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Series & Trilogias Literarias
Quando a série divertida de Lauren Layne, Sex & Love & Stiletto retorna, uma colunista desvairada descobre uma maneira ardente de superar uma velha chama: caindo por ele de novo.
Como autoridade da revista Stiletto sobre todas as coisas sobre Términos e Mágoas, Emma Sinclair escreve a partir de experiência pessoal. Cinco anos atrás, Emma era Charlotte, a queridinha debutante da Carolina do Norte e uma futura noiva. Agora ela é a rainha do gelo da cena de namoro em Manhattan. Emma deixou a sua sensual e ardente sulista para trás, mas nem mesmo seus amigos mais próximos sabem que com ela, deixou seu coração. Agora o último artigo de Emma obriga-a a enfrentar seus demônios - ou seja, o cara diabolicamente sexy que a abandonou no altar.
Depois de desistir de tudo para uma carreira profissional, Alex Cassidy observa seus sonhos desmoronarem quando uma lesão no joelho o tira do jogo para sempre. Agora ele está pendurando os grampos e dando um tiro ao jornalismo. É apenas uma coincidência que ele escolhe um emprego no mesmo campo, e na mesma cidade, que sua ex-noiva... certo? Mas quando Emma se muda para a porta ao lado, não é por acaso. É uma pesquisa. E Alex não pode deixar de se perguntar o que poderia ter sido. Ao contrário da menina inocente que ele se lembrava, essa Emma é chique, sofisticada e assertiva - e ela não quer absolutamente nada com ele. O problema é que Alex nunca a desejou mais.
Para Anna e Sarah, que me ensinaram desde cedo como amigas maravilhosas podem ser. Eu sou tão sortuda por ter encontrado vocês.
Capítulo 1
Emma havia considerado ligar dizendo que estava doente.
Com gripe. Cólica. Sarampo. Disenteria. Dia da Saúde Mental. Tanto faz.
No mínimo, ela provavelmente deveria ter esperado até depois da hora do rush naquela manhã. Ou talvez entrar sorrateiramente pela porta dos fundos do prédio que abrigava o seu escritório junto com o cara que entregava água.
Mas Emma Sinclair não era uma fã de deixar que os pequenos transtornos da vida a incomodassem.
Embora...
Ela supôs que pudesse argumentar que não havia nada de pequeno sobre o fato de que o seu apartamento tinha sido completamente inundado no tempo que ela levou colocando rímel nos olhos.
E quanto ao fato de que a referida catástrofe, a inundação, causou a queda de energia em todo o seu prédio… bom, isso foi praticamente apenas um maldito apocalipse.
Enfim. Havia coisas piores do que chegar ao trabalho com o seu cabelo completamente encharcado e com maquiagem inexistente, usando um vestido de dama de honra rosa choque do casamento da sua prima, que era o único item seco em seu armário, graças à proteção plástica no qual o vestido estava envolvido.
Emma mal tinha se dado ao trabalho de olhar no espelho antes que saísse do apartamento sendo perseguida por uma enxurrada de Fod-bombas que seu senhorio estava enviando em sua direção. Mas então, ela não precisava se olhar no espelho para saber que parecia muito chique e glamorosa para ir ao trabalho, assim como um rato de rua.
Além disso, quem precisa de um espelho quando você tem amigos como Julie Greene?
Emma estava vasculhando a sua bolsa a procura do seu crachá que a autorizava a entrar no Edifício Ravena onde trabalhava, quando Julie chegou atrás dela, com um copo do Starbucks na mão e com o sorriso firmemente grudado no lugar, como sempre.
"Oi, Em... aaahh," disse Julie, perdendo a fala com espanto quando viu a aparência de Emma.
Emma lançou a Julie um olhar divertido. "Você gostou?"
"Não consigo entender o que está acontecendo,” Julie disse, sua voz perplexa. Ela passou o copo do Starbucks para Emma. “Aqui. Pode tomar o meu Caramelo Macchiato. Você precisa disso mais do que eu.”
Emma começou a negar a oferta, mas tudo bem, pensando melhor, aceitou. Sua amiga estava certa. Ela realmente precisava mais do café do que Julie. O incidente aconteceu bem no meio de seu café da manhã, o que significava que Emma estava correndo por aí com um déficit de cafeína no sangue.
Ela tomou um gole do café enquanto Julie continuava a olhar para a sua roupa desanimada.
"Há uma explicação lógica para isso?" Perguntou Julie.
Emma suspirou. "O apartamento de cima teve algum tipo de desastre aquático essa manhã. Todo o meu apartamento parece o set do Titanic, sem a delícia do Leo.”
Julie olhou para o cabelo molhado de Emma. "Então, o seu cabelo está molhado, tipo, com água suja?”
"Não," disse Emma, tomando um último gole do café de Julie e entregando o copo de volta para ela quando localizou o seu crachá. "Felizmente, eu tinha tomado banho antes que a tubulação estourasse e consegui evitar o pior do jato de água. Infelizmente, secar o meu cabelo não era uma opção."
"Certo. Aquela coisa de ser eletrocutada," Julie falou enquanto suas identidades foram checadas com a segurança e foram em direção aos elevadores.
"Hum, sim, não poderia ter me eletrocutado nem mesmo se eu quisesse,” Emma disse apertando o botão de subir do elevador. “A luz acabou.”
Os olhos castanhos de Julie saltaram das orbitas. "Sério? Seu apartamento está inundado e sem energia? Está tudo destruído?"
"Claro que não. Eu ainda tenho este lindo vestido," disse Emma, puxando a bainha de seu vestido para os lados, fazendo uma reverência. Ela fingiu não perceber a forma como as duas meninas que tinham estado fofocando felizes quando elas cruzavam o hall de elevadores, imediatamente se calaram quando a viram.
O vestido teria sido uma distração por si só. O pequeno coque úmido que havia feito também era atípico para o pretensioso prédio de escritórios onde o sofisticado e o polido era o código não oficial de vestimenta para as mulheres.
Mas a falta de maquiagem fazia tudo pior. Muito pior.
Não que Emma fosse realmente o tipo de menina glamorosa, mas ela tinha a desvantagem de ter cílios muito curtinhos, apesar de todo o seu cabelo castanho médio. E a forma dos seus olhos era o pior. Eles eram grandes e meio inclinados para cima quase iguais a de um gato ou anime. Olhos do Bambi, como a sua mãe costumava dizer.
Mas sem delineador ou rímel, ela estava mais para o Gollum do Senhor dos Anéis o adorável cervo bebê.
"Sabe, até que é um bom vestido, apenas um pouco inadequado para o trabalho," Julie comentou enquanto seguiam para o elevador atrás das duas meninas tagarelando e de um homem de meia-idade latindo ordens em seu telefone. "Sexy. Um pouco piranha. Bom pra você!”
"Isso é ótimo, Jules. Meio piranha foi exatamente o que eu pretendia parecer quando estava me vestindo para trabalhar em uma aleatória manhã de quarta-feira no escritório.”
"Bem, então, você deveria ter me ligado. Nós usamos o mesmo tamanho de roupa. Eu poderia ter te emprestado alguma coisa.”
"Eu vou aceitar isso amanhã,” disse Emma, enquanto Julie apertou o botão do décimo segundo andar. “Tudo o que tenho terá de ser lavado a seco, na melhor das hipóteses, ou queimado, na pior das hipóteses. Mas eu não poderia fazer isso essa manhã, indo do Upper East até Upper West, através do engarrafamento, e ainda chegar ao trabalho a tempo."
As portas do elevador estavam começando a fechar quando uma mão masculina as impediu, ativando os sensores para que as portas fossem reabertas.
Ótimo. Fodidamente fantástico.
Qualquer outra mulher teria gemido de desânimo com a visão do homem na frente dela.
Emma apenas endireitou os ombros, ignorando as palavras suaves de Julie,"Oh, querida."
Era ele.
O homem era lindo do tipo que faz as mulheres pararem e olharem. Seu corpo de atleta, alto e magro, estava impecavelmente vestido em um terno preto de caimento perfeito. Não havia nenhum sinal de gravata hoje, mas, muitas vezes, houve uma. Seu cabelo escuro estava perfeitamente penteado, o rosto bem barbeado mostrava uma mandíbula forte e lábios perfeitos.
E os olhos... verdes hoje, embora muitas vezes poderiam queimar azuis.
Mas Emma não teve que olhar para o homem para saber de tudo isso.
Ela sabia de tudo a partir das suas memórias. Péssimas memórias.
Ele não vacilou quando viu Emma com seu vestido cocktail decotado e seu coque molhado e feio.
Na verdade, ele nem sequer olhou para ela.
Nada, nenhuma surpresa, nem mesmo um ligeiro reconhecimento atingiram as suas feições com a presença dela.
O homem era extremamente controlado.
Sempre.
Julie se deslocou para o canto do elevador para dar espaço a ele que acenou com a cabeça para ela antes de se virar e ficar ombro a ombro com Emma.
As portas se fecharam e Emma levantou os olhos até a tela pequena que indicava o número do andar em que estavam. Ele imitou a sua postura, seus olhos também se concentraram no local onde o L transformou-se em 1, depois em 2 a medida que subiam.
"Emma," ele disse educadamente, sem olhar para ela.
"Cassidy."
"Você está muito bem."
"Você também," ela respondeu, seu tom de voz suave. Monótono.
"Você não vai se vestir assim para a reunião, eu espero." Sua voz nunca perdeu a polidez casual.
Ela não fez mais do que olhar para ele. "Oh, você não gostou? Estive esperando para usar um vestido extravagante e que isso seria apenas o que eu precisava para que você pedisse o meu número.”
O elevador parou no sétimo andar e Emma e Cassidy deram um passo para o lado para que o homem atrás deles pudesse sair. Em sincronia, eles moveram-se imediatamente de volta para as suas posições iniciais quando a porta se fechou novamente.
E eles ainda não tinham olhado um para o outro.
"Você sabe, é um pouco brilhante demais para o meu gosto," ele meditou, como se nunca tivesse sido interrompido. "Gosto de cores mais suaves em uma mulher. Algo como... branco. Eu sempre gosto de ver uma mulher em um vestido branco. Você possui algum?"
Julie pigarreou, embora Emma não pudesse afirmar se era um aviso ou uma risada.
O elevador parou no 12º andar. A parada de Emma. Finalmente.
"Desculpe-me," ela murmurou para Cassidy quando saiu sua voz extremamente doce e suave.
Julie a seguiu.
E para desgosto de Emma, Cassidy também.
"Andar errado, Cassidy," Julie disse docemente, com um sorriso bonito para o homem miserável.
Traidor.
"Não, hoje não," respondeu ele.
"Ah", disse Julie. "Tem uma reunião com Camille?"
"Tenho sim."
Camille Bishop era a editora-chefe da Revista Stiletto e a chefe de Julie e Emma. Desde que Cassidy era o editor-chefe da revista Oxford, publicação irmã da Stiletto, não era estranho que ele ocasionalmente tivesse compromissos no décimo segundo andar.
Não queria dizer que Emma gostasse disso.
"Vejo vocês, senhoras, por aí," Cassidy disse com um sorriso para Julie. Lançou a Emma um olhar. "Ah, e, Emma, apenas um lembrete de amigo: o inverno está quase aí. Cuidado para que você não pegue um resfriado com esse cabelo molhado.”
Ele se afastou antes de Emma tivesse uma chance para responder. Ou mostrar-lhe o dedo do meio. Não que ela fosse se incomodar.
"Lembrete amigável minha bunda," Emma murmurou, olhando brevemente em suas costas antes de ela e Julie irem em direção ao escritório que dividiam.
"Eu acho que é doce. Talvez ele se importe,” Julie disse, ligando o braço ao de Emma.
Emma grunhiu em resposta. "Dê-me o resto do seu café. Eu preciso disso."
Julie obedeceu e as duas entraram em seu escritório. Grace e Riley já estavam lá. Grace estava mandando mensagens de texto em seu telefone... provavelmente sexting1 com o marido, se o seu sorriso sujo era uma indicação.
Típico.
Riley estava comendo um donut. Típico também.
Riley fez uma pausa em sua mastigação quando viu Emma. "Uau. Temos um baile? Ninguém me disse nada! Eu nem sequer pedi um corsage2."
Emma deixou cair sua bolsa sobre a mesa. "Diga-me, uma de vocês teria um secador de cabelo?"
"Sim, eu com certeza carrego um na minha bolsa," disse Riley, mesmo quando balançou a cabeça para indicar que ela definitivamente não tem um secador de cabelo.
"Eu não tenho um, também," disse Grace. "Mas podemos perguntar as meninas do departamento de beleza. Uma delas poderia arranjar um."
"Emma sofreu um acidente," disse Julie, estatelando-se na cadeira.
"O que, como um ‘Noé não a deixou entrar na Arca porque ela está vestida assim’, esse tipo de acidente?” perguntou Riley.
Emma sorriu, apesar de seu mau humor.
"Oh meu Deus, Emma!” Grace inclinou-se para frente. "Você foi para aquela festa de gala no Guggenheim na noite passada? Ooooh, você foi para casa com alguém? É esta é a sua versão da caminhada da vergonha?"
"Se for, estou impressionada," Julie meditou. "Minhas caminhadas da vergonha envolvem muitas calças com USC3 escritas por toda a minha bunda e camisetas enormes dos caras e sandálias de dedo."
"Você deve totalmente escrever uma história sobre isso, Em," disse Riley, retomando sua dedicação ao seu donut. "The Walk of Shame4 para adultos."
"Ok, vocês estão fazendo desta situação muito mais interessante do que realmente é," disse Emma, levantando sua mão com um pedido para parar.
"Bem, é claro," Grace disse, inclinando a cabeça. "Isso é o que fazemos. Nós transformamos tudo em sexo."
Emma teve de concordar com ela. Era exatamente o que elas faziam.
Stiletto era a revista feminina mais vendida no país, e Julie, Grace, Riley, e agora Emma, eram suas queridinhas gurus da seção Love & Romance5.
Entre as quatro, elas cobriram tudo, desde ‘Dez coisas que ele secretamente odeia’ a ‘Pensando fora da caixinha para planejar aniversários’ e ‘Guia do novato em preliminares pervertidas’.
A faixa de histórias variava de um mês para o outro com base em qualquer inspiração que as mulheres tinham, ou qualquer capricho que Camille atirasse para elas, mas na maior parte do tempo, todas elas tinham o seu nicho.
Julie era toda sobre o divertimento, flertar e namoro: ‘primeiro beijo’, ‘Como fazê-lo perder as calças à primeira vista’, e assim por diante.
As histórias de Grace eram principalmente voltadas para as mulheres que já estavam em relacionamentos: ‘Fazendo com que Dure’, ‘Terapia de Casal para Iniciantes’, ‘Mantendo o Romance Vivo’.
Riley era sexo. Todos os tipos de sexo, o tempo todo.
E quanto a Emma? Emma era a perita residente em términos – a que ajudava as mulheres a descobrir como terminar com eles ou a superar quando você foi a única a ser abandonada.
Seu artigo mais recente era ‘Sobrevivendo à vida de solteira quando todos os seus amigos estão namorando’.
Emma era capaz de escrever a partir de experiências pessoais. Inferno, Emma mesmo podia chamar-se de especialista no assunto, porque seus melhores amigos estavam todos saindo com alguém. Da melhor maneira possível, é claro.
Quando ela se juntou à equipe da Stiletto um ano atrás, Julie já havia fisgado o sexy Mitchell Forbes, enquanto Grace e Riley eram as únicas solteiras.
Desde então, ela assistiu Grace apaixonar-se perdidamente pelo jornalista sabichão Jake Malone, com quem havia se casado em um pequeno e perfeito casamento há alguns meses atrás.
E Riley? Riley tinha concluído com êxito a sua missão de dez anos para o coração de Sam Compton. Eles se casariam em poucos meses.
E então havia Emma.
Emma ainda era definitivamente a única solteira. Intencionalmente.
Ela namorava quando lhe convinha e tinha tido muitas relações ao longo dos anos. Mas Emma não tinha intenção de acorrentar-se a um homem, não importa o quão felizes suas amigas estavam.
Porque a felicidade poderia ser arrancada de você mais rápido que um cano estourado poderia arruinar a sua manhã. E então você estaria abandonada com nada além de um buraco onde seu coração deveria estar.
"Ok, então, se não havia um furação ou um baile que deu errado, o que é essa combinação estranha de cabelo molhado, maquiagem ‘ao natural’ e vestido de baile glamoroso?” Grace incitou.
Emma as encheu com a sua situação da inundação apocalíptica. Enquanto ela falava, Julie remexeu na bolsa até que veio com um vidro de rímel, gloss, blush e uma escova de cabelo.
Ela os ofereceu para Emma que lançou-se sobre eles ansiosamente.
Grace olhou para o relógio. "Desculpe, Em. Você vai ter que manter esse look natural um pouco mais. A reunião de equipe está prestes a começar.”
"Emma, você não disse a elas a melhor parte da sua manhã," disse Julie, quando as quatro se dirigiam para a sala de reuniões.
"O quê?" Perguntou Emma. "A parte onde você me deu o seu Macchiato de caramelo?"
"Não," Julie disse, "Eu estou falando de quem nós vimos no elevador."
Emma revirou os olhos. Oh. Merda.
"Quem?" Perguntou Riley. "Foi a Duquesa de Cambridge? Ouvi dizer que ela e o Príncipe William estavam vindo para os Estados Unidos e preciso saber qual o condicionador de cabelo que ela usa ".
"Vimos Cassidy," disse Julie em uma voz cantante.
"Caramba," Grace murmurou enquanto abria a porta da sala de reuniões. "Espero que todos estejam agasalhados. É sempre como uma tempestade de gelo quando Emma e Alex estão na mesma vizinhança."
Emma olhou surpresa para Grace. Era estranho ouvir alguém se referir a ele como Alex. Quando eles tinham ido para a faculdade juntos, o cara tinha sido conhecido apenas pelo sobrenome escrito nas costas de sua blusa nos dias de jogo. Para Emma, Alex Cassidy só tinha sido Cassidy. O que tinha mudado? Ele havia amadurecido? Decidiu abandonar a identidade do astro de futebol e adotar o seu primeiro nome?
Não que ela se importasse. Se ele passou a usar o seu primeiro nome em vez do último, tudo se traduzia da mesma forma: cretino.
"Falando em tempestade de gelo," Riley sussurrou quando elas entraram na sala de reuniões. "Brrrr."
Emma levou cinco segundos para entender o que as palavras de Riley significavam. Ela não viu Cassidy tanto quanto o sentiu.
Mas não importava.
Ela não sabia o que diabos ele estava fazendo em sua reunião de equipe da Stiletto e realmente não se importava.
Ela havia parado de se preocupar com qualquer coisa que tivesse a ver com Alex Cassidy há muito tempo.
Quer dizer... desde o dia em que ele a deixou no altar.
Capítulo 2
Era difícil não parar e olhar quando as Rainhas Reinantes da Stiletto entraram na sala de reuniões. Ou quando entravam em qualquer sala.
Em vez de sugar todo o ar fora do espaço, como dizia utópico clichê, era quase como se as quatro mulheres deslumbrantes trouxessem o ar fresco para dentro da sala.
E Alex Cassidy não achava que isso era tendencioso apenas porque essas mulheres, bem, a maioria delas, eram suas amigas.
Mas elas eram suas amigas. Boas amigas. Apenas quando começou a pensar que Manhattan era o mais solitário e mais sujo lugar no mundo foi que ele tropeçou em algo inesperado:
Amizade.
Tinha começado quando ele fotografou com Jake Malone. Jake era um dos empregados de Alex, que tinha se apaixonado perdidamente e muito rápido por Grace Brighton, quando os dois tinham feito uma matéria juntos.
Então Jake e Grace tinham-no apresentado a Julie e Mitchell.
Que tinham, em seguida, o apresentado a Riley...
Então Sam tinha entrado na história e, antes que ele percebesse o que estava acontecendo, Alex havia se encontrado fazendo parte de um grupo.
Um que ele gostava muito. Mesmo se tivesse que ficar cara a cara com sua ex-noiva em uma base regular.
Deliberadamente, Alex não olhou para Emma quando ela entrou na sala.
Ele apenas olhava para ela quando sua guarda estava baixa ou quando ela não estava fazendo uma cena, o que acontecia com muita frequência.
Em vez disso, ele fez um ligeiro aceno com a cabeça em saudação a Julie, que lhe deu um pequeno sorriso atrevido quando entrou na sala. Alex não se considerava uma espécie de cara sentimental, mas era difícil não sorrir para Julie Greene. Havia algo persistentemente agradável sobre ela.
Não doía que Julie fosse linda. Seu cabelo era uma mistura intrigante de loiro e marrom, seus olhos castanhos eram brilhantes e amigáveis.
Inferno, por falar nisso, todas eram extremamente lindas.
Grace Brighton – não – Grace Malone tinha todas essas curvas suaves, cabelos castanhos escuros macios em um corte calçudo e olhos castanhos escuros. Era difícil não dar uma segunda olhada para Riley McKenna, que era a coisa mais próxima de uma Gatinha Sexy da Cidade da vida real. Alta, com o cabelo preto longo e um sorriso petulante, Riley também tinha uma figura excepcional, embora, se Sam Compton perguntasse, Alex juraria de pé junto que ele nunca tinha notado nada, mesmo seus olhos azuis surpreendentes.
Então...
Então havia Emma.
Emma, cuja cada característica ele conhecia de cor, mesmo sem ter que olhar para ela. Apesar de que não olhar para ela estava sendo muito mais difícil que o habitual, visto que hoje ela estava vestindo aquele vestido rosa, sexy como o pecado, que era completamente diferente das roupas conservadoras que Emma normalmente usava.
Claramente havia uma história por trás disso.
Não que ele se importasse de uma forma ou de outra. Não muito, de qualquer maneira.
"Pare de olhar para as minhas meninas," disse Camille sob sua respiração.
Alex girou a cadeira da sala de reuniões apenas um pouco na direção da editora chefe da Stiletto.
"Você disse a elas, certo?" Ele perguntou.
Camille o ignorou, continuando a mexer em alguma coisa no seu iPad embaraçosamente com as pontas dos dedos, como alguém que não era totalmente familiarizado com a tecnologia touch screen. A tela sensível ao toque era definitivamente nova para ela. Camille Bishop tinha estado nos negócios antes mesmo que ele estivesse vivo e tendia a se agarrar a método da Old School6 sempre que possível.
"Disse-lhes o quê?" Camille perguntou inocentemente. Muito inocentemente.
Alex deu-lhe um olhar que ela retornou vagamente.
Hoje ela estava usando grandes óculos, enormes. Tudo sobre Camille parecia grande. Mesmo que ela fosse magra, sua voz era alta, seus cabelos brilhantes e sua personalidade era… exuberante.
"Não, eu não disse a elas," ela sussurrou. "É para isso que essa reunião serve."
Ele gemeu. "Vamos lá, Camille. Elas não têm nem mesmo uma ideia?"
Ela apertou os lábios e o ignorou.
Merda.
Como em ‘a merda com certeza iria bater no ventilador’ quando Camille soltasse a sua pequena bomba em cima da sua equipe.
"Ok, todo mundo, vamos começar," disse Camille, de pé, esperando até que as conversinhas que transcorriam em torno da mesa parassem. "Vocês já devem ter percebido que há uma dose extra de testosterona na sala hoje."
Pelo menos duas dúzias de pares de olhos se voltaram para Alex. Metade daqueles olhos estavam olhando fixamente para Camille com o que ela tinha mencionado. Havia cerca de trinta pessoas na sala de reuniões e havia apenas mais outro cara além de Alex.
E, da forma como o outro cara, Oliver, se ele se lembrava corretamente, estava olhando para ele, Alex tinha bastante certeza que ele era o único homem naquela sala que gostava de mulheres.
Ele lançou um sorriso fraco na direção do grupo, desejando que pudesse estar em outro lugar. Em qualquer outro lugar.
Se ele estivesse no andar de baixo, junto com os rapazes da Oxford7, estariam, provavelmente discutindo o jogo de ontem à noite. Em vez de se juntar a eles, Alex estava cercado de painéis de apresentação cobertos com tudo, de lingerie a anúncios de perfume.
Ele gostava de pensar em si mesmo como um homem relativamente moderno. Um pouco brusco e estoico, às vezes, com certeza.
Mas ele não grunhia e arrastava mulheres pelos seus cabelos, ou as marcava, ou ainda gritava com elas para fazerem biscoitos caseiros para ele todas as manhãs. E ele gostava de seus belos ternos, perfumes e lençóis com alta contagem de fios. Ele era evoluído.
Mas a Stiletto era totalmente mulher. Era como se o material feminino tivesse tomado esteroides. Fazia com que mesmo o homem mais moderno pedisse um tempo para obter anéis de cebola e uma cerveja.
"Como a maioria de vocês sabem, Alex Cassidy é o editor-chefe da Oxford, nosso rival, às vezes, e, por outras vezes, parceiro. Ele é a minha versão masculina, por assim dizer.”
Deus o ajude.
"De qualquer forma, ele está aqui porque eu tenho um anúncio importante a fazer."
Camille fez uma pausa dramática, claramente esperando que alguém lhe pedisse por mais informações. Ela franziu a testa quando todos simplesmente olharam para ela, meio aborrecidos, meio em expectativa.
Alex escondeu um sorriso. Era evidente que a editora chefe da Stiletto tinha feito esse número dramático vezes demais. Sua equipe não esperava que essa notícia pudesse fazer a Terra tremer.
E realmente não era para tanto. Na verdade não. Mas poderia ser para uma única pessoa naquela sala.
A pessoa que ele ainda se recusava a olhar.
Camille finalmente falou quando o silêncio se estendeu pelos últimos dez segundos mais estranhos de sempre. "Eu estou saindo para um ano sabático,” disse ela.
"Um o quê? Agora?" Perguntou Riley.
"Um ano sabático," uma mulher loira arrogante, que estava do lado direito de Alex, explicou. "É quando…"
"Eu sei o que um ano sabático significa Kandice," disse Riley. "Eu só não sabia que a Stiletto oferecesse isso. Como faço para conseguir um? Porque há esse acampamento de sexo…”
Camille levantou a mão. "Não há licenças sabáticas para você. Se você quiser uma, espere até que seja editora chefe!”
"Por que eu iria querer ser editora chefe?” pergunta Riley.
"Exatamente," disse Camille, parecendo satisfeita com a sua posição. "É uma tarefa ingrata, cansativa e que = não desejo a nenhum de vocês nesses três meses em que estarei fora."
"Três meses?" perguntou Julie. "Ficaremos sem liderança por três meses?"
"Não é muito," disse Camille. "Vocês precisam de alguém para dirigir o navio, é claro. Assim..."
Ela fez um gesto dramático na direção de Alex.
Alex esperou pacientemente que a equipe da Stiletto registrasse toda a situação na qual se encontravam.
"Não. Um menino?!” Riley disse escandalizada.
"Eu o vi sem camisa uma vez," disse Grace, inclinando-se. "Ele não é um menino."
Emma se inclinou para suas amigas, falando pela primeira vez. "Eu também o vi sem camisa uma vez. Na verdade, menino não passa muito longe. Ele é um pouco magro e sua metade inferior… eeekk.”
A voz de Emma não era mais que um mero sussurro, mas chegou aos seus ouvidos. Supostamente.
Alex não mordeu a isca. Inferno, quando Emma o tinha visto pelado eles eram muito jovens. Ele era apenas um pouco mais que um garoto.
E ela pouco mais que uma menina também.
Uma menina que poderia tirar o fôlego com pouco mais do que um sorriso.
E quando ela tinha tirado sua camisa, ele tinha tudo, mas perdeu a cabeça.
Mas isso foi há muito tempo atrás.
"O sr. Cassidy graciosamente concordou em supervisionar tanto a Stiletto quanto a Oxford nos próximos meses,” disse Camille, trazendo-o de volta ao presente.
Um presente onde ele e Emma não veriam um ao outro sem camisa… nunca mais.
"A partir da próxima semana," Camille continuou, "Ele vai ser o único que aprovará as histórias de vocês, os pedidos de verba, conselhos de relacionamento…”
"Espere o quê?" Alex perguntou, falando pela primeira vez.
Camille deu um tapinha amigável na cabeça dele como se fosse uma criança e ele pegou Julie sorrindo para ele.
Alex suspirou. Esses iriam ser os mais longos, muito longos, três meses da sua vida.
"Alguma pergunta?" Finalizou Camille.
A mão de Julie disparou para cima. "Hum, sim. Mais como mil perguntas. Começando com para onde você está indo? Está tudo bem? Seus ovários vão implodir? Você está tendo uma crise? Posso ir?"
Alex disfarçou uma risada com uma tosse. A partir do olhar resignado no rosto de Camille e da falta de choque em todos os outros ficou claro que este grupo estava acostumado com as perguntas curiosamente ousadas de Julie.
"Perfeitamente saudável. É uma questão pessoal," disse Camille, num tom que indicava a conversa estava encerrada.
Julie fez um barulho de grunhidos que indicava a conversa não tinha acabado.
"Agora, eu tenho certeza que todos vocês estão se coçando com as teorias que vocês gostariam de compartilhar com seus colegas e eu tenho muito para passar para o Sr. Cassidy agora, por isso, se não houver mais nenhuma outra pergunta ‘inadequada’…”
"Espere," uma mulher loira e pequena ao lado de Grace disse. "É só isso? Nós não iremos falar sobre a próxima edição ou as atribuições de matérias. E há cerca de um milhão de cartas ao editor, graças a essa história que fizemos sobre Botox, e…"
Camille levantou a mão. "O sr. Cassidy irá realizar uma reunião na segunda-feira de manhã para passar por cima de tudo isso, Dana."
Alex não reagiu, embora por dentro ele tenha se encolhido. Ele só tinha concordado com isso apenas por que era uma posição elevada, uma maneira de fazer com que os seus superiores se sentissem confortáveis com a ausência de Camille. Certamente ela não esperava que ele realmente executasse esse pesadelo estrogênio? Ele tinha sua própria revista para cuidar, uma namorada que poderia realmente durar mais de dois meses e…
"Cassidy," Camille estalou.
Ele percebeu, com espanto, que a reunião tinha, de fato, acabado. E que todo mundo estava olhando para ele com uma mistura de ressentimento e curiosidade. E, claro, uma certa rainha do gelo não estava olhando para ele, em tudo.
Isso foi bom. Ótimo.
Alex tinha passado por coisa pior.
Começando com a noite na qual a sua amada noiva tinha lhe dito que não queria se casar com ele, depois de tudo.
Capítulo 3
"Emma, um momento, por favor?"
Emma levantou os olhos do monitor. Ela e as outras meninas da Love & Romance tinham estado na sua ‘zona pré-almoço’ habitual. Era um dos poucos momentos do dia no qual elas colocavam a fofoca e a conversa de lado por tempo suficiente para começar o trabalho que tinha que ser feito.
Ela tirou os fones de ouvido e olhou para Camille. "Hum, claro. Agora?"
Camille fazia questão de se reunir regularmente com todos os seus colunistas seniores individualmente em uma base regular, mas o tempo programado de Emma era segunda-feira à tarde e hoje era quarta-feira. Isso nunca havia sido um bom sinal, pensou, quando a sua chefe saía da rotina.
"Vai ser rápido," disse Camille, antes que a sua cabeça desaparecesse na porta.
Emma tirou os óculos que usava quando estava trabalhando no computador e esfregou os olhos. "Não vai ser rápido. Nunca é rápido."
"Isso é o que ela disse," Riley murmurou.
"Essa frase realmente não funciona neste contexto, Ri," Julie disse distraidamente.
"Essa frase sempre funciona em qualquer contexto," Riley respondeu.
"Ei, Ems, veja se você pode obter informações privilegiadas," Grace disse, inclinando-se para trás em sua cadeira quando Emma se levantou e se espreguiçou. "Eu estou morrendo de curiosidade para saber por que diabos ela está tirando esse período sabático. Três meses?"
"Eu não posso perguntar," disse Emma, movendo-se em direção à porta. "Ela disse que era pessoal."
"Certo. O que quer dizer que é interessante," disse Julie, puxando seu cabelo e fazendo um rabo de cavalo.
"Vou ver o que posso fazer." Emma apontou um dedo para seu laptop. "E não toquem nas minhas edições. Eu sei que foi uma de vocês que tentou colocar a palavra pênis na minha última matéria."
"Hum, sim. Porque você precisa de algum pênis em sua vida," disse Riley.
"Eu quero que você saiba que eu tive um pênis na minha vida, sim. Na semana passada,” Emma disse. “Não, no mês passado. Talvez…”
Suas três amigas entreolharam-se e, embora o olhar compartilhado fosse muito mais divertido do que a tentativa pobre de Emma de humor, não impediu que a irritação ondulasse através dela.
Emma estava feliz que suas amigas estivessem todas em êxtase pleno com seus homens dolorosamente lindos. Realmente. Bom para elas.
Mas isso não significava que elas tinham de atraí-la para o seu pequeno clube. Emma já havia tentado tomar o caminho do ‘felizes para sempre’ e sabia que para cada mulher que andava por aí procurando por um príncipe encantado em um cavalo branco de encontro ao por do sol, outra havia sido atingida em cheio no rosto por esse mesmo cavalo.
Ela tinha estado lá. Feito isso. E seguiu em frente.
Emma acenou na direção das suas amigas, enxotando-as, e foi em direção ao escritório de Camille em seguida. O escritório da Stiletto era enérgico mesmo no mais maçante dos dias, mas hoje ele proporcionava entretenimento. Camille Bishop era praticamente uma instituição, não só na Stiletto, mas em Nova York.
A mudança de liderança, ainda que temporária, tinha feito as pessoas fofocarem com teorias e previsões.
Um sussurro extremamente alto em particular lhe chamou a atenção. "Quero dizer, você pode se imaginar reportando-se a Alex Cassidy todas as semanas? Ele é maravilhoso. Eu me pergunto se ele é solteiro."
Ele não é. Emma silenciosamente respondeu. Ela sabia que ele estava saindo com alguém, mesmo que as meninas da Stiletto se recusassem a falar sobre os relacionamentos de Cassidy para ela por causa de algum estúpido e ultrapassado código de garotas. Tudo bem, Emma nunca tinha realmente contado a suas amigas o que aconteceu entre ela e Cassidy, pelo menos não a história completa.
Na verdade, por ela, toda a sua história teria ido para a sepultura com Emma sem que ninguém soubesse. Mas ela deveria saber que alguns segredos eram tão grandes que nunca permaneciam em segredo por muito tempo. Levou apenas poucos meses para que o grupo percebesse que ela e Cassidy já tinham sido noivos.
Ainda assim, nem mesmo Riley, Grace, e Julie sabiam de tudo. Ainda não. Talvez nunca soubessem.
Emma tinha pensado que a única coisa pior do que pensar na traição que sofreu era falar sobre isso. Isso fazia dela um pouco solitária?
Talvez.
Mas antes só do que mal acompanhada.
New York deveria ter sido a única cidade grande o suficiente para que ela e Cassidy pudessem coexistir sem que tivessem que interagir e ainda assim, de algum jeito, eles conseguiram não só se encontrar trabalhando na mesma empresa, como também pertencer ao mesmo grupo de amigos.
Eles evitavam um ao outro tanto quanto possível, mas, com o casamento de Julie logo ao virar da esquina e Riley casando-se logo depois disso, ela sabia que eles teriam alguns momentos de interação.
E isso foi antes que ela soubesse que Cassidy seria seu supervisor e teria que se reportar a ele.
Que Deus a ajude.
“Chefe?” disse Emma batendo na porta do escritório de Camille.
Camille olhou para cima de seu celular e fez sinal para que Emma entrasse. “Venha. Sente-se.”
Emma sentou-se na cadeira em frente à Camille olhando pela janela que tinha uma vista panorâmica do Central Park e do horizonte de New York. Para uma garota que vinha dos subúrbios de Charlotte, Carolina do Norte, as vistas de Manhattan nunca ficavam velhas. Pelo menos, ainda não ficavam, de uma forma ou de outra.
"Você parece... fascinante," disse Camille, quando Emma cruzou as pernas e, cuidadosamente, fez com que seu vestido de cetim curto não subisse.
"É uma longa história," disse Emma. Embora suas amigas tenham um relacionamento fácil e tranquilo com Camille, Emma era a mais nova no grupo editorial da Stiletto e não estava totalmente segura em sua posição na revista para dizer exatamente o que pensava.
Não que Emma nunca tivesse deixado sua língua solta. Ela era apenas mais do tipo ‘viva um dia de cada vez’.
Foi uma evolução natural para alguém que tinha crescido com uma irmã gêmea que tinha personalidade o suficiente para as duas. E, falando em irmã gêmea, Emma não tinha dúvidas de que a sensível beldade sulista, Daisy, provavelmente era tudo que ela nunca seria. Se ela pudesse ver o estado atual de Emma agora…
Emma tinha certeza que sua irmã teria dado um jeito de ter o penteado perfeito antes de sair do seu apartamento inundado, parecendo tão perfeita quanto estivesse em um desfile de moda. Totalmente perfeita.
Não tinha sido fácil ser a irmã quieta de Daisy Sinclair, a irmã chata. Quando elas estavam crescendo, Daisy tinha sido a princesinha de todos, por excelência. Ela sempre usava vestidos e eles nunca estariam sujos de limonada como os de Emma sempre estavam. Daisy sabia exatamente o que dizer para os meninos para fazê-los se apaixonar, no entanto, Emma havia sido terrivelmente tímida ao redor do sexo masculino.
Quando Emma ficou noiva antes de sua irmã, ela estava preparada para o ressentimento que Daisy provavelmente teria. Não que Daisy fosse normalmente ressentida, mas porque todos, incluindo a própria Emma, acreditavam que Daisy seria a primeira das gêmeas a subir ao altar. Mas ninguém tinha ficado mais feliz por Emma e Cassidy que sua irmã Daisy. Porque, como se não bastasse que Daisy fosse tão encantadora, ela também era uma pessoa muito boa. Emma sentia-se mal por que ela própria não amava sua irmã o suficiente.
E, como se provou, Daisy tinha sido a primeira e única gêmea a caminhar até o altar, depois de tudo. Claro, ela também tinha sido a única irmã a se divorciar. Daisy sempre brincou que os gêmeos tinham duas coisas em comum que não podiam mudar: o rosto e uma tonelada de merda de dores de cabeça.
Exceto que Daisy não tinha, na verdade, dito a parte do ‘tonelada de merda’. Isso saiu de um grito profano que Emma deu a respeito da situação.
"Vou te contar o meu se você me contar o seu,” disse Camille.
"Desculpe?"
Camille apontou uma unha com esmalte coral para o cabelo ainda úmido de Emma. "Você me conta por que você está ostentando esse visual ‘recém-saída do chuveiro’ e eu te contarei o porque estou deixando a minha querida e amada revista na mão de um dos palhaços da Oxford.”
Emma franziu os lábios. Não tinha argumentos contra a parte dos palhaços. Embora tivesse certeza de que, apesar das palavras de sua chefe, havia muito respeito e admiração entre Cassidy e Camille. Mesmo assim, Camille sempre viu há Oxford um pouco como o inimigo. Era a competição, por assim dizer.
"Meu apartamento foi inundado," disse Emma, uma vez que a novidade não era muito um segredo. "Tudo começou com um cano acima do meu banheiro e armário, como é um edifício antigo, houve uma espécie de reação em cadeia e, antes que eu percebesse todo o meu apartamento estava imerso em cerca de quinze centímetros de água.”
Camille bateu as unhas na mesa. "Está tudo arruinado?"
Emma deu de ombros. "Vou saber mais quando voltar, hoje. Mas não parecia bem quando saí. Meu senhorio está trazendo algumas pessoas para fazer um levantamento da situação. Descobrir o que será reaproveitado."
"Hmm."
Emma esperou que sua chefe dissesse mais, entretanto Camille ficou em silêncio.
"Sua vez," Emma cutucou.
Para sua surpresa, Camille, que geralmente é tão intensa, sua expressão de ‘não fazemos prisioneiros’, transformou-se em um doce sorriso de menina. “Eu conheci alguém.”
As sobrancelhas de Emma levantaram. "Você está tirando três meses de licença do trabalho porque conheceu alguém?"
Camille simplesmente se recostou na cadeira e seu sorriu ampliou. "Tão cética Emma. Você é uma das minhas meninas do Amor8. Certamente você pode entender o que é se apaixonar rápido e perdidamente."
"Na verdade, sou mais como a garota que te ajuda com os rompimentos, a curtir a vida de solteira," Emma corrigiu.
"É por isso que eu te trouxe aqui," disse Camille, endireitando-se um pouco.
Emma levantou um dedo. "Sua história em primeiro lugar. ‘Eu conheci alguém’ não é informação suficiente."
"Bem. Mas para registro, a sua história da inundação tinha pouco valor de troca para obter informações,” disse Camille, sem muito entusiasmo.
Emma tinha a sensação de que sua chefe queria falar sobre o seu Ano Sabático. Emma só não tinha a certeza de que queria ser a única pessoa a ouvir sobre isso. Ela tinha tido muita sorte de escutar sobre o que acontecia com outras pessoas no departamento do amor recentemente.
"Ele é um fotógrafo," disse Camille. "Ken. Kenny. "
Kenny?
"Nós nos conhecemos há alguns meses quando estávamos jantando sozinhos em um pequeno lugar italiano no Village e nós apenas... tivemos essa atração. Ele é tão diferente do meu ex. Na verdade ele é diferente de todos os namorados que tive. Ele é um sonhador. Um caçador de emoções.”
"Mmm-hmm," disse Emma, percebendo, pela expressão ferida no rosto de sua chefe, que Camille não estava afim de muita conversa, mas apenas de uma oportunidade de falar sobre o arrebatamento de sua paixão.
"Ele está me fazendo ir lá para baixo," Camille continuou.
"Ok, isso é muita informação… espera, lá para baixo. Tipo para a Austrália?"
"É isso aí, companheira," disse Camille, no que Emma supôs ser o seu ‘sotaque australiano’. "Alguma empresa de turismo está pagando por seu apartamento em Sydney. Tudo o que tem a fazer é capturar o sabor local. E ele me pediu para ir junto, sabe? Eu farei cinquenta e cinco anos no próximo ano e não fiz nada de emocionante desde que tinha vinte. Eu quero alguma aventura antes que esteja velha demais para isso.".
"Então você está indo para outro país… não, continente… com um cara que acabou de conhecer? Por três meses?"
Camille deu um encolher de ombros, feliz. "O que posso dizer? Quando você está apaixonada…”
"Hum, quando você está apaixonada, você pode esperar pelo menos seis meses para ter certeza de que vai durar antes de sair se aventurando pelo mundo," Emma sugeriu pacientemente.
"Por que você é tão cética, Sinclair?" Camille fez uma pausa. "Cética Sinclair. Isso tem que ser um apelido para você."
"Não é," Emma disse secamente. "E, por tudo que é mais sagrado, não vamos deixar que se torne um."
Camille acenou colocando essa hipótese de lado. "Escute, a razão pela qual eu chamei você aqui é porque a sua última matéria foi fantástica. ’Sobrevivendo à vida de solteira quando todos os seus amigos estão namorando’ vai atingir um monte de mulheres. Inclusive eu.”
"Hum, obrigada?" Disse Emma, sem saber ao certo para onde isso estava indo, mas ela tinha certeza que não iria gostar.
"A sua história anterior também foi muito boa," Camille continuou. "Eu gosto que você esteja focada em todas as razões pelas quais as mulheres modernas possam melhorar sem um parceiro."
Emma se recostou na cadeira, preparando-se para o que estava por vir. Camille sempre havia sido uma chefe justa, mas geralmente não era de enaltecer tão efusivamente o trabalho das pessoas. Esta conversa não poderia dar em qualquer coisa boa.
"E a matéria que você escreveu antes…"
"Camille. Por favor. Pode soltar essa bomba logo. Eu posso aguentar."
Sua chefe deu um suspiro de alívio, em seguida, deixou escapar: “Você está tendo um declive. Está em uma rotina de escrita."
Emma franziu o cenho. "Mas…"
"Vou reformular. Você escreve muito bem. Excelentemente. Você é uma das minhas melhores colunistas. Mas seus temas são… eles não são bons e isso vai se tornar obsoleto e cansativo se você não os alterar.”
Emma teve a súbita vontade de cruzar os braços e fazer beicinho. Isso sempre funcionou perfeitamente bem para sua irmã ao longo dos anos. Pena que Emma nunca tivesse aperfeiçoado.
“Mudar os temas como?" Perguntou.
Camille pegou seu celular. "Bem, o sobrinho de meu companheiro de quarto da faculdade acabou de se mudar para New York a partir de San Francisco…”
Emma fechou os olhos e gemeu. "Não."
"Não, você não pode dizer não," Camille disse como se ela estivesse passando de suas fotos. "Apenas olhe."
Ela segurou o telefone sobre a mesa na direção de Emma, que cedeu e olhou para a tela encontrando... um cara absolutamente lindo.
"Certo?" Camille disse presunçosamente. "Seu nome é Benedict Wade e ele é um vice-presidente de vendas para alguns... na verdade, não me lembro, mas não importa. Eu só vejo essas covinhas. Mas ele é um dos bons, Emma."
"Então por que ele ainda está solteiro?" Perguntou Emma, olhando mais atentamente para a foto apesar de tudo. As covinhas eram realmente muito fofas. Assim como as pequenas ondas em seu cabelo loiro escuro ou mesmo a fileira de dentes brancos perfeitos, seu nariz levemente torto, como se ele o tivesse quebrado uma vez ou duas.
Camille soltou um suspiro. "Viu? Você é Cética. Mas como eu também fui cética, vou ser paciente com você. Benedict ficou recentemente solteiro. Ele terminou com sua namorada há uns dois meses atrás, quando ela recebeu uma oferta de emprego em Londres ao mesmo tempo em que ele recebeu essa oferta em New York, então ele percebeu que eles estavam indo em direções diferentes."
"Não realmente," Emma pensou. "Se os dois moravam na Califórnia e ele se mudou para New York e ela para Londres, ambos se mudaram para a mesma direção. Eles foram para o Leste."
Os olhos de Camille se estreitaram. "Você está fazendo isso de propósito. Tentando me confundir. Cassidy me avisou que você faria isso."
Emma congelou. "Você falou com Alex Cassidy sobre isso? Sobre mim?"
"Bem, claro. Quem melhor para saber qual é o seu tipo do que o seu ex-noivo?"
Emma levantou as mãos, exasperada. “Será que todo mundo sabe sobre isso?"
Camille deu de ombros. "Acredito que quase todo mundo."
Emma cerrou os dentes, apenas por um momento, com o pensamento de que sua vida privada não era tão privada assim.
Se fosse por Emma, o desagradável passado que ela dividia com Cassidy teria ido para o túmulo com eles e ela tinha certeza que ele sentia o mesmo. Nunca conversaram sobre isso e ela sabia que era parte da razão que ambos jogavam o jogo da guerra fria, tratando um ao outro tão friamente quanto o possível. Isso não permitia que eles perdessem a paciência e que acabassem dizendo algo que não deveriam.
Mas, em seguida, Emma tinha deixado que Cassidy ficasse sobre a sua pele durante um dos jogos de beisebol, de todos os lugares. O noivo de Julie tinha ouvido sobre eles e, apesar de Mitchell Forbes não ser propenso a fofoca, ele mencionou a Julie e ela… bem, que Deus a abençoe, ela aparentemente tinha contato ao mundo inteiro a plenos pulmões.
Emma realmente não culpava os outros por estarem tão interessados. Ela sabia que seu compromisso não era motivo para fofocas. Mas um compromisso entre uma colunista de relacionamentos e um importante editor chefe era ainda mais intrigante.
Ainda assim, só porque Emma compreendia o interesse em sua vida pessoal não significava que ela tinha que gostar disso.
Um resmungo saiu de sua boca antes que ela pudesse detê-lo. "O que aconteceu com o mundo gentil onde as pessoas não falam com outras pessoas sobre os seus antigos namorados?Isso não está fora dos limites em uma sociedade educada?"
"É tão bonito você conhecer as boas maneiras da Magnolia Manners8,” Camille disse alegremente. "Isso foi um pouco de sotaque que ouvi rastejando em sua voz?"
Emma apertou os lábios. Ela tinha trabalhado muito duro para banir a suave melodia da Carolina do Norte de seu discurso. Ela não queria que nenhum vestígio da menina ingênua que tinha sido naquela época se mostrasse agora.
Emma tentou novamente. "Estou apenas dizendo…"
Camille abanou a mão novamente dispensando o que Emma iria dizer. "Eu sei o que você estava tentando dizer. E não se preocupe, não costumo sair por aí jogando relacionamentos antigos na cara das pessoas. Mas você e Cassidy sempre pareceram tão em paz com o passado de vocês." Ela fez uma pausa. "Não é?"
"Definitivamente," disse Emma. Firmemente.
"Então", disse Camille com um encolher de ombros, "Eu imaginei que não haveria mal nenhum em obter a sua opinião sobre se você gostaria ou não de Benedict."
Emma permaneceu em silêncio e Camille deu-lhe um olhar compreensivo. "Você quer saber o que Cassidy disse, não é?"
Emma apertou os lábios e fez uma cara deliberadamente indiferente. "Na verdade, não."
Camille se inclinou para frente. "Ele pensou que você e Benedict seriam excelentes juntos."
Nenhum traço de emoção correu pelo rosto de Emma. Ela estava confiante disso. Quando se tratava de Cassidy, ela aprendeu há muito tempo a afastar coisas como esses sentimentos irritantes.
Emma devolveu o celular de Camille. "Eu realmente não estou à procura de um relacionamento agora."
"Tudo bem," disse Camille com um encolher de ombros. "Não significa que você não possa ir a um encontro. Ter relações sexuais. Divertir-se."
"Eu posso me divertir sem um homem."
"Claro que você pode. Nós podemos tudo. Mas, Emma...” O rosto de Camille tinha uma expressão de pena, o que Emma achava enervante. "Você é jovem. Você é linda. E de uma Cética para a outra... Se você se deixar envolver em amargura por muito tempo, isso vai começar a se infiltrar dentro de você.”
Emma engoliu. Ela sabia que poderia ser um pouco... distante, às vezes. Mas amarga? Ela não era amarga.
Ela era?
O pensamento a irritou. Seus olhos caíram para o telefone em frente à Camille.
Talvez ela devesse facilitar para sair de todo o estigma de Rainha do Gelo. Dar ao cara uma chance.
"Estou entregando as rédeas para Cassidy até o final da semana," disse Camille, a voz mais calma do que o habitual. "Mas tenho uma última tarefa para você antes que eu saia."
As sobrancelhas de Emma levantaram. "Tarefa? Eu escolho as minhas próprias histórias."
"Não, desta vez você não vai escolher.”
Emma recostou-se na cadeira. "Eu estava me perguntando quando você iria tentar isso.”
"Tentar o quê?" Camille vibrou seus cílios, ou tentou, mas o efeito foi... medonho.
"Bem, vamos ver," disse Emma, batendo as unhas contra o braço da cadeira do escritório. "Você atribuiu a Julie uma história sobre o que vem depois do primeiro beijo... e ela ficou noiva. Então você tinha Grace trabalhando em uma história sobre a ‘batalha dos sexos’ com Jake…”
Camille ergueu um dedo. "Ei, Grace se ofereceu para isso…"
"Então você não teve nada a ver com Grace e Jake ficarem juntos?" Emma pressionou. "Não se envolveu em nada?"
Camille arregalou os olhos, aparentando inocência.
"Uh-huh," Emma disse com conhecimento de causa. "E então você define que Riley deveria derramar suas entranhas e ela acabou com Sam…”
"Eu não consigo ver onde está o problema," disse Camille. "Suas três melhores amigas estão em relacionamentos felizes. Eu me recuso a pedir desculpas."
"Ok. Mas eu não estou procurando um relacionamento," disse Emma.
Os lábios de Camille se contraíram. "Nem elas estavam.”
Os dedos de Emma foram para sua têmpora e começou a fazer movimentos circulares. Ela sabia que não haveria como ganhar desse argumento. "Apenas me diga. Diga-me o que você quer que faça para que eu possa acabar com isso."
"Uma história sobre encontro às cegas¹°. Julie me disse que você nunca esteve em um…”
"Porque eles são uma péssima ideia," Emma murmurou.
Camille continuou seu discurso como se Emma não tivesse falado. "Então, vamos lá. Escreva o que quiser a respeito desse tema. ‘Meu primeiro encontro às cegas’. ‘Encontro às cegas são uma coisa do passado?’ ‘Os horrores de um encontro às cegas’. Escreva-o, mas, se você se sentir comovida… apenas… dê a Benedict uma chance. Pelo menos uma tentativa, Emma.”
"Isso não parece uma novidade," disse Emma, como um último esforço. "Certamente a Stiletto tem feito milhões de matérias sobre encontro às cegas ao longo dos anos.”
"Oh, você sabe o que dizem," disse Camille, levantando-se como se a conversa estivesse encerrada. "Tudo que é velho torna-se novo outra vez, etc."
"Camille…" Emma implorou, ficando de pé para que ela pudesse encontrar os olhos de sua chefe.
"É um encontro, Emma." A voz de Camille estava impaciente agora. "São apenas duas horas desperdiçadas da sua vida."
"Portanto, isto não é negociável?"
Camille acenou uma vez.
Emma correu a língua sobre a frente de seus dentes enquanto tomava uma respiração profunda para tentar se acalmar.
Ótimo.
Ótimo.
Camille estava certa. Um encontro com um cara de boa aparência não iria matá-la. Na pior das hipóteses seria um desastre e sua matéria seria sobre o que aconteceu com ela própria.
"Tudo certo. Vou marcar um encontro com ele."
"Já está feito," Camille respondeu, sua atenção voltada para seu telefone.
Emma revirou os olhos. "Então toda essa conversa foi apenas uma formalidade?"
Camille olhou para cima. "Próxima sexta-feira, às oito. Benedict irá mandar a você uma mensagem com o endereço.”
"Mal posso esperar", Emma murmurou indo em direção a porta.
"Oh, Emma," Camille chamou antes que Emma pudesse fugir. "Eu estou indo morar com Kenny. Na sua casa. E, na próxima semana, estaremos indo para a Austrália.”
"Um, ok?"
Camille deu de ombros. "Fique no meu apartamento. Até que o seu esteja de volta ao normal. Se você quiser."
Emma foi pega de surpresa. A oferta era inesperada e generosa. Ela tinha ido à casa de Camille uma ou duas vezes para festas e jantares de equipe e seu apartamento era lindo. Ela seria louca se dissesse não a um apartamento em um luxuoso arranha-céu no Upper West Side com vista para o parque e a poucos metros do prédio da Stiletto. Além disso, ela poderia adivinhar que os reparos em seu apartamento levariam semanas se não mais.
E ela tinha um encontro às cegas em seu calendário agora. Camille estava lhe devendo.
"Ok," disse Emma. "Eu aceito. Obrigada. Eu agradeço."
Camille deu de ombros como se não fosse grande coisa, mas, quando ela se virou para voltar a seu escritório, Emma poderia jurar que pegou um lampejo de triunfo na expressão de sua chefe.
E Emma tinha a sensação perturbadora de que ela tinha acabado de entrar em um grande plano diabólico... e que a sua permanência no apartamento de Camille tinha sido o objetivo da situação o tempo inteiro.
Mas por quê?
Capítulo 4
"Ok, isso definitivamente conta como um upgrade de seu último lugar," disse Grace quando ela aceitou a mimosa que Emma lhe entregou e virou para observar a vista panorâmica da cidade.
"Quer dizer, só porque você não precisa de botas para entrar nele?" Perguntou Emma.
"Emma, querida, mesmo antes do dilúvio, seu apartamento era... hum...” Julie se interrompeu e olhou para as outras mulheres tentando obter ajuda.
"Malcheiroso? Frio no inverno e quente no verão? Barulhento?” Riley sugeriu, atirando-se no sofá branco que Camille tinha na sala.
"A descrição que você está procurando é‘antes da guerra’," disse Emma, sentada em frente à Riley. "É romântico."
"Pré-guerra, renovado é romântico," disse Grace. "Se não é apenas velho…”
"E úmido.” Julie entrou na conversa. "E…"
"OK! Eu entendi!" Disse Emma, rindo. "Meu apartamento é uma merda. Mas era barato e tinha uma lareira…"
"Que você nunca pôde usar," Grace murmurou.
Emma olhou ao redor do luxuoso apartamento de Camille. Ela viu nas bancadas em granito, electrodomésticos de aço inoxidável, as janelas de canto com a sua abundância de luz natural e vistas deslumbrantes...
"Sim, tudo bem," Emma admitiu. "Isso é melhor."
"Excelente. Estamos todas de acordo, então? Nós estaremos fazendo as nossas reuniões na Emma nos próximos três meses,” disse Julie, de pé para buscar mais champanhe.
"Você acha que Camille e o Kenny fizeram aquilo neste sofá?" Riley meditou.
"Eew. Por que você está sentada aí então?" Perguntou Grace.
Riley deu de ombros. "Vocês todas já se sentaram no meu sofá e Sam e eu…”
Emma levantou a mão. "Não. Não termine essa frase. Vamos todos viver em um mundo feliz, ignorantes, onde ninguém faz isso em sofás onde seus amigos se sentam."
Julie voltou com a garrafa de champanhe e um copo OJ9 e começou a completar todos os copos. "Então, o que temos na programação para o resto do dia?" Perguntou Julie. "Eu pensei que ajudar Emma a se mudar iria demorar mais tempo."
"Eu acho que é uma das vantagens de ter todas as suas coisas arruinadas," disse Emma, lambendo uma gota de champanhe que escorreu pelo lado de for a da taça. "Não há muito para trazer."
"Você tem alguma ideia de quando a papelada de seguros vai ter tudo resolvido?"
"Não," disse Emma. "Vou ligar para eles na segunda-feira."
Suas amigas trocaram um olhar entre si com o tom arrogante de Emma, mas, ela realmente não estava preocupada com isso. Claro, a maioria de seus móveis teve que ser jogado fora e uma boa parte de suas roupas também tinham sido estragadas, mas o apartamento de Camille tinha tudo o que precisava em curto prazo. Embora Emma tivesse ignorado a insistência de Camille em que ela ficasse com o quarto principal. O quarto menor serviria muito bem e vinha com menos imagens mentais horríveis de Camille e Kenny ‘fazendo aquilo’, como Riley diria.
E enquanto Emma não podia deixar de sentir um pouco estressada com tudo isso, havia também algo muito libertador sobre ser forçada a recomeçar do zero.
Apesar do fato de que ela não tinha uma casa e tinha apenas cerca de cinco pares de roupa para vestir, Emma sentiu-se mais leve do que tinha se sentido em meses. Como se algo emocionante estivesse prestes a acontecer. Tal como, talvez, pela primeira vez em...
"Eu disse a vocês que tenho um encontro na sexta-feira?" Emma deixou escapar.
"Sim? Com quem?" Perguntou Grace.
Suas amigas olharam para ela curiosamente, mas não completamente surpresas. Emma poderia não estar à procura de um relacionamento, mas ela tinha encontros ocasionalmente. Ela gostava de se vestir bem. Gostava de conversar com homens.
E ela gostava de sexo, se o clima estivesse certo. Embora quase nunca estivesse.
Mas desta vez... desta vez ela estava se sentindo diferente.
Esperançosa.
Emma brincou com seu copo de champanhe. "Benedict é o seu nome. Camille quem arrumou para mim."
"Camille?!" Disse Julie. "Então é por isso que ela deixou você ficar aqui. Foi um suborno!"
Emma deu de ombros. "Basicamente."
"Ele é bonito? E eu pensei que você tivesse nos proibido de te arrumar um encontro às cegas?” Disse Grace.
"Bem, se vocês tivessem um apartamento no vigésimo quarto andar com vista para o Central Park para negociar comigo, talvez eu tivesse reconsiderado," disse Emma.
"Touché," Riley meditou, batendo as unhas contra o braço do sofá. "Você quer que a gente vá ao seu encontro? Podemos nos sentar no bar e descobrir algum tipo de código SOS se tudo for para o inferno?”
"Que tipo de encontros você teve que exigiram um código de salvamento?” Perguntou Emma.
"Você ficaria surpresa, bichinho," Riley disse misteriosamente. "Você ficaria surpresa."
"O que você vai vestir?" Perguntou Julie. "Eu vi o que sobrou da sua aventureira inundação apocalíptica. As opções não são amplas."
Grace sentou-se em com a coluna reta. "Oooh, acho que eu descobri o que poderíamos fazer com o resto do nosso dia!"
Riley apontou para seu copo. "Eu estou bem com isso. Tomar uma bebida de dia é saudável desde que haja frutas envolvidas.”
Grace estava entusiasmada, gesticulando para Riley para terminar a bebida. "Um brinde, McKenna. Nós vamos fazer compras."
Riley e Emma gemeram quando Julie gritou.
Tanto quanto estava preocupada em fazer compras, seu grupo estava com as opiniões divididas. Grace e Julie praticamente viviam na Bloomingdale e sua ideia de cura para a TPM era um passeio pela Saks.
Riley e Emma, por outro lado, compravam apenas por necessidade. Elas gostavam de um bom par de Manolo Blahniks, tanto quanto qualquer garota, e elas não estavam imunes a um dos raros achados que faziam com que seus peitos parecessem maiores e sua cintura estreita. Mas tinha que haver um motivo muito bom para se aventurar em um mundo de vendedores insistentes, etiquetas de preços assustadores e a iluminação injusta de um provador.
Infelizmente, hoje não havia uma boa desculpa. Grace estava certa. As opções de roupas de Emma eram sombrias.
Emma olhou para Riley se desculpando.
"Tudo bem," Riley murmurou, engolindo o restante da sua bebida. "Mas haverá almoço envolvido, certo?"
"Sim, querida," Julie disse suavemente. "Tenho certeza que podemos encontrar-lhe um pedaço de pão recheado e coberto com manteiga e creme."
"Perfeito." Riley esfregou seu pleno, mas nunca saciado, estômago. "Talvez eles possam fritar isso."
"Eu vou ficar doente,” Emma murmurou, já de pé, reunindo seus óculos de sol e bolsa que estavam na cozinha.
"Você é do sul," disse Riley. "Você deveria estar do meu lado nessa. Vocês não comem deliciosas coisas fritas lá?"
Emma resolveu ignorar isso. Ela não gosta de falar sobre o seu passado. Não se ela pudesse evitar. Não desde que seu noivado tinha acabado, cortesia de seu pai bêbado, com quem ela mal falava esses dias. Não desde que ela descobriu que sua irmã, a pessoa mais querida do mundo para Emma, havia mentido para ela.
"Ei, posso fazer uma pergunta grosseira?" Julie perguntou enquanto as quatro colocavam seus casacos e pegavam suas bolsas.
"Grosso é uma forma excelente de pau para mim, mas eu vou permitir isso,” Riley disse.
Julie olhou para Emma, sua expressão gentil. "Como você está de dinheiro? Acho que estamos todos de acordo que você precisa fazer compras, mas você precisa de algum dinheiro emprestado antes que saia o seu reembolso?”
Emma olhou para as suas amigas todas pareciam prestes a assinar um cheque em branco dando todas as suas economias para ela, Emma apenas precisava dizer as palavras.
Ela engoliu em seco, sentindo-se estranhamente emocional.
Emma nunca tinha sido o tipo que demonstrava seus sentimentos facilmente. Lágrimas e demonstração física de afeto eram mais o território de sua irmã. Emma sabia que, em um bom dia, ela era reservada. Em um dia ruim, ela definitivamente deixaria que a sua rainha do gelo saísse para brincar.
Às vezes a incomodava que só porque ela não mostrava suas emoções as pessoas de alguma forma pensavam que ela não as tinha.
E isso simplesmente não era verdade. Ela sentia as coisas. Profundamente.
E agora, Emma estava sentindo um agudo senso de gratidão por este grupo de mulheres que tinham de alguma forma, aceitado-a em seu grupo. Emoções atrofiadas e tudo. Quando Emma tinha fugido da Carolina do Norte, há sete anos, tinha sido na maior parte, uma forma de escapar da dor de seu rompimento com Cassidy.
Mas, em sua profunda dor, aterrorizada, ela se fechou a outras pessoas também. Seus amigos tinham lentamente parado de ligar porque ela nunca retornava as suas ligações. Suas tias, que tentaram preencher o papel de mãe substituta após a verdadeira mãe de Emma falecer de câncer quando ela tinha apenas dezesseis anos, tinham lentamente desistido de se preocupar com ela.
O pai, por sua vez, nunca parou de deixar mensagens de voz exigindo que ela voltasse para casa imediatamente. O homem estava determinado a fingir que nada estava errado entre eles. Recusava-se a reconhecer o papel de protagonista que ele teve no fim de seu relacionamento com Cassidy. Ele ainda ligava todos os domingos. Às vezes, Emma atendia. Às vezes, não. Talvez fosse errado, mas ela ainda estava brava com ele.
E então havia Daisy. Daisy, que Emma tinha tentado desesperadamente ficar com raiva, mas que se recusava a parar de ligar e mandar mensagens de texto e escrever longas cartas até que Emma a tivesse perdoado. Daisy tinha cometido um erro não contar a Emma a verdade sobre Cassidy, mas uma das qualidades mais admiráveis de Daisy era a sua vontade de admitir seus erros e, mais importante, de aprender com eles.
Ainda assim, Daisy, tão maravilhosa como ela era, ainda morava na Carolina do Norte.
Julie, Riley e Grace estavam aqui. E até que elas tivessem feito o seu caminho para sua vida com o seu entusiasmo, felicidade e lealdade inabalável, Emma não tinha percebido o quão terrivelmente sozinha estava.
"Eu amo vocês," disse Emma, as palavras brotando. "Vocês sabem disso, certo? Quer dizer, eu sei que nunca disse isso e não sou toda gentil como Julie com todo mundo e não sou amável como Grace, ou desbocada como Ri…"
"Nós sabemos, querida," disse Grace, estendendo a mão e apertando a de Emma. "Nós sabemos totalmente."
Riley deu um passo adiante e bateu na testa de Emma suavemente. "Gente, eu acho que a água da enchente entrou em seu cérebro. Ela está ficando molenga com a gente."
"Isso é um sim para o empréstimo, então?" Perguntou Julie. "Podemos te emprestar um pouco?"
"Não!” Emma disse sua voz gentil, mas enfático. "Estou bem com dinheiro. Sério."
Era verdade. Seu salário na Stiletto era decente, se não exatamente luxuoso, e, se necessário, ela tinha outra fonte. Um fundo fiduciário que até mesmo suas melhores amigas não sabiam. Um fundo fiduciário que Emma odiava porque sua mãe teve que morrer para que pudesse ter acesso a ele.
Mas então... Emma deixou-se sorrir, porque toda a situação era quase apropriada, de alguma forma. Sua mãe, sempre perfeitamente arrumada, estaria absolutamente encantada de saber que seu legado tinha sido gasto com um novo guarda-roupa. Na verdade, se Annabeth Sinclair estivesse aqui agora, ela insistiria em arrastar Emma até o balcão de maquiagem, e, provavelmente, o salão de cabeleireiro também.
Uma mulher nunca pode ter muitos batons, meninas.
Emma sorriu com a lembrança.
"Ei, vamos parar no departamento de cosméticos da Bloomingdale," Emma disse enquanto seguiam para o corredor. "Eu acho que estou precisando de um dia de beleza."
"Traidora," Riley assobiou.
Emma deixou cair às chaves em sua bolsa e correu atrás de Grace.
Todas as suas amigas tinham parado no corredor do prédio, logo depois de saírem do apartamento. Emma olhou ao redor para ver o porque da confusão.
Ela prontamente sentiu seu estômago cair no chão.
De repente, o sorriso de Camille naquele dia quando ela tinha oferecido o apartamento a Emma fez muito mais sentido.
Isto não era sobre obrigar Emma a ir a um encontro com Benedict. O encontro às cegas havia sido apenas um chamariz.
O real motivo estava bem na frente dela.
Sob a forma do ex-noivo de Emma. Que estava com uma mulher.
"O que você está fazendo aqui, Cassidy?" Perguntou Julie, sua voz meio horrorizada, meio divertida.
Os olhos de Cassidy bloqueado em Emma por meio segundo e, de alguma forma, ela sabia qual seria a sua resposta antes que ele falasse.
"Eu moro aqui," disse ele, apontando para a porta ao lado de Camille. "Eu me mudei no mês passado. Camille nunca mencionou isso? Foi ela quem me colocou em contato com o proprietário anterior."
"Não," Grace disse, apertando os lábios em delírio. "Não, ela não o fez."
Emma mal ouviu nada disso. Seu cérebro estava repetindo um pensamento mais e mais: Alex Cassidy seria seu vizinho por três meses.
Esta não era uma boa notícia.
De todos os lugares.
Mas, incrivelmente, isso nem sequer era o pior de tudo.
A pior parte não foi nem mesmo que os dedos de Cassidy estavam casualmente ligados com os de uma morena bonita, que parecia tímida.
Não, a pior parte foi a breve pontada de algo que Emma pensou que tinha morrido há muito tempo.
Ciúmes.
Capítulo 5
De todos os cenários que Alex tinha imaginado sua mulher atual conhecer sua ex-mulher definitivamente não estava na lista.
Na verdade, na maioria dos seus cenários, o encontro não tinha acontecido.
Não porque Alex não queria que Emma o visse com alguém novo. Ele não se importava com essa parte. E Emma tinha deixado muito claro que ela não se importava, de uma forma ou de outra, se ele estivesse solteiro, casado ou morto.
Mas em alguma parte tola, sentimental, de seu cérebro, Alex não queria ver as duas mulheres juntas, lado a lado. Não queria arriscar deixar sua mente fazer comparações que ele não estava preparado. Ele poderia não estar pronto nunca.
E, ainda assim, lá estavam elas. Ele. Sua nova namorada. Sua namorada de quase uma década atrás.
E três colunistas da Stiletto parecendo interessadas.
"As senhoras passaram para dizer adeus a Camille?" Alex perguntou, tomando cuidado para não repetir o erro de deixar os olhos vaguearem para Emma. Sempre que ele escorregava e fazia contato com seus olhos, era sempre como se um choque percorresse o seu sistema. Um indesejável e desagradável.
As mulheres trocaram olhares e Alex teve a nítida impressão de que ele estava perdendo alguma coisa.
Para sua surpresa, foi Emma quem falou. "Camille me emprestou seu lugar enquanto ela estiver na Austrália."
Alex deu um pequeno avanço, e, se o olhar confuso de sua namorada, Danielle, era alguma indicação, ela definitivamente sentiu isso.
"O que quer dizer com lhe emprestou seu lugar?"
Emma deu de ombros. "Meu apartamento teve um pequeno acidente, ele foi inundado. Ela disse que eu poderia ficar aqui até que as coisas se resolvessem."
"Entendo." Ele manteve sua voz calma. "Então, você e eu somos…”
"Vizinhos!" Disse Julie, com uma voz monótona, fazendo movimentos de jazz com a mão. "Tão… divertido!”
Alex puxou o lóbulo da sua orelha nervosamente. Diversão não era exatamente a palavra que ele teria usado.
E a partir da pequena linha entre as sobrancelhas de Emma, não seria a palavra que ela teria usado também.
Dane-se, Camille. Ele deveria saber que algo estava acontecendo naquele dia no escritório quando ela fez muitas perguntas a ele, tais como se ele se importaria caso ela arrumasse um encontro às cegas para Emma.
Danielle se mexeu desconfortavelmente ao seu lado e ele percebeu, tardiamente, que se esqueceu de fazer as apresentações. Mas Grace já estava nisso, indo para Danielle com braços estendidos e um sorriso no rosto.
Um sorriso genuíno, Alex observou. Grace era uma boa pessoa.
"É tão bom vê-la novamente, Danielle!" Grace abraçou sua namorada.
"Você também!" Disse Danielle. "Eu estava apenas dizendo a Alex que era a nossa vez de oferecermos um jantar."
"Ooh, se você disse ‘jantar’, acho que poderemos ser amigas,” disse Riley, dando um passo à frente e estendendo sua mão. "Eu sou Riley McKenna. Aficionada por jantares e por festas também.”
"O que ela quer dizer com isso é que ela gosta de comer. Bastante,” Julie disse, também apertando a mão de Danielle. "Eu sou Julie Greene. Nós ouvimos coisas boas sobre você."
"Eu também ouvi coisas boa sobre você,” disse Danielle. "Alex disse que ele e Mitchell vão correr juntos às vezes."
"Mmm, horrível, não é?” Perguntou Julie com uma piscadela. "Oh, Danielle... esta é nossa amiga, Emma Sinclair.”
"Certo!" Disse Danielle, virando-se para sorrir para Emma. "Parece que você é a nova vizinha."
"De fato," Emma murmurou, dando um passo a frente para apertar a mão de Danielle. Alex revirou os olhos para o teto enquanto as duas mulheres apertaram as mãos. Ele mataria Camille por isso.
"Onde vocês, meninas, estão indo?" Perguntou Danielle.
“As compras", disse Emma. "Eu preciso de algumas roupas novas. Você deveria vir!"
Aparentemente Alex era o único que pensava que era uma ideia particularmente terrível, porque Grace, Julie e Riley assentiram alegremente com o convite que Emma fez. E, Deus o ajudasse, Danielle parecia querer aceitar a oferta.
Seus olhos se estreitaram em Emma e ele pegou seu sorriso plácido, talvez, apenas, o mais leve brilho em seus olhos castanhos.
Não. Não. De jeito nenhum. Ele conhecia aquele olhar. Problemas.
"Danielle e eu estávamos indo almoçar,” ele disse rapidamente.
Danielle sorriu e apontou para a porta. "Só estávamos voltando para buscar o meu guarda-chuva. Nós já temos reservas, caso contrário, eu adoraria ir. Talvez na próxima vez? Acabei de me mudar para Nova York a partir de Atlanta há alguns meses e estou morrendo por amigos do sexo feminino."
"Claro," disse Emma, sua voz toda doce e compreensiva. "Nós vamos ter certeza de pegar o seu número de telefono com Cassidy.”
Sobre o seu corpo morto.
"Danielle, acho que deveríamos ir se quisermos pegar a nossa reserva. Senhoras se divirtam nas compras. Bom vê-las.”
"Muito bom.” Julie jorrou dando-lhe uma piscadela quando as quatro foram em direção ao elevador.
Ele podia jurar que ouviu Riley sussurrar: "Isso vai ser interessante."
Quanto a Emma... Emma já estava no elevador, virando-se para acenar um adeus amigável para sua namorada.
Ele esperou por ela para pegar seu olhar.
Esperou para ver se haveria aquele lampejo de emoção que ele pensou que tinha visto em seu rosto quando ela o viu segurando a mão de Danielle.
As portas do elevador se abriram e ela entrou sem olhar para trás.
É claro que ela não olhou para trás.
Ela nunca olha.
Capítulo 6
Para um encontro às cegas, esse não tinha sido tão horrível.
Benedict Wade era quase tão bonito quanto na fotografia que Camille havia mostrado a ela, embora a câmera talvez o tenha pegado particularmente em um bom ângulo, porque a realidade foi um pouco abaixo do esperado.
Mas ele não tinha limpado os dentes, não tinha dominado a conversa ou mesmo tentou pedir a comida para ela. Ele não tinha se gabado de seu pênis, não tinha sido um pé no saco discursando sobre a lista de vinhos e não olhou para os peitos dela.
Ele era um dos bons. Um dos caras ‘dignos de um segundo encontro’.
Ainda mais importante, quando Benedict (nunca Ben, aparentemente) se ofereceu para levá-la para casa, Emma não queria ter que dar uma desculpa esfarrapada sobre como ela tinha que ir comprar absorventes ou sair mais cedo e voltar para seu animal de estimação inexistente.
Mas quando chegaram ao prédio de Camille, Emma decidiu que este era o lugar onde ela estava indo para definir um limite. Pelo menos por essa noite.
"Então é aqui que você mora?” Perguntou Benedict quando ela parou em frente ao arranha-céu e se virou para ele.
Ela sorriu. "Bem... é onde eu vou estar morando nos próximos três meses."
Ele olhou para o brilhante edifício moderno. "É difícil, não é? Se desfazer dele assim?”
Emma riu. "Eu sinto falta de estar em alerta constante para as baratas, mas não é de todo ruim.”
"Eu acho que posso ver o que está acontecendo aqui,” disse Benedict, balançando as sobrancelhas. "Você está tentando me seduzir, no início, antes de me apresentar a sua coleção de ratos de estimação em sua verdadeira casa."
"Não, não, acho que eu posso ver o que está acontecendo aqui,” brincou ela de volta. "Você só está me usando para usufruir do meu confortável apartamento de curto prazo."
Ele assentiu solenemente. "E quando Camille voltar, irei conquistá-la em seu lugar. Guarde o meu lugar neste edifício."
Emma riu. "Camille e sua mãe não são amigas? Isso não é… errado?”
"Tem certa sanção se formando, eu admito, mas esse é um mundo onde cão come cão, Sinclair."
Eles sorriram um para o outro.
Se eles estivessem no quinto encontro, – mais ou menos – esse certamente seria o momento em que Emma perguntaria: Quer subir?
Mas Emma não estava lá... ainda não.
No entanto, talvez um beijo... só para ver onde eles estavam indo com toda essa atração que estavam sentindo.
Parecia que Benedict podia lê-la corretamente, porque o sorriso em seu rosto foi muito sexy e ele deu um passo em sua direção.
Emma inclinou a cabeça para cima e viu sua abordagem lenta, avaliando seus movimentos – Ela não poderia ajudá-lo. No final das contas, ela ainda era uma colunista de relacionamentos – sempre a procura de material novo, sempre avaliando.
E esse cara passou no teste.
Muito bom Sr. Wade. Lento, sexy e realmente muito, muito bonito.
Se ela sentiu uma onda de mal-estar antes que seus lábios tocassem os dela, Emma ignorou. Ela se recusou a ouvir aquela pequena voz na parte de trás de sua cabeça sussurrando… Cara errado! Cara errado!
Aquela pequena voz tinha sido uma dor na bunda de Emma durante sete longos anos. Desde que as coisas implodiram entre ela e Cassidy.
Aquela voz era louca. Ela mentalmente silenciou a voz, sorrindo para Benedict.
Mas, em seguida, pouco antes que ele mergulhasse a cabeça para baixo em sua direção, seus olhos foram por cima de seus ombros e um sorriso apareceu em seu rosto.
"Alex, Porra, Cassidy."
Emma piscou. Ela poderia ter jurado que mandou a maldita voz se calar. Certamente a voz não tinha realmente falado em alto e bom som?
Mas não...
Benedict não estava mais prestando atenção nela.
Alex Cassidy não estava apenas em sua mente. Ele estava aqui em carne e osso.
Ela poderia matar Camille. De verdade.
Os dois homens estavam apertando as mãos como velhos amigos. Isso era ótimo. Era simplesmente fantástico.
Emma estava tentada a voltar tempestivamente para seu apartamento, ajudar a si mesma com a garrafa aberta de Merlot em seu balcão e fingir que o melhor primeiro encontro que ela teve em meses não estava conversando com seu ex.
Mas isso daria muito poder a Cassidy.
Em vez disso, ela girou sobre os saltos de suas botas Louboutin e virou-se para que pudesse encarar os dois homens.
"Emma, este é Alex Cassidy," Benedict disse quando ela deu um passo para o lado dele. "Joguei futebol contra esse cara na faculdade. Eu tinha esquecido completamente que Camille havia mencionado que eram vizinhos!"
"Será que ela sabia?" Emma murmurou. Aparentemente, Camille não havia sido capaz de contar esse fato para alguém.
Ela sentiu os olhos de Cassidy nela, mas quando olhou em sua direção, ele os afastou dela. Não antes que ela visse que eles estavam muito azuis hoje à noite. Era um jogo que eles costumavam brincar de vez em quando. Olhos líquidos, ela costumava dizer. Ela estava sempre tentando descobrir do que gostava mais nele: os dias em que brilhavam verdes ou os dias em que eles queimavam azuis.
"Qual a faculdade que você foi?" Ela perguntou a Benedict.
"Duke. Eu era um goleiro no tempo em que Cassidy era um atacante.”
"Estou surpresa que vocês dois estão se falando depois desse jogo. Não foi esse o jogo que foi para os pênaltis?"
Benedict a olhou surpreso com o seu conhecimento de esportes universitários e ela deu de ombros envergonhada. "Vamos Tar Heels10?"
"Puta merda," disse ele, olhando de Emma para Cassidy. "Vocês dois foram para a Universidade da Carolina do Norte? Vocês conhecem um ao outro?"
"Nós fomos, sim," disse Emma, antes que Cassidy pudesse abrir a boca gorda e dizer algo horrível.
"Uau, mundo pequeno," disse Benedict.
Você não tem ideia.
"Camille realmente me perguntou se eu achava que vocês dois combinavam," Cassidy disse sua expressão totalmente cortês.
"Ela fez isso?" Perguntou Benedict.
O sorriso de Cassidy foi rápido. "Eu disse a ela que com certeza.”
Emma revirou os olhos quando Benedict colocou uma mão casualmente em sua cintura. "Bem, acho que eu deveria agradecer a você depois."
Cassidy sorriu. "Ligue-me para refazer aquelas jogadas que você errou no último jogo para fazer as pazes."
Benedict riu. "Sabe quantas vezes já repassei aquele momento na minha mente? Eu tinha tanta certeza que ia dar certo. Houve apenas uma centelha de dúvida de que talvez você fosse bater para a esquerda..."
Emma sabia como essa história havia terminado. Sabia que Benedict tinha feito o que a maioria dos goleiros faria.
Mas Cassidy tinha mudado as regras. Ele não tinha ido para a direita. Ou para a esquerda. Ele tinha apontado para o ponto do meio do gol, seu chute havia garantido a vitória da UNC, seu chute garantiu a vitória da UNC mais uma vez em cima de seus amargos rivais.
Emma não podia acreditar que ela não tinha lembrando de Benedict como sendo o pobre goleiro daquela noite épica. Mas, então, talvez ela não devesse se surpreender que ela não o havia reconhecido.
Naquela época, ela tinha olhos para apenas um rapaz.
Emma foi poupada de continuar a falar sobre futebol quando um táxi parou no meio-fio. O porteiro do prédio de Camille abriu a porta do táxi e a atenção de Cassidy mudou.
Uma morena muito familiar se aproximou. Danielle.
Emma sorriu, reflexivamente, quando a namorada de Alex foi até eles, transformando o estranho trio em um quarteto insuportável.
A mão de Cassidy foi de encontro à cintura de Danielle, imitando a posição da mão de Benedict em Emma.
Por um breve segundo, seu olhar queimou em Emma e ela sentiu-se ficar quente, antes que ficasse frio novamente. Muito, muito frio.
Ela forçou o olhar para Danielle, preparando um ‘bom te ver novamente’ como saudação, mas Danielle não estava olhando para ela.
Nem estava olhando para Cassidy.
Seus olhos azuis estavam trancados em Benedict e ela parecia atordoada.
"Danielle, você se lembra de Emma?" Disse Cassidy.
"Claro, oi!" Disse Danielle, sua voz um pouco aguda quando deu à Emma um largo e falso sorriso. Seu olhar imediatamente voltou para Benedict e então para o chão.
Intrigada, Emma olhou para seu encontro e viu que ele também parecia estar em estado de choque antes de se recuperar, aparentemente.
"Benedict Wade," disse ele, estendendo a mão para Danielle.
O nariz de Emma franziu em confusão. Durante toda a noite, Benedict tinha sido charmoso e jovial, mas agora seu tom de voz era quase reverente.
Danielle estendeu a mão e Emma poderia jurar que tinha visto faíscas quando seus dedos fizeram contato. Faíscas reais.
Ambos soltaram suas mãos rapidamente.
Emma levantou uma sobrancelha e seu olhar encontrou o de Cassidy quando ele olhou para ela. Pela primeira vez, seus olhos estavam livres de questões mal resolvidas ou sentimentos contrários. Pela primeira vez, em muito tempo, eles estavam na mesma página.
E essa página era a da confusão.
"Você dois se conhecem?" Emma perguntou, incapaz de manter sua curiosidade por muito tempo.
"Não," Danielle disse, ainda parecendo atordoada.
Benedict silenciosamente negou com a cabeça.
Os olhos de Emma encontraram Cassidy de novo, perguntando se ele havia percebido o que estava acontecendo aqui. Emma tinha certeza de que sua namorada e seu encontro haviam apenas tropeçado no insta-amor.
Também conhecido como amor à primeira vista.
Também conhecido como Eles são completos idiotas, se acham que vai durar.
Ainda assim, Emma sabia quando ela havia sido batida. Ela e Benedict tinham começado muito bem. Mais do que bem. Mas o ar estava praticamente chiando com a tensão sexual. E não era entre ela e Benedict.
Emma apostaria que mesmo Camille não tinha previsto a sucessão de eventos que se seguiriam.
Emma limpou a garganta quando Cassidy olhou para Danielle. "Vamos deixar esses dois voltarem a seu encontro?" Ele disse.
"Oh! Claro!" Disse Danielle, forçando um sorriso para Emma.
"Foi bom conhecê-la," Benedict se apressou a dizer.
"Você também."
Danielle e Benedict sustentaram o olhar um do outro por apenas um segundo a mais do que o necessário, antes que ela seguisse Cassidy em direção ao hall de entrada.
Danielle não olhou para trás. Se o fizesse, teria pegado Benedict olhando para ela.
Emma suspirou. Todas as chances de um beijo em seu primeiro encontro perfeito tinham se evaporado.
Seu olhar voltou-se para ela. "Eles parecem legais."
"Mmm-hmm," disse Emma.
"Eles estão vendo um ao outro há muito tempo?"
Emma não se preocupou em dar uma resposta a essa pergunta. Dez minutos atrás, ela estava pronta para oferecer seus lábios a esse cara.
Agora ela lhe ofereceu sua mão. "Obrigada pelo jantar. Eu tive realmente um tempo muito agradável."
Ele olhou para baixo e então de volta para seu rosto. Ele não estava parecendo aliviado com a ausência do beijo de boa noite, mas ele não estava exatamente decepcionado, também.
Benedict tomou sua mão e a levou até aos lábios de uma forma antiquada de que era doce e gentil e não fez absolutamente nada para ela.
Ele fez uma declaração evasiva sobre ligar para ela em breve e Emma murmurou algo semelhante evitando olhá-lo novamente antes de seguir em frente.
Cinco minutos mais tarde, Emma se serviu de um copo forte de Merlot e um punhado de biscoitos Goldfish de emergência.
Ela se dirigiu ao quarto de hóspedes que tinha reivindicado como seu próprio e se enrolou com as pernas cruzadas sobre a cama, celular na mão, ela beliscou um Goldfish entre os dentes e mandou uma mensagem a sua irmã. Depois que Emma se mudou para Nova York, Daisy costumava chamá-la a cada três a quatro dias como um relógio. Elas falavam sobre seus respectivos empregos, homens, e qualquer programa de TV canto/dança quente no momento, e Daisy gentilmente lembrava a Emma que ‘luzes loiras não se mantêm’. Emma tinha finalmente desistido dos destaques por completo, algo que Daisy lamentou a cada ano em seu fim de semana anual de New Orleans juntas, uma vez que Daisy odiava a cidade, e Emma odiava qualquer coisa que tenha a ver com a Carolina do Norte.
Mas, em seguida, Daisy tinha se casado.
Emma nunca tinha sido uma fã de Gary. E ela realmente não tinha sido uma fã da maneira como ele, de alguma forma, falou com sua irmã, por vezes, prima para um casamento rapidinho no tribunal. Mas Daisy tinha sido feliz e Emma tinha sido determinada a não interferir no relacionamento de Daisy da maneira que Daisy tinha no dela. Em retrospectiva, Emma desejava que ela tivesse falado.
À primeira vista, Emma pensou em telefonar para sua irmã mas tinha parado porque ela era uma noiva nova e distraída, mas quando começou as mensagens de texto, Emma sabia que era o oposto. Daisy estava miserável. Ela e seu marido viviam em um apartamento minúsculo em Raleigh. O tempo livre de Daisy para falar era à noite depois do trabalho, que também foi quando Gary era mais provável de estar em casa. Então Daisy mandou uma mensagem. Queixas ocasionais em primeiro lugar. Ele estava irritado. Ficava bravo quando ela não tinha feito o jantar, e, em seguida, não iria aparecer quando ela tinha. A televisão estava sempre ligada no esporte e mudar de canal ‘não estava em discussão’. Então as coisas tinham piorado. Ele não vinha para casa. Ele saia da sala sempre que tinha um telefonema. Ele gritava com Daisy sempre que ela mencionava a perspectiva de iniciar uma família. O melhor texto que Emma nunca tinha recebido foi o único a dizer que Daisy estava pedindo o divórcio.
Mas Emma e Daisy nunca tinham voltado a telefonar com horas de duração. Daisy disse que era porque ela simplesmente se acostumou a mandar mensagens de texto, mas, às vezes, Emma se preocupava que era algo mais escuro, quase como se Daisy sabia que ela poderia se esconder atrás de um texto mais do que poderia de um telefonema. Porque se alguém poderia ler no tom de sua voz, era sua gêmea.
Ainda assim, quando para reclamar sobre um encontro ruim, mensagens de texto fazem muito bem, Emma pensou enquanto mordia seu Goldfish e deixou seus dedos voarem através da tela quando começou a contar a sua irmã de sua noite.
Acabei de voltar do encontro as cega.
A resposta de Daisy foi imediata. Uh-oh. É cedo. Estava esperando por amor à primeira vista.
Oh, foi amor à primeira vista, tudo bem, Emma mandou uma mensagem de volta.
Espera? Eu recebo para fazer tudo de novo no meu show dama de honra?
Não compre seu vestido de dama de honra ainda. Ele se apaixonou por outra pessoa. Eu acho que realmente vi acontecer.
Conforme Emma e Daisy mandaram uma mensagem atrás da outra, e como o nível de vinho no vidro de Emma ficou menor e menor, algo ocorreu-lhe.
Ela estava irritada por toda a noite, é verdade.
Mas o que realmente estava comendo para ela não era que ela e Benedict não tinham dado certo.
Foi que Emma não teve coragem para cuidar.
Nem mesmo um pouquinho.
Capítulo 7
Houve uma batida na porta do escritório de Alex.
"Sim?" Ele chamou.
"Patrão."
Ele olhou para cima para ver Cole Sharpe de pé em seu portal. Não que ele esperasse.
"Onde está o Jake?" Perguntou Alex.
Cole entrou no escritório sem ser convidado e caminhou em direção à mesa de Alex com o simples passeio de um homem que nunca se apressou em qualquer lugar. Por que ele? Tudo veio a ele. As histórias Prime. As mulheres Prime...
"Jake Malone," Cole respondeu, pegando o grampeador de Alex e clicando sobre ele algumas vezes quando se sentou, "foi visto pela última vez entrando na escada."
"A escada?" Alex se recostou na cadeira, não seguiu.
"Você sabe... para encontrar Grace?" disse Cole, meneando suas sobrancelhas.
Alex estalou a caneta. "Eles fazem muito isso?"
"Talvez," disse Cole, atingindo outro lado da mesa e roubando um PowerBar que Alex nunca tinha chegado a pensar em comer. "Por que, tem algumas tendências voyeurísticas?"
Na verdade, Alex não poderia se importar menos se um de seus principais colunistas foi copular com sua nova noiva na escada, mas ele e Jake tinham uma reunião agendada.
E Alex precisava dos conselhos de Jake.
Mais especificamente, ele precisava dos conselhos da esposa de Jake.
Mas Jake não estava aqui, e Cole estava, então...
"Eu suponho que você já ouviu falar sobre mim assumir a Stilleto por alguns meses?" Perguntou Alex.
"Claro que eu ouvi isso," disse Cole ao redor de uma mordida de PowerBar.
Alex levantou as mãos. "Como? Como você ficou sabendo disso? Você nem mesmo trabalha aqui em tempo integral."
Apesar dos melhores esforços de Alex, Cole Sharpe insistiu em manter seu status de contratante. Ele era o melhor colunista esportivo de Oxford por um tiro longo. Ele tinha conexões na NFL, NBA, NHL... esportes da faculdade, esportes do ensino médio, o nome dele.
Alex estava morrendo para obter Cole em regime de exclusividade, mas até agora o homem havia se agarrado forte e rápido ao seu status freelancer. Tanto quanto Alex poderia dizer, Cole Sharpe não era o tipo de homem para estabelecer-se em qualquer aspecto de sua vida. Alto, de ombros largos, com a boa aparência ligeiramente desalinhada de um herói de comédia romântica de Hollywood, ele conseguiu sua carreira como fez com suas mulheres:
Com entusiasmo e sem se comprometer.
Ainda assim, a reputação de Cole com as mulheres podia ser exatamente o que Alex necessita.
Havia uma enorme pilha no canto da mesa de Alex. Ele puxou-a para ele e bateu os papéis com seu punho. "Você sabe o que é isso?"
Cole olhou para a pilha. "Seu diário?"
"Artigos da Stiletto," disse Alex, batendo os papéis novamente. "Página após página sobre esfoliantes, orgasmos múltiplos e batom."
Cole inclinou-se e estendeu a mão. "Deixe-me ver o de orgasmo."
Alex ignorou, puxando uma folha de papel do topo e sacudiu-a. "Isso são duas mil palavras sobre sutiãs push-up. Sobre as marcas e a forma como eles devem se encaixar, e ouça isso: 'O truque com o apelo de sutiãs push-up é saber com que tipo de cara você está lidando. Ele é visual? Se assim for, ele não vai se importar que você tenha um pouco de ajuda para conseguir a clivagem fantástica. Mas se ele é mais tátil, você pode querer considerar ignorando tudo que for de estofamento... Ele quer sentir o verdadeiro você’.''
Alex deixar a vibração do papel para a mesa com horror. "Eu só... Eu não posso mesmo."
Cole balançou a cabeça. "Eles têm tudo errado. Somos visuais e táteis. Você tem uma caneta vermelha? Escreva isso nas margens."
Alex ignorou, continuando a embaralhar os papéis, lendo as manchetes. "'A Tendência Lipstick que Você tem que tentar’. 'Destaques da Runway você pode realmente vestir’. 'Anal é o novo Oral?'"
Cole parou de mastigar. "Espere. Deixe-me ver o último. Sério? Eles podem escrever isso? Por que Oxford não escreve isso?"
"Nós escrevemos," Alex murmurou, puxando o lábio enquanto estudava os papéis. "Talvez você deva ler algo diferente do que a seção de esportes de sua própria revista em algum momento."
Cole retomou o mascar. "Então, enquanto eu estou lidando com o mau cheiro do vestiário do Yankees para obter a minha história, a investigação de outro cara é sexo? Exijo uma troca de trabalho."
"Você vai ter que falar com Lincoln Mathis sobre isso," Alex disse, referindo-se ao especialista atual de Oxford em todas as coisas sobre as mulheres. "Mas faça-o mais tarde. Eu preciso de ajuda."
"Querendo saber se você pode retirar as últimas tendências de batom?" Perguntou Cole, colocando o resto do PowerBar em sua boca.
Alex estendeu a mão sobre a mesa para abocanhar o invólucro descartado e soltá-lo na lata de lixo. Ele olhou diretamente para as migalhas sobre a mesa e Cole revirou os olhos e limpou as migalhas para o chão. "Bem, não é exigente? Eu estou supondo que você não está em anal ou oral. Muito bagunçado?"
Alex não dignificou isso com uma resposta. "Como é que vou avaliar esses artigos? Como sei o que é bom e o que não é? Eu não dou a mínima para os tipos de rímel ou limpa suco, mas se essas histórias vão para pressionar e são merda, é em mim."
Cole recostou-se na cadeira. "Quantos dos artigos Oxford você lê?"
"Cada um."
Cole empalideceu. "Sério?"
"Isso é o que um editor-chefe faz, Sharpe. Nós olhamos para o problema na sua totalidade. Certificamo-nos que não sugam. "
"E você deveria fazer o mesmo com a Stiletto?"
"Pelo visto."
"Por que Camille não encontrou uma mulher para fazer essa merda?"
"Eu não tenho ideia do caralho,” Alex disse, caindo para trás em sua cadeira e colocando as mãos sobre o rosto. "É como se ela me odiasse."
"Por que você concordou em fazê-lo?"
Era uma pergunta justa. E uma que Alex não tinha uma boa resposta.
Normalmente, ele não tinha dificuldade em dizer não a ninguém, nem mesmo Camille com sua persona sargento.
Ele gostaria de dizer que concordou porque a lógica de Camille fazia sentido; ela assinalou que encontrar alguém com experiência de editor-chefe em uma base de curto prazo era quase impossível. Verdade. Ela também apontou que ele já tem um relacionamento com os superiores e poderia assumir o bastão para Stiletto, se necessário.
Mas ele não tinha certeza de que qualquer uma dessas eram as verdadeiras razões que Camille tinha empurrado a tarefa para ele.
E ele definitivamente não tinha certeza de qual era a razão que o fez aceitar.
Como se lesse seus pensamentos, Cole sorriu. "Qual é a história de Emma?"
"Hmm?" Alex perguntou, cuidadosamente mantendo sua expressão em branco.
Cole assentiu pacientemente na pilha de artigos da Stiletto. "Emma Sinclair. O que ela escreve?"
Alex estava prestes a dar de ombros, mas Cole deteve com um olhar. "Nem sequer finja que não sabe."
Alex suspirou e folheou os papéis até que se deparou com Emma, atirando-o sobre a mesa. Cole olhou para ele e então olhou para cima.
"A arte perdida do Encontro às Cegas?" Perguntou Cole. "Você tem uma chance real de entrar na cabeça de sua ex e a deixa escrever sobre seu encontro com outro cara?"
Alex estalou a caneta na agitação. "Sharpe, exatamente quantas pessoas sabem sobre a minha ligação com Emma Sinclair?"
"Hum, todo mundo?"
"Droga. Jake não pode ficar de boca fechada," Alex murmurou.
"Sim, o gato está fora do saco." Cole colocou os pés em cima da mesa e se inclinou para trás. "Mas o que permanece um mistério é por que vocês dois terminaram."
Cole levantou uma sobrancelha. Alex olhou.
Cole baixou os pés. "Vamos lá, cara. Alguém tem que saber. Jake? Grace?"
Alex manteve seu silêncio.
A única coisa que ele e Emma pareciam silenciosamente concordar, para além da sua antipatia mútua, era o seu silêncio contínuo sobre o seu passado. Ele não tinha contado a ninguém sobre o que tinha ido para baixo entre eles, e, tanto quanto ele poderia dizer, ela não tinha, também.
Nem mesmo para as meninas da Stiletto.
Ele não sabia se eles estavam protegendo um ao outro ou a si próprios. Mas sejam quais forem suas razões, ele sabia que não tinha planos sobre abrir sua boca tão cedo. Especialmente não para Cole Sharpe, que, embora reconhecidamente era um cara malditamente decente, não era a alma da discrição.
Cole, aparentemente, tinha desistido de esperar uma explicação de Alex e voltou sua atenção para o artigo de Emma.
Cole olhou para cima. "Ela é uma boa escritora."
Alex resmungou. Ela era uma boa escritora. Ela sempre foi uma boa escritora. Voltar na faculdade tinha sido tudo o que ela queria fazer em seu tempo livre, embora naquela época, sua paixão tinha sido ficção. Ela sonhou em escrever um romance.
Ele se perguntou o que tinha acontecido a esse sonho. Será que ela ainda escreve por prazer?
"Soa como se seu encontro foi bom," disse Cole com um sorriso de satisfação.
Alex se inclinou para frente e agarrou o artigo de volta para fora de sua mão. "Nada aconteceu."
"Como você sabe?"
Alex não respondeu. A última coisa que ele queria explicar era que ele tinha corrido para Emma, no final desse mesmo encontro.
E que ele queria muito ficar por aqui para ver se ela teve o beijo.
Ele também não admitiria a Cole que, quando ele recebeu as minutas dos artigos Stiletto, o dela tinha sido o primeiro que ele pegou.
E, por fim, ele absolutamente não admitiria a pontada de alívio que sentiu quando leu que não tinha havido primeiro beijo. E nenhum segundo encontro.
"Tudo bem, mantenha seus segredos," disse Cole, de pé. "Mas, sério, faça melhor da próxima vez."
"Faça melhor no que, da próxima vez?"
"A missão de Emma," explicou Cole. "Camille entregou-lhe a mãe de todas as munições, tornando-o chefe de Emma com isso. Não desperdice esta oportunidade."
Alex franziu o cenho, e Cole suspirou, exasperado. "Você é impotente. No próximo mês dê-lhe algo interessante para escrever."
"Eu não tenho ideia do que leitores da Stiletto acham interessante,",Alex murmurou, seu olhar caindo sobre um artigo chamado ‘Mastering the Side Braid’.
"Eu não estou falando sobre o que é interessante para os leitores; Estou falando sobre o que é interessante para você," disse Cole. "Por que não começar a ir dentro de sua cabeça? Descobrir se ela tem um boneco de vodu de Alex Cassidy sob seu colchão."
"Eu lhe asseguro, não dou a mínima se ou como Emma Sinclair pensa de mim."
"Então por que você me chamou aqui?" Perguntou Cole, sua expressão confusa.
"Eu não fiz isso!" Alex disse frustração levando-o a levantar a voz. "Você acabou de entrar, sem ser convidado."
"Oh. Meu mau,” Cole disse, com um sorriso arrogante. "Boa sorte, chefe. Divirta-se com o seu batom."
Alex olhou para a porta, uma vez que se fechou atrás de Cole. A sugestão de seu editor de esportes tinha sido diabólica. Alex era um profissional. Mesmo se ele quisesse entrar na cabeça de Emma depois de todo esse tempo, não seria tão dissimulado como usar seu status de chefe temporário contra ela.
Faria?
Lembrou-se então da noite do jantar após seus ensaios, lembrando as suas palavras.
Você pensou que eu nunca me casaria com você se conhecesse o verdadeiro você? Bem, parabéns, Cassidy. Você está absolutamente correto. Não quero me casar com você.
Lembrou-se da forma como o seu peito sentia como se tivesse rachado em dois.
Alex estalou a caneta quando seu cenho se aprofundou.
Talvez ele pudesse ser dissimulado, depois de tudo.
Capítulo 8
"Ele quer que você escreva uma história sobre seus ex-namorados?" Perguntou Julie. "Ele não pode estar falando sério."
Emma puxou uma caixa de comida tailandesa fora de seu frigorífico bem, de Camille, fez um teste rápido e considerou comestível.
"Confie em mim," disse Emma, puxando uma travessa para fora do armário. "Ele estava falando sério."
"Mas por quê?" Julie lamentou. "Vocês sempre foram tão civil, sobre o seu sujo passado."
"Claro, se ser civis, quer dizer mal falando," Emma respondeu, lambendo o Thai fora de seu polegar enquanto colocava as sobras no micro-ondas.
"Então o que mudou? Ele simplesmente decidiu ser um idiota, de repente?"
"Eu não sei," disse Emma, tirando o brinco e, em seguida, deslocando seu telefone para a outra orelha para que ela pudesse remover o segundo. "Talvez fosse uma coisa de viagem de poder?"
Mesmo quando ela disse isso, se sentiu mal. Isso não parece ser Cassidy. O homem sabia que ele estava no comando. Sempre esteve. Ele não requer a aquiescência de outras pessoas para obter uma corrida de energia.
"Eu espero que você tenha esmagado suas bolas quando ele lhe disse. Não. Atirou-as no fogo."
"Sim, porque isso é totalmente algo que eu faria," disse Emma, pegando um garfo para agitar sua Thai. "Acenda os testículos de um homem em chamas."
"Não é qualquer homem, Em. Estamos falando do homem que você deixou no altar e agora quer que você escreva sobre ele."
Emma não respondeu de imediato, e Julie atacou. "É assim que aconteceu certo? Ele deixou você no altar? Você nunca fala sobre isso, mas nós tentamos colocar os pedaços juntos..."
Emma foi até a geladeira para alguns vinhos. Ela precisava. "Fiquei de pé em um vestido branco no dia do meu casamento, sim," ela finalmente respondeu.
Ela podia praticamente ouvir Julie estreitando os olhos.
"Por que tenho a sensação de que há mais nessa história?" Perguntou Julie.
"Há sempre mais na história."
Julie suspirou. "Mas você não vai me dizer, não é?"
Emma mordeu o lábio. Ela, às vezes, se sentia um pouco culpada que suas amigas transformarem Cassidy no vilão em seu relacionamento fracassado. O cara merecia alguma culpa, com certeza, mas ele não foi bem o vilão que ela deixou seus amigos acreditam.
Emma mesma tinha desempenhado um papel no seu final explosivo.
Uma parte grande.
"Não é assim tão suculenta como é na sua cabeça,” disse Emma, pegando o prato do micro ondas. Ficou muito quente então ela colocou pra baixo para deixá-lo esfriar.
"Bem. Mas se você não acendeu suas bolas em chamas, você gritou? Ou pelo menos levantou a sua voz um pouco?"
"Não foi possível," disse Emma, rodando seu vinho. "Foi por e-mail."
Julie ficou em silêncio por alguns segundos. "Ele disse sua próxima tarefa por e-mail? Por quê? Ele reuniu-se com o resto de nós pessoalmente. Isso é covarde."
"Para ser justa, nós evitamos um ao outro sempre que possível," disse Emma. "É mútuo."
Ainda assim, tinha sido uma maneira bonita de merda para obter as notícias.
E isso surgiu duas linhas da história que Emma não tinha controle. Primeiro, a estúpida matéria de encontro às cegas obrigatória de Camille, e agora Cassidy, sugerindo que ela escrevesse sobre ex-namorados.
Ele alegou que fazia algum tempo que a Stiletto tinha usado o fator ex. O que provavelmente era verdade. Emma não conseguia se lembrar de ler nada sobre ex na Stiletto, pelo menos, no ano passado ou assim.
Mesmo assim, Emma questionou para salientar que qualquer um dos outros colunistas poderia cobri-la.
Mas ela não tinha. Parcialmente, porque é o que ele esperava que ela fizesse. Mas, principalmente, porque provavelmente seria Riley, Julie ou Grace, que levaria a história se ela não o fizer. Todas as três das quais estavam nas fases felizes no amor do seu relacionamento. Lidar com ex era um negócio sujo para que se possa colocar sua felicidade atual em risco.
Emma não gostaria de por isso em cima de seus piores inimigos muito menos seus melhores amigos.
"Então você vai fazê-lo?" Perguntou Julie. "Sério?"
Emma rodou seu vinho. "A coisa é, Jules... ele teve a sorte de uma boa ideia. Já que é a edição de dezembro, ele sugeriu fazer uma espécie de coisa ‘Doze dias com os ex’. Sabe, durante doze dias, chegar a um ex-namorado e... Eu não sei? Obter fechamento? Entregar essa última volta de despedida que não ocorreu a você até depois da separação? Ver se o sexo é tão bom quanto você se lembra?"
"Ooh, fazer esse último com Cassidy," disse Julie, sua voz toda sonhadora. "Eu aposto que ele é incrível na cama."
"Tenho certeza de que Mitchell gostaria de ouvir isso."
"Eh, ele não está aqui," disse Julie. "Mas, sério, você ainda têm doze ex?"
"Infelizmente," Emma murmurou, apunhalando suas sobras congeladas com o garfo. "Parte das alegrias de alcançar seus trinta anos e ainda estar solteira. A abundância de ex."
"Então você vai escrever sobre... Cassidy?"
Emma abandonou o garfo e pegou o vinho. "Eu meio que tenho que fazer, não é? No plano das relações anteriores, ele é um dos grandes. Se eu não escrever sobre ele, parece... desonesto."
"É engraçado." Julie meditou. "Todo esse tempo eu realmente acho que você e Cassidy estavam todo o caminho seguindo em frente. Vocês dois são tão Zen sobre a coisa toda de casamento que não deu. Mas agora eu me pergunto...”
"Não," Emma interrompeu. "Não transforme isso em uma coisa."
"Eu não transformei em uma coisa, Cassidy fez, basicamente, acenando com o pau de editor-chefe ao redor e forçando-me a revisitar o passado."
"Posso assegurar-lhe, Cassidy receberá a mesma contagem de palavras como qualquer outro ex que eu escrever sobre," disse Emma.
"Isso vai rachar sua bunda. Você deve colocar totalmente o seu nome ao lado dessa pessoa estranha que você terminou há alguns meses. Você sabe, o cara que usava lenços, mesmo no verão?"
"Christian." Emma tomou um gole de vinho. "Ele era uma pessoa estranha. De qualquer forma, eu preciso ir, Jules. Preciso reaquecer minhas sobras aquecidas."
"OK. Eu preciso ir também. Mitchell estará de volta a qualquer minuto perguntando se quero ir para uma corrida. É como se ele não me conhecesse. É hora de cocktails e não do movimento."
Emma sorriu. "Vá mostrar-lhe o caminho. Vejo você amanhã."
Depois de dizer adeus, Emma colocar o pad Thai de volta no micro ondas, mas antes que pudesse começar a comer, houve uma batida na porta.
Ela foi atender.
E, de todas as pessoas que poderiam estar do outro lado do olho mágico, foi talvez a última pessoa que ela teria esperado, absolutamente.
Emma abriu a porta. "Danielle?"
A namorada de Cassidy estava vestindo um terninho preto lustroso que gritava Girl Power! E fez Emma saber rapidamente o que Danielle fazia para viver. Advogada? Corretora? Propaganda? Ninja?
Mas não era a roupa que capturara a atenção de Emma. Era a expressão nervosa, um pouco envergonhada no rosto da outra mulher.
"Você está procurando Cassidy?" Perguntou Emma, pensando que talvez ele não estivesse em casa, e Danielle não queria ficar esperando no corredor.
"Não, eu só vim do seu apartamento, na verdade," disse Danielle, lambendo os lábios nervosamente. "Podemos... Posso entrar por um segundo?"
Uh-oh.
Emma tinha certeza de que ela e Danielle estavam indo para ser capazes de evitar o bate-papo estranho sobre o passado espinhoso de Emma e Cassidy, mas o que mais poderia Danielle querer falar com ela?
Emma mentalmente se preparou para o ‘Você não tem nada com que se preocupar...Cassidy e eu conversamos muito tempo sobre isso,’ ai Danielle lhe daria um soco.
"O que eu estou prestes a pedir-lhe está além de estranho, virando em direção ao inapropriado," Danielle disse assim que Emma fechou a porta.
"Hum, tudo bem," Emma respondeu. "Precisamos de vinho para isso?" Ela fez um gesto em direção à cozinha.
Danielle balançou a cabeça. "Eu não vou ocupar muito do seu tempo, mas por todos os meios, pegue o seu copo."
Emma não se moveu, e Danielle respirou fundo. "Eu terminei com Alex."
Emma piscou. Levou um segundo para registrar o que Danielle estava dizendo, e quando seu cérebro finalmente processou...
Emma não tinha certeza de como se sentia sobre aquele pedaço de informação. "OK..."
"Não por causa de alguma coisa a ver com você," Danielle se apressou a dizer. "Pelo menos, não diretamente. Quero dizer, ele me contou sobre vocês, mas disse que não era um grande negócio."
Ouch.
Emma cruzou os braços, sentindo-se para além de estranha. "Então, se ele não tem nada a ver comi..."
Danielle riu nervosamente. "Certo. Você quer saber por que estou aqui. Ok, bem... vou ser perfeitamente franca e dizer que, enquanto Alex é um grande cara, nunca tive a sensação de que estávamos indo muito longe. Ele é tão... fechado, sabe? Nós nos dávamos bem, mas eu nunca senti como se estivesse chegando a ele. Na verdade não. Tem sido sempre assim, mas nas últimas semanas ele esta ainda mais longe do que nunca."
Por isso eu não quero ter essa conversa. Deveria ter agarrado aquele copo de vinho.
"E depois... oh, rapaz.” Danielle soltou um suspiro. "Ok, eu só vou falar isso. Aquele cara com que você foi a um encontro. Benedict? Havia, hum, faíscas. Ou alguma coisa. Como quando ele olhou para mim, senti como se estivesse vendo-o de uma forma que Alex nunca me permitiria."
Emma coçou a sobrancelha. "Sim. Eu meio que vi isso acontecer."
Danielle corou. "Pensei que talvez você possa ter visto. E não ia fazer nada sobre isso, eu juro. Não sou esse tipo de garota. Mas, em seguida, no outro dia, Alex tinha um monte de artigos da Stiletto em sua mesa e estava pedindo a minha opinião sobre alguns deles, e vi o seu..."
"Ah," disse Emma, começando a entender. "E você soube que Benedict ainda estava no mercado."
A namorada de Cassidy, ex-namorada, corou. "Você deve pensar que sou terrível. Despejando um cara e, cinco minutos depois de terminar com o seu ex, estar sobre seu outro ex. É só isso... Tenho trinta e quatro anos e quero tanto encontrar alguém..."
Emma sorriu e levantou uma mão. "Você não tem que explicar. Entendi."
Danielle se interrompeu. "Você faz?"
"Claro," disse Emma com um encolher de ombros. "Encontrar alguém com que você tenha faíscas é raro. E ninguém deve ficar em um relacionamento que não acha que vai a qualquer lugar. Não seria justo com você. Ou Cassidy."
Danielle inclinou a cabeça ligeiramente. "Vocês com certeza são maduros sobre isso. Como é possível que não haja sangue ruim entre vocês?"
Emma riu. "É mais parecido com sangue gelado. O que você interpreta como civil é mais como... indiferença deliberada."
Indiferença deliberada- Essa foi boa. Ela gostou. Suspeito que Cassidy também. Se eles ficassem na companhia um do outro o tempo suficiente para falar sobre isso.
"Bem, de qualquer maneira, eu acho eu só queria confirmar novamente que não estaria me movendo no cara de outra pessoa se eu saísse com Benedict."
"Não posso prometer que ele não tenha começado a ver alguém nas últimas semanas," disse Emma. "Nós não temos nos falado. Mas se ele está vendo alguém, não sou eu."
"Ok," disse Danielle, respirando. "Ok, obrigada. E agora para a parte extra de estranho..."
Emma sorriu. "Você quer seu número de telefone?"
A morena bonita corou, mas caiu em relevo. "Você é incrível. Sério."
Emma recuperou seu telefone do balcão e rolou através de suas chamadas recebidas até encontrar onde Benedict a tinha chamado para confirmar o encontro.
Ela deu a Danielle o número, e sentiu um pouco de brilho de alarme que não se sentia nem um pouco estranha ao fazê-lo. A cintilação escalou para uma chama quando ela percebeu que estava feliz.
Feliz que Cassidy e Danielle tinham terminado.
Uh-oh.
Ela sabia que suas amigas e irmã pensam que ela estava emocionalmente fechada. Emma, por vezes, se preocupou que estava parcialmente morta por dentro.
Bem, ela definitivamente não esta morta por dentro agora.
"Desculpe se interrompi a sua noite," Danielle disse enquanto puxou sua bolsa maior em seu ombro e entrou no corredor, depois de ter conseguido o que veio pedir.
"Não há problemas," disse Emma, engolindo o pânico e o turbilhão de emoções rolando através dela. "Fez a noite não ser chata."
Danielle olhou de relance para a porta de Cassidy, sua expressão não tanto triste como pensativa. "Você sabe a parte mais estranha de tudo isso? Eu nem acho que Alex vai se importar. Quando sugeri que ele e eu terminássemos, ele estava apenas..."
Danielle correu a palma da mão para baixo sobre seu rosto como se para indicar uma expressão. "Nada. calmo, nenhuma reação além de um sorriso educado e um abraço de despedida. Era como se eu fosse sua irmã, ou algo assim."
"Tenho certeza que ele se importava,” Emma disse gentilmente. Mas mesmo quando ela disse isso, sabia que provavelmente estava mentindo. Como Emma, Cassidy não era cruel, ele nunca quis brincar com as emoções de alguém, ou mulheres por diante. Mas, como Emma, ele se segurou. Para todos.
Danielle deu de ombros. "Talvez. Ok, eu vou sair do seu cabelo agora. Mais uma vez obrigada por não me jogar para fora."
Emma acenou adeus, e estava prestes a fechar a porta quando seu olhar pousou na porta da casa de Cassidy. Como foi perfeitamente justo que ele foi despejado no mesmo dia em que a antagonizou ao mencionar seus ex.
Obrigada, karma.
E então, porque Emma, aparentemente, não tem nenhum sentido, ela ouviu um desejo que não tinha sentido em um longo, longo tempo.
Ela andou para frente e bateu na porta de seu ex-noivo.
Capítulo 9
A melhor suposição de Alex a respeito de quem poderia estar batendo na sua porta era Danielle.
Não que ele pensasse que ela tinha mudado sua mente. Mas a mulher tinha esquecido seu guarda-chuva. Mais uma vez.
Mas não era Danielle.
"Emma."
Durante vários segundos depois que ele abriu a porta, eles simplesmente olharam um para o outro. Ela estava vestindo calça cinza e uma blusa branca desabotoada apenas o suficiente para sugerir um decote sutil. Seu cabelo castanho estava solto e ao redor de seus ombros.
E seus olhos? Ilegíveis como sempre.
"Você me deve uma reunião," ela disse finalmente.
"Eu?"
"Sim," ela disse, passando por ele e entrando em seu apartamento como se fosse a dona do lugar. "Eu conversei com Julie e ela disse que teve discussões em pessoa com o resto dos colunistas sobre suas histórias de dezembro. Não entendi a parte em pessoa, ou a discussão. Um tópico mandado por e-mail? Sério?"
"Deus, eu não posso imaginar por que não teria aproveitado a chance para ter essa conversa amigável em pessoa," ele murmurou enquanto fechava a porta.
Emma se mudou para a sala de estar principal e olhou em volta. O layout do seu apartamento era quase idêntico ao de Camille, mas é aí que as semelhanças terminam. Camille preferia fantasia, móveis exuberantes e um bilhão de travesseiros, imagens e lâmpadas.
Alex estava bem consciente de que o seu próprio gosto é clássico e minimalista. Um sofá elegante preto, mesa básica de café, uma mesa de jantar e bar para dois. Ele manteve a baixa iluminação. Gostei da maneira que acentuou as luzes da cidade.
Emma correu um dedo sobre a madeira escura do seu aparador enquanto andou todo o caminho para o quarto. "Muito... você."
"Você sabe o que eu gosto em você, Emma? Como você pode gerenciar tantos insultos em apenas duas palavras."
Ela se virou para ele, sua única resposta uma piscadela.
"Bebida?" Perguntou.
"Sim, por favor. Eu tinha acabado de me servi de um copo quando fui descarrilada por uma visitante."
"Ah, é?" Ele tirou a rolha de uma garrafa vermelha aberta sobre o balcão e pegou dois copos.
"Sim."
Sua voz nunca perdeu sua borda perfeitamente civil. Nem fez a sua.
Mas quando ela anunciou que foi Danielle que havia parado lá, Alex poderia ter vacilado ao derramar o vinho. Apenas por meio segundo.
"Minha namorada veio para vê-la," disse ele, entregando-lhe o copo.
"Ex-namorada, do jeito que ouvi." disse Emma, levantando as sobrancelhas enquanto tomava um gole de vinho.
Ele tomou um gole de seu próprio vinho e observava. "Então essa é a verdadeira razão que você está aqui. Esfregar sal na ferida?"
"Honestamente?" Ela rodou o copo e observou o vinho. "Sim. Eu tive um... digamos, pouco de pique sobre a maneira que você forçou uma história sobre mim via e-mail. Pensei que isso parecia ser uma boa chance de voltar para você."
"Sim, você está realmente na imagem de uma mulher dobrada em vingança," disse ele, pegando a inclinação arrogante de seu queixo e a frieza em seus olhos.
Emma deu de ombros. "A vingança exortou no passado. Não valia a pena o esforço."
Alex ficou surpreso com o quanto seu desinteresse incomodava. Só uma vez, ele queria que ela se irritasse. Só uma vez ele queria saber como ela se sentia... se ela sentia.
Mas mesmo que ele desejava sacudi-la para dizer-lhe para ficar brava ou frustrada ou triste sobre qualquer coisa, ele não poderia fazê-lo sem ser totalmente hipócrita.
Porque, estranhamente, ele suspeitava que ele e Emma se entendessem melhor do que ninguém. Tinham ambos passados por uma quantidade extraordinária de energia mantendo emoções confusas na baía.
"Danielle queria o número de telefone de Benedict Wade," disse Emma.
Isso o fez engasgar com seu vinho. Talvez ele não estivesse totalmente imune. Ele tinha algum orgulho, afinal. "O que?"
Emma assentiu. "Você viu o que aconteceu entre eles naquela noite, quando ele e eu fomos em nosso encontro, certo?"
"Droga," Alex murmurou. "Eu acho que pensei que era estranho, mas pensei que era apenas uma coisa passageira. Que tipo de mulher deixa uma relação estável por causa do contato com os olhos sexys de um estranho?"
"Os espertos," disse Emma, batendo as unhas contra seu copo. "Confie em mim, você não tem ideia como é raro sentir esse tipo de reboque para com outra pessoa."
"Isso porque você tem doze ex para falar em seu próximo artigo?"
"Ok, quanto a isso," disse ela apontando o dedo para ele. "Se fizermos essa história, eu faço do meu jeito. Você publica-a como eu escrever. Nenhuma interferência, nenhum poder desempenhado como meu chefe temporário e não ficando estranho por causa da nossa história pessoal."
"Mas você vai escrevê-la?" Perguntou.
"Claro. você não vai conseguir se convencer de que eu estou tentando esconder alguma coisa?"
Viu-a por cima do copo. "Confie em mim, Em, você já deixou perfeitamente claro que sou além de morto para você."
Ela inclinou a cabeça. " Mutuo, não é?"
"Claro," respondeu ele. Porque ele tinha que fazer.
Seus olhos encararam por um segundo a mais, e, de repente, ele se tornou muito consciente de que, pela primeira vez em anos, ele e Emma Sinclair estavam na mesma sala. Sozinhos.
Para piorar as coisas, ele ficou recentemente disponível, ela estava disponível, tanto quanto ele sabia, e entre o vinho e a iluminação fraca e o jazz tranquilo, o clima era... propenso.
Não. A mulher estava propensa.
Mas isso não era o que estava corroendo ele. O que queimou os cantos de sua consciência foi à percepção de que este pode ter sido seu caminho. Teria sido seu caminho se não tivessem sido duas crianças tolas que deixaram o orgulho e segredos rasgá-los.
Ele tinha sonhado com isso. Na faculdade, quando sua vida tinha sido principalmente um turbilhão de atenção da mídia para a sua carreira de futebol e festas, ele sonhava com o que aconteceria depois, quando eles fossem apenas só os dois, e ele só poderia querer ela.
Emma tinha sido o seu porto seguro. A única que tinha centrado ele.
Direito até o ponto que ela o deixou.
Ela tomou outro gole de vinho. "Eu deveria estar indo. Você dificilmente parece devastado sobre o seu rompimento, então lá vai todos os meus planos de fazer você chorar para dormir. "
Ele sorriu. "Eu gostava de Danielle."
"Mas?" Ela disse, levantando as sobrancelhas.
"Você realmente quer ouvir isso?" Perguntou.
"Cassidy, me dê uma pausa. Você vai ler cerca de doze dos meus exes. Eu acho que posso lidar com ouvir sobre um dos seus."
"Bem," ele disse, tirando seus óculos, "eu poderia imaginar Danielle na minha vida muito bem. Ela era inteligente. Bonita. Doce."
"Mas..."
Ele encolheu os ombros. "Foi também muito, muito fácil de imaginar minha vida sem ela. Na verdade, o pensamento dela não estar lá não causou tanto como uma pontada. Eu não acho que é suposto trabalhar dessa forma."
"Não, não é," ela murmurou.
Tudo em seu tom disse que não era uma estranha para os sentimentos que ele tinha acabado de descrever. E quando ela falou de novo, não era o que ele queria ouvir.
"Eu deveria ir," disse ela novamente.
Não. Por favor, não.
O pensamento o pegou desprevenido e ele franziu a testa.
Mas foi a primeira vez em tanto tempo que ela deixou-o perto dela. A primeira vez que falou com ele, mesmo que parecesse existir milhas de distância entre eles em vez de apenas um balcão de cozinha.
Ele não queria que acabasse.
"Como está a Daisy?" Ele perguntou desesperado para mantê-la por perto.
Seu olhar desviou-se. Cautelosa, com a menção de sua irmã gêmea. "Ela esta bem."
"Eu costumava receber cartões de Natal dela, mas eles pararam mais ou menos um ano atrás. Imaginei que talvez você tivesse proibido de conectar-me."
Ela riu. "Não se iluda. Eu não me importava muito. Mas não tome isso pessoalmente. Ela parou o envio de cartões de Natal por completo depois de seu divórcio."
"Ah. Eu sinto muito. Eu não tinha ouvido."
Ele e Daisy tinham sido amigáveis o suficiente na faculdade e durante o namoro dele e Emma, mas, depois da maneira como ele e Emma terminaram, ele percebeu que era muito natural que a irmã gêmea de Emma não estivesse convidando-o exatamente a jantares.
"Sim, seu ex-marido é um imbecil," disse Emma. "Tudo que Daisy sempre quis foi começar uma família, mas Gary colocou-a em espera há anos, dizendo que precisava se concentrar no lançamento de sua carreira. Que ele não tinha tempo para a família. Em seguida, bam, do nada, ele manda o divórcio. Acontece que ele assumiu com sua chefe. Que estava... espere por isso... grávida de seu bebê."
"Ouch."
Emma assentiu. "Definitivamente. Daisy levou isso difícil, mas ela está retornando agora. Ela sempre faz."
"E seu pai?"
Os olhos de Emma ficaram um pouco frios para isso. "Estou surpresa que você não sabia. Ele confiava em você mais do que já fez comigo."
Alex imediatamente lamentou ter perguntado, porque a merda era... A acusação de Emma era verdade.
Winston Sinclair se preocupava com suas filhas desesperadamente, mas ele também pode era um burro misógino que não mantinha seu rico nariz, bem conectado onde não pertencia.
Ainda assim, Alex teve pensamentos gentis ocasionais em direção ao homem. Não só porque ele tinha ajudado uma criança com nada na faculdade, mas deu a ele o futebol para fazer seu nome e lhe deu a chance de uma carreira real. Mas também porque Winston tinha sido o responsável por Emma e Cassidy ficar juntos, ainda que por acidente.
No entanto, o homem também tinha sido o catalisador para coisas que vão para completar a merda da noite antes do casamento.
Para isso, os pensamentos de Alex eram escuros e furiosos.
"Emma..."
Ela levantou a mão. "Nós não temos que fazer isso, Cassidy. Na verdade, não vamos fazer isso."
Disse a si mesmo para não ser ferido com a rejeição.
"Ainda assim, há algo que eu estive pensando desde que você veio para a cidade," disse ela, com os olhos estreitando um pouco. "Por que New York? Por Oxford?"
Ele lhe deu um meio sorriso. "Você quer saber se eu sabia que você trabalhava na Stiletto quando vim trabalhar para sua revista irmã?"
"Eu sempre quis saber."
"Não," ele disse simplesmente. Honestamente. "Eu não sabia. Na verdade, assinei o contrato meses antes da minha data de início real. Antes de assumir o cargo."
Ela serviu-se de outro copo de vinho e sacudiu a cabeça. "Eu vou comprar isso. O inferno de uma coincidência, porém, não é?"
"Isso é. Embora, talvez, não tanto quando se considere as nossas ambições sempre sobrepostas. Você sempre quis escrever. Eu sempre quis estar na imprensa."
"Oh, eu me lembro muito bem," disse ela, levantando o copo para ele como um objeto de escárnio. "Essa era a razão de você estar em boa com o meu pai, certo?"
Merda. Ele caminhou para a direita.
Emma arregalou os olhos, só de pensar em alguma coisa. "Oh espere... Não foi também a razão que você concordou em ir a um encontro com sua filha em primeiro lugar?"
"Para alguém que não quer ir para lá, você certamente esta... indo lá."
"Você está certo," disse ela, levantando as mãos. "Vamos absolutamente não ir. Então me diga outra coisa. Eu sei que você saiu da Carolina do Norte antes do bolo de casamento ser cortado. Onde você foi?"
Ele sorriu. "Você não me olhou nem mesmo uma vez?"
"Doeu muito."
Alex respirou na admissão inesperada. "Em..."
"Naquela época," ela corrigiu. "Naquela época, doeu muito. Após alguns meses... Eu simplesmente não me importei mais."
Agora seu peito doía por um motivo diferente. Mas ele não tem o direito de ser ferido. Na verdade, não. Ele manteve a sua raiva por um longo tempo. Não poderia culpá-la por fazer o mesmo.
"Eu fui para San Francisco," disse ele. "Ajudei a lançar algumas publicações start-up de revistas lá. Fiquei familiarizado com o espaço digital. Eu não pensei muito sobre Nova York até que um caçador de talentos me rastreou para a posição de Oxford. O que faltava em experiência editorial eu tinha em conteúdo digital e visão."
"Sorte nossa." ela murmurou.
"E você?" Ele perguntou, querendo mantê-la falando. "Por que Nova York?"
Ela olhou para cima. "Honestamente? Porque é enorme. Porque queria fugir para um lugar onde poderia ser anônima. Você sabe... todas as razões clássicas de meninas de cidades pequenas escapando para as luzes brilhantes e a grande cidade."
Ele sorriu para isso. "Eu acho que, na verdade, o clichê é que elas correm para as luzes brilhantes porque elas querem ser uma estrela. Não anônimas."
"Que seja." ela disse com um encolher de ombros, em pé e levou o seu copo para a pia.
"Você está indo?"
"Estou. Ainda não comi e estou morrendo de fome," disse ela, movendo-se em direção a sua porta da frente.
Foi na ponta da língua para sugerir que ela ficasse e comesse aqui. Para deixar ele cozinhar alguma massa, ovos ou... não.
Isso seria tolice.
E nem sequer quero isso. Não é?
Alex seguiu Emma até o vestíbulo e viu como ela virou a maçaneta.
Depois se virou para trás. "Cassidy?"
"Sim." Sua voz estava rouca e ele ficou chocado com o quanto não queria que ela fosse.
Os olhos dela encontraram os dele, sua expressão inesperadamente vulnerável. "Você pensa que quebramos um ao outro? Porque às vezes... é como se nós dois fossemos incapazes de sentir."
Alex estava definitivamente sentindo agora. Mas ele sabia o que ela queria dizer.
"Sim, Emma. Penso isso todo o maldito tempo."
Seu sorriso era triste. "Sim. Eu também acho. Provavelmente é melhor que podemos manter a nossa distância, então, certo? Parece... Mais fácil."
Alex concordou com a cabeça, porque era o que ele deveria fazer.
Ela deu-lhe outro sorriso triste e foi embora.
Depois que ela saiu, ele encontrou-se olhando para a porta.
Apenas uma hora atrás ele teria dito que a parede de gelo entre Emma e ele tinha sido crucial. Mesmo necessária.
Mas, no momento, ele teve a estranha vontade de desbastar a parede. Para ver se a real Emma ainda estava lá.
Capítulo 10
De um modo geral, convidando ex-namorados para o seu apartamento não foi uma ideia muito inteligente.
Mas quando você estava enfrentando um mês de revisitar uma dúzia de seus ex-namorados... bem, isso era uma grande quantidade de bebidas, de café, dolorosas ou jantares constrangedores.
No final, Emma decidiu que seria melhor ser estereotipada sobre o assunto:
Enviar a cada homem uma mensagem de e-mail ou de texto.
Perguntar se ele teria tempo para conversar.
Convidá-los um de cada vez para a casa de Camille.
Não foi tão ruim quanto parecia.
O apartamento de Camille tinha uma formalidade exigente sobre ela que manteve qualquer coisa de sentir muito íntimo, e desta forma Emma poderia mantê-los todos no mesmo campo de jogo.
Emma tinha começado com o mais fácil do grupo. A perdiz na árvore de pera dela ‘Doze dias de Exes’ foi Clint Macintosh, um executivo editorial cujo crime maior no departamento de relacionamento era ser o cara mais legal vivo.
E levou a Emma todos os cinco minutos de estar em sua presença para se lembrar por que eles tinham durado apenas três meses. Havia uma coisa muito boa. Muito risinho. Muita alegria.
Ou talvez fosse apenas ela. Sim, foi provavelmente ela. Ainda assim, doce Clint era chato como todos os outros.
"Então, como isso funciona?" Perguntou Clint, depois de terem trocado todas as brincadeiras habituais, e depois que Emma tinha deliberadamente ignorado Clint mencionar cinco vezes que ele não estava vendo ninguém no momento.
"Bem," disse Emma, olhando para o seu notebook. "Basicamente, eu vou fazer três perguntas a cada indivíduo, e então vou, tipo, procurar padrões, sobreposições, etc. Mas você precisa saber que isso não é sobre eu atacando meus namorados anteriores," disse ela, mantendo sua voz firme. "É sobre mim. E vou manter seus nomes fora disso, então encorajo-o a ser tão honesto quanto possível, mesmo se ferir meus sentimentos."
"Eu nunca iria ferir seus sentimentos, querida," disse Clint com um largo sorriso.
Ela forçou um sorriso de volta. "Ok, você está pronto para isso?"
Ele pousou o copo de café e recostou-se na cadeira da sala de estar de Camille. "Traga."
Emma respirou fundo. Mesmo que fosse apenas Clint, embora ela pensasse que poderia ser totalmente emocionalmente removido disso, era mais difícil do que pensava para fazer a primeira pergunta.
Ela não esperava se sentir assim... vulnerável.
Mas não ir completamente com este artigo seria deixar Cassidy ganhar.
E, tão civilizado, como seus óculos comuns e vinho na outra noite, não havia nenhuma maneira no inferno que ela o deixaria ter qualquer impacto sobre seu presente e futuro.
Ele já tinha feito bastante dano em seu passado. E ela no dele.
"Ok, primeira pergunta," disse Emma. "Qual foi sua primeira reação quando recebeu esse e-mail meu? Estamos falando de reação instintiva. Cote-o para mim."
"Felicidade," disse Clint.
Emma tentou, mas revirou os olhos. Do que ela se lembrava, o cara estava sempre feliz. Novamente, foi uma boa característica... uma grande característica. Mas depois de alguns meses com Clint, ela começou a perder as nuances de, bem, humores.
Para Clint, nunca tinha sido sobre o copo estar meio cheio ou meio vazio. Em seu livro, o copo estava sempre transbordando, o tempo todo.
"Surpresa, é claro," Clint adicionou a sua declaração inicial. "Tem sido o quê... quatro anos? Mas eu estava feliz em ouvir de você. Fico feliz em ouvir de alguém que teve um impacto significativo na minha vida."
Emma escreveu isso. Sua resposta foi um pouco extravagante, mas quem sabe? Talvez fosse um bom bálsamo para seu ego quando ela chegasse para os caras que seriam um pouco menos feliz em ouvir dela.
"Ok, segunda questão," disse ela. "Quando você pensa do nosso tempo juntos, o que você mais lembra? Pode ser um momento específico ou uma vibração geral, ou apenas... o que vem à mente. "
"Lembro-me o quanto você me fez sorrir," disse Clint.
Ela mordeu o lábio para não perguntar se ele já não estava sorrindo.
"Mas, principalmente," ele continuou, "Eu me lembro do quanto eu queria fazer você sorrir."
A pegou de surpresa. Emma fez uma pausa em sua tomada de nota e olhou para cima.
O sorriso de Clint tinha virado, apenas um pouco triste, e, de repente, Emma ficou impressionada com a percepção de que talvez Clint não estava feliz o tempo todo, afinal. Talvez ele fosse apenas muito bom em fingir.
"O que quer dizer?" Perguntou Emma. Ela sorriu. Não foi?
"Não me entenda mal; você não estava deprimida ou nada," Clint correu para explicar. "Havia apenas... seus sorrisos tiveram de ser conquistados. E era um trabalho muito duro."
Ele sorriu para suavizar o golpe, mas Emma sentia-se estranhamente fora de ordem.
Ela sabia que poderia ser... reservada. Mas ela gostava de rir tanto quanto a próxima garota. Ela poderia ser feliz e engraçada e tudo isso. Certo? Certo?!
"Ok, última pergunta," disse ela, de repente ansiosa para esta primeira entrevista acabar. "Da sua perspectiva, por que nós terminamos?"
Clint inclinou para frente, seu sorriso travesso. "Ah, eu gostaria de saber. Veja, Emma, querida, você me largou. E me lembro do clássico ‘não é você, sou eu 'no trabalho."
Emma bateu a caneta no caderno. Ela tinha planejado para isso. Em todos os seus relacionamentos passados, Emma tinha feito um monte de práticas de término para que ela soubesse que isso ia acontecer.
Mas o script que tinha ensaiado em sua cabeça não se sentia adequado quando ela estava olhando para alguém que tinha uma vez se preocupado. Que já tinha se importado com ela, mesmo que tivesse sido apenas por alguns meses.
"Não se preocupe," disse Clint com uma piscadela. "Eu não estou guardando rancor sobre isso."
Emma sorriu de volta. "Como se isso fosse mesmo possível para você. Alguma vez você já teve uma rixa?"
Ele riu. "Bom ponto. E não. Eu acho que tento muito deixar as coisas rolarem para fora de mim. A vida é mais fácil dessa maneira."
Emma sentou-se um pouco e considerou isso. Talvez ela e Clint não fossem tão diferentes como ela pensava. Ambos fizeram tudo o que podiam para lidar com as não tão grandes partes da vida. Ele acrescentou uma volta feliz e deliberada de tudo.
A abordagem de Emma foi para mantê-la à distância.
"Você se lembra de mais alguma coisa sobre a nossa separação?" Perguntou ela. "Qualquer coisa suculenta para minha história?"
Ele encolheu os ombros. "Você era doce sobre isso. Eu apreciei. Disse que apenas não estavam em um lugar de relacionamento e eu merecia alguém que pudesse se dar cem por cento."
Emma escreveu isso, mesmo que ela não precisasse. Era mais ou menos a linha que tinha dado a cada indivíduo que tinha sido chutado para o meio-fio.
"Ok, Clint, é isso para minhas perguntas. Como eu disse, prometi que esta reunião não ocuparia muito do seu tempo, certo? Mas se você quiser se abrir e adicionar algo que não fez ainda essa é sua chance. Lembre-se, não há nomes, por isso não irá traçar de volta para você."
Ele riu. "Você percebe que você é, ou incrivelmente louca ou incrivelmente corajosa para fazer isso?"
Ela sorriu. "Eu sei. Tenha certeza de que é o primeiro."
Ele pegou sua xícara de café, sua expressão pensativa. "Você sabe, eu realmente não tenho mais nada a acrescentar. Talvez se tivéssemos saído mais tempo do que um par de meses, mas realmente não estou carregando em torno de quaisquer cicatrizes escuras, você sabe?"
Emma se inclinou sobre a mesa de café e tocou sua mão. "Estou feliz em ouvir isso, Clint. Verdadeiramente. Eu tenho a sensação de que essa história vai revelar muito mais sobre mim do que sobre qualquer um de vocês."
"Talvez," disse ele, estudando-a. "Ou talvez seja sobre você... e um dos caras."
Ela piscou. "O que você quer dizer?"
Seu sorriso era gentil. "Só que acho que em algum momento, um cara deve ter sido capaz de fazer você sorrir. E eu sempre me perguntava se era o mesmo cara que fez você parar."
Capítulo 11
"Você poderia ter mencionado que a sua coisa de ‘jantar informal’ era, na verdade, um jantar planejado para oito," disse Emma enquanto fez seu caminho em torno da mesa de jantar de Julie, colocando pratos de salada na posição.
"Eu não mencionei isso?" Julie perguntou, olhando para cima de onde ela estava organizando um prato no balcão da cozinha.
"Não," disse Emma, estabelecendo o último prato. "Deve ter deslizado de sua mente."
"Deve ter!" Disse Julie, colocando uma azeitona na boca e sorrindo.
Emma apenas balançou a cabeça. "Não mesmo. Tenho certeza de que esse sorriso bonito funciona muito bem em Mitchell aqui, mas eu fico insensível."
"Esse sorriso funciona com você, querido?" Disse Julie, virando-se para seu noivo, que estava fazendo algo extravagante com uma cebola na tabua de corte.
Ele olhou por cima. "Funciona melhor quando você está nua, mas isso não é tão ruim."
"É mesmo?" Disse Julie, voltando-se para dar a Mitchell toda sua atenção.
Emma observou os olhares trocados do casal irem de lúdicos para aquecidos em meros segundos e revirou os olhos. "Não. De jeito nenhum. A roupa fica. Além disso, por que sou a única no horário certo?"
Emma tinha certeza que sabia a resposta a sua própria pergunta. Ela não estaria nem um pouco surpresa ao saber que Grace/Jake e Riley/Sam tivessem se levantado pela mesma coisa fervendo entre Julie e Mitchell. Sexo.
Grace e Jake estavam em algum tipo de bolha de hormônios de recém-casados, e como para Sam e Riley... bem, eles tinham cerca de dez anos de tensão sexual para compensar. Algo que Riley gostava de lembrar a todos.
Frequentemente.
Quanto ao oitavo membro do jantar...
Emma não se importava nem um pouco se ele foi detido por sexo ou constipação ou a falta de táxis.
Só que não seria o último. Porque Cassidy, como Emma, vivia a uma curta distância de Julie e Mitchell.
Cassidy, seria o único outro sozinho neste jantar de maldição.
"Não fique tão irritada," disse Julie em torno de um pedaço de queijo, tendo finalmente virado os olhos para longe de Mitchell. "O nosso grupo não tem feito o jantar juntos desde sempre, e esta é a primeira vez que você e Alex estão sozinhos em poucos meses..."
"Espere, o que é que isso tem a ver com alguma coisa?" Perguntou Emma. "Eu fiz isso muito claro..."
"Isso, você não se importa de ver Cassidy com outras mulheres. Blá, blá, nós sabemos. E ele nos dá a mesma palestra sobre você." disse Julie, mordendo outro pedaço de queijo," não é sobre vocês dois."
Emma levantou uma sobrancelha. "Explique-se."
"É sobre a rotação sempre giratória de outros significados dos seus homens," explicou Julie.
"Significado?" Emma serviu-se de um copo de vinho no aparador.
"Ou seja, aquele que ninguém quer sentar-se em frente à pessoa do seu atual companheiro quase casado. Por isso é difícil para você, sabe?"
Emma sentou-se no banco do bar, no balcão, e roubou um pedaço de salame do prato de Julie. "Então, vocês apenas se revezam convidando-nos, de novo?"
"Quando um de vocês está em um relacionamento, sim."
"Eu não estive em um relacionamento por, três meses," disse Emma.
"Certo," disse Julie, estendendo a mão e mexendo os dedos para o copo de vinho de Emma. "Mas Cassidy teve."
Emma fez uma careta. "Se você quer partilhar o meu vinho, um pequeno lembrete não é assim a maneira de fazer isso acontecer."
"Aha!" Disse Julie, acenando com o dedo no rosto de Emma. "Então você não se importa se ele estiver saindo com alguém."
Mitchell limpou a garganta. "Julie. Nós conversamos sobre isso. Lembre-se que toda mente tem seu próprio modo de pensar?"
Julie suspirou e foi para derramar o seu próprio vinho. "Eu só..."
"Não," Mitchell disse, apontando a faca em sua direção.
"Tudo bem," Julie murmurou. No segundo que Mitchell virou, ela olhou para Emma e fez com boca. "Mais tarde."
Emma revirou os olhos.
Julie poderia falar sobre Cassidy até que ela ficasse com o rosto azul.
Não quer dizer que Emma tinha que falar também.
Ela foi salva de qualquer outro interrogatório pela chegada ruidosa de Riley e Sam, seguido de Jake e Grace. A julgar pelo cabelo despenteado de Riley e a mancha do gloss de Grace, Emma estava certa sobre a razão para eles estarem atrasados.
Conforme Julie levou os casacos de todos e em campo uma discussão entre Riley e Grace sobre algum drama concorrente da Bachelor, Emma moveu-se ao lado de Sam Compton.
"Sua camisa esta para fora ." disse ela calmamente.
Ele olhou para baixo e deu-lhe um sorriso tímido. "Desculpa. O passeio acab..."
Emma levantou a mão. "Eu não quero nem saber."
Ele sorriu e tentou dobrar sua camisa azul de botão em seus jeans. Não que isso importasse. Camisa dentro, camisa para fora... De qualquer maneira, Sam Compton é um pouco de carne de homem ridiculamente bonito.
Inferno, todos os homens na sala eram quase dolorosamente de boa aparência. Sam era loiro e de olhos azuis, com este charme de ar de menino-bad-boy. Emma não podia culpar Riley por ser obcecada com o cara desde o colegial.
O cara de Grace é igualmente atraente. Jake Malone era alto, moreno e bonito, personificado. Ele tinha uma espécie de tipo de confiança Hugh Jackman e grande quantidade de charme com um sorriso malicioso que prometia ações deliciosamente escuras no quarto. Ou assim Grace disse a ela.
E então houve Mitchell Forbes. Sexy em um terno risca de giz. Bem, não riscas esta noite. Mas o figurão de Wall Street de olhos azuis e cabelos escuros tinha uma seriedade que deveria ter entrado em confronto com a vibrante garota festeira despreocupada de Julie. Em vez disso, prova que eles estavam vivendo a coisa toda, o oposto se atraem e realmente funciona.
Seus amigos tinham atingido a relação viciante.
Se Emma não estivesse tão determinada a não precisar de um homem, ela estaria com ciúmes.
Ela estava prestes a perguntar a Sam como as coisas estavam indo com a destilaria que ele estabeleceu um par de anos atrás, que tinha começado a ficar na imprensa nacional nos últimos dois meses, mas a atenção de Sam tinha ido para longe dela.
"Yo, Cassidy. É bom ver você, cara!"
E então começa.
Emma virou-se para olhar para ele, só porque não olhar para ele, seria, assim, óbvio. E ela tornou nada claro que não havia nenhuma reação visível para ele. Nenhum joelho tremendo, nenhuma junta esbranquiçada de onde ela agarrou sua taça de vinho, nem mesmo um lampejo de reação facial.
Mas por dentro?
Dentro algo vibrou.
Perigosamente.
Não havia nenhum sinal do terno de costume hoje. Ele estava vestindo calça jeans, como o resto dos caras, e uma camisa preta que se encaixa bem o suficiente para enfatizar os ombros esculpidos e uma cintura da guarnição. Ele segurava uma garrafa de vinho na mão esquerda e apertou a mão de Sam com a direita. E seus olhos...
Seus olhos se encontraram sobre o ombro de Sam. E seguraram.
E algo mudou.
Não era muito. Nem mesmo um sorriso. A vista não foi sequer prolongada.
Mas por duas pessoas que tinham deliberadamente tentado viver fora da órbita uma da outra o ano passado, era definitivamente algo.
Emma apertou os lábios, depois ambos desviaram o olhar.
O momento tinha sido tão fugaz que mais ninguém parecia ter notado.
Era como se as suas bebidas espontâneas compartilhadas uma semana antes tinham sido um ponto de virada. Emma só não sabia um ponto de virada para o que.
Ou se ela ainda queria.
"Eu disse que vocês não precisam trazer vinho, mas, é claro, é sempre bem-vindo," disse Julie, cheia de pessoa para pessoa, beijando bochechas.
"Eu trouxe a sobremesa," disse Riley, segurando uma caixa de cupcakes.
"Eu disse que fiz a sobremesa!" Disse Julie.
"Certo, você fez. Eu esqueci completamente," disse Riley, trocando um olhar com Mitchell.
Julie pegou e virou-se para olhar para o seu noivo. "O que você disse a ela?"
"Eu não disse nada," disse Mitchell. "Não há palavras trocadas."
Os olhos de Julie se estreitaram quando Mitchell tomou um gole de vinho. "Eu posso ter lhe enviado uma imagem do seu, um, bolo."
"Eu cozinho," Julie anunciou a todos os outros com um aceno feliz.
"Isso é ótimo, querida!" Grace respondeu. Então ela virou a cabeça para Riley e falou com o canto da boca. "Boa chamada sobre os cupcakes."
Julie apontou um dedo. "Só por isso, você terá o primeiro pedaço do meu bolo."
Julie era notoriamente ruim na cozinha, provavelmente porque seus esforços só pertenciam a ocasiões especiais, de modo que ela nunca teve qualquer prática regular.
Mitchell, felizmente, tinha se tornado cada vez mais útil na cozinha desde que ele e Julie tinham ficado juntos e ficou claro que suas habilidades não foram destinadas para a melhoria. E uma vez que Mitchell Forbes se destaca em tudo o que tenta o jantar hoje à noite seria aceitável, se não delicioso. O homem era lindo, inteligente e bem-sucedido, e ele sabia cozinhar. Basicamente perfeito. Emma não teria sido nada surpreendida ao saber que Mitchell estava arrumando as peças de ouro puro em suas calças.
O grupo se dissolveu em pequenos grupos de conversa: Julie, insistindo para Riley colocar os cupcakes no corredor, Sam falando com Grace sobre as novas etiquetas para seu uísque de centeio, Mitchell empurrando os bilhetes de hóquei ele não queria para Jake.
Não pela primeira vez, Emma sentiu uma esmagadora onda de calor e gratidão por este grupo de amigos quentes, borbulhando, mesmo que, às vezes, ela ainda se sentisse um pouco sozinha no grupo, como se ela ainda não tivesse encontrado o seu lugar.
Ela se moveu na direção da coleção de vinhos abundantes de Julie e Mitchell e culminou sua taça com algo branco e encantador.
Cassidy veio por trás dela.
Ela sabia que era ele pelo seu cheiro. O que era assustador, quando você pensa sobre isso, mas infelizmente é verdade.
Ao longo dos anos ela tinha feito um bom trabalho de esquecer seu rosto e o som de sua voz.
Ela até gostava de pensar que tinha esquecido seu toque, embora, às vezes, seus sonhos molhados diziam a ela de outra forma.
Mas ela nunca tinha sido capaz de esquecer o jeito que Alex Cassidy cheirava.
Limpo e picante, e totalmente masculino, de forma que fazia a mulher mais independente do poder masculino querer pressionar a bochecha contra o peito e só ficar.
"Acho que isso é uma junção?" Cassidy perguntou, em voz baixa.
Ela afastou-se para que ele pudesse se servir de um copo de vinho. Tinto. Na faculdade e nos anos logo após, ele sempre bebia apenas cerveja. Mas Cassidy adulto... ele bebe vinho tinto. Sempre. Ele ainda rodou e cheirou-o antes de tomar um gole, que deveria ter sido pretensioso como o inferno, mas em vez disso, o fez um homem que sabia o que queria, e não iria perder seu tempo com nada menos.
Cassidy tinha sido alto no Colégio. Ambicioso. Implacável.
Cassidy adulto foi todas essas coisas. Mas ele também estava confiante.
Confiante de que o que ele queria estava sempre ao alcance.
Ele ergueu as sobrancelhas quando olhou para ela, e ela percebeu que não tinha respondido sua pergunta.
"Não, eu não acho que seja uma junção," disse ela, enquanto estavam ombro a ombro, observando seus amigos. "Julie afirma que ambos estamos convidados simplesmente porque é a primeira vez em meses que nós dois estamos sozinhos."
"É mesmo?" Disse ele, tomando outro gole de sua bebida. "Então, eu estava com Danielle por dois, talvez três meses..."
"Antes disso, eu namorei Doug..."
"E eu estava com Alexa, talvez, uns seis meses."
"Alex e Alexa? Isso é bonito," ela respondeu.
"Eu larguei porque pensei que as toalhas personalizadas seriam muito estranhas quando nos casássemos."
"Tem razão," Emma concordou. "Embora deveria ser útil durante o sexo. Dessa forma, quando você gritasse seu próprio nome, ela pensaia, erradamente, que você estava interessado em seu prazer..."
Ela rompeu sua fala sarcástica quando o pegou olhando para ela com um quase sorriso.
"O quê?" Ela perguntou.
Seu sorriso cresceu um pouco maior, e ele se inclinou. "Você pensa sobre nós na cama."
Sua boca caiu e ele riu abertamente. "Você faz. Você pensa sobre nós dois juntos. Como estávamos. “
"Posso assegurar-lhe..."
"Não se preocupe em negar isso, Sinclair," disse ele, tilintando o copo dela.
Ela olhou para as costas dele enquanto se movia em direção ao resto do grupo, e ele se virou no último minuto.
"Emma."
"O que?" Sua voz era impaciente.
"Eu penso sobre isso, também."
Bem. Bem. Que... pedia mais vinho.
Exceto que o copo já estava cheio, em vez disso, ela suspirou e decidiu que não havia um motivo muito bom para colocar o gelo entre eles. Se deu tempo para reinstalá-lo antes que ele fizesse qualquer viagem mais precária para baixo na memória.
Ela se juntou a todos no balcão da cozinha, onde eles se reuniram em torno dos aperitivos como abutres.
"Tem alguma atualização sobre seu apartamento?" Perguntou Jake.
"Não, mas não é mais problema meu," disse Emma, pegando uma azeitona. "O cheque do seguro do meu locatário está no correio, e notifiquei ao meu senhorio, que mesmo que esteja tudo pronto, não vou voltar. Estava no mês a mês, de qualquer maneira, por isso foi mais fácil sair."
"Graças a Deus," Riley murmurou. "Você pode imaginar o cheiro? Como de podridão e mofo e água suja do vizinho de cima e de lama."
"Então, qual é o próximo?" Grace perguntou, ignorando o discurso de Riley.
Emma deu de ombros. "Camille não estará de volta por mais dois meses, então tenho algum tempo para descobrir isso."
"É melhor não deixar Uppers," disse Julie. "Eu preciso de solidariedade aqui na elegante cidade, enquanto estes amigos do quadril saem no Village e Tribeca."
"Hum, desculpe, mas quem me fez assumir a locação na Vila?" Disse Riley tocando o lábio. "Isso era seu, Jules?"
Julie mudou de assunto. "Ei, Cassidy, Mitchell tem algo a perguntar," ela disse em voz alta, acalmando todas as outras conversa.
Mitchell olhou para ela. "Não aqui, eu não faço."
"Sim, claro, e aqui," Julie piava, inclinando a cabeça. "Ele não pode dizer não para você aqui."
"Oh, eu absolutamente posso," disse Cassidy, erguendo o copo na direção de Mitchell. "Mas você pode muito bem acabar com isso. É sobre o triátlon que falamos, porque sou totalmente in-"
"Cale-se, Cassidy," Riley disse, enfiando um pedaço de baguete em sua boca. "Vamos Mitchell, fale."
"Porque ele é tão bom nisso," disse Jake, ganhando o dedo médio de sua amiga.
Mitchell passou a mão pela parte de trás do seu pescoço. "Eu, bem, a coisa é..."
"Oh, eu vou fazê-lo," Julie interrompeu. "Então, Cassidy, você sabe que casaremos em algumas semanas..."
Cassidy lentamente mastigou o pão que Riley tinha enfiado em sua boca antes de responder. "Eu estou ciente disso."
"Bem, Mitchell aqui tem, como, amigos zero, porque ele é antissocial."
"Introvertido," Mitchell moeu. "A palavra que você está procurando é introvertido, e nós, os introvertidos temos pequenos e seletivos círculos de amigos."
"Ouça, ouça," disse Emma.
Mitchell piscou para ela.
"Sim, tudo bem, o que quer," disse Julie, acenando isso de lado. "De qualquer forma, uma das pessoas em seu ‘grupo de amigos seletivo’"- Julie colocou esta última parte em Aspas no ar "é esse cara da faculdade. Cujo bebê acabou de nascer.”
"Oh, yay!" Disse Grace.
"Bem, sim. Yay. Exceto que o pequenino nasceu prematuro de quatro semanas, e enquanto ela se recupera, terá que ficar no hospital por um tempo enquanto seus pulmões se desenvolvem. Portanto, não voarão da Califórnia a Nova York no dia de nosso casamento. Assim... "
Julie olhou entre Mitchell e Cassidy e mexeu as sobrancelhas.
Cassidy olhou para ela sem expressão. Como fez Jake e Sam. Todas as quatro mulheres reviraram os olhos para a densidade absoluta da mente masculina.
"Ele quer que você seja um dos padrinhos de casamento, estúpido," disse Riley. "Provavelmente teria perguntado antes se Emma fosse uma dama de honra e toda a coisa não tivesse cheiro estranho naquela época."
"Oh, e não é estranho agora?" Sam murmurou.
Julie olhou de Emma para Cassidy. "Bem, nós entendemos como as coisas estão agora. E nós sabemos que não é estranho. Certo?"
Emma não olhou para Cassidy. Ele não olhou para ela. Mas eles responderam em uníssono. "Certo."
"Então, Cassidy... você aceita?" perguntou Julie.
Todos olharam para ele. Ele sorriu. "Inferno, sim, eu estou dentro."
Emma observou como Cassidy e Mitchell se abraçaram e perguntou como se sentia sobre o pequeno desenvolvimento.
Ela, Grace e Riley eram todas damas de honra no casamento. Na verdade, Grace foi dama de honra graças a uma rodada empolgante de pedra-papel-tesoura. E Jake e Sam foram padrinhos, graças à rápida amizade que se formou entre os homens, bem como o grupo de amigos de outra forma, limitado, de Mitchell.
Emma nunca tinha pensado muito sobre o fato de que Cassidy não tinha sido solicitado antes de agora. Ela sabia que Mitchell era, talvez, mais estreito com Jake e Sam, graças às coisas ‘casais’ que fazem com Grace e Riley.
Mas também sabia que Cassidy e Mitchell estavam ficando amigos, tinha sido a um par de jogos do Yankees, e tinham o mesmo tipo de vibração tranquila alfa acontecendo.
Fazia sentido que ele fosse perguntar a Cassidy, embora um pouco no final do jogo.
Mas isso também significava que ela e Cassidy estariam de pé no altar.
Juntos.
Algo que nunca tinha feito em seu próprio dia do casamento.
Emma engoliu.
Ela poderia fazer isso.
Ela poderia estar ao lado de sua melhor amiga em seu dia especial sem se lembrar daquele dia.
Não podia?
No momento em que todos se sentaram para jantar, Emma tinha mais ou menos empurrado o pensamento fora de sua mente. Até que a conversa voltou para o casamento de Julie.
"Cassidy, você possui um smoking? Ou quer que eu pegue-o no mesmo lugar que fiz uma reserva para Sam e Jake?" Perguntou Julie.
"Eu ainda não posso acreditar que tenho que usar um terno de pinguim," Sam murmurou em torno de um pedaço de frango.
Riley estalou-o sob o queixo. "Eu vou fazer valer a pena."
Jake virou-se para Grace. "E quanto a mim? você vai fazer valer a pena o meu tempo?"
"Nem finja que você se importaria de vestir um smoking," Grace disse, cobrindo sua taça de vinho.
"Bond," Jake disse, em voz baixa. "James Bond."
Sam fez uma pausa em sua mastigação. "OK. Ok, acho que você está no caminho certo. Eu poderia ser capaz de ficar animado sobre o smoking. Estou indo para 007 e a merda fora disso."
Julie revirou os olhos. "Cassidy?"
"Eu possuo um smoking, na verdade," disse ele, limpando a boca perfeitamente com o guardanapo.
Sam e Jake ficaram boquiabertos. "Você possui um? Para que diabo?"
"Ei, eu também tenho," disse Mitchell a partir da cabeceira da mesa, parecendo indignado.
Jake acenou com a mão para ele. "Você tem bilhetes para a temporada da ópera. Você provavelmente possui dois."
Mitchell deu de ombros, completamente sem vergonha.
"Eu tive isso por algum tempo," disse Cassidy. "Vou precisar me certificar de que ainda se encaixa, mas o vesti no ano passado, quando usei-o para o casamento do meu primo, por isso deve estar bom."
Grace balançou a cabeça. "Vocês homens não entendem o quão fácil tem isso. Você compra um bom smoking em sua vida, e nunca sai de moda. Você pode imaginar se usássemos um vestido de... Cassidy, quantos anos têm o seu smoking?"
Emma estava sentada ao lado de Cassidy, por isso ela não teve que ver seu rosto, mas ela podia dizer pela maneira um pouco rígida que ele cortou um pedaço de seu frango e deliberadamente deu uma mordida, que ele não queria responder a essa pergunta.
E só podia haver uma razão pela qual ele não gostaria de explicar.
Emma não foi a única a descobrir isso.
Riley gemeu. "É o seu smoking do casamento, não é?"
"Awwww," Jake disse, com uma voz falsamente dramática antes de dar a Cassidy um sorriso de comedor de merda.
"O que eu deveria fazer queimá-lo?" Perguntou Cassidy.
"Na verdade, sim," disse Riley, espetando o garfo para ele. "Ele iria atendê-lo bem para largar nossa menina no dia do seu casamento."
Emma congelou. Inferno, todo mundo congelou. Emma e Cassidy poderiam ter feito as pazes com o seu passado. Eles poderiam ser capazes de participar no mesmo casamento. Eles poderiam se sentar ao lado do outro em um jantar.
Mas eles nunca falaram sobre esse dia. Não um com o outro. Não com os seus amigos.
"Ri," Sam disse em uma voz de advertência, e Grace e Julie dispararam olhares para ela por trazer o inferno para cima.
Mas Riley, era, bem, Riley. Ela era tão boa de uma amiga como havia, mas ela tinha uma tolerância muito baixa para uma treta.
E Emma estava quase grata. Eles tinham que rasgar esse Band-Aid fora algum dia.
"Não, está tudo bem," disse Emma, colocando sua mão sobre o braço de Grace antes que ela pudesse abrir um buraco na testa de Riley.
Todos os olhos se voltaram para ela e Cassidy, e Emma brincou com o garfo.
Riley inclinou a cabeça. "Você abandonou-a no dia do casamento, certo?" Sua voz estava mais calma agora. Mais hesitante.
Cassidy ergueu sua taça de vinho. "Ela mencionou isso, não é?"
"Porque isso aconteceu," disse Emma, se recusando a deixar Cassidy fugir com a fala como se ela não estivesse lá.
Ele hesitou. "Eu fiz," disse ele lentamente, cortando-lhe um breve olhar pensativo quando rodou seu copo de vinho antes de voltar sua atenção de volta para Riley.
"Será que Emma também mencionou que na noite antes de seu casamento ela jogou seu anel de noivado na minha cabeça?" Perguntou.
A atenção passou de Cassidy para Emma, e todos os olhos estavam bastante amplos. Incluindo os caras.
Ela ergueu o dedo em sinal de protesto. "Eu lhe asseguro, foi bem merecido."
"Diga-me uma coisa, Jake, já que você é o único cara casado," disse Cassidy, inclinando-se para que ele pudesse olhar para baixo da mesa, para Jake.
Jake recostou-se na cadeira para evitar o olhar de Cassidy. "Não estou aqui. Eu não posso vê-lo, não posso ouvi-lo... Por favor, pelo amor de Deus, me deixe fora disso."
Cassidy pressionou adiante. "Se Grace tivesse dito na noite antes de seu casamento que nem que você fosse o último homem na terra, que ela nunca iria considerar se casar, você teria aparecido no dia seguinte?"
"Emma!" Julie engasgou. "Você disse isso a ele?"
"Confie em mim," disse Emma, acenando seu garfo em volta para o grupo. "Você teria jogado seu anel, também, e dito as palavras se você soubesse a história completa."
"Mas você ainda apareceu no dia seguinte?" Grace perguntou a Emma, sua voz suave.
Sim. Emma tinha aparecido no dia seguinte. Cassidy não tinha. Sua irmã teve que arrastá-la para longe da igreja e pacientemente alimentá-la no sofá, com nada além de cerveja por duas semanas antes de tranquilamente insistir que Emma era muito jovem para jogar a vida dela fora.
Então Emma tinha ficado fora do sofá. Escovou os cabelos. Mudou-se para Nova York, e nunca olhou para trás.
"Não importa," disse Emma, quando o silêncio se estendeu por diante. "Foi a um longo tempo atrás, quando estávamos ambos imaturos e estúpidos. Nós já seguimos em frente."
Cassidy assentiu em concordância. "Nós já seguimos em frente."
Mas a partir da aparência indo ao redor da mesa, Emma tinha a suspeita de que ela e Cassidy eram os únicos que acreditavam nisso.
Capítulo 12
O dia de Alex tinha sido uma merda completa.
Dois editores de texto tinham parado dentro de uma hora de distância um do outro. Em seguida, uma das impressoras tinha enguiçado. Um grande anunciante tinha declarado falência e tirou sua localização privilegiada da edição de dezembro.
E assim como ele pensava que era impossível à noite ser pior do que o dia, uma tempestade épica rolou que tornava impossível ir para casa sem um guarda-chuva.
Tudo que Alex queria era um copo de Malbec Francês que abriu a noite anterior e o thriller de espionagem que estava tentando terminar por semanas, mas simplesmente não conseguia encontrar tempo para isso.
Alex pegou o elevador no seu prédio, assim como fez o encerramento, passando a mão pelo cabelo molhado, só para olhar para cima timidamente quando percebeu que não estava sozinho.
"Desculpe," ele murmurou para um cara que não reconhecia.
"Não se preocupe," disse o homem com um sotaque britânico. "Está um pouco difícil lá fora, não é?"
Alex olhou para o homem, cujo cabelo marrom-avermelhado estava perfeitamente arrumado e nem um pouco molhado. Nem a bainha das calças do terno cinzento marcadas de água como Alex, e sua jaqueta Burberry não mostrou tanto como uma gota. Mesmo o guarda-chuva na mão do homem estava seco.
É evidente que ele tinha tomado um táxi. Ou tinha um motorista pessoal.
"Claro que é," Alex disse irritado.
Tardiamente ele percebeu que não tinha apertado o botão para o seu andar, mas o homem também estava indo para o vinte e quatro.
"Está se mudando, ou visitando alguém?" Perguntou Alex.
O homem sorriu educadamente. "Visitando alguém."
"Ah."
"Uma ex-namorada, na verdade," o homem murmurou, como se um pouco descrente.
"Ouch," Alex disse em simpatia. "Pegando uma caixa de itens esquecidos ou tendo um último 'falar'?"
"Nenhum. Eu nem sequer a vi em um ano ou assim, mas ela é uma jornalista e esta fazendo uma reportagem sobre ex-namorados, e uma vez que ela é uma das mais loucas, percebi... por que não ajudá-la?"
Alex fechou os olhos.
Incrível.
Ele deveria estar colocando o seu dia ruim atrás dele com um bom livro e um copo de vinho, mas ali estava ele, todos, na escolta do ex de sua ex-noiva até o apartamento dela para que ela pudesse escrever uma história que o próprio Alex tinha empurrado nela.
Ele mal tinha visto Emma desde o jantar na casa de Julie e Mitchell, mas quando fez, o clima tinha sido francamente glacial.
Seu relacionamento frio, que ele tinha pensado que estava começando a descongelar, tinha tomado um rumo para a próxima idade do gelo, graças à conversa espontânea no jantar sobre o seu dia de casamento malfadado.
Mas Alex não estava inclinado a compartilhar a culpa por isso. Se fosse por ele, eles teriam mantido se esquivando das perguntas de seus amigos sobre o seu passado.
Em vez, Emma tinha dado luz verde para a curiosidade de todos os outros e respondeu, ou obteve respostas, que ela não tinha gostado nem um pouco.
Bem, também extremamente ruim, Em. Eu não gostava de suas respostas, tampouco.
Eu era o cara mau. Eu consegui isso.
Preferi-o, mesmo. Porque ser escalado como o vilão era um inferno de muito melhor do que todo mundo sabendo que você tinha passado o dia do casamento meio bêbado, sentindo-se como se houvesse uma cratera onde seu coração deveria ter estado.
Alex suspeitava que fosse a verdadeira razão para a frieza do de seu relacionamento atual. Havia algo de entorpecente em todas essas trocas geladas.
E dormência é melhor do que a dor.
A maior parte do tempo.
Mas hoje?
Hoje ele não estava dormente. Ele estava louco. Louco no mundo. Mas neste idiota britânico que tinha de alguma forma, se esquivado da chuva. Raiva de si mesmo por cuidar de que outro homem estava indo até o apartamento de Emma.
Com raiva de Emma... apenas por ser Emma.
Ele forçou um sorriso na cara. "Oh, você está indo para ver Emma Sinclair?"
O cara sorriu em resposta. "Sim. Você a conhece?"
"Claro." Alex sorriu e estendeu a mão. "Alex Cassidy. Vizinho e chefe de Emma."
"Jason Grint," o outro homem disse, aceitando o aperto de mão. "Vizinho e chefe, hein. Pobre Emmy."
Emmy.
Alex puxou sua mão para trás antes de seu aperto aumentar em resposta ao apelido estúpido.
"Sim, é uma longa história," disse ele, enquanto segurava o elevador aberto para Jason. "Diga, você se importa se eu for junto para sua entrevista? Emma e eu continuamos tendo que remarcar nossa reunião de costume e estou morrendo para ver como ela está vindo com a história."
"Hum, claro," Jason disse, parecendo um pouco inseguro pela primeira vez, enquanto seguia Alex pelo corredor. "Então, você trabalha... qual é o nome da revista? A única femini..."
"Stiletto,"Alex disse, parando na frente da porta de Emma. "E sou realmente apenas o editor-chefe interino, enquanto o verdadeiro patrão está de férias."
"Huh." Jason disse. "Isso deve ser..."
"Surreal? Confie em mim, é," disse Alex.
Então ele bateu na porta de Emma.
A reação dela quando o viu em pé ao lado de Jason foi tudo o que ele esperava. Descrença. Aborrecimento. Alarme.
"Olha quem eu encontrei no elevador," Alex disse, descansando um braço em seu batente da porta e inclinando-se apenas ligeiramente.
Seus olhos se estreitaram. "Que prazer."
"Muito,"disse Cassidy. "Nós tivemos muito para falar. Muito em comum, na verdade."
Emma deu um passo para o lado para um Jason com aparência intrigada poder entrar.
Ela começou a fechar a porta para Alex, sem outras palavras, mas ele parou-a com a palma da mão. "Eu pensei que poderia me sentar e participar."
"Não," ela disse, tentando fechar a porta novamente. "Literalmente, não há chance disso."
"Emma," disse ele, sua voz de bajulação e talvez um pouco condescendente. "Eu não tenho recebido os relatórios de progresso de suas histórias que tenho de todos os outros."
Ela olhou para Jason, que tinha tido o bom senso de sentar-se na sala de estar, em vez de escutar.
Emma virou-se para que ela pudesse enfrentar Alex de frente, um passo à frente para que eles estivessem cara a cara. "Que diabos está fazendo?"
"Supervisionando meu funcionário."
"Não seja um burro, Cassidy. Você disse que se eu escrevesse essa história idiota você ficaria fora do meu negócio."
"Se todos os seus ex-namorados são tão sem graça quanto este, não haverá uma história," ele sussurrou de volta.
"Não se preocupe, eles não são todos sem brilho," ela atirou de volta. "Na verdade, tem um verdadeiro imbecil no grupo e ainda estou debatendo se ele é digno de ser mencionado..."
Ele colocou a mão na cintura dela para levá-la de lado enquanto entrava no seu apartamento, ignorando tanto a sua ingestão aguda da respiração com o contato e seu próprio desejo inexplicável para manter a mão em sua cintura. Puxá-la para mais perto.
Alex deixou cair sua mão, apertando o punho em reação e passou por ela, concentrando sua atenção sobre Jason. "O que podemos lhe oferecer para beber?" Ele perguntou em voz de homem que teve Emma eriçada atrás dele.
"Água seria ótimo," disse Jason.
O relacionamento de Jason com Emma deve ter sido um inferno de muito mais pacífico do que com Alex se o homem queria água. Caminhou para a geladeira como se fosse dono do lugar, retirando um filtro de água e pesquisando em torno até que encontrou um copo.
"Tem certeza que isso é tudo que você quer?" Alex perguntou enquanto derramou. "Eu vou ter um copo de vinho."
"É você, agora?" Emma disse ambas as mãos nos quadris. Ela estava usando um vestido de cor bege de gola alta, manga comprida e teria sido nem um pouco como o inferno se não abraçasse seu corpo em todos os lugares certos.
"Um pouco de vinho seria ótimo," disse Jason, com a voz ligeiramente aliviada.
Emma deu a Alex um último olhar antes de ir para um pequeno rack de vinho ao lado da mesa de jantar e puxar para fora uma garrafa.
Ela empurrou-o para o peito de Alex antes de dar a Jason um sorriso suave e doce que Alex não conseguia se lembrar de ver nela... nunca.
"Jace. Eu mal tive a chance de dizer Olá! Como você tem estado?"
Ela caminhou em direção a seu ex com os braços abertos, e Alex esfaqueou o saca-rolhas na parte superior do frasco com mais força do que o necessário, enquanto os dois trocaram um longo abraço. Isso demorou.
Emma fez um gesto para ele se sentar em uma das cadeiras, e ela se sentou no sofá em frente a Jason, cruzando as pernas. Alex não achava que ele estava imaginando a forma como o olhar de Jason agarrou a forma magra de Emma.
Idiota.
Ele serviu três copos e levou-os para a sala onde colocou para Jason sobre a mesa na frente dele antes de levar um para Emma. Forçando-a a pegar e tocar sua mão.
Ela era inteligente, porém, e usou dois dedos para pegar o copo, evitando seu contato completamente.
Emma provavelmente teve a ideia certa, evitando seu toque, mas Alex ainda estava fervendo com a mesma inquietação com a raiva que tinha estado incomodando ele durante todo o dia. Então, para puni-la, puni-los os dois, ele deliberadamente se sentou ao lado dela no sofá. Apenas perto o suficiente para que seu braço tivesse que escovar o seu quando ela deixou seu copo de vinho na mesa para chegar a seu caderno.
Ela se moveu para longe dele, sob o pretexto de cruzar as pernas para o outro lado, e Cassidy quase sorriu enquanto tomava um gole de vinho.
Simples e sorrindo, é tudo o que você deseja para Jason, querida. Aposto que ele não faz o seu, hum, corpo agir assim.
"Então, como isso funciona?" Perguntou Jason, aparentemente alheio às correntes entre Alex e Emma.
"Bem, a primeira coisa, a saber, é que eu absolutamente não vou, em qualquer ponto do artigo, fazer referência ao seu nome ou quaisquer detalhes que levariam de volta para você. Sua própria mãe não saberia de que estava falando de você."
"Uma pena," disse ele com uma piscadela. "Mamãe sempre gostou de você."
Você tem que estar brincando comigo, Alex pensou.
Mas Emma aparentemente não reconheceu a linha para o que era, e simplesmente riu. "Eu sempre gostei dela, também. Dê-lhe o meu melhor. Ok, então tenho apenas três perguntas básicas que você poderia responder da forma mais honesta possível, sem medo de ferir os meus sentimentos."
"Ok", Jason disse, tomando um gole de vinho. "Vamos lá."
"Qual foi a sua reação instintiva quando recebeu um email meu pedindo para esta reunião?"
Emma não olhou para baixo em seu caderno quando perguntou e a questão rolou a língua como se ela tivesse perguntado várias vezes antes. O que ela provavelmente tinha. Pela primeira vez, Alex questionou seu próprio julgamento sobre atribuir a ela uma história que poderia colocá-la em contato com homens que ela tinha saído. Beijou. Dormiu.
Talvez até mesmo amado.
"A primeira reação?" Disse Jason, arranhando seu rosto de braços cruzados. "Terror."
Emma riu, surpresa. "Eu admito que foi a primeira vez que recebi essa resposta em particular."
"Bem, provavelmente porque nenhum dos seus outros exes estão atualmente empenhados com uma ruiva," disse Jason com uma piscadela. "Meu primeiro pensamento foi que Gretchen iria me matar por me encontrar com uma das minhas ex-namoradas."
Alex tomou outro gole de vinho para esconder sua surpresa. Jason estava em um relacionamento. Um relacionamento sério. E Emma não parecia nem um pouco perturbada.
"Parabéns," disse ela, inclinando-se sobre a mesa para apertar sua mão. "Eu estou tão feliz por você."
Alex olhou para seu perfil. Ela parecia feliz, genuinamente assim, que o encheu de... alívio? Que foi desarrumada. Por que ele ficaria aliviado de que Emma não se rompeu sobre um amante antes de se casar com outra pessoa?
"Obrigado," disse Jason, sorrindo. "Aconteceu rápido, mas ela e eu nos relacionamos na escola, e voltamos a nos encontrar, e... apenas funcionou."
Ela sorriu. "Estou feliz. Ok, então mesmo com esse terror, porém, você ainda veio me ver?"
"Eu fiz. Falei para Gretch, e acontece que ela é uma grande fã da Stiletto. Estava emocionada com a ideia de que eu poderia ser parte de uma história."
Emma tomou um gole de vinho e escreveu algo. "Ok, bem, então pelo amor de Gretchen, tenha em mente que absolutamente não vou mencionar o seu nome em conjunto com esta pergunta seguinte, então... O que você mais se lembra sobre o nosso tempo juntos? Pode ser um momento ou uma memória, ou apenas um sentimento."
Alex ficou tenso. Ele não queria ouvir sobre o tempo de Emma com este homem. Ou qualquer homem.
Como diabos ele tinha pensado que participar dessa reunião estúpida seria uma boa ideia?
Jason rodou seu vinho enquanto pensava sobre isso. "Lembro-me da leitura."
"Leitura," repetiu Emma.
Ele encolheu os ombros. "De boa maneira, eu lhe garanto. Mas tivemos aquela manhã de domingo..."
Jason se interrompeu, como que envergonhado, e Emma sorriu encorajadoramente. "Eu lembro."
Alex mudou no sofá, percebendo o seu erro em estar aqui, a cada segundo.
"Nós dormimos. Íamos para a Starbucks, a livraria, quando abria, e nós procurávamos por uma hora, às vezes mais..."
"Mas nunca comprávamos nada," disse ela, levantando um dedo. "Não, a menos que realmente, realmente não tivéssemos nada em casa para ler."
Jason riu com a lembrança. "Certo. O preço que pagamos por minúsculos apartamentos em Manhattan."
"Na verdade, o preço de um apartamento em Manhattan é, de fato, o preço real da renda," Alex assinalou. "É uma das maiores cidades do custo de vida no país."
Jason lhe lançou um ‘que diabos?’ Olhar e Emma virou a cabeça para dar-lhe um olhar fulminante.
Alex deu de ombros. "Estou apenas dizendo."
Emma virou-se para Jason. "E então nós íamos para casa e líamos. Por tanto tempo como queríamos, sem culpa."
Jason assentiu. "Sim. Sim, eu me lembro disso."
Um momento de silêncio se passou e Alex sentiu uma pontada de ciúme desconfortável, não apenas fora do ciúme territorial instintivo que um homem tem sobre a partilha de uma mulher com outro homem, mas no cotidiano do tempo de Jason e Emma juntos.
O pensamento de Emma ter passado tranquilas manhãs de domingo em livrarias com alguém... bem, inferno. Alex gostava de livrarias. Adorava ler. Amaria nada mais do que ler com...
Ele afastou o pensamento.
Emma escreveu alguma coisa em seu caderno e depois olhou para cima novamente enquanto tomou outro gole de vinho. "Tudo bem, Jace, pronto para a parte mais difícil?"
"Absolutamente."
"Por que nós terminamos?"
Alex levantou as sobrancelhas para a franqueza da pergunta, mas, em seguida, era Emma, para si mesmo. Para o ponto, mesmo quando você não quer que ela fique.
Jason franziu os lábios. "Foi mútuo, lembro-me disso. Estávamos jantando em um restaurante tailandês e começamos a conversar e juntos... decidimos que não estava funcionando. Estou lembrando certo não é?"
Ela assentiu com a cabeça. "Sim. Bastante. Sem xingamentos ou explosões."
O que, nenhum anel de noivado atirado na cabeça dele? Cassidy pensava.
"Você se lembra de alguma coisa?" Perguntou Emma. "A razão ou o catalisador?"
Jason olhou para o vinho e deu uma risada nervosa. "Então, eu nunca te disse isso..."
Emma se inclinou para frente, lápis na mão, e Deus o ajudasse, Cassidy tinha certeza que ele se inclinou para frente, também.
Jason passou a mão pela parte de trás do seu pescoço. "Bem, cerca de uma semana antes que nos separamos, você e eu tínhamos ido para a biblioteca- a grande, na Quinta - só para olhar em volta, para se divertir..."
O que aconteceu com os dois e seus encontros de livros românticos?
"De qualquer forma, houve um casamento que estava acabando. Um grande caso e feliz, com todas as damas de honra em vestidos e um grande vestido de noiva, e muitos gritos animados enquanto faziam suas fotos, ou qualquer outra coisa..."
Alex sentiu Emma congelar, e ele tinha a estranha vontade de pegar a mão dela.
Ele não o fez.
Mas ele queria.
"Então, eu estava, não sei... tenho uma grande família e sempre imaginei um grande casamento assim. E perguntei-lhe como você imaginava seu casamento. Não no tipo de forma de proposta, apenas uma conversa casual, sabe?"
Emma assentiu, embora ela não se movesse. Não tinha escrito uma única palavra.
"Você disse que não queria se casar. Nunca," Jason disse seu tipo de voz calmo, em vez de acusatório. "E não é como se eu tivesse sido secretamente nomeando nossos filhos e a caça de casa nos subúrbios, mas..."
"Mas você queria se casar algum dia," Emma terminou por ele.
"Sim." Jason sorriu. "Definitivamente sempre me vi indo para a rota de a esposa e filhos, você sabe?"
"Bem," disse ela com um sorriso forçado. "Você está quase lá! Quando é o grande dia?"
"Não a seis meses," disse Jason. "Eu não percebi o que um grande casamento implicava até que conheci Gretchen. Há degustação de bolo e flores e arranjos do assento e decisões- restauração."
"Sim, é uma loucura," Emma interrompeu sua voz só um pouquinho afiada. "Tão feliz por você! Ok, então essa foi à última das minhas perguntas oficiais, mas se há alguma coisa que você deseja adicionar, algo sobre o nosso relacionamento, de mim..."
Jason balançou a cabeça enquanto colocou seu copo de vinho na mesa de café. "Só que você está linda. É adorável. Você está saindo com alguém especial?"
"Não. Não no momento."
Jason ficou de pé, e Emma e Alex também. Jason se dirigiu para a porta da frente e Emma seguiu para fora.
Alex pegou todos os três copos de vinho, perdido em pensamentos. Ele não tinha certeza de como se sentia sobre isso. Qualquer coisa disso.
Ele começou a dirigir-se para a cozinha quando Jason fez uma pausa no processo de encolher os ombros em sua jaqueta. "Você sabe, há outra coisa que pensei por meses depois que terminamos," disse Jason.
"Sim?" A voz dela tinha um brilho artificial.
Jason abriu a porta da frente e olhou para ela, seu sorriso arrependido. "Eu queria poder ter feito você sorrir mais. O grande, tipo genuíno, que faz seus olhos dobrarem e todos os dentes aparecerem."
Emma soltou uma risadinha. "Parece que estou ouvindo muito isso."
O olhar de Alex voou para seu perfil ao ouvir isso. Ela não tinha sorrido para os seus outros namorados? Ele pensou de volta. Ele pode se lembrar dela rindo o tempo todo. Seu sorriso largo, os olhos rindo. Ela era tímida, por isso tinha tomado algum tempo para ia abaixo da superfície para ganhar um sorriso verdadeiro Emma, mas uma vez que ela tinha confiado em você, ela tinha sido tão fácil de fazer feliz. Ambos tinham sido felizes, banqueteando-se com a risada um do outro.
Aparentemente, esse tipo de alegria sem esforço era algo que ela tinha eliminado.
Ou talvez, destruído.
"Bom conhecê-lo," disse Jason com uma onda para Alex.
Alex levantou a mão em resposta, afastando-se antes do abraço de adeus.
Quando ela voltou para a cozinha, ela jogou o caderno em cima do balcão e levado os dedos em seu cabelo.
Ele coçava para ir com ela... para aliviar, de alguma forma, o cansaço dela. Mas ele não sabia como. Não sabia se ela queria.
"Feliz agora?" Perguntou ela. "O artigo esta se movendo ao seu agrado?"
Não, por um tiro longo.
"Eles são todos assim?" Perguntou. "As reuniões, eu quero dizer?"
Ela soltou os cabelos, apoiando as palmas das mãos contra o balcão. Ele culminou a taça um pouco e empurrou-a em direção a ela, mas ela não chegou para ele.
"Jason foi o quinto até agora. E, sim, eles são todos praticamente o mesmo. Alguma memória inócua. A separação morna. E o pronunciamento que tudo foi chato e sem graça toda a relação de maldição."
"Emma."
Ela olhou para cima. "Todo relacionamento, Cassidy. Cada indivíduo tem dito a mesma coisa sobre mim sem sorrir. Eu sorrio. Não é?"
Ele responde. "Eh, agora você não está."
"Bem, claro que não, é você," ela disse com um bufo, pegando seu copo.
E por algum motivo sorriu.
Ele preferia a Emma de mal-humorado a Emma com falso sorriso.
"Posso te perguntar uma coisa?" Perguntou ele, seguindo-a para a sala onde ela se jogou sobre o sofá em um gesto bastante contrario da Emma de sempre.
Ela grunhiu seu consentimento, e ele sentou-se na cadeira que Jason tinha estado, inclinando-se com o copo de vinho entre as mãos grandes.
"A coisa toda de nunca-casar que Jason mencionou... eu fiz isso para você?"
Os olhos de Emma foram aos dele, mas ela não se sentou. "Você quer se casar algum dia?"
Ele hesitou. "Não tenho pensado muito sobre isso, mas... não. Não é realmente parte do meu plano de jogo."
Não mais.
Ela deu um sorriso triste e fechou os olhos. "Bem, então, lá vai. Eu diria que nós fizemos isso um para o outro, você não acha?"
Capítulo 13
"Sim," Alex respondeu a batida na porta de seu escritório.
Ele olhou para cima e ficou surpreso e ainda não em tudo por ver Cole Sharpe de pé em seu portal. Cole tinha essa forma de estar em todos os lugares que não era esperado, enquanto conseguindo ficar sumido sempre que Alex ia procurá-lo. Era um presente.
"De que reunião estou deixando de participar desta vez?" Perguntou Cole, entrando sem ser convidado.
"Grace Malone," Alex disse, olhando para o relógio. "E nem sequer me diga que ela está sorrateiramente na escada com Jake. Será que aqueles dois esperam até que eles deveriam encontrar-se comigo para ir busca-lo?"
As sobrancelhas de Cole mexeram. "Talvez pensando te deixar com tesão."
"Eu lhe asseguro que não é o caso," disse Jake, da porta.
Ele também entrou sem ser convidado, tomando a cadeira ao lado de Cole, enquanto jogou uma pilha de papéis sobre a mesa para Alex.
"O que é isso?" Ele olhou para os documentos.
"As notas de Grace para a sua história."
"Por que ela não deu-as a mim por si mesma? Nós deveríamos ter uma reunião."
"Eu estou sequestrando seu tempo."
Alex abriu a boca para protestar, mas Jake cortou. "Confie em mim. Poupe sua história. Ela não precisa de uma babá. E tudo que você acha que sabe sobre sexo oral, eu lhe asseguro, Grace sabe mais."
O que, fechou Alex. Ele realmente, realmente não queria falar com a esposa de seu melhor amigo sobre a doação de cabeça.
Ele empurrou os papéis de lado para ler mais tarde. Como em nunca mais.
"Existe algum tipo de crise que eu deveria estar ciente?" Perguntou Alex.
"Na verdade, sim," disse Jake.
Alex apertou a ponte de seu nariz. "E agora? O novo editor de cópia não está dado certo?"
"Ela está trabalhando muito bem," Cole interrompeu. "Ela é bonita."
Alex sacudiu a cabeça. "Não seja grosseiro."
"Eu não disse que ia bater nela," Cole protestou. "Mas ela é bonita."
Alex voltou sua atenção para Jake, pegando uma caneta e clicando sobre ela. "Então, qual é o problema?"
Jake olhou para a caneta e levantou uma sobrancelha. "Você foi... oh, qual é a palavra que estou procurando, Cole?"
"Mal humorado?"
"Sim," Jake disse, estalando os dedos. "Mal humorado."
Alex parou de clicar por meio segundo antes dele retomar. "Mal humorado."
"Irritável? Insuportável?" Disse Cole, inclinando a cabeça como se a considerar a nova escolha de palavras. "Não, eu tenho. Intratável."
"Sim!," Disse Jake com um aceno. "Você está rabugento."
"Isto é o que eu ganho por trabalhar com um grupo de jornalistas. Cinquenta sinônimos para minha irritação sobre as pessoas que interrompem meu dia de trabalho."
Cole e Jake olharam um para o outro. "Bilioso?" Disse Cole.
"Agradável," Jake respondeu, estendendo a mão para a colisão do punho Cole.
"E vocês dois, palhaços, pensaram que isso ia ajudar meu humor?" Perguntou Alex. "Vir aqui e me atormentar sobre isso? Se sou pavio curto é porque não há horas suficientes no dia para executar duas revistas."
"Não, não é isso," disse Jake depois de considerar.
Alex não mordeu, em tudo, o que eles estavam dançando ao redor. Não queria o humor deles.
"Não se preocupe, chefe," disse Cole, deslocando-se para pescar seu celular do bolso para olhar a hora. "A ajuda deve chegar a qualquer minuto."
"Ajuda para o quê?" Alex perguntou impotente quando se tornou claro que não iriam recuar.
"A fonte do seu mau humor." A nova voz veio da porta, e Cassidy olhou para cima para ver mais um de seus repórteres da Oxford.
Lincoln Mathis passeava no escritório de Alex como se fosse dono do lugar, e já que não havia mais cadeiras disponíveis, ele apoiou um quadril no lado da mesa de Alex antes de virar seu celular para a pilha de documentos que Alex tinha estado olhando.
"O que é isso?" Alex perguntou, olhando para o telefone.
"A versão do homem moderno do livro negro," disse Lincoln.
Alex olhou para o colunista de sexo e mulheres. Lincoln Mathis tinha começado na revista apenas alguns meses após Alex juntar-se, assumindo o departamento de Relações após Jake começar a viajar. Mas apesar de seu relativamente curto mandato, Lincoln tinha rapidamente se estabelecido como o coração e alma da revista, rivalizando com Jake na reputação e charme. E Cole, mas Cole não totalmente conta devido à sua condição de contratado.
A reputação de Lincoln com as mulheres era lendário. Cabelo castanho, olhos azuis e sempre pronto como uma linha, Lincoln era exatamente o tipo de cara que outros homens esconderiam suas mulheres.
Alex colocou três dedos no telefone e deslizou de volta através da mesa em direção a Lincoln.
Lincoln empurrou-o de volta. "Cara, Jake e Cole estão certos. Você precisa disso."
"Precisa de quê?"
"Ficar com alguém," disse Lincoln, enfatizando na última palavra.
Alex olhou ao redor de seu escritório, para os outros homens. "É disso que se trata? Você acha que eu sou Curt..."
"Rabugento," Cole interrompeu.
"Porque estou com tesão?" Alex perguntou, ignorando a interrupção de Cole.
"Definitivamente," Jake disse com um aceno de cabeça.
"Eu não estou." Alex moeu fora. "Só estou sozinho um par de semanas. Nem mesmo. Não sou tão licencioso que não posso ir tanto tempo sem uma mulher.”
"De modo geral, isso é provavelmente verdade," disse Jake. "Mas por qualquer motivo, a sua tolerância para a abstinência está muito baixa ultimamente. Desde aquele jantar, na verdade."
Alex encontrou o olhar de Jake e viu a partir da expressão do outro homem que Jake achava que sabia exatamente por que Alex tinha estado um pouco irregular recentemente.
Alex apertou os olhos para indicar que Jake não sabe de nada.
Se Grace tinha plantado algum lixo no cérebro de seu marido sobre Alex ser pendurado sobre Emma, era problema de Jake.
Alex não ia dignificar isso com uma resposta.
"De qualquer forma," disse Lincoln, "é aí que eu entro. Não sei se você sabe disso, mas tenho essa habilidade bastante impressionante de ter excelentes relações com todas as mulheres, mesmo aquelas com quem já dormi com..."
"Ele realmente tem essa habilidade," Cole interrompeu. "É irritante. Toda garota que durmo quer me matar depois."
"Isso é porque você escorrega para fora da cama de manhã e deixar uma Nota de Post-it ‘Obrigado, baby’ sobre o travesseiro," disse Jake.
"O mesmo acontece com Mathis!" Disse Cole, apontando. "E, inferno, assim como você, antes de conhecer Grace."
Jake ignorou isso, desviando a atenção de volta para Alex.
Mais uma vez, Alex empurrou o telefone de volta para Lincoln. "Eu não estou indo para percorrer a lista de contatos e escolher uma mulher ao acaso."
"Claro que não," Lincoln disse em uma voz suave. "Nós estamos indo para usar a minha experiência para encontrar uma mulher para você. Agora. Fale com o tio Lincoln. Desde que você e eu não saímos muito fora do escritório, vou ter de saber um pouco sobre o seu tipo."
"Ele gosta delas altas," disse Cole. "Mas não altura de modelo."
"Slim," Jake acrescentou: "Mas não modelo magra."
"Entendi, então não há modelos," disse Lincoln, seu polegar rola sobre sua tela. "E quanto a atrizes?"
"Não, muito vistosa," disse Jake. "Ele gosta das espertas."
"Sofisticada inteligente, ou inteligente e normal?" Perguntou Lincoln. "Porque há esta menina bonita que eu costumava sair..."
"Inteligente sofisticada," disse Cole. "Sua namorada era uma advogada ou algo assim."
Alex começou a clicar a caneta sério. "Eu posso achar minhas próprias mulheres."
Lincoln deu um olhar condescendente. "Isso deve ser difícil. Vendo como você nunca sai desse escritório damn."
"As mulheres vêm a este escritório," Alex atirou de volta.
"Sim, mas todas elas trabalham para você, e algo me diz que você não faz esse tipo de coisa."
Ele fez. Ele definitivamente fez. Bater sobre os trabalhadores não era uma opção. Sempre.
E tanto quanto ele odiava a admiti-lo, esses três imbecis estavam certos sobre uma coisa. Alex estava se sentindo inquieto recentemente. E ele estava gastando tempo demais neste escritório, olhando para a tela do computador, alternando entre ler sobre sombra brilhante de olho (Stiletto) e a maneira correta de fazer pull-ups (Oxford).
Uma distração seria bem-vinda. Uma distração do sexo feminino seria incrivelmente bem-vinda. Mas não assim.
"Eu não estou pegando um de seus restos," Alex rosnou para Lincoln.
Lincoln olhou para cima. "E uma que eu não tenha dormido ainda?"
"Não."
"Estou falando sério. Eu nem sequer saí com essa uma mulher, o que seria ótimo para você. Eu sai com sua amiga, mas então tenho seu número de telefone, bem já que ela é uma contadora e eu estava à procura de uma."
"Não," disse Alex, voz entediada.
Lincoln entregou seu telefone. Estava na página do Facebook da uma mulher. Ela tinha características quase de elfo, cabelo castanho pequeno e ondulado, um sorriso amigável e os olhos verdes inteligentes.
Ela parecia... normal. Como alguém que pudesse falar.
"Alisha, o nome dela. Juro por Deus que ela não é uma pessoa estranha," disse Lincoln.
Alex hesitou por apenas um segundo antes de entregar o telefone de volta. "Não."
Ele pegou sua caneta. Clicando.
Lincoln deu de ombros como se não importasse a ele e afastou-se da mesa, andando em direção à porta. "Como quiser."
Cole e Jake também se levantaram, virando as costas para ele.
"Cruz," Jake pensou, alto o suficiente para Alex ouvir. "O homem está com raiva."
"Fodido," Cole elevou-o.
"Ei, você mandou um texto a Emma a cerca de sexta-feira?" Jake perguntou a Cole. "Ela disse a Grace que gostava de italiano, por isso Babbo é uma aposta segura, mas você provavelmente deve confirmar com ela. As mulheres gostam quando você fala diretamente com elas."
Alex clicou a caneta mais rápido.
"Eu sei o que você está fazendo,” ele chamou atrás deles. "Não vai funcionar."
Nem dos homens viraram e Alex jurou suavemente.
Cole não iria realmente a um encontro com Emma.
Iria?
Cole era um amigo e iria violar todos os tipo de código bro. Exceto... Alex tinha saído do seu caminho para os próximos anos mostrando que o passado dele e de Emma estava apenas no passado, para que ele pudesse culpar Cole por pensar que ela era um jogo justo?
Sim. Sim, ele poderia culpar Cole absolutamente.
E ainda... não havia absolutamente nada que ele pudesse fazer sobre isso. Nada do que ele devesse querer fazer sobre isso.
Emma não era sua. Não mais.
E se o pensamento de Cole tocando-a fez querer espetar a caneta em sua artéria femoral, com certeza que era completamente compreensível e normal.
Alex jogou a caneta de lado. Porra.
Então ele se levantou, indo em busca de Lincoln. Talvez ele queira o número do telefone dessa Alisha.
Capítulo 14
Depois de uma tarde miserável de retirar o resto de suas coisas fora de seu antigo apartamento (Riley estava certa, fede a mofo), Emma não podia sequer pensar em ser sociável.
Mas depois de uma semana de ter um fluxo constante de ex-namorados que entram e saíram do apartamento de Camille, nem ela conseguia tolerar a ideia de ficar enfiada no apartamento.
Então Emma fez o que qualquer mulher autoconfiante faria com uma noite de sábado livre em Manhattan. Ela levou-se para jantar.
"Apenas um." ela disse sorrindo para a dona do Café Luxembourg, o bistrô francês agitado e cada vez mais popular em Seventieth e Amesterdã.
"Claro."disse a Senhora, não perdendo uma batida. "Provavelmente vai levar de cerca de 30 minutos para uma mesa sem reservas, mas há um par de pontos abertos no bar."
"Bar é perfeito," disse Emma, pendurando o casaco no cabide perto da porta.
Um minuto depois, Emma foi se estabelecendo com o menu e carta de vinhos quando sua noite perfeita derrapou em um impasse.
Na outra extremidade do bar estava Alex Cassidy.
Que estava com uma mulher.
Emma olhou para baixo e seriamente considerado sair, embora ela imediatamente repreendeu-se pelo pensamento. Desde quando ela tinha deixado à presença de Alex Cassidy interferir em sua vida?
E desde quando ela se importava que ele estivesse saindo com alguém?
Os olhos dela foram de volta para eles. Ela só podia ver o perfil de Cassidy, e ele principalmente se afastou dela, mas a mulher estava principalmente voltada para Emma.
Ela era bonita, de olhos arregalados, tipo de caminho sério. Seu cabelo castanho era na altura dos ombros e ondulados, os olhos arregalados e amigáveis. Ela usava uma camisa casual azul marinho desproporcional que era ao mesmo tempo elegante e confortável. Não havia nada desleixado sobre ela. Nada do que Emma poderia criticar. Ela parecia alguém que Emma mesma seria amiga.
"Boa noite," disse a bartender, capturando a atenção de Emma. "Desculpe a espera; é sempre louca nos fins de semana. Vou pegar um pouco de água- você precisa de mais algum tempo com a lista de vinhos?"
"Na verdade, estou procurando uma recomendação," disse Emma, tentando ignorar Alex e sua nova mulher completamente. "Estou no clima para um branco, algo forte, mas não demasiado azedo e não estou familiarizada com qualquer um dos seus."
A bartender se inclinou para frente, olhando para a lista enquanto pensava. "Deixe-me te dar um exemplo do Albariño." disse ela. "É espanhol, e um dos meus favoritos."
Ela serviu a Emma uma pequena amostra, que ela bebeu e amou. "Perfeito."
"Qualquer coisa para comer?" A bartender perguntou enquanto derramou a Emma um copo cheio.
"Eventualmente, sim. Não cheguei ao menu de comida ainda. "
"Leve o seu tempo," disse a bartender, colocando a rolha de volta na garrafa. "Eu sou Jana, se você precisar de alguma coisa."
"Obrigada," disse Emma, devolvendo o sorriso.
Como Jana foi ajudar outro cliente, Emma deixou o olhar ir para trás, para Cassidy e seu encontro. Eles foram embora, e Emma disse a si mesma que estava aliviada. Aliviada que ele não a tinha notado. Aliviada, ela não teria que vê-lo colocar os movimentos em outra mulher.
Mas então ela começou a pensar sobre onde eles poderiam estar agora, e não ficou nada aliviada. Será que ele levou a mulher de volta para o seu apartamento?
Será que ele vai para o dela para uma ‘bebida’?
Será que eles...
"O hambúrguer é incrível aqui."
Emma saltou e girou para ver Cassidy em pé atrás dela. Ele estava vestindo um terno escuro, menos o empate, e sua camisa branca estava desabotoada apenas o suficiente para que ela pudesse ver o oco de sua garganta. Seu olhar permaneceu naquele lugar por muito tempo, lembrando que o tinha experimentado.
"O hambúrguer?" Ela repetiu em silêncio. Onde estava seu encontro?
"Com queijo. E batatas fritas, claro. Confie em mim, vale a pena cada grama de gordura."
Emma acenou com a cabeça, os olhos varrendo atrás dele para a Miss os olhos verdes e grandes.
"Ela foi para casa," disse Cassidy. Ele acenou com o queixo na direção do banco do bar ao lado dela. Levantou uma sobrancelha.
Emma silenciosamente mudou sua bolsa para abaixo para encontrar um gancho sob a barra, mesmo enquanto se perguntava o que diabos estava fazendo. Este era para ser um jantar-solo, não jantar-com-o-ex.
E, no entanto, quando ele tirou o paletó, pendurando-o no gancho na parede ao lado deles antes de se sentar ao lado dela, parecia... certo.
E então algo ainda mais estranho aconteceu. Emma observou enquanto Alex desabotoou as mangas de sua camisa, rolando-as logo abaixo dos cotovelos para expor seus magros antebraços cobertos de pelos. Era como se ela pudesse ver a tensão desaparecer lentamente de seu corpo.
Ela realmente assistiu como Alex Cassidy relaxou ao seu lado.
Como se aqui, sentado neste banco do bar ao lado dela era onde ele poderia ser mais ele mesmo.
Ainda mais alarmante foi que ela sentia o mesmo. Como se depois de uma longa semana, isso fosse o que ela precisava.
Ela balançou a sensação fora.
"Primeiro encontro ruim?" Perguntou ela.
"Nah," disse ele, estendendo a mão para seu vinho e tomando um gole. "Somente... não muito bem, sabe?"
Ela assentiu com a cabeça.
"Como o seu?" Perguntou.
"Como o meu o quê?"
Ele olhou para ela. Os olhos eram puro aqua hoje. "Seu encontro de ontem à noite."
Ela franziu a testa. "Eu não fui a um encontro na noite passada."
Ele se mexeu em seu banco para olhar para ela. "Com Cole. Cole Sharpe. Vocês foram para o Babbo?"
Emma sacudiu a cabeça. "Eu gosto de Cole bem o suficiente, mas nunca estive em um encontro. Ele nunca sequer perguntou."
Para sua surpresa, Cassidy soltou uma gargalhada, passando a mão sobre o rosto. "Esses paus." Ele ergueu a mão para chamar a atenção da bartender. "Eu preciso de uma bebida. E comida. Você está com fome?"
"Sim, mas você simplesmente não comeu com, hum..."Emma acenou com a mão na direção onde Cassidy e seu encontro tinha estado sentado.
"Alisha. E não, nós apenas tomamos um drinque. Eu não tendo a fazer o jantar no primeiro encontro. Demasiada de um compromisso até saber se você combina."
Emma fez um movimento de rotação com o dedo. "Quer repetir isso na sua cabeça? Veja se você percebe como idiota parece, pela segunda vez?"
"Hey, Jana," Cassidy disse a bartender, ignorando Emma. "Que tal um copo de qualquer coisa que estava tomando antes. Estava ótimo."
"Vindo acima," disse Jana com um sorriso. Ela não teve que ver onde Cassidy estava sentado antes, nem a sua ordem de bebida. Mulheres lembram-se de homens como Cassidy.
"Você está me dizendo que nunca vai para o jantar no primeiro encontro?" Disse Emma, ainda não pronta para deixar cair o assunto. Às vezes, o vislumbre do cérebro masculino era fascinante. Fascinante e terrível.
"Bem, eu costumava fazer," disse ele. "Em meus vinte anos, quando pensei que tinha todo o tempo do mundo para comer e beber todas as mulheres do mundo. Mas agora? Um fim de semana com a noite livre é raro. Um grande primeiro encontro é ainda mais raro. As chances deles se sobrepõem? Quase nulas. Por que arriscar?"
Emma sacudiu a cabeça. "Por que sair com esta Alisha, em primeiro lugar, se ela não garante o jantar?"
"Eu não sabia que ela não garante o jantar, porque não tinha conhecido ela," Cassidy disse distraidamente enquanto pegou o menu de comida. "Foi uma armadilha."
"De quem?"
"Pessoal no escritório. Ela estava na lista de tarefas de Lincoln Mathis, mas ele finalmente me deu o primeiro tiro."
Emma se abanou. "Desejo que eu pudesse conseguir um lugar na lista de tarefas de Lincoln Mathis."
Cassidy deu-lhe um olhar sombrio.
"O que? Seu repórter estrela é quente."
Cassidy sorriu seus agradecimentos para Jana pelo vinho. Ele começou a tomar uma bebida, mas, em seguida, ergueu a taça.
Ela levantou a dela em resposta. "O que estamos brindando?"
Cassidy fez uma pausa. "Para ser capaz de se sentar aqui com alguém que eu não tenho que impressionar."
Emma riu de surpresa, mas tilintou o copo de qualquer maneira. "Sério?"
"Bem, veja, isso é o que eu gosto sobre nós, Emma. Nós ignoramos um ao outro quando queremos ignorar. Que é a maior parte do tempo. Mas quando estamos em órbita um do outro, há algo quase calmante sobre sair com alguém que já é indiferente a você. Você não pode realmente estragar nada, sabe?"
Emma pensou sobre isso enquanto tomava um gole de vinho. "Eu não sei se isso é verdade. Há piores locais que poderiamos afundar, certo? Partir da indiferença ao ódio total?"
Algo brilhou em seu rosto, e ele pegou o menu novamente, em vez de satisfazer os olhos dela, como se estivesse tentando esconder algo.
Então ele pareceu mudar sua mente e olhou para ela, de qualquer maneira. "Às vezes eu acho que prefiro que você me odeie. Pelo menos então você me nota."
Tudo dentro Emma pareceu congelar. Estou vendo muito você. Você me nota?
Em vez disso, ela forçou um sorriso lento. "Bem, se você continuar abrindo sua boca sobre o nosso passado para os nossos amigos, eu provavelmente poderia reunir algum ódio."
Ele sorriu e o momento se foi. "Ei, você começou. Se fosse por mim, nós nunca falaríamos sobre isso."
"Nem mesmo um ao outro?" Ela perguntou curiosa.
"Você quer falar sobre isso?"
Emma tomou um gole de vinho. Contemplou. "Eu acho que prefiro ter o cheeseburger que você mencionou."
"Boa menina." Cassidy bateu o menu para baixo no bar e Emma estava estranhamente encantada com o olhar quase infantil no rosto.
"Portanto, se este é um primeiro encontro, mas não um jantar digno... por que diabos você está vestindo um terno?" Perguntou ela.
Ele olhou para baixo. "Eu não sei. Hábito? Será que isso não funciona? Mau movimento? Eu saltei o empate.”
"Ele funciona," disse ela um pouco de má vontade. "É apenas uma escolha estranha para alguém que é tão tímido de primeiros encontros que vai mesmo levar a mulher para jantar."
"Você está realmente pendurada sobre isso, hein?" Perguntou.
Ela encolheu os ombros. Tomou um gole de vinho.
"Emma." Sua voz estava bajulando.
Ela ignorou-o, e ele virou-se para encará-la, havia provocação no sorriso, mas não quis dizer. "Emma, querida, é que um pouco do seu antigo eu do sul que vejo agora?"
Emma franziu os lábios e ele riu suavemente. "Isto é! Diga-me, quantas pessoas sabem que sob o gelo da princesa de Manhattan encontra-se uma debutante do sul?"
"Ninguém," ela retrucou. "Porque eu não sou aquela garota mais."
"Que garota?" Ele pressionou. "Aquela cujo baile de debutantes que compartilhou com sua irmã gêmea foi tão elaborado que rivalizava com casamentos da maioria das mulheres?"
"Você não estava mesmo lá para o baile de debutantes. Foi antes de seu tempo." E você não estava lá para o casamento, também.
"Vi as fotos," disse ele. "Eu tive a ideia."
"Hey," ela disse, a voz irritada. "Só porque meus pais estavam determinados a transformar Daisy e eu em princesinhas não significa que tenho que ficar desse jeito."
Sentiu-o estudar o perfil dela. "Mas Daisy fez."
"Sim. Daisy fez. Faz," Emma corrigido. "Mesmo depois do divórcio ela ainda é tem as formas bonitas e de abençoar o seu coração."
Cassidy sorriu e o coração de Emma torceu. "Acho que meu pai teve a ideia certa o tempo todo quando tentou convencer vocês."
Seu sorriso caiu. "Emma..."
"Não, Cassidy. Não me diga que você não queria namorar minha irmã."
Ele jurou suavemente, baixando a cabeça. "Quando eu tinha vinte anos e nem sequer a conhecia. E uma vez que fiz..."
"Não importa. Você conseguiu o que queria. Um trabalho com meu pai. E uma namorada ignorante, não, uma noiva que não tinha ideia que você tinha pedido a ela para sair apenas para conseguir um emprego."
Ele apontou um dedo. "Sair, sim. Proposta, não. Isso era tudo eu."
"Foi isso?" Ela perguntou, tomando um gole saudável de vinho. "Ou foi porque meu pai não tinha intenção de entregar a sua empresa para alguém que não era da família?"
Cassidy praguejou baixinho e deixou cair o queixo.
"Emma..."
"Não," ela disse suavemente. "Por favor, não."
Então ela levantou a mão para acenar para Jana, que olhou para eles, pegou duas garrafas de vinho e fez seu caminho em direção a eles. "Recarga?" Ela perguntou, segurando o tinto para Cassidy e o branco para Emma.
"Sim, por favor," Emma e Cassidy disseram exatamente ao mesmo tempo.
"E dois hambúrgueres seria ótimo," Emma acrescentou, entregando a Jana seus menus.
Cassidy olhou para ela. "Você vai ficar para o jantar?"
Ela entendeu o que ele estava realmente perguntando: Você vai ficar para jantar comigo?
Ela levantou uma sobrancelha. "Você vai?"
Em resposta, ele virou-se para a bartender. "Podemos obter Gruyère nesses hambúrgueres?"
Quando Jana tinha reabastecido seus copos de vinho e ido dar um soco em suas ordens, Cassidy conduziu a conversa para assuntos mais seguros, e Emma deixou-o.
Não, congratulou-se com ele.
Ela supôs que, em algum momento, ela e Cassidy teriam de terminar essa conversa que começou na noite de seu jantar de ensaio. Ela não tinha certeza o que mais poderia ser dito, mas ela sabia que devia isso um ao outro para ter aquela conversa sem toda a paciência e devastação que lhes tinha sufocado naquela noite.
Mas por agora... agora ela estava disposta a compartilhar uma refeição com alguém que foi... bem, não um amigo, exatamente. Mas gastar um sábado à noite ocasional com ele pareceu estranhamente certo.
"Você já pensou em voltar?" Perguntou. "Para Charlotte?"
Emma pensou sobre isso. "Eu nunca vou dizer nunca. E papai esta lá. E, claro, Daisy. Mas... Eu acho que Nova York é minha casa agora. O que é estranho, porque sempre imaginei que Manhattan era uma coceira enquanto crescia fora nos meus vinte anos, mas..."
"Ela ficou em seu sangue," disse Alex.
"Sim," respondeu Emma. "Isto é exatamente correto. E você? Você já pensou em voltar?"
Ele ergueu um ombro. "Eu não sei para onde voltar. Meus pais não vivem em Boston mais, então não há nada para mim lá. Eles compraram um lugar na Flórida. Carolina do Norte foi de apenas uma casa por causa da faculdade e, em seguida, porque..."
"Porque é onde a empresa do meu pai estava," ela terminou por ele.
Seus olhos brilharam e ela sabia que ele queria discutir, mas, aparentemente, ele pensou melhor, porque ele apenas balançou a cabeça. "Certo, e uma vez que mandei minha carta de renúncia lá, estava em San Francisco, mas isso nunca me fez sentir bem quer..."
"E Nova York? O que parece bem?" Ela perguntou, tomando um gole de água.
Ele ficou em silêncio por alguns momentos. "Eu ainda estou tentando descobrir isso."
Para sua surpresa, Emma sentiu uma pontada estranha ao pensar que Nova York não é a casa de Cassidy do jeito que era para ela.
Sentiu uma estranha sensação de... alguma coisa... com o pensamento de ele sair da cidade. Isso tornaria sua vida mais simples, com certeza, mas ela percebeu então o quanto a guerra fria com Cassidy tinha se tornado uma parte de sua vida aqui.
"Será que sua equipe de Oxford realmente disse que eu fui a um encontro com Cole?" Perguntou ela.
Cassidy bufou. "Se você conhecesse eles como eu, você não estaria nem um pouco surpresa."
"Mas por que eles fizeram isso? Eu quero dizer... Por que mentir?"
Ele rodou seu vinho. "Porque eles queriam me convencer a convidar Alisha para sair. Eles pensaram que se eu soubesse que você estava indo a um encontro com Cole, eu tomaria medidas."
"Funcionou?"
Ele olhou para ela. "Inferno, sim, funcionou."
A admissão a surpreendeu. Ela e Cassidy tinham visto outras pessoas por anos. Até onde ela podia dizer sua vida amorosa nunca tinha tido um impacto sobre a sua, e vice-versa.
Ela queria perguntar o que havia mudado, mas não teve coragem para formar a questão. Não tinha certeza se ela queria, ou estava pronta para a resposta.
"Você não está pedindo por isso," disse ele com um sorriso irônico.
"Notou, não é?"
"Saia com quem você quiser Emma. Só não com um dos meus funcionários. Especialmente Cole. Ou Lincoln. Ou..."
Ela se irritou um pouco com o comando áspero. "Você não começa a decidir por quem eu vou me apaixonar ."
"Justo o suficiente," disse ele calmamente.
Ambos ficaram em silêncio enquanto Jana colocava os hambúrgueres na frente deles, e oh, Santa Parreira, Cassidy estava certo sobre este lugar tendo um inferno de um hambúrguer.
As batatas fritas estavam quentes e perfeitamente salgadas, o hambúrguer era suculento e confuso e decadente. Emma sentiu o suco correr para baixo do queixo e só limpou-o com o guardanapo porque estava muito ocupada, fazendo a próxima mordida.
"Bom, né?" Ele disse com um sorriso.
Ela só podia sacudir a cabeça. "Melhor refeição de uma noite de sábado."
Ele olhou para ela com surpresa. "Mesmo com a companhia?"
Ela pegou uma batata frita e mordeu-a enquanto encontrou seus olhos alarmados com a resposta que lhe veio à cabeça, mas que ela não ousou dizer.
Que esta noite estava perfeita por causa da companhia.
Capítulo 15
Na lista bastante substancial de Emma de ex-namorados, havia apenas dois que ela estava temendo falar sobre seu passado.
Um era seu vizinho muito sexy/temporário chefe/ex-noivo.
Ela ainda não tinha se permitido pensar sobre o que seria quando chegasse a hora de entrevistar Cassidy. Ela lidaria com isso quando estivesse pronta. O que pode ser nunca.
E o outro... o outro era Joel Lambert.
Eles se conheceram quando ela tinha vinte e seis anos, e saíram por dois anos, tornando-o seu relacionamento mais longo desde Cassidy.
Joel era uma parte absolutamente vital de imagem ‘ex’ de Emma.
Ela também suspeitava que ele iria ser um ex que não têm exatamente as coisas boas a dizer sobre ela.
Emma e Joel tinham se conhecido no ponto mais bonito e clichê de Nova Iorque: uma abertura de uma galeria de arte. O empregador anterior de Emma tinha conseguido um punhado de bilhetes exclusivos para funcionários depois que eles ganharam um prêmio de jornalismo de prestígio, e a irmã de Joel tinha sido amiga do artista.
Ela e Joel tinham uma coisa importante em comum: novos ao estado de Nova York, o que significava que eles fariam praticamente nada para desenvolver a sua vida social... mesmo que isso significasse uma quinta-feira a noite em uma galeria de arte em que a especialidade do artista era esculturas feitas a partir de massas secas. Sério.
Não tinha sido amor à primeira vista. Ou até mesmo luxúria. Fazia mais direto para o bar porque essa é a única maneira de sobreviver à noite.
Eles se aproximaram do bar exatamente no mesmo tempo, e feito toda coisa você em primeiro lugar, não, você primeiro.
Dois copos de Chardonnay depois, Joel tinha sugerido jantar em um lugar italiano ao virar da esquina.
Dois meses depois, eles estavam gastando quase todas as noites e finais de semana juntos.
Dois anos mais tarde, Joel tinha levado Emma para uma churrascaria ostentosa, no Rockefeller Center, e propôs em algum momento entre o filé mignon de Emma e o crème brûlée que concordaram em dividir.
Dois minutos após a proposta, ela era a única coisa entre a divisão de Joel. Ela terminou o crème brûlée sozinha.
Nenhum anel.
Sem Joel.
Ela não o culpou por estar com raiva e magoado. Ela fez uma espécie de culpa-lo pela forma como ele gritou "Você tem que estar brincando comigo!" Que trouxe a atenção inteira do restaurante para seu caminho. Não exatamente adorou ficar ali com a enorme conta para pagar então insignificante, também.
Mas ela conseguiu. Ela entendeu. Seu embaraço tinha sido nada comparado com a sua dor. E ela estava apostando que tinha recuperado seu cartão de crédito muito mais rápido do que o seu orgulho.
Mas a pior parte foi que Emma realmente não sabia que não queria se casar com Joel. Ela sabia que ele pensou que tinha jogado com o coração... amarrado-o apenas para humilhá-lo publicamente. Mas ela realmente não sabia até que ele tinha se ajoelhado que ela não poderia fazê-lo. Ela não podia se casar com ele. Não queria se casar com ninguém.
Fiel às suas últimas palavras, Joel Lambert nunca tinha chamado ela novamente.
Mas talvez sua amargura houvesse se dissipado nos três anos desde que haviam se separado, porque ele rapidamente e respeitosamente respondeu a seu pedido para se encontrar.
Ou ele estava sobre sua separação aquecida, ou ele estaria aparecendo com um machado por vingança.
O telefone tocou e ela disse ao porteiro para enviar Joel para cima.
Ela mordeu a unha. Talvez devesse ter convidado alguém para apoio moral com sua presença. Mas Julie, Grace e Riley não sabiam a história completa sobre Joel, e ela não tinha certeza de que estava pronta para responder às suas perguntas inevitáveis sobre por que ela disse não a um milionário fundo fiduciário que parecia com um jovem Brad Pitt e iria sair do seu caminho através da zona de flores a caminho de casa para pegar suas tulipas frescas.
Ela nem sabia como explicar isso para si mesma, diferente de que não se sentia bem.
Emma respirou fundo e abriu a porta para uma batida suave, mas assertiva.
Ele parecia... o mesmo.
Um pouco mais pesado. Ele sempre foi grande, apenas o tipo de corpo caro -sem excesso de peso, que naturalmente foi adequado para abraços de urso e afago. Ele parecia cada bocado maior que a vida agora, com ombros largos e um sorriso largo.
Sim, um sorriso.
Nenhum sinal de um machado.
"Ei, Ems."
"Joel."
Ele abriu os braços e ela foi até ele, apertando-o, porque ele sentia bem. Como um cobertor quente que você puxa para fora do armário na primeira noite de inverno que parece perfeitamente confortável.
Seu abraço envolveu, e ele apertou-a com força. Ela apertou de volta, rindo um pouco, antes que ela se afastasse e conduzisse-o para entrar.
Ele tirou a jaqueta, pendurando-a no gancho enquanto olhava ao redor. "Não é assim como eu imaginei o seu lugar. Você costumava odiar a desordem."
"Ainda faço," disse ela. "Estou entre casas. Este é o apartamento de minha chefe, mas ela está me deixando ficar no quarto de hóspedes enquanto esta fora do país com um novo menino brinquedo."
"Bem, a vista é ótima, mesmo que o resto do lugar pareca uma réplica de Versailles," disse Joel, caminhando em direção à janela para apreciar a vista à noite.
"Certo? Posso pegar algo para você beber? Cerveja? Uísque?"
Joel nunca tinha sido um cara de vinho.
"Scotch? Puro. Se você tiver."
"Eu tenho." Bem, Camille tinha. Mas Camille tinha dito para ajudar a si mesma. Esperemos que o Scotch não seja ridiculamente caro. Mas, hey, mesmo que fosse... isso poderia ser considerado como uma despesa de trabalho. Certo.
"Então, Ems, uma reportagem sobre ex-namorados?" Ele disse, sorrindo seu agradecimento quando ela entregou-lhe o copo. "Isso não parece como você."
"Parece como alguém?" Perguntou ela, derramando um copo de chá gelado para si mesma. "Eu vou confessar, não é exatamente ideia minha, mas é parte do trabalho."
"Certo. Stiletto, hein? Isso é o que você disse em seu e-mail? Quando estávamos juntos você ainda estavam no... modas."
"Runway," disse ela, pegando o caderno fora do balcão e se mudando para a sala de estar.
"Certo."
"E você?" Disse ela. "Ainda na mesma empresa?"
"Sim. Indo em direção a parceiro nos próximos dois anos, se eu jogar minhas cartas direito."
"Parabéns," disse ela, o que significa que Joel não precisa trabalhar. Sua família era mais rica do que o pecado. Mas ele ama o seu trabalho como um advogado de direito empresarial.
Ele se sentou em frente a ela, superando a cadeira de uma forma que nenhum dos outros homens tinham, e se inclinou para frente, o copo entre as mãos grandes, estudando-a atentamente. Curiosamente.
"Você parece exatamente à mesma," disse ele, soando um pouco intimidado.
Ela riu. "Você diz isso como se fosse uma coisa ruim. Eu lhe asseguro que as mulheres gostam de ouvir."
"Estou falando sério!" Disse. "Desde que tive seu e-mail Fiquei me perguntando como você estava. Se você mudou. Mas você ainda está exatamente à mesma mulher que me lembro."
Ela levantou uma sobrancelha. "Eu não sei se gosto do som disso, vendo como terminou."
Seu sorriso não desapareceu, mas ele amoleceu um pouco. "Bem... vamos apenas dizer que uma noite realmente de merda não apaga um monte de outras grandes."
Emma engoliu um nó na garganta. Isso ia ser difícil.
Ela olhou para seu caderno. "OK, então... Eu estive pedindo a todos os ex namora... "
"Todos eles?"
Ela olhou com cautela, mas ele apenas deu uma piscadela brincalhona e se acomodou em suas cadeiras. "Desculpe, vá em frente. Você pediu a todos nós..."
Emma sorriu. "As mesmas três perguntas. Responda da forma mais honesta possível. Prometo não colocar o seu nome nele.”
"Sim, mas você promete não chorar?"
Sua boca se abriu e ele riu de sua expressão. "Brincando. Eu não tenho intenção de ser cruel, e mesmo se fizer, não posso imaginar Emma Sinclair derramar uma lágrima."
Ela olhou para baixo. Não. Todas secaram.
"Ok, Lambert, primeira pergunta," ela disse, fingindo um tom jovial. Então, ela olhou para cima, encontrou seus olhos. "E lembre-se, ser honesto."
Ele fez um gesto com o copo para ela continuar. "Quando você teve o meu e-mail solicitando uma reunião... qual foi a sua primeira reação? "
Os olhos de Joel ficaram estáveis na dela. "Esperança."
Emma tinha se preparado para tomar notas, mas a caneta falhou. Isso tinha sido tudo o que ela tinha medo de ouvir.
"Desculpa. Eu sei que não é isso que você quer ouvir," ele disse suavemente. "Mas você é uma daquelas meninas que um cara não se esquece, Ems. Especialmente um cara que queria se casar com você."
Seus olhos se fecharam brevemente e se abriram, forçando-se para escrever sua resposta, embora ela soubesse que não iria esquecer este momento estranho nunca. Droga, Cassidy, por colocá-la nesta posição.
"Ok, próxima pergunta," ela deixou escapar, apesar de sua declaração merecer uma resposta. Uma resposta que não podia dar. "Quando você volta para o nosso relacionamento, o tempo que passamos juntos, o que você lembra? Pode ser um momento, um sentim..."
Ele tomou um gole de seu uísque, sua expressão pensativa. "Duvido que esta seja a resposta mais inteligente que você tenha obtido para essa pergunta, mas naquela primeira noite que nos conhecemos parece que está sempre enraizada na minha memória. Eu sabia que você era a única para mim. Sei que foi unilateral. Sabia que não havia amor à primeira vista em sua extremidade. Mas estava tudo bem, eu disse a mim mesmo. Disse a mim mesmo que faria você me amar. De uma forma não-psicótica, é claro," acrescentou com um sorriso.
"Claro," ela murmurou, seus dedos trêmulos enquanto ela escrevia em seu caderno.
Em seguida, obrigou-se a olhar para cima. "Joel..."
Ele balançou sua cabeça. "Você não precisa dizer nada. Basta perguntar a sua última pergunta."
Ela soltou um suspiro, sem saber se estava aliviada por ele não forçar a conversa, ou desconcertada que ele estava jogando todos os tipos de bombas sobre ela e ela estava sentada lá como um nódulo de emoção.
Comparada a ele, ela se sentia... fria. Bem, em comparação com praticamente qualquer pessoa ela se sentia fria. Como todo o amor e sentimento que veio facilmente para outras pessoas estavam mortos dentro dela. E as palavras de Joel ampliavam esse sentimento dez vezes.
"Ok, última pergunta." Sua voz estava rouca, então ela tentou novamente. "Ultima questão. O que você lembra sobre por que nós terminamos?"
Seu sorriso foi forçado neste momento. "Bem... isso é fácil. Eu queria casar. Você não. Um cara definitivamente não esquece ser rejeitado em público enquanto está de joelhos."
Emma estremeceu. Mal.
"Eu tive que perguntar," ela disse, sentindo-se tola. "Quer dizer, estou tentando manter as mesmas perguntas da entrevista com todos, por isso não é como se quisesse esfrega-la em..."
"Ems." Ele se inclinou para frente e sorriu. "Tem sido alguns anos. Eu disse que não tinha esquecido, mas isso não significa que não tenha curado. Prometo que não vou me jogar para fora da janela deste incrivelmente alto andar que você está vivendo."
Ela assentiu com a cabeça em direção ao vidro de Scotch vazio. "Mais?"
"Nah, eu estou bem. O que mais você precisa de mim?"
Ela balançou a cabeça. "Nada. Como prometido, foi curto e doce. Eu só precisava de cinco minutos. Mas se há alguma coisa que você deseja adicionar..."
Ele sustentou seu olhar. "Há muito que desejaria adicionar. Nada que você queira ouvir."
E então ele se levantou, drenando o resto de sua bebida antes de ir para a cozinha e largar o copo cuidadosamente na pia. Ela não se lembrava dele sendo arrumado quando estavam juntos.
"Obrigada por ter vindo, Joel," ela disse, colocando suas notas na mesa do café e de pé. "Eu sei que não deve ter sido fácil."
Ele encolheu os ombros. "Bem, admito que a minha primeira reação foi dizer não, mas então percebi que eu precisava dizer uma coisa para você."
Emma engoliu.
Ele cruzou as mãos atrás da cabeça e olhou para o teto, como se procurasse as palavras certas. "Eu queria dizer que sinto muito," disse ele.
Ela piscou. Portanto, não o que ela esperava.
"Desculpe por causar da cena naquela noite. Desculpe por deixá-la para pagar a conta, obviamente. Mas principalmente... Sinto muito por pedir-lhe para casar comigo. Eu quis dizer isso quando disse que você faria de mim o homem mais feliz do mundo, mas sabia... Eu sabia que eu não era o que poderia fazê-la feliz. Mas pedi de qualquer maneira."
Ele olhou para o balcão. "Foi egoísta da minha parte. E sinto muito."
Emma gemeu. "Joel, você é ridiculamente bom. Você sabe disso, certo? Um irritantemente bom rapaz. Você não tem nada que se desculpar."
"Nem mesmo pela conta do restaurante?" Ele perguntou com um sorriso.
"Ok, sim, champanhe de duzentos dólares não estava exatamente no meu orçamento."
"Bem, diria que eu lhe devia, mas só fui capaz de obter cinquenta por cento do custo do anel de noivado de volta, entãooo..."Ele piscou.
"Mesmo?" Emma disse enquanto caminhava até a porta.
Ele tirou seu casaco fora do gancho, colocando-o sobre o braço quando abriu a porta.
Ele entrou no corredor, em seguida, virou-se para trás, seu largo corpo tomando todo o espaço na porta.
Os olhos sorridentes de Joel viraram tristes por um momento quando ele olhou para ela, seu sorriso desaparecendo em algo que se parecia com contentamento. Como se ele soubesse que esta era a última vez que um veria o outro e estava em paz com isso.
Ele usou dois dedos para inclinar seu queixo até o seu, em seguida, colocou seus lábios contra os dela, suavemente. Demorou apenas um segundo antes de se afastar. "Adeus, Emma. Eu espero que você encontre o que está procurando. Ou valha o que quer que te persegue."
Joel virou-se, em seguida, acenando com um boa noite para o homem que tinha acabado de se aproximar do apartamento vizinho.
Cassidy.
Cassidy acenou brevemente para Joel partindo, mas seus olhos nunca deixaram Emma. Sua expressão não disse nada, mas Emma sabia que ele tinha visto a coisa toda. Visto o beijo.
Ela ergueu o queixo, recusando-se a se sentir constrangida ou culpada.
Ele destrancou a porta e entrou em seu apartamento. A porta se fechou sem uma palavra pronunciada entre eles.
Emma fechou sua própria porta, em seguida, ficou ali por alguns instantes, imóvel.
Então ela inclinou sua testa contra a porta e fechou os olhos. As palavras de despedida de Joel ecoaram em seus ouvidos.
Eu espero que você encontre o que está procurando. Ou valha o que quer que te persegue.
Foi um bom conselho.
Mas e se o que ela estava procurando e o que a estava assombrando fosse exatamente a mesma coisa?
Capítulo 16
Havia poucas coisas que Alex temia mais do que as reuniões semanais com a equipe da Stiletto. Não por não ser um grupo de mulheres competentes, motivadas e perspicazes. Em muitos aspectos, os tipos de discussão não eram diferentes de sua reunião semanal com a equipe de Oxford.
Mas os temas de discussão?
Dolorosos. Totalmente dolorosos.
"Sr. Cassidy?" Perguntou uma das garotas tímidas do outro lado da mesa. Kirsten? "Alguma ideia sobre qual direção você quer ir?"
Merda. Ele tinha apagado. E nem mesmo de um modo distraído, mas na maneira deliberada em que alguém deixa o cérebro vagar porque simplesmente não tem uma opinião sobre tampões, tipos de iogurte ou unha polonesa marinha.
"Eu confio em seu julgamento," ele disse, dando à pequena loira um sorriso confiante.
Ele tinha certeza de que ouviu um bufo da seção de Relacionamentos na mesa. A maior parte do restante da equipe da Stiletto parecia estar maravilhada com sua presença, ou envergonhada, mas Grace, Riley e Julie pareciam divertidas. À sua custa.
Quanto a Emma... Difícil de dizer. Ela estava fazendo sua habitual pose de pedra.
Tinha sido desde aquela noite que ele a pegou beijando seu ex-namorado. Os dedos de Alex apertaram sua caneta e ele deslocou sua atenção para o final da mesa.
“E as quatro? Como vão as coisas nos artigos de dezembro?”
"Ótimas!" Grace disse. "'Stocking Stuffers Ele vai realmente usar' está quase pronto, mesmo que tenha sido uma dor na bunda escrevê-lo em outubro."
Alex assentiu distraidamente. Era estranho discutir o Natal em outubro, mas era a natureza do cronograma da revista.
"Ri?"
"Bem, já que você não me deixaria fazer Logística do Sexo sob a Árvore de Natal, eu vou com Lingerie Festiva, encontrei um sutiã com pequenos homens de gengibre nos mamilos."
Alex estremeceu.
"Há uma forma de fazer sexo debaixo da árvore?" Perguntou Emma. "Você simplesmente não faz isso?"
Riley lançou-lhe um olhar paciente. "Seis palavras: espinhos de pinheiro até a bunda."
“Jesus,” murmurou Alex. “Julie, como está sua história?”
"Não começou," ela disse com um sorriso atrevido. “Eu me casarei em duas semanas. Tenho priorizado. Mas vai ser feito."
Ele clicou na caneta. "Refresque minha memória?"
"Sobrevivendo aos sogros."
"Falando por experiência pessoal?" Riley perguntou.
Julie suspirou. "A mãe de Mitchell está planejando com antecedência e insistindo em uma foto de família posada na frente da árvore de Natal. Ela me comprou uma cinta vermelha. Com brilhos.”
"Linda," disse Emma. "Você tem que usar um jumper, também?"
Alex esfregou a têmpora. Uma dor de cabeça estava definitivamente a caminho. “Emma? A tua história?"
Seus olhos se fixaram nos dele. "Está bem."
Todos olharam para ela, esperando que ela dissesse mais.
Ela não o fez.
Então, todo mundo olhou para ele, esperando por ele exigir mais.
Ele não o fez.
Alex olhou para longe dela como se não se importasse de uma forma ou de outra, sobre sua história. Como se ele não quisesse saber todos os detalhes sobre o cara que a estava beijando no corredor na noite anterior.
Ele queria saber.
Mas ele não confiava em sua própria reação. Não com uma sala de conferências cheia de mulheres assistindo.
"Ok, equipe fitness, está acordada?"
Ele jurou que viu Emma dar a suas amigas um sorriso presunçoso do canto do olho, e ele apertou os dentes. Se ela achava que tinha escapado de ter que atualizá-lo sobre a sua matéria, tinha outra coisa vindo.
Quando a reunião terminou, Alex foi o primeiro na porta, mas ele parou e deixou que todos saíssem diante dele. Ele fez isso sob o disfarce de chamá-los cada um pelo nome e deixá-los saber que ele estava aqui se eles precisassem dele, apesar do fato de que ele não entendia a besteira feminina.
Mas na verdade, ele estava esperando por ela.
Ela foi à última a sair. Intencionalmente, como se ele a conhecesse. O que ele fez?
Ela estava pronta para passar por ele, quando ele disse o nome dela. “Emma.”
Ela fez uma pausa, sem olhar para ele e quase sorriu. Ele estava quase começando a desfrutar desse jogo que eles jogavam. Há alguns meses, a ignorância um do outro tinha sido completa e genuína. Mas, vendo-a ignorá-lo agora, mesmo que tivessem compartilhado um hambúrguer e vinho no último final de semana, deu-lhe uma estranha sensação de intimidade. Como se os dois tivessem um segredo.
"Você pode vir ao meu escritório mais tarde?"
Ela olhou para ele então, seus olhos arregalados. "Você quer dizer que estou realmente recebendo uma reunião com meu chefe ilustre? Espero que me deixe escrever algo para você. Talvez possa te trazer café? Você precisa que eu vá buscar sua roupas na tinturaria primeiro?"
Ele revirou os olhos. "Apenas esteja lá. Duas horas?"
Ela revirou os olhos e saiu da sala sem uma resposta.
Ele imaginou que havia uma chance de cinquenta por cinquenta dela aparecer. Ele quase gostou da surpresa.
Alex voltou para seu escritório no andar térreo da Oxford só para ter um incêndio para apagar. A sessão de capa mais recente tinha sido um desastre porque a estrela de cinema tinha sido horrivel. Ainda outro anunciante tinha saído fora. Dois de seus projetistas tinham ficado doentes. Uma das mulheres desprezadas de Cole veio buscar vingança. Duas das mulheres de Lincoln tinham vindo a procura de uma rapidinha no escritório.
As 2 horas passou antes que ele se desse conta, e ele odiou a si mesmo por verificar seu relógio a cada trinta segundos.
Ela chegou às 02:10.
“Não estava esperando ver você,” disse ele, apontando para ela.
Ela colocou uma mão sobre seu peito, e seus lindos olhos arregalaram enquanto ela deslizou em um sotaque do sul. “Ora, meu Deus, senhor Cassidy, nunca pensaria em defender um homem que esperava de mim - você nunca disse se eu deveria lhe arrumar um café ou pegar sua roupa na lavanderia ou...”
"Ok, ok, eu entendi," ele murmurou. “Desculpe ter emitido um comando como esse. Foi mal."
Ela o estudou, depois entrou no escritório e se sentou em frente a ele. Ela estava usando um vestido verde escuro com um pescoço alto e cinto largo. Seus calcanhares tinham, pelo menos, quatro polegadas de altura, seus cabelos puxados para trás em algum tipo de nó, e ela o olhou... intocável.
O que era muito ruim, porque suas mãos coçavam para desarrumar seus cabelos, enrugar o vestido muito perfeito, lembrá-la de como tinha sido...
Ele limpou a garganta.
Ela cruzou as pernas e nivelou um olhar de pedra para ele.
Ele olhou. “Dê-me um tempo, Emma. Você acha que quero ser seu chefe agora?"
"Você não hesitou em usar a oportunidade para me dar uma história que você sabia que seria miserável."
"Você não parecia tão miserável na outra noite, um cara tinha a língua na sua garganta."
Ela inclinou a cabeça. “Sabe, se Camille estivesse aqui, ela me diria que o beijo só serviria para tornar minha história mais interessante.”
Alex clicou em sua caneta e lutou pela calma. Ela estava certa, é claro. Ele deveria estar respondendo a ela como redator-chefe. Não como algo pessoal.
Mas a cada dia que passava, Alex parecia estar mais consciente de sua história. Mais consciente do seu negócio inacabado.
Mais consciente de Emma.
Como uma mulher.
Como sua mulher.
Bem... ex.
Droga.
“Tudo bem,” disse ele, sentando-se na cadeira e estendendo as mãos para o lado. "Fale-me sobre esse cara então. Como um chefe.”
Ela dobrou as mãos em seu colo. "Joel Lambert. Nós namoramos por dois anos.”
Ele ergueu as sobrancelhas. "Dois anos. Não é insignificante.”
Ela encolheu os ombros. "Estávamos juntos por três."
"Vejo como isso funcionou bem."
Ela sorriu. "Exatamente."
“Então por que você terminou?”
"Você terá que ler o artigo."
"Bem, eu faria, se você terminasse," ele disse.
"Ainda não está feito," ela estalou. "É a história mais demorada que tive em meses."
Errado. Ele se inclinou para frente. “Tem certeza de que a razão pela qual ainda não terminou não tem nada a ver com o fato de que esteve deixando a entrevista mais crucial para o final?”
"Você se lisonjeia," disse ela, olhando para suas unhas.
"Eu propus," ele meio que rosnou. "Acho que isso me dá um lugar na sua história sobre ex."
Ela deu um suspiro aborrecido e encontrou seus olhos. “E Joel também.”
A agitada caneta de Alex fechou-se imediatamente e, por algum motivo, sentiu como se seu estômago tivesse caído ao pensar em Emma comprometida com outro homem.
Queria fazer perguntas.
Quando Joel tinha pedido. Se Emma tivesse dito sim apenas para arrancar o coração do cara quando ela mais tarde recuou.
Se ela o amasse…
Mas ele estava muito preocupado com o que ele daria. Então, ele a empurrou. “Quando terminamos isso, Emma?”
Ela olhou para longe. "Você já sabe as três perguntas que faço a cada cara. Você não pode não gostar... mande E-mail para mim ou algo assim?"
Seus olhos se estreitaram. "Com medo, querida?"
Seus olhos castanhos voltaram para os dele. "Desinteressada."
Alex sorriu. "Eu não penso assim. Há uma razão para você afastar-se de qualquer discussão sobre o nosso passado, as coisas começam a ficar interessantes. Você está aterrorizada."
"Você não está empurrando exatamente o tema, também."
Seu sorriso cresceu. "Que é exatamente por isso que precisamos ter essa conversa. Os doze dias de exes... quantos você entrevistou?"
"Dez," disse ela com relutância. "Número onze está chegando hoje à noite."
"Perfeito," disse ele. "Então, número doze estará lá amanhã à noite."
Emma lhe deu um único aceno antes de se levantar e ir para a porta. Aparentemente, ela tinha decidido que a reunião acabou, mas ele não tentou impedi-la. Ele disse o que precisava dizer.
"Traga o vinho," disse ela, sem se preocupar em virar-se quando disse isso. "Algo bom. Deus sabe que vai precisar dele."
Capítulo 17
Emma sabia que esse dia chegaria. A partir do segundo que ela tinha recebido esse e-mail de Cassidy com atribuição da história ‘Doze Dias de Exes’,trata dele, ela sabia que ele tinha escolhido ela para escrever a história porque queria abrir esta lata de vermes.
Mas isso não era a parte estranha. A parte estranha era que Emma queria fazer isso. Claro, suas palmas estavam úmidas e ela teve uma bola de pavor alojada em seu peito para o passado, duas semanas e meia, mas no fundo, ela sabia que eles precisavam disso.
Em circunstâncias normais, ambos, provavelmente, poderiam ter tratado o negócio inacabado. Poderia ter chegado através de suas vidas com um pouco de bagagem extra para lugar nenhum.
Mas não era mais apenas sobre eles. Emma não tinha intenção de deixar seu emprego na Stiletto em breve, e Cassidy parecia em seu elemento em Oxford, o que significava que eles estariam trabalhando em estreita proximidade para o futuro previsível.
Mas o mais importante, eles tinham compartilhado amigos. Ignorar um ao outro no escritório não era grande coisa - realmente se tornara um jogo de tipos.
Mas ambos estariam no casamento de Julie e Mitchell, pelo amor de Deus.
Era apenas uma questão de tempo até que a tensão entre eles entrasse em erupção e seus amigos fossem forçados a escolher lados.
Hora de enterrar o machado.
Emma respirou fundo e reaplicou o batom. Ela podia fazer isso. Eles poderiam fazer isso. Ambos eram adultos calmos e racionais. Na verdade, entre os dois, eles estavam calmos quase a uma falha. Exceto, é claro, por aquela luta explosiva.
Ela deu um passo para trás e olhou para si mesma no espelho. Seus olhos pareciam um pouco grandes demais, mas, às vezes, isso acontecia.
As roupas estavam bem. Quando ela disse às meninas que essa noite seria ela e a ‘conversa’ de Cassidy, houve muita discussão sobre a roupa.
Riley tinha votado a favor de um vestido curto, vermelho do ‘booby’, porque os homens não poderiam lidar muito bem com uma ereção’.
Grace havia sugerido algo cor-de-rosa e feminino para ‘lembrá-lo de ser um cavalheiro’.
A boa e velha Julie perguntou se Emma ainda tinha seu vestido de noiva, ‘apenas para o impacto’.
A resposta para isso foi um grande não. Ela doou o vestido de noiva para uma instituição de caridade que leiloava os vestidos e dedicava os rendimentos às vítimas do tráfico sexual.
No final, Emma tinha ido com o que ela se sentia mais confortável. Para algumas mulheres, era calça de yoga e um top, mas Emma gostava de ter um pouco mais de... armadura.
Para Emma, o conforto significava sentir-se invulnerável.
Então, ela usava calças de cor creme sob medida, uma blusa de seda preta e sapatos de estampa de leopardo de bico fino. Com ambas as mãos, ela reuniu os cabelos para trás e puxou-os em um rabo de cavalo na nuca de seu pescoço.
Lá.
Polido, legal e um pouco durão.
Era o modo mais seguro em que podia pensar para ir de um lado a outro com Cassidy.
Falando nisso... Ela olhou para o relógio.
Qualquer minuto agora.
Cassidy bateu na hora certa. Ele nem sempre foi tão pontual. Quando eles estavam na faculdade, ela teria sempre ficando lá em 5 textos, que ela acabou aprendendo que significa ‘estar lá dentro de uma hora. Talvez.’
Não era por ser desorganizado; Muito pelo contrário. Cassidy sempre fora deliberado em tudo o que fazia. Em vez disso, Emma tinha percebido que o atraso de Cassidy provinha do medo de perder. Como se ele estivesse sempre aterrorizado por perder uma oportunidade de ser mais rico, mais esperto, melhor...
Tinha levado muito tempo para perceber que ela era seu plano de fuga. O ratinho tranquilo que ele poderia contar quando tudo o mais falhasse.
Mas ela não era mais seu ratinho. Não era nada dele.
Nunca mais.
Ela abriu a porta. Ele estava usando um terno. Sempre com os malditos ternos. Este era marinho, emparelhado com uma camisa branca e uma gravata marinha que deviam ter sido monocromáticas e aborrecidas, mas estava preferivelmente ‘sexy’ como o inferno para sua simplicidade. Cassidy sempre usava gravatas finas, não de um jeito qualquer, mas de uma maneira que mostrava a sua aparência em perfeição moderna.
"Você é tão irritante," ela murmurou, embora ele não tivesse dito uma palavra.
Ele ergueu as sobrancelhas e entrou no apartamento dela. "Essa é a maneira de falar com o cara que te trouxe vinho?"
"Eu tenho muito do meu próprio vinho."
"Sim, mas esse é melhor," ele disse em um tom de questão de fato quando ele se dirigiu à cozinha para um saca-rolhas.
Emma nem sequer argumentou enquanto fechava a porta da frente. Provavelmente era melhor.
"Então, por que sou irritante?" Ele perguntou enquanto caminhava de volta da cozinha. Ele já tinha encontrado as taças.
Ela acenou com uma mão sobre ele. "Somente... Muito bonito."
Sua mão hesitou em derramar o vinho. Apenas brevemente, mas o suficiente para ela saber que o pegou desprevenido.
"Não fique excitado," ela disse, estendendo a mão e arrancando um uma taça em sua mão. "Eu aponto isso como um aborrecimento porque os bons olhares escondem um caráter bastante sombrio."
Ele piscou e, embora ela quisesse dizer que o comentário era fora do contexto e brincadeiras, ele tinha a mais estranha sensação de que ela o machucara. Foi à maneira mais segura que podia pensar para ir de igual para igual com Cassidy.
Então ele piscou novamente, e o momento tinha acabado. Ele bateu sua taça contra a dela e deu-lhe uma piscadela arrogante. "Você pensou alguma vez que o personagem sombrio foi belo, extremamente atraente."
Os olhos de Emma se estreitaram "Mmm. Essa parte da minha vida é muito confusa.” Ela fez um gesto para a sala de estar. Ela tinha feito cada uma de suas entrevistas lá, e ela estava determinada a manter Cassidy exatamente do mesmo modo.
Para provar a ele - e a si mesma - que ele não era especial.
O olhar de conhecimento em seu rosto disse que ele sabia exatamente o que ela era, mas deu um aceno de graça. "Este é o assento quente, certo?" Ele perguntou, gesticulando para a cadeira onde os outros sujeitos se sentaram, antes de acomodar sua longa moldura.
Emma encontrou seu lugar no assento do amor, e trocou sua taça pelo caderno na mesa. - Aposto que Camille não tinha ideia de quantas cabeças masculinas estaria visitando seus móveis enquanto ela estava fora.
"Você já ouviu falar dela?" Cassidy perguntou. "Eu recebi alguns e-mails, mas tudo relacionado a trabalho com demandas mandonas sobre a revista."
Emma sacudiu a cabeça. "Ela verificou na primeira semana para ver se eu estava me acomodando bem, mas nada desde então."
"Ela volta em um mês e meio, certo? Ela vai perder o casamento de Julie.”
"Sim, fiquei surpresa com isso," disse Emma, pegando sua taça e girando. "Julie está na Stiletto mais tempo do que qualquer um de nós, e Camille sempre foi quase uma figura de mãe para ela."
“Julie estava chateada por Camille não estar lá?”
"Surpreendentemente, não. Julie se transformou em uma romântica completa agora que ela e Mitchell estão se aproximando da felicidade conjugal. Acho que ela preferiria que Camille tivesse tempo nua com seu homem do que fazendo uma aparição em seu casamento.”
Cassidy estremeceu. "Camille tendo tempo nua? Você tinha que jogar isso para fora? Você me odeia tanto assim?”
Emma sorriu. "Você terá que ler meu artigo para descobrir sobre o meu nível de ódio. Mas primeiro..."
Cassidy se inclinou para frente, sua expressão se tornando intensa. "Certo. As questões."
"Sim. Você só tem três, como todos os outros. O que você provavelmente sabe, considerando que forçou seu caminho para as reuniões com Jason e Leroy.”
Leroy era um cara com quem namorara por cerca de duas semanas quando se sentia especialmente solitária e, consequentemente, cega ao fato de que Leroy era estranho. Como, observando seu sono, estranho.
Cassidy havia interceptado Leroy no elevador há poucos dias, e Emma ficara muito feliz quando ele mais uma vez interrompeu sua entrevista.
"Leroy parecia um pouco perturbado," Cassidy disse, como se estivesse lendo seus pensamentos. "No elevador, ele realmente se referiu a você como seu ‘amor ilustre de dama’.Eu me envolvi para te proteger," disse Cassidy.
"Por favor," disse Emma, dando-lhe um olhar. "Você estava lá para o entretenimento."
Cassidy sorriu. "Eu admito, não estava esperando que ele rompesse em lágrimas quando relembrou a tarde que passaram no Brooklyn Botanic Garden."
"Confie em mim, ele é um homem que adorava flores mais do que jamais me amou."
Cassidy estudou. "Você não parece incomodada com isso."
"Eu não estou," disse ela com um encolher de ombros. "É preciso uma quantidade maior para bater sob a minha pele."
"Desde quando? Você não costumava ser assim..."
"E daí?" Ela se inclinou para frente, combinando com sua postura. "Tão fria? Inacessível? Mal-intencionada?"
Ele sustentou seu olhar por alguns instantes sem responder. Então: "Faça as perguntas, Emma."
"Por que você está tão insistente sobre isso?" Ela perguntou.
"Por que você está tão relutante?"
"Eu não estou," ela protestou. "Eu estou apenas... Você sabe o que? Bem. Vamos fazer isso."
Cassidy girou o vinho. "Honestamente, pensei que você diria não. Você provavelmente deveria ter. Como você acertadamente acusou, foi uma jogada de poder da minha parte. Então eu acho, para ser completamente honesto, você poderia dizer que surpresa foi a minha primeira reação. Mas, isso é como a resposta da polícia.”
"Por quê?" Ela perguntou.
"Porque poderia ter sido minha primeira reação, mas não foi a mais forte. Nem a mais importante."
Emma tomou um gole de vinho, mas nada fez para ajudar a sua súbita falta de ar, nem o bater de seu coração. "OK... Então se não for surpresa..."
"Medo."
"Medo?" Isso não tinha sido o que ela esperava. Ela tinha estado pensando presunção. Talvez alívio ou curiosidade. Mas medo?
"Do que você estava com medo?"
Ele balançou a cabeça e desviou o olhar. "Eu não faço ideia."
Ela ergueu as sobrancelhas. "Isso é o que você quer que eu ponha na matéria? Que você estava com medo, mas não sabe por quê?"
Ele encontrou seus olhos. "Você e eu sabemos que essa história nunca foi sobre Stiletto. Você vai escrever a história. Vou imprimir. Mas não vamos fingir por um segundo que isso não é cem por cento pessoal. "
"Eu não vou negar isso," disse Emma, mantendo a voz em nível. "Ainda não explica por que sua reação a minha aquiescência foi medo. Quaisquer que sejam minhas razões para assumir essa história, ainda estou comprometida em torná-la precisa."
Eles ficaram quietos por vários momentos antes de Cassidy quebrar o silêncio. “Talvez o meu medo tenha surgido da suspeita de que havia mais negócios inacabados entre nós do que eu queria admitir.”
Ela começou a escrever sua resposta por hábito, mas depois parou. “A suspeita correu bem?”
Ele a estudou. "TDB."
Emma levantou as mãos, exasperada. "Ok, eu não posso escrever isso, também. Até agora, a minha história vai ser como onze dias de exes, e um grande ponto de interrogação."
Seus lábios tremeram. "Por que não vamos para a segunda pergunta? Nós responderemos a primeiro mais tarde."
"Tudo bem," ela murmurou. "Quando você pensa do nosso tempo juntos, o que você mais lembra? Pode ser um sentimento geral ou de um momento específico."
Ele levantou um dedo. "Você pode salvar a explicação. Ouvi isso antes."
Emma fez um gesto com a taça de vinho, e sentou-se casualmente como se a sua resposta a esta pergunta não teria qualquer efeito sobre ela.
Que, era, naturalmente, a maior das mentiras.
A partir do momento em que ela chegou com as três perguntas estúpidas para sua história, suas noites tinham sido assombradas por se perguntar o que ele tinha a dizer.
Ela não queria ouvir que ele tinha arrependimentos - ela não estava segura de poder lidar com isso. Mas a alternativa era quase pior.
E se Cassidy olhasse para o passado e sentisse apenas alívio? Alívio de que ele tinha escapado do que estava condenado a ser um casamento sem amor na última hora.
Porque Cassidy deve ter sabido o tempo todo que seu casamento não era um dos contos de fadas. Assim como seu pai sabia.
E sua irmã.
Emma tinha sido a única a não saber de nada.
"O que mais me lembro de nosso tempo juntos.” Cassidy girou o vinho pensativo.
“Ah, vamos,” disse Emma, impaciente. "Você teve, como, três semanas para pensar sobre isso."
"Você está certa. Vou pegar meu diário, então? Aquele em que passei horas agonizando por causa dessa conversa?”
Ele enfiou um dedo em seu colarinho como se estivesse muito apertado. Um gesto decididamente Cassidy.
Ela apreendeu a frente quando a percepção se aproximou. “Você está nervosa.”
Colocou o copo sobre a mesa com um tilintar e parou, parecendo um animal enjaulado. "Eu não estou nervoso. Eu sou apenas..."
Ela colocou seu próprio copo e caderno de lado. "Apenas o que? O que você lembra de nós, Cassidy?”
Em vez de responder, ele tirou a jaqueta e atirou-a na cadeira antes de ir até a janela e cruzar os braços. Rodou os ombros como se ainda estivesse agitado antes de soltar a gravata.
Emma observou-o intrigada. Este não era o Cassidy a que se acostumara nos últimos dois anos.
Este era o velho Cassidy. Aquele que parecia ter muita energia, muita ambição, muito sentimento para ser contido no corpo de uma pessoa.
Este era o Cassidy que tinha levado sua equipe para o campeonato nacional apesar de problemas debilitantes com seus flexores de quadril.
O Cassidy que queria ser um jogador de futebol, estrela, presidente de sua fraternidade, estudante de topo, e mais tarde, líder na empresa de seu pai.
O Cassidy que queria mais do que o que ele sabia fazer acontecer.
Agindo por instinto, ela foi ficar ao seu lado. Ela não o tocou. Ela não tinha certeza se queria ou podia. Mas ela queria estar lá para ele, de alguma forma. Queria aliviar qualquer dor agitada que parecesse estar comendo ele.
Queria ajudá-lo. Mesmo sabendo que ela era a causa de seu tormento.
"Você quer saber o que eu lembro," disse ele calmamente, seus dedos brincando com as algemas enquanto ele enrolava as mangas até o cotovelo, seus olhos se fixaram na vista diante deles.
Ela assentiu com a cabeça.
Enfiou as mãos nos bolsos e mergulhou a cabeça apenas um pouco, olhando para o chão antes de levantá-lo e olhar para o céu noturno.
"Eu me lembro de tudo." Sua voz era baixa. Ríspida. Íntima.
Emma fechou os olhos, mesmo que ele não estivesse olhando para ela.
"Eu me lembro de todas as coisas malditas," ele continuou, olhando ainda pra frente. "Eu me lembro de como pensei que você era tão tímida até o nosso primeiro encontro. Quando percebi que você tinha um senso de humor picante e impetuoso. Ainda me lembro do choque que tive quando tocou minha mão. Eu me lembro do nosso primeiro beijo, nossa primeira briga." Ele respirou fundo. "Eu me lembro do nosso último beijo, nossa última briga."
"Cassidy." Sua voz era um sussurro.
Ele sorriu então. Ela o viu pelo canto do olho. "Eu adoro quando você me chama só de Cassidy."
Ela encolheu os ombros. "Era como te chamavam naquela época."
"O que fazia sentido quando todos me conheciam melhor pelo que estava escrito na minha camiseta. Mas você continuou até com meus dias de futebol a muito para trás. E você tem todo mundo fazendo isso, também. Ninguém nunca me chamou de Alex."
Emma apertou os lábios, não querendo admitir que parte da razão que ela segurava para o velho nome era porque estava tentando segurar as velhas memórias, de alguma maneira pequena, inofensiva.
Só que não havia lembranças inofensivas. Não quando se tratava dos dois.
Ele se virou para encará-la, seus traços familiares sombreados. "Pergunte-me o que mais me lembro."
Ela começou a se virar, mas sua mão tocou seu braço.
“Pergunte-me,” ordenou.
Emma balançou a cabeça, sentindo-se apavorada e mais viva que se sentira em anos.
Ele esperou pacientemente até que seus olhos encontraram os dele. “Eu me lembro de nós, Emma.”
Emma não podia desviar o olhar.
À luz do dia, foi fácil para Emma convencer-se de que ela era uma mulher independente que não precisava de um homem. Qualquer homem.
Mas à noite, com nada além do horizonte cintilante de Manhattan e Alex Cassidy em sua visão?
Foi mais difícil.
Mais difícil de lembrar que esse era o homem que uma vez a deixou sozinha em um vestido branco muito inchado.
E mais difícil de esquecer que uma vez estar nos braços desse homem tinha sido a melhor parte de seus dias.
A melhor parte de sua vida.
Ela disse a si mesma para se mover. Para correr. Mas seus olhos a seguraram ainda.
Ele se aproximou e passou um braço em torno dela, sua mão encontrando a pequena fenda de suas costas.
"Você costumava adorar quando eu colocava minha mão aqui." A voz de Cassidy era áspera.
Ela ergueu ligeiramente o queixo. "Eu gostava? Devo ter bloqueado isso." Mas a forma como o calor de sua palma a marcou, fez a mentira sair um pouco sem fôlego.
Sua mão apertou, puxando-a mais perto até que não havia nada entre eles, exceto seu passado tempestuoso. “Tem certeza disso?”
"Sim," ela disse seus olhos procurando em qualquer lugar menos o dele. “Você é completamente esquecível.”
Sua outra mão encontrou seu queixo, seus dedos levantando seu rosto para o dele. "Prove isso."
A respiração de Emma ficou presa em sua garganta quando seus olhos encontraram sua boca, que agora estava a poucos centímetros da dela.
Ele se aproximou ainda mais e Emma não conseguia respirar.
Ele sussurrou seu nome e ela fechou os olhos. Podia sentir o cheiro dele, senti-lo... Queria ele.
Ela queria isso. Ela queria tanto ter seus lábios nos dela de novo. Para lembrar como se sentia em estar em seus braços.
Para lembrar como se sentia ser amada e ter amado.
Amada…
Os olhos de Emma se abriram.
Cassidy nunca a tinha acariciado. Na verdade não. Não da maneira que era duradoura e real. Ele tinha se afastado, a segunda coisa ficou difícil.
O que eu estou fazendo?
Levou anos para juntar os pedaços depois que esse homem quebrou seu coração. Ela não poderia fazê-lo novamente.
Não fazer novamente.
Emma recuou.
Sua mão em suas costas resistiu apenas brevemente antes que ele a soltasse, seu olhar perplexo.
Ela retrocedeu ainda mais. "Se você quiser fazer uma viagem para baixo na memória tudo bem, mas não espere que eu venha com você."
Dor passou por seu rosto antes que a raiva se instalasse sobre seus traços. “Eu não sou o único a sentir isso, Emma. Você esquece que conheço você. Eu sei que não sou o único que deseja que possamos voltar atrás. Não sou o único que quer...”
“Não podemos simplesmente voltar, Cassidy.”
Suas palavras mal pronunciadas pareciam chocar contra a janela, ecoando pelo apartamento antes de pendurar entre eles como um fantasma venenoso.
Lá. Ela desejava que alguns de seus velhos namorados pudessem vê-la agora. Não havia nada frio e insensível sobre seu atual estado de turbulência. Sempre estava lá. Sempre ameaçando ferver.
Sua mandíbula se apertou e ele inalou, mas não disse nada.
"Nós não podemos simplesmente voltar," disse ela, com mais calma dessa vez. "Temos boas lembranças. Muitos delas. Mas também temos más lembranças, e...”
"E nós temos que escolher quais nós nos apegamos," ele interrompeu. "Temos uma escolha, Emma. E você intencionalmente está fazendo a coisa errada..."
“O seguro, Cassidy. Estou fazendo a escolha segura e não vou me desculpar por isso."
Ele cruzou os braços, parecendo agitado e desdenhoso. "Nós somos adultos. Não devemos isso um ao outro...”
"Você me machucou!" Emma explodiu. “Você me machucou, Cassidy!”
"Você me machucou também, Emma!" Ele respondeu, com uma expressão tão veemente quanto à dela, ainda mais feroz pelo olhar de tormento em seu rosto. "Você acha que é fácil, ver a mulher que uma vez me rasgou em dois em uma base diária? Você acha que é fácil sentar em frente a você na mesa da sala de conferências, ou andar no mesmo elevador ou compartilhar um maldito cheeseburger com você? De alguma forma, você está conseguindo puxar-me mais perto, mesmo estando mais distantes do que nunca, e eu estou fodidametne cansado disso, Emma.”
Seus lábios se abriram um pouco surpresos com a explosão inesperada. Cassidy nunca tinha sido propenso a monólogos. E certamente não aqueles que tinham a ver com seus sentimentos.
"Eu não estou tentando puxá-lo mais perto," ela disse, sua voz calma. "Eu não quero que as coisas sejam complicadas, eu só quero..."
Ele olhou para ela, os olhos sombrios. "O que você quer?"
Ela se forçou a encontrar seus olhos. Tomou uma respiração profunda. "Eu quero estar com você. Todo o caminho sobre você. Foi por isso que concordei com essa maldita história. Mas me aproximei, deu tudo errado. Falar sobre isso não vai ajudar. Não há nada que possamos dizer que a outra pessoa queira ouvir.”
"Então o que poderia ajudar?" Sua voz era áspera novamente.
Ela engoliu em seco. "Distância. Preciso de espaço.”
“Somos vizinhos. E nós trabalhamos juntos. A distância vai ser um pouco difícil de encontrar.”
"Nós fizemos isso antes," ela disse, sua voz ligeiramente desesperada agora. "Nós sobrevivemos nas órbitas um do outro durante o ano passado sem as coisas serem estranhas. Você teve namoradas, eu saí com pessoas... Quero voltar a isso.”
Ele procurou seu rosto. “Quer que eu saia com outras mulheres? Você quer me ver trazer uma mulher de volta para o meu apartamento em uma noite de sexta- quer vê-la sair na manhã seguinte?"
Emma sentiu náuseas ao pensar, mas ela se forçou a assentir. "Já fizemos isso antes. Podemos fazer isso de novo."
Ele descruzou os braços, enfiando as mãos nos bolsos enquanto retomava a posição inicial na janela, olhando para fora. Exceto que antes sua expressão tinha sido contemplativa.
Agora o duro conjunto de sua mandíbula e a distância em seu olhar o faziam parecer frio. Gelado.
Ele não olhou para ela enquanto falava. "Você sabe, quando vim aqui esta noite, eu sabia que seria sobre mim responder a perguntas. Estava preparado para isso. Mas esperava que você também respondesse a algumas perguntas. Eu queria saber o que você lembrava de nós."
Ele cortou os olhos para ela. “Mas você não quer se lembrar.”
Ela pôs os ombros para trás e olhou cegamente para as luzes cintilantes, sem realmente vê-las. Não vendo nada.
"Não. Acho que não,” ela disse suavemente.
Seu queixo descansou brevemente contra seu peito antes que ele assentisse com a cabeça uma vez, duas vezes, antes de se afastar dela, tirando sua jaqueta da cadeira, e caminhando em direção à porta da frente.
Ela se virou e o observou se afastar, embora não tentasse vê-lo até a porta. Ela não tinha certeza se suas pernas iriam funcionar.
Cassidy voltou-se antes de sair de sua linha de visão. “Você costumava ser corajosa, Emma. O que aconteceu?"
"Nós, acontecemos. Nós não somos bons um para o outro. Não houve recompensa em ser corajosa. Prefiro ser cautelosa.”
Dói menos.
Ele procurou seu rosto por um longo momento antes de inesperadamente se mover em sua direção, parando na mesa para pegar as duas taças de vinho. Ele entregou uma para ela.
Ela tomou isso em confusão, procurando seu rosto para uma explicação, mas seus traços estavam em branco, seus olhos esfriaram. Ele bateu com o copo. “Para seguir em frente. À distância fodida."
Ele tomou uma longa respiração antes que ela tivesse uma chance de reagir, então se virou, colocando sua taça no balcão enquanto se dirigia para a porta da frente.
"Cassidy."
Ele fez uma pausa, voltando-se para trás e o brilho de esperança em seus olhos era quase sua ruína, mas ela não lhe disse o que ele queria ouvir. Ela não podia.
“A última pergunta,” disse ela. “Para o meu artigo. Por que terminamos?”
Seus olhos se fecharam, e sua risada foi dura. “Por que terminamos? Eu vou te dizer por quê... A garota que eu amava - sim, amava, Emma - me disse que não queria casar comigo. Na verdade, ela jogou o anel de noivado que passei quatro semanas escolhendo na minha cabeça.”
Emma respirou fundo, e Cassidy sacudiu a cabeça tristemente. "Tenho certeza que você tem a sua versão do que aconteceu, mas a minha versão? Minha versão termina com a garota que alegou me amar nem sequer me ouviu. Eu cometi um erro. Sim. Erros. Mas você me deixou, Emma. Certifique-se de obter essa parte certa em sua história."
Ouviu a porta se abrir. Ouviu-a fechar. E ainda assim ela não se mexeu.
Seu cérebro sabia que tinha apenas evitado um monte de mágoa, assegurando que sua guerra fria continuasse.
Mas seu objetivo tinha sido proteger seu coração e ela estava desesperadamente com medo de que fosse tarde demais para isso.
Que fora tarde demais desde o dia em que o conhecera.
Capítulo 18
"Escala de um a dez, quão doloroso é isso?" Riley perguntou, aparecendo ao lado de Emma.
Emma olhou para a amiga. “Não é doloroso.”
Muito.
Certo, foi doloroso. Não. A dor não começou a descrevê-la. Emma estava em agonia.
O sorriso de Riley brilhou os dentes brancos contra o batom vermelho de sereia que atingiu seu estado já bombástico para a estratosfera. O vestido preto, curto, também não era tão ruim.
“Vamos, Ems. Você sabe que quer desabafar com alguém.”
Emma franziu os lábios enquanto tirava uma das taças do pequeno bar instalado no canto da sala privada onde Julie e Mitchell estavam tendo seu jantar de ensaio.
“Achei que seria ruim,” admitiu Emma. "Eu tenho me preparado mentalmente para esta conversa animada por dias."
"Sim?" Riley perguntou, pegando um copo de vinho para ela e puxando Emma para o canto da sala onde poderiam falar.
“Sim,” disse Emma. Ela tomou um gole de vinho, seus olhos escaneando a sala cheia de gente enquanto evitavam Cassidy.
"E?" Riley cutucou. “Foi tão horrível como você pensou?”
Desta vez, os olhos de Emma pousaram em Cassidy, parecendo bonito e completamente à vontade enquanto conversava com a tia e o tio de Julie no outro lado da sala.
“Pior, Ri.”
A amiga fez um barulho maternal e colocou um braço ao redor da cintura de Emma. “Coloque o frasco em minha coxa exatamente para esse tipo de situação.”
“É um bar aberto,” disse Emma.
Riley apertou seus ombros. "Querida, você está no jantar de ensaio de sua melhor amiga com seu ex-noivo. E o melhor que posso dizer, o seu jantar de ensaio é quando tudo foi para o sul?"
Emma ergueu as sobrancelhas. “Fui para o sul? É uma maneira gentil de dizer isso.”
"Você sabe o que eu quero dizer. Implodido. Explodido? Acertar o fã em uma explosão de raiva?”
"Mais perto," Emma concordou, tomando outro gole de vinho.
Riley olhou para ela. "Você está diferente hoje à noite. Irritada."
Emma sugou suas bochechas e considerou. Ela estava com raiva?
Isto era... alguma coisa.
Fazia uma semana que Cassidy e ela quase se beijaram no apartamento dela, e, fiel a sua palavra, ele lhe dera a distância que ela pedira. Eles ainda trabalhavam juntos. Ainda se viam nas caixas de correio do prédio. Mas enquanto antes havia um desprezo intencional entre eles, agora era como se ela não existisse mais.
Ela era invisível para ele.
Era exatamente o que ela queria.
Emma tinha toda a intenção de ignorá-lo esta noite como fez todos os dias. E todos sabiam que os ensaios eram mais ou menos uma formalidade. Se você estivesse em um casamento, você tinha estado em um milhão.
Como uma dama de honra, a sua maior preocupação era como seus saltos eram, e avaliar a superfície de caminhada que você tinha que lidar com eles. Se você fosse um padrinho de casamento, a sua maior preocupação era verificar as damas de honra.
Tudo era sempre o mesmo. Não andar muito rápido. Desligue seu celular. Ficar em pé. Não perder os anéis.
Mas esta noite, Emma tinha jogado uma bola curva.
Ao contrário de outros casamentos que tinha estado em que os padrinhos escoltavam as damas de honra pelo corredor à frente da noiva, Julie e Mitchell tinham optado por ter as damas de honra caminhando sozinhas, enquanto os padrinhos iriam ficar ao lado de Mitchell, no final do corredor.
Assim como faria sete anos atrás, se não tivesse perdido a paciência na noite anterior ao casamento. Se ele não estivesse tão envolvido em seu orgulho que não tinha sido capaz de perdoá-la quando ela se desculpou horas depois.
Ela não tinha olhado para ele enquanto caminhava com dificuldade até o corredor improvisado no Plaza. Não tinha que olhar para ele para saber que ele também não estava olhando para ela. Ela não olhou para ele enquanto o pastor de Mitchell zombando sem parar sobre a estrutura da cerimônia de amanhã.
Tinha sido surpreendentemente fácil ficar no momento. Para lembrar que ela estava lá para a sua melhor amiga. Que este dia era sobre Julie, não Emma. E então o ensaio tinha terminado, e ela tinha sobrevivido. Eles tinham sobrevivido.
Mas agora estavam no jantar de ensaio.
E Emma estava louca. Porque, pela primeira vez em muito tempo, ela estava revivendo momentos em que havia pensado estarem mortos dentro dela.
Riley a observava, parecendo meio preocupada, meio divertida. "Você tem certeza que não quer este frasco? Apenas no caso? Porque essa pode ser uma daquelas noites em que um bom copo de vinho não o corta, sabe?”
“Estamos em um dos restaurantes mais caros de Manhattan,” respondeu Emma. "Eu não vou começar a beber de um frasco."
"Se isso te faz sentir melhor, o frasco é da Tiffany. Presente de aniversário de 21 anos de Liam. A primeira e única vez que o eu irmão entrou naquela loja, é praticamente um objeto sagrado. Além disso, muito elegante para um navio de uísque."
“Estou bem,” disse Emma, forçando um sorriso. "Mas obrigada."
Riley forçou um sorriso de volta, seus olhos tristes, e isso fez Emma sentir-se muito pior. Isto era para ser uma noite de celebração e felicidade, não uma viagem triste pela memória com sua amiga tentando forçar uísque nela.
Ela mentalmente se sacudiu. "Você sabe o que? Vamos no misturar," disse Emma. "Você está muito bem arrumada para ficar amontoada num canto por si mesma. Esse vestido é..."
Riley deu um sorriso arrogante e uma piscadela. "Sam também gostou. Duas vezes."
“Não dê mais detalhes,” resmungou Emma, erguendo a mão. "Por favor."
Ela deixou Riley puxá-la para uma conversa com alguns dos amigos de escola de Julie, da Califórnia, e fez o seu melhor para ignorar o fato de que Cassidy estava cerca de quatro pés a sua esquerda, agora falando com uma morena leggy com cabelo crocante bonito e um vestido que estava ainda mais curto do que o de Riley.
Julie saltou até eles, parecendo adorável em um vestido de cocktail branco e um rabo de cavalo alegre. Ela parecia fresca e radiante.
E feliz. Quase insuportavelmente feliz.
Emma lembrou-se de que tinha sentido essa felicidade.
E é por isso que ela estava louca. Não porque ela estava se lembrando das partes ruins. Mas porque ela estava se lembrando das partes boas.
Julie pediu desculpas educadas a todos os outros antes de puxar Emma, Riley e Grace de lado. "Ok, sem pressão, meninas, e com isso, claro, quero dizer que sinto-me totalmente obrigada pelo que vou dizer. Os pais de Mitchell estão insistindo em fazer brindes.”
"Então?" Riley perguntou.
"Então, eles estão pagando por essa coisa extravagante, eles conseguem fazer o que querem, mas então me ajudem, Deus, se a mãe de Mitchell chegar lá e começar a falar, essa festa se transformará em tempo de sesta de grupo e essa explosão terá sido em vão..."
"Em vão?" Emma interrompeu.
Julie apontou para ela. "Você tenta morar com Mitchell e não pegar palavras como essa."
“Acalme-se, Jules,” disse Grace. "Nós vamos cobrir você. Se os pais de Mitchell começarem a arrastar o humor para baixo com seu monólogo, Riley vai fingir estar bêbada e pegar o microfone.”
Riley assentiu com a cabeça. “Eu mencionei que trouxe um frasco? Poderia muito bem ser um suporte, uma vez que Sinclair aqui afirma não ter nenhum uso para ele."
Julie e Grace olharam para Emma, e a mão de Julie alcançou a dela. "Como você está?"
Emma gemeu. "Estou bem. Eu me odiarei se você passar um segundo se preocupando comigo."
“Não estou preocupada,” disse Julie... “É só... Isso é quando isso aconteceu, certo? O que aconteceu entre vocês dois foi no jantar de ensaio?"
“Há muito tempo,” disse Emma, apertando a mão de Julie. “Cassidy e eu mudamos.”
Julie começou a morder a unha antes de perceber que não queria arruinar sua nova manicure. "Então você não está sofrendo de relação PTSD?"
"Sim, isso não é uma coisa," disse Emma, mantendo sua voz clara.
Riley a olhava com olhos estreitos. "Uh-huh. O que há com vocês dois ultimamente?
"O que você quer dizer?" Emma tomou um gole de seu vinho.
Rile bufou. "Você acha que não estamos cientes de cada vez que há uma pequena mudança entre vocês dois?"
"Na verdade, estamos mais conscientes disso porque as mudanças são pequenas," acrescentou Grace. "Seria realmente menos suspeito se vocês dois alternassem entre brigas e jogos de explosões. Mas, em vez disso, vocês tentam muito malditamente ignorar um ao outro."
"Sim. E é muito condenável,"Julie disse com um aceno de cabeça.
Emma olhou ao redor do grupo. "Você pode traduzir tudo isso? Porque soa como um tipo de avaliação absurda que eu deveria estar deitada em um sofá.“
As três trocaram olhares. Então Grace falou. "É assim: por muito tempo, nós pensamos que você e Cassidy evitavam um ao outro por causa de algum rompimento terrível que deixou vocês odiando um ao outro."
“E agora?” perguntou Emma, embora não estivesse totalmente certa de que quisesse ouvir.
“Agora pensamos que vocês dois evitam um ao outro por uma razão muito mais perigosa,” disse Grace em voz baixa. "É porque vocês tem o poder de machucar um ao outro."
Emma desviou o olhar. Sim, ela definitivamente não queria ouvir isso.
"Ele te observa, você sabe," disse Riley. "Quando ele acha que você não está olhando."
Emma odiava que seu coração fizesse algum tipo de coisa tipo saltitante.
"Você ainda tem sentimentos por ele?" Julie perguntou. "Ninguém a culparia se tê-lo perto recentemente despertou alguma emoção enterrada por muito tempo."
Emma abriu a boca para negar. Para negar tudo. Ela não podia forçar a mentira.
Mas tampouco podia reunir a energia para dizer a verdade, porque a verdade era que não sabia o que sentia. Ou o que ele sentia.
Ela só sabia que a única coisa mais dolorosa do que viver com Cassidy seria viver sem ele.
E então ela foi salva de ter que responder de todo, porque o pior pesadelo de Julie estava se tornando realidade.
O pai de Mitchell tinha encontrado um microfone.
Antes que pudesse parar, procurou e encontrou Cassidy. Ele a observava com aqueles olhos sempre ilegíveis.
E quando o pai de Mitchell começou a falar, Emma encontrou-se para uma surpresa muito desagradável. Relacionamento PTSD era uma coisa.
E Emma tinha acabado de descobrir seu gatilho.
Sete anos antes
"Seu sorriso está um pouco apertado," disse Daisy ao ouvido de Emma enquanto a afastava de uma de suas tias mais irritantes.
"Isso é porque meu rosto dói," Emma disse, massageando suas bochechas. "Eu não acho que tive que sorrir e conversar tanto desde... sempre."
Sua irmã gêmea deu a ela um olhar simpático. " Você vai se acostumar com isso. Apesar... Pode demorar alguns anos.”
"De jeito nenhum," disse Emma, tomando o champanhe de sua irmã e roubando um gole. Ela mal tinha tempo para pegar uma das vieiras envoltas em bacon muito menos encontrar uma bebida. “Todo o charme do sul é o seu negócio.”
"Bem, até amanhã à noite também é o seu negócio," disse Daisy, arrumando um dos cachos de cabelo de Emma. "Você sabe que as pessoas esperam que suas noivas do sul sejam radiantes e borbulhantes."
“E sorrindo,” disse Emma, afastando a mão de Daisy. "Não se esqueça de sorrir com ternura."
Daisy estava muito ocupada examinando Emma para responder. "Você está com o batom apagado. Hora de voltar a aplicar”
Emma revirou os olhos quando sua irmã cavou ao redor em sua pequena bolsa de contas e veio com um batom. Ela tirou a tampa, torceu na parte inferior e ofereceu a Emma a cor rosa claro.
Emma obedientemente colocou em uma camada fresca. Ela não era uma estranha para maquiagem, sua mãe tinha ensinado ambas as gêmeas à arte de ‘sofisticação sutil’, o segundo que tinham precisado de um sutiã. Ela não se importava com maquiagem; Ela gostava de parecer o seu melhor. Mas ela não era tão diligente sobre ele como sua irmã. A rotina de Emma era geralmente limitada a delineador, rímel, antes de sair à noite com seus amigos, mas Daisy não faz mais do que ir ao supermercado sem uma maquiagem.
Na maioria das vezes, Daisy deixou Emma. Mas, em seguida, Emma tinha ficado noiva, e Daisy tinha tomado para si o estoque do banheiro de Emma. Spray de cabelo, chapinhas, batons, esmaltes, marcadores, bronzeador, blush...Tudo que uma noiva do sul necessitava para obter através de um desfile interminável de festas de noivado, chás de panela, festas de solteira e agora seu jantar de ensaio.
Quase pronto,Emma pensou. Amanhã ela poderia finalmente deixar de ser a noiva e começar a ser o que realmente importava.
A esposa de Alex Cassidy.
Ela distraidamente passou o batom de volta para Daisy enquanto seus olhos percorreram a sala lotada até que achou o que estava procurando. Não demorou muito tempo. Alex Cassidy sempre tinha sido como um imã para os olhos. Mesmo antes de ele saber quem era ela, ela se viu olhando para ele em torno do campus UNC. Embora, para ser justa, que não a fazia especial. Todas as meninas tiveram uma queda pelo jogador de futebol estrela da universidade.
E de todas as meninas, ele foi buscá-la.
Como se sentisse seu olhar, Alex virou a cabeça ligeiramente de onde estava falando com seu tio e lhe deu uma piscadela.
Ela piscou de volta.
"Isso é real, certo?" Ela perguntou a Daisy. "Eu não vou acordar e perceber que foi um belo sonho. Eu vou casar com ele amanhã. Certo?"
Sua irmã riu e ligou os cotovelos. "Você está de brincadeira? Esse homem é louco por você. Ele teria arrastado você para Las Vegas para fugir se papai o tivesse deixado. E falando de papai..."
Daisy acenou com a cabeça para frente da sala, onde seu pai estava conversando com um funcionário e procurando um microfone.
As gêmeas olharam uma para a outra e reviraram os olhos alegremente. Winston Sinclair era um pai apaixonado, embora um pouco controlador às vezes, mas ele poderia ser propenso a exibições flagrantes de ego. Não havia nenhuma maneira dele não saltar na chance de ser o centro das atenções, mesmo que esta não fosse a sua festa (os pais de Cassidy estavam oferecendo o jantar de ensaio, como era costume), mesmo se ele tirou a noiva.
O pai de Emma não precisava tocar no microfone para chamar a atenção de todos. Ele era apenas o tipo de presença grande e dominante que só precisava existir para dominar uma sala.
Emma sorriu tolerantemente quando a sala se acalmou e a atenção voltou-se para seu pai, embora seus olhos se movessem cautelosamente para o copo de líquido âmbar em sua mão. Daisy aparentemente tinha o mesmo pensamento, porque ela deu um pequeno suspiro de desânimo.
Quando se tratava de álcool, Winston Sinclair tinha apenas duas configurações: demais ou nada. Quando ele estava trabalhando, ele não tocou o material - dizia que o deixava nebuloso. Mas quando estava no modo de festa, que era mais frequente conforme ficou mais velho, ele estava inclinado para uma bebida demais.
Esta noite, ele estava definitivamente no modo de festa.
“Talvez ele seja rápido,” disse Daisy, apertando o braço de Emma.
Emma soltou um barulho. Ela não estava preocupada. Claro, ele estava um pouco embriagado, mas olhando ao redor, a maioria de todos na festa pareciam estar se divertindo.
Ela olhou ao redor para Cassidy e viu que ele estava prestes a fazer o seu caminho em direção a ela, quando sua mãe agarrou seu braço, sussurrando algo e depois rindo muito alto antes de balançar ligeiramente em seus saltos púrpura.
Cassidy pegou o braço de sua mãe para mantê-la firme e deu um olhar de desculpas a Emma. Ela sorriu, e levantou uma mão. Fique.
Eles teriam muito tempo depois do casamento, quando o circo terminaria.
Seu pai esperou que a sala ficasse quieta, exceto pelo tilintar silencioso dos copos antes de começar a falar.
"Bem," ele disse, em uma voz que estaria alta mesmo sem o microfone. "Eu suspeito que não precise de introdução, mas para qualquer pessoa do lado da família do noivo que não tive o prazer de conhecer, sou Winston Sinclair, pai orgulhoso de nossa noiva corada, que, acho que todos podem concordar, parece excepcionalmente bela hoje à noite."
Várias pessoas se voltaram para olhá-la, e um dos primos de Cassidy deu um assobio. Emma sorriu e acenou desajeitadamente. Cassidy chamou sua atenção e sorriu. Seus olhos estavam quentes enquanto ele a observava, esquentando-a até do outro lado da sala.
A vibração que Emma sentiu daquele simples olhar a lembrou como ela era sortuda. Ela não precisava de suas palavras ou assobios para lhe dizer que ela era linda. Tudo que ela precisava era um olhar dele e se sentia bonita.
Seu pai ainda estava falando e as pessoas ainda estavam rindo.
Seus olhos às vezes azuis, às vezes verdes eram a mistura perfeita hoje, queimando aqua conforme seguravam os dela através da sala.
Daisy apertou seu braço com muita leveza para atrair sua atenção para o discurso de seu pai, e Emma tentou entrar em sintonia enquanto seu pai contava uma longa história sobre como Daisy sempre quis brincar de ‘casamento’ quando eram pequenas e a pobre Emma sempre acabaria como o noivo, e, às vezes, nem mesmo isso quando Daisy decidiu que seu gato gordo era um companheiro de vida melhor.
"Mas hoje à noite, Emma está finalmente conseguindo seu momento," disse seu pai, sorrindo para seu público adorador. "Minha querida vai se casar amanhã, e com um homem que não poderia ter escolhido melhor eu mesmo. Oh espere... eu o escolhi," disse Winston Sinclair, com um grande copo em seu lábios quando tomou um saudável gole de seu bourbon.
Emma riu com todos os outros, embora ela não tivesse a menor ideia do que ele estava falando.
"Você acha que há alguma maneira sutil de manter o bourbon longe dele?" Emma disse do canto da boca para Daisy.
Mas sua irmã não respondeu. Emma olhou para ela, surpresa ao ver que Daisy estava olhando para Cassidy, seu rosto em algum lugar entre nervosa e culpada.
Emma olhou para Cassidy a tempo de vê-lo desviar o olhar. Dela?
Ou de Daisy?
Emma franziu o cenho. O que foi aquilo? Sua irmã e seu noivo eram amigos - na verdade, eles eram amigos antes de Cassidy e Emma terem começado a namorar na faculdade. Mas isso parecia... estranho.
A atenção de Emma voltou-se para seu pai, mais acentuadamente desta vez.
"Tenho certeza que vocês, pais aqui esta noite, sabem que não há nada pior do que ver suas filhas crescerem," Winston estava dizendo. “Aquele momento em que você percebe que está usando maquiagem. Aquela primeira dança do regresso de casa quando elas estão indo com um menino que você nunca conheceu. O primeiro carro, primeiro namorado, primeiro desgosto... Eu passei por tudo isso com Daisy, e quase me matou."
Todos sorriam educadamente.
“Mas, Emma.” Seu pai olhou para ela apenas brevemente, erguendo o copo em sua direção. "Emma era minha menina tímida. Nunca garota louca. Era ótima na escola, mas na época em que ela estava na faculdade... Bem, um pai começa a se preocupar, você sabe?"
"Do que ele está falando?" Emma perguntou a sua irmã calmamente.
Daisy não respondeu.
"Então imagine meu alívio quando um de meus estagiários de verão acabou por ser não apenas um colega de classe de minhas filhas na universidade, mas também um jogador de futebol estrela, um estudante de topo e um perfeito cavalheiro. Bem, você não poderia culpar um pai por interferir, não é? Um garoto como Alex Cassidy atravessa seu caminho, e rapidamente se torna o seu braço direito indispensável aos vinte e um, você age. Ou, pelo menos, Winston Sinclair age.”
Os sinos de advertência começaram a tocar na mente de Emma, embora ela não conseguisse colocar o dedo no porquê. É verdade que Cassidy tinha ido trabalhar para seu pai no verão, depois de seu primeiro ano, um estágio que tinha conseguido através de sua conexão com Daisy. E, sim, seu pai tinha gostado instantaneamente dele... Mas o que ele quis dizer que tinha feito?
Ela olhou para Cassidy confusa, mas ele não olhou para trás. Seus olhos estavam trancados em Winston e os sinos de aviso nos ouvidos de Emma ficaram mais altos quando ela viu a expressão inquieta em seu rosto.
Cassidy era a pessoa mais confiante e segura de si que conhecia. Mesmo quando os médicos lhe disseram que ele teria que desistir de sua carreira de futebol ou teria riscos de danos permanentes para seus flexores do quadril, ele mal se encolheu. Ele simplesmente mudou de marcha, despejando toda a energia que ele uma vez jogou no futebol...
Meu Deus.
Ele jogou toda essa energia na companhia do pai de Emma.
Os olhos de Emma voltaram-se para seu pai enquanto continuava sua história.
"Agora, a maioria de vocês não sabem que, embora o Sinclair Media Group tenha um programa de estágio robusto, levando até duas dúzias de estagiários a cada verão, apenas um desses estágios recebe uma oferta de emprego. A competição é feroz; As normas incrivelmente alta. E enquanto eu valorizo as qualidades usuais em um candidato - trabalho duro, ambição, pensamento rápido - também aprecio um pensador empreendedor. Um candidato que pensa fora da caixa, que não tem medo de ser esperto.”
Seu pai fez uma pausa longa o suficiente para um gesto em direção ao bartender indicando que o copo estava quase vazio.
"De qualquer forma, você vai perdoar um homem velho por ser prolixo, mas provavelmente você pode ver onde eu estou indo com isso."
"Oh, Deus," Daisy sussurrou.
"Cassidy estava na lista para o trabalho desde o início, mas a verdade é que o menino me deve mais de sua vida profissional, não é mesmo, meu filho?" Disse Winston, sorrindo para Cassidy.
Cassidy não sorriu de volta.
"Veja, eu queria oferecer o trabalho para Cassidy. Mas com um pedido bastante incomum," o pai de Emma continuou, finalmente, olhando para Emma. "Emma, querida, aposto que você não sabia que o seu pai era um casamenteiro tão habilidoso."
O que ele estava falando?
Daisy estava ao lado de seu pai agora, e ele estendeu o copo para ela por um refil, e Daisy tomou-o, mas não fez absolutamente nenhum movimento para entregá-lo ao empregado do restaurante que estava por perto com uma garrafa de Knob Creek.
O sorriso de Daisy não escorregou enquanto ela se movia em direção a seu pai, sussurrando algo. Ele quis não ouvir ou não ouviu, porque se manteve falando.
"Cassidy aqui foi muito feliz em fazer a um velho um favor, pedindo sua filha para um encontro em troca de um emprego garantido após a graduação, não é mesmo, meu filho?" Winston Sinclair sorriu ao redor da sala como uma espécie de benemérito benevolente, e, incrivelmente, a maioria sorriu de volta para ele.
Sem dúvida, eles imaginaram que Emma já estava ciente desse aspecto ‘encantador’ da história de Cassidy e Emma - o pai aborrecido e perturbador que preparou sua filha para o amor verdadeiro.
Só que esta foi a primeira vez que Emma ouviu falar disso. Ela não estava surpresa que seu pai não tivesse lhe contado sobre sua interferência. Ele sabia que ela odiava quando ele mexia com as vidas de suas filhas.
Mas Cassidy... Como poderia seu noivo não mencioná-lo?
Ela olhou para Cassidy, atônita, com os ouvidos tocando. Ele a convidou para sair porque seu pai pediu para ele?
Seu encontro na livraria do campus naquele verão antes de seu ano júnior e seu último ano...
Tinha sido encenado?
Planejado?
Ela abanou a cabeça. Isso não poderia estar certo. Seu pai estava errado. Certamente teria notado que algo estava acontecendo, certo?
Isso não a teria alarmado tanto se Cassidy apenas a olhasse. Mas seu olhar ainda estava trancado em seu pai.
Emma não poderia ter sido tão cega. Poderia?
Pelo menos até ele olhar para Daisy. Que olhou de volta para ele, seu olhar entrou em pânico.
Meu Deus.
Emma instintivamente se apoiou, sabendo que havia um pedaço do quebra-cabeça que ainda não havia sido dito.
"A coisa era, a piada estava em Cassidy, pelo menos no início," seu pai estava dizendo. "Acontece que ele não sabia que eu tinha duas filhas. Quando ele caiu em cima de si mesmo aceitando a minha oferta, foi com a expectativa de que estaria pedindo a Daisy.”
Mundo. Inclinando.
Cassidy queria sair...com Daisy?
Ele nem sabia que ela existia?
Emma olhou cegamente para seu pai por alguns segundos, esperando que ele chegasse ao ponto da piada.
Quando ele apenas sorriu seu público riu, sem se preocupar em olhá-la, o olhar de Emma se voltou para sua irmã, que a observava desamparadamente. Sua expressão estava devastada... Mas não surpresa.
Daisy sabia.
Finalmente, finalmente, ela olhou para Cassidy, pedindo silenciosamente que ele negasse.
Negar que não só tinha que ser subornado para pedir-lhe para sair, mas que ela tinha sido sua segunda escolha.
Por favor, alguém, alguém, negue!
Mas quando ela olhou para o homem que iria se casar no dia seguinte, ele não parecia intrigado ou ultrajado.
Ele parecia... resignado. Como se, de alguma forma, ele soubesse que essa parte de seu passado voltaria para mordê-lo.
Somente... Ele nunca disse a ela.
Eles estavam namorando há mais de dois anos. Muito tempo para ele dizer: "Oh, a propósito, você sabe o que é engraçado? Seu pai nos armou totalmente, só no momento em que não percebi que Daisy era uma gêmea."
Mas ele não tinha. Ele nunca a deixara pensar que seu encontro casual na livraria naquele dia não era nada menos do que casual.
Ela observou seus olhos fechados em resignação culpada, e ela sacudiu a cabeça negando. Ela estava vagamente consciente de que os outros festeiros tinham começado a notar que não era uma história bem-humorada, e os sussurros começaram.
Daisy sibilou algo para seu pai antes de voltar para Emma, sua expressão ferozmente protetora. Mas Winston Sinclair estava longe demais em seu bourbon. Muito ocupado desfrutando do microfone e da chance de arquibancada.
Desta vez, quando fez um gesto para que o barman lhe desse outra bebida, Daisy não estava ali para detê-lo, e ele conseguiu uma recarga desnecessária, ainda desconhecido ou indiferente da turbulência que explodia em sua filha.
Daisy chegou ao seu lado, e a expressão de Emma devia ter revelado cada emoção horrível que a roçava, porque sua irmã envolveu seus braços firmemente em torno dos bíceps de Emma e começou a puxá-la para a saída.
“Vamos para o banheiro das mulheres,” disse ela suavemente, sorrindo amplamente para o resto dos participantes, como se dissesse: Nada para ver aqui.
Emma começou a se deixar arrastar, seus olhos nunca deixando Cassidy. Ele finalmente pareceu estalar fora de seu atordoamento, porque sua cabeça girou em torno dela e ele começou a se mover em sua direção, sua expressão desesperada.
E então o pai de Emma começou a falar novamente.
“ Foda, ele não vai calar a boca," Daisy assobiou baixinho.
Isso fez com que Emma derrapasse a uma parada. Daisy nunca xingou. Se sua irmã estava dizendo foda em público, isso significava que este desastre de trem ainda não tinha acabado.
"Você sabia," disse Emma para Daisy, sua voz oscilando.
O rosto de Daisy estava em pânico. "Emma, eu juro por Deus, nunca quis Cassidy."
"Mas você sabia que ele queria te convidar para sair."
Daisy fechou os olhos. "Papai me disse quando Cassidy pegou você em seu primeiro encontro. Fiquei horrorizada, Emma, mas juro por Deus, ele nunca sequer olhou para mim depois que te conheceu. E eu nunca quis ele. Você tem que acreditar em mim."
Emma procurou o rosto da irmã. Ela acreditava nela. E ainda...
"Você nunca me disse." A voz de Emma quebrou.
O rosto de Daisy amassou. "Eu não queria machucá-la. Você gostava tanto dele, e..."
Emma puxou o braço livre, assim como Cassidy apareceu a seu lado, sua mão estendendo a mão para ela, mas ela recuou. De ambos.
Ela virou-se para seu pai, determinada a ouvir o último do que ele tinha a dizer.
"Bem," Winston disse, tomando um gole de bebida. "Vou acabar com isso... Eu sei que todo mundo está ansioso para sentar-se para o delicioso jantar que os Cassidys tem planejado para nós, mas só vou dizer uma última parte."
Seu pai olhou ao redor da sala, em seguida, e por um segundo ela pensou que ele teve um momento de clareza. Que talvez ele percebesse que a noiva não tinha exatamente corrido para ficar ao lado dele enquanto ele falava.
Mas ele não estava olhando para ela. Em vez disso, os olhos de Winston pousaram em Cassidy e ele sorriu, antes de levantar a taça. "Se vocês todos pudesse agarrar sua bebida de escolha, eu gostaria de fazer um brinde ao meu futuro filho, que só poderia ser o filho mais astuto de uma cadela que tive o prazer de trabalhar com ele."
"Não," Cassidy disse duramente, do seu lado, mas não alto o suficiente para o pai ouvir. Como se o pai dela teria parado.
E, neste ponto, Emma não tinha certeza se queria que o pai parasse. Ela queria ouvir tudo, necessitava.
"Para Cassidy," Winston disse, com um aceno de cabeça. "Por ter as coragem para bater um homem velho. Veja, quando ele era um estagiário, eu estava um passo à frente dele, mas cerca de um ano atrás, ele ficou na minha frente. Nem vinte e quatro horas depois que eu disse a Cassidy que só iria passar a Sinclair Media Group para a família, minha querida Emma explode em minha casa para o jantar de domingo com um anúncio: Ela estava noiva de Alex Cassidy. Boa jogada, meu filho. Boa jogada."
Winston riu, embora ninguém mais fizesse, todo o passado percebendo o que o pai de Emma não tinha: Esta não era uma história a ser contada em um jantar de ensaio.
Ou em tudo.
Muito lentamente, Emma virou-se para seu noivo. "Você está casando pela empresa do meu pai?"
As feições de Cassidy torceram, e, de repente, ele parecia décadas mais velho do que seus vinte e cinco anos. "Emma. Não. Não. Eu só..."
"E você só me pediu para sair porque pensou que eu era Daisy?" Disse Emma, sua voz saindo em um guincho de dor que soava nada como sua voz normal. Aparentemente, um dos cacos de seu coração atualmente fragmentando tinha subido em suas cordas vocais.
Daisy tocou em seu braço, e Emma empurrou, afastando-se dos dois, apenas consciente do fato de que todo mundo estava olhando para eles.
Os olhos de Cassidy queimavam nos dela, implorando, mas ela só poderia sacudir a cabeça.
O primeiro encontro foi uma mentira. Sua proposta tinha sido um movimento de negócios.
Sua relação inteira era uma mentira.
"Emma, por favor..."
Ela virou-se e fez a única coisa que podia pensar: Ela se afastou. Saiu da sala privada para a área principal do restaurante. Caminhou cegamente passando as mesas até chegar à recepção, e depois continuou.
Só quando saiu do restaurante, ela parou para sugar o ar úmido de verão em ofegantes respirações que não chegaram a ajudar a limpar a cabeça, nem aliviar a dor em seu peito, nem aliviar a náusea em seu estômago.
Ela ouviu a porta do restaurante se fechar atrás dela quando alguém se juntou a ela do lado de fora. Sabia que era Cassidy.
E então ela se virou para ele.
Ela virou-se para acabar com tudo.
Sete anos depois
"Emma, você está bem?" Grace perguntou, tocando seu braço suavemente.
Emma colocou uma mão em sua garganta, piscando para reorientar-se antes de deslizar sua palma sobre seu coração batendo.
O pai de Mitchell ainda estava zombando, algo sobre nunca ir para a cama com raiva, enquanto Julie e Mitchell estavam ao lado dele, balançando a cabeça e sorrindo falsamente.
Não era seu pai dando um discurso.
E isso era Nova York, não a Carolina do Norte.
Tinha trinta e um anos e não vinte e quatro. Ela não era a noiva.
Não foi aquela noite.
Emma sorriu para Grace preocupada. "Estou bem," ela sussurrou. "Somente... Apenas algumas más lembranças."
E então, porque tinha que fazê-lo, ela virou a cabeça até encontrar Cassidy. Encontrou-o observando-a, tal como tinha sido todos esses anos.
E da expressão sombria em seu rosto, ela não tinha estado sozinha em seu caminho miserável pela memória.
Ele estava ali com ela.
Capítulo 19
Emma entrou no corredor no casamento de Julie sem olhar para Cassidy nem uma vez. Ela manteve os olhos no pastor, um sorriso firme no lugar, e se concentrou em não deslizar em seus saltos altos.
Na noite anterior, ela tinha escorregado. No jantar de ensaio, ela se deixou absorver por si mesma, que o momento fosse sobre ela.
Foi um erro que ela não ia repetir no dia do casamento de Julie.
Hoje ela estaria plenamente presente como uma dama de honra.
Como se verificou, ela não teve que tentar tão duro.
Porque havia algo mais forte do que memórias: amizade.
A amiga estava se casando.
Não, amigos, porque Mitchell tinha se tornado ferozmente querido também por Emma - seu colega introvertido em um grupo cheio de conversas.
E quando Julie começou a descer o corredor no braço de seu tio, vestindo seu lindo vestido, adornada apenas com uma faixa de cetim cruzando a cintura fina de Julie, Emma sentiu. Esse botão em sua garganta e uma picada por trás dos olhos.
Um rápido olhar sobre a expressão aturdida, ferida, no rosto de Mitchell quando viu Julie, empurrou Emma sobre a borda. Ela não era chorona, de modo geral, mas colocou a mão sobre a boca, de qualquer maneira, um soluço de felicidade por pulverização catódica saiu fora.
Grace estava em pé na frente dela e ofereceu um lenço por cima do ombro, que Emma alegremente aceitou.
"Deus, eu odeio casamentos," Riley sussurrou atrás dela, sua voz também aguada.
"Chega. Julie vai nos matar se toda a sua festa nupcial estivermos com rímel escorrendo dos nossos rostos," Emma murmurou, enxugando o canto do olho.
"Bom," Riley sussurrou de volta. "Então não vou sentir tão mal por querer matá-la por me fazer usar bege."
Julie tinha selecionado vestidos de cocktail cor de champanhe para as damas de honra, que Grace e Emma tinham considerado elegantes e encantadores, mas que Riley insistiu que parecia desbotada. Julie tinha insistido em que isso tinha sido de fato, o ponto.
Mas Emma não precisa ter se preocupado com Julie avistando seus rostos felizes, chorosos.
Julie tinha olhos para apenas uma pessoa.
E ele por ela.
Você poderia realmente ver o amor entre eles, e Emma teve que tocar Grace para outro lenço.
Assistindo Mitchell e Julie trocar seus votos foi, sem dúvida, um dos pontos altos da vida de Emma. E nenhum momento foi tão belo como quando Mitchell falou ‘Eu te amo’ para sua noiva, enquanto deslizava o anel de casamento no dedo.
E quando finalmente, Mitchell e Julie compartilharam seu primeiro beijo (longo) como marido e mulher, Emma deixou-se olhar para Cassidy, apenas brevemente, apenas querendo compartilhar sua felicidade com alguém... Não, para compartilhá-la com ele.
E ele estava olhando de volta, com um sorriso amargo no rosto enquanto piscava para ela.
Emma piscou de volta, e por apenas um segundo, eles não eram inimigos, não havia duas pessoas que tinham devastado o coração um do outro.
Eles eram simplesmente duas pessoas cujas vidas foram inexplicavelmente embrulhadas uma na outra por cerca de uma dúzia de maneiras diferentes.
E nesse momento, Emma estava feliz.
Então Mitchell e Julie estavam sorrindo, voltando para o corredor em meio a aplausos e aplausos, e a festa nupcial seguiu, arquivando dois por dois. Emma não sabia ao certo o que aconteceu, mas em vez de sair de braços dado com o amigo de infância de Mitchell, ficou surpresa quando Cassidy lhe ofereceu o braço, parando muito bonito com seu smoking enquanto lhe dirigia um raro sorriso.
Presa na pura felicidade do dia, Emma sorriu para trás, e eles saíram juntos, cada um apenas um pouco consciente de que se as circunstâncias fossem diferentes, eles teriam tomado essa caminhada sete anos atrás, e não como dama de honra e padrinho de casamento, mas como algo infinitamente mais querido.
Quando eles saíram da sala onde a cerimônia tinha ocorrido, Emma soltou seu braço e começou a seguir o resto das damas de honra para o vestiário de noiva para enfrentar a azáfama do vestido de Julie para que Julie pudesse se mover mais facilmente e, talvez, dançar seu traseiro matrimonial fora.
Mas antes que Emma pudesse se afastar, Cassidy pegou sua mão, e ela fez uma pausa, observando seu polegar enquanto roçava seus nós dos dedos antes de levantar seus olhos para os dele.
Ele sorriu então, e antes que ela pudesse registrar que ele tinha se movido, ele se inclinou, puxando-a mais perto para plantar um beijo suave, doce em sua bochecha.
Então ele foi embora, seu passo tão confiante e arrogante como sempre, ele gritou algo para Sam antes de apertar Jake no ombro e eles riram de algo que ela não podia ouvir.
“Isso foi interessante.”
Emma olhou para a direita dela para ver Grace literalmente com a língua em sua bochecha, tendo visto toda a interação. Então Riley estava no seu lado esquerdo, sorrindo mesmo enquanto ela deslizava o brilho labial enquanto observavam seus três homens deslumbrantes.
Não, não seus homens.
Cassidy não era dela.
Mas por um segundo lá... Tinha certeza sentia como se fosse.
Capítulo 20
O objetivo de Julie dançar sem a calda matrimonial?
Alcançado.
E depois alguns outros.
Mitchell não era um bom dançarino, que foi uma surpresa para ninguém, mas Julie não estava na pista de dança sozinha. Emma e as outras mulheres estavam ali com ela, de ‘The Electric Side’ para as músicas de Britney Spears que Emma não tinha ouvido desde o ensino médio (pedido da noiva).
Naturalmente, não era todo o espólio do champanhe abastecido que levou ao balançar selvagem dos braços. Havia um punhado de canções mais lentas.
Músicas que exigiam balanços lentos, toques e romance sexy.
Para essas músicas, Emma calmamente escorregou da pista de dança para dar lugar aos casais. Uma e outra vez, ela viu Julie passar os braços ao redor do pescoço de Mitchell, sussurrando algo que ganhou um sorriso raro do corretor de Wall Street.
Ela assistiu Grace e Jake, entretendo-se tentando descobrir qual dos dois parecia mais feliz, só para desistir quando percebeu que eles eram tão felizes e tão apaixonados como duas pessoas poderiam ser.
E então houve o casal mais novo, Sam e Riley, que se encaixavam tão perfeitamente, que se abraçavam tão fortemente, que trouxe um novo nó para a garganta de Emma, mesmo que ela pensasse que estava toda seca depois da cerimônia.
É claro, Emma não era uma geleira o tempo todo. Jake havia reivindicado uma dança, assim como Sam. Ela não tinha dançado com Mitchell, embora soubesse que era porque as poucas vezes que o sujeito conseguiu se separar de Julie, ele foi agarrado por uma parenta adoradora. A maioria delas idosas ou crianças, e todas adoráveis.
Emma também dançara com Cole Sharpe, que, ela não tinha percebido, era amigo de Mitchell, e que era tão sarcástico e encantador quanto tinha sido avisada. Mas, embora ele tivesse um sorriso diabólico, um bom cabelo, e o que Riley chamava de olhos de sexo, e embora ele flertasse loucamente, não havia nada entre eles. Cole não fez um movimento, e Emma não o queria.
No momento em que o DJ anunciou a última música da noite, Emma estava agradavelmente tonta em champanhe, indo em direção a uma bolha no seu dedo mindinho, e quase insuportavelmente feliz.
Quase.
Porque a última dança da noite foi lenta - e uma canção que não ouvia há anos, mas que amava.
Assim como ela e os outros sozinhos saíram fora da pista de dança e casais de todas as idades caminharam de mãos dadas para a pista de dança, algo rastejou em torno da vertigem da noite.
Saudade.
Ela disse a si mesma que estava bem sendo solteira, mas mesmo quando as luzes diminuíram, a música diminuiu e o toque começou, Emma queria isso. Queria tudo isso.
Julie deteve o olhar de Emma sobre o ombro de Mitchell e ergueu as sobrancelhas significativamente. Supondo que sua amiga estivesse preocupada com ela, Emma deu-lhe um feliz sorriso antes de decidir que talvez ela não estivesse contra esconder-se no banheiro.
Ela estava feliz por seus amigos - ela realmente estava - mas não queria ser a estraga prazeres agora. Não quando ela estava se sentindo tão malditamente vulnerável.
Mas quando Emma se virou para sair covardemente, Cassidy estava bem atrás dela.
Ele estendeu a mão para agarrar seus braços para mantê-la firme, mas suas emoções estavam mais desequilibradas do que seu corpo, e ela refletiu antes de poder fazer contato.
Seu sorriso era fugaz, seus olhos tristes enquanto deixava suas mãos caírem.
E foi a tristeza que a fez se estender, tocando seu braço brevemente. "Desculpe," ela disse calmamente. "Eu só..."
“Autoproteção,” disse ele. "Entendi."
Ela mal o tinha visto durante toda a recepção - intencionalmente - e em algum ponto da noite, ele tinha perdido a jaqueta de smoking, mas a gravata havia ficado. Com as mangas brancas de sua camisa enrolada até os cotovelos, mas o laço perfeitamente amarrado, perfeitamente reto, ele era uma combinação irresistível de formal e relaxado, e ela inexplicavelmente... Queria tocá-lo.
Ela estava tocando-o.
Ela deixou a mão cair de volta ao seu lado quando ela percebeu, mas no mesmo momento que sua mão caiu, a dele veio. Ele estava pedindo que ela dançasse.
Emma olhou para sua mão estendida e então encontrou seus olhos. E no final, não era o laço perfeito ou a camisa branca sexy que a fazia colocar os dedos nos dele.
Era o olhar em seus olhos. Não muito suplicante, nem mesmo paixão... Apenas um senso de tranquilidade.
Como se devessem dançar esta canção, nesta noite. Um com o outro.
E assim, Emma deixou ir. Por hoje à noite, pelo menos, ela deixou a dor ir.
Seus olhos brilharam - verde hoje à noite - quando suas palmas se tocaram, e ele fechou o polegar na parte de trás de sua mão como se impedisse que ela mudasse de ideia.
Mas Emma não mudou de ideia.
Deixou-o levá-la até a pista de dança até se misturarem com os casais balançando. Em vez de soltar a mão, ele puxou, usando o contato para puxá-la para mais perto para que seu outro braço pudesse se mover em torno de sua cintura.
A palma da mão dele estava quente contra suas costas, e ela soltou um suspiro quando ergueu sua mão livre para seu ombro.
A mão segurando a dela torceu ligeiramente, segurando a dela com mais força.
E então eles estavam dançando.
"Você estava certo, você sabe," ela se ouviu dizer, enquanto olhava para o imaculado colarinho de sua camisa.
Ele não respondeu, mas ela sabia que ele estava ouvindo.
"A outra noite, quando você colocou sua mão em minhas costas... Você disse que eu gostava quando você me tocava assim. Eu quis."Emma engoliu em seco. "Eu ainda gosto."
Em resposta, sua palma pressionou ainda mais firmemente contra ela, puxando-a até que seus quadris se encontrassem. Em seguida, a cabeça mergulhada, os lábios perto da orelha, sua voz rouca.
"Eu sei."
Os olhos de Emma se fecharam como se, de alguma forma, mudou-se ainda mais perto.
Só então ela ouviu a letra da canção, e ela se lembrou. Quando ela ouviu a repetição do refrão, ela e Cassidy estavam juntos.
Ele sabia que era a sua favorita.
Seus olhos se abriram e ela se afastou apenas o suficiente para olhar para seu rosto.
"Esta canção... é ‘I Told You So’."
Ele não sorriu. "Eu posso ter vendido minha alma para Julie e Mitchell, a fim de pegar a última música. Não é exatamente material de noite de casamento, mas duvido que eles estejam prestando atenção às palavras."
Os lábios de Emma se separaram atordoados pela admissão. "Você pediu isso?"
Seu sorriso era leve. "Eu tenho boas lembranças."
Ela riu. "Gosta? Sério? Parece-me que essa canção era um ponto de discussão mais frequente do que não."
“Ah, mas ouça,” disse ele, apontando um dedo. “Acho que notará algo diferente.”
Emma acalmou-se para ouvir, assim como uma voz feminina se juntou ao masculino. Ela ouviu o que não tinha registrado antes.
“É um dueto!”
Ele sorriu. "Esta versão saiu um par de anos depois que terminamos."
Emma balançou a cabeça, meio divertida, meio confusa... Desconcertada que ele não só se lembrou de um argumento bobo de sete anos, mas se preocupou o suficiente para pedir a música no casamento de um amigo.
A música country não era muito tocada em Nova York, mas tinha sido mais popular na Carolina do Norte, e ela e Cassidy tinham sido fãs ocasionais quando o clima estava bom.
Naquela época, Emma tinha sido particularmente parcial com Carrie Underwood, e tinha estado sobre a lua para um dos singles de Carrie: ‘I Told You So’, uma balada dolorosa que ela tinha escutado em repetição quase constante.
Cassidy, sendo um autoproclamado purista, tinha quebrado a notícia de que a música não era uma original. Essa honra pertencia a Randy Travis, que originalmente gravara a música nos anos oitenta.
O resultado tinha sido uma guerra de bom humor em que cada um tentou superar o outro, argumentando os méritos de cada versão.
Emma não tinha pensado nisso há anos - não tinha ouvido a música desde que eles se separaram.
Ela balançou a cabeça enquanto escutava. "Está perfeito. Ambas as vozes juntas. O melhor de ambos.”
Ele a puxou para mais perto de novo, e ela o deixou. Sua cabeça inclinou ligeiramente para que estivessem de bochecha para bochecha. "Acho que algumas coisas são melhores juntas."
Os dedos de Emma apertaram-se no ombro diante das palavras. Ele não estava falando sobre a música. Pelo menos não apenas sobre a música.
Ele estava falando sobre pessoas.
Ele estava falando sobre eles.
Emma fechou os olhos e escutou a música, deixando-se afundar no momento. Deixando-se afundar em Cassidy, seu cheiro e seu calor, e, o mais alarmante de tudo, sua familiaridade.
Lembrou-se disso. Não apenas sua mente, não apenas seu corpo, mas sua alma se lembrou disso.
"É engraçado," disse ela, virando a cabeça para que sua bochecha lhe roçasse o ombro. "Esta canção se encaixa muito melhor agora do que fazia naquela época."
Sua bochecha escovou seu cabelo. "Eu não tenho certeza se isso é uma coisa boa, considerando que a música é sobre desgosto."
“É verdade,” disse ela, num suspiro sonhador. "Ainda é bonita, no entanto. De um jeito assombrosamente melancólico.”
Emma percebeu que agora era ela quem falava em duplo sentido, embora não tivesse percebido que estava fazendo isso.
A música começou a se transformar no refrão final, e Emma sentiu um pouco de pânico ao perceber que a dança estava quase terminada.
E além do pânico, uma onda de choque, porque ela não queria que ele acabasse. Não queria dizer boa noite para Cassidy. Não queria voltar a ser forçada, estranha desconhecida amanhã.
A mão de Cassidy deslizou para cima, sua palma se movendo sobre suas costas em uma carícia, e ela ouviu sua respiração acelerar. Suas mãos juntas se moveram novamente, então seu polegar roçou contra sua palma, e ela sentiu fogos de artifício ao toque simples. Sentiu sua reação também.
Emma sabia que estava em perigo então. Ele a queria.
E ainda mais perigoso... Ela também o queria.
Capítulo 21
O Plaza não estava tão longe do apartamento dela... Em circunstâncias diferentes ela teria andado. Mas à uma da manhã, depois de ficar todo o dia em saltos altos e depois de dançar toda a noite, não havia nenhuma maneira que seus pés estivessem carregando ela nos muitos blocos.
Havia uma linha para os táxis, e Emma não se surpreendeu quando ela e Cassidy se encontraram em sintonia.
Assim como ela não estava surpresa quando ele deslizou sua jaqueta sobre seus ombros.
Nem se surpreendeu quando subiu no taxi depois dela.
Disse a si mesma que compartilhar um táxi fazia sentido. Eram vizinhos.
Mas Emma sabia que isso não tinha nada a ver com praticidade ou conveniência, e tudo a ver com o que havia acontecido entre eles na pista de dança.
Eles não falaram na viagem de táxi para casa.
Eles não se tocaram enquanto o táxi se dirigia para o oeste no Central Park South em direção ao momento fatídico em que eles ficavam ao lado de suas respectivas portas e tomariam uma decisão crucial.
Emma estava contando com a explosão de ar frio para fazer-lhe voltar os sentidos. Tinha contado com o inevitável cheiro de comida estranha frequentemente encontrado em táxis de Nova York para refrescar seu ardor.
Mas era impossível pensar em nada além do homem ao seu lado. O homem cuja jaqueta de smoking cheirava a ele. Picante, sexy e Cassidy.
Ela virou a cabeça apenas um pouco sob a aparência de olhar para o Central Park, mas principalmente ela só queria inalar seu cheiro.
Quando ela virou a cabeça para frente, ela viu pelo canto dos olhos que ele estava sorrindo.
Ele sabia o que ela estava fazendo. Mas Emma não podia se incomodar em ficar envergonhada. Ela estava muito distorcida de champanhe, muito tonta depois de ver seus amigos mais queridos amarrarem o nó.
Esta noite não era sobre os arrependimentos e o que não tinha acontecido entre Emma e Cassidy.
Esta noite era sobre romance...
E talvez algo mais que ela não estivesse pronta para nomear.
O táxi parou do lado de fora do prédio. Cassidy pagou a tarifa e ajudou Emma a sair do táxi.
Quando ela colocou a mão na dele, era a primeira vez que eles tocavam desde que saíra da pista de dança, e Emma tentou ignorar a vibração que seu toque causou.
Ele soltou sua mão quase imediatamente e ela disse a si mesma que estava contente.
Disse um agradecimento para o porteiro que abriu a porta para eles, nenhum deles falou enquanto esperavam pelo elevador. Nem quando eles subiram o elevador até o andar dele/dela.
O coração de Emma estava agora batendo tão alto que ela tinha certeza de que podia ouvi-lo, mas o que ela não tinha certeza era se ele a queria como ela o queria.
Talvez até mesmo os rapazes pudessem se arrastar no romance de um casamento. Talvez o momento na pista de dança tenha sido um acaso.
Mas uma coisa era certa: Emma não ia se preparar para a rejeição. Ela não se opôs a fazer o primeiro movimento, mas não com Alex Cassidy. Ela se arriscou uma vez.
E tinha se quebrado.
Chegaram primeiro à porta dele e ele parou.
E o coração de Emma também.
Ele puxou seu molho de chave fora de seu bolso, empurrando-o em sua mão enquanto ele a observava, sua expressão ilegível.
Ela o encarou, seu estômago revirando com a percepção de que ele não estava seguro, também, tentando decidir se deveria fazer um movimento.
Faça isso, ela implorou em silêncio. Beije-me.
Ele não o fez.
E então Emma teve uma realização humilhante.
Ele não estava esperando fazer um movimento.
Ele estava esperando por sua jaqueta.
Meu Deus.
Com as bochechas ardendo, ela tirou a jaqueta de smoking o mais rápido possível, quase empurrando para ele, com um sorriso falso colado no rosto. "Aqui está! Obrigada por isso. Eu não estava contando que estaria tão frio, embora não sei por que, já que é novembro..."
Cale-se, Emma. Você nunca foi uma tagarela. Não comece agora.
Ele hesitou apenas brevemente antes de estender a mão e aceitar a jaqueta.
Ela conseguiu se calar, mas não conseguiu limpar o estúpido sorriso pateta de seu rosto sem se preocupar que iria quebrar em lágrimas. Emma se atrapalhou ligeiramente com a bolsa, esperando que ele a chamasse para o champanhe e não seu constrangimento em tão terrivelmente mal interpretar a situação.
Tudo o que ele queria era uma dança inofensiva - uma oferta de paz para o bem dos velhos tempos.
E ela estava pronta para... Bem, um tipo totalmente diferente de dança inteiramente.
“Boa noite,” disse ela, quando seus dedos fecharam nas chaves. Um passo mais perto da segurança.
“Boa noite,” disse ele, observando-a.
E foi isso.
Isso é o que veio de dois anos de namoro, um casamento abortado, sete anos de guerra fria e uma dança muito sexy.
Dois estranhos perto, olhando um para o outro, trocando boas noites no corredor.
Ela tinha tido mais paradas animadas com seu entregador de pizza.
Emma virou-se, levantando o fob eletrônico que funcionava como uma chave neste prédio extravagante para destravar sua porta.
Os dedos de Cassidy fecharam em torno de seu pulso, e seus olhos voaram para os dele. Ele procurou seu rosto antes de, sem dizer nada, puxá-la na direção oposta, em direção a seu apartamento.
Ela o seguiu, observando enquanto destrancava a porta dele. Ele soltou seu pulso então, mesmo quando ele entrou, e ela sabia o que estava fazendo.
Ele estava lhe dando uma escolha.
Mas ela nunca tinha realmente uma escolha. Não quando ele lhe ofereceu a mão na pista de dança. E não agora.
Ela deixou cair sua chave de volta em sua bolsa e então caminhou para a porta dele.
Pisou na direção dele.
Emma segurou os olhos e entrou no apartamento, sem tocá-lo. Cassidy lentamente fechou a porta, talvez para dar-lhe tempo para mudar de ideia, mas Emma não mudou.
Ela colocou a bolsa na pequena mesa de console e respirou fundo. "Eu preciso tirar meus sapatos. Meus pés não podem tomar outro segundo..."
Cassidy a beijou.
Sem preliminares, sem hesitação - ele apenas se aproximou e mergulhou a cabeça na dela, batendo a boca como se fosse sua.
Sete anos.
Passaram-se sete anos desde que ela beijou esse homem, mas seus lábios não o tinham esquecido. No momento em que ela respondeu, ele levantou as mãos para os quadris, tentativamente. E quando suas mãos se assentaram contra seu peito, se tornou mais ousado, deslizando em torno de suas costas, puxando-a mais perto até que eles estivessem se tocando, peito contra peito, quadril contra quadril.
Seus lábios lhe abriram e Emma respondeu pegando sua língua com a dela.
Cassidy gemeu e aprofundou o beijo.
Não deveria ter sido tão bom. Não depois do que passaram. Mas, de alguma forma, era melhor do que ela se lembrava. Eles nunca haviam sido carentes de paixão, mas naquela época havia sido um tipo de sentido surpresa de descoberta para a sua vida sexual.
Naquela época, foi um menino beijando uma garota.
Agora era um homem que queria uma mulher.
A diferença era inequivocamente erótica.
Ele levantou a cabeça quando eles precisaram respirar, escovando um beijo suave contra seus lábios enquanto ele se afastava.
"Fique."
Ela só podia assentir.
Suas mãos deslizaram mais firmemente em torno da cintura de Emma. "Por um segundo pensei que você entraria em seu apartamento e eu no meu. Não me importei com o sentimento."
Ela sorriu e brincou com um botão em sua camisa. “Que palavras entusiasmadas, Cassidy.”
Ele mergulhou a cabeça novamente, enrolando seu lábio inferior entre os dentes, raspando-o levemente antes de soltá-la. “Vou lhe mostrar meu entusiasmo de outras maneiras.”
Emma quase ronronou com as implicações por trás disso.
Mas primeiro as coisas. Ela colocou as palmas das mãos sobre seus ombros e empurrou. "Eu não estava brincando sobre meus sapatos."
O canto da boca dele se inclinou e ele balançou a cabeça na direção da sala. Ela o seguiu, sentando em uma cadeira para libertar seus pés de seus saltos pontudos enquanto ele continuou na cozinha.
"Algo para beber?"
"Água?"
Serviu-lhes dois copos de um jarro filtrado na geladeira, e quando ele se aproximou dela e lhe entregou um copo, seus sapatos foram descartados.
Ela balançou os dedos dos pés enquanto levantava o copo para seus lábios, seus olhos observando os dele enquanto ela tomava um gole. Ele segurou seu próprio copo, mas não bebeu. Ele a observou.
O momento não deveria ter sido sexy. Era água.
No entanto, ambos colocaram seus copos na mesa ao mesmo tempo, o seu derramando um pouco enquanto ele a puxava para fora da cadeira em direção a ele.
Desta vez ela estava pronta para sua boca e o beijo rapidamente passou de apaixonado para carnal. Seus dedos fizeram o trabalho rápido com sua gravata borboleta, tirando o nó e jogando-o de lado para que seus dedos pudessem chegar aos botões de sua camisa.
Suas mãos deslizaram sobre suas costas por seus quadris para suas coxas externas, antes de deslizar de volta para cima novamente. Ele se afastou um pouco quando desfez o primeiro botão.
"Eu já lhe disse que você está linda hoje?" Disse ele bruscamente. "É tudo que eu poderia pensar. Eu…"
Emma cortou tudo o que ele ia dizer com outro beijo. Ela não queria falar. Havia muitas coisas que poderiam dizer um ao outro que estragaria isso.
Mas a dúvida conseguiu escorrer de qualquer maneira, e desta vez foi Emma que se afastou do beijo, respirando com dificuldade enquanto olhava para ele.
"Isso é só sobre esta noite, certo?" Perguntou ela. "O proverbial que começa após o casamento?"
Seus olhos se estreitaram ligeiramente, mas então ele acenou com a cabeça. "Só essa noite."
Ambos desviaram o olhar, ambos sabendo que os olhos um do outro continham verdades que não estavam prontos para enfrentar.
E então Cassidy estava beijando seu pescoço, e ela estava desabotoando sua camisa, e ela esqueceu tudo, menos como era bom ter as mãos dele sobre ela. Como isso era direito.
Seus dedos encontraram o zíper na parte de trás de seu vestido, puxando-o para baixo até que o vestido caiu para seus quadris. Emma fez um pequeno movimento para deixá-lo cair, e então ela estava de pé na frente dele em apenas um sutiã meia taça e tanga.
Ele balançou a cabeça, meio atordoado enquanto olhava para ela.
“Emma.”
Seus dedos desfizeram o último de seus botões antes de deslizar a camisa sobre seus ombros esculpidos, revelando o ajuste, a perfeição magra que era Cassidy. Como uma estrela de futebol da faculdade, seu corpo tinha sido fenomenal, e era óbvio que ele se manteve no mesmo padrão de perfeição, mesmo depois que seus dias de jogos acabaram.
"Você sabe que os homens de verdade não são, supostamente, para ter um pacote de seis, certo?" Ela disse com um sorriso, correndo suas unhas levemente sobre o seu abs. "É suposto ser uma fantasia inatingível."
Ele a beijou, sorrindo contra sua boca. "Continue. Você pode me usar.”
"Oh, eu pretendo," disse ela em um tom malicioso. Seus dedos encontraram o botão e o zíper de sua calça, sua mão mergulhando dentro para deslizar sob sua cueca para encontrar o aço de seda que é Cassidy.
Ele deu uma respiração dura quando ela envolveu-o na palma da mão, acariciando-o da melhor maneira possível dentro dos limites de suas calças e cuecas. Ele a deixou explorar por vários momentos, os olhos quentes nos dela, antes que ele mais ou menos passasse os dedos em torno de seu pulso, puxando sua mão para longe dele.
Quando seus dedos se moveram para dentro, escovando seus ossos do quadril antes de enganchar no tecido fino de sua calcinha, Emma se inclinou para trás apenas o suficiente para levantar os quadris, dando-lhe acesso para deslizá-los para baixo.
Ele jogou a tanga de lado, e sua mão veio entre suas pernas, parando antes de tocá-la. Seus olhos se fixaram nos dela antes de lhe dar o que ela queria, sua mão pressionando entre suas pernas.
Emma gritou, mas ele não mostrou nenhuma misericórdia, seu polegar girando em perfeita pressão implacável. Sua mão nunca parou quando ele sacudiu o queixo na direção de seus seios. "Sutiã. Fora."
Emma alcançou suas costas, desabotoando o sutiã conforme instruído e jogando-o de lado. Ele tinha sido tão mandão antes? Ela tinha gostado tanto?
Seus olhos baixaram para seus seios. Ele colocou um joelho na cama e ela se afastou apenas o suficiente para abrir espaço para ele, enquanto sua boca descia sobre seu peito e seus dedos continuavam sua lenta tortura entre as pernas.
Emma ofegou quando ele chicoteou o mamilo com a língua antes de puxá-lo em sua boca e sugá-lo. Ela observou suas bochechas escorrerem e seus olhos se fecharam quando ele a lambeu e sugou, sua mão trazendo-a mais perto da borda da sanidade.
E então sua outra mão encontrou seu outro peito, seus dedos rolando seu mamilo entre seu polegar e indicador e ela ofegou.
Ele deslizou um dedo dentro dela, mãos e boca nunca cessando, e então Emma estava lá, seu corpo atingindo uma felicidade orgástica que ela não sentira desde... Cassidy.
Orgasmos não tinham sido tão bons desde a última vez que ela estava com este homem.
Droga, que era irritante.
Ele a deixou se recuperar, beijando seu ombro enquanto ele se movia em direção a sua cabeceira e tirava um preservativo da gaveta.
Ele rasgou o invólucro, rolando-o enquanto se inclinava para beijá-la.
"Normalmente eu tomaria meu tempo, sendo esta a primeira vez e tudo, exceto..."
"Exceto que não é a primeira vez," disse ela, seus dedos tocando sua bochecha. “E já faz sete anos.”
Seus olhos ardiam nos dela. “O que pensei exatamente."
E então ele estava rolando em cima dela, deslizando para dentro dela em um golpe firme e possessivo que tinha suas costas arqueadas e suas unhas escavando em seus ombros.
“Cristo, Emma... não há ninguém..."
Seus dedos encontraram seus lábios, palavras sufocantes que ela sabia que ele realmente não queria dizer. Ele beliscou seus dedos antes que suas mãos deslizassem abaixo em seus lados, sobre sua bunda, e abaixo, em suas pernas para agarrar atrás de seus joelhos, puxando suas pernas para cima de modo que pudessem enrolar em torno de sua cintura.
Emma concordou, bloqueando seus tornozelos em torno de sua bunda, deixando-o mover seus braços acima de sua cabeça. Suas palmas estavam quentes contra seus braços, prendendo-a na cama.
Ele sempre foi um amante feroz, e ela gostava de cada momento, mas havia ainda mais intensidade agora, enquanto ele mergulhava nela uma e outra vez, retirando-se ocasionalmente para provocá-la com a ponta de seu pau antes de empurrá-lo novamente.
Seus corpos batiam juntos em um ritmo perfeito, e, em seguida, ele lançou os braços, as mãos deslizando pelo corpo dela mais uma vez para encontrar os joelhos, pressionando-os mais elevados para que ela se espalhasse largamente aberta, usando a parte inferior do corpo para esfregar contra ela, criando fricção circular quente.
Seus olhos se abriram. Isso foi um truque novo.
Isso foi...
E então ela estava vindo de novo, com gritos silenciosos. Ela sentiu-se apertar contra ele, e ele bombeou mais uma vez antes de dar uma respiração dura e estremecer contra ela, as pontas dos dedos cravando em seus joelhos quando ele gozou.
Quando o tremor parou, suas mãos se moveram em ambos os lados de sua cabeça, levantando apenas ligeiramente para olhar para o rosto dela antes de sua cabeça cair, aninhada no oco entre o ombro e pescoço.
Sua respiração era quente e úmida contra sua pele, e ela arrastou seus dedos sobre os cumes rígidos de suas costas enquanto ela prendia a respiração.
Quando sua própria respiração desacelerou, Cassidy deslocou para o lado, seu corpo ainda meio coberto e ele passou a mão por seu rosto.
"O que acabamos de fazer?"
Emma virou a cabeça para olhar para ele. "Eu não sei. Foi provavelmente um erro."
Ele virou a cabeça. Encontrou seus olhos. "Provavelmente."
O coração de Emma se afundou, mas então ele sorriu, como um menino.
"Quer fazer o mesmo erro de novo?"
Ela sorriu de volta. "Absolutamente."
Capítulo 22
Ela o tinha deixado.
Tinham feito amor até as três da madrugada. Pelo menos.
Mas quando Alex acordou às sete da manhã, não havia nenhum sinal dela, exceto pelo leve cheiro de seu perfume floral e um sentimento saciado que seu corpo não sentia em muito tempo.
O sexo com Emma era o melhor sexo que ele tinha tido em um longo tempo.
Talvez nunca.
E ainda... Ela tinha ido embora. Saído fora como se fosse apenas uma espécie de chamada de rebote tarde da noite.
Um pensamento bateu em Alex quando ele colocou café em sua maquina francesa e congelou. E se ele tivesse sido a chamada de rebote?
Emma não estivera bêbada, mas tinha bebido muito champanhe. O suficiente para torná-la suave o suficiente para dançar com ele.
O suficiente para fazê-la voltar para casa com ele? Era por isso que ela tinha dormido com ele?
Não. Não parecia. Ela tinha sido um pouco sentimental no início da noite; Todos tinham. Mas ele tinha ido para a faculdade com Emma. Ele sabia quando Emma parecia bêbada, e ontem à noite ela não estava.
Mas ainda não explicava por que ela tinha partido.
Alex mudou-se em seu equipamento de corrida enquanto esperava o café íngreme, apenas para perceber tardiamente que aquela não era sua a rotina habitual de domingo de manhã. Tipicamente, ele e Mitchell se encontravam todos os domingos no Columbus Circle para fazer um longo percurso ao redor do parque; Eles, ocasionalmente, seriam acompanhados por Julie, que faria um ‘percurso curto’. Também conhecido como, uma corrida para o cachorro-quente.
Mas nem Mitchell nem Julie apareceriam para uma corrida no dia seguinte ao casamento. Obviamente.
Alex amarrou seus sapatos antes de se levantar e revirar os ombros.
Nada demais. Ele correria sozinho. Ele tinha feito isso muitas vezes antes. Ele não precisava de Mitchell. Ou Julie.
Certamente, não precisava de Emma e de sua hospitalidade, esgueirando se no meio da noite.
Inferno.
Alex estava em apuros se ficasse ressentido por uma mulher não querer ficar pela manhã estranha depois. Especialmente uma mulher com quem teve uma história bastante desastrosa.
Claro que ela não queria ficar e fazer panquecas e café.
Alex não podia culpá-la.
E ainda...
Ele desejou que ela estivesse aqui.
Ela deveria estar aqui.
Talvez tenha sido o resultado de muitas fantasias feitas pelo alto dos vinte e poucos anos, quando ele pensou que teria uma vida inteira de café da manhã com Emma, mas ele não podia abalar a sensação de que eles deviam estar gastando o Domingo de manhã juntos.
Alex jurava enquanto servia café em sua caneca, tomou um gole enquanto ainda estava muito quente, queimou a boca e começava a xingar de novo.
Ele colocou a caneca de volta para baixo apoiando os braços no balcão, enquanto pendia a cabeça e tentou descobrir se o inferno tinha rastejado até seu traseiro e para irrita-lo.
Ele tentou dizer a si mesmo que era falta de sono.
E dormir demais - ele era normalmente um madrugador. Ou talvez fosse o fato de que ele tinha esquecido de que sua corrida de domingo de manhã seria fora de controle para o próximo mês ou assim enquanto Mitchell estivesse na fase de lua de mel.
Então Alex tentou culpar o fato de que no dia anterior tinha sido um longo gasto com interferência com os parentes tensos de Mitchell, vestindo um terno de pinguim, e vendo uma meia dúzia de caras que dançaram com Emma.
Ele levantou a cabeça.
E lá estava. Emma.
Ele bateu um punho contra sua testa. Tinha sido um erro pedir aquela música. Um erro pedir-lhe para dançar.
Mas, inferno, o erro tinha começado muito antes disso. Tinha começado quando ele teve que vê-la caminhar pelo corredor, sabendo que ela não estava caminhando em direção a ele.
E a dor tinha ficado cada vez mais acentuada quando, por meio de uma mistura de uma bênção e uma maldição, os padrinhos tinham começado a ir fora de ordem e ele tinha tido que caminhar de volta para o corredor, da mesma forma que teria sido há sete anos. Não foi para o inferno.
E então ele teve que passar o resto da tarde e à noite vendo-a flertar com outros caras e dançar com sua namorada, e simplesmente ignorá-los.
Então sim. Ele pediu que ela dançasse.
E a dança se transformara em algo mais.
Que tinha levado a um maldito bom sexo, o que tinha levado a...
Ela furtivamente fugiu ao amanhecer?
Não fazia sentido.
Exceto que sim.
Porque Emma e Alex não eram apenas duas pessoas sexualmente atraídas que se conheceram em um casamento e praticamente acenderam as chamas na cama.
Eram duas pessoas que passaram o último ano e meio tentando ignorar o fato de que o outro estava vivo.
O fato de que o sexo era ótimo...Que tinha sido um acaso.
Era apenas a sensualidade da noite no trabalho. À luz do dia, ainda havia um valor de 787 de bagagem entre eles.
Ela tinha razão em lembrar a ambos que ontem à noite era apenas isso: uma noite.
Emma também, provavelmente estava certa em partir antes que pudessem acordar e fazer a estranha coisa da manhã seguinte.
Então por que ele estava de mau humor?
Alex pensou em chamar Cole Sharpe, que tinha sido conhecido por ser bom para uma corrida matutina agora de manhã, mas depois ele se lembrou que ele tinha passado uma boa parte da noite anterior querendo socar Cole depois que ele tinha dançado desnecessariamente perto de Emma durante aquela balada de Etta James que tocava em cada maldito casamento.
Não, ele não queria chamar com Cole. Ou até mesmo ver Cole.
Inferno, ele devia acionar Cole.
Talvez ele devesse ligar para Jake. Ou Sam.
Exceto então que ele teria que vigiar a cada maldita palavra que saísse de sua boca por medo de que seu estado seria relatado de volta para Grace e Riley, que seria então relatado de volta para Emma...
Bem. Ele não ligaria para ninguém.
Somente... Ficar sozinho não era exatamente bom para seu estado mental, tampouco. Seu cérebro parecia estar indo em círculos.
Isso trouxe Alex de volta a estaca zero.
Ele ligaria para Cole.
Ele pegou seu celular da mesa de cabeceira, percorrendo seus contatos até encontrar o editor de esportes.
O polegar de Alex hesitou sobre o botão de chamada.
E então seu polegar se moveu, rolando para outro nome. Ele discou antes que pudesse mudar de ideia.
Os olhos de Alex fecharam em uma oração silenciosa à voz feminina sonolenta na outra extremidade quando fez a pergunta importante...
“Você ainda gosta de panquecas?”
Capítulo 23
Dormir com Cassidy não tinha sido o erro. Na verdade não. Nem seu erro foi ter concordado em ir para o café com ele.
O erro não tinha sido comer três panquecas de bananas decadentes Foster quando ela provavelmente deveria ter comido apenas uma.
Nenhum dos que tinham sido seus mais inteligentes momentos, com certeza, mas eles não eram os problemas reais.
O verdadeiro problema veio quando ela começou a passar o resto do dia com ele.
Como, ela ocupava todo o domingo com Alex Cassidy.
E foi... Maravilhoso.
"Ok, Emma, eu só vou pegar aqui," Cassidy disse quando saíram da Starbucks com bebidas para viagens nas mãos.
"Você está lamentando não conseguir o café expresso com gengibre?" Ela perguntou, tomando um gole de sua própria bebida deliciosa. "Porque você não pediu um igual ao meu?"
Ele balançou a cabeça, virando-se para andar de costas, de alguma forma conseguindo evitar esbarrar em alguém conforme ele lhe dava um olhar fulminante. "Café expresso e gemada cada um tem seu gosto. Todo mundo sabe disso."
Emma fez um movimento de engasgos. "Por que alguém iria misturar uma perfeita bebida de café expresso com gemada?"
"Calma, Scrooge. Mas, de qualquer maneira, eu não iria reclamar de seu péssimo gosto de café expresso..."
Emma revirou os olhos, estendendo a mão para dar um puxão em sua manga para impedi-lo de bater em um adolescente com pelo menos uma dúzia de piercings vindo da direção oposta.
"Tudo bem, consiga tudo o que você precisa dizer fora de seu sistema," disse ela, escondendo o sorriso, tomando um gole de café. Cafeína extra, cortesia da falta de sono da noite anterior.
Ele parou no meio da calçada, segurando sua mão assim ela teve que parar também.
Todos os traços de provocação caíram de seu rosto, e Emma sentiu seu sorriso deslizar. "Você tem certeza que quer ouvir isso?" Perguntou.
Ela assentiu, embora tivesse certeza.
Cassidy inclinou-se ligeiramente. "Esse é o museu que você me arrastou, durante o café da manhã ?" Ele fez uma pausa dramática. "Isso foi provavelmente a pior coisa que eu já tive a infelicidade de olhar. E isso é, incluindo o tempo que fomos ver Joe Falet e Chris Dorian, tanto para um ano de cabeçalho do segundo ano e a cabeça de Joe estava aberta. Eu acho que vi seu cérebro."
No interior, Emma derreteu em alívio. Externamente, ela nunca perdeu sua expressão cômica enquanto apontou um dedo em seu peito. "Essa exposição é por empréstimo de Viena, e inclusive um pouco da arte mais aclamada do século."
"Este século? Por causa deste século muitos jovens e tenho que pensar que há muito tempo para um golden retriever e um pouco de tinta no dedo para definir um novo padrão para os próximos cinquenta anos."
Emma revirou os olhos e continuou a andar. "Você nunca poderia apreciar a arte."
Mas ele concordou em ir com ela. Não, ele sugeriu depois que ela tinha começado um pouco entusiasmada com a exposição do MoMA recém-inaugurada no brunch.
"Eu gosto de arte," protestou ele. "Eu evolui. Posso identificar uma pintura impressionista e tenho respeito por David de Michelangelo, mas arte moderna? Não. Crianças e cães podem fazer uma melhor teoria. "
" Discordo em concordar?" Disse Emma, tomando outro gole de café expresso e gengibre.
"Claro," ele disse com um encolher de ombros. "Se você estiver errada."
Ele mudou de novo, de volta para aquela posição de andar de costas, e ela sorriu, porque ele parecia tão encantadoramente juvenil em seu moletom cinza e jeans.
Seus passos vacilaram em seguida, quando ela percebeu o que estava vendo. Ela estava vendo o velho Cassidy. Ela parou completamente, ganhando um olhar irritado do homem atrás dela, mas mal notou.
Cassidy parou com ela, dando-lhe um olhar confuso. "Você está bem?"
"Sim," ela se obrigou a dizer. "Sim, só... cansada."
"Beba," disse ele, estendendo a mão e tocando no topo de sua tampa. "A menos, é claro, que você prefere ter um gosto da gemada".
Emma empurrou seu ombro enquanto eles retomaram a caminhada.
"Onde agora, Sinclair?" Perguntou.
Foi uma pergunta tão simples. Uma que ele poderia ter perguntado um milhão de vezes se eles estivessem juntos... se eles fossem casados.
Ela tomou outro gole de café, e foi na ponta da língua para lhe perguntar o que diabos eles estavam fazendo, vagando ao redor da cidade juntos como duas pessoas que tinham concordado há apenas uma semana em ficar bem longe uma do outro.
Ele estava olhando para baixo em seu perfil, sua expressão sabendo. "Não faça isso."
"Não fazer o quê?" Ela perguntou.
Ele sorriu com tristeza. "Não nos leve lá. Ainda não. Vamos apenas ter um dia como amigos. Pelo amor de Julie e Mitchell."
"Julie e Mitchell não estão aqui," disse ela, levantando as sobrancelhas. "E eu estou ciente de que não estão pensando em nós agora."
Ele ficou em silêncio por alguns minutos. "Estou feliz por eles."
Ela olhou para ele. "Você parece surpreso com isso."
Ele segurou seu copo de papel com ambas as mãos e olhou para baixo enquanto caminhavam. "Você não me deixou terminar. Eu ia dizer que estou feliz por eles... mas também com inveja. Ferozmente assim."
"Ah,” disse ela, em entendimento.
"Não é?" Perguntou.
Emma hesitou um pouco. "Julie é uma das minhas melhores amigas. Mitchell, também."
Eles vieram até a borda ocidental do Central Park, e por acordo tácito, sentaram-se em um dos bancos disponíveis do parque.
"Mas, sim," Emma disse, uma vez que tinha sentado no banco. "Eu fico com inveja, por vezes, também. Não em invejar sua felicidade dessa forma, só…"
"Você só queria que houvesse o suficiente para todos", disse ele calmamente.
Emma levantou os ombros. "Eu acho. Mas às vezes não tenho certeza. É como nós falamos quando comecei o meu artigo sobre meus exes. Caminhar de volta quando eu queria casar. Queria um marido e filhos e o felizes para sempre. Mas agora..."
“Você ainda quer isso, Emma,” disse ele, inclinando-se para frente e depois virando a cabeça para olhar para ela. "Eu sei que você quer."
Emma olhou para o céu nublado. "Talvez. Você?"
Ele virou a cabeça para longe, olhando para o copo de café enquanto brincava com a manga de papel. “Depende.”
"Em?"
Ele não respondeu e Emma esperou. E esperou.
Mas depois de alguns minutos do que ela pensou que fosse ele pensando nas coisas, ele virou o rosto de volta para o dela, a expressão assombrada de alguns momentos antes não estava em nenhum lugar mais.
“Você está pronta para me recompensar?”
Os olhos de Emma se estreitaram. "Faça o que você quiser?"
"A exposição horrível de arte. Do que mais eu estaria me referindo?" Ele perguntou com um largo sorriso.
"Boa pergunta," ela disse lentamente. "O que mais você estaria se referindo? Porque nós dois sabemos que de nós dois, eu sou santa enquanto você..."
Cassidy se levantou, jogando seu copo agora vazio em uma lata de lixo próxima e estendendo uma mão para ela. "Vamos. Você me deve por me fazer olhar para aquela bolha azul por trinta minutos e depois ter outra conversa de trinta minutos sobre se ela foi inspirada pela esposa morta do artista ou sua lixeira da manhã.”
"Hum, essa foi a sua avaliação, não minha," disse Emma, aceitando a oferta de sua mão estendida e ficando em pé. "Se você tivesse lido o cartaz, ele claramente dizia..."
Cassidy colocou um dedo sobre sua boca. "O tempo de arte assustadora acabou. Não, o que eu proponho é um pouco menos louco, mas muito mais divertido."
"Sexo?" Emma perguntou, dando-lhe um olhar: você é o cara.
Ele arqueou as sobrancelhas. “Gosto de onde está sua cabeça, Sinclair, eu acho, mas estava pensando mais no estilo sorvete de Eataly.”
"Sorvete? Acabamos de tomar o café da manhã.”
"Bom ponto," disse ele, sem lutar. “Iremos para sua ideia. Sexo. Meu apartamento ou o seu? Risca isso... meu apartamento. Porque o seu é, na verdade, o lugar de Camille, e meu pacote se recusa a ser exposto a esse ambiente."
"Seu pacote não vai ser exposto, em tudo," disse Emma, levantando as mãos em exasperação. "Concordamos que ontem à noite foi uma coisa única. Lembra?"
"Claro," ele disse, deslizando sua mão na dela e puxando-a de volta na direção de seu prédio. “Mas isso foi antes.”
"Antes de quê?" Perguntou ela, olhando para ele.
Ele deu-lhe uma leve carranca, como se a resposta fosse óbvia. "Panquecas, Emma. Claramente. Porque, o que você estava pensando?"
Emma não respondeu, mas ela sorriu. Parando para pensar sobre isso, ela sorriu mais hoje do que tinha feito em um longo, longo tempo.
Capítulo 24
Com Julie fora do escritório pelas próximas duas semanas, Emma tinha grandes esperanças de sair fácil quando se tratava do resumo pós casamento.
Sabia que Julie a vira dançar com Cassidy, mas tinha certeza de que Grace e Riley não tinham.
Cinco segundos depois de entrar no escritório na segunda-feira de manhã, essas esperanças foram frustradas.
A porta de seu escritório era geralmente mantida aberta para evitar uma sensação claustrofóbica, mas estava fechada quando Emma chegou.
Abrindo, ela encontrou Grace e Riley fazendo uma dança lenta e patética... Da canção de Carrie Underwood com Randy Travis.
Emma deixou cair à bolsa na mesa, tentando parecer severa, mas um sorriso escorregou quando ela colocou as mãos nos quadris. "Sério. Sério?"
“Shh,” disse Grace, apoiando a cabeça no ombro de Riley. "Nós estamos tendo um momento."
"Um bom momento," disse Riley, antes de começar a fazer uma espécie de movimento da pelve de Elvis.
Emma colocou seu braço entre seus corpos, afastando suas amigas. "Ha. Gozado. Ha. Deixe-me adivinhar: Julie chamou você e relatou que eu tinha dançado com Cassidy?"
"É claro que ela não ligou," disse Grace, indo para seu laptop para parar a música em seus alto-falantes. "Era a noite de núpcias dela."
"Sim, não seja uma idiota, Ems," Riley disse, puxando uma caixa de donut - eles ainda fazem aqueles - de sua bolsa e estalando um em sua boca. "Ela enviou um texto."
Emma começou a perguntar o que o texto de Julie tinha dito, mas apertou sua boca fechada. Quanto menos disser, melhor. Ela não gostava de guardar segredos de suas amigas, mas tampouco estava prestes a oferecer que ela e Cassidy haviam passado a noite toda na cama. E ela definitivamente não estava prestes a dizer-lhes que eles tinham passado metade do dia de domingo na cama, também.
Ver seus amigos se apaixonarem tinha dado a Emma abundância de momentos. Ela não tinha tanta certeza de que queria estar do lado do destinatário, mesmo que ela tivesse merecido. Karma realmente era uma cadela.
Mas para sua surpresa, Grace e Riley não perguntaram. Nem sequer pescaram. Grace tinha voltado para seu computador e Riley estava comendo seu terceiro donut e usando seu polegar para percorrer o Twitter em seu telefone.
Os olhos de Emma se estreitaram suspeitosamente, mas como elas ainda não disseram uma palavra, ela virou a cadeira para ligar seu computador.
"Oh," Grace disse, em um tom informal, porra. “Cassidy passou aqui esta manhã. Perguntado se você poderia ir até ele."
Ah! Lá estava.
Emma combinou com o tom casual de Grace. "Ele disse o que queria?" Emma perguntou, brincando com um elástico de cabelo enquanto girava a cadeira para encará-las.
"Você sabe o que ele fez," Riley disse em torno de um bocado de rosquinha. "Começa com um p e rima com... Com... Espera, não há nenhuma palavra que rima com vagina? Isso não pode estar certo."
Emma lançou a borracha forte em Riley, batendo-a entre seus peitos impressionantes.
"Ow!" Riley disse, esfregando o local.
"Sério, ele disse o que queria?"
“Disse que seu artigo não tinha sido entregue junto com os nossos sexta-feira,” disse Grace, com uma voz curiosa.
“Provavelmente porque a maldita coisa ainda não estava pronta,” murmurou Emma.
Mas ela não culpava Grace por estar intrigada. Emma sempre revelava suas histórias a tempo. Todos faziam. Bem, exceto Julie, que poderia fugir com praticamente qualquer coisa simplesmente por ser Julie.
Riley colocou o telefone dela, colocou o pacote de donut na mesa, escovou o açúcar de seus dedos enquanto olhava para Emma.
Emma conseguiu não se contorcer. Mal.
"Você precisa de ajuda com a história? Quer falar sobre isso?" Riley perguntou.
Emma mordeu o lábio. Hora da verdade. Porque se você não puder dizer a seus amigos, a quem poderia dizer?
"Eu terminei minha história," ela deixou escapar. “Cedo esta manhã.”
"Bem, isso é bom," disse Grace. "Você está preocupada que ele vá mastigar você por ser um par de dias atrasado, porque..."
“Não escrevi sobre Cassidy,” interrompeu Emma.
Riley sentou-se na cadeira e inclinou-se para frente. "Espere, você decidiu não escrever a história sobre exes?"
Emma coçou o nariz. "Não, eu escrevi isso, simplesmente não escrevi sobre... ele. Fiz os doze dias de exes menos..."
“Menos o que importava,” disse Grace em voz baixa. Sua voz era gentil e não acusatória, mas Emma cobriu o rosto com as mãos de vergonha.
"Eu não poderia fazê-lo!" Ela lamentou. "Eu não poderia colocá-lo lá para que todos possam ler."
"Querida, está tudo bem," Riley murmurou vindo ao lado dela para alisar sua cabeça. "Só porque você escreve para Stiletto não significa que você é obrigada a derramar suas tripas para o mundo ver."
"Vocês fizeram," Emma disse, olhando para suas amigas. "Todas vocês três foram corajosas."
“Nós não escrevemos sobre nossas vidas amorosas porque éramos valentes, Emma,” disse Grace. "Nós fizemos isso porque, de alguma forma, para nós, naquela época, foi catártico. Isso não significa que vai funcionar assim para você e Cassidy.”
"Não há eu e Cassidy," Emma disse tristemente.
Riley gentilmente cutucou a bochecha de Emma. "Sério? Porque eu sei o brilho induzido pelo orgasmo quando o vejo e sua tez está orvalhando bastante esta manhã."
Emma ignorou isso. Bom, não, excelente sexo com Cassidy era a menor das suas preocupações. Isso nunca tinha sido seu problema.
Ela se inclinou para baixo, remexendo em sua bolsa até que surgiu com a pasta azul, onde sempre manteve seus artigos em andamento. Ergueu-o.
"Então, o que eu faço?"
"A história está feita?" Perguntou Graça.
"Sim."
"E só sem Cassidy," Grace esclarecida.
Emma assentiu.
Riley deu de ombros. "Assim? Diga-lhe isso. Ele não pode fazer você escrever sobre ele. Seria um abuso repulsivo de poder, e isso não é do que se trata."
"E, no entanto," Grace disse, levantando um dedo, "ele foi o único que teve sua escrita em primeiro lugar. Aquilo ali era um jogo de poder."
"Verdade. Mas ele não vai empurrá-la," disse Riley. Ela olhou para Emma. "Agora não."
"Ele não vai?" Emma perguntou esperançosamente.
"Eu não penso assim," Riley disse, pensativa. "Acho que ele conseguiu o que queria."
"Ok, espere," disse Emma. "Você está fazendo parecer que ele e eu voltamos a ficar juntos. Cassidy e eu dormimos juntos, mas isso é tudo o que é."
Riley deu de ombros. "Justo. Mas quer uma palavra de conselho?"
"Oh, não," Grace murmurou.
"O quê?" Emma perguntou com cautela.
"Quando você dirá a ele que o cortou de seu artigo ao escrever a cerca de onze outros caras que você dormiu?"
"Siiimm?" Emma perguntou, quando Riley não continuou.
Sua amiga se abaixou e rapidamente abriu um dos botões na camisa de Emma, revelando um pouco mais de seu decote.
"Não," disse Riley, dando um passo para trás para admirar seu trabalho manual. "Isso deve ajudar no assunto."
Emma revirou os olhos e se levantou, batendo a pasta azul contra a palma da mão. "OK. Eu estou dirigindo-me ao seu escritório. Desejem-me sorte."
Grace acenou na direção dos seios de Emma. "Mantenha sua camisa assim e não acho que você vai precisar dela."
Emma deu a ambas um olhar exasperado antes de sair do escritório e dirigir-se para o elevador.
Ela não fez, no entanto, reabotoou a blusa.
Capítulo 25
Emma quase bateu de cabeça com Cole Sharpe, que estava prestes a entrar no elevador enquanto ela estava saindo no térreo de Oxford.
- "Senhorita Sinclair," disse Cole, conseguindo agarrar sua mão e beijar a parte de trás dela antes que ela percebesse o que estava acontecendo. “O que a leva até a caverna de homens proibido esta manhã?”
“A caverna de homens? É assim que você o chama? Porque parece muito parecido com o térreo da Stiletto, exceto com parafernália esportiva em vez de amostras de cosméticos."
"Não, definitivamente é uma caverna de homens," disse Cole. "Você é apenas cega por causa dos seus ovários. Você não pode evitar.”
Emma sorriu, sugada por seu charme fácil como sempre foi. "Você sabe que é um contratado, certo?" Ela disse, enquanto se afastavam para que um grupo de homens pudesse sair do elevador. "Você não tem que estar aqui."
"É verdade, mas então quem estaria por perto para saber quantas vezes Malone e Grace entraram furtivamente na escada? Além disso, gosto de ficar de olho no velho Cassidy. Tenho que derrubá-lo ocasionalmente para que ele não vá todo imperador romano louco em nós. Falando nisso..."
Emma levantou um dedo. "Pare. Não. Nem pense nisso.”
"Estava indo perguntar se você estava indo para o escritório do chefe, e se sim, se você pudesse dizer a ele que saí para o dia," disse Cole, seus olhos a imagem de confusão.
"Oh," disse Emma, sentindo-se tola por sua reação defensiva.
"Eeee para dizer obrigado em nome de toda a equipe de Oxford pelo bom humor do chefe esta manhã." Ele piscou.
Emma deu um soco em seu ombro, embora ela não pudesse evitar sorrir, porque era isso que Cole fazia. Arrancava sorrisos. “Sai daqui, Sharpe.”
Ele piscou e empurrou o botão para o elevador enquanto se afastava.
“Emma,” chamou.
Ela parou e ele caminhou em direção a ela, sua expressão mais séria que de costume. "Você não está indo para terminar com ele, está?"
Emma franziu o cenho, então ergueu sua pasta. “Apenas contando minha história.”
"Ah," ele disse, o alívio tremulando em seus traços.
"Também," disse ela, para que ele não entenda errado, "não posso romper com Cassidy porque não estamos juntos."
Foi à vez de Cole franzir o cenho. “Mas eu pensei...”
“Que passamos a noite juntos depois do casamento? Claro," disse Emma. “Mas você passou a noite com alguém depois do casamento?”
“Um cavalheiro nunca diz...”
"Salve," ela disse gentilmente. "Eu vi a menina de vestido vermelho. Mas o meu ponto é... Você está planejando ligar para ela de novo?"
"Foi apenas uma coisa de sexo casual," ele murmurou.
"Exatamente," ela disse satisfeita, dando a seu peito um pequeno tapinha.
Cole não devolveu seu sorriso, sua expressão transmitindo algo que ela não conseguia traduzir.
Encolhendo o encontro atípico, ela se dirigiu para o escritório de Cassidy. A porta estava aberta, mas Emma parou de entrar quando viu que ele não estava sozinho.
Seus olhos se ergueram de tudo o que ele e o outro cara haviam estado olhando e presos aos dela, e então, droga... Seus olhos se aqueceram. Ela realmente observou seus olhos se aquecerem enquanto a olhava.
Aparentemente, o outro também fez isso, porque uma cabeça escura se virou para ver quem Cassidy estava olhando.
Emma afastou o olhar de Cassidy e sorriu. "Olá. Lincoln Mathis, certo? Nós nos encontramos uma ou duas vezes, mas eu...
"Emma Sinclair," ele disse, de pé e se movendo para apertar sua mão.
Emma estendeu sua própria palma por hábito e maneiras, mas, na verdade, ela estava apenas um pouco aturdida. Será que Oxford não contratava nenhum rapaz de aparência normal? Ou mandíbula cinzelada é uma parte da exigência do trabalho?
Tinha sido um pouco como este cada vez que ela encontrava esse cara, e Emma sabia que ela não estava sozinha. Riley, Grace e Julie estavam de pé sobre os saltos altos para seus respectivos homens, mas elas também se divertiam sobre a aparência descaradamente boa de Lincoln.
O cabelo encaracolado escuro e os olhos azuis eram muito bons, mas era o sorriso que o fazia. Ele conseguia ser tanto arrogante e adoravelmente tímido ao mesmo tempo. Havia rumores de que Lincoln era o único cara da cidade que tinha um livro preto maior do que a Bíblia e, no entanto, não era um ex-amargo.
As mulheres o amavam. Todas as mulheres. Incluindo aquelas que ele tinha saído, dormido e depois descartado. Era um dos grandes mistérios da vida.
"Vocês têm uma reunião?" Lincoln estava dizendo. "Estou saindo. Obrigado pelos minutos sobrados, chefe. Acho que você está certo. Estamos definitivamente atrasados para outro artigo do ponto G."
Lincoln juntou seus papéis e caneta como se ele não tivesse acabado de soltar ponto G tão casualmente como alguém poderia mencionar desodorante.
“Vejo você por aí, Emma,” disse ele com um sorriso de menino antes de sair do escritório de Cassidy.
Emma olhou para ele. Borboletas. Isso é o que Lincoln Mathis faz com ela. Borboletas. Ela não tinha tido isso desde... ensino fundamental?
"Você está babando," Cassidy murmurou enquanto passava por ela para fechar a porta.
"Aquele homem...” disse Emma.
"Estava olhando para seu decote," Cassidy murmurou quando voltou para sua cadeira.
Emma escondeu um sorriso. Era um lado de Cassidy que ela nunca tinha visto. Ele era bonito quando estava descontente e com ciúmes.
Ela se sentou em frente a ele, não perdendo o jeito que seus olhos se demoravam na divisão acima mencionada.
Exceto... ela tomou uma respiração profunda. Este não é Cassidy, com quem ela compartilhou seu chuveiro esta manhã. Este é Cassidy, chefe temporário.
Não misture os dois, Emma.
Emma tomou sua história fora da pasta e colocou os papéis sobre a mesa. "Minha história. Está atrasada."
Ele deu de ombros, mas não olhou para os papéis. "Nada demais."
"Não," ela disse em um tom de aviso. "Não me trate de forma diferente por causa do que aconteceu no final de semana. Podemos ter todos os tipos de coisas pessoais desordenadas na nossa relação de trabalho, mas você ainda é meu chefe.”
Ele pegou uma caneta da mesa e clicou. Um hábito irritante, mas também revelador. Isso significava que ele tinha algo em mente.
"Cerca de um terço da Stiletto e metade de Oxford não terminaram suas histórias na sexta-feira, Emma. Não vou pular na garganta deles sobre isso e não vou pular na sua."
"Eu aprecio isso," disse ela lentamente. "Também vou precisar de você para responder a este próximo bit de notícias com a mesma imparcialidade profissional."
Seus olhos se estreitaram e os cliques de caneta pararam por alguns segundos antes de retomar. "OK."
Ela apertou os lábios. "Eu não escrevi sobre você."
O clique da caneta continuou. "Você mudou de ideias sobre a história?"
"Não," ela disse seus dentes beliscando o lábio inferior nervosamente. "Eu ainda escrevi sobre os ‘Doze dias de Exes’, como discutido."
Obrigou-se a encontrar os olhos dela. "Você não é apenas um deles. Encontrei alguém para preencher o local XII. Um cara de poucos anos atrás..."
Clique. Clique. Clique.
Ele olhou para ela. Então: "Ok."
Emma esperou o resto do seu pensamento. Mas ele nunca veio.
"Ok? É isso aí?"
Ele colocou sua caneta de lado. Finalmente. Então se inclinou para frente. "Emma, você quer que a trate como faria com o resto dos meus funcionários. Eu quero tratá-la como o resto dos meus funcionários. E se um deles me disser que escolheu não escrever sobre um aspecto específico de sua vida pessoal, não pisco um olho."
Sua declaração foi tão racional, tão refrescantemente adulta, que Emma deu um suspiro de alívio.
"Obrigada," disse ela.
Ele balançou a cabeça enquanto pegava sua história e acrescentava a uma pilha no canto de sua mesa. "Você não tem nada que me agradecer. Se qualquer coisa, você deve estar me repreendendo por atribuir-lhe a história em primeiro lugar. Meus motivos foram..."
"Pessoais?" Ela perguntou, quando ele rompeu.
O canto de sua boca se elevou. "Sim. Meus motivos eram pessoais e sinto muito. Eu deveria ter feito mais para separar meus objetivos de trabalho da minha curiosidade pessoal. Mas, a melhor notícia... não deve ser um problema por muito mais tempo. Eu recebi um email de Camille esta manhã. Ela está voltando na próxima semana."
"Na próxima semana?" Emma guinchou. Ela pensou que teria mais um mês para finalizar seus planos de apartamentos.
"Não se preocupe; ela não vai expulsá-la. Ela disse especificamente que tem a intenção de ficar com qualquer nome que o namorado dela tenha quando voltar. Você não terá que ser colega de quarto."
Obrigada, Senhor. Emma sabia muito bem que ela precisava ter a sua vida em conjunto e encontrar um lugar próprio, mas não tinha certeza do que queria. A partir de uma casa, ou...qualquer coisa.
"Então eles não se separaram?" Perguntou ela.
Ele encolheu os ombros. "Não parece. Disse que estava tendo um grande momento, mas faltava o trabalho."
"Isso soa como Camille," Emma pensou. "Sua vida é a Stiletto. Eu não sei como ela está durando tanto tempo longe dela.
"Bem," disse ele, de pé. "Para algumas pessoas, não há separação entre a vida profissional e pessoal. Eles não querem isso, dessa maneira."
"Suponho," disse ela, olhando-o com cautela enquanto ele veio ao redor da mesa para ela.
Ele parou a vários passos de distância de onde estava sentada, encostando na mesa e cruzando os braços enquanto olhava para ela. A partir da maneira como seus olhos aqueciam, ela sabia que ele tinha uma boa vista para baixo de sua camisa mal abotoada.
"Emma."
Sua garganta estava seca. "Sim?"
"Eu estou tentando, realmente tentando lembrar que sou tecnicamente seu chefe."
"Mas..." Ela solicitou.
Ele olhou para ela. "Mas eu realmente quero dobrar você sobre esta mesa, puxar para cima sua saia, e te foder."
A boca do estômago de Emma saiu e ela sentiu uma dor vazia entre suas pernas.
"Cassidy,” ela respirou. "Nós não podemos."
"Eu sei."
"Esta manhã, nós concordamos que foi a última vez," continuou ela, a explicação soou como uma desculpa horrivelmente patética considerando que a energia sexual na sala foi rapidamente chegando ao ponto de ebulição. "Nós não podemos fazer isso... sexo ocasional. Não com o nosso passado."
Não sem um ou ambos de nós machucarmos.
"Eu sei," ele disse de novo, descruzando os braços e colocando as mãos em ambos os lados de seus quadris na mesa.
Emma correu as palmas das mãos sobre o tecido de sua saia cinza, precisando fazer alguma coisa com elas além de alcançá-lo. E se seus nós brancos eram qualquer indicação, ele estava enfrentando uma luta semelhante.
Ela o queria. Eles queriam um ao outro.
E foi estúpido, imprudente e provavelmente, talvez, um pouco proibido, o que tornou ainda mais tentador.
Emma fechou os olhos. “Se Camille volta na segunda-feira, você é apenas meu chefe...”
“Por mais cinco dias,” disse lentamente. "E se eu não fosse ler sua história, se a deixasse para que Camille editasse, eu seria somente seu chefe em um tecnicismo, e não em uma maneira que poderia representar um conflito de interesse."
Emma deu uma risada baixa. “Não haveria preocupação com o conflito de interesses quando você me atribuiu a maldita história...”
"Que eu me desculpei," ele disse calmamente.
"E que eu te perdoei," disse ela igualmente com calma.
O silêncio na sala cresceu. Assim fez a tensão sexual.
Quando Emma voltou a falar, sua voz era um sussurro rouco. "A porta..."
"Trancada," ele interrompeu.
Então ele estendeu a mão, com uma mão atrás de seu pescoço e puxou-a para cima. Sua boca reivindicou a dela com posse carnal.
Esse botão extra que Riley desfez não acabou fazendo maldita diferença. Não quando ele tirou sua blusa de onde estava enfiada na saia, puxando suas roupas com a mesma urgência frenética que ela puxou as dele.
Não havia paletó hoje, nenhuma gravata, apenas uma camisa azul-marinho que Emma quase tirou do seu corpo antes de afundar os dentes em seu ombro.
Cassidy gemeu, uma mão envolvendo em volta dela, a outra emaranhando em seus cabelos quando puxou sua boca na dele. Ele girou em torno deles então, então agora era Emma cujos quadris estavam presos contra a mesa.
Então suas mãos deslizaram debaixo de sua bunda, levantando-a para que ela estivesse sentada na mesa, suas mãos empurrando suas coxas para que ele pudesse estar entre elas.
Ele tirou a camisa dele antes de remover a dela, e ambos gemeram quando suas palmas se fecharam sobre o tecido rosa claro de seu sutiã.
“Quando eu vi você colocar isso de manhã, sonhei em retirá-lo outra vez,” ele disse enquanto se afastava e passava um dedo pelo pequeno arco entre seus seios.
“Então, por que não fez?”
Em vez de responder, inclinou os joelhos, passando a ponta da língua sobre o declive superior de cada seio, movendo-se cada vez mais baixo com cada golpe até que tocou logo abaixo do tecido, o tímido de seus mamilos, que estavam desesperados por seu toque.
Para pagá-lo de volta, ela alcançou a protuberância de suas calças, usando suas unhas para traçar levemente o contorno de sua dureza sem lhe dar qualquer tipo de alívio. Seus dentes rasgaram seu peito e ela ofegou.
Suas mãos finalmente deslizaram em torno de suas costas, desfazendo o fecho de seu sutiã com um rápido movimento antes de lentamente puxar a roupa de renda dela.
Os olhos de Emma fecharam, mas ele usou um dedo para levantar o queixo dela para que seu rosto estivesse inclinado para o dele, e ela abriu os olhos para encontrar seu olhar quente. Então seus polegares encontraram seus mamilos, pressionando, enquanto seus olhos azuis permaneceram preso nos seus, observando cada reação dela, como se tentando gravar cada gemido e suspiro para a memória.
Suas mãos foram até a cintura dele, sua pele quente e firme contra suas palmas enquanto ela tentava arrastá-lo ainda mais perto, e quando isso não funcionou, suas mãos foram para sua cabeça, puxando seus lábios para os dela enquanto usava sua língua para provocar a dele.
Então ele a puxou para trás e dobrou os joelhos, os lábios encontrando seu mamilo enquanto sua palma subiu para cobrir sua boca, sufocando seu grito assustado.
A cabeça de Emma inclinou-se para trás, arqueando as costas enquanto ela sentava-se à mesa de Cassidy e sua cabeça escura se movia entre seus seios, lavando-os com atenção de sua boca quente.
Quando ele se endireitou, ela choramingou com a perda, mas apenas por um instante, porque então ele a estava tirando da mesa e girando-a ao redor, uma mão envolvendo seu quadril enquanto a outra palma achava o ponto diretamente entre suas omoplatas e empurrava para que ela estivesse curvando-se sobre a mesa, a bunda no ar.
Inclinou-se para frente com os quadris, e até mesmo através do tecido de suas calças e sua saia ela sentiu seu pênis duro pressionar contra ela. Era demais e não era suficiente, e ela fez um barulho de choramingar que poderia ter sido uma súplica ou uma maldição.
Cassidy envolveu um braço em torno de seu peito, acima de seus seios, puxando sua parte superior do corpo para trás apenas o suficiente para que ele pudesse pressionar sua boca para sua orelha.
"Eu menti mais cedo," disse ele grosseiramente, sua mão se movendo para baixo para seu peito.
Ela balançou a cabeça ligeiramente, indicando que não seguiu e seus dedos beliscaram o mamilo. Difícil.
"Eu não tranquei a porta," ele sussurrou.
E então suas mãos deslizaram para baixo, encontrando a bainha de sua saia, puxando-a para cima sobre seus quadris, sobre seu traseiro, até que seus polegares roçaram o laço cobrindo suas bochechas da bunda.
"Qualquer um pode entrar," ele sussurrou, seus dedos amassando sua carne macia. "Qualquer um pode entrar e me ver fazendo isso."
Ele baixou para seus joelhos enquanto suas mãos puxaram sua calcinha para baixo e para fora, usando seu corpo para estabilizá-la conforme ele a ajudou a sair do pequeno pedaço de renda,sem a calcinha presa em seus calcanhares.
Os polegares de Cassidy tocaram seus tornozelos, o toque estranhamente erótico, antes que suas mãos fizessem a lenta caminhada de volta para cima por cima de suas panturrilhas, por cima das costas de suas coxas, e então no meio, empurrando-as separadamente.
Seu dedo deslizou suavemente dentro dela no momento exato que seus dentes beliscavam sua bunda e Emma gritou, para sufocar seus gemidos com sua própria mão desde que ele estava ocupado.
Sua mão livre deslizou em torno de sua frente, suas pontas dos dedos encontrando facilmente o meio de seu clitóris enquanto um segundo dedo de sua outra mão se juntou ao primeiro e bombeado dentro dela.
As sensações eram demais. Entre os dedos que a rodeavam, os dedos se retorcendo dentro dela, e sua respiração quente na parte de trás de suas coxas, Emma quebrou, suas unhas arranhando inutilmente a superfície dura de sua mesa, ela veio mais duro que nunca antes.
Ele ficou parado devagar, suas mãos ficando em seus quadris até que estava certo de que ela estava firme e então a guiou ao redor para o outro lado de sua escrivaninha.
Seu cérebro distorcido não conseguia registrar por que eles estavam se movendo, mas quando ele abriu a gaveta da escrivaninha, ela percebeu.
Preservativo.
"Você veio preparado," disse ela, com a voz ainda soando um pouco trêmula.
Ele sorriu para ela. "Esperançoso. Eu vim com esperanças."
E então ele estava levantando-a de novo, então ela estava sentada na mesa e ele estava em sua cadeira. Sua saia tinha caído para baixo em torno de seus quadris quando eles se mudaram, e ele lentamente subiu-a novamente, deslizando sua cadeira para que seu rosto ficasse posicionado entre as coxas.
"Cassidy," ela gemeu.
Ele sorriu brincando com ela. "O que está errado, Em? Preocupada que alguém possa entrar e vê-la sentada na minha mesa, de pernas pra cima?"
Seu gemido era metade desejo, metade pânico. Ela nunca tinha pensado em si mesma como sendo do tipo exibicionista, mas o risco de ser vista em um encontro erótico, era francamente carnal.
Seu sorriso travesso, francamente mau a puxou ainda mais perto de seu rosto, as mãos agarradas por trás sua bunda. "Apenas deite-se e imagine querida."
"Imaginar o que?" Ela disse as palavras saindo roucas.
"Imagine o que deve acontecer com o rosto enterrado entre as suas coxas."
Em seguida, ele deixou cair o rosto para ela, sua língua passando rapidamente para provar sua umidade enquanto ela gritava. Ela teve um lampejo de terror que alguém pudesse ter ouvido, falar dela, mas então ele a puxou para mais perto, colocando a palma da sua língua contra ela e lambendo exatamente no ponto certo, e ela não se importava com nada além de ter certeza que ele não pararia.
Sua cabeça caiu para trás, seus dedos enredados em seus cabelos enquanto ela segurava a cabeça para ela e no calor perverso de sua boca.
"Cassidy," ela engasgou quando começou a construir novamente. "Pare, eu não posso..."
Mas ela podia. E fez. O segundo orgasmo foi tão explosivo como o primeiro, e ele ficou com ela todas as batidas do caminho.
Quando ele se levantou, Emma piscou para ele, sua visão um pouco embaçada. "Você não deveria ter feito isso," disse ela. "Eu recebi dois, e você..."
"Estou prestes a tornar tudo de bom comigo transando com você sobre a mesa," disse ele em seu ouvido.
Ele puxou-a para frente, e Emma pensou que não havia nenhuma maneira que suas pernas iriam segurá-la, mas quando ele girou em torno dela e empurrou-a para trás sobre a mesa, o som do seu cinto desafivelando e as calças deslizarem para baixo a excitava mais uma vez.
Com o canto do olho, ela viu a vibração do preservativo embrulhado na mesa ao lado dela, e então suas mãos estavam sobre ela, seu pênis estava contra ela, e ele afundou nela em um curso liso, quente.
"Emma," ele gemeu. "Você está tão molhada."
"A culpa é sua," ela conseguiu dizer quando ele começou a empurrar.
Tinham feito isso assim antes? Ela não conseguia se lembrar. Mas se eles tinham, nunca tinha sido tão intenso.
Ela sentiu os dedos cravarem na pele em seus quadris, ouviu seu gemido e sabia que ele estava perto. Instintivamente sabia o que ele precisava, Emma colocou as palmas das mãos sobre a mesa, arqueou as costas e virou a cabeça apenas o suficiente para que ele pudesse ver o perfil dela.
Quando ela abriu os olhos para ele, sabendo que ele iria reconhecer o calor e desejo em seu olhar, Cassidy rosnou o nome dela, mergulhando dentro dela com força suficiente para levá-la para a mesa antes que ele passasse um braço em torno dela e veio com um grito rouco.
Lentamente, Emma baixou os cotovelos sobre a mesa e ele seguiu, não muito, mas o suficiente para que seu queixo descansasse em seu ombro, sua respiração ainda vindo dura em seus cabelos.
Quando ele se afastou, eles trocaram um sorriso secreto antes de iniciar o processo desagradável de recuperar seus itens de vestuário dispersos.
Ele sorriu seu agradecimento quando ela entregou-lhe o cinto, e depois estendeu a mão para alisar seus cabelos.
Emma alisou a saia e recuou. "Como óbvia eu estou?"
"Não me pergunte," disse ele com voz rouca. "Eu ainda posso te provar. Então, para mim, você está adequadamente fodida."
Emma bufou. Em seguida corou. "Você tem um espelho aqui?"
Deu-lhe uma olhada.
"Tudo bem," ela murmurou fazendo o seu melhor para achatar os cabelos dela e passando um rápido dedo sob o olho para pegar qualquer rímel que poderia estar fora do lugar.
Ele olhou para ela com uma expressão ilegível e Emma mordeu o lábio. "Eu provavelmente deveria ir. Riley e Grace são susceptíveis questionadoras."
Ele sorriu para isso. "Sim, eu não acho que elas estão pensando em tudo."
Ela apertou os lábios. "Bom ponto. Mas tenho trabalho a fazer. Essa história está completa, mas preciso trabalhar com a figura gráfica com a equipe se eles querem fazer quaisquer recursos visuais com a minha história."
"Visuais?" Perguntou. "O que, como fotos dos caras?"
"Não," ela disse com um aceno de mão. "Assim como... eles colocam figuras femininas lá em cima, às vezes. Deixa pra lá. Nós vamos descobrir isso."
Ele balançou sua cabeça. "Camille não pode voltar rápido o suficiente."
Emma tinha ido ao seu caminho para a porta, mas parou por aí. "Você quis dizer o que disse? Sobre não ler o artigo?"
Ele balançou a cabeça, empurrando as mãos no bolso. "Eu não quero lê-lo como seu chefe, Emma. Vou deixar Camille cuidar dele."
"Ok," ela disse, forçando um sorriso.
Então ela virou-se novamente. "Você disse que não queria lê-lo como meu chefe. Você vai lê-lo como meu amigo? Quando estiver nas prateleiras, quero dizer."
Sua mandíbula deslocou. "Eu não quero ser seu amigo, Emma. Eu faço. Mas lendo sobre seus ex-namorados... doze deles? Não espere isso de mim."
Ela sorriu, estranhamente exultante com a sua resposta. "Eu não vou. Mas você só tem que se culpar. Sua ideia e tudo o mais."
Ele revirou os olhos. "Confie em mim. Eu sei. Vai à minha lista de arrependimentos da vida."
"Hã. E este," disse ela, apontando entre eles e, em seguida, na mesa. "Será que será um de seus arrependimentos da vida?"
Ele lhe deu um olhar. "O que você acha?"
Emma virou-se, não querendo que ele visse o que ela tinha certeza de que era um sorriso feliz e pateta.
Sua mão estendeu a mão para a maçaneta da porta e torceu.
Nada aconteceu.
Ela tentou novamente. Nada.
Em seguida, seus dedos encontraram a fechadura. Abriu-a.
Ela estava bloqueada todo o maldito tempo.
Desta vez, a porta se abriu e ela deu-lhe um olhar acusador sobre o ombro.
Ele piscou.
E Emma sabia então. Sabia que ela estava devastadoramente perto de se apaixonar por ele novamente.
Capítulo 26
Duas semanas depois, na terça-feira antes do feriado de Ação de Graças, Emma organizou uma festa de inauguração de sua casa.
Em seu próprio apartamento. Não o de Camille.
Emma tinha encontrado um apartamento novo. Estava a apenas quatro quarteirões ao norte da casa de Camille, mas em vez de um arranha-céu de luxo, era um espaçoso apartamento no terceiro andar.
Não era extravagante e novo, mas tinha uma parede de tijolo fabulosa com uma lareira extinta, e tinha sido recentemente renovado com madeiras novas, bancadas de granito e aparelhos de fantasia.
Melhor de tudo, era tudo de Emma. Seu nome no arrendamento, seus pratos nos armários, seus lençóis na cama.
Uma cama que Cassidy estava gastando muito tempo nela. O que deveria se transformar em uma noite de sexo se transformou em um fim de semana de sexo... Que tinha continuado até a segunda-feira depois, quando eles tinham contaminado sua mesa na Oxford.
E então tinha continuado.
Mas não era apenas sexo. Havia também momentos de tranquilidade e refeições compartilhadas, e ele falando muito sobre os prós e contras do vinho quando tudo o que ela realmente queria era beber.
Ontem à noite eles tinham cruzado em um território completamente novo: Cassidy tinha ficado a noite.
E, ainda, eles não tinham falado sobre isso. Não a nada disso. E certamente não ao seu passado.
Ela tinha perguntado às meninas se deveria levantar, e o veredito tinha sido dividido. Julie e Grace pensaram que ela e Cassidy deveriam ir devagar e ver onde isso os levaria. Julie insistira que forçar uma conversa que não estava pronta não seria bom para ninguém.
E enquanto Riley tinha concordado que tentar colocar um rótulo sobre o que eles tinham antes de seus corações seria desastroso, ela também tinha advertido que ficar muito tempo sem ter a conversa poderia fazer mais danos no final.
E vendo que Riley e Sam haviam evitado tal conversa durante dez malditos anos, Emma sabia que deveria ouvir.
Mas cada vez que ela queria ir lá - perguntar o que diabos eles estavam fazendo - ela saia fora. Ela estava com muito medo de que ele dissesse exatamente o que ela tinha dito a ele. Que era só sexo.
Hoje à noite, no entanto... Esta noite, Emma não se deixara pensar em nada disso. Tinha sido sobre peru e muito vinho e deliciosos carboidratos e tortas. Definitivamente tortas.
Era o grupo usual: Julie e Mitchell, recentemente de volta de Maui; Grace e Jake; Sam e Riley. Camille tinha aparecido para os aperitivos e para informar a Emma que seu segundo quarto ainda estava disponível e que o seu ‘real’ edifício tinha um elevador.
E Cassidy estava lá.
Cassidy esteve lá o dia inteiro. Preparando o peru. Discutindo com ela sobre a melhor maneira de amassar batatas.
Ele estava em todos os lugares, o tempo todo.
E ela gostava.
"Eu comi demais," disse Riley, limpando uma tigela de salada e deixando-a na pia com uma conversão exausta.
"Riley McKenna. Eu posso honestamente dizer que nunca pensei que iria ouvir essas palavras saírem de sua boca," disse Julie, lambendo sorvete de baunilha de seu polegar antes de colocar a colher na máquina de lavar.
"Foi culpa de Emma," Riley gemeu. "O que diabos você coloca nesse recheio, manteiga? Foi à coisa mais horrivelmente gloriosa que já provei."
"Horrivelmente só porque você comeu seis porções," Mitchell chamou da mesa, onde os rapazes estavam provando o mais recente whisky de Sam.
Riley apontou um dedo para Julie. "Jules, informe o seu bola para fechar sua boca."
"Eu tentei," disse Julie. "Isso nunca funciona."
"Sim, porque eu sou o tagarela da família," Mitchell murmurou.
Emma tentou apertar um último copo na máquina de lavar louça, em seguida, deu-se por vencida, porque a maldita coisa estava com capacidade máxima. Ela acrescentou detergente e começou, antes de chegar para outra bacia e lavar.
"Não. Sente-se," Grace disse, batendo em sua mão. "Ponha sua bunda magra naquele banquinho e beba a sua bebida. Nós vamos limpar."
"Na verdade," disse Emma, limpando a mão em uma toalha. "Vamos todos sentar. A limpeza pode esperar até amanhã."
"Vocês ouviram isso, rapazes?" Julie chamado. "Vocês podem parar a sua corrida louca para ajudar com os pratos."
Os homens não pararam em seu debate sobre se o uísque tinha elementos de couro em seu sabor.
Emma pegou o copo de vinho e começou a seguir as mulheres em sua pequena sala de estar, e depois fez uma pausa, olhando em volta e tendo uma cena em frente a ela. Era um pensamento extravagante, mas ela realmente sentiu seu coração inchado.
O que não fazia sentido, porque o quadro era familiar: casais brigando de brincadeira, Riley comendo demais, o maravilhoso whisky de Sam, vinho de fluxo livre, o riso sem parar...
Talvez esta noite parecesse diferente porque era feriado.
Mas, no fundo de sua mente, Emma sabia que estava mentindo para si mesma. Algo estava diferente essa noite, com certeza, mas não foi à proximidade com a ação de graças.
Seus olhos procuraram e encontraram Cassidy.
Era ele. Não eles.
Eles estiveram no mesmo jantar antes, mas nunca como esse. Nunca como um casal.
Eles eram um casal?
Não parecia como um. Era tão diferente de como as coisas haviam sido com seus namorados anteriores. Engraçado era diferente do que tinha sido com Cassidy todos esses anos atrás.
Era surpreendentemente confortável. Não havia nada de ficar tentando a outra pessoa para o tamanho, não tentando se ajustar às suas peculiaridades e hábitos. Nem tentando não ficar irritado com a mastigação da outra pessoa, nada de dolorosos bate papos em que você mexe lembrando se Jackson se referiu ao seu melhor amigo de segundo grau ou seu cão de infância.
Eles simplesmente foram. Eles simplesmente se encaixaram.
Ele levantou uma sobrancelha, como se perguntando se ela estava bem, e ela sorriu e deu um pequeno aceno de cabeça.
Eu não quero falar sobre isso.
Porque falar sobre isso poderia azarar tudo.
E aí estava o problema real... o lado negativo de tudo parecendo tão perfeito.
Ele não poderia durar. Nunca durou.
"Yo, Emma. Pegue essa garrafa e venha aqui," disse Riley.
Ela obedeceu, superando o olhar de todos, quando ela se estabeleceu em sua nova sede de amor cinza ao lado de Julie.
Julie fala no segundo em que ela senta-se. "Ok, eu juro que esta é a última vez que vou incomodá-la sobre isso, mas preciso perguntar só mais uma vez para limpar a minha consciência. Tem certeza de que não quer vir para Connecticut com a gente na quinta-feira? A mãe de Mitchell faz um peru maravilhoso."
"Ou ao Brooklyn com a gente," acrescentou Riley.
"Ou Wisconsin com a gente, embora o nosso voo saia amanhã, então é melhor você tomar essa decisão, como, ontem," Grace entra na conversa.
Emma olha para o vinho, sentindo uma pontada agridoce quando se dá conta de que cada uma delas tinha acabado de usar a palavra nós. Venha conosco para Connecticut. Vem com a gente para o Brooklyn. Com a gente para Wisconsin.
Emma não era parte de um nós.
Porque não importa como as coisas boas estavam entre ela e Cassidy na cama, não importa quão compatível estavam fora dela, havia algumas coisas que não podiam superar. Era como se sua química sexual desencadeasse algum tipo de adrenalina que os impedia de sentir a dor.
E uma vez que a adrenalina passava...
Emma sabia o que o desgosto parecia.
"Ems?" Perguntou Julie, tocando-lhe o braço, mais suave dessa vez. "Você está bem?"
"Sim. Estou bem. E obrigada pelos convites, realmente. Mas estou indo para Carolina do Norte para o feriado."
Suas amigas trocaram olhares intrigados. "Desde quando? Eu podia jurar que só falou na semana passada sobre os nossos planos..."
"Desde sábado. Meu pai tem me incomodado há semanas e tenho dito que não, mas... ele venceu."
Na verdade, isso não era inteiramente verdade. Seu pai tinha ido em frente e comprou-lhe um bilhete de avião sem o seu consentimento. Algo que Emma poderia ter ignorado se não fosse por... Daisy.
Sua irmã gêmea ainda respondia a textos de Emma, mas ela nunca mandou um. E sempre que Emma chamava, ia direto para o correio de voz. Emma queria ver sua irmã em pessoa para cavar abaixo da superfície.
Mesmo que isso significasse ficar sentada ao redor da mesa e ouvir seu pai enquanto ele tagarelava em cerca de Sinclair Media e o fato de que ele não tinha nenhum sucessor para a empresa uma vez que nenhuma filha estava interessada, e Daisy tinha ido e obteve um ‘maldito divórcio’, e Emma... bem, Emma deixou a mesa sempre que seu pai se atreveu a mencionar Cassidy.
Assim. O feriado devia ser grande.
"Bem, isso vai ser divertido!" Julie disse brilhantemente.
Emma lhe deu um olhar. "Não vai ser. Mas podemos simplesmente... não falar sobre isso? Feriados são supostos ser estressantes, né?"
"Mas..."
"A mudança de Assunto," Emma implorou. "Por favor."
"Oooh, eu tenho um!" Disse Grace, sentando-se reta e dirigindo sua atenção para os caras na mesa. "Ei, Cassidy, é verdade que você está contratando um editor de esportes?"
Julie e Emma torceram em seus assentos para encarar os homens.
Cassidy olhou para Grace sobre seu copo de uísque. "Onde você ouviu isso?"
Grace apertou os lábios e olhou para Jake. Cassidy deu a seu empregado um olhar irritado.
"Olha, é assim," disse Jake, definindo o copo sobre a mesa. "Eu posso ter estado em seu escritório hoje cedo e posso ter visto algo em sua mesa que não deveria. E posso ter mencionado para minha linda esposa."
"Eu nem sei por onde começar," disse Cassidy.
"Oh, eu faço!" Disse Sam. "Cuido disso. Sr. Malone, filho, por que você estava no escritório do Sr. Cassidy?"
Jake olhou para ele. "Você está tentando fazer uma representação de diretor?"
Sam deu-lhe um olhar paciente e Jake se contorceu. "Você é bom nisso. Ok, hum, eu estava no escritório de Cassidy, porque estava procurando por algo."
"Procurando por..."Sam cutucou.
"Os preservativos," Jake disse o assunto com naturalidade.
Julie bufou, mas Sam simplesmente deu um aceno sábio. "Você estava procurando contraceptivos."
"Sim, para, hum, fornicar com minha esposa."
"Na verdade," disse Emma, espiando por cima do sofá, enquanto observava a interação. "Não se pode fornicar com a esposa. Fornicação, por definição, é a relação sexual com alguém que você não está casado."
Todos os quatro homens olharam para ela. "Como ela sabe disso?" Jake sussurrou para Cassidy.
"Não me pergunte. Eu não casei com ela, lembra?"
Emma atirou-lhe o dedo.
"Emma esta muito certa sobre a definição," disse Mitchell. "Mas vamos chegar ao coração da história. Jake, você encontrou os preservativos?"
"Isso não é o coração da história," disse Cassidy. "Toda a minha foi o ponto"
"Eu encontrei preservativos," Jake interrompeu. "Uma caixa, na verdade. A caixa que tinha sido aberta e cuja o suprimento estava muito reduzido."
Todos olharam para Cassidy aguardando explicação, mas Cassidy não era esse tipo de cara, e ele simplesmente tomou um gole de seu uísque.
Julie falou a Emma na parte de trás. "Sexo no escritório?" Sussurrou. "Agradável."
"Sim, estou contratando um editor de esportes,” respondeu Cassidy. "Ele acabou de ser aprovado esta tarde. Todos felizes agora?"
"Não, é pouco," disse Riley. "Eu quero voltar para exatamente como você usou todos os preservativos. Como vazia estava à caixa, Jake?"
"Você está indo para contratar Cole?" Emma interrompeu rapidamente, na esperança de evitar uma análise prolongada de exatamente como cada um desses preservativos tinha sido usado. Não era segredo que Emma e Cassidy estavam dormindo juntos, mas isso não significava que Emma estava morrendo de vontade de derramar os detalhes. Mesmo se eles fossem realmente delicioso detalhes.
"Eu gostaria de contratar Cole," disse Cassidy. "Mas tenho tentado contratar esse cara por um ano. Ele tem teimado em permanecer um empreiteiro."
"Então por que não deixe-o ficar como um empreiteiro?" Perguntou Sam.
Cassidy deu de ombros. "Não a minha chamada. A ordem veio de cima. Tudo se resume a orçamento. Capex contra opex, sabe?"
"Não," todos disseram ao mesmo tempo. Exceto para Mitchell, que disse sim.
Julie suspirou e deu a seu marido um olhar de advertência. "Você tem uma frase para explicar."
"Despesas de capital ou despesas operacionais,"disse Mitchell. "Salários Freelance são muitas vezes puxados para fora de financiamento capex, por isso, se isso esta em falta, eles vão querer contratar um empregado, cujo salário sai de opex..."
"Entendi," disse Julie, segurando sua mão. "Portanto, não pode haver mais dinheiro para pagar por Cole como um empreiteiro, mas ele poderia trabalhar como um funcionário em tempo integral..."
"Se ele quiser," disse Cassidy.
"Sim, isso vai ser o truque," Jake refletiu. "Aquele cara odeia a ideia de se estabelecer em qualquer capacidade."
Grace estala os dedos. "Isso é tão familiar. Por que isso me parece tão familiar?"
Emma sorriu em seu vinho. Jake tinha fama de ter um caso agudo de vagabundagem antes de encontrar Grace. Ele acusando Cole de não querer se acalmar era um caso definitivo de que o pote e a chaleira eram exatamente o mesmo tom de preto.
Riley escolheu aquele momento para soltar um enorme bocejo, que desencadeou uma cadeia inteira de bocejos, o que fez com que Grace olhasse para o relógio.
"Puta merda. É quase uma!"
"Em uma noite de escola, também!" Sam diz, fazendo um barulho de repreensão.
"Cale-se," disse Riley em volta de outro bocejo. “Nem todos somos trabalhadores por conta própria.”
“Talvez nosso patrão nos deixe entrar atrasadas amanhã,” disse Julie, batendo os cílios para Cassidy.
"Isso não vai acontecer," disse Riley. “Emma, tire a camisa. Então você pergunta a ele.”
" Eu sou todo para este plano," Cassidy disse, " Mas para o registro... Já não sou seu chefe, lembra? Camille está de volta.
"Como se eu pudesse esquecer," Grace murmurou. "Alguém mais está tendo um inferno de tempo entendendo seu sotaque australiano recentemente desenvolvido?"
"Eu perguntei se ela queria ir almoçar hoje e ela realmente pronunciou a frase camarão no barbie," disse Julie, de pé e levando sua taça de vinho para a cozinha. "Ela teve que dizer isso, tipo, oito vezes antes que eu pudesse entendê-la."
"Ei," Jake disse, golpeando o braço de Cassidy enquanto colocava a tampa de volta no uísque. "Eu sei que você não é seu chefe mais, mas você é meu. Posso chegar atrasado amanhã?”
Cassidy lançou-lhe um olhar sombrio e Jake atirou-lhe uma pistola de dedo. “Certo. Vejo você às nove.”
Houve uma agitação recolhendo os últimos pratos e Riley discutindo com Sam que eles também queriam algumas das sobras. Emma recuperou a pilha de casacos de inverno de seu quarto desde que seu armário de casaco estava empilhado com caixas que ela ainda tinha que abrir. Então vieram abraços e beijos na bochecha e um sonolento debate sobre se o dia antes do Dia de Ação de Graças era um verdadeiro dia de trabalho.
Cassidy não fez nenhum movimento para sair com o resto do grupo e ninguém questionou.
Emma não questionou.
Uma onda de sonolência estava ameaçando derrubá-la e ela não podia esperar para rastejar debaixo das cobertas e aconchegar-se em Cassidy. Talvez abrir a janela de um lado para que o quarto ficasse bom e frio, enquanto eles se estariam quentes debaixo das cobertas.
Mas um olhar para o rosto dele disse-lhe que ele tinha outras ideias.
E não o tipo sexy, tampouco.
Cassidy estava chateado.
Capítulo 27
"Tudo bem?" Ela perguntou nervosamente enquanto ele trancava a porta atrás de Sam e Riley.
Ele passou a mão sobre o rosto, parecendo cansado. "Ok, a divulgação completa que estou tentando realmente não ficar louco com isso, mas estou tendo um momento maldito difícil, então eu preciso apenas dizer isso."
"OK..."
Ele deixou cair às mãos e olha para ela. "Será que eu ouvi direito? Você está indo para a Carolina do Norte para a Ação de Graças?"
"Sim," ela disse lentamente. "Está certo."
"E você sabe isso desde sábado."
Ela encolheu os ombros.
Ele soltou uma risada áspera. "É terça-feira, Emma. Estive com você quase constantemente desde sábado à noite. Você se esqueceu de mencioná-lo?"
"É por isso que você está louco?" Ela foi até a pia e mecanicamente começou a enxaguar os copos de vinho. "Eu não achei que importava. Você está indo para a Flórida para ver seus pais. Não é como se a minha viagem iria interferir com a sua programação."
Sua mão encontrou o cotovelo e ele a puxou ao redor. "Então, o que, você não ia me dizer em tudo?"
Ela desligou a água com mais força do que o necessário e se virou para encará-lo totalmente, seu desvanecimento sonolento conforme a raiva aumentou.
"Eu não tenho de informar a você, Cassidy. Você não é meu chefe mais, lembra?"
"Eu não estou falando de um lugar profissional aqui, Emma, estou falando sobre nós, como..."
"Como o quê? Namorado e namorada? Nós não estamos namorando.”
Seus olhos azuis piscaram em confusão. E outra coisa que tinha ido embora antes que ela pudesse nomeá-lo. "Então o que estamos fazendo aqui, Emma? Porra?"
Era a sua vez de recuar, o que a colocou na defensiva. "O que é isso realmente? Está louco que eu não lhe disse que estava deixando a cidade em Ação de Graças? Ou você está louco pelo fato de que estou indo para a Carolina do Norte para ver o meu pai?"
Cassidy jurou suavemente. "Você tem que admitir o homem não exatamente fez grandes coisas para o nosso relacionamento."
Ela esfregou os olhos, cansada.
"Você vai dizer a ele que nós estamos nos encontrando de novo?" Perguntou.
Ela olha para ele e ele ri da resposta que viu em seu rosto. "Certo. Claro que não."
"É apenas... É complicado, Cassidy. Essas últimas semanas têm sido grandes, mas nós nunca lidamos com o que aconteceu naquela época, não realmente."
Ele abriu os braços para os lados, com uma expressão de confronto. "Ok, então, Emma. Vamos lidar com isso. Onde devemos começar?"
Ela lambeu os lábios. "Eu não quero fazer isso agora."
Ele se aproximou. "Alguma vez você já parou para pensar que não há nada a fazer? Que talvez não haja nada para lidar com isso? Éramos duas crianças idiotas que estavam em uma luta épica no dia antes de seu casamento e saímos sem ouvir um ao outro. Talvez nos riscássemos até à imaturidade."
"Eu ouvi você!" Disse Emma, gritando agora. "O que foi que eu deveria ouvir? Que você não sabia que eu existia quando meu pai basicamente subornou você para me convidar para sair? Que prontamente concordou só porque pensou que estaria começando a namorar minha irmã, que era o que você realmente queria?"
Seu rosto fechou e Emma pressionou.
"Eu poderia ter superado isso. Eu realmente poderia ter. Mas você não pode me culpar por tropeçar sobre a parte onde você me propôs vinte e quatro horas depois que meu pai disse que ele só passaria sua companhia preciosa para a família. A empresa que você queria. Será que meu pai falou essa parte errada, Cassidy?"
"Olha, a parte sobre Daisy... Eu disse naquela época e vou dizer de novo: Daisy e eu estávamos sendo amigos. Tivemos várias aulas juntos, ela era amiga de minha ex-namorada, corremos nos mesmos círculos. Eu não a conhecia bem, mas achava que ela era bonita. Algo que você deve tomar nota como sua gêmea idêntica."
Ele se aproximou. "Você não pode ficar brava comigo por não me apaixonar por você antes que soubesse que você existia." ele disse calmamente.
“Mas eu sabia quem você era!”
"Toda a escola sabia quem eu era," ele retrucou. "E, não, isso não é uma viagem de ego. É apenas a maneira que trabalha quando a equipe de futebol é a campeã nacional de defesa e eu era um acionador de partida. Ok?"
"E eu não era ninguém," disse ela.
"Não," ele apontou um dedo. "Você está acima desse pequeno jogo. Emma, juro que quando te pedi para sair naquele dia na livraria, era porque eu queria. Até então eu sabia que estava pedindo a Emma. Não Daisy.”
Ela tentou voltar a lavar os pratos, mas ele puxou-a novamente. " Você vai me escutar, droga! Aparentemente, precisamos conversar sobre isso, porque você, obviamente, não superou isso.
"Nós conversamos sobre isso e não fez nada de bom! Eu já ouvi tudo. Em seguida, você estará tentando me dizer que foi apenas coincidência que propôs o dia depois que meu pai deixou cair sua pequena bomba. Que você estava pensando nisso por semanas.”
"Eu estava planejando isso por semanas!"
"Você não pode provar isso," ela disse calmamente.
"Eu não deveria ter que provar Emma! Maldição, eu não deveria ter que provar à mulher que estava prestes a casar que a amava. Devia acreditar em mim. Você deveria saber.”
Sua voz soava devastada e torturada, como se as palavras fossem arrancadas da parte mais escura dele e Emma queria acreditar nele. Desesperadamente.
Mas não podia. Porque se não fosse verdade ela arriscaria gastar o resto de seus dias desesperadamente amando alguém que não a amasse de volta. Na verdade não. Para uma garota que sempre vivia na sombra de sua irmã, que sempre fora a segunda melhor, sua palavra não era suficiente.
Cassidy observou seu rosto, e então viu seus ombros caírem. “Você não acredita em mim.”
"Eu quero," ela sussurrou.
Ele balançou sua cabeça. "Todo esse tempo, pensei que nosso passado era sobre temperamento mais do que qualquer outra coisa, mas era mais do que isso, não era? Você não me amou o suficiente para confiar em mim."
O coração de Emma se torceu. Em todas as vezes que reviveu aquela noite, nunca lhe ocorreu que ela não fosse à única que não se sentisse amada o suficiente.
Ela não era irrepreensível nisso. Ela sempre soube disso, mas não tinha percebido que o dano que ela tinha infligido a ele era tão real quanto o dano que ele tinha feito para ela.
Emma sacudiu a cabeça. “Não podemos fazer isso, Cassidy.”
Ele se aproxima suas mãos fechando em torno de seu rosto. "Não. Não há mais vagas para respostas evasivas. Se você não me quer, você terá que dizer isso, direto. Se você não nos quer, você terá que dizer isso também. Se você quiser que eu vá, eu vou. Mas você tem que dizer as palavras."
Emma deu um pequeno gemido e fechou os olhos.
Então ela percebeu que era exatamente o tipo de comportamento covarde que ele a estava chamando e ela se forçou a encontrar seus olhos.
"Diga, Emma," ele ordenou, assim como seus olhos imploravam de outra forma.
As mãos de Emma se aproximaram para segurar seus pulsos.
Então ela fez a única coisa que conseguiu pensar que permitiria que ambos se movessem daquela teia de dor em que haviam se recuperado.
"Eu quero que você vá." Suas palavras foram calmas. Mas firmes.
Ele a soltou como se ela o tivesse queimado. Provavelmente porque ela tinha.
Ele esfregou uma mão sobre seu rosto, olhando atordoado, antes de desaparecer no quarto. Ele voltou com seu casaco de lã.
"Divirta-se com sua família," ele disse sua voz desprovida de emoção.
"Você, também," ela disse em um monótono zangão.
Ele estendeu a mão para a maçaneta da porta, depois se virou. "Uma última coisa. Foi você que me disse para me perder naquela noite. Então eu fiz. Mas nossos amigos parecem ter na cabeça que eu, de alguma forma, deixei você no altar. Jake disse que eles têm essa visão de você lá no dia do nosso casamento, esperando por um noivo que nunca apareceu. Por que isso? Posso entender se você precisava salvar sua cara, eu apenas... Perguntei o que aconteceu depois que eu deixei você no estacionamento naquela noite."
Emma cruzou os braços e olhou para os dedos dos pés.
Estava na hora de acabar com isso. De uma vez por todas.
"Depois de... Nossa discussão, eu fui para casa. Daisy me levou. E fui para a cama e chorei por horas, me sentindo tão terrível, horrivelmente ruim para mim. Passei a maior parte de minha vida me sentindo como a versão mais maçante, menos brilhante da minha gêmea, e sabendo que você tinha pensado isso, também... Era um pouco como uma faca na barriga, sabe? Eu me apeguei tanto ao fato de você ter me escolhido, e então havia toda essa evidência de que você me escolheu por razões erradas."
Ele abriu a boca, mas a fechou com a mesma rapidez, deixando-a terminar.
Emma sacudiu a cabeça e deu uma risadinha. "Levei-me até cerca de duas da manhã para vir a meus sentidos."
Ela olhou para cima então. Encontrando seus olhos. "Eu ainda estava machucada. Horrivelmente. E não tinha certeza de tudo, exceto o fato de que eu te amava."
Os olhos dele brilharam.
"Imaginei que era um round de uma luta, mas que passaria ao longo da manhã depois de uma boa noite de sono... pensei que você me perdoaria por perder a paciência e jogar aquele anel em você, porque estávamos nos casando, Cassidy. Pensei que iria demorar mais do que o ajuste de um baile do sul para quebrar isso."
"Você me disse que nunca mais queria me ver de novo," ele sussurrou. "Acreditei nisso. Você me disse para ir embora. Então eu fui."
"Eu entendo isso," disse ela, com a voz pequena. "Eu entendo. Mas achei que você ia voltar. Tinha tanta certeza disso. É por isso que me levantei na manhã seguinte e deixei Daisy colocar pepinos nos meus olhos para reduzir o inchaço e deixar que o maquiador aplicasse uma máscara espessa de base para disfarçar o nariz vermelho e bochechas avermelhadas. Achei que você ia voltar," sua voz quebrou.
"Emma." Ele estendeu a mão, mas ela recuou.
"Eu esperei até uma hora após a hora que a cerimônia deveria ter terminado. Esperei, mesmo depois de todos os convidados partirem. Esperei até que Daisy me envolveu em um grande cobertor de lã e literalmente me arrastou para o carro do papai."
"Eu não sabia," ele sussurrou.
Sua risada era pequena. "Qual parte não ficou clara? As mensagens de voz de choro? As dezenas de mensagens de texto loucas?"
Os olhos de Cassidy fecharam. "Você me chamou."
"Uma centena de vezes." Ela abraçou a si mesma, perdida em seu próprio mundo de memórias infelizes. "Eu implorei Cassidy. Não vou deixar você fora do gancho para me usar para mexer na empresa do meu pai, mas não me deixo fora do gancho, também. Eu pedi desculpas repetidas vezes e teria feito isso pessoalmente, mas você nem sequer me deu essa chance. Isso não é a ação de um homem apaixonado." Ela encolheu os ombros.” Então eu fiz o que tinha de ser feito. Caí fora do meu amor por você." Ou pelo menos eu tentei.
Ele engole em seco.
"E eu não posso voltar," disse ela com um pequeno sorriso. "Não vou fazer isso novamente. Se você se importa em tudo, deixe-me ir. Por favor. Deixe-me curar."
Ele olhou para ela por alguns segundos dolorosos. Então ele se moveu em direção a ela, sorrindo tristemente quando ela se encolheu. Sua cabeça caiu para a dela; seus lábios roçaram a bochecha dela, suavemente. Docemente.
"Isso não acabou, Emma."
Em seguida, ele se foi.
Emma disse a si mesma que ela estava feliz. Isso era o que ela queria sentir por ela mesma e estava segura.
Mas ela não se sentia segura.
Sentia-se solitária. Dolorosamente sozinha.
E então ela fez o que deveria ter feito há muito, muito tempo atrás.
Ela enrolou-se em sua cama e chorou.
Capítulo 28
Alex percebeu seu erro a meio caminho de LaGuardia para Fort Lauderdale.
Não havia razão para a epifania. Nenhum grande gesto, nenhum momento, nenhuma greve de relâmpago. Não, só percebeu que fora um completo idiota.
Havia apenas uma sensação profunda e inabalável de que algo estava errado.
Que sua vida estava fora de curso. E que a única maneira de corrigi-la seria recuperar Emma. E não apenas em sua cama ou em sua vida, no sentido periférico dos últimos dois anos.
Ele queria que Emma fosse sua. E ele queria ser dela.
Ele a amava. Ferozmente.
Talvez ele sempre a tivesse amado.
Mas isso não iria recuperá-la. Ele precisava fazer... alguma coisa.
Não um gesto, porque isso parecia brega, mas então, com seu passado, seria preciso mais do que uma conversa. Talvez pudesse chegar a Emma, de trinta e um anos, mas também estava lidando com a Emma, de vinte e quatro anos, que o esperara por horas com um vestido branco.
Cristo.
Só quando a senhora no assento ao lado dele no avião lhe deu um olhar ele percebeu que tinha falado em voz alta.
Alex não se desculpou. Sua frustração tinha sido bem merecida. A senhora poderia lidar com isso. Além disso, ela tinha seu romance para ler, onde as pessoas não lidavam com esse tipo de besteira. Ou talvez o fizessem. Ele nunca lera um.
Tudo o que sabia era que precisava de um plano.
Alex passou as próximas horas tentando descobrir como desfazer sete anos de dano.
Quando o avião pousou... Ele não tinha nada.
Os próximos quatro dias foram uma mistura estranha de esquivar as exigências sutis de sua mãe para netos e deixar seu pai ganhar no golfe, todos comeram peru e mais peru e, em seguida, sobras de peru.
Ele amava seus pais. Claro que sim. Mas quando eles o deixaram no aeroporto na tarde de domingo com instruções para chamá-los se ele mudasse de ideia sobre o Natal, ele estava mais do que pronto para voltar para Nova York.
Para voltar para Emma.
Seu avião estava atrasado. Em seguida, adiado novamente.
E quando voltou ao seu apartamento à meia-noite naquela noite, estava frio e solitário.
Alex deixou cair às chaves sobre a mesa junto à porta, soltou a bolsa do notebook e a mala, e então, antes de perceber o que estava fazendo, encostou-se a porta da frente e deslizou até ficar sentado, os cotovelos apoiados nos joelhos, de volta contra a porta, percebendo que, no espaço de uma semana, ele tinha ido de alegremente feliz a fodidamente miserável.
Alex apertou a ponta do nariz e instruiu-se a pensar. Ele era a pessoa mais racional que conhecia, exceto Mitchell. Ele poderia entender isso. Ele poderia escrever um plano de ação e chegar a um bom discurso, e - Foda-se.
Ele não tinha ideia. Nenhuma pista.
Mudando, ele tirou o celular do bolso traseiro e começou uma mensagem de grupo.
Ele pode não saber o que diabos fazer... Mas ele tinha algo que um monte de caras não tinham: um conjunto de amigos, caras que estavam ao encalce em seus sapatos. Bons homens que tinham conseguido grandes mulheres, mas tinham tomado um caminho fodido para chegar lá.
Concedido, nenhum deles tinha deixado sua mulher no altar.
Mas Mitchell tinha perseguido Julie por causa de uma aposta. Jake tinha passado três meses tentando publicamente ser melhor que Grace em uma batalha dos sexos. E Sam... Bem, Alex não sabia o que diabos tinha acontecido entre ele e Riley, exceto pelo fato de que Sam levara uma década para pegar sua garota.
Talvez ele e Emma estivessem tão desesperados afinal.
Proibida, a imagem dela em um vestido branco sujo, observando a porta da igreja, esperando por ele, apareceu em sua mente.
Ele deixou cair à cabeça nos joelhos e gemeu.
Sim. Ele definitivamente precisaria de ajuda.
Um minuto mais tarde, ele enviou uma mensagem SOS para os caras, então arrastou-se fora de sua bunda e foi na cozinha para um copo de água e um jantar de fim de noite.
Ele supôs que ninguém voltaria a ele até o dia seguinte, mas para sua surpresa, seu telefone soou quando ele estava despejando seus ovos mexidos em uma frigideira.
Era Sam. “Cara. Já vimos o pior. Tipo. Na verdade não. Mas vamos consertá-lo. Bebidas amanhã? Podemos nos encontrar na destilaria. Riley tem a noite das meninas com suas irmãs, assim nenhuma testemunha.”
A mensagem de Jake surgiu pouco depois. ”NÃO apareça no trabalho amanhã. Se vamos fazer isso, temos que controlar a Primeira Exibição Pós-Luta. Não deixe que ela te veja. PS, Grace e eu paramos no escritório esta manhã. Agora você só tem um preservativo naquela caixa em seu escritório. Devo-lhe.”
Até o momento que Alex estava apimentando seus ovos, Mitchell tinha respondido também. Nenhum deles dorme? “Cassidy. Não posso te ajudar. A menos que você a ame. Você a ama ?”
Alex franziu o cenho e estava começando a responder quando uma segunda mensagem de Mitchell apareceu.
“Desculpa. Julie roubou meu telefone. Eu estarei lá. Amanhã @ROON? 7 da noite?”
Os ovos de Alex ficaram frios quando ele contemplou suas respostas no grupo, perguntando-se quanto partilhar.
No final, ele decidiu que menos era mais. Afinal, todos os três moravam com as melhores, amigas de Emma.
“7 amanhã. Traga seu plano A. E pelo amor de Deus, mantenham suas mulheres fora disso.”
Mitchell respondeu primeiro. “Mudei de senha. Julie esta chateada, mas... Eu guardei seu segredo.
A resposta de Jake veio depois. Honestamente? Nosso plano A pode incluir Cole e Mathis. Eles têm pensamentos que o resto de nós nem sequer pensou. Pensamentos?
Alex enfiou uma mordida de ovos em sua boca, fazendo careta para a grosseira e fria textura pastosa.
Será que ele queria deixar Cole Sharpe e Lincoln Mathis entrar no funcionamento interno de sua vida pessoal? Para o ponto de Jake... suas reputações com as mulheres eram lendárias, mas eles eram seus empregados, pelo amor de Deus.
Em seguida, ele viu Emma mais uma vez, de olhos arregalados e esperando por ele.
Seus polegares voaram pela tela quando ele respondeu ao grupo. Foda-se. Traga Cole e Lincoln.
Ele provavelmente se arrependeria mais tarde. Mas se eles poderiam ajudá-lo a ter Emma de volta, valeria a pena o risco.
Capítulo 29
Com exceção de feriados, aniversários e nomeações ginecológicas, as noites de quinta-feira eram noites de meninas.
Às vezes, elas ficavam com salada e vinho, outras vezes saíam para sushi e Martines, e outras vezes se vestiam para champanhe e flertar.
Mas esta noite, apenas uma semana depois do pior dia de ação de graças, cada uma das meninas tinha cancelado com Emma.
A sogra de Julie viera à cidade para falar sobre sua porcelana de casamento. Bem.
Grace tinha uma cabeça fria e estava tão cheia que o nome de Emma tinha saído como Ebba quando ela tinha chamado para cancelar.
E Riley... Riley teve um dia de sexo. Qual, dia da história sexual de Riley... Emma ia lhe dar um presente. A garota tinha ganhado.
Ainda assim, ela poderia ter ido a empresa. Ela tinha chegado em casa da Carolina do Norte no sábado; A viagem foi de alguma forma pior do que ela esperava. E isso estava dizendo algo.
Seu pai tinha sido idolatra em seu modo arrogante, mas, como de costume, ele tinha esse hábito irritante onde qualquer pergunta sobre ela pareceu deliberado terminando em algo que ele queria falar. A piora foi sua nova namorada, que, fiel ao clichê, era um ano mais jovem do que Emma e Daisy, e adorava o batom rosa quente, o esmalte rosa quente e os carros rosa claro.
Uma citação direta.
E Daisy...
Daisy tinha sido a parte mais dolorosa da viagem. Sua irmã era uma casca pálida de seu eu habitual. Ela sorriu em todos os momentos certos e riu quando era pra sorrir, mas não havia nenhuma vibração que tinha tido por muito tempo a identificado a sua gêmea.
Pela primeira vez em sua vida, Emma sentiu como se estivesse arrastando Daisy para a luz, em vez de o contrário.
E essa não foi uma tarefa fácil quando seu coração sentiu que nunca mais iria bater.
O itinerário original de Emma a fez retornar a Nova York na noite de domingo, mas ela não tinha sido capaz de durar tanto tempo. Ela tinha dado uma desculpa patética para seu pai sobre o trabalho e voltou um dia mais cedo.
No caminho de casa de JFK, Emma tinha honestamente em Deus, fantasiado sobre parar em uma loja de animais e comprar um gato.
Emma era alérgica a gatos.
Era assim que as coisas estavam ruins.
Então, sim, ela precisara da noite de meninas de uma maneira grande, mas ela tinha aprendido nos últimos dias que havia outras maneiras de esquecer o fato de que o único cara que você já amou tinha saído de você. Mais uma vez.
Tudo o que Emma tinha a dizer sobre isso era agradecer a Deus por ter Netflix.
Ela conseguiu evitar Cassidy no trabalho nos últimos dias, mas isso não iria durar para sempre. E quando a sorte acabasse ela precisaria de algo mais forte do que o vinho.
Ou, ela poderia ter uma vida e descobrir sua merda.
Eventualmente. Emma faria exatamente isso. Mas por agora, sua noite estava querendo muito um bom vinho da Califórnia, creme azedo e chips de cebola, e uma maratona Sex and the City.
Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda eram mulheres que conseguiram o que queriam. Quando suas amigas reais não estavam disponíveis, pelo menos seus HBO eram sempre livres.
Emma demorou mais do que o habitual para subir os três lances de escadas que levavam ao apartamento dela, se tornou mais difícil pelo papel higiênico a granel do que tinha sido um negócio muito bom para passar, assim como o saco de supermercado repleto de itens essenciais.
E por coisas essenciais, é claro, ela estava falando sobre os três Cs: Chardonnay, Chips e chocolate.
Perfeito.
Emma estava lutando para manter o TP sob seu braço enquanto buscava em sua bolsa as chaves quando ela o viu.
De alguma forma ela conseguiu não deixar cair o saco. Ou a bolsa. Ou o papel higiênico.
De alguma forma seus joelhos não se curvaram enquanto se aproximava do homem sentado pacientemente à porta do apartamento.
De alguma forma, ela conseguiu não se atirar nele.
“Cassidy,” disse ela, aproximando-se diante dele. Nenhum terno hoje. Ele estava vestindo uma camisa de zíper azul marinho que trouxe para fora o azul de seus olhos, jeans e botas desalinhadas. Uma bolsa de couro marrom estava pendurada transversalmente sobre seu corpo, diferente de sua habitual pasta.
Ele subiu agilmente a seus pés, segurando o que parecia ser uma lata de lixo de tamanho médio na frente dele.
“Emma.”
Ela olhou para a lata de lixo.
Ele olhou para seu papel higiênico.
É certo que foi muito para uma pessoa.
Ela ergueu a chave e ergueu as sobrancelhas. Ele se levantou para o lado, embora uma vez que seu pulso tinha torcido a fechadura aberta ele deu um passo adiante para segurar a porta aberta para ela.
“Meu papel higiênico agradece,” disse ela, entrando no apartamento.
Ele a seguiu pra dentro, sem ser convidado, ainda segurando a lata de lixo.
Emma deixou cair o papel higiênico junto à porta, junto com a bolsa dela, e então puxou a mercadoria para o balcão enquanto se virava para encarar Cassidy.
"Ok, eu vou morder. O que há com o lixo?”
Além disso, o que você está fazendo aqui?
Além disso, você está incrível.
Além disso, por favor, me ame. Mas não me machuque. Por favor, não me machuque.
Ele ignorou suas perguntas, tanto a variedade verbal quanto a silenciosa, e colocou o lixo no chão por seus pés enquanto ele a viu puxar sua comida fora de sua bolsa.
"Você tem os ingredientes de uma refeição equilibrada ai," disse ele, apontando com sua fichas em sua mão direita e o M & M em sua esquerda.
Ela deu a ele o seu melhor.’ Não fode comigo’ com o brilho do olhar e colocou a comida no armário que dobrou como sua despensa. A garrafa de vinho entrou na geladeira para ser consumida - possivelmente em sua totalidade se essa interação fosse para o sul - depois que ele partisse.
Ela olhou para ele.
Ele olhou para trás.
Finalmente, ela cedeu. Ela nunca tinha sido boa em momentos como este. Seja o que for.
"Ok, sério, me ajude aqui com a lata de lixo."
"Ok," ele disse lentamente. "Ok. Mas eu não sou bom nisso. E preciso que você... Preciso que você não diga nada até que eu saia.”
Seu coração começou a bater. "Ok."
Esta conversa estava começando muito terrível como na terça-feira passada, e ainda, havia algo diferente sobre ele.
Ele puxou a alça de sua bolsa sobre seu ombro, colocou-a no banco do bar de seu balcão e procurou ao redor até que ele puxou para fora... uma revista.
A próxima revista Stiletto, para ser preciso.
Emma olhou para a estrela de Hollywood na capa cujo nome ela já tinha esquecido. A estrela de algum novo programa de TV de vampiros, se ela se lembrava corretamente.
"Isso não deveria estar nas prateleiras até a próxima segunda-feira," disse ela.
Ele deu a ela um olhar minguante e ela fez um gesto acenando. "Mas, claro, você provavelmente tem acesso a uma cópia antecipada. Camille?”
"Sim."
“Droga,” murmurou Emma. "Julie me avisou que ela iria encontrar uma maneira de interferir em tudo isso. Você leu meu artigo?"
"Oh, você quer dizer esse?" Ele disse, apontando para a manchete de ‘Doze dias com meus Exes’que estava no canto superior direito da capa.
Ela assentiu com a cabeça.
Sua mão voltou para sua bolsa, desta vez emergindo com uma caixa de fósforos.
"Eu não li o artigo," disse ele.
Antes que ela pudesse registrar o que estava acontecendo, ele acendeu o fósforo com um golpe rápido, então tocou a extremidade iluminada ao canto da revista.
"Aqui está o que eu penso desse artigo," ele disse, movendo o fogo para a revista.
"Não!" Ela gritou, estendendo a mão. "Cassidy, o que diabos?"
Ele olhou para seus pés. "Eu trouxe uma lata de lixo de metal para contê-lo. E areia para colocá-lo para fora. Não há risco de incêndio.”
Os dedos de Emma cavaram em seu cabelo e ela puxou. "Deixe de ser babaca. Apenas me diga o que está acontecendo."
Ele sacudiu o fósforo e jogou na lata de metal, antes de lançar a revista em cima do balcão. "Eu disse a eles que esta era uma ideia idiota," ele murmurou. "Eles insistiram que precisava disso para obter a sua atenção."
"Sim, bem, o fogo vai fazer isso," disse ela, olhando ao redor do balcão na lata de lixo para garantir que o jogo estava morto.
"Tudo bem, foda-se," disse ele, olhando sedutoramente frustrado. "Eu só vou falar."
Seu coração voltou a bater. Engraçado como ela não tinha ideia de tudo o que a assustava quando ele começou a brincar com o fogo, mas ela estava apavorada agora.
"Naquele dia, quando você veio ao meu escritório e me disse que eu não era uma parte de seu artigo... Fiquei magoado."
O coração de Emma apertou. "Mas você disse..."
"Eu sei o que disse. E quis dizer isso. Como seu chefe, absolutamente não queria pressioná-la para escrever sobre algo que você não queria escrever. Mas como um homem... como um homem, eu queria ser importante o suficiente para você escrever sobre mim."
"Cassidy, não foi por isso que eu não…”
"Emma, querida, você pode calar a boca só por um segundo? Tudo bem?"
Ela aperta os lábios.
"Mas estive pensando sobre isso.” Ele continuou. “Muito. E estou muito feliz por não ser mencionado naquelas páginas."
Cassidy moveu em torno do balcão e em direção a ela, mas parou apenas fora do alcance do braço. "Eu não quero estar naquelas páginas porque essas páginas são sobre seus exes. Essas páginas são sobre o seu passado."
Seus olhos percorreram seu rosto, a sua expressão. "Eu não quero ser seu ex, Emma. E não quero ser uma parte de seu passado. Pelo menos, não apenas o seu passado."
Seu coração gaguejou. "Cassidy..."
"Não terminei. E veja, a coisa é, Emma, não acho que você queria que eu fosse rotulado como um ex, qualquer. Acho que é por isso que você não poderia escrever sobre mim. Não acho que 'ex' fosse a caixa que você queria me colocar."
Ele se aproxima, ainda sem tocá-la. Dando-lhe tempo para fugir, se ela quiser. E ela queria. Tipo,muito. Mas seus pés ficaram onde estavam por razões que não podia explicar.
Cassidy estendeu as mãos, em seguida, deixou-as cair. Pelo que ela tinha conhecido, não achava que ela já tinha visto a expressão de Cassidy ser completamente aberta.
Mas estava aberta agora. Cada emoção estava escrita em seu rosto. Ele não estava tentando esconder dela. Ele estava colocando-se pra fora.
E então ele colocou seu coração e todo o caminho na linha. "Eu amo você, Emma."
Ela olhou para ele, dividida entre a imensa alegria e dor que cortava o coração.
Ele continuou falando. "E você deve saber que sai completamente do roteiro de planos que os caras conceberam para conquistá-la de volta, mas estou indo com o meu estomago aqui. Eu te amo. Eu te amo e quero que isso seja suficiente, porque meu amor é muito mais forte do que a exibição de incêndio ou o poema que Sam queria que escrevesse ou a canção que Jake achou que devia cantar..."
Poema?
Ela lambeu os lábios, mas não podia responder, e sua expressão se tornou um pouco desesperada. "Espere, ainda há mais. A noite de nosso jantar de ensaio, quando você me disse que não queria se casar... você me destruiu, Emma. Não apenas em um tipo de forma ‘estamos em uma luta', mas no tipo desgosto de forma. Desgosto real. Não estava pensando claramente, e eu..."
Ele coçou a bochecha. "Eu joguei meu telefone longe. Na verdade, o joguei para fora da janela cerca de 120km por hora na autoestrada."
Cassidy estendeu a mão para ela, em seguida, lentamente, uma mão descansou contra seu rosto, a outra chegando para se juntar a ele quando ela não o rejeitou.
"Emma," ele sussurrou. "Se eu soubesse que você queria se casar comigo... que você tinha mudado de ideia... Se tivesse conseguido ainda um de seus telefonemas, teria movido céus e terra para estar lá naquele dia. Eu queria ser seu marido mais do que tudo, Emma."
Seus dedos levantaram para sua boca, atordoado com a realização. "Você não sabia que eu tinha ligado."
Ele balançou sua cabeça. "Eu fui para fora da grade completamente. Fugi para San Francisco e não olhei para trás. E isso não é uma desculpa. Não estou me deixando fora do gancho porque ainda deveria ter voltado para casa para lutar por você, mesmo sem saber que tinha chamado. Mas te juro que nunca recebi suas mensagens. Eu não sabia que você estava esperando por mim."
"Mas, certamente, seus pais, seus amigos..."
"Até o momento, não entrei em contato com ninguém, proibi-os até mesmo de mencionar você. Você ficaria surpresa em como as pessoas podem ser respeitosas sobre um casamento cancelado."
Emma fechou os olhos. "Então você não me deixou no altar. Você pensou que eu tinha deixado você."
"Deixamos um ao outro, Emma," disse ele com cuidado. "Nós machucamos um ao outro. Se nós estamos indo para nos mover até mesmo um pouco para frente, temos de enfrentar isso."
"Eu sei," disse ela com os olhos lacrimejando. "Eu sei. E sinto muito por minha parte. Eu sinto muito. Você disse no outro dia, éramos imaturos. Horrivelmente. E não tenho certeza que temos tido qualquer coisa melhor, porque se nós apenas conversássemos um com o outro como adultos racionais..."
Seus polegares roçaram seus lábios. "Não há nada racional sobre o amor."
Amor.
Ele a amava.
Uma de suas mãos deixou seu rosto e ela imediatamente perdeu o contato quando ele enfiou a mão no bolso e voltou com... um recibo amassado.
"O que é isso?" Perguntou ela, levando-o quando ele entregou a ela.
"Você me disse que queria provas que eu pretendia casar com você antes que seu pai emitisse sua proclamação estúpida sobre sua empresa ser só da família. Eu nunca te mostrei isso por causa do orgulho. Queria que você confiasse em mim. Confiasse no nosso amor. Mas agora percebo que o meu orgulho está nos levando a lugar nenhum. E não posso culpá-la por ser cética. Os fatos... os fatos foram amaldiçoados."
Ela ainda olhou para o papel, não muito seguinte.
"É o recibo do seu anel de noivado," disse ele calmamente. "Eu o mantive, caso precisávamos mexer no tamanho. Está datado de semanas antes que lhe pedi para casar. Essa proposta não havia jogo de poder planejado para a empresa de seu pai, Emma. Esse foi o verdadeiro negócio. Eu era simplesmente um rapaz que pediu a garota que gostava para passar o resto de sua vida com ele."
Seus olhos lacrimejaram. "Eu não acreditei em você. O menosprezei. Eu nos menosprezei."
Seus dedos se fecharam em torno dela. "Leia o recibo, Emma. Acredite. Por favor."
Ela olhou para ele, mesmo que sua visão estivesse um pouco embaçada em meio às lágrimas. "Onde estão os fósforos?"
"O que?"
Ela viu a caixa de fósforos descartada no balcão e se afastou dele, agarrando-o ela tirou um fósforo e acendeu o recibo em chamas. Ela deixou cair na lata de lixo quando o fogo chegou muito perto de seus dedos, e ambos observaram como a chama cuspiu na lata de metal frio. "Eu confio em você."
"Bem," ele disse em voz baixa, olhando para as cinzas. "Eu acho que não é o fim do mundo. A menos que seus dedos ficaram mais gordos, nós não vamos precisar redimensioná-la."
"Redimensionar o quê?" Ela perguntou, ainda olhando para as brasas fumegantes.
Ela olhou para ele a tempo de vê-lo ajoelhado.
" Alex Cassidy."
Entre o polegar e o indicador havia um anel.
O próprio anel que ele tinha deslizado em seu dedo anos atrás.
O mesmo que ela tinha jogado em sua cabeça em um ataque de birra de noivos.
"Você o guardou," ela sussurrou, olhando para ele. Era um simples diamante de corte esmeralda, mas ela sabia que o anel estava em qualquer lugar. Ela passou horas olhando para ele.
"Eu o guardei." disse ele, sua voz rouca. "Eu tentei me livrar dele, pelo menos uma dúzia de vezes, mas..."
Ele encolheu os ombros.
Emma estendeu a mão para ele e ele puxou-a para trás com um sorriso rápido. "Não. Você não mantém algo por nada."
Sua expressão tornou-se séria quando ele deixou cair o braço, o anel desapareceu na palma da mão antes que ela pudesse alcançá-lo.
Ela sentiu uma onda de pânico.
"O que você quer dizer? O que você quer?"
Seus olhos estavam sérios quando ele olhou para ela. "Me ame?"
O coração de Emma derreteu e voou ao mesmo tempo. E depois, lentamente, deliberadamente, ela abaixou de joelhos para que eles ficassem olhos nos olhos.
Ela estendeu a mão timidamente, as pontas dos dedos tocando seu rosto antes que ela segurasse seu rosto. Os olhos de Cassidy fecharam.
Emma se inclinou para frente e roçou sua boca contra a dele. "Eu te amo. Eu provavelmente nunca deixei de amar você, que é muito chato."
Ela sentiu seu sorriso enquanto ele persuadiu sua boca em um beijo mais profundo, uma de suas mãos movendo-se para a suas pequenas costas enquanto a outra encontrou o quarto dedo da mão esquerda. Ele se encaixou perfeitamente. Assim como naquela época.
"Você sabe," ele disse, entre beijos, "talvez devêssemos redimensioná-lo depois de tudo. Estou pensando se é pequeno demais para sair, você tiver que jogá-lo em mim cada vez que ficar louca."
Ela se afastou e dá uma olhada. "Eu vou te dizer o quê. Você promete não tentar namorar minha irmã e me usar para continuar a sua carreira e não vou jogar o anel em seu rosto. Oh e..."
Cassidy enganchou uma mão ao redor da parte de trás de sua cabeça, puxando-a para frente e cortou-a com outro beijo.
Ele se afastou novamente para pressionar seus lábios contra seus ouvidos. "Eu te amo. Eu te amo tanto."
Ela esfregou seu pescoço. "Eu também te amo."
Ele ficou em silêncio por alguns momentos. "Além disso, meus joelhos…"
"Estão me matando," ela terminou por ele.
Eles ajudaram-se mutuamente, rindo quando o calcanhar de Emma derrubou a lata de lixo, espalhando cinza negra em seu chão.
"Ok, eu tenho que perguntar. Quem deu a ideia da lata de lixo?" Perguntou ela.
"Foi muito ruim?"
"Muito ruim."
Ele sorriu. "Eu estava esperando que você fosse dizer isso. Isso, meu amor, foi o seu menino-esmagador Lincoln Mathis. Jake pensou que devêssemos trazer os seus caminhos lendários com mulheres na discussão e ai que ele veio com…"
"Huh," disse ela, endireitando a lata. "Ainda bem que ele é bonito."
"Continue assim e vou demiti-lo."
"Continuo. Talvez meu pai lhe de um emprego."
Cassidy soltou uma gargalhada e ela riu de volta.
Foi bom. Certo. Como se ela realmente pudesse sentir as velhas feridas se curando mais eles brincaram sobre isso.
Então, ele a apoiou contra o balcão da cozinha e a brincadeira foi substituída por algo muito mais interessante.
"O que você acha, querida? Será que nós tentamos um casamento grande na igreja? Ou vamos irritar nossos pais e amigos e vamos fugir?"
Emma tocou seus lábios com a ponta do seu dedo. "Estou pensando em pequeno e local."
Ele beijou seu dedo. "O que você quiser. Meu único pedido é que seja breve."
Emma lhe deu uma carranca falsa. "Você não gostou do nosso hiato de sete anos?"
"Você está brincando?" Disse ele, chegando ao seu redor para pegar a revista queimada pela metade. "Eu lhe dei tempo para adicionar doze exes ao seu currículo."
"Sim, sobre isso," disse ela, estendendo a mão para a revista e abrindo-a para a página com o seu artigo. "A cobertura só tem metade do meu título."
Ela virou a revista em torno, de modo que ele pudesse lê-lo, observando seu rosto enquanto ele lia em voz alta:
"Doze dias de Exes... e Um amor para sempre."
Seus olhos encontraram os dela. "Emma."
Ela sorriu. "Camille deixou-me fazer uma mudança de última hora. Esta foi impressa dias antes de você vir aqui com sua pirotecnia e anel secreto. É sobre você, Cassidy. É só você de agora em diante."
Ele sorriu de volta, seus olhos ficando úmidos.
"Errado. De agora em diante, é só nós."
Lauren Layne
O melhor da literatura para todos os gostos e idades