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Planeta Criança



Poesia & Contos Infantis

 

 

 


FOREVER TOO FAR / Abbi Glines
FOREVER TOO FAR / Abbi Glines

                                                                                                                                                                                                 

 

 

 

 

Biblio VT

 

 

 

 

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."

 

 


 

 

 

Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


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Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


https://img.comunidades.net/bib/bibliotecasemlimites/FOREVER_TOO_FAR_.jpg

 

Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


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Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


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Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


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Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"


CONTINUA

Se eu não estivesse tão absorvido por Blaire e a forma como ela iluminava o lugar, eu teria o visto entrando. Mas não o vi. De repente, a conversa ao meu redor ficou em silêncio e todos os olhos focaram na porta atrás de mim. Olhando para baixo para Blaire, que ainda estava conversando com Woods e não percebeu a mudança no local, eu a coloquei atrás de mim como uma medida de proteção antes de me virar para ver o que tinha capturado a atenção do bar.
Os mesmos olhos cor de prata que via todos os dias no espelho estavam focados em mim. Fazia algum tempo desde que tinha visto meu pai. Normalmente mantinha contato mais, mas com Blaire entrando no meu mundo e transformando completamente meu eixo, não tinha tido tempo e energia para acompanhar meu pai ou ligar para falar com ele. Parecia que ele tinha vindo para me encontrar neste momento.
"Ele é o seu pai?", Blaire disse baixinho ao meu lado.
Ela mudou-se, enfiando-se atrás de mim e segurando meu braço agora.
"Sim, ele é."


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Sem maquiagem de palco e roupas de couro preto, ele parecia uma versão mais velha do Rush. Tive que andar rapidamente para acompanhar Rush que estava segurando minha mão firmemente enquanto caminhava rapidamente para fora e longe dos outros clientes no bar. Seu pai mostrou o caminho. Não estava certa se Rush estava feliz em vê-lo ou não. A única interação que eles tiveram foi do Rush acenando com a cabeça em direção a porta. Ele, obviamente, não queria esta apresentação com uma audiência.
Dean Finlay, o baterista mais famoso do mundo, parou várias vezes no nosso caminho para autografar itens empurrados a frente dele. Não foram apenas as mulheres. Um cara tinha mesmo dado um passo à frente e pedido para ele assinar um guardanapo. Os olhos ameaçadores de Rush brilhavam, enquanto tentava obter seu pai fora do bar e fazer o resto do caminho.
Em vez disso, tudo o que eles fizeram foi permanecer em silêncio e ver como o baterista do Slacker Demon saia pela porta.
A brisa da noite estava fria agora. Imediatamente estremeci e Rush parou e passou os braços em volta de mim.
"Nós precisamos ir para casa. Não vou ficar aqui no estacionamento para conversar. Está um frio maldito,” Rush disse a seu pai.
Dean finalmente parou de andar e olhou para mim. Seus olhos lentamente, me acolheram e podia ver o momento em que ele notou minha barriga.
"Dean, esta é Blaire Wynn. Minha noiva. Blaire, este é Dean Finlay, meu pai,” Rush disse em uma voz apertada. Não parecia que ele queria fazer esta apresentação.
"Ninguém me disse que eu vou ser vovô", disse ele em uma voz arrastada. Não sabia como ele se sentia sobre isso, porque não havia nenhuma emoção em seu rosto.
"Estive ocupado", foi a única resposta que Rush deu a ele. Isso foi estranho. Ele estava com vergonha de dizer a seu pai? Senti-me mal na minha barriga e comecei a me afastar dele.
Seus braços se apertaram seu domínio sobre mim e eu podia sentir sua atenção focada completamente em mim.
"O que há de errado?"
Ele perguntou, virando as costas para seu pai e curvando-se para que ele pudesse me olhar diretamente nos olhos. Não queria ter essa conversa na frente de Dean. Podia sentir os olhos de seu pai em nós dois. Balancei minha cabeça, mas meu corpo ainda estava tenso. Não podia deixar assim. O fato dele não ter dito a seu pai estava me incomodando.
"Vou andando com o carro. Vou encontrá-lo de volta em casa,” Rush disse por cima do ombro, mas manteve os olhos focados nos meus. Deixei o seu olhar, desejando não ter reação agora. Eu estava fazendo uma cena. Dean pensaria que sou uma princesa chorosa.
Abri minha boca para argumentar quando Rush envolveu o seu braço em minha cintura e me levou para o Range Rover. Ele estava ansioso. Ele não gosta de me perturbar, o que era algo que precisávamos trabalhar. Eu ficaria chateada. Ele não podia controlar isso.
Rush abriu a porta do lado do passageiro, me levantou e me colocou como se eu tivesse cinco anos. Quando ele pensava que estava chateada, ele começava a me tratar como uma criança. Nós realmente precisávamos trabalhar nisso também. Ele nem sequer tinha a porta fechada, quando olhou para mim.
"Alguma coisa está errada. Preciso saber para que eu possa corrigir”.
Suspirei e afundei contra o assento. Eu poderia muito bem acabar com isso, mesmo que eu estivesse sendo um pouco sensível.
"Por que não disse ao seu pai sobre o bebê?”
Rush estendeu a mão e fechou a mão sobre a minha.
"Isso é o que há de errado? Você está chateada porque eu não disse ao Dean?”
Balancei a cabeça e mantive meus olhos em nossas mãos descansando em minha perna.
"Não tenho tido tempo para acompanhar ele. E sabia que ele apareceria quando eu dissesse, porque ele gostaria de conhecer você. Não estava pronto para companhia. Especialmente ele.”
Eu estava sendo boba. Ultimamente minhas emoções estavam em alta. Ergui os olhos e encontrei seu olhar preocupado.
"Ok. Entendo isso.”
Rush se inclinou e beijou meus lábios suavemente. "Desculpe por te chatear”, ele sussurrou antes de pressionar mais um beijo no canto dos meus lábios e inclinar-se para trás. Eram momentos como estes que eu me tornava uma bagunça.
"Ele está aqui agora. Então, vamos ver o que o trouxe aqui antes de minha mãe descobrir. Eu quero você para mim. Não quero ter minha família fodida ao redor.”
Rush não largou minha mão enquanto ligava o motor e puxava para a estrada. Coloquei minha cabeça contra o banco e virei-me para que eu pudesse olhar para ele. Seu queixo com barba por fazer fazia com que ele parecesse mais velho e indomável. Muito sexy. Gostaria que ele deixasse a barba com mais frequência. Gostei muito da sua aparecia. Tinha retirado seu brinco e quase nunca usava mais.
"Por que você acha que ele está aqui?" Perguntei.
Rush olhou para mim. "Estava esperando que ele estivesse aqui para conhecê-la. Mas não acho que soubesse sobre você ainda. Ele pareceu surpreso. Então isso significa que isso poderia muito bem ser sobre Nan”.
Nan. Sua irmã não tinha voltado para Rosemary desde sua alta hospitalar. Rush não parecia estar preocupado sobre isso, mas ele amava sua irmã. Odiava ser a razão dela ficar longe. Agora que ela sabia quem era seu verdadeiro pai e que eu nunca tinha tomado nada dela tinha esperança que pudéssemos ser amigas por causa do Rush. Não parecia que isso ia acontecer.
“acha que Nan foi ver Kiro", perguntei.
Rush encolheu os ombros. "Eu não sei. Ela parece diferente desde o acidente.”.
O carro parou do lado de fora da grande casa de praia que havia sido comprada para Rush por seu pai quando ele era apenas um garotinho. Rush apertou minha mão.
"Eu te amo, Blaire. Tenho muito orgulhoso do fato de que você vai ser a mãe do meu filho. Quero que todos saibam. Nunca duvide disso.”
Meus olhos ardiam com lágrimas e acenei com a cabeça antes de levantar sua mão a beijar.
"Eu me emociono. Você precisa me ignorar quando fico desse jeito.”
Rush sacudiu a cabeça. "Não posso ignorá-la. Quero tranquiliza-la.”.
A porta do lado do passageiro se abriu e virei minha cabeça ao redor para ver Dean Finlay lá com um sorriso no seu rosto.
"Coloque a mulher para fora do carro, meu filho. É hora de eu conhecer a mãe do meu neto."
Dean estendeu a mão e coloquei a minha na sua, não tinha certeza mais o que fazer. Seus longos dedos em volta da minha mão e ele me ajudou a descer do Range Rover. Rush estava lá imediatamente pegando a minha mão do seu pai e puxando-me para ele. Seu pai riu e balançou a cabeça.
"Pelo amor de Deus."
"Vamos entrar," Rush respondeu.
Rush
Dean caminhou até o sofá e sentou-se sobre ele antes de puxar um maço de cigarros. Merda. Ele não era o que eu queria tratar agora.
"Não é possível fumar aqui ou em volta de Blaire, neste estado. É ruim para o bebê”.
Dean levantou uma de suas sobrancelhas. "Droga menino, tenho a maldita certeza que sua mãe fumava quando estava grávida de você.”.
Não tinha dúvida de que ela fez isso e muito mais. Nenhuma maneira de eu expor meu filho a esse material.
"O que não quer dizer que seja saudável. Blaire não é nada parecida com minha mãe.”
À menção de seu nome, Blaire entrou na sala carregando duas cervejas. Não havia pedido a ela para pegá-las. Não gostava de vê-la servir ninguém. Mas ela fazia isso de qualquer maneira. Fui até ela e peguei a no meio do caminho.
“Você não tem que fazer isso,” eu disse a ela pegando-as enquanto dei um beijo em sua têmpora.
"Eu sei. Mas temos um convidado. Quero que ele se sinta bem-vindo.”
O sorriso em seus lábios tornou difícil me concentrar no meu pai. Queria levá-la até o quarto.
"Tragam-me cerveja, menino, e pare de ser tão maldito arrogante. Você vai sufocar a garota. Não sei que diabos deu em você.”
Uma pequena bolha de riso veio dos lábios de Blaire e decidi que desde que ele a fez rir, ignoraria suas palavras.
"Aqui", eu disse, empurrando a cerveja em seu caminho.
"Agora, porque você está aqui?”
"O quê? Um pai não pode vir ver o seu filho quando ele quer?”
"É Rosemary. Você nunca vem aqui.”
Dean deu de ombros e tomou um gole de sua cerveja, em seguida, jogou um braço na parte de trás do sofá apoiando ambos os pés em cima da mesa do café. "Sua irmã é uma cadela louca. Ela é louca. Precisamos de ajuda.”.
Tratava-se de Nan. Pensei que poderia ser. Sentei-me na cadeira em frente dele e segurei a mão de Blaire. Não queria ela em pé e queria que ela se sentisse bem-vinda em nossa conversa. Ela se aproximou e eu a puxei para sentar no meu colo.
"O que Nan fez?", perguntei, quase com medo de ouvir a resposta.
Dean tomou outro gole de sua cerveja. Em seguida, passou a mão pelo longo cabelo desgrenhado.
"A pergunta é, o que ela não fez. A garota está atormentando a todos. Nós não podemos ter qualquer descanso. Nós terminamos a turnê há duas semanas e voltamos para Los Angeles para desfrutar de algum tempo de descanso. Ela apareceu e o mundo desabou. Ninguém está conseguindo descansar. Kiro não sabe o que fazer com ela. Precisamos de um pouco de ajuda.”
Sabia que Nan não era tranquila, mas não esperava que ela fosse para Los Angeles e procurasse Kiro. Ela sabia que o meu pai e Kiro compartilhavam uma mansão de Beverly Hills. Eles viviam nela quando eles não estavam em turnê por toda minha vida. Kiro tinha sido casado algumas vezes e ele se mudava às vezes, mas depois a cada divórcio, ele voltava. Era conhecido como a mansão Slacker Demon. Ninguém jamais tinha realmente certeza quando os membros da banda estavam na residência.
"Ela está ficando na mansão?", Perguntei.
Papai ergueu as sobrancelhas. "Pareço um idiota para você? Foda-se não, ela não está ficando lá. Ela só aparece todo o maldito tempo. Ela está fazendo exigências e merda, Kiro tentou acalmar as coisas e criar algum tipo de relacionamento com ela, mas ela não vai deixá-lo. Ela não vai ouvir e ela... bem, ela descobriu que ele tem outra filha. Não vou mais além.” Aparentemente, ela não sabia sobre a filha de Kiro, mas Mase ainda tinha contado.
"Ela deve estar tão chateada", Blaire disse com preocupação real em sua voz. Como Blaire podia sentir qualquer simpatia por Nan eu não sabia.
"Você precisa ir vê-la. Ajudá-la a lidar com isso e veja se você pode ajudar ela e ao Kiro criarem algum tipo de relacionamento."
Comecei a discordar, mas Dean me cortou.
"Gosto dela. Isso é exatamente o que você precisa fazer. Seu quarto está vazio e você sabe que é confortável. Traga Blaire com você e isso vai me dar uma chance para conhecê-la e passar mais tempo com você também. Se não o fizer, Kiro pode acabar matando Nan”.
Blaire apertou meu ombro. "Acho que devemos ir. Nan precisa de você.”.
Inclinei a cabeça para trás e olhei para ela. "Por que você se importa com o que Nan precisa?” perguntei em reverência.
"Porque você a ama", foi sua resposta simples.
"Está decidido. Agora, já foi o suficiente sobre Nan. Quero saber quando o bebê chegará e quando será o casamento”.
Dean disse com um tom alegre. Vindo com tom muito diferente do que ele estava usando quando falou sobre Nan.
Blaire olhou para o meu pai e sorriu. “Estou com vinte semanas de gravidez. O bebê não é esperado até meados de abril. E iríamos nos casar em duas semanas, mas não quero que isso seja pesado para o Rush. Prefiro adiar o casamento e o deixar cuidar das questões de família em primeiro lugar. Nós não enviamos os convites ou qualquer coisa. Então, mudar a data não é um problema.”.
"Não. Não vou esperar mais para mudar a seu último nome”, argumentei, mas Blaire colocou o dedo sobre meus lábios.
"Shhh. Não quero discutir sobre isso. Não posso desfrutar do nosso casamento sabendo que você tem problemas familiares para lidar. Vamos aproveitar o feriado com nossos amigos como planejamos e, em seguida, iremos para Los Angeles lidar com Nan. Quando você tiver tudo resolvido, então podemos nos concentrar em nosso casamento.”
Não quero esperar. Odiava a ideia dela ainda ser Blaire Wynn, enquanto o nosso bebê crescia dentro dela. Queria que ela tivesse meu nome e que o mundo soubesse que eu a quero e ao meu bebê. Mas o brilho determinado em seus olhos me disse que eu não venceria esse argumento.
"Eu só quero que você seja feliz", finalmente respondi. Blaire beijou a ponta do meu nariz. "Eu sei que você quer. Essa é uma das muitas razões pelas quais eu te amo”.
"Se você esperará até após o feriado para voltar para LA e lidar com que sua irmã, então que assim seja. Além disso, tem anos desde que passei a Ação de Graças com você”, meu pai anunciou.
Não tinha certeza de como me sentia sobre isso.
"Gostaríamos muito de ter você aqui, Sr. Finlay", Blaire informou-lhe, sorrindo brilhantemente quando ela realmente quis dizer isso. Foda-se. Eu ia ter que deixar isso acontecer.
"Apenas me chame de Dean, querida. Já somos uma família.” O olhar satisfeito em seus olhos me fez sorrir. Talvez ter o meu pai ao redor na Ação de Graças não seria tão ruim, afinal. Se ele pudesse fazer Blaire sorrir então eu lidaria com ele.
Blaire
Falar sobre Ação de Graças me lembrou da minha mãe. Este seria o meu primeiro feriado sem ela. Quanto mais afundava em mim mais difícil tornou para respirar. Forcei um sorriso e fiz minhas desculpas antes de correr para cima para tomar um banho. Rush precisava de algum tempo sozinho com seu pai de qualquer maneira.
Deixei as lágrimas que havia retido cair livremente, enquanto me despia e entrava no chuveiro. A água quente caiu em cima de mim enquanto um soluço quebrou livre. No ano passado eu tinha feito à refeição de Ação de Graças e nós tínhamos comido juntas na sala de jantar. Sem amigos ou família. Apenas nós duas. Eu tinha chorado naquela noite também. Porque, no fundo, eu sabia que era minha última Ação de Graças com a minha mãe. As memórias de anos passados, quando Valerie e meu pai tinham estado ali eram agridoces. Meu coração doeu por tudo que tinha perdido. Eu não tinha pensado que nada poderia machucar tanto, mas eu sabia agora que estava errada.
Enfrentar o feriado sem minha mãe seria difícil. Ela adorava Ação de Graças e Natal. Gostávamos sempre começar a decorar a casa para o Natal no Dia de Ação de Graças. Então nós sentávamos e assistíamos White Christmas juntas naquela noite, enquanto comíamos restos de peru e batata cozida. Essa tinha sido nossa tradição. Mesmo depois de termos perdido Valerie, e o papai nos deixar.
Este ano tudo seria diferente. Sabendo que Rush estaria comigo e que eu estava começando uma nova família, minha própria, aliviou a dor. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui para me ver tão feliz.
A porta se abriu e eu me virei para ver Rush entrando no banheiro. Ele estava franzindo a testa. Ele parou e me estudou por um momento antes de puxar sua camisa e jogá-lo no chão de mármore. Então ele desabotoou sua jeans e saiu de sua cueca boxer. Vi quando ele entrou no chuveiro.
"Por que você está chorando?", Ele perguntou, colocando meu rosto em suas mãos. Eu sabia que o chuveiro tinha lavado as minhas lágrimas, mas meus olhos ainda deviam estar vermelhos. Balancei a cabeça e sorri para ele. Não queria preocupá-lo com minhas emoções.
"Ouvi você quando abri a porta do quarto. Preciso saber por que, Blaire.”
Suspirei e coloquei minha cabeça contra seu peito, em seguida, meus braços em torno de sua cintura. Eu tinha perdido muito, mas Deus fez o melhor, dando-me Rush. Eu precisava me lembrar de quão abençoada eu realmente era.
"O fato é que, é minha primeira Ação de Graças sem minha mãe e isso me abalou", admiti.
Os braços de Rush apertaram ao meu redor. "Sinto muito, baby", ele sussurrou em meu cabelo enquanto me segurou.
"Eu também. Gostaria que você pudesse tê-la encontrado, quero dizer, agora que você é mais velho. Queria que ela tivesse te visto todo crescido.”
"Também queria que ela tivesse visto. Tenho certeza que ela era tão perfeita quanto você é."
Sorrindo, queria discordar. Estava longe de ser tão perfeita como a minha mãe. Ela era uma dessas pessoas especiais que o mundo não vê com frequência.
"Se o meu pai ficar aqui, e for difícil para você vou mandá-lo embora. Quero fazer disso uma boa memória para você. Qualquer coisa que eu possa fazer para ajudá-la só me diga e vou fazê-lo”.
Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto novamente. Estúpidos hormônios da gravidez me fazem uma fonte de vazamento recentemente.
"Ter você comigo faz tudo melhor. Apenas falando do feriado me fez lembrar que mamãe amava Ação de Graças. Eu sabia que o último ano era o último que nós passaríamos juntos. O dia inteiro fiz tudo que podia para torná-lo especial para ela. E para mim. Eu sabia que precisaria dessa memória.”
Rush esfregou pequenos círculos nas minhas costas e me segurou em silêncio. Ficamos ali, enquanto a água passou por cima de nós por vários minutos. Finalmente ele se afastou o suficiente para olhar para mim.
"Posso lavar você?", ele perguntou.
Balancei a cabeça, sem saber o que ele queria dizer. Ele estendeu a mão para um dos os panos limpos empilhados do lado de fora do chuveiro e pegou uma das minhas garrafas de sabonete para o corpo. Então ele começou lavar as minhas costas e ombros. Ele pegou cada um dos meus braços como se eu fosse uma criança e lavou-os completamente. Estava lá e assisti como ele se concentrou em limpar cada centímetro do meu corpo. Ele não fez isso sexualmente, o que me surpreendeu. Em vez disso, era mais doce e inocente do que qualquer outra coisa que já tinha feito. Sua mão não se demorou enquanto lavava entre minhas pernas. Só ele apertou os lábios no meu estômago, quando se ajoelhou na minha frente e lavou minhas pernas e pés.
Quando ele terminou, ele se levantou e começou a lavagem meu corpo com as mãos. Cada toque parecia quase uma reverencia. Como se ele estivesse me adorando, ao em vez de me lavar. Quando meu corpo estava limpo, ele se mudou para o meu cabelo. Fechei meus olhos enquanto suas mãos massagearam meu couro cabeludo. Meus joelhos foram um pouco fraco por causa do prazer. Passou shampoo e enxaguou e depois o meu condicionador, dando-lhe tanta atenção antes colocar o meu cabelo sob a água limpa novamente.
Meu corpo estava relaxado pelos mimos. Eu estava quase lenta. Rush desligou a água e pegou duas toalhas grandes. Uma enrolou no meu cabelo e a outra que ele colocou em volta do meu corpo. Então ele me pegou, me levou para a cama e me deitou.
"Só descanse. Estarei de volta”, ele sussurrou beijando minha testa e caminhando de volta para o banheiro.
A visão de sua bunda era tentadora e eu queria ficar acordada. Tendo ele me tocado dessa forma tinha me excitado mesmo que não tivesse sido sua intenção. Tentei esperar por ele, mas meus olhos ficaram pesados e adormeci. Aconcheguei-me mais no calor. Cheirava a sol e ar do oceano. Suspirando contente, eu esfregava meu rosto contra o calor reconfortante. Ele deu uma risadinha.
Meus olhos se abriram e o peito nu do Rush estava pressionado contra o meu rosto. Sorrindo, beijei-o e olhei para ele. O sorriso divertido em seus lábios só me fez rir.
"Você é como uma gatinha quando acorda", disse ele com uma voz rouca profunda. Ele deve ter acabado de acordar também.
"Se você não me fizesse sentir tão bem, eu não estaria procurando me esfregar em você no meu sonho.” Rush piscou.
"Então estou feliz por isso, porque você não vai se esfregar em mais ninguém, ou terei que matar alguém.” Eu amava esse homem.
"Desculpe, adormeci tão rapidamente na noite passada."
Rush sacudiu a cabeça. "Não se preocupe. Amo saber que relaxei você e que foi fácil para você cair no sono. Não gosto de te ver triste”.
Amo este homem. Alongando contra ele, coloquei as duas mãos atrás de seu pescoço e pressionei meu corpo contra o dele. Apertei minhas pernas nele com formigamento de antecipação quando sua ereção roçou minha coxa. Eu precisava dele esta manhã. Após o doce momento na noite passada eu precisava me sentir completamente conectada a ele agora.
"Faça amor comigo", sussurrei enfiando a cabeça na curva entre o pescoço e o ombro.
"O prazer é meu", ele murmurou e colocou a mão entre minhas coxas. Ele levantou uma das minhas pernas e descansou seu quadril. Eu estava aberta e o sentimento exposto me animado. Seus dedos roçaram a parte interna das minhas coxas, me provocando muito me deixando mais necessitada. Eu gemia na esperança que Rush se apressasse, mas ele não ser apressou. Em vez disso, parecia fazê-lo mais lentamente. Seus dedos ásperos traçaram padrões nos meus joelhos até o topo da minha coxa, em seguida, de volta. Eu tinha certeza que seus movimentos deixaram-me vergonhosamente molhada.
"Rush, por favor."
"Por favor, o que, doce Blaire. O que você quer que eu faça?”
Eu disse a ele o que eu queria. Aparentemente, ele queria ouvir mais. Rush e suas palavras impertinentes sempre me animavam.
"Toque-me".
"Estou tocando você", ele respondeu.
"Toque-me mais no alto," implorei. Ele queria que eu falasse sujo. Eu iria provocá-lo também. Ele passou o dedo no vinco da minha coxa e agarrei seus braços com força e tremi. Ele estava tão perto.
"Aqui?", ele perguntou.
Mudei para que seu dedo escorregasse perto. Ele começou a mover a mão e parou.
"Foda-se", ele gemeu deslizando o dedo dentro de mim lentamente.
"Tão molhada. Não posso brincar quando você já está tão molhada”, ele sussurrou.
Gritei enquanto ele passava suavemente a ponta do dedo sobre o meu clitóris. Ele tinha me espalhado aberta e ter suas mãos me tocando só me deixou louca. Eu queria mais.
"Minha doce menina esta tão pronta para mim", disse ele movendo dois dedos dentro de mim e pressionando contra o meu ponto G. O grito de prazer que arrancou de mim foi mais do que podia suportar. Ele agarrou minha cintura e me posicionado sobre ele antes de ir lentamente me afundando sobre seu pênis.
"Caramba, como foi ficar mais apertado", ele rosnou, espremendo meus quadris e balançando contra mim quando me sentei nele apertando cada centímetro dentro de mim. Para estar completa era isso era o que eu precisava. De Rush.
Rush
Blaire não concordou com a minha ideia de permanecermos no quarto nus todo o dia. Ela insistiu que nos vestíssemos e fossemos ficar com Dean. Eu era da opinião de que ele entenderia o meu desejo para ficar trancado com Blaire, mas discordou. Isso só provou o pouco que sabia da vida de estrela do rock do meu pai.
Deixei-a secar o cabelo e desci as escadas para começar a fazer o café da manhã. Ela não tinha comido muito ontem à noite na festa, e então ela voltou para casa foi dormir antes que pudesse comer.
Dean estava de pé na minha cozinha retirando itens da geladeira e colocando na ilha. Fiquei lá e assisti o momento que ele tentava descobrir o que ira fazer. Ele pegou o leite, em seguida, fez uma pausa e olhou para mim.
"Bom dia. Não tinha certeza se sairia do quarto hoje depois da maneira que você perseguiu-a para cima na noite passada, quando ela saiu. Estava começando a fazer o café da manhã.”
Encostei-me no balcão e cruzei os braços sobre o meu peito.
"Eu tentei mantê-la lá em cima comigo. Ela insistiu em vir verificar você”, expliquei.
Dean riu. "Tal pai, tal filho".
"Não sou nada como você. A mulher que está grávida passou a ser o meu coração. Eu vou casar com ela e passar o resto da minha vida fazendo tudo que posso para fazê-la sorrir.”
Dean fechou a porta da geladeira e me estudou. Poderia dizer que ele não esperava que estas palavras saíssem da minha boca. A última vez que passei um tempo com ele, eu tinha uma garota diferente na minha cama todas as noites.
"O que faz dela diferente? Você já esteve com um monte de meninas. Por que ela?”
Se ele não estivesse honestamente curioso, eu teria ficado chateado. Mas ele só me conhecia antes de Blaire.
"Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e coloquei os olhos nela fiquei atraído por ela. Essa parte foi fácil. Mas então comecei a conhecê-la. Ela não era como qualquer outra garota que eu já conheci. Ela estava tão determinada, quando deveria estar abatia. Sua vida estava uma merda e ela estava lutando para viver. Ela não estava recuando, caindo ou desistindo. Eu a admirei. Então tive um gosto e fui afundado. Ela é tudo que quero ser.”
Um lento sorriso se espalhou pelo rosto de Dean e então ele assentiu.
"Bem, tudo bem então. Acho que você sabe mais sobre a vida do que o seu velho, nenhuma mulher me fez sentir assim. Estou feliz que você a encontrou. Isso é raro, por isso segure firme. Isso não aparecerá de novo.”
Nunca tive a intenção de deixar ir. Dean olhou ao redor da cozinha.
"Onde estão as tigelas? Vou fazer para a mãe do meu neto alguns ovos mexidos”.
Meu coração se apertou. "Segunda prateleira para a esquerda do fogão.”.
"Você começa com bacon. Ela precisa de proteína”, disse ele quando pegou uma tigela. Eu não ia discutir. Sempre tive certeza de que ela deveria comer corretamente todas as manhãs.
"Ela vai querer um waffle, também. Tenho uma forma de waffle para isso” Eu disse a ele.
Dean assentiu. "É bom saber que você está cuidando dela.”.
Nós trabalhamos em silêncio por alguns minutos. Eu queria perguntar sobre Nan e Kiro, mas não queria Blaire descendo aqui e isso sendo a primeira coisa que ela ouvisse. Gosto que ela desfrute de seu café da manhã. Falar sobre Nan nunca era uma experiência agradável.
"Acho que você sabe que Grant foi ver Nan," Dean disse quando mexia os ovos. Eu congelei. Quê? Acabei de ouvir isso corretamente?
"Avisei a ele que ela é tão louca quanto à mãe e que será necessário um grande esforço da parte dele. Eu sei que ela é sua irmã e você a ama, mas a menina é um veneno. Um garoto como Grant não precisa disso. Ele sempre foi um bom garoto. Odeio vê-la mastiga-lo e cuspi-lo longe”.
Eu ainda não conseguia encontrar palavras. Grant e Nan... como, porra, isso tinha acontecido? Se alguém sabia como instável Nan era, esse é Grant. Ele tinha crescido assistindo a merda que tinha sido entregue pela minha mãe, o pai que nunca a reconheceu.
"Grant tentou conversar com ela, mas ela fugiu com um cara que ela conheceu em um clube bem na frente dele. Depois disso acho que ele lavou as mãos. Eu espero que sim.”
Finalmente coloquei o waffle no balcão que estava de pé lá segurando enquanto olhava para o meu pai como se ele estivesse falando coisas sem sentido.
“Grant... Foi ver Nan?” A descrença na minha voz chamou a atenção de Dean. Ele se virou para olhar para mim.
"Sim. Adivinho pelo olhar na sua cara que você não sabia. Namoram a algum tempo pelo que posso dizer. O pobre cara olhou realmente para ela. Mas ela é como a mamãe dela. Ele tem sorte de sair agora.”
"Como?"
Dean balançou a cabeça. "Eu me perguntava a mesma coisa.”.
Não podia falar sobre isso com ele. Saí da cozinha e para as portas duplas que levam até a varanda de trás. Uma vez que estava do lado de fora peguei meu telefone e disquei o número de Grant. Nós dizíamos tudo um ao outro. Ainda assim ele estava namorando a minha irmã e nunca disse uma palavra.
"Ei, mano." Sua voz picada me cumprimentou.
"Eu sei sobre Nan," foi tudo o que eu disse.
Grant soltou um suspiro cansado. "Estava esperando ser capaz de falar sobre isso. Eu queria. Eu só... ela não me quer e, em seguida, teve o acidente. Depois, bem... acabou. Ela deixou bem claro que não quer nada sério comigo. Não posso lidar com ela dormindo com outros. Isso não era apenas sobre sexo pra mim. Nunca teria feito isso com Nan. Você sabe disso. Eu realmente gostava dela. Talvez eu me importasse demais”.
Eu me sentei na cadeira que estava ao meu lado e olhei para o oceano.
"Por que você não me contou?"
"Eu queria. Ela me implorou para não fazer isso. Eu me preocupava com ela, Rush. Eu queria que isso funcionasse. Fiz o que ela pediu. Mas me senti uma merda mentindo para você sobre isso.” Ele se preocupava com Nan? Uau.
"Dean diz que você terminou com ela agora."
"Ela terminou comigo. Não posso jogar seus jogos.”
Amo minha irmã, mas eu também adorava Grant. Ela iria quebrar seu coração. Ela não era boa para ele. Meu pai estava certo. Grant precisava de alguém que pudesse amá-lo. Não tinha certeza se Nan podia. Alívio que ele tinha terminando com ela, não era porque eu não os queria juntos, mas, porque odiava pensar em Nan fazendo com Grant o que minha mãe fez no seu passado aos homens que a amavam. Grant merecia mais do que isso.
"Ela não pode fazer alguém feliz, até que ela encontre uma maneira de ser feliz. Agora ela tem muito ressentimento em sua vida, e ela fará qualquer um miserável que fique muito perto. Não deixe que ela faça isso com você.”
Grant ficou em silêncio por um minuto. "Ela nem sempre foi uma cadela. Em um momento, parte de mim estava se apaixonando. Em seguida ela acabou por me lembrar do quanto ela conseguiria me amar”.
"Eu amo minha irmã. Mas você merece mais. Nan não está inteira. Não de verdade. Ela tem muitos problemas.”
"Obrigado. Pensei que essa conversa seria muito diferente. Não esperava que você fosse se preocupar comigo”.
"Você é meu irmão. Quero o melhor para você também. Quero que você tenha o que eu tenho. Vá encontrar isso.”
Grant soltou uma risada que soava como se ele não achava que fosse possível.
"Isso é um trabalho quase impossível."
Blaire
Entrei na cozinha para ver Dean Finlay fritando bacon e assobiando a melodia de uma musica dos Slacker Demon. Não conseguia manter um sorriso fora do meu rosto. Ele virou a cabeça e seu olhar encontrou o meu. O olhar em seu rosto não era aquele que eu jamais esperava ver em uma famosa estrela de rock. Lembrou-me de um pai.
"Bom dia, luz do sol. Estou fazendo para você e meu netinho o café da manhã. Tive ajuda, mas estou com medo que eu tenha dito ao Rush algo que ele não sabia e ele ficou chocado. Ele saiu para fazer um telefonema. Ele estará de volta em poucos minutos”, disse ele enquanto pegou o bacon e pôs cada fatia em um prato forrado de papel toalha.
Passei por ele, olhando para as janelas para ver Rush falar ao telefone atentamente.
"O que você disse a ele?" perguntei me questionando se deveria dar uma olhada nele.
"Grant e Nan tiveram uma coisa por algum tempo. Nan finalmente estragou as coisas na última hora e acabou. Rush não sabia sobre isso.”
Minha boca cai aberta enquanto suas palavras afundavam dentro, Grant e Nan? Sério?
"Fiquei tremendamente chocado também. Não achava que o menino fosse estúpido. Acho que ele aprendeu da maneira mais difícil que só porque brilha não significa que é ouro.”
Olhei de volta para fora e para Rush. Ele estava de pé e colocando o telefone no bolso. Eu perguntei-me se ele tinha chamado Nan ou Grant.
"Por que você não se senta à mesa e deixe-me fazer seu prato? Você gosta de suco de laranja ou leite ou ambos? O bebê provavelmente precisa de um pouco de ambos”.
Mudei minha atenção de volta para Dean enquanto ele estava lá segurando um prato com ovos, bacon e um waffle. Será que ele cozinhou tudo isso por mim?
"Uau, isso parece delicioso", respondi.
"É. Eu faço um café da manhã assassino. Agora vá sentar-se e deixe-me alimentá-la."
Mordi o lábio inferior e sorri como uma idiota e sentei à mesa. Rush abriu a porta e voltou para dentro, assim que seu pai colocou um prato de comida na minha frente.
"Não se preocupe com a sua bela noivinha. Tenho tudo arrumado para ela." Rush sorriu para seu pai, em seguida, virou para mim. Ele curvou-se e deu um beijo no topo da minha cabeça.
"Você está bonita”, ele sussurrou.
"Você está bem?" perguntei, não fui capaz de segurar a minha preocupação. Precisava saber se ele não estava chateado com Grant e Nan.
"Sim, Estou bem. Acho que Grant é sensato e tudo vai ficar bem.”
Eu fiz uma careta. Grant sensato? O que ele quis dizer?
"Vamos falar sobre isso mais tarde. Coma”, ele disse com uma piscadela e caminhou para pegar um prato.
Dean colocou um copo de suco de laranja e um copo de leite diante de mim, em seguida, tomou o lugar à minha esquerda. Ele estava segurando uma grande xícara de café nas mãos, mas isso era tudo.
"Você não vai comer?" perguntei enquanto ele bebia a xícara fumegante.
Ele balançou a cabeça. "Não. Acabei de tomar meu café da manhã.”.
Rush coloca o prato do meu outro lado. Ele colocou em seu prato tudo o que sobrou. Aparentemente, ele estava com fome.
"Desculpe, não consegui ajudá-lo terminar, mas obrigado por cozinhar.”
“Ainda bem que terminei de fazer. Faz muito tempo desde que cozinhei o café da manhã para você.” Dean respondeu.
Eu gostava de ver Rush com seu pai. Eles apareciam normais. Eu estava começando a ser uma parte de sua família. Duvidava que eu tivesse essa chance com sua irmã e mãe, mas o pai dele pareceu me aceitar.
"Agora que eu sei que você pode cozinhar, você será voluntário para me ajudar a cozinhar o jantar de Ação de Graças”, eu informei Dean.
Dean sorriu. "Eu adoraria. Tem muito tempo desde que tive um desses também. Passarei um tempo com vocês dois”.
O sorriso de satisfação no rosto do Rush me aqueceu. "Eu irei ao supermercado hoje para comprar o resto de nossos ingredientes.”.
"Vou com você," Rush respondeu.
"Não, você vai ficar aqui com seu pai. Vocês poderiam ir jogar uma partida de golfe ou algo assim. Posso pegar o que nós precisamos sozinha. Além disso, Bethy quer fazer isso só nós duas. Ela está fazendo a caçarola de milho e torta de abóbora para amanhã”.
"Recuso a porra do golfe. Mas passar o dia à toa até parece bom. Poderíamos ir até Destin e assistir o novo filme de James Bond. Quero assisti-lo e depois eu mesmo o levo para o almoço.”
Poderia dizer pelo olhar no rosto do Rush que ele não queria ir e eu sabia que era só porque ele odiava estar longe de mim. Estendi a mão e apertei a mão dele firmemente.
"Isso parece divertido. Vocês vão fazer isso e eu vou passar um tempo com Bethy”. Rush assentiu, mas eu poderia dizer que ele não queria aceitar. Dei uma mordida de meus ovos e sorri para Dean.
"Estes estão tão bons. Obrigada.”
Ele sorriu para mim. Fiquei feliz que ele estivesse aqui. Este feriado não seria completo sem nossos pais.
“Por favor, Blaire. Eu imploro a você, por favor”. Bethy ficou na minha frente saltando sobre os dedos dos pés com as mãos dobradas na frente dela como se fosse rezar. O olhar suplicante em seus olhos quase me fez rir.
"Você não cresceu aqui? Como é que você nunca encontrou com Dean antes?” perguntei quando tirei uma sacola de supermercado da parte de trás do Range Rover.
“Sou uma pessoa pobre. Você sabe disso! Eu trabalho para os ricos; não convivo com eles. Vamos lá, eu sei que vou vê-lo amanhã, mas quero conhecê-lo agora. Enquanto Jace não está aqui para me ver desmaiar.”
Fiz um ruído de engasgo. "Ele é velho demais para você desmaiar!”.
"Você está brincando comigo, né? A ex-namorada de Dean Finlay tem vinte e um. Alguém como ele nunca fica velho demais para me fazer desmaiar.”
Eu discordei. Dean estava perto dos 50 anos de idade. Tinha de ser. Por que ele estava namorando alguém mais novo que seu filho? Isso era nojento.
"Você está pensando em largar Jace para tornar-se mais uma na cama de Dean?" Provoquei e dirigi-me para a porta da frente da casa de praia.
"Claro que não. Eu quero apenas”, ela parou e agarrou um saco, em seguida, subiu os degraus atrás de mim. "Eu só quero conhecê-lo. Ver os olhos dele e respirar o mesmo ar.”.
Desta vez eu ri. Não pude resistir. Ela estava me rachando de rir. "Ele é um cara normal. Ele também é pai do Rush e duvido que Rush vá querer que você entre em casa agindo como uma fã completa e histérica. Então você precisa começar se recompor antes do jantar de Ação de Graças. Não é bom você ficar desmaiando sobre o meu futuro sogro”.
"Isso é uma loucura. Você sabe disso, né? Apenas louco! Ter, porra, Dean Finlay como seu sogro, mulheres de todo o mundo querem foder o homem. E você será da família dele.”
Eu me encolhi e abri a porta da casa. Às vezes Bethy poderia ser exagerada. Esta era uma dessas vezes.
"Vamos descarregar os mantimentos e falar sobre o cardápio de amanhã. Então posso dizer-lhe tudo sobre a viagem que vou fazer neste fim de semana para Los Angeles com Rush e seu pai. Nan está causando problemas a Kiro”.
Bethy correu para dentro comigo. "Você está indo embora? Este fim de semana? Você não pode me deixar! Nem mesmo por Dean! Não!”.
Pelo menos tirei da sua mente a ideia de transar com Dean. Coloquei minha sacola sobre o balcão e me virei para olhar para ela.
"Rush precisa ir e assim estou indo com ele. Além disso, se eu não for, acho que ele não vai. Seu pai pediu ajuda a ele com Nan”.
Bethy fez beicinho e se sentou no banquinho do bar na minha frente. "Isso é uma merda. Não quero que você viaje”.
Quanto mais eu pensava nisso, mais não queria deixar qualquer um. Mas eu não deixaria Rush ir para Los Angeles sem mim. Isso poderia deixá-lo louco. Esta também seria uma chance para eu conviver e conhecer seu pai. Estávamos prestes a termos nossa própria família e eu queria que seu pai fizesse parte dela. Não tinha ouvido sobre o meu pai desde que ele veio me dizer que não era o pai de Nan.
Ele havia me chamado na semana depois que se foi para me dizer que estava indo para Flórida para encontrar um barco e viver nele. Ele queria ficar sozinho. Ele também me disse que me amava. Tentei não pensar muito no meu pai. Ele só me fez triste. Deveria ter dito a ele que o queria em minha vida, mas eu não disse. Deixei-o ir embora. Agora, olhando para as festas sem ele me sinto triste. Tinha encontrado a minha casa, mas ele tinha perdido a sua.
"Você ouviu alguma coisa que eu disse?", Perguntou Bethy invadindo os meus pensamentos.
Olhei para ela. "Desculpe. Estava pensando no meu pai”, admiti. Então peguei a lata de feijão verde e comecei a guardá-lo.
"Oh. Você está pensando em convidá-lo?”
Agora era tarde demais. Não tinha certeza se Rush estaria bem com isso, se eu o convidasse. Não tínhamos discutido sobre o meu pai. Sacudi a cabeça e virei-me para pegar a caixa de açúcar.
"Não. Só pensando nele no geral. Imaginando o que ele está fazendo”, respondi.
Rush
Meu pai estava cantando na cozinha enquanto preparava o peru. Fiquei atrás e vi como Blaire misturava algo em uma tigela e sorria feliz. Meu pai se manteve tentando levá-la para cantar com ele e ela apenas ria enquanto balançava a cabeça negativamente. Hoje seria difícil para ela e eu gostaria de ver o seu sorriso.
Toda a semana eu tinha relutado em dizer a ela que eu tinha convidado Abe. Ele estaria aqui em uma hora. Eu tinha recebido uma mensagem dele quando o avião pousou. Não conseguia decidir se surpreendê-la era uma boa ideia. Queria fazer isto especial para ela. Era a nossa primeira Ação de Graças juntos. Sabia que na verdade, era a primeira Ação de Graças sem sua mãe isso fazia lhe sombra e entendi isso. Mas se eu pudesse tornar isto uma boa memória, que ela iria amar, eu moveria céus e terra para que isso acontecesse.
"Você está se escondendo lá atrás porque você está com medo de ter suas mãos sujas, rapaz?” perguntou meu pai, olhando para trás por cima do ombro e piscando para mim. Blaire virou-se com uma colher em uma mão e um sorriso no rosto. O avental que ela usava tinha babados ao seu redor e bolinhas cor de rosa por toda parte. Ela era adorável.
Andei até ela e puxei-a para que eu pudesse beijar aqueles bonitos lábios dela.
"Nós estamos cozinhando aqui. Não há tempo para essas coisas”, Dean disse com uma risada.
Blaire quebrou o beijo e apertou os lábios. O brilho nos seus olhos deixou-me saber que ela estava se esforçando para não rir. Adorava vê-la assim. Especialmente em um dia como hoje. Mais uma vez, Blaire era mais resistente do que a maioria dos homens que eu conhecia. Ela continuava a me surpreender com sua força uma e outra vez.
"Posso ajudar?" perguntei, inclinando-me para pressionar mais um beijo no canto da boca.
"Sim, você pode me ajudar a colocar este grande peru no forno sem deixá-lo cair ou queimar minha mão maldita”, Dean latiu.
Blaire se afastou de mim. "Ajude o seu pai", disse, ainda se divertindo. Bom. Se Dean poderia diverti-la, então ele era bom para alguma coisa.
Houve uma breve batida na porta e, em seguida, a voz de Bethy encheu a casa. "Estou aqui!”.
“Já era tempo", Blaire chamou de volta.
Bethy entrou na cozinha com Jace a seguindo. Suas mãos estavam cheias de sacolas de supermercado. Como poderíamos possivelmente precisar de mais comida eu não tinha certeza.
"Onde coloco isso?", ele perguntou, sem fôlego.
"Ali mesmo no balcão." Blaire apontou para o único espaço disponível na cozinha.
Jace colocou a sacola no chão e soltou um suspiro de alívio depois olhou para mim.
"Preciso de uma cerveja e eu quero assistir a alguns jogos de futebol”.
Abri a geladeira, peguei duas cervejas, e entreguei uma a ele. "Vamos lá. Vamos sair do caminho.”.
Jace olhou para Bethy que estava congelada no seu lugar olhando para o meu pai. Ele balançou a cabeça e olhou de volta para mim.
"Sim, vamos sair daqui antes de Bethy faça alguma tietagem com seu velho.”
"É bom ver você de novo também, Jace," Dean gritou enquanto saímos da cozinha.
"Bom ver você também, Dean. Por favor, esqueça a minha garota. Ela é um pouco Star Struck ", respondeu ele.
Passei a sala de estar com TV de cento e três polegadas, tela plana quando Jace olhou para ela ansiosamente. Sabia que ele queria assistir ao jogo, mas eu precisava falar com alguém sobre Grant.
Saímos para a varanda e sentei-me em uma das cadeiras. "Sente-se. Vamos assistir ao jogo, mas queria te perguntar sobre algo primeiro.”.
Jace se sentou ao meu lado e tomou um gole de sua cerveja.
"Você está sério."
"Você sabia sobre Grant e Nan", perguntei, o observando de perto. Jace não podia mentir, sobre essa merda. Quando seus olhos arregalaram eu percebi que ele sabia. Nem sequer esperei sua confirmação.
"Você não acha que me dizer era importante?", perguntei. Jace colocou a cerveja para baixo e soltou um gemido frustrado.
"Merda. Sabia que você ia ficar chateado quando descobrisse. Não queria ser o único a contar. Além disso, você estava lidando com a perda de Blaire e depois trazê-la de volta. Em seguida, a gravidez. Grant nem sabia que eu sabia. Ele pensou que estava mantendo segredo de todo mundo. Éramos apenas mais observadores do que você era na época. Tudo o que você podia ver era Blaire. O resto de nós percebia as coisas...”.
Ele estava certo. Eu estava lutando pelo meu futuro. Estive focado em ter Blaire de volta e, em seguida, protegê-la e ao nosso bebê. Não tinha tido tempo para perceber alguma coisa ou alguém. Talvez fosse melhor que eu não tivesse descoberto ou que alguém tivesse me contado. Não tinha necessidade nenhuma distração.
"Você está certo. Era melhor que eu não soubesse. Precisava estar focado em Blaire. Não em qualquer outra coisa.”
Jace balançou sua cabeça. "No entanto nem tudo ficou bem. Nan só deixa destruição em seu rastro. Grant ficou muito machucado com tudo, mas ele está lidando com as coisas melhor agora. Acho que ele vai voltar para Rosemary permanentemente por algum tempo. Ele quer distância dela.”.
Minha irmã mais nova com certeza sabia como causar problemas. Estava ficando cansado de sempre socorrê-la. Não poderia torná-la melhor para Grant. Ele deveria saber que não deveria entrar em um relacionamento com ela. Ela não tinha compromissos.
O telefone no meu bolso vibrou e o puxei para fora, vi uma mensagem do Abe. Ele estava aqui. Rezei para que, trazê-lo aqui fosse a coisa certa a fazer. Queria que hoje fosse especial para Blaire. Ela tinha mágoa suficiente.
Blaire
Rush veio andando de volta para a casa com um olhar nervoso. Ele não olhou na minha direção enquanto se dirigia através da cozinha. Parei de amassar a massa para os biscoitos e limpei as mãos no avental antes de segui-lo.
Alguma coisa estava errada. Corri pelo corredor e, em seguida, no foyer. Rush estava abrindo a porta da frente. Ele estava indo embora? Ninguém tinha batido. Quando a porta se abriu completamente vi meu pai ali com uma pequena mala em uma mão e um saco de papel na outra. Estava mais magro e ele tinha uma barba. O homem que parecia polido, tinha ido embora. Parecia um capitão do mar agora. Não poderia tomar uma respiração profunda enquanto seus olhos encontraram os meus sobre os ombros de Rush. Ele estava aqui. Meu pai estava aqui.
Lágrimas encheram meus olhos e comecei a andar em direção a ele. Não tínhamos passado feriados juntos desde que eu tinha quinze anos de idade. Mas este ano, ele estava aqui. Rush olhou para trás, para mim e agora entendi seu olhar nervoso. Ele não queria me chatear. Ele estava tentando surpreender-me, mas não tinha certeza se essa era a coisa certa a fazer.
Todas as mentiras e traição não pareciam mais importantes quando olhei para o rosto do meu pai. Ele sofreu muito. Ele ainda estava sofrendo. Talvez ele merecesse. Mas talvez ele tivesse pagado sua penitência. Porque agora eu só conseguia pensar sobre o homem que cantou músicas natalinas comigo enquanto enchia o peru de Ação de Graças, o homem que se certificou em fazer uma torta de caramelo porque eu a preferia ao invés de torta de abóbora, o homem que passou horas a cada Ação de Graças e o fim de semana cobrindo a nossa casa em luzes de Natal. Não pensei sobre o outro. Acabei de me lembrar de tudo de bom.
"Papai", eu disse com uma voz de lágrima embargada. Rush recuou e permitiu que ele passasse. Joguei-me em seus braços e inalei o cheiro que sempre me lembrou da família, segurança e amor.
“Ei, ursinha Blaire", respondeu ele. Sua voz era grossa com emoção. "Feliz Ação de Graças".
"Feliz ação de graças." Minha voz foi abafada em sua jaqueta de couro. Não estava pronta para soltá-lo ainda.
"Estava preocupado que você não teria sua torta de caramelo. Assim, quando Rush ligou achei melhor vir e certificar-me que minha menina tenha sua torta”.
Um soluço sufocado escapou-me e segui-lo com um riso. "Não tenho uma dessas há muito tempo.”.
"Bem, temos de corrigir isso agora, não é?", Disse ele com um tapinha nas minhas costas. Balancei a cabeça e dei um passo para trás de seu abraço. "Sim, é o que faremos.”.
Ele ergueu a bolsa que estava segurando. "Trouxe os ingredientes”.
"Tudo bem”. Estendi a mão e os peguei dele. "Você pode colocar sua mala no quarto que você quiser. Vou levar isso para a cozinha”. Meu pai acenou com a cabeça e, em seguida, olhou para Rush.
"Obrigado", disse ele antes de virar e ir para as escadas.
Não esperei até que ele estivesse completamente fora de vista antes de passar meus braços ao redor da cintura do Rush e beijar seu peito.
"Eu amo você", eu disse a ele. Porque era mais do que um obrigado. Ele tinha feito alguma coisa para mim, eu sabia que não era fácil para ele. Rush não era fã do meu pai, mas ele colocou isso de lado e trouxe-o aqui.
"Eu também te amo. Mais do que tudo na vida”, ele respondeu, me segurando contra ele e beijando o alto da minha cabeça. "Estou feliz que isto te faça feliz. Eu não tinha certeza...”.
Inclinei a cabeça para trás para que eu pudesse ver seu rosto.
"Nunca vou esquecer esta Ação de Graças. O que deveria ter sido o feriado mais difícil que já enfrentei, não será. Você fez tudo melhor”.
Rush me deu um sorriso torto. "Bom. Estou tentando duramente fazer meu melhor para você nunca mais ir embora”.
Rindo, fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios contra os seus. "Nunca. Eu não posso nem imaginar a vida sem você.”
"Mmmmm, se você continuar com isso vamos voltar ao andar de cima”, ele sussurrou contra minha boca. Inclinei-me para trás e corri minhas mãos até seu peito para empurrar cuidadosamente ele para trás.
"O tempo para isso é mais tarde. Tenho uma refeição para preparar e você tem futebol para assistir.”
As sobrancelhas de Rush arquearam. "Doce Blaire, não sou de sentar e apreciar a ação. Eu prefiro experimentar a ação. Assistir futebol não concorre com ter você nua e debaixo de mim.”.
Senti minhas bochechas corarem enquanto a imagem vívida de Rush em cima de mim se movendo passou pela minha cabeça. Sim, gostaria disso também. Muito. Rush riu e estendeu a mão até meu rosto e escovou o polegar contra a minha bochecha.
"Você parece um pouco excitada agora... posso resolver isso para você. Prometo fazer isso rápido para que você possa voltar a cozinhar.” Ele baixou a voz para um sussurro rouco.
Minha respiração acelerou e consegui balançar a cabeça. Eu tinha que ir cozinhar. Meu pai tinha acabado de chegar e Bethy provavelmente fez algum movimento louco com Dean na cozinha.
"Preciso voltar para lá”, respondi.
Rush enfiou a mão na minha cintura e me puxou de volta contra ele. Baixou a cabeça até que sua boca estava pairando sobre a minha orelha.
"Podemos entrar nesse escritório à direita e vou deslizar minha mão por este vestidinho bonito que você está vestindo e brincar com sua buceta molhada até que você morda meu ombro para evitar gritar. Não vai demorar muito. Não quero a minha garota precisando de mim. Quero-a satisfeita."
Oh Deus. Eu tinha certeza que minha calcinha estava encharcada. Eu já ficava excitada o suficiente com a gravidez. Em seguida, adicione Rush e sua boca suja e eu estava uma perdida.
"Cinco minutos", disse ele antes de dar uma mordida no meu ouvido. Agarrei seus braços e segurei firme antes que eu derretesse em uma poça no chão.
"Agora não. Nós não podemos agora. Tenho que terminar de ajudar na cozinha e meu pai acabou de chegar”, disse sem fôlego.
Rush soltou um suspiro derrotado. "Ok. Mas caramba, queria te tocar e sentir você se quebrar na minha mão.”.
"Rush. Por favor,” eu disse, respirando profundamente me acalmando. “Preciso urgente de um pouco de água gelada, para me resfriar. Não torne isso pior”.
Com uma risada suave, ele soltou suas mãos de mim e deu um passo para trás.
"Tudo bem. Afaste-se de mim, doce Blaire. Você tem cinco segundos antes que eu decida que não me importo com o que você diz.”
Movimentar minhas pernas foi difícil, mas consegui virar e fugir para a cozinha. O riso do Rush ficou mais alto e eu não pude deixar de rir também.
Rush
O peru era grande e eu tinha que admitir que estava impressionado que Dean poderia cozinhar assim. Blaire parecia genuinamente feliz enquanto falava com seu pai e o meu durante o jantar. Ela até riu quando Bethy pediu ao meu pai para assinar o guardanapo. Dean veio e sentou ao meu lado no sofá e deixou um suspiro de satisfação. Ele se divertiu muito. Esta foi à primeira Ação de Graças que eu realmente comi na minha casa com família e amigos. A primeira vez que eu tinha peru, torta de abóbora e caçarola de milho. Normalmente minhas Ações de Graças foram em Vail. Eu comeria com os amigos e ficava bêbado em bares. Nada memorável. Hoje foi diferente. Isso foi uma amostra do meu futuro com Blaire.
"Você tem mesmo um doce", disse Dean.
"Sim, eu sei."
"Ela está ali lavando os pratos com seu pai. Eu os deixaria sozinhos. Dê um tempo a eles juntos. Foi uma merda o que ele fez com ela, mas estou feliz por estarem encontrando uma maneira de fazer as pazes. Abe sempre foi um bom homem. Quando ouvi que ele tinha voltado com sua mãe eu me perguntava o que teria acontecido com ele.”
Eu tinha traído Blaire também. Eu a machuquei. Mas ela me perdoou. Ela parecia ser capaz de fazer isso. Eu não tinha certeza se eu seria capaz de fazer o mesmo.
"Eu não merecia. Eu sou provavelmente o mais sortudo filho da puta no planeta.”
Dean soltou uma risada dura. "Fico feliz que ela faz você se sentir dessa forma porque menino, sua vida não foi um caminho fácil”, ele fez uma pausa, em seguida, balançou a cabeça.
"Gostaria de ter feito melhor com você. Mas para a menina de Kiro, Harlow, tem sido difícil ultimamente. Parte do problema com Nan é Harlow. Ela não está feliz realmente sobre o fato de Kiro ter uma filha que ele esteve cuidando. Kiro pode não ter morado com a Harlow, mas ele fez com que ela fosse bem cuidada. Sua avó cuidou dela. Ela é uma boa garota. É difícil acreditar que ela é de Kiro. A pobre avó da menina morreu há alguns meses. Ela não está feliz vivendo em Los Angeles, ela está um pouco perdida agora.”
Eu só conheci a filha de Kiro duas vezes. Nós éramos crianças e Kiro havia trazido Harlow a casa para uma visita. Eu também estava lá e tudo que eu conseguia lembrar era grandes olhos inocentes e o jeito que sussurrava quando falava. Em seguida, uns dois anos atrás, encontrei com ela novamente, enquanto eu estava visitando Dean. Ela estava crescida, mas muito bem e ainda muito inocente. Nós tínhamos nos aproximado com bastante facilidade naquele fim de semana. Ela ficou em casa a maior parte do tempo. Kiro também tinha ficado com ela dessa vez. Essa foi a única vez que eu tinha ido me divertir com a banda, enquanto Kiro ficava para trás. Dean tinha dito que ele era realmente protetor com Harlow. Eu não poderia imaginar como Nan estava lidando com a existência de Harlow. Apenas mais uma coisa que eu tinha de lidar.
“Assim que Blaire estiver pronta, vamos sair e vou lidar com Nan. Ela só precisa de alguém que se preocupe com ela e fale com ela. Ela está magoada e insegura. Ela tem tido isso por toda a sua vida.”
"Tenho torta e café. Alguém quer um pouco?”
Blaire perguntou entrando na sala usando o avental novamente. Vendo a pequena colisão do bebê delineado por trás dele fez o instinto de homem das cavernas aparecer e querer protegê-la com todas as minhas veias. Eu me levantei e fui até ela.
"Eles podem ter o seu próprio café e torta. Quero falar com você sobre algo. Você já alimentou e entreteu todos por tempo suficiente”, eu disse a ela, escorregando as mãos na sua cintura.
"Ok, mas eu não me importo", respondeu ela. Eu sabia que ela não mentia. Eu sim. Vê-la toda sorridente e feliz me fez quer agradá-la mais.
"Somente alguns minutos", assegurei e a levei de volta para o corredor e subi as escadas.
"Rush, o que está errado", ela perguntou.
Mantive minha mão na parte inferior das costas e fomos para o escritório onde eu tinha prometido levá-la mais cedo. Não utilizava mais esta sala. Mas estava prestes a colocá-la em uso.
“Você estava oferecendo sobremesa lá. Eu quero a minha.” eu disse a ela, fechando a porta atrás de mim antes de encostá-la contra a grande cadeira de couro.
"Sente-se", rosnei e Blaire rapidamente afundou no couro. Eu me ajoelhei na frente dela e me coloquei entre suas coxas e levantei o vestido curto como fantasiei o dia todo.
Ela voluntariamente abriu as pernas para mim. A seda rosa da calcinha que ela usava tinha uma mancha molhada visível na virilha. Inalei e respirei dentro dela, ela sempre cheirava tão bem.
"Rush", ela sussurrou, inclinando-se para trás na cadeira.
"Nós não devemos demorar. Temos companhia.”
Gostaria que eles todos saíssem, caralho. "Não vou demorar muito. Prometo. Eu só preciso cuidar de um pequeno problema”, respondi e passei o dedo sobre a mancha molhada na calcinha.
"Minha garota precisa de alguma atenção especial."
Blaire choramingou. Eu amei esse som. Deslizei sua calcinha por suas pernas. Quando cheguei aos sapatos de salto alto que ela usava tirei cada sapato, em seguida, puxei sua calcinha completamente, deixando a no chão ao lado de seus sapatos.
Eu podia sentir sua excitação agora. Coloquei minhas mãos em cada um de seus joelhos e os afastei abrindo-os para que eu pudesse olhar em suas dobras cor de rosa. O pequeno clitóris inchado estava ali, me implorando para tocá-lo. Olhei para Blaire.
"Deite-se",
Ela fez o que eu disse. Seu corpo tremia e eu sabia que ela queria tanto quanto eu queria dar a ela. "Coloque a perna em cima do braço da cadeira e a outra fica no chão”, eu disse, observando enquanto ela se espalhou completamente aberta para mim.
Eu me posicionei entre suas pernas abertas e passei a ponta do meu nariz até o interior de sua coxa sentindo o seu perfume.
Apreciei o aroma e a sensação de sua perna tremendo debaixo do meu carinho. Quando cheguei ao seu pequeno local carente, corri meu dedo sobre ele e ela gritou, em seguida, cobriu a boca com a mão para abafar o som.
"Você está pronta para eu fazer tudo isso melhor?" perguntei pressionando o polegar contra o clitóris.
"Oh, Deus, por favor, por favor, Rush, eu preciso de você", ela implorou, levantando seus quadris para que ficasse mais perto de meu rosto.
"Você cheira incrível", respondi, inalando profundamente.
"Por favor", ela gritou desesperadamente.
Não queria que a minha menina tivesse que implorar tanto. Coloquei minha língua para fora e corri em frente ao seu buraco rosa inchado, que pingava tão pronto para mim. Enfiei minha língua em sua aquecida entrada várias vezes enquanto ela resistia e abafava os sons com suas próprias mãos. O gosto de Blaire era único. Ele sempre tinha sido, mas algo estava ainda mais desejável, agora que ela estava grávida. Era rico e mais doce. Poderia passar horas saboreando-a e fazendo-a gozar em minha língua. Isso nunca me cansava. Era mais um vício.
"Não gosto de sobremesa, mas esta é porra, perfeita", gemi contra seu clitóris antes de puxá-lo na minha boca e chupar ele. Passei o piercing da minha língua sobre ele várias vezes e tive Blaire tremendo e gemendo o que me dizia que ela estava perto. Então, muito perto.
"Shhh, Estou fazendo você se sentir bem. Fácil. Vou lamber a buceta da minha menina até que ela não possa aguentar mais. Goze na minha boca. Quero saboreá-lo.”
Sabia que falando sujo ela não resistiria, e não resistiu mesmo.
Blaire soltou um grito estrangulado e seus quadris se levantaram quando ela empurrou contra a minha língua. Esse gosto viciante, não poderia ter o suficiente dele inundando minha boca, chupei, lambi, até que ela estava se movendo para trás e fazendo sons angustiados de prazer.
“Rush não, oh Deus, não. Eu não posso,” ela gemeu, movendo-se enquanto eu continuava a abraçá-la e ainda saborear cada parte dela antes de correr a minha língua de volta para sua entrada.
"Rush, não serei capaz de abafar isto. Estou falando do grito, posso sentir outro... Oh... oh... Rush”, ela empurrou e balançou os quadris enquanto eu a abraçava. Sua reação foi tornando-me um pouco louco. Sabendo que ela estava prestes a gozar de novo tão cedo, era mais emocionante do que eu imaginava. Meu pau já estava doendo de tão inchado, fazendo pressão da cabeça contra o zíper da minha calça jeans. Se ela gozasse novamente eu tinha a maldita certeza que eu estragaria minhas malditas calças. Em um único movimento levantei e puxei minha calça para baixo. Então agarrei seus quadris e bati nela.
"Foda-se", gritei quando suas paredes apertaram em torno de mim. Blaire gozou novamente e desta vez ela não estava cobrindo a boca. Ela estava perdida em sua bem-aventurada sensação. Sua cabeça foi jogada para trás e seu corpo estava tremendo violentamente sob o meu quando ela disse meu nome mais e mais. A visão dela me enviou sobre a borda. Agarrei o encosto da cadeira quando derramei dentro dela. Cada rajada da minha libertação causou outro grito abafado de prazer em Blaire. Em algum momento ela levantou as pernas para envolvê-las em minha cintura, mas agora que ela estava saciada as abaixou de volta na cadeira. Um sorriso de prazer estava em seus lábios e seus olhos estavam pesados.
"É ruim que eu não me importe se alguém nos ouviu? Isso foi muito surpreendente e não me preocupo com mais nada”, ela falou.
Eu me abaixei até que pudesse beijar seus lábios. "Eles não deveriam estar na minha maldita casa se não querem nos ouvir”, respondi.
Blaire riu. "Deus, Rush. Você me deixa louca.”.
Não conseguia manter o sorriso do meu rosto.
"Bom".
Blaire
Dizer adeus ao meu pai não foi tão fácil como deveria ser. Ter ele aqui me ajudou a curar tantas feridas. Segui-o até a saída e desci os degraus. Ele tinha sua mala na mão e estava indo de volta para o sul da Flórida, onde ele estava vivendo em um barco.
"É bom vê-la feliz. Vai ser mais fácil dormir à noite sabendo você está sendo bem cuidada e bem amada. Não acho que o menino jamais esperava ser tão enrolado em seu dedo mindinho, mas ele está, e eu não poderia estar mais feliz.”
"Você vai voltar para o casamento e depois que o bebê nascer? Quero você aqui.”
Papai acenou com a cabeça. "Não perderia isso por nada no mundo.”.
Recusei-me a afligi-lhe sobre minhas emoções. Isso não era justo. Ele estava lá sozinho. Não posso deixá-las confundi-lo.
"Se decidir como vai querer que ele te chame, me ligue. Dean já disse que quer ser Vovô Dean. Você precisa escolher um nome também.”
Papai sorriu. Eu gostava de ver ele realmente animado sobre alguma coisa.
"Vou pensar sobre isso e avisar você. Preciso de um melhor que Dean”.
Passei meus braços em torno de sua cintura e o abracei.
"Obrigada por ter vindo. Senti sua falta.”
"Senti sua falta também, ursinha Blaire, mas isso é minha culpa. Estou grato que Rush me ligou.”
Rush estava no centro de tudo de bom que acontecia comigo. Eu acreditava que ele sempre estaria. Estranho, considerando como isso tinha começado de forma tão diferente.
"Tenha um bom voo e ligue quando chegar e para eu saber que você está bem.”
Meu pai acenou com a cabeça e dei um passo para trás longe dele.
"Eu amo você”, disse ele com lágrimas não derramadas brilhando em seus cansados olhos.
"Eu também te amo, papai".
Ele abriu a porta do táxi e eu estava lá quando ele foi embora. Desta vez eu não estava inconsolável. Eu só esperava que ele pudesse encontrar a felicidade novamente um dia.
A porta da casa se abriu e me virei para ver Rush de pé na varanda me olhando. Eu poderia dizer que ele estava preocupado por eu estar chateada com meu pai indo embora. Comecei a fazer o meu caminho de volta para casa e ele veio descendo as escadas para me encontrar no caminho.
"Você está bem?”, perguntou no minuto que estava perto o suficiente me tocar.
"Sim. Obrigado novamente por isso. Isso significou mais do que você jamais poderá imaginar," eu disse a ele.
"Sempre que você quiser vê-lo é só me dizer. O trarei novamente. Basta dizer uma palavra”.
"Quero ele aqui para o casamento e quando o bebê nascer. Quero que ele conheça seu neto. Ele não tem ninguém, senão eu. Nosso filho será a sua família também."
"Feito. Vou ter uma passagem de avião comprada e pronta para o minuto que ele precisar.”
Eu só fiquei lá olhando para Rush. A primeira vez tinha posto os olhos nele fiquei admirada com sua beleza. Nunca pensei que o mal-humorado playboy poderia ter um coração grande debaixo de toda aquela arrogância.
"O que mudou? Você é tão completamente diferente do cara que conheci em Junho”, eu disse, sorrindo para seu rosto confuso. Rush estendeu a mão e a enfiou no meu cabelo e enrolou os dedos ao redor dos fios.
"Esta doce, determinada, incrivelmente sexy loira, entrou na minha vida e me deu uma razão para viver."
Meu peito ficou apertado e comecei a dizer a ele o quanto eu o amava, quando senti... o bebê. Estendi a mão e agarrei o braço de Rush.
"Rush. Ele está me chutando”, eu disse com espanto. Eu me perguntava por uma semana se a pequena vibração na minha barriga era ele se mexendo. Queria acreditar que era. Mas agora eu realmente podia senti-lo. Não havia nenhuma dúvida. Rush moveu a mão do meu cabelo para minha barriga. Ele embalou com as duas mãos olhando em admiração.
"Eu posso senti-lo," Rush disse em um suave sussurro, como se ele estivesse com medo do bebê parar de se mover. Em vez disso, o som de sua voz fez o bebê chutar novamente.
"Fale com ele, Rush", eu disse, observando a mais bela visão que já tinha visto. Rush caiu de joelhos para que ele ficasse mais perto da minha barriga.
"Ei, você", disse ele e o bebê imediatamente mexeu sob a mão de Rush. Ele levantou a cabeça e olhou para mim com um sorriso animado.
"Ele me ouve?", disse ele com uma pergunta em sua voz.
Balancei a cabeça. "Sim, ele ouve. Fale com ele”.
"Então, como é ai dentro? A barriga da mamãe é bonita no interior como é do lado de fora?"
Eu ri e ele chutou.
"Achei que era. Você teve sorte. Mamãe está linda, mas você verá em breve. Seremos os dois caras mais sortudos no planeta."
Ele mexeu-se novamente, desta vez com menos força.
"Você está bem ai. Estamos prontos para fazer as coisas para você aqui fora. Aproveite esse local acolhedor por agora.”
Rush passou as mãos sobre a minha barriga e, em seguida, olhou para cima para mim.
"Ele está realmente aí. Ele pode nos ouvir.”
Eu ri e acenei com a cabeça. "Pensei que estava sentindo ele por algum tempo, mas nada como isto”.
"Deus, Blaire, isso é incrível," Rush disse pressionando um beijo na minha barriga.
"É não é?" respondi ainda maravilhada com a forma como isto era meu. Este homem diante de mim e da vida dentro de mim.
"Diga-me, quando ele fizer isso de novo. Eu quero sentir”, Rush disse, estendendo a mão para pegar minha mão na sua.
Voltamos a subir as escadas juntos de mãos dadas.
Rush
Fazia algum tempo desde a última vez que eu tinha pisado em Beverly Hills na casa de meu pai. A última vez que o visitei, eu tinha ficado bêbado a maior parte do tempo e festejado com meu pai. Esta seria uma visita muito diferente. Eu não era mais aquele cara. Coloquei a mala de Blaire no chão do quarto que meu pai dizia ser meu. Era onde eu sempre dormia quando vinha para visitá-lo.
"Isso é apenas... wow”, Blaire disse andando atrás de mim. Ela estava parada, e corando desde que entramos pela porta da frente. Felizmente, Nan e Kiro não estavam aqui para nos cumprimentar. Eu queria tempo para colocar Blaire para descansar da longa viagem de avião e eu podia ver a exaustão em seu rosto.
"Você vai aprender que lendas do rock são um pouco exibidas. Eles gostam de ostentar seu sucesso com as coisas”, expliquei.
"Posso ver isso. Eles com certeza têm feito um bom trabalho em exibindo este lugar”, disse ela, caminhando até cama e, em seguida, perceber que era muito alta para ela. Olhando por cima do ombro, ela franziu a testa para mim. "Como diabos serei capaz de subir nessa coisa?”.
Não conseguia evitar o riso. Ela parecia tão perplexa.
"Eu vou te dar um pouco de ajuda."
Blaire sorriu e balançou a cabeça.
"Isso é uma loucura. Então, se eu quisesse me deitar agora... como eu poderia subir nisso?”
Andei até ela e coloquei as duas mãos sobre sua cintura e, em seguida, peguei-a e a coloquei na cama.
"Dessa forma", respondi e sentei-me ao lado dela antes de jogar uma perna sobre as dela e deitá-la.
"Se você não parecesse tão cansada teria que testar essa coisa" provoquei. Ela cobriu a boca quando bocejou e me deu um sonolento sorriso.
"Posso ficar acordada”, ela assegurou-me e virou-se em direção ao meu peito.
Era tentador, mas eu sabia que seu corpo precisava de descanso.
Dei um beijo em seu nariz. "Tenho certeza que você poderia, doce Blaire. Mas agora tudo o que quero fazer é massagear seus pés, enquanto você relaxa e adormece”.
Seus olhos tinham aquele brilho satisfeito. "Oh, você faria? Eles estão inchados depois do voo”.
"Coloque sua cabeça no travesseiro e eu vou me livrar destes sapatos, que por sinal, não são exatamente bons calçados para uma mulher grávida. Você deveria ter desgastado os tênis, e não os calcanhares.”
Blaire bocejou novamente e recostou-se no travesseiro com um suspiro.
"Eu sei. Eu só não queria chegar ao LAX parecendo deselegante”.
Ela nunca poderia parecer deselegante. "Isso seria impossível”.
Ela sorriu e fechou os olhos quando comecei a esfregar seu arco.
"Você me ama."
"Mais do que a vida. Mas isso não me faz cego. Você seria quente em um saco de batatas.”
Ela não disse nada de volta. Seus olhos estavam fechados e seu sorriso ainda permanecia. Coloquei minha atenção em massagear seus pés cansados. Quando eu tinha acabado ela estava respirando de forma lenta e uniformemente. Puxei o cobertor sobre ela antes de sair e deixa-la descansar.
Dean estava deitado no sofá de couro preto que ocupava a maior parte da sala de entretenimento. Ele tinha seu último álbum tocando nos alto-falantes e estava jogando Halo em seu Xbox com um cigarro pendurado para fora de sua boca.
"Enquanto estivermos aqui, por favor, não fume em volta de Blaire" Eu disse enquanto entrava na sala.
Dean olhou por cima do ombro e sorriu. "Eu não vou. Não quero ferir o garoto.”.
Ele pressionou pausa em seu jogo e jogou o controle remoto para baixo na longa e elegante mesa vermelha que ficava em frente ao sofá, em seguida, pegou o copo. Não tinha que perguntar para saber que é uísque.
"Nossa menina está tirando uma soneca?", ele perguntou apoiando os pés na mesa.
O fato de ele ter chamado Blaire de "nossa menina" me levou para o caminho errado. Ela não era de ninguém, senão minha menina. Embora, a maneira como ele falou, parecesse normal. Ele sempre parecia.
"Minha menina está dormindo. Ela estava exausta," respondi, tomando um assento na outra extremidade do sofá.
Dean apenas riu e tomou um gole de seu uísque, em seguida, deu uma tragada de seu cigarro.
"Você é um homem das cavernas pouco possessivo com ela, não é? Não puxou isso do seu velho.” Eu não puxei um monte de coisas dele, mas não falei isso.
"Vou fazer o que precisa ser feito para fazê-la feliz. Mas serei o único a fazê-la feliz. Sempre. Apenas eu.”
Dean soltou um assobio baixo e balançou a cabeça enquanto levou seu cigarro aos lábios e jogava a cinza em um cinzeiro.
"Uma cota alta para preencher. Boa sorte com isso. Mulheres podem ser umas cadelas, às vezes, só porque elas querem. Não há ninguém que possa fazer uma mulher feliz quando ela está sendo uma cadela”.
Essa conversa era inútil. Ele nunca tinha tido uma Blaire em sua vida. Ele não tinha ideia de como ela era. Eu estava aqui por uma razão e queria abordar o problema e ir para casa.
"Onde está o Nan?"
Dean suspirou e revirou os olhos. "Não está aqui agora, graças a Deus. Ela é uma cadela louca”.
"Onde está Kiro", perguntei, decidindo ignorar a sua opinião sobre Nan.
“Estou aqui, com certeza! Homem! Olhe para você todo crescido e viril. Como isso aconteceu em um alguns malditos meses?" a voz alta de Kiro era inconfundível. Ele entrou na sala com uma garota que parecia ter a minha idade, envolta em seu braço. Seus peitos estavam saindo de sua camisa amarrada, uma coisa que parecia um espartilho. Ela piscou para mim. Seus cílios eram obviamente falsos. Ninguém aguentaria aqueles cílios todo o maldito tempo.
"Vim lidar com Nan," respondi, olhando para o meu pai, que estava tomando outra longa tragada em seu cigarro quando deixou seus olhos avaliarem a mulher que Kiro tinha trazido com ele. Sabia que eles compartilharam todo tempo. Isso não era o tipo de coisa que queria a redor de Blaire.
"Puta merda, vou ficar lhe devendo essa, com certeza. Ela está me levando à loucura do caralho. Por favor, acalme a loucura dela e me ajude a encontrar uma maneira de falar com ela. Ela sempre foi louca?”
Sabia que Nan tinha seus problemas, mas ouvir o homem que foi a principal causa deles, sobre ela, me deixou com raiva. Levantei e me virei para encará-lo.
"Se ela tivesse uma merda de um pai junto com ela talvez ela fosse tão normal quanto Harlow. Mas ela não teve. Você a deixou sozinha com a minha mãe. Nenhuma criança deve ser submetida a isso. Pelo menos o meu pai veio e me pegou. Passei um tempo com ele. Deu-me a sensação de ser querido. Você nunca fez isso para Nan. Ela está fudida por sua causa."
Não tinha programado jogar isso nele em minutos, quando entrei em sua casa, mas ele abriu sua boca estúpida sobre minha irmã.
"É a irmã do menino, Kiro. Tenha cuidado ao falar merda”, alertou Dean. Ele estava falando merda sobre Nan também, mas não o culpo por ela ser jeito que era.
A menina apertou-se mais perto de Kiro. "Você disse que seria divertido. Quero um pouco de diversão, baby. Você tinha minha buceta toda molhada na limusine. Ela está pronta para ser fodida", ela cantarolou.
Isso também era uma coisa que eu não queria que Blaire visse ou ouvisse. Eles faziam sexo barato e sujo. Eu só queria que Blaire visse do jeito que era com nós dois. Não desta maneira.
"Seja uma boa garota e fique nua enquanto falo com o menino aqui. Fique bonita e eu posso deixar que eles beijem sua buceta lisa e quente também".
"Ooooh, bom. Dois em vez de um", ela riu enquanto puxava a corda de seu top e assim ele caiu no chão expondo seus seios ali mesmo na frente de todos nós. Anteriormente, este era um comportamento normal quando vinha visitar meu pai, mas as coisas eram diferentes agora.
"Inferno, ela tem mamilos perfurados," meu pai disse antes de beber o resto de seu uísque e levantando-se.
"Estou voltando para meu quarto checar Blaire. Vou falar com você, quando ela se for”, eu disse com nojo antes de ir para a porta.
"O que se deu com o rabo dele? Ele normalmente gostava de desfrutar uma buceta quente que chegava aqui”, Kiro perguntou quando deixei o quarto.
Não perdi tempo voltando para Blaire. Ela ainda estava enrolada na cama. Tirei meus sapatos e fui deitar-me ao lado dela. Enfiando-a contra mim, gostava de tê-la perto. Isso era muito mais do que qualquer coisa que meu pai já teve em sua vida. A superficialidade de seus relacionamentos me fez sentir pena dele. Eu sabia o que ele estava perdendo. Mesmo com todo o seu sucesso na vida, ele tinha perdido isso de alguma forma. Tantos anos perdidos.
Blaire
A boca de Rush percorria no meu pescoço quando o pulverizador do chuveiro caiu em cima de nossas cabeças, parecia que estava chovendo. Eu queria um desses chuveiros em nossa casa. Ambas as mãos do Rush caiu ao redor da minha cintura e cobriu a minha barriga. Ele tinha dificuldade em manter suas mãos longe da minha barriga desde que ele sentiu o bebê chutar. Era como se Rush necessitasse fincar seu nome regularmente. Se ele não fosse assim tão fofinho enquanto me protegia me daria nos nervos.
Antes que eu pudesse desfrutar completamente de ter o corpo de Rush cobrindo minhas costas e suas mãos em mim, o grito zangado agudo que eu sabia que pertencia a Nan parou entre nós dois.
O corpo de Rush ficou rígido atrás de mim.
"Nan?", eu perguntei, já sabendo a resposta.
"Sim. Acho que ela descobriu que eu estou aqui já", ele respondeu e me deu mais um beijo no pescoço. "Termine seu banho. Eu preciso ir para lidar com isso. Ela e meu pai não se dão bem."
Eu balancei a cabeça e fiquei sob a água quente quando ele saiu do banho e pegou uma das grandes toalhas felpudas brancas dobradas sobre uma mesa de mármore. Eu queria ir com ele, mas ele não tinha perguntado. Então ele não queria. Ele estava tão preocupado sobre alguém me perturbar.
A voz profunda de um homem começou a gritar em resposta aos gritos de Nan. Quem era? Eu só tinha ficado em torno de Dean um pouco, mas eu não acho que o homem já tinha começado falado emocionalmente sobre qualquer coisa o suficiente para levantar a voz. Desliguei a água e peguei uma toalha, em seguida, e fui até Rush no quarto.
"Quem mais está aqui?" Eu perguntei quando ele puxou o jeans sobre sua bunda e pegou uma camiseta.
"Meu palpite seria Kiro. Aparentemente, eles estão tendo seus momentos de pai e filha", ele respondeu em um tom frustrado.
Kiro. Eu só tinha visto fotos do Deus do rock. Mas ele estava aqui agora. Nesta casa...
"Basta ficar aqui. É por isso que viemos. Então, eu posso lidar com ela. Ela está fazendo um inferno e Kiro não consegue lidar com ela. Assim que eu conseguir a calma e estiver sob controle, podemos voltar a Rosemary ".
Eu balancei a cabeça e estendi a toalha com força ao meu redor. Rush começou a correr para a porta, em seguida, parou e se virou. Um sorriso torto surgiu em seus lábios e ele passeou por mim. Suas mãos deslizaram para o meu cabelo molhado e ele segurou meu rosto quando ele olhou para mim. "Eu só quero ficar aqui com você", ele sussurrou antes de abaixar sua boca para a minha.
Peguei os dois braços e o segurei e sua boca roçou suavemente contra os meus, antes que ele me desse uma pequena lambida no meu lábio inferior. Eu abri minha boca para que ele pudesse provar mais, quando outro grito estridente veio do andar de baixo. Rush deu um salto para trás e suspirou. "Droga de família louca", ele murmurou.
"Vá lidar com isso. Eu estou bem aqui."
Uma batida na porta me surpreendeu e eu puxei a toalha com força contra mim.
Rush apressou-se e ficou na minha frente para bloquear a visão de alguém.
"O quê?", Ele gritou.
Olhei em torno de suas costas quando a porta se abriu bem devagar. Eu estava me preparando mentalmente para Nan vir se intrometendo na sala. Em vez disso, uma menina da minha idade estava na porta. Ela não se parecia com ninguém que eu poderia imaginar e que pertencesse a esta casa.
Seus longos cabelos castanhos roçavam sua cintura em cachos macios e eram repartidos para o lado.
Ela não tinha franja. Era tudo um comprimento único.
Cílios escuros emolduravam seu olhar sensual com seus olhos castanhos, mas ela não estava usando nenhuma maquiagem. A bermuda que ela usava batia em seu joelho e ela estava usando uma blusa rosa pálida que abotoada na frente. Era simples e elegante.
"Olá, Harlow," Rush disse, surpreendendo-me ainda mais. "Eu estou descendo. Eu ouvi."
Uma das sobrancelhas perfeitamente esculpidas da menina é arqueada. "Eu estava pensando se eu poderia esconder-me aqui com você. Você realmente está indo para lá para lidar com isso?" O sotaque do sul da sua voz me assustou.
Quem era ela e por que ela tem um sotaque do sul? Estávamos em Beverly Hills.
"É por isso que estou aqui. Para ajudar na situação," Rush respondeu.
A menina balançou a cabeça e, em seguida, seus olhos se deslocaram de Rush e se concentraram em mim. "Você deve ser Blaire."
"Sim", eu disse, olhando para Rush.
Rush me puxou para mais perto ao lado dele.
"Blaire este é Harlow. Ela é a outra filha de Kiro. Harlow, esta é a minha noiva, Blaire."
"Eu sei tudo sobre Blaire. Dean tem me contado. Você se importa se eu ficar aqui com você, Blaire? Nan não é minha fã e eu gosto de ficar longe de pessoas com raiva."
"Ela precisa se vestir e eu não tenho certeza que ela..."
"Sim, eu gostaria muito. Vou pegar alguma coisa na minha mala e colocar. Não vai demorar, só um minuto", eu respondi, interrompendo Rush. Eu normalmente era uma boa juiza de caráter e eu gostei de Harlow.
Ela parecia quase tímida. Ela falava suavemente e não havia malícia em seus olhos. Ela também não cobiçava Rush, quando ela olhava para ele. Isso foi uma grande vantagem para mim.
"Você tem certeza? Eu vou trazer um pouco de comida"
"Ah comida parece maravilhoso. Traga também para Harlow, por favor ", eu disse antes que ele pudesse dizer algo.
A risada de Harlow me assustou e eu olhei para ela. "Sinto muito. É só que ele está sendo, na verdade, não como Rush. É divertido vê-lo assim."
Sim. Eu gostava dela. "Deixe-me vestir e você vá lidar com Nan antes que ela venha procurar por você. Eu não quero vê-la ainda. "
Isso pareceu um incentido para Rush em sua determinação para me manter agasalhada na cama como um inválido. Ele não queria Nan perto de mim enquanto ela estava neste estado de espírito também. Ele balançou a cabeça e se dirigiu para a porta.
Uma vez que ele estava porta fora fiz um gesto à Harlow para vir para dentro. "Eu só vou colocar algumas roupas. Sinta-se à vontade."
“Obrigada. Eu nunca estive no quarto de Rush antes. Eu normalmente fico no meu quarto e leio. Mas quando Dean me falou sobre você eu fiquei curiosa”, admitiu ela, com um sorriso tímido.
"Estava curiosa sobre você também. Eu não sabia que o Kiro tinha outra filha. O que eu sei não é muito agradável. Você não é nada parecida com Nan ".
Harlow parecia triste por um momento. "Eu fui criada de maneira muito diferente de Nan. Minha avó teria tirado minha pele se eu agisse da maneira de Nan. Eu não tinha permissão para ser exigente ou ser revoltada. Vovó fez com que eu fosse bem comportada. Eu acho que é por isso que o papai gostava de vir me buscar. Eu não ficava no seu caminho quando eu vinha para cá. Sentava-me no meu quarto e lia meus livros principalmente. Quando ele tinha tempo para mim ele vinha me buscar e gostavamos de ir ao cinema ou um parque de diversões. Muito diferente do que era a minha vida com a minha avó na Carolina do Sul."
É por isso que ela parecia do sul.
"Eu cresci em Alabama. Eu estava me perguntando sobre o seu sotaque", confessei.
Ela sorriu. "A maioria das pessoas fazem. Ninguém espera que a filha de Kiro seja uma garota do campo."
Eu concordei com a cabeça, porque ela estava certa. Eles não. Com um nome tipo Harlow e um pai famoso eu imaginei que ela fosse mimada e elitista. Ela não era nada disso. Peguei um vestido da minha mala. Eu estava usando mais vestidos desde que minha barriga ficou muito grande para os meus jeans.
"Eu já volto", eu disse a ela e corri para o banheiro para me vestir.
Rush
Kiro estava sem camisa e balançando os braços tatuados por aí com um cigarro entre os dedos e uma garrafa de rum na outra mão. "Que porra é essa de que nunca vou te amar, esse é o seu problema? Inferno, você tem problemas com sua mãe, então, vá à merda, vai encontrar Georgianna. Por que sou eu que estou cuidando desta merda?" Kiro estava gritando com Nan quando entrei na sala de jogos. Um par de calcinhas de renda preta estava na mesa de sinuca, mas a mulher que eu tinha deixado com ele algumas horas antes estava longe de ser vista. Pequenos milagres.
"Rush! Você ouviu? Ele não se importa comigo. Ele não se importa por ter me ignorado a maior parte da minha vida e você sabe que ele tem uma filha? Uma cadela que nem sequer olha para mim", Nan ainda estava gritando.
Eu andei até ela e agarrei as suas duas mãos. "Respire profundamente, Nan. Você tem que se acalmar para que todos possam falar. Você gritando não vai consertar nada."
Ela olhou para mim, mas fez o que eu disse. Eu esperei até que ela tinha tomado duas respirações profundas antes de apertar as suas mãos.
"Bom. Agora, vai sentar ali naquele sofá e não fale. Deixe-me falar. Ok?"
Ela franziu o cenho, mas assentiu com a cabeça e caminhou até o sofá branco de couro que delineava duas das quatro paredes desta sala. Uma vez que ela estava sentada eu me virei para olhar para Kiro. Ele estava tomando um longo gole de cachaça. O homem precisava parar de beber e comer alguma coisa. Você podia ver as costelas dele. Seu fetiche com couro era além dos móveis. Ele usava também. As calças de couro que ele tinha estavam em seus quadris tatuados.
"Não posso acreditar que você conseguiu que ela calasse a boca em um maldito minuto," Kiro murmurou e colocou o cigarro de volta aos lábios.
Olhei para Nan e balancei a cabeça.
Eles eram muito parecidos. Ambos gostavam de ter a última palavra.
"Ela está chateada. Por favor, apenas tenha cuidado com as palavras e tente lembrar-se que ela é sua filha. A que você abandonou para viver com a pior mãe que uma criança poderia ter."
Olhei para Nan. "Você não pode odiar Harlow porque ele escolheu cuidar dela. Você odiava Blaire, pelas mesmas razões. Ela nunca fez nada para você, mas você odiava de qualquer maneira. Há apenas duas pessoas para culpar pelo modo como as coisas acabaram. Kiro e mamãe. Você precisa manter o seu maldito ódio voltado para eles. Não para todos a sua volta."
"Ela fez você me odiar. Você nunca me chamava pelo nome. Eu a odeio porque ela tirou você de mim. Eu posso culpá-la. Ela tomou a única família que eu tinha e que me amava. Tudo o que você faz agora é me corrigir e falar baixo comigo. Você nem sequer me ligou desde que deixei o hospital", ela cuspiu e fechou-se. "Eu estou tentando fazer todos vocês me amarem. Eu não deveria tentar tanto. Espero que vocês todos sejam felizes!" Ela saiu correndo da sala e os calcanhares batendo pelo corredor e subindo os degraus. Eu não tinha certeza se ela estava realmente saindo ou jogando para ver quem iria segui-la. Eu a segui por muito tempo. Eu tinha ajudado a escolher o seu caminho.
"Foda-se. Eu precisei de você por aqui o tempo todo. Você podia ter se livrado dela sem nenhum problema. Porra, isso foi fácil", Kiro disse e ele afundou no sofá e colocou os pés para cima, cruzando-os na altura dos tornozelos. Sua mão ainda segurava o rum e seu cigarro ainda em sua boca. "Sente-se e me conte sobre aquela garota que eu não conheci ainda. Você com certeza correu daqui rápido quando a princesa deixou cair a sua camiseta."
O nome da mulher não era princesa.
Isso era como ele chamava todas as mulheres que ele ferrou. Ele me disse isso quando eu era mais jovem, que chamava todas da mesma maneira, então quando você aliviasse sua carga você não seria pego gemendo o nome errado. Eu pensei que ele era um gênio na época. Talvez ele estivesse na categoria de artista, mas com as mulheres ele era um idiota. Era um milagre ele ainda ter um pau. Ele já tinha sido preso em tantos lugares que eu ficaria preocupado do risco de ele cair.
"A princesa tinha uma bela buceta também. Deveria ter visto. Tudo rosado e molhadinho. Eu acho que ela ainda tinha passado óleo ou qualquer coisa para mim."
"Não quero ouvir sobre isso. Não é por isso que eu estou aqui”, eu o interrompi antes que ele pudesse ir mais longe.
Kiro riu e tomou um gole de sua garrafa. "Ela chupou como um vácuo maldito também", disse ele.
"Papai, por favor. Eu não preciso dessas imagens mentais que são produzidas com isso."
A voz de Harlow tinha estalado em minha cabeça quando olhei para Blaire. Ela estava de pé ao lado de Harlow com um vestido listrado azul pálido e branco de mangas compridas. O decote muito baixo, mostrando o que só ia ficando melhor e cada vez melhor com esta gravidez. E também atingia vários centímetros acima do joelho e ela estava descalça.
"Bem, eu vou ser amaldiçoado, ela tem uma boca deliciosa. Eu ofereço o meu colo querida, mas acho que o homem poderia me castrar se eu chegasse perto demais."
"Eu faria mais do que isso", eu rosnei, lançando um olhar de advertência a Kiro antes de caminhar até Blaire.
"Você não nos levou comida e então viemos para cá à procura de algo. Tudo estava tranquilo na casa, então nós achamos que Nan havia saído", explicou Harlow.
Merda. Eu tinha esquecido a comida. "Sinto muito, querida. Nan estava gritando e eu esqueci. Vamos, deixe-me te alimentar."
"Eu já tenho um novo cozinheiro, o Sr. Branders, nos arrumou um pouco de salada de frango", Harlow respondeu.
Blaire apertou meu braço. "Eu estou bem. Pare de me olhar tão chateado."
Lidar com a minha família não era o que eu precisava agora. Tinha Blaire para cuidar e o nosso bebê. Por que eu tinha concordado em vir aqui? Blaire não pertencia a este estilo de vida. O cheiro de fumaça de cigarro que senti me fez virar para Blaire e a levei em direção à porta. "Vamos tirar você daqui. Ele está fumando", eu expliquei.
"Você realmente vai tira-la daqui porque estou fumando?" Kiro perguntou em um tom divertido.
Eu nem sequer lhe respondi. Eu só levei Blaire para a porta. Eu estava tentado a dizer-lhe para não respirar até que eu pudesse levá-la para o ar fresco. Eu tinha que resolver essa merda de Nan e consertar tudo rápido. Blaire precisava de ar fresco e limpo, e era em Rosemary, e não neste lugar infestado de nicotina.
"Deixe ele em paz," Harlow repreendeu Kiro suavemente.
"Dean não estava me sacaneando. O rapaz fez e tem a sua buceta”, Kiro soltou uma gargalhada.
Eu cerrei os dentes e continuei movendo Blaire em direção à cozinha.
"Ele parece ser interessante. Eu nunca fui devidamente apresentada", disse Blaire.
"Você não quer ser apresentada a ele. Ele não é alguém que eu quero perto de você."
Blaire olhou para mim e fez uma careta. "Por quê?"
"Porque ele não tem moral. Nenhuma. Absolutamente. E os limites são uma língua estrangeira para ele. As mulheres se jogam para ele e ele usa-as e em seguida, passa para a próxima. Eu não o quero olhando para você."
"Eu realmente gostaria de poder confirmar-lhe que você de fato tem um pênis. Um pênis muito grande e bonito", Blaire sussurrou.
Eu estremeci. "Por favor, apenas chame-o de grande. Não o chame de bonito. Isso machuca meus sentimentos."
Blaire riu e passou em minha frente.
Blaire
Eu não tinha certeza de que um jantar em família na casa era uma boa ideia. Rush, no entanto, estava determinado a encontrar uma maneira de ajudar Nan e Kiro a se darem bem. Eu tinha passado o meu dia à beira da piscina. Mesmo que fosse o final de novembro, ainda fazia vinte e oito graus lá fora. Eu estava acostumada à loucura do tempo quente de inverno no Alabama, mas o sol parecia ainda mais quente aqui. Rush estava ao meu lado e, em seguida, ele fazia um grande esforço para esfregar o protetor solar por todo o meu corpo.
Depois do banho, eu me senti revigorada e pronta para assumir essa família maluca por causa de Rush. Eu gostei de Harlow, pelo menos durante o pouco tempo que eu passei com ela.
Ela não estava brincando de permanecer trancada em seu quarto. Ela raramente saiu. Eu quase me senti mal por ela. Parecia uma vida solitária. Fiquei imaginando se sua vida na Carolina do Sul tinha sido assim. Será que ela tem amigos lá e sente falta?
Rush entrou no quarto, mas parou no momento em que seus olhos pousaram em mim. "Não. Blaire, querida, você está maravilhosa. Incrível. Mas você não pode usar esse vestido também para jantar. Seus seios estão todos assim me fazendo querer cancelar o jantar e te deixar nua. Em seguida, as pernas e os calcanhares. Você não pode sair para jantar assim. Kiro é um pervertido e eu vou acabar matando ele. Por favor, coloque algo que tenha menos decote e perna de fora. Inferno, usar jeans, um suéter, e algum tênis."
Se ele não parecesse tão perturbado eu teria ficado chateada. Eu amei esse vestido. Isso me faz sentir sexy, apesar da minha barriga.
Quanto maior o bebê menos atraente eu me sentia. Minha cintura foi desaparecendo rapidamente. "Nenhuma das minhas calças jeans estão dando em mim e eu gosto deste vestido. Faz-me sentir bonita."
Rush gemeu e se aproximou de mim.
"Você está muito linda. Bonita não é a palavra que usamos para descrever você com esse vestido. Eu preciso que você pareça menos com um orgasmo induzido e quente e mais parecido com a minha noiva grávida. Eu não quero ouvir Kiro dizer coisas selvagens para você no jantar. Quero me concentrar em Nan e ele para encontrarem um pouco de paz."
“Okay. Bem, você colocando dessa forma, eu acho que eu poderia mudar", eu respondi.
"Sim, por favor. Por mim," Rush implorou.
"Você pode abrir o fecho então? Eu tive um momento bastante difícil para conseguir fecha-lo”.
Rush chegou perto de mim e puxou o zíper para baixo, em seguida, empurrou-o para baixo dos meus ombros e caiu pela minha cintura. Eu não estava usando sutiã, porque a parte de trás era tão decotada e meus seios nus pareciam ter chamado a sua atenção.
"E usar um sutiã", disse ele em um sussurro rouco. Em seguida, ele abaixou a cabeça para puxar um dos meus mamilos em sua boca.
O metal em sua língua esfregava contra a carne sensível e eu agarrei seus ombros e segurei com firmeza.
“Rush, temos um jantar em breve", eu o lembrei enquanto ele deslizava o vestido para baixo sobre meus quadris, até que caiu no chão.
"Ah porra agora eu não me importo", ele murmurou enquanto ele voltava sua atenção de um mamilo para outro. Sua mão deslizou para parte de dentro da frente de minha calcinha e ele deslizou seu dedo em mim com um toque suave. Meus joelhos se dobraram.
"Por favor, Eu... por favor."
"Por favor, o quê?", Perguntou Rush, me pegando e me colocou em cima da penteadeira atrás de mim. "Abra suas pernas", exigiu.
Eu fiz como me foi dito. Sua mão deslizou por cima da minha buceta e seu dedo começou a deslizar dentro e fora de mim em um ritmo constante. Cada vez que ele tirava e deslizava, a umidade aumentava em seu dedo dentro do meu clitóris, sendo bombeada dentro de mim. Eu estava muito perto de um orgasmo. Rush parecia saber como atraí-los para fora de mim facilmente.
"Será que você vai se sentir bem? Agora está toda molhada e pronta", disse ele no meu ouvido e eu tremi quando seu dedo deslizou para fora e desta vez passou para trás em direção a minha outra entrada. Ele girava em torno dele o suficiente e virava me incomodando. Eu tinha pensado que iria me incomodar. O gemido que escapou não passou despercebido por Rush.
"Você gosta de isso?", Ele perguntou enquanto seu dedo passava suavemente pela entrada. Eu podia senti-lo no meu clitóris. Espremendo os meus olhos fechados, eu só acenava com a cabeça. "Foda-se, querida. Eu não vou ser capaz de sair para ir nesse maldito jantar pensando em você ficando quente e me incomodaria se não pudesse brincar com a sua bunda."
Eu não queria ir para jantar algum agora. Eu queria ficar.
Rush moveu seu dedo de volta para o meu clitóris e circulou-o várias vezes, e em seguida, pressionando com o polegar e o indicador enquanto o seu dedo que tinha o anel deslizou dentro de mim. Eu agarrei seus braços e gritei em voz alta enquanto o orgasmo que eu sentia jorrava de dentro de mim e entrou em erupção.
Eu fiquei mole em seus braços e ele me segurou entorno dele tirando a sua mão para fora da minha calcinha. Ele começou a lamber seus dedos um de cada vez e minha barriga tremia enquanto eu observava-o. Um sorriso em seus lábios como o último dedo estourava de sua boca.
"Isso deve me segurar até que este pesadelo acabe. Mas faça-me um favor e deixar essa calcinha por ai. Eu quero descer e ir lá sabendo que eu a deixei molhada."
Suas palavras fizeram os meus seios doerem novamente. Se ele não parasse nós nunca desceríamos para o jantar.
"Ponha algo que irá manter-me calmo e vamos embora enfrentar o inferno que nos aguarda," Rush sussurrou enquanto ele me puxava. "A menos que você queira ficar aqui. Eu posso lhe trazer a comida, se você preferir ignorar."
De jeito nenhum eu me esconderia aqui, enquanto ele ia lá baixo e lidava com Nan. Eu desceria também.
Mesmo que fosse para manter a minha boca fechada eu estaria lá para dar apoio moral. "Eu estou indo com você. Apenas me dê um segundo. Eu estou um pouco sem ar e fraca."
Rush sorriu. "Apenas a maneira que eu gosto de te deixar."
Eu peguei o meu vestido e joguei para ele. Em seguida, eu fui até o armário onde eu tinha pendurado minhas coisas e encontrei outro vestido que caiu até acima de meus joelhos e tinha um decote mais elevado. Eu poderia usar minhas botas com este e ficaria bonita do mesmo jeito.
Eu coloquei, e em seguida, virei para agarrar minhas botas.
"Você está calçando botas? Aquelas botas?" Rush perguntou enquanto eu calcei um pé em uma delas.
"Sim", eu respondi.
Rush gemeu e sacudiu a cabeça.
"Porra botas fazem um homem achar que você não veste nada, mas aquelas botas."
"Rush. Você tem que parar. Você acha que todo mundo quer me ver nua. No caso de você não ter notado, eu tenho uma barriga que tem um bebezinho. Nenhum homem quer me vê nua... exceto você."
As sobrancelhas de Rush ergueram-se.
"Você realmente acha isso, não é mesmo?"
“Eu não acho, eu tenho certeza.”
Rush soltou um suspiro derrotado. "É isso uma das razões pelas quais você está tão incrivelmente irresistível. Venha cá, minha querida Blaire. Vamos jantar."
Rush
Com Blaire ao meu lado durante o jantar eu não seria capaz de me concentrar em Nan. Eu estava indo para proteger Blaire.
Quando Nan tinha acordado de seu coma e ela descobriu sobre o bebê ela tinha ficado menos fria com Blaire. Então ela descobriu que Abe não era seu pai. Kiro era.
Nan estava fora de controle desde então. Eu entendi seu desejo de ter um pai que a amasse. Eu odiava Abe Wynn por anos devido ao fato de a minha irmã estar tão chateada. Mas não tinha sido culpa de Abe. Minha mãe deveria ter sido honesta e a porra do Kiro devia ter se prontificado como meu pai e ter feito alguma coisa.
Blaire apertou minha mão com força assim que entramos na sala de jantar. Olhei para a sala e fiquei aliviado, pois Nan não estava aqui ainda. Eu queria ter Blaire sentada e relaxada antes de minha irmã aparecesse.
"Você exigiu que esta família se reunie e vêm tarde," Kiro balbuciou e se recostou na cadeira e levou à vista para Blaire. Eu estava começando a odiar o homem. Por várias razões.
"Nan ainda não está aqui. Nós não estamos atrasados", eu respondi e caminhei com Blaire para o outro lado da mesa e sentei ao lado de Dean, e peguei uma cadeira do outro lado dela.
"Ele está em sua rara forma. Começou a bater o rum cedo", Dean explicou para Blaire.
O olhar de desculpas no rosto do meu pai lembrou-me que ele não era tão cruel como seu amigo. Eu já sabia disso. Ele não tinha me ignorado. Mas, então, Kiro não havia ignorado Harlow também. No entanto, eu me perguntava se ela queria ter tido sua mãe e não ter sido tirada dela.
Kiro só forneceu o dinheiro. Sua avó tinha criado. Ele apenas apareceu com pôneis e promessas que nunca manteve.
"Eu estou apenas sendo eu" Kiro falou para fora de sua extremidade da longa mesa. "Você está mantendo essa linda menina longe de mim, não é?" Kiro disse com uma risada. "Eu estou apenas olhando, rapaz. Não é como se eu fosse tocá-la. Ela está carregando seu filho. Eu fico longe de grávidas. Eu não quero mais filhos atribuídos a mim."
Blaire ficou tensa ao meu lado e eu descansei minha mão em sua perna. Isso não era algo que deveria perturbá-la. Foi uma coisa boa. Mesmo se eu quisesse que ele parasse de olhar para ela.
"Papai, deixe Rush e Blaire sozinhos. Sua provocação só faz com que todos fiquem desconfortáveis", disse Harlow.
Ela estava sentada calmamente à esquerda de Kiro. Ela raramente falava, e eu não estava acostumado com sua voz suave. Isto ainda me surpreendia que aquele homem tivesse produzido ela. Ela não nada parecida com Kiro. Ela também foi à única pessoa que poderia fazer Kiro acalmar-se. Sua voz parecia alivia-lo. "Tudo bem, querida. Eu não quero estragar o seu jantar. Eu estava apenas brincando."
"Não estava brincando", ela respondeu com um jeito suave.
Blaire abaixou a cabeça ao meu lado. "Eu gosto dela", ela sussurrou tão baixinho que quase não tinha a ouvido falar. Eu sorri. Eu não estava errado sobre Harlow se Blaire gostava dela. Ela era realmente uma garota legal. Nan que produzia o inferno.
Um barulho alto de saltos batendo no chão de mármore que leva à sala de jantar. Eu fiquei tenso e me preparei para Nan. Ela mergulhou na sala vestindo um short gelo azul, macio parecendo um vestido e um salto alto fino, e em seu longo cabelo vermelho, que foi puxado para cima de sua cabeça com cachos caindo levemente em volta de seu rosto. Ela tinha a certeza que ela estava bem para isso. Essa era Nan. Eu vi em seus olhos que ela tinha lançado em todos na mesa um olhar altivo.
O brilho em seus olhos irritados quando notou Blaire não era nada comparado com o olhar de ódio que ela atirou em Harlow. Esperei para ver se ela ia dizer algo que eu precisasse acabar com tudo ali.
Harlow manteve seu olhar para baixo e ela continuava a brincar com o guardanapo no colo. A tensão na sala era enorme e eu odiava que Nan achava que ela tinha que fazer isso para chamar a atenção.
"Sente-se menina e pare de ficar rosnando. Queremos comer", Kiro disse levianamente, e os olhos de Nan brilharam com raiva. Ela olhou para o outro assento ao lado de Kiro e, em seguida, passou-o para sentar-se no outro lado de Dean. A menina em si ainda estava com medo de rejeição. Ela sabia que meu pai não iria rejeitá-la.
"Eu não sabia que você tinha trazido ela", Nan exclamou.
Blaire estava tão tensa ao meu lado eu queria puxá-la contra mim até que ela relaxasse. "É claro que eu a trouxe. Ela vai para onde eu vou."
Nan revirou os olhos. "Eu sinto falta do velho Rush."
"Eu não", eu respondi.
"Este é um assunto de família. Você acha que pode lidar com apenas alguns momentos longe dele ou você está pensando em incomodá-lo pelo resto de sua vida?"
A dor de Nan estava se transformando em amargura rapidamente. Ela não ia ocupar-se de Blaire, no entanto inclinei-me sobre a mesa e a olhei bem firme. "Nunca mais fale com ela desse jeito. Se ela não tivesse concordado em vir comigo, eu não teria vindo. Não subestime sua importância. Ela está comigo. Respeite isso." Nan ouriçou-se e recostou-se na cadeira. Eu odiava falar com ela assim, quando eu sabia que ela estava sofrendo. Mas Blaire vem primeiro. Sempre.
"Eu estou morrendo de fome. Onde está a maldita comida?" Kiro gritou em voz alta. Duas mulheres em seus vinte e poucos anos vieram correndo com bandejas. Normalmente não havia garçons para servir as refeições por aqui.
Dean e Kiro não eram bons em refeições formais. Mas Dean tinha chamado uma empresa para providenciar e lidar com a refeição da noite. As mulheres tinham um brilho no olhar quando começaram a colocar os aperitivos na mesa e uns drinques a pedidos.
"Olhe para você," Kiro disse quando ele deslizou a mão até uma das pernas das mulheres.
"Papai, não", Harlow sussurrou.
Kiro soltou uma risada dura e piscou para a servente. "Mais tarde".
"Deus. Eu não posso acreditar que minha mãe dormiu com este homem," Nan disse um pouco alto demais.
"Não vá lá, Nannette," Dean a alertou. Era tarde demais. Eu podia ver a diversão nos olhos irritados de Kiro.
"Por que não? Eu sou um deus do rock, menina. Que porra. Rock. Deus". Ele tomou um gole de sua bebida e depois sorriu.
"Todas as mulheres querem provar. Sua mãe não foi diferente."
"Papai, por favor," disse Harlow, alcançando e tocando seu braço levemente.
"Minha mãe era muito jovem para saber ao certo", Nan disparou de volta.
"Ela não era tão jovem. Ela estava apenas tentando desesperadamente dormir com cada um de nós. Eu acho que ela pode reivindicar oficialmente o recorde de 'fodeu todos do Demônio Slacker' e isso não é uma tarefa fácil. Dean é mais exigente do que a maioria."
O rosto de Nan empalideceu e eu sabia que precisava intervir antes que isso ficasse fora de controle.
"Graças à Kiro, para ter certeza que nós estávamos cientes dos hábitos sexuais de nossa mãe quando ela era mais jovem. Agora, podemos seguir em frente com isso e tentar chegar a um acordo?"
Kiro assentiu. "Claro. Vamos comer um pouco dessa merda."
As garçonetes começaram a caminhar rapidamente em torno da mesa com as bandejas de comida e nos perguntando o que queríamos. Blaire recusou a maioria de todos os aperitivos.
Ela só pegou uma fatia de pão.
"Por que você não está comendo mais do que isso?", eu perguntei preocupado.
Ela se inclinou para mim, para que ninguém a ouvisse. "Porque eu não posso comer carnes cruas ou queijos com leite não pasteurizado, enquanto eu estiver grávida."
Merda. Outra coisa que eu não sabia. Eu empurrei a cadeira para trás e me dirigi para a cozinha. Eles estavam indo fazer algo que ela pudesse comer.
Blaire
Eu não tinha que perguntar para Rush o que ele estava fazendo. Eu já sabia. Ele estaria de volta com uma comida que eu pudesse comer. Se eu não estivesse com tanta fome eu poderia tentar impedi-lo, mas eu realmente queria comer mais do que pão.
"Você virou o meu irmão em sua cadela. É patético," Nan falou sobre a mesa.
"Aguarde suas garras Nan. Blaire está grávida e precisa comer. Rush precisa cuidar do que é seu", Dean respondeu antes de atirar de volta uma ostra crua fora de sua concha em sua boca aberta.
"Você não entende o que é controle de natalidade? Ou esse é o seu plano o tempo todo? Prende-lo com um bebê?"
Era muito provável que pro resto da minha vida eu teria que lidar com esse tipo de atitude de Nan. Ficando chateada e afastando-me não seria uma escolha de vida para mim. Privilegio, eu não tinha a intenção de colocar uma arma em seu rosto, mas eu não ia deixá-la falar assim comigo só porque ela era irmã de Rush.
"Eu sei que você está magoada e com raiva. Mas eu não fiz nada para você. Então, por favor, afaste-se."
Dean riu ao meu lado. Os olhos de Nan só ficaram mais brilhantes. Ótimo. Eu não tinha feito nada, apenas irritá-la mais.
"Você me escuta, sua putinha. Não importa o que você acha que você tem você é nada. Eu sou a irmã dele. Eu sou seu sangue. Ele irá escolher-me e tudo se resume a isso. Então, não se atreva a me ameaçar."
Eu queria tanto voltar lá para cima para o quarto de Rush e esconder-me de tudo isso, eu sabia que só ficaria pior. Eu tinha que mostrar a ela que eu não estava recuando.
"Isto não é uma competição. Você é a irmã dele. Eu sou a mãe de seu filho. Ele não precisa ter que amar uma de nós, Nan. É infantil e inseguro pensar dessa forma. Rush está aqui, porque ele te ama e quer ajudá-la. Não o culpe por me tratar desse jeito."
Nan abriu a boca e fechou-a novamente. Seu queixo foi flexionando com o ranger dos dentes que estava fazendo.
"Thata menina, Blaire," Kiro chamou e a dor que brilhou nos olhos de Nan me fez sentir pena dela. Eu sabia qual era a sensação de ter um pai que rejeita você.
Mas eu também sabia qual era a sensação de ter um pai que você adorava. Ela não sabia.
"Eu não sei porque eu ainda tento. Ninguém me aceita aqui. Rush foi tudo que eu tinha e agora ele está preso à você e você me odeia", ela gritou, se levantou e jogou o guardanapo sobre a mesa. "Você me tirou Rush", ela apontou o dedo para mim, então ela virou a sua atenção para Harlow. "E você, você tem o amor de meu pai. Eu não tenho nada." Ela virou-se e saiu correndo da sala.
Rush entrou quando seus calcanhares batiam ruidosamente no chão e olhou para Kiro. A raiva em seu rosto era evidente. "O que você fez? Eu só saio por cinco minutos."
Kiro deu de ombros e apontou para mim.
"Não olhe para mim. Foi sua mulher que fez ela correr ".
A raiva de Rush virou confusão quando ele desviou o olhar para mim. "Blaire? O que aconteceu? "
Eu balancei minha cabeça. "Ela estava me acusando de coisas e eu só disse a verdade."
Rush soltou um suspiro e saiu atrás de sua irmã.
Eu sentei lá perguntando se eu deveria ir também. Ou se eu deveria ficar aqui.
Meu pão foi esquecido no meu prato e meu estômago estava agora dando nó.
"Este jantar de família está lentamente diminuindo. Alguém mais quer fugir antes que chegue a nossa salada?" Kiro perguntou em um tom jovial. Como é que ele poderia estar fazendo piadas depois do que tinha acontecido eu não entendia.
Dean se aproximou e apertou meu braço. "Ele vai estar de volta. Às vezes Nan só precisa de Rush. Ele sabe disso."
Infelizmente, eu também sabia disso.
Rush não estava de volta quando o jantar tinha acabado. Kiro agora estava apalpando completamente o fundo da servente debaixo de seu vestido. Harlow ignorou-o e terminou o seu vinho em silêncio. Dean tinha a sua atenção na outra servente. Eu estava mais do que certa, que as duas mulheres estavam no menu, para aqueles homens. A única que Dean estava olhando manteve-se rindo e encontrando razões para andar até ele. Felizmente, ele não estava olhando para qualquer parte do corpo ainda. Eu estava mais do que pronta para me levantar e sair.
"Eu acho que está na hora de você e Blaire irem para a cama," Kiro disse para Harlow, sem olhar para ela. Ele estava focado nos peitos da servente e sua mão ainda estava levantando sua saia.
"Concordo plenamente", Harlow respondeu, levantando-se e olhando para mim com um sorriso de desculpas.
Levantei-me e comecei a agradecer Kiro e Dean pelo jantar, quando notei a mão de Dean estava entre as pernas de outra servente. Eu decidi correr por trás de Harlow.
"Eu sinto muito que você teve que ver isso. Papai está bebendo mais agora que Nan está fazendo esse inferno todo. Quando ele bebe, ele... uh... precisa de um monte de mulheres."
Em outras palavras, ele está em parafusos frequentemente. Eu balancei a cabeça. No entanto, qual era o problema de Dean? Apenas uma lenda do rock com tesão para conseguir o que queria, eu acho.
"Eu pensei que Rush estivesse de volta agora", eu falei, querendo mudar de assunto.
Harlow assentiu. "Sim, eu também. Nan é muito informal pelo que estou percebendo."
Informal era uma palavra muito amável para Nan. Eu estava pensando mais na palavra "cadela". "Ela me odeia. Eu acho que preciso aceitá-la e aprender a viver com ela. Eu só não gosto da saia justa que ela colocou Rush”.
Um forte grito e, em seguida, um gemido veio da sala de jantar. Harlow fez um barulho de engasgos. "Ugh, vamos lá. Podemos tomar o elevador em vez das escadas. Ele vai abafar o ruído".
"O que eles estão... fazendo na sala de jantar?”, eu perguntei, espantada com a falta de privacidade e o fato do pessoal do Buffet pudesse ouvi-los na cozinha.
"Eles vão fazer em qualquer lugar. Confie em mim. Você não quer saber o que eu tenho visto ao longo dos anos. Eu acho que é a razão de eu ainda ser virgem. Bem, isso e o fato de que eu sou muito tímida perto dos caras".
Era um milagre que Harlow fosse tão inocente como ela era com esse tipo de comportamento do seu pai. "Eu era virgem até ter conhecido Rush. Às vezes é melhor esperar até o cara certo aparecer".
Harlow sorriu e acenou com a cabeça. "Sim. Mas, também, há a chance de nunca acontecer. Eu não socializo muito. Minha vida aqui é muito privada. Eu sempre odiei o sexo por causa do que eu vi acontecer com meu pai. Mas ultimamente eu me pergunto se talvez eu só precise ver por um angulo diferente. Você e Rush parecem ser felizes juntos."
Senti-me triste por ela. Ela aparentemente tinha crescido muito superprotegida pela avó e depois só vi o outro lado do aspecto da vida de Kiro.
Ela parecia estar muito confusa. "Você já teve um encontro na Carolina do Sul?", eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. "Não muito. Minha avó não era um fã de me ver namorando. Ela disse que só levava a sexo. E era para eu esperar até que eu me casasse para ter sexo. Ela havia me dito que estava em sua Bíblia. Mas se eu não namorasse como eu poderia me casar?" Harlow soltou uma risada suave. "Não importa agora. Eu nunca conseguia encontrar as palavras quando um cara que eu estava atraída ficava próximo de mim. Tornei-me vergonhosamente tímida e desajeitada. Estou ficando melhor com o passar do tempo."
Harlow tinha uma beleza clássica. Ela era elegante e perfeita. Era difícil acreditar que ela não tinha namorado muito.
"Eu estou indo para o meu quarto. Eu tenho um livro para terminar. Recentemente eu encontrei autores indie no meu Kindle e eu estou um pouco viciada".
"Indie?", eu perguntei.
Harlow assentiu. "Ebooks auto-publicados. Eu encontrei alguns diamantes em estado bruto."
Eu precisava ter um Kindle. "Aproveite então", eu respondi e me dirigi até o quarto de Rush.
Rush
Nan estava soluçando. Como dizer que ela partia o meu coração. Ela ainda era minha pequena irmã e estava fazendo as coisas erradas. Por ambos os pais. Eu já havia tentado com toda a minha vida, ser a única pessoa que ela poderia contar, mas eu não era o suficiente.
Ela precisava sentir-se amada e aceita por um de seus péssimos pais.
"Ela me odeia", Nan fungou e soluçou. "Bem ali, na frente de Kiro ela me fez parecer uma idiota. Ela não se importa se eu estou tentando encontrar uma maneira de fazer com que eu o tenha ou ele me queira."
Eu tinha certeza de que Nan tinha pressionado Blaire para dizer às coisas que ela falou, mas eu não podia apontar isso. Eu estava agora, depois de uma hora, fazendo com que Nan se acalmasse o suficiente para conversar comigo. Ela precisava de alguém agora e eu tinha certeza que eu era à única pessoa no planeta que se preocupava com os seus problemas.
"Eu sei que você a ama, mas ela é malvada. Ela é fria e malvada. Você se lembra de quando ela apontou a arma para mim," Nan fungou e limpou o rosto encharcado de lágrimas.
"Isso foi um pouco diferente. Mamãe e Abe tinham acabado com seu mundo. Ela estava chateada e vocês estavam zombando dela."
Nan soltou uma risada dura. "Você sempre vai protegê-la. Mesmo ela zombando de mim e da minha necessidade de ter um pai que me queira bem, bem ali na frente de todos. Na frente de Harlow, Dean, Kiro. Ela não se importa com os meus sentimentos."
Blaire estava grávida e suas emoções eram mais difíceis de serem controladas.
No entanto, eu precisava falar com ela para ficar quieta quando estivesse perto de Nan. Quanto mais cedo eu resolvesse os problemas dela e Kiro e ficasse tudo bem, mais cedo poderíamos ir embora. Eu não gosto de ter que fazer malabarismos entre Blaire e minha irmã. Era demais.
"Ela não deveria ter dito o que ela disse. Embora você não devesse ter dito nada a ela também."
"Eu estava lembrando-lhe que você me amava também. Ela estava olhando para mim, com ódio."
Blaire tinha muitas razões para odiar Nan.
Eu sabia disso. Eu só queria que ela aprendesse a deixar que tudo fosse embora. Quando ela insistiu em vir aqui, eu pensei que era a sua maneira de perdoar Nan.
Parecia que eu estava errado.
"Eu vou lidar com Blaire. Isso não vai acontecer novamente. Mas você precisa começar a encontrar maneiras de lidar com esta amargura Nan. Eu não posso ajudá-la se você continuar agindo assim na frente de Kiro. Ele está acostumado a lidar com Harlow. Não com você. Harlow é tranquila e mantém as coisas para si mesmas. Isso é tudo o Kiro vai aturar e tenho certeza que quando criança ela percebeu isso rápido. Você precisa perceber que Kiro não vai aceitá-la como você é. Ele é mimado e egoísta. Ele é uma lenda. As pessoas adoram-o e ele vive nela."
"Eu odeio a minha vida. Eu... Acho que às vezes seria mais fácil para todos se eu apenas morresse."
Eu senti uma dor aguda no meu peito e eu estendi a mão e puxei-a em meus braços. "Você não pode fazer isso porque eu te amo. Eu quero você por perto. Você precisa de uma chance de encontrar a felicidade, Nan. Não faça isso com você mesmo. E nunca, e eu digo nunca, diga algo do tipo novamente." Ela assentiu com a cabeça contra o meu peito e começou a chorar baixinho. Gostaria de saber se minha irmã ferida jamais seria curada.
Depois de várias horas mais tarde eu voltei para a casa. Nan ficou em seu hotel.
Ela se recusou a ficar na casa com Kiro e Harlow. Eu mandei uma mensagem para Blaire duas vezes e eu tinha recebido nada dela. Eu estava preocupado. Eu repetia para mim mesmo que ela estava dormindo. Corri até o quarto e abri a porta para encontrá-la enrolada na cama dormindo. Ela ainda estava usando seu vestido e ela parecia estar com frio. Eu andei até ela e comecei a despi-la com cuidado. Eu não queria acordá-la, mas eu também não queria que ela ficasse desconfortável enquanto ela dormia. Assim que tirei sua roupa e puxei as cobertas e a cobria eu não podia acreditar que ela tivesse dito algo prejudicial para Nan. Então Nan tinha sido convicente de que Blaire havia atacado ela. Foram, provavelmente, os hormônios da gravidez. Abaixei-me e beijei a cabeça de Blaire antes de levantar e ir para o chuveiro. Não tinha sequer passado um dia aqui e eu já estava estressado e pronto para ir embora.
As batidas na porta começaram logo depois que minha cabeça encostou-se ao travesseiro. Ou pelo menos me senti dessa forma. Blaire agitou-se em meus braços e eu notei que o sol entrava pelas janelas. Talvez eu tivesse conseguido dormir um pouco.
"Quem será?" Blaire perguntou em um sussurro sonolento.
Eu não tinha certeza, mas eu não queria que Blaire acordadasse assim. Eu sabia que ela tinha esperado até tarde por mim. "Não tenho certeza. Fique aqui”, eu respondi e beijei sua cabeça antes de sair da cama e coloquei minhas calças jeans jogadas.
Eu empurrei para abrir a porta do quarto para encontrar meu pai olhando com ressaca e chateado. "Você tem jeito para lidar com eles. Seja lá o que você disse para Nan ontem à noite não ajudou muito. Ela está mudando-se para cá” Dean rosnou.
Esse foi um passo na direção certa.
Ela precisava de uma chance para se acostumar com Kiro. Isso seria bom para eles. "Então, nossa conversa ajudou. É hora de Kiro aceita-la e resgatar o tempo perdido."
Dean soltou uma risada dura. "Isso não vai acontecer, Rush. Você esta mentindo se disse isso a ela. Kiro é Kiro. Ele não é uma porra de figura de um pai se é isso que ela quer."
Talvez. Mas eu tinha que pelo menos tentar ajudá-la.
"Basta chegar lá embaixo e ajudar antes de ele explodir", disse Dean antes de virar e caminhar.
Fechei a porta antes voltando para Blaire. Ela estava sentada na cama com o cabelo bagunçado do sono e com o lençol até seu peito nu. O que eu realmente queria era rastejar de volta para a cama com ela e esquecer essa besteira com Nan.
"Sinto muito," eu disse a ela assim que eu voltei até a cama.
Ela franziu a testa. "Que horas você voltou ontem à noite?"
"Tarde. Foi dificil com a Nan."
Blaire assentiu rigidamente, em seguida desviou o olhar do meu. Fui para o lado dela da cama e sentei-me ao lado dela, em seguida, coloquei um dedo sob o queixo e inclinei a cabeça para olhar para mim. "Ei, o que há de errado?"
Ela soltou um suspiro cansado. "Você poderia ter ligado. Eu esperei por você ligar. Eu dormi preocupada com você."
"Eu liguei," eu assegurei a ela. "Você não atendeu."
Blaire pegou o telefone e olhou para ele. "Você me chamou depois das onze horas. Eu já tinha adormecido nesse horário. Eu quis dizer que você poderia ter ligado mais cedo do que isso."
Ela estava certa. Eu deveria mesmo. Droga Nan e Kiro. Eu não ia colocar Blaire em segundo lugar depois de ninguém novamente. Eu tinha jurado que ela era a primeiro e seria assim. No entanto, ontem à noite eu deixei-a para depois.
Blaire
Eu estava tentando duramente para não soar como um bebê, mas eu estava chateada.
"Eu deveria ter ligado mais cedo. Sinto muito. Nan começou a ameaçar a si mesma e entrei em pânico. Eu estava no modo de irmão mais velho."
Ele estava sempre no modo de irmão mais velho com Nan. Chegando aqui, eu sabia que eu estava por Nan, mas era mais difícil do que eu imaginava. Especialmente depois do jeito que ela me tratou ontem à noite. Eu não acredito por um minuto que ela tentaria se matar.
"Ela está te manipulando. Eu odeio vê-la fazer isso."
Rush levantou-se e passou a mão pelo cabelo e caminhou até a janela. Ele não concordava comigo. Eu poderia dizer isto devido o modo tenso como estava seus ombros. Ele olhou defensivamente. "Ela está chateada e magoada. Eu sei que ela foi uma cadela para você no passado, mas agora eu preciso de você. Por mim, você não poderia dizer coisas ofensivas a ela? Estou realmente preocupado com ela e sua estabilidade mental no momento."
Coisas ofensivas? Eu não tinha dito nada a Nan. Será que ele acha que eu seria capaz? "Eu havia dito que nós poderíamos vir. Eu entendo que ela precisa de sua ajuda. Por que você acha que eu iria dizer coisas ofensivas a ela?" Eu perguntei, levantando-me.
Rush deixou cair à cabeça para trás e fechou os olhos com força como se ele realmente não quisesse ter essa conversa. Alguma coisa estava errada.
"Eu sei o que você disse para ela ontem à noite na mesa. Ela me disse. E sim, você tem todo o direito de dizer essas coisas para ela, mas agora eu só preciso que você não diga. Quanto mais cedo eu puder corrigir isso mais cedo voltaremos para Rosemary e deixamos esse pesadelo."
"O que eu disse a ela ontem à noite na mesa? Eu não estou compreendendo você", eu respondi sentindo um nó doendo no meu estômago. Nan estava mentindo sobre mim? Ela era a única que tinha dito coisas ofensivas à mesa.
Não eu.
"Ela se sentiu como se você tivesse feito piada sobre ela. Apenas... provavelmente é melhor se você simplesmente não falar com ela." Eu sentei na cama e deixe as conversas da noite passada correrem pela minha cabeça. Como ela se sentiu se eu tivesse tirado sarro dela? Ela me atacou. Uma leve batida na porta interrompeu o que eu estava prestes a dizer e Rush soltou um grunhido frustrado antes de abrir.
"Sinto muito. Eu não quero incomodar vocês, mas Nan está exigindo saber onde é o quarto de papai. Ela não precisa acordá-lo. Isso seria ruim"
A voz de fala mansa de Harlow parecia ansiosa.
"Merda," Rush murmurou. Ele olhou para mim. "Sinto muito. Eu vou estar de volta em poucos minutos. Basta voltar para a cama e descansar um pouco. Eu não vou deixar ninguém incomodá-la."
Uma vez que a porta estava fechada eu deixei as lágrimas caírem. Quando eu disse a ele para vir e lidar com Nan eu pensei que seria mais fácil. Eu esperava que depois de seu acidente e seu comentário sobre ser uma parte da vida do bebê que ela seria mais agradável. Eu estava errada. Vir aqui tinha sido uma má idéia.
Minha barriga apertou e eu congelei. Sentei-me e esperei o bebê chutar e tranquilizar-me que estava tudo bem.
Nada aconteceu. Eu coloquei minhas mãos em minha barriga e as cãibras voltaram. Estremecendo eu tentei acalmar o meu coração, que começou a saltitar.
Alguma coisa estava errada. Uma onda de náusea me consumiu e eu deitei e fechei os olhos. Talvez eu tivesse me levantado muito rápido esta manhã. Eu precisava começar a ser mais cuidadosa. Toda a tensão nesta casa foi ficando para mim.
Fechei os olhos e respirei fundo e lentamente. Sem mais dores, me sentei e veio um chute suave contra minha mão. Com um pouco mais de tranquilidade eu adormeci.
Quando eu abri meus olhos o sol tinha se movido e brilhava intensamente através das janelas. Tinha que ser depois do almoço. Peguei meu celular e verifiquei o tempo. Era uma hora. Eu deveria estar mais cansada do que eu pensava.
Eu rolei para me levantar e uma bandeja de comida estava posta em uma pequena mesa ao lado da cama. Eu enrolei o lençol em volta de mim e fui até lá. Sorri quando eu peguei a pequena nota com um rabisco familiar de Rush nele.
“Sinto muito, nesta manhã. Você estava exausta e eu descarregando em você. Nada disso é culpa sua. Eu só quero começar tudo de novo e levá-la de volta para casa. Coma alguma coisa. Eu vou ver se consigo falar com Kiro. Eu te amo mais do que a vida. Rush.”
Peguei a tampa de prata que estava protegendo meu prato para encontrar morangos e creme, salmão, e uma fatia de pão. Meu estômago, ainda não estava me sentindo tão bem, então eu decidi ficar longe do salmão, mas eu levei um morango e mergulhei no creme antes de dar uma mordida. O doce sabor em minha boca e me senti melhor. Sentada na beira da cama, eu terminei todos os morangos e torradas antes de me levantar e ir tomar um banho.
Rush
Está anormalmente quente para um final de novembro. Eu tinha colocado um short e uma camiseta para aproveitar o calor do sol da Califórnia.
Blaire ainda não tinha saído do quarto. Se ela não estivesse em breve eu iria até lá, levar um novo prato de comida e alimentá-la. Eu estava feliz que ela estava dormindo, mas ela precisava comer bastante.
Harlow havia dito que Blaire não tinha comido muito no jantar na noite passada. Eu deveria ter ficado com ela e ido depois com Nan uma vez que Blaire ficava escondida na cama.
Se a minha irmã excessivamente dramática, não fosse tão perdidamente instavel eu não estaria tentando ajudá-la. Eu não seria capaz de viver comigo mesmo se eu a ignorasse e se algo acontecesse com ela. Por mais pé no saco que ela fosse, ela ainda era minha irmã. Eu tinha visto a menina com tranças sorrindo para mim com um sorriso desdentado. Ela tinha sido minha quando estávamos crescendo. Ninguém cuidou dela. Foi difícil para eu esquecer isso.
"Onde está sua garota?" Kiro perguntou quando ele caminhou para o pátio de volta onde eu tinha decidido me esconder de Nan.
"Ela está dormindo", eu respondi, contente de ver Kiro fumando fora da casa em vez de dentro.
"Ela é uma coisa doce. Lembro-me da minha Harlow", disse ele antes de furar o cigarro que estava segurando entre os lábios.
"Yeah. Ela é muito, muito perfeita", eu concordei.
"É preciso protegê-la um pouco mais de Nan. Ela estava derramando veneno pra ela na noite passada. Sua menina se saiu bem. Fiquei impressionado. Mas você precisa cuidar melhor dela”, ele falou em seguida, jogou as cinzas de seu cigarro antes de se virar e caminhar de volta para a casa.
Eu comecei a perguntar do que ele estava falando quando Nan veio por porta a fora vestindo um biquíni e um par de sapatos de salto alto.
"O que está fazendo, menina?" Kiro perguntou-lhe em tom irritado.
"Indo pegar algum sol. Por quê? Você quer ir junto? Talvez conversar comigo?"
Nan cuspiu um ódio. Eu queria sacudi-la e perguntar por que ela tinha que ser tão difícil.
"Não. Eu quero saber quando você vai levar seu traseiro para fora da minha casa. Você continue com seu comovente drama. Harlow não vai mesmo sair de seu quarto maldito. É hora de você ir incomodar a sua mãe por um tempo e me deixar em paz." Eu estremeci ao ver a dor nos olhos de Nan.
Droga, Kiro era insensível.
"Por que eu ainda estou tentando? Você não quer me conhecer. Você não se importa em me conhecer. Você tem Harlow e isso é tudo o que você quer. Eu não sou nada para você," Nan gritou.
"Harlow não é uma cadela mediana, Nan. Tente ser um ser humano normal e eu então poderei querer conhecê-la. Eu não fiquei com sua mãe por um motivo garota. Adivinha qual foi a razão", ele rosnou e empurrou ela.
Os olhos de Nan pareciam vazios e ela ficou ali olhando para a porta. Caramba. Eu me levantei e fui até ela. Ela reparou em mim e balançou a cabeça. "Não. Eu não quero você também. Você me odeia também. Você a escolheu. Todo mundo quer alguém. Ninguém me quer”, Nan chorou e se virou e saiu correndo de volta para a casa.
Parei na porta e ouviu os calcanhares batendo alto no chão, até que desapareceram. Eu teria que ir buscá-la e falar com ela, mas eu estava dando tempo para ela se acalmar. Ela precisava de um tempo sozinha.
"Isso não soa bem", Blaire disse, interrompendo meus pensamentos. Eu me virei para vê-la descendo as escadas. Seus longos cabelos loiros foram puxados para cima e ela estava usando um maiô azul claro com uma saida branca que batia no meio de sua coxa.
Seus olhos pareciam descansados mas o que ela tinha acabado de ouvir fizera com que ficasse com uma expressão preocupada.
"Sim, foi brutal", eu respondi, diminuindo a distância entre nós e puxando-a para mim antes para que eu beijasse os seus lábios cor de rosa. Eu não gostava de vê-la preocupada tanto assim. Ela colocou os braços em volta da minha cintura e abriu a boca para mim. Eu provei o sabor mentolado de sua pasta de dentes e desfrutei o calor sedoso de sua boca.
Ela moveu os lábios sobre a minha e um gemido escapou de sua boca. Levá-la de volta para cima para o quarto soava bem. Ela começou a me puxar para trás e olhei para baixo em seus olhos com as pálpebras pesadas. Ela estava sorrindo satisfeita.
"Harlow disse que seria quente hoje. Pensei em vir tomar um pouco de sol. Eu estive muito tempo lá dentro", disse ela.
Ela precisava de ar fresco. "Eu acho que é uma boa ideia. Por que você não se deita em uma das espreguiçadeiras e eu vou massagear seus pés."
Seus olhos brilhavam de emoção e eu quase ri. Ela adorava ter os pés massageados ultimamente. Eu sabia que era porque ela estava carregando mais peso devido o bebê e que ela não estava acostumada.
"Isso parece maravilhoso", ela concordou e correu para se instalar na poltrona mais próxima.
Meu telefone tocou no meu bolso e eu comecei a ignorá-lo. Blaire olhou para mim enquanto eu estava em cima dela. "Você não vai atender?", Ela perguntou.
Enfiei minha mão no meu bolso e vi o número de Nan piscando na tela. Podia ignorar. Isso não seria bom. Eu queria um tempo com Blaire. Eu queria massagear seus pés e ver as carinhas sensuais que ela faz quando eu fazia isso.
"Basta atender, Rush. Se não, você vai se preocupar", disse ela.
Murmurando uma maldição, eu apertei em atender e coloquei em meu ouvido. Antes que eu pudesse dizer olá, altos soluços de Nan me cumprimentaram.
"Não venha atrás de mim. Eu lhe disse ontem à noite que eu queria acabar com tudo isso. É isso. Todo mundo me odeia e eu cansei. Adeus, Rush," ela chorou ao telefone, antes de terminar a chamada.
"Foda-se", eu rosnei, colocando o meu celular de volta no bolso. Eu tinha que ir atrás dela. Eu queria acreditar em Blaire que Nan não faria mal a si mesma, mas eu não podia simplesmente lidar isso.
"Ela está ameaçando se matar de novo", eu disse, olhando para Blaire e o seu olhar decepcionado em seu rosto. Eu estava deixando-a deprimida. Eu odiava isso. Eu gostaria de nunca ter vindo, mas eu também nunca seria capaz de me perdoar se algo acontecesse com Nan.
"Vá em frente. Está tudo bem. Ela precisa de você e ela está agindo assim para obter a sua atenção." Blaire respondeu.
Suas palavras faziam sentido.
Ela provavelmente estava certa.
"Nós não sabemos se ela realmente não tentaria alguma coisa. Não posso acreditar que isso é uma ameaça vazia."
"Eu sei disso."
"Eu sou tudo que ela tem Blaire," Eu falei sem querer. Eu não estava com raiva de Blaire. Eu estava confuso sobre a maldita compreensão e ela não precisava ter.
Eu estava chateado que ela fosse colocada em espera para a minha família. Eu odiava que ela me deixasse ir cada vez, sem me fazer sentir culpado. Eu odiava tudo isso.
"Eu sei", respondeu ela novamente. Desta vez, eu podia ouvir a dor em sua voz eu me odiava por colocá-la nesta situação.
"Eu sinto muito, eu só...”
"Você só precisa ir ver sua irmã. Eu entendo”, Blaire terminou para mim. O tom duro na voz dela me preocupando, mas nós não tinhamos tempo para lidar com isso agora. Quanto mais tempo eu ficava aqui, pior ficaria. Eu resolveria com ela hoje mais tarde. Eu também ia para ameaçar Nan para ir para um hospital psiquiátrico até que ela parasse de se ameaçar. Então nós voltaríamos para Rosemary. Eu queria a minha vida de volta.
Blaire
Ao longo dos dias seguintes, as coisas foram de tensas para mal a pior. Rush quase não ficava na mansão. Quando ele fazia isso era por um curto espaço de tempo. Nan e Kiro sempre brigavam e ela saia correndo. Rush ia logo atrás dela.
Eu sabia que essa era a razão pela qual tinha vindo para cá, mas eu não esperava por isso. Nan era realmente mais do que a criança imatura que eu havia percebido. Kiro era um asno.
Harlow via e lidava com isso. Ela não ficava invadindo a casa gritando por todos os lados por não ser amada. Ela principalmente ficava trancada em seu quarto lendo.
De vez em quando, ela saía para a rua comigo, quando estava quente o suficiente.
Eu sentia a falta de Rush. Eu sentia falta de vê-lo sorrir. Ele não estava fazendo muito mais isso. Eu tinha mencionado ontem à noite que talvez ele precisasse dar a Nan algum espaço para lançar um ataque, e deixá-la ver que ele não iria sair correndo. Ver como ela lidaria com isso. Ele tinha ficado frustrado comigo. "Ela está ameaçando se matar, Blaire. Eu não posso ignorar isso. Eu não acredito que ela faria isso também, mas eu ainda não posso ignorá-lo. Alguém tem que dar um basta sobre isso. Esse alguém sou eu. Ninguém faz isso."
Eu não disse mais nada depois disso.
Ele não quis me ouvir e eu não queria que ele rompesse comigo. Isso estava me desgastando. A situação toda estava.
Eu estava começando a entender por que Harlow se escondia. Já por duas vezes peguei Kiro transando com alguma garota que parecia ter a minha idade. Não era uma imagem mental que eu quisesse ter. Ele só fazia o que ele queria. Eu aprendi a ficar bem longe da sala de jogos. Essa mesa de bilhar não era utilizada para bilhar.
Uma batida na minha porta invadiu meus pensamentos e pela primeira vez eu estava feliz. Eu não queria pensar sobre a distância entre mim e correr agora. Isso me deixou tensa. Harlow enfiou a cabeça na sala. "Quer ir para a piscina comigo? Papai não está em casa, por isso não têm escapadas sexuais acontecendo lá fora", disse ela com um sorriso tímido.
Tínhamos também pego Kiro nu na piscina, não com uma, mas duas meninas. Isso tinha sido estranho. Ele riu tão alto que eu tinha certeza de que os vizinhos poderiam ouvi-lo. Em vez de ficar constrangido ou envergonhado por seu comportamento ele pensou que era hilário.
"Parece bom. Vou pegar meu maiô e encontrá-la lá fora", disse a ela. Harlow foi à única coisa boa sobre este lugar. Eu estava pronta para voltar para Rosemary, e eu estava pronta para ter minha vida corrida de volta, em vez de um presente tenso de raiva que tinha tomado o seu lugar. Mas eu ia perder Harlow.
Eu rapidamente coloquei meu maiô e puxei minha saída de banho antes de ir para a piscina. Era uma elaborada piscina. As quedas d'água e fonte de água no meio eram apenas a cereja. O detalhe e pensamento que tinham sido colocados nessa piscina eram realmente capazes de parecer como algo fora de uma floresta tropical em algum lugar exótico. Era reconfortante só de olhar.
Harlow estava sentada numa espreguiçadeira lendo em seu e-reader quando eu cheguei lá. Peguei o assento ao lado dela e estendi as pernas. Hoje foi o dia mais quente que teve até agora. Estava uns quarenta graus. Louco, considerando que faltavam dois dias para dezembro.
Comecei a perguntar a Harlow sobre como eles celebravam os feriados, quando alguma coisa me parou.
A cólica estava de volta. Eu puxei meus joelhos para cima e segurei meu estômago forte e tentando realmente não chorar. Eu queria dizer sobre isto a Rush depois da última vez, mas antes que eu tivesse uma chance ele tinha saído com Nan novamente.
"Blaire? Você está bem?" Harlow perguntou ao meu lado.
"Eu não tenho certeza", eu respondi honestamente. Uma lágrima caiu completamente e eu odiava que ela estava prestes a me ver assim. Eu queria ir para casa.
Harlow se moveu para sentar na borda da minha espreguiçadeira e me estudou. "Você está com dor?", ela perguntou.
Eu apenas assenti. Harlow franziu a testa e olhou ao redor. "Onde está Rush?"
"Longe, para verificar Nan", eu respondi com meu estômago apertado de novo e eu estremeci.
Harlow se levantou. "Eu não creio que as mulheres grávidas devam encolher e chorar de dor. Precisamos verificar isso. Eu posso levá-la para o meu médico. Ele é um verdadeiro fã de papai, e ele vai vê-la sem compromisso. Vou ligar para seu escritório no caminho."
Eu não queria ser a única a exagerar. Então, ter Harlow fazendo isso por mim tornou a decisão mais fácil. Eu balancei a cabeça e deixei que ela pegasse minha mão e me ajudasse a levantar.
"Eu preciso ir trocar de roupa primeiro," eu disse olhando para o maiô.
"Vá se trocar e eu vou também. Então eu vou colocar meu carro até a entrada da frente. Eu posso chamar meu médico no caminho."
"Obrigada", eu respondi antes de ir para dentro e para cima, para o quarto do Rush. Pensei em ligar para ele, mas mudei de ideia. Ele já tinha uma fêmea precisando dele. Isso pode ser nada mais do que o gás por tudo o que sabia. Eu o chamaria se o médico achasse que deveria. Não há razão para colocar mais pressão sobre ele.
A vozinha na minha cabeça sussurrou o que eu não queria admitir para mim mesma. "Você tem medo de que você e o bebê não estejam em primeiro lugar. Você não quer que ele tenha que escolher."
Eu empurrei o pensamento para longe. Troquei a parte de baixo do meu biquíni por uma calcinha, então eu coloquei um vestido antes de rapidamente voltar lá embaixo. Eu me sentiria melhor depois que um médico me dissesse que eu estava bem.
Assim que eu cheguei ao degrau outra dor me bateu e eu tinha que pegar a grade para me segurar para cima. As cólicas me fizeram choramingar.
"Você está bem?" O tom preocupado na voz de Dean me surpreendeu.
Forcei um sorriso e acenei com a cabeça. "Sim, eu estou bem. Eu só vou fazer um check-out no obstetra e ginecologista de Harlow. Estarei de volta em breve. Diga a Rush que vou chamá-lo se for preciso."
"Onde Rush está?" Dean gritou atrás de mim quando eu fiz meu caminho até a porta.
"Com Nan," eu respondi, em seguida, abri a porta e sai para entrar no Audi conversível de Harlow.
Harlow não estava errada quando disse que o seu médico iria me ver de imediato. Havíamos chegado e a enfermeira me conduziu de volta sem me pedir para preencher a papelada ou mesmo assinar.
"Eu vou esperar aqui fora", Harlow me falou.
Eu estava feliz que ela não ia entrar comigo. Eu gostei de Harlow, mas não estava perto o suficiente para ela me acompanhar em uma sala de exames ainda.
"Vá em frente e tire suas roupas. Você pode deixar seu top adiante. E cubra-se com o cobertor em cima da mesa. O médico estará num momento", a senhora me informou. Eu balancei a cabeça e agradeci. Assim que a porta se fechou atrás dela eu entrei no vestiário e tirei minha calcinha.
A faixa vermelha na minha calcinha me fez parar e respirar fundo. O terror lentamente começando a invadir meus pensamentos e minha respiração ficou difícil. Eu fiquei ali olhando para minha calcinha perguntando se isso era normal. Se isso pudesse ser aprovado. Eu deveria ter chamado Rush. Eu levei um momento para orar. Eu não fazia isso muitas vezes, mas agora eu precisava de alguém para proteger o meu bebê.
Depois da minha súplica silenciosa, saí do vestiário, fui até a mesa e cobri minha metade inferior nua. Uma batida rápida na porta, em seguida, uma pausa antes da abertura, fez-me sentir um pouco melhor. Eu estava indo ter ajuda. Este médico saberia o que fazer. Eu esperava. O homem mais jovem do que eu esperava entrou seguido pela enfermeira que me levara para o quarto.
"Senhorita Wynn, eu sou doutor Sheridan. Harlow me disse que você está sentindo cãibras e você está longe de seu médico, na Flórida."
Eu balancei a cabeça. "Sim, senhor. Eu estou sangrando um pouco." As palavras saíram em um soluço sufocado que não estava esperando.
"Agora, isso poderia ser algo tão simples como uma desidratação. Não se preocupe, isso não vai ajudar as coisas", disse quando ele tomou o seu lugar e tinha deslizado meus pés nos estribos. "O que você está fazendo tão longe de casa?", ele perguntou quando começou a me examinar.
"Meu noivo e eu estamos aqui visitando o seu pai", eu expliquei e deixei por isso mesmo. Não há razão para dizer ao homem o verdadeiro motivo que estamos aqui.
"Como você conhece Harlow?", ele perguntou.
"O pai do meu noivo é Dean Finlay", disse achando que se o homem fosse um fã de Kiro ele seria capaz de descobrir isso fácil.
Ele fez uma pausa. "Sério? Portanto, este bebê que estamos verificando aqui é neto do Dean Finlay?"
Eu balancei a cabeça e desejei que ele parasse de fazer tantas perguntas e fizesse o exame. Eu precisava saber se meu bebê estava bem. Ele parecia ficar mais sério sobre o exame.
"Não quero alarmá-la, senhorita Wynn, mas precisamos fazer um ultrassom para verificar o bebê. Depois disso, eu quero controlar você e o bebê por um par de horas aqui no consultório. Isso acontece muitas vezes. Estou apenas tomando precauções e certificando-me que tudo está bem. Eu também quero que você beba alguns líquidos. Melanie vai lhe trazer algo para beber, uma vez que acabar o ultrassom. Temos um quarto na parte de trás apenas para isso. Ele tem uma cama confortável. Melanie vai escurecer as luzes e tocar música relaxante enquanto você descansa.”
Ele não ia me internar no hospital. Isso era uma coisa boa... certo? Eu consegui concordar novamente.
"Eu vou pedir a Melanie para dizer a Harlow o que estamos fazendo no caso dela querer ir fazer outra coisa até que você ligue para ela. Está tudo bem para você?", ele perguntou.
Eu tinha esquecido sobre Harlow. "Sim, é claro. Diga a ela que eu disse para sair. Eu vou deixá-la saber quando voltar. Eu não quero que ela fique sentada aqui todo esse tempo."
O médico balançou a cabeça e saiu pela porta. A enfermeira que estava assumindo era Melanie, e me ajudou a levantar. "Vá colocar sua calcinha de volta e, em seguida, eu vou levá-la para fazer o ultrassom."
Rush
No momento em que cheguei ao quarto de hotel de Nan, eu estava chateado. Eu tinha deixado Blaire chateada e a culpa era toda da porra de Nan. Se ela não fosse tão egoísta, eu nem estaria aqui. Eu precisava dizer a ela que tinha que crescer e lidar com isso. Eu estava no limite. Eu não poderia continuar fazendo isso. Ela tinha que descobrir isso. Eu era a sua muleta.
Bati na porta de seu quarto de hotel e esperei. Eu tinha verificado com o porteiro e esperei alguns minutos, em seguida, bati de novo e não tive nada. Mais jogos malditos. Eu comecei a bater na porta com mais força. "Nannette, abra essa porta", eu chamei.
Um carregador parou quando me viu bater à porta de Nan. "Minha irmã está aqui e ela não está respondendo. Estou preocupado com ela." eu menti. "Você poderia abrir a porta?"
O homem ainda não parecia muito certo sobre mim. Eu poderia dizer pelo olhar em seu rosto que ele estava perto de chamar a segurança.
Nan adoraria isso. Cheguei ao meu bolso e tirei minha carteira.
"Verifique a minha carteira. Eu sou do Rush Finlay. Minha irmã Nannette está naquele quarto. Escoltar-me para fora é uma péssima ideia."
"Sim, senhor", respondeu o carregador. Ele havia reconhecido o meu sobrenome. Em Los Angeles, isso acontecia como um inferno muito maior do que acontecia, na Flórida.
Ele tinha aberto a porta e eu estava perseguindo-o dentro da suíte me preparando para gritar com Nan por ser uma criança quando vi seu corpo amassado no sofá. Ela estava deitada em uma posição não natural. Corri para ela e senti o pulso para encontrar um fraco contra meus dedos. Eu queria chorar de alívio. "Eu preciso de paramédicos, agora," eu rugi quando o carregador estava na porta escancarada de Nan.
"Sim, senhor", respondeu ele e pegou o telefone de sua cintura e começou a dizer para quem estava do outro lado exatamente o que estava acontecendo.
"O que você fez, Nan?" Eu perguntei enquanto meu coração bateu dolorosamente contra meu peito. Minha garganta estava apertada e eu não poderia ter uma respiração profunda. Eu não tinha acreditado nela.
Eu tinha pensado que ela estava tentando chamar a atenção. Eu me tornei como todos os outros em sua vida. Eu tinha ignorado ela. Eu era um irmão horrível. Segurei-a contra o meu peito enquanto meu celular vibrou no meu bolso.
Puxei-o para fora, vi o nome de Harlow na tela e joguei para o lado. Eu não estava com vontade de falar com Harlow. Ela era parte do que atormentava Nan. Eu não tenho nada a dizer para ela no momento.
Eu balancei-a em meus braços suavemente. Isso foi culpa de Kiro. Ele pagaria por isso. Se alguma coisa acontecesse com ela, ele pagaria por isso. "Eu estou com você Nan. Eu não vou deixar você, mas você não pode me deixar", eu sussurrei, enquanto esperávamos para obter ajuda.
Parecia uma eternidade antes de ouvir os pés batendo no corredor e o porteiro dizer: "Está aqui".
Três paramédicos vieram correndo para o quarto e eu entreguei Nan para eles. Eles começaram a verificar seus sinais vitais enquanto eu estava lá e assisti impotente. Ouvi meu telefone tocar de onde eu joguei no chão. Eu deveria buscá-lo.
"Ela está tomado alguma coisa. Você sabe o que é?" Um dos homens me perguntou.
"Não, eu só tenho isso aqui", respondi entorpecido. Ela teve uma overdose. Puta merda. Corri para o banheiro e encontrei duas garrafas de prescrição vazias na pia. Muitos analgésicos. "FODA!" Eu rugi. Um paramédico estava ao lado levando as garrafas de mim.
"Precisamos que ela faça uma lavagem estomacal. Você é da família?", ele perguntou.
"Irmão," Eu consegui dizer.
"Você serve. Vamos tirá-la daqui. Você pode ir junto à ambulância", ele respondeu.
Eu vi em um torpor de descrença, enquanto eles colocaram o corpo inerte de Nan em uma maca e começou levá-la para fora do quarto. Segui. Meu telefone tocou na distância, mas deixei. Agora eu tinha que salvar minha irmã.
Seis horas mais tarde, eu me sentei ao lado da cama do hospital de Nan. Ela não tinha acordado ainda, mas os médicos disseram que ela teria uma recuperação completa. Aparentemente, eu tinha a encontrado a tempo. Ela tinha acabado de desmaiar com os comprimidos quando eu cheguei.
Eu não tenho o meu telefone e eu precisava chamar Blaire. Ela estaria preocupada comigo até agora. Eu não estava pronto para falar com ela ainda. Isso não foi culpa de Blaire, mas eu estava muito sensível para falar com alguém. Eu precisava que me dissessem que Nan viveria antes que eu pudesse pensar em alguém ou alguma coisa. Agora, eu me sentia culpado por não te ligado para Blaire.
Deixar meu telefone no hotel de Nan não tinha sido inteligente. Eu estava em estado de choque e nada fazia sentido. Eu estava tentando conseguir alguma ajuda para Nan e, em seguida, estaria tirando Blaire de LA e voltaria para Rosemary. Eu precisava ligar para minha mãe. Ela deveria estar lidando com isso. Não eu.
Kiro não ia fazer nada sobre isso. Nan queria algo que ela nunca teria. Era hora de ela deixar isso ir. A enfermeira abriu a porta e entrou, eu olhei para ela e decidi que era hora de eu desistir de tentar ser tudo para Nan porque eu era péssimo nisso.
"Eu preciso falar com o médico. Quando ela estiver pronta eu quero que ela entre em alguma clínica que irá ajudá-la a obter algum controle sobre as coisas. Ela precisa de ajuda, e eu não posso dar a ela," eu disse em voz alta pela primeira vez em minha vida. Eu estava admitindo que falhei com minha irmãzinha. Em vez de sentir-me culpado, eu senti um enorme fardo saindo dos meus ombros.
"O doutor Jones estará em breve. Ele vai querer interná-la também. Ela precisa de ajuda, eu estou feliz que você esteja de acordo. Isso sempre faz essas coisas mais fáceis."
Nada sobre isso seria fácil, mas era o que era melhor para todos.
Blaire
Rush ainda não tinha voltado. Ele não respondeu às minhas chamadas ou mensagens de texto. Eu estive no médico por mais de quatro horas, e ele não tinha uma única vez, ligado para mim. Meu bebê estava bem, mas o médico disse que eu precisava descansar, beber mais líquidos, e eliminar o stress. O próximo passo seria o repouso na cama, se eu não cumprisse isso.
Ficar aqui e lidar com Nan não iria me ajudar. Eu tinha que sair.
Olhei para o meu telefone para me certificar de que eu não tinha uma chamada não atendida, desde a última vez que eu chequei há três minutos atrás. Eu estava tentando não me preocupar com Rush. Eu precisava diminuir meu stress. Meu bebê precisava de mim para isso.
Harlow estava tão quieta no carro. Eu sabia que ela não sabia o que dizer. Rush não tinha atendido ou chamado. Ela tentou chamá-lo também. Seu silêncio era o que eu precisava. Eu não queria falar sobre isso.
Voltar para Rosemary não parecia atraente. Agora eu queria distância de Rush também. Rosemary só iria me fazer sentir falta dele.
Uma batida na minha porta invadiu os meus pensamentos e eu abri. Dean estava do outro lado parecendo cansado.
"Rush ligou para Kiro e ele deixou-o saber que ele chamou Georgianna para vir aqui. Devemos esperar por ela aqui em breve. Não tenho certeza quanto tempo vai levar para chegar aqui ou onde ela estava para começar. Eu só achei que você poderia querer um aviso que a rainha má está a caminho."
Rush tinha chamado Kiro era tudo o que eu tinha ouvido. O resto não importava. "Quando Rush ligou?", Perguntei.
"Há uma hora eu acho."
Rush estava bem. Ele tinha o seu telefone. Ele estava apenas optando por não responder para mim.
Mais uma vez, fui confrontada com a verdade brutal que Nan era mais importante. Eu balancei a cabeça e fechei a porta.
Eu percorri minha lista de contatos até que eu encontrei o número do meu pai. Ele atendeu no segundo toque.
"Blaire?" Sua voz surpresa só me lembrou de quão pouco eu liguei para ele. Eu podia ouvir o vento do seu barco.
"Papai, preciso ir embora. Posso ir ai?" perguntei me recusando a chorar. Eu tinha feito uma chamada igual a esta antes e, embora ele tivesse me decepcionado no final eu pensei que tinha encontrado a felicidade real. Eu não tinha tanta certeza agora.
"Claro. O que há de errado?"
"Eu não aguento mais. Eu preciso de um lugar para pensar."
"Você vem ao aeroporto de Key West e eu estarei lá esperando por você. Apenas deixe-me saber quando o avião vai pousar."
"Ok, eu vou chamá-lo com a informação assim que eu souber. Obrigada."
"Não me agradeça. Eu sou seu pai. É por isso que estou aqui."
Eu apertei meus olhos bem fechados e desliguei o telefone. Eu estava realmente deixando Rush. Meu coração estava quebrando com o pensamento. Fui para o aplicativo Delta no meu celular e encontrei o primeiro voo de LAX indo para Atlanta. Eu teria uma parada lá antes de chegar num avião para Key West. Após a reserva do meu voo, eu arrumei minhas roupas rapidamente e chamei um táxi.
Eu sabia que a coisa adulta a fazer seria deixar a Rush um bilhete, mas eu estava muito brava com ele agora. Eu mandaria uma mensagem de texto para ele mais tarde. Talvez depois que ele decidisse retornar a minha chamada de telefone.
Ninguém me viu quando sai de casa e entrei no táxi. Eu estava grata. Eu não queria me explicar. Eu não deveria.
Rush
Georgianna estava vindo para Los Angeles. Ela estava indo com Nan para colocá-la na clínica que o médico sugeriu.
Nossa mãe, provavelmente, se certificaria de que fosse a mais moderna uma vez que ela chegasse aqui. Eu já tinha a certeza que teria o melhor médico. Georgianna estaria mais preocupada com a aparência do que o bem-estar mental de Nan. Alguma coisa estava errada com Nan e ela precisava de alguém para ajudá-la. Eu tinha uma família para cuidar. Eu não podia continuar a ser responsável pela minha irmã.
Uma vez que Nan tinha acordado e conversado comigo um pouco eu tinha dito a ela que a mãe estava a caminho. Quando ela voltou a dormir fui buscar o meu telefone que eu tinha deixado no hotel. Blaire tinha me chamado várias vezes junto com Harlow. Eu a tinha deixado preocupada e teria um monte para recompensar por isso. Eu cliquei no primeiro texto de Blaire.
“Harlow me trouxe para o seu médico. Eu estava tendo cãibras. Eles me fizeram um ultrassom e estou numa sala que está sendo monitorada.”
Meu estômago caiu. O bebê. Oh Deus, não. Eu comecei a correr para os elevadores quando eu puxei seu próximo texto.
“Onde você está?”
NÃO! Eu precisava saber se ela estava bem.
"Você está bem?”
Foda-se! Ela estava bem? Era isso. Não há mais textos dela. Eu cliquei no primeiro de Harlow.
“Blaire tem cólica e sangramento. Eu a trouxe para o meu médico e eles estão mantendo ela aqui por algumas horas para observá-la e ter certeza que ela está bem.”
“Ligue-me, eu vou te dizer onde estamos.”
Isso foi há oito horas. PORRA! Foi também o único texto de Harlow. Foi por isso que ela estava tentando me ligar.
NÃO MAIS! NÃO MAIS, PORRA! Eu iria levar Blaire para casa esta noite.
O último texto que recebi de Blaire era há cinco horas. Onde ela estava? Eu disquei o número dela e foi direto para a caixa postal. Ela estava no hospital? Não, não, ela não poderia estar no hospital. Ela tinha que estar bem. Nosso bebê tinha que ficar bem.
Eu disquei o número de Harlow.
"Olá."
"É Rush, como está Blaire, onde está Blaire? Eu não estava com o meu telefone. Deus, diga-me que ela está bem. Por favor," Eu divagava no telefone enquanto eu corria para a porta do hotel e para o meu carro.
"Ela está bem. Acho que ela está preocupada com você e talvez... magoada", Harlow respondeu.
Um nó se formou em minha garganta e foi difícil de engolir. "Eu estou a caminho. Por favor, diga a ela que eu estou a caminho. Nan tomou uma porrada de analgésicos e eu estive no hospital com ela. Eles tiveram que bombear seu estômago", eu expliquei. Eu não queria que Blaire ficasse com raiva de mim, mas o mais importante, eu não queria que ela sofresse.
"Oh. Eu sinto muito", Harlow simplesmente respondeu.
"Por favor, diga a Blaire. Eu estou a caminho", eu repeti.
"Ela não desceu para jantar. Eu bati na sua porta para levar um prato, mas ela não respondeu. Eu não quero ir lá, caso ela esteja dormindo. Ela teve um longo dia."
Ela não estava comendo. Ela não estava respondendo a porta. O medo de algo acontecer com ela, de encontrá-la, como eu encontrei Nan, me aterrorizou.
"Por favor, abra a porta e veja como ela está. Certifique-se de que ela está bem", eu implorei.
"Ok", Harlow respondeu depois de uma pausa.
Eu desliguei o telefone e joguei no outro assento enquanto acelerei em Sunset Drive.
Quando eu abri a porta da frente da casa e encontrei Harlow em pé no hall de entrada com meu pai eu congelei. "O quê?" Eu perguntei, com medo de me mover.
"Ela se foi. Suas malas sumiram. Ela não está no outro quarto, pois já olhei" Harlow respondeu.
Eu balancei minha cabeça e entrei.
"Foi? Ela não pode ter ido! Para onde iria?"
"Provavelmente em algum lugar em que ela não tenha que lidar com a merda de Nan e seu noivo correndo e deixando-a e não respondendo suas malditas chamadas. Isso seria o meu palpite. Você é um filho da puta idiota, assim como eu, filho", disse Dean com desgosto em sua voz antes de se afastar.
"Eu tive que dizer a ele por que eu estava correndo ao redor de cada quarto para verificar dentro. Ele me pegou", Harlow sussurrou.
"Ela deixou um bilhete?" Eu perguntei, discando o número dela novamente apenas para cair em seu correio de voz.
Harlow balançou a cabeça.
Passei por ela e tomei dois passos de cada vez antes de quebrar em uma corrida mais uma vez. Este dia tinha ido de mal a merda desastrosa. Empurrei a porta aberta do quarto o silêncio que me encontrei era de dobrar os joelhos. Eu podia ver a pequena marca na cama de onde ela estava deitada mais cedo hoje. Harlow estava certa.
Ela tinha ido embora. Cada pequeno rastro de Blaire tinha ido embora. Ela precisava de mim. Nosso bebê precisava de mim e eu estava com Nan, novamente. Eu mereço ser deixado.
Fechei a porta atrás de mim antes de me inclinar contra a parede e escorregar até o chão para chorar. O medo de perder Nan tinha sido terrível, mas a ideia de perder Blaire e meu bebê era insuportável. Eu não merecia Blaire. Eu tinha prometido a ela que eu sempre estaria lá ainda que minha família continuasse me puxando para longe. Era hora de eu parar de deixar que isso acontecesse. Mas e se fosse tarde demais?
Eu balancei minha cabeça e enxuguei as lágrimas do meu rosto. Eu iria encontrá-la e eu imploraria. Eu rastejaria. Tudo o que eu precisasse fazer eu faria. Então eu nunca a deixaria novamente. Por ninguém.
Blaire
"Aqui está. Não é muito, mas é meu", meu pai disse quando ele pisou em um barco com uma pequena cabana que eu tinha certeza que só tinha uma cama. Eu estava esperando que houvesse um sofá de algum tipo lá dentro também.
Eu estava tão aliviada quando pisei fora do avião no pequeno aeroporto para encontrar Abe, que já estava lá esperando por mim. Eu tinha medo de que tivesse usado a última das minhas economias em passagens de avião para ver um homem que não iria aparecer. Desta vez, ele veio através de mim.
"A boa notícia é que ele tem dois beliches e uma cama de tamanho grande. Vou ficar no beliche e você pode ficar na cama. Vai ser mais fácil para você e para o bebê. Eu fui ao mercado e comprei algumas coisas para você. Algumas coisas que eu sabia que você gostava. A geladeira é uma coisa pequena, mas eu tenho um cooler aqui também com o gelo para manter as coisas frias dentro."
Eu estava no barco bonito e vi toques de meu pai. Seu chapéu favorito de pesca, o que minha mãe havia lhe dado para o dia dos Pais, quando eu era uma garotinha, pendurado no gancho indo para a cabine. A caixa de equipamento que Valerie e eu tínhamos comprado para o Natal, e estava em um canto com a vara de pesca que ele tinha comprado um verão, quando tínhamos ido de férias com a família para a Carolina do Norte. Eu não tinha percebido que ele ainda tinha essas coisas.
"É perfeito, pai. Obrigado por me deixar ficar aqui. Eu só precisava ficar longe", disse, voltando-me para olhar para ele.
Seu bigode e barba precisavam ser aparados, mas eu ainda podia ver a boca virada para baixo em uma careta. "O que há de errado, ursinha Blaire? Você parecia tão feliz há uma semana. Como as coisas ficaram tão ruins tão rapidamente?"
Eu não queria falar sobre isso ainda.
"Eu dormi no avião e não tive uma boa noite de sono. Tem sido bem mais de 24 horas desde que eu estive em uma cama. Posso tirar um cochilo em primeiro lugar?", perguntei.
Papai parecia ainda mais chateado com o meu cansaço. "Você não deveria estar cansada assim. Por que você voou durante a noite? Não se preocupe você pode me dizer mais tarde. Basta ir lá dentro e descanse no quarto. Eu vou trazer a sua bagagem. Não há muito espaço, mas podemos acomodar."
Eu não me importo sobre a tentativa de tomar um banho no minúsculo banheiro ou trocar minhas roupas. Eu estava cansada demais para me preocupar com qualquer coisa. "Eu só quero dormir um pouco," eu assegurei a ele.
A cama encheu todo o "quarto". Ela tocava em todas as paredes. Arrastei-me em cima dela e chutei os meus sapatos antes de enrolar-me em uma bola e cair no sono.
Era fim de tarde quando eu acordei.
O balanço suave do barco foi acalmando. Eu estava grata que eu não sofria de enjoo. Seria ruim. Alonguei-me, sentei-me e peguei em meu bolso o meu telefone para ligá-lo. Eu estava evitando isso. Rush já deveria saber que eu tinha ido embora, e agora ele estaria transtornado. Eu não estava preparada para lidar com ele ainda. Eu ainda precisava de algum tempo para decidir o que fazer.
Eu não verifiquei minhas mensagens de voz ou mensagens de texto depois que liguei meu telefone. Eu só guardei de volta no bolso e subi os degraus fora do pequeno cubículo para o convés principal. Meu pai não estava por perto, mas ele mencionou no aeroporto que ele tinha um emprego na marina e ele precisava ir esta tarde. Em troca, eles permitiram manter seu barco ancorado aqui gratuitamente.
O pequeno refrigerador tinha algumas garrafas d’água e eu levei uma para fora e peguei uma banana da cesta de frutas que ele tinha colocado em cima da geladeira, antes de sair para me sentar ao sol. Era alegre, mas ensolarado. Semelhante à temperatura em LA.
"Abe sabe que você está no barco? Ele não me parece o tipo de ligar-se a mulheres que mal chegaram à maioridade", uma voz profunda perguntou atrás de mim. Virei para ver um cara em seus vinte e poucos anos em pé no barco atracado ao lado do meu pai. Ele estava sem camisa e calça jeans pendurada abaixo de seus quadris. Era óbvio que ele fez o trabalho manual. Ele era magro, mas sólido. Seu cabelo marrom longo ia clareando pelo sol e ficava preso embaixo num rabo de cavalo. Vários fios estavam soltos. Eu não podia ver seus olhos, porque ele estava usando aviadores.
"Você fala?", ele perguntou com um sorriso e tomou um gole da garrafa de água que estava na mão.
"Sim", respondi ainda um pouco assustada. Eu não estava esperando o papai ter vizinhos. Este era um barco pelo amor de Deus. Quantas pessoas viviam em seus barcos?
"Onde está Abe? Ou você está batendo?" Ele era incansável em seu questionamento.
"Eu não sei. Eu acordei e ele tinha ido embora", eu respondi.
O cara levantou uma de suas sobrancelhas.
"Então ele sabe que você está aqui?"
O que ele era, a maldita polícia? "Abe é o meu pai. Ele está muito consciente de que estou aqui", eu respondi um pouco mais irritada do que eu pretendia.
Um sorriso quebrou em seu rosto e ele tinha os dentes brancos e perfeitos. Não é o que eu esperaria de um cara que tinha o cabelo como o seu e vive em um barco. "Você é Blaire. Prazer em conhecê-la. Sou o Capitão", ele respondeu e tomou outro gole de sua garrafa de água.
"Capitão?", perguntei antes que eu pudesse me parar. Eu sabia que soava rude.
"Sim", respondeu ele.
"Isso é apenas... é um nome estranho”, respondi.
Ele soltou uma risada baixa. "Não é verdade. Eu tenho vivido neste barco desde que eu tinha dezesseis anos. Isso foi há dez anos. Pode perguntar a alguém se sou um capitão, porque eu sou." Ele atirou-me uma piscadela, em seguida, virou-se e voltou para dentro de sua cabine.
Deixada sozinha novamente, eu me inclinei para trás em minha cadeira e apoiei minhas pernas na minha frente em um balde feito de um galão de dez litros, de cabeça para baixo. Meu telefone começou a tocar e eu nem sequer olhei para ele. Se fosse Rush eu ia querer responder. Talvez fosse a hora de fazer. Ele precisava saber onde me encontrar.
Olhei para baixo e, com certeza, o nome do Rush estava na minha tela do telefone. Eu cliquei em atender e segurei no meu ouvido. Eu não sabia o que dizer a ele. Eu estava uma bagunça emocional quando fugi. Eu precisava de espaço e tempo. Agora, eu estava sentindo falta dele. Como eu poderia casar com ele se não poderia mesmo ficar ao seu lado quando precisasse dele? Eu iria sempre ficar chateada quando ele não estivesse por perto, quando eu precisava dele?
"Blaire? Por favor, Deus, me diga você atendeu este telefone,” a voz de Rush estava atada com pânico. Eu me senti culpada.
"Sou eu", eu respondi.
"Onde está você, baby? Por favor, me diga onde você está. Eu juro que nunca vou deixá-la novamente. Eu estou pronto para lidar com a merda da minha irmã e ser o pai que meus pais não foram. Eu só preciso de você. Por favor, onde está você? Estou em Rosemary e você não está aqui." Ele estava tão preocupado. Eu o preocupei. Minha garganta apertou e meus olhos ardiam.
"Estou em Key West com o meu pai", respondi.
"Foda-se. Será que ele vai te pegar no aeroporto? Você vai ficar em seu barco? Será que ele vai alimentá-la?" Rush fez uma pausa em suas muitas perguntas e respirou fundo. Eu poderia dizer que ele estava tentando se acalmar.
"Ele foi me buscar e eu estou bem. Ele tinha comprado alguns mantimentos antes de eu chegar aqui, então eu comi". Parei e apertei meus olhos bem fechados, a fim de conter as lágrimas. Eu não queria chorar.
Rush ficaria completamente insano, se ele me ouvisse chorar. "Sinto muito. Fiquei chateada e eu precisava ficar longe de tudo isso. Eu precisava de tempo para pensar."
"Eu sei que você está chateada. Você tinha todo o fodido direito de ficar chateada. Você passou por um susto sem mim e eu me odeio por isso. Você deveria ter me deixado. Inferno, eu teria me deixado", ele parou e respirou fundo. "Posso te pegar? Por favor? Eu preciso de você, Blaire."
Será que vai ser sempre assim? Será que eu sempre viria em segundo lugar? Será que o nosso bebê virá em segundo lugar? Eu sabia que ele acreditava que tinha parado com ela, mas eu sabia melhor. Ele amava sua irmã e que iria matá-lo por ignorá-la quando ela precisasse dele. Acho que o que eu precisava me perguntar era se eu poderia viver sem ele?
Não. Era tão simples. Mesmo com meu coração ainda sofrendo por ele não estar lá para mim e para o bebê ontem, eu precisava dele, eu ainda não podia imaginar a vida sem ele.
"Nan teve uma overdose. Encontrei-a inconsciente em seu quarto de hotel. Eu deixei meu telefone em seu quarto, quando sai correndo com os paramédicos para levá-la ao hospital. É por isso que eu não te respondi. Sinto muito, Blaire. Estou tão malditamente fodido, sinto muito." A súplica em sua voz quebrou meu coração. Eu deveria ter sabido que era algo tão grave. Rush sempre respondeu às minhas chamadas e mensagens de texto.
"Nan está bem?", perguntei. Não porque eu me preocupasse com Nan, mas porque eu me preocupava com Rush.
"Yeah. Eles bombearam seu estômago. Minha mãe vai levá-la a um centro em Montana para tentar alguma ajuda. Eu não posso continuar a tentar controlá-la. Eu tenho você e nosso bebê para me concentrar."
Olhei para o meu pai quando ele entrou no barco. Ele estava carregando um saco de papel em uma mão e um litro de chá doce na outra. Eu não estava pronta para deixá-lo ainda. Eu tinha acabado de chegar aqui e gostei de vê-lo feliz. Ou pelo menos o conteúdo.
"Eu quero ficar e visitar meu pai por um tempo", disse a ele sabendo que ele ia discutir. Eu estava sentindo faltar-lhe algo feroz e eu sabia que ele sentia o mesmo.
"Okay. Posso ir visitá-lo também?", ele perguntou.
Meu pai estava me observando e um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Eu não tenho que lhe dizer o que do Rush pediu. Ele já sabia. "Diga ao menino para vir. Eu tenho espaço para mais um."
"Eu gostaria. Sinto sua falta", respondi.
Rush soltou um suspiro. "Deus, baby, eu sinto sua falta também. Pra caramba. Eu estarei ai assim que eu puder pegar um voo."
Rush
Eu precisava encontrar Blaire. Eu precisava abraçá-la e tranquilizar-me que eu não tinha acabado de perdê-la e que ela e o bebê estavam bem. Então eu fui para convencê-la a ir para casa comigo e me casar imediatamente. Eu não queria esperar mais. Eu não deveria ter esperado tanto tempo.
Meu avião pousou 30 minutos antes do previsto. Nós tínhamos saído mais cedo do que o planejado. Eu não queria esperar até o momento em que eu disse a ela para estar aqui e eu não quero que ela venha ao aeroporto sozinha. Peguei um táxi e disse-lhes para me levar para a marina. Eu gostaria de encontrar o barco de Abe sozinho. Key West não era um lugar grande. Eu iria encontrá-la antes que ela tivesse tempo para sair.
Pisei no cais que estava entre as fileiras de barcos ancorados, olhei por qualquer sinal de Blaire ou Abe. Eu ligava, mas tinha ido direto para a caixa postal. Havia veleiros, barcos de pesca, e até mesmo casas flutuantes ancorados neste lugar. Vários deles tinham pessoas vivendo a bordo. Eu estava chegando perto do final, quando vi um homem de pé perto da parte de trás do seu barco. Ele tinha os braços cruzados sobre o peito nu enquanto ele olhava mais para o barco ao lado dele.
Comecei a perguntar-lhe se ele sabia onde o barco de Abe Wynn estava quando eu segui seu olhar. O longo cabelo loiro caía nas costas e soprava descuidado com o vento. O familiar vestido que ela estava usando era o favorito dela ultimamente porque era uma das poucas coisas que ainda cabiam nela.
O pequeno estômago que se desenvolveu nas últimas semanas foi ocupando mais espaço e o tempo era mais curto do que eu preferiria. Só em vê-la, me senti inteiro de novo... até que eu percebi que ela era o que o cara sem camisa estava olhando. Ela não sabia por que estava de costas e estava olhando para a água azul clara como o sol desencadeando uma variedade de cores. Mas eu vi.
Meu homem das cavernas interior queria tirar o idiota pra fora de seu barco e jogar sua bunda na água. Porém, eu não poderia fazer isso. Mesmo chateado eu entendi o porquê de ele estar olhando para ela. Ela estava deslumbrante. Eu queria parar e olhar para ela também.
Sai da rota do homem das cavernas e fui direto para o barco de seu pai e pulei em seguida, puxando-a em meus braços antes que ela pudesse girar ao redor para ver quem era.
"Rush", disse ela em um suspiro de satisfação e me senti como o homem das cavernas batendo em meu peito. Ela sabia que era eu. Eu amei isso. Eu enterrei meu nariz na curva do seu pescoço e respirei fundo. Ela tinha um cheiro tão bom. Hoje seu doce cheiro era misturado com o mar. Eu queria deixá-la nua e descobrir se ela cheirava como o mar em qualquer outro lugar também.
Eu coloquei minhas mãos sobre sua barriga apenas para me lembrar de que nosso bebê ainda estava bem. Ele era saudável e Blaire estava bem. Toda vez que eu pensava nela sangrando e tendo cólicas, meu coração sentia como se tivesse parado. Eu, basicamente, abandonei os últimos dias tentando deixar Nan sob controle para que eu pudesse sair. Minhas últimas palavras para Blaire tinha sido duras e isso era tudo que eu podia pensar quando sai.
Tinham as minhas palavras feitas à cãibra? Eu não a merecia, mas eu não ia deixá-la ir. "Sinto muito. Deus, Blaire, estou tão arrependido. Eu te amo. Isso nunca vai acontecer de novo", eu prometi, embora as palavras soassem familiares aos meus ouvidos. Eu estremeci, percebendo que eu tinha dito isso antes. Eu nunca deveria ter ido para LA. "Eu te amo", respondeu ela simplesmente.
"Eu também te amo", respondi segurando-a enquanto estávamos lá assistindo o pôr do sol sobre a água.
Quando o anoitecer foi finalmente estabelecendo-se em torno de nós abaixei a cabeça em seu ouvido. "Existe um hotel que poderíamos dormir esta noite? Eu preciso de você e não vou ficar quieto."
Blaire virou-se em meus braços e colocou os braços em volta da minha cintura. Seus olhos verdes brilhavam com diversão. "Eu posso ficar quieta", ela respondeu.
Eu subi e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e, em seguida tracei sua mandíbula antes de sentir seu suave e gordo lábio inferior. "Eu não posso."
Um sorriso satisfeito puxou cada canto de sua boca e ela ficou na ponta dos pés para dar um beijo na minha boca. "Você pode sussurrar suas palavras feias no meu ouvido", ela respondeu.
Puxei o lábio inferior em minha boca e chupei antes de deslizar minha língua dentro de sua boca para saboreá-la. Agarrou-se a meus braços, e gemeu baixinho, e oscilando em mim. Foda-se, de jeito nenhum que eu ia ficar esta noite tranquilo. "A menos que você queira que seu pai me ouça gemer do doce sabor de sua buceta e gritar seu nome quando eu gozar dentro de você, então iremos a uma porra de hotel."
Blaire pressionou seu corpo mais perto do meu e outro gemido escapou dela.
"Deus, Rush. Eu juro, se você continuar falando assim terei um orgasmo bem aqui. "
Segurei a bunda dela e puxei-a contra mim antes de cobrir sua boca com a minha novamente. Se ela estava inchada e transformada com as palavras que poderiam tirá-la, então eu estava indo fazer isso acontecer para caralho.
A tosse forte fez Blaire congelar em meus braços, então ela calmamente se soltou de mim e olhou por cima do meu ombro.
Suas bochechas ficaram rosa brilhante e ela abaixou a cabeça no meu peito. O fato de que ela estava enterrando-se contra mim era a única coisa que me impedia de perdê-la.
Eu não gosto da ideia de que ele nos ver juntos a envergonhasse.
Olhei por cima do ombro para ver o cara que estava olhando para ela, quando eu subi. Tendo Blaire em meus braços novamente me fez esquecer tudo o que nos rodeava.
Não que isso tivesse importância. Eu queria que ele soubesse que ela era minha. Eu queria que todos soubessem.
"Pensei que vocês pudessem querer um quarto", disse o rapaz com um sorriso e acendeu um cigarro.
"Estamos muito bem. Talvez você precise encontrar outra direção para olhar", eu respondi. Tenho a certeza que o aviso estava na minha voz.
O cara riu e soprou uma nuvem de fumaça. "Assistindo o pôr do sol é a minha coisa. É uma vergonha se um cara não pode ver algo tão lindo do seu próprio barco."
O brilho nos seus olhos quando ele olhou para Blaire em meus braços fez meu sangue ferver. Blaire deve ter me sentido tenso porque ela instantaneamente se achatou contra mim e deu um beijo em meu peito. "Vamos para dentro. Eu quero um pouco de tempo sozinha com você", disse ela, apenas alto o suficiente para eu ouvir.
Olhei para ela e relaxei. Ela era minha. Eu precisava acalmar, porra. "Mostre o caminho."
Blaire agarrou meus braços e me puxou para a pequena cozinha. Eu podia ver a porta que dava para dentro do barco e da ideia de ficar escondido lá com Blaire era muito atraente. "Quanto tempo até seu pai chegar em casa?", perguntei andando de costas para a escada.
"Não tenho certeza", ela respondeu com uma risadinha.
"Será que o quarto tem uma porta com um cadeado?"

 

 


CONTINUA