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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


SOUL SCORCHED / Donna Grant
SOUL SCORCHED / Donna Grant

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Series & Trilogias Literarias

 

 

 

 

 

 

Darcy flutuava em uma nuvem de pura paixão. Em qualquer lugar que a tocasse, Warrick lhe deixava uma marca, trocando-a para sempre. Podia senti-lo através de sua pele e músculo, através do osso e dentro de sua alma, era como se ele a estivesse trocando. E lhe deu a bem-vinda...
SEU PODER É UMA BÊNÇÃO
Nascida na Ilha de Skye, Darcy é uma formosa mulher com muitos dons. A adivinhação é seu forte, e ela segue sendo a única Druida que poderia desvelar os segredos e desejos de um Rei Dragão. chama-se Warrick. E agora que Darcy viu em seu coração de Dragão, nada voltará a ser igual...
SUA PAIXÃO É UMA MALDIÇÃO
Warrick nunca quis pôr Darcy em perigo. Mas desde que revelou uma verdade espantosa, Darcy estava sendo perseguida pelos Dark Fae, que querem usar seus poderes para seus próprios propósitos malvados. Agora toca ao Warrick fazer o que for necessário para manter a salvo à mulher que prende fogo a sua alma. Mas proteger Darcy significa ficar a si mesmo e a toda sua raça, em perigo. Seu desesperado desejo uma mulher vale o risco de perder tudo... por uma eternidade?

 

 


Capítulo 1

Indústrias Dreagan
Outubro
Warrick se reclinou na cadeira amaciada, com os pés apoiados no tamborete que tinha diante enquanto olhava aleatoriamente as páginas do Facebook, as publicações do Twitter e as imagens do Instagram.
assombrava-se constantemente ante as brilhantes e idiotas coisas que os humanos divulgavam de suas vidas. Por alguma razão, os mortais acreditavam verdadeiramente que todo mundo queria conhecer cada detalhe de suas vidas como quando eles saíam e que comida escolhiam para comer.
Warrick não entendia essa necessidade que os humanos sentiam de transmitir tais complexidades mundanas. Tampouco podia entender por que ele olhava suas publicações quase todos os dias.
Fez clique sobre um enlace que lhe levou ao YouTube onde viu um vídeo de um gatinho que tentava saltar de uma mesa ao batente da janela, só para falhar vários centímetros e cair.
Para seu horror, viu-o três vezes –sorrindo todas as vezes.
Havia uma espécie de calma em Dreagan, e tinha durado umas semanas. Começou uma vez que Rhys rompeu o feitiço lhe impedindo de trocar à forma de Dragão. Era sua forma verdadeira, e tinha sido o pior tipo de inferno para seu amigo.
Rhys também tinha encontrado o amor nos braços de Lily, uma humana. Mas não era o único Rei Dragão que tinha feito isso. Hal, Guy, Banan, Kellan, Tristán, e o Laith se apaixonaram também de mortais. Kiril foi o único entre eles que escolheu uma Fae como sua companheira.
Pensando na Fae, os pensamentos do Warrick se voltaram até Rhi, a Light Fae que tinha amado -e perdido- a um Rei Dragão. Não importa o que Rhi dissesse, os Reis sabiam que ela ainda guardava amor em seu coração por seu Rei.
Se tão só o bastardo se desse conta do que estava perdendo e tomasse Rhi como sua uma vez mais. A Light Fae tinha ajudado aos Reis mais que outros aliados que eles tivessem. E como os Reis Dragão eram os seres mais fortes deste reino, tinham poucos aliados.
Warrick foi a página do Facebook de Rhi – A Rhi Real. Ele soltou uma risadinha quando viu já outra pintura em suas unhas. lhe encantava a arte da manicura, e tinha constantemente suas unhas pintadas, trocando-as de cor quase diariamente.
Esta foto era de suas unhas sobre as que corriam raias usando as cores do OPI do Ford Mustang. riu ante os nomes das cores que Rhi sempre mencionava. A base de suas unhas era um vermelho picante chamado Race Red, e as duas raias brancas que corriam por suas unhas se chamava Anjo conduzido com um pé.
Rhi nunca publicava fotos de sua cara. Ela, como a maioria dos Fae, era fascinante para os humanos. Ambos, os Light e os Dark, desejavam estar perto deles. Por sua parte, os Light tinham sexo com eles uma só vez; por outra parte, os Dark seqüestravam aos mortais e os usavam até que lhes drenavam suas almas, fazendo que os humanos dependessem do sexo com os Dark só para manter-se com vida.
Era uma das muitas razões pelas que os Reis Dragão tinham ido à Guerra com os Fae. Essa guerra durou incontáveis décadas com os Reis Dragão finalmente como vencedores. Mas apesar de tdo isso, parecia como se estivessem a ponto de voltar para a guerra com os Dark Fae.
Ao menos esta vez os Light Fae estavam do lado dos Reis.
Warrick não queria estar de novo em guerra, mas não havia forma de negá-la agora. Não acima de tudo os que os Dark faziam aos Reis e aos humanos. Logo estava o tema do Ulrik.
Ele era um Rei, ou o tinha sido. Tudo tinha trocado em um dia, destroçando o mundo pacífico no que tinham vivido com os mortais. Tudo porque a amante humana do Ulrik tratou de trai-lo. Até o dia de hoje, Warrick não sabia como Constantine tinha descoberto o que a mulher tinha tentado fazer, mas, uma vez mais, o Rei dos Reis tinha suas formas de obter informação. Foi uma sorte que Con averiguasse sua traição antes que ela pudesse pôr seu plano em ação.
Warrick nunca tinha questionado nenhuma das decisões de Con. Quando o Rei de Reis mandou a uma missão ao Ulrik e chamou o resto deles para procurar à humana, Warrick foi um dos primeiros em estar ao lado de Con.
Também foi um dos primeiros em cravar sua espada contra a mortal. É o que merecia por sequer pensar em trair ao Ulrik. Ulrik não só a tinha coberto, tinha-a vestido, tinha-a alimentado e amado. ia vincular-se a ela, o que teria assegurado que ela se voltaria imortal e viveria tanto como ele o fizesse.
Os Reis tinham feito ao Ulrik um favor tirando a vida da mortal. Ou assim pensava Warrick até que Ulrik retornou. Até o dia de hoje, milhares de anos depois, Warrick ainda não estava seguro de se Ulrik estava mais zangado com eles por terem matado a sua mulher, ou com o Constantine por havê-lo feito a suas costas.
De qualquer forma, o encantado, risonho Rei dos Chapeados trocou. Ulrik se voltou duro, sério, e implacável em sua destruição dos humanos.
Tinha matado sem pensar, sem consciência. Seus Silvers, alguns dos Dragões maiores, estiveram justo de seu lado.
Desde que os Reis se supunha que eram os protetores dos mortais, Con não tinha tido eleição a não ser deter o Ulrik. Exceto os humanos começaram a matar Dragões.
Warrick ainda sonhava com esses dias. Os rugidos furiosos dos Dragões, os bramidos de fúria dos humanos. Logo estavam os últimos gritos dos Dragões e os gritos de dor dos mortais.
Mas isso não foi o pior.
O pior foi quando os Reis tiveram que abrir a ponte de Dragão e enviar longe até outro reino a seus Dragões. Warrick não se havia sentido nunca tão vazio enquanto observava como seus Jades voavam longe.
Os Reis Dragão então desapareceram, ocultando-se nas montanhas em Dreagam para dormir longe uns poucos séculos. A área foi resguardada com magia de Dragão, acautelando que nenhum humano se instalasse em suas terras ou acidentalmente os encontrasse.
depois disso, os Reis Dragão se ocultavam a plena vista entre os mortais, só se elevavam ao céu em sua verdadeira forma pela noite ou durante uma tormenta quando ninguém podia vê-los.
A diferença de outros Reis Dragão, Warrick tinha uma visão diferente dos seres com os que compartilhavam o reino. Não odiava aos humanos pelo que tinha acontecido. Entretanto, desejava não simpatizar com eles ou entender que temessem o poder e a magia dos Reis.
Warrick queria odiar aos mortais, mas os encontrava interessantes, fascinantes. Suas vidas eram tão curtas que viviam cada um de seus dias por completo. Seus corpos tão frágeis, mas ainda assim faziam coisas atrevidas, perigosas. Nada lhes detinha. Alguns eram surpreendentemente inteligentes, enquanto que outros o cativavam com suas obras de arte, já seja pintura, música, baile ou canto.
Os humanos eram inferiores aos Reis em sua magia, mortalidade, e sentidos, e entretanto, Warrick estava encantado com eles.
OH, havia uns poucos mortais que tinham magia, como os Druidas. Mas a magia dos Druidas não podia nem aproximar-se de comparar-se com a magia dos Dragões.
Warrick se dirigiu a outra página Web que tinha notícias suculentas sobre os atores de Hollywood. Seu vício a essa página a mantinha zelosamente guardada. adorava saber quem saía com quem, que ator tinha que papel, e todo o relacionado com Usaeil, a Rainha dos Light Fae que se esteve fazendo passar por atriz durante vários anos.
Estava metido em uma reportagem sobre um nova alerta de casal quando houve um golpe rápido. Sua porta se abriu e o Ryder apareceu a cabeça dentro. Warrick fez clique facilmente em outra pestana para ocultar o que tinha estado lendo.
O cabelo loiro do Ryder estava desordenado por haver passado os dedos através dele. Isso era uma indicação de que tinha estado monitorando diligentemente a habitação cheia de ordenadores e encontrado algo interessante.
“Ocupado?” perguntou Ryder.
Warrick fechou o portátil e lhe indicou que passasse dentro. "Parece tenso"
“Estou”. O sorriso do Ryder era enorme, seus olhos cor avelã estavam muito abertos enquanto entrava na habitação e fechava a porta atrás dele. “Pensava que Darius te recrutaria para despertar com ele ao resto”
Warrick não podia acreditar que Constantine quisesse a todos os Reis acordados, mas, por outro lado, necessitariam a todos os Reis lutando contra Ulrik e os Dark Fae. "Não sou exatamente o enviado quando as coisas devem obter-se com mão suave"
"É tranqüilo, Warrick. Simplesmente prefere estar só"
“Exato”. Sem mencionar que lhe custava muito falar com outros, inclusive com os Reis. "Entendo que Darius está despertando a outros ele só então?"
Ryder se encolheu de ombros. "Vislumbrei escamas azul escuro nas nuvens. Banan pode estar ajudando"
“Não veio aqui por um pequeno bate-papo” declarou Warrick. Agora sentia curiosidade sobre o por que Ryder buscaria a ele. “O que ocorre?”
Ryder se apoiou contra a porta. "Estava de patrulha quando Con convocou a última reunião, por isso não sabe que Kellan, Rhys, Dimitri e o Laith estão seguindo ao Ulrik"
Warrick colocou a um lado o portátil sobre o chão e deixou cair as pernas até o chão enquanto se inclinava até diante. A calma ao redor de Dreagan tinha sido grandiosa para as fêmeas emparelhadas com os Reis, mas era algo menos isso para o resto deles. Os Reis estavam inquietos e nervosos, esperando o seguinte ataque enquanto tratavam de adiantar-se ao Ulrik, os Dark Fae e o MI5.
“Con teve ao Ulrik vigiado durante séculos” disse Warrick. “Ele não vai agora a matar ao Ulrik, ou ele será quem lhe siga”
“Sim, mas Con está cansado de esperar. Todos nós sabemos que se aproxima a batalha entre Con e Ulrik. Está mais perto que longe”
Warrick inclinou a cabeça até um lado. “Não quer que eles lutem”
“Não”. Ryder suspirou e negou com a cabeça. "Pode que tenha reagido igual a Ulrik, se nossas posições se invertessem. Quem pode dizer que nenhum de nós teria atacado aos humanos quando descobrissem que a mulher que amávamos estava disposta a nos trair?"
“Con deu a oportunidade ao Ulrik de que deixasse de matar humanos”
O olhar do Ryder baixou ao chão. “Quando temos tanta ira, tanta necessidade de vingança fluindo por nossas veias, algum de nós poderia havê-lo deixado a um lado e esquecido o que se fez? Não, não acredito que nem sequer Con possa fazê-lo”
“Con gosta de fazer que todo mundo pense que tem uma mente fria todo o tempo, mas vi a ira em seus olhos negros antes”
“Meu ponto é que não acredito que a resposta fosse desterrar ao Ulrik. Nós matamos a sua mulher. Era seu direito confrontá-la. Logo fomos contra ele quando quis limpar o reino de humanos. Como lhe pagamos depois disso? Despojamo-lhe de sua magia, lhe impedimos de trocar à forma de Dragão, e encerramos a quatro de seus Silvers em nossa montanha. E estamos surpreendidos quando ele põe seu olho em derrubar Con?”
Warrick ficou em pé. "Em qualquer momento, Ulrik pôde ter detido o que estava fazendo. Em qualquer momento, pôde haver-se dado conta de que alinhar-se com os Dark era quão pior podia fazer. Mas não só nos perseguiu, mas sim atacou a certos humanos. O pior foi quando mesclou magia Dark com a sua e jogou uma maldição ao Rhys. Isso foi imperdoável”
“Sim”. Ryder passou uma mão através do cabelo. “Todos lhe culpamos, Warrick. Não é só culpa do Ulrik que ele seja como é. Sinceramente, estou surpreso de que se tomou tanto tempo para ir detrás Con. Acredito que eu o teria feito muito antes”
Warrick franziu o cenho enquanto Ryder abria a porta para ir-se. “Necessita-me para algo?”
“Em realidade sim” disse Ryder enquanto parava e olhava por cima de seu ombro. “Constantine sabe que você gosta de trabalhar só assim quer que vá a Edimburgo. Temos razões para acreditar que Ulrik está visitando alguém”.
“por que nos tem que preocupar se Ulrik está vendo alguém se não forem os Dark?”
Ryder respirou fundo. "Há muitas possibilidades de que seja uma Druida que pôde desatar sua magia"
Isso seria um grande lucro para os Reis se pudessem encontrar a Druida e possivelmente evitar que ela desvinculasse o resto da magia do Ulrik. "Estarei preparado então"
Ryder se foi sem outra palavra, a porta fechando-se brandamente detrás dele. Havia uma divisão crescente entre os Reis, uma que não tinha estado ali desde antes que o Ulrik fosse banido.
Quando Ulrik foi à guerra contra os humanos, houve muitos Reis que se posicionaram com ele. Foi só através do constante trabalho de Con para unir a todos os Reis Dragão que eventualmente ganhou a todos, salvo ao Ulrik.
A batalha entre os dois mais próximos amigos -Con e o Ulrik- esteve-se construindo durante milênios. Se Ulrik matava a Con, então Ulrik se converteria no Rei de Reis.
Ulrik tinha sido o único que poderia ter desafiado Con faz muitos anos, mas Ulrik não esteve interessado. Especialmente porque era uma luta a morte, e a nenhum entusiasmava a idéia de matar ao outro.
O desterro, junto com o caminhar só em forma humana durante milhares de milênios, tendiam a trocar a uma pessoa.
Através dos anos, Warrick viu o Ulrik de longe em ocasiões, mas o mês passado foi a primeira vez que teve um encontro próximo com o Rei dos Silvers desde antes do desterro do Ulrik. Ulrik não só tinha aparecido cruel e duro, havia escuridão em torno dele que insinuava que em seu interior havia uma besta logo que controlada que ele estava esperando deixar solta.
Ainda mas era que Warrick viu que Ulrik, de algum jeito, tinha recuperado sua magia. Ainda não estava em plena forma. Quando isso acontecesse, todo o inferno se desataria.
*******

Capítulo 2

Edimburgo, Escócia

Darcy se sentou a direita na cama, com o peito levantado pela respiração ofegante. apartou-se o cabelo que lhe pegava à cara pelo suor e piscou várias vezes para assegurar-se de que o Dragão que a tinha estado levando com a boca aberta não era real.
inclinou-se até diante e afundou a cara entre suas mãos, todo seu corpo tremia. Foi o mesmo sonho de dois dias antes. Durante o mês passado, o sonho se repetia cada poucos dias. Não havia tom nem som para que os sonhos viessem ou não o fizessem. Tudo o que Darcy sabia era que o Dragão a perseguia.
Ela levantou a cara para olhar pela janela. Tinha amanhecido. Respirou fundo várias vezes antes de lançar os lençóis e levantar-se para ir ao banho. depois de uma ducha rápida, recolheu-se o cabelo e ficou um suéter, calças jeans e botas antes de dirigir-se à cozinha de seu apartamento. Uma rápida inalação do aroma a café fez aparecer uma espécie de sorriso a seu rosto.
Darcy verteu o escuro líquido em um recipiente térmico e fechou a tampa. ficou o casaco e agarrou sua bolsa e o passou pela cabeça, colocando-o cruzado sobre o corpo. A tempo que se abria passo à porta, agarrou uma maçã do cesto.
Ela caminhou as poucas quadras até seu trabalho lentamente. Ela não estava em uma louca carreira como outros na cidade dirigindo-se a seus trabalhos corporativos.
Ao tempo que chegava à negra porta de sua loja, terminou a maçã. Darcy abriu a porta e entrou dentro. Fechou e jogou a chave da porta detrás dela. Faltavam algumas horas para que abrisse oficialmente, mas sempre chegava cedo.
Ela passou junto à mesa redonda pintada de negro em meio do piso. ao redor da parte dianteira da pequena loja havia decorações que a gente esperava ver, como uma bola de cristal e cristais de distintos tamanhos e cores que penduravam do teto.
A simplicidade era o melhor, e isso era o que gostava a ela. Darcy não tinha posto nenhum letreiro iluminado que anunciasse que ela lia as mãos. A gente sempre a encontrava, e seus clientes voltavam uma e outra vez.
Embora podia ler as mãos em qualquer lugar, preferia que o lugar se mantivesse escuro. Assim que a luz era suave e as velas se acendiam. As paredes estavam pintadas de um púrpura escuro, e o piso de madeira estava coberto com tapetes negros de vários tamanhos e formas.
Passou através de dois jogos de cortinas escuras até a parte posterior da loja que continha caixas de diferentes cartas do tarot, runas e livros sobre a leitura dos tarots e as runas, assim como a leitura da palma da mão. Ela obtinha a maior parte de seu dinheiro de seus clientes, mas também obtinha um bom montão com suas vendas em linha.
Este era o lugar ao que chamava seu mini-armazém por todas as caixas. Tinha uma escrivaninha pequena que albergava seu ordenador e impressora. Todos seus fornecimentos de envio se encontravam em armários pendurados na parede sobre sua escrivaninha, o que significava que estava tudo quão ordenado ia conseguir.
Darcy pendurou sua bolsa no perchero, e seu casaco logo o seguiu. Tocou uma tecla no teclado do ordenador para acendê-lo enquanto caminhava até a porta detrás.
Ela rapidamente abriu a porta e suspirou. Este era o lugar no que ela desejava estar. Isto é o que lhe permitia o dinheiro das leituras das mãos e as vendas em linha. Finalmente pôde encontrar um pouco parecido à comodidade desde que o sonho a despertou.
O estufa era comprida e estreita, retrocedendo tão longe como podia até chegar ao edifício atrás do dela. Darcy respirou fundo, o ar se encheu com a fragrância de dúzias de flores. Isto é o que a acalmou. Era o lugar ao que ia para tranqüilizá-la e encontrar a paz que a evitava nesse mundo de loucos.
Darcy não se incomodou com as luvas. arregaçou as mangas de seu pulôver e ficou o avental que continha as ferramentas que necessitaria para cuidar de suas flores.
Olhou por cima das mesas de plantas aos vasos de barro na parte posterior que continham as flores mais altas. Logo caminhou até a mesa a sua esquerda.
Uma por uma, Darcy amorosamente tocou suas folhas e aspirou sua fragrância enquanto examinava a terra e o podado à medida que se necessitava. Baixou pela primeira fila, movendo-se até a direita até chegar ao final.
Ela estava na mesa do meio abrindo caminho até o fronte quando notou a prímula escocesa cujas sementes tinha plantado. Tinha brotado bastante bem, mas no dia anterior começou a ver-se como se estivesse lutando por viver.
Darcy se inclinou e a rodeou com suas mãos. Deixou que sua magia a invadisse antes de soltar uma pequena porção através de seus dedos sobre a planta. Ela normalmente não utilizava sua magia com as planta, mas a prímula tinha sido um presente de sua irmã. Havia-lhe flanco seis anos reunir a coragem para plantá-la, e agora que o tinha feito, não queria que morrera.
Enquanto observava que as folhas da flor começavam a brilhar, ela deixou cair suas mãos aos lados e se endireitou. Não precisava dar a volta para saber quem tinha entrado na área. Só havia uma pessoa que se atrevesse a introduzir-se em sua privacidade.
“Sinceramente não esperava te voltar a ver”
“E eu não esperava te ver fazendo armadilha usando sua magia” foi a masculina resposta com um profundo e suave acento escocês.
Darcy se voltou e enfrentou o homem que tinha entrado em sua loja pela primeira vez fazia três anos. Ela olhou desde seu comprido cabelo negro que levava solto sobre os ombros até seus olhos dourados. Como de costume, ele estava vestido com um traje escuro, com a camisa branca resplandecente debaixo da jaqueta aberta no pescoço.
Ulrik.
Foi sua primeira incursão em um mundo que não sabia que existia: o dos Reis Dragão.
“Não estava fazendo armadilha. Simplesmente a estava ajudando a crescer”
Ele levantou uma sobrancelha “Deve ser especial para você utilizar sua magia. Nunca te vi fazer isso antes”.
Darcy olhou a prímula. Não podia esperar até que florescesse, mostrando as pequenas pétalas de cor púrpura brilhante. A planta em si mesmo só cresceria uns centímetros de altura no máximo.
“É especial” Mas ela não queria pensar o por que significa isso tanto para ela. Darcy deslizou seu olhar de volta ao Ulrik. “Não estou segura de poder desbloquear mais de sua magia. A última vez estive perto de morrer”
“Sei” Ele se apoiou sobre a parede próxima à porta e cruzou um tornozelo sobre o outro. “Não estou aqui por isso. Estou aqui para te avisar que logo será um objetivo por me ajudar”
“por que não chamou simplesmente e me contou isso?”
"Então saberia quão importante é manter o guarda alta"
A forma em que os olhos dourados do Ulrik se voltaram frios lhe indicaram tudo o que precisava saber. Quem quer que a perseguisse era perigoso. "Como saberei quem são?"
“Saberá. Têm muita curiosidade sobre como me devolveram minha magia. fui evasivo. Mas... o averiguarão”
Darcy o olhou boquiaberta. "É que é estúpido? Poderiam te haver seguido"
Normalmente, ela não era tão idiota para chamar estúpido a alguém tão poderoso como Ulrik, mas estava mais preocupada com sua vida que pela resposta dele.
Darcy ficou uma mão na frente. Ulrik e ela não eram exatamente amigos. Ele tinha necessitado algo, e ela foi capaz de dar-lhe Em troca, lhe tinha pago generosamente.
Ela deixou cair a mão a um lado e observou ao Rei Dragão. "Não me está advertindo pela bondade de seu coração. Você não é assim"
“Não”, disse ele, o mais leve indício de um sorriso em seus lábios. "Lhe estou advertindo isso porque é possível que te necessite no futuro, e não quero que lhe façam mal. Espero que seja o suficientemente inteligente para te manter a salvo"
“Quem vem por mim?”
“Um inimigo”
Ela piscou. A única razão pela que Darcy conheceu a história do Ulrik era porque ela tinha visto seu passado enquanto se introduziu em sua mente para desfazer o que outros Reis Dragão lhe fizeram”
Ulrik se separou da parede. “Fecha a boca, Darcy. Todos nós temos inimigos dos que preferimos não falar”
“Eu só... eu só pensei que ia dizer os Reis Dragão” disse ela e se encolheu de ombros.
Ele respirou fundo, e pestanejou. “Quem diz que não o tenho feito?”
"Deveria deixar que seu verdadeiro acento saísse mais", disse quando ele o deixou escapar. "Senta-lhe melhor que o britânico falso que usa de vez em quando"
Ele seguiu como se ela não houvesse dito nada. “Meus inimigos lhe matarão. Querem assegurar-se que não consiga que mais de minha magia retorne”
“Se seu inimigo for como você, não posso ir a nenhum lado onde não me encontrem”
Ulrik a olhou fixamente durante um momento. “É uma Druida da Ilha Skye. Tocou a magia de Dragão e te afastou sem que te tirasse a vida. Se houver alguém que pode superar isto, é você”. Se girou para ir-se.
“estive sonhando com Dragões”
Ulrik titubeou. Sem voltar-se perguntou “Alguma cor particular de Dragão?”
“Sim”, disse ela depois de uma breve pausa.
“Que cor?”
Darcy não queria dizer ao Ulrik que ela tinha visto seu passado. Nunca tinha mencionado o nome do Constantine, nem que sabia quanto odiava ao Rei de Reis. Ulrik não era um homem ao que se cruzaria. Nunca. Enquanto a necessitasse, ela seria útil. Então ela seguiria sendo útil.
Ulrik se voltou até ela e franziu o cenho. "Darcy? De que cor?"
“Não é exatamente claro”
“É dourado?”
Ela negou com a cabeça “Não”
“Se vir essa cor, me chame imediatamente”
Com isso, deu meia volta e se foi. Darcy tragou saliva e apoiou uma mão sobre a mesa. Apesar do perigo que limpamente emanava do Ulrik, não lhe tinha medo. Lhe tinha uma boa dose de respeito, claro, mas talvez não lhe tinha medo porque ele tinha ido a ela antes que tivesse magia.
Ela viu o homem lutando por lutar com a vida na que tinha sido forçado. Quando viu seu passado a primeira vez, quis afastar-se o mais possível dele. Entretanto, ela estava intrigada pelo mundo dos Reis Dragão.
Ulrik eventualmente lhe contou um pouco sobre quem e o que era, mas guardou a maioria para si mesmo. Custou-lhe numerosos intentos antes que ela fosse capaz de tocar a forte e poderosa magia de Dragão que sujeitava à sua. A princípio, cada vez que se aproximava, deixava-a inconsciente.
Ela não era a única a quem afetava. Por tontear com a magia de Dragão, Ulrik experimentava uma tremenda quantidade de dor que lhe deixava fraco e exposto. Ele se agüentava a maior parte de bramidos que podia, mas finalmente, deixava-os sair.
Ambos tinham visto um ao outro em seus momentos mais débeis, mas ela nunca pensou nele como um amigo. O fato de que a visitasse depois de quase três anos lhe fez saber que falava a sério sobre a ameaça.
Tinham passado sete largos anos desde que se foi de Skye. Possivelmente era momento de voltar. Ela tinha saído procurando... algo. Não sabia o que, e seguia sem saber. Darcy tinha tido este impulso de ir-se, e o tinha seguido, esperando encontrar algo que a tivesse feito sair de sua casa.
Não era exatamente infeliz em Edimburgo. Seus clientes eram muitos, e desfrutava com o que fazia. Voltar para Skye significaria retornar ao colo do Corann.
O que não estava pronta para fazer. Por outra parte, não podia permanecer em Edimburgo. Ulrik tinha razão. Ela era uma Druida. Havia poucos sítios aos que podia ir nos que seus inimigos não pudessem encontrá-la.
Skye era um deles.
*******

Capítulo 3

Darcy lutou todo o dia para ler as mãos e o tarot como se não soubesse que estava sendo objeto de perseguição por parte de alguém. Normalmente, via o futuro de um cliente apresentado ante ela, mas nunca lhes dizia a verdade. Ninguém realmente queria saber o que lhes esperava.
Ela lhes dava indícios e pistas para tratar de afastar a um cliente de algo que pudesse danificá-los, mas finalmente dependia de cada pessoa fazer seu próprio destino.
O código que lhe tinham ensinado em Skye estava tão profundamente enraizado que nem sequer tentou liberar-se. Além disso, ela entendia por que esse código estava em vigor. Usar magia para fazer mal, provocar a morte ou ajudar ao mal ia contra tudo o que era uma mije.
Cada Druida de Skye punha um feitiço sobre si mesmo para assegurar-se de nunca romper o código. Se o fizesse, já não poderia usar sua magia.
Isto era pelo que, quando passava todo o dia vendo só parte do futuro de seus clientes em lugar de uma imagem completa, começava a enlouquecer.
A magia era sua vida. Bom, a magia e as plantas. Não tinha feito nada para ir contra o código. Disso ela estava segura. A única explicação era que estava mais que estresada depois da aparição do Ulrik essa manhã combinada com os sonhos dos Dragões.
Fechou a loja às onze da noite e começou seu pequeno passeio até casa. As ruas estavam anormalmente vazias. Cada som que havia a sobressaltava. Ela tinha sua magia pronta, preparada para usá-la em qualquer momento.
Tremia-lhe a mão quando chegou ao edifício e tentou colocar a chave na fechadura. Finalmente se rendeu e a desbloqueou com magia.
Darcy se apressou a entrar e logo subir a seu piso para fechar e bloquear a porta atrás dela. Com um gesto de sua mão acendeu todas as luzes do piso. Só quando esteve segura de que estava só, afastou-se da porta.
*******
Warrick deixou ao Dark Fae estendido no chão, seu olhar posto no terceiro andar de janelas do piso de Darcy Allen. A parva nem sequer se deu conta de que a seguiam, não só ele, mas também um Dark. Mas haveria mais. Quando Warrick encontrou a loja de leitura de mãos ao meio dia, manteve um olho sobre quem entrava e quem saía. Não ocorreu nada fora do comum.
Apesar de que Ryder tinha enviado uma foto da druida a seu telefone, Warrick não tinha esperado sentir-se tão assustado com a formosa mortal com cabelo castanho encaracolado e pernas largas e magras.
Warrick arrastou o Dark a um beco escuro. Seria tão fácil desfazer-se dos Fae com um estalo de seu fogo de Dragão, mas não poderia ter a oportunidade de transformar-se em metade da cidade. Além disso, não caberia entre os dois edifícios.
Olhou fixamente ao Dark e pôs uma leve careta de dor. Seu telefone móvel lhe vibrava no bolso. Warrick o tirou e viu que chamava Kiril. Respondeu secamente.
"Maldição", disse Kiril. "Acabo de perder cem libras porque respondeu"
No fundo, Warrick escutou ao Rhys rindo. Warrick suspirou pesadamente. "Se não quer que responda, então não deveria ter chamado"
“Verdade” Havia um sorriso na voz do Kiril. “O que está passando? Viu a Druida?”
“Sim. E matei a um Dark que ia atrás dela”
“Merda” A alegria se esfumou. Kiril estava totalmente ocupado enquanto perguntava: "Necessita ajuda?"
Warrick olhou o corpo. “Não quero deixar a Druida em caso de que mais Dark apareçam, mas preciso me desfazer do que matei”
“Estarei ali rapidamente”
A chamada terminou. Warrick voltou a pôr o móvel no bolso e o olhar às janelas da casa de Darcy. Uma vez que os Reis seguindo Ulrik tinham descoberto a quem ele visitava, Ryder teve toda a informação sobre a Druida saltando nas telas de Dreagan.
Ryder lhe tinha mandado tudo ao móvel enquanto conduzia a Edimburgo. Warrick tinha olhado sua foto no telefone, mas a imagem que tinha formado disso e a mulher que saiu da loja esta noite não eram o mesmo.
Subiu por uma escada de incêndios até a parte superior do edifício ao outro lado da rua e ficou a vigiar. Desde seu ponto de vista, ele poderia ver qualquer vindo por ela. O único ponto cego que tinha era a parte traseira de seu edifício. supunha-se que era um trabalho de um só homem, mas se tinha convertido em uma vigilância de dois homens, como mínimo.
Warrick trabalhava melhor só. Não porque não gostou dos outros. Só passava um momento difícil com alguém mais. Mas não poria a vida da mulher em perigo simplesmente porque não queria que outros estivessem perto. Tirou seu telefone e marcou o número de Con.
O Rei de Reis respondeu ao segundo timbre. “Como estão as coisas?”
Não houve saudação, nem cumpridos. Justo como gostava ao Warrick. "Nada bom"
“O que quer dizer?” perguntou Con, com uma nota de profunda preocupação em sua voz.
“Não sou o único que está vigiando a Druida. Havia um Dark que ia atrás dela. Estava muito concentrado nela para dar-se conta de que eu estava ali”
Houve uma pausa. “Foi um Dark ao azar?”
“Em Edimburgo? Não. Possivelmente Ulrik lhe mandou”
“Possivelmente” Con suspirou através do telefone. “vou ter que mandar a alguém para que se una a você”
“É pelo que te chamei”
“Espera ao Thorn em umas horas. Não quero ter mais Reis ali porque poderia alertar ao Ulrik. Não lhe levará muito tempo dar-se conta de que está ali”
Warrick observou que as luzes de Darcy estavam apagadas. Todas salvo uma. Viu sua silhueta passar cruzando pela janela. "Se não o fizer já"
“Se os Dark forem atrás dela, haverá mais”
“Estou preparado para eles”
Con soltou uma risadinha “É obvio”
A linha se cortou. Warrick voltou a colocar o móvel no bolso enquanto escaneava a área se por acaso alguém pudesse estar ameaçando a Darcy -Dark ou humanos.
Ulrik não só se aliou com os Dark Fae. Também tinha ao MI5 de seu lado, ou ao menos uma pequena porção deles. Os Reis também tinham aliados no MI5. Henry North. O espião, junto com outros na organização, estavam tratando de romper a lealdade entre o grupo e o Ulrik. até agora não tinha ido muito bem. Henry também tinha estado trabalhando em Dreagan rastreando os movimentos dos Dark em todo mundo.
Era preocupante para os Reis que os Dark estivessem sendo tão descarados para deixar-se mostrar. Como se quisessem que os Reis soubessem o que estavam fazendo. Sobretudo porque os Dark Fae nunca se deveriam aventurar em chão do Reino Unido uma vez que assinaram o tratado depois das Guerras Fae. Algo certamente tinha trocado, e Warrick sentia que estava em apuros para alcançá-lo. O qual não era um bom sinal.
Warrick não permaneceu no terraço muito tempo. Foi saltando de estrutura em estrutura, abrindo caminho ao redor do edifício de Darcy várias vezes. A noite estava tranqüila, muito tranqüila.
Para quando Warrick retornou ao beco em sua décima viagem, Kiril e Rhys estavam ali. Rhys estava de pé junto ao Kiril, que estava ajoelhado junto ao Dark.
Ambos vestiam só uns jeans, o que significava que eles tinham chegado a um dos esconderijos ao redor de Edimburgo estabelecidos pelos Reis depois de voar desde Dreagan. Todas as cidades do Reino Unido tinham tal fornecimento.
“Reconhece-lhe?” perguntou Rhys ao Kiril.
Warrick olhou ao Kiril. depois de que Kiril passasse meses na Irlanda espiando aos Dark, ninguém lhes conhecia melhor que ele -salvo, é obvio, sua companheira, Shara.
“Não” disse Kiril enquanto ficava em pé. Levantou seus olhos verdes trevo até o Warrick. "É o único que viu?"
Warrick não pôde evitar voltar-se e olhar a janela de Darcy outra vez. Ela deixou cair seu cabelo, a longitude caindo por suas costas antes de tirar a camisa.
Voltou a olhar ao Kiril e ao Rhys. “É o único que vi. Não encontrei nenhum sinal de ninguém mais”
“Interessante” disse Rhys, um sorriso conhecedor deslizando-se pela metade em seus lábios.
Kiril estendeu sua mão e uma rajada de magia saiu disparada dele, congelando ao Dark em um grande pedaço de gelo. Rhys se ajoelhou e golpeou com seu punho o gelo, rompendo-o -junto com o Dark- em milhares de pequenos pedaços que se evaporaram.
“Como se nunca tivesse estado aqui” disse Kiril enquanto limpava as mãos. Rhys ficou em pé e assentiu. “Isto é divertido. Poderia matar Dark Fae toda a noite”
“Ah, mas você não lhe mataria”, disse Kiril apontando ao Warrick “O faria Warrick”
Warrick pôs os olhos em branco. Esses dois sempre estavam metendo-se com outros, suas brincadeiras de amigos próximos. Ele não o entendia porque nunca tinha tido algo assim.
"Sorri, War, pode gostar" brincou Rhys.
Warrick lhe olhou fixamente. Odiava o apelido que Rhys lhe tinha dado fazia séculos. "Sei sorrir"
Kiril riu, e rapidamente pigarreou. “Isso não acontece freqüentemente. É em ocasiões muito estranhas”
“Como acontece com o Cometa Halley” Rhys fez uma piada.
Warrick simplesmente ficou olhando ao Rhys que tinha um largo sorriso na cara. depois de tudo o que Rhys tinha padecido recentemente, Warrick não tratou de lhe dizer nada. Era bom ver o Rhys sorrindo e rindo outra vez, quando umas poucas semanas antes, tinha estado tão preocupado que desapareceu, nem sequer respondia às chamadas do Kiril.
Kiril aplaudiu as costas ao Rhys. "Acredito que devemos ir antes que Warrick te faça mal corporal"
“Esperem” disse Warrick. “Thorn estará aqui logo. Até que ele chegue, poderia necessitar ajuda mantendo um olho sobre a Druida”
O sorriso do Rhys se desvaneceu enquanto intercambiava um olhar com o Kiril.
Warrick aspirou profundamente enquanto esperava sua resposta. Era tão estranho nele pedir ajuda que lhes deixou sem palavras? Bom, agora que o considerava, nunca tinha pedido ajuda.
Agora não o faria, salvo porque os Dark apareciam de um nada. Não sabia por que os Fae apontavam a Darcy, e até que soubesse, sentiria-se melhor se houvesse mais olhos sobre ela.
“É obvio” disse Kiril. “Onde quer que nos coloquemos?”
Warrick pôs sua cara até o edifício, seu olhar dirigido à janela outra vez. “Pela parte de trás. Não posso ver a parte traseira”
“Irei ali” disse Kiril e se afastou.
Warrick sentiu os olhos água marinha do Rhys sobre ele. encarou ao Rei dos Yellows. “De verdade te deixei mudo?”
Rhys bufou. "Estou tratando de averiguar se for pelo feito de que a Druida fosse capaz de liberar algo da magia do Ulrik ou de que a própria mulher é a que te faz atuar tão... estranhamente"
"Con pode que só me tenha pedido que vigiasse a Druida, mas ela tem feito o que ninguém mais pode. Tem magia suficiente para desfazer nossa magia. A magia de Dragão é a mais poderosa neste reino. Como foi capaz de fazê-lo?"
“Tenho a sensação de que vai averiguá-lo”
"Eu não. Sou o enviado para vigiar e proteger. Não sou o que Con envia para fazer amizade com alguém. Isso é para aqueles como Kiril e você"
Rhys olhou até o céu e as poucas nuvens que passavam. "Talvez seja a pessoa adequada esta vez, War"
“Ela sabe de nós por sua associação com o Ulrik. Não importa o muito ou o pouco que haja dito a ela. Terá colorido suas palavras para refletir-se sob uma luz positiva. Ela não quererá ter nada a ver com nenhum de nós”
“Ela não pode saber que somos Reis Dragão”
Warrick lançou um olhar cortante ao Rhys. “Ela é uma Druida. Saberá”
“Veremos” disse Rhys enquanto se afastava.
Warrick subiu a escada para parar no teto uma vez mais. Revisou as ruas de novo, mas seu olhar era atraído até a janela uma e outra vez. A luz brilhava como um farol na escuridão. Para seu deleite, sua silhueta voltou a aparecer. Uma camisa larga a metade de coxa lhe roçava o corpo. Ela atirou para trás dos lençóis da cama e subiu antes de aproximar-se e apagar a luz.
Warrick seguiu sem mover-se. “Quem é você, Druida?” sussurrou. “Como foi capaz de tocar nossa magia?”
Não queria estar intrigado, ou que lhe importasse como o fazia. Sua obrigação para com Dreagan e os Reis Dragão era posta a prova de novo por sua compaixão até os humanos.
Tudo o que podia esperar por agora é que ninguém se desse conta de quanto lhe importavam os mortais.
*******

Capítulo 4

Darcy com seu penhoar chegou dando tropeções à cozinha por um café. Tinha dormido muito pouco enquanto sua conversa com o Ulrik se havia interposto em seu sonho.
Nem sequer uma ducha pôde ajudá-la a relaxar. Depois, apoiou-se contra o mostrador bebendo o líquido quente enquanto seu cabelo se secava. Ela não se moveu até que a taça esteve vazia. Só então abriu caminho até o armário com um bocejo. Ela abriu as portas, olhou sua roupa por cima e gemeu.
Queria estar cômoda, mas não havia uma só coisa das que tinha que sentisse a necessidade de usar. Com um ruidoso suspiro, voltou-se para afastar-se e agarrou o secador. Não é que não pudesse fazer nada com seus cachos. Eles tinham sua própria opinião, e não importava que produto de cabelo usasse, seu cabelo fazia o que queria.
depois que esteve seco, Darcy se olhou ao espelho e fez um gesto de dor. Tinha olheiras ao redor dos olhos. Normalmente não utilizava maquiagem todos os dias, mas hoje certamente pedia um pouco. concentrou-se na maquiagem enquanto a aplicava. Um rápido olhar para assegurar-se de que não tinha rímel em nenhuma parte exceto nas pestanas, e retornou ao guarda-roupa.
Era um desses dias em que passaria horas frente a sua roupa e ainda não encontraria nada para ficar. Assim agarrou a primeira coisa que viu -um par de leggins negros. Darcy os combinou com sua desbotada camisa de flanela escocesa negra e púrpura favorita.
Darcy acrescentou uma camiseta de manga larga de cor nata sob a camisa, deixando que ambas caíssem sobre seus quadris. Logo atirou do par de botas Ugg de couro negro com a lã de cordeiro dentro que lhe manteriam os pés quentes. Chegava tarde, assim que ficou sua jaqueta e sua bolsa, e agarrou uma maçã a seu passo à porta. Estava a meio caminho entre seu apartamento e a loja quando se deu conta de que deixou suas jóias. Darcy comeu a maçã e atirou seu casaco fechado. sentiu-se feliz de estar dentro da loja depois de tal explosão de frio a primeira hora.
Atendeu a seu planta, esperando ver o Ulrik outra vez, mas deveria havê-lo conhecido melhor. Tinha-lhe contado tudo o que podia. Teria que partir daí. depois que terminou com suas plantas, Darcy retornou à parte principal da loja e pendurou o pôster de ABERTO antes de abrir a porta.
Tinha uma cliente que vinha essa manhã que não perdeu uma semana em cinco anos. Dorothy MacAvoy era uma senhora maior profundamente arraigada no oculto. Afirmava ter antepassados que eram Druidas.
A senhora MacAvoy não era o primeiro cliente que dizia essas coisas, e Darcy nunca deixava saber a ninguém que ela era verdadeiramente uma Druida. Sobretudo, porque a percepção de um Druida moderno estava muito longe do que realmente era.
Em seu lugar, deixava à senhora MacAvoy falar sobre a magia que ela sentia em seu interior e como desejava ter nascido em diferente século. A senhora MacAvoy era doce e sempre tinha um amável sorriso.
A porta se abriu, e a senhora MacAvoy entrou. esfregava as mãos enquanto observava Darcy. “É um dia frio, querida. Suspeito que nevará logo”.
Darcy se levantou e a ajudou a tirar o casaco e a bolsa. Pendurou ambas as coisas no cabide para a Sra. MacAvoy. Logo, juntas caminharam até a mesa.
Tomou um pouco de tempo à mulher acomodar seus velhos ossos na cadeira. Quando esteve cômoda, Darcy caminhou ao redor da mesa até sua cadeira e se sentou. Olhou à senhora MacAvoy e notou algo decididamente diferente sobre ela hoje, embora não pôde precisar do que se tratava.
“Desejaria que lhe lesse as cartas hoje?” perguntou Darcy.
A Sra. MacAvoy sempre reservava duas horas. Durante esse tempo Darcy lhe lia as cartas, mas a maior parte o gastava falando do que a senhora MacAvoy quisesse.
“Ainda não” replicou ela e estendeu suas mãos.
Darcy agarrou as mãos da mulher como tinham feito desde a primeira vez que Dorothy entrou na loja. “De acordo. teve algum sonho mais sobre o Sr. MacAvoy?”
"Reunirei-me com ele logo", disse, seu sorriso decaindo.
A Darcy tomou por surpresa. Sabia que a vida da Sra. MacAvoy ia costa abaixo, mas nunca deixava que seus clientes soubessem. “O que lhe faz pensar isso?”
"Tenho que completar uma tarefa mais, e logo poderei me unir a meu Rupert". A senhora MacAvoy apertou as mãos de Darcy. "Ajudará-me com minha tarefa?"
“É obvio” respondeu ela sem pensar. O que poderia necessitar a anciã para que fizesse que ela não aceitasse?
A Sra. MacAvoy respirou fundo. "Houve um engano que aconteceu faz milhares de anos. Tem que ser corrigido, Darcy. É importante que se corrija"
Darcy piscou, de repente cautelosa. “Há um montão de histórias que aconteceram faz milhares de anos. Do que está falando?”
“Saberá quando chegar o momento”
"Viria-me bem um pouco mais de informação"
O sorriso da Sra. MacAvoy era um pouco triste. “Todos nós temos nosso destino. Eu soube o meu desde que era pequena. Penso que é importante que você conheça o teu”
“por que diz isso?” perguntou Darcy começando a sentir-se incômoda com o roteiro que estava tomando a conversa. Normalmente, Dorothy falava de seu marido e seus filhos antes que Darcy lhe lesse as cartas.
"Veio a Edimburgo, verdade?"
“Como sabe que não nasci aqui?”
A Sra. MacAvoy soltou uma risadinha. "Tem o aspecto da ilha, garota. Não há dúvida disso"
Darcy tragou saliva, tratando de descobrir até onde levava a conversa de Dorothy. “Pensa que me trouxeram para Edimburgo? Eu escolhi esta cidade”
“O destino gosta de nos deixar pensar que nós tomamos nossas próprias decisões, mas as grandes já estão dispostas diante de nós”
“Não acredito nisso. Nós construímos nosso próprio futuro”
A Sra. MacAvoy apertou os dedos sobre os de Darcy. “Descobrirá a verdade muito em breve, querida minha. Todos o fazemos”
A habitação girou ao redor de Darcy durante um momento, fazendo que fechasse os olhos fortemente. A falta de sono estava causando estragos nela. "Pensei que era eu que lia o futuro", disse com um sorriso forçado.
“Boa sorte com o que está por chegar, Darcy. vai necessitar”
Darcy só pôde ficar sentada enquanto a Sra. MacAvoy se levantava e ficava o casaco antes de sair da loja sem lhe haver lido as cartas.
Tinha sido uma manhã incrivelmente estranha, e para sua consternação, o dia não melhorou. Não só se sentia esgotada, mas sim não podia concentrar-se. O dia pareceu durar para sempre. Definitivamente, Darcy tinha muita vontade de abandonar a loja.
Ela fechou a loja e deu a volta. A cidade pulsava a seu redor e, entretanto, sentia-se completamente só de algum jeito. Ela culpou ao Ulrik e suas misteriosas palavras, mas era mais profundo que isso.
Era quase como se o destino que a senhora MacAvoy tinha mencionado estivesse envolto, posicionando as coisas a sua maneira.
Ante o pensamento do destino, a voz do Corann lhe encheu a cabeça com um de seus velhos ditos. “Sempre pensa coisas tão amáveis e boas, Darcy. Isso nem sempre é algo mau, moça, mas tem que recordar que há maldade aí fora. crê que pode ser o destino, quando de fato é o mal”
Ela colocou as mãos nos bolsos de seu casaco. Maldade. Sem dúvida havia suficiente no mundo. Todos os dias, as notícias não continham mais que histórias horríveis de assassinatos, violações e outros delitos similares. Como podia esquecer que havia maldade quando a rodeava em sua justa medida? Que ingênua tinha sido em Skye. Ali, ela e outros Druidas estavam protegidos das realidades do mundo.
Havia dias nos que ela desejava verdadeiramente esses dias de inocência. Mas ela escolheu trocar sua inocência por liberdade. longe do Corann e do resto dos anciões de Skye, permitiu-se fazer seu próprio caminho.
Não sempre tinha feito um bom trabalho. Houve vezes que não só tropeçou, mas também caiu de bruços. Entretanto, ela se levantava e o tentava de novo. Darcy estava orgulhosa do que tinha conseguido. Apesar de todas suas decisões e suas falhas, não tinha quebrado o código de um Druida de Skye. Ainda tinha sua magia. Corann podia estar agradado sobre isso, se não de nada mais.
Enquanto caminhava até sua casa, encontrou-se atraída pelo som da música que vinha de um pub. De vez em quando se detinha ali para jantar e tomar algo. Depois do dia que tinha tido, necessitava um gole.
Ou dois.
*******
Warrick se deslizou entre as sombras e assim poder ver Darcy entrar no pub. As luzes brilhantes e a música alta junto com a multidão fizeram que lhe resultasse difícil segui-la.
“vai ter que ir atrás dela” disse Thorn enquanto se aproximava.
Warrick olhou a seu companheiro Rei Dragão. O cabelo escuro do Thorn pendurava do ombro. Recém despertado, não tinha talhado o cabelo. Não é que Warrick pensasse que o faria. Thorn ia ao seu. Tinha certo ar a seu redor de sempre atrair o perigo. As mulheres se sentiam atraídas por esse toque perigoso.
Quando Thorn chegou a noite anterior, intercambiaram umas poucas palavras entre eles enquanto Thorn ficava a vigiar e Kiril e Rhys retornavam a Dreagan. "Vão melhor as multidões" disse Warrick.
Thorn cruzou os braços. “Não faz muito que despertei. Realmente me quer entre uma multidão como esta?”
“Merda” murmurou Warrick.
O que significava que Warrick não tinha outra opção que meter-se no pub se queria assegurar-se de que Darcy não terminava com um Dark Fae. Saiu das sombras, odiando a idéia de estar rodeado de tanta gente.
"Possivelmente queira mascarar essa luz" disse-lhe Thorn.
Warrick se deteve e respirou fundo. Thorn tinha razão. Tinha que fingir que ao menos gostava de ir a esse lugar.
Era um enigma. Warrick estava fascinado pelos humanos, mas não suportava estar rodeado de tantos seres, já fossem humano, Fae ou Reis. A multidão lhe fazia sentir terrivelmente incômodo. sentia-se encerrado e lhe perturbava, o que punha às pessoas inquieta e nervosa.
Não era muito melhor com aqueles que lhe conheciam bem. Os Reis eram seus irmãos. Faria algo por eles -e teve muitas ocasiões. Entretanto, encontrava quase impossível sentar-se nas reuniões de Con rodeado de tantos deles.
Custava-lhe um grande esforço relaxar seu desconforto, mas Warrick o conseguia. Voltou a olhar ao Thorn para ver o casulo lhe ensinando o polegar para cima com um amplo sorriso. Warrick pôs os olhos em branco e continuou até o pub.
logo que abriu a porta, a música e a conversa lhe aturdiram. Era o suficientemente alto para ver por cima da maioria, o que fazia mais fácil para ele localizar Darcy.
Ela estava na barra e tinha a cabeça voltada, seus cachos castanhos caindo até diante enquanto olhava por cima do menu. Não lhe levou muito tempo pedir e agarrar sua cerveja. Enquanto ela se voltava, alguém se chocou contra ela, vertendo um pouco de cerveja. Ela facilmente desviou ao bêbado com só uma pequena explosão de magia.
Warrick se surpreendeu de encontrar-se sorrindo. Deixou-o passar e lentamente abriu passo através do pub para aproximar-se de Darcy depois que ela encontrasse uma mesa.
Ele passou junto à mesa enquanto ela inclinava a cabeça. Um cacho castanho-avermelhado se deslizou para baixo, lhe roçando o dorso da mão. Não se deteve até que chegou por trás e encontrou uma mesa vazia. Warrick moveu a cadeira para apoiá-la contra o canto. sentou-se e fez um sinal a uma garçonete.
Seu olhar escaneou rapidamente o licor que se alinhava na parte posterior da barra para ver se tinham uísque Dreagan. Infelizmente, não o tinham. Pediu uma cerveja em seu lugar. Logo se recostou e observou aos humanos.
Poucos sabiam -ou reconheciam- os limites de seus corpos. Bebiam muito, fumavam muito, e se davam um gosto em todo o resto. Mas era atraente lhes observar. Não lhes importava que fumar lhes pudesse dar câncer de pulmão ou que lhes fizesse cheirar mal o fôlego.
Beberiam toda a noite, vomitando o conteúdo que ficasse em seus estômagos à manhã seguinte, e essa noite retornariam ao pub para voltar a fazê-lo.
Não tinha nenhum sentido para ele, não importava quantas vezes tentasse entender o que fazia que os mortais fizessem as coisas que faziam. O olhar do Warrick aterrissou em Darcy. Sua cabeça se movia um pouco ao ritmo da música. Ele notou que seu dedo levava o ritmo enquanto ela escrevia algo em seu telefone. Sua cerveja foi sorvida lentamente, e isso não trocou quando trouxeram sua comida.
Ele tinha terminado duas cervejas no tempo que lhe levou que lhe servissem a comida e em come-la. Quando pagou e se levantou para ir, mais da metade de sua cerveja seguia no copo.
Warrick se levantou e deixou o dinheiro em cima da mesa. Teve que olhar duas vezes quando as portas se abriram e dois homens entraram no pub. Exceto não eram homens. Eram Dark Fae. Cada um deles usava glamour para esconder seus olhos vermelhos, mas não seus negros cabelos com mechas chapeadas, um selo distintivo dos Dark.
Houve um empurrão na mente do Warrick por parte do Thorn. Ele abriu o enlace compartilhado por todos os Reis Dragão. “Vejo-lhes”
“Há três mais desses safados fora” disse Thorn com desprezo.
“Não estão aqui por acidente”
Thorn grunhiu. “Não. Ocuparei-me dos que estão aqui”
“Ainda não. Não quero que saibam que estamos aqui”
“Eu não gosto disto, mas de acordo”
Warrick observou Darcy passar ao lado de um dos Fae. O Dark a alcançou e a agarrou do braço. Ela franziu o cenho e se voltou até ele.
Warrick esperava que fosse imune aos Dark como algumas das humanas o eram, mas Darcy caiu sob seu feitiço imediatamente. Warrick amaldiçoou em voz baixa. Até aqui chegou o manter a Darcy longe dos Dark.
*******

Capítulo 5

Darcy estava desorientada e confusa. Ia até a porta quando um homem a agarrou. Ninguém podia tocá-la, assim que se voltou para lhe fazer saber sua opinião. Então olhou aos olhos.
Não podia definir a cor. Seguiram trocando, mostrando brilhos de vermelho. Deveria assustá-la, mas não foi assim. Já não lhe importava voltar para casa, os dragões, sua magia, ou... algo que não fosse o homem extremamente bonito que a olhava.
“Fique”a urgiu ele brandamente com um sorriso sobre seus lábios.
Reconheceu o acento irlandês. Era muito bonito. A classe de homem que era muito bonito para ser real, como Chris Hemsworth. E estava falando com ela.
De algum modo no fundo de sua mente, Darcy sabia que algo andava mau. Mas não podia pôr seu dedo nisso. Queria ficar, e sabia que estava equivocada. Entretanto, não podia ir.
O homem amavelmente tocou um de seus cachos. “Estava te buscando”
“Ambos o fazíamos” disse o segundo homem, sua voz diretamente tão sedutora como a do primeiro. Não podia recuperar o fôlego, e o impulso de entregar-se a eles era irresistível, envolvente. Incontrolável.
O primeiro se inclinou até ela, empurrando-a para trás contra o segundo homem. Ele se inclinou e pôs seus lábios junto a sua orelha. "Vem conosco"
“Mostraremo-lhe um incalculável êxtase” sussurrou o segundo.
Darcy estava assentindo antes de registrar suas palavras. Com um a cada lado dela, guiaram-na fora do pub. Ela voluntariamente ia com eles, seu corpo ansiava sentir suas mãos nela. Suas pernas eram gelatina, seu peito agitado como se estivesse sem fôlego. Seu corpo era um esbanjamento de necessidade e o desejo a arranhava, exigindo a liberação nesse instante.
logo que o vento frio a golpeou, esperava sacudi-lo que fora que a assaltava, mas não pôde. De fato, o desejo só se intensificou. Ela estava a ponto de chorar com o desejo de aliviar seu corpo que estava em chamas por eles.
Com suas mãos na parte baixa de suas costas, aplicavam a pressão suficiente para mantê-la em movimento a um ritmo constante. Quando dobraram a esquina da quadra, o primeiro a empurrou contra o edifício e tomou a cara entre as mãos.
"Não irei mais longe até que tenha um beijo", disse em um rouco sussurro. Ele reclamou sua boca em um beijo que pareceu extrair sua alma. “Nós compartilhamos tudo” lhe chegou a segunda voz.
Ele começou a beijá-la para baixo pelo pescoço, suas mãos em todas partes, tocando-a em todas partes. Sua camisa de flanela estava desabotoada de repente, e sua camiseta subia e baixava sobre seus seios.
Seu corpo palpitava por mais enquanto ela lhes rogava entre beijos que nunca parassem. Agarrou o tijolo do edifício para manter-se em pé. Pela vida dela, Darcy não podia entender como amava cada momento de seu contato enquanto ao mesmo tempo sua mente gritava que fugisse.
“Deixa algo para nós” lhe chegou uma terceira voz masculina.
Suas pálpebras pesavam muito, suas extremidades pesavam. Ela só estava de pé porque a mantinham em pé. Três homens? Sim!
Não!
Algo estava mau. Nunca se tinha entregue tão facilmente a um homem -a nenhum homem, e muito menos a dois. Ou três.
Mas se sentia tão bem. suas mãos, suas bocas.
Darcy fechou os olhos enquanto seu sexo lhe doía por ser tocado. encontrou-se esfregando-se contra um dos homens. E de algum jeito através da bruma da paixão, deu-se conta de que os sentimentos dentro dela não eram dela. Estavam sendo forçados.
Empurrou aos dois homens que a estavam beijando. Estavam tão pouco preparados que ela obteve uma pequena distância. Foi então quando viu três pessoas mais detrás deles em um total de cinco. Por certo, estavam-na olhando, como se fosse comida, e finalmente registrou a advertência que sua mente lhe dizia.
Darcy tentou deter a necessidade que pulsava através dela, mas era muita. Lutou por manter-se em pé inclusive enquanto se recolocava o prendedor e baixava a camisa.
“Não” disse ela
O homem se aproximou dela, o que a tinha beijado sem sentido, e simplesmente riu. "Não?" repetiu com seu acento irlandês. "Realmente não o diz a sério. Nos deseja. Senti-o em seu beijo, na forma em que seus mamilos se endureceram sob minha mão. Tudo o que tem que fazer é jazer aqui e nos deixar te agradar"
Darcy fechou os lábios com força quando começou a admitir que os queria. Que demônios estava mal com ela? Ela sabia que eram perigosos. por que seu corpo seguia dolorido por eles?
Magia. A consciência a golpeou de repente. Essa era a única explicação.
Ela os olhou mais de perto e conteve a respiração quando viu seus olhos vermelhos. Olhos vermelhos? Isso não era possível Ou o era?
“me deixem só” disse ela com uma voz ofegante.
Em sua mente ela o gritava. por que não saiu com mais força? por que não era capaz de ter mais força para apartar suas mãos dela enquanto continuavam tocando-a? por que desejava seu toque como se fora a vida mesma?
“Não podemos fazer isso” disse um deles, com um forte acento irlandês. “É nossa agora”
Darcy se afundou em sua mente. Era um truque que tinha aprendido de menina quando necessitava sua magia, mas o que seja que os seres lhe estivessem fazendo, estava-lhe dificultando pensar em outra coisa que não fora tirá-la roupa para que fora mais fácil tocá-la.
Conseguiu atrair parte de sua magia. Ela estendeu as mãos e as dirigiu aos cinco. Os homens tropeçaram para trás, levantando os braços para bloquear o assalto. Isso lhe deu o tempo que necessitava para fugir.
Ela moveu os braços acima e abaixo, correndo tão rápido como pôde ao longo das serpenteantes e tortuosas ruas. Mas não chegou muito longe antes que fosse derrubada ao chão.
“Poderíamos havê-lo passado bem” disse uma voz zangada em seu ouvido.
Ele a girou sobre suas costas e se sentou escarranchado sobre ela. Darcy não gritou nem se assustou. A ira a alagou, ajudando a apartar o que sufocava sua magia e a convertia em uma lasciva. Chamou a cada grama de magia dentro dela e a deixou crescer e crescer. Os homens eram fisicamente muito fortes para ela. Ela teria que lutar contra eles com magia.
riram quando lançou magia ao homem que estava em cima dela, o que a deixou desconcertada. O fato de que não se surpreendessem de que ela a utilizasse lhe dizia que sabiam tudo sobre ela.
De repente, o homem foi arrojado dela. Darcy olhou a seu redor, mas não viu nada. levantou-se sobre os cotovelos para ver o homem que ficava de pé, sacudindo a cabeça para limpar-se. Seus quatro camaradas estavam olhando ao céu com nervosismo.
Uma forma enorme e escura desceu do céu, desaparecendo rapidamente. junto com um de seus atacantes. Darcy tinha medo de mover-se e ser tomada também. Ela permaneceu imóvel, seu peito ofegando.
Outra forma apareceu no céu escuro. Ela só podia olhar boquiaberta ao Dragão que vinha até ela. Justo antes de tocar o chão, o Dragão se transformou, tomando a forma de um homem -um homem que a deixou sem respiração e aniquilada.
Não se podia negar que estava vendo um Rei Dragão.
Estava em pé nu, suas mãos aos flancos enquanto seu olhar estava cravado nos homens que a tinham abordado. As sombras o mantinham fora da vista, mas as luzes da rua arrojavam suficiente luz sobre a dureza de seu corpo como para que ela queria ver mais.
Seus lábios se abriram em um grunhido enquanto lutava contra os quatro homens restantes. movia-se com rapidez, como se fosse tão fácil como respirar.
Os homens começaram a lançar enormes borbulhas de magia ao Rei Dragão. Ele esquivou muitas delas. As poucas que lhe deram logo que tiveram outro impacto que enfurecê-lo, se seus dentes a descoberto eram um sinal.
O homem -ou o que fosse- que a tinha detido no pub foi derrotado pela força letal do Rei Dragão. Darcy quase lhe aclama, mas ficou apanhado na garganta quando viu algo pela extremidade do olho.
Se não se girou nesse momento, Darcy nunca teria visto o segundo dragão cair do céu e envolver suas garras ao redor de outro dos homens antes de ir-se voando, esmagando-o.
Isso deixava a só dois de seus atacantes. Eles e os Reis Dragão davam voltas uns ao redor dos outros na rua.
“Ela é nossa”, disse um dos homens dos olhos vermelhos.
Os Reis Dragão simplesmente subiram uma sobrancelha. “Pensa outra vez, Dark”
Mais bolas de magia voaram dos dois Dark, mas o Rei Dragão foi mais rápido. aproximou-se por trás de um dos Dark e lhe partiu a coluna vertebral. No mesmo momento o Dragão agarrou ao outro. Ambos os Dark caíram sem vida ao chão um momento depois.
O olhar do Rei Dragão se voltou até ela. Darcy o viu de pé sob o resplendor da luz, completamente hipnotizada pela tatuagem de Dragão que ia do ombro direito do Rei, sob sua axila, e por seu flanco até a parte superior de sua coxa direita.
A cabeça do Dragão estava na parte frontal do ombro do homem e tinha a boca aberta como se estivesse rugindo. Estava sentado com suas asas abertas e para cima. Era sua larga cauda a que chegava à coxa do Rei.
O Rei brilhava com o suor que fazia brilhar seus músculos sob a luz. Darcy teve a absurda idéia de levar suas mãos por todo seu corpo, averiguando a sensação de seus músculos duros e sua pele cálida.
Seu olhar desceu por sua larga caixa torácica até seu estômago e sua estreita cintura. mordeu o lábio quando viu sua vara. Sua vara se sacudiu, e seus olhos se lançaram até sua cara. De um nada, um par de jeans saíram voando pelos ares. O Rei os apanhou sem olhar e atirou deles. Uma vez que as calças estiveram grampeadas, caminhou descalço até ela e lhe estendeu a mão.
“Não tem nem idéia de como de perto esteve que morrer, outra vez”
Ela franziu o cenho “Outra vez? Faz-o soar como se esta não fosse a primeira vez que esses asquerosos viessem detrás de mim”
“Não é” disse ele.
Darcy olhou fixamente sua enorme mão. Tinha a palma para cima, e apesar de si mesma, queria ler sua palma. Em troca, ela deslizou sua mão na dele.
Seus largos dedos se curvaram amável, firmemente ao redor dos dela antes de atirar para cima. ficou olhando uma cara que sabia que nunca tinha visto antes, mas cujas feições lhe resultavam familiares. Ao igual a seu queixo quadrado e mandíbula dura, seus intensos olhos de cobalto e as grossas pestanas. Ela conhecia seus lábios pecaminosamente e seu calidez.
Resultava-lhe igualmente familiar seu cabelo curto e loiro que estava revolto pela briga. As grossas ondas lhe provocavam formigamento por afundar suas mãos entre as mechas. Sabia que não tinha solto sua mão, mas pela vida dela, não podia. Ela desfrutava da sensação de sua força, sua comodidade.
Ele a olhava tão intensamente como ela a ele. Darcy se perguntou o que pensaria de seu cabelo encrespado e sua tez pálida. Sem esquecer as sardas em seu nariz.
“Chamou a esses homens Dark” disse ela, odiando sua voz rouca. Ele olhou aos homens mortos. “São Dark Fae”
Felizmente, seus joelhos a sustentaram. “Fae”, repetiu sem que pudesse pensar em dizer algo mais.
"Ela o tomou bastante bem, acredito" disse uma voz profunda das sombras a sua direita. O cenho do Rei se franziu antes de olhar às sombras. Não pronunciou uma palavra, mas não havia necessidade. Estava perturbado porque tinham sido interrompidos. Como ela o estava.
Darcy o olhou e viu seu olhar baixar a suas mãos entrelaçadas. a dela se via muito pequena dentro da dele. Ele afrouxou seus dedos, e ela retirou sua mão a contra gosto. Deixou-a cair a seu lado e deu um passo atrás. A noite lhe tinha dado uma patada rápida no traseiro.
Ela necessitava sua armadura mental em seu lugar, e felizmente não demorou muito em encontrá-la. "É obvio que tomei bem"
Que melhor maneira de enfrentar uma situação como esta que mentir? Ela riria de seu valor, se as circunstâncias não fossem tão terríveis.
“Sei que são Reis Dragão” disse ao que estava diante dela.
Seu olhar cobalto brocou o seu. O silêncio se alargou enquanto a examinava. "Sabe porque ajudou ao Ulrik"
"porque tenho a sensação de que não estava aqui?"
“Porque nós não estávamos” veio a voz da sombras.
“Thorn”, disse o Rei, embora não havia calor em sua voz. "Suficiente"
Darcy levantou seu queixo. "Esse é um apelido porque aparentemente é uma espinha (thorn) em seu flanco?"
“É meu maldito nome real” foi a breve resposta.
Os lábios do Rei se suavizaram só uma fração, mas não o suficiente para chamá-lo um sorriso.
“E seu nome?” perguntou-lhe ela.
Houve uma larga pausa antes que dissesse “Warrick”
“Warrick” repetiu ela, deixando-o rodar em sua língua. depois de lhe ver lutar contra os Dark Fae, o nome lhe vinha à perfeição. “Graças aos dois por me ajudar com os Dark”
Thorn fez um som do fundo de sua garganta. "Não vá pensando que é a última vez que os viu"
“Por favor sai fora para que possa ver sua cara” disse Darcy.
Houve um sorriso na voz do Thorn quando disse “Dei meu jeans ao Warrick. Não sou tímido, moça, mas não quero envergonhar ao Warrick”
Um grunhido se elevou do Warrick quando enfrentou às sombras, suas fossas nasais batendo as asas. Darcy agachou a cabeça para ocultar sua própria risada quando escutou ao Thorn rindo.
Não pôde ocultar seu sorriso quando Warrick se voltou até ela. "Sou Darcy"
“É tarde, e poderia haver mais Dark. O melhor seria que voltasse para casa” disse Warrick.
Ela olhou ao redor aos Fae mortos. Se os Reis não estavam ali por acidente, isso significava que a estavam vigiando. Estava segura de que também sabiam seu nome.
Por muito que não gostasse que a seguissem, estava imensamente agradecida de que os Reis Magos tivessem estado ali para deter os Dark. "O que acontece com eles?" perguntou assinalando aos Dark que jaziam no chão.
“Encarregarei-me deles quando for” disse Thorn.
Warrick inclinou a cabeça “E eu acompanharei a casa”
Darcy se voltou na direção de sua casa, uma borbulha de algo fazendo que seu estômago flutuasse. Não podia ser pelo gigante silencioso e melancólico de um homem com cabelo loiro e olhos azuis a seu lado.
Caminharam um momento antes de perguntar: "por que estava aqui?"
“Por você”
Duas palavras. Pôs os olhos em branco. "É porque ajudei ao Ulrik a recuperar parte de sua magia?"
"Alguma vez te perguntou por que atamos sua magia?"
“Sim”
Lhe lançou um olhar enquanto caminhavam. "E lhe ajudou de todos os modos?"
“Sim. Os Dark vão detrás de mim porque ajudei ao Ulrik?”
Houve uma larga pausa antes que Warrick encolhesse os ombros. "Os Dark têm seu rastro agora, Druida. Seguirão vindo por você"
"Até que esteja morta?"
“Eles lhe levarão a seu reino e utilizarão seu corpo, te drenando a alma”
Bom, demônios. Isso soava fatal. “Não posso deixar que isso aconteça”
Warrick parou e se voltou até ela. “Não. Não podemos”
*******

Capítulo 6

Rhi pensou que indo com isso Balladyn acalmaria parte da confusão dentro dela. Em troca, tudo aumentou até o nono grau
Balladyn a tinha agarrada da mão firmemente. Se ela queria sua mão de volta, ia ter que atirar dela, e provavelmente usar um pouco de magia no processo.
Nenhum dos dois falou enquanto caminhavam até a entrada do Fae, a umas centenas de metros das ruas da Pompeya, onde a tinha encontrado. Rhi não tinha idéia de onde a estava levando, e não importava. Sabia que podia cuidar-se contra qualquer pessoa, e algo.
A consciência de tal coisa fazia que visse as coisas de distinta maneira. Não era que quisesse que ninguém soubesse quanto poder tinha. De fato, preferiria guardar para si mesmo. Rhys sabia, mas isso era diferente. Rhys nunca o diria a ninguém. Bom, exceto talvez a Lily, mas Lily não repetiria nada.
Rhi manteve o ritmo com o Balladyn quando entraram pela porta e chegaram a Irlanda. Ela quase pôs os olhos em branco. É obvio, ele a quereria de volta na Irlanda. Era um bastião dos Fae, um engano que os Reis Dragão permitiram que acontecesse.
Estúpido, Constantine. Muito estúpido.
Rhi deteve seu diálogo interno. Não havia forma de que pensasse nessa arrogante canoa de imbecis. lhe deixemos que encontre uma saída para os perfeitos Reis Dragão nesta grande gaveta de alfaiate.
Para sua surpresa, Balladyn não permaneceu na Irlanda. Ele a girou até a esquerda e imediatamente a levou através de outra porta. Esta vez, quando a atravessou, seus pés se afundaram na areia.
Rhi piscou contra o sol cegador. Com só pensá-lo, tinha seu par favorito de óculos de sol Maui Jim em seu lugar e olhava as montanhas de areia a seu redor. Logo voltou a cabeça até o Balladyn.
Ele olhava a areia, um sorriso pequeno e seguro em seu lugar.
Outro imbecil.
O que acontecia os homens? Não se incomodou em tratar de encontrar uma resposta, porque não havia nenhuma. Os machos eram varões, sem importar de que raça fossem.
“Sabia que viria para mim” disse Balladyn. Ele girou sua cabeça até ela, seu sorriso crescendo. "Sabia que era só questão de tempo"
Por um momento, Rhi pensou que estava olhando ao Balladyn que tinha estado a seu lado durante séculos. Logo olhou fixamente a seus olhos vermelhos e recordou. Era um Dark.
Tinha-a torturado, atormentado. Tinha sofrido atravessada por um inimaginável, indescritível dor a suas mãos enquanto se desfrutava disso. Culpava-a por converter-se no Dark. E em caso de que ela o esquecesse, ele queria vingança.
Rhi olhou suas mãos. Seus dedos apertavam, como se soubesse que ela queria atirar dela para afastar-se dele. meteu-se o cabelo detrás da orelha com suas mãos livre e encarou ao deserto.
Balladyn tinha obtido algo de sua vingança, mas ainda não compreendia que ela não era uma Dark. Rhi teve dúvidas sobre se era Dark até esse momento. Ela era Light, e nem sequer a maré de escuridão dentro dela ia trocar isso.
“Não tem nada que dizer?” perguntou ele.
Rhi se encolheu de ombros, seu olhar seguindo as colinas de areia contra o céu azul. "O que quer que diga? Não vim a você. Encontrou-me"
“Agarrou-me a mão”
Sua voz tinha um duro fio agora. Rhi freqüentemente deixava que suas emoções governassem suas decisões, mas por uma vez, não havia ira ou medo ou confusão. Ela sabia exatamente o que tinha que fazer.
Rhi se moveu para ficar frente a ele. “Fiz-o”
“Você é minha agora”
Um flash de ira começou, mas ela rapidamente o apagou. "Pertenço-me só "
Os olhos vermelhos do Balladyn se entrecerraram. Ele a soltou e passou a mão pela cara, por suas bochechas afundadas até a linha dura de sua mandíbula. Em sua têmpora, um músculo tinha um tic, o que indicava que estava cada vez mais molesto.
Rhi não se incomodou em dizer mais. Deixou que sua declaração fosse assimilada pela mente do Balladyn enquanto ela esperava para o que fosse quão seguinte ia dizer.
Seu olhar era duro enquanto a olhava. "Há escuridão dentro de você. Sinto-a"
“Há escuridão em cada criatura, como há luz. Você desenvolveu mais escuridão em mim, mas não cedi a ela”
“Só necessita mais tempo comigo”
Rhi levantou uma mão quando ele deu um passo mais perto, lhe detendo. Ela o olhou enquanto enganchava seus polegares nas presilhas de seus jeans. "Para essa loucura. Queria te vingar pelo que te passou. Adivinha o que, idiota? conseguiu o que queria"
“Não” Ele negou com a cabeça. “Se tivesse o que queria, seus olhos seriam vermelhos e haveria prata em seu cabelo. E... estaria em minha cama”
Usaeil a tinha advertido, mas Rhi não tinha acreditado na rainha. Balladyn tinha tomado o lugar de seu irmão quando o seu morreu. Seguro que Balladyn era atrativo, mas ela nunca pensou nele dessa maneira.
“Você me trocou” discutiu ela. "Independentemente do que pense, sua vingança foi completa"
"Não é o suficientemente completa"
“O que quer? me machucar? Isso já o tem feito”
“Eu queria te machucar. Agora...” Ele se encolheu de ombros, franzindo o cenho. “Agora, só quero a você”
Rhi não se moveu quando ele cortou a distância entre eles e levantou uma mão até o rosto dela. Seu toque foi ligeiro, sua carícia suave quando seu polegar acariciou sua bochecha.
“Em tudo o que pensei durante anos foi em você, peque” murmurou. “Amava-te antes de ir à guerra com seu irmão. Ia falar contigo quando retornei, mas foi muito difícil por como tomou sua morte. Logo te encontrou...”
“Não te atreva a dizer seu nome” ordenou ela.
O olhar do Balladyn desceu até sua boca por um momento. “Matou-me te ver com esse Dragão. O Rei Dragão nunca mereceu seu amor. Nem então. Nem especialmente agora”
“Ele nunca me torturou”
“De verdade?” perguntou Balladyn. "Não é uma tortura lhe ver cada vez que vai a Dreagan?" Não é tortura saber que está ali, mas escolheu deixar ir?"
Quanto odiava que Balladyn tivesse razão. Rhi tragou saliva enquanto ele agachava a cabeça uma fração. Ela tinha passado milênios sem um beijo, e logo, em menos de dois dias, tinha beijado a dois homens a ponto de acrescentar a um terceiro.
“me escolha, Rhi” a urgiu Balladyn com uma voz muito suave. “Posso te dar tudo o que necessite. Nunca deixarei de te amar. Sempre estarei aqui para você, e nunca voltarei a te machucar”
Seu polegar estava em seu lábio de abaixo, lentamente delineando-o. Ela piscou, só para advertir que em algum momento, enquanto falava, lhe tinha tirado os óculos de sol. Estavam colocados sobre sua cabeça.
Rhi olhou a seus olhos vermelhos. O amor era visível ali, embora parecesse estranho que um Dark pudesse amar. Essa emoção era parte da luz interior de uma pessoa, não da escuridão.
“me escolha”, disse ele outra vez enquanto sua outra mão subia para lhe embalar o rosto.
Logo seus lábios estiveram sobre os dela, meigamente mordendo sua boca até que ela se abriu para ele. Então a gentileza desapareceu. Ele a abraçou com força, pressionando seu corpo contra o seu do ombro até o quadril.
Beijava-a como se não houvesse um amanhã, como se estivesse deixando sair milhares de anos de desejo. E a deixou em shock, ela não estava impassível. Houve uma faísca de... algo... que saltou à vida em seu interior. Assustou-a tanto que de repente terminou o beijo.
“Amo-te” disse Balladyn. Deu um passo atrás e deixou cair os braços a suas costas. Havia um triste sorriso enquanto dava outro passo para afastar-se. “Não te forçarei a vir comigo, peque. Essa eleição será só tua. Você rompeu as únicas correntes que eu sabia que a reteriam”
Rhi respirou insegura, sem saber o que fazer.
“Não tem nem idéia do poder que flui em você, não é certo?” Balladyn soltou uma risadinha. "Eu tampouco sabia até que atirou abaixo meu complexo. Podemos governar os Dark. teve meu coração durante anos sem sabê-lo, mas lhe estou entregando isso livremente agora"
olharam-se fixamente um ao outro. O espectador olhar no rosto dele só a confundiu mais. Ela não sabia o que dizer. Assim escolheu não dizer nada absolutamente”
“Sabe como me encontrar” disse ele antes de dar um passo para retornar através da porta e desaparecer.
Durante um comprido momento, Rhi esteve olhando até o portal, com as palavras do Balladyn lhe dando voltas na cabeça uma vez e outra.
Comparou o beijo do Balladyn com o do Henry, que tinha sido agradável. Sabia que estava mal beijar a um mortal, mas a maneira na que Henry a olhava tinha sido muito. Desejava ser parte de algo especial com alguém mais. Henry era doce, e beijava bem. Ainda assim, ela não era pessoa de perder tempo com mortais.
Por outra parte, estava Ulrik –seu beijo tinha sido rápido. Ela apenas se deu conta do que ele tinha feito antes que se separasse dela. O que foi uma pena verdadeiramente. Lhe teria gostado de saber mais a respeito de seu beijo.
O que a deixava de retorno ao beijo do Balladyn. Havia só um homem que a tinha comovido com tal reação nela. Mas seu Rei não a quis nunca mais, e não tinha sido por muito tempo. Possivelmente fosse tempo de passar a página.
O amor não correspondido era o pior. Matava as almas, destruindo lentamente todas as esperanças até que tudo o que ficava era um carapaça oca. Uma alma murcha e seca. Como a sua. Também era a razão pela qual a escuridão pôde entrar nela como o fez.
Só outra razão para estar ressentida com seu Rei Dragão. Como se já não houvesse centenas.
Deixou cair o rosto entre suas mãos e deixou sair um tremente suspiro. Não havia forma de forçar o amor mais do que havia uma maneira de deixar de amar a alguém. Mas, quando chegava o momento de deixar atrás o passado? Quando deixar de desejar o que alguma vez poderia ser e olhar até o futuro?
Agora. Faz-o agora ou nunca o deixará ir.
Rhi levantou a cabeça e quadrou os ombros. Sim. Tinha que deixá-lo ir agora. Era o correto.
por que então seu coração se sentia como se se rompesse de novo?
*******

Capítulo 7

Warrick olhou aos olhos verde samambaia de Darcy Allen. Ela o olhava com calma, apesar de que ele podia ver a tensão pela forma em que estava. Estava assustada, mas o mantinha sob controle.
Seus cachos castanhos caíam a seu redor. Seu porte era o de alguém com uma alma antiga, alguém que estranha vez se alterava. Ela conteve o fôlego e se ajustou a bolsa no ombro. Seus grandes olhos olharam para baixo a sua tatuagem, fazendo que sua pele se enfraquecesse ao pensar em seu interesse.
Lhe voltou a olhar à cara enquanto ele se fixava em sua beleza. Com um rosto oval, seus olhos eram o que mantinham seu interesse, mas não podia negar o atrativo de sua pele Lisa e seus lábios cheios. Tinha um salpicão de sardas na ponte do nariz que lhe resultava atrativo em formas que não podia descrever.
"Então, estes Dark Fae são perigosos. Tenho-o" disse Darcy nervosamente.
Warrick se deu conta de que uma vez mais o tinha feito mal. Essa era outra razão pela que preferia estar só. Inclusive quando não falava, punham incômodos a outros.
“Sim. vou ter que olhar em seu piso, mas possivelmente essa não seja uma boa idéia”
“por que?” perguntou ela com os olhos abertos pela surpresa. “Crê que não se aventurariam ali?”
Warrick olhou para cima a suas janelas. "Certamente o fariam. Eu só presumi que preferiria que fosse Thorn"
Ela pôs os olhos em branco e abriu a fechadura da porta. “Você já está aqui. por que fazer esperar a alguém mais?”
Warrick não tinha outra opção que segui-la dentro. Olhou ao redor para assegurar-se de que não houvesse um Dark perto, inclusive sabendo que Thorn estava vigiando o edifício também.
Seguindo a Darcy, Warrick tentou -e falhou- não fixar-se em como seus quadris de balançavam enquanto subiam as escadas. suas pernas eram larguíssimas, e os leggins que se amoldavam a suas magras extremidades chamavam sua atenção uma e outra vez.
A mulher não tinha nem idéia de sua sedução, de como lhe tentava. E estava extremamente agradecido.
"Esperava irritação", soltou ela sobre seu ombro.
Warrick apartou o olhar de seu bem proporcionado traseiro até seu rosto. "O que?"
Ela franziu levemente as sobrancelhas enquanto alcançava o patamar da porta. “Por minha ajuda ao Ulrik. Acreditava que se um Rei Dragão vinha, encontraria ressentidamente e ira”
“O que fez já está. Não há razão para estar zangado”
Ela fez um som do fundo de sua garganta enquanto abria com chave a porta. “Duvido que o resto dos Reis Dragão sinta da mesma maneira”
Warrick a deteve com uma mão sobre seu braço antes que pudesse entrar. Fez-lhe um gesto para que ficasse quieta enquanto dava um empurrão à porta e entrava.
Não tomou muito tempo olhar em seu estudio já que a única outra habitação era o banho. Quando soube que tudo estava espaçoso, caminhou até a porta. Foi então quando viu as esculturas na entrada. Seu olhar se deslizou até Darcy.
“Sou uma Druida” disse ela encolhendo-se de ombros. “Crê que vou me mover por um lugar e não protegê-lo?”
“Isso não manterá aos Dark fora”
Seus lábios se estiraram por um momento. “Não, vou necessitar algo mais forte”
Warrick se moveu a um lado e deixou que entrasse. Olhou as talhas celtas. Era estranho para um Druida utilizar feitiços em esculturas. Entretanto, posto que ela procedia da Ilha Skye, tinha sentido. Esses Druidas se aferravam aos velhos costumes mais que em qualquer outro lugar do mundo.
Fechou a porta detrás dele e se fixou no apartamento. Antes ele tinha estado procurando Darks Fae. Agora, ele poderia olhar bem a casa de Darcy.
Além das flores, ao Warrick gostava das paredes cinzas e os adornos brancos. Só havia três quadros pendurando nas paredes, mas foram as duas largas seções de rodelas de laranja seca que penduravam do teto perto da janela da cozinha junto à pia o que lhe chamou a atenção.
“Eu gosto do aroma” disse Darcy enquanto caminhava para ficar a seu lado. “E eu gosto da forma em que a luz do sol dá nelas”
“Cheiram bem”
Darcy sorriu e tirou a bolsa e o casaco. “Suponho que é coisa de garotas”
Eram coisas de uma mortal, mas não incomodou destacando-lhe.
Caminhou até a pequena extensão de encimeras da cozinha. Logo respirou fundo e perguntou: "me conte tudo sobre os Dark. Preciso saber como me defender".
“Viu de primeira mão esta noite o que são. Quanto a te defender, se lhe aproximam, acabou-se”
“Utilizaram alguma classe de magia em mim não é certo?” perguntou com aborrecimento.
Warrick se apoiou contra a porta e negou com a cabeça. “Não é magia exatamente. É parte dos Fae -Light e Dark por igual. Esse puxão que sentiu? Voltará a acontecer”
“Certamente haverá algum de nós que não nos veremos afetados” disse ela, a preocupação tilintando em sua voz.
"Esses humanos são poucos e estão muito longe entre eles"
Os olhos verde samambaia de Darcy se entrecerraram. “Você sabe algo mais. Posso vê-lo em seus olhos. Que não me está dizendo?”
“Quão únicas sei que não são afetadas pelos Fae são mulheres emparelhadas com um Rei”
“Emparelhadas como?" ela se deteve, suas sobrancelhas levantadas espectadoras.
“Casadas”
Ela assentiu. “Ah. Bom, então. Parece que preciso chegar a alguma solução por minha conta”
“Está contra o matrimônio?” Warrick não tinha idéia de por que lhe saiu essa pergunta. Esperava que lhe dissesse que não era assunto dele.
Em lugar disso, Darcy alcançou e tocou uma das rodelas de laranja seca, antes que seus olhos se deslizassem até ele. "Não, absolutamente. Não posso ver a mim mesma casada. Não é como se pudesse dizer a qualquer homem o que sou. Muitos pensariam que estou louca".
“E os Druidas de Skye?”
“Então sabe tudo sobre mim” disse ela jogando uma olhada ao piso. Suspirou ruidosamente. "É uma história bastante larga, mas para condensá-la, não há nada para mim em Skye".
“Poderia ser um lugar seguro para você”
Darcy se girou de modo que suas costas estavam até a encimera, com uma mão apoiada a cada lado dela. "Fui porque não queria estar confinada. Certamente, não vou voltar sabendo que nunca poderia sair desse lugar".
“E isso não é melhor que a morte?” Ele poderia conhecer os fatos básicos sobre ela, mas era inatamente curioso sobre o que a fez abandonar Skye, e por que não voltaria.
“Não me interprete mal. Não quero morrer, e é por isso pelo que quero saber tudo a respeito dos Dark Fae. Assim voltamos para o tema”.
Warrick cruzou os braços. “Tudo o que eles querem dos humanos é o sexo. Seqüestram ou atraem aos mortais com a promessa de prazeres indescritíveis. Uma vez que um mortal tem sexo com um Fae, outro mortal nunca poderia estar à altura”
“Então eles nos arruínam para alguém mais” declarou ela com uma careta de seus lábios. “Que mau!”
“Sim. Os Light Fae têm proibido ter sexo com os humanos, mas isso ainda acontece. Quando o fazem, eles põem cuidado em ter sexo uma só vez”
“É só uma vez tudo o que necessita verdade?”
“Sim”
Darcy se apoiou contra o mostrador. "É bom sabê-lo, suponho. Como posso saber quem é um Light Fae?"
“Por sua beleza. E reconhecerá o mesmo puxão que sentiu esta noite”
Ela assentiu lentamente, como se sentisse tudo em sua mente. “E os Dark? Suponho que não têm relações sexuais conosco só uma vez.”
“Eles vivem para a maldade. Recorda isso. Podem usar glamour para dissimular seus olhos e seu cabelo, mas não se pode negar o atrativo que têm. Pelo menos, poderá reconhecê-los por isso”
“Glamour. Tomo nota”
Quanto mais falava ele, mais pálida ficava ela. Sua voz e suas palavras diziam que ela estava bem, mas seu comportamento e palidez dizia o contrário. Warrick quase se detém. Então recordou por que estava ele ali. “Possivelmente eu deveria te dar tempo para digerir o que te contei”
“Não, por favor” lhe urgiu ela, seu olhar lhe implorando. “Termina”.
Duvidou por um momento. Logo disse “Os Dark agarram a uma pessoa e nunca a soltam. As fêmeas são conhecidas por ser mais doces que os varões, prolongam suas vidas durante anos. Os varões não têm escrúpulos. Cada vez que um Dark têm sexo com uma mortal, eles drenam a esse mortal de sua alma”
“Como não sabia sobre eles?” disse Darcy enquanto apressadamente caminhou até o sofá e se sentou nele, sua cabeça apoiada sobre suas mãos”
Warrick deixou cair seus braços e se aproximou dela, entretanto, não muito perto -inclusive quando seus dedos lhe formigavam por enrolar um cacho ao redor de um deles.
Ela levantou a cara e lhe atravessou com o olhar. "Os Druidas conhecem os Fae?"
“Não muitos o fazem. Corann sim”
“É obvio que ele sim” disse ela com firmeza.
“Estou seguro que há razões para que seu ancião não te tenha falado deles, os Fae. Sabemos deles porque tentaram ficar com o reino e lutamos contra eles durante séculos”
"Perderam? É por isso que ainda estão aqui?" perguntou ela, sua voz se elevou mais.
Warrick se passou uma mão pelo cabelo. “Ganhamos nós, mas permitimos que os Fae permanecessem neste reino com o entendimento de que protegíamos aos humanos e que eles não tentariam viver aqui. Os Dark eram silenciosos e inteligentes na forma em que se foram dando procuração da Irlanda”
“Eles em realidade sugam a alma?”
Sua cara mostrava medo e preocupação, enviando uma peculiar sensação através dele a que não podia pôr nome. “As Dark fêmeas só tomam um pouquinho cada vez. Gostam da idéia dos humanos, e querem que seus homens permaneçam assim o maior tempo possível. Aos varões Dark os dura uma mulher uma noite”
"Não deixarei que me ponham suas mãos em cima". Esfregou as Palmas das mãos sobre suas coxas e se sentou direita. "Agora que sei que estão fora, poderei me preparar. De acordo?” perguntou ela.
Warrick observou a Druida durante um comprido momento. “Tem a antiga magia de Skye. Não sei se se pode dissuadir aos Dark para sempre, mas é possível que possa encontrar um feitiço que te dê tempo suficiente para chegar a um lugar seguro”
“Não deixarei Edimburgo. Brevemente, o considerei brevemente quando Ulrik me disse...”
Ela se foi apagando, o que fez soar os sinos de advertência. Sem mencionar que ela havia dito o nome do Ulrik. "O que te disse Ulrik?"
“Bom, não o disse rotundamente, mas deu a entender que poderia receber uma visita dos Reis Dragão”
Ele soube que não lhe estava contando toda a verdade, mas Warrick reconhecia que não podia forçá-la para que o fizesse. Teria que ser algo que Darcy lhe dissesse por si mesmo.
“Se não abandonar a cidade, é melhor que vigie este lugar e a loja tanto como possa”
“E você? Onde estará?”
por que seu coração saltou ante sua pergunta e a esperança em seu olhar? Então recordou a si mesmo que isso significava ter aos Reis ao redor, ela o aceitaria. "Estarei perto, como o fará Thorn"
“Sei que vocês não me ajudam porque queiram, e é o correto. Entretanto, estou-lhes muito agradecida” Então ficou em pé.
Warrick respirou fundo e jogou uma olhada mais ao piso antes de dirigir-se até a porta. "Não te aventure a sair esta noite, e mantenha-se alerta de agora em diante"
“Farei-o. Prometo-lhe isso”
Com nada mais que dizer, Warrick alcançou a porta. Abriu-a e saiu fora, surpreso de que era a primeira vez que ele pudesse recordar que não estava preparado para deixar a companhia de alguém.
*******

Capítulo 8

Não importou quão duramente Darcy procurou entre seus livros na loja, não pôde encontrar nenhum conhecido feitiço que a protegesse dos Dark Fae. Não a ajudava que não pudesse parar de pensar no Warrick e em como ele a salvou.
As palavras no livro se apagavam enquanto sua mente retornava de noite anterior e como ele estava parado esbanjando frio perigo. Sua ira era evidente, seu ódio óbvio. Movia-se rápido como o vento, seus movimentos letais.
Os Dark Fae não tinham tido uma oportunidade. Ninguém as tinha se os Reis Dragão se zangavam.
Darcy fechou o livro e o pôs a um lado. levantou-se e se serviu outra taça de café e a sustentou entre suas mãos enquanto se reclinava contra a escrivaninha.
Tinha dormido a ratitos durante a noite. Cada som a despertava, porque sabia que não importava quantos feitiços de proteção pusesse a seu apartamento, os Dark poderiam passar. Nem sequer pôr o feitiço para alertá-la se alguém entrava em seu apartamento ajudava.
No caminho ao trabalho, Darcy tinha esperado -tinha a esperança- de ver o Warrick. Para sua desilusão, não lhe localizou em nenhum sítio.
Ela tomou suas palavras a sério, entretanto, e esteve atenta. Qualquer homem do que ela suspeitava que podia ser um Fae, afastava-se. Uma vez que chegou à loja, rapidamente adicionou dúzias de feitiços de proteção. Pelo menos lhe dariam um pouco de tempo se aparecia um Dark.
Darcy se esfregava uma pedra no dedo com o polegar. Não suportava as unhas largas, por isso mantinha as suas curtas em todo momento. Pode que não gostasse que suas unhas crescessem, mas era meticulosa para as manter limpas. Agora que se deu conta de que o padrasto estava aí, era tudo o que podia fazer.
Não ajudava que sua cabeça estivesse cheia do medo aos Dark e do Warrick. O Rei não tinha idéia de quão atrativo era. Seus olhares se encontraram repetidamente, mas não havia presunção nem arrogância em seus olhos de cobalto.
Ela suspirou enquanto pensava em sua profunda cor azul. Ela não conhecia um azul que pudesse ser tão escuro, ou que lhe afrouxasse os joelhos. Havia algo em seus olhos que a apanhava, capturava-a. Logo que podia apartar o olhar, e quando o fazia, dirigia-se até a linha dura de sua mandíbula, seus lábios largos e seu magnífico corpo.
A nudez não lhe incomodou evidentemente enquanto estava em metade das ruas do Edimburgo, indiferente a que alguém lhe visse. Duvidava que houvesse um grama de graxa em seu corpo. Todos os músculos estavam tonificados como o granito.
A primeira vista, Warrick tinha um olhar reservado. Assim quanto mais lhe olhava mais interessante lhe encontrava em tudo. Ele não era evidente a respeito, mas a curiosidade estava aí se alguém a buscava.
Darcy cobriu a boca enquanto bocejava. Logo caminhou até a biblioteca que continha a maioria de seus livros. Havia alguns que tinha olhado em seu apartamento, mas nenhum lhe tinha dado informação sobre os Fae ou os Reis.
depois de outras duas horas de busca -e três taças de café- fechou de repente o livro e o pôs de novo em seu lugar na prateleira. Não tinha sentido procurar feitiços online, porque ali não haveria nada.
Havia alguns Druidas que publicavam feitiços online, mas eram simples feitiços para o amor, o dinheiro, ou de coisas assim. O que ela precisava era um grimorio1. Era uma pena que não tivesse um em suas mãos, nem que os Druidas alguma vez os tivessem reunido.
1 Livro de fórmulas mágicas
Todos os Druidas que ela conhecia interiorizavam os feitiços de cor, o que a deixava sem nada. Não queria morrer, mas não podia voltar para Skye. O impulso que inicialmente tinha feito que ela fosse da ilha, ainda estava ali, negando-se a deixá-la. Se só soubesse o que se supunha que tinha que fazer, ela o faria e se sentiria livre.
Mas não era só isso. Não tinha desejos de retornar sob as regras do Corann. Ele era um bom homem, e um poderoso ancião Druida, mas ela se sentia confinada em Skye. Não eram só as regras que ela tinha que seguir como uma Druida, mas sim a forma na que os anciões protegiam a ilha e que limitavam a cada um dos Druidas.
À maioria não se importava, mas a Darcy irritava isso do momento em que se deu conta do que estava passando. Ninguém em sua família entendia como as restrições a faziam sentir. Todos trataram de convence-la de que não fosse. Quão única entendeu foi sua irmã que a insistiu a ir.
O Divertido era que ela ainda seguia as regras de Skye. Foi então quando soube que não eram as regras, a não ser os anciões, quer dizer, Corann. Agora que sabia que ele conscientemente não lhe tinha contado sobre os Fae, isso a enfureceu ainda mais. Essa informação poderia ter evitado que ocorresse o de ontem à noite.
Darcy se sentou no chão e entrecruzou de pernas. Colocou as mãos sobre as pernas e fechou os olhos. A meditação a tinha ajudado em seu trabalho para resolver problemas ou feitiços no passado. Não havia razão para que não pudesse funcionar agora.
Esvaziou sua mente de tudo, entretanto, custou-lhe uns poucos intentos devido a que o rosto do Warrick se empenhava em aparecer. Continuando, procurou em suas lembranças tudo o que sabia dos Reis Dragão. O problema era que o que tinha em sua mente não eram suas lembranças. Eram as do Ulrik. Mas algo era melhor que nada.
O rosto do Constantine entrou no olho de sua mente. Era antes que fosse o Rei de Reis, quando Ulrik e ele eram tão próximos como amigos. O cabelo dourado de Con era comprido e com ondas, fluindo livremente por cima de seus ombros. Seus olhos negros se enrugavam pelas extremidades enquanto ria de algo que havia dito Ulrik.
A imagem se desvaneceu, substituída por outra de Con. Seu cabelo estava recolhido em um acréscimo, e já não sorria tão livremente.
“Não lutarei contra você”, disse Ulrik. O olhar de Con se endureceu. “É o único que poderia me desafiar. Se não o fizer, parecerá débil. O mais forte dos dois precisa ser Rei de Reis”
“Então deixa que pareça débil. Não lutarei contra meu melhor amigo. Agarra a coroa, Con. É tua. passou o suficiente para te assegurar de que o seja”
“Crê que quero lutar contra você?” perguntou Con, com olhar ofendido.
“Não”
Entretanto, Ulrik começou a suspeitar outra coisa. Só sabia que Con tinha matado ao anterior Rei de Reis. Isso não era matar, era uma provocação. O mais forte dos Reis era Rei de Reis, e Con não queria ser questionado.
Felizmente, essa lembrança desapareceu substituído com outro em que Ulrik agarrava em braços a uma mulher. Ela era assombrosamente bela com seu radiante cabelo vermelho e olhos verdes. O amor estava aí, nas lembranças do Ulrik. Não haveria nada que não fizesse pela mulher.
Darcy se preparou a si mesmo para o que ia vir. A primeira vez que ela experimentou a lembrança de seu amor traído tinha vomitado. esticou-se quando a lembrança fluiu em sua mente. Em um momento Ulrik estava voando de retorno a Dreagan, e ao seguinte estava confrontando a Con e ao resto dos Reis.
A princípio, Ulrik se negava a lhes acreditar, aferrando-se à negação. Logo a fúria que sentiu nesse momento a assaltou.
Abriu de repente os olhos enquanto ofegava por ar. Não teve que correr ao banho, mas o estômago lhe revolveu durante compridos minutos. Não havia um só Rei aí fora que entendesse os que aconteceu com Ulrik. Tinha-lhes necessitado muito durante esse tempo, e lhe tinham dado as costas. Entretanto, Darcy não enganava a si mesma. Ela tinha visto o suficiente de suas lembranças para saber que não tinha sido uma boa pessoa durante o tempo em que caminhou sobre a terra em forma humana.
Ainda assim, não podia evitar sentir pelo Ulrik. Não é que alguma vez lhe dissesse isso. Não se sentia lástima por um homem como Ulrik.
Ela esperava, rememorando suas lembranças, que poderia descobrir algo importante a respeito dos Reis. Tudo o que descobriu foi que Con poderia ou não ter querido matar ao Ulrik. Ao tomar a magia do Ulrik, desterrá-lo e condená-lo à eternidade em forma humana, Con se garantia o não ter rival.
Tão interessante como isso era, não lhe dizia nada mais sobre os Reis.
Darcy ficou em pé. Passeou por seu pequeno escritório durante um momento antes de ir à parte de trás com suas flores e caminhar entre elas.
Não soube quanto tempo esteve caminhando de um sítio a outro antes de levantar a vista, detendo-se quando viu um homem alto, de ombros largos e cabelo comprido e escuro apoiado em um poste.
"Há-te flanco suficiente tempo, Druida", disse. "Faria algo muito mau se tivesse sido um Dark"
logo que ele falou, reconheceu a voz do Thorn da noite anterior. Darcy olhou ao redor procurando o Warrick, e quando não lhe viu, encontrou-se com o olhar marrom do Thorn.
“Vejo que encontrou sua roupa”
Ele se olhou as botas, os jeans e a camiseta marrom chocolate. “Isso parece. O que te tem tão agitada?”
Darcy lhe olhou cortante. "Sério? Essa é a pergunta que me faz depois de ontem à noite?"
“Os Dark são muito perigosos para estar segura. Isso é tudo o que te tem chateada?”
“Onde está Warrick?”
“Ao redor. Prefere falar com ele? Seria a primeira” disse Thorn com um sorriso.
O que se supunha que significava isso? Darcy ignorou o último comentário. “Os Dark vão detrás de mim porque ajudei ao Ulrik?”
O sorriso do Thorn se desvaneceu. deixou-se de apoiar no poste e se esfregou com a mão o queixo que já ensinava um pouco de barba. “Se o fizerem, não tem sentido. Ulrik está aliado com os Dark”
"Todos eles?" ela perguntou. "Não poderia haver algum Dark Fae insatisfeito?"
“Isso significaria que iriam contra as ordens de seu rei. Taraeth nunca toleraria tais atitudes. Se não souber, entretanto, seria uma história diferente. A menos que Ulrik os envie detrás de você”.
Ela negou com a cabeça. “Ele não o faria”
“Como sabe isso?”
Darcy se girou para ouvir a voz do Warrick detrás dela. Seu cabelo loiro estava desordenado pelo vento, e seus olhos a olhavam com uma mescla de curiosidade e cautela.
Ela se umedeceu os lábios antes de dizer “Sei porque Ulrik me disse que ainda me necessitava”
“Deitou com ele?” perguntou Thorn detrás dela.
Darcy lhe lançou um olhar fulminante por cima do ombro. “Não. Por outro lado, por que mataria à única Druida que pode tocar a magia de Dragão e não morrer?”
O olhar cobalto do Warrick se entrecerrou. “Algo que pergunto a mim mesmo toda noite”
“Não é Ulrik” disse Darcy.
Thorn caminhou para ficar ao lado do Warrick. “Então por que os Dark vão atrás de você?”
“Balladyn” disse Warrick ao Thorn de repente. “Henry nos contou quanto odeia Balladyn ao Ulrik”
Balladyn. Esse nome não significava nada para Darcy, mas era evidente que sim o fazia um montão para os Reis. Era tempo já de que ela conhecesse todos os jogadores neste jogo para determinar diretamente onde estava ela.
Darcy esperou até que Warrick voltou a olhá-la. Logo disse “Se quiser mais informação sobre o Ulrik, necessito detalhes do que está passando”
Warrick e o Thorn intercambiaram um olhar antes que o Warrick dissesse “Trato feito”.
********

Capítulo 9

Warrick considerou seriamente machucar fisicamente ao Thorn quando ele entrou na loja de Darcy. Tudo o que Warrick desejava era manter os olhos abertos enquanto considerava o plano de Con, mas Thorn pensou que deveriam tomar o tempo para conhecê-la melhor.
A princípio, Warrick não lhe tinha seguido dentro. ficou esperando fora, e tentou seguir ali. Logo começou a perguntar-se sobre o que estaria falando Thorn com Darcy e se Thorn estaria flertando.
Thor não era galante como Rhys ou Kiril. Vivia a vida tão selvagem e livre como queria, razão pela qual passava a maior parte de seu tempo dormindo. Ele e Con constantemente se enfrentavam porque ao Thorn não importava se os mortais lhe viam em forma de Dragão ou não.
Não é que Thorn fosse procurando problemas, mas sempre parecia encontrá-los. Sua obstinação e a maneira pouco convencional em que fazia as coisas lhe diferenciavam da maioria dos Reis. Inclusive Rhys, que era o mais atrevido de todos, não sempre entendia ao Thorn.
Possivelmente era por isso que Con emparelhou ao Thorn com ele. Warrick tendia a pensar as coisas a fundo. Justo como irromper e interromper o dia de Darcy.
quanto mais tempo estava fora Warrick e pensava em Darcy paquerando com o Thorn, mais irritado ficava. Entrou pela porta principal da loja, abriu-a com magia e seguiu o som de suas vozes até a parte posterior.
Como qualquer homem, Warrick tinha desejos. Reconhecia a necessidade que fluía por ele desde a primeira vez que pôs os olhos sobre Darcy. Só se intensificou quando captou seu olhar lhe percorrendo lentamente o corpo depois de que ele lutasse contra os Dark a noite anterior.
Se ia fazer corretamente seu trabalho, teria que fazer algo com o desejo que lhe percorria. Uma visita a seu bordel favorito em Glasgow se estava impondo. Rapidamente.
Logo esqueceu ao resto das mulheres quando Darcy se voltou até ele. Suas mechas castanhas as tinha recolhidas frouxamente na parte posterior de seu pescoço, e o pescoço alto de seu suéter negro atraía seus olhos até seus seios uma e outra vez.
“Assim fácil?” disse ela com um sorriso ligeiro. "por que tenho a sensação de que não vou obter muito no caminho da informação?"
quanto mais descobrissem sobre o que Ulrik estava fazendo, melhor, por isso Warrick não pensou duas vezes antes de fazer esse trato com ela. É o que Con queria de todos os modos. Darcy já sabia dos Reis Dragão. Quaisquer perguntas que ela tivesse não podiam ser muitas.
“me pergunte algo” declarou Warrick.
Darcy lhe olhou em silencio durante comprido momento. Logo perguntou “Quem é Balladyn?”
“O máximo tenente do rei dos Dark Fae, Taraeth” explicou Warrick. “Todos os Dark uma vez foram Light Fae que escolheram a maldade. Balladyn foi um dos melhores guerreiros que os Light tiveram. Foi ferido em uma das muitas guerras civis entre eles, e Taraeth lhe capturou, lhe convertendo no Dark”
“por que Balladyn odeia ao Ulrik?”
Warrick esperava que Thorn pudesse responder, mas o Rei dos Clarets2 simplesmente retirou a vista. Warrick voltou a cabeça até Darcy. "Não está claro. Suspeitamos que tem algo a ver com que Ulrik seja um Rei"
2 Cor Burdeos
Darcy franziu o cenho. “Perdi-me”
Isso era precisamente pelo que Warrick gostava que outros explicassem as coisas. Nunca fazia um trabalho adequado, e para piorar as coisas, estava esforçando-se mais com Darcy que com qualquer outra pessoa.
“Há uma história entre Balladyn e os Reis” disse Warrick. “Um de nós teve uma relação com uma Light Fae chamada Rhi. Balladyn estava apaixonado por Rhi”
"Um não simplesmente se apaixona" Interrompeu Thorn. "Se ele odiar ao Ulrik, então Balladyn segue apaixonado por Rhi. É uma das razões pelas que a seqüestrou"
“O que?” perguntou Darcy. “Balladyn seqüestrou Rhi? por que?”
Warrick tocou as brilhantes folhas verdes de uma rosa lavanda. "Ele a culpava por voltar-se Dark. Ele também queria convertê-la. Não teve êxito"
“E Ulrik correu a tira-la de seu fechamento” disse Thorn.
Os olhos de Darcy se aumentaram. “Era Ulrik seu amante?”
“Não. Esse Rei escolheu terminar sua relação. Rhi, entretanto, segue apaixonada por ele” respondeu Warrick.
“Foram os Reis que detiveram seu amor por ela?”
Warrick se encolheu de ombros. “Ele se nega a falar disso”
“Ele não contou nada a ninguém” disse Thorn. “Nem sequer a Rhi”
Darcy fez uma careta. “Não acredito que esse Rei eu goste. Que classe de tio faz algo assim? É uma grosseria” Sacudiu com tristeza a cabeça. “De acordo. Assim se explica por que Balladyn teria enviado aos Dark detrás de mim. Não quer que Ulrik tenha mais ajuda. Se isso era assim simples, por que Balladyn não vem me matar ele mesmo?”
“Taraeth” disse Warrick. “Taraeth é o único que detém o Balladyn. Por agora. Suspeito que Balladyn tomará carreirinha logo para converter-se em rei dos Dark”
"Não vou esquecer esses dois nomes logo". Darcy tomou algumas tesouras e cortou uma flor morta. "Está aqui para tratar de me convencer de que retorne a Skye?"
Thorn fez um som do fundo de sua garganta e foi à parte detrás do estufa. "Isso deixo a você, Warrick"
A cabeça de Darcy se girou das costas do Thorn até ele. "Isso o que significa?"
Se tivesse havido tempo, Warrick poderia haver dado um murro alegremente à cara do Thorn. Thorn sabia que Warrick não estava emocionado com a idéia de Con. Agora se dava conta de por que Thorn na verdade veio ver Darcy.
“Warrick?” chamou-lhe a atenção Darcy.
“o conte, War” disse Thorn enquanto saía até a parte detrás.
Darcy deixou as tesouras e olhou ao Warrick com dureza. "Desembucha"
Warrick suspirou. Ele não deveria ser quem falasse com Darcy sobre isto. Arruinaria-o, simplesmente sabia. "Não estou aqui para te convencer de que retorne a Skye"
“De verdade?” Ela levantou uma sobrancelha castanha, seu olhar nada convencida.
“De verdade. Você queria saber sobre os Reis. Adiante com suas perguntas”
“Que tal se começar pelo princípio?”
“Isso seria mais fácil se você me contasse o que Ulrik te contou”
antes que terminasse, ela estava já negando com a cabeça. “Há duas caras de uma mesma história. Quero saber sua forma de ver as coisas”
Agora isso lhe tinha intrigado. Tinha assegurado que ela aceitaria a visão do Ulrik depois de lhe ajudar. Possivelmente não teria que esforçar-se muito para conseguir que Darcy lhes ajudasse.
“Parece surpreso” disse ela e passou junto a ele. Fez um gesto com a mão para que a seguisse. “vamos pôr-nos cômodos”
por que quando essas palavras saíram de sua boca, não imaginou sentados nas cadeiras cômodas na parte principal da loja ao redor da mesa, a não ser deixando cair nus sobre uma cama, com seus membros entrelaçados enquanto a beijava?
Sacudiu a cabeça para tratar de fazer desaparecer a imagem, mas a imagem estava firmemente implantada agora. Suas bolas se esticaram quando olhou para baixo para ver a forma em que seu jeans descoloridos se aferravam a seu bem formado traseiro.
Não havia forma de negá-lo -perdia a cabeça no que Darcy concernia.
Ela tirou as cadeiras que utilizava para seus clientes da mesa e as rodeou para que se sentassem um frente à outro. Darcy se afundou em uma, colocando uma perna debaixo dela como fazia normalmente.
Warrick agarrou a cadeira vazia, surpreso do cômoda que era. Percorreu com as mãos os braços da cadeira, lhe gostando da sensação do veludo negro debaixo de sua palma.
“Começa” disse ela.
Warrick admirou que ela fosse direto ao assunto. “Desde o começo não?”
“Sim”
adorava a forma em que seu acento escocês se fazia mais firme quando repetia as palavras. Warrick respirou fundo e pensou nos dias em que não estavam os humanos. “Durante incontáveis séculos, este reino foi nosso. Não pode imaginar o que era ver dragões por toda parte. Terei-os que preferiam a água e passavam a maior parte de seu tempo nos oceanos, mares e lagos. Terei-os que preferiam o gelo e a neve, enquanto outros se sentiam mais em casa no deserto, e outros que sentiam como sua casa as selvas”
“Como muitos de nós fazemos” disse Darcy.
Warrick assentiu levemente. "Não só fomos diferentes em nossa eleição de entorno, a não ser em cor e tamanho. Cada grupo de dragões tinha um líder"
"Os líderes foram votados?"
“Não. Convertíamo-nos em Reis de nossos Dragões porque nós tínhamos mais magia e fomos mais ferozes”.
Darcy franziu o cenho. “São imortais. Assim que uma vez que se convertiam em Reis, ninguém mais podia ocupar seu lugar?”
“Não necessariamente. Um Rei Dragon só pode morrer à mãos de outro Rei Dragão. “Houve umas poucas escaramuças entre as manadas, mas às vezes era só questão de outro com mais magia e poder querendo tomar o controle”.
“É isso o que você fez?”
Warrick ainda recordava o dia que se converteu no Rei dos Jades. “Um Rei sabe quando pode ser um Rei. Sente a força da magia e sabe instintivamente que tem mais que outros. O anterior Rei dos Jades não estava preparado para renunciar a seu título. Atacou-me tentando me matar”
“meu deus” disse Darcy com os olhos como pratos.
“Soa violento, mas não é mais que entre os humanos. É nossa forma, Darcy. É como vivemos”
“E você evidentemente ganhou”
“Sim. Não o teria desafiado durante uns anos, mas ele não estava contente com isso. Era matar ou morrer”
Ela tragou saliva. “Então se converteu no Rei dos Jades”
“Sim. Passaram vários milênios antes que chegassem os humanos”
“Chegaram? Como do espaço ou algo assim?” perguntou ela com uma careta nos lábios.
Warrick se arranhou o queixo. “Um dia não estavam ali, e ao seguinte sim, o estavam. Uma vez que eles chegaram, cada Rei se transformou em forma humana. Isso nos permitia nos comunicar com os humanos. Eles não possuíam magia, assim juramos lhes proteger”
“Tinham que saber que esse o que fora classe de acordo entre vocês e os humanos não duraria”
“por que não? por que teve que terminar?” perguntou Warrick, sentindo que a ira ia crescendo. “Nós lhes protegíamos. Os Dragões inclusive se moveram das áreas que tinham sido seus lares durante eras para dar aos humanos um lugar para viver”
“Alguma vez pensaram que lhes tivessem medo?”
Warrick se burlou. "Nem um só dragão os machucou. Nenhum dos mais pequenos nem nenhum dos maiores de nós".
“Então estavam felizes de ter que compartilhar com os humanos seu reino?” perguntou ela com um olhar conhecedor.
“Não hei dito isso. Estaria feliz se outra raça de seres de repente chegasse e te fizesse transladar de seus lares a populações inteiras por essa nova gente?”
Seus ombros decaíram, uma expressão de tristeza invadiu seu rosto. “Não. Duvido que pudesse me acomodar a essa situação”
“Houve Dragões zangados. Nós os Reis lhes mantínhamos controlados. Não era fácil, e tínhamos remorsos de nós mesmos. Mas um juramento é um juramento”.
“E nós o arruinamos”
Warrick suspirou. “Víamo-lo chegar. Con cada mortal que nascia, os humanos se voltavam mais e mais agressivos. Eles queriam mais de nossas terras. Não só agarraram nossos lares, começaram a matar nossas fontes de alimentação. A fome podia voltar os Dragões... violentos”
“Isso significa que os Dragões podiam nos comer?”
“Fizemos nossos melhores esforços, mas sabia que havia um humano que desaparecia de vez em quando”
“E se perguntam por que os humanos se voltaram contra vocês?”
“Mencionei-te que os humanos caçavam aos mais pequenos de nós quando não podiam encontrar comida? Todos nós fizemos danos os uns aos outros. Nunca é unilateral, Darcy. Nunca”
*******

Capítulo 10

Darcy se moveu em sua cadeira. Lamentou dizer que nunca lhe tinha ocorrido que os humanos tinham prejudicado aos Dragões. Eram Dragões! Eles tinham magia e poderes. por que um humano alguma vez pensaria em machucar a uma criatura que lhe estava protegendo?
Sabia o seguinte que vinha da história, ao menos do ponto de vista do Ulrik, mas estava ansiosa por escutá-lo do ponto de vista do Warrick.
Tinha uma forma de falar que a abstraía totalmente na história imediatamente. Seu acento era profundo e firme enquanto derramava suas palavras ao redor dela. E queria ouvir mais. Uma pessoa teria que estar surda para não ter o estômago trêmulo de emoção cada vez que sua rica voz enchia a habitação.
"Apesar de tudo, houve Reis que aceitaram mulheres mortais para eles"
"Era o poder de um Rei o que atraía às humanas?" perguntou ela.
Warrick encolheu seus largos ombros. “É uma possibilidade. Um Dragão se emparelha por vida”
“O qual não seria muito tempo posto que vocês são imortais e nós os humanos não o somos” assinalou ela.
O olhar cor cobalto do Warrick sustentou a dela com um duro olhar. “É quando uma mortal se volta imortal, irrevocablemente vinculada a seu Rei até que ele morre”.
Darcy sabia que lhe tinha aberto a boca pela surpresa. Isso era algo que não tinha visto nas lembranças do Ulrik, e a tinha surpreso um inferno.
“Exatamente” disse Warrick ante sua falta de resposta. “As mortais ganhavam muito pelo amor de um Rei”
Ela fechou a boca, sua mente dando voltas enquanto tentava ficar no lugar dos Reis. Não é de sentir saudades que matassem à mulher do Ulrik. "Poderia me dizer o que aconteceu com Ulrik?"
Warrick se levantou e perambulou pela loja, inspecionando os cristais que penduravam do teto. "Ulrik poderia ter sido o Rei de Reis. Todos sabiam, inclusive Con"
“Ele não queria lutar contra Com”
“Não, não o fez” Warrick voltou a cabeça até ela. “Ulrik era querido por todos. Ele tinha esse tipo de personalidade. Acredito que é por isso que todos reagimos da maneira em que o fizemos quando descobrimos a traição”
“Como averiguaram a traição de seu amante?”
“Con. Ele não confiava nos mortais precisamente, e lhe preocupava que pudesse haver uma guerra um dia. Mantinha uma estreita vigilância sobre qualquer humana que se aproximasse de um Rei. Alegra-me que o tenha feito, porque ele foi capaz de detê-la”
Darcy trocou as pernas debaixo dela enquanto seguia ao Warrick com os olhos. "Como se chamava a mulher?"
“Não lhe disse isso Ulrik?”
Ele não o tinha feito. De fato, inclusive seu nome tinha sido desalojado de suas lembranças. Seu rosto seguia aí, mas isso era tudo. “Não”
Warrick elevou levemente uma sobrancelha. A maior parte de sua cara estava oculta nas sombras, e o Darcy desejou agora ter aceso as luzes.
“Apagou-a” disse Warrick mais para si mesmo que para o Darcy. “Ela era preciosa, e Ulrik estava completamente apaixonado por ela”
Darcy tentou imaginar ao Ulrik que ela sabia apaixonado, e diretamente não pôde fazê-lo. Agora se tinha endurecido, tinha levantado uma muralha a seu redor e assim ninguém se poderia aproximar -amigos ou amantes.
Ulrik tinha sido golpeado não só pela traição de sua mulher, mas também por seus amigos. Ela sentiu a fúria que ainda havia em seu interior. Essa classe de ódio que voltava para uma pessoa escura de maneiras que ela não poderia começar a entender.
“Contou-te Ulrik como de próximos estavam Con e ele?”
Darcy se sobressaltou, ao não dar-se conta de que Warrick estava justo detrás dela. Sabia pelas lembranças do Ulrik quão próximos tinham sido Con e ele. “Em certa forma”
“Acredito que Con esperava que Ulrik lhe desafiasse pelo papel do Rei de Reis. Não é algo do que ambos tenham falado. Mas essa é minha hipótese. Tanto se um Rei está de acordo com o Constantine ou não, nenhum de nós pode discutir que tem nossos melhores interesses no coração. Ele cuida de nós todo o tempo”
“É pelo que mandou ao Ulrik longe?” Ela estirou seu pescoço para trás para jogar uma olhada ao Warrick.
Tinha um olhar distante em seu rosto. Logo piscou e a olhou. "Queria salvar ao Ulrik de ter que matá-la" Darcy se voltou de forma que pudesse ver o Warrick melhor. “Alguma vez ocorreu a Con que Ulrik precisava estar aí? Que precisava falar com ela, saber por que ela fez o que fez?”
“Terá que perguntar a Con isso” Warrick andou ao redor da cadeira dela abrindo caminho até a porta de cristal. Olhou até fora, expandindo suas costas ao respirar fundo. “Todos nós pensávamos que estávamos lhe fazendo um favor matando-a”
“Logo ele retornou”
“Logo ele retornou” Warrick se deteve, os segundos se transformaram em minutos. Darcy não queria lhe provocar posto que parecia perdido em seus pensamentos. Tinha a louca urgência de ir até ele e lhe abraçar. Não é que Warrick jamais tivesse querido ou necessitado seu toque. Devia ser pelo estado de ânimo melancólico que a invadiu ao falar de coisas tão horríveis.
"Ulrik sempre foi lento para zangar-se. Até esse momento. Nunca antes tinha visto tal fúria" As palavras do Warrick foram sortes brandamente, o timbre de sua voz era muito baixo. "Ele estava indignado por sua morte e surpreso por seu intento de traição. Mas estava devastado pelo que tínhamos feito"
“Não se deram conta justo de quanto lhe trocou esse momento”
Warrick se voltou para encará-la. “Há-lhe isso dito ele?”
Ela negou com a cabeça. “Vi-o em suas lembranças. Senti todas suas emoções. Esse momento lhe partiu em dois”
“Viu suas lembranças?” perguntou ele com assombro.
Darcy se deu conta do engano que tinha cometido. Viu que a mandíbula do Warrick se apertava, os lábios lhe esticavam. "Não quis fazê-lo. Nunca antes tinha acontecido isso"
“Sabe Ulrik?”
“Não, e não quero que saiba”
Warrick foi até a cadeira que tinha deixado vaga e apoiou as mãos no respaldo. “Contou-te ele algo de seu passado?”
“Algo. Ele condensou o que tinha acontecido que o fez atacar aos humanos. Ulrik não compartilhava nada sem uma razão. Ele queria que soubesse por que tinha sua magia atada”
“Então sabe que ele começou a atacar aos humanos depois daquela noite?”
Darcy assentiu rigidamente. “Disse-me que pensava que eles eram os responsáveis”
“Mas você viu mais em suas lembranças” deduziu Warrick.
Ela era tão fácil de ler? Darcy se levantou e pôs alguma distância entre o Warrick e ela. Só então isso fez que se voltasse de frente a ele. “Sim. Vi mais. E desejaria não havê-lo feito. Desejei que tudo o que eu sabia tivesse sido a história compartilhada por ele, mas não foi assim. Sei que ele reconhecia que seus amigos estavam tratando de ajudá-lo, apesar de que os odiava a cada um de vocês por isso. É por isso que não atacou a nenhum de vocês”
“Ele e seus Silvers mataram a milhares”
“Sim”
“Tentamos lhe deter” disse Warrick inclinando a cabeça até seu peito. “Houve alguns Reis que ficaram de seu lado um tempo, mas Con falou com eles para que retornassem a seu lado. Isso não deteve o Ulrik”
Darcy se estremeceu, recordando os poucos segundos de uma batalha que tinha visto através dos olhos de Dragão do Ulrik. "Sei"
“Para então o humanos se levantaram e começado a matar Dragões. A guerra que Con queria impedir de estava sobre nós. Todavia sinto a dor de ver Dragões sendo mortos. Tinham que ser salvos” Ele moveu a cabeça e captou o olhar dela. “Não tínhamos mais que uma opção: mandar longe a nossos Dragões”
Darcy se esfregou os braços com as mãos. “Isso não deteve o Ulrik?”
“Não o viu em suas lembranças?”
“Não, o que vi era terrorífico. Não desejo vê-lo nunca mais”
Warrick se endireitou. “Isto não parou ao Ulrik. “Conseguimos enviar alguns de seus Silvers com outros, mas quatro dos maiores ficaram com ele. O apanhá-los misturou a todos os Reis”
“E lhes enviaram com outros?” perguntou ela. Quando simplesmente a olhou, ela ofegou. “Estão aqui? Na Terra?”
“A ponte do Dragão já estava fechada. Não pudemos enviá-los. Estão dormindo, Darcy. Não precisa lhes temer”
Ela ficou uma mão sobre o estômago, sentindo-se doente. “O que aconteceria se eles despertassem?”
“Começariam a matar outra vez”
Ela olhou ao Warrick com aquiescencia. “Vale. Não há nada que temer para mim”
“Não há. Não lhes permitiremos despertar”
Darcy não podia pensar nada mais sobre os Silvers. “O que aconteceu ao Ulrik?”
“Rodeamo-lhe. Custou que cada um de nós usasse sua magia para conseguir lhe reduzir. Para poder deter as matanças, nós lhe despojamos de sua habilidade para transformar-se e falar com seus Dragões. Condenamo-lhe a ir por este reino em forma humana por toda a eternidade. E lhe desterramos de Dreagan”
"Não crê que tudo isso foi um pouco extremo?"
“Nesse momento, não” Respirou fundo. “Agora? Sim”
“Agora vocês lhe têm como um poderoso inimigo. Não é de sentir saudades que estejam zangados porque pude devolver algo de sua magia”
Warrick inclinou a cabeça. “Deu-te conta do que acontecerá se consegue recuperar toda sua magia? Desafiará Con pelo direito de governar como Rei de Reis. Se Ulrik ganhar, despertará seus Dragões e apagará aos humanos do Reino”
Darcy tentou tragar, mas tinha a boca seca. "Não"
“OH, sim. “Não te disse por que queria que lhe devolvesse sua magia?”
Ela começou a tremer. Isso não podia ser certo. Ela se voltou e correu atravessando as duas cortinas até a parte traseira com suaa planta. Ali respirou fundo várias vezes, seus dedos tocavam as folhas enquanto reduzia a velocidade, deixando que as planta a acalmassem.
“Como te convenceu?” perguntou Warrick detrás dela.
É obvio que Warrick a seguiria. Queria suas respostas, e ela tinha feito um trato com ele para compartilhar informação. Darcy esperou estar ao final da mesa antes de encarar ao Warrick. Ele não tinha avançado mais no estufa que a entrada, tal como o tinha feito antes.
“Ulrik se aproximou de mim faz três anos” começou ela. “Disse-me que tinha magia mas que estava travada. Não é estranho para os Druidas travar a magia de outros por distintas razões”
“Isso é o que pensou que era? Um Druida?”
Não pôde sustentar o olhar cobalto do Warrick. Era como se pudesse ver através dela. “Levava em Edimburgo sete anos. Sua visita foi a primeira que recebia em que alguém entrava e subia que eu era uma Druida. Dei-me conta de que tinha que vir do mundo da magia, mas ele não atuou como qualquer Druida que eu conhecesse”
Warrick apoiou um ombro sobre a porta. “E?”
“Disse-me que era um Rei Dragão” Ela riu a princípio, pensando que era uma brincadeira. Isso não durou muito.
“Isso é tudo o que lhe custou te convencer?”
“É obvio que não” lhe cortou ela. Ela respirou profundamente para acalmar-se. "Leio a palma da mão. Vejo o futuro das pessoas e, às vezes, seus passados. É meu dom. Já seja através das cartas do tarot ou das Palmas, a verdade está aí".
Warrick tinha um olhar de assombro em seu rosto quando perguntou “Te deixou que lhe lesse a palma da mão?”
“Sim. Aí foi quando vi a verdade -que ele era um Rei Dragão”.
*******
Capítulo 11

Rhi estava nervosa. Tinha-o estado desde que Balladyn a deixasse no deserto. Nem sequer o novo OPI Sombras Nórdicas pôde ajudá-la, embora o violeta escuro -Viking in ao Vinter Vonderland- certamente não machucava. O brilho acrescentado nas pontas do My Voice Is ao Little Norse pelo geral a fazia sorrir.
Hoje não. Não desde seu bate-papo com o Balladyn.
Rhi estendeu sua mão e curvou seus dedos até sua palma e lhes fez uma foto com seu telefone. Subiu-a rapidamente ao Facebook antes de notar que tinha mil novos "Eu gosto" em sua página.
Nem sequer isso a contentou.
Só havia uma coisa que poderia possivelmente fazer que se esquecesse de seus problemas durante um momento -irritar Con. Nunca lhe custava muito. Pelo geral, tudo o que tinha que fazer era fazer uma aparição. Isso era suficiente para fazer lhe pulsasse a veia na têmpora. Poucos sabiam que essa era uma pista de que estava furioso. Ocultava suas emoções muito bem, mas Rhi lhe conhecia o suficiente para saber muitos de seus segredos.
velou-se e se transportou a Dreagan, justo ao despacho de Con. Quando não foi rechaçada imediatamente, sabia que ele ainda tinha que esculpir os símbolos que se encontravam na porta da cabana como a tinha ameaçado que faria.
quanto mais se zangava porque ela entrasse em seu escritório sem anunciar-se, ainda mais o fazia ela. Ela vivia para incomodar. converteu-se em um vício, algo que ela praticava e aperfeiçoava só para esse estúpido.
Porque podia.
Salvo que não estava em seu escritório. Rhi permaneceu velada enquanto passeava ao redor de sua escrivaninha e olhou para baixo aos informes prolixamente empilhados e a caneta ao lado deles.
Quão único faria que Con deixasse sem terminar seu trabalho era uma emergência, e como Rhi podia ouvir a risada do Ryder do piso de acima, não acontecia nada.
Curiosa, Rhi saiu do despacho de Con. A última vez que andou pela Mansão Dreagan livremente, tinha sido com seu amante. Claro que aparecia por todo Dreagan, e inclusive na mansão às vezes, mas ela não tinha caminhado por ela em... anos.
Vagou pelo segundo piso, detendo-se ante as portas fechadas e pegando a orelha. Algumas estavam vazias, mas encontrou Cassie e Hal em uma, assim como ao Sammi e Tristán em outra, embora não incomodou nenhuma dos casais. Nas habitações que se deixaram abertas, não pôde resistir a entrar. Ela examinou cada uma antes de subir ao terceiro piso.
Repetindo o mesmo processo, Rhi abriu caminho no terceiro piso até que chegou à habitação dos ordenadores. A porta estava entreaberta, o suficiente para poder entrar facilmente na habitação.
Todas as telas estavam acesas, e cada uma tinha algo diferente nela. Observou ao Ryder abrir uma nova caixa de donuts, procurando seu favorito -o cheio de geléia. Mas seu olhar foi apanhado pela tela que captava a atenção do Ryder.
Nele havia a foto de uma mulher com o cabelo castanho e os olhos verdes. Darcy Allen era o nome na parte de abaixo da tela.
“Deixou-lhe ali com Darcy?” perguntou Ryder.
Rhi se sobressaltou até que se deu conta de que Ryder estava falando através de seus auriculares. Ela se apoiou perto para escutar a resposta.
“Sim. Teria que ter visto sua cara. Me vai cair o inferno depois”
Rhi conhecia essa voz, mas não sabia a quem pertencia. O que significava que outro dos Reis devia haver despertado.
“Sabe que podia ter utilizado nosso enlace” disse Ryder.
O Rei soltou uma risadinha. “Sim, mas eu gosto deste aparato. Um telefone móvel. Engenhoso”
“Não tive oportunidade de te mostrar os ordenadores. E seu móvel se chama smartphone”
“Um smartphone sim? De acordo”
Thorn. Havia algo em seu discurso, a confiança e a arrogância que era todo Thorn. Era outro que se cravava sob a pele de Con quase tão facilmente como ela.
Ryder soltou uma risadinha. “Não apareceram mais Dark Fae?”
Dark? Havia perto Dark Fae? Rhi escaneou a tela com a imagem de Darcy que tinha toda sua informação a um lado até que viu Edimburgo na pronta.
“Não”, Thorn declarou em tom duro. “Suspeito que haverá mais deles esta noite”
“Con na verdade pensa que podemos convence-la de que nos ajude contra Ulrik?”
“Aparentemente. Warrick tem suas dúvidas”
Rhi fez uma careta. Con tinha enviado ao Warrick e ao Thorn a Edimburgo? Isso era como mandar água e dinamite. Mais surpreendente era que Warrick tivesse estado de acordo tendo companheiro. Entretanto, era o conhecimento de que os Dark foram detrás de Darcy o que chamava sua atenção.
Não podia entendê-lo, até que leu a parte inferior da tela -Druida. Então tudo teve sentido. Ulrik tinha usado a uma Druida para liberar parte de sua magia, e Rhi apostaria seu melhor par do Jimmy Choos que Darcy era essa Druida.
Rhi ia a teletransportar-se a Edimburgo para ver Darcy por si mesma quando algo na tela captou sua atenção. Darcy se criou em Skye.
Uma Druida de Skye? Em Edimburgo? Só?
Algo realmente não ia bem. Os Druidas de Skye normalmente não deixavam a Ilha. Eram mais fortes ali, onde sua magia prosperava e os anciões mantinham a ilha protegida.
Houve outra Druida de Skye que tinha deixado a ilha que Rhi conhecesse -Aisley.
“Warrick a convencerá de que fique em Edimburgo” disse Thorn, interrompendo seus pensamentos. Rhi se centrou na conversa entre Ryder e Thorn uma vez mais.
“Um de vocês terá que ficar com ela todo o tempo para manter fora aos Dark Fae” disse Ryder.
Thorn soltou uma risadinha. “Viu-a? Isso não vai ser um problema. Merda. Inclusive Warrick não pode lhe tirar os olhos de cima”
A conversa se voltou até todas as diversões modernas às que Thorn estava acostumando-se. Rhi saiu da habitação de ordenadores e se dirigiu ao primeiro piso a procurar o Constantine. Queria saber por que teria que pôr intencionadamente a uma Druida em caminho de ser machucada.
Podia haver perguntado ao Ryder, ou inclusive acudir ao Warrick ou ao Thorn, mas nunca deixava passar a ocasião de enfurecer ao Constantine.
Mas sua busca não teve resultados. Con não estava na mansão, nas terras nem perto da destilaria. foi-se.
Rhi imediatamente se teletransportou a Irlanda e ao castelo de sua rainha. manteve-se velada e apareceu na habitação do trono. Estava vazia, e posto que Rhi sabia que Usaeil não estava fazendo um filme ou fazendo uma sessão de fotos, isso significava que sua rainha estava em sua habitação.
Ela se dirigiu até a porta, com a intenção de abri-la e apanhá-la com o Constantine. Sua mão agarrou o pomo e o girou.
Mas não se moveu.
Rhi poderia abri-lo com magia, mas ela se conteve. Apenas. Sabia que Usaeil estava tendo uma aventura com um Rei. Usaeil nunca tinha aprovado a relação de Rhi com seu Rei, e entretanto a Rainha estava fazendo exatamente o que tinha criticado a Rhi.
Se havia algo que Rhi não podia agüentar era um hipócrita. Levaria-lhe um pouco de tempo, mas averiguaria com quem estava compartilhando sua cama Usaeil. Só precisava vê-lo com seus próprios olhos.
A porta começou a estralar, e Rhi se deu conta de que ela estava brilhando. Rapidamente soltou a porta e se teletransportou antes que sua irritação a dominasse e derrubasse o castelo.
*******
Warrick não estava feliz quando Darcy exigiu retornar a seu piso. Teria preferido seguir na loja sobre um terreno onde havia poucas janelas se por acaso os Dark tentassem capturá-la.
Não lhe viria bem à cidade inteira ver um Dragão e um Dark lutando no terceiro piso de um edifício, ou captando um vídeo de um Dark fazendo magia. Ou o que era pior, ao Thorn ou a ele em forma de Dragão.
Mas os argumentos de Darcy sobre uma cama e uma ducha ganharam.
Warrick caminhava a seu lado. Estava assombrado de quão rapidamente ela se aberto caminho para baixar a rua. Também foi cautelosa e esteve atenta. Traços que lhe seriam úteis.
“Viu o futuro do Ulrik quando leu a palma de sua mão?” perguntou ele.
Darcy negou com a cabeça. “Na verdade, foi bastante estranho. Seu futuro estava bloqueado. A única outra vez que aconteceu foi quando alguém tinha a opção de fazer que se pudesse determinar seu destino de maneiras opostas”
Warrick se perguntava se essa determinação seria se Ulrik matava a Con ou não. “Seu passado estava aberto para você?”
“Quase. Se tivesse tido tempo, teria visto mais. Ulrik estava muito interessado em que eu desligasse sua magia, assim quanto mais tempo eu o tentava, mais lembranças tinha à mão para que eu pudesse ver”
“O qual fez”
Ela olhou ao Warrick, sua expressão ilegível. “Fiz-o. Vi o que essa mulher fazia, e vi o que seus amigos fizeram a ele. Havia dor em seu interior com o que viveu durante milhares de séculos. Nem sequer se dá conta de que já não está aí. É o que o mantém em marcha, o mantém concentrado”
“É o que lhe está governando” acrescentou Warrick.
“Exatamente. Tive um brilho do que gostava antes que fosse traído. A pessoa que era, e a que agora é são como a noite e o dia”
Warrick se apressou a trocar ao outro lado de Darcy quando viu um homem que vinha até ela e que não tinha intenção de apartar do caminho. O homem se chocou contra Warrick antes de ricochetear e se chocar contra um poste de luz.
Warrick lhe lançou um olhar sem deter-se. voltou-se até Darcy. "crê que, se déssemos a bem-vinda ao Ulrik em Dreagan, ele poderia deixar ir a ira?"
“Não acredito. Está muito enraizado nele agora. Passou o ponto de retorno”
“E sabendo isso ainda lhe ajuda?”
Ela pôs os olhos em branco. "Por última vez, sim. Não tem idéia de como lhe devolver algo de sua magia lhe deu uma medida de paz. Quanto você gostaria de ter as asas cortadas para que alguma vez possa voar outra vez?"
Warrick pensou no Rhys e em como Ulrik tinha combinado sua magia com a dos Dark para lhe amaldiçoar. Essas poucas semanas fizeram que Rhys estivesse perto de perder a prudência. Ulrik tinha suportado essa tortura durante milhares de anos.
“Está tentando nos expor ante o mundo” disse Warrick. “Ulrik uniu forças com os Dark e falou sobre nós com uma pequena seção do MI5. Esses humanos e os Dark mataram e atacaram a outros humanos em um esforço por mostrar ao mundo o que somos”
Os passos de Darcy se ralentizaron enquanto alcançava a porta do portal do edifício. “Todos vocês querem vingança contra Ulrik por ter que enviar longe a seus Dragões. Conseguiram-na”
“Isso não era vingança”
“Não era?” perguntou ela enquanto o encarava. “Não estavam zangados contra Ulrik por ser incapaz de controlar sua ira e atacar aos humanos? Não lhe culpavam cada um de vocês por começar a guerra e que os humanos matassem aos Dragões?”
Warrick começou a negar com a cabeça, logo se deu conta de que ela tinha razão. Eles tinham culpado ao Ulrik de tudo isso.
“A vingança é uma poderosa motivação” continuou Darcy. “Ulrik só quer o que lhe corresponde. Ele culpa a todos vocês, mas seu centro é Con”
“Crê que Ulrik merece sua vingança?”
“Acredito que Ulrik merece ser quem é -um Rei Dragão que possa transformar-se e elevar-se ao céu uma vez mais”
“Inclusive se isso significa seu desaparecimento?” perguntou Ulrik.
Ela olhou até a escuridão do céu. "Só esperemos que enquanto Ulrik esteve em forma humana tenha visto alguns de nós que poderiam havê-lo feito odiar a nossa raça um pouco menos".
Warrick esperou até que ela atravessou a porta antes de sussurrar para si mesmo “Não conte com isso”
*******

Capítulo 12

Perth, Escócia.
Ulrik revisou a cada pessoa que trabalhava para ele e realizou uma verificação de antecedentes mais profunda sobre eles. Agora que sabia o que procurar, pôde detectar quem também trabalhava para seu tio.
Eram sete no total, e com cada revelação, mais crescia sua ira e se convertia em ódio. Mikkel tinha metido suas mãos na vida do Ulrik mais do que lhe resultava cômodo. Ulrik adicionou uma marca ao lado de cada um dos sete nomes. Queria despedi-los, mas isso alertaria ao Mikkel de que sabia da participação de seu tio.
Em lugar disso, optou por não fazer nada. Deixou que esses sete seguissem como estavam. Ulrik estranha vez lhes dizia muito, mas agora se asseguraria de não lhes dizer nada que pudessem contar ao Mikkel.
Cada vez que Mikkel lhe deixava entrar em uma de suas muitas residências, Ulrik descobria mais e mais gente trabalhando para ele -e não só os que estavam nas casas. Com um pouco de escutas e diligência, Ulrik pôde averiguar um nome de quão mercenários Mikkel utilizava. A partir daí, foi fácil descobrir com quem estavam associados os mercenários.
Tomou nota de vários nomes mais sob sua investigação, acrescentando alguma relevante informação que pudesse lhe ajudar em um futuro.
Uma das coisas nas que estava trabalhando era averiguar quem era o homem interno do Mikkel no MI5. Quanto aos Dark, ao Ulrik não preocupava que estivessem unidos com o Mikkel. A aliança do Ulrik com eles não era tão profunda, e isso lhe beneficiaria ao final.
Os Dark lhe faziam favores e lhes dava informação sobre os Reis. Entretanto, agora sabia que os Dark estavam levando esse conhecimento diretamente ao Mikkel.
Se ele fosse do tipo crédulo, seu tio lhe teria esquecido em uma esquina. Mas as traições foram uma lição difícil, e uma que nunca foi esquecida. A confiança não era algo que Ulrik pudesse dar -ou desse- a ninguém.
Tirou outra pasta. Esta enumerava a todos quão mortais trabalhavam para Dreagan. Um deles era o espião do Mikkel, e ele ia averiguar quem era. Se havia algo que Ulrik tinha aprendido a fazer, e fazê-lo bem, era reverter a um possível mexeriqueiro.
O dinheiro sempre era uma boa motivação. Ulrik estava preparado para pagar o triplo que Mikkel tinha pago ao espião, mas Ulrik teria que ir um passo mais longe e assegurar-se de que a toupeira estivesse em dívida com ele de tal maneira que nunca lhe traísse.
Houve um flash em sua mente e a cara de Rhi apareceu enquanto ela se transportou até sua loja. Ulrik fechou a pasta e a colocou dentro da gaveta. Logo se levantou de sua escrivaninha e transladou seu olhar por volta do segundo piso onde Rhi estava olhando uma pintura de um nobre do século XVI.
A primeira coisa que notou foi a silenciosa fúria que percorria o corpo da Light Fae. Sua cara estava oculta por sua posição lhe dando as costas assim como por seu comprido cabelo.
Ela estava imóvel como uma pedra, com uma fina camisa de suave cor topo que se adaptava sensualmente sobre cada curva de seus quadris. suas pernas estavam embainhadas em umas calças colocadas por dentro de umas altas botas negras.
“tornou por outro beijo?” perguntou ele.
Houve uma larga pausa antes que ela respondesse, “O que diria se disser que sim?”
“Diria-te que está muito longe. Se quiser que te dê um beijo apropiadamente, precisa estar junto a mim”
Rhi voltou a cara até ele, tentada de aproximar-se e lhe beijar outra vez. Tinha que saber se os beijos do Ulrik eram tão poderosos como ela recordava. Mas tinha muita ira para pensar em beijos agora. “Quero saber o que quer de mim”
“Rogar seu perdão?”
Rhi suspirou, sua ira crescendo novamente. Tinha que conseguir tê-la sob controle, e rapidamente. “Você me tirou da prisão do Balladyn porque quer algo. O que é?”
“Não sei ainda”
agarrou-se ao corrimão com maior força e olhou por cima ao Ulrik. Ele tinha seu cabelo negro solto, fazendo que parecesse um pícaro. Levava uns jeans e um pulôver fino. como sempre, estava esplêndido.
“Estou cansada de ser utilizada. Balladyn queria me torturar e me converter em Dark, e agora me quer em sua cama. Você me quer para um pouco não dito quando queira que você ditas utilizá-lo. Usaeil quer a sua inteira disposição e para conhecer cada um de meus movimentos. Con quer assegurar-se de que nunca volte a pisar em Dreagan”.
“O que quer você, Rhi?” Essa pergunta foi feita em voz baixa como se ela fosse um animal selvagem a ponto de atacar. Ulrik tirou as mãos dos bolsos de suas calças e as deixou pendurar a suas costas. Deu um pequeno passo até as escadas. “Esquece a todo mundo. Te centre em você”
Esquecer? Como poderia quando ela estava rodeada? Ulrik, Usaeil, Con, Balladyn, e o Henry eram só uns poucos que procuravam algo dela.
Fechou os olhos, e imediatamente a cara de seu amante apareceu. Ele era o único que não queria nada dela. Por que seguia lhe doendo tanto cada vez que pensava nele? por que não podia a dor atenuar-se como todos diziam que aconteceria? Milhares de anos, e a dor era tão recente como o dia em que ele pôs fim a sua aventura amorosa.
“Rhi? me diga o que quer”, urgiu-a Ulrik, sua voz mais perto.
O que queria ela? Queria ele de volta. Queria que seu Rei Dragão a amasse outra vez. Queria senti-lo perto dela, ter seus braços ao redor de seus ombros enquanto a aproximava mais a ele. Queria ver seu sorriso, olhar em seus...
“me diga Rhi. O que lhe importam eles? É uma Light Fae poderosa”
Ela se deu conta de que ele estava justo detrás dela. Rhi abriu os olhos e viu que estava brilhando. Tudo ao redor dela estava tremendo. Um vaso caiu de um pedestal e se fez pedacinhos, enquanto os livros caíam das estantes. As taças de chá voaram pela habitação para estelar-se contra a parede oposta.
Os braços do Ulrik estiveram de repente ao redor dela, reconfortantes e amáveis. “Manteve-o por muito tempo. Deixa-o sair, Rhi”
Ela negou com a cabeça, inclusive enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. “Não posso”
“Você pode” sussurrou, abraçando-a mais forte.
Rhi o agarrou pelos braços. Estava esgotada por ter sido arrastada em tantas direções. A mentira que se disse e a todos outros já não se podia manter por mais tempo. Ela não estava bem. Estava tão longe de estar bem que a assustava.
Doía-lhe o peito, não podia respirar. Logo a primeira lágrima caiu. depois disso, as comportas se abriram e elas saíram a fervuras de seus olhos.
O último que a viu chorar foi Balladyn. Rhi não queria que Ulrik a visse nesse estado de debilidade, mas foram seus braços os que a agarraram e lhe deram a coragem para ver-se como a fraude no que se converteu.
Rhi não soube quanto tempo chorou. Quando seus ombros pararam de tremer, encontrou-se ainda nos braços do Ulrik com ambos sentados em uns dos sofás perto das estantes dos livros.
Ela se reclinou contra seu peito, suas mãos ainda agarravam seus braços que não se afrouxaram. Sua cabeça descansava contra seu ombro e estava bastante segura de que seu suéter estava molhado por suas lágrimas.
"Isto foi muito tarde" disse
Ela se encolheu de ombros “Odeio chorar”
“Adora agradar às pessoas e lhes ajudar, mas quando vai te dar conta de que a única pessoa que necessita para ser feliz é você?”
Rhi voltou a cabeça para lhe olhar. “É feliz?”
“Essa, provavelmente, não seja a palavra correta para mim. Contente. Sim, isso é o que eu utilizaria. Estou contente. Não serei feliz até que tenha toda minha magia e possa me transformar outra vez”
“Crê que isso passará?”
“Sei”
Sua certeza fez que se limpasse as lágrimas da cara. Ela aspirou e deixou que sua cabeça voltasse para seu ombro. "Não acredito que possa ser feliz ou estar satisfeita. Pensei que sim, e logo Balladyn me capturou"
“Sobreviveu a sua tortura e às Correntes do Mordare”
“Fiz?” Ela não estava tão segura disso.
Os braços do Ulrik se esticaram uma fração “Está sentada aqui. Rompeu as Correntes do Mordare, e derrubou todo seu complexo. Sim, Rhi, digo-te que sobreviveu”
“Possivelmente”
“E agora?” perguntou. “Está satisfeita?”
“Não sei nada mais. Alguns dias são bons, outros são impossíveis de atravessar por eles”
“Algo te fez sair hoje”
Rhi aspirou enquanto recordava. “Usaeil tem um novo amante”
Houve um momento de silêncio antes que o Ulrik dissesse “Ah. Suponho que é um Rei”
Ela assentiu com a cabeça, incapaz de falar pelo momento. “Ninguém lhe viu. Mas acredito que é um Rei”
“Con?”
“Não sei. Tentei lhes agarrar juntos”
Ulrik moveu seus braços. “Deixa-o ir, Rhi. O que teve com seu Rei está terminado”
“terminou com sua mulher e sua traição?” perguntou ela com sarcasmo.
“Sim”
Rhi se soltou de seus braços e se voltou no sofá para lhe olhar “Como?”
“Matei sua alma”
Ela olhou boquiaberta ao Ulrik. Ele era o único Rei Dragão que tinha o poder de trazer os mortos de volta. Nunca lhe ocorreu que poderia encontrar uma alma e matá-la. Se a alma morria, nunca poderia renascer.
“Vejo que ficou assombrada” disse ele pondo o braço com o passar do respaldo do sofá enquanto a olhava. “Não deveria. Sabe o que sou”
Ela certamente sabia. Mas havia ocasiões em que se esquecia. Como fazia um momento enquanto a estava abraçando.
“Quanto tempo aconteceu desde que seu Rei e você estiveram juntos?” perguntou ele.
Rhi afastou o olhar, as lágrimas retornando novamente. “Um montão de tempo, mas nem tanto que não recorde o sabor de seus beijos ou a forma na que me olhava e sorria”
"Nunca seguirá adiante a menos que o deixe ir. O que precisa é outro amante"
Lhe olhou de forma cortante “Se estas propondo para esse posto?”
“Aceitaria-me?”
“O que pode me contar sobre Darcy Allen?” Rhi trocou de tema antes de aceitar algo que poderia piorar as coisas.
Os olhos dourados do Ulrik se entrecerraram uma fração. “Vejo que esteve em Dreagan”
“É obvio”
“A quem enviou Con?”
Rhi se transladou ao extremo oposto do sofá para poder assim ver melhor ao Ulrik. “Como sabe que mandou a alguém?”
“Porque é Con”
“Warrick e o Thorn”
Ulrik não fez mais que uma careta ante a notícia “Interessante combinação”
“Os Dark a atacaram”
Ante isso, o rosto do Ulrik se endureceu. “Tiveram êxito capturando-a?”
“Não com o Warrick e o Thorn ali. por que os Dark vão detrás dela?”
Ulrik se levantou e caminhou até o corrimão. "Há muitas razões pelas quais os Dark poderiam querê-la"
“Mas você sabe qual é a razão real” Rhi se deslizou até o bordo do sofá. "Isto é mais emoção do que vi em você, bom... alguma vez. Darcy é seu casal?"
Lhe lançou um olhar escuro. “Jamais voltarei a cometer esse engano”
"Mas ela é significativa" Rhi se levantou e caminhou até ele. "Quantos Druidas viu antes que Darcy te ajudasse?"
“Centenas” respondeu ele sem vacilar. “Cada um deles morreu tão logo ficou em contato com a magia de Dragão”
Com um gesto da mão, Rhi reparou todo o dano que tinha causado na loja antes. "Então, deveria estar cuidando de Darcy você mesmo, ou ao menos, ter uma conversa com o Taraeth"
Ulrik grunhiu. “Darcy é mais que capaz de defender-se por si mesmo”
“Contra os Dark?” Foi o turno de Rhi de grunhir. "Segue te repetindo isso. Além disso, pensei que se preocuparia que se apaixonasse por um dos Reis e revelará todos seus segredos"
“Ela não sabe nada”
Rhi estava disposta a apostar o contrário. Darcy era uma Druida capaz não só de tocar a magia de Dragão, a não ser inverte-la, o que sugeria que ela sabia mais sobre o Ulrik do que ele suspeitava. por que mais Con enviaria Reis a ela?
“Ela é de Skye”
Ulrik se encolheu de ombros e cravou em Rhi um olhar gelado. “Seu ponto?”
“Você sabe quão poderosos são os Druidas de Skye. Qualquer que a tenha em suas mãos teria algo especial. Sejamos realistas, os Reis Dragão não são os únicos com inimigos. Você também os tem”
voltou-se de lado até ela, um leve sorriso apareceu nos extremos de sua boca. "O que sabe de meus inimigos?"
“Nada. Ainda”
Toda pretensão de flertar desapareceu. Ele se endireitou, uma de suas mãos lhe apertou um cotovelo. “Escuta cuidadosamente, Rhi. te afaste disto. Não quererá conseguir te ver envolta nisto”.
Estava mortalmente sério. Rhi se perguntou só em que estava envolto Ulrik. Ele matava e fazia feitiços como queria. A traição de outros havia o tornado frio e infame de maneiras que nunca poderiam ser apagadas.
“Perguntava-me o que quero de você” disse ele. “Direi-lhe isso. Mantenha a salvo a Darcy. Não deixe que os Dark a levem”
Rhi ia ajudar Darcy de todas maneiras, mas o rogo do Ulrik fez que lhe picasse a curiosidade. “Farei-o”
“Rhi”
Ela se deteve meio televisão transportada e olhou ao Ulrik. “O que?”
“A mantenha fora das garras dos Reis”
*******

Capítulo 13

Darcy tentou esquecer que Warrick estava no apartamento com ela, mas era impossível. Era tão alto e imponente que diminuía tudo ainda mais.
Mas não era só sua aparência física. Inclusive em outra habitação, podia sentir sua presença. Acalmava-a, fazia-lhe sentir como se nada pudesse machucá-la.
retorceu o cabelo e saiu da ducha para secar-se. depois de vestir-se com uma sudadera e uma camiseta de grande tamanho, penteou-se e saiu do banheiro.
Warrick estava de pé ante a janela, olhando até a cidade. “Se os Dark vêm será pela noite”
Ela observou além dele o negro céu e as luzes do Edimburgo. “Inclusive contigo e com o Thorn aqui?”
“Depende do quanto lhe queiram” Warrick se voltou até ela.
“Tudo isto porque chegue a tocar a magia de Dragão?”
“A nossa é a mais poderosa magia do reino. Nada se supõe que é capaz de comparar-se à nossa”
Darcy passeou pela área da cozinha e revolveu a sopa que estava esquentando. "Ajudaria se te dissesse que quase me mata?"
“Não”, replicou ele com voz firme. “Não o faria”
“Entendo ao Ulrik melhor que você. Ulrik odeia aos humanos e não lhe importa que nós saibamos. Outros Reis Dragão podem nos odiar, e entretanto, seguem-nos protegendo”
“Há muitos de nós que detestam aos mortais, mas fizemos um juramente. Assim como o fez Ulrik”
“Acredito que todos os Reis têm uma razão para que não gostem”
Ele caminhou até o sofá e se deteve detrás apoiando seus quadris nele. “Não lutamos contra vocês na guerra. Foram seus antepassados e as decisões que eles fizeram”
“Crê que seria muito diferente se Ulrik chegasse aos Silvers?”
Warrick se esfregou a nuca. "A guerra não foi uma questão de quem lutava ou em que período de tempo. Há morte e destruição, e ambas as partes perdem. Isto significa que está começando a entender por que queremos deter o Ulrik?"
Agarrou as terrinas da prateleira e as pôs sobre o mostrador. Darcy repartiu duas porções e as levou a pequena mesa entre a sala de estar e a cozinha. "Não, só eu gosto de saber o que pensam ambas as partes".
“escutou nossa versão da história”
Ela colocou os tigelas e as colheres e logo foi agarrar duas cervejas. Darcy se dirigiu ao Warrick e lhe ofereceu uma delas. “Fiz-o. Não digo que estivessem equivocados no que fizeram, mas acredito que já aconteceu muito tempo. Por cada dia que passa e o Ulrik não pode transformar-se, sua irritação cresce”
Darcy não se deu conta do perto que tinha chegado ao Warrick até que levantou a vista e se encontrou com seu olhar cor cobalto. Estava a escassos centímetros dela. fazia-se difícil respirar por sua cercania.
Seu peito subia e baixava rapidamente enquanto seu sangue lhe pulsava nos ouvidos. Logo o olhar dele baixou até sua boca, e o desejo se concentrou em seu ventre. Queria um beijo dele com tanto desespero que lhe debilitava os joelhos.
Logo ele levantou os olhos. Seus olhares se entrelaçaram, sustentaram-se a uma à outra. Não se podia negar a tensão sexual que havia e que invadia o departamento. Crescia, expandia-se, com cada respiração deixando a Darcy com calafrios percorrendo sua pele.
Ela separou os lábios com espera quando viu obscurecer-se seus olhos, pulsando o desejo.
“Não estarei interrompendo algo, não?” disse uma voz sensual de mulher com o humor marcando as últimas palavras.
As fossas nasais do Warrick se alargaram enquanto retrocedia de Darcy. “Rhi” disse mecanicamente.
Darcy lhe rodeou para ver uma voluptuosa mulher de cabelo negro tão esplêndida que só podia olhá-la boquiaberta.
Rhi levantou sua mão do respaldo da cadeira na mesa e agitou os dedos. "Suponho que interrompi algo. É uma pena", disse com um sorriso de cumplicidade.
Darcy olhou ao Warrick para lhe encontrar olhando à mulher. Logo observou a porta de entrada e a encontrou fechada com chave. Seus feitiços ainda estavam seu lugar, e nenhum alarme tinha divulgado.
Ela retornou a Rhi e juntou todas as peças. Cabelo negro, olhos chapeados, e muito atrativa para ser real. Era um Fae. Ela também era da que Warrick lhe tinha contado sobre que tinha tido uma aventura com um Rei Dragão.
“Como demônios entrou em meu apartamento?” exigiu Darcy.
A Fae pôs seus olhos chapeados em branco e se moveu até o fogo para cheirar a sopa. "Creia-o ou não, garota, estou aqui para te ajudar. O que está cozinhando? Cheira delicioso"
"Toma a minha" disse Darcy enquanto entregava a terrina a Rhi. Observou Rhi tomar um pouco e assentir apreciativamente com a cabeça. Então Darcy disse: "Preciso saber como entrou. Criei feitiços para manter aos Dark fora"
Rhi se deteve com a colher a meio caminho até sua boca. Franziu o cenho e olhou ao Warrick. “Não lhe contou as diferenças entre os Dark e os Lights?”
“Fiz-o” disse Warrick com os dentes apertados.
Rhi se encolheu de ombros, e voltou a olhar a Darcy. "Terá que lhe perdoar. Warrick tende a guardar silêncio. Em caso de que não o tenha explicado corretamente, sou Light Fae. Todos os Fae têm cabelo negro, mas os Dark têm prata nos seus. quanto mais prata, mais maldades cometeram. Logo estão os olhos. meus não são vermelhos”
“Sim, até aí chegou” Darcy agarrou o tigela de sopa do Warrick posto que ele evidentemente não ia sentar se. Suas mãos se roçaram, e seu estômago se estremeceu grosseiramente. "Isso não explica por que está aqui"
“Não?”. Rhi deu outro sorvo da sopa. “Isto está realmente bom”
“É uma receita familiar” Darcy não entendia por que seguia sendo tão encantadora. Queria dizer a Rhi que saísse de seu piso, mas por alguma razão não podia.
Darcy pensou que tinha algo que ver com que Warrick se agitasse à chegada de Rhi, mas não no modo batalha.
"Sou um farol para os Fae?" Darcy perguntou ao Warrick. "por que seguem vindo?"
Rhi deixou o tigela e encarou Darcy. “Acreditava que podia ajudar ao Ulrik e não ter a ninguém centrado em você?”
“Isso foi faz três anos!”
Foi a forma em que Rhi franziu o cenho, uma mescla de preocupação e assombro, o que fez que Darcy girasse sua cabeça até o Warrick que a olhava como se acabasse de ter as respostas ao universo.
“Que me condenem!”
Darcy olhou aos dois. “Alguém, por favor, pode me dizer o que ocorre”
“É por você” disse Warrick e deixou sua tigela sobre a mesa perto da de Rhi. “Você foi a razão de que os Silvers se movessem”
Se Darcy estava confusa antes, agora se estava afundando em um poço de perplexidade. “A humana necessita uma explicação, imediatamente”
Rhi soltou uma risadinha. “OH, garota. Como nos vamos divertir”
Foi imaginação de Darcy, ou Warrick diretamente tinha grunhido a Rhi? Evidentemente, a Light Fae também lhe tinha escutado porque riu mais forte.
Warrick passou uma mão através de suas mechas loiras e suspirou. “depois do que a mulher do Ulrik fez...”
“Qual era seu nome?” interrompeu-lhe Darcy.
Rhi inclinou a cabeça até um lado. “Não lhe há isso dito Ulrik?”
“negava-se a falar”
“Isso não é surpreendente” disse Rhi.
Warrick se encolheu de ombros quando Darcy lhe olhou. “Sinceramente, acredito que nunca soube seu nome. Não era relevante”
“Bem. Isso o responde” disse Darcy, mais para si mesmo que para os outros.
Warrick pigarreou e continuou. “depois da traição da mortal do Ulrik, Con temia que acontecesse outra vez”
“Já não estavam os Reis emparelhados com humanas?”
Warrick negou com a cabeça. “Um ou dois, os quais morreram na batalha que dividiu a amizade entre o Ulrik e Con”
Darcy assentiu compreendendo. “Então seus casais morreram também” “Exatamente. Outros Reis que tinham amantes mortais se afastaram delas. Acabávamos de mandar longe a nossos Dragões, assim como muitos outros tinham morrido. Precisávamos desaparecer por um tempo”
“O qual fizeram” acrescentou Rhi.
"Tivemos que fazê-lo", disse Warrick. "Os humanos não podiam nos matar aos Reis Dragão, mas não queríamos que soubessem isso. Queríamos que acreditassem que nos tínhamos ido com os Dragões. Enquanto nos ocultávamos em Dreagan e estabelecemos um perímetro para que nenhum mortal se aventurasse em nossa terra, combinamos nossa magia uma vez mais para garantir que nunca mais sentiríamos emoções profundas pelos humanos”
Darcy ficou assombrada “Alguma vez?”
Rhi bufou ruidosamente e jogou para trás seu comprido cabelo negro enquanto caminhava pelo departamento. "Esse era seu plano. Funcionou durante tantos milênios que Con acreditou que o feitiço nunca se romperia"
"Mas sim foi quebrado" disse Warrick. “Faz dois anos e meio, os Silvers se moveram. Temo-los enjaulados na montanha, dormindo. Não se tinham movido desde que lhes pusemos ali. Logo o fizeram”
“Não muito depois disso, o primeiro Rei Dragão conheceu uma americana e se apaixonou” disse Rhi. Houve um sorriso em seu rosto quando disse: "Não importa quanto Con tentasse revitalizar o feitiço, não funcionou. Hal se apaixonou perdidamente do Cassie"
“Esse momento trocou a cada um de nós” o olhar cobalto do Warrick brocou a dela. “Isto foi de uma vez que você desligava algo da magia do Ulrik”
Darcy sentiu como se o mundo se abrisse sob seus pés. Ela era na verdade a causa de que o feitiço utilizado durante milhares de anos se quebrasse? Só porque quis ajudar ao Ulrik? “Não tinha nem idéia”
“Nem ninguém a tinha” lhe assegurou Rhi.
Warrick assentiu. “Nunca soubemos a causa até agora de que os Silvers se movessem e o feitiço se rompesse”
Rhi ficou ao lado do Warrick, olhando a Darcy, enquanto se cruzava de braços. “Isto vai fazer na verdade que Con esteja encantado de conhecê-la”
“Genial” Darcy levantou as mãos ante o tom sarcástico de Rhi. “Fiz o que pensei que era necessário. Faria-o outra vez. Ulrik deveria ser para o que nasceu, não obstaculizado porque cometeu um engano”
Rhi olhou ao Warrick. “Ela tem um ponto”
“Ela não se dá conta de que esteve ajudando a destruir este mundo”
“E eu sigo aqui” recordou aos dois, destacando-se com as duas mãos.
Rhi riu a gargalhadas enquanto se dirigia ao sofá e se deixava cair nele. “Eu gosto de seu ponto de vista, Darcy”
Darcy não sabia muito bem o que pensar de Rhi. por que estava ali a Light Fae? Ela negou com a cabeça e agarrou outra terrina. Seu estômago estava rugindo quando tomou o primeiro sorvo.
Warrick agarrou as duas garrafas de cerveja e as abriu. Deu- uma a Darcy enquanto estavam de pé na cozinha apoiados no mostrador e Rhi folheava os canais de televisão.
“Conhece-a muito bem não é certo?” perguntou Darcy.
Warrick jogou uma olhada rápida a Rhi. “Sim. Ela nos ajudou em muitas ocasiões. Os Dark seqüestraram a um Rei e sua mulher. Se não tivesse sido por Rhi, a mortal teria morrido, e o Kellan estaria ainda em mãos dos Dark”
“Wow” Darcy olhou por cima do ombro do Warrick para olhar a Rhi. Estava vestida como uma mulher que amava a roupa, e que sabia o que se via bem nela. Darcy desejou poder luzir tão bem com algo que pusesse, mas a idéia de que Rhi fora uma jaqueta foi o que fez sorrir a Darcy. "Então ela não é só uma cara bonita"
“Rhi é parte do Guarda da Rainha. É uma honra que poucos alcançam, e demonstra a classe de guerreira que ela é ao ter tal distinção”
“Acredito que a invejo”
“Pelo amor de Deus” sussurrou ele, enviando um olhar furtivo por cima de seu ombro “Não o diga a ela”.
*******

Capítulo 14

Warrick estava preocupado por deixar Darcy com o Rhi. Não que ele pensasse que Rhi se voltaria contra eles. Era mais que tinha curiosidade por saber o que estava fazendo ali. Con nunca a teria enviado.
Podia ser que Rhys ou Kiril tivessem falado com ela, mas por outro lado, eles não lhe haviam dito que ela ia vir.
A Light Fae era um ativo, sem dúvida. Só que precisava ter uma oportunidade de falar com ela em privado e averiguar como ela sabia de Darcy.
“O que está fazendo aqui fora?” perguntou e saiu das sombras enquanto Warrick saía do edifício de Darcy.
Warrick suspirou “Rhi”
“Está ela aqui?” perguntou Thorn e olhou até as janelas de Darcy. “Tinha pensado que ela estaria o mais longe possível de nós”
“Lhe ama. Um amor como esse não se vai de qualquer jeito”
Thorn grunhiu baixo. "Então o cortaria. Só está machucando a si mesma ao seguir vindo. Se ele a quisesse, ele teria feito sua jogada agora"
“Ele é um estúpido”
“De primeira ordem. Não debaterei esse fato. Simplesmente estou dizendo o que eu faria em seu lugar”
Warrick caminhou ao longo da rua e subiu a escada até a parte superior do edifício. Thorn estava justo detrás dele.
“Quando a vir, antes de dizer algo tão estúpido como isso, queria que recordasse que ela ajudou a salvar ao Kellan, Denae, Tristán e Sammi. Ela também estava aí para nos ajudar em uma batalha contra os Dark com Isla e o Laith”
Thorn levantou as mãos. “O peguei, War. Rhi é uma maldita Santa”
“Estou-te dizendo que ela arriscou sua vida por nós”
“E conseguiu ser capturada pelo Balladyn no processo. Trocou-a?”
Warrick se esfregou o rosto com a mão. “Em certo modo”
“Quantos séculos você crê que ela terá antes que seu amor se converta em ódio?”
"Balladyn pode lhe haver dado esse empurrão. Rhys a pilhou com o Henry beijando-se"
“Henry? O mortal que trabalha para o MI5?” Thorn fez um som do fundo da garganta. “Não falou Banan com seu amigo?”
Warrick com o olhar procurava pelas ruas se por acaso via algum Dark. “É obvio, mas um mortal não pode negar-se a um Fae. Temo que Henry se apaixone por ela sem remédio”.
“Rhi nunca se mesclou antes com nenhum mortal”
“Que nós saibamos” acrescentou Warrick.
Thorn caminhou até o outro lado do teto e olhou por um lado. "Disse-te Rhi por que está aqui?"
“Não tive oportunidade de lhe perguntar”
“Mas eu estaria preocupado”
Aquilo não era uma pergunta. Warrick encarou Thorn e assentiu “O estou”
“Com segurança não é pelo Balladyn”
Warrick voltou o rosto às janelas de Darcy para vê-la e a Rhi no sofá falando. “Espero como um inferno que não”.
*******
“Então” disse Rhi quando Warrick finalmente se foi “Como está?”
Darcy recolheu as tigelas e as lavou na pia. “Estou bem”
“Beeeeem” disse Rhi. “me deixe tentá-lo outra vez. Com sinceridade esta vez”
Darcy sorriu e olhou a Rhi. “Estou absolutamente aterrorizada”
“Melhor” disse Rhi. Estalou os dedos e a cozinha esteve limpa. Logo deu uns tapinhas na almofada do sofá junto a ela. "Vem te sentar"
Com nada mais que limpar, Darcy se dirigiu ao sofá. "Não me teria levado muito tempo o limpar"
“por que fazê-lo tudo? Você tem magia, garota”
Darcy tomou um dos travesseiros de acento e a sustentou contra ela enquanto se sentava. "Ensinaram a não abusar de minha magia dessa maneira"
“É magia! Utiliza-a" o sorriso de Rhi era muito largo, seus olhos chapeados apontando a Darcy. “Quer que falemos sobre o que interrompi antes?”
Darcy afundou a cabeça na almofada. "Não"
“OH, vamos” provocou Rhi, rindo. “Seus lábios estavam muito perto de tocar-se. Esse era seu primeiro beijo com o War?”
Darcy levantou a cabeça e assentiu. “A primeira vez que lhe vi foi a noite passada quando me salvou de um grupo do Dark. Observei-lhe lutar contra eles em metade da rua e ele estava nu”
“OH, garota. Teve que ver todo o pacote de frente” Rhi se esfregou as mãos. “Deduzo que lhe passou”
Darcy ficou as mãos nas bochechas. “É um crime que um homem esteja tão bom”
“jogou uma olhada a outro Rei Dragão? Todos eles são incrivelmente esplêndidos”
“O certo é que só conheço o Warrick, Thorn e o Ulrik”
“Confia em mim. Eles lhe fazem a boca água”
Darcy umedeceu os lábios com nervosismo. “Acabo de me inteirar dos Fae justo ontem à noite”
“E é quando eles lhe falaram sobre mim”
Seu sorriso estava em seu sítio, mas Darcy escutou um leve tom em sua voz. “Fizeram-no. Não esperava te conhecer”
“Há um montão que não sabe, Darcy”
Darcy pôs os olhos em branco. “Aparentemente. Corann sabe de vocês não é certo? E você sabe dele”
“Pode dizê-lo” replicou Rhi. “Os Light sempre têm uma conexão com os Druidas de Skye. visitou as Fairy Pools não é certo?”
“A atração turística?”
Rhi negou com a cabeça, movendo sua cabeleira negra. “Nop. O trato real. Se retornar a Skye, deve encontrá-lo. Assegurarei-me de que o faça, e então Corann terá que te contar tudo o que sabe”
Isso seria algo a considerar se Darcy voltava para Skye. Mas não o ia fazer. “Disse que havia um montão de coisas que desconhecia. me conte. Quero saber”.
Rhi respirou fundo. “Conheço os Reis ha muito tempo, e em um momento estive totalmente de acordo com sua decisão com respeito ao que fizeram ao Ulrik”
“E agora?”
O sorriso desapareceu. Rhi suspirou ruidosamente. “Não posso imaginar ter minha magia ligada. Nesse aspecto, sinto a dor do Ulrik. Mas não deixe que te engane. Ulrik quer tudo. Desafiará Con, e também pode vencer. Se o fizer, o mundo como o conhece se desvanecerá. Não há nada que os mortais possam fazer para matar a um Rei”
“O que tem dos Fae? eles podem matar a um Rei?” perguntou ela.
Os olhos chapeados de Rhi a estudaram durante compridos momentos. “Parecemos estar constantemente envoltos em uma guerra. Se não estivéssemos lutando contra nós mesmos, estaríamo-lo fazendo contra algum outro. Viemos a este Reino faz muito quando descobrimos aos humanos. Os Reis não se sentiram felizes”
“Arrumado a que não. Primeiro os mortais, e depois os Fae”
“Isso era parte disso. Estou segura de que Warrick te explicou por que os Fae encontram este Reino tão excitante”
Darcy se moveu, abraçando a almofada com mais força. “Nós”
“Os Reis ficaram furiosos quando averiguaram o que os Dark –e os Light- estavam fazendo. Fomos à Guerra contra os Reis para permanecer neste Reino”
“Poderiam lhes haver deixado que nos matassem. Todos seus problemas se veriam resolvidos”
“Ah, mas você não conhece o coração dos Reis Dragão” Rhi examinou a ponta de sua bota antes de reclinar-se no assento. “Este Reino era seu lar. Lamentassem-no ou não, fizeram a promessa de proteger aos outros seres que também o chamavam seu lar: os mortais”
“Warrick me comentou que os Reis ganharam”
“Fizeram-no” assentiu Rhi com uma inclinação de cabeça. “Os Light se aproveitaram do ímpeto dos Reis contra os Dark e uniram suas forças com eles. Os Dark foram derrotados, mas os Reis cometeram um engano fatal. Não nos expulsaram como deveriam havê-lo feito. Con acreditava que os Dark cumpririam o pacto de deixar aos humanos em paz. Mas os Dark nunca foram confiáveis”
Essa foi a oportunidade perfeita para Darcy de perguntar a Rhi por seu amante Rei Dragão. “É quando conheceu seu Rei, quando lhes uniram na guerra?”
O sorriso de Rhi se congelou "Poucos têm o valor de sequer mencioná-lo a meu redor"
“Sinto-o” disse Darcy precipitadamente. “minha curiosidade sempre me mete em problemas. Nem Warrick nem Thorn me disseram seu nome”
“É isso certo?”
Darcy rapidamente assentiu. “Eles lhe estão protegendo”
“E a ele”
“Não acredito. Tenho a sensação de que Warrick e o Thorn não estão felizes com a situação”
Rhi se retirou uma mecha de cabelo da cara e o pôs em seu sítio. "Para alguém que não conhece a história, sabe muitíssimo"
Darcy não pôde ocultar em seu rosto uma careta de arrependimento. "Desculpo-me. É um hábito. Vejo coisas lendo Palmas e tarot, mas há ocasiões em que posso ver outras coisas se Miro o suficiente. Sua história me intrigou"
“Não há muita história. Apaixonamo-nos. Pensei que ele era minha vida inteira, mas em um instante ele trocou de opinião e terminou a relação sem uma explicação”
Darcy estava horrorizada e zangada com o Rei Dragão que tinha feito algo assim a Rhi. "ouvi falar de muitos estúpidos, mas este se leva a palma".
Pela primeira vez desde que ficava sobre o toalha de mesa o tema do Rei de Rhi, a Fae Light sorriu. "Eu gosto como utiliza as palavras"
“Ainda está apaixonada por ele?”
Rhi se levantou e caminhou até a porta. Pôs uma mão a cada lado da porta, um suave brilho se mostrou sob sua Palmas. “Desejaria lhe jogar de minha vida como ele me jogou da sua. Possivelmente algum dia”
Darcy observou como Rhi se movia da porta até cada janela, repetindo o mesmo processo. A magia da Fae era visível pelo brilho. Toda Darcy sabia o que era a magia Druida até que conheceu o Ulrik. A magia de Dragão era muito poderosa, mas tinha a suspeita de que a magia Fae o era também.
“É alguma classe de feitiço de obstrução?” perguntou Darcy.
Rhi lhe lançou um sorriso. "Em certa forma. Estou obstaculizando a capacidade dos Dark para saber que está aqui"
“Seria uma forma de mantê-los longe”
depois que terminou com a última janela, Rhi voltou com Darcy, um olhar de preocupação em seu rosto. “É-o. Utilizamo-la contra nós mesmos, e assim deveria ter seguido. Entretanto, encontrei-o recentemente enquanto ajudava a outro Rei Dragão, o que significa que outro Fae contou nosso segredo”
Intrigada, Darcy perguntou “O que aconteceu?”
“ouviu falar do Rhys?”
Darcy negou com a cabeça “É outro Rei Dragão?”
“Sim, e um amigo próximo. Rhys é o Rei dos Yellows. Os Yellows sempre eram conhecidos como os que assumiam os riscos, os exaltados ou os temerários. Se havia perigo, os Yellows estavam ali”
“Então essas são as características do Rhys, presumo” disse Darcy com um sorriso.
“Por isso é pelo que nos fizemos amigos rapidamente. Está entrando em uma guerra, Darcy, e precisa saber mais detalhes. Os Dark procuram uma arma para utilizar contra os Reis. Matará-lhes"
"Os Dark foram derrotados na guerra com os Reis Dragão. Não sabem que perderão de novo?"
“Não se eles encontrarem a arma. Ulrik lhes está dando informação sobre Dreagan para lhes introduzir nas terras de Dreagan e que encontram a arma. Uma das táticas foi capturar a um Rei e a uma humana. Kellan não lhes disse nada, inclusive quando os Dark torturaram Denae frente a ele. Ajudei-lhes a fugir, mas isso não parou aos Dark de seqüestrar a outra humana para caçar a um Rei. Logo um Rei foi a Irlanda a espiar aos Dark”
Uma sensação sinistra caiu sobre Darcy. “Posso supor que não saiu bem?”
“Os Dark enviaram a uma de suas mulheres a capturar ao Kiril, mas Shara se apaixonou por ele. Entretanto, ambos foram capturados pelo Balladyn. Rhys e Con foram a Irlanda procurar o Kiril, e durante uma refrega, Rhys foi ferido”
“Warrick disse que só outro Rei poderia matar a um Rei”
“Exatamente. Todos esperavam que a ferida do Rhys sanasse, mas não o fez. Cada vez que ele se transformava, a dor era imensa. Essencialmente, a ferida lhe partia em dois. Fui capaz de parar a maior parte daquilo”
“Você também pode tocar a magia de Dragão?”
Rhi negou com a cabeça com tristeza. “Fui capaz de lhe ajudar porque se utilizou magia Fae. Ulrik mesclou magia Dark com a sua e a utilizou contra Rhys”
Darcy não quis ouvir nada mais. “Para. Por favor”
“Recorda quando te disse que estava encaminhada até uma guerra? Disso se trata. Fui capaz de dar ao Rhys uma oportunidade de transformar-se uma vez mais. Quando a mortal da que estava apaixonado esteve em perigo, transformou-se a sua forma humana. Por ela. Mas nem sequer seu amor poderia lhe ajudar para que ele dirigisse o fato de que não poderia voltar a recuperar sua verdadeira forma”
“Ulrik não faria isso” discutiu Darcy. “Ulrik logo que pode lutar com isso ele mesmo. A dor e a frustração lhe consomem. Não faria isso a outro”
“Poderia. Fez-o”
*******

Capítulo 15

Darcy negava com a cabeça. Ela tinha experimentado as lembranças do Ulrik. Sabia de primeira mão como estava de atormentado pelo que lhe fizeram os outros Reis.
“Não pode ter sido Ulrik” discutiu Darcy. “Leva trabalhando milhares de anos para reverter o fato de não poder transformar-se. Rasgou-o de maneiras que ninguém poderia começar a compreender”
“Ele é o único Rei Dragão em paradeiro desconhecido” disse Rhi. "Con poderia ser um asno de classe mundial, mas ele protege aos Reis. Descobriu onde estava cada rei durante essa batalha, o que só deixava ao Ulrik".
Darcy se esfregou o rosto com as mãos. "Assim que todos me culpam já que pude liberar suficiente magia do Ulrik para que supostamente pudesse fazer isto"
“Terá que aceitar que Ulrik está fora de controle. Fará o que seja necessário para obter o que quer”
“Matando Con?”
“Essa é uma parte. Quer toda sua magia e ser capaz de transformar-se outra vez. Quer falar com os Silvers. Não estou equivocada. Sei quão amigável pode ser Ulrik quando quer. Mas tem um último propósito e ninguém lhe desviará de seu caminho”
Darcy não queria falar mais sobre o Ulrik. Estava lhe levando muito tempo combinar o que lhe estava contando Rhi com as lembranças do Ulrik que ela não só tinha visto, mas também experiente. “Estava-me falando de uma forma de impedir que os Dark entrem”
Rhi a olhou com um olhar conhecedor, e logo continuou com sua história. “Ulrik mandou dois humanos a Dreagan e utilizaram à mulher do Rhys para fazê-lo. Eles dispararam ao Rhys na cabeça com uma bala recoberta de magia de Dragão. Não foi suficiente para lhe matar mas o incapacitou o suficiente para que eles procurassem no lugar o que pensavam que era a arma”
“me diga que não a encontraram” a urgiu Darcy.
“Não o fizeram. Rhys me chamou para que ajudasse Lily. Quando tentei entrar na cabana, não pude fazê-lo. O símbolo que utilizamos contra outros Fae foi gravado na porta”
“Como conseguiram os Reis descobrir o símbolo?”
Rhi sorriu com ironia. “Não foram os Reis que gravaram o símbolo na porta. Foi um dos dois humanos que Ulrik enviou”
O que significava que Ulrik tinha encontrado algo sobre os símbolos. Darcy começou a sentir nausea.
"Não me sinto cômoda com nenhum ser exceto um Light Fae sabendo esses feitiços" continuou Rhi. “Entretanto, não tenho outra opção a não ser lhe mostrar isso.
“por que faria isso?” perguntou Darcy, confundida. “Não manteriam também a você fora?”
Rhi assentiu com a cabeça movendo sua cabeleira negra. “Sua magia é forte Darcy, mas nem de perto o suficiente para manter fora a um Dark. Só a magia dos Fae ou os Dragões poderiam fazê-lo”
“Então por que Warrick não utiliza sua magia?”
“Faz-o. Assim como Thorn”
Darcy pôs a um lado a almofada enquanto se deslizava até o bordo do sofá. "Então isso deveria ser suficiente"
“Deveria sê-lo, sim” Rhi se mordeu o lábio inferior com os dentes. "O que passa é que fiz uma promessa de te manter afastada dos Dark. Devia uma dívida, e me foi reclamada. Não posso falhar"
"Por isso utilizaria algo que possivelmente eu poderia usar contra você no futuro?"
Os olhos chapeados de Rhi se enrugaram. “Isso parece, sim”
“Quem lhe pediu isso?”
“Ulrik”
Se Darcy se surpreendeu antes, agora estava aniquilada. ficou de pé e olhou a Rhi. “Ulrik? O mesmo Ulrik de que está tentando me dizer que é responsável por essas coisas horríveis?”
“O verdadeiro”, a Light Fae o disse enquanto movia uma perna e meio sentava sobre ela no sofá.
Darcy fez uma careta enquanto deixava cair as mãos com confusão. "Importaria-te explicá-lo?"
Rhi suspirou dramaticamente. "Estive em uma situação difícil recentemente"
“Quando te capturou Balladyn?”
“Bom”, disse Rhi em um tom altivo. “Já vejo que os Reis lhe encheram a cabeça de coisas do menos importante”
"Eu não diria que um Dark te seqüestrando seja algo sem importância"
“Contou-te Warrick por que Balladyn me capturou?”
Darcy fez uma leve inclinação de cabeça.
“Perfeito” disse Rhi, mas seu sorriso era muito tenso. “Então sabe que me capturou e por que. Contaram-lhe o que me fez?”
Darcy lutou contra a urgência de dar um passo atrás. “Não realmente”
“Balladyn queria me converter no Dark. Sabe o que se necessita para converter uma Light no Dark? Inunda-os em um lugar onde não haja luz solar, só escuridão. Põe-lhe as Correntes do Mordare sobre eles, o que lhes envia dor paralisante pelo o braço cada vez que tentam fazer magia. E logo os tortura. Sem fim”
Darcy retrocedeu com cada palavra até que se chocou contra a janela, incapaz de ir mais longe. Até esse momento, não tinha idéia da dor que Rhi mantinha escondida com tanto cuidado. a Darcy recordou tanto ao Ulrik que foi estranho.
“Balladyn me golpeou. Pude sentir a escuridão arraigando” continuou Rhi. “Logo ele me fez zangar”
Darcy observou como Rhi deixou os braços cair a suas costas. Brilhavam, como o resto de seu corpo.
"Isto o obtive de minha mãe. É um poder muito estranho para qualquer Fae o ter. Mantive-o em segredo durante muito tempo. Já vê, posso fazer renascer um reino morto ou posso destruir um".
O respeito de Darcy por Rhi aumentou. “Destruiu o lugar no que Balladyn te tinha retida não é certo?”
"Maldição", disse Rhi, o resplendor se foi em um instante. Tinha o olhar fixo em um lugar, uma máscara que não tinha intenção de tirar-se outra vez. "Exceto me deprimi no processo. Ulrik me tirou dali"
“Ulrik? Foi parte em que Balladyn te capturasse?”
Rhi negou com a cabeça. “Ulrik viu a oportunidade e a aproveitou. lhe gosta de ter a gente em dívida”
“Essa não pode ser a única razão para te ajudar”
Rhi se encolheu de ombros e ficou parada. "Ambas estamos em uma situação com o Ulrik que nos põe em um apuro"
“É Ulrik seu amigo?”
“Amigo?” Rhi soltou uma gargalhada. "OH, garota. Ulrik não tem amigos. Só confia em si mesmo e sempre tem um plano de respaldo"
“Avisou-me de que estava em perigo”
Rhi caminhou até ela e atirou de um cacho. “Ele ainda te necessita”
“Isso foi o que ele também me disse”
“Então não olhe além disso. Se ele ainda não te necessitasse, não te teria advertido”
Darcy soprou burlonamente. "Se ele ainda não me necessitasse, minha vida não estaria em perigo"
“Isso é certo” disse Rhi com uma piscada. “Agora, me diga onde conseguiu esse suéter vermelho que vejo em seu armário. Tenho que o ter”.
*******
Era bem passada a meia-noite quando Warrick viu Rhi jogar uma manta sobre Darcy, que tinha ficado adormecida no sofá. Rhi o saudou com a mão, e logo, no seguinte instante, ela estava de pé junto a ele no teto.
“Não me jogue esse olhar tão azedo” lhe admoestou Rhi. “Darcy estava muito estressada para dormir. Tive que cansá-la, e mesmo assim, custou-me um pouco de magia fazê-la dormir”
Warrick tinha que admiti-lo, estava contente de que Darcy estivesse descansando. As olheiras ao redor de seus olhos indicavam que ela estava mais nervosa do que deveria. “Obrigado”
“De nada” Rhi lhe piscou os olhos um olho. “Viu algo feio esta noite?”
Warrick sorriu apesar de si mesmo. Isso é o que Rhi sempre conseguia. Tinha uma atitude tão descarada que se não te estava irritando, estava-te fazendo rir. "Não. E isso me surpreende depois de dois ataques em duas noites"
“Isso é interessante. Onde está o Sr. Thorny?”
Warrick afogou uma gargalhada. “Está vigiando a parte de trás. Fazemos uma ronda cada trinta minutos”
“Ela é inteligente, Warrick”
De maneira nenhuma ele pretendeu não saber a quem se referia Rhi. “Sim, Darcy o é”
“É rápida e sua magia é surpreendente. Nem sequer sabia que a utilizou contra mim”
Warrick voltou a cabeça rapidamente até ela. “Como? Quando?”
“Quando estava falando com ela” disse Rhi enquanto se olhava as unhas. “Ela se sentiu ameaçada, sobre o que eu queria. O uso de sua magia foi instintivo. Isso é muito bom, por certo”
Ele sabia que o era. Não necessitava a nenhum Fae para que lhe dissesse isso.
“OH, e sinto me haver interposto nesse beijo que antes lhe estava dando”
“Foi o melhor” Warrick tinha estado falando consigo mesmo sobre isso durante horas. Logo olhava a Darcy e ansiava provar seus lábios outra vez.
“Na verdade, deveria praticar mais nesta questão de mentir, machão” disse Rhi, lhe lançando um olhar sem disfarces.
Warrick se arranhou a têmpora. Rhi sempre tinha uma forma de meter-se sob a pele com a mais simples das palavras. O fato de que ele desejasse a Darcy era tudo o que lhe tinha exasperado. “Rhi, por favor”
“Já sei, já sei. Você gosta de estar só. Deixarei-te logo que termine”
Ele olhou fixamente a Light Fae, esperando que ela continuasse.
Ela pôs os olhos em branco e suspirou dramaticamente. “Suponho que isso significa que quer que fale agora. Bem. Assegurei-me que nenhum Dark possa entrar no apartamento”
Warrick franziu o cenho. “Como?”
"Só te digo que descansará mais tranqüilo enquanto ela esteja em sua casa. Preferiria que Con não soubesse"
Foi então quando ele recordou os símbolos da cabana que Rhys tinha destruído. O que Rhi não sabia era que não tinham encontrado um só símbolo. Tudo o que ficou foram três pedaços de tabuleiro com uma porção dos símbolos neles.
"Aí está a lâmpada", disse ela com um sorriso. "Sabia que resolveria"
“deu voluntariamente a Darcy essa informação?”
Rhi enrugou a cara com desgosto. "Pensei brevemente sobre isso, logo os pus enquanto ela dormia. Também os ocultei, por isso você nunca poderá encontrá-los"
“Obrigado”
“De nada, carinho”
“Mas por que?” Warrick negou com a cabeça e tentou novamente. "Sempre esteve aí para nos ajudar, Rhi, mas justo te deteve para mantê-la no apartamento"
Ela deixou cair o sorriso de seu rosto enquanto olhava à janela. “Posso tirar esses símbolos em qualquer momento que eu queira porque fui eu quem os pôs. Se lhe digo isso é porque só quero ajudar, deixará-o assim?”
“Possivelmente. Tenho a sensação, entretanto, de que há muito mais para suas ações que o que você goste das brincadeiras do Darcy”
Rhi se inclinou sobre um dos lados do edifício. "A vida se volta tão tediosa às vezes. Ao menos sei que algum dia morrerei"
Agora Warrick estava realmente preocupado. “Rhi?”
Ela riu e se endireitou enfrentando-o. “Não se preocupe muito, War. me faça quase e beije Darcy a próxima vez que tenha uma oportunidade. Nunca sabe quando será tirado de sua via”
Ele não soube o que dizer. Warrick nunca tinha a palavra correta para cada situação. sentiu-se mais incômodo, inseguro de se lhe oferecer seu ombro ou lhe dizer algo que afastasse sua mente de um amor unidirecional que ela cuidava.
“Tudo está bem” disse ela com um sorriso suave. “Estarei bem. Recentemente recebi conselhos para tira-lo de minha vida”
“Quem te falou disso?” Entretanto, ele pensou que seria sua rainha Usaeil.
Rhi encontrou seu olhar. “A mesma pessoa que me pediu manter a salvo a Darcy... Ulrik”.
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Capítulo 16

Dreagan
Con olhava as pastas sobre sua escrivaninha sem as ver. Sua mente estava em outras coisas. Ou deveria dizer, em alguém mais.
"O que poderia te afastar do montão de papelada?"
Con transladou o olhar até a porta para encontrar ali parado ao Kellan. Advertiu como os olhos de cor verde celadón do Kellan lhe observavam cuidadosamente. "O que poderia haver em minha mente?" ele respondeu mordazmente.
“Hmm” Kellan fechou a porta e se sentou em uma das duas poltronas colocadas frente à escrivaninha de Con. “esteve fora um montão, e tem um olhar estranho no rosto. por que acredito que isso não significa que esteja preparando um ataque contra os Dark?”
Con atirou sua caneta. "Todos apresentamos dúzias de idéias diferentes sobre como enfrentar ao Ulrik e atacar aos Dark. Tudo isso implica que os mortais nos vejam. Se desejamos permanecer em segredo, essa não é uma possibilidade".
“Evadindo minha pergunta inicial: não é um bom sinal”
“Eu não estou evadindo nada”
Kellan levantou uma sobrancelha de cor caramelo. "Assim assim é como vai ser isto?"
Con simplesmente lhe devolveu o olhar. Não havia maneira de que dissesse ao Kellan sobre quem estava pensando e por que. Isso era privado. Nem divulgaria aonde tinha ido quando deixou Dreagan.
“De acordo” disse Kellan. Não podemos nos arriscar a que os humanos nos vejam. Aos Dark não preocupa. Se atacarmos, atrairão aos humanos”
“Exatamente. Não há nada que deseje mais que os enfrentar, mas seria prejudicial para nós”
Kellan se esfregou o queixo enquanto contemplava algo. “Que tal se lhes atraímos aqui?”
“São idiotas, mas não tanto como para meter-se voluntariamente em Dreagan”
Kellan sorriu. “Ah, mas eles voluntariamente fazem algo para encontrar a arma”
“Eu não gosto da idéia deles em nossas terras de qualquer modo”
“Nem sequer Rhi?”
Con optou por ignorar seu comentário. “Existe a possibilidade de que os Dark possam escapar e encontrar a arma”
Kellan torceu os lábios. "Não só está bem escondida, mas sim não saberiam que era uma arma se a vissem. Só para estar seguros, um de nós poderia protegê-la em caso de que os Dark realmente desenvolvam um cérebro".
“Como Balladyn?” Con disse esse nome com desgosto. “Pensar que uma vez lhe considerei um aliado”
“Balladyn é alguém sobre o que devemos manter um olho. É perigoso”
“Muito perigoso. Taraeth não me preocupa, mas Balladyn é outro assunto bem distinto. Estava acostumado a vir a Dreagan regularmente”
Kellan estendeu as pernas até o fronte e as cruzou pelo tornozelo. “Sim, mas não viu nada de importância”
“Porque não confio em nenhum Fae”
Kellan bufou ruidosamente, lançando a Con um olhar mordaz. “Isso não é verdade. E ambos sabemos”
Para discutir com ele, o ponto expor coisas que Con preferiria guardar para si mesmo. Assim ignorou ao Kellan. Con se levantou de sua cadeira e caminhou até o aparador para servir dois copos de uísque. voltou-se e entregou um ao Kellan. “Se atraímos aos Dark aqui, teríamos que tirar os feitiços que pusemos em seu lugar para mantê-los fora”
“Seria arriscado, seguro. Agora, se encontrássemos os símbolos completos que encontramos no marco da porta da cabana, poderíamos manter aos Dark longe, poderíamos pô-los na arma e assim poderíamos lutar contra os Dark”
“Rhi não nos dará isso, e eu não os pedirei. Nossa magia terá que ser suficiente para manter aos Dark longe da arma. São os mortais com os que estou mais preocupado. Ulrik os está usando cada vez mais”
Kellan bebeu de seu escocês. “E em momentos extra também. Não posso entender o que está pensando”
“É fácil. Quer vingança”
"O qual não tem sentido até que tenha toda sua magia"
Con acabou seu uísque e deixou o copo sobre sua escrivaninha. "Temos a sua Druida agora. Não lhe ajudará"
Kellan se endireitou na cadeira “Não estará considerando seriamente retê-la como prisioneira, verdade?”
“Se não souber, não a machucará”
“Está jogando com fogo, Con. Há tocado nossa magia e sobreviveu. Isso deveria te dizer que é especial e não alguém a quem desprezar facilmente. Além disso, realmente crê que Ulrik nos deixará agarrá-la?”
Con foi abrir a boca para responder quando a porta se abriu de repente e Denae entrou.
“Certamente não lhes ouvi bem” disse Denar com seu acento texano enquanto mostrava toda sua ira. “Darcy é uma pessoa. Tem direitos. Não é um objeto contra o que brigar”
“Denae” começou Kellan
Ela levantou uma mão para deter Kellan e cravou seus olhos cor uísque em Con. “Todos vocês têm muita cara dura”
“Tanto se quer admiti-lo como se não, ela é um peão neste jogo” declarou Con.
Denae pôs os olhos em branco. Tudo porque esteve a ponto de desfazer o que pôs em seu lugar”
“O que pusemos em seu lugar” corrigiu Kellan a sua mulher. “Não foi só Com”
Denae deixou cair a mão, negando com a cabeça enquanto dizia “Se todos vocês pensam que Darcy vai deixar que a “agarrem”, acredito que vão cometer um engano. Seu tempo com os Guerreiros e as Druidas não lhes ensinou nada sobre as Druidas?”
“Ela tem um ponto” disse Kellan ao Constantine.
Con olhou ao casal. “Warrick e o Thorn farão o que devam para evitar que Darcy retorne a Skye”
“O que fará que ela confie neles” Kellan elevou um ombro. “Poderia fazer que nos veja com bons olhos, mas se alguma vez se sente apanhada, não acredito que o resultado seja bom.”
"Warrick e o Thorn a manterão ali" disse Con outra vez.
Kellan irrompeu “Evidentemente não conhece o Warrick. Ele é um guardião, Con. Protegerá-a de qualquer perigo –inclusive de nós”
“Warrick é um Rei Dragão. Sabe o importante que é parar ao Ulrik. Fará o que seja correto”
Kellan deslizou sua mão entre as de Denae, entrelaçando seus dedos. “vamos esperar que tenha razão. Não quero lutar contra os Druidas também”
Nem tampouco o queria Con. Tinham suficientes inimigos, mas ele tinha que fazer o que tinha que fazer –independentemente da quem zangasse.
*******
“O que quer dizer com que ela só protegeu meu piso?” Perguntou Darcy com indignação.
Warrick olhou ao Thorn pedindo ajuda, mas Thorn se encolheu de ombros, como dizendo ao Warrick que esse era seu problema. Warrick voltou a olhar a Darcy que lhe olhava com impaciência. Ele trocou de pé. Odiava as situações como esta. Não importava o que dissesse, não seria suficiente. Se pelo menos tivesse o bico de ouro do Rhys.
“Holaaaa?” disse Darcy com as sobrancelhas levantadas.
Warrick abriu e fechou a boca. Soltou o fôlego. “Hei-te dito tudo o que sei. Rhi o fez enquanto dormia, logo os ocultou para que eles não pudessem usá-lo outra vez”
“Isso é genial para meu apartamento, mas e este lugar?” perguntou Darcy, seus braços estendidos ao largo para assinalar a loja.
“Rhi se foi pudesse lhe perguntar. Ao menos tem um lugar ao que ir no que sabe que os Fae não poderão entrar”
Toda sua ira se desinflou. "Isso é certo", resmungou. "Só esperava proteger a loja também. É uma merda que não possa manter aos Dark fora de meu espaço"
"Isso sim que é estranho", disse Thorn, com a cara enrugada pela confusão. Darcy lhe lançou um olhar fulminante. Warrick se interpôs entre eles quando viu o sorriso do Thorn. Era como se Thorn queria irritar Darcy.
“Acrescentaremos nossa magia à tua” disse a ela Warrick. “Podemos manter aos Dark afastados de Dreagan. Poderemos mantê-los fora também da loja”
Isso pareceu satisfazê-la, e durante os seguintes trinta minutos, os três puseram feitiços, cada um sobrepondo o outro para fazê-los mais fortes.
Ao mesmo tempo que terminaram, Darcy esteve pronta para ficar com suas plantas. Warrick não a seguiu. Permaneceu na parte principal junto com o Thorn.
“Eu não gosto que não houvesse Dark ontem à noite” disse Thorn. Warrick olhou até a parte traseira onde estava Darcy. “Sim. Nem sequer a gente explorando o lugar”
“Sabem que estamos aqui”
“O que significa que havia outros ocultando-se e vigiando a outra noite”
Os lábios do Thorn formaram uma linha estreitando-se. “O seguinte ataque será logo”
“Um de nós precisa estar com Darcy todo o tempo enquanto o outro mantém distância”
“De acordo” disse Thorn. “Estarei o suficientemente perto para ajudar, mas o suficientemente longe para que os Dark não me vejam”
Warrick estava mais que feliz de estar perto de Darcy. “Possivelmente possa convencer Darcy a retornar a seu apartamento antes que escureça”
“Boa sorte com isso” disse Thorn com um sorriso. “Essa mulher é tão teimosa como os que vêm”
Ela era tudo isso e mais. Isso é o que atraía ao Warrick dela. Isso e o fato de que ele queria estar com ela. Quando ele não podia sofrer o estar com alguém durante muito tempo, isso dizia muito sobre ela.
“mencionou algo ela de retornar a Skye?” perguntou Thorn.
“Não. Tenho a sensação de que só retornará se não tiver outra opção”
“Então chegamos a tempo”. Thorn se esfregou o queixo. “Interessante”
Thorn via conspirações em todos sítios, assim Warrick não fez conta. "Não se dá conta de em que tipo de homem se converteu Ulrik"
“por que ia faze-lo? Não tem feito nada a ela”
“Ainda”
Thorn fez uma careta com os lábios “Não até que ela desate toda sua magia”
“transcorreram três anos desde que lhe ajudou pela primeira vez. por que ele esperou tanto tempo para ter toda sua magia desligada?”
“Possivelmente porque ela não pode fazê-lo”
Warrick negou com a cabeça. “Não. Se fosse assim não lhe importaria que ela fosse capturada pelos Dark”
"Então talvez a está assustando para que o ajude"
Essa, certamente, era uma possibilidade, e uma que não gostava nem o mais mínimo. “Perguntarei a ela”
“me perguntar o que?” disse Darcy enquanto entrava na parte principal da loja.
Thorn apoiou um ombro contra a parede. “Queremos saber por que não desligou toda a magia do Ulrik ainda”
Seus olhos verde samambaia se moveram do Thorn ao Warrick e de volta ao Thorn. "A primeira vez que toquei a magia de Dragão dentro do Ulrik, fiquei inconsciente durante um dia inteiro. A segunda vez, lançou-me ao outro lado da habitação, me golpeando a cabeça contra a parede".
“E entretanto, você não se deteve” disse Warrick.
"Não, segui adiante. Via brilhos de Dragões cada vez que tocava a magia, e estava intrigada. Passaram meses e dúzias de intentos antes que pudesse tocar a magia e finalmente ajudar ao Ulrik".
“E logo o que?” pressionou Thorn. “por que parou?”
“Porque esteve perto de me matar”
*******

Capítulo 17

depois da revelação de Darcy, Warrick se deteve de responder por seu primeiro cliente do dia. Thorn desapareceu na parte traseira inadvertidamente, e Warrick rapidamente se escondeu detrás das cortinas na parte posterior antes que o cliente pudesse vê-lo.
As luzes na loja eram muito suaves. Warrick manteve as luzes na parte traseira apagadas, e lhe permitiu observar Darcy durante todo o dia.
Era acolhedora e amigável com todos os que aconteciam sua loja tanto se se tratava de clientes habituais como se eram gente da rua. Darcy tinha uma forma de ser que fazia sentir-se a gosto às pessoas imediatamente.
Estava cativado por ela. Pela forma em que inclinava a cabeça enquanto escutava a seus clientes, pró a forma em que ela amavelmente percorria com os dedos as Palmas das mãos, e como sua frente de franzia levemente quando via algo em sua leitura que não gostava.
Ela não o dizia a seus clientes. Isso foi o primeiro que Warrick notou. Darcy tomava cuidado de nunca dar muita informação. Ela mantinha as coisas vagas, deixando aos clientes decidir que seguinte passo tomar em suas vidas.
Alguns de seus clientes eram mais fáceis que outros. Warrick viu seus ombros esticar-se com dois deles. depois que o primeiro se foi, Darcy descansou sua cabeça sobre os braços na mesa. depois de um momento, levantou-se e foi até a parte traseira com ele. Abriu um pequeno frigorífico que tinha perto de sua escrivaninha, e a luz de dentro dele iluminou seu rosto gasto.
“O que passou?” perguntou Warrick. Darcy bebeu toda a garrafa de água antes de voltar-se até ele, fazendo clique na luz da escrivaninha. "Vi um acidente breve. Vai reclamar sua vida"
Quando voltou a acontecer, Warrick nem se incomodou em perguntar. Soube que Darcy tinha visto algo terrível. Isso a afetava profundamente, e não podia imaginar como de duro era para ela não contá-lo. Quando o último cliente partiu, decidiu lhe perguntar. Saiu da parte traseira enquanto ela fechava com chave a porta de entrada e girava o letreiro para que se mostrasse “Fechado”.
“por que não lhes contou o que viu?”
Darcy se afastou da porta e retornou à mesa onde guardou o maço de cartas do tarot. “Cometi esse engano uma vez. Pensei que era meu trabalho ajudar às pessoas e fazer que se afastasse do perigo”
“E não o fez?” perguntou ele confundido.
“Não”
“Então por que crê que tem a habilidade de ler as mãos?”
Ela se sentou pesadamente em sua cadeira e negou com a cabeça. “Não sei. Perguntei-me isso milhares de vezes. A primeira vez que disse a alguém que ia morrer, evitaram o desastre em múltiplas ocasioes. Cada vez voltavam para mim e queriam que voltasse a ler sua palma para poder ver o que vinha depois”
“Fez-o?”
“Sim” replicou ela brandamente. "ficava tão insistente que a pessoa não queria sair da casa até que lhe fizesse uma leitura. Finalmente, a morte vem para todos nós. E também o fez para esta pessoa, sem importar o muito que tentasse desviá-la".
Warrick não sabia o que lhe alertou de que a pessoa tinha sido alguém próximo a ela. "Conhecia bem a esta pessoa, verdade?"
“Era minha mãe”
“Sinto muito”
Darcy se encolheu de ombros e lançou a garrafa vazia ao contêiner de reciclagem. “Foi uma dura lição aprendida”
“É pelo que você deixou Skye?”
“Uma de várias razões. Não podia mentir a minha família, mas tampouco podia lhes ocultar se via que vinham coisas más para eles”
Warrick sentiu uma incontrolável necessidade de abraçá-la. Não o fez. Nunca. Mostrar afeto era algo que via fazer às pessoas, mas nunca o fez ele mesmo. "Sinto muito"
logo que as palavras saíram de seus lábios, soube o insignificantes que eram. Darcy se encontrou com seu olhar e tentou sorrir. “Obrigado”.
"Tem uma grande carga e, entretanto, enfrenta-a todos os dias ao ter esta loja. por que?"
Ela respirou fundo, algo da tensão em seus ombros relaxou. “Porque ajudo às pessoas. Claro que vejo suas mortes ou a seus seres queridos lhes enganando. Posso lhes impulsionar na direção correta sem ter que lhes contar”
Ele tinha visto provas disso antes. "Os mortais vêm aqui por respostas"
“Não, não o fazem” disse ela com uma gargalhada. “Eles pensam que as querem, mas confia em mim quando te digo que realmente não o fazem. Se tivesse contado a meu primeiro cliente de hoje que seu marido a estava enganando e lhe deixaria em uma semana, teria se indignado”
“Mas ela te perguntou especificamente se seu marido for fiel”
“O fato de que pergunte significa que já tem suspeitas, mas espera estar equivocada. Não quer estar certa, e estava desejando que eu lhe dissesse outra coisa”
Agora Warrick entendeu. “Assim não lhes diz nada de forma definitiva”
“Exatamente. Com as pistas suficientes, ela se dará conta e o encontrará com sua vizinha. Assim que tudo funciona ao final”
“Assombroso”
Um sorriso agradado apareceu em seus lábios. Não todos os dias ele fazia que alguém sorrisse, assim Warrick desfrutou do momento.
Houve um empurrão contra sua mente desde o Thorn. Warrick imediatamente abriu o link. “Sim?”
“Temos problemas. Do tipo dos Dark”
Maldição. Warrick tinha esperado que se mantivessem afastados para sempre. “Onde? Quantos são?”
"Estou-me movendo para trás agora, espera" Um momento depois, Thorn disse “Merda. Esta vez os safados têm um plano. São dez, War. Estão rodeando a loja”
“Nós podemos com os dez”
O grunhido do Thorn foi em tom baixo. “E quem vai vigiar Darcy? Não estamos em seu piso. Nossos feitiços são fortes, mas entre Darcy e tentar manter aos humanos alheios a nossa batalha em metade das ruas...”
“Sei”, interrompeu-lhe Warrick. “Nossos feitiços manterão os Dark fora da loja. crê que possamos levar Darcy ao apartamento?”
Houve outra pausa antes que Thorn soltasse uma réstia de maldições. "Não é provável. Parece como se tivessem instalado na rota que ela utiliza para chegar a sua casa. Em caso de que aconteçamos dos que estão na loja, teremos mais nos esperando".
"Não é uma boa idéia. Se os Dark virem algum de nós, possivelmente poderiam começar uma guerra nas ruas do Edimburgo"
Thorn emitiu um grunhido em tom baixo da garganta. "Devemos ter acabado com esses safados quando tivemos a oportunidade. Se não querermos fugir ou chamar a mais Reis, nossa única outra opção é permanecer aqui".
“Espero que não tentem pôr a prova nossos feitiços”
"Manterei-me atento aqui"
Warrick franziu o cenho, porque conhecia o Thorn muito bem. “Não seja estúpido e tente lutar contra eles você só”
"Nem sonharia com isso" foi sua sarcástica resposta.
“Thorn!”
"Não sou tolo, War. Limitarei minha necessidade de derramar sangue Dark e observarei aos safados esta noite"
Em outras palavras, Thorn não poderia garantir o mesmo uma vez que a escuridão caísse. Warrick fechou o enlace e se centrou em Darcy.
“Onde vai?” perguntou ela. "Via-te preocupado e zangado, e sei que não me estava escutando porque disse seu nome duas vezes"
Warrick passou junto a ela dirigindo-se até o estufa e apagou as luzes. Revisou os feitiços, assegurando-se de que todos estivessem ativos.
“Está-me assustando” disse Darcy detrás dele.
Ele a encarou depois. "dormiu aqui antes?"
Ela levantou uma sobrancelha de cor castanha. "Não. por que pergunta?"
“Temos um pequeno problema”
“Um pequeno?” repetiu ela. "Não pode ser pequeno se isso significar que não posso abandonar a loja, e isso é exatamente o que está dizendo, não?"
Warrick caminhou até ela e amavelmente a agarrou do braço para guiá-la até a parte detrás na área de seu escritório. Uma vez ali, ele a soltou a contra gosto. “Os Dark estão aqui”
“Aqui?” perguntou ela com voz hesitante. “Colocamos feitiços”
“Sim, e deveriam servir”
“Mas não posso ir a casa, ao único sítio que sei que eles não poderão me apanhar”
“Isso temo”
“Quantos há?”
Warrick sabia até onde se dirigia com a pergunta. "Muitos. Há dez que rodeiam este edifício, e há mais no caminho a seu apartamento. Nunca o conseguiríamos”
“Olhe que são persistentes”
Sua brincadeira não ocultava o medo que ele via em seus olhos verde samambaia. Warrick não a queria assustada. Desejou ver seu sorriso de volta, ver seu olhar cheio de malícia.
"Acredito que foi bom que não comesse todo meu sándwich no almoço", disse com uma risada tensa. "Repartirei o que fica contigo"
Warrick rechaçou suas palavras. "Não há necessidade. Estarei bem"
“E se estivermos aqui durante dias?”
“Isso não vai acontecer”, prometeu ele. Isso fez que ela relaxasse. “É bom saber. Então. O que fazemos?”
“Algo que queira salvo que saia fora”
“Justo quando estou desejando um banho quente e minha cama” disse ela com um sorriso.
Warrick lhe olhou a boca quando ela fez menção de sua cama, suas bolas se esticaram enquanto recordou quão perto estiveram de beijar-se. Se Rhi não tivesse chegado, ele saberia como de doce seria o sabor de Darcy.
"Como soube que os Dark estão fora?" perguntou ela.
Warrick reprimiu seu desejo e se concentrou nas palavras dela. "Os Reis têm um enlace mental. Podemos conversar dessa maneira"
"Cansa-te de ter sempre a alguém na cabeça?"
“Temos a capacidade de ter a mente fechada, e só permitimos a outro nela se quisermos”
“Maravilhoso” disse ela com uns olhos enormes. “Têm a capacidade de saber quem está tentando falar com vocês?”
Ao Warrick custava acreditar que não só não lhe importasse falar com o Darcy, mas sim queria continuar fazendo-o. Ele desfrutava de suas respostas, e gostava de tratar de descobrir como ela responderia a algo. O fato de que ela seguisse lhe surpreendendo era só uma vantagem.
“Sim” respondeu ele. “Todos os Dragões falam mentalmente enquanto os Reis são capazes de transformar-se”
“Tudo isso é fascinante. um pouco arrepiante, mas intrigante”
Seu espírito se desanimou um pouco. “Então te dou medo?”
Lhe olhou fixamente um momento antes que negasse com a cabeça. “A idéia dos Reis Dragão, um pouquinho” disse ela, utilizando a mesma palavra de antes. “Mas você não”
Só estavam separados por dois passos, cada um em um lado do pequeno escritório. Não recordava a última vez que tinha cortejado a uma mulher. Quando queria satisfazer as necessidades de seu corpo, visitava um bordel.
Darcy era diferente a qualquer humana que tivesse conhecido. Ela era inteligente, vivaz e considerada. Lhe sorria, ria com ele, e nem sequer se alterava quando ele se sentia incômodo tratando de encontrar as palavras corretas.
Era obstinada, tenaz, apaixonada, e sexy como o inferno.
Não era só sua beleza o que lhe cativava, era sua mente e sua conversa. Lhe tinha enfeitiçado do primeiro momento em que falaram, e após não pôde apartar o olhar.
Desejava-a. Desesperadamente. Ansiava-a. Estava faminto dela. Desejava-a. A toda ela.
Seus olhares ficaram ancorados um no outro, o ar se encheu de desejo. Warrick cortou a distância entre eles. Pôs uma mão na cintura dela e a outra ao redor de suas costas.
Ela separou os lábios timidamente enquanto suas mãos descansavam no peito dele. Ele baixou a cabeça lentamente, e ela fechou os olhos justo antes que seus lábios se encontrassem.
*******

Capítulo 18

Warrick reprimiu um gemido de prazer quando sua língua roçou seus lábios. Ele inclinou sua cabeça e aprofundou o beijo, suas línguas em luta, acasalando-se.
Seu sabor era mais tentador do que ele tivesse acreditado possível. Tinha que ter mais. Seus braços se esticaram ao tempo que o beijo se intensificava, lhe provocando e lhe fazendo arder até que esteve desejoso de fazer o que quisesse com ela. Ele gemeu quando as mãos dela penetraram em seu cabelo, suas unhas roçando ligeiramente seu couro cabeludo enquanto ela pressionava seu corpo mais perto.
Warrick a esmagou contra a parede dos armários e apertou seu pênis palpitante contra ela. Ela ofegava, sua mão se aferrou a ele enquanto movia seus quadris como resposta.
Foi sua perdição. A necessidade lhe percorria, exigindo que a enchesse. Tratou de retroceder, para esclarecer sua mente, mas não lhe soltou. Então lhe acariciou por baixo de sua camisa. Sua palma descansava contra sua tatuagem em seu lado direito. Qualquer pensamento que tivesse de afastar-se sumiu.
Darcy estava flutuando, fluindo. Os beijos do Warrick eram sensuais, carnais. Excitavam-na, inflamavam-na. Seu toque era extremamente delicioso. Acariciou-lhe as costas com suas fortes mãos, seu traseiro, abraçando-a fortemente, como se não pudesse entender o liberá-la.
Ela não queria que o beijo terminasse. Era tão maravilhoso, tão... perfeito.
Um suspiro lhe escapou quando ele aprofundou o beijo. logo que ela sentiu sua excitação pressionando contra seu estômago, ela se agarrou a ele, seu próprio corpo respondia com indecência. O desejo pulsava, palpitava em seu ventre. intensificava-se com cada beijo, com cada toque até que ela esteve tremendo.
Ele moveu as mãos sobre seus ombros, as baixando por suas costas, detendo-se para embalar seus seios. Darcy ficou sem fôlego quando uma nova quebra de onda de necessidade a golpeou.
Quando a beijou por seu pescoço, ela deixou cair a cabeça para trás. suas mãos massagearam seus seios antes que seus polegares acariciassem por cima de seu mamilo. Instantaneamente seus peitos se incharam enquanto a ponta lhe endurecia através da camisa e prendedor.
De repente, Warrick levantou a cabeça. Darcy se esforçou por abrir os olhos e pensar através da nebulosa do desejo. Ela olhou seus olhos cor cobalto, seu estômago tenso pelo desejo que via refletido ali.
“Há um Dark na parte de trás” sussurrou ele.
Darcy se sentia tão frustrada que queria gritar. por que não podiam ter uns minutos de privacidade? Se não era Rhi aparecendo, eram os Dark atrás dela. "lhe diga que se vá. Estamos ocupados"
Um sorriso muito sexy apareceu nos lábios do Warrick. “Com muito prazer”
Ela deixou cair a frente sobre o peito dele. depois de respirar fundo, acalmando seu coração e seu corpo, ela levantou o rosto até ele. Era duro pensar com suas mãos ainda em seus seios, e seus lábios inchados por seus beijos.
“Possivelmente se vá”
Warrick suspirou e lhe deu um suave beijinho. “Preciso ir olhar”
Se Darcy não tinha odiado aos Dark antes, agora o fazia. Esperou até que Warrick desapareceu na estufa antes de tocar os lábios e fechar os olhos.
Romântico e um sonho nunca foram duas palavras que utilizasse de nenhum homem com o que ela tivesse tido um encontro. Entretanto, Warrick encarnava ambos os térmos à perfeição. Talvez não tinha querido que o beijo fosse romântico, mas o tinha sido. Pela forma em que lhe sustentou o olhar, pelo olhar decidido em seus olhos antes que se aproximasse dela e a envolvesse com seus braços.
Abriu os olhos para encontrar ao Warrick observando-a. Seu olhar azul cobalto resplandecia de necessidade e fez que seus joelhos se debilitassem.
Nenhuma só vez em sua vida, Darcy tinha querido colocar o nariz no perigo e arrancar a roupa a um homem, mas agora era algo que estava contemplando fazer.
"Fique aqui", ordenou Warrick e caminhou até o fronte, apagando as luzes atenuadas enquanto o fazia.
Os minutos passaram e Warrick permaneceu perto da porta principal enquanto o Dark punha a prova os feitiços uma e outra vez. Darcy estava sentada em sua escrivaninha com o Warrick repartindo seu tempo entre a porta principal e a traseira.
A noite se prolongou enquanto os Dark continuavam tentando atravessar os feitiços. Darcy olhou suas mãos, desejando poder as fazer brilhar como Rhi e fazer desaparecer aos Dark.
Queria permanecer acordada. Não é que ela estivesse completamente desamparada. Era uma Druida. Tinha magia com a que defender-se. Quase o diz ao Warrick em uma de suas viagens de ida e volta da parte principal à parte traseira, mas logo recordou como os Dark lhe afetaram.
Isso a fez pensar no desejo que ainda sentia até o Warrick. Era profundo, significativo, e agudo. Os sentimentos eram profundos, a diferença daqueles que sentiu pelos Dark Fae.
Com os Dark, o desejo estava aí, mas estava forçado de algum jeito, não foi algo que sentisse por sua própria vontade. Invadiu-a e dominou, submetendo-a. Ela não pensava nos Dark, só em aliviar seu corpo. Enquanto que nos braços do Warrick, ela queria tocá-lo, agradá-lo tanto como desejava ter suas mãos sobre ela.
Inclusive sabendo isso, não estava segura de que pudesse resistir aos Dark. Sua magia era potente, e sua vontade para apanhá-la surpreendente.
Dava medo pensar que os Dark estavam ao redor e não o tinha sabido. Por isso sabia, teria passado por diante de um Dark usando glamour antes e foi o suficientemente afortunada para que o Dark não lhe tivesse prestado nenhuma atenção.
Darcy conteve uma risadinha quando pensou em todos os humanos preocupados com ser atacados por extraterrestres quando seu mundo estava habitado por Reis Dragão e Faes, e o tinha estado durante milhares de anos sem que os humanos soubessem.
Os olhos finalmente lhe começaram a pesar na escuridão da habitação. Aparentemente Warrick tinha algum tipo de visão noturna, porque não tropeçou nenhuma só vez com as cadeiras ou os armários.
Ela bocejou e descansou a cabeça em seus braços. Seus olhos lhe ardiam de cansaço. Darcy decidiu fechá-los por um momento, por um momento, mas não dormiria.
*******
Warrick observou Darcy ficar adormecida. Em certo modo, estava contente. Era difícil estar tão perto dela depois de seu beijo abrasador e não continuar onde o tinham deixado. Mas estava o assunto dos Dark.
Estavam pondo a prova todo o edifício, procurando debilidades para atravessar os feitiços e alcançar Darcy. Por sorte, não havia nada que os Dark tivessem encontrado. Entretanto, isso não fez que Warrick ficasse mais tranqüilo.
Isso só significava que os Dark estavam ideando outras formas de chegar a Darcy. Felizmente, o dia seguinte era Domingo e Darcy não abria a loja. Se era necessário, poderiam permanecer ali.
Pelo que Warrick tinha que preocupar-se era somente de conseguir comida para Darcy. Thorn não podia ajudar, porque precisava permanecer oculto. Queriam que os Dark pensassem que Warrick era o único que ficou para proteger Darcy.
Warrick se esfregou os olhos com o índice e o polegar. Ia contra sua forma de ser, sentar-se e não matar aos Dark. O fato de que se mantiveram vivos lhe punha dos nervos.
Deu ao Thorn um toquezinho mental e esperou a que Thorn abrisse o enlace mental. “Está ainda aí?”
“Sim”, respondeu Thorn. “Ainda estão dando voltas ao edifício. Acredito que se darão conta finalmente de que não podem te alcançar”
"Segundo quantos permaneçam ao amanhecer, teríamos que ficar aqui"
“É o que eu sugeriria. Os Dark estão procurando problemas, War. Se virem um de nós, a cidade inteira verá a batalha. Por muito que queira matar a estes safados, acredito que seria uma muito má idéia fazê-lo à luz do dia”
Warrick estava de acordo. “Especialmente na metade de Edimburgo”
“Como o está levando Darcy?”
“Tão bem como cabe esperar. Finalmente tem caído adormecida. Espero que esteja assim durante muito momento”
Houve um período de silêncio antes que Thorn lhe dissesse “A beijou”
“O que?” Warrick ficou tão surpreso pelo comentário do Thorn que não soube o que responder.
Thorn soltou uma risadinha “Sei!”
“Não sabe nada”
“É uma boa idéia que esteja aqui com ela então. Quanto tempo aconteceu War?”
Warrick fechou o enlace. foi checar a parte frontal e a traseira antes de voltar com Darcy. Não estava a gosto ao menos que estivesse com ela.
*******
Mikkel entrou no "The Silver Dragon”. Olhou ao redor, logo abriu caminho até a parte de trás onde estava a escada oculta que conduzia aos pisos superiores onde vivia Ulrik. Realmente precisava dizer ao Ulrik que procurasse um lugar mais seguro, mas, por outra parte, isso fazia que seu sobrinho fosse fácil de encontrar.
"É bastante tarde" disse Ulrik de cima.
Mikkel se deteve e olhou para cima onde Ulrik tinha os livros e as mais caras relíquias de sua loja de antiguidades. “A noite é o melhor momento para dirigir os negócios”
Ulrik não respondeu. Olhou durante um comprido momento antes de fechá-lo brandamente, um livro de grande volume, envolveu-o de novo em sua capa e tirou as luvas. "O que quer?"
“encontrei a sua Druida”
“Isso é estupendo”
Ao Mikkel não dissuadiu a resposta frívola do Ulrik. “enviei os Dark atrás dela”
“Isso foi uma verdadeira estupidez. Teria te levado a ela se o tivesse perguntado. Agora chamará a atenção dos Reis até ela, e começarão a perguntar-se o que faria que os Dark fossem atrás dela”
“se preocupa muito”
Ulrik devolveu o livro a sua vitrine. Baixou as escadas e soltou a correia de couro que lhe sujeitava o cabelo na nuca. "Talvez. Mas te está voltando imprudente. Quer que a atenção dos Reis esteja unicamente em mim, que é o que acordamos. Está resultando difícil fazê-lo quando persegue a alguém a quem não danificaria até que tenha tudo o que quero dela"
“Ah sim, sua magia” Mikkel não se incomodou em esconder seu sorriso. “Ainda tem pouca. Levou-te muito tempo encontrar a Druida não é certo?”
“Vejo que não está tentando ocultar suas intenções”
“por que o faria? Precisa saber qual é seu sítio nesta relação. Sou agora o Rei Dragão. Serei o único em governar aos Silvers”
Ulrik não moveu nem um músculo enquanto se voltava a lhe olhar. “Já fechamos isso”
“Acabar com Darcy Allen fará que recorde qual é seu lugar” disse Mikkel.
"Deveria havê-lo feito de outra maneira. levou aos Reis ao Edimburgo"
“Um Rei” lhe corrigiu Mikkel. “O outro se foi. Só Warrick permanece”
Ulrik caminhou até sua escrivaninha e escreveu algo em um grande livro. “Interessante”
"O que sabe dele?"
“Que trabalha só. Sempre. Não se sente bem com outros”
Mikkel sorriu, esfregando as mãos. “Então não temos que nos preocupar de que apareçam mais Reis”
“Os Dark poderiam tentar e capturar ao Warrick” disse Ulrik enquanto o encarava uma vez mais.
“lhes deixe tentá-lo. Se eles forem assim estúpidos, será sua própria perdição”
O olhar dourado do Ulrik estava imóvel. “por que mandou aos Dark detrás de Darcy? por que não a matou diretamente?”
Mikkel tinha esperado essa pergunta. Ulrik não se converteu em Rei dos Silvers por nada. Se Mikkel queria seguir sendo Rei Dragão, Ulrik não podia recuperar nunca sua magia. “Para te demonstrar um ponto”
“Que pode matar a alguém?” perguntou Ulrik com tom de aborrecimento. “Que eu controlo as coisas. Os Dark e eu temos feito um pacto. Estão cumprindo minhas ordens”
Ulrik meteu as mãos nos bolsos do calça. “Os Dark não são confiáveis”
“Nunca disse que confiasse neles”
"Assim que este ataque é tudo em meu benefício"
Mikkel soltou uma risadinha. “Conheço-te, Ulrik. Sei como funciona sua mente. Nem sequer tente me deixar fora. Agora estou a cargo, -e sempre” Caminhou até a porta, mas se deteve quando chegou a ela. “Além disso. Não há nada que você possa fazer sem sua Druida”.
*******

Capítulo 19

Quando chegou o amanhecer, os Dark não abandonaram suas posições. Warrick ao menos sabia que não podiam chegar a Darcy, o que lhe permitiu relaxar um pouco.
Levantou brandamente a Darcy e a deixou no chão para que não lhe doesse o pescoço. Ela ficou de flanco com um suspiro. depois que a cobriu com uma manta, sentou-se na área do escritório com ela. Mas isso não foi suficiente.
depois de muita deliberação interna, Warrick tombou a seu lado. Uns pouco minutos depois, ficou de lado atrás das costas dela. Logo ela retrocedeu como se procurasse seu calor.
Ele apertou a mandíbula com sua cercania e seu bem formado traseiro esfregando-se contra sua virilha. A necessidade se elevou rapidamente dentro dele outra vez, mas também houve um sentimento de ser o correto o estar juntos. Colocou um braço sobre ela, aproximando-a ainda mais.
Warrick tentou pretender que não advertiu como de bem se sentia o tê-la contra ele, ou como sua respiração começou a seguir o ritmo da dela. O que não se podia negar é que gostava da sensação de Darcy junto a ele, que a desejava como a nenhuma outra.
Que estranho se sentia não desejar estar só. Warrick não só mantinha ansiosamente uma conversa com ela, mas também encontrou a si mesmo iniciando-a. Não estava seguro do que pensar agora que não desejava que a missão terminasse para poder retornar a sua solidão.
Não, temia algo muito maior: o momento em que poderia ter que retornar a Dreagan sem Darcy.
E isso lhe deixou K.O. como nenhuma outra coisa tivesse podido fazê-lo.
*******
Darcy estirou os braços por cima da cabeça enquanto se girava sobre suas costas. Sentiu o calor debaixo dela, testemunhando que alguém se tombou a seu lado.
Warrick.
sentou-se olhando a seu redor. Quão último recordava era estar sentada em sua escrivaninha. Não lhe levou muito dar-se conta de que ele a tinha transladado ao chão. Logo ele se tombou com ela.
Darcy sorriu ante a idéia. Se pelo menos se despertou para desfrutá-lo. Entretanto, perguntou-se por que não estava ainda com ela. Agora teria sido uma maneira estupenda de despertar.
Girou o pescoço de um lado a outro para desfazer-se da rigidez. Darcy então ficou em pé e apareceu à parte principal da loja onde encontrou ao Warrick de pé na porta olhando até fora enquanto chovia.
“Como dormiu?” perguntou ele sem voltar-se até ela.
“Melhor do que esperava”
Ele então se voltou até ela. “Precisava descansar”
“Como vão as coisas?” perguntou ela, assinalando até fora com a mão.
“Igual” disse ele com o cenho franzido. “Não se foram”
Darcy respirou fundo com frustração. “Figurava-me isso”
“Thorn está dirigindo-se agora até seu apartamento. Fará-me saber se os Dark estão ainda por aí também”
Quando ele se voltou outra vez até a porta, Darcy deu meia volta e se dirigiu à área de seu escritório. Viu a taça de café recém feito e sorriu. Warrick era certamente surpreendente.
Entrou no banheiro e acendeu as luzes enquanto fechava a porta. Não foi até que se viu no espelho que ela ficou boquiaberta de consternação, envergonhada de ver seu cabelo disparado até todas partes.
tirou-se o acréscimo de cavalo e tentou esmagar os cachos para baixo, mas seu cabelo tinha sua própria opinião. molhou as mãos e umedeceu seu cabelo, o que ajudou em algo. Logo o recolheu e o trançou rapidamente para ocultar a maioria dos loucos cachos.
lavou-se a cara com um pouco de água e a secou. depois de estirar a roupa, Darcy saiu do banho e encontrou ao Warrick sustentando uma taça de café. A ofereceu. “Tenho más notícias”
“O que acontece?” disse ela colhendo com ambas as mãos o tigela depois de aceitá-lo.
“Os Dark estão em seu piso”
Darcy bebeu um pouco do líquido quente e assimilou suas palavras. “Em outras palavras, não vamos logo”
“Há montões de razões pelas que eu não o recomendaria. Primeiro, são muitos Dark para que Thorn e eu lhe possamos manter a salvo. Poderíamos chamar a mais Reis, mas isso só faria as coisas piores”
“Entendo que tem algo a ver com os Dark”
“Aos Dark não importa se os mortais sabem deles. Fazem alarde de si mesmos na Irlanda tal como são, e os humanos nem sequer se dão conta de que vivem tão perto desse mau”
Não havia suficiente café em todo Edimburgo para ajudar Darcy a tratar com essas notícias. “Pensa que fariam o mesmo aqui”
“Sei que o farão. Se tentamos lutar contra eles, não o manterão em segredo como nós o fazemos”
Darcy se encolheu de ombros, sabendo que só havia uma opção. “Então ficamos. O resto do mundo não necessita saber dos Dark nem dos Reis. Causaria o pânico e o caos”
“E é exatamente o que Ulrik quer. O problema é que não há comida para você. Ontem não teve suficiente. E não posso te ter aqui sem comida”.
“Sim, não estou morrendo de fome”
Seu sorriso torcido a fez sorrir de prazer. Senhor, o homem não tinha idéia de quão tentador era. Com só um movimento de seus lábios, fazia que seu corpo se agitasse de calor -e desejo.
"Tenho a sensação de que necessitaremos ao Thorn como uma distração mais tarde, assim não quero que os Dark se dêem conta de que ainda está aqui. Me irei trazer comida"
Darcy o olhou boquiaberta. "Está louco? Irão detrás de você"
“Não. Eles ficarão pensando que será mais fácil te agarrar ao estar só”
Bom, isso tinha sentido, de uma maneira um tanto retorcida. "E crê que lhe deixarão voltar sem lutar?"
“OH, já conto com que eles tentarão me deter”
Darcy se estremeceu ante a ira em seus olhos e em sua voz. Não havia dúvida de que Warrick queria sangue, sangue do Dark Fae. E ia conseguir.
Ela recordou como lhe tinha contado que Ulrik mesclou sua magia com a dos Dark para machucar ao Rhys. Havia uma oportunidade de que Warrick forsseferido da mesma maneira. Só esse pensamento lhe tirou todo o calor do corpo.
“Sairei pela porta principal” continuou Warrick. “me dê uma lista do que necessita de seu piso e que comida você gosta. Quando retornar, farei-o pela parte de trás. Desta forma é menos provável que os humanos nos vejam se houver uma briga”
Darcy bufou. Sim. Não provável. Haveria uma luta. Os Dark não iam deixar que Warrick voltasse para sua loja tão facilmente. Se pelo menos ela não necessitasse comida ou pudesse usar sua magia para conjurar comida.
“Não quero que vá”
Seu olhar cor cobalto se suavizou. “Sou um Rei Dragão, moça. Não posso morrer”
“Salvo por outro Rei. Ou um que mescle sua magia com a dos Dark, o que poderia fazer um sério dano”
“Sim. Existe essa possibilidade”
Darcy negava com a cabeça com assombro. “É o fato de que seja imortal e imparable o que te dá tanta confiança?”
“Sou um Dragão”
Disse-o como se isso explicasse tudo, e ela deduziu que assim era. Warrick não era como nenhum homem que tivesse conhecido. Era tranqüilo e taciturno em um momento, e ameno e suave no seguinte.
Justo até que a beijou.
Então foi apaixonado e intenso.
O homem era uma montanha russa em suas respostas. E ela amava cada momento disso. Houve uma fração de segundo na que quase lhe pediu lhe ler a palma da mão para poder ver se via o desenlace, mas se conteve. Sabia que não devia querer olhar aos mais próximos a ela. Nunca saía bem.
“Uma lista” a urgiu Warrick.
Darcy se sentou ante a escrivaninha e deixou a um lado o tigela de café. Ela procurou por sua escrivaninha uma parte de papel no que escrever. "Posso prescindir das coisas de meu apartamento"
“Não sabemos quanto tempo os Dark estarão a nosso redor”
Isso a deteve em seco. Sua cabeça girou para olhá-lo. "O que? Está me dizendo que poderíamos permanecer aqui durante dias?"
“Dias. Semanas. Meses. Sim, isso é exatamente o que te estou dizendo”
Ela fechou os olhos enquanto o coração lhe caía até os pés. Não podia estar acontecendo isso a ela. Toda sua vida soube que era mais poderoso que qualquer a seu redor.
Nenhuma só vez teve medo a nada, porque sabia que tinha sua magia para utilizá-la como defesa e ofensa, se era necessário. acreditou-se intocável, se era sincera, mais ou menos o que Warrick pensava dos seus.
A diferença estava em que os Reis Dragão eram intocáveis. Sua magia Druida a ajudaria contra outros humanos, mas não fazia nada contra os Dark ou os Reis.
“Não passará por isso só”
A voz do Warrick, profunda e forte, chegou-lhe desde detrás dela. Sua promessa foi dada livremente, e sim ajudou a acalmar sua mente. Mas ela não só estava pensando em si mesmo. Estava pensando em quão mortais a rodeavam, assim como nos Reis.
Darcy abriu os olhos para ver o Warrick. “Não me conhece. Ajudei a um de seus inimigos, e entretanto, põe-te em perigo para me proteger. Não o entendo, mas estou imensamente agradecida”
Houve um flash de... remorso no olhar do Warrick? Darcy franziu o cenho e ficou de pé, inclusive quando a emoção que viu se desvaneceu.
“O que foi isso?” perguntou ela. Warrick não apartou o olhar mas ficou tenso. “O que?”
“Esse olhar” pressionou ela. “Como se estivesse ocultando algo”
Warrick voltou a cabeça até um lado e deu um comprido suspiro. depois de um momento, ele a enfrentou novamente. “fomos sinceros o um com o outro sim?”
“Sim. E eu gostaria que continuasse sendo assim”
“Você não gostará do que tenho que te dizer”
Ela se encolheu de ombros. “Você não gostou de me escutar falando do Ulrik, mas o fez de todas formas. Só me conte”
“Con quer toda a informação que tenha sobre o Ulrik. Thorn e eu temos que te convencer de que permaneça em Edimburgo para que ele possa consegui-lo”
Durante um batimento do coração, ela só pôde lhe olhar fixamente, sua mente era um torvelinho de confusão. “Wow. E eu fazendo seu trabalho mais fácil ao me negar a retornar a Skye”
Ela se agarrou o estômago. E pensar que quase tinha feito amor com o Warrick. A ele não lhe importava. Ele a estava utilizando.
"Ainda estaria aqui te protegendo inclusive embora não tivesse desligado a magia do Ulrik"
Ela riu, o som foi oco inclusive para seus ouvidos. “Isso faz tudo melhor. Confiei em você”
“E eu não tenho feito nada que te faça duvidar dessa confiança”
“Não?”
Seu rosto se endureceu. “Não. Estivemos de acordo em compartilhar informação, e ajudei a manter aos Dark longe de você”
“Para que me sentisse agradecida e te contasse tudo sobre o Ulrik e assim te voltasse contra ele”
“Ele é perverso!” gritou Warrick.
Darcy tremia por suas emoções que cresciam mais alto. Não podia decidir se estava zangada, decepcionada ou ferida. Cada emoção tratava de tragar-lhe por completo. "Ao menos ele foi sincero a respeito de por que veio a mim. Falou-me de frente o que queria que eu fizesse e o que me daria em troca"
“Ele matou”
“E você não o tem feito?”
Uma parede caiu sobre o Warrick, seus olhos se voltaram frios quando se distanciou. "Não te menti"
“jogou com meus desejos, o que é pior. Quero que vá”
O shock de suas palavras se mostrou em seu rosto durante um instante antes que o ocultasse sob uma máscara de indiferença.
“Enfrentará só aos Dark?”
“estive só durante sete anos. Se isto for o final, então que seja o final. Sou uma Druida de Skye. Não vou cair sem levar a alguns deles comigo”
*******

Capítulo 20

Costa Oeste da Irlanda
Palácio dos Light Fae
Rhi recordou a primeira vez que entrou na corte da Rainha. Foi no palácio no Reino Fae, e estava ali com seu irmão, Rolmir.
Todas as Fae -Light ou Dark- apaixonavam-se por seu irmão. Tinha a aparência de um Fae, sim, mas ele tinha algo mais também. Era uma faísca de algo brilhante e onipotente. Atraía às pessoas até ele continuamente.
Isso poderia haver dado à maioria dos Fae um complexo de superioridade, mas não ao Rolmir. Ele seguiu sendo humilde e genuíno até o final. E a seu lado, sempre, estava Balladyn.
Esses dois atravessavam a cidade, deixando corações quebrados a seu passo. Enquanto Rolmir brilhava com encanto, eram os segredos que mantinha Balladyn o que atraía às mulheres até ele. Era misterioso, resolvido e tenaz.
Recordar esse dia trouxe mais lembranças do Balladyn. Rhi tentou detê-las, mas as comportas se abriram.
Havia tantas lembranças com o Balladyn. Ele e o Rolmir estavam tão unidos que seus pais consideravam o Balladyn um filho. Por isso ela pensava nele como em um irmão.
Como alguma vez se deu conta de que ele a amava?
Foram os sussurros a seu redor os que fizeram retornar Rhi ao presente. Contemplou as paredes brancas e douradas da hall que estava para fora da sala do trono do Usaeil. Rhi voltou a cabeça até o grupo de damas de honra que a olhavam, sussurrando detrás de suas mãos.
Buff. Esperava que ela nunca tivesse sido tão... desagradável.
É obvio, Rhi sabia que ela era um ímã para as fofocas depois de ser capturada pelos Dark e haver-se liberado. Utilizava isso como uma desculpa para se afastar do castelo, entretanto, Rhi só podia ignorar as ordens de Usaeil determinadas vezes antes que a fúria da rainha explodisse.
Rhi estava só contra a parede. Como a única mulher na Guarda da Rainha, Rhi era chamada regularmente para missões que Usaeil acreditava que se necessitava um toque feminino. Normalmente, Rhi ficava à espera dessas missões. Esta vez em tudo no que podia pensar era no Balladyn, sua promessa ao Ulrik e a Darcy.
As portas da Sala do Trono se abriram e outro dos Guardas da Rainha saiu. Seu cabelo negro caía por cima dos ombros, e seus olhos chapeados procuraram na habitação até que a encontraram.
Rhi não se surpreendeu de que fosse Inen. Era o favorito do Usaeil. Em um momento, Rhi pensou que os dois acabariam juntos, apesar de que estava proibido que a rainha se casasse com um de seus guardas. O que Rhi sempre pensou que era uma tolice. Usaeil era a rainha. Ela poderia fazer as regras.
“Regra estúpida” murmurou Rhi. Inen levantou sua sobrancelha de cor negra. “Há dito algo?”
“Nop. É meu turno?”
Seus olhos se entrecerraram, fazendo que seu rosto se visse ainda mais duro. Com sua mão descansando sobre o punho de sua espada que pendurava de sua cintura, caminhou até Rhi.
O fato de que se aproximasse o suficiente para manter a conversa entre os dois não augurava nada bom. Ao Inen normalmente não importava quem ouvia o que tinha que dizer. Tinha um só objetivo primitivo: proteger Usaeil.
“Levou-te muito chegar até aqui” sussurrou em um tom duro.
Rhi não se incomodou por suas palavras. "Tenho obrigações como enviada especial, e protejo Usaeil de outras maneiras"
“Como a protege quando deixa que Balladyn te seqüestre?”
Sentiu a ponta da ira retumbar dentro dela. Rhi se separou da parede e se moveu até que estiveram nariz com nariz. "Não lhe deixei fazer nada, imbecil"
“Não?” perguntou ele com arrogância, seus lábios se retraíram em uma careta zombadora. “Todo mundo sabe que Balladyn estava apaixonado por você. Pensou que ficar ao redor dos Reis lhe faria esquecer?”
"Bom. Parece que alguém me esteve seguindo", o que a incomodou seriamente. Talvez era hora de que se afastasse do Guarda da Rainha. Ninguém o tinha feito antes, mas uma vez mais, nenhum outro Fae tinha passado pelo que ela tinha feito. Isso por não mencionar que ela tinha alguns.. problemas... com os que lutar.
Inen voltou a olhá-la. "Cumpri ordens"
"Como qualquer bom cão"
Suas fossas nasais se alargaram e sua mão se esticou sobre a espada. Tinha-lhe pisado em um recife. Um-zero para Rhi. O qual não era fácil de fazer com o Inen. Nada o incomodava a menos que envolvesse Usaeil. Mentalmente ficou a dançar, feliz por sua reação.
“A próxima vez, não a faça esperar”
A ameaça não foi velada, e esteve perto de fazer que Rhi fosse de novo.
Rhi entrou na Sala do Trono e viu Usaeil sentada em seu trono branco. levantou-se, seu vestido azul profundo amoldando-se a suas curvas e caindo em seus tornozelos.
Usaeil estava descalça, sua larga juba negra fluindo livremente enquanto baixava os degraus até Rhi. Não havia sorriso no rosto de sua rainha. "Onde esteve?"
“por aí”
"Isso não é suficiente, Rhi. É parte de minha Guarda. Necessito-te aqui"
Rhi inclinou a cabeça até um lado “A sério? Antes nunca me necessitou aqui diariamente. O que trocou?”
“Você”
Ah. Ah. Assim que seu tempo para arrumar sua merda tinha chegado e lhe tinha acabado.
“Não tem nada o que dizer?” perguntou Usaeil, franzindo o cenho.
Rhi negou com a cabeça. “Estou fazendo o que sempre faço”
“Isso era antes que fosse capturada pelo Balladyn. Isso era antes que trocasse”
“Trocar? Hmm. Direi-te algo. Ponha a qualquer dos Light a passar o que aconteceu observa se poderiam sair disso sem converter-se em Dark. Que tal Inen? crê que seu Guarda favorito sobreviveria? Isso eu gostaria de ver”
Os lábios do Usaeil se converteram em uma linha, sinal de sua desaprovação. “Esse não é o tema, Rhi. Estamos contentes de que tenha conseguido sair”
“Você? Não estou tão segura. Quer me confinar depois de me fazer seguir”
"Acredito que fui muito lassa contigo ao longo dos anos. Sou sua rainha. É necessário que me trate como tal"
“Então atua como deveria” replicou Rhi. O exabrupto foi forte, fazendo-se eco ao redor da espaçosa Sala do Trono. "Deixa de passear como uma estrela de cinema humana e começa a prestar atenção a sua gente"
Usaeil aplaudiu com as mãos no ar entre elas. "Tenho a minha gente em meus pensamentos todo o tempo"
Rhi estava cansada de ignorar os problemas mais importantes e de inclinar-se ante Usaeil. Ela fez um som na parte posterior de sua garganta. "Sério? Isso é bastante difícil de fazer quando está fora durante meses para rodar um estúpido filme. Como pode estar aqui para te ocupar dos problemas e as queixa diárias enquanto está ocupada com seus próprios assuntos? Quer que me detenha de fazer minhas próprias coisas quando continua fazendo as tuas? Isso não vai acontecer”
A rainha ficou momentaneamente aturdida e em silêncio. Quando ela respirou profundamente, sua ira era visível. "Farei como que não me perguntou
"E eu não farei que questione minha lealdade. Se queria ser Dark, teria aceito a oferta do Balladyn do outro dia". A preocupação que flasheou sobre o rosto de Usaeil fez que Rhi soltasse uma risadinha. “Suponho que seu perrito mulherengo, Inen, não foi capaz de manter o ritmo enquanto me seguia”
“Suficiente, Rhi”
Ela negou com a cabeça. “Não. Nem de perto é suficiente. Me conte, minha rainha, Sabia que os Dark se estão reunindo? Sabia que se estão movendo por todo mundo? Posso ver por sua expressão cheia de preocupação que não sabia. É algo no que deveria pensar a próxima vez que deixe a nossa gente para uma sessão de fotos. Não estou tão segura de que sigam a uma rainha que nunca estará na batalha contra os Dark de novo"
Rhi deu meia volta e se dirigiu à porta. Quando chegou a ela se deteve. Logo olhou por cima de seu ombro a Usaeil. “Se for seguida ou confinada no castelo, então deixo a Guarda da Rainha”
Não esperou a resposta de Usaeil. Rhi abriu de repente a porta, e logo que entrou na hall se teletransportou para afastar-se.
Usaeil estalou os dedos para fechar a porta da Sala do trono. Retornou ao trono e se desabou nele. “Bem O que pensa?”
Constantine abriu a porta da habitação privada e se apoiou contra o marco da mesma. "Acredito que acaba de perder a seu guerreiro mais valioso"
“Sei” disse ela abatida. "Entretanto, tinha razão em me preocupar. Sabia que Balladyn não tinha terminado com ela".
Con cruzou os braços. “Deveria esperar a ver o que fará. Segui-la foi um movimento inteligente, mas Inen deveria ter fechado sua boca. Rhi não o teria sabido de outra forma”
“Inen tem um assunto com Rhi. Quer ser o melhor, e sabe que quanto mais ela esteja ao redor, não o será”
"Nem sequer se aproxima" disse Constantine com uma risadinha.
Usaeil lhe lançou um olhar molesto. "Não deixe que Inen te escute dizer isso. É meu devoto e não quero que isso troque"
"Ao seguir Rhi, provocou que se interponha uma cunha entre dois de seus Guardas. Se não tomar cuidado, Usaeil, todo seu grupo de Guardas se fraturará".
“E você sabe melhor que ninguém” replicou zangada, porque sabia que ele tinha razão. E odiava o fato de que ele a corrigisse e que tivesse cometido um grave engano.
Con se encolheu de um ombro. “Sim. Sei. Custou-me tudo o que tinha voltar a ter a todos os Reis juntos”
“Todos menos um” assinalou ela alto. “vai ser Rhi meu Ulrik?”
"Muito possivelmente"
Ela se levantou e lhe olhou enquanto começava a passear de um lado a outro. “Isso não era o que queria escutar”
"Pensei que estávamos de acordo na verdade"
"Pelas estrelas", exclamou e elevou as mãos em sinal de derrota. "Toma tudo tão literalmente"
Con simplesmente a olhou, sem demonstrar emoção alguma. Mas ela sabia como fazer sair essas emoções nele com facilidade suficiente.
Ele a seguiu com os olhos. "Rhi trocou. tornou-se mais forte tanto mentalmente como através de sua magia"
“Sei”. Foi o primeiro que Usaeil tinha notado. Ela só esperava que Rhi e o resto dos Light não o fizessem.
“Está preocupada?”
Definitivamente. "Nem no mais mínimo. estive governando a meu povo por muitos milênios. Tal como você o tem feito"
"Então pensa que ela poderia te desafiar pelo direito a ser rainha?"
Maldição. Era perspicaz.
"Viu-se com o Balladyn. Quantas reuniões mais entre eles antes que se volte Dark ou te desafie? Qualquer dos resultados será bom. Não quer que Rhi se volte Dark e uma suas forças com o Balladyn".
“Conheço o Balladyn”
“Não, Usaeil. Conhecia-lhe. Agora é um Dark, e muito pior que Taraeth. Não passará muito antes que mate ao Taraeth e fique com o governo de todos os Dark. Se crê que tem as mãos ocupadas agora, espera até que isso ocorra”
Ela odiava quando outros tentavam lhe dizer como pensar ou como governar. "Não tem inimigos que deve vigiar?" espetou-lhe.
Constantine se separou da ombreira da porta e caminhou até ela. "Você é a que me pediu que estivesse aqui. Recorda?"
Fazia-o alguma vez. Lhe pôs as mãos sobre o peito e lhe abriu a camisa. "recorde-me isso outra vez"
*******

Capítulo 21

Warrick estava furioso, suas emoções em um confuso batiburrillo depois de sua conversa com o Darcy. Abriu a porta da loja de Darcy e saiu à chuva. Tal como o tinha esperado, os Dark não lhe detiveram. Nem sequer se mostraram. Sabiam que ele sabia que eles estavam ali.
Houve uma chamada em sua cabeça do Thorn. Warrick brevemente pensou em recusar abrir o enlace, mas não estava do todo seguro de que Thorn não fizesse uma cena para conseguir sua atenção.
“O que?” perguntou tranqüilamente uma vez abriu o link.
“O que?” O que! “É isso tudo o que tem a dizer?” gritou Thorn. “Em que demônios está pensando?”
"Está de mau gênio e necessita comida"
Houve uma breve pausa antes do Thorn perguntar “Crê que ela está de mau gênio porque necessita comida?”
“Sim” Ao menos esperava que esse fosse o caso. Warrick sacudiu a água de seu rosto. "Vi-o antes. Os humanos ficam... irritáveis quando têm fome"
"Eu também, mas não vou voando sobre o Castelo do Edimburgo e tomar um aperitivo com as centenas de turistas que há ali".
Warrick seguiu caminhando e ignorou a chuva, tomando nota mental de onde tinha localizado um Dark ocultando-se em sua rota.
“Bem?” urgiu-lhe Thorn. "vai dizer me o que é o que incomodou a Darcy?”
“Pensa que sou um estúpido por querer deixá-la com os Dark esperando”
Thorn soltou uma risadinha. “Ah. Um par de amantes não é certo?”
“Não somos amantes” Mas tinha desejado que fossem em algum momento.
“Ela o entenderá quando retornar com sua comida”
“Retornar outra vez?”
Warrick suspirou quando entrou em uma loja de fornecimentos e agarrou uma cesta. Caminhou pelos estreitos corredores e começou a lançar comida à cesta que tinha na mão. “Contei-lhe o que Con queria”
“Por amor" a voz do Thorn se foi apagando. “Não está bem da cabeça, War. Não é de sentir saudades que fique só. As moças devem dirigir-se com delicadeza e, sobretudo, com moças como Darcy. Seu mundo se foi pela amurada. Agora ela não vai confiar em você”
Warrick chegou à última fila e pôs vários tipos de bebidas engarrafadas e cerveja, logo foi à caixa pagar. Arrojou um pouco de dinheiro, sem incomodar-se em contá-lo enquanto saía com a cesta e tudo. "Senti que ela merecia saber a verdade"
"Enquanto tratamos de lhe dizer quão mau é Ulrik? Isso não funciona em nosso benefício"
“É melhor dizer-lhe agora que mais tarde”
“Mais tarde pode deixar que Con lute com ela. Agora, ela é nosso problema”
Warrick não podia vê-la como um problema, e realmente não queria que Con “lutasse” com ela absolutamente. "Você segue mantendo as distâncias, recorda? Eu sou o que vai arrumar este problema"
“Boa sorte com isso, War. vai necessitar. Por certo, quanto tempo vai estar por aí?”
“Dirijo a seu apartamento por algumas roupas. por que?”
“Quererá estar aqui. Os Dark estão começando a aproximar-se. Custará-te um inferno de tempo voltar a entrar na loja se espera muito mais”.
Warrick soltou uma maldição e se voltou até a loja de Darcy. Começou a caminhar a passo rápido pela rua, chapinhando nos atoleiros em suas pressas por retornar com o Darcy. Era difícil não deixar que o Dragão se desatasse e elevar-se ao céu. Sabia que poderia alcançá-la rapidamente então, e banhar aos Dark no fogo de Dragão no processo.
Nada a não ser um Dragão poderia sobreviver ao fogo de Dragão. Ardia mais quente e por mais tempo que qualquer outra coisas em todos os Reino. E os Dark sabiam.
Não foi o saber que os mortais lhe temeriam ao lhe ver em sua verdadeira forma o que deteve o Warrick de transformar-se. Foi o fato de saber que os Dark não poderiam alcançar a Darcy em sua loja.
Isso só lhe manteve com a calma suficiente para retornar a passo lento para não chamar muito a atenção sobre si mesmo. "Rhi" disse enquanto caminhava. “Se pode me ouvir, necessito sua ajuda com Darcy”
Não ocorria muito freqüentemente que Warrick pedisse ajuda, mas não estava muito orgulhoso disso. Darcy era quem necessitava a comida. Ele podia cuidar-se por si mesmo.
“Rhi” disse outra vez, um pouco mais alto.
Entretanto, a Light Fae não apareceu. Não é que ele esperasse que o fizesse. Ela só parecia responder ao Rhys.
Warrick alargou suas pernadas enquanto via mais e mais Dark quanto mais se aproximava da loja de Darcy. Estava a metade de caminho quando notou como os Dark começavam a lhe rodear. Warrick não lhes prestou atenção enquanto continuava com seu caminho.
“Vai a algum sítio, Dragão?” mediu um Dark.
Warrick agarrou com mais força as asas da cesta. Ele não diminuiu a velocidade, nem se girou e golpeou ao idiota. Embora queria fazê-lo.
“lhe esqueça gritou outro Dark. “Os Reis têm medo de lutar contra nós diante dos humanos. Querem estar ocultos”
Houve uma risadinha de outro Dark. "Ocultos? Diabos, o melhor lugar para viver está fora, para que os mortais lhe temam. Ouve isso, Dragão?"
“Os humanos saberão de vocês logo” disse outro.
Warrick estava o suficientemente perto para ver a porta da loja de Darcy. Esperava que ela não estivesse observando, porque as coisas estavam a ponto de ficar feias.
Deu um impulso mental ao Thorn e disse “Mantenha oculto. Não importa como, mas não tire o olho de Darcy”
“Deveríamos chamar a outros Reis”
Warrick não teve tempo de responder quando foi alcançado nas costas com uma explosão de magia. Crepitava sobre suas costas, fazendo que sua pele ardesse.
Esperou a que a magia desaparecesse, logo deixou cuidadosamente a cesta de comida e se voltou para olhar ao grupo de Dark. Warrick contou onze deles. Isso nem sequer tinha em conta aos outros que rodeavam o edifício.
“Se quiserem minha atenção, todos vocês não têm mais que pedi-lo” disse Warrick.
“Como se você fosses lutar contra nós”
Warrick não sabia quem deles havia dito tal coisa. Olhou aos olhos vermelhos de um em um. Todos tinham prata em seu cabelo, mas não era tão larga como a dos Dark mais velhos que tinham cometido mais maldades.
“Estarei encantado de lutar”
“Aqui? De acordo” lhe chegou a sarcástica resposta.
"Que tal o sabichão que segue falando sem parar? vou tratar com ele primeiro"
*******
Darcy odiava sentir-se doente. Odiava também sentir-se enganada. Tão irritada como estava pelo Warrick, sabia que ele poderia ter guardado a informação sobre os planos de Con para ele mesmo.
Tinha reagido duramente e sem pensar, mas necessitava tempo para si mesma. No único que podia pensar com o Warrick perto era em seus alucinantes beijos e na forma em que incendiava seu corpo de desejo.
Neste ponto, já não estava segura de quem era o tipo mau. Era Ulrik? Era Con? Eram todos os Reis Dragão?
esfregou-se os olhos com os punhos das mãos. Seu estômago sentia nausea pela falta de comida, e a taça de café adicional carregada de cafeína não tinha ajudado. Ela realmente precisava provar o descafeinado.
Darcy não sabia o que a fez levantar-se e comprovar a magia como o tinha feito Warrick inumeráveis vezes. Sentiu ao longo das paredes a sensação de que sua magia se mantinha ativa. Por isso podia dizer, tudo estava em seu lugar.
Olhou até a parte de trás, e não viu nada salvo chuva. Não foi até que se dirigiu à parte principal que localizou ao grupo de homens através da chuva. Tinham o cabelo negro e prateado com diferentes longitudes, e todos estavam de pé na rua.
Pareciam estar rodeando a alguém. Fez-lhe falta agachar-se e ziguezaguear, até que finalmente viu quem era.
“Warrick”
Seu coração pulsava grosseiramente em seu peito enquanto o sangue lhe gelava. Não parecia lhe preocupar absolutamente que houvesse mais de uma dúzia do Dark Fae concentrados unicamente nele.
Logo ela escutou suas vozes amortecidas pelo cristal da porta.
"Que tal o sabichão que segue falando sem parar? vou tratar com ele primeiro"
Darcy fez uma careta quando vários dos Dark se olharam com um sorriso, como se tivessem estado esperando essa sugestão.
Um alto Dark Fae, com seu cabelo em uma crista Mohawk que agora lhe caía devido à água caminhou entre a multidão e se enfrentou ao Warrick. O Dark lhe olhou. "O que vai fazer só um Rei contra nós?" perguntou com os braços abertos, indicando a outros Darks.
Warrick esperou até que as gargalhadas pararam. Logo, disse “Quer dizer além de te chutar o traseiro?”
Isso foi tudo o que se necessitou para provocar ao Dark um ataque de fúria. Uma grande bola de magia se formou na mão do Dark antes que retrocedesse e a jogasse no Warrick.
Warrick se agachou e rodou, aproximando-se do Dark. Lhe deu dois golpes rápidos antes de agarrá-lo pelo pescoço e lhe levantar. O Dark tentou acumular mais magia, mas Warrick se movia muito rápido. Warrick se ajoelhou sobre um joelho e jogou o Dark ao chão, lhe abrindo a cabeça ao impactar.
Darcy cobriu a boca com a mão e deu um passo atrás. Sabia que Warrick era forte, mas não se deu conta de quanto até esse momento. depois de havê-la pego tão brandamente, essas mesmas mãos podiam acabar com uma vida em uma piscada.
Warrick se levantou, seu olhar desafiando aos Dark a atacar. Durante um batimento do coração, dois, não passou nada. Logo, com um grito de um Dark, a batalha começou a sério.
Darcy tentou não perder de vista ao Warrick, mas ele se perdeu entre a multidão. agarrou-se à janela e ficou nas pontas dos pés para poder jogar uma olhada. Mas havia muitos Darks.
Ela gritou e caiu de costas quando de repente um Dark Fae apareceu após a janela. Alcançou o pomo da porta, logo bramou e caiu para trás sujeitando a mão. Fugiu, outros dois ficaram em seu lugar.
Darcy se esqueceu do Warrick enquanto os Dark começavam lançar magia aos feitiços que ela, Warrick e Thorn tinham posto em seu lugar. Ela soube o momento em que seus feitiços se romperam sob o ataque. Sentiu o tremor que sacudiu através de todo o edifício.
Tudo o que a separava agora dos Dark era a magia de Dragão.
*******

Capítulo 22

A chuva começou a cair mais forte, mais entupida. As nuvens cinzas escuras escureciam o sol, fazendo que a manhã parecesse como se fosse o entardecer. Darcy estava agradecida pelo clima. De outro modo, não havia dúvida de que os mortais veriam Warrick brigar contra os Dark.
sua respiração era muito rápida enquanto tentava encontrar a forma de sair. O fato de que não houvesse ninguém aumentava seu medo.
Darcy se agachou detrás da mesa. Não a salvaria, mas queria permanecer fora da vista dos Dark. O problema com isso era que já não podia ver o Warrick. E isso não ia funcionar.
Olhou por cima da mesa e ao redor da bola de cristal para encontrar um Dark Fae ainda de pé frente à porta principal acribillando a loja com magia. Warrick não podia ser visto através da multidão do Darks, mas um movimento pela extremidade do olho lhe chamou a atenção.
Darcy olhou até a esquerda e divisou algo no teto ao outro lado da rua. Era Thorn. Olhava pelo bordo até o chão onde alguns Dark vadiavam.
Logo Thorn saltou as quatro plantas do edifício até o chão para aterrissar detrás dos Dark. Em menos de um batimento do coração tinha matado a dois. Um momento mais tarde, três mais tinham morrido.
Darcy queria aplaudir quando Thorn se meteu em um beco justo antes que um Dark se voltasse e lhe visse. Ela murmurou uma oração de obrigado. Não só por ela, mas também pelo Warrick.
Lhe haviam dito que os Reis Dragão só podiam morrer à mãos de outro Rei, mas nunca lhe disse nada sobre ser feridos pelos Dark. Ela tinha a clara sensação de que os Dark lhes poderia fazer algum dano.
Se pelo menos ela pudesse ajudar.
Darcy jogou a cabeça para trás e, em seu interior, deu-se uma patada. "É obvio que posso ajudar. Sou um Druida. de Skye. Que demônios me passa?"
Sabia a resposta -os Dark. Assustavam-na como nada o tinha conseguido até então, e lhes odiava por isso. Aborrecia-os por lhe fazer esquecer que era uma Druida. Detestava-os por alimentar-se dos humanos. Ela lhes desprezava pela forma em que a tinham forçado seduzindo-a-a outra noite.
Com os olhos fechados Darcy convocou toda sua magia. Ela escutou os tambores e o canto dos antepassados enquanto sentia sua magia crescer mais e mais. À medida que sua magia cresceu, sua força interior também o fez. levantou-se e abriu os olhos até o Dark na porta principal. Logo caminhou ao redor da mesa, com as mãos apertadas em punhos.
Os dois Dark Fae sorriram quando a viram. Sua idéia é que ela estava indo até eles. Idiotas.
antes que Darcy pudesse soltar sua magia, a porta se abriu de repente, arrancando-a de uma de suas dobradiças. Ela se girou, seu braço levantado para proteger a cabeça.
O som da chuva golpeando o cimento invadiu a área. Baixou o braço e voltou a olhar até o fronte para ver a porta dobrada até dentro e até um lado.
“Está pronta para nós?” perguntou um dos Dark, seus olhos vermelhos olhando-a de cima abaixo.
Darcy fez uma careta de repulsão com os lábios. “Não porão nunca suas sujas mãos sobre mim”
“Isso o veremos”
Ela viu mais Dark mortos estendidos no chão graças ao Thorn. O fato de que os Dark não pudessem encontrar fora a quem estava fazendo isso, fez que ela sorrisse. Mas seu sorriso logo desapareceu quando tentou encontrar ao Warrick outra vez.
“Os Reis Dragão não vão poder te salvar” disse o segundo Dark, seu acento irlandês tão marcado que logo que pôde lhe entender. Darcy pôs os olhos em branco. "Alguma vez te cala?" Ele se burlou e lhe arrojou magia. Ela se sacudiu, esperando que a golpeasse, mas se estrelou contra a magia do dragão na porta e se estilhaçou.
ela poderia também pará-la? Só havia uma forma de averiguá-lo. Darcy estendeu seus dedos e lançou os braços até o fronte, deixando sair sua magia enquanto o fazia. Saiu pela porta e se estrelou contra os dois Dark, lhes fazendo cair sobre seus traseiros. Darcy não se deteve aí. Ela lançava bola detrás bola de magia. Ambos foram capazes de desviar a maioria delas, mas as que lhes deram os empurraram para trás.
Com cada golpe, a confiança de Darcy crescia. Estava decidida a fazer sua parte contra os Dark e a não estar acurrucada em um rincão esperando a ser salva. Ela era uma Druida, pelo amor de Deus. Tinha que atuar como tal.
Se pelo menos pudesse conseguir uma pequena visão do Warrick. Ainda devia estar fazendo mal, porque o grupo a seu redor não se afastou. por que o fariam? Tinham conseguido apanhar a um Rei Dragão duas vezes antes. por que não o voltariam a tentar?
Darcy renovou suas explosões de magia. Ela não ia ser responsável por que Warrick fosse tomado por esses merdas perversos. Thorn estava cumprindo com sua parte ao eliminar Dark Faes, mas tinha que ser sigiloso a respeito e permanecer oculto. O que significava que não podia derrubar a tantos como quisesse. Mesmo assim, estava fazendo suficiente dano para que aqueles ao redor do Warrick começassem a notá-lo.
Quando os dois Dark contra os que Darcy lutava fugiram, ela se moveu e começou a enfocar sua magia até o grupo do Warrick. Não lhes levou muito tempo voltar-se até ela.
Foi então quando vislumbrou ao Warrick. Ele ainda estava brigando. Fez-a sorrir, e respirar mais tranqüila.
Até que se deu conta de que os Dark agora estavam fixando-se nela. Darcy quadrou seus ombros. Já seja que a magia de Dragão se mantivesse ao redor de sua loja ou não, ela se pararia como uma Druida e mostraria aos Dark do que parecia.
Thorn saiu correndo das sombras, lhe lançando um sorriso antes de agarrar a um Dark e lhe retorcer a cabeça 180 graus. Darcy fez uma careta e reuniu sua magia uma vez mais.
*******
Warrick estava sobre suas mãos e seus joelhos sob a chuva. Tratava de levantar-se, mas os golpes de magia cobraram um preço. Seus braços, incapazes de lhe sustentar, renderam-se e se lançou até o paralelepípedo. Suas extremidades se intumesceram enquanto o resto dele ardia como se lhe tivessem jogado ácido da magia Dark.
“Tenho-te” disse Thorn e lhe arrastou fora das ruas a um beco estreito. "Maldição, War. Vê-te horrível"
“OH bom. Pareço melhor do que me sinto”
Thorn ficou contra a parede e ficou em cócoras junto a ele. “Os poucos Dark que ficam se ocultaram. Voltarão. Com mais”
Warrick negou com a cabeça. Mais não seria bom. Mais significava que as probabilidades de que os humanos os vissem cresceriam exponencialmente. Ainda não estava seguro de como os mortais não os tinham notado, mas estava agradecido às nuvens de chuva e à chuva por ajudar nesse sentido.
Warrick deixou cair a cabeça contra o edifício enquanto seu corpo começava a sanar. “Como foi a você?”
“Matei a vários. Queria matar mais” disse Thorn com um grunhido. “Mas estava oculto como propusemos. Funcionou. Eles não sabiam onde estava, ou se Darcy era quem lhes estava matando”.
O olhar do Warrick se disparou até o Thorn. “O que? O que significa que eles pensavam que Darcy lhes estava matando?”
Thorn grunhiu enquanto lhe lançava um olhar Warrick. “Te esqueceu que ela é uma Druida?”
“Não. Bom. Possivelmente” Brevemente fechou os olhos. “Não importa. me conte o que aconteceu”
“Havia dois Dark tentando capturá-la. Romperam sua magia. Ela se plantou e lhes fez frente, War. Deveria havê-la visto. Foi... impressionante”
Para o Thorn dizer tais palavras, seguro que foi. Warrick desejou havê-la visto. Só podia imaginar Darcy de pé ali com seus olhos verdes entrecerrados e centrados nos Dark enquanto utilizava sua magia.
“Ela foi uma visão” disse Thorn.
“Onde está ela agora?”
“Ainda na loja. Sabe que é melhor que tentar sair”
Graças às estrelas. “Consegui comida. Preciso levar-lhe.
Thorn o empurrou para trás quando tratou de levantar-se. "Trarei-lhe isso. Fique aqui e descansa. Agüentou muitas explosões de magia, War" Thor franziu o cenho ao olhá-lo. "Surpreende-me que ainda esteja consciente"
“Também eu”
Não era a primeira vez que Warrick tinha sido golpeado pela magia Dark. Tinha sofrido muitas explosões durante as Guerras Faes, mas essa era a primeira vez que tinha sido acossado por tantos Dark de uma vez. Tratou de contar. Ao final, haveria uns vinte Dark aos que se enfrentou de uma vez.
Mas sabia por que se manteve na luta. Darcy.
Durante a batalha com os Dark, tentou utilizar seu poder de proteção, mas não tinha tido oportunidade de transpassar a barreira dos Dark para fazê-lo.
Um engano que não voltaria a cometer.
Warrick observou ao Thorn utilizar as sombras, os edifícios e os carros para permanecer oculto enquanto recolhia o que ficava dos fornecimentos que ele tinha conseguido. Não havia muito, mas seria suficiente para Darcy.
Fechou os olhos quando Thorn foi até a parte traseira da loja. Darcy estava a salvo e logo teria o estômago cheio. Warrick tinha completo com sua obrigação. Aquilo, nem de longe, tinha acabado, mas poderia descansar um pouco.
Uns minutos depois retornou Thorn. sentou-se ao lado do Warrick, um olhar mal-humorado em seu rosto.
“O que?” perguntou Warrick, preocupado de repente. “Está bem Darcy?”
“Está mais que bem” grunhiu Thorn.
Warrick se esqueceu da dor e se inclinou para enfrentá-lo. “O que significa isso?”
“Não parava de fazer perguntas sobre você. Aparentemente, não a deixei satisfeita, por isso exigiu ver que você estava bem, apesar de que lhe disse que o estava”
Warrick sorriu. Não lhe surpreendiam as palavras de Darcy. Poderia estar zangada, mas ela guardava em si mesma uma grande empatia. “É isso assim?”
“Sim. Vá com ela, companheiro, porque não retornarei sem você”
“Estava atemorizada?”
Os olhos do Thorn se aumentaram com grande agitação. "Assustada? Acaso justo não ouviu o que te disse?"
“Os mortais algumas vezes mascaram seus verdadeiros sentimentos com outros”
“Ah isso é assim?”
Warrick se reclinou contra a parede uma vez mais. Maldição. Teria deixado escapar muito? Seus irmãos não podiam entender sua fascinação pelos mortais. "Ou isso me hão dito"
“Quem?” perguntou Thorn. “Você não gosta de estar com ninguém. Salvo, aparentemente, Darcy. Parece que estaria contente de permanecer com ela durante horas”
“Estamos aqui para protegê-la”
“Isso é o que fazemos, mas você normalmente escolhe a posição mais longínqua de qualquer. Não foi assim esta vez”
Warrick se encolheu de ombros. “Ela é interessante”
“E muito bonita. Isso explica por que você quer permanecer ao redor dela, mas ainda não há dito como sabe tanto sobre os humanos”
Não importava o que Warrick dissesse, Thorn não ia parar de lhe perguntar até que lhe satisfizesse com suas respostas. Não havia tempo para essa classe de debate, e o Warrick tampouco estava disposto a sentar-se ali tanto tempo.
“Você sempre anda fascinado com eles”
A cabeça do Warrick girou até o Thorn. “O que?”
“Não é um segredo, War. Você tenta ocultá-lo, seguro, mas nós vemos como lhes observa”
“esteve sonhando” disse Warrick, aborrecido por não ter oculto seu interesse para si mesmo como originalmente pensou.
Thorn olhou até a rua. “Durante só três séculos. Você gostava de sua solidão, mas isso não significava que o resto de nós não velasse por você”
“Sei” respondeu ele asperamente. Não se sentia cômodo falando sobre suas coisas. A forma em que Thorn lhe retirou seu olhar, disse-lhe que ele tampouco estava cômodo falando daqueles. "Cuidamo-nos os uns aos outros"
"Sim, mas se esquece disso quando vai só"
“Não o faço” discutiu Warrick. “Prefiro estar só comigo porque nunca estou seguro do que dizer, e quando falo, a maior parte das vezes digo o equivocado”
Thorn voltou a cabeça até ele. “Não te estou condenando por suas eleições”
Havia mais em suas palavras, o significado ia além das eleições do Warrick. perguntou-se a que se estava refiriendo Thorn, mas sabia que não devia pressionar. Thorn nunca revelaria nada.
Era estranho dar-se conta de que outros Reis soubessem de seus assuntos. Warrick tinha suposto que não lhes importava quando se ia só. Parece que estava equivocado a respeito de muitas coisas.
“Sim, encontro aos mortais interessante. Suas eleições, suas estupidezes, seu brilhantismo. Tudo deles me intriga”
Nos escuros olhos do Thorn não havia censura. “esteve estudando-os durante muito tempo. Como é que não mantém o ódio dentro de você como a maioria de nós o fazemos?
“Não sei. Cada vez que o tento, os humanos fazem algo milagroso ou perverso e preciso saber por que”
Thorn passou uma mão por seus cabelos largos e úmidos. "Seu conhecimento pode ser o que nos tire deste enredo de situação. Então, War. me diga como consigo afastar a atenção dos humanos desta área para que possa levar Darcy a seu apartamento".
*******

Capítulo 23

Darcy olhou a comida proporcionada pelo Thorn e não estava segura de se poderia comer-lhe. Estava feito um nó depois do que tinha acontecido, e nem sequer as afirmações do Thorn de que Warrick estava bem, ajudavam.
É obvio que Thorn lhe diria que Warrick estava absolutamente bem. Mas se Warrick não estava ferido, por que então não tinha sido ele que lhe trouxesse a comida?
“Porque lhe disse que fosse, esse é o por que. Idiota” se disse Darcy para si mesmo.
passou-se uma mão pela cara para retirar o cabelo e suspirou. Ela se tinha recolhido o cabelo duas vezes. Agora estava só outra vez. Warrick e o Thorn estavam perto mas Warrick não estava com ela. Tudo porque ela tinha deixado que sua ira a dominasse.
Darcy levou a comida a seu escritório e a colocou na escrivaninha. Não podia sentar-se. Tinha que estar ocupada com algo para manter sua mente afastada do que tinha ocorrido.
Com nada mais que fazer, abriu-se passo até o parte de atrás para atender a seu planta. Isso não ajudou nada como normalmente estava acostumado a fazer. suas mãos estavam trabalhando, mas com tarefas que podia fazer adormecida. O que deixou sua mente livre para divagar.
E em tudo o que ela podia pensar era em suas palavras ao Warrick, sua saída, e logo os Dark chegando. ficou doente só de pensar em como lhe tinham rodeado.
Darcy terminou com as plantas e retornou à parte principal. A chuva ainda não tinha cessado, e o rocio estava entrando na loja. Tratou de levantar a porta, mas era muito pesada para ela. Sem alterar-se, lançou suficiente magia para ajudá-la não só a fechar a porta, a não ser a colocá-la em seu lugar. Não se fecharia, mas manteria a maior parte da água fora.
Logo, juntou os cristais que não estavam quebrados e os colocou em uma caixa em seu escritório. Uma vez feito isso, ela começou a limpar aquele desastre.
Quando Darcy terminou, olhou para averiguar que só tinha passado uma hora. Ao menos tinha tido sessenta minutos de não preocupar-se. Não era muito, mas foi suficiente para lhe dar uma pausa.
Darcy olhou a janela rota na porta com a esperança de ver o Warrick. Não o conseguiu. Não só a chuva caía muito forte para ver mais de uns poucos metros da porta, mas sim o céu escuro projetava sombras em todas partes.
Tormentas como aquela estavam acostumadas a ocorrer, e não evitavam que a gente se ocupasse de seus assuntos. Mantinham a cabeça baixa e corriam de um lugar a outro. Entretanto, os humanos não eram quão únicos passeavam por ali. Seu olhar localizou um Dark aqui e ali. Por sorte, não se iriam. O mais provável é que retornassem mais. Ela sobreviveria a outro encontro?
Fariam-no Warrick e o Thorn?
Darcy tentou afastar-se quando viu uma mulher apressando-se a passar frente a sua loja se chocar contra um Dark. Darcy gritou para conseguir a atenção da mulher, mas um olhar dos olhos vermelhos do Dark, e a mulher foi dele.
partiram juntos, o Dark lançando a Darcy um sorriso presunçoso. preparou-se para lhe mandar uma bola de magia, mas se deteve quando se lembrou da mulher. Havia uma possibilidade de que Darcy pudesse machucá-la e matá-la. Era isso melhor do que a pobre mulher fosse sugada a alma por um Dark?
Quando Darcy chegou à conclusão de que assim era, o casal se perdeu de vista.
Estava tão distraída pelo que tinha visto que não podia mover-se. Darcy ficou aí, sem ver, sob a chuva pensando no que a mulher suportaria.
Darcy então localizou duas garotas em idade universitária que chegavam chapinando pela calçada. Só uma tinha guarda-chuva, mas estavam muito ocupadas divertindo-se e vendo quem podia conseguir que a outra fora a mais molhado para dar-se conta de que o perigo se aproximava rapidamente.
Três Dark foram diretos até elas.
“Hey!” gritou Darcy. “Esses tios são perigosos! Ouvem-me?”
Quando as risadas das garotas seguiram, Darcy atirou da porta e se moveu para frente até que as pontas de seus pés tocaram o limite da porta. Ela cavou suas mãos ao redor de sua boca e gritou. “Hey! Se afastem desses tios!”
As garotas finalmente se detiveram, suas risadas morreram imediatamente. Elas olharam de Darcy aos três Dark que se aproximavam delas.
Darcy agüentou a respiração esperando que as garotas se dessem conta de quão perigosa era a situação. “Por favor” sussurrou “Se Afastem”
Em lugar disso, as garotas logo voltaram a rir. Uma se afastou com um Dark enquanto os outros dois empurravam à segunda garota contra o fronte da loja de Darcy e começavam a beijá-la. Darcy tampou os ouvidos quando os suspiros da menina se fizeram mais e mais fortes. A única forma que Darcy poderia ajudar à garota era sair da loja e afastar-se da magia de Dragão que a protegia.
Contemplou-o durante um minuto. Os Dark não iam render-se, e quanto mais tempo resistisse, mais humanos tomariam.
Darcy deu um passo atrás e fechou a porta. Os Dark iam capturar às pessoas independentemente. Tinham-no feito durante séculos, e não tratariam de parar agora justo porque ela lhes oferecesse.
Com o coração pesado, dirigiu-se ao escritório e se deixou cair contra a parede. deslizou-se para baixo, até o chão e simplesmente ficou olhando fixo até um nada.
Se pelos menos aquilo só fosse um sonho. O que esporeava tudo isto depois de quase três anos que ela desatasse a magia do Ulrik? por que os Dark agora viriam detrás dela? Nada disso tinha sentido. por que não fazê-lo antes, quando ela ajudou ao Ulrik? por que esperar?
Sabia que não era Ulrik que estava atrás dela. por que lhe diria que estava em perigo só para enviar aos Dark?
Tampouco o estavam os Reis Dragão. Não protegeriam a alguém que quisessem morto.
Os Fae? Era uma possibilidade. Poderia ser que os Light não se sentissem felizes de que ela tivesse ajudado ao Ulrik, mas por que lhes importaria? E se fossem eles, por que Rhi a estava ajudando? Porque Ulrik lhe pediu que o fizesse?
Darcy negou com a cabeça enquanto seus pensamentos se equilibravam sobre ela. Não tinha idéia do que estava passando entre o Ulrik e Rhi, e tampouco acreditava que queria sabê-lo.
E quanto aos Dark? De novo, por que esperariam três anos para ir atrás dela? A menos que fosse em vingança contra Ulrik por algo.
A única outra possibilidade que ficava era que houvesse outro jogador do que ninguém soubesse. O qual era ridículo. Os Reis Dragão conheciam todos os participantes na guerra. Se houvesse alguém mais, Warrick o haveria dito.
Não mais perto de descobrir algo, Darcy jogou a cabeça para trás de novo na parede e fechou os olhos. Que silenciosa estava a loja sem o Warrick. Não era como se falasse muito, mas sua mera presença o trocava tudo. Todos estes anos nunca lhe tinha importado a solidão. por que tinha trocado isso depois do Warrick?
*******
Warrick estava sob a chuva observando o fronte da loja de Darcy. Ele também tinha visto os Dark afastar-se com as duas mulheres. Thorn matou a um enquanto Warrick agarrava ao outro. Quanto aos dois restantes, Dark e a garota, ele não ia esperar e lhes ver sugar sua alma na rua.
Warrick saiu das sombras até o Dark. Tocou no ombro ao que beijava o pescoço da garota. O Dark olhou e franziu o cenho. Deu uma cotovelada ao segundo Dark que estava de joelhos tratando de soltar as calças molhadas da garota.
“Se afastem dela” exigiu Warrick.
Os dois machos Dark riram enquanto ficavam de cara a ele.
Warrick estava ansioso de acabar com mais Dark. “Têm quebrado o pacto assinado pelo Taraeth e o Constantine em repetidas ocasiões. Serão jogados deste Reino”
“Boa sorte”, disse o Dark que estava a sua direita com uma brincadeira. o da esquerda soltou uma risadinha. “Você não sabe nada, Dragão”
Warrick estampou seu cotovelo no rosto do Dark a sua direita. Rodeou a garganta com a mão ao de sua esquerda e apertou. Empurrou ao Dark contra a esquina do edifício onde Thorn estava esperando no beco.
Thorn lhe agarrou por trás e o levou com ele à escuridão.
Warrick viu o punho de uma adaga na cintura do Dark. Agarrou-a e a afundou em sua garganta. Os olhos do Dark se aumentaram de medo um momento antes que a vida lhe desvanecesse. Sem outra opção, Warrick meio arrastou o Dark ao beco onde Thorn estava parado sobre o outro Dark Fae.
"Não é que não esteja desfrutando liberando ao reino do Dark" disse Thorn. "Mas preferiria fazê-lo com nossa forma real"
Warrick jogou o Dark perto do Thorn e assentiu. "Estou de acordo. Isso não acontecerá até que saiamos da cidade"
“O que não podemos fazer com o Darcy”
Warrick passou uma mão pelo rosto. Seu corpo tinha sanado rapidamente da magia dos Dark que tinha suportado, mas estava cansado. E o medo não lhe abandonava. Por cada Dark que matavam, três mais pareciam tomar seu lugar. Quem a não ser Taraeth ou Balladyn teriam esse tipo de atração?
Deixaram de falar quando Thorn ajudou a jovem a levantar-se e lhe deu um empurrãozinho à entrada do beco. "O ladrão foi apanhado. vá procurar a sua amiga"
A garota olhou confundida e saiu à rua. Warrick esperou até que a viu e a sua amiga retornar por onde tinham vindo.
“O que da primeira mortal?” perguntou Warrick.
Thorn chegou a ficar a seu lado. “Saiu correndo quando viu o Dark lançar uma bola de magia contra mim”
“Maldição”
“Não dirá nada. Ela estava nua quando os interrompi”
Warrick lançou um olhar cortante ao Thorn. "Esperemos que não"
“O que vai fazer sobre Darcy?”
Warrick se voltou para os Dark. “O que acontece ela?”
“Necessita-te”
“Disse-me que me fosse” discutiu Warrick.
Thorn grunhiu ruidosamente. “Para ser alguém que observou aos mortais tanto como você, não sabe nada sobre mulheres”
“E você sim?” Por alguma razão, o comentário do Thorn na verdade irritou ao Warrick.
“Ela estava zangada, mas realmente não queria que fosse”
“Você não a viu nem lhe ouviu a voz. Ela sobre tudo queria que fosse”
Thorn olhou para baixo, aos Faes mortos. "Temos dois problemas imediatos com os que tratar"
“E são?”
"nos desfazer destes feios safados"
Warrick piscou a água de chuva dos olhos. “E o outro?”
“Um de nós precisa voltar ali com Darcy”
Warrick pensou em seus beijos, no calor, o desejo e a necessidade que estar perto de lhe causavam. Seu verga se endureceu só de pensar em agarrá-la entre seus braços para outro beijo.
“Pego por seu olhar que te dirigirá de retorno à loja” disse Thorn com um sorriso de superioridade.
Warrick lhe empurrou no ombro.
“Isso definitivamente é um sim” disse Thorn com uma gargalhada. "Farei o melhor que possa para manter aos Dark afastados e darei aos dois um pouco de... tempo a sós"
Warrick tragou saliva.
A sós. Com Darcy.
Já lhe estavam formigando as mãos por sentir a suavidade de sua pele. Tanto se lhe queria com ela como se não, ele ia estar a seu lado até que aquela confusão acabasse.
Começou a andar até a entrada traseira quando Thorn lhe chamou por seu nome. Warrick se voltou até ele “O que?”
Thorn lhe deu um olhar seco e assinalou aos Dark. Warrick estava tão absorto pensando em Darcy que se esqueceu dos Faes mortos.
*******
Capítulo 24

Ulrik estava acostumado a usar disfarces. Ele tinha um diferente para cada aspecto de sua vida. Havia momentos em que se esquecia de quem era realmente, enterrado sob tantas identidades diferentes. Mas isso não fazia que fosse mais fácil de assumir.
Ulrik entrou no restaurante fracamente iluminado nos subúrbios do Glasgow e se deteve para poder inspecionar lentamente o interior.
“Olá senhor” disse uma aguda voz feminina.
Ulrik baixou seu olhar para ver uma jovem loira. Ela sorria brilhantemente, seu olhar percorrendo-o não tão sutilmente. Ele levantou o olhar até os ocupantes do restaurante. "marquei com alguém"
“OH, sim” disse ela, seu acento se notou mais. “Lhe está esperando. me siga por favor”
Ulrik deveria ter sabido que Mikkel teria alertado a maître do local de sua chegada. Porque nunca ocorreria a seu tio que ele não fosse. Por agora, isso era exatamente o que queria que seu tio pensasse. Mas chegaria um momento em que suas posições se reverteriam.
Ulrik seguiu à loira, lhe olhando o traseiro enquanto o fazia. Sua atenção foi apanhada pelo reservado ao que foi levado. Viu o Mikkel sentado comodamente com um braço apoiado no respaldo do assento curvo enquanto que o outro jazia junto a uma taça de vinho sem caule.
Quando a maître se deteve a seu lado, Ulrik localizou à mulher com seu tio. Era assombrosa com seu cabelo escuro caindo em grandes cachos até a parte superior de seus ombros. Levava uma camisa decotada que mostrava seu ativos para que Mikkel não pudesse apartar a vista de seus peitos.
Tanto para uma reunião de negócios. Ulrik estava a ponto de dar a volta e partir quando o olhar da mulher se deslizou até ele. A cor exata de seus olhos não podia vislumbrar-se com a tênue luz, mas não importava. Ele a reconheceu.
Ulrik olhou ao Mikkel. Era evidente pela forma em que seu tio acariciava seu ombro com os dedos que estava completamente cativado. Também era evidente que Mikkel não tinha nem idéia de que sua companheira era uma Dark Fae utilizando glamour.
Houve um flash de surpresa e temor no olhar da Dark quando Ulrik voltou sua atenção até ela. Se ela estava aqui, isso significava que tinha sido enviada pelo Taraeth.
“Ulrik”, disse Mikkel quando lhe notou. “Alegra-me que finalmente tenha podido te unir a nós. Sente-se”, ordenou enquanto agarrou a garrafa de vinho e enchia uma nova taça antes de encher a da Dark.
Ulrik estava interessado em saber por que a Dark estava ali, e ainda mais interessado em saber por que Taraeth a enviaria. Essa foi a única razão pela que ficou no reservado.
Mikkel estava frente a ele, e a Dark se sentava em meio, mas mais perto de seu tio. O qual estava bem para o Ulrik. Reconheceu a Dark por estar na corte do Taraeth. Infelizmente, isso era tudo o que sabia.
“Encontrei a esta beleza sentada na barra” disse Mikkel enquanto olhava a Dark. “Não podia permitir que uma mulher assim estivesse só. Assim, convidei-a a minha mesa”
“É assim?” disse Ulrik e se encontrou com o olhar dela de novo. Sua mão tremeu ligeiramente quando aproximou a taça de vinho a seus lábios. Deu-lhe um profundo gole antes de sorrir ao Mikkel.
"Ela é bastante tímida, acredito" disse Mikkel. "Espero que não te importe que cortemos nossa reunião. por que quereria falar de negócios com ela a meu lado?"
“por que de fato?” A mente do Ulrik já selecionava entre os Dark que conhecia, com quem poderia contatar e lhe perguntar o que estava passando. Dependendo das razões pelas que a Dark foi enviada ao Mikkel, Ulrik poderia não obter nenhuma resposta. Ao menos que se dirigisse ele mesmo ao Taraeth.
Não era ótimo, mas Ulrik não o descartava como uma possibilidade. Não lhe podia importar menos o que acontecesse ao Mikkel. Se os Dark queriam lhe agarrar, então Ulrik não se interporia em seu caminho. Seria um inimigo menos pelo que preocupar-se.
"Chamei para um favor" disse Mikkel com seu acento britânico. "Entretanto, esse não ia ser o projeto"
Pelo tom que usava Mikkel, o problema era um Rei Dragão. O que significava que isso tinha a ver com Darcy. "Adverti-te que levava atenção não desejada onde não deveria haver nenhuma"
“E você sabe por que o fiz”
Volta a isso outra vez. Ulrik pôs ambas as mãos em cima da mesa, mas não se incomodou em alcançar a taça de vinho. Quantas vezes oam ter que voltar sobre aquilo? “Não me chamou até aqui só para me falar do problema”
“Que perspicaz é!”
Ulrik esperou a que Mikkel se explicasse. O silêncio se estendeu quando seu tio se inclinou mais perto da Dark e lhe sussurrou algo ao ouvido que fez sorrir aos dois. Por certo, a mulher umedeceu os lábios com antecipação, tratava-se de sexo.
Ulrik pensou que ia adoecer.
Se Mikkel não lhe dizia o que queria, então Ulrik não ia ficar. Começou a levantar-se.
"Não terminamos"
Todos os músculos do corpo do Ulrik se bloquearam. Ia contra tudo o que ele era receber ordens. Seria tão fácil de alcançar através da mesa e rasgar a garganta do Mikkel com suas mãos nuas. Mas isso chegaria mais tarde. por agora, Ulrik devia ocultar sua ira e sua força e dissimular uma vez mais.
Tomou até o último fragmento do controle do Ulrik aplacar a necessidade de matar e relaxar seus músculos. Só então devolveu seu olhar ao Mikkel. Ele não se recostou, mas sim permaneceu no bordo da cabine.
Mikkel sorriu. “Isso é o que eu esperava”
Ulrik viu tudo vermelho de fúria. Como alguma vez pensou que podia atuar como um parvo e inclinar-se ante o Mikkel? Era impossível. Entretanto, tinha que pensar no objetivo final. O primeiro passo era proteger Darcy. Graças aos Reis que velavam por ela, esse era um problema do que não tinha que preocupar-se.
Tampouco lhe preocupava que Darcy se apoiasse nos Reis. Ela não só era a Druida mais poderoso que conhecia, mas sim também tinha uma mente própria. Darcy tomava suas próprias decisões, o que significava que estranha vez se inclinava em uma direção.
Essa era a primeira coisa que Ulrik tinha aprendido dela. Não tentou convence-la de que ele estava no lado correto. De fato, não lhe disse nada. Tudo o que fez foi lhe pedir que liberasse sua magia. Darcy tomou a decisão de lhe ajudar e continuou lhe ajudando.
As poucas vezes que ela perguntou, ele respondeu. Não estava interessada em seu passado -ou em seu futuro. Suspeitava que ela queria ver se sua magia seria capaz de lhe ajudar. É obvio, não se tinha dado conta de quão perigoso era até depois do intento inicial.
O segundo passo do Ulrik seria matar ao Mikkel.
E logo... Con. Havia uma dúzia de maneiras nas que Ulrik tinha pensado sobre atacar ao Constantine. Nenhuma delas funcionaria, assim não seria fácil. Con sabia que ele estava aproximando-se. Era uma batalha que vinha desenvolvendo-se desde fazia muitos milênios.
Ulrik respirou fundo e lentamente soltou o ar. concentrou-se no Mikkel e esperou enquanto seu tio continuava paquerando com a Dark Fae. A fêmea era atrativa. Nenhuma só vez tinha olhado até o lado do Ulrik desde que ele tinha chegado à mesa. Mantinha seu foco exclusivamente no Mikkel, lhe seduzindo lentamente com seus sorrisos e flertes.
Mikkel se reclinou e bebeu de sua taça. Uma vez que voltou a pôr a bebida sobre a mesa, voltou-se até o Ulrik. “Quero que acabe com meu problema. para sempre”
Ulrik sentiu o peso do olhar fixo do Mikkel. Seu tio pensava que lhe tinha pego pelas bolas. Um exemplo mais de que seu tio lhe infravalorizava.
levantou-se, ajustou-se a jaqueta do traje e disse: “Considera-o feito”.
*******
Taraeth rodava seu ombro esquerdo. Só ficava um coto depois de que Denae tivesse utilizado uma espada Fae e lhe cortasse o braço. Taraeth soprou. Uma espada Fae. A espada que pertencia a Rhi.
A mesma Rhi que Balladyn tinha capturado e tentado voltá-la Dark. Embora, Balladyn lhe assegurou que Rhi voltaria para eles e se converteria em Dark, Taraeth tinha suas dúvidas.
Rhi era mais forte do que Balladyn pensava. E ela mantinha ainda em seu interior seu amor pelo Rei Dragão.
O único crucial engano que os Dark tinham cometido ao chegar ao Reino era em julgar erroneamente aos Reis. Nenhum dos Dark, especialmente o idiota que tinha levado aos Dark à guerra com os Reis, deu-se conta de quão formidáveis eram. Todos os Fae -Light ou Dark- supuseram que sua magia era parecida com a dos Reis ou superior. Que equivocados tinham estado.
Os Faes aprenderam bem a lição. Foi uma das razões, uma vez que Taraeth se converteu em rei, pelas que não atacou aos Reis Dragão. Havia um obstáculo. Mais que isso, tinha tido que vigiar suas costas desde que se aliou com um e ajudou a outro em alguma ocasião.
Sua intenção tinha sido rechaçar ao Ulrik. Até que se encontrou com ele. Foi suficiente um olhar do Taraeth para ver o ódio que Ulrik tinha até os Reis. Se houvesse alguém que derrubasse aos Reis Dragão, seria Ulrik.
Houve um golpe na porta de aço de sua habitação privada. Taraeth se dirigiu até ela e a abriu para encontrar-se com um de seus guardas. “Ulrik está aqui para te ver” replicou o Dark.
Taraeth sorriu e saiu da habitação. Girou a esquina até um corredor onde localizou ao Ulrik de pé frente a uma pintura da cidade capital do Reino Fae.
“Sempre que vem, fica olhando essa pintura” disse Taraeth enquanto parava a seu lado.
Ulrik encolheu um ombro. "Resulta-me difícil acreditar com tudo o que sei sobre os Fae que tanto os Light como os Dark alguma vez viveram juntos"
“Isso foi faz muito tempo”
Ulrik deixou de olhar a pintura e se voltou até o Taraeth. “Não parece surpreso de que esteja aqui”
Taraeth soltou uma risadinha. “Nunca suas visitas me surpreenderam, por incomuns que fossem. “Vem para mim com solicitudes incomuns que só ampliam nossos interesses. PureGems nos deu uma superabundância de humanos com os que nos satisfazer”
“Ah, mas eu não era o único com minha mão no PureGems, verdade?”
Taraeth se tinha perguntado quanto demoraria Ulrik em juntar todas as peças. “Assim, Mikkel finalmente chegou a você”
“Quanto faz que lhe conhece?” O rosto do Ulrik carecia absolutamente de emoção, assim como sua voz.
Foi suficiente para que Taraeth receasse. Ulrik poderia ter sua magia ligada pelos outros Reis Dragão, mas Ulrik tinha demonstrado que as coisas poderiam trocar. "Tempo suficiente"
“Qual é sua justificativa para enviar a uma Dark a seduzir meu tio?”
Taraeth não o tinha visto vir. Pode que não gostasse de Ulrik, mas era difícil não fazê-lo quando era tão ardiloso como um Dark. "Seu glamour é muito bom. Não há forma de que veja através de sua magia, nem ela te dirá quem é"
“Reconheci-a de sua Corte”
Ao menos Taraeth sabia que Ulrik não podia ver através do glamour como Kiril fazia. Malditos Reis Dragão e sua magia.
Então assimilou o comentário do Ulrik. Nos milhares de anos desde que os Fae chegaram à Terra, Ulrik tinha estado na Corte só uma meia dúzia de vezes. Isso fez que Taraeth se desse conta de que havia poucas coisas que Ulrik não visse, e ainda menos que ele esquecesse. Conviria ao Taraeth recordar isso.
“por que a enviou com o Mikkel?” perguntou Ulrik outra vez.
“Queria ver se seu tio podia encontrar a um de meus melhores amigos”
“Mentira”
Foi dito sem calor, mas os olhos dourados do Ulrik se endureceram. Taraeth tentou outro enfoque. "Fez-me uma promessa e logo não a cumpriu"
Ulrik deu meia volta e começou a afastar-se.
Taraeth franziu o cenho “Ulrik?”
Mas o Rei Dragão não se deteve. Taraeth não estava seguro de se Ulrik ia alertar a seu tio ou não. Em qualquer caso, era necessário advertir à mulher.
*******

Capítulo 25

Darcy se sobressaltou ante o som que provinha da estufa. Ela ficou de pé, seu coração pulsava violentamente. Então apareceu uma alta figura.
"Warrick" sussurrou.
Seu sorriso morreu antes que ficasse em marcha quando deixou que seu olhar lhe percorresse. O sangue salpicava sua camisa, ou o que ficava de sua camisa. Estava rota e rasgada de forma que logo que pendurava de seus ombros.
O olhar dele era direto, sem pestanejar enquanto a olhava como se não tivesse estado em uma batalha com os Dark Fae.
Sem pensar, ela correu até ele olhando suas feridas. Ela apartou brandamente sua camisa ainda molhada se por acaso houvesse uma ferida debaixo, mas tudo o que viu foi pele e a tinta negra e vermelha da tatuagem.
Então ela recordou o que ele era e sua imortalidade.
Darcy deixou cair seus braços e se encontrou com seu olhar cobalto enquanto recordava o medo que a tinha consumido não fazia tanto tempo. "Rodearam-lhe, e logo não pude te ver"
"A briga não teria durado tanto se tivesse estado em forma de Dragão", disse ele com seriedade.
"Tinha medo de minha mente, e faz uma brincadeira?"
"Não é uma brincadeira. Em minha forma real, poderia fazer muito mais dano"
estremeceu-se ao recordar as lembranças do Ulrik que viu e o tamanho de alguns dos Dragões. Ela deu a volta, envergonhada por deixar que suas emoções a superassem. "É obvio, esqueci-o"
“Estava preocupada comigo, moça?”
Ela se deteve e olhou por cima de seu ombro ante as palavras tão brandamente sortes. Em realidade, ele tinha divulgado surpreso. “Sim”
depois de tudo o que lhe havia dito, ele tinha retornado à loja, a ela. Não havia zango em seu rosto ou em sua voz, como se suas duras palavras nunca tivessem sido ditas.
Ele tinha arriscado sua própria vida por ela. Embora era imortal, não havia dúvida que os Dark podiam fazer mal aos Reis.
“Tirarei-te de Edimburgo se isso for o que quer” disse Warrick. “Que lhe dêem ao maldito Con e o que ele planejou para você”.
Darcy estava tão surpreendida que, por um momento, não pôde encontrar nenhuma palavra. "Pensei que Con queria informação"
"Se a der, então Con a terá. Mas não te manterei aqui com tantos Dark só para que Con possa ter intrigas sobre o Ulrik"
"Inclusive se essa intriga pudesse ser a diferença de Con ganhando do Ulrik?"
Warrick se esfregou a nuca com a mão e suspirou. Justo como Darcy pensava. “Ulrik está ganhando esta guerra, não é certo? Necessitam informação para ganhar”
“Há uma possibilidade de que inclusive se te levar a Skye, os Dark lhe atacarão ali”
Ela bufou. “Podem tentá-lo”
“Nunca enfrentou a um Fae, Darcy. Você não sabe o que significa lutar contra eles. Tão poderoso como é a magia de Skye, não é suficiente para manter longe aos Dark”
Poderia Darcy levar tais horrores repulsivos a Skye? A sua família? Só para salvar seu próprio traseiro? Não, não poderia. Apesar do assustada que estava, este desastre não podia alcançar a Skye.
“Podem te machucar os Dark?”. Warrick fez um gesto, a confusão marcou seus traços. "Não podem nos matar"
“Mas eles podem te machucar?”
“Sim”
Sentiu como se alguém lhe tivesse dado uma patada no estômago. “Feriram-lhe aí não é certo?”
“Estou bem”
Mas não o tinha estado antes. Tudo o que ela tinha que fazer era olhar suas roupas para ver quão violenta tinha sido a batalha. Ele permaneceu só frente aos Dark enquanto era bombardeado com sua magia.
Quantas feridas tinha suportado que tinham curado antes de ir ve-la? Ela se encolheu por dentro só de pensá-lo. E ela foi quem lhe jogou fora por causa de sua irritação.
“Então sua magia pode te machucar?” perguntou ela
"Pode nos debilitar, e também podem fazer que não possamos trocar à forma de Dragão por um tempo"
“Que mais?” Não sabia como se imaginava que havia mais, mas ela o fazia.
Warrick deu um firme suspiro. “Durante as Guerras Fae, eles capturaram dois Reis. Ambos perderam a cabeça. Tivemos que matá-los”
As pernas de Darcy se debilitaram. Ela agarrou o bordo de sua escrivaninha para manter-se em pé. A idéia de que Warrick fosse capturado e torturado pelos Dark lhe provocava nausea. Isso não podia acontecer a um homem tão orgulhoso e poderoso. “Não quero que isso aconteça a você”
“Não o fará”
Lhe olhou horrorizada. “Estou segura de que os dois Reis capturados pensavam o mesmo”
Warrick se encolheu de ombros, como se isso acontecesse todos os dias. “É parte de ser o que somos”
“Thorn e você deveriam ir antes que não possam fazê-lo”
Foi o turno de que ele a olhasse como se lhe tivessem saída asas. “Não pode falar a sério”
“Faço-o. Não vou levar isto”, disse, fazendo um gesto até o fronte onde tinham estado os Dark, “...a Skye. Tampouco serei responsável por que os Dark capturem ao Thorn ou a você”
“O permanecer aqui é decisão do Thorn e minha. Não é tua”
Darcy negou com a cabeça com consternação. “Não tem idéia como se sente vê-los te rodeando enquanto te enfrentava só contra todos eles. Pensei que tinham acabado contigo!”
suas palavras ficaram suspensas no ar durante um comprido momento enquanto se olhavam fixamente o um ao outro. Os olhos de cor cobalto do Warrick brilhavam, seu olhar era intenso.
Em tudo o que Darcy podia pensar era em seus beijos. Todo o resto –Con, Ulrik, os Dark, os anciões de Skye, e, inclusive, sua própria família- desapareceu.
“Prometi que te manteria a salvo. Não te deixarei até que o esteja”
Darcy correu até ele, lhe arrojando seus braços ao redor de seu pescoço enquanto ela colocava seus lábios contra os dele. Envolveu-a em seu abraço, sujeitando-a com força enquanto inclinava sua cabeça e separava seus lábios.
Um gemido baixo e profundo retumbou em seu peito enquanto se beijavam. Ela colocou suas mãos entre seu molhado cabelo e se afundou no beijo até que esteve lhe vivendo, respirando-o.
Não passou muito para que as chamas do desejo lhes arrasassem. a Darcy tentavam as partes de pele que sentia contra ela entre os rasgões de sua camiseta. Ela colocou as mãos entre eles enquanto se beijavam e lhe rasgou a camiseta pela metade. Apareceu um sorriso nos lábios dele enquanto a deixava cair ao chão.
Seus beijos eram ardentes, frenéticos enquanto tratavam de aproximar-se mais o um ao outro. Com um movimento de sua mão, ele desabotoou seu jeans e lhes baixou a cremalheira. Então sua mão desceu pelas calças dela cavando seu sexo.
Darcy ofegava quando ele a beijou ao longo de sua mandíbula e para baixo até seu pescoço enquanto seus dedos começavam acariciá-la ligeiramente através de suas calcinhas.
Ela se aferrou a ele apenas sem respirar ante a força do desejo que contraía firmemente seu útero. Sua língua se sentia quente sobre sua pele, seus lábios eram suaves.
Imediatamente seguinte, sua mão desapareceu, deixando-a apertando as pernas para conter a maré de necessidade que a envolvia.
Sua camisa foi tirada pela cabeça tão rapidamente que ela não tinha idéia como ele o tinha conseguido. Houve um ruído de rasgão quando seu prendedor a seguiu. Logo ele a atraiu até seu peito, pele contra pele.
Olhou aos olhos e reconheceu o mesmo desejo, as mesmas ânsias que sentia dentro de si mesmo.
Ele se inclinou, agarrando-a do traseiro, e logo a levantou. Con suas pernas agora envoltas ao redor dele, reclamou sua boca em um selvagem e ardente beijo.
Darcy não teve que perguntar-se durante muito tempo aonde ele se estava dirigindo quando começou a andar. inclinou-se, sujeitando-a firmemente com uma mão enquanto com a outra repassava a escrivaninha, esvaziando o de tudo.
Colocou-a sobre a superfície da escrivaninha, sua firme excitação esfregando-se contra seu inflamado sexo. Ele investiu contra ela várias vezes antes de abri-la, terminando o beijo.
“Necessito-te, moça” sussurrou ele em seu ouvido.
Darcy abriu os olhos para lhe encontrar sobre ela. “Como de rápido pode te despojar dessas roupas?”
Um sorriso começou justo antes que ele se endireitasse e se tirasse de uma patada suas botas enquanto se baixava as calças. Darcy não tinha tido tanta sorte com seu próprio traje. Ela só conseguiu uma bota no tempo que lhe levou despir-se.
Lhe tirou a outra bota. Logo lhe agarrou as calças e atirou. Por ele, deslizaram-se imediatamente, deixando-a em nada mais que sua calcinhas de seda negra.
O olhar dele oscilou sobre ela, começando por suas pernas e seguindo para cima. logo que seus olhos se posaram sobre seus seios, seus mamilos se endureceram. Ele sorriu de antecipação enquanto se metia entre as pernas dela uma vez mais.
Logo, ele roçou ligeiramente com as gemas de seus dedos ao longo de suas pernas até a união de suas coxas. Em seu sexo, fez uma pausa e deslizou suas mãos sobre a seda. Logo, uma mão se moveu para cima, até seus seios, onde rodeou um mamilo com um dedo antes de passar ao seguinte.
Esperava que ele acalmasse seu sofrimento e a tocasse quando sua boca se posou em seu outro mamilo. Darcy ofegou, suas costas arqueando-se enquanto amamentava o pequeno pico duro. Ao mesmo tempo, uma de suas mãos retornou a seu sexo. Empurrou a um lado a seda e sem compaixão, sem piedade jogou com seu clitóris até que ela esteve tremendo.
O orgasmo a pilhou de forma inesperada, a força dele a deixou sem respiração. Sua boca se abriu em um silencioso grito enquanto seu corpo se sacudia e o prazer a atravessava.
Justo quando ela pensava aquilo terminaria, Warrick se ajoelhou entre suas pernas. Seu corpo estava pulsando ainda pelo orgasmo quando lhe rasgou as calcinhas em dois e logo deslizou sua língua sobre seu clitóris.
O prazer era muito. Tratou de retroceder, mas Warrick tinha ambas as mãos em seus quadris, mantendo-a em seu lugar. Com sua língua quente brincando com sua carne, logo se retorceu quando outro clímax a levou.
Logo ele ficou sobre ela, seu enorme corpo pressionando-a enquanto a cabeça de sua excitação se deslizava dentro dela. Darcy estendeu suas mãos sobre seu peito enquanto ele lentamente entrava nela, abrindo-a, enchendo-a.
Subiu as pernas para lhe rodear a cintura. Quando ele esteve completamente introduzido, inclinou-se e a beijou apaixonadamente. Darcy flutuava em uma nuvem de pura paixão. Cada lugar que tocava, Warrick lhe deixava uma marca, trocando-a para sempre. Podia lhe sentir através de sua pele e seus músculos, através de seus ossos e em sua alma. Era como se a tivesse alterado. E ela o recebia com os braços abertos.
Ele saiu dela e se impulsionou. Dentro e fora se movia ferozmente, com força. Cada vez aprofundava mais, inundava-se mais duro.
Logo o suor umedeceu a pele de ambos, permitindo que seus corpos se deslizassem o um contra o outro brandamente. Darcy apertou suas pernas, insistindo-o a seguir.
Ele empurrava os quadris enquanto se movia mais rápido. suas respirações ofegavam, seus corpos seguiam o ritmo mais antigo que o próprio tempo. Lhe agarrou com seus dedos enquanto o desejo se elevava em seu útero. Logo se enterrou profundamente e ficou quieto.
Para surpresa de Darcy, outro orgasmo a arrastou junto com o Warrick. Foi tão poderoso como o primeiro, arrastando-a a um torvelinho de paixão, prazer e... todo Warrick.
Pareceram horas depois quando finalmente pôde abrir os olhos. Encontrou ao Warrick olhando-a com um olhar de assombro que fez que seu estômago se apertasse e seus lábios se inclinassem em um sorriso. Ele saiu dela e a levantou em seus braços até que os situou no chão. Darcy se acocorou contra ele, usando seu peito como travesseiro.
O sexo com o Warrick tinha sido sublime. Ninguém a tinha levado a tais alturas antes, e estava segura de que ninguém mais que Warrick voltaria a fazê-lo. Sua vida estava em ruínas, mas tinha algo sólido e real ao que aferrar-se. Tinha ao Warrick.
*******

Capítulo 26

O mundo do Warrick se pôs de barriga para baixo pelo suave toque e os apaixonados beijos de uma obstinada e preciosa mortal. Olhava fixamente ao teto enquanto recordava cada momento de quando estiveram fazendo amor. A violenta e incontrolável necessidade de reclamá-la tinha pulsado nele como nada mais o tinha feito. Quase lamentou tomá-la tão rápido.
Quase.
Um sorriso saltou a seus lábios enquanto recordava o fogo em seus olhos verde musgo. Suas unhas lhe tinham arranhado a pele, suas pernas se tinham apertado inclusive enquanto lhe urgia a que fosse mais rápido com seus talões.
Seu abandono, sua desavergonhada necessidade só lhe conduziu com selvagem desejo. Quando se tratava de Darcy, o controle do Warrick sempre parecia evaporar-se rapidamente. Ele se comportava como um selvagem, indômito. Brutal.
E ela se deleitava com isso.
Não lhe importava quando dizia coisas incômodas. Warrick franziu o cenho ao dar-se conta de que, em tão pouco tempo, tinha conversado com ela mais do que nunca o tinha feito com ninguém mais.
Sua beleza foi o primeiro que chamou sua atenção, mas sua inteligência -e inclusive sua afiada língua- mantinha-lhe nas pontas dos pés e completamente envolto. Era tão tempestuosa como um mar tormentoso, e não sempre estava seguro de como navegar por essas águas. Mas queria aprender.
Warrick sentiu que sua respiração lhe fazia cócegas no peito quando deixou escapar um suspiro enquanto dormia. Ele não era um parvo. Havia muitos Reis que tinham encontrado companheiras ultimamente para que ele não considerasse Darcy como algo mais que um rápido escarcéu.
Havia um único impedimento.
Warrick não queria uma companheira. Não queria a preocupação, o medo ou o nervosismo de ter a uma mulher ligada a ele. Independentemente de que ela pudesse ser imortal, o simples feito era que podia morrer se lhe matavam. A guerra na que se encontravam era suficiente para levar a atrair essa possibilidade.
Isso sem mencionar que ele via como Kellan, Rhys, e outros Reis emparelhados reagiam quando uma ameaça chegava a Dreagan. Estava na natureza de um Rei o proteger. Acrescentar o elemento de um casal, e tudo se voltava uma loucura.
Inclusive se ele aceitasse um casal, não estaria a salvo dos Dark. Os Reis ao haver ficado um feitiço a si mesmos para que nunca devessem sentir nenhum amor por uma humana durante todos esses séculos, foi a única razão pela qual os Dark não levaram a uma companheira de um Rei. Entretanto, era só questão de tempo antes que o tentassem.
A louca idéia de reclamar Darcy como sua companheira para salva-la dos Dark fez que considerasse instantaneamente essa idéia. Os Dark queriam Darcy morta. Embora desejava saber quem tinha enviado a ordem de sua morte, Warrick estava mais preocupado por mantê-la com vida.
O anterior ataque dos Dark demonstrou que estavam mais que dispostos a deixar que sua guerra se estendesse ao mundo humano. Warrick abriu seu enlace mental e chamou Con. Não levou muito ao Rei de Reis responder.
“Tem alguma informação sobre o Ulrik?” perguntou Con.
Warrick se surpreendeu ante a ira que sentiu. Era pela luta contra os Dark? Era por ter a Darcy em seus braços e seu sabor na boca? “Em caso de que queira sabê-lo, Darcy ainda está viva”
“Não tinha nenhuma dúvida sobre isso. Que informação averiguou?”
“Nenhuma”
Houve um comprido período de silêncio. Logo Con disse “Nenhuma? por que?”
“Possivelmente porque estávamos lutando contra os Dark durante todo o dia”
“Nunca foi alguém que falasse muito, Warrick, mas pelo que parece tem algo para contar. Assim começa”
Warrick sujeitou mais apertadamente a Darcy enquanto dormia. “Há mais que Ulrik nesta guerra, Con. Tenha isso em conta”
“Tenho-o”
“Não. Está preso por seu ódio. O fato de que sua primeira pergunta fosse sobre o que Darcy pudesse ter compartilhado sobre o Ulrik em lugar de perguntar se ela estava ainda viva ou como Thor e eu resistimos ante os Dark, é revelador”
“Então me conte o que aconteceu”
Warrick não se enganava. Con lhe estava apaziguando, e isso enfureceu ao Warrick. “Fiz-o. Fui atacado”
“Isso não é uma surpresa. Os Dark lhe atacariam para levar a Druida”
“Trinta deles? Fora, nas ruas? Com apenas a chuva para nos ocultar?”
Houve uma pausa, e Warrick pôde ver, virtualmente, o cenho franzido de Con.
“Trinta?” perguntou Con.
“Esses só eram os que me rodeavam e estavam visíveis. Havia mais que não tive tempo de contar”
“Quando aconteceu isso?”
“Faz umas horas”
“E só agora que me diz isso?” gritou Con.
Warrick não estava pensando em contar a Con. Seus pensamentos tinham estado centrados em Darcy.
“Sim”
“Estava ferido”
Não foi uma pergunta. “Como te disse, eles me rodearam quando tentava retornar à loja de Darcy. Bloqueei a maior parte de sua magia, mas alguma me atravessou”
“Ao menos não lhe capturaram”
“Não me querem. Estavam muito centrados em Darcy. Ela estava dentro da loja observando. Machucaram-me para que ela saísse dali posto que Thorn e eu utilizamos magia em seu edifício e os Dark não podiam alcançá-la”.
“Como está Thorn?”
Ao menos aquilo era algo pelo que Warrick não tinha tido que preocupar-se. “Thorn permaneceu oculto. Os Dark nem sequer sabiam que estava aí. Isso lhe permitiu lhes matar sem ser visto por eles”
“Não tinha nenhuma dúvida”
"Também deve saber que os Dark não só nos atacaram hoje. Também perseguiram as humanas"
“Eles sabem que protegemos aos humanos” disse Con “Tentarão dividir sua atenção entre a Druida e os mortais. Possivelmente deveria enviar ao Kiril e ao Rhys de volta a Edimburgo”.
“Não acredito que seja boa idéia. Os Dark foram descarados em seu ataque de hoje, e isso que foi só contra mim. Se soubessem que Thorn ou qualquer outro Rei está aqui, temo que não manteríamos nosso segredo dos humanos por mais tempo".
“Os Dark têm a intenção de levar-se a Darcy?”
“Sim. Atravessaram sua magia muito rápido. Foi só nossa magia de Dragão o que lhes mantinha afastados”
“Então não pararão até que a tenham. É só questão de tempo antes que o consigam”
“A menos que ela esteja em Dreagan” Warrick não tinha idéia de onde tinha saído essa idéia. Uma vez que a disse, entretanto, soube que era o melhor lugar para Darcy.
Sua mente estava pensando em como levá-la até Dreagan quando Warrick se deu conta de que Con não tinha pronunciado outra palavra. Foi então quando Warrick compreendeu que, se Darcy estava em Dreagan, ela estaria a mercê de Con, e ele a incomodaria por qualquer informação sobre o Ulrik.
“Possivelmente tenha razão” disse Con.
Warrick fechou os olhos. “Precisa saber agora que Darcy não nos dará nenhuma informação sobre o Ulrik”
“Ela está de seu lado?” perguntou Con fríamente.
“Ela não está do lado de ninguém. Ulrik não tentou atrai-la a sua causa. O fato de que nós o façamos lhe faz parecer bom, e não arroja uma luz agradável sobre nós”.
“averiguou algo dela?”
“Sei que viu suas lembranças”
“Viu?”
Isso tinha sido uma nota de ansiedade na voz de Con? “Sim. Viu o que aconteceu quando nós lhe desterramos e atamos sua magia”
“É obvio que Ulrik voluntariamente compartilharia tais coisas”
“Ele não tem nem idéia. Ainda não sabe. Darcy viu mais que isso também”
“Parece que o melhor lugar para a Druida é em Dreagan. Traz-a aqui o antes que possa”
Warrick sabia que era o único lugar seguro para ela, mas isso não significava que Darcy fosse de bom grado. Inclusive com sessenta mil acres, aquilo seria uma classe da prisão. Por não mencionar que também estava Con. Mas tudo aquilo empalidecia ante o conhecimento de que ela pudesse estar fora do alcance dos Dark.
“Warrick?” perguntou Con
“Ouvi-te”
“Mas?”
“Nada” Não tinha sentido lhe perguntar a Con por que queria a Darcy em Dreagan. Warrick sabia que era por sua associação com o Ulrik e pelo feito de que tinha visto as lembranças do Ulrik.
“Então lhes vejo logo” disse Con e cortou o enlace.
Warrick abriu os olhos para olhar fixamente ao teto de novo enquanto tentava pensar na forma de lhe dar a Con acesso limitado a Darcy. Cada plano veio abaixo, porque Con não era o único Rei que queria derrubar ao Ulrik. Warrick enfrentaria à maioria dos Reis.
Isso lhe punha em uma difícil posição, porque não queria ajudar ao Ulrik. Mas para proteger Darcy, ia ter que fazer isso precisamente.
*******
Rhi sabia que iam dar o cabelo por parte do Thorn e o Warrick por não acudir quando eles a chamaram. Ela aceitaria o que eles tivessem que dizer, porque não podiam saber onde tinha estado.
Ainda estava velada quando encontrou ao Thorn no teto de um edifício ao outro lado da rua da loja de Darcy. Rhi deixou cair o véu e ficou em cócoras ao lado do Thorn.
Ele voltou a cabeça por volta dela e a olhou “Vem um pouco tarde”
“diz-se que está de moda chegar tarde”, replicou ela passando o cabelo por cima do ombro dramaticamente. Algo para evitar que ele perguntasse o que tinha estado fazendo.
Thorn grunhiu. “O que seja. Não pudemos contar com sua ajuda quando os Dark nos atacaram”
“Outra vez? Quantos esta vez?”
“Deixei de contar quando cheguei aos quarenta e oito”
Rhi se encontrou com seu escuro olhar, seu estômago caiu aos pés. Não é que só estivesse furioso de que ela tivesse chegado tarde. Estava realmente zangado por algo que tinha ocorrido. “O que aconteceu?”
“A passada noite os Dark chegaram e rodearam a loja e se posicionaram ao longo da rota de Darcy até sua casa assim não pudemos tirá-la”
Agora Rhi se sentiu realmente mal por não ter assegurado também a loja tal e como tinha protegido o piso de Darcy. "Farei que a loja seja segura"
“Já o fizemos nós” disse fríamente Thorn.
Rhi olhou para baixo à loja para ver a porta precariamente pendurando de um jogo de dobradiças e uma das janelas arrebentada. "Parece que funcionou"
“Sim. Justo até que Warrick foi conseguir comida para Darcy. Os Dark começaram a atacar a loja, e quando Warrick retornou, foram-se atrás dele”
“Onde está Warrick?” perguntou enquanto a preocupação a invadia.
“Com Darcy” Thorn se manteve entre as sombras enquanto se levantava e saltava de um telhado a outro. "crê que seria o único Rei aqui se os Dark o tivessem levado?"
Rhi seguiu ao Thorn, aterrissando habilmente sobre seus saltos de quatro polegadas. Ela uma vez mais se aproximou sigilosamente ao Thorn e seguiu seu olhar a um pequeno grupo do Dark que estavam olhando a loja de Darcy.
“Estava Warrick ferido?”
Thorn se encolheu de ombros. “Nada que um pouco de tempo não possa curar”
Voltou toda a força de sua fúria até ela e a olhou de cima abaixo como se fosse a mais baixa das baixas. "Suponho que só vem quando chama Rhys. É bom que aos Dark não interesse seqüestrar a outro Rei, Rhi, porque trinta deles o rodearam, golpeando ao Warrick com sua magia"
“Sinto muito”
“Não me diga” replicou isso ele com fúria. “Isso tem que dizer ao Warrick”
Rhi imediatamente se teletransportou.
Thorn pôs os olhos em branco. “Justo outra razão pela que os Reis deveriam cortar laços com os Fae. Não se pode confiar neles”.
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Capítulo 27

Não importava como Warrick o olhasse, não havia outra forma de assegurar que Darcy estivesse fora do alcance dos Dark que levá-la a Dreagan. Entretanto, não estava tão seguro de que ela estivesse de acordo.
Tampouco era só a vida o que estava em jogo. Estava o fato de que os Dark caminhavam pelas ruas do Edimburgo, e os Reis ainda não tinham feito nada.
Warrick gentilmente voltou Darcy do outro lado e se levantou. ficou seu jeans, os grampeou enquanto caminhava até a parte principal da loja e olhou fora das janelas enquanto o amanhecer iluminava o céu. Dois Dark estavam de pé ao outro lado da rua lhe olhando. Seus sorrisos petulantes lhe fizeram desejar apaga-los de suas caras. Com força.
Se algo não se fazia como represália, então os Dark saberiam que poderiam entrar na Escócia em qualquer momento que quisessem. Já era bastante mau que vagassem por toda parte na Irlanda.
Escócia era a terra dos Reis Dragão.
Warrick agarrou a porta rota e a abriu. Ignorou as partes de vidro em seus pés descalços quando cruzou a soleira. Houve um forte impulso em sua mente ao mesmo tempo que a voz do Thorn gritava seu nome. Warrick abriu o enlace. “O que?”
“Conheço esse olhar. O que seja que tenha planejado, conte-me. Estou cansado de ver estes safados acreditar que podem fazer o que quiserem”
Justo o que Warrick esperava que Thorn dissesse. “Con quer que leve Darcy a Dreagan”
“Sei. Con me chamou para assegurar-se de que fizesse o que fosse para te ajudar”
“Não a obrigarei”, declarou Warrick.
“Nem eu”
Warrick não questionou ao Thorn. Sabia que Thorn era um homem de palavra. “Os Dark não deveriam estar em Escócia. Já estiveram no Edimburgo por muito tempo”
“Isso significaria deixar a Darcy só”
“Nossa magia agüentará”
“De verdade quer aceitar essa possibilidade?”
Warrick suspirou pesadamente. Não queria, mas ia contra todo que fosse permitir aos Dark que seguissem cometendo suas atrocidades.
“Não acredito” disse Thorn “Hoje não chove, War. Não podemos lutar contra eles agora”
“Atacarão outra vez”
“Isso é o que pensei durante toda a noite, mas não o fizeram. A que estão esperando?
Essa era uma boa pergunta. War voltou a cabeça até a esquerda e localizou a outros três Dark. Quando olhou à direita, viu cinco. Quantos mais haveria na parte detrás e ocultos ao longo da rua?
A única forma de tirar Darcy era voando com ela até Dreagan, o que significava que alguém na cidade pudesse lhes ver.
“Darcy não pode estar aqui outro dia. Temos que fazer algo” disse Warrick.
Thorn lhe deu uma seca gargalhada. “Boa sorte com isso, companheiro. Se ela sair desse edifício, então bem pode dizer adeus, porque nunca mais voltará a vê-la”
“Posso utilizar meu poder”
“Sua proteção?” perguntou Thorn. “Poderia funcionar. Alguma vez a utilizou sob a investida da magia Dark?”
“Nunca o necessitei”
“Está aceitando um risco, War. Se seu poder falhar e Darcy é capturada, será capaz de viver com isso?”
“Não, mas não vejo outra alternativa. Iremos ao piso de Darcy, e logo pensaremos em uma forma de chegar a Dreagan”
"Quer dizer que a convencerá de ir a Dreagan?", disse Thorn entre risadas.
Warrick cortou o enlace em meio das risadas do Thorn. voltou-se e retornou ao interior do edifício.
*******
Darcy despertou tremendo, e se deu conta imediatamente de que Warrick já não estava a seu lado. sentou-se, sentindo um ligeiro puxão entre suas pernas. Um sorriso lhe abriu ao recordar a forma em que fizeram o amor.
levantou-se e procurou sua roupa ao redor. Seu jeans e sua camiseta estavam salvables, mas seu prendedor e sua calcinhas estavam acabadas. Com suas roupas na mão, entrou no banheiro e fechou a porta. Darcy fez uma careta quando se olhou no espelho.
“Poderia ser pior” disse enquanto se esmagava alguns cachos.
lavou-se com água a cara e a secou. Logo umedeceu a toalha de mão e se limpou. Logo se estremeceu e agarrou uma toalha de mão nova para secar-se.
Uma ducha quente soava celestial. Ao menos ela tinha o pequeno asseio no que refrescar-se. Darcy recordou o par de sudaderas que guardava para as ocasiões que trabalhava com as planta. ficou nas pontas dos pés e abriu a porta do armário para as tirar. Se ela sobrevivia a isto, ia adicionar roupa interior ao contrabando.
depois de voltar a pôr a camisa, tirou a massa e a escova de dentes que sempre tinha na loja e escovou os dentes.
Corajosamente tratou de usar seus dedos para pentear seus cachos, mas seu cabelo estava muito enredado para fazer algo bom. Os cachos tampouco ajudavam. Sem outra opção, ela o recolheu em um coque desordenado e o fixou com forquilhas.
Um olhar rápido no espelho lhe mostrou que estava apresentável, inclusive sentindo-se estranha sem calcinhas postas. Darcy abriu a porta e saiu.
Esperava ver o Warrick mas ele não deu sinais. Um rápido olhar à parte traseira e tampouco estava ali. Então foi à parte principal e lhe encontrou olhando pela janela rota.
“Espero não te haver despertado” disse sem voltar-se para olhá-la.
Havia algo na forma em que estava que lhe fizeram soar campainhas de advertência na cabeça. Ela seguiu seu olhar por volta dos dois Dark ao outro lado da rua. “Não o fez” respondeu ela. “O que está passando?”
antes que ele pudesse responder, o estômago lhe rugiu. "Não fica muito da comida que compilei para você ontem, mas sei que Thorn lhe trouxe isso. Deve comer"
Ela não se deixou enganar pelo mudança de tema. “Comerei se me conta o que esta passando”
“vá comer. Logo falaremos”
Darcy não acreditava que houvesse um homem vivo tão teimoso como Warrick. Ela girou e imediatamente fez uma careta quando algo lhe atravessou o pé. deteve-se e apoiou uma mão contra a parede enquanto levantava seu pé ferido. Havia uma pequena parte de cristal parecido profundamente em seu pé.
“Deveria ter mais cuidado” disse Warrick enquanto inclinava sobre seu pé e brandamente lhe tirava o cristal.
“Você vai descalço” logo que o disse, Darcy soube quão petulante tinha divulgado.
Um lado de sua boca se levantou em um sorriso. “Sim, faço-o. me deixe agarrar nossos sapatos”
Darcy estava ainda procurando uma bota quando Warrick foi à parte traseira. Estava no chão, ficando o sapato quando ele retornou com a cesta de plástico rota. Ela a agarrou de sua mão e abriu uma garrafa de água. depois de bebê-la metade, ela abriu uma bolsa de bolachas e se meteu uma na boca.
Foi então quando ela levantou o olhar e lhe viu observando-a com um estranho olhar em seu rosto. “O que?” perguntou ela com a bolacha na boca.
“Eu gosto de ver o deleite em sua cara”
Não era a primeira vez que agarrava ao Warrick observando-a como se a estudasse, mas aquela era a primeira vez que lhe dava uma espécie de explicação. Encontrava-o... adorável.
Darcy tragou o bocado. “Não somos tão diferentes a vocês”
“Och, mas você o é” disse ele. “Viu as lembranças do Ulrik. Viu-nos em nossa verdadeira forma”
“Sim. Admitirei que todos são aterradores. Mas em forma humana, são como nós verdade?”
“Em alguns aspectos, suponho que o somos”
“Então por que me olha assim?” perguntou ela.
Ele olhou ao chão e se encolheu de ombros. “Do momento em que os humanos chegaram a este Reino, hei-me sentido fascinado com eles”
"Acredito que somos bastante aborrecidos", disse com um sorriso.
“Há alguns que são brilhantes, com um talento assombroso”
“Como quem?” perguntou ela sem esperar obter uma resposta de alguém que ela conhecesse. Mas deveria havê-lo sabido melhor.
Warrick alcançou outra garrafa de água. “Particularmente eu gosto de Leonardo da Vinci. Suas idéias eram extraordinárias”
Darcy observou que seus olhos adotavam um olhar distante como se estivesse recordando algo "Da Vinci? O Da Vinci?"
“Sim”, disse Warrick, ofendido. “Não minto. Mantive as distâncias por um tempo, mas ele era muito interessante. Cercamos uma espécie de amizade”
“Ele chegou a saber o que era?”
Warrick apartou o olhar. “Tinha uma mente muito aguda. Não me dei conta de que as vezes que ele parecia fazer perguntas mundanas o que ele realmente fazia era averiguar sobre mim”
Os olhos de Darcy se abriram assombrados. "Está-me dizendo que o descobriu?"
“Ele deduziu que eu não era humano” disse Warrick e se sentou na cadeira do escritório. "Não demorou muito em figurar as coisas daí"
“O que disse Con?”
Warrick riu, seu olhar cor cobalto encontrando-se com a dela. “Não soube”
“Quantos mais chegou a conhecer?”
Seu sorriso decaiu enquanto se reclinava na cadeira. “Não muitos. Com mais e mais humanos povoando o reino, crescia a dificuldade para ocultar quem fui. Logo quando a tecnologia surgiu e agora com todos passeando com uma câmara em seus móveis, realmente temos que ser muito olhados”
“Têm Dreagan”
“Isso temos. Não é só nosso lar. É nosso refúgio” ficou em silencio e seu olhar se intensificou.
“Também é um dos poucos lugares que os Dark Fae não podem entrar”
Darcy soube aonde queria ir ele com aquilo. Fazia dois dias, ela poderia ter rechaçado sua oferta ao vôo. Agora? Bom, depois da batalha de ontem sua opinião tinha trocado sobre muitas coisas.
“Dreagan?” perguntou ela.
“Estará a salvo. Os Dark não poderão te alcançar ali”
Ela assentiu inclinando a cabeça, sabendo que era a única opção que ficava aberta para ela.
“Como o fazemos?”
“Quer dizer que virá?”
A surpresa em seu rosto quase a faz rir. "Sou tão difícil?"
“Só você conhece sua mente”
“Em outras palavras, que sou difícil”
Seu sorriso havia tornado, fazendo que as extremidades de seus olhos se enrugassem. "Não me terá ouvido me queixar"
Se continuava sendo tão encantador, não haveria forma de que não se apaixonasse por ele. Um Rei Dragão.
Um Dragão!
Ela tinha visto um espiono dele na escuridão, mas não podia esperar a vê-lo de dia.
“O primeiro” disse Warrick “Precisamos te levar a seu piso”.
*******

Capítulo 28

Rhi permanecia de pé à borda do lago apoiada contra uma árvore, mas não era a água o que observava. Era a uma cabana. Phelan estava atendendo uma planta perto do alpendre e ainda não a tinha notado. Aisley estava sentada ao sol lendo uma novela romântica.
Odiava lhes incomodar, mas sabia que mais Reis Dragão em Edimburgo significaria a chegada da guerra. Como uma Fae, não lhe importava se os mortais sabiam que havia Faes e Dragões no Reino ou não.
Mas como ex-amante de um Rei Dragão, arraigou-se nela o manter seu segredo. Inclusive quando ela não queria.
separou-se da árvore e começou a andar até o casal. Deu só uns poucos passos quando a cabeça do Phelan se voltou até ela. Houve um brilho de ouro quando sua pele trocou quando liberou o deus primário dentro dele até que a reconheceu. sentou-se em cócoras com um sorriso. "Rhi!"
Aisley baixou o livro e ficou de pé enquanto a saudava. “Hey, machão” disse Rhi quando alcançou ao Phelan. Ele se levantou e a envolveu em um abraço. “Eu não gosto da expressão de seu rosto” murmurou ele.
Rhi se soltou e se encontrou com seu olhar cinza azulado durante um momento antes que Aisley lhes alcançasse. Rhi deu a Druida um rápido abraço. O olhar de Aisley se deslizou entre o Phelan e Rhi. “O que acontece?”
“Umas quantas coisas” disse Rhi.
Phelan o primeiro que fez foi atirar ao chão. "Isto vai necessitar uma bebida forte?"
Rhi deixou cair os ombros “Provavelmente”
Aisley foi primeira em ir até o alpendre. “Irei por uns copos” disse ela enquanto entrava na casa.
Phelan parou a Rhi quando ela tento seguir. “Vai tudo bem, Rhi?”
Ela sabia que ele perguntava por estava preocupado por ela. Como desejava Rhi poder mentir sem sentir uma extrema dor. “Estou trabalhando nisso”
“É Balladyn?” pergunto com um gesto de ira em seus lábios. “De verdade que odeio a esse filho de cadela”
“Quer-me”
“É obvio, é uma poderoso Light Fae”
Rhi se umedeceu os lábios. “Não, bonito. Ele me ama”
“Sei muito bem” disse ele brandamente. “A você ele importa?”
“Fazia-o. Até faz um tempo, era tudo o que tinha. Era meu melhor amigo”
“Mas há sentimentos mais profundos?”
Rhi se encolheu de ombros, tendo que perguntar-se essa mesma questão. “Não estou segura”
“E seu querido Rei Dragão?”
Ela retirou o olhar. Cada vez que ele aparecia, uma fria quebra de onda de dor a invadia de novo.
“Dirá-me quem é? eu adoraria lhe dar um murro. Repetidamente”
Rhi riu, até que os olhos lhe encheram de lágrimas. “Acredito que eu gostaria disso”
“Não vai me dizer seu nome verdade?”
Ela negou com a cabeça e piscou para tirá-la umidade. “Não”
“por que?”
“É a forma de pretender que acabei com ele, que ainda não lhe amo com tudo o que sou. Que não lhe necessito cada momento de cada dia sem importar em que Reino esteja”
"Conheci-lhe?"
Rhi não poderia mentir, mas sim podia negar-se a responder uma pergunta.
“Se trocar de opinião e quer que lhe golpeie um par de vezes a mandíbula, só sussurra seu nome em meu ouvido” disse Phelan enquanto a rodeava com um braço.
Rhi deixou que a guiasse até o alpendre. Quando olhou, Aisley estava na porta, com um simpático sorriso em sua cara.
Nem sequer lhe importava que Aisley tivesse escutado a conversa. Aisley e Phelan compartilhavam tudo. Não havia segredos em seu matrimônio. Tinham aprendido da pior maneira como os segredos podiam destruir. Havia custado a vida a Aisley. Que bom que ela fosse uma Fênix, ou Phelan não a teria agora.
Uma vez dentro da cabana, Rhi agarrou a cadeira estofada com tecido escocês de cor azul escura e arroxeado escuro. Aceitou o copo de uísque de Aisley. Rhi nem sequer perguntou se era Dreagan, porque sabia que sim.
“Começa” disse Aisley enquanto se sentava ao lado do Phelan pondo as pernas a um lado dela. “O que te trouxe até nós?”
"Há um Druida em um apuro"
Phelan franziu o cenho “Onde?”
“Em Edimburgo”, respondeu Rhi. Bebeu de seu copo de uísque e respondeu a seguinte pergunta que sabia que viria depois. “É da Ilha de Skye”
Aisley e o Phelan intercambiaram um olhar. “Skye” repetiu Aisley, a preocupação se mostrou em sua boca.
Rhi observou o jogo de emoções que passaram através do rosto de Aisley. Não estava segura de como poderia reagir Aisley ao feito de que Darcy viesse da mesma ilha que ela.
“Em que classe de problema está?” perguntou Phelan, seus dedos rodeando as mãos de Aisley.
Rhi apertou os lábios. “Da pior classe. Os Dark Fae vão atrás dela”
“O que?” gritou Aisley.
“Seu nome é Darcy Allen, e deixou Skye faz sete anos” explicou Rhi. “É inteligente e com uma magia muito poderosa”
O cenho do Phelan aumentava por momentos. “Isso não levaria aos Dark a sua porta”
“Nop. Foi Ulrik” Rhi tomou o resto do uísque enquanto os dois assimilavam a informação. Pôs o copo na mesa próxima e cruzou uma perna sobre outra. “Ulrik esteve visitando Druidas por séculos procurando um que fosse capaz de ligar sua magia”
Aisley deixou sair um suspiro. “Como é que não sabíamos?”
“Importa?” perguntou Phelan. sentou-se até diante, descansando os cotovelos em suas coxas. “Segue, Rhi”
Ela olhou a ambos antes de continuar. “Todos os Druidas que Ulrik visitou que tentaram tocar a magia de Dragão, morreram. Todos, claro está, menos Darcy”
“Merda” murmurou Phelan.
“Exatamente” disse Rhi. “Ela não só foi capaz de tocar a magia de Dragão do Ulrik, mas também ela foi capaz de desfazer suficiente para que Ulrik recuperasse parte de sua magia”
“Foi a única?” perguntou Aisley, com o cenho franzindo sua frente.
Rhi assentiu inclinando a cabeça. “Sim. Não estamos seguros de quem mandou aos Dark atrás dela, mas não têm intenção de deixá-lo logo”
“Quem a está vigiando agora? Só você?” perguntou Phelan.
Rhi retirou o olhar, perguntando-se se ela deveria ter feito mais para proteger a Darcy. Rhi tinha estado muito funda em sua própria miséria para pensar em ninguém mais, inclusive depois de que Ulrik lhe pedisse proteger a Darcy. Isso não teria acontecido antes que o Balladyn a tivesse torturado.
“Rhi?” chamou-a Aisley.
Ela mentalmente se deu uma sacudida e se centrou na casal. “Dois Reis Dragão estão com ela. Warrick e o Thorn”
“Não conheço o Thorn” Phelan passou uma mão pela cara, seus olhos cinza azulados se cravaram nos de Rhi. "Logo que conheço o Warrick"
“Os Reis são Reis” disse Rhi encolhendo-se de ombros. “O que quer que te conte? Thorn recentemente despertou. Gosta de paquerar com o perigo, o qual lhe faz tão bom para a batalha”
Aisley pôs ambos os pés no chão e juntou as mãos em seu regaço. “E Darcy? Como está ela?”
“Ainda viva. Os Dark passaram através de sua magia que protegia sua loja muito facilmente. Se Warrick e Thorn não tivessem acrescentado sua magia de Dragão não asseguraria que ela estivesse ainda ali”
Phelan se levantou e deu uma volta a sala de estar, enquanto pensava em tudo aquilo. “Quantos Dark havia ali?”
“Muitos. Thorn disse que parou de contar quando chegou a quarenta e oito”
“Quarenta e oito?” perguntou Phelan enquanto se detinha e lhe lançava um olhar. “A última vez que vi tantos estávamos na Irlanda”
Rhi passou uma mão pelo cabelo. “Sei. Isso nem sequer conta quão muitos Thorn e o Warrick mataram. Warrick está com Darcy enquanto Thorn permanece oculto. Os Dark pensam que só há um Rei na cidade”
“Então Constantine deveria mandar mais” replicou Aisley zangada.
“Não pode, carinho” disse Phelan. “Quantos mais Reis haja, mais tirarão a luz a guerra os Dark. Então todo o trabalho que os Reis Dragão fizeram para seguir ocultos teria sido para nada”
“E o Ulrik consegue o que quer” disse Aisley assentindo.
Rhi teve a incômoda sensação de que algo ia trocar no mundo. Não estava segura a respeito do Ulrik. Em um momento parecia ser uma coisa, e logo no seguinte, era a personificação da maldade.
Não só tinha jogado um feitiço contra Rhys, mas também tinha feito matar de Lily. Logo a ressuscitou. Agora poderia ser o responsável por enviar aos Dark a Darcy, só para pedir a Rhi que protegesse a Druida e se assegurasse de que permanecesse viva.
Quem quer que fosse o que quisesse expostos ante o mundo aos Reis, bem poderia obter seu desejo logo. Não havia maneira de que os Reis Dragão permitissem que os Dark se exibissem tão flagrantemente em Escócia sem algum tipo de batalha.
Os Dark tinham que saber isso.
Porque se os Reis não tomavam represálias, então os Dark saberiam que poderiam fazer o que quisessem e ir aonde lhes saísse dos narizes.
Isso provocaria outra guerra.
“Está tudo bem, Rhi? Vê-te um pouco verde” perguntou Aisley.
Rhi piscou e olhou do Aisley ao Phelan. "Pensei que sabia quem eram os maus. E se não o faço?"
"Todos sabemos que todos os inimigos são os Dark, o pequeno grupo do MI5 e o Ulrik" Phelan cruzou os braços. "Não há dúvida de que outro grupo ou pessoa está alinhado com um ou mais desses grupos, mas são pequenos jogadores se ainda não os conhecermos".
Phelan tinha razão. Tinha todo o sentido. Tudo encaixava perfeitamente. por que então não podia Rhi deixar de ter a sensação de que havia algo que perdia?
"Liberemos Darcy dos Dark antes de nos converter em um nó ante o panorama geral", disse Aisley.
Rhi piscou os olhos um olho ao Aisley. "Um pensamento inteligente, garota brilhante"
“Com tantos desses Dark, vamos necessitar mais Druidas” disse Phelan. “E Guerreiros”
Rhi levantou uma mão. “Espera. Neste momento, os Dark não se estão enfocando nos Guerreiros. Leva a tantos ali, e estará buscando problemas”
“O que esperava quando veio a nós por ajuda?”
Ela na verdade odiava quando Phelan tinha razão. “Bem, mas manténha controlado a seu deus o maior tempo que possa. A sério vou chutar te o traseiro se os Dark se derem conta de que é meio Fae. Não queira saber o que lhe vão fazer, Phelan”
“Mensagem recebida alto e claro”. Lhe lançou um sorriso. “Agora vá daqui e vigia Darcy. Estaremos ali logo”
Rhi lhes deu a direção e começou a tele transportar-se quando Aisley a encerrou em outro abraço.
“Mantenha a salvo” murmurou a Druida.
“Sempre”
“Vemos a Light em seu interior”
Rhi retrocedeu, sobressaltada pelas palavras do Aisley. "Está segura? Ou é só que crê que o vê?"
“Está aí” disse Phelan. “Tão brilhante como antes”
Rhi já não estava tão segura. Se teletransportou longe antes que a olhassem mais de perto
*******

Capítulo 29

quanto mais pensava Warrick em tirar Darcy da loja, mais se perguntava se era uma idéia terrível. "Deixa de preocupar-se" disse Darcy enquanto lhe dava no braço com o ombro. "Sairá bem"
Ele levantou as sobrancelhas enquanto deixava de olhar a porta rota e a olhava. “Bem? Pode ocorrer algo”
“Estou tratando de me fazer acreditar que tudo irá bem” lhe disse ela. “Não pode tentá-lo comigo?”
Warrick negou com a cabeça. “Não. Encontrou com uns poucos Dark, mas não viu o que eles podem fazer em grupo”
“Meu apartamento não está tão longe. Poderemos fazê-lo. Nego-me a passar o resto de meus dias nesta loja. tive que cancelar a todos meus clientes para a próxima semana porque não queria que eles estejam passeando perto dos Dark”
"Talvez deveríamos esperar outro dia" Warrick nunca tinha duvidado de seu poder, mas tampouco antes tinha estado em uma situação tão difícil.
Darcy se voltou para lhe encarar e lhe esquadrinhar. "Tudo o que tem feito me ajudou até agora. Não há nenhuma razão para acreditar que esta borbulha de proteção não possa fazer o mesmo. Usou-a antes, verdade?"
“É obvio”. Como se fora a tentar algo novo enquanto a vida dela estivesse em perigo.
“Então, funcionará”
A menos que os Dark lhe rodeassem como o fizeram no dia anterior. Warrick não estava seguro de que seu poder pudesse manter-se em pé e rodear a Darcy se voltava a ser derrubado. Tinha-o obtido uma vez antes, muito tempo atrás, mas tinha estado em forma de Dragão então.
"Prefiro fazer isto a noite", murmurou ele.
Darcy olhou pela janela aos dois Dark Fae que permaneciam ao outro lado da rua. "Só desejaria que minha magia pudesse fazer mais dano. Se posso tocar a magia de Dragão, por que não posso fazer mais contra os Dark?"
“Essa é uma muito boa pergunta” Ele se esteve perguntando o mesmo. Sua magia deveria ser o suficientemente forte para fazer mais dano aos Dark. Algo estava mau, mas Warrick não apostaria seu dedo nisso.
Darcy deixou sair um suspiro. "Se ficar por aqui mais tempo, acovardarei-me completamente"
"Essa poderia ser a decisão mais sábia"
“É porque estamos na cidade, verdade?”
Ele girou sua cabeça até ela. "O que?"
"O fato de que não esteja chutando completamente alguns traseiros dos Dark Fae"
Warrick se encontrou lutando por não sorrir, apesar da gravidade da situação. "Sim. Se estivéssemos no campo longe de todas as pessoas, Thorn e eu nos transformaríamos para lutar contra eles"
“Mas não podem porque os humanos poderiam lhes ver aqui” Ela baixou o olhar e suspirou tristemente. “quanto mais esperemos, mais Dark chegarão. Vi oito mais que esta manhã"
"Estavam mais abaixo na rua", mentiu. Não queria que ela soubesse que ele e Thorn também tinham notado as novas adições. Darcy sorriu e levantou o olhar até ele. “Bom intento, mas é um terrível mentiroso”
Warrick a tirou da mão e atirou dela para trás para que os Dark já não pudessem vê-los. "Quero ter ao menos duas rotas planejadas. A rota mais direta é a que usa todo o tempo. Os Dark estão ali e nos esperando"
“Então necessitamos um diferente” disse ela inclinando a cabeça assentindo. Alcançou sua escrivaninha e agarrou um bloco de papel de papel e um lápis do chão.
Warrick recordava vividamente havê-la tomado na escrivaninha. Sua vara se endureceu, faminta dela outra vez. Apertou suas mãos para não atirar dela contra ele para um beijo e deixou que desenhasse um mapa da área.
“Temos muitas opções” disse Darcy enquanto ela desenhava. “Algumas mais fáceis que outras”
Warrick conhecia Edimburgo bastante bem. Ele já estava ideando rotas enquanto ela marcava as ruas e falava de intercessões, várias subidas e de numerosa gente.
“Aqui” disse Warrick, assinalando uma rua dois além de onde estavam agora.
Darcy seguiu a linha da rua com os olhos. "Poderia funcionar. É uma rua lateral, por isso não haverá tantas pessoas nela como nas ruas principais. Entretanto, é uma das rotas mais largas. O que tem desta?"
Ele olhou o que ela assinalava e riscava com o dedo com o passar do mapa até seu apartamento. “É curto, mas há muitas intercessões. Não quero me deter por uma luz, nem que nos demos a volta frente ao tráfico e chamar a atenção sobre nós”
“Tem razão” disse ela com uma careta nos lábios. "além de voar, que opção temos?"
Warrick sorriu de repente. “Não posso acreditar que não tenha pensado nisso antes”
“O que?” perguntou ela.
“Não podemos voar. Mas podemos ir clandestinamente”
Os olhos de Darcy se abriram com excitação. “É obvio! A cidade foi construída em cima de outra. Há uma cidade inteira debaixo de nós, sem mencionar as bocas-de-lobo e outros túneis”
“Não poderia me transformar ainda, mas manteria aos humanos fora da vista”
“Olhe como encontramos nosso caminho” disse ela com um sorriso.
“Preciso me pôr em contato com o Thorn e lhe contar o que planejamos. Também necessitamos o caminho mais rápido sob a cidade”
Empurrou a um lado com a mão enquanto agarrava seu portátil e o colocava de novo em sua escrivaninha enquanto se sentava. Darcy começou a escrever algo no buscador, sua atenção completamente absorta.
Warrick se afastou e retrocedeu o suficiente para poder ver Darcy. Logo abriu o enlace telepático. “Thorn?”
“Sim” respondeu ele “Estamos preparados?”
“Ainda não. encontramos outro caminho para alcançar seu piso”
"Se se tratar de algo mais que a maldita rua, estou totalmente de acordo"
Warrick sorriu ante seu comentário. “Vale, porque vamos clandestinamente”
"Por onde vamos?"
“Darcy está olhando-o agora” disse enquanto olhava a Darcy.
Thorn soltou uma réstia de maldições. "É possível que queira te dar pressa. Outros dez Dark acabam de chegar"
“Queria esperar até o anoitecer, mas parece que isso não será possível”
“Não”
“encontrei algo” disse Darcy.
Warrick caminhou até ela. "Espera, Thorn. Darcy poderia ter encontrado algo"
"Está fazendo isso de falar mentalmente outra vez com o Thorn, verdade?" Perguntou Darcy, com uma sobrancelha levantada.
“Sim. Mostre-me o que encontrou”
Lhe assinalou a tela e o mapa do metro que a enchia. “Há três opções. Uma é uma tampa de boca-de-lobo justo em frente da loja. Já que os Dark estão ali, essa provavelmente não seja a eleição mais inteligente”
“E as outras?”
“Há um beco a duas ruas com uma porta que conduz à cidade escondida. É estreito e as ruas são os principais destinos turísticos. O qual nos deixa esta outra” disse ela, assinalando outra tampa de boca-de-lobo na rua detrás dela.
Warrick lhe ofereceu um sorriso. “encontramos nosso caminho. Precisaremos ir logo. Há muitos Dark aqui para que se sentem e não ataquem”
“Tenho-o”
“Thorn, nosso caminho é na rua detrás da loja. Pode chegar até a tampa da boca-de-lobo antes que nós cheguemos?”
“Sim. Como vai levar Darcy até ali?”
Warrick a olhou e logo à parte detrás da loja. O estufa com o teto de cristal fazia fácil para ele chegar a ver o edifício atrás do dela. "vamos subir. vou leva-la em cima do edifício detrás dela"
“Estarei esperando. Boa sorte”
Warrick ainda olhava ao edifício quando Darcy chegou a seu lado. “vamos subir aí, verdade?”
Ele a olhou e assentiu. “Espero que não lhe dêem medo as alturas”
"Isso não é um problema. É-o a parte de escalar"
"Agarrará-te a mim. Eu farei todo o trabalho"
Ela pôs as mãos nos quadris e deixou de lhe olhar para fazê-lo ao edifício. “eu adoro como pensa”
“Bem, porque precisamos ir agora. quanto mais esperemos, mais tempo terão os Dark para preparar seu ataque”.
“Verão-nos”
Ele olhou detrás dele até a parte principal. “Sim. Virão atrás de nós também. Espero estar sob a cidade quando isso aconteça”
“Santo céu” disse ela e tragou saliva.
Warrick subiu as mãos. “Confia em mim?”
Ela olhou de suas mãos a seu rosto. Logo ela pôs sua mão na dele e disse “Sim”
“Pronta?”
“Warrick!” a voz do Thorn soou em sua mente.
Ela sorriu nervosamente “Sim”
“É Ulrik!” gritou Thorn.
Warrick se deteve e se voltou até a parte diante da loja ao mesmo tempo que alguém passava pelo cristal quebrado.
“Qu...?” começou a dizer Darcy
Warrick pôs um dedo sobre os lábios para silenciá-la. “É Ulrik” sussurrou ele. Darcy assentiu, com o cenho franzido.
“Darcy?” chamou-a Ulrik da parte de diante. “lhe diga ao Rei Dragão que te protege que não quero fazer mal”
Warrick queria lhe acreditar, mas não estava seguro de nada nem de ninguém.
"Advertiu-me que estava em perigo", sussurrou Darcy. "Tudo irá bem". Deu um passo atrás e disse: "Ulrik, estamos na parte de trás"
Warrick observou como Ulrik atravessava as cortinas até a área do escritório de Darcy. Com as portas abertas da estufa, Ulrik lhes viu imediatamente.
“Warrick” disse Ulrik. “Sabia que Con te tinha enviado”
Ele inclinou a cabeça para saudar o Ulrik “Ah, sim?”
“Sempre mantendo a cabeça fria. Quem está contigo?”
“Estou só”
Ulrik sorriu, entretanto o sorriso não chegou a seus olhos dourados. “Agora sei que está mentindo. Sempre há ao menos dois Reis em uma situação como esta. É Ryder? Darius? O que tem do Dimitri?”
Nesse momento, Warrick se deu conta que Ulrik sabia que Thorn estava com ele. “O que quer?”
Ulrik lhe lançou um olhar plano. “por que mais estaria aqui? Conhece Darcy. Sabe o que tem feito por mim. Ela é a única que me devolverá parte de minha magia”
Warrick jogou uma olhada ao Ulrik enquanto caminhava até a porta do estufa e se apoiava contra a ombreira da porta. As mãos as tinha nos bolsos de suas calças, sua negra jaqueta aberta para deixar vê uma camisa branca debaixo.
“Então nos guiará entre todos os Dark?” perguntou Warrick.
Ulrik se encolheu de ombros, seu olhar se deslizou até Darcy. “Necessito que siga a salvo”
“por que não me diz por que os Dark vêm por mim?” perguntou Darcy. “Se não for pelo Warrick, teria acabado em suas mãos, a não ser a primeira noite, sim a segunda”
Os lábios do Ulrik se estreitaram em uma fina linha. “Então foi algo bom que Warrick estivesse aqui”
Warrick se aproximou de Darcy “por que está na verdade aqui?”
“Hei-lhe isso dito. Estou aqui para ajudar. Presumo que tem um plano para tirar Darcy?”
Darcy assentiu. “Está tentando me levar a Dreagan”
“É obvio que o está fazendo” disse Ulrik enquanto empurrava a porta. “Qual é o plano?”
*******

Capítulo 30

Darcy sabia que Warrick não estava particularmente feliz ante a chegada do Ulrik, mas estava encantada ante a ajuda extra. Ela sorriu ao Ulrik. “Obrigado. Aceitamos sua ajuda”
Warrick se esticou a seu lado. Ele tinha seus próprios motivos para não confiar no Ulrik, mas Darcy não compartilhava essas razões. Durante todo o tempo que ela conhecia o Ulrik, nunca tinha feito nada para pô-la em perigo.
De fato, tinha-a advertido de que algo se aproximava. Não passou desapercebido para ela que ainda não tinha explicado por que não lhe havia dito que era o que tinha aos Dark Fae atrás dela. Abordaria-o mais tarde.
Ulrik olhou Warrick. "É o fato de que estou disposto a lhes ajudar o que faz que pareça constipado?"
“Não o esqueça. Sei quem é realmente” disse Warrick.
“Você crê que sabe”
Darcy ficou entre eles e olhou ao Warrick. “O que seja que pense, Warrick, necessitamo-lhe”
“Não é algo muito inteligente” disse Warrick, sem tirar em nenhum momento o olhar do Ulrik. “Trairá-te”
“Ele me necessita”
“Ela tem razão” disse Ulrik. “É a única Druida que pode tocar a magia de Dragão. por que ia fazer algo mais que salvá-la?”
Warrick negou com a cabeça enquanto se afastava com desgosto. “Guarda suas palavras falsas. Darcy não precisa as ouvir”
Darcy suspirou e olhou ao Ulrik. Ela confiava nele. Também confiava no Warrick. Foi só por sua magia que ela pôde ver as lembranças do Ulrik. Tinha-lhe contado pouco sobre os Reis Dragão, mas nada comparado com o que lhe revelaram essas lembranças.
Quanto ao Warrick, lhe tinha dado seu corpo. Tinham estado perto durante um par de dias. As poucas vezes que falaram foram fáceis e abertas.
Não se podia dizer o mesmo do Ulrik. Era um homem incrivelmente reservado, mas entendia por que. Ulrik não confiava em ninguém. Mas a necessitava. Para ela isso era uma vantagem.
“Diga-o e irei” disse Ulrik a ela.
Ela sabia de primeira mão quão violentos eram os Dark. Thorn estava aí fora mas manteria um perfil baixo até o último momento. Não importava como se sentissem Warrick e o Thorn, iam necessitar a ajuda do Ulrik para tira-la daí.
Ulrik assentiu uma vez. “Conheço-lhes”
“Então não lhes mandou detrás de mim?”
Ele fez uma careta. “Darcy o que ganharia com isso? passei anos procurando um Druida para que desligasse o que meus chamados amigos me fizeram. Cada um deles falhou até que te encontrei”
“Sabe por que eles vão detrás de mim?”
“Porque me ajudou. Perguntou a quem incomoda isso?” perguntou e olhou assinalando com o olhar ao Warrick.
Warrick bufou ruidosamente. “Esqueceu ao estar tanto tempo fora de Dreagan que não nos aliamos com os Dark”
“Ah, mas se associam com os Light”
Darcy imediatamente se sentiu precavida. “Acreditava que você tinha mandado a Rhi para me proteger”
“Fiz-o” disse Ulrik escuetamente.
Um músculo se contraiu na mandíbula do Warrick.
“Ah” disse Ulrik com um sorriso inclinado. "Te incomoda que ela esteja disposta a me ajudar tanto como a vocês. Que mais esperava quando a tirei da masmorra do Balladyn?"
“Esperava que recordasse quem é” disse Warrick.
“Um Rei Dragão que foi traído por seus amigos?” disse Ulrik, um perigoso olhar flasheou em seus olhos dourados.
“Começou uma guerra”
“Os humanos matavam Dragões, War. Ou esqueceu disso?”
“Não” disse Warrick tensamente.
Darcy sentiu a escalada de tensão. Tinha que fazer algo. “Olhem, sei que vocês dois particularmente não se gostam, mas agora se necessita que o deixem a um lado”
Ulrik levantou uma sobrancelha enquanto a olhava. “O que quer, Druida? Vou ou fico?”
“Fica” disse Darcy sem olhar ao Warrick.
Ulrik desabotoou sua jaqueta negra e a tirou. Logo cuidadosamente a dobrou e a deixou na mesa. Ao momento, estendeu a mão e recolheu seu comprido cabelo escuro por trás e o colheu com uma cinta de couro.
“O plano?” urgiu Ulrik.
Warrick respirou fundo e olhou ao Ulrik. “Se em algum momento penso que vai trair a Darcy, matarei-te”
“Ah. A evidente ameaça. Agora podemos continuar? Estou seguro que Darcy gostaria de ficar roupa limpa e comer apropriadamente.
O silêncio se estendeu enquanto Warrick seguia olhando ao Ulrik. A este ritmo, nunca abandonaria a loja. Darcy esperava tomar a decisão correta sobre o Ulrik. Se não, descobriria-o muito em breve.
“Vamos por debaixo do chão” disse ela.
Ulrik a olhou e assentiu aprovadoramente. “Um bom plano. Sei como os Reis Dragão não querem que os mortais não saibam que eles estão ao redor”
“E você quer nos expor frente a eles” declarou Warrick.
Darcy o atravessou com um olhar severo que nem sequer ele viu. Logo se centrou de novo no Ulrik. "A melhor entrada está na rua detrás de nós. Warrick quer subir ao edifício em lugar de tentar correr pelas ruas"
“Uma sábia eleição” disse Ulrik. Foi até a parte traseira do estufa e olhou até o edifício. “Não é muito alto, mas a pedra está escorregadia. vai ser uma dura ascensão para você, Darcy”
“Eu a sujeitarei” replicou Warrick.
Ulrik olhou a Darcy. “Provavelmente seja o melhor”
“Sim” disse ela enquanto olhava o edifício. “Não sou exatamente a melhor escaladora”
Ulrik se voltou e enfrentou ao Warrick. “Possivelmente eu devesse ajudá-la”
“E deixar que a leve longe?” disse Warrick molesto. “Nem o pense”
“Ele tem seu ponto de razão” disse Darcy. “Os Dark querem lutar contra os Reis Dragão. Se você sair daqui e estorvas sua atenção sobre mim, então teríamos tempo suficiente para subir o edifício”
Warrick passou a mão pelo cabelo. “Eu gostaria mais que Ulrik fosse o chamariz”
“Mas eles não lutarão contra mim” assinalou Ulrik. "Terão que ser Thorn ou você”
Darcy desejou que houvesse outra forma, mas não podia pensar em uma. E ela queria sair da loja antes que os Dark atacassem outra vez.
“Preciso falar com o Thorn” disse Warrick e se dirigiu à parte dianteira da loja.
Darcy lhe observou, desejando poder ajudar a aliviar sua preocupação
“Surpreendeu-me que aceite minha oferta de ajuda”
Seus olhos se moveram até o Ulrik que estava arregaçando-as mangas de sua camisa de vestir. "por que? Sei que lhe falaram de mim"
“Sabia sobre você antes deles” Entretanto não sabia tudo.
Ulrik levantou uma sobrancelha escura. “Como é isso?”
“Estive dentro de sua mente”
Seu olhar se endureceu por uma fração de segundo. “O que viu?”
“Muito. Sei e entendo por que é como é. Entretanto, há duas versões na história. Escutei enquanto Warrick me deu a sua”
“E?”
Ela se encolheu de ombros e ela tirou uma folha morta de uma de seu planta. "Ambos têm razão e estão equivocados"
“Não é assim simples”
“Não é a pior situação. Você está muito zangado para ver seu lado da história, e eles são muito obstinados para ver o teu. Assim ambos acumulam ódio a seu redor e o usam como em escudo. O ódio destrói de dentro a fora. Endurece o coração e malícia a alma”
Ulrik diminuiu a distância entre eles. aproximou-se tanto que ela pôde ver o anel escuro de ouro que rodeava seus olhos. Por uma vez, deixou a ela que visse a ira que formigava sob a superfície.
“Eles atraíram esta guerra sobre eles mesmos”
“Pode entender por que eles estavam zangados contigo?”
Ele a olhou molesto. "Estavam-no?"
“Sabe o que quero dizer” disse Darcy pondo os olhos em branco.
"Alguma vez amou a alguém, Darcy?"
A mudança no tema e a voz suave do Ulrik a surpreenderam. "minha família". A imagem do Warrick flasheou instantaneamente em sua cabeça. “Não a classe de amor da que está falando, não”
“Dá tudo a essa pessoa. Cada fragmento de sua alma, cada fôlego que sai de seus pulmões. Confia nela implicitamente. Compartilha tudo com ela. Ela é seu mundo inteiro”
Ela tragou saliva duramente, calafrios lhe percorriam os braços, porque ela podia ver quão profundamente Ulrik tinha amado a sua mulher. Era tão tangível, tão físico que lhe provocou lágrimas os olhos.
Ulrik respirou fundo e deixou sair o ar lentamente. “Agora, imagina essa mesma pessoa te traindo. Pisoteiam todo o amor que lhes deu, demonstrando que nunca lhes importou. Estavam-lhe usando”
Darcy não pôde sustentar por mais tempo seu olhar. Baixou o olhar e aspirou pela nariz.
"Isso partiria qualquer ser em dois, já fossem humano, Dragões ou Faes" disse Ulrik brandamente.
Ela levantou o olhar até ele para ver seu olhar dirigido a outra parte. Levou-lhe seu tempo lhe olhar e ver além da indiferença que ele mostrava ao mundo. O problema era que só havia insensibilidade e nada parecido a algo próximo à bondade.
“Sobreviveu a isso”
Ulrik sorriu fríamente. “Se crê isso, Darcy, é que é mais ingênua do que eu acreditava”
Ela se esfregou os braços com as mãos. “Se os humanos descobrem aos Reis Dragão, todos os Reis serão objeto de caça -incluindo você. Eles podem ocultar-se em Dreagan. aonde iria você?”
“Eles podem ter Dreagan” disse ele através de seus dentes apertados. Logo ele deslizou o olhar detrás dela. "Quereria estar com a gente que te deu as costas? Banido? Com sua magia atada para que não possa ser para o que nasceu?"
“Não” respondeu ela com sinceridade.
“Eu tampouco”
“Con te pediu que parasse de matar mortais”
Ulrik se encolheu de ombros de forma indiferente. "Queria que desaparecessem todos os rastros de sua espécie do reino. Não queria voltar a lhes ver e recordar o que aconteceu"
Ela soube nesse momento que seus sentimentos pelos humanos não tinham trocado. logo que ela desligasse o resto de sua magia, ele limparia a Terra.
“Não vai perguntar se ainda sigo sentindo o mesmo?” perguntou ele em meio do silêncio.
“É evidente que o faz”
Sua cabeça se inclinou ligeiramente até um lado. “Sabendo isto antes, ligou minha magia?”
Darcy não precisava olhar até a entrada para saber que Warrick estava ali. Quanto da conversa teria ouvido? perguntou-se.
“O que eu sei é que este mundo necessita aos Reis Dragão”.
Capítulo 31

Thorn olhava para baixo, à loja com desgosto. Ainda não podia acreditar o que Warrick lhe acabava de contar. Ulrik ia ajudar lhes. Isto poderia ser quão único ajudasse a reparar velhas feridas. Ou poderia mandá-lo à merda em uma tormenta de loucura.
Ao Thorn poderia lhe gostar de ser imprudente a maioria das vezes, mas não tinha sido um dos que se pôs do lado do Ulrik e matado mortais. Nem sequer quando tinha querido fazer queimar aos humanos com seu próprio fogo de Dragão. Um juramento era um juramento. Thorn nem sequer era dos que odiavam aos humanos.
Eram um grão doloroso no traseiro, mas formavam parte do Reino. Os Dragões se salvaram, embora estivessem em outro Reino agora. Sentar-se e lamentar-se ante o fato de que se foram, ou inclusive odiar a quão humanos estavam por aqui agora por algo que seus antepassados fizeram, parecia estúpido.
O fato, feito estava. Os mortais tinham sua utilidade -particularmente as mulheres. Thorn sorriu. Tinha passado muito tempo da última vez que provou uma mulher disposta. Não podia esperar a que esta merda com os Dark tivesse terminado para poder desfrutar um pouco.
O sorriso morreu enquanto seus pensamentos uma vez mais retornavam ao Ulrik. Constantine tinha despertado a todos os Reis Dragão pela ameaça que Ulrik representava para sua forma de vida.
Isso em si mesmo era suficiente para que Thorn fosse consciente do risco que estavam correndo ao incluir Ulrik em seus planos. Pelo bem do Warrick, Thorn esperava que Ulrik fosse tão bom como sua palavra.
Se não...
Thorn não quereria ser Ulrik.
O plano estaria em ação em menos de dez minutos. A forma em que os Dark Fae se acumulavam ao redor da loja de Darcy o fez perguntar-se se não deveriam ir-se antes.
Thorn apertou os punhos e logo flexionou as mãos. Estava preparado para matar a mais Dark. Os safados eram como as pulgas. Matava a um e centenas tomavam seu lugar. Como os desprezava e sua forma de utilizar aos mortais.
Desejava transformar-se em um Dragão e fazer uma passada sobre a rua, queimando aos idiotas. Seria um final apropriado para essa escória.
Quão gratificante podia ser aquilo Thorn manteve a si mesmo sob controle Inclusive se nenhum outro Rei o admitia, sabia que era questão de tempo que os mortais descobrissem o que eram. Até então, continuaria mantendo sua identidade em segredo e regendo-se pelas regras de jogo que regiam desde fazia tanto tempo.
Isso fez que Thorn desejasse os dias em que os mortais não eram tantos. Então poderiam conseguir que os Dark seguissem a um lugar afastado do país e resolver as coisas de uma vez por todas.
Inclusive durante as Guerras Fae, era tudo o que os Reis Dragão podiam fazer para evitar que os mortais descobrissem tudo. Foi uma das razões pelas que Con aceitou a trégua. Estiveram perto muitas vezes, e Con temia sua exposição.
Seria o momento perfeito para que Ulrik atacasse. Era bom então, que não tivesse recuperado sua magia, porque teria tido êxito. Thorn se agachou e se dirigiu ao outro lado do telhado. Saltou ao seguinte edifício e caminhou pelo teto íngreme. Quando estava preparando-se para que Warrick saísse da loja e distraísse aos Dark, apareceu um frente a ele.
“Sabia que havia outro de vocês por aqui” se burlou o Dark.
Thorn sorriu, ansioso por lutar. "Levou-lhes suficiente tempo, idiotas, o lhes dar conta"
“Mas agora sabemos”
Olhou ao Dark com seus olhos vermelhos brilhando e seu curto cabelo negro veteado com magras mechas chapeadas. “vais estar falando todo o dia ou vai lutar?”
Uma bola de magia apareceu negra e chapeada entre as mãos do Dark. Thorn não estava disposto a esperar a que a lançasse. Deu dois passos, apoiou o pé no bordo de uma chaminé e se lançou até o Fae.
Thorn golpeou longe a bola de magia e estrelou seu ombro contra o Dark, derrubando a ambos do teto ao chão. levantou-se primeiro e pressionou seu joelho contra a garganta do Dark enquanto usava seu pé para manter sujeito um dos braços do Dark.
O Dark ofegava por respirar e tentou lançar magia ao Thorn com a mão livre. Thorn se colocou detrás de suas costas e tirou a pequena adaga que sempre levava oculta. Era uma adaga Fae, feita nos Fogos do Erwar.
Thorn a levantou sobre sua cabeça enquanto os olhos do Dark se abriram ao reconhecê-la. Thorn a afundou em um dos olhos do Fae e a retorceu. Tirou-a e a limpou na camisa do Dark antes de ficar de pé e embainhar a adaga uma vez mais. Logo, a faca se mancharia de mais sangue do Dark Fae.
*******
Warrick estava aborrecido com as respostas de Darcy. Acreditava que ela finalmente veria o Ulrik por quem realmente era, e entretanto ainda queria lhe ajudar.
Ela tinha razão. O mundo necessitava aos Reis Dragão. Os humanos não tinham nem idéia dos monstros que os Reis mantinham longe deles.
Se pelo menos dissesse que se arrependia de ter ajudado ao Ulrik. Ou inclusive que não o faria novamente com tudo o que ela sabia. O que significava que ela sabia mais sobre o Ulrik do que deixava ver.
Isso incomodou ao Warrick mais do que queria admitir. Desejava saber o que era o que ela tinha visto no Ulrik. Isso poderia lhe ajudar a dirigir melhor a situação. Tanto era assim, que Warrick estava considerando seriamente golpear ao Ulrik.
“Muito diplomática, Darcy” disse Ulrik enquanto se voltava até o Warrick. “Você não sabia, Warrick?”
Warrick deslizou o olhar até Darcy. “É quase o momento. Está pronta?”
“Não”. Ela deu uma pequena gargalhada. "Sempre recorri a minha magia em situações como esta. Nunca encontrei a ninguém a quem minha magia não tenha afetado. Não estou segura do que fazer"
Ele caminhou até ela e se deteve justo antes de tocar um dos cachos castanhos que lhe tinham escapado do coque. Warrick podia sentir o olhar do Ulrik sobre eles, e não lhe deixaria saber que havia mais coisas entre ele e o Darcy. “Sua magia é forte. É a primeira Druida em tocar a magia de Dragão. Recorda isso. Os Dark têm debilidades. Freqüentemente infravalorizam a seus oponentes. Não lhes deixe que o façam contigo”
“De acordo”, disse ela assentindo.
“Manténha sua magia pronta”
Ela seguiu assentindo, mas Warrick viu o medo em seus olhos verde musgo. Ulrik lhe ofereceu um olhar impaciente quando Warrick lhe olhou. Warrick desejou ter sido ele que a tivesse levado ao edifício, mas ele tinha que ser o chamariz.
“Verei-te na boca-de-lobo” disse Warrick.
Quando começou a dar a volta, Darcy lhe agarrou do braço para lhe deter. Logo ficou nas pontas dos pés e lhe beijou nos lábios. Warrick se esqueceu do Ulrik enquanto envolvia seus braços ao redor de Darcy e a abraçava com força enquanto ele saqueava sua boca com um beijo rude e de decidido desejo.
Quando foi capaz de separar-se dela, os lábios dela estavam inchados e era visível um pequeno sorriso.
Warrick lhe retirou um cacho que caía sobre sua bochecha. “Mantenha a salvo”
“Você também” sussurrou ela.
Foi o mais duro que Warrick esperasse a que ela partisse. Thorn lhes jogaria um olho. Warrick não confiava em que Ulrik cumprisse o prometido, e Thorn estaria aí para lhe deter no que fosse que Ulrik tentasse.
Thorn não estava precisamente feliz com seu encargo, mas ao Warrick não importava que lhe deixassem atrás. O que lhe preocupava era Darcy e pô-la a salvo.
Uma vez que Darcy estivesse em Dreagan, Warrick ia averiguar por que Rhi estava ajudando ao Ulrik, e por que ela não tinha protegido a loja enquanto sim o fez no piso de Darcy. Havia muitas coisas que não encaixavam bem para o Warrick. Alguém não era quem dizia ser, e alguém jogava em ambos os bandos.
Warrick se deteve na porta principal e utilizou seu poder para pôr uma borbulha de proteção ao redor de Darcy. Logo saiu da loja. Esperou a que passasse um táxi antes de cruzar a rua em direção aos dois Dark Fae que lhe tinham estado observando todo o dia.
Deu um murro ao da esquerda enquanto o outro Dark lhe golpeou com breves rajadas de magia que lhe queimaram com sanha. Logo Warrick foi golpeado pela costas com punhos e magia. Warrick lhes fez pensar que eram melhores e se meteram em um beco.
Os Dark gritavam, seus olhos se voltaram de um vermelho brilhante enquanto a loucura da batalha lhes invadia. Warrick evitou a maior quantidade de magia possível enquanto durante um momento recebeu suficientes golpes para matar a uns poucos Dark.
Várias vezes teve que lançar seus punhos para assegurar-se de que sua atenção permanecesse nele. Warrick se agachou quando viu que uma grande borbulha de magia vinha até ele. Olhou a suas costas para ver que se estrelava contra dois Dark, golpeando-os de tal forma que nenhum voltou a mover-se.
Warrick se endireitou e olhou até o edifício vendo o Ulrik escalar a pedra com Darcy agarrada a suas costas.
Warrick só conseguiu uma olhada, já que estava sendo golpeado uma e outra vez pela magia Dark. Não só lhe queimava, mas sim também lhe drenava. Warrick deixou de lançar golpes e regateou tudo o que pôde, sempre que podia.
Um grunhido ressonou em seu peito quando sua mão se fechou ao redor da garganta de um Dark Fae. Apertou e sentiu como se rompiam os ossos.
Houve um alvoroço detrás dele. Warrick deu uma cotovelada a um Dark Fae na cara, lhe rompendo a cabeça enquanto se dava a volta e via o Thorn de pé ali com um sorriso em seu rosto enquanto olhava a todos os Dark.
Warrick descobriu que Thorn estava sujeitando a dois Dark e soube que devia ter aterrissado sobre eles quando saltou do teto.
“Não pude te deixar toda a diversão” disse Thorn enquanto encarava os Dark.
Warrick renovou sua luta. Se Thorn estava aí, significava que Darcy estava sob a cidade. Mas à medida que a quantidade do Dark mortos a seus pés seguia crescendo, o número contra os que lutavam seguia crescendo igual de rápido.
Tropeçou com um corpo e caiu para trás, rodando de modo que se levantou. Warrick sentiu que suas pernas começavam a intumescer-se. Não passaria muito mais antes que não pudesse permanecer mais tempo de pé.
De repente um Dark lhe agarrou. Houve tantas mãos sobre ele que não pôde evitar nada da magia que vinha até ele. Viu o Thorn e um Dark girando um frente ao outro. Thorn separou os lábios e soltou um assobio justo antes que aparecesse o brilho de uma adaga e se cravasse na garganta do Dark.
Warrick ouviu Thorn gritar seu nome. Warrick levantou a cabeça e foi capaz de elevar a mão enquanto a adaga do Thorn atravessava o ar. Warrick a alcançou e começou a atacar aos Dark que tentavam lhe derrubar.
Quando o soltaram, Warrick se girou no ar e aterrissou sobre um joelho. Um braço estava completamente intumescido. Seus dedos agarrando a adaga tremiam enquanto tratava de manter-se erguido.
Não havia tempo de recuperar-se da magia dos Dark. Tinha que alcançar Darcy. Warrick utilizou o flanco do edifício para ficar em pé enquanto os Dark fugiam.
Um momento depois, os Dark começaram a gritar outra vez. Warrick levantou a cabeça e viu as Druidas. Estavam de pé formando uma parede e bloqueando aos Dark com as pulsações de sua magia.
“Que me condenem” disse Thorn enquanto matava a outro Dark.
Warrick olhou por cima do ombro para ver os Guerreiros do Castelo MacLeod em outro lado ao final do beco. Utilizavam seus poderes para combater aos Dark, até que um a um os Dark se transportaram longe.
Phelan foi o primeiro em aproximar-se do Warrick. “Darcy está em Dreagan. Fallon a transportou ali”
Warrick se deixou cair contra a parede de tijolo e suspirou. “E o Ulrik?”
“foi ”
Warrick sabia que não ia ser quão último vissem do Rei dos Silvers.
“Vamos de volta a Dreagan” disse Thorn.
Warrick não teve tempo para captar o que acontecia quando Fallon MacLeod de repente apareceu frente a ele, seus escuros olhos verdes sorrindo enquanto punha uma mão sobre o Warrick. Quão seguinte Warrick soube é que estava na cozinha da Mansão Dreagan justo no momento em suas pernas deixaram de lhe sustentar.
*******
Capítulo 32

Darcy tentou alcançar ao Warrick. ficou tão contente quando ele apareceu na cozinha que apenas se pôde conter. Ele nem sequer pôde vê-la antes de paralisar.
Ela ofegou e começou a ir até ele. Os outros Reis Dragão imediatamente rodearam ao Warrick e lhe subiram as escadas enquanto Thorn falava com eles. Deixando a Darcy atrás.
“Uma ducha ou comida?” perguntou uma voz feminina detrás dela.
Darcy se voltou e se fixou nas três mulheres que estavam ali. Elas tinham estado tentado falar com ela depois que um homem a tocasse. Em um momento se encontrava em Edimburgo sobre um telhado, e ao seguinte estava de pé em uma enorme cozinha.
“Parece totalmente em shock” disse uma mulher pequena com um comprido cabelo negro e escuros olhos.
Darcy piscou. “Estou. Estou em Dreagan?”
“Sim, está” disse outra mulher com o cabelo cheio de ondas loiras e uns bonitos olhos marrons. Darcy não podia entendê-lo “Como?”
“Fallon lhe transportou”
Darcy moveu seu olhar por volta da terceira mulher que era assombrosamente bela com seu cabelo negro e uma mecha prateada que corria ao longo de um lado de sua cara.
Dark Fae.
Darcy soube imediatamente. Ela retrocedeu, reunindo sua magia enquanto o fazia. Ela chocou contra algo e olhou por cima do ombro para ver um homem alto com cabelo cor trigo e olhos verdes trevo.
"Passa algo?" perguntou brandamente. Darcy voltou a olhar à mulher. “É uma Dark”
“Era” disse o homem detrás dela. “Shara é meu casal, Darcy. Nasceu em uma família Dark, mas agora é uma Light”
Darcy recordou que Warrick lhe tinha contado algo sobre isso, mas depois de tudo o que tinha suportado às mãos dos Dark assim como depois do que tinha sido testemunha, foi lenta para deixá-lo passar.
“Está a salvo aqui” falou a mulher pequena outra vez. O Rei Dragão a rodeou para ficar junto à Shara. “Sou Kiril” disse ele. “vim para te dizer que Warrick está bem. Também suportou muita magia Dark”
“Eu sabia que isso voltaria a acontecer” disse Darcy mais para si mesma que aos que a rodeavam.
Kiril elevou uma sobrancelha com surpresa “Voltaria a acontecer?”
“Aconteceu ontem também. Os Dark lhe rodearam na rua”
“Em meio das ruas do Edimburgo?” perguntou Shara, seu assombro era evidente.
Darcy assentiu, de repente muito cansada.
A loira alta se apressou até Darcy e gentilmente a fez sentar-se. “Sou Iona. A retaco daí é Lily. Parece como se precisasse comer primeiro”
Comida e dormir, mas Darcy não estava segura de poder fazer nenhuma dessas coisas. Agora que estava livre da ameaça dos Dark, dava-se conta do perto que tinha estado de morrer. Ela apertou as mãos para evitar que tremessem, mas não o conseguiu.
Shara agarrou a cadeira próxima a ela ao redor da mesa, seu olhar com simpatia. "Sei que o que presenciou deve ter sido horrível"
“Não tenho palavras” disse Darcy.
Lily pôs uma taça de chá diante dela. “o melhor que pode fazer é relaxar e deixar que sua mente assimile que está a salvo”
a salvo. Essa era uma palavra que Darcy sempre tinha acreditado que lhe pertencia. Tinha suficiente magia para proteger-se contra encontros excessivamente vivazes e qualquer pessoas que tentassem atracá-la. Entretanto, descobriu quão pouco ajudava sua magia quando enfrentava aos Dark.
Iona fechou o frigorífico e a olhou. “Não sou a melhor cozinheira, mas faço uns sándwiches geniais”
Darcy sorriu, mas tal e como se sentia do estômago, não ia ter a oportunidade de comer nada justamente agora. “Obrigado, mas acredito que vou ter que passar”
“por que não te mostro sua habitação?” perguntou Lily. “Estou segura de que você gostaria de algum tempo de solidão e uma ducha”
Darcy ficou de pé com uma inclinação de cabeça. “Isso eu adoraria”
Olhou brevemente ao Kiril, Shara e Iona antes de seguir fora da cozinha de Lily e até as escadas. Darcy olhou a seu redor, observando todos os dragões. A maioria eram feitos de ferro. adorava os dragões que pareciam sair da parede, com uma garra sujeitando um farol com uma luz dentro.
Havia pinturas de Dragões de todos os tamanhos. Alguns deles eram enormes. Outros tinha que buscá-los para encontrá-los.
Logo chegou à escada e se maravilhou de sua beleza. Havia um pilar na corrimão com um Dragão esculpido em uma enorme peça de madeira e parecia tão realista como os Dragões de seus sonhos.
“É um lugar precioso verdade?” perguntou Lily.
Pela primeira vez, Darcy se deu conta de que seu acento era britânico. “É. Poderia passar horas olhando”
Lily sorriu sobre seu ombro. “Eu sou um casal há pouco tempo. Trabalhava em Dreagan, mas não tinha visto a mansão até depois da cerimônia entre Rhys e eu. Sei que estive vários dias dando voltas com a boca aberta”
Darcy não pôde evitá-lo e sorriu ante a exuberância de Lily. “Como é ser a companheira de um Rei Dragão?”
"Emocionante" respondeu ela enquanto chegavam ao primeiro patamar das escadas. Lily se ralentizó enquanto se voltava até o seguinte lance para que Darcy a alcançasse enquanto lhe sorria. "Estava em uma má situação antes, e eu...bom, cheguei a morrer"
Darcy se deteve. Seguro que tinha escutado mau. “Perdão?”
“Eu morri. Meu irmão me matou. É realmente uma larga história que envolve aos inimigos dos Reis que utilizaram para entrar em Dreagan. Meu irmão era parte deles”
"Sei que não dormi muito nos últimos dias, mas se seu chegou a morrer, como é que está aqui?"
Lily começou a subir o segundo lance de escadas. "Não sabia nesse momento, mas Ulrik me trouxe de volta"
Bom, se Darcy pensava que sua semana tinha sido estranha, agora com muito excedia disso.
Lily se encolheu de ombros. “Não sei por que o fez, especialmente porque foi o responsável por enviar a meu irmão aqui”
“Wow” O que outra coisa podia dizer?
Lily riu baixo. "Isso resume tudo. Estava um pouco assustada quando voltei e me encontrei com vida uma vez mais"
"Assim recorda o que era estar morta?"
"Desvaneceu-se rapidamente", disse Lily quando chegou ao terceiro piso e começou a caminhar pelo corredor. "Comentei ao Rhys tudo, por isso é pelo que sei o que faço. Não tenho nenhuma lembrança daquilo, mas apoiado em minha descrição do homem, foi Ulrik".
Darcy pensava que ela conhecia os segredos do Ulrik, mas parecia que ela não soubesse quase nada. por que ela pensava que ver suas lembranças a convertia em uma perita? Tudo o que fez foi jogar uma olhada a seu passado. Ela não tinha visto nada de seu futuro, e ele tinha compartilhado inclusive menos.
“ouvi que ajudou ao Ulrik”
Não houve veemência em suas palavras, mas Darcy, de todos os modos, escutou a censura. “Fiz-o”
“por que?”
“Porque era uma provocação. Porque tinha sido prejudicado”
“Os Reis ligaram sua magia por uma razão” o cenho franzido de Lily aumentou. “Sabe por que não é certo?”
Darcy assentiu. “Warrick me contou sua versão da história”
“E Ulrik te contou a sua?”
“Não. Vi-o em suas lembranças”
Foi o turno de Lily de deter-se. Seus olhos estavam muito abertos de assombro. “O que viu?”
Darcy não queria compartilhar as lembranças do Ulrik. Eram um pouco privado. Não tinha direito a eles, e menos direito a lhes falar com outros deles. “Vi muito, mas senti ainda mais. Atravessou um inferno. Houve traição, aflição, e logo ira. Todas elas se mesclaram de tal maneira que ele não pode distinguir uma de outra”
“Sente por ele”
“De alguma forma. Sei que ele tinha motivos importante. Ajudei-lhe porque queria ver se podia e logo continuei porque não podia não lhe ajudar. Não assimilei meu papel até que me disse que os outros Druidas tinham morrido”
Lily continuou até uma porta à esquerda e a abriu. apoiou-se contra a parede do corredor. “Agora que conhece os dois lados da história, continuará desligando sua magia?”
“Não sei”
“Ele é perverso” insistiu Lily.
Darcy jogou uma olhada mais às luzes sujeitas por um dragão que adornavam o corredor. "Cresci na Ilha de Skye, e nós os Druidas temos decretos pelos que vivemos. Estão tão arraigados em nós que aos doze anos, cada um de nós jogamos um feitiço para nos assegurar de cumprir com essas regras ou perder nossa magia. Não podemos usar nossa magia para machucar a um inocente, e nunca podemos usá-lo para ajudar ao mal. Se Ulrik certamente for tão mau, minha magia teria desaparecido no momento em que tentei lhe ajudar”
“É a única que conhece as duas versões da história, e isso me faz pensar. Entretanto, sei que Ulrik jogou uma maldição ao Rhys para que não pudesse transformar-se e lhe fez passar por muita dor. Também sei que Ulrik mandou a meu irmão detrás de mim”
“Mas Ulrik não apertou o gatilho. Não esqueçamos que ele também te trouxe de entre os mortos. Quanto ao Rhys, não sei nada disso. Sei que o ódio entre o Ulrik e os Reis é denso e profundo. Eu não o poria em dúvida”
Lily inclinou a cabeça, a longitude de seu comprido cabelo negro caiu sobre seu ombro. “Não crê que a maldição sobre o Rhys lhe converte em mau?”
“Não matou ao Rhys”
“Mas lhe amaldiçoou”
“Ainda Rhys segue com a maldição?”
Lily se deteve, agarrando-a por surpresa. “Não”
“Isso é bom de escutar”
Lily se separou da parede. “Eu gosto, Darcy, e sei que passou por muito estes poucos dias. Também sei que tem sua própria opinião sobre o Ulrik, mas teria que pensar duas vezes antes de dizer a outros que Ulrik não fez nada. Vi ao Rhys morrer um pouco cada dia que não podia transformar-se e voar. Essa maldição lhe trocou”.
"Não quis tirar importância ao que aconteceu ao Rhys", apressou-se a dizer Darcy. "Só digo que uma pessoa malvada teria matado ao Rhys"
“Mesclar magia de Dragão e magia Dark foi suficiente para que isso acontecesse” Lily levantou a mão quando Darcy tentou falar outra vez. “Não estou zangada. Estou tentando me explicar. Não encontrará simpatia alguma pelo Ulrik em Dreagan”
Darcy assentiu rigidamente. “Entendo”
“Além disso, rogo-te que não mencione ao Ulrik diante da Iona. Ele foi o responsável pela morte de seu pai”
Se Darcy não se havia sentido antes como a maior metepatas do mundo, agora certamente se sentia assim.
“Ponha cômoda” disse Lily com um tenso sorriso enquanto ela se metia no dormitório. "Há um banho. Uma de nós estará acordada mais tarde se por acaso quer um pouco de comida"
“Obrigado”
Darcy a observou afastar-se antes de fechar a porta. deixou-se cair contra ela e respirou fundo. “Assim se faz, Darcy. Isso foi uma catástrofe. por que não mantive minha boca fechada?” perguntou-se.
*******
Capítulo 33

Con estava de pé na porta do dormitório do Warrick enquanto ele estava jogado sobre sua cama. Era tudo o que podia fazer para conter seu temperamento enquanto a ira lhe queimava.
Os Reis não podiam morrer pela magia Dark, mas isso não significava que eles não sentissem nada com ela. O fato era, que lhes debilitava. Dependendo de quanta magia Dark suportassem, levava-lhes desde uns minutos a umas horas o recuperar-se.
Felizmente, não acontecia freqüentemente. A maioria das vezes os Reis lutavam contra os Dark em forma de Dragão. Se não lhe tivesse importado que os mortais lhe descobrissem, Con poderia ter urgido ao Warrick para que se transformasse e pusesse fim à maioria dos Dark no Edimburgo.
Mas não o tinha feito.
“Onde está Darcy?” perguntou Warrick.
Thorn estava de pé com os braços cruzados apoiado na parede em frente da cama. “Ela está bem, War. Está com Lily, Iona e a Shara”.
“Ela não sabe nada da Shara” disse Warrick, e tentou levantar-se.
Kiril lhe pôs uma mão no ombro. “Eu me ocupei disso”
Con tinha que estar cego para não ver a preocupação que Warrick sentia pela Druida. Certamente Warrick não seria tão parvo para sentir algo pela mortal. Ajudou ao Ulrik, e na mente de Con, isso a convertia em inimizade.
Se tão só pudesse restabelecer o feitiço, isso evitaria que o resto dos Reis se apaixonassem. Era só questão de tempo antes que ocorresse outra traição. Esse momento podia ser agora.
“Está franzindo o cenho” disse Kellan enquanto se movia para ficar a seu lado.
Con suavizou sua expressão. "Eu não gosto de ver nenhum de nós abatido pelos Dark"
“Merda de cavalo. tomou nota de como Warrick fala de Darcy”
Con não se incomodou em dizer ao Kellan que estava equivocado. Kellan eram o Guardiao da História dos Reis Dragão, e isso lhe permitia estar a par de incidentes e acontecimentos importantes, independentemente de se os outros Reis queriam que ele soubesse ou não. Ao Kellan lhe mostrava o que acontecia em sua mente, e logo ele o gravava.
Seu trabalho lhes tinha aproximado dele e a Con simplesmente porque Kellan tinha informação sobre uma arma oculta em Dreagan que poderia ser utilizada contra os Reis. Os Dark foram atrás dela, mas Con ainda tinha que compartilhá-lo com outros Reis.
Kellan olhava ao Warrick que estava falando com o Guy e o Tristán sobre os ataques dos Dark. "Não pode seguir enviando Reis a vigiar às mulheres e não esperar que passe algo"
“É obvio que posso”
“Então tem que ser um idiota. Já não estamos sob o feitiço, em caso de que necessite avisos”
Con lhe olhou de forma cortante e se encontrou com seu olhar verde celadón. “Se eu precisasse recordá-lo, tudo o que tenho que fazer é olhar ao redor a todas as companheiras que passeiam por Dreagan”
“Realmente o odeia não é certo?” perguntou Kellan com um olhar duro.
Con voltou sua atenção de novo ao Warrick. “Não”
Kellan emitiu um grunhido. "Não te incomode em me mentir, Constantine. Recorda. Conheço seus segredos"
“Sabe alguns deles”
“Sei os maiores”
“É isso uma ameaça?” perguntou Con e voltou a cabeça até o Kellan.
Kellan não se incomodou em lhe olhar. “Não. Só é um aviso. Sabe, pode que não seja tão idiota se o fizer mas..."
“Nem sequer o diga” lhe cortou Constantine com voz dura.
Kellan se encolheu de ombros. "Negá-lo não trocará as coisas"
Con se afastou do Kellan ficando perto da cama. “Quem enviou aos Guerreiros e às Druidas?”
“Eu não” disse Warrick. “Nem sequer pensei neles. Não teria estado de acordo em deixar ao Ulrik ajudar se tivesse sabido que eles viriam”
Con sentiu como se alguém lhe tivesse golpeado no estômago. “O que há dito?”
“Ulrik ajudou” Warrick se encolheu de ombros e lutou para sentar-se e apoiar-se contra o cabeceiro de madeira. "Chegou e ofereceu seus serviços. Darcy aceitou"
“E você não a deteve?” exigiu Con.
Thorn deixou cair os braços e se moveu ao outro lado da cama. “tratava-se da vida de Darcy. Era a única que podia decidir”
“Não” disse Con zangado. “Somos Reis Dragão. Nós decidimos”
Warrick intercambiou um olhar com o Thorn. Havia algo na voz de Con que lhe disse que estava contendo sua ira. “Não viu os Dark que havia ali, Con. Darcy decidiu permitir que Ulrik ajudasse, e se a queríamos fora de perigo, não tive outra opção”
“Nenhum a tivemos” acrescentou Thorn.
Os frios olhos negros de Con olhavam fixamente ao Warrick. “Você sabe o que ele é”
“Sim” esteve de acordo Warrick. "Darcy não está cega, Con. Ela poderia ter visto suas lembranças, mas sabe que há mais nele"
“Como lhes ajudou?”
Thorn falou antes que Warrick pudesse fazê-lo. “Warrick foi a distração. ficou em metade da rua para chamar a atenção dos Dark até ele. Funcionou, permitindo ao Ulrik escalar o edifício detrás da loja de Darcy, com ela em cima. Estive vigiando ao Ulrik, me mantendo perto em caso de que tentasse algo. Nunca teve a oportunidade de chegar ao outro lado do edifício e por debaixo da cidade porque os Guerreiros chegaram com as Druidas. Uma vez que Fallon trouxe Darcy aqui, fui ajudar ao War”
A habitação ficou em silêncio enquanto todos eles observavam cuidadosos a Con. Finalmente, Con disse “Deveria ter matado ao Ulrik justamente então”
“Sem minha espada?” perguntou zangado Warrick. “Ou possivelmente eu deveria me haver transformado, deixando que os humanos me vissem”
Os ombros de Con se relaxaram enquanto dava um passo atrás. “Precisará falar com Darcy”
“Não sem mim” ordenou Warrick.
Con olhou suas pernas. “Ainda está te recuperando”
“Con!” rugiu Warrick.
Mas o Rei de Reis saiu da habitação sem responder. Thorn pôs as mãos sobre o ombro do Warrick quando tentou levantar-se “Estarei ali até que você possa”
"Não demorarei muito"
Thorn mostrou um rápido sorriso antes de seguir Con. Warrick já podia sentir os efeitos da magia Dark desaparecendo. Desejava que lhe acontecesse rápido para poder ir com Darcy.
“Estará bem” disse Kellan. Guy olhou até a porta. "Não vi Con zangado com um mortal há um tempo"
“Não a machucaria não?” perguntou Tristán.
Ryder entrou na habitação com um olhar sombrio. "Constantine me fez averiguar tudo sobre Darcy antes que te enviassem a Edimburgo, War. Após, tem-me feito escavar profundo"
“Isso não é normal” disse Kellan.
Ryder fez uma careta. “Não realmente, salvo que estava tentando conectá-la com o Ulrik. Queria que visse se estava perto de certos lugares como as terras da Iona, Londres durante o fiasco com o PureGems, ou coisas pelo estilo”
Ao Warrick não gostou das implicações. Menos ainda gostava da idéia de que pudessem ser certas. "E?"
“Não encontrei nada. Também o disse a Con, mas não está satisfeito. Está decidido a conectá-la com o Ulrik mais do que já o estava” disse Ryder.
Guy negou com a cabeça. “Se encontrar esse vínculo, é provável que a jogue no calabouço”
“Ou a mate” disse Warrick.
Todos eles compartilharam um olhar enquanto cada um deles reconhecia a verdade dessas palavras.
“Merda” disse Kellan enquanto dava meia volta e saía da habitação com largas pernadas.
Guy, Kiril e o Tristán lhe seguiram deixando ao Warrick só com o Ryder.
Ryder passeou pela habitação e brandamente fechou a porta. "Deveria ter sido algo mais que você e o Thorn em Edimburgo"
“Thorn tinha que manter-se oculto enquanto esteve. Se os Dark tivessem sabido que ali mesmo havia outro Rei, poderiam ter atacado a mais mortais do que fizeram. Salvamos alguns mas não podíamos ajudar a todos”
"Não deveria estar pensando nas represálias contra os Dark em lugar de concentrar-se no Ulrik?"
Warrick passou uma mão pela cara. “Sim. Esses safados sabiam que não lhes faríamos nada. me acredite, agora estarão em todas partes a menos que façamos algo a respeito”
“Não serei o único que esteja de acordo nisso”
"Estamos sendo divididos justo como Shara nos advertiu que os Dark tratariam de fazer"
Ryder se esfregou a nuca. "Neste momento não temos outra opção. Estão os Dark, Ulrik e Darcy".
"Ainda temos que descobrir quem enviou aos Dark por ela"
“Os Dark, é obvio”
Warrick não estava tão seguro. “Deixaram que Ulrik passasse através deles e entrasse na loja de Darcy. por que iam fazer isso se estivessem molestos por lhe haver liberado parte de sua magia?”
“Não sei” Ryder se sentou na esquina e fez soar seus nódulos. “Os Dark parecem o mais plausível, porque eles são Dark. por que estariam molestos? Ulrik está contra nós, ao igual aos Dark”
“Exatamente” disse Warrick. “Em todo caso, deveriam estar encantados de que haja uma Druida que possa ajudá-lo. Não a matariam”
Ryder se inclinou até diante na cadeira. “Merda, War. Então isso só deixa ao Ulrik”
Warrick estava negando com a cabeça antes que o Ryder terminasse de falar. “Não. Vi ao Ulrik com ela. Com independência do que dele pensemos, necessita a Darcy. Chegou tão longe para pedir a Rhi que a protegesse”
“Se não serem os Dark, nem tampouco é Ulrik, então quem?”
“Isso é o que levo perguntando a mim mesmo durante dias. Poderiam ser os Light Fae?”
Ryder esteve pensando um momento antes de dizer: “O que lhes importa? Isso seria como se os Light se preocupassem de se pudéssemos nos transformar ou não. Além disso, Rhi não haveria dito algo?”
“Ela só protegeu o piso de Darcy, não a loja” assinalou Warrick. Ryder fez uma careta. “É Rhi, War. Sempre esteve aí para nos ajudar”
“E não faz muito que ela esteve na prisão do Balladyn com as Correntes do Mordare ao redor de seus pulsos sendo torturada. Assim é como os Light se voltam Dark. você pode sinceramente me dizer que não notou a mudança nela?”
“Sim, vi. Não existe um ser vivo que não pudesse ver-se afetado pelo que ela atravessou. Rhi teve muitas oportunidades para nos foder, e não o tem feito”
Isso era certo. A cabeça do Warrick começou a lhe doer de tratar de ordenar todo aquilo. “Quem mais fica?”
“Os Dark não escutariam ao MI5, mas podemos perguntar ao Henry. Ele ainda lhes está vigiando”
“Não é necessário. Aos Dark não importa o MI5. E se os Dark estão fazendo um favor -ou recebendo ordens- de alguém distinto ao Ulrik?”
Os olhos cor avelã do Ryder se entrecerraram. “Outro inimigo do que nada sabemos”
“Alguém detrás tanto do Ulrik como de nós” disse Warrick.
“Isso significa alguém que quer derrubar a todos os Reis Dragão”
Warrick se sentou, agradecido de que a dor tivesse diminuído e a sensibilidade tivesse voltado para suas extremidades. “Outro inimigo? Tem alguma idéia de quem poderia ser?”
“Tratarei de procurar e encontrar algo” disse Ryder enquanto ficava de pé. “Quer dar a notícia a Con?”
“Não escutaria. Ele acredita que tudo está posto aos pés do Ulrik. Até que tenhamos provas, isso é assim”
*******

Capítulo 34

Rhi estava de pé no deserto pensando em sua conversa com o Balladyn. Ela não deveria preocupar-se com o que lhe disse. Tudo era lixo. por que, então, estava ali?
sentou-se e tirou as botas para afundar os pés na areia quente. O céu logo que estava nuboso e de um surpreendente azul. O sol era implacável, e logo sentiu que o calor lhe queimava.
A outra Rhi, a de antes da tortura e as Correntes do Mordare, teria estado com as Druidas e os Guerreiros ajudando Darcy e os Reis. De fato, Rhi tinha estado em Edimburgo observando tudo, entretanto, esteve velada todo o tempo.
Tinha contemplado ajudar. Por que não o tinha feito? por que se tinha detido?
A escuridão em seu interior estava aumentando. Podia sentir. Podia ser isso o que a empurrava até o Balladyn?
Não tinha sentido lhe perguntar. Balladyn lhe diria o que fosse que necessitasse para lhe ordenar que se convertesse no Dark. Isso Rhi nunca faria.
Entretanto... havia um pouco equivocado com ela. Recordando, não podia entender por que tinha protegido o apartamento de Darcy e não o tinha feito com a loja. Ela tampouco tinha respondido à chamada do Warrick.
Ao menos foi conseguir ao Phelan e Aisley. Darcy estava em Dreagan e a salvo dos Dark. Rhi pôs a cabeça em suas mãos e fechou os olhos. Queria desfazer do peso que se instalou sobre ela. Queria ser tão frívola como estava acostumado a ser. Para conduzir seu Lamborghini ao redor de Austin e comprar.
Queria tomar o sol em um lago italiano e desfrutar da beleza. Ela queria desfrutar da vida outra vez.
Isso é certo, Rhi. Quando foi a última vez que desfrutou da vida?
Rhi poderia assinalar o dia exato, a hora e o minuto exatos. Foi justo antes que seu amante terminasse sua relação. Tinha estado acurrucada em seus braços depois de horas fazendo o amor. Ela tinha tido suas mãos em seus compridos...”
“Rhi?”
Seu coração deixou de pulsar ante o som da voz do Balladyn. “tornou”
Houve um movimento na areia quando se sentou a seu lado. “O que veio fazer aqui, peque? Estava me procurando?”
“Vá. Longe”
"O que te tem de tão bom humor?"
Rhi levantou a cabeça para lhe encontrar a uns poucos centímetros. suas pernas estavam dobradas com seus braços ao redor delas e uma mão cruzada sobre seu outra pulso. Ele não a estava olhando, mas tinha os olhos fechados e a cara levantada até o sol. Era algo que estava acostumado a fazer como um Light Fae.
Por um momento, Rhi pensou que tinha retrocedido no tempo antes que ele se convertesse no Dark. Era o Balladyn que nunca a tinha decepcionado. O Balladyn que contava as piadas mais sujas só para fazê-la rir. O Balladyn que tinha adorado o sol.
“Quem sou?” perguntou ela.
Ele abriu os olhos enquanto voltava a cabeça até ela. “Sabe quem é, peque. Sempre o tem feito”
“Já não. Não depois do que me fez. Não sou a mesma”
Ele olhou ao longe, com o cenho franzido ligeiramente. “Todos nós trocamos”
“Nada tinha trocado para mim durante... eras” Caiu de costas sobre a areia e passou um braço pelos olhos para protegê-los do sol.
De repente, Balladyn se inclinou sobre ela, suas mãos a cada lado de sua cabeça. "Eu diria que algo trocou. Está falando comigo"
“Não o estou fazendo”. Ela moveu o braço para lhe olhar.
“Mas você gosta. me diga, você gostou de meu beijo muito?”
Rhi não teve tempo de responder quando o pôs seus lábios sobre os dela. O beijo foi lento, minucioso. Quando ela respondeu, um gemido saiu dele. Ele aprofundou o beijo e transladou seu peso à outra mão.
Ela sabia que estava mal lhe beijar, e muito menos lhe falar. Mas Rhi estava cansada de estar só. Estava cansada de manter um amor em seu coração que constantemente era rechaçado.
Balladyn a beijou com abandono, sem restrições. Silenciosamente lhe falou de seus sentimentos enquanto aproveitava a oportunidade de beijá-la. Fez-a sentir-se querida.
Foi uma sensação embriagadora, especialmente mesclada com beijos tão quentes que pareciam não terminar nunca. Não foi até que sua mão cavou seu peito que a realidade a golpeou. Rhi agarrou seu pulso para lhe deter.
Balladyn levantou a cabeça e a olhou. “me diga que não pensou nisto”
Posto que não podia mentir, não respondeu.
"por que me deter? Deveríamos compartilhar nossos corpos" Beijar era uma coisa, mas Rhi não podia deixar que ninguém a tocasse como ele o tinha feito.
O aborrecimento do Balladyn cresceu, e seu rosto se endureceu. "Sempre retorna a ele, verdade, peque? Ele te disse que não te queria. Ignora-te. Quando lhe deixará ir?"
“Estou tentando”
“Se te tivesse beijado antes que ele, teria-me deixado te amar?”
Rhi pôs as mãos nas bochechas do Balladyn e olhou aos olhos vermelhos. “O teria feito”
“É forte, Rhi”, disse Balladyn. “Deixe ir, venha comigo”
“Não sou Dark. Nem o serei nunca”
Balladyn sorriu brandamente. “Dará-te contas logo de quem é realmente. Até então, estarei esperando”
O sol a cegou quando Balladyn se teletransportou. Rhi rodou sobre seu flanco, odiando o picor das lágrimas enquanto caíam quentes sobre suas bochechas. Deveria ter terminado de chorar por seu amante. Suas suaves promessas e declarações a fizeram perder séculos enquanto lhe esperava. Como o pagaria a ela?
Com desprezo e desdém. Outra parte de seu coração se endureceu contra ele. E a escuridão dentro dela cresceu.
*******
Darcy tinha uma toalha ao redor dela enquanto estava no banheiro depois de tomar a ducha mais larga de sua vida. Nem sequer tentou voltar a ficar suas roupas. penteou-se enquanto olhava o banho branco contrastado com negro. No meio da habitação, os ladrilhos brancos do chão estavam adornadas com o contorno de um retângulo de azulejos negros mais pequenos.
Curiosa, Darcy entrou no dormitório e lhe jogou uma olhada porque tinha estado muito interessada em banhar-se quando entrou pela primeira vez. As cores do banho se transladavam ao dormitório, salvo que ao contrário. O cabecero da cama de metal era negro, ao igual às duas mesinhas de noite, embora cada uma delas era de um estilo diferente.
O edredom era um desenho de cachemira negra sobre negro com uma pequena franja branca com o passar do bordo exterior. Três almofadas, um pequena de pele branca, outro pequeno de seda branca e um grande de lunares em branco e negro, estavam sobre a cama. Um tapete de pelo negro e cinza cobria a maioria do chão de madeira. Também na habitação havia um armário negro e uma poltrona branca e negro.
Darcy se sentou na poltrona e olhou pela janela ao pasto onde o gado Highland pastava. O céu estava espaçoso, exceto por uma nuvem ocasional e com penugem que flutuava perezosamente.
Em resumo, deveria estar completamente relaxada.
Exceto que estava mais tensa que quando estava no Edimburgo.
Girou a cabeça quando alguém chamou a sua porta. Jogou uma olhada à toalha sobre ela enquanto ficava de pé. Darcy se certificou de assegurar a toalha e caminhou até a porta. Abriu a porta e encontrou a um homem alto com o cabelo de ondas loiras e uns frios olhos negros. Con.
“Sabe quem sou?” perguntou
Ela assentiu. “Sei”
“Porque lhe disseram as lembranças do Ulrik?” houve um movimento detrás de Con, e Darcy localizou ao Thorn. Ela voltou a centrar-se em Con. “Não estou exatamente vestida para isto”
“Há um penhoar no banheiro. Sugiro-te que lhe ponha” disse Con enquanto passava junto a ela e entrou em pernadas na habitação.
Darcy esperou a que Thorn lhe seguisse antes de dirigir-se até o banho e encontrar o penhoar na parte detrás da porta. Ela o grampeou com força e retornou à habitação. "Como está Warrick?"
Thorn sorriu “Se está recuperando”
“por que ajudou ao Ulrik?” exigiu Con.
Darcy suspirou e se sentou ao bordo da cama. “Já o expliquei ao Warrick, e a Lily. Foi uma provocação”
“Uma provocação?” repetiu Con, sua voz mais gelada que o Ártico. “Ajuda a um homem conhecido por sua maldade e destruição. Acredito que como Druida deveria ter mais cuidado com quem ajuda”
“Fiz uma exceção” disse ela e lhe devolveu o olhar. “Leio o futuro da gente em sua palma da mão e através das cartas do tarot. Não pude ver o do Ulrik”
Con estava plantado rigidamente na janela. “Essa foi sua razão?”
“É obvio que não, mas me fez sentir curiosidade. Nenhuma só vez não pude ver o futuro de uma pessoa. Sua petição era interessante. Disse-me quem e o que era. Pensei que tentar ajudá-lo seria inofensivo. Então, tentei. Deixou-me inconsciente por um dia”
“Estava ele ali quando voltou a sim?” Thorn perguntou enquanto se sentava na cadeira. Darcy negou com a cabeça. “Ulrik voltou uma semana depois. Tentei outra vez, e essa vez fui golpeada por suas lembranças”
"Já me contaram", disse Con. "Que lembranças foram essas?"
“Preferiria não contá-las, mas suspeito que não te renderá até que lhe conte isso. Vi-lhe descobrir o que fizeram a sua mulher. Senti o relâmpago de suas múltiplos emoções. Vi-o lutar contra os humanos”
“É isso tudo?” exigiu Con.
Ela o olhou com severidade. "Em realidade, não é. Vi sua discussão contigo quando tentou que lutasse contra você para te converter em Rei de Reis".
“Mentira”
Darcy apertou os punhos. “Você lhe disse que outros Dragões necessitavam uma prova definitiva de quem era o Rei de Reis. Ulrik disse que não queria brigar contigo, mas seguiu pressionando. Ele se negou”
“Satisfeito?” perguntou Warrick a Con da porta.
Darcy sorriu quando lhe viu. Ela começou a levantar-se e ir até ele, mas lhe indicou que ficasse.
“Nem de perto” lhe disse Con. “Quero saber o que mas falou Ulrik com ela”
Darcy pôs os olhos em branco e uma vez mais tomou assento. “Não me contou muito. Ofereceu-me detalhes dos Reis Dragão porque eu precisava saber”
O olhar de condenação de Con foi feroz. “Posicionou-te com ele”
“Há dois lados em cada história. Warrick me falou do dele. Ulrik não deveria ter atacado aos humanos, mas o que esperava que fizesse? Estava zangado com eles, e com seus amigos. Não queria machucar a nenhum de vocês, assim fez quão único podia”
“E” disse ela sobre Con quando ele tentou falar. “Se ele estava tão equivocado, por que houve tantos Reis que ficaram a seu lado? Os humanos estavam matando Dragões, e os Dragões matavam aos humanos. Tinha que deter-se. Você fez o que tinha que fazer. Não estou dizendo que estivesse bem. Poderia ter dirigido ao Ulrik melhor. Era seu melhor amigo. Considerava-te seu irmão”
As fossas nasais de Con se abriram enquanto respirava fundo. “Não escutava a ninguém, especialmente a mim”
“Estava ferido. Tinha ferido seu orgulho porque Ulrik fez os seus e outros Reis lhe seguirem. Não tinha que ter preso sua magia nem lhe haver banido. Esse foi você, respondendo à ira com mais ira”
Warrick agarrou com a mão ao marco da porta. “Você faz que soe singelo, Darcy, mas não foi. Foi um caos total. Enviamos longe aos Dragões, a nossas famílias e a nossos amigos”
“Porque os humanos lhes estavam matando. Meus antepassados humanos mataram Dragões antes ou depois de que Ulrik atacasse?”
“Antes” respondeu Thorn. "Por outra parte, os dragões mataram a sua parte justa de humanos também"
Darcy olhou então a Con. "Como se pode culpar diretamente ao Ulrik? O que tem dos Reis que ficaram do lado do Ulrik e você lhes persuadiu? Castigou-os?"
“Não” respondeu tensamente Con.
Darcy tirou os cachos úmidos da cara. "Mas mataram mortais?"
“Sim” a voz de Con tinha um tom baixo e duro.
“Ambos, Ulrik e você, estão equivocados. Nenhum de vocês o admite, mas o ódio cresce entre vocês nos levando aonde estamos agora”
Con inclinou a cabeça. “Ulrik deseja me matar”
“E você quer lhe matar”
Thorn disse “Ele jogou uma maldição ao Rhys”
“E matou ao pai da Iona” acrescentou Con. “aliou-se com os Dark e uma facção no MI5 para acabar humanos que tenham uma conexão conosco. Isso sem mencionar que quer nos expor ante os mortais. Esse é o homem ao que ajudou, e com cada pedacinho de magia que recupere, fará-se mais forte e fará mais dano”
Darcy olhou ao Warrick, mas ele não ia oferecer-lhe nenhuma ajuda. Nem ela o esperava tampouco. Sabia como se sentia Ulrik.
“Dei-te minhas razões, e o que sei sobre o Ulrik. Quer algo mais?” perguntou a Con.
A cara de Con não tinha emoção. "Duvido que nos haja dito tudo. O que quero saber agora é quantas vezes ajudou ao Ulrik contra nós".
*******

Capítulo 35

Warrick soube que Constantine não se deteria até assegurar-se de que Darcy lhes contasse tudo. O problema era que Darcy era justamente tão teimosa como Constantine.
“Perdão?” perguntou Darcy a Con. “Está me acusando de estar envolta nos assuntos do Ulrik?”
Con a olhou fixamente com dureza em seus olhos negros. “Sim. É evidente que lhe ajudou”
Darcy fez um som do mais profundo de sua garganta. “Sim. Eu lhe hei isso dito. Desliguei-lhe parte de sua magia. Isso foi tudo o que ocorreu. Não sei a respeito de seus planos, nem uma vez lhe ajudei em nenhuma morte nem em nada mais do que pensam que ele fez” disse ela fazendo um gesto com a mão. “Repito –em caso de que seja duro de ouvido- não lhe ajudei com nada mais que recuperando sua magia”
“Ela não mente” disse Warrick a Con.
Con deslizou o olhar ao Warrick “Como é que a crê? Porque ela lhe há isso dito? E você a crê?”
“Sim, faço”
“Aceita sua palavra assim fácil?” perguntou Con, com um olhar de absoluto desprezo em seu rosto.
Darcy ficou de pé, a ira se disparou desde seus olhos verde musgo. "Foi faz três anos quando Ulrik veio me ver pela primeira vez. Levou-me mais de seis meses poder desligar algo de sua magia. Uma vez que o fiz, não lhe vi mais até faz três dias quando veio para me avisar de que alguém viria contra mim”
Con a olhou fixamente durante um comprido momento. “Tenho ao Ryder procurando sobre seu paradeiro durante os últimos dois anos e meio. Veremos se estava nos mesmos lugares que os incidentes que sabemos que Ulrik pôs em movimento”
“Ouviu-a, Con?” perguntou Warrick. “Foi ao mesmo tempo que os Silvers se moveram e o feitiço ficou quebrado. Agora sabemos o que é o que o causou”
Warrick esperava que essa pequena notícia trocasse a opinião de Con sobre o vínculo entre Darcy e Ulrik, mas a julgar pelo músculo que se apertou na mandíbula de Con, não foi o correto dizê-lo.
“Então você também é culpada disso” disse Con geladamente a Darcy. “Milhões de anos me assegurei de que nenhum dos Reis caíssem sob o feitiço de uma humana outra vez. Por devolver sua magia Ulrik, rompeu esse feitiço”
“Talvez é que seu feitiço não era tão forte como acreditava” replicou ela. Warrick entrou na habitação e caminhou até ela antes que Con contra atacasse. Agarrou Darcy pelos ombros e a forçou a voltar-se até um lado assim ela poderia lhe ver.
Ela tinha sido abordada pelos Dark e os tinha visto fazer coisas que nenhum mortal faria. Sua loja foi destruída, quando era sua forma de vida. Ela apenas se mantinha firme. Não ajudava que não tivesse idéia de que zangar a Con era quão pior podia fazer. Não é que a culpasse. O mais provável é que ele atuasse da mesma forma em um enfrentamento como esse.
Poucos se atreveriam a falar com Constantine de tal maneira a menos que fossem um Rei Dragão. Ou Rhi. Os humanos pareciam saber inatamente que ele não era o tipo de pessoa com quem meter-se.
“Suficiente” disse Warrick, olhando primeiro a ela e logo a Con. "Não estamos chegando a nenhuma parte com isto"
Thorn se levantou e passou uma mão pelo cabelo castanho. Olhou de forma cortante a Con e disse "Seu ódio pelo Ulrik te está levando por um caminho que te destruirá"
“É ele ou eu” declarou Con. “E não serei eu”
Darcy suspirou, seus ombros se relaxaram. “Hei-te dito tudo o que sei. Não ajudei ao Ulrik com nada. Faz sua busca, Con. Não me importa absolutamente”
Warrick amavelmente empurrou Darcy até a cama. “Descansa. Trarei-te um pouco de comida” Logo se voltou até a porta e olhou intencionadamente a Con.
Thorn passou junto a Con no corredor. Levou um momento, mas Con finalmente lhe seguiu. Warrick olhou a Darcy para encontrá-la acocorando-se na cama enquanto fechava a porta detrás dele.
“Às escadas” disse Warrick enquanto empurrava mais à frente a Con e ao Thorn.
Escutou ao Thorn soltar uma risadinha detrás dele enquanto desciam dois pisos da escada de caracol. Warrick entrou em pernadas na cozinha e abriu a porta da despensa, mas não viu nada que queria preparar para Darcy.
Com uma portada das portas, ignorou aos dois casais na cozinha e se voltou para cravar um olhar sobre Con. “levou as coisas muito longe”
“Temos que saber” O famoso controle de Con voltava a estar em seu lugar. Como odiava isso Warrick. Mas Thorn e ele tinham visto quão nervoso Con podia chegar a ficar quando se tratava do Ulrik. "Quer culpar a Darcy por destravar a magia do Ulrik? É minha hipótese. Darcy admitiu essa parte. Mas não te deixarei pendurar as transgressões do Ulrik sobre ela"
“Ou culpá-la por cada um dos Reis que se apaixonou” acrescentou Thorn do outro lado de Con.
Kellan e o Denae se levantaram da mesa em que estavam sentados em metade da cozinha. Um momento depois, Rhys e Lily arrastaram para trás as cadeiras e se levantaram. Ambas, Denae e o Lily deixaram a cozinha sem dizer uma palavra, deixando sós aos cinco Reis.
"Adverti-te que não atuasse assim, Con" disse Kellan. "Não até que tenhamos provas"
Con cruzou os braços, sua camisa de vestir se esticou sobre seus ombros. "Não temos tempo para esperar"
“Tomaste-a com alguém que poderia ser nosso aliado e a tornou contra nós” disse Rhys. “Um grande trabalho”
Thorn caminhou até os mostradores e se apoiou na pia. “Foi tua idéia, Con, que a vigiássemos”
“E que averiguassem quaisquer secretos que ela tenha sobre o Ulrik. Ainda estou esperando”, disse Con.
Warrick pôs as mãos no respaldo de uma cadeira da mesa. “Pelo geral, está sob controle, mas não te deu conta de que condená-la primeiro é quão pior podia fazer”
“Nenhum de vocês conhece o Ulrik como eu!” rugiu Con. Ele deixou cair os braços, seus negros olhos se entrecerraram e se mostravam zangados enquanto seu peito se movia. “Sei o que é capaz de fazer”
Rhys bufou ruidosamente. “Eu também sei. Recorda?”
“Se quiser que ela ajude, lhe dê uma razão”, disse Kellan e olhou deliberadamente ao Warrick.
Warrick sabia até onde apontava Kellan e começou a negar com a cabeça. “Não vou utiliza-la”
“Nem sequer por nós?”
Warrick olhou ao Thorn que levantou as mãos “Não me olhe. Escolherei aos Reis por cima de qualquer outro ser”
“Já dormiu com ela” disse Con. “Ela confia em você”
Warrick se voltou para afastar-se e se esfregou os olhos com o polegar e o índice. Não podia utilizar a Darcy dessa forma. Não era correto. Nem sequer para salvar-se e a outros Reis.
Não sabia o que fazer. Não havia dúvida que sentia algo por Darcy, algo forte, cru e visceral. Nem sequer se perguntava -nem por um segundo- se ela podia ser sua companheira.
Mas ele não queria um casal. Assim por que lhe importava o que fazer?
Porque ela tinha sido nada mais que sincera e aberta do mesmo princípio.
“Tampouco eu gosto da idéia, War” disse Rhys. “Francamente, eu não poderia fazê-lo com Lily, mas eu sabia que ela minha companheira”
Warrick não respondeu. Como poderia? Sabia que Ulrik tinha que ser detido, mas a custa do que? Os Reis tinham coexistido com os humanos por anos.
Foram os mortais os que começaram primeiro a guerra. Poderiam ser os Reis que começassem a segunda com a traição do Warrick?
Thorn se moveu para ficar frente a ele. “Ou ela é seu casal?”
Warrick só pôde olhar fixamente ao Thorn. Não podia negar que ela não fosse algo mais do que ele admitia que ela era.
“Ah, demônios” disse Rhys.
detrás dele, Warrick pôde ouvir murmurando algo ao Kellan. Os dois tiveram umas rápidas palavras, mas Warrick não lhes pôs atenção. Estava muito absorto em seus pensamentos sobre Darcy.
“War”, chamou-lhe Kellan.
Ele se voltou para fazer frente a outros. “Não quero um casal”
“Isso não importa, meu amigo” disse Rhys com olhar compassivo. “Acontece sem interferência por nossa parte”
Kellan se esfregou o queixo. “Não a utilize então. Fala com Darcy. Consegue que nos entenda e por que Ulrik precisa ser detido”
“Não o fará” disse Warrick. “Está tentando permanecer neutra”
Os lábios de Con se comprimiram. “Isso não é uma opção”
“Não pode obrigá-la a escolher um bando” disse Thorn ao Rei de Reis.
Con elevou uma sobrancelha loira. “Se ela se negar a nos ajudar, então está escolhendo um bando -o do Ulrik”
Rhys suspirou ruidosamente. “antes que Ulrik me amaldiçoasse, era quem discutia que ele poderia não ser quem tira das cordas. Embora ódeio fazê-lo, tenho que dizer que Con tem razão nisto. Ulrik tem que ser detido”.
“Sei”. Warrick deixou cair o queixo sobre seu peito. “Falarei com Darcy. Farei-o o melhor que possa para convence-la de que não pode desligar mais magia do Ulrik”
Rhys lhe aplaudiu as costas. “É o correto, War. Se necessitar algo, nos faça saber”
“por que aconteceu tanto tempo entre a primeira vez que Darcy desligou parte da magia do Ulrik e sua volta até ela?” Perguntou Thorn, com expressão de confusão.
Warrick voltou a cabeça para olhar ao Thorn. “Foi sua eleição. Não retornou a ela em todo esse tempo”
“Creem que lhe tenha desligado totalmente a primeira vez?”
Con negou com a cabeça uma vez. “Não. Os Silvers teriam despertado e o Ulrik teria vindo a me desafiar. Só recuperou uma parte. Disso estou seguro”
“A suficiente para usar nosso enlace telepático e me jogar uma maldição”, assinalou Rhys. Warrick franziu o cenho enquanto repassava o que Darcy lhe tinha contado sobre o Ulrik. "Quer matar a Con. por que esperar tanto se podia recuperar toda sua magia?"
“Ao melhor Darcy não pôde fazer mais” disse Kellan.
Thorn olhou ao Warrick. “Ou o que seja que Ulrich esteja planejando, não esteja preparado ainda”
*******

Capítulo 36

Ulrik queria fazer uma visita ao Mikkel e ver quão perto dele estava a mulher Dark, mas havia outros assuntos mais importantes que atender. Além disso, não podia retornar com o Mikkel até que matasse Darcy.
pôs-se um obstáculo definitivo em seus planos. Tinha esperado que afastá-la um pouco do Warrick e o Thorn seria tudo o que se necessitaria.
Logo os Guerreiros e as Druidas chegaram. Ulrik soltou uma risadinha enquanto recordava como a Druida Laura lhe tinha olhado com surpresa. perguntava-se se ela recordaria como tinha visitado o pub do Charon e tinha falado com ela. Aparentemente ela o fez.
Uma vez que os Guerreiros e os Druidas apareceram, Ulrik teve que emendar seus planos. Ele não ficou no Edimburgo. Não havia dúvida de que Warrick e Thorn se afastariam dos Dark. Os Dark tinha habilidade para capturar a um Rei Dragão, mas não sempre era algo fácil.
Ulrik permanecia de pé sobre a montanha, vendo Dreagan na distância. Esse foi seu lar de que tinha sido obrigado a deixar. Aonde estavam retidos seus Dragões sob uma montanha.
Estava tão perto do ter tudo que era muito para assimilá-lo. Durante tanto tempo, sua vingança não tinha sido mais que desejos e sonhos.
Durante cinco mil anos tinha forjado laços e alianças que cresceram através de cada geração. Então e se Mikkel fizesse o mesmo? A diferença entre eles era que Ulrik sabia como recompensar aos mortais. Mikkel simplesmente os matava.
O som de um motor se aproximava. Ulrik olhou por cima de seu ombro para ver um velho BMW azul celeste detendo-se lentamente. Agonizando momentos mais tarde, a porta se abriu e uma mulher maior saiu do automóvel.
Ulrik se aproximou da área de estacionamento e lhe estendeu sua mão para ajudá-la a baixar os poucos passos até o posto de observação onde ele estava antes. "Como esteve seu passeio, Dorothy?"
“Agora sei por que não deixo a cidade muito tempo” Lhe sorriu com seu rosto sulcado de profundas rugas. “Sempre me assombro quando te vejo. Parece como se foi ontem quando visitou meu pai e te vi a primeira vez”
Ulrik assentiu. Dorothy MacAvoy era uma menina de cinco ou seis anos a primeira vez que lhe permitiu vê-lo. Os anos a tinham envelhecido, mas nenhuma só vez se esqueceu do vínculo entre sua família e o Ulrik.
“Fiz o que queria com Darcy” disse Dorothy. “É uma garota muito doce, inclusive não me contando a verdade do que vê. Entretanto, isso não é o importante. terminei o que pediu, e estou pronta para minha recompensa”
Ulrik deu a sua mão um ligeiro apertão. "Obrigado. Isso deveria ser tudo o que se necessita para empurrar Darcy onde a necessito"
"Deveríamos ter feito isto antes. por que esperou?"
“Algumas coisas saíram de meu controle”
Ela riu, seu rosto enrugado se voltou até ele novamente. “Duvido-o seriamente. Nada te passa por cima, Ulrik. Nunca esquece uma cara, fala ao menos vinte idiomas diferentes e sempre tem uma resposta”
“Agora, tudo isso vai trocar”
“Sim, finalmente. esperou durante muito tempo, meu Rei Dragão. Não me dirá o que é o que Darcy ainda tem que fazer, verdade?”
Ulrik negou com a cabeça. “Não. Já visitei seus dois filhos e sua filha. Sabem o que espero deles nos anos vindouros”
“É obvio que o fazem” disse ela e aspirou, ofendida. “William e eu lhes ensinamos bem. Não lhe falharão, assim como nós não o fizemos nunca”
“Sei que não o farão” Se o faziam, seria a última coisa que fizessem.
Dorothy olhou a vista ante ela. “Este é um bonito lugar. Uma pena que não possa morrer aqui”
"Fique o tempo que queira"
Ulrik soltou a mão dela e se voltou afastando-se. Tirou um telefone do bolso de sua calça e enviou um texto rápido com as palavras: SEU TEMPO.
Não olhou para trás, a Dorothy. Seu trato se pôs em marcha dez anos antes. Ela tinha ajudado a sua parte do trato. E também o faria Ulrik.
Em seu esforço por manter um perfil baixo, tinha deixado seu McLaren Spider azul gelo em Perth. dirigiu-se até o Mini negro e ficou depois do volante antes de partir.
*******
Warrick ia de caminho até a habitação de Darcy com uma bandeja quando escutou vozes que lhe chegaram da entrada. deteve-se e escutou, identificando as vozes de Lucian MacLeod e também as do Charon Bruce e do Phelan Stewart.
Maldição. Queria algum tempo com Darcy antes que os Guerreiros e as Druidas falassem com ela, mas parecia que não ia poder cumprir seu desejo.
Subiu as escadas de três em três até sua habitação. Balançando a bandeja em uma mão, bateu na porta com a outra. Um momento depois esta se abriu deixando ver o rosto de Darcy.
Warrick sorriu e lhe estendeu a bandeja. “Faminta?”
Seu sorriso como resposta foi débil. “Acredito que poderia comer” Ela abriu a porta o suficiente para que ele pudesse entrar.
Warrick levou a bandeja à cama e a deixou sobre ela. Ele se agarrou a cadeira enquanto ela subia cautelosamente à cama e inspecionava a comida. Ele esperou até que escolheu uma bolacha salgada, uma parte de queijo e um pouco de frango frio.
“Deveria ter sabido que Con ia reagir da forma na que o tem feito” disse ela depois de tragar seu bocado.
“Ulrik fez muitas coisas horríveis”
Ela assentiu e girou a bolacha em sua mão enquanto olhava fixamente a bandeja. "minha magia se desvaneceria se estivesse ajudando a uma pessoa malvada, Warrick. É parte do que nos ensinaram em Skye, assim como do feitiço que pomos a nós mesmos"
“Pode reverter o feitiço contra você mesma?”
Lhe lançou um olhar, sua expressão era ferida e zangada. “Crê que eu o faria?”
“É só uma pergunta. Possivelmente Ulrik te convencesse para fazê-lo sem sabê-lo”
“Não é possível. O feitiço não pode ser trocado ou transbordado de maneira nenhuma. Pensa que eu ajudaria ao Ulrik a cometer seus crimes?”
Warrick negou com a cabeça. “A única forma em que está envolta é em desvincular sua magia”
“Mas isso é suficiente para me condenar ante os olhos da gente. Olhe como me vêem aqui. Não estão seguros do que fazer comigo”
Warrick não podia lhe mentir. Não ia ser fácil, mas Darcy tinha que saber a verdade. “Muitos deles tiveram seus pleitos com o Ulrick. As companheiras não só estão acreditando com convicção a palavra dos Reis”
“Vi o futuro de muita gente. Não vi o do Ulrik. Vi parte de seu passado, mas não em recente passado. Preciso saber tudo o que tem feito”
Ele tinha estado esperando que isso fora do que ela quereria falar com ele. ia ser duro para ela escutá-lo, mas poderia ser o que necessitasse para acautelar a de ajudar ao Ulrik a desligar o resto de sua magia.
“Sabe por que nos odeia” começou Warrick.
“Ulrik odeia Con. Está zangado com o resto de vocês” lhe corrigiu ela.
Warrick não estava seguro de que houvesse alguma diferença. “Tem uma rede de espiões que suspeito que ultrapassa de longe ao MI5 e o MI6 combinados, ou qualquer outra agência de inteligência do governo, dito seja de passagem. Tratamos de não nos enfrentar com os mortais, inclusive quando nos perseguem. Entretanto, Ulrik os utiliza freqüentemente. Ele tem um anel de ex-mercenários militares ao que recorre”
Darcy comeu algo mais assentindo enquanto ele falava.
“Suspeitamos algo quando uma Companhia denominada PureGems transpassou nossa propriedade”.
Darcy se encolheu de ombros e disse quando tragou o que tinha na boca “Ao melhor eles não sabiam que estavam em Dreagan”
“Eles o conheciam. Elena, a que ainda não conheceste, estava com sua chefa. Sloan insistiu a Elena para que fizesse escalada com ela e a levou diretamente a Dreagan. Sloan morreu escalando. Ela baixou através de um oco procurando algo e a corda se rompeu. Ela caiu morrendo e deixando Elena só na montanha”
“Evidentemente, Elena não morreu” assinalou Darcy.
Warrick se moveu na cadeira para ficar mais cômodo. “Guy e Banan a encontraram. Conseguiram-na tirar viva, felizmente. Existe uma barreira mágica ao redor de Dreagan para evitar que a gente se introduza em nossa terra dessa maneira, e é por isso que estávamos tão preocupados com sua presença. O único lugar onde a magia está ausente é ao redor da destilaria.
Darcy voltou a agarrar um biscoitinho salgado, queijo e carne. “O que aconteceu a Elena?”
“Eles lhe perguntaram por sua implicação”
“Soa-me familiar” murmurou Darcy.
Warrick ocultou seu sorriso. “Guy entretanto acreditou nela. Elena ideou um plano para retornar a Londres e ao PureGems e descobrir quem tinha enviado ao Sloan. Três Reis Dragon foram com ela”
“E?” urgiu-lhe Darcy quando ele se deteve.
“Elena averiguou que PureGems estava trabalhando para encontrar tudo o que pudesse sobre nós. As pesquisas apontavam ao Diretor Geral. Precisávamos nos aproximar dele, assim que os Reis começaram a seguir Jane, que era sua secretária. Banan tinha a tarefa de descobrir o que pudesse sobre o Jane”
“Estou vendo um padrão aqui”
Warrick ignorou seu comentário. “Jane escutou uma conversa que o Diretor Geral teve com o Ulrik. Isso pôs em perigo a vida de Jane no momento em que se mencionou Dreagan. Foi seqüestrada para nos atrair. Como ela era a companheira do Banan, ele e Rhys tiveram que transformar-se em Dragões para resgatá-la. Ela ouviu falar com o Ulrik, mas nunca lhe viu”
“Escutou-lhe?” perguntou Darcy. “O que significa isso?”
“Ulrik utiliza diferentes vozes. Adotou um acento culto britânico. manteve-se diretamente fora da visão do Jane que não pôde lhe ver”
Darcy se terminou a bolacha e começou com outra. “Jane se converteu na companheira do Banan, assim como Elena o fez do Guy?”
Warrick lhe sustentou o olhar durante um momento, antes de assentir com a cabeça. “Correto. depois desse incidente, as coisas estivessem tranqüilas durante um pouco de tempo. Ou isso pensávamos. Não tínhamos nem idéia de que havia uma feição no MI5 que estava trabalhando com o Ulrik e os Dark. Eles infiltraram uma equipe de duas pessoas em Dreagan. Escolheram uma cova de um Dragão que estava dormindo durante mais de 12 séculos.
“Denae foi enviada com um companheiro, que se supunha que tinha que machucar a assim que chegassem à cova. Seu plano era que pudesse ser vista então e o Dragão fora atrás dela, aparentemente para comer-lhe".
Os olhos de Darcy estavam enormes. “Segue”
“Denae não se deixou derrubar sem lutar. Matou a seu companheiro, entretanto, ela estava gravemente ferida. Kellan despertou durante a luta do Denae, e ajudou a tirar Denae da montanha para que fora curada”
“OH, me deixe adivinhar” disse Darcy com sarcasmo. “Também foi interrogada”
“Lhe fizeram perguntas” corrigiu Warrick.
“Caca de cavalo”
Ele se encolheu de ombros. “Por outro lado, Denae finalmente esteve de acordo em nos ajudar. Enquanto tentava chegar à cidade com outra identidade, o MI5 e os Dark atacaram. Eventualmente, os Dark agarraram prisioneiros ao Kellan e a ela procurando uma arma. Foi Rhi que facilitou que ambos escapassem da prisão dos Dark”
“E o Ulrik foi o responsável por que o MI5 se centrasse em Dreagan assim como do ataque contra Denae e o Kellan?”
“Sim”
“E a arma?”
Warrick retirou o olhar enquanto considerava suas palavras. “Ele foi quem falou com os Dark sobre a arma. É a única forma de que eles soubessem. Era um segredo que Con guardou todos estes anos. O resto dos Reis só recentemente soube que sua existência”
"Essa arma poderia ser uma mudança de jogo, suponho"
Warrick suspirou. “Sim. Ulrik não se dará por vencido. Suspeitamos que ele é parte ou dirige a máfia. Apontaram a meio irmã de Jane, Sammi. Fizeram voar seu pub e lhe dispararam”
“Como sabem que foi Ulrik?”
“A bala que Tristán tirou do ombro do Sammi tinha um Dragão gravado nela” Darcy deixou sair um ofego “OH”
“Os Dark então entraram e fizeram prisioneira a Sammi, esperando que fosse suficiente para que Tristán lhes dissesse onde está a arma. Durante esse tempo Ulrik tentou convencer ao Tristán de que se unisse a ele. Com sorte, Tristán foi capaz de tirar Sammi da prisão”
"Isso é uma boa lista"
“Ainda não acabei” disse Warrick. “Bordeando Dreagan, há uma parte de terra de uns cinqüenta acres que pertenceu aos Campbell durante gerações. Eles fizeram um pacto conosco para vigiar a fronteira entre suas terras e as nossas”.
“por que?” perguntou Darcy enquanto se limpava as mãos e abria a soda. "por que lhes aproximaram tanto a quão humanos poderiam revelar seu segredo?"
Warrick odiava falar sobre essa parte. “Há um lugar em suas terras que é uma entrada invisível às nossas. Não podemos detectar a ninguém que a atravesse. Além disso, só se pode ver a noite”
“Que gênio pôs essa entrada aí?”
“Nós o fizemos. É o lugar onde matamos à mulher do Ulrik”
Darcy baixou a lata lentamente. Warrick queria terminar a história antes que fossem interrompidos, o qual ia acontecer em qualquer momento. “Iona cresceu nestas terras. Seu pai foi assassinado em um esforço por conseguir que ela retornasse a Escócia. Também resulta que a companhia para a que trabalhava era uma fachada preparada pelo Ulrik para rastreá-la através de seus dispositivos eletrônicos”
“Por favor, me diga que isto é o final” disse Darcy.
“Desejaria que assim fosse. Quando Rhys foi a Irlanda a ajudar ao Kiril enquanto ele espiava aos Dark, Rhys foi ferido com uma combinação de magia de Dragão e Dark. Não podia curar-se de sua ferida. Teve que escolher entre permanecer com forma de Dragão para sempre, ou em forma humana. Não voltaria a poder transformar-se outra vez”.
Darcy se olhou as mãos. “Falou-me sobre o Rhys. Também o fizeram Rhi e o Lily”
“Eu não te falei de Lily”
“Ela o fez” disse Darcy enquanto levantava o olhar até ele. “Ela me acompanhou até aqui e me contou a participação do Ulrik no que aconteceu a ela”
Warrick se deteve por um momento. “Logo está você”
*******
Capítulo 37

“Crê que ele me esta utilizando?” perguntou- Darcy ao Warrick.
Ainda tentava assimilar e ordenar tudo o que Warrick lhe tinha contado sobre o Ulrik. Era muito espantoso e terrível para ser real, e, além disso, não se podia negar que os Dark iam atrás dela.
O olhar de cor cobalto do Warrick era firme. “Sim, acredito”
“Ele me necessita. Disse isso a ambos”
“Sim, e uma vez que lhe tenha desligado toda a magia? crê que te necessitará então? Matará-te. Não quer uma Druida ao redor que possa tocar a magia de Dragão”
Ela tragou saliva com o estômago revolto ao dar-se conta da verdade de suas palavras. por que lhe tinha tomado tanto tempo descobrir isso? Porque Ulrik lhe tinha advertido que o perigo estava perto? por que não lhe havia dito que eram os Dark Fae? por que deixou essa parte?
“Sinceramente, pensava que Ulrik não tem nada a ver com os Dark Fae detrás de mim, mas agora não sei” disse ela.
“Crê-me agora?”
“Acredito tudo o que me contou, sim. Alguém viu o Ulrik?”
Warrick ficou de pé, sua frustração era clara. “Não poderia haver ninguém mais, Darcy”
“Só por um momento, ponha esse pensamento a um lado e considera-o. Estávamos pensando nisso enquanto tentávamos descobrir quem enviou aos Dark detrás de mim. Tenho minhas dúvidas sobre muitas coisas agora. O que acontece há alguém que quer fazer que todos pensem que Ulrik está fazendo tudo isto?”
“Porque é ele”
Darcy respirou fundo e ela se agarrou a seu último pingo de paciência. "O que acontece não é tudo Ulrik? O que acontece ele é só uma parte?"
“Nós saberíamos”. Warrick ficou de pé ante a cama. “Só há um número de Reis Dragão. Todos vimos os Dragões partir exceto aos quatro Silvers que estamos retendo na montanha. O único que pode utilizar magia de Dragão é um Dragão. Todos os Reis foram contados, incluindo o Ulrik”
Bom, quando o expôs assim, e em um tom tão seguro, Darcy não viu a necessidade de continuar sua discussão. Os Reis podiam ser arrogantes, mas não tolos. Verificavam a cada Rei de Dreagan para ver se ele era o culpado. Isso só deixava ao Ulrik.
Havia uma pequena parte de Darcy que desejava que todos outros pudessem ver o Ulrik como ela o fez em suas lembranças. Não lhe odiariam tanto. Por outra parte, parecia que merecia seu ódio.
“Se Ulrik for tão má pessoa por que minha magia não se deteve?” perguntou Darcy.
Os lábios do Warrick se separaram para responder quando soou um golpe na porta. Ele se voltou e abriu a porta para revelar ao Kellan. Ambos se voltaram para Darcy.
“Não tivemos a oportunidade de nos apresentar apropiadamente” disse Kellan enquanto assentia até Darcy. “Sou Kellan”
Darcy umedeceu os lábios e deixou a lata de soda sobre a bandeja. “Warrick justo me estava contando a história do Denae e tua. Estou muito contente de que ambos tenham saído daquilo”
Kellan inclinou a cabeça. “Aprecio suas palavras. Se está preparada, os Guerreiros e as Druidas estão abaixo e gostariam de falar contigo”
“me olhe” disse ela enquanto se olhava o fofo penhoar branco “Não tenho roupa”
Kellan olhou em seu banheiroo, “Há alguma aqui”
“Levei-a todos estes dias. Prefiro ficar com o penhoar”
“Não” disse Kellan e assinalou. “Vejo um montão no chão, mas há outro conjunto sobre o tamborete”
Darcy entrou no banheiro e se deteve enquanto seu olhar aterrissava sobre a roupa. Estava colocada cuidadosamente, mas o que era mais importante, tratava-se de sua roupa.
Ela se voltou e olhou ao Warrick “A trouxe você?”
“Não” disse com o cenho franzido. “Acredito que pôde ser Rhi”
Kellan permanecia perto da porta. “O que devo dizer aos Guerreiros e às Druidas?”
“Que baixarei” disse Darcy enquanto se dirigia até a roupa. Ela esperou até ouvir que a porta de fechava detrás do Kellan para perguntar ao Warrick. “Sei das Druidas, mas não ouvi muito sobre os Guerreiros. Poderia me ajudar?”
“É obvio. São boa gente apesar de ter um deus primário dentro deles. lutaram por sua liberdade contra os droughs”
Darcy deixou cair o penhoar e levantou a camisa rosa brilhante de manga larga para procurar calcinhas e um prendedor. Os pôs apressadamente, e logo ficou uns jeans e a camisa. Quando se voltou, o olhar do Warrick ardia, o desejo evidente.
“É bom que lhe estejam esperando abaixo” disse ele com a voz densa. “De outra forma, lançaria-te sobre a cama e faria de tudo contigo”
Calafrios percorreram sua coluna vertebral ante a imagem que suas palavras criaram. Apesar das últimas horas, encontrou-se sonrindo. "Não te burle"
“Isso era uma promessa”
Darcy lhe alcançava ao mesmo tempo que ele cortava a distância e a apertava contra ele. Ela se derreteu contra ele enquanto a beijava. Seus braços a abraçavam com firmeza enquanto saqueava sua boca.
Muito logo, ele a separou e a olhou. “Não podemos nos atrasar. Eles lhe estão esperando”
Não foi até que Darcy esteve no corredor que recordou que não revisou o cabelo. tocou-se os cachos e gemeu. “Está genial” disse Warrick com um sorriso torcido.
“Arrumado a que sim” foi sua sarcástica resposta. Não havia nada que pudesse fazer para arrumá-lo.
Estava nervosa por conhecer as Druidas, mas não foi até que chegaram ao final da escada que seu coração começou a pulsar desaforadamente em seu peito.
“Tudo estará bem” sussurrou ele enquanto se inclinava até ela.
depois da bem-vinda que Darcy tinha recebido dos de Dreagan, não estava tão segura.
Todos de uma vez, todos os olhos na habitação se voltaram até ela. Darcy se sentiu como um inseto sob a lente de um microscópio. Absorvida.
“Obrigado por me haver ajudado a escapar de Edimburgo” disse Darcy. "Não estou segura de haver dito isso a nenhum de vocês"
Uma mulher loira e com os olhos azul fumaça que estava junto ao Fallon sorriu e disse “Tudo saiu bem. Isso é o mais próximo aos Dark que chegamos”.
Darcy assentiu ao Fallon. Eles tinham compartilhado exatamente doze palavras depois de que ele a chamasse por seu nome e de que a tirasse do Edimburgo. Ela singela respondeu “OK” Que mais poderia dizer?
“Esta é minha mulher, Larena” disse Fallon enquanto a olhava. “E a única mulher Guerreiro”
Larena lhe sorriu.
Darcy procurou com o olhar ao Warrick, mas ele estava com outro Guerreiro com o cabelo escuro e os olhos azul cinzentos. “Phelan”, disse Warrick.
O homem assentiu. “Warrick”
“Esperava que todos vocês estivessem aqui” disse Warrick a todos na habitação.
Um homem que se parecia com o Fallon com uns olhos verde mar e um comprido cabelo negro que também tinha um torques ao redor do pescoço, disse “Nós pensamos que seria muito para Darcy depois de tudo pelo que passou”
“Lucian tem razão” disse Fallon. Podemos ser algo puxadores quando estamos todos juntos. preferimos estar só nós seis. por agora. Outros estão ansiosos de conhecer Darcy”
Darcy não tinha tido tempo de contá-los quando apareceram no telhado, mas não tinham parecido um grupo pequeno. Estava contente de que não todos estivesse ali agora.
“Possivelmente seriam boas as apresentações” disse uma mulher com o cabelo castanho detrás de Lucian. “Sou Cara, a mulher de Lucian. Já conheceu ao Fallon e a Larena. Os outros dois são Phelan e o Aisley”
Darcy saudou cada um deles. Não foi até que olhou a Aisley que Darcy se moveu sob o olhar intenso de cor leonada. “É realmente de Skye?” perguntou Aisley.
Darcy se perguntou o que podia importar isso. “Sim, sou”
“Quem está ao cargo ali?”
“Corann. como sempre”
Aisley e Phelan se olharam um ao outro. Então Aisley perguntou “por que foi de Skye? Pensei que uma Druida nunca quereria ir-se”
“Nunca pensaria isso se fosse dali”
“Em realidade, ela o é” disse Phelan.
Aisley pôs uma mão sobre o braço do Phelan. “Não me criei ali, Darcy. Meus pais eram de Skye”
Outras Druida de Skye. Não era de sentir saudades que Aisley estivesse tão interessada nela. "voltou para Skye?" perguntou Darcy.
“Uma curta viagem” respondeu Aisley evasivamente. “Voltará?”
Darcy olhou para baixo vendo seus pés nus. “Um dia, possivelmente”
“O que tem de sua família?” perguntou Phelan.
Aparentemente eles tinham feito algum check sobre ela. Muito para ser um pouco privado. “Falo com eles todas as semanas”
“O que te mantém...?” começou Phelan. Mas Aisley lhe cortou. “Isso não é de nossa incumbência”
“É-o se ela está ajudando ao Ulrik”
Darcy sentiu o olhar fixo de todos. Estava cansada de que todos a condenassem. Assentiu olhando friamente a todos e cada um deles. “Graças a todos por me ajudar. Não há nada mais que dizer”
Deu meia volta e começou a afastar-se quando Aisley a chamou por seu nome. Aisley ficou a seu lado e lhe tocou o braço. “As Druidas precisam manter-se unidas. Pode que nos necessite um dia”
Darcy escutou suas palavras como se tivessem sido ditas através de um túnel. logo que Aisley a tocou, Darcy soube seu futuro. Aisley e o Phelan viveriam centenas de anos, com Aisley retornando duas vezes do fogo” A Phoenix, sussurrou-lhe uma voz no ouvido.
Darcy voltou a cabeça e olhou com assombro a Aisley. Os Phoenix se supunha que tinham desaparecido. “Você é uma Pheonix”. Aisley deixou cair seu braço e deu um passo atrás, com os olhos entrecerrados “Como sabe?”
“Vejo o futuro da gente. A maioria das vezes é atraves da leitura da palma da mão ou das cartas de tarot, mas há estranhas ocasiões em que o vejo quando a gente me toca”.
“Sim, sou uma Phoenix. Foi outorgado através de meus antepassados”
Darcy olhou por cima de seu ombro a toda a habitação cheia de imortais e Druidas. Eles não a necessitavam, e duvidosamente o necessitariam alguma vez. Deu-lhes as costas, embora deteve um pouco sua fuga. Aonde ia? À habitação para que Con a interrogasse mais? Voltar para Edimburgo?
Darcy viu a porta principal e começou a ir até ela, necessitando ar fresco. Ela escutou passos detrás dela e reconheceu as largas pernadas do Warrick.
“Não tem que me seguir. Não tenho aonde ir, recorda?”
“Não te estou seguindo, moça” respondeu ele brandamente.
Ela abriu a porta e saiu fora, seus pés não estavam felizes quando entraram em contato com as pedras. “Espera de conseguirei uns sapatos” disse Warrick.
Darcy negou com a cabeça e se voltou até a grama. Precisava pensar, esclarecer sua cabeça.
Precisava estar só.
Esse pensamento desapareceu quando Warrick chegou junto com ela e deslizou sua mão na dela. "Deveria lhes dar uma oportunidade. pode-se confiar nos do castelo do MacLeod"
“Possivelmente” Reduziu a velocidade uma vez que chegou à grama, mas não se deteve. Caminharam em silêncio. Cada vez que chegavam a uma cerca, ela subia enquanto Warrick saltava sobre ela com uma mão. Darcy não sabia quão longe tinham caminhado até que olhou para trás e viu que a mansão era uma mancha na distância. deteve-se e deixou que seu olhar percorresse a selvagem beleza que a rodeava. "vão vir me buscar?"
“Não. Disse-lhes onde estávamos”
Esse enlace mental. ia ter que recordá-lo. “vai estar tudo bem, Darcy” disse Warrick. Ela esperou até que alcançaram o topo da colina e ela captou sem fôlego, o esplendor a seu redor antes de perguntar “De verdade? Não estou segura. Não posso trocar o que tenho feito, e a gente quer me pôr na categoria de mal por isso”
“Não todos nós”
Darcy lhe olhou. A mão do Warrick tocou seu rosto antes de lhe pôr a mão na nuca e atrai-la para lhe dar um suave beijo. “Vem comigo” a urgiu ele.
Como se Darcy pudesse lhe dizer que não.
******

Capítulo 38

Warrick não podia esperar a Darcy. Levantou-a e a levou em braços o resto do caminho até a cabana. Era uma das três recém construídas depois das batalhas do ano passado. Colocou-a dentro e fechou a porta detrás dele. logo que ela se voltou até ele, abraçou-a e a espremeu contra ele enquanto a beijava.
Sua primeira vez juntos foi frenética e intensa. Queria agora ir lento, saboreá-la. Nenhuma só vez se deteve e se perguntou por que, simplesmente o aceitou.
Warrick a acompanhou até a sala de estar, onde havia um tapete de felpa entre a chaminé e um sofá. Sentiu as Palmas de suas mãos contra sua carne quando ela atirou de sua camisa e acariciou seu estômago e seu peito.
Rompeu o beijo para tirá-la camiseta, mas lhe deteve. Tocou-lhe inclinar-se antes que ela pudesse passar-lhe pela cabeça. Seus olhos verde musgo brilhavam com desejo o que fez que suas bolas se esticassem de necessidade. Warrick colocou as mãos em sua cintura e lentamente foi subindo a camiseta o suficiente para as colocar por debaixo.
Ele a acariciou para cima, subindo a camiseta enquanto o fazia, até que embalou seus seios. antes de lhe tirar a camiseta, deixou que seus dedos se deslizassem sobre seus mamilos. Estiveram duros imediatamente. Warrick gemeu de satisfação.
tomou seu tempo para atirar da camiseta por cima de sua cabeça antes de arrojá-la a um lado e assim ela ficou em pé em prendedor e jeans. “Meu turno” disse ela.
Um grunhido ficou bloqueado em sua garganta quando ela embalou entre suas mãos sua dolorida excitação através de suas calças. depois de um suave apertão, lhe desabotoou as calças. Logo com uma agonizante lentidão, abriu a cremalheira.
Sustentaram as olhadas enquanto ela se ajoelhava ante ele e lhe baixou as calças passando-os por seus quadris até seus joelhos e rodeou seu verga com a mão.
Warrick fechou os punhos agarrando-a do cabelo e fechando os olhos enquanto o prazer lhe rodeava. Um momento depois, ela envolveu com sua boca sua vara. O gemeu, seus quadris movendo-se sem poder evitá-lo. Seu cálida boca era puro êxtase, suas mãos rodeando sua longitude enquanto tomava profundamente era pura sorte.
a Darcy adorava a sensação de sua excitação. Era veludo rodeando puro aço. Logo que tinha começado quando ele se retirou de sua boca e a levantou para que ela envolvesse suas pernas ao redor de sua cintura.
“vai ser minha morte” disse ele com um sorriso. Jogou os braços ao pescoço “Você gostou a que sim?”
“Muitíssimo”
“Então por que parou?”
“Porque quero te despir”
Darcy olhou aos olhos cor cobalto enquanto caía de joelhos, e logo lentamente a baixava sobre o tapete de pele. tirou-se de uma patada suas calças e desabotoou os dela antes de olhar até a chaminé.
“me deixe”, disse Darcy e estalou os dedos.
Uma enorme fogo ardeu sobre os troncos ali postos, arrojando um resplendor vermelho alaranjado ao redor da habitação. O sorriso do Warrick se alargo. Atirou da cremalheira para baixo, e logo atirou para baixo dos jeans passando-os primeiro por seus quadris e logo por suas pernas.
Darcy não se deu conta até que o ar a roçou de que ele se desfeito de sua calcinhas com seu jeans. Ele riu enquanto se inclinava sobre ela e rodava para que ela estivesse em cima dele. Ela se sentou escarranchado sobre ele e sentiu seu prendedor ceder quando ele o desabotoou.
Ela o tirou enquanto se sentava e o lançava longe. Logo tocou seu rosto. Ele tinha entrado em sua vida tão de repente, salvando a de seres que ela não sabia que existiam. Tinha arriscado sua vida por ela. Algo que ninguém mais havia jamais.
Quando unicamente sentia que tinha a alguém que a entendesse era quando ele estava perto. Ela confiava nele. Completamente, de tudo. Incondicionalmente.
“O que acontece?” perguntou ele brandamente.
Ela se inclinou sobre ele de forma que seus lábios quase se tocam. "Devo-te tanto"
“Não” murmurou ele enquanto deslizava suas mãos entre seus cabelos.
Lhe baixou a cabeça para beijá-la. Este foi lento, erótico e sedutor. Jogava com seus sentidos, tentando a sua alma.
Darcy deixou ir o peso de todo o acontecido durante os últimos dias. Percorreu com as mãos a dureza de pedra de seus peitorais, seus firmes ombros. O tempo se perdeu enquanto as mãos se acariciavam e se percorriam, aprendendo e estudando ao outro. O fogo dentro deles ardia mais quente, mais brilhante. Mais forte.
Gemidos e doces suspiros encheram a cabana. Seus ofegos se mesclavam, suas extremidades se enredaram enquanto giravam ao redor do tapete de uma vez que o desejo lhes inflamava.
A necessidade, firme e forte, contraiu seu interior quando a cabeça de sua excitação pressionou contra ela. Logo ele investiu e se deslizou em seu interior.
Darcy se maravilhava de sua musculatura sob a palma de sua mão. Gostou de seu peso quando se colocou sobre ela. Era todo paixão e agradar em um único pacote saboroso.
Warrick apertou os dentes enquanto sua apertada vagem se fechava a seu redor. Ele investiu com seus quadris, seus corpos esfregando o um contra o outro. Parecesse que não podia ter suficiente dela. Não podia beijá-la-o suficiente, tocá-la-o suficiente. E lhe aterrorizava o que significava.
Olhando-a, Warrick soube. Ela era sua companheira. Não importava se não queria ou não. Ela era dele. Tudo o que tinha que fazer era tomá-la.
Seus cachos castanhos se estendiam ao redor dela, seus inflamados lábios separados enquanto suaves gritos saíam deles. Era a coisa mais bonita que jamais tinha visto. Os olhos verde musgo se abriram e se encontraram com seu olhar. As pernas dela se apertaram um instante antes que ela chegasse ao orgasmo. Ao sentir sua pressão sobre ele, Warrick sentiu que seu próprio orgasmo lhe invadia.
balançavam-se o um contra o outro, cada um perdido no prazer e um no outro.
Warrick a abraçou forte e rodou até um flanco. As seqüelas de fazer amor lhes protegeram das duras realidades do mundo exterior.
*******
“E bem?” perguntou Con aos Guerreiros e Druidas enquanto entrava na salinha de estar. “O que pensam de Darcy?”
“Só nos apresentamos” disse Lucian.
Fallon assentiu. “É difícil dizê-lo”
“Não para mim” disse Phelan
Aisley lhe olhou com desconfiança. “Diz-o a sério? depois do que passamos você e eu? Eu era drough, Phelan”.
"E você sabia o que estava fazendo" disse ele.
Larena respirou fundo. “Acredito que Darcy também o faz. Ela é precavida, como deveria sê-lo”
“Especialmente depois de suportar aos Dark” assinalou Cara.
Con tinha esperado que as Druidas ficassem do lado de Darcy. “Ela não suportou outra coisa que estar em sua loja enquanto War e Thorn se encarregavam dos Dark”
“Eu não diria que ela saísse disso sem que lhe afetasse” disse Larena, com um toque de dureza na voz. “Darcy viu coisas que não sabia que estavam a seu redor”
Lucian se esfregava o rememorou enquanto pensava. “Sim, mas sabia que estava ajudando a um Rei Dragão. antes do Ulrik ela não sabia que os Reis estavam aqui tampouco”
“Então falamos” disse Phelan.
Aisley pôs os olhos em branco, “Amo-te, Phelan, mas pode ser muito excessivo algumas vezes”
“Sabe tão bem como eu que Corann sabe mais do que conta” argumentou Phelan.
Justo o que Con tinha esperado que alguém mencionasse. “Então pensa que Corann sabe de nós?”
Phelan se encolheu de ombros. “Estou dizendo que existe essa possibilidade. Se souber, não o compartilhou com ninguém”
“Por isso não pôde dizer a Darcy” disse Fallon.
“Isso se pode solucionar facilmente” disse Cara. “Necessitamos a Reagan”
Con cruzou os braços. A Druida que podia dizer se alguém mentia com um toque. Justo o que necessitavam. Con sabia que Warrick não ia deixar que se aproximasse de Darcy outra vez, mas Con tinha que saber a verdade.
Todo eles tinham que sabê-lo, sem importar quão duro fosse.
“E o que se ela for inocente?” perguntou Lucian. Con se encolheu de ombros. “Não é. Desligou a magia do Ulrik”
“Algo dela” lhe corrigiu Aisley.
“Alguma, toda. Isso não importa” declarou Con.
Fallon olhou a Larena antes de olhar a Con. “Assim é. Se o pior que fez Darcy foi ajudar ao Ulrik, então precisa encontrar a quem enviou aos Dark contra ela”
“Necessito-o?” perguntou Con.
Aisley lhe jogou um dúbio olhar. “Você sabe que os Druidas de Skye põem um feitiço sobre si mesmos para não poder machucar jamais a outro com sua magia ou ajudar ao mal”
“Mas não há dúvida de que Ulrik é mau” argumentou Phelan.
Cara se encolheu de um ombro. “Aparentemente há alguma dúvida, porque logo que lhe ajudou, sua magia deveria ter desaparecido” Cara voltou a cabeça até Con “considerou tal coisa?”
“É obvio” Como se ele não tivesse considerado todas e cada uma das possibilidades.
Larena elevou uma sobrancelha loira. “Se Darcy nunca tivesse desligado a magia do Ulrik, então seus Reis jamais teriam encontrado o amor”
“Sei” O feitiço estaria surtindo efeito ainda, e Con não teria que preocupar-se sobre a traição dos humanos sobre eles outra vez. “Não estaríamos lutando contra o MI5 ou os Dark”.
“Nós não seríamos felizes” disse uma voz detrás dele.
Con se voltou de lado para ver Hal, Kiril, Guy, Tristán, Banan, Kellan, Laith e o Rhys. Os oito irradiavam fúria. Mas a Con lhe trouxe sem cuidado. Eles não sabiam o que significava ser responsável por uma raça inteira. Não sentiam o peso das decisões ou o manto de preocupação do que nunca poderia despojar-se.
Eles lhe acreditavam duro e frio. Que lhes dessem. Era melhor que pensassem o pior dele, porque fazia tempo que se propos que faria o que fosse necessário para garantir que os Reis Dragão vivessem a maior quantidade de paz possível.
Ele não tomaria parte dessa paz, mas era um preço que tinha que pagar por seus homens. “Isso é certo” lhes disse Con. “Se isto for o que ocorre com só algo da magia do Ulrik tendo retornado, podem imaginar o que será quando a recuperar toda? Lutaremos contra os Silvers para mantê-los encerrados enquanto também lutamos contra Ulrik, os humanos e os Dark. Tudo isso se pode deter facilmente”
“Você não poderia fazer isso” disse Aisley com a voz estrangulada.
Con respirou fundo. “Sacrificar a um para salvar nossa raça? Sim, certamente que o faria”.
*******

Capítulo 39

Warrick sentiu o impulso em sua cabeça de Con, mas decidiu não responder. Queria tempo a sós com o Darcy que não tivesse que ver com os Dark Fae, Ulrik ou a participação dela em tudo aquilo.
rodeou-se um dedo com um cacho castanho dela enquanto estavam tombados de flanco frente ao fogo. Warrick se levantou sobre seus cotovelos e olhou a Darcy. Ela voltou a cabeça e lhe sorriu. "Esqueci como se sente isto"
“O que?” perguntou ele intrigado
“Não fazer nada. Somente estar” Voltou a olhar ao fogo. "Não temos muito tempo, verdade?"
“Tudo o que você queira. Ainda estamos em Dreagan, assim não tem que preocupar-se pelos Dark”
“Estava falando sobre Con e os outros”
Ele se deteve quando escutou em sua cabeça que Con lhe chamava por seu nome. “Manterei-os longe durante o tempo que eu possa”
“por que não vê como eles o fazem?”, perguntou ela brandamente. “por que não me condena? Vejo como me olham, como me falam. Você não. Por que?”
Warrick tragou saliva. Uns minutos antes, tinha estado preparado para declarar ao mundo que ela era sua companheira. Não o negaria agora, nem sequer ante si mesmo. Mas isso não significava que estivesse preparado para dizer-lhe a Darcy nem tampouco a ninguém mais.
“Porque te conheço”, disse ele.
Ela soprou e lhe lançou um rápido olhar. "Não realmente. fomos forçados. Duvido que tivesse estado tão preparado para escutar minha história de outra maneira"
“Não estou tão seguro disso”, disse ele, recordando como se sentiu a primeira que pôs seus olhos nela. "Eu gostaria, independentemente, saber tudo sobre você”
“Não seja agradável. Não posso dirigir isso agora”
Ele franziu o cenho e a girou sobre suas costas para assim podê-la ver. “Crê que estou sendo agradável?”
“Nós só tivemos sexo, Warrick. Estamos nus e juntos em uma cabana. É obvio que penso que está sendo agradável”
“Então não me conhece muito bem.” sentia-se ferido por suas palavras. Warrick ficou em pé e começou a reunir suas roupas. “Trouxe-te aqui para que te afastasse da mansão”
"Ou fazer que confie mais em você para que possa te contar tudo o que possa manter em segredo"
Isso estava tão perto do que Con tinha sugerido que Warrick parou e a olhou “Alguma vez te ocorreu que estou tratando de ajudar?
Ela se sentou e levou os joelhos contra seu peito. “Sim. Também lembro que Con queria que você me trouxesse para Dreagan para poder lhe dizer tudo o que sabia sobre o Ulrik”.
“O qual tem feito”
Darcy olhou ao fogo e assentiu. “Sim”
Warrick sabia que ela se estava referindo ao feito de que não lhe havia dito que inicialmente lhe tinham enviado para averiguar sobre o Ulrik. É obvio, ela se perguntaria se ele estava usando sua conexão agora.
“Não estou aqui por ordem de Con. Não estou contigo para estar perto a ver se souber mais sobre o Ulrik. Estou aqui porque quero estar”
“Você me crê?”
Ele a olhou fixamente durante um momento, esperando que lhe olhasse. Finalmente, ele respondeu “Sim. Faço-o”
“Pois é o único”
“Estou a seu lado, Darcy”
Quando ela se negou a lhe olhar, Warrick se começou a vestir. Não sabia o que mais dizer para convencê-la. Tudo o que saía por sua boca parecia pô-la mais nervosa.
Era uma dessas vezes que odiava que ele não conversasse tão bem com outros. Sem mencionar que não entendia absolutamente às mulheres. Tinha pensado que Darcy era feliz com ele na cabana, mas parecia abatida e deprimida.
Possivelmente ela requeresse um pouco de tempo só. Warrick sabia que necessitava conselho sobre como dirigir a situação. Só esperava que um dos outros Reis na verdade lhe ajudaria com ela.
Ele entendia a animosidade de todos eles até ela por ajudar ao Ulrik. O fato de que Darcy continuasse entendendo ao Ulrik não ajudava. Ao Warrick tampouco gostava que seguisse fazendo isso. Mas, de algum jeito, ele entendia.
Ela não estava entendendo ao Ulrik por ele. Estava-o fazendo por si mesmo. Darcy estava ficando a prova ela mesma e a todos outros que não tinha feito nada equivocado porque ainda conservava sua magia. Se ela ainda teve sua magia, Ulrik não podia ser mau.
O problema com isso era que todo mundo sabia que era mau. Warrick passou uma mão pela cara. “vou recolher um pouco de lenha para o fogo. Necessita algo?”
“Não, obrigado”
Warrick terminou de vestir-se, seu olhar não abandonou em nenhum momento a Darcy. Se só lhe olhasse, poderia calibrar seus sentimentos. Mas ela seguiu com a cara até o fogo.
Uma vez que terminou de ficá-los sapatos, deteve-se seu lado e lhe atirou de um cacho. “Não estarei longe”
Darcy esperou até que a porta se fechou detrás do Warrick antes que ela afundasse o rosto entre suas mãos. As lágrimas tinham estado caindo lentamente, mas agora as comportas estavam abertas.
Seus ombros se sacudiam enquanto deixava sair todas suas emoções. Tanto é assim, que se permitiu pensar que poderia haver algo mais entre eles. Que parva tinha sido.
Isso tinha estado frente a ela do mesmo princípio. Talvez não tivesse querido vê-lo, e inclusive se negou a vê-lo na mansão. Mas ela não podia negá-lo mais.
Principalmente, porque depois de fazer amor com ele outra vez, Darcy sabia que tinha sentimentos até o Warrick -profundos sentimentos. A classe de sentimentos que a faziam sentir náuseas e excitação de uma vez. A classe de sentimentos que faziam que ela queria lhe contar como se sentia.
Que desastre seria.
Darcy levantou a cabeça e limpou as lágrimas. ficou em pé, tremendo sem o calor do Warrick e olhou até o tapete de pele. As lágrimas começaram de novo.
por que lhe tinha tido que perguntar o por que estava com ela? por que não se contentou com como estavam as coisas? por que não podia deixar-se ir o suficientemente bem e desfrutar do tempo juntos até que pudesse ir-se?
Ela soluçou. Porque ela não se iria. logo que o fizesse, os Dark cairiam sobre ela. Darcy viu sua roupa através das lágrimas. Seu pé perdeu a abertura de seu jeans três vezes. Ela caiu para trás no sofá enquanto as lágrimas aumentavam.
Passaram largos minutos enquanto ela chorava. Quando a angústia de seu coração diminuiu o suficiente para que as lágrimas fossem mais lentas, ela aspirou e lentamente se vestiu.
As imagens do Warrick lhe fazendo amor acudiram como flashs a sua cabeça. Era um bom homem. E ele realmente poderia acreditá-la. Se o fizesse, os outros Reis e seus companheiros começariam a tratar ao Warrick como a ela. Isso não era algo que Darcy pudesse dirigir.
Entretanto, se Warrick não acreditasse nela, então ele uma vez mais estaria fazendo o que Con queria. E teria mentido a ela diretamente. Queria zangar-se, e uma parte dela o estava. Outra parte lhe entendia.
Ulrik estava depois dos Reis, e não se deteria ante nada para obter o que queria. Não era só por vingança. Ulrik queria ser o Rei de Reis. Todos em Dreagan estavam lutando por sua forma de vida.
Embora poderia apreciar seus motivos, isso não ajudava a Darcy com seus próprios sentimentos. Sabia que não podia permanecer perto do Warrick e não permitir que a beijasse e a abraçasse outra vez. sentia-se muito malditamente... correto.
Darcy se secou furiosamente os olhos em um intento de eliminar qualquer rastro de suas lágrimas. Mas quando pensou em seus sentimentos pelo Warrick, elas começaram de novo.
Não sabia depois de quanto tempo, levantou-se e olhou o tapete antes de escutar o som de um móvel. No segundo assobio, Darcy se sacudiu a si mesmo.
suas mãos foram a seu bolso de trás antes de dar-se conta que não tinha seu telefone. O tinha deixado na loja. Curiosa, começou a procurar o telefone pelas mesas e sobre o suporte da chaminé, mas não encontrou nada.
O som estava soando perto, por isso sabia que estava na habitação com ela. Tirou as almofadas no sofá, olhou em um vaso e inclusive levantou o tapete.
Quando soou pela terceira vez, Darcy seguiu o som ficando sobre as mãos e os joelhos e olhou debaixo do sofá. Foi então quando encontrou o móvel. Ela o agarrou e viu a tela piscando um texto. Desapareceu muito rápido para que chegasse a lê-lo. Darcy abriu a tela e olhou em silêncio atônita o texto.
ENCONTREI UMA FORMA DE TE MANTER LONGE DOS DARK. U.
Como se houvesse alguma confusão com o que representava o U. Ulrik. Como obteve o número de telefone? Mais importante ainda, como chegou o telefone aí? Ela rapidamente teclou a resposta.
“POR QUE?”
Darcy sabia que deveria falar com ele mas se ele podia afasta-la dos Dark, então ela poderia deixar Dreagan atrás –e ao Warrick. Esse caminho deixaria a salvo seu coração.
ESTOU TENTANDO AJUDAR. A MENOS QUE QUEIRA FICAR.
Certamente que não. Ele tinha que saber como estava sendo tratada. Todo mundo conjeturava exceto ela. Warrick não a tinha tratado mau, e tampouco Thorn em seu maior parte. Que estúpido de sua parte pensar que outros seriam igual de pormenorizados.
SEI O QUE TEM FEITO
Darcy não estava segura de por que ela escreveu essa mensagem. Possivelmente porque queria que Ulrik parasse de lhe mentir, inclusive se era por omissão. Parte da culpa recaía nela, já que não tinha aprofundado em seu passado. ficou tão surpreendida por sua história e os brilhos que tinha visto, que não se deteve a pensar o que poderia fazer com sua magia.
Sabia que ele queria vingança. Sabia que queria matar a Con, e pelas poucas coisas que tinha visto em suas lembranças, ela tinha simpatizado com sua necessidade.
Mas o resto? Todas essas mortes? Isso que ela não tinha considerado sob nenhum nível. Ela tinha assumido que Ulrik estava só detrás Con, e aí é onde ela tinha falhado.
HAVERIA-LHE DITO SE O TIVESSE PERGUNTADO.
Ela bufou enquanto lia a resposta do Ulrik em alto. “De acordo” se disse ela para si mesmo.
ENTÃO ME RESPONDA A ISTO. ENVIOU OS DARK DETRÁS DE MIM?
Ela repicou com as unhas no telefone, esperando sua resposta.
NÃO
Darcy esperava algo mais como resposta. Não estava segura se lhe acreditar ou não. Ele a necessitava, mas quão longe chegaria para assegurar-se de conseguir o que queria?
CON NÃO PARARÁ ATÉ QUE TENHA CONVENCIDO A TODO MUNDO DE QUE VOCÊ ME ESTÁ AJUDANDO. DE VERDADE QUER PERMANECER AÍ POR ISSO?
“Infernos, não” murmurou ela enquanto olhava fixamente a tela.
Se alguém sabia o que Con estava fazendo, esse era Ulrik. Darcy tinha visto por si mesmo como de furioso estava Con, e como de rápido tinha emitido seu julgamento. Por muito pequena que fora a prova que encontrasse, seria suficiente para condená-la ante seus olhos.
O INFERNO TE LEVE, DARCY. É A ÚNICA QUE PODE DESATAR minha MAGIA. SE VOCÊ DESAPARECER, ENTÃO TAMBÉM O FARÁ QUALQUER AMEAÇA QUE EU REPRESENTE.
Darcy tragou saliva. As palavras do Ulrik eram fáceis de acreditar, porque ela viu o ódio de Con até ela. Tanto se eles prometeram defender aos humanos como se não, os Reis protegeriam a si mesmos primeiro e principalmente.
Onde a deixava isso? Warrick se enfrentaria a Con e aos outros Reis? Isso assumindo que ele acreditasse. O mais provável é que ela estivesse só nisto. Inclusive ante a remota possibilidade de que Warrick ficasse do lado dela, também significaria sua possível morte.
Nenhum cenário era no que ela queria ver-se envolta. Tinha sido muito fácil pensar que Dreagan seria o lugar no que ela pudesse estar a salvo e livre. Deveria havê-lo visto vir, mas tinha estado muito cheia de medo aos Dark Fae, que não o tinha pensado.
O único lugar para ela agora era Skye.
DARCY?
Olhou o tapete e o fogo rugiente. Se só o tempo tivesse podido deter-se para ela e o Warrick. Se ela ainda estivesse em seus braços. Olhou para baixo ao móvel enquanto começava a teclar COMO SAIO DE DREAGAN SEM SER VISTA?
*******

Capítulo 40

Warrick estava a ponto de explodir. Con não lhe deixava em paz, e agora a voz do Thorn soava em sua cabeça também. Tudo no Warrick queria estar algum tempo com Darcy. Queria sossegá-la e deixar que se sentisse a salvo outra vez.
Só então consideraria inclusive permitir a vendo-a. Outros, bom, podiam esperar. Darcy tinha passado por muito para enfrentar-se com a ira de outros.
Todo mundo precisava dar um passo atrás e considerar o outro lado. Não podia dizer isso a Darcy sem que ela pensasse que ele estava cumprindo o mandato de Con. Nunca ocorreria a ela que Warrick estava tratando de ajudar.
Estava caminhando pelo Dragonwood tratando de resolver a conversa que ele e o Darcy tinham tido quando um braço lhe aproximou e o agarrou. Warrick se soltou e girou, preparado para transformar-se quando viu o culpado. Ele franziu o cenho, confundido. "Thorn? Que diabos?"
“Chamei-te por seu nome três vezes, e estive tentando contatar contigo através do enlace telepático” replicou ele secamente.
Warrick relaxou sua postura. “Não quero falar com ninguém”
“vai ter que trocar de opinião depois que te conte o que Con planeja”
“Mais interrogatórios?” perguntou ele com cansaço, utilizando a palavra de Darcy.
Os lábios do Thorn se estreitaram em uma linha enquanto retirava o olhar “Quer matá-la”
“O que?” explodiu Warrick. Uma mescla de ira e medo lhe envolveu.
Thorn olhou apressadamente a seu redor e levantou suas mãos. "Tranqüilo, War", disse com voz tensa. Warrick respirou fundo enquanto olhava ao Thorn. Lutou para controlar suas emoções. "trata-se de uma brincadeira?"
“Oxalá” Thorn passou uma mão por seu comprido e escuro cabelo. “Con não vai esperar a ver se pode conectar Darcy com alguma coisa das que tenha feito Ulrik. Quer sua morte antes que ela possa terminar de desligar a magia do Ulrik”
“E outros aceitaram isso?”
Thorn meio se encolheu de ombros. “Aisley é quão única fala abertamente contra isso. Kellan está tratando de lhe tirar essa ideia a Con. As companheiras não querem vê-la morta, mas tampouco querem que Ulrik recupere sua magia. Muito sofreram pela busca de vingança do Ulrik para levantar a voz e falar em favor de Darcy”
“Então eu o farei”
“Não lhe recomendo isso”
Warrick lhe olhou horrorizado. “Não vou ficar sem fazer nada e deixar que Con a mate”
“Nem eu tampouco. Precisamos afasta-la de Dreagan”
“Não” disse Warrick enquanto olhava às montanhas. “Levarei-a a minha cova”
Thorn lhe dirigiu um seco olhar. “Durante quanto tempo seu plano a manterá ali? Ela é humana, War. Necessita a luz do sol, e o ar fresco, comida e perambular por aí. Nenhum deles se sente bem confinado durante uma larga temporada”
“Rhi poderia tirá-la”
“Boa sorte com isso. Estive-a chamando durante meia hora. Não respondeu”
Warrick olhou ao redor com impotência. Isto não podia estar acontecendo. Tinha sabido que Con quereria falar com Darcy, mas nunca em seus mais selvagens sonhos pensou que o Rei de Reis queria matá-la. Warrick nunca a teria levado a Dreagan se tivesse tido o menor sentido de que Con poria em marcha um plano assim.
“Temos uma única esperança” disse Thorn.
Warrick pôs as mãos nos quadris enquanto fechava brevemente os olhos. “Não é a única”
"Tem que estar brincando" disse Thorn com indignação. "Ulrik? Sério?"
“Ele a necessita”
“por agora”
Warrick deixou cair as mãos e começou a passear de um lado a outro. “Teremos que lhe dizer que a leve até que possamos encontrar outro lugar para ela”
“E crê que ela nos acreditará”
Isso deteve o Warrick. "Ela já pergunta por que não a trato como outros"
“Há-lhe dito que é porque ela é seu casal?”
Warrick deixou cair a cabeça e negou com ela movendo a de um lado a outro. “Não quero uma companheira”
“Então a vai deixar ir?”
“Pensei que poderia” Warrick levantou a cabeça. “Mas não posso”. Thorn respirou fundo.
"Parece que temos que conseguir algo convincente para fazer com respeito a Darcy"
“Preciso falar primeiro com Ulrik. Ele poderia não ajudar”
"Tenho a sensação de que o fará" disse Thorn com uma careta em seus lábios.
Um movimento colina abaixo captou sua atenção. Warrick olhou através das árvores para ver alguém caminhando até eles. “Que me condenem” disse Warrick.
Warrick não estava seguro de como se sentiu quando viu o Ulrik passeando pelo Dragonwood. Deixou-o a um lado pelo momento, porque a vida de Darcy estava uma vez mais na estacada.
Quando Ulrik finalmente lhes alcançou, deteve-se e se recostou contra um grosso carvalho enquanto os olhava. "Sou um Rei Dragão. Pensavam que não poderia ir a Dreagan?"
“Estava banido” assinalou Thorn.
“depois de que minha magia ficasse atada” disse Ulrik encolhendo-se de ombros. “As coisas trocaram”
Esse fato se fazia cada vez mais evidente com cada dia que passava. Warrick nunca pensou que iria contra Con. Tampouco pensou que teria uma companheira.
Ulrik voltou sua atenção até o Warrick. “Quando chegará Con para matar Darcy?”
“Como sabe?” perguntou Thorn.
Ulrik lhe fez cara. “Con é predecible. sente-se ameaçado, assim quer matar à única humana que ameaça sua forma de vida”
“Você destruiria tudo isso quando recuperasse sua magia” assinalou Warrick.
Ulrik sustentou o olhar do Warrick durante um momento. “Destruirei Con, sim. Com respeito a Dreagan? Ajudei a encontrar as terras. Ajudei a construir as covas muito antes que fosse banido. por que o destruiria?”
Thorn deu uma forte gargalhada. “Porque nos culpa a todos nós também”
“Sim”
Warrick se esfregou a cara com a mão. Se ele deixasse que Ulrik levasse a Darcy, estava-os sentenciando a uma potencial morte. Ulrik poderia enfocar-se sobre Con diretamente agora, mas se ele derrocasse Con, logo se voltaria contra o resto deles.
Se Warrick mantinha Darcy em Dreagan, então a estaria condenando a morrer.
“O que vai ser, Warrick?” perguntou Ulrik. “Enviará Darcy comigo, ou deixará que Con a mate?”
Warrick se colocou na cara do Ulrik, com os dentes descobertos. “Con não lhe vai pôr uma mão em cima!”
Ulrik sorriu fríamente. “Sei que é sua companheira. Perguntava-me se já te tinha dado conta disso em Edimburgo”
“Como sabe?” perguntou-lhe Thorn.
“Darcy” declarou Ulrik, como se isso fosse evidente. “Pela forma em que lhe olhava, ou falava sobre ela. Como se preocupava com ela”
Warrick se voltou para afastar-se e caminhou em um amplo círculo para acalmar-se. Sua reação à declaração do Ulrik confirmou o que estava a ponto de fazer. Era a única forma de manter viva a Darcy, mas por que tinha o estômago revolto?
“Quanto tempo temos?” perguntou Warrick ao Thorn.
“Não muito”
“Irei por Darcy” Warrick se voltou para retornar sobre seus passos à cabana.
A voz do Ulrik lhe deteve. "É possível que queira levar ao Thorn contigo. Estou seguro de que Darcy está confusa e um pouco receosa. Suportou bastante estes últimos dias".
Warrick olhou por cima do ombro ao Ulrik. “Encontraremo-nos contigo aqui”
"Terei que ir com Darcy em seguida. Me encontre na fronteira"
Isso estava a quilômetros de distância, mas Warrick preferiria ser ele que levasse Darcy através do Dragonwood antes que Ulrik.
Assentiu com a cabeça ao Ulrik e olhou ao Thorn que ficou a seu lado. Eles se afastaram deixando ao Ulrik detrás.
"Está me custando decidir se tomarmos a decisão correta" disse Thorn.
“Ulrik sabia que Con a mataria. Ulrik sabia e nós não” Warrick negou com a cabeça com frustração. "Como não vi qual seria o movimento de Con?".
Thorn lhe lançou um duro olhar “Eu tampouco o fiz”
“Crê em Darcy?”
“Acredito que tudo o que ela tem feito foi desatar a magia do Ulrik. Não acredito que tenha uma mão em nada mais do que ele tem feito” acrescentou Thorn.
Warrick respirou mais relaxadamente. Por um momento, pensou que Thorn podia ter sido mandado por isso. “Somos os únicos?”
“Não acredito que ninguém queira matar Darcy, mas o pensamento de acabar com toda esta merda que estivemos acontecendo é muito bom para deixá-lo passar”
“Matar Darcy não parará ao Ulrik. Ele ainda tem magia”
Thorn assentiu. “Sim. Sem Darcy, não terá toda a força de sua magia, mas terá a suficiente para causar problemas”
"Simplesmente não é suficiente para desafiar Con ou te voltar contra o resto de nós"
“Há-lhe flanco milhares de anos, mas Ulrik encontrou um caminho para conseguir recuperar parte de sua magia. Quanto tempo crê que demoraria para encontrar outro Druida para lhe ajudar se Darcy morrer?”
Warrick olhava ao Thorn quando a cabana apareceu ante sua vista. "Esperemos que seja tão largo"
Thorn estalou a língua. “Crê que teremos essa sorte? Porque eu não. Ficamos sem sorte o dia que atamos a magia do Ulrik. É só questão de tempo antes que tudo volte contra nós”
A conversa se deteve quando se aproximaram da porta da cabana. Warrick foi o primeiro em entrar. encontrou Darcy sentada no sofá vestida e olhando fixamente ao fogo.
“foi um montão de lenha a que encontrou" disse ela sem lhe olhar.
Warrick não tentou mentir a respeito de que não tinha nenhuma lenha. Deu um passo ao lado para deixar entrar no Thorn. Warrick fechou a porta e disse “Temos um problema, Darcy”
“OH! O que seria?”
Warrick intercambiou um olhar com Thor. Não gostava da atitude de Darcy. Warrick caminhou até o sofá e se sentou no bordo, encarando-a. “Sei que não me crê, mas estou de seu lado. Não acredito que você tenha feito algo mais que desenredar a magia do Ulrik”
Nem sequer lhe olhou.
Warrick respirou fundo e o tentou de novo. “Darcy, trouxe-te para Dreagan porque sabia que os Dark não seriam capazes de te capturar aqui. Con queria falar contigo, mas não me dei conta que ele albergaria tanto...” Se deteve, procurando a palavra correta.
“Ódio?” acrescentou Darcy.
Thorn se moveu para ficar frente à chaminé deixando uma mão sobre suporte da mesma. “Con nunca foi particularmente feliz porque nenhum dos Reis encontrasse casal. Só lhe vi zangado com outra mortal”
Darcy deslizou o olhar até o Thorn. “A mulher do Ulrik. Con vai me matar não é certo?”
“vai tentar”, disse Warrick. logo que seus olhos verde musgo lhe olharam, ele deixou escapar um pequeno suspiro. "Não vou deixar que te machuque"
“O que sugere?” perguntou Darcy. "Os Dark deixaram de me buscar? Posso ir ?"
Warrick tomou as mãos dela nas suas. “Ulrik está aqui. vai conseguir te tirar de Dreagan”
"Onde me pode levar ele que me mantenha afastada dos Reis e dos Dark?"
Thorn deixou cair seu braço do suporte da chaminé e cruzou os braços. "Suponho que sua loja em Perth pelo momento"
"Só até que possa convencer Con, e logo voltarei por você", disse Warrick. "Não vou obrigar-te a ir. trata-se de sua vida. Deve deci..."
“Farei-o” disse ela e ficou em pé. “me leve com o Ulrik”.
*******

Capítulo 41

Era tudo o que Darcy pôde fazer para não tornar-se a chorar de novo logo que Warrick retornou à cabana. Sua chegada não foi uma surpresa. Entretanto, ela estava mais que surpreendida pelo que ele e Thorn lhe haviam dito que Con vinha a matá-la.
antes que pudesse assimilá-lo, Warrick lhe disse que queria que fosse com o Ulrik. Darcy já estava decidida a ir-se com o Ulrik depois de suas mensagens de texto. Agora não tinha que escapulir-se e preocupar-se de que Warrick a encontrasse. Mas isso não fazia que lhe deixar fosse mais fácil.
Ela não se fazia ilusões. Uma vez que deixasse Dreagan, nunca retornaria. Não importava o que. Estava deixando atrás a Dreagan, ao Warrick e a seu crescente afeto.
Tampouco seria tão estúpida para ajudar ao Ulrik ainda mais. OH, ela tentaria lhe ajudar, mas em realidade não o faria. Eventualmente, ela poderia retornar a Skye uma vez que Ulrik se desse conta de que não podia desligar o último de sua magia.
Darcy se deleitou com a mão do Warrick sobre a dela. Por uns breves momentos. levantou-se e lhes disse que a levassem com o Ulrik. surpreendeu-se de que sua voz saísse tão forte como o fez. por dentro, estava tremendo e nervosa. E assustada.
O olhar de cor cobalto do Warrick se entrecerrou uma fração antes de ficar de pé ao lado dela. “Estou de sua parte, Darcy” disse ele com uma voz suave.
Ela piscou, mas não manteve contato algum com ele. Era muito difícil. Além disso, estava cansada de chorar. quanto mais logo se afastasse do Warrick mais logo começaria a sanar seu coração.
“Precisamos ir ”disse Thorn.
Warrick olhou seus pés. "Vai descalça"
Darcy passou junto aos dois até a porta. Ela abriu a porta, mas Thorn a deteve para que pudesse sair primeiro. Lhe lançou um olhar molesto.
depois que Thorn jogasse uma olhada, indicou-lhes que o seguissem. Warrick ficou ao lado de Darcy todo o tempo. Ele cortou suas pernadas enquanto sua mão descansava sobre a parte baixa de suas costas. Foi reconfortante e irritante. Ela queria voltar-se, enterrar sua cabeça em seu peito e ter seus fortes braços envolvendo-a novamente.
“O que acontece?” sussurrou Warrick. “Em um momento estava sorrindo, e ao seguinte não quer nem me olhar”
Ela acelerou o passo, odiando sentir-se exposta. Darcy estava feliz de que eles se dirigissem até o bosque. Ao menos, daria-lhe cobertura.
“Fatos” disse ela
“Fatos? Não o entendo”
Darcy lhe olhou, e logo se arrependeu quando viu a confusão refletida em seus olhos. Seu cabelo loiro estava revolto de percorrê-lo constantemente com suas mãos. “Você é imortal. Eu sou mortal. Suas lutas contra Ulrik. Eu desligo sua magia. Seu lugar está em Dreagan. Não é o meu”
“Não estava pensando nesses ‘fatos’ quando fazíamos o amor” disse ele firmemente.
O coração de Darcy se rompeu um pouco mais. por que tinha que lhe gostar dele tanto? por que não podia ele beijar mau ou ter mau fôlego ou algo assim? por que tinha que ser tão malditamente perfeito para ela?
Não teve oportunidade de responder porque Warrick a agarrou da mão e começou a correr até o bosque. Ele a arrastava, enquanto ela lutava por manter-se em pé e não roçar-se com as planta.
Uma vez que alcançaram o bosque, Warrick se deteve e a pôs detrás dele. Esmagou-a entre ele e um pinheiro. Darcy olhou a seu redor e viu o Thorn a sua esquerda. Fez um gesto de assentimento ao Warrick e começaram a caminhar silenciosamente pelo bosque.
Não houve mais tempo para falar, não mais para compartilhar os últimos pensamentos -ou lamentos. Darcy agarrou com força a mão do Warrick, desejando que houvesse alguma forma de que pudessem estar juntos. Havia muitos obstáculos entre eles.
moviam-se rapidamente e em silêncio, parando ocasionalmente para escutar. Os pés de Darcy doíam da terra fria e pelas muitas agulhas de pinheiro, abacaxis e outras coisas pegajosas que lhe cravavam nos pés sem piedade.
Muitas vezes teve que mordê-la língua para não gritar. Pareceu-lhe uma eternidade mais tarde quando Thorn e o Warrick se detiveram e o Ulrik saiu de trás de uma árvore.
“Estava começando a pensar que tinha trocado de opinião” disse Ulrik ao Warrick.
A mão do Warrick apertou a dela. “Eu não tomei esta decisão”.
“Realmente vai deixar ir?”
tratava-se só de Darcy, ou havia um duplo significado nas palavras do Ulrik? Houve uma larga pausa antes que o Warrick dissesse: “por agora”
“Ele não lhes perdoará por isso” disse Ulrik ao Warrick e ao Thorn. “Espero que entenda o que significa ter a Con voltando-se contra você”
Warrick olhou a Darcy. “Ele nunca saberá”
Ela esperava pela saúde do Warrick que Con nunca soubesse. Mas inclusive se Con descobria a verdade, ela estava segura de que Warrick poderia cuidar de si mesmo. Era muito forte, muito bom.
“te cuide” disse Warrick.
Darcy assentiu, sentindo essas malditas lágrimas outra vez. “E você”.
“Quero que saiba que...”
“Warrick” interrompeu Thorn enquanto olhava para trás ao caminho que eles tinham levado.
Warrick seguiu seu olhar. “Merda” Se voltou para o Darcy e a soltou. “Precisa ir. Agora!”
“Vamos” disse Ulrik com urgência e a agarrou do braço.
Ulrik atirou dela até que Warrick desapareceu de sua vista. Darcy tinha pensado que lhe pesava o coração antes. Agora, sentia-se como se a estivessem esmagando.
“Não deveria lhe haver deixado” disse Ulrik.
Darcy voltou rapidamente a cabeça até ele “O que?”
“Você é a companheira do Warrick. Con não poderia te haver matado uma vez que Warrick o tivesse admitido. Ele cometeu esse engano antes”
“Então por que estou aqui?”
“Porque Warrick não quer admitir que você é dele. Nunca quis uma companheira”
Darcy tentou parar, mas Ulrik era muito forte e se manteve arrastando-a detrás dele. “Warrick não teria deixado que Con me tocasse”
“Não, não o teria feito”
"Então, por que me convenceu para que fora contigo?" exigiu ela.
Ulrik finalmente se deteve e a encarou. “Porque te necessito”
Ela se estremeceu e tentou separar sua mão da sua, mas seu agarre era muito apertado. "É um parvo se crê que vou desatar mais de sua magia aqui. Estamos muito perto de Dreagan"
“Deteve-te te perguntar por que não fui te ver durante vários anos depois da primeira vez que desatou minha magia?”
Darcy franziu o cenho. A voz do Ulrik tinha trocado. Era suave, muito suave. “É obvio que o fiz. E assumi que necessitava tempo”
“Assumiu” repetiu ele com um sorriso zombador. “vocês os mortais sempre cometem o engano de assumir coisas. por que necessitaria tempo? Finalmente, tinha encontrado a uma Druida que era capaz de tocar a magia de Dragão e começar a desfazer o que Con e outros tinham feito. Deveria ter retornado na próxima semana e fazer que seguisse”
“Mas não o fez” Merda. O que tinha perdido? Tinha-o justo diante dela? Porque era óbvio que Ulrik tinha estado fazendo algo. "encontrou outro Druida?"
Ele soltou uma risadinha e negou com a cabeça. “Não há outra como você, Darcy. Esse fato fez que reconsiderasse as coisas. Só seria questão de tempo antes que Con descobrisse a você e o que tinha feito. Não estou sem minha cota de inimigos. Sabia que eles também lhe encontrariam”
“Não te entendo”
"Tinha que ter outra forma de recuperar minha magia"
Darcy se esfregou as têmporas. Estava gelada, cansada e começando a impacientar-se. “Eu tenho que tocar sua magia”
“E você o fez. Através de outra Druida. Você a conhecia como Dorothy MacAvoy”
Seus joelhos ameaçaram cedendo enquanto o mundo começou a dar voltas em espiral. Cada semana a senhora MacAvoy tinha chegado. Cada semana Darcy lhe tinha lido a palma da mão. Havia Druidas que podiam assimilar a magia de outro sem que se dessem conta. Isso era o que Dorothy fazia? Era a única explicação.
“Ah, vejo que vai entendendo!” disse Ulrik.
Darcy tentou retirar sua mão da dele outra vez, mas ele apertou sua forma de agarrar-lhe Ela apertou os dentes e atirou de sua mão para liberá-la. "Tem toda sua magia?"
“Acredito que guardarei isso para mim mesmo”
“Então não me necessita mais”
Ulrik sustentou seu olhar sem responder. Mas isso foi suficiente resposta.
“E agora o que?” perguntou Darcy, o terror fazendo que o estômago caísse aos pés. "por que me convenceu para que viesse contigo?"
“Porque me nego a permitir que Con te tenha”
Darcy ficou sem fôlego quando lhe viu tirar a mão e localizou a faca curvada.
*******

Capítulo 42

“Isto foi muito fácil” disse Warrick. Thorn grunhiu, seu olhar no céu. “Muito mais que muito fácil”
"Desejaria ter podido falar com Darcy e ter averiguado o que estava mau"
“Não lhe viu os olhos?”
Warrick franziu o cenho quando subiram ao topo de uma colina. “O que acontece eles?”
Thorn lhe lançou um frio olhar cortante. "Tinha-os avermelhados, War. Ela tinha estado chorando"
Chorando?
Warrick parou em seco. “por que teria estado chorando? por que fui passear?”
Thorn deixou sair um ruidoso suspiro enquanto se voltava para encarar-se ao Warrick. “Por todas as coisas que te disse antes que chegássemos ao Dragonwood. Ela não queria ir-se, mas sentia que não tinha outra eleição”
“Ela tinha outra eleição. Se disser ao Constantine que ela é meu casal, ele não a tocaria”
As sobrancelhas escuras do Thorn se elevaram. "Talvez queira reconsiderar isso. Con a considera uma ameaça, mais do que a mulher do Ulrik alguma vez foi. Matará Darcy à primeira oportunidade que tenha. É por isso que não sugeri que a mantivesse aqui. Está melhor longe de Dreagan”
"Possivelmente, mas não estou melhor" Warrick deu a volta.
“Ulrik a necessita não é assim?” perguntou Thorn com preocupação.
Warrick olhou ao Thorn. Sem outra palavra, ambos começaram a correr de retorno até Darcy. Warrick enfrentaria Con se tivesse que fazê-lo por Darcy. Localizou-a e ao Ulrik falando. Ao menos eles ainda estavam perto. Tudo o que Warrick tinha que fazer era retornar a Darcy e falar com ela. Logo a viu afastar sua mão do Ulrik e dar um passo atrás. Não foi até que Warrick viu a navalha na mão do Ulrik que gritou com fúria e se transformou. Arrojou sua magia protetora ao redor de Darcy.
Mas foi muito tarde. Ulrik afundou a faca no estômago de Darcy. O rugido do Warrick fez tremer a terra enquanto suas enormes asas atiraram três árvores antes de poder as pregar contra ele. Estava muito perto da fronteira para poder elevar-se ao céu.
Warrick correu através das árvores com Thorn em seu lado direito em forma de Dragão também. Ulrik lhes olhou com um sorriso antes que um Dark Fae aparecesse detrás dele e o transportasse longe.
Warrick chegou até Darcy e se transformou em homem e assim podê-la agarrar em seus braços. Seus olhos estavam fechados e o sangue emanava da ferida. Respirava muito depressa, mas cada vez a respiração era menos profunda.
“Não”, Warrick disse enquanto lhe tocava a cara. “Darcy, abre os olhos. me olhe, moça”
Sua cabeça se deixou cair até um lado. “Não pode me deixar” murmurou ele, a emoção lhe contraindo a garganta.
Podia sentir sua vida drenando-se de seu corpo. Em todos esses intermináveis anos como Rei Dragão, só houve outra vez na que se sentiu tão indefeso.
"Foi-se!" Thorn gritou. "Matarei-lhe!"
Warrick escutava ao Thorn mas não podia responder. Estava muito desolado, muito destroçado para fazer algo mais que abraçar Darcy. Não lhe havia dito que ela era sua companheira, não lhe havia dito quanto lhe importava –quanto a queria.
por que tinha estado tão contra ter companheira? Ela podia ter estado sob sua proteção todo o tempo. Se a tivesse tomado como sua companheira, Ulrik não poderia havê-la machucado. Não se estaria sangrando em seus braços.
“te mova!” disse uma voz feminina que empurrou o ombro do Warrick. Olhou para cima, mas lhe levou um instante as reconhecer. Piscou ante as Druidas.
“Precisa te jogar a um lado” disse Aisley junto a ele. “Podemos ajudar Darcy”
Olhou até Darcy e apertou seu abraço. “Terão que fazê-lo comigo abraçando-a. Não a penso soltar”
Warrick vagamente se deu conta de que as Druidas lhe rodearam em um círculo e uniram suas mãos. Começaram a cantar, sua magia encheu o ar. Warrick sentia sua magia lhe tocar antes de trocar até Darcy.
Ele abriu o rasgo de sua camiseta para olhar a ferida e viu que começava a sanar. A esperança floresceu dentro dele. Isto poderia funcionar. As Druidas poderiam salvá-la.
Poderia ter uma segunda oportunidade.
logo que esse pensamento passou por sua mente, a ferida se abriu novamente e o sangue fluiu mais rápido. Warrick cobriu a ferida com sua mão e tentou deter o fluxo de sangue.
Deixou cair sua frente contra a de Darcy porque sabia que a estava perdendo. Tinha estado tão contra querer uma companheira que o destino a estava afastando dele antes de tê-la.
Uma mão grande caiu brandamente sobre seu ombro.
Warrick olhou para cima para ver Con. “te afaste dela. Ulrik fez justo o que você ia fazer”
Con não disse uma palavra. Ele simplesmente ficou em cócoras junto a eles e pôs uma mão sobre Darcy enquanto seus olhos se fechavam. Seu rosto se contorsionou por um momento. Ele abriu os olhos e se levantou. "usou-se magia de Dragão", disse.
Warrick olhou de Con a Darcy. Levantou sua mão para ver que a ferida estava fechada com só uma pequena cicatriz pálida para mostrar o que tinha acontecido. Darcy respirou fundo, mas não abriu os olhos. A garganta do Warrick se encheu de emoção. Ele a deslizou em seus braços e se levantou. Foi então quando viu não só aos Guerreiros e Druidas, mas também aos Reis Dragão.
Kellan lhe inclinou a cabeça, assim como fizeram Guy e o Tristán. Warrick abraçou mais forte a Darcy e começou a andar até a cabana. Sabia que eles lhe seguiriam, mas não lhe importava. Poderia dirigir o que fosse que viesse agora que Darcy ainda vivia.
Ele abriu passo até a cabana e a deitou no sofá antes de cobri-la com uma manta. Logo se voltou e enfrentou aos outros.
O olhar do Warrick aterrissou sobre Con primeiro antes de mover-se até o Thorn, Kellan e o Rhys. “por que a salvou?” exigiu Warrick de Con.
“Porque vi o Ulrik lhe cravar a faca” o negro olhar de Con se posou sobre Darcy, seus lábios se estreitaram por um instante. “Ela tinha razão. Deixei que meu ódio nublasse meu julgamento”
“Eu não gosto que tenha desligado a magia do Ulrik, mas isso é tudo o que ela fez. Não me amaldiçoou ou disparou contra Lily. Isso é tudo obra do Ulrik” disse Rhys.
Kellan assentiu estando de acordo. “Denae me recordou que ela foi acusada também e não estava envolta. Mantém que uma pessoa é inocente até que se demonstra o contrário”
“Obrigado” lhes disse Warrick. "Embora poderia tratar-se de um caminho muito comprido se contarem a Darcy tudo isto"
Rhys sorriu. “Faremos algo melhor que isso. Retorna a à mansão quando estiver pronta”
Os três saíram da cabana, deixando ao Thorn. Thorn olhou a Darcy. "É muito afortunado, War. Tem uma segunda oportunidade para arrumar as coisas. Darcy é seu casal. Se a deixa ir esta vez, é possível que não tenha outra oportunidade"
“Sei. Não penso deixá-la até que seja minha”
Thorn lhe olhou e lhe piscou um olho. "Sabia que o faria"
logo que Thorn se foi, Warrick olhou ao redor da cabana. "Tenho uma oportunidade para convence-la de que seja minha. Tem que ser perfeito"
*******
Darcy despertou ante o som dos trovões e a chuva golpeando contra o cristal. Abriu os olhos para ver um fogo rugindo. sentou-se, a manta lhe caiu enquanto olhava ao redor da cabana.
Espera. O que estava fazendo ela na cabana? A última coisa que recordava era estar falando com o Ulrik e que ele logo lhe cravou uma faca. Darcy olhou para baixo para ver o sangue seca e o rasgo em sua camiseta. abriu-se o quebrado mas não viu ferida alguma.
Um pedaço de papel flutuou até o chão do braço do sofá. Darcy se inclinou e o abriu lendo em voz alta “Seu banho está esperando”
Darcy se levantou e rodeou o sofá até o corredor. Encontrou o banho e a enorme banheira de cobre ovalada colocada debaixo de uma janela. O vapor de água se elevava da água. Darcy olhou ao redor, mas não viu ninguém. Ela caminhou até a banheira enquanto se tirava a roupa. Ao aproximar-se, viu as pétalas de rosa flutuando na água.
Ao outro lado da banheira havia uma bandeja colocada sobre um tamborete. Havia uma taça de champanha e um tigela de morangos.
Darcy entrou na banheira. Suspirou quando se sentou e se reclinou para trás, a água cobrindo-a até o pescoço. sentia-se celestial, o calor se filtrava em seus músculos relaxando-a.
sentou-se ali durante muitos minutos saboreando o calor antes de agarrar uma grossa fresa do tigela. Enquanto mastigava a saborosa fruta, agarrou a taça de champanha e a levou aos lábios.
Darcy não tinha provado o champanha antes. As borbulhas formigavam em sua língua antes das tragar. adorou o sabor do líquido dourado, mas se assegurou de tomá-lo a sorbitos.
depois de bebê-la metade e gomer algumas fresa mais, Darcy simplesmente se ensaboou na banheira e fechou os olhos. Os trovões retumbavam e a chuva continuava caindo torrencialmente, mas ela estava calentita e a gosto.
Só quando seus dedos começaram a enrugarse sentou. Viu algo pela extremidade do olho e girou a cabeça até a janela, mas tudo o que pôde ver foi chuva.
levantou-se na água e alcançou uma toalha. Darcy saiu da banheira e se secou, mantendo seus olhos na janela. Não importou quanto esteve olhando, mas não viu nada.
“OH bem” se disse. “Devo estar vendo coisas”
Uma imagem do Ulrik flasheou em sua mente com ele tirando a faca. Darcy imediatamente fechou os olhos e tentou pensar em algo mais. encontrou-se imaginando um Dragão, um Dragão jade.
Darcy inalou profundamente e lentamente deixou sair a respiração. Enquanto o fazia abriu os olhos. viu-se si mesmo frente ao espelho. “O que aconteceu?” perguntou-se.
Recordou sua conversa com o Ulrik. Viu a adaga. Também recordava absolutamente muito bem a sensação da adaga cravando-se em seu corpo. Isso foi... horroroso.
A agonia lhe tinha tirado a respiração, a dor explodindo através de seu corpo em feitas ondas sufocantes.
E todo o tempo, em tudo o que podia pensar era no Warrick.
Darcy deu as costas ao espelho e viu o penhoar cor nata pendurando de um cabide. Ela tomou o objeto e a pôs, esfregando suas mãos ao longo da escura felpa que estava no interior do penhoar antes de ater-lhe
Passou uns minutos tratando de desenredar alguns dos nós de seu cabelo. Logo saiu, esperando totalmente ver o Ulrik.
Mas uma vez mais, estava só.
Darcy olhou à esquerda onde estavam a salita de estar e a cozinha. Logo se voltou para a direita. Havia três habitações mais.
Olhou na primeira que tinha mais perto e encontrou uma cama de cores prateada escuro e pálido cinza. Passou a seguinte habitação com o passar do corredor e se encontrou um dormitório enorme com uma cama tamanho ‘King’.
Um edredom branco sólido sem adornos cobria o colchão. Havia um só travesseiro com um tom de cor borgoña sobre a cama. Enquanto deixava que seu olhar vagasse pela habitação, observando as paredes cor canela claro e o amplo bordo branco, localizou mais cor burdeos por toda a habitação.
Darcy então se voltou até a porta entre as duas habitações. Ofegou quando a abriu e se encontrou com um vestidor. Um armário estava a um lado quase tão alto como os tetos de três metros.
Havia um penteadeira e um tamborete de maquiagem, assim como uma chaise longue em um tom nata suave. Uma grande atapeta de cor borgoña cobria o chão de madeira.
passeou-se pela habitação e tocou cada objeto que observava. Era o sonho de uma mulher. O lugar perfeito para poder sapatos, roupas, acessórios e jóias. Acrescentando uma cômoda de maquiagem, encontrava-se no céu.
Ela se voltou até a cadeira outra vez. Então foi quando viu a roupa. Darcy reconheceu o suéter negro como dela. Agarrou-o e viu os jeans, também um prendedor e um par de calcinhas. Colocadas ao lado da cadeira havia um par de botas dela.
Apertando os dedos dos pés no tapete de felpa, Darcy olhou a roupa. Era Rhi a responsável por isto também? Ou Warrick o tinha conseguido para ela?
Não importava. Seria agradável não estar com roupa empapada de sangue.
Darcy alcançou a roupa e se olhou o estômago. tocou-se o ponto no que ela sabia que tinha entrado a faca. Estava um pouco intumescido. Caminhou até parar-se frente ao penteadeira de maquiagem e se olhou o estômago no espelho.
Uma linha estreita, pálida de duas polegadas cortava seu abdômen. Como havia ela sanado? Ela não podia recordar nada. A menos que ela estivesse morta.
Localizou um par de faróis e estalou seus dedos para acendê-los. Mas não aconteceu nada. Franziu o cenho e o tentou outra vez. As chamas não apareceram.
Ela se estremeceu e se vestiu rapidamente. depois de que fechou a última bota, Darcy parou frente às velas e estalou os dedos uma e outra vez.
Não importou quantas vezes o fizesse, não conseguiu que a luz aparecesse. Procurou dentro de si mesma sua magia. Para seu horror, levou-lhe vários tensos minutos antes de senti-la.
Estava mortiça, como se estivesse desvanecendo.
As pernas de Darcy cederam e desabou no chão. Ela não podia estar perdendo sua magia agora. Não quando ela a necessitava tão desesperadamente.
Ela se aferrou às últimas fibras de magia e fechou os olhos enquanto procurava os anciões. Transcorreram minutos sem nada.
“Por favor” sussurrou ela. “Falem comigo”
O mais débil ritmo soou. Ela conteve a respiração, esperando ver que os antigos a considerariam digna de falar com ela agora. Sentiu que um pouco molhado lhe caía sobre a mão, mas ignorou as lágrimas e seguiu chamando silenciosamente aos antigos através do que ficava de sua magia.
Houve uma rajada de ar que o cabelo flutuasse para trás e a obrigou a levantar-se contra sua força. logo que o vento a roçou, os tambores começaram a pulsar e o canto encheu sua cabeça.
“Obrigado” disse Darcy.
“por que deveríamos falar contigo?” milhares de vozes lhe perguntaram ao uníssono.
Darcy umedeceu os lábios. “Não sei o que aconteceu. por que minha magia me abandonou?”
“foi faz muitos anos”
O que? “Isso é impossível. Utilizei minha magia ontem”
“Essa não era sua magia” lhe disseram os anciões.
Darcy manteve fechados apertadamente os olhos. Isso não podia estar acontecendo. “Quando perdi minha magia?” Mas ela já sabia.
“No momento em que desligou a magia do Ulrik. Ele tem feito o mal. Como uma Druida de Skye, sabe as conseqüências de tal feito”
“Não sabia que era mau”
Os anciões deixaram sair um som que recordou a Darcy o de um bufido. “Estava muito interessada no dinheiro que te ofereceu e em descobrir se poderia lhe ajudar”
“Os Druidas aceitam dinheiro por nossa magia todo o tempo. Estive-o fazendo por anos por ler as Palmas das mãos e o tarot. Nunca quando lhe toquei ou à magia de Dragão senti a maldade. Teria parado”
Os anciões suspiraram ruidosamente. “O fato, feito está, Darcy. Não pode ser desfeito”
"Que magia foi suplementar à minha? Essa é a única explicação de por que ainda tinha magia"
"Uma velha Druida. Morreu faz umas horas. Com sua força vital fora, seu feitiço deixou de funcionar. A pequena magia que sente agora é tudo o que fica dentro de você"
Nem sequer era suficiente para acender uma vela. Darcy abriu os olhos enquanto os tambores e o canto se desvaneciam. Os anciões não teriam que falar com ela. Estava agradecida de que o tivessem feito, mas isso não facilitava as coisas.
Darcy saltou e correu pela cabana até a porta principal. Tentou abri-la e sair correndo. Não sabia aonde ir e não importava. Era uma Druida sem magia.
A chuva se mesclou com suas lágrimas. Tropeçou com rochas mas seguiu correndo. Não importava que estivesse chovendo ou fizesse frio. Tinha que fazer... algo, algo para deter a dor que ameaçava explodindo em seu peito.
Algo se inclinou sobre Darcy o suficientemente baixo para sacudir seu cabelo. Levantou a vista e viu o Dragão de cor jade um momento antes de diluir-se na nada. deteve-se uns passos de cruzar o escarpado.
Darcy caiu de joelhos enquanto piscava a chuva e as lágrimas de sua visão. Viu o Dragão inclinar uma asa e rodeá-la. Foi sua primeira boa olhada ao Warrick e olhou com assombro. Era enorme, suas escamas brilhavam inclusive sob a chuva.
Uma crista de membranas corria da base de seu crânio até seus ombros, enquanto que duas grandes membranas com volantes se disparavam desde ambos os lados de sua cabeça, emoldurando seu rosto. Era o tamanho do Dragão, assim como o comprido pico ao final da cauda o que a mantinham absorta.
Enquanto ele se aproximava mais, ela olhava em seus enormes olhos da cor do sol. Era o Dragão de seus sonhos, que seguia vendo uma e outra vez.
Darcy deixou cair seu rosto entre as mãos e chorou. O chão tremeu quando Warrick aterrissou. De repente, a chuva cessou. Darcy olhou para cima e viu o Warrick estender sua asa para impedir que a chuva a molhasse.
Ela se levantou e caminhou até ele. Com um soluço, ela se apoiou contra sua perna dianteira e envolveu um braço ao redor dele. Suas escamas estavam escorregadias pela chuva, mas cálidas. Para sua surpresa, ele se moveu e abriu sua outra mão. Darcy olhou as garras que eram um pouco mais escuras que suas escamas de jade. Ela o olhou e ele assentiu.
Não era como se tivesse algo mais que perder.
*******

Capítulo 43

Con se sentou na caverna com os Silvers e afiou a folha de sua espada. Quando Ulrik chegasse, teria a seus Silvers. Con só teria a si mesmo. Não era a primeira vez que Con desejava ter mantido a um de seus Golds, mas não poderia escolher a uns por cima de outros. Assim que os deixou ir a todos.
Além disso, se ficava com um, outros Reis teriam querido ficar com um também. Isso teria acabado com o propósito de enviar longe aos Dragões.
As coisas estavam chegando a seu ponto gélido muito rápido. Não era só que Ulrik pudesse entrar em Dreagan sem que nenhum deles tivesse sido alertado, mas sim também estava o fato de que Warrick e Thorn tinham conspirado com ele.
Con sabia por que Warrick o tinha feito, mas não estava seguro sobre o Thorn. Não é que a desculpa do Warrick fosse aceitável, mas um Rei faria o que fosse por seu casal. Felizmente, Warrick ia permitir-lhe falar com Darcy um pouco. Ulrik tinha utilizado a Darcy, enganando a todos eles. Também tinha toda sua magia e Darcy já não tinha nenhuma.
O que ela ainda tinha era conhecimento sobre o Ulrik assim como as lembranças que ela tinha visto. Con estava receoso de pinçar nessas lembranças, porque poderia haver uma possibilidade de que Darcy tivesse visto algo que Con não queria que ninguém soubesse.
Agora que ela era do Warrick, era uma parte de Dreagan. Ainda não confiava nela. Podia trair ao Warrick justo como Ulrik tinha traído, mas Con esperaria e veria.
por agora sua atenção estava enfocada unicamente no Ulrik. Mas manteria um olho sobre o Darcy.
Con deixou a um lado a pedra de afiar e poliu sua espada. Seu olhar se dirigiu até os Silvers quando uma de suas caudas se chocou contra a jaula. A batalha que ele sempre soube que ocorreria entre o Ulrik e ele, surgiria logo.
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Warrick esperava ansiosamente que Darcy subisse a sua mão aberta. O violento apertão ao redor de seu coração se afrouxou quando ela finalmente o fez. Brandamente fechou sua mão para sustentá-la com segurança sem apertá-la. Darcy apoiou seus braços sobre um grosso dedo e o olhou.
“minha magia desapareceu”
Ele respirou fundo e retirou o olhar. Os Guerreiros já o haviam dito. perguntava-se quando o descobriria ela. Ao menos agora ele não teria que golpeá-la com a nova notícia.
“Assim que sabia” disse ela. “O que vou fazer sem magia?”
De repente ele saltou no ar, suas asas se estiraram para captar o ar. Deixou sair um grito afogado, suas mãos agarrando-se a ele. Warrick queria lhe mostrar como era ver o mundo de um ponto de vista diferente. Voava baixo, mantendo-se por cima das nuvens. Estavam a salvo em Dreagan, mas se tratava mais de lhe dar a Darcy uns momentos nos que pudesse esquecer o que lhe tinha acontecido e desfrutar das coisas.
Permaneceu no céu mais de trinta minutos, voando sobre uma grande parte de Dreagan, mas ficando longe da mansão. A chuva tinha diminuído significativamente quando retornaram à cabana.
Warrick aterrissou e a deixou no chão antes de transformar-se. Darcy lhe estava olhando fixamente, suas pestanas molhadas por suas lágrimas. “O que aconteceu? Não lembro nada depois de que Ulrik me apunhalasse”
Warrick apertou os punhos enquanto lutava por não agarrá-la contra ele e só abraçá-la. Nunca tinha estado tão aterrorizado como quando sentiu que sua vida lhe escapava. Ser tão poderoso e não ser capaz de salvar à pessoa que amas era alarmante.
“Estava morrendo ”disse ele. “Posso utilizar meu poder para te proteger, mas não podia fazer nada para te sanar. As Druidas o tentaram, mas Ulrik utilizou magia de Dragão. Foi Con que te salvou”
Os olhos dela se abriram pela surpresa. “Con? O mesmo Con que ia matar me?”
“Esse mesmo”
“E minha magia?”
“Os Guerreiros podem sentir uma magia de Druida. Disseram-me que a tua tinha desaparecido. Sinto muito, Darcy”
Ela olhou ao chão. "Parece que a minha foi faz quase três anos"
“O que?” Ela não podia ter razão. Warrick franziu o cenho e deu um passo para aproximar-se. “No momento em que eu desatei a magia do Ulrik, a minha me deixou”
“Como não te deu conta?”
Ela se encolheu de ombros e voltou a lhe olhar. "Não estava consciente justo depois. Depois me estava recuperando disso, assim não prestei atenção. Aparentemente, havia uma anciã que usava sua magia para suplementar a minha, assim assumi que ainda tinha magia"
Seu rosto se danificou enquanto chegavam mais lágrimas. Warrick fechou a distância entre eles e a abraçou. Ele a abraçou enquanto ela chorava, deixando-a tirar tudo.
Warrick a guiou de volta à casa uma vez que o pior do pranto tinha passado. Levou-a a banho e a despiu. Logo se voltou até a ducha e a pôs sob a água quente com ele.
“Era uma cliente na que confiava e que não só complementou minha magia. Ela tomou o que ficava da minha e pôde usá-la para ajudar ao Ulrik”
Warrick apertou os olhos fechados durante um momento. “Não queria falar dele justo agora. “Não quero falar dele agora mesmo. A que te referia com o que disse quando te levei até o Ulrik? De verdade pensa que não pode haver nada entre nós?”
Ele a sujeitou com as costas contra a água. Lhe olhou. "depois do que tenho feito, nunca poderei voltar a olhar a ninguém em Dreagan aos olhos outra vez”
“Não te perguntei sobre outros. Estou-te perguntando sobre mim”
Ela pôs sua mão sobre o coração dele. “Nunca te teria questionado. É o único que foi sincero comigo. Merece a alguém digno de você. Não sou essa pessoa. Não importa quanto deseje sê-lo”
“É muito valiosa” murmurou ele e se inclinou para posar um ligeiro beijo em seus lábios. Logo se reclinou para trás o suficiente para olhar a seus olhos verde musgo. “Não posso imaginar acontecer um dia sem você”
Ela sorriu com tristeza. "Em tudo o que podia pensar depois de que me apunhalasse era em você. estive sonhando com um Dragão de cor jade durante meses"
“por que isso fica triste?”
“Por te amo, e chateei as coisas”
Warrick queria gritar de júbilo. Agarrou-a apertadamente enquanto ela colocava a cabeça em seu pescoço. “me deixe revisar a primeira frase. Ama-me?”
Ela assentiu.
Warrick sorriu e olhou ao teto. Seu maior medo tinha sido que não lhe amasse. Agora que sabia que o fazia, a parte mais dura tinha passado. “Isso é uma boa notícia, porque eu amo a você”
Ela escapou de seus braços para apoiar-se contra a parede mais afastada da ducha. Ela franziu o cenho enquanto lhe olhava. "O que?"
“Amo-te” o disse lentamente, perguntando-se se o havia dito mal.
Darcy negou com a cabeça. “Não. Isso não pode ser. Você é um Rei Dragão. supõe-se que você não me ama. Sou a que começou toda esta merda ao desvincular a magia do Ulrik. Eu tenho a culpa”
“Todos nós temos culpa” Warrick a alcançou, desconcertado quando ela afastou sua mão.
Ela negou com a cabeça. “Você poderia me perdoar, mas outros não o farão. E não posso perdoar a mim mesma. Liberei o mal, Warrick. Nem sequer posso acender uma vela”, disse ela e estalou os dedos.
Warrick olhou as velas sobre o suporte da janela e viu todas elas piscar durante um momento, mas nenhuma delas permaneceu acesa.
“Todos cometemos enganos” lhe disse ele. “Pode nos ajudar a deter o Ulrik. Com seu conhecimento sobre ele e suas lembranças, podemos lhe golpear”
Ela deixou cair a cabeça sobre seu peito. Warrick a manteve sob a água quente porque não queria que adoecesse. “Perguntou-me antes por que eu estava contigo. Não podia te dizer então que foi minha companheira. Tinha-o estado negando. Nunca quis uma companheira. Até que te conheci”
“Então não tem eleição” lhe chegou sua resposta amortecida.
Warrick soltou uma risadinha e lhe levantou o queixo para que lhe pudesse olhar. “Tenho uma opção, Darcy. Não tenho que te dizer que te quero. Não tenho que te dizer que é minha companheira, mas o tenho feito. Disse-lhe isso porque te quero em minha vida”
“Não tem idéia de quão difícil será, Warrick. O que farão outros conosco e como lhe tratarão”
“Será uma parte de Dreagan” lhe disse ele. “Além disso, eu já tive um pequeno bate-papo com os Reis”
Ela piscou. “Fez-o?”
“É obvio. Não tolerarei que minha mulher seja maltratada”
Darcy se umedeceu os lábios, seu peito elevando-se enquanto respirava fundo.
"te decida, porque não sei quanto tempo mais posso estar aqui sem tomar "disse-lhe enquanto olhava seus seios. A água corria pela ponta de seus mamilos antes de cair. Isso lhe estava voltando louco de luxúria.
Seu sorriso foi lenta mas cresceu rapidamente “É isso certo?”
“Sim” disse ele e a aproximou o suficiente como para que sentisse sua dura excitação.
“Impressionante”. O sorriso dela morreu. “O que acontece te arrepende? Não estivemos muito tempo juntos”
Ninguém diz que tenhamos que celebrar a cerimônia imediatamente. O que te parece a semana próxima?” brincou ele.
Isso a fez rir. “Sabichão”
“Laith e Iona não celebraram a cerimônia de vinculação tampouco. Faria-o bem neste momento se pudesse, para não ter que me preocupar de que Ulrik te ataque de novo, mas prefiro esperar para que esteja segura. Não há divórcio de um Rei Dragão, Darcy. Uma vez que estejamos vinculados, estaremos emparelhados por toda a eternidade”
“Sei” disse ela com uma inclinação de cabeça. “Não vi meninos ao redor. Está proibido?”
Warrick a girou para que suas costas estivesse contra a parede. "Não está proibido. Infelizmente, um mortal não pode levar a um menino a término. A maioria dos abortos ocorre ao princípio do embaraço. Alguns deram a luz bebes, mas todos nasceram mortos".
“OH”
“Quer meninos?”
Darcy se encolheu de ombros. “Não o pensei. Sempre pensei que viriam depois de me casar, mas como nunca esperei encontrar a alguém com quem queria passar minha vida, nunca me vi com meninos” Ela tragou e ficou nas pontas dos pés para rodear com os braços o pescoço dele. “A resposta é sim, Warrick”
Ele não soltou um grito, porque viu que ela não tinha terminado de falar.
“Entretanto, se não te importar, preferiria tomar o lentamente. Quero nos dar um tempo para pensar em se isto funcionará. Quero que você esteja seguro de que pode amar a uma mulher que poderia ter começado a queda de sua raça. E eu preciso assimilar o fato de que estou apaixonada por um Rei Dragão”
“Darei-te todo o tempo que queira. Só me diga que me ama outra vez” disse Warrick enquanto acariciava seu pescoço.
Ela acariciou com as mãos suas costas “Te amo, Warrick. Amo-te, amo-te, amo-te”
“É minha” sussurrou ele justo antes de tomar sua boca com um beijo selvagem.
*******

Epílogo

Duas semanas depois...
“Admite-o” pressionou Warrick.
Darcy pôs os olhos em branco enquanto cruzavam a ponte para alcançar a Ilha de Skye.
“Vamos. Disse que se todos lhe tratavam como se nada tivesse passado, admitiria que te equivocou” disse Warrick quando a olhou enquanto conduzia.
Ela riu e levantou as mãos. “De acordo. Admito-o. Tinha razão”
“Exatamente” disse ele com um sorriso satisfeito. “Por outra parte, poderia ter ajudado que passamos uma semana inteira na cabana”
“Provavelmente tenha razão” disse enquanto lhe olhava.
O SUV ia em silêncio enquanto cruzavam a Ponte de Skye. Tinham passado sete anos desde que ela se foi, e era estranho retornar depois de tanto tempo.
“Nervosa?” perguntou Warrick.
Ela assentiu olhando a água do guichê. “Não vi a minha família desde que minha mãe morreu. Deveria ter feito algo melhor que seguir lendo seu futuro. Nada bom pode sair disso”
“É por isso pelo que não lerá o meu?”
Lhe olhou com um sorriso. “OH, tentei. Não pude ver nada. Não estou segura de se for por causa de não ter mais meu magia, ou se for por causa de que é imortal. Não pude ver o do Ulrik tampouco, recorda-o”.
“Não necessito que leia meu futuro. Sei que envolve a você, e isso é suficiente para mim”
Darcy agarrou sua mão nas dela e a levou a seus lábios para beijá-la. “Preciso te avisar de que minha família pode ser... bom, eles podem ser um bocado muito grande. São ruidosos e todos falam de uma vez”
“vou amar lhes”
“Não, não o fará” disse ela com um sorriso. Só podem ser suportados em pequenas dose”
Con seu bate-papo, Darcy não se deu conta de como de perto estavam da casa de sua família. Seu estômago parecia um nó. Não se tratava de que ela já não tivesse magia. Sua família não precisava saber sobre isso.
Tampouco sequer era pelo Warrick manter sobre ele e sobre Dreagan o segredo. Essa era a parte fácil.
Era voltar a ver sua família depois de tanto tempo. Tanto tinha trocado que se perguntou se ela lhes veria de maneira diferente. Ou ela seria diferente?
Muito logo, Warrick se deteve no caminho e estacionou o Range Rover. Apagou o motor e voltou a cabeça até ela. "Pronta?"
“Não acredito que possa fazer isto” disse ela, de repente sentindo nauseia.
A porta principal se abriu e seu pai saiu, seguido por suas duas tias, um de seus tios, sua avó, e sua irmã. Foi sua irmã que chegou correndo ao SUV e abriu a porta para envolver Darcy em um forte abraço.
Darcy foi rapidamente tirada do Range Rover e passou de uma pessoa a outra. Finalmente pôde procurar o Warrick, e o encontrou parado a um lado com seu pai, falando.
Warrick lhe piscou um olho e lhe sussurrou com os lábios “Te amo”
Apesar do que lhe tinha acontecido, e o que ela tinha causado, Darcy estava viva e contava com o amor de um Dragão. Poderia a vida ser melhor?
Ela sabia a resposta a isso. Era sim. Justo logo que eles estivessem vinculados e ela fora oficialmente dela.

Dublín, Irlanda

Rhi ia pelo quinto uísque. Era Jameson. Bastante bom, mas ela seguia preferindo um Dreagan.
Maldição.
Ela se bebeu o último de seu uísque e captou a alguém que olhava através do espelho detrás da barra. Este era o terceiro clube do Fae que tinha visitado desde que se levantou da areia no deserto. Todos os clubes estavam em chão neutro, por isso Dark e o Light se mesclavam.
O Light que a olhava lhe recordou que ela estava procurando briga. Queria brigar com o Balladyn, mas não pôde encontrá-lo. Este tipo, entretanto, serviria.
Rhi girou no tamborete da barra e elevou uma sobrancelha enquanto lhe olhava. Estava de pé na esquina vestindo tudo de negro, da camisa até as botas.
A franja de seu cabelo da cor da meia-noite se separava de seu rosto com uma mecha ou dois caindo livremente para posar-se sobre sua esculpida bochecha.
Era difícil determinar quão comprido tinha seu cabelo pela forma em que o levava. Não é que seus ombros largos e sua atitude de não-me-jodas a assustassem. Ela saltou do tamborete, seus saltos de quatro polegadas não se bambolearam nem uma vez. Rhi se passou o cabelo pelos ombros e estava a ponto de dirigir-se até ele quando escutou sussurros apressados correndo por todo o clube.
“Os Reapers” disse alguém com pânico na voz.
Rhi soltou uma risadinha. Seguro. Os Reapers eram um mito, lendas e histórias que contavam aos meninos para lhes assustar –e inclusive a alguns adultos.
Ignorou o bate-papo e se dirigiu até o homem. Nem um só momento o olhar dele deixou de sustentar o dela. Ninguém se aproximava dele, nem sequer as garçonetes. Rhi agarrou uma uísque de uma bandeja que passava e tentou dar-lhe quando chegou até ele.
"Em realidade, poderia conseguir que alguém aceitasse tomar nota do que quer se fosse mais amigável"
Seus olhos se posaram no uísque que ela sujeitava antes de voltar a deslizar-se até ela. Seus olhos chapeados a observaram, estudaram-na.
Quando ele não agarrou o uísque, Rhi se encolheu de ombros e tomou o álcool. Esperou até que outro garçom passou e pôs o novo copo vazio sobre a bandeja.
Rhi voltou a lhe olhar. “Um tipo silencioso? Huh! Nunca entendi aos homens que gostam disso. É por que não tem nada que dizer? Ou é porque pensa que às mulheres gosta?
Houve uma confusão na porta principal do pub. Rhi se voltou para ver o que estava acontecendo. como sempre era um Dark causando problemas.
“Este seria um estabelecimento muito melhor se os Dark não estivessem permitidos” riu de sua própria brincadeira e se voltou até o Senhor Silencio.
Só que ele se foi.
Rhi olhou ao redor, mas não havia sinal dele. encolheu-se de ombros e voltou para a barra para pedir outro uísque. "perdeu-se", murmurou antes de pedir outra bebida.
*******
Thorn entrou na cova e se deteve. A última vez que os Reis tinham estado acordados e reunidos dentro da montanha foi quando tinham ligado a magia do Ulrik. Certamente que Con não o tentaria outra vez.
Thorn viu o Rei de Reis na parte dianteira da caverna permanecendo de pé sobre uma rocha enquanto Thorn se dirigiu ao lado oposto. Havia muitas caras que não tinha visto em milhares de anos. sentia-se bem ter a todos os Reis acordados uma vez mais.
apoiou-se sobre o sob relevo de um grupo de Dragões. Uns minutos mais tarde, Ryder se colocou a seu lado. Thorn olhou ao Ryder, mas o olhar do Ryder estava em Con.
“Isto não é bom” sussurrou Ryder.
Thorn se apoiou contra a pedra e cruzou os braços. “Sabe do que se trata?”
Ryder assentiu inclinando a cabeça até a entrada da cova. Thor seguiu seu olhar e viu Henry North, o agente do MI5 e amigo dos Reis, entrando.
“Que me condenem” murmurou Thorn.
Con elevou uma mão para silenciar a cova. “Nunca se permitiu a um mortal estar nesta cova. Nem sequer às companheiras. Mas os tempos trocaram. Temos inimigos em cada esquina. Ulrik recuperou sua magia. Não passará muito antes que desperte a seus Silvers. Mas isso não é pelo que lhes convoquei aqui”
Thorn franziu o cenho profundamente.
“Os Dark atacaram a dois de nós em Edimburgo” disse Con. “Não pudemos responder por temor a que os humanos nos vissem. Por causa disso, os Dark se estão instalando na Escócia. Não podemos permitir que isso continue”
Thorn sorriu. “Já ia sendo hora”
O olhar de Con saltou até ele. “Enviarão-se grupos de dois Reis por todo o Reino Unido para obrigar a dar meia volta aos Dark. Nossas regras seguirão sendo válidas. Só haverá transformação de noite quando não houver possibilidade de que os mortais lhes vejam, e matem a tantos Dark como podem. A maior parte de vocês permanecerão em Dreagan para nos assegurar de que os Silvers permanecem dormindo”. Con se deteve e fez um gesto para que Henry se unisse a ele. “Henry esteve seguindo aos Dark por todo mundo. Tem um mapa de onde se concentram a maioria”
“Os safados estão em todas partes” disse Henry categoricamente enquanto levantava um enorme mapa e começava a falar.
A atenção do Thorn saltou do Henry quando Con se dirigiu até ele. Thorn tinha estado esperando alguma classe... de... discussão... depois de que ele ajudasse ao Warrick a levar Darcy até o Ulrik.
Embora não o tinha esperado em metade de uma reunião.
Thorn se endireitou, deixando cair os braços. encarou Con, assumindo o pior.
Con parou frente a ele. “Enviarei-te de retorno a Edimburgo”
“Bem” Thorn tinha esperado que sairia fora. depois do que Warrick suportou à mãos dos Dark, ambos estavam preparados para retornar ali e matar Dark Fae.
“Com o Darius”
O sorriso que se estava formando nos lábios do Thorn se deteve. Ele não discutiria ao lado de quem ia lutar. Era suficiente com que ele pudesse brigar. Houve um movimento pelo extremidade do olho enquanto Darius chegava para ficar a seu lado. “Não me importa ao lado de quem tenha que lutar”
Thorn começou a afastar-se quando Con lhe chamou por seu nome. deteve-se e se voltou até Con e vislumbrou ao Ryder lhes observando.
“Não esqueci sua traição” disse Con.
Thorn cortou a distância justo uns poucos metros com o Constantine. “Não te traí. Ajudei a um amigo”
“Ajudou ao Ulrik”
“Nunca estive no bando do Ulrik. Não nesse então, nem tampouco agora. Perguntou-se sobre nossa ruptura? te olhe ao espelho, Con. Você é o culpado”
Thorn começou a responder quando Con trocou seu olhar até o Darius. "Faltam-nos alguns Reis"
"Perguntava-me quanto tempo demoraria para te dar conta. Arien estará aqui logo. Queria outro dia para si mesmo. Cheguei com o Roman e o Nikolai faz um momento"
Thor olhava por cima ao grupo enquanto Darius falava. Havia algo em seu tom que fez que Thorn voltasse a cabeça até ele.
“O que acontece?” perguntou Con, franzindo o cenho.
Darius respirou fundo. “Foi a uma montanha, mas estava vazia”
“Vazia?” repetiu Thorn com confusão.
Con sob a voz enquanto perguntava, “Quem?”
“V” disse Darius.
Ryder se sobressaltou visivelmente. "Poderia estar em qualquer lado" disse Darius.
A mandíbula de Con se contraiu. “Sim. Em qualquer lugar mas em Dreagan”
“Precisamos lhe encontrar” disse Thorn.
Ryder se separou da parede. “Posso começar a procurar. Chegarão uma dúzia de novos monitores amanhã”
“Não” Uma só palavra de Con deteve todos. "Temos coisas maiores do que nos preocupar. V encontrará o caminho de volta a casa"
Ninguém mencionou que V poderia ter ido ao Ulrik.
*******

Extrato do próximo livro da série PAIXÃO IGNITES

As desafiantes palavras de lhe atraíam em um nível primário, mas sua precária posição fazia que o sangue lhe congelasse. Thorn tinha estado tão zangado, tão indignado que só tinha um pensamento: salvar Lexi.
Não foi até que acabou que Thorn se deu conta do que tinha feito. Lhe tinha visto transformar-se. Lexi agora sabia o segredo que todos em Dreagan tinham trabalhado tão incansavelmente por proteger.
“vocês são os outros seres que matam aos Dark” disse ela
Ele fechou os olhos. “Sim”
“Você é um Dragão”
Deixou cair o queixo sobre seu peito. Havia muitas razões pelas que não tinha a intenção de lhe dizer quem era, mas a maior delas era a forma em que ela estava dirigindo as coisas agora. Estava em shock por tudo o que tinha visto. Quando esse shock cedesse, ela estaria muito assustada dele inclusive para estar na mesma cidade.
“Você é um maldito Dragão!” gritou ela.
Thorn ia ter que fazer que Guy viesse e apagasse as lembranças do Lexi de tudo o que tinha feito com ele. Seria inclusive melhor que não recordasse aos Dark tampouco.
“me olhe” exigiu ela.
Ele se deu a volta e lhe estendeu os braços. “O que quer que te diga? Sim. Sou um Dragão!”
“Como?” Ela fez uma pequena negação com a cabeça, sua voz espetando a palavra.
“Levamos aqui desde o começo dos tempos”
“Impossível. Teríamos encontrado algo”
Thorn se encolheu de um ombro. “Temos como aliados alguns humanos que ajudaram a nos manter ocultos”
“Isto não tem sentido” Ela olhou ao redor do armazém como se o visse pela primeira vez.
"Nada disto seria um problema se te tivesse ficado no piso como te disse"
Seu olhar se entrecerrou sobre ele. “Disse-me? Não sou nenhum cão ao que possa dar ordens”
“Não, você é uma humana que interveio em uma guerra da que não tem caso que se inteire!”
“Talvez se mais de nós os humanos soubessem que não estamos morrendo por dúzias todos os dias devido aos Dark!”
Thorn deu um passo até ela “Realmente pensa que saber sobre os Dark deteria as mortes?”
“Isso, certamente, não faria nenhum dano” replicou ela, movendo-se até ele.
“Essa simples ideia é por que os Fae vieram a por você desde o começo. crê que são os únicos seres no universo inteiro? De verdade crê que não há outros planetas com vida neles?”
“Isso não me importa, eu...”
“Bom, pois deveria lhe importar” a interrompeu ele. Ele deu outro passo. “Utiliza seu cérebro, Lexi. É inteligente. Olhe ao redor de seu mundo. De verdade crê que o câncer não se pode curar quando seus doutores curaram quase todo o resto? Os Dark seguem impedindo-o. Eles lhe querem fraco e estúpida”
“Não sou estúpida”
“Disse-te quão perigoso era sair às ruas. Disse-te que permanecesse dentro do apartamento”
Ela pôs os olhos em branco. “Tinha toda a intenção de fazer justo isso salvo que te vi de um teto de seis pisos. Os humanos não podem fazer isso”
"Isso ainda não significa que devesse nos haver seguido!"
Estavam tão perto que ele podia lhe ver o branco dos olhos. Seus olhos cinzas eram tormentosos pela ira, o medo e a ansiedade.
“Utilizei minha cabeça” replicou ela.
Thorn a olhou e quase gemeu quando sentiu seus seios roçando-se contra seu peito. Para seu horror, a fúria em seus olhos cinzas se converteu em desejo. Não importou quão duro lutou, mas não pôde deter-se e atraiu ao Lexi contra ele enquanto tomava seus lábios em um beijo selvagem.
Ele a fez girar e a esmagou contra a parede. Ela introduziu as mãos em seu cabelo enquanto respondia a seu beijo com uma ferocidade e violência como a dele.
Thorn recuperou o sentido e levantou a cabeça. Baixou o olhar até seus lábios inchados e sua dura verga lhe suplicava que continuasse. Qualquer pensamento que tivesse se desvaneceu ante seu desejo por ela.
Lhe toca a bochecha antes de deslizar sua mão ao redor de seu pescoço e sujeitar sua cabeça enquanto a beijava lentamente, saboreando a paixão e o desejo.

 

 

                                                    Donna Grant         

 

 

 

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