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O ano é 1311, e a batalha pela independência da Escócia torna-se cada vez mais feroz... Despojado de suas terras pelo rei Inglês que matou o seu pai, James Douglas vai fazer o que é preciso para ver a honra e a fortuna de seu clã restaurada. O jovem cavaleiro ambicioso, cujo rosto sombrio, estatura poderosa, e ferocidade em batalha, lhe fizeram ganhar o epíteto de "The Black", sabe que deve usar o medo, a força e a intimidação para derrotar o inglês, colocando Robert The Bruce no trono da Escócia, restaurando a honra em nome dos Douglas. Nada e ninguém vão entrar em seu caminho. Nem mesmo a moça que lhe capturou o coração na infância e ainda o mantém em suas mãos delicadas.
Joanna Dicson amou James Douglas durante mais tempo do que ela se consegue se lembrar. Ela é "apenas" a filha do marechal do Castelo de Douglas, isso nunca sendo uma vantagem para ela. No entanto, mesmo quando a cruel reputação de James cresce, e, apesar das advertências dos outros para proteger o seu coração e a sua virtude dele, Joanna sonha que ele irá juntar-se a ela. Ele a ama e nunca iria machucá-la. Mas, quando James Douglas retorna para forçar a guarnição inglesa de seu castelo, Joanna descobre que o seu amor não vale nada perante a sua ambição. Seu casamento, contudo, irá ser um meio de melhorar o seu clã. Desolada e humilhada, Joanna é deixada sozinha com um segredo que pode destruir os dois.
O ano de nosso senhor 1311. Por cinco longos anos, Robert The Bruce lutou por seu direito de sentar-se no trono da Escócia. Mas, desde a sua derrota nas mãos do Inglês em 1306, ele andou fugindo no seu reino como um fora da lei, e muitos abandonaram a esperança de que ele teria sucesso.
PRÓLOGO
Passagem por Brander, 14 de agosto de 1308.
—Levanta-te, Sir James.
Uma onda feroz de satisfação correu por ele. O fedor da batalha nunca tinha cheirado tão doce. Quando o rei levantou a espada de seu ombro, James Douglas, o destemido Lorde Douglas, levantou-se do terreno pantanoso, ao longo da estreita passagem de Brander, já um cavaleiro.
As íngremes escarpas rochosas de Ben Cruachan apareciam atrás dele, lançando sombras escuras andando sobre o vale. Corpos de amigos e inimigos espalhados pelo chão e pelas encostas. Felizmente, havia muito mais corpos de inimigos. Robert The Bruce tinha ganhado uma grande vitória aqui hoje contra os MacDougalls de Lorn, o papel de James na batalha tinha-lhe dado o título de cavaleiro.
Bruce estava um passo mais perto de recuperar o trono, e James estava um passo mais perto de recuperar o seu patrimônio. Quando Bruce recuperasse a fortuna, ela também seria dele. Eles estavam unidos, suserano e vassalo, desde aquele dia fatídico, há quase dois anos e meio atrás. Quando tinha dezenove anos de idade, James tinha encontrado Bruce no caminho para a sua coroação e jurado a sua lealdade. A decisão fatal que pode ter parecido precipitada, especialmente seis meses mais tarde, quando o rei e os seus seguidores tinham forçado Bruce ao exílio, mas agora essa decisão estava começando a colher as suas recompensas.
James ergueu a sua espada sangrenta no ar, e uma grande alegria ecoou entre o grupo dos cansados guerreiros que tinham se reunido para serem testemunhas deste bastião sagrado da cavalaria. Foi o maior dia da sua ainda jovem carreira como um guerreiro. Ele desejou que Jo estivesse ali para vê-lo. Ela, mais do que ninguém, sabia como isso era importante para ele.
Bruce agarrou o seu braço e deu-lhe um tapa caloroso na parte de trás.
—Bem, Sir James, o que você diz agora? Tem o seu título de cavalheiro. Mais tarde do que você desejava, talvez, mas ganhar as suas esporas em um campo de batalha é uma história melhor do que ganhá-las em uma cerimônia.
James colocou um sorriso, o seu corpo magro, quase 1 metro e 95 centímetros elevando-se sobre orei guerreiro. Aos vinte e dois, o seu título de cavaleiro tinha chegado mais tarde do que ele teria gostado, mas não tinha tido muito tempo para cerimônias nos últimos dezoito meses enquanto o rei lutava para retomar seu reino.
—Eu diria que me mantenho em boa companhia, senhor. — Bruce tinha sido nomeado também cavaleiro em um campo de batalha, por um rei, embora, ironicamente, um Inglês. —Sinto-me honrado—, disse ele, arqueando sua cabeça.
—Você ganhou rapaz—, respondeu o rei, com outro tapa firme. —Campbell disse que você e seus arqueiros foram fundamentais para garantir que o nosso ataque surpresa não fosse descoberto. Astuto em estratégia e implacável em execução—, foram as suas palavras, de grandes elogios e pura verdade. Ele sorriu, balançando a cabeça. — Eu adorei ver a expressão no rosto dos MacDougalls quando você e os outros apareceram a partir das rochas acima deles.
Um lado da boca de James se curvou, lembrando-se. — Eu não acho que eles estavam nos esperando.
—Eu aposto que não. Da próxima vez que eles ficarem à espreita, talvez eles vão aprender a olhar para cima.
—Ou ir mais para alto—, disse James.
O rei riu. — Eh eh. Você teve a vantagem perante eles.— Os MacDougalls estavam à espera na encosta acima de uma passagem estreita, com a intenção de emboscar Bruce e o seu exército enquanto marchavam em direção ao Castelo de Dunstaffnage. Em vez disso, graças à informação recolhida a partir do escudeiro Arthur Campbell, os homens de Bruce tinham subido acima deles, emboscando a emboscada. —Com resultados como esse, não há como dizer quão alto você irá subir.
James sorriu, o jogo de palavras do rei o divertiu.
Depois que alguns dos homens tinham avançado para oferecer os seus parabéns, o rei o chamou de lado, mais uma vez. — Você está fazendo um grande nome para si mesmo, rapaz, você tem certeza que não vai reconsiderar?
O rei tinha oferecido a James um lugar em sua guarda de elite. O grupo secreto de guerreiros fantasmas, que Bruce chamou de Guarda Highland, já havia se tornado uma lenda. Temido e insultado como "desova de Satanás" por seus inimigos, eles eram saudados e louvados como deuses e heróis por aqueles leais a Bruce. Eles eram os melhores dos melhores em cada disciplina de guerra, um grupo de elite de guerreiros escolhidos a dedo pelo rei para empreender um novo tipo de guerra. Uma guerra de surpresa, ferocidade, e medo. Uma guerra Highland.
Apesar de seu gesto de cavalheirismo hoje, James sabia que a estratégia do rei era clara: A única maneira de derrotar os superiormente treinados e equipados ingleses, que eram em maior número, seria travar uma guerra secreta de ataques e emboscada surpresa, evitando a batalha em campo de exército contra exército. É certo que não era uma maneira muito cavalheiresca de pensar por um cavaleiro recém-formado que tinha até mesmo ainda acabado de dominaras suas esporas.
James se sentiu honrado e lisonjeado pela fé do rei nele, mas ainda assim ele não hesitou. Ele balançou a cabeça. — Não, senhor. Vou atendê-lo melhor, ao sul.
Quando se tornou tenente, os seus compatriotas falavam o seu nome com amor e admiração, os seus inimigos ficavam com medo. O anonimato não era para ele, a Guarda Highland era um bando secreto de guerreiros, os seus membros tinham as identidades protegidas, mas eram poucos.
-Sim, bem, basta lembrar-se que— disse o rei, com um sorriso. — Bruce é que se senta no trono, não Douglas.
James apenas sorriu acostumado à insistência do rei. Não era injustificada. James não tinha feito nenhum segredo da sua ambição. Ambição de que veria as terras do pequeno Vale de Douglas, roubadas de seu pai pelo Inglês, restauradas, e o nome de Douglas, assim como Wallace e Bruce, reverenciado e lembrado por gerações.
Medo. Força. Intimidação. Essas seriam as armas que iriam vencer a guerra e garantir o seu lugar na história.
O rei Inglês iria lamentar o dia em que ele jogou o pai de James na prisão e o deixou morrer como um animal. James iria mostrar ao rei Inglês a mesma misericórdia mostrada a seu pai, nenhuma.
Quando centenas de anos antes, os moradores, ao longo da costa ocidental, tinham chorado de medo, gritando: —Os vikings estão vindos,— as fortalezas inglesas nas Fronteiras iriam reverberar com gritos de pânico: —o Douglas Black!
Sir James Douglas estava chegando, e Deus ajudasse quem tentasse ficar em seu caminho.
CAPÍTULO UM
Douglas, Lanarkshire, no sul da Escócia, fevereiro 1311
Silenciai-vos, silenciai-vos, vosso animalzinho,
Silenciai-vos, silenciai-vos, preocupei-vos,
The Black Douglas não deve pegar-vos.
Sr.Tales Walter Scott, de um avô
James estava voltando para casa! Joanna Dicson esperou ansiosamente ao lado da grande rocha no topo de Pagie Hill. Espalhando-se abaixo dela, agrupada nas margens do rio, estava a aldeia de Douglas. Para o norte, no outro lado da margem do rio, ela podia ver as torres do Castelo dos Douglas ou, como o Inglês que agora tomava conta do castelo, chamava, "o Castelo Perigoso de Douglas." Para o oeste, eram terras do seu pai em Hazelside, e para o leste...
Para o leste era James!
O sorriso dela caiu. Pelo menos, ela pensava que ele estaria vindo do Oriente. Embora James tenha travado sua campanha contra o Inglês a partir de uma base nas florestas a oeste de Selkirk, e tinha ouvido rumores dele estar recentemente no Norte com o rei Robert the Bruce como um membro da sua guarda pessoal. Agora, ele era tão importante e ela estava tão orgulhosa dele. Mas, tinha passado muito tempo desde que ela o tinha visto. Há quase três meses, James tinha passado por aqui, logo retornando para a sua fortaleza ancestral a fim de devastar o Inglês que detinha o seu castelo, ela não podia ter a certeza de seu paradeiro.
Quando seu pai lhe dissera que havia rumores que James estava na área, ela correu até a colina onde eles tinham se conhecido, sabendo que ele iria encontrá-la lá, assim que ele chegasse. Lágrimas de felicidade turvaram a sua visão. Ela não podia esperar para vê-lo. Eles tinham muito que falar. O coração dela inchou com emoção. Ele ia ficar tão feliz.
Quanto tempo ela tinha estado à espera? Uma hora, talvez duas? Seria meio-dia em breve. O estalo de um galho atrás dela fez seu coração pular. Ela virou-se animadamente. Finalmente!—É você?
Aqui. Só que não era ele. Não era James. A onda de emoção que surgiu através dela, de repente desabou.
O homem que se aproximou balançou a cabeça em falso desgosto. — Desculpe desapontá-la, Jo. Sou eu apenas.—Um canto de sua boca se curvou em um sorriso irônico. —Ainda bem que eu não sou um daqueles soldados ingleses de vocês; o olhar de decepção em seu rosto teria mergulhado uma adaga direto através de meu coração.
Joanna sentiu o calor subir-lhe ao rosto. — Eles não são meus soldados ingleses, Thommy. Você sabe que eu nada faço para encorajá-los.
O homem que ela conhecia desde a infância, que estava mais perto dela do que qualquer irmão olhou para ela com um piscar de diversão em seu olhar azul escuro. —Lass, só está lá e você o incentiva. Quem teria pensado que uma coisa tão engraçada de olhar viria a ser uma das moças mais bonitas de Lanarkshire?
—Coisa engraçada?— Ela fingiu ultraje, mas não podia deixar de rir, sabendo que era verdade. Ela tinha olhos grandes e a boca parecia estranha em uma pequena face. — Você acha que pode falar. Eu acho que eu nunca vi você sem fuligem em seu rosto durante os primeiros doze anos de sua vida.—Ela deu-lhe um empurrão brincalhão, e então franziu a testa quando ele não se mexeu uma polegada. Thom já era um dos homens mais altos da aldeia, também foi se tornando um dos homens mais fortes, não era surpreendente pois o seu pai era o ferreiro da aldeia.
Ela deu outro puxão em seu peito. —Meu Deus, Thommy, você é quase tão grande como um dos penhascos que você está sempre subindo. Se você crescer qualquer coisinha mais, você pode encontrar-se segurando uma espada e não um martelo.
Uma sombra cruzou seu rosto. — Na verdade, é por isso que eu vim encontrá-la.
Suas sobrancelhas se juntaram. — Como você me encontrou?
Ele deu de ombros. — Douglas está chegando; onde mais você estaria?
Ela ignorou o tom irônico em sua voz que quase beirava o sarcasmo. — É verdade?— Ela pulou sobre ele animadamente. — Você o viu?
Ele balançou a cabeça. — Não, mas o pátio do castelo ficou bastante alvoroçado com sussurros da sua iminente, ou eu deveria dizer eminente, chegada.
Desta vez, não havia dúvida de seu sarcasmo. Thom não fazia segredo da sua desaprovação de sua ex-companheira de infância e do homem considerado uma heroína Escócia, "O Bom Sir James," que lutou para livrar a Escócia dos seus opressores ingleses. Mas não era a política de James ou os seus métodos que Thom se opunha, era o seu relacionamento com ela.
Thom, simplesmente, não entendia.
Outra coisa em sua voz, no entanto, havia lhe chamado a atenção. —Você viu Beth, quero dizer Lady Elizabeth?
A irmã mais nova de James tinha recentemente retornado à Escócia, e estava atualmente residindo no antigo Park Castelo, desde que o Inglês tinha colocado uma guarnição no castelo de Douglas. Os quatro tinham sido inseparáveis em sua juventude, antes da guerra, James tinha enviado Elizabeth para a França, para sua segurança.
Ele não respondeu, mas o ligeiro aperto em torno de sua boca respondeu sua pergunta. — Estou indo embora, Jo. Tenho feito uns arranjos. Eu vim para dizer adeus.
Ela olhou para ele, perplexa. —Indo? Mas onde? Quando você vai voltar?—Havia um mercado nas proximidades que ela não tinha ouvido falar? Tomando alguns dos bens de seu pai para ir ao mercado, era o único tempo que Thom deixava a aldeia.
—Eu não sei. Não por pouco tempo, eu imagino. Talvez um ou dois anos.
Joanna piscou atordoada. — Um ano ou dois?— Ela não poderia tê-lo ouvido direito. — O seu pai mudou-se para outro castelo?
Ele balançou a cabeça. — Isso não tem nada a ver com meu pai. Ele é o ferreiro dos Senhores de Douglas, mesmo na sua ausência, e ele nunca vai ser outra coisa. Ele nunca quis ser outra coisa. Mas eu...— Ele parou, um olhar de profunda dor, atravessando seu rosto. —Eu não posso ficar aqui.
Joanna pôs a mão no braço dele, sabendo a causa dessa dor. Thom amava, praticamente idolatrava,a irmã mais nova de James, Elizabeth, desde o tempo que ele era um rapaz. A única pessoa que não sabia disso, era Lady Elizabeth. Thom estava morrendo por uma desculpa para vê-la desde que ela voltou com sua madrasta e dois meio irmãos mais jovens. Ele deve ter visto um deles. —Tudo o que ela fez, eu tenho certeza que não era para machucar você. Ela nunca entendeu como você se sente.
Seus olhos endureceram. — Agora, ela sabe.
Joanna prendeu a respiração, a dor tão intensa que ela mesma a sentia. Ele deve ter dito a ela, e pela sua reação, a senhora não retornou as suas afeições. — Oh Deus, Thom, me desculpe. Possivelmente, se você der a ela algum tempo...
—Dei-lhe parte da minha vida condenada. É o suficiente.
Ela podia ver a determinação em seu rosto e sabia que não havia como dissuadi-lo. E parte dela sabia que, tanto quanto ele iria se prejudicar por perdê-la, era provavelmente o melhor. Ele nunca mais veria outra mulher com Lady Elizabeth nas proximidades. — Para onde você irá?
Esperando que ele fosse encontrar trabalho como um ferreiro em outro castelo, ela ficou chocada quando ele disse: — Eu vou prometer meu serviço a Bruce.
—Mas como?—, Ela desabafou. As pessoas não apenas decidem ser um guerreiro; tem que ter formação, conexões e, mais importante, moeda.
—-Minha mãe sempre quis para mim. Ela colocou de lado um pouco de prata e decidi que quero ir embora.
A mãe de Thom tinha sido a filha de um cavaleiro, ela se lembrou. Casou-se escondido por amor. —E agora você tem certeza que deseja fazer isso?
O olhar em seus olhos era tão duro e afiado como um caco de ônix preto. —Eu não posso ficar aqui. Ela não vai me ver como um homem, mas como um companheiro de infância, e também, obviamente ela é uma Douglas.
Joanna não perdeu a advertência em sua voz. Ele foi um que tinha ouvido muitas vezes antes. — James não é assim e nem Elizabeth é. Eu sei que você está com raiva dela, mas você sabe que ele me ama, Thom.
Ele olhou para ela com pena. — O amor não faz mal a uma Douglas. Orgulho. Ambição. Isso é o que vai ajudar o seu James a construir a sua dinastia. Você sempre será a filha do marechal, tal como eu apenas vou ser sempre o filho do ferreiro. Seu pai pode ser um barão, mas ele ainda é um vassalo. Douglas tomará uma esposa que alimente a sua ambição. Aquela que vai trazer-lhe riqueza e posição.
Apenas por um momento, sua certeza enviou um lampejo de medo gelado que correu através de seu coração. — James não é assim. Você não o conhece como eu.
Ela acreditava nele.
Ele segurou seu olhar atentamente. — Sim, eu o conheço. Eu conheci o menino, e eu conheço o homem. Ambição e James Douglas andam de mãos dadas. As pessoas daqui podem reverenciá-lo como um herói, mas não se engane: ele é implacável. Nada vai impedi-lo de conseguir o que ele quer.—Ele fez uma pausa, deixando um pouco de sua raiva esfriar. —Tem certeza que você o conhece tão bem quanto você pensa que conhece?
—Você sabe melhor do que apenas ouvir o Inglês, Thommy. James não é o diabo negro que faria de tudo para ser o tal. —Mas, mesmo quando ela o defendeu, Joanna reconheceu uma crescente inquietação sobre a reputação de James. O homem temível que tinha colocado terror no coração do Inglês não era o James, ela sabia. Era difícil conciliar o cavaleiro galante que ela amava com o implacável "Douglas Black", que deixou um rastro de destruição através das terras.
E, ela sabia melhor do que ninguém, que nem todas as histórias eram falsas. A infame "Despensa de Douglas" tinha acontecido há três Páscoas, tendo-se passado no mesmo castelo que ela podia ver através do rio. Seu próprio avô tinha morrido ao lado de James, quando James e seus homens tinham surpreendido a guarnição do Inglês enquanto eles assistiram os serviços religiosos do Domingo de Ramos. Depois de saquear as lojas do castelo, eles tinham decapitado os prisioneiros e jogado os seus corpos em uma pilha nas lojas remanescentes, antes de colocar o lote inteiro em chamas.
Lutar contra o medo com medo. James tinha-lhe dito. E ele tinha trabalhado nisso. O perigo na realização do Castelo de Douglas tinha-lhe valido o apelido de "Castelo Perigoso" dado pelo Inglês. Mas, ela não gostava de pensar no homem que tinha morado em seu coração durante todo o tempo que ela conseguia se lembrar, como sendo tão... Sem piedade.
Pare! Disse a si mesma. James me ama.
Ela confiava nele. Mas, inconscientemente, a sua mão cobriu seu estômago.
Thom deu um sorriso triste, obviamente sentindo a direção de seus pensamentos. — Ele pode te amar, mas ele vai se casar para aumentar a sua riqueza e seu prestígio.
—Você está errado. — Mas, na sua voz suave faltava a convicção que tinha antes.
De repente, a expressão de Thom se alterou. Seu olhar cintilou para a mão que se estendia sobre sua barriga, a primeira vez, em descrença, e depois com raiva horrorizada. —Oh, Deus, Jo o que você fez?
Ela corou. Pelo que ela tinha ouvido falar de algumas das moças da aldeia, Thommy sabia exatamente o que ela tinha feito.
—Diga-me que você não está grávida?— Ele respirou com força.
Ela não podia fazer isso. Ela baixou os olhos, não se atrevendo a encontrar seu olhar. Não era condenação que ela temia, mas algo muito pior: piedade.
—Bastardo sangrento, eu vou matá-lo!
Joanna agarrou o seu braço, impedindo-o de se afastar. James não seria o único a morrer, os dois sabiam disso. Apesar da sua semelhança em tamanho e força física, Thom tinha os pesados músculos de um ferreiro, ele nunca tinha sido treinado para lutar. James era "o Douglas Black", um aguerrido guerreiro que tinha segurado uma espada na mão desde de que ele era um rapaz. Não seria uma luta justa.
—Não, Thom. Eu não preciso, nem quero a sua indignação. Ela não se justifica. Eu sabia o risco que eu tomei. Eu queria... —Ela mordeu o lábio, envergonhada. —Eu queria estar com ele. Ele não me forçou.
Mas, as suas palavras fizeram pouco para diminuir a sua raiva. — Ele se aproveitou de seu amor por ele, como ele sempre fez, caramba. Eu deveria ter colocado um fim a isso no dia que eu peguei ele lhe beijando, ou mais do que beijando, mas eu nunca pensei que ele iria desonrar você assim.
—Ele não me desonrou.
—Não se engane Jo. Não importa o que Douglas pode ter a deixado acreditar, ele pode fazê-la sua amante, mas ele não vai fazê-la sua esposa. Oh não, baby. —A raiva atravessou o seu rosto com um golpe rápido. Seu peito apertou. — Porra, o inferno. A sua inocência pertencia ao seu marido. Você não precisa se rum cavaleiro sangrento para saber disso.
Joanna nunca o tinha visto tão irritado. E, apesar de sua fé em James, era difícil não ser afetada pela reação de Thommy. Seu coração começou a se agitar com pânico, e lágrimas queimaram seus olhos.
—Porque você está fazendo isso? Porque você está tentando arruinar isso para mim? Eu sei que você está chateado com Beth, mas isto é diferente. James e eu somos apaixonados por anos. Você sabe disso. Ele pretende se casar comigo; Eu sei que ele quer. Você não pode ficar feliz por mim?
Ele suspirou, colocando o seu cabelo escuro para trás com os dedos. Um pouco de sua raiva parecia se dissipar. — Eu fico, desculpe Jo. Eu não quero incomodá-la. Mas eu me preocupo com você, e não quero vê-la ferida. Seu coração é grande demais. Você vale muito mais do que terra e ouro. É Douglas que não merece você.
Ela inclinou a cabeça e disse em voz baixa com toda a convicção em seu coração: — Você está errado sobre ele, Thommy.
—Espero que sim. Para o seu bem, espero que sim. Se eu tivesse uma mulher que tivesse metade de tanta fé em mim como você tem nele, eu nunca iria deixá-la ir. Mas prometa-me uma coisa. —Ele fez uma pausa até que ela olhou para cima. — Se ele não honrar sua fé, você vai me chamar. Se ele não der ao seu filho um nome, eu o farei.
Ela olhou para ele em choque. — Mas você não me ama.
Ele riu. — Talvez não da maneira que você quer dizer, mas nós somos amigos, isso é mais do que a maioria dos maridos e esposas têm.
A generosidade de sua oferta a comoveu, mas foi uma oferta que ela nunca poderia aceitar. Por causa dele e por sua própria causa. — E Beth?—Ela perguntou em voz baixa.
Sua boca se endureceu. — Eu poderia me tornar o melhor cavaleiro da cristandade, e isso não mudaria meu nascimento ou como ela olha para mim. Eu não me iludo. Lady Elizabeth Douglas nunca vai ser para mim. Ela poderia muito bem ser a rainha de sangue.
A maneira como ele disse...
Joanna estava se enganando a si mesma?
Não. James não faria isso com ela. Ela confiava nele com cada fibra do seu ser-corpo e alma.
****
Era bem depois do meio-dia, quando James subiu a colina. Havia uma leveza em seu peito que ele não sentia há muito tempo. Desde a última vez que tinha estado com Jo, de fato.
Deus, tinha sido muito tempo.
Ao se aproximar do topo da colina, ele a viu. Esperando por ele debaixo da velha árvore Sessile Oak, onde ela sempre ficava. Ela se virou, e um largo sorriso se espalhou pelo seu rosto, fazendo a sua respiração difícil, capturada em seu peito por um punho.
As memórias que o prendiam ao longo dos meses de sua separação nunca lhe fizeram justiça. Era impossível lembrar o quão linda ela era. Ele nunca conseguia obter o tom exato de louro dourado de seu cabelo, o vívido azul-pavão de seus olhos, a perfeição de sua refrescante pele cremosa, o brilho de seu sorriso, ou a curvilínea, muito curvilínea, exuberância de sua figura.
Ela não era a beleza refinada dos nobres da corte, mas a bondade saudável desenhada na beleza verdejante do campo em torno deles. Sua ama de leite Viking, pensando nela. Sua desejada ama de leite Viking, ele corrigiu. Ele sabia que ela seria sensível, mas nunca poderia ter imaginado tal sensualidade inata.
Antecipação percorreu seu sangue, as lembranças do que tinha acontecido, na última hora acelerou os seus passos. Ele não tinha a intenção de ir tão longe, mas parecia inevitável desde o primeiro beijo que tinham compartilhado no celeiro há muito tempo. Mesmo aos quinze anos, ele sabia que ela pertencia a ele.
E ela sabia disso também. Ela já estava voando em seus braços. — James!
Apenas o som de sua voz rouca era como ambrosia para sua alma, trilhada pela guerra. Seus braços deslizaram ao redor dela, e ele saboreou o simples prazer de sua suave e acolhedora fusão de seu corpo contra o dele.
Ele sentia falta dela, ele percebeu. Mais do que ele jamais sonhou ser possível. Quando ela tinha se tornado tão importante para ele? Tão vital? Como o ar que respirava e a comida que ele comia, Joanna alimentava sua alma.
—Você veio—, disse ela, olhando para ele com uma expressão de alegria no rosto, parecia que seus pulmões se transformaram em aço.
Porque sua boca estava apenas a polegadas dele, porque ele praticamente podia saborear a sua doçura, e simplesmente porque ele havia estado malditamente demasiadamente longe, ele a beijou.
Sua boca cobriu a dela, engolindo-a, ofegando de surpresa, e depois o baixo gemido de prazer que foi direto para o seu interior com um puxão forte.
Tão macio. Tão quente. Muito mais doce do que ele se lembrava. Calor percorreu seu sangue e pernas cansadas. Ele gemeu, sentindo-se amolecer. Sua boca se abriu sob os seus lábios, e ele teve que prová-la mais profundamente. Sua língua mergulhou em sua boca, acariciando e consumindo, em tão longas quanto lentas investidas.
Oh Deus, isso foi incrível. Mais e mais, ele a puxou para perto.
A primeira tentativa da sua resposta quase o trouxe de joelhos. Paixão era algo novo para ela, mas o instinto e entusiasmo mais do que compensaram a falta de experiência. Seu corpo foi feito para o dele e parecia saber isso.
Ele apertou seus braços ao redor da cintura, dobrando-a para ele, aumentando a pressão contra o seu já duro pau.
Sentia-se tão bem. Ele não podia esperar para estar dentro dela novamente. Para sentir a toda apertada, quente e emocionante carne nele. Para ouvir os seus gritos de prazer quando ele a fazia quebrar.
Seu coração batia forte. Seu sangue subiu. Ele sentiu seu controle escorregar.
Ele se afastou com um juramento. Ele não podia fazer isso agora. Ele não tinha tempo. Ele nem deveria estar aqui, mas ele tinha que vê-la. Robbie Boyd e Alex Seton já estariam provavelmente procurando por ele, os dois membros da secreta Guarda Highland de Bruce, não ficariam felizes com ele por ter desaparecido, mesmo sendo por apenas algumas horas, antes dele colocar o seu plano em movimento.
Mas olhando para baixo, em seus nebulosos olhos cheios de paixão, ele quase reconsiderava. Três meses era um longo tempo de se abster. Sentia-se mais como um monge, do que um homem jovem, viril, vigoroso e de quase vinte e cinco. Mas desde o dia que ela tinha se dado a ele, James tinha perdido o apetite para outras mulheres, um apetite que tinha sido bastante voraz até esse ponto. Ele estava tentando aliviar sua fome com ninharias, só encontrando satisfação com Joanna.
Quando sua respiração voltou, ele disse: — Claro, eu vim. Você sabe que eu não posso ficar longe de você.
O rosa de suas bochechas acentuou-se com prazer, as suas palavras, obviamente, a satisfizeram. — Mas é perigoso. O Inglês está olhando para você. Se eles o vissem?
— Eles não vão me ver—, disse ele sem rodeios, e depois sorriu. — Não até que eu queira que eles vejam.
Embora a sua voz não revelasse nada, ele sabia que não tinha completamente dissipado os medos dela quando o seu punho veio até a boca. Por quando tempo ele podia se lembrar, ela mordia a unha do polegar quando estava preocupada. Mas como ela odiava o "hábito vil", ele tomou cuidado para não o mencionar.
Ela olhou para ele, seus grandes olhos azuis arregalados de preocupação. — Você está planejando alguma coisa, James?
Ele arqueou uma sobrancelha. Ela sabia muito bem quem ele era. — Enquanto Clifford se mantiver enchendo o meu salão com Ingleses, eu vou mantê-los vazios.
Joanna sabia que não devia disputar a sua reivindicação de propriedade do Castelo dos Douglas. Todo o ódio que ele sentia pelo rei Inglês, que tinha matado seu pai, foi transferido para o homem ao qual Edward passou a terra de seu pai: Sir Robert Clifford, o barão Inglês e confiável comandante militar, tanto do morto Rei Edward, bem como do seu filho, Edward II. Duas vezes, James tinha destruído a guarnição de Clifford, e duas vezes, Clifford a tinha reabastecido com mais homens. A última vez, Clifford tinha vindo para o castelo para verificar o seu forte.
Desta vez, James destina-se a ter de volta o Castelo dos Douglas, muito em breve. Ele preferia ver a fortaleza da família arrasada, do que ver o castelo ocupado por trinta filhos da puta ingleses. Muito ruim que Clifford não estava aqui agora. James iria mandar o diabo Inglês direto para o inferno. Se Boyd não fizesse isso por ele, em primeiro lugar.
Se havia alguém que odiava o Senhor Clifford mais que James, era Robbie Boyd.
Ela o olhou com cautela. —O que você vai fazer?
O que ele tinha feito duas vezes antes: usar malícia e astúcia para enganar o inimigo e depois destruí-los.—Esvaziar a despensa—, disse ele, com um sorriso duro.
Ela empalideceu e seus olhos voaram para os dele. — Você jurou que nada disso iria acontecer novamente. Você disse!
—Eu sei o que eu disse—, ele retrucou. Não lhe competia a ela dizer o que era aceitável ou inaceitável na guerra. Inferno foi dito que Wallace fez um cinto de pele de Sir Hugh de Cressingham, o comandante Inglês que ele odiava e que o derrotou em Stirling Bridge. Mas a maneira horrorizada que ela tinha olhado para ele depois daquele episódio "Despensa de Douglas", como se ela não soubesse que ele…
Ele tinha picado a sua consciência. Droga! Ele lhe teria prometido qualquer coisa para ela não olhar para ele daquela maneira, e isso o assustava. Ele não podia deixar qualquer um, mesmo Joanna, interferir com seus planos.
Ele tomaria de volta as terras de seu pai do Inglês, iria restaurar o seu patrimônio, e ver a casa dos Douglas levantada a alturas vertiginosas. Ele não se importava o quanto de sangue Inglês precisava ser derramado para fazer assim. —Vou mostrar misericórdia aos ingleses, a menos que eles me obriguem a causar o contrário.
Ela soltou um suspiro de alívio. — Estou feliz. Eles temem o suficiente.
Não seria o suficiente até que cada soldado Inglês fugisse da Escócia em terror. Seus olhos se estreitaram, a centelha de algo perigoso tomando conta. — Por que você se importa tanto sobre eles, afinal?
Ela olhou para ele interrogativamente. — Não é o Inglês que me interessa, é você.
—Portanto, não há verdade no rumor que ouvi que o capitão da guarda tem encontrado desculpas para fazer suas paradas por Hazelside?—O calor que inundou suas bochechas a fez ficar vermelha.
—Eu estava doente uma manhã—, explicou ela. —Sir John testemunhou; Ele estava apenas sendo gentil.
James olhou para o belo rosto inclinado em direção dele e sentiu um lampejo de raiva tão intensa e irracional roubando-lhe o fôlego. Jo é minha, dane-se! Se "Sir John" de Wilton, comandante da Guarnição dos Ingleses, estivesse diante dele agora, ele seria um homem morto. —Não seja tão ingênua Jo. O inglês quer você. Que homem poderia olhar para você e não te querer?
Ela era bonita. O rosto de querubim com um corpo exuberante construído para pecado. Mas, era muito mais do que sua aparência física. Joanna Dicson era doce e boa e gentil. Ela era o seu coração e a guarda da sua alma. Sem ela, ele iria... Ele não conseguia sequer contemplá-la. Joanna tinha estado ao seu lado durante todo o tempo que ele podia se lembrar.
Ela era uma parte dele, a melhor parte dele. E se Deus quisesse, ela estaria ao seu lado para o resto de sua vida. Qualquer picada de consciência que ele pode sentir sobre o que ele tinha feito, tinha facilitado seu pensamento. Ele iria cuidar dela. Para sempre.
Ela estendeu a mão e segurou seu queixo mal barbeado e deu-lhe um sorriso terno. — Você não tem motivo para ter ciúme, James. Sir John tem uma namorada na Inglaterra. E mesmo que ele não tivesse, o único homem que eu quero é você. Eu te amo.
O calor de suas palavras o atravessou, acalmou a névoa vermelha, e permitiu florescer em seu lugar alegria. Amor. Sim, ela o amava. E ele a amava. Como não podia?
Boas intenções esquecidas, James puxou-a em seus braços, mais uma vez, e a beijou. Ele gemeu com o contato, com a inundação de sensações. Seus lábios eram quentes e suaves, e tão incrivelmente doces. Nunca tinha experimentado mel mais doce.
Ele sabia que não tinha tempo para isso, mas ele, simplesmente, não conseguia parar. Foi sempre assim entre eles, quente e fora de controle, como quando é impossível parar o rastilho de pólvora. Agora que tinha sido desencadeado, perguntou-se como tinha sido capaz de mantê-lo contido por tanto tempo. O poder bruto, a intensidade, a enorme devastação dela, surpreendeu até a ele. Ele nunca tinha sentido nada parecido antes e sabia que ele nunca sentiria isso novamente. Esse tipo de paixão era uma vez na vida.
Seus lábios se moviam sobre os dela avidamente, deliciando, bebendo dela com cada curso ímpio de sua língua. Ele queria devorar cada última polegada dela, não deixando parte de sua possessão não reclamada.
Ela era sua.
E ela sabia disso. Ela se rendeu à paixão sem hesitação. Não, não se rendeu seria a palavra certa. Congratulou-se. Ela abriu o seu coração para ele, e ele se divertia com isso, saboreou-a. Ela o levou para dentro, como se ela nunca o fosse deixar ir.
Ele rezou para que ela nunca fizesse isso. Ele precisava dela e ele estava apenas começando a perceber o quanto.
CAPÍTULO DOIS
Estava acontecendo de novo. Joanna sentiu as sensações estranhas que a inundavam e sabia que ela seria incapaz de resistir. Não que ela quisesse. Isso tinha sido o problema desde o início. Quando James a abraçava, a tocava, a beijava e assim, ela nunca queria que acabasse. Ela gostava dele. Ela não gostava apenas do jeito que ele fazia o seu corpo sentir, tudo quente e espinhoso e sensível, mas também a forma como ele a fazia sentir em seu coração: protegida, querida, e... amada.
Acima de tudo amada. James a amava. Como ela poderia ter deixado Thom fazê-la duvidar dele algum instante? Ela colocou toda a sua culpa em sua resposta, abrindo a boca e beijando-o de volta com cada pedaço do fervor e paixão que ele estava dando a ela.
Apesar de Joanna ser alta para uma mulher, James ainda se elevava sobre ela por quase um 40 cm, e ela tinha que se esticar na ponta dos pés apenas para deslizar as mãos em volta do pescoço para se segurar. E ela se segurou. Parecia que no momento em que sua boca tocou a dela os ossos de suas pernas dissolveram. Na verdade, todos os seus ossos se dissolveram. Ela se transformou em uma poça, unindo de calor e sensação. Sua pele corada. Seu corpo formigava das pontas sensíveis de seus seios para o lugar íntimo entre suas pernas. A memória fugaz de outra sensação, a que tinha deixado quebrada e fraca à margem da sua consciência. Um gemido baixo de antecipação escapou do fundo de sua garganta. Ela aumentou a pressão do seu corpo, fundindo as suas curvas nos contornos rígidos de seu peito e coxas.
Os últimos anos da guerra havia feito muitas mudanças em James, mas, de longe, as mais visíveis eram aquelas em seu corpo. A magra compilação de sua juventude tinha se transformado em músculos duros e planos como granito. Ele ainda era magro, mas todos os vestígios do jovem haviam desaparecido. Ele era um homem, um homem sólido, musculoso guerreiro, feroz que tinha lançado terror através das terras. Ela estremeceu um pouco, lembrando-se de como se sentia ao apertar os músculos sob as palmas das mãos.
Mesmo seu rosto tinha mudado, embora não de quaisquer cicatrizes. Excepcionalmente, o rosto de James não tinha nenhuma marca da guerra que havia consumido todas as suas vidas. Em vez disso, os olhares de menino tinham endurecido. Tornou-se nítido. Mais perigoso e cruel. Ele era bonito, mas não era essa palavra que vinha à mente quando você olhava para ele. Ele estava intenso. Feroz. Determinado. Do seu tamanho, à perfuração escura dos olhos, para o conjunto de sua mandíbula quadrada, isto era o que se via. Mas, de alguma forma, isso só aumentava o seu apelo.
Na verdade, ele mais parecia um bandido do que um senhor ou cavaleiro. Ele não usava túnica de lã fina ou estampada, com os braços de Douglas sobre a sua armadura. Na verdade, ele quase não usava qualquer proteção em tudo, apenas uma touca sob seu comando para proteger o pescoço. Caso contrário, sua armadura consistia de um colete de couro preto básico e calças pontilhada com pedaços de aço, mais adequado para um guerreiro Highland do que um importante tenente da comitiva pessoal de Bruce. Mas, a armadura pesada não se prestava à agilidade e velocidade necessária para o estilo rápido de ataque pelo qual James estava se tornando famoso, segundo o modelo dos Nórdicos, que aterrorizaram as costas da Escócia anos atrás.
Quando jovem, James tinha sido um pouco exigente na aparência e, embora o Inglês tivesse despojado suas terra se lhe roubado as vestes senhoriais, essencialmente, obrigando-o a viver como um fora da lei na floresta Ettrick, vestígios dessa vaidade ainda permaneciam. Ele sempre cheirava a limpeza. Usava o legal cinturão curvado em sua pele,o cheiro quente de couro, e ela poderia detectar o aroma fresco de seu sabão.
E o cabelo preto, que deu origem a seu epíteto, era muito longo, mas ainda estava bem aparado e penteado, com exceção de que um ondulado, franja indomável que caia na testa. Ele estava barbeado, embora a sombra de sua barba já estivesse escura. Algumas horas mais tarde, ela podia sentir o áspero raspar enquanto a beijava.
E Deus, como ele a estava beijando. O golpe de sua língua em sua boca enviou tremores de sensação ondulando através dela. Ela poderia provar o tempero nos dentes do que ele gostava de comer.
Ela choramingou quando ele aprofundou o beijo, puxando-a para mais perto e segurando-a com mais firmeza contra ele. Seus corpos juntos. A laje de espessura de sua ereção pressionou insistentemente contra sua barriga, e seu corpo respondeu com uma onda de calor entre suas pernas. Ele a queria, e a prova dessa falta estava grande e dura contra ela, a fazendo estremecer.
A primeira vez ela pensou que o ajuste era impossível. Ele era muito grande, e ela era muito... muito inocente. Ma sele provou que ela estava errada. A memória da dor inicial foi distante, desaparecendo longe sob a memória do enorme prazer. O prazer que ele lhe daria novamente. Mas não foi apenas o prazer que ela almejava, era a proximidade. Ela queria se sentir unida a ele novamente. Queria senti-lo dentro ela, enchendo-a, forjando o vínculo que os unia para sempre.
****
James lutou para tomá-la lentamente, com controle, tendo rapidamente perdido o controle. Ele queria dar-lhe mais prazer do que ela jamais sonhou, pois Deus sabe o que ela fez com ele estava além das suas mais selvagens fantasias.
Apenas a pressão de seu corpo contra o dele era incrível. O esmagamento suave de seus seios contra o seu peito, o balanço suave de seus quadris para sua virilha...
Ela o fazia selvagem.
Uma inundação de calor tomou conta dele, e ele a puxou para mais perto, aprofundando o beijo. O cabelo dela caiu da sua presilha, derramando-se sobre suas mãos como uma cachoeira de seda e enchendo o nariz dele com o inebriante perfume das rosas que ela usava em sua água de banho. Ela sempre cheirava bem. Como uma torta de maçã quente puxada do forno, ele não pôde resistir, inalou e guardou o doce aroma profundamente em seus pulmões.
Mas, foi a sua resposta que o desfez. O movimento circular de sua língua, hesitante no início, e, em seguida, mais ousado, quando ela uniu os seus determinados movimentos com os delas. Os gemidos suaves de prazer que aumentaram e tornaram-se mais insistentes. O balanço suave de seus quadris contra ele que se transformou em uma moagem. Cada instinto primitivo nele tinha sido alimentado até o ponto de não retornar. Como um barco sai por cima de uma cachoeira, não havia como voltar atrás.
Seton e Boyd vão ter que esperar.
Ela estava fazendo pequenos suspiros eróticos no fundo de sua garganta. Suas mãos agarraram descontroladamente em seus braços e ombros, flexionando seus músculos com restrição por baixo.
Uma névoa desceu sobre ele. Tudo o que ele conseguia pensar era a mulher em seus braços e as sensações incríveis que ela provocava em seu corpo. Nada mais importava.
Suas mãos encheram-se com a carne macia de seu traseiro, as pernas, os seios. Deus, aqueles seios! El atinha os seios mais espetaculares de toda a mulher que ele já tinha visto. Cheio, redondo e cobertos com Os bicos otimistas. Ele segurou a carne macia, madura, correndo os dedos sobre os picos tensos até que ela arqueou em sua mão.
Ambos estavam respirando com dificuldade, e ele estava perigosamente perto de se derramar em suas vestes, mas ele estava determinado a fazer melhor desta vez. A primeira tinha sido desastrada, frenética, uma frenética jovem explosão de luxúria reprimida e paixão. No entanto, surpreendentemente, apesar da dor inicial, ele conseguiu dar-lhe algum prazer. Desta vez, ele queria dar a ela tudo. A moça nasceu par afazer amor.
Obrigou-se a abrandar e baixou-a de joelhos com ele, quebrando o beijo apenas o tempo o suficiente para rasgar a manta de seus ombros e estendeu no chão atrás deles. Por agora, o caramanchão da natureza teria que servir, mas, um dia, ele jurou que lhe daria cama, bem como a roupa de cama de seda e cortinas que ela merecia.
Quando ele relembrou o que o rei Inglês tinha roubado de sua família. Algo deve ter cintilado em seu olhar.
—Há algo errado?—, Perguntou ela.
Ele olhou para baixo em seu rosto virado para cima, para os grandes olhos azuis suaves com paixão, as bochechas coradas, e os lábios inchados de beijar, e sentiu um caroço duro de emoção em seu peito. Ele estendeu a mão, segurou seu queixo aveludado, e balançou a cabeça. Como poderia estar qualquer coisa errada quando eles estavam juntos? —Eu só desejo que eu pudesse dar-lhe mais do que uma manta sob as árvores.
Ela sorriu. —Eu não me importo. É lindo aqui. Quando você se vai, eu venho aqui, e isso me faz sentir mais perto de você.— Um rubor se levantou em suas bochechas. —Eu penso nisso como o nosso lugar.
Seu sentimento o tocou. Eles haviam se encontrado aqui há anos, mas ele sabia que não era a razão. Foi por causa do que tinha acontecido da última vez. Joanna sempre via o bem, mesmo em algo que pode ser visto como ilícito. Determinação quente e pesada se mexeu dentro dele. —Um dia eu vou construir um palácio como você merece.
Seus olhos se encontraram; ela parecia inexplicavelmente aliviada. — Você quer dizer isso?
—Claro. — Ele franziu a testa. — Você duvida de mim?
—Nunca. Mas eu não preciso de um palácio; Eu vou ser feliz em qualquer lugar, desde que estejamos juntos. —Ela sorriu para ele, tão brilhantemente e calorosamente como o sol, e como Ícaro, ele era impotente para resistir à atração magnética. Com um gemido, ele cobriu sua boca mais uma vez e colocou as costas no xadrez.
Ele apoiou o seu lado para protegê-la do peso do seu corpo. O benefício foi que isso não só deu-lhe um melhor ângulo para beijá-la, mas também deu à sua mão acesso gratuito para explorar. Enquanto sua língua mergulhou nos recessos quentes de sua boca, sua mão vagou sobre as exuberantes curvas de seu corpo, tudo sobre seu corpo. Ele não se cansava de tocá-la, sentindo tudo o que sua suave carne feminina enchia transbordando a sua mão, sentindo o seu resplendor e calor para ele. Ela era tão quente. Quente, ansiosa e necessitada.
Ela se contorcia e arqueou sob as pontas dos dedos, procurando inconscientemente a pressão e atrito que seu corpo desejava. Ela gemeu em sua boca quando ele finalmente agarrou seus seios. Beijou-a mais duro, trabalhando a boca com o golpe de sua língua, enquanto sua mão fez o mesmo com seu peito. Acariciando, apertando, circulando o mamilo tenso com a ponta do polegar antes de, finalmente, o levar entre os dedos e dando-lhe o atrito que ela arqueando para trás exigia.
Apesar do dia frio de fevereiro, o suor espalhou-se sobre sua pele quando a força de seu desejo ficou mais quente e mais difícil de controlar. Ele sentiu como se estivesse prestes a explodir. Quando seus quadris começaram a levantar, ele a deixou encontrá-lo.
Cristo. Ele gemeu com o contato. Aninhado a coluna latejante no momento doce entre suas pernas, ele segurou seu traseiro, segurando-se firmemente contra ela, enquanto ela começou a moer contra ele com pequenas elevações e círculos de seus quadris frenéticos.
Sua respiração estava ficando mais rápida agora, uma mistura de gritos e gemidos suaves. Ele podia sentir seus corpos e agitar debaixo dele. Os gritos ficaram mais insistentes, o aperto de seus dedos em seus ombros mais exigente. Ele podia sentir a tensão doce reclamá-la. Sentiu como ela começou a se dissolver.
Oh Deus! Ela estava gozando apenas se esfregando contra ele. Ele rangeu os dentes contra a sua própria vontade de fazer o mesmo e deixá-la montá-lo. Deixe-a descobrir como encontrar o prazer dela e aproveitar.
Manteve-se muito quieto, tentando não pensar sobre como é bom sentir. Ou como ela era sensível. Ou como maldita sorte que ele encontrou uma mulher com tal paixão desenfreada. Cristo! Ele sentiu como se eles fossem gozar, mesmo que eles ainda tinham suas roupas.
Um momento depois, seus corpos ficaram tensos. Ele quebrou o beijo para assistir seu rosto enquanto ela se partiu. Seus olhos voaram para sua maravilha. — James!
Algo preso em seu peito. Um disco, uma facada quente de pura emoção. Ela era tão linda. — Está tudo bem, amor—, disse ele, com voz rouca. — Eu tenho você.
E ele tinha. Eles estavam tão ligados que ele podia sentir os espasmos e tremor de sua libertação reverberando através dela, e em torno dele, puxando emocionante. Tão apertado. Tão quente. Tão bom.
Deus! Ele precisava estar dentro dela.
****
Atordoada pelo poder das sensações que assolaram seu corpo, Joanna apenas ficou consciente de James quando ele arrancou o corpete e desfez os laços de seu vestido, com movimentos bruscos.
Os espasmos afiados tinham apenas começado a vazar quando sentiu uma explosão fresca de ar sobre as pernas quando ele levantou as saias. Laçando os braços sob as pernas, ele levantou os quadris para onde ele estava posicionado ajoelhado entre suas pernas.
A ponta sem corte de sua masculinidade cutucou contra ela por um momento, e com um empurrão, ele encaixou-se dentro dela.
Sua cabeça caiu para trás com um grito profundo que estava em algum lugar entre a agonia e o êxtase. Ela engasgou mais com o choque do que com a dor, embora o seu tamanho ainda lhe provocasse uma pontada do último. Foi o rigor da sua posse, o primitivismo feroz do seu crédito, e a incrível plenitude dele dentro dela.
Manteve-se ainda por um minuto, como se dando seu corpo a chance de se acostumar com as sensações, antes de escorregar dentro e fora lentamente.
Ela questionou a sua posição até então, mas, de repente tornou-se claro. Ao contrário da primeira vez, quando ele tinha ficado em cima dela, com ele em seus joelhos e quadris inclinados para ele, ele tinha uma perfeita vista do que eles estavam fazendo. Ele poderia assistir movendo-se dentro e fora dela.
E ela também poderia. Seus olhos se arregalaram quando seu corpo esticou para levá-lo polegada por polegada e ele desapareceu dentro dela.
Ela sabia que deveria ficar chocada. Deveria ter vergonha. Devia virar seu olhar. Mas em vez disso, ela corou com a excitação da visão erótica. Na intimidade e necessidade carnal. Propagação de calor através de seu membro.
Seus olhos se encontraram, e um rubor se levantou em suas bochechas. Seu rosto era uma máscara apertada de prazer, todas as linhas duras e sombras escuras. Sua mandíbula estava cerrada, sua boca estava suave, e seus olhos estavam entreabertos com paixão. Ele parecia feroz e perigoso, e assim, estava atraente, o que enviou uma nova onda de calor para o lugar que eles estavam unidos.
—Não tenha vergonha—, disse ele, como se ele pudesse ler seus pensamentos. — Sua paixão me desperta. Eu gosto de sentir seus olhos em mim.
Como se no comando, seus olhos caíram para sua masculinidade — Você gosta?—Perguntou ela.
Ele gemeu em resposta, afundando dentro e fora novamente. Sua voz era apertada, como se cada movimento fosse tortura. — Deus, você não tem ideia. Observe-me, Jo. Assista amor.
Ela olhou. Observou o tamanho dele. Sua espessura. O abaulamento da veia que corria pelo comprimento longo. A capacidade de seu corpo para ele caber dentro. Ela observou os golpes lentos e perversos, enquanto seus quadris bateram mais rápidos, como o calor e a umidade de sua excitação o revestiam em um brilho fino, facilitando seu caminho.
Ela engasgou quando a batida intensificou. Seu coração começou a bater forte, e a sensação inquieta começou a se construir novamente.
O atrito requintado. A plenitude pecaminosa. O ritmo perfeito. O calor distribuído por seus membros com cada batida dura de seu corpo no dela, trouxe-a para mais perto de seu pico.
Ela podia sentir a fúria de sua paixão desencadeada, sentir a tempestade que ele tinha mantido à distância e, pela primeira vez, começou a libertar. Era selvagem, primitivo e cru.
Nunca tinha imaginado que ela podia fazer isso com ele, e o conhecimento dela, tanto humilhado como poderoso. Ela podia trazê-lo de joelhos tão facilmente como ele a trouxe. Ele poderia ser o filho de um senhor, e ela a filha de um marechal, mas aqui, nesse momento, eles eram como um só.
Sob o linho de sua camisa, ela podia ver seus músculos poderosos flexionando e tencionando conforme o ritmo da sua adesão definindo um ritmo frenético. Seu rosto escurecido, seus olhos com capuz, sua mandíbula apertada, os músculos em seu pescoço e ombros queimando.
-Cristo, você me faz sentir tão bem—, ele mordeu fora com os dentes cerrados.
Suas mãos deslizaram de suas coxas para agarrar sua parte inferior, permitindo-lhe afundar cada vez mais fundo. Mais duramente e mais intenso até que ela sabia que não havia nenhum lugar para ele ir. Ela engasgou, quando ele tinha alcançado a mais profunda parte dela. Eles se juntaram completamente... Irrevogavelmente... perfeitamente.
Seus olhos a prenderam. — Você é minha, Jo. Minha para sempre.
—Sim! Sim!—, Ela gritou, como ritmo frenético de suas estocadas levando-a para o pico mais alto. Mas então ele a levou mais alto ainda. Com um grunhido áspero, ele mergulhou até ao fim e segurou-a para ele e começou a circular seus quadris em uma moagem dura.
Seu corpo se desfez. Satisfação explodiu dentro dela.
—Oh Deus, eu vou gozar—, ele mordeu com força. Seus dedos cavados em suas nádegas quanto ele endureceu e deu um grito gutural profundo que enviou a ambos catapultando para as estrelas juntos. Os espasmos de sua libertação caíram sobre ela, quando a corrida quente de sua semente se derramou dentro dela.
Foi incrível. Sentindo o seu corpo estremecer e tremer com o dela. Sabendo que ele estava compartilhando a mesma sensação, a mesma paixão, que eles estavam enfrentando esse milagre juntos.
Para sempre, ele tinha dito. Lágrimas de felicidade brotaram de seus olhos.
Quando acabou, eles entraram em colapso, em um monte de corpos desossados e exaustos, e membros emaranhados.
Nenhum dos dois parecia se mover por um longo tempo. Mas, eventualmente, seus peitos subindo e pesando, a respiração desacelerou. Demorou alguns minutos a mais para a neblina que tinha virado seu cérebro em mingau começar a limpar o suficiente para permitir o pensamento racional.
James praguejou. Palavras que ela nunca tinha ouvido usar antes, e a crueza a chocou. Estaria algo errado? Seus olhos voaram para o dele.
Um pouco da sua trepidação escapuliu quando ele sorriu infantilmente. — Desculpa. Eu só estava pensando que Raider e Dragon vão ficar furiosos.
—Quem?
Ele balançou a cabeça. —Isso não é importante.— Ele deslizou a mão ao redor para tocar seu rosto, acariciando o lábio inferior com o dedo. Seu olhar terno caiu sobre a dela. —Eu tenho que ir. Eu não deveria ter ficado tanto tempo. Os homens estão esperando por mim.
Ele não esperou ela responder, mas lentamente desembaraçou-se e ficou de pé. Havia algo sobre observá-lo vestir suas calças e alcançar seu colete que a fez sentir... errada.
Mas recordando a sua promessa de construir um palácio para ela algum dia, a pontada de inquietação desapareceu. — Preciso falar com você sobre algo importante.
Toda a atenção e ternura que ele tinha mostrado há alguns minutos tinha ido embora. Ele estava em modo guerreiro, sua atenção já desviada para o que quer que ele fosse fazer. — Lamento, mas terá de esperar, Jo. Eu já estou atrasado.
—Só vai levar alguns minutos.
Ele franziu a testa, talvez pegando algo em sua voz. — Do que se trata?
Ele estendeu a mão para ela e ela ficou de pé, a saia caindo de volta no lugar, escondendo todas as provas, como se ele não tivesse acabado de passar entre suas coxas há poucos minutos.
Ela colocou as mãos sobre o ventre instintivamente. — O nosso futuro—, disse ela.
Suas sobrancelhas franziram com essa frase; ele não tinha ideia do que ela estava falando.
—O nosso casamento—, ela esclareceu. Com vergonha de levantar o assunto ela mesma, ela tentou brincar. — Nós teremos de postar os proclamas mais cedo do que você pode ter pretendido.
O sangue deslizou do seu rosto. — Que casamento?
O horror chocado em sua expressão, Joanna viu a verdade. A terrível, brutal verdade, hedionda. "Sempre" e "construir o seu palácio" não significa fazê-la sua esposa.
O conhecimento percorreu-a em uma quente onda dolorosa. Thom tinha razão, e ela tinha estado errada, terrivelmente errada.
CAPÍTULO TRÊS
Saindo da mais erótica, mais especial, mais agradável, mais incrível experiência sexual da vida de James, as palavras de Jo foram um choque frio. Inferno, elas eram como um mergulho no gelo das águas do mar Hebridean no meio do inverno gelado, queimando seu corpo nu. Seu sangue, a respiração, tudo dentro dele, congelou.
Ela olhou para ele, seus grandes olhos azuis questionando e ansiando. — Eu pensei... eu assumi que...iríamos nos casar—, disse ela, em um sussurro rouco.
Ele olhou para a mulher que ele conhecia desde que ambos eram crianças, crescendo juntos, que sabia o que o Inglês tinha feito a seu pai e que eles o tinham tirado dele, que tinha que saber como era importante a sua carreira, como se ela fosse uma estranha. Ele estava indo para ser o maior cavaleiro na Escócia, elevando o nome de Douglas a alturas vertiginosas. O horror e humilhação da morte de seu pai, deixado para morrer como um cão, nunca seria perdoado, e ele pretendia fazer com que ele nunca fosse esquecido. Ninguém jamais iria difamar sua honra e nobreza novamente.
—Eu pensei que você tivesse entendido—, disse ele em descrença. Como ela poderia não entender? Ela deveria ter compreendido. Ele não podia se casar com ela. Era impossível. O casamento entre eles era tão fora do reino da possibilidade, ele nunca sequer considerou. Bem, talvez uma vez, quando ele era um rapaz e não sabia muito, mas seu pai o tinha esclarecido. James tinha o dever, a responsabilidade de se casar para o bem de sua família. Sua escolha de noiva tornou-se ainda mais importante após a morte de seu pai e Edward ter roubado o patrimônio de James. Sua espada só iria levá-lo a conquistar tudo novamente.
A mulher que tomaria por sua esposa seria quase tão importante quanto o nome que ele estava fazendo para si mesmo na guerra. Seria uma mulher que lhe traria riqueza e títulos. Uma mulher que iria continuar a sua ambição e aumentar o poder do senhorio Douglas. Uma mulher como Margery Bruce.
James tinha todos os motivos para acreditar, toda razão para esperar, que o rei tivesse a intenção de propor uma correspondência entre a sua irmã mais nova - o rei tinha sete - e James. Ele lhe deu a entender isso mais de uma vez. Aos treze, Margery teria idade suficiente para se casar. A roupa de cama iria esperar por alguns anos, mas o casamento seria o culminar de tudo o que James tinha lutado ao longo dos últimos cinco anos. A conexão de sangue com Bruce não só iria fortalecer o vínculo entre as famílias, mas também provar quão alto James chegaria, com sua relação com o rei.
Randolph não seria o único parente disputando a favor de Bruce.
A rivalidade de James com Sir Thomas Randolph, o sobrinho de Bruce, tinha vindo a aumentar com a estima que o rei tinha com ele desde que James lhe tinha capturado o Inglês e o trouxe de volta para o escocês, tudo se intensificando nos últimos tempos. Eles estavam sempre tentando se superar um ao outro no campo de batalha ou em qualquer missão que o rei lhes designasse. O rei encorajou-o porquê ele o ajudou em seus esforços para retomar o seu reino. Enfim, Randolph era um espinho no traseiro de James. Randolph deveria ter o deixado com o Inglês.
James não podia se casar com Joanna. Ele era o Lorde Douglas-despossuído ou mais que isso, e ela a filha de seu vassalo. Pelo amor de Deus! O casamento era uma aliança política. Uma ferramenta. Um dos melhores acordos que ele teria de fazer para avançar a sua família. Não tinha nada a ver com seus sentimentos pessoais. Inferno! Era por isso homens tinham amantes. A esposa era um dever, Joanna sua felicidade e seu coração. Como ela não podia entender isso?
Ele passou os dedos pelos cabelos, sem saber o que fazer, o que dizer. Ele olhou para seu rosto e seu peito queimou, como se com cada lufada de ar, ele enchesse os pulmões de fumaça acre.
Ele não queria machucá-la. Cristo, machucá-la era a última coisa que ele queria fazer. Ele a amava. Ele segurou seu rosto em sua mão. Sua pele parecia gelo. Normalmente, ela iria apreciar seu toque, mas ela ficou perfeitamente congelada, olhando para ele como se o visse pela primeira vez. Como se tivesse acabado de traí-la da pior maneira possível e destruindo sua fé nele.Um arrepio percorreu-o. Seu coração disparou. Se ele não soubesse melhor, ele diria que ela estava em pânico.
—Jesus, Jo, não olhe para mim assim. Eu não posso me casar com você, mesmo se eu quisesse.
Ela se encolheu como se tivesse a atingido. — Mesmo se você quisesse?
Ele xingou. —Isso não é o que eu quis dizer. É claro que eu quero.— Ele percebeu o que disse. Mas desejos pessoais não tinham nada a ver com o casamento. —Mas eu não sou um camponês, vinculado apenas pelos ditames do meu coração. Eu tenho o dever de minha família como senhor. Eu devo casar para restaurar a riqueza e prestígio dos Douglas. Certamente você pode ver isso?
—Mas nós fizemos amor. Eu te dei a minha inocência.
James encolheu-se interiormente. As palavras dela quebraram a parede de vidro que ele tinha construído em torno de sua culpa. O quê diabos ele poderia dizer? Estava errado? Ele tinha sido incapaz de resistir? Não havia palavras que podia reunir em sua defesa. — Você queria dar-se a mim. Eu pensei que você tivesse entendido o que isso significava.
Levou um momento para descobrir o que ele queria dizer, mas quando o fez, o olhar de horror em seus olhos cortou-o rápido. — Uma amante. Deus do céu, você nunca quis se casar comigo.—Era uma afirmação, não uma acusação, mas ele ainda sentia isso como uma. Ela cruzou as mãos sobre a barriga como se tivessem acabado de chutá-la. —Como eu pude ter sido tão tola? Eu pensei... — Sua voz embargada. — Oh Deus, eu pensei que você me amasse.
As lágrimas brilhavam em seus olhos quando ela olhou para ele, seu peito estava como se ela tivesse comido ácido. Ele estendeu a mão para ela novamente, mas ela se afastou.
—Eu amo você—, ele insistiu. — Isto não tem nada a ver com o que sentimos um pelo outro.
Suas palavras caíram em ouvidos surdos. Ela balançou a cabeça em descrença, seus olhos nunca deixando seu rosto.
—Thom estava certo sobre você. Eu não queria acreditar. Defendi você.
James ficou tenso com a menção de seu velho amigo e companheiro de infância. A amizade deles tinha chegado a um fim abrupto há um punhado de anos atrás, quando James percebeu os sentimentos de Thom pela sua irmã, Beth. O filho do ferreiro chegou muito alto. Mas era mais do que isso. Foi o desprezo e desaprovação nos olhos do outro homem que tocou alto e bom som cada vez que seus caminhos se cruzaram. Thom não fazia segredo que ele não aprovava a maneira como James estava fazendo um nome para si mesmo. Mas James não deu uma merda sobre a aprovação de seu velho amigo. Thom não sabia nada sobre os deveres e responsabilidades de um senhor.
Os punhos de James apertaram a seu lado. — MacGowan vem tentando levá-la longe de mim por anos. Que diabos ele disse?
—Que você nunca iria se casar comigo. Que sua ambição não permitiria isso. Isso não importa se aconteceu entre nós ou se...
Ele agarrou seu braço, não deixando a terminar. — Cristo, o que você disse a ele?
Por que o conhecimento que MacGowan sabia o que tinham feito, fazia com que se sentisse infinitamente pior? James quase podia ouvir a condenação de seu velho amigo. Os dedos dele em suas palmas como seus músculos flexionados e os punhos cerrados ainda mais apertados. O que diabos o filho de um ferreiro sabe sobre honra?
Mais do que você. Ele empurrou o pensamente a distância. Ele nunca quis que isso acontecesse, caramba. Ele pensou que ela tinha compreendido.
Ela ergueu o queixo; apenas ela sempre tinha sido imune ao seu temperamento. — Ele adivinhou. Mas por que você deveria se preocupar? Você pretendia me tornar sua puta, ou você não acha que as pessoas perceberiam o que significava quando você me construísse um "palácio" e me cercasse com bastardos? Nosso bebê será um desgraçado.
Ele a puxou para ele com raiva. — Não fale assim. Não faz soar feio.
— Não é que me faz parecer feio, James, ele é feio. Prostituta. Adúltero. Fornicação. Desgraçada. Do que mais você chama uma mulher quando você casa com uma e configura outra como sua concubina?
— Eu chamo-lhe tentar fazer o melhor de uma situação complicada. Eu chamo-lhe fazer o que é necessário para que nós possamos estar juntos. O que diabos você quer que eu faça?
Seus olhos prenderam-na por um longo tempo. Ele pensou que ela estava começando a compreender até que ela disse: — Eu gostaria que você fosse o homem honrado que eu pensei que você seria para toda a minha vida. Eu queria que você entendesse que o que você está me oferecendo, o que você planejou para nós, é mais impossível do que o casamento. Eu gostar iaque você me amasse o suficiente para não até mesmo fazer a pergunta.
Sua boca afinou. — Não é assim tão fácil, e você sabe disso. Eu tenho uma responsabilidade e dever, dane-se.
—É dever que impulsiona você ou ambição? Você não alcançou o suficiente? Você é um dos maiores cavaleiros do Rei Robert e ele vai recompensá-lo como tal. É Douglas, que busca mais, ou é James?
Seus olhos se estreitaram. Ele não estava acostumado a ela falar com ele assim. Ela soou como MacGowan.
—Eles são um e a mesma coisa.
—Eles são?— Olhos azuis sinceros olharam para os seus com demasiado entendimento. — Nada vai trazê-lo de volta, James. Nada vai mudar o que foi feito com seu pai.
Uma bola quente de emoção ardia em seu peito e na garganta com a menção de seu pai. — Você não acha que eu sei? Mas eu lhe fiz uma promessa. Eu jurei que faria qualquer coisa para ver os Senhores de Douglas restaurado para a grandeza. E isso é o que eu pretendo fazer, sangrento ou não. Não tente me parar, Jo.
****
O coração de Joanna estava quebrando. O homem que ela pensou que ele era não existia. Ela tinha dado o seu amor a uma ilusão, um mito, uma lenda que ele iria certamente se tornar.
Aqui estava o "Douglas Black", o implacável, inflexível guerreiro que havia liderado uma campanha de destruição e terror nas fronteiras Inglesas, detendo todos. Ela tinha visto sugestões deste homem ao longo dos anos, mas nunca tinha pensado que a crueldade seria dirigida em direção a ela.
Quantas vezes ela implorou desculpas para ele? Disse a si mesma que o James que ela conhecia era diferente daquele no campo de batalha? Ela sabia que James lutava com os dragões de seu passado. Entendia a morte cruel de seu pai em uma prisão inglesa, despojado de tudo e deixado a morrer de fome e perecer de suas feridas, James tinha levado com ele. Ela tinha estado lá no dia do então dezoito anos de idade, James retornou do tribunal Inglês depois de ser humilhado publicamente pelo rei Edward.
Por insistência de William Lamberton, o bispo de St. Andrews, James tinha peticionado Edward pelo retorno de suas terras e ofereceu sua lealdade. Mas ao saber sua identidade como o "filho do Douglas traidor", Edward havia caído em um de seus famosos temperamento Angevin1, vomitando um vicioso público diatribe2 contra os Douglas iniciantes, que não eram mais do que camponeses em vestes de senhores. Dizendo-James ele não estava apto para limpar a bunda ou limpar seu guarda-roupa. O "Senhor do Garderobe3".- ele o tinha apelidado. James tinha sido forçado a fugir para salvar sua vida. Tinha sido um golpe contundente ao seu orgulho tão jovem.
Angevino: natural ou habitante da cidade de Angers ou da região de Anjou (Anju), na França.
Diatribe: crítica severa e mordaz.
Garderobe: guarda-roupa.
Ela entendeu as sombras escuras de vingança que o levaram, mas ingenuamente pensou que o amor seria o suficiente. Que ela seria o suficiente.
Querido Deus, como podia ter sido tão errada?
—Eu nunca disse que me casaria com você, Jo. Eu nunca fiz nenhuma promessa.
Ele parecia estar lendo sua mente, algo que tinha sido comum entre eles. Até agora ela sempre tinha visto isso como prova de sua proximidade, falsa proximidade que parecia cômica agora.
Ela olhou para ele, seu peito queimava, sentindo suas esperanças e sonhos carbonizar a cinzas. — Você está certo. Você não me fez promessas. Eu assumi que você me honraria o suficiente para não tomar o que era destinado a um marido.
Seu rosto ficou vermelho de raiva e, ela o conhecia bem o suficiente para detectar, uma pontinha de vergonha. —Eu a honrei bastante confiando que você era uma mulher que seguia sua própria mente e seria capaz de fazer suas próprias decisões. Eu não tomei qualquer coisa que não foi me dado livremente, nem eu estava ciente de que havia condições.
Suas palavras jorravam como balde de água fria em seu rosto.
Vendo a reação dela, ele xingou sob sua respiração. As linhas duras do seu rosto se suavizaram. —Sinto muito, Jo. Vou aceitar a culpa por minha parte, mas eu não serei escalado para o papel de sedutor perverso ou mal, desonrador de virgens. Eu não agi sozinho. Você queria o que aconteceu, tanto quanto eu queria.
Por mais que ela quisesse amaldiçoá-lo e culpá-lo, ele estava certo: era tanto culpa dela como era dele. Ela não era uma menina fresca de um convento; ela sabia o que estava acontecendo, e o que significava. Ela tinha sido tão levada como ele tinha. Na verdade, quando se lembrou agora a sua vergonha, ela implorou para tomar sua inocência, insistiu com ele quando ele hesitou.
Mas isso não resolvia o problema ou diminuía o golpe esmagador de decepção. Certo ou errado, James a tinha decepcionado.
E não seria só ela quem pagaria o preço por sua tolice. Oh Deus, o bebê. O bebê, que apenas alguns minutos antes parecia uma bênção, agora sentia como uma maldição. O que ia fazer?
Um pássaro assobiou na distância. Pelo menos, ela pensou que era um pássaro até que suas orelhas seguiram a direção.
—Eu tenho que ir—, disse ele. — Eles estão esperando por mim.— Ele pareceu rasgado, claramente não queria sair assim. Ele estendeu a mão para ela.
Desta vez, ela não se esquivou a distância, mas também não deixou que ele a confortasse. Sentia-se estranhamente entorpecida, estranhamente oca.
—Eu não quero brigar com você, Jo. Nós vamos descobrir alguma maneira.
Talvez ele não a conhecesse de tudo. —Não há nada para descobrir. Você não pretende se casar e, eu não pretendo ser a sua amante.
Ele franziu a testa. — O que você está dizendo?
Ela endireitou a coluna, olhando-o bem em seus olhos. — Isso você tem que escolher. Não existe outra maneira. Nem você vai me convencer do contrário. Toda a minha vida eu te dei tudo, mas eu não vou te dar isso. Eu nunca vou ser sua prostituta. Sou eu ou a sua ambição.
Sua boca se apertou, e seu o rosto escureceu com raiva. —Isso soa como um ultimato.
James não gostou de ser colocado em um canto que ele nunca esteve. Mas ela não se importava. — É—, disse ela friamente.
—Quanto você está disposto a sacrificar, James?
—Jo... — O som de outro apito soou. — Droga. São eles. Mas essa conversa não acaba aqui. Vou encontrá-la amanhã.
Ela se virou, não queria que ele visse as lágrimas. Que escolha tinha?
—Jo, por favor. — Ele pegou o queixo e virou o rosto para o dele. — Nós vamos descobrir isso. Confie em mim.
Mas isso tinha sido seu erro. Ela olhou para o belo rosto do homem, o qual ela pensava que amaria para sempre e quase o odiava. Seu peito ardia. Doeu só de olhar para ele. O forte nariz, no queixo duro, os olhos penetrantes. Características que ela sabia tão bem quanto ela própria. No entanto, descobriu-se que ela o tinha conhecido tão pouco.
—Se você quer dizer descobrir isso por convencer-me, você está errado. Eu quis dizer o que eu disse James. Eu nunca irei ser a sua prostituta. —Ela falou baixinho, mas resolutamente para que ele pudesse ouvir que ela quis dizer cada palavra.
Sua mandíbula se endureceu. Era claro que ele queria discutir com ela, mas quando o próximo apito soou, ele deu-lhe um olhar duro. — Amanhã—, ele prometeu, antes de desaparecer entre as árvores.
****
James encontrou-se com os dois homens procurando por ele no meio do caminho, descendo a colina.
Robbie "Raider" Boyd, o homem mais forte nas Terras Altas e executor da Guarda Highland, estava diante dele, bloqueando seu caminho. — Onde diabos você estava?
—Eu lhe disse que tinha algo para fazer, — James retrucou. Poucos homens tiveram a coragem de fazer isso.
Boyd pode ser mais duro do que carne, e mais aço do que tendões, mas se ele queria uma boa briga, James estava no clima perfeito para dar-lhe uma. A conversa com Jo tinha matado a bem-aventurança de seu ato sexual, deixando-o irritado e na borda. Ele não podia acreditar que a doce, bondosa, a rapariga sempre agradável que tinha conhecido durante todo o tempo que ele podia se lembrar, tinha emitido um ultimato. Mas ela não quis dizer isso. Ela o amava muito.
Os olhos de Boyd se estreitaram rígidos. — Será que esse algo tem a ver com a moça? Ouvi dizer que você tem uma queridinha na aldeia.
James ficou tenso, seus músculos se juntaram com prontidão. — Deixe-me, Raider. Não é da sua conta.
—Para o inferno que não é! Estamos arriscando nossas peles malditas para ajudar a tirar o Inglês fora de seu castelo de novo, e você está fora em algum encontro com amantes?
James conheceu sua raiva de frente. — Eu não pedi a sua ajuda, você queria vir. Agora obtenha o inferno fora do meu caminho.
Por um longo momento os dois homens enfurecidos se miraram e pareciam como se pudessem ir a golpes. Mas Alex Seton, que veio de Yorkshire, e era o ódio com todas as coisas de ingleses, parceiro improvável de Boyd, se colocou entre eles. — Deixa Douglas, Raider. Nenhum dano foi feito. E ele está certo, você queria estar aqui tanto quanto ele queria, ou você perde a chance de ajustar o nariz de Clifford.
—Eu vou fazer um inferno de muito mais do que isso, se eu ficar cara a cara com o guardião Black novamente—, disse Boyd, atipicamente recuando. Boyd tinha nascido para brigar e ele raramente recuava em uma luta.
—Se eu não encontrá-lo primeiro—, disse Douglas.
O refrão familiar imediatamente aliviou a tensão entre os dois homens. James e Boyd regularmente cutucavam um ao outro, sobre quem seria o primeiro a conhecer seu inimigo no campo de batalha.
Clifford tinha ganhado a inimizade de James reivindicando sua terra e de Boyd por quase tomar sua vida na prisão.
—Sim, bem, é o Inglês, que vai fazer a captura, se não tivermos cuidado. Demasiadas pessoas sabem de sua presença na área, — comentou Boyd. —O que você fez enviar arautos4?
James sorriu. — Não é bem assim. Mas ele não pode ser ajudado; vamos precisar da ajuda de alguns dos homens locais se isto é trabalhar. Você não precisa ter medo que eles me trairão. Esta não é a primeira vez que eles foram chamados para ação.
—Sim, mas vamos esperar que seja a última—, disse Boyd.
A boca de James se curvou. — O herdado Castelo Douglas já é muito popular, e mais temido que o exército Inglês. Quando estiver pronto, pretendo fazer uma maldição, se não há mais nada para deter ou reconstruir.
Seton olhou entre James e Boyd, sua expressão sem sua intensidade ou ânsia de batalha. Boyd e James poderiam cruzar espadas de vez em quando, mas quando eles iam para o Inglês eles eram uma só mente. O ódio e vingança que levavam ambos, no entanto, era distintamente nula em Seton. Sua determinação quanto ao que era necessário para ganhar esta guerra não era tão intensa como no resto dos Guardas Highland. Ele estava claramente em conflito sobre seus métodos;mais uma cavalaria. Embora, quando chamado, ele lutava tão cruelmente como o resto deles, o inglês parecia um ajuste estranho para o exército secreto de "bandidos", como o Inglês chamou ironicamente. Até mesmo seu nome de guerra "Dragon" era tenso de escutar, era uma brincadeira sobre o Wyvern5 que fazia parte do brasão de Seton que normalmente seriam usados no tabard6 de um cavaleiro ou túnica.
—Então, devemos ir em frente—, disse Seton. —Vamos encontrar os outros e ver se esse plano de vocês vai funcionar.
Arauto: oficial das monarquias medievais encarregado de proclamações solenes, do anúncio de guerra ou paz e de informar os principais sucessos nas batalhas.
Wyvern(serpe): derivado da palavra francesa wivre, víbora, é todo réptil alado semelhante a um dragão, mas de dimensões distintas, muito encontrado na heráldica medieval.Geralmente as serpes apresentam apenas duas patas (ao contrário dos dragões ocidentais, que possuem quatro), sendo que no lugar das dianteiras estão suas asas, o que a torna similar a uma ave.
Tabard: nos séculos XIII e XIV, espécie de capote com capuz abotoado e mangas.
CAPÍTULO QUATRO
Ele teve que trabalhar, James disse a si mesmo. Mas, no momento em que os homens estavam em posição, que era precariamente ao anoitecer, ele sabia que o seu atraso com Joanna poderia muito bem ter-lhe custado a chance de assumir o castelo.
A partir de sua posição na floresta a leste do castelo, Boyd olhou para o oeste, onde o sol tinha já começado a afundar no horizonte. — Não há muita luz.— Seus olhos caíram para James. —Espero o inferno que ela tenha valido a pena.
James apertou a mandíbula, reprimindo a réplica com raiva. Ela valia, mas a crítica de Boyd estava marcada. Ficar tanto tempo com Jo era irresponsabilidade, e James sabia disso. Mas isso não ia acontecer mais uma vez. Ele não iria deixá-lo. Joanna estava fazendo muitas exigências sobre ele, interferindo onde ela não deveria. Ele tinha que se concentrar no que era importante: restaurar sua honra por alcançar a grandeza para si mesmo e sua família.
O nome de Douglas nunca seria desacreditado novamente. Por qualquer pessoa.
Joanna teria que entender.
Boyd não parecia esperar uma resposta, e James não lhe deu uma. Mas, cada minuto que esperou por Seton aparecer no horizonte, parecia uma eternidade.
O Inglês seria muito cauteloso em uma armadilha após os dois ataques anteriores, e atraindo-os para fora por trás da segurança das muralhas do castelo, mesmo à luz do dia iria ser difícil.
Mas James tinha tomado as lições da Guarda Highland, com a esperteza do Inglês na Batalha de Brander, em seu coração. Ele tinha uma reputação não só para o frenesi e surpresa de seus ataques, mas também para a astúcia de seus planos. O Douglas Black parecia brotar de nenhum lugar, se era na igreja, misturando-se entre o Inglês no Domingo de Ramos, como tinha feito no primeiro ataque contra o castelo, ou conduzindo para fora do castelo o gado com uma pequena festa para incentivar o Inglês a sair, e, em seguida, levando-os para uma emboscada, como tinha feito da última vez.
Para este terceiro ataque, o seu plano foi ainda mais sutil. Seton e uma dúzia de homens de James passariam ao oeste do castelo em vestes de camponeses, seus cavalos carregados com fardos de feno e sacos de grãos, como se eles estivessem fazendo seu caminho para a feira em Lanark amanhã. James e Boyd, com sua distintiva reunião, reconhecíveis, mesmo à distância, e a outra metade de seus homens de sua posição perto do portão de castelo que esperavam para fecharem-se sobre o sorteado Inglês por trás, e se tudo corresse conforme o planejado, retomar o castelo.
James só esperava que as emboscadas que ele e seus homens tinham travado sobre os fornecimentos, fazendo seu caminho para o castelo nos últimos meses, tinham feito o que se pretendia, fazendo a tropa desesperada por provisões. Desesperada o suficiente para levar a sua isca. Com o ataque definido para amanhã, esperar não era uma opção. Cada minuto que James permanecia na área, arriscava ser descoberto. Tinha que ser hoje.
—Lá estão eles—, disse James. Finalmente, o primeiro dos cavalos com os "pacotes", conduzidos por Seton, entrou em vista a alguns estádios para o oeste do castelo no pântano incolor, varrido pelo vento.
Havia menos de uma hora de luz do dia, e as pessoas ainda eram perceptíveis como camponeses, mas ele rezou para que não fosse tarde demais. Será que o Inglês correria o risco de um ataque deixando a segurança do castelo com a escuridão caindo?
Os minutos se arrastaram. Caramba, não havia ninguém de plantão? Parecia levar uma eternidade para um guarda notá-los.
Seu pulso correu mais rápido, sangue pulsando em suas veias em antecipação e energia nervosa. Isto sempre foi assim na espera do plano se desdobrar, o nervosismo e ligeira queima dos seus nervos. Deve ser a qualquer minuto...
Mas nada aconteceu.
Droga. Ele xingou baixinho, olhando para os "viajantes" à distância. Seton e os homens estavam se movendo muito rápido. Eles estariam fora de vista antes que o inimigo conseguisse vestir suas mangas condenadas.
Que diabos o Inglês está fazendo aí? Eles estão tão lento quanto moças se preparando para uma festa!
Felizmente, Seton percebeu o que estava acontecendo e entrou em ação. Os fardos de feno ligados ao seu cavalo foram desatados e caíram no chão. Ele parou para recolhê-los, interrompendo o resto do transito atrás dele.
Ainda assim, as portas não foram abertas. Era tarde demais. O atraso de James lhes tinha custado. O Inglês não iria dar uma chance com as trevas a se aproximarem cada vez mais.
—Eles não estão mordendo—, disse Boyd.
James ouviu a crítica tácita. —Dê-lhes um minuto—, ele insistiu. Droga, onde estaria o orgulhoso Inglês quando ele precisava enganá-lo? Eles eram camponeses; certamente os soldados não se preocupariam com um pouco de trevas.
Ele quase suspirou de alívio quando ouviu o rangido de metal furar o ar frio do crepúsculo.
Embora não tão grande como os grandes castelos de fronteira como Berwick, Roxburgh, e Jedburgh, e não tivesse uma ponte levadiça, a torre acima da masmorra do castelo circular de Douglas, era protegida por um muro barmkine guarita com um portão de ferro resistente que estava abrindo.
Um momento depois, o portão saqueado, o filho da puta do Inglês foi carregado para fora do castelo acavalo em sua armadura.
Os bastardos tinham tomado a isca. Seu plano tinha funcionado. Satisfação subiu por suas veias em uma corrida quente, seus músculos queimavam com antecipação na batalha por vir. Mas não estava tudo acabado ainda. Lá, ainda muitas peças precisavam cair no lugar.
—Estejam prontos, rapazes—, advertiu suavemente.
Ele sentiu a emoção se construindo nos homens atrás dele. Eles estavam meditando um bocado pela oportunidade de exigir vingança sobre os invasores ingleses. Eles eram homens como ele, senhores ou vassalos, eles tinham algo tomado ou tinham sido prejudicados pelo Inglês na "justiça". A capacidade de James de reagrupar os homens do Vale de Douglas à sua bandeira, para devastar o Inglês, foi o que o fez tão valioso para Bruce. Ele e seus homens já controlavam as florestas de Ettrick, mas não iriam descansar até que eles tivessem arrancado todas as polegadas da Escócia das mãos inglesas.
A tensão era palpável quando o Inglês se aproximou de Seton e seus homens. Uma centena de pés... oitenta... cinquenta...
Agora, ele pediu silenciosamente, agora.
Boyd não era tão discreto. — Cristo, Dragon, ataque!
Quase como se ele pudesse ouvi-lo, Seton finalmente deu o sinal. O cavaleiro Inglês já conduzia sobre ele quando Seton jogou fora seu manto esfarrapado e alcançou através das pilhas de feno a espada que tinha sido escondida cuidadosamente nele. Com um grito de gelar o sangue da batalha Airson em Leòmhann - Para o Leão! O grito de guerra da Guarda Highland-Seton golpeou primeiro o Inglês, quase foi para cima de Seton antes que ele percebesse o que estava acontecendo. Com um grito de surpresa o cavaleiro caiu de seu cavalo, sua perna quase separada do seu corpo com a força do golpe de Seton.
Quanto aos homens andando atrás dele, de longe, parecia que alguém tinha puxado o chão para fora como um tapete. Cavalos indo descontroladamente em todas as direções, como a carga por trás do soldado caído veio a uma parada súbita. A formação cuidadosamente ordenada explodiu em caos quando o Inglês lutou para reagir ao ataque surpresa, e o fato de que os camponeses indefesos que pertenciam à tropa tinham se transformados em formidáveis guerreiros armados.
Antes que o Inglês pudesse se reagrupar, Seton e os outros estavam se movendo ao seu redor, não lhe dando espaço para manobrar. Os cavalos, que deveriam ser uma vantagem, se tornaram um obstáculo. Os piques longos dos soldados da infantaria de James os alcançaram bem antes que suas espadas e martelos poderiam atacar.
Alguns homens foram arrancados de seus cavalos naquele primeiro momento, o início do caos. Mas o Comandante Inglês não era covarde e sem habilidade, James admitiu com um aperto de sua mandíbula.
Ele observou que Sir John de Wilton, o homem que tinha mostrado "consideração" a Jo, gritou e cavalgou seu cavalo, acenando com a espada, enquanto ele tentava reunir seus homens chocados e desanimados à sua posição.
E estava funcionando, caramba!
Eles estavam contando com o Inglês para correr de volta para o castelo. Quando o portão que se fechou atrás, ele se abriu novamente, James, Boyd, e o resto dos homens fariam seus movimentos, James enfrentaria os soldados que fugiam e Boyd iria tomar o castelo.
Boyd começou a ficar inquieto ao lado dele, xigando sob sua respiração. — Eles não estão quebrando. Diabos! Que está acontecendo com o Dragon? Ele parece estar meio dormindo lá fora.
Seton parecia extraordinariamente suave. — Dê-lhe um minuto—, disse James, mostrando paciência que ele não sentia.
Ele foi recompensado. De repente, mexendo de sua letargia, Seton lançou uma carga brutal direita através do coração do Inglês. Mais três soldados caíram e o primeiro homem virou-se e partiu para o castelo. O comandante Inglês gritou furiosamente, tentando reuni-los mais uma vez, mas foi em vão. Mais cavalos vieram fazendo o recuar.
Era a sua vez agora. — Quase tempo—, disse James em voz baixa.
O ranger agudo de aço ecoou suas palavras. Sua boca se curvou quando ouviu o som do portão abrir uma vez mais. Mais um pouco.
Ele quase podia sentir a pressão dos homens atrás dele, enquanto esperavam por seu sinal. Os ingleses estavam andando furiosos para os cavalos de volta ao castelo, Seton e seus homens perseguindo duro por trás deles. O portão estava aberto. James olhou para a distância. Ele precisava marcar o tempo perfeitamente, dando seus homens o suficiente tempo de entrar em posição, mas não o suficiente para que eles tenham tempo para fechar o portão. Alguns segundos mais...
—Agora!—, Ele gritou. — Por Douglas!
Os homens ecoaram o grito de batalha atrás dele, correndo de sua cobertura nas árvores. Como se tivesse sido um tapete puxado debaixo como antes, quando os ingleses que fugiam conheciam James e seus homens era como se tivessem correndo em linha reta em uma parede. Eles pareciam desabar em uma onda lenta para trás com corpos e cavalos, e enviando o Inglês a conhecer o muro de aço dos piques escoceses.
Depois do ataque inicial, James liderou o ataque, balançando sua grande espada de duas mãos em um longo, arco mortal para as costelas do covarde Inglês, que tinha virado e quebrado em primeiro lugar. A força do golpe levou o homem de sua sela. Ele desembarcou em um monte morto aos pés de James. Talvez uma dúzia de ingleses manteve-se. Mas encravados entre a tropa dos escoceses atacando de ambos os lados, não tinham para onde ir.
James lutou o seu caminho em direção ao centro, esquivando-se de golpes de um martelo e um machado, enquanto feria através do emaranhado de soldados do comandante, que havia sido desmontado.
Ele viu o brilho de reconhecimento no olhar, e medo de De Wilton. Para seu crédito, o cavaleiro não relutou. Ele segurou firme, balançando sua espada em torno de encontrá-lo. Mas era a bravata de um homem morto.
Porque isso é o que ele era. De Wilton tinha selado o seu destino no momento que James soube de seu interesse em Jo.
James atacou com uma vingança, raiva e ciúme dando uma borda brutal de seus golpes. Para Surpresa de James, De Wilton segurou-o fora, bloqueando cada balanço do esmagamento da lâmina de James com a sua própria. O clamor de aço sobre aço trovejava em seus ouvidos, reverberando em seus ossos. A habilidade do inglês só fez James mais irritado.
Vagamente ele estava ciente da luta frenética acontecendo em torno dele e do barulho do ataque do castelo atrás dele, mas seu foco estava trancado no homem, lutando para segurá-lo. Com as duas mãos, DeWilton segurou sua espada, defensivamente, polegadas de sua cabeça, onde a lâmina de James foi posicionada sobre ele.
Os braços De Wilton tremiam com a luta para manter a lâmina de volta, mas James usou sua altura para pressionar. Abaixo da borda do elmo de aço, James podia ver a dor do cavaleiro. Seu rosto estava vermelho, os dentes estavam cerrados, e as veias estavam inchadas em seu corpo.
De Wilton pode ser forte. Mas James foi mais forte.
Lentamente, o cavaleiro abaixou de joelhos, a espada de James avançando cada vez mais perto de sua cabeça.
Seus olhos se encontraram. Inimigo para inimigo. Cavaleiro para cavaleiro.
—Rendido— De Wilton disse entre dentes. — Droga, eu me rendo.
James não queria ouvi-lo. Ele continuou pressionando. Manteve-se avançando cada vez mais para a vitória mortal que ele ansiava.
Que misericórdia tinha o Inglês mostrado a seu pai? Nada. Não tinha lhe mostrado nenhuma.
—Droga, Douglas, ele disse que se rende.
A voz de Seton penetrou o véu frenético de batalha, picando algo que James não queria: a sua consciência.
James olhou em frustração e raiva contra o guerreiro que estava ao lado dele. Ele viu a condenação no olhar de seu amigo.
—Isso não é o que somos—, disse Seton.
Cavaleiros. Eles eram cavaleiros. Com um código que ele deveria seguir, mesmo que, às vezes, ele gostasse de esquecer.
James guerreou consigo mesmo. De Wilton mal estava se segurando. Um empurrão mais e ele seria esmagado. Ele queria a morte deste homem, queria muito. Mas as palavras de Seton chegaram perigosamente perto das de Jo. Era a sua voz que ele ouviu agora. Era a voz dela que parou sua mão.
Com um insulto furioso, ele levantou a espada e saiu de cima do cavaleiro que tinha estado a momentos da morte.
Seton deu-lhe um aceno curto e começou a se mover para fora.
A espada de De Wilton tinha caído para o lado dele, mas com o canto do olho, James pegou um movimento. O cavaleiro estava chegando para algo em sua cintura. De Wilton agarrou algo e começou a puxá-lo para fora.
O instinto tomou conta, e James reagiu. Girando, ele chicoteou sua espada através do pescoço do homem. O aço da armadura de De Wilton impediu o golpe de parti-lo em dois, mas ele caiu para o lado dele, sangue jorrando da ferida mortal.
Isso é o que James tem por mostrar misericórdia. Uma faca nas costas.
—O quê? Inferno!—, Disse Seton, voltando com o som.
—Ele estava vindo com uma lâmina, — James respondeu, antes de sair.
Ele deixou Seton ali de pé e se dirigiu para o castelo, chocado ao perceber que a batalha havia acabado. Não havia um inglês em pé.
Um dos homens que estava com Boyd, correu para encontrá-lo. — Nós tomamos o portão, meu senhor—, ele disse. —O resto da guarnição se retirou para a torre e está pedindo por um acordo, mas Boyd diz que pode conduzir. Ele espera por suas instruções.
—Diga a ele para tomar a torre—, disse James. — Matem todos.
—Espere,— Seton exigiu com raiva, vindo por trás dele. —Antes de condenar aqueles homens à morte, você precisa ver isso.
Como Joanna, James teve o suficiente de interferência de Seton. Ainda assim, ele perguntou: — Ver o quê?
—O que o cavaleiro que você acabou de matar estava pegando.
Para surpresa de James, não era uma lâmina que Seton estendeu, mas um pedaço de pergaminho.
Ele examinou as palavras, seu coração afundando com cada curso do florescimento de tinta na página. Seu estômago afundou.
Ah inferno.
****
Joanna foi acordada pelo estrondo de um elogio ecoando no chão do quarto de dormir que ela dividia com suas três irmãs mais novas. Seus dois irmãos, também mais jovens, estavam longe de estarem perturbando.
Era presença das irmãs no quarto que tinha impedido de Joanna de cair completamente aos pedaços quando retornou de seu encontro desastroso com James ontem. Embora com apenas dezesseis anos de idade, Eleanor suspeitou quando notou os olhos avermelhados e bochechas coradas de lágrimas. Constance de treze anos e Agnes de doze, estavam muito ocupadas discutindo sobre uma fita de seda perdida a pegar qualquer atenção às emoções destroçadas de suas irmãs mais velhas.
Eles saberiam, Joanna pensou com horror, sua mão indo para seu estômago ainda plano. Deus, como ela se envergonhava que eles iriam saber de tudo. Se James não se casasse com ela, ela seria desonrada. Ela se tornaria nada mais do que uma fonte de vergonha e embaraço para a família dela.
Ela olhou para os rostos, amarrotado de sono dos inocentes, querubins de olhos azuis louros acordando ao lado dela e sentiu a picada quente de lágrimas nos olhos novamente. O que ela tinha feito com eles? Joanna tentou empurrar a onda de trepidação que levantou em seu peito.
—Que barulho foi esse?—, Perguntou Eleanor, segurando a manta espessa que cobria sua cama.
Joanna balançou a cabeça, não confiando em si mesma para falar. Ela estava levando tudo o que tinha para segurara onda de emoções batendo sobre ela. Não ajudou que ela tinha passado a maior parte da noite fazendo a mesma coisa.
—Estou cansada—, Agnes gemeu, enterrando a cabeça no travesseiro de penas macio. — Que horas são?
Joanna olhou para única e fina corrente forte luz que entrava pela janela fechada acima delas. Elas tinham dormido tarde pelos seus olhares. — É hora de se vestir e lavar seu rosto antes das orações.
Outro elogio soava a partir de baixo. — Eu vou descobrir o que está acontecendo no Salão.
—Você acha que tem algo a ver com Sir James?— Constance perguntou, com os olhos arregalados e brilhando de emoção.
Joanna ficou imóvel, até mesmo o som de seu nome causando uma pontada de dor.
O olhar sonhador de admiração, na fronteira com adulação, no rosto de sua irmã, era um que Joanna suspeitava que ela, tinha usado mais frequentemente do que outro. Para a irmã de treze anos de idade, James era o maior, mais bonito, mais nobre cavaleiro do mundo que já tinha visto. Ele não fazia qualquer coisa errada. Apontada de remorso no peito estava mais difícil. Ela queria pensar assim também. Ela queria aquela expressão em seu próprio rosto.
—Mamãe e papai não poderiam falar de outra coisa no jantar ontem à noite com os rumores de seu retorno, — Constance tagarelou animadamente.
Que foi uma das razões invocadas por Joanna ter uma dor de cabeça e ido para seus aposentos cedo. Sua mãe saberia que algo estava errado, e Joanna não sabia se ela tinha a força para não confiar nela. Seus pais amavam James como um filho e o reverenciavam como um semideus. Isso iria quebrar seus corações tanto como tinha quebrado o dela.
Como podia ter sido tão errada sobre suas intenções? Ela assumiu que "o amor" e "para sempre” significavam casamento. Ela assumiu que, porque ela não conseguia pensar em nenhum outro futuro, que James pensaria dessa mesma forma também. Mas ficou claro que eles não pensam o mesmo em tudo.
Sua Amante? Querido Deus! Ela sentiu como uma tola. Uma ingênua, boba cega por amor. A ingênua, cega por amor, grávida e tola.
Joanna jogou água fria em seus olhos cansados, os dentes limpos com um pano e uma pasta de vinho, sal, e hortelã, e arrastou um belo pente de chifre incrustado com pérolas através de seu cabelo. James tinha dado a ela alguns anos atrás, quando ele se tornou um cavaleiro.
Será que o bebê faria a diferença para ele? Ela não sabia, mas ela devia isso ao seu filho para dar James a chance de fazer direito por ambos.
Ele tinha estado apressado ontem, e ela o pegou desprevenido. Ele a pegou de surpresa também. Ela não deveria ter-lhe dado um ultimato assim. Ela deveria ter lidado com isso com mais sutileza. Ela o conhecia, James odiava ser pressionado em um canto, e ela efetivamente desenhou uma linha no chão e se atreveu a ordenar a ele para não atravessar. Seu orgulho o faria, mesmo que ele não mostrou.
Ela mordeu o lábio, enrolando uma fita rapidamente através de sua longa trança. Quando eles falarem hoje mais tarde, ela não iria ameaçar, mas explicar. Talvez ela pudesse fazê-lo entender? Talvez quando sua mente estivesse mais clara, ele tendo a chance de pensar sobre isso, ele veria que ele poderia alcançar seus objetivos e ainda casar-se com ela. Que ela não precisaria ser o preço de sua ambição.
Com apenas vinte e quatro anos, James já era um tenente mais valioso e importante do rei Robert. Ele foi um dos punhados de homens do rei invocados. James tinha sido encarregado da importante tarefa de ganhar o controle nas fronteiras caóticas. Ela sabia que o sobrinho do rei, Sir Thomas Randolph, estava fazendo um nome para si mesmo, havendo uma rivalidade boba entre a capacidade dos dois, mas James reuniu os homens à sua bandeira e deu-lhes força.
Por mais que a reação dele a machucou ontem, parte dela ainda não queria acreditar que ele amachucaria assim. Se ele a amava, e ela realmente acreditava que ele fazia, ele honraria o amor com o seu nome. Ela e seu filho não mereciam nada menos.
Embora a voz, de Thommy, soou fortemente em sua cabeça, que ela estava apenas dando desculpas para James novamente, ela não estava pronta para desistir dele ainda. O brilho em sua armadura poderia ter aliviado um pouco, mas James era um cavaleiro, nobre e honroso no núcleo. Sua ambição não iria impedi-lo de fazer o que era certo.
Sua alma levantou um pouco, Joanna rapidamente terminou de se vestir e, deixando as irmãs em suas abluções da manhã, correu para o salão.
Seu pai tinha sido guarda da rede do Castelo de Douglas sob o pai de James e, como condizente com um de seus mais importantes vassalos, a sua mansão em Hazelside era uma das mais impressionantes da área. Uma quinta fortificada, o edifício de dois andares retangular e as dependências de madeira foram situadas em uma velha colina e foram cercados por uma alta paliçada de madeira. Embora não tão formidável como a parede de pedra do castelo Douglas, a barreira de madeira tinha servido ao seu propósito por mais de uma centena de anos.
O barulho de vozes ficou mais alto, quando Joanna se apressou a descer as escadas. Algo certamente ia acontecer. Em vez de uma manhã tranquila, parecia uma festa após o meio-dia, cerveja e uísque estavam fluindo por algumas horas.
Joanna observou o movimento. Quando ela entrou no salão, mal podia ver seus pais através da multidão de pessoas que reuniam em torno das mesas de cavalete que tinham sido criados para quebrar o jejum. Contudo, ninguém parecia interessado em comer. Os ocupantes estavam rindo e conversando animadamente por todos os lados.
Ela viu seu tio em primeiro lugar, com alguns de seus homens, e percebeu um punhado de retentores perto de seu pai.
—Traga o vinho e cerveja—, seu pai chamou. — Isso é motivo de celebração.—Avistando enquanto ela fazia seu caminho em sua direção, ele sorriu e abriu os braços. —Aí está você, filha! Venha, e ouça a notícia.
Vendo a sua felicidade, Jo não poderia deixar de devolver o sorriso. Thomas Dicson de Hazelside tinha boa disposição humorada que foi refletida em sua aparência. Possuindo a mesma coloração justa de Jo e suas irmãs, os anos tinham esmaecido seu cabelo e colocar um carimbo castigado pelo tempo corado em seu rosto, mas ele ainda era um homem bonito. Um peito de espessura barril, uma construção robusta, e rude, uma personalidade maior que a vida, ele parecer mais alto do que um punhado de polegadas ao longo de cinco pés. Quando ele envolveu-a em seus braços, a cabeça de Joanna quase alinhava com o seu ombro.
—O que é isso, pai? Ouvimos os gritos lá de cima.
—Acordei você, não é?—Ele sorriu, aprimorando seu nariz. — Que bando de moças preguiçosas eu tenho. Como eu vou encontrar maridos para todas vocês? Metade da manhã já se foi.
Joanna sentiu uma pontada na menção da palavra marido, mas vendo o brilho provocante familiar em seus olhos, ela conseguiu escondê-lo atrás de um sorriso. — Você vai ter que se levantar mais cedo para trabalhar mais duro e nos dar maridos ricos para que alguém nos tome fora de suas mãos.
Ele deu uma gargalhada aguda e beijou-a na bochecha antes de soltá-la. — Eles deveriam me pagar por tais tesouros. Eu já tenho a metade dos homens na aldeia disputando minha filha mais velha; quando Eleanor for maior de idade, eu provavelmente vou ter todos eles.
Sua mãe estava ao lado de seu pai, balançando a cabeça enquanto ouvia a sua provocação. — Você vai dizer a ela Thomas, ou eu devo?
Joanna virou-se para seu pai com expectativa, embora ela já pudesse adivinhar o que ele ia dizer.
—Ah, moça, é o melhor das notícias. Seu tio chegou esta manhã a dizer-nos que o nosso legítimo senhor tomou o castelo e livrou-nos dos suínos Ingleses para sempre.
Joanna ficou imóvel, o ar sugado de seus pulmões. Ele prometeu! —Para sempre?—, Ela respirava. — O que você quer dizer para sempre?
—O jovem Douglas tem a intenção de destruir o castelo para o chão. Não haverá nada mais para o Inglês e a guarnição. Nem eu imagino que haverá soldados ingleses ansiosos para defender o Castelo Perigoso. —Ele sorriu. —O nosso jovem senhor está fazendo um nome para si mesmo.
Pavor caiu sobre ela. Era como ele estava fazendo seu nome que a preocupava. — E Sir John?—Ela perguntou incapaz de manter a preocupação de sua voz. O comandante Inglês sempre foi gentil com ela.
Ela sabia que eles eram o inimigo, e que ela deveria odiá-los como James e seu pai faziam, mas vivendo com eles no dia-a-dia era difícil não fazer alguns amigos.
Seu pai franziu a testa. Como James, ele não aprovava sua simpatia com os "ocupantes". Ele pode ser forçado a interagir com eles, mas ela não estava. — Morreu, seu tio disse. Juntamente coma maioria de seus homens.
Seus olhos se encheram de lágrimas, pensando no comandante considerável ansioso para voltar a sua namorada na Inglaterra.
—Desta vez não haverá mais nada—, acrescentou seu pai. — Não haverá um inglês sangrento deixado por Douglas.
Os olhos de Joanna atiraram aos seus horrorizados. A "Despensa de Douglas" pode ter acontecido quase três anos atrás, mas ainda estava fresco em sua mente. Ele iria fazê-lo novamente. James tinha jurado que lhe mostraria misericórdia. Ele tinha prometido a ela.
CAPÍTULO CINCO
James ficou fora do portão da fortaleza Douglas. Sua fortaleza. O castelo onde ele havia nascido que tinha sido construído por seu avô na época do rei Alexander III. Ele iria reconstruir, ele jurou, e torná-lo ainda melhor do que antes. Mas a emoção ardia em seu peito e na garganta.
O dia amanheceu cinzento e frio, ele supôs que foi devido ao ato desagradável sendo feito hoje, mas necessário. Como William Wallace antes dele, Robert The Bruce tinha adotado na batalha a estratégia de deixar nada para trás para o Inglês, mesmo que isso significasse destruir suas próprias casas, de terra queimada, lhes davam nada para comer e nem onde se esconder. Castelos do rei não tinham escapado do rastro de destruição: Os Castelos Lochmaben e Turnberry ambos tinham sido tomados e menosprezados.
Agora foi a vez de James, assistir ao seu castelo ser destruído.
A longa noite de festa não estava mais evidente nos rostos sóbrios dos homens que se reuniam atrás dele, observando os homens prepararem os incêndios. Verdade seja dita, depois do que aconteceu com De Wilton, James não se sentia muito animado para comemorar a noite passada, mas ele esteve firme para seus homens e para seu castelo. Ele merecia um pouco de distração.
Eram apenas madeira e pedra, ele disse a si mesmo. As memórias não poderiam ser destruídas.
Boyd, que estava olhando para ele a noite toda como se tivesse subitamente crescido duas cabeças, deve ter lido algo em seu rosto. — Você não tem que ver isso.
James apertou sua mandíbula. — Sim, eu tenho. — Foi o seu comando, seu fim de que iria vê-lo feito. O mínimo que podia fazer era ser testemunha. — Seton ainda está terminando com os prisioneiros?
A boca de Boyd caiu em uma linha reta. — Ele está preparando-os agora.— Ele deu-lhe um olhar duro. —Muita prata e uma escolta segura vão para a fronteira? Isto não é como você queria.
James deu de ombros. Não era. Ele não sabia como explicar o que sentia se não fosse algo como uma corda o apertando quando leu a carta. A única coisa que De Wilton tinha tentado alcançar, a coisa que lhe custou sua vida, tinha sido uma carta de uma namorada na Inglaterra. A senhora que ele esperava se casar.
Joanna tinha tentado lhe dizer que De Wilton tinha uma namorada em seu país, mas James tinha sido muito ciumento para acreditar.
A senhora tinha escrito que ela concordaria em se casar com o comandante Inglês se ele pudesse segurar o “Castelo Perigoso" por um ano. Era um tipo de teste, os trovadores realizavam a grande prova de bravura da cavalaria, quando os cavaleiros demonstravam os seus méritos nas exigências e desafios, tudo realizado pela honra em nome do amor.
—Você não fez nada de errado—, disse Boyd. — Ele se moveu e você agiu por instinto. Ele não tinha o direito de pedir por misericórdia, em primeiro lugar. Os papéis foram invertidos, ele teria golpeado você sem hesitação e, se tornaria um homem rico no processo.
Todos eles tinham preços elevados sobre as suas cabeças, mas a de Douglas Black era maior do que a maioria.
—Eu sei. — Mas James não podia negar a culpa que ele tinha experimentado ao ler a nota. Então, ao invés de tomar o castelo pela força, ele ofereceu aos soldados ingleses enfurnados, a aceitarem os termos para rendição.
Termos que incluíram uma escolta segura e dinheiro suficiente para vê-los em casa, em troca do voto solene que nunca iria pisar em solo escocês novamente.
Boyd balançou a cabeça e deu-lhe um longo olhar. — Você e Seton com seu maldito cavalheirismo. Lindo, logo você estará jorrando para fora códigos cavalheiresco como Randolph.
James deu um arrepio real. Embora o sobrinho do rei tivesse chegado ao redor para "lutar como os bandidos", como uma vez acusou Bruce, Randolph ainda teve seus momentos de superioridade cavalheiresca. Mas James não podia esperar para ele ouvir sobre esta última vitória, deixando-o tentar superar isso. — Morda sua língua maldita.
—Será que isso tem algo a ver com a moça que você foi ver ontem?
—Não—, James disse sem rodeios e virou bruscamente para longe.
Mas era isso? Talvez um pouco. Ele não devia ter feito uma promessa a Joanna, mas ele tinha, e ele queria fazer o seu melhor para honrá-la. Ela ficaria angustiada com a morte de De Wilton, mas talvez essa demonstração de misericórdia ajudasse a minimizar seu erro.
Um momento depois, Seton levaram os prisioneiros para fora e James deu a ordem para acender o fogo.
Como eles estavam sem artefatos de armamentos como catapultas ou canhões, eles iriam queimar tudo primeiro e derrubar as paredes enfraquecidas depois com grandes toras de madeira, barras de ferro, picaretas, e tudo o mais que puderam encontrar.
Com a mandíbula travada, James observou como os fogos se espalharam ao redor do castelo, despertando, estalando, e rugindo para vida, construindo e construindo com intensidade. Fumaça encheu seus pulmões e queimou seus olhos, mas ainda assim ele recusou-se a se virar. Ele se levantou e viu como sua casa pegou fogo. Como o lugar que ele tinha amado mais do que qualquer outro lugar foi destruído. Ele segurou os braços firmemente ao seu lado, como se fosse alcançar algo para segurar. Joanna, ele percebeu. Ele desejou que ela estivesse aqui ao seu lado, sua pequena mão enfiada na sua. Ela iria entender o que ele estava sentindo. Ela sabia o que isso significava para ele, que o castelo foi uma conexão com seu pai que ele sentiu como se estivesse cortando para sempre. Ele precisava de sua suavidade, sua bondade, precisava sentir sua presença calmante ao seu lado.
Mas a que custo? O som de seu ultimato ainda tocou na cabeça.
Talvez ele devesse falar com ela? Mas a forma como ele estava se sentindo agora, ele temia o que ele diria.
Ele temia o quanto ele precisava dela.
Droga, ele não poderia se casar com ela, não importa o quanto ele a queria ao seu lado. Como poderia ela não ver isso? Será que ela não o conhecia? Restaurar o nome de sua família e ver os Douglas de volta para a grandeza era a única coisa que importava para ele por um longo tempo.
A quebra angustiante o fez recuar. Um momento depois, o teto da sala desabou. Ele olhou fixamente para os destroços fumegantes, incapaz de engolir a bola apertada na garganta.
Somente quando as brasas começaram a voar e a parede de calor se tornou insuportável que ele permitiu Boyd puxá-lo para ir embora. — Venha, os homens encontraram um barril de uísque no armazém. Vamos voltar para Park Castelo e brindar a nossa vitória. O que você diz?
James hesitou. Ele tinha bebido a noite toda, e ele não tinha feito uma maldita coisa para aliviar a dor em seu peito. Ele sabia apenas uma coisa, uma pessoa, poderia fazer isso, Jo saberia como fazê-lo sentir-se melhor. Ele precisava vê-la. — Eu...
Mas Boyd cortou. — O que diabos ele está fazendo aqui?
James seguiu a direção de seu olhar e viu o grupo de cavaleiros que se aproximavam. Sua boca se apertou. O carmesim brilhante e ouro dos cavaleiros "armas de recém-chegados". O fato de que eles estavam fazendo esforço algum para se esconderem deles falou a autoridade, confiança e ousadia de seu líder. Os pensamentos de James ecoaram e Boyd falou,—O que diabos, Randolph está fazendo aqui?
—Eu não sei, —disse ele. —Eu pensei que ele estava com o rei na Dunstaffnage.
Poucos minutos depois, Sir Thomas Randolph e seus homens pararam ao lado deles no campo com vista para o castelo ainda em chamas. Depois de saltar para baixo, Randolph tirou o elmo e enfiou-o debaixo do braço, passando os dedos pelos cabelos escuros frisados. Seu olhar encontrou com James, mais compreensão do que James queria. — Eu vejo que você encontrou-se com o sucesso.
James considerou o seu compatriota e rival com um olhar fixo. Embora por certo, eles foram adversários, tanto naturais disputando na posição de Bruce em sua comitiva, James e ele tinha se tornado "amigos".
Apesar de toda arrogância impetuosa de Randolph e cavalheiresca pomposidade, ele era um guerreiro habilidoso com um pesado raio de honra nele que podia, ocasionalmente, colocá-lo em apuros. Eles eram mais parecidos do que James queria reconhecer.
—Sim,— James respondeu, e foi incapaz de resistir acrescentando: —Eu acredito que é mais um para mim.
Randolph reprimiu um sorriso. — Eu não sabia que estávamos contando.
James deu de ombros. — Basta fazer uma observação, isso é tudo.
—Como você levando um presente?—Antes que James pudesse responder, Randolph levantou a mão. —Aguarde, não me diga. Eu tenho certeza, irei ouvir sobre isso por um tempo.
O sorriso de James se aprofundou. — Eu acho que você vai.
A testa de Randolph arqueou quando ele avistou os soldados ingleses reunirem a uma curta distância. Seton estava se preparando para escoltá-los de volta para a fronteira, depois de ter se voluntariado para o dever.
—Você não matou os prisioneiros?
James não sabia se ficava irritado ou não pela incredulidade do outro homem. — Eles se renderam.
Randolph sustentou o olhar, sabendo que havia mais.
Mas James não estava com vontade de explicar e mudou de assunto. — Por que você está aqui?
—Você tem uma chance de adicionar outro castelo no seu registro. Estamos para atacar a guarnição de Linlithgow.
—Bruce quer que a gente tome o castelo?
Randolph assentiu. — Gaveston, o Conde de Cornwall,— ele corrigiu, referindo-se ao novo título dado ao favorito de Edward, —foi enviado para Perth. Vamos nos certificar de que sua viagem será tão desconfortável quanto possível. Há uma oportunidade em Linlithgow, um dos agricultores locais acha que ele pode nos levar. Mas nós vamos ter que nos mover rapidamente. Em quanto tempo você pode estar pronto para sair?
James hesitou. Inconscientemente, seu olhar se deslocou para oeste em direção Hazelside. Ele prometeu falar com ela.
Randolph fez uma careta. — Algo está errado?
—Há algumas coisas que eu preciso fazer.
—Como o quê?
—Quando o fogo esfriar, nós vamos ter que desmoronar os muros.
Randolph acenou para ele. — A partir da aparência dele, o Inglês não vai estar de volta em breve. Nós não devemos demorar muito. Você pode retornar em uma semana, ou deixar alguns homens para trás para cuidar disso.
Ainda assim James não disse nada. Boyd estava dando a ele um olhar de desaprovação, mostrando que ele suspeitava. Exatamente por isso James estava atrasando.
—Há mais alguma coisa? Se você está ocupado demais, eu posso cuidar disso eu mesmo.
James apertou os dentes. Não havia nenhuma maneira no inferno que ele ia deixar Randolph levar o crédito por si mesmo. —Não,nada mais.—Jo teria que esperar. —Eu tenho que voltar ao Park Castelo e deixar instruções com a minha mãe e aos meus homens, mas podemos estar no nosso caminho dentro de uma hora.
****
Era tarde demais. Joanna ficou horrorizada diante do latente castelo, fumaça ainda enrolando a partir das torres enegrecidas.
Oh Deus, o que aconteceu aqui?
Alguns dos moradores se reuniram em torno, embasbacados com as ruínas do que tinha sido o mais impressionante edifício em Lanarkshire e do centro e coração desta aldeia. Ela reconheceu um dos homens como o pai de Thomas e correu até ele. — Você já viu James?
—O jovem senhor?— Respondeu o ferreiro. —Ele se foi.
O sangue foi drenado de seu corpo. — Foi? Como assim, foi?
—Ele partiu na direção do Park Castelo cerca de uma hora atrás, com seus homens.
Suspirando com alívio, por um momento ela pensou que significava que ele tinha ido embora, Joanna agradeceu e correu passado o castelo destruído para a pequena torre do castelo que a mãe e a irmã de James tinham ocupado desde seu retorno. Dez minutos mais tarde, ela estava sem fôlego e corou quando ela chegou ao topo da última pequena colina, o portão do Park Castelo veio à tona.
Aninhada nas árvores, sobre uma pequena colina com vista para a queima, a torre velha revestida de pedra não era tão impressionante quanto o castelo, mas ainda exalava uma força formidável. Ela sempre gostou do Park Castelo. Ele poderia ser velho e simplesmente construído, mas as grossas paredes de pedra e salas quadradas realizavam um ar de bem vindo ao conforto.
A paliçada de madeira velha em torno do pátio ao longo do tempo foi destruído, permitindo Joanna ver claramente o pátio em torno da colina. O pequeno quintal inundado com, pelo menos, dois guerreiros de pontuação, incluindo um grupo de uma dúzia de homens de armas vestindo capotes vermelho e dourado.
A visão da agitação da atividade foi um que lhe era familiar. Os homens estavam arrumando seus pertences e preparando os cavalos para sair.
Ela sentiu sua primeira pontada de alarme e apressou o passo. Alguns olhares curiosos foram jogados em direção dela quando ela acelerou através do labirinto de homens e cavalos. Um ou dois demoraram olhares apreciando, apreciando muito provavelmente, mas ela não lhes mostrou nenhum interesse, seu próprio olhar estava em busca de James.
Ela foi em direção a um homem que ela reconheceu e estava em pé perto das escadas da torre, quando uma parede de couro preto e aço, bloqueou seu caminho. Assustada, ela recuou, olhando para o olhar de açodo homem, não uma parede, embora, verdade seja dita, não havia muita diferença. Ele era sólido. Duro como rocha. Uma fortaleza de força masculina. Apesar de não ser tão alto como James, ele era mais amplo e com músculos mais grossos. Seus braços e ombros estavam empilhados com ele.
A primeira palavra que lhe veio à mente quando ela olhou para ele era "forte", e a segunda foi "Intimidante". Suas feições eram ásperas e contundentes, sua expressão inflexível. Ele poderia ter sido considerado bonito se ele não tivesse tão imponente aparência.
Ela estremeceu e deu um passo para trás. Ele pareceu não notar sua reação, ou talvez ele só estivesse acostumado com isso.
—Você precisa de algo, minha senhora?
Sua voz era profunda e forte como o resto dele. Embora não seja exatamente hostil, nem amigável.
—Eu... —Seu pulso correu nervosamente. — Eu estou procurando por alguém.
—Agora não é um bom momento, moça. Talvez você deva voltar em poucas horas.
—Mas eu...
—Jo, o que você está fazendo aqui?
Joanna suspirou de alívio ao ouvir o som familiar da voz de James. Mas quando ela olhou por cima do ombro para vê-lo abordando, sua expressão não era mais acolhedora do que foi o impiedoso guerreiro.
—Eu precisava ver você. —. Lágrimas brotaram espontaneamente aos olhos. — Eu vi o castelo. O que aconteceu? Você prometeu...
—Isso será suficiente, Boyd,— disse James, interrompendo-a bruscamente e olhando para o homem que tinha bloqueou seu caminho. —Eu vou cuidar disso agora.
Boyd? Robbie Boyd? Não admira. O nome do guerreiro terrível que já tinha lutado com William Wallace era bem conhecido por estas bandas. Ele se dizia ser o homem mais forte na Escócia.
Pela primeira vez, o rumor parecia ser verdadeiro.
—Os homens estão prontos para sair—, disse Boyd.
Sair? Ela engasgou. Seu olhar saltou para James, mas ele estava olhando para o outro homem.
—Eu sei disso, — James retrucou. — Isto não vai demorar muito.
Boyd deu a James um aceno de cabeça aguda que parecia ser algum tipo de comunicação silenciosa. Seja o que isso significasse, fez a boca de James ficar branca, quando o outro homem se afastou.
James não poderia estar saindo, ela disse a si mesma. Ele prometeu falar com ela.
Ele fez um monte de promessas, pensou, recordando a sua promessa de não repetir o episódio da "despensa".
Ela não tinha acabado de ver a concha vazia, a queima do castelo há alguns minutos?
Quão pouco eu importava para ele. — Você está indo embora?
Sua mandíbula ficou travada. — Eu fui chamado novamente.
—Você disse... Você prometeu vir me encontrar.
—Eu sei o que eu disse, mas você vai ter que esperar. — Ela se encolheu com nitidez em sua voz impaciente. Ela nunca se sentiu como se tivesse ultrapassado os limites com ele, mas ela sentia agora. Ele não a queria aqui. Ela não pertencia aqui. Ela estava envergonhando-o.
—Você não devia ter vindo aqui, Jo. Eu vou te ver quando eu voltar.
Ela balançou a cabeça e agarrou seu braço suplicante. Ela sabia que ele estava certo, mas o pânico brotou dentro dela. Ele não podia sair. Ela tinha que dizer a ele. — Não. Por favor. É importante.
Vagamente Joanna estava ciente dos homens ao seu redor que estavam fingindo não ouvir, mas ela os pegou prestando atenção enquanto esperava sua resposta. De alguma forma, sentia que se ela o deixasse ir embora agora, seria muito tarde.
CAPÍTULO SEIS
James estava muito consciente dos olhares curiosos sobre eles. O que inferno, ela estava fazendo aqui? Quando ele chegou e desceu as escadas, viu Jo com Raider, ele ficou tão aliviado, tão feliz em vê-la de que ele quase tinha feito algo tolo e correr para ela, antes de se lembrar de que ele estava zangado com ela. A raiva que só cresceu quando ele percebeu por que ela estava aqui.
Obviamente, ela tinha ouvido falar sobre o castelo e assumiu o pior. Sua falta de fé nele o atordoava.
Joanna sempre acreditou nele. Às vezes até mais do que ele merecia. Às vezes até mais do que ele acreditava em si mesmo. Ele contava com essa crença.
Ela não deveria estar aqui por isso, censurando-o diante de seus homens e fazendo uma cena. Ele deveria deixar isso claro. Mas, mesmo irritado e envergonhado, ele não poderia machucá-la assim, mesmo que ela merecesse.
Ignorando os olhares de questionamento de seus homens, ele pegou-a pelo braço e puxou-a para o castelo.
Depois conduzi-la até as escadas, ele olhou no corredor e, vendo que ele ainda era ocupado por sua mãe, irmã, e Randolph, ele levou-a para a escada que levava aos andares superiores. Não houve muito espaço na pequena área, e eles podiam ser vistos por qualquer pessoa que assistisse do salão, mas pelo menos eles não eram susceptíveis de serem ouvidos.
Ele cruzou os braços para que ele não fosse tentado a envolvê-los em torno dela e colocou as suas feições em uma máscara em branco. — O que é Jo? O que é tão importante que você deve vir aqui assim e me arrastar longe dos meus homens?
Com o canto do olho, ele viu Randolph se despedir da mãe de James e, em seguida, da sua irmã. Ele franziu a testa, vendo o rubor que subiu para as bochechas de Beth quando Randolph pegou a mão dela e deu-lhe uma reverência galante.
—Ouvi dizer que você tinha tomado o castelo e...
Seu olhar se desviou de volta para Jo. — E você estava preocupada que eu tinha quebrado a minha promessa—, ele terminou por dela. Era como ele pensou.
Ela assentiu com a cabeça. — Eu vi a torre. Como você pôde fazer isso, James? Como você pôde queimar suaprópria casa desse jeito?
Ele estava tão acostumado à sua compreensão, foi estranho quando ela não o compreendeu. Se ela não sabia o quão duro tinha sido, ela não o conhecia. — Eu não tinha escolha. Você deveria saber disso. É o único caminho se quisermos ganhar esta guerra.
—Mas todos os homens.
—Eu mantive minha promessa a você, Jo, embora eu nunca deveria ter prometido. A guarnição está no seu caminho de volta para a Inglaterra no momento.
Seus olhos se arregalaram. — Eles estão?—Ele assentiu.
—Oh.
Ele segurou seu olhar quando ela mordiscou ansiosamente em seu polegar. Normalmente, ele seria tentado a envolvê-la em seus braços e confortá-la, mas ele estava muito irritado e consciente do olhar interessado de Randolph, que tinha infelizmente notado quando ele começou a caminhar em direção à escada da entrada.
—Sinto muito—, disse ela. —Eu deveria ter confiado em você.
O fato de que ela não tinha confiado. Ele sempre tinha tomado sua confiança nele como certa. — Eu tenho que ir, Jo. Nós vamos falar sobre isso mais tarde.
—Você ia sair sem dizer adeus?
—Não houve tempo. Eu não vou demorar muito.
—Mas eu lhe disse que havia algo que eu precisava te dizer. Se fosse só eu... Mas não é. —Ela respirou profundamente e olhou para ele com algo parecido com desespero em seu olhar. — Sinto muito sobre ontem. Fiquei surpresa, isso é tudo. Eu pensei que nós dois queríamos a mesma coisa. Eu não deveria ter lhe dado um ultimato.
Graças a Deus! Alívio derramou por ele. Ele não percebeu o quanto a situação com Jo tinha pesado sobre ele até que ele se foi. Sentia-se como se uma pedra tivesse sido tirada de seu peito.
Um sorriso subiu para a superfície. A necessidade de tocá-la era tão esmagadora, ele mal se lembrou de puxá-la mais fundo na escada longe de olhos curiosos, antes que boca caísse sobre a dela. Embora ele quisesse que fosse um suave beijo carinhoso, para mostrar-lhe exatamente o quanto ela significava para ele, como sempre parecia acontecer no momento em seus lábios se tocaram, algo veio em cima dele.
Algo quente e poderoso e exigente. A necessidade tão intensa, ele recuou, antes que ele se encontrasse tendo relações sexuais com ela na escada.
Apesar da brevidade do beijo, sua respiração ainda estava pesada. — Estou tão feliz que você reconsiderou. — Ele passou o seu dedo ao longo de sua bochecha suavemente. —Eu prometo que vou fazer tudo ao meu alcance para fazer você feliz.
Instantaneamente, a névoa do beijo se apagou de seus olhos. Ela recuou. — Não, James, você entendeu mal. Eu não tenho reconsiderado. Sob nenhuma circunstância eu serei sua amante.
A raiva surgiu através dele novamente, a decepção afiada nos saltos de alívio quase se tornando pior. Por que diabos ela estava sendo tão teimosa? Ela deveria amá-lo, caramba. Sem problema de ultimatos e ameaças. — Então eu tenho que casar com você ou acabou não é isso?
Ela mordeu o lábio, mãos torcendo nervosamente em suas saias. — Sim, mas você deve saber que os...—Ele não a deixou terminar. Ele estava muito malditamente furioso. Ela não era a única que poderia fazer ameaças. —Muito bem, se é isso que você quer, fique com isso.
Seus olhos se arregalaram em choque. Ela olhou como se ele a tivesse chutado no intestino. Ele teve que forçar-se para não alcançá-la. Mas ele não iria deixá-la usar os sentimentos que ele tinha por ela contra ele. Ele tinha que ficar forte no seu propósito.
—Você não quer dizer isso.
—É a última coisa que eu quero. É você quem está fazendo isso, Jo. Esta é a sua escolha, lembre-se disso. —E antes que ele pudesse tomar as palavras de volta, ele girou sobre os calcanhares e deixou-a lá de pé.
Seu peito estava em chamas. Todos os seus instintos clamavam para voltar e dizer-lhe que ele não quis dizer isso, mas ele forçou seus pés para frente. Ela tinha que saber que ela não podia ameaçar e manipulá-lo para fazer o que queria. Ele a amava, mas não podia se casar com ela. Ela precisava aceitar o que isso significava. Isto era o que seria. Mas ele sentiu que estava numa prateleira e tinha os seus membros lentamente arrancados de seu corpo. Se ele estava machucando-a metade do que ele estava se machucando, ela estaria pronta para saltar em seus braços, quando ele retornasse em poucos dias. Não seria longo. Apenas o tempo suficiente para ela perceber que ele queria dizer o que ele disse.
Mas ele sentiu uma vaga inquietação começar a crescer. Ele olhou para trás, e seu coração balançou. Ela parecia destruída e estranhamente desesperada. Ela queria dizer-lhe alguma coisa, ele se lembrava. A vaga intranquilidade voltou-se para apreensão de pleno direito. Algo estava errado. Ele não podia deixá-la assim.
Ele teria ido de volta para ela, mas Randolph o deteve. Randolph, que o fazia lembrar-se de tudo o que ele estava lutando. Grandeza. Restauração da honra da família. O pai dele.
-Quem era aquela mulher?—, Perguntou.
—Ninguém—, disse James.
—Ela com certeza parecia alguém. — Randolph deu-lhe um olhar astuto. — Tenha cuidado, Douglas. Meutio tem grandes planos para você.
A boca de James endureceu. Ele não precisava de Randolph para avisá-lo. — Ela é apenas a filhado marechal. Uma moça que eu conheço desde que eu era uma criança. Não é nada.
As palavras caindo como ácido em sua boca. Seu estômago se agitou inquieto e ele sentiu como uma espécie de monstro. Ele precisava dar o fora de lá.
****
Ninguém. Nada.
Joanna caiu contra a parede da escada em incredulidade. Se ela não tivesse por si mesma, ouvido James pronunciaras palavras, ela nunca teria acreditado. Ele demitiu-a como sem importância, recusando-se a reconhecê-la que ela estava com ele. Ela era filha apenas do marechal. Alguém abaixo dele.
Alguém que não valia a pena reconhecer. Alguém que não importava.
Nunca havia sentido as diferenças em seu posto tão nitidamente como ela fez neste momento. Ela tinha sido ingênua; ela podia ver isso agora. Ela tinha sido enganada pela amizade que tinha segurado por tanto tempo, por paixão, pelo amor.
Seu peito se sentiu como se alguém estivesse de pé sobre ela. Ela não podia respirar enquanto a lâmina irregular de decepção pressionado para baixo sobre ela, esmagando em sua intensidade. Este era como seria a sensação de ser sua amante. Ela estaria ao seu lado, mas não seria assumida, seria indigna e relegada para assombras.
Se ela não tivesse sido determinada antes, ela estava agora: Ela nunca aceitaria uma vida como essa para si mesma ou para o seu filho.
Nas cinzas fumegantes de seu amor um flash de raiva inflamada, para si e para seu filho. Eles mereciam coisa melhor. Como ele ousa fazer isso a eles, para ela. Ela tinha dado tudo, e ele a tratava como se ela não significasse nada para ele.
Se ele mudasse de ideia quando soubesse do bebê, já não importava para ela. Ela tinha mudado sua mente. Ela não se casaria com ele agora mesmo se o grande James Douglas viesse rastejando para ela em suas mãos e joelhos.
Mas o que ela vai fazer? O horror da situação desabou sobre ela. Ela deslizou para a escada, segurando seu estômago em suas mãos, odiá-lo por fazê-la sentir-se dessa maneira. Odiá-lo. Sim, Deus, ela odiava.
Vagamente ela estava ciente do tamborilar de pequenos passos que se aproximavam. O suave aroma de rosas flutuava através do ar um momento antes que ela sentiu a leve pressão de uma mão em seu ombro.
—Jo-Joanna, você está bem?
Os suaves tons doces eram do passado, mas instantaneamente familiar. Joanna ergueu o olhar para a mulher inclinando-se sobre ela.
Ela piscou a magnificência do belo rosto olhando para baixo em sua quase rivalizava com o sol empuro brilho. Brilhantes olhos azuis, brilhantes fios de cabelo e pele tão nevada-branca que quase brilhava, minúsculas feições delicadas que pertenciam a uma princesa das fadas, Elizabeth Douglas parecia algo que tinha descido dos céus.
Era esta realmente sua velha amiga? Foi-se o ouriço-selvagem com as tranças desgrenhadas e saias rasgadas que costumava correr todo o campo com ela. A senhora de pé diante dela estava vestida ricamente como uma rainha com cada fio de cabelo perfeitamente penteado debaixo de uma pequena coroa de diamantes incrustados de ouro e véu tão fino que pode ter sido fiado com os fios de uma teia de aranha.
A mão que descansava em seu ombro parecia como se nunca tivesse conhecido o trabalho de um momento. Macio e branco, com as unhas perfeitamente ovais desprovidas de uma partícula de sujeira embaixo.
Instintivamente, Joanna enrolava suas próprias mãos, com as unhas mordidas, e em sua simples saia de lã marrom.
Ela prendeu a respiração quando a verdade cruel bateu nela. Oh Deus! Este... este era o tipo de mulher que James pensaria em se casar. Uma dama. Uma senhora que tinha viajado para a Inglaterra ou para França. Uma senhora que usava finas sedas e veludos e joias. Não uma menina do interior com fitas através de seu cabelo, saias enlameadas, unhas roídas, e bochechas coradas pelo sol.
Joanna não tinha necessidade de olhar para trás e entre elas para ver as diferenças. Elas eram tão óbvias, ela perguntou a si mesma como ela poderia ter sido tão cega.
Talvez ela não quisesse vê-las? Talvez ela quisesse fingir e ser feliz durante o tempo como pôde. Talvez ela esperasse que o James que ela conhecia como um rapaz nunca iria se tornar o grande cavaleiro e senhor importante que ele queria ser. Talvez ela esperasse que ele nunca conseguisse realizar sua ambição e permaneceria ali com ela. Foi isso?
—Joanna? — Lady Elizabeth Douglas repetia incerta, sua voz e rosto mostrando ainda mais interesse.
Joanna tentou arrancar-se do transe de tristeza, mas vendo Elizabeth tinha afundando-a ainda profundo. Ela queria explodir em lágrimas. Ela queria jogar seus braços ao redor da menina doce, que tinha sido sua amiga e derramar o seu sofrimento. Mas as coisas tinham mudado. Tudo havia mudado. Embora ainda doce e inocente, os olhos azuis claros que encontrou os dela também foram mais reservado. Houve embaraço entre elas que nunca tinha estado lá antes, o constrangimento de duas pessoas que tinham sido amigas quando a categoria não importava e agora de repente percebeu o que ela fez.
Pobre Thommy. De repente Joanna compreendeu a montanha que ele deve ver na frente dele quando ele olhou para Elizabeth Douglas. Deveria parecer intransponível, mesmo para um homem que poderia escalar qualquer coisa.
Elizabeth ainda estava olhando para ela. Percebendo como ela olhava o orgulho lhe deu forças para chegara seus pés. -Eu estou bem —, ela conseguiu dizer.
Mas mal teve a mentira deixou sua boca quando ela balançou. Elizabeth engasgou de alarme e pegou por os ombros. Reservas esquecidas, sua expressão ficou vermelha de raiva. —Você não está bem. Você parece como se tivesse visto um fantasma. O que Jamie disse para você ficar tão chateada?
Jamie. Apenas Beth se atreveu a chamá-lo assim.
O coração de Joanna torceu um pouco mais apertado. —Não foi nada —, ela respondeu. Nenhuma coisa. Tinha acabado.
Para ele, isto é, mas não para ela. A criança que a fez tão animada, agora se sentia como um emblema de vergonha com os meses difíceis que teria pela frente. Sozinha. Desonrada. Como iria gerir? Que tipo de vida poderia dar a seu filho? Sem pai, sem um nome, estremecendo, ele seria um bastardo.
De repente, as palavras de Thom voltaram para ela. Ele iria ajudá-la. Ele disse que se casaria com ela.
Egoisticamente, ela queria levá-lo em sua oferta, sabendo que iria salvá-la e a seu filho. Mas ele a amava, a jovem alheia etérea antes dela, e se havia alguma chance...
Seus olhos foram para Elizabeth, a mulher que mais parecia uma princesa do que a possível noiva do filho de um ferreiro. Havia uma chance?
—Desculpe-me, minha senhora —, disse Joanna. —Foi lindo ver você, mas eu tenho que ir. Eu tenho que encontrar Thom antes que ele parta.
Se ela não tivesse observando cuidadosamente, ela poderia ter perdido, mas havia um inconfundível cintilar no olhar de Lady Elizabeth. Era muito breve, no entanto, para decifrar.
Sua amiga de infância enrijeceu, olhando cada polegada nobre. —Thom? —Ela repetiu.
Joanna manteve o olhar estampado no rosto de Elizabeth. — Sim, ele não te disse? Ele está deixando a aldeia para prometer a seu serviço a Bruce.
—Como um ferreiro?
Joanna balançou a cabeça. — Como um homem de armas.
Os olhos de Elizabeth se arregalaram. —Ele é?
Joanna assentiu, esperando por algum tipo de reação revelador.
Ela não obteve uma. Elizabeth simplesmente parecia confusa. —Por que ele faria isso?—, Ela disse finalmente.
—Thommy vai ser um ferreiro como o pai.
Essa era a maneira dele. Os homens não basta escolher a ser algo diferente. Eles eram no que eles estavam.
—Eu achei que você poderia saber por que — disse Joanna suavemente.
Elizabeth segurou seu olhar e sob a confusão, Joanna viu a sombra de outra coisa. Algo que até mesmo Elizabeth não parecia consciente. Algo que era demasiado vago e sem forma para colocar um nome, mas não foi claramente indiferença.
As bochechas de Elizabeth coraram de vergonha e ela balançou a cabeça. —Eu nunca quis dizer... —Ela mordeu o lábio.
—Eu nunca percebi... — Sua expressão endureceu, sua boca moveu do jeito que tinha feito quando ela era uma criança. —Thom era meu amigo. Por que ele tinha que estragar tudo? Por que não podia deixar como estava?
A esperança de Joanna afundou. Embora claramente, Elizabeth não sabia o que fazer com a declaração de Thom, ela não ficou imune. Pode ser nada mais do que o brilho de possibilidade, mas Joanna não tiraria isso dele. Ela não podia se casar com ele. Ela estava sozinha. Ela teria que enfrentar as consequências de seus atos, sozinha.
Quanto tempo ela tinha? Um mês, talvez mais algumas semanas? Tempo para James a mudar de ideia... Ela parou e uma onda de lágrima quente pressionado por trás de seus olhos. Enganada! Ele não merecia lágrimas. Mesmo se ele mudasse de idéia, ela não mudaria a dela. James Douglas poderia tomar sua ambição e ir direto para o Diabo. Ele havia mostrado o que ele achava dela hoje, e ela nunca iria esquecer.
Ela também sabia que ela nunca mais seria a nobre mulher para trazê-lo a fama e fortuna que ele almejava.
—Eu... eu — Sua voz tremeu.
Sem esperar a outra mulher responder, Joanna passou por ela e correu em direção à porta. Lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela tropeçou ao descer as escadas para o quintal. Apenas alguns homens permaneceram. James e os homens vestidos de escarlate ouro tinham ido embora.
O desespero da situação a atingiu com força total. Ela ouviu Elizabeth gritando seu nome, mas ela não parou de correr. Ela só queria ficar longe, bem longe de qualquer coisa que a fazia se lembrar de James Douglas.
Ela desejou que nada disso tivesse acontecido. Ela desejava que ela nunca tivesse se apaixonado por ele, nunca mais o deixaria fazer amor com ela, nem ela mesma ficaria com seu filho. Que ela desejava mais do que tudo. Ela pensou não quer esse bebê.
Ela rasgou descendo a colina, tentando acalmar a cacofonia de emoções perturbadoras com o vento impetuoso sobre as orelhas.
Era crepúsculo, a luz já diminuiu quando ela entrou na floresta.
Ela ouviu um grito de advertência por trás dela, Elizabeth, ela percebeu na fração de um instante antes que uma enorme sombra saltasse das árvores à sua frente.
Um homem xingou, e um cavalo relinchou como um porco, uma vez que tentaram desviar para evitá-la.
Uma explosão de concussão de dor chutou o peito, quando ela foi enviada cambaleando sobre a borda do banco.
Sua cabeça bateu contra o chão duro, sujeira e espinhos a assaltou de todas as direções, quando o chão passou por ela em uma corrida. Caindo para baixo do morro, tudo o que podia pensar era dor.
Então, felizmente, o mundo ficou preto.
CAPÍTULO SETE
Até o final da semana o Castelo de Linlithgow passou a ser deles. Um fazendeiro local, um homem chamado William Binnock, conhecido como Binny, havia de fato provado ser inestimável. Eles haviam executado uma versão escocesa de um Cavalo de Tróia. Ao entregar o feno para a guarnição em Linlithgow, o agricultor escondeu oito homens de James em sua carroça. Binny era familiar para o Inglês e a ponte levadiça foi aberta permitindo que ele entrasse. Uma vez sob a ponte, o agricultor cortou os bois livres e bloqueou a porta com a carroça enquanto James e Randolph lideraram o ataque. Desta vez, a guarnição não se rendeu, e James não foi perturbado por promessas, ou sua consciência.
Ele estava, no entanto, preocupado com outras coisas. Por mais que ele odiava admitir perder o foco e ser distraído por uma mulher, o que tinha acontecido com Jo pesou sobre ele. Ele tentou colocá-la fora de sua mente, dizendo a si mesmo que ele não tinha escolha. Ela tinha que entender a realidade, e uma vez que ela aceitasse a situação, eles iriam continuar com suas vidas juntos.
Ela tinha-lhe dado um ultimato, dane-se. Ele achava que era nada mais do que um blefe. Mas seu plano para fazê-la ver como seria se eles não estivessem juntos não estava funcionando da forma como ele pretendia. Ela era a única que deveria supostamente estar deprimida e atormentada. Ela era a única que deveria temer o futuro sem ele.
E se ela decidisse que ela poderia viver sem ele? E se ela decidisse que ela não o amava mais? E se não tivesse sido um blefe e ela realmente tomou em sua palavra? E o pensamento que atormentava mais, e fez o seu estômago se sentir como se foram produzindo ácido: E se ela levou-o em sua mente para aceitar uma das propostas que seu pai havia mencionado?
James jogou suas emoções escuras no Inglês, lutando com um frenesi que fez Boyd levantar as sobrancelhas uma ou duas vezes. Mas mesmo quando o Inglês caiu abaixo de sua espada, James não poderia deixar de ver o rosto dela. A mágoa. A desilusão. E outra coisa. Algo que o causou temor, suas palavras atinham atingido de uma forma que ele não teve a intenção.
Ele tinha que dizer a ela que não era a intenção dele. Ela o amava, e ele sabia que ela iria perdoá-lo. Era uma das coisas que mais amava sobre ela; ele sempre podia contar com ela.
Mas seu comentário impensado não foi o único problema. Jo era doce e gentil com uma falha, sem previa o lado bom das pessoas. Não foi ingenuidade, ele sabia, mas teimosia. E isso o preocupava. E se ela era teimosa sobre o casamento? O que ele faria então?
Droga, ele tinha que fazê-la ver a razão. Homens em sua posição não se casam por amor. Era uma aliança. Uma transação. Um contrato entre famílias para aumentar a sua riqueza e prestígio. Mas, para ele era mais do que isso. A honra de sua família estava em jogo. Ele não podia deixar seu pai para baixo.
Mas o pensamento de perdê-la levou meio louco. Inferno, mais do que meio louco. Ele não podia perdê-la.
Joanna era tudo para ele.
Ele sentiu como se estivesse sendo rasgado em duas direções diferentes, com o dever de um lado e seu coração e alma do outro. Ele teria que encontrar uma maneira de colocá-los juntos.
O castelo mal tinha caído antes que ele pensou em voltar a Douglas. Mas antes que ele pudesse ir, ele foi escalado em outra missão. Desta vez, Bruce precisava dele na floresta Ettrick, oeste de Selkirk. Os Ingleses estavam tentando cortejar os escoceses na área, Bruce e James queriam certificar-se que os seus apoiadores frequentemente volúveis, nas fronteiras, não foram tentados por falsas promessas. Bruce achava necessário ocontrole das florestas, que serviam como sua base de operações para montar seus ataques surpresa contra as tropas inglesas quando Edward renovou sua campanha no verão.
James mandou dizer a sua madrasta e irmã, explicando os atrasos e pedindo a Beth para contar a Jo que ele gostaria de voltar o mais rápido possível, mas isso não aliviou sua ansiedade.
A missão levou mais tempo do que o esperado e, James necessitou ser um pouco "convincente". Randolphe Seton estavam claramente desconfortáveis com as funções de fazer cumprir a vontade do rei, enquanto ele e Boyd se encaixaram naturalmente no papel. Medo, força e intimidação. A guerra não seria vencida sem eles.
Pode não ser bonito, mas para derrotar o exército mais poderoso da cristandade, crueldade bem sangrenta seria necessária.
Ainda assim, ele começou a se irritar cada vez que um aldeão se encolheu com medo dele. E quando uma rapariga, não mais velha do que sete ou oito anos, explodiu em lágrimas com a simples menção de seu nome, James tinha o suficiente.
—Você lida com isso desta vez —, disse ele para Randolph, afastando-se da pequena casa da torre. Tinham dito que o pai da menina, David Somerville, o barão de Linton,tinha recebido uma comunicação de seu primo Roger, senhor da Wichenour, na Inglaterra, e eles queriam ter certeza que Linton não estava inclinado a participar junto ao seu primo.
Randolph poderia fazer o trabalho sujo uma vez. Deixe-o obter crédito, James não dava uma merda. Ele estava cansado de ser escalado para o papel de ogro enquanto Seton e Randolph brilhavam em suas armaduras sangrentas. Ele nunca tinha se preocupado antes, mas James não podia deixar de se perguntar, se a reputação que ele estava lutando assim duro para construir, estava fazendo dele um homem temido por Jo.
À medida que as semanas passavam, e seu retorno ao Vale Douglas foi adiado mais uma vez, desta vez para acompanhar Bruce como parte de sua comitiva pessoal em uma marcha para o sul em Galloway, para colocar para baixo mais uma ameaça de John MacDougall. Sentindo-se Senhor do abandono, James enfureceu-se mais forte mais negro. Parecia que metade dos membros da guarda Highland de Bruce estavam longe para ver suas esposas ou assistindo o nascimento de outra criança, recusar a missão estava fora de questão. O rei não poderia poupá-lo.
Então, fazia quase três meses desde que ele vira pela última vez Jo, nas profundezas das florestas de Galloway, não muito longe de Glen Fruin onde tinham ganhado sua primeira batalha chave contra o Inglês, quatro longos anos,desejando que ele fosse à milhas de distância. Nunca tinha sido tão ansioso para estar em seu lugar. Ele não conseguia relaxar até que ele teve que pedir desculpas e se ajustar direito.
Ele não podia deixar de sentir que estava faltando alguma coisa importante, e que, se ele simplesmente continuasse olhando para ele, ele iria encontrá-lo. Mas não importa quantas vezes ele relembrava o que tinha acontecido, escapava-lhe.
O mal-estar, talvez, explicou o alívio inexplicável que sentiu quando ele saiu da tenda que tinha sido montada como um salão improvisado e quase trombou com um homem que ele poderia ter desejado evitar.
Ele não sabia o que diabos Thom MacGowan fazia em Galloway com os homens de Robert the Bruce,que tinha acabado de chegar ao acampamento, mas seu velho amigo o lembrou de casa e por um momento era James contente de vê-lo. Ele foi uma conexão com Jo quando ele mais precisava.
Mas no momento não durou muito tempo. MacGowan olhou para ele com uma expressão de ódio cru no rosto, pegando James de surpresa. O seu velho amigo fez a seguir, no entanto, surpreendeu o inferno fora dele.
James mal tinha pronunciado as palavras — O que você está fazendo aqui? — Antes que o punho de MacGowan pousou em sua mandíbula.
James não sabia se era o choque de ser atingido ou a força do golpe, que sentiu semelhante ao ser atingido por uma marreta, mas ele não reagiu de imediato ou tentou se defender. Ele estava muito chocado, e sua cabeça parecia um sino batendo contra seu crânio. Cristo, o ferreiro filho poderia dar Boyd um curso em poder bruto.
MacGowan o acertou novamente, desta vez no intestino. Como James não estava usando armadura, apenas uma túnica, ele levou toda a força do golpe, e trouxe-o de joelhos. Os dois homens tinham estado em mais de algumas lutas em sua juventude, mas eles eram jovens antes. MacGowan pode não ter sido treinado como um guerreiro, mas ele tinha os instintos de um lutador ea força bruta de um homem que empunhava o martelo do ferreiro para viver.
Ainda assim, James deveria ter facilmente sido capaz de defender-se, mas seu ex-amigo conseguiu realizar quatro ou cinco golpes sólidos antes que alguém o puxou para fora.
Ou tentou puxá-lo para fora. Foram necessários dois homens para fixar os braços de MacGowan de volta, e ele ainda estava vomitando fogo. — Você, filho da puta! Eu deveria matá-lo pelo que você fez!
João de Carrick, um dos capitães de Bruce, correu quando viu o que estava acontecendo. — O que diabos você pensa que está fazendo, MacGowan? Você apenas atacou um dos principais tenentes do rei e um membro de sua guarda pessoal. Você estará ferrado por isso. — Ele se virou para Douglas. — Peço desculpas, meu senhor. Ele é um novo recruta. E será punido.
James arrastou-se a seus pés. Ele olhou MacGowan, que estava olhando para ele com veneno em seu solhos o sacudindo. — Isso não será necessário. Foi um mal-entendido. Eu sei quem é ele.
John não parecia feliz com isso. MacGowan deu um olhar que ele não iria ficar fora dessa facilmente e acenou para James.
Muito poucos olhares curiosos foram jogados em sua direção, mas a multidão que se reuniu na comoção gradualmente dissipou.
Os dois homens ficaram em silêncio. Finalmente, quando estavam sozinhos, James falou. — Diabos, o que aconteceu?
Ele detectou o choque nos olhos do outro homem, mas foi rapidamente substituída por uma nova explosão de raiva.
—Deus, você ainda não sabe? Que tipo de bastardo egoísta que não entra em contato com ela durante meses? Ela ama você. Deus sabe por que, você nunca fez nada para merecer isso. Ela se entregou e tudo que você fez foi tomar como se fosse a sua obrigação sangrenta. O Senhor alto e poderoso Douglas, o servo leal. Isso é tudo que ela já foi para você. Alguém para admirá-lo e dizer-lhe quão maravilhoso você era. E o que você fez? Você tomou sua inocência e, em seguida, deixou-a com o seu filho como uma puta.
James sentiu como se tivesse sido arrasado por um aríete7. Se MacGowan tivesse apenas balançado a lâmina e o cortado em dois, ele teria sido menos atordoado. Seu coração, a respiração, tudo dentro dele parecia parar de trabalhar. Exceto sua mente, que estava trabalhando muito rapidamente, lutando para encaixar as peças todas juntas em uma imagem que ele poderia finalmente ver. Um bebê. Isso é o que ela estava tentando dizer a ele.
Publique os proclamas mais cedo do que você percebeu... Se fosse apenas eu... Nosso bebê será um bastardo.
—Jo está grávida?— Ele conseguiu dizer. Sua voz não soava como a sua própria. Ele foi estrangulado e sufocado com emoção. Eles estavam indo para ter um bebê. Uma bolha de felicidade inchou dentro dele.
O olhar duro de olhos de MacGowan não teve piedade alguma para o golpe que estava prestes a dar. — Estava grávida. Ela perdeu o bebê no acidente.
Perdeu…? Acidente...? James demorou um momento para processar as palavras cruéis, e no momento de alegria tornou-se um mergulho nas profundezas frias do desespero. Oh Deus, não. Seu filho estava morto. E Joanna? Medoe pânico ao contrário de qualquer outro que já tinha imaginado levantou-se dentro dele.
O fato de que um acidente tinha tomado a vida de sua criança por nascer era horrível o suficiente, mas não poderia ter levado mais. Ele agarrou o braço de MacGowan e teria levantado a sua cara, se o bastardo não fosse construído como uma rocha. — O acidente? Jo está bem? Conte-me o que aconteceu.
MacGowan não esperou. — Como se você se importasse. É tarde demais para fingir. Não importa mais. Você a deixou lá para morrer sozinho. Você a abandonou quando ela mais precisava de você.
Máquina de guerra com que se derrubavam as muralhas ou as portas das cidades sitiadas.
A mente de James estava tocando. Seu coração estava correndo loucamente. Jo estava bem. Ela tinha que estar bem. Cristo, não!
Ele não conseguia sequer contemplá-lo. — Droga, Thommy, pare de me torturar e me diga o que aconteceu, diabos!
—Você merece ser torturado. Você quase a destruiu. Ela deu-lhe seu coração e você tratou-a como se não fosse nada. Sim, ela está viva. Por algum tipo de milagre ela sobreviveu a uma queda que devia tê-la matado, depois de correr a partir do seu castelo condenado, depois que você saiu.— Ele cerrou os punhos, olhando como se ele estava pensando em usá-los novamente. —Eu espero que você esteja sofrendo, mas garanto que não é metade do sofrimento que a pobre moça passou nas semanas depois que você montou para fora sem olhar para trás.
—Eu mandei recado...
—Sim, bem, não foi o suficiente. Droga, Jamie, ela merecia coisa melhor do que você. —James mal registrou o antigo apelido. Ninguém mais, só Beth o chamava de Jamie agora. — Ela acreditava em você. Se eu tivesse alguém com tanta fé em mim, eu faria qualquer coisa para segurá-la.
Algo passou nos olhos do outro homem, e os olhos de James se estreitaram. — Você quer dizer como fazer-se um soldado?
Seus olhos se encontraram, foi a irmã de James que tinha dilacerado uma velha amizade ainda entre eles. —Vá para o inferno, Douglas. Minhas razões são minhas. Eles não têm nada a ver com a sua irmã. Algumas ilusões que eu poderia ter tido a este respeito estão muito longe. Com o irmão ou com a irmã, eu suponho.
James cerrou os dentes, mas sabia que o soco se justificava. Mais do que o permitido. Nada que MacGowan poderia dizer era pior do que a culpa e a vergonha que estava sentindo no momento.
Ele deveria ter estado lá com ela. Ela não deveria ter passado por isso sozinha. Ele tinha que vê-la.
Só uma vez que ele colocasse os olhos nela, ele tendo a certeza de que ela estava bem. Só então o pânico que corria por ele se abateria.
****
James olhou para sua irmã em raiva frustrada. — O que quer dizer que ela não está aqui?"
Depois de correr todo o campo por quase 24 horas para voltar para Jo tão logo possível, nunca lhe ocorreu que ela não estaria aqui. Joanna pertencia ao Vale de Douglas.
Esta era a sua casa, sua casa.
O olhar de Elizabeth estreitou em seu tom. — Não se atreva a gritar comigo, Jamie. Se você está procurando alguém para ficar com raiva, olhe para o espelho!—Ela apertou sua boca, relutantemente decidiu responder a sua pergunta. — Jo deixou o Vale de Douglas cerca de um mês atrás.
Ele não podia acreditar, Jo tinha ido. Seu peito apertou inquieto. Pela primeira vez, James teve um pressentimento de que as coisas eram muito piores do que ele tinha imaginado. — O que quer dizer com ela deixou? Onde ela foi? E por que diabos você não me contou sobre o acidente quando eu escrevi para você?
—Ela não me disse para onde estava indo, e eu não perguntei. Ela não quer que você a encontre, e provavelmente temia que você fosse me intimidar em lhe dizer. Quanto ao porquê de eu não lhe contar sobre o acidente, foi porque ela me pediu. Implorou, na verdade. Foi a primeira coisa que ela me disse quando ela veio depois da queda. Lá estava ela, deitada em uma pilha de folhas na parte inferior do morro, machucada e quebrada, com acúmulo de sangue ao seu redor, e seu único pensamento foi que você não tinha que saber o que aconteceu. Ela sabia que você iria correr de volta e fazer promessas, e ela não queria você desse jeito. Ela queria que você viesse para ela em seu próprio desejo. Pena que é quase três meses tarde demais.
Cristo. Será que ninguém vê razão? Eles estavam no meio de uma guerra maldita! Ele jurou, arrastando seus dedos pelo cabelo. — Droga, Beth, eu não podia sair. Bruce precisava de mim.
Ela arqueou uma sobrancelha delicadamente. — No entanto, aqui está você.
—Sim, bem, eu não dei ao rei uma oportunidade para negar meu pedido.
Isso a surpreendeu. Seus olhos se arregalaram. — Você acabou de sair?
Ele deu de ombros. Ele tinha estado tão fora de sua mente com dor e pânico, tudo o que podia pensar era sair de lá o mais rápido possível. Ele correu para Boyd quando ele estava saindo e afirmou que havia uma "emergência familiar". Mas Bruce não ficaria feliz, e James sabia que ele ia ter algumas explicações a dar.
Beth olhou para ele, balançando a cabeça como se ele fosse um aluno recalcitrante. No momento, ele sentiu gosto disso. — O que você esperava Jamie, que ela sentaria ao redor aqui chafurdando em sua dor e aguardaria você vir correndo em seu cavalo branco para fazer tudo melhor? Não há nada que você possa fazer para torná-lo melhor.— Embora eles estivessem sozinhos em energia solar no Park Castelo, ela baixou a voz. —Perder o bebê quase a matou.
Nada que você possa fazer para torná-lo melhor? A certeza de sua irmã deu-lhe um momento de dúvida, mas ele empurrou-o de lado. Joanna estava sofrendo, sofrendo a perda de seu filho, mas ela o amava. Ela iria entender que ele não a tinha abandonado. Se ele soubesse, ele teria encontrado uma maneira de estar lá. — Ela lhe disse sobre o bebê?
Beth sacudiu a cabeça. — Ela foi trazida aqui após o acidente por Sir David Lindsay. Eu e Thommy ouvimos o curandeiro dizendo a nossa madrasta.
Diabos.
Ao ver sua expressão, Beth sacudiu a cabeça. — Você não precisa se preocupar com a nossa madrasta, seu segredo está seguro. Ela não tem mais interesse em vê-lo casar com Jo do que você faz. Ela informou ao curandeiro que se alguém ouvisse falar desta criança, ela iria vê-lo no poço da prisão, mais próximo de ser condenado como herege.
James reprimiu um arrepio. Ele não duvidou. Eleanor de Lovaine tinha uma espinha de aço. Seu interesse em ver James aumentando estimação do rei, e elevando o status de seus dois filhos, Archie e Hugh, meios-irmãos de Elizabeth e James,era igual ao interesse dele próprio.
Seus olhos se estreitaram. — O que Lindsay tem a ver com isso?
Sir David Lindsay tinha recentemente sucedido seu pai Alexander de Shanghai, passando a ser Barão de Crawford, que não estava longe de Douglas. Alexander tinha sido um partidário defensor de Bruce, assim como seu filho. Com a morte do seu pai, Lindsay tinha estado na Torre Lindsay, vendo a propriedade nos os últimos meses.
—Ele estava andando com alguns de seus homens olhando a propriedade e correu sem vê-la, provocando a queda. — James ficou tenso com fúria, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela o puxou de volta. —Foi um acidente. Jo saiu daqui como o diabo estivesse perseguindo. Corri atrás dela e vi a coisa toda. Ela praticamente correu direto para o cavalo de Sir David. Não havia nada que poderia ter feito para evitá-lo. Ele estava perturbado e recusou-se a sair até que ela se recuperou.
James sentiu um pouco da tensão melhor. Um pouco, mas não tudo. Ele fez Elizabeth contar-lhe tudo. Cada lesão, cada longa hora de recuperação de Jo, a cada semana ela tinha passado na cama, as semanas depois, quando ela voltou para a casa de seus pais, e, em seguida, a breve conversa onde ela havia dito a Elizabeth ela estava saindo. O que Elizabeth não disse a ele, mas que ele ouviu de qualquer maneira, era a profunda tristeza de Jo. Cada palavra cavou uma faca de culpa, cada vez mais fundo em seu coração.
—Como você pôde Jamie? Como você poderia desonrá-la assim, sabendo que você não se casaria com ela?
Uma coisa era ouvir isso de Thom, e outra era ouvi-lo a partir da jovem irmã que sempre olhou para ele como se ele fosse o maior cavaleiro da cristandade.
—Eu pensei... — Ele arrastou os dedos pelo cabelo novamente. Cristo, não havia desculpa. Ele tinha apenas pensado que ela entendeu.
Mas ele iria fazer as pazes com ela, assim que ele a encontrasse. Ele se virou e começou a sair da sala.
—Onde você está indo? —, Disse Elizabeth.
—Para Hazelside falar com seu pai. Ele vai saber onde ela está.
—E você acha que ele vai dizer? — Elizabeth riu, embora fosse sem humor. —Os pais dela pode não saber todos os detalhes, mas eles sabem que algo terrível aconteceu e que você é o culpado. Eles não vão dizer nada. Nem o devem fazer. Ela deixou o Vale de Douglas para que ela não se lembrasse de você e o que ela perdeu. Se você for atrás dela, você só vai trazer tudo de volta.
—Eu tenho que encontrá-la. Cristo, Beth, eu a amo.
Ele teria que se explicar e se desculpar. Ele não tinha estado lá quando ela precisou, e ele faria. Nunca se perdoaria por isso. Mas Jo faria. Ela era mais doce, mais gentil, a mulher mais maravilhosa que ele já tinha conhecido, e seu coração era tão grande quanto o sol.
Sua irmã mais nova olhou para ele com sabedoria muito além de seus anos. — Ela está tentando recomeçar por si mesma, Jamie. Se você realmente a ama, você vai deixá-la em paz.
Ele a amava, mas não podia fazer isso. Pois sabia que sem ela, ele nunca teria uma felicidade completa. Eles pertenciam um ao outro. Nunca tinha dúvida disso nem por um minuto.
CAPÍTULO OITO
Jo sentiu o tremor na boca. A contração se tornou impossível de controlar e de repente ela explodiu em riso. Riso real, honesto, com bondade. Tinha sido assim por muito tempo, ela começou a se perguntar se ela nunca sentiria vontade de rir novamente.
Mas parecia que ela iria e talvez ficasse tudo bem.
A perda de seu bebê estaria com ela para sempre, mas Joanna tinha sobrevivido. Embora, no momento ela não entendeu o porquê e ela se culpou. Tudo o que ela conseguia se lembrar era ter desejado que James não a visse cair e não ficasse sabendo de seu filho, e o medo horrível de que Deus tinha ouvido sua oração.
Mas ela não quis dizer isso, e Deus sabe disso. Tinha sido um acidente. Um horrível, doloroso acidente. Mas ele tinha feito um estrago grande e ele tinha perseguido as últimas estrelas de seus olhos. A tragédia tinha uma maneira de forçar a realidade em cima de você, e ela podia ver agora todos os erros que tinha feito e jurou nunca fazer novamente.
Foi com uma visão muito mais clara das duras realidades do mundo que Joanna olhou para o homem ao seu lado. Era difícil imaginá-lo perseguindo uma pequena leitoa, bater o traseiro na lama pela porca irritada, mas a sua maneira de contar a desventura de ontem tinha puxado o riso de seu peito e colocado um pouco de alegria de volta em seu coração. Ela agradeceu-lhe por isso. Ela tinha muito a agradecer.
—Ah, é bom ouvi-la rir assim, moça. — Seus olhos escuros brilhavam com malícia. —Embora eu desejasse que não fosse por minha causa.
Ele era um homem fácil de gostar, Sir David Lindsay. Bonito, gentil e com o tipo de sólida força que a fez sentir-se segura.
Ela sorriu de volta para ele. — Gostaria de pedir desculpas, mas como eu suspeito que a história teve exatamente o resultado que você destinou, eu não vou. — Seu sorriso aprofundado disse-lhe que ela estava certa. Sua expressão mudou como gratidão, inchou no peito. —Você tem sido um bom amigo para mim nestes últimos meses, David, e agradeço por isso.
Ele pegou a mão dela na sua. Era quente e firme, agradável e sólido como o próprio homem. O mal havia desaparecido de seus olhos, substituído por um profundo zelo. —Eu não vou pressioná-la, mas quando você estiver pronta, espero que eu possa ser mais do que seu amigo. Se eu pudesse, eu mudaria tudo sobre esse dia, exceto para o fato de que eu conheci você. Você merece ser feliz Joanna, e eu quero ser o único a torná-la assim.
Sua declaração não foi uma surpresa. Quando ele soube de sua intenção de deixar Douglas, o convite para ela ficar na casa da prima dela, prima que só passou a ser casada com um dos Vassalos de Sir David, ajudando-a com o cuidado de seus filhos e casa, enquanto seu marido se recuperava do pé quebrado que ele obteve depois que caiu do telhado de sua casa de campo ao tentar fazer reparos. Tinha sido muito conveniente para ser coincidência, mas na época, Joanna estava tão desesperada de um lugar para ir onde James não a encontraria fácil, que ela aproveitou a oportunidade.
Sir David Lindsay era um homem bom, e com o tempo talvez ela pudesse mudar e amá-lo. Não a paixão ou todo o abrangente amor de menina que ela teve para James, mas o sólido amor, maduro de uma mulher.
Mas não seria justo encorajá-lo, mesmo que ela não suspeitasse de seus sentimentos por ela, eram mais um resultado desse forte traço de socorrista que ele tinha através de seu sangue. —Há coisas que você não sabe. Coisas que fazem com que seja impossível para que haja algo mais do que amizade entrenós.
Sua expressão endureceu, e ela viu vestígios do guerreiro formidável que ele tinha fama de ser.
Como James, Sir David foi um companheiro próximo do rei e um membro de sua comitiva pessoal. —E se você quer dizer Douglas, ele não me assusta.
Ele deveria, ela quase disse. Sir David era alto, forte e certamente habilidoso, mas poucos homens superavam James Douglas em tamanho, força física pura, e ferocidade.
Ela balançou a cabeça. — Não é James.— Pelo menos não totalmente. Ela mordeu o polegar distraidamente, e o calor subiu por suas bochechas. Como poderia explicar sem dizer-lhe sobre o bebê? Ela não era casta.
Ela tinha levado o filho de outro homem. Dificilmente a esposa adequada para um jovem senhor. Embora fossem da mesma idade de vinte e dois anos, ela se sentia muito mais velha pela experiência.
Ele deve ter adivinhado o motivo de sua hesitação. Ele inclinou o queixo com as costas do dedo para olhar em seus olhos. — Eu não sou um padre, Joanna. Eu não vou exigir uma confissão dos pecados antes de perguntar a uma mulher para ser minha esposa. Eu vou ouvir, se você achar que deve me dizer, mas lembre-se que eu fui a primeira pessoa a chegar até você quando você caiu, e fui eu quem levou você até a colina para o castelo. Eu posso não ser um curandeiro, mas eu entendo por que uma mulher pode estar sangrando após uma queda como essa. Vi também amaneira que você chorou e embalou seu estômago quando você acordou. Quando eu soube da sua ligação, sua ex-conexão com Douglas, não foi difícil descobrir o que tinha acontecido.
Joanna estava atordoada. — E você ainda...?— Ela não conseguia pronunciar as palavras. O fato de que este homem tão facilmente ofereceu o que James tinha recusado mesmo depois do que ela tinha acabado de dizer-lhe dava vontade de estourar em lágrimas.
Ele assentiu. — Sim, eu ainda. Eu não vou mentir para você e dizer que eu não gostaria que tivesse acontecido de forma diferente. Mas eu dei-lhe algum pensamento, e seu antigo relacionamento com Douglas não é o que me preocupa. O que me preocupa é saber se essa relação está realmente no passado. —Ela abriu a boca para responder, mas ele a deteve. —Eu não estou pedindo garantias. Não agora, pelo menos. Mas eu pensei que você deveria saber como eu me sinto.
Joanna não entendia. — Por quê eu? —, Ela desabafou. Em seguida, envergonhada, ela tentou explicar:—Eu, quer dizer, eu tenho certeza que você tem a sua escolha das damas da corte.
Ele sorriu novamente. — Porque você é doce, amável, e bonita, e nenhuma das damas da corte nem sempre me fez tão feliz. Você é especial, Joanna, e agradeço a Deus todos os dias que Douglas era muito idiota para perceber que ele tinha um tesouro.
Ninguém... a única filha do marechal. As palavras cruéis ainda tinha o poder de picada, mas Sir David tinha ajudado a diminuir a mágoa. Nem todos os homens viam o seu valor como um simples degrau na escada social.
Por um momento, ela pensou que ele poderia beijá-la. Ela teria que deixá-lo, curiosa para ver se ele poderia despertar a mesma paixão por ela como James. Mas ele deve ter se lembrado do seu voto para não pressioná-la.
Soltando a mão de seu rosto, ele recuou. — Eu deveria voltar para o castelo. Alguns dos convidados estarão chegando em breve, e eu deveria estar lá para cumprimentá-los. Eu só parei para me certificar de que você me concederá a primeira dança. —Ele sorriu. —E a última dança e cada uma no meio. — Apesar de seus espíritos mais leves hoje, Joanna não tinha muita vontade de festa. Mas depois de tudo Sir David fez por ela, ela não podia recusar-se a participar da celebração do dia de maio, que parecia ter a inteira aldeia em um estado de excitação mal contida. Com a guerra, havia pouco tempo ou oportunidade para a festa, e todo mundo sabia que com o Rei Edward ameaçando invadir novamente no verão, pode ser algum tempo antes de haver outra.
—Eu gostaria muito disso—, ela respondeu honestamente. — Embora, eu acho que seus deveres como anfitrião vão requerer a parceria de mais do que apenas uma mulher.
Ele fez uma careta e suspirou. — Eu suponho que você está certa. Mas a primeira será sua e eu não gosto do resto.
Ela riu e seu sorriso demorou muito tempo depois que ele tinha ido.
Embora, ela supôs que deveria ir para dentro e começar a ajudar as crianças, e se preparar, Joanna caminhou através da soleira que serpenteava ao longo da borda da casa. A colina inclinando ao longo, ela teve o cuidado quando ela sentou-se na grama úmida para não escorregar. Era um belo dia, e como o riso que tinha vindo antes, o calor do sol em seu rosto parecia sentir um despertar.
Um retorno a partir dos dias, angustiados e escuros dos últimos meses.
Ela não se permitiu pensar muito em James, mas, surpreendentemente, falando dele com Sir David hoje, não foi tão doloroso quanto ela temia. Seus sentimentos, o amor, raiva, desilusão e ódio não eram mais tão intensos. Tempo de cura tinha entorpecido a picada e dada a sua perspectiva.
Ela não o culpou pelo que tinha acontecido. Tinha sido tanto culpa dela quanto dele. Ela tinha sido ingênua e cheia de expectativas irrealistas. Sabendo de sua ambição e como era importante ele restaurara honra da família, ela deveria ter percebido que o casamento dele não seria baseado em amor, mas em posição e fortuna. Sua noiva seria um prêmio a ser ganho, assim como todo o resto.
Mas sua culpa foi além do fato de não ter devidamente feito um balanço da situação. Ela o colocou em cima um pedestal como um semideus com um amor semelhante ao culto. Não era de admirar que ele nunca a via com igualdade. A dura realidade era que ela nunca tinha visto a si mesma como igual. Ela o amava muito e dado muito de si mesma durante o processo. Ela lhe dera tudo e nunca exigiu nada em troca. Por que ela estava surpresa que quando ela finalmente o fez, ele se recusou?
Ela permitiu que ele a levasse, o deixando pensar que ela era uma mulher para fazer amor e não casar, mas isso nunca aconteceria novamente. O próximo homem que confiava com seu coração iria valorizá-la.
Mas Joanna não tinha certeza se seria capaz de confiar em alguém assim de novo. Tal como as cicatrizes sobre sua carne, as feridas de seu coração foram curados, mas não apagadas. As memórias eram como marcas, permaneceriam.
Ela ouviu um som atrás dela e viu sua prima Maggie correndo em sua direção.
Os olhos de Jo estreitaram com preocupação vendo expressão ansiosa de Maggie. — O que está errado?"
Apesar de quebrar um osso tão mal como Patrick, o marido de sua prima, tinha muitas vezes achado que perderia o membro, a perna parecia estar curando bem. Tão bem que ele foi capaz de mancar ao redor com um pedaço de pau e tinha retomado muitas das suas funções. Sua prima não iria precisar dela muito mais tempo.
Maggie sacudiu a cabeça. — Alguém está aqui para ver você."
Uma sombra se moveu em torno do chalé atrás Maggie.
Joanna parou. Seu coração deslizou até parar e, em seguida, congelou como o gelo endurecido em torno dele como um escudo protetor.
Ela sabia quem era antes mesmo da forma familiar aparecer. Ele a tinha encontrado. E a tempestade de emoções se formando dentro dela, tentando quebrar o gelo, disse a si mesma que talvez ela não fosse tão imune a James Douglas como ela queria ser.
****
Depois de dias de frustração em tentar convencer sua família para lhe dizer onde ela estava, e toda a busca infrutífera, o primeiro vislumbre de Joanna quase o trouxe de joelhos. James estava tão feliz devê-la, tudo o que podia pensar era cruzar a distância entre eles e envolvê-la em seus braços.
Ele queria abraçá-la contra ele, saboreando o calor suave de seu corpo contra o dele e embalou, sufocando seus sentidos, com o aroma perfumado de flores silvestres que sempre encharcava sua pele e cabelo.
Mas o olhar em seus olhos o parou frio. Ela parecia tão diferente. Ela tinha perdido muito peso, as exuberantes curvas que ele tanto amava tinham praticamente desaparecido. Ela parecia dolorosamente frágil, como se um vento forte pudesse levá-la embora. Apesar do dia ensolarado, as bochechas não estavam rosadas e bronzeadas, mas pálida e incolor. Ele podia ver a linha cor de rosa fina de uma cicatriz em sua testa, uma na têmpora, e outra em seu queixo. As mudanças provocadas pelo acidente foram como um soco no estômago, e havia outra pedra colocada sobre a pilha de culpa esmagando seu peito.
Eu poderia tê-la perdido. E o quão perto ele estava quando ela olhou de volta para ele.
Mas não eram as mudanças físicas que refrigeraram todos os ossos do seu corpo. Era o olhar em branco em seus olhos e da indiferença de sua reação. Pela primeira vez em sua vida, Joanna estava olhando para ele sem sentimento, e ele congelou. Inferno, ele aterrorizou. Isso o levou a perceber que talvez ela não estivesse tão pronta para perdoá-lo como ele tinha pensado.
—Joanna? —, Perguntou sua prima hesitante.
—Está tudo bem, Maggie. Você pode deixar-nos. Senhor Douglas não estará aqui por muito tempo.
Senhor Douglas? Cristo, ela nunca o chamava assim em sua vida.
Sua prima saiu, e Joanna encontrou seu olhar novamente. — Como você me achou?
Nenhum; eu senti sua falta, nem; graças a Deus você está aqui, apenas o tom sem emoção, frio, plano de uma mulher que não queria ser encontrada.
Ela realmente não queria que ele a encontrasse. Ele não tinha realmente acreditado nisso, até agora.
Ele deu de ombros. —Não foi muito difícil.
Ela sustentou o olhar, desafiando a mentira. — Quem você ameaçou?
Ele franziu a testa. Isso é realmente o que ela pensava dele? —Eu não ameacei ninguém. Se você quer saber, foi sua irmã que me disse.
Joanna murmurou uma maldição que ele nunca tinha ouvido sair de seus lábios antes. —Eu não preciso perguntar qual delas. —Constance tem tantas estrelas em seus olhos, ele provavelmente não precisou de muito esforço de sua parte para entretê-la e obter a resposta.
No passado, ele teria brincado com ela que Constance não era a única, mas ele percebeu que a brincadeira não seria bem-vinda. Ele também sentiu que já não era verdade. Joanna sempre olhou para ele como se ele fosse uma espécie de herói de conto de um trovador. Como se ele pudesse matar dragões, pendurar a lua, e duelar com Lancelot, tudo ao mesmo tempo. Mas ela não estava olhando para ele dessa forma agora. O azul claro nos olhos o encarou com um toque vazio de admiração.
Ele tinha-a machucado muito mais do que percebeu, esse conhecimento pesou sobre ele como uma pedra em seu peito.
Embora seu olhar não fosse mais acolhedor do que antes, ele deu alguns passos em direção a ela até que eles estavam apenas alguns pés separados. —Eu sinto muito, minha querida. Sinto muito por tudo. O bebê. Deus, o bebê."— Sua voz quebrou. —Eu não sabia. Eu deveria ter estado lá com você. Eu teria ficado, se você tivesse me dito.
Suas palavras não tiveram efeito. Ela olhou para ele, impassível e aparentemente desinteressada. Por que eu fiz aquilo? Tinha acabado.
—Eu não quis dizer aquilo. Eu estava com raiva. Você estava me forçando a escolher entre você e meu dever, e eu reagi. Mal, eu admito, mas caramba Jo! Você tinha que saber que eu não quis dizer aquilo. Eu te amo!
Ele tomou-lhe o braço sem perceber e tentou trazê-la para perto dele, mas ela estava tão rígida como um pólo de aço.
Ela virou a cabeça. — Não faz diferença agora.
Seu coração pegou a batida, acelerando para uma corrida frenética. Ela estava agindo como se ela o odiasse, mas isso não era possível. Esta não era Jo, sua Jo o amava. —Claro que ele faz a diferença —, disse ele suavemente. —Nós precisamos falar sobre isso, se vamos superar isso.
—Superar isso? — Ela olhou para ele e, em seguida, fez algo tão inesperado que o sacudiu até a medula. Ela caiu na gargalhada. —Querido Deus, você realmente acha que pode dizer-me que acabou, me deixar por três meses, enquanto eu luto pela criança que você teria deixado o mundo chamar de bastardo, e depois voltar como se nada tivesse mudado? Tudo mudou James. Eu não culpo você pelo que aconteceu mais do que eu me culpo. Foi um acidente. Mas ele foi feito, e nada pode ser feito para mudá-lo de volta. Está tarde demais. Seja qual fosse a chance que poderia ter, morreu junto com o nosso filho.
Ele ouviu as palavras, mas ele não quis ouvir o que ela estava dizendo. Não podia ser tarde demais.
Apesar do calor do dia, sua pele parecia gelo. Um arrepio percorreu sua espinha. Ele teria que fazê-la ver a razão. —Você está com raiva, exaurida. Deus sabe você tem todo o direito de estar. Mas não diga algo que você não queira dizer. Você me ama Jo, e eu te amo. Nós vamos passar por isso, juntos.
Ela balançou a cabeça. — Não há "juntos", James. Você e eu nunca fomos feitos para ser, eu vejo agora. Você sempre será uma parte importante do meu passado, mas que é onde você permanecerá.
—Mas caramba Jo, você me ama.
—Eu o amei. Muito. Demais, como se viu, esse amor não permitiu que eu visse o que era reto na minha frente. Você e eu queríamos coisas diferentes.
James sentiu como se as chamas rugissem em seus ouvidos, no peito, queimando como fogo. — Você não quis dizer isso.
Mas ela quis. Ele podia ver isso em seus olhos. Ele matou o amor que ela tinha por ele, como se ele tivesse enfiado uma adaga em seu coração. —Você deve ir, James. Você não pertence a este lugar.
—Nem você. Você pertence a mim, e de volta à Douglas.
O sorriso triste em seu rosto dizia o contrário. — Eu pensei assim também. Mas nós dois estávamos errados. eu pertenço onde eu vou ser feliz, e agora vai ser aqui.
Seus olhos se estreitaram, a suspeita de que ele estava tentando manter a calma empurrando seu caminho para frente ao centro. — Por que você está aqui, Jo? Será que tem algo a ver com Lindsay? — Ele tomou-a pelo braço, olhando para ela com toda a intensidade queimando dentro dele. —Se ele tem tocado você, eu vou matá-lo.
Ela arrancou seu braço do seu domínio, a primeira faísca de emoção estridente em seus olhos azuis brilhantes.
Pena que era raiva. — Como você se atreve a fazer ameaças e menosprezar um homem que tem sido nada além de gentil comigo! Sir David é um amigo, isto é tudo. Não que seja da sua conta. Você perdeu qualquer voz nesse assunto no dia em que você me disse que tinha acabado.
—Droga Jo, eu não quis dizer isso.
Tão de repente quanto tinha acendido, sua raiva foi socada fora. Em seu lugar havia tristeza e determinação.
Diabos, quem era essa mulher, calma de si? O que aconteceu com a garota que só sorria para ele e tornava seu dia mais brilhante? Seu coração puxou, e depois cresceu muito apertado.
—Se você não quis dizer isso não importa. Era o melhor. Ele obrigou-me a ver a verdade. eu amei você muito, e isso não era bom para qualquer um de nós.
—Pare de falar no passado, dane-se.
O olhar em seus olhos lhe disse de forma diferente. — Vá, James. Eu não quero você aqui. Eu não quero ver você de novo. Se você sempre cuidou de mim, apenas me deixe em paz.
E com isso, ela se virou e caminhou em direção à casa de campo.
Ele soltou-a agora. Mas ele não tinha nenhuma intenção de deixá-la se afastar dele para sempre. Ele a amava caramba, e ele faria o que tivesse de fazer para recuperá-la.
****
—Há algo errado?— Sir David perguntou quando ele estava levando-a de volta para o banco no estrado. — Dançou muito?
Joanna olhou para cima em seu olhar preocupado e conseguiu um pequeno sorriso. — A dança foi perfeita. A música é a minha favorita.
Outra canção começou a subir, e ele teve que levantar a voz acima das animadas músicas dos músicos.
—Então é outra coisa? São os seus ferimentos machucando você, você está com dor...
Ela parou com um toque no braço. — Eu estou perfeitamente bem. Verdadeiramente, não há nada para se preocupar.
Inconscientemente, ela examinou o salão, relaxando apenas quando se assegurou de que ele não estava ali. Será ele tinha realmente ido tão facilmente? Ela esperava que sim.
Sir David estudou-a com uma sobrancelha comprimida. — Você sabe que é a décima vez, desde que chegou que você olha ao redor do salão, como se o bicho-papão estivesse prestes a saltar para fora?
Ela estava prestes a levantar o polegar à boca, mas mordeu o lábio em seu lugar. — Isto é?
Ele balançou a cabeça, esperando pacientemente, não exigindo, que ela continuasse. Ela deu um suspiro profundo e disse-lhe. — James veio me ver depois que você saiu.
Podia senti-lo tenso ao seu lado. Cada músculo em seu corpo parecia incendiar. Aparentemente, além do instinto para resgatar, o desejo de defender e proteger correu tão forte nele. Cavaleiro! Isto Deve ter algo a ver com a espada e armadura.
Mas ele mordeu de volta o que haviam surgido, apertou os lábios e pegou a mão dela, puxando-a em direção a um canto mais calmo no salão perto da borda da tela de madeira atrás do estrado. — Você está bem?
Não, ela não estava bem. O interior tremendo, havia começado no momento em que tinha deixado James em pé na soleira, ainda ameaçou quebrar sua determinação cuidadosamente construída. Levou tudo que tinha para vê-lo ir embora sem olhar para trás e não cair em uma pilha soluçando aos pés de sua prima. Ao vê-lo novamente, ouvindo suas palavras de amor, e depois ver o choque e ferido quando ele percebeu que nada seria mudado, tinha tomado cada pedaço de sua determinação. Quando acabou, ela se sentiu gasta, totalmente drenada, e fraca.
Ela tinha feito a coisa certa, mas nunca ela imaginaria o quão difícil seria fazê-lo.
James tinha sido tudo para ela por tanto tempo; vê-lo novamente trouxe tudo de volta. O amo ruma vez que ela tinha para ele se foi, mas vestígios dele permaneceram em suas memórias e em seu corpo. Sim, sua reação física para ele era tão forte como era antes. Suas terminações nervosas não deveriam se queimar, sua pele não deveria se apertar, as bochechas não deveriam se resplender e os mamilos não deveriam se endurecer.
Ela não podia ver aquele corpo alto, forte e não lembrar quão sólido ela o sentia, como ele sentiu surgindo dentro dela. A memória de sua pele deslizando contra a dela, o calor de seu corpo, a sensação dos músculos rígidos sob suas mãos...
Com lembranças, ela levantou-se agudamente com seu peito comprimido.
Toda vez que ele a tocou antes tinha sido uma tortura. Ela estava tão acostumada a tocá-lo de volta, ela teve que agarrar punhados de suas saias para impedir-se de fazê-lo.
E ela tinha feito isso. Ela o confrontou e resistiu à tempestade de emoções. Ela foi espancada talvez, mas ainda de pé.
Era o melhor. Ela quis dizer o que ela disse. James Douglas era o seu passado. Hoje ela tinha tomado a passo final no sentido de tornar isso uma realidade.
A preocupação e os cuidados de Sir David com os seus sentimentos a tocou. —Eu vou ficar bem —, disse ela, percebendo que era a verdade. — Foi difícil, mas tinha que ser feito em algum momento.— Ela conseguiu outro sorriso.
—Francamente, estou contente de ter lidado com isso logo.
Algo endureceu na expressão de Sir David. Ele estava olhando por cima do ombro no salão atrás dela. — Talvez não tão logo.
Ela se virou e pegou seu coração. Olhando para eles com o olhar preto, mortal em seu rosto quem havia ganhado seu epíteto era James.
Ele caminhou em direção a eles invadindo, com mais precisão, praticamente empurrando as pessoas para fora do seu caminho, quando ele acabou no meio da multidão da festa.
Seu protetor valente Sir David corajosamente, se não sabiamente, pegou sua mão e estava ao lado dela para enfrentar o guerreiro imponente, que mais parecia um demônio vingador.
James não tinha perdido o gesto possessivo e ela podia ver seus olhos incendiar com raiva. Ciumento de raiva. Sabendo que ela tinha de difundir a situação, ela cuidadosamente separou-se da mão de Sir David, para atender James que tinha parado a alguns passos de distância. Parecia que ele queria bater o punho contra o queixo de Sir David, mas felizmente ele conseguiu exercer alguma aparência de controle, e seus punhos permaneceram em bolas apertadas de lados.
—Toque-a novamente, e eu vou te matar —, disse ele em voz baixa.
Sir David não reagiu à ameaça, embora todos eles soubessem que não era ocioso. —Cai fora, Douglas. Se a senhora não quisesse que eu a tocasse, ela iria me dizer. Você não tem nada a dizer sobre isso.
Joanna gemeu por dentro. Querido Deus, Sir David ia piorar o seu estado. Ela não queria ser responsável por esses dois homens vindo a golpes. —O que você está fazendo aqui, James? Eu disse tudo o que eu tinha a dizer. Eu disse que não queria vê-lo novamente.
—Você não quis dizer isso.
Joanna desmentiu esta afirmação com um olhar silencioso.
Os olhos de James se estreitaram. — Talvez eu devesse perguntar o que você está fazendo aqui? Achei que não havia nada entre vocês? É certo como o inferno, não parece assim para mim.
—Nem todo mundo é tão grande idiota como você, Douglas. Não me culpe por reconhecer um tesouro quando eu vejo um.
James fez um som como um rosnado baixo em sua garganta e deu um passo para o outro homem, mas Joanna se colocou entre eles. — O que é que você quer James? Diga o que você tem a dizer e, em seguida, vá.
Ele olhou para ela tão incrédulo e tão cheio de mágoa, sua espinha balançou a partir do esforço para manter em linha reta.
—Vamos lá, Jo. — Sua voz tinha assumido um tom de súplica suave que ela nunca tinha ouvido antes. —Não seja assim. Não é você.
Joanna virou-se para Sir David. — Você pode nos dar um momento, por favor?
O cavaleiro mais jovem olhou para trás e entre eles. Embora sua expressão dissesse que era a última coisa que ele queria fazer, ele assentiu. Joanna deu um suspiro de alívio quando ele se afastou.
Mas a tensão permaneceu.
James viu-o desaparecer no meio da multidão com um olhar estreito, e, em seguida, virou-se para ela. Antes que ela pudesse protestar, ele a pegou pelo braço e arrastou.
Estava escuro. O pequeno espaço servia como uma área de armazenamento para as mesas de cavalete, quando colocados a distância, como estavam agora. Não havia muito espaço, mas ele não precisava de nenhum.
Mal eles desapareceram da vista do salão do que ele girou em torno dela, empurrou-a para cima contra a parede de pedra atrás dela, e bateu a boca na dela.
Seu suspiro de choque foi engolido no ataque inicial de sensação. Quente, encharcada, carente sensação. Certamente, foi a surpresa que explicou como sua boca abriu instintivamente e como seu corpo derreteu nos traços de sua língua. Claro, seu corpo grande duramente pressionado contra o dela, quente e pesado, envolvendo-a em calor de macho viril, deixando-a para ir.
Seus sentidos estavam se afogando nele. O sabor quente e picante do cravo, o aroma de seu sabão sempre na sua pele, o cheiro de urze que permanecia em sua armadura. Paixão levantou-se como um turbilhão dentro dela, ameaçando arrastá-la para baixo. Mas ela socou a diante o desejo, necessidade de tomar a linha assumiu.
—Não! —, Ela murmurou contra sua boca. Colocando as duas mãos em seus ombros, ela deu-lhe um empurrão duro. — Não!
Desta vez, a palavra foi formada o suficiente para ser ouvida. Ele a soltou, recuando para lhe dar algumas polegadas de espaço, mas ainda pairava sobre ela.
—Como você se atreve!—, Ela fervia e seu peito arfando enquanto ela lutava para tomar ar.
Ele conheceu sua raiva completamente, devolvendo-o com um olhar feroz. — Você é minha Jo. Minha.
—Então, o que é isso? Alguma amostra primitiva de posse? Por que você simplesmente não pega um punho cheio de sujeira, atira aos meus pés, e reivindica propriedade?
—Se eu achasse que iria funcionar, eu faria.
Sua boca formou uma linha dura. — Eu não pertenço a você, James. Você não tem direito de me tocar desse modo.
—Eu tenho todo o direito. Seu corpo não mente Jo. Você me quer tão mal como você fez antes.
Ela não diria, não quando ela ainda tremia pelo esforço de se afastar dele. — Luxúria não é amor James, e sem amor, não vou sucumbir como antes. Você pode me encurralar e vagamente ter acesso a tudo que você quer, mas não vai mudar nada. Eu aprendi o custo da paixão desenfreada, e não importa quão bom você faz meu corpo sentir, eu não vou esquecer. Você não vai me vencer por paixão.
—Como eu posso ganhar?
Com o fundamento macio em sua voz quase a quebrou. Não olhe para ele. Não vacile. Ela virou a cabeça, recusando-se a encontrar o olhar que ela sabia que iria furar suas defesas e seu coração. — Você não pode.
Ele a pegou pelo braço e virou-se de costas para ele, seu rosto uma máscara de raiva, ciúme, e algo mais. Algo que, se ela não soubesse, ela iria pensar que era medo. — O que você está fazendo com Lindsay? Você não pode se casar com ele!
Ela sabia disso, mas ele não tinha o direito de dizer isso. — Por que não? Eu não sou boa o suficiente para ele? Ele nunca me fez sentir desse jeito, James. Ele não se importa que eu seja a filha do marechal.
Vergonha varreu suas características sombriamente bonitas. — Eu sinto muito, Jo. Eu não quis dizer isso dessa maneira. eu estava zangado. Eu não estava pensando. Você sempre foi tudo para mim.
—Mas nem tudo o suficiente para honrar com o seu nome ou mesmo justificar uma introdução aos amigos. —Emoção estrangulou-a, fechando a garganta e os olhos penetrantes. Maldito seja ele para fazer isso para ela. Tinha jurado não falar sobre isso, não pensar sobre isso. Tinha acabado. Feito. Mas aquele beijo trouxe tudo de volta para a superfície, a dor como matéria e arranhando como se tivesse sido ontem. —Eu mereço melhor, não me culpe por tentar encontrar. Agora deixe-me ir. Eu não odeio você James, mas eu vou se você continuar forçando-se em mim."
Sabendo que ela estava a segundos de começar a chorar e arruinar tudo, ela tomou vantagem de seu choque e partiu.
Mas ela não foi rápida o suficiente. Ela apenas deslizou em torno da parede divisória de volta para o salão quando ele a agarrou pelo braço.
—Me solta!
Alheio a qualquer um ao seu redor, ela lutou para separar-se de seu poder, antes das lágrimas a traírem. Ela se debateu freneticamente como uma espécie de louca, mas ele a segurou firme.
—Para com isso, Joanna! Droga, para com isso!—Seu aperto em seu braço, quando ele a puxou para cima para encará-lo. Sua expressão era tão selvagem e furiosa como ela suspeitava que a dela também estivesse. —Bem. Se você estiver indo para ser teimosa sobre isso, eu vou colocar tudo de lado. Vou ignorar meu dever, desejos de meu pai de dar-me a chance de avançar meu clã e vou me casar com você.—Ele balançou a novamente. —Eu vou me casar com você, caramba. É isso o que tu queres?
CAPÍTULO NOVE
James não estava pensando. Ele não ouviu que a música tinha parado; ele não sentia os olhares curiosos sobre eles, ou perceber que eles se tornaram o centro das atenções; ele estava alheio a tudo, mas a mulher estava tentando sair de sua vida.
Ela quis dizer isso, cada palavra. Ele sabia que se ele não fizesse algo para segurá-la, Joanna seria perdida para sempre. Então ele deixou escapar a proposta às pressas, desajeitadamente, construída sem perceber o que ele estava dizendo. Ou melhor, como ele estava dizendo isso.
Mas o olhar de horror, seguido rapidamente por raiva tão penetrante que pode espetar tão profundamente quanto qualquer faca, alertou que ele tinha cometido um erro. Um notório.
Ela ergueu o queixo, ficou em linha reta e orgulhosa como qualquer princesa, e lançou-lhe um olhar de tal desprezo, ele se sentia quase tão grande como um percevejo sob seu pequeno chinelo. — Isso não é o que eu quero. Na verdade, é a última coisa que eu quero. Você estava errado, James Douglas. É você que não é bom o suficiente para mim. Eu preferia me casar com o rapaz que limpa o guarda-roupa do que com você.
Ela parou de repente, como se ela percebesse o que acabara de dizer. Seus olhos se arregalaram com horror e o pedido de desculpas talvez até mesmo em silêncio. Mas já era tarde demais. Ele ouviu os suspiros. O gorjeio desconfortável. Os risos que não estavam bastante abafados por trás das tosses.
Sangue rugiu em sua cabeça. Calor rastejou sobre sua pele. A humilhação tão afiada e corte como o um que tinha acontecido seis anos antes. Senhor do Guarda-Roupa. Seus ouvidos soaram. Seus olhos só viram vermelho. Soltando a, ele deu um passo para trás duro. Sua volta foi tão rígida como uma máquina.
—James, eu sinto muito. Não é isso que eu...
—Eu acredito que eu tive sua resposta, minha senhora. Eu não vou incomodá-la novamente.
Mandíbula travada, ele passou por ela sem outro olhar. Rangendo os dentes, forçou-se a não mostrar a humilhação que ele estava sentindo, forçou o calor de seu rosto por pura força de vontade. Ele mesmo conseguiu curvar a seu anfitrião como ele deixou. A expressão de Lindsay era sombria, mas de outra forma ilegível. Se o outro homem ficou satisfeito com o rumo dos acontecimentos, ele não mostrou.
Nem mesmo quando a luz solar bateu no rosto de James enquanto ele saía da torre e fez sua montaria, a máscara apertando a expressão que mantinha suas emoções sob controle. Ele manteve essa máscara no lugar até que endurecido em pedra e ele não conseguia sentir nada.
Até o momento ele cavalgou de volta para o acampamento na floresta de Galloway na noite seguinte, o sentimento morto dentro dele se transformou em raiva. Para o inferno com ela. Ela fez sua escolha. Ele não iria implorar. Joanna Dicson o tinha envergonhado o suficiente.
Mas, estranhamente, enquanto ele estava deitado na cama mais tarde da noite, olhando para as paredes revestidas de lã grossa da tenda, não era o seu orgulho ferido que manteve acordado. Era o sentimento de perda tão doloroso que se sentia como se fosse rasgando todo escancarado, ferido em seu peito.
Na manhã seguinte, ele foi chamado a ir para a tenda do rei, explicar suas ações. Como James já imaginava o rei não ficou satisfeito com seu súbito desaparecimento.
Robert The Bruce estava sentado atrás da mesa que servia como sua secretária, enquanto na campanha, estudando-o com muito mais escrutínio do que era confortável. — Sim, bem próxima vez que você tiver uma emergência, eu preferiria que você dirigisse a mim antes de sair.—Um canto de sua boca se elevou. —A menos que você pretenda me desafiar por esta cadeira, eu ainda sou o rei.
James geralmente apreciava as brincadeiras sobre sua ambição, tanto quanto o rei apreciava, mas hoje ele teve que forçar um sorriso aos lábios. Ele era tão ruim assim? Tinha sua busca para alcançar a grandeza de sua família o tornado demasiadamente focado?
James ou Douglas? Palavras de Joanna ecoou em sua cabeça. Ela estava certa? Era a sua ambição para si ou para sua família? Quão alto ele tem que subir antes que ele ficaria satisfeito?
—Não tenho nenhum desejo de me sentar naquela cadeira especial, meu senhor. — Ele quis dizer isso. Deus sabia, ele não tinha nenhum desejo de ser rei. Praticamente todos os membros da família de Bruce, e cada pessoa que ele já tinha amado, tinham sido mortos ou presos. Ele encontrou o olhar do rei, todos os sinais de brincadeira indo. — Eu vou ter orgulho de me sentar ao seu lado, a seus pés, ou em qualquer outro lugar que você precisar de mim, por tanto tempo quanto ambos vivemos. Inferno, eu vou seguir você para a sepultura se você perguntar isso de mim.
Bruce sorriu ironicamente. — Eu não acho que será necessário, pelo menos eu espero, por muitos anos vir. Mas eu estou contente de ouvi-lo, especialmente com o que eu estou prestes a lhe oferecer.
James fez uma careta. — Senhor?
—Está com quase vinte e cinco. — Ele estava certo; Dia de Saint James seria no próximo mês. —Tempo está passando, você não acha que você precisa de uma esposa?
James parou. Seu coração pareceu parar de bater. Era isso, o que ele estava esperando. Mas agora que ele estava aqui, ele sentiu o peso inconfundível de medo afundando em seu intestino. — Eu tive alguns pensamentos sobreo assunto recentemente, senhor.
Tão recentemente quanto ontem, Deus, é um desastre que tinha acabado de acontecer.
—Fico feliz em ouvir isso. Se você não tem uma noiva em mente, eu gostaria de propor uma. Minha irmã mais jovem, Margery é nova, mas com idade suficiente para casar. Como você gostaria de chamar um rei irmão?
—Eu…
Um suor frio se reuniu na testa. James olhou para o rei e sentiu as paredes da barraca começarem a rodar em torno dele, como se ele estivesse sendo sugado para um vórtice de escuridão.
Ele não entendeu a reação dele. Era tudo o que queria. Ele deveria estar em êxtase. Ele deveria cair de joelhos e agradecer o rei para a honra que ele estava lhe dando. Ele deveria estar gritando sua alegria dos parapeitos. Ele conseguiu o que seu pai tinha pedido elevando o nome de Douglas ao nível mais alto. Os filhos de James teriam sangue real e seriam os sobrinhos e sobrinhas de um rei.
Mas aqueles não eram os filhos que ele pensou. Seu estômago virou. Pela primeira vez, a extensão de apenas o que ele tinha perdido o atingiu.
Foi só no momento em que ele tinha conseguido tudo, o que ele pensou que queria, foi aí que James percebeu o que ele queria mais do que tudo.
****
Nem uma semana depois do confronto horrível com James na celebração do dia de maio, Joanna foi de volta para Hazelside com sua família.
Sua prima não precisava mais dela, e não havia mais uma razão para Joanna se esconder. Não havianada melhor que pudesse ter feito para garantir um fim definitivo à sua relação com James do que humilhá-lo, embora Deus soubesse que não tinha sido sua intenção. A palavra tinha escorregado para fora antes de perceber o que ela tinha dito.
Guarda de roupa. Ela se encolheu, seu estômago ainda girando com horror e culpa. Ela ainda podia ver o olhar da traição em seus olhos, ainda vejo o choque e o rubor de vergonha hediondo nas bochechas de seu orgulhoso rosto, bonito como as impressões digitais de um tapa. Seu tapa. Ele tinha tomado tudo o que tinha para ir tentar se desculpar, e ela deixou o sair do salão a odiando. Mas ela disse a si mesma que era o melhor.
Foi realmente sobre terminar. Era difícil de acreditar e muito menos aceitar. Por tanto tempo quanto podia se lembrar, James Douglas tinha sido a coisa mais importante em sua vida. Agora que ele se foi, ela sentia um grande vazio dentro dela, como se algo vital estivesse faltando. Um dos homens de seu pai tinha perdido uma perna na guerra, e quando ele estava se recuperando, ele disse que muitas vezes sentia dor no local da perna que faltava. Ela nunca tinha entendido até agora.
Com o tempo ela iria preencher o vazio em seu coração novamente. Ela esperava. Embora não seria com Sir David. Depois que James havia ido eles conversaram, e ela sabia que não poderia continuar a incentivá-lo em um futuro além da amizade. Aparentemente, tudo o que ele viu em seu rosto o havia convencido de sua sinceridade. Ou talvez fosse a cena horrível que tinha testemunhado no salão. Ele tentou mudar sua mente, e fez sua promessa de enviar para ele se ela quisesse, mas ambos sabiam que ela não iria.
O homem merecia se casar e preencher todo o seu coração, e até que ela pudesse erguer os últimos dedos do aperto de James à distância, seu coração não seria dela para dar.
Tempo, disse a si mesma. O tempo era o grande curador. O tempo iria curar a miséria em seu coração e dar-lhe a separação e clareza de espírito que ela precisava.
Até então, ela teve sua família. Ela estava sentada no salão com a sua mãe, ajudando-a com os intrincados bordados de um novo tecido que ela estava fazendo para o estrado. Normalmente, Joanna evitava atividades como bordados, preferindo atividades que a levaria ao ar livre, mas ela não tinha ainda recuperado completamente a sua força e tendia a se cansar facilmente.
Ela tinha acabado de atingir o ponto que a monotonia tranquila e agradável virou-se para chato, no entanto, quando sua irmã Constance irrompeu pela porta. —Ele está aqui! —, Exclamou ela, animada.
—Ele está de volta!
Sua mãe franziu as sobrancelhas. — Calma filha! Respire fundo e tente novamente. Quem está aqui e voltou de onde?
Constance fez como sua mãe sugeriu, embora um pouco impaciente, e tentou novamente com apenas um pouco menos exuberância. — Sir James.— O coração de Joanna caiu. —Voltando de onde quer que ele estivesse servindo ao rei.
Sua mãe franziu a testa como sempre fazia agora sempre que o nome de James foi mencionado, os olhos piscando para Joanna com preocupação. —E como você sabe disso?"
—Porque ele só chegou para ver o Pai, que me mandou dizer-lhe para ter os servos prontos e algumas bebidas em seu aposento privado. Aparentemente, eles têm algo para discutir. —Constance ficou com as sobrancelhas franzidas juntas. — Deve ser importante, embora eu acredite que o Pai não está muito satisfeito.
Joanna não achou que seu coração tinha batido ou uma respiração deixou seus pulmões desde que sua irmã se pronunciou. O sangue dela parecia ter congelado em suas veias.
—Por que você diz isso?—, Perguntou a mãe.
Constance baixou a voz. — Ele estava encarando Sir James, e o pai disse-lhe que não tinha nada para falar.—Ela encolheu os ombros com todo o descuido de uma inocente de treze anos de idade.
—Mas Sir James disse algo para convencê-lo. — Ela suspirou. —Espere até você vê-lo Jo, ele parece magnífico. Eu nunca o vi tão bem. Ele está vestindo uma sobrecapa com o brasão dos Douglas.
Mas Joanna não tinha a intenção de vê-lo. James tinha vindo para falar com seu pai sobre o negócio, e provavelmente nem sabia que ela estava aqui.
Seu olhar saltou para a sua mãe. Ela assentiu com a cabeça e Joanna saiu correndo do salão, correndo até seu quarto, enquanto seu coração, anteriormente estagnado, agora batia estrondosamente no peito.
As próximas duas horas se passaram em uma lentidão agonizante, quando Joanna tentou controlar sua ansiedade, enquanto esperava a batida em cima de sua porta, lhe diria que ele tinha ido embora.
Ela estava sendo ridícula. Quando ela decidiu voltar para casa, ela tinha feito o conhecimento que ela não seria capaz de evitar vê-lo no futuro. Ela só não tinha previsto o futuro sendo tão cedo.
Por que ele estava aqui? Parecia um momento estranho para fazer uma pausa de guerra com o rei Inglês supostamente preparando para liderar mais uma campanha no verão. Ela não podia acreditar que o rei Robert deixaria um de seus mais importantes cavaleiros sair em um momento como este.
Finalmente, a batida veio. Não era sua mãe. Em vez disso, era um dos servos, dizendo-lhe que seu pai desejava vê-la no salão. Supondo que James tinha ido embora, ela ficou chocada quando ela entrou ao vê-lo de pé ao lado do pai.
Constance estava certa. Ele e seu olhar magnífico. Este era o jovem Sir Douglas, ele seria o motivo da guerra não vir. Seu cabelo brilhava como ébano polido, caindo em ondas escuras de seda através sua testa, sua mandíbula estava recém-barbeada, seu elmo e espada brilhavam como prata impecável, e sua túnica de veludo bordado com a faixa azul e três estrelas no braço. Douglas, um soldado apto para um rei. Ele parecia mais bonito do que ela já tinha o visto, mas até mesmo o senhor importante fez sua respiração forte no peito.
Ela não percebeu que seus pés tinham parado de se mover até que o pai falou. — Venha, minha filha. Há sim, há motivo para alarme."
O tom suave de voz de seu pai fez pouco para aliviar a montagem dentro de sua apreensão.
Embora ela estivesse consciente do homem elevando-se a seu lado, ela manteve o olhar fixo em seu pai, quando ela fez seu caminho lentamente pelo corredor central do salão vazio. Sua mãe estava a mais tempo sentada perto do fogo, e os servos que deviam arrumar as mesas para o almoço estavam longe de ser encontrados.
Ela parou a poucos passos de distância. — Pai—, disse ela. Então, sabendo que não podia evitá-lo por mais tempo,ela virou-se para James e baixou a cabeça em um prumo diferente. —Meu senhor.— Ela ergueu o olhar longo o suficiente para ver sua boca apertar - presumivelmente no tratamento, que ela nunca tinha dado a ele antes – e em seguida, rapidamente se virou para seu pai. —Você pediu para me ver?
A expressão normalmente jovial no rosto de seu pai se foi. Seu semblante era mais difícil do que já tinha visto, mas amaciado com preocupação quando ele olhou para ela. —Sim. O jovem senhor pediu permissão para falar com você. Eu estou lhe concedendo.
A partir de sua voz, ela podia dizer que não tinha sido concedido facilmente.
Joanna sabia que ela devia recusar, Deus sabia que eles tinham causado um ao outro bastante dor da última vez eles tinham "falado", mas depois de assumir que ele nunca iria querer falar com ela novamente, ela também estava curiosa para o que ele tinha a dizer.
Talvez percebendo a hesitação dela, James falou pela primeira vez. — Por favor, Joanna, é importante.
A urgência tranquila de seu tom a surpreendeu. Quando virou o olhar para os seus olhos, seus olhares, finalmente, se trancaram. Ele estava implorando, o que era ridículo. James Douglas não suplicava.
—Por favor —, ele repetiu, desmentindo seus pensamentos.
Seu peito apertou. O pequeno sinal de fraqueza fez querer recusar.
—Ouça-o, filha—, disse o pai. — Então você pode decidir se você quer que eu o mande embora.
Ela olhou para trás e para frente entre os dois homens, homens que costumavam agir mais como pai e filho do que vassalo e senhor, mas agora estavam com raiva, e sentiu o peito apertar novamente. Ela pode não ser capaz de fazer qualquer coisa para reparar o dano que foi feito para o seu relacionamento com James, mas ela poderia fazer algo sobre seu relacionamento com seu pai. Ela não deixaria o que tinha acontecido entre ela e James passasse por entre eles. Ela também tinha um dever. Por fim, ela concordou.
No momento em que seu pai saiu, Joanna queria chamá-lo de volta. Seus nervos estavam pulando, e ela teve que apertar as mãos para impedi-las de se torcerem.
Talvez sentindo o nervosismo, James disse: —Você quer andar comigo lá fora?
Ela assentiu com gratidão e caminhou ao lado dele enquanto ele a levava para fora do salão e para baixo da escada de madeira para o quintal.
Ele não disse nada, nem ele lhe tomou o braço, como sempre fazia, mas ele parecia estar fazendo seu melhor para dar-lhe tempo para se acostumar com ele novamente. Mas sua presença nunca foi nada que ela pudesse se acostumar. Consciência saltou para cada uma de suas terminações nervosas e encheu seus sentidos quando ele estava próximo. Somente do jeito que ele cheirava, sempre tão limpo, com uma fragrância mais leve de sabão, a fez se sentir como se ela tivesse bebido muitas taças de vinho.
Atravessaram o pequeno quintal e saíram do portão da paliçada de madeira. Era um dia quente de primavera e as urzes que cobriam o chão ao redor do castelo tinham começado a florescer em tons vibrantes de roxo. Conscientemente ou não, ele começou a caminhar em direção às colinas, e ela o deteve.
—O que é que você quer James?
****
Você, James pensou. Mas ele não disse isso, não querendo fazer nada para assustá-la. Ela era como uma lebre assustada agora um movimento errado e ela iria correr.
Ele puxou a touca em seu pescoço, que de repente sentiu muito apertado. Na verdade, tudo parecia muito apertado. E embora o dia não estivesse quente, ele podia sentir que sua pele estava escorregadia com o suor.
Maldição, ele estava nervoso. Mais nervoso do que ele poderia lembrar estar em sua vida. Mesmo quando ele tinha sido um rapaz de dez anos e permitiu Lamberton convencê-lo a tentar apelar para o rei Inglês, e Edward tinha lançado em um de seus aterrorizantes soldados, que tinha enviado James correndo ao castelo por sua vida com esse título bruto seguindo-o, Senhor do Garderobe. Ele disse a si mesmo que tinha esquecido a vergonha que tinha picado o orgulho de um rapaz, não de um homem. Sua reação à escolha malfadada de Joanna de palavras provou que ele estava errado.
Mas ele era um homem, e era hora de começar a agir como um.
Ele respirou fundo. — Eu vim aqui para dizer que você estava certa. Você merece muito melhor do que eu dei a você, Jo. E o homem que você saiu e fez sentir como se você não fosse boa o suficiente para ser sua esposa não está apto para limpar seu guarda-roupa.
Seu rosto torcido com remorso. — Eu sinto muito, James. Eu não tinha percebido que eu estava dizendo até que era muito tarde. Eu nunca quis te machucar desse jeito.
Ele sacudiu seu pedido de desculpas. — Não, você estava certa. Estou feliz que você disse isso, isso me obrigou a enfrentar algumas verdades desagradáveis sobre mim mesmo. O pior é que eu levei a única mulher, que eu vou sempre amar, a pensar que ela não importa para mim. Eu levei você pré-concebida Jo, eu sinto muito por isso. Você não pode saber como, desculpe. Quando penso em tudo o que você passou sozinha, e as coisas que eu disse...—Ele não podia reprimir o tremor reflexivo de desgosto. —Você tem todo o direito de me odiar por isso.
Ela colocou a mão em seu braço. Disse a si mesmo para não colocar demasiado significado no gesto inconsciente, mas foi a primeira vez que ela o tocou voluntariamente desde que ele tinha deixado há três meses. —Eu não odeio você, James.
—Mas você não me ama.
Ela sustentou o olhar por um momento e olhou para longe, balançando a cabeça. — Sinto muito.
Seu peito parecia que estava pegando fogo. Ele não tinha percebido que ia doer tanto ouvir isso. — Você não tem que se desculpar. Não é mais do que eu mereço.
Seu olhar se levantou de volta à sua incerta. — Não é?
Ele assentiu. — Eu nunca vou me perdoar pelo que fiz, mas espero que com o tempo, você me perdoe. Eu não sou mais esse homem, Jo.
Ela não disse nada de imediato, mas começou a andar em direção a suas colinas novamente. Isso era bom, não era?
—Eu não culpo você, James. Eu também fui grande culpada pelo que aconteceu. Eu sabia o risco, eu era ingênua...
Ele pegou-a pelo braço e deteve. — Você não era ingênua. Você tinha todo o direito de esperar que eu honrasse você e nosso amor com o casamento; eu falhei. Eu deveria ter ficado de joelhos e implorado para que você se casasse comigo anos atrás, não fiz alguma proposta formulada, duramente mantive você em raiva.—Ele respirou fundo. —Eu não tenho nenhuma desculpa. Você estava certa. Eu estava cego pela ambição e não podia ver o que estava bem na minha frente.
Lágrimas brotaram de seus olhos. — Por que você está fazendo isso, James? Por que você está me dizendo tudo isso quando eu já lhe disse que é tarde demais?
Ele não podia acreditar nisso. Ele se recusou a acreditar nisso. Ele tinha prejudicado ela, terrivelmente, e sabia disso. Esta menina-mulher me amou praticamente toda a sua vida. Ele tinha acreditado que o amor era concedido, pensando que estaria sempre lá. Só quando ele percebeu que ele não tinha visto a verdade, soube o que tinha que fazer, ele iria provar a ela. Ele faria qualquer coisa para fazê-la cair no amor com ele novamente, mesmo que levasse o resto de sua vida, e mesmo que ele tivesse que perder tudo o que tinha conseguido até agora.
Ele respirou fundo, tentando ignorar a tremores. — Eu pedi seu pai permissão para cortejá-la.
Seus olhos se arregalaram. — Você o quê?
Ele estremeceu com a indignação em sua voz. Foi merecido, mas não tornou mais fácil de ouvir. É claro que ele sabia que não ia ser fácil. Mas se sua expressão era qualquer indicação, isso estava indo a ser muito mais difícil do que ele imaginava.
—Eu quero casar com você, Jo. Eu quero passar o resto da minha vida com você. Eu te amo. E quando você estiver convencida disso, eu vou pedir que você seja minha esposa, fazendo o caminho certo desta vez.
Ela estava furiosa, e pela primeira vez desde que ele voltou, ele podia ver vestígios da garota que ele lembrou. A garota que o despertou com a vida e emoção. — Você não ouviu nada do que eu disse? É muito tarde. Você não pode fazer tudo melhor James, não desta vez.
Sua voz quebrou, e James sentiu como se um punhal tivesse torcendo dentro dele. Emoção que ele tinha enterrado desde ouvir sobre o bebê levantou-se para agarrá-lo pelo pescoço. — Deus, você não acha que eu sei? Não passa um dia que eu não penso na criança que perdemos e que eu não estava lá para compartilhar a dor com você. Não há nada que eu possa fazer para mudar isso, e eu sei disso. Mas eu não sou esse mesmo homem mais. Tenho a intenção de fazer você ver isso, e eu não vou sair até que eu faça.
Ela lhe deu um longo olhar. — Então eu espero que você esteja preparado para ficar aqui por um longo tempo, porque eu não sei se isso é possível.
—Apenas me dê uma chance. Isso é tudo o que eu estou perguntando para você.
Seus olhos fixaram no dele e a cautela, o medo em sua expressão enviou outro punhal em seu estomago. — Eu…
Seus olhos se encheram, sua voz quebrou, e ela virou-se e deixou-o lá de pé.
Ele não sabia se isso era um sim, mas ele estava indo tomá-lo como um. Joanna era a coisa mais importante em sua vida, e ele não ia desistir até que ele provasse isso para ela.
CAPÍTULO DEZ
Não duraria, disse a si mesma. James iria ficar entediado ou com raiva e desistiria.
Mas depois de uma quinzena, Joanna não tinha tanta certeza. Durante duas semanas, James chegava a Hazelside cerca de uma hora após a refeição da manhã e pedia para vê-la. E, por duas semanas, depois de ter sido recusado, ele não desistiu.
Cada dia, enquanto cavalgava à distância, ele olhava para o seu quarto na casa da torre, onde ela o espiava por detrás da persiana de madeira, e Joanna podia jurar que podia ver o apelo silencioso em seus olhos. O olhar de perdão que ela via nele iria derreter até o mais duro dos corações, incluindo o do seu pai.
No décimo quinto dia, o seu pai lhe levou o pedido por si mesmo. Ele lhe deu um olhar solene.—Eu não sei o que aconteceu para transformar o seu coração contra o jovem senhor, mas eu vou assumir que o que quer que seja, foi horrível. Mas eu também sei que você o amava há muito tempo, e se você se preocupa com ele, você vai pôr um fim a isso. Ele está determinado a provar algo para você, não importa o que custar. A madrasta dele pediu para me ver ontem e ordenou-me que a forçasse a se casar com ele antes de ele destruir a família. Aparentemente, ele deveria ter ido ao rei Bruce, na semana passada, mas ele recusou, e o rei ficou furioso. Ele ameaçou enviar James para a Ilha de St. Kilda como seu xerife se ele não aparecer em breve.
St. Kilda era uma ilha nos confins do ocidente Isles, seria como ser exilado para o fim do mundo. E o pensamento de que Eleanor de Lovaine, cuja ambição rivalizava com a de James, estava tão desesperada que ela queria que Joanna se casasse com James.
Ver Joanna deu um momento de pausa a seu pai. Mas só um momento, e então sua boca se contraiu em uma linha dura. Ele fez um som de frustração. — Você é tanto uma tola teimosa como ele é. Mas isto não é um jogo, Joanna. Isto vai custar caro ao jovem lorde.
Quando o jovem senhor andou a passos largos para o salão, na manhã seguinte, foi Joanna que esperou por ele e não o seu pai.
O olhar de surpresa foi seguido rapidamente por um sorriso, o sorriso torto de menino que ela sempre amou e que bateu em seu peito. Ele colocou a primeira rachadura no gelo que existia em torno de seu coração.
Furiosa com a reação dele, ela fez uma careta. — Por que você está fazendo isto, James?
—Fazendo o quê?
Ela não acreditou no ar inocente dele, nem por um minuto. Ela colocou as mãos nos quadris e deu-lhe o mais severo olhar. — O que você pretende fazer, vir aqui todos os dias, até que alguém chegue para colocá-lo em correntes por abandono do dever ou traição?
Sua mandíbula ficou cerrada. — Se isso é o que é preciso para provar a você que eu te amo, então sim.
Ele parecia tão calmo, enquanto ela não estava. — Você está louco? Você não pode ignorar o rei e seus pedidos.
—Eu não fiz. Eu lhe disse que tinha uma emergência familiar.
—Então você não tem sido chamado para ir ao rei de novo?
—Eu tenho.
—E?
—E ele vai ter que esperar.
—Você já informou o rei Edward disso, por acaso? Ele não está planejando algo em breve? Uma guerra, talvez?
Ele respondeu ao seu sarcasmo com um encolher de ombros.
Joanna não podia acreditar no seu descuido. — Eu sei o quão duro você trabalhou para isso, James. Você realmente vai jogar tudo isso fora?
—Jogar algo fora é exatamente o que eu estou tentando não fazer. Você é a coisa mais importante no mundo para mim, Jo. Eu não vou me afastar de você novamente.
—Você não terá que se afastar. Você vai ser arrastado para longe.
Ele sorriu com a indignação dele. — Eu não acho que vai chegar a esse ponto. Mas, sim, eu suspeito que Bruce esteja com raiva o suficiente para me desfazer de algumas das minhas propriedades e talvez do meu título que agora está sobre o brasão direito.
Joanna olhou para ele com horror. Como ele podia brincar com algo assim? Seus olhos se encontraram eela sentiu outro golpe do martelo golpear o gelo em torno de seu coração. Sua voz era um sussurro.
—Você está falando sério sobre isso, não é?
Ele assentiu e estendeu a mão. — Dê-me uma chance de mostrar a você, Jo. Apenas uma chance, poucos dias isso é tudo que eu estou pedindo.
Lágrimas brotaram de seus olhos. O sentimento que ela enterrou naquele dia horrível, há mais de três meses atrás, voltou para ela não em uma corrida, mas em um sussurro. Um sussurro tentador do que poderia ser.
Ela podia confiar nele de novo? Ela poderia colocar o passado para trás e dar-lhe outra chance?
Joanna não sabia, mas ia tentar.
Com uma respiração profunda, ela enfiou a mão na dele.
****
Joanna tinha-lhe dado os seus dias, e James aproveitou a maioria deles. Ele a levou em seu cavalo, na pesca, na feira em Lanark no sábado, e arrastou-a por todo Vale de Douglas a praticamente todos os lugares que eles tinham ido, tentando lembrá-la de todas as memórias que eles compartilharam.
Com exceção de uma. Ele evitou Pagie Hill. Sua colina, o lugar onde eles tinham feito amor a primeira vez, e a segunda vez sob as árvores. Ela não estava pronta para a memória, e sinceramente, nem ele.
Se apenas o seu corpo compreendesse. Nos últimos dias, a coisa mais difícil ao passar tanto tempo com Joanna era a persistente onda de desejo e dureza dolorosa que o acompanhava. Mas, ele prometeu não tocá-la novamente até que ela fosse sua esposa, e era um voto que ele pretendia manter. Ele iria honrá-la desta vez, mesmo que isso o matasse.
Quem no inferno tinha pensado que era uma boa ideia levá-la a nadar?
Ele tinha, mas porra, ele não estava pensando em camisolas molhadas e água fria. Nem lembrava como ela era bonita com o cabelo penteado para trás, seus longos cílios cheios e molhados, e seus olhos brilhando com o riso quando ela se arremessou para longe dele.
Ele tinha-lhe ensinado a nadar anos atrás, neste exato ponto, a pequena piscina em um dos córregos fora do Vale de Douglas, o rio de água que serpenteava através da aldeia. Mas, ao longo dos anos, ela tinha aperfeiçoado as suas habilidades, e a aluna tinha rapidamente superado o mestre. Inferno, a moça poderia rivalizar com Erik MacSorley pela fluidez na água, e com o chefe West Highland e membro da Guarda Highland secreta de Bruce, ela era mais tubarão do que o homem na água.
Felizmente, o tamanho de James deu-lhe um longo alcance em toda a piscina rasa, e ele conseguiu pegar um tornozelo magro antes dela mergulhar para longe. Ela riu e chutou, quase se conseguindo afastar para longe dele novamente, mas ele conseguiu deslizar a sua mão ao redor da cintura dela e a puxou contra ele.
Má ideia. Seu gemido foi abafado pelo seu riso. Mas tinha passado muito tempo desde que ele a segurou, e a sensação de seu corpo macio, feminino contra o seu, era incrível. Ela ainda estava muito magra, mas suas curvas não tinham desaparecido, tanto quanto ele pensava, e ele podia sentir cada uma delas grudada contra ele. —Eu acho que eu lamento ter-te ensinado a nadar.
Ela sorriu, levantando o olhar para ele, mas qualquer insolente resposta que ela ia dar desapareceu na explosão súbita de consciência.
Ela prendeu a respiração, e o braço dele instintivamente apertou ao redor de sua cintura, puxando-a mais perto.
Seus olhos se encontraram, e a neblina suave de excitação em seu olhar quase cortou todas as suas boas intenções em pedaços.
—James— ela se engasgou com a voz rouca.
Seus lábios se separaram.
Ele podia beijá-la e os sentimentos correram através de seu sangue com toda a sutileza de um incêndio. O coração dele batia forte. Desejo avaro, duro em torno de seu pau o endureceu. Mas ele não colocou a sua boca na dela.
Ele não deslizou a sua língua profundamente em sua boca ou a acariciou do jeito que ele sabia que ela gostava. Ele tratou de puxá-la para si e saborear o momento de conexão que ele temia não ter novamente.
Foi o suficiente.
Pelo menos para ele. Mas quando ficou claro que ele não ia beijá-la, seus olhos piscaram com confusão.
Ele sorriu e deixou a ir. — Este é um galanteio, Jo, não uma sedução. Eu estou fazendo as coisas direito, estou esperando um tempo.—Seu olhar severo quase o fez rir.—Cuidado, ou você pode me fazer pensar que quer me beijar.
Ela ergueu o queixo e encontrou seu olhar com uma confiança que ele nunca tinha visto antes. Ela mudou, e tanto quanto ele lamentou a perda da garota que o olhou com as estrelas em seus olhos, ele teve que admitirque a mulher corajosa que encontrou agora em seu olhar era ainda mais fascinante.
—E se eu quiser que você me beije?
Ele sentiu a respiração presa em seus pulmões. — Você?
Ela assentiu com a cabeça, e ele estendeu a mão para ela novamente. Mas, desta vez, ele embalou-a contra ele, inclinou o queixo para trás com os dedos e roçou um beijo suave sobre os lábios. Foi um roçar leve, mas foi o suficiente para fazê-lo gemer. Foi o suficiente para provar o sabor suave de hortelã da pasta que ela usou para limpar os dentes, e foi o suficiente para se sentir como se um cobertor grosso de calor o arrastasse para baixo.
Ele sentiu que tudo era perfeito e correto, mas ele se obrigou a deixá-la ir.
Ela piscou para ele. — Isso é tudo?
Então ele riu. — Sim, por enquanto. Se você quer mais, você vai ter que ter o meu anel em seu dedo.
Desta vez, sua carranca não o agradou. — E se eu não tenho certeza se quero isso?
Batidas de decepção soaram em seu peito. Por um momento, ele pensou que ela estivesse pronta para amá-lo novamente, mas ela não estava. Estes poucos dias não iriam compensar o que tinha acontecido. Ele teria que ser paciente. Mas não seria fácil. Ele conseguiu sorrir. — Então eu espero ser capaz de te fazer mudar de ideia. Porque eu te quero muito. Eu quero que você seja minha esposa. Eu sei que nunca poderemos substituir o filho que perdemos, mas se Deus quiser, você será a mãe dos meus filhos e estará ao meu lado até o meu último suspiro.
Ela olhou em seus olhos. O tremor de seu lábio foi o primeiro sinal e, em seguida, ela quebrou. Lágrimas corriam por suas bochechas úmidas.
Com uma maldição, ele a pegou em seus braços ea levou para fora da água. Ele se sentou em uma pedra e enrolou uma manta morna em torno de ambos quando ela enterrou a cabeça contra seu peito, e a emoção rasgou fora dela, os soluços fizeram os ombros dela sacudir. Ele sentiu as suas próprias emoções quentes e apertando em sua garganta, quando ele murmurou palavras calmantes contra a sua cabeça.
Ela chorou até que não pudesse chorar mais, e quando os últimos soluços tinham diminuído, ela olhou para ele com os olhos e lágrimas em seus cílios avermelhados. — Oh, James, foi horrível.
—Diga-me, — disse ele, suavemente.
E ela disse. Ela disse-lhe da alegria ao descobrir que ela estava carregando o seu filho, e como ela queria dizer-lhe logo no dia em que se viram na colina, e então lhe falou de quando ela o pegou, quando ele estava prestes a sair. Ela disse a ele dos seus medos, como ela não tinha desejado a criança antes dela cair. E então ela confessou sua culpa, o medo de que as suas preces foram atendidas. — Eu não tinha nem mesmo sentido o bebê se mover ainda,— disse ela. —Eu sei que eu estava apenas com alguns meses, mas era tão real para mim.
—É claro que foi— disse ele, acariciando seus cabelos. — Foi real para mim, também.
Ela olhou para ele, incerta. — Foi?
Ele assentiu. — Fiquei espantado quando MacGowan me disse, mas tão malditamente feliz, por um curto momento.
—Thommy disse a você?
—Sim. —James explicou como ele encontrou seu velho amigo no acampamento. Ele deixou a luta que tiveram de fora da conversa, mas ele poderia dizer a partir da ruga preocupada de suas sobrancelhas que ela adivinhou o que tinha acontecido.
—Ele não fez nada tolo, não é?
A boca de James endureceu. — Nada que não foi merecido.
Ela sentou-se um pouco em seu colo. — Você não o machucou?
Ele a trouxe de volta para baixo contra o peito com uma massagem suave em suas costas. — Eu não o toquei.—Ela franziu a testa para ele, e sua boca torceu. Ela o conhecia muito bem. James nunca tinha recuado de uma luta. —É a verdade Jo, eu juro.
Ela fez um som afiado. —Aaaarrrrg!—Claramente não tendo certeza se acreditava nele. — Thommy age como um irmão super protetor às vezes, mas eu o amo e não quero vê-lo ferido por minha causa.
Eu o amo. Embora James soubesse que ela não quis dizer nada com isso, ouvir as palavras que ele tanto desejava ouvir para ele próprio sair tão facilmente de seus lábios, provocou uma faísca bastante desagradável de ciúme. —Sim, bem, o seu campeão está perfeitamente são. E eu não acho que você precisa se preocupar com ele.—Inconscientemente, ele esfregou o queixo onde MacGowan tinha batido nele. —Com um pouco de treinamento, ele vai ser capaz de cuidar de si muito bem.—Muito bem, provavelmente. Mas, da próxima vez que seu velho amigo lhe der um soco, James não iria ficar apenas sentado.
Ele segurou seu queixo e inclinou o rosto para encará-la. — MacGowan estava certo, Jo. Eu era um asno. Sua honra nunca deveria ter necessidade de ser defendida. E ele não deveria ter tido necessidade de me dizer sobre o bebê. Eu deveria ter estado lá, e você não sabe o quanto eu gostaria de ter feito diferente.
Ela sustentou seu olhar e algo torceu em seu peito. A saudade tão aguda que roubou o seu fôlego. Deus, ele a amava. Como podia ter sido tão tolo? Ele nunca teria sido feliz vivendo duas vidas, e ele ao falar disso podia ter destruído os dois.
Depois de um longo momento, ela balançou a cabeça e se aconchegou no peito dele.
Na luz do sol, agasalhados no manto, e sentados em uma pedra na beira da piscina, eles lamentaram a perda da criança, que deveria ter sido deles juntos. Meses mais tarde do que deveria ter sido, mas James sabia que eles tinham acabado de dar o primeiro passo em direção ao futuro.
****
Algo tinha mudado. Ambos sentiram isso. Após o colapso da piscina com James, Joanna não se sentia tão vazia. A escuridão que tinha envolvido seu coração não era agora tão negra. Ela podia sentir-se abrir novamente, como as pétalas de uma flor, como os primeiros raios de sol da primavera, após um inverno longo e amargo. Ela sentiu o calor de esperança e possibilidade.
O amor que ela sentia por James como uma garota se foi, mas, em seu lugar, algo novo e mais forte cresceu. Suas memórias compartilhadas e o amor que eles tinham tido tornou-se numa nova fundação para construir uma vida a dois, uma fundação baseada não em amor cego ou em ilusões de menina, mas na realidade. A ligação não entre a filha de um vassalo e o jovem senhor, mas entre uma mulher e um homem.
James Douglas não era o semideus perfeito que ela uma vez reverenciou com um amor semelhante a um culto. Ele era demasiado humano. Um homem que cometeu erros, às vezes uns graves. Mas, de alguma forma ,ela o amava ainda mais. Sua possibilidade de falhar o fez real e os colocou em pé de igualdade.
Mas isso foi aqui, neste mundo falso que ele criou para eles. Este paraíso temporário de férias, em todo passeio no campo a rirem, natação, equitação, até os tambores da guerra baterem, de novo, em torno deles. Ela estava muito consciente de que esse tempo de faz de conta teria que acabar em breve. Todos os dias, ela esperava aparecerem bandeiras no horizonte com um mensageiro, ou pior, soldados para levá-lo de volta para Bruce.
Ela, provavelmente, deveria tê-lo mandado embora, sabendo que ele estava arriscando, mas o pensamento dele a deixando novamente rasgou o seu coração. Como ela poderia ter certeza de que ele voltaria e se sentiria da mesma forma? E se o seu dever o chamasse de novo? Embora ela pudesse pensar nele como seu igual, o resto do mundo não o faria. Será que a ambição feia elevaria a sua cabeça novamente, cortada apenas uma vez, para voltar a crescer como a hidra mítica?
—Você não tem nenhuma razão para estar preocupada. Minha madrasta não morde.
James obviamente tinha encarado o seu silêncio enquanto cavalgavam em direção a Park Castelo como nervosismo com a reunião iminente.
Ela fez uma careta. A formidável Eleanor de Lovaine era uma mulher que intimidava, fazia a mais firme das mulheres agitarem em seus chinelos, com a perspectiva de ser apresentada a ela.
Claro, Joanna tinha encontrado Lady Douglas muitas vezes antes, inclusive durante o tempo que ela tinha passado no Park Castelo depois do acidente, mas James tinha insistido na formalidade, e como essa formalidade parecia importante para ele, ela concordou em se juntar a eles para a refeição do meio-dia.
—Tem certeza sobre isso? Ela nunca gostou de mim, James, e eu suspeito que ela goste de mim muito menos agora.
Embora ele não tivesse repetido a sua proposta, James havia deixado claro em tudo que ele fez que queria casar com ela.
Ele balançou a cabeça. — Você está errada. Ela poderia ter sido surpreendida no início, mas ela aceitou a ideia. Você deve se lembrar que ela e meu pai não tinham exatamente um namoro normal.—Isso foi um eufemismo. Tinha sido um escândalo no momento em que o senhor Douglas tinha sequestrado a viúva rica e a forçou a se casar. Dado o amor de renome entre eles, no entanto, Joanna suspeitava que a “força” tinha sido principalmente para apaziguar um rei furioso. Falando de reis furiosos, ela perguntou o que o Bruce teria a dizer sobre os planos conjugais de James. —Ela é muito romântica no coração,—acrescentou James.
Uma risada aguda escapou de entre os lábios. —Estamos falando sobre a mesma mulher? Eu suspeito que ela ficaria mais satisfeita com uma rainha como esposa para você. Sim, o rei poderia desfilar todas as suas irmãs, e ela provavelmente enviaria todas de volta até que ele trouxesse sua esposa.
Um misterioso sorriso curvou um canto de sua boca. —Não é sua escolha a fazer. Mas como eu disse, ela aceitou a ideia."
Seus olhos se estreitaram, e ela teria lhe pedido para explicar o sorriso, mas eles chegaram e um dos rapazes que ajudavam tinha chegado perto para ajudá-la a sair de seu cavalo.
No momento em que entrou no salão, Joanna sabia que ela tinha sido enganada. A partir dos sons de folia no interior, esta não era uma refeição em família íntima. Ela arqueou uma sobrancelha. — Eu não sabia que você estava planejando uma festa.
Ele fingiu inocência e não muito bem. — Será que eu não mencionei isso?
—Você não fez. Qual é a celebração?
—Nada. —Ele deu a ela um olhar misterioso. — Ainda.
Seu coração começou a bater forte. Medo e ansiedade correram sobre ela em um suor frio. James não tinha feito segredo algum de suas intenções, e ela talvez até tivesse se acostumado com a ideia, mas isso não significava que ela estava pronta para fazer um anúncio, ou ouvir outra proposta em público. — James, eu...—A voz dela caiu impotente.
Ele parecia entender e deu-lhe um aperto de mão suave. — Vai ficar tudo bem, Jo. Quero que hoje seja especial para você, isso é tudo.
Ela olhou para ele com incerteza, mas ao ver a sua sinceridade, ela balançou a cabeça.
E foi especial. Mais especial do que ela jamais poderia ter sonhado. Parecia que cada pessoa de influência na área tinha sido convidada, incluindo a sua família, que tinham de alguma forma, conseguido manter isto em segredo dela.
Houve dança, e mais comida e bebida do que ela tinha visto desde o início da guerra. Só o vinho francês deve ter custado uma fortuna. Embora o comércio com outros países, como França e Irlanda, tivesse retomado isso não acontecia sem dificuldade, e as mercadorias estrangeiras, vinhos franceses, especiarias exóticas, armas ou ainda panos eram raros e caros.
E o centro de toda essa celebração e generosidade era ela. James não tinha deixado o seu lado desde o momento que eles chegaram, levando-a primeiro ao estrado para se sentar ao lado dele, ser formalmente apresentada à sua madrasta, e, em seguida, levando-a ao redor da sala para cumprimentar o resto dos convidados. Ele não estava fazendo nenhum segredo de suas intenções. Ele poderia ter pendurado um sinal em volta do pescoço que dizia: ESTA É A MULHERQUE EU PRETENDO ME CASAR.
Ela se sentiu como uma princesa, e seria preciso um coração de pedra para não ser arrastada pelo romance de tudo, pelo menos, um pouco. Talvez mais do que um pouco. Os últimos dias de cortejo tinham derretido a maior parte do gelo.
Ela tinha caído no amor com ele mais uma vez, se é que ela alguma vez tinha deixado de o amar, e com cada riso, cada giro na pista de dança, todos orgulhosos,—Você se lembra Joanna Dicson, não é?—a verdade era mais difícil de negar.
Mas ela podia confiar nele o suficiente para casar com ele?
A emoção do dia foi marcada apenas por sua ansiedade crescente, e a sensação e antecipação ao seu redor. Ela não podia deixar de sentir que algo grande estava para acontecer. A questão era saber se ela estava pronta para isso.
Não foi até que o mensageiro chegou que ela teve sua resposta.
James tinha acabado de levá-la de volta para o estrado, quando o mordomo se aproximou e sussurrou algo em seu ouvido.
—Está tudo bem, Roger—, disse James. — Deixe-o entrar. Eu estava esperando por ele.
Embora James não parecesse muito preocupado, algo sobre suas palavras enviou um arrepio de medo sussurrando-lhe a espinha. — Há algo errado?— Um pensamento horrível de repente lhe ocorreu. — Isso é outra mensagem do rei?
Ele sorriu, cobrindo a mão com a sua. — Em uma maneira de falar, sim. Mas não se preocupe, há alguém que eu gostaria que você conhecesse.
Um momento depois, os foliões se afastaram abrindo caminho, quando um homem vestido da cabeça aos pés com uma coisa reluzente, ela nunca tinha visto nada tão brilhante, era um capote com capuz e mangas, todo escarlate e ouro brilhante, caminhou pelo corredor central com toda a pompa e arrogância de um rei. Ela tinha visto o homem antes, ela percebeu. Era o mesmo homem que James havia falado naquele dia terrível, o homem a quem ele contou que ela não era ninguém.
Não era a lembrança daquelas palavras duras que gelou seu coração, no entanto, mas a visão de dúzia de soldados marchando atrás dele.
Ela se virou para James em horror. — Eles estão vindo para levá-lo!
Ela começou a se levantar para que propósito, ela não sabia. Ela mal podia arrastá-lo para fora. Mas ele segurou-a para baixo. — Está tudo bem, Jo. Confie em mim.
Seus olhos se encontraram. Confie em mim. Desesperadamente, ela queria, mas ela poderia? Ela engoliu em seco, ou tentou engolir, com a sua garganta de repente seca, conseguiu dar um aceno curto.
O homem tinha tirado o elmo, e quando ele se aproximou, Joanna pôde ver que ele era realmente muito bonito. Provavelmente perto da idade de James, ele tinha cabelos escuros, olhos escuros, com uma curta e ordenadamente aparada barba, e as finas, características aquilinas de um príncipe, junto com a confiança de um. Embora algumas polegadas mais baixo do que James, ele tinha ombros largos e aparentemente, embora fosse difícildizer causa do capote, bem musculoso.
Parou diante do palanque e olhou para James, por um momento, antes de falar. Com um significativo olhar para baixo para a longa mesa ainda transbordante de comida e bebida, ele disse secamente: —Esta é uma boa emergência familiar, Douglas.—Ele virou-se para as senhoras Douglas que estavam sentadas do outro lado de James e executou uma reverência formal. —Lady Eleanor,—ele disse à madrasta de James, e depois para a sua irmã,—Lady Elizabeth.
Seu olhar apreciativo caiu em cima da Joanna, antes dele arquear uma sobrancelha para James.
Os olhos de James se estreitaram. Ele se virou para ela. — Joanna Dicson, posso apresentar Sir Thomas Randolph.
Os olhos de Joanna se arregalaram. Portanto, este era o sobrinho de Bruce e o rival infame de James. Ela olhou para ele avaliadora, um olhar que ele retornou.
Finalmente, ele pegou a mão dela e deu-lhe uma reverência galante. — Minha senhora. Beleza como a sua não é fácil esquecer. Lembro-me de vê-la antes; Lamento não termos tido a oportunidade de nos conhecemos—.Ele atirou um presunçoso olhar para James. —Douglas aqui não gosta de concorrência.
James fez um barulho que parecia suspeito, como um rosnado baixo em sua garganta. — Deixe de lado a sua mão, maldito. E eu gosto de concorrência agradável, supondo que se eu tivesse alguma.
Sir Thomas apenas sorriu. — Fico feliz em ouvir isso.
Aceitando o desafio, ele sentou-se no banco ao lado dela e começou a flertar de forma escandalosamente com ela durante a próxima meia hora. Ela pensou que a veia inflamada na testa de James fosse estourar.
Fiel à reputação da feroz rivalidade entre eles, Sir Thomas parecia gostar de ver o quão longe ele poderia empurrar seu amigo, e quando a sua mão acidentalmente pousou sobre a dela, pois ambos estenderam a mão para seus cálices, a tolerância atípica de James encontrou o seu ponto de ruptura. — Faça isso de novo, Randy, e eu vou colocar o meu punhal através de você.
Sir Thomas sorriu, parecendo que a ameaça apenas o divertiu. Mas ele puxou a mão. Ele tomou um longo gole de vinho, casualmente apareceu um pouco mais de um punhado de uvas preciosas que colocou dentro de sua boca, e finalmente falou do assunto que o levara até ali. — Eu espero que esta festa signifique que você lidou com a “emergência” que o tem mantido fora do lado de meu tio.—Seu olhar piscou para Joanna por apenas um momento. —Ele está cada vez mais impaciente com o seu retorno.
A expressão de James endureceu. Ele manteve o olhar fixo no Sir Thomas. — Eu tenho receio de que ele vai ter de esperar um pouco mais. Eu não posso voltar ainda.
—Isto não é um pedido. —Toda a brincadeira saiu da expressão de Sir Thomas, ficando sério. — Eu tenho ordens para levá-lo de volta.
A boca de James se apertou em uma linha teimosa. — Eu preciso de um pouco mais.
Joanna não podia mais ficar quieta. Sua mão foi para o braço de James suplicante. — Você não pode recusar. Você tem que ir. Você não precisa fazer isso para provar nada para mim.
O brilho teimoso em seu olho sugeria outra coisa diferente. — Eu não vou sair até que as coisas estejam resolvidas entre nós, e eu não vou forçar uma decisão em cima de você até que esteja pronta.
Joanna podia sentir o olhar de Sir Thomas indo e voltando entre eles. De repente, ele explodiu na gargalhada. — Meu Deus, ela se recusou a você!—Ele pegou a sua mão e a levantou à boca. — Tão inteligente quanto bela. Minha senhora, você é um verdadeiro prêmio. Eu me perguntei, qual mulher poderia fazer um homem recusar uma noiva real, mas agora eu entendo. Você é uma senhora de gosto raro e discernimento. E Douglas pode ter que lutar por você depois de tudo. —Ele lançou um olhar rindo a James, que parecia estar lutando para manter seu temperamento sob controle—. Ela se recusou a você, —Sir Thomas repetiu novamente. —Espere até Hawk ouvir sobre isso.
Joanna poderia ter perguntado quem seria este homem chamado Hawk, mas ela estava muito atordoada com o que Sir Thomas tinha dito. Ela se virou para James em descrença absoluta. — Noiva real?
O temperamento que ele estava lutando para manter em cheque tornou-se constrangimento quando ele encontrou o olhar dela.
—Não é nada.
Ela olhou interrogativamente para Sir Thomas, que estava muito ansioso para explicar. — Meu tio ofereceu lhe um noivado com minha tia Margery. Douglas aqui recusou e disse que só havia uma mulher que ele iria se casar.
Joanna sentiu o sangue fugir do seu rosto. Ela não podia acreditar. Só ela sabia o quanto uma aliança como essa significaria para James. Era tudo que ele queria. E ele tinha recusado?
Ela não conseguia tirar os olhos do seu rosto. — Isso é verdade James, é?
Ele atirou um olhar irritado com Sir Thomas. — Sim, mas ele deixou de fora uma parte. Eu disse, “se ela me quiser".
—Por que você não me contou?
Ele deu de ombros, genuinamente confuso. — Eu não acho que é importante. Não tem nada a ver com a gente.
Lágrimas de felicidade turvaram os seus olhos. Se ela tivesse quaisquer dúvidas restantes sobre sua sinceridade, elas foram embora.
A irmã de Bruce. Ela não podia acreditar que ele tinha desistido desse tipo de aliança por ela. Ele a amava. Ele realmente queria se casar com ela.
E ela queria casar com ele. Seu coração inchou como as primeiras lágrimas deslizando por suas bochechas. Mas elas eram lágrimas de alegria, e foi com um sorriso que ela sussurrou: — Ela vai querer você.
Ele pegou a mão dela, os olhos diretamente nos dela. Ela podia ver a intensidade das emoções que ele estava lutando arduamente para conter. — Você quer dizer isso? Eu não vou ter você forçada por qualquer coisa que ele diz. —Ele gesticulou com a cabeça em direção ao Sir Thomas.
Piscando para conter as lágrimas, ela riu e acenou com a cabeça. — Tenho certeza.
Ele soltou um grito de alegria misturado com alívio inegável e lhe deu um abraço apertado antes caindo para o joelho.
E ali, diante de todo o salão e do rival que estaria ao seu lado, três semanas mais tarde, após os “banhos” concluídos, foi quando ele se casou com ela. James Douglas, Sir Douglas, pediu Joanna em casamento, pela segunda vez.
Desta vez, ela disse que sim.
EPÍLOGO
Park Castelo, três semanas depois
James estava indo fazer isso direito. Mas, no momento em que ele fechou a porta atrás de si, e viu a sua nova esposa deitada na cama esperando por ele, as semanas, meses de contenção torturante, o apanharam.
Ela parecia tão malditamente bonita, seus grandes olhos azuis espiando por cima da colcha agarrada ao queixo, seu cabelo dourado derramado como um véu de seda sobre o travesseiro atrás dela, e ele queria ela com uma ferocidade que era semelhante ao desespero. Ele havia sido condenado um longo tempo demais. Quatro meses e meio sem tocá-la, sem estar dentro dela, sem sentir seu movimento sob ele.
Mas ele tinha que fazer isso direito, caramba. Ele tinha que honrar o vínculo que tinha acabado de fazer. Ela era sua esposa.
Ela merecia fazer amor na noite de núpcias, não violada por algum tipo de besta esfomeada.
Ele encostou-se na porta, respirando fundo, lento. Ele conseguiu um sorriso torto. —Eu sei que este não é o casamento que você esperava, ou o que você merece, mas eu prometo quando esta maldita guerras e for, vou fazer isso para você.
Suas palavras pareciam relaxá-la. Ela largou o seu aperto de morte sobre a colcha e avançou na grande cama um pouco. Ele tentou não notar o tecido fino de sua camisola ou pensar sobre toda a pele nua por baixo. Mas apenas o vislumbre de pele cremosa revelada no pescoço foi o suficiente para fazê-lo duro.
—Estou surpresa que o rei deu-lhe permissão para ausentar-se. Pelo que Sir Thomas disse você teve sorte, Edward não o fez deslocar ao norte ou ainda Bruce o faria cavar trincheiras.
—Randolph exagera. Não foi tão ruim assim.
—Você realmente se ofereceu para cavar as fossas?
Ele atravessou o quarto para se sentar na beira da cama. Sua boca se contorceu em um sorriso irônico. — Não exatamente. Eu disse que me casaria com você em três semanas, mesmo se eu tivesse de cavar fossas para o restante da guerra. O rei apreciou a ironia e devo tê-lo convencido de que eu estava a sério. Ele disse que não seria necessário, mas eu estava encarregado de colocar algumas das “bases” para a chegada de Edward.
Como antes, Bruce não tinha a intenção de conhecer Edward no campo de batalha, mas eles rapidamente montariam em abundância ataques piratas surpresa pelos quais Bruce e a sua guarda fantasma estavam se tornando famosos. As trincheiras foram usadas tanto para causar estragos na cavalaria, como para esconder a sua presença.
Mas havia rumores de que Edward estava sendo forçado a abandonar a sua segunda campanha para a Escócia e a retornar a Londres para lidar com ainda mais problemas a partir de seus barões.
Joanna se sentou, a colcha caindo até a cintura. James prendeu a respiração, vendo a sombra inconfundível de seus mamilos pontiagudos sob a roupa.
—Considerando as circunstâncias, estou feliz de ter uma noite de núpcias no meio disto tudo.
Quando ele não respondeu, ela seguiu a direção de seu olhar e corou.
Ela tentou puxar para cima a roupa de cama de seda para cobrir-se, mas ele a impediu. — Não—, ele engasgou. Seus olhos arderam ao olhar nos dela. —Você é tão bonita.—Suas bochechas ficaram ainda mais quentes, e ele soltou uma forte risada. —Deus, não me diga que você está envergonhada. Eu vi cada polegada de você nua à luz do sol.
Ela mordeu o lábio, lutando contra um sorriso. — Sim, mas isto me parece diferente.
—Parece, não é?,— Ele admitiu, tendo apenas os mesmos pensamentos. — Estou me sentindo um pouco nervoso eu mesmo.
—Você está?
Ela parecia tão chocada que ele teve que rir. — Sim, eu quero que seja perfeito.
Um largo sorriso iluminou todos os cantos de seu belo rosto. — Como é que pode não ser James? Toda vez que você me toca é perfeito.
Ela estava certa, e ele não podia esperar mais um minuto para provar isso. Deslizando a mão ao redor da parte de trás do seu pescoço, ele a puxou para sua boca e a beijou.
Ele gemeu com o contato, com a sensação inebriante de calor e suavidade. No início, os seus lábios se moviam sobre os dela suavemente, e depois com mais insistência quando a sua boca se abriu para tomar a sua língua.
Oh Deus, tinha passado muito tempo desde que ele a tinha beijado assim. Os quentes golpes perversos de suas línguas acenderam um rastilho de pólvora que ele não podia esperar para conter. Suas mãos estavam por toda parte, tocar cada polegada do corpo exuberante o levou a ficar selvagem. Ele esqueceu o fato de que esta era a sua noite de casamento, que ele prometeu levá-la devagar, que ela era a sua esposa. E que ela era importante e nunca mudaria.
Ele a amava, e quando ele a tocou tudo parecia certo. Tudo parecia perfeito.
Ele concentrou-se na única coisa que importava: dar-lhe prazer.
Nervosismo e constrangimento esquecidos, ele quebrou o beijo tempo suficiente para livrar-se de suas roupas e levantar a camisola sobre sua cabeça. Nada os separou quando ele deslizou em cima dela, e em seguida, dentro de sua pele, o calor os aquecendo.
Ela o levou para dentro com um suspiro e um gemido, as mãos agarrando os músculos flexionados de seus ombros e braços.
—James!
Ele respondeu ao seu choro com um golpe duro, e depois outro. Ele se sentiu tão danado de bom, ele teve que lutar com o desejo de gozar com cada estocada. O corpo dela agarrou-o com força, segurando-o mais e mais, quando ela levantou os quadris para encontrar seus golpes poderosos.
E era poderoso, não apenas na força, mas na importância. Com cada golpe duro, com cada inclinação amorosa de seus quadris, eles forjaram um vínculo que jamais seria quebrado. Com seu corpo, ele fez uma promessa. Ele prometeu amar, honrar e estimá-la para o resto de sua vida.
Só quando ela gritou com o segundo gozo, ele se deixou ir. Sensação passou por ele em parafuso após parafuso de prazer tão intenso que ele pensou que tinha morrido e ido para o céu.
Um pouco mais tarde, quando Joanna se aninhou contra ele, pressionou seu rosto macio contra o peito, e adormeceu, ele teve certeza disso. Ele tinha muita sorte, e ele sabia disso. Ele tinha chegado tão perto de perdê-la. Sua ambição tinha quase lhe custado tudo. Ele poderia alcançar a grandeza e elevar o seu clã a alturas vertiginosas, mas nada disso significaria algo sem Joanna ao seu lado.
NOTA DO AUTOR
Talvez ninguém tenha se beneficiado da sucessão de Bruce ao trono da Escócia mais que James Douglas. Junto com Thomas Randolph, o futuro conde de Moray, o "Bom Sir James" se tornou um dos mais alardeados e confiáveis comandantes de Bruce.
Como a história vai, um jovem James assaltou o candidato a rei no caminho para sua coroação em 1306e prometeu sua lealdade, que nunca vacilou. Douglas foi dito estar entre o punhado de adeptos que seguiram de perto o exílio de Bruce 1306-1307 e ficou novamente ao seu lado quando Bruce fez seu o retorno improvável.
Na vitória importante de Bruce, na Batalha de Brander no prólogo (igualmente caracterizado em The Ranger), Douglas e seus arqueiros receberam o crédito por subir acima de onde se situava MacDougalls para emboscar a emboscada. Mais tarde, James, Randolph, Robbie, Boyd, e Bruce levaram a guerra no Borders, eventualmente travando ataques profundamente no campo Inglês.
Lealdade e realizações no campo de batalha de James foram recompensadas, e a casa de Douglas subiu, de fato, para alturas vertiginosas. Tão alto, de fato, que há cem anos após a morte de James, o agora Condes de Douglas tornou-se uma ameaça para a coroa, levando aos assassinatos de ambos o sexto conde em1440 no infame "Jantar Black" (que serviu de inspiração para o casamento vermelho no George R.da R. Martin A Storm of Swords – Tormenta de Espadas) eo oitavo conde pelo rei James II, ele mesmo em 1452.
É interessante que, para um homem tão famoso pouco se sabe de sua esposa, embora dado o período do tempo, parece provável que ele tinha uma. Ele pode ter tido, pelo menos, dois filhos, Archibald o Grime outro que caiu na batalha de Halidon Hill, em 1333. Os mapas genealógicos e histórias do clã não ajudam muito, mas um par deles menciona uma esposa chamada Joan ou Joanna.
Dada a sua importância e posição na comitiva de Bruce, achei estranho que Bruce não lhe oferecer uma irmã, como ele parecia fazer por muitos de seus outros companheiros íntimos, incluindo Neil Campbell, Hugh Ross, Christopher Seton, e Alexander Fraser. Walter Stewart, parente de James, que também é um jovem, cavaleiro importante na comitiva de Bruce, acaba por casar com a filha do rei.
Eu fiquei me perguntando por quê. Como a maioria dos casamentos na época eram alianças políticas e dinasticamente motivadas, presumivelmente, se a esposa de James tinha sido a filha de um nobre importante como foram anotados. Mas talvez ela não fosse "importante"? E se casou com James por outras razões? Assim, a inspiração para a filha do marechal. Eu também gostei da ideia de amarrá-la no Douglas infame o episódio da Despensa e no homem local, Thomas Dicson (Dickson), o castelão hereditário do CasteloDouglas, que perdeu a vida ajudando James em Palm no auspicioso domingo.
O Douglas Despensa, o que quer que tenha acontecido no Domingo de Ramos 1307 ou 1308 (eu tenho isso como o último aqui e no The Viper), são os três primeiros e mais conhecidos ataques de James Douglas para expulsar o Senhor Inglês e a guarnição de Robert Clifford de seu castelo, todos usando a trapaça e guerra psicológica pela quais James se tornou famoso. O perigo de manter o Castelo Douglas acabaria por merecê-lo a alcunha de "Castelo Perigoso", imortalizada na conta fictícia de terceiro ataque de Sir James por Sir Walter Scott em Tales of My Landlord (Histórias do Meu Senhorio).
Este terceiro ataque é o que eu tenho contado em O Cavaleiro com a guarnição tentando, por trás da segurança de suas paredes, pelos camponeses que transportam feno, e o capitão Inglês, que morreu com uma carta desua namorada, que prometeu casar com ele se ele pudesse segurar o castelo por um ano. James foi alegadamente movido pela carta e permitiu que os prisioneiros voltassem para a Inglaterra, depois que ele supostamente destruiu o castelo para impedir que o Inglês o guarnecesse mais tarde, uma parte importante da guerra de Bruce que continuou uma política de terra arrasada de William Wallace.
A rixa entre Clifford e Douglas durou um século. Você pode ler mais sobre Clifford, Boyd, e Douglas em The Raider.
O relato da malandragem envolvido na tomada de Linlithgow Castelo com a ajuda do homem local "Binny" também é ocupado por Sir Walter Scott em seus Contos de um Avô, como é tomada de James Roxburgh Castle, que será apresentado em livro 11 da Série Guarda Highland. Há algum desacordo quanto à data da queda de Linlithgow, embora alguns historiadores afirmem que isso aconteceu tão tarde como 1313.
O Inglês realizou cerca de quarenta castelos escoceses em 1311, dos quais nove mais ou menos foram levados de volta por Bruce durante este tempo, muitos por Douglas ou Randolph.
Rivalidade de James com Randolph era lendária. Após a deserção de Randolph para o Inglês, que foi destaque no The Hawk, James capturou-o e levou-o de volta ao redil. Se a rivalidade foi amigável, só posso especular, mas parece provável. Os dois homens são tão frequentemente mencionados juntos, e de fato no ato do estabelecimento de 1318, Moray (Randolph) é nomeado regente em caso de morte de Bruce, com Douglas nomeado como o sucessor em caso de morte de Moray.
Há também algum desacordo sobre quando Sir James foi nomeado cavaleiro, com alguns historiadores dizendo que não era até a véspera de Bannockburn em 1314, o que parece muito tarde na carreira das forças armadas de James. Pode ser que em Bannockburn ele realmente foi concedido uma "Bandeira de Cavaleiro", elevando a partir de cavaleiro bacharel, o que basicamente significa que ele poderia levar os homens sob sua própria bandeira na guerra.
Em O Cavaleiro, quando James se oferece para acompanhar Bruce na morte, estou aludindo a um evento futuro quese tornaria uma das suas obras mais famosas. No leito de morte de Bruce, James prometeu levar seu coração para a Terra Santa. O James leal claro acordado, vestindo o coração do rei em uma caixa em torno de seu pescoço. Infelizmente James foi morto de forma dramática em um cerco, antes que ele pudesse completar sua missão.
O coração de Bruce e ossos de James foram devolvidos para a Escócia, o coração para ser enterrado no Melrose e os ossos na Capela de St. Bride em Douglas.
É sempre divertido quando me deparo com a descrição física, e a falta de cicatrizes em James. Face é um deles.
TRECHOS DE RAIDER
Depois de consolidar seus ganhos contra o inimigo Inglês, o Rei Robert Bruce da Escócia envia seus melhores soldados para fortalecer as fronteiras sem lei. Estes guerreiros lendários da Guarda Highland, não deixavam nada vir antes do rei e do país, exceto o chamado de seu coração.
De todos os guerreiros de elite de Bruce, "Raider" Boyd é o mais formidável. Um verdadeiro patriota cujas mãos nuas são uma arma mortal, Robbie é o impulsionador mais feroz da Guarda. Seu ódio do Inglês foi aperfeiçoado como uma borda afiada navalha. Mas vingança se prova agridoce quando a bonita irmã do seu inimigo cai em suas mãos e ele se vê lutando contra a tentação, uma batalha que ele tem muito a perder.
Lady Rosalin Clifford mal reconhece o prisioneiro rebelde que ela salvou da execução seis anos atrás.
Embora seus ideais de menina tem amadurecido em uma paixão pela justiça, Rosalin acredita que ela traiu seu irmão quando ela ajudou este homem na perigosa fuga. Agora, seu ato traidor vem ao de cima para assombrá-la. Mas ela não pode negar o desejo que este guerreiro atormentado inflama dentro dela, ou negar a paixão que transforma inimigos jurados em amantes. Mas é o amor suave de uma verdadeira Inglesa, Rose, suficiente para o guerreiro mais brutal livre da Escócia abandonar um caminho de vingança ou é tarde demais?
Um trecho do Prólogo...
Kildrummy Castle, Terras Altas da Escócia, outubro 1306
Matou? Rosalin quase engasgou com um pouco de carne.
—Você está bem?,—Perguntou o irmão dela, inclinando-se para dar um tapinha nas costas.
Depois de uma explosão de tosse, ela tomou um gole de vinho adocicado e assentiu. —Eu estou bem.—Vendo a sua preocupação, ela conseguiu dar um sorriso. —Realmente. Sinto muito, pela perturbação. Você estava dizendo algo sobre os prisioneiros?
Sua tentativa de indiferença não o enganava. Ele franziu a testa. Ele vinha falando em voz baixa com o guardião Sir Humphrey, do outro lado dele, ea conversa, obviamente, não tinha significado para seus ouvidos. Ela piscou para ele inocentemente, mas Robert, o primeiro barão de Clifford, se tornou um dos comandantes mais importantes na guerra contra os escoceses rebeldes por causa de sua posição e bonito rosto, embora ele certamente fosse ambos. Ele tinha subido tão alto na estima do rei Edward porque ele era inteligente, leal e determinado. Ele também era um dos maiores cavaleiros na Inglaterra, e ela era ferozmente orgulhosa dele.
Mesmo que ele era inteiramente muito perceptivo.
—Um acidente infeliz, isso é tudo. Parte da parede desmoronou quando os prisioneiros foram desmantelá-lo. Dois dos rebeldes foram esmagados pela pedra e morreram.
Seu coração pulou para a garganta e um pequeno grito de angústia escapou antes que ela pudesse ajudá-lo. Oh Deus, por favor, não deixe ser ele!
Consciente do olhar atento do seu irmão, ela tentou cobrir sua reação demasiada, preocupado com a virgem, —Isso é horrível!
Ele estudou sua irmã um pouco mais, e, em seguida, acariciou-lhe a mão.— Não deixe que a aflija.
Mas ela estava angustiada. Profundamente angustiada. Embora ela certamente não pudesse dizer porquê a seu irmão. E se ele soubesse sobre o seu fascínio com um dos prisioneiros rebeldes, ele iria mandá-la de volta para Londres no primeiro navio, como ameaçou fazer quando ela chegou inesperadamente há uma semana com seu novo guardião, Sir Humphrey de Bohun, conde de Hereford.
—Cruz de Cristo, Rosalin! Este é o último lugar na cristandade adequado para uma jovem.
Mas a oportunidade de ver Cliff tinha sido muito tentadora para resistir. Com ela em Londres e seu irmão lutando contra os rebeldes escoceses no Norte, tinha sido quase dois anos desde que ela o tinha visto,e ela sentia falta dele desesperadamente. Ele, Maud (esposa de oito anos de Cliff), e as crianças eram toda a família que lhe restava, e se ela tivesse que se aventurar em Hades para vê-los, ela faria. Maud teria feito a viagem com Rosalin e ido a festa do conde, mas ela tinha acabado de descobrir que estava grávida novamente.
—Eu não entendo por que o muro está sendo desmontado em primeiro lugar—, disse Rosalin. —Eu pensei que nós tínhamos ganhado a guerra?
Sua distração funcionou. Cliff amava nada mais do que falar sobre grande vitória da Inglaterra.
A oferta da Robert the Bruce para a coroa tinha falhado. O rei fora da lei tinha sido forçado a fugir Escócia, eo Inglês agora ocupava a maioria de importantes castelos da Escócia, incluindo este, o ex-reduto da Scottish Earls de março.
—Nós fizemos. Rebelião de curta duração, de Robert the Bruce está no fim. Ele poderia ter escapado do conjunto de corda para ele em Dunaverty Castle, mas ele não vai encontrar refúgio nas ilhas ocidentais por muito tempo. Nossa frota vai encontrar ele.—Ele deu de ombros. —Mesmo se não o fizerem, ele só tem um punhado de homens deixados sob seu comando.
Ela baixou a voz para um sussurro."—Mas não são eles Highlanders?
Seu irmão riu e beliscou seu nariz. Embora ela com dezesseis, quase dezessete, ele sendo muito mais velho, ela não se importava. Ela sabia o quão feliz ela era por ter um irmão que cuidava dela tão profundamente. Não eram muitos meninos de quatorze anos de idade, que teriam-se incomodado com uma irmã de quatro anos de idade sobre a morte de seus pais, mas Cliff sempre tinha dado a mão para ela. Mesmo quando estavam ambos aos cuidados do rei, ele sempre fez com que ela soubesse que não estava sozinha. Se ele às vezes agia mais como um pai super protetor que um irmão, ela também não se importava. Para ela, ele era os dois.
—Eles não são bichos-papões, pequena. Ou super homens, não importa o que você pode ouvir na corte. Eles podem lutar como bárbaros, mas quando eles encontram o aço da espada de um cavaleiro Inglês, seu sangue corre tão vermelho quanto qualquer outro.
Como ela não deveria estar vigiando os prisioneiros, ela se absteve de perguntar por que eles estavam entretidos e tão fortemente vigiados em seguida.
Seu irmão virou-se para Sir Humphrey, e Rosalin esperou seu tempo, esperando o longo almoço chegar ao fim antes de correr até seu quarto na Torre de Neve.
Normalmente, ela atrasou o seu regresso ao seu quarto o maior tempo possível. Cliff havia permitido a ela para ficar na Escócia em Kildrummy somente sob a condição de que ela se mantivesse em seu quarto, exceto durante as refeições e a capela - ele não queria que houvesse qualquer chance dela entrar em contato com um deles - ea pequena câmara tinha começado a parecer como uma prisão. Quando ela protestou, dizendo não ser justo, que as outras senhoras na festa de Sir Humphrey não estavam sendo confinadas. Ele respondeu que as outras senhoras não eram a irmã dele de dezesseis anos de idade. Mas agora tudo o que podia pensar era na janela que parecia sobre o pátio e cortina de parede em forma de escudo. A mesma parede de cortina que tinha desmoronado e matou os doisprisioneiros.
Seu coração disparou tão rápido quanto seus pés, enquanto ela subia os lances de escadas para o nível alto da torre de luxo. Os escoceses podem ser “bárbaros rebeldes”, mas eles certamente sabiam como construir castelos, o que foi uma das razões pelas quais Rei Edward estava tão ansioso para ter Kildrummy destruído. O "Hammer dos escoceses," como o rei Edward era conhecido, foi para garantir que outros rebeldes não pudessem usar a fortaleza formidável como um refúgio no futuro.
A luz solar brilhante encheu a sala enquanto ela abrir a pesada porta de câmara do senhor e rasgou além da enorme cama de madeira, troncos meio descompactados que transportaram seus pertences, e da pequena mesa que realizou um jarro e uma bacia para lavar roupa. Com o coração agora em sua garganta, ela se ajoelhou no banco sob a janela, inclinou-se sobre a pedra grossa do peitoril, e olhou através da janela de vidro fino para o pátio abaixo.
Ela sabia que era errado, e seu irmão ficaria furioso ao descobrir o seu fascínio ao prisioneiro rebelde, mas ela não podia evitar. Havia algo nele que se destacou. E não era apenas o seu tamanho formidável ou seu belo rosto, embora ela tivesse que admitir que isso a tinha atraído inicialmente. Não, ele era... Um tipo nobre. Mesmo que ele fosse um rebelde. Quantas vezes ela assistiu ele assumir a culpa (e, portanto, a punição) para um dos homens mais fracos? Ou mais de seu ombro,realizando parte do trabalho do outro?
Ele não podia ser...
Ela se recusou a terminar o pensamento e examinou o pátio e área de parede calçada entre a torre sudeste e recém-construído portão do castelo onde os presos estavam trabalhando.
No meio da multidão de homens perto da parede não havia mais do que um punhado de rebeldes, mas eles estavam sendo guardado por pelo menos uns vinte homens do irmão. Dado o estado dos prisioneiros, parecia uma superabundância de cautela. Talvez quando o castelo foi levado primeiro ao longo de um mês atrás um show de força poderia ter sido garantido, mas despojado de suas armaduras de couro bruto e armas, depois desemanas de prisão com comida e água suficiente apenas para mantê-los vivos, e trabalhando quase até a morte durante todo o dia, os prisioneiros maltrapilhos, olhando, pareciam mal equipados para montar uma resistência.
Com exceção de um.
Ela olhou, olhou, o pânico crescente em seu peito. Onde ele estava? Se ele tivesse sido um dos homens esmagado?
Lágrimas quentes arrepiaram seus olhos, e disse a si mesma que estava sendo ridícula. Ele era um prisioneiro. Um escocês. Um dos rebeldes de Robert the Bruce.
Mas ele também era...
Seu coração bateu, e ela soltou um pequeno grito de alívio, quando o guerreiro poderosamente construído saiu de trás da parede.
Graças a Deus! Ele estava bem. Mais do que tudo bem, na verdade, ele estava espetacular.
Ela suspirou com cada pedacinho de seu quase dezessete anos de idade no coração. As mulheres da corte brincavam com ela impiedosamente sobre sua ingenuidade e inocência. —Você está como uma criança, Rosie-lin,— eles diziam com um rolo dos olhos, quando ela se atreveu a se aventurar em suas conversas (o apelido soava muito mais agradável vindo de seu irmão do que a partir deles).
Bem, ela certamente não estava se sentindo como uma criança agora. Pela primeira vez em sua vida, ela estava se sentindo como uma mulher totalmente extasiada por um homem.
E que homem! Ele era a forragem de lendas e contos do bardo. Alto e de ombros largos, seu cabelo escuro pendurado em ondas em torno de um longo emaranhado rosto brutalmente bonito, ele foi um dos mais fortes, mais imponentes guerreiros que ela já tinha visto.
Como que para provar seu ponto, ele se abaixou para pegar uma pedra enorme. Conteve o fôlego e seu coração começou a se agitar loucamente em seu peito. Apesar da frieza no quarto, sua pele aquecida com um rubor. A camisa de linho úmido esticado em seu peito largo com o esforço, revelando cada cume,cada protuberância, todos os músculos bem definidos, esforçando para baixo mostrando toda abundância.
Mesmo enfraquecido pela prisão, ele parecia forte o suficiente para rasgar uma guarnição de soldados comas próprias mãos.
Ela revisou seu parecer anterior: Talvez o grande número de soldados que os guardavam era prudente afinal.
Só quando ele desapareceu em torno do outro lado do muro a lembrou de respirar novamente. Alguns minutos depois, ele reapareceu e ele iria começar tudo de novo. De vez em quando, ele trocava uma ou duas palavras com um dos prisioneiros, antes que um dos guardas aparecesse.
Ele falou com mais frequência com um homem de cabelos loiro alto, embora ele não fosse tão amigável para ele, como ele foi com o terceiro homem de cabelos vermelhos. Ele também era alto, mas era aí que as semelhanças terminavam. Mais do que qualquer um dos outros presos, o homem de cabelos vermelhos estava mostrando os efeitos do trabalho duro. Ele era magroe pálido, e todos os dias ele parecia ficar mais encurvado.
O escocês, isto é como ela pensou, o impressionante guerreiro fez o que podia para ajudá-lo quando os guardas não estavam olhando, ao levar algumas de suas rochas ou tomar o seu lugar na linha de sucessão empunhando o martelo. Ela tinha visto o escocês passar ao outro homem as preciosas poucas conchas de água que foram autorizados durante suas breves pausas. Mas o homem estava desaparecendo diante de seus olhos.
Ela afastou-se da janela. Ela teve que parar. Ela não podia fazer isso. Isso a fez se sentir tão desamparada. Ela sabia que eles eram rebeldes e mereciam ser punido, mas o homem ia morrer. Esse provavelmente seria executado de qualquer maneira, quando o trabalho fosse feito, não importa. Ninguém deve sofrer daquele jeito.
Ela pegou o bordado, mas ela o colocou para baixo em poucos minutos depois e voltou seu olhar para ojanela.
Ela não conseguia desviar o olhar. Ela tinha que fazer algo. Mas o quê? Seu irmão tinha avisado para ela não interferir.
A resposta veio com ela na manhã seguinte depois da igreja, quando ela estava deixando as orações da manhã, ela avistou a mulher que servia carregando uma tigela grande e alguns pedaços de pão em direção a prisão, com uma quantidade insignificante para muitos homens.
Era isso! Ela iria deixar-lhe comida extra.
Levou alguns dias para chegar a um plano, mas eventualmente ela estava pronta para colocá-lo em movimento.
Esgueirar pedaços extras de carne bovina foi a parte fácil. Ela envolveu no pano e manteve em seu colo enquanto comia, e depois enfiou o pacote na bolsa em sua cintura antes de sair. Levar a comida para os prisioneiros, no entanto, foi o desafio.
Ela observou os prisioneiros suficientes para saber sua rotina. Todas as manhãs, os guardas os conduziam para fora através de um pequeno pátio entre a capela eo danificado Grande Salão para o pátio principal.
Eles estavam alinhados e as instruções eram dadas, antes de serem autorizados a recolher os carros, que eram armazenados no lado da padaria. Os carrinhos foram o que ela estava buscando.
Naquela noite, quando o castelo estava quieto, ela vestiu um manto escuro e escapou da torre. Guardando às sombras, ela fez seu caminho em torno do estaleiro, com cuidado para evitar quaisquer guardas que poderiam estar na patrulha. Mas foi incrivelmente tranqüilo. Com as forças rebeldes esmagada, havia pouca ameaça de um ataque.
Ela rapidamente depositado seu pacote em um dos carrinhos e fez seu caminho de volta para seu quarto.
Na manhã seguinte, ela viu de sua janela quando um dos homens voltou com o carrinho, foi imediatamente para o escocês, e passou-lhe o pacote. O escocês olhou ao redor, como se suspeitar de um truque, mas quando um dos guardas gritou uma ordem para ele, presumivelmente para voltar a trabalhar, ela viu a torção leve de um sorriso.
Aquele sorriso era todo o incentivo que precisava. Seus passeios noturnos continuaram por uma semana,e ela jurou que o homem ruivo escuro ficou mais forte. Muitos dos homens pareciam estar um pouco mais altos.
Ela sabia que seu irmão ficaria furioso se descobrisse o que estava fazendo, e ela odiava a idéia de um segredo entre eles, mas ela disse a si mesma que era apenas um pequeno gesto e não poderia fazer mal algum.
Mas ela estava errada. Terrivelmente errada...
Monica McCarty
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