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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


SILÊNCIO / Becca Fitzpatrick
SILÊNCIO / Becca Fitzpatrick

 

 

                                                                                                                                                

  

 

 

 

 

 

Coldwater, MAINE TRÊS MESES ATRÁS 
O elegante AUDI preto parou no estacionamento com vista para o cemitério, mas nenhum dos três homens dentro tinham qualquer intenção de prestar respeito aos mortos. Já era meia noite, e os motivos eram oficialmente particulares. Um estranho nevoeiro fino e triste de verão, parecia como uma seqüência de fantasmas subindo. Até a lua, crescente encerada e delgada, se assemelhava a uma pálpebra caída. Antes que a poeira da estrada baixasse, o motorista saiu, prontamente as duas portas de carro de trás abriram. 
Blakely saiu primeiro. Ele era alto com cabelos grisalhos e um rosto duro e retangular quase trinta anos humanos, ainda que nitidamente mais velhos pela contagem Nephilim. Ele foi seguido por um segundo Nephil chamado Hank Millar. Hank, também, era pouco alto, com cabelos loiros, olhos azuis, parecia carismático. Seu credo era "Justiça sobre a misericórdia", e que, combinada com a sua ascensão rápida ao poder no submundo Nephilim durante os últimos anos, lhe rendeu os apelidos do Punho de Justiça, Punho de Ferro, e a mais famosa, a Mão Negra. Ele era saudado no meio do seu povo como um líder visionário, um salvador. Mas em círculos menores de bastidores, ele era discretamente referido como a Mão de Sangue. Vozes abafadas não murmuravam um redentor, mas um cruel ditador. Hank achava essa conversa divertida, um verdadeiro ditador tinha o poder absoluto e sem oposição. Esperançosamente, ele poderia viver suas expectativas. 

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Hank saiu e acendeu um cigarro, dando uma longa tragada. "Os meus homens estão juntos?" 
 
" Dez homens estão na mata acima de nós", respondeu Blakely. "Outros dez carros em ambas as saídas. Cinco estão escondidos em vários pontos dentro do cemitério, três apenas dentro das portas do mausoléu, e dois ao longo da cerca. Logo, nós iremos embora. Sem dúvida, os homens vão voltar com uma resposta." 
 
Hank sorriu na escuridão. "Oh, eu duvido disso". 
 
Blakely piscou. "Você trouxe 25 dos melhores lutadores de seus Nephilins contra um homem?" 
 
"Não era um homem", Hank lembrou ele. "Eu não quero que nada dê errado hoje à noite." 
 
"Nós temos Nora. Se ele trouxer problemas, coloque-o no telefone com ela. Eles dizem que os anjos não podem sentir o toque, mas as emoções são um jogo justo. Estou certo de que ele vai sentir quando ela gritar. Dagger está pronto e esperando ser chamado" 
 
Hank virou-se para Blakely, dando-lhe um sorriso lento de avaliação. "Dagger está vigiando ela? Ele é insano." 
 
"Você disse que queria quebrar seu espírito." 
 
"Eu disse isso, não foi?" Hank ponderou. Tinha sido há quatro dias desde que ele a tinha em cativeiro, arrastando-a para fora de um galpão de manutenção dentro de Delfos, o parque de diversões, mas ele estava determinado sobre quais as lições que precisava aprender. Primeiro, nunca para minar sua autoridade na frente de seus homens. Devoção, segundo a sua linhagem Nephilim. E talvez mais importante, mostrar respeito ao próprio pai. 
 
Blakely Hank entregou um pequeno aparelho mecânico com um botão no centro que brilhava um tom sobrenatural de azul. 
 
"Coloque isso no seu bolso. Pressione o botão azul e seus homens virão como um enxame em todas as direções." 
 
"Isso tem sido reforçado?" Hank perguntou. 
 
Um aceno de cabeça. "Após a ativação, ele é projetado para imobilizar temporariamente o anjo. Eu não posso dizer por quanto tempo. Este é um protótipo, e eu não pude testá-lo." 
 
"Você falou isso para alguém?" 
 
"Você ordenou que não, senhor." 
 
Satisfeito, Hank embolsou o dispositivo. "Deseje-me sorte, Blakely". 
 
Seu amigo deu um tapinha no ombro. "Você não precisa." 
 
Jogando de lado o cigarro, Hank desceu os degraus de pedra que conduzia ao cemitério, um pedaço de terra que no seu ponto de vista era inútil. Ele esperava para ver o anjo primeiro, mas estava confortável por saber que ele tinha o apoio de sua própria milícia altamente treinada. 
 
Na base da escada, Hank olhou através das sombras com cautela. Tinha começado a chuviscar,
lavando o nevoeiro. Ele poderia ver através das lápides e árvores que torciam loucamente. O cemitério estava cheio e quase labiríntico. Não é de admirar que Blakely tinha sugerido o local. A probabilidade dos olhos humanos acidentalmente presenciar acontecimentos desta noite era insignificante. 
 
Ali. À frente. O anjo inclinou-se sobre um túmulo, mas com a visão de Hank, ele se endireitou. Vestido rigorosamente de preto, incluindo uma jaqueta de couro, era difícil de distingui-lo das sombras. Ele não se barbeava há dias, seu cabelo estava indisciplinado e desleixado, e havia linhas de preocupação em torno de sua boca. Luto pelo desaparecimento de sua namorada, então? Melhor assim. 
 
"Você parece um pouco abatido Patch ..., não é?" Hank disse, parando a poucos metros de distância. 
 
O anjo sorriu, mas não foi agradável. "Estava aqui pensando que talvez você tivesse algumas noites sem dormir. Afinal, ela é sua própria carne e sangue. Pelo que posso ver, você tem tido o seu sono de beleza. Rixon sempre disse que você era um menino bonito." 
 
Hank deixou o insulto de lado. Rixon era o anjo caído que costumava possuir o seu corpo a cada ano durante o mês de Cheshvan, e ele era tão bom quanto morto. Com ele se foi, não havia mais nada no mundo que assustava Hank. "Bem? O que você tem para mim? É melhor ser bom." 
 
"Fiz uma visita a sua casa, mas você escondeu seu rabo entre as pernas e levou a sua família com você", o anjo disse em voz baixa com Hank, algo que não conseguia interpretar. Estava a meio caminho entre o desprezo e zombaria.... 
 
"Sim, eu achei que você poderia tentar algo tolo. Olho por olho, não é o credo dos anjos caídos?" Hank não poderia dizer se ele ficou impressionado com o comportamento frio do anjo, ou irritado. Ele esperava encontrar o anjo frenético e desesperado. No mínimo, ele esperava provocá-lo à violência. Qualquer desculpa para chamar seus homens correndo. Nada como um banho de sangue para incutir camaradagem. "Vamos cortar as gentilezas. Me diga que você me trouxe algo de útil." 
 
O anjo encolheu os ombros. "Jogar seu jogo parecia sem importância uma vez que você escondeu sua filha." 
 
Os músculos da mandíbula de Hank apertaram. "Este não era o acordo." 
 
"Eu vou dar a você a informação que você precisa," o anjo respondeu, quase como uma conversa normal se não fosse por aquele brilho arrepiante nos seus olhos. "Mas primeiro Nora. Faça seus homens colocá-la ao telefone agora." 
 "Eu preciso me assegurar que você vai cooperar a longo prazo. Estou mantendo-a até que você faça bem sua parte do acordo." 
 
Os cantos da boca do anjo inclinou-se, mas era quase um sorriso. Havia algo verdadeiramente ameaçador no resultado. "Eu não estou aqui para negociar." 
 
"Você não está em posição disso". Hank enfiou a mão no bolso e pegou o seu telefone. "Estou sem paciência. Se você desperdiçar meu tempo esta noite, vai ser uma noite desagradável para sua namorada. Uma chamada, e ela passará fome" 
 
Antes que tivesse tempo para levar a cabo sua ameaça, Hank sentiu-se tropeçar para trás. Os braços do anjo brilharam para fora, e todo o ar escapou de Hank em uma corrida. Sua cabeça bateu algo sólido, e ondas pretas embaçaram a sua visão. 
 
"É assim que vai funcionar", sussurrou o anjo. Hank tentou gritar, mas a mão do anjo fechou em sua garganta. Hank chutou os pés, mas o gesto era inútil; o anjo era muito forte. Ele coçou para o botão de pânico no bolso, mas seus dedos se atrapalharam inutilmente. O anjo tinha cortado seu oxigênio. Luzes vermelhas apareceram por trás de seus olhos e parecia que uma pedra tinha rolado para cima de seu peito. 
 
Em uma explosão de inspiração, Hank invadiu a mente do anjo, provocando para além dos fios que formaram seus pensamentos, concentrando-se fixamente no redirecionamento dos intenções de anjo, enfraquecendo a sua motivação, o tempo todo sussurrando um hipnótico, liberte Hank Millar, liberte-o agora 
 
"Um truque de mente?" O anjo desprezou. "Não se incomode. Faça a chamada,"ele ordenou. "Se ela não estiver livre nos próximos dois minutos, eu vou matá-lo rapidamente. Nada mais do que isso, e eu vou rasgá-lo, uma peça de cada vez. E confie em mim quando digo que vou aproveitar cada grito que você dará pela última vez."
 
"Você-não-pode me matar!" Hank sussurrou. 
 
Ele sentiu uma dor lancinante irromper em sua bochecha. Ele gritou, mas o som nunca conseguiu passar nos lábios. Sua traquéia foi esmagado, pelo aperto do anjo. A dor, queimando se intensificou, por todo o resto, Hank podia sentir o cheiro de sangue misturado com o seu próprio suor. 
 
"Uma peça de cada vez," o anjo sussurrou, balançando algo encharcado de líquido escuro sobre a visão Hank. Hank sentiu os olhos alargando-se. Sua pele! 
 
"Ligue para seus homens", ordenou o anjo, soando infinitamente menos paciente. 
 
"Não posso-falar!" Hank gorgolejou. Se ele apenas pudesse alcançar o botão de pânico... 
 
Faça um juramento para libertá-la agora, e eu vou deixar você falar. Ameaçou do anjo entrando facilmente na cabeça de Hank. 
 
Você está cometendo um grande erro, menino, Hank disparou de volta. Seus dedos roçaram seu bolso, deslizando para dentro. Ele apertou o dispositivo de pânico. 
 
O anjo fez um som gutural de impaciência, arrancou o aparelho e arremessou-o no nevoeiro. O juramento ou o seu braço vai junto. 
 
Eu vou defender o nosso acordo original, Hank disse. Vou poupar a vida dela e enterrar todo o pensamento de vingar a morte Chauncey Langeais, e você vai me trazer as informações que eu preciso. Até isso, eu me comprometo a tratá-la de forma humana- 
 
O anjo bateu cabeça de Hank contra o chão. Entre a náusea e a dor, ele ouviu o anjo dizer, eu não estou deixando-a com você outros cinco minutos, muito menos o tempo que me levará a obter o que deseja. 
 
Hank tentou espreitar por cima do ombro do anjo, mas tudo o que ele viu foi uma cerca de lápides. O anjo mandou-o no chão, impedindo sua visão. Seus homens não podiam vê-lo. Ele não acreditou que o anjo poderia matá-lo, ele era imortal, mas ele não ia mentir aqui e se deixar ser mutilado até que ele se assemelhasse a um cadáver. 
 
Ele curvou os lábios e olhou nos olhos do anjo. Eu nunca vou esquecer o quão alto ela gritou quando eu a puxei para fora. Você sabia que ela gritou o seu nome? Mais e mais. Ela disse que você viria para ela. Isso nos primeiros dias, é claro. Acho que ela está finalmente começando a aceitar que você não é páreo para mim. 
 
Ele viu o rosto do anjo escurecer, de sangue. Sacudiu os ombros, os olhos negros dilataram com raiva. E depois tudo aconteceu em agonia deslumbrante. 
 
Em um instante Hank estava à beira de desmaiar de dor que em sua carne, e no próximo ele estava olhando para os punhos do anjo, pintados com seu sangue. 
 
Um grito ensurdecedor de trovão saiu do corpo de Hank. A dor explodiu dentro dele, quase deixando-o inconsciente. De algum lugar distante, ouviu os passos de seus homens Nephilins. 
 
"Tire-me daqui!", Ele rosnou quando o anjo rasgou seu corpo. Todas as terminações nervosas se
enfureceram como fogo. Calor e agonia vazaram de seus poros. Ele tentou avistar sua mão, mas não havia carne só osso desconfigurado. O anjo ia rasgá-lo em pedaços. Ouviu grunhidos do esforço de seus homens, mas o anjo ainda estava em cima dele, com as mãos ardendo em fogo por todos os lugares que tocavam. 
 
Hank gritou violentamente. "Blakely!" 
 
"Puxe-o agora!" Blakely comandou de seus homens. 
 
Não breve o suficiente, o anjo foi arrastado. Hank estava no chão, ofegante. Ele estava molhado com seu sangue, a dor o esfaqueou. Com a mão estendida de Blakely, Hank subiu com esforço ficando em pé. Sentiu-se instável, balançando e intoxicado com seu próprio sofrimento. Pelos olhares de seus homens, Hank sabia que ele era uma visão horrível. Dada a gravidade dos ferimentos, ele poderá levar uma semana inteira para curar a si mesmo. 
 
"Devemos levá-lo, senhor?" 
 
Hank passou um lenço sobre os lábios, que estava dividido aberto e pendurado de seu rosto como uma papel. "Não. Nós não temos nenhum interesse nele ele preso. Não dê nada à menina além de água por 48 horas. "Sua respiração era irregular. "Se nosso menino aqui não puder cooperar, ela paga". 
 
Com um aceno de cabeça, virou para Blakely, discando em seu telefone. 
 
Hank cuspiu um dente com sangue, estudou em silêncio, em seguida, enfiou-o no bolso. Ele fixou os olhos no anjo, cujo único sinal exterior de fúria veio na forma de punhos cerrados. "Mais uma vez, os termos do nosso acordo, por isso não haverá mais mal-entendidos. Primeiro, você vai ganhar de volta a confiança dos anjos caídos, se reunirão" 
 
"Eu vou matar você", disse o anjo com aviso silencioso. Embora ele estivessedetido por cinco homens, ele não lutou. Ele estava mortalmente, com seus olhos negros ardendo em vingança. Por um momento, Hank sentiu uma golpear o medo como um fósforo dentro de seu intestino. 
 
Ele se esforçou para a demonstrar indiferença. "-Após isso, você irá espioná-los e relatar suas relações diretamente a mim." 
 
"Eu juro agora", disse o anjo, sua respiração controlada, mas elevada, "com esses homens, como minhas testemunhas, eu não vou descansar até que você esteja morto." 
 
"Um desperdício de ar. Você não pode me matar. Talvez você tenha esquecido de que um Nephil afirma seu direito de primogenitura imortal?" 
 Um murmúrio de diversões circulou seus homens, mas Hank acenou ao silêncio. "Quando eu tiver determinado que você me deu informação suficiente para o sucesso de impedir que os anjos caídos de possuam corpos Nephilins no Cheshvan" 
 
"Por cada mão que você colocar nela, eu voltarei com dez vezes mais." 
 
Boca de Hank torceu em uma sugestão de um sorriso. "Um sentimento desnecessário, você não acha? Até o momento eu estou com ela, ela não vai se lembrar do seu nome." 
 
"Lembre-se deste momento," o anjo disse com veemência gelada. "Eu vou voltar para caçá-lo." 
 
"Chega disso", Hank rompeu, fazendo um gesto enojado e partiu de volta em direção ao carro. "Deixe ele no Parque de Diversões de Delfos. Queremos que ele volte para os caídos, logo que possível." 
 
"Eu vou dar-lhe as minhas asas." 
 
Hank parou, não tendo certeza que ele ouviu o anjo corretamente. Ele latiu uma risada. "O quê?" 
 
"Faça um juramento para liberar Nora agora, e elas são suas." O anjo parecia abatido, dando o primeiro sinal de derrota. Música para os ouvidos de Hank. 
 
"Que utilidade eu teria com suas asas?", Ele respondeu suavemente, mas o anjo tinha chamado sua atenção. Tanto quanto ele sabia, nunca um Nephil tinha arrancado as asas de um anjo. Eles faziam isso entre sua própria espécie de vez em quando, mas a ideia de um Nephil ter esse poder era novidade. Muita tentação. Contos de sua conquista iriam varrer famílias Nephilins durante a noite. 
 
"Você vai pensar em alguma coisa", disse o anjo de cansaço crescente. 
 
"Eu vou fazer um juramento para libertá-la antes de Cheshvan," Hank respondeu, sufocando toda a ânsia de sua voz, sabendo que revelar o seu prazer seria desastroso. 
 
"Não é o suficiente." 
 
"Suas asas podem ser um troféu bonito, mas eu tenho uma grande agenda. Vou libertá-la até o final do verão, a minha oferta final. "Ele se virou, indo embora, engolindo o seu entusiasmo ganancioso. 
 
"Feito", o anjo disse com uma resignação tranqüila, e Hank lançou uma respiração lenta. 
 
Ele se virou. "Como é para ser feito?" 
 
"Seus homens vão rasgá-las fora." 
 
Hank abriu a boca para argumentar, mas o anjo o interrompeu. "Eles são fortes o suficiente. Se eu não lutar, nove ou dez deles juntos poderiam fazer isso. Eu vou voltar para viver debaixo de Delfos e deixarei saber que os arcanjos arracaram minhas asas. Mas para que isso funcione, você e eu não podemos ter qualquer conexão ", alertou. 
 
Sem demora, Hank sacudiu algumas gotas de sangue de sua mão desfigurada para a grama a seus pés. "Eu juro liberar Nora antes do verão acabar. Se eu quebrar o meu voto, eu imploro que eu possa morrer e voltar ao pó de onde eu fui criado." 
 
O anjo puxou a camisa sobre a cabeça e se preparou as mãos sobre os joelhos. Seu tronco subia e descia com cada respiração. Com uma certa bravura Hank o invejou, o anjo lhe disse: "Vamos em frente com isso." 
 
Hank teria gostado de fazer as honras, mas sua cautela venceu. Ele não podia ter a certeza de que não havia vestígios de outras intenções dele. Se o lugar onde as asas de um anjo se fundiam em suas costas estivesse tão receptivo como diziam, apenas um toque podia denunciá-lo. Ele tinha trabalhado muito duro para chegar até aqui. 
 
Sufocando seu pesar, Hank dirigida seus homens. "Tirem as asas do anjo e limpem qualquer confusão. Em seguida, despeje o seu corpo nos portões de Delfos, onde ele vai certifique-se de ser encontrado. E tomem cuidado para não serem vistos. "Ele teria gostado de ordenar-lhes para marcarem o anjo com a sua marca cerrados mostrando um punho visível de triunfo para aumentar seu status entre os Nephilins em todos os lugares, mas o anjo tinha um ponto. Para que isso funcione, eles não poderiam deixar nenhuma evidência de associação. 
 
De volta ao carro, Hank olhou sobre o cemitério. O evento já havia terminado. O anjo estava prostrado no chão, sem camisa, duas feridas abertas em execução no comprimento de suas costas. Embora ele não se sentisse um pingo de dor, seu corpo parecia ter entrado em choque com a perda. Hank também tinha ouvido de um caído que as cicatrizes de asas de anjos eram seu calcanhar de Aquiles. Neste, os boatos pareciam ser verdadeiros. 
 
"Devemos ligar essa noite?" Blakely perguntou, aproximando-se atrás dele. 
 
"Uma ligação mais", disse Hank com uma corrente de ironia. "Para a mãe da menina." 
 
Ele discou e colocou o celular no ouvido. Ele limpou a garganta, adotando um tom tenso e preocupado. "Blythe, querida, só agora recebi sua mensagem. A família e eu saímos de férias e eu estou correndo para o aeroporto agora. Eu vou pegar o primeiro vôo. Conte-me tudo. O que quer dizer, raptada? Você tem certeza? O que a polícia disse?" Ele fez uma pausa, ouvindo seus soluços angustiados. "Ouça-me", disse a ela com firmeza. "Eu estou aqui por você. Vou esgotar todas os recursos que tenho se isso for preciso. Se Nora está lá fora, vamos encontrá-la."
 
 
Silence - Capítulo 1
Mesmo antes de abrir meus olhos, eu sabia que estava em perigo.  Eu senti o barulho macio de passos se aproximando. Ainda estava embriagada de sono, entorpecendo o meu foco. Eu estava de costas, um frio que passava através de minha camisa. Meu pescoço estava torto em um ângulo doloroso, e eu abri meus olhos. Pedras finas surgiam do nevoeiro preto-azulado. Por um momento, uma imagem com dentes tortos me veio à mente, e então eu vi o que realmente eram. Lápides. 
 
Eu me esforcei para tentar ficar sentada, mas as minhas mãos escorregaram na grama molhada. Lutei contra a névoa de sono ainda enrolada em volta da minha mente, eu rolei para o lado de fora de uma cova rasa, sentindo meu caminho através do vapor. Minha calça estava encharcada de orvalho até os joelhos por eu rastrear entre os túmulos e monumentos colocados a esmo. Um reconhecimento leve pairava, mas foi apenas um pensamento, eu não conseguia me focar devido a dor excruciante que irradia dentro do meu crânio. 
 
Arrastei-me junto de uma cerca de ferro forjado, abaixo de uma camada de folhas em decomposição de anos. Um uivo macabro ecoou por cima, e apesar de enviar um tremor através de mim, não era do som que eu estava mais com medo. Os passos sobre a grama atrás de mim, se eles estavam perto ou longe eu não poderia dizer. Um grito de perseguição cortou através da névoa, e apertei o passo. Eu sabia instintivamente que eu tinha que me esconder, mas eu estava desorientada, estava muito escuro para ver claramente, o nevoeiro estranho, azul enfeitiçava diante dos meus olhos. 
 
Ao longe, preso entre duas paredes de árvores finas, um mausoléu de pedra branca brilhava na noite. Fiquei em pé e corri em direção a ele. 
 
Eu escorreguei entre dois monumentos de mármore, e quando eu saí do outro lado, ele estava esperando por mim. Uma silhueta imponente, seu braço levantado. Eu tropecei para trás. Como eu caí, percebi o meu erro: Ele era feito de pedra. Um anjo, guardando os mortos. Eu poderia ter sufocado um riso nervoso, mas minha cabeça bateu contra algo rígido, rangendo o mundo para os lados. Escuridão invadiu a minha visão. 
 
Não foi por muito tempo. Quando o preto absoluto de inconsciência começou a desbotar, eu
ainda estava respirando com dificuldade pelo esforço da corrida. Eu sabia que tinha que me levantar, mas eu não conseguia lembrar-me porquê. Então eu estava ali, o orvalho gelado misturando-se com o suor da minha pele quente. Finalmente pisquei, e foi então que foquei a mais próxima lápide. As letras gravadas no epitáfio em uma única linha.
 
 
 
Harrison Grey 
 
Um marido e pai devotado 
 
Morreu em 16 de março, 2008 
 
 
 
Eu mordi meu lábio para não gritar. Agora eu entendi a sombra familiar que spreitava por cima do meu ombro desde que acordei minutos atrás. Eu estava no cemitério da cidade de Coldwater. No túmulo do meu pai. 
 
Um pesadelo, pensei. Eu realmente não acordei ainda. Isso tudo é apenas um sonho horrível. O anjo me olhava, suas asas lascadas desfraldavam por trás dele, o braço direito apontando em todo o cemitério. Sua expressão era cuidadosamente individual, mas a curva de seus lábios era mais irônica do que benevolente. Por um momento, eu era quase capaz de enganar-me a acreditar que ele era real e eu não estava sozinha. 
 
Eu sorri para ele, então senti as lágrimas em meus lábios. Arrastei minha manga ao longo da minha bochecha, enxugando as lágrimas, embora eu não me lembre de começar a chorar. Eu queria desesperadamente subir em seus braços, sentindo a batida de suas asas no ar enquanto voava sobre os portões e longe deste lugar. 
 
O som de passos me puxou para fora do meu estupor. Eles estavam mais rápidos agora, deixando de estar através da grama. Virei na direção do som, perplexa com o de piscar a luz dentro e fora da escuridão enevoada. Seu feixe se levantou e caiu para a cadência dos passos varrendo o chão.
 
A lanterna. 
 
Eu olhava quando a luz chegou e parou entre os meus olhos, deixando-me cega. Tive a certeza horrível de que eu definitivamente não estava sonhando. 
 
"Procure aqui", uma voz de homem rosnou, escondido atrás do brilho da luz. "Você não pode
ficar aqui. O cemitério está fechado."
 
Eu virei o rosto, partículas de luz ainda dançando atrás de minhas pálpebras. 
 
"Muitos outros estão lá?" ele exigiu. 
 
"O quê?" Minha voz era um sussurro seco. 
 
"Quantos mais estão aqui com você?" ele continuou de forma mais agressiva. "Pensou que você ia sair e jogar jogos noturnos, não é? Esconde-esconde, eu acho? Ou talvez fantasmas no cemitério? Não em meu tempo, você não vai!" 
 
O que eu estava fazendo aqui? Eu tinha vindo visitar o meu pai? Eu pesquei na minha memória, mas estava preocupantemente vazia. Eu não conseguia lembrar-se de chegar ao cemitério. Eu não conseguia lembrar-me de muita coisa. Era como se toda a noite tivesse sido arrancada de sob meus pés. Pior, eu não conseguia lembrar-me desta manhã. Eu não conseguia lembrar-me de me vestir, comer, ir à escola. Foi mesmo um dia na escola? 
 
Momentaneamente empurrando meu pânico para o fundo, me concentrei em orientar-me fisicamente e aceitou a mão estendida do homem. Assim que eu estava sentada, a lanterna olhou para mim novamente. "Quantos anos você tem?" ele queria saber. 
 
Finalmente algo que eu sabia com certeza. "Dezesseis". Quase dezessete anos. Meu aniversário estava chegando em agosto. 
 
"O que você está fazendo aqui sozinha? Você não sabe que é hora de recolher?" 
 
Olhei em volta impotente. "Eu-" 
 
"Você não é uma fugitiva, não é? Apenas me diga que você tem um lugar para ir." 
 
"Sim". Casa da fazenda. Na lembrança súbita de casa, meu coração levantou, seguido pela sensação de frio no estômago e joelhos tremendo. Para fora após toque de recolher? Quanto tempo depois? Eu tentei, sem sucesso, fechar a imagem de expressão enfurecida da minha mãe quando eu entrei pela porta da frente. 
 
"O 'sim' tem um endereço?" 
 
"Lane Hawthorne". Eu parei, mas balancei violentamente minha cabeça para o sangue circular. Por que não poderia me lembrar de como eu tinha chegado até aqui? Certamente eu não dirigi. Mas onde eu tinha estacionado o Fiat? E onde estava minha bolsa? Minhas chaves? 
 "Andou bebendo?" ele perguntou, estreitando os olhos. 
 
Eu balancei minha cabeça. 
 
O feixe da lanterna tinha deslizado para a lateral do meu rosto, quando de repente ele mirou entre meus olhos mais uma vez. 
 
"Espere um segundo", disse ele, com um tom de algo que eu não iria gostar escorregando em sua voz. "Você não é aquela garota, não é? Nora Grey," ele deixou escapar, como se o meu nome fosse uma resposta óbvia. 
 
Eu recuei um passo. "Como você sabe meu nome?" 
 
"A TV. A recompensa. Hank Millar anunciou." 
 
Tudo o que ele disse passou flutuando em seguida. Marcie Millar era a coisa mais próxima que eu tinha de um arqui-inimigo. O que seu pai tem a ver com isso? 
 
"Eles estão procurando por você desde o final de junho." 
 
"Junho?" Eu repeti, um pânico se instalou dentro de mim. "O que você está falando? É Abril." E quem estava procurando por mim? Hank Millar? Por quê? 
 
"Abril?" Ele me olhou de maneira estranha. "Por que, garota, é setembro." 
 
Setembro? Não. Não podia ser. Gostaria de saber se o segundo ano tinha terminado. Gostaria de saber se as férias de verão haviam começado e terminado. Eu tinha acordado um mero punhado de minutos atrás, desorientada, sim, mas não estúpida. 
 
Mas que razão ele tinha para mentir? 
 
Quando a lanterna baixou, olhei-o, agora por completo. Seus jeans estavam manchados, sua barba tinha dias sem um aparelho de barbear, unhas longas e negras nas pontas. Ele parecia muito com os vagabundos que perambulavam os trilhos do trem e pelo rio durante os meses de verão. Eles eram conhecidos por porte de armas. 
 
"Você está certo, eu deveria ir para casa", eu disse, me afastando, escovando a minha mão contra o meu bolso. A colisão familiar de meu celular estava faltando. O mesmo com as chaves do meu carro. 
 
"Onde você acha que está indo agora?" , perguntou ele, vindo atrás de mim. 
 
Meu estômago apertou com seu movimento brusco, e eu me pus a correr. Corri na direção do anjo de pedra pontiaguda, esperando que me levasse a um portão sul. Eu teria usado a porta do norte, a qual eu estava familiarizada, mas seria obrigada a correr em direção ao homem, ao invés do contrário. O chão cedeu debaixo dos meus pés, e eu tropecei em declive. Ramos rasparam meus braços; meus sapatos bateram contra o chão irregular e rochoso. 
 
"Nora!" O homem gritou. 
 
Eu queria me matar por dizer-lhe que eu vivia em Hawthorne Lane. E se ele me seguisse? 
 
Seu passo era mais longo, e o ouvi vagando atrás de mim, se aproximando. Eu arremessei os braços descontroladamente, batendo de volta nos ramos que afundaram como garras em minha roupa. A mão prendeu meu ombro, e eu virei, golpeando-o.
 
"Não me toque!" 
 
"Agora espere um minuto. Eu disse a você sobre a recompensa, e pretendo consegui-la." 
 
Agarrou meu braço pela segunda vez, e numa injeção de adrenalina, eu dirigi meu pé em sua canela. 
 
"Uuhn!" Ele se curvou, agarrado à sua perna. 
 
Fiquei chocada com a minha violência, mas não tive outra escolha. Cambaleando para trás alguns passos, lancei um olhar apressado ao redor, tentando me orientar. Minha camisa umedecida de suor, deslizando em minha espinha dorsal, fazendo com que todos os pêlos do meu corpo se levantassem. Alguma coisa estava errada. Mesmo com a minha memória grogue, eu tinha um mapa claro do cemitério na minha cabeça- Eu tinha estado aqui inúmeras vezes para visitar túmulo do meu pai, mas enquanto o cemitério parecia familiar, até todos os detalhes, incluindo o cheiro das folhas esmagadas na água da lagoa, algo sobre sua aparência estava ausente. 
 
E então eu coloquei meu dedo sobre ele. 
 
As árvores de bordo estavam salpicados com vermelho. Um sinal do outono iminente. Mas isso não era possível. Era abril, e não de Setembro. Como poderia estar mudando as folhas? Estava o homem, possivelmente, dizendo a verdade? 
 
Olhei para trás para ver o homem mancando depois de mim, pressionando seu telefone celular
ao ouvido. "Sim, é ela. Tenho certeza disso. Saindo do cemitério, rumo ao sul." 
 
Eu mergulhei em frente com medo renovado. Pular a cerca. Encontrar uma bem iluminada e bem povoada área. Por favor, chame a polícia. Chame-Vee 
 
Vee. Minha melhor amiga e mais confiável. Sua casa estava mais próxima do que a minha. Eu ia lá. A mãe dela iria chamar a polícia. Eu iria descrever como o homem parecia, e eles iriam rastreá-lo. Eles saberiam que tinha sido deixada sozinha. Então eles conversariam comigo durante a noite, percorrendo os meus passos, e de alguma forma as lacunas na minha memória seriam costuradas e eu teria algo com que trabalhar. Eu sacudi esta versão separada de mim mesma, este sentimento de estar suspensa em um mundo que era meu mas me rejeitando. 
 
Eu parei de correr só para passar por cima do muro do cemitério. Havia um campo de um quarteirão acima, apenas do outro lado do Wentworth Bridge. Eu iria atravessá-lo e seguir meu caminho até a rua das árvores atravessando vielas e quintais até que eu estivesse segura dentro da casa de Vee. 
 
Eu estava correndo em direção à ponte quando um som agudo de uma sirene virou a esquina, e um par de faróis me prendeu no lugar. A luz azul estava ao teto do sedan, que gritou para eu parar do outro lado da ponte. 
 
Meu primeiro instinto foi correr para a frente e apontar na direção do cemitério, descrevendo o homem que me agarrou para o policial, mas quando os meus pensamentos vieram à minha mente, eu estava cheia de medo. 
 
Talvez ele não fosse um policial. Talvez ele estivesse tentando se parecer com um. Qualquer um poderia ter em suas mãos uma luz Kojak. Onde estava a sua viatura? De onde eu estava, olhando através de seu pára-brisa, ele não pareceu estar de uniforme. Todos esses pensamentos caíram por mim com pressa. 
 
Eu estava ao pé da ponte inclinada, segurando a parede de pedra como apoio. Eu tinha certeza que o diretor talvez tivesse me visto, mas me escondi para as sombras das árvores curvando-me sobre a borda do rio, de qualquer maneira. Da minha visão periférica, a água negra do Went brilharam. Como as crianças, Vee e eu tínhamos nos agachado muito debaixo desta ponte, pegando crustáceos da margem do rio com varas e pedaços de hotdog na água. Os crustáceos fixavam as suas garras no hotdog, recusando-se a deixar ir, mesmo quando nós os tirávamos para fora do rio e colocávamos soltos em um balde. 
 
O rio era profundo no centro. Também era bem escondido, serpenteando através de propriedades subdesenvolvidas, onde ninguém tinha dinheiro para instalar postes. No final do campo, a água corria em direção ao distrito industrial, fábricas antigas e aposentadas, e para o
mar. 
 
Eu brevemente me perguntei se eu tinha que saltar da ponte. Eu tinha pavor de altura e a sensação de cair, mas eu sabia nadar. Eu só tinha que fazê-lo na água..
 
A porta do carro fechou, puxando-me de volta para a rua. O homem no carro, talvez o policial havia saído. Ele era tinha: cabelo escuro e cacheado, e vestido formalmente em uma camisa preta, gravata preta, calças pretas. Algo sobre ele bateu minha memória. Mas antes que eu pudesse agarrá-lo verdadeiramente, a minha memória se fechou e eu estava tão perdida quanto nunca. 
 
Uma variedade de ramos e galhos estavam espalhados pelo chão. Eu me abaixei, e quando eu endireitei, eu estava segurando um pedaço de pau tão grosso como meu braço. 
 
O diretor talvez fingisse não ver a minha arma, mas eu sabia que ele tinha visto. Ele tirou um distintivo da polícia para sua camisa, então, levantou suas mãos até os ombros. Eu não vou te machucar, o gesto, disse. 
 
Eu não acredito nele. 
 
Ele passeou alguns passos à frente, tomando cuidado para não fazer nenhum movimento brusco. "Nora. Sou eu." Eu vacilei quando ele falou meu nome. Eu nunca tinha ouvido a voz dele antes, o que fez o meu coração bater forte o suficiente para eu sentir bem claro em torno de meus ouvidos. "Você se machucou?" 
 
Continuei a observá-lo com a crescente ansiedade, minha mente correndo em várias direções. O emblema poderia ser facilmente falsificado. Eu já tinha decidido que a luz Kojak era. Mas se ele não era policial, quem era ele? 
 
"Eu liguei para sua mãe", disse ele, subindo a encosta gradual da ponte. "Ela vai nos encontrar no hospital." 
 
Eu não larguei o pau. Meus ombros subiam e desciam a cada respiração, eu podia sentir o ar ofegante entre meus dentes. Outra gota de suor deslizou por baixo da minha roupa. 
 
"Tudo vai ficar bem", disse ele. "Está tudo acabado. Eu não vou deixar ninguém te machucar. Você está segura agora." 
 
Eu não gostava de seu passo, muito fácil ou do modo familiar como ele falou comigo. 
 
"Não chegue mais perto", eu disse a ele, o suor nas palmas das minhas mãos tornava difícil
segurar o bastão corretamente. 
 
Testa enrugada. "Nora?" 
 
O pau tremeu na minha mão. "Como você sabe meu nome?" Eu exigi, não a ponto de deixá-lo saber como eu estava com medo. O quanto ele me assustava. 
 
"Sou eu", repetiu ele, olhando direto nos meus olhos, como se esperasse que as luzes viessem em chamas. "Detective Basso." 
 
"Eu não te conheço." 
 
Ele não disse nada por um momento. Em seguida, tentou uma nova abordagem. "Você se lembra onde você esteve?" 
 
Eu o observei com cautela. Eu procurei mais profundamente na minha memória, olhando para baixo, mesmo nos corredores mais escuros e mais antigos, mas seu rosto não estava lá. Eu não tinha nenhuma lembrança dele. E eu queria lembrar dele. Eu queria algo ou qualquer coisa familiar a que se agarrar, para que eu pudesse dar sentido a um mundo que, do meu ponto de vista, havia sido distorcido. 
 
"Como você apareceu esta noite ao cemitério?" ele perguntou, inclinando a cabeça levemente na direção. Seus movimentos eram cautelosos. Seus olhos eram cautelosos. Mesmo a linha de sua boca era política. "Será que alguém lhe deixou aqui? Você veio andando?" Ele esperou. "Eu preciso que você para me diga, Nora. Isso é importante. O que aconteceu esta noite?" 
 
Eu gostaria de saber. 
 
Uma onda de náusea rolou através de mim. "Eu quero ir para casa." Eu ouvi um barulho frágil perto dos meus pés. Tarde demais, percebi que tinha deixado cair o bastão. Senti a brisa fria em minhas mãos vazias. Eu não deveria estar aqui. A noite toda era um erro enorme. 
 
Não. Nem a noite inteira. O que eu sabia disso? Eu não conseguia lembrar de toda ela. Meu único ponto de partida era uma fatia de volta no tempo, quando eu acordei sobre um túmulo, frio e perdida. 
 
Eu elaborei uma imagem mental da casa da fazenda, segura e quente e real, e senti um fio derrubar ao lado do meu nariz. 
 
"Eu posso te levar para casa." Ele assentiu com simpatia. "Eu só preciso levá-la para o hospital primeiro." 
 Apertei meus olhos fechados, me odiando por estar reduzida a chorar. Eu não poderia pensar em uma maneira melhor ou mais rápida para lhe mostrar a quão assustada eu realmente estava. 
 
Ele suspirou o mais macio de sons, como se quisesse achar uma maneira de contornar a notícia de que estava prestes a entregar. "Você está desaparecido há 11 semanas, Nora. Você ouve o que estou dizendo? Ninguém sabe onde você esteve nos últimos três meses. Você precisa ser examinada. Precisamos ter a certeza de que está bem." 
 
Eu olhei pra ele, sem realmente vê-lo. Minúsculos sinos repicaram em meus ouvidos, mas parecia muito distante. No fundo do meu estômago eu senti um solavanco, mas eu tentei me controlar. Eu chorei na frente dele, mas eu não ia ficar doente. 
 
"Nós pensamos que você tinha sido seqüestrada", disse ele, seu rosto ilegível. Ele diminuiu a distância entre nós e agora estava muito perto. Dizendo coisas que eu não conseguia entender. "Sequestrada". 
 
Pisquei. Apenas fiquei lá e pisquei. 
 
Uma sensação agarrou meu coração, puxando e torcendo. Meu corpo ficou frouxo, cambaleante no ar. Eu vi o borrão de ouro da rua acima, ouviu o rio passar sob a ponte, senti o cheiro do escapamento do seu carro ligado. Mas estava tudo em segundo plano. Um adendo tonto. 
 
Com apenas um aviso de que breve, senti-me balançando, balançando. Cai em nada. 
 
Eu estava inconsciente antes de eu bater no chão. 
 
 
Silence - Capítulo 2 CAPÍTULO 2 
Acordei no hospital. 
 
O teto era branco, as paredes de um azul sereno. O quarto cheirava a lírios, amaciante, e
amônia. Um carrinho com rodas foi empurrado ao lado da minha cama equilibrando dois
arranjos de flores, um buquê de balões que dizia MELHORE LOGO! e um saco de presente roxo.
Os nomes nos cartões dentro estavam fora de foco. DOROTHEA e Lionel. VEE. 
 
 
Não havia movimento ao redor. 
 
"Oh, baby", sussurrou uma voz familiar, e a pessoa por trás dela atirou-se fora de sua cadeira
para mim. "Oh, querida." Ela se sentou na beirada da minha cama e me puxou para um abraço
sufocante. "Eu te amo", ela engasgou em meu ouvido. "Eu te amo tanto." 
 
"Mãe". O mero som de seu nome dispersou os pesadelos de que eu não conseguia me tirar fora.
Uma onda de calma, encheu-me, afrouxando o nó de medo no meu peito. 
 
Eu sabia que ela estava chorando pela forma como seu corpo tremia contra o meu, poucos
tremores no início e depois grandes. "Você se lembra de mim", disse ela, nada menos do que um
alívio brotando em sua voz. "Eu estava tão assustada. Eu pensei -Oh, baby. Eu pensei o pior!" 
 
E assim, os pesadelos rastejaram de volta sob a minha pele. "É verdade?" Eu perguntei, algo
gorduroso e ácido agitou no meu estômago. "O que o detetive. Eu estava... para 11 semanas ..."
Eu não podia dizer a palavra. Seqüestrada. Isso era tão clínica. Tão impossível. Ela fez um som
de aflição. "O que-me aconteceu?" Eu perguntei. 
 
Minha mãe arrastou a ponta dos dedos sob os olhos para secá-los. Eu a conhecia bem o
suficiente para saber que ela estava apenas tentando parecer se recompor para meu benefício.
Eu imediatamente me preparei para as más notícias. 
 
"A polícia está fazendo todo o possível para reunir as respostas." Vestiu um sorriso, mas vacilou.
Como se ela precisasse de algo para ancorar-se, ela pegou minha mão e apertou-a. "A coisa mais
importante é que você está de volta. Você está em casa. Tudo o que aconteceu, acabou. Vamos
passar por isso." 
 
"Como eu fui seqüestrada?" A pergunta foi dirigida mais para mim mesma. Como isso tinha
acontecido? Quem iria querer me sequestrar? Se tivessem me puxado para dentro de um carro
quando eu estava saindo da escola? Me colocado em um porta-malas enquanto eu estava
atravessando o estacionamento? Se tivesse sido assim tão fácil? Por favor, não. Por que eu não
corri? Por que eu não lutei? Por que demorou tanto tempo para eu escapar? Porque claramente
era que o que tinha acontecido. Não era? A escassez de respostas me angustiava. 
 
"O que você lembra?" Perguntou a mãe. "Detective Basso disse que mesmo um pequeno detalhe
pode ser útil. Pense novamente. Tente se lembrar. Como é que você foi o cemitério? Onde você
estava antes disso?" 
 
"Eu não me lembro de nada. Como minha memória ..." Eu rompi. Era como se parte da minha
memória tivesse sido roubada. Arrebatada, com nada em seu lugar, além de um pânico oco. Um
sentimento de violação seduzido dentro de mim, fazendo-me sentir como se eu tivesse sido
empurrada para fora de uma plataforma elevada, sem aviso prévio. Eu estava caindo, e eu temia
a sensação muito mais do que bater no fundo. Não havia um final, apenas uma sensação
constante de gravidade trabalhando comigo. 
 
"Qual é a última coisa que você lembra?" Perguntou minha mãe. 
 
"Escola". A resposta saiu minha língua automaticamente. Lentamente minhas memórias
enfraquecidas começaram a se mexer, fragmentos voltando, contra o bloqueio um ao outro para
formar algo sólido. "Eu tinha um teste de biologia chegando. Mas eu acho que eu perdi ",
acrescentei, a realidade dessas 11 semanas ausentes afundando mais profundo. Eu tinha uma
imagem clara de me sentar na sala de aula do professor McConaughy de biologia. O cheiro
familiar de pó de giz, material de limpeza, ar abafado, e o odor de sempre levantou-se da
memória. Vee estava ao meu lado, minha parceira de laboratório. Nossos livros didáticos
estavam abertos sobre a mesa de granito preto na frente de nós, mas Vee tinha furtivamente
deslizado uma cópia da EUA Weekly dela. 
 
"Você quer dizer química," Minha mãe corrigiu. "Escola de Verão". 
 
Eu prendi meus olhos para os dela, sem saber. "Eu nunca tinha ido para a escola de verão." 
 
Minha mãe trouxe-lhe a mão à boca. Sua pele tinha escaldado. O único som na sala era o tique
taque metódico do relógio acima da janela. Ouvi cada pequeno sinal sonoro ecoando através de
mim, dez vezes, antes de encontrar a minha voz. 
 
"Que dia é hoje? Que mês?" Minha mente girou de volta para o cemitério. As folhas
decompostas. O frio sutil no ar. O homem com a lanterna insistindo que era setembro. Uma
única palavra repetia mais e mais em minha mente que não era. Não, não era possível. Não, isso
não estava acontecendo. Não, meses de minha vida não poderiam ter apenas passados
despercebidos. Eu me empurrei de volta através de minhas memórias, tentando agarrar
qualquer coisa que pudesse me ajudar neste momento, para estar em sala de aula de biologia.
Mas não havia nada para construir. Qualquer memória do verão estava completamente e
totalmente desaparecida. 
 
"T-tudo bem, baby," Mamãe murmurou. "Nós vamos obter a sua memória de volta. Dr. Howlett
disse que a maioria dos pacientes vê melhora acentuada ao longo do tempo." 
 
Eu tentei sentar, mas meus braços tinham um emaranhado de tubos e equipamentos de
monitoramento médico. "Apenas me diga o mês que estamos!" Eu repeti histericamente. 
 
"Setembro". Seu rosto enrugado era insuportável. "Seis de Setembro." 
 
Eu afundei de volta para baixo, piscando. "Eu pensei que era abril. Não me lembro nada de abril
passado. "Visualizei paredes para bloquear o surto de bater o medo dentro de mim. Eu não
podia lidar com esse grande dilúvio. "O verão realmente- apenas acabou? Simples assim?" 
 
"Simples assim?", Ela repetiu com a voz destacada. "Eu me arrastava. Cada dia sem você... Onze
semanas de não saber nada ... O pânico, a preocupação, o medo, o desespero nunca
terminando..." 
 
Refleti sobre isso, fazendo as contas. "É setembro, e eu fiquei desaparecida por 11 semanas,
então foi isso que perdi" 
 
"Vinte e um de Junho", disse ela brandamente. "A noite do solstício de verão." 
 
O muro que eu construi estava rachando mais rápido do que eu poderia consertá-lo
mentalmente. "Mas eu não me lembrava de Junho. Eu nem me lembro de Maio." 
 
Olhamos uma para a outra, e eu sabia que estávamos compartilhando o mesmo pensamento
terrível. Era possível a minha amnésia ir além das onze semanas desaparecida, de volta para
abril? Como poderia algo como isso acontecer? 
 
"O que o médico disse?" Eu perguntei, umedecendo meus lábios, que senti ásperos e secos. "Eu
tive um ferimento na cabeça? Eu estava drogada? Por que não consigo lembrar de algo?" 
 
"Dr. Howlett disse que é amnésia retrógrada. "Mamãe fez uma pausa. "Significa que algumas de
suas memórias pré-existentes são perdidas. Nós só não temos certeza de quão longe a perda de
memória foi. Abril", ela sussurrou para si mesma, e eu podia ver toda a esperança sumindo dos
seus olhos. 
 
"Perder? Como perder?" 
 
"Ele acha que é psicológico." 
 
Eu passei minhas mãos no meu cabelo, deixando um resíduo oleoso em meus dedos. Eu de
repente me ocorreu que eu não tinha considerado por onde tinha estado todas aquelas semanas.
Eu poderia ter sido acorrentada em um porão úmido. Ou amarrada na mata. É evidente que eu
não havia tomado um banho em dias. Um olhar sobre meus braços revelou manchas de sujeira,
pequenos cortes e hematomas por todo lado. Pelo o que eu tinha passado? 
 
"Psicológico?" Obriguei-me a calar as especulações, o que só fez reprimir a histeria mais difícil.
Eu tive que permanecer forte. Eu precisava de respostas. Eu não poderia desmoronar. Se eu
pudesse forçar minha mente a concentrar-se apesar das lacunas em toda a minha visão... 
 
"Ele pensa que você está bloqueando-a para evitar lembrar algo traumático." 
 
"Eu não estou bloqueando-a." Fechei os olhos, incapaz de controlar as lágrimas escapando dos
cantos. Chupei uma respiração instável e presa em minhas mãos apertadas como bolas para
parar o terrível tremor em meus dedos. "Gostaria de saber se eu estava tentando esquecer cinco
meses da minha vida", eu disse, falando devagar para forçar uma calma medida em minha voz.
"Eu quero saber o que aconteceu comigo." 
 
Eu olhei para ela, ela ignorou. "Tente lembrar", ela pediu gentilmente. "Foi um homem? Você
estava com um cara todo este tempo?" 
 
Eu estava? Até este ponto, eu não tinha colocado um rosto no meu seqüestrador. A imagem na
minha cabeça era de um monstro que espreita além do alcance da luz. A terrível nuvem de
incerteza pairava sobre mim. 
 
"Você sabe que você não tem que proteger ninguém, certo?", Ela continuou no mesmo tom
suave. "Se você sabe com quem você esteve, você pode me dizer. Não importa o que lhe disse,
você está segura agora. Eles não podem te pegar. Eles fizeram essa coisa horrível com você, e é
culpa deles. Deles ", ela repetiu. 
 
Um soluço subiu de frustração na minha garganta. A "tábua rasa" foi nauseantemente precisa.
Eu estava prestes a dar voz ao meu desespero, quando uma sombra agitada parou perto da
porta. Detective Basso ficou apenas no interior de entrada do quarto. Seus braços estavam
cruzados sobre o peito, os olhos alertas. 
 
Meu corpo ficou tenso reflexivamente. Mamãe deve ter sentido isso, ela olhou para além da
cama, seguindo o meu olhar. "Eu pensei que Nora pudesse lembrar de algo enquanto era só nós
duas", disse ao detetive Basso se desculpando. "Eu sei que você disse que queria interrogá-la,
mas eu só pensei-" 
 
Ele balançou a cabeça, sinalizando que estava tudo bem. Então ele se aproximou, olhando para
mim. "Você disse que não tem uma imagem clara, mas mesmo os detalhes difusos podem
ajudar." 
 
"Como a cor do cabelo," Mamãe interveio. "Talvez fosse... negra, por exemplo?" 
 
Eu queria dizer a ela que não havia nada, nem mesmo uma instantânea persistente cor, mas não
me atrevi com o detetive Basso na sala. Eu não confiava nele. Meu instinto disse-me que algo
sobre ele... foi desligado. Quando ele estava perto, os cabelos no meu couro cabeludo
formigavam, e eu tinha a sensação breve, mas distintos de um cubo de gelo deslizando abaixo da
minha nuca. 
 
"Eu quero ir para casa," foi tudo que eu disse. 
 
Mamãe e Detective Basso compartilharam um olhar. 
 
"Dr. Howlett precisa fazer alguns testes ", disse minha mãe. 
 
"Que tipo de testes?" 
 
"Oh, as coisas relacionadas à sua amnésia. Isso terminará logo. E depois vamos voltar para casa.
"Ela acenou com a mão em desdém, o que só me deixou com mais suspeitas. 
 
Eu enfrentei Detective Basso, já que ele parecia ter todas as respostas. "O que você não está me
dizendo?" 
 
Sua expressão era tão firme como o aço. Eu supus qe levaria anos para um policial aperfeiçoar o
olhar. "Nós precisamos executar alguns testes. Certificar de que tudo ficará bem". 
 
Bem? 
 
Que parte de nada disso parecia bem para ele? 
 
 
Silence - Capítulo 3 CAPÍTULO 3 
 
Minha mãe e eu moramos em uma casa de fazenda localizada entre os limites da cidade de
Coldwater e as regiões remotas do interior do Maine. Estar em qualquer janela, é como um
vislumbre de volta no tempo. Inalterados desertos vastos de um lado, os campos de linho
emoldurados por árvores verdes, do outro. Vivemos no final da Hawthorne Lane e nossos
vizinhos mais próximos ficam a uma milha. À noite, os vaga-lumes iluminam as árvores como
ouro, e a fragrância de pinho musky quente, esmagadora no ar, não era difícil de enganar minha
mente a acreditar que eu tinha me transportado em um século completamente diferente. Se eu
inclinasse minha visão, eu podia ter até mesmo uma imagem do celeiro e ovelhas pastando.
 
 
A nossa casa era pintada de branca, persianas azuis, e um alpendre envolvente com um grau de
inclinação visível a olho nu. As janelas eram longas e estreitas, e protestavam com um gemido
quando abertas. Meu pai costumava dizer que não havia necessidade de instalar um alarme na
janela do meu quarto, uma piada entre nós, uma vez que ambos sabíamos que eu era
dificilmente o tipo de filha para fugir. 
 
Meus pais se mudaram para a casa da fazenda pouco antes de eu nascer na filosofia de que você
não poderia argumentar com o amor à primeira vista. Seus sonhos eram simples: restaurar a
casa aos poucos a sua condição charmosa, um café da manhã na cama com vista para o jardim
da frente e servir o melhor bisque de lagosta da costa do Maine. O sonho se dissolveu quando
meu pai foi assassinado numa noite no centro de Portland. 
 
Esta manhã eu tinha sido liberada do hospital, e agora eu estava sozinha no meu quarto.
Abraçando um travesseiro em meu peito, eu me escondi na minha cama, meus olhos
nostalgicamente traçando a colagem de fotos pregadas em um quadro de cortiça na parede.
Havia fotos dos meus pais no topo da Raspberry Hill, Vee em um período desastroso em uma
fantasia de Mulher Gato que ela costurou para o Halloween de alguns anos atrás, minha foto do
anuário. Olhando para nossos sorrisos, eu tentei enganar a mim mesma acreditando que eu
estava seguro, agora que eu estava de volta no meu mundo. A verdade é que eu nunca me senti
seguro e eu nunca tive minha vida de volta pelo que conseguia me lembrar do que eu passei
durante os últimos cinco meses, em particular os dois últimos e meio. Cinco meses pareciam
insignificante levando-se em conta 17 anos (Eu perdi o meu aniversário de dezessete anos,
durante essas 11 semanas inexplicáveis), mas a diferença que faltava era tudo que eu podia ver.
Um enorme buraco em pé no meu caminho, me impedindo de ver além dele. Eu não tinha
passado, sem futuro. Apenas um vazio enorme que me assombrava. 
 
Os testes do Dr. Howlett indicava que eu estava bem, muito bem. Tanto quanto qualquer um
poderia dizer, exceto por uma cura em alguns cortes e hematomas, a minha saúde física estava
tão estelar como tinha sido no dia em que desapareci. 
 
Mas as coisas mais profundas, as coisas invisíveis, as partes de mim que estava sob a superfície
fora do alcance de qualquer teste, onde encontrei a minha capacidade de resistência vacilar.
Quem era eu agora? O que eu tinha sofrido durante aqueles meses que me faltavam? Tive um
trauma me moldando de uma forma que eu nunca iria entender? Ou pior, nunca me
recuperaria? 
 
Mamãe tinha imposto uma política de não-visitantes objetiva, enquanto eu estava no hospital, e
Dr. Howlett havia apoiado-a. Eu poderia entender a sua preocupação, mas agora que eu estava
em casa e lentamente voltando para a familiaridade do meu mundo, eu não ia deixar minha mãe
me isolar mesmo bem intencionada, mas equivocadamente tentando proteger-me. Talvez eu
tenha mudado, mas eu ainda era eu. E a única coisa que eu queria agora era falar tudo com Vee. 
 
Lá embaixo, eu furtei o BlackBerry da minha mãe para fora do balcão e levou-o de volta para o
meu quarto. Quando eu acordei no cemitério, eu não estava com o meu telefone celular, e até
que eu conseguisse outro, o telefone teria que servir. 
 
É A NORA. PODE FALAR? Eu enviei para Vee. Estava tarde, e a mãe de Vee determinava luzes
apagadas às dez horas. Se eu ligasse, sua mãe ouviria o barulho, isso poderia significar um
monte de problemas para Vee. Conhecendo Mrs. Sky, eu não acho que ela seria branda, mesmo
com a natureza especial das circunstâncias. 
 
Um momento depois, o BlackBerry tocou. BABE ?!?!!!!!! Estou pirando. Estou em ruínas. Onde
você está? Ligue-me neste número. 
 
Eu coloquei o BlackBerry no meu colo, mastigando a ponta da minha unha. Eu não podia
acreditar o quão nervosa eu me senti. Esta era Vee. Melhores amigas ou não, nós não tínhamos
nos falado em meses. Eu não senti tanto tempo em minha mente, mas lá estava. Pensava nas
duas frases, "A ausência faz o coração crescer mais afeiçoado" versus "Fora da vista, longe da
mente," Eu estava definitivamente esperando pela primeira. 
 
Mesmo que eu estivesse esperando pela ligação de Vee, eu ainda pulei quando o BlackBerry
tocou. 
 
"Olá? Olá?" Vee disse. 
 
Ouvir a voz dela fez minha garganta engrossar com a emoção. "Sou eu!" Engasguei. 
 
"'Quanto tempo", bufou, mas sua voz soou grossa e emocionada também. "Eu estava no hospital
durante todo o dia de ontem, mas eles não me deixaram vê-la. Eu tentei passar pela segurança,
mas eles chamaram o código 99 e me derrubaram. Eles me escoltaram para fora algemada,
escoltada, quero dizer, que havia um monte de chutes e palavrões em ambas as direções. Da
forma como eu vejo, a criminosa aqui é sua mãe. Visitantes? Eu sou sua melhor amiga, ou ela
não se lembra dos onze anos que se passaram? Da próxima vez será diferente, enfrentarei essa
mulher". 
 
Na escuridão, eu senti meus lábios trêmulos esboçarem em um sorriso. Agarrei o telefone em
meu peito, dividida entre rir e chorar. Eu deveria ter sabido que Vee não me esqueceria. A
memória de tudo o que tinha dado errado desde que eu acordei no cemitério três noites atrás,
foi rapidamente eclipsado pelo simples fato de que eu tinha a melhor amiga do mundo. Talvez
tudo houvesse mudado, mas meu relacionamento com Vee era sólido como uma rocha. Éramos
inquebráveis. Nada poderia mudar isso. 
 
"Vee", eu respirei, um suspiro de alívio. Eu queria aproveitar a normalidade deste momento.
Estava tarde, nós deveríamos estar dormindo, e ali estávamos nós, conversando com as luzes
apagadas. A mãe de Vee no ano passado tinha confiscado o telefone de Vee depois de pegar ela
falando comigo depois de apagar as luzes. Na manhã seguinte, em frente ao bairro inteiro, Vee
revirou seu lixo atrás dele. Até hoje, ela usa esse telefone. Nós chamamos ele de Oscar, o Oscar
da Grouch, da Vila Sésamo. 
 
"Eles estão dando-lhe medicamentos de qualidade?" Vee perguntou. "Aparentemente o pai
Anthony Amowitz é um farmacêutico, e eu provavelmente poderia conseguir-lhe algumas coisas
boas." 
 
Minhas sobrancelhas levantou em surpresa. "O que é isso? Você e Anthony?" 
 
"Heck, não. Não assim. Eu descarto o caras. Se eu preciso de romance, apelo para o Netflix." 
 
Eu vou acreditar quando vê-lo, pensei com um sorriso. "Onde está minha melhor amiga e o que
você fez com ela?" 
 
"Eu estou fazendo detox de meninos. Como a dieta, só que para minha saúde emocional. Não
importa, eu estou bem", continuou Vee. "Eu não vi minha melhor amiga em três meses, e esta
reunião de telefone é uma porcaria. Menina, estou para te dar um abraço de urso." 
 
"Boa sorte se conseguir passar a minha mãe," eu disse. "Ela é a guarda-costas marterna." 
 
"Aquela mulher!" Vee assobiou. "Estou fazendo o sinal da cruz no momento." 
 
Poderíamos debater a situação da minha mãe como uma bruxa outro dia. Agora, tínhamos
coisas mais importantes para discutir. "Eu quero um resumo dos dias que antecederam até o
meu seqüestro, Vee," eu disse, levando a nossa conversa para um nível muito mais sério. "Não
posso afastar a sensação de que o meu seqüestro não foi aleatório. Tinha que ter tido sinais de
alerta, mas eu não me lembro de nenhum deles. Meu médico disse que a perda de memória é
temporária, mas, entretanto, eu preciso de você para me dizer onde eu fui, o que eu fiz, com
quem eu estava na semana passada. Me guie através dela." 
 
Vee demorou a responder. "Tem certeza que esta é uma boa ideia? Isso em breve te trará
estresse sobre essas coisas. Sua mãe me contou sobre a amnésia" 
 
"Sério?" Eu interrompi. "Você vai ficar do lado da minha mãe?" 
 
"Coisas que," Vee murmurou, cedendo. 
 
Pelos próximos 20 minutos, ela contou todos os acontecimentos durante aquela semana final.
Quanto mais ela falava, no entanto, mais meu coração se afundava. Sem ligações bizzarras.
Estranhos não escondendo de forma inesperada na minha vida. Nenhum carro incomum nos
seguindo pela cidade. 
 
"E sobre a noite em que desapareci?" Eu perguntei, interrompendo-a no meio da frase. 
 
"Fomos ao parque de diversões de Delfos. Lembro-me de sair para comprar cachorro-quente... e
depois o mundo desabou. Ouvi tiros e as pessoas começaram a correr para fora do parque. Eu
circulei para voltar e encontrar você, mas você se foi. Achei que você tinha feito a coisa certa e
saido correndo. Só que eu não a encontrei no estacionamento. Eu teria ido para dentro do
parque, mas a polícia chegou e chutou para fora todos. Tentei dizer-lhes que você ainda poderia
estar no parque, mas eles não estavam no clima. Eles nos forçaram todos para casa. Liguei-lhe
um zilhão de vezes, mas você não respondeu." 
 
Eu senti como se alguém tivesse me dado um soco no estômago. Tiros? Delfos tinha uma
reputação, mas ainda assim. Tiros? Isso era tão bizarro-tão completamente ultrajante – que se
mais alguém que não fosse Vee me dissesse, eu não teria acreditado. 
 
Vee disse: "Eu nunca mais vi você de novo. Descobri mais tarde sobre a situação toda de refém." 
 
"Situação de refém?" 
 
"Aparentemente, um psicopata mesmo foi ao parque fez você de refém na sala de mecânica sob a
casa divertida. Ninguém sabe o porquê. Ele eventualmente, a deixou ir e saiu correndo." 
 
Eu abri minha boca, depois fechei. Finalmente eu consegui um chocado, "O quê?" 
 
"A polícia encontrou você, pegou sua declaração, e te levou para casa cerca de duas horas da
manhã. Essa foi a última vez que alguém te viu. Quanto ao cara que te levou como refém ...
ninguém sabe o que aconteceu com ele." 
 
Logo em seguida, todos os segmentos convergentes em um. "Eu devo ter sido tirada de minha
casa", cheguei à conclusão, pensando em como eu fui. "Depois de duas horas, eu estava
provavelmente dormindo. O cara que me segurou refém deve ter me seguido até em casa. Tudo
o que ele esperava para cumprir-se em Delfos foi interrompido, e ele voltou para mim. Ele deve
ter invadido" 
 
"Essa é a coisa. Não havia sinal de luta. Portas e janelas estavam todas trancadas." 
 
Eu amassava o calcanhar de minha mão em minha testa. "Será que a polícia tem alguma pista?
Esse cara, seja ele quem for, não podia ter sido um fantasma completamente." 
 
"Eles disseram que ele foi provavelmente estava usando um nome falso. Mas pelo que vale a
pena, você disse a eles que seu nome era Rixon." 
 
"Eu não conheço ninguém chamado Rixon." 
 
Vee suspirou. "Esse é o problema. Ninguém conhece." Ela ficou quieta um momento. "Aqui é
outra coisa. Às vezes eu acho que reconheço o seu nome, mas quando eu tento lembrar como,
minha mente fica vazia. Como se a memória estivesse lá, mas eu não posso recuperá-la. Quase
como... há um buraco onde o seu nome deveria estar. Eu, tenho esse esquisito sentimento. Eu
continuo dizendo a mim mesma que talvez seja apenas eu querendo lembrar dele, sabe? Como
se eu me lembrasse dele, bingo! Nós temos nosso cara mau. E a polícia poderá prendê-lo. Muito
simples, eu sei. E agora eu estou apenas balbuciando", disse ela. Então, suavemente, "Apenas ...
Eu podia jurar ..." 
 
A porta do meu quarto se abriu, e mamãe abaixou a cabeça para dentro. "Vim te dar boa noite."
Seus olhos viajaram para o BlackBerry. "Está ficando tarde, e ambas precisam dormir. "Ela
esperou ansiosamente, e eu peguei a sua mensagem escondida. 
 
"Vee, eu tenho que ir. Eu vou para você amanhã." 
 
"Envie a bruxa meu amor." E ela desligou. 
 
"Você precisa de alguma coisa?" Mamãe perguntou, casualmente, tirando o Black-Berry de mim.
"Água? Cobertores extra?" 
 
"Não, estou bem. 'Boa noite, mãe. "Forcei um sorriso rápido, mas reconfortante. 
 
"Será que você verificou sua janela?" 
 
"Três vezes". 
 
Ela atravessou a sala e sacudiu a trava de qualquer maneira. Quando ela achou seguro, ela deu
uma risada fraca. "Não custa verificar uma última vez, certo? Boa noite, baby ", acrescentou ela,
alisando meu cabelo e beijando minha testa. 
 
Depois que ela recuou, eu afundei sob minhas cobertas e refleti sobre tudo que Vee tinha dito.
Um tiroteio em Delfos, mas por quê? O que o atirador esperava realizar? E por que,
presumivelmente, das milhares de pessoas no parque naquela noite, ele tinha me escolhido
como sua refém? Talvez fosse pura má sorte do meu lado, mas não me sentia bem. O
desconhecido girou na minha cabeça até que eu estava exausta. 
 
Era só o que eu podia lembrar. 
 
Bocejando, eu me preparei para dormir. 
 
Quinze minutos passaram. Depois vinte. Girei sobre minhas costas, eu olhava ligeiramente
estrábica para o teto, tentando esgueirar-me na minha memória e capturar o que ela guardava
para fora. Quando isso não produziu resultados, eu tentei uma abordagem mais direta. Bati
minha cabeça contra o meu travesseiro, tentando bater uma imagem solta. Uma linha de
diálogo. Um perfume que pudesse desencadear ideias. Nada! Mas cedo se percebeu que ao invés
de qualquer coisa, eu ia ter que se contentar com nada. 
 
Quando eu saído do hospital esta manhã, eu estava convencida de que minha memória foi
perdida para sempre. Mas com a minha cabeça limpa e o pior do choque acabou, eu estava
começando a pensar o contrário. Senti, de forma aguda, uma ponte quebrada em minha mente,
a verdade do outro lado do fosso. Se eu era responsável por quebrar essa ponte como um
mecanismo de defesa contra o trauma que tinha sofrido durante o meu seqüestro, então
certamente eu poderia reconstruí-la novamente. Eu só precisava saber como. 
 
Começando com a cor preta. Profundo, escuro sobrenatural preto. Eu não tinha contado a
ninguém ainda, mas a cor manteve-se cruzando minha mente nos mais estranhos momentos. 
 
Quando isso acontecia, minha pele arrepiava agradavelmente, e era como se eu pudesse sentir a
cor traçando um dedo carinhosamente ao longo de minha mandíbula, levando meu queixo para
cima para enfrentá-lo diretamente. 
 
Eu sabia que era absurdo pensar uma cor poderia vir a vida, mas uma ou duas vezes, eu tinha
certeza que eu peguei o lampejo de algo mais substancial por trás da cor. Um par de olhos. A
maneira como eles estudaram-me será de cortar o coração. 
 
Mas como poderia algo perdido na minha memória durante este tempo me causar prazer ao
invés de dor? Eu respirei lentamente. Eu senti uma urgência desesperada de seguir a cor, não
importa onde ela me levasse. Eu ansiava por encontrar aqueles olhos negros, de ficar cara-a-cara
com eles. Eu desejava saber a quem pertenciam. A cor veio até mim, me chamando para segui
lo. Racionalmente, não fazia sentido. Mas o pensamento estava preso em meu cérebro. Senti um
desejo, hipnótico e obsessivo para deixar a cor me guiar. Um poderoso magnetismo que mesmo
a lógica não poderia quebrar. 
 
Eu deixei esse desejo construir dentro de mim até que vibrar intensamente sob a minha pele.
Desconfortavelmente quente, eu lutei para fora das minhas cobertoa. Minha cabeça zumbindo,
me virei. A intensidade do zumbido aumentou até que eu tremia com o calor. Uma febre
estranha. O cemitério, pensei. Tudo começou no cemitério. 
 
A noite negra, a névoa negra. Grama preta, lápides pretas. O brilho do rio preto. E agora um par
de olhos pretos me olhando. Eu não poderia ignorar osflashes de preto, e eu não conseguia
dormir. Eu não conseguia descansar até que eu agisse sobre eles. 
 
Eu saltei da cama. Estiquei uma camisa de malha sobre a minha cabeça, com um par de jeans, e
joguei um casaco sobre meus ombros. Fiz uma pausa na porta do meu quarto. O hall de fora
estava tranquilo, exceto o carrapato reverberando do relógio do vovô carregando a partir do
nível principal. A porta do quarto de mamãe não estava muito fechada, mas nenhuma luz
derramava para fora. Se estava ouvindo o suficiente, eu poderia apenas ouvir o suave ronronar
do seu ronco. 
 
Eu me desci silenciosamente as escadas, peguei uma lanterna e a chave de casa, e saí pela porta
de trás, temendo as placas soltas na frente do alpendre que me relatariam. Isso, havia um oficial
uniformizado estacionado na calçada. Ele estava lá para desviar os repórteres e câmeras, mas eu
tinha um sentimento que se eu passasse em sua frente a esta hora, ele iria com toda a velocidade
de ligar para o Detective Basso. 
 
Uma voz pequena na parte traseira de minha mente protestou que provavelmente não era
seguro sair, mas eu estava impulsionada por um transe estranho. Preto da noite, nevoeiro negro.
Grama preta, lápides pretas. Rio negro brilhante. Um par de olhos pretos me olhando. 
 
Eu tinha que encontrar aqueles olhos. Eles tinham as respostas. 
 
Quarenta minutos depois eu caminhei até as portas em arco que levava para dentro do cemitério
de Coldwater. Sob a brisa, folhas giravam para baixo de seus ramos, como máquinas no escuro.
Eu encontrei o túmulo de meu pai, sem dificuldade. Estremecendo contra o frio úmido no ar, eu
usei a tentativa e erro para encontrar o meu caminho de volta para a lápide onde tudo tinha
começado. 
 
Agachando-me, corri o dedo sobre o mármore envelhecido. Eu fechei meus olhos e bloqueou os
sons da noite, concentrando-me em encontrar os olhos negros. Eu joguei a minha pergunta para
fora, esperando que ele ouvisse. Como eu tinha chegado ao ponto de dormir em um cemitério,
depois de passar 11 semanas em cativeiro? 
 
Eu deixei meus olhos viajar um círculo lento em torno do cemitério. Os cheiros decadentes do
outono se aproximavam da espiga rica de grama cortada, o pulso das asas dos insetos
esfregando e nada disso iluminando a resposta que eu tão desesperadamente queria. Engoli
contra a espessura na minha garganta, tentando não me sentir derrotada. A cor preta, me
provocando há dias, me falhou. Empurrando as mãos dentro dos bolsos do meu jeans, me virei
para ir embora. 
 
A partir da borda da minha visão, eu notei uma mancha na grama. Peguei uma pluma negra. Eu
era facilmente o comprimento do meu braço, do ombro ao pulso. Minhas sobrancelhas
reuniram-se enquanto eu tentava imaginar que tipo de pássaro poderia tê-lo deixado. Era muito
grande para um corvo. Muito grande para qualquer ave, na medida em que eu estava em causa.
Corri o meu dedo sobre a pena, cada fio macio tirando de volta um lugar na memória. Mexeu
dentro de mim. Anjo, pareceu-me ouvir um sussurro de voz suave. Você é minha. 
 
De todos as coisas ridículas e confusas, eu corei. Olhei em volta, só para ter certeza que a voz
não era real. Não tenho esquecido você.
 
Com a minha postura rígida, esperei para ouvir a voz novamente, mas ela desapareceu na
direção do vento. Qualquer lampejo de memórias que ela deixou para trás mergulhou para fora
do alcance antes que eu pudesse agarrá-las. Senti-me dividida entre querer arremessar a pena
longe, e o impulso frenético para enterrá-la onde ninguém a encontraria. Tive a intensa
impressão de que eu tinha deparado com algo secreto, algo privado, algo que poderia causar um
grande dano se fosse descoberto. 
 
Um carro entrou no estacionamento apenas até a colina do cemitério, tocando música. Ouvi
gritos e surtos de risos, e eu não teria ficado surpresa se eles pertenciam a pessoas que eu
conhecia da escola. Esta parte da cidade era densa, com árvores, longe do centro da cidade, o
que tornava um bom lugar para sair sem vigilância nos fins de semana e noites. Não queria
topar com alguém que eu conhecia, especialmente desde que a minha súbita reaparição estava
sendo estampada em notícias locais, enfiei a pena debaixo do braço e andei rápido ao longo do
caminho de cascalho que levava de volta à estrada principal. 
 
Pouco depois de duas e meia entrei dentro da casa e, depois de trancar tudo, na ponta dos pés
subi as escadas. Eu estava, indecisa, no meio do meu quarto por um momento, e depois escondi
a pena na minha gaveta do meio, onde eu também guardava minhas meias, leggings e lenços.
Em retrospecto, eu nem sabia por que eu a tinha levado para casa. Não era como se eu para
coletasse itens estranhos, muito menos guardava-os dentro de minhas gavetas. Mas tinha
provocado uma memória.... 
 
Tirei minha roupa e estendi um bocejo, voltei-me para a cama. Eu estava no meio do caminho,
quando meus pés chegaram a um impasse. Uma folha de papel descansava no meu travesseiro.
Aquilo não estava lá quando eu saí. 
 
Eu chicoteei ao redor, esperando ver minha mãe à porta, com raiva por eu ter saído
furtivamente para fora. Mas dado tudo o que tinha acontecido, eu realmente achava que ela
simplesmente deixaria um bilhete em cima da minha cama vazia? 
 
Peguei o papel, percebendo que minhas mãos tremiam. Era papel notebook, assim como eu
usava na escola. A mensagem parecia ter sido apressadamente rabiscada. 
 
Só porque você está em casa, não significa que você está a salvo.
 
 
Silence - Capítulo 4 Capítulo 4 
 
 
Amassei o papel, jogando-o na parede por causa do medo e frustração. Caminhei até á janela,
sacudiu a trava para me certificar de que era seguro. Eu não estava com essa sensação o
suficiente para abrir a janela e olhar para fora, mas com as minhas mãos em concha em torno de
meus olhos olhei para as sombras esticadas em todo o gramado. Eu não tinha ideia de quem
poderia ter deixado o bilhete, mas uma coisa era certa. Eu tranquei tudo antes de sair. E mais
cedo, antes de nós subirmos para dormir, eu assisti minha mãe andar pela casa e verificar todas
as janelas e portas pelo menos três vezes. 
 
 
Então, como tinha começado o intruso dentro? 
 
E o que o bilhete quer dizer? Era enigmático e cruel. Uma piada de mal gosto? Agora, esse era o
meu melhor palpite. 
 
No corredor, eu empurrei a porta do quarto de minha mãe, abrindo-o apenas o suficiente para
ver dentro. "Mãe?" 
 
Ela sentou-se ereta na escuridão. "Nora? O que foi? O que aconteceu? Um sonho ruim?" Uma
pausa. "Você lembra de alguma coisa?" 
 
Eu acendi no abajur, de repente, com medo do escuro e do que eu não podia ver. "Achei um
bilhete no meu quarto. Dizia para eu não me enganar em acreditar que estava segura." 
 
Ela piscou contra o brilho repentino, e vi seus olhos absorvem as minhas palavras. De repente,
ela estava bem acordada. "Onde você encontrou o bilhete?" ela exigiu. 
 
"Eu-" Eu estava nervosa sobre como seria sua reação se lhe contasse a verdade. Olhando em
retrospectiva, seria uma péssima ideia. Fugindo? Depois ter sido sequestrada? Mas era difícil
temer a possibilidade de um segundo rapto, quando eu não conseguia nem lembrar do primeiro.
E eu precisava ir ao cemitério pela minha própria sanidade. A cor preta me levou lá. Estúpida,
inexplicávelmente, mas ainda assim verdadeiro. "Estava sob meu travesseiro. Não devo ter
notado antes de dormir ", eu menti. "Eu não percebi até mudar de lado na cama e ouvir o
barulho do papel." 
 
Ela vestiu o roupão e correu para o meu quarto. "Onde está o bilhete? Eu quero lê-lo. Detective
Basso precisa saber sobre isso imediatamente." 
 
Ela já estava discando seu telefone. Ela apertou no seu número da memória, e ocorreu-me que
eles deveriam ter trabalhado juntos durante as semanas que eu estava desaparecida. 
 
"Alguém tem uma chave da casa?" Eu perguntei. 
 
Ela suspendeu o dedo para cima, sinalizando para eu esperar. Correio de voz, ela falou. "Sou eu,
Blythe", ela disse para a caixa postal do detetive Basso. "Ligue-me o mais rápido que você puder.
Nora encontrou um bilhete em seu quarto esta noite." Seus olhos cortaram rapidamente para os
meus. "Pode ser da pessoa que a levou. Eu mantive as portas fechadas toda a noite, assim acho
que o bilhete pode ter sido colocado debaixo do travesseiro antes de chegarmos em casa." 
 
"Ele vai ligar de volta em breve", ela me disse, desligando. "vou dar o bilhete para o funcionário
da frente. Ele pode querer revistar a casa. Onde está o bilhete?" 
 
Apontei para a bola de papel amassado no canto, mas eu não fui buscá-lo. Eu não queria ver a
mensagem novamente. Era uma piada... ou era uma ameaça? Só porque você está em casa não
quer dizer que você esteja segura. O tom sugeriu uma ameaça. 
 
Mamãe achatou o papel na parede, passar as mãos nas rugas. "Este papel está em branco, Nora",
disse ela. 
 
"O quê?" Fui até lá para um olhar mais atento. Ela estava certa. A escrita tinha desaparecido. Eu
rapidamente virei o papel, mas a parte de trás também estava em branco. 
 
"Estava bem aqui", eu disse, confusa. "Estava bem aqui." 
 
"Você pode ter imaginado. A projeção de um sonho ", disse minha mãe suavemente, puxando
me contra ela e esfregando minhas costas. O gesto não me confortava em nada. Havia qualquer
possibilidade de eu ter inventado a mensagem? Por quê? Paranóia? Um ataque de pânico? 
 
"Eu não imaginava isso." Mas eu não parecia tão certa. 
 
"Tudo bem", ela murmurou. "Dr. Howlett disse que isso poderia acontecer." 
 
"Disse que poderia acontecer?" 
 
"Ele disse que havia uma boa chance de você ouvir coisas que não são reais" 
 
"Como o quê?" 
 
Ela me olhava com calma. "Vozes e outros sons. Ele não disse nada sobre ver coisas que não
fossem reais, mas qualquer coisa pode acontecer, Nora. Seu corpo está tentando se recuperar.
Isso causa um monte de estresse, e nós temos que ser pacientes." 
 
"Ele disse que eu poderia ter alucinações?" 
 
"Shh", ela ordenou suavemente, tendo o meu rosto entre suas mãos. "Essas coisas podem
acontecer antes que você possa se recuperar. Sua mente está procurando a sua melhor forma de
curar, e nós temos que dar tempo ao tempo. Assim como qualquer outra lesão. Nós vamos
passar por isso juntas." 
 
Senti a picada de lágrimas, mas eu me recusei a chorar. Por que eu? De todos os bilhões de
pessoas lá fora, por que eu? Quem fez isso comigo? Minha mente estava girando em círculos,
tentando apontar o dedo para alguém, mas eu não tinha um rosto, uma voz. Eu não tinha um
pingo de uma ideia. 
 
"Você está com medo?" Mamãe sussurrou. 
 
Desviei o olhar. "Estou com raiva." 
 
Eu deitei na cama, adormecendo surpreendentemente rápido. Pega nessa tontura inebriante
entre a consciência e um sonho, a minha mente seguiu sem rumo vagando em um túnel longo e
escuro que se estreitav a cada passo. Dormi, dormi profundamente, e dado a noite eu tive, eu
vigorosamente o saudei.
 
 
 
Uma porta apareceu no fim do túnel. A porta se abriu por dentro. A luz de dentro lançou um
tênue brilho, iluminando um rosto tão familiar, quase me derrubou. Seu cabelo preto ondulado
em torno de suas orelhas, a umidade de um banho recente. Sua pele bronzeada, lisa e firme,
esticada sobre uma longa e esbelto corpo que se erguia, pelo menos, seis polegadas acima de
mim. Um par de calças jeans de cintura baixa, mas seu peito estava nu e seus pés estavam
descalços e uma toalha de banho estava pendurada em seu ombro. Nossos olhares se
encontraram, e seus familiares olhos pretos me olharam com surpresa... seguido por um
instante de cautela. 
 
"O que você está fazendo aqui?", Disse ele baixo. 
 
Patch, eu pensei, meu coração bateu mais rápido. É Patch. 
 
Eu não conseguia me lembrar como eu o conhecia, mas eu conhecia. A ponte em minha mente
estava quebrado ainda, mas com a visão dele, pequenos pedaços se agarraram juntos. 
 
Memórias colocaram um enxame de borboletas no meu estômago. Eu vi um flash de me sentar
ao lado dele na aula de biologia. Outro flash, ele estava muito perto, me ensinando como jogar
bilhar. Um flash branco-quente quando seus lábios roçaram os meus. 
 
Tinha estado à procura de respostas, e elas me trouxeram até aqui. Patch. Eu tinha encontrado
uma maneira de contornar a minha amnésia. Isto não era apenas um sonho, foi uma passagem
do meu subconsciente para Patch. Agora eu entendia o grande sentimento batendo dentro de
mim que nunca parecia satisfeito. Em algum nível profundo eu sabia o que meu cérebro não
conseguia compreender. Eu precisava de Patch. E por qualquer motivo seja destino, sorte, força
de vontade, ou por razões que eu nunca poderia entender, eu o tinha encontrado. 
 
Através do meu choque, de alguma forma encontrei a minha voz. "Você me diz." 
 
Ele enfiou a cabeça para fora da porta, olhando para baixo do túnel. "Isto é um sonho. Você
percebe, não é?" 
 
"Então, quem estará preocupado em seguir-me?" 
 
"Você não pode estar aqui." 
 
Minhas palavras saíram duras, congeladas. "Parece que eu encontrei uma maneira de se
comunicar com você. Eu acho que a única coisa que resta a dizer é que eu esperava uma
recepção mais alegre. Você tem todas as respostas, não é?" 
 
Ele colocou os dedos sobre sua boca. O tempo todo, nunca vacilou seus olhos do meu rosto.
"Estou na esperança de mantê-la vivo." 
 
Minha mente defasada, incapaz de compreender o suficiente do sonho para ler uma mensagem
mais profunda. O único pensamento martelando em mim era, eu o encontrei. Depois de todo
esse tempo, eu encontrei Patch. E, em vez de combinar com a minha emoção, o único
sentimento dele foi... um desapego frio. 
 
"Por que não consigo lembrar de nada?" Eu perguntei, engolindo o nó na garganta. "Por que não
consigo lembrar de como ou quando ou-ou por que você saiu?" Porque eu tinha certeza de que
era o que tinha acontecido. Ele tinha me deixado. Caso contrário, estaríamos juntos agora. "Por
que você não tentou me encontrar? O que aconteceu comigo? O que aconteceu conosco?" 
 
Patch pendurou suas mãos na nuca e fechou os olhos. Ele estava mortalmente, exceto pela onda
de emoção que ondulava e tremia sob sua pele. 
 
"Por que você me deixou?" Engasguei. 
 
Ele se endireitou. "Você realmente acredita que eu te deixei?" 
 
O que apenas engrossou o nó na garganta. "O que eu devo pensar? Você se foi há meses, e agora,
quando eu finalmente o encontrei, você mal consegue olha-me nos olhos." 
 
"Eu fiz a única coisa que eu podia. Te entreguei para salvar sua vida. "Sua mandíbula se
contraiu, abrindo e fechando. "Não foi uma decisão fácil, mas era a certa." 
 
"Entregou-me? Apenas como? Quanto tempo você levou para tomar a sua decisão? Três
segundos?" 
 
Seus olhos se tornaram frios, com recolhimento. "Esse era o tempo que eu tinha, sim." 
 
Peças agarraram-se mais junto. "Alguém forçou você a me deixar? É isso que você está me
dizendo?" 
 
Ele não falou, mas eu tinha a minha resposta. 
 
"Quem o obrigou a isso? Do que você tem tanto medo assim? O Patch que conhecia não fugiria
de ninguém." A dor explodindo dentro de mim me obrigou a falar mais alto. "Eu teria lutado por
você, Patch. Eu teria lutado!" 
 
"E você teria perdido. Estávamos cercados. Ele ameaçou sua vida, e ele teria cumprido a ameaça.
Ele tinha você, e isso significava que ele me tinha também." 
 
"Ele? Quem é ele?" 
 
Recebi outro silêncio frágil. 
 
"Você ainda tentou encontrar-me uma vez? Ou foi assim tão fácil", chamou a minha voz "me
deixar ir?" 
 
Arracando a toalha no ombro, Patch arremessou-a de lado. Seus olhos queimaram, os ombros
subindo e descendo a cada respiração, mas eu sabia que a sensação de raiva não era dirigida a
mim. 
 
"Você não pode estar aqui", disse ele, sua voz áspera. "Você tem que parar de me procurar. Você
tem que voltar para sua vida, e fazer o melhor que puder. Não por mim", ele acrescentou, como
se adivinhando o meu próximo ressentido. "Por você. Eu fiz de tudo para mantê-lo longe de
você, e eu vou continuar fazendo tudo o que posso, mas eu preciso de sua ajuda." 
 
"Como eu preciso de sua ajuda?" Eu atirei para trás. "Eu preciso de você agora, Patch. Eu
preciso de você de volta. Estou perdida e eu estou com medo. Você sabe que eu não consigo
lembrar uma única coisa? Claro que você sabe", eu disse amargamente, quando cai em si. "É por
isso que você não veio me procurar. Você sabe que eu não consigo me lembrar de você, e isso o
deixa fora de cena. Eu nunca pensei que você tomasse o caminho mais fácil. Bem, eu não me
esqueci de você, Patch. Eu vejo você em tudo. Eu vejo flashes do preto dos seus olhos, seu
cabelo. Eu sinto seu toque, eu me lembro do jeito que você me abraçou...." Eu parei, muito
emocionada para continuar. 
 
"É melhor se você não souber," Patch disse categoricamente. "Essa é a pior explicação que eu
poderia lhe dar, mas é para sua própria segurança, há coisas que você não pode saber." 
 
Eu ri, mas o som era pesado e angustiado. "Então é isso?" 
 
Ele encurtou a distância entre nós, e quando eu pensei que ele ia me puxar de encontro a ele, ele
parou, mantendo-se em xeque. Eu exalei, tentando não chorar. 
 
Inclinou-se com o seu cotovelo no batente da porta, logo acima da minha orelha. Ele cheirava
tão devastadoramente familiar de sabão e especiarias e esse perfume inebriante trazendo de
volta uma corrida de memórias tão agradáveis, ele só fez o atual momento muito mais difícil de
suportar. Fui tomada pelo desejo de tocá-lo. Traçar minhas mãos sobre sua pele, sentir seus
braços apertados em minha volta. Eu queria que ele encostasse em meu pescoço, seu sussurro
agradando meu ouvido quando ele dissesse palavras que pertenciam apenas a mim. Eu queria
que ele perto, tão perto, sem pensar em deixá-lo ir. 
 
"Isso não acabou", eu disse. "Depois de tudo que passamos, você não tem o direito de me
ignorar. Eu não vou deixar você sair tão facilmente." Eu não tinha certeza se era uma ameaça, ou
a minha última tentativa de desafio, ou se a forma irracional direto do meu coração estilhaçado
falar. 
 
"Eu quero protegê-la," Patch disse calmamente. 
 
Ele estava tão perto. Toda a força e calor e energia em silêncio. Eu não poderia escapar dele,
agora ou nunca. Ele sempre estaria lá, consumindo todos os meus pensamentos, meu coração
preso em suas mãos. Eu estava atraída por ele por forças que eu não podia controlar, e muito
menos fugir. 
 
"Mas você não fez." 
 
Ele segurou meu queixo, seu toque insuportavelmente macio. "Você realmente acha isso?" 
 
Tentei me soltar, mas não forte o suficiente. Eu não conseguia resistir ao seu toque, naquela
época, agora, ou nunca. "Eu não sei o que pensar. Você pode me culpar?" 
 
"Minha história é longa, e não muito boa. Eu não posso apagá-la, mas eu estou determinado a
não cometer outro erro. Não quando as apostas são tão elevadas, não quando se trata de você.
Há um plano em tudo isso, mas vai levar tempo." Desta vez, ele me colocou em seus braços,
acariciando meu cabelo e meu rosto, e algo dentro de mim quebrou ao seu toque. Lágrimas
quentes caíram umedecendo meu rosto. "Se eu perder você, eu perco tudo", ele murmurou. 
 
"De quem é você tem tanto medo?" Perguntei novamente. 
 
Descansando as mãos sobre meus ombros, ele inclinou sua testa contra a minha. "Você é minha,
Anjo. E eu não vou deixar nada mudar isso. Você está certa, isto não acabou. É só o começo, e
nada sobre o que está por vir vai ser fácil." Ele suspirou, um som cansado. "Você não vai se
lembrar deste sonho, e você não voltará. Eu não sei como me encontrou, mas tenho a certeza
que não fará novamente. Vou apagar da sua memória este sonho. Para sua própria segurança,
esta é a última vez que você vai me ver." 
 
Um alarme disparou através de mim. Vacilando no rosto de Patch, horrorizada com a
determinação que encontrei lá. Eu abri minha boca para protestar contra- 
 
E o sonho desabou ao meu redor, como se feito de areia. 
 
 
Silence - Capítulo 5 CAPÍTULO 5 
 
 
Eu acordei na manhã seguinte com uma torção no meu pescoço e uma memória estranha
distante, sonhos incolores. Após o banho, eu uma camiseta de zebra e vesti bermuda e botinhas.
Sem mais nada, pelo menos eu apareci do lado de fora. Suavizar a bagunça era um projeto maior
do que eu poderia resolver em 45 minutos.
 
 
Eu fui para a cozinha para encontrar mamãe fazendo café da manhã à moda antiga com aveia
em uma panela no fogão. Era a primeira vez que eu conseguia lembrar-me desde a morte do
meu pai que ela tinha feito isso a partir do zero. Após o drama da noite passada, eu me perguntei
se isso era uma refeição de pena. 
 
"Você levantou cedo", disse ela, e fez uma pausa em sua corte de morangos perto da pia. 
 
"Passa das oito," eu apontei. "Será que Detective Basso ligou de volta?" Eu tentei agir como se eu
não me importasse qual seria sua resposta, e me mantive ocupada escovando inexistentes fiapos
em minha roupa. 
 
"Eu disse a ele que foi um erro. Ele entendeu." 
 
O que significa que tinha concordado que eu tinha alucinado. Eu era a menina que gritou lobo, e
de agora em diante, tudo o que eu dissesse seria encarado como um exagero. Coitadinha.
Apenas um aceno de cabeça. 
 
"Por que você não volta para a cama e eu vou levar seu café da manhã quando terminar?"
Mamãe sugeriu, retomando sua corte. 
 
"Estou bem. Eu já estou acordada." 
 
"Dado tudo o que aconteceu, eu achei que você poderia querer tornar as coisas fáceis. Dormir,
ler um bom livro, talvez tomar um belo banho de espuma como há muito tempo." 
 
Eu não conseguia me lembrar da minha mãe sugerindo que eu reproduzisse em um dia
preguiçoso sem escola. Nossa conversa típica de café da manhã incluía geralmente cobranças,
tipo, Você terminou o ensaio? Você embalou seu almoço? Fez sua cama? Você pode pagar a
conta de eletricidade em seu caminho para a escola? 
 
"Que tal isso?" Mamãe tentou novamente. "Café da manhã na cama. Não ficará melhor do que
isso." 
 
"E a escola?" 
 
"A escola pode esperar." 
 
"Até quando?" 
 
"Não sei", disse ela levemente. "Uma semana, eu acho. Ou duas. Até que você esteja se sentindo
de volta ao normal." 
 
Claramente ela não tinha pensado sobre isso, mas em apenas por poucos segundos, eu tinha. Eu
poderia ter ficado tentada a tirar proveito de sua clemência, mas essenão era o ponto. "Eu acho
que é bom saber que tenho uma ou duas semanas para voltar ao normal." 
 
Ela baixou a faca. "Nora" 
 
"Não importa que eu não consiga lembrar de nada dos cinco meses que se passaram. Não
importa que a partir de agora, cada vez que vejo um estranho me olhando no meio da multidão,
vou me perguntar se é ele. Melhor ainda, minha amnésia está em todos os noticiários, e ele deve
estar rindo. Ele sabe que eu não posso identificá-lo. E eu acho que deve ser confortável isso
porque todos os testes de Dr. Howlett indicou que estou bem, muito bem, provavelmente nada
de ruim me aconteceu durante aquelas semanas. Talvez eu possa mesmo fazer-me acreditar que
eu estava tomando sol em Cancún. Ei, isso pode ter acontecido. Talvez o meu seqüestrador
queria se diferenciar da maioria. Fazer o inesperado e mimar sua vítima. A verdade pode levar
anos. Nunca pode acontecer. Mas definitivamente não vai acontecer se eu continuar por aqui
assistindo novelas e evitando a vida. Estou indo para a escola hoje, fim da história." 
 
Eu disse que isso com naturalidade, mas o meu coração fez um daqueles giros tontos. Eu
empurrei o sentimento de lado, dizendo a mim mesma que esta era a única maneira que eu
sabia de obter qualquer aparência da minha vida de volta. 
 
"Escola?" Mamãe se virou totalmente agora, os morangos e aveia ficaram esquecidos. 
 
"De acordo com o calendário na parede, é nove de setembro." Quando a mamãe não disse nada,
eu acrescentei, "A escola começou há dois dias." 
 
Ela apertou os lábios em uma linha reta. "Eu percebo isso." 
 
"Desde que a escola começou, que eu não deveria estar lá?" 
 
"Sim, eventualmente." Ela enxugou as mãos no avental. Para mim parecia como se ela estivesse
debatendo a sua escolha de palavras. Eu queria que fosse o que fosse, ela cuspisse logo para fora.
Agora, uma dicusão calorosa era melhor do que a simpatia fria. 
 
"Desde quando você tolera evasão escolar?" Eu disse, cutucando ela. 
 
"Eu não quero dizer-lhe como executar a sua vida, mas eu acho que você precisa diminuir o
ritmo." 
 
"Diminuir o ritmo? Não me lembro de qualquer coisa, desde os últimos meses da minha vida.
Eu não vou diminuir o ritmo e deixar as coisas ainda mais deslizando fora do meu alcance. 
 
A única maneira que encontrei para me sentir melhor sobre o que aconteceu era clamar por
minha vida. Eu vou para a escola. E então eu vou sair com Vee para comer uns donuts, ou
qualquer junk food que ela desejasse hoje. E então eu estou voltaria para casa e faria minha lição
de casa. E então iria dormir ouvindo os discos antigos de papai. Há tanta coisa que eu não sei
mais. A única maneira de eu sobreviver a isso era me apegar ao que eu sei." 
 
"Muita coisa mudou enquanto você estava fora" 
 
"Você acha que eu não sabia disso?" Eu não tive a intenção de manter um julgamento sobre ela,
mas eu não conseguia entender como ela poderia estar lá e me repreender. Quem era ela para
me dar conselho? Se ela tivesse passado através de qualquer coisa remotamente similar? "Confie
em mim, eu entendo. E eu estou com medo. Eu sei que eu não posso voltar, e isso me apavora.
Mas ao mesmo tempo:" Como é que eu ia explicar para ela, quando eu não conseguia nem
explicar isso para mim? Lá estava a salvo. Eu estava no controle. Como é que eu ia saltar para a
frente, quando a plataforma sob os meus pés tinha sido arrancada? 
 
Ela soltou um suspiro profundo. "Hank Millar e eu estamos namorando." 
 
Suas palavras passaram através de mim. Olhei para ela, sentindo o meu vinco na testa em
confusão. "Desculpe, o quê?" 
 
"aconteceu enquanto você estava fora." Ela apoiou uma mão sobre o balcão, e olhou para mim
como se fosse a única coisa a fazer. 
 
"Hank Millar?" Pela segunda vez no dia, minha mente estava lenta para jogar uma rede em
torno de seu nome. 
 
"Ele é divorciado agora." 
 
"Divorciado? Tinha se passado apenas três meses." 
 
"Todos os dias intermináveis de não saber onde você estava, se você estivesse mesmo viva, ele
era tudo que eu tinha, Nora". 
 
"O pai de Marcie?" Pisquei para ela, perplexa. Eu não conseguia avançar de orelha a orelha com
a neblina que se formou dentro do meu cérebro. Minha mãe estava namorando o pai da menina
que eu mais odiava? A menina que tinha riscado meu carro, mexido no meu armário e me
apelidou de Nora a puta? 
 
"Nós namoramos. No ensino médio e faculdade. Antes de conhecer seu pai", acrescentou ela
apressadamente. 
 
"Você", eu disse, finalmente colocando algum volume em minha voz ", e Hank Millar?" 
 
Ela começou a falar muito rapidamente. "Eu sei que você vai ser tentar julgá-lo com base no seu
parecer de Marcie, mas ele é realmente um cara muito doce. Então, amável e generoso e
romântico." Ela sorriu, depois corou, afobada. 
 
Fiquei indignada. Isso era o que minha mãe estava fazendo enquanto eu estava ausente? 
 
"Certo." Agarrei uma banana da fruteira, em seguida, me dirigi para a porta da frente. 
 
"Podemos falar sobre isso?" Seus pés descalços bateram no chão de madeira, enquanto seguia
atrás de mim. "Você pode pelo menos me ouvir?" 
 
"Parece que eu estou um pouco atrasada para a festa vamos-falar-sobre-isso." 
 
"Nora!" 
 
"O quê?" Eu bati, girando de volta. "O que você quer que eu diga? Que eu estou feliz por você?
Eu não estou. Usávamos os Millars para nos divertir. Costumávamos fazer piada desse problema
de comportamento da Marcie que foi envenenamento por mercúrio devido a todos os frutos do
mar que sua família come. E agora você está saindo com ele?" 
 
"Sim, ele. Marcie não." 
 
"É tudo a mesma coisa para mim! Você ainda espera até que a tinta sobre os papéis do divórcio
estivesse seca? Ou você fez a sua jogada enquanto ele ainda estava casado com a mãe de Marcie,
porque três meses é muito rápido." 
 
"Eu não tenho que responder isso!" Aparentemente percebendo como seu rosto estava
vermelho, ela saiu, ela se recompôs amassando a nuca. "Isto é porque você acha que eu estou
traindo seu pai? Acredite em mim, eu já me torturei o suficiente, questionando se nada menos
do que a eternidade é muito cedo para seguir em frente. Mas ele teria querido que eu fosse feliz.
Ele não gostaria que eu vivesse sentindo pena de mim mesma para sempre." 
 
"Será que Marcie sabe?" 
 
Ela se encolheu com minha transição súbita. "O quê? Não. Eu não acho que Hank lhe disse
ainda." 
 
Em outras palavras, por enquanto, eu não tinha que viver com o medo de Marcie tomar decisões
sobre nossos pais sem eu saber. É claro, que quando ela descobrisse verdade, eu podia garantir a
retribuição seria rápida, humilhante e brutal. "Estou atrasada para a escola." Eu vasculhei o
prato sobre a mesa entrada. "Onde estão as minhas chaves?" 
 
"Eles devem estar aí." 
 
"A minha chave da casa está. Onde está a chave do Fiat?" 
 
Ela aplicou a pressão para a ponte de seu nariz. "Vendi o Fiat." 
 
Eu dirigi todo o peso do meu brilho para ela. "Vendeu? Perdão?" Tudo bem, no passado eu tinha
expressado o quanto eu odiava a pintura descascada do Fiat, maltratada pelo tempo seus
assentos de couro branco, e o hábito prematura de deslocamento da mangueira do carro. Mas
ainda assim. Era o meu carro. Tinha a minha mãe desistido de mim tão rápido após meu
desaparecimento que tinha começado a se desfazer de meus pertences? "O que mais?" Eu exigi.
"O que mais você vendeu enquanto eu estive fora?" 
 
"Eu o vendi antes de você desaparecer", ela murmurou, com os olhos baixos. 
 
Uma andorinha estava presa na minha garganta. Significava eu talvez soubesse que ela tinha
vendido o meu carro, só que eu não conseguia me lembrar agora. Eu era uma dolorosa
lembrança de apenas como eu realmente era indefesa. Eu não poderia mesmo conduzir uma
conversa com minha mãe sem parecer como uma idiota. Ao invés de me desculpar, eu
escancarei a porta da frente e pisei nos degraus da varanda. 
 
"De quem é esse carro?" Eu perguntei, voltando rápido. A Volkswagen branco conversível estava
estacionado na calçada de cimento onde o Fiat costumava residir. Pelo que parecia, ele tinha a
sua residência permanente. Ele poderia ter estado lá na manhã de ontem, quando havia saído do
hospital, mas eu mal tinha um quadro da minha mente para absorver o meu ambiente. A única
outra vez que eu tinha deixado a casa foi ontem à noite, e eu tinha saído pela porta dos fundos. 
 
"Seu". 
 
"O que quer dizer, meu?" Eu protegi meus olhos do sol da manhã quando eu me voltei para ela. 
 
"Scott Parnell deu a você." 
 
"Quem?" 
 
"Sua família se mudou de volta à cidade no início do verão." 
 
"Scott?" Eu repeti, folheando a minha memória de longo prazo, uma vez que o nome provocou
uma vaga lembrança. "O menino da minha classe do jardim de infância? Que se mudou para
Portland anos atrás?" 
 
Mamãe concordou, cansada. 
 
"Por que ele iria me dar um carro?" 
 
"Eu nunca tive a chance de perguntar. Você desapareceu na noite em que ele apareceu." 
 
"Eu perdi a noite que Scott misteriosamente doou um carro para mim? Que não partiu de
qualquer alarme? Não há nada de normal sobre um cara adolescente dando um carro para uma
garota que ele mal conhece e não tem visto nos últimos anos. Alguma coisa sobre isso não está
certo. Talvez, talvez o carro seja uma evidência de alguma coisa, e ele necessitou se livrar dele. O
que passava pela sua mente?" 
 
"A polícia revistou o carro. Eles questionaram o proprietário anterior. Mas eu acho que o
Detective Basso tinha descartado o envolvimento de Scott depois de ouvir o seu lado dos eventos
da noite. Você teria sido baleado antes, antes de desaparecer, e por isso Detetive Basso
originalmente pensou que Scott era o atirador, você disse a ele que não era" 
 
"Tiro?" Eu balancei a cabeça em confusão. "O que quer dizer tiro?" 
 
Ela fechou os olhos brevemente, exalando. "Com uma arma." 
 
"O quê?" Como Vee tinha deixado passar isso? 
 
"No parque de diversões de Delfos." Ela balançou a cabeça. "Eu odeio sequer pensar nisso", ela
sussurrou, sua voz rompendo. "Eu estava fora da cidade quando eu comecei a ligar. Eu não
posso voltar no tempo. Eu não vi você de novo, e eu não lamentava nada mais em minha vida.
Antes de desaparecer, você disse para Detetive Basso que um homem chamado Rixon atirou em
você na casa divertida. Você disse que Scott estava lá também, e Rixon também atirou nele. A
polícia procurou Rixon, mas era como se ele tivesse desaparecido. Detetive Basso estava
convencido de que Rixon não era mesmo o nome verdadeiro do atirador." 
 
"Onde foi que eu levei um tiro?" Eu perguntei, minha pele rastejando com um formigamento
desagradável. Eu não tinha notado uma cicatriz, ou qualquer indicação de uma ferida. 
 
"O ombro do teu lado esquerdo." Minha mãe parecia sentir dor só para dizer isso. "O tiro foi de
raspão, atingindo apenas um músculo. Nós somos muito, muito sortudas." 
 
Eu puxei meu colarinho para baixo sobre meu ombro. Com certeza, eu podia ver o tecido da
cicatriz onde a pele tinha sido curada. 
 
"A polícia passou semanas procurando Rixon. Eles leram seu diário, mas você arrancou várias
páginas, e não encontrou seu nome no resto. Eles perguntaram a Vee, mas ela negou ter ouvido
esse nome. Ele não estava nos registros na escola. Não havia registro dele no DMV" 
 
"Eu rasguei as páginas do meu diário?" Isso não parecia muito comigo. Por que eu faria uma
coisa dessas? 
 
"Você se lembra onde você colocou as páginas? Ou o que eles diziam?" 
 
Eu balancei minha cabeça distraidamente. Sobre o que eu tinha ido tão longe para esconder? 
 
Mamãe fez um som deflacionado. "Rixon era um fantasma, Nora. E onde quer que esteja, ele
levou todas as respostas com ele." 
 
"Não posso aceitar isso", eu disse. "E sobre Scott? O que ele disse quando o detetive Basso
questionou ele?" 
 
"Detetive Basso colocou toda sua energia para caçar Rixon. Eu acho que ele nunca falou com
Scott. A última vez que falei com Lynn Parnell, Scott havia se mudado. Acho que ele está em
New Hampshire agora, vendendo controle de pragas". 
 
"Só isso?" Eu disse, incrédula. "Nunca o detective Basso tentou rastrear Scott e ouvir seu lado?"
Minha mente estava acionada em velocidade máxima. Algo sobre Scott não estava certo.
Segundo o relato da minha mãe, eu disse à polícia que ele tinha sido baleado por Rixon também.
Ele era a única testemunha que Rixon existiu. Como que se encaixava na doação de um
Volkswagen? Me pareceu que pelo menos uma peça crucial de informação estava faltando. 
 
"Estou certa de que ele tinha uma razão para não falar com Scott". 
 
"Estou certa disso também", eu disse cinicamente. "Como talvez por ele ser incompetente?" 
 
"Você deve dar uma chance ao Detetive Basso, você veria que ele é realmente muito forte. Ele é
muito bom em seu trabalho." 
 
Eu não quero ouvir isso. 
 
"E agora?" Eu disse laconicamente. 
 
"Nós fazemos a única coisa que podemos. O nosso melhor para seguir em frente." 
 
Por um momento, eu empurrei de lado minhas dúvidas de Scott Parnell. Havia ainda muito a
lidar com elas. Como muitas outras centenas de coisas que eu tinha no escuro? Era isso o que eu
tinha na loja? Dias após dias de humilhação eu reaprendi com a minha vida? Eu já podia
imaginar o que estaria esperando por mim no interior da paredes da escola. Olhares discretos de
piedade. O estranho evitar dos olhos. O arrastar de pés em silêncio. A opção segura de se
afastarem de mim completamente. 
 
Senti a indignação ferver dentro de mim. Eu não queria ser um espetáculo. Eu não queria ser
um objeto de especulação raivosa. Que tipos de teorias vergonhosas estavam envolvendo meu
rapto tinham se espalhado? O que as pessoas pensam sobre mim agora? 
 
"Se você vê Scott, certifique-se de chamá-lo para que eu possa agradecer-lhe o carro", eu disse
amargamente. "Logo depois de eu lhe perguntar por que ele me deu, em primeiro lugar. Talvez
você e o detetive Basso esejam convencidos de que ele é inocente, mas muitas coisas sobre a sua
história não estão claras."
 
" Nora" 
 
Meti a mão para fora. "Posso pegar a chave?" 
 
Após um momento de pausa, ela tirou uma chave de sua própria cadeia de chaves e colocou-a na
minha mão. "Tenha cuidado." 
 
"Oh, não se preocupe. A única coisa que eu estou em perigo é de fazer de mim mesma uma tola.
Sabe de qualquer outra pessoa que eu poderia encontrar hoje e não reconhecer? 
 
Felizmente, eu me lembro do caminho para a escola. E você olha para isso", eu disse, puxando
para abrir a porta do carro e cair dentro. "O Volkswagen é de cinco- marchas. Coisa boa que eu
aprendi a dirigir de cinco marchas pré-amnésia." 
 
"Eu sei que agora não é o melhor momento, mas fomos convidadas para jantar esta noite." 
 
Eu a dei um olhar frio. "nós temos." 
 
"Hank gostaria de nos levar para Coopersmith. Para comemorar seu retorno." 
 
"Que gentileza a dele," eu disse, forçando a chave na ignição e acelerando o motor. Pelo roncar
barulhento, eu assumi que o carro não tinha se mexido desde o dia que eu desapareci. 
 
"Ele está tentando", ela falou acima da lamentação do motor. "Ele está tentando muito para
fazer sua parte." 
 
Eu tinha uma resposta na ponta da minha língua, mas decidi ir para mais impacto me
preocuparia com as repercussões mais tarde. "E você? Você está tentando fazer o seu trabalho?
Porque eu vou na frente. Se ele ficar, eu vou. Agora, se você me dá licença, eu tenho que
descobrir como viver minha vida novamente." 
 
 
Silence - Capítulo 6 CAPÍTULO 6 
 
 
Na escola, eu encontrei um lugar uma vaga na parte de trás do estacionamento dos estudantes e
caminhei por todo o gramado para uma entrada lateral. Eu estava atrasada, graças a briga com a
minha mãe. Depois de correr a partir da quinta, eu tive que encostar ao lado da estrada por
apenas 15 minutos para me acalmar. Namorando Hank Millar. Ela era sádica? Apenas para
arruinar a minha vida? Ambos?
 
 
 
 
Um olhar sobre o BlackBerry roubado da minha mãe provou que eu tinha perdido o final do
primeiro período. O sinal deveria tocar em 10 minutos. 
 
Com o intuito de deixar um recado, disquei para Vee. 
 
"Hellooo. É você, meu anjo?", Ela respondeu prontamente com sua melhor voz sedutora. Ela
estava tentando ser engraçada, mas eu quase tropecei. 
 
Anjo. 
 
O mero som da palavra causou um calor que lambeu minha pele. Mais uma vez, a cor preta
correu furiosamente de volta em mim como uma fita quente, mas desta vez tinha mais. Um
toque físico tão real que parei em meu caminho. Senti uma toque atraente ao longo de minha
bochecha, como se uma mão invisível me acariciasse, seguido por uma pressão suave,
absolutamente sedutor contra meus lábios.... 
 
Você é minha, Anjo. E eu sou seu. Nada pode mudar isso. 
 
"Isso é loucura", eu murmurei em voz alta. Vi que a cor preta era alguma coisa, mas isso já era
um outro nível. Eu tinha que parar de assombra-me desta maneira. Se eu continuasse por mais
tempo, eu realmente começaria a duvidar da minha sanidade. 
 
"Está aonde?" Vee disse. 
 
"Uh, estacionamento," respondi rapidamente. "Todos os bons lugares estão tomados." 
 
"Adivinha o que na primeira hora? Isso é tão injusto. Eu começo o dia suando como um elefante
no cio. As pessoas que compõem os nossos horários entendem o odor corporal? Eles não
entendem cabelos crespos?" 
 
"Por que você não me disse nada sobre Scott Parnell?" Eu perguntei uniformemente.
Começaríamos ali e trabalharíamos o nosso caminho adiante. 
 
O silêncio de Vee ficou nítido entre nós, apenas confirmando minhas suspeitas: Ela não tinha
me dado toda a história. Intencionalmente. 
 
"Oh, sim, Scott", ela vacilou por último. "Sobre isso." 
 
"Na noite em que desapareci, ele deixou um Volkswagen velho fora na minha casa. Esse detalhe
escorregou da sua mente na noite passada, não é? Ou talvez você não achasse que qualificaria
como suspeitas interessantes? Você é a última pessoa que eu esperava para me dar uma versão
diluída do que levou para o meu seqüestro, Vee." 
 
Ouvi-a mastigar o lábio. "Eu posso ter omitido algumas coisas." 
 
"Como o fato de que eu levei um tiro?" 
 
"Eu não queria machucá-la", disse ela em uma corrida. "O que você passou foi traumático. Mais
do que traumático. Um milhão de vezes pior. Que tipo de amigo eu seria se eu apenas piorasse
isso?" 
 
"E?" 
 
"Ok, ok. Ouvi Scott dando-lhe o carro. Provavelmente para se desculpar por ser um porco
chauvinista". 
 
"Explique". 
 
"Lembre-se no ensino médio como nossas mães sempre nos ensinavam que, se um menino
brinca com você, isso significa que ele gosta de você? Bem, quando se tratava de
relacionamentos, Scott nunca superou a sétima série." 
 
"Ele gostava de mim." Eu parecia duvidosa. Eu não acho que ela mentiria para mim de novo,
não quando eu tinha a confrontado, mas é evidente que minha mãe tinha chegado primeiro e
feito uma lavagem cerebral nela para pensar que eu era muito frágil para a verdade. Isso soava
como uma resposta cheia de rodeios como se eu já não tivesse ouvido uma. 
 
"O suficiente para comprar um carro, sim." 
 
"Eu tive qualquer contato com Scott na semana anterior eu estava seqüestrado?" 
 
"A noite antes de desaparecer, você bisbilhotou em seu quarto. Mas você não encontrou nada
mais interessante do que uma planta de maconha murcha". 
 
Finalmente estávamos chegando a algum lugar. "O que eu estava procurando?" 
 
"Eu nunca perguntei. Você me disse que Scott tinha um trabalho louco. Que era toda a evidência
de que eu precisava para ajudá-la com isso " 
 
Eu não duvido. Vee nunca precisou de uma razão para fazer algo estúpido. A coisa triste era, na
maioria das vezes eu também não. 
 
"Isso é tudo que eu sei", insistiu Vee. "Eu juro, por tudo." 
 
"Não faça isso novamente comigo." 
 
"Isso significa que você me perdoa?" 
 
Eu estava irritada, mas para minha decepção, eu podia ver o lado de Vee em querer me proteger.
É o que os melhores amigos fazem, pensava eu. No âmbito de outras circunstâncias, eu poderia
até ter a admirar por isso. E no lugar dela, eu provavelmente teria ficado tentada a fazer o
mesmo. "Estamos bem." 
 
Dentro do escritório principal, eu esperava para falar sobre o meu atraso, então eu fiquei
surpresa quando a secretária me viu se aproximando e, após dar uma segunda olhada, disse:
"Oh! Nora. Como você está?" 
 
Ignorando a simpatia desmanchando em seu tom, eu disse: "Estou aqui para pegar o meu
horário de aula." 
 
"Oh. Oh, sim. Tão cedo? Ninguém espera que você voltasse tão rápido, você sabe, querida.
Alguns membros da equipe e eu estávamos falando esta manhã sobre como nós pensamos que
você deveria ter algumas semanas para...” Ela lutou por uma palavra aceitável, já que não havia
palavra certa para o que eu tinha à minha frente. 
 
Recuperar? Se adaptar? Dificilmente. "Se naturalizar". Ela tinha praticamente um painel de
néon que dizia: Que pena! Pobre menina! É melhor eu usar luvas de meu filho com ela. 
 
Apoiei o cotovelo no balcão e me inclinei. "Estou pronta para estar de volta. E isso é o que
importa, certo?" Porque eu já estava de mau humor, "Estou tão feliz que esta escola tem me
ensinado a não valorizar qualquer outra opinião que não fosse a minha." 
 
Ela abriu a boca, fechou-a. Então ela começou a folhear várias pastas de papel manilha em sua
mesa. "Deixe-me ver, eu sei que eu tenho você aqui... em algum lugar. Ah! Aqui estamos nós.
"Ela puxou uma folha de papel de uma das pastas e passou-a para mim. "Tudo parece estar
bem?" 
 
Eu fiz a varredura na minha agenda. AP história dos EUA, honras Inglesas, saúde, jornalismo,
anatomia e fisiologia, orquestra, e trigonometria. Claramente eu não tinha um desejo de morte
pelo meu futuro quando eu não tinha registros das as aulas no ano passado. 
 
"Parece bom," eu disse, jogando minha mochila por cima do meu ombro e empurrando a porta
do escritório. 
 
O hall de fora estava escuro, as luzes fluorescentes lançando um brilho fosco no chão encerado.
Na minha cabeça, eu disse a mim mesma que esta era a minha escola. Eu pertencia aqui. E
apesar de ser chocante cada vez que eu me lembrava que eu era jovem, apesar do fato de que eu
não conseguia me lembrar do final do segundo ano, eventualmente, a estranheza me desgastou.
Eu tinha que fazer. 
 
O sino tocou. Em um instante portas foram abertas em todos os lugares e a sala inundada com o
corpo discente. Eu caí em sintonia com a corrente de alunos caminhando para os banheiros,
armários, e máquinas de soda. Eu mantive meu queixo ligeiramente inclinado para cima e
nivelado o meu olhar para a frente. Mas eu senti os olhos de meus colegas quando eles olhavam
passar. Todo mundo dava um segundo olhar surpreendido. Eles tinham que saber que eu estava
de volta, agora, minha história era o destaque das notícias locais. Mas estou certa de que me
viam como uma notícia ambulante. Suas perguntas dançavam no centro de seus olhares
curiosos. Onde ela estava? Quem a raptou? Que tipos de coisas indizíveis aconteceu com ela? 
 
E as maiores especulações de longe eram: É verdade que ela não consegue lembrar de nada
disso? Aposto que ela está fingindo. Quem só se esquece de alguns meses de sua vida? 
 
Passei os dedos através do notebook eu o abracei em meu peito, fingindo procurar algo muito
importante. Eu não tenho visto você, o gesto implicava. Então eu retornei para meus ombros e
fingi um olhar de indiferença. Talvez um distanciamento mesmo. Mas sob tudo isso, minhas
pernas tremiam. Corri para baixo do corredor com um único objetivo de sair de lá. 
 
Seguindo para dentro do banheiro das meninas, eu me tranquei em uma cabine. Eu me arrastei
para baixo da parede até que eu estava sentado. Eu poderia provar a bile subindo na minha
garganta. Meus braços e pernas estavam dormentes. Senti meus lábios dormentes. Lágrimas
escorriam pelo meu queixo, mas eu não conseguia mover a mão para enxugá-las. 
 
Não importa o quão forte eu apertasse meus olhos fechados, não importa o quão escuro eu
forçasse a minha visão, eu ainda podia ver os seus olhares, enfrentando o julgamento. Eu não
era um deles mais. De alguma forma, sem qualquer esforço próprio, eu me tornei uma estranha. 
 
Fiquei sentada por mais alguns minutos, até que minha respiração se acalmou e a vontade de
chorar desapareceu. Eu não queria ir para a aula, e eu não queria ir para casa. 
 
O que eu realmente queria era o impossível. Viajar de volta no tempo e obter uma segunda
chance. Refazer, começando com a noite em que desapareci. 
 
Eu tinha acabado de ficar em pé quando ouvi um sussurro de voz passado em meu ouvido como
uma corrente de ar fria. 
 
Ajude-me. 
 
A voz era tão baixa, eu quase não a ouvi. Eu até considerei a possibilidade de que eu tinha
inventado. Afinal, imaginar coisa era tudo em que eu era boa recentemente. 
 
Ajuda-me, Nora. 
 
Meu nome, meus braços ficaram arrepiados. Mantendo ainda, esforcei-me para ouvir a voz
novamente. O som não tinha vindo de dentro da cabine, eu estava sozinha aqui, mas ela não
pareceu ter vindo da área maior do banheiro também. 
 
Quando ele terminar comigo, será como se eu estivesse morto. Eu nunca vou voltar para casa. 
 
Desta vez, a voz soava muito mais forte e mais urgente. Olhei para cima. Eu parecia ter flutuado
para baixo a partir da abertura do teto. 
 
"Quem está aí?" Eu chamei cautelosamente. 
 
Com a falta de uma resposta, eu sabia que isso tinha que ser o começo de outra alucinação. O Dr.
Howlett havia previsto isso. Meus pensamentos estavam ansiosos. Eu precisava remover-me da
definição. Eu tinha que desviar meu trem corrente de pensamento e interrompê-lo antes que ele
me ultrapassasse. 
 
Estendi a mão para o fecho da porta, quando uma imagem repentina explodiu em toda a minha
mente, ofuscando minha visão. Em uma reviravolta do cenário aterrorizante, eu já não podia ver
o banheiro. Em vez de azulejos, o chão debaixo dos meus pés se tornou concreto. Enquanto isso,
vigas de metal cruzavam o teto como pernas de aranha gigante. Uma fileira de caminhões de
compartimento estavam ao longo de uma parede. 
 
Estava alucinando dentro de um- Armazém. 
 
Ele serrou as minhas asas. Eu não posso voar para casa, a voz choramingou. 
 
Eu não podia ver a quem a voz pertencia. Houve uma sobrecarga de lâmpada, iluminando o
centro do armazém. Ao lado a partir dele, o prédio estava vazio. 
 
Um zangão reverberou por uma esteira transportadora. Provocando um ruído, mecânico para
fora da escuridão. Isso estava trazendo alguma coisa para mim. 
 
"Não", eu disse, porque era a única coisa que eu conseguia pensar para dizer. Eu sacudi as
minhas mãos na minha frente, tentando sentir a porta do box do banheiro. Isto era uma
alucinação, assim como minha mãe tinha avisado. Eu tive que empurrar para fora e encontrar
um caminho de volta ao mundo real. Todo o tempo, a raspagem metálica horrível cresceu mais
alto. 
 
Eu afastei toda a esteira transportadora até que eu estava pressionado contra uma parede de
cimento. 
 
Sem ter para onde correr, vi uma gaiola de metal e sacudindo com um ruído das sombras,
movendo-se para a borda da luz. As barras brilhavam um fantasmagórico azul elétrico, mas não
foi isso que apreendeu a minha atenção. Uma pessoa estava debruçada dentro. A menina,
dobrada para caber nos confins da gaiola, com as mãos segurando as barras, com o cabelo negro
tampando a frente de seu rosto. Seus olhos apareciam através do cabelo, e eles estavam se cor.
Havia um pedaço de corda emitindo uma luz estranha do mesmo azul amarrada no pescoço. 
 
Ajuda-me, Nora. 
 
Eu queria correr para uma saída. Eu tinha medo de tentar as portas do compartimento, temendo
que só me levariam mais fundo na alucinação. O que eu precisava era a minha própria porta. 
 
Eu criaria uma agora em que eu pudesse escapar até o interior do banheiro da escola. 
 
Não lhe dê o colar! A menina balançou as barras da jaula ferozmente. Ele acha que você tem. Se
ele receber o colar, ele não poderá ser parado. Me dê uma chance. Eu vou ter de lhe dizer tudo! 
 
Minha pele estava úmida em minhas costas e minhas axilas. Colar? Que colar? 
 
Não há nenhum colar, eu disse a mim mesma. Tanto a menina quanto o colar são misturas
selvagens de sua imaginação. Force-os para fora. Force-os. Fora! 
 
Um sino estridente. 
 
Assim mesmo, fui sacudida para fora da alucinação. A fechadura da porta da cabine do banheiro
estava centímetros do meu nariz. MR. SARRAF É UM SACO. B.L. + J.F. = AMOR. JAZZ BAND
ROCKS. Coloquei uma mão para fora, traçando os sulcos profundos. A porta era real. Eu
despenquei de alívio. 
 
Vozes no banheiro. Eu vacilei, mas elas estavam normal, falantes, felizes. Pela fresta da porta, vi
três meninas se arrumando em frente aos espelhos. Eles escovavam os cabelos e retocaram seu
gloss labial. 
 
"Devemos pedir pizza e assistir a filmes esta noite", disse uma delas. 
 
"Não podemos meninas. Não sou só eu e Susanna esta noite. "Reconheci a voz como pertencente
a Marcie Millar. Ela estava no meio da sua programação, arrumando seu rabo de cavalo loiro,
prendendo-o no lugar com uma flor rosa de plástico. 
 
"Você está nos trocando por sua mãe? Hum, fora?" 
 
"Hum, sim. Lide com isso ", disse Marcie. 
 
As duas garotas em cada lado da Marcie fizeram um grande show de beicinho. Eram elas
Addyson Hales e Cassie Sweeney. Addyson era uma cheerleader como Marcie, mas certa vez
ouvi Marcie confessar que a única razão por ela ser amiga de Cassie era porque viviam na
mesmo bairro. Seu vínculo foi devido ao simples fato de que eles poderiam pagar o mesmo estilo
de vida. Ervilhas em uma vagem, muito ricas. 
 
"Nem mesmo comecem", disse Marcie, mas com um sorriso em sua voz claramente ela estava
lisonjeada com a sua decepção. "Minha mãe precisa de mim. Noite de garotas". 
 
"Será que ela ... você sabe ... está deprimida?" A garota que eu acreditava ser Addyson
perguntou. 
 
"Sério?" Marcie riu. "Ela tem que manter a casa. Ela ainda é membro do clube de iates. Além
disso, ela fez o meu pai comprar-lhe um SC10 Lexus. Eu achei tão fofo! E eu juro que metade dos
homens solteiros na cidade já ligaram ou esperam por isso". Marcie assinalou cada item nos
dedos tão fluidamente que me fez achar que ela estava ensaiando esse discurso. 
 
"Ela é tão bonita." Cassie suspirou. 
 
"Exatamente. Quem quer que seja que meu pai esteja saindo, a diferença será grande." 
 
"Ele está saindo com alguém?" 
 
"Ainda não. Minha mãe tem amigos por toda parte. Alguém teria visto alguma coisa. Então," ela
transitou com uma voz fofoqueira ", Vocês viram as notícias? Sobre Nora Grey?" 
 
Meus joelhos foram um pouco mole com a menção de meu nome, e eu derrubou uma mão para
a parede como apoio. 
 
"Eles a acharam no cemitério, e eles estão dizendo que ela não pode se lembrar de nada", Marcie
continuou. "Eu acho que ela estava tão confusa que ela ainda saiu correndo de um policial. Ela
pensou que eles estavam tentando machucá-la." 
 
"Minha mãe disse que ela era provavelmente sofreu uma lavagem cerebral por seu
seqüestrador", disse Cassie. "Como um cara poderia ter a feito pensar que eles eram casados." 
 
"Eca!" Todos disseram em uníssono. 
 
"Seja lá o que aconteceu, ela está danificada agora", disse Marcie. "Mesmo ela dizendo que não
consegue lembrar de nada, ela sabe o que aconteceu subconscientemente. Ela vai ser arrastar
em torno dessa bagagem para o resto de sua vida. Ela poderia muito bem envolver-se em uma
fita amarela dizendo: "Fique fora e não se cruzem". 
 
Elas riam. Marcie então disse: "Voltar à classe, garotas. Depois resolvo nossos atrasos. As
secretárias têm mantido as suas gavetas trancadas. Putas." 
 
Eu esperei muito tempo depois de terem saído, só para ter certeza de que o banheiro e as salas
ficariam vazias. Então eu empurrei a porta. Rapidamente percorri todo o caminho ao final do
corredor, pela saída exterior, corri em direção ao estacionamento dos alunos. 
 
Atirei-me dentro do Volkswagen, me perguntando porque eu acreditei que poderia voltar à
minha vida e esperar prosseguir exatamente de onde tinha parado.
 
Porque foi exatamente isso. As coisas não haviam parado. 
 
Eles aprenderam a viver sem mim. 
 
 
Silence - Capítulo 7 CAPÍTULO 7 
 
 
Eu me preparei para o jantar com Hank e minha mãe colocando um vestido boêmio que caía
acima do joelho. 
 
Eu estava mais agradável do que Hank merecia, mas eu tinha um motivo oculto. Hoje à noite o
objetivo era duplo. Primeiro, fazer com que a minha mãe e Hank nunca quisessem ter me
convidadado. Segundo, deixar a minha posição sobre a relação deles clara como cristal. Eu já
estava mentalmente ensaiando meu discurso, que eu falaria em alto e bom som, iria acabar
quando eu fizesse Hank engasgar com o seu próprio copo de vinho. Eu pretendia usurpar o
trono Rainha Diva de Marcie esta noite, a minha educação que se dane. 
 
 
Mas algumas coisas primeiro. Eu tinha que ter mamãe calma e Hank em acreditar que eu estava
com a mente aberta e de acordo com tudo. Se eu saísse do meu quarto espumando pela boca e
vestindo de preto com frases tipo O AMOR É UMA DROGA, o meu plano nunca iria dar certo. 
 
Eu gastei 30 minutos no banho de água quente, caindo em cada centímetro do meu corpo, e
depois me esfreguei vigorosamente, eu mimei minha pele com óleo de bebê. Os cortes
minúsculos cruzando meus braços e pernas estavam curando rápido, assim como as contusões,
mas ambos derramar uma fresta de luz indesejada sobre o que tinha acontecido durante a
minha abdução. Combinado com a pele suja de quando cheguei ao hospital o meu melhor
palpite era de que eu tinha estado dentro da floresta. 
 
Um lugar tão remoto, que teria sido impossível para um transeunte tropeçar em mim. Em algum
lugar tão miserável que as minhas chances de escapar e sobreviver seriam quase nada. 
 
Mas devo ter escapado. Como poderia eu explicar voltar para casa? Somando-se essa
especulação, eu imaginei as densas florestas do norte abrangendo o Maine e o Canadá. Embora
eu não tivesse nenhuma evidência para provar que eu tinha estado lá, era meu melhor palpite.
Eu tinha escapado, e contra todas as probabilidades, eu sobrevivi. Essa era apenas a teoria que
estava trabalhando. 
 
Na minha maneira de sair do meu quarto, eu hesitei na frente do espelho o tempo suficiente
para amassar meu cabelo. Estava maior agora, caindo até a metade das minhas costas, com
mechas naturais na cor caramelo, graças ao sol de verão. Eu definitivamente estive em um lugar
ao ar livre. Minha pele estava levemente bronzeada, e algo me disse que eu não tinha me
escondida em um salão de bronzeamento por todas aquelas semanas. Eu sem cabeça para fazer
maquiagem nova. Eu não queria uma nova maquiagem para combinar com o meu novo eu. Eu
só queria o velho me de volta. 
 
Lá embaixo, eu encontrei Hank e minha mãe no hall de entrada. Eu vagamente observei que
Hank parecia um boneco Ken em tamanho real com gélidos olhos azuis, um tom de pele
dourada, e impecável. A única discrepância em Hank. Em uma briga, Ken teria vencido, mãos
para baixo. 
 
"Pronto?" Perguntou mamãe. Ela estava toda arrumada também, em calças de lã leve, uma
blusa, e um envoltório de seda. Mas eu estava mais consciente do que ela não estava usando.
Pela primeira vez, sua aliança de casamento faltava, deixando uma faixa em torno de seu pálido
dedo anelar. 
 
"Eu vou dirigir separadamente", eu disse bruscamente. 
 
Hank apertou meu ombro, brincando. Antes que eu pudesse me esquivar, ele disse, "Marcie é da
mesma maneira. Agora que ela tem a sua licença, quer dirigir em toda parte." Ele levantou as
mãos como se não estivesse oferecendo nenhum argumento. "Sua mãe e eu vamos encontrá-la
lá." 
 
Eu queria ter debatido com Hank eu querer ir separadamente não tinha nada a ver com um
pedaço de plástico na minha carteira. E muito mais a ver com a maneira de estar em torno dele
fazia o meu estômago embrulhar. Girei para minha mãe. "Posso ter dinheiro para a gasolina?
Tanque está baixo." 
 
"Na verdade", disse minha mãe, visando pedir ajuda com isso ao olhar para Hank: "Eu estava
realmente esperando para usar este tempo para nós três conversarmos. Por que você não vai
conosco, e eu dou-lhe dinheiro para encher o tanque amanhã?" Seu tom foi educado, mas não
havia erro. Ela não estava me oferecendo uma escolha. 
 
"Seja uma boa menina e ouça a sua mãe", Hank me disse, piscando um sorriso perfeitamente
reto, perfeitamente branco. 
 
"Tenho certeza que teremos muito tempo para conversar no jantar. Eu não vejo o grande
problema em dirigir por mim mesma", eu disse
 
"É verdade, mas você ainda vai ter que ir conosco", disse minha mãe. "Acontece que eu estou
sem dinheiro. O novo telefone celular que eu comprei pra você hoje não foi barato." 
 
"Eu não posso pagar a gasolina com seu cartão de crédito?" Mas eu já sabia a resposta. Ao
contrário da mãe de Vee, nunca minha mãe emprestou-me o seu cartão de crédito, e eu não
tinha flexibilidade moral de "pegar emprestado" ele. Eu acho que eu poderia usar o meu próprio
dinheiro, mas eu tinha tomado uma posição e eu não estava recuando agora. Antes que ela
pudesse me contrariar, eu adicionei, "Ou o que dizer de Hank? Tenho certeza que ele tem uma
nota de vinte dólares. Certo, Hank?" 
 
Hank virou a cabeça para trás e riu, mas eu não perdi as linhas de irritação formando ao redor
dos olhos. "Você tem uma ótima negociadora em suas mãos, Blythe. Instinto me diz que não
herdou a sua natureza, doce e despretensiosa." 
 
Mamãe disse: "Não seja rude, Nora. Agora você está tornando uma grande coisa a partir do
nada. Dividir o carro por uma noite não vai te matar." 
 
Olhei para Hank, esperando que ele pudesse ler minha mente. Não tenha tanta certeza. 
 
"É melhor ir," disse minha mãe. "Temos reservas para as oito e não queremos perder nossa
mesa." 
 
Antes que eu pudesse lançar outro argumento, Hank abriu a porta da frente e fez sinal a minha
mãe e eu. "Ah, então esse é o seu carro, Nora? O Volkswagen?", Ele perguntou, olhando do outro
lado da calçada. "Da próxima vez que estiver no mercado, passe pela minha loja. Eu poderia
trocá-lo com um conversível Celica pelo mesmo preço." 
 
"Foi um presente de um amigo:" Mamãe explicou. 
 
Hank soltou um assobio baixo. "Isso é algum amigo que você tem."
 
"O nome dele é Scott Parnell", disse a mãe. "Velho amigo da família." 
 
"Scott Parnell," Hank pensou, arrastando uma mão sobre sua boca. "O nome soa familiar. Eu sei
quem são seus pais?" 
 
"Sua mãe, Lynn, vive mais em Deacon Road, mas Scott deixou a cidade durante o verão." 
 
"Interessante", murmurou Hank. "Qualquer ideia para onde ele foi?" 
 
"Em algum lugar em New Hampshire. Conhece Scott?" 
 
Hank rejeitou sua pergunta com um aceno de cabeça. "New Hampshire é a cidade de Deus",
murmurou apreciativamente. Sua voz era tão suave, instantaneamente ralada. 
 
Igualmente irritante era o fato de que ele poderia ter passado como irmão mais novo de mamãe.
Realmente e verdadeiramente. Ele tinha barba, era rala que cobria maior parte de sua face, mas
onde eu podia ver, ele tinha o tom de pele e rugas incompatíveis com a sua idade. Eu tinha
considerado a possibilidade de que a minha mãe acabaria namorando novamente, e talvez até
mesmo se casasse novamente, mas eu queria que seu marido parecesse distinto. Hank Millar
parecia como um garoto de fraternidade se escondendo sob um terno de tubarão-cinzento. 
 
No Coopersmith, Hank estacionou na parte traseira. À medida que saiu, o meu novo celular
tocou. Eu tinha enviado uma mensagem para Vee do meu novo número antes de sair, e parecia
que ela recebeu. 
 
BABE! ESTOU NA SUA CASA, ONDE VC ESTÁ? 
 
"Eu encontro vocês lá dentro", disse a mamãe e Hank. "Mensagem", eu expliquei, sacudindo
meu celular. 
 
Mãe enviou-me um olhar negro que dizia: Faça-o rápido, em seguida, pegou o braço de Hank e o
deixou acompanhá-la em direção às portas do restaurante. 
 
Eu comecei a responder Vee. 
 
ADIVINHA ONDE ESTOU?. 
 
PISTA? ela mandou uma mensagem de volta. 
 
JURA QUE NÃO DIRÁ A NINGUÉM? 
 
NÃO PRECISA PERGUNTAR DUAS VEZES? 
 
Eu relutantemente mandei, JANTANDO COM O PAO DE MARCIE. 
 
#?@#$?!& 
 
MINHA MÃE ESTÁ NAMORANDO ELE.. 
 
TRAIDORA! SE ELES SE CASAREM, VOCÊ & MARCIE... 
 
PODERIA TER UM POUCO DE CONSOLO AQUI! 
 
ELE SABE QUE ESTAMOS TROCANDO MENSAGEM? Vee perguntou. 
 
NÃO. ELES ENTRARAM. ESTOU NO ESTACIONAMENTO DO COOPERSMITH. 
 
É CARO. É BOM, EU ACHO. 
 
VOU LÁ PEDIR A COISA MAIS CARA NO MENU. SE TUDO CORRER BEM EU VOU JOGAR
SEU DRINK EM SEU ROSTO TAMBÉM. 
 
HA! NÃO SE INCOMODE. IREI BUSCAR VOCÊ. PRECISAMOS SAIR. ESTOU QUERENDO
VER VOCÊ! 
 
ISSO É TÃO PÉSSIMO! Eu mandei de volta. EU TENHO QUE FICAR. MINHA MÃE E EU
ESTAMOS EM PÉ DE GUERRA. 
 
ESTÁ ME DISPENSANDO? 
 
OBRIGAÇÕES DE FAMÍLIA. DÊ-ME ALGUMA FOLGA. 
 
EU MENCIONEI QUE ESTOU MORRENDO PARA TE VER? 
 
EU TB. VOCÊ É A MEHOR. VC SABE DISSO NÉ? 
 
CONVERSA. 
 
ENCONTRO VC AMANHÃ NO ENZO PARA ALMOÇAR? MEIO-DIA? 
 
FECHADO. 
 
Desliguei, eu cruzei o estacionamento de cascalho e entrei. As luzes eram suaves, a decoração
masculina e rústica, com paredes de tijolo, cabines de couro vermelho, e lustres de chifre. O
cheiro de carne sobrecarregava o ar, e as TVs nas laterais davam destaques do dia esportivo. 
 
"Os meus entraram há um minuto atrás", disse à anfitriã. "A reserva está sob o nome de Hank
Millar." 
 
Ela sorriu. "Sim, Hank, meu pai joga golf com ele, então eu o conheço muito bem. Ele é como
um segundo pai para mim. Tenho certeza que o divórcio tem o devastado, por isso é muito bom
vê-lo namorar novamente." 
 
Lembrei-me do comentário anterior de Marcie que sua mãe tinha amigos em toda parte.
Coopersmith não estava em seu radar, temi como as notícias rapidamente poderiam viajar. "Eu
acho que depende a quem você pergunta", eu murmurei. 
 
O sorriso da anfitriã ficou confuso. "Oh! Como não pensei. Você está certa. Tenho certeza que
sua ex-mulher discordaria. Eu não deveria ter dito nada. Desconsidere, por favor." 
 
Ela tinha perdido o meu ponto, mas eu ignorei. Segui passando pelo bar, abaixo um pequeno
lance de escadas, e estava na área de jantar. Fotos preto e brancas de famosos mafiosos
penduradas em ambas as paredes de tijolos. Os tampos da mesa foram construídos a partir de
tampas das escotilhas navios velhos. Dizia-se que o chão de ardósia tinha sido importada de um
castelo em ruínas na França e datado do século XVI. Fiz uma nota mental de que Hank gostava
de coisas velhas. 
 
Hank se levantou da cadeira quando ele me viu aproximar. Sempre cavalheiro. Se ele soubesse o
que eu tinha reservado para ele. 
 
"Era mensagens de Vee para você?" Perguntou minha mãe. 
 
Eu sentei em uma cadeira e apoiei o menu para obstruir a minha visão de Hank. "Sim". 
 
"Como ela está?" 
 
"Bem". 
 
"A mesma velha Vee de sempre?" Ela brincou. 
 
Fiz um barulho consentindo. 
 
"Vocês duas devem se reunir neste fim de semana", sugeriu. 
 
"Já combinamos." 
 
Depois de um momento, minha mãe pegou seu próprio menu. "Bem! Tudo parece maravilhoso.
Não vai ser difícil decidir. O que você acha, Nora?" 
 
Eu fiz a varredura na coluna de preços, procurando o prato mais exorbitante. 
 
De repente, Hank tossiu e afrouxou a gravata, como se tivesse engolido a água pelo tubo errado.
Seus olhos estavam um pouco largos na descrença. Eu segui seu olhar e vi Marcie Millar
passeando pelo o restaurante com a sua mãe. Susanna Millar apenas baixou o cardigan no
cabide antigo no interior da porta da frente, em seguida, ela e Marcie seguiram a anfitriã de uma
mesa de quatro perto da nossa. 
 
Susanna Millar sentou numa cadeira de costas para nós, e eu tinha certeza que ela não nos tinha
notado. Marcie, por outro lado, que estava sentado em frente de sua mãe, deu uma segunda
olhada quando ia pegar sua água com gelo. Ela fez uma pausa com o copo de vidro a centímetros
de sua boca. Seus olhos imitaram os de seu pai, crescendo amplos com o choque. Eles viajaram
de Hank, a minha mãe, finalmente parando em mim. 
 
Marcie se inclinou sobre a mesa e sussurrou algumas palavras com sua mãe. A postura Susanna
enrijeceu. A sensação de aperto de um desastre iminente deslizou através do meu estômago e
não parou até que ele se estabeleceu em meus dedos do pé. 
 
Marcie empurrado para fora da cadeira de forma abrupta. Sua mãe agarrou seu braço, mas
Marcie foi mais rápida. Ela marchou. 
 
"Então", disse ela, parando à beira da nossa mesa. "Vocês estão tendo um bom jantar?" 
 
Hank limpou a garganta. Ele olhou para minha mãe uma vez, fechando os olhos brevemente em
pedido de desculpas silencioso.
 
"Posso dar uma opinião de fora?" Marcie continuou com uma voz estranhamente alegre. 
 
"Marcie", disse Hank, advertindo rastejando em seu tom. 
 
"Agora que você está disponível, pai, você vai querer ter cuidado com quem você sai." Por toda a
bravata dela, eu notei que seus braços tinham um leve tremor. Talvez com raiva, mas
estranhamente, parecia com mais medo do que eu. 
 
Com os seus lábios mal se movendo, Hank murmurou: "Eu estou pedindo-lhe educadamente
para voltar para sua mãe e apreciar a sua refeição. Podemos falar sobre isso mais tarde." 
 
Não a ponto de ser dissuadida, Marcie continuou, "Isso vai soar duro, mas você vai economizar
muita dor no final. Algumas mulheres são garimpeiras. Eles só querem você pelo seu dinheiro.
"Seu olhar bloqueou solidamente sobre a minha mãe. 
 
Olhei para Marcie, e mesmo eu poderia sentir meus olhos piscando com hostilidade. Seu pai
vendeu carros! Talvez em Coldwater, equivalia a uma impressionante escolha de carreira, mas
ela estava agindo como se sua família tivesse um pedigree e tantos fundos fiduciários quanto
pudessem tropeçar neles! Se minha mãe fosse uma escavadora de ouro, ela poderia fazer muito
muito-melhor do que um vendedor de carros chamado Hank. 
 
"E Coopersmith, de todos os lugares", passou a Marcie, uma nota de repulsa ofuscando seu tom
alegre. "Golpe baixo. Este é o nosso restaurante. Tivemos aniversários aqui, partes de trabalho.
Você não poderia ter escolhido qualquer lugar?" 
 
Hank espremido entre os olhares. 
 
Mãe disse calmamente: "Eu escolhi o restaurante, Marcie. Eu não percebi que tinha um
significado especial para sua família." 
 
"Não fale comigo", Marcie agarrou. "Isso é entre mim e meu pai. Não aja como você tivesse lugar
nesta conversa." 
 
"Ok!" Eu disse, levantando da minha cadeira. "Estou indo para o banheiro." Enviei minha mãe
uma olhada rápida, insinuando para ela se juntar a mim. Este não era o nosso problema. Se
Marcie e seu pai queria lavar roupa suja, e em público, tudo bem. Mas eu não iria sentar aqui e
fazer um espetáculo de mim mesma. 
 
"Eu vou acompanhá-la", disse Marcie, pegando-me desprevenida. 
 
Antes que eu pudesse descobrir o meu próximo passo, Marcie passou seu braço com o meu e me
impeliu para a frente do restaurante. 
 
"Pode me dizer o que é isso tudo?" Eu perguntei quando estávamos fora do alcance deles. Mudei
os meus olhos entre nossos braços ligados. 
 
"Uma trégua", declarou incisivamente Marcie. 
 
As coisas estavam ficando mais interessante a cada minuto. 
 
"Oh? E quanto tempo é que vai durar?" Eu perguntei. 
 
"Só até o meu pai romper com sua mãe." 
 
"Boa sorte com isso um", eu disse. 
 
Ela soltou do meu braço para que pudéssemos passar por algumas senhoras. Quando a porta se
fechou nas nossas costas, ela fez uma rápida verificação sob as cabines para certificar-se
estávamos sozinhas. "Não finja que você não se importa", disse ela. "Eu vi você sentar com eles.
Você parecia que ia vomitar com seu olhar."
 
"Seu ponto?" 
 
"Meu ponto é que temos algo em comum." 
 
Eu ri, mas minha risada foi de variedade, seca e sem humor. 
 
"Com medo de tomar partido comigo?", Perguntou ela. 
 
"Mais como cautelosa. Eu não sou particularmente apaixonada por ser apunhalada pelas
costas." 
 
"Eu não iria apunhalá-la pelas costas." Ela ligou-lhe o pulso, impaciente. "Não em algo tão
sério." 
 
"Observação por você mesma: Marcie é apenas uma falsa sobre coisas triviais." 
 
Marcie impulsionou-se na borda da pia. Ela agora era meia cabeça mais alta, olhando para mim.
"É verdade que você não pode se lembrar de nada? Como, se sua amnésia é real?" 
 
Fique calma. "Você me arrastou para aqui para falar sobre nossos pais, ou você está realmente
interessada em mim?" 
 
Linhas de concentração formaram em sua testa. "De alguma coisa que aconteceu entre nós...
você não se lembra, certo? Seria como isso não tivesse acontecido. Em sua mente, de qualquer
maneira." Ela me olhava de perto, claramente interessada na minha resposta. 
 
Revirei os olhos. Eu estava ficando cada vez mais irritada a cada minuto. "Apenas fale. O que
aconteceu entre nós?" 
 
"Estou sendo completamente hipotética aqui." 
 
Eu não acreditava nem por um segundo. Marcie provavelmente tinha me humilhado, de alguma
forma grande antes de eu desaparecer, mas agora que ela precisava da minha colaboração, ela
esperava que eu tivesse esquecido. Tudo o que ela tinha feito, eu era quase feliz por não
conseguir me lembrar. Eu tinha muito mais em minha mente do que me preocupar com a ofensa
mais recente de Marcie. 
 
"É verdade, então", disse Marcie, não exatamente sorrindo, mas não tanto carrancuda. "Você
realmente não se lembra." 
 
Eu abri minha boca, mas eu não tive um retorno. Mentir, e ser pega no ato, diria muito mais
sobre minhas inseguranças do que apenas seguir em frente. 
 
"Meu pai disse que você não consegue lembrar de nada dos últimos cinco meses. Por que o
trecho da amnésia foi tão longe? Por que não apenas a partir de quando você foi seqüestrada?" 
 
Minha tolerância tinha chegado ao seu limite. Se eu fosse discutir este assunto com alguém,
Marcie não era a primeira da lista. Ela não estava na lista e ponto final. "Eu não tenho tempo
para isso. Vou voltar para a mesa." 
 
"Estou apenas tentando obter informações". 
 
"Sempre consideramos que não é da sua conta?" Eu disse, meu tiro de misericórdia. 
 
"Você está me dizendo que não se lembra de Patch?", Ela desabafou. 
 
Patch. 
 
Assim que seu nome caiu dos lábios de Marcie, o mesmo tom de preto assombrando eclipsado
na minha visão. Desapareceu tão depressa como veio, mas deixou uma impressão. Emoção,
quente inexplicável. Como uma bofetada inesperada no rosto. Eu momentaneamente perdi a
capacidade de respirar. Um aguilhão irradiava por todo s meus ossos. Eu conhecia o nome.
Havia algo sobre ele.... 
 
"O que você disse?" Eu perguntei lentamente, voltando-me. 
 
"Você me ouviu." Seus olhos estudaram os meus. "Patch". 
 
Eu tentei, mas não conseguiu esconder ar de perplexidade e incerteza em minha expressão. 
 
"Bem, bem", disse Marcie, sem olhar tão contente quanto eu teria esperado para a captura de
me ver despida e indefesa. 
 
Eu sabia que deveria sair, mas o reconhecimento me fez parar no meu lugar. Talvez, se eu
continuasse falando com Marcie, retornaria. Talvez este tempo seria últil fazer algo dele. "Você
vai ficar falando 'bem, bem" para mim, ou você vai me dar uma dica?" 
 
"Patch lhe deu algo mais cedo no verão", disse ela sem preâmbulos. "Algo que me pertence." 
 
"Quem é Patch?" Eu consegui, finalmente. A questão parecia redundante, mas eu não ia deixar
Marcie muito em frente enquanto eu estava presa, pelo menos não tanto quanto eu poderia.
Cinco meses era muita coisa para cobrir em uma viagem rápida ao banheiro. 
 
"Um cara com quem namorei. Uma aventura de verão." 
 
Algo mexendo potente dentro de mim me fez sentir assustadoramente perto de ciúme, mas eu
empurrei a impressão a distância. Marcie e eu nunca estaríamos interessadas no mesmo cara. 
 
Os atributos valorizados por ela, como ser superficial, sem inteligência, e egoísta, não
despertaria meu interesse. 
 
"O que ele me deu?" Eu sabia que estava faltando coisa, mas era realmente muito exagero
pensar que o namorado de Marcie teria me dado algo. Marcie e eu nem compartilhávamos os
mesmos amigos. Nós não estávamos envolvidas em qualquer clube comum. Nenhuma de nossas
atividades extracurriculares sobrepostas. Em suma, não tínhamos nada em comum. 
 
"Um colar". 
 
Saboreando o fato de que pela primeira vez eu não tinha que jogar na defesa, dei-lhe um sorriso
de medalha de ouro. "Por que, Marcie, eu poderia jurar que dar jóia para uma menina é um sinal
de que seu namorado é uma fraude." 
 
Ela inclinou a cabeça para trás e riu de forma tão convincente, eu senti que mesmo o
desconforto resolveu voltar para o meu intestino. "Eu não posso decidir se é triste você estar
completamente no escuro, ou engraçado." 
 
Eu cruzei os braços sobre o peito, apontando para um show sutil de irritação e impaciência, mas
a verdade é que eu estava fria no interior. Um frio que não tinha a ver com a temperatura. Eu
nunca ia escapar dessa. Eu tive uma sensação rápida e terrível, que minha corrida com Marcie
estava apenas o começo, um sutil prenúncio do que viria pela frente. "Eu não tenho o colar." 
 
"Você acha que não tem, porque você não pode se lembrar dele. Mas você tem. Ele,
provavelmente, está dentro de sua caixa de jóias agora. Você prometeu ao Patch passá-lo para
mim. "Ela estendeu um pedaço de papel para eu tomar. "Meu número. Me ligue quando você
encontrar o colar." 
 
Peguei o papel, mas eu não ia ser comprada facilmente. "Por que ele não apenas deu-lhe o colar
por si mesmo?" 
 
"Nós duas fomos amigas de Patch." No meu olhar de profundo ceticismo, ela acrescentou, "Há
uma primeira vez para tudo, não é?" 
 
"Eu não tenho o colar", eu repeti com finalidade. 
 
"Você tem, e eu quero de volta." 
 
Ela poderia ser mais persistente? "Este fim de semana, quando tiver algum tempo livre, eu vou
procurar por ele." 
 
"Mais cedo ou mais tarde seria bom." 
 
"Minha oferta, é pegar ou largar." 
 
Ela batia os braços. "Por que você tem que ser tão desagradável?" 
 
Eu mantive o meu sorriso agradável, a minha maneira de dar-lhe o dedo. "Eu posso não ser
capaz de se lembrar dos últimos cinco meses, mas os 16 anos antes estão cristalinos. Incluindo
os onze que já nos conhecemos." 
 
"Portanto, trata-se de um rancor. Muito maduro." 
 
"Esta é uma questão de princípio. Eu não confio em você, porque você nunca me deu uma razão
para isso. Se você quer que eu acredite em você, você vai ter que mostrar-me por que eu
deveria." 
 
"Você é uma idiota. Tente se lembrar. Se havia uma coisa boa que Patch fez, foi nos aproximar.
Sabia que você veio à minha festa de verão? Pergunte ao redor. Você estava lá. Como minha
amiga. Patch me fez ver um lado diferente de você." 
 
"Eu fui para uma de suas festas?" Eu estava instantaneamente cética. Mas por que ela mentiria?
Ela estava certa, eu poderia perguntar para qualquer um. Parecia tolice fazer tal afirmação
quando a verdade era tão fácil de provar. Aparentemente, lendo meus pensamentos, ela disse,
"Não acredita na minha palavra. Realmente. Procure ao redor e veja por si mesma." Então, ela
empurrou a alça da bolsa para cima de seu ombro e saiu. Eu fiquei lá parada por alguns
momentos, reunindo a calma. Eu tinha uma ideia e igualmente desconcertante agravante
saltando ao redor em minha cabeça. Havia qualquer maneira possível que Marcie estivesse
dizendo a verdade? Teve ela um namorado-Patch? Quebrando anos de gelo acumulados entre
nós e nos uniu? 
 
A ideia era quase risível. A frase que eu teria que ver para crer dançou na minha cabeça. Mais do
que nunca, eu me ressentia pela minha memória falha, se por nenhuma outra razão ela me
colocou em desvantagem com Marcie. E se era esse Patch nosso amigo comum de verão, onde
estava ele agora? 
 
Ao sair do banheiro, notei que Marcie e sua mãe não estavam à vista. Achei que eles pediram
para ser reinstaladas, ou fizeram uma declaração para Hank o deixando completamente. De
qualquer maneira, eu não estava reclamando. 
 
Como nossa mesa estava à vista, meu passo foi lento. Hank e minha mãe estavam de mãos dadas
sobre a mesa e olhando para olhos um do outro em uma profunda forma privada. Ele estendeu a
mão para dobrar um fio de cabelo solto atrás de sua orelha. Ela corou com prazer. 
 
Eu afastei sem perceber. Eu ia ficar doente. O maior clichê, mas dolorosamente preciso. Tanto
para derramar em Hank com o seu vinho. Tanto para me transformar em um diva de proporções
épicas. Mudei de rumo, corri para a porta da frente. Perguntei ao recepcionista para retransmitir
a mensagem para minha mãe que Vee me chamou para um passeio, em seguida, corri para a
noite. 
 
Eu engoli vários goles respirações profundas. Minha pressão arterial estabilizou, e eu parei de
ver casal. Algumas estrelas brilharam em cima, mesmo que o horizonte ocidental ainda brilhava
a partir do pôr do sol recente. Eu só estava fria o suficiente para me fazer desejar estar usando
um casaco extra, mas na minha pressa de sair, eu deixei meu casaco pendurado na parte de trás
da minha cadeira. Eu não ia voltar por ele agora. Eu estava mais tentada a voltar para o meu
celular, mas se eu sobrevivi nos últimos três meses sem um, eu tinha certeza que eu poderia
lidar com mais uma noite. 
 
Havia um 7-Eleven há alguns quarteirões de distância, e enquanto eu considerei a possibilidade
de que não era aconselhável estar fora sozinha à noite, eu também sabia que eu não poderia
passar o resto da minha vida acovardada diante do medo. Se vítimas de ataque de tubarão
podiam voltar no oceano novamente, com certeza eu poderia andar alguns quarteirões sozinha.
Eu estava de uma forma muito segura, na parte bem iluminada da cidade. Se eu queria me
forçar a quebrar o meu medo, eu não poderia ter escolhido um local melhor. 
 
Seis quadras depois entrei no 7-Eleven, a porta tocou um sino quando eu entrei. Eu estava tão
envolvida em meus próprios pensamentos, isso me fez demorar para descobrir que algo estava
errado. A loja estava estranhamente silenciosa. Mas eu sabia que não estava sozinha, eu tinha
visto cabeças através da janela de vidro quando eu atravessei o estacionamento. 
 
Quatro rapazes, pelo que eu tinha sido capaz de afirmarr. Mas eles todos desapareceram, e
rápido. Mesmo a frente foi deixada sem vigilância. Eu não conseguia lembrar-me de encontrar o
balcão de uma loja de conveniência com frente negligenciada. Estava pedindo para ser roubada.
Especialmente depois do anoitecer. 
 
"Olá?" Chamei. Eu andei ao longo da frente da loja, olhando para baixo pelos corredores, que
estavam abastecido de tudo. "Tem alguém aqui? Eu preciso usar o telefone público." 
 
Um som abafado veio dos fundos do corredor. Estava apagado, provavelmente levava aos
banheiros. Esforcei-me para ouvir o som novamente. Dados a todos os alarmes falsos,
ultimamente, eu estava com medo que isto fosse o começo de outra alucinação. 
 
Então ouvi um segundo som. O barulho fraco de um fechamento de porta. Eu tinha certeza que
este som foi real, o que significava que alguém poderia estar escondido lá atrás, apenas fora da
vista. A ansiedade comprimiu meu estômago, e eu saí. 
 
Contornando o prédio, eu localizei o telefone público e dei um soco no 9-1-1. Eu ouvi apenas um
toque antes de uma mão alcançar cima do meu ombro, e apertar o gancho, terminando a
chamada. 
 
 
Silence - Capítulo 8
 
(Traduzido por Carol)
Capítulo 8
Eu me virei.
 
Ele tinha uns bons quinze centímetros a mais de mim. As luzes do estacionamento faziam um
péssimo trabalho em chegar até aqui. Mas eu analisei identificando características: Cabelo
espetado loiro avermelhado com gel, olhos azuis claro, tachas nas duas orelhas, um colar de
dente de tubarão. Uma leve acne na parte inferior de seu rosto. Uma regata preta que mostrava
seus bíceps com um dragão cuspindo fogo tatuado.
 
 
"Precisa de ajuda?", ele perguntou torcendo os lábios. Ele me ofereceu seu telefone celular e, em
seguida, colocou um braço no telefone público, apoiando-se no meu espaço privado. Seu sorriso
era um pouco doce demais, um pouco superior demais. "Odeio ver uma menina bonita
desperdiçar dinheiro em uma chamada." 
 
Quando eu não respondi, ele franziu ligeiramente a testa. "A menos que você fosse fazer uma
chamada gratuita." Ele coçou a bochecha, demonstrando inquietação. "Mas a única chamada
gratuita que você pode fazer de um telefone público é... para a polícia.” Qualquer indício
angelical desapareceu de seu tom.
 
Engoli em seco. “Não havia ninguém lá dentro no balcão da frente. Eu pensei que algo estava
errado” E agora eu sabia que algo estava errado. A única razão que ele teria pra se importar de
eu estar ligando para a polícia seria, se ele estivesse interessado em mantê-los longe, muito
longe. Um Assalto, então?
 
“Deixe-me facilitar pra você” disse ele, arrastando-se para baixo e colocando o rosto perto do
meu, como se eu tivesse cinco anos e precisasse de uma lenta e clara instrução. "Volte para o seu
carro e continue dirigindo."
 
Ocorreu-me que ele não percebeu que eu continuava aqui. Mas o pensamento tornou-se um
ponto discutível quando ouvi uma briga vindo do beco virando a esquina. Havia uma série de
palavrões, e um grunhido de dor.
 
Eu considerei minhas opções. Eu poderia seguir o conselho do cara com colar de dente de
tubarão e sair rapidamente, fingindo que eu nunca tinha estado aqui. Ou eu poderia correr para
o próximo posto de gasolina na estrada e chamar a polícia.
 
Mas até lá, poderia ser tarde demais. Se eles estavam roubando a loja, dente de tubarão e seus
amigos não iriam gastar seu precioso tempo. Minha única outra opção era ficar e me fazer de
muito corajosa ou estúpida, na tentativa de parar o roubo.
 
"O que está acontecendo lá?" Eu perguntei inocentemente, sinalizando a parte traseira do
edifício.
 
"Olhe ao seu redor", ele respondeu, sua voz macia e sedosa. "Este lugar está vazio.Ninguém sabe
que você está aqui. Ninguém nunca vai lembrar que você esteve aqui.Agora seja uma boa
menina, volte ao seu carro e vá embora. "
 
“Eu--“
 
Ele pressionou os dedos nos meus lábios. "Eu não vou pedir de novo." Sua voz era suave,
sedutora. Mas seus olhos eram poços de gelo. 
 
"Deixei minhas chaves no balcão," eu disse, usando a primeira desculpa que me veio à mente.
"Quando eu estava lá dentro"
 
Ele me pegou pelo braço e arrastou-me até a frente do edifício. Seu passo era duas vezes maior
do que o meu, e eu me encontrei meio que correndo para me manter em seu passo.
 
Todo o tempo eu tremia mentalmente, me obrigando a inventar uma desculpa para quando ele
descobrisse que eu havia mentido. Eu não sabia como ele iria reagir, mas eu tinha uma ideia
geral, e isso fez meu estômago se retorcer.
 
A porta fez um ruído quando entramos. Ele me forçou até a caixa registradora e jogou de lado
um pedaço de papelão e remexeu uma bandeja de chaves á venda, claramente procurando
minhas chaves perdidas. Ele se moveu para a o aparelho seguinte e repetiu sua caçada às
pressas. De repente ele parou. Seus olhos ociosamente a deriva sobre mim. “Quer me dizer onde
realmente estão suas chaves?”
 
Eu me perguntei se eu poderia fugir para a rua. Me perguntei quais eram as chances de que um
carro apareceria quando eu mais precisasse. E porque, oh porque eu deixei Coopersmith sem
pegar meu casaco e meu celular.
 
"Qual é seu nome?", Ele perguntou.
 
"Marcie," eu menti.
 
“Deixe-me lhe dizer uma coisa Marcie.” Ele disse, dobrando um cacho atrás da minha orelha. Eu
tentei dar um passo atrás, mas ele me beliscou em alerta. Então eu fiquei lá, suportando seu
toque enquanto ele arrastava seu dedo ao longo da curva da minha orelha e ao longo da minha
mandíbula.
 
Ele inclinou meu queixo, me forçando a encarar seus pálidos, e quase translúcidos olhos.
“Ninguém mente para Gabe. Quando Gabe diz para uma garota correr, é melhor ela correr. Caso
contrário, Gabe ficará irritado. E isso é uma coisa ruim, porque Gabe tem um pavio curto. Na
verdade, curto é uma forma generosa de se colocar. Você me entende?”
 
Achei estranho quando ele se referiu a si mesmo na terceira pessoa, mas eu não ia perguntar
sobre isso. Um instinto me disse Gabe não gostava de ser corrigido, muito menos, ser
questionado.
 
“Me desculpe.” Eu não ousava me afastar dele, com medo de que um movimento errado desse
sinal de desrespeito.
 
"Eu quero que você vá agora", ele disse com aquela falsa voz de veludo.
 
Eu acenei, concordando. Meu cotovelo bateu na porta, deixando entrar uma corrente de ar
fresco.
 
Assim que eu saí. Gabe chamou através da porta de vidro. “Dez.” Ele se aprumou contra o balcão
da frente, um sorriso deformado em seu rosto.
 
Eu não sei porque ele disse essa palavra, mas eu controlei minha expressão e continuei a me
afastar, mais rápido agora.
 
“Nove.” Ele falou em seguida.
 
Foi quando eu descobri que ele estava contando para trás.
 
“Oito” ele disse se levantando e dando alguns passos preguiçosos para a porta.
 
Ele colocou as mãos no vidro, então desenhou um coração invisível com o dedo. Vendo o olhar
aflito em meu rosto, ele riu. "Sete".
 
Eu me virei e corri.
 
Eu ouvi um carro se aproximando na estrada principal, e comecei a gritar e sinalizar com os
meus braços.
 
Mas eu ainda estava muito longe, e o carro passou, o zumbido do motor desaparecendo na
curva.
 
Quando eu consegui chegar na estrada, eu olhei para a direita e para a esquerda, me decidindo
apressadamente eu me virei na direção do Coopersmith.
 
“Pronta ou não, aí vou eu” Eu escutei Gabe chamar atrás de mim.
 
Eu sacudia braços fortemente. Ouvindo a batida das minhas detestáveis sapatilhas na calçada.
Eu queria dar uma olhada sobre o meu ombro e ver o quão longe ele estava, mas forcei a me
concentrar na curva da estrada a frente. Eu tentei manter o máximo de distância possível entre
Gabe e eu. Um carro viria em breve. Tinha que vir.
 
“Isso é o mais rápido que você consegue ir?” Ele não poderia estar a mais de 6 metros atrás de
mim. Pior, sua voz não parecia cansada. Eu fiquei impressionada por um terrível pensamento de
que ele nem sequer estava tentando. Ele estava gostando do jogo de gato-e-rato, e enquanto meu
cansaço aumentava mais e mais a cada passo. Ele ficava cada vez mais excitado. 
 
"Continue!", Ele disse monotonamente . "Mas não se canse. Não vai ser divertido se você não
puder lutar quando eu te pegar. Eu quero jogar. "
 
A frente eu ouvi um profundo estrondo de um motor se aproximando. Fárois entraram em foco
e eu me movi para o meio da estrada acenando freneticamente com meus braços. Gabe não iria
me machucar com uma testemunha olhando. Ou iria?
 
"Pare!" Eu gritei, continuando a acenar, o que eu via agora era uma camionete deslizando mais
perto. O motorista reduziu parando ao meu lado, abaixando sua janela. Ele era de meia-idade
usava uma camisa de flanela e tinha um cheiro forte de peixe.
 
"Qual é o problema?", Perguntou. Seu olhar passou por cima do meu ombro, onde senti a
presença de Gabe como um estalo no ar frio.
 
"Apenas brincando de esconde-esconde," Gabe disse, atirando os braços em volta dos meus
ombros.
 
Encolhi os ombros. "Eu nunca vi esse cara antes", disse ao homem. "Ele me ameaçou na 7
Eleven. Eu acho que ele e seus amigos estão tentando roubar a loja. Quando entrei, a loja estava
vazia e eu ouvi uma briga nos fundos. Precisamos chamar a polícia. "
 
Fiz uma pausa, prestes a perguntar ao homem se ele tinha um telefone celular, então eu olhei
confusa quando ele se virou pra frente, me ignorando. Ele subiu todo o vidro da janela
trancando-se dentro da cabine da caminhonete.
 
"Você tem que ajudar!" Eu disse, batendo sua janela. Mas seu olhar fixo não vacilou. Um arrepio
percorreu a minha pele. O homem não iria ajudar.
 
Ele ia me deixar aqui com Gabe.
 
Gabe me imitou, batendo irritantemente na janela do homem. "Ajude-me!", Ele gritou com uma
voz estridente. "Gabe e seus amigos estão roubando a 7-Eleven.
 
Oh, senhor, você tem que me ajudar a detê-los!" Quando ele terminou, ele jogou a cabeça para
trás, sufocando em sua própria risada.
 
Quase roboticamente, o homem no caminhão olhou para nós. Seus olhos estavam ligeiramente
desfocados e sem piscar.
 
"Qual é o problema com você!" Eu disse, sacudindo a porta da caminhonete. Eu bati na janela
novamente. "Chame a polícia!"
 
O homem pisou no acelerador. O caminhão acelerou lentamente, e eu corri ao lado dele, ainda
agarrada à esperança de que eu pudesse abrir a porta. Ele arrancou e eu tropecei em meus pés
para acompanhar.
 
De repente, ele decolou como um tiro, e eu fui arremessada na estrada.
 
Virei-me para Gabe. "O que você fez com ele?"
 
Isso.
 
Eu hesitei, ouvindo um eco de palavras dentro da minha cabeça como uma presença fantasma.
Os olhos de Gabe escurecendo nas órbitas. Seu cabelo começou a crescer visivelmente, primeiro
no topo de sua cabeça, e depois em toda parte. Tufos iam de seus braços até as pontas dos dedos,
até que ele estava coberto de pêlo. Um emaranhado de pelo marrom fedido. Ele veio em direção
a mim sobre suas pesadas patas traseiras, ganhando altura, até que se ergueu sobre mim, ele
bateu fortemente seu braço, e eu tive um vislumbre de garras. Então ele caiu de quatro, colocou
o nariz molhado preto em meu rosto, e rugiu, ecoando um som irritado. Ele tinha se
transformado em um urso pardo.
 
No meu desespero, eu tropecei pra trás e caí. Eu corri, vasculhando a estrada cegamente,
minhas mãos bateram em uma pedra, eu peguei e arremessei no urso. Ela bateu em seu ombro e
saltou para o lado. Peguei outra pedra, mirando a sua cabeça. A pedra voou em seu focinho, e ele
jogou a cabeça para o lado, saliva escorrendo de sua boca. Ele rugiu novamente, em seguida,
veio para mim mais rápido do que eu poderia me afastar.
 
Usando a pata, ele me esmagou contra o pavimento. Ele foi empurrando com muita força;
minhas costelas rangeram de dor. "Pare!" Eu tentei empurrar a pata, mas ele era muito forte. Eu
não sabia se ele podia me ouvir. Ou compreender. Eu não sabia se alguma parte do Gabe ainda
estava dentro do urso. Nunca antes na minha vida que eu tinha testemunhado algo tão
inexplicavelmente horrível. O vento me atingiu, enrolando meu cabelo no meu rosto, Através
disso, vi o vento arrancar o pelo do urso. Pequenos tufos subiam para a noite. Quando olhei de
novo, Gabe estava inclinando-se sobre mim. Seu sorriso sádico implicando, “você é meu
fantoche. Não se esqueça”
 
Eu não estava certa de quem me aterrorizava mais: Gabe ou o urso.
 
"Agora vá", disse ele, levantando-me sob meus pés.
 
Ele me empurrou de volta para a estrada até que as luzes da 7-Eleven apareceram. Minha cabeça
ficou atordoada. Ele tinha me hipnotizado? Me fez acreditar que se transformou em um urso?
Havia alguma outra explicação? Eu sabia que tinha que sair daqui e pedir ajuda, mais eu ainda
não sabia como. 
 
Nós rodeamos o edifício chegando ao beco, onde os outros estavam reunidos. Dois estavam
vestidos com roupas comuns, semelhante às de Gabe. O terceiro estava vestindo uma camisa
pólo verde-limão com a 7-Eleven e o nome BJ bordado no bolso. 
 
BJ estava de joelhos, segurando suas costelas, gemendo inconsolável. Seus olhos estavam
apertados, e saliva escorria pelo canto da boca. Um dos amigos de Gabe –ele usava um moletom
cinza de tamanho grande- estava sobre BJ com uma chave de roda levantada e pronto para
atacar, supostamente de novo. Fiquei com a boca seca, e minhas pernas pareciam feitas de
palha. Eu não conseguia desgrudar os olhos da mancha vermelho-escura que escorria pela
barriga através da Camisa de B.J.
 
"Você está machucando ele," eu disse, horrorizada.
 
Gabe estendeu a mão para a roda de ferro, que foi rapidamente entregue a ele.
 
"Você quer dizer isso?" Gabe falou com falsa sinceridade. Ele bateu nas costas de BJ com a chave
de roda. Eu ouvi um grotesco som de algo sendo triturado, BJ gritou, caiu para o lado e se
contorceu de dor. Gabe esticou a chave de roda por toda a parte de trás de seu ombro, seus
braços segurando como se fosse um bastão de baseball. "Home run", ele gritou.
 
Os outros dois riram. Eu estava tonta sentia que ia ficar doente. "Basta levar o dinheiro!" Eu
disse minha voz aumentando para um grito. É evidente que isto era um assalto, mas eles
estavam passando dos limites. "Você vai matá-lo se você continuar batendo nele!”
 
Uma risadinha percorreu o grupo, como se soubessem de algo que eu não sabia.
 
"Matá-lo? Improvável”, disse Gabe.
 
“Ele já está sangrando muito!"
 
Gabe deu de ombros, e foi quando eu soube que ele não era cruel, e sim insano. "Ele vai se
curar."
 
"Não, se ele não chegar a um hospital em breve."
 
Gabe usou seu sapato para cutucar BJ, que tinha rolado e plantou sua testa na placa de cimento
espalhando na entrada dos fundos. Todo o seu corpo tremia, e eu achei que parecia que ele
estava entrando em choque.
 
"Você a ouviu?" Gabe gritou para baixo em BJ "Você precisa ir a um hospital. Vou levar você lá e
despejá-lo na frente do ER. Mas primeiro você tem dizê-lo. Fazer o juramento.”
 
Com grande esforço, BJ levantou a cabeça para fixar um olhar fulminante em Gabe.
 
Ele abriu a boca, e eu pensei que ele ia dizer o que quer que todos eles queriam que ele disesse ,
mas ele cuspiu, bateu na perna de Gabe. "Você não pode me matar", ele zombou, mas seus
dentes batiam e ao redor de seus olhos estava branco, mostrando claramente que ele estava à
beira do desmaio. "A- mão- Negra -me -disse."
 
"Resposta errada", disse Gabe, jogando a chave de roda para cima e pegando-a como um bastão.
Quando o truque terminou, ele abaixou a chave de roda violentamente.
 
O metal esmagou a espinha de BJ causando-lhe tremores por todo corpo e gritando em um
berro de arrepiar os cabelos. Eu coloquei as mãos sobre minha boca, paralisada pelo horror.
Horror tanto pela imagem a minha frente, quanto pela palavra que gritava dentro da minha
cabeça. Era como se a palavra tivesse surgido livremente do fundo do meu subconsciente
subitamente me trazendo uma lembrança.
 
Nephilim.
 
Isto é o que BJ é, eu pensei, mesmo que a palavra não significasse nada para mim. E eles estão
tentando forçá-lo a fazer um juramento de fidelidade.
 
Foi uma revelação assustadora, porque eu não sabia o que isso tudo significava. De onde eu
estava tirando isso tudo? Como eu poderia saber alguma coisa sobre o que estava acontecendo,
quando eu nunca tinha visto nada assim antes?
 
Eu fui afastada de qualquer pensamento a mais sobre o assunto quando um SUV branco surgiu
no beco a minha frente a luz de seus faróis paralisando todos nós.
 
Gabe discretamente abaixou a chave de roda, escondendo-a atrás de sua perna. Rezei para que
quem estivesse ao volante desse meia volta e fosse chamar a polícia. 
 
Se o motorista chegasse muito perto, bem, eu já tinha visto o que Gabe poderia fazer para
convencer as pessoas a não ajudar.
 
Comecei a elaborar idéias na minha mente de como arrastar BJ do local, enquanto Gabe e os
outros estavam distraídos, quando um dos caras- o de moletom cinza- perguntou ao Gabe, “Você
acha que são Nephilim?”
 
Nephilim. Essa palavra. Novamente. Falado em voz alta desta vez.
 
Ao invés de me confortar, essa palavra elevava meu terror alguns graus. Eu reconheci a palavra e
agora parecia que Gabe e seus amigos também. Como poderíamos ter isso em comum? Como
poderíamos ter algo em comum?
 
Gabe balançou a cabeça. "Eles trariam mais de um carro. A Mão Negra nunca viria contra nós
sem pelo menos uns 20 dos seus.”
 
"A polícia, então? Poderia ser um carro sem identificação. Eu posso ir convencê-los que eles
fizeram uma curva errada ".
 
A maneira como ele disse que me fez pensar se Gabe não era o único capaz de ter essa poderosa
marca de hipnotismo. 
 
Talvez seus dois amigos também tivessem. O cara de moletom cinza tomou a frente, então Gabe
pôs a mão em seu peito fazendo-o parar. "Espere".
 
 
Silence - Capítulo 9 Capítulo 9 (Traduzido pela Carol)
 
 
 
 
O SUV branco parou e o motor foi desligado. A porta do motorista se abriu, e através da
escuridão granulada, alguém saiu. Um homem. Alto. Calças jeans largas e uma camisa de
baseball branca e azul enrolada até os cotovelos. Seu rosto estava escondido sob a aba de um
boné. Mas eu vi uma forte linha em sua mandíbula marcando sua boca, e essa imagem me
sacudiu como uma corrente de eletricidade
 
 
O flash de preto explodindo no fundo da minha mente estava tão intenso, manchando minha
visão completamente por alguns segundos.
 
"Decidiu se juntar a nós, afinal?" Gabe o chamou.
 
O recém-chegado não respondeu.
 
“Este aqui está oferecendo resistência,” Gabe continuou, com a ponta de seu sapato cutucando
BJ que ainda estava enrolando como uma bola, no chão. “não quer jurar fidelidade. Acha que é
bom demais pra mim, e isto, vindo de um hibrido.”
 
Risadas circulavam entre Gabe e seus dois amigos, se o motorista da SUV entrou na brincadeira,
ele não demonstrou deslizando as mãos nos bolsos, ele estudou-nos em silêncio. Eu achei que
seu olhar demorou um pouco demais em mim, mas eu estava tão intrigada que eu poderia ver
algo que não estivesse realmente lá.
 
"Por que ela está aqui?", Ele perguntou em voz baixa, levantando o queixo para mim.
 
"Lugar errado, hora errada", disse Gabe. "Agora ela é uma testemunha."
 
"Eu disse a ela para continuar andando." Foi só eu, ou será que Gabe soava na defensiva? Foi a
primeira vez em toda noite em que eu vi alguém questionando sua autoridade, e eu
praticamente podia sentir o ar pesado ao seu redor.
 
"E?"
 
"Ela não deveria ir."
 
"Ela vai se lembrar de tudo."
 
Gabe girou a chave de roda na mão. "Eu posso convencê-la a não falar."
 
Os olhos do motorista se viraram para encarar BJ “Assim como você convenceu este a falar?”
 
Gabe fez uma careta. Sua mão se apertando na chave de roda. "Tem uma ideia melhor?"
 
"Sim. Deixe-a ir. "
 
Gabe apertou seu nariz e deu um suspiro rindo. "Deixe-a ir", repetiu ele. "O que vai impedi-la de
correr direto para a polícia? Huh, Jev? Isso lhe passou pela cabeça?”
 
"Você não tem medo da polícia", disse Jev calmamente, mas detectei uma pitada de desafio. Sua
segunda ameaça indireta ao poder de Gabe. 
 
Correndo risco, eu decidi argumentar também. "Se você me deixar ir, eu prometo que não vou
falar. Apenas deixe-me levá-lo comigo.” Fiz sinal para BJ que estava encolhido. E eu disse essas
palavras como se elas tivessem vindo do fundo da minha alma. Mas eu me diverti coma ideia do
que eu tive que falar.
 
Eu não podia deixar este tipo de violência impune. Se Gabe estava livre, nada o impediria de
torturar e aterrorizar outra vítima. Eu disfarcei, de repente com medo de que Gabe pudesse ler
meus pensamentos.
 
"Você a ouviu." Jev disse.
 
Gabe cerrou os dentes. "Não. Ele é meu. Eu estive esperando meses para ele fazer dezesseis
anos. Eu não vou deixar ele ir agora."
 
"Haverá outros", Jev disse, olhando estranhamente relaxado com os dedos entrelaçados
apoiados na sua cabeça. Ele deu de ombros. "Vá embora".
 
"Sim? E ser como você? Você não tem um vassalo Nephil. Vai ser um Cheshvan,longo e
solitário,amigo."
 
"Cheshvan ainda está a semanas de distância. Você tem tempo. Você vai encontrar outra pessoa.
Deixe o Nephil e a menina ir.”
 
Gabe se aproximou de Jev. Jev era mais alto, mais esperto e sabia manter a calma. Eu deduzi
tudo isso em três segundos, mas Gabe tinha a vantagem pelo tamanho. Onde Jev era longo e
magro como um guepardo, Gabe era como um touro. “Você voltou mais cedo. Disse que tinha
outros negócios hoje á noite. Até onde eu sei, isso não é da sua conta. Estou farto de você
aparecer por último e se intrometer. Eu não vou embora até que o Nephil faça seu juramento de
fidelidade."
 
Aí estava frase de novo, "juramento de fidelidade." Vagamente familiar, e ainda distante. Em
algum nível mais profundo eu sabia o que significava, a memória não foi resgatada. De qualquer
maneira, eu sabia que isso teria conseqüências terríveis para BJ.
 
"Esta é a minha noite", acrescentou Gabe, pontuando o fato cuspindo em seus pés."Terminarei
com isso do meu jeito."
 
"Espere um minuto", o cara de moletom cinza interrompeu, parecendo estupefato. Seus olhos
giraram em ambas as direções no beco. "Gabe! Seu Nephil. Ele se foi!”
 
Nós nos voltamos para o local onde BJ jazia inerte a minutos atrás . Uma mancha oleosa no
cascalho era o único sinal que ele esteve lá.
 
"Ele não pode ter ido longe", Gabe vociferou. "Dominic, vá por este lado", ele ordenou ao cara no
moletom cinza, apontando para baixo na direção do beco. "Jeremias, verifique a loja.” O outro
cara, aquele em uma camiseta branca, correu virando a esquina.
 
"E ela?" Jev perguntou a Gabe, acenando para mim.
 
"Por que você não faz algo de útil e traz volta o meu Nephil?" Gabe revidou.
 
Jev levantou as mãos no nível dos ombros. "Pegue-o você mesmo."
 
Senti meu estômago descer até os joelhos quando eu percebi o que isso significava.
 
Jev estava indo. Ele estava com amigos, ou pelo menos um conhecido, Gabe, e apenas isso foi o
suficiente para me deixar nervosa por ele, mas ao mesmo tempo, ele era a minha única aposta
para sair daqui. Até este ponto ele parecia estar do meu lado.
 
Se ele estava indo, eu estava por conta própria. Gabe tinha deixado claro que ele era o macho
alfa, e eu não ia supor que os dois amigos ficariam contra ele.
 
“Você está indo embora assim?” Eu gritei para Jev. Mas Gabe me deu um chute na parte de trás
da minha perna, me forçando cair de joelhos, e antes que eu pudesse dizer mais, meu fôlego
desapareceu.
 
"Vai ser mais fácil se você não prestar atenção," Gabe disse-me. "Uma batida sólida, e vai ser a
última coisa que você sentirá."
 
Eu pulei pra frente para escapar, mas Gabe pegou um punhado do meu cabelo, puxando-me de
volta. "Você não pode fazer isso!" Eu gritei. "Você não pode simplesmente me matar."
 
“Se contenha.” Ele rosnou.
 
"Não o deixe fazer isso, Jev!" Eu gritei, incapaz de ver Jev, mas certamente ele ainda podia me
escutar, pois eu não tinha ouvido o SUV dar partida. Eu estava rolando no cascalho, tentando
virar-me para que eu pudesse ver a chave de roda e tentar pegá-la.
 
Enrolei meu punho em torno de um punhado de pedras, flexionei violentamente o suficiente
para que alcançasse Gabe, e arremessei.
 
Sua grande mão veio na minha direção, esmagando minha testa no chão. Meu nariz foi dobrado
em um ângulo doloroso, pedras arranhando meu queixo e bochechas.
 
Houve um ruído estranho, e Gabe desabou em cima de mim. Através de uma névoa de pânico,
eu me perguntei se ele estava tentando me sufocar. Matar-me rapidamente não era o suficiente,
nao é? Tinha que causar maior dor possível? Ofegante, meu me arrastei e saí debaixo dele.
 
Eu me levantei e capotei. Eu me preparei tomando uma posição defensiva , esperando que Gabe
achasse uma outra maneira de me atacar. Meu olhar caiu. Ele estava de bruços no chão, a chave
de ferro saindo de suas costas. Ele tinha sido apunhalado com ela.
 
Jev limpou seu rosto, que brilhava com o suor, na manga da camisa. A seus pés, Gabe se
contorceu e estremeceu, praguejando violentamente e incoerente. Eu não acreditava que ele
ainda estava vivo. A chave de roda devia estar atravessando diretamente sua coluna vertebral.
"Você-o apunhalou", deixei escapar, Horrorizada.
 
"E ele não vai ficar feliz com isso, então eu sugiro que você saia daqui", disse Jev, afundando
ainda mais a chave de roda . Ele olhou para mim levantando a sobrancelha. "Mais cedo ou mais
tarde."
 
Eu recuei. "E você?"
 
Ele ficou me olhando por um momento absurdamente longo, considerando as circunstâncias.
Uma breve expressão de pesar surgiu em suas feições. Mais uma vez, eu senti um puxão forte à
minha memória que ameaçava consertar a ponte pegando tudo que estava fora de alcance . Eu
abri minha boca, mas o canal entre a minha mente e as minhas palavras tinha sido destruído. Eu
não sabia como conectar os dois. Eu tinha algo a lhe dizer, mas eu não conseguia saber o quê.
 
"Você pode esperar sentada, mas eu acredito que BJ já ligou para a polícia", disse Jev apertando
ainda mais a chave de roda contra o corpo de Gabe, fazendo ele se encolher depois se esticar,
como se fosse uma deixa, o gemido distante das sirenes atravessou a noite.
 
Jev segurou Gabe em seus braços, arrastando-o para o mato do outro lado do beco. “De volta a
estrada, na velocidade certa, você pode colocar algumas milhas entre você e este lugar.”
 
Seus olhos cortaram os meus.
 
"Eu andei até aqui", expliquei. "Eu estou a pé."
 
"Anjo", disse ele de uma forma que soou como se ele sinceramente esperasse que eu estivesse
brincando. Poucos momentos juntos dificilmente era o suficiente para usarmos apelidos,mas
mesmo assim, meu batimento cardíaco se acelerou, Anjo. Como ele poderia saber o nome que
vinha me assombrando estes dias? Como eu poderia explicar os estranhos flashes de preto que
se intensificou quando ele se aproximou? 
 
E o pior de tudo, se eu conectasse os pontos...
 
Patch, um sussurro do meu subconsciente, uma sílaba silenciosa, que percorreu todo meu
interior. A última vez que me senti assim foi quando Marcie mencionou Patch.
 
A única sílaba do seu nome me abriu para uma nuvem de preto, consumindo, enlouquecendo,
que transbordava de todas as direções. Eu me concentrei através dele, os olhos encarando Jev,
tentando dar sentido a um sentimento que eu não conseguia colocar em palavras. Ele sabia algo
que eu não sabia. Talvez sobre o misterioso Patch, talvez sobre mim. Definitivamente sobre
mim. Sua presença me atingiu com emoções muito profundas para ser uma coincidência.
 
Mas como estaríamos Patch, Marcie, Jev, e eu conectados?
 
"Eu conheço você-?" Perguntei-lhe, incapaz de imaginar qualquer outra explicação.
 
Ele olhou para mim, inabalável. "Sem carro?", Ele confirmou, ignorando a minha pergunta.
 
"Sem carro", eu repeti, minha voz consideravelmente mais fina.
 
Ele arqueou o pescoço para trás, como se perguntasse a lua, Por que eu? Em seguida, ele
apontou o polegar para o SUV branco estacionado. "Entre." 
 
Eu fechei meus olhos, tentando pensar. "Espere. Temos que ficar e testemunhar. Se corrermos,
poderá muito bem parecer uma confissão de culpa. Eu vou dizer à polícia que matou Gabe salvar
a minha vida.” Outras ideias me atingiram. "Nós vamos encontrar BJ e levá-lo para depor
também."
 
Jev abriu a porta do lado do motorista do SUV. "Todas as alternativas acima seriam verdadeiras
se pudéssemos confiar na policia." 
 
"O que você está falando? Eles são a polícia. É o trabalho deles pegarem os criminosos. Nós não
estamos mentindo. Gabe teria me matado se você não tivesse chegado. "
 
"Essa parte eu não duvido."
 
"Então o quê?"
 
"Este não é o tipo de caso que a polícia local está habilitada para lidar."
 
"Tenho certeza de que assassinato está sob a jurisdição da lei!" Eu argumentei.
 
"Duas coisas", disse ele pacientemente. "Primeiro, eu não matei Gabe. Eu atordoei ele. Em
segundo lugar, acredite em mim quando digo Jeremias e Dominic não vão ir sob custódia de
bom grado sem um grande derramamento de sangue. "
 
Eu abri minha boca para discutir, quando, pelo canto do olho, eu vi Gabe se contorcer
novamente. Milagrosamente, ele não estava morto. Lembrei-me a forma como ele tinha
manipulado a minha visão com isso eu pude apenas supor que foi uma poderosa forma de
hipnotismo, ou um truque de mágica. Estaria ele usando outro truque para de alguma forma
fugir da morte? Eu tinha a estranha sensação de que algo maior do que eu podia compreender
estava acontecendo. mas- O que, exatamente?
 
"Diga-me o que você está pensando:" Jev disse calmamente.
 
Hesitei, mas não havia tempo para isso. Se Jev conhecia Gabe tão bem quanto eu suspeitava, ele
tinha que saber sobre suas ... habilidades. "Eu vi Gabe fazendo um truque. Um truque de
mágica”
 
Quando a expressão sombria Jev confirmou que ele não estava surpreso, eu acrescentei: "Ele me
fez ver algo que não era real. Ele se transformou em um urso.”
 
"Essa é a ponta do iceberg quando se trata do que ele é capaz."
 
Engoli em seco. "Como ele fez isso? Ele é um mágico? "
 
"Algo assim."
 
“Ele usou mágica?” Eu nunca tinha imaginado que algo mágico pudesse ser assim tão
convincente e realmente existir. . Até agora.
 
“Passou perto. Ouça, o tempo está se esgotando.” 
 
Meu olhar viajou para as ervas daninhas que escondiam parcialmente o corpo de Gabe. Mágicos
poderiam criar ilusões, mas não podiam desafiar a morte. Não havia maneira lógica de pensar
que ele poderia ter sobrevivido. 
 
As sirenes soaram mais perto, e Jev conduziu-me para o SUV. "Tempo esgotado".
 
Eu não me movi. Eu não podia. Eu tinha uma responsabilidade moral de ficar -Jev disse: "Se
você ficar por perto para falar com a polícia, você vai estar morta antes que a semana acabe. E
também todos os policiais envolvidos. Gabe vai parar a investigação antes de começar."
 
Eu levei mais dois segundos para pensar sobre isso. Eu não tinha de confiar em Jev. Mas no
final, por razões muito complicadas para descobrir na hora, eu confiei.
 
Eu me sentei ao lado dele, meu coração trovejando atrás da minha caixa torácica. 
 
Ele puxou a engrenagem. Com um braço apoiado atrás do meu banco, ele esticou o pescoço para
ver pela janela traseira. Jev deu ré e voltou para a estrada, em seguida, disparando em direção
ao cruzamento. Havia um sinal de Pare na esquina, mas ele não diminuiu, Eu estava me
perguntando se Jev pelo menos iria respeitar o sinal de Pare. Eu segurava a alça de apoio com as
duas mãos e tentando manter a confiança, quando uma silhueta escura cambaleou em nossa
direção. A chave de roda projetando das costas de Gabe foi arrancada em um ângulo horrível, e
algo de aspecto obscuro, que se assemelhava a um apêndice rompido. Uma asa maltratada. 
 
Jev pisou no acelerador e jogou o SUV a um desempenho superior. Ele se laçou para a frente,
aumentando a velocidade. Gabe estava longe demais para que eu pudesse ler sua expressão, mas
ele não mostrou nenhum sinal de movimento. 
 
Ele se agachou, dobrando as pernas, com as mãos em frente como se ele achasse que poderia
nos parar.
 
Segurei a alça do cinto de segurança. "Você vai bater nele!"
 
"Ele vai se mover."
 
Meu pé pisou em um freio imaginário. A distância entre Gabe e o Carro rapidamente se
estreitou. "Jev-pare-agora!"
 
"Isso também não vai matá-lo."
 
Ele forçou o Carro em outra explosão de velocidade. E depois tudo aconteceu muito
rapidamente. 
 
Gabe avançou, voando pelos ares em nossa direção. Ele atingiu o pára-brisa, o vidro quebrando
em um estrondo. Um instante depois, ele desapareceu de vista. Um
 
grito encheu o carro, e eu percebi que era meu.
 
"Ele está em cima do carro", disse Jev. Ele andou sobre a calçada arrancando um banco de praça
e dirigindo sob uma árvore baixa, Sacudindo violentamente o volante para a esquerda, ele voltou
para a rua.
 
"Será que ele caiu? Onde está ele? Ele ainda está lá em cima? "Eu pressionei meu rosto a minha
janela, tentando ver acima de mim.
 
“Se segura.”
 
"Para quê?", Gritei, agarrando o apoio com as mãos novamente.
 
Eu não senti o freio. Mas Jev deve ter pisado, porque o carro girou dando uma volta completa
guinchando antes de parar. 
 
Meu ombro bateu contra a moldura da porta. Com o canto do meu olho eu vi uma massa escura
voar e pousar, com a graça de um felino, no chão.
 
Gabe ficou lá um momento, agachado, de costas para nós.
 
Jev jogou em primeira marcha.
 
Gabe olhou para trás por cima do ombro. Os cabelos estavam grudados nas laterais de seu rosto,
um brilho de suor o segurando no lugar. Seus olhos se encontraram com os meus. Sua boca
inclinou-se diabolicamente. 
 
Ele disse algo assim que o carro avançou, e mesmo que eu não conseguisse decifrar uma única
palavra do movimento de lábios, a mensagem era clara. Isso não acabou.
 
Eu me pressionei de volta no meu lugar, engolindo o ar, enquanto Jev se deslocava de uma
forma que eu tinha certeza que pneu esquerdo havia deixado uma trilha de borracha na rua.
 
 
Silence - Capítulo 10 CAPÍTULO 10 (Traduzido pela Feh)
 
Jev dirigiu apenas cinco quarteirões. Ocorreu-me um pouco tarde que deveria ter lhe pedido
para me levar ao Cooper-Smith, mas ele optou pela escuridão das estradas de volta. Ele
conduziu o Tahoe seguindo uma pacifica estrada rural, rodeada por hectares de árvores e
campos de milho. 
 
 
 
"Você pode encontrar o seu caminho para casa a partir daqui?" Perguntou.
 
"Você veio só para me despejar aqui?" Mas a verdadeira questão martelando em minha cabeça
era esta: Por que Jev, supostamente um deles, alienou-se para me salvar?
 
"Se você está preocupada com Gabe, confie em mim, ele tem mais em sua mente agora do que ir
atrás de você. Ele não vai fazer muita coisa até conseguir tirar o ferro de pneu. Fiquei surpreso
que ele tivesse força para nos perseguir, tanto quanto ele perseguiu. Mesmo depois que
conseguir tirar, ele vai ter o que eu só posso descrever como uma ressaca assassina. Ele não vai
estar com vontade de fazer muito mais do que dormir durante as próximas horas. Se você está
esperando o momento perfeito para fazer fugir, não vai obter um melhor que este."
 
Quando não me movi, ele apontou o polegar para trás no caminho que tínhamos feito. "Eu
preciso ter certeza de que Dominic e Jeremias limparam lá."
 
Eu sabia que ele quis me dar uma indireta, mas eu não estava convencida. "Por que realmente
você tem que protegê-los?" Talvez Jev estivesse certo, e Dominic e Jeremias fossem lutar com a
polícia. Talvez fosse terminar em banho de sangue. Mas não era melhor o risco do que deixá-los
livres por ai?
 
Os olhos de Jev estavam fixos na escuridão além do para-brisa. "Porque sou um deles."
 
Imediatamente balancei a cabeça. "Você não é como eles. Eles teriam me matado. Você voltou
por mim. Você impediu Gabe."
 
Ao invés de responder, ele saltou para fora do Tahoe e veio para o meu lado. Ele escancarou
minha porta e apontou para a noite. "Principal caminho para a cidade. Se seu celular não pegar,
continue andando até transpor o caminho das árvores. Cedo ou tarde terá sinal."
 
"Não tenho meu celular."
 
Ele fez uma pausa apenas um segundo. "Então, quando você encontrar a Whitetail Lodge, peça
na recepção para fazer uma ligação no telefone deles. Você pode ligar para casa de lá."
 
Eu deslizei para fora. "Obrigada por me salvar de Gabe. E obrigada pelo passeio," eu disse
educadamente. "Só uma recomendação futura, eu não gosto de ser enganada. Sei que há muita
coisa que você não está me dizendo. Talvez pense que não mereço saber. Talvez pense que mal
me conhece, e que não valho o esforço. Mas dado o que passei, acho que ganhei o direito à
verdade."
 
Para minha surpresa, ele concordou. Não ansiosamente; inclinou relutantemente a cabeça e
disse bastante sério. "Estou os protegendo, porque tenho que proteger. Se a polícia os ver em
ação, estragará nosso disfarce. Esta cidade não está preparada para Dominic, Jeremias, ou
qualquer um de nós." Ele me olhou, seus olhos nitidamente suavizando em um preto aveludado.
Havia alguma coisa me consumindo sobre a maneira como seus olhos me prendiam, eu quase
senti seu olhar como um toque real. "E eu não estou pronto para deixar a cidade ainda", ele
murmurou, seus olhos ainda segurando os meus.
 
Ele chegou mais perto, e senti minha respiração ficar um pouco mais rápida. Sua pele era mais
escura do que a minha, mais firme. Ele era bonito o suficiente para ser charmoso.
 
Estava todo rígido, ângulos proeminentes. E estava me dizendo que ele era diferente. Não
porque era diferente de qualquer outro cara que eu já tinha conhecido, mas porque era algo
totalmente diferente. Agarrei-me a uma palavra nova e estranha que tinha ficado comigo a noite
toda. "Você é um Nephilim?"
 
Quase como se tivesse ficado ofendido, ele estremeceu para trás. O momento todo rompido. "Vá
para casa e continue com sua vida", disse ele. "Faça isso e estará segura."
 
Com seu duro desprezo, senti lágrimas brotarem em meus olhos. Ele as viu e balançou a cabeça
em tom de desculpas. "Olha Nora," ele tentou novamente, descansando as mãos sobre meus
ombros.
 
Eu endureci em seus braços. "Como você sabe meu nome?" 
 
A lua se revelou brevemente através das nuvens, me permitindo um vislumbre de seus olhos. O
veludo macio se foi, substituído por um duro e preto encoberto. Era o tipo de olhos que
guardava segredos. O tipo que mentia sem hesitar. O tipo que uma vez que você olhasse para
eles, seria difícil separar.
 
Nós dois estávamos suados pelo esforço da nossa fuga de antes, e o que presumi é que era dele o
cheiro persistente de gel de banho pendente entre nós. Que mantinha o menor traço de hortelã e
pimenta do reino, e a memória disso invadiu através de mim tão rápida que fiquei tonta. Eu não
tinha maneira de rastreá-la, mas conhecia o cheiro. Ainda mais perturbador, eu sabia que
conhecia Jev. De alguma forma, se foi de uma forma trivial, ou algo muito maior e, portanto,
muito mais desconcertante, Jev tinha sido uma parte da minha vida. Não havia outra maneira
de explicar os flashbacks abrasadores que vieram por estar perto dele.
 
Passou pela minha cabeça que talvez ele fosse meu sequestrador, mas não teve muita convicção
por trás da ideia. Eu não acreditava nela. Talvez porque não quisesse. 
 
"Nós nos conhecíamos, não é?" Eu disse, minhas extremidades formigando. "Esta noite não é a
primeira vez que nos encontramos."
 
Quando Jev ficou quieto, tive a certeza de que tinha minha resposta. "Você sabe sobre a minha
amnésia? Você sabe que não consigo me lembrar dos últimos cinco meses? É por isso que você
pensou que poderia ir embora fingindo não me conhecer?"
 
"Sim," ele disse cansadamente.
 
Meu coração bateu mais rápido. "Por quê?"
 
"Eu não quis fixar um alvo nas suas costas. Se Gabe pensasse que tínhamos uma ligação, ele
poderia te usar para me ferir."
 
Bom. Ele tinha respondido aquela pergunta. Mas eu não queria falar sobre Gabe. "Como nos
conhecemos? E depois que saímos atrás de Gabe, por que você ainda fingiu não me conhecer? O
que está escondendo de mim?" Esperei impacientemente. "Você vai preencher as lacunas?"
 
"Não."
 
"Não?"
 
Ele simplesmente olhou para mim.
 
"Então você é um idiota egoísta". A acusação voou para fora antes que pudesse impedi-la. Mas
eu não ia voltar atrás. Ele podia ter salvado minha vida, mas se sabia de algo sobre aqueles cinco
meses faltando, e se recusava me dizer, qualquer coisa que tinha feito para se redimir foi perdida
sob meus olhos.
 
"Se eu tivesse alguma coisa boa para lhe dizer, confie em mim, eu tinha começado a falar."
 
"Eu posso lidar com más notícias", eu disse secamente.
 
Ele balançou a cabeça e evitou-me, voltando para o lado do motorista. Eu agarrei seu braço.
Seus olhos caíram para a minha mão, mas ele não se esquivou.
 
"Diga-me o que você sabe", eu disse. "O que aconteceu comigo? Quem fez isso comigo? Por que
não consigo me lembrar daqueles cinco meses? O que foi tão ruim que estou preferindo
esquecer?"
 
Seu rosto era uma máscara, todas as emoções compartimentalizadas à distância. O único sinal
de que me ouviu era um músculo flexionado em sua mandíbula. "Eu vou te dar um conselho, e
uma única vez, quero que você o siga. Volte para a sua vida e siga em frente. Comece de novo se
for preciso. O que for necessário para deixar isto tudo para trás. Isto acabará mal se você
continuar olhando para trás." 
 
"Isto? Eu nem sei o que é isto! Não posso seguir em frente. Eu quero saber o que aconteceu
comigo! Você sabe quem me raptou? Você sabe onde eles me levaram e por quê?"
 
"Será que isso importa?"
 
"Como você ousa," eu disse, não me preocupando em esconder o tom engasgado de minha voz.
"Como você ousa ficar aqui e fazer pouco caso do que passei."
 
"Se você descobrir quem te levou, isso vai ajudar? Será que vai ser o fechamento que você
precisa para se levantar e começar a viver novamente? Não," ele respondeu por mim.
 
"Sim, será." O que Jev não entendia era que qualquer coisa era melhor do que nada. Meio cheio
era melhor do que vazio. Ignorância era a pior forma de humilhação e sofrimento.
 
Ele soltou um suspiro perturbado, varrendo os dedos pelos cabelos. "Conhecíamos um ao
outro", ele cedeu. "Nós nos conhecemos há cinco meses, e fui uma má novidade a partir do
momento em que colocou os olhos em mim. Eu usei você e te machuquei. Felizmente, você teve
o bom senso de me expulsar da sua vida antes que eu pudesse voltar para a segunda rodada. A
última vez que nós conversamos você jurou que, se me visse novamente, faria o seu melhor para
me matar. Talvez quisesse dizer isso, talvez não. De qualquer forma, havia muitas emoções por
trás disso. É isso que você estava procurando?" Completou.
 
Pisquei. Não conseguia me imaginar fazendo uma ameaça maldosa. O mais próximo que eu já
tinha chegado de odiar alguém era de Marcie Millar, e mesmo assim, nunca tinha fantasiado
sobre sua morte. Eu era humana, mas não insensível. "Por que eu iria dizer isso? O que você fez
que foi tão horrível?"
 
"Tentei matá-la."
 
Encontrei seus os olhos instantaneamente. A linha de sua boca, sombria, mas firme, me dizia
que não estava no menor tom de brincadeira.
 
"Você queria a verdade," disse ele. "Lide com ela, Anjo."
 
"Lidar com ela? Não faz o menor sentido. Por que você queria me matar?"
 
"Por diversão, porque estava entediado, que importa? Eu tentei matá-la."
 
Não. Alguma coisa não estava certa. "Se você queria me matar naquela época, por que me
ajudou esta noite?"
 
"Você está perdendo o foco. Eu poderia ter acabado com sua vida. Faça um favor e corra para
tão longe e tão rápido de mim quanto você puder." Ele se afastou com um gesto de repúdio,
sinalizando para eu andar na direção oposta. Esta seria a última vez que veríamos um ao outro. 
 
"Você é um mentiroso."
 
Ele se virou, seus olhos negros faiscando. "Também sou um ladrão, um jogador, um trapaceiro e
um assassino. Mas esta passa a ser uma das raras vezes em que estou dizendo a verdade. Vá para
casa. Considere-se sortuda. Você tem uma chance de começar de novo. Nem todos podem dizer
o mesmo."
 
Eu queria a verdade, mas eu estava mais confusa do que nunca. Como tinha eu, uma puritana,
uma estudante linha dura, ter cruzado com ele? O que poderíamos ter tido em comum? Ele era
abominável... e a mais sedutora alma torturante que já conheci. Mesmo agora, eu podia sentir
uma crescente guerra dentro de mim.
 
Ele não era nada parecido comigo, rápido e cáustico e perigoso. Talvez até um pouco assustador.
Mas a partir do momento em que ele saiu do Tahoe hoje à noite, meu coração não tinha sido
capaz de encontrar um ritmo constante. Em sua presença, cada terminação nervosa do meu
corpo era como fios de eletricidade. 
 
"Uma última coisa", disse ele. "Pare de olhar para mim."
 
"Não estou olhando para você." Zombei.
 
Ele tocou o dedo indicador na minha testa, minha pele disparadamente aquecendo com seu
toque. Não me escapou que ele não conseguia parar de encontrar motivos para me tocar.
Também não me escapou que eu não queria que ele parasse. "Sob todas as camadas, uma parte
de você se lembra. É essa parte que veio me procurar esta noite. É essa parte que vai te matar, se
você não tiver cuidado."
 
Ficamos cara a cara, ambos respirando com dificuldade. As sirenes estavam tão perto agora.
 
"O que eu devo contar à polícia?" Eu disse.
 
"Você não vai falar com a polícia."
 
"Oh, verdade? Engraçado, porque eu planejava dizer a eles exatamente como você bateu com
um ferro de pneu nas costas de Gabe. A menos que você responda minhas perguntas."
 
Ele deu uma bufada irônica. "Chantagem? Você mudou, Anjo."
 
Outra facada estratégica para o meu lado cego, me fazendo sentir ainda mais insegura e
autoconsciente. Eu teria apertado minha memória, tentando acha-la uma última vez, mas eu
sabia que estava seca e destorcida. Como não podia confiar na minha memória, eu só tinha que a
lançar minhas redes em outros lugares e esperar o melhor.
 
Eu disse, "Se você me conhece tão bem quanto afirma, então sabe que não vou parar de procurar
quem quer que tenha me sequestrado até que eu encontre ou ele, ou o fundo do poço.”
 
"E deixe-me te dizer onde o fundo do poço será," ele retornou com uma ponta de cascalho. "Seu
túmulo. Uma cova rasa no interior da floresta onde ninguém vai encontrá-la. Ninguém irá ao
seu túmulo chorar por você. Tanto quanto a humanidade está interessada, você sumirá da grade.
Isso consumirá sua mãe. A constante sensação ameaçadora do desconhecido. Vai debicar nela,
levando-a para mais perto do abismo até que a empurre de vez. E ao em vez de ser enterrada em
algum cemitério verde-relvado ao seu lado, onde entes queridos possam visitá-la até o fim dos
tempos, ela ficará sozinha. Assim como você. Pela eternidade."
 
Eu estava altamente determinada a mostrar a ele que não ia ter medo tão facilmente, mas senti
uma pequena agitação nauseante na minha barriga com a premonição. "Diga-me, ou eu vou
dedurá-lo à polícia, isso é uma promessa. Eu quero saber onde eu estive. E quero saber quem me
levou." 
 
Ele passou a mão embaixo da boca, rindo para si mesmo. Era um som tenso e cansado.
 
"Quem me sequestrou?" Eu estalei, perdendo a paciência. Eu não me moveria deste ponto até
que ele confessasse o que sabia. De repente, me ressenti por ele ter salvado minha vida mais
cedo. Eu queria vê-lo com nada menos do que desprezo e ódio fervente. Iria apontá-lo à polícia
sem um pingo de hesitação, se ele se recusasse me contar o que sabia.
 
Ele levantou os olhos impenetráveis nos meus, sua boca se curvou para baixo em um canto. Não
uma carranca. Algo infinitamente mais atordoante e assustador.
 
"Você não deveria mais estar nessa. Mesmo eu não posso mantê-la segura."
 
Então ele caminhou para ir embora, tendo dito tudo o que disse, mas eu não podia aceitar. Esta
era a minha única chance de dar sentido à parte da minha vida que estava faltando.
 
Bati atrás dele e agarrei as costas de sua camisa com tanta força que rasgou. Não me importava.
Eu tinha coisas maiores para me preocupar. Eu disse, "Em que eu não deveria mais estar
envolvida?"
 
Só que as palavras não saíram certas. Elas foram sugadas para longe de mim no momento exato
em que um anzol pareceu fechar atrás do meu estômago e me arrancar de dentro para fora. Eu
me senti sendo arremessada no ar, e todos os músculos do meu corpo ficarem tensos, se
preparando para o desconhecido.
 
A última coisa de que me lembrei foi do rugido de ar passando por meus ouvidos e o mundo se
dissolvendo.
 
 
Silence - Capítulo 11 CAPÍTULO 11 
 
 
Quando abri os olhos, eu não estava na rua mais. O Tahoe, os campos de milho, a noite estrelada
tudo se acabou. Eu estava dentro de um edifício de concreto que cheirava a serragem e algo
ligeiramente metálico, como a ferrugem. Eu estava tremendo, mas não de frio. 
 
 
Eu tinha agarrado a camisa do Jev. Eu tinha ouvido o tecido rasgando. Eu poderia ter tocado
suas costas. E agora... eu estava no que parecia ser um armazém vago. 
 
À frente, vi duas figuras. Jev e Hank Millar. Aliviada por eu não estar sozinha neste lugar, eu
caminhava em direção a eles, esperando que pudessem me dizer onde eu estava, e como eu tinha
chegado aqui. 
 
"Jev!" Eu chamei. 
 
Nem um quanto o outro olhou em minha direção, mas com certeza eles me ouviram. Neste vasto
espaço, vozes eram transportadas. 
 
Eu estava prestes a abrir a minha boca pela segunda vez, quando eu parei com um susto. Atrás
deles, as barras igualmente espaçadas de uma gaiola estava para fora sob uma lona. Em uma
grande onda, tudo voltou para mim. A gaiola. A menina com cabelos negros. O banheiro do
ensino médio. Quando eu apaguei momentaneamente. Minhas palmas formigavam de suor. Só
poderia significar apenas uma coisa. Eu estava alucinando. Novamente. 
 
"Você me trouxe aqui para me mostrar isso?" Jev disse Hank com desgosto silencioso. "Você
entende o risco que eu corro todas as vezes que nos encontramos? Não me chame aqui para
bate-papo. Não me chame aqui para um ombro para chorar. Nunca me chame aqui para mostrar
sua mais recente conquista." 
 
"Paciência, rapaz. Mostrei-lhe o arcanjo, porque eu preciso de sua ajuda. É óbvio que ambos
temos perguntas." Olhou significativamente para a gaiola. "Bem, ela tem respostas." 
 
"Minha curiosidade pela vida morreu há muito tempo." 
 
"Quer você queira ou não, esta vida ainda é sua. Eu tentei de tudo para convencê-la a falar, mas
ela é cautelosa, com o perdão do trocadilho." Ele sorriu levemente. "Faça ela me dizer o que eu
preciso saber, e eu vou entregá-la a você. Eu duvido que eu preciso lembrá-lo o problema que os
arcanjos causaram para você. Se havia um maneira de se vingar ... bem, com certeza eu não
preciso dizer mais." 
 
"Como você conseguiu mantê-la enjaulada?" Jev perguntou friamente. 
 
A boca de Hank trançou com diversão. "Serrei suas asas. Só porque eu não posso vê-las não
significa que eu não tenha uma boa ideia de onde elas estejam. Você colocou a ideia na minha
cabeça. Antes, eu nunca teria imaginado um Nephil poder tirar a asa de um anjo." 
 
Algo escuro se agitou nos olhos do Jev. "Uma via ordinária não poderia cortar suas asas." 
 
"Eu não uso uma serra comum." 
 
"Tanto faz, Hank, eu o aconselho a deixá-la ir. Rápido." 
 
"Se você sabia que eu estava confuso, você poderia implorar-me para deixá-la. O império dos
arcanjos não vai durar para sempre. Existem poderes lá fora, que superam até mesmo os deles.
Poderes à espera de ser aproveitado, se você souber onde procurar", disse ele enigmaticamente. 
 
Com um gesto enojado, Jev virou para ir embora. 
 
"Nosso acordo, menino," Hank chamou depois dele. 
 
"Isso não era parte dele." 
 
"Talvez possamos chegar a um novo arranjo, então. Há rumores de que você não forçou um
Nephil a jurar fidelidade. Cheshvan está apenas a semanas de distância ...." Deixou a sentença
travar. 
 
Jev parou. "Você está me oferecendo um de seus próprios homens?" 
 
"Para o bem maior, sim." Hank abriu as mãos, rindo baixinho. "Você teria a sua escolha. Estou
fazendo esta boa oferta para recusar?" 
 
"Eu me pergunto o que seus homens pensariam se soubessem que estavam vendendo-os a quem
pagasse mais." 
 
"Engula o seu orgulho. Empurrando meus botões não vai acertar as contas. Deixe-me dizer-lhe
porque eu fiz isso tanto quanto eu tenho nessa vida. Eu não levo as coisas para o pessoal. Você
não deve tampouco. Não diga que isto seja sobre você e eu, e as diferenças do passado. Nós dois
temos algo a ganhar. Ajuda-me, e eu vou ajudá-lo. Simples assim." 
 
Fez uma pausa, dando a Jev tempo para pensar. 
 
"Da última vez que você se afastou de uma oferta de minha, terminou desastrosamente," Hank
adicionou .
 
"Estou pronto a fazer acordos com você", respondeu Jev em tom comedido. "Mas eu vou te dar
um conselho. Deixá-a ir. Os arcanjos vão perceber sua falta. Seqüestro pode ser o seu forte, mas
desta vez você está empurrando a sua sorte. Nós dois sabemos como isso vai acabar. Os arcanjos
não perdem." 
 
"Ah, mas eles perdem", Hank corrigiu. "Eles perderam o seu tipo quando caiu. Eles perderam
novamente quando vocês criaram a raça Nephilim. Eles podem perder de novo, e eles vão. 
 
Mais uma razão de que você deve agir agora. Temos um dos seus, dando-nos a mão superior.
Juntos, você e eu podemos virar a mesa. Juntos, rapaz. Mas devemos agir agora." 
 
Sentei-me contra a parede e abracei meus joelhos ao meu peito. Eu deixei minha cabeça virar
para trás até que descansou no concreto. Respirações profundas. Eu tinha conseguido sair fora
de uma alucinação antes, e se eu pudesse fazê-la novamente. Enxugando o suor escorrendo na
minha testa, me concentrei no que eu tinha feito antes da alucinação iniciar. Voltar para Jev-o
Jev real. Abrir uma porta em sua mente. Atravessá-la. 
 
"Eu sei sobre o colar." 
 
Nas palavras de Hank, meus olhos se abriram. Olhei entre os dois homens que estavam na
minha frente, em última análise, enfocando Hank. Ele sabia sobre o colar? 
 
Marcie o estava procurando? Havia qualquer forma, de os dois colares serem mesma coisa? 
 
Não, eles não eram, eu concluí. Nada nesta alucinação era válido. Você está criando cada detalhe
desta cena com seu subconsciente. Se concentre na sua saída. 
 
Jev ergueu as sobrancelhas questionando. 
 
"Eu não tenho que revelar minha fonte," Hank respondeu secamente. "Obviamente, tudo que eu
preciso agora é um colar real. Você é inteligente o suficiente para saber isso e você vai me ajudar
a encontrar o colar de arcanjo. Apenas o que tem que fazer." 
 
"Tente a sua fonte", Jev disse simplesmente, mas com um traço de escárnio. 
 
Boca de Hank comprimido em uma linha grave. "Dois Nephilins. De sua escolha, é claro", ele
esperava. "Você pode alternar entre eles" 
 
Jev acenou para ele. "Eu não tenho o colar de arcanjo mais, se é onde você está querendo
chegar. Os arcanjos confiscaram quando eu caí." 
 
"Não é isso que minha fonte me diz." 
 
"Sua fonte mentiu", disse ele brandamente. 
 
"Uma segunda fonte confirma vê-lo tão recentemente quanto no verão passado." 
 
Um momento marcado por diante Jev meneou a cabeça para o chão. Ele inclinou a cabeça para
trás e riu, quase incrédulo. "Você não sabe." Sua risada morreu abruptamente. "Diga-me você
não arrastou sua filha para o meio disto." 
 
"Ela viu uma corrente de prata no seu pescoço. Em Junho passado." 
 
Jev olhou para Hank de cima. "Quanto é que ela sabe?" 
 
"Sobre mim? Ela está aprendendo. Eu não gosto disso, mas minhas costas estão contra a parede.
Ajuda-me, e eu não vou usá-la novamente." 
 
"Você está assumindo que eu me preocupo com sua filha." 
 
"Você se preocupa com uma delas", disse Hank com um toque sarcasmo em seus lábios. "Ou
costumava." Um músculo na mandíbula Jev se contraiu, e Hank riu. "Depois de todo esse
tempo, você ainda está alimentando o fogo. Uma pena que ela não saiba que você existe.
Falando da minha outra filha, eu também ouvi dizer que ela foi vista usando seu colar em junho.
Ela tem tem, não tem", afirmou ao invés de perguntar. 
 
Jev retornou o mesmo olhar para Hank. "Ela não tem ele." 
 
"Teria sido um plano de gênio", disse Hank, não soou no mínimo que ele acreditava em Jev.
"Não que eu fosse torturá-la para saber seu paradeiro, ela não sabe de nada. "Ele riu, mas o som
não soava verdadeiro. "Agora seria irônico. A única informação que eu preciso está enterrada em
uma mente que eu efetivamente apaguei." 
 
"Uma vergonha". 
 
Com um floreio, Hank puxou a lona fora da gaiola. Ele chutou a caixa de metal para a luz, a base
raspou no chão. O cabelo da menina estava emaranhado em seu rosto, seus olhos pretos
brilhavam e olhando descontroladamente ao redor do armazém, como se tentasse memorizar
cada detalhe de sua prisão antes de cega-la novamente. 
 
"Então?" Hank perguntou à garota. "O que você acha, meu animal de estimação? Você acha que
podemos encontrar-lhe um colar de arcanjo?" 
 
Ela se virou para Jev, e não havia nenhuma dúvida sobre o reconhecimento arregalado nos
olhos. Suas mãos apertaram as barras da jaula tão fortemente a sua pele ficou translúcida. Ela
rosnou uma palavra que soava como "traidor". Ela olhou entre Hank e Jev, então sua boca se
abriu com um piercing,um grito que parecia um uivo. 
 
A força do grito me atirou para trás. O meu corpo esmagou pelas paredes do armazém. Eu voei
através da escuridão, caindo mais e mais. 
 
Meu estômago revirava, uma grande onda de náusea caiu sobre mim. 
 
E então eu estava deitada de bruços no acostamento da estrada, minhas mãos enroladas no
cascalho. Eu fiquei em uma posição sentada. O ar era grosso com o cheiro dos campos de milho.
Insetos zumbiam a noite toda ao redor. Tudo estava exatamente como tinha sido. 
 
Eu não sabia quanto tempo eu estive fora. Dez minutos? Meia hora? Minha pele estava coberta
de um brilho de suor, e desta vez o meu arrepios eram de frio. 
 
"Jev?" Gritei com a voz rouca. 
 
Mas ele se foi. 
 
 
Silence - Capítulo 12 CAPÍTULO 12 (Traduzido pela Feh)
 
 
Seguindo as instruções de JEV, caminhei até Whitetail Lodge. Da recepção, chamei um táxi.
Mesmo se não tivesse sabendo que minha mãe estava no jantar, não poderia tê-la chamado. Não
estava em condições de conversar. Minha cabeça estava cheia de muito barulho. Pensamentos
passados zunindo, mas não fiz nenhum esforço para fixá-los. Sentia-me desligada, muito
sobrecarregada para ordenar tudo que tinha ocorrido nesta noite.
 
 
Na casa da fazenda, subi as escadas para meu quarto. Tirei minha roupa. Estendi um pijama
sobre minha cabeça. Me encolhi em posição fetal debaixo dos meus cobertores e adormeci.
 
Fui repentinamente acordada pelo som de sapatos deslocando-se em movimentos rápidos do
lado de fora da minha porta. Eu devia estar sonhando com Jev, porque meu primeiro
pensamento foi nebuloso, É ele, e eu segurei o lençol no meu queixo, me preparando para a sua
entrada.
 
Minha mãe abriu a porta com tanta força que bateu na parede. "Ela está aqui!” Ela chamou por
cima do ombro. "Ela está na cama!" Cruzou até mim, apertando o punho sobre o coração como
se quisesse evitar que pulasse para fora do peito. "Nora! Por que você não me disse onde tinha
ido? Dirigimos por toda a cidade procurando você!" Ela estava ofegante, seus olhos selvagens e
frenéticos.
 
"Eu disse para a recepcionista te dizer que chamei Vee para um passeio." gaguejei. Pensando no
que aconteceu, tinha sido um passo irresponsável. Mas pega de momento, vendo como minha
mãe brilhava na companhia de Hank, tudo que eu conseguia pensar era em como minha
presença era uma intromissão.
 
"Eu liguei para Vee! Ela não sabia sobre o que eu estava falando.”
 
É claro que ela não sabia. Nunca tinha criado isso tão longe. Gabe tinha aparecido antes que
tivesse uma chance.
 
"Você não pode fazer isso de novo," disse minha mãe. "Você jamais poderá fazer isso
novamente!”
 
Mesmo sabendo que não iria ajudar, comecei a chorar. Eu não tinha a intenção de assustá-la ou
deixá-la me perseguindo ao acaso depois disso. Foi exatamente isso quando a vi com Hank...
uma reação. E tanto quanto eu gostaria de acreditar que Gabe estava fora da minha vida para o
bem, a sua ameaça implícita de que ele não tinha terminado comigo estava fresca em meus
pensamentos. No que eu tinha me metido? Eu considerei quão diferente a noite teria sido se
tivesse me calado e deixado a 7-Eleven, quando Gabe tinha me dado a chance.
 
Não. Eu tinha feito a coisa certa. Se não tivesse interferido, BJ não poderia ter sobrevivido.
 
"Oh, Nora."
 
Eu deixei que minha mãe me acolhesse contra ela e pressionasse meu rosto em sua blusa. "Isto
foi apenas um susto, isso é tudo", disse ela. "Seremos mais cuidadosos da próxima vez."
 
As tábuas no hall rangeram, e eu olhei para ver Hank encostado no batente da porta. "Você nos
deu um grande, mocinha. " Sua voz era suave e tranquila, mas havia algo quase como de lobo em
seus olhos que me causou um frio da ponta dos pés até a cabeça.
 
"Eu não o quero aqui," sussurrei para minha mãe. Mesmo não tendo nenhuma certeza se havia
fundamento na minha alucinação mais recente, ela me assombrou. Eu não conseguia parar de
imaginar Hank puxando a grade da gaiola. Eu não poderia calar as palavras que ele tinha dito.
Logicamente, eu sabia que estava lançando meus próprios medos e ansiedades sobre ele, mas de
qualquer forma, eu queria que ele saísse.
 
"Ligarei para você mais tarde, Hank", mamãe disse tranquilamente por cima da minha cabeça.
"Depois que eu colocar Nora para dentro. Obrigada novamente pelo jantar, e sinto muito sobre o
falso alarme."
 
Ele apontou. "Não se preocupe, querida. Você esquece que eu tenho a minha própria rainha do
drama hormonal debaixo do meu telhado, mas pelo menos posso dizer que ela nunca fez nada
imprudente." Ele riu, como se realmente descobrisse uma palavra que era divertida.
 
Eu esperei até ouvir seus passos recuarem pelo corredor. Não tinha certeza o quanto dizer à
minha mãe, especialmente desde que Jev afirmou que a polícia não poderia ser contatada e temi
que tudo que eu dissesse agora chegaria aos ouvidos do detetive Basso, mas muito tinha
acontecido esta noite para não contar a ninguém.
 
"Encontrei alguém essa noite," disse a minha mãe. "Depois que saí do Cooper-Smith. Eu não o
reconheci, mas ele disse que nos conhecíamos. Devo tê-lo encontrado algumas vezes nos últimos
cinco meses, mas não me lembro."
 
Sua posse sobre mim ficou tensa. "Ele te disse o nome dele?"
 
“Jev.”
 
Ela estava prendendo a respiração, mas na mesma hora um pouquinho de ar escapou. Eu me
perguntava o que isso significava. Se ela tinha esperado um nome diferente?
 
"Você o conhece?" Eu perguntei. Talvez ela fosse capaz de lançar uma luz sobre minha história
com Jev.
 
"Não. Ele disse como te conhecia? Da escola, talvez? Ou quando você trabalhou no Enzo?" Eu
tinha trabalhado no Enzo? Isso foi novidade para mim, e eu estava prestes a pedir explicações,
quando seus olhos rebateram os meus. "Espere. O que ele estava vestindo?"
 
Ela fez um gesto impaciente. "O que suas roupas se pareciam?"
 
Senti meu vinco na testa em confusão. "Por que isso importa?"
 
Ela se levantou, então andou até a porta e voltou para a cama. Como se de repente ciente de
como estava ansiosa, ela se deteve na frente da minha cômoda e despreocupadamente analisou
um frasco de perfume. "Talvez ele estivesse usando um uniforme com um logotipo? Ou talvez
estivesse todo vestido de uma cor? Como... preto?"
 
Ela estava claramente me guiando, mas por quê?
 
"Ele estava usando uma camisa branca e azul-marinho de beisebol e jeans."
 
Rugas de preocupação formaram parênteses nítidos em torno de sua boca, que foi fortemente
franzida com o pensamento.
 
"O que você não está me dizendo?" Eu perguntei.
 
As linhas de preocupação se espalharam para os olhos.
 
"O que você sabe?" Eu exigi.
 
"Havia um rapaz," ela começou.
 
Sentei-me um pouco mais alta. "Que rapaz?" Eu não poderia ajudar, mas queria saber se ela
estava falando sobre Jev. E eu me vi esperando que ela estivesse. Queria saber mais sobre ele.
Queria saber tudo sobre ele.
 
"Ele veio aqui algumas vezes. Sempre vestido de preto," disse ela com desgosto óbvio. "Ele era
mais velho e, por favor, não leve a mal, mas não consegui descobrir o que ele via em você. Ele
abandonou a escola, tinha um problema de jogo, e trabalhava como ajudante de garçom no
Borderline. Quer dizer, pelo amor de Deus! Não tenho nada contra ajudantes, mas era quase
ridículo. Como se ele achasse que você ia ficar em Coldwater para sempre. Ele não poderia
começar a se relacionar com seus sonhos, muito menos acompanhá-los. Eu ficaria muito
surpresa se ele tivesse determinação para ir à faculdade."
 
"Será que eu gostava dele?" Sua descrição não soava como Jev, mas não estava pronta para
desistir ainda.
 
"Dificilmente! Você tinha me feito dar desculpas a cada vez que ele ligava. Finalmente ele
conseguiu uma foto e deixou você sozinha. A coisa inteira foi muito curta. Algumas semanas, no
máximo. Eu só dizendo isso porque sempre achei que alguma coisa sobre ele estava errada. E
sempre me perguntei se ele poderia ter sabido de algo sobre o seu rapto. Não sendo dramática,
mas parecia uma nuvem negra pairando sobre sua vida no dia em que o conheci."
 
"O que aconteceu com ele?" Eu percebi que meu coração estava batendo em tempo dobrado.
 
"Ele deixou a cidade." Ela balançou a cabeça. "Viu? Não poderia ter sido ele. Entrei em pânico,
isso é tudo. Não me preocupo com ele." acrescentou ela, aproximando-se e batendo no meu
joelho. "Ele está provavelmente a meio caminho de todo o país atualmente."
 
"Qual era o seu nome?"
 
Ela hesitou só um momento. "Você sabe, não me lembro. Algo com um P. Peter , talvez." Ela riu
mais alto do que o necessário. "Acho que isso prova o quanto insignificante ele era."
 
Eu sorri distraidamente da sua piada, tudo isso enquanto ouvia a voz de Jev ressoando dentro
da minha cabeça.
 
[i]Conhecíamos um ao outro, nós nos conhecemos há cinco meses, e fui uma má novidade a
partir do momento em que colocou os olhos em mim.[/i]
 
Se Jev e este misterioso rapaz do meu passado eram uma só pessoa, alguém não estava me
dando a história completa. Talvez Jev fosse encrenca. Talvez fosse meu maior interesse correr
em direção oposta.
 
Mas algo me dizia que não foi por isso que ele foi a pessoa endurecida e indiferente que estava
tentando tanto me convencer que ele era. Logo antes da alucinação, eu o ouvi dizer, [i]Você não
deveria estar mais nessa . Mesmo eu não posso mantê-la segura.[/i]
 
Minha segurança significava algo para ele. Suas ações esta noite provaram isso. E ações falam
mais que palavras, eu disse a mim mesma severamente.
 
O que deixou apenas duas perguntas. Em que eu não deveria estar mais envolvida? E entre os
dois — Jev e minha mãe — quem estava mentindo?
 
Se eles pensaram que eu ficaria totalmente satisfeita de me sentar com minhas mãos no meu
colo, o modelo perfeito de um doce, garotinha desinformada, eles não eram tão inteligentes
quanto pensavam.
 
 
Silence - Capítulo 13 Capítulo 13 (Traduzido pela Carol)
 
 
 
Sábado de manhã eu acordei cedo, empurrei um short de algodão e uma camiseta, e saí
correndo, eu sentia-me estranhamente capaz de bater meus pés contra o asfalto e colocar para
fora todos os meus problemas imediatos.
 
 
Eu estava fazendo o meu melhor para não pensar na noite passada. Tanto para testar a minha
coragem de andar sozinha à noite, quanto eu estava preocupada, de agora em diante, eu ficaria
perfeitamente feliz em ficar trancada em minha casa no momento em que a lua se mostrasse. E
se eu nunca mais precisasse visitar a 7-onze de novo, seria muito melhor.
 
Estranhamente, não era Gabe que estava assombrando meus pensamentos, entretanto. Esse
trabalho pertencia a um perigoso par de olhos negros, que tinha perdido a sua vantagem quando
me estudaram, se tornando tão suaves e quentes como a seda. Jev tinha me dito para não ir à
procura dele, mas eu não conseguia parar de fantasiar sobre todas as maneiras diferentes de
podemos nos esbarrar outra vez.
 
Na verdade, o último sonho que eu tive antes de acordar esta manhã foi de ir para Ogunquit
Beach com Vee, apenas para descobrir que Jev era o salva-vidas de plantão. Eu tinha me
empurrado pra fora do sonho com o coração disparado, e a mais estranha dor me retalhando
por dentro. Eu poderia interpretar o sonho bem o suficiente a mim mesmo: Apesar da maneira
furiosa e confusa que ele me deixou sentindo, eu queria ver Jev novamente.
 
O céu estava nublado, mantendo o ar fresco, e depois que o meu cronômetro apitou marcando
três milhas, eu dei um sorriso de satisfação desafiando a mim mesma a um pouco mais, não
completamente pronta para desistir de meus pensamentos particulares sobre Jev. Isso, e eu
também estava me divertindo imensamente. Eu tinha ido para aulas de bicicleta ergométrica e
aeróbica na academia com Vee, mas no ar puro, saturado com o cheiro de pinho e casca de
árvore molhada, eu preferia transpirar ao ar livre.
 
Depois de um tempo, eu até tirei os meus fones de ouvido, permitindo-me concentrar nos sons
da natureza pacífica ecoando pela madrugada.
 
Em casa, tomei um longo e luxuoso banho, então parei na frente do meu armário, mordendo a
ponta da minha unha estudando meu guarda-roupa. No fim das contas, eu me enfiei em uns
jeans justos, botas de cano longo e uma blusa de seda azul-turquesa. Vee se lembraria destas
roupas, já que foi quem me convenceu a comprá-las durante uma liquidação no verão passado.
Examinando-me no espelho, eu decidi que estava como a mesma antiga Nora Grey. Um passo
na direção certa, e apenas mil ou mais para continuar. Eu estava um pouco preocupada sobre
que Vee e eu conversaríamos, especialmente tendo em conta a questão gritante do meu
seqüestro, mas garanti-me que era isso que fazia Vee e eu tão compatíveis. Eu poderia conduzir
estrategicamente a nossa conversa, levantando certos assuntos, e Vee poderia tagarelar para
sempre sobre eles. Eu só tinha que ter certeza que eu a manteria falando sobre o que eu
quisesse. Havia apenas uma coisa faltando, eu concluí, quando verifiquei meu reflexo. Minha
roupa precisava de um acessório. Jóias. Não, um lenço.
 
Puxei a gaveta da cômoda, uma sensação de mal estar me percorrendo quando vi a longa pena
preta. Eu tinha esquecido sobre isso. Provavelmente estava suja. Fiz uma nota mental para jogá
la fora, quando voltasse do almoço, mas não havia muita convicção por trás do pensamento. Eu
estava desconfiada da pena, mas não o suficiente para desistir dela ainda. Primeiro eu queria
saber que tipo de animal havia deixado cair, e eu queria uma explicação de por que eu senti que
era minha responsabilidade mantê-la segura. Foi um pensamento ridículo e não fez sentido, mas
nada fazia sentido desde que eu tinha acordado no cemitério. Empurrando a pena mais fundo na
parte de trás a gaveta, peguei o primeiro lenço que vi.
 
Então eu corri lá pra baixo, pegando uma nota de dez dólares da pequena gaveta de dinheiro
recém abastecida e dobrei-me atrás do volante do Volkswagen. Eu tive que bater o meu punho
no painel quatro vezes antes de o motor pegar, mas eu disse a mim mesma que não era
necessariamente um sinal ruim. Isso significava que este carro foi envelhecido, bem, como
queijos finos. Este carro tinha visto o mundo. Possivelmente, ele tinha transportado pelo menos
algumas pessoas interessantes. Era experiente e mantinha todo o encanto de 1984. O melhor de
tudo, eu não tinha pago um centavo por isso. Depois de o abastecer com alguns dólares, eu dirigi
para o Enzo. Arrumando meu cabelo na janela de loja, eu entrei. Tirei meus óculos de sol, me
impressionando com o cenário. Enzo passou por uma grande reforma desde que eu me
lembrava. Um vasto conjunto de escadas levava até o balcão da frente e um espaço de jantar
circular. Duas passarelas estendidas de ambos os lados da estação principal, dispersas em
alumínio industrial, mesas que eram parte vintage, parte chic, uma estilosa música tocava
através do sistema estéreo, e por um momento, eu senti como se tivesse tropeçado através do
tempo e aterrissado em um bar clandestino dos anos 90.
 
Vee estava ajoelhada em sua cadeira para ganhar altura, sacudindo o seu braço sobre sua cabeça
como uma hélice. "Babe! Por aqui!” 
 
Ela me encontrou no meio do corredor a minha direita e apertou-me em um abraço. "Eu pedi
chá gelado e um prato de bolinhos polvilhados para nós. Garota, temos muito o que falar. Eu
não ia dizer, mas tenho uma surpresa. Eu perdi três quilos. Você acredita? " Ela girava na minha
frente.
 
"Você está maravilhosa," eu disse a ela, e eu estava falando sério. Depois de todo esse tempo, nós
estávamos finalmente juntas. Ela poderia ganhar 10 quilos, e eu continuaria pensado que ela
ainda seria absolutamente linda.
 
“A Self magazine disse que curvas são uma tendência que vai cair, então estou me sentindo
muito confiante", disse ela, sentando em sua cadeira. Nós estávamos em uma mesa para quatro,
mas em vez de tomar a cadeira em frente à Vee, eu escorreguei em uma diretamente ao seu lado.
"Então", disse ela, inclinando-se conspiratória, "diga-me sobre a noite passada. Santo show de
horrores. Não posso acreditar que sua mãe e Hank o Boêmio--”.
 
Eu levantei minhas sobrancelhas. "Hank o Boêmio?"
 
"Estamos chamando-o Hank o boêmio. É tão apropriado que dói. "
 
"Eu acho que deveríamos chamá-lo de garanhão".
 
"Isso é o que eu estou falando!" Vee disse, batendo a palma da mão em cima da mesa. "Quantos
anos você acha que ele tem? Vinte e cinco? Talvez ele seja realmente o irmão mais velho da
Marcie . Talvez ele tenha um complexo de Édipo, e a mãe da Marcie seja sua mãe e esposa!”
 
Eu estava rindo tanto que acidentalmente bufei. O que só nos deixou mais histéricas.
 
"Ok, pare.”eu disse, apoiando as minhas mãos nas minhas coxas e tentando fazer cara séria.
"Isto é um meio termo. E se Marcie entrou e nos ouviu? "
 
"O que ela vai fazer? Me envenenar com o seu estoque secreto de laxante?
 
Antes que eu pudesse responder, as duas cadeiras disponíveis na nossa mesa estavam sendo
arrastadas, e Owen Seymour e José Mancusi se sentaram. Eu sabia que ambos os meninos eram
da escola. Owen havia estado na aula de biologia comigo e Vee no ano passado. Ele era alto e
magro, e usava óculos escuros de nerd e camisa pólo. Na sexta série ele tinha me ganhado como
representante do nosso grau no concurso de soletração de toda a cidade. Não que eu tivesse
ressentimentos. Eu não tinha uma classe com José, ou Joey, em anos, mas nós conhecemos
desde a escola primária, e seu pai era apenas o massagista de Coldwater. Joey clareava seus
cabelos, usava chinelos
 
mesmo no inverno, e tocou na banda da escola. Eu sabia por certo, que no colegial, Vee teve uma
queda por ele.
 
Owen empurrou os óculos no nariz e sorriu com benevolência. Eu me preparei para uma
enxurrada de perguntas sobre o meu seqüestro, mas ele simplesmente disse em uma voz um
pouco nervosa, "Nós vimos vocês sentadas aqui e pensei que nós devíamos tentar a sorte."
 
"Puxa, que coincidência." O tom rude de Vee assustou. Não são típicos dela, que era uma
paqueradora auto-proclamada, mas talvez ela estivesse em um impasse? 
 
"E o que você quer dizer com 'tentar a sorte'? Quem ainda fala desse jeito?"
 
"Er, tem planos para o resto do fim de semana?" Joey perguntou, cruzando as mãos sobre a
mesa, onde repousava a poucos centímetros da Vee.
 
Ela recuou, enrijecendo sua espinha. "Planos que não incluem você."
 
Ok, sem impasses. Olhei de soslaio para ela, tentando captar seu olhar tempo suficiente para
articular, ‘que há de errado?’ Mas ela estava muito ocupada fuzilando Owen com os olhos.
 
"Se você não se importa", disse ela, claramente sugerindo que já era hora deles saírem.
 
Owen e Joey trocaram breves olhares perplexos.
 
"Lembra quando nós tivemos Educação Física juntos na sétima série?" Joey perguntou a Vee.
"Você foi minha parceira de Peteca. Você totalmente abalou na peteca. Se não me falha a
memória, nós vencemos o torneio de classe." Ele ergueu a mão para bater nas suas mãos.
 
"Nem estou com vontade de passear pela estrada da memória."
 
Joey lentamente baixou a mão debaixo da mesa. "Er, certo. Uh, tem certeza que não querem que
compremos pra vocês uma limonada ou alguma outra coisa? "
 
"Então você pode nos arrumar analgésicos? Eu passo. Além disso, já temos bebidas, algo que
você deveria ter notado se estivesse realmente procurando mais do que os nossos peitos." Ela
sacudiu o chá gelado em seu rosto.
 
"Vee", eu disse entre minha respiração. Antes de mais nada, nem Owen nem Joey tinham
olhando para qualquer lugar remotamente perto de onde Vee insinuou, e em segundo lugar,
qual era o problema com ela?
 
"Um ... tudo bem ... desculpe incomodar", disse Owen, ficando em pé sem jeito ."Nós só
pensamos---"
 
"Pensaram errado", Vee vociferou. "Qualquer que seja o esquema maléfico que vocês dois têm
em mente? Não vai acontecer."
 
"Maléfico o quê?" Owen repetiu, empurrando para cima os óculos de novo e piscando.
 
"Nós entendemos ", disse Joey. "Nós não devíamos ter nos metido. Conversa privada de garotas.
Eu tenho irmãs ", disse ele conscientemente. "Da próxima vez vamos, uh, perguntar primeiro?"
 
"Não vai ter uma próxima vez", disse Vee. "Isso serve para Nora e eu", ela apontou o dedo entre
nós duas ”fechadas para balanço."
 
Limpei a garganta, tentando, mas falhando em descobrir como salvar o suficiente para esta
conversa terminar com uma nota positiva. Sem qualquer idéia, eu fiz a única coisa que eu podia.
Com um sorriso de desculpas, eu disse a Owen e Joey, "Hum, obrigado, rapazes.Tenha um bom
dia." Parecia uma pergunta.
 
"Sim, obrigado por nada", Vee falando depois que eles se afastaram, encarando toda a sua
asneira perplexos.
 
Quando eles estavam fora do alcance auditivo, ela disse: "O que está acontecendo com esses
garotos hoje? Eles acham que podem simplesmente chegar com um sorriso bonito, e nós vamos
derreter em suas mãos? uhum. De jeito nenhum. Não nós. Somos mais espertas do que isso.
Eles podem levar seus planos românticos para outro lugar, muito obrigado. "
 
Limpei a garganta. "Wow".
 
"Não me venha com wow. Eu sei que você viu através desses caras também. "
 
Cocei a sobrancelha. "Pessoalmente, eu acho que eles estavam apenas querendo conversar ...
mas o que eu sei", acrescentei rapidamente, quando ela lançou um olhar fulminante para mim.
 
"Quando um cara aparece do nada e imediatamente liga o charme, não é só fachada. Há sempre
um motivo mais profundo. Isto eu sei. "
 
Eu chupava meu palito. Eu não tinha mais certeza do que dizer. Eu nunca seria capaz de olhar
Owen ou Joey nos olhos de novo, mas talvez Vee estava tendo um mal dia. Talvez ela estivesse
em um estado de espírito ruim. Quando eu assistia a filmes de suspense, eu levava um dia ou
dois para superar a idéia de que o menino bonito da porta ao lado era na verdade o assassino em
série.
 
Talvez Vee estivesse passando por algo parecido. 
 
Eu estava prestes a perguntar-lhe diretamente, quando meu celular tocou.
 
"Deixe-me adivinhar," Vee disse. "Isso seria a sua mãe te checando. Fiquei surpresa que ela
tenha deixado você sair de casa. Não é nenhum segredo que ela não gosta de mim. Por um
tempo, eu acho que ela pensou que eu estava de alguma forma envolvida com seu
desaparecimento." Ela fez um gemido de desprezo.
 
"Ela gosta de você, ela simplesmente não entende", eu disse, abrindo o que parecia ser uma
mensagem de texto de ninguém menos que Marcie Millar.
 
A PROPÓSITO, O COLAR É UMA CORRENTE MASCULINA, VOCÊ O ENCONTROU?
 
"Dá um tempo", eu murmurei em voz alta.
 
"Então?" Vee disse. "Que desculpa esfarrapada aquela mulher inventou para arrastá-la para
casa?"
 
COMO CONSEGUIU MEU NÚMERO? Eu respondi para Marcie.
 
NOSSOS PAIS TROCAM MAIS DO QUE SALIVA, ESTÚPIDA.
 
O mesmo pra você, pensei.
 
Eu fechei o meu telefone e voltei minha atenção para Vee. "Posso fazer uma pergunta estúpida?"
 
"O meu tipo favorito."
 
"Eu fui a uma festa na casa da Marcie durante o verão?"
 
Eu me preparei para uma rodada de escandalosas risadas, mas Vee simplesmente mastigou uma
rosquinha e disse: "Sim, eu lembro disso. Você me arrastou junto também. A propósito, você
ainda me deve por isso."
 
Não era a resposta que eu havia imaginado. "Uma pergunta mais estranha. Eu ---lá vai--- Estava
lá como amiga de Marcie?”
 
Agora veio a reação que eu esperava. Vee quase cuspiu seu donut em cima da mesa. "Você e ela,
amigas. Eu ouvi isso mesmo? eu sei você tem toda essa coisa de perda temporária de memória
acontecendo, mas como você pôde esquecer 11 anos dignos de dor vinda da pequena miss Você
Sabe o Que?"
 
Agora estávamos chegando a algum lugar. "O que eu estou perdendo? Se não fôssemos amigas,
por que ela me convidaria para sua festa? "
 
"Ela convidou a todos. A festa era para angariação de fundos para novos uniformes de líder de
torcida.
 
Ela queria vinte dólares de nós na porta, "Vee explicou. "Nós quase tivemos que pagar, mas você
só tinha de espionar" Ela fechou a boca.
 
"Espionar quem?" Eu encorajei. 
 
"Marcie. Fomos para espionar Marcie. Foi isso que aconteceu. "Ela estava balançando um pouco
vigorosamente.
 
"E?"
 
"Nós queríamos roubar o seu diário," Vee disse. "Nós iríamos copiar todas as partes suculentas e
publicar na eZine. Muito épico, certo? "
 
Eu a observei, sabendo que algo estava errado com essa parte, mas falhando em descobrir o que.
"Você percebe como isso soa, certo? Nós nunca teríamos permissão para publicar seu diário. "
 
"Não dói tentar."
 
Eu apontei o dedo para ela. "Eu sei que você está escondendo algo de mim."
 
"Quem, eu?"
 
"Desembucha, Vee. Você prometeu não esconder nada de mim novamente ", eu lembrei ela.
 
Vee agitou os braços. "Tudo bem, tudo bem. Fomos para espionar---pausa dramática ---Anthony
Amowitz ".
 
Anthony Amowitz e eu tínhamos compartilhado Educação Física ano passado. Altura média,
olhar médio. A personalidade de um porco. Para não mencionar Vee tinha jurado que não havia
nada entre eles. "Sua mentirosa."
 
"Eu---tive uma queda por ele." Ela corou furiosamente.
 
"Você tinha uma queda por Anthony Amowitz", eu repeti duvidando.
 
"Um lapso de julgamento. Será que não podemos não falar sobre isso, por favor? "
 
Depois de 11 anos, Vee ainda poderia surpreender. "Primeiro, jure que você não está escondendo
nada. Porque essa história toda está estranha. "
 
"Palavra de escoteira." Vee disse, os olhos em uma expressão clara e determinada. "Nós fomos
para espionar Anthony, fim da história. Só por favor, mantenha o abuso verbal a um mínimo.
Estou sendo humilhada o suficiente."
 
Vee não mentiria para mim novamente, não depois que tínhamos terminado com isso, apesar de
que eu tinha riscado alguns detalhes constrangedores, eu estava contente com o conhecimento
que me tinham dado.
 
"Certo," Eu cedi, "de volta para Marcie, então. Ela me encurralou na noite passada em
Coopersmith e me disse que seu namorado, Patch, deu-me um colar que eu deveria dar para ela.
"
 
Vee se engasgou com sua bebida. "Ela disse que Patch foi seu namorado?"
 
"Acredito que o termo exato que ela usou foi ‘aventura de verão’. Ela disse que Patch era amigo
de nós duas. "
 
"Huh".
 
Bati meu dedo impacientemente sobre a mesa. "Por que eu sinto que estou no escuro de novo?"
 
"Eu não conheço nenhum Patch," Vee disse. "De qualquer forma, isso não é nome de cachorro?
Talvez ela tenha te enganado. Se Marcie é boa em uma coisa, é mexer com mente das pessoas.
Melhor esquecer tudo sobre Patch e Marcie. Cara, oh cara, essas rosquinhas não são de morrer?
"Ela empurrou uma para mim.
 
Peguei e coloquei de lado. "O nome Jev te lembra alguma coisa?"
 
"Jev? Apenas Jev? É a abreviação de alguma coisa? "
 
Pelo que parecia, Vee nunca tinha ouvido esse nome antes.
 
"Eu encontrei com um cara", eu expliquei. "Acho que se conheram, talvez durante o verão. Seu
nome é Jev ".
 
"Não posso te ajudar, babe".
 
"Talvez seja apelido para alguma coisa. Jevin, Jevon, Jevro ... "
 
"Não, não, e não."
 
Abri meu celular.
 
"O que você está fazendo agora?" Vee perguntou.
 
"Enviando uma mensagem para Marcie."
 
"O que você vai perguntar a ela?" Ela falou mais alto. "Escute, Nora---"
 
Eu balancei minha cabeça, adivinhando pensamentos de Vee. "Este não o começo de nada
grande, confie em mim. Eu acredito em você, não em Marcie. Esta será a ultima mensagem que
eu vou enviar pra ela. Eu vou dizer-lhe: boa sorte com suas grandes mentiras.”
 
Vee perdeu sua expressão tensa. Ela assentiu com a cabeça sabiamente. "Diga a ela, babe. Diga
que suas mentiras são inúteis quando estou cuidando de você.”
 
Eu introduzi meu texto e cliquei em enviar.
 
PROCUREI EM TODO LUGAR. NENHUM COLAR. VADIA.
 
Menos de um minuto depois, a resposta dela chegou.
 
OLHE COM MAIS ATENÇÃO.
 
"Animada como sempre", eu murmurei.
 
"Aqui está o que eu penso", disse Vee. "Sua mãe e Hank o boêmio juntos pode não ser tão ruim
assim. Se isso lhe der uma vantagem sobre Marcie, eu diria que apóie o relacionamento com
toda força.. 
 
Dei-lhe um olhar astuto. "Claro que você diria."
 
"Hey agora, nada disso. Você sabe que eu não tenho um osso mal no meu corpo. "
 
"Apenas 206 deles?"
 
Vee sorriu. "Já mencionei o quanto é bom ter você de volta?"
 
 
Silence - Capítulo 14 CAPÍTULO 14 
 
 
Após o almoço, fui para casa. Menos de um minuto depois que eu tinha estacionado o
Volkswagen na calçada de cimento ao lado da garagem, a minha mãe saltou de seu carro. Ela
estava em casa quando eu saí mais cedo, e me perguntei se ela saiu para almoçar com Hank. Eu
não tinha parado de sorrir desde que saí do Enzo, mas meu humor esfriou de repente. 
 
 
Mamãe saiu de dentro da garagem para me encontrar. "Como foi o almoço com Vee?" 
 
"Mesma coisa, mesma coisa. E você? Almoço quente?" Eu perguntei inocentemente. 
 
"Mais como trabalho." Ela lançou um suspiro longo de sofrimento. "Hugo me pediu para viajar
para Boston esta semana." 
 
Minha mãe trabalha para Hugo Renaldi, proprietário de uma empresa de leilões de mesmo
nome. Hugo realiza leilões de propriedades falidas, e o trabalho da minha mãe é certifique-se de
que os leilões funcionarão sem problemas, algo que ela não pode fazer de longa distância. Ela
está constantemente na estrada, deixando-me sozinha em casa, e ambas sabemos que não é uma
situação ideal. Ela considerou parar no passado, mas sempre se rendeu ao dinheiro. Hugo
pagava um pouco a mais do que ela ganharia em qualquer lugar dentro dos limites da cidade de
Coldwater. Se ela saisse, vários sacrifícios teriam de ser feitos, começando com a venda da
fazenda. Uma vez que cada lembrança de que eu tinha do meu pai foi nesta casa, você poderia
dizer que eu sou sentimental sobre ela. 
 
"Eu tive que rejeitar", disse minha mãe. "Eu disse a ele que estou tenho a necessidade de
encontrar um trabalho que não me obrigue a sair de casa." 
 
"Você disse-lhe o quê?" Minha surpresa surgiu rapidamente, e eu senti o medo alarmado no
meu tom. "Você está se demitindo? Você já encontrou um novo emprego? Isso significa que
temos que nos mudar?" Eu não podia acreditar que ela tomou essa decisão sem mim. No
passado, tivemos sempre a mesma postura: Mudar estava fora de questão. 
 
"Hugo disse que iria ver o que ele podia fazer em relação a me dar uma posição local, mas não
para manter minhas esperanças. Sua secretária tem trabalhado para ele durante anos e faz seu
trabalho bem. Ele não vai deixá-la ir apenas para manter-me feliz. " 
 
Olhei para a casa da fazenda, atordoada. O pensamento de outra família vivendo dentro de suas
paredes fez meu estômago revirar. E se eles a reformassem? E se eles acabassem com a sala de
estudo do meu pai e arrancassem o chão de cereja que nós instalados juntos? E o que dizer de
sua biblioteca? Elas não eram perfeitamente retas, mas eles foi nossa primeira tentativa genuína
com madeira. Eles tinham caráter! 
 
"Eu não estou preocupado com a venda ainda", disse a mãe. "Alguma coisa virá à tona. Quem
sabe? Talvez Hugo vá perceber que ele precisa de duas secretárias. Se está destinado a ser, vai
acontecer." 
 
Voltei-me sobre ela. "Você está tão disposta em desistir, porque você está contando casar com
Hank e nos salvar?" A observação cínica saltou para fora antes que eu pudesse impedi-la, e eu
imediatamente senti uma chave de culpa. Esse tipo de grosseria estava abaixo de mim. Mas eu
tinha vindo daquele lugar oco de medo que se escondeu no fundo do meu peito e anulou tudo. 
 
A postura da minha mãe ficou dura. Então ela saiu pela garagem, apertando o botão que
automaticamente baixou a porta atrás dela. 
 
Eu estava na garagem num momento, dividida entre querer ir em frente e pedir desculpas, e o
crescente temor sobre sua fuga fácil da minha pergunta. 
 
Então era isso. Ela estava namorando Hank com toda a intenção de se casar com ele. Ela estava
fazendo a coisa que Marcie a acusara: o pensamento do dinheiro. Eu sabia que as nossas
finanças estavam apertadas, mas tinha sobrevivido, não tínhamos? Eu me ressentia da minha
mãe inclinar-se para baixo, e eu me ressentia de Hank para dar-lhe uma escolha do que fazer
comigo. 
 
Caindo de volta para o Volkswagen, eu dirigi em toda a cidade. Eu estava indo sem rumo, mas
por uma vez, eu não me importei. Eu não tinha um destino em mente, eu simplesmente queria
colocar distância entre mim e minha mãe. Primeira Hank, e agora seu trabalho. Por que eu sinto
que ela manteve a tomada de decisões sem me consultar? 
 
Quando a entrada da estrada apareceu na pista em frente, eu segui à direita para o litoral. Tomei
a última saída antes do parque de diversões Delphic e segui as indicações para as praias
públicas. Este trecho da costa tinha um tráfego muito menor do que as praias do sul do Maine. O
litoral era difícil e as algas surgiram apenas fora do alcance da maré alta. Em vez de turistas com
toalhas de praia e cestas de piquenique, eu vi alguém andando solitário e um cão perseguindo
gaivotas. Que era exatamente o que eu queria. Eu precisava de tempo sozinha para esfriar. 
 
Eu balancei na estrada com o Volkswagen. No espelho retrovisor, um carro do vermelho
deslizou por trás de mim. Eu lembrava vagamente de vê-lo na estrada, sempre com alguns
carros em volta. O motorista, provavelmente, queria correr para uma última viagem à praia
antes do tempo mudar para pior. 
 
Eu pulei o guard-rail e desci o barranco rochoso. O ar estava mais frio do que estava em
Coldwater, e um vento constante rodeava em minha de volta. O céu estava mais cinzento do que
azul e nebuloso. Eu fiquei acima do alcance das ondas, nas rochas. O terreno ficava cada vez
mais difícil de andar, e eu mantive a minha concentração na colocação dos pés com cuidado ao
invés da minha última briga com a minha mãe. 
 
Minha bota escorregou em uma pedra, e eu fui para baixo, caindo desajeitada de lado.
Resmungando sob a minha respiração, eu recuperei a minha posição, e foi quando uma grande
sombra caiu sobre mim. Pega de surpresa, eu me lancei ao redor. Eu reconheci o motorista do
carro vermelho. Ele era mais alto do que a média e tinha um ano ou dois a mais do que eu. Seu
cabelo era cortado curto, cor de areia marrom e um toque de barba em seu queixo. Pelo aspecto
de sua camiseta, ele frequentava a academia regularmente. 
 
"Sobre o tempo que você deixou a sua casa", disse ele, olhando ao redor. "Estava tentando te
encontrar sozinha por dias." 
 
Eu empurrei para ficar em pé, equilibrando-me sobre uma rocha. Eu procurei a familiaridade
em seu rosto, mas encontrei. "Sinto muito, conhecemos um ao outro?" 
 
"Você acha que fomos seguidos?" Seus olhos continuaram a vigiar o litoral. "Eu tentei manter o
controle sobre todos os carros, mas eu posso ter perdido um. Eu não teria conseguido se você
tivesse dado a volta no quarteirão antes de estacionar." 
 
"Uh, eu sinceramente não tenho ideia de quem você é." 
 
"Isso é uma coisa estranha de dizer para o cara que comprou o carro que você dirigiu até aqui" 
 
Um momento antes de envolver minha cabeça em torno de suas palavras. "Espere. Você é Scott
Parnell?" Mesmo se passando anos, as semelhanças estavam ali. A mesmas covinhas em sua
bochecha. Os mesmos olhos cor de avelã. Adições mais recentes incluíam uma cicatriz em sua
bochecha, a sombra de cinco horas, e a justaposição de uma boca, cheia sensualmente esculpida,
características simétricas. 
 
"Eu ouvi sobre a sua amnésia. Os rumores são verdadeiros, então? Olha que ele é tão ruim como
dizem." 
 
Meu, meu, ele não era otimista. Cruzei os braços sobre o meu peito e disse friamente: "Enquanto
estamos no assunto, talvez agora seja um bom momento para me dizer por que abandonou o
Volkswagen na minha casa na noite em que desapareci. Se você sabe sobre a minha amnésia,
certamente você já ouviu que eu fui seqüestrada." 
 
"O carro foi um pedido de desculpas por ser um idiota." Seus olhos ainda passaram por cima das
árvores. Por quem ele estava tão preocupado em ter seguido a gente? 
 
"Vamos falar sobre aquela noite", afirmei. Aqui sozinho não parecia ser o melhor lugar para ter
essa conversa, mas minha determinação de obter respostas venceu. "Parece que nós dois fomos
baleado por Rixon mais cedo naquela noite. Isso é o que eu disse a polícia. Você, eu, e Rixon
sozinhos na casa divertida. Se Rixon mesmo existe. Eu não sei como você conseguiu, mas eu
estou começando a achar que o inventei. Estou começando a pensar que você atirou em mim e
precisava de alguém para culpar. Você me forçou a dar o nome Rixon para a polícia? E próxima
a pergunta, você atirou em mim, Scott?" 
 
"Rixon está no inferno agora, Nora." 
 
Eu vacilei. Ele disse, sem qualquer hesitação e com a quantidade certa de melancolia. Se ele
estava mentindo, ele merecia um prêmio. 
 
"Rixon está morto?" 
 
"Ele está queimando no inferno, mas sim, é a ideia básica mesmo. Obras mortas, tanto quanto
eu estou preocupado." 
 
Examinei seu rosto, olhando para o menor movimento em falso. Eu não ia discutir detalhes da
vida após a morte com ele, mas eu precisava de uma confirmação de que Rixon tinha ido embora
para sempre. "Como você sabe? Você já disse à polícia? Quem o matou?" 
 
"Eu não sei quem temos de agradecer, mas eu sei que ele está desaparecido. Palavras viajam
rápido, confie em mim."
 
"Você vai ter que fazer melhor que isso. Você pode ter enganado o resto do mundo, mas eu não
tão facilmente. Você despejou um carro na minha garagem na noite em que fui seqüestrada.
Então você correu para esconder-se em New Hampshire, não foi? Perdoe-me se a última palavra
que me vem à mente quando te vejo é inocente" Eu acho que não é preciso dizer:. Não confio em
você" 
 
Ele suspirou. "Antes de Rixon atirar em nós, você me convenceu de que eu realmente sou
Nephilim. Você é a pessoa que me disse que eu não posso morrer. Você é parte da razão pela
qual eu corri para longe. Você estava certa. Eu nunca ia acabar como a Mão Negra. De jeito
nenhum eu ia ajudá-lo a recrutar mais Nephilins para seu exército." 
 
O vento atravessou por minhas roupas, passando como a geada na minha pele. Nephilim. A
palavra de novo. Me seguindo por toda parte. "Eu te disse que você é Nephilim?" Eu perguntei,
nervosa. Fechei os olhos brevemente, rezando para que ele fosse capaz de corrigir a si mesmo.
Orando para que ele tivesse vindo a utilizar as palavras "não posso morrer" em sentido figurado.
Orando que este seria o lugar onde ele explicaria que era o ponto final de uma farsa elaborada
que tinha começado na noite passada, com Gabe. Uma grande piada sobre mim. Mas a verdade
estava lá, mexendo naquele lugar tenebroso, onde minha memória tinha estava intacta. Eu não
poderia racionalizá-la na minha cabeça, mas eu podia sentir. Dentro de mim. Queimando em
meu peito. Scott não estava inventando isso. 
 
"O que eu quero saber é por que você não consegue lembrar nada disso", disse ele. "Eu pensei
que a amnésia não era permanente. O que há?" 
 
"Eu não sei porque eu não me lembro!" Eu rebati. "Ok? Eu não sei. Acordei há algumas noites
atrás, no cemitério com nada. Eu não conseguia sequer lembrar como eu tinha chegado lá. "Eu
não estava certa porque eu senti uma vontade súbita de derramar tudo em Scott, mas lá estava
ele. Meu nariz começou a correr, e eu podia sentir as lágrimas se formando atrás de meus olhos.
"A polícia me encontrou e me levou para o hospital. Eles disseram que eu tinha desaparecido há
quase três meses. Eles disseram que eu tenho amnésia porque minha mente está bloqueando o
trauma para me proteger. Mas você quer saber é louco? Estou começando a pensar que eu não
estou bloqueando nada. Eu tenho um bilhete. Alguém invadiu minha casa e deixou-o no meu
travesseiro. Dizia que mesmo estando em casa, não estou segura. Alguém está por trás disso.
Eles sabem o que eu não sei. Eles sabem o que aconteceu comigo." 
 
Logo em seguida, percebi que tinha falado demais. Eu não tinha provas que o bilhete existiu.
Pior, a lógica provava que não. Mas, se o bilhete foi uma invenção da minha imaginação, por que
o pensamento se recusava a desaparecer? Porque eu não pude aceitar que eu tinha inventado,
planejado, ou alucinado? 
 
Scott estudou-me com um olhar severo profundo. "Eles?" 
 
Eu joguei minhas mãos para cima. "Esqueça". 
 
"Será que o bilhete dizia mais alguma coisa?" 
 
"Eu disse esqueça isso. Você tem um lenço de papel?" Eu podia sentir a pele sob os meus olhos
inchados crescendo, e eu estava além do ponto onde fungar ajudava a manter meu nariz seco.
Como se isso não bastasse, duas lágrimas caíram pela minha face. 
 
"Hey," Scott disse gentilmente, segurando-me pelos ombros. "Tudo vai ficar bem. Não chore,
tudo bem? Estou do seu lado. Eu vou ajudar você a descobrir essa bagunça." 
 
Quando eu não resisti, ele me puxou contra seu peito e bateu nas minhas costas. Sem jeito no
começo, e então ele se estabeleceu em um ritmo suave. "A noite que você foi pega, fui para um
esconderijo. Não era seguro para mim aqui, mas quando eu vi no noticiário que estava de volta e
não podia se lembrar de nada, eu tive que sair de onde estava me escondendo. Eu tive que
encontrar você. Devo-lhe muito." 
 
Eu sabia que deveria me afastar. Só porque eu queria acreditar em Scott não significava que eu
deveria confiar nele completamente. Ou baixar a minha guarda. Mas eu estava cansada de
sustentar paredes, e eu deixei minhas defesas deslizarem. Eu não conseguia lembrar a última
vez que tinha me sentido tão bem por apenas ser abraçada. Em seu abraço, eu quase poderia
acreditar que eu não estava sozinha. Scott tinha prometido que iríamos passar por isso juntos, e
eu queria acreditar nele o que contava também. 
 
Além disso, ele me conhecia. Ele era um link para o meu passado, e que significava mais para
mim do que eu poderia colocar em palavras. Depois de tantas tentativas de ser desencorajada a
me lembrar de qualquer fragmento de minha memória, ele apareceu sem qualquer esforço da
minha parte. Eu não era mais do que eu poderia ter pedido. 
 
Enxugando os olhos na parte de trás do meu braço, eu disse: "Por que não é seguro para você
aqui?" 
 
"A Mão Negra está aqui." Como lembrasse que o nome não significava nada para mim, ele disse:
"Só para ter certeza que estamos claros, você não se lembra de nada disso? Quero dizer, nada
como em nada?" 
 
"Nada." Com essa palavra, eu me sentia como se eu estivesse de pé na abertura de um labirinto
proibido que se estendia até o horizonte. 
 
"Que saco ser você", disse ele, e apesar da sua escolha de palavras, eu acreditava sinceramente
que significava que ele estava arrependido. "A Mão Negra é o apelido de um poderoso Nephil.
Ele está construindo um exército subterrâneo, e eu costumava ser um de seus soldados, por falta
de uma palavra melhor. Agora eu sou um desertor, e se ele me pegar, não vai ser bonito." 
 
"Voltando. O que é um Nephil?" 
 
A boca de Scott contorceu-se de um lado. "Prepare-se para sentir um golpe em sua mente, Grey.
Um Nephil", explicou pacientemente,"é um imortal." Seu sorriso derrubou mesmo a maior da
minha expressão duvidosa. "Eu não posso morrer. Nenhum de nós pode." 
 
"Qual é o truque?" Eu perguntei. Ele não podia realmente dizer imortal como sendo mesmo
imortal. 
 
Ele apontou para o mar quebrando-se contra as rochas lá embaixo. "Se eu pular, eu vou viver." 
 
Ok, talvez ele tenha sido estúpido o suficiente para fazer o salto antes. E sobreviveu. Isso não
prova nada. Ele não era imortal. Ele simplesmente acredita nisso porque ele era um cara típico
adolescente que tinha feito algumas coisas imprudentes, vivido para falar sobre elas, e agora ele
acreditava que era invencível. 
 
Scott arqueou as sobrancelhas ofendido. "Você não acredita em mim. Ontem à noite eu passei
umas boas duas horas no mar, mergulhando de peixe, e eu não congelei até a a morte. Eu posso
prender a respiração por lá durante oito, nove minutos. Às vezes eu desmaiou, mas quando eu
chego perto, eu sempre flutuo para a superfície, e todos os meus sinais vitais estão
funcionando." 
 
Eu abri minha boca, mas levou um minuto para as palavras para se formarem. "Isso não faz
sentido." 
 
"Faz sentido se eu sou imortal." 
 
Antes que eu pudesse impedi-lo, Scott sacou um canivete suíço e levou-o em sua coxa. Eu dei
um grito sufocado e saltei para ele, sem saber se eu deveria retirar a faca ou estabilizá-lo. Antes
que eu tivesse pensado, ele puxou-o para fora si mesmo. Ele jurou em dor, seu jeans escorria
sangue. 
 
"Scott", eu gritei. 
 
"Volte amanhã", disse ele com uma voz mais suave. "Será como se nunca tivesse acontecido." 
 
"Oh, sim?" Respondi, ainda trabalhando sobre isso. Ele estava completamente louco? Por que
ele faria uma coisa tão estúpida? 
 
"Não é a primeira vez que fiz isso. Eu tentei queimar-me vivo. Minha pele foi incendiada. Alguns
dias depois, eu estava tão bom como novo." 
 
Mesmo agora eu podia ver o sangue na sua calça jeans secar. A ferida tinha parado de sangrar.
Ela estava ... curada. Em segundos, em vez de semanas. Eu não queria confiar nos meus olhos,
mas era óbvio. 
 
De repente, lembrei-me de Gabe. Mais claramente do que eu queria, eu lembrei da roda de ferro
projetando de suas costas. Jev tinha jurado que o ferimento não mataria... Gabe. 
 
Assim como Scott jurou que sua ferida iria se curar sem sequer um arranhão. 
 
"Ok, então", eu sussurrei, apesar de eu não estar nada bem. 
 
"Tem certeza que está convencida? Eu sempre posso me jogar na frente de um carro se você
precisar de mais provas." 
 
"Eu acho que eu acredito que você", eu disse, não conseguindo manter o espanto atordoado fora
do meu tom. Obriguei-me a me manter fora do meu estupor. Por enquanto, eu estava indo com
o fluxo, tanto quanto eu poderia. Concentrar-me em uma coisa de cada vez, eu me disse. Scott é
imortal. Okay. Qual é o próximo? 
 
"Sabemos quem a Mão Negra é?" Eu perguntei, subitamente com fome para ter em minhas
mãos todas as informações Scott pudesse ter. O que mais eu estava faltando? Como Quanto mais
informações ele poderia me passar de sua mente? E a mais alta prioridade: Poderia ajudar a
consertar a minha memória? 
 
"Da última vez que nos falamos, nós dois queríamos saber. Passei o verão seguinte tentando, o
que não foi fácil, dado que minha vida está corrida, sem dinheiro, trabalho duro, e a Mão Negra
não é o que você chamaria de descuidado. Mas eu deduzi ser um homem. "Seus olhos varreram
os meus. "Você está pronta para isso? O Mão Negra é Hank Millar. "
 
"Hank é o quê?"
 
Estávamos sentados em dois tocos de árvores em uma caverna, a cerca de um quarto de milha
da costa, dobrada em torno de um penhasco saliente, e longe da visão da estrada. A caverna
estava semi-escura, com um teto baixo, mas oferecia proteção contra o vento e, como Scott
insistiu, escondia-nos de qualquer espião em potencial da Mão Negr. Ele se recusou a dizer mais
uma palavra até que ele estivesse certo de que estávamos sozinhos. 
 
Scott riscou um fósforo na parte inferior do seu sapato e acendeu um fogo em um poço de
pedras. A luz brilhava nas paredes irregulares, e eu dei o meu primeiro olhar ao redor. Lá estava
uma mochila e um saco de dormir encostados na parede de trás. Um espelho rachado estava
apoiado contra uma rocha que se projetava como uma prateleira, junto com uma navalha, uma
lata de creme de barbear, e um frasco de desodorante. Mais perto da boca da caverna estava
uma caixa de ferramentas grande. Nela descansava alguns pratos, talheres, e uma fritura
frigideira. Ao lado dela estava uma vara de pesca e uma armadilha de animal. A caverna tanto
me impressionava quanto me entristecia. Scott não era nada mais do que um sobrevivente,
claramente capazes de sobreviver por ele mesmo com coragem. Mas que tipo de vida que ele
tinha, se escondendo e correndo de um lado para o outro? 
 
"Eu estive vigiando Hank por meses", disse Scott. "Este não é um tiro no escuro." 
 
"Tem certeza de que Hank é a Mão Negra? Sem ofensa, mas ele não se encaixa na minha
imagem de um homem imortal”. O pensamento parecia irreal. Não, um absurdo. "Ele tem a
concessionária de carros de maior sucesso na cidade, ele é um membro do clube de iates, e ele,
sozinho, suporta o reforço do clube. Por que ele se importaria com o que está acontecendo no
mundo dos Nephilins? Ele já tem tudo o que ele poderia desejar." 
 
"Porque ele é Nephilim também", explicou Scott. "E ele não tem tudo o que ele quer. Durante o
mês judaico de Cheshvan, todos os Nephilins que já fizeram um juramento de fidelidade tem
que desistir de seu corpo por duas semanas. Eles não têm escolha. Eles o dão e algum anjo caído
o possui. Rixon era o anjo caído que costumava possuir o Mão Negra, e foi assim que cheguei a
ouvir que ele está queimando no inferno. A Mão Negra pode estar livre, mas ele não se esqueceu
e ele não está prestes a perdoar. É para isso o exército. Ele vai tentar derrubar os anjos caídos." 
 
"Voltando. Quem são os anjos caídos " Uma gangue? É como isso soou. Eu estava cada vez mais
duvidosa. Hank Millar era a última pessoa em Coldwater que se rebaixaria em associar com
gangues. "E o que você quer dizer com'possui'?" 
 
A boca de Scott se contraiu com um sorriso depreciativo, mas para o seu crédito, ele respondeu
com paciência. "Definição de um anjo caído: o céu rejeita e se torna o pior pesadelo de um
Nephil. Eles nos obrigam a jurar fidelidade, e depois possuem nossos corpos durante o
Cheshvan. Eles são parasitas. Eles não podem sentir nada em seus próprios corpos, por isso eles
invadem os nossos. Sim, Grey", disse ele ao olhar de horror que eu tinha certeza que estava
congelado em meu rosto. "Quero dizer que eles vêm literalmente dentro de nós e usam nossos
corpos como seus próprios. Um Nephil está mentalmente lá enquanto eles fazem isso, mas não
tem nenhum controle." 
 
Tentei engolir a explicação de Scott. Mais de uma vez, eu imaginava a música tema de The
Twilight Zone tocando ao fundo, mas a verdade era, eu sabia que ele não estava mentindo.
Estava tudo de volta. As memórias foram estilhaçadas e danificadas, mas elas estavam lá. Tinha
aprendindo tudo isso antes. Quando ou como, eu não sabia. Mas eu sabia de tudo isso. Eu disse,
"A outra noite eu vi três caras batendo em um Nephil. Isso é o que eles estavam fazendo?
Tentando forçá-lo a desistir de seu corpo por duas semanas? Isso é desumano. É repulsivo!" 
 
Scott tinha deixado cair os olhos, mexendo no fogo com um pau. Meu erro me bateu muito
tarde. A vergonha varreu-me e eu sussurrei, "Oh, Scott. Eu não estava pensando. Eu sinto muito
que você tenha que passar por isso. Eu não posso imaginar o quão difícil deve ser desistir de seu
corpo." 
 
"Eu não jurei fidelidade. E eu não vou. "Atirou o pau no fogo e faíscas douradas banharam no ar,
escuro e esfumaçado da caverna. "Sem nada mais, isso é o que a Mão Negra me ensinou. Anjos
caídos podem tentar qualquer truque de mente em mim que eles queiram. Podem cortar minha
cabeça fora, cortar a minha língua, e queimar-me em cinzas. Mas eu nunca vou fazer esse
juramento. Eu posso lidar com a dor. Mas eu não posso lidar com as conseqüências de tal
juramento." 
 
"Truque de mente?" A pele na parte de trás do meu pescoço formigava, e meus pensamentos se
voltaram mais uma vez para Gabe. 
 
"A regalia de ser um anjo caído", disse ele amargamente. "Mexer com as mentes das pessoas.
Fazê-los ver coisas que não são reais. Os Nephilins herdaram os truques dos anjos caídos." 
 
Parecia que eu estive certa sobre Gabe depois de tudo. Mas ele não tinha usado truque de um
mágico com a mão para criar a ilusão de transformar-se em um urso, como Jev deixou-me
acreditar. Ele havia usado um controle de mente Nephilim. 
 
"Mostre-me como é feito. Eu quero saber exatamente como funciona." 
 
"Estou fora da prática," foi tudo o que ele disse, balançando para trás em seu tronco e laçando as
mãos atrás da cabeça. 
 
"Você não pode pelo menos tentar?" Eu disse com um tiro no joelho lúdico, na esperança de
aliviar o clima. "Mostre-me o que estamos enfrentando. Vamos lá. Me surpreenda. Faça-me ver
algo que eu não estou esperando. Então me ensinar como se faz." 
 
Quando Scott continuou a olhar para o fogo, a luz que iluminou as arestas de suas
características, o sorriso saiu do meu rosto. Isto foi tudo menos uma piada para ele. 
 
"Aqui está a coisa", disse ele. "Esses poderes são viciantes. Quando você sentir o gosto deles, é
difícil parar. Quando eu fugi, há três meses e percebi do que eu era capaz, eu usei os meus
poderes a cada chance que eu tive. Se eu estava com fome, eu andava até uma loja, jogava o que
eu queria em um carrinho, e fazia um truque de mente no balconista e ensacava minhas coisas e
me deixava sair sem pagar. Era fácil. Me fez sentir superior. Até uma noite em que estava
espionando a Mão Negra, e o vi fazer a mesma coisa, aquilo me fez parar. Eu não vou viver o
resto da minha vida assim. Eu não vou ser como ele." Ele puxou um anel do bolso, segurando-o
na luz. Parecia ser feito de ferro, e a coroa do anel era carimbado com um punho cerrado. Por
um fugaz momento, um feixe de luz azul estranha parecia irradiar a partir do metal. Mas logo
desapareceu, e eu deduzi como um truque de luz. 
 
"Todos os Nephilins aumentaram a força, fazendo-nos fisicamente mais poderosos do que os
seres humanos, mas quando eu usar este anel, a força será elevada a um nível diferente," Scott
disse solenemente. "A Mão Negra me deu o anel depois que ele tentou me recrutar para seu
exército. Eu não sei que tipo de maldição ou encantamento está no anel, ou se ele é mesmo
encantado. Mas há algo. Qualquer pessoa com um desses anéis é quase fisicamente imbatível.
Antes de desaparecer em junho, você roubou o anel de mim. Minha busca para recuperá-lo foi
tão intenso que eu não dormia, comia ou descansava até que eu o encontrei. Eu era como um
viciado buscando a única coisa que poderia me deixar alto novamente. Eu arrombei sua casa
uma noite depois que você foi seqüestrada. Eu o encontrei em seu quarto na sua caixa do
violino." 
 
"Cello", veio a minha correção como um murmuro. Uma vaga lembrança mexeu dentro de mim,
uma sensação de ter visto o anel antes. 
 
"Eu não sou o cara mais inteligente, mas eu sei que este anel não é inofensivo. A Mão Negra fez
algo a ele. Ele queria uma maneira de dar a cada membro do seu exército uma vantagem.
Mesmo quando não estou usando o anel, e dependo apenas de minha força e poderes naturais,
eu anseio em deixá-los mais fortes. A única maneira de vencer 
 
é não usar meus poderes e habilidades, tanto quanto posso." 
 
Eu tentei simpatizar com Scott, mas fiquei um pouco decepcionada. Eu precisava ganhar uma
compreensão melhor de como Gabe tinha me enganado no caso de encontrar-me cara-a-cara
com ele novamente. Se Hank realmente era a Mão Negra, o líder de uma milícia meios
humanos, eu tive que perguntar se ele estava na minha vida por razões mais obscuras do que
parecia à primeira vista. Afinal, se ele estava tão ocupado lutando contra anjos caídos, como ele
tinha tempo para executar o seu negócio, ser um pai, e namorar minha mãe? Talvez eu estivesse
desconfiada, mas depois de tudo que Scott tinha acabado de me dizer, eu tinha certeza que se
justificava. Eu precisava de alguém do meu lado que poderia ir contra Hank, se isso se
confirmasse. Agora, a única pessoa que eu conhecia era Scott. Eu queria que ele mantivesse a
sua integridade, mas ao mesmo tempo, ele era a única pessoa que conhecia que tinha uma
chance contra Hank. 
 
"Talvez você possa tentar usar os poderes do anel para o bem", eu sugeri suavemente depois de
um minuto. 
 
Scott limpo a mão pelos cabelos, obviamente pronto para mudar o assunto. "Muito tarde. Eu
tomei a minha decisão. Eu não vou usar o anel. Ele me conecta com ele." 
 
"Você não se preocupa que se você não usar o anel, isso dará uma perigosa vantagem a Hank?" 
 
Seus olhos pegou os meus, mas ele evitou responder. "Está com fome? Sou capaz de fazer
alguma coisa. Eu gosto de filé de peixe grelhado." Sem esperar a minha resposta, ele agarrou a
vara de pesca e desceu as rochas que levam até a caverna. 
 
Eu segui atrás dele, de repente, desejando que eu pudesse trocar minhas botas por um tênis.
Scott andou pelas rochas em passos e saltos, enquanto eu fui forçada a dar um passo cauteloso
após o outro. 
 
"Tudo bem, vou colocar toda a conversa de seus poderes em espera," Eu chamei por ele, "mas eu
não acabei. Ainda existem muitas lacunas. Vamos voltar à noite em que eu desapareci. Você tem
algum palpite sobre quem me seqüestrou?"
 
Scott tomou um assento em uma rocha, arrumando sua linha com a isca. Até o momento em que
cheguei perto dele, ele já estava quase terminando. 
 
"No começo eu pensei que tinha que ser Rixon", disse ele. "Isso foi antes de eu saber que ele está
no inferno. Eu queria voltar e procurar por você, mas não era tão simples. A Mão Negra tem
espiões por toda parte. E dado o que aconteceu na casa de diversão, eu percebi que eu deveria
ter os policiais no meu calcanhar também." 
 
"Mas?" 
 
"Mas não." Ele olhou de soslaio para mim. "Você não acha um pouco estranho? Os policiais
tinham que ter sabido que eu estava na casa naquela noite com você e Rixon. Você tinha dito a
eles. Você provavelmente disse a eles que fui baleado também. Então, por que eles vieram me
procurar? Por que eles me deixaram fora do gancho? Era quase como " Ele se conteve. 
 
"Como o quê?" 
 
"Como alguém entrasse depois e limpasse tudo. E não estou falando de provas físicas. Eu estou
falando sobre truque de mentes. Apagar memórias. Alguém poderoso o suficiente para fazer a
polícia ir por outro caminho." 
 
"Um Nephil, você quer dizer." 
 
Um encolher de ombros. "Não faz sentido, não é? Talvez a Mão Negra não queira a polícia
procurando por mim. Talvez ele quisesse me encontrar e cuidar de mim do seu jeito. Se, ele
encontra-me, confie em mim, ele não vai me entregar à polícia para interrogatório. Ele vai me
trancar em uma de suas prisões e me fazer arrepender do dia em que fuji dele." 
 
Então nós estávamos procurando por alguém forte o suficiente para mexer com a mente, ou
como Scott colocou, apagar memórias. A correlação de minha própria memória passou por mim.
Poderia um Nephil ter feito isso para comigo? Um nó apertado no meu estômago enquanto eu
ponderava a possibilidade. 
 
"Quantos Nephilins tem esse tipo de poder?" Eu perguntei. 
 
"Quem sabe? Definitivamente a Mão Negra." 
 
"Você já ouviu falar de um Nephil chamado Jev? Ou um anjo caído, dá no mesmo?" Eu
adicionei, cada vez mais consciente de que Jev era provavelmente um ou outro. Não que a
certeza fez-me sentir um pouco consolado. 
 
"Não. Mas isso não quer dizer muito. Quase logo que eu descobri sobre Nephilins, eu tinha que
ir me esconder. Por quê?" 
 
"Na outra noite eu conheci um cara chamado Jev. Ele sabia sobre Nephilins. Ele parou os três
caras" me conti. Não há necessidade de ser vaga, embora fosse mais fácil no meu estado de
espírito. "Ele parou os anjos caídos que te falei que estavam forçando um Nephil chamado BJ
fazer o jurando fidelidade. Isto vai parecer loucura, mas Jev exalava algum tipo de energia. Eu
senti como uma eletricidade. Era muito mais forte do que qualquer coisa que os outros tinham". 
 
"Provavelmente um bom indicador de seu poder", disse Scott. "Levando-se em conta três anjos
caídos fala por si." 
 
"Ele é tão poderoso, e você nunca ouviu falar dele?" 
 
"Acredite ou não, eu sei tanto quanto você a respeito desse assunto." 
 
Lembrei-me das palavras Jev para mim. Eu tentei matá-la. O que isso significa? Ele estava
envolvido com o meu seqüestro, afinal? E ele era forte o suficiente para apagar minha memória?
Com base na intensidade do poder irradiando dele, ele era capaz de mais do que alguns simples
truques de mentes. Muito mais. 
 
"Sabendo o que sei sobre o Mão Negra, estou surpreso que eu ainda sou um homem livre", disse
Scott. "Ele deve odiar que eu o tenho feito de bobo." 
 
"Sobre isso. Por que você desertou o exército de Hank?" 
 
Scott suspirou, soltando as mãos fortemente sobre os joelhos. "Esta é uma conversa que eu não
queria ter. Não há nenhuma maneira fácil de dizer isso, então eu vou apenas colocá-lo para fora.
A noite em que seu pai morreu, eu deveria ter ficado de olho nele. Ele estava a caminho de uma
reunião perigosa, e a Mão Negra queria se certificar de que ele estava seguro. A Mão Negra disse
que se eu conseguisse, provaria que podia contar comigo. Ele me queria no seu exército, mas
não era o que eu queria." 
 
Um arrepio de premonição formigava pela minha espinha. A última coisa que eu tinha esperado
de Scott era trazer o meu pai para isso. "Meu pai conhecia Hank Millar?" 
 
"Eu queria desobedecer a ordem do Mão Negra. Mostrar-lhe o dedo e marcar meu ponto. Mas
tudo o que eu realmente consegui fazer foi deixar um homem inocente morrer." 
 
Pisquei, as palavras de Scott caíram em cascata por cima de mim como um balde de água gelada.
"Você deixou o meu pai morrer? Você o deixou andar em perigo e não fez nada para ajudá-lo?" 
 
Scott abriu as mãos. "Eu não sabia que ia ser assim. Eu pensei que a Mão Negra era uma
loucura. Eu tinha ele como um louco egoísta. Eu nunca soube dessa coisa toda de Nephilim. Não
até que fosse tarde demais." 
 
Olhei em frente, olhando fixamente para o oceano. Uma sensação indesejada cerrando meu
peito, apertando implacavelmente. Meu pai. Todo esse tempo, Scott havia conhecido a verdade.
Ele não tinha dado a mim até que eu tivesse posto para fora dele. 
 
"Rixon puxou o gatilho", disse Scott, sua voz rompendo silenciosamente em meus pensamentos.
"Eu deixei o seu pai entrar em uma armadilha, mas foi Rixon que estava no final disso." 
 
"Rixon", eu repeti. Amargura em pedaços, tudo voltou. Um vislumbre terrível ao mesmo tempo.
Rixon me levando para dentro de casa divertida. Rixon admitindo o assunto com naturalidade
de que ele tinha matado meu pai. Rixon nivelamento sua arma para mim. Eu não conseguia
lembrar o suficiente para pintar o quadro completo, mas os flashes foram suficientes. Eu estava
com meu estômago revirado. 
 
"Se Rixon não me sequestrou, quem foi?" Eu perguntei. 
 
"Lembra quando eu disse que passei o verão seguindo a Mão Negra? No início de agosto, ele fez
uma viagem para fora na Floresta Nacional de Montanha. Ele dirigiu até uma cabana isolada e
ficou menos de 20 minutos. Uma longa viagem para uma visita tão curta, certo? Eu não ousei
chegar perto o suficiente para olhar pelas janelas, mas eu ouvi uma conversa que teve ao
telefone um par de dias depois, de volta em Coldwater. Ele disse a pessoa na outra linha que a
menina estava ainda presa, e que ele precisava saber se ela estava limpa. Essas foram suas
palavras. Ele disse que não havia margem para erro. Estou começando a me perguntar se a
garota de que ele estava se referindo" 
 
"Era eu," eu terminei por ele, atordoada. Hank Millar, um imortal. Hank Millar, a Mão Negra.
Hank, possivelmente o meu seqüestrador. 
 
"Há um rapaz que provavelmente poderia obter respostas", disse Scott, puxando sua
sobrancelha. "Se alguém sabe como obter informações, é ele. Rastreá-lo pode ficar complicado.
Eu não saberia por onde começar. E dadas as circunstâncias, ele não pode vir nos ajudar,
especialmente desde a última vez que o vi, ele quase quebrou meu maxilar por tentar beijá-la. " 
 
Eu vacilei. "Beijar-me? O quê? Quem é esse cara?" 
 
Scott franziu a testa. "É isso mesmo. Achei que você não se lembraria dele, também. Seu ex
Patch". 
 
Silence - Capítulo 15 Capítulo 15 (Traduzido pela Carol)
 
 
 
 
“ESPERA”, ordenei. "PATCH FOI MEU EX?" Isso não corresponde com a história da Marcie.
Muito menos com a história da Vee. 
 
 
"Vocês dois se separaram. Algo a ver com Marcie, eu acho. "Ele virou as palmas das mãos para
cima. "Isso é tudo que eu sei. Eu voltei pra cidade no meio do drama.”
 
"Tem certeza de que ele era meu namorado?"
 
"Suas palavras, não minhas."
 
"Como ele era?"
 
"Assustador".
 
"Onde ele está agora?" Eu perguntei com mais força.
 
"Como eu disse, encontrá-lo não será fácil."
 
"Você sabe alguma coisa sobre um colar que ele poderia ter me dado?"
 
"Você faz um monte de perguntas."
 
"Marcie disse que Patch foi seu namorado. Ela disse que ele me deu um colar que pertence a ela,
e agora ela quer de volta. Ela disse que ele me fez ver o
 
bem nela e nos aproximou. "
 
Scott coçou o queixo. Seus olhos riam de mim. "E você acreditou?"
 
Minha mente vacilou. Patch foi meu namorado? Por que Marcie mentiu? Para obter o colar? O
que ela poderia querer com ele?
 
Se Patch foi meu namorado, isso explica os flashes de déjà vu toda vez que eu ouço seu nome,
mas-
 
Se ele era meu namorado, e eu significava algo para ele, onde ele estava agora?
 
"Tem mais alguma coisa que você possa me dizer sobre Patch?"
 
"Eu mal conhecia o cara, e o que mais eu saberia sobre alguém que só fez me assustar. Vou ver
se consigo procurá-lo, mas não posso prometer nada. Nesse meio tempo, vamos manter o foco
em uma coisa certa. Se conseguirmos obter bastante sujeira do Hank, talvez possamos descobrir
o que o levou a ter tanto interesse em você e em sua mãe e o que ele está planejando em seguida,
e chegar a uma forma de derrubá-lo. Nós dois temos algo a ganhar com isso. Está dentro, Grey?
"
 
"Oh, eu estou", eu disse ferozmente.
 
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Fiquei com Scott até que o sol mergulhou no horizonte. Deixei o meu meio comido jantar de
peixe para trás e caminhei de volta ao longo da costa. Scott e eu dissemos nossos ‘Adeus’ nos
despedindo na cerca de segurança.
 
Ele não queria fazer de um hábito mostrar seu rosto em público, e a julgar pelo o que ele me
contou sobre Hank e seus Nephilim espiões, eu entendi sua cautela. Eu prometi visitá-lo
novamente em breve, mas ele discordou da idéia. Manter uma rotina andando em direção a
caverna era muito arriscado, afirmou.
 
Em vez disso ele me encontraria.
 
Na volta para casa, refleti. Eu me conduzi por tudo Scott tinha me dito. Um sentimento estranho
surgindo dentro de mim. Vingança, talvez. Ou ódio em sua forma mais pura. Eu não tinha
provas suficientes para dizer com certeza que Hank estava por trás do meu seqüestro, mas eu
tinha dado minha palavra a Scott, que eu faria tudo ao meu alcance para ir a fundo nisto. E por
"fundo", eu quis dizer que se Hank tivesse qualquer coisa a ver com isso, eu iria fazê-lo pagar.
 
E então havia Patch. Meu suposto ex-namorado. Um cara que irradiava mistério, deixou uma
forte impressão em Marcie e em mim, e havia desaparecido sem deixar vestígios. 
 
Eu não conseguia me imaginar com um namorado, mas se eu tivesse, eu imaginava um cara
legal normal que entregasse seu trabalho de matemática no tempo certo e que talvez jogasse
baseball. Uma descrição de ficha limpa em desacordo com tudo o que eu sabia sobre Patch. Que
não era muito.
 
Eu teria que encontrar uma maneira de mudar isso.
 
Na casa da fazenda, eu encontrei numa nota colada sobre o balcão. Minha mãe tinha saído com
Hank. Jantar, seguido pela orquestra sinfônica de Portland.
 
A idéia dela sozinha com Hank, fazia minhas entranhas revirarem, mas Scott vinha observando
Hank Millar tempo suficiente para saber que ele estava namorando
 
minha mãe, e me deu um aviso claro: eu não poderia, sob quaisquer circunstâncias,deixar
escapar o que eu sabia. Para qualquer um deles. Hank acreditava que ele tinha enganado a todos
nós, e era melhor manter isso dessa maneira. Eu tinha que confiar que, por enquanto, minha
mãe estava a salvo.
 
Eu considerei ligar para Vee, deixando claro que eu sabia que ela tinha mentido sobre Patch,
mas eu estava me sentindo passiva-agressiva. Dê a ela um dia de tratamento silencioso, e deixe
que ela reflita sobre o que ela fez. Eu a enfrentarei no momento que eu souber que ela está em
pânico o suficiente para começar a contar a verdade --a autêntica dessa vez. Sua traição
machucou, e para o bem dela,eu esperava que ela tivesse uma explicação muito boa.
 
Eu abri um copo de pudim de chocolate e comi-o na frente da TV, usando reprises de seriados
para preencher a noite. Por fim, o relógio marcou onze horas, e eu subi para o meu quarto.
Tirando minhas roupas, foi só então quando devolvi meu lenço para seu devido lugar na gaveta,
que eu notei a pena preta novamente. Ela tinha um brilho de seda que me lembrava a cor dos
olhos de Jev. Um preto tão sem fim, que absorvia todas as ultimas partículas de luz. Lembrei-me
de andar
 
ao lado dele no Carro, e mesmo que Gabe estivesse lá, eu não estava com medo. Jev me fez
sentir segura, e eu gostaria de ter alguma forma de engarrafar esse sentimento, puxando-o
sempre que eu precisasse.
 
Acima de tudo, eu gostaria de ter ver Jev novamente.
 
 
 
------
 
 
 
Eu estava sonhando com Jev quando meus olhos se abriram. O rangido da madeira havia
penetrado meu sono, me fazendo acordar. Uma figura sombria agachada na
 
minha janela, bloqueando a luz da lua. A figura pulou para dentro, aterrissando no meu quarto,
tão silenciosamente quanto gato. Eu disparei ficando sentada, e todo o meu fôlego me
escapulindo em um assovio. 
 
"Shh," Scott murmurou, dedo nos lábios. "Não acorde sua mãe."
 
"Oo que você está fazendo aqui?" Eu finalmente consegui balbuciar.
 
Ele fechou a janela atrás dele. "Eu disse que faria uma visita em breve."
 
Eu caí para trás na minha cama, tentando recuperar um batimento cardíaco normal.
 
Eu não tinha exatamente visto vida passar diante dos meus olhos, mas eu quase cheguei
embaraçosamente perto de gritar a plenos pulmões. "Você deixou de mencionar que isso
envolveria invadir meu quarto."
 
"Hank está aqui?"
 
"Não. Ele está fora com a minha mãe. Eu adormeci, mas eu ainda não ouvi eles entrarem ". 
 
"Vista-se".
 
Eu dei uma olhada no relógio. Então eu olhei pra ele. "É quase meia-noite, Scott".
 
"Muito observador Grey,. Como se vê, estamos indo para algum lugar que será muito mais fácil
de invadir a essa hora." 
 
Oh cara. "Invadir?" Eu ecoei um pouco irritada, ainda não recuperada de ser acordada de forma
tão abrupta. Especialmente se Scott falava sério sobre fazer algo potencialmente ilegal.
 
Meus olhos estavam finalmente se ajustando à escuridão embaçada, e eu o peguei sorrindo.
"Não tem medo de um pouco B e E, não é?"
 
"Nem um pouco. O que é um crime? Não é como se eu tivesse grandes esperanças de ir para a
faculdade ou conseguir um emprego, algum dia," Eu brinquei.
 
Ele ignorou meu sarcasmo. "Achei um dos depósitos da Mão Negra." Atravessando o quarto, ele
abaixou a cabeça para o corredor. "Tem certeza que ele não está de volta ainda?”
 
"Hank provavelmente tem um monte de depósitos. Ele vende carros. Ele tem de armazená-los
em algum lugar. "Eu rolei, puxou meu cobertor até meu queixo, e fechei os olhos, esperando que
ele pegasse a dica. O que eu realmente queria era inserir-me de volta para o sonho com Jev. Eu
poderia provar o seu beijo persistente nos meus lábios. Eu queria viver a fantasia um pouco
mais.
 
"O depósito fica no distrito industrial. Se Hank está armazenando os carros lá, ele está pedindo
para ser assaltado. Esta é a grande hora. Eu estou sentindo isso, Grey. Ele está mantendo algo
muito mais valioso do que os carros lá. Precisamos descobrir o que. Precisamos de toda a sujeira
que pudermos obter.”
 
"arrombamento e invasão é ilegal. Se vamos capturar Hank, temos que fazê-lo legalmente.”
 
Scott veio ao redor da cama. Ele puxou as cobertas para baixo até que ele pudesse ver meu rosto.
"Ele não joga pelas regras. A única maneira disto funcionar é em nível de igualdade. Você não
está nem um pouco curiosa sobre o que ele está mantendo no depósito?”
 
Eu pensei sobre a alucinação, o armazém e o anjo enjaulado, mas eu disse: "Se isso puder me
levar presa, não".
 
Ele sentou-se, franzindo a testa. "E a conversa de me ajudar a enterrar o Mão Negra?"
 
Essa era a coisa. Algumas horas sozinha raciocinando, e eu senti a minha confiança escorregar.
Se Hank era tudo o que Scott alegou, como poderíamos nós dois ir contra ele sozinho?
Precisávamos de um plano melhor. Um plano mais inteligente.
 
"Eu quero ajudar, e eu vou, mas não podemos simplesmente pular de cabeça nisso", eu disse.
"Estou muito cansada para pensar. Volte para a caverna. Volte em uma hora razoável. Talvez eu
possa falar para minha mãe visitar Hank em seu depósito e perguntar a ela o que está lá
dentro.” 
 
"Se eu derrubar Hank, eu ganho minha vida de volta", disse Scott. "Não precisarei mais me
esconder. Não precisarei mais fugir. Eu ia ficar para ver minha mãe novamente. Falando de
mães, a sua deve estar segura. Nós dois sabemos que você quer isso tanto quanto eu”, ele
murmurou numa voz que eu não gostei. Era uma voz que sugeria que me conhecia mais do que
eu poderia estar confortável com isso. Eu não queria que Scott tivesse essa visão de mim. Não à
meia-noite, de qualquer maneira. Não quando eu estava tão perto de escorregar de volta para o
sonho com Jev. 
 
"Eu não vou deixar nada acontecer com você", ele disse suavemente, "se é isso que te preocupa."
 
"Como eu posso saber disso?"
 
"Você não pode. Esta é a sua chance de colocar as minhas intenções a prova. Descobrir do que
realmente eu sou feito.”
 
Eu prendi meu lábio inferior entre os dentes, pensando. Eu não era o tipo de garota que saia
furtivamente à noite. E lá estava eu, prestes a fazê-lo duas vezes em uma semana. Eu estava
começando a pensar que eu não era metade da pessoa que eu gostava de acreditar que eu era.
Não tão boa afinal de contas? O diabo no meu ombro parecia provocar.
 
A idéia de sair depois de escurecer para espionar um dos depósitos de Hank não exatamente
enviava um sentimento de realização através de mim, mas eu racionalizei que eu estaria com
Scott o tempo todo. 
 
E se havia uma coisa que eu queria, era tirar Hank da minha vida para sempre. Talvez, se Scott
estivesse certo sobre ele ser Nephilim, Hank era capaz de enganar a mente de um ou dois
policiais, mas se ele estava fazendo algo altamente ilegal, não havia nenhuma maneira que ele
pudesse fugir de todo a força policial. 
 
Agora, colocar a polícia na sua cola parecia um bom começo para desvendar os seus planos,
quaisquer que fossem. 
 
"É mesmo seguro?" Eu perguntei. "Como é que sabemos que não seremos pegos?"
 
"Eu tenho investigado o prédio por alguns dias. Ninguém está lá à noite. Vamos tirar algumas
fotos das janelas. O nível de risco é baixo. Está dentro ou não?”
 
Eu dei um suspiro cedendo. "Tudo bem! Vou colocar as roupas. Vire-se. Estou de pijama.” Meu
pijama consistia em nada além de uma blusinha e shorts - uma imagem que eu não queria
manter na mente de Scott.
 
Scott sorriu. "Eu sou um cara. É como pedir a uma criança para não olhar para o balcão de
doces.” 
 
A covinha em sua bochecha se aprofundou. E não foi bonitinho de qualquer maneira. Porque eu
não estava indo por este caminho com Scott. Eu tomei a decisão de imediato. 
 
Nosso relacionamento era complicado o suficiente. Se estivéssemos indo trabalhar juntos,
platônico era o único caminho a seguir.
 
Com um sorriso irônico, ele levantou os braços em derrota e deu-me as costas. Eu pulei fora da
cama, atravessei o quarto, e me tranquei no closet. Uma vez que as portas tinham brechas,
deixei a luz desligada apenas por segurança tateei pela prateleira de roupas. Puxei um par de
jeans justos, uma camiseta de manga comprida e um moletom. Optei por tênis, temendo que
talvez tivéssemos que correr a qualquer momento. Abotoando o topo da minha calça jeans, abri
a porta do armário. 
 
"Você sabe o que estou pensando agora?" Eu perguntei a Scott.
 
Seus olhos me escanearam. "Que você parece uma gracinha nesse estilo garota comum?
 
Por que ele tem que dizer coisas como essas? Senti meu rosto corar e esperava que Scott não
tivesse percebido por conta da luz fraca.
 
Eu disse, “Melhor que eu não me arrependa disso.”
 
Silence - Capítulo 16 SILENCE
 
 
Capitulo 16
 
 
 
A modalidade de de transporte de Scott era um Dodge Charger 1971, não era o mais silencioso
dos carros para um cara que insistiu que iria manter uma atitude discreta. Acrescentando o fato
de que o tubo de escape parecia que tinha desenvolvido um tipo de estrondo, e eu tinha certeza
que podia ser ouvido vertiginosamente em torno de vários quarteirões de distância. Mesmo que
eu achasse que estávamos apenas acumulando a suspeita, trovejando pela cidade com os nossos
capuzes, Scott foi inflexível.
 
 
"A Mão Negra tem espiões por toda parte", ele informou-me mais uma vez. Como se para
enfatizar o seu ponto, seus olhos acenderam para o espelho retrovisor. "Se ele nos pega juntos
..." Deixou que a sentença oscilasse. 
 
"Eu entendo", eu disse. Palavras corajosas, considerando que elas enviaram um tremor através
de mim. Eu preferia não pensar sobre o que Hank faria se ele suspeitasse que Scott e eu
estivéssemos espionando-o.
 
"Eu não deveria ter levado você para a caverna", disse Scott. "Ele faria qualquer coisa para me
encontrar. Eu não estava pensando sobre como isso afetaria de você."
 
"Está tudo bem", eu disse, mas o frio sinistro não havia desaparecido. "Você estava surpreso em
me ver. Você não estava pensando. Nem eu estava. Ainda não estou pensando" Eu acrescentei
com uma risada trêmula. "Caso contrário eu não estaria bisbilhotando um de seus armazéns. O
edifício está sob vigilância de vídeo? "
 
"Não. Meu palpite é que a Mão Negra não quer qualquer evidência extra provando o que se
passa lá. O vídeo pode vazar", acrescentou significativamente.
 
Scott estacionou o Charger pelo Rio Wentworth, sob os ramos pendurados de uma árvore, e
balançou para fora. Até o momento nós tínhamos andado um bloco, eu não podia ver o carro
quando olhei por cima do meu ombro. Eu supunha que era o que Scott queria. Nós arrastamos
ao longo do rio, a lua muito fina para lançar nossas sombras.
 
Atravessamos a Front Street, tecendo entre armazéns de tijolo velho, finos e alto, construídos
um após o outro. O arquiteto original claramente não queria desperdiçar espaço. As janelas dos
edifícios foram lubrificadas ao longo, de grade de ferro, ou coberto por dentro com papel de
jornal. Lixo e amarantos que abarrotavam as fundações.
 
"Este é o armazém do Mão Negra" Scott sussurrou. Ele apontou na direção de uma estrutura de
tijolos de quatro andares com uma frágil escada de incêndio e arqueadas janelas. "Ele foi lá
dentro cinco vezes na semana passada. Ele sempre vem um pouco antes do amanhecer, quando
o resto da cidade está dormindo. Ele estaciona vários blocos afastado e anda o resto do caminho
a pé. Às vezes ele circula um bloco duas vezes apenas para ter certeza que ele não está sendo
seguido. Você ainda acha que ele está armazenando carros? "
 
Eu tinha que admitir, as chances de Hank tomar esse tipo de precaução sobre estoques da
Toyota era muito baixa. De qualquer maneira, parecia que ele estava usando o edifício como um
desmanche, mas eu realmente não acredito que, qualquer um. Hank era um dos homens mais
ricos e influentes na cidade. Ele não estava desesperado para ter um pouco a mais. Não, alguma
coisa estava acontecendo. E pelo jeito que os cabelos na parte de trás do meu pescoço ficaram
em pé, eu previ que não era bom.
 
"Será que vamos ser capazes de ver o interior?" Eu perguntei, imaginando se as janelas do
edifício de estavam escurecidas como as outras. Estávamos ainda muito longe para ter certeza.
 
"Vamos subir um outro bloco e descobrir."
 
Abraçamos cada edifício ao longo do caminho tão de perto os tijolos engancharam no meu
capuz. No final do bloco, estávamos pertos o suficiente da construção de Hank para ver que,
enquanto as janelas na parte inferior dois pisos estavam cobertas de jornal, e os que estavam no
topo dois andares haviam sido deixadas sem obstruções.
 
"Está pensando o que eu estou pensando?" Scott perguntou com um brilho malicioso em seus
olhos.
 
"Subir a escada de incêndio e dar uma olhada para dentro?"
 
"Nós poderíamos tirar a sorte. O perdedor vai para cima. "
 
"De jeito nenhum. Esta foi a sua ideia. Você deve ir para cima. "
 
"Medrosa". Ele sorriu, mas suor brilhava em sua testa. Ele puxou uma câmera barata
descartável. "Está escuro, mas eu vou tentar conseguir algumas fotos limpas."
 
Sem outra palavra, nós funcionamos em um agachar outro lado da rua. Corremos o beco atrás
do edifício de Hank e não paramos até que estivéssemos escondidos atrás de uma lixeira
salpicada com grafite. Eu apoiei minhas mãos em meus joelhos e engoli o ar. Eu não poderia
dizer se a minha falta de ar deveu-se ao esforço ou à ansiedade. Agora que nós chegamos até
aqui, de repente eu desejei que eu tivesse ficado para trás no carregador. Ou permanecido em
casa,. Meu maior medo neste momento era ser descoberta por Hank. Que certeza Scott tinha de
que não estavam sendo capturados em fita de vigilância neste exato momento "Você está
subindo?" Eu perguntei, secretamente esperando que ele tinha mantido a cabeça fria e também
faria uma decisão executiva a recuar para o carro.
 
"Estou dentro. Quais são as chances da Mão Negra se esquecer de trancar?", Perguntou ele,
sacudindo a cabeça na direção de uma linha de portas de caminhões.
 
Eu não tinha notado as portas do compartimento até que Scott as apontou. Eles estavam
levantados do chão e um retrocesso em um nicho. Perfeito para carga e descarga de
 
cargas em particular. Havia três em uma fileira, e algo clicou na minha cabeça quando eu os vi.
Eles se parecia muito com as portas do compartimento que eu vi durante a minha alucinação no
banheiro da escola. O armazém também tinha uma semelhança assustadora com a alucinação
que eu tive com Jev ao lado da estrada. Eu achei as coincidências estranhas, mas não sabia como
levantar a questão com Scott. Dizendo-lhe, eu acho que vi esse lugar durante uma das minhas
alucinações não ia ganhar muita credibilidade.
 
Enquanto eu ainda estava ponderando a conexão assustadora, Scott pulou na borda de cimento
e tentou abrir a porta da primeiro baia. "Fechado." Mudou-se para o teclado.
 
"Qual código você acha é? Aniversário de Hank?"
 
"Muito óbvio."
 
"Aniversário de sua filha?"
 
"Duvidoso". Hank não me parece estúpido.
 
"Voltar para o plano A, então." Scott suspirou.
 
Ele saltou, pegando o degrau inferior da escada de incêndio. Uma camada de ferrugem
polvilhado abaixo do metal deu um gemido baixo de protesto, mas a talha trabalhou, a cadeia
alimentar através dele, e baixou a escada.
 
"Se eu cair, me segure," foi tudo o que ele disse antes de subir. Ele testou o primeiro par de
degraus, saltando o seu peso contra elas. Quando nada aconteceu, ele
 
continuou, um passo cauteloso de cada vez para minimizar o metal rangendo. Eu o vi todo o
caminho até o primeiro pouso.
 
Lembrei que eu deveria vigiar enquanto Scott subia, eu coloquei a minha cabeça em torno do
lado do edifício. À frente, na esquina ao lado, uma longa, e cortante sombra espalhou pela
calçada, e um homem entrou na visão. Eu puxei de volta.
 
"Scott", eu sussurrei, minha voz fazendo estritamente um som.
 
Ele estava muito alto para ouvir.
 
Olhei ao redor da borda do edifício pela segunda vez. O homem ficou na esquina, de costas para
mim. Entre os dedos queimados do brilho alaranjado de um cigarro. Ele se inclinou para a rua,
olhando para os dois lados para baixo dele. Eu não acho que ele estava esperando por uma
carona, e eu não acho que ele saiu do trabalho para uma fumar. A maioria dos armazéns neste
distrito tinham sido aposentados há anos, e era meia-noite. Ninguém estava trabalhando a esta
hora. Se eu tivesse que apostar, o homem estava guardando a construção de Hank. Mais uma
prova de que tudo o que Hank estava escondendo tinha valor.
 
O homem esmagou o cigarro sob sua bota, olhou para o relógio, e começou a caminhar
vagarosamente em direção ao beco.
 
"Scott!" Eu assobiei. "Nós temos um problema."
 
Scott estava bem depois do segundo nível, a poucos passos de distância do terceiro patamar. A
câmera estava na mão, pronta para tirar fotos ao minuto que ele tivesse uma chance clara.
 
Percebendo que não ia me ouvir, eu peguei um pedaço de cascalho e atirei nele. Em vez de bater
lhe, no entanto, a pedra atingiu a escada de incêndio, tocando com um bumbum, bumbum,
bumbum, uma vez que saltou de volta para baixo.
 
Eu cobri minha boca, paralisada pelo medo. Scott olhou para baixo e congelou. eu apontei o
dedo urgentemente ao lado do edifício.
 
Então eu corri para a lixeira, agachando-me atrás dela. Pela fresta entre a lixeira e o prédio, vi a
corrida do guarda de Hank à vista. Ele deve ter ouvido a pedra que eu tinha jogado, porque os
olhos dele viajaram imediatamente para cima, tentando identificar o som.
 
"Hey!", Ele gritou com Scott, saltando para o degrau inferior da escada de incêndio e
transportando-se com uma rapidez e agilidade que poucos seres humanos poderiam ter. Ele era
alto, também, uma das maneiras mais fáceis, Scott tinha me ensinado que eu poderia identificar
um Nephil.
 
Scott subiu a escada de incêndio, dois degraus de cada vez. Em sua pressa, a câmera escorregou
de sua mão, navegando até o beco, onde despedaçou. Ele deu-lhe um breve olhar de descrença
antes de retomar sua ascensão apressado. No patamar do quarto andar, ele arrastou-se até a
escada que ligava para o telhado e desapareceu acima.
 
Desci correndo as minhas opções em uma pressa. O guarda Nephil foi apenas de um voo para
trás Scott, momentos de distância das curvas no telhado. Que ele iria fazer com Scott? Leva-lo
de volta para baixo para interrogatório? Meu estômago embrulhou. Será que ele ia chamar Hank
aqui, para lidar com Scott diretamente?
 
Eu me empurrei para a frente do prédio e estiquei o pescoço, tentando localizar Scott. Como eu,
uma sombra com listras em cima. Não ao longo da borda do telhado, mas no ar entre este
edifício e o do outro lado da rua. Pisquei, limpando a minha visão a tempo de ver uma corrida
em todo o segundo cometa do céu, braços e pernas em uma rotação atlética.
 
Meu queixo caiu. Scott e o Nephil estavam pulando de edifícios. Eu não sabia como eles estavam
fazendo isso, e não havia tempo para me debruçar sobre a impossibilidade do que eu estava
vendo. Eu corri em direção ao carregador, tentando antecipar a mente de Scott. Se pudéssemos
tanto bater o Nephil para o carro, havia uma chance de ficar longe. Bombeamento meus braços
mais forte, eu segui o som de seus sapatos tocando e arrastando até em cima.
 
A meio caminho para o carro, Scott virou de repente para a direita, e o Nephil segui-o. Eu ouvi o
último dos seus passos correndo incrivelmente rápido na escuridão. Um carrilhão de sons
metálicos tocou na calçada logo à frente. Eu peguei a chave do carro. Eu sabia o que Scott estava
fazendo: desviando o Nephil tempo suficiente para me dar a chance de chegar ao carro antes que
eles fizessem. Eles eram mais rápidos, muito mais rápidos e sem um alguns minutos extras, eu
nunca faria isso. Ainda assim, Scott não poderia ocupar um Nephil em uma selvagem fuga para
sempre. Eu tinha que me apressar.
 
No Front Street, eu coloquei uma explosão final de velocidade e corro o último bloco para o
Charger. Eu estava tonta, a escuridão, enchendo a minha visão. Agarrando meu lado, inclinei
me contra o carro, prendendo a respiração. Eu fiz a varredura dos telhados atentamente, à
procura de qualquer sinal de Scott ou o do Nephil.
 
Uma figura pulou fora do prédio em frente, pernas e braços girando no ar como fosse cair
morto. Scott bateu no chão, tropeçou, e rolou. O Nephil estava certo em seu encalço, mas cravou
o pouso. Ele arrancou Scott do chão e entregou um feroz golpe para ao lado de sua cabeça. Scott
cambaleou, mas permaneceu consciente. Eu não tinha certeza se seria capaz de resistir com um
segundo certeiro soco.
 
Sem tempo para pensar, me joguei no carregador. Enfiei a chave do Scott na ignição. Acendendo
os faróis, eu pisei em linha reta para Scott e o Nephil. Minhas mãos agarraram o volante, sem
derramamento de sangue. Por favor, deixe esse trabalho.
 
Ambos Scott e o Nephil giraram para me encarar, sua tez desbotada nos faróis. Scott gritou
comigo, mas eu não conseguia entender as palavras. O Nephil gritou também. No último
momento, ele soltou Scott e se esquivou longe do para-choques do carro. Scott não teve tanta
sorte, ele voou para cima e sobre o capô. Eu não tive tempo para saber se ele tinha sido ferido
antes que ele atirou-se para o assento ao meu lado.
 
"Vai!"
 
Eu pisei no acelerador. "O que foi aquilo lá atrás?" Eu gritei. "Você estava pulando de edifícios
como se fossem obstáculos!"
 
"Eu disse que sou mais forte do que um sujeito comum."
 
"Sim, bem, você não mencionou voar! E você me disse que não gostava de usar esses pontos
fortes! "
 
"Talvez, você tenha mudado a minha perspectiva." Um sorriso arrogante. "Então você ficou
impressionada?"
 
"Aquele Nephil lá quase capturou você e isso é tudo com que você se preocupa?"
 
"Pensado assim." Ele parecia satisfeito consigo mesmo, abrindo e fechando a mão, onde o anel
do Mão Negra estava em torno de seu dedo médio. Eu não acho que agora era a hora para
pressionar por uma explicação. Especialmente tendo em conta o alívio que senti sobre a sua
decisão de começar a usá-lo novamente. Com ele, Scott teria uma chance contra Hank. E eu
também, por associação.
 
"Pensei que o quê?" Eu disse, atrasada.
 
"Você está corando."
 
"Estou suando." Quando percebi onde ele queria chegar, corri, "Eu não estou impressionada! O
que você fez lá atrás, O que teria acontecido " Eu empurrei alguns cabelos dispersos do meu
rosto e recolhi a mim mesmo. "Eu acho que você é imprudente e negligente, e você tem algum
controle que faz tudo isso soar como uma grande piada!"
 
Seu sorriso se transformou em um sorriso completo. "Não tenho mais perguntas. Eu tenho a
minha resposta."
 
Silence - Capítulo 17
CAPÍTULO 17
 
 
 
 
Scott me levou para casa e era muito mais liberal com o limite de velocidade do que eu nunca
tinha sido. Ele estacionou a uma distância a partir da esquinta, na minha insistência. No
caminho todo para casa, eu fiz malabarismos para meus dois tipos de medo. Primeiro, que o
guarda Nephil de alguma forma nos seguiu, apesar das medidas de cuidado de Scott, e segundo,
que minha mãe nos esperávamos em casa. A chance era, ela teria discado bem rápido para o
meu celular no momento em que encontrasse a minha cama vazia, mas, novamente, talvez ela
estivesse com raiva pela minha segunda desobediência imprudente em menos de uma semana e
isso talvez tenha tirado a sua voz.
 
 
"Bem, isso foi emocionante", disse a Scott, com minha voz pálida.
 
Ele bateu a mão no volante. "Trinta segundos mais. Isso é tudo que eu precisava. Se eu não
tvesse deixado cair a câmera, teríamos fotos do armazém. "Ele balançou a cabeça em descrença.
 
Eu estava prestes a dizer-lhe que se ele tivesse pensando em voltar, ele deveria encontrar um
outro companheiro, quando ele disse sobriamente: "O guarda deu uma boa olhada em mim, ele
vai dizer a Hank. Mesmo que ele não tenha visto o meu rosto, ele poderia ter visto a minha
marca. Hank vai saber que era eu. Ele vai enviar uma equipe para revistar a área."
 
Seus olhos encontraram os meus. "Eu ouvi rumores de Nephilins sendo trancados em prisões
reforçadas. Câmaras subterrâneas na floresta, ou abaixo dos edifícios. Você não pode matar um
Nephil, mas você pode torturá-lo. Vou ter que ficar quieto por um tempo."
 
"Que marca?"
 
Scott esticou o colarinho da camisa para baixo, revelando um pequeno círculo de pele que tinha
sido marcado a ferro com a marca de um punho fechado idêntico ao de seu anel. A pele havia se
curado, mas eu só podia imaginar como deve ter sido doloroso. "A marca da Mão Negra. Eu
assim que ele forçou-me a entrar em seu exército. O lado bom, ele não foi inteligente o suficiente
para incorporar um dispositivo de rastreamento."
 
Eu não estava com vontade de piada, e não correspondi ai seu meio sorriso. "Você acha que o
guarda viu a sua marca?"
 
"Não posso dizer."
 
"Você acha que ele me viu?"
 
Scott balançou a cabeça. "Não podíamos ver nada através dos faróis. Eu só sabia que era você,
porque eu reconheci o carro".
 
Isto deveria ter me feito respirar mais fácil, mas eu estava tão angustiada, que um suspiro de
alívio estava fora de questão.
 
"Hank pode aparecer com a sua mãe a qualquer minuto." Scott apontou o polegar para a
estrada. "Eu tenho que ir. Eu vou me manter de molho por algumas semanas. Esperemos que o
guarda não viu a minha marca. Esperemos que ele pense que eu sou um bandido comum".
 
"De qualquer forma, ele sabe que você é Nephilim. Da última vez que verifiquei, os seres
humanos não saltariam edifícios. Quando Hank descobrir, eu não acho que ele vai achar isso
como uma coincidência."
 
"Mais uma razão para recuar. Se eu desaparecer de vista, Hank poderia pensar que eu fiquei
com medo e sai da cidade. Quando esquecer e deixar para lá, eu vou encontrá-lo. Vamos
elaborar um plano diferente e derrubá-lo por um novo ângulo".
 
Senti minha paciência retalhar. "E eu? Você é o único que colocou essa ideia na minha cabeça.
Você não pode parar agora. Ele está namorando a minha mãe. Eu não entendo essa luxúria. Se
ele estava envolvido no meu seqüestro, eu quero que ele pague. Se ele está planejando coisas
ainda piores, eu quero que ele pare. Não em algumas semanas ou meses, mas agora".
 
"E quem é que vai se livrar dele?" Sua voz era suave, mas não havia uma firmeza subjacente. "A
polícia? Ele tem metade deles em sua folha de pagamento. E a outra metade ele poderia fazer
seus truques de mente. Escuta-me, Nora. Nosso plano é desmontar isso. Temos que deixar a
poeira baixar e fazer a Mão Negra achar que ele está no comando novamente. Então vamos
reagrupar e tentar um ataque diferente quando ele não estiver esperando por isso."
 
"Ele está no comando. Não é uma coincidência que ele de repente namore a minha mãe. Ela não
é sua prioridade sobre construção de um exército Nephilim. Cheshvan começa no próximo mês,
em outubro. Então, por que ela, por que agora? Como ela se encaixa em seus planos? Eu tenho
que descobrir isso antes que seja tarde demais!"
 
Scott puxou sua orelha, irritado. "Eu não devia ter lhe contado nada. Você vai desmoronar. A
Mão Negra vai desconfiar a um quilômetro de distância. Você vai falar. Você vai dizer a ele sobre
mim e sobre a caverna."
 
"Não se preocupe comigo", eu agarrei. Eu sai do carro e dei-lhe um beijo de despedida antes de
bater a porta. "Esconda-se, tudo bem. Mas você não é aquele cuja mãe está apaixonada por
aquele monstro a cada dia mais. Estou indo para derrubá-lo, com ou sem você."
 
Claro, eu não tinha ideia de como. Hank tinha incorporado a si mesmo tão profundamente nesta
cidade, ele estava em seu núcleo. Ele tinha amigos, aliados e colaboradores. Ele tinha dinheiro,
recursos e seu próprio exército particular. O mais preocupante de tudo, ele tinha a minha mãe
em seu punho cerrado.
 
-------
 
Dois dias se passaram com pouco emoção. Fiel à sua palavra, Scott desapareceu. Em
retrospecto, eu me arrependi de discutir com ele. Ele estava fazendo o que ele tinha que fazer, e
eu não podia culpá-lo por isso. Eu o tinha acusado de pular fora, mas esse não era o caso. Ele
sabia quando avançar e quando recuar. Ele era mais esperto do que eu tinha lhe dado crédito. E
paciente.
 
E então lá fui eu. Eu não gostava de Hank Millar, confiar nele, menos ainda, e quanto mais cedo
eu descobrisse seu jogo final, melhor. Cheshvan estava pendurado como uma negra nuvem no
fundo dos meus pensamentos, um lembrete constante de que Hank estava planejando algo. Eu
não tinha prova suficiente de que a minha mãe fazia parte desse plano, mas havia bandeiras
vermelhas. Dado tudo que Hank estava tentando realizar antes de Cheshvan, incluindo o
treinamento de todo um exército Nephilim para conseguir a posse de seus corpos de volta dos
anjos caídos, por que ele estava dedicando tanto tempo a minha mãe? Por que ele precisa da sua
confiança? Por que ele precisa dela neste período?
 
Foi enquanto eu estava sentada na aula de história, ouvindo parcialmente o meu professor
descrever os eventos que levaram à Reforma Protestante Inglesa, que uma lâmpada brilhou.
Hank sabia de Scott. Por que não pensei nisso antes? Se Hank suspeita de que foi Scott o Nephil
responsável pela invasão em torno de sua propriedade há duas noites atrás, ele sabia que Scott
não correria o risco de uma segunda passagem, logo após ser pego. Na verdade, provavelmente
Hank assumiu que Scott tinha ido direto se esconder, o que ele tinha mesmo. Nunca em um
milhão de anos, Hank esperaria outro invasor esta noite. Nunca em um milhão de anos ...
 
 
 
A noite veio e passou. Antes das dez minha mãe me deu um beijo de boa noite e retirou-se para
seu quarto. Uma hora mais tarde a sua luz apagou. Esperei um minuto extra ou dois para ter
certeza, e depois me joguei para fora do meu cobertor. Completamente vestida, Peguei uma
mochila debaixo da minha cama com uma lanterna, uma câmera, e as chaves do meu carro.
 
Quando eu empurrei o Volkswagen silenciosamente para baixo Hawthorne Lane, eu
interiormente agradeci Scott por me comprar de um veículo leve. Eu nunca poderia ter feito isso
com uma caminhonete. Não parei até que estivesse longe o suficiente a partir da esquina, e
longe do alcance de audição da minha mãe, quando liguei o motor.
 
Vinte minutos depois, estacionei o Volkswagen a poucos quarteirões de onde Scott tinha deixado
seu carro há duas noites atrás. O cenário não tinha mudado. Mesmos edifícios. A rua no mesmo
mau estado. Na distância, um trem soprou um apito desamparado. Desde que Hank estava
guardando o edifício, eu descartei a ideia de chegar perto dele. Eu tinha que encontrar outra
maneira de olhar para dentro. Uma ideia me impressionou. Se havia uma coisa que eu poderia
usar a meu favor, era a construção dos edifícios, construídos um ao lado do outro. Eu poderia
provavelmente olhar dentro do edifício de Hank do outro diretamente atrás dele.
 
Cumprindo a rota que tinha tomado com Scott, eu corri mais perto do edifício de Hank.
Agachada nas sombras, eu me preparei para a minha primeira tentativa na vigilância. Eu
percebi que a escada de incêndio tinha sido prontamente removida. Hank estava sendo
cuidadoso, então. Havia jornais frescos que cobriam as janelas do terceiro andar, mas quem
tinha começado o trabalho não tinha feito até o quarto andar ainda. A cada dez minutos, como
um relógio, um guarda saia do prédio e rondava o perímetro.
 
Convencida de que eu tinha informação suficiente para seguir em frente, eu voltei no quarteirão,
saindo de perto do prédio que apoiava o de Hank. Assim que o guarda terminou a sua ronda e
retirou-se para dentro do edifício de Hank, eu corri em aberto. Só que desta vez, ao invés de me
esconder no beco atrás do edifício do Hank, eu escondi um beco para baixo.
 
Em pé em cima de uma lixeira derrubada, puxei a escada de incêndio até ao nível do chão. Eu
tinha medo de altura, mas eu não ia deixar que o medo atrapalhasse minha maneira de
descobrir o que Hank estava escondendo. Tomando algumas respirações rasas, subi para o
primeiro pouso. Eu disse a mim mesma para não olhar para baixo, mas a tentação era muito
forte. Meus olhos varreram o beco abaixo, via através das treliças de ferro da escada de incêndio.
Meu estômago ficou apertado e minha visão turva. Subi para o segundo nível. Até o terceiro. Um
pouco enjoada, eu tentei as janelas. As primeiras estavam trancadas, mas finalmente eu
arrombei uma soltas, e
 
abri com um gemido agudo. Câmera na mão, eu entrei pela janela.
 
Eu tinha acabado de chegar a um galpão cheio por dentro quando a luz me cegou. Eu joguei
meus braços por cima dos meus olhos. Todo ao redor, eu ouvi os sons dos corpos mexendo.
Quando eu abriu os olhos novamente, eu vi fileiras de camas. Corpos adormecidos em cada uma.
Todos do sexo masculino, todos excepcionalmente altos.
 
Nephilins.
 
Antes que eu pudesse formar um pensamento sequer, um braço enganchou na minha cintura
por trás.
 
"Mexa-se!" A voz baixa ordenou, puxando-me de volta para a janela eu tinha passado. Tirando
meu torpor, eu senti o par de braços fortes me arrastar de volta através da janela e sobre a
escada de incêndio. Jev me deu um olhar apressado, seus olhos cheios de agravamento. Sem
dizer nada, ele me empurrou em direção ao degraus. À medida que descemos a escada de
incêndio, os gritos ecoaram pela frente do edifício. A qualquer momento, nós estaríamos
encurralados.
 
Fazendo um som impaciente, Jev me pegou em seus braços, me segurando apertado contra ele.
"Faça o que fizer, não solte."
 
Eu mal tinha me fixado e já estávamos voando. Diretamente para baixo. Sem se preocupar em
usar a escada de incêndio, Jev saltou sobre os trilhos. O ar rasgou por nós quando a gravidade
puxou-nos para o beco abaixo. Tinha acabado antes que eu pudesse gritar, meu corpo sacudindo
com o impacto da aterrissagem, e foi assim que eu fiquei em meus próprios pés.
 
Jev agarrou minha mão e puxou-me para a rua. "Estou estacionado a três quarteirões de
distância."
 
Nós viramos a esquina, corremos um quarteirão, passamos por um beco. À frente, estacionado
na calçada, eu vi o Tahoe branco. Jev destravou as portas, e nos arremessou para dentro.
 
Jev dirigia rápido e forte, com os pneus cantando em cada curva, até que ele colocou algumas
milhas entre nós e os Nephilim. Por fim, ele ele estacionou o Tahoe em um posto de gasolina no
meio do caminho entre Coldwater e Portland. Uma placa de fechado pendurado na janela, com
apenas alguns luzes acesas dentro.
 
Jev desligou o motor. "O que você estava fazendo lá atrás?" Seu volume era baixo, seu tom
furioso.
 
"Subindo a escada de incêndio, o que lhe pareceu?" Eu atirei para trás. Minhas calças estavam
rasgadas, meus joelhos foram arrastados, minhas mãos estavam raspadas, e ficar com raiva era
a única maneira de me impedir de irromper em lágrimas.
 
"Bem, parabéns, você subiu. E quase conseguiu se matar. Não me diga que você estava lá por
acaso. Ninguém anda naquele bairro depois de escurecer. E que era uma casa Nephilim segura
que você invadiu, por isso novamente, não estou comprando de que foi por acidente. Quem lhe
disse para ir lá?"
 
Pisquei. "Uma segura casa Nephilim?"
 
"Você vai se fazer de boba?" Ele balançou a cabeça. "Inacreditável".
 
"Eu pensei que o prédio estava desocupado. Eu pensei que o prédio ao lado era o armazém
Nephilim".
 
"Ambos são de propriedade de um Nephil muito poderoso. Um deles é um chamariz e no outro
dorme cerca de 400 Nephilins em qualquer noite. Adivinhe em qual você entrou?"
 
Um engodo. Como Hank era inteligente. Pessimo eu não ter pensado nisso há 20 minutos atrás.
Ele teria toda a operação transferida amanhã de manhã, e eu tinha perdido minha única pista.
Pelo menos agora eu sabia que ele estava escondendo. O armazém era o quarto de dormir, pelo
menos, de uma parte do seu exército Nephilim.
 
"Eu pensei que eu lhe disse para parar de procurar problema. Eu pensei que eu lhe disse para
tentar ser normal por um tempo", disse Jev.
 
"Normal não durou muito tempo. Logo após a última vez que vi você, eu esbarrei com um velho
amigo. Um amigo Nephil da minha idade." Eu tinha deixado as palavras voarem para fora sem
pensar, mas eu não via o mal em dizer a Jev sobre Scott. Afinal, Jev tinha tomado meu lado
quando eu discuti com Gabe para liberar BJ, então ele não poderia odiar o Nephilim como da
forma que claramente Gabe odiava.
 
Os olhos de Jev endureceram. "O amigo Nephil?"
 
"Eu não tenho que responder isso."
 
"Esqueça. Eu já sei. O único Nephil que você seria ingênua o suficiente para chamar um amigo é
Scott Parnell".
 
Eu não era rápida o suficiente para esconder a minha surpresa. "Você conhece Scott?"
 
Jev não respondeu. Mas eu poderia dizer que pelo olhar, calmo e assassino em seus olhos que
ele não gostava muito de Scott. "Onde ele mora?", Perguntou.
 
Pensei na caverna, e como eu tinha prometido a Scott eu não contaria a ninguém. "Ele-não me
disse. Me encontrei com ele quando eu estava correndo. Foi uma breve conversa. Nós nem
sequer tivemos tempo para trocar números de telefone."
 
"Onde você estava correndo?"
 
"Downtown", eu menti facilmente. "Ele saiu de um restaurante quando eu estava passando e me
reconheceu, e nós conversamos por um minuto." 
 
"Você está mentindo. Scott não ficaria a céu aberto assim, não quando o Mão Negra tinha um
preço por sua cabeça. Estou apostando que você o viu em algum lugar mais remoto. Nos bosques
de sua casa?", Ele adivinhou.
 
"Como você sabe onde eu moro?" Eu perguntei, nervosa.
 
"Você tem um Nephil indigno de confiança ao seu redor. Se você vai se preocupar com algo, se
preocupe com isso."
 
"Indigno de confiança? Me contou sobre Nephilins e anjos caídos, o que é mais do que eu posso
dizer sobre você!" Com toda minha frieza. Eu não quero falar sobre Scott. Eu queria falar sobre
nós e a força deJev para abrir em nossa conexão no passado. Eu tinha fantasiando sobre vê-lo
por dias, e agora que eu tinha o que eu queria, eu não estava disposta a deixá-lo escapar
novamente. Eu precisava saber o que ele tinha sido para mim.
 
"E o que ele te disse? Que ele é a vítima? Que os anjos caídos são os maus? Ele pode culpar anjos
caídos pela existência de sua raça, mas ele não é uma vítima e ele não é inofensivo. Se ele está de
volta, é porque ele precisa de algo de você. Todo o resto é um pretexto."
 
"Engraçado você dizer isso, já que ele não me pediu um único favor. Até agora, tem sido tudo
sobre mim. Ele está tentando me ajudar a recuperar a minha memória de volta. Não fique tão
surpreso. Só porque você é um idiota egoísta não significa que o resto do mundo também é.
Depois de lançar uma luz sobre Nephilins e anjos caídos, ele me disse que Hank Millar está
construindo um exército Nephilim. Talvez esse nome não signifique nada para você, mas isso
significa muito para mim, já que Hank está namorando minha mãe."
 
A carranca desapareceu de seu rosto. "O que você acabou de dizer?", Ele perguntou com uma
voz erdadeiramente ameaçadora.
 
"Eu chamei você de idiota egoísta, e eu quis dizer cada palavra."
 
Ele estreitou o olhar além da janela, claramente pensando, e eu tive a nítida impressão de que
tinha encontrado algo de importante no que eu disse. Um músculo em sua mandíbula estava
cerrado, um olhar sombrio e assustador trazendo uma vantagem fria para seus olhos. Mesmo de
onde eu me sentei, senti a contração de seu corpo, uma corrente de subjacentes emoções e nada
disso de boa flexão sob sua pele.
 
"Para quantas pessoas você contou sobre mim?", Perguntou.
 
"O que faz você pensar que eu contasse a alguém sobre você?"
 
Seus olhos me prenderam no lugar. "Sua mãe sabe?" Eu iria dar outro comentário sarcástico,
mas estava muito cansada para isso. "Eu posso ter mencionado o seu nome, mas ela não o
reconheceu. Então, estamos de volta à estaca zero. Como eu conheci você, Jev?"
 
"Posso pedir a você para fazer algo por mim, você ouviria?" Quando ele teve a minha atenção,
ele continuou, "Eu vou te levar pra casa. Tente esquecer que hoje à noite aconteceu. Tente agir
normal, especialmente em torno de Hank. Não mencione o meu nome."
 
Por meio de uma resposta, eu atirei-lhe um olhar negro e girei para fora do Tahoe. Ele seguiu o
exemplo, vindo para o meu lado.
 
"Que tipo de resposta é essa?", Perguntou ele, mas sua voz não era tão rude.
 
Fui para longe do Tahoe, no caso de ele pensar que poderia usar a força para obrigar-me de volta
para o carro. "Eu não estou indo para casa. Ainda não. Desde a noite que você me salvou de
Gabe, eu estive pensando em todas as maneiras em que eu poderia te encontrar de novo. Eu
passei tempo demais especulando como você me conheceu antes, como você me conheceu por
inteiro. Eu não posso não me lembrar de você ou de qualquer outra coisa dos cinco meses que se
passaram, mas ainda posso sentir, Jev. E quando eu o vi pela primeira vez na outra noite, eu
senti algo que eu nunca tinha sentido antes. Eu não podia olhar para você e respirar ao mesmo
tempo. O que significa isso? Por que você não quer que eu me lembre de você? Que você estava
comigo?"
 
Diante disso, eu parei de andar e me virei para enfrentá-lo. Seus olhos estavam dilatados para o
preto total, e eu suspeitei de todos os tipos de emoção que se escondiam lá. Pesar, tormento,
cautela.
 
"Na outra noite, por que você me chamou de anjo?" Eu perguntei.
 
"Eu estava pensando de uma forma geral, eu tenho que te levar pra casa agora", disse ele
calmamente.
 
"Mas?"
 
"Mas eu estou tentado fazer algo de que provavelmente vou me arrepender."
 
“Dizer-me a verdade” Eu esperava.
 
Aqueles olhos negros pousaram sobre mim. "Primeiro eu preciso para tirá-la das ruas. Os
homens de Hank não podem estar muito longe."
 
 
Silence - Capítulo 18 Capitulo 18
 
 
(Traduzido pela Samy, revisado pela Carol)
 
Como que em uma deixa, Um guincho de PNEUS soou atrás de nós. Hank ficaria orgulhoso;
seus homens não desistiram tão facilmente. Jev me puxou para trás de de uma parede com
tijolos em ruínas. "Nós não podemos ultrapassá-los para chegar ao Tahoe, e mesmo se
pudéssemos, eu não estou te arrastando em uma perseguição de carro com um Nephilim. Eles
podem ficar longe de um carro descontrolado, mas você não pode. Melhor tomar aumentar
nossas chances indo a pé e círcular de volta ao carro depois de terem desistido. Há uma boate a
um bloco a partir daqui.
 
Não é o lugar mais limpo, mas podemos nos esconder lá. "Ele pegou meu cotovelo, me
impulsionando para frente.
 
 
 
"Se os homens de Hank verificararem o clube, e eles não seriam estúpidos a não ser que
encontrem o Tahoe, ai saberão que estamos a pé,eles vão me reconhecer. As luzes do armazém
ficaram acesas por um total de cinco segundos até você me arrastar para fora. Alguém naquela
sala deve ter dado uma boa olhada em mim. Posso tentar me esconder no banheiro, mas se
começarem a perguntar ao redor, eu não vou ficar escondida por muito tempo. "
 
"O armazém que você invadiu é para novos recrutas. Dezesseis ou dezessete em anos humanos e
recém jurados, tornando-os com menos de um em anos Nephilim. Eu sou mais forte do que eles,
e eu tenho muito mais prática quando se trata de brincar com a mente. Eu vou colocar um
transe em você. Se eles olharem para nós, eles são vão ver um cara em calças de couro preto com
uma gargantilha cravada, e uma menina loira platinada em um espartilho e botas decombate ".
 
De repente, senti um pouco de luz na cabeça. Um transe. Era a forma como os truques da mente
funcionavam? Por encanto?
 
Jev puxou meu queixo para cima, em busca dos meus olhos. "Você confia em mim?"
 
Se eu confiava nele ou não, não importava. A dura verdade é que eu tinha que fazer. A
alternativa eram poucas, os homens de Hank estão sozinhos, e eu podia adivinhar como que
acabaria.
 
Eu concordei.
 
"Bom. Continue andando ".
 
Segui Jev para uma fábrica abandonada que agora servia como a discoteca Bloody Mary, e ele
lidou com o segurança. Levou um momento para os meus olhos se ajustarem aos flashes de luz,
pulsando minha visão entre o preto e o branco. As paredes interiores tinham sido derrubadas,
em um espaço aberto, no momento repleto de corpos que dançavam. A ventilação era pobre, e
eu fui imediatamente atingida por uma onda de odor corporal misturado com perfume, fumaça
de cigarro e vomito. A clientela era bem 15 anos mais velhos que eu, e eu era a única pessoa
vestida com roupas esportivas e um rabo de cavalo, mas os truques mentais de Jev deviam estar
funcionando, porque em meio ao mar de correntes, couro, pregos, e meias arrastão, ninguém
bateu o olho na minha direção.
 
Lutamos nosso caminho para o centro da multidão, onde poderíamos nos esconder e ainda
manter vigilância sobre as portas.
 
"Plano A é ficar aqui e esperara-los", Jev gritou para mim sobre o pulsar da música.
"Eventualmente, eles terão de desistir e voltar para o armazém."
 
" E o plano B?"
 
"Se eles nos seguirem aqui, nós vamos sair pela saída dos fundos."
 
"Como você sabe que há uma saída nos fundos?"
 
"Eu já estive aqui antes. Não está no topo das minhas escolhas , mas é o favorito quando se trata
de minha espécie. "
 
Eu não queria pensar sobre o que era a sua espécie. Agora, eu não queria pensar em nada, só
que queria voltar para casa viva.
 
Olhei ao redor. "Eu pensei que você disse que poderia enganar a mente de todos. Então, por que
fico com a sensação de as pessoas estão olhando?"
 
"Porque somos as únicas duas pessoas aqui que não estão dançando."
 
Dançar. Homens e mulheres que tinham uma semelhança impressionante para beijar os
membros da banda foram bater a cabeça, empurrões, e lambendo uns aos outros. Um cara com
suspensórios em corrente segurando seu jeans subiu uma escada afixada na parede e atirou-se
contra a multidão. Cada um na sua, pensei.
 
"Posso ter esta dança?" Jev perguntou com um puxão simpático da sua boca.
 
"Não deveríamos estar encontrando um caminho para sair daqui? E Elaborando alguns planos
reserva ? "
 
Ele apertou minha mão direita, puxando-me contra ele em uma dança lenta que estava em
desacordo com a música corrida. Como se estivesse lendo minha mente, ele disse: "Eles vão
parar de olhar em breve. Eles estão muito ocupados competindo pela mais extremamente
impressionante dança da noite. Tente relaxar. Às vezes, o melhor ataque é uma boa defesa. "
 
Minha freqüência cardíaca acelerou então,e não era porque eu sabia que os homens de Hank
estavam por perto. Dançar assim com Jev derrubou qualquer chance que eu tinha de segurar
meus sentimentos em controlados. Seus braços eram fortes, seu corpo quente. Ele não estava
usando água de colônia, mas havia uma sugestão intrigante de grama recém-cortada e a água da
chuva
 
quando ele me puxou para perto. E aqueles olhos. Profundo, misterioso, insondável. Apesar de
tudo, eu queria me unir com ele... e me deixar ir.
 
" Assim está Melhor", ele murmurou no meu ouvido.
 
Antes que eu pudesse responder, ele virou-me para fora. Eu nunca tinha dançado assim antes, e
a habilidade de Jev nisso me surpreendeu. De dança de rua eu poderia ter adivinhado, mas não
esta. A maneira como ele dançava me lembrou de outro tempo e lugar. Ele estava confiante e
elegante ... suave e sexy.
 
"Você acha que eles vão imaginar que um cara em calças de couro brega dança assim?" Eu
zombei quando ele me girou de volta para seu abraço.
 
"Continue assim, e eu vou colocar você no chinelo." Ele não sorriu, mas senti uma corrente de
diversão. Feliz que ao menos um de nós encontrou algo remotamente engraçado sobre essa
situação.
 
"Como é que os transes funcionam? Como um encanto? "
 
"É mais complicado do que isso, mas da o mesmo resultado final."
 
"Você pode me ensinar?"
 
"Se eu for lhe ensinar tudo que sei, a gente vai precisa de uma quantidade considerável de tempo
a sós."
 
Não tinha certeza se ele estava sugerindo algo, eu disse: "Eu tenho certeza que podemos mantê
lo ... no profissional."
 
"Fale por si mesma", disse ele no mesmo tom firme que tornou difícil de adivinhar as suas
intenções.
 
Sua mão estava nas minhas costas, me segurando contra ele, e eu percebi que estava mais
nervosa do que eu pensava inicialmente. Eu encontrei-me perguntando se a conexão entre nós
tinha sido elétrica antes. Tinha que sentir que estava brincando com fogo sempre que estava
perto dele? Quente e brilhante, intenso e perigoso?
 
Para manter a nossa conversa e pisar ainda mais em um território desconfortável, eu coloquei
minha cabeça no peito dele, embora eu sabia que não era seguro. nada
 
sobre ele era seguro. Meu corpo inteiro cantarolava sob seu toque, uma sensação
completamente estranha e fascinante. Uma parte sensível de mim queria dissecar minhas
emoções, e complicar ainda mais a minha ralação com Jev. Mas uma parte mais física e imediata
estava cansada de permitir que a lógica me perseguisse em círculos, sempre querendo saber
sobre essa lacuna no tempo, e só assim, desligar o interruptor para o meu cérebro. Eu deixei Jev
quebrar minhas defesas pedaço por pedaço. Eu balançava e mergulhava contra ele, deixando-o
definir o ritmo. Eu estava muito quente, minha cabeça entupida com fumaça, e no momento
comecei a me sentir irreal, só tornando mais fácil acreditar que, mais tarde, se a culpa ou
arrependimento me assombrassem, eu poderia fingir que nunca aconteceu. Enquanto eu estava
aqui, presa no clube, presa nos olhos de Jev, ele tornava muito mais facil sucumbir.
 
Sua boca roçou a minha orelha. "O que você está pensando?"
 
Fechei os olhos brevemente, afogando-se em sensações. “Em como eu me sinto quente. Como
me sinto incrivelmente viva e vibrante e negligente, e como cada centímetro de mim se sente ao
lado seu lado.
 
A boca torcida num sorriso, perceptivo e sexy. "Hmm".
 
"Hmm?" Eu desviei o olhar, perturbada, automaticamente usando irritação para cobrir meu
desconforto. "O que significa 'hmm' tem a ver com alguma coisa? Você poderia alguma vez usar
mais de cinco palavras? Tudo isso grunhindo e falando palavras picadas faz você se parecer
como um primitivo. "
 
Seu sorriso foi superior. "Primitivo".
 
"Você é impossível."
 
"Eu Jev, você Nora."
 
"Pare com isso." Mas eu quase sorri, a despeito de mim mesma.
 
"Já que nós estamos mantendo isso no primitivo, você cheira bem", observou. Ele se aproximou,
fazendo-me bem ciente de seu tamanho, a ascensão e queda do peito, de sua pele quente na
minha. Uma energia elétrica formigava ao longo do meu couro cabeludo, e eu estremeci com
prazer.
 
"Isto se chama banho ...", comecei automaticamente, em seguida, sumiu. Minha memória
roubada, abatida por um sentimento irresistível e vigorosamente de indevida
 
familiaridade. "Sabonete, agua quente e shampoo", eu acrescentei, quase como uma reflexão
tardia.
 
"Pelada. Eu sei, conheço o esquema " disse Jev, algo ilegível passando sobre os seus olhos.
 
Não tinha certeza de como prosseguir, tentei purificar o momento com uma risada arejada.
"Você está flertando comigo, Jev?"
 
"Isto está parecendo um flerte pra você?"
 
"Eu não te conheço bem o suficiente para dizer de qualquer maneira." Eu tentei manter meu
nível de voz, neutro.
 
"Então nós vamos ter que mudar isso."
 
Ainda incerta de suas intenções, eu limpei minha garganta. Dois poderiam jogar esse jogo.
"Furgir juntos de bandidos, é a sua idéia de conhecer melhor?"
 
"Não. Isto é ".
 
Ele mergulhou meu corpo para trás, levando-me até em um arco lento até que ele me colocou
alinhada com ele. Em seus braços, minhas articulações soltas, minhas defesas derretendo com
ele conduzindo-me através de passos sensuais. Seus músculos flexionados sob sua roupa, me
segurando, me levando.Nunca deixando-me desviar muito.
 
Meus joelhos estavam parecendo de borracha, mas não pela dança. Minha respiração ficou mais
rápida, e eu sabia que estava pisando para baixo em uma ladeira escorregadia. FIcando mais
perto de Jev, pernas se tocando levemente, olhares ligados brevemente no escuro, tudo era uma
sensação cega de calor intoxicante. A mistura estranha de nervoso e alegria, Eu me afastei, mas
não muito.
 
"Eu não tenho corpo para isso," Eu brinquei, apontando meu queixo para uma mulher
voluptuosa próxima que balançou os quadris zelosamente com a batida. "Não tenho curvas."
 
Os olhos de Jev analizaram os meus. "Você está pedindo minha opinião?"
 
Eu deliberei. "Eu pedi isso."
 
Ele inclinou a cabeça para baixo, sua respiração aquecendo a minha pele. Roçou seus lábios na
minha testa com a pressão de uma pluma. Eu fechei meus olhos, tentando conter o desejo
absurdo de que ele movesse a boca mais para baixo, até que encontrei a minha própria.
 
"Jev", eu queria dizer. Apenas o seu nome não escapou. Jev, Jev,Jev, pensei na cadência perfeita
do meu pulso aceledaro. Repeti o nome dele, em um silêncioso pedido, até que ele virou-me
tonto.
 
A lasca de ar entre as nossas bocas era uma presença viva, provocação tentadora. Ele estava tão
perto, o meu corpo em sintonia com o seu de uma forma que ambos, o medo e a admiração se
misturaram. Esperei, apoiando-me nos seus braços, a minha respiração se antecipando.
 
De repente, seu corpo ficou tenso. O feitiço se quebrou, a diferença entre nós foi
irrevogavelmente ampliada, e eu recuei.
 
"Temos companhia", disse Jev.
 
Tentei me puxar completamente me afastado, mas Jev apertou seu poder sobre mim, me
forçando a manter a pretensão da dança. "Fique calma", ele murmurou, sua bochecha
encostando na minha testa. "Lembre-se, se eles olharem para você, eles vão ver o cabelo loiro e
botas de combate. 
 
Eles não vão ver o verdadeiro você. "
 
"Eles não vão esperar que você mexa com suas mentes?" Eu tentei pegar um vislumbre da porta,
mas vários homens mais altos no meio da multidão me bloquearam. Eu não poderia dizer se os
homens de Hank estavam avançando ou aparecendo pelas portas, observando.
 
"Eles não conseguiram dar uma boa olhada em mim, mas eles me viram pular do terceiro andar
do armazém, o que lhes diz que eu não sou humano. Eles vão estar à procura de um cara e uma
menina juntos, mas que poderia ser qualquer número de casais em aqui. "
 
"O que eles estão fazendo agora?" Eu perguntei, ainda incapaz de ver além da multidão.
 
"Tem um olhando ao redor. Dançe comigo e mantenha seus olhos fora das portas. Há quatro
deles. Eles estão se espalhando. "Jev disse. "Dois estão se dirigindo para fora . Eu acho que nós
temos feito. A Mão Negra os treinou bem. Eu nunca encontrei um Nephil que podia ver através
de um transe no primeiro ano de jurando fidelidade, mas eles só poderiam retirá-la. Caminhe
em direção ao banheiro e tome a saída no final do corredor. Não ande muito rápido, e não olhar
para trás. Se alguém tentar impedi-la, ignore-os e continue caminhando. Estou indo para
rechaçá-los e comprar-nos tempo. Eu vou te encontrar no beco em cinco segundos ".
 
Jev foi para um lado e eu fui para o outro com o coração na garganta. Eu dei uma cotovelada no
meu caminho através da multidão, o calor dos corpos demais para minha própria adrenalina, os
nervos deixando minha pele úmida. Eu desviei para o corredor que leva ao banheiro, que, a
julgar pelo cheiro rançoso e o enxame de moscas, eram qualquer coisa mas sanitária. Havia uma
longa fila, e eu tinha de vantagem para os lados em torno de cada pessoa, resmungando um
apressado, "Com licença ".
 
Como Jev falou, uma porta apareceu no final do corredor. Eu empurrei por ela e encontrei-me
fora. Sem perder tempo, eu comecei uma corrida. Eu não achava que era uma boa idéia ficar em
campo aberto, preferindo me esconder atrás das lixeiras até que Jev chegasse até mim. Eu
estava no meio da rua quando o porta se abriu atrás de mim.
 
"Lá!" Gritou uma voz. "Ela está fugindo!"
 
Olhei para trás apenas o tempo suficiente para confirmar que eram os Nephilim. Então eu corri.
Eu não sabia onde eu estava indo, mas Jev teria de me encontrar em outros lugares.
 
Corri pela rua, voltando para onde tinha abandonado o Tahoe. Quando Jev não me encontrasse
no beco, espero que seu carro fosse o próximo local que ele fosse olhar.
 
Os Nephilim eram muito rápidos. Mesmo em uma corrida cheia, eu podia ouvi-los se
aproximando. Tudo veio dez vezes mais fácil para eles, eu percebi com pânico crescente.
 
Quando eles estavam apenas a momentos de agarrar-me, eu rodopiei ao redor.
 
Os dois Nephilim diminuíram de imediato, tendo cuidado com minhas intenções. Mudei os
meus olhos entre eles, respirando pesadamente. Eu poderia continuar tentando evitar o
inevitável. Eu poderia começar uma luta. Eu poderia gritar assassinato sangrento e esperar que
Jev ouvisse. Mas todas as opções eram como agarrar em palhas.
 
"É ela?" O mais curto perguntou com um sotaque britânico formal que soou. Ele me olhou com
astúcia.
 
"É ela," o mais alto, um norte-americano, confirmou. "Ela está usando um transe. Concentre-se
em um detalhe de cada vez, a forma como a Mão Negra nos ensinou. Seu cabelo, por exemplo ".
 
Quanto mais o Nephil olhou para mim mais intensamente Eu me perguntei se ele podia ver todo
o caminho até os tijolos do edifício atrás de mim. "Bem, bem", disse ele
 
depois de um momento. "Ruiva, não é? Eu preferia você loira. "
 
Com uma velocidade desumana, eles estavam em meu lado, cada um segurando um cotovelo
com tanta força que me estremeceu. "O que você estava fazendo no armazém?" O Nephil mais
alto perguntou. "Como você o encontrou?"
 
"E-eu", comecei. Mas eu estava apavorada demais para pensar em uma mentira plausível. Eles
não iriam acreditar em mim se eu dissesse que a sorte foi responsável pela minha mera
tropeçada através da sua janela no meio da noite.
 
"O gato comeu sua língua?", Disse o menor, fazendo cócegas debaixo do meu queixo.
 
Eu o empurrei para longe.
 
"Nós temos que levá-la de volta para o armazém", disse o mais alto. " O Mão Negra ou Blakely
vão querer interrogá-la."
 
"Eles não vão estar de volta até amanhã. Poderíamos muito bem obter algumas respostas agora.
"
 
"E se ela não falar?"
 
O menor Nephil lambeu os lábios, algo assustador iluminando seus olhos. "Nós vamos ter
certeza que ela fale."
 
O mais alto Nephil franziu a testa. "Ela vai dizer-lhes tudo."
 
"Vamos limpar a memória quando terminarmos. Ela não vai saber a diferença. "
 
"Nós não somos fortes o suficiente ainda. Mesmo se pudéssemos apagar metade de tudo, não
seria suficiente. "
 
"Poderíamos tentar devilcraft¹", sugeriu o menor com um brilho perturbador nos olhos.
 
"Devilcraft é um mito. A Mão Negra deixou isso claro. "
 
"Ah, é? Se os anjos do céu têm poderes, faz sentido os demônios do inferno terem também. Você
diz o mito, eu digo mina de ouro em potencial. Imagine o que nós
 
poderiamos fazer se pusemos nossas mãos sobre ele. "
 
"Mesmo se devilcraft existisse, não saberíamos por onde começar."
 
O menor Nephil balançava a cabeça em irritação. "Sempre por diversão, não é. Bem. Temos que
estar certos que nossas histórias vão bater. A nossa palavra contra a dela. "Ele
 
contado de forma decrescente sua versão sugerida de eventos da noite em seus dedos. "Nós
perseguiu-a a partir do armazém, encontramo-la escondida no clube, e ao mesmo tempo
arrastando-a de volta, ela se assustou e derramou tudo. Não importa o que ela diz que
aconteceu. Ela já entrou no armazém. De qualquer modo o
 
Mão Negra vai esperar que ela minta de novo. "
 
O mais alto Nephil não parecia totalmente convencido, mas ele não discutiu, também.
 
"Você virá comigo", grunhiu o mais baixo, obrigando-me mais ou menos dentro do espaço
apertado entre os edifícios em nossa retaguarda. Ele fez uma pausa apenas para falar a seu
amigo, "Fique aqui e garanta que ninguém nos incomode. Nos vamos extrair informações dela,
ele talvez nos dê privilégios extra. Talvez até mesmonos subir de cargo. "
 
Todo o meu corpo entrou em um congelamento lento com a idéia de ser interrogada pelo
Nephil, mas eu rapidamente aceitei que eu não tinha a chance de lutar
 
contra os dois. Talvez eu pudesse pressionar a minha vantagem. Minha esperança, e só mesmo
eu sabia que estava por um fio. Um foi para nivelar o campo de jogo por ir um em um. Deixar o
menor Nephil arrastar-me mais profundamente para o estreito, eu esperava que o jogo iria
pagar.
 
"Você está cometendo um grande erro", eu disse a ele, colocando todas as ameaças que possuía
atrás de minhas palavras. 
 
Ele arregaçou as mangas, expondo juntas decoradas com vários anéis afiados, e minha coragem,
de repente escorregou. "Estive nos Estados Unidos por seis meses agora, acordando ao romper
da aurora, o treinando durante todo o dia sob um tirano, e preso no quartel à noite. Após seis
meses de prisão que, deixe-me dizer-lhe, vou me sentir bem em descarregar isso em alguém."
 
Lambeu os lábios. "Eu vou gostar disto, querida". 
 
"Você perdeu a minha linha de raciocínio", eu disse, e empurrei meu joelho até entre suas
pernas. 
 
Eu tinha visto gente suficiente na escola tomar uma batida semelhante durante jogos esportivos
ou classe PE para saber que a lesão não o imobilizaria completamente, mas eu não estava
esperando que ele estivesse pronto para avançar em mim depois de nada mais do que um
doloroso gemido. 
 
Ele veio para mim em um borrão. Houve uma descartados dois-por-quatro perto do meu pé, e
eu o rebati. Vários pregos enferrujados se projetava a partir dele, tornando-se uma útil arma. 
 
Os olhos do Nephil passaram pelo bloco de madeira e ele deu de ombros. "Vá em frente.
Experimente me bater. Não vai machucar. " 
 
Segurei os dois-por-quatro, como um morcego. "Pode não feri-lo permanentemente, mas confie
em mim, vai doer." 
 
Ele fingiu ir para direita, mas eu estava esperando por isso. Quando ele pulou para a esquerda,
dei um golpe com força. Houve um som horrível de punção, e o Nephil ganiu. 
 
"Isso vai custar caro." Ele chutou alto antes que eu tivesse tempo para registrar o movimento,
sua bota enviando uma madeira para fora do meu alcance. Ele jogou-me no chão, prendendo
meus braços sobre minha cabeça.
 
"fique longe de mim!" Eu gritei, torcendo sob seu peso.
 
"Certamente, querida. Apenas me diga o que você estava fazendo no esconderijo ".
 
"Fique-longe-de-mim- agora."
 
"Você ouviu."
 
Os olhos do Nephil se arregalaram de impaciência. "E agora?", Ele retrucou, chicoteando sua
cabeça para o lado para ver quem ousava interromper-nos.
 
"Foi um pedido fácil," Jev disse, sorrindo ligeiramente, mas era de todo letal nas bordas.
 
"Estou um pouco ocupado no momento, companheiro", o Nephil latiu, ajuntando seus olhos
sobre mim para dar ênfase. "Se você não se importa."
 
"Acontece que eu me importo". Jev agarrou o Nephil pelos ombros e o atirou contra o edifício.
Ele espalmou a mão na garganta do Nephil, desligando suas vias respiratórias.
 
"Peça desculpa". Com um movimento de sua cabeça, Jev gesticulou em minha direção.
 
O Nephil preso entre as mãos de Jev, seu rosto queimando com a cor. Boca aberta e fechada
como a de um peixe, tentando atrair o oxigênio.
 
"Diga-lhe quão profundamente pesaroso você está, ou eu vou ter certeza de que você não tenha
nada a dizer por um bom tempo." Com a mão livre, Jev acenou um canivete, e eu percebi que
significava que ele iria cortar a língua do Nephil. Na pior das hipóteses, eu não ia senti um pingo
de simpatia. "O que é que vai ser?"
 
Os olhos do Nephil estavam queimado com raiva quando ele olhou entre mim e Jev.
 
“Desculpe”, sua voz enfurecida cuspiu em minha mente.
 
"Não vai ganhar um Oscar por isso, mas por mim tudo bem", disse Jev para ele com um sorriso
cruel. "Isso não foi tão difícil, foi?"
 
Com a garganta dolorosamente livre, o Nephil engolia ar e massageava sua garganta."Eu
conheço você? Eu sei que você é um anjo caído, eu posso sentir seu poder emanando de você
como um mau cheiro, o que me faz pensar que você deveria estar num patamas muito alto antes
de cair, talvez até mesmo um arcanjo, mas o que eu quero saber é se já cruzado nossos caminhos
antes. "Parecia uma pergunta difícil, destinado a pegar Jev, ajudando o Nephil a ganhar alguns
pontos para algum momento futuro, mas Jev não mordeu a isca.
 
"Ainda não", disse ele. "Vou manter a breve introdução." Ele enfiou seu punho no intestino do
Nephil. A boca do Nephil ainda estava na forma de um O, quando ele caiu de joelhos.
 
Jev se virou para mim. Eu esperava que ele exigisisse o porque de eu não ter ficado na pista
como o acordo, e como eu tinha acabado na compania atual, mas ele simplesmente limpou uma
mancha de sujeira da minha bochecha e abotoou os dois primeiros botões da minha blusa.
 
"Você está bem?", Ele perguntou em voz baixa.
 
Eu balancei a cabeça, mas senti as lágrimas escorrerem na parte de trás da minha garganta.
 
"Vamos sair daqui", disse ele.
 
Pela primeira vez, eu não protestei.
 
 Silence - Capítulo 19 Capítulo 19
 
 
Traduzido pela Carol
 
CONFORME JEV dirigia, eu inclinei minha cabeça contra a janela, ficando quieta.
 
Ele se manteve entre as estradas laterais e a estrada principal, mas eu tinha uma idéia de onde
estávamos.
 
Outras poucas voltas, e eu sabia exatamente onde estávamos. A entrada para o parque de
diversões de Delfos surgia à frente, imponente e esquelético. Jev estacionava em um lote vago.
Quatro horas atrás, ele teria tido sorte se conseguisse encontrar esse lugar aberto.
 
 
"O que estamos fazendo aqui?" Eu perguntei, sentando-me reto.
 
Ele desligou o motor, arqueando uma sobrancelha escura. "Você disse que queria falar."
 
"Sim, mas este lugar está ..." Vazio.
 
Um sorriso duro tocou-lhe a boca. "Ainda não sabe se pode confiar em mim? Quanto ao porque
Delfic, pode me chamar de sentimental.”
 
Se era pra eu ter pego o que isso significava, eu não peguei. Eu o segui até os portões,
observando-o subir sobre eles com facilidade. Do outro lado, ele
 
empurrou o portão aberto apenas o suficiente para permitir-me entrar. "Podemos ir para a
cadeia por isso?" Eu perguntei, sabendo que era uma pergunta estúpida. Se fôssemos
apanhados, como não iríamos? 
 
Mas porque Jev parecia que sabia o que estava fazendo, eu o segui. Acima do poste de luz, uma
montanha-russa se erguia sobre o parque. Uma imagem ardeu em toda a minha mente, me
travando momentaneamente. Eu me vi sendo arremessada para fora dos trilhos em uma queda
livre. Engoli, joguei imagem pra fora, imaginando que tivesse a ver com meu terror por alturas.
 
Eu estava ficando mais desconfortável a cada minuto. Só porque Jev tinha salvado a minha pele
três vezes não significava que era uma boa idéia ficar sozinha com ele.
 
Eu achava que eu tinha sido trazida aqui com a idéia de obter respostas. Jev tinha prometido
que iria falar, e a tentação foi muito atraente para resistir. 
 
Por fim Jev desacelerou, desviando da passarela e parando antes de um galpão de manutenção
em ruínas. O lugar estava ofuscado pela montanha-russa de um lado e uma roda gigante girando
pelo outro. 
 
"O que tem no galpão?" Eu perguntei.
 
"Casa".
 
Casa? Ou ele tinha um senso de humor, ou ele estava redefinindo uma vida simples.
"Glamuroso".
 
Um sorriso astuto rastejou a boca. "Eu sacrifiquei estilo para ter segurança."
 
Eu olhei para a pintura desgastada, o toldo inclinado, e um papel fino de construção.
"Segurança? Eu poderia derrubar a porta. "
 
"Segurança dos arcanjos".
 
Com esta palavra, eu senti um golpe de pânico. Lembrei-me de minha ultima alucinação. Me
ajude a encontrar um colar de arcanjo, Hank tinha dito. A coincidência formigava
desagradavelmente sob a minha pele.
 
Inserindo sua chave, Jev abriu a porta do galpão e segurou-a para mim.
 
"Quando eu poderei saber mais sobre os arcanjos?" Eu perguntei.
 
Eu soava superficial, mas os nervos estavam fazendo meu estômago em pedaços. Quantos anjos
diferentes teriam ido lá?
 
"Tudo que você precisa saber por agora, é que eles não estão do nosso lado."
 
Eu li mais profundamente em seu tom. "Mas eles poderiam ficar, mais tarde?"
 
"Eu sou um otimista."
 
Passei por cima do limite, pensando que o galpão tinha que ser algo mais do que parecia à
primeira vista. Se as paredes fossem poupadas por um vento tempestuoso, eu ficaria espantada.
O assoalho rangeu sob o meu peso, e eu respirava um cheiro de ar velho. O galpão era pequeno -
cerca de quinze por 10 pés. Sem janelas. O espaço caiu em total escuridão quando Jev fechou a
porta atrás de nós. 
 
"Você mora aqui?" Eu perguntei, só para ter certeza.
 
“Isto é mais como uma antecâmara." 
 
Antes que eu pudesse perguntar o que aquilo significava, ouvi-o cruzar o galpão. Havia a gemido
baixo de uma porta abrindo. Quando ele falou novamente, sua voz era muito inferior ao chão.
 
"Dê-me sua mão."
 
Eu me atrapalhei, atravessando a escuridão, até que senti ele agarrando minha mão. Parecia que
ele estava de pé abaixo de mim, em uma área rebaixada. Suas mãos se moveram para minha
cintura. Ele levantou-me-
 
Em um espaço embaixo do galpão. Ficamos cara a cara na escuridão. Senti a sua respiração,
baixa e estável. Minha própria respiração foi menos regular. Onde ele estava me levando?
 
"Que lugar é esse?", Eu sussurrei.
 
"Há um labirinto de túneis sob o parque. Camadas e mais camadas de labirintos. Anos atrás,
anjos caídos não se misturavam com seres humanos. eles se separaram, vivendo aqui na costa,
entrando em vilas e aldeias apenas durante Cheshvan para possuir os corpos seus vassalos
Nephilim. Umas férias de duas semanas, e essas cidades eram como os seus resorts. Eles faziam
o que queriam. Pegavam o que queriam. Enchiam os bolsos com o dinheiro de seus vassalos ". 
 
"Estes penhascos à beira-mar eram remotos, mas anjos caídos construíram suas cidades
subterrâneas como uma precaução. Eles sabiam que as coisas ao longo do tempo iriam mudar.
 
E elas mudaram. Humanos cresceram em número. A fronteira entre o território de anjos caídos
e humanos estava turva. Anjos caídos construíram Delphic em cima de sua cidade para escondê
la.
 
Quando eles abriram o parque de diversões, eles usaram a receita para se sustentar. "
 
Sua voz era tão medida, de forma constante, eu não sabia como se sentia sobre o que ele me
dizia. Em troca, eu não sabia o que dizer. Era como ouvir um conto de fadas escuro, tarde da
noite, com os olhos pesados. Durante todo o tempo eu me senti como se estivesse num sonho,
vibrando, entrando e saindo de foco, ainda sim muito real. Eu sabia Jev estava dizendo a
verdade, não porque sua história de anjos caídos e Nephilim correspondência com a de Scott,
mas porque cada ultima palavra me agitava, sacudindo fragmentos soltos da memória que eu
pensava havia perdido para sempre. 
 
"Eu quase te trouxe aqui uma vez", disse Jev. "O Nephil, cuja casa segura você invadiu hoje,
interferiu."
 
Eu não tinha de ser honesta com Jev, mas resolvi assumir o risco. "Eu sei que Hank Millar é o
Nephil de quem você está falando. Ele é a razão pela qual eu fui para a casa segura esta noite.”
Eu queria saber o que ele estava escondendo lá dentro. Scott me disse que se conseguíssemos
bastante sujeira sobre ele, poderíamos descobrir o que ele está planejando e elaborar uma
maneira de derrubá-lo.”
 
Algo que eu interpretei como pena atravessou os olhos de Jev. "Hank não é um Nephil comum,
Nora."
 
"Eu sei. Scott me disse que ele está construindo um exército. Ele quer derrubar anjos caídos
para que não possam mais possuir corpos Nephilim. Eu sei que ele é poderoso e tem conexões. 
 
O que eu não entendo é como você está envolvido. Por que você estava hoje à noite na casa
segura? "
 
Jev não disse nada por um momento. "Hank e eu temos um acordo de negócios. Não é incomum
eu fazer-lhe uma visita. "Ele estava sendo deliberadamente vago.eu
 
não sabia se mesmo depois de meu gesto de honestidade, porque ele não estava disposto a ser
aberto comigo, ou se ele estava tentando me proteger. Ele soltou um longo suspiro.
 
"Precisamos conversar".
 
Ele pegou meu cotovelo, levando-me mais fundo na escuridão debaixo do galpão. Nós nos
movemos para baixo, torcendo por corredores e nas curvas.
 
Na última Jev desacelerou, abriu uma porta, e pegou algo do chão.
 
Um fósforo se acendeu, e ele segurou-o contra o pavio de uma vela. "Bem-vinda a minha casa." 
 
Comparada com a escuridão, a luz das velas era surpreendentemente brilhante. Ficamos na
porta de um hall de entrada em granito preto, que levou a uma vasta sala, também esculpida em
granito preto. Tapetes de seda em tons cromáticos da Marinha, cinza e pretos decorando o chão.
A mobília era escassa, mas o pouco que Jev tinha era elegante e contemporâneo, com linhas
limpas e apelo artístico.
 
"Uau", eu disse.
 
"Eu não trago muitas pessoas para cá. Não é algo que eu quero compartilhar com todos. Eu
gosto de privacidade e isolamento.”
 
Ele definitivamente tinha ambos, pensei, olhando em volta do estúdio. Sob a luz de velas, as
paredes de granito e o chão brilhavam como se salpicado com diamantes.
 
Como eu continuei minha exploração lenta, Jev andou pelo local, acendendo velas.
 
"Cozinha para a esquerda", disse ele. "Quarto na parte de trás."
 
Joguei um olhar tímido acima do meu ombro. "Por que, Jev, você está flertando comigo?"
 
Ele ficou me olhando com olhos escuros.
 
"Estou começando a me perguntar se você está tentando me distrair da nossa conversa
anterior." Eu trilhei meu dedo sobre um pedaço de relíquia de família na sala, um espelho
prateado de corpo inteiro que parecia vindo de um castelo francês. Minha mãe ficaria
verdadeiramente impressionada. 
 
Jev caiu em um sofá de couro francês preto, abrindo os braços ao longo das costas. "Eu não sou
a distração na sala.” 
 
"Oh? E o que isso pode significar? " 
 
Senti seus olhos me devorando enquanto eu andava pela sala. Ele avaliou-me dos pés à cabeça,
sem pestanejar, e uma dor quente passou por mim. Um beijo teria sido menos íntimo.
 
Empurrando para baixo o calor que seu olhar despertou dentro de mim, eu parei em frente a
uma pintura a óleo de tirar o fôlego. As cores eram tão vivas, os detalhes tão violentos. “A queda
de Phaeton,” ele me informou. "O deus Grego do Sol Helios teve um filho, Phaeton, com uma
mulher mortal. Todos os dias Helios conduzia uma carruagem através do céu. Phaeton enganou
seu pai a deixá-lo dirigir a carruagem, mesmo que Phaeton não fosse suficientemente forte ou
habilidoso para lidar com os cavalos. Como esperado, os cavalos selvagens correram e cairam
para a Terra, queimando tudo em seu caminho." Esperou, atraindo meus olhos para ele.
"Certamente você está ciente do efeito que você tem em mim. "
 
"Agora você está me provocando.” 
 
“Eu gosto de provocá-la, é verdade. Mas há algumas coisas sobre as quais eu nunca faria piada.
"Todo o divertimento o deixou, e seus olhos ficaram sérios. Presa no olhar Jev, eu aceitei o que
tinha sido tão claramente definido antes de mim. Ele era um anjo caído. O poder que emanava
dele era diferente do que eu senti ao redor de Scott. Mais forte e mais nítido. Mesmo agora, o ar
chicoteado com energia. Cada molécula do meu corpo era ultra-sensível à sua presença,
consciente de seus movimentos.
 
"Eu sei que você é um anjo caído", eu disse. "Eu sei que você força os Nephilim a fazer um
juramento de fidelidade. Você possui seus corpos. Nessa guerra que está acontecendo, você está
do lado oposto de Scott. Não admira que você não goste dele. "
 
"Você está se lembrando."
 
"Não o suficiente. Se você é um anjo caído, por que faz negócios com Hank, um Nephil? Não era
suposto que vocês fossem inimigos mortais? "Eu soei mais afiada do que eu pretendia, eu não
tinha certeza de como me sentir sobre a idéia de Jev como um anjo caído. Um cara mau. Para
manter esta revelação eu me mantive sobre as bordas, eu lembrei-me que certa vez, eu já havia
descoberto isso tudo. Se eu consegui lidar com isso no passado, eu poderia lidar com isso agora.
 
Mais uma vez, pena passou pela sua expressão. "Sobre Hank." Ele arrastou suas mãos pelo
rosto. 
 
"O que tem ele?" Eu olhei para ele, tentando descobrir o que ele estava tendo tanta dificuldade
em me dizer. Suas feições carregando tal profunda simpatia, que eu automaticamente enrijeci,
me preparando para o pior.
 
Jev levantou-se, caminhou até a parede, inclinando um braço contra ele. Suas mangas foram
empurradas para os cotovelos, a cabeça baixa.
 
“Eu quero saber tudo", eu disse a ele. "Começando com você. Eu quero lembrar de nós. Como
nos encontramos? O que nós significávamos um para o outro? Depois disso, eu quero que você
me diga tudo sobre Hank. Mesmo que você esteja preocupado se vou ou não vou gostar do que
você tem a dizer. Ajude-me a lembrar. Eu não posso continuar assim. Não posso seguir em
frente até que eu saiba que eu deixei para trás. Eu não tenho medo de Hank ",acrescentei.
 
"Eu tenho medo do que ele é capaz. Ele não estabelece uma linha. Ele leva na medida em que ele
pode. O pior de tudo, não se pode confiar nele. Com qualquer coisa. "Ele hesitou. 
 
"Eu vou confessar tudo. Vou contar-lhe tudo, mas só porque Hank me enganou.Você não
deveria estar nisso. Eu fiz tudo que podia para deixá-la fora. Hank me deu sua palavra que ele ia
ficar longe de você. Imagine minha surpresa, então, quando você me disse mais cedo nesta noite
que ele está colocando o as mãos sobre sua mãe. Se ele está de volta em sua vida, é porque ele
está tramando algo. O que significa que você não está segura, estamos de volta à estaca zero, e
saber de tudo não vai mais te colocar em perigo. 
 
Meu pulso martelou em minhas veias, meu alarme correndo mais profundo do que um
osso.Hank. Assim como eu suspeitava, tudo levava de volta para ele. "Ajude-me a lembrar, Jev ".
 
"É isso que você quer?" Ele procurou meu rosto com a necessidade de saber que eu tinha
certeza.
 
"Sim", eu disse, soando mais corajosa do que eu me sentia.
 
Jev abaixou-se na borda do sofá. Ele desabotoou a camisa com cuidado. Embora eu estivesse
surpresa, o instinto me disse para ter paciência. Apoiando os cotovelos sobre os joelhos, Jev
abaixou a cabeça entre os ombros nus. Todos os músculos do seu corpo estavam rígidos. Por um
momento, ele parecia Phaeton, cada nervo acentuado. Eu dei um passo mais perto, depois dois.
À luz das velas tremeluziam através de seu corpo.
 
Eu respirei fundo. Duas faixas irregulares de carne rasgada marcavam suas costas de uma forma
impecável. As feridas estavam em carne viva e vermelhas, e meu estômago deu um nó. Eu não
poderia imaginar a dor que ele sentia por dentro. Eu não poderia imaginar o que tinha
acontecido para criar tal corte brutal. 
 
"Toque-as", disse Jev, olhando para mim com o nervosismo subindo à superfície dos ilegíveis
olhos pretos. "Concentre-se no que você quer saber. "
 
"Eu-não entendo."
 
"Na noite que eu te levei pra longe da 7-Eleven, você rasgou minha camisa e tocou minhas
cicatrizes de asas. Você viu uma das minhas memórias. "
 
Pisquei. Não foi uma alucinação? Hank, Jev, a menina enjaulada, eram uma memória de Jev? 
 
Qualquer dúvida que estava pairando ao redor desapareceu. Cicatrizes de asas. É claro. Porque
ele era um anjo caído. E mesmo que eu não soubesse da física por trás disso, quando toquei suas
cicatrizes, eu vi coisas que ninguém mais poderia saber.
 
Exceto Jev. Eu finalmente tinha o que eu queria, uma janela para o passado, e o medo
 
ameaçou levar vantagem sobre mim.
 
"Eu devo avisá-la que se você entrar em uma memória que inclui você, as coisas vão ficar
complicadas", disse ele "Você pode ver duas de si mesma. Você e minha memória de você
poderiam estar lá ao mesmo tempo, e você seria forçada a assistir aos eventos como um
espectador invisível. O outro cenário é que você vai ser transferida para dentro da sua versão da
memória. Significa que você pode experimentar a minha memória a partir do seu próprio ponto
de vista. Você será a única versão de si mesmo na memória. Já ouvi falar de ambos acontecendo,
mas o primeiro é mais comum.”
 
Minhas mãos tremiam. "Estou com medo.” 
 
“Vou te dar cinco minutos. Se você não voltar, eu vou puxar a sua mão fora de minhas cicatrizes.
Isso vai quebrar a ligação. "
 
Mordi o lábio. Esta é sua chance, eu disse a mim mesmo. Não fuja, não quando você chegou até
aqui. A verdade é assustadora, mas não saber é incapacitante. Você de todas as pessoas entende
isso. 
 
"Dê-me meia hora", eu disse a Jev com firmeza.
 
Então limpei minha mente, tentando acalmar meus pensamentos acelerados. Eu não tinha que
entender tudo agora. Eu só tinha que dar um salto de fé. Eu parei minha
 
mão na metade do caminho. Apertei meus olhos fechados, reunindo coragem. Eu fiquei grata
quando a mão Jev se fechou sobre a minha, guiando-me no resto do caminho.
 
 
Silence - Capítulo 20 CAPÍTULO 20 (traduzido pela Carol)
 
 
Meu primeiro pensamento consciente foi ter sido pregada para baixo. Não. Por dentro.
Trancada em estreito caixão. Em uma rede. Indefesa e comandada por um outro corpo. Um
corpo que parecia ser o meu próprio, mesmas mãos, mesmo cabelo, idênticos até ao mais ínfimo
pormenor, mas que eu não tinha controle. Um fantasma em um corpo estranho que agia contra
a minha vontade, arrastando-me em sua maré.
 
 
Meu segundo pensamento foi Patch. 
 
Patch estava me beijando. Beijando-me de uma forma que me aterrorizava ainda mais do que o
corpo fantasma e sua influência sobre mim inquebrável. Sua boca, em toda parte. A chuva,
quente e doce. O barulho de um trovão distante. E seu corpo, ocupando espaço, em pé de modo
muito próximo, irradiando calor. 
 
Patch. 
 
Surpresa e abalada, eu rasguei a memória. Eu implorei para ser solta. 
 
Eu engasguei como se chegando de uma longa estadia debaixo de água. Ao mesmo tempo, meus
olhos se abriram. 
 
"O que foi isso?" Jev perguntou, agarrando-me pelos ombros protetoramente quando eu cai
contra ele. 
 
Estávamos de volta em seu estúdio de granito, as mesmas velas piscando ao longo das paredes.
A familiaridade me enchia de alívio. Eu tinha pavor de ficar presa lá embaixo. Aterrorizada com
a sensação de ficar presa em um corpo que eu não poderia comandar. 
 
"Sua memória era sobre mim", eu bloqueei. "Mas não havia um casal. Eu estava presa dentro de
meu corpo, mas eu não podia controlá-lo. Eu não conseguia movê-lo. Eu estava aterrorizada." 
 
"O que você viu?", Ele perguntou, seu corpo tenso o suficiente para parecer ser feito de pedra.
Um toque forte na direção errada, e ele poderia muito bem quebrar. 
 
"Nós estávamos aqui em cima. No galpão. Quando eu disse o seu nome, eu não disse Jev. Eu te
chamei de Patch. E você me beijou. "Eu estava chocada demais para pensar sobre corar. 
 
Jev tirou o cabelo do meu rosto, acariciando minha bochecha. "Nada está errado", ele
murmurou. "Naquela época você me conhecia como Patch. Esse era o nome que eu tinha
quando nos conhecemos. Eu abandonei o nome quando eu perdi você. Eu passei a usar Jev
desde então." 
 
Senti-me estúpida por chorar, mas eu não conseguia me conter. Jev era Patch. Meu antigo
namorado. De repente fazia sentido. Não é de admirar que ninguém havia reconhecido Jev pelo
nome ele tinha mudado depois que eu desapareci. 
 
"Eu o beijei de volta", eu disse, ainda chorando baixinho. "Na memória." 
 
A tensão no seu rosto suavizou. "Tão ruim assim?" 
 
Eu me perguntei se eu poderia dizer a ele exatamente o que seu beijo tinha feito em mim. Foi tão
prazeroso que, sozinho, me assustou para fora de sua memória. 
 
Para evitar ter de responder-lhe, eu disse: "Você me disse anteriormente que você tentou me
trazer aqui para a sua casa uma vez antes, mas Hank nos parou. Eu acho que era a memória que
eu vi. Mas eu não vi Hank. Eu não fui tão longe. Eu quebrei a conexão. Eu não pude segurar
estar dentro do meu corpo, mas não ser capaz de controlá-lo. Eu não estava preparada para o
quão real isso iria parecer." 
 
"A menina no controle de seu corpo foi você", ele me lembrou. "Você no passado. Antes que
perdesse sua memória." 
 
Eu pulei, andando pela sala. "Eu tenho que voltar." 
 
"Nora" 
 
"Eu tenho que ver a cara de Hank. E eu não posso enfrentá-lo aqui até que eu o tenha
enfrentado lá ", eu disse, empurrando meu dedo para cicatrizes de Jev. E encarar a mim mesma,
pensei. Você têm de enfrentar a parte de que sabe a verdade. 
 
Jev me deu um olhar medido. "Você quer que eu a retire?" 
 
"Não. Desta vez eu vou até o fim." 
 
O momento em que fui de volta para dentro da memória de Jev, eu senti uma mudança de estar
sendo jogada, e a próxima coisa que eu soube, eu estava revivendo o flashback através dos olhos
da menina que eu tinha sido antes da minha memória ficar danificado. Seu corpo alcançou o
meu, e seus pensamentos ofuscaram os meus. Eu respirava através do pânico, me abrindo com
ela para mim. 
 
Lá fora, a chuva fazia um pingo metálico, uma vez que tamborilava o galpão. Patch e eu
estávamos molhados, e ele sugou uma gota de água da chuva dos meus lábios. Eu prendi meus
dedos no cós da sua calça e o puxei para perto. Nossas bocas caíram umas sobre as outras, uma
distração quente do frio no ar. Ele cheirou meu pescoço carinhosamente. "Eu te amo. Estou
mais feliz agora do que eu jamais me lembro ter estado." 
 
Eu estava prestes a responder quando a voz de um homem, inexplicavelmente familiar, saiu da
parte mais escura do galpão. "Muito comovente. Aproveite o anjo." 
 
Um punhado de homens jovens e excessivamente altos, sem dúvida, Nephilins, correram para
fora das sombras e cercaram Patch, torcendo os seus braços atrás das costas. Eu quase não tive
tempo de absorver o que estava acontecendo quando a voz de Patch invadiu meus pensamentos
tão claramente como se ele tivesse falado no meu ouvido. Quando eu começar a lutar, corra.
Pegue o jipe. Não vá para casaFique no jipe e continue dirigindo até que eu encontrá-la. 
 
O homem que permaneceu na parte de trás do galpão, comandando os outros, avançou para a
luz do carnaval cortando as muitas rachaduras do galpão. Ele estava estranhamente jovem para
sua idade, com nítidos olhos azuis e uma onda implacável em sua boca. 
 
"Mr. Millar, "eu sussurrei. 
 
Como ele poderia estar aqui? Depois de tudo o que eu tinha passado por esta noite, uma
tentativa quase fatal na minha vida, aprender a verdade sórdida sobre a minha herança, e
superar tudo isso para estar com Patch, agora isso? Não parecia real. 
 
"Deixe-me apresentar adequadamente", disse ele. "Sou a Mão Negra. E saiba que seu pai
Harrison também. Estou feliz por ele não estar aqui agora para vê-la tão degradante com uma
das crias do diabo." Ele balançou a cabeça para mim. "Você não é a garota que eu pensei ver
crescer, Nora. Confraternizar com o inimigo, zombando de sua herança. Mas eu posso perdoar
isso." Parou significamente. "Diga-me, Nora. Foi você que matou o meu querido amigo e sócio,
Chauncey Langeais?" 
 
Meu sangue gelou. Eu estava presa entre o impulso de mentir e do conhecimento que não faria
nenhum bem. Ele sabia que eu tinha matado Chauncey. A torção fria da sua boca franziu a testa
para mim no julgamento. 
 
Agora! Patch gritou, cortando meus pensamentos. Corra! 
 
Eu corri para a porta do galpão. Mas eu só dei alguns passos antes de um Nephil agarrar meu
cotovelo. Tão rápido, ele segurou o meu outro braço atrás das minhas costas. Tentei me soltar,
cada movimento uma estocada desesperada para a porta do galpão. 
 
Hank Millar cruzou o galpão atrás de mim. "Eu devo isso para Chauncey". 
 
Qualquer frio eu tenha sentido da chuva tinham desaparecido; gotas de suor escorriam debaixo
da minha camisa. 
 
"Nós compartilhamos uma visão. Pretendíamos ir até ao fim", Hank continuou. "Quem teria
adivinhado que de todas as pessoas seria o único a quase destruí-la?" 
 
Uma grande quantidade de respostas veio à minha mente maldosa, mas não ousei compartilhar
com Hank. Meu único ativo era a hora, e eu precisava mantê-lo do meu lado. O Nephil girou-me
em torno quando Hank segurou uma adaga longa e fina da cintura em seus mão.Tocou em
minhas costas. 
 
A voz de Patch cortou o pânico entrando em meus ouvidos. Freneticamente, olhei de soslaio
para ele. Vá para dentro da minha memória. Toque no local onde as minhas asas fundem-se em
minhas costas. Ele balançou a cabeça, pedindo-me para agir. 
 
Mais fácil dizer do que fazer, eu pensei para ele, embora eu soubesse que não podia me ouvir.
Um espaço de cinco ou seis pés nos separava, e nós dois estávamos presos por Nephilins. 
 
"Deixe-me:" Eu bati no Nephil prendendo meus braços. "Nós dois sabemos que eu não estou
indo a lugar algum. Eu não posso fugir de todos vocês." 
 
O Nephil olhou para Hank, que confirmou o meu pedido com um leve aceno. Então ele suspirou,
quase entediado. "Estou arrependido de fazer isso, Nora. Mas a justiça deve ser feita. Chauncey
teria feito o mesmo por mim." 
 
Eu esfreguei os interiores de meus cotovelos, minha pele queimava onde o Nephil me segurou.
"Justiça? E a família? Eu sou sua filha de sangue" 
 
E nada mais. 
 
"Você é uma praga na minha herança", ele descartou. "A vira-casaca. A humilhação." 
 
Eu lhe dei o mais negro olhar que eu tinha dentro de mim, mesmo que o meu estômago agitasse
com medo. "Você está aqui para vingar Chauncey, ou isso é uma tentativa de salvar sua cara?
Não poderia lidar com sua filha namorar um anjo caído, é um pouco constrangedor para você
perante seu exército Nephili? Estou ficando quente?" Um pouco para tirá-lo do sério. 
 
Hank franziu ligeiramente a testa. 
 
‘Você poderia entrar na minha memória antes que ele se torça o seu pescoço?’ Patch sibilou à
minha mente. Eu não olhei para Patch, receosa de que eu iria perder algo se resolvesse fazer
isso. Nós dois sabíamos que escapar para a sua memória não ia me tirar daqui. Eu iria apenas
transportar minha mente em seu passado. E eu supunha que era o que Patch queria; me deixar
em algum outro lugar quando Hank me matasse. Patch sabia que isso era o fim, e ele estava
salvando-me da dor de estar consciente da minha própria execução. Uma imagem ridícula de
um avestruz com a cabeça enterrada na areia veio distintamente à mente. 
 
Se eu estava indo morrer nos momentos seguintes, não seria antes de eu dizer as palavras que eu
esperava que iria assombrar Hank para o resto da eternidade. 
 
"Eu acho que é uma coisa boa você ter escolhido manter Marcie como sua filha, em vez de mim",
eu disse. "Ela é bonita, popular, sai com os meninos certos, e é muito burra para questionar tudo
o que faz. Mas eu sei de um fato, os mortos podem voltar. Eu vi meu pai no início desta noite,
meu pai verdadeiro." 
 
A carranca no rosto de Hank se aprofundou. 
 
"Se ele pode me visitar, não há nada me impedindo de visitar Marcie ou sua esposa. E eu não
vou parar por aí. Eu sei que você está namorando a minha mãe às escondidas novamente. Eu
vou lhe dizer a verdade sobre você, vivo ou morto. Quantos encontros você acha que pode
espremer antes que eu deixe que ela saiba que você me matou?" 
 
Isso foi tudo que eu tive tempo de dizer antes de Patch bater o joelho na barriga do Nephil
segurando seu braço direito. O Nephil caiu, e Patch meteu seu punho livre no nariz do Nephil
prendendo seu braço esquerdo. Houve uma crise terrível, e um choramingo. 
 
Eu corri para Patch, jogando-me contra ele. 
 
"Depressa", disse ele, forçando minha mão até as suas costas. 
 
Eu passei minha mão cegamente nas costas de Patch, esperando que eu fizesse contato com o
lugar onde suas asas se fundiam em sua pele. Suas asas eram feitas de matéria espiritual e eu
não podia vê-las ou senti-las, mas só fazia sentido de que elas abrangiam uma boa parte de suas
costas sendo difícil de perder. 
 
Hank ou algum dos outros Nephilim puxaram em meus ombros, mas eu só escorreguei um
pouco; os braços de Patch estavam em torno de mim, travando-me contra ele. Sem tempo de
sobra, eu mergulhei minha mão pela segunda vez na pele lisa, tonificada de volta em Patch.
Onde estavam as suas asas? 
 
Ele beijou minha testa e murmurou aproximadamente algo ininteligível. Não havia tempo para
mais. Uma luz branca explodiu na parte de trás da minha mente. No momento seguinte, eu
estava suspensa em um universo escuro salpicado com pontos de luz coloridas. Eu sabia que
tinha de avançar para qualquer um dos milhões de luzes piscando em cada memória, mas elas
pareciam armazenados a quilômetros de distância. 
 
Ouvi Hank gritando, e eu sabia que isso significava que eu não tinha atravessado totalmente.
Talvez a minha mão estivesse perto da base das asas de Patch, mas não perto o suficiente. Eu
não poderia bloquear todas as imagens horríveis, as maneiras dolorosas que Hank poderia
terminar com minha vida, e eu lutei meu caminho através da escuridão, determinado a ver
Patch em suas memórias uma última vez antes de tudo estivesse acabado. Os sons mancharam
minha visão. O fim. Eu não queria que este fosse o momento, roubado de mim sem nenhum
aviso. Tinha muito mais que eu queria dizer a Patch. Ele sabia o quanto ele significava para
mim? O que tivemos juntos, que mal tinham começado. Tudo não poderia desabar agora. 
 
Chamei uma imagem do rosto de Patch. A imagem que eu escolhi foi da primeira vez que nos
conhecemos. Seu cabelo era longo, ondulado sobre os ouvidos, e seus olhos pareciam como se
não perdesse nada, percebia os segredos e desejos da minha alma. Lembrei-me da expressão de
espanto no seu rosto quando eu tinha invadido o Bo Arcade, perturbando o seu jogo de bilhar, e
exigi que ele me ajudasse a terminar a nossa tarefa de biologia. Lembrei-me de seu sorriso de
lobo, desafiando-me para jogar junto, quando ele mudou-se para beijar-me a primeira vez na
minha cozinha.... 
 
Patch gritou também. Não antes eu ter entrado em suas memórias, mas muito abaixo de mim,
no galpão. Duas palavras subiram acima das outras, parecendo distorcidas em meus ouvidos,
como se tivessem viajado uma grande distância. 
 
Fechado. Compromisso. 
 
Eu fiz uma careta, esforçando-me para ouvir mais. O que Patch estava dizendo? De repente eu
temi que fosse o que fosse, eu não iria gostar. 
 
Não! Gritei, precisando parar Patch. Eu tentei me impulsionar de volta ao barracão, mas eu
estava no vácuo, flutuando à toa. Patch! O que você está dizendo? 
 
Senti um puxão estranho ao meu corpo, como se eu tivesse sido travada por trás da minha
espinha. O som de vozes gritando em volta fechou atrás de mim quando eu fui arremessada em
direção a uma luz ofuscante e dentro dos corredores da memória de Patch.
 
Novamente. 
 
Cheguei no interior da segunda memória em um instante.
 
Eu estava mais uma vez no frio úmido do galpão lotado de Hank, seus homens Nephilins, e Jev,
e eu só poderia recolher que esta segunda memória era início precisamente de onde a última
terminou. Senti que o interruptor familiar estavam sendo jogados, mas desta vez eu não estava
trancada dentro de uma versão de mim mesma a partir do passado. Meus pensamentos e ações
pertenciam a mim. Eu era agora sim um casal, uma espectadora invisível, assistindo a versão de
Jev neste momento como ele lembrava. 
 
Jev segurava uma versão lenta do meu corpo. Meu corpo estava mole, exceto para a minha mão,
que estava espalmada em suas costas. Meus olhos estavam revertidos brancos e eu vagamente
me perguntei se eu iria lembrar das duas memórias quando eu me retirasse completamente. 
 
"Ah, sim. Eu já ouvi falar sobre esse truque ", disse Hank. "Então é verdade? Ela está dentro de
sua memória enquanto falamos, e tudo isso simplesmente tocando suas asas?" 
 
Olhando para Hank, eu senti uma onda de desamparo. Se eu tivesse apenas dito que ele era meu
pai? Eu tinha. Senti uma compulsão bater em meus punhos contra o peito até que ele negou,
mas a verdade queimava como uma febre dentro de mim. Eu poderia odiar-lhe tanto quanto eu
queria, mas isso não muda o fato de que seu sangue vil percorria minhas veias. Harrison poderia
ter me dado todo o amor de um pai, mas Hank Millar tinha me dado a vida. 
 
"Eu vou fazer um acordo", disse Jev aproximadamente. "Algo que você queira, em troca da vida
de Nora". 
 
Hank contraiu os lábios. "O que você poderia possivelmente ter que eu quisesse?" 
 
"Você está construindo um exército Nephilim com a esperança de derrubar anjos caídos já neste
Cheshvan. Não parecia surpreso. Eu não sou o único anjo que sabe o que você está fazendo.
Bandas de anjos caídos estão formando alianças, e eles vão fazer seus vassalos Nephilins se
arrepender de pensar que poderiam se libertar. Não vai ser um Cheshvan bonito para qualquer
Nephil que tem a marca da Mão Negra de fidelidade. E isso é apenas a ponta do iceberg quando
se trata do que eles têm no estoque. Você nunca vai conseguir isso sem um homem no interior." 
 
Hank fez um gesto para demitir seus homens. "Deixe-me sozinho com o anjo. Leve a menina
para fora." 
 
"Você está brincando, se você acha que eu estou deixando-a fora da minha vista", Jev disse.
Hank cedeu com um sorriso divertido. "Muito bem. A mantenha enquanto pode." 
 
Assim que o Nephilim saiu, Hank disse: "Continue a falar." 
 
"Mantenha Nora viva, e eu serei seu espião." 
 
As sobrancelhas loiras de Hank enrugaram. "Meu, meu. Seus sentimentos por ela são mais
profundos do que eu pensava." Seu olhar pousou em minha figura inconsciente. "Eu ouso dizer
que ela não vale a pena. Infelizmente, eu não ligo para o que você e seus amigos anjos da guarda
acham dos meus planos. Estou muito mais interessado em anjos caídos, o que eles estão
pensando, qualquer contramedidas que podem tentar. Você não é mais um deles. Então, como
você pretende estar a par de suas relações?" 
 
"Deixe-me preocupar com isso." 
 
Hank considerou Jev com um olho discriminador. "Tudo bem", disse ele, finalmente. "Estou
intrigado." A indiferença descuidada. "Eu não sou o único que perderá. Eu vou levá-la e você
terá que me fazer um juramento?" 
 
"Não teria nenhuma outra maneira", disse friamente Jev. 
 
Retirou a adaga, mais uma vez a partir da cintura de suas calças, Hank fez um corte do outro
lado da palma da mão esquerda. "Eu juro deixar a menina vivo. Se eu quebrar o meu voto, eu
imploro que eu possa morrer e voltar ao pó de onde eu fui criado." 
 
Jev aceitou a lâmina e cortou sua mão em seguida. Cerrou o punho, ele balançou soltando
algumas gotas de uma substância parecida com sangue. "Eu juro para alimentá-lo de todos as
informações que eu posso ter sobre os anjos caídos estão planejando. Se eu quebrar o meu voto,
eu voluntariamente me trancarei nas cadeias do inferno." 
 
Os dois deram as mãos, misturando seu sangue. No momento em que a puxaram livres, as suas
feridas tinham curado perfeitamente. 
 
"Mantenha contato", disse Hank com ironia, espanando sua camisa, como se estar no galpão
tivesse de alguma forma manchado ele. Ele levantou seu telefone celular ao ouvido, e quando ele
pegou Jev olhando, ele explicou, "Certificar-me de que meu carro está pronto." 
 
No entanto, quando ele falou no telefone, suas palavras adotou um tom duro. "Envie os meus
homens para dentro Todos eles. Eu quero levar a menina". 
 
Jev ficou parado. Mesmo quando o som de pés correnram se aproximou do galpão, ele disse: "O
que é isso?" 
 
"Fiz um juramento para deixá-la viva," Hank informou ele. "Quando vou libertá-la depende de
mim e você. Ela é sua depois que você me trouxer informação suficiente para garantir de que
posso derrubar anjos caídos no Cheshvan. Considere Nora segura." 
 
Os olhos de Jev de passaram para a porta do galpão, mas Hank interrompeu suavemente, "Não
vá por esse caminho. Você está em desvantagem numérica. Nós dois odiaríamos ver Nora
desnecessariamente ferida em uma briga. Jogue este inteligente. Entregue-a." 
 
Jev agarrou a manga de Hank, sacudindo-o para perto. "Se você levá-la embora, eu vou fazer
com que o seu cadáver fertilize o terreno que estamos em pé", disse ele, sua voz mais venenosa
do que eu nunca o tinha puvido falar. 
 
Nada na expressão de Hank insinuava medo. Se qualquer coisa, ele parecia quase presunçoso.
"Meu cadáver? É uma sugestão para rir?" 
 
Hank abriu a porta do galpão, e os seus homens Nephilins trovejaram para dentro 
 
Assim como um sonho, as memórias de Jev terminaram quase antes de começarem. Houve um
momento de desorientação, e então o estúdio de granito entrou em foco. Jev ficou recortado
contra a luz de velas. A chama deu apenas iluminação suficiente para trazer um brilho severo em
seus olhos. Um anjo negro, de fato.
 
“Ok”, eu sussurrei, atônita por uma sensação de vertigem persistente.”Okay... então."
 
Ele sorriu, mas sua expressão era incerta. "Ok então? É isso?"
 
Virei meu rosto para ele. Mal podia olhá-lo da mesma forma. Eu estava chorando sem perceber
que tinha começado. "Você fez um acordo com Hank. Você salvou minha vida. Por que fez isso
por mim?"
 
"Anjo," ele murmurou, apertando meu rosto entre as mãos. "Não acho que você entenda a
dimensão do que eu faria se isso significasse mantê-la aqui comigo."
 
Minha garganta embargada de emoção. Eu não conseguia encontrar palavras. Hank Millar, um
homem que ficou em silêncio nas sombras por muitos anos, foi agora revelado ter me dado a
vida, apenas para tentar acabar com ela, e Jev era a razão por eu ficado viva. Hank Millar. O
homem que estava na minha casa em diversas ocasiões, como se incumbia. Que tinha sorrido e
beijado minha mãe. Que tinha falado comigo com carinho e familiaridade—
 
"Ele me sequestrou," eu disse, emendando tudo junto. Eu tinha suspeitado antes, mas as
memórias de Jev preencheram as lacunas com uma clareza chocante. "Ele fez o juramento de
não me matar, mas me manteve como refém para se certificar de que você teria motivados para
espionar para ele. Três meses inteiros. Prendeu-me todos esses longos três meses inteiros. Tudo
para colocar as mãos em informações sobre anjos caídos. Ele deixou minha mãe acreditar que eu
estava tanto bem quanto morta."
 
É claro que ele tinha. Ele havia provado que não tinha escrúpulos quando se tratava de sujar as
mãos. Ele era um Nephil poderoso, capaz de um arsenal de truques de mente.
 
E depois de me largar no cemitério, ele tratou de manter minhas memórias muito, muito
distante. Afinal, ele não conseguiria me libertar sem me ter gritando seus atos diabólicos para o
mundo.
 
"Eu o odeio. Palavras não podem expressar o quanto estou irritada. Quero que ele pague. Quero
vê-lo morto," eu disse com fria decisão.
 
"A marca em seu pulso," Jev disse. "Não é uma marca de nascença. Eu a vi duas vezes antes. No
meu antigo vassalo Nephil, um homem chamado Chauncey Langeais. Hank Millar também tem
a marca, Nora. A marca faz a ligação de sua linhagem, como uma afirmação externa de um
marcador genético ou sequencia de DNA. Hank é seu pai biológico."
 
"Eu sei," eu disse, balançando a cabeça com amargura.
 
Ele entrelaçou a mão na minha, roçando um beijo em meus dedos. Eu estava ciente da pressão
de sua boca, pequenos formigamentos inundando embaixo da minha pele.
 
"Você se lembra?"
 
"Eu ouvi eu mesma dizendo na memória, mas já devia saber. Não fiquei surpresa, fiquei com
raiva. Não me lembro de quando primeiro soube disso." Pressionei meu polegar na marca
cortando meu pulso. "Mas eu sinto isso. Há uma desconexão entre minha mente e meu coração,
mas eu sinto a verdade. Dizem que quando as pessoas perdem a visão, a audição fica mais
aguçada. Perdi parte da minha memória, mas talvez a minha intuição esteja mais forte."
 
Nós consideramos isto em silêncio. O que Jev não sabia era que a minha verdadeira paternidade
não era a única informação sobre a qual minha intuição estava fazendo um julgamento.
 
"Eu não quero falar sobre Hank.Não agora. Quero falar sobre algo que eu vi. Ou melhor, eu
deveria dizer algo que eu descobri. "
 
Ele me olhava com partes iguais de curiosidade e desconfiança.
 
Respirando fundo." Eu descobri que ou eu estava louca de amor por você, ou desempenhava o
maior papel de minha vida."
 
Seus olhos permaneceram cuidadosamente reservados, mas pensei ter visto um lampejo de
esperança. "Qual deles você está tendendo decidir?"
 
Somente um jeito de descobrir. "Primeiro, eu preciso saber o que aconteceu entre você e Marcie.
Este é um daqueles momentos em que me dar o relatório completo é de seu maior interesse,"
avisei. "Marcie disse que você foi uma aventura de verão. Scott me contou que ela desempenhou
um papel em nossa separação. Tudo o que está faltando é a sua versão. "
 
Jev coçou o queixo. "Pareço uma aventura de verão?"
 
Eu tentei imaginar Jev jogando Frisbee na praia ou passando protetor solar. Tentei imaginá-lo
comprando sorvete para a Marcie no calçadão e pacientemente ouvindo sua conversa
interminável. De qualquer jeito que tentei, a imagem trouxe um sorriso em meu rosto. "Ponto de
tomadas", disse. "Então desembucha."
 
"Marcie foi uma tarefa. Eu não tinha me rebelado ainda; ainda tinha minhas asas, o que fazia de
mim um anjo da guarda, recebendo ordens de arcanjos, e eles queriam me manter de olho nela.
Ela é filha de Hank, o que iguala o perigo por parentesco. Eu a mantive salva, mas não foi uma
experiência agradável.
 
Fiz o meu melhor para exprimir a memória passada para mim. "
 
"Então não aconteceu nada?"
 
Sua boca inclinou-se levemente. "Eu quase atirei nela uma ou duas vezes, mas a empolgação
termina aí."
 
"Oportunidade desperdiçada".
 
Ele deu de ombros. "Há sempre uma próxima vez. Ainda quer falar sobre Marcie? "
 
Eu segurei firme seu olhar, balançando a cabeça negativamente. "Não sinto vontade de falar",
confessei tranquilamente.
 
Fiquei em pé, puxando-o comigo, um pouco tonta com a audácia do que estava prestes a fazer.
Eu era, todas as emoções instáveis dentro de mim, capaz de compreender apenas duas delas.
Curiosidade e desejo.
 
Ele se manteve perfeitamente imóvel. "Anjo," disse ele asperamente. Ele acariciou seu polegar
em meu rosto, mas eu puxei ligeiramente para trás.
 
"Não apresse isto. Se há qualquer memória de estar com você deixada dentro de mim, não posso
forçá-la." Isso era uma meia verdade. A outra metade guardei para mim mesma. Eu vinha
secretamente fantasiando este momento desde que tinha visto Jev pela primeira vez. Eu tinha
criado uma centena de variações disso na minha cabeça desde então, mas minha imaginação
nunca tinha chegado perto de fazer eu me sentir da maneira que me sentia nesse momento.
Senti uma atração irresistível, me atraindo para mais perto e mais perto.
 
Não importava o que tinha acontecido, nunca mais queria esquecer como me sentia com Jev.
Queria gravar seu toque, seu gosto, gravar o perfume dele tão solidamente dentro de mim que
nada—nem ninguém—poderia levá-los para longe.
 
Eu deslizei minhas mãos pelo seu torso, memorizando cada ondulação de músculos. Eu inalei o
mesmo perfume daquela primeira noite no Tahoe. Couro, especiarias, menta. Eu segui os traços
do seu rosto com meus dedos, curiosamente explorando sua penetrante característica quase
italiana. Durante esse tempo, Jev não se moveu, suportando o meu toque de olhos fechados.
"Anjo," repetiu ele em uma voz tensa.
 
"Ainda não".
 
Abri meus dedos entre seus cabelos, sentindo vibrações através deles. Enviei todos os detalhes
para a memória. A sombra bronzeada de sua pele, a linha da sua postura confiante, o
comprimento sedutor de seus cílios. Ele não tinha traços simples e simetrias perfeitas, e eu o
achei ainda mais interessante por isso.
 
Feito, disse a mim mesma. Inclinando-me, fechei meus olhos. Sua boca se abriu na minha, seu
controle fortemente freado estremecendo através de seu corpo.
 
Seus braços me envolveram ao redor, me segurando contra ele. Ele me beijou mais forte, e a
profundidade da minha resposta me deixou nervosa.
 
Minhas pernas ficaram bambas e pesadas. Eu me afundei em Jev, e ele nos apoiou lentamente
na parede até que me escarranchei seu colo. Um brilho iluminou dentro de mim, e seu calor
consumiu cada canto vazio. Um mundo oculto se abriu entre nós, um que era tão assustador
quanto era familiar. Eu sabia que era real. Eu tinha beijado assim antes. Eu tinha beijado Patch
assim antes. Eu não conseguia me lembrar de chamá-lo de qualquer coisa exceto Jev, mas de
algum modo Patch apenas senti... certo. A delícia quente de estar com ele voltou com força total,
ameaçando me engolir inteira.
 
Eu me afastei primeiro, arrastando minha língua ao longo do meu lábio inferior.
 
Patch fez um som baixo, questionando. "Não é ruim?"
 
Baixei a cabeça em direção a sua. "A prática leva à perfeição."
 
 
SILENCE - CAPÍTULO 21 Capitulo 21
 
(traduzido pela Carol)
 
 
MEUS OLHOS SE ABRIRAM E O QUARTO tomou forma. As luzes estavam apagadas. O ar
estava fresco. O tecido mais luxuoso e delicioso acariciou minha pele.
 
A memória de ontem à noite voltou para mim num redemoinho. Patch e eu tínhamos feito ....
 
 
Eu vagamente lembrava de ter murmurado alguma coisa com ele sobre estar demasiado exausta
para dirigir ....
 
Eu tinha adormecido na casa de Patch.
 
Eu lutei até me sentar. "Minha mãe vai me matar!" Eu soltei a ninguém em particular.
 
Por um lado, era dia de semana e tinha escola. Por outro lado, eu tinha perdido o toque de
recolher por um quilometro e não me preocupei em ligar e explicar o porquê. 
 
Patch sentou em uma cadeira no canto, o queixo apoiado no punho. "Já cuidei disso. Liguei para
Vee. Ela concordou em te acobertar. A história que ela deu a sua mãe é que vocês duas estavam
na casa dela assistindo uma versão de cinco horas de Orgulho e Preconceito, você perdeu a
noção do tempo, adormeceu, e em vez de acordá-la, a mãe de Vee concordou em deixá-la dormir
mais. "
 
"Você ligou para Vee? E ela concordou, sem perguntas? "Isso não se parece com a Vee.
Especialmente a nova Vee, que tinha desenvolvido um desejo de morte para a raça masculina
em geral.
 
“Poderia ter sido um pouco mais difícil do que isso.” 
 
Seu tom enigmático clicado no meu cérebro. "Você confundiu a mente dela?"
 
"Entre pedir permissão e implorar o perdão, eu me inclino para o último."
 
"Ela é minha melhor amiga. Você não pode confundir a mente dela! "Mesmo que eu ainda
estivesse com raiva de Vee por ter mentido sobre Patch, ela deve ter tido suas razões. E embora
eu não aprovasse, e pretendesse chegar ao fundo disso, muito em breve, ela significava o mundo
para mim. Patch tinha passado dos limites.
 
"Você estava esgotada. E você parecia tão tranqüila dormindo na minha cama.”
 
"Isso é porque sua cama tem algum tipo de feitiço sobre ela", eu disse menos irritada do que eu
pretendia. "Eu poderia dormir aqui para sempre. Lençóis de cetim? "Eu adivinhei.
 
“ Seda".
 
Lençóis de seda preta. Quem saberia o quanto eles custaram? Uma coisa era certa, eles tinham
uma qualidade hipnótica eu achei muito perturbador. "Jura que nunca mais vai confundir a
mente de Vee novamente. "
 
"Feito", disse ele facilmente, agora que ele tinha se safado. Pedir perdão soou mais certo.
 
"Eu não suponho que você tem uma explicação para que tanto Vee quanto minha mãe tenha
consistentemente negado a sua existência? Na verdade, as duas únicas pessoas que confessaram
lembrar de você foram Marcie e Scott ".
 
"Vee namorou Rixon. Depois que Hank seqüestrou você, eu apaguei dela memória de Rixon. Ele
usou-a e lhe infringiu muita dor. Ele infringiu muita dor em todo mundo. Era mais fácil em
longo prazo se eu fizesse o meu melhor para fazer com que todos o esquecessem. A alternativa
foi deixar seus amigos e familiares suspender suas esperanças sobre uma prisão que nunca iria
acontecer. Quando fui limpar a mente Vee, ela provocou uma briga. Até hoje, ela está com raiva.
Ela não sabe por que, mas isto está enraizado dentro dela. Apagar a memória de alguém não é
tão fácil quanto parece. É como tentar pegar todos os pedaços de chocolate de um cookie. Nunca
vai ser perfeito. Partes ficam para trás. Convicções inexplicáveis que atraem e são familiares.
Vee não pode se lembrar o que eu fiz para ela, mas ela sabe que não deve confiar em mim. Ela
não consegue se lembrar de Rixon, mas ela sabe que há um cara lá fora, que lhe causou muita
dor.”
 
Isso explicou a desconfiança de Vee em relação aos caras e minha aversão instantânea a Hank.
Nossas mentes podem ter sido limpas, mas algumas migalhas foram deixadas para trás.
 
"Você deveria dar-lhe alguma folga," Patch sugeriu. "Ela tem te protegido. Honestidade também
é uma coisa boa, mas assim é a lealdade. "
 
"Em outras palavras, deixe ela fora da forca."
 
Ele deu de ombros. "Sua decisão."
 
Vee tinha me olhado nos olhos e mentido sem reservas. Não foi uma ofensa leve. Mas a coisa era
que, eu sabia como ela se sentia. Ela teve sua memória adulterada, e isso não era uma boa
sensação.
 
Vulnerabilidade não era suficiente para descrever isso. Vee mentiu para me proteger. Qual era a
diferença? Eu não tinha dito a ela sobre anjos caídos ou Nephilim, e eu tinha usado a mesma
desculpa. 
 
Eu poderia manter Vee a um duplo padrão, ou eu poderia seguir o conselho de Patch e deixar
passar. 
 
"E minha mãe? Vai mentir para ela, também? "Eu perguntei.
 
"Ela pensa que eu tive algo a ver com o seu rapto. Melhor eu do que Hank”, disse ele, seu tom
esfriando. "Se Hank pensar que ela sabe a verdade, ele vai fazer algo sobre isso.”
 
Ele estava colocando isso levemente. Eu não iria expor o passado de Hank para machucá-la se
isso significasse conseguir o que ele queria. Mais uma razão para mantê-la no escuro. por
enquanto.
 
Eu não queria sentir um pingo de empatia por Hank, para humanizá-lo de qualquer maneira,
mas eu encontrei-me perguntando que tipo de homem que ele tinha sido quando ele se
apaixonou pela minha mãe.
 
Ele sempre fora mal? Ou, no início, se preocupava conosco... e se ao longo do tempo, ele
construiu seu mundo inteiro em torno de sua missão
 
Nephilim, e isso tivesse tomado precedências?
 
Eu abruptamente pus fim à minhas especulações. Hank era mal agora, era o que importava. Ele
havia me seqüestrado, e eu iria ter certeza de que ele era o responsável.
 
Eu disse, "Você quer dizer que a prisão nunca iria acontecer porque Rixon está no inferno
agora." Literalmente no inferno, pelo que parece.
 
Ele confirmou com um aceno, mas seus olhos se escureceram com uma sombra. Eu supus que
Patch não gostava de falar sobre o inferno. Eu duvidava que qualquer anjo caído gostasse.
 
"Em sua memória, eu vi você concordar em espionar os anjos caídos para Hank," eu disse. Patch
assentiu. "O que eles estão planejando e quando? 
 
Eu encontro semanalmente com Hank para compartilhar informações. "
 
"E se os anjos caídos descobrirem que você está vendendo segredos deles pelas costas?"
 
"Espero que não descubram."
 
Eu não estava confortada pela sua atitude casual. "O que eles fariam com você?"
 
"Eu já estive em situações piores e consegui sobreviver." As bordas da sua boca inclinaram.
"Todo esse tempo e você ainda não tem nenhuma fé em mim."
 
"Você pode ser sério por dois segundos?"
 
Ele se inclinou e beijou a minha mão, e falou-me com sinceridade. "Eles me jogam no inferno.
Eles deveriam deixar os arcanjos lidar com isso, mas nem sempre funciona dessa forma. "
 
"Explique", eu disse com firmeza.
 
Ele falou com uma certa arrogância preguiçosa. "Os seres humanos são proibidos de matar uns
aos outros, é a lei. Mas as pessoas são assassinadas todos os dias. Meu mundo não é muito
diferente. Para cada lei, há alguém lá fora, disposto a quebrá-la. Eu não vou fingir ser inocente.
Três meses atrás, eu mandei Rixon para o inferno, mesmo que eu não tivesse nenhuma outra
autoridade, além do meu próprio senso de justiça. "
 
"Você mandou Rixon para o inferno?"
 
Patch me olhou com curiosidade. "Ele tinha que pagar. Ele tentou matá-la. "
 
"Scott me contou sobre Rixon, mas ele não sabia quem o tinha jogado no inferno, ou como foi
feito. Vou deixar que ele saiba que ele tem você pra agradecer. "
 
"Eu não estou interessado em gratidão de mestiços. Mas posso dizer-lhe como é feito. Quando
os arcanjos banem um anjo caído do céu e rasgam a suas asas, eles mantêm uma pena para si. A
pena é meticulosamente arquivada e preservada. Se surgir a ocasião em que um anjo caído
precise ser mandado pro inferno, os arcanjos recuperam sua pena e a queima. É um ato
simbólico, com resultados inevitáveis. O termo "queimar no inferno" não é só uma figura de
linguagem. "
 
"Você tinha uma das penas do Rixon?"
 
"Antes dele me enganar, ele era a coisa mais próxima que eu tinha de um irmão. Eu sabia que
ele tinha uma pena, e eu sabia onde ele a guardava. Eu sabia tudo sobre ele. E por causa disso,
eu não lhe dei um impessoal bota-fora."
 
Ainda que eu suspeitasse que ele queria permanecer impassível, a mandíbula de Patch contraiu.
"Eu o arrastei para o inferno e queimei a pena na frente dele." 
 
Sua narração da história levantou todos os pêlos do meu couro cabeludo. Mesmo Vee tendo me
traído tão descaradamente, eu não tinha certeza se eu teria coragem para fazê-la sofrer do jeito
que ele tinha claramente feito Rixon sofrer. De repente eu entendi porque Patch tinha tomado o
assunto de maneira tão pessoal. 
 
Rompendo com a terrível imagem que Patch tinha pintado em minha mente, lembrei-me da
pena que tinha encontrado no cemitério. "Estas penas estão flutuando por toda parte? Alguém
pode tropeçar em uma? "
 
Patch balançou a cabeça. "Os arcanjos mantém uma pluma no registro. Uns poucos anjos caídos
como Rixon vem para a Terra com uma pena ou duas intactas.
 
Quando isso acontece, o anjo caído se certifica de que sua pena não vá cair nas mãos erradas." A
sugestão de um sorriso se ergueu nos cantos de sua boca. "E você pensou que nós não éramos
sentimentais."
 
"O que acontece com o resto das penas?"
 
"Elas se deterioram rapidamente no caminho para baixo. Cair do céu não é um bom passeio. "
 
"E você? Nenhuma pena em escondida? "
 
Ele levantou uma sobrancelha. "Planejando minha queda?"
 
Eu sorri de volta, apesar da seriedade do assunto. "Uma menina tem que manter suas opções
abertas."
 
"Odeio decepcionar, mas sem penas. Eu vim para a Terra despido".
 
"Mm", eu disse tão casualmente quanto pude, mas eu senti meu rosto esquentar imaginando o
que uma pequena palavra tinha plantado no meu cérebro. Pensamentos sobre estar despido não
eram bons pensamentos para se ter enquanto eu estava trancada no pretensioso e ultra-secreto
quarto de Patch.
 
"Eu gosto de você na minha cama," Patch disse. "Eu raramente fico em baixo das cobertas. Eu
raramente durmo. Eu poderia me acostumar com essa imagem."
 
"Você está me oferecendo um lugar permanente?"
 
"Já coloquei uma chave extra em seu bolso."
 
Bati em meu bolso. Com certeza, algo pequeno e duro estava lá dentro. "Quanta bondade da sua
parte."
 
"Eu não estou me sentindo muito bondoso agora", disse ele, segurando meus olhos, sua voz
profunda com uma ponta de cascalho. "Eu perdi você, Anjo. Não havia um dia que eu não
sentisse sua falta na minha vida. Você me assombrou a tal ponto que comecei a acreditar Hank
tinha dado pra trás em seu juramento e matou você. Eu vi o seu fantasma em tudo. Eu não
poderia escapar de você e eu não queria. Você me torturou, mas foi melhor do que perder você.

 
"Por que você não me contou tudo aquela noite no beco com Gabe? Você estava tão angustiado."
Sacudi a cabeça, lembrando de cada palavra cáustica ele havia dirigido a mim. "Eu pensei que
você me odiasse."
 
"Depois de Hank liberar você, eu espionei você pra ter certeza que estava tudo bem, mas eu jurei
acabar com o meu envolvimento com você para sua própria segurança. Eu tomei a minha
decisão e eu pensei que eu poderia lidar com isso. Eu tentei me convencer de que não havia mais
nada pra nós. Mas quando eu vi você aquela noite no beco, meu argumento desmoronou. Eu
queria que você se lembrasse de mim do mesmo jeito que eu não conseguia parar de pensar em
você. Mas você não podia. Eu tinha certeza disso." Seu olhar caiu para suas mãos, entrelaçadas
frouxamente entre os joelhos. "Eu lhe devo um pedido de desculpas", disse ele calmamente.
"Hank apagou sua memória para impedi-la de lembrar o que ele fez para você, mas eu
concordei. Eu disse a ele para apagá-la distante o suficiente para que você não se lembrasse de
mim, também. "
 
Eu bati meus olhos em Patch. "Você concordou com o quê?"
 
"Eu queria dar-lhe sua vida de volta. Antes de anjos caídos, antes de Nephilim, antes de mim. Eu
pensei que era a única maneira de você passar por tudo de ruim que aconteceu. Eu não acho que
nenhum de nós vai negar que tenho complicado a sua vida.Eu tentei fazer o meu melhor, mas as
coisas não têm sido sempre do jeito que eu quero. Eu pensei nisso e cheguei a difícil conclusão
de que a melhor coisa para a sua recuperação e seu futuro era eu ir embora. "
 
"Patch"
 
"Quanto a Hank, eu me recusei a vê-lo te destruir. Recusei-me a vê-lo arruinar qualquer chance
de felicidade que você tivesse, fazendo você carregar essas memórias. Você está certa, ele
seqüestrou você, porque ele pensou que poderia te usar para me controlar. Ele levou você
embora no final de junho, e não te trouxe de volta até setembro. Todos os dias durante aqueles
meses você estava trancada e sozinha. Até mesmo os soldados mais duros podem definhar no
confinamento solitário, e Hank sabia que esse era meu maior medo.
 
Ele exigiu que eu mostrasse a minha disposição para espionar por ele, mesmo que eu tivesse
feito um juramento. Ele usou você para me atingir a cada minuto desses meses." Os olhos Patch
brilhavam com uma borda endurecida. "Ele vai pagar por isso, e nos meus termos," ele disse em
uma baixa mortal voz que me enviou um calafrio na espinha.
 
"Naquela noite, no galpão, ele tinha nos cercado", continuou ele. "A única coisa em minha mente
era fazer com que ele não te matasse naquele momento. Se eu estivesse sozinho no galpão, eu
teria lutado. Eu não confiei em você para lidar com uma luta, e eu me arrependi desde então. Eu
não poderia suportar vê-la ferida, e isso me cegou.
 
Eu subestimei tudo que você já passou e que você cresceu e ficou mais forte porisso. Hank sabia
disso, e eu estava em suas mãos. Eu lancei um acordo sobre a mesa. Eu lhe disse que seria seu
espião se ele a deixasse viver. Ele aceitou, então chamou de seus homens Nephilim para levá-la
embora. Eu lutei tão duro quanto eu poderia, Anjo. Eles foram mutilados no momento que
conseguiram te arrastar para longe. Eu encontrei Hank, quatro dias depois e ofereci deixá-lo
arrancar minhas asas se ele te libertasse. Era a última coisa que eu tinha para barganhar, e ele
concordou em te soltar, mas ele só o faria no fim do verão. Durante os próximos três meses, eu
procurei incansavelmente por você, mas Hank tinha planejado isso também. Ele fez um grande
esforço para manter o seu segredo de localização. Eu capturei e torturei vários de seus homens,
mas nenhum deles poderia me dizer onde você estava. Eu ficaria surpreso se Hank disse a mais
do que um ou dois homens escolhidos a dedo a quem ele designou para ter certeza que suas
necessidades básicas fossem atendidas. 
 
"Uma semana antes de Hank libertar você, ele enviou um dos seus mensageiros Nephilim para
me encontrar. O mensageiro presunçosamente me informou que Hank pretendia apagar sua
memória assim que ele deixasse você ir, e se eu tinha alguma objeção? Limpei o sorriso do seu
rosto. Então eu arrastei ele, sangrando e agredido,para a casa de Hank. 
 
"Estávamos esperando por Hank quando ele saiu para trabalhar na manhã seguinte. Eu disse a
ele que se quisesse evitar ficar igual ao seu mensageiro, ele iria apagar a sua memória distante o
suficiente para que você nunca tivesse flashbacks. Eu não queria que você tivesse uma única
memória de mim, e eu não queria que você acordasse com pesadelos de estar presa
completamente sozinha por dias a fio.
 
Eu não queria você gritando no meio da noite sem saber por quê. Eu queria devolver a sua vida o
máximo que eu pudesse. Eu sabia que a única maneira de mantê-la segura era mantê-la fora de
tudo. Então eu disse Hank nunca colocar os olhos em você de novo. Deixei claro que se ele
cruzasse com você, eu iria caçá-lo e mutilar seu corpo até que ficasse irreconhecível. E então eu
iria encontrar uma maneira de matá-lo, não importava o custo. Eu pensei que ele era inteligente
o suficiente para manter a sua parte do acordo até que você me disse que ele está ligado com sua
mãe. Instintos me dizem que isto não é apenas por causa de seus afetos amorosos. Ele está
tramando algo, e o que quer que seja, ele está usando a sua mãe, ou, mais provavelmente você,
para realizá-lo. "
 
Meu coração batia forte em tempo dobrado. "Que cobra!"
 
Patch riu sombriamente. "Eu teria usado uma palavra mais forte, mas esta funciona também." 
 
Como poderia Hank fazer essas coisas para mim? Obviamente que ele escolheu não me amar,
mas ele ainda era meu pai. Sangue não significava nada? Como é que ele tem a audácia de me
olhar nos olhos nos últimos dias e sorrir? Ele arrancou-me da minha mãe. Ele me manteve em
cativeiro durante semanas, e agora como ele ousa andar dentro da minha casa e agir como se
preocupasse com a minha família?
 
"Ele tem um objetivo concretizado em tudo isso. Eu não sei o que é, mas não pode ser
inofensivo. O instinto me diz que ele quer colocar seu plano em movimento antes do Cheshvan."
Os olhos de Patch cortaram os meus. "Cheshvan começa em menos de três semanas."
 
"Eu sei o que você está pensando," eu disse. "Que você está indo atrás dele sozinho.Mas não me
roube a satisfação de derrubá-lo. Eu mereço muito isso."
 
Patch enganchou seu cotovelo no meu pescoço e apertou os lábios ferozmente na minha testa.
"Eu não sonharia com isso."
 
"Então, o que agora?"
 
"Ele teve um bom começo, mas eu planejo mudar o placar esta noite. O inimigo do seu inimigo é
seu amigo, e eu tenho um velho amigo que pode ser útil para nós."
 
Algo sobre a maneira como ele disse "amigo" implicava que a pessoa em questão não era nada.
"O nome dela é Dabria, e eu acho que é hora de lhe chamar."
 
Parecia que Patch tinha decidido seu próximo movimento, e assim eu também. Eu saltei da
cama e peguei meus sapatos e o moletom, que ele colocou sobre o cômoda. 
 
"Eu não posso ficar aqui. Eu tenho que ir para casa. Eu não posso deixar que Hank use a minha
mãe dessa forma e não dizer a ela o que está acontecendo. "
 
Patch soltou um suspiro perturbado. "Você não pode dizer-lhe nada. Ela não vai acreditar em
você. Ele está fazendo a mesma coisa com ela que eu fiz para Vee. Mesmo se ela não quiser
confiar nele, ela terá que o fazer. Ela está sob sua influência, e por agora, temos que deixá-la
dessa maneira. Um pouco mais, até que eu possa descobrir o que ele está planejando.”
 
Meu ressentimento ferveu, queimando a simples idéia de Hank controlar e manipular a minha
mãe. "Você não pode marchar para lá e rasgá-lo em pedaços?" Exigi. "Ele merece muito pior,
mas pelo menos isso iria resolver os nossos problemas. E me daria alguma satisfação ", eu
adicionei amargamente.
 
"Nós precisamos derrubá-lo por bem. Nós não sabemos quem mais está ajudando-o e até onde
seu plano se estende. Ele está montando um exército de Nephilim para ir
 
contra anjos caídos, mas ele sabe tão bem quanto eu que uma vez que o Cheshvan
começa,nenhum exército é forte o suficiente para desafiar um juramento debaixo do céu.
 
Anjos caídos virão em massa para possuir seus homens. Ele deve estar planejando alguma coisa.
Mas onde você se encaixa? ”“, Ponderou em voz alta. De repente, seus olhos estreitaram. 
 
"Tudo o que ele está planejando, está tudo na informação que ele precisa do arcanjo. Mas, para
levá-la a falar, ele precisa de um colar de arcanjo.”
 
As palavras de Patch parecia me esmagar. Eu estava tão envolvida no resto das revelações da
noite, eu tinha esquecido completamente a alucinação da menina na gaiola, que agora eu sabia
que era uma memória real. Ela não era uma menina, mas um arcanjo.
 
Patch suspirou. "Sinto muito, Anjo, estou me adiantando. Deixe-me explicar. "
 
Mas eu o interrompi. "Eu sei sobre o colar. Eu vi o arcanjo enjaulado em uma de suas memórias.
E eu tenho certeza que ela tentou me dizer para não deixar
 
Hank pegá-lo, mas no momento eu pensei que estava tendo alucinações. "
 
Patch ficou me olhando em silêncio por um momento e depois falou. "Ela é um arcanjo e
poderosa o suficiente para inserir-se em seu pensamento consciente. Claramente ela sentiu a
necessidade de avisá-la. "
 
Eu assenti. "Porque Hank pensa que eu tenho o seu colar."
 
"Você não o tem."
 
"Tente dizer isso a ele."
 
"É disso que se trata," Patch disse lentamente. "Hank acha que eu plantei meu colarem você."
 
"Eu acho que sim."
 
Patch franziu a testa, os olhos escuros calculando. "Se eu levar você pra casa, você pode
enfrentar Hank e convencê-lo você não tem nada a esconder? Eu preciso que você o faça
acreditar que nada mudou.
 
“Esta noite nunca aconteceu”. Ninguém culpará você se não estiver pronta, muito menos eu”.
Mas primeiro eu preciso saber que você pode lidar com isso “.
 
A minha resposta à sua pergunta veio sem hesitação. Eu poderia guardar um segredo, não
importa o quanto fosse difícil, quando a vida das pessoas que eu amava estavam em jogo.
 
 
Silence - Capítulo 22 Capitulo 22
 
 
(Traduzido pela Samy)
 
EU COLOQUEI O MEU PÉ NO PEDAL PESADO DO VOLKSWAGENDO, esperando que no
meu percurso eu não cruza-se com um policial que tinha furado, que não tinha nada melhor
para fazer do que bater no meu pulso. Eu estava a caminho de casa, tendo deixar o Patch com
grande relutância. Eu não queria sair, mas o pensamento da minha mãe sozinha com Hank, um
fantoche sob o sua influência, era insuportável. Mesmo sabendo que não era a tinha logica, eu
disse a mim mesma que a minha presença poderia protegê-la. A alternativa foi ceder a Hank,
mas eu morreria antes de ceder.
 
 
 
 
Depois desonrosamente tentei e falhei em me convencer a ficar até uma hora normal de vigília,
Patch tinha me levado para recuperar o Volkswagen. Eu não sabia como ele conseguiu que o
carro ficasse ileso no distrito industrial durante várias horas. No mínimo, eu esperava que o CD
player tivesse sido arrancado.
 
Na quinta, eu corri até os degraus da varanda e entrei em silêncio. Quando eu liguei a luz da
cozinha, sufoquei um grito.
 
Hank Millar estava encostado no balcão, com um copo de água pendurado por negligência, entre
os dedos. "Olá, Nora".
 
Eu imediatamente levantei um escudo, escondendo provas de meu alarme. Apertei os olhos,
esperando que o gesto parecesse irritado. "O que você está fazendo aqui?"
 
Ele inclinou a cabeça para a porta da frente. "Sua mãe teve que correr para o escritório. Alguma
emergência com o Hugo saltou sobre ela no último momento. "
 
"São cinco horas da manhã."
 
"Você sabe como é o Hugo."
 
Não, mas eu sei quem é você. Eu rapidamente afastei a idéia de que Hank tinha enganado a
minha mãe e deixado para que pudesse me encurralar sozinha. mas como ele poderia ter sabido
quando eu chegaria em casa? Ainda assim, eu não descartei a idéia.
 
"Eu pensei que seria educado me levantar e começar o meu dia também", disse ele. "O que seria
de mim se eu ficasse na cama enquanto sua mãe trabalha?"
 
Ele não se preocupou em esconder o fato que ele dormiu aqui. Até onde eu sabia, esta foi a
primeira vez. Uma coisa era manipular a mente da minha mãe, mas para dormir em sua cama ...
 
"Pensei que você tinha planos de dormir na casa de seu amiga Vee. A festa acabou tão cedo?
"Hank perguntou. "Ou eu deveria dizer, tão tarde."
 
Meu pulso saltou de raiva, e eu tive que morder as palavras iradas que voavam para a minha
língua.
 
"Eu decidi dormir na minha própria cama." Ficou a dica.
 
Um sorriso condescendente pairou em sua boca. "Certo."
 
"Não acredita em mim?" Eu o desafiei.
 
"Não há necessidade de dar desculpas para mim, Nora. Eu sei que há muito poucas razões para
uma jovem se sentir obrigada a mentir sobre dormir na casa de um amigo". Ele riu, mas não era
um som quente. "Diga-me. Quem é o sortudo?" A sobrancelha loira arqueada, e ele levou o copo
aos lábios, voltando a bebida.
 
Meu pulso estava muito acelerado, mas eu coloquei cada grama de convicção em um fingindo ar
de calma. Ele estava esfaqueando no escuro. Não havia nenhuma maneira que ele pudesse saber
que eu estive com Patch. A única maneira de Hank confirmar qualquer coisa que eu tinha feito
na noite passada era se eu o deixasse saber.
 
Eu dei-lhe um olhar furioso. "Na verdade, eu estava assistindo a um filme com Vee. Talvez
Marcie tenha histórias de esgueirar-se para fora com os meninos, mas eu acho que é seguro
dizer que eu não sou como a Marcie. " Disse com sarcasmo. Se eu ia passar por isso, eu precisava
de recuar um pouco.
 
Diversões superiores Hank não mascarou sua expressão. "Oh, realmente?"
 
"Sim, realmente."
 
"Eu liguei para a mãe Vee para verificação acima em você, e ela entregou notícia chocante. Você
não tinha pisado dentro de sua casa toda a noite. "
 
"Você tem certeza de mim?"
 
"Temo que sua mãe seja muito tolerante com você, Nora. Eu vi através de sua mentirinha e
pensei que eu ia tomar matérias em minhas próprias mãos. Fico feliz que ela tenha corrido para
o outro, para que pudéssemos ter esta pequena conversa privada ".
 
"O que eu faço não é da sua conta."
 
"No momento, é verdade. Mas se eu me casar com sua mãe, todas as regras antigas vão para fora
da janela. Nós vamos ser uma família. "Ele piscou, mas o efeito era muito mais ameaçador que
brincalhão. 
 
"Eu corro em um navio apertado, Nora."
 
Ok, tente isso sobre para o tamanho. "Você está certo. Eu não estava com Vee. Eu menti para
minha mãe para que eu pudesse ir para a um lugar, muito tranquilo no país para limpar a minha
cabeça.
 
Algo estranho tem acontecido ultimamente. "Bati minha cabeça. "Minha amnésia está
começando a limpar. Os últimos meses não são tão vagos. Eu continuo vendo uma face
particular mais e mais. Meu seqüestrador. Eu não tenho detalhes suficientes para identificá-lo
ainda, mas é só uma questão de tempo. "
 
Ele segurou no rosto sua expressão perfeita, mas eu pensei ter visto um vislumbre de raiva em
seus olhos.
 
Isso é o que eu pensei, você é uma picada abominável. "O problema foi, no meu caminho de
volta para a cidade, meu carro, aquele pedaço de lixo, quebrou. Eu não queria ficar em apuros
para conduzir em torno de mim mesmo tarde da noite, assim que eu chamei Vee e pedi-lhe para
me encobrir. Passei as últimas horas tentando conseguir fazer o meu carro pegar. "
 
Ele não vacilou. "Por que eu não dou uma olhada nele, então? Se eu não puder descobrir o que
há de errado com ele, eu não deveria estar no negócio de carros. "
 
"Não se incomode. Vou levá-la ao nosso mecânico. "Caso ele não tenha pegado a dica,
acrescentei:" Eu preciso para ficar pronta para a escola e eu preciso parar para estudar um
pouco. Eu prefiro a paz e tranquilidade. "
 
Seu sorriso apertado nos cantos. "Se eu não soubesse melhor, eu acharia que você esta tentando
se livrar de mim."
 
Fiz um gesto em direção incisivamente a porta da frente. "Vou ligar para minha mãe e deixá-la
saber que você ficou."
 
"E o seu carro?"
 
Caramba, ele estava sendo obstinado. "Mecânico, lembra?"
 
"Bobagem", disse ele, roçando-me com facilidade. "Não há necessidade de fazer a sua mãe pagar
um mecânico quando eu posso resolver o problema. Carro na garagem, eu presumo? "
 
Antes que eu pudesse impedi-lo, ele saiu pela porta da frente. Segui-o descendo os degraus da
varanda da frente com meu coração na minha garganta. Posicionando o 
 
nariz no Volkswagen, ele arregaçou as mangas e chegou habilmente dentro da grade dianteira. O
capô apareceu e ele apoiou-o aberto.
 
Eu fiquei ao lado dele, esperando que patch tivesse feito um trabalho convincente. Tinha sido
sua a idéia de ter um plano de reserva, apenas no caso da história Vee não se sustentar. uma vez
que parecia que Hank havia substituído o truque mental de Patch, indo direto para a Sra. Sky,
eu não poderia ser mais grata pela sua cautela.
 
"Bem aqui", Hank disse, apontando para uma fissura minúscula em uma das mangueiras muito
preta e enrolada ao redor do motor. "Problema resolvido. Ele vai segurar por mais uns dias, mas
vai precisar de ajustes, mais cedo ou mais tarde. Leve-o na concessionária mais tarde hoje e eu
vou colocar meu melhor homem nele."
 
Quando eu não disse nada, ele acrescentou, "Eu tenho de impressionar a filha da mulher que
pretendo me casar." Disse ele vemente o suficiente, mas houve um sinistro
 
sub tom. "Oh, e Nora?", Ele chamou depois que eu virei para ir embora. "Estou feliz de manter
esse incidente para nós mesmos, mas por causa de sua mãe, eu não vou tolerar mais mentiras,
independentemente de suas intenções. Não m engane mais uma vez ... "
 
Sem uma palavra eu andei para dentro, forçando-me a não me apressar ou olhar para trás. Não
que eu precisasse. Eu podia sentir o olhar severo que perceptiva de Hank seguindo-me todo o
caminho através da porta.
 
Uma semana se passou sem qualquer palavra de Patch. Eu não sabia se ele tinha encontrado
Dabria, ou se ele estava mais perto de descobrir a motivação de Hank para pendurar-se em
torno de minha família. Mais de uma vez eu tive que parar de me dirigir a Delfos e usando
tentativa e erro para controlar o meu caminho de volta para seu ateliê de granito. Eu concordei
em esperar por ele para entrar em contato comigo, mas eu estava começando a me chutar por
ter concordado. Eu tinha feito Patch prometer que não ia me abandonar à margem, enquanto
ele ia atrás de
 
Hank, mas sua promessa estava começando a parecer muito frágil. Mesmo se ele não tivesse
achado nada, eu queria que ele me chamasse, porque ele não sabia a
 
maneira que eu estava sentindo falta dele. Ele não poderia se incomodar em pegar o telefone?
Scott também não havia ressurgido, e de acordo com seu pedido, eu não tinha ido à procura
dele. Mas, se um ou ambos não chegassem a sair em breve, todas as apostas estavam fora.
 
 
 
A única coisa que me distraia do Patch era a escola, mas mesmo ela não estava fazendo um
trabalho louvável. Eu sempre me considerava uma estudante de alto nível,
 
e eu estava começando a me perguntar por que eu me incomodava. Em comparação com a
necessidade imediata de lidar com Hank, entrar na faculdade se tornara uma preocupação
secundária.
 
"Parabéns", disse Cheri Derborn enquanto passeamos na segunda hora Inglês juntos.
 
Eu não conseguia descobrir por que ela estava sorrindo tão amplamente. 
 
"Pelo quê?"
 
"As indicações do REGRESSO A CASA foram anunciados esta manhã. Você está acima para
atendente de classe junior. "
 
Eu só olhava para ela.
 
"Atendente classe Junior," ela repetiu, destacando cada palavra individualmente.
 
"Você tem certeza?"
 
"Seu nome está na lista. Não pode ser um erro de impressão. "
 
"Quem poderia indicar-me?"
 
Ela me olhou estranho. "Qualquer um pode nomear lhe, mas eles têm de obter pelo menos
cinquenta assinaturas para o formulário de indicação. Como uma petição. Quanto mais
assinaturas, melhor. "
 
"Eu vou matar a Vee," eu murmurei, como a única explicação lógica se apresentou. Eu tinha
tomado conselho Patch e não a chamava mentir para mim, mas
 
isso foi imperdoável. Volta ao lar realeza? Mesmo patch não podia protegê-la agora. Sentado à
minha mesa, eu escondi meu celular debaixo da mesa desde que o nosso professor, Mr. Sarraf,
tinha uma política de não nada de telefones.
 
ATENDENTE REGRESSO A CASA? Eu enviei o torpedo para Vee.
 
Felizmente, o sino não tinha tocado ainda, e ela me deu uma resposta rápida.
 
“Acabamos de ouvir. UM ... PARABÉNS?”
 
Ela estava tão morta, eu soquei dentro DESCULPA? Você acha que fiz isso?
 
"É melhor colocar isso de lado", disse uma voz alegre. "Sarraf esta olhando pra você."
 
Marcie Millar caiu na mesa ao lado. Eu sabia que tinha Inglês juntas, mas ela sempre se sentava
na fileira de trás com Jon Galae Hales Addyson. É não era segredo Mr. Sarraf era praticamente
cego, e que eles poderiam fazer qualquer coisa lá, até acender um cigarro.
 
"Se ele aperta com mais força, ele vai dar a si mesmo uma hemorroida cerebral", disse Marcie.
 
"Brilhante", eu disse. "Como é que você vem com essas coisas?"
 
Faltou o meu sarcasmo, ela se sentou mais alto com a auto-satisfação.
 
"Eu vi que você fez muitos votos do “regresso a casa", disse ela.
 
Eu não disse nada. A melodia de sua voz não parecia estar a fazendo diversão, mas eu a conhecia
por 11 anos "da história entre nós implícita de forma diferente.
 
"Quem você acha que vai ganhar atendente júnior masculina?" Ela perguntou. "Minha aposta
sobre Cameron Ferria. Esperemos que eles sequem as roupas da realeza do ultimo ano. Tenho-o
em boa autoridade que Kara Querido deixou marcas de suor nas axilas dentro de sua túnica. E
se você tivesse de usar seu vestido velho? "Ela franziu o nariz.
 
"Se ela fez isso com seu manto, eu odiaria ver o que ela fez com a tiara."
 
Minha mente involuntariamente viajou de volta pro ‘regresso a casa’ só eu participei. Vee e eu
tinhamos ido como calouras. Nós éramos recém-escolares ungido em alta, e só pareceu
apropriado para ver o que era todo o alarido. No intervalo, o clube de reforço marchou para o
campo e anunciou a realeza, a partir
 
com os atendentes calouro e terminando com a rainha e rei classe sênior. Cada membro da
realeza tinha uma veste com as cores da escola colocada nos seus
 
ombros e uma coroa ou tiara enfiada em sua cabeça. Em seguida, eles tomaram uma volta da
vitória ao redor da pista em carrinhos de golfe. De alta classe, eu sei. Marcie ganhou caloura
atendente e azedou qualquer desejo que eu tinha que freqüentar outra coroação.
 
"Eu indiquei você". Marcie capotou seu cabelo fora de seus ombros, dando-me um potência total
de seu sorriso. "Eu ia guardar segredo, mas o anonimato não é
 
minha coisa. "
 
Suas palavras me chicotearam para fora da minha reflexão. "Você fez o quê?"
 
Ela tentou uma cara simpática. "Eu sei que você está passando por um período difícil. Quero
dizer, primeiro a coisa toda do sequestro e amnésia ", ela deixou cair a voz a um sussurro "eu sei
sobre as alucinações. Meu pai me disse. Ele disse que eu deveria ser mais agradável com você.
Só que eu não tinha certeza de como. Eu pensei e pensei. E então eu vi o anúncio sobre
nomeação da realeza deste ano ‘regresso a casa’. Obviamente, todo mundo queria nomear-me,
mas eu disse aos meus amigos que devemos nomear você em meu lugar. Eu poderia ter
mencionado as alucinações, e eu poderia ter exagerado sua gravidade. Você tem que jogar sujo
para vencer. Boa notícia é que temos mais de 200 assinaturas, mais do que qualquer outro
candidato! "
 
Minha mente vacilou entre a incredulidade e a repulsa. "Você me fez o seu projeto de caridade?"
 
"Sim!", Ela gritou, batendo palmas delicadamente.
 
Dobrei para outro lado do corredor, prendendo-a com meu olhar mais endurecido e grave. "Vá
para o escritório e retratate-se. Eu não quero meu nome na cédula. "
 
Em vez de olhar ferido, Marcie colocou as mãos nos quadris. "Isso iria estragar tudo. Eles já
imprimirão as cédulas. Eu espiei a pilha no escritório principal esta manhã. Você quer ver um
desperdício de papel? Pense nas árvores que sacrificaram suas vidas para aquelas resmas de
papel. E o que é
 
mais que o papel. Quanto a mim? Eu saí da minha maneira de fazer algo agradável, e você não
pode simplesmente rejeitar isso. "
 
Eu coloquei meu pescoço para trás, encarando as manchas de água no teto.
 
Por que eu?
 
Silence - Capítulo 23 Capítulo 23 
 
 
Depois da escola, encontrei um bilhete pregado na porta da frente: Celeiro. Enfiei o bilhete no
bolso e me dirigi para o quintal. A cerca dividia a borda da nossa propriedade com um campo
aberto em expansão. Havia um celeiro, no meio dele. Até hoje, eu não tinha certeza de quem era
o celeiro pertencia. Anos atrás Vee e eu tínhamos sonhado de transformar-lo em um clube
secreto. Nossas ambições rapidamente morreram na primeira vez em que abrimos as portas e
encontrarmos um morcego pendurado no teto. 
 
 
Eu não tinha tentado entrar no celeiro, pois, e mesmo que eu pudesse dizer que eu não estava
mais com medo dos pequenos mamíferos voadores, hesitei em abrir a porta. 
 
"Olá?" Eu chamei para dentro 
 
Scott estava estendido em um banco na parte de trás do celeiro. Após a minha entrada, ele se
levantou. "Você ainda está brava comigo?", Perguntou ele, mastigando um pedaço de grama
selvagem. Se não fosse a camiseta do Metallica e o jeans desgastado, ele poderia parecer que
pertencia ao volante de um trator. 
 
Folheei a vigas. "Você viu algum morcegos quando entrou aqui?" 
 
Scott sorriu. "Com medo de morcegos, Grey?" 
 
Eu cai no banco ao lado dele. "Me mata me chamar de Grey. Me faz parecer que eu sou um
menino. Como Dorian Gray." 
 
"Dorian quem?" 
 
Eu suspirei. "Basta pensar em outra coisa. O antigo Nora também funciona, você sabe." 
 
"Com certeza, docinho". 
 
Eu fiz uma careta. "Eu retiro o que disse. Vamos ficar com Grey." 
 
"Eu vim para ver se você tem alguma coisa para mim. Informações sobre Hank seria bom. Você
acha que ele sabe que fomos nós espionando seu prédio naquela noite?" 
 
Eu tinha certeza que Hank não suspeitava de nós. Ele não tinha agido da forma mais
assustadora do que de costume, que, em retrospecto, não dizia muito. "Não, eu acho que está
claro." 
 
"Isso é bom, muito bom", disse Scott, torcendo o anel do Mão Negra em torno de seu dedo.
Fiquei contente de ver que ele não o tinha guardado. "Talvez eu possa sair do esconderijo mais
cedo do que eu pensava " 
 
"Parece-me que você está fora agora. Como é que você sabe que eu iria encontrar o seu bilhete
na porta da frente antes de Hank?" 
 
"Hank está em sua concessionária. E eu sei que quando chega em casa da escola. Não tome isso
da maneira errada, mas eu tenho vindo verificar você. Eu precisava saber os melhores horários
para contato com você. Aliás, sua vida social é patética." 
 
"Fale para si mesmo." 
 
Scott riu, mas quando eu não, ele cutucou meu ombro. "Você parece triste, Grey". 
 
Dei um suspiro. "Marcie Millar nomeou-me para ser a rainha do baile. A votação acontece nesta
sexta-feira." 
 
Ele me deu um daqueles apertos de mão complexos que fraternidades universitárias usam na
TV. "Bem feito, campeã." 
 
Eu dei-lhe um olhar de nojo puro. 
 
"Hey, agora. Eu pensei que as meninas amassem essas coisas. Comprar um vestido, arrumar o
cabelo, usar a pequena coroa em sua cabeça." 
 
"Tiara". 
 
"Sim, tiara. Eu sabia disso. Então, por que odeia?" 
 
"Eu me sinto uma idiota de ter meu nome em uma cédula com quatro outras meninas que são
realmente populares. Eu não estou lá para vencer. Eu só estou indo parecer estúpida. As pessoas
já estão se perguntando se é um erro de impressão. E eu não tenho um par. Achei que eu poderia
levarr Vee. Marcie vai inventar uma centena de piadas de lésbicas, mas coisas piores poderiam
acontecer." 
 
Scott abriu os braços, como se a solução fosse óbvia. "Problema resolvido. Vá comigo." 
 
Revirei os olhos, de repente, lamentando ter trazido à tona o tema. Era a última coisa de que eu
queria falar. Agora, a negação parecia o único caminho a percorrer. "Você nem sequer vai para a
escola", eu lembrei ele. 
 
"Existe uma regra sobre isso? Meninas na minha antiga escola em Portland estavam sempre
arrastando seus namorados da faculdade de volta para os bailes." 
 
"Não há uma regra, por si só." 
 
Ele considerou por alguns instantes. "Se você está preocupada com a Mão Negra, da última vez
que verifiquei, ditadores Nephilins não consideram os humanos no ensino médio sua
prioridade. Ele nunca vai saber que eu estive lá." 
 
Com a imagem de Hank no ginásio da escola, eu não pude deixar de rir. 
 
"Você ri, mas você não me viu em um smoking. Ou talvez você não goste de caras com ombros
largos, peito musculoso e tanquinho?" 
 
Mordi o lábio para conter outra risada, mais difícil. "Me intimidando. Você está começando a
fazer isso soar como uma inversão de papéis de A Bela e a Fera. Nós todos sabemos que você é
lindo, Scott". 
 
Scott deu um aperto afetuoso em meu joelho. "Você nunca vai me ouvir admitir isso de novo,
então ouça. Grey sua aparência é boa. Em uma escala de 1 a 10, você está definitivamente na
metade superior." 
 
"Puxa, obrigado." 
 
"Você não é o tipo de garota que eu teria perseguido quando eu estava em Portland, mas eu não
sou o mesmo cara que eu era naquela época também. Você é um pouco boa demais para mim, e
vamos encarar, um pouco inteligente." 
 
"Você é bem informado", eu apontei. 
 
"Pare de interromper. Você vai fazer eu me perder no meu discurso." 
 
"Você tem este discurso memorizado?" 
 
Um sorriso. "Eu tenho um monte de tempo em minhas mãos. Como eu estava dizendo, inferno.
Eu esqueci onde eu estava." 
 
"Você estava me dizendo que eu podia ter certeza que eu sou mais bonita do que metade das
meninas na minha escola." 
 
"Isso foi uma figura de linguagem. Se você quiser obter um dado técnico, você é mais bonita do
que noventa por cento. Mais ou menos." 
 
Eu coloquei a mão sobre meu coração. "Estou sem palavras." 
 
Scott ficou de joelhos e apertou minha mão de forma dramática. "Sim, Nora. Sim, eu vou ao
baile com você." 
 
Eu bufei para ele. "Você está tão cheio de si mesmo. Eu nunca pedi." 
 
"Vê? Muito inteligente. Enfim, qual é o grande negócio? Você precisa de um par, e enquanto eu
não posso ser a sua escolha número um, eu vou ser." 
 
A imagem clara do Patch apareceu em meus pensamentos, mas eu varri de lado. Logicamente,
eu sabia que não havia nenhuma maneira de que Scott pudesse ler minha mente, mas isso não
diminuiu a minha culpa. Eu não estava pronta para dizer-lhe ainda que eu não estava mais
trabalhando exclusivamente com ele para derrubar Hank; eu tinha a ajuda do meu ex
namorado, que tinha o dobro de recursos, duas vezes mais perigoso, a personificação da
perfeição masculina... e um anjo caído. Ferir Scott era a última coisa que eu queria.
Inesperadamente, ele tinha crescido em mim.
 
E enquanto eu achei estranho que Scott tinha de repente decidido que complacência era o
caminho a percorrer com Hank, eu não tive coragem de dizer a ele que não era permitido uma
noite de diversão. Como ele disse, o baile do boas vindas seria a última coisa no radar de Hank. 
 
"Ok, ok," eu disse, dando-lhe um soco brincalhão no ombro. "Você será meu acompanhante."
Coloquei uma cara séria. "Mas é melhor você não estar exagerando sobre como você aparenta
em um smoking." Mais tarde naquela noite que eu percebi que não tinha dito a Scott sobre a
casa Nephilim verdadeiramente segura. Quem teria imaginado que um baile pesaria sobre os
meus pensamentos mais fortemente do que o tropeço dentro de um quartel cheio de Nephilins?
Em momentos como este ter o número de celular dele poderia realmente ser útil. Pensando
bem, eu não tinha certeza se Scott tinha um celular. Telefones podiam ser verificados. 
 
Às seis eu me sentei para jantar com minha mãe. 
 
"Como foi seu dia?", Perguntou ela. 
 
"Eu posso dizer-lhe que foi absolutamente fantástico, se você quiser", eu disse, mastigando um
pedaço de ziti cozido. 
 
"Oh querida. Será que o Volkswagen quebrou novamente? Eu pensei que foi muito generoso
Hank o ter consertado, e eu tenho certeza que ele se ofereceria para ajudar de novo, se você
pedir." 
 
A admiração cega da minha mãe por Hank, fez com que lentamente eu recuperasse a
compostura. "Pior. Marcie nomeou-me para ser a rainha do baile. Pior ainda, eu tenho votos." 
 
Mamãe baixou o garfo. Ela olhou atordoada. "Estamos falando sobre a Marcie mesmo?" 
 
"Ela disse que Hank disse a ela sobre as alucinações, e ela me fez o seu novo caso de caridade.
Eu não disse a Hank sobre as alucinações." 
 
"Isso teria sido eu", disse ela, piscando com surpresa. "Eu não posso acreditar que ele
compartilhou essa informação com Marcie. Lembro-me de dizer-lhe para mantê-lo privado." Ela
abriu a boca, em seguida, lentamente fechou. "Pelo menos, eu tenho quase certeza de que eu
disse." Ela largou os talheres com um tilintar. "Eu juro que a velhice irá obter o melhor de mim.
Eu não consigo lembrar mais nada. Por favor, não culpe Hank. Assumo a total
responsabilidade." 
 
Eu não agüentava ver minha mãe perdida e confusa. A velhice não tinha nada a ver com sua
incapacidade de se lembrar. Eu não tinha dúvida em minha mente que Patch estava certo, ela
estava sob influência de Hank. Eu me perguntei se ele estava apagando sua mente no seu dia a
dia, ou se ele a incutiu em seu sentido geral de obediência e lealdade. 
 
"Não se preocupe com isso", murmurei. Eu tinha um pedaço de ziti no meu garfo, mas eu tinha
perdido o apetite. Patch tinha me dito que não havia qualquer serventia na tentativa de explicar
a verdade para a minha mãe, ela não iria acreditar em mim, mas isso não me impediu de querer
gritar de frustração. Eu não tinha certeza quanto tempo mais eu podia manter a charada: comer,
dormir, sorrindo, como se nada estivesse errado. 
 
Mamãe disse: "Deve ser por isso que Hank sugeriu que você e Marcie fossem às compras dos
vestidos juntas. Eu lhe disse que ficaria muito surpresa se você tivesse qualquer desejo de ir ao
baile, mas ele deve ter sabido o que Marcie estava planejando. Claro, você não tem nenhuma
obrigação de ir a qualquer lugar com Marcie," ela corrigiu em um rosnado. "Eu acho que seria
muito para você, mas é evidente que Hank não sabe como você se sente sobre Marcie. Eu acho
que ele sonha em ver nossas famílias se darem bem." Ela deu uma risada miserável. 
 
Sob as circunstâncias, eu não poderia trazer-me a acompanhá-la. Eu não sabia se o que ela disse
foi de coração, e quanto foi ditado pelos truques de mente de Hank. Mas estava muito claro que
se ela estava pensando em casamento, Patch e eu precisávamos trabalhar mais rápido. 
 
"Marcie me encurralou depois da escola e disse-me, sim, disse-me que iríamos fazer compras
dos vestidos. Mas eu não tinha absolutamente nada a dizer sobre o assunto. Mas está tudo bem.
Vee e eu temos um plano. Eu mandei uma mensagem para Marcie e disse a ela que não podia ir
às compras porque estou sem dinheiro. Então eu disse-lhe que sentia muito, porque eu estava
realmente ansiosa para nossa saída. Ela mandou uma mensagem de volta e disse Hank lhe deu
seu cartão de crédito e ela estava pagando". 
 
Mamãe gemeu em desaprovação, mas seus olhos estavam plissados com diversão. "Por favor me
diga que eu eduquei melhor do que isso." 
 
"Eu já escolhi o vestido que eu quero", eu disse alegremente. "Eu vou fazer Marcie pagar por ele,
e depois Vee esbarrar em nós quando estivermos deixando a loja. Vou pegar o vestido, e sair
para comer uns donuts com Vee." 
 
"Como o vestido parece?" 
 
"Vee e eu o encontramos no Jardim da Seda. É um vestido de festa acima do joelho." 
 
"Que cor?" 
 
"Você vai ter que esperar e ver." Sorri diabolicamente. "Custa 150 dólares." 
 
Mãe acenou. "Eu ficaria surpresa se Hank nem percebesse. Você deveria ver como ele queima
seu dinheiro." 
 
Eu estabeleci-me mais na minha cadeira, satisfeita comigo mesma. "Então eu não acho que ele
vá se importar de comprar meus sapatos, também." 
 
Era para eu encontrar Marcie no Jardim de Seda às sete. Jardim de Seda era uma loja de roupas
na esquina da Asher e a 7th. Do lado de fora se assemelhava a um castelo, com uma porta de
carvalho e ferro e uma calçada. As árvores foram embrulhados com luzes azuis decorativas. Nas
janelas da frente, manequins vestidos com modelos bonitos o suficiente para comer. Quando eu
era pequena, meus sonhos de grandeza incluíam tornar-me uma princesa e reivindicar o Jardim
de Seda como o meu castelo. 
 
Ás 07:20, Andei pelo estacionamento, procurando o carro Marcie. Marcie levou uma Toyota
4Runner vermelha, em plena carga. De alguma forma eu tinha a sensação que seu carro nunca
quebrou. Eu duvidava que ela já tivesse que bater em seu painel por 10 minutos em linha reta
antes de o motor travar. E eu estava disposta a apostar seu carro nunca quebrou na metade do
caminho para a escola. Eu lancei um olhar sombrio na direção do Volkswagen e suspirei. 
 
Um 4Runner vermelho entrou no estacionamento, e Marcie saltou. "Desculpe-me estou
atrasada", disse ela, jogando a bolsa para cima de seu ombro. "Meu cachorro não queria me
deixar." 
 
"Seu cachorro?" 
 
"Boomer. Os cães também são pessoas, você sabe." 
 
Eu vi minha chance. "Não se preocupe. Eu já dei uma volta lá dentro. Escolhi meu vestido,
também. Nós podemos fazer isso bem rápido, e você pode voltar ao Boomer". 
 
Seu rosto caiu. "E a minha escolha? Você disse minha opinião tinha valor." 
 
Praticamente só o valor do cartão de crédito do seu pai. "Sim, sobre isso. Eu tinha toda a
intenção de esperar por você, mas depois que vi o vestido. Eu falou comigo." 
 
"Sério?" 
 
"Sim, Marcie. O céu se abriu e os anjos cantaram 'Hallelujah'." Em minha mente, eu batia minha
cabeça contra uma parede. 
 
"Mostre-me o vestido," ela disse. "Você percebe que tem um tom de pele quente, certo? A cor
errada vai te deixar pálida." 
 
Dentro, eu detalhei mais o vestido para Marcie. Era um vestido de festa com um verde com uma
saia rodada. A vendedora disse que tinha que ir com as pernas de fora. Vee disse que me fez
parecer como se eu realmente tivesse peito. 
 
"Eca", disse Marcie. "Isso? Muito escolar." 
 
"Bem, é o que eu quero." 
 
Ela folheou a arara, pegando um no meu tamanho. "Talvez ele vai parecer melhor. Mas eu não
acho que eu vou mudar de opinião." 
 
Eu levei o vestido de volta para a sala de provador, com um salto no meu passo. Este era o
vestido. Marcie poderia bufar a noite toda, ela não ia mudar minha opinião. 
 
Eu arranquei meu jeans e deslizei para o vestido. Eu não consegui subir o zíper. Eu torci o
vestido ao redor e olhou para a etiqueta. Tamanho quatro. Talvez um erro honesto, talvez não.
Tinha o dedo de Marcie, enfiei a gordura da minha barriga para o vestido. Por um minuto,
parecia que ele poderia funcionar. Então realidade falou mais alto.
 
"Marcie?" Eu chamei através da cortina. 
 
"Mmm?" 
 
Passei o vestido para ela. "Tamanho errado." 
 
"Demasiado grande?" Sua voz estava atada com um exagero de ingenuidade. 
 
Eu retirei o cabelo do meu rosto para não dizer algo cínico. "Um tamanho seis vai servir, muito
obrigada." 
 
"Oh. Muito pequeno. " 
 
Foi uma coisa boa eu estar de calcinha, ou eu teria ido atrás dela e a esguelado. 
 
Um minuto depois, Marcie empurrou um tamanho de seis nas cortinas. Por sua conta, ela pegou
um número vermelho até o chão. "Não para influenciar a escolha, mas acho que este é o
caminho a percorrer. Mais glamour." 
 
Eu pendurei o vestido vermelho no gancho, dando a minha língua para ele, e me fechei no
vestido de festa que escolhi. Eu girei na frente do espelho e minha boca fez guincho em silêncio.
Imaginei-me descendo as escadas na noite do baile, enquanto Scott olhava de baixo. De repente
eu não estava retratando Scott. Patch inclinava-se no corrimão, vestido com um terno preto e
gravata prata. Eu dei-lhe um sorriso sedutor. Ele estendeu o braço e me levou até a porta. Ele
cheirava a terra quente, como areia queimada de sol. Incapaz de controlar-me, peguei as lapelas
de seu casaco e o arrastei para um beijo. 
 
"Eu poderia fazê-la sorrir assim, e sem imposto sobre vendas." 
 
Virei-me ao redor para encontrar o verdadeiro Patch em pé na sala de trocas atrás de mim. Ele
estava usando jeans e uma camiseta branca apertada. Seus braços estavam dobrados
frouxamente sobre o peito, e seus olhos negros sorriam para mim.
 
O calor não era totalmente desconfortável lavando meu corpo. "Eu poderia fazer todos os tipos
de piadas pervertidas agora," Eu brinquei. 
 
"Eu poderia te dizer o quanto eu gosto de você nesse vestido". 
 
"Como você entrou?" 
 
"Eu me movo de maneiras misteriosas." 
 
"Deus se move de maneiras misteriosas. Você se move como um raio aqui num momento, no
outro não. Quanto tempo você esteve aí?" Eu morreria de mortificação se ele me visse tentar
enfiar-me em um tamanho quatro. Para não falar me observando de calcinha! 
 
"Eu teria batido, mas eu não queria correr o risco com Marcie. Hank não pode saber que você e
eu estamos de volta no negócio." 
 
Tentei não racionalizar sobre o que o "de volta aos negócios" significava. 
 
"Tenho notícias," Patch disse. "Fiz contato com Dabria. Ela concordou em nos ajudar a executar
a interferência em Hank, mas primeiro eu preciso ser honesto. Dabria é mais do que um velha
conhecida. Nós nos conhecíamos antes de eu cair. Eu tive uma relação de conveniência, mas não
muito tempo atrás, ela lhe causou uma parte equitativa do inconveniente." Fez uma pausa. 
 
"Qual é uma boa maneira de dizer que ela tentou matá-la." 
 
Oh cara. 
 
"Ela superou seu ciúme, mas eu queria que você soubesse", completou. 
 
"Bem, agora eu sei", eu disse acidamente. Eu não estava especialmente orgulhosa de minha
insegurança repentina, mas ele não poderia ter me dito isso antes de a chamar? "Como nós
sabemos que ela não vai bancar a assassina de novo?" 
 
Ele sorriu. "Peguei uma apólice de seguro." 
 
"Parece vago." 
 
"Tenha um pouco de fé." 
 
"Como ela se parece?" E agora eu tinha descido a ladeira da insegurança. 
 
"Cabelo, sujo, pastoso em volta, castanho." Ele sorriu. "Satisfeita?" 
 
Gostaria de saber se isso se traduziu em linda, com curvas e um cérebro de um astrofísico. "Você
já se encontrou com ela pessoalmente?" 
 
"Não será necessário. O que eu quero dela não é complicado. Antes de ela ter caídoe, Dabria era
um anjo da morte e podia ver o futuro. Ela alega que ainda tem o dom e faz um dinheiro decente
a partir disso, acredite ou não, seus clientes são Nephilins". 
 
Eu descobri onde estava indo com isto. "Ela vai manter o ouvido no chão. Ela vai espionar seus
clientes e ver o que aparece sobre Hank." 
 
"Bom trabalho, Anjo." 
 
"Como é que Dabria esperar para ser paga?" 
 
"Deixe-me lidar com isso." 
 
Eu coloquei as mãos nos quadris. "Resposta errada, Patch". 
 
"Dabria não tem interesse em mim. Ela é motivada por dinheiro frio, duro." Fechou o espaço
entre nós, correndo o dedo carinhosamente junto no interior do meu pescoço. "E eu não estou
interessado nela também. Eu configurei meus olhos em outro lugar." 
 
Eu me mantive fastada da sua mão, sabendo muito bem o poder sedutor que seu toque tinha de
apagar mesmo a minha mais importante linha de raciocínio. "Ela pode ser confiável?" 
 
"Eu sou o único que arrancou-lhe as asas quando ela caiu. Eu tenho uma de suas penas
gaurdada, e ela sabe disso. A menos que ela queira passar o resto da eternidade mantendo a
empresa de Rixon, ela vai se motivar para ficar do meu lado." 
 
A apólice de seguro. Bingo. 
 
Roçou seus lábios nos meus. "Eu não posso ficar muito tempo. Estou trabalhando em algumas
coisas, e eu vou voltar para você quando terminar. Você vai estar em casa esta noite?" 
 
"Sim", eu disse hesitante, "mas você não está preocupado com Hank? Nesses dias, ele tem
estado permanente em minha casa como uma luminária." 
 
"Eu posso trabalhar em torno dele", disse ele com um brilho misterioso nos olhos. "Eu vou
através de seus sonhos." 
 
Eu inclinei minha cabeça, avaliando-o. "Isso é uma piada?" 
 
"Para que funcione, você tem que estar aberta à idéia. Um começo promissor." 
 
Esperei o final da piada, mas rapidamente me dei conta de que ele estava falando sério. "Como
isso funciona?" Eu perguntei com ceticismo. 
 
"Você sonha, e eu entro nele. Não tente me bloquear, e nós vamos ficar bem." 
 
Eu me perguntei se eu deveria dizer a ele que eu tinha um histórico estelar de não bloquear ele
quando ele vinha para os meus sonhos. 
 
"Uma última coisa", disse ele. "Eu tenho em boa fonte de que Hank sabe que Scott está na
cidade. Eu não pensaria duas vezes sobre ele ser pego, mas sei que ele significa algo para você.
Diga a ele para manter a cabeça abaixada. Hank não pensa muito bem de desertores". 
 
Mais uma vez, tendo uma forma legítima de chegar a Scott seria útil. 
 
Do outro lado da cortina, ouvi Marcie discutindo com uma vendedora. Provavelmente sobre
uma coisa tão trivial como um pouquinho de pó nos espelhos. "Será que Marcie sabe o que seu
pai realmente é?" 
 
"Marcie vive em uma bolha, mas Hank continua ameaçando envolvê-la." Ele inclinou a cabeça
em meu vestido. "Qual é a ocasião?" 
 
"Baile", eu disse, girando. "O quê?" 
 
"Da última vez que soube, um baile exige um acompanhante." 
 
"Sobre isso," Eu disse. "Tipo eu vou ... com Scott. Nós dois sabemos que um baile do colégio é o
último lugar que Hank estará patrulhando". 
 
Patch sorriu, mas foi apertado. "Eu retiro o que disse. Se Hank quer pegar Scott, ele tem a
minha bênção." 
 
"Somos apenas amigos". 
 
Ele levantou meu queixo para cima e me beijou. "O mantenha dessa maneira." Ele tirou os
óculos de aviador de sua camisa e deslizou-os sobre os olhos. "Não diga a Scott que eu não o
avisei. Eu tenho que ir, mas eu vou estar em contato." 
 
Ele abaixou-se para fora. E ele se foi. 
 
Silence - Capítulo 24 CAPÍTULO 24
 
 
 
 
Após Patch sair, eu decidi que era hora de parar de bancar a princesa e voltar para a minha
roupa normal. Eu tinha apenas puxado minha camisa sobre a minha cabeça quando percebi que
algo não estava certo. E então ele me toquei. Minha bolsa tinha sumido.
 
 
Olhei embaixo do banco de pelúcia, mas ela não estava lá. Mesmo que eu estivesse quase certa
de que eu não tinha a pendurado num gancho, olhei atrás do vestido vermelho. Empurrões
meus pés em todo lugar, eu balancei para trás a cortina e fui para a área principal loja. Encontrei
Marcie através de um rack de roupas da moda.
 
"Você viu minha bolsa?"
 
Ela fez uma pausa longa o suficiente para dizer: "Você levou para o vestiário com você."
 
A vendedora se movimentava mais. "era uma de couro marrom?", Ela me perguntou.
 
"Sim!"
 
"Eu apenas vi um homem sair da loja com ela. Ele entrou sem dizer uma palavra, e eu pensei
que ele fosse seu pai." Ela tocou sua cabeça, franzindo a testa. "Na verdade, eu poderia jurar que
ele disse que era... mas talvez eu imaginei a coisa toda. No momento me sento tão estranha.
Minha cabeça está confusa. Eu não posso explicar isso."
 
Um truque de mente, pensei.
 
Ela acrescentou: "Ele tinha cabelos grisalhos e usava um suéter argila ...".
 
"Qual o caminho que ele foi?" Eu cortei ela.
 
"Pelas portas da frente, em direção ao estacionamento."
 
Corri para fora. Eu podia ouvir Marcie em meus calcanhares.
 
"Você acha que isso é uma boa ideia?", Ela ofegou. "Quero dizer, se ele tem uma arma? E se ele é
mentalmente instável? "
 
"Que tipo de homem rouba uma bolsa debaixo de uma porta do provador?" Eu exigi em voz alta.
 
"Talvez ele estivesse desesperado. Talvez ele precisasse de dinheiro."
 
"Então ele deveria ter levado a sua!"
 
"Todo mundo sabe essa loja é cara", Marcie racionalizado. "Ele provavelmente imaginou que
conseguiria, não importa a bolsa que ele pegasse".
 
O que eu não poderia dizer a Marcie é que ele era mais provavelmente um Nephilim ou um anjo
caído. E meu instinto diz que era motivado por algo maior do que um punhado de dinheiro em
potencial.
 
Corremos até o estacionamento apenas ver um sedan preto saindo de uma vaga no
estacionamento. O brilho de seus faróis tornou impossível de ver por trás do pára-brisa. O
motor acelerou e o carro correu em nossa direção. 
 
Marcie agarrou na minha manga. "Mecha-se, sua idiota!"
 
Os pneus cantaram, o carro passou por nós para a rua. O motorista ignorou o sinal de pare,
desligou suas luzes, e desapareceu na noite.
 
"Você viu que tipo de carro era?", Perguntou Marcie.
 
"Um Audi A6. Eu tenho uma parcial da placa."
 
Marcie me avaliou de cima para baixo. "Nada mal, tigresa".
 
Eu dei-lhe um olhar de irritação pura. "Não é ruim? Ele fugiu com a minha bolsa! Você não acha
um pouco estranho que um cara que dirige um Audi precise roubar bolsas? Minha bolsa em
particular?" O qual implorou a questão, o que um imortal queria com minha bolsa?
 
"Era de marca famosa?"
 
"Tente de novo!"
 
Marcie soltou os ombros. "Bem, isso foi emocionante. E agora? Vamos voltar para o shopping?"
 
"Estou chamando a polícia."
 
Trinta minutos depois, um carro de patrulha parou no o meio-fio na frente do Jardim de Seda e
o detetive Basso saiu do carro. De repente, eu gostaria de ter seguido o conselho de Marcie e ter
esquecido a coisa toda. Minha noite tinha acabado de mal a pior.
 
Marcie e eu estávamos lá dentro, andando pelas janelas, e detetive Basso chegou e nos
encontrou. Seus olhos mostraram surpresa inicial ao ver-me, e quando ele passou a mão sobre a
boca, eu tive certeza que era para esconder um sorriso.
 
"Alguém roubou minha bolsa", o informei.
 
"Me conte tudo sobre isso", disse ele.
 
"Eu fui para o provador para experimentar vestidos de baile. Quando terminei, notei que a
minha bolsa não estava no chão, onde eu tinha deixado. Eu saí, e a vendedora me disse que
tinha visto um homem correndo com ela."
 
"Ele tinha cabelos grisalhos e um suéter argile", a vendedora ofereceu prestativamente.
 
"Cartões de crédito na bolsa?" detetive Basso perguntou.
 
"Não."
 
"Dinheiro?"
 
"Não."
 
"Valor total de itens em falta?"
 
"Setenta e cinco dólares." A bolsa custou apenas vinte, mas ficar em pé na fila por duas horas
para obter uma carteira de motorista nova tinha que valer a pena, pelo menos, cinqüenta.
 
"Eu vou enviar um relatório, mas não há muita coisa que podemos fazer. Na melhor das
hipóteses, encontraremos sua bolsa vazia e na pior das hipóteses, você terá que comprar uma
bolsa nova."
 
Marcie ligou seu braço com o meu. "Olhe para o lado positivo", disse ela, acariciando minha
mão. "Você perdeu uma bolsa barata, mas você está ganhando um vestido de luxo."
 
Ela me entregou um saco de roupa com o logotipo do Jardim de Seda. "Cuidei de tudo. Você
pode me agradecer mais tarde."
 
Olhei dentro do saco. O vestido vermelho até o chão perfeitamente ao interior.
 
Eu estava no meu quarto, e eu estava comendo um pedaço de bolo de chocolate. Eu estava de
olho no vestido vermelho, que eu tinha pendurado na porta do armário. Estava tentando me
acostumar com ele, mas eu tinha a visão distinta de que eu parecia estranhamente como Jessica
Rabbit. Menos os seios.
 
Eu escovei os dentes, joguei água no meu rosto, e passei creme para os olhos. Disse boa noite
para minha mãe, segui pelo corredor até o meu quarto, me abotoando em um bonito pijama de
flanela da Victoria Secret, e apaguei as luzes.
 
Seguindo o conselho de Patch, limpei minha mente e me preparei para dormir. Patch disse que
poderia vir dentro dos meus sonhos, mas eu tinha que estar aberta à idéia. Eu era um pouco
cética, um pouco de esperança. E nem um pouco contra. Após a noite que eu tive, a única coisa
que eu poderia imaginar fazendo-me sentir melhor era ter Patch me tomando em seus braços.
Melhor em um sonho do que nada.
 
Deitada na cama, refleti sobre o meu dia, deixando meu subconsciente torcer as memórias em
fantasmas dos sonhos. Minha mente brincou com pedaços de diálogo, flashes de cor. De repente
eu estava no vestiário no jardim de seda com Patch. Apenas nesta versão, ele tinha os dedos
enganchados em minha calça jeans e meus dedos estavam massagenado o seu cabelo. Nossas
bocas estavam a uma polegada de distância, e eu podia sentir o calor de sua respiração.
 
O sonho foi quase completamente retirado de mim quando senti meus cobertores sendo
arrastados fora de meu corpo. Sentei-me para encontrar Patch de pé sobre minha cama. Ele
estava usando o mesmo jeans e camiseta branco eu que eu tinha visto mais cedo, e ele enrolou
meu cobertor, jogando-os de lado.
 
Um sorriso iluminou seus olhos. "Doces sonhos?"
 
Olhei em volta. Tudo no meu quarto estava exatamente como deveria estar. A porta estava
fechada, a luz da noite de fundo. Minhas roupas estavam penduradas sobre a cadeira de balanço
onde eu as havia deixando, o vestido de Jessica Rabbit ainda pendurado a porta do armário.
Apesar de nenhuma evidência visível, algo que senti... não está certo.
 
"Isso é real", eu perguntei Patch, "ou um sonho?"
 
"Sonho".
 
Eu dei uma risada apreciativa. "Uau. Poderia ter me enganado. É tão real."
 
"A maioria dos sonhos são. Pelo menos até você acordar e ver todos os buracos do enredo."
 
"Fale-me disso."
 
"Estou na paisagem do seu sonho. Imagine que o seu subconsciente e o meu caminhavam por
uma porta que você criou em sua mente. Estamos na sala juntos, mas não é um lugar físico. O
quarto é imaginado, mas nossos pensamentos não são. Você decidiu a configuração e as roupas
que você está vestindo, e você decide tudo que você diz. Mas por eu estar realmente no sonho
com você, ao contrário de uma versão de mim que você sonhou, as coisas que eu digo e faço não
são obra de sua imaginação. Eu controlo essas coisas."
 
Eu tinha certeza de eu entendi o suficiente para sobreviver. "Estamos seguros aqui?"
 
"Se você está perguntando se Hank vai nos espionar, não, provavelmente não."
 
"Mas se você pode fazer isso, o que é o impede de fazê-lo? Eu sei que ele é Nephilim, e a menos
que eu errada aqui, parece que os anjos caídos e Nephilins têm um monte mesmos poderes."
 
"Eu até tentei invadir seus sonhos alguns meses atrás, eu não sabia muito sobre como
funcionava o processo. Eu já aprendi que isso requer uma forte ligação entre os dois assuntos.
Eu também tenho que saber sobre o assunto do sonho. O tempo pode ficar complicado e requer
paciência. Se você invadir demasiado cedo, o sujeito vai acordar. Se dois anjos, ou Nephilins, ou
qualquer combinação dos dois, invadir um sonho, ao mesmo tempo, empurrando e puxando
com as suas próprias ideias, o sonhador está muito mais provável a acordar. Gostando ou não,
Hank tem uma forte ligação com você. Mas se ele não tentou invadir seu sonho ainda, eu não
acho que ele vá começar nesta altura do jogo."
 
"Como você aprendeu tudo isso?"
 
"Tentativa e erro". Hesitou, como se sentido ter cautela com as palavras seguintes. "Eu também
tenho um pouco de ajuda externa de um anjo caído que recentemente caiu. Ao contrário de
mim, ela tinha um forte conhecimento na lei dos anjos antes de ela cair. Eu não ficaria surpreso
se ela tiver o Livro de Enoque, sobre a história dos anjos, memorizado. Eu sabia que se alguém
tinha respostas, seria ela. Depois de um pouco de torção nos braços, ela me disse. "Seu rosto era
uma máscara de indiferença. 
 
"Ela significa Dabria".
 
Meu coração deu um toque desagradável. Eu não queria ficar com ciúmes da ex do Patch,
obviamente, eu entendi que não havia jeito de que ele não tivesse tido algum tipo de história
romântica, mas eu senti uma aversão incontrolável por Dabria. Raiva, talvez um residuo por ela
ter tentado me matar. Ou talvez o instinto me dizendo que ela não iria hesitar em nos trair
novamente.
 
"Então, você se encontrou com ela pessoalmente depois de tudo?" Eu perguntei
acusadoramente.
 
"Nos encontramos hoje, e enquanto estava com ela, eu decidi ir ao fundo de algumas perguntas
que estavam pesando em minha mente. Eu tenho procurado uma maneira de me comunicar
com você sem ser detectado, e eu não ia desperdiçar a oportunidade de que ela poderia fornecer
respostas."
 
Eu quase não o ouvi. "Por que ela o encontrou?"
 
"Ela não disse, e não é importante. Nós conseguimos o que queríamos, e é isso que me interessa.
Agora temos uma forma particular de comunicação."
 
"Será que encontrou ela por aí?"
 
Patch revirou os olhos.
 
Eu estava plenamente consciente de que ele se esquivou de minha pergunta. "Ela foi ao seu
estúdio?"
 
"Isso está começando parecer como Twenty Questions, Anjo".
 
"Em outras palavras, ela foi."
 
"Não, ela não foi," Patch respondeu pacientemente. "Podemos parar de falar sobre Dabria?"
 
"Quando eu vou conhecê-la?" E diga a ela para manter as mãos à vista.
 
Patch coçou a bochecha, mas eu pensei que eu vi a contração em sua boca. "Provavelmente não é
uma boa ideia."
 
"O que é que isso quer dizer? Você não acha que eu posso me cuidar, não é? Obrigado pela voto
de confiança!" Eu disse, fervendo para ele e em minha própria insegurança estúpida.
 
"Eu acho que Dabria é uma narcisista e uma egomaníaca. Melhor ficar longe."
 
"Talvez você devesse seguir o seu próprio conselho!"
 
Comecei a girar me afastando, mas Patch segurou meu braço e me trouxe de volta para enfrentá
lo. Ele apertou sua testa à minha. Comecei a afastar, mas ele atou seus dedos nos meus,
efetivamente prendendo-me contra ele. "O que eu tenho que fazer para convencê-la que eu estou
usando Dabria para uma coisa, e uma coisa só: derrubar Hank, peça por peça, se eu tiver que,
fazê-lo pagar por tudo que ele fez feriando a garota que eu amo"?
 
"Eu não confio em Dabria," eu disse, ainda agarrada a algumas das minhas indignações.
 
Ele fechou os olhos, e eu pensei ter ouvido o mais macio dos suspiros. "Finalmente algo que nós
concordamos."
 
"Eu não acho que devemos usá-la, mesmo que ela possa chegar ao círculo íntimo de Hank mais
rápido do que você ou eu."
 
"Se tivéssemos mais tempo, ou outra opção, eu saltaria sobre isso. Mas, por enquanto, ela é
nossa melhor chance. Ela não vai me passar a perna. Ela é muito inteligente. Ela vai pegar o
dinheiro que estou oferecendo e vai embora, mesmo que vá ferir seu orgulho."
 
"Eu não gosto disso." Eu enscontei em Patch, e até mesmo no sonho, o calor de seu corpo
efetivamente rejeitou qualquer frio persistente. "Mas eu confio em você."
 
Ele me beijou, longa e reconfortante.
 
"Algo estranho aconteceu hoje à noite", eu disse. "Alguém roubou minha bolsa do camarim no
Jardim de Seda".
 
Patch imediatamente franziu a testa. "Isso aconteceu depois que eu saí?"
 
"Ou isso, ou antes de você chegar."
 
"Você viu quem a levou?"
 
"Não, mas a vendedora disse que era do sexo masculino e com idade para ser meu pai. Ela o
deixou passar para a fora com ela, mas acho que ele pode ter enganado a mente dela. Você acha
que é uma coincidência que um imortal roubasse minha bolsa?"
 
"Eu não acho que nada é uma coincidência. O que Marcie viu?"
 
"Aparentemente, nada, mesmo a loja estando praticamente vazia." Eu aferi seus olhos, frios e
calculistas. "Você acha que Marcie estava envolvida, não é?"
 
"É difícil acreditar que ela não tenha visto alguma coisa. Eu sinto como toda a noite foi uma
farsa. Quando você entrou no camarim, ela poderia ter feito uma ligação, permitindo que o
ladrão soubesse que era seguro entrar, ela poderia ter visto sua bolsa debaixo da cortina, e
acompanhou-o passo a passo através do roubo."
 
"Por que ela quer minha bolsa? A menos que" eu parei. "Ela achou que eu estava carregando o
colar que Hank quer", eu percebi. "Ele está envolvendo-a nisso. Ela estava jogando para ele."
 
A boca de Patch estava em uma linha sombria. "Ele não está colocando sua filha em perigo."
Seus olhos piscavam ao meu. "Ele provou com você."
 
"Você ainda está convencida de que Marcie não sabe quem Hank realmente é?"
 
"Ela não sabe. Ainda não. Hank poderia ter mentido para ela sobre por que ele precisava do
colar. Ele poderia ter dito a ela que lhe pertence, e ela não faz perguntas. Marcie não é o tipo de
fazer perguntas. Se ela vê um alvo, ela se transforma em um pit bull."
 
Pit bull. Nem me fale sobre isso. "Há mais uma coisa. Eu dei uma olhada para o carro antes do
ladrão ir embora. Era um Audi A6. "
 
A partir do olhar em seus olhos, eu sabia que as informações significavam algo para ele. "O
homem de Hank que é seu braço direito, um Nephil chamado Blakely, dirige um Audi."
Perseguido de um arrepio na espinha. 
 
"Estou começando a ficar um pouco assustada. Ele obviamente pensa que ele pode usar o colar
para forçar o arcanjo para falar. O que ele precisa que ela o diga? O que ela sabe que ele corra o
risco de retaliação dos arcanjos? "
 
"E este perto de Cheshvan," Patch murmurou, um olhar de distração nublando os olhos.
 
"Poderíamos tentar soltar o arcanjo", sugeri. "Dessa forma, mesmo que Hank consiga um colar,
ele não terá um arcanjo."
 
"Eu tenho pensado nisso, mas estamos enfrentando dois grandes problemas. Primeiro, o arcanjo
confia menos em mim mesmo do que em Hank, e se ela me ver em qualquer lugar perto de sua
gaiola, ela vai fazer um escandalo. Em segundo lugar, o armazém de Hank está cheio com seus
homens. Eu precisaria do meu próprio exército de anjos caídos para ir contra eles, e eu vou ter
um tempo difícil em falar com os anjos caídos para ajudar-me resgatar um arcanjo."
 
Nossa conversa parecia sem saída lá, e nós dois contemplamos nossa lista de opções em silêncio.
 
"O que aconteceu com o outro vestido?" Patch perguntou por fim. Eu segui seu olhar para o
vestido de Jessica Rabbit.
 
Dei um suspiro. "Marcie achou melhor o vermelho."
 
"O que você acha?"
 
"Eu acho que Marcie e Dabria seriam amigas instantaneamente."
 
Patch riu baixo, o som dela formigouo minha pele sedutoramente como se tivesse beijado-a.
"Você quer minha opinião?"
 
"Poderia muito bem, já que todo mundo parece ter uma"
 
Ele se sentou na minha cama, recostando-se despreocupadamente nos cotovelos.
"Experimente."
 
"Isso será um problema", eu disse, de repente sentindo bem visível. "Marcie tende a comprar um
número abaixo quando se trata de tamanho."
 
Ele apenas sorriu.
 
"Tem uma fenda até a coxa." 
 
Seu sorriso se aprofundou.
 
Tranquei-me no meu armário, puxei o vestido. Movia como líquido sobre cada curva. A fenda se
abriu até a metade da minha coxa, expondo minha perna.Saindo para a luz baixa, eu varri meu
cabelo do meu pescoço. "Feche-o?"
 
Os olhos de Patch fez uma avaliação lenta de mim, passando para preto vívido. "Eu vou ter
dificuldade de lhe deixar sair com Scott nesse vestido. Apenas um aviso: Se você chegar em casa
e o vestido parecer ainda um pouco adulterado, vou atrás de Scott, e quando eu encontrá-lo, não
vai ser bonito".
 
"Repassarei a mensagem."
 
"Se me dissere onde ele está se escondendo, eu reapssarei sozinho."
 
Eu tive que trabalhar para não sorrir. "Algo me diz que sua mensagem seria muito mais direta."
 
"Vamos apenas dizer que ele começou."
 
Patch tomou meu pulso e me inclinou para um beijo, mas algo não estava certo. Seu rosto ficou
nebuloso nas bordas, dissolvendo-se no fundo. Quando o seu lábios encontraram os meus, eu
quase não senti. Pior, senti-me afastando dele como um pedaço de fita descascando para trás do
vidro.
 
Patch notou isso também e jurou baixinho.
 
"O que está acontecendo?" Eu perguntei.
 
"É o meia-raça", ele rosnou.
 
"Scott?"
 
"Ele está batendo na sua janela do quarto. A qualquer segundo agora, você vai acordar. Esta é a
primeira vez que ele vem rondando a noite?"
 
Eu pensei que poderia ser mais seguro não responder. Patch estava no meu sonho e não podia
fazer nada precipitado, mas isso não significava que seria uma boa ideia para agitar a
concorrência entre eles mais ainda.
 
"Nós vamos terminar esta amanhã!" Era tudo que eu tive tempo de dizer sonho acabar, e Patch,
rodou nos recessos de minha mente.
 
O sonho agarrado à parte, e com certeza, Scott estava no meu quarto, fechando a janela atrás
dele.
 
"Ascensão e brilho", disse ele.
 
Eu gemi. "Scott, você tem que parar com isso. Eu tenho escola amanhã no primeiro horário.
Além disso, eu estava no meio de um sonho muito bom," eu resmunguei.
 
"Comigo?", Disse ele, dando um sorriso arrogante.
 
Eu simplesmente disse: "É melhor que seja bom."
 
"Melhor do que bom. Eu tenho um show com minha banda chamada Serpentine. Estamos
abrindo a Devil’s Handbag na próxima semana. Membros da banda tem dois ingressos
gratuitos, e você é um dos destinatários de sorte. "Com um floreio, ele jogou dois bilhetes na
minha cama. 
 
Eu estava ficando mais desperta a cada segundo. "Você está louco? Você não pode estar em uma
banda! Você deveria estar se escondendo de Hank. Ir ao baile comigo é uma coisa, mas isso é
levar as coisas longe demais."
 
Seu sorriso morreu, sua expressão congelou. "Eu pensei que você ficaria feliz por mim, Grey. Eu
passei os últimos dois meses escondido. Agora estou vivendo em uma caverna e procurando
alimento, que é cada vez mais difícil de encontrar com o inverno chegando. Eu tenho que me
esforçar no oceano três vezes por semana para um banho, e passo o resto do dia tremendo no
fogo. Eu não tenho TV, sem celular. Estou completamente por fora. Você quer a verdade? Estou
cansado de me esconder. Vivendo fugindo não é viver. Eu poderia muito bem estar morto." Ele
acariciou o anel da Mão Negra, ainda confortável em torno de seu dedo. "Estou feliz que você me
convenceu a usar isto novamente. Eu não me sentia vivo em meses. Se Hank tentar alguma
coisa, ele vai ter uma surpresa grande. Meus poderes têm se intensificado."
 
Chutei para fora meus cobertores e levantei-me para ele. "Scott, Hank sabe que você está na
cidade. Ele tem seus homens procurando por você. Você tem que ficar escondido até o Cheshvan
pelo menos," eu joguei fora, acreditando que o interesse de Hank em Scott esmorecerá uma vez
seus planos estivesse completos, quaisquer que fossem, o desenrolar.
 
"Eu continuo dizendo a mim isso, mas e se isso não acontecer?", Comentou brandamente. "E se
ele estiver esquecido de mim e tudo isso é por nada?"
 
"Eu sei que ele está procurando por você."
 
"Você ouviu ele dizer isso?", Perguntou ele, chamando meu blefe.
 
"Algo como isso." Dada a sua situação atual, eu não poderia dizer-lhe de onde a informação
tinha vindo. Scott não tomaria o conselho de Patch a sério. E então eu teria que explicar porque
eu estava andando com Patch, em primeiro lugar. "Uma fonte confiável me disse."
 
Ele balançou a cabeça para trás e para frente. "Você está tentando me assustar. Eu aprecio o
gesto ", disse ele cinicamente," mas eu tenho minha opinião. Eu pensei que, aconteça o que
acontecer, eu posso enfrentá-lo. Poucos meses de liberdade é melhor do que uma vida inteira na
prisão".
 
"Você não pode deixar Hank encontrá-lo," eu insisti. "Se ele te encontrar, ele vai colocá-lo em
uma de suas prisões reforçadas. Ele vai torturar você. Você tem que aguentar um pouco mais.
 
“Por favor ", implorei. "Só mais algumas semanas?"
 
"Dane-se. Estou fora. Vou tocar no Devil’s Handbag quer venha ou não".
 
Eu não entendia a atitude súbita de blasé de Scott. Até agora, ele tinha sido meticuloso de
permanecer longe de Hank. Agora ele estava arriscando o pescoço em algo tão trivial como um
baile de colégio ... e agora um show?
 
Um pensamento horrível me impressionou. "Scott, você disse que o anel do Mão Negra liga-o a
ele. Existe alguma maneira de ele indicar que você está mais perto dele? Talvez o anel faça mais
do que dar-lhe poderes aumentados. Talvez seja algum tipo de sinalizador."
 
Scott bufou. "A Mão Negra não vai me pegar."
 
"Você está errado. E se você mantiver essa atitude, ele vai te pegar mais cedo do que você
pensa," eu disse suavemente mas com firmeza. Peguei o braço dele, mas ele se afastou.
 
Ele saiu pela janela, batendo-a quando fechou atrás dele.
 
 
Silence - Capítulo 25 Capitulo 25 (Traduzido pela Samy)
 
 
Era sexta-feira, e a votação para a Rainha do Baile foi programada para ocorrer durante o
almoço. No momento, eu estava sentada em na ala da saúde olhando para o relógio em direção
ao sino demissão. Em vez de preocupar-me que centenas de pessoas com quem tinha que passar
os próximos dois anos da minha vida com um poder de irromper em histeria em cima quando
ver meu nome na cédula, e em menos de dez minutos, me concentrei em Scott.
 
 
Eu precisava encontrar uma maneira de convencê-lo a voltar para dentro a caverna durante o
Cheshvan, e como precaução, eu precisava de uma maneira de faze-lo tirar o anel da mão negra.
Se isso não funcionasse, eu precisaria achar uma maneira de contê-lo. Eu vagamente me
perguntei se eu poderia ajudar chamando Patch. Certamente ele sabia de vários bons lugares
para esconder um
 
Nephil, mas que ele tinha seus próprios problemas além de Scott? E mesmo se eu conseguisse
pedir a patch para cooperar, como eu ganharia de volta a confiança de Scott? Ele tinha veria isso
como uma traição final. Eu poderia não raciocinar como ele mesmo queria, mesmo que fosse
para sua própria segurança, ele deixou claro na noite passada que ele não valorizava mais sua
vida. Estou cansado de me esconder. Eu poderia muito bem estar morto. Dissera ele.
 
Em meio aos pensamentos ouvi a secretária falar pelo interfone acima da senhorita Jarbowski,
um zumbido. A voz da secretária veio através dele cuidadosamente medida.
 
"Miss Jarbowski? Perdoe a interrupção. Você poderia por favor enviar Nora Grey para o
escritório de atendimento? "Um toque de simpatia penetrou em seu tom.
 
Senhorita Jarbowski bateu o pé com impaciência, aparentemente, não apreciando sendo cortada
no meio da frase. Ela balançou a mão em minha direção. "Pegue suas coisas, Nora. Eu não acho
que vá acabar antes do sino tocar ".
 
Eu peguei meu livro e minha mochila e me dirigi para a porta, perguntando o que era tudo isso.
Eu sabia que havia apenas duas razões para estudantes serem chamados
 
para o escritório de atendimento. Para afundamento, e para justificar faltas. Até onde eu sabia,
nenhuma se aplicava a mim.
 
No escritório de atendimento, puxei a porta, e foi quando eu o vi. Hank Millar sentado no salão,
os ombros curvados, a sua expressão abatida. Seu queixo estava apoiado sobre o punho, e seus
olhos olhando fixamente em frente.
 
Reflexivamente eu recuei. Mas Hank me viu e imediatamente se levantou. A simpatia profunda
em seu rosto contorcido, meu estômago revirou. 
 
"O que é isso?" Eu encontrei-me gaguejando.
 
Ele evitou olhar diretamente para mim. "Aconteceu um acidente."
 
Suas palavras sacudiram dentro de mim. Minha reação inicial foi,por que eu me importo se
Hank tinha sofrido um acidente? E por que ele veio todo o caminho para escola para me dizer?
 
"Sua mãe caiu da escada. Ela estava de salto e perdeu o equilíbrio. Ela tem uma concussão ".
 
Uma onda de pânico caiu sobre mim. Eu disse algo que poderia ter sido um não agora. Não, isso
não poderia estar acontecendo. Eu precisava ver a minha mãe agora. De repente me arrependi
de cada palavra afiada que eu disse a ela estas últimas semanas. Os meus piores receios vieram
rastejando de todas as direções. Eu já perdi o meu pai. Se eu perdesse minha mãe ...
 
"Quão séria é?" Minha voz tremeu. No fundo, eu sabia que eu não queria chorar na frente de
Hank. A questão trivial do orgulho que quebrou no momento em que imaginei rosto da minha
mãe. Eu fechei meus olhos, prendendo as lágrimas.
 
"Quando saí do hospital, eles não poderiam me dizer nada. Eu vim direto aqui para te pegar. Eu
já falei com o secretário de atendimento, "Hank explicou. "Vou levá-la para o hospital."
 
Ele segurou a porta para mim, e eu mecanicamente abaixei debaixo do braço. Senti meus pés me
levarem ao fundo do corredor. Lá fora, o sol estava demasiado brilhante. Eu me perguntava se
eu iria recordar este dia para sempre. Eu me perguntei se eu teria razão para olhar para trás e
sentir as mesmas emoções intoleráveis que eu senti ao saber que meu pai tinha sido
assassinado, confusão, desamparo, amargura, abandono. Engasguei, não era mais capaz de
conter um soluço.
 
Hank desbloqueou o seu Land Cruiser sem uma palavra. Ele levantou a mão uma vez, como se
para dar no meu ombro um aperto consolador, em seguida, deixou seu braço cair.
 
E isso quando ele encostou em mim. As coisas estavam um pouco conveniente. Talvez fosse a
minha aversão natural a Hank, mas passou pela minha cabeça que ele poderia estar mentindo
para me colocar dentro de seu carro.
 
"Eu quero ligar para o hospital", eu disse abruptamente. "Eu quero ver se eles têm uma
atualização."
 
Hank fez uma careta. "Nós estamos indo para lá agora. Em dez minutos, você pode conversar
com seu médico em pessoa. "
 
"Desculpe-me se estou um pouco preocupado, mas esta é da minha mãe que estamos falando",
eu disse suavemente, mas com uma firmeza inconfundível.
 
Hank discou um número em seu telefone e entregou-o para mim. O sistema automatizado do
hospital pegou, me pedindo para ouvir atentamente as seguintes
 
opções, ou ficar na fila por um operador. Um minuto depois, eu estava conectado com um
operador.
 
"Você pode me dizer se Blythe Gray foi internado hoje?" Eu perguntei a mulher, evitando o olhar
de Hank.
 
"Sim, temos uma Blythe Gray no registro."
 
Eu exalei. Só porque Hank não estava mentido sobre o acidente da minha mãe não quis dizer
que ele era inocente. Todos esses anos vivendo na casa da fazenda, e nenhuma vez ela tinha
caído da escada. "Quem está falando é sua filha. Você pode me dar uma atualização sobre o seu
estado? "
 
"Eu posso deixar uma mensagem para o seu médico para chamá-lo."
 
"Obrigado", eu disse, deixando meu número de telefone celular.
 
"Alguma notícia?" Hank perguntou.
 
"Como você sabe que ela caiu da escada?" Eu interroguei-o. "Você viu a sua queda?"
 
"Nós combinamos de nos encontrar para almoçar. Quando ela não atender a porta, deixei-me
dentro Foi quando eu encontrei-a no fundo das escadas. "Se ele detectou qualquer suspeita na
minha voz, ele não mostrou. De qualquer forma, ele parecia sombrio, afrouxando a gravata e
limpando o suor da testa.
 
"Se alguma coisa acontecer com ela ...", ele murmurou para si mesmo, mas não terminou o
pensamento. "Podemos ir?"
 
Entre no carro, uma voz dentro da minha cabeça ordenava. Assim mesmo, minha mente
esvaziada de qualquer suspeita. Eu poderia compreender apenas um pensamento: eu precisava
ir com Hank.
 
Havia algo de estranho com a voz, mas eu não conseguia colocá-la fora da minha mente confusa.
Todo o meu poder de raciocínio parecia flutuar, fazendo
 
espaço para que a ordem continuasse: Entre no carro.
 
Olhei para Hank, que piscou com benevolência. Tive o impulso de acusá-lo de alguma coisa, mas
por que eu deveria? Ele estava aqui para ajudar. Ele se preocupava com a minha mãe ....
 
Obedientemente, eu deslizei dentro do Land Cruiser.
 
Eu não sabia quanto tempo nós ficamos em silêncio. Meus pensamentos eram um redemoinho,
até que de repente Hank limpou a voz. "Eu quero que você saiba que ela está nas melhores
mãos. Pedi que o Dr. Howlett supervisionasse seus cuidados. Dr. Howlett e eu éramos
companheiros de quarto na Universidade do Maine, antes que ele passou por Johns Hopkins. "
 
Dr. Howlett. Eu fazia malabarismo com seu nome um momento e então ele veio até mim. Ele era
o médico que cuidou de mim depois que eu voltei para casa. Depois Hank achou por bem
retornar, para corrigi algo. E agora ele saiu e Dr. Hank Howletteram amigos? Qualquer
dormência que senti foi rapidamente eclipsado pela ansiedade. Eu senti uma rápida
desconfiança instantânea do Dr. Howlett.
 
Quando eu estava freneticamente, considerando a conexão entre os dois homens, um carro
parou ao lado de Hank. Por um momento de divisão, eu não via nada de errado
 
com a imagem e, em seguida, o carro se chocou contra o Land Cruiser.
 
O Land Cruiser se inclinava para o lado, ralando contra o corrimão da estrada. Uma chuva de
faíscas voaram do metal raspando. Mal tive tempo para gritar quando nós
 
fomos agredidos novamente. Hank sobre corrigia, a parte traseira do Land Cruiser derrapando
violentamente.
 
"Eles estão tentando nos para fora da estrada!" Hank gritou. "Coloque seu cinto de segurança!"
 
"Quem são eles?" Eu gritava, de duplo controle que o meu cinto de segurança estava afivelado.
 
Hank puxou o volante para evitar uma outra batida, e o movimento abrupto abalou minha
intenção de volta para a estrada à frente, mas curvas apertadas para a esquerda como nós nos
aproximamos de uma ravina profunda. Hank pisando duro no pedal, tentando vencer o outro
carro, um tan El Camino. O El Camino baleado em frente, desviando para a pistas da frente.
Três cabeças eram visíveis através do para-brisa, e do que eu poderia dizer, todos eram do sexo
masculino.
 
Uma imagem de Gabe, Dominic, e Jeremias piscou à mente. Foi pura especulação, já que eu não
poderia ver as suas faces, mas até mesmo a mera sugestão me fez gritar.
 
"Pare o carro!", Gritei. "É uma armadilha. Coloque o carro em sentido inverso! "
 
"Eles destruíram o meu carro!" Hank rosnou, acelerando em uma perseguição.
 
O El Camino guinchou em torno da curva, derrapando em toda a linha branca contínua. Hank
seguio, virando perigosamente perto do corrimão. O acostamento da estrada caiu fora,
mergulhando no barranco. O caminho até aqui, parecia uma tigela gigante de ar, como Hank
corria de forma imprudente ao longo da borda.
 
Meu estômago virou círculos, e eu apertava o braço da poltrona.
 
Lanternas traseiras do El Camino de brilhou em vermelho.
 
"Cuidado!" Eu gritei. Eu achatado uma mão para a janela e outro no ombro de Hank, tentando
parar o inevitável.
 
Hank puxou o volante duro, enviando o Land Cruiser até sobre duas rodas. Eu fui jogada para a
frente, meu cinto de segurança apertando duro em meu peito, minha cabeça colidio com a
janela. Minha visão ficou turva, ruídos altos e pareciam descer sobre mim de todas as direções.
Ruidos de coisas sendo quebradas, e esmagadas, penetraram e explodiram em meus ouvidos.
 
Eu pensei ter ouvido Hank rosnar algo como malditos anjos caídos – mas então eu estava
voando.
 
Não, não voando. Caindo. Mais e mais.
 
Eu não lembro de pousar, mas quando minha mente registrou mais uma vez, eu estava sobre
minhas costas. Não dentro da Land Cruiser, em outro lugar. Tinha muita sujeita. E folhas.
Fortes rochas machucaram minha pele.
 
Dor, frio, duro. Dor, frio, duro. Meu cérebro não conseguia se mover para além de três palavras
cantadas. Vi-os deslizar minha visão.
 
"Nora!" Hank gritou, sua voz soando longe.
 
Eu tinha certeza de que meus olhos estavam abertos, mas eu não poderia ver qualquer objeto.
Luz brilhante, eu não conseguia ver além do que se estendia de uma ponta da minha visão para a
outra. Eu tentei subir. As instruções que eu dei a meus músculos eram claras, mas houve uma
violação em algum lugar ao longo das linhas, eu não podia me mover.
 
Mãos agarraram meus tornozelos primeiro, depois os meus pulsos. Meu corpo deslizou através
das folhas e sujeira, fazendo um barulho estranho de ruído. Lambi os lábios, tentando chamar
por Hank, mas quando a minha boca abriu, as palavras erradas saíram.
 
Dor, frio, duro. Dor, frio, duro.
 
Eu queria me chocalho o estupor. Não! Eu gritava dentro da minha cabeça. Não, não, não!
 
Patch! Socorro! Patch, Patch, Patch!
 
"A dor, frio, duro", eu murmurei incoerentemente.
 
Antes que eu pudesse me corrigir, já era tarde demais. Minha boca foi suturada. Como foram os
meus olhos.
 
...
 
Mãos sólidas agarraram meus ombros, me sacudindo.
 
"Você pode me ouvir, Nora? Não tente se levantar. Fique de costas. Eu vou levar você ao
hospital. "
 
Meus olhos se abriram. Árvores balançavam em cima. Luz solar derramado através de seus
ramos, lançando sombras estranhas que alteraram o mundo da luz para o escuro, e vice-versa.
 
Hank Millar estava dobrado sobre mim. Seu rosto estava cortado, o sangue escorrendo,
manchando de sangue o rosto, sangue saia em esteiras de seu cabelo. Seus lábios se moviam,
mas doía demais para fazer sentido das suas palavras.
 
Eu me virei. Dor, frio, duro.
 
Acordei em um hospital, minha cama atrás de uma cortina de algodão branco. O quarto estava
em paz, mas estranhamente tranquilo. Meus dedos dos pés e os dedos formigavam, e minha
cabeça poderia muito bem ter sido repleta de teias de aranha. Drogas, eu suavemente observei.
 
Um rosto diferente inclinou-se sobre mim. Dr. Howlett sorriu, mas não o suficiente para
mostrar os dentes.
 
"Você teve um sucesso espantoso, mocinha. Abundância de contusões, mas nada está quebrado.
Eu tinha pedido para as enfermeiras lhe darem ibuprofeno, e eu vou lhe dar uma receita antes
que você vá. Você vai se sentir dores por alguns dias. Considerando as circunstâncias, eu diria
que você deve contar suas bênçãos. "
 
"Hank?" Eu consegui perguntar, meus lábios secos como papel.
 
Dr. Howlett balançou a cabeça, o ronco de uma risada curta. "Você vai odiar ouvir isso, mas ele
saiu sem um arranhão. Não parece justo. "
 
Através da névoa, tentei compreender. Algo não estava certo. E então minha memória abriu.
"Não. Ele estava cortado. Ele estava sangrando muito. "
 
"Você está enganada. Hank apareceu vestindo mais do seu sangue do que o seu próprio. Você
tem o pior até agora. "
 
"Mas eu o vi"
 
"Hank Millar está em ótima forma", ele me cortou. "E uma vez que seus pontos caírem para fora,
você estará também. Tão logo as enfermeiras concluírem a verificação destas bandagens você
poderá ir. "
 
Por baixo de tudo, eu sabia que eu deveria entrar em pânico. Havia muitas perguntas, poucas
respostas. Dor, frio, duro. Dor, frio, duro.
 
O brilho dos faróis traseiros. O acidente. A ravina.
 
"Isso vai ajudar", disse Dr. Howlett, surpreendendo-me com uma picada no meu braço. Fluido
transmitido a partir da agulha no meu sangue com nada mais do que uma picada de desmaiar.
 
"Mas eu acabei de recuperar a consciência", murmurei, a exaustão química agradável de
lavagem através de mim. "Como posso estar bem já? Eu não me sinto bem. "
 
"Você vai ter uma recuperação mais rápida em casa." Ele riu. "Aqui você vai ter enfermeiros
apertando e cutucando lhe toda a noite."
 
Toda a noite? "Já é noite? Mas era apenas meio-dia. Antes de Hank entrar para a sala da saúde
eu nem tinha almoço. "
 
"Tem sido um dia difícil", disse Dr. Howlett, acenando com complacência. Sob as camadas de
drogas, eu queria gritar. Em vez disso um mero suspiro escapou.
 
Eu coloquei a mão em meu estômago. "Eu me sinto engraçada."
 
"MRI confirmou que você não tem uma hemorragia interna. Acalme-se pelos próximos dias, e
você vai estar funcionando bem em pouco tempo. "Deu no meu ombro uma
 
aperto brincalhão. "Mas eu não posso prometer se você vai se sentir bem em subir em outro
carro tão cedo."
 
Em algum lugar no meio do nevoeiro, lembrei-me da minha mãe. "É Hank com a minha mãe?
Ela está bem? Posso vê-la? Será que ela sabe sobre o acidente de carro? "
 
"Sua mãe está fazendo uma recuperação muito rápida", ele me assegurou. "Ela ainda está na
UTI e não pode receber visitas, mas ela deve ser movida para seu próprio quarto amanhã. Você
pode voltar e vê-la depois. "Ele se inclinou, como se para fazer-me seu cúmplice. "Entre nós, se
não fosse à burocracia, eu
 
deixava você esgueirar-se para vê-la agora. Ela teve uma concussão bastante desagradável, e
enquanto houve perda de memória em primeiro lugar, considerando sua condição quando Hank
a trouxe, eu acho que é seguro dizer que ela teve muita sorte. "Ele deu um tapinha no meu rosto.
"A sorte devem executar na sua família."
 
"Sorte", eu repeti lentamente.
 
Mas eu tinha um sentimento alarmante mexendo dentro de mim, indicando que a sorte não
tinha nada a ver com qualquer uma de nossas recuperações.
 
E talvez não o nosso acidentes, também.
 
Silence - Capítulo 26
Capítulo 26
 
 
 
(Traduzido pela Carol)
 
 
DEPOIS QUE O DR. HOWLETT ME DEU autorização para sair, eu peguei o elevador para
descer ao lobby principal. No caminho, liguei para Vee. Eu não tinha uma carona para casa, e eu
esperava que ainda fosse cedo o suficiente para sua mãe a deixar resgatar um amigo encalhado.
 
O elevador parou, e as portas deslizaram se abrindo. Meu telefone retiniu aos meus pés.
 
 
"Olá, Nora", disse Hank, parado em frente de mim.
 
Três segundos se passaram antes que eu encontrasse a minha voz. "Subindo?", eu perguntei,
esperando parecer calma.
 
"Na verdade, eu estava procurando por você."
 
"Eu estou com pressa", eu disse me desculpando, recolhendo meu telefone.
 
"Eu achei que você poderia precisar de uma carona para casa. Eu pedi um dos meus meninos
para trazer um carro alugado da concessionária "
 
"Obrigado, mas eu já liguei para um amigo."
 
Seu sorriso era de plástico. "Pelo menos deixe-me te levar até a porta."
 
"Eu preciso parar no banheiro antes," Eu falei. "Por favor, não espere. Realmente, eu estou bem.
Tenho certeza que Marcie está ansiosa para vê-lo. "
 
"Sua mãe quer que eu te leve para casa em segurança."
 
Seus olhos estavam vermelhos, sua expressão cansada, mas eu não achei nem por um instante
que era por causa de seu papel de namorado de luto. 
 
Dr. Howlett poderia insistir o quanto quisesse que Hank havia chegado ao hospital ileso, mas eu
sabia a verdade. Ele havia saído do acidente pior do que eu tinha. Pior, mesmo, do que o
acidente fazia jus. Seu rosto tinha ficado igual a carne em pó, e enquanto seu sangue Nephilim
havia curado quase instantaneamente, eu soube a partir do momento que ele tinha me sacudido
me tirando da inconsciência, e eu tinha dado aquele primeiro olhar embaçado para ele, que algo
tinha acontecido com ele depois que eu apaguei. Ele podia negar para cima e para baixo, mas
 
sua condição se assemelhava a ter sido atacado por tigres.
 
Ele estava abatido e exausto porque ele lutou contra um grupo de anjos caídos hoje. Pelo menos,
essa foi a minha teoria de trabalho atual. Como eu segui o meu caminho de volta através dos
acontecimentos, era a única explicação que fazia sentido. Malditos anjos caídos! Não foram
essas palavras, que Hank tinha vociferado violentamente uma fração de segundo antes do
acidente? Ele claramente não tinha planejado correr para eles ...então o que ele planejava que
acontecesse?
 
Eu tinha uma sensação terrível se agitando dentro de mim. Um, eu percebi em retrospecto,
estava pendurado na parte de trás da minha mente desde que Hank tinha aparecido na da
escola. E se Hank, de fato, planejou os eventos do dia? Ele poderia ter empurrado a minha mãe
descendo as escadas? Dr. Howlett disse que tinha inicialmente sofrido de amnésia, um
dispositivo que Hank poderia ter usado para mantê-la de lembrar a verdade. Então ele me pegou
na escola ... para quê? O que eu estava perdendo?
 
"Sinto o cheiro de borracha queimada", disse Hank. "Você está pensando muito sobre algo."
 
Sua voz me puxou até o presente. Olhei para ele, desejando que eu pudesse captar seus motivos
através de sua expressão. Foi então que eu percebi seus olhos fixos em mim. Seu olhar estava tão
decidido, quase em transe.
 
Qualquer conclusão que eu estava prestes a tirar nadou para longe. Meus pensamentos viravam
para o lado. De repente, todos estavam fora de ordem, e eu não conseguia lembrar o que eu
estava pensando. 
 
Quanto mais eu tentava lembrar, mais meus pensamentos se afundavam em um abismo na
minha mente. Um casulo se estendia ao redor de minha mente, deixando de qualquer
capacidade cognitiva fora de alcance. Estava acontecendo tudo de novo. A sensação confusa,
pesada de ser incapaz de controlar meus próprios pensamentos.
 
"O seu amigo concordou em buscá-la, Nora?", Ele perguntou atento como que um raio laser. 
 
Em algum lugar lá no fundo, eu sabia que não deveria dizer a verdade a Hank. Eu sabia que
deveria dizer Vee estava vindo me buscar. Mas que razão eu tinha pra mentir para ele?
 
"Eu liguei para Vee, mas ela não atendeu," eu admiti.
 
"Estou feliz por lhe dar uma carona, Nora".
 
Eu balancei a cabeça. "Sim, obrigado."
 
Minha mente estava confusa, e eu não poderia sair dessa. Eu passeava pelo corredor ao lado de
Hank, minhas mãos frias e trêmulas. Por que eu estava tremendo? Foi legal da parte de Hank
me oferecer uma carona. Ele se preocupava com a minha mãe o suficiente para sair do seu
caminho para mim ... não era?
 
A volta pra casa seguiu sem complicações, e na casa da fazenda, Hank me seguiu para dentro.
 
Parei logo atrás da porta. "O que você está fazendo?"
 
"Sua mãe quer que eu cuide de você esta noite."
 
"Você vai ficar a noite inteira?" Minhas mãos começaram a tremer outra vez, e pela minha
cabeça cheia de algodão, eu sabia que tinha que encontrar uma maneira de fazê-lo sair. Não era
uma boa idéia deixá-lo passar a noite aqui. Mas como eu poderia forçá-lo a sair? Ele era mais
forte. E mesmo se eu pudesse expulsá-lo, minha mãe tinha recentemente dado a ele uma chave
de casa. Ele veio para dentro.
 
"Você está deixando o ar frio entrar," disse Hank, forçando cuidadosamente as mãos da porta.
"Deixe-me ajudar."
 
Isso mesmo, eu pensei sorrindo atrapalhada com minha própria tolice. Ele queria ajudar.
 
Hank jogou as chaves no balcão e afundou no sofá, chutando os pés em cima da poltrona. Ele
inclinou os olhos para a almofada ao lado dele. "Quer
 
descontrair com um show? "
 
"Estou cansada", eu disse, abraçando-me agora que o terrível tremor se espalhou acima dos
meus cotovelos.
 
"Você teve um longo dia. O sono pode ser apenas o que o médico ordenou. "
 
Eu lutei através da nuvem opressiva sufocando o meu cérebro, mas parecia que não havia fim à
escuridão. "Hank?" Eu perguntei intrigado. "Por que
 
você realmente quer ficar aqui esta noite? "
 
Ele riu. "Você parece positivamente assustada, Nora. Seja uma boa menina e vá para a cama.
Não é como se eu vá estrangular você em seu sono.”
 
No meu quarto, eu deslizei a cômoda para a frente da porta, bloqueando-a efetivamente.Eu não
tinha idéia por que fiz isso, eu não tinha razão para temer Hank. Ele estava mantendo uma
promessa de minha mãe. Ele queria me proteger. Se batesse, eu iria empurrar o armário de lado
e abrir a porta.
 
E ainda ...
 
Eu deitei na cama e fechei os olhos. Esgotamento passando pelo meu corpo, e até agora eu
estava tremendo violentamente. Eu me perguntava se eu estava pegando um resfriado. Quando
minha mente começou a se sentir pesada, eu não lutei contra isso. Cores e formas oscilaram
dentro e fora de foco. Os meus pensamentos mais profundos deslizaram em meu subconsciente.
Hank estava certo, tinha sido um longo dia. Eu precisava dormir.
 
No momento que eu encontrei-me de pé no limiar do estúdio de Patch que comecei a sentir que
algo não estava certo. A névoa se dissipou em meu cérebro, e eu percebi que Hank tinha
confundido minha mente em sua apresentação. Arremessando porta da frente aberta e correndo
para dentro, eu gritava seu nome.
 
Encontrei-o na cozinha, largado em um banquinho de bar. Um olhar para mim, e ele se levantou
e cruzou para mim. "Nora? Como você chegou aqui? Você está dentro
 
minha cabeça ", disse ele com surpresa. "Você está sonhando?" Seus olhos balançaram pra
frente e para trás em meu rosto, a procura de uma resposta.
 
"Eu não sei. Acho que sim. Eu me arrastei para a cama sentindo uma necessidade desesperada
de falar com você ... e aqui estou. Você está dormindo? "
 
Ele balançou a cabeça. "Eu estou acordado, mas você está ofuscando os meus pensamentos. Eu
não sei como você fez isso. Apenas um Nephil poderoso ou anjo caído poderia fazer algo como
isso. "
 
"Algo terrível aconteceu." Joguei-me em seus braços, tentando dissipar meus arrepios
convulsivas. "Primeiro a minha mãe caiu das escadas, e no nosso caminho
 
ao hospital para vê-la, Hank e eu fomos atingidos. Antes de apagar, eu acho que Hank disse que
o outro carro estava cheio de anjos caídos. Hank me trouxe para casa do hospital e pedi-lhe para
ir embora, mas ele não vai! "
 
Os olhos de Patch brilharam com a ansiedade. "Calma aí. Hank está sozinho com você agora? "
 
Eu balancei concordei.
 
"Acorde. Estou indo te ver. "
 
Quinze minutos depois, houve uma batida suave na porta do meu quarto. Arrastando a cômoda
para desbloquear a entrada, Abri a porta para encontrar Patch do
 
outro lado. Eu agarrei a mão e puxei-o para dentro.
 
"Hank está lá embaixo assistindo TV," eu sussurrei. Hank tinha razão; sono tinha me feito um
bem enorme. Após irromper do sonho, o suficiente para meu processo de pensamento voltar ao
normal e me fazer ver o que eu tinha sido incapaz de ver antes: Hank tinha enganado minha
mente em sua apresentação. Eu deixei-o me trazer para casa sem uma única queixa, deixei-o
entrar em minha casa, deixei-o sentir-se em casa, e tudo porque eu pensei que ele queria me
proteger.
 
Nada poderia estar mais longe da verdade.
 
Patch deu um pontapé na porta fechando-a suavemente. "Eu vim pelo sótão." Ele me olhou, dos
pés à cabeça. "Você está bem?" Seu dedo traçou um curativo cobrindo um fino corte
atravessando a linha do meu cabelo, e seus olhos brilharam de raiva.
 
"Hank tem confundido minha mente a noite toda."
 
"Conte tudo de novo, começando com a queda da sua mãe."
 
Engoli uma respiração profunda, então contei a minha história.
 
"Com qual carro o veículo dos anjos caídos se parecia?" Patch perguntou.
 
"El Camino. Tan ".
 
Patch coçou o queixo pensando. "Você acha que foi Gabe? Não é o que ele geralmente dirige,
mas isso não necessariamente tem q significar alguma coisa. "
 
"Havia três deles no carro. Eu não pude ver seus rostos. Poderia ter sido Gabe, Dominic, e
Jeremiah. "
 
"Ou poderia ter sido um número qualquer de anjo caídos mirando Hank. Como Rixon se foi, há
um preço pela sua cabeça. Ele é o Mão Negra, o Nephil vivo mais poderoso, e qualquer número
de anjos caídos quer ele como seu vassalo para se gabar sozinho. Quanto tempo você ficou fora
antes de Hank te levar ao hospital? "
 
"Se eu tivesse que adivinhar, apenas alguns minutos. Quando eu voltei a razão, Hank estava
coberto de sangue, e ele parecia exausto. Ele mal conseguia levantar-me para o carro.
 
Eu não acho que seus cortes e contusões vieram do acidente. Ser coagido a jurar fidelidade
parece mais plausível. "
 
Um olhar verdadeiramente feroz afiou as características de Patch. "Isso acaba aqui. Eu quero
que você saia dessa casa. Eu sei que você está determinada a ser a única a derrubar Hank, mas
não posso correr o risco de perder você." Ele se levantou e passeou pela sala, visivelmente
transtornado. "Deixe-me fazer isso por você. Deixe-me ser o único a fazê-lo pagar. "
 
"Esta não é a sua luta Patch," eu disse baixinho.
 
Seus olhos queimaram com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes. "Você é minha,
Anjo, e não se esqueça disso. Suas lutas são minhas lutas. E se alguma coisa tivesse acontecido
hoje? Foi ruim o suficiente quando eu pensei que era o seu fantasma me assombrando, eu não
acho que eu poderia lidar com a coisa real".
 
Eu por trás dele, enrolei meus braços sob o seu. "Algo ruim poderia ter acontecido, mas não
aconteceu," eu disse suavemente. "Mesmo que fosse Gabe, ele
 
obviamente, não conseguiu o que queria. "
 
"Esqueça Gabe! Hank tem algo planejado para você e talvez para sua mãe, também. Vamos nos
concentrar nisso. Eu quero que você se esconda. Se você não quiser ficar na minha casa, tudo
bem. Nós vamos encontrar outro lugar. Você vai ficar lá até Hank estar morto, sepultado e em
decomposição. "
 
"Eu não posso sair. Hank irá imediatamente suspeitar de algo, se eu desaparecer. Além disso, eu
não posso fazer minha mãe passar por isso de novo. Se eu desaparecer agora, isso vai quebrar
ela.
 
Olhe para ela. Ela não é a mesma pessoa de três meses atrás. Talvez em parte isso seja devido
confusão mental de Hank, mas eu tenho que encarar o fato de que o meu desaparecimento
enfraqueceu-a de maneiras que ela provavelmente nunca vá recuperar. A partir do momento
que ela acorda de manhã, ela está apavorada. Para ela, não há nada que seja seguro. Não mais. "
 
"Mais uma vez, Hank está fazendo isso," Patch recusou secamente.
 
"Eu não posso controlar o que Hank fez, mas eu posso controlar o que eu faço agora. Eu não vou
embora. E você está certo, eu não vou permitir que você assuma Hank sozinho. Prometa-me
agora que aconteça o que acontecer, você não vai me enganar. Prometo que não vou acabar com
ele silenciosamente pelas suas costas, mesmo que eu honestamente acredite que você está
fazendo isso para o meu próprio bem. "
 
"Oh, ele não vai calmamente," Patch disse com uma voz assassina.
 
"Prometa-me, Patch".
 
Ele me olhou em silêncio por muito tempo. Nós dois sabíamos que ele era mais rápido, mais
habilidoso no combate, e, indo direto ao ponto, mais cruel. ele
 
interveio e salvou-me muitas vezes no passado, mas esta era a única vez, que eu tinha uma luta
pra escolher, e só minha.
 
Finalmente, e com grande relutância, ele disse, "Eu não vou ficar parado e ver você ir contra ele
sozinha, mas não vou matá-lo em particular, tampouco. Antes de eu colocar uma mão sobre ele,
eu vou ter certeza que é o que você quer. "
 
Estava de costas para mim, mas eu pressionei meu rosto em seu ombro, me aconchegando nele
suavemente. "Obrigado."
 
"Se você for atacada de novo, vá para as cicatrizes de asa do anjo caído."
 
Eu não o respondi imediatamente. Em seguida, ele continuou, "Bata nele com um taco de
beisebol ou enfie um galho em sua cicatrizes, se isso for tudo que você tiver. Nossas cicatrizes de
asa são nosso Calcanhar de Aquiles ". Nós não podemos sentir a dor, mas o trauma para as
cicatrizes irá nos paralisar. Dependendo do estrago feito, você pode aleijar-nos durante
horas.depois perfure com a chave de roda através de cicatrizes de Gabe, eu ficaria surpreso se
ele conseguir sair do choque em menos de oito. "
 
"Vou me lembrar disso", eu disse suavemente. Então, "Patch?"
 
"Mmm." Sua resposta foi concisa.
 
"Eu não quero lutar." Tracei o meu dedo junto as omoplatas, os músculos rígidos, se agravando.
Seu corpo inteiro estava fechado, frustrado além da medida. "Hank já tomou a minha mãe de
mim, e eu não quero que ele o leve também. Você pode entender por que eu tenho que fazer
isso? Porque eu não posso enviar-lhe
 
para lutar minhas batalhas, mesmo que nós dois sabemos que você ganha neste departamento,
com as mãos para baixo? "
 
Ele exalou, longo e lento, e eu senti os nós em seu corpo relaxar. "Só há uma coisa que eu sei ao
certo." Virou-se, com os olhos um negro claro.
 
"Que eu faria qualquer coisa por você, mesmo que isso signifique ir contra meus instintos ou a
minha própria natureza. Gostaria de entregar tudo o que possuo, mesmo a minha alma, para
você. Se isso não é amor, é o melhor que eu tenho. "
 
Eu não sabia o que dizer em troca, nada parecia adequado. Então eu peguei seu rosto entre as
mãos e beijei seu conjunto, a boca decidida.
 
Lentamente, a boca Patch moldou a minha. Eu apreciava a deliciosa pressão disparando por
toda a minha pele, sua boca subiu e mergulhou contra a minha própria. Eu não queria que ele
ficasse com raiva. Eu queria que ele confiasse em mim do jeito que eu confiava nele. "Anjo",
disse ele, meu nome, suavemente de onde nossos lábios se encontraram. Ele recuou, com os
olhos avaliando o que eu queria dele.
 
Incapaz de suportar tê-lo tão perto sem sentir seu toque, eu deslizei minha mão para a sua nuca,
guiando-o a me beijar novamente. Seu beijo foi mais duro,
 
aumentando enquanto suas mãos corriam sobre meu corpo, enviando arrepios quentes
estremecendo como eletricidade sob a minha pele. 
 
Seu dedo abriu um botão no meu cardigan - depois dois, três, quatro. Ele caiu dos meus ombros,
deixando-me na minha camisola. Ele elevou a bainha da camisola, provocando e acariciando seu
polegar sobre meu estômago. Minha respiração veio em uma ingestão aguda de ar. 
 
Um sorriso pirata brilhava em seus olhos enquanto ele concentrava mais a sua atenção,
deslizando sobre a curva da minha garganta, plantando beijos, sua barba por fazer me
arranhando com uma dor gratificante.
 
Ele baixou-me para trás contra meus travesseiros macios.
 
Ele experimentou mais profundamente, mantendo-se em cima de mim, e de repente ele estava
em todo lugar; joelho prendendo minha perna, seus lábios quentes, ásperos, sensuais. Ele
deslocou sua mão para baixo das minhas costas, segurando-me firmemente, levando-me a
prender meus dedos mais fundo dentro dele, agarrando-me a ele como se soltá-lo significasse
perder parte de mim.
 
"Nora?"
 
Olhei para a porta e gritei.
 
Hank encheu a entrada, inclinando seu antebraço no batente da porta. Seus olhos varriam o
quarto, o rosto contraído em contemplação.
 
"O que você está fazendo!" Eu gritei para ele.
 
Ele não respondeu, os olhos ainda vasculhando cada canto do meu quarto.
 
Eu não sabia onde estava Patch, era como se tivesse percebido Hank um momento antes que a
maçaneta virasse. Ele poderia estar a metros de distância, se escondendo.segundos longe de ser
descoberto.
 
"Vá embora!” Eu saltei da cama. "Eu não posso fazer nada sobre a chave de casa que minha mãe
lhe deu, mas este é o lugar onde eu traço uma linha. Nunca entre no meu quarto de novo. "
 
Seus olhos fizeram uma varredura lenta nas portas meu armário, que estavam rachadas. "Eu
pensei ter ouvido alguma coisa."
 
"Sim, bem, adivinhe? Eu estou viva, respirando em pessoa, e de vez em quando eu faço barulho!
"
 
Com isso, eu fechei a porta com uma batida e afundei contra ela. Meu pulso estava por toda
parte. Ouvi Hank ficar resoluto por um momento, provavelmente tentando identificar, mais
uma vez, que quer que fosse que lhe trouxe até meu quarto para procurar, em primeiro lugar.
 
Por fim, ele vagou para o fim do corredor. Ele me assustou ao ponto de lágrimas. Eu golpeei-as
para longe às pressas, repetindo cada palavra sua e expressão na minha mente, tentando
encontrar alguma pista que iria provar se ele sabia Patch estava no meu quarto.
 
Eu deixei cinco minutos traiçoeiramente longos passar antes de Abrir minha porta. O salão
estava vazio. Voltei minha atenção para o meu quarto. "Patch?" Eu
 
sussurrei em uma voz mais fraca.
 
Mas eu estava sozinha.
 
Eu não vi Patch novamente até que adormeci. Sonhei que estava a vadear através de um campo
de grama selvagem que se separaram em torno de meus quadris enquanto eu caminhava. À
frente, uma estéril árvore apareceu, torcida e disforme. Patch inclinou-se contra ela, mãos no
bolso. Ele estava vestido de preto da cabeça aos pés, um contraste gritante contra o branco
cremoso do campo.
 
Eu corri o resto do caminho até ele. Ele envolveu sua jaqueta de couro em torno de nós, mais
como um ato de posse íntimo do que para conservar o calor.
 
"Eu quero ficar com você esta noite", eu disse. "Estou com medo de Hank tentar alguma coisa."
 
"Eu não vou deixar você ou ele fora da minha vista, Anjo", disse ele com algo quase territorial
em seu tom.
 
"Você acha que ele sabe que você estava no meu quarto?"
 
O suspiro agitado de Patch era quase inaudível. "Uma coisa é certa: Ele sentiu algo. Eu deixei
uma impressão grande o suficiente para que ele subisse para
 
investigar. Estou começando a me perguntar se ele é mais forte do que eu dei-lhe o crédito. Seus
homens estão impecavelmente organizados e treinados. Ele conseguiu manter um arcanjo em
cativeiro. E agora ele pode sentir-me de vários cômodos de distância. A única explicação que
posso pensar é devilcraft. Ou ele encontrou uma maneira de canalizá-la, ou ele fez um bom
negócio. De qualquer maneira, ele está invocando os poderes do inferno. "
 
Estremeci. "Você está me assustando. Naquela noite, depois de Bloody Mary, os dois Nephilim
que me perseguiram mencionaram devilcraft. Mas eles disseram que Hank tinha dito que era
um mito. "
 
"Pode ser Hank que não quer que ninguém saiba o que ele está fazendo. Devilcraft poderia
explicar por que ele acha que pode derrubar anjos caídos antes do Cheshvan. Eu não sou um
especialista em devilcraft, mas parece plausível que ele possa ser usado para combater um
juramento, mesmo um juramento debaixo do céu. Ele pode estar
 
contando com isso para quebrar milhares e milhares de juramentos que Nephilim fizeram a
anjos caídos ao longo dos séculos. "
 
"Em outras palavras, você não acha que é um mito."
 
"Eu costumava ser um arcanjo", ele me lembrou. "Não estava sob a minha jurisdição, mas eu sei
que existe. Isso é tudo o que qualquer um de nós poderíamos saber. Originou-se no inferno, e
mais do que nós sabíamos que era especulação. 
 
Devilcraft é proibido fora do inferno, e os arcanjos deveriam estar a parte disso. "Uma borda de
frustração rastejou em seu tom.
 
"Talvez eles não saibam. Talvez Hank encontrou uma maneira de esconder isso deles. Ou talvez
ele está usando-o em poucas doses, e eles não rastrearam nada. "
 
"Aqui está um pensamento alegre," Patch disse com uma risada curta. "Ele poderia estar usando
devilcraft para reorganizar as moléculas no ar, o que
 
explicaria por que eu tive dificuldade em rastreá-lo. O tempo todo eu fui espiar por ele, eu fiz o
meu melhor para manter um olho nele, tentando descobrir como ele estava
 
usando as informações que eu lhe dava. Não era fácil, dado que ele se move como um fantasma.
Ele não deixa evidências pelo caminho. Ele poderia estar usando devilcraft para alterar a
matéria por completo. Não tenho idéia de quanto tempo ele tem usado ou quão bom ele é em
aproveitá-la. "
 
Nós dois contemplados isso num silêncio arrepiante. Reorganizando matéria? Se Hank era
capaz de interferir com os componentes básicos de nosso mundo, o que mais ele poderia
manipular?
 
Depois de um momento, Patch alcançou sob o colarinho da camisa, desabotoando uma corrente.
Era feita de aros interligados de prata esterlina e estava ligeiramente
 
manchada. "No verão passado eu te dei o meu colar de arcanjo. Você devolveu-me, mas eu quero
que você o tenha novamente. Ele não funciona para mim. mas
 
pode vir a ser útil. "
 
"Hank faria qualquer coisa para conseguir o seu colar", eu protestei, empurrando as mãos Patch
a distância. "Guarde-o. Você precisa escondê-lo. Não podemos deixar que Hank o encontre. "
 
"Se Hank colocar meu colar do arcanjo, ela não terá nenhuma escolha a não ser dizer a verdade.
Ele vai dar-lhe conhecimento puro, livremente.
 
Você está certa sobre isso. Mas o colar também irá gravar o encontro deixando uma impressão
nele para sempre. Mais cedo ou mais tarde, Hank vai colocar as mãos em um colar.
 
Melhor pegar o meu do que encontrar outro. "
 
"Impressão?"
 
"Eu quero que você encontre uma maneira de dar isso para Marcie", ele instruiu, fechando a
corrente na minha nuca. "Não pode ser óbvio. Ela tem que pensar que ela está roubado de você.
Hank vai atormentar ela, e ela tem que acreditar que ela enganou você. Você pode fazer isso? "
 
Eu retruquei, dando-lhe um olhar repreensivo. "O que você está planejando?"
 
Seu sorriso era fraco. "Eu não chamaria isso de planejamento. Eu chamaria de estar jogando
uma Ave Maria com segundos restantes no relógio. "
 
Com muito cuidado, eu pensei no que ele estava me pedindo. "Eu posso convidar Marcie", disse
por fim. "Eu vou dizer a ela que eu preciso de ajuda para escolher as jóias para usar com meu
vestido do baile. Se ela está realmente ajudando Hank a caçar um colar de arcanjo, e se ela acha
que eu tenho isso, ela vai tirar proveito de ter acesso ao meu quarto. Eu não estou feliz em ter ela
bisbilhotando, mas vou fazê-lo. "Fiz uma pausa significativa. "Mas primeiro eu quero saber
exatamente por que eu estou fazendo isso."
 
"Hank precisa do arcanjo para falar. Nós também. Precisamos de uma maneira de deixar os
arcanjos nos céus saberem que Hank está praticando devilcraft. Eu sou um anjo caído, e eles não
vão me ouvir. Mas, se Hank tocar meu colar, ele vai marcá-lo. Se ele está usando devilcraft, o
colar irá gravar isso também.
 
Minha palavra não significa nada para os arcanjos, mas esse tipo de evidência significa. O que
todos nós precisamos fazer é pegar o colar em suas mãos. "
 
Eu ainda sentia um puxão de dúvida. "E se ele não funcionar? E se Hank receber a informação
que ele precisa, e não conseguirmos nada? "
 
Ele concordou com um aceno de cabeça leve. "O que você gostaria que eu fizesse em seu lugar?"
 
Eu pensei sobre isso, e veio vazio. Patch estava certo. Estávamos fora do tempo, fora das opções.
Não foi a melhor posição para estar, mas algo me disse
 
Patch tinha feito a melhor das decisões arriscadas toda a sua existência. Se eu fosse arrastada
para uma aposta tão grande como esta, eu não poderia pensar em ninguém melhor para estar do
lado.
 
 
Silence - Capítulo 27 CAPÍTULO 27 
 
 
Era sexta-feira à noite, uma semana depois, minha mãe e Hank estavam na sala, aninhados no
sofá e partilhando uma tigela de pipoca. Eu me retirei para o meu quarto, tendo prometido a
Patch que eu poderia manter a calma em torno de Hank. 
 
 
Hank tinha sido irritantemente encantador nos últimos dias, levando a minha mãe do hospital
para casa, chegando a cada noite pontualmente na hora do jantar, até mesmo na limpeza das
calhas do nosso telhado esta manhã. Eu não era tola o suficiente para baixar a guarda, mas eu
estava ficando louca tentando separar seus motivos. Ele estava planejando algo, mas não
consego descobrir o que é. 
 
Minha mãe ria lá embaixo, e usaria isso a meu favor. Eu mandei uma mensagem para Vee. 
 
OLÁ, ela respondeu um minuto depois. 
 
EU TENHO 2 BILHETES DA SERPENTINE. QUER? 
 
O QUE É SERPENTINE?? 
 
A BANDA DE UM AMIGO DA FAMÍLIA, expliquei. SHOW HJ À NOITE. 
 
PEGO VOCÊ EM 20 MINUTOS. 
 
Prontamente vinte minutos mais tarde, Vee guinchou na calçada. Desci as escadas como um
trovão, esperando passar porta afora antes que eu tivesse de suportar a tortura de ouvir o que
minha mãe estava fazendo com Hank, que, eu tinha aprendido, era muito beijador. 
 
"Nora?" Mamãe chamou pelo corredor. "Onde você está indo?" 
 
"Saindo com Vee. Eu vou estar de volta às onze! "Antes que ela pudesse vetar, corri para fora e
atirou-me dentro de Neon roxo de Vee. "Vai, vai, vai!" Eu ordenei à ela. 
 
Vee, teria um futuro brilhante como uma motorista de fuga, se a faculdade não desse certo,
pegou a minha fuga em suas próprias mãos, correndo rápido o suficiente para amedrontar um
bando de pássaros fora da árvore mais próxima. 
 
"De quem é o Avalon que estava na calçada?" Vee perguntou enquanto ela acelerava em toda a
cidade, ignorando os sinais de trânsito. Ela ignorou drasticamente as três multas desde a
obtenção de sua licença para dirigir, e estava firmemente convencida de que quando a lei viesse
até ela, ela era invencível.
 
"Hank alugou." 
 
"Eu ouvi de Michelle Van T Assel, que ouviu de Lexi Hawkins, que ouviu de nossa boa amiga
Marcie que Hank está oferecendo uma recompensa muito boa por alguma dica da polícia que
leve à prisão das aberrações que tentaram jogá-lo fora da estrada." 
 
Boa sorte com isso. 
 
Mas eu sorri de forma adequada, não querendo que Vee notasse que algo estava errado.
Idealmente, eu sabia que deveria dizer-lhe tudo, a começar por ter a minha memória apagada
por Hank. Mas ... como? Como eu explicaria as coisas que eu mal podia compreender a mim
mesma? Como eu fazê-la acreditar em um mundo repleto com coisas de pesadelos, quando eu
não tinha nada, apenas a minha palavra para oferecer como prova? 
 
"Quanto Hank está oferecendo?" Eu perguntei. "Talvez eu possa ser persuadida a me lembrar de
algo importante." 
 
"Por que se preocupar? Pegaria seu cartão bancário em seu lugar. Duvido que ele iria notar a
falta de algumas centenas. E hey, se você for pega, ele não poderá te mandar prender. Não iria
estragar qualquer chance que ele tem com sua mãe." 
 
Se apenas fosse assim simples, pensei, um sorriso corajoso congelado no meu rosto. Como se
Hank soubesse o que tem valor. 
 
Havia um estacionamento minúsculo perto Devil´s Handbag, e Vee tentou estacionar cinco
vezes, mas não surgiu nenhuma vaga. Ela foi de vaga em vaga. Finalmente ela estacionou
paralela ao longo de um trecho da calçada que deixou metade da Neon na rua.
 
Vee saiu e inspecionou seu trabalho de estacionamento. Ela encolheu os ombros. "Cinco pontos
para a criatividade." 
 
Nós andamos o resto do caminho a pé. 
 
"Então, quem é esse amigo da família?" Vee perguntou. "Ele é macho? Ele é quente? Ele é
solteiro?" 
 
"Sim na primeira pergunta, provavelmente na segunda, acho que no passado. Você quer que eu
o apresente?" 
 
"Não senhora!. Só queria saber se devo manter meus olhos mal treinados nele. Eu não confio
mais em meninos, mas meu radar as vezes falha quando se trata de meninos bonitos". 
 
Eu dei uma risada curta tentando imaginar uma versão ficha limpa, de Scott. "Scott Parnell não
é nada bonito." 
 
"Epa. Espere um pouco. O que é isso? Você não me disse que velho amigo da família era o
Scottie Hottie". 
 
Eu queria dizer a Vee que era porque eu estava fazendo o meu melhor para manter calma esta
noite da aparição pública de Scott, não querendo que qualquer palavra sobre ele chegasse aos
ouvidos de Hank.
 
"Desculpe, eu devo ter esquecido." 
 
"Nosso garoto Scottie tem um corpo que você não pode esquecer. Você tem que dar-lhe isso." 
 
Ela estava certa. Scott não era volumoso, mas ele era muito musculoso e tinha o físico bem
proporcional de um atleta de alto nível. Se não fosse essa expressão de difícil que ele carregava
em toda parte, ele provavelmente atrairia multidões de meninas. Possivelmente até mesmo Vee,
que era uma inimiga de homem auto-proclamada. 
 
Nós contornamos no canto final, e Devil´s Handbag veio à tona. Era uma estrutura de tijolos
sem charme de quatro andares com heras rastejando e janelas lustradas. De um lado tinha uma
loja de penhores. Do outro lado tinha uma loja de conserto de sapatos que eu secretamente
suspeitava ser uma identidade de fachada para um outro negócio. A sério, quem substituia suas
solas mais? 
 
"Vamos começar com a tag?" Vee perguntou. 
 
"Hoje não. Eles não estão servindo bebidas alcoólicas no bar, já que metade da banda é menor
de idade. Scott disse-me que precisaríamos só dos bilhetes." 
 
Entramos fila, e cinco minutos depois entramos. O layout espaçoso interior consistia de um
estágio de um lado da sala, e um bar no o outro. Nas laterais ficavam as mesas, o café perto do
palco. Havia uma multidão decente, com mais chegando a cada minuto, e eu experimentei um
aperto de nervoso antecipado por Scott. Eu tentei pegar rostos Nephilins na platéia, mas eu não
era experiente o suficiente para confiar em mim para fazer um trabalho completo. Não que eu
tivesse uma razão para acreditar que o Devil´s Handbag seria um ponto de encontro para os
não-humanos susceptíveis, particularmente aqueles com fidelidade a Hank. Eu tinha
simplesmente a crença de que não feria ser cautelosa. 
 
Vee e foi direto ao bar. 
 
"Alguma coisa para beber?" O barman, uma ruiva que tinha um monte de anéis na sobrancelha
ou nariz, nos perguntou. 
 
"Suicide", Vee disse a ela. "Você sabe, quando você coloca um pouco de tudo no copo?" 
 
Eu me inclinei para o lado. "Quantos anos nós temos?" 
 
"A infância só vem uma vez. Viva ". 
 
"Cherry Coke," Eu disse a bartender. 
 
Enquanto Vee e eu tomávamos as nossas bebidas, sentamos e absorvemos excitação pré-show,
uma loira esguia com seu cabelo de pelúcia em um confuso e sexy rabo de cavalo também estava
lá. Ela inclinou-se os cotovelos para trás na barra, dando-me um olhar superficial. Ela usava um
vestido longo boêmio, tirando hippie-chic na perfeição. Que não fosse um golpe de sirene o
batom vermelho, ela foi retocar a maquiagem, o que chamou minha atenção para a boca, cheio
brilho Concentrando o seu olhar sobre o palco, ela disse: 
 
"Não vi você antes com meninas ao redor. Primeira vez?" 
 
"O que é isso para você?" Vee disse. 
 
A menina riu, e enquanto o som era suave e tilintante, que fez os cabelos na parte de trás da
minha ascensão no pescoço. "Alunos em alta?" Ela adivinhou. 
 
Vee estreitou os olhos. "Talvez sim, talvez não. E você é ...? " 
 
A loira deu um sorriso. "Dabria." Seus olhos prenderam os meus. "Eu ouvi sobre a amnésia.
Coitada." 
 
Eu engasguei com minha Cherry Coke. 
 
Vee disse: "Você parece familiar. Mas seu nome não está tocando um sino. "Ela franziu os lábios
na avaliação. 
 
Em resposta, Dabria colocou os olhos frios sobre Vee, e foi assim que, de qualquer suspeita se
dissipou da expressão Vee, deixando-a em branco como a água plácida. "Eu nunca te vi antes em
minha vida. Esta é a primeira vez que nos encontramos", disse Vee em um tom monótono. 
 
Eu olhei para Dabria. "Podemos conversar? Sozinhas?" 
 
"Eu pensei que você nunca pediria", ela respondeu despreocupadamente. 
 
Abri caminho até o corredor que levava aos banheiros. Quando estávamos no meio da multidão,
eu girei para Dabria. "Primeiro, saia da mente da minha melhor amiga. Segundo, o que você está
fazendo aqui? E terceiro, você é muito mais bonita do que Patch me levou a acreditar."
Provavelmente não precisa expressar esse último item, mas agora que eu estava com Dabria
sozinha, eu não estava com vontade jogar. Melhor ir direto ao ponto. 
 
Sua boca enrolou em um sorriso de satisfação. "E você está um pouco mais simples do que eu
me lembro." 
 
De repente, eu gostaria de ter vestido algo mais sofisticado do que jeans boyfriend, blusa, e um
chapéu de estilo militar. Eu disse, "Isso é sobre você, apenas assim estamos claras." 
 
Dabria examinou suas unhas antes de olhar para mim. Com pesar inconfundível, ela disse, "Eu
gostaria de poder dizer que eu estava com ele." 
 
Eu avisei! Eu pensei com raiva de Patch. 
 
"Amor não correspondido é uma merda", eu disse simplesmente. 
 
"Ele está aqui?" Dabria esticou o pescoço para procurar na multidão. 
 
"Não. Mas eu tenho certeza que você já sabia disso, desde que você decidiu perseguir ele." 
 
Algo dançou em seus olhos. "Oh? Ele percebeu?" 
 
"Difícil não perceber, uma vez que você claramente fez seu propósito de vida atirar-se para ele." 
 
Seu sorriso brilhante adotou uma borda endurecida. "Só para você saber, se não fosse pelo meu
Jev manter a pena escondida, eu não pensaria duas em te arrastar daqui e jogá-la na frente de
um carro. Jev pode estar aqui por você agora, mas eu não respiraria mais fácil. Ele fez alguns
inimigos ao longo dos anos, e eu não posso te dizer quantos deles gostariam de acorrentá-lo no
inferno. Você não se relaciona com pessoas como ele e dorme com os dois olhos fechados", disse
ela, a sangue-frio rastejando em seu tom. "Ele quer ficar na Terra, ele não pode ser distraído por
alguma", o seu olhar pousou em cima de mim "menina infantil. Ele precisa de um aliado.
Alguém que possa assistir a sua volta e ser útil para ele." 
 
"E você acha que está apenas é a pessoa para o trabalho?" Eu fervia. 
 
"Eu acho que você deve se relacionar com sua própria espécie. Jev não gosta de ser amarrado.
Um olhar para você, e posso dizer que você tem as mãos ocupadas com ele." 
 
"Ele mudou", disse. "Ele não é a mesma pessoa que era quando você o conhecia". 
 
Seu riso soou para fora das paredes. "Eu não posso decidir se a sua ingenuidade é adorável, ou
se eu quero bater em algum sentido em você. Jev nunca vai mudar, e ele não te ama. Ele está
usando você para chegar à Mão Negra. Você sabe o quão alto é o preço sobre a cabeça de Hank
Millar? Milhões. Jev quer o dinheiro como todo anjo caído ao seu lado, talvez mais, porque ele
pode usá-lo para pagar seus inimigos, e confie em mim quando digo que eles estão em seus
calcanhares. Ele está à frente do jogo, porque ele tem você, herdeiro da Mão Negra. Você pode
chegar perto da Mão Negra de uma forma que os anjos caídos só podem sonhar." 
 
Eu não pisquei um olho. "Eu não acredito em você." 
 
"Eu sei que você quer a Mão Negra, querida. Assim como eu sei que você quer ser o único a
destruí-lo. Não é uma tarefa fácil, considerando que ele é um Nephilim, mas fingir por um
minuto é possível. Você realmente acha que Jev vai entregar Hank para você quando ele pode
entregá-lo às pessoas certas e receber um dez milhões de dólares? Pense sobre isso." 
 
Na mesma nota, Dabria levantou uma sobrancelha astuta e saiu pela multidão. 
 
Quando voltei para o bar, Vee disse: "Não sei sobre você, mas eu não gostei dela. Ela compete
com Marcie no primeiro lugar de insuportáveis." 
 
Ela é pior, pensei sombriamente. Muito pior. 
 
"Falando de instintos, não tenho feito a minha mente ainda como me sinto sobre esso Romeo
particular," Vee disse, sentada. 
 
Eu segui o seu olhar, para encontrar Scott no final dele. 
 
Uma cabeça mais alto que a multidão, ele nadou em direção a nós. Seu castanho dourado em
sua cabeça parecia como uma tampa, e emparelhado com jeans sujo e uma camiseta, ele parecia
para o baixista de uma banda de rock. 
 
"Você veio", disse ele com um sorriso em sua boca, e eu soube de imediato que estava satisfeito. 
 
"Será que não vou perdê-lo para o mundo", eu disse, tentando esmagar qualquer inquietação
para baixo que senti sobre a recusa obstinada de Scott em ficar se escondendo um pouco mais.
Um breve olhar para sua mão revelou que ele não tinha retirado o anel da Mão Negra. "Scott,
esta é minha melhor amiga, Vee Sky. Eu não sei se vocês dois se conhecem oficialmente." 
 
Vee apertou a mão de Scott e disse: "Estou feliz em ver que há pelo menos uma pessoa neste
lugar mais alto que eu." 
 
"Sim, eu herdei a minha altura do meu pai", disse Scott, claramente não tendo pressa para
elaborar. Então, para mim, "Sobre o baile. Estou enviando uma limusine amanhã às nove. O
motorista vai levá-la para a dança, e eu vou encontrá-la lá. Eu deveria te dar uma daquelas
coisas de flores para o seu pulso? Eu esqueci completamente sobre isso." 
 
"Vocês dois vão ao Baile juntos?" Vee perguntou, sobrancelhas curvadas, dedos apontando entre
nós de uma maneira confusa. 
 
Eu poderia ter chutado a mim mesma por não me lembrar de dizer a ela. Em minha defesa, eu
tinha um monte de coisas em minha mente. 
 
"Como os amigos:" Eu tranquilizei Vee. "Se você quiser vir, quanto mais, melhor." 
 
"Sim, mas agora eu não tenho tempo para comprar um vestido," Vee disse, soando
genuinamente desanimada. 
 
Pensando em meus pés, eu disse: "Vamos para o Jardim de Seda amanhã no primeiro horário.
Tempo de sobra. Não gostou que vestido de lantejoulas roxas, do manequim?" 
 
Scott apontou o polegar por cima do ombro. "Eu tenho que ir aquecer. Se vocês quiserem depois
do show, me encontrar nos bastidores e lhes darei um passeio privado." 
 
Vee e eu trocamos um olhar, e eu sabia que estimativa de Scott tinha subido. Eu, por outro lado,
rezava que ele durasse o suficiente para dar-nos uma visita. Lançando olhares ao redor, eu
procurava por sinais de Hank, seus homens, ou qualquer outra coisa incômoda. 
 
Serpentine veio fazer testes de palco e afinação das guitarras e bateria. Scott subiu no palco com
eles, atirando sua correia da guitarra através de seu ombro. Ele dedilhou algumas notas,
mordendo a palheta entre os dentes enquanto ele acenava com a cabeça ao seu próprio ritmo.
Olhando para os lados, achei Vee batendo com pé no ritmo. 
 
Eu a cutuquei com cotovelo. "Qualquer coisa que você quer me dizer?" 
 
Ela deu de volta um sorriso. "Ele é bom." 
 
"Eu pensei que você estava em desintoxicação de menino." 
 
Vee cutucou-me de volta, mais forte. "Não seja um Downer Debbie". 
 
"Só colocando a minha verdade dos factos." 
 
"Se nós nos ligarmos, ele poderia me escrever baladas e outras coisas. Você tem que admitir,
nada mais sexy do que um cara que escreve música." 
 
"Mm-hmm, só você mesmo." 
 
No palco, uma equipe do Devil´s Handbag do Diabo ajudaram a ajustar os microfones e
amplificadores. Um dos membros da tripulação estava de joelhos, testando as cordas do baixo,
quando ele fez uma pausa para enxugar o suor da testa. Meus olhos caíram sobre seu braço, e eu
fui atingido por um flash de reconhecimento tão forte que parecia me levar de volta. Três
palavras estavam tatuadas como um mantra em seu antebraço. FRIO. DOR. FORÇA. 
 
Eu não sabia o significado da combinação de palavras, mas eu sabia que tinha visto antes. Um
par de cortinas recuou, revelando a minha memória longe o suficiente para que eu me lembrasse
de ter visto a tatuagem depois que eu tinha sido lançada a partir Cruiser de Hank. FRIO. DOR.
FORÇA. Eu não tinha lembrado antes, mas agora eu tinha certeza. O homem no palco tinha
estado lá. Logo após o acidente. Ele agarrou meus pulsos quando eu tinha caído na
inconsciência, arrastando meu corpo através da sujeira. Ele tinha que ter sido um dos anjos
caídos no El Camino. Quando cheguei a esta conclusão surpreendente, o anjo caído apoiou em
suas mãos e pulou do palco, vagando o perímetro da multidão. Ele teve uma breve conversa com
algumas pessoas, progredindo lentamente em direção ao fundo da sala. Abruptamente, ele se
virou no mesmo corredor onde Dabria e eu tínhamos conversado. 
 
Falei no ouvido Vee, "eu vou a correr até o banheiro. Guarde meu lugar." 
 
Passei no meio da multidão, amontoados ao redor do bar, eu segui o anjo caído no corredor. Ele
ficou na outra extremidade do mesmo, dobrado ligeiramente para a frente. Ele mudou,
revelando seu perfil, segurando um isqueiro para o cigarro equilibrado entre os lábios. Exalando
uma fala, ele pisou fora. 
 
Eu dei-lhe alguns segundos a frente, depois abri a porta e enfiei a cabeça para fora. Um punhado
de fumantes estavam no beco, o que não bonito de se olhar, ninguém me pagou nenhuma
atenção. Eu pisei todo o caminho, procurando o anjo caído. Ele estava no meio da rua,
caminhando em direção à rua. 
 
Talvez ele quisesse fumar sozinho, mas eu tinha uma sensação de que ele estava saindo para
outra coisa. 
 
Analisei as minhas opções. Eu poderia correr de volta para dentro e recorrer a Vee, mas eu não
queria correr o risco envolvendo a ela se eu poderia ajudá-la. Eu poderia chamar Patch para
resguardar, mas se eu esperasse que ele chegasse, eu correria o risco de perder o anjo caído. Ou
eu poderia seguir o conselho de Patch e imobilizar o anjo caído, aproveitando as cicatrizes de
suas asas, e então o chamei. 
 
Eu decidi dar Patch um mão ao alto rezaria para que ele se apressasse. Nós tínhamos
concordado em chamadas de textos apenas para emergências, não queríamos deixar sair
qualquer evidência indesejada em torno de mentir para Hank de que ainda nos encontramos. Se
isso não fosse uma emergência, eu não sabia o que seria. 
 
Atrás do Devil´s Handbag, eu mandei uma mensagem com pressa. Vi o anjo caído do acidente
de carro. Tenho como objetivo as cicatrizes das asas. 
 
Havia uma pá de neve encostada na porta dos fundos da loja de reparação de sapatos, e eu
peguei sem pensar. Eu não tinha um plano, mas se eu fosse estava indo imobilizar o anjo caído,
eu precisaria de uma arma. Mantendo uma distância segura para trás, eu o segui até o final do
beco. Ele virou-se para rua, acendeu o cigarro na sarjeta, e ligou em seu celular. 
 
Escondida nas sombras, eu peguei pedaços de sua conversa. 
 
"Concluído o trabalho. Ele está aqui. Sim, eu tenho certeza que é ele." 
 
Ele desligou e coçou o pescoço. Ele soltou um suspiro que parecia em conflito. Ou talvez se
demitisse. 
 
Tendo vantagem de sua contemplação silenciosa, eu rastejei por trás dele e bati com a pá para os
lados em uma varredura viciosa. Eu não bati em suas costas com mais poder do que eu jamais
pensei que eu possuía, exatamente onde as cicatrizes de suas asas deveriam estar. 
 
O anjo caído cambaleou para a frente, caindo de joelhos. Eu trouxe a pá para baixo uma segunda
vez com mais confiança. Depois uma terceira, o tempo, quarta, quinta. Sabendo que não poderia
matá-lo, eu dei um golpe feroz em sua cabeça. 
 
Ele vacilou fora de equilíbrio, então caiu no chão. 
 
Cutuquei-o com meu sapato, mas ele estava desmaiado. 
 
Passos apressados soaram atrás de mim e eu lancei ao redor, ainda segurando a pá. Patch
emergiu da escuridão, sem fôlego por correr. Ele olhou entre mim e o anjo caído. 
 
"eu bati nele," eu disse, ainda em choque que tinha sido tão fácil. 
 
Patch retirou suavemente a pá de minhas mãos. Um leve sorriso se contraiu nos seus lábios.
"Anjo, este homem não é um anjo caído." 
 
Pisquei. "O quê?" 
 
Patch agachou ao lado do homem, puxou sua camisa em suas mãos, e rasgou o tecido. Olhei
para trás do homem, suave e muscular. A cicatriz de uma asa não estava à vista. 
 
"Eu tinha certeza", eu gaguejei. "Eu pensei que ele era. Eu reconheci sua tatuagem" 
 
Patch olhou para mim. "Ele é Nephilim". 
 
Um Nephil? Tinha deixado inconsciente um Nephil? 
 
Rolou o corpo do Nephil, Patch desabotoou a camisa, inspecionando seu torso. Ao mesmo
tempo, os nossos olhos viajaram para a marca logo abaixo de sua clavícula. 
 
O punho cerrado era muito familiar. 
 
"A marca do Mão Negra", eu disse com espanto. "Os homens que nos atacaram naquele dia, e
quase nos levou para fora da estrada, eram homens de Hank?" O que isso quer dizer? E como
poderia Hank cometer um erro tão grave de julgamento? Ele alegou que eles eram anjos caídos.
Ele parecia tão certo- 
 
"Você está certa de que este era um dos homens no El Camino?" Patch perguntou. 
 
A raiva saltou dentro de mim quando eu percebi que tinha sido jogada. "Oh, eu tenho certeza." 
 
 
Silence - Capítulo 28 Capitulo 28
 
 
(Traduzido pela Sammy)
 
HANK orquestrou o acidente de carro, "eu disse, silêncio mortal ."Inicialmente eu pensei que o
acidente tinha estragado seus planos, mas nada disso foi por acaso. ele disse a seus homens para
bater em nosso carro, e ele plantou na minha cabeça que eles eram anjos caídos. E eu fui
estúpida o suficiente para caia nessa! "
 
 
 
Patch transportou o corpo do Nephil para trás de uma cobertura de mato, escondendo-o da rua.
"Assim ele não vai atrair alguma atenção antes que ele acorda", explicou. ”Será que ele deu uma
boa olhada em você?”
 
"“Não, eu o peguei de surpresa”, eu disse distraidamente. "Mas por que Hank precisou bater seu
próprio carro? A coisa toda parece inútil. Seu carro ficou totalmente inutilizado, e ele foi
severamente espancado no processo. Eu não entendo. "
 
"Eu não quero que você saia da minha vista até que você figure este para fora," Patch disse. "Vá
para dentro e diga a Vee que você não precisa de uma carona para casa. Eu vou buscá-la na
frente em cinco minutos. "
 
Esfreguei minhas mãos rapidamente sobre os meus braços, que estavam arrepiados. "Venha
comigo. Eu não quero ficar sozinha. E se houver mais dos homens de Hank lá dentro? "
 
Patch fez um som que não era muito de diversão. "Se Vee nos ver juntos, as coisas vão ficar
confusas. Diga a ela que você encontrou uma carona para casa, e que você vai ligar pra ela mais
tarde. Vou ficar apenas dentro das portas. Eu não vou deixar você fora da minha vista. "
 
"Ela não vai acreditar nisso. Ela está muito mais cautelosa do que ela costumava ser.
"Rapidamente eu trabalhei a única solução plausível. "Vou para casa com ela, e depois que ela
me deixar, eu vou te esperar na rua da minha casa. Hank está lá, então não dirija mais perto do
que você precisa. "
 
Patch me puxou para um beijo breve e duro. "Tenha cuidado".
 
No interior da Mala do Diabo, um sopro forte de queixa se espalhou pelo público. Pessoas
atiraram copos, guardanapos e canudos de plástico no palco. 
 
Grupos do outro lado do chão começaram cantando "chupa Serpentina, suga Serpentina." dei
uma cotovelada o caminho ao longo até Vee.
 
"O que está acontecendo?"
 
"Scott foi socorrido. Foi para cima e correu. A banda não pode tocar sem ele. "
 
A sensação de mal estar resolvida no meu estômago. "funcionou? Por quê? "
 
"Eu poderia ter lhe perguntei se eu poderia ter pegado ele. Ele deu um salto correndo para fora
do palco e correu para as portas. Todo mundo achava que era uma brincadeira dele em primeiro
lugar. "
 
"Devemos sair daqui", eu disse Vee. "A multidão não vai aguentar por muito tempo."
 
"Amém a isso," Vee disse, pulando fora de seu banquinho de bar e correndo em direção às
portas.
 
Na quinta, Vee saltou do Neon na entrada de automóveis. "O que você acha que entrou no
Scott?", Ela me perguntou.
 
Eu estava tentado mentir, mas eu estava cansada de jogar este jogo com a Vee. "Acho que ele
está em apuros", disse ela.
 
"Que tipo de problemas?"
 
"Acho que ele cometeu alguns erros e chateado as pessoas erradas."
 
Vee parecia confusa ... e cética. "As pessoas erradas? Que tipo de pessoas erradas? "
 
"Pessoas muito ruins, Vee."
 
Que foi toda a explicação que ela precisava. Vee empurrou o Neon em marcha à ré. "Bem, o que
estamos fazendo aqui sentadas? Scott está lá fora em algum lugar, e
 
ele precisa de nossa ajuda. "
 
"Nós não podemos ajudá-lo. As pessoas que estão procurando por ele não tem exatamente uma
consciência. Eles não iriam pensar duas vezes em nos ferir. Mas há
 
alguém que pode ajudar, e com alguma sorte, ele vai ser capaz de ajudar Scott a sair da cidade
hoje à noite, onde ele estará seguro. "
 
"Scott tem que sair da cidade?"
 
"Não é seguro para ele aqui. Tenho certeza que os homens que estão olhando ele e esperando
que ele tente sair, mas Patch vai saber uma forma ao seu redor "
 
"realize! volte. Você tem que pedir pra ele ajudar Scott?" Vee falou mais alto que um tiro e ela
me encarou acusadoramente. "Será que sua mãe sabe que você está se
 
misturado com ele novamente? Alguma vez você pensar que talvez, talvez esta fosse a
informação que você deveria me dizer? Eu estive mentindo sobre ele esse tempo todo, fingindo
que ele nunca existiu, e sempre você estava tendo contato ele nas minhas costas? "
 
Ouvir sua confissão descarada, sem qualquer traço de remorso, deixou meu temperamento
inflamado. "Então você está finalmente contando a verdade sobre Patch?"
 
"Confessar tudo? Por em pratos limpos? Eu menti, porque ao contrário daquele saco sujo, eu
realmente me importo com o que acontece com você. Ele não está bem da cabeça. Ele apareceu e
sua vida nunca mais foi a mesma. Minha vida também, enquanto nós estávamos falando sobre o
assunto. Eu prefiro enfrentar uma gangue de condenados do que topar com Patch em uma rua
vazia. ele é
 
bem real para se aproveitar das pessoas, e soa para mim como se ele fosse até usar seus velhos
truques de novo. "
 
Eu abri minha boca, tão chateada, eu não conseguia desembaraçar meus pensamentos. "Se você
viu o maneira que eu faço"
 
"Isso nunca acontece, você pode apostar que vou arrancar meus olhos para fora!"
 
Tentei ter compostura. Com raiva ou não, eu poderia ser racional. "Você mentiu, Vee. Você me
olhou nos olhos e mentiu. Eu aceito isso da minha mãe, mas não você. "Eu empurrei a porta
aberta. "Como você vai se explicar quando eu tivesse a minha memória de volta?" Eu exigi de
repente.
 
"Eu esperava que você não a recuperasse." Vee jogou as mãos no ar. "Há. Eu disse isso. Você
estava melhor sem ela, se isso significasse não lembrar da aberração de
 
show. Você não pensa bem quando você está com ele. É como se você visse o um por cento dele
que poderia ser bom e esquecesse o percentual de 99 por cento outras
 
de puro mal psicótico! "
 
Meu queixo caiu.
 
"Mais alguma coisa?" Eu bati.
 
"Não. Isso resume bem os meus sentimentos de forma adequada sobre o assunto. "
 
Eu me atirei para fora do carro e bati a porta.
 
Vee baixou sua janela e enfiou a cabeça para fora. "Quando você voltar ao normal e recuperar
seus sentidos, você sabe meu número!", Ela gritou.
 
Então ela pavimentou até a calçada e fugiu na escuridão.
 
Eu estava na sombra da casa, a tentando recolher a minha compostura. Eu refletia sobre as
respostas vagas que Vee tinha me dado quando eu cheguei em casa no primeiro dia depois do
hospital, sem um pingo da minha memória intacta, e meu temperamento ameaçava explodir. Eu
confiava nela. Eu confiava nela para me dizer o que eu não conseguia descobrir por mim mesma.
O pior de tudo, ela colaborou com a minha mãe. Elas tinham usado minha perda de memória
para empurrar a verdade ainda mais para fora de alcance. Por causa deles, tinha me levado
 
muito mais tempo para encontrar Patch.
 
Eu estava tão agitada, que eu quase esqueci que eu disse a Patch para me encontrar na rua.
Puxei as rédeas na minha ira, eu olhei de longe a fazenda, mantendo meus olhos alertas para
sinais de Patch. No momento em que lentamente as sombras tomaram sua forma à frente, o pior
da minha sensação de traição tinha morrido, ido baixo, mas eu não estava pronta para chamar a
Vee e estender o meu perdão ainda.
 
Patch estava estacionado à beira da estrada, dirigindo uma motocicleta preto vintage Harley
Davidson Sportster. Eu senti uma mudança no ar quando o vi, algo perigoso e sedutor ressoava
como um fio vivo. Eu parei em minhas trilhas com a visão dele. Meu coração vacilou uma batida,
quase como se ele a segurasse em sua consciência, comandando-me em seus próprios caminhos
secretos. Eu aceitei. Banhado em luar, seu olhar era positivamente criminal.
 
Ele me entregou um capacete enquanto eu andava para cima. "Onde está o Tahoe?" Eu
perguntei.
 
"Tive que destruí-lo. Muitas pessoas sabiam que eu o dirigia, incluindo homens de Hank. Eu o
estacionei num terreno abandonado. Um mendigo chamado Chambers vai viver com ele agora. "
 
Apesar do meu humor, eu joguei a cabeça para trás e ri.
 
Patch levantou as sobrancelhas em inquérito.
 
"Depois dessa noite, eu estou tendo, eu precisava disso."
 
Ele me beijou, então assegurado a correia do capacete debaixo do meu queixo. "Ainda bem que
posso ajudar. suba, Anjo. Estou te levando para casa. "
 
Apesar de ser subterrâneo, o profundo estúdio de Patch estava quente quando chegamos.
Aproveitei o tempo para saber se os tubos de vapor que funciona abaixo de Delfos ajudou a
aquecer o lugar. Havia também uma lareira, que Patch ascendeu prontamente. Ele pegou meu
casaco, e o colocou no armário fora do sala de estar.
 
 
 
"com fome", questionou.
 
Foi a minha vez de levantar minhas sobrancelhas. "Você comprou comida? Para mim? "Ele me
disse que anjos não podem sentir o gosto e não necessitam de alimentos, o que quer dizer fez
compras desnecessárias no supermercado.
 
"Há uma mercearia orgânica mesmo na saída de uma auto estrada. Não me lembro da última
vez que fui comprar comida. "Um sorriso brilhava nos seus olhos. "Eu poderia ter ido ao mar. "
 
Entrei na cozinha, com brilhantes aparelhos de aço inoxidável, bancadas em granito negro e
armários de nogueira. Muito masculino, muito elegante. fui
 
para o refrigerador em primeiro lugar. Garrafas de água, espinafre e rúcula, cogumelos,
gengibre, Gorgonzola e os queijos, manteiga de amendoim natural, e leite em um lado.
 
Cachorros-quentes, frios, Coca-Cola, copos de pudim de chocolate, chantilly e enlatados por
outro. Eu tentei imaginar Patch empurrando um carrinho de compras no corredor de um
supermercado, jogando alimentos com desinteresse. Era tudo que eu poderia fazer para manter
uma cara séria.
 
Peguei um copo de pudim e ofereci um Patch também, mas ele balançou a cabeça
negativamente. Ele empoleirou-se em um dos bancos de bar, inclinando-se sobre o cotovelo o
rosto contemplativamente. "Você se lembra de outra coisa do acidente antes que você
desmaiou?"
 
Eu encontrei uma colher na gaveta e dei uma mordida no pudim. "Não." Eu fiz uma careta. "Isso
pode ser algo, no entanto. O acidente de carro aconteceu logo antes do almoço. Eu
originalmente pensei que não poderia ter ficado inconsciente por mais de alguns minutos, mas
quando eu acordei no hospital, era tarde. Isso significa que 
 
está faltando cerca de seis horas no meu tempo ... então como é que vamos contar o
desaparecimento de seis horas? Eu estava com Hank? Deitada inconsciente no hospital? "
 
Algo preocupante acendeu através olhos Patch. "Eu sei que você não vai gostar disso, mas Se
conseguíssemos deixar Dabria próxima Hank, ela poderia ser capaz de
 
ler algo fora dele. Ela não pode ver dentro de seu passado, mas se ela ainda tem alguns de seus
poderes e pode ver seu futuro, pode nos dar pista sobre o que ele tem feito. Seja qual for o seu
futuro que nos reserva, é dependente de seu passado. Mas para começar colocar Dabria perto
dele não vai ser fácil. Ele está sendo cuidadoso. Quando ele sai, ele tem pelo menos duas dezenas
dos seus homens formando uma barreira impenetrável ao seu redor. Mesmo quando ele está em
sua casa, seus homens estão fora, guardando as portas e os campos e patrulhando as ruas. "
 
Isso era novidade para mim, e só fez me sentir mais violada.
 
"Falando de Dabria, ela estava na noite da Mala do Diabo", eu disse, apontando com um ar
indiferente. "Ela teve a gentileza de se apresentar."
 
Eu observei Patch de perto. Eu não tinha certeza do que eu estava procurando. Foi uma
daquelas coisas onde eu sei quando vejo. Para seu crédito, e minha frustração, ele não
demonstrou nenhuma emoção que mostrasse interesse.
 
"Ela disse que há uma recompensa pela cabeça de Hank," eu continuei. "Dez milhões de dólares
para o primeiro anjo caído que obtiver sucesso. Ela disse que há
 
pessoas que preferem não ver Hank liderar uma rebelião de Nephilim, e enquanto ela não me
deu detalhes, acho que posso descobrir os detalhes por conta própria. Eu não me surpreenderia
se houvesse um Nephilim lá fora, que não quer Hank no poder. Nephilim que seria muito
melhor vê-lo trancado." Parei para dar ênfase. "Nephilins que estão planejando um golpe de
Estado".
 
"Dez milhões me parece razoável." Mais uma vez, disse sem nenhum indício de seus verdadeiros
sentimentos.
 
"Você vai me vender para eles, Patch?"
 
Ele não disse nada por um longo momento, e quando ele falou, suas palavras vibravam com um
escárnio silencioso. "Você percebe que isso é o que Dabria quer, não é? Ela seguiu você hoje à
noite até a mala do Diabo com uma intenção: implantar em sua cabeça que eu quero te trair. Ela
te disse que eu jogava a minha fortuna e os 10 milhões iria colocar muita tentação? Não, eu
posso dizer pela sua cara que não é isso. Talvez ela lhe disse que tenho mulheres escondidas em
cada esquina do mundo, e eu estou pensando em usar o dinheiro para mantê-las reunidas a
mim. Ciúme seria mais seu gosto, e eu estou apostando que se não tiver atingido o prego na
cabeça, no entanto, eu estou ficando mais quente. "
 
Eu levantei o meu queixo com superioridade, usando o desafio para mascarar minha
insegurança. "Ela disse que você já acumulou uma longa lista de inimigos e que você está
planejando usar o dinheiro para pagá-los."
 
Patch rir um latido. "Eu tenho uma longa lista de inimigos, não vou negar isso. Eu poderia pagar
todos com 10 milhões? Talvez sim, talvez não. Que não é o ponto. eu
 
permaneci um passo à frente dos meus inimigos há séculos, e tenho a intenção de mantê-lo
assim. A cabeça de Hank numa bandeja significa mais para mim do que um salário, e quando eu
soube que você compartilha do meu desejo, só reforçou a minha vontade de encontrar uma
maneira de matá-lo, Nephilim ou não. "
 
Eu não sabia o que dizer em resposta. Patch foi bem claro, Hank não merecia passar o resto de
sua vida em quarentena em uma prisão remota. ele tinha
 
destruído a minha vida e minha família, e nada menos do que a morte seria um castigo muito
gentil.
 
Patch levantou o dedo aos lábios, silenciando-me no local. Um momento depois, houve uma
batida brusca na porta externa.
 
Nós compartilhamos uma olhada, e Patch falou com meus pensamentos. ‘Eu não estou
esperando ninguém. Vá para o quarto e feche a porta. ’
 
Com um aceno de cabeça, eu entendi e sinalizei. Movendo-me silenciosamente, eu cruzei o
estúdio, fechando-me dentro do quarto de Patch. Através da porta, ouvi Patch
 
uma dar risada abrupta. Suas palavras seguintes foram atadas com uma ameaça. "O que você
está fazendo aqui?"
 
"Hora Ruim?" Retornou uma voz abafada. Feminino e estranhamente familiar.
 
"Suas palavras, não minhas."
 
"É importante".
 
Alarme e raiva surgiram em meu peito quando a identidade inconfundível do visitante ficou
clara. Dabria entrou sem aviso prévio.
 
"Eu tenho algo para você", disse ela a Patch, sua voz um pouco lisa demais, e um pouco
sugestiva.
 
Aposto que você tem, pensei cinicamente. Eu estava tentada a ir rumo à porta e dar-lhe uma
recepção calorosa, mas me segurei. Mas, ela estaria mais aberta a falar se ela não soubesse que
eu estava ouvindo. Entre meu orgulho e informações potenciais, o último venceu.
 
“Tivemos um pouco de sorte”. A Mão Negra entrou em contato comigo antes, esta noite, "Dabria
continuou. "Ele queria uma reunião, estava disposto a pagar o dólar superior, e eu concordei. "
 
"Ele queria que você lesse o seu futuro," Patch afirmou.
 
" Pela segunda vez em dois dias. Temos um Nephil muito profundo em nossas mãos. Completa,
mas não tão cuidadoso como ele foi no passado. Ele está fazendo pequenos erros. Desta vez, ele
não se incomodou em arrastar ao longo seus guarda-costas. Ele disse que não queria que nossa
conversa fosse ouvida. Ele me disse para ler seu tempo num futuro segundo, para ter certeza se
ambas as versões correspondem. Fingi não me ofender, mas você sabe que eu não gosto de ser
segunda-adivinhada. "
 
"O que você disse a ele?"
 
"“Normalmente minhas visões profetisa são privilégio do cliente, mas eu poderia estar disposta
a chegar a um acordo”, disse ela, seu tom insinuando para a paquera. "O que você que coloca na
mesa? "
 
"Profetisa?"
 
"Tem um certo status, você não acha?"
 
"Quanto?" Patch perguntou.
 
"O primeiro a nomear um preço perde, você me ensinou isso."
 
Eu pensei ter ouvido patch revirar os olhos. "Dez mil".
 
"Quinze".
 
"Doze. Não pressione a sua sorte. "
 
"Sempre me diverti fazendo negócios com você, Jev. Como nos velhos tempos. Fizemos uma
grande equipa. "
 
Agora era a minha vez de revirar os olhos.
 
"Comece a falar," Patch disse.
 
"Eu previ a morte de Hank, e eu dei a ele em linha reta. Eu não poderia lhe dar detalhes, mas eu
disse-lhe que vai ser um a Nephil a menos no mundo muito em breve. Estou começando a
pensar 'imortal' é um nome impróprio. Chauncey primeiro, e agora Hank. "
 
"Reação de Hank?", Foi tudo patch disse.
 
"Ele não teve uma. Saiu sem uma palavra. "
 
"Mais alguma coisa?"
 
"Você deve saber que ele está na posse de um colar de arcanjo. Eu sentia sobre ele. "
 
Eu me perguntei se isso significava Marcie tinha conseguido roubar o colar de Patch de mim. Eu
convidei-a durante um tempo para me ajudar a escolher a melhor roupa para a minha jóia, mas
estranhamente, ela não me levara acima sobre a oferta. Claro, eu não pensei que Hank poderia
ter passado para ela a chave da casa e dizer a ela para bisbilhotar no meu quarto enquanto eu
estava fora.
 
"Você não saberia me dizer algum ex arcanjo que não possuem seu colar?" Dabria perguntou
especulativamente.
 
"Eu vou mandar o seu dinheiro amanhã", foi a resposta leve de Patch.
 
"O que Hank quer colar com um arcanjo? Em seu caminho para fora, eu o ouvi dizer ao
motorista que a levasse para o armazém. O que está no armazém? "Dabria pressionado.
 
"Você é a profetisa." Dito isto, com uma corrente de diversões.
 
O riso de tilintar de Dabria ressoou através do estúdio antes de virar brincalhão. "Talvez eu
deveria olhar para seu futuro. Talvez ele cruze com o meu. "
 
O que me trouxe para os meus pés. Eu caminhava para fora, sorrindo. "Olá, Dabria. Que
surpresa agradável. "
 
Ela virou-se, e toda a sua indignação em chamas características como os olhos dela me acolheu.
 
Estiquei meus braços sobre minha cabeça. "Eu estava tirando uma soneca quando o som
agradável de sua voz me acordou."
 
Patch sorriu. "Eu acredito que você se encontrou com a minha namorada, Dabria?"
 
"Oh, nós já nos conhecemos", eu disse alegremente. "Felizmente, eu vivi para falar sobre isso."
 
Dabria abriu a boca, em seguida fechou. Todo o tempo, virou o rosto um tom mais escuro de
rosa.
 
"Parece que Hank se deparou com um colar de arcanjo," Patch disse para mim.
 
"Engraçado como isso funcionou."
 
"Agora vamos descobrir o que ele planeja fazer com ele," Patch disse.
 
"Eu vou pegar meu casaco."
 
"Você vai ficar aqui, Anjo" Patch disse em uma voz que eu não gostei. Ele poucas vezes faz
alusão a suas emoções, mas havia uma nota clara de firmeza misturada com ... Preocupação.
 
"Você está indo sozinho?"
 
"Primeiro, Hank não pode nos ver juntos. Em segundo lugar, eu não gosto da ideia de arrasta-la
em algo que poderia começar rapidamente em uma bagunça. Se você precisar de mais uma
razão, eu te amo. Este é um território desconhecido para mim, mas eu preciso saber que no final
da noite, eu tenho você para vir para casa. "
 
Pisquei. Eu nunca tinha ouvido Patch falar comigo com esse tipo de afeto. Mas eu não podia
simplesmente deixar o assunto cair.
 
"Você prometeu", eu disse.
 
"E eu vou manter minha promessa", respondeu ele, encolhendo os ombros em sua jaqueta de
motocicleta. Passando por mim, ele inclinou a cabeça dele contra a minha.
 
Não pense em mover uma polegada fora desta porta, Anjo. Eu estarei de volta logo que eu
puder. Eu não posso deixar Hank colocar o colar do arcanjo sem ouvir o que ele quer. Lá fora,
você é o jogo justo. Ele tem uma coisa que ele quer, não vamos lhe dar duas. Nós vamos acabar
com isso de uma vez por todas.
 
"Promete que vai ficar aqui, onde eu sei que você está segura", disse ele em voz alta. "A
alternativa é encomendar Dabria para ficar e jogar cão de guarda." Ele ergueu uma sobrancelha
como se perguntasse: Que é que vai ser?
 
Dabria e eu trocamos um olhar, nem uma de nossas expressões remotamente satisfeita.
 
"Volte depressa", eu disse.
 
Silence - Capítulo 29 Capítulo 29
(Traduzido pela Carol)
 
ANDEI PELO ESTÚDIO DE PATCH, FALANDO COMIGO MESMA para não sair correndo atrás
dele. Ele me prometeu -me prometeu, que não derrubaria Hank por conta própria. Esta era a
minha luta, tanto quanto era sua, mais até, e dado todas as maneiras incontáveis que Hank
tinha me feito sofrer, eu tinha ganhado o direito de dar a sua punição. Patch tinha dito que ia
encontrar uma maneira de matar Hank, e eu queria ser a única a enviar-lhe para a próxima vida,
onde as obras que ele tinha cometido nesta vida iriam persegui-lo para a eternidade. A voz da
dúvida penetrou em meus pensamentos. Dabria estava certa. Patch precisa do dinheiro. Ele vai
entregar Hank às pessoas certas, me dar uma parte do dinheiro, e chamá-lo assim mesmo. Entre
pedir permissão e implorar o perdão, Patch mantinha firmemente o último ele mesmo havia
dito isso.
 
 
Eu apoiei minhas mãos na parte traseira do sofá de Patch, respirando profundamente pars
imitar um ar de calma, o tempo todo inventando várias maneiras que eu poderia ligar e tortura
se ele retornasse sem Hank – vivo.
 
Meu telefone tocou, e eu me empurrei através da minha sacola de mensagens para atendê
lo."Onde você está?"
 
Uma respiração curta, difícil soou em meu ouvido. "Eles estão atrás de mim, Grey. Eu os vi em
Devil’s Handbag. Os homens de Hank. Eu estou enrascado. "
 
"Scott!" Não era a voz que eu esperava, mas de forma alguma sem importância. "Onde você
está?"
 
"Eu não quero dizer por telefone. Eu preciso sair da cidade. Quando fui para a estação de
ônibus, Hank tinha homens lá. Ele os tem em todos os lugares. Ele tem
 
amigos na polícia, e acho que ele deu-lhes a minha foto. Dois policiais me perseguiram em um
supermercado, mas eu consegui fugir pela porta dos fundos. Eu tive que deixar o carro para trás.
Eu estou a pé. Eu preciso de dinheiro, tanto quanto você puder conseguir – tinta de cabelo, e
roupas novas. Se você puder deixar o Volkswagen livre, eu vou pegá-lo. eu vou pagá-lo de volta
logo que eu puder. Você pode me encontrar em trinta minutos no meu esconderijo?"
 
O que eu poderia dizer? Patch me disse para ficar aqui. Mas eu não podia ficar sentada e não
fazer nada enquanto o tempo estava se esgotando para Scott. Hank estava atualmente ocupado
em seu armazém, e não havia melhor momento para tentar tirar Scott da cidade.Pedir perdão
depois, certamente.
 
"Eu estarei lá em trinta minutos", disse Scott.
 
"Você se lembra do caminho?"
 
"Sim." Mais ou menos.
 
Logo que eu desliguei, eu corri pelo estúdio de Patch, abrindo e fechando gavetas, pegando tudo
o que eu pensei que seria útil para Scott. Jeans, camisetas,
 
meias, sapatos. Patch era um par de centímetros mais baixo do que Scott, mas teria que servir.
 
Ao abrir o armário de mogno antigo no quarto de Patch, minha busca frenética diminuiu. Eu
fiquei parada no lugar, absorvendo a visão. O armário de Patch
 
era impecavelmente organizado, calças cáqui dobradas nas prateleiras, camisas em cabides de
madeira. Ele possuía três ternos, um preto costurado com lapelas estreitas, um luxuoso de risca
de giz, e um cinza carvão com costura Jacquard. Uma pequena caixa guardando lenços de seda,
e uma gaveta guardando várias linhas de gravatas de seda em todas as cores, do vermelho ao
roxo até o preto. Sapatos de tipos variados, de tênis preto converse até sapatos italianos, até
mesmo um par de chinelos por precaução.
 
O perfume amadeirado de cedro pairava no ar. Não era que eu estava esperando.
Absolutamente. O Patch eu conhecia que usava jeans, Camiseta, e um surrado boné de beisebol.
Eu me perguntei se eu veria sempre deste lado do Patch. Gostaria de saber se mesmo que
houvesse um fim para os muitos lados de Patch. Quanto mais eu pensei que eu o conhecia, mais
o mistério se aprofundava. 
 
Com estas novas dúvidas em minha mente, eu me perguntava mais uma vez se eu achava que
iria vender obedecer Patch esta noite.
 
Eu não queria acreditar, mas a verdade é que eu estava em cima do muro.
 
No banheiro, eu joguei uma lâmina de barbear, sabonete e creme de barbear em uma mochila.
Em seguida, um boné, luvas e espelhados Ray-Bans(óculos escuros). Nas gavetas da cozinha,
encontrei vários cartões de identificação falsos e um rolo de dinheiro, totalizando mais de 500
dólares. Patch ficaria menos do que emocionado, quando ele descobrisse que o dinheiro tinha
ido para Scott, mas dadas as circunstâncias, eu poderia justificar jogando Robin Hood.
 
Eu não tinha um carro, mas a caverna Scott não podia ser mais de duas milhas do parque de
diversões de Delfos, e me propus a fazer uma corrida. Eu mantive o ombro na estrada, puxando
o casaco de capuz que eu pegara emprestado de Patch por cima do meu rosto.
 
Carros saindo continuamente para fora do parque como a hora se aproximava de meia-noite, e
enquanto umas poucas pessoas buzinavam, eu controlei para não chamar muita atenção.
Enquanto as luzes que levam para fora do parque enfraqueciam, e a estrada se curvava em
direção à estrada, eu pulei a cerca de segurança e segui em direção à praia.
 
Agradecida por ter trago uma lanterna, eu varri o feixe de luz sobre as rochas escarpadas e
começou a parte mais difícil da viagem.
 
Por minha estimativa, 20 minutos se passaram. Em seguida, trinta. Eu não tinha idéia de onde
eu estava, a paisagem da praia tinha mudado muito pouco e o oceano,
 
preto e brilhante, esticava para sempre. Eu não ousaria chamar o nome de Scott, fora o medo
horrível de que os homens de Hank, de alguma forma o localizassem e também vasculhassem a
praia atrás dele, mas de vez em quando eu parei de fazer brilhar a lanterna lentamente pela
praia, com a intenção de sinalizar minha localização para Scott.
 
Dez minutos depois, um canto de pássaro estranho surgiu das rochas acima. Eu parei, ouvindo.
O chamado veio de novo, mais alto. Eu projetava a lanterna na
 
direção do barulho, e um momento depois, Scott sussurrou: "Afaste a luz!"
 
Subi as rochas, a mochila saltando contra meu quadril. "Me desculpe, eu estou atrasada", disse a
Scott. Joguei a mochila aos seus pés, afundando em uma rocha para pegar ar. "Eu estava em
Delfos, quando você ligou. Eu não tenho o Volkswagen, mas eu fiz um pacote pra você de roupas
e um boné de inverno para esconder seu cabelo. Há 500 dólares em dinheiro, também. É o
melhor que pude fazer. "
 
Eu tinha certeza de que Scott ia perguntar onde eu tinha conseguido encontrar tudo em tão
pouco tempo, mas ele me pegou desprevenida, tomando-me em seus
 
braços e murmurando ferozmente, "Obrigado Grey," em meu ouvido.
 
"Você vai ficar bem?" Eu sussurrei.
 
"As coisas que você trouxe vão ajudar. Talvez eu possa pegar uma carona para fora da cidade. "
 
"Se eu lhe pedisse para fazer alguma coisa para mim em primeiro lugar, você consideraria isso?"
Uma vez que eu tive a atenção dele, eu puxei uma respiração de coragem. "Jogue fora o Anel do
mão negra. Atire ele no oceano. Eu tenho pensado sobre isso. O anel está puxando você na
direção de Hank. Ele colocou uma espécie de maldição sobre ele, e quando você usa, ele lhe dá
poder sobre você. "
 
Eu estava positiva agora o anel estava encantado com devilcraft, e quanto mais tempo ela ficasse
no dedo de Scott, mais difícil seria convencê-lo a tirar. "É a única explicação. Pense sobre isso.
Hank quer encontrá-lo. Ele quer atraí-lo para fora. E este anel está fazendo um trabalho
estrelar.”
 
Eu esperava que ele fosse protestar, mas sua expressão suave me disse que, no fundo, ele tinha
chegado a mesma conclusão. Ele só não queria admitir isso. "E
 
os poderes? "
 
"Eles não valem a pena. Você fez isso três meses contando com suas próprias forças. Qualquer
que seja maldição que Hank colocou no anel, não é coisa boa. "
 
"É tão importante para você?" Scott perguntou em voz baixa.
 
"Você é importante para mim."
 
"Se eu disser não?"
 
"Vou fazer tudo que posso para tirá-lo de sua mão. Eu não posso batê-lo em uma luta, mas eu
não posso viver comigo mesmo se eu não, pelo menos, tentar. "
 
Scott bufou suavemente. "Você ia lutar comigo, Grey?"
 
"Não me faça provar isso."
 
Para minha surpresa, Scott torceu o anel e o tirou. Ele segurou-o entre os dedos, olhando-o em
consideração em silêncio. "Aqui está o seu momento Kodak", ele
 
disse, e depois jogou o anel nas ondas.
 
Eu dei um longo suspiro. "Obrigado, Scott."
 
"Algum ultimo pedido?"
 
"Sim, vai," eu disse a ele, tentando não parecer tão chateada quanto eu me sentia. Em uma
mudança inesperada dos acontecimentos, eu não queria que ele fosse embora. E se este era um
adeus ... para sempre? Pisquei os olhos rapidamente, parando as lágrimas.
 
Ele soprou em suas mãos para aquecê-las. "Você pode verificar a minha mãe de vez em quando,
certifique-se que ela está bem?"
 
"Claro."
 
"Você não pode dizer a ela sobre mim. O Mão Negra vai deixá-la em paz, enquanto ele pensar
que ela não tem nada para dar. "
 
"Eu vou ter certeza que ela ficará segura." Dei-lhe um fraco empurrão. "Agora saia daqui antes
que você me faça chorar."
 
Scott ficou no lugar por um momento, um olhar estranho passando por cima de seus olhos. Ele
estava nervoso, mas não completamente. Mais expectativa, menos ansiedade.Ele inclinou-se e
beijou-me, fechando sua boca sobre a minha suavemente. Eu estava atordoada demais para
fazer qualquer coisa, mas o deixei terminar.
 
"Você foi uma boa amiga", disse ele. "Obrigado por ter me ajudado."
 
Toquei minha mão à minha boca. Havia tanto a dizer, mas as palavras certas torcidas fora de
alcance. Eu não estava mais olhando para Scott, mas por trás dele.
 
Para a linha de Nephilim subindo as pedras, armas em punho, olhos focados e endurecidos.
 
"Mãos no ar, mãos no ar!"
 
Eles gritaram o comando, mas as palavras soaram complicadas em meus ouvidos, quase como
se falassem em câmera lenta. Um zumbido estranho encheu meus ouvidos, aumentando para
um rugido. Eu vi seus lábios se movendo com raiva, suas armas piscando a luz da lua. Eles
invadiram por todas as direções, prendendo-me e se amontoando em Scott.
 
O vislumbre de esperança drenado dos olhos de Scott, substituído pelo pavor.
 
Ele deixou cair a mochila, apertando as mãos atrás da cabeça. Um objeto sólido, um cotovelo,
talvez, ou um soco, saiu do ar da noite, quebrando em seu crânio.
 
Quando Scott entrou em colapso, eu ainda estava segurando as palavras. Mesmo um grito não
podia mostrar o meu horror.
 
No final, a única coisa entre nós era o silêncio.
 
Silence - Capítulo 30 Traduzido pela Sammy
 
EU ESTAVA apertada no porta malas de um AUDI A6PRETO, com as mãos amarradas e uma
venda nos olhos bloqueando a minha visão. Eu estava rouca de tanto gritar, mas onde quer que
o motorista estava me levando, tinha que ser remoto e desabitado. Ele não tentou nem uma vez
me calar.
 
 
 
 
Eu não sabia onde Scott estava. Os homens de Hank Nephilim tinham nos cercado na praia,
arrastando-nos em direções diferentes. Imaginei Scott acorrentado
 
e indefeso em uma prisão subterrânea, à mercê da ira de Hank...
 
Eu bati meus sapatos contra a tampa da mala. Eu rolei de lado para o outro. Eu gritei e gritei,
então tive um estrangulamento que me pegou no meio da respiração, e eu me dissolvi em
soluços.
 
Por fim, o carro diminuiu e o motor foi desligado. Passos dirigidos sobre cascalho, uma chave
raspou o interior da fechadura, e a mala se abriu.
 
Dois conjuntos de mãos puxaram-me para fora, me colocando em terra firme. Minhas pernas
tinha adormecido no passeio, e um ataque de formigamento esfaqueou-me através das solas dos
meus pés.
 
"Onde você quer colocar o presente, Blakely?" Um dos meus seqüestradores perguntou. A julgar
por sua voz, ele não poderia ter mais do que dezoito ou dezenove anos. Julgar por sua força, ele
poderia muito bem ter sido feito de aço.
 
"Lá dentro", um homem, presumivelmente Blakely, respondeu.
 
Eu era impulsionada por uma rampa e através de uma porta. O espaço interior estava fresco e
silencioso. O ar cheirava a gasolina e aguarrás¹. Eu me perguntei se estávamos em um dos
armazéns de Hank.
 
"Você está me machucando", eu disse aos homens de cada lado de mim. "Obviamente eu não
vou a lugar nenhum. Você não pode, pelo menos, desatar minhas mãos? "
 
Sem dizer nada, atiraram-me em um conjunto de escadas e, apesar da segunda porta. Eles me
forçaram para baixo em uma cadeira dobrável de metal, amarrando meus tornozelos às pernas
da cadeira.
 
Minutos depois eles saíram, a porta se abriu novamente. Eu sabia que era Hank antes que ele
falasse. O cheiro de seu perfume me encheu de pânico e repulsa.
 
Seus dedos ágeis desfizeram o nó da minha venda, que caiu ao meu pescoço. Eu pisquei, fazer
sentido do quarto apagado. Além de uma mesa de jogo e
 
uma segunda cadeira dobrável, o quarto estava vazio.
 
"O que você quer?" Eu exigi, minha voz tremendo um pouco.
 
Raspando a segunda cadeira no chão, ele se posicionou para enfrentar me enfrentar. "Quero
conversar".
 
"Não no humor, graças qualquer maneira", disse secamente.
 
Ele se inclinou para mim, as linhas duras em volta dos olhos aprofundados e ele estreitou o
olhar. "Você sabe quem eu sou, Nora?"
 
Suor vazado por todos os poros. "Na minha cabeça? Você é um sujo, mentiroso, manipulador e
inútil "
 
Sua mão atacou antes que eu a visse chegar. Ele bateu no meu rosto, duro. Eu recuei, chocada
demais para chorar.
 
"Você sabe que eu sou seu pai biológico?", Ele perguntou, seu tom calmo enervante.
 
"'Pai é uma palavra tão arbitrária. Zé ninguém, por outro lado ... "
 
Hank deu um aceno sutil. "Então deixe-me perguntar isso. É isso são maneiras de se falar com
seu pai? "
 
Agora as lágrimas brotaram dos meus olhos. "Nada que você fez dá-lhe o direito de se chamar o
meu pai."
 
"Seja como for, você é meu sangue. Você carrega a minha marca. Eu não posso negar isso por
mais tempo, Nora, e nem você pode negar o seu destino. "
 
Eu levantei meu ombro, mas eu não conseguia levantá-lo alto o suficiente para limpar meu
nariz. "Meu destino não tem nada a ver com o seu. Quando você me deu como um bebê, você
perdeu o seu direito de ter voz ativa na minha vida. "
 
"Apesar do que você pode pensar, eu estive envolvido ativamente em todos os aspectos de sua
vida desde o dia que você nasceu. Eu te dei para te proteger, por causa dos anjos caídos, eu tive
que sacrificar minha família "
 
Eu o interrompi com uma risada desdenhosa. "Não comece com a rotina de ‘pobre de mim’. Sair
culpando os anjos caídos pelas suas escolhas. Você tomou a decisão de me dar. Talvez você se
importasse comigo naquela época, mas o seu sangue Nephilim e a sociedade é a única coisa que
você se preocupa mais. Você é um fanático. É tudo sobre você. "
 
Sua boca ficou apertada como um fio. "Eu deveria matá-la agora por fazer de mim um tolo, e de
minha sociedade, da raça Nephilim em todo."
 
"Vá, faça isso agora", eu cuspi, a raiva ofuscando qualquer ansiedade que eu sentia.
 
Atingindo em seu casaco, ele retirou uma longa pena negra que parecia notavelmente
semelhante ao que eu coloquei na minha gaveta por segurança. "Um dos meus assessores
acharam isto em seu quarto. É uma pena de anjo caído. Imagine minha surpresa ao saber que a
minha própria carne e sangue está mantendo relações com o inimigo. Você tinha me enganado.
Pendurada em torno de anjos caídos o suficiente e sua propensão para enganar e sair facilmente,
ao que parece. É do patch anjo caído? ", Ele perguntou sem rodeios.
 
"Sua paranoia é espantosa. Você encontrou uma pena enquanto remexia através de minhas
gavetas, e daí? O que isso prova? Que você é um pervertido, talvez? "
 
Ele sentou-se, cruzando as pernas. "Esta é realmente a estrada que você quer tomar? Não tenho
dúvidas de que o anjo caído é Patch. Eu o senti em seu quarto outro noite. Eu o senti novamente
em você por um tempo agora. "
 
"Irônico que você está me interrogando, obviamente, quando você sabe mais do que eu. Talvez
devêssemos trocar de lugar? ", Sugeri.
 
"Oh? E cuja pena você espera que eu acredite estava na sua gaveta? "Hank perguntou com o
menor traço de diversões.
 
"Seu palpite é tão bom quanto o meu", eu disse, o desafio escorrendo de cada palavra. "Achei a
pena no cemitério logo depois que você me deixou lá."
 
Um sorriso perverso se espalhou por suas feições. "Meus homens arrancaram penas das asas de
Patch no mesmo cemitério. Eu ouso dizer que é a sua pena. "
 
Engoli discretamente. Hank tinha uma pena de Patch. Eu não tinha como saber se ele entendia
o poder que isto lhe deu sobre Patch. Eu só podia rezar para que ele
 
não soubesse.
 
Tentando desviar a atenção do pensamento terrível, eu disse: "Eu sei que você planejou o
acidente de carro. Eu sei que foi seus homens que nos atingiram. Por que a charada? "
 
O brilho superior em seu sorriso me deixou inquieto. "Isso era o próximo assunto na minha lista
de coisas para discutir. Enquanto você estava desmaiada, realizei uma transfusão de sangue em
você ", ele simplesmente declarou. "Enchi suas veias com meu sangue, Nora. Meu sangue
Nephilim de raça pura. "
 
Um silêncio frágil estalou entre nós.
 
"Esse tipo de operação nunca foi feito antes, não uma com sucesso, isto é, mas eu encontrei uma
maneira de mexer com as leis do universo. As coisas ocorreram melhor do que o esperado. Devo
dizer-lhe que a minha maior preocupação era que a transfusão pudesse matá-la no local"
 
Compreendi por respostas, por alguma forma de dar sentido as coisas horríveis que ele estava
me dizendo, mas minha cabeça estava confusa. A transfusão de sangue. Porque, porque, por
quê? Poderia explicar por que eu me senti tão estranha no hospital. Poderia explicar por que
Hank tinha aparecido tão abatido e esgotado. "Você usou o devilcraft² para fazê-lo," eu anunciei
nervosamente.
 
Ele levantou uma sobrancelha. "Então você já ouviu falar sobre o devilcraft. O anjo colocou isso
para fora? ", Ele adivinhou, não parecendo satisfeito.
 
"Por que você realizou a transfusão?" Minha mente correu para a resposta, ele precisava de mim
para um sacrifício, um sósia, um experimento. Se não fosse nenhum desses, então o que?
 
"Você tinha meu sangue dentro de você desde o dia em que sua mãe deu à luz a você, mas não
era puro o suficiente. Você não foi da primeira geração Nephil, e eu preciso que você seja um
puro-sangue, Nora. Você está tão perto agora. Tudo o que resta é jurar um voto de passagem
antes do céu e do inferno. Após o seu voto, a transformação será completa. "
 
O peso de suas palavras lentamente me atingiu, e ele me enojou. "Você pensou que poderia me
transformar em uma de seus soldados Nephilim e fazer uma lavagem cerebral em mim?" Eu me
sacudi violentamente na cadeira, tentando ficar livre.
 
"Eu vi uma profecia que previa a minha morte. Eu tenho usado um dispositivo reforçado com o
devilcraft para olhar para o meu futuro e, só para ter certeza, tive uma segunda opinião ".
 
Eu quase não o ouviu. Eu estava irritada com sua confissão, tremendo de raiva. Hank violou-me
da pior maneira possível. Ele tinha adulterado com a minha vida, tentando torcer e moldar-me
como bem quisesse. Ele havia injetado o sangue vil e assassino dele em minhas veias!
 
"Você é um Nephilim, Hank. Você não pode morrer. Você não morre. Tanto quanto eu gostaria
que você morresse, "eu adicionei em uma nota peçonhenta.
 
"Tanto o dispositivo e um ex anjo da morte previram . Suas profecias partidas. Eu não tenho
muito tempo. Meus últimos dias na Terra serão gastos preparando o meu exército para ser
conduzido contra os anjos caídos ", disse ele com o primeiro sinal de resignação.
 
Tudo bloqueado no lugar. "Você está fazendo todo esse plano por causa do que a Dabria disse?
Ela não tem um dom. Ela precisa de dinheiro. Ela não pode prever o futuro mais do que você ou
eu. Já lhe ocorreu a você que ela está rindo provavelmente se agora? "
 
"Eu duvido", ele disse secamente, como se ele sabia algo que eu não fiz. "Eu preciso que você
seja de raça pura, Nora, para comandar o meu exército. Para levar a minha
 
sociedade. Para acelerar o meu herdeiro legítimo e livrar os Nephilim em todos os lugares da
escravidão. Após este Cheshvan, seremos nossos próprios mestres, não mais governados por
anjos caídos. "
 
"Você é louco. Eu não estou vou fazer nada por você. Eu especialmente não vou jurar o seu voto.
"
 
"Você tem a marca. Você foi predestinada. Você realmente acha que eu quero que você se torne a
líder de tudo que eu construí? ", Disse ele em voz endurecida.
 
"Você não é o único que não tem uma escolha na matéria. O destino nos reivindicou, não o
contrário. Primeiro foi Chauncey. Então eu. Agora a responsabilidade recai sobre você. "
 
Eu olhei para ele, colocando todo o meu ódio por trás dele. "Você quer uma relação de sangue
para liderar o seu exército? Chame Marcie. Ela gosta de mandar por aí.Vai ser natural pra ela ".
 
"Sua mãe é uma Nephil de raça pura."
 
"Não vê que é ainda melhor. Certamente que faz Marcie um puro sangue também? "Um trio
simpático de supremacia.
 
O riso de Hank soou cada vez mais cansado. "Nós nunca esperamos que Susanna fosse conceber.
Nephilim raça pura não acasale com sucesso. Nós compreendemos desde o início que Marcie foi
um pouco de um milagre e nunca fosse viver por muito tempo. Ela não tinha a minha marca. Ela
sempre foi pequena, frágil, lutando para sobreviver. Ela não tem muito tempo, agora a mãe dela
e eu sentimos muito. "
 
Uma explosão de lembranças correu para fora do meu subconsciente. Lembrei-me de falar sobre
isso antes. Sobre como matar um Nephil. Sobre o sacrifício de uma mulher
 
descendente que tinha atingido a idade de dezesseis anos. Lembrei-me de minhas próprias
dúvidas sobre o porquê de meu pai biológico ter me dado. Lembrei-me...
 
Naquele instante tudo ficou claro. "É por isso que você não se incomodou em esconder Marcie
de Rixon. É por isso que você me deu, mas a manteve. Você nunca achou que ela viveria o tempo
suficiente para ser usado como um sacrifício. "
 
Eu, por outro lado, tinha o pacote completo: Nephilim, a marca de Hank e uma excelente chance
de sobrevivência. Eu estava escondida como um bebê para impedir Rixon de me sacrificar, mas
em um golpe do destino, Hank agora pretende me levar em sua revolução. Eu fechei os olhos
duros, desejando que eu pudesse bloquear a verdade.
 
"Nora", disse Hank. "Abra seus olhos. Olhe para mim. "
 
Eu balancei minha cabeça. "Eu não vou jurar o voto. Nem agora, nem daqui a 10 minutos,
jamais, nunca." Meu nariz escorria, e eu não pudia limpá-lo. Eu não sabia o que era mais
humilhante, ou o ver em meu lábio.
 
"Admiro sua coragem", ele disse, sua voz enganosamente suave. "Mas existem todos os tipos de
bravura, e este não combina com você."
 
Eu pulei quando seu dedo enfiou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, num gesto quase
paternal. "Faça o voto para se tornar um Nephil de raça pura e comande
 
meu exército, e eu vou deixar você e sua mãe irem. Eu não quero te machucar, Nora. A escolha é
sua. Jure o voto, e você pode fechar a porta nesta noite.
 
vai tudo ir embora" Ele desatou os nós de meus pulsos; a corda deslizou para o chão.
 
Minhas mãos tremiam enquanto eu as amassava no meu colo, mas não por falta de sangue.
Outra coisa que ele disse tinha me encheu de pavor gelado. "Minha mãe?"
 
"É isso mesmo. Ela está aqui. Em uma das salas menores, dormindo. "
 
O aguilhão terrível voltou atrás de meus olhos. "Você a machucou?"
 
Em vez de responder a minha pergunta, ele disse, "Eu sou o Mão Negra. Eu sou um homem
ocupado, e eu vou ser honesto, este é o último lugar eu queria estar hoje à noite. Esta é o última
coisa que quero fazer. Mas minhas mãos estão atadas. Você detém o poder. Faça o juramento, e
você e sua mãe vão caminhar juntas. "
 
"Alguma vez você a amou?"
 
Ele piscou, surpresa. "Sua mãe? É claro que eu a amava. Ao mesmo tempo, eu a amava muito. O
mundo está diferente agora. Minha visão mudou. eu tinha
 
que sacrificar o meu próprio amor para o interesse da minha raça inteira. "
 
"Você vai matá-la, não é? Se eu não jurar o voto, é o que você vai fazer. "
 
"Minha vida tem sido definida por escolhas difíceis. Eu não vou parar de fazer hoje à noite",
disse ele, uma resposta de lado para a minha pergunta que me deixou com dúvidas.
 
"Deixe-me vê-la."
 
Hank fez um gesto para uma fileira de janelas em toda a sala. Eu estava devagar, com medo da
condição que eu poderia encontrá-la dentro Quando eu olhei para fora o painel de janelas, eu
percebi que estava em um escritório das sortes, com vista para o armazém abaixo. Minha mãe
estava enrolado em um berço, vigiada por três Nephilim armados, ela estava adormecida.
Gostaria de saber se, como eu, sua percepção apurada em seus sonhos viu Hank como o monstro
que ele realmente era. Gostaria de saber se, quando foi que ele manipulou sua vida
completamente, quando ele não fosse mais capaz de manipulá-la, ela iria vê-lo do jeito que eu vi.
Foi a minha resposta a essas perguntas que me deu a coragem de enfrentar Hank.
 
"Você fingiu amá-la para que você pudesse conseguir chegar a mim? Todas essas mentiras para
este momento ? "
 
"Você está com frio", disse Hank pacientemente. "Cansada e com fome. Jure o voto, e vamos
acabar com isso. "
 
"Se eu jurar o voto, e você acabar vivendo, como eu suspeito que você vai, eu quero que você faça
seu próprio juramento. Eu quero que você saia da cidade e desaparecem da minha vida e vida da
mãe para sempre. "
 
"Concluído".
 
"E eu quero chamar primeiro patch".
 
Ele latiu uma risada. "Não. Embora eu veja que você finalmente confessou tudo sobre ele. Você
pode dar a notícia a ele depois de ter jurado o voto. "
 
Não era surpreendente. Mas eu tinha que tentar.
 
Eu coloquei todo o desafio que eu possuía em minhas palavras. "Eu não vou jurar o voto para
você." Pus os olhos em direção à janela mais uma vez. "Mas eu farei por ela."
 
"Corte-se:" Hank instruído, colocando um canivete na minha mão. "Jure em seu sangue para se
tornar uma raça pura e direta de Nephil do meu exército sobre a minha a morte. Se você quebrar
o juramento, a sua punição será. Sua morte ... e a de sua mãe. "
 
Fechei os olhos com ele. "Isso não era o negócio."
 
"Agora é. E ele expirou em cinco segundos. O próximo negócio vai incluir a morte de sua amiga
Vee também. "
 
Eu olhei para ele com raiva e incredulidade, mas foi o pior que eu poderia fazer. Ele tinha me
prendido.
 
"Você primeiro," eu pedi.
 
Se não fosse pela determinação em seu rosto, ele poderia ter olhado divertida. Picando sua pele,
ele disse, "Se eu viver para além do mês que vem, eu me comprometo a deixar Coldwater e
nunca mais entrar em contato com você ou sua mãe novamente. Se eu quebrar esse voto, eu
comando o meu corpo para virar pó. "
 
Tirei a lâmina, eu enfiei a ponta da faca em minha mão, apertando algumas gotas de sangue
solto, como eu me lembrava de Patch fazendo em sua memória. Eu fiz uma silenciosa oração que
ele fosse capaz de me perdoar pelo que eu estava prestes a fazer. Que, no final, tivemos um amor
que transceda o sangue e a raça. Parei o meu pensamentos lá, com o medo de não conseguir
continuar se eu me permitsse pensar mais em Patch. Com o meu coração que rasgava em duas
direções diferentes, afastei-me para algum lugar vazio dentro e enfrentei a tarefa terrível na
mão.
 
"Eu juro que agora, com esse sangue novo correndo pelas minhas veias, que eu não sou mais
humana, mas uma Nephil de raça pura. E se você morrer, eu vou liderar o seu exército. Se eu
quebrar essa promessa, eu entendo a minha mãe e eu merecemos a morte. "O voto parecia
simples demais para o peso de suas conseqüências, e eu virei o meu olhar de aço para Hank. "Eu
fiz certo? É isso tudo o que tenho a dizer? "
 
Com um aceno astuto de sua cabeça, ele me disse tudo que eu precisava saber.
 
Minha vida como um ser humana tinha acabado.
 
 
 
Eu não me lembro de deixar Hank, ou de me afastar de seu armazém com a minha mãe, que
estava tão drogada que mal conseguia andar. Como que a recebi 
 
naquela sala pequena que dava para as ruas que estavam escuras lá fora era um borrão. Minha
mãe estremeceu violentamente e murmurou sons indistintos ao meu ouvido. Eu vagamente
notei que eu estava com frio. Gelos pendurados fragilmente no ar, minha respiração
condensando um branco prateado. Se eu não encontrasse abrigo logo, eu tinha medo que minha
mãe sofresse hipotermia.
 
 
 
Eu não sabia se a minha situação era tão terrível. Eu não sabia mais nada. Eu poderia congelar
até a morte? Eu poderia morrer? O que exatamente tinha mudado com o voto?
 
Tudo?
 
Um carro ficou abandonado na rua em frente, os pneus da polícia marcado para remoção, e com
um pensamento pequeno, eu testei a porta. No primeiro golpe de sorte durante toda a noite, ela
estava destrancada. Eu coloquei a minha mãe para dentro com cuidado no banco de trás, então
passei a trabalhar nos fios por baixo do volante. Depois de várias tentativas, o motor do voltou à
vida.
 
"Não se preocupe", murmurei para minha mãe. "Nós estamos indo para casa. Acabou. Está tudo
acabado." Eu disse as palavras mais para mim, e eu acreditei nelas porque eu precisava. Eu não
poderia pensar sobre o que eu tinha feito. Eu não conseguia pensar em como lenta e dolorosa a
transformação aconteceria quando ela finalmente fosse acionada. Se ele precisasse ser acionado.
Se houvesse mais a cara.
 
Patch. Eu teria que enfrentá-lo, e eu teria que confessar que eu tinha feito. Eu me perguntava
ainda ia sentir os seus braços em volta de mim novamente. Como eu poderia esperar que isso
não fosse mudar tudo? Eu não era mais simplesmente a Nora Gray. Eu era uma Nephil de raça
pura. Sua inimiga.
 
Eu pisei no freio quando um objeto pálido parou na estrada à frente. O carro desviou para parar.
Um par de olhos apareceu em meu caminho. A menina tropeçou, em cima, e cambaleou até o
outro lado da estrada, claramente tentando correr, mas traumatizada demais para coordenar
seus movimentos. As roupas da menina estavam rasgadas, o rosto dela congelado em terror.
 
"Marcie?" Eu perguntei em voz alta.
 
Automaticamente, cheguei através do console, empurrando a porta do passageiro aberta.
"entre!" Ordenei a ela.
 
Marcie estava lá, apertando seus braços em volta dela, fazendo sons e choramingando baixo.
 
Eu me ejetei para fora do carro, corri para ela, e cruzei para dentro do assento. Ela enfiou a
cabeça entre os joelhos, respirando muito rápido. "Eu.
 
vou vomitar. "
 
"O que você está fazendo aqui?"
 
Ela continuou a engolir ar.
 
Eu deixei cair ao volante e pisei no acelerador, não tinha qualquer desejo para ficar em torno
desta área abandonada da cidade por mais tempo. "Você tem o seu telefone? "
 
Ela fez um som sufocado no fundo da sua garganta.
 
Eu não queria sentir simpatia ou algo semelhante por a Marcie. Eu não a queria no carro, ponto
final. Eu não queria que ela confiasse em mim, ou vice-versa. Eu não queria qualquer tipo de
ligação entre nós, mas de alguma forma, todos os itens acima conseguiram ser verdadeiros,
apesar do que eu queria.
 
"Por favor me dê o telefone", eu disse suavemente.
 
Marcie empurrou o telefone dela na minha mão. Enrolando suas pernas até o peito, ela chorou
em silêncio em seus joelhos.
 
Eu marquei Patch. Eu tinha que dizer-lhe que Hank não tinha o colar. E eu tinha que dizer-lhe a
terrível verdade sobre o que eu tinha feito. A cada toque, senti a barreira.
 
Eu tinha jogado para cima, apenas para passar por isso, quebrar. Imaginei o rosto de Patch
quando eu lhe dissesse a verdade, a imagem de congelamento. Meu lábio tremeu e minha
respiração falhou.
 
Seu caiu no correio de voz e eu liguei para Vee.
 
"Eu preciso de sua ajuda", eu disse a ela. "Eu preciso de você para ver a minha mãe e Marcie."
Puxei o telefone um pouco longe do meu ouvido, em resposta ao ruído em seu final.
 
"Sim, Marcie Millar. Vou explicar tudo mais tarde. "
 
Silence - Capítulo 31 Capítulo 31 
 
 
Era quase três horas da manhã. Eu deixei Marcie e minha mãe aos cuidado de Vee, sem
qualquer explicação. Balancei minha cabeça com firmeza quando Vee me exigiu respostas,
cuidadosamente compartimentando cada emoção. Eu não disse uma palavra, com a intenção de
encontrar uma estrada remota, onde eu pudesse ficar sozinha, mas logo ficou claro que a minha
condução sem rumo tinha um destino claro depois de tudo. 
 
 
Quase não podia ver a estrada quando eu acelerei em direção ao parque de diversões de Delfos.
Eu gritava no estacionamento, encontrando-me total e completamente sozinha. Não tinha
ousado permitir-me a contemplar o que eu tinha feito, mas agora, cercada de escuridão e
silêncio, eu não podia suportar ser corajosa por mais tempo. Eu não era forte o suficiente para
segurar tudo de volta. Dobrei a cabeça ao volante, eu soluçava. 
 
Eu chorei pela escolha eu tinha feito e por aquilo que isso tinha me custado. Acima de tudo, eu
chorei porque eu estava em uma perda total e absoluta de como dizer ao Patch. Eu sabia que eu
deveria contar-lhe pessoalmente, mas eu estava apavorada. Como, quando nós finalmente
reconciliamos nosso relacionamento, eu poderia explicar que eu me entreguei da para a coisa
que ele desprezava, acima de tudo? 
 
Usando o celular de Marcie, eu disquei seu número, dividida entre alívio e pavor quando o seu
correio de voz atendeu. Ele não atendeu porque não sabia que era eu quem estava ligando? Ele
poderia saber o que eu tinha feito? Ele estava me evitando até que ele pudesse chegar a um
acordo com seus sentimentos? Ele estava me xingando por tomar tal decisão burra, burra,
mesmo que eu não tivesse outra alternativa? Não, eu disse a mim mesma. Não era nenhuma
dessas coisas. Patch não evitaria o confronto ao meu problema. 
 
Eu saí do carro e caminhei solenemente para os portões. Eu pressionei minha cabeça entre as
grades, o metal frio ardeu na minha pele, mas a dor não se comparava à dor de arrependimento
e desejo queimando dentro de mim. Patch! Gritei silenciosamente. O que eu fiz? 
 
Eu sacudi as grades, não vendo nenhuma maneira de entrar, quando um gemido metálico me
alertou. O aço dobrou em minhas mãos como se feitos de barro. Pisquei através da confusão
antes que me impressionasse. Eu não era mais humana. Eu era realmente Nephilim, e eu tinha a
força e o poder de um. A fascinação terrível formigava subindo em minha coluna com a
perspectiva de meus novos poderes. E seu estava procurando uma maneira de me convencer de
que eu pudesse desfazer o juramento, eu estava me aproximando rapidamente do ponto de que
não havia retorno. 
 
Erguendo as barras largas o suficiente para me espremer através delas, corri para o parque,
diminuindo quando me aproximei do galpão, que levava até o estúdio Patch. Meus dedos
tremiam quando virei a maçaneta. Com os pés pesados, eu cruzei o galpão e baixei-me através
do alçapão. Usando a tentativa e erro, e confiando muito na minha memória, eu encontrei a
porta certa. Eu pisei dentro do estúdio de Patch e imediatamente soube que algo estava errado.
Senti os vestígios remanescentes no ar de um violento confronto. Não era algo que eu poderia
explicar, mas a evidência estava lá, tão palpável como se eu estivesse lendo no papel. 
 
Seguindo uma trilha invisível de energia, atravessei cautelosamente através de estúdio de Patch,
ainda não tendo certeza do que fazer com as vibrações estranhas ao redor. Cutuquei a porta de
seu quarto aberta com o meu pé, e foi quando eu vi a porta secreta. 
 
Uma das paredes de granito preto estava ligeiramente para a direita, abrindo para um corredor
sombrio. Água empoçada no chão de terra. Tochas queimando com brilho esfumaçado. O som
de passos ecoou pelo corredor, e meu estômago apertou. A luz das tochas iluminou as linhas do
rosto de Patch e a borda em seus olhos negros, que olhou através de mim, absorto em
pensamentos. Suas feições eram tão impiedosas, eu não podia fazer nada além de ficar
paralisada. Eu não poderia olhar para ele, e eu não podia deixar de olhar. Eu estava cheia de
esperança e vergonha. Assim como eu estava prestes a fechar os olhos às lágrimas, seu olhar
mudou e nossos olhos se encontraram. Um olhar dele, e o peso caiu à distância. Minhas defesas
dissolveram. 
 
Eu andei em direção a ele, lentamente no início, meu corpo tremendo de emoção, em seguida,
me jogando em seus braços, incapaz de ficar longe dele por mais tempo. 
 
"Patch-eu-não sei por onde começar!" Eu disse, explodindo em lágrimas. 
 
Ele agarrou-me contra ele. "Eu sei tudo", ele murmurou mais ou menos em meu ouvido. 
 
"Não, você não sabe", eu protestei miseravelmente. "Hank me fez jurar um voto. Eu não sou, isto
é-Eu não dou-" Eu não podia fazer-me dizê-lo. Não a Patch. Eu não poderia tolerar se ele me
rejeitasse. Mesmo a menor repreensão em sua expressão, um brilho de desprezo nos olhos... 
 
Ele me deu um abraço. "Eu sei de tudo, Anjo. Escuta-me. Eu sei sobre o Voto de comutação.
Acredite em mim quando digo que sei tudo." 
 
Eu soluçava em sua camisa, torcendo os meus dedos dentro dela. "Como você pôde?" 
 
"Eu voltei e você se foi." 
 
"Eu sinto muito. Scott estava em apuros. Eu tinha que ajudar. E eu estraguei tudo!" 
 
"Eu saí para encontrá-la. O primeiro lugar que procurei foi com Hank. Eu pensei que ele tinha
enganado você a sair. Arrastei-o de volta aqui para fazê-lo confessar tudo". Ele exalou, um som
abatido. "Eu poderia dizer-lhe como foi minha noite, mas você deve ver por si mesma." 
 
Ele puxou a camisa sobre a cabeça. Pressionando o dedo suavemente para cicatriz de Patch, eu
me concentrei no que eu queria saber. Principalmente no que tinha acontecido depois que Patch
deixou o estúdio há algumas poucas horas atrás. 
 
Eu estava dentro do recesso escuro de sua mente, uma cacofonia de vozes apressadas em meus
ouvidos, enquanto me confundiam muito rápido para identificar. Eu senti como se eu estivesse
deitada de costas em uma rua à noite, pneus passando perigosamente perto. 
 
Hank, pensei com toda a minha energia. O que aconteceu depois que Patch saiu para encontrar
Hank? Um carro virou na minha direção, e eu estava mergulhada de cabeça em seus faróis.... 
 
A memória abriu na esquina de uma rua escura fora do armazém de Hank. Não era onde eu
tinha tentado arrombar sem sucesso, alem disso Scott e eu tivemos uma primeira tentativa para
tirar fotos. O ar estava úmido e pesado, as estrelas escondidas atrás de nuvens. Patch moveu
silenciosamente pela calçada, aproximando-se por trás do que só poderia ser guarda de Hank.
Ele pulou em cima dele, arrastando-o para trás em um abraço antes do guarda poder dar um
grito. Patch privou o homem de suas armas, prendendo-as no cós da calça jeans. 
 
Para meu espanto, Gabe, o mesmo Gabe que tinha tentado matar-me anteriormente no 7
Eleven, caminhou para fora das sombras. Dominic e Jeremias o seguiram. 
 
Todos os três compartilharam um sorriso malicioso. 
 
"Bem, bem, o que temos aqui?" Gabe perguntou em um tom zombeteiro, tirando a sujeira do
guarda Nephil. 
 
"Mantenha ele quieto até eu dar o sinal," Patch disse, entregando o guarda à Dominic e
Jeremias. 
 
"Melhor não me deixar, cara", disse Gabe para Patch. "Estou contando com a Mão Negra estar
no outro lado da porta." Ele ergueu o queixo para a porta lateral do armazém. "Você me ajuda, e
eu vou esquecer qualquer mágoa passada. Se você errar sobre isso, e eu vou lhe mostrar como é
ter uma chave de roda em suas cicatrizes... todos os dias durante um ano inteiro". 
 
Patch apenas respondeu com um olhar fresco e medido. "Espere pelo meu sinal." 
 
Ele subiu para a pequena janela encaixada na porta. Segui, olhando através do vidro. 
 
Eu vi o arcanjo enjaulado. Eu vi um punhado de homens Nephilins de Hank. Mas para minha
surpresa, Marcie Millar estava a poucos metros, com sua postura afastada, seus olhos estavam
arregalados e assustados. O que poderia ser apenas o colar de arcanjo de Patch pendia das suas
mãos sem derramamento de sangue, e seu olhar mirava a porta repentinamente Patch e eu
estávamos atrás. 
 
Lá estava uma comoção, o arcanjo se debatia descontroladamente, chutando as barras de sua
gaiola. Homens de Hank instantaneamente o açoitava com corrente azul brilhante, sem dúvida
encantada com devilcraft, enviando-lhes chicotadas contra o seu corpo. Depois de repetidas
vezes, sua pele adotou o mesmo tom sobrenatural brilhante como a corrente, e ela se agachou
submissa. 
 
"Gostaria de ter a honra?" Hank propôs a Marcie, segurando a mão para indicar o colar. "Ou se
você preferir, eu vou colocá-lo em seu pescoço." 
 
Até agora, Marcie estava tremendo. Sua pele estava pálida e ela se encolheu, sem dizer nada. 
 
"Venha, querida," Hank pediu ela. "Não há nada a temer. Meus homens lhe assegurarão. Ela não
vai te machucar. Isto é o que significa ser Nephilim. Temos que tomar uma posição contra os
nossos inimigos." 
 
"O que você vai fazer com ela?" Marcie gaguejou. 
 
Hank riu, mas ele parecia cansado. "Colocar o colar nela, é claro." 
 
"E então?" 
 
"E então ela vai responder às minhas perguntas." 
 
"Por que ela tem que estar na gaiola, se você só quer falar com ela?" 
 
O sorriso de Hank diluiu. "Dê-me o colar, Marcie." 
 
"Você disse que queria que pegasse o colar como uma brincadeira. Você disse que era uma piada
que pregaríamos a Nora juntos. Você nunca disse nada sobre ela." Marcie enviou um olhar
apavorado para o arcanjo enjaulado. 
 
"O colar," Hank ordenou, com a mão estendida.
 
Marcie ficou apoiada ao longo da parede, mas seus olhos lhe afastava, eles passavam
rapidamente para a porta. Hank fez um movimento convulsivo em direção a ela, mas ela foi
mais rápida. Ela empurrou a porta, quase batendo a cabeça em Patch.
 
Ele a segurou, os olhos bloquearam brevemente em seu colar de arcanjo balançando nas mãos
dela. "Faça a coisa certa, Marcie", disse a ela em voz baixa. "Isso não lhe pertence."
 
De repente, percebi que os eventos dessa memória deve ter acontecido momentos depois de eu
ter deixado o armazém com a minha mãe e logo antes de eu ter recolhido Marcie da rua. Eu
tinha perdido Patch por uma questão de minutos. Todo o tempo que ele estava ocupado com
Gabe e sua equipe contra Hank.
 
Com o queixo tremendo, Marcie assentiu e estendeu a sua mão. Sem palavras, Patch embolsou
seu colar. Então ele ordenou-lhe em tom de aço, "Vá".
 
Um momento depois, ele sinalizou para Gabe, Jeremias e Domingos. Eles correram para a
frente, cruzam a porta para o armazém. Patch foi por trás, empurrando o guarda de Hank com
ele. Ao ver o bando dos anjos caídos, Hank fez um som estrangulado de incredulidade.
 
"Nem um único Nephil aqui jurou fidelidade," Patch disse a Gabe. "Fique à vontade."
 
Gabe deu um sorriso ao redor da sala, os olhos pousaram em cada Nephil individualmente. Seu
olhar mais longo permaneceu em Hank, queimando com algo quase ganancioso. "Ele quis dizer
que nenhum de vocês rapazes juraram fidelidade... ainda."
 
"O que é isso?" Hank fervilhava.
 
"O que lhe parece?" Gabe respondeu, estalando os dedos. "Quando meu amigo Patch aqui disse
que sabia onde eu poderia encontrar a Mão Negra, ele despertou meu interesse. Eu mencionei
que estou procurando no mercado por um novo Nephilim vassalo?"
 
Os Nephilins no galpão estavam em seus lugares, mas eu poderia ver o pavor e tensão em cada
uma de seus rostos. Eu não tinha certeza do que Patch tinha planejado, mas claramente isto
fazia parte. Ele me disse que difícil encontrar anjos caídos que poderiam ajudá-lo a resgatar um
arcanjo, mas talvez ele tivesse encontrado uma maneira de recrutar a ajuda deles, afinal.
Oferecendo-lhes despojos de guerra.
 
Gabe fez sinal a Jeremias e Domingos para se espalhar, cada um tendo um lado do galpão.
 
"Dez de vocês, nós quatro," Gabe disse a Hank. "Faça as contas".
 
"Nós estamos mais fortes do que você pensa," Hank respondeu com um sorriso malicioso. "Dez
em quatro. Isto soa como boas chances para mim."
 
"Engraçado, eu estava pensando que soava muito, muito atraente. Você se lembra das palavras,
não é, Mão Negra? 'Senhor, eu me tornarei seu homem.' Comece a ensaiar. Eu não vou embora
até que você diga para mim. Você é meu, Nephil. Meu", Gabe terminou zonbando com o seu
dedo.
 
"Não fiquem aí parados," Hank explodiu com seus homens. "Tragam este anjo caído arrogante
de joelhos!"
 
Mas Hank não ficou por perto para gritar novas ordens. Ele fugiu pela porta.
 
Gabe sorriu. Ele caminhou até a porta e abriu-a. Sua voz explodiu na noite. "Assustado, Nephil?
É melhor você estar. Aqui vou eu."
 
Nisto, todos os Nephilins no prédio fugiram através das saídas dianteiras e traseiras. Jeremias e
Dominic perseguiram-nos, gritando e gritando. Patch ficou no armazém desocupado, de frente
para gaiola do arcanjo. Ele se aproximou dela e ela recuou com um silvo de advertência.
 
"Eu não vou machucá-la," Patch disse a ela, mantendo as mãos onde ela pudesse vê-las. "Eu vou
para destrancar a gaiola e deixar você ir."
 
"Por que você faria isso?", Ela respondeu asperamente.
 
"Porque você não pertence aqui."
 
Seus olhos, cercados de exaustão, disparou sobre o seu rosto. "E o que você quer em troca? Que
mistérios do mundo você quer sejam respondidos? O que irá sussurrar docemente no meu
ouvido pela verdade?"
 
Abrindo as portas da gaiola, Patch alcançou dentro lentamente, levando a mão dela. "Eu não
quero nada, exceto que você me ouça. Eu não preciso de um colar para fazer você falar, porque
eu acho que uma vez que você ouça o que tenho a dizer, você vai querer ajudar."
 
O arcanjo saiu para fora da gaiola, relutantemente inclinando seu peso sobre Patch, suas pernas
com o brilho azul claramente prejudicadas pelo artefato do diabo.
 
"Quanto tempo vou ficar assim?", Perguntou ela, com lágrimas saltando de seus olhos.
 
"Eu não sei, mas acho que podemos ambos concordar que os arcanjos serão capazes de ajudar."
 
"Ele cortou as minhas asas", ela sussurrou com a voz rouca.
 
Um aceno de cabeça. "Mas ele não as arrancou para fora. Há esperança."
 
"Esperança", ela repetiu, com os olhos piscando. "Você vê algo esperançoso em tudo isso? Isso
faz um de nós. Que tipo de ajuda você quer, afinal?", Ela perguntou miseravelmente.
 
"Eu quero uma maneira de matar Hank Millar," Patch disse sem rodeios.
 
Uma risada sem graça. "E agora que somos dois."
 
"Você pode fazer isso acontecer."
 
Ela abriu a boca para protestar, mas ele a interrompeu.
 
"Os arcanjos adulteraram a morte pelo menos uma vez antes, e eles podem fazê-lo novamente."
 
"O que você está falando?", Ela zombou.
 
"Quatro meses atrás, um dos descendentes do sexo feminino de Chauncey Langeais se atirou das
vigas do seu ginásio da escola, um sacrifício que acabou matando ele. Seu nome é Nora Grey,
mas posso dizer pelo olhar em sua cara que você já ouviu falar dela."
 
As palavras de Patch me chocou. Não porque o que ele disse soou estranho. Em uma de suas
outras memórias eu me ouvi dizer que matei Chauncey Langeais, mas ao sair da memória, eu
teimosamente neguei. Agora não havia como fechar os olhos para a verdade. A névoa na minha
cabeça mudou, e em uma sucessão de flashes, eu me vi de pé no ginásio da escola, há alguns
meses. Com Chauncey Langeais, um Nephil que queria matar-me para ferir Patch. Um Nephil
que não sabia que eu era sua descendente.
 
"O que eu quero saber é por que seu sacrifício não matou Hank Millar," Patch disse. "Hank era o
Nephil mais direto em sua linha. Algo me diz que os arcanjos têm a sua mão nisso."
 
O arcanjo olhou para trás sem palavras. Patch tinha visivelmente abalado sua compostura, que
estava reduzida desde o início. Com um leve sorriso de escárnio, disse ela, finalmente,
"Qualquer outra teoria da conspiração?"
 
Patch balançou a cabeça. "Não uma teoria. Uma máscara dos arcanjos. Eu perdi no início, mas
quando eu percebi o que aconteceu, eu sabia que os arcanjos tinham adulterado a morte. Vocês
deixaram Chauncey morrer no lugar de Hank. Dados os problemas que Hank criou para vocês,
por quê?"
 
"Você realmente acha que eu vou falar sobre isso com você?"
 
"Então você começa a ouvir a minha teoria depois de tudo. Aqui está o que eu acho. Acho que
apenas cerca de cinco meses os arcanjos descobriram que Chauncey e Hank começaram a se
interessar pelo devilcraft, e eles queriam que parassem. Acreditando que Hank era o menor dos
dois males, os arcanjos se aproximaram dele em primeiro lugar. Os arcanjos teriam previsto o
sacrifício de Nora, e eles decidiram oferecer a Hank um acordo. Eles permitiriam que Chauncey
morresse em seu lugar, se Hank concordasse em deixar o devilcraft de lado."
 
"Sua imaginação surpreende", disse a arcanjo, mas sua voz saiu abatida, e eu sabia que Patch
estava perto de alguma coisa.
 
"Você não ouviu o fim da história," Patch disse. "Estou apostando que Hank enganou Chauncey.
E depois enganou os arcanjos. Começando onde Chauncey parou, ele tem usado o devilcraft
desde então. Os arcanjos querem ele fora de cena antes que ele passe o conhecimento para
alguém. E eles querem o devilcraft de volta onde ele pertence, no inferno. Que é onde eu entro
pedindo para os arcanjos adulterar a morte mais uma vez. Deixe-mematar Hank. Ele vai levar o
conhecimento do devilcraft ao seu túmulo, e se minha teoria estiver certa como eu estou
apostando que está, é exatamente isso que você e o resto dos arcanjos desejam. Claro, eu tenho
certeza que você tem suas próprias razões para querer Hank morto," Patch adicionou
significativamente.
 
"Imaginem por um momento que os arcanjos podem mexer com a morte. Eu não poderia tomar
essa decisão por conta própria ", disse ela. "Seria necessária uma votação unânime".
 
"Então, vamos levá-la para a mesa."
 
O arcanjo estendeu as mãos. "No caso não é óbvio, eu não estou na mesa. Eu não tenho uma
maneira de sair daqui para lá. Eu não posso voar. Eu não posso ir para casa, Jev. Enquanto eu
estiver amaldiçoada com devilcraft, eu sou um ponto invisível no radar."
 
"O poder de um colar de arcanjo é mais forte do que o artefato do diabo".
 
"Eu não tenho meu colar", disse ela, cansada.
 
"Você vai usar meu colar. Fale com os arcanjos. Apresente a minha ideia e façam uma votação.
"Puxou seu colar de arcanjo do bolso e deu para ela.
 
"Como eu sei que isto não é um truque? Como eu sei que você não vai me forçar a responder às
suas perguntas?"
 
"Você não sabe. A única coisa que temos no momento é a fé."
 
"Você está me pedindo para confiar em um traidor conhecido. Um anjo banido." Seus olhos se
encontraram com os dele, procurando seu rosto, que era tão opaco como um lago à meia-noite.
 
"Isso foi há muito tempo", disse ele calmamente, segurando seu colar para ela novamente. "Vire
se e eu vou colocá-lo em você."
 
"Fé", ela repetiu tão suavemente. Seus olhos pareciam pesar suas opções. Confiar em Patch, ou
enfrentar seus problemas sozinha.
 
Finalmente, ela se virou e levantou seu cabelo. "Ponha-o."
 
 
Silence - Capítulo 32 Capitulo 32
 
 
(Traduzido pela Carol)
 
MINHA RESPIRAÇÃO DESACELEROU QUANDO PERCEBI OS BRAÇOS DE PATCH
SEGUROS AO MEU REDOR. Estávamos sentados no chão do seu quarto, e eu estava encostada
nele. Ele sacudiu-me gentilmente, murmurando sons suaves no meu ouvido. "Então é isso", eu
disse. "Eu realmente matei Chauncey. Eu matei um Nephil. Um imortal. Matei alguém.
Indiretamente, mas ainda assim. Eu matei ".
 
"Seu sacrifício deveria ter matado Hank."
 
Eu balancei a cabeça entorpecida. "Eu vi você dizer ao arcanjo. Eu vi tudo. Você usou Gabe,
Jeremiah e Dominic para limpar o depósito e deixá-la sozinha. "
 
"Sim".
 
"Será que Gabe encontrou Hank e forçou ele a jurar fidelidade?"
 
"Não. Ele teria, mas eu peguei Hank primeiro. Eu não estava totalmente de frente com Gabe.
Deixei que ele achasse que eu daria Hank a ele, mas eu tinha Dabria esperando fora do
armazém. No momento em que Hank apareceu, ela o agarrou. Quando eu voltei aqui e descobri
que você não estava, eu pensei que ele tinha pegado você. Liguei para Dabria arrastar Hank pra
cá para interrogá-lo. Sinto muito sobre Dabria ", ele se desculpou. "Eu a levei comigo porque eu
não me importo com que acontece com ela. ela é descartável. Você não é. "
 
"Eu não estou brava", eu disse. Dabria era a menor das minhas preocupações. Eu tinha uma
preocupação muito maior martelando dentro de mim. "Será que o arcanjos já votaram? O que
vai acontecer com Hank? "
 
"Antes de eles votarem, eles queriam falar comigo. Dado tudo o que aconteceu, eles não confiam
em mim. Eu disse a eles se eles me deixassem matar Hank, eles não teriam mais que se
preocupar com devilcraft. Eu também lembrei-lhes que, se Hank morresse, você iria se tornar a
líder de seu exército Nephilim. Eu prometi a eles que você pararia a guerra. "
 
"Custe o que custar", eu disse, balançando a cabeça, impaciente. "Eu quero Hank morto.Foi a
unanimidade de votos? "
 
"Eles querem essa bagunça acabada. Eles me deram sinal verde no caso de Hank. Temos até o
amanhecer."
 
Foi então que notei a arma no chão ao lado de sua perna.
 
Ele disse: "Eu prometi que não iria tirar este momento de você, e se isso ainda é o que você quer,
então eu vou encerrar meu argumento sobre o assunto para sempre. Mas eu não posso deixá-la
entrar nisso cegamente. A morte de Hank vai ficar com você para sempre. Você não pode voltar
atrás com isso, e você nunca vai esquecê-lo. Eu vou matá-lo, Nora. Eu vou fazer isso se você me
deixar.
 
A opção está aí. É a sua escolha a fazer, e Eu estarei ao seu lado de qualquer maneira, mas eu
quero que você esteja preparada. "
 
Eu não vacilei. Peguei a arma. "Eu quero vê-lo. Eu quero olhar em seus olhos e ver seu pesar
quando ele perceber onde suas escolhas o levaram. "
 
Só um curto momento passou antes de Patch aceitar a minha decisão com um aceno. Ele me
levou para o corredor secreto. Uma única luz cintilou do
 
amontoado de tochas. As chamas iluminavam os primeiro metros corredor abaixo, mas depois
disso, eu não conseguia ver nada através da escuridão sufocante.
 
Segui Patch mais e mais profundamente, o corredor gentilmente nos levando para
baixo.Finalmente uma porta apareceu. Patch puxou o anel de ferro, e a porta
 
oscilou em nossa direção.
 
No interior, Hank estava pronto. Lançou-se em Patch. Algemas o seguraram, prendendo seu ar.
Com uma risada que soava muito louca para o meu
 
gosto, ele disse: "Não se engane em pensar que você vai se safar dessa." Seus olhos brilhavam
com a aprovação de partes iguais e ódio.
 
"Como você pensou que poderia enganar os arcanjos?" Patch respondeu no mesmo nível. Os
olhos de Hank se estreitaram com cautela. Seu olhar caiu sobre a arma na minha mão,
registrando isso pela primeira vez. "O que é isso?", Ele perguntou em tom verdadeiramente
arrepiante.
 
Eu levantei a arma, apontando-a Hank. Tomei satisfação em ver em seu rosto uma nuvem de
confusão e hostilidade. "Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo?" ele vociferou.
 
"Seu tempo acabou," Patch disse a ele.
 
"Fizemos o nosso próprio acordo com os arcanjos", eu disse.
 
"Que acordo?" Hank rosnou, raiva fervendo de cada palavra.
 
Eu mirei o alvo em seu peito. "Você não é mais imortal, Hank. A morte veio bater depois de
tudo. "
 
Ele deu uma curta e incrédula risada, mas o brilho medo em seus olhos me disseram que ele
acreditou em mim.
 
"Eu me pergunto como será para você na próxima vida", murmurei. "Eu me pergunto se, agora,
você está tentando adivinhar a vida que você construiu. Gostaria de saber se você está
repensando todas as decisões, e tentando descobrir onde tudo deu errado. Você se lembra das
inúmeras pessoas que você usou e machucou? Você se lembra cada um de seus nomes? Você vê
o rosto da minha mãe? Espero que sim. Espero que o rosto dela assombre você. A eternidade é
muito tempo, Hank ".
 
Hank bateu contra as cadeias de forma tão violenta, que achei que elas iriam se romper.
 
"Eu quero que se lembre do meu nome", disse Hank. "Eu quero que se lembre o que eu fiz para
você o que você deve fazer por mim. Mostre um pouco de misericórdia. "
 
Sua expressão, selvagem vingativa foi gravado der repente com a especulação guardada. Ele era
um homem inteligente, mas eu não tinha certeza que ele tinha adivinhado as minhas intenções
ainda.
 
"Eu não vou liderar a sua revolução Nephilim," Eu lhe disse: "porque você não vai morrer. Na
verdade, você vai viver um pouco mais. Concedido, você
 
não vai viver em uma mansão luxuosa. A menos que Patch pretenda atualizar esta câmara.
"Ergui as sobrancelhas para Patch, pedindo-lhe para ponderar.
 
O que você está fazendo, Anjo? Murmurou aos meus pensamentos.
 
Para minha surpresa, minha capacidade de falar a sua mente veio naturalmente. Um interruptor
instintivamente girou em meu cérebro, e eu canalizei minhas palavras por puro poder mental. 
 
Eu não vou matá-lo. E você também não, por isso não invente idéia. 
 
E os arcanjos? Tínhamos um acordo.
 
Isso não está certo. Sua morte não deve ser o nosso apelo. Eu pensei que isto era o que eu
queria, mas você estava certo. Se eu matá-lo, eu nunca vou esquecer. Eu vou levar comigo para
sempre, e não é isso que eu quero. Eu quero seguir em frente. Estou tomando a decisão certa. E
embora eu a mantive para mim, eu sabia que os arcanjos estavam nos usando para fazer seu
trabalho sujo. Eu, por exemplo, já tinha sujado minhas mãos o suficiente.
 
Para minha surpresa, Patch não discutiu. Ele encarou Hank. "Eu prefiro este lugar frio, escuro e
apertado. E eu vou colocá-lo prova de som. Dessa forma, não importa o quão forte ou quanto
tempo você grite, você só vai ter sua própria miséria para lhe fazer companhia. "
 
Obrigado, eu disse a Patch, colocando toda minha sinceridade por trás de minhas palavras.
 
Um sorriso perverso rastejou a sua boca. A morte era boa demais para ele. Era mais divertido
dessa maneira.
 
Se o clima não tivesse tão pesado, eu poderia ter rido.
 
"Isso é o que você ganha por acreditar em Dabria", Eu disse a Hank. "Ela não é uma profetisa,
ela é uma psicopata. Viver e aprender. "
 
Eu dei Hank a oportunidade para dizer suas palavras finais, mas como eu esperava, ele
emudeceu. Eu esperava, no mínimo, uma tentativa atrapalhada de fazer pedido de desculpas,
mas não tinha posto o meu coração nisso. Ao invés disso a troca final de Hank veio na forma de
um sorriso estranho, fraco de antecipação. O efeito enervou-me um pouco, mas eu supunha que
era o que ele pretendia.
 
Um silêncio encheu a pequena cela. O crepitar de tensão no ar declinava. Banindo todos os
pensamentos sobre Hank, fiquei ciente de Patch
 
em pé atrás de mim. Houve uma nítida mudança no ar, passando de incerteza para alívio.
 
Esgotamento escorrendo pelo meu corpo. Sua primeira baixa foram as minhas mãos, que
começaram a tremer. Meus joelhos tremiam também, então minhas pernas. A sensação de
drenagem varreu-me como uma vertigem. As paredes da cela, o ar viciado, mesmo Hank parecia
girar fora. A única coisa que me manteve em pé foi Patch. Sem aviso, eu atirei-me em seus
braços. Ele apertou-me contra a parede com a força de seu beijo. Um tremor de alívio ondulou
atraves dele e
 
eu afundei meus dedos em sua camisa, arrastando-o contra mim, necessitando-o perto de uma
maneira que nunca estive antes. Sua boca pressionada provando a minha. Não houve nada em
especial sobre a maneira como ele beijou agora, na escuridão fria da célula, o calor da urgência
nos unia.
 
"Vamos sair daqui", ele murmurou no meu ouvido.
 
Eu estava prestes a concordar, quando eu vi o fogo com o canto do meu olho. Primeiramente eu
pensei que uma das tochas tinha caído do suporte. Mas a chama dançou na Mão de Hank, um
fascinante brilho sobrenatural azul. Levei um momento para entender o que meus olhos
estavam vendo, mas me recusei a acreditar.
 
Compreensão surgindo um pedaço de cada vez. Hank fazia malabarismos com uma bola de fogo
azul crepitando em uma mão e a pena preta de Patch na outra. Dois muito diferentes objetos,
uma luz, um escuro. Movendo intimamente mais próximos. Um fio de fumaça enroscada na
ponta da pena.
 
Não houve tempo para gritar um aviso. Não havia tempo a todos.
 
No mais estreito dos momentos, eu levantei a arma. Eu apertei o gatilho.
 
O tiro arremessou Hank de costas contra a parede, braços, boca aberta estendida em surpresa.
 
Ele nunca se moveria novamente.
 Silence - Capítulo 33 Capitulo 33
 
 
Traduzido pela Samy
 
PATCH não se incomodou em cavar um túmulo para o corpo. Estava escuro, uma ou duas horas
antes do amanhecer, e ele arrastou-o para a costa, um pouco além das portas de Delphic, e com
um empurrãozinho da bota, rolou nas falésias e nas ondas furiosas abaixo.
 
 
"O que vai acontecer com ele?" Eu perguntei, encolhendo-me em patch para me aquecer. Os
ventos gelados rasgando na minha roupa, pintando uma camada de gelo sobre a minha pele,
mas o frio real vinha de dentro, cortando os ossos.
 
"A maré vai arrastá-lo para fora, e os tubarões terão uma refeição fácil."
 
Eu balancei a cabeça para mostrar que ele tinha entendido mal. "O que acontecerá à sua alma?"
Eu não poderia ajudar, mas me perguntei se as coisas que eu disse a Hank eram verdadeiras.
Será que ele sofreria todos os momentos para o resto do tempo? Eu balancei de lado, não senti
nenhum remorso. Eu não queria matar o Hank, mas no final, ele não me deixou escolha.
 
Patch ficou em silêncio, mas eu não sinto falta porque ele me segurou mais apertado, fechando
os braços protetoramente ao meu redor. Ele passou as mãos rapidamente sobre meus braços.
"Você está congelando. Deixe-me levá-la de volta ao meu lugar. "
 
Eu segurei minha posição. "O que acontece agora?" Eu sussurrei. "Eu matei Hank. Eu tenho que
guiar os seus homens, mas o que vou fazer com eles? "
 
"Nós vamos descobrir isso," Patch disse. "Vamos chegar a um plano, e eu estarei ao seu lado,
vendo tudo se passar."
 
"Você realmente acredita que vai ser assim tão fácil?"
 
Patch fez um som curto de diversões. "Se eu quisesse fácil, eu me trancava no inferno ao lado
Rixon. Nós poderíamos relaxar e absorver os raios juntos. "
 
Olhei para as ondas, correndo e quebrando em pedaços contra as pedras. "Quando você fez o
acordo com os arcanjos, não estavam preocupados que você pudesse falar? Isso não pode ser
bom para eles. Tudo o que você tem a fazer é espalhar boatos de que devilcraft pode ser
aproveitado, e você poderia incitar um frenesi entre anjos caídos e Nephilim. "
 
"Fiz um juramento de não falar. Que fazia parte do negócio. "
 
"Você não poderia ter pedido nada em troca de seu silêncio?" Eu perguntei calmamente.
 
Patch ficou tenso, e eu senti que ele adivinhou a direção dos meus pensamentos. "Será que isso
importa?", Ele disse suavemente.
 
Ele fez. Agora que Hank estava morto, a névoa que encobria a minha memória tinha queimado e
desaparecido, como nuvens sob o sol. Eu não conseguia lembrar-me de toda as memórias, mas
as imagens estavam lá. Flashes e vislumbres que ficavam mais forte a cada minuto. O poder de
Hank, e o controle sobre mim, estava morrendo ao seu lado, deixando-me aberta para lembrar
tudo que patch e eu tínhamos passado para ficarmos juntos. Os testes de traição, lealdade,
confiança. Eu sabia o que o fiz rir, o que o colocou fora. Eu sabia que o seu desejo era mais
profundo. Eu o vi tão claramente. Tão impressionantemente claro.
 
"Você poderia ter pedido para eles te fazerem humano?"
 
Eu o senti exalar lentamente, e quando ele falou, houve uma honestidade crua em sua voz. "A
resposta curta a essa pergunta é sim. Eu poderia ter pedido. "
 
Lágrimas nublaram minha visão. Fui tomada pelo meu próprio egoísmo, mesmo que
racionalmente, eu sabia que Patch não tinha feito a escolha por ele. Ainda. Ele tinha feito por
causa de mim, e minha culpa me jogou e me bateu tempestuosamente como o mar abaixo.
 
Ao ver minha reação, Patch fez um som de desacordo. "Não, me escute. A resposta longa para
essa pergunta é que tudo sobre mim mudou desde o nosso encontro. O que eu queria há cinco
meses é diferente do que eu quero hoje. Eu quero um corpo humano? Sim, muito. É minha
prioridade agora? Não.“ Ele olhou para mim com os olhos sérios. "Eu desisti de algo que eu
queria por algo que eu preciso. E eu preciso de você, Anjo. Mais do que eu acho que você saiba.
Você é imortal agora. E eu também sou, e isso é algo".
 
"Patch", comecei, fechando meus olhos, meu coração pendurado em uma lista de discussão.
 
Sua boca roçou a minha orelha, uma pressão de um pequeno peso flutuante. "Eu te amo." Sua
voz era simples, carinhosa. "Você me faz lembrar quem eu costumava ser. Você me faz querer
ser aquele homem novamente. Agora, abraçando você, eu sinto que temos uma chance de vencer
todas as adversidades e vamos fazer isso juntos. Eu sou seu, você me tem."
 
Assim mesmo, eu esqueci que eu estava completamente encharcada, tremendo, e preparada
para ser a próxima líder de uma sociedade de Nephilim com a qual eu não queria ter nenhuma
relação. Patch me amava. Nada mais era importante.
 
"Te amo também", eu disse.
 
Ele inclinou a cabeça em minha garganta, gemendo baixinho. "Eu te amei muito antes de você
me amar. É a única coisa que tenho apertado menos, mas eu vou levá-la comigo a cada que
puder." Sua boca, apertou a minha pele, assumiu uma curva diabólica. “Vamos sair daqui. Estou
te levando de volta à minha casa, desta vez para sempre. Temos negócios inacabados, e eu acho
que é hora de fazer algo sobre isso.”
 
Eu hesitei, uma grande questão apareceu em minha mente. Sexo era uma grande coisa. Eu não
tinha certeza se eu estava pronta para complicar a nossa relação ou a minha vida dessa forma, e
que apenas estava colocado em uma longa lista de repercussões. Se um anjo caído dormisse com
um ser humano criava um Nephil, um ser que nunca foi feito para habitar a terra, o que
aconteceria quando um anjo caído dormisse com uma Nephil? Baseado no que eu tinha visto da
relação entre anjos caídos e Nephilins, provavelmente não tinha acontecido ainda, mas isso só
me deixou mais desconfiada das consequências.
 
Tanto quanto eu tinha sido a razão no passado para por os arcanjos nos perseguir como
bandidos, uma sombra de dúvida penetrou em minha mente. Havia uma razão para anjos
supostamente não se apaixonarem por mortais, ou no meu caso, um Nephil? Uma regra arcaica
significava dividir nossas raças ... ou uma salvaguarda contra a adulteração de natureza e
destino? Patch uma vez disse que a única razão pela qual a raça Nephilim existia era porque
anjos caídos procuraram vingança por terem sido forçados a sair do céu. Para se vingarem dos
arcanjos por expulsá-los, eles seduziram os seres humanos que eles haviam anteriormente
protegido. Eles obtiveram a vingança. E despertaram uma guerra subterrânea por séculos: os
anjos caídos de um lado, Nephilins, por outro,e peões humanos, presos no meio. Mesmo que me
assustasse pensar que, Patch tinha prometido que iria acabar com a aniquilação de toda uma
raça. Qual deles ainda estava por ser visto. Tudo porque um anjo caído entrou na cama errada.
 
"Ainda não", eu disse.
 
Patch arqueou uma sobrancelha escura. "Nós não temos que nos deixar levar, eu já me deixei
levar?"
 
"Eu tenho perguntas." Dei-lhe um olhar significativo.
 
Um sorriso puxou na sua boca, mas não mascarou uma nota de incerteza. "Eu deveria ter
desconfiado que você só iria me queria por causa de respostas."
 
"Bem, isso e seus beijos. Alguém já lhe disse que você é um beijador incrível?"
 
"A única pessoa cuja opinião me interessa está aqui mesmo." Ele inclinou meu queixo até o nível
dos nossos olhos. "Nós não temos que voltar para minha casa, Anjo. Eu posso levá-la para sua
casa, se é isso que você quer. Ou, se você decidir que quer dormir na minha casa, em lados
opostos do meu quarto com uma linha traçada no meio e um aviso de ‘não cruze’, eu vou fazê-lo.
Eu não vou gostar, mas vou obedecer."
 
Tocada por sua sinceridade, coloquei meu dedo sob a camisa, tentando encontrar o gesto certo
para mostrar o meu apreço. Minha articulação escovando na pele tonificada abaixo, e o desejo
me quebrou. Por que, oh, por que, ele faz parecer que é tão fácil sentir tudo, todas as sensações,
ardentes e devoradoras, e esquecer a razão?
 
"Se você ainda não adivinhou", eu disse, algo ardente e ressonante deslizando em meu tom: "Eu
preciso de você, também."
 
"Isso é um sim?", Perguntou ele, empurrando os dedos pelo meu cabelo, ventilando-a para fora
em torno dos meus ombros e buscando meu rosto atentamente. "Por favor, diga que sim," Ele
disse com uma borda de cascalho. "Fique comigo esta noite. Deixe-me te abraçar, mesmo que
isso seja tudo o que aconteça. Deixe-me mantê-la segura."
 
Como a minha resposta, eu escorreguei meus dedos entre os seus, entrelaçando-nos juntos. Eu
tomei o seu beijo com ousadia impertinente, ganancioso e irresponsável, sentindo seu toque
soltar minhas articulações, derretendo-me em lugares que eu não sabia que existia. Me
derrubando, um beijo em um momento, me recuperando, mas eu estava mais e mais fora de
controle, lançando me no calor sólido, escuro e provocante, até que não era só ele, e só eu. Até
que eu não sabia onde eu terminava e ele começava.
 
 
Silence - Capítulo 34 ÚLTIMO CAPÍTULO 34 
 
 
Já era o sol do meio quando Patch estacionou sua motocicleta em frente à fazenda. Eu saltei
dela, um sorriso bobo estampado em meu rosto, um brilho quente que permeava cada
centímetro de pele. Perfeição. 
 
 
Eu não era suficientemente ingênua para pensar que iria durar, mas havia algo a ser dito sobre a
vida no momento. Eu já tinha decidido a lidar com o meu novo arquivo de Nephilim puro
sangue, e todas as conseqüências que viriam com ele, incluindo a forma como minha
transformação se manifestaria nas decisões sobre o exército de Hank, sob preocupações futuras. 
 
Agora, eu tinha tudo que eu poderia pedir. Não era uma lista longa, mas era muito gratificante,
começando com o amor da minha vida de volta aos meus braços. 
 
"A noite passada foi divertida", disse a Patch, tirando o capacete do meu queixo e o entregando.
"Estou oficialmente apaixonada pelos seus lençóis." 
 
"É a única coisa pelo que está apaixonada?" 
 
"Não. Seu colchão, também." 
 
O sorriso penetrou nos olhos de Patch. "A minha cama é um convite aberto." 
 
Não tinha dormido com uma linha de NÃO CRUZE no meio da cama, porque nós não tínhamos
dormido juntos, ponto final. Fiquei com a cama e Patch com o sofá. Eu sabia que ele queria mais
de mim, mas eu também sabia que ele queria que a minha cabeça estivesse no lugar certo. Ele
disse que podia esperar, e eu acreditei nele. 
 
"Dê-me uma polegada, eu vou tomar uma milha", eu avisei. "Você deveria estar preocupado que
eu possa confiscá-la." 
 
"Eu me considero um homem de sorte." 
 
"A única desvantagem da sua casa é a quantidade incrivelmente baixa de produtos de higiene.
Nenhum condicionador? Brilho labial? Protetor solar? "Eu puxei meu polegar na direção da
porta da frente. "Eu preciso escovar os dentes. E eu preciso de um banho." 
 
Ele sorriu, pulando fora da moto. "Agora isso é um convite." 
 
Ficando na ponta dos pés, eu o beijei. "Quando eu terminar, será D-dia. Vou até a casa de Vee
para pegar a minha mãe, e contarei as duas a verdade. Hank se foi, e é hora de ser clara." 
 
Eu não estava ansiosa para a conversa, mas eu tinha esperado o tempo suficiente. Todo esse
tempo eu disse a mim mesma que eu estava protegendo Vee e minha mãe, mas eu estava usando
mentiras para mantê-las longe da verdade. Eu estava forçando-as na escuridão, porque eu
estava com medo que não poderiam lidar com a luz. Até eu sabia que essa lógica era errada. 
 
Abri a porta da frente, jogando minhas chaves no prato. Eu não tinha dado três passos antes que
Patch agarrasse meu cotovelo. Um olhar para seu rosto, e eu sabia que algo estava errado. 
 
Antes que Patch pudesse me proteger atrás de seu corpo, Scott saiu da cozinha. Ele fez um gesto
chamando dois outros Nephilins que apareceram no corredor ao lado dele. Ambos pareceram
ter a idade de Scott. Altos e musculosos, com suas características. Eles me olhavam com
curiosidade clara. 
 
"Scott", eu disse, esquivando-me de Patch e corri na direção dele. Eu joguei meus braços em
torno dele, abraçando-o fortemente. "O que aconteceu? Como você escapou?" 
 
"Dadas as circunstâncias, foi decidido que eu tinha que ser mais eficaz na linha de frente do que
trancado. Nora, conheça Dante Matterazzi e Tono Grantham," ele afirmou. "Ambos são tenentes
do exército do Mão Negra". 
 
Patch cruzou para nós. "Você trouxe estes homens na casa de Nora?", Disse ele, olhando Scott
como se ele quisesse arrancar seu pescoço. 
 
"Calma, cara. Eles são legais. Eles podem ser confiáveis", disse Scott. 
 
Patch deu uma risada baixa e predatória. "Confiável as notícias vindo de um mentiroso
conhecido." 
 
Um músculo na bochecha de Scott contraiu. "Você quer jogar este jogo? Você tem apenas como
muitos esqueletos no armário". 
 
Oh cara. 
 
"Hank está morto", disse a Scott, não vendo qualquer razão para colocá-lo suavemente, ou dar
Patch e a Scott mais tempo para trocar insultos abastecidos de testosterona. 
 
Scott balançou a cabeça. "Nós sabemos. Mostre-lhe o sinal, Dante."
 
Dante se adiantou. Ele foi mais de dois metros de altura e moreno, sua aparência latina fazia jus
ao seu nome. Ele estendeu a mão. Um anel idêntico ao que Scott tinha jogado no oceano
encaixado no dedo indicador confortavelmente. O azul brilhava selvagemente nele, e a luz
parecia escorregar por trás dos meus olhos, mesmo depois de eu fechá-los. "A Mão Negra me
disse que isso aconteceria se ele morresse", explicou Dante. "Scott está certo. É um sinal." 
 
Scott disse: "É por isso que eu fui liberado. O exército está em pandemônio. Ninguém sabe o que
fazer. O Cheshvan está quase chegando e a Mão Negra tinha planos para a guerra, mas seus
homens estão inquietos. Eles perderam o seu líder. Eles estão começando a entrar em pânico." 
 
Eu encarei esta informação. Um pensamento que me impressionou. "Eles mandaram você,
porque você sabia como encontrar o sucessor de Hank?" Imaginei, olhando Dante e Tono
cautelosamente. Scott podia confiar neles, mas eu ainda tinha que me convencer. 
 
"Como eu disse, esses caras estão limpos. Eles já confessaram fidelidade para você. Temos que
ter muitos Nephilins atrás de você o quanto possível antes disso vazar. A última coisa que
precisamos agora é um golpe." 
 
Senti-me tonta. Na verdade, um golpe soava muito atraente. Alguém queria este emprego? Tudo
bem por mim. 
 
Dante falou novamente. "Antes de sua morte, a Mão Negra notificou-me que você concordou em
assumir o papel de comandante após a sua morte." 
 
Engoli, não tendo esperado que este momento chegasse tão rapidamente. Eu sabia o que tinha
que ser feito, mas eu esperava mais tempo. Dizer que tinha temido este momento era um
eufemismo. 
 
Olhei todos os três deles nos olhos um de cada vez. "Sim, eu jurei um voto para liderar o exército
de Hank. Aqui está o que vai acontecer. Não vai ter guerra. Voltem para os homens e digam-lhes
para dissolver. Todos os Nephilins que tenham feito um juramento de fidelidade estão ligados
por uma lei que nenhum exército, não importa quão grande, pode derrubá-lo. Ir para a batalha
neste momento seria um suicídio. Anjos caídos já estão planejando vingança, e nossa única
esperança é tornar claro que nós não estamos indo combatê-los. Não dessa forma. Isso acabou e
vocês podem dizer para seus homens, que é uma ordem." 
 
Dante sorriu, mas sua expressão era fria. "Não terei essa discussão com um anjo caído ao redor."
Ele nivelou os olhos para Patch. "Dê-nos um minuto?" 
 
Eu disse, "Eu acho que é bastante óbvio que pedir para Patch sair é inútil. Vou contar-lhe tudo."
À expressão dolorida de Dante, acrescentei: "Quando eu fiz o juramento para Hank, eu nunca
disse nada sobre romper com Patch. Isso mesmo. Sua nova líder Nephil está namorando um
anjo caído." deixe a conversa começar. 
 
Dante acenou acatando. "Então vamos começar uma coisa. Não está acabado. Estagnado, talvez,
mas não acabou. A Mão Negra agitou uma revolução, e interrompendo isso não vai ser o
suficiente para assentar a poeira". 
 
"Não estou preocupada com as repercuções. Estou preocupada com a raça Nephilim como um
todo. Estou pensando no que é melhor para todos." 
 
Scott, Dante, e Tono compartilharam um olhar silencioso. Dante parecia falar pelos três. "Então
nós temos um problema maior. Porque acho que a rebelião Nephilim é o melhor para eles." 
 
"Quantos Nephilins?" Patch perguntou. 
 
"Milhares. Suficiente para encher uma cidade. "Os olhos de Dante cortaram os meus. "Se você
não levá-los à liberdade, você vai quebrar o seu voto. Em suma, sua cabeça estará a prêmio,
Nora." 
 
Olhei para Patch. 
 
Mantenha sua posição, ele falou com calma aos meus pensamentos. Diga-lhes que a guerra está
fora de negociação. "Fiz um juramento para liderar o exército de Hank", disse a Dante. "Eu
nunca prometi a liberdade." 
 
"Se você não declarar guerra contra os anjos caídos, você vai fazer milhares de inimigos
Nephilins instantaneamente," ele respondeu. 
 
E se eu fizer, eu pensei fracamente, eu poderia muito bem declarar guerra aos arcanjos. Eles
permitiram que Hank morresse porque Patch prometeu a eles que eu iria acabar com a rebelião. 
 
Voltei minha atenção para Patch, e eu sabia que estávamos compartilhando o mesmo
pensamento horrível. De qualquer maneira, a guerra estava por vir. 
 
Tudo o que eu tinha que fazer agora era decidir o meu adversário 
 
Silence - Capítulo especial Patch E AGORA ... O NUNCA ANTES VISTO 
 
 
O VERDADEIRO PRIMEIRO ENCONTRO DE PATCH E NORA ...
 
DO PONTO DE VISTA DE PATCH!
 
Trazido pela Carol e Jakeline
 
Patch balançou sua cadeira para trás sobre duas pernas, esticou os braços, e dobrou-os atrás de seu pescoço. Seu olhar estava pregado na porta que levava para dentro do Bistrô de Enzo. Ele havia pedido por uma mesa na parte de trás, em um canto sombrio aonde a luz não chegava a atingir. Uma vela tremulava em cada outra mesa, mas Patch tinha apagado a sua entre os dedos assim que tinha se sentado. No outro lado da mesa, Rixon estava esparramado na cadeira, olhos traçando o teto em tédio exagerado.
 
 
"Eu vou esperar por você até eu ficar azul", Rixon cantou em um murmúrio. "Não há nada mais que um homem possa fazer. Você bebeu com os demônios diretamente ", ele interrompeu e, arqueando uma sobrancelha sugestivo, apontou sob seus pés "o inferno. Eles quase ganharam quase por bem ". 
 
Patch sorriu. "Se aquecendo para a sua audição do American Idol?"
 
Rixon chutou por baixo da mesa. "Quando você vai me dizer que você está fazendo?"
 
Uma garçonete passou, deixando dois cafés. Patch tomou um gole. "Até?"
 
"Temos vindo aqui no, Enzo, é isso? A cada noite de quinta por volta das oito. Cinco semanas consecutivas. E você pensou que eu não percebi. "
 
"Quatro semanas."
 
Rixon rolou os olhos de forma teatral. "O rapazinho sabe contar."
 
"Eles têm um bom café."
 
"Certo, então. Aí está o problema, você não pode prová-lo ", Rixon apontou. "Passando para a mentira número dois, então?"
 
"Eu gosto da atmosfera."
 
Os olhos irritados de Rixon se espantaram. "Toda garota neste lugar tem menos de vinte. O que você diz de procuramos alguns passarinhos um pouco mais perto de nossa época... 700, pelo menos. "
 
"Eu não estou aqui por causa de garotas." Apenas uma delas. Seus olhos foram para seu relógio, depois para as portas. A qualquer momento.
 
"Não está aqui por causa de garotas", Rixon ecoou. "Não está aqui por causa do jogo, da bebida, da luta. Para todos os efeitos, estamos passando uma noite perfeitamente tranquila em um estabelecimento respeitável. Ou você começou a ouvir o pequeno anjo de cima do seu ombro, ou este injusto cérebro está tramando algum esquema. "
 
"E?"
 
"E eu estou apostando no último. O que eu quero saber é o qual esquema interessante envolve uma boa moça que ainda freqüenta a escola? ", Perguntou, lançando um olhar maligno sobre o local.
 
Lá fora, uma silhueta conhecida correu deixando as janelas salpicadas de gotas de chuva. A menina tinha os braços cruzados sobre a cabeça, fazendo um trabalho divertido tentando se proteger da chuva. Ela correu para dentro, segurando a porta para permitir sua companheira loira se espremer pra dentro antes que ele se fechasse. Elas pararam à entrada por um momento, sacudindo a chuva e batendo os pés secando-os.
 
Rixon ainda estava bisbilhotando por respostas, mas Patch tinha o deixado de lado. Ele
estava imensamente consciente da menor das duas meninas, uma ruiva magra com ombros retos e um queixo que segurava ligeiramente levantado num gesto que poderia ser confundido com vaidade. Ele observou-a tempo suficiente para saber que era outra coisa. Ele brincou com palavras como "cauteloso", "modesto" ... "prudente." Ela prendeu seu cabelo em um coque rigoroso, mas alguns pedaços desonestos tinham ficado soltos, e o efeito trouxe a menor curva a sua boca.
 
Mesmo que ele não tivesse memorizado sua agenda, o preto das calças de boca larga e camiseta que ela parecia envolvida em uma batalha de cabo de guerra, no momento em que iria escorregar de seu ombro e no próximo ela colocava de volta no lugar, teria dito a ele que ela vinha da academia.
 
Entre a crescente lista de coisas que ele estava descobrindo sobre ela: Ela era uma praticante de exercícios por um bom tempo. Uma vez por semana no máximo. E só quando a loira, com uma dieta em yo-yo, a arrastava junto.
 
A anfitriã levou as meninas na direção de Patch. Patch se curvou, discretamente dobrando seu boné de beisebol para proteger o rosto. A cada duas semanas ele tinha visto a ruiva por todo o restaurante, certificando-se que ela nunca tivesse motivos para olhar o seu caminho. 
 
Ela normalmente se sentava com o queixo apoiado nos dedos entrelaçados, ouvindo atentamente como a loira saiu com caras, dietas milagrosas, rompimentos de celebridades, ou seu horóscopo.
 
A anfitriã chegou para o lado de repente, fazendo as meninas sentarem a algumas poucas mesas para baixo. Uma sensação escorregadia de ansiedade deslizou por dentro de Patch, e a sensação quase o fez rir. Quando foi a última vez que ele sentiu o nervosismo de menino por ter sido pego em um ato reprovável?
 
Mas ele tinha que jogar com segurança. Quando ele finalmente se apresentasse para a ruiva, criando a ilusão de encontrá-la pela primeira vez, tinha que parecer aleatório. Só depois que ele a conhecesse por dentro e por fora ele iria bolar uma estratégia para ganhar a confiança dela. Então ele ia deixa cair o machado proverbial.
 
Rixon estava errado. O anjo em seu ombro tinha, há muito tempo, sido amarrado e silenciado. Patch foi conduzido pelo seu próprio bem maior, sua bússola moral uma função de utilidade. Ele tinha um plano em tudo, mas o resultado final era sempre o mesmo: para satisfazer seus desejos.
 
Depois de todo esse tempo, ele estava indo obter um corpo humano. Porque ele queria, e ele tinha um plano. E o coração desse plano estava a metros de distância, apunhalando sua água gelada com um canudo.
 
"Eu não sei sobre você, mas eu estou pensando que precisamos começar mais um ano com uma explosão", a loira anunciou em voz alta para a ruiva. "Chatice nunca mais. 
 
Este ano vai ser épico. Sem barreiras. E nada poderia fazer este ano mais épico do que Lucas Messersmith como meu namorado. 
 
Eu já pulei para o meu plano de aqui-está-como-eu-vou-conseguir-ele. Eu furtivamente coloquei meu número de telefone na porta de sua garagem. Tudo o que resta agora é sentar e esperar. "
 
"Por uma ordem judicial?" A ruiva se encheu em um sorriso, iluminando o rosto todo. Claramente que ela não sabia o efeito que isso tinha, Patch pensou, ou então ela poderia fazer isso mais frequentemente.
 
"Por que, você não gosta do óbvio?" Argumentou a loira.
 
"Os pais dele estão indo para sua lista negra. De qualquer modo que você observar isso,sete dígitos em uma porta da garagem não vai ser o melhor para quebrar o gelo ".
 
Patch não conseguia tirar os olhos de cima dela. Esta semana muito mais do que a última. Chegou a pensar sobre isso, que tinha sido o padrão desde o início. Era inconveniente que ela não se assemelhasse ao muito tempo desaparecido descendente de Chauncey, matar ela o teria trago muito mais prazer. 
 
Ele não sabia o que ele esperava, mas não isso. Pernas longas, mas um passo, cauteloso e reservado. Características prudentes. Uma risada que não era muito alta ou muito mole. Tudo em seu lugar.
 
Outro quase sorriso rastejou a sua boca. Ele foi apreendido pela vontade de colocar uma fenda nela. Para fazer o seu mundo cuidadosamente construído cair. Uma linha era tudo que seria necessário para fazê-la corar. Ele tinha que apostar dinheiro nisso.
 
"Talvez da próxima vez escreva algo junto", a ruiva sugeriu. "'Ei, Luke, aqui está o meu número." funciona para o resto da população."
 
A loira soltou um suspiro e bateu o punho em seu queixo. "Isso é bobagem. Lucas Messersmith foi um jogo de dados de qualquer maneira. O que precisamos é definir
 
nossas vistas em outros lugares. Viajar para Portland. Cara, isso faria as orelhas de Marcie queimar. Você e eu saindo com caras da faculdade, enquanto ela é uma modelo de maiôs na JC Penney ouvindo sacanagens e fazendo calouros pré adolescentes babar.”
 
A cadeira de Rixon arrastou para a frente. "Eu desisto", disse ele, chamando a atenção de Patch. "Eu de-sis-to O que você está querendo? "
 
Patch tomou outro gole de café. "Um tempo de qualidade com você."
 
"Olha, quando você mente pra mim, isso dói", disse Rixon, limpando uma lágrima imaginária. "Pensei que tínhamos algo especial. Eu pensei que nosso conjunto de sentenças eternas de condenação fosse nosso laço. Eu sei que você está fazendo alguma coisa, e se eu precisar, eu vou arrancar isso de você. "
 
"Dê um descanso."
 
"Eu gostaria. O problema é que eu não sou estúpido. "
 
"Você age como um estúpido".
 
"Certo. Obrigado por isso. Para sua informação, há uma diferença entre agir como estúpido e ser estúpido. "
 
"É uma linha fina, mas alguém tem que desenhá-la."
 
Rixon achatou suas mãos na mesa com um baque retumbante. "O que estamos fazendo aqui, além de tomar uma facada de tédio? e se você não for claro nos próximos três segundos, eu vou cumprir minha ameaça e fazer de você um saco de pancadas e arrancar esse seu sorriso arrogante. "
 
Paciência. Quando eu trazê-lo para cima, é isso que eu estou falando, Patch falou à mente de seu amigo.
 
Desenterrando defeitos uns dos outros, não é? Tsk, tsk. Isso não é maneira de acender uma amizade. Quanto a suas falhas, você esqueceu como se divertir. Por que nós não vamos encontrar um grupo de Nephilim para aterrorizar? Rixon começou a se levantar.
 
Patch começou a levantar também, mas a conversa ao longo de três mesas penetrou seu pensamento consciente, momentaneamente desviando sua atenção.
 
"Por que aqueles dois caras não se parecem com nenhum da escola ... aqueles dois caras lá. Uau ".
 
Voz da loira pendurado no ar. Patch mal teve tempo de olhar para os lados e ver que tanto ela quanto a ruiva tinha os olhos fixados sobre ele, definitiva e plenamente consciente de si, quando Rixon enfiou o punho em sua mandíbula.
 
A cabeça de Patch virando para o lado, dando-lhe uma imagem direta, da boca da ruiva formando um perfeito e surpreendente O. 
 
"Eu disse que iria arrancar de você", gargalhou Rixon, esquivando flexivelmente ao redor da mesa.
 
Patch estava de pé em um instante.
 
Rixon o segurou, batendo-o contra a parede e em um quadro. Ele bateu no chão, o vidro se estilhaçando.
 
A partir de sua visão lateral, Patch viu a ruiva piscar atordoada em confusão e, se ele não estivesse enganado, o alarde o trouxe certa satisfação... e o incentivou a prosseguir. 
 
Patch estava pensativo, e o próximo soco de Rixon passou por cima de seu ombro. Com um golpe por cima, Patch acertou seu punho no lado de baixo do queixo de Rixon. Ele atacou o cerne do corpo Rixon, visando repetidamente para as costelas e em torno de seu estômago, mas no momento em que seu amigo deixou cair os braços para proteger a si mesmo, ele passou para sua cabeça. Uma vez, duas vezes. Mais duas vezes. Depois de cinco golpes diretos Rixon cambaleou e capotou com as palmas das mãos para cima. 
 
"Você quer que eu grite pelo meu tio, é isso?" Rixon disse ofegante, vestindo um sorriso que dizia que estava se divertindo, pela primeira vez em toda a noite. 
 
A loira atravessou através das mesas em direção à Rixon. Ela estendeu-lhe o guardanapo, apontando para seu rosto. "Você tem um pouco de sangue..." 
 
"Obrigado, amor." Rixon levou o guardanapo à boca, depois lançou uma piscadela maliciosa para Patch. Sua voz caiu facilmente na mente de Patch. Disse que queria uma menina mais perto de 700, pois não? Eu quis dizer 700 ... mais ou menos. 
 
Patch dirigiu seus olhos sombrio sobre a loira, desejando poder enganar sua mente para que ela voltasse obedientemente para sua mesa, mas Rixon iria perceber algo e começar a fazer perguntas. Ele soltou uma respiração lenta. Vinte e quatro horas a partir de agora, Rixon não lembraria o nome dela. Ela, porém, teria uma atenção um pouco maior. Uma complicação. 
 
"Então me diga, amor", Rixon demorou para a loira. "Já montou em uma Ducati Streetfighter? Estou com uma estacionada nos fundos." 
 
A loira já estava jogando a alça da bolsa por cima do ombro. "O seu amigo tem uma moto também? Ele poderia levar minha amiga, Nora." Para surpresa de Patch, ela acenou para ele. 
 
"Vee", disse a ruiva com exasperação e advertência. 
 
A loira não se incomodou em ouvir. Ela se virou para Rixon. "Algumas coisas primeiro. Alguém deve limpar-te. Fiz um curso de babá neste verão. Quando se trata de hemorragias nasais, eu sou a sua menina." Agarrou Rixon pela manga e arrastou-o para o banheiro unisex. 
 
Fiel à forma, Rixon passou um braço em volta de seu ombro e esfregou seu rosto. "Mostre-me o caminho, enfermeira... Vee, não é?" 
 
Patch viu-se em descrença ao lado da ruiva. Dois minutos atrás, ele tinha as coisas sob controle. Ele passou as mãos pelos cabelos. Ele sabia bem que tinha um caminhão no meio de seu plano. 
 
A ruiva deslocou seu peso. Ela lhe roubou um olhar, apenas para desviar imediatamente seus olhos para longe. Ela estava assustada por ele. Ele se perguntou se ele teria esse efeito sobre ela, naturalmente, ou se tinha sentido em algum nível subconsciente o que ele queria com ela. Uma estranha guerra de desejos lutou dentro dele, puxando-o em direções opostas. Ele queria deixá-la desconfortável. Eu ironicamente, ele também estava com medo de assustá-la e afastá-la. Agora que ele estava quase terminando, ele queria mantê-la lá. 
 
Ela limpou a garganta. "Pensei que você poderia dizer ao seu amigo para cortar a gordura? Se ele recebe qualquer coisa mais oleosa, os países do terceiro mundo vão começar a olhar para ele como um fornecedor." Patch sorriu para ela. Ela era mais bonita de perto. Olhos cautelosos, mas expressivos, um nariz aristocrático, algumas sardas que ela provavelmente odiava, e que cabelo. Selvagem e rebelde. Ele tinha o
desejo de tirar o elástico e soltar seus cabelos em cascata sobre os ombros. Se não fosse a sua marca Nephilim em seu pulso, os genes de Chauncey tinham feito a ela o favor de poupar-lhe de qualquer semelhança. 
 
"Então", disse ele. "Você é daqui?" 
 
Ela esticou o pescoço, procurando pelo restaurante, claramente empenhada em parecer absorvida em nada, mas falou com ele. "Pode ser. E você é...?" 
 
"Jev." Ele pode ver pela ligeira baixa de sua boca, que ela achou que era um nome estranho. A maioria dos humanos acha. 
 
"E você?", Perguntou ela. "Você é daqui? Eu não vi você antes." 
 
"Eu sou discreto." 
 
"Por quê?" 
 
"Você faz um monte de perguntas." 
 
Ela se encolheu. Ele tinha intenção de encerrar a conversa e funcionou. Ele sabia que ele parecia um idiota, mas dado o que tinha que fazer com ela, poderia ser muito pior. Ele percebeu que deveria deixá-la sozinha, mas agora que ele estava conversando com ela, ele se viu atraído por ela. As brincadeiras entre eles eram naturais. E ela estava respondendo. Medo dele, com certeza, mas igualmente curiosa. Ele podia olhá-lo o suficiente bem em seus olhos. Com esforço consciente, Patch projetou seu corpo em direção a ela, mostrando interesse. Ele sorriu educadamente. "Estou na cidade a negócios." 
 
"Que tipo de negócio?" Ela perguntou depois de um minuto. 
 
"Genealogia. Rastrear os membros da família há muito tempo perdido." 
 
"Que família você pesquisa?" 
 
"Langeais". 
 
"Eu não conheço qualquer Langeais em Coldwater". 
 
Ele esfregou o dedo na boca para reprimir um sorriso. "Parece que eu tenho o meu trabalho terminado." 
 
"Quanto tempo você pretende ficar na cidade?" 
 
"Enquanto for preciso." Ele inclinou a cabeça na direção dela como se fossem conspiradores. "Eu iria acelerar as coisas se eu tivesse um guia turístico, alguém para me guiar." 
 
Sua boca torta com um sorriso irônico, como se ela soubesse o que estava fazendo, mas ela o provocava, dizendo: "Você está com sorte. Vee é uma excelente guia." 
 Ele recuperou de sua surpresa rapidamente. "Mas eu prefiro guias turísticas ruiva." 
 
Ela estendeu as mãos em arrependimento. "Desculpe. Eu não conheço nenhuma ruiva." 
 
"Verificou no espelho esta manhã?" 
 
Ela bateu o dedo à boca, um gesto brincalhão que chamou sua atenção para seus lábios, chamativo e sensual, que ele já tinha tido o prazer de perceber. Ela estava cautelosamente aquecida para ele, e Patch sentiu restaurante como um túnel ao seu redor, os ruídos de fundo caindo de distância. Uma parte dele que havia sido trancado por tanto tempo se soltou. Ele sentiu uma estranha satisfação de estar perto dela. Um contato que o fez querer mais. 
 
Não perdendo o ritmo, ela disse, "Eu fiz. E me lembro de ter visto uma morena." 
 
Ele riu, tentando descobrir que jogo ela estava brincando. "Talvez seja necessário consultar se sua visão está bem."
 
"Então, isso explica por que você tem três olhos, dois chifres, e uma presa muito amarela onde os dentes da frente deveriam estar." Ela inclinou a cabeça para o lado, olhando para ele. 
 
Ele sorriu. "Bem notado. Eu sou um monstro. Jev é o meu inofensivo e chocantemente belo alter-ego". 
 
"E eu estou em cima disso", anunciou ela com o triunfo espirituoso. 
 
"Isso é um ato falho?" 
 
Sua franqueza a pegou desprevenida. Um rubor consciente de si mesma subiu em seu rosto. Ela ficou em dúvida, um momento, então fez um gesto de impaciência para o banheiro. "Quanto tempo leva para limpar um nariz sangrando?" 
 
Ele riu baixo. "Não tenho certeza de que é a única coisa que estão fazendo lá dentro." 
 
Seus olhos se arregalaram com o choque ... então estreitou-se em análise, tentando descobrir se ele estava brincando. Pela primeira vez, ele não estava. "Talvez você deva ir bater na porta", sugeriu. 
 
A sugestão não agradou a ele. Ele não estava com nenhuma pressa para terminar a conversa. A ideia de deixar ela agora o deixou com uma dor impaciente. Ele não se sentia desta forma por um longo tempo. Tanto quanto lhe dizia respeito, ele não tinha sentido uma centelha de interesse em tanto tempo, era como tivesse vivendo esse sentimento pela primeira vez. "Não vou fazer qualquer bem. A única coisa que vai tirar a atenção de Rixon é o som de sua moto partindo. Se respirar sobre ela, e ele percebe a condensação. Se você quer tirá-lo de lá, essa é sua melhor opção." 
 
"Você está dizendo que eu deveria levar sua moto para um passeio?" 
 
"Mais como ser minha cúmplice." Ele lançou a ideia. 
 
"E você quer que eu vá com você, por quê?" 
 
Para que eu possa levá-la sozinha o tempo suficiente para apagar sua mente. E se ele estava sendo honesto, para levá-la sozinha, pronto. Seus olhos caíram à boca, e ele desfrutou de um prazer secreto de imaginar beijá-la. "Deixe-me adivinhar. Você nunca esteve em uma Ducati Streetfighter". 
 
Lá se foi o queixo novamente, dobrando superior. "Como você sabe disso?" 
 
"Ande uma vez, e isso é tudo o que precisa. Você ficará viciada." Ele direcionou o seu polegar na saída. "É agora ou nunca". 
 
"Eu não fujo com caras que eu conheço há três segundos." 
 
"E um cara que você conheceu, digamos, há 20 segundos? Ele tem mais chances?" 
 
Para sua surpresa, ela riu. Ele gostou do som dela, e contra o seu próprio bom senso, ele queria fazê-la rir novamente. 
 
"Na verdade", disse ela, sorrindo com mais facilidade, "que cara iria reduzir drasticamente suas chances. Vinte é o meu número de sorte." 
 
"E o seu número de sorte?" 
 
Ela mordeu o lábio, debatendo para responder. 
 
Sobre o topo de sua cabeça, Patch viu Rixon emergir do banheiro pressionando um quadrado dobrado de papel higiênico ao nariz. Remendo levantou seu chapéu e passou a mão pelo seu cabelo com frustração. Isso foi rápido, mesmo para os padrões de Rixon. 
 
"É entre um e dez?" Patch perguntou sobre um golpe de inspiração.
 
Ela assentiu com a cabeça. 
 
"Segure o número nas costas. Vou adivinhar. Se acertar, você e eu vamos para um passeio. Não tem que ser hoje à noite", acrescentou, em resposta às inundações de ceticismo em sua expressão. "Da próxima vez eu lhe ofereço uma carona na minha moto, diga sim. É simples". 
 
Ela segurou seu olhar um longo momento, então, cedeu com um encolher de ombros confidente. "Você tem uma em cada dez chances de acertar. Eu posso lidar com essas chances." 
 
Quantos dedos ela está segurando? Ele falou na mente de Rixon. 
 
Ao ouvi-lo, Rixon olhou para cima e seu rosto se dividiu em um sorriso. Eu o deixo sozinho por cinco minutos, e você já está perseguindo saias? 
 
Dedos? Patch repetiu. 
 
O que ganho com isso? 
 
Da próxima vez que brigarmos, deixarei você sangrar o meu nariz.
 
Deixar? Rixon virou a cabeça para trás, em silêncio, rindo. Eu vou ficar feliz em lembrá-lo de uma ocasião, na semana passada quando eu quase arranquei para fora um de seus dentes. 
 
"Então?" A ruiva perguntou a Patch. "As habilidades de telepatia estão ficando enferrujadas?" 
 
Amanhã à noite sairemos, Patch esperava. 
 
O que eu quiser? Mesmo que inclua aterrorizar um Nephilim menor de idade? 
 
Patch suspirou. Qualquer coisa. 
 
Tudo bem, companheiro. Você está dentro. Ela está segurando oito dedos. Mas mantenha o flerte a um mínimo, você vai? Sete minutos no céu com a enfermeira Vee Nurse são suficientes. Estou pronto para sair. 
 
Patch fechou os olhos, apertando seu rosto para sugerir concentração. Ele abriu um olho, olhando especulativamente para a ruiva. "Vamos com... oito?" Ele disse com a incerteza apenas o suficiente para torná-la crível. 
 
A boca da ruiva caiu. "De jeito nenhum." 
 
Remendo esfregou as mãos, genuinamente se divertindo. "Você sabe o que isso significa. Você me deve um passeio, Nora. "O nome dela foi um erro. Ele concordou em tratá-la com sangue-frio e distanciamento, limitando todas as referências a ela como ruiva. Ele não achava que ele estava em perigo de um deslize emocional, mas ele estava lidando com uma bela garota. Ele havia aprendido a lição, uma vez, daí se salvaguardar. 
 
"Você trapaceou", acusou. 
 
Seu sorriso se alargou. Ela não parecia decepcionada, e ela sabia disso. 
 
Ele jogou junto, levantando os ombros, uma exposição de inocência. "A aposta é uma aposta." 
 
"Como você fez isso?" 
 
"Talvez minha telepatia não esteja enferrujada afinal." 
 
Rixon apareceu, batendo-lhe nas costas. "Vamos pegar a estrada, Jack." 
"Onde está Vee?" A ruiva queria saber. 
Na sugestão, a loira saiu do banheiro, caiu contra o batente da porta, com seu coração batendo de forma irregular, e fazendo ooh-la-la com a boca. 
 
"O que você fez com ela?" A ruiva perguntou para Rixon. 
 
"Coloque um sorriso no rosto. Há mais de onde veio isso", acrescentou Rixon, e Patch o empurrou em direção às portas. 
 
"Pegue leve," Patch disse a ruiva com relutância, não estando pronto para desistir de falar com ela, mas não querendo impressionar mais sua memória com Rixon. No momento, ele queria manter ela realmente para a si mesmo. 
 
A ruiva piscou. "Então eu acho que eu vou te ver por aí", disse ela, com uma expressão de ‘o que aconteceu aqui?’. Dadas as circunstâncias, ele deveria se perguntar a mesma coisa. 
 
"Absolutamente," Patch respondeu. Mais cedo do que pensava. Mais tarde, esta noite ele planejava passar pela sua casa. Primeiro a loira, e depois a ruiva. 
 
Se esta noite tivesse acontecido sete ou oito meses antes, o momento teria sido perfeito. Antes, ele tinha que apagar suas memórias. Ele sentiu um choque de pesar com a necessidade de limpar a memória da ruiva. Ele queria que ela se lembrasse desta noite. Ele queria que ela se lembrasse dele. Imaginou a sacrificando, um pensamento que já tinha lhe passado pela cabeça uma centena de vezes antes, mas a imagem tropeçou. Pela primeira vez ele olhou além de si mesmo, vendo-a. Não só ele planeja matá-la, mas ele tinha em sua mente em traí-la primeiro. O que ela pensava dele se ela sabia? Tinha lhe ocorrido a arrastá-la para fora agora e acabar com isso. A imagem queimado em sua mente, impulsivo e tentador, mas ele a deixou de lado. Se ele poderia fazê-lo agora, ele poderia fazê-lo amanhã. 
 
Mas sua hesitação o incomodava. Algo lhe disse que matá-la não ia ser fácil. Ele não tinha ajudado a sua causa em flertar com ela e, pior, gostar. Mais do que ele estava pronto para admitir. 
 
Em um esforço para reorientar seus pensamentos, ele fechou os olhos brevemente retratado o objetivo final. Uma vez que ele a sacrificasse, ele teria um corpo humano. Não era complicado. Qualquer coisa que ficasse em seu caminho, incluindo a sua própria confusão interior, era irrelevante. 
 
Sem pensar, ele virou-se para roubar uma olhar particular dela. Ele só pretendia ver o rosto dela uma última vez, mas para sua surpresa, ela estava olhando para ele também, com uma pergunta nos olhos cinzas que iria assombrá-lo.

 

 

                                                                                                    Becca Fitzpatrick

 

 

 

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