palavra desvanecimento. Caramba, aquilo era condenadamente romântico. E ardente, quando sua língua pressionou-lhe os lábios com insistência, invadindo todos os cantos de sua boca. Aquilo não acontecia com pessoas como ela.

Mike era demais para seus sentidos, e somente o fato de que a mantivesse contra si, era suficiente para produzir uma sobrecarga. Sentir sua mão entre o cabelo, sua insistente boca na sua, sua língua entrando e saindo como se estivesse fodendo a boca, como uma tentação, uma promessa do sexo grandioso que estava para chegar. Era uma sorte que a estivesse sustendo, por que tremiam suas pernas. Quando foi a última vez que a beijaram assim? Maldição, nunca a tinham beijado assim! Deu-lhe vontade de procurar Chad e dar-lhe um tapa por todas as suas carências. Sujeitou-se nos braços de Mike, sentindo sua força e seu calor, deu-lhe vontade de lhe tirar a roupa ali mesmo, no terraço e explorar cada centímetro dele com a língua.

Estremeceu quando sua outra mão começou a mover-se ao longo de sua perna, deslizando mais acima, subindo pouco a pouco o vestido. Seu sexo tremou de necessidade. A comoção se mesclou com o desejo e não supôs que tinha que detê-lo ou separar mais as pernas, suplicando que lhe fizesse amor ali mesmo. Mas ele a incorporou e afastou a boca, rompendo o contato. Estava maravilhada, desorientada e condenadamente excitada.

-Sinto muito. – disse com voz rouca pelo o desejo – Por um segundo perdi o controle. É melhor que paremos antes que acabe com os dedos dentro de você.

Ela estremeceu e permitiu que seus olhos se fechassem durante um instante, dando voltas nessa imagem. Quanto mal seria isso? A realidade tinha sumido e nesse momento ela se encontrava em um mundo de fantasia. Claro, tinha que ser ele quem pensasse com a lógica. Tomou ar e o soltou para clarear a cabeça. Imaginou o aspecto que devia ter o cabelo revolto por suas caricias e os lábios inchados por seus beijos. De acordo, tinha chegado o momento de recuperar o controle. Olhou para baixo, seus olhos pousaram na magnífica torneira que se formava contra os jeans. Santo Deus era enorme! Acabou por recuperar o controle.

-Sinto muito também. Também me deixei levar por alguns segundos. – Levantou a mão e tentou arrumar o cabelo.

Ele estendeu a mão e o alisou.

-Esta linda. – Lançou um suspiro – Maldita seja Abby, estou desejando esgotá-la.

Seu coração deu uma batida. Como suponha que deveria responder a isso? Com sinceridade, provavelmente. Acaso não era isso o que queria? Deveria dizer a Mike que aquilo era exatamente o que desejava, por que assim era. Tinha a vagina úmida e ansiosa por ter seus dedos, sua boca, seu pênis em cima e dentro dela.

-Eh! Começaram sem mim?

Ela girou ao ouvir a voz de Seth. Ele saiu ao terraço com uma garçonete seguindo-o. Ela segurava uma bandeja com copos de champanhe e uma garrafa. Seth pegou a garrafa e os três copos e logo piscou um olho para a garçonete.

-Fecha a porta ao sair, Cin.

-Claro senhor Jacobs.

Seth voltou-se rumo a eles.

-Bom o que perdi? – Serviu champanhe e entregou-lhe um copo a Abby. Ela aceitou com a mão tremendo e deu um bom gole.

-Não muito. – respondeu Mike – Abby sabe bem. Ao menos sua boca.

Ai, Deus! Ia estalar em chamas diretamente ali, no terraço. As pessoas ali dentro se dariam conta, através das cortinas, de que estava se produzindo uma fogueira?

-De verdade? – Seth depositou seu copo no parapeito e tirou a de Abby, entregando-a a Mike. Colocou a palma da mão no pescoço de Abby – Parece que também preciso provar. Posso?

Oh sim. Ia explodir. Ali mesmo. Mas primeiro ia beijar Seth.

-Sim. Definitivamente sim.

Seu beijo era mais suave que o de Mike. Ao menos no princípio. Aplicou tentativamente uma suave pressão a seus lábios, logo a atraiu mais próximo, rodeando-a nuca com os dedos e envolvendo a cintura com o outro braço, atraindo-a rumo a seu musculoso corpo. Ela notou seu pênis, endurecido e insistente, movendo-se contra seu sexo, tocando-lhe o clitóris. Em seu interior começaram a surgir explosões. Quando a língua dele tocou a sua, foi como se um relâmpago atravessasse seu corpo. Gemeu contra sua boca e ele devolveu o gemido, lambendo-lhe a língua como se estivesse faminto. A sensualidade do beijo era como a água para uma mulher sedenta. O queria mais que tudo na vida. Enquanto Mike era fogo, repentino, e paixão, Seth era persuasão e tormento, como ir acendendo lentamente rumo ao êxtases. Aqueles homens a deixavam louca. Quando ele se afastou e sorriu, Abby se sujeito no cotovelo para se manter de pé. Seth recuperou seu copo e a entregou.

-Agora já me coloquei em dia. – disse ele.

 

-Merda! Estou me excitando somente de vê-los. – Blair disse rumo ao canto e se voltou a Callie cujo olhar ainda era de assombro. Soltaram a cortina.

-Menina, você e eu, as duas, essa noite iremos precisar do dobro de vibrador. Abby é uma mulher de sorte, não?

-Gostaria de saber por que não agarra os dois agora mesmo.

Callie girou os olhos.

-Vamos Blair. Esse não e o estilo de Abby e você sabe. Não faz sexo em público. – Callie estremeceu, desejando ser ela quem estivesse no terraço com aqueles dois homens. A idéia de fazê-lo com as pessoas olhando a colocava mais quente que era capaz de ter um orgasmo ali mesmo, no salão de dança.

Blair franziu os lábios.

-De acordo tem razão. Mas digo que nossa menina vai bem encaminhada para ter um bom ménage a trois essa noite. – suspirou Blair – Ah, queria ser uma mosca na parede para poder vê-los.

A Callie lhe pareceu que a habitação se fechava ao seu redor, o calor e sua libido se incendiaram até extremos febris.

-Ou seja, gostaria de observar.

Blair encolheu os ombros.

-Pode ser que sim, pode ser que não. Mas a quem não gostaria ver com detalhe esse tipo de diversão que vai desfrutar Abby essa noite?

Callie venderia sua alma para presenciar. Mas, claro, aquilo era o que mais gostava de fazer os espectadores. E nem sequer suas duas melhores amigas conheciam seus segredos mais íntimos e inconfessáveis. Existiam algumas coisas de das que nunca falava, nem sequer com suas amigas. Ia fantasiar com aquilo essa noite, colocando-se no lugar de Abby, ali plantando no terraço. Contudo, ela não se deteria em um simples beijo.

Quando chegasse o momento de foder, Callie faria na vista. Por que não somente gostava de ver os demais praticando sexo. Também se excitava ante a idéia de tê-lo com gente olhando.

-Não posso esperar que passe esse fim de semana para ter o informe de Abby. – disse Blair, pegando um pedaço de fruta do seu prato – Pergunto-me até que ponto será pervertido Mike e Seth.

-Você se refere a sadomasoquismo, açoites e coisa assim?

A cara de Blair enrijeceu. Encolheu os ombros.

-Eh! Com algumas pessoas nunca se sabe.

Callie sorriu. Com outras se sabia instintivamente que era o que as incendiava. Como Blair, que proclamava que gostava de ser mandada, que mandava passear todos os homens. Contudo, Callie apostaria que eliminaria de um pontapé no seu domínio.

-Não. – refletiu Callie – Com algumas pessoas nunca se sabe.

 

-De modo que brindaremos a essa noite? – perguntou-lhe Mike a Abby, levantando seu copo.

Brindar? Oh sim! Brindaria toda a noite, até acabar ardendo e queimando.

-Claro.

-Por tudo o que quiser Abby. Qualquer coisa que deseje. – disse Seth.

-Brindo por isso. – acrescentou Mike.

-Por vocês dois. Obrigada por tudo isso. Nem sequer sei o que dizer. – De modo que bebeu um longo gole de champanhe, com a esperança de que ocorressem as palavras capazes de expressar o que sentia. Por desgraça, o único que foi capaz de fazer foi deleitar-se ante a visão dos dois homens espetaculares que acabavam de beijá-la, que era evidente que a desejavam. E ela não tinha a menor pista de qual deveria ser o próximo passo.

Pensou em Blair e Callie, no que elas lhe aconselhariam que fizesse nesse momento, e desejou que aparecessem de repente para segurá-la na mão. Mas, não iam fazer tal coisa. Era uma mulher adulta e tinha necessidades. Era hora de plantar-se e ver em que direção o vento a levava.

-Por que não se limita a dizer o que gostaria que ocorresse em seguida? – disse Seth – Podemos passar toda a noite aqui fora. Dançar e nos divertirmos juntos e passar o tempo.

-Ou podemos fugir e ter uma festa particular. – propôs Mike, apoiando-se contra o parapeito, com um ardente olhar de lado que a acendeu por dentro.

Seth clareou a garganta.

-Com um de nós, ou com os dois. A escolha é sua Abby.

-Acredito que é plenamente consciente de quais são suas opções. – respondeu Mike – É Abby quem decide o que deseja. Todos os presentes somos adultos, e tanto Seth como eu podemos suportar a escolha. Se quiser estar somente com um de nós perfeito. Eh! Se não nos quer, perfeito também. De modo que deseja Abby?

Ela olhou a ambos, tão diferentes, de tantas maneiras e supôs que ia lamentar a vida inteira se não aceitasse o que lhe ofereciam.

-Vou ser sincera. Nunca fiz nada parecido. – Olhou os sapatos, o vestido, a pessoa que não era e sentiu tremer por causa do nervosismo que a estremecia por dentro. Chad riria dela se a visse agora atormentada pela indecisão.

Vai à merda Chad! Levantou a cabeça e olhou a ambos nos olhos.

-O que quero é sair daqui sem chamar atenção demais e passar um momento sozinha. Com vocês dois. O que passar depois disso... Bom, iremos passo a passo.

Mike ergueu uma sobrancelha e assentiu. Seth sorriu e disse:

-Então isso é o que faremos. Vamos. Voltemos ao baile um pouco e logo escapamos.

Ela suspirou de alívio e os seguiu para dentro, localizou Blair e Callie, e se desculpou quando a arrastaram ao banheiro.

-Bem? – perguntou Blair quando se assegurou de que estavam sozinhas.

-Disse que queria ir embora com eles. – Deus, não podia acreditar que o tivesse feito, mas assim era. Ia fazer um trio com Mike e Seth.

Callie assobiou.

-Vai passar muito bem! E não posso esperar para ouvir os detalhes sórdidos!

-Escreva se for preciso. Quer minha caneta e algum papel? – acrescentou Blair.

Abby girou os olhos, agradecendo que as brincadeiras de suas amigas eliminariam algo de tensão que estava em seus nervos.

-Não, obrigada. Acredito que vou ter lembranças o bastante como que dure a vida inteira. – Desvaneceu o sorriso e agarrou as mãos – Não posso acreditar que estou fazendo isso. Poderei fazer? – Sentiu-se enjoada.

-Claro que poderá. – disse Blair – Precisa e o que é mais importante, carinho, você merece. Agora vai se divertir e ter sexo sem parar.

 

Seth observou Abby e suas amigas dirigindo-se ao banheiro.

-Já sabe que vão falar da gente. – disse Mike.

-Claro. – olhou a Mike – Não acredita que vão tentar fazer que mude de idéia, verdade?

Mike riu.

-Duvido. Vi o sorriso que tinham em seus rostos quando olharam através da cortina, enquanto estávamos no terraço. Para começar, diria que sua contribuição foi decisiva para que Abby aceitasse isso.

-Ah! Bom, isso está bem. – Conservou o olhar fixo na porta do banheiro, como se temesse que Abby fosse sair dali a qualquer momento, para dirigir-se a saída mais próxima – Em todo caso, como vamos fazer isso?

-Igual com qualquer mulher que compartilhamos antes.

Seth franziu o cenho.

-Abby não é como qualquer outra mulher que temos compartilhado Mike. Você sabe, ela é... Diferente.

-Sente algo por ela, verdade?

-Algo?

Mike deu um amplo sorriso.

-Sim, algo. E não finja que não sabe do que estou falando.

-Não sinto nada por ela. O único que acontece e que não quero vê-la sofrer.

-Não acredito que Abby veja isso como um romance normal, florescendo diante de seus olhos. O que procura e um pouco de bom sexo, e aqui o tem. Esta tão condenadamente tensa que aposto que e capaz de desfrutar de dúzias de orgasmos. De modo que o daremos.

Essa idéia o fez sorrir de orelha a orelha. Seth tinha vontade de fazer com que gozasse. Muitas vezes.

-Isso nós vamos fazer.

Mike deu-lhe uma palmada no ombro.

-Assim, deixa de se preocupar. Seremos amáveis e delicados. E deixaremos que ela tome a iniciativa. E passara bons momentos. E quando acabar acabou.

-Tem razão. Sabe o que está fazendo.

-Sua casa ou a minha?

-Tanto faz. - As mulheres passavam muito tempo no banheiro. Estavam montando um plano de batalha? Sempre se perguntava de que falavam.

-Seth esta prestando atenção?

-Que? Oh. Não importa. A sua está bem.

-De acordo. Vou despedir-me e ir para casa arrumar algumas coisas. Por que não trás você Abby?

-Farei isso. Vejo-o dentro de um momento. – Afastou o olhar da porta do banheiro e voltou à festa. Deus estava praticamente pressionando-a. Era patético.

O último que precisava era envolver-se com Abby. Mike tinha razão, quando o sexo tivesse acabado, iriam por caminhos separados.

Era melhor assim. Tinha sua vida e acabava de começar. Ele tinha a sua e não estava disposto a voltar complicar-se. Divertir-se e foder. Isso era tudo. E pela forma com que ficou tenso seu pênis diante da idéia de tirá-la do vestido que se ajustava tão pecaminosamente no seu corpo, estava pronto para ambas as coisas. Agora mesmo.

 

Quando Seth entrou no caminho circular que tinha diante da extensa casa, Abby experimentou um acesso de pânico. De acordo, era possível que tivesse deixado uns bons arranhões no couro do carro de Seth. E talvez, estivesse a ponto de hiperventilar por culpa de sua agitada respiração. De modo que talvez seu acesso de pânico se prolongasse por algo mais que um instante. Seth apertou a mão, atraindo sua atenção.

-A palavra não, da igual para mim como para Mike, Abby. Utiliza-a essa noite, sempre que quiser e tudo parará.

Ela soltou o ar e assentiu.

-Sinto muito. Como disse antes, nunca havia feito isso.

Ele se inclinou e a beijou, roubando-lhe o ar de uma forma completamente diferente. Deixou-se cair contra o banco e presenteou a si mesma com as sensações de seus lábios e sua língua movendo-se contra a sua, e de forma em que a rodeava o pescoço e a segurava como a mantendo a salvo. A tensão desapareceu.

-Vamos fazer com que desfrute neném. – murmurou ele contra seus lábios.

Ela estremeceu dando via livre ao desejo e eliminando qualquer outro pensamento. Estendeu a mão e acariciou a bochecha, com um tremido suspiro.

-Eu sei

Ele saiu e rodeou o carro e abriu-lhe a porta, a ajudou a sair, acompanhando-a até a porta principal, que estava aberta. Ela entrou intimidada pela a beleza da casa de Mike.

O piso era escuro e masculino, parecido ao homem que vivia ali. Os receberam dois cachorros irlandeses, que quando Seth ordenou-lhes que se sentassem pararam e se sentaram obedientemente.

-Estes são Sal e Pimenta. – disse apresentando-os

Abby acariciou a ambos, enredando os dedos em seus sedosos pêlos.

-São lindos.

-Eh! Alegra-me ver que não abandonou o caminho a perdição. – brincou Mike, aparecendo na entrada.

Tinha tirado o terno e a gravata, e tinha soltado alguns botões da camisa. O cabelo preto saia por cima, e aquela sombra de cabelo e pele fez com que ela ficasse com água na boca.

-Entra e senta-se, enquanto ocupo-me das bebidas. Seth irá de terno e gravata. Parece um corretor da bolsa.

Seth resmungou. Os cachorros foram ao pátio de trás por uma portinha que tinha na porta. Abby seguiu Mike até uma espaçosa sala de estar, mobilhada com sofás e poltronas de couro de aspecto muito cômodo, um aparelho de som muito potente para romper os tímpanos de qualquer pessoa, e uma televisão de tela gigante pregada na parede. Atrás da porta de vidro, tinha uma piscina de tamanho olímpico, muito bem iluminada.

-Isso é lindo. – disse sentando-se em um dos sofás e tirando os sapatos que começavam a fazer mal aos pés. Resistiu ao impulso de gemer de alivio.

-Obrigado. O que gostaria de beber?

-Gostaria de algo com rum.

-Feito. Seth põe alguma música.

Seth colocou algo lento e com ritmo de jazz. Abby recolheu os pés e ficou cômoda em um canto do sofá, sentindo-se estranhamente tranqüila. Aconteceria o que tivesse que acontecer. Inclusive poderia não acontecer nada. Tinha o pressentimento de que apesar de que o único que fizeram foi falar e tomar alguns coquetéis, logo ela falaria que queria ir para casa, e ambos aceitariam. Aquilo foi suficiente para fazê-la relaxar. Mike trouxe-lhe sua bebida e a depositou em um porta-copo sobre a mesa que estava junto ao sofá, logo tomou assento em uma poltrona de couro a seu lado. Seth se derrubou sobre uma almofada do sofá, jogou a cabeça para trás, fechou os olhos e bebeu sua bebida.

-Essa foi à semana mais longa do mundo ou algo assim? – perguntou

-Isso parece. – respondeu Mike, recostando-se em sua poltrona e estirando as pernas – Essa semana devo ter feito quinze cirurgias e nenhuma delas foi simples. – lançou um longo e lento suspiro.

Abby os olhou, aos dois. Tudo aquilo tinha aspecto tão... Normal. Não estava certa do que esperava quando se meteu naquilo. Ser tomada de imediato, talvez? Mas não isso. Sorriu e bebeu uns goles, sentindo-se mais segura com a decisão que tinha tomado. Eles estavam fazendo aquilo em beneficio seu, para relaxá-la e ela o sabia.

-Quais são seus projetos, agora que terminou os estudos Abby? – perguntou Seth.

-Hum, não estou certa. Começar a exercer em algum lugar.

-Oh, parte-me o coração! Mais competição. – brincou Mike.

-Não acredito que tenham que se preocuparem comigo. – disse Abby.

-Famosas últimas palavras. – Mike terminou sua bebida e assinalou seu copo ao levantar-se – Outro copo?

Ela bebeu outro gole de seu coquetel, o depositou sobre a mesa e se levantou para ficar de frente a Mike. Eles tinham lhe permitido ir a seu ritmo durante toda a noite, e sabia. Tinha que acontecer algo, ia ser ela quem desse o primeiro passo.

-Acredito que já temos falado demais por essa noite, não acham?

Apesar de que tinha o coração acelerado, se voltou rumo a Seth e lhe ofereceu a mão. Ele a aceitou e ela deu um ligeiro puxão para que levantasse.

-Estou quente, relaxada e gostaria de terminar o que começamos os três no terraço do clube. – disse ao ficar de frente para eles.

A forma em que agora tinha sua atenção, a fez ficar com água na boca. Seth levantou uma sobrancelha e Mike lhe dirigiu um sorriso perigoso. Limita-se a dizer, Abby. Antes que perca a coragem. Aquela era sua oportunidade de viver todas e cada uma de suas fantasias com a que sempre tinha se masturbado.

-A verdade é que gostaria que ambos me desnudassem.

 

Mike deixou seu copo e se aproximou dela, com um meio sorriso que a fez tremer. Seth apertou-lhe a mão. Um sinal de confiança? Era isso, verdade?

-Esta certa? – perguntou Seth.

-Sim. – sussurrou ela. Nesse momento era o único capaz de dizer. Mike passou ao seu lado e pressionou os lábios contra seu pescoço, no lugar onde batia o pulso. Tremeu quando o lambeu.

-Esta úmida Abby? – murmurou contra seu pescoço.

Ela assentiu, a respiração parou na garganta.

-Bem. Quero sua vagina empapada e gotejando entre suas pernas.

Seth beijou-lhe a palma de sua mão.

-Fico duro somente de olhá-la e ver como seu corpo responde. – Aproximou-se um passo. Traçando um caminho de fogo na parte interior de seu braço com as pontas dos dedos – A forma em que estremece quando a tocam, a rapidez com que dilatam suas pupilas.

Passou-lhe um braço pela cintura, pousando os dedos em cima de seu traseiro. Ela desejou tirar o vestido e que submergisse os dedos em seu interior. Contudo, não se moveu.

-Quanto tempo faz que não te fodem? – perguntou Seth.

-Vários anos.

-Não simplesmente foder. Uma boa foda – acrescentou Mike. Ela se voltou rumo a ele, desejando nadar na escuridão de seus olhos.

-Nunca

Ele assentiu.

-Isso me parecia. Isso vai mudar essa noite.

Espasmos de desejo selvagem ondularam seu ventre, as palavras de Mike prometiam mais do que tinha esperado.

Seth moveu a mão para cima, entretendo-se no roçar da pele desnuda das costas. Abby olhou seu rosto e logo o de Mike, cativada por sua compenetração, como se soubesse instintivamente o que fazer.

-Já fizeram isso antes. – disse ao entendê-lo.

-Sim. – confirmou Seth olhando-a – Te incomoda?

-Não. – E o certo era que não incomodava. Provavelmente deveria, mas aquela noite não importava.

-Não se trata de um hábito Abby. – acrescentou Seth – Somente algumas vezes. Conhecemos-nos há muitos anos.

Abby se voltou para ficar de frente para ele.

-Não me importa o que fizeram antes dessa noite. O único que quero e que ambos me fodam. E que o façam bem.

Seth deslizou seus dedos por debaixo das tiras do vestido e os deslizou pelos os braços deixando-os cair até os cotovelos. Mike colocou-se atrás dela, acoplando o corpo as suas costas. Agarrou a parte superior do vestido e a tirou, deixando-a desnuda até a cintura, logo lhe desabotoou o sutiã e o atirou para o lado. Seu ex-marido nunca tinha se entretido em olhá-la ou tirar-lhe a roupa. Jamais teve uma exploração lenta de sua pele, nem outro interesse por sua parte que tê-la nua e penetrá-la o mais rápido possível. Ela tinha odiado seu desinteresse, como se o resto dela não merecesse importância. Seu único objetivo tinha sido sua vagina.

Aquela revelação chegava com atraso, à fez ofegar. Mike descansou as mãos sobre seus ombros, e as deslizou sobre sua carne. Seth a olhou fixamente, como se estivesse memorizando cada centímetro de sua pele, como se quisesse saborear casa segundo e aprisioná-la na memória. Notou que enrijecia, os mamilos se endureceram debaixo de seu controle. Não tinha um corpo perfeito. Tinha trinta e três anos e as coisas não estavam onde deveriam estar. Não fazia exercício nem estava em boa forma. Ainda assim, aqueles homens faziam com que sentisse linda.

-Está fodidamente bem Abby. – declarou Seth, em resposta a seus pensamentos não expressados.

Mike acariciou seus seios, roçando-lhe o cabelo com o queixo.

-Passei o último ano masturbando-me pensando em você

Ela girou a cabeça para olhá-lo

-Sim?

Ele a olhou com um amplo sorriso.

-Oh, sim! Pensava em todas as formas em que desejava fodê-la.

Ela não podia acreditar que estivesse dizendo aquilo. Que tivesse fantasias sobre ela. Que se masturbava pensando nela.

-Lambe-lhe o mamilo e os sugue Seth. – disse Mike, e Abby voltou à atenção a Seth.

Mike susteve os seios, e Seth se inclinou rumo a eles. Abby conteve o ar quando os lábios deste último se fecharam ao redor de um mamilo, chupando o inchado broto com sua língua quente e molhada. Estiveram a ponto de dobrarem-se os joelhos, sua vagina levantou diante da sensação. Mordeu o lábio ao mesmo tempo em que estremecia e gemia.

Sua boca era muito suave, e vê-lo fazendo aquilo era algo incrível. O sexo com Chad sempre foi escuro. E logo, os jogos preliminares não estavam em seu âmbito de conhecimento. Tinham uma sexualidade tão forte e potente que não existia comparação possível. Seu ex-marido era um imbecil. E ela tinha perdido anos de sexo colossal. Arqueou as costas, desejosa de que ele metesse mais seu mamilo em sua boca. Seth colocou-se de joelhos, agarrando os seios com as mãos lambendo primeiro o mamilo e depois o outro.

-Está tremendo Abby. – disse Mike – Parece-me que tem mamilos muito sensíveis. Molha o sexo quando Seth os chupa?

-Sim.

Estendeu a mão por detrás dela e levantou o vestido, sua mão sobre a pele desnuda de suas nádegas quase a fez cair no chão, mas ele a rodeou pela a cintura com um braço, negando-se a deixá-la cair.

-Humm, que pele tão lisa e suave. E essas meias e essas ligas tão sedutoras. Vestiu-se para seduzir a Seth e a mim Abby?

-Sim

-Fantasiou com nós dois?

-Sim

-Seth tira-lhe a calcinha.

Seth a olhou no rosto e logo meteu as mãos debaixo do seu vestido, deslizando-as entre suas coxas até chegar às tiras da tanga. Baixou-lhe a calcinha pela a perna e ela levantou os pés para que as tirasse.

-Percebo seu cheiro. – disse Seth – É como mel doce e almíscar, Abby. Põe-me condenadamente excitado. – Segurou a calcinha com o polegar – E essas estão empapadas.

Ela não ia ser capaz de permanecer muito mais tempo de pé. A não ser por Mike que a segurava, teria ido ao chão. Não era capaz de suportar tanta excitação, aquelas esmagadoras sensações. E de momento, somente estavam jogando. Essa parte nem sequer seria o começo. Tinha o coração acelerado, sua respiração rápida e ofegante, e não tinha forma de pudesse pronunciar uma só frase coerente.

-Esta fazendo bem, neném. – disse Mike em resposta a seus pensamentos ocultos – Sabemos que está é uma experiência nova para você. Somente relaxe e deixa que nos ocupemos de você.

Que se ocupassem dela? Se aquilo a colocava mais quente, ia desmaiar e perder toda a experiência.

-Conheceu alguma vez uma mulher como Abby, Mike? – perguntou Seth - Parece doce e inocente, mas em seu interior arde o fogo, Abby. Uma chama que espera uma faísca para começar.

Ela não pode evitá-lo. Fazia muito tempo que um homem não lhe acariciava o sexo. Quando notou a mão de Mike ali, lançou um gemido tremido.

-Shh, está bem. – moveu a mão contra ela. Estava empapada, sabia que estava molhando sua mão, mas não era capaz de deter as sensações nem a resposta de seu corpo. E não queria fazê-lo. Desejava mover-se sem parar contra sua mão.

-Por favor, por favor, toque-me.

-Oh vou tocá-la Abby. Por todas as partes. Toda a noite

Ela fechou os olhos e se entregou a sensação de seus dedos explorando seu palpitante sexo, introduzindo-lhe primeiro um dedo e logo dois. Notou as pulsações de sua vagina ao envolvê-lo, as doces contrações de prazer diante à invasão.

Oh, era tão bom sentir de novo o contato humano no seu corpo! Não tinha se dado conta de quão sozinha e exilada que tinha estado nos últimos anos, o muito que tinha acabado por depender de suas próprias carícias. O quanto estava com saudades da mão de um homem na sua pele! Em seu interior, abrindo-se lentamente, o doce assalto de sua essência derramou-se em resposta. Moveu-se contra a mão dele, aproximando-se e retirando-se, encontrando um ritmo que a levasse a liberação. Estava tão perdida em seu próprio mundo de prazer que quase se esqueceu de que não estava sozinha. Levava muito tempo sozinha. Demais.

-Abby olhe-me

A voz de Seth debaixo dela, chegou-lhe através da neblina de êxtase. Levantou os cílios, baixou o olhar, e o viu de joelhos, preparado entre suas pernas.

-Separe-as para mim.

Ela as separou estremecendo-se. Mike lhe introduziu os dedos mais profundamente e ela ofegou.

Seth se apoiou e colocou a boca sobre seu clitóris capturando a envoltura entre os dentes, lambendo as bordas até capturar a pequena perola que estalou de prazer.

-Ah, oh Deus! – gritou ela, cravando as unhas no braço de Mike, enquanto observava a língua de Seth banhando-a com beijos apaixonados e implacáveis, e os dedos de Mike a penetravam com um ritmo constante. Não podia suportar. Era cedo demais, mas não podia conter-se. Chegou ao limite em questão de segundos, tencionando e arqueando as costas, estremecendo em um orgasmo selvagem que parecia ter saído de nenhuma parte e que a pegou desprevenida. Mike a segurou, impulsionando os dedos através dos músculos apertados de sua vagina e continuou movendo-se até que ela voltou a chegar no limite.

Mas quando os tirou, ela esteve a ponto de chorar pela a sensação de vazio. Seth se incorporou e ela se sentiu abandonada e sozinha, meio nua, sentindo-se incrivelmente vulnerável. Apesar de que não durou muito tempo. A boca de Seth saiu ao encontro da sua com uma intensidade que a surpreendeu. Onde antes tinha sido pausado e amável, agora era enérgico e cheio de uma paixão que igualava a sua. Levou a mão rumo a seu cabelo e fundiu nos cachos, lançando a cabeça para trás e arrasando sua boca com os embates implacáveis de sua língua. Ela foi ao seu encontro com impaciência tateando os botões de sua camisa, desesperada por sentir sua pele contra a dele.

Ouviu um sussurro de roupa as suas costas e supôs que Mike estava se despindo. Nem sequer separou a boca de Seth quando Mike tirou sua saia. Agora estava possuída pelo desejo, e o único que queria era ter a esses dois homens dentro dela, de qualquer forma possível. As preliminares suaves e a conversa amistosa tinham terminado, queria que seus duros pênis dentro dela e queria nesse momento.

 

Mike resistiu ao impulso de arrancar a roupa, mas Abby o estava colocando muito difícil. O cheiro dela impregnava o ar ao seu redor e tinha a mão empapada por seu orgasmo. Lambeu os dedos. Sabia, era doce e picante e o fazia desejar enterrar a cara entre suas pernas até voltar a ouvir seus suaves gemidos.

Ela tinha corrido, quando se liberava, se liberava de verdade. A ele colocou o pênis dolorosamente rígido e a ponto de explodir, somente com escutar seus gemidos e de sentir sua vagina contraindo-se ao redor de seus dedos. Seu ex-marido era desprezível. Apostaria um milhão de dólares que ele a tinha tratado como se fosse uma merda, todo o tempo em que estiveram casados. A esse tipo teria atado as bolas com uma borracha até que se apodrecessem e caíssem. Ah, que dessem o traseiro a esse cafajeste insignificante! Agora mesmo a única que importava era Abby. E conseguir estar dentro dela de todas as formas possíveis. Arrancou a camisa e desabotoou a calça, deixando cair no chão e afastando-os com um chute. Ficou nu rapidamente e atirou seu vestido para baixo, lançando sobre a pilha formada por sua roupa.

-Maldição!

Ligas e meias. Não tinha nada que o excitava mais. Tinha algo em uma mulher parcialmente vestida que fazia com que estremecesse as bolas. Ajoelhou-se atrás dela e passou as mãos desde os tornozelos até as coxas, saboreando a sedosa sensação contras as palmas das mãos e demorando-se no lugar onde o encaixe unia as ligas. Aspirou a fragrância almíscar, metendo a mão entre suas pernas para capturar algo da umidade que tinha ali. Podia ver como gotejava, estava condenadamente molhada, e imaginava o fácil que seria deslizar-se dentro dela, introduzindo-se até ao máximo. Seu pênis deu uma sacudida, exigindo.

Levantou-se e olhou a Seth que acabava de se despir. Estava bem ser tão amigo de alguém. Alguém em quem confiava e conhecia tão bem. Indicou-lhe com a cabeça o sofá. Seth assentiu e sorriu. Sim Seth sabia aonde se dirigia Mike com isso.

-Abby, quero o meu pênis dentro da sua vagina.

Abby deu meia volta. Seu olhar entornado indicou-lhe que estava ausente e embriagada por culpa da paixão e a necessidade de experimentar completamente tudo aquilo.

-Foda-me. –disse com o tom mais áspero que tinha ouvido.

Ele sabia que tinha um gato selvagem querendo sair debaixo de toda aquela inocência. Apenas quieto e esperando somente o homem adequado, homens nesse caso, que lhe permitisse sair da jaula. Encantava-lhe a mulher cujas paixões igualavam as suas. E Abby estava tendo sua primeira leva desse tipo de paixão. Sim, seu ex era um imbecil.

Ela dirigiu o olhar ao seu pênis, abrindo muito os olhos durante um segundo. Ele agarrou o pênis e acariciou para ela, permitindo-lhe ver o que estava a ponto de obter. Ela engoliu a saliva, lambeu os lábios e afastou a vista para olhar a Seth. Seth sentou-se no sofá e a chamou, envolvendo o pênis com a mão.

-Chupa-me o pênis, neném.

Mike aproximou-se por trás e colocou a mão na metade de suas costas, fazendo a avançar. Ela dobrou a cintura e apoiou as mãos sobre as coxas de Seth, ao mesmo tempo em que separava as pernas. Nesta posição Mike tinha uma visão perfeita de sua vagina. Ela tinha se depilado, os lábios rosados e inchados estavam úmidos e inflamados. O pênis deu uma brusca sacudida diante da deliciosa visão, como se fosse um banquete para sua boca. Agachou-se, inclinando-se para passar a língua lenta e pausadamente, necessitando prová-la. Ambrósia pura. Ela estremeceu e colocou mais em sua língua. Oh, sim podia seguir lambendo até que voltasse a alcançar o orgasmo. A tentação de tomá-la assim, enfiar-se entre suas pernas e sugar sua vagina que suplicava pelo orgasmo, era intensa. Mas, nessa ocasião, queria que o fizesse sobre seu pênis.

Colocou-se entre suas nádegas, parando um momento para passar a mão pela a curva de sua cintura, desfrutando da posição e a inclinação de seu corpo. Tateou entre os lábios de sua vagina, sentindo que seu calor o queimava. Era grande, sabia, tomou seu tempo, introduzindo-se no espaço e olhando-a para apreciar sua reação. Ela ficou imóvel e cravou as unhas nas coxas de Seth, com os lábios a menos de um centímetro de seu pênis. Cristo, que apertada estava! Podia assegurar que levava algum tempo sem ser usada. Sua vagina o aprisionou com um trono, comprimindo e pulsando. Era uma condenada sorte que tivesse um bom controle, do contrário teria tido um orgasmo nesse instante. Sua vagina era como estar no céu, e ele desejava estar ali um bom tempo. E os sons que fazia, suaves gemidos e queixas, enquanto ele abria o caminho, eram suficientes para colocar qualquer um louco.

Tinha tido sua cota de mulheres com o correr dos anos, mas Abby era especial. E aquilo o surpreendia muito. Por que Mike jamais pensou que as mulheres fossem especiais. Uma mulher estava bem para foder e nada mais. Não tinha duvidas de que Abby tinha uma boa forma, mas naquela mulher tinha muito mais que uma loucura de uma noite. Chega de pensar. Pensar somente levava a emoção e a emoção somente levava a compromisso, o qual era um terreno desconhecido e indesejado. Uma vez que ela se acostumou com seu tamanho, quando notou que seu fluxo vertia sobre ele e que seu corpo o aceitava com facilidade, empurrou com força e se introduziu com tudo, recebendo um grito de surpresa e satisfação. Havia-lhe feito um pouco de mal, mas ela gostava disso. Percebia seus gemidos, na forma em que seu fluxo vertia sobre suas bolas e pelo o modo que se jogava para trás contra seu pênis.

Bem vinda ao Monstro de Nottingham, Abby.

A Abby parecia ter sido embalada por um monstro. Um monstro de tamanho de um pênis em sua vagina. Não podia respirar, enquanto o pênis de Mike palpitava dentro dela, enchendo-a. Tinha um tempo condenadamente longo que não sentia um pênis em seu interior. Ao menos um de verdade. Decididamente existia uma diferença palpável entre um homem de carne e osso e um vibrador. O calor foi incrementando dentro dela e ele se moveu. Deus, como se moveu dentro dela! Doía, mas quando lhe tocou no ponto G com seu considerável pênis, a sensação foi endemoniadamente boa.

E justo diante de seus olhos estava outro pênis. O de Seth, que a excitava ao vê-lo observar como a fodia Mike, com uma expressão de fome em seus olhos, acariciando seu próprio pênis, e esperando que ela o tomasse em sua boca. O desejava com tanta urgência que estava tocando a si mesmo com antecipação. Ela também estava faminta. Queria prová-lo. A oportunidade de ter dois pênis ao mesmo tempo, de desfrutar de dois homens. Inclinou-se e permitiu que Seth dirigisse a cabeça de seu pênis rumo seus lábios, e sacou a língua para provar que sabor tinha a ponta.

-Obrigada. – disse com uma voz baixa demais e sedutora para ser a sua. Lambeu os lábios, satisfeita.

Seth inclinou o queixo rumo ao peito, e segurou a cabeça, com um olhar meio fechado, incrivelmente excitante. Quem diria que excitar a um homem podia ser tão estimulante? Não que ela tivesse grande experiência. Deteve-se, esperando ele introduzir o pênis em sua boca. Contudo, não o fez. Em vez disso, esperou que ela o fizesse, deixando o controle em suas mãos. Oh, ela gostou dessa parte! Antes nunca tinha jogado. Aquela era sua oportunidade. Voltou a passar a língua, entretendo-se em saborear a suave e aveludada textura da ponta saltitante, permitindo que a saliva umedecesse o pênis para logo poder acariciar com a mão. Rodeou a cabeça do pênis com os lábios, sugando-o com cuidado. Seth gemeu e impulsionou para cima o traseiro, introduzindo-lhe o pênis.

Mike, a suas costas, se movia com deliberada lentidão, deslizando agora dentro e fora e fazendo com que resultasse fácil concentrar-se seus esforços em chupar o pênis de Seth. Ser o receptáculo de um prazer tão assombroso ao mesmo tempo em que o proporcionava a outra pessoa era demais para assimilar de uma só vez. Contudo estava decidida a memorizar cada embate, cada sabor e cada textura. A gravá-lo a fogo em sua memória para não esquecer jamais essa noite tão especial.

Por que essa mulher selvagem que estava sendo fodida e que chupava o pênis de um homem, não era verdadeiramente Abby Lawson. Era uma fantasia, um sonho, e ia a desfrutar de cada momento mágico daquela fantasia enquanto durasse.

      

       Seth empurrou para cima, observando como seu pênis desaparecia entre os carnudos lábios de Abby. Elevou o olhar a Mike, e viu as tensas linhas de concentração de seu rosto, enquanto seu amigo a fodia, imaginando o que devia sentir ao estar submergido em sua pequena e quente vagina.

       Não demoraria a estar dentro de sua vagina. A idéia fez com que estremecesse suas bolas. Se pudesse, estaria em ambos os lugares imediatamente. Mas, não era possível, de modo que se concentrou em seus lábios. A boca dela era úmida, quente e líquida, rodeando-o, sugando-o, conduzindo-o em uma agonia insuportável, enquanto ele batalhava com um orgasmo que ameaçava sair. Enredou os dedos no seu cabelo, tirou os grampos, liberando as suaves ondas para que se derramassem sobre seu rosto. Assim era como gostava, com o cabelo solto e marcando o rosto. Quando seus olhos, verde esmeralda, se encontraram com os seus, tinha um aspecto selvagem e indomável, o fogo de sua excitação o queimou.

       Ela gostava de proporcionar prazer tanto como desfrutava receber. Aquilo não o surpreendia, tendo em conta o que sabia dela. Saboreava seu pênis como um animal faminto, tirando-a para olhar e lamber as gotas de líquido branco que se reuniam na cabeça, e logo voltava a devorá-la, introduzindo-a até o fundo da sua garganta.

       Ele poderia derramar em sua garganta e ela aceitaria tudo, tragaria cada gota que brotasse ali. Seu entusiasmo e seu deleite, nessa noite, o assombrava. Oh, no começo estava insegura e indecisa, mas agora estava desfrutando cada segundo. Gostava de vê-la assim tão liberada, contudo tinha que admitir que uma parte de si mesmo, desejava que essa ferocidade fosse somente para ele, queria que chupasse somente seu pênis e que fodesse só com ele. Apesar de que essa noite era para Abby. Aquela noite tinha que compartilhá-la.

-Isso neném. – disse elevando os quadris para meter – Chupa até o fundo. – Estabeleceu contato visual com Mike, viu a forma em que ele apertava os dentes, e supôs que estava no ponto. Seth não acreditava que nenhum dos dois estivesse disposto a gozar, sem que Abby antes tivesse outro orgasmo. Contemplou os movimentos de sua boca, repreendendo mentalmente o impulso de mover seu pênis com maior rapidez entre a forte sucção de seus lábios, logo estendeu as mãos rumo seu rosto detendo-a.

-Basta por agora.

-Quero que goze. – disse ela com a voz convertida em pouco mais que um sussurro gutural. Deus, o que lhe estava fazendo!

-Eu sei. E farei, mais tarde.

Mike se retirou também, e Seth levantou-se, incorporando Abby.

-Não queremos que se canse demais ou que quebre as costas. Temos a noite toda.

Atraiu-a rumo a si e a beijou, introduzindo-lhe a língua para saborear o lugar onde acabava de estar seu membro. Tinha gosto de rum e dele. Seus seios esfregaram contra seu peito, seduzindo-o com as pontas endurecidas. Segurou os seios com uma das mãos, esfregando o inchaço dos mamilos com os polegares, e se obrigou a interromper o beijo para poder contemplar seus olhos enquanto o fazia. Ela conteve o ar quando os fez rodar entre seus dedos. Ele usou sua resposta como guia. Gostava com um pouco mais de pressão, algo mais forte que um beliscão.

Ela era muito receptiva e indicava com seus suspiros, seus gemidos e as expressões de seu rosto o que era insuficiente e o que era demais. Ele ia dar qualquer coisa que desejasse inclusive o que não sabia que desejava. Mas, naquele instante o que queria ele era estar dentro de sua pequena e estreita vagina, queria se acomodar em seu calor e sentir a úmida vagina rodeando-o. Levantou uma das pernas de Abby, adaptando-a sua cintura.

Mike tinha saído do quarto Seth não sabia onde tinha ido. Sinceramente, não lhe importava, deseja desfrutar de seu momento sozinho com Abby. Encaixou seu pênis contra seu sexo, esfregando-o contra seu clitóris, observando como lhe desfocava os olhos. Ela rodeou-lhe o pescoço com os braços e elevou-se, deslizando sua vagina sobre seu pênis e embalando-a ela mesma.

-Cristo! – murmurou ao notar o estreito que era.

Ela se juntou a ele, e começou a mover-se para cima e para baixo. Ele a segurou com a perna, apertou-lhe a nádega com a outra mão e tomou impulso, desejando enterrar-se profundamente nela. Gostava de olhá-la, ver a expressão de seu rosto. Ela mordeu o lábio inferior, concentrando-se como se estivesse contendo seu próprio orgasmo, enquanto se segurava sobre seus ombros e lançava o corpo para trás. Agora ele podia ver o movimento de seus seios e seu clitóris cada vez que se elevava. Tinha traseiro inchado e úmido, e o aroma de sua paixão impregnava o ar em torno deles. Seu corpo estava banhado pela pouca luz da habitação, rígido pelo calor de seus movimentos. Tinha o cabelo enrolado ao lado do rosto e os lábios inchados de sugar e beijar. Respirava com dificuldade, pequenos suspiros escapavam de seus lábios, enquanto o cavalgava. A cada investida dele, ela lançava um gemido desde o mais profundo de sua garganta.

-Goze para mim, Abby.

Desejava que aquela experiência fosse somente deles dois, sem a presença de Mike na habitação. Sabia que era egoísta, mas dava no mesmo. Em seu interior começou a surgir uma sensação de urgência, a necessidade de ter esse momento com ela. Colocou a mão entre seus corpos, acariciou o clitóris, foda, estava empapada, e espalhou seus fluidos sobre a protuberância com seus movimentos suaves. Os olhos giraram, e abriu a boca e sobre seu rosto apareceu uma atormentada expressão de êxtase puro. Cravou as unhas nos ombros dele quando o meteu mais forte e rápido com o pênis, sentindo que as paredes de sua vagina apertando e que seus doces líquidos se derramava sobre seus testículos.

-Goze neném. – sussurrou – Faço-o por mim. Goze no meu pênis.

Ela tremeu, cravou a sua vagina contra seu pênis e lançou um grito. Ele notou que as contrações o aproximavam e se conteve o quanto pode. Queria vê-lhe o rosto quando gozasse. E o fez, lançou a cabeça para trás e gritou ao chegar ao orgasmo, arranhando-lhe os ombros e os braços. Ele a segurou com força e então deixou ir, lançando um jorro quente em seu interior com um gemido. Levantou-a e escondeu o rosto em seu pescoço, enquanto estremecia pela a intensidade de seu clímax. Seth abriu os olhos. Mike estava de pé na entrada, com o pênis na mão acariciando-o enquanto os olhava.

-Bonito espetáculo.

Seth retirou-se e deu meia volta em Abby para ficar de frente para Mike.

-Sinto muito. – disse apesar de que suas palavras faltavam sinceridade – Não podia esperar.

Mike encolheu os ombros e se afastou da entrada.

-Não se culpe. Se tivesse Abby sozinha para mim durante uns minutos, também não te esperaria. Além disso, gosto de olhar.

Afetada, todavia, pelos efeitos secundários do assombroso orgasmo que acabava de experimentar com Seth. Abby olhou com cautela a Mike, perguntando-se se estaria aborrecido por não ter sido incluído. Estava tão concentrada em Seth que nem sequer se deu conta de que Mike tinha saído da habitação. Contudo, com a boca torcida em um meio-sorriso, não dava a sensação de estar aborrecido. Logo seu membro não parecia estar aborrecido, quando se aproximou, descaradamente nu e ereto. Deteve-se na frente dela, deslizou-lhe uma mão pelo pescoço, aproximou o rosto do seu e meteu a língua na sua boca.

Quente, molhado, possessivo, exigindo que se afastasse de Seth. Devorou-lhe os lábios com um beijo sedutor que fez com que sua vagina voltasse a palpitar de desejo. Acreditava que era impossível voltar a sentir desejo logo, depois do orgasmo que acabava de ter, mas assim era, estava preparada. Quando Mike se afastou, ela respirava com dificuldade e tinha os mamilos duros. Ele a acariciou a bochecha com o dorso da mão, seus olhos azuis estavam tão escuros como uma tormenta a ponto de estalar e, contudo, sua voz foi suave, como se estivesse contendo com esforço se render as suas necessidades.

-Temos muito tempo para gozarmos juntos essa noite Abby. Aqui não tem lugar para ciúmes, de modo que não fique inquieta de acordo?

-De acordo. – Relaxou a tensão dos ombros e aceitou a mão que ele oferecia.

-Vamos descansar um pouco. Que tal um banho na jacuzzi?

Ela assentiu, agradecida de dispor de alguns momentos para acalmar-se.

-Soa maravilhoso. – Estirou o pescoço para ver se Seth os seguia.

-Estarei ali dentro de um minuto. – disse ele, mas ficou na entrada, vendo como saiam Mike e ela.

O jardim de Mike estava rodeado por uma alta cerca de madeira, e não tinha vizinhos próximos, de modo que ninguém poderia vê-los. Contudo, era estranho sair ao exterior completamente nua. Era incrivelmente liberador.

O ar noturno continuava sendo quente, e ele vivia bastante longe da cidade, de modo que as luzes não impediam a visão das estrelas no alto. Aquela era verdadeiramente uma noite mágica. A jacuzzi estava construída sobre uma orla com a vista para a piscina, sobre o qual derramava uma cascata que caia desde umas rochas de grande tamanho. O lugar do típico conjunto piscina-banheira, aquilo parecia um Oasis, com palmeiras, arbustos e aves do paraíso junto à água. Uma dose de flores brancas cobria o resto do jardim por trás da piscina, com buganvílias de cor rosa escura iluminando por uns focos no chão.

-Isso é lindo.

-Obrigado. – disse ele, conduzindo-a a jacuzzi por um caminho plano – Sonho em fazer muitas coisas aqui fora, por que passo a maior parte do dia na clínica. Demorei bastante em montar tudo isso.

-Você o fez?

Ele encolheu os ombros ao mesmo tempo em que se metia na jacuzzi e a segurava com as mãos, enquanto ela equilibrava-se na borda e introduzia os pés. A água estava perfeita.

-Alguns trabalhadores me ajudaram com a piscina e a jacuzzi, mas fui eu quem desenhou tudo. O jardim e os retículos fui eu quem fez.

Ela manteve o olhar fixo nele, enquanto se metia na água até o pescoço.

-Estou... Surpresa.

-Por quê?

-Por que não parece esse tipo de homem.

Ele riu.

-Por fazer o que? Por construir algo com minhas mãos? Por desenhar o jardim? Por quê?

-Não sei. Não queria dizer isso. – Deu-se conta de que provavelmente acabava de insultá-lo. Ao que se referia é que é rico, tem êxito, e está muito bem. Certo que durante o dia trabalha na clínica e a noite sai, recolhe a uma mulher e a fode até se saciar. Não é como se empregasse o tempo em algo útil. Vai! Às vezes se perguntava onde tinha guardado seu suposto cérebro.

-Ah! Acredita que sou somente um homem bonito e inútil.

Ela abriu muito os olhos e estava a ponto de pronunciar uma desculpa quando se deu conta de que ele estava rindo.

-Não queria dizer como se fosse um insulto. De verdade.

Ele estendeu os braços na borda superior da jacuzzi.

-Eu sei, por causa do meu aspecto a maioria das pessoas acredita que a única coisa que faço é sair, divertir-me e foder. Eh! Tornamo-nos estereótipos tanto como as mulheres.

A ela nunca tinha acontecido isso. Provavelmente as pessoas davam por certas muitas coisas sobre Mike Nottingham. Ela sabia que o tinha feito. Voltou a ter a sensação de que desconhecia muito sobre ele, partes que ele mantinha escondida. Não era um livro aberto. Talvez aquilo formasse parte de seu atrativo. As mulheres gostavam de descobrir mistérios e um homem enigmático era diabólicamente fascinante. Mas, bom a maioria das mulheres não iam além, de sua magnífica aparência, de seus hipnóticos olhos e de seu corpo de enfartar. Possivelmente ela seria culpada de mesmo não ter tido a sorte de trabalhar ao seu lado quase durante um ano. Ao menos ela conhecia algo mais dele, além do físico, sabia que era inteligente, carinhoso e divertido. E ainda assim sabia muito pouco sobre ele.

Ou sobre Seth na verdade. E, contudo, tinha fodido com os dois. Por outro lado, precisava de verdade dispor de uma biografia detalhada de ambos para ter sexo com eles? Aos homens nunca importava o interior de uma mulher antes de levá-la para a cama, de modo que, por que se preocupava? Sabia que eram sérios, prósperos, honestos e de confiança. Ao menos até agora. Até a hora do sexo tinha sido fantástico. Não tinha do que se queixar.

-Está sorrindo.

Levantou o olhar rumo a Seth, que tinha conseguido aproximar-se sigilosamente a ela, enquanto estava perdida em seus pensamentos.

-Sim?

-Sim. Um sorriso de satisfação. – Deslizou-se na jacuzzi ao seu lado – Espero, que isso seja sinal de que está passando bem.

-Há! Sim muito bem.

-Esta relaxada agora que desfrutou de uma pequena respiração? – perguntou Mike.

Ela o olhou.

-Sim, muito. Obrigada aos dois por essa noite. Isso supera as minhas fantasias mais descabeladas.

Mike elevou uma sobrancelha.

-E como são suas fantasias, Abby?

-Não tenho nenhuma. – ela deixou escapar

-Está dizendo que não tem sonhos? Venha, todo mundo tem fantasias.

Ela encolheu os ombros, notando que ruborizava e sabendo que não tinha nada a ver com a água quente. Baixou o olhar para as borbulhas de espuma que cobriam a superfície.

-Talvez

Mike levantou o queixo e a obrigou a olhá-lo nos olhos.

-Custa-me acreditar que vai sentir vergonha a essa altura com a gente. Tenho fantasias toda hora.

-Sim?

-Demônios sim! Tiram-me da rotina todos os dias. E sei que Seth também as tem, não é?

Ela olhou a Seth que assentiu.

-Que cara normal não pensa em sexo cada vez que possa? – admitiu Seth.

Ela riu.

-Suponho que isso é certo. As mulheres também fazem. Minhas amigas e eu falamos muito de sexo. – Se Mike e Seth soubessem o motivo pelo o que estava ali... Se soubessem da aposta que tinham feito ela, Blair e Callie...

-Conte-nos suas fantasias quando pensa em ter dois homens Abby. – Seth estirou o braço para trás, serviu uma taça de champanhe e a entregou. Ela bebeu um gole do líquido cujo frescor suponha um intenso contraste com o calor do interior da jacuzzi.

-Oh, não acredito que seja capaz de fazê-lo. – Um repentino ataque de timidez lhe travou a garganta. Falar de suas fantasias com suas amigas era uma ciosa e outra muito distinta relatar seus escuros e íntimos desejos noturnos a dois homens. Não podia fazê-lo. De nenhuma maneira.

-Como podemos converter seus sonhos em realidade se não sabemos quais são? – Mike pegou uma das taças de champanhe, olhando-a intensamente enquanto bebia um longo e lento gole.

-Não posso. – Manteve o olhar no copo, acariciando a borda com a ponta do dedo.

-Por que acaricia você mesma quando pensa neles? Por que acredita que ninguém deve saber nada deles exceto você? – perguntou Mike.

Deus era persistente! E sua voz tão sensual, exigente e incrivelmente sedutora. Lançou o olhar rumo a ele, e o modo em que parecia estar remexendo nos cantos de sua mente, resultaram-lhe quase doloroso. Foi demais para ela. Demais.

-Abby.

Ela girou a cabeça ao ouvir a voz de Seth, agradecendo ver-se afastada da intensa olhada de Mike.

-Não faça nada que a faça se sentir incômoda, mas francamente, gostaria de saber o que é que a excita o que a coloca quente e úmida.

Seth tinha algo, não sabia se era o modo de expressar as coisas ou simplesmente seu modo de dirigir-se a ela, que a fazia sentir-se mais cômoda para revelar coisa sobre si mesma, inclusive suas fantasias. Contudo, também era ela quem devia responder as perguntas. Era hora de voltar a jogar o jogo.

-O que o excita Seth? – Colocou-se do outro lado da jacuzzi para ficar de frente para os dois – E a você Mike? Gostaria de saber sobre o que são suas fantasias. Fala-me dos trios que já experimentaram.

Os lábios de Mike se curvaram, como se soubesse o que ela estava fazendo.

-Me ponho louco ao ver uma mulher excitada. Ver como goza, por exemplo. Quando estava aqui com Seth, cavalgando sobre seu pênis. A forma em que lança a cabeça para trás abandonando-se a sensação. Quando deixou se levar e gozou aquilo foi excitante. Essas eram minhas fantasias com você. Que toda aquela profissional, recatada e decente Abby Lawson se desfizesse e se convertesse em uma selvagem quando a fodessem. – Inclinou a taça e bebeu outro longo gole de champanhe, como se falar das coisas que o excitavam fossem fáceis. Lamentava que para ela não fosse.

-Mike e eu somente temos levado ao fim poucos trios, e quase todos aconteceram por que estávamos completamente bêbados e terminamos juntos na cama. Nada que estivesse planejado. Nada como aqui com você. – disse Seth.

-Os dois têm plano comigo? – perguntou ela levantando uma sobrancelha.

Seth riu ligeiramente.

-Não é em realidade um plano. Somente o desejo de dar-lhe prazer.

-Bom, já fizeram isso.

-Oh, acabamos de começar Abby. – interveio Mike, colocando-se no centro da banheira e levantando-se – Alguma vez lamberam a sua vagina dois homens de uma vez?

A ela voltou a secar a garganta e tentou tragar o gigantesco nó que apareceu de repente ali. Negou com a cabeça.

-Seca-se e vai para dentro. – Mike deu a volta, saiu e colocou uns roupões que estavam pendurados na parede, justo atrás da jacuzzi. Estendeu a mão e a tirou da banheira, colocando em cima um dos longos roupões. Seth saiu atrás e agarrou a garrafa de champanhe. Mike carregou as taças e dirigiram-se a casa.

Abby os seguiu em silêncio, perguntando-se que novos acontecimentos tinham-lhe reservado. A antecipação duplicou o calor de seu corpo, aumentando a sensação de seus mamilos ao roçar na suave bata de algodão. Mike a conduziu por um longo corredor debilmente iluminado até chegar a uma porta de duas maçanetas que se abria a um espaçoso dormitório, provido de uma cama monumental como peça central da mesma. Persianas brancas davam ao quarto uma sensação de luminosidade apesar do avanço da hora e a cama e o armário de madeira branca, o faziam parecer ainda mais luminoso.

-Quantas pessoas dormem nessa coisa? – perguntou ela, contemplando com tremor a cama e dando-se conta depois do que acabava de dizer.

Idiota. Mas Mike começou a rir.

-Aqui não dorme ninguém. Somente eu. Tombo meu traseiro.

Graças a Deus não se ofendia com facilidade.

-Sinto muito, mas é que é enorme.

-A maioria das mulheres diz isso do meu pênis. – brincou Mike.

Abby começou a rir.

-Então terá muito espaço para nós três. – disse Seth colocando-se atrás dela e afastando o roupão do pescoço para depositar um beijo no ombro. Ela estremeceu e contraiu-lhe os mamilos. Mike se aproximou, desatou o roupão e o abriu para deslizar a mão em torno de sua cintura.

-Está bastante quente?

Ela assentiu e ele tirou o roupão inteiro, logo a segurou pela a mão, acompanhou-a até a cama, e deu a volta de modo que seu traseiro ficou contra a borda do colchão.

-Justo ali. Quero que possa olhar.

Olhar o que?

Seth colocou-se no lado de Mike e então ela deixou de pensar em fazer perguntas quando ambos deixaram cair seus roupões, permitindo que tivesse uma festa com seus corpos. Ombro com ombro, era um compêndio de contraste. Mike era mais alto e magro. Seth mais musculoso. Mike tinha o pênis mais longo. O de Seth era mais grosso. A aura que desprendia de Mike era de perigosa excitação, enquanto que Seth produzia um encanto sensual que a ela parecia atrativo. Com qual ficaria? Se realmente se apresentasse tal opção não saberia quem escolheria. Apesar de que era uma pergunta interessante.

Eles estenderam a mão rumo a ela ao mesmo tempo, e não pode evitar o pequeno suspiro que escapou de seus lábios com o primeiro contato de suas mãos sobre seus seios. Seth ficou quieto.

-Acontece algo?

-Não. Por Deus! Por favor, toque-me.

Era incrivelmente erótico ter a ambos acariciando a pele, sem saber onde a iam tocar depois. Aquilo era um exame sensual da cabeça aos pés, uma exploração intima de cada centímetro de seu corpo. Seth afastou-lhe o cabelo para beijar o pescoço, enquanto Mike esfregava os mamilos com o polegar. Seth deslizou uma mão por seu braço e logo por sua cintura e Mike traçou uma linha ascendente, apenas perceptível com a ponta do dedo.

Uma explosão de sensações formou-se dentro dela. Mãos e bocas por todo seu corpo, beijando a orelha, lambendo seus mamilos, acariciando-lhe as costas, molhando seu sexo. Gemeu, e Mike se apoderou de sua boca, submergindo a língua nela ao mesmo tempo em que um dedo, não sabia nem sequer de quem, deslizava-se no interior de sua vagina com movimentos lentos e deliberados. Sentiu sair a inundação de cálida úmida. Sentiu a umidade deslizar fora dela, uma vez que a vibrante necessidade da excitação sexual ia crescendo como uma chama no seu ventre.

-Separa as pernas, Abby. – sussurrou Seth em seu ouvido, deslizando-se logo por seu corpo, até ficar de joelhos dentro dela.

-Observa. – disse Mike, separando a boca da sua para logo beijar a curva de seus seios, lambendo-lhe os mamilos, o estômago até seguir baixando até que também esteve de joelhos, ombro com ombro junto com Seth.

-Oh Deus! – Quando Mike recostou a cabeça entre suas pernas e tirou a língua para lamber lenta e pausadamente seu clitóris dilatado, agarrou-se a alta pilastra branca da cama para sustentá-la. Esteve a ponto de cair por causa do calor e da umidade, enquanto ele se movia ao longo de sua sensível pele, mas segurou a pilastra e segurou-se, mordendo o lábio inferior, enquanto olhava o que ele estava fazendo.

Bebeu dela como um gatinho lambendo o leite, uma vez que trançava lentos círculos, ao redor de seus clitóris. Oh, sim! Assim era exatamente como gostava. Justo quando começava a sentir os espirais do êxtase envolvendo-a, ele lançou a cabeça para trás e Seth ocupou seu lugar, cobrindo por completo o monte e sugando-lhe o clitóris entre os dentes. A sensação era diferente da que tinha provocado Mike, tinha sido tão erótico vê-lo sugar desse modo seu clitóris. Segurou-se na cama como se fosse um salva-vidas, e olhou aqueles dois homens, enquanto eles se revisavam para lambê-la, levando-a cada vez mais próxima do orgasmo que precisava com o mesmo desespero de que um drogado precisava da sua dose. Nesse momento sentia-se uma drogada. Precisava dessas sensações, daquele prazer desesperante sem cessar, e desse cenário, perverso e imoral que tinham preparado para ela. Parecia-lhe que era uma rainha a quem seus homens rendiam honras, e daquilo gostava, encantava-lhe e não queria acabar nunca.

Mas a tensão cresceu, seu escorregadio e quente núcleo se derreteu debaixo de suas línguas. Arqueou-se contra seus rostos quando o turbilhão começou a dar voltas sem controle, gemendo em voz alta, sem importar-lhe o que seus gritos que podiam proporcionar-lhe. Tinham os rostos úmidos, cobertos com seu fluxo, e aquilo a excitou inclusive mais, ao saber que se tratava de sua própria umidade. Uma parte dela queria cair ao chão para lamber de seus rostos o fluxo de seu próprio corpo. Sentia-se selvagem e completamente fora de controle. Mike introduziu-lhe dois dedos na vagina e os empurrou com força. Ela esteve a ponto de começar a chorar de prazer, e quase gritou desesperadamente quando os tirou.

-Shh, neném está bem. – disse ele.

Depois moveu os dedos atrás dela, separou as nádegas e umedeceu seu ânus com sua própria essência. Seth aspirou seu clitóris e deslizou dois dedos dentro da vagina, reparando assim a sensação de perdição com seus grossos dedos e fodendo sua vagina, enquanto Mike excitava-lhe o ânus com os seus.

Oh! Essas sensações eram novas e totalmente incríveis.

-O que está fazendo? – perguntou a Mike em um sussurro.

-Vou foder seu traseiro com o dedo. – respondeu ele mantendo os olhos fixos nos seus, enquanto separava-lhe as nádegas com uma mão e deslizava um dedo dentro da barreira apertada de seu ânus.

Seth moveu os dedos para cima e para baixo, e lambeu o clitóris com pequenas lambidas deliciosamente lentas e perversas. Ela gritou de prazer quando o dedo de Mike invadiu seu ânus. Aquela fera invasão de seus orifícios por parte daquele dois homens, era seu sonho, sua fantasia.

-Sim Mike, foda-me ali. – pediu ela seu ânus segurou seu dedo quando o introduziu por completo. Baixou o olhar para Seth observando como trançava círculos ao redor de seu clitóris com a língua, como o aspirava entre seus lábios e viu a empapada que estava sua mão.

-Quero gozar. – soluçou empurrando os quadris contra os dedos invasores ao sentir as tensas espinhas de desejo a ponto de estalar.

Seth nesse momento estava excitando com a língua com movimentos tão rápidos que gozou contra sua boca com um grito, cravando as unhas na pilastra de madeira. Sua vagina e seu ânus se contraíram em torno dos dedos e o fluxo derramou-se entre suas pernas, pressa de um orgasmo tão potente que caiu sobre a cama tremendo.

Permaneceu ali tombada durante um longo tempo, sem importar-se que eles tiraram os dedos e abandonaram momentaneamente o quarto. Durante um bom tempo continuou experimentando diminutas replicas do orgasmo inicial e sorriu.

-Uau! – sussurrou sem dirigir-se a ninguém em especial.

-Digo o mesmo

Abriu os olhos e viu a Seth de pé sobre ela, sorrindo de orelha a orelha. Queria devolver a ele o que tinha lhe dado. Ele e Mike, os dois. Deus devia de ter tido o orgasmo mais maravilhoso de sua vida. Quando Mike ficou do seu lado, os olhos a ambos e entendeu o significado da expressão “raivosamente duro”. Ambos estavam dolorosamente duros. Aquela cena tinha sido montada única e exclusivamente para ela desfrutar, coisa que nunca tinha experimentado antes.

Com Chad não. Surpreendia-lhe que tivesse homens dispostos a atrasar sua própria liberação para dar prazer a ela. Abby tinha muito que aprender sobre sexo.

E era uma estudante muito impaciente.

 

Abby tinha o aspecto de uma drogada, tombada na cama, com o corpo enrijecido pelo o efeito do orgasmo e as pernas completamente abertas. O peito se movia cada vez que respirava e parecia estar absolutamente feliz. Seth dirigiu-lhe um sorriso, desejando beijá-la, abraçá-la e querê-la para sempre. Contudo, essas eram emoções que não estava preparado para enfrentar.

Como Mile recordou-lhe, essa noite era para foder nada mais. E francamente, isso era o único que estava disposto a fazer. Qualquer outra coisa encaminhar-lhe-ia diretamente ao desastre outra vez.

Claro que ela tinha um aspecto endemoniadamente apetitoso, com a vagina inchada e úmida, suplicando a gritos por um pênis. Tinha os testículos tão apertados e tensos que palpitavam. Ansiava enterrar-se em sua pequena vagina apertada e investir sem parar, até lançar um audível. longo e estridente som, lançando uma tonelada de sêmen dentro dela. E sabia exatamente onde queria estar Mike.

-Fica de cabeça para baixo, Abby. – disse Mike.

Ela levantou uma sobrancelha, com um sorriso satisfeito no rosto.

-Sim, meu capitão.

Mike lançou algumas almofadas no centro da cama e colocou o ventre de Abby em cima delas. Fez intenção de subir, mas Seth se colocou uma mão no ombro.

-Espera um segundo. Quero fodê-la eu assim primeiro.

Mike encolheu os ombros.

-Tudo bem. A mim pode chupar. Morro por ter esses pequenos e quentes lábios ao redor do meu pênis.

A idéia de ver Abby chupando Mike excitava a Seth mais do que estava disposto a admitir. Mas demônios, gostava ver filme pornô e as chupadas, sempre o colocavam duro. O pênis de Mike era enorme e ele sempre desfrutava ver as mulheres sugando-o. Ver Abby fazendo-o enquanto Seth fodia somente faria com que a experiência fosse mais intensa. Colocou-se entre as pernas de Abby, detendo-se um instante a admirar o espetáculo do traseiro de Abby. Tombada daquela forma, oferecia uma visão perfeita de seu ânus e de sua vagina úmida e brilhante por causa de seu orgasmo. Mike deslizou para a cama na altura da cabeça de Abby, estendeu as pernas e colocou-lhe o pênis na boca.

-Chupa-me Abby. – ordenou Mike.

Seth situou seu pênis na entrada de seu traseiro, enquanto ela aceitava a cabeça de Mike entre seus lábios. Estremeceu ao lembrar-se da sensação que provocava ter sua cálida boca rodeando-lhe o pênis. Foi avançando lentamente em sua vagina, fechando os olhos e gemendo quando o envolveu o úmido calor de sua vagina.

-Esta muito apertada Abby. Absorve-me, oprime-me, tira tudo de mim. – Moveu-se pouco a pouco para trás e lançou a cabeça para frente, introduzindo com cuidado, enquanto contemplava como seus lábios desciam lentamente sobre o membro de Mike, e o modo em que sua pequena língua rosada saia rapidamente de sua boca para lamber toda a longitude de seu pênis.

Não sabia o que era melhor, fodê-la ou que lhe fizesse uma mamada. Uma coisa era certa: Abby desfrutava realmente do sexo. E não tinha nada melhor que uma mulher que desfrutasse abertamente fodendo.

 

Abby se encontrava novamente entre dois pênis e deliciando-se com os dois. O pênis de Mike que deslizava entre seus lábios tinha uma textura e sabor muito diferente do Seth. Sua boca não era capaz de engoli-lo como o de Seth, e Seth não tinha um pênis pequeno. Mas o de Mike era monstruosamente grande e a duras penas cabia a metade em sua boca. Apesar de que ele ia com muito cuidado e apenas movia-se contra seus lábios para não levá-lo longe demais contra os suaves tecidos do fundo de sua garganta.

Estudou os olhos semicerrados de Mike, enquanto o chupava, a maneira em que chupava a cabeça e se concentrava em sua boca, como se separasse a emoção da experiência. Tão diferente de Seth, que em seu momento pareceu profundamente conectado com ela, expressando cada instante de seu prazer. Seth a tinha olhado nos olhos. Mike olhava a sua boca. Apesar de que odiava comparar os dois, não podia deixar de notar as diferenças em suas reações diante do que ela lhes fazia.

Mike segurou-lhe o queixo.

-Abby alguma vez te foderam o traseiro?

Ela se deteve, enquanto ele retirava o pênis.

-Não.

Ele olhou diretamente para Seth.

-Fique embaixo. Quero o seu traseiro.

Ela estremeceu-se diante da sombria promessa de sua voz. Seth retirou-se, incorporou-a e lançou almofadas ao chão. Rodou sobre ela e se tombou de costas, colocando Abby sobre ele.

-Monte em meu pênis. – disse Seth segurando-a pela cintura – Fode.

A urgência apoderou-se do quarto, uma grossa parede de tensa excitação envolveu Abby. Estremeceu-se, levantou-se e deslizou sobre o pênis de Seth, esfregando o clitóris em cada glorioso centímetro, enquanto a penetrava. Apoiou as mãos ao lado de seus ombros e se lançou descendo, controlando o ritmo. Seth acariciou-lhe os seios, roçando-lhe os mamilos com os polegares. A sensação tencionou de imediato o clitóris, produzindo-lhe um espiral de sensações, uma espécie de turbilhão de impulsos elétricos. Mike as suas costas, afastou o cabelo e beijou o pescoço.

-Deite-se em cima de Seth, neném.

Ela obedeceu então Mike a beijou a curva das costas, detendo-se ao chegar ao ponto em que esse se unia a suas nádegas.

-Cheira maravilhosamente, Abby. – disse ele – Por todas as partes.

Nessa posição, cheirava Mike, notava o que ele fazia, mas somente podia ver a Seth, que fundiu os dedos em seu cabelo e atraí-a para dar-lhe um beijo. Enquanto o fazia, Mike separou-lhe as nádegas e continuou beijando seu corpo. Conteve o ar quando sentiu a umidade cálida de sua língua invadindo seu ânus. Ah, Deus! Aquilo era sensacional! Cada uma das loucas fantasias que tinha tido, cobrou vida com a língua invasora de Mike. Inclusive perguntou-se se Seth estaria notando a língua de Mile nos testículos e no pênis. Oh, que maldade! Imaginá-lo fez com que sua vagina contrair sobre o pênis de Seth, e ele lançou um gemido, sugando a língua e introduzindo mais profundamente em sua vagina.

Seu clitóris arrastava-se sobre a pélvis de Seth com cada movimento, com aquela duplicidade de sensações era capaz de gozar facilmente. Contudo, conteve-se já que desejava culminar uma vez realizadas suas mais íntimas fantasias. Quando Mike se moveu a suas costas e sentiu que algo frio e úmido cobria-lhe o ânus, ofegou contra a boca de Seth, esperando a invasão.

-Relaxe Abby. – disse Mike atrás dela – Vou devagar.

Ela não podia relaxar. Estava agitada, excitada, a bordo do orgasmo e desesperada por ser invadida de imediato por dois pênis. Tinha se masturbado inúmeras vezes com essa fantasia e desfrutando da idéia de ser fodida por uma dupla. E agora, isso estava a ponto de converter-se na realidade.

Mike pressionou a grossa cabeça de seu pênis contra seu ânus, abrindo espaço entre as coxas apertadas. Aquilo queimava, mas ela já o esperava e não fez caso, permitindo que deslizasse facilmente pela barreira. Seth a segurou, acariciando o cabelo e interrompeu seus próprios movimentos, enquanto ela acostumava com o pênis de Mike em seu interior. Ela esperou que seu corpo aceitasse toda a longitude de Mike, saboreando casa sensação. Mike introduziu lentamente cada centímetro, enviando vibrações por todo seu corpo. Quando Mike empurrou mais as paredes vaginais contra Seth, sua vagina segurou com mais força o pênis deste. O clitóris golpeava a pele de Seth cada vez que Mike retirava um pouco. E seu ânus estava ocupado por gloriosos centímetros de pênis do Mike.

Estava acontecendo de verdade. Realmente a estavam fodendo dois homens. Deus sentia não poder gravar em vídeo para poder masturbar-se vendo, muitas vezes. Era muito melhor que fazê-lo ela mesma com dois vibradores. Pênis de verdade, de carne quente e pulsante, separadas tão somente por uma fina barreira, movendo-se dentro dela. Quase podiam encostar um no outro. E aquela sim era uma idéia atrevida. Nem sequer tinha se dado conta que pudesse excitá-la tanto um homem com outro, e,contudo, agora sabia que provavelmente os testículos de ambos estavam se tocando.

Davam-se conta disso? Excitava-lhes? Esperava que sim, por que a ela excitava. Suas fantasias sempre estavam cheias do proibido. Mas, aquela noite era sua realidade.

-Vocês sentem um ao outro? – perguntou necessitando saber.

-Sim. – respondeu Seth com os olhos escurecidos de paixão. Elevou-se empurrando até o fundo e sua vagina o segurou como um troféu, provocando um grito.

-Isso te excita Abby? – perguntou Mike – Pensar que ambos podemos notar o pênis do outro movendo dentro de você?

-Sim. – respondeu ela sem vacilar, arqueando para trás contra seu pênis. O respondeu fodendo o ânus com mais força.

E então, encontrou-se voando sobre o abismo sem poder conter.

-Oh, vou gozar! – Não sabia o que fazer para parar, mas a sensação de plenitude de saber que ambos estavam fodendo um ao outro, era uma fantasia que a fazia tremer.

Seu clitóris estalou e lançou um grito, contraindo ao redor deles, enquanto retorcia, grudava neles e voltava a mover-se contra os dois. Então ambos começaram a mover, entrando e saindo dela com fúria, um pela frente e o outro por trás, com um ritmo que fez com que o orgasmo alcançasse de novo seu ponto máximo, empapando-os com sua própria umidade, enquanto experimentava um estremecimento atrás do outro. Era como cair em um buraco negro, não podia falar, somente, foder com ambos como uma selvagem, arranhando o peito de Seth. Mike se inclinou sobre ela, introduzindo por completo o pênis no ânus, mordeu a nuca e grunhiu enquanto metia e tirava o pênis com golpes fortes e violentos.

 

Ela não se importou. Desejava a dor, desejava voltar a gozar. Quando o fez, seu grito foi ainda mais forte. Nessa ocasião elevou os glúteos, separando do peito de Seth para aproximar de Mike, e girou a cabeça para devorar os lábios. Deve ter mordido ele por que notou o sabor de sangue. Ele grunhiu e riu, com um som sombrio e demoníaco. Alisou os seios, beliscou os mamilos, estremeceu contra ela e lançou um juramento ao gozar.

Embaixo dela, Seth alisou seus quadris com força, cravando os dedos ao mesmo tempo em que a obrigava descer sobre seu pênis. Ela afastou a boca da de Mike e cravou os olhos nele, em seu rosto tão cheio de prazer que era quase doloroso ver como gozava, arqueando selvagemente contra ela, levando os quadris para cima e movendo violentamente baixo seu corpo. Ela ofegava, apenas podia mover-se. Estava coberta de suor e sabia que estava cheio de asco, mas jamais se sentiu tão feminina, tão selvagem e nem tão saciada em toda sua vida. O esgotamento se apoderou dela, e se jogou em cima de Seth, enquanto Mike se retirava, e a afastava de Seth. Entre os dois a levaram para o banho, secaram-na e a meteram na cama, mas ela somente foi vagamente consciente de tudo isso e agradeceu a deliciosa escuridão quando apagou a luz.

A cada lado dela se encostou um corpo quente, e sorriu enquanto ia dormindo, pensando que qualquer menina podia chegar a acostumar-se com aquilo.

 

       Abby acordou com a luz do sol se introduzindo no quarto e brilhando sobre seu rosto. Ardente. E em uma cama muito grande e muito vazia. Uma cama que não era sua. Levantou de um salto, momentaneamente desorientada. Então se lembrou de tudo e afastou o cabelo do rosto. Ah, sim! Era a cama de Mike. O lugar onde a noite anterior tinha tido um sexo verdadeiramente selvagem. Com dois homens assombrosos.

O tinha feito. Tinha liberado os últimos vestígios que ficavam da aborrecida, submissa e estúpida ex-esposa de Chad. Pela primeira vez tinha a sensação de ser uma mulher independente e sensual. Em resumo, agora se sentia mundana. Elevou as mãos por cima da cabeça com um meio sorriso satisfeita, espreguiçou, bocejou, saiu da cama e caminhou suavemente pelo corredor, na procura de seus companheiros sexuais. Na cozinha não tinha ninguém, mas descobriu uma jarra de café que conseguiu que abrisse os olhos rapidamente. E uma xícara vazia. Serviu e se encaminhou para a porta atrás, onde viu Seth nadando na piscina. Nu, claro. Apoiou-se contra a porta e bebeu uns goles de café, satisfeita com a visão do poderoso corpo de Seth indo de encontro a água. O sol da manhã refletia na superfície da piscina, banhando seu corpo com um brilho dourado. Suas nádegas lisas apareciam e desapareciam, enquanto oscilava de um lado a outro. Suspirou de prazer diante da imagem que oferecia.

Realmente gostava de vê-lo nu integralmente. Sobre tudo quando dois homens tão magníficos passeavam ao seu redor sem roupa. Quando Seth chegou ao extremo mais afastado, mergulhou e desapareceu. Abby esperou. E seguiu esperando. Preocupada, cruzou a porta aberta e se aproximou da borda da piscina, olhando atentamente a água transparente. Certo, já estava muito tempo submerso. Justo quando estava a ponto de deixar a xícara e mergulhar para procurá-lo, a cabeça de Seth surgiu com um golpe, diretamente nos seus pés.

-Bom dia, preciosa.

O alívio tomou conta dela.

-Acreditei que tinha se afogado.

Ele exibiu um amplo sorriso.

-Sua preocupação me comove. – tirou os braços da água e os apoiou na borda da piscina – Estava me olhando?

-Sim, lá da porta.

-No colégio fazia parte da equipe de natação. Não se preocupe, posso agüentar muito tempo debaixo da água.

Agüentar debaixo. Aquelas palavras aceleraram o coração de um modo que não tinha nada a ver com a natação. Teria pensado que depois das atividades de ontem a noite, o mais afastado de sua mente seria sexo. Estava dolorida nos lugares que não tinham sido usados desde... Bom, que não tinham sido usados nunca. Mas, era um incomodo muito prazeroso.

-Vem aqui comigo.

Um mergulho de manhã parecia algo celestial.

-De acordo.

Depositou a xícara na mesa próxima e mergulhou no extremo mais profundo. A água estava fria e fez com que desapareceram as últimas teias de aranha de seu cérebro. Seth se reuniu com ela no meio da piscina e emergiram juntos. Ela lançou o cabelo para trás e piscou para tirar a água dos olhos.

-Onde está Mike?

-Se foi a clínica para comprovar o estado do cachorro que operou ontem. Voltará logo. – Seth rodeou a cintura com os braços e a atraiu para si – Mas, no momento estamos sozinhos.

Ela era mais ligeira na água, de modo que resultou fácil colocar as pernas ao redor da cintura de Seth. Sua vagina entrou imediatamente em contato com um pênis muito duro. Sorriu de orelha a orelha e rodeou o pescoço com os braços.

-Certo. O que vai fazer a respeito?

A ele escureceram os olhos e seu sorriso habitualmente tranqüilo e despreocupado, morreu e foi substituído por uma expressão tão intensa que produziu um acúmulo de calor entre as pernas.

-Vou fodê-la. Com força. Exatamente aqui. – Cruzou a piscina até que as costas dela se chocaram contra a borda. Antes que desse tempo para respirar, tinha seu pênis dentro.

A sensação de seu membro nu em seu interior foi selvagemente erótica. Lançou um grito afogado e impulsionou para cima. Os olhos dele se dilataram e logo sorriu de orelha a orelha quando ela desmoronou, com um orgasmo que a ambos surpreendeu.

Jamais tinha gozado tão rápido. Não era próprio dela, contudo entre seus braços levou ao clímax com uma aguda e intensa explosão de prazer que a fez subir como um raio. A boca dele cobriu a sua, lambuzando a língua ao mesmo tempo em que metia com tanta força que a borda da piscina lhe aranhou as costas. Deu boas vindas a dor e desfrutou do orgasmo dele quase tanto como o próprio. Permaneceram unidos, ofegando durante uns segundos, logo Seth riu.

-Isso foi uma gozada rápida. – murmurou contra seu pescoço.

Abby começou a rir e inclinou a cabeça para trás, sorrindo.

-Mas, uma grande gozada.

Ele a beijou e desta vez saboreou docemente seus lábios com beijos lentos e modelados, que pareciam... Sentimentais. A Abby contraiu o coração, o estômago deu uma volta diante da forma na qual a segurava, a tocava e acariciava carinhosamente com a boca. Quando afastou, seu olhar era tão intenso que ela conteve o ar.

-Abby, preciso dizer algo...

-Está fodendo sem mim nesta manhã?

Ela levantou a cabeça de um golpe e dirigiu o olhar para cima na intensa luz do sol. O corpo de Mike ficava nas sombras, alto e imponente contra a brilhante luz.

-Olá.

-Demônios, claro que estávamos fodendo sem você. – respondeu Seth, afastando-se dela e saindo da água – Não acreditava que íamos te esperar verdade? – Pegou uma toalha e se secou.

Abby perguntou o que seria o que Seth estava a ponto de dizer antes que Mike aparecesse. A julgar pela seriedade de seu rosto, parecia ser algo importante.

-Não, sabia que não ia esperar. Maldição, também não teria feito. – respondeu Mike, piscando um olho para Abby.  

Ela sorriu e segurou a mão estendida de Mike. Ele a tirou da piscina e entregou uma toalha.

-Parece uma sereia, completamente molhada e recém fodida.

Ela soltou uma risadinha.

-Certo, obrigada. – Ele usava uma pólo e um jeans – Como está o paciente?

-Recuperando-se. Trouxe o café da manhã. Tem fome?

Ela o seguiu para a cozinha.

-Estou faminta, e nua. Tenho que tomar banho e vestir alguma coisa.

-De momento põe uma das minhas camisas. Estão na gaveta de cima na cômoda.

Depois de um banho rápido, colocou uma das enormes camisas de Mike, que era tão grande que ficava como um vestido por cima de seus joelhos. Quando voltou para a cozinha, Mike já tinha preparado os croissants quentes com geléia, o suco e outra xícara de café. Quando entrou, tanto Mike como Seth levantaram o olhar e a olharam com expressão faminta nos olhos.

Caramba tinha o cabelo no caos, úmidos e embaraçados, vestia uma das camisetas de Mike que devia ser uns dez tamanhos maiores que a sua. Era praticamente um antídoto contra a luxúria. Supondo que aquela expressão faminta era pela a comida que tinha sobre a mesa, pegou um croissant, uma cadeira e começou a comer com entusiasmo. Seu estômago protestou ruidosamente diante dos deliciosos cheiros. Era evidente que uma grande quantidade de horas de sexo, despertaria o apetite.

Uma vez satisfeita sua fome de comida, perguntou o que ia acontecer agora. A única roupa que tinha era o vestido justo da noite anterior. E apesar de não lhe apetecer dar por finalizada aquela mágica fantasia, igual à Cinderela, o relógio marcava meia-noite e a festa tinha terminado. Era hora de voltar a antiga Abby e a monotonia de sua vida.

-Tenho que voltar para casa. – disse bebendo o último gole de suco de laranja.

-Posso levá-la. – ofereceu Seth – Tenho que ver uns papeis no escritório.

-Genial.

Mike recostou-se na cadeira e sorriu enquanto terminava o café. Seth fez o mesmo. De repente sentiu como se estivesse em um cenário, no primeiro ato de uma comedia, a ponto de fracassar por que não ocorria uma coisa somente para dizer. Eles a observavam expectantes. Mas, por quê? Uau! Aquilo era embaraçoso. Como ia lidar com isso? E, obrigada por esse grande trio, meninos. Foi o melhor gozo da minha vida. Não, isso soava frio. E sentia quente e cômoda demais por dentro para converter em alto tão... Com falta de emoção. Apesar de que a verdade, que pintavam ali emoções?

Às vezes o melhor movimento era simplesmente reconhecer a derrota. Admitir a noite anterior foi à representação de uma fantasia de um papel. A fria luz do dia seguia sendo Abby Lawson e não tinha nem idéia de como comportar-se com dois homens maravilhosos e virís que a olhavam fixamente com a esperança refletida em seus rostos.

-Deixa que limpe isso e logo irei me... vestir. Tenho muitas coisas que fazer em casa. – Inclinou a cabeça e começou a tirar os garfos, os pratos e os restos de café com a esperança de que nenhum deles falasse ou que, Deus não quisesse, se movesse na cadeira.

A ousadia da noite anterior tinha desaparecido substituída pelo terror habitual. Aqui estava fora de seu lugar. Sem poder mover a língua, nervosa e tremendo as mãos, atirou o resto ao lixo, limpou os pratos e os colocou na lava-louça vazia.

-Abby.

Ela congelou diante do som da voz grave de Mike nas suas costas, sem nem sequer dar-se conta de que ele tinha se aproximado furtivamente por trás. Quando rodeou a cintura com um braço, pulou e deu meia volta.

-Maldita seja, mulher. Essa manhã está muito tensa.

Tirando uma mecha de cabelo do rosto, esboçou um deslumbrante sorriso, com a esperança de dissimular seu incomodo.

-Sinto muito. Somente estava repassando na lista de coisas que tenho que fazer. Dentro de uns dias tenho que entregar um documento final e preciso começar a trabalhar com ele.

-O que acontece?

Lançou o olhar para a mesa e viu que Seth tinha abandonado a cozinha.

-Nada. – Fora o fato de que você está me fazendo compreender que não tenho nem idéia do que estou fazendo.

Tinha que sair dali.

-Bate o coração como de um cavalo depois de correr um quarto de quilômetros. Acalme-se e diga o que acontece.

Ela ficou olhando o peito, pensando que seus seios estavam apertados contra a dura superfície de seu peitoral. Não era de estranhar que notasse os batimentos do seu coração. Respirou fundo, o que somente conseguiu que se impregnassem os sentidos do fresco aroma de homem que tinha. Queria enterrar o nariz no seu pescoço, rodeando as pernas e suplicar que voltasse a fodê-la, desejava negar a realidade e sua monótona existência, e viver para sempre nesse mundo de fantasia.

Deu uma palmada no peito com um suspiro e o empurrou com cuidado. Ele retrocedeu um passo, interpretando o sinal. Então ela o olhou e, como sempre, se perdeu imediatamente nos olhos azuis.

-Somente estou sentido a realidade disso tudo.

Seu sorriso e seu assentimento somente ajudaram.

-Está bem. Ontem passamos um bom momento. Nada de ataduras. – Segurou o pescoço e a obrigou a se aproximar para dar um beijo que começou sendo tranqüilo e amistoso, mas que se converteu rapidamente em algo mais.

Deus, que facilidade era capaz de perder-se nele! Seu magnetismo dominante e a maneira com que se fazia mandando a conduzindo até um lugar escondido dentro de sua própria cabeça, em que habitava aquela criatura selvagem e indomável.

Em questão de segundos estava molhada, com o clitóris palpitando e a vagina dolorida pela necessidade de seu pênis. Ele pressionou sua longitude de seu membro contra sua coxa, insistindo, exigindo, mexendo contra ela, até que segurou sua camisa e gemeu contra sua boca.

-Sim. – sussurrou ele contra seu pescoço quando afastou os lábios – Aqui. Agora mesmo.

Levantou a camisa que vestia, segurando sua vagina nua com sua enorme mão. Ela arqueou diante do contato, sem pensar onde estava e sem se preocupar que Seth fosse entrar.

-Já esta úmida, Abby. Quer meu pênis na sua vagina?

-Já sabe que sim. Foda-me. – Estendeu as pernas, mordendo o lábio inferior, enquanto ele desabotoava os jeans e os baixava até o meio, liberando seu pênis. Segurou-lhe as nádegas com uma mão e a levantou, embalando seu pênis.

Ela deslizou nele, deixando a idéia de que qualquer homem pudesse possuí-la com facilidade, que bastaria que eles esfregassem os dedos para que ela estivesse úmida e preparada para eles. Naquele instante não importava nada. Estava sendo fodida e adorava.

-Tão quente! Cristo Abby, esta muito apertada! Um dos melhores gozos que já tive na vida. – Sua voz era lenta e grave, e multiplicou por dez o desejo dela.

Apoiou as mãos na borda do balcão que tinha na suas costas e começou a subir e descer sobre seu pênis, permitindo que o clitóris se arrastasse ao longo de seu membro. Ondas de prazer se apoderaram de sua vagina, tencionando-a.

-Mais forte. – exigiu com o olhar cravado nele, observando a expressão atormentada de seu rosto, enquanto oprimia sua nádega e fundia os dedos nela. Retirou e investiu de golpe contra ela, golpeando o clitóris e fazendo com que gritasse de dor e êxtase.

-Sim isso. Foda-me forte.

Apertou os dentes e segurou os braços tremendo e o clitóris dilatado, enquanto a espiral de tensão ia fazendo cada vez mais intensa.

-Vou gozar no seu pênis, Mike.

Estava louca, a fazia sentir-se perversa. Adorava.

-Goze para mim Abby. Comigo

-Sim, sim estou gozando. – Logo não pode conter, quando as ondas estalaram dentro dela, inundando-o com seus fluidos. Lançou um grito pela a intensidade de seu orgasmo. Mike a segurou e apertou contra ele, grunhindo enquanto gozava, introduzindo profundamente seu pênis nela, estremecendo e sacudindo ao alcançar o clímax.

Ela soltou o balcão e o rodeou com os braços, lambendo o suor salgado de seu pescoço até que a deixou de pé no chão. Agarrou-se a ele uns segundos, tremendo, perguntando o que acabava de acontecer. Deus tinha perdido o controle. Estava a ponto de vestir-se para ir embora quando ele sussurrou seu nome e se lançou sobre ele.

-Seth foi tomar banho. Não demora em voltar. Se quiser pode se lavar no outro banheiro.

Quase não pode olhá-lo nos olhos, ele parecia afetado pelo o que acabava de acontecer, enquanto o único que ela queria era jogar-se no chão e chorar.

-De acordo. Espera até tirar minha roupa.

Dirigiu um sorriso despreocupado, com tanta despreocupação fosse possível, afastou-se pelo corredor, recolhendo seu vestido na sala de estar e indo a busca do banheiro de convidados. Depois de tomar um banho rápido, colocou o vestido, arrumou o cabelo com os dedos e se entreteve um minuto para recuperar o ar. Um golpe na porta a vez voltar a ter o coração acelerado. Pelo amor de Deus, Abby. Domine-se.

-Sim?

-É o Mike. Posso entrar?

-Eh, claro. – Apoiou-se no lavabo tentando parecer tranqüila e relaxada, oferecendo um sorriso quando entrou e fechou a porta – Já estou quase pronta para ir.

-Pode ficar se quiser. Não estou tentando mandá-la embora. – Apoiou-se contra a porta fechada e cruzou os braços – Apesar de que me dá a sensação de que está desejando ir embora daqui.

-Não! Não é nada disso! É que tenho muitas coisas para fazer em casa.

-Oh!

Era fatal esse ar de despreocupação.

-O passei muito bem Mike. De verdade. Obrigada. Isso e... Superaram as minhas fantasias mais selvagens. Estar com Seth e com você essa noite foi...

-Quero voltar a te ver.

Ela se interrompeu na metade da frase.

-Sim?

-Sim. Saia comigo essa noite.

Ela sabia que tinha a boca aberta, mas francamente, não esperava aquilo.

-Com você.

-Sim.

-Essa noite.

-Sim.

-Somente você e eu?

Ele levantou a sobrancelha

-Deseja outro trio?

Aquela era uma pergunta de um milhão. Desejava outro trio? Queria sair com Mike? Demônios, nesse momento o cérebro não funcionava em absoluto. Mike acabava de pedir que saísse com ele. Ela simplesmente se limitou a supor que se referia aos dois. O que era que queria?

-Tenho que pensar.

-De verdade?

-Oh, não é o que pensa! Quero dizer que é uma honra que me peça que saia com você. Qualquer mulher se excitaria se pedisse que saísse com você Mike. Acredito que o sabe. Mas, honestamente, agora mesmo não funcionam meus neurônios. Preciso ir para minha casa e me organizar novamente.

Ele riu

-De acordo. Telefonarei depois.

Esperava não acabar de ofendê-lo, mas realmente não sabia o que queria nesse momento. Apesar de que sabia o que precisava: distância tempo para pensar. Mike abriu a porta e a deixou sair. Seth estava esperando na sala de estar e girou a cabeça com curiosidade ao ver Mike e ela sair do mesmo banheiro.

-Está pronta?

-Sim. – voltou-se rumo a Mike – Obrigada de novo. Por tudo.

Ele a beijou ligeiramente nos lábios, passando o polegar no lábio inferior.

-Telefonarei logo.

Formigou o lábio no ponto em que ele tinha tocado e sua respiração foi tremida.

-De acordo.

 

A viagem de volta a sua casa na companhia de Seth foi estranhamente silenciosa. E também foi um silêncio incomodo. Notava-o irritado por algo, mas não queria ser ela quem o rompesse. Será que não estava com ciúmes de que tivesse passado um tempo, sozinha, com Mike? Oh! Céus, Abby! É tão incrivelmente desejável que agora estes dois homens vão brigar por você. Era assombrosa a quantidade de tempo que podia passar do mundo da fantasia.

Quando Seth entrou em seu condomínio de apartamento, Abby estava convencida de que ele tão somente estava desejando deixá-la e se livrar dela. Contudo, quando soltou o cinto de segurança e subiu o pino, ele colocou uma mão em seu braço.

-Abby, espera.

Ela se deteve, sabendo que ele ia dizer algo agradável como obrigado por uma grande noite.

-Saia comigo essa noite.

Ela piscou.

-O que?

-Sei que é uma besteira, mas todo o caminho até aqui estive tentando averiguar qual seria o modo correto de fazer essa pergunta sem que parecesse que o único que queria era voltar a foder com você. Mas é mais que isso. Apesar de que também quero voltar a fodê-la. – acrescentou com um sedutor sorriso.

A ela fechou a garganta e tentou respirar. De acordo, aquilo não podia estar acontecendo. Mike pedia que saísse com ele. Seth o mesmo. Tinha a cabeça um caos e não sabia o que fazer com tudo aquilo. Queria vê-los a qualquer um deles de novo? E que queria dizer isso?

-Su... Suponho que estaria bem. – gaguejou. Logo se deu conta de que Mike tinha pedido primeiro. Existia algum tipo de protocolo nisso? Tinha alguma razão para que dissesse que sim a Seth quando antes tinha dito a Mike que ia pensar? Suas células cerebrais precisavam recuperar-se. Não tinha nenhuma duvida.

Ele bufou.

-Bom isso é que é entusiasmo.

Ela esfregou a parte da frente que palpitava entre as sobrancelhas anunciando o começo de uma dor de cabeça.

-Sinto muito. Acredito que vou ter uma dor de cabeça.

-Nessa tarde telefonarei e conversaremos. Vai descansar. – Inclinou rumo a ela e pressionou os lábios contra os seus, seu ar era fresco e a canela. Desejou ficar no carro e lamber os lábios, entregar-se ao seu abraço e convidá-lo a entrar em sua casa. Não queria deixar que se fosse. Contudo, também precisava de espaço.

Confusa, Abby? Abriu a porta de seu apartamento e a fechou, atirou a bolsa no chão e tirou os sapatos e sentou na cadeira mais próxima. Acabava de combinar de sair com Seth essa noite. E Mike ia telefonar para saber sua resposta na sua proposta de um encontro essa noite.

Foder com ambos era uma coisa. Ter encontros com os dois era diferente. E obviamente, era um desastre na hora de ter encontros, por que ela o tinha complicado tudo ao responder a Mike primeiro. Que demônio supunha que ia fazer agora?

 

Abby olhava fixamente o telefone, esperando que tocasse. Também não tinha idéia do que ia dizer quando Mike telefonasse. Supunha que podia tentar dizer a verdade. Não era uma boa mentirosa. Chad era um mestre da mentira e se dava muito bem. Talvez devesse telefonar para seu ex-marido e pedir que lhe desse algumas lições. Bufou diante da ocorrência. Jamais daria certo. A diferença de Chad, a ela era horrível ferir os sentimentos dos demais.

Claro, para ferir Mike, ele teria que se importar com ela, verdade? E ela não importava como ia ofendê-lo negando ficar com ele aquela noite? Na verdade era simples. O telefone soou e ela esteve a ponto de cair do braço do sofá.

-Por favor. – murmurou para si. Acelerou o pulso, mas se obrigou a tranqüilizar a voz quando pegou o telefone e pressionou o botão.

-Olá, neném.

-Olá Mike.

-Descansou?

-Sim, um pouco. – mentiu. Em vez de descansar, trabalhara em seus papeis ou fez algo para eliminar a dor de cabeça, tinha passado as últimas quatro horas pensando em que fazer com Mike e Seth.

-Bem, então, o que acontece com hoje à noite?

Por muito fácil que pensava que ia ser não gostava de mentir a ninguém. Demônio, não tinha prática.

-Seth também me pediu para sairmos. – soltou antes de acabar tendo um encontro com os dois.

-Sim? E disse-lhe que sim

-Como sabe?

-Por que te conheço. Esta bem Abby. Sairemos outra noite.

Ela olhou pela janela observando a uns meninos pequenos jogando com a bola no parque, no outro lado da rua, enquanto ela esfregava a têmpora dolorida.

-Sinto-me mal por isso.

Ouviu sua suave risada do outro lado

-Por quê? Não se trata de um encontro importante. Deixa de se preocupar, de acordo?

O sentimento de culpa golpeou o estômago como um martelo. Nunca tinha deixado de se preocupar por ele.

-De acordo.

-Ontem à noite desfrutei fodendo com você.

Sua voz sussurrante, baixa e grave, estremeceu. E esteve úmida em um momento. Os mamilos se contraíram e sentiu o impulso de colocar as mãos entre as pernas e esfregar o clitóris. Como se arrumaria para provocar isso.

-Também desfrutei.

-Até logo, Abby.

O ruído do telefone quando desligou, foi como um balde de água fria. Tinha-a excitado para logo deixá-la. Excitada, necessitada e quente. Com uma maldita frase. Maldição! Ela era fácil demais. Soltou um suspiro temeroso, deixou na mesa e se obrigou a trabalhar, apesar de que resultava tremendamente difícil concentrar-se. O que de verdade queria era telefonar para Blair e Callie para que lhe dessem algum conselho. Mas, não ia fazer tal coisa. Tinha chegado a hora de que tomasse suas próprias decisões sobre sua vida, sem a interferência de suas amigas.

Independente de quais fossem suas decisões. Não é que tivesse o controle total quando se tratava de Seth e Mike. Ou talvez sim. Pode ser que a responsabilidade fosse sua. Ambos haviam-lhe pedido para voltar a vê-la. Por que não podia admitir que fosse possível que os dois estivessem interessados nela? Tanto que tinha destroçado Chad sua auto-estima, que nem sequer era capaz de admitir que dois homens fabulosos, a encontraram bastante interessante, para querer vê-la outra vez? Esse assunto do trio que tinha levado até ao fim na noite anterior tinha despertado seu interesse o suficiente por ela que deveria ser algo mais somente que sexo? E se fosse assim? Queria sair com ambos?

Deus poderia manejar a ambos? Eram muito diferentes. Uma conferência sobre contrastes. Seth era a sensualidade personificada, acompanhada da inteligência, calidez e preocupação, fazendo a sentir-se segura. Mike, por sua vez, era uma bomba relógio sexual andante. Fazia sentir-se atrevida, selvagem e completamente fora de controle, uma sensação embriagadora da que, não importava admitir, que desfrutava. Poderia escolher entre eles se a obrigassem escolher? Tinha que fazê-lo?

Agora mesmo não queria pensar nisso. Tinha idéias demais e emoções encontradas lutando para se impor entre as demais. Não sabia quais eram seus sentimentos. Para se distrair, começou a trabalhar, concentrando-se no exame final que estava previsto para fazer na semana que vem. Aquilo a ajudou a afastar a da mente, Seth e Mike, e concentrar-se, em algo mais, que homens e sexo. Quando chegou naquela conclusão, tinha passado quatro horas e estava na hora de se preparar para o encontro com Seth. Em vez de telefonar tinha enviado um e-mail avisando que ia passar para buscá-la às seis horas. Guardou o arquivo, tomou um banho e ficou na frente do armário tentando decidir o que colocar. Merda. Nem sequer tinha perguntado aonde iam.

Maldição, maldição, maldição. O que supunha que tinha que usar? Pensou em telefonar, mas isso seria ruim. Passados uns minutos decidiu por um vestido de verão com um estampado de flores e colou sandálias de salto baixo. Aquilo servia tanto para ir semi-elegante como informal de uma mesma vez. Secou o cabelo e o deixou solto, usou pouca maquiagem, colocou brincos e uma pulseira, decidiu que assim estava bom.

Essa noite ia sair como Abby Lawson e não como outra pessoa. Enquanto ia passando os minutos e esperava que Seth passasse para pegá-la, se divertiu ao comprovar o quão nervosa que estava. Em certas ocasiões dirigia o olhar para o telefone desejando chamar a Blair e Callie. Sinceramente, a surpreendia que não a tivesse chamado ainda ou que tivessem se apresentado na sua casa para lhe exigir que contasse todos os detalhes sórdidos da noite passada.

Mas, bom, talvez pensassem que estava com Mike e Seth. Talvez devesse seguir estando com eles. Tinha se enganado ao abandoná-los tão depressa? Não. Não tinha cometido um erro. Fez exatamente o que queria fazer, passar uma noite maravilhosa com dois homens incríveis, realizando uma saída cheia de elegância quando aquilo acabou.

A campainha tocou e seu coração saltou, a excitação disparou a adrenalina por suas veias. Aqui estava Seth! Alisou o vestido, abriu a porta e lançou um suspiro de sincera admiração feminina. Ele usava jeans e pólo azul escura desabotoada, que deixava ver um pedaço de seu peito. Respirou e expirou o cheiro de homem recém saído do banho. Maldição, aquele cheiro era sempre muito sexy.

-Olá. – o cumprimentou, afastando-se deixando ele entrar.

-Olá, está estupenda. – Entrou e a abraçou. Ela o aceitou de boa vontade, dando-se conta do muito que tinha sentido sua falta em poucas horas que tinham se separado. Seus lábios aprisionaram os seus em um beijo cálido e suave, sua boca se moveu sobre a sua ao mesmo tempo em que sua língua se abria. Ela derreteu entre seus braços. Era como um filme romântico na qual o herói pega a heroína em seus braços e a beija até deixá-la sem ar.

Assim e como ela se sentia sempre que Seth estava perto: insensata. Ele interrompeu o beijo e se afastou.

-Acredito que é melhor que paremos ou não vamos sair em toda a noite daqui.

E isso seria ruim?

-Se insiste... Aonde vamos?

-Se não importar, iremos outra vez ao clubee, essa noite toca uma banda de música dos anos cinqüenta e sessenta, vão fazer cachorros-quentes, hambúrgueres e batatas fritas. Comeremos e dançaremos um pouco.

-Gosto dessa época. Parece divertido.

-Fico feliz que pense assim. – Ofereceu a mão, inclinou a cabeça e a presenteou com a sua melhor imitação de Elvis – Vamos para o rock and roll, neném.

Quando chegaram ao clube estava decididamente animado. Decorado como uma festa de graduação do colégio, com serpentinas, globos e uma banda que tocava todas as suas canções antigas favoritas. Seth pediu cachorro-quente e batata frita para os dois e ambos sentaram em uma mesa, comendo e rindo de alguns dos disfarces que algumas pessoas usavam. O tema da noite era qualquer coisa, desde os jeans enrolados até o típico hippie.

Ela pensou em mudar de roupa, mas Seth não permitiu. Disse que tinha um aspecto relaxado e sexy, e que gostava como caia o vestido. Como ia discutir com ele depois de que a pintava assim?

-Tem sede? – perguntou ele

-Sim.

-Cerveja?

Ela levantou uma sobrancelha com expressão provocativa e ofegou brincalhona:

-Como? Nada de champanhe essa noite?

Ele encolheu os ombros

-Não vai bem com cachorro-quente. Além disso, sinceramente, sou o tipo de cervejas.

Ela estava se apaixonando loucamente por ele.

-Você é dos meus. Adoraria tomar cerveja.

Ele colocou um amplo sorriso

-Volto logo.

Desapareceu entre a multidão que lotava o lugar. Abby não podia acreditar na quantidade de gente que tinha. E isso que Seth tinha dito que esse tipo de acontecimentos sempre atraia muitas pessoas.

-Imaginava que a encontraria aqui.

Levantou o olhar de um golpe ao ouvir a voz profunda de Mike.

-Mike! O que você faz aqui?

Ele levantou a sobrancelha e separou uma cadeira.

-Sou membro do clubee.

-Oh claro, não lembrava. – O fogo da vergonha ardeu o rosto. Tinha a sensação de ter sido surpreendida fazendo algo que não devia. Mas, ele sabia que ela ia sair com Seth naquela noite, de modo que por que ia se sentir culpa?

-Divertindo-se?

Ela cruzou as mãos no colo e obrigou a afastar o demônio da culpa.

-Até agora sim. Temos cachorro-quente. Seth foi pegar umas cervejas. – E ela sentia afetada e nervosa por sua culpa. Mas, por quê?

-Bem. Está muito linda. Com esse vestido suas pernas ficam muito sexys. – Deslizou os dedos por debaixo do vestido, roçando ligeiramente a pele e ela levou um susto.

Merda! Agora o que supunha que tinha que fazer? Seu corpo acendeu sobre seu contato, sua vagina respondeu com a familiar pontada de desejo. E o reconheceu como o que era: uma resposta meramente física. Que tipo de mulher não reagiria às atenções de Mike? Era um dos homens mais dinâmicos, lindos e irresistíveis que tinha conhecido em sua vida. O tipo de homem que fazia uma mulher perder a cabeça. O tipo de homem que fazia com que uma mulher se perdesse duas vezes. Não, três. E quando um homem como Mike Nottingham prestava atenção a uma, essa uma desejava começar a tirar a roupa dele. Era muito carismático.

Mas, ela estava no meio de um encontro com Seth! Supunha que não ia ver Mike essa noite. Agora tinha que convencer o seu corpo, que respondia saltando de entusiasmo pela proximidade dele. Contudo, quando ele começou a deslizar os dedos por debaixo de seu vestido, ela colocou a mão sobre a sua.

-Mike... Parece que não é uma boa idéia.

Ele afastou a mão e encolheu os ombros.

-Se você diz. Mas, não acredito que Seth se importaria. Sempre estamos compartilhando. Ontem compartilhamos você.

-Isso foi ontem. Hoje sim me importa

Seth estava diante da mesa com duas cervejas em cada mão e não parecia contente em ver seu melhor amigo e sócio. Provavelmente Mike tinha razão. A Seth não deveria importar que Mike aparecesse àquela noite, deslizasse a mão debaixo do vestido de Abby e que a acariciasse de uma forma que em condições normais lhe tivesse excitado somente de ver. Mas, maldição... A verdade e que sim se importava. Mais do que desejava. De fato, uma intensa ira o obrigou a depositar cuidadosamente as garrafas de cerveja na mesa e respirar fundo algumas vezes, antes de dizer ou fazer algo que causasse um dano irreparável na amizade e na sociedade.

-Não fala sério. – Mike tinha uma expressão de incredulidade no rosto que a Seth resultou cômica Reagiria igual a Mike se a situação fosse inversa?

Não. Mike não importaria. Mike jamais criava vínculos emocionais com as mulheres. Mike não se preocupava com Abby. E ali é onde estava a diferença. Gostasse ou não, Seth sim se importava.

-Mike, vamos conversar. Lá fora.

-Eh, você dois! Sinto se causei algum...

-Você não fez nada Abby. – disse Seth mantendo a atenção fixa em Mike.

Mike levantou a sobrancelha.

-E eu sim? Para já homem!

-Fora Mike. Agora

-Como quiser. – disse encolhendo os ombros. Afastou a cadeira e olhou Abby – Volto logo.

Não Mike. Não vai voltar.

O sufocante calor do verão esbofeteou Seth no rosto quando abriu a porta, o qual não ajudou a aliviar sua irritação. Passou os dedos pelo cabelo e voltou rumo a Mike quando a porta se fechou.

-Quero que deixe Abby em paz.

Mike abriu muito os olhos.

-Da onde vem isso? Ontem parecia bem aos dois nos divertimos com ela.

-Isso foi ontem.

-Não acredito que seja você, quem deva tomar essa decisão, amigo. Isso é coisa para Abby.

A parte racional de seu cérebro sabia, uma voz interior indicava que a escolha não estava em suas mãos. Mas, agora mesmo não estava pensando de forma racional precisamente.

-Ela me importa Mike.

-E acredita que a mim não?

-Por que esta aqui essa noite?

Mike deu uma olhada para o estacionamento, voltando à cabeça de um lado ao outro. Em qualquer direção para não encontrar os olhos de Seth. Encolheu os ombros e por fim o olhou.

-Não tinha outra coisa que fazer. Ocorreu passar e ver a festa.

-Sabia que ia trazer Abby aqui.

Mike girou os olhos.

-Agora virei vidente? Como demônio supõe que ia saber que ia trazê-la aqui? Deveria ter telefonado antes de vir?

Merda. Mike tinha razão. Não sabia que Seth ia estar essa noite ali com Abby.

-Isso vai ser complicado.

Mike colocou as mãos nos bolsos do jeans e encolheu os ombros.

-Não tem por que ser.

-Pode ser que para você não. Maldição, Mike não quero que a veja!

-Pois, vou fazê-lo, se ela concordar. Sinto muito Seth.

-Muito bem. Mas, se encontrar por casualidade com vocês quando saiam não vou me intrometer em seus encontros.

Mike assentiu.

-Ali me deixou pilhado. Sinto muito amigo. Passou algo que não deveria tê-lo feito. Verei você no trabalho sócio. – Ofereceu a mão e Seth aceitou.

-Obrigado. Verei-te no trabalho.

Observou como Mike ia e logo voltou a entrar. Abby parecia um cervo deslumbrado pelas lanternas no começo da temporada de caça.

-Arrumei tudo, já foi embora.

Ela voltou a olhá-lo de frente.

-Sinto muito. Não sabia o que dizer.

Ele aproximou mais a cadeira, encaixando seus joelhos entre as pernas estendidas dela.

-Para nós é complicado. O entendo. E Mike também. – disse ele colocando uma mecha de cabelo solto atrás da orelha – Se dependesse de mim te guardaria somente para mim.

Ela abriu muito os olhos.

-Sim?

-Sim? O que você acha?

Ela beliscou o lábio inferior com seus dentes.

-Não sei. Esse fim de semana foi uma loucura não sei como reagir, Seth. Não posso responder a isso.

Ele inclinou e pressionou seus lábios com os seus.

-De acordo. Que tal dançar?

Ela balançou a cabeça e sorriu de boa vontade quando começaram a soar os acordes familiares de Unchained Melody.

-Está tocando minha canção de amor favorita.

-Nesse caso meu sentido de oportunidade é perfeito, verdade? – Levantou e ofereceu a mão.

Abby adorava aquela canção. Seth a envolveu em seus braços e o calor de seu corpo eliminou toda a tensão dos momentos anteriores. Não tinha nem idéia do que tinha acontecido entre Mike e ele lá fora, mas não parecia estar aborrecido, de modo que deviam ter resolvido tudo da melhor maneira. Em todo caso estava aliviada por não voltar a encontrar-se no meio.

Agora podia desfrutar de seu tempo com um homem. Do outro se preocuparia depois. E esse homem em particular era um grande dançarino. A fez evoluir pela a pista, tombando-a, dando voltas, apertando contra o seu corpo e dirigindo-a como um expert.

-Onde aprendeu a dançar?

-Quando éramos meninos, minha mãe empenhou-se que tivéssemos lições. Naqueles momentos a odiava, mas agora vejo a vantagem.

Seus olhos aumentaram quando ele pressionou a parte baixa de suas costas, atraindo-a rumo a sua coxa.

-É muito bom nisso. Sou como cera em suas mãos.

-Isso significa que fará qualquer coisa que peça?

-Depende do que seja. Tem algo em especial na mente?

A orquestra ia de uma canção lenta para outra de modo que continuaram dançando. Gostava de estar nos braços de Seth. De algum modo parecia... O adequado. Uniam-se perfeitamente.

-Um monte de coisas

-Como, por exemplo?

-Para começar, passar a noite, sozinho com você. Isso é o gostaria.

Apesar da pista de dança estar cheia e das pessoas se chocarem contra eles por todas as partes, a Abby deu-lhe a sensação de que eles dois eram os únicos a estar na sala. Seth a fazia esquecer que estavam rodeados de pessoas.

-A mim também.

-Sabia que quando está excitada separa os lábios e respira pela a boca?

Ela ergueu uma sobrancelha.

-Sim?

-Sim. E quando esta pensando em algo ou está nervosa morde o lábio inferior.

-Não o faço

-Sim o faz. E me dá vontade de pegar esses lábios entre meus dentes e mordê-lo.

O desejo se apoderou entre suas pernas e endureceu os mamilos. Nesse instante se deu conta de que tinha os lábios separados e sorriu.

-Te desejo Abby.

Inclinou-a sobre seu braço e logo a incorporou, permitindo que seu membro endurecido se insinuasse entre suas pernas. Ela suspirou pela a maravilhosa sensação. Entre seu clitóris e a ereção dele, não tinha mais barreira que a fina tela de suas calças e a seda de seu vestido.

-Nesse caso, vamos sair daqui e foda-me. – sussurrou ela.

Em menos de dois minutos estiveram fora do clubee. Seth saiu do estacionamento e percorreu a rua principal batendo quase todos os recordes de velocidade em sua pressa por chegar onde se dirigiam. Abby ardia de desejo, tanto que esteve a viagem inteira a ponto de sofrer um colapso. Era como se uma pressa se tivesse remexido em seu interior inundando-a de vontade de ser possuída.

Por sorte, Seth não vivia longe da cidade. Deteve-se na frente da entrada de uma casa modesta de dois andares, desligou o motor, e abraçou Abby, devorando-lhe a boca com um beijo apaixonado. E quando o interrompeu, ela tirou o cinto de segurança e lançou a mão na porta, com pressa para sair do carro. Não tinha tempo para que rodeasse o carro e abrisse educadamente a porta. Queria meter-se em sua casa e em suas calças.

Ele se atrapalhou com as chaves no escuro, até que caíram e ambos procuraram conter o sorriso, como um par de filhos tentando que não os pegassem beijando na porta de casa. Quando ele conseguiu por fim abrir, empurrou-a para dentro, fechou a porta com um empurrão, a prensou contra a mesma e cobriu o corpo dela o seu.

-Foda! Não posso esperar para estar dentro de você. – murmurou, passando a mão por todo seu corpo. Segurou os seios, arrancando um gemido quando seu polegar encontrou a sensível ponta do mamilo. Voltou a gemer quando deslizou a mão por seu corpo, por seus quadris e por suas coxas, e as introduziu debaixo do vestido.

-Não se detenha. – ofegou contra seus lábios – Foda-me aqui mesmo.

Ele levantou a saia, procurou suas calcinhas e as baixou pelas pernas.

-Merda! – exclamou ele contra sua boca, agachando-se para tirá-las.

Afastou-se dela para desabotoar os jeans e baixar deixando livre o pênis, inchado e grosso. Passou o polegar pela ponta, capturando o líquido perolado para colocá-lo na boca.

-Chupa-o. – ordenou.

Ela apoderou do polegar e saboreou a umidade, observou como escurecia os olhos quando o colocou entre os lábios e o sugou como se fosse um pênis.

-Foda! – Subiu uma perna até seu quadril, colocou o pênis na entrada de sua vagina e introduziu nela com força. Ela lançou um grito diante do prazer da dor de sua invasão.

Sua vagina, úmida, e preparada para ele, fundiram-se ao seu membro, oprimindo-lhe e pulsando ao seu redor, enquanto ele retrocedia e voltava a submergir-se, dando exatamente o que ela estava ansiando desde que a abraçou na pista de dança. Foi mordiscando o polegar para logo voltar a sugá-lo.

-Oh, neném, quando faz isso me deixa louco! É como se me chupasse e fodesse ao mesmo tempo. – Rodeou o traseiro e o apertou, sujeitando-a contra a porta ao mesmo tempo em que se introduzia nela uma e outra vez. Com cada investida seu corpo lhe roçava o clitóris aproximando-a cada vez mais do orgasmo.

Ela tirou o polegar da boca e atraiu sua cabeça para beijá-lo, sugando-lhe a língua como tinha feito com o dedo. Ele castigou seus lábios enquanto investia contra sua vagina. Abby estava enlouquecida de prazer, precisava tanto dessa tormenta de paixão como parecia necessitar Seth. Jamais tinha sentido aquele selvagem impulso incontrolável, contudo, agora deseja causar estragos em Seth, marcá-lo e fazê-lo seu de uma forma primitiva que era incapaz de explicar. Rasgou sua camisa e fundiu os dentes na carne de seu pescoço e ombro.

Ele lançou um grunhido e intensificou os embates de seu pênis, agarrando o traseiro e lançando-a ao ar para investir uma e outra vez, até que ela levantou a cabeça e procurou seus olhos, ao sentir o estalo de seu orgasmo.

-Isso neném goze. – disse ele – Goze no meu pênis, Abby.

Ela manteve o olhar sobre ele, cravando as unhas nos ombros. Os olhos se encheram de lágrimas quando ele ficou imóvel com a pélvis grudada na sua. A sensação no clitóris foi sua perdição, estalou em estridentes ondas de prazer. Seth a olhou e ela não pode evitar. Gritou e moveu contra ele, estremecendo, presa em uma incessante onde de soluços. Ele se apoderou de sua boca e gemeu, esvaziando nela com um forte empurrão final. Ele a susteve assim, aparentemente feliz de tê-la contra a porta de casa e de suportar todo seu peso.

-Devo pesar. – murmurou ela contra seu pescoço

-Pouquíssimo. – Contudo foi deslizando seu corpo, rumo ao chão, apoderando-se de sua boca com um beijo ardente – Sinto muito. Esta não foi a sedução lenta e romântica que tinha em mente.

Ela mostrou um amplo sorriso e o rodeou o pescoço com o braço.

-Esqueça isso, o desejava.

-E eu a você. Ainda a desejo. – a pegou nos braços e levou ao corredor até o dormitório, abrindo a porta com um chute.

Acendeu a luz com o cotovelo. Tratava-se de um quarto muito masculino, com móveis de madeira escura e prescindia por uma cama de tamanho gigante. Contudo, o que chamou a atenção foi à decoração.

-Certo! Imita a selva, adorei!

As paredes escuras estavam decoradas com imagens de todo o tipo de animais, desde elefantes até girafas e tigres. Até as pás suavemente onduladas do ventilador de teto, eram palmeiras. Palmeiras altas até o teto se elevavam sobre a cama e o ventilador as movia como se uma suave brisa atravessasse o quarto. Quase esperava ouvir os chiados dos macacos ou o rugido de um leão a qualquer momento.

Ele a deixou em pé no chão.

-Faz anos que estive em um safári. Apaixonei-me pela África. Ali os animais são incríveis, e as pessoas ainda mais.

-Não posso nem imaginar ter uma aventura assim, Deve ser algo alucinante.

-O foi. Fui com um grupo veterinário em um programa de ajuda. Estiveram lá por três meses e foi uma experiência indescritível.

-Gostaria de poder fazer algo assim algum dia.

Ele sorriu de orelha a orelha.

-Poderá. O mês que vem termina a faculdade e poderá montar sua própria clínica. Poderá fazer o que desejar.

Ela abraçou a si mesma.

-Não consigo imaginar sequer uma vida como essa.

-O mundo se abre diante de você Abby. – disse colocando na suas costas e passando os braços por sua cintura. Sua respiração agitada no cabelo ao falar – Pode ter qualquer coisa que sonhe.

Tudo aquilo parecia irreal e longe de seu alcance.  

-Cada coisa no seu momento. – Resultava fácil acreditar que ia chegar tão longe. E também que estivesse no quarto de Seth.

Ele a obrigou a dar a volta.

-Pode fazer qualquer coisa, seja o que for. Possui iniciativa e talento.

-Você tem fé demais em mim.

Ele encolheu os ombros

-Simplesmente sei do que é capaz.

Ela pressionou a palma da mão contra sua bochecha, gostava da textura áspera de sua barba.

-Obrigada. Para mim significa mais do que poderia chegar a explicar. – Ficou na ponta dos pés e aproximou a cabeça dele da sua para beijá-lo.

O primeiro contato de seus lábios contras os seus sempre a fazia conter a respiração. Era tão delicado, tão perfeito, que contraiu o estômago. Ninguém a tinha beijado assim, somente roçar os lábios.

Nem sequer Chad. Chad e nem ninguém. Tinha sido uma estúpida. E jamais ia voltar a ser. Nessa ocasião tinha os olhos muito abertos. Falando no sentido figurado, claro, por que agora mesmos seus olhos estavam fechados e as mãos apoiadas no peito de Seth. Os batimentos de seu coração soavam fortes e acompanhados contra a sua mão, enquanto a beijava profundamente. Ela derreteu como se estivesse feito manteiga, recostando-se contra seu corpo duro e atlético.

Ele passou a mão por trás e desabotoou o vestido. Esse caiu ao chão, o suave deslizamento da sedo por seu corpo foi uma tortura insuportável. Todas e cada uma de suas terminações nervosas, todos os seus sentidos, estavam alertas e esperando suas caricias. Quase podia imaginar-se na selva com ele, rodeados de animais e árvores. Estariam em uma tenda de acampamento e ele a desnudaria e acariciaria lentamente cada centímetro de sua pele, igual ao que estava fazendo nesse instante.

Quando afastou a alça do sutiã a beijou no ombro. A sensação de tê-lo em sua pele a fez estremecer de expectativa.

-Morangos. Tem gosto de morangos. – murmurou ele.

Ela sorriu e manteve os olhos fechados, concentrada na carícia de seus lábios ao longo de seu pescoço, sua mandíbula e sua boca, onde se entreteve em passar roçando de uma borda a outra. Ele gostava de beijar. E ela adorava que perdesse um tempo em explorar sua boca, introduzindo a língua, acariciando-a com ternura, com a mesma suavidade com que acariciava o corpo. Seth era capaz tanto de fazer-lhe amor com uma intensidade selvagem, como de fazer que sua união, dolorosamente lenta, dando testemunho de sua habilidade como amante. Levantou-a nos braços e a depositou sobre a cama, permanecendo logo de pé, ao seu lado enquanto a desnudava. Ela virou-se de lado e observou como ia descobrindo seu corpo musculoso, impaciente por que voltaria a tocá-la. Quando tirou os jeans, deixando ao descoberto seu membro ela sorriu e estendeu a mão.

-Deixe-me chupá-lo. – mordeu o lábio esperando.

Ele a fazia ser ousada e pedir em voz alta coisas que antes somente fantasiava. Aceitaria ele? Ele entrecerrou os olhos, dessa maneira que a ela parecia tão sedutora e logo subiu lentamente na cama e ajoelhou ao seu lado. Pegou o pênis e o acariciou para ela. Deus! Aquilo fez com que contraísse a vagina e começasse a segregar o quente fluxo. Colocou uma mão entre as pernas. Igual em suas fantasias.

-Oh, sim! – disse ele aproximando a cabeça – Toque-se para mim neném. Gosto de ver.

Ela queria fazê-lo bem para ele, ensinar como o fazia quando estava sozinha na escuridão. Apoiou a planta dos pés na cama e massageou o sexo, hipnotizada pela a forma em que ele se acariciava na sua vez. Ele espremeu a ponta, logo apertou o membro e começou a acariciar-se lentamente.

-Tenho fome. – disse ela fingindo um pote – Dá-me de comer.

-Por Cristo Abby! – Aproximou dela e deslizou o pênis entre seus lábios. Ela o aceitou avidamente na boca, ao tempo que pressionava a mão contra o clitóris.

Fazer-lhe uma mamada enquanto se masturbava, era uma experiência embriagadora. Inchou o clitóris e palpitou a vagina. Introduziu um dedo na vagina que o absorveu, contraindo-se em torno dele. Seth lhe estava fodendo a boca e ela elevou os quadris, imitando seus movimentos.

-Isso esta condenadamente erótico. – disse ele.

Passou o olhar de seu rosto aos movimentos de sua mão. Ela estava já a ponto de ter outro orgasmo. Chegar até ali por si mesma sempre era fácil. A verdade, lhe assombrava poder fazê-lo na presença de outra pessoa, mas, por alguma razão, com Seth era simples. Ele fazia com que resultasse natural mostrar o que era o que lhe dava prazer. Por que ele estava mais concentrado no prazer dela do que no próprio.

-Goze para mim Abby. Mostre-me.

Retirou o pênis e a lançou para frente, sujeitando-a cabeça enquanto se introduzia na sua boca. Ela se introduziu dois dedos na vagina e utilizou a outra mão para excitar o clitóris. Gemeu contra seu membro muito próximo do final.

-Deixe ir neném. – sussurrou ele – Goze. Faço-o por mim.

Ela o fez. Seth afastou o pênis de sua boca justo quando ela lançava um grito triunfal. As ondas de êxtases chegaram nela com um orgasmo demolidor. Seth inclinou e absorveu o grito com seus lábios, lambuzando-lhe a língua com a boca. Ela seguia presa nas convulsões do orgasmo, quando ele se colocou em cima e a penetrou. A sensação de sua vagina rodeando-o e contraindo-se com os efeitos residuais de seu orgasmo, era como estar no céu. Apertou-a contra si, alisando suas nádegas, enquanto ela agitava por o efeito de uma emoção que parecia que não ia a terminar nunca. O rodeou com as pernas e arqueou-se, sujeitando-se a ele e beijando.

Amando-o.

A descoberta fez com que os olhos se dilatassem. Observou os dele, completamente abertos, e se sentiu tocada ao ver sua emoção enquanto lhe fazia amor. Logo fechou os olhos de um golpe e envolveu Seth em um abraço, notando como estremecia e convulsionava ao gozar. Ele a apertou fortemente ao chegar ao orgasmo, como se tentasse fundir-se com ela em uma só pessoa. Deus adorava isso nele.

Não. Não podia pensar em amor. Agora não. Nem nunca.

Acabava de começar com ele, estava começando a explorar sua liberdade. Aquilo era somente sexo. Um sexo incrível e alucinante. E estava confundindo orgasmo e emoção.

Ou não?

Ou se tratava de algo completamente diferente? O fato era que com ele se sentia a vontade, que a levava a lugares que nunca tinha estado antes, tanto física como emocionalmente. Que se preocupava sinceramente com ela. Não, não, não e não. Não estava preparada para aquilo. Tinha uma nova vida pela frente. Novas aventuras a percorrer.

Como podia estar apaixonando-se?

 

Capítulo 11

 

 Abby tinha um encontro com Mike naquela noite. Quando Mike telefonou pela manhã, aceitou sair com ele, convencida de que estava completamente enganada quanto a sua reação emocional dirigida a Seth na noite passada.

No começo pensou em negar. Tinha documentos para terminar e coisas de última hora da faculdade. Tinha que ver o que ia fazer com sua carreira. E depois de passar um fim de semana selvagem com ambos os homens, o último que desejava era mais confusão. Tivera sido agradável dispor de um tempo para pensar. Contudo, as persistentes dúvidas quanto a Seth a mantiveram desperta toda a noite. Seth queria ficar e dormir com ela na sua casa.

Deus, isso era o que desejava ela também. Queria encostar-se contra ele, dormir envolta na comodidade de seus braços. Mas, respondeu que não, que tinha coisas que fazer no dia seguinte. Ele reagiu bem. Disse que entendia. Levou-a na sua casa e deu um beijo de boa noite que a excitou e a umedeceu mais uma vez. Esteve a ponto de convidá-lo a entrar e pedir que ficasse com ela.

Não queria que se fosse. Maldição.

Mas, ela o deixou ir. E logo não pregou os olhos à noite toda por que continuava levando seu cheiro, e recordava tão vividamente suas caricias e seus beijos, que passou a noite sofrendo por ele. Aquela noite descobriria se sentia o mesmo por Mike. Sabia qual era o problema. Sua seca sexual tinha demorado tanto tempo que aquilo era como a primeira chuva no deserto, estava simplesmente recuperando o tempo perdido. Desfrutar de um mano a mano com Seth foi algo sensacional e confundiu com emoção o que na realidade foi somente sexo grandioso. Apostava que aquela noite ia acontecer o mesmo.

Mike lhe disse que iriam ao cassino da cidade. Estava muito nervosa por isso, já que nunca tinha podido permitir ir para lá sozinha, de modo que não tinha estado. Colocou uma saia curta preta e um top prateado, que lhe tinha pegado emprestado de Blair algumas semanas atrás. Afastou o cabelo e colocou brincos falsos de cristal. Inclusive voltou a colocar os saltos de agulha.

Estava vestida para matar. Ou melhor, para foder. Quando Mike tocou a campainha, correu rumo a porta, com um formigamento de antecipação. Ergueu uma sobrancelha e lançou um assobio ao entrar.

-Esta certa de que quer que saiamos essa noite? – perguntou revisando cada centímetro de seu corpo.

Ela riu e girou, cheia de entusiasmo.

-Você gosta?

Ele assentiu

-Demônio sim. Esta lindíssima

-Obrigada. – Ele também estava lindo, com aquela calça preta, que se ajustavam bem em seu traseiro, e uma simples camisa branca que se pregava em seu corpo. Fosse qual fosse o aroma que desprendia, tanto se fosse de colônia como se fosse somente seu próprio cheiro, penetrou em seus sentidos como um chamado aos seus hormônios. Era tão quente e sexy que não a surpreendeu em nada.

-Esta pronta?

Oh sim! Estava pronta. Seu corpo estava a ponto de disparar em águas.

No cassino não tinha muitas pessoas, já que era segunda, de modo que foi passando de uma mesa a outra. Aprendeu a jogar os dados e a roleta, inclusive jogou algumas mãos de blackjack, o qual não tardou em descobrir que não se dava nada bem. A que mais a divertiu foi jogar das moedas por que podia brincar mais sem perder todo seu dinheiro. Por muito generoso que fosse Mike, ela se negava a desperdiçar o dinheiro. Por isso gostava de jogar no de moedas. Ele estava brincando em uma mesa de dados e parecia estar acumulando bastantes fichas, de modo que procurou uma máquina e meteu vinte dólares. Ganhou alguma coisa que a alegrou tanto que continuou jogando.

-Divertindo-se?

Ela deu a volta, com um amplo sorriso, acreditando que era Mike.

-Na verdade...

Não se tratava de Mike. Congelou o sorriso e logo desapareceu de tudo quando enfrentou o olhar de seu ex-marido, Chad.

O coração deu um remexido, os nervos ficaram tensos. Uma cascata de lembranças, todas desagradáveis, caíram sobre ela e logo voltou a ser a tímida ama de casa. Chad, alto, moreno, lindo, o menino de seus sonhos. Sim, certo o maior erro que tinha cometido em sua vida. Todo o entusiasmo e a diversão de que estavam desfrutando, desaparecendo num instante.

-O que faz você aqui?

Ele apoiou-se contra a máquina na qual ela estava jogando e tirou um cigarro, um costume que ela sempre tinha se incomodado.

-Estou jogando querida e você?

Esfrega o chão imbecil. O que parece que estou fazendo?

-Tenho um encontro.

-Ao que parece seu encontro te abandonou, por que não o vejo.

Tranqüila Abby. Esta tentando irritá-la de propósito. Dedicou um sorriso de satisfação.

-Na verdade sei exatamente onde está.

-Quem é?

-Esta na mesa dos dados. Logo ali. – indicou com a cabeça a mesa em que estava Mike. Esse levantou o olhar justo quando ela olhava em sua direção. Piscou um olho e atirou os dados.

-Ah! Nottingham.

-Sim.

-Na outra noite o vi com ele no clubee.

Chad estava no clubee na outra noite? Ela não o tinha visto, mas claro, deixando de lado os cinco primeiros minutos, esteve tão imersa em Mike e Seth que não tinha visto apesar de que estivesse diante de seu nariz.

-De verdade?

-Sim. Estava com Nottingham e com Seth Jacobs.

Ah. De modo que a tinha visto. Perguntou-se até que ponto o teria feito. Uma pequena chama de triunfo começou a se espalhar em seu interior.

-Então era eu. Engraçado, não o vi por ali. Claro estava bastante ocupada com meus encontros.

Chad abriu muito os olhos.

-Estava ali com os dois?

Ela apertou um dos botões da máquina sem fazer caso.

-A verdade é que sim

-Um pouco vadia não é assim Abby?

Ela nem sequer desviou os olhos das luzes que piscavam na máquina.

-Isso é como um pouco de chama em uma panela não é Chad?

-Antes era uma boa menina

O desagrado do tom de sua voz era evidente, mas já não possuía o poder de ferí-la. Afastou por fim o olhar da máquina e arqueou uma sobrancelha.

-Sigo sendo, Chad. Uma menina muito boa.

-Não posso acreditar o quanto mudou a menina doce com quem me casei.

Ela lançou um suspiro

-Por favor! E de que me serviu isso Chad? Fui fiel, fiquei todas as noites em casa esperando-o. Onde você estava? Saindo com outra mulher, fodendo-a, a ela em vez de mim. Bom, pois agora sou eu que se deita com outros homens em vez de com você. – apertou o botão de devolução de dinheiro, esperou que imprimisse o comprovante e o arrancou da máquina – E deixa que te diga algo: agora mesmo estou desfrutando do melhor sexo da minha vida. Todos esses anos desperdiçados com um homem como você. Oxalá tivesse sabido o que estava perdendo!

Esperou que respondesse, mas ele se limitou a olhá-la fixamente, com o rosto vermelho. Então deu se conta de que tinha ficado mudo. Pela primeira vez tinha conseguido que o bastardo fosse incapaz de falar. Era o momento de entrar para matar.

-Em todo o caso, o que viram em você todas essas meninas com que saiu enquanto estávamos casados?

Ele parecia a ponto de estrangulá-la. Ela agitou o recibo diante de seu rosto, com expressão triunfante.

-Gostaria de ficar para conversar com você um pouco mais, Chad, mas agora tenho uma vida em que não tem lugar para você.

Afastou-se sem olhar para trás, aproximou-se furtivamente de Mike e se apoiou em seu ombro. Ele a rodeou pela a cintura com um braço e plantou um beijo ardente nos lábios.

-Vi você falando com seu ex. – disse Mike quando ela interrompeu o beijo. Reuniu suas fichas e afastou-se da mesa, levando-a rumo à janela.

-É um imbecil. – declarou ela, entregando o recibo ao empregado.

-Te causou algum problema? – perguntou Mike, metendo no bolso a importante quantidade de bilhetes que entregou o empregado.

Abby devolveu o que ganhou na máquina de moedas, apesar das tentativas de Mike para não aceitar.

-Nenhum. Arrumei-me muito bem.

-Imagino. – Rodeou-a com um braço e dirigiram a saída. Ele tinha estacionado o carro no final do estacionamento. Quando chegaram ao carro, ele a fez voltar-se, empurrou-a contra a porta e sua boca caiu sobre a dela.

Ficou sem ar quando ele introduziu a língua e devorou seus lábios com um beijo cheio de paixão. Ela procurou seus braços, sentindo o ardente e duro músculo baixo da camisa. Ele separou as pernas com o joelho, metendo a coxa entre elas.

Seu corpo respondeu com uma explosão instantânea, umedeceu a vagina e contraíram os mamilos ao roçar contra seu peito. Não era capaz de evitar sua reação diante dele. Era irresistível e ela não podia fazer outra coisa que deixar seu corpo respondesse. O desejava? Demônios sim! Contudo, enquanto as mãos dele passeavam por seu corpo, acariciando os seios, beliscando os mamilos, e voltando-a louca de desejo, uma parte dela reconheceu que a reação que estava experimentando era pura e simplesmente física.

Desejava a Mike. Oh, Deus o desejava sempre. Mas, isso era o único que sentia. O único que ia sentir sempre. Deu-se conta, de maneira instintiva, de que Mike Nottingham era demais para ela. Apesar de ser maravilhoso, atraente e condenadamente excitante, não era o tipo de homem com que poderia manter um relacionamento. O tipo de relação que desejava.

O tipo de relação que queria.

A relação que desejava com Seth.

Oh, Deus!

Seth.

Mike separou a boca de seus lábios para levar ao seu pescoço, lambeu com a ponta no lugar em que batia o pulso, fazendo com que se arrepiasse. Meteu a mão debaixo da saia, segurando seu sexo. Ela estava a ponto de gozar. Aquilo tinha que parar. Sentia culpa! Colocou a mão no peito e o empurrou ao princípio com suavidade e logo com mais firmeza.

-Pare Mike.

Ele acariciou o clitóris e ela lutou contra as sensações. Estava próxima, tão condenadamente próxima, que esteve a ponto de gozar, de esquecer seus princípios e se deixar levar. Mas, não podia. Não podia maldição. Malditos escrúpulos.

-Mike, por favor, para. – Segurou os pulsos e afastou a mão da saia.

Ele levantou a cabeça e a olhou com expressão de desconcerto.

E naquele momento ela soube exatamente por que. Por que estava ofegando, seus seios subiam e desciam contra o torso dele, e tremia todo o corpo. E apesar do pênis que se movia contra sua coxa estar duro, nos olhos dele tinha algo que indicava que não estava tão alterado por aquilo como ela. Um distanciamento que não tinha notado antes.

Algo que não estava presente nos olhos de Seth. Com Seth tinha sexo, mas ela não podia olhar nos olhos e ver-lhe a alma com toda a claridade. Quando estavam juntos, ele se envolvia totalmente. Mike não sentia nenhum tipo de emoção. Era simples, luxúria. Entre ele e ela não existiam conexões emocionais das que tinha com Seth.

-O que acontece Abby? Esta tão condenadamente a ponto que posso notar como treme.

-Eu sei. Deus, eu sei. Sinto muito. Não posso fazê-lo

-Podemos ir a minha casa se este lugar a incomoda. Não tinha pensando que aqui não teremos intimidade.

Ela negou com a cabeça.

-Não é isso. Eu... Nem sequer sei por onde começar.

Mike suspirou e se afastou, colocando distância entre eles. Balançou a cabeça e a observou.

-É por Seth.

Ela arregalou os olhos.

-Como soube?

-Ele disse quase o mesmo ao seu respeito ontem.

-Sim? – Não pode evitar o sorriso que apareceu no rosto. Não queria colocá-lo, mas apareceu. Sentiu-se muito mal por aquilo e tentou apagá-lo, mas não conseguiu.

-São dos que se apaixonam. O levam escrito no rosto e da náusea.

Estava segurando o cabelo. Notou o meio sorriso de seus lábios e na sua forma de mover a cabeça – Sinto muito Mike.

– Não sinta. – Atraiu para si e a abraçou depositando um beijo na sua cabeça.

Permaneceram calados uns segundos e logo sussurrou:

-Invejo a capacidade de vocês para amar. - Ia perguntar o que queria dizer com aquilo, mas ele a afastou e dirigiu um amplo sorriso – Vou levá-la a Seth. Pode ser que tenha mencionado que você e eu tínhamos um encontro essa noite e certamente agora mesmo está destruindo sua casa por culpa do ciúme.

-Não foi capaz.

Mike encolheu os ombros

-Sou um canalha. Todo mundo sabe.

 

Seth ia de um lado para o outro da sala, bebendo o que ficava do rum e olhando rumo ao bar para escolher outra bebida. Não era uma boa idéia. Pela a manhã tinha uma operação. Além disso, o álcool não tinha chegado a roçar sequer a irritação que levava toda a noite consumindo-o, maldita seja, mais que toda a noite, desde o princípio quando Mike mencionou de passagem ao sair da clínica que aquela noite ia sair com Abby.

O qual explicava o porquê não ficou na sua casa na noite passada, abandonou sua cama, se foi de sua casa e ficou com Mike essa noite. Pode ser que tenha chamado até mesmo antes dela ter entrado em casa. De qualquer forma, sabia o que isso significava: ela não sentia nada por ele. O que o incomodava. Bom, o certo era que doía. Não tinha se metido naquilo para voltarem a sofrer. Contudo, não tinha se dado conta de aconteceria? Fechou seu coração depois que sua ex o pisoteara, deixando um pedaço machucado e seco atrás dela. Depois disso, utilizou as mulheres unicamente para o sexo.

E, além disso, estava bem. Mike era um mestre excelente naqueles assuntos. Fixou-se nele e aprendeu com o melhor. Mas, em algum momento, deixou a porta aberta, e no passar de um ano Abby colocou-se sem fazer ruído. Agora teria que voltar a fechá-la. Pode ser que depois de tudo, tomaria outro gole.

Quando soou a campainha, franziu o cenho. Merda. Quem demônio chamava a essas horas da noite? Aproximou-se da porta e olhou no olho mágico, levou um grande susto ao ver Abby. Entreabriu a porta e a observou com cautela.

-Olá. - cumprimentou ela, com as bochechas vermelhas.

-Olá. Acreditei que essa noite sairia com Mike.

O rubor de suas bochechas intensificou.

-Eu sei. Disse-me que sabia. Acaba de me deixar.

-Por quê?

-Posso entra ou quer que falemos aqui fora?

-Oh, sinto muito. – Afastou-se para deixá-la entrar. Maldição tinha um aspecto muito sexy com aquela saia preta, ajustada e exibia um top. Levava o cabelo ligeiramente recolhido e uns quantos fios loiros tinham escapado da presilha. Fechou os punhos para não estirar a mão e tocá-la – Sente-se. Quer alguma coisa?

-Não obrigada. – sentou no sofá da sala, tão perigosamente próxima da borda que corria o risco de cair a qualquer momento.

E parecia sentir muito incomoda.

O que podia significar uma coisa: tinha ido dizer que não queria voltar a vê-lo.

Que considerável da parte de Mike que permitisse fazê-lo sozinha! Claro que, o melhor, ela queria fazê-lo sem que ele estivesse presente. Isso seria típico de Abby. Não queria que Mike estivesse ali com um sorriso vitorioso, enquanto ela rejeitava Seth.

-Por que está aqui Abby?

Ela levantou a cabeça, com os olhos arregalados cheios de terror.

-T... Tenho que dizer uma coisa.

Supôs que devia comportar-se como um cavalheiro e facilitar as coisas, mas nesse momento não se sentia amável. Em seu lugar, sentou no sofá de frente a ela.

-Claro. Dispara.

Estirou as pernas e descansou os braços no respaldo da cadeira. De nenhuma maneira ia demonstrar até que ponto estava afetado por sua rejeição. Quando ela o dissesse, ele limitaria a atuar como se não tivesse muita importância e se despediria dela. O mais provável era que Mike estivesse esperando no carro.

Diga de uma vez e acaba com isso Abby.

-Tem algo para dizer?

-Estou apaixonada por você Seth.

Ele balançou os dedos no sofá.

-E?

Ela ergueu uma sobrancelha

-E?

Quando as palavras que ela acabava de pronunciar penetraram em seu cérebro, deixou os dedos quietos e inclinou para frente.

-O que acaba de dizer?

Ela engoliu saliva e ele ficou olhando o movimento de sua garganta.

-Disse que estou apaixonada por você.

Aquilo não era o que tinha se preparado para escutar. Em absoluto.

Merda!

Abby observou as emoções que cruzavam o rosto de Seth, resistindo ao impulso de sorrir de orelha a orelha. Deduziu que estava preparado para ouvir algo completamente diferente.

-Me ama.

-Sim

-Demônios. – piscou e passou os dedos pelo cabelo e levantou a vista para ela de novo – Me amas.

-Sim. – repetiu ela rindo dessa vez – Te Amo.

Ele se levantou, cruzou os dois passos que o separavam dela, pegou-a pelas as mãos e colocou de pé

-Me ama.

Ela assentiu. Ele sacudiu a cabeça.

-Pensava... Foda! Dá no mesmo. – Agachou e uniu os lábios com os dela. O beijo foi carregado de tanta emoção e sentimento que encheram os olhos de lágrimas. Ele estendeu os dedos sobre a pele desnuda de suas costas e apertou-a mais.

Ela desejou unir-se a ele.

Ele separou-se, com um olhar carregado de emoções que ela não soube como interpretar.

-Levo apaixonado por você desde o primeiro dia que apareceu na clínica Abby. Não queria apaixonar-me. Jurei que não o faria. E depois deste fim de semana, entre Mike, você e eu, não estávamos certos do que queria, mas o que eu queria era certo. Desejava você. Não quero voltar a compartilhar você jamais.

O coração dela ia alegrando-se a cada palavra.

-Sou mulher de um só homem. Esse fim de semana foi uma experiência, uma fantasia tornada realidade. Não vou negar que desfrutei como louca. Contudo, não quero voltar a repetir.

Ele sorriu

-Também desfrutei, mas posso fazer realidade suas fantasias de muitas formas diferentes.

Ela levantou a sobrancelha

-Estou certa de que sim.

-E aposto que tem fantasias bem selvagens.

De algum modo sabia que estaria disposto a explorar todas com ela. Não podia esperar.

-A verdade é que sim.

Seus dedos trançaram um ardente caminho, lento e sensual ao longo de suas costas, deslizaram debaixo de sua saia e se detiveram justo na separação das nádegas.

-Diga-me uma agora mesmo.

Ela olhou ao redor e logo sorriu

-Sempre tive a fantasia de estar inclinada sobre o sofá com a saia levantada...

O sorriso dele causou estragos em seus sentimentos. Era diabólico e estava carregado de promessas.

-Acredito que podemos arrumar isso. – Colocou-se atrás do sofá e a inclinou sobre ele.

Ela balançou o traseiro e estendeu as pernas

-Gosto da sua fantasia Abby.

Nem sequer a tinha tocado ainda e já estava empapada. Notou suas mãos na dobra da saia e seus joelhos acariciavam as coxas. Levantou a saia tão rápido que deu vontade de gritar e o clitóris palpitou de expectativa. O que não esperava era que afastasse a calcinha e deslizasse a língua diretamente na vagina. Lançou um grito e aferrou nas almofadas do sofá. Lambeu-a e arrastou a língua até rodear o clitóris

Esse homem fazia maravilhas com a língua e sexualmente era uma surpresa constante. Meteu a mão entre as pernas para acariciar o sexo, acariciando o clitóris até que ela se contorcia em sua mão.

-Goze para mim neném. – A animou ele, investindo a ter um orgasmo com a mesma tranqüilidade que se tivesse pedindo que passasse o sal. Ela ficou tensa, gritou e estremeceu contra sua língua e dedos.

Deus estava tão preparada para chegar ao orgasmo, tão excitada sexualmente por culpa de Mike, que Seth a levou ao delírio em questão de segundos. Ofegou e fechou os olhos, pensando que deveria sentir-se culpada por permitir que um homem terminasse com o que o outro tinha começado.

Não. O homem adequado estava terminando o que tinha começado o errado, e não ia sentir-se culpada por isso. Também tremia quando ele se incorporou separou as pernas com as coxas e entrou nela com um forte empurrão, pegando-a contra o respaldo do sofá. Segurou-se enquanto ele se movia com força contra ela, dando exatamente o que tinha pedido e fazendo realidade outra de suas mais secretas e íntimas fantasias.

A fodeu sem piedade, sem dar tempo sequer de recuperar o ar, empurrando seu membro para cima e fazendo que o clitóris roçasse contra o sofá, até que sua vagina o segurou com tanta força que gritou seu nome, ela a segurou pelos quadris e gozou com uma sucessão de estremecimentos. Derrubou-se contra suas costas com o coração acelerado.

Quando se retirou deu meia volta e lhe levantou as pernas para que as rodeasse. Beijou-a outra vez , ao que parece o encantava beijá-la, graças a Deus, com ternura, e tirou o prendedor do cabelo para poder meter os dedos entre eles. Ela adorou sua forma de tocá-la.

Levou-a assim até o quarto, com as calças meio abaixadas e começaram os dois a rir quando esteve a ponto de tropeçar nelas várias vezes. Caíram na cama e ficaram ali olhando um ao outro.

-Me ama. – voltou a dizer ele, com um sorriso idiota no rosto que ela estava certa que era reflexo do dela.

-Sim e você a mim.

-Tão certo de como estou aqui.

-E o que vamos fazer agora?

Ele se apoiou no cotovelo e desatou as tiras da blusa.

-Agora vamos voltar a foder.

-Isso, eu já sei. – disse ela rindo – Me referia a nós dois.

-Iremos viver dia-a-dia. – disse ele afastando a blusa e deixando livres os seios – Tem uma carreira e uma vida pela frente. Não vou me interpor nisso.

E aquela era uma das coisas que mais gostava nele. Dava-se conta de que precisava ser independente sem necessidade de que ela o dissesse. Apaixonar-se tinha sido a coisa mais descabelada daquele fim de semana. Algo inesperado, mas certamente, não por isso indesejado.

Havia obtido daquela aposta mais do previsto.

Não podia esperar para contar para Blair e Callie assim que voltasse à vê-las. Mas agora mesmo, um homem incrivelmente sexy estava despindo-a. Estendeu as mãos para os botões de sua camisa e começou a desabotoá-los.

—Bom Seth, já investigamos a fundo minhas fantasias, assim, falemos agora das suas…

 

 

                                                                                                    Jaci Burton’s

 

 

 

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