Criar um Site Grátis Fantástico
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

  

 

Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


A PROPOSIÇÃO
A PROPOSIÇÃO

 

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


CONTINUA

Capítulo 5

Alguns minutos mais tarde estou batendo na porta do quarto de hóspedes.
Uma voz arrogante grita: — Quantas vezes eu lhe disse para... — Quando a amante
de Constance abre a porta, ela parece chocada. — Oh, é você.

Bryan está de pé ao meu lado. — Esta é a mesma mulher que você viu
quando estávamos juntos?

— Sim, tenho certeza que é ela. Eu não sabia que elas eram um casal na
época.

Constance magicamente aparece por trás e nos empurra para dentro do
quarto, estalando: — Como se atreve a entrar aqui e agir assim! — Ela está
lívida. Eu posso praticamente ver o vapor saindo de suas orelhas. Ela dá a sua
amante uma olhada e a outra mulher desaparece em outra sala dentro da suíte.

— Tia Connie. — Bryan começa, mas ela o interrompe.

— Constance, Bryan. Pelo amor de Deus, use o nome certo. — Ela aperta a
testa e se senta em um banquinho dura e absolutamente linda.

— Tia Constance, eu não a olho diferente por isso. Por que você não disse a
ninguém? E por que diabos você nos separou? Hallie nem sabia.

Os olhos de Constance deslizam para cima e seu olhar se alarga. — É claro
que ela sabia. Ela me viu com meus braços em volta de outra mulher. Como ela
poderia não saber?

— Eu não sabia. Eu achava que você era carinhosa com suas amigas. Eu
estava interessada em Bryan, não em você.

Bryan pisca lentamente e eu posso dizer que ele está com dor. — Apenas me
diga o que eu vi.

Constance sorri e cruza as mãos sobre o colo como se estivesse posando
para uma foto. Socialite em um robe. É muito dramática e ela se parece como se

quisesse a paz mundial. Ela é mais falsa do que uma planta de plástico. — Eu não
sei o que você quer dizer.

— Corta essa, tia Connie. Eu vi uma garota no parque anos atrás. Jon disse
que era Hallie, mas eu nunca vi o rosto dela, porque ela estava beijando alguém.
Nós terminamos porque Hallie me traiu, mas Hallie nunca me enganou e não tem
ideia do que estou falando. Algumas pessoas parecem saber sobre isso, no entanto,
e eu estou supondo que você tem todos os detalhes.

Ela se senta ali, confiante. — Receio que não.

— Então, eu tenho medo que poderia esquecer o seu pequeno segredo aqui
e deixar escapar na próxima vez que eu ver mamãe e papai. — Bryan pega a minha
mão e nos viramos para sair, mas Constance salta para cima, bloqueando a porta.

— Não se atreva!

— Então, me diga! — Bryan grita. — Diga-me o que você fez! Eu mereço
isso. Você roubou a minha felicidade por tirar a única mulher que amei. Tenho a
sorte de tê-la agora. Eu preciso dela e você me fez perder anos. — Ele diz a última
palavra como se doesse nele. Bryan segura na cômoda e inala devagar,
profundamente. Seu rosto aperta e, embora pareça ser a raiva, eu sei que é a dor.
— Diga-me.

Constance suspira dramaticamente e levanta as mãos. — Tudo bem. Era a
sua irmã com um rapaz, Jon sabia. Eles arrumaram isso. Joselyn foi a essa pequena
loja de Mandee e comprou um vestido que parecia o favorito de Hallie. Nós a
tínhamos visto com um desses várias vezes. Então Jon ligou para você.

Bryan balança a cabeça. — Mas o seu cabelo?

— Peruca. — Ela encolhe os ombros como se não fosse grande coisa. — O
cabeleireiro foi incrível. Jos parecia uma réplica à distância. Se você chegasse muito
perto teria notado, mas você não chegou, então deu tudo certo.

Bryan ri amargamente e dá passos em direção à sua tia. — Eu não disse a
ninguém sobre isso ainda, mas quero que você seja a primeira a saber. Eu estou
morrendo, tia Connie. Não há porra nenhuma que possam fazer para me ajudar, e
você levou a única mulher que já amei para longe de mim para esconder seu
próprio segredo egoísta. Eu não me importo com quem você foda e nem Hallie. Eu

nunca mais quero falar com você de novo. Eu nunca mais quero ver seu rosto
novamente. Eu só tenho um punhado de dias restantes e não vou perder um único
segundo a mais com você. Adeus tia Connie. — Ele se vira e estende o cotovelo para
mim. Parece galante, mas não é por isso que ele faz. É porque a sua força foi sugada
de seu corpo. O confronto roubou isso, canalizando-o para longe dele rapidamente.

Pela primeira vez, sua tia está em silêncio. A porta se fecha atrás de nós e
Bryan não olha para trás.

Capítulo 6

Quando Bryan retorna ao seu quarto, ele pega alguns comprimidos e toma
algumas doses. Seu estômago está vazio então sente com força. Eu tiro a roupa e
pressiono o meu corpo ao dele. Quero segurá-lo por um tempo. Quando ele envolve
seus braços em volta de mim, me puxando para perto de seu corpo, posso dizer
que ele emagreceu alguns quilos esta semana. Logo após Bryan resolver voltar
para a cama, Sean entra.

Bryan está usando apenas uma calça jeans. Não estou usando nada, então
puxo o lençol, pronta para bater em Sean se ele escolher uma luta agora. — Você.
— Ele diz, levantando a mão e apontando o dedo para Bryan.

Bryan apenas ri e ignora. — Saia, você é louco filho da puta.

Sean mexe seu maxilar enquanto cruza os braços sobre o peito. — Como
você sabe sobre Victor Campone?

O sorriso de Bryan se desvanece. — O que importa para você? Além disso,
ele está morto. — Ele olha para mim e dou uma olhada em Sean que diz cala a
boca, mas ele não o faz.

— Que porra é essa? Não são nem nove horas da manhã e você já está
alto? Quem te deu essa merda? — Sean está segurando um frasco de comprimidos.

Bryan se levanta para brigar, mas pulo na frente dele, segurando o lençol
em volta de mim. — Eles são meus. Devolva.

Sean olha pra mim. — Sim, por que você está aparecendo com isto? Vida
muito difícil, princesa?

— Foda-se, Sean. — Bryan tem um tom de aviso que diz para deixar isso e
sair.

— Vocês dois vão acabar mortos! Vocês são o casal mais idiota dos idiotas
que já conheci. — Sean pega o frasco e começa a despejá-la no ralo. Grito não, e
lanço-me para ele batendo a outra metade do frasco no chão. Comprimidos
brancos saem voando por toda parte.

— Você não sabe de nada! — Grito na cara dele. — Então sai pra lá! Aquelas
não eram de Victor. Não sou idiota e nem Bryan. — Encaro Sean. Bryan não sabe
sobre Victor e este idiota está soletrando o tipo de problema que tenho. Dê uma
dica e cala a boca!

O olhar de Bryan está queimando buracos no peito de Sean. — Saia. — Sua
voz é baixa e mortal.

Sean sibila. — Bryan, juro por Deus, se você puxar Jon para baixo com você...

— Ele não vai. — A voz de Constance é calma e uniforme. Ela está no limiar
e abre caminho para o quarto. Ela olha para o seu sobrinho e diz a seu filho: —
Venha. Nós temos coisas para discutir.

Olhos largos de safira de Sean piscam de mim para Constance e para trás. —
Que porra é essa?

Constance parece sombria. Ela estala os dedos e aponta para o chão ao lado
dela. — Venha, agora. Não é uma opção.

Sean, irritado além das palavras, rosna, empurra passando sua mãe e vai
embora sem dizer uma palavra. É quando ela olha para Bryan. — Uma equipe de
especialistas vai chegar mais tarde hoje. Eles foram pagos para manter o seu
silêncio.

— É desnecessário. — Bryan responde e senta-se duro na beira de sua
cama.

— Talvez, mas deixe-os olhar, apenas no caso que algo tenha escapado. Não
perca a esperança até que você dê seu último suspiro. Você entendeu? — Ela olha
para ele, e tem seu comportamento típico de matriarca, é severa, mas suave.
Quando Bryan não responde, ela acrescenta. — Câncer corre solto em nossa
família. Esta equipe de médicos são os melhores do mundo. Se você não quer me
agradar, pelo menos, deixe-os examiná-lo pela Hallie.

Bryan endireita e olha pra ela. — Não se atreva.

Constance sorri e parece perfeitamente maliciosa. — Nunca iria tentar levá-
lo para longe dela. Devo-lhe alguma coisa pelo meu erro todos aqueles anos atrás.
Ela pode ficar.

— Escreva isso.

— O quê? — Constance pisca, parecendo atordoada.

— Escreva isso e assine. Quero o tabelião aqui também. Depois de feito isso,
você pode dizer a quem quiser.

— Apenas deixe os médicos examiná-lo. Então, essa necessidade tola para
assinaturas e um tabelião não são necessários.

Bryan levanta uma sobrancelha para ela. — Faça isso. Há mais uma coisa
que você vai querer saber e não estou dizendo absolutamente nada até que o
tabelião esteja aqui.

Constance parece irritada em seguida movimenta seu olhar para o meu. —
Mantenho minhas promessas.

— Não sei. — Responde friamente.

Bryan olha para Sean, que está por trás de sua mãe. Ele tem tudo reunido,
posso ver isso em seu rosto. Sean interrompe. — Vou fazer isso. Quem mais você
quer aqui?

— Jon e Jos.

Sean acena uma vez. — Feito. — Ele sai do quarto rapidamente, e embora
ele não reagisse, sei que a compreensão de que seu primo em breve terá ido
golpeou-o duramente. Foi a maneira que seus ombros esticaram e seu maxilar
travou. Os movimentos eram menores, mas vi-os mesmo assim.

Capítulo 7

— Você não pode estar falando sério? — Jos pisca e cruza os braços
delgados sobre o peito. — Não pode fazer isso. Vamos contestar. Você sabe que nós
vamos.

Jon olha para Sean, mas não diz nada. Bryan está sentado na cama e estou
ao lado dele usando seu moletom.

Seu braço está ao meu redor, possessivo, protetor. — Sei, e é por isso que
tinha elaborado. Assine isso. — Bryan está segurando um envelope. Ele levanta,
entregando-o a Jon. Seu primo abre a carta e pega uma caneta, risca seu nome na
parte inferior antes de passá-lo para sua mãe.

Os olhos de Constance agitam sobre a carta e ela balança a cabeça. — Não,
isto não é como as coisas funcionam. Você não pode entregar a sua parte da
propriedade a uma estranha. Mesmo se você se casar com ela e morrer, ainda não
seria dada dessa quantia de dinheiro para ela. Você perdeu o juízo, Bryan. Não
posso assinar isso. Não posso prometer que não vou contestar essa decisão.

Jon fala com firmeza. — Ela não é uma estranha e seria sua esposa se não
tivéssemos interferido.

Sua mãe lhe dá um olhar que poderia matar um urso. — Não, não vou
assinar isso. Você tem estado doente há algum tempo e suas faculdades mentais
foram comprometidas. Nenhum juiz em sã consciência permitirá que essa vontade
permaneça. Este é o dinheiro Ferro, não dela.

Sean foi ao lado de Joselyn. Ela está encostada na parede, em silêncio. A
irmã de Bryan continua a alternar entre a negação e piscando rápido, como se ela
estivesse tentando não chorar. — Ele não está tão doente. Já o vi todos os dias. Ele
está rindo! — Como se isso explicasse tudo. Ela cobre a boca com a mão e sai
correndo do quarto.

Bryan suspira alto e acena para Sean. — Vá buscá-la.

Sean corre atrás de Jos, fechando a porta atrás de si.

Eu não tinha ideia do que Bryan queria, mas agora que estou olhando para
ele, tenho medo de falar. Ele quer que eu seja sua herdeira. Alguns de seus bens são
partes da propriedade Ferro e essa quantidade de dinheiro é mais do que tenho
para os direitos de venda de livros e de filmes combinados. Quero dizer a ele que
não pode tirar isso, mas ele vê em meus olhos. Bryan acaricia meu rosto e diz
baixinho. — Eu quero cuidar de você, mesmo depois que partir. Hallie deixe-me.
Por favor.

— Eu amo você, e você não tem que provar nada para mim. Além disso,
tenho dinheiro suficiente, mesmo com Neil comprando a casa e gastando a maior
parte do meu adiantamento. — Opa. Não tinha dito a ele que parte, ainda.

Bryan parece furioso. Ele está pronto para pular da cama. — Esse maldito
filho de uma...

Puxando seu braço, imploro com ele. — Pare! Bryan, você não pode
consertar tudo e não quero que você faça. O tempo com você é muito mais precioso
do que tentar obter o dinheiro de volta. Além disso, tenho uma casa enorme. Sei
que posso tirar isso dele se for ao tribunal.

Constance revira os olhos. — A ingenuidade é imprópria, querida. Como
você permitiu que ele gastasse toda a sua fortuna? Envolver os tribunais criará um
escândalo público, para não falar que é um desperdício de tempo e dinheiro. — Ela
olha para Bryan, como se eu provasse seu ponto. — Veja, Bryan? É por isso que
você não deve fazer isso. Dinheiro novo sempre comete erros como este, e não vou
ver a fortuna Ferro desperdiçada com tal irresponsabilidade. Minha resposta final
é não, e nenhum juiz vai respeitar essa vontade. — Ela vira-lhe as costas para ir
embora.

Mas Bryan empurra para fora da cama e caminha pelo quarto com aquele
sorriso que usa sempre, o que esconde a sua dor. — Tia Connie, você obviamente
não leu.

Ela para e se vira, olhando-o como se ela não acreditasse que ele está tão
doente. — Não há nenhum ponto. Isso não vai ficar.

Seu sorriso amplia quando Jon pede os papéis. Entregando a vontade de sua
tia, Bryan diz simplesmente: — Leia a data.

Ela olha para ele e, em seguida, para os papéis que foram colocados em suas
mãos. Alguma coisa muda nesse segundo e sua tia endurece. Ela olha a vontade em
descrença enquanto seus lábios em uma linha fina. Quando ela olha para Bryan, há
fogo queimando em seus olhos. — Você foi pelas minhas costas e fez isso, mesmo
depois que você viu?

O sorriso falso de Bryan desaparece. Sua voz cai para um sussurro mortal.
— Depois que vi minha irmã dando uns amassos com um cara, sabia Jon? É isso o
que estamos falando? — Jon fica branco. É como se alguém virasse um interruptor.
Seu queixo cai quando seus olhos se arregalam. Ele tenta interromper, dizer algo
para sua mãe, mas Bryan não deixa. — Vou lidar com você mais tarde. — Bryan
agarra em Jon antes de voltar seu olhar para Constance.

— Pode contestar tudo que quiser, mas tenho um forte pressentimento de
que você não vai. Se o resto da família me apoiar, o tribunal vai também e então
você terá o escândalo por nada. Imaginem o que diriam os jornais quando eles
descobrirem que o homem erótico do livro de Hallie é um Ferro. Imagine o que
faria com a família, tia Connie. Imagine o seu nome adicionado ao lixo que será
impresso quando descobrirem sobre o seu segredo.

Os olhos de Constance se estreitam quando ela passa em direção a seu
sobrinho. — Ela não ousaria.

Bryan ri uma vez. — Não, ela não iria, mas eu faria. Vou ter alcance além da
minha sepultura, prometo. Se você machucá-la, seu segredinho vai se espalhar
mais rápido do que os caranguejos em um puteiro.

Constance torce o nariz em desgosto. — Você me desafiou.

— Você não pode me controlar mais. Ninguém pode. — Bryan pisca
rapidamente e suga o ar. Seus olhos se fecham, e ele agarra na cômoda perto da
parede, mas ela está muito longe.

Jon pula para ele, agarrando seu primo pelo ombro debaixo do braço para
manter Bryan de cair no chão, enquanto sua mãe não faz nada para ajudar. —
Vamos Bryan. — Jon tenta afastar Bryan, mas ele não se move. Em vez disso, ele
dispensa a ajuda e olha sua tia nos olhos. — Sei o que você está pensando e está

errada. Mais uma vez. Confie em mim, pela primeira vez, chame isso de presente
de despedida.

Constance olha firme, olhos irritados estudando os papéis. — Ela pode ter o
que está em suas contas e as coisas que você deu a ela, mais nada, nem um centavo,
está saindo de sua herança.

— Tudo bem. Assine isso.

— Mas você não tem esse tipo de dinheiro, então de onde está vindo? —
Enquanto ela fala, Sean desliza de volta para o quarto com uma Jos coberta de
lágrimas a tiracolo.

Bryan está fraco e irritado. Eu sei que sua cabeça está latejando e do jeito
que ele está piscando, duvido que possa ver por mais tempo. Entregando-me seu
telefone, ele diz para abrir um aplicativo. — Vá para o aplicativo bancário e mostre
a todos.

Faço o que ele pede, e meu queixo cai quando abro suas contas. — Puta
merda!

Meu desabafo choca Joselyn. Ela corre para olhar para a tela do telefone, em
seguida, olha para o irmão dela, como se ela não soubesse. — Onde você conseguiu
isso?

Jon pega o telefone e pisca uma vez, tentando conter um sorriso antes de
passá-lo para Sean. Seu irmão olha para isso uma vez, impressionado, e depois
entrega para sua mãe. Constance inala devagar, inchando. — Responda. É este o
dinheiro da droga?

— Você está falando sério? Não, não é o dinheiro da droga. Estive alto nos
últimos meses por causa de remédios prescritos para a dor, não drogas ilegais. O
que diabos está errado com vocês? Um cara não pode ganhar a vida honestamente?

Jos fala primeiro. — Sim, mas você não trabalha.

Bryan suspira e resolve voltar para o travesseiro. — Eu fiz e faço. Sou um
comerciante do dia. Pintura de tela, isso levantou os negócios recentemente. — Sua
irmã gêmea faz o que ele pede e seus olhos ficam maiores. — Tomo grandes somas
de dinheiro e coloco em ações de alto risco. Quando acontece, recebo uma pequena
fortuna de cada vez.

— Mas quando isso não acontece você perde uma pequena fortuna. — Jos
olha para seu irmão, enquanto Jon estuda os números de cima do ombro.

Digo baixinho. — Não sabia que você fazia isso.

Ele sorri para mim. — Não contei a ninguém. É arriscado e não é
exatamente uma forma ortodoxa de ganhar a vida, tanto quanto a minha família
está preocupada. Prefiro trabalhar mais esperto, mais difícil. Além disso, esta é a
única maneira que poderia trabalhar alguns dias, especialmente nos últimos
tempos. — Um silêncio chocado cai sobre o quarto. Bryan não é só charmoso e rico
de nascimento, mas ele mais do que triplicou sua fortuna e ninguém sabia sobre
isso. Para eles, parecia que o homem sentado ao meu lado não fazia nada além de
brincar e se divertir.

Bryan me puxa para ele até que minha cabeça repousa contra seu peito. Ele
segura firme e olha para baixo. — Assine o testamento. É claramente o meu
dinheiro e não há dúvida quanto ao meu estado mental quando isso foi elaborado.

Olho para ele. — Quando você decidiu deixar tudo para mim? — Eu sei que
tinha que ser antes da doença.

— O dia em que terminamos. Queria que esse dinheiro chegasse até você
como um tijolo na cabeça. Eu queria estragar qualquer felicidade que tinha, para
forçá-la a dizer ao seu marido quem eu era e o que fizemos. Minhas intenções não
eram nobres, Hallie, portanto, não aja como se fossem. Queria machucá-la tanto
quanto você me machucou. Nunca sonhei que tinha sido enganado pelo meu
melhor amigo. — Ele dá a Jon um olhar severo. — Então, quando descobri que
estava doente, não mudei. Eu tinha planejado ficar longe de você, mas quando você
apareceu na TV com aquele livro, não poderia ficar longe.

— Estou feliz que você não pode.

— Então, você não está com raiva?

Eu rio e o abraço apertado. Quando solto, olho em seus olhos. — Perder
você foi o meu maior arrependimento. Fico feliz que você não me deixou de fora.
Tudo que quero é você, Bryan. Você pode fazer o que quiser com esse dinheiro.
Não preciso disso.

— Talvez não, mas preciso de você para tê-lo. Preciso ter paz de espírito
quando der meu último suspiro, sabendo que não importa o problema que surgir
em seu caminho, você tem meios para escapar. Além disso, é um presente, então
você não pode devolvê-lo. — Ele sorri para mim, e beija minha bochecha.

Eu me sinto tão estranha. Sua família está tão triste, mas não há nenhum
balanço de Bryan. Não quero brigar com todos quando ele for para longe. Não
quero passar raiva, tento dizer não novamente, mas antes que possa falar, sua irmã
toma a vontade de sua tia e assina.

— Eu não vou contestar. É seu. — Ela solta um suspiro e acrescenta. —
Sinto muito. Ambos precisam saber. Não tinha ideia do quanto ela o amava. Não
parecia dessa forma para nós. Não deveria ter feito isso. Deus, Bryan, entendo se
você não puder me perdoar. Não consigo me perdoar. — Sua voz está tremendo e
seus olhos estão vidrados. Lágrimas vão cair em um momento. Jos se vira para
mim. — Hallie, você é bem vinda aqui. Vou ter certeza durante o tempo que quiser.
Sinto muito. — Ela engasga e a última palavra não faz todo o caminho, antes que
ela se vire e corra para fora do quarto novamente. Ouvimos os soluços quando ela
se retira no final do corredor.

Sean pega os papéis da sua mãe e assina. — E pensei que você era um
preguiçoso. — Sean balança a cabeça sorrindo enquanto sai do quarto.

Jon limpa a garganta, mas Bryan não olha para ele. — Não posso compensar
o que eu fiz.

— Não, você não pode. — Bryan responde amargamente.

— Não era para machucar você. Juro por Deus, Bryan. Pensei que ela estava
atrás de seu dinheiro.

— Nós pensamos isso de todos, Jon. Poderia facilmente ter dito a mesma
coisa sobre Cassie naquela época. Mesmo agora. Dinheiro lhe daria uma liberdade
que ela não tem. Dito isto, você prefere que fosse melhor esconder de você?

— Não, diga. — Jon sacode a cabeça e dá passos mais perto.

— Você pensou que algo de ruim sobre a mulher que eu amava e não se
importou em me dizer suas suspeitas. Em vez disso, você agiu sem me consultar

primeiro. Deveria ter sido a minha escolha, a minha decisão - e não a sua. Nem
mesmo pensou que ela se importava comigo?

Jon parece que comeu uma cabra e seus chifres estão presos em sua
garganta. — Bryan, não acho que vale a pena repetir, não agora.

— Eu acho. Diga-me.

Jon olha para mim, mas não tenho ideia do que ele vai dizer. — Vi os livros
dela. Eles estavam cobertos com o seu nome e “Sra. Hallie Ferro.” Isso me
preocupou, mas depois que a ouvi falando com alguém, dizendo que estava
namorando um cara rico que lhe daria dinheiro sempre que ela pedisse.

Minha testa franze. — Eu nunca disse isso.

— Ela nunca pediu dinheiro e nunca teve. — Bryan encara Jon, perplexo.

— Eu a vi entrar no vestiário e ouvi sua voz. Pensei que era ela, mas deve ter
sido errado. Não teria feito isso por um capricho, Bryan. Estava certo. E agora a
única coisa que posso dizer é que sinto muito.

De repente, me sinto mal por dentro. Sei o que ele está falando. Eu e Maggie
costumávamos brincar sobre casar com homens ricos e fazê-los comprar todos os
tipos de coisas caras. Com o maxilar tremendo, eu digo: — Eu disse isso. — Todo
mundo olha para mim. — Não se tratava de Bryan, no entanto. Uma das maneiras
que Maggie e eu conversávamos com nosso passado era sonhar com um futuro
onde tivemos maridos lindos com toneladas de dinheiro para cuidar de nós. Nós
brincávamos sobre a compra de iates e mansões. Ela acrescenta uma nova ala para
sua mansão e acrescentaria outro jato à minha frota privada. Era uma piada.
Maggie nem sabia que estávamos namorando. O livro que você viu foi o meu diário,
e não tenho nenhuma ideia de como você viu, pois estava no meu armário e não
para fora aberto.

Jon sorri sem jeito. — Prefiro não dizer.

Viro-me e olho para Bryan. — Nunca quis seu dinheiro. Só queria você.

Ele beija minha testa e me puxa para mais perto. — Eu sei, querida. Eu sei.
— Depois de um momento, ele segura a mão de Jon. — Eu a tenho agora. Prometa
que você vai cuidar dela quando eu me for.

Jon engole seco e acena com a cabeça antes de pegar a mão do seu primo.
Jon sacode e então diz: — Foda-se. — Ele se inclina para nós e nos abraça,
esmagando juntos em um abraço de urso. Quando Jon se endireita, corre para fora
do quarto sem dizer uma palavra.

Sua tia fica ali, apertando suas mãos. Nós a vimos por um momento. Sua
costa está rígida em sua roupa perfeitamente ajustada. Quando ela fala parece que
vai assinar. — Bryan, não consigo imaginar o que você está passando, o que
passou. Sei que sou responsável por um pouco da dor que é concedido a você e por
isso peço desculpas, mas um passo em falso não corrige outro. Não posso permitir
isso. Sinto muito. — Ela deixa cair o papel em cima da cama e caminha até a porta.
Antes de sair, diz sobre o ombro. — Hallie, certifique-se que ele permita que os
médicos o examinem de novo. Agora não é o momento para discutir.

— Agora é o único momento que você tem. — Pressiono meus lábios e olho
para ela, implorando mentalmente para não discutir com ele, agora não. O tempo
para a discussão acabou.

Os olhos frios de Constance encontram os meus, mas ela não entende. Em
vez disso, a mulher mais velha empurra a porta e não olha para trás.

Capítulo 8

Bryan não quer os médicos para vê-lo mais, por isso convidei-os a acampar
em seu quarto até que ele relutantemente dê permissão. Eu sei que ele não quer
colocar suas esperanças, e fazer isso é o suficiente para mexer com a sua cabeça
horrivelmente. O menor vislumbre de esperança falsa vai esmagá-lo.

A equipe médica está vestindo roupa informal, sem uniforme ou jalecos de
laboratórios. O primeiro homem é jovem, talvez trinta, com um cavanhaque e uma
cabeça raspada. Há uma mulher mais velha, uma oncologista, com uma prancheta.
Enquanto os outros falam fazendo perguntas e conversando com o outro, ela
rabisca constantemente, sem dizer nada. Quando ela chegou, eu pensei que era sua
secretária. Ela quase arrancou minha cabeça por esse erro, mas no que diz respeito
ao seu trabalho, a mulher não fala. Ela só circula Bryan e anota as coisas. O terceiro
médico é mais velho, de cabelos brancos crespos espetados na cabeça e uma
camisa xadrez peculiar combinando com a calça. Parece que ele escapou do
hospício. Eles estão olhando-o por uma hora agora, mas sinto que é mais. Por que o
tempo parece rastejar quando as coisas são mais importantes? Sob a sua inspeção,
meu amor está agindo como um menino mal. Eu quero envolver meus braços em
torno dele e mandá-los irem embora, mas esta é sua última chance, nossa última
chance.

— Mas se há algo que eles possam fazer...

O maxilar de Bryan está bloqueado. Ele está sentado na beira da cama sem
camisa e me olhando. — Ninguém sabe o que eu passei para chegar a este
diagnóstico em primeiro lugar. Sentando aqui, repetindo o processo é
desnecessário e cruel. Eu pensei que você entenderia isso.

— Diferentes olhos podem ver coisas diferentes.

— Diferentes olhos não vão retirar o tumor enorme na minha cabeça, Hallie.
— Suas palavras são tão aguçadas que meu olhar cai para o chão. Ele suavizou. —
Sinto muito. É só que eu estou cansado, tão cansado, e quero gastar o tempo que
me resta com você - não com eles. — Ele golpeia seu polegar para o Dr. Plaid.

O velho sorri. — Estamos todos meio mortos, criança. É uma questão de
estender a vida para torná-lo mais agradável possível. Mesmo que não possa curá-
lo, podemos garantir que o final seja tão bom quanto pode ser.

O olhar afiado de Bryan corta para o homem. — Não seja condescendente
comigo. É fácil dizer quando não há nada de errado com você.

O velho ri e aponta uma espátula de língua para Bryan. — É aí que você está
errado, garoto. Nós não vamos todos para reuniões de grupo ou orgulhosamente
usamos o nosso cartão de câncer em nossos peitos - embora eu ache que deveria.

— Você tem câncer? — Bryan pergunta, chocado.

O velho concorda. — Sim senhor, e é chegado ao ponto que eu não veja
pacientes mais, mas eu devia um favor a sua tia, por isso aqui estou. O melhor
médico de câncer por perto e eu estou morrendo da mesma doença maldita que eu
passei a minha vida curando. Permiti ao meu colega dar uma olhada em você, então
vamos comparar e ver se há algo que podemos fazer para tornar a sua vida melhor
- você pode apostar dinheiro nisso. — Ele aperta o ombro de Bryan e sai do
quarto. Os outros médicos do sexo masculino seguem, deixando-nos com a Dra.
Rabiscos.

Ela é mais velha do que o Dr. Cavanhaque e muito mais silenciosa quando
finalmente fala. — Quando você começou a ter dores de cabeça, onde estão
elas? Você pode me mostrar? — Bryan aponta, explicando o melhor que pode. Ela
acena com a cabeça. — Elas sempre estiveram lá?

Ele está em silêncio por um momento, pensando e depois balança a cabeça.
— Não, elas se mudaram. Originalmente parecia uma sinusite que estava por trás
de meus olhos e ouvidos.

Ela acena com a cabeça, enquanto pega as informação por escrito, com os
olhos digitalizando suas notas rapidamente enquanto faz isso. Ela faz mais algumas
perguntas, principalmente sobre o tempo - quando isso aconteceu, o que aconteceu
- seguido de um exame. Ela faz perguntas cutucando, até que Bryan esteja exausto
demais para responder. Ele despenca de volta para sua cama.

Ela suspira e olha para seus papéis, e em seguida, olha para Bryan antes
segurar os papéis em seu peito. — Deixe-me falar com os outros. — Ela sorri para
nós e sai.

Quando a porta clica fechada, eu olho para Bryan. Eu estive sentada em uma
cadeira em frente a ele. — Isso foi enigmático.

Seu braço está caído sobre os olhos. — Sim, eu pensei que ela ia sacar uma
fita métrica e sugerir um tamanho de caixão.

— Bryan!

— Ela tomou notas durante duas horas seguidas!

Eu sorrio um pouco. — Ela provavelmente estava escrevendo mensagens de
ódio para sua tia. É um hobby. Estou pensando em me juntar a ela em breve. —
Bryan ri tanto que estremece. Eu corro e deslizo na cama ao lado dele. — Me
desculpe, eu não queria fazer doer mais.

Ele levanta a mão. Eu a pego, e beijo-a. — O riso é uma das únicas coisas que
me mantem são. — Ele sorri para mim, e em seguida coloca a cabeça em meu colo.

— Eu também. — Nós ficamos lá por um longo tempo, acariciando seus
cabelos enquanto cantarolava uma canção de ninar. Eu não me lembro de aprendê-
la. Eu canto as notas suavemente, continuando mesmo depois que ele está
dormindo.

Eu não ouço a porta abrir, então me assusto quando vejo Joselyn parada lá.

Ela levanta as mãos e, em seguida, pressiona um dedo sobre os lábios. Ela
estuda seu irmão como se estivesse tentando ver o câncer através de sua pele.
Finalmente, ela olha para mim e sussurra: — Eles disseram alguma coisa?

— Ainda não. — Eu sussurro de volta.

— Se precisar de mim para alguma coisa, estou aqui. — Ela está tão
nervosa. Seus braços estão envolvidos ao redor da sua cintura e ela mal está
respirando. Ela acha que Bryan vai morrer antes que ele a perdoe por nos separar.
Jos olha para todos os lugares, exceto para Bryan. Colocando um pedaço de cabelo
atrás da orelha, ela se aproxima de mim. — Eu lhe daria um rim se isso ajudasse.
Sério Hallie. Certifique-se de que ele saiba disso. — Ela está torcendo as mãos,
prestes a explodir em lágrimas novamente. A blusa azul marinho é feita de tecido

que flui. Está acoplada com um par de jeans rasgado que custa uma fortuna. Jos
olha direto nos meus olhos. — Qualquer coisa que ele precisar, ok. Não se esqueça
de dizer a ele. Sei que ele está com raiva de mim e eu gostaria de poder desfazer
tudo. Sinto muito, Hallie.

Bryan fala, surpreendendo a nós dois. — Eu não estou bravo com você, Jos.
Eu adoraria se você estivesse aqui quando eles voltarem. Sente-se. Fique. — Nós
duas pensamos que ele estava dormindo.

Os lábios de Jos tremem violentamente, mas ela consegue dominar isso e
toma seu lugar. — Eu te amo, Bry.

Ele sorri fracamente. — O mesmo para você, Mini gêmea.


                               CONTINUA

 

 

                                                                                                    H. M. Ward

 

 

 

                                          Voltar a Série

 

 

 

                                       

O melhor da literatura para todos os gostos e idades