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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


UNEXPECTED ALPHA / Tielle St. Clare
UNEXPECTED ALPHA / Tielle St. Clare

                                                                                                                                                   

                                                                                                                                                  

 

 

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Rowan é um homem paciente.
Como um lobo solitário, ele vive fora da Matilha, mas ele está assistindo Craigh por quase um ano, esperando o momento certo para apostar sua reivindicação.
Ele não está com pressa. Se Craigh quer agir como um topo quando realmente ele é um pequeno rapaz quente e passivo, isso é bom. Rowan sabe a verdade.
Até que Craigh desafia o Alfa atual. Não há nenhuma maneira que seu ômega doce sobreviverá à luta.
Mas como Rowan pode parar seu futuro companheiro de morrer quando Craigh insiste em ser nobre e fazer a coisa certa?

 

 

 

 

 


Capítulo Um

Rowan assistiu o grupo de uma meia dúzia de homens entrar no bar. Ele cheirou o ar, verificando seus cheiros. Era mais hábito do que necessidade. Conhecia bem essa multidão. Como o único bar regional possuído por um shifter lobo, o Distant Howl era um ponto de encontro comum para a matilha local.

— Bebidas para todos. — Phillip chamou, girando o dedo acima de sua cabeça, fazendo-o parecer como se ele estivesse chamando um helicóptero para decolar. Considerando que eram quatro da tarde, Phillip estaria comprando bebidas para seus amigos e outros dois clientes do bar. Bastardo barato.

E por experiência passada, Rowan sabia que Craigh provavelmente cobriria a aba do grupo no final da noite. O gentil gigante não diria "não" a seus amigos.

Quando Rowan sugeriu que Phillip poderia estar se aproveitando dele, Craigh tinha corado, balbuciado algo sobre amigos de infância, e pagou a conta de qualquer maneira.

A lealdade de Craigh para seu amigo muitas vezes fazia Rowan se perguntar se eles eram amantes, ou amigos de foda pelo menos. Mas Phillip era hétero. Ele nem sequer fingia ser gay. Se ele estivesse fodendo Craigh, não tinha nada a ver com prazer. Teria que ser sobre poder, dominância.

A besta interna de Rowan grunhiu ao pensar em qualquer lobo dominando Craigh - exceto ele, é claro.

Ele forçou o ar para dentro de seus pulmões, lembrando ao seu lobo que não haviam reclamado Craigh, para que não pudesse fazer exigências sobre seu comportamento. Ainda sim, Phillip observava.

E se Phillip estava comprando bebidas - merda, isso significava que Craigh ficaria por algumas horas.

Rowan lambeu os lábios enquanto olhava para o lobo sexy que estava na parte de trás da pequena multidão de shifters. Ele estava assistindo Craigh há mais de um ano - desde que ele e seu grupo de lobos solitários haviam se mudado para a borda da terra do McNeil River Pack. Rowan achava que ele tinha sido notavelmente paciente, ficando no fundo, dando a Craigh algum espaço, mas maldição... aquela coisa doce precisava ser fodido, duro e profundo.

Muitas poucas pessoas olhariam para Craigh e pensariam "coisa doce". O garoto tinha mais de um e oitenta de altura e músculo puro. Os músculos que Rowan pretendia fazer bom uso - com seus lábios, sua língua e seus dentes. Seu pênis se contorceu com a ideia de marcar aquela pele bonita com algumas mordidas bem colocadas. Além disso, com todos esses músculos, Rowan estava convencido de que podia transar com Craigh por muito tempo e com força, e o homem sexy pegaria e amaria cada golpe.

Mas isso era para mais tarde. Ele esperara tanto tempo. Ele poderia esperar um pouco mais. O garoto era tão tímido, quieto. Isso fez Rowan ansioso para vê-lo gritar de prazer - e talvez uma dica de dor.

Rowan se aproximou da frente do bar, pegando copos e pegando pedidos. Depois que a miríade das bebidas foi gritada através do contador, começou a misturar. Ele fazia isso há anos e podia combinar um coquetel enquanto fazia uma conversa coerente sobre tudo, desde os últimos acontecimentos do drama da novela ao existencialismo na arte moderna. Certamente descobrir o motivo da súbita filantropia de Phillip não seria difícil.

— Estamos comemorando alguma coisa? — Rowan perguntou enquanto colocava a terceira bebida no bar. Era de Craigh. Gin e tônico, pesando sobre o tônico. O garoto não bebia muito.

Craigh estendeu a mão e envolveu os dedos em torno da base do vidro, seu olhar se levantando brevemente para encontrar Rowan. Aqueles lindos olhos verdes olharam por um momento e depois se afastaram. Doce. Porra.

— Sim! — Phillip levantou os punhos no ar. — Desafio Alfa.

A espinha de Rowan se ergueu. Um desafio Alfa era um grande negócio. Ele examinou os lobos diante dele, perguntando-se qual deles ousou desafiar o Alfa atual.

Como um GDLW – Maldito Lobo Solitário1 para aqueles do lado de fora - Rowan não acompanhava a política da matilha muito, mas ele sabia que o Alfa local era uma besta forte e um pouco louco. Uma combinação perigosa para alguém estúpido o suficiente para desafiá-lo.

— Quem? — Rowan perguntou enquanto colocava o copo seguinte no balcão.

— Meu homem... — Phillip bateu a mão no ombro de Craigh. — Craigh.

O ar saiu dos pulmões de Rowan e foi tudo o que pôde fazer para não ofegar. Craigh? Seu doce Craigh desafiou o Alfa?

— Você está louco? — A pergunta irrompeu antes que Rowan pudesse parar.

Craigh levantou a cabeça. O homem calmo e submisso ergueu o queixo e encarou Rowan. A garganta de Craigh se convulsionou em uma tragada apertada.

— Não. — A palavra ecoou através da barra silenciosa. — Ele tem que ser parado. — A linha dura dos lábios de Craigh tremia, mas a sinceridade brilhava em seus olhos.

A tensão ondulou através dos amigos de Craigh. Rowan não podia dizer se era porque estavam ofendidos pela pergunta de Rowan ou se concordavam com ele. De qualquer maneira, este não era o lugar para esta discussão.

— Isso mesmo, e meu homem aqui é o único a fazê-lo.

O tom possessivo à declaração de Phillip fez o lobo de Rowan gritar.

E a pequena merda realmente precisa parar de tocar no meu homem. O pensamento estimulou a natureza de seu lobo e Rowan teve que lutar contra o desejo de pular pelo bar e arrancar a garganta de Phillip. Parece que preciso reclamar Craigh em breve, Rowan pensou.

— Então a primeira rodada é por conta da casa. — Disse ele para acalmar todo o pelo arrepiado na sala. Seu anúncio provocou um estrondo de aplausos do grupo. Exceto para Craigh. Ele baixou o olhar e tomou um gole de seu G & T2 diluído.

A mão de Phillip apertou o ombro de Craigh, puxando-o para perto.

— Vamos mostrar um bom momento para nosso garoto. — Craigh caiu de encontro ao outro homem, sua bebida saltando sobre a borda do copo, cobrindo seus dedos, mas ele não disse nada. — Algumas bebidas e vamos encontrar alguma coisa doce para você conduzir o seu pau dentro.

Os lábios de Craigh se curvaram em um sorriso fraco. Rowan não sabia se era causado por falta de interesse ou embaraço. Possivelmente ambos. Rowan tinha visto Craigh com outros homens antes. Normalmente humanos, sempre meninos inferiores, obviamente. Nenhum deles durou além de uma noite. O lobo de Rowan ignorou cada um deles.

Uma vez que ele reivindicasse o lobo bonito Ômega, aqueles encontros pequenos parariam. Por enquanto, seu lobo os considerava inconsequentes. Se Craigh queria treinar antes de finalmente cair na cama de Rowan, não importava.

O lobo choramingou na cabeça de Rowan como que para adverti-lo de como as coisas seriam diferentes depois que Craigh estiver reivindicado. O pensamento enrolou o canto da boca de Rowan num sorriso. Ele imaginou encontrar maneiras novas e interessantes de provocar e tentar seu amante inexperiente.

Phillip agarrou o braço de Craigh e o arrastou para longe, de volta para a parte principal do bar. Craigh olhou para cima, um último olhar para Rowan antes de ser levado embora. Os olhos do garoto gritaram com uma mistura de desafio e esperança, procurando algum sinal de aprovação.

Porra, ele não podia deixar que Craigh enfrentasse aquele Alfa.

Rowan terminou com a ordem de bebida para os amigos de Craigh, mandando a garçonete para a mesa. Observou o grupo enquanto se sentavam, as cabeças inclinadas para a frente em discussão furiosa.

— O que diabos foi isso? — Random perguntou em voz baixa.

Random havia se juntado aos Lobos Solitários alguns meses depois que eles se estabeleceram aqui, mas naquela época, ele se tornou um bom amigo de Rowan e ele tinha assumido como chefe bartender.

— Parece que Craigh desafiou seu Alfa.

— Craigh? O Ômega bonito que você tem babado desde que eu o conheci?

— Você não me conhece há tanto tempo.

Random bufou. — Eu estive aqui por nove meses e você não fez mais do que babar sobre o garoto.

— Eu não babei.

Isso o fez soar como um bulldog. Seu lobo rosnou com a comparação.

— Bem, não importa agora, porque se você deixá-lo lutar contra seu Alfa, não haverá nada para babar.

Rowan balançou a cabeça, sua mente correndo sobre o que aconteceria quando o Alpha acabasse com uma coisa jovem e doce como Craigh. Se os rumores fossem verdade, ele não seria doce quando tudo acabasse. Ele estaria quebrado e meio morto.

— Você não pode deixá-lo fazer isso.

— Deixá-lo? Como eu deveria pará-lo? — Rowan virou-se para olhar para o lindo lobo do outro lado da sala. — Ele é um homem adulto.

Exceto que ele poderia pará-lo. Sabia que, se ordenasse a Craigh que abandonasse o desafio, o lobo submisso obedeceria. Rowan não queria fazer isso. Ele queria que o lado humano de Craigh percebesse que era uma ideia incrivelmente estúpida e que ele ficaria muito mais feliz ajoelhado na cama de Rowan, seu traseiro sendo arado pelo pau de Rowan.

— Ele é um lobo Ômega que não parece saber que ele é um submisso e que ele vai ter a bunda dele entregue se ele tentar lutar.

Rowan assentiu, Random ecoando seus próprios pensamentos.

Do outro lado da sala, Phillip bateu a mão no ombro de Craigh e o lobo Ômega estremeceu. Mesmo do outro lado do bar, Rowan podia ver a tensão nos músculos de Craigh. O cara precisava relaxar. Uma massagem e uma boa foda cuidariam disso.

 

O estômago de Craigh virou-se. Ele engoliu em seco para não vomitar por cima de seus sapatos. Ele olhou em sua bebida e lutou para não quebrar o vidro delicado entre seus dedos. Como diabos tinha chegado a este ponto?

Em um minuto, ele conversara com seus amigos e no seguinte - ele estava na frente do Alfa, o desafio tropeçando em seus lábios.

Phillip esfregou as palmas das mãos juntas enquanto ele caía em outra história, uma sobre Craigh e Phillip se perdendo na floresta quando crianças. Na versão de Phillip, Craigh, com habilidade sobrenatural, olhou para cima, observou as posições das estrelas e guiou-os de volta para a casa da matilha.

Na memória de Craigh, ele estava mais era tropeçando na escuridão até encontrar um caminho. Phillip tinha dito "vamos para a esquerda." Craigh disse "vamos para a direita." Um jogo de pedra, papel, tesoura permitiu que Craigh tomasse a decisão final.

Eles tinham virado à direita e, eventualmente, acabaram na casa da matilha. De alguma forma, isso transformou Craigh em um herói. Ele não tinha certeza de como. Pura sorte - e talvez um pouco de desafio a Phillip sempre obtendo seu caminho - o tinha enviado na direção certa.

— Eu podia ver isso mesmo então. — Phillip explicou. — Eu sabia que Cray-Cray seria o Alfa.

Craigh se encolheu ante o apelido. Alguns de seus outros conhecidos mais recentes - amigos de Phillip realmente - o chamavam assim e pareciam esperar que ele respondesse ao nome. Mas Craigh sabia que não era verdade. Ele não era louco. Inferno, ele nem sequer era de alta manutenção. Ele queria uma vida simples e agradável - calma com um homem quente para voltar para casa e talvez, algum dia no futuro distante, um par de filhotes correndo ao redor.

Se ele se tornasse Alfa, provavelmente teria de acasalar com uma fêmea e ter filhotes imediatamente para garantir seu lugar.

Seu estômago fez outra reviravolta. Ele tinha feito sexo com mulheres, algumas vezes. Ele podia fazer isso. Não era grande coisa, mas honestamente, a maioria de suas experiências com os homens não tinha sido toda a terra quebrando também.

Ele lambeu os lábios. Exceto quando ele chupava os caras. Ele adorava ter um pau duro e grosso na boca. A memória fez seu pau inchar em seu jeans e ele balançou a cabeça, sabendo que ele tinha que limpar a imagem. Se Phillip percebesse o seu problema, o bastardo o indicaria a todos e exigiria saber em quem Craigh estava pensando.

Ele não precisava se preocupar. Os outros ao redor da mesa pareciam encantados com a história de Phillip, acenando com a cabeça como se eles também sempre soubessem que Craigh estava destinado a ser Alfa.

Porra. Alfa. A palavra inchou o peito de Craigh com medo.

Por alguma razão desconhecida, seus olhos se encaixaram em direção ao bar, pousando em Rowan. O bartender/proprietário parecia estar observando ele porque cada vez que Craigh erguia os olhos, ele via Rowan lhe dar um eletrizante olhar.

E ele se viu olhando para o bar muitas vezes.

Isso significava que Rowan também o estava observando? Ou Rowan estava apenas monitorando o bar, certificando-se de que tudo corria bem?

Craigh não conseguiu resistir mais um olhar para o barman sexy. Aqueles intensos olhos azuis encontraram os seus do outro lado da sala e desta vez não havia dúvida sobre a intenção.

Rowan inclinou a cabeça em direção ao salão que levava aos banheiros e escritórios. De nenhuma maneira poderia Craigh confundir o comando por trás do movimento.

Porra. Oh, porra. Rowan queria falar com ele.

Os joelhos de Craigh tremiam enquanto ele se levantava, mas ele não podia ignorar o chamado do outro lobo.

— Aonde você vai? — Perguntou Phillip. — Estou apenas chegando à parte boa.

— Eu volto já. Eu tenho que me aliviar.

Ele inclinou o polegar a direção dos banheiros como se para assegurar a seus amigos que ele não estava mentindo.

Mas ele estava. Mesmo quando ele deixou a mesa, os chamados amigos desapareceram em nada. Tudo o que importava era Rowan, ordenando-lhe que o seguisse. Craigh entrou no corredor. Todas as portas estavam fechadas. Se não tivesse reconhecido o delicioso cheiro do outro lobo, poderia ter pensado que estava sozinho. Mas não... Rowan estava próximo.

Craigh hesitou, seu lobo cauteloso. O status de Lobo Solitário de Rowan o tornava perigoso. Craigh sacudiu a cabeça. Não. Ser perigoso dava a Rowan o status de Lobo Solitário. Ele não achava que o outro lobo o machucaria, mas Rowan não era da matilha e isso sempre exigia cautela.

Ele avançou. Os banheiros estavam posicionados no final do corredor, mas antes de alcançá-los, o cheiro distintivo de Rowan flutuou na cabeça de Craigh. Ele parou na porta indescritível rotulada "Somente Funcionários".

Rowan estava lá, atrás da porta. O cheiro inebriante arou através da porta como um tijolo. A língua de Craigh saiu, tentando provar o ar, saboreando o sedutor perfume sexual logo adiante. Um gemido baixo irrompeu de seu peito enquanto imaginava provar Rowan, transformando o cheiro intoxicante do macho em um sabor em sua língua.

A fantasia se apressou através de seu núcleo, inundando seu pau, e foda-se, ele estava duro... antes que ele até mesmo entrasse pela porta.

Mas Craigh estava acostumado a Rowan ter esse efeito sobre ele e ele vinha preparado. Ele agarrou os dois lados do casaco e fechou os botões. Ele parecia um idiota, mas pelo menos ele não parecia um idiota com tesão.

— Entre.

O comando repassou em seu pau, enviando o órgão ansioso para a frente.

Craigh abriu a porta e entrou na cova de Rowan. Não havia outra maneira de descrevê-lo. O shifter lobo dominava este local. Pertencia a ele.

As partes duplas da personalidade de Craigh guerreavam umas com as outras. O lado humano, masculino exigia que ele se levantasse e enfrentasse o desafio diante dele.

O lobo quis deixar cair sua cauda e agachar-se, rastejando para a frente na submissão ansiosa.

Craigh sacudiu a cabeça. Ele precisava limpar o cérebro de qualquer pensamento submisso. Ele estaria enfrentando o Alfa amanhã. Ele precisava de toda força e poder que pudesse reunir.

Rowan estava no meio da sala, os braços cruzados sobre o peito. Ele ergueu o queixo, ordenando silenciosamente a Craigh para fechar a porta. Quando ele fechou, o som do bar desapareceu como se o quarto tivesse sido insonorizado.

Ninguém o ouviria gritar. Craigh pressionou seus lábios juntos tentando guiar seus pensamentos longe de gritar. Rowan não ia machucá-lo. No ano em que The Distant Howl3 havia sido aberto, Craigh conhecera Rowan. Pelo menos um pouco. O lobo era tão confiável quanto um Lobo Solitário poderia ser.

Exceto que Craigh realmente não conhecia Rowan. Eles haviam conversado, mas Craigh tendia a ficar preso ao Lobo Solitário e nunca encontrara coragem para fazer perguntas interessantes, como: por que você não pertence a uma matilha? Você é gay? Você está interessado? Por que você está completamente fora da minha liga?

Ele enfrentou sua fantasia e engoliu, tentando limpar o nó na garganta.

— O que houve? — Perguntou ele, esperando que sua voz não tremesse como seus joelhos estavam.

— Uma pergunta. — As palavras deixaram a boca de Rowan segundos antes de o homem grande caminhar adiante. Ele agarrou a camisa de Craigh em seus punhos e bateu Craigh para trás. Ele bateu na porta com um baque e um suspiro de surpresa. — Você está fodidamente louco?

Rowan apertou um pouco mais, como se quisesse empurrar Craigh para dentro da porta de madeira.

— Bem? — Ele perguntou quando Craigh não respondeu.

— N-não.

— Não? É isso? Você desafia o Alfa e me diz 'não'. Você está louco. — Ele pausou, seus lábios apertando as bordas. — Ou é estúpido.

— Foda-se. — Craigh rosnou. Ele podia não ser o lobo mais forte ou mais poderoso, mas ele não era estúpido. E ele era grande, quase tão grande quanto Rowan. Ele poderia levar o cara. Talvez.

Sua resposta pareceu sacudir Rowan de sua raiva. Ele piscou e balançou a cabeça.

— Baby, o que você está pensando? Ele vai te matar.

Craigh quase perdeu a segunda parte da declaração de Rowan, sua mente no tom suave e o "baby". Rowan nunca o chamara assim antes. Claro que ele falou com Rowan. Ele e Phillip acabaram no Distant Howl várias vezes por semana. Normalmente, em um ponto da noite, Phillip lançaria em alguma história embaraçosa ou ele iria encontrar alguma loba pequena para foder, e deixaria Craigh por conta própria. Ambas as situações significavam que Craigh frequentemente se encontrava no bar, cuidando de sua bebida e observando sub-repticiamente o encantador barman.

O homem o intimidava. Como ele não podia? Ele era enorme e lindo e um Lobo Solitário. Isso significava que ele tinha que ser forte ou um pouco louco. Os lobos precisavam de uma matilha. Um lobo não durava muito tempo sozinho. O fato de Rowan conseguir sobreviver - até mesmo prosperar - sem uma matilha o tornava perigoso. O pênis de Craigh se contraiu em seus jeans. Ele não sabia o que Rowan faria se visse a ereção de Craigh - provavelmente o cortaria tão rápido que a provocação de Phillip seria uma lembrança agradável.

Rowan tinha que saber que Craigh era gay. Isso não significava que ele apreciaria ser cobiçado por um de seus clientes. Exceto que, por que Rowan o chamou de "baby?" Talvez ele fizesse isso com todos - como a garçonete estalando chiclete no café da cidade que chama todos de “querido”.

Ele sacudiu a cabeça para limpar seus pensamentos. Nada disso importava. Ele precisava se concentrar no amanhã.

Craigh ergueu o queixo, esperando que ele parecesse forte, e olhou nos olhos de Rowan, implorando silenciosamente ao homem que entendesse.

— Ele tem que ser parado. — Craigh disse. — Ele é um idiota.

A borda da boca de Rowan se curvou em um ligeiro sorriso.

— Ser um idiota não significa necessariamente que ele é um mau líder. Na verdade, a maioria dos líderes tem que ser idiotas às vezes.

— Assim não.

Sua voz soava vazia, até mesmo para seus próprios ouvidos.

— O que ele fez, baby?

Mais uma vez, aquele tom suave e sexy borrou a mente de Craigh. Isso lhe deu um momento para pensar. Quanto ele deveria compartilhar com alguém fora da matilha? Só que ele precisava falar com alguém, dizer a alguém.

— Ele está agindo como um senhor feudal, exigindo pagamentos cada vez maiores para manter a matilha em funcionamento.

— Qual a inflação?

Parte da esperança de Craigh murchou, mas ele correu para explicar, precisando que Rowan entendesse.

— Ele está fazendo as mulheres vestirem vestidos de chão e sempre cobrirem os cabelos.

— Estranho, mas não vale a pena derrubá-lo.

— Está exigindo jus primae noctis4.

Rowan se inclinou para trás, apenas alguns centímetros e Craig descobriu que sentia falta do calor e da pressão do homem maior em cima dele.

— É isso o que eu acho que é?

Craigh assentiu com a cabeça.

— O direito da primeira noite. Ele está dizendo que ele pode foder qualquer fêmea antes que ela esteja acasalada. — Seu estômago caiu na memória dos olhos cheios de lágrimas de sua irmã depois que ela voltou do encontro com o Alfa. — A cerimônia de acasalamento de minha irmã é domingo. Alfa Frank instruiu-a a permanecer virgem até a cerimônia terminar e ele vai... — ele não pôde terminar. — Seu companheiro é um maldito professor de música, pelo amor de Deus. Ele não pode apanhar Frank e eles não podem dar ao luxo de partirem.

— Shhh, está tudo bem, baby. — Rowan empurrou de volta, sua mão deslizando no cabelo de Craigh, acariciando, acalentando. — Não vamos deixá-lo ferir sua irmã ou qualquer outra mulher.

Antes que Craigh pudesse perguntar como, o calor acolhedor de Rowan retornou, mais profundo. A mão saiu da frente da camisa e deslizou pelo seu lado, em torno de suas costas descansando na curva superior de seu traseiro.

O agora familiar caroço entupiu a garganta de Craigh.

— O-o que são...?

Ele nunca teve uma chance de completar a pergunta antes que suas fantasias ganhassem vida. Rowan inclinou-se e beijou-o, cobrindo-lhe os lábios numa carícia cheia e consumidora. Rowan abriu a boca e Craigh imediatamente se moveu para espelhar a ação.

Aquela língua quente e forte deslizou entre os lábios de Craigh. Ele ofegou, não porque ele nunca tinha sido beijado, mas porque ele nunca tinha sido beijado assim, nunca teve alguém assumindo o controle tão plenamente. A mão de Rowan deslizou para baixo, segurando o traseiro de Craigh, pressionando-o para se aproximar com um empurrão sutil.

Um espesso, duro - oh meu Deus - pênis pressionou contra a virilha de Craigh. Seu pau se contraiu como se saudasse o invasor. Ele balançou os quadris para trás, disposto a dar espaço para Rowan. A mão na bunda dele se apertou, arrastando-o de volta para o lugar, com os seus peitos batendo um contra o outro.

O calor subiu entre eles, fazendo seu pau ainda mais duro, empurrando contra o jeans constrangedor. Um impulso compulsivo de seus quadris roçou seu pau contra o de Rowan.

— É isso aí, baby. — Rowan murmurou, arrastando seus lábios longe da boca de Craigh e sussurrando-as ao longo de sua orelha. Mesmo quando as palavras entraram em seu cérebro, elas foram em curto-circuito.

A mão de Rowan se enrolou em torno do pênis de Craigh e apertou. A pressão quase delicada disparou através das bolas de Craigh e ele bateu os dentes juntos, lutando contra o desejo de gozar.

Claro que ele iria gozar em seus jeans como um adolescente, ele conseguiu um suave "por favor", esperando por um momento antes que ele se envergonhasse completamente.

Rowan parecia reconhecer o desespero por trás da súplica... mas em vez de dar a Craigh uma chance de acalmar-se, Rowan arrastou seu zíper.

O pênis de Craigh avançou, ansioso, necessitado. O grito que ele estava lutando para suprimir estourou livre quando mão de Rowan escorregou dentro de suas boxers e envolveu em torno de seu pau.

Aqueles dedos quentes se apoderaram do eixo de Craigh como se eles fossem os donos da coisa e o pau de Craigh parecia mais do que disposto a desistir de sua autonomia. Seus quadris juntaram-se à rebelião e pressionaram para a frente, empurrando seu pau mais fundo no aperto de Rowan, como um cachorro implorando para ser acariciado.

O calor se precipitou nas bochechas de Craigh diante do comportamento súbito, mas a parte horrorizada de seu cérebro não tinha controle sobre o resto de suas reações.

— Tão doce. — Rowan murmurou enquanto deslizava seus lábios ao longo da linha de mandíbula de Craigh até sua garganta. Dentes afiados - não completamente humanos, não lobisomem - arranharam sua pele, enviando um choque brilhante de dor e prazer através de seu peito. — Gostoso também.

Rowan sugou levemente o pescoço de Craigh, não o suficiente para o marcar. Uma estranha sensação de desapontamento o dominou. Ele partiria sem nenhum sinal de posse de Rowan em seu corpo. Não que Rowan o possuísse. Ele estava brincando com ele. Brincando com ele. Lindamente.

A mão em torno de seu pau apertou na base de seu eixo, segurando-o no lugar. Ele tentou balançar os quadris para trás, para deslizar seu pau através do apertado anel de dedos de Rowan, mas a outra mão de Rowan o pegou. Um suspiro fechou-se na garganta de Craigh enquanto um dedo solitário pressionava em sua entrada traseira.

O gemido suave se transformou em um rangido quando o dedo se aprofundou.

— Espere, eu... — ele nunca conseguiu dizer o resto do protesto, parcialmente porque Rowan o beijou, silenciando suas palavras. Não teria importado. Sua mente cedeu à sensação e ele perdeu a capacidade de pensar.

A mão segurando seu pênis começou a mover-se novamente, lentamente acariciando para cima e para baixo, mesmo quando o dedo em sua bunda fez bombeadas rasas, mergulhando dentro e fora, nunca muito profundo, apenas o suficiente para mantê-lo tentado e na borda.

Em cima de tudo, havia os lábios de Rowan. Quando ele não estava beijando Craigh sem sentido, ele estava sussurrando palavras sujas, dizendo a Craigh como ele parecia sexy, como ele queria ver o traseiro de Craigh enrolado em seu pau, como ele não podia esperar para ter Craigh espalhado em sua cama, implorando para ser fodido.

— Foda-se, baby, deixe-me ver você gozar. — A penetração rasa foi uma fração de uma polegada mais profunda quando o comando passou no cérebro nublado de Craigh. Seu corpo tomou conta. Ele gritou enquanto derramava sobre a mão de Rowan e os jeans de Rowan e ele poderia ter conseguido atirar parte na camisa do cara.

— Oh, merda, eu sinto muito...

Mortificado por ele ter gozado para o homem, ele se retorceu no abraço de Rowan, procurando algo para limpá-lo. Exceto que Rowan o segurou no lugar.

— Eu não me importo, baby. — Ele levantou a mão e lambeu o líquido cremoso em seus dedos. — Hmmm, gostoso, como eu imaginava.

Craigh observou enquanto Rowan lambia de novo, como se provasse a Craigh que ele realmente gostava do sabor.

Rowan se inclinou. Desta vez, ele se moveu mais devagar, como se dando a Craigh a oportunidade de se afastar. Demorou um momento para perceber por que... ele estava permitindo a Craigh a escolha de não se provar na boca de Rowan. O pensamento de sua essência privada misturada com o sabor picante de Rowan era demais para resistir. Ele se pressionou, batendo os lábios contra os do outro e dirigindo sua língua profundamente.

Os sabores combinados flutuavam em suas papilas gustativas, fazendo sua cabeça girar. Seu pênis saltou mesmo que fosse muito cedo para ele ficar duro novamente. Craigh gemeu na boca de Rowan, imaginando outra maneira de experimentar o gosto do homem grande. A imagem em sua mente dificultava a respiração - ele de joelhos na frente de Rowan, o longo e grosso eixo que ele sentiu através de sua calça jeans deslizando entre seus lábios.

Um barulho alto, que por um breve momento Craigh pensou que era seu próprio coração tentando bater em seu peito, bateu na porta atrás dele.

— Rowan, traga seu traseiro aqui. — a voz de Random, o tatuado e totalmente assustador bartender reverberou através da madeira grossa. — Estamos ficando ocupados e os amigos do garoto estão começando a se perguntar onde diabos ele está.

— Morda-me. — Rowan rosnou para trás. — Nós vamos sair em um minuto. — Rowan não se moveu. Ele ficou ali, com os olhos trancados nos de Craigh. — Eu deveria ir ajudar.

— Eu deveria ir também. Eu deveria ter uma boa noite de sono.

O desafio era ao amanhecer, como duelos nos velhos tempos.

— Baby...

Craigh podia ouvir o protesto chegando. Ele balançou a cabeça, tentando parar as palavras, enquanto ele empurrava contra o peito de Rowan, precisando da distância agora que eles não estavam, bem, fazendo o que eles estavam fazendo.

Por um momento Rowan não se moveu e Craigh não tinha certeza se era forte o suficiente para fazer o homem maior dar um passo atrás. Finalmente, Rowan assentiu e afastou-se. O dedo que escorregava da bunda de Craigh enviou um estremecimento na pele. Ignorou a sensação doce e arrastou suas cuecas e jeans pelas coxas.

A ação de fechar seu zíper deu-lhe um pouco de distância. Ele zombou dentro de seu próprio cérebro - como se uma fina camada de jeans o protegeria de Rowan. O outro lobo recuou. O movimento não ajudou muito a paz de espírito de Craigh. Rowan ainda parecia sexy como o inferno. E ele ainda estava duro. Ele não tinha gozado quando Craigh tinha.

Craigh abriu a boca, pronto para oferecer a Rowan algum tipo de alívio. Pensamentos do desafio Alfa desapareceram quando ele imaginou as muitas maneiras que ele gostaria de fazer as mesmas coisas com Rowan.

Mas Rowan não o deixou falar.

— Você não pode lutar com o Frank. Ele é muito forte.

Craigh endireitou a coluna. Rowan não conseguia entender. Ele era um Lobo Solitário. Ele não entendia a lealdade de uma matilha, de proteger seus companheiros de matilha, e em particular sua irmã.

— Eu sou forte e eu não sou estúpido... não importa o que você pensa.

Rowan teve a cortesia de estremecer quando suas palavras lhe foram jogadas de volta.

— Eu não devia ter dito isso. Desculpe, mas isso não muda o fato...

Mais batidas interromperam, desta vez não tão altas ou tão poderosas. Rowan rosnou baixo em sua garganta. Ele estava indo matar Random quando...

— Craigh? Você está aí? — Não era a voz de Random, mas a de Phillip que entrava pela porta. — Você está bem? — A pergunta saiu mais irritada do que preocupada.

— Eu estou bem. — Craigh respondeu de volta. — Volte para a mesa. Eu estarei lá em um minuto.

Phillip não disse nada, mas ele não se afastou.

Rowan olhou através da parede como se pudesse influenciar o outro homem, mas ele não ouviu nenhum pisar saindo.

— Você não pode me convencer a sair disto. — Anunciou Craigh, sua voz mal sobre um sussurro, mas a força de sua convicção deu às suas palavras uma base sólida e um toque de aço.

— Deixe-me tentar. — Rowan respondeu. — Venha para minha casa esta noite.

— Você não vai me fazer mudar de ideia. — Craigh virou-se, com a mão na maçaneta da porta.

— Venha, de qualquer maneira.

Craigh olhou para trás, a suspeita clara em seu rosto.

— Por quê?

Rowan sorriu e olhou para a sua ereção. Não era tão sólida como tinha sido minutos atrás, quando ele tinha Craigh fodendo sua mão, mas seu pênis ainda estava pressionado contra sua calça jeans preta.

— Por que você acha? — Ele deu um passo atrás entre as pernas de Craigh. O homem mais novo se moveu, instintivamente abrindo para deixar Rowan mais perto. Então eu poderei ter seu traseiro apertado, doce antes que ele seja entregue a você pelo Alfa.

Ele decidiu que era melhor manter essas palavras para si mesmo, pelo menos por agora.

Qualquer coisa para levá-lo com segurança para a cama de Rowan. Uma vez que ele estivesse lá, Rowan poderia convencê-lo a não sair.

A tensão ondulou através dos músculos de Craigh. A fome em seus olhos verdes deu a Rowan algum conforto. Seu futuro amante poderia estar preocupado, mas ele o queria.

— Eu-eu tenho que estar acordado antes do amanhecer.

— Não se preocupe, baby. — Rowan colocou um beijo suave nos lábios de Craigh, seduzindo o outro homem com cada toque. — Vou me certificar de que você vá para a cama bem cedo.

Craigh reconheceu claramente a nuance sexual na oferta de Rowan. Sua respiração acelerou e um rosa fraco lavou suas bochechas. Inferno, o homem ainda pode corar com a ideia de foder.

— Por favor.

Rowan estava disposto a implorar para obter Craigh em sua casa. Depois que ele tivesse fodido o homem no colchão, ele o convenceria de que ele tinha que abandonar seu desafio. Se isso não funcionasse, Rowan amarraria Craigh em sua cama.

Craigh acenou com a cabeça, mas disse:

— Talvez.

A resposta foi hesitante, mas Rowan aceitou que era o melhor que ele estava indo para obter. Se ele pressionasse mais, Craigh se rebelaria.

Rowan deu um passo para trás e abriu a mão em direção à porta, dando a permissão de Craigh que ele não precisava sair.

Os olhos de Craigh estavam arregalados quando ele se virou para ir.

— Eu vou às dez esta noite. Venha até minha casa por volta das dez e meia.

Craigh não se virou, mas deu um rápido aceno de cabeça reconhecendo o comando de Rowan.

Craigh abriu a porta e, como Rowan suspeitava, Phillip esperava no corredor, o suficiente para que ele tivesse pressionado a orelha contra a porta.

— Ei. — Craigh cumprimentou quando ele saiu do escritório.

Phillip agarrou seu braço e puxou Craigh para a frente, de volta ao bar.

— O que ele queria? — Phillip sussurrou.

Rowan ouviu a porta enquanto eles andavam a poucos metros de distância e pararam.

— Nada. Ele só queria falar comigo sobre o desafio, isso é tudo.

— Não deixe que esse idiota chegue até você. Você vai se sair bem.

Craigh resmungou, mas não concordou nem discordou.

— Um novo talento entrou. Vamos encontrar uma coisa doce para foder. — As últimas palavras ficaram desmaiadas enquanto se moviam pelo corredor.

O lobo de Rowan grunhiu e o som ecoou por sua garganta. Oh infernos não. Apesar do fato de que o lobo ainda não o havia reivindicado, a besta de Rowan agora conhecia o perfume e o gosto de Craigh. Seu lobo não deixaria ninguém apreciar aquelas travessuras.

O humano lutou pelo controle.

Ele agarrou a borda do batente da porta, mantendo-se no lugar. Rasgar a garganta do melhor amigo de Craigh - mesmo que Rowan pensasse que Phillip era um aproveitador - não ajudaria a situação. Sua boca se ergueu em um sorriso. Pode fazê-lo sentir-se melhor embora.

Rowan relaxou a mão, mas descobriu que não podia se mover. Ele olhou para baixo. As pontas de suas garras estavam embutidas quase uma polegada na madeira macia. Droga, isso vai doer. Ele ajeitou os dentes e empurrou a mão. A madeira agarrou-se a suas garras como um amante ciumento, estilhaçando enquanto ele se soltava. Uma dor aguda perfurou cada ponta do dedo. Suas garras se retraíram, desaparecendo sob sua pele.

Sacudindo a mão para aliviar a dor persistente, ele caminhou pelo corredor para o bar principal. Ele deslizou atrás do balcão, pulando para ajudar Random. A localização deu-lhe a visão perfeita de Craigh e seus amigos.

Quando as coisas abrandaram um pouco, Random encerrou, deixando Rowan sozinho no bar. Rowan trabalhou sem pensar, enchendo ordens de bebida enquanto ele monitorava a situação de Craigh e quanto ele bebia. Depois que Phillip provocou Craigh em fazer um shot da tequila, Rowan enviou sobre um vidro da água.

Craigh agarrou-o e engoliu-o até mesmo enquanto Phillip olhava furiosamente através do quarto. Rowan encontrou seu olhar fixo, não disposto a dar ao pequeno idiota a satisfação de vencer, mesmo que fosse algo tão infantil quanto um concurso.

— A palavra é que seu garoto vai ser abatido pela manhã. — A voz de Random se abriu e Rowan se afastou, esquecendo instantaneamente a existência de Phillip.

— Eu sei.

— Não, quero dizer abatido. — Rowan levantou a cabeça. — Um dos betas de Frank é um amigo meu de foda.

Random sorriu e Rowan percebeu que o barman cheirava a sexo.

— Ele vem quando ele precisa de seu estresse aliviado. Enfim, ele está assustado porque Frank não está planejando deixar Craigh sair vivo do desafio amanhã. Ele vai se certificar de que todos na matilha recebam a mensagem de que não desafiem o Alfa.

Random hesitou o suficiente para que a mensagem afundasse em seguida, caminhou em direção ao balcão e assumiu a mistura.

Rowan recuou para o canto, seu olhar fixo em Craigh e seus amigos. Frank nunca deixará Craigh sair vivo lá. A verdade dessa afirmação se assentou no peito de Rowan. Ele olhou através do bar. Suas chances de convencer Craigh - doce e nobre e inocente - de pular a luta eram inexistentes. Não, ele precisava de outra maneira de parar esse desafio.

Ou, pelo menos, certificar-se de que Frank sabia que estava sendo observado.

Rowan olhou para Random. Entre ele e Trixie, eles conseguiriam aguentar alguns minutos.

Rowan voltou para seu escritório. Ele tinha um favor para cobrar.

 

Craigh parou em frente à porta. O que você está fazendo? A pergunta ecoou em seu cérebro, mas apesar de quantas vezes as palavras ecoavam em seu crânio, ele não tinha resposta. Dito a si mesmo desde que não teve o número de telefone de Rowan, estava indo parar perto e dizer para Rowan que não estava vindo. Ele iria mentir e dizer que não queria que o grande homem encantador o fodesse na próxima semana.

Seu pênis saltou quando o pensamento encheu a consciência de Craigh.

Esse era o problema. Craigh sabia que se voltasse a ver Rowan, ele iria virar de costas e implorar por arranhões na barriga como um filhote de cachorro. Ou pior, ele iria ficar de quatro e agitar seu traseiro em convite. Inferno, ele poderia acabar fazendo as duas coisas.

Craigh pressionou seus lábios juntos para tentar sufocar seu gemido, exceto que o som saiu de qualquer maneira. Ele nunca tinha sido o fundo. Ele tinha crescido para um e oitenta no verão antes de seu primeiro ano - muito antes dele considerar realmente ter sexo - e continuou crescendo até o ensino médio, finalmente parando aos um e noventa. Ele sabia que ele era gay aos quinze anos, mas manteve isso escondido até que se formou.

Quando ele saíra para o seu melhor amigo, Phillip, o homem tinha se determinado a colocá-lo um parceiro, e encontrou para ele um louro bonito que tinha guiado Craigh através de sua primeira foda, mostrando-lhe como esticar a bunda de seu parceiro, como encontrar sua próstata e torná-lo bom para seu amante.

Quase uma década depois, ele nunca esteve no fundo.

Porra. O polegar de Craigh passou pelas pontas dos dedos, a energia disparando através de seu corpo. Ele sabia o que aconteceria se batesse na porta. A imagem tinha atormentado suas fantasias - ele, curvado sobre o sofá ou até mesmo pressionado contra a parede, Rowan dirigindo seu pau no traseiro de Craigh, cada empurrão profundo e duro.

Sabendo muito bem o que poderia acontecer - e parte dele rezando por isso - Craigh levantou a mão e bateu os nós dos dedos na madeira dura.

Ele esperou, ouvindo, nenhum sinal se aproximou, nenhuma voz gritou.

Talvez ele não esteja aqui. Desapontamento caiu em seu estômago como uma pedra, seguido por fúria. O bastardo praticamente desejou audaciosamente para que ele aparecesse, então ele...

A porta se abriu e Rowan ficou do outro lado.

Perdido em seus pensamentos, o súbito movimento sacudiu Craigh e ele saltou para trás.

— Que diabos? — Perguntou ele. Ele poderia ter jurado que não tinha ouvido passos. Como Rowan se moveu tão silenciosamente? Ele era um gato?

— Então você decidiu bater.

O riso na voz de Rowan provocou outra explosão de raiva. O cara estava zombando dele.

Ele apoiou o calcanhar na varanda de madeira, preparando-se para girar e se afastar.

Rowan agarrou o braço de Craigh antes que ele pudesse fazer uma meia rotação.

— Não vá, baby.

Craigh poderia ter quebrado o aperto, mas a maneira doce como Rowan o chamava de "baby" o fez hesitar. Porra, ele nunca poderia deixar esse cara ver o quanto um nome tolo o afetava.

— Eu estava esperando do outro lado da porta rezando para que você batesse. — Ele pisou na varanda e se inclinou para baixo, seus lábios escovando a orelha de Craigh. — Você estava lindo de pé ali, tentando decidir se você queria entrar. — Ele sussurrou um beijo no pescoço de Craigh. — Entre, baby. Deixe-me cuidar de você.

— Porra, sua voz poderia seduzir uma freira. — Craigh gemeu. Então percebeu que ele tinha dito as palavras em voz alta. Porra.

Rowan riu.

— Ah, muito ruim eu não ter interesse em seduzir nenhuma freira. — Ele se inclinou, dando espaço para que Craigh entrasse. — Ou qualquer outra mulher para esse assunto. Você, por outro lado...

Ele piscou e abriu seu braço em direção à porta.

Craigh respirou fundo. Diabos, ele estava aqui. Ele entraria, deixaria Rowan fodê-lo e ele finalmente saberia como era. Talvez ele odiasse. Depois, ele poderia voltar para seus meninos bonitos com um pouco mais de conhecimento.

A ideia soava lógica e razoável e besteira total. Ele estava indo para dentro porque queria isso. Todas as suas fantasias, desde a primeira vez que ele começou a sonhar com sexo, tinha sido um cara forte, em cima dele, fodendo-o, duro.

Ele afastou os ombros e entrou pela porta aberta.

 


Capítulo Dois

 


Um grão de tensão liberou no peito de Rowan quando Craigh deu aquele primeiro passo. Ele quase explodiu provocando o outro homem. A verdade era que Rowan vinha observando desde que o carro de Craigh tinha chegado ao fim de sua entrada. Observara a indecisão, a hesitação.

Talvez tivesse tido uma experiência ruim antes. Deus sabia que todos os rapazes com quem Rowan o tinha visto tinham sido um fundo sólido. Rowan sabia porque ele tinha fodido a maioria deles, não um ativo ou um versátil entre eles.

O pobre rapaz realmente pensava que ele seria um topo. Rowan não conseguiu parar a borda de sua boca puxando para cima em um sorriso perigoso. Ele teria que mostrar a Craigh o puro prazer de ser o passivo. O olhar de Rowan caiu enquanto seguia aquele traseiro duro e apertado dentro de si. Sua palma coçava para dar um pequeno tapa.

Ele não era um jogador do BDSM, mas porra era a única área que não conseguia esconder seu lado dominante. E a ideia do traseiro de Craigh corando depois de uma leve surra fez sua boca regar.

Rowan enrolou os dedos em um punho e resistiu ao desejo. Os nervos de Craigh cintilaram perto da superfície e Rowan teve que tomar devagar se não queria que o homem doce corresse de sua casa gritando. Seria uma vergonha para ambos.

Além disso, se Craigh desaparecesse agora, Rowan não tinha chance de convencê-lo de que o desafio Alfa era uma ideia fatalmente ruim. Não que Rowan tivesse tanta esperança - Craigh tinha uma raia teimosa de uma milha de largura. O que deixava o Plano B... foder Craigh até exaustão. Rowan não tinha um Plano C, mas amarrar o lobo Ômega à sua cama tinha algum apelo.

Muito, na verdade.

Ele seguiu aquele traseiro apertado pelas escadas. Craigh esperou no patamar superior, cada músculo vibrando com uma tensão perversa.

— Vamos fazer isso? — Perguntou, virando-se e entrando no quarto de Rowan.

O animal de Rowan rosnou com a agressão na voz do outro lobo.

Ele agarrou o controle de sua besta, mas não se incomodou em responder. Seu jovem amante estava assustado e estalar ou rosnar para ele não ajudaria. Eles só precisavam passar da parte assustadora para a foda.

Ele seguiu Craigh até o quarto e bateu a porta fechada atrás dele, fechando-os. Ele avançou, invadindo o espaço pessoal de Craigh, esperando que Craigh recuasse. Mas o olhar determinado nos olhos do outro homem contava uma história diferente.

Não, Craigh não era um Alfa, mas ele também não era um submisso. Apesar de seu óbvio medo, levantou o queixo e encontrou o olhar de Rowan. O lobo compartilhando a existência de Rowan chupou seu prazer. O lado humano sorriu e se arrependeu quando Craigh apertou os lábios.

Rowan deu um passo prevenido para a porta, pronto para bloquear a saída se Craigh decidisse fugir. Outra porta bateu em algum lugar da casa. O impacto sacudiu o prédio e pareceu sacudir o corpo de Craigh como um choque elétrico.

— Está tudo bem, baby. — Rowan inclinou a cabeça em direção à porta. — Apenas um dos rapazes voltando para casa.

Ele, Random e Kia dividiam a casa. Dava-lhes um pouco de proteção adicional ter outros ao seu redor.

Craigh assentiu com a cabeça, embora continuasse olhando para a porta como se esperasse um exército de zumbis irrompendo.

A tensão nos músculos de Craigh aumentou até que ele estava convencido de que ele estaria em um milhão de peças fragmentadas.

Que merda estava fazendo aqui? Ele não teve nenhuma resposta melhor à pergunta do segundo - ou era o terceiro? - tempo ao redor. Exceto, olhando para Rowan, ele sabia que não queria ir embora.

Esta noite era sua última chance. Rowan era um topo definitivo e se Craigh iria ser Alfa - porra, ele não queria ser Alfa - ele não seria permitido se submeter a ninguém, especialmente não ao sexy Lobo Solitário que vivia na borda das terras da matilha.

Esta noite seria sua última oportunidade para explorar os estranhos impulsos que se alargavam cada vez que ele se aproximava de Rowan. Depois de amanhã, não importava o que acontecesse, ele nunca mais veria o Lobo Solitário novamente.

Se ele ganhasse o desafio Alfa, Craigh teria que acasalar com uma fêmea e ter filhotes com ela. Pior, ele pode ter que correr Rowan e sua tripulação como um sinal de força.

Seu estômago virou-se ao pensar. Phillip havia sugerido isso mais cedo hoje, depois da reunião de Craigh no escritório de Rowan. Seu amigo disse que dispersar os Lobos Solitários provaria a matilha que Craigh era forte o bastante para conduzir.

Nada disso seria um problema se ele perdesse. Ele estaria morto... ou seria banido.

Estar perto de Rowan ou nas terras da matilha significaria arriscar a morte.

Então, veio para a verdade... esta noite era a última chance que ele tinha para ser fodido por Rowan.

Ele forçou um suspiro em seus pulmões e fechou a lacuna entre eles. Não esperando Rowan reagir, Craigh levantou-se nos dedos dos pés, envolveu os braços ao redor do pescoço de Rowan e o beijou.

Rowan congelou e um canto da mente de Craigh gritou que tinha cometido um erro fatal. Um topo nunca iria querer que o fundo assumisse.

Exceto que depois de um batimento cardíaco, então outro, Rowan abriu os lábios e permitiu que a língua de Craigh deslizasse para dentro.

Prazer dançou ao longo da coluna de Craigh em ter o acesso aberto para provar o lobo dominante, para saborear o momento. Não durou muito. Ele lambeu o céu da boca de Rowan, provocando com um toque suave. Um rosnado baixo roncou através do beijo. As vibrações perversas alcançaram através do peito de Craigh e envolveram seu pênis, tão apertado como a mão de Rowan tinha estado mais cedo à noite.

Craigh ofegou, o ruído ecoando dentro de sua cabeça, mesmo quando Rowan capturou o som e o silenciou. Esse segundo de hesitação foi tudo o que levou Rowan para tomar controle. Ele colocou a mão na parte de trás da cabeça de Craigh e segurou-o no lugar enquanto saqueava a boca de Craigh, provando todos os cantos.

Os movimentos exigentes, mas de alguma forma restritos, tomavam o comando total dos sentidos de Craigh. Ele gemeu e empurrou mais perto, seu lobo instintivamente querendo ser protegido pelo animal dominante. As mãos de Rowan enrolaram em torno de suas costas, puxando Craigh no abraço apertado. Um lamento que Craigh ficaria envergonhado depois, escapou.

— Shhh, não se preocupe, baby. — O nome diminutivo enviou outra ondulação de prazer através do corpo de Craigh. — Eu não vou deixar você ir até que você tenha sido bem e verdadeiramente fodido.

Deveria ter soado como uma ameaça, mas as palavras só fizeram o pau de Craigh mais duro - e ele estava muito certo de que não era possível. Seu pau já poderia ser usado para cortar diamantes.

Rowan recuou e Craigh tinha apenas o controle suficiente para não agarrar o outro homem. Ele enrolou as mãos em punhos e manteve os braços em seus lados. O canto da boca de Rowan se curvou para cima como se reconhecesse a luta interna de Craigh e pensou que era bonito.

O Lobo Solitário continuou a olhar fixamente para Craigh enquanto ele alcançava entre eles e agarrou a frente da camiseta de Craigh com as duas mãos. Craigh piscou, sua mente tentando alcançá-lo.

O mundo parecia congelar por um momento, não mais do que um suspiro, então riiiip! A camisa de algodão evaporou-se em farrapos, deixando o peito de Craigh nu.

— Que diabos? O que eu deveria...? — Ele não teve a chance de terminar seu discurso.

Rowan inclinou-se, fechou os lábios no mamilo direito de Craigh e sugou.

A tensão selvagem que ele nunca tinha experimentado correu sob sua pele, um tiro delicioso de prazer. Ele abriu a boca para pegar uma respiração desesperadamente necessária, mas antes que ele pudesse fazer seus pulmões funcionar, uma dor brilhante passou por seu peito.

Sua inalação se transformou em um grito mesmo quando a sensação mudou de dor para uma espécie de prazer escuro. Atordoado, Craigh inclinou a cabeça e olhou para baixo. Os olhos azuis de Rowan olharam para ele, brilhando com uma luz perigosa. Enquanto Craigh observava, Rowan puxou seus lábios para trás e raspou os dentes pelo peito plano do Craigh, um golpe sutil antes que ele voltasse e mordesse. Outro tiro de dor-prazer correu através do núcleo de Craigh e seu pênis impossivelmente sólido parecia crescer ainda mais.

— Porra! — Seu grito encheu o quarto e Rowan riu. O som sussurrou na pele de Craigh, um toque gentil para conter a dor aguda. Lutando para absorver as sensações, Craigh preparou-se para o próximo delicioso assalto.

Rowan mais uma vez sugou duro e bateu a língua através do pico quase plano.

Craigh fechou os olhos, sem saber qual a sensação que mais amava: o prazer ou a dor. De qualquer maneira, ele queria que Rowan continuasse fazendo o que estava fazendo.

Como se Rowan ouvisse as palavras no cérebro de Craigh e quis atormentá-lo, o lobo grande recuou. Felizmente, Craigh não teve tempo para protestar, antes que Rowan simplesmente trocasse para o outro lado, sugando profundamente, dando o outro mamilo o mesmo tratamento perverso. Ele torceu, tentando escapar, tentando se aproximar. Seu corpo não conseguia decidir o que queria mais.

O aperto de Rowan em sua bunda o trancou no lugar, não lhe permitindo nenhum atrito contra seu pênis. Alguns golpes e ele poderia gozar, mas Rowan parecia determinado em manter a sensação que precisava longe de chegar a seu pau.

Outra mordida em sua pele lhe lançou uma nova centelha em sua virilha. Ele apoiou os dentes de volta. Se ele me morder de novo, Craigh pensou, eu gozarei sem um único toque ao meu pau.

Mas mesmo quando a ideia se formou em sua cabeça, Rowan - o maldito leitor de mentes malignas - puxou para trás. Craigh estava lá, seu peito inchando em respirações rápidas, profundas, seus mamilos tão sensíveis até mesmo o leve toque de ar enquanto inalava o fazia estremecer.

Com medo de se mover, com medo de que se desse um passo, a pressão em seus jeans o faria gozar, ele trancou as pernas em seu lugar e enrolou os dedos em punhos, mantendo-se imóvel, lutando por esse pequeno controle.

Rowan parecia reconhecer cada pensamento, sentir a luta interna de Craigh - e não se importava. Aqueles olhos azuis brilhavam. Fome, luxúria e poder combinados em uma única força imparável. Sem quebrar sua ligação visual, Rowan alcançou entre eles, suas pontas do dedo agarrando o lado das calças jeans de Craigh.

— Não! — Ele se afastou, tropeçando para trás. A cabeça de Rowan retrocedeu, como se tivesse sido esbofeteado. Craigh cobriu o zíper com as mãos. — Eu amo esses jeans. Por favor, não os destrua.

Rowan teve a graça de corar.

— Vou comprar uma camisa nova. — Ele fechou a lacuna entre eles. — Mas você precisa estar nu para o que eu tenho em mente.

Craigh acenou com a cabeça, mas deu outro passo, segurando uma mão para manter Rowan de volta. Desta vez o outro homem parou, parecendo confuso e um pouco exasperado.

— Eu vou gozar se você me tocar.

A confusão desapareceu e aquele sorriso diabólico voltou. Craigh jurou que seu pênis batia contra seu jeans, implorando para ser liberado, implorando para estar disponível para o lindo lobo na frente dele.

— Bem, então... — Rowan deu um passo para trás e sentou-se no canto da cama, com as pernas abertas, a linha dura de seu pau flagrante através do jeans apertado que ele usava. A visão fascinou e confortou Craigh. Era bom saber que ele não era o único lobo pronto para rasgar as costuras de suas roupas. — Tire-os.

A mente de Craigh tentou mudar as palavras para uma sugestão provocadora, mas não havia jeito. Comandante, puro poder fluía através de cada palavra.

E cada nervo em seu corpo iluminou, incitando seus músculos a cumprir.

A rigidez na garganta de Craigh retornou, mas ele engoliu tudo. Seus dedos tremiam enquanto seguia a instrução, mantendo seu próprio toque longe de seu pênis. Ele pensou que seu pênis tinha estado duro antes, mas, Rowan calmamente sentado lá, observando-o enquanto ele ficava nu... inferno, parecia que ele tinha um poste de aço em suas calças.

Ele deslizou a mão dentro de sua calça jeans, segurando seu pênis longe do zíper quando ele deslizou para baixo. Seus dedos alisaram seu eixo e ele gemeu, cedendo à instintiva necessidade de acariciar seu pênis.

— Não.

A palavra não era áspera ou ruidosa, mas congelou Craigh onde ele estava.

— Não toque. Apenas tire, então eu vou decidir se você vai gozar ou não.

Parte de Craigh uivou ao pensar em alguém lhe permitindo um orgasmo. O lado mais largo e mais vocal de seu cérebro choramingava de prazer, mas não conseguia fazer seu corpo cumprir a ordem de Rowan.

Ele não entendia por que hesitava: tinha um corpo bom. Seus genes de lobisomem asseguraram-no de pouca gordura corporal e seu trabalho no pátio de madeira mantiveram seus músculos fortes. Os amantes anteriores fizeram ohhh e ahhh sobre seu corpo. Mas ficar nu na frente de Rowan, que parecia não ter intenção de tirar suas próprias roupas, pôs os seus nervos em chamas.

Foda-se, ele disse a si mesmo e rasgou o seu zíper, quase rasgando o material da maneira que ele implorou Rowan para não fazer. Craigh afastou a preocupação. Ele iria mudar para sua forma de lobo e correr para casa se ele tivesse que fazer, mas ele precisava ter isso acabado antes que ele vibrasse fora de controle.

Ele empurrou suas calças jeans e cuecas para baixo e tentou sair delas antes de perceber que ele ainda usava suas botas. O calor correu para suas bochechas. Porra, ele não sabia o que estava errado com ele. Ele nunca foi tão desajeitado com um amante. Ele era normalmente tão controlado e calmo, exceto... ele não era geralmente aquele prestes a ser fodido.

Pronto para chamar a coisa toda fora, apesar do uivo de protesto de seu lobo, ele puxou seus ombros para trás. Mesmo quando se endireitou a toda a altura, Rowan estava lá. Ele pegou Craigh e girou ao redor.

Craigh gritou, segurando seu amante dominante enquanto o mundo desaparecera sob seus pés.

A gravidade não durou muito. Rowan jogou-o no colchão. Craigh caiu para trás, seu rabo nu acertando o material macio mesmo enquanto suas pernas pendiam sobre a borda.

A posição vulnerável o fez erguer-se. Ele empurrou-se para cima em suas mãos só para ver Rowan cair de joelhos. Jesus, isso é lindo. Sua mente tentou processar a imagem - de Rowan se ajoelhando diante dele - mas não parecia certo. O lobo dominante nunca ficava de joelhos, certo?

Enquanto lutava para se ajustar à localização de seu amante mais poderoso, os pés de Craigh foram libertados de botas, meias e calças. Sentou-se, preparando-se para se mover para o centro do colchão, ou talvez Rowan o quisesse lá, inclinado sobre o lado da cama.

— Onde...? — ele parou, seu olhar pousando em Rowan ainda ajoelhado ao lado da cama. O belo Lobo Solitário olhou para o pau de Craigh, duro e curvando-se até seu estômago.

Rowan lambeu os lábios e inclinou-se para a frente. Craigh soltou um grito embaraçoso quando o outro abriu os próprios lábios e chupou a cabeça do pau de Craigh em sua boca.

Não era que Craigh nunca tivesse tido uma chupada antes. A maioria de seus amantes chupou seu pau em algum ponto, muitas vezes porque Craigh não estava duro o suficiente para foder sem a estimulação adicional. Isso não foi um problema esta noite. Na verdade, ele tinha a questão oposta.

Ele gemeu e enfiou a mão nos grossos fios escuros do cabelo de Rowan, puxando, rentando puxar o homem, apesar de cada nervo em seu corpo gritando "não!"

Rowan recuou, mas Craigh teve a impressão nítida de que era porque queria, não por causa dos esforços de Craigh. Rowan levantou as sobrancelhas em questão e esperou, silenciosamente exigindo uma resposta.

— Eu vou gozar.

— Espero que sim ou estou fazendo algo errado.

— Mas e depois?

Ele ainda queria ser fodido. Ele simplesmente não sabia como pedir isto.

— Não se preocupe. Estou longe de terminar com você. — Ele lambeu a gota de pré-sêmen na cabeça do pau de Craigh. — Você terá muito tempo para se recuperar enquanto eu estiver batendo em seu traseiro.

As palavras eram parte promissora, parte ameaçadora e Craigh não podia esperar. Piscando um sorriso feroz, Rowan caiu no pênis de Craigh novamente, levando-o profundamente para a parte de trás de sua garganta.

Calor e sucção cercaram o eixo de Craigh. Ele lutou para segurar, não querendo gozar muito rápido, mas Rowan tirou essa escolha. Ele empurrou o pênis de Craigh para a parte de trás de sua boca, deixando a ponta deslizar no topo de sua garganta.

Pressão incrível espremeu sua cabeça e Craigh gritou. Seus quadris se agitaram compulsivamente, precisando se mover. Rowan colocou as mãos nos ombros de Craigh, segurando-o no lugar. Frustração agarrou seus músculos. Ele precisava empurrar, foder. O aperto de Rowan aumentou, quase ao ponto da dor.

Craigh fechou os olhos e desejou relaxar. Como se dando a ele uma recompensa pelo bom comportamento, Rowan começou a balançar a cabeça para cima e para baixo, parando cada poucos impulsos para deixar o pau de Craigh em sua garganta.

A pressão perversa na cabeça de seu pênis enviou sacudidas de prazer em suas bolas. Não tem certeza se ele foi autorizado a tocar, ele agarrou a borda do colchão, lutando contra a necessidade de gozar enquanto Rowan continuava a aguda e rápida chupada no eixo de Craigh.

Rowan pressionou para a frente e a ponta do pênis de Craigh fez o mergulho na garganta de Rowan.

Era demais. Craigh arqueou a cabeça para trás e gritou, gozando em longos pulsos pesados ??na boca de Rowan. O outro homem pegou. Craigh olhou fixamente, espantado que tal topo duro e resistente seria tão bom chupando pau e ainda assim disposto a engolir.

Atordoado, ele olhou fixamente enquanto Rowan se levantava, e se inclinou para frente, tomando a boca de Craigh em um profundo beijo. Seu sêmen misturado com o sabor intoxicante do outro homem e Craigh gemeu, saboreando o gosto perverso.

Seu pênis se contorceu como se a maldita coisa já quisesse se recuperar. Craigh miou na boca de Rowan, o som tão submisso e suplicante que ele queria corar, mas o beijo de Rowan não lhe deu a chance de pensar além do prazer cativante.

O macho grande se moveu sobre ele. De alguma forma, no meio de seu beijo, ele guiou Craigh até o meio do colchão e deslizou entre suas coxas espalhadas.

Craigh balançou os quadris para cima. Seu próprio pau não estava duro, mas não levaria muito, não com a ereção de Rowan apertando contra seu quadril. Como lobisomens, o seu metabolismo avançado dava-lhes cura rápida e tempo de recuperação rápida. Craigh não tinha dúvidas do que Rowan tinha dito que era verdade - ele ficaria duro o suficiente para voltar. Será que ele poderia gozar enquanto era fodido?

A ideia o fascinava, mas ele não sabia...

Ele afastou suas preocupações. Ele iria descobrir em poucos minutos. Rowan se inclinou e tomou os lábios novamente. O beijo de alma alcançou dentro de Craigh e ele se enrolou, tentando se aproximar, envolvendo as mãos em volta dos ombros de Rowan e torcendo os quadris, precisando da pele do lobo sexy contra a dele.

A calça jeans grossa que Rowan ainda usava frustrou seus esforços, assim como a t-shirt de algodão cobrindo o enorme torso do homem.

Um choramingo escapou da garganta de Craigh enquanto ele segurava as costas para Rowan, agarrando o fino material que ocultava seu prêmio.

Rowan recuou, apenas o suficiente para alcançar atrás de seu ombro e puxar a camiseta sobre sua cabeça. Ele jogou o pano preto do lado da cama. O lado irritado de Craigh queria perguntar por que Rowan cuidara de sua própria roupa quando rasgou a de Craigh em minúsculos pedaços.

Rowan riu como se tivesse ouvido os pensamentos de Craigh.

— Vou lhe emprestar uma camisa para levar para casa. — Prometeu.

Craigh piscou e olhou para o homem acima dele.

— Como você faz isso? — Ele exigiu, deixando alguns de seus nervos fluírem através de sua pergunta.

— O quê? — Perguntou Rowan com um tom calmo de curiosidade, como se estar conversando enquanto um deles estava nu e o outro não, fosseas perfeitamente normal. Ele se inclinou sobre o corpo de Craigh, esticando-se para agarrar a garrafa de lubrificante da mesa de cabeceira.

— Ler a minha mente.

Rowan riu baixinho. — Seus olhos são muito expressivos, baby.

O "click" da abertura da garrafa agarrou a atenção de Craigh. Incapaz de desviar o olhar, ele observou enquanto Rowan despejava uma pequena gota do líquido no dedo indicador. A garganta de Craigh fechou-se e ele teve que abrir a boca para tomar oxigênio suficiente. Ele olhou para a mão de Rowan enquanto o homem esfregava o lubrificante entre o polegar e o dedo indicador.

Craigh sacudiu a cabeça. Ele ia precisar de um lubrificante muito mais do que uma gota.

Dessa vez não havia nada de suave na risada de Rowan.

— Droga, baby, você vai se divertir muito.

 


Capítulo Três

 


O cérebro de Craigh tentou mudar de pânico para irritação, mas os lábios de Rowan paralisaram o processo. Um beijo sensual após outro dispersou cada pensamento de sua cabeça. Ele se moveu sob o corpo de Rowan, ajustando-se às instruções silenciosas, guiando-o para a posição.

A mão de Rowan deslizou ao redor do quadril de Craigh. Mesmo sabendo que ele queria isso, ele não conseguia impedir que seus músculos se contraíssem. Ele inclinou os quadris para cima, instintivamente tentando escapar do toque estrangeiro.

Mesmo quando ele se afastou, o menor sussurro roçou seu buraco. A sensação de vibração enviou um choque através de seu núcleo e ele congelou. Ele pendurou lá em antecipação quando o dedo de Rowan pressionou em sua abertura.

A distração sexy veio sob a forma do beijo embriagador de Rowan. Rowan sugou levemente a língua de Craigh. Ele gemeu e empurrou para cima, desesperado por mais dos perigosos beijos, querendo que seu corpo relaxasse. A intrusão suave enviou alguns nervos interessantes vibrando. Antes que ele pudesse convencer seus músculos a soltarem e permitirem Rowan totalmente dentro, o toque de Rowan desapareceu.

Craigh estalou a cabeça para trás. Uma respiração áspera se precipitou entre eles.

— Por que você parou?

— Não se preocupe, baby. — Rowan lambeu o pico do lábio superior de Craigh. — Estamos apenas brincando. — Ele piscou. — Por agora.

Brincando. Certo, ele podia fazer isso. Brincar. Como no inferno...?

A pergunta morreu em sua cabeça, afastando-se como montes de poeira em um dia ensolarado. Rowan beijou a boca de Craigh, mas não se demorou. Em vez disso, ele escovou seus lábios ao longo da mandíbula de Craigh, pelo seu pescoço. Craigh inclinou a cabeça para o lado, mostrando a garganta ao macho dominante.

Um grunhido baixo vibrou através de sua pele enquanto o lobo de Rowan expressava sua aprovação. O som girou pelo peito de Craigh e seu pau inchou, completamente duro, dolorido. Outro ruído de aprovação ecoou pela sala.

O prazer entrou em espiral no corpo de Craigh quando Rowan deslizou para baixo e voltou a provocar os mamilos de Craigh. Os picos sensíveis endurecem quando a boca sexy de Rowan sugou e lambeu. Craigh se retorceu no colchão, esforçando-se para se aproximar ou possivelmente escapar. Não, definitivamente não queria escapar.

Mas não podia simplesmente ficar deitado ali.

Incapaz de permanecer passivo, ele estendeu a mão e agarrou o ombro de Rowan, empurrando o outro homem para longe, inclinando-o sobre suas costas e seguindo-o. O vermelho piscou nos olhos de Rowan, advertindo Craigh que ele poderia estar no topo, mas ele não estava no comando. Não importava. Craigh não iria desperdiçar a oportunidade. Ele iria aproveitar ao máximo o acesso a esses belos e duros músculos com os quais sonhara.

As palavras confiantes fluíram através de seu cérebro, mas ele não conseguia fazer seu corpo funcionar.

Ele olhou para o seu futuro amante e percebeu o que o paralisava. O queixo de Rowan mergulhou em um breve aceno de cabeça, dando a Craigh a permissão que buscava. Pura necessidade invadia o corpo de Craigh. Ele olhou por um momento mais, mesmo quando um sorriso provocante curvou os lábios de Rowan. Oh sim. Agora, Craigh entendia o que Rowan queria dizer com "brincar".

Ele correu as mãos pelo peito forte e tenso, explorando os músculos firmes e lisos com seus dedos e lábios. Ele deu uma volta nos mamilos de Rowan, lambendo e provocando antes de curvar-se e acariciar sua língua através das ondulações do abdômen de Rowan. Ele estava fantasiando sobre esse homem nu por um ano e agora ele poderia finalmente provar. Ele iria aproveitar ao máximo. Ele duvidava que tivesse outra chance.

Ele lambeu a pele esticada, capturando o sabor único do homem, atraindo-o profundamente em sua memória. Deslizou os dedos pelo mesmo caminho, saboreando o calor, querendo que o calor cobrisse seu corpo.

A dura protuberância do pênis de Rowan cutucou seu queixo e Craigh zumbiu seu prazer. Ele alcançou o zíper do jeans de Rowan, mas antes que ele pudesse desfazer o botão superior, suas mãos foram arrancadas e Craigh encontrou-se novamente em suas costas, olhando para cima.

— Mas...

— Você não é o único que não quer gozar muito cedo. — Rowan agarrou a garrafa de lubrificante. Não havia nada lento ou sensual desta vez. Ele derramou sobre a ponta dos dedos, segurando o olhar de Craigh, avisando-o visualmente de que estavam brincando.

Craigh forçou seus pulmões a se expandirem em uma respiração profunda e enviou pensamentos calmantes e relaxantes em seus músculos. Ele poderia fazer isso. Ele poderia. Ele queria isso, mas esse fato não silenciou seus nervos.

— Shhh, está tudo bem, baby. — O murmúrio de Rowan fez Craigh piscar. Ele não tinha percebido que ele tinha feito um som. Rowan pressionou a coxa de Craigh um pouco mais alto, estendendo as pernas mais largas. O movimento atingiu Craigh com um súbito tiro de vulnerabilidade.

No primeiro toque em sua abertura, Craigh ficou tenso, então lembrou-se de que Rowan o havia tocado lá antes. Não tinha sido terrível. Tinha sido... interessante.

— É isso aí.

O dedo pressionou mais fundo, empurrando através do músculo apertado e Craigh não conseguiu esmagar o barulho chocado que escapou de sua garganta.

O suspiro de Craigh quando Rowan abriu seu buraco pela primeira vez enviou um arrepio de excitação e consciência através do cérebro de Rowan. O pênis de Craigh permaneceu duro, mas seus olhos estavam arregalados e um pouco aterrorizados.

Rowan congelou. Ele queria Craigh e no fundo de seu coração ele acreditava que Craigh era um belo garoto de baixo preso no corpo de um topo, mas ele não iria empurrar a ideia. Pelo menos não muito duro.

— Quer que eu pare, baby?

Craigh sacudiu a cabeça. Seus lábios se abriram como se ele lutasse para capturar bastante oxigênio e ele não encontraria o olhar de Rowan. Isso não estaria acontecendo.

Mantendo o único dígito alojado no rabo de Craigh, Rowan tomou sua outra mão e segurou o queixo de Craigh, inclinando a cabeça do homem para a esquerda até que Rowan encontrasse aqueles lindos olhos verdes.

— Você está me enlouquecendo aqui. Uma experiência ruim sendo fodido?

— Nenhuma experiência. — Craigh exclamou.

Rowan piscou e olhou fixamente quando sua mente correu para processar o que o outro homem tinha dito.

Nunca foi fodido?

— Você nunca teve ninguém fodendo seu traseiro?

Ele deve ter soado tão chocado quanto ele se sentiu porque os lábios de Craigh espremeram juntos em uma linha desafiadora. Desta vez, ele balançou a cabeça com força suficiente para balbuciar seu cérebro.

— Você já brincou com brinquedos por conta própria? — Rowan não quis soar incrédulo, mas espantou-o que alguém que era tão obviamente um fundo nunca tinha tentado.

O vermelho lavou as bochechas de Craigh.

— Não, e eu acho que eu deveria sair. — Ele torceu, tentando sair da cama. Oh infernos não.

Rowan inclinou-se para a frente, usando seu peso de corpo inteiro para travar Craigh no lugar.

— Espere. — Rowan empurrou o dedo no traseiro de Craigh um pouco mais profundo. O engate na respiração do outro homem deu esperança a Rowan. — É isso, baby. — Ele pressionou um beijo na testa de Craigh. — Não há nada com que se assustar. — Ele sussurrou em sua melhor voz de sedução.

Craigh zombou e inclinou a cabeça para o lado, mais uma vez encontrando Rowan olhar fixo, mas desta vez com um olhar ousado próprio.

— Que tal a dor? Dói, certo?

Rowan estremeceu, mas não se afastou de Craigh nem se afastou da penetração superficial do traseiro de Craigh.

— Dói um pouco, mas... — ele continuou falando, não permitindo que Craigh falasse nenhuma palavra. — É do meu interesse assegurar que não seja ruim.

— Como você calcula?

— Bem, se eu quiser fodê-lo novamente, e com base nas preliminares seriamente sexy, eu definitivamente vou querer fodê-lo novamente, quero que você aproveite isso. Eu quero que você queira isso.

Ele deslizou seu dedo em uma fração de uma polegada, e mais que lentamente, puxou para trás, deixando Craigh sentir cada movimento sutil.

Ele manteve seu olhar fixo no de Craigh.

— Eu quero que você implore para que eu foda seu traseiro.

Craigh olhou para ele. O homem mais jovem tentou parecer duro, mas seus olhos praticamente brilhavam de honestidade e, inferno, inocência. Como um cara como este achava que ele poderia ser Alfa? Ele seria expulso na primeira semana - se conseguisse passar as primeiras vinte e quatro horas.

— Eu duvido que eu vou te implorar para fazer isso.

Rowan não pôde parar o sorriso com que lhe tinha sido dito e o fez parecer diabolicamente mau na maioria de livros cómicos.

— Eu gosto de um desafio, baby.

Afastou o solitário dedo e acrescentou mais lubrificante. Ele precisava disso para se sentir bem para seu novo amante. Nem todo mundo gostava de ser fodido, mas algo sobre a maneira sensual que Craigh tinha tomado as mordidas de Rowan e beliscões em seus mamilos, prometeu que ele iria desfrutar da queimadura de ter sua bunda cheia.

Ele pressionou dois dedos lisos no buraco de Craigh, observando os lindos olhos verdes do homem se alargarem quando os dígitos se deslizaram para dentro. Nenhuma dor.

— É isso, querido. Foda-se, você vai ficar tão incrível no meu pau.

A descrição audaciosa e flagrante pareceu chegar dentro de Craigh e virar um lindo interruptor. Ele gemeu e rolou os quadris, empurrando os dedos de Rowan mais profundamente em sua bunda.

Vendo a resposta selvagem, quente, palavras sexy tropeçaram de sua língua enquanto ele dizia a Craigh tudo o que ele queria fazer para o outro homem.

Ele repetiu a sutil carícia, entrando e saindo até que Craigh se mudou com ele.

— Mais um, baby. — Rowan ouviu a tensão em sua própria voz quando ele se afastou por tempo suficiente para certificar-se de que seus três dedos estavam corretamente lisos.

Desta vez, quando ele empurrou no buraco de Craigh, os músculos do homem se apoderaram, bloqueando a suave invasão.

— Shhh, você está bem. — Rowan murmurou, alisando sua mão livre na frente do peito de Craigh, acariciando-o, não recuando. Ele olhou para o rosto de Craigh, olhando para o sinal que ele poderia mover.

Craigh lambeu os lábios e respirou fundo. O aperto nos dedos de Rowan facilitou o suficiente e ele empurrou para frente. Ele pressionou um pouco mais fundo e depois deslizou de volta, voltando imediatamente, sem dar a Craigh qualquer tempo para ficar tenso. Outro ruído ofegante escorreu da garganta de Craigh, o som vivo com doce satisfação.

O pau de Rowan pulsava contra seu zíper, implorando para ser libertado. Inferno, ele estava perto de gozar em seus jeans apenas de assistir Craigh foder seus dedos. Colocar seu pau nessa abertura apertada provavelmente iria matá-lo.

Rowan empurrou novamente e acariciou para cima, batendo a glândula no traseiro de seu amante.

Craigh curvou suas costas e um grito suave flutuou de sua boca.

A visão do outro homem tão perdido em prazer levou Rowan até a borda. Ele não podia esperar mais. Ele agarrou a frente de suas calças e rasgou, rasgando o material até que rasgou em suas mãos. A liberdade acariciou seu pau enquanto seu eixo avançava.

Rowan tirou os restos esfarrapados de suas roupas. Ele envolveu sua mão em torno de seu pau, rapidamente cobrindo-o em lubrificante e guiou a cabeça para o lugar.

A ponta de seu pênis beijou a entrada de Craigh, uma suave batida de introdução antes de romper a entrada virgem, seu pau se encaixando na bunda de Craigh pela primeira vez - o único pau a deslizar naquele buraco apertado se ele tivesse o seu caminho. Foda-se, era doce. O calor cercava seu pênis, apertando-o enquanto ele empurrava mais fundo, o feroz aperto movendo-se ao longo de cada centímetro de seu eixo.

Os olhos de Craigh se arregalaram, mas o aperto no pau de Rowan facilitou o suficiente para que ele pudesse deslizar para dentro, colocando-o profundamente até as bolas.

— Foda-se. — ele gemeu enquanto se instalava no canal de Craigh. Ele enrolou os dedos nos lençóis. Suas garras cutucaram e deixaram pequenas lágrimas na seda. Ele forçou a respiração a mover-se lentamente, com constantes ondas pelo peito, segurando-se imóvel, esperando por algum sinal de que Craigh estava pronto para mais. Pronto para a foda que Rowan desejava lhe dar.

Craigh piscou e olhou para cima, seu corpo puxado mais tenso do que uma linha de tirolesa.

— Você está bem? — Rowan perguntou, sua voz quase tão tensa quanto os músculos de Craigh. Craigh engoliu em seco e acenou com a cabeça, mas não conseguiu encontrar a força para falar.

Rowan riu. Havia algo de feliz com o som e Craigh acreditava, esperava que ele não estivesse sendo zombado.

— É um pouco assustador a primeira vez, querido, mas nós só vamos ficar aqui até que você esteja pronto para me mover.

— É você ficando lá que está fazendo isso...

Não era dor real. — Queimando. — Ele ajustou suas palavras porque não queria culpar Rowan. Ele pediu isso. E era a natureza da besta, por assim dizer.

Rowan se abaixou e pressionou um pequeno beijo na esquina dos de Craigh.

— Dê-lhe alguns minutos. A queimação vai facilitar e você estará pronto.

Craigh assentiu novamente.

— Você fez isso? — Ele perguntou, sua voz um pouco ofegante. Provavelmente a pergunta errada a fazer. Ele tinha um lobo grande, mau, dominante em cima dele, um pau grosso enterrado em sua bunda, e Craigh estava perguntando se o cara já foi passivo.

— Claro. — Rowan inclinou-se para a frente, mudando o ângulo de seu pau dentro de Craigh o suficiente para ele tencionar, mas o beijo suave que o outro lobo colocou em seus lábios distraiu-o da queimadura renovada. — Mas como você, eu sou muito exigente sobre quem eu deixei me foder. — Outro beijo, este um pouco mais profundo, ainda mais distrativo.

Craigh queria perguntar se ele seria capaz de foder Rowan, mas antes que a pergunta se formasse em sua mente, Rowan mudou novamente. O movimento tocou aquela glândula sensível em sua bunda e enviou um perverso zumbido através de suas bolas. Ok, sim, talvez ele pudesse fazer isso.

— Pronto para eu me mexer, baby? — Ele disse.

Craigh começou a acenar com a cabeça, mas protegido um pouco sobre a sua resposta - afinal, o cara era enorme e estava dentro dele.

— Eu acho que sim.

A resposta lhe deu outro sorriso suave de seu amante.

— Nós vamos devagar.

Ele raspou os dedos pelo cabelo de Craigh, puxando-o para trás, longe de seu rosto. A pressão inclinou o queixo de Craigh para cima, de modo que ele foi forçado a encontrar o olhar de Rowan.

— Eu não quero te machucar, querido. Quero que isso seja bom.

Engolindo de novo, tentando limpar o aperto em sua garganta, Craigh assentiu. Dessa vez, ele deu permissão a Rowan.

Rowan respirou fundo e abaixou os quadris para trás. As terminações nervosas iluminaram-se através do corpo de Craigh no retiro perverso. Houve um momento de pausa antes de Rowan empurrar de volta, a penetração lenta e constante tão poderosa. Sensações encantadoras ondulavam através de seu núcleo e ele gemeu suavemente.

Rowan viu o pênis dele sair dentro e fora do traseiro de Craigh algumas vezes, empurrões superficiais e suaves, como se ele quisesse ter certeza de que ele não estava causando dor ao outro homem. Craigh olhou para o homem em cima dele, seu corpo agarrando-se a cada pedaço de sensação enquanto Rowan o fodia.

— Como é isso, baby? — Rowan perguntou, as palavras saindo apertadas como se ele lutasse para controlar a si mesmo.

— Bom. — Craigh assentiu e percebeu que se sentia bem. Muito além do que bem. Parecia perverso e adorável. Ele podia ver por que todos aqueles meninos bonitos deixavam ele foder seus traseiros. Ele se sentia seguro e sexy e...

A borda da boca de Rowan parou naquele meio sorriso que fez o coração de Craigh voar, sabendo que o que quer que ia acontecer a seguir seria além de sua experiência, além de seu controle.

— Vamos ver se podemos explodir sua mente.

Rowan puxou seu pau de volta. Arrepios deliciosos acompanharam cada retirada e se instalou em suas bolas. Oh sim. Ele poderia gozar de alguém fodendo seu traseiro... e uma mão apertada ao redor de seu pau.

Mas a mão de Rowan não estava segurando o pênis de Craigh. Talvez ele devesse...

Rowan se afastou, a ponta de seu pau ainda se alojava na passagem de Craigh. Rowan fez uma pausa, o suficiente para que Craigh percebesse que precisava olhar para cima, rastrear seu amante.

— Pronto, baby?

Até mesmo a hesitação de ser fodido não poderia parar a corrida ao ouvir Rowan chamá-lo de "baby." Craigh acenou com a cabeça. Rowan olhou para baixo, o centro de seus olhos brilhando vermelho por um breve momento antes de arquear os quadris e empurrar para a frente.

Esta penetração era diferente, o ângulo mais profundo, o empuxo mais duro. Alguma coisa. E o pau de Rowan tocou o doce lugar de que Craigh tinha ouvido falar. Ele tinha ouvido sobre isso, sabia como encontrá-lo em seus amantes, mas nunca tinha...

Uma faísca começou dentro de sua bunda e correu até sua medula espinhal.

— Merda! — O formigamento atingiu o topo de sua espinha e ele pensou que sua cabeça poderia explodir. Ele sabia que seus olhos se arregalaram quando ele gritou. Ele piscou e encarou Rowan. O sorriso do homem sexy se alargou em pura maldade.

— Melhor?

Craigh não teve chance de responder enquanto Rowan arrastava seus quadris para trás, enviando uma sensação selvagem e diferente através de seu corpo. Com apenas uma pausa sem fôlego, ele voltou, mais uma vez atingindo a próstata de Craigh.

Saber o que estava por vir deu-lhe um momento para se preparar para a sacudida emocionante através de seu sistema.

— Oh porra. — Ele rolou a cabeça para o lado, seu corpo lutando com as sensações em composição... querendo mais, querendo a conclusão deste prazer oferecido, pairando apenas além de seu alcance.

Ele agarrou seu próprio pau.

— Não, baby. — Os dedos de Rowan engancharam no pulso de Craigh e empurraram a mão dele. O lobo grande empurrou para a frente, enterrando seu pau no buraco de Craigh e parou, segurando-se profundamente dentro de seu amante. — Você virá pela minha mão. — anunciou Rowan.

— Mas...

Rowan arqueou os quadris e pareceu empurrar seu pênis um centímetro mais profundo. A parte mais grossa de seu eixo queimou a borda do traseiro de Craigh, mas desta vez a sensação fluía através de seu corpo como prazer. Ele percebeu que o grito de fome lhe pertencia.

— Minha mão. — Ele ficou profundo no traseiro de Craigh, segurando o olhar de seu amante. — Eu não vou deixar você pendente.

As palavras ecoaram fortes e poderosas na mente de Craigh e seu lobo uivou sua necessidade - a necessidade de ser dominado e protegido pela besta mais forte.

Rowan recuou e Craigh inclinou seus quadris para baixo, tentando manter o pau duro e grosso dentro dele.

— Isso é tudo. — A voz de Rowan zumbiu com aprovação. — Mostre-me o quanto você quer meu pau neste pequeno buraco apertado.

Craigh fechou os olhos e gemeu, deixando as palavras sedutoras fluírem através de seu núcleo. Cada sílaba parecia uma carícia. As palavras agiam como um contraponto perfeito para o duro, sólido poderoso pau de Rowan, cada batida batendo na glândula de Craigh e enviando arrepios poderosos acima de sua espinha, profundamente em suas bolas.

Ele achava que ele gritou, talvez implorou. Ele se perdeu no sensual bater. Rowan era implacável, mas de alguma forma ainda controlava. Cada penetração enviou uma nova cintilação através de seu pau, mas não foi suficiente. Ele precisava...

Rowan alcançou entre eles e envolveu seus dedos em torno do eixo de Craigh, acariciando duro e rápido, combinando com os pesadas empurrões em seu buraco. A sensação adicionada o jogou sobre a borda.

Craigh inclinou a cabeça para trás e uivou, seu gozo derramando em seu peito.

O grito do lobo ricocheteou nas paredes e voltou para ele, vibrando através de seu corpo. O eco pareceu inchar, enchendo a sala, até que ele percebeu que o novo uivo pertencia a Rowan. O lobo grande empurrou para a frente, dirigindo duro no buraco de Craigh mais uma vez antes da tensão rasgar através de seus músculos, cada tendão esticou e puxou, tenso. Porra, ele parecia incrível.

Antes ele estava belíssimo, mas agora... tudo o que existia era poder. A energia sexual crua o rodeava e irradiava de dentro desse corpo lindo. Apesar do fato de que ele tinha acabado de gozar, assistindo Rowan chegar ao orgasmo foi o suficiente para fazer Craigh sentir um puxão no seu pênis, o órgão ansioso tentando voltar a diversão.

Rowan pegou-se nas mãos dele, segurando seu corpo, seu pênis suavizando ainda enterrado na bunda de Craigh.

Rowan olhou para baixo. Uma sugestão de sorriso curvou seus lábios, mas foi a intensa satisfação que brilhou em seus olhos azuis que provocou um choque inesperado de satisfação através do núcleo de Craigh. Não era físico. A pura alegria de ter sido a fonte de tanto prazer fez vibrar suas entranhas.

Rowan sacudiu a cabeça.

— Droga, baby.

O tipo de som atordoado e espantado da boca de Rowan atraiu o sorriso de Craigh mesmo quando Rowan caiu sobre ele. O peso era delicioso, o calor se infiltrando em seus ossos. Incapaz de resistir, ele deslizou a mão pela bunda de Rowan e apertou a dura e redonda bochecha.

Rowan levantou a cabeça, seus olhos um pouco atordoados e sonolentos.

— Você queria alguma coisa? — ele disse.

Craigh não conseguia parar de sorrir.

— Não, apenas tocando.

— Sinta-se livre. — Rowan se moveu, movendo-se o suficiente para que seu peso descansasse sobre Craigh e o outro homem pudesse respirar.

Craigh fechou os olhos, pegou a permissão concedida e correu as mãos ao longo das costas de Rowan, seu traseiro, as costas de suas coxas, tudo o que podia alcançar sem perturbar seu amante. Ele gostava desta coisa depois do sexo, a chance de tocar sem intenção, de persistir o máximo que pudesse antes de chutar o outro homem para o meio-fio.

Só que esta noite, seria ele. Em poucos minutos, Rowan despertaria de seu resplendor e diria a Craigh que ele tinha uma manhã cedo e ele deveria estar chegando em casa para dormir um pouco.

Craigh ficou tenso quando se lembrou que tinha uma coisa manhã cedo. O desafio Alfa estava há horas de distância. Ele deveria ter ido para casa quando seus amigos saíram do bar e dormiram. Em vez de vir aqui para ser fodido. Estaria exausto de manhã, mas não podia se arrepender.

Ele ainda estava voando em seu próprio nível sexual, mesmo sabendo que sua bunda iria doer quando ele se levantasse.

— O que há de errado? — Rowan murmurou, sem levantar a cabeça do travesseiro.

— O quê? Nada.

A mentira claramente não era crível porque Rowan levantou e olhou para ele.

— Você passou de acariciar minha bunda para apertá-la como se estivesse tentando estourar um balão. Não que eu me importe com um toque firme, mas suas unhas estão começando a morder.

Craigh arrebatou sua mão.

— Desculpa.

Rowan suspirou e rolou fora dele, colocando centímetros de espaço entre eles. Ele olhou para Craigh.

— O que está passando pela sua cabeça? Decidiu que não gosta de ser fodido? — seu tom gotejou com um profundo sarcasmo como se ele não acreditaria em Craigh se ele dissesse "sim".

Craigh sacudiu a cabeça.

— Comecei a pensar sobre o desafio.

Rowan assentiu, mas não disse nada. Isso por si só enviava os cabelos na parte de trás do pescoço de Craigh em pé. Rowan tinha deixado sua opinião bem clara sobre o assunto.

— Por que você não tentou me convencer?

— Você quer que eu o convença?

— Não, você não pode, mas...

Rowan encolheu os ombros.

— É por isso. Você está determinado a seguir em frente com isso e não importa o que eu diga, você vai fazer isso, certo?

Craigh ergueu o queixo, precisando do pouco de força que seu desafio lhe dava.

— Sim.

Era verdade. Nada que Rowan dissesse que o impediria de enfrentar o Alfa. Nada.

— Vamos lá. — Rowan estava de pé e fora da cama antes que a segunda palavra saísse da boca. Ele inclinou a cabeça em direção ao chuveiro. — Vamos nos limpar e se você for bom, eu vou deixar você me chupar até eu gozar.

Ele disse isso com arrogância suficiente para Craigh não conseguir parar sua mandíbula de cair aberta, mesmo que ele olhasse para o homem sexy de pé perto da porta do banheiro. Os olhos de Rowan brilhavam de desafio.

— Oh, eu posso? — Perguntou Craigh, sarcasmo fluindo através de suas palavras, mesmo quando ele rolou fora do colchão e seguiu atrás de Rowan na suíte. Ele não podia deixar de admirar a bunda apertada na frente dele. Talvez se ele fosse bom, Rowan deixaria Craigh fodê-lo algum dia. Não essa noite. Mesmo com um tempo de recuperação incrível, não havia nenhuma maneira que Craigh seria capaz de obter um tesão novamente esta noite.

Ainda assim, passar os próximos minutos ficando molhado e ensaboado com Rowan não seria um mau caminho para terminar a noite. E chupá-lo? Apenas a cereja no bolo.

 

 


Capítulo Quatro

 


O zumbido frenético tocou o crânio de Craigh como um pica-pau na metanfetamina. Ele piscou os olhos abertos, mas demorou um momento para seu cérebro se recuperar. Acordar. Estou acordado, meu telefone está vibrando e... Eu tenho um homem sexy e quente enrolado ao meu redor.

Torcendo o mais minimamente possível, olhou por cima do ombro.

Rowan estava deitado contra ele, o braço pendurado em volta da sua cintura, o pênis macio encostado nas coxas de Craigh. Os olhos do homem estavam fechados e ele roncava suavemente.

O som atraiu um sorriso para os lábios de Craigh, mesmo quando o zumbido parou. Bom.

Craigh afundou de volta no colchão, totalmente preparado para voltar a dormir quando o zumbido irritante começou novamente.

Porra.

O barulho saía das suas calças no canto da sala. Seu cérebro acordou. Seu telefone. Provavelmente Phillip... e o cara não pararia até chegar a Craigh.

Com outro olhar atrás dele, Craigh rolou - deslizado - torcendo sob o braço de Rowan - murmurando sons suaves quando o grande lobisomem fez ruídos despertando - e escorregou para o chão.

A vibração renovada terminou quando Craigh atravessou a sala. Ele agarrou seu jeans e correu para o banheiro, cavando no bolso da frente e arrastando o telefone. Ele olhou para a tela. Seis chamadas perdidas. Todas de Phillip.

Antes que ele pudesse ouvir até mesmo uma das cinco mensagens restantes, o telefone tocou novamente. Craigh bateu na tela.

— O quê? — Ele retrucou, lutando para manter sua voz em um sussurro.

— Onde diabos você está?

— Por quê? O que está acontecendo?

— Estou na sua casa. Precisamos nos dirigir a casa da matilha em alguns minutos, mas onde diabos você está?

Craigh sabia que não podia dizer a Phillip onde tinha passado a noite - e Deus, não com quem.

— Que horas são?

— São pouco depois das seis. O nascer do sol é às sete. Precisamos nos encontrar e conversar sobre nossa estratégia.

— Uma hora? Você não podia me deixar dormir um pouco mais? — ele olhou para a porta. Talvez ele tivesse tempo para...

Phillip deu uma risadinha.

— Desculpe se você ficou acordado a noite toda, porra de um bichinho bem tenso, mas agora temos que ficar ocupados. Há um trabalho real a ser feito.

— Eu... — as palavras trancaram em sua garganta. Tantas coisas que ele precisava dizer a Phillip que ele não poderia dizer a Phillip - como ele descobriu que ele adorava ser fodido e ele realmente não queria ser Alfa.

— Você precisa chegar aqui. — A voz de Phillip ficou séria e firme. — Eu vi Deirdre ontem à noite depois que você saiu. Ela está aterrorizada com a ideia de ter que deixar que aquele bastardo a toque. — As palavras de Phillip apunhalaram o coração de Craigh. Sua irmã, aterrorizada, e onde ele estava? Fora sendo fodido. — Onde você está? — Phillip perguntou novamente.

Uma renovada resolução explodiu no peito de Craigh.

— Estou a caminho.

Ele desligou a ligação antes que Phillip pudesse questioná-lo novamente sobre onde ele estava.

Craigh pegou o jeans e empurrou os pés para dentro das pernas. Suas roupas íntimas tinham sido tiradas dele e ele não tinha ideia de onde elas tinham pousado. Ele teria que ir sem.

Respirando fundo, como se algo assustador estivesse escondido do outro lado, Craigh abriu a porta do banheiro. Rowan permaneceu na cama, profundamente adormecido por todas as aparências. Ele rolou, requisitando o lugar que Craigh tinha ocupado a noite toda, seu rosto enterrado no travesseiro.

Craigh permaneceu ali por um longo momento, observando seu amante. Rowan era lindo. Forte e poderoso. Mesmo em sono, seus músculos permaneceram tensos em sua pele, como se ele estivesse sempre preparado para entrar em ação.

Apenas não agora, Craigh orou em silêncio. Ele se arrastou pelo quarto até a porta, agradecido de que a nova casa não tivesse assoalhos chatos para anunciar sua passagem. Ele prendeu a respiração e lentamente accionou na maçaneta da porta. Mais uma vez, o destino parecia estar com ele. A porta se abriu com um "silêncio" quase silencioso e ele entrou no corredor.

Ele não se incomodou em fechar a porta completamente. Ele não queria arriscar Rowan acordar. Um pico de culpa chacoalhou em seu peito ao deixar o outro homem adormecido enquanto ele fugia da casa como um ladrão. Ele tentou dizer a si mesmo que era apenas educado. Rowan trabalhava duro no bar, ele deveria dormir quando pudesse.

Craigh sabia a verdade. Ele não podia deixar Rowan detê-lo e se o homem acordasse, não levaria muito para convencer Craigh que ele tinha coisas melhores para fazer. Como rastejar de volta para a cama e implorar a Rowan para fodê-lo - assim como Rowan previu. Rowan tinha facilmente seduzido Craigh ontem à noite. Agora, Craigh estava exausto e seu lobo zumbia com uma estranha energia que exigia que ele se aconchegasse com o lobo grande e fizesse o animal dominante feliz.

Craigh sacudiu a cabeça. Não poderia acontecer. Deirdre. Ele estava fazendo isso para Deirdre. Ele resolveria o resto depois.

Ele tropeçou ligeiramente abaixo nas escadas, nervos fazendo-o se mover mais rápido e com menos cuidado.

— Fazendo uma corrida da vergonha, huh? — a voz masculina congelou Craigh em suas trilhas quando ele alcançou a porta da frente.

Ele se virou e olhou para o homem enorme que enchia a entrada. Craigh o reconheceu no bar. Ele era um dos lobos que apareciam com Rowan. Kiaphas? Todos o chamavam de Kia, pensou.

— Rowan deve estar perdendo o jeito. Geralmente seus amigos de foda ficariam por aí, implorando por outra rodada.

As bochechas de Craigh aqueceram. Inferno, ele só estava pensando que poderia ser uma boa ideia. — Uhm, eu tenho algumas coisas para fazer.

Kia apertou os lábios e assentiu, mas não desviou o olhar.

— Você pode, uh, dizer a Rowan, uh, obrigado?

Kia não reagiu, mas não tentou detê-lo. Por que ele não fez? Não era como se um sinal de néon cintilasse na testa de Craigh que anunciava "correr assustado". Além disso, Rowan admitira que ele havia desistido da ideia de mudar a mente de Craigh.

Certo. Esta é a coisa certa a fazer, Craigh disse a si mesmo quando ele abriu a porta da frente e correu para seu carro. O ar fresco da manhã escovou seu peito nu e provocou seus mamilos. Depois da maneira como Rowan tinha brincado com eles ontem à noite, ele esperava que eles não parecessem muito machucados pelo tempo que ele tinha que ficar na frente da matilha. Como isso seria embaraçoso?

Incapaz de resistir ao impulso - ou lutar contra a memória - ele estendeu a mão e passou a ponta dos dedos sobre os picos sensíveis. Um arrepio brilhante correu em suas bolas e ele esmagou o gemido que se seguiu.

Assumindo que ele sobrevivesse hoje, talvez houvesse alguma chance de se conectar com Rowan, mesmo se eles fizeram isso no meio da noite. Ele se mexeu no assento. As esperadas pontadas em sua bunda lembraram-lhe da noite anterior. Como ele sempre imaginou, ele adorava ser fodido. E o banho depois - seu pênis se contorceu na memória.

Tinham lavado um ao outro e fiel à sua palavra, Rowan tinha "deixado" Craigh chupá-lo. Precisando apenas de um pouco de alívio, Craigh abaixou e espalmou seu pau endurecendo rapidamente. Porra, isso tinha sido sexy - seus lábios se esticavam em torno do eixo espesso de Rowan.

Claro, Craigh caía de joelhos para caras ocasionalmente, geralmente quando eles não gozavam depois que ele tinha fodido eles, mas isso tinha sido diferente. Na noite passada, ele não estava no comando. Tinha sido a palma de Rowan em seu ombro empurrando-o de joelhos, uma mão forte e dominante na parte de trás da cabeça, segurando-o no lugar, como se ele quisesse escapar.

Ele lambeu os lábios imaginando que ainda podia provar a essência de Rowan.

Depois de Rowan ter gozado, ele ordenou a Craigh para acariciar seu próprio pênis, recém-erguido de chupar o pau de Rowan. Aquele último orgasmo parecia fazê-los entrar e eles tropeçaram de volta para a cama.

A consciência fazia cócegas na parte de trás do cérebro de Craigh, advertindo-o de que deveria se levantar e sair, mas ele não conseguiu resistir ao calor do corpo de Rowan e ambos adormeceram.

Seu telefone vibrou novamente e ele olhou para ele, respondendo dessa vez. — Estou a caminho.

— Um encontro de multidões. Onde você está? — perguntou Phillip.

— Vou encontrá-lo na casa da matilha. — Craigh desligou e jogou o telefone no banco do passageiro. Ele não estava vestido para um desafio Alfa, mas ele estaria quase descascando assim que ele chegasse lá.

Atirou em sua caminhonete e acelerou no caminho de cascalho. Olhou para a casa, mas sabia que tinha de afastar a noite. Craigh precisava esquecer o Lobo Solitário e se concentrar em matar seu Alfa.

 

Rowan ficou acordado ao ouvir o som de um motor acelerar. Sua mão bateu no colchão sabendo que ele iria encontrá-lo vazio. Porra. Um olhar para o relógio lhe disse o quão tarde ele estava.

Ele jogou fora a coberta e rastejou para fora da cama, arrastando o jeans para cima e puxando em sua camisa quando ele desceu as escadas.

Kia estava na sala, mastigando uma tigela de cereal. — Foi Craigh que acabou de sair?

— Louro bonito?

— Exato.

— Sim.

Rowan rosnou. — Por que você o deixou ir embora?

— Porque não era minha noite para vê-lo. — Ele tomou uma mordida leitosa do doce cereal doentio que ele comia todas as manhãs.

Rowan pegou seu telefone do balcão e começou a discar.

— Qual é o problema? — perguntou Kia. — Normalmente você não pode esperar para se livrar deles.

— Ele está fora para lutar contra o Alfa.

Kia bufou. — Essa coisa doce? Ele grita Ômega.

— Eu sei disso e você sabe disso, mas por alguma razão ninguém mais parece saber que... — a linha telefônica abriu mesmo que ninguém falasse. — Está acontecendo. — anunciou Rowan.

— Por que você não o impediu? — a voz na outra extremidade rosnou.

— Seu grande plano para foder Craigh até a exaustão para ter certeza de que ele perdeu o desafio grita "falha épica." — Isso tinha desmaiado Rowan, mas em sua defesa, aqueles foram orgasmos incríveis.

— Você me deve. — Ele lembrou o outro homem e ficou satisfeito quando um suspiro pesado ecoou através da linha. — Encontre-me em sua casa de matilha. — Rowan disse.

— Cadê?

— Eu não sei. Pesquise ele. — Rowan desligou e começou a ir para a porta. Ele empurrou quando ele olhou para trás e viu Kia em seus calcanhares, tigela de cereal e colher ainda na mão.

— Onde você vai?

— Eu vou contigo.

— Por quê? — Enquanto Kia era um bom amigo, ele tendia a piorar os problemas.

— Eu sei onde está a casa da matilha. — Ele sorriu antes de tomar outra mordida grande.

— Tudo bem, mas você não está trazendo essa merda no meu caminhão.

— Mas estou com fome.

— Você derrama. — Ele caminhou em direção a sua caminhonete. Ele teria levado sua moto, mas dependendo de como isso acontecesse, ele poderia estar carregando um corpo ferido - ou o de Craigh ou o próprio - e isso não funcionava bem em uma motocicleta.

Kia tomou mais uma mordida e jogou a tigela no chão, enxugando a boca com a mão enquanto ele subia para o banco do passageiro.

Kia jurou que tinha sido expulso da sua matilha por causa de uma morte ilegal. Rowan estava convencido de que sua matilha de nascença tinha-o arrancado por ser um pateta.

Rowan saiu da garagem de cascalho pisou fundo quando seus pneus bateram no chão.

— Você tem um plano ou você está entrando com garras brilhando? — Kia disse.

A pergunta sarcástica agarrou Rowan pela garganta. Porra, ele não poderia ir despreparado deste jeito, não se ele queria salvar e manter Craigh.

Ele girou a roda, os pneus do caminhão guinchando quando ele deu meia-volta no meio da estrada. Kia gritou quando ele caiu contra a porta.

— O que diabos? — Ele empurrou-se para cima. — Uh, a casa da matilha é pra lá. — Kai levantou o polegar atrás deles.

Rowan assentiu, mas continuou dirigindo. Depois de algumas milhas, ele virou em uma estrada de cascalho.

— Onde diabos você vai? — o tom de Kai era mais acusação do que pergunta. Ele sentou enquanto o caminhão saltava em uma rotina. — A única coisa que vive aqui é Madge. Por que você vai ver esse idiota louco?

— Eu preciso de uma coisa.

Kia bufou seu desgosto e caiu de volta em seu assento.

— Eu odeio aquele maldito bastardo.

Rowan deu um riso.

Lobos Solitários eram ótimos em viver e deixarem viver. Contanto que você não os ameaçasse, eles deixam você seguir seu caminho. Você tinha que ser um tipo especial de idiota se um Lobo Solitário pensasse que era um bastardo.

 

Sean, lobo Beta da matilha, entrou no meio do círculo, balançando a cabeça primeiro para o Alpha para obter sua permissão para prosseguir, em seguida, voltando-se para a multidão reunida ao redor da sala. A atmosfera formal aumentou o estresse de Craigh. Ele forçou o ar para dentro de seus pulmões, mas só conseguiu meio respirar. Porra, ele desmaiaria se não respirasse.

— Estamos aqui hoje para testemunhar um Desafio Alfa. — A voz do Beta ecoou através da câmara.

A mão de Phillip pousou no ombro de Craigh, seus dedos mordendo a pele.

— É isso, cara. É isso aí. — Ele disse, parecendo alegre pra caralho com a perspectiva.

Craigh sacudiu o braço, mas resistiu ao impulso de agarrar seu amigo. Phillip não ficaria tão excitado se estivesse prestes a enfrentar o Alfa. Frank sentou-se numa cadeira enorme do outro lado do círculo. Ele sorriu para Craigh quando chegou, mas além disso não tinha reconhecido a existência do outro homem.

— Craigh Bardot desafiou a Alpha, Frank MacCarren, pelo direito de liderar a matilha de McNeil River. — Sean dirigiu seu olhar para Craigh, com o rosto impassível, mas pena obscureceu seus olhos.

Ele sabe que eu não posso ganhar. Porra. O que eu estava pensando? O aperto na base do seu peito aumentou, tornando quase impossível para ele recuperar o fôlego. Rowan está certo. Sou fraco demais para vencê-lo.

Mas não havia retrocesso, não sem submissão completa e compensação. Um estremecimento escorregou por sua espinha. Ele não queria pensar no que Alpha Frank poderia exigir como pagamento.

Uma brilhante amostra de cor à sua esquerda capturou sua atenção e ele se lembrou... Deirdre. Ele olhou para sua irmãzinha, vestida com o brilhante vermelho e azul de sua matilha. Seu futuro companheiro estava ao seu lado, seu olhar atirando punhais no Alfa. O lobo dominante não notou.

Estou fazendo isso por ela.

Mesmo que não ganhasse, sua irmã ficaria a salvo das atenções de Alpha Frank. Ou Frank baniria sua família pela arrogância de Craigh - o que permitiria que Deidre se juntasse à casa de seu companheiro - ou Deidre poderia pedir licença para sair. O Alto Conselho nunca recusaria, não depois que o Alfa matasse seu irmão.

— Alpha, você está preparado para aceitar esse desafio?

— Suponho que sim. — disse Frank, acrescentando um suspiro pesado ao final de suas palavras, como se a coisa toda fosse terrivelmente inconveniente.

O Alfa levantou-se de sua cadeira como um rei que se levantava de um trono. Ele desembrulhou o cinto segurando sua túnica e deixou o material macio deslizar para o chão, deixando-o nu. Para um homem de cinquenta e poucos anos, ainda estava em plena forma - sem músculos gordos e fortes. Ele abriu as pernas como se quisesse chamar a atenção para sua virilha. Seu longo pênis pendia coxo entre as coxas.

A imagem quase espelhava Rowan de pé na entrada do banheiro, ousando Craigh para ir ao chuveiro e chupá-lo.

Exceto que Craigh quase vomitou com a ideia de pegar o pinto de Frank em sua boca. Enquanto Rowan e Frank eram fortes, os músculos de Rowan carregavam a definição de um homem que trabalhava e usava seu corpo. A imagem mental de seu amante bateu nele como um tijolo. Craigh resistiu ao desejo de lamber seus lábios, imaginando as horas que poderia passar passando os dedos e a língua sobre a pele de Rowan, memorizando as ondulações e ondulações de seus músculos.

E o pau de Rowan, longo, grosso e delicioso. Ele podia desfrutar horas adorando isso também. Se ele conseguisse sair dessa vida, encontraria uma maneira de estar com Rowan. Seu lobo uivou sua aprovação, mesmo quando o ser humano se perguntou se Rowan o desejaria de novo. Talvez tivesse sido uma coisa de uma noite.

— O desafiante está pronto?

A voz sacudiu-o de seus pensamentos. Craigh engoliu em seco para limpar o nó de sua garganta, esperando que sua voz não gritasse quando falasse.

— Você pode fazer isso. — sussurrou Phillip. — Ele é um velho. Você é jovem e forte. Você pode levá-lo.

Craigh acenou com a cabeça, tentando absorver a confiança de Phillip, mas o tom alegre na voz de seu amigo riscava seus nervos.

Todos os olhos se voltaram para Craigh, esperando que ele se aproximasse.

Durante uma luta de desafio, os combatentes não se transformavam em seus lobos. Em vez disso, mudavam para a forma de homem-lobo mais letal, de última hora da noite. Craigh não se mudou para o dele muitas vezes e esperava que ele pudesse mudar sem se envergonhar.

Ele estendeu a mão para o botão superior de sua calça jeans. Tudo que ele tinha a fazer era soltá-lo e fazer isso. O botão escorregou pelo buraco quando outra voz quebrou o silêncio.

— Não.

Craigh não precisava olhar para cima para reconhecer o orador, mas ele não conseguia impedir que seus olhos se balançassem em direção a seu amante. Rowan ficou à beira do ringue como se esperasse que Craigh o reconhecesse. Outro homem espreitou atrás dele. Craigh não conhecia o recém-chegado, mas a energia o rodeava. O lobo de Craigh gemeu dentro de seu cérebro, o ruído estranho ondulando em sua pele. Ele não podia dizer se era porque Rowan tinha chegado ou medo do lobo estranho.

Então o ponto foi irrelevante enquanto Rowan se aproximava do meio da sala. O estranho permaneceu perto da borda do círculo. O poder irradiava do macho mesmo quando ele estava separado da multidão.

— Qual é o significado disso? — perguntou o Beta. — Estamos em meio a um desafio.

— Sim. — disse Rowan. — E como o segundo de Craigh, estarei entrando para cumprir o Desafio Alfa.

— O quê?!! — Alfa Frank gritou do canto. Ele se abaixou, agarrou seu manto e puxou-o para frente. — Ele não pode fazer isso.

Craigh congelou por um momento, então correu para o meio do anel, parando a polegadas de Rowan. Embora ele devesse estar acompanhando a discussão, seus olhos se fixaram em seu amante e não o deixou ir.

Rowan. Aqui. Cumprindo o desafio. A mente de Craigh correu para processar a cena. Espere. O quê?

Rowan estava tomando o lugar dele?

— Como segundo de Craigh, eu estou autorizado a assumir o desafio, se ele não é capaz de lutar.

— Ele está perfeitamente bem. — protestou Frank. — Ele está aqui mesmo.

— Ele não está se sentindo bem.

— O quê? — Craigh gritou.

— Se você nos dar alguns minutos... — Rowan não lhes deu uma chance de recusar a sugestão. Agarrou Craigh debaixo do cotovelo e arrastou-o para a porta. — Meu amigo, o conselheiro Kalidel, concordou gentilmente em servir como testemunha do Alto Conselho. — olhou por cima do ombro. — Talvez você consiga um pouco de chá enquanto ele espera.

Ter alguém do Alto Conselho visitando a matilha era um grande negócio. Normalmente eles se preparavam por semanas, arrumando e pintando as casas, fazendo ou comprando novas roupas, querendo apresentar sua melhor imagem. E agora um Conselheiro estava em seu salão.

Beatrice, a esposa do Alfa e uma mulher tímida e intimidada no melhor dos dias, reagiu primeiro.

— É claro.

Enquanto Craigh chegava à porta, ouviu Beatrice oferecer chá e biscoitos enquanto preparavam uma refeição mais apropriada. Ele não podia ouvir a resposta do homem, mas o som profundo de sua voz soou gentil.

— Oh meu Deus, você trouxe um conselheiro aqui? — Craigh ofegou assim que a porta se fechou atrás deles.

— Ele é amigo da escola e eu não confio no seu Alfa. Você precisa de uma testemunha para este desafio.

— Sim, mas o Alto Conselho. Ele... — Craigh só podia imaginar o pânico acontecendo no Hall. Inferno, se ele perdesse o desafio, ele ia ser banido, não importa o quê, por trazer tanto estresse sobre a matilha. Craigh pressionou a ponta dos dedos na testa dele, tentando afastar a dor de cabeça atrás de seus olhos. — O que você está fazendo aqui?

— Eu estou assumindo o desafio para você. Você vai ficar doente e incapaz de lutar.

O lobo, tão feliz de ver o macho que ele considerava seu companheiro, levantou-se na ofensa implícita.

— Eu sei que você acha que eu sou fraco, mas eu...

Rowan arregalou os olhos e sacudiu a cabeça. — Baby, eu não acho que você é fraco.

Craigh ignorou o pequeno flip em seu peito que ocorria toda vez que Rowan o chamava de "baby" e abriu a boca para rejeitar as palavras de seu amante. Rowan sacudiu a cabeça novamente, silenciando Craigh.

— Baby, você é forte. Eu sei disso. Você é forte, corajoso e honrado, e isso por isso que você vai perder.

Craigh olhou fixamente para seu amante, com certeza sua confusão se mostrou em seu rosto.

— Você disse que o seu Alfa é um idiota. Ele vai lutar sujo. Você sabe como enganar em uma luta como esta?

Craigh piscou.

— Enganação? Isso não estaria certo. — Craigh balbuciou.

Os cantos dos olhos de Rowan enrugaram-se em um sorriso como se ele pensasse que o sentimento de Craigh era doce.

— Eu aposto em você até em dinheiro, que seu Alpha teve as garras mergulhadas em prata.

Craigh ofegou. A prata queimava como o pó quente e se ele entrasse na corrente sanguínea de um lobo, isso o enfraquecia por dias.

— M-mas isso não é justo.

Os lábios de Rowan se espalharam em um sorriso largo e ele riu.

— E é por isso que você não ganharia. Não tem nada a ver com força, baby. — Ele levantou a mão esquerda. A musculatura mudou e longas garras pretas cutucaram as pontas dos dedos de Rowan. Duas delas brilhavam com prata brilhante. — É a capacidade de ser um bastardo quando é necessário.

— Mas... — Craigh apertou os lábios. Ele não aprovou e o justo olhar em seu rosto fez Rowan querer abraçá-lo perto. Tão honrado, pensou Rowan. Craigh faria o alfa perfeito, se ele tivesse até mesmo uma sugestão de babaca nele. Graças a Deus, Madge estava em casa. O homem sempre tinha prata líquida à mão. Ele fazia balas de prata para malucos com medo de lobisomens.

Madge achava a ironia histérica. O resto da comunidade lobisomem, não tanto.

— Eu só vou usá-las se ele tiver algum truque na manga. — Rowan prometeu a seu mais novo amante.

— Mas eu tenho que lutar com ele. Mesmo se você fosse meu segundo...

— O que eu sou.

— Você só assumiria o desafio se eu estiver incapaz de lutar. Eu posso lutar. — Ele engoliu em seco e parecia muito com um garotinho tentando ser corajoso que quebrou o coração de Rowan. — E eu vou estar à procura de luta suja. Obrigado pelo aviso.

Rowan suspirou. Havia honra e, em seguida, havia uma estúpida honra.

— Você realmente quer ser Alfa? — Rowan perguntou.

— Minha irmã...

— Não. Isso não é o que eu perguntei. — Rowan deu um passo à frente, colocando-se bem na frente de Craigh, exigindo que o outro homem encontrasse seu olhar. — Me responda honestamente. Não o que você acha que deveria dizer, não o que os outros disseram. Você quer ser o Alfa desta matilha?

O silêncio se instalou no espaço entre eles. Rowan obrigou-se a esperar, para ouvir a resposta de Craigh. Finalmente, o outro homem balançou a cabeça.

— O pensamento de tomar decisões por outras pessoas faz meu estômago revirar...

— Então...

Craigh não o deixou falar.

— Mas ele precisa ser parado e eu sou o único que o desafiou. Tenho de enfrentá-lo.

Ele aproximou Craigh, apertando-o em um breve abraço antes de voltar.

— Eu não posso deixar você lutar com ele, baby.

— Eu tenho que lutar.

— Perdoe-me. — Rowan retirou seu braço direito e socou Craigh na mandíbula. A cabeça do homem disparou para a direita e ele tropeçou para trás, tropeçando no degrau da frente e indo para baixo com força. A parte traseira de sua cabeça bateu no concreto com um barulho pesado.

— Porra, baby, você está bem?

Craigh piscou e olhou para cima.

— Você me bateu. — o tom acusador, atordoado a sua voz quase fez Rowan sorrir.

— Sim, eu queria incapacitá-lo. Não lhe dar uma concussão. — Ele envolveu sua mão em torno do ombro de Craigh e facilitou-o para uma posição sentada. — Você está bem?

Craigh sacudiu a cabeça e estremeceu.

— Não. — Ele tocou a parte de trás de seu couro cabeludo e ofegou.

— Eu sinto muito, baby. Eu não queria que você ficasse gravemente ferido.

— Então você não deveria ter me dado um soco. — Craigh estalou. Ele cravou o punho nas costelas de Rowan.

— Ow. — Não havia muita força por trás do golpe de Craigh, mas ainda doía.

— Não se sente tão bem, não é?

— Não, e eu sinto muito. — Ele puxou o braço de Craigh, puxando-o para ficar de pé. — Venha. Precisamos entrar enquanto você ainda está aturdido e tonto.

— Estou aturdido e tonto, seu bastardo.

Rowan sorriu. Ele gostava daquele irritado e bravo Craigh. Ele podia ver muitos dias futuros empurrando Craigh até que ele ficasse irritado. Muito divertido.

Rowan abriu a porta e levou o vertiginoso Craigh de volta ao salão principal.

Uma mulher tímida, ligeiramente deselegante - que Rowan supôs que era a companheira do Alfa - pairava em torno do conselheiro Kalidel. Kal sorveu de uma xícara de chá e sorriu suavemente enquanto a mulher sussurrava respostas para suas perguntas. Ele respondeu, suas palavras igualmente silenciosas. Seus lábios se espalharam em um sorriso largo e, porra, se ela não corou.

A sala inteira observou Kal e a companheira do Alfa, pelo menos até que Rowan entrou, praticamente arrastando Craigh ao lado dele.

— Craigh ficou doente e não consegue cumprir o desafio. — anunciou Rowan. — Como seu segundo, eu tomarei conta dele.

Craigh olhou para Rowan, mas não o contradisse. Rowan levou Craigh para o lado, guiando-o em uma cadeira.

— Você vai ficar bem? — Rowan se agachou na frente dele. Craigh acenou com a cabeça uma vez, mas não falou. Ele ainda estava chateado. Rowan bateu nele!

Rowan encontrou seu olhar, olhando-o nos olhos, implorando silenciosamente o perdão. Craigh manteve a boca fechada. Ele provavelmente perdoaria o cara. Inferno, ele podia quase entender por que Rowan tinha feito isso. Doía que Rowan pensasse que Craigh não poderia vencer Frank. No silêncio de sua mente, Craigh admitiria que não podia derrotar o Alfa, mas ainda pungia ter alguém reconhecendo a mesma coisa.

— Vá em frente. — Craigh levantou seu queixo para o anel onde o Alfa e o Beta sussurravam furiosamente. Parecia que Frank estava exigindo que Sean descobrisse uma maneira de invalidar o desafio, mas Sean encolheu os ombros e manteve suas mãos abertas, olhando por cima do ombro para onde o Alto-Conselho estava.

Frank rosnou, o som ondulando pelo quarto.

— Vá. — Craigh disse novamente quando Rowan não tinha se movido.

O olhar de Rowan permaneceu preso no Craigh por um longo momento, então ele se inclinou e beijou Craigh. A breve e dura carícia deixou os lábios de Craigh formigando.

Ele resistiu ao desejo de levantar os dedos para a boca como uma heroína em um romance ruim. Rowan levantou-se e, com um último olhar para Craigh, virou-se e caminhou para o meio do círculo.

— Há! — Alfa Frank cruzou os braços e zombou. — Então é isso. Você é uma bicha e não quer que seu namorado se machuque. Não é doce?

Como Rowan se afastou dele, Craigh não podia ver sua reação, mas seu amante não falou. Baseado na maneira como os olhos de Frank apertaram para baixo nas bordas, ele não gostou do olhar no rosto de Rowan

— O que diabos está acontecendo, cara? — Phillip sibilou na orelha de Craigh. — Por que ele está te beijou? E por que ele está assumindo o nosso desafio?

— Nosso desafio?

— Você sabe o que quero dizer. — Phillip rejeitou a pergunta de Craigh com uma careta. — Agora, por que ele está no ringue?

— Ele não acha que eu posso vencer o Frank.

— Bastardo. — Phillip agarrou o ombro de Craigh e apertou-o apertado. Ele fez isso muito e estava começando a irritar Craigh. — Mas não se preocupe, isso ainda pode funcionar.

— O que pode funcionar?

Phillip o distraía de Rowan. Inferno, o homem estava tomando seu lugar, Craigh achou que deveria prestar atenção.

— Se ele derrubar Frank, ele tem que aceitar qualquer e todos os desafios para as próximas vinte e quatro horas. — Phillip esfregou as mãos juntas, aquecendo o assunto. — Nós deixamos um par dos caras grandes desgastá-lo, então você desafia-o. Ele vai estar cansado das lutas e desde que ele parece gostar de você, ele provavelmente não vai te machucar. Você não terá nenhum problema em derrubá-lo.

Craigh assentiu distraidamente, então as palavras de seu amigo penetraram sua consciência.

— Espere, o quê?

— Você ainda pode ser Alfa.

— Eu não quero ser Alfa.

— Claro que você quer. — Com esse pronunciamento, Phillip deslizou na cadeira ao lado de Craigh e inclinou-se para a frente, antecipando a luta a ponto de começar.

— Pare! — Craigh levantou-se. Seu cérebro girou dentro de seu crânio, mas ele conseguiu caminhar para a frente. Rowan se virou e correu para o lado dele, agarrando o braço dele e segurando-o como se soubesse como os joelhos tremendo de Craigh se tornaram em dois curtos passos.

— Sente-se, baby. Deixe-me fazer isso.

— Você quer ser alfa?

Era disso que se tratava? Rowan queria comandar a matilha? Isso parecia de alguma forma melhor... e pior.

Se Rowan quisesse ser Alfa, então Craigh não precisava se sentir culpado por deixar o homem lutar... mas também significava que Rowan o estava usando para conseguir o que queria. Embora parte de Craigh tivesse se rebelado com o pensamento que Rowan não acreditava que pudesse bater em Frank, outra porção mais vocal de sua alma se alegrou que o outro homem quis protegê-lo. Rowan querendo ser Alfa negaria isso.

Rowan encontrou o olhar de Craigh, seus olhos sérios e claros.

— Eu fui criado para ser o Alfa da minha casa até que meu pai decidiu que ele não queria um filho gay. — Rowan revirou os olhos. — Mas, eu realmente gostei dos meus últimos anos como um Lobo Solitário. Sem regras, sem restrições.

— Você vai ser Alfa. — Craigh não tinha dúvida sobre isso. Rowan era mais forte e mais jovem e, baseado na vibração perigosa que ele emitia, mais vicioso do que Frank. Rowan ganharia essa luta. — Se você não quer ser Alfa, vamos voltar agora.

Novamente, uma pequena parte de Craigh queria que Rowan se retirasse do desafio.

Ele viu Rowan hesitar e então viu seu amante forte e dominante abanar a cabeça.

— Eu perguntei ao redor. Você está certo. Ele é mais do que apenas um idiota. — Ele inclinou a cabeça em direção a Frank. — Ele tem que ser parado. — Rowan apertou o cotovelo de Craigh. — Das crianças na geração atrás de você, quem faria o melhor Alpha?

Craigh piscou e lambeu os lábios, fazendo uma rápida pesquisa da multidão.

— Josiah. — Ele acenou com a cabeça para o jovem de pé ao lado de seus pais, braços cruzados sobre seu peito enquanto observava os procedimentos. Não havia nenhuma das antecipações alegres em seu rosto que Craigh viu nos outros meninos. Josiah não estava lá para o sangue e mutilação.

Rowan olhou por cima do ombro e assentiu.

— Bom. Vamos passar os próximos cinco anos, treinando-o, então ele pode me desafiar. Você e eu vamos sair e vaguear pelo país como Lobos Solitários.

— Você e... você está pensando em algo a longo prazo para nós? — O coração de Craigh começou a bater e sua garganta se apertou.

O canto da boca de Rowan puxou para cima como se estivesse tentando parar seu sorriso.

— Você está dizendo que eu era apenas uma transa de uma noite?

— O quê? Não. — Craigh balançou a cabeça tão rapidamente que seu cérebro chacoalhou. Rowan deu um largo sorriso.

— Eu estou te provocando, baby. Deixe-me ir cuidar do babaca Alfa, então você e eu podemos descobrir o que está próximo, hein? — Ele se inclinou e deu a Craigh outro beijo leve nos lábios.

— Pare de sugar a cara do seu namorado bicha. — Frank rosnou.

Rowan ergueu a cabeça e olhou para Craigh.

— Agora, ele está começando a me irritar.

— Fique seguro.

— Eu vou, baby. — O sorriso suave nos lábios de Rowan enviou um calafrio no peito de Craigh. Não era sexual, não completamente, mas era doce e amoroso. Os batimentos cardíacos de Craigh diminuíram, dando-lhe força e paz. Rowan piscou e se virou.

Craigh recuou para seu assento, mas não se sentou. Ele ficou de pé, observando, seu fôlego trancado em sua garganta quando Frank mais uma vez tirou sua túnica como uma dançarina exótica.

Rowan agarrou a parte de trás de sua camisa e puxou-a sobre sua cabeça, revelando um abdômen duro como pedra e um peito poderoso. Craigh lambeu os lábios, lembrando-se da noite passada, correndo a língua ao longo daquelas cordilheiras e vales. Ele não tinha tido muito tempo para explorar. Rowan o arrastou até o topo da cama e assumiu o controle.

A lembrança fez o buraco de Craigh vibrar, doendo para ser preenchido.

Ele olhou para cima e encontrou o olhar de Rowan e maldição se não parecia que o outro lobo sabia o que Craigh estava sentindo.

Suas bochechas se aqueceram, mas ele se viu sorrindo e olhando para seu amante. Os lábios de Rowan puxaram para cima nesse sorriso perverso que fez o pau de Craigh doer. Foda-se, o homem era sexy.

Segurando o olhar de Craigh e mantendo suas costas voltadas para o Alfa, Rowan desfez o botão superior de seu jeans e aliviou o zíper. Mais de cem pessoas estavam na sala, mas Craigh sabia que esse show era apenas para ele.

E ele gostava de cada segundo. O zíper se abriu e o pênis de Rowan passou por ele, duro, grosso e comprido. Craigh não conseguia impedir que seus lábios se espalhassem em um sorriso cheio. Apesar do fato de que Rowan estava se preparando para lutar contra Frank, seu pau estava duro para Craigh.

 

 

Capítulo Cinco

 


Sabendo que Rowan observava, Craigh olhou fixamente para o pau do homem e deliberadamente passou a língua pelo lábio superior.

Esse lindo pau inchou ainda mais, empurrando contra os lados da calça de Rowan.

— Foda-se. — a palavra sussurrada ecoou através da câmara, suave, mas ainda audível para todos. Uma pequena risada passou pelo quarto fazendo as bochechas de Craigh ficarem mais quentes, mas ele não desviou o olhar. Ele não queria perder um momento enquanto Rowan finalmente agarrava a cintura de seu jeans e começava a deslizá-los.

Foi só porque Craigh olhou tão duro - e Rowan voltou o olhar intenso - que Craigh viu Alfa Frank pular para a frente.

— Olhe para frente! — A voz de Craigh quebrou a atmosfera provocante.

Rowan girou em direção a Frank, encontrando o enorme lobisomem enquanto ele pulava. O jeans apertado agarrado às coxas de Rowan esticou, em seguida, desfiou quando ele mudou em sua forma completa, pegando o Alpha em meio salto. O uivo de Rowan reverberou pela sala, saltando das paredes ocas. Ele cortou a cara de Frank, jogando o lobisomem atacante para o lado.

Respiração travou na garganta de Craigh. Ele bateu sua mão contra seu peito para acalmar seu coração batendo. Suas garras romperam as pontas de seus dedos e cavaram em sua pele, seu lobo pronto e ansioso para proteger seu companheiro.

Companheiro. Sim. Rowan faria um companheiro perfeito. Ele seria arrogante, dominador e provavelmente um idiota metade do tempo, mas Craigh tinha certeza de que poderia trabalhar com isso. Especialmente se ele tivesse acesso a esse lindo pau sempre que quisesse.

O canto da boca de Craigh puxou para cima em um sorriso presunçoso enquanto observava a luta. Mesmo sabendo que o perigo infundia a situação, Rowan era magnífico - mesmo em sua forma de lobo-homem. Linhas fortes dos músculos que Craigh tinha toda a intenção de lamber, cresceram mais largas debaixo do poder do lobisomem. O rosto de Rowan se esticou e os dentes estouraram de suas gengivas. Ele abriu a boca e uivou seu desafio, o som reverberando das paredes.

Frank, já deslocado, levantou-se e gritou - o grito aterrorizante e fraco ao mesmo tempo. O medo perfurou o coração de Craigh. O ruído vibrou com o pânico de um animal ferido, preso. Frank faria o que fosse necessário para se defender.

Até matar Rowan.

Frank saltou para a frente, o braço levantado. Ele a derrubou, cortando suas garras em direção à garganta de Rowan. Rowan se retorceu no último momento e as garras do Alfa rasparam seu ombro distante. O vermelho brilhante fluía das feridas enquanto o grito de Rowan rasgava o espaço aberto.

Porra. Prata. Nada mais poderia ter feito Rowan gritar assim. A prata envenenava um lobisomem instantaneamente, o simples toque dela era doloroso, muito mais quando entrava na corrente sanguínea.

Ele tinha razão. Craigh ficou em silêncio, respiração trancada em sua garganta quando Rowan agarrou seu ombro direito e tropeçou para trás. Craigh estava bastante certo de que ele captou um brilho de Rowan vibrando com as palavras "eu te disse."

Rowan recuou, sacudiu o cabelo de seus olhos, em seguida, ergueu o olhar e olhou para Frank. O Alfa se encolheu quando Rowan mostrou os dentes e se lançou para a frente, voando pelo ar. Ele pousou em Frank com todo o peso de seu corpo superior.

O Alfa caiu no chão e Rowan o seguiu, suas garras de prata pressionadas contra a jugular do homem mais velho.

— Renda-se. — ordenou Rowan. — Ou eu vou acabar com a sua vida agora.

— Eu... eu protesto. — Frank ofegou. — S-suas garras e-estão mergulhadas em p-prata.

Rowan apertou seu aperto, as pontas afiadas arranhando a pele de Frank, sem rompê-la. O gemido ilegível do Alfa fez o lobo de Rowan gritar, exigindo que ele matasse a criatura fraca e inútil debaixo dele. Sua mente humana não queria matar o Alfa, mas o faria.

A prata inflamou a ferida em seu ombro e queimou em suas veias. A noite seria infernal, até que seu corpo pudesse banir o veneno.

Matar Frank não aliviaria sua própria dor física, mas melhoraria o dia de Rowan.

Um corpo se aproximou da direita de Rowan. Ele deu uma olhada naquela direção e reconheceu Kal. Kal é um amigo, ele lembrou seu lobo. Não mate Kal. O lobo resmungou seu acordo, mas Rowan sabia que era uma tentativa de trégua na melhor das hipóteses.

— Rowan, você tem que deixá-lo.

Rowan não se moveu. O sangue escorria pelo braço dele a partir das feridas que não iria curar por causa da prata embutida na pele.

— Eu sou uma testemunha do fato de que ele atacou você com prata primeiro.

Rowan assentiu, mas não conseguiu fazer seus músculos soltarem o Alfa. Demorou um momento para entender por quê. Seu lobo esperava que seu companheiro - aquele que tinha sido ameaçado pelo macho traiçoeiro - concordasse.

— Craigh? — Rowan perguntou. A palavra foi varrida pela mandíbula lobisomem e sua voz soou como vidro quebrado. — O que devo fazer com ele?

— Mate ele.

As palavras ecoaram pelo corredor, mas não vieram de Craigh. Rowan superou os instintos do lobo para se concentrar na matança e olhou para cima.

Phillip ficou de pé no ombro esquerdo de Craigh, sussurrando palavras rápidas no ouvido de Craigh. A visão de um outro homem tão perto de seu companheiro levantou os pelos no lobo de Rowan. A energia surgiu em suas veias. Mate o macho abaixo de você e elimine o que toca seu companheiro.

Os pensamentos do lobo coalesceram no cérebro humano de Rowan. Ele olhou para Phillip, observando seus lábios, empurrando para fora a audição do lobo para capturar os sussurros fracos do macho.

— É perfeito. — sibilou Phillip, sua voz pulsando com um poder ansioso. — Rowan vai matar Frank e a prata em seu sangue vai matar Rowan. Você será Alfa.

Craigh olhou para frente, seu olhar vazio, trancado no espaço vazio na frente dele. Ele parecia congelado como se sua mente estivesse em curto-circuito, dominada pelas possibilidades. Craigh piscou e balançou a cabeça.

— Eu não quero ser Alfa.

— Claro que você quer. Todo mundo quer ser Alfa. — Phillip apertou sua mão no ombro de Craigh. Mesmo do outro lado da sala, Rowan viu quanta força e dor colocava naquela única conexão. — Diga a Rowan para matar Frank. Faça. Então nós podemos levá-lo.

O lobo de Rowan rosnou ante o pensamento de seu companheiro tomar conta. Não. O homem bonito parecia lindo de joelhos, nas suas costas - com o pênis de Rowan enterrado dentro dele. Rowan dominaria e protegeria seu companheiro, daria a seu companheiro espaço para crescer e viver.

Com o lobo abaixo dele esquecido, Rowan saltou de pé e caminhou em direção a Craigh. A forma estranha do lobisomem fez ele avançar, mas momentos depois ele encarou seu companheiro.

Lobo e humanos lutaram pelo controle no cérebro dividido de Rowan, mas a mente humana perdeu a luta, desaparecendo no fundo como se escondida atrás de uma tela.

O lobo inclinou a cabeça para o lado, o longo focinho cheirando o ar, capturando os fracos perfumes de medo e agressão. A ânsia emanava do lobo fraco que tocava seu companheiro. Um grunhido baixo saiu da sua garganta, o barulho ressoando nas paredes.

Os olhos de Craigh se arregalaram e ele bateu o braço para trás, estalando o dorso de sua mão sobre o peito do outro macho.

— Retroceda. — Craigh ordenou. A instrução bateu nele e Rowan levou um momento para perceber que seu companheiro falou com o lobo atrás dele. Craigh golpeou o outro macho no peito pela segunda vez. — É por segurança. Ele está chateado e vai matar você.

— Você pode levá-lo. — Phillip sussurrou, mesmo quando ele deu um passo para trás, deixando Craigh sozinho e vulnerável ao lobo ferido de Rowan. — Ele está fraco por causa da prata. Você será Alfa. Leve-o para baixo. — as palavras rasparam na coluna de Craigh.

Rowan deu um passo para frente e percebeu que o macho estava certo. A prata correndo pelas veias dele o enfraquecia. Isso e seus sentimentos por seu companheiro poderia facilmente incapacitá-lo. Rowan parou e olhou fixamente para Craigh, esperando seu companheiro atacar.

Rowan não respondeu. Ele não podia se defender contra seu próprio companheiro. Não poderia machucar seu próprio companheiro.

Ele esperou, tentando se preparar para a traição de Craigh.

Craigh deu um passo à frente. O lobo de Rowan rugiu para a superfície, confuso, em pânico, querendo pegar seu companheiro, recuperá-lo. Craigh sacudiu a cabeça.

— Não vou desafiá-lo.

— Meu. — era a única palavra que Rowan podia forçar, seu tênue controle sobre o lobo pegando cada força.

— Sim. — Craigh anunciou com uma certeza que não sentia por anos.

O acordo pareceu resolver o lado dominante de Rowan. Craigh manteve seu olhar fixo em seu companheiro e lentamente afundou a seus joelhos, inclinando sua cabeça ao lado para sinalizar sua submissão completa.

Rowan, ainda em modo lobisomem, virou a cabeça para trás e uivou, o som chacoalhando as janelas no corredor. Cada decibel vibrou no peito de Craigh, mas ele se manteve firme. As palavras de Rowan ecoaram em seu cérebro - ele era forte. Mantendo a cabeça inclinada para desnudar o pescoço, ergueu o queixo, mostrando ao seu companheiro que o esperava, e não tinha medo.

Rowan cheirou o ar, então caiu para baixo, boca aberta, dentes brilhando na luz fraca. Uma mordida dura e ele poderia matar Craigh. Aqueles dentes afiados e brancos fecharam-se no pescoço de Craigh.

Ele ficou tenso. Ele não conseguia se conter. A sensação de caninos afiados apertando sua garganta enviou cada nervo em seu corpo em alerta máximo. Craigh forçou seus pulmões a se expandirem, inspirando uma respiração tão necessária. O som esfarrapado de sua inspiração parecia captar a atenção do lobisomem. Ele recuou e inclinou a cabeça para a esquerda, parecendo um cachorrinho confuso - com dentes realmente grandes.

O lobisomem piscou e o vermelho brilhante que ardia em seus olhos se desvaneceu, voltando ao espetacular azul-aço do olhar de Rowan. O longo focinho recuou e o belo rosto de Rowan voltou.

— Você está bem, baby? — Ele perguntou. Ele correu os dedos para o lado do pescoço de Craigh como se estivesse procurando por ferimentos.

— Estou bem. Você não...

O movimento cintilou na beira da visão de Craigh e, pela segunda vez naquela manhã, ele gritou uma advertência a Rowan. Rowan não precisava disso. Seu corpo já estava se virando.

Rowan rugiu enquanto as garras de prata de Frank subiam pelo ombro, a centímetros do ferimento anterior. Rowan balançou a mão para cima, dirigindo suas garras estendidas profundamente no peito de Frank. Os olhos do Alfa se arregalaram e ele apareceu congelado no ar por um breve momento. Um gorgolejar horrível estalou de sua boca, um ruído que Craigh recordaria para todo o sempre de sua vida. Cada pedaço de energia que parecia estar segurando o corpo do Alfa, saiu correndo e ele desmoronou.

Rowan puxou a mão para longe e tropeçou para trás.

Ouviram-se vozes em torno deles, gritos, alguns pedindo a morte de Rowan, alguns declarando-o Alfa. Craigh ignorou todos eles enquanto Rowan caía de joelhos e seus ombros sangrentos caíam para frente.

Craigh se encolheu ao lado dele.

— Vai ficar tudo bem. — Phillip sussurrou. Craigh concordou com a cabeça. Ele não podia perder Rowan, não agora. Tinha sido apenas uma noite, mas ele queria mais, queria saber onde isso poderia ir. E Rowan parecia estar pensando nas mesmas linhas. — Aqui. — Phillip colocou alguma coisa na mão de Craigh.

Craigh olhou para o frasco, piscando, seus olhos vendo, mas sua mente não acreditava muito no que Phillip lhe tinha entregado. Nitrato de prata.

Ele olhou para cima. Os olhos de Phillip brilharam com uma excitação não santa.

— Derrame em suas feridas. — Ele comandou, as palavras sibiladas escovando na orelha de Craigh. — Mais uma dose de prata vai acabar com ele e ninguém será capaz de dizer que não foi dos arranhões.

— Mas...

— Faça, Craigh. — a voz de Phillip tinha ido de sugerir a comandar. — Então podemos governar. Você e eu juntos. Faça.

Nesse instante ficou claro o que era isso. Phillip queria ser alfa, mas ele nunca seria fisicamente forte o suficiente para o trabalho. Craigh era grande, mas ele não queria liderar, então seu melhor amigo o manipulou para desafiar o Alfa.

Craigh ergueu os olhos e fixou-se no olhar ansioso de Phillip.

— Cale a porra da boca e eu poderia esquecer que você tentou matar meu companheiro e seu novo Alfa. — Craigh rosnou. Seus dentes da frente desceram. Ele puxou seus lábios para trás, soltando outro grunhido áspero.

Os olhos de Phillip se arregalaram e um pequeno eixo de culpa perfurou o coração de Craigh. Este homem tinha sido seu melhor amigo desde o primeiro ano. Ele sempre seguia o caminho de Phillip. Mas não dessa vez.

Phillip sacudiu a cabeça.

— Ele não é seu companheiro! — Phillip bateu em seu próprio peito. — Eu sou seu companheiro.

Craigh olhou para seu amigo. — Do que você está falando? Nós somos amigos. Você nem é gay.

— Pfft. Que diabos isso importa? — Phillip se aproximou e baixou a voz. — Você precisará encontrar alguma cadela para conseguir filhotes de qualquer maneira. Eu não me importo com quem mais você fode, mas escute... — o tom intenso de suas palavras penetrou na consciência de Craigh, mais por hábito do que pelo poder real. — Nós podemos fazer isso. Meu cérebro e sua força, nós podemos governar esta matilha. Derrame a merda de prata em suas feridas.

Com o áspero comando, o lobo de Craigh uivou e todos os músculos de seu corpo se retesaram, prontos para atacar. Phillip saltou de volta.

— Acalme-se, baby. — A voz de Rowan roncou ao seu lado, as palavras sem fôlego, mas ainda fortes. Os dedos de Rowan se enrolaram ao redor de seu braço, segurando-o no lugar quando ele teria perseguido Phillip. — Está tudo bem.

Craigh apenas olhou para o amante. A força no punho de Rowan disse a Craigh tudo o que ele precisava saber - Rowan estaria bem.

— Ele tentou me matar.

Phillip se encolheu, mas transformou a reação em um sorriso.

— Não sei do que ele está falando. — Phillip estendeu as mãos. — Cray-Cray, somos amigos. Eu nunca machucaria seu... — ele engoliu como se a palavra queimasse enquanto ela saía de sua garganta. — Companheiro. — as bordas de sua boca se curvaram para cima em um sorriso falso.

Craigh reconheceu aquele olhar. Phillip usava-o para aplacar as pessoas. Hoje não.

— Saia. — Craigh empurrou-se para sua altura completa. Ele sempre odiava seu tamanho. Isso dava às pessoas a impressão errada sobre ele. Agora, ele estava feliz de ver a cabeça de Phillip para trás enquanto lutava para manter o olhar de Craigh. — Saia e nunca mais volte. Você está banido.

Um suspiro percorreu o quarto. A conexão de infância com Phillip provocou um flash de culpa, mas olhando para a raiva fervendo em seu amigo, Craigh sabia que ele nunca poderia confiar Phillip. Phillip sempre seria uma ameaça.

— Você não pode me banir. — Phillip zombou, o ódio derramando em suas palavras. — Você não é Alfa.

— Não, ele não é. — Rowan lutou com os traços de prata que se estendia em suas veias e forçou suas pernas a ficar de pé. — Ele é o companheiro do Alfa e sua palavra é tão boa quanto a minha.

O anúncio ondulou através da multidão. Rowan tinha reivindicado publicamente a posição de Alfa e Craigh no mesmo fôlego. E ele colocou Craigh em pé de igualdade com o líder da matilha.

O coração de Rowan bateu enquanto esperava o reconhecimento de Craigh. Com uma palavra, Craigh poderia rejeitá-lo na frente da matilha inteira.

Craigh assentiu e deu um passo para trás, colocando-se ao lado de Rowan.

— Você tem vinte e quatro horas para sair das terras da matilha antes de eu fazer mais do que bani-lo. — Rowan disse. O merda poderia ter sido o melhor amigo de Craigh uma vez, mas agora ele era um bastardo traidor. Muito ruim, Craigh teve que dar o primeiro passo para banir seu amigo.

— Mas, você n-não pode... Eu sou um membro de pleno direito desta matilha. Sou um líder na minha geração.

— Você tentou matar o seu Alfa. — acusou Kia quando ele se aproximou, tomando o lugar do outro lado de Rowan.

O lobo dentro dele zumbiu sua aprovação em ter um amigo ao lado dele. Rowan não sabia se Kia e Random estariam dispostos a ficarem na matilha, mas se o fizessem, ele teria seus Betas.

— Na maioria das matilhas, isso significa morte. — Kia cruzou seus braços tatuados sobre seu peito e olhou para baixo. — Você tem sorte que Rowan é um Alfa misericordioso. Agora vamos. — Ele empurrou a cabeça em direção à porta. — Eu irei escoltá-lo para casa, assim você pode embalar.

Kia levou um Phillip saltitante da câmara, seus apelos para que Craigh o ajudasse. A tensão brilhava através do corpo de Craigh e Rowan sabia que seu amante lutava contra os instintos da matilha para ajudar seu amigo.

— Por favor. — O gemido suave de Craigh rasgou a alma de Rowan.

Rowan assentiu.

— Kia! — Ele chamou segundos antes que a porta se fechasse. — Meu companheiro tem um coração amável.

As lágrimas evaporaram-se e os lábios de Phillip se curvaram em um sorriso como se esperasse que Craigh o salvasse.

Desgraçado. Ainda sim, Rowan não queria ver seu companheiro chateado.

— Você tem doze horas para sair da terra da matilha, mas seu banimento vai durar doze meses. Se após o final de um ano, você provar que você será um membro produtivo desta matilha e vai apoiar o seu Alfa e companheiro do Alpha, você será autorizado a retornar.

— Um ano?! Você não pode fazer isso. O que eu deveria fazer?

Rowan sacudiu a cabeça.

— Eu não me importo. Kia, tire-o daqui para fora das terras da matilha até às sete e meia dessa noite.

Kia agarrou o braço de Phillip, mas desta vez Phillip lutou, gritando maldições e ódio a Rowan e Craigh.

— Eu sabia que você era uma buceta, Craigh. Eu sabia que você nunca poderia...

A porta bateu atrás deles, cortando suas palavras.

— Eu sinto muito. — Craigh se desculpou.

— Não seja. Quem sabe? Talvez um ano como um Lobo Solitário vai ensinar-lhe uma lição. — Rowan não iria prender a respiração.

Tentou inalar para provar seu ponto para si mesmo, mas quando seus pulmões se expandiram, os músculos em seu peito apreenderam. Ele grunhiu, tentando esconder o suspiro.

— Você está bem? — Craigh perguntou, seu braço andando pelas costas de Rowan.

Mas Rowan não podia parecer fraco. Qualquer lobo que quisesse ser Alfa poderia desafiá-lo pelas próximas vinte e quatro horas. A energia surgiu através do recém-coroado Alfa. Se o desafiante perdesse, ele era muitas vezes banido ou pior. A ameaça manteve o lobo médio de emitir um desafio.

A prata que atravessava o sangue de Rowan poderia tentar alguns dos membros mais corajosos da matilha se ele mostrasse qualquer sinal de fraqueza.

— Tudo bem. — Ele se afastou do toque de Craigh, mas seu lobo não o deixou ir longe. Estendeu a mão e agarrou a mão de Craigh, puxando-o para perto, aproximando-se de Kal. Ter um amigo de infância que lhe devia um favor no Conselho Superior não doía.

Kal estava perto do corpo de Frank. A viúva do Alfa inclinou-se contra o jovem Conselheiro, chorando contra seu peito. Kal acariciou seu ombro e lançou um apelo em pânico para Rowan. Ainda assim, ele não afastou a mulher.

Craigh aproximou-se cautelosamente e abaixou a cabeça.

— Companheira do Alfa... — ele abaixou a voz, como se estivesse se aproximando de um animal assustado. Rowan ficou de pé no ombro de Craigh, preparando-se para proteger seu companheiro se a fêmea ficasse louca de dor. — Sinto muito pela sua perda.

Ele não ofereceu platitudes sobre Frank ser um homem bom, o que Rowan apreciou.

Ela ergueu a cabeça, lágrimas escorrendo pelas bochechas manchadas, seus olhos abafados pela resignação. Ela assentiu com a cabeça.

— Obrigada, companheiro do Alfa. — Ela voltou sua atenção e fez uma reverência superficial para Rowan. — Alfa.

Com aquela única palavra, cimentou a reivindicação de Rowan à posição de liderança. Ele se curvou em troca.

A prata ainda queimava em seu sangue, puxando seus músculos, enfraquecendo-os com cada batida do coração. Ele ergueu a cabeça e forçou suas costas a endireitar-se, puxando-se até sua altura máxima. Ele ergueu o queixo e examinou a multidão, avisando silenciosamente qualquer pessoa que pudesse pensar em desafiá-lo, ele era forte o suficiente para aceitá-los.

Se isso era verdade ou não, ele precisava agir como ele. Se não fosse pela dose dupla de prata, ele poderia ter atacado todos os machos da matilha. Ele teria sido ensanguentado e com dor até o final do dia, mas ele não duvidava que ele iria ganhar. Agora? Ele não tinha certeza.

A prata agia como facas correndo por suas veias, coçando o interior de seu corpo.

Sua leitura se moveu para a esquerda quando um grande macho endireitou seus ombros, não um Beta, mas claramente um lobo forte. O som de sua boca avisou Rowan que este era seu primeiro desafiante.

Rowan se virou para encará-lo enquanto o homem avançava. Seu desafiante colocou um pé dentro do ringue. Ele olhou para cima, encontrou o olhar de Rowan e congelou. Os olhos do homem se arregalaram. Ele engoliu em seco, girou no calcanhar e voltou para o seu espaço na multidão murmurante.

Outro homem, um pouco mais jovem, mais arrogante do que poderoso, avançou. Ele fez a metade do espaço aberto antes de ele também parou, baixou o olhar e se virou.

Rowan espiou pelo canto do olho e olhou para seu companheiro.

Craigh – doce, submisso, Ômega Craigh – estava com o peito inchado e um olhar furioso. Seu companheiro não era um homem pequeno e conseguia parecer intimidante. Claramente ninguém nesta matilha conhecia Craigh muito bem.

Rowan encarou seu companheiro, incapaz de impedir um sorriso de enrolar seus lábios. — Eu não consigo cuidar de mim mesmo, docinho.

— Eu sei.

— Você tem que deixar que eles me desafiem. É assim que funciona.

— Eu não vou detê-los. — Craigh soou tão malditamente sério e apropriado, Rowan não pôde parar sua risada. O som desviou o olhar de Craigh da multidão. — Esse bastardo te envenenou. Não é justo que desafiem você.

Rowan inclinou a cabeça para trás e riu, o barulho sem dúvida surpreendendo os membros da matilha que os cercavam.

— Oh baby, você vai fazer um companheiro do Alpha perfeito. — Ele pisou na frente de Craigh. — Meu companheiro está tentando me proteger. — anunciou ao Pack. — E eu amo que ele queira tentar, mas não é necessário. Se alguém acha que pode me bater em uma luta justa pela posição de Alfa, venha agora.

As palavras cheias de desafio explodiram pela sala.

O foco do brilho de Craigh mudou para seu companheiro.

Rowan cruzou os braços sobre o peito.

— Você realmente acha que eu vou ser tão fácil de bater? Mesmo com prata nas minhas veias.

Craigh zombou - realmente zombou!

— Não. Eu acho que você vai acabar lutando com uma dúzia de caras diferentes, vencer a merda e ainda ganhar. Tudo o que vai vir disso é que você vai acabar ainda mais ensanguentado e ferido, mas você ainda vai ser o Alfa, então por que ir com ele?

Rowan encolheu os ombros. — É tradição.

Seu companheiro acenou com a cabeça, e baixou o olhar, parando por um momento antes de dizer:

— Perdoe-me. — Ele recuou o braço direito.

Só demorou um segundo para Rowan entender o que significava a desculpa sussurrada. Ele teve outro segundo para torcer, pegar o punho de Craigh um batimento cardíaco antes que ele batesse em sua mandíbula. Ele usou o impulso do outro homem para arrastá-lo para a frente, envolvendo seu companheiro em um apertado abraço.

Craigh pousou contra ele com um grunhido.

— Boa tentativa, baby. — Rowan falou as palavras contra a orelha do seu companheiro, amando o arrepio que se espiralou através do corpo de Craigh e a pressão de seu pênis contra a coxa de Rowan. — Mas você tem que me deixar fazer isso.

— Tudo bem. — Craigh suspirou. — Mas se você estiver muito arrebentado, você não vai me tocar hoje à noite. Eu não vou foder Frankenstein.

Rowan estalou a cabeça para trás e olhou fixamente nos olhos de seu companheiro, verificando a sinceridade. Estava lá, claro como o dia. Craigh queria dizer cada palavra. Atrás do aviso no olhar de seu companheiro brilhou preocupação. Ele não queria que Rowan se machucasse.

E a maneira Craigh sutilmente balançou seu pau contra a perna de Rowan deu-lhe uma promessa do que poderia acontecer se Rowan saísse desta em segurança.

De qualquer maneira, Rowan não estava disposto a arriscar. Ele não poderia sair das batalhas à frente, mas ele tomaria cuidado extra.

— Eu entendo, baby. — Ele deu um passo para trás, colocando cerca de um metro de espaço entre ele e Craigh. Seu lobo uivou com a perda do calor de seu companheiro. — Fique atento para mim. Eu não acho que nenhum desses caras vai tentar nada engraçadinho, mas estou feliz por ter você nas minhas costas.

As bochechas de Craigh se tornaram vermelhas e Rowan viu a onda de prazer nos olhos de seu companheiro. O corar reforçou a verdade... seu companheiro era forte e esperto. Ele simplesmente não era desonesto o suficiente para ser Alfa.

Rowan ficou de pé por um momento, com os olhos cravados em Craigh esperando a aprovação de seu companheiro. Finalmente, Craigh assentiu.

— Obrigado, baby. Eu vou ter acabado aqui em poucos minutos.

Estava mais perto de três horas e os machos na matilha, sem dúvida, pensaram que o estilo de luta de Rowan era insano. Ele havia feito tudo o que podia para evitar ser atingido, mesmo que significasse saltar para trás e esquivar-se. Cada soco ou golpe de garras lhe lembravam que Craigh não queria que ele se machucasse. E o que não aconteceria mais tarde esta noite se ele permitisse ser espancado como o inferno.

Ainda conseguiu derrotar todos os dez desafiantes, sem matar nenhum deles. Seu lobo estava pronto para despachar o primeiro quando ouviu o suave apelo de Craigh. Ele tinha apertado suas garras na garganta do outro lobo com força suficiente apenas para o macho saber que Rowan só fez isso porque seu companheiro pediu por sua vida.

No final, Rowan tropeçou até a borda do anel. A prata ainda coçava o interior de suas veias, mas a adrenalina das lutas o deixou quase paralisado pela dor. Quase.

Craigh, Kia e Random esperaram por ele. Kal ficou um pouco além do círculo deles. Não teria sido apropriado que um membro do Conselho Superior participasse.

Craigh envolveu seu braço em torno do ombro de Rowan e puxou-o para perto, apoiando-o, dando Rowan sua força.

Ele virou o olhar para Kia. — Você não deveria estar com esse merda do Phillip?

— Ele está fora das terras da matilha. — Kia respondeu. — Ele tinha tudo já embalado, eu estou assumindo que era para ir para a casa do Alfa. — Ele olhou para Craigh e depois para Rowan. — Eu joguei toda sua porcaria na parte de trás do seu caminhão, o levei até a borda da próxima matilha e chutei seu traseiro.

Craigh se esticou ao lado dele, mas seu companheiro Ômega de coração suave não disse nada.

Ele ergueu as sobrancelhas em questão para seu barman.

— O que você está fazendo aqui? Quem está assistindo o bar?

Random sorriu maliciosamente.

— Todo mundo está aqui. Além disso, ainda não é meio-dia. Eu estarei lá em duas para abrir o lugar para os bebedores adiantados.

Rowan assentiu e respirou fundo. Apesar de seus melhores esforços, uns dois caras tinham conseguido alguns bons socos. Suas costelas doíam e ele sabia que ele tinha algumas contusões novas em seu rosto. Foda-se, ele esperava que não fosse suficiente para que Craigh o recusasse. Uma vez curado um pouco, seu lobo precisaria se reconectar com seu companheiro.

— Você está bem, baby?

Um pouco atordoado e mais do que um pouco acabado com a coisa "lutando para ser Alpha", Rowan assentiu novamente, sorrindo para si mesmo. Craigh o chamara por algo além de seu nome.

— Pronto para ir para casa.

— Eu também.

Tecnicamente, dentro das próximas vinte e uma horas alguém poderia desafiá-lo para a posição Alfa antes que eles tivessem que dar-lhe seis meses para aprender o trabalho. Rowan tinha certeza de que qualquer um que quisesse desafiá-lo tinha feito isso. Vindo a ele agora faria o desafiador parecer como um fracote.

Kia e Random recuaram, abrindo o caminho para a porta e protegendo suas costas enquanto encorajava seus pés a dar cada passo. Rowan não pôde parar seu sorriso antecipando sua reação quando disse-lhes que os estava convertendo em Betas. Eles ficariam zangados e se queixariam, dizendo que não queriam fazer parte da porra da hierarquia do lobo. Quase podia ouvir o palavrão.

Tarde demais, Rowan pensou. Eram os homens dele agora.

Ele olhou por cima do ombro. Josiah, o pequeno – Cristo, ele não poderia ter mais de dezessete – que Craigh pensou que faria um bom Alfa, tinha sido um dos desafiadores de Rowan. Ele se sentou no lado do anel, sua mão pressionada contra seu lado onde Rowan tinha perfurado ele, terminando a batalha. O garoto era esperto. Ele durou mais que os homens duas vezes sua idade.

Outro dos desafiadores ajoelharam-se ao lado dele, falando suavemente, dizendo a Josias que ele tinha feito bem, ele tinha feito o melhor que podia. Um instinto que Rowan não estava preparado para ignorar virou os passos para os dois homens. Craigh se mudou com ele.

Rowan parou na frente de Josiah e do outro cara. Provavelmente precisava aprender seu nome, pensou. Os dois homens olharam para cima. Josias lutou para ficar de pé e seu amigo se aproximou para ajudá-lo, mas Rowan acenou para eles.

— Eu estou procurando um casal a mais de Betas. — disse ele. — Vocês dois lutam bem, mas eu preciso saber um pouco mais sobre você. Estou procurando homens em quem eu possa confiar. Venha para minha casa amanhã à noite.

Josiah e o outro cara - merda, ele deveria ter perguntado o nome dele - assentiu.

— Vamos ficar na casa dos Lobos Solitários. — acrescentou Craigh. Seus dedos apertaram a espinha de Rowan, empurrando-o para a saída. — Vemo-nos às seis.

Ambos concordaram, mas foi o último que Rowan viu. Seu companheiro o guiou com bastante força na direção da porta.

— Betas? — perguntou Craigh quando saíram.

Rowan levantou a cabeça e encontrou o olhar do outro homem.

— Você não acha que eles serão bons Betas?

— Cledwyn? Certo. Mas Josias é muito novo. Ele...

A risada de Random interrompeu a pergunta de Craigh.

— O quê? — Rowan exigiu, seu foco em Random, não Craigh. Rowan puxou-se para a sua altura e olhou para o outro lobo.

Random não parou de rir.

— Você vai ter um Beta chamado Cledwyn? É sério?

— Provavelmente. E os outros são chamados de Kia e Random. — Ele sorriu para Craigh, ignorando os palavrões de seus compatriotas Lobos Solitários. Era hora de se juntar a matilha. — Vamos fazer Josiah um Beta-em-Treinamento ou algo para dar-lhe experiência.

Craigh assentiu com a cabeça.

— Espere! O quê?

— Você não pode simplesmente...

Os gritos de Kia e Random os seguiram até o estacionamento.

Rowan piscou. Ele olhou para o seu corpo nu, depois para o companheiro.

— Não tenho minhas chaves. — Confessou. Elas estavam em algum lugar nos bolsos de seus jeans agora retalhados.

— Eu tenho as minhas. — Craigh puxou-as para fora de seu bolso e arremessou-as como se para enfatizar esse ponto.

— Legal. — Rowan não era tão macho que não podia deixar seu companheiro dirigir - ou então ele tentou convencer a si mesmo. Ele deixou Craigh levá-lo para seu caminhão e ajudá-lo a entrar no banco do carona.

Craigh gritou algo pela janela, dizendo a Random e Kia para encontrar as chaves de Rowan e segui-los para casa, antes que ele saísse.

— Você está me levando para casa, baby? — Rowan disse lentamente enquanto se movia no assento, tentando se sentir confortável, esperando que suas costelas não estivessem rachadas. Ele curou rapidamente, mas se ele estremecesse, Craigh poderia decidir que não valia a pena.

— Sim. Como você se sente?

— Estou bem.

Aquele mau som zombador surgiu dos lábios de Craigh e Rowan soube que ele iria ouvir esse barulho durante os próximos anos quando ele não fosse exatamente honesto com seu companheiro. Craigh poderia ser um lobo Ômega, mas ele não era fraco e ele certamente não era estúpido.

— Ok, estou com um pouco de dor.

— Um pouco.

— Mas eu não deixei que eles me deixassem todo sangrento. — Rowan apontou. — E eu não matei nenhum deles. — acrescentou.

Craigh acenou com a cabeça e suspirou.

— Isso significa que eu vou te foder esta noite? — Rowan estendeu a mão e deslizou sua mão pela coxa de Craigh e no espaço quente entre suas pernas, segurando seu pau duro. — Foda-se, baby, isso o excitou, não foi? Vendo-me espancar esses caras.

Craigh sacudiu a cabeça.

— Não. Quero dizer, não realmente. Não gosto de ver ninguém machucado, mas... — suas palavras foram interrompidas e Rowan teve um breve momento de clareza.

— Mas você gosta de me vigiar, não é, baby? Talvez não batendo o inferno fora de seus companheiros de matilha, mas você gosta de ver eu me mover, observando meus músculos flexionarem e tencionarem. — Seu companheiro lançou o som mais fraco, um ofego fraco como se ele estava se lembrando ou imaginando tudo que Rowan descreveu. — Gosto de me sentir movido quando estou em cima de você.

Outro ruído, quase um gemido escapou da garganta de Craigh mesmo quando seu membro ficou mais duro sob a palma de Rowan.

— É isso, baby. Deixe-me sentir o quanto você precisa de mim.

Apesar do rosnado que seguiu o som necessitado, Craigh balançou seus quadris para cima, empurrando seu pau mais profundo no toque de Rowan.

— Bom. — Ele murmurou, aumentando seu aperto. — Isso é bom. Assim que chegarmos em casa, eu vou foder seu pequeno buraco apertado, fazer você gozar tão duro.

A garganta de Rowan ficou trancada quando viu Craigh sacudir a cabeça. Rowan começou a afastar a mão dele. Ele não queria forçar Craigh a...

Os dedos de seu companheiro enrolaram em torno de seu pulso, puxando-o para trás, mantendo seu toque no lugar.

— Eu não quero que você se machuque. — disse Craigh. Suas palavras ecoaram macias, mas fortes, como se ele pudesse finalmente liberar a força rígida que ele mostrava ao resto do mundo.

O aperto em seu pulso, segurando-o contra o pau duro de Craigh disse Rowan tudo o que ele precisava saber.

— Não se preocupe, baby. Eu vou me deitar e deixá-lo montar meu pau, deixá-lo balançar e rolar em cima de mim, enquanto o meu pinto entra nesse doce traseiro seu.

Craigh fez outro ruído sexy na parte de trás de sua garganta, empurrando sua ereção para a mão de Rowan. Seu pé pressionou para a frente, fazendo o caminhão ir ainda mais rápido em direção a sua casa.

— É isso, baby. Foda minha mão. Mostre-me o quanto você quer que eu conduza meu pau em sua bunda quente apertada.

As palavras pareciam ser suficientes. Craigh gritou e empurrou seus quadris para cima, perfurando seu pau no aperto de Rowan mesmo enquanto o calor molhado enchia sua mão.

— Porra, baby... — Rowan sussurrou enquanto inalava o perfume sexy de seu amante.

— Você vai se divertir muito.

 

 

                                                   Tielle St. Clare         

 

 

 

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