Capítulo 26
Greydon
NA MANHÃ SEGUINTE, Marin foi na ponta dos pés no quarto do hospital de Aaron. Mas depois que ela o ouviu tagarelar, toda a quietude sobre ela desapareceu.
— Ele soa muito melhor. — Um suspiro gigantesco saiu dela.
— Ele está. Acordou como de costume, exigindo que sua fralda fosse trocada. — Eu a observei quando ela o tirou do berço. Ele deu uma palmada no rosto dela e ela beijou a mão dele.
— Ei amigo. Você está feliz hoje?
Ele deu um tapa no rosto dela.
— Ow. É melhor você assistir. — Seus dedos cavaram em suas costelas até que ele riu, mas se transformou em um ataque de tosse.
— Oh, não, me desculpe, menino. Isso parece tão desagradável.
— Sim, é isso que pneumonia faz. Eles o colocaram em um nebulizador para ajudar a quebrar tudo isso.
Ela apontou para uma bolsa e disse:
— Eu trouxe uma muda de roupa para você tomar banho.
— Ah. Você ficou presa na minha gaveta de roupas íntimas de novo?
Suas bochechas ardiam escarlate e suas tentativas de escondê-las falharam.
— Não vai funcionar. Mas não se preocupe. Você vai se acostumar com isso.
— Acostumar com o quê?
— Minhas insinuações sexuais.
Observar as respostas dela me fez pensar em uma inocente mulher ingênua, mas eu sabia que ela não era nada disso.
— Eu vou comprar protetores auriculares para o seu filho.
— Por quê?
— Então, ele não fica maculado por sua mente suja.
Eu envolvi minhas mãos em volta de sua cintura por trás e a puxei contra mim. Sendo muito mais baixa que eu, pude descansar meu queixo no topo de sua cabeça.
— Você é a única que eu estou interessado em contaminar, não ele. — Então eu beijei seu pescoço, logo atrás de seu lóbulo macio e aveludado. — Eu não posso esperar para rastejar na cama com você hoje à noite.
— Grey, alguém pode entrar aqui.
— E se eles fizerem? Existe uma lei contra estar abraçando você?
— Eu sou sua babá!
Eu ri tanto e me senti melhor do que nunca. Eu ri mais com ela do que qualquer um na minha vida, incluindo Susannah. Agora que pensei nisso, Susannah e eu quase nunca rimos juntos.
— Marin, eu acredito que você é babá dos meus filhos, não minha. Mas, se você quiser brincar de babá para mim, eu sou todo seu.
Ela olhou por cima do ombro para mim e novamente, corada de vergonha. Aaron chutou suas pernas, então eu o tirei dela.
— Ele quer descer e correr, — eu disse. Com a porta fechada, não havia nenhum mal nisso, então eu o coloquei no chão e o observei gingar. Ele bateu nas pernas de Marin e balbuciou alguma coisa. Era bom ver as coisas voltando ao normal.
— Por que você não toma banho? Eu serei seu cão de guarda.
— Obrigado. Eu não vou demorar muito, — eu disse.
AARON FOI LIBERADO MAIS TARDE naquela manhã e voltei a trabalhar. A pilha de pacientes dos últimos dias foi um inferno. Eu trabalhei como um maníaco para ver todo mundo. Por sorte, um eletrofisiologista do outro hospital havia me substituído em alguns casos. Às seis horas, terminei, mas ainda tinha alguns gráficos para completar. Quando me sentei na minha mesa, meu telefone tocou com um texto.
Que horas estará em casa?
Era Marin. Essas palavras trouxeram um sorriso ao meu rosto.
Sete - eu espero.
Ela me bateu de volta com: Dia difícil?
Eu tive muito pior. Mas está prestes a melhorar.
Sua resposta me fez rir. Oh. Importa-se de explicar?
Eu prefiro te mostrar. Mas eu faria papel de bobo quando eu gemesse.
Ela me enviou um emoji com um rosto chocado.
Te vejo em breve.
Eu empurrei minha bunda para terminar e saí pela porta uma hora depois. Quando entrei em casa, Kinsley praticamente me atacou.
— Papai!
Eu a peguei e a levantei no ar.
— Oi bolinha! Sinto que não te vejo há muito tempo.
— Porque você não tem. — Ela jogou os braços em volta do meu pescoço e me beijou no nariz. — Você está com saudades de mim?
— Mais do que chocolate.
— Eu senti sua falta mais do que sorvete.
— Eu senti sua falta mais do que sorvete com chocolate por cima.
— Eu senti sua falta mais do que sorvete com chocolate e chantilly por cima.
Nós poderíamos continuar assim, mas eu precisava checar Aaron.
— Como está seu irmão?
— Bom. Mas suas pernas não estão chutando tão bem. Não sei se ele será mais um dançarino.
— Hmm. Vamos ver. Onde ele está?
— No balanço.
Entramos na sala de estar e Marin estava sentada com ele.
— Ei, — eu disse.
— Ei para você. Como você está?
— Com fome e cansado.
— Bom porque eu tenho lasanha no forno, — disse ela.
O rapazinho estava com as pálpebras pesadas e com sono.
— Parece que alguém está pronto para dormir.
— Sim. Eu estava dando a você mais alguns minutos antes de colocá-lo no chão.
— Eu vou fazer isso. Enquanto estiver lá, vou trocar de roupa e voltar para o jantar.
— Obrigada.
— Marin, não me agradeça por colocar meu próprio filho na cama. — Eu peguei Aaron no balanço.
— Papai, eu quero ir com você.
Eu estendi a mão e disse:
— Vamos.
Chegamos ao quarto de Aaron, onde troquei a fralda e coloquei-o no berço. Seus olhos estavam meio fechados já. Curvando-me, pressionei meus lábios em sua testa e cobri-o com seu cobertor favorito.
— Posso dar um beijo de boa noite também, papai?
— Claro, bolinha. — Eu ergui Kinsley para que ela pudesse beijá-lo. Então nós saímos do quarto depois que eu desliguei a luz.
— Por que você não lê para Aaron uma história para dormir como você faz comigo?
— Ele não é velho o suficiente ainda, mas quando ele chegar a dois, eu vou começar a fazê-lo, como fizemos para você.
— Você costumava ler para mim quando eu tinha dois anos?
— Eu tenho certeza que sim. Foi assim que comecei a te chamar de minha bolinha. Você tinha esse livrinho onde a garota usava um vestido de bolinha que você sempre me pedia para ler.
— Oh. Talvez você possa ler isso para Aaron também.
— Talvez eu possa.
Ela me seguiu até o meu armário, onde tirei minha camisa e gravata e mudei para algo mais confortável. Então descemos à cozinha onde Marin servia a lasanha.
— Bolinha, você quer um pouco? — Eu perguntei.
— Não. Eu já comi com o Aaron.
— Quando alguém lhe oferece algo, você deve dizer: 'Não, obrigada'.
— Mesmo se eu quiser um pouco?
Os ombros de Marin tremeram quando ela se virou para esconder sua risada.
— Nesse caso, você diria: 'Sim, por favor'.
Ela franziu a boca minúscula e disse: — Não, obrigada, papai.
— Boa menina.
Nós três nos sentamos à mesa e comemos enquanto Kinsley falava sobre como Aaron precisava trabalhar em seus chutes.
— Talvez eu possa ajudá-lo e mostrá-lo quando eu começar minha dança irlandesa.
— Oh, bem lembrado, — gritou Marin.
— O que foi? — Eu perguntei.
— Eu esqueci de ligar para o estúdio de dança para verificar.
— Não se preocupe. Ligue de manhã.
— Sim, Marnie. Você estava com medo por causa de Aaron. Ei papai, como ele conseguiu pegar amônia?
Marin me chutou debaixo da mesa e eu mordi meu lábio.
— Ninguém sabe realmente. Acontece apenas às vezes.
— Vou pegar amônia?
— Eu não penso assim, querida. Você não precisa se preocupar com isso.
— Oops, eu esqueci. — Ela pulou da cadeira e saiu do quarto.
— Onde ela foi? — Eu perguntei.
— Eu não sei, mas essa coisa de amônia era muito fofa.
Kinsley voltou para a cozinha carregando uma grande folha de papel. Ela bateu na mesa dizendo:
— Eu fiz isso para o Aaron hoje.
Era uma foto de Aaron, Kinsley, Marin e eu de mãos dadas. Aaron estava nu, exceto por uma fralda e ele tinha uma chupeta gigante na boca. Não sei por que ela desenhou isso porque ele desistiu da chupeta meses atrás. A imagem era adorável e divertida ao mesmo tempo. Eu estendi meus braços para abraçá-la.
— Kinsley, isso é fantástico, — eu disse. — Você está se tornando uma artista.
— Eu sei.
— Querida, quando alguém te elogiar, você deveria agradecê-los.
Ela arqueou uma sobrancelha, exatamente como sua mãe costumava fazer.
— Mesmo quando é você?
— Sim. Não importa de quem vem, e isso inclui Marin.
— Obrigada, papai.
Marin pegou e disse:
— Eu disse a ela que como está de férias escolar, ela poderia ter entrado no curso de arte.
— Ela com certeza poderia.
Limpamos os pratos do jantar e eu coloquei Kinsley na cama. Ela queria que eu encontrasse a história das bolinha para ler para ela.
— Querida, tenho certeza que está no sótão com o resto das coisas de quando você era um bebê. Você vai ter que escolher outra coisa. Ela escolheu um livro diferente e depois de alguns capítulos, ela estava cochilando. Eu a beijei, a cobri e apaguei a luz.
Eram apenas oito horas, mas eu estava exausto. Marin estava no escritório quando voltei para o andar de baixo.
— Eu não tenho certeza de quanto tempo eu posso ficar acordado.
— Você parece super cansado.
— Eu estou. Por que não vamos para a cama?
— Boa ideia.
Depois de desligar tudo, subimos as escadas e, quando ela começou a ir em direção ao seu quarto, perguntei:
— Marin, aonde você pensa que está indo?
— Para a cama?
— Exatamente. Mas por que você está indo para lá?
— Porque é onde o meu quarto está.
Segurando seu pescoço, eu a trouxe perto do meu corpo.
— Mas você não está dormindo no seu quarto. — Então corri minha língua pelo lado do pescoço dela, parando em seu ponto de pulsação. Senti a batida do coração dela embaixo da minha boca enquanto eu gentilmente beliscava e chupava. Meus polegares circularam os picos de seus mamilos, que estavam duros sob o sutiã. Ela cantarolou seu prazer. — Podemos continuar isto no meu quarto, ou posso despir você aqui no corredor.
— As crianças? — Ela sussurrou, sua voz rouca de desejo.
— Estão dormindo e não há necessidade de sussurrar.
— Mas...
— Deste jeito. — Eu a levei para o meu quarto.
— Eu preciso lavar meu rosto e escovar meus dentes.
— Você pode fazer isso aqui, — eu disse.
— Não é o meu regime de rosto.
— Oh, você tem um regime? — Eu sorri.
— Por acaso, sim.
— Então vá, mas sua bunda sexy está dormindo comigo.
— Sim senhor. Eu te disse que você é um chefe mandão?
Eu bati na sua bunda e disse:
— Você está perdendo tempo.
Quando ela voltou, eu estava na cama com meus dentes escovados e o rosto lavado. Levantei as cobertas e disse:
— Entre aqui. — E então me atingiu... o cheiro dela. Imagens do que imaginei que ela fez na noite passada aumentaram meu desejo, alimentando minha paixão. Inalando, eu disse: — Eu gostaria de ter estado aqui ontem à noite com você.
Um rubor subiu de seu pescoço até as cristas de suas bochechas.
— Eu também. Você poderia ter me mostrado aquelas coisas que você mencionou. — Ela sorriu. Antes que ela pudesse oferecer qualquer outro comentário atrevido, eu peguei seu queixo entre meu polegar e meu dedo e gentilmente acariciei sua boca com a minha. Eu comecei em um canto e preguiçosamente trabalhei meu caminho para o outro. Meus dentes roçaram seus lábios, superior e inferior, e sugaram o inferior antes de eu empurrar minha língua em sua boca. Nossas línguas se encontraram, hesitantes no início, mas o beijo rapidamente se tornou mais exigente e frenético. Minha mente ficou agitada com a atmosfera que brilhou entre nós. O calor entre nós aumentou e eu não conseguia o suficiente dela, dos lábios dela, ou da boca dela. Eu nunca quis que um beijo continuasse assim. Era inebriante e eu estava bêbado de luxúria.
— Eu queria tanto você... Jesus, Marin. O número de banhos que eu tomei e me masturbei com os pensamentos de você nua, suas pernas abertas, com aquele fodido vibrador em sua mão, e eu vendo você usar isso em si mesma. Tem sido tão difícil por semanas agora com esses pensamentos sujos de você.
Minha mão deslizou sob sua camisola e puxou seu mamilo, que era tão duro quanto meu pau. Essas malditas roupas eram inúteis e no caminho, então me sentei e puxei-a junto comigo.
— Eu não posso esperar para ver você... tocar isto, seu corpo. Para provar cada centímetro da sua pele. Você virou minha cabeça com luxúria.
— Temos que nos livrar disso. — Eu esperei por sua permissão antes de puxar sua camisola sobre sua cabeça, — E estes. — Meus dedos engancharam em torno do elástico de sua calcinha e com um movimento rápido, eu a tirei.
Ela estendeu a mão para a minha camiseta.
— E você?
Levantei-me e tirei a camiseta e a cueca que estava usando, meus movimentos frenéticos.
— Para sua informação, isso foi para o seu benefício. Eu costumo dormir nu.
— E as crianças?
— O que tem eles?
— E se você estiver nu e eles entrarem aqui?
— Aaron ainda não consegue sair do berço e Kinsley nunca se levanta. Se ela fosse entrar, eu diria a ela para voltar para o quarto dela e eu a encontraria lá.
— E se ela estivesse doente ou tivesse um pesadelo?
— Eu a ouvia e checava a câmera. E ela só teve um pesadelo que me lembro.
— Você tem uma resposta para tudo, não é? — Ela perguntou.
Eu subi na cama e me coloquei ao lado dela. Eu tirei o cabelo de seu rosto.
— Eu não tive nada perto de uma resposta para você quando você entrou na minha vida. — Meus dedos entrelaçaram seus grossos cachos multicoloridos. — Você, com seus cabelos coloridos, piercings e tatuagens. Eu não sabia bem o que fazer com você.
— E o que você acha de mim agora?
— Não tenho certeza. Eu rio muito mais. Eu não vou dizer que você não me irritou, mas eu amo sua paixão. Isso me inspira.
— Posso te contar uma coisa? E prometa que não vai ficar bravo?
Eu escovei o cabelo dela para trás.
— Este parece ser um tema recorrente com você.
Ela riu.
— Eu pensei que você fosse o idiota mais sujo que eu já conheci.
Por alguma razão, eu não conseguia parar de beijar o canto da boca dela.
— Idiota, huh. Eu pensei que você disse que eu era rico mimado.
— Sim. Eu tinha todo tipo de apelidos para você.
— Como o quê?
Ela passou o dedo pelos meus lábios.
— Dr. Mau humor, Dr. Fantasma, Dr. Delirante.
— Por que o Dr. Fantasma?
— Você nunca estava em casa e desapareceria por horas em seu escritório.
— E Dr. Delirante?
— Porque quando você pensou que estava sendo legal comigo na verdade, você não era.
— Entendo. Que tal eu mostrar a você como eu posso ser legal?
— Oh? E como você vai fazer isso?
— Como isso. — Seus seios eram perfeitos e eu não podia esperar para chupar seus mamilos. Eu beijei meu caminho até seus seios, lentamente contornando cada um de seus mamilos na minha boca até que eles estavam pequenos picos duros. Ela murmurou seu prazer, mas isso foi apenas o começo. Trabalhando meu caminho pelo corpo dela, cheguei à junção de suas coxas macias e cremosas e as abri largamente, o suficiente para que minha cabeça e meus ombros se encaixassem.
— Dobre seus joelhos. — Ela concordou e eu empurrei suas pernas um pouco. Minha língua passou a costura de sua boceta repetidamente até que ela bufou. Quando ela ficou escorregadia, eu espalhei seus lábios usando meus polegares e enterrei minha língua dentro dela.
Ela levantou-se até os cotovelos e observou.
— Ahh, — ela gemeu.
Minha língua arrastou para seu clitóris, circulando-o, e usando um dedo, eu deslizei dentro dela. Ela estava encharcada e eu espalhei sua umidade ao redor, adicionando outro dedo dentro. Localizando seu ponto G, eu massageei, enquanto minha língua trabalhava um ritmo em seu cerne.
— Não pare. Sim, bem aí. — Suas unhas marcaram meus ombros, depois minha cabeça, enquanto eu mantinha meus cuidados. Ela provou ser divina, e eu não queria que isso acabasse. Quando eu já pensei isso antes?
— Oh, Grey, isso é perfeito. Sim, isso. — Eu sacudi minha língua com mais força e mais rápido. — Sim, eu estou quase gozando. — Seus músculos apertaram meus dedos quando as contrações de seu orgasmo se firmaram. Eu não parei meus movimentos até que seus espasmos cessassem. Ela estava sem fôlego e coberta de um brilho fino de transpiração.
— Você tem um gosto ainda melhor do que o cheiro que você deixou para trás. — Perguntar-me como ela provou me enlouqueceu. — Para não mencionar, você tem a boceta rosa mais bonita.
Um rubor varreu do pescoço até o topo da testa.
— Isso te envergonhou? — Surpreendeu-me que meu papo sujo a chocou tanto.
— Um pouco.
— Só estou sendo honesto. Então, para a outra parte. Eu não estive com ninguém além da minha ex-esposa nos últimos doze anos. Depois que ela morreu e eu descobri o caso, fiz o teste, então estou limpo.
— Estou segura também. Depois que eu peguei meu namorado transando com a minha melhor amiga, eu também fui testada. Eu não estive com ninguém desde então.
— Você está em algum tipo de contracepção? Sinto muito, este é um tópico tão estéril, mas achei melhor que tenhamos essa discussão antes de prosseguirmos.
— Estou feliz que você trouxe isso porque se você não tivesse, eu teria. Eu estou tomando pílula e tenho tomado por anos, então estamos bem.
— Graças a Deus porque não me lembro da última vez que usei camisinha.
Ela riu.
— Oooh, coitadinho. Isso teria sido terrível, hein?
— De modo nenhum. Eu faria qualquer coisa para ter você.
Eu me arrastei até o corpo dela para beijar sua boca sorridente. Em seguida, levantei sua perna perto da dobra de seu joelho e meu pau duro encontrou sua entrada. Eu trabalhei meu caminho devagar, para ter certeza que ela estava confortável. Mas também para que eu não gozasse por todo o lado. Fazia tanto tempo que receava não durar.
— Está tudo bem?
— Está perfeito.
Meus quadris se balançaram contra ela enquanto eu observava seu rosto. As expressões que atravessaram me disseram que eu estava fazendo isso direito. Sua respiração ofegante aumentou e seus dedos cavaram os músculos da minha bunda.
— Eu tenho que fazer você gozar rápido porque eu não vou durar. Tem sido muito tempo para mim. Sente-se no meu pau, de costas para mim.
Ela montou meus quadris. Sua bunda era linda. Minha cabeça girou com tantos pensamentos do que eu poderia fazer com isso, mas em vez disso, eu me sentei, puxando-a contra o meu peito enquanto me inclinava na cabeceira da cama. Massageando seu clitóris, eu balancei minha pélvis para dentro dela. Ela tentou abrir mais as pernas, mas eu disse:
— Não. Mantenha-as como elas estão. Isso causa mais atrito.
Entre o meu dedo e a pressão adicional, em poucos minutos, ela disse:
— Vou gozar.
Meu ritmo aumentou, e momentos depois, eu me juntei a ela, gemendo meu próprio clímax. Quando meu pau finalmente parou de pulsar, eu ofeguei.
— Você valeu a pena esperar.
Ela inclinou a cabeça para trás para olhar para mim e disse:
— Foi mais do que valeu a pena. — Quando ela tentou se mover, eu apertei meus braços ao redor dela.
— Onde você pensa que está indo?
— Ao banheiro. Limpar.
— Ainda não.
— O que você quer dizer?
— Eu não terminei com você. Só porque eu sou um homem velho não me faz um caloteiro entre os lençóis.
Capítulo 27
Marin
GREY NÃO ESTAVA BRINCANDO. Nem um pouco. Como eu já pensei nele como um velhote engomado? Ele fez Damien parecer um adolescente desajeitado quando se tratava de sexo. Eu provavelmente gozei mais vezes em uma noite com Grey do que nos dois anos que eu estive com aquele perdedor.
— Diga-me se eu estou machucando você.
— Eu vou, — eu ofeguei as palavras. Isso foi o quê? Rodada três Ou foram quatro? Como ele se recuperou tão rapidamente? Eu estava de pé, debruçada sobre a cama e ele estava me batendo. Eu não estava brincando. Cada vez que ele mergulhava em mim, o contato emitia um som de bam-bam-bam. Talvez eu devesse chamá-lo de Dr. Tiro a partir de agora.
— Você pode se esfregar? — Sua voz rouca veio por cima do meu ombro e isso enviou o meu sangue correndo pelas minhas veias. Jesus, como isso poderia ser? Eu queria que ele me devorasse para me inspirar. Sua mão agarrou meu quadril, seus dedos quase machucando, mas eu queria mais.
Minhas unhas arranharam os lençóis.
— Eu não posso. Eu... eu sou...
Eu deveria saber que ele lidaria com isso. Seu dedo acabou entre as minhas pernas, onde ele pressionou e esfregou em um movimento suave. Não batendo como o idiota do Damien costumava fazer. Merda. Eu precisava parar de comparar os dois porque, francamente, simplesmente não havia comparação. Meus quadris foram repetidamente empurrados para o colchão quando ele grunhiu e normalmente isso não teria sido minha coisa. Mas os sons sensuais deste homem estavam além da descrição. Eles me faziam moer minha bunda de volta para ele.
— Merda, Marin. Continue assim e vai acabar antes de começar.
Ele subiu uma das minhas pernas para cima e oh, meu Deus, seu pênis bateu em profundidade e eu engasguei quando quase me desmoronou.
— Como é isso? — Ele perguntou.
— B-bom.
— Apenas bom?
— P-perfeito. Não pare.
Ele girou os quadris e depois empurrou, girou, depois empurrou. Impulso giratório, impulso giratório. Eu estava feita.
— Ahhhh, — eu chorei quando gozei. Esta noite seria a ruína para mim. Se nós não déssemos certo como casal, eu teria que me juntar a um convento.
De repente, ele gemeu e eu o senti pulsando dentro de mim.
— Deus, eu amo isso, — eu disse.
Seu pau pulsou e eu apertei meus músculos internos contra ele.
— Foda-se, Marin. Você vai me pegar de novo. E o que você ama?
— A sensação de você gozando dentro de mim.
— Isso é bom porque podemos fazer isso acontecer muito. — Ele puxou e eu choraminguei.
— Não, — eu lamentei. — Eu gosto de você lá.
— Você não parece exatamente confortável. — Eu não estava, mas era um pequeno preço a pagar pelo que ele acabara de me dar. — Vamos. Vamos nos limpar, — ele disse.
— Agora você está pronto? — Eu brinquei.
— Já passa da meia-noite, você sabe.
Porcaria. Isso significava apenas seis horas de sono, a menos que Aaron dormisse até mais tarde do que o habitual.
— Talvez Aaron vá dormir, — disse ele, lendo minha mente.
— Eu estava pensando justamente isso. Mas você tem que ir trabalhar.
— Eu vou pular meu treino. Acho que esta noite foi suficiente.
Entramos no chuveiro e nos lavamos.
— Este é um banheiro magnífico. — Ele é enorme com duchas duplas e sprays subindo e descendo dos lados.
— Sinta-se à vontade para usá-lo quando quiser. Também converte em vapor.
— Isso pode parecer um pouco estranho para Kinsley.
Ele deu de ombros e disse:
— Em breve, passaremos muito mais tempo aqui, nos sujando, em vez de limpos. — Sua boca encontrou a minha e nós acabamos nos beijando.
— Nós poderíamos ficar realmente sujos aqui, — eu disse.
Tive o cuidado de não molhar o cabelo e acabamos rapidamente e voltamos para a cama. Meu corpo doía deliciosamente em todos os pontos certos.
— Você está dolorida?
— Um pouco, mas como não posso estar? — Eu ri.
— Me desculpe, eu me empolguei. Eu usei você demais.
— Acho que não. Eu gosto muito disso. Caminhar pode ser um pouco difícil amanhã, mas valeu a pena.
Ele me puxou contra a extensão de seu peito e disse:
— Eu não posso esperar para ver você mancar pela manhã. — Então ele deu um beijo na minha testa. — Boa noite doce Marin.
— Boa noite. — Eu já estava à deriva.
Não foi Aaron que nos acordou de manhã, foi Kinsley. Nós dois estávamos em um sono profundo quando ouvi: — Papai, Marnie tive um pesadelo?
Ah Merda. Oh foda-se. Oh, nãoooooooo
— Uh, o que você disse, bolinha? — A voz de Grey estava cheia de sono e oh, Deus, estava quente como pecado.
Eu estava alerta e bem acordada, apenas fingi não estar. A mente normalmente clara de Grey estava embaçada, ou pelo menos era assim que ele soava. Talvez até um pouco desorientado, como se estivesse lutando para juntar as coisas onde estava.
— Marnie teve um sonho ruim?
— Hum, eu não sei. Por que você pergunta?
— Porque ela está dormindo com você como eu costumava fazer quando eu tinha um sonho ruim.
Então ele se sentou abruptamente como se alguém o tivesse espetado com um bastão de gado.
Foda dupla.
Quando ele fez isso, ele levou metade das cobertas com ele, expondo minha nudez.
— Papai, por que a Marnie não está usando pijamas?
Ele bateu de volta na cama.
— Hum, por que você não volta para a cama, bolinha, e eu vou estar no seu quarto em um minuto?
— OK.
Assim que a costa ficou limpa, saí da cama e me vesti, dizendo o tempo todo:
— Puta merda. Puta merda O que nós vamos fazer?
— Nada. Nós não vamos fazer nada.
Eu parei e olhei para ele. Então eu lancei em um fluxo verbal de exasperação.
— Você não tem ideia do que está dizendo. Eu estarei aqui com ela o dia todo e ela vai me fazer um milhão de perguntas. Ela não vai simplesmente largar isso e seguir em frente. Eu sei como esse cérebro esperto dela funciona. Confie em mim, Grey. Temos que inventar algo plausível.
— Você está falando sério?
— Droga, estou falando sério.
Ele enfiou as mãos no cabelo já bagunçado. E isso não me fez querer beijá-lo novamente?
— Não faça isso, — eu disse, afobada.
— Fazer o quê?
— Essa coisa de cabelo.
Sua boca ficou boquiaberta e ele apenas me olhou.
— Você parece muito sexy assim e eu não preciso do sexy Grey agora. Eu preciso de Grey analítico.
O idiota começou a rir.
Eu agarrei minhas mãos juntas.
— O que é tão engraçado?
— Você é, — disse ele, puxando-me em seus braços. — Por que não podemos dizer a ela a verdade?
— Você está falando sério? E dizer o quê? Que eu dormi com você nu e nós estragamos nossos miolos ontem à noite?
Ele segurou meu rosto e disse:
— Não isso, mas uma versão menos pornográfica disso.
— Tal como?
— Chegamos aqui e começamos a conversar. Antes que soubéssemos, adormecemos.
Suas mãos correram pelo meu cabelo e foram muito perturbadoras.
— Como explicamos minha nudez?
— Sua camisa estava suja e você não queria dormir em uma camisa suja.
Eu acariciei sua bochecha.
— Eu vou deixar você dar a ela essa explicação. Vamos para o quarto dela agora. — Eu agarrei sua mão e puxei-o pelo corredor. Ela estava sentada na cama brincando com um bando de bichos de pelúcia quando entramos.
— Bom dia, mocinha, — eu disse.
— Marnie! — Ela pulou e estendeu os braços.
Eu beijei sua bochecha e a abracei.
— Eu vi você dormindo na cama do papai.
— Ele me disse. Eu estava cansada ontem à noite.
— Eu também. — A essa altura, já a deixei cair ao lado de sua pilha de criaturas.
— Bolinha, você perguntou por que Marin dormiu na minha cama.
— Uh huh. Ela não teve um pesadelo sobre um monstro?
— Não, baby, ela não fez. Mas nós estávamos conversando e ambos ficamos muito sonolentos. Ela acabou adormecendo.
— Como ela estava nua? Marnie, você gosta de dormir nua? Talvez eu deva dormir nua também.
Oh irmão.
— Querida, ela derramou algo em sua camisa, então depois que ela adormeceu, eu não queria ir pegar seu pijama, então eu tirei a blusa dela. Você sabe como eu faço isso por você às vezes?
— Uh huh
— Bem, eu não tinha nenhum pijama para colocar em Marin, então deixei ela dormir assim.
— Oh
— Marnie, você gostou da cama do papai? Não é melhor que a sua?
Eu não estava esperando essa pergunta em tudo. Eu gaguejei minha resposta.
— Eu, uh, quer dizer, a cama dele era muito grande.
— Você dormiu muito?
— Umm hmm.
— Bom. Talvez você possa dormir lá mais vezes porque é uma cama grande, não é, papai?
— Com certeza é, bolinha. Agora você está pronta para tomar café da manhã? Eu tenho que tomar banho e Marin tem que verificar Aaron primeiro, no entanto.
— Ok, eu vou ficar aqui por um tempo.
— Boa menina.
Nós a deixamos com seus brinquedos e nos separamos no corredor onde eu olhei para ele, que estava perto. Ele apenas sorriu de volta.
Aaron estava acordado em seu berço, sorrindo e fazendo barulhos engraçados. Quando ele me viu, suas pernas chutaram ao redor do jeito que costumavam fazer. Não tão exuberantemente, mas ele estava no caminho de ser ele mesmo novamente.
— Ei, garotinho. Você está se sentindo melhor, não está? — Eu o peguei e dei dezenas de beijos em suas bochechas até que ele riu. Mas suas risadinhas se transformaram em tosse, então esperei até que ele parasse. Então eu acariciei seu pescoço e realmente o fiz tagarelar. — Meu pequeno menino. Senti sua falta. — Ele agarrou meu cabelo e puxou. — Ouch. — Seu punho estava forte novamente. Graças a Deus.
— Vamos, vamos trocar essa fralda. — Coloquei-o em seu trocador e limpei-o. Então eu mudei de roupa e nós pegamos Kinsley do quarto dela para ir tomar café da manhã.
— Aaron! Você está pronto para chutar novamente. — Ela deu um tapinha nas pernas dele quando ele chutou meus braços.
— Marnie, acho que ele quer correr por aí.
— Eu acho que você está certa, mas vamos esperar até descermos. — Uma vez que chegarmos na cozinha, eu colocarei Aaron para baixo e ele pode correr ao redor com Kinsley dando-lhe uma mão. Então eu aprontei nossa refeição. Aaron comeu o que foi um alívio. Quando Grey desceu, nossos pratos estavam todos limpos.
— Posso fazer alguma coisa? — Eu perguntei a ele.
— Obrigado, mas preciso ir. Eu vou pegar uma barra de proteína. — Então ele me chocou quando se inclinou e me beijou.
— Papai beijou Marnie. Papai beijou Marnie.
— É isso mesmo, bolinha, com certeza, — disse Grey, logo antes de beijá-la, então a Aaron, e saiu de casa.
— Papai é seu namorado? — Kinsley perguntou.
Como diabos eu deveria responder isso?
Capítulo 28
Greydon
O QUE DIABOS eu estava pensando em ter beijado ela na bochecha assim? Foi uma decisão impulsiva. Ela estava sentada lá e aconteceu. Eu podia imaginar as perguntas que Kinsley estava lhe fazendo. Agora que eu estava longe dela e não estava pensando em sexo, as ramificações de nossas ações afundaram. Nunca tive a intenção de me envolver com outra mulher, ou pelo menos até as crianças crescerem. Mas Marin quebrou todas as regras do meu livro. Ela era alguém que eu jamais teria dado uma segunda olhada sob qualquer outra circunstância. Como devo lidar com isso?
Eu me perguntava como ela responderia às perguntas de Kinsley porque haveria muitas eu tinha certeza. Meu telefone tocou várias vezes, mas eu ignorei. Eu verificaria quando chegasse ao meu escritório. Eu tinha certeza de que sabia de quem eram. Uma risada saudável arrancou de mim. Quando foi a última vez que ocorreu? Eu não conseguia nem lembrar. E eu devia tudo a Marin.
Eu entrei no escritório e as coisas estavam despertando para a vida. Nicole já estava lá, uma pilha de cartas na minha mesa esperando.
— Dr. West, aqui está sua agenda para hoje. Você tem três procedimentos no hospital a partir das onze horas.
— Obrigado. — Eu revi tudo e comecei a trabalhar.
Minha carga de pacientes era pesada desde que eu ainda estava me recuperando. Meu primeiro paciente já estava na sala de exames e, felizmente, seu eletrocardiograma e todos os outros estudos estavam lá. Nicole começou a fazer seu trabalho como deveria ter sido o tempo todo.
Às dez e meia, eu estava a caminho do hospital. Meus procedimentos foram bem, mas o dia estava passando. À tarde, eu não tive a chance de fazer nenhum gráfico. Parecia que eu teria que esperar até o final do dia. Peguei algo para comer no caminho de volta para o escritório e engoli antes de ver a carga de pacientes da tarde. Às cinco e meia, eu estava preso a mapear o valor de um dia de trabalho.
Mensagem de texto para Marin, eu a deixei saber que eu iria chegar atrasado.
Não segure o jantar para mim. Tem sido um dia difícil.
Ela respondeu de volta.
Está bem. Eu vou deixar algo preparado para você.
Finalmente consegui sair às sete, embora houvesse algumas coisas que eu deixei de fazer. Esfregando meus olhos, eu estava feliz por estar indo para casa.
No caminho de casa, eu mentalmente assinalei os e-mails pelos quais passei antes de sair. Havia um que eu precisava discutir com Marin, eu estava bastante animado com isso desde que ela estava dentro
A cozinha estava brilhante e cheia de sol quando entrei na casa.
— Papai! — Kinsley gritou quando ela voou para os meus braços.
Levantando-a bem alto no ar, eu disse:
— Ei, minha coisa doce. O que você fez hoje? — Eu plantei beijos em suas bochechas enquanto ela ria.
— Ensinando Aaron a chutar e dançar. Veja.
Aaron estava girando em torno da cozinha, segurando seu macaco de pelúcia, e rindo enquanto suas pernas faziam seus engraçados movimentos de chute.
— Eu acho que é a especialidade dele, polca.
— Eu acho que ele vai ser um dançarino irlandês como eu. Ele quer sapatos cliques. Marnie me comprou um hoje.
— Ela fez?
— Sim, mas eles têm que chegar aqui.
Marin esclareceu um pouco as coisas.
— Eu a inscrevi para as aulas. Eles não começam por mais seis semanas e o gentil instrutor me deu o link para o site onde eu poderia encomendar os sapatos.
Kinsley pulou para cima e para baixo.
— Yay. Eu não posso esperar. Eu vou praticar todos os dias. E Aaron também.
— Querida, não acho que Aaron seja capaz de dançar. Lembra o que eu te disse antes? Ele é muito jovem, — disse Marin.
Kinsley correu até Aaron e segurou sua mão.
— Está bem. Eu mesma posso ensinar ele. Ele não precisa vir comigo.
Marin e eu compartilhamos um olhar e dei de ombros.
— O que você disser, Kinsley. Você pode olhar seu irmão um minuto? Eu tenho algo para discutir com Marin.
— Você vai beijá-la novamente? — Kinsley perguntou.
— Talvez. Você quer que eu a beije?
— Sim. Acho que ela gosta. — Então ela franziu os lábios e beijou o ar.
— Eu farei o meu melhor. Estaremos bem na sala ao lado, ok?
— OK.
Peguei a mão de Marin e fomos para o cômodo.
— Ela estava cheia de todos os tipos de perguntas sobre beijar depois que você saiu.
Eu puxei Marin contra o meu peito e pressionei meus lábios nos dela.
— Eu provavelmente não deveria ter feito isso. Eu coloquei você em uma posição ruim. Eu sinto muito.
— Está bem. É isso que você queria discutir comigo?
— Na verdade não. Eu tenho algo para lhe perguntar. Fui convidado para falar em uma conferência em Viena no final do próximo mês. É um grande negócio e eu adoraria que todos nós fossemos. Isso é, se você estiver disposto a ir junto. Eu não seria capaz de levar as crianças, obviamente, se você não vier também.
— Você quer que eu vá a Viena? Como em Viena, na Áustria?
— Sim. Isso é algo que você estaria interessada? Nós poderíamos fazer isso como umas férias. A conferência é apenas um dia e meio. Minha palestra dura apenas uma hora e eu não ficaria amarrado por muito tempo.
— E você poderia fugir? — Ela perguntou.
— Sim. A prática tem coisas para conferências. Eu arranjaria alguém para entrar e receber minhas ligações. Para não mencionar, é mais de um mês de distância, então eu tenho tempo para planejar. Por favor, diga que você vai.
Ela bateu palmas.
— Sim! Eu acho que seria ótimo para as crianças também. Aaron não se lembrará muito, mas Kinsley adoraria.
— Ótimo! — Eu a abracei. — Eu os deixo saber e então faço as nossas reservas. Você tem passaporte porque eu tenho que pegar o das crianças?
Ela tocou meu braço.
— Sim, eu faço e Grey, eu estou honrada que você me perguntou.
— Estou honrado que você aceitou. Eu não teria ido sem você. — Eu a beijei novamente na bochecha e voltamos para a cozinha para encontrar Kinsley tentando ensinar a Aaron pontapés especiais.
— Você acha que ela vai desistir disso? — Perguntou Marin.
— Só quando ele começar a falar e disser a ela para parar.
A batida na porta dos fundos nos surpreendeu, mas eu fui atender. Quando olhei para fora para ver meus pais, fiquei ainda mais surpreso.
— Mãe, papai, o que vocês dois estão fazendo aqui?
— Isso não é muito uma saudação, — disse a mãe amargamente.
— Não, é só que eu não sabia que você estava vindo.
— Nós estivemos fora da cidade e sabíamos que Aaron estava doente. Queríamos dar uma olhada nele desde que acabamos de voltar.
— Oh, certo.
Mamãe correu para pegá-lo e Aaron bateu na bochecha dela.
— Ele deve ter feito uma boa recuperação, — disse ela, sorrindo.
— Sim, mas ele estava muito ruim. Graças a Deus, Marin foi sábia o suficiente para levá-lo ao hospital quando ela o fez.
— Oh, Marin, como podemos agradecer a você?
— Sra. West, não há necessidade de agradecimento. Eu só fiz o que achei melhor.
— Sua mãe disse que nunca ouviu você parecer tão preocupada.
— Eu estava. Foi terrível. Mas tudo está bem agora, como você pode ver por si mesma.
Os olhos de mamãe saltaram entre Marin e eu. Uma coisa que minha mãe não era, era idiota. Ela era muito perspicaz e eu tinha quase certeza de que ela estava pegando certas pistas. A essa altura, eu não dava a mínima, então fui até Marin e coloquei meu braço em volta dela.
— Marin fez um trabalho estelar e se meu celular não tivesse caído do meu bolso, eu estaria lá para ajudá-la. Mas eu não estava, então estava tudo em seus ombros.
Mamãe continuou a observar a cena por um momento. Então ela sorriu.
— Bem, estou feliz em ver vocês dois se dando bem. Por um tempo, tive a certeza de que vocês iam matar um ao outro.
— Sim, acabou, não é, Marin?
— Acredito que sim.
Eu a puxei contra mim.
— Eu também acho.
— Gammie, eu vou fazer aulas de dança irlandesa e usar esses sapatos cliques.
Mamãe se abaixou e disse:
— Você vai? Isso é fabuloso. Talvez você possa me ensinar como fazer isso?
— Não, você é muito velha. Mas eu vou ensinar Aaron.
Mamãe riu.
— Você não pode culpá-la por sua honestidade.
Meus pais ficaram um pouco e depois quiseram saber se poderiam nos trazer algum jantar.
— Já fiz o jantar, sra. West. Você gostaria de ficar?
— Oh, isso é tão gentil de sua parte. Mas eu não gostaria de me intrometer.
— Não é intrusão, — insistiu Marin. — Eu fiz muita caçarola de frango. As crianças já comeram. Por favor fiquem.
— Você tem certeza?
Marin insistiu e eles jantaram conosco. Eu lhes falei sobre a viagem a Viena. Eles estavam empolgados que íamos tirar férias. Papai sugeriu alguns lugares para ficar se não pudéssemos conseguir acomodações no hotel onde estava a conferência. Ele e mamãe haviam viajado para lá algumas vezes ao longo dos anos e sempre diziam que era um dos lugares favoritos deles.
— Marin, você deve visitar as catacumbas sob a Catedral de Santo Estêvão. É muito interessante se você ama um pouco da história sombria.
Os olhos de Marin se iluminaram.
— Oh, isso é definitivamente um sim, — disse ela. — Tudo bem para as crianças?
— Eu não vejo porque não. Você não pode ver muito lá embaixo. A história sobre eles é fascinante. Você também deve ver os Palácios de Schonbrunn e Hofburg. Há muito para ver lá, Marin. E as compras - ah, você vai adorar, mas as crianças podem ficar entediadas. No entanto, eles vão adorar o Prater, que é um grande parque e o Tiergarten Schonbrunn, que é o zoológico de Viena.
— Oh, eles amam os animais.
Kinsley gritou:
— Eles têm lhamas porque Marnie não gosta de lhamas?
Todos se voltaram para Marin, cujas bochechas já estavam vermelhas.
— As lhamas meio que cuspiram em mim quando levei as crianças ao zoológico. Eu ficarei longe delas na próxima vez.
— Ewwww, foi nojento, — disse Kinsley, sacudindo a cabeça.
— Eu posso imaginar. Garantiremos que não haverá visitas de lhama na próxima viagem ao zoológico — falei. Eu me pergunto por que ela nunca mencionou isso para mim.
Marin estremeceu.
— Ou isso, ou eu vou usar uma capa de chuva de plástico.
Mamãe disse:
— Rick e eu simplesmente amamos Viena. Talvez possamos desenterrar alguns dos lugares que visitamos para que você possa ver.
Papai disse:
— Ótima ideia, Paige. Vou ver se consigo encontrar esses arquivos que guardei.
— Obrigado papai. Isso poderia ser útil.
Depois de banharmos as crianças, Marin se recusou a dormir comigo naquela noite. Eu tentei o meu melhor para persuadi-la, mas ela não iria ceder. Não havia nada que eu pudesse fazer, então fomos para os nossos quartos separados, eu com uma ereção que teria que ser cuidada... sozinho.
Quando eu estava no meu quarto, mandei uma mensagem para ela.
Você é cruel. Não me sinto tão desconfortável desde que era adolescente. Vou mandar uma mensagem para você depois do meu banho quente, ensaboado e muito solitário.
A única coisa que recebi de volta foi um emoji risonho. Acho que ela não sentiu muito por mim.
Não demorou muito para eu esfregar um fora, já que eu estava duro como pedra. Jesus, parecia que desde que Marin se mudou eu estava gastando mais tempo me masturbando do que antes de Susannah. Desde que Susannah morreu, e mesmo antes disso eu não tive muita vontade. Marin estava provocando todos os tipos de desejos em mim que eu pensava que haviam deixado de existir há muito tempo. Esta foi certamente uma surpresa inesperada, mas agradável.
Eu me enxuguei e, antes de subir na cama, peguei meu iPad para poder pegar meus diários médicos. Eu estava um pouco atrasado na minha leitura. No meio do primeiro artigo de jornal, meu telefone tocou com um texto. Quando abri, era uma foto de Marin, oferecendo um sorriso sexy.
Já sinto sua falta.
Ainda bem que ela estava pensando em mim, eu bati de volta com...
Você poderia sempre consertar isso, você sabe.
Quando ela não respondeu, eu assumi que ela adormeceu. Nós tínhamos ficado acordados até tarde ontem à noite depois de tudo. Eu terminei de ler, apaguei a luz, embora ainda fosse cedo. Mas então ouvi minha porta abrir e fechar suavemente. Os lençóis se levantaram e ela deslizou ao meu lado.
— Eu acho que você quebrou suas próprias regras, não é?
— Antes de fazermos qualquer coisa, defina seu alarme para as cinco e meia. Eu não vou ser pega de novo.
— Sim, senhora.
Eu fiz o que ela pediu e antes que eu pudesse terminar, ela estava escancarada nos meus quadris.
— Alguém está muito ansiosa.
— Sim, alguém está. Essa garota não tomou um banho quente e com sabão para se aliviar.
— O que aconteceu com o seu coelho? — Eu estava muito curioso sobre isso.
— Meu coelho não se compara a você, — ela sussurrou. Mesmo que estivesse escuro, a luz da lua revelou seus claros olhos azuis enquanto eles penetravam nos meus e de repente eu estava perdido. Eu queria agarrá-la e fazer todos os tipos de coisas para ela... fodê-la, lamber sua boceta, beijá-la até que ambos estivéssemos sem sentido. Mas então seus dedos passaram sobre a pele do meu abdômen e eu respirei fundo. Piscando, o feitiço foi quebrado.
Eu deslizei as costas da minha mão sobre seu mamilo.
— E eu que pensei que não era nada além de um velhote.
— Você é. Mas isso não significa que você não saiba o que fazer com o seu...
— Meu o quê?
— Você sabe.
Eu a puxei para baixo para pressionar minha boca até a dela.
— Eu quero que você me diga, Marin. Eu quero que você diga coisas imundas para mim, assim como eu quero dizer de volta para você.
— Uh, que tipo de coisas imundas?
— Você primeiro. Com o que o seu coelho não se compara?
— Seu pau.
— O que você gosta sobre o meu pau? — Eu sussurrei contra seus lábios.
— Tudo.
— Seja específica, Marin.
Meu polegar massageou um círculo em seu pescoço e senti o movimento dela engolindo.
— Eu gosto de como isso...
— Não é isso. Refira-se a ele como meu pau.
Ela engoliu em seco novamente.
— Eu gosto de como seu pau me faz gozar.
— Isso é tudo?
— Não.
— O que mais?
— Eu gosto de como, hum
— Não feche seus olhos. Olhe para mim quando você me diz o quanto você ama meu pau.
Seus olhos assustados encararam os meus. Ela estava excitada com isso. Suas pupilas dilatadas e a pele úmida me disseram o que suas palavras não faziam. Eu corri minha língua sobre o meu lábio inferior, porque mais do que tudo eu queria saboreá-la. Eu queria a minha língua entre suas coxas.
— Vá em frente, — eu cutuquei.
— Eu gosto quando seu pau está dentro de mim.
— Por quê?
— Isso me deixa ligada. O atrito disso. Ele atinge tantos lugares que... eu não sei. Eu, é só isso, é incrível.
Seus lábios grossos estavam a menos de uma polegada de distância e eu tive que prová-los, senti-los contra os meus. Eu esmaguei a minha boca neles, explorando avidamente o resto de sua boca. Ela encostou sua pélvis contra a minha, balançando em mim, ela estava encharcada. Eu a joguei de costas e não desperdicei nem mais um minuto.
Quando eu estava entre as pernas dela, eu disse:
— Eu pensei nisso o dia todo. Eu amo sua linda boceta, o gosto dela, seu perfume. Eu não consigo tirar isso da minha cabeça. E é uma coisa muito boa que você gosta do meu pau. — Minha boca se apegou a ela e ela gritou. Apenas uma vez. Quando ela gozou e eu levantei a cabeça, percebi por que ela estava tão quieta. Ela colocou um travesseiro sobre o rosto.
Isso era algo sobre o que conversaríamos mais tarde. Agora, eu queria transar com ela.
— Nos seus joelhos.
Ela se esforçou a obedecer. Ela só gozou e sua boceta inchada implorou por mais. Coloquei as mãos na cabeceira da cama e abri suas pernas. A curva de seu quadril, o arco de suas costas, acenou para mim. Eu lentamente entrei por trás e a ouvi sugar o ar. Mesmo que eu tenha me masturbado antes, eu estava mais do que pronto para ter sua boceta apertada em volta de mim.
— Diga-me se isso é bom.
— Sim, — ela respondeu, sua respiração ofegante.
No começo, eu me movia devagar, depois um pouco mais rápido. Puxando seus quadris para mais perto dos meus, eu peguei o ritmo. Dentro e fora, dentro e fora. Ela estava apertada, tão apertada. Eu deslizei meus dedos em torno dela e apertei seu clitóris, trabalhando entre o meu polegar e o indicador. Seu gemido baixo me disse o quanto ela queria isso. Eu empurrei nela com mais força e me perdi.
— Quão perto você está? — Eu perguntei. Eu precisava do orgasmo tanto. Eu queria senti-la enrijecer no meu pau.
— Agora. Eu vou gozar.
Sua bunda bateu contra mim, e seus músculos se apertaram em mim de uma maneira rítmica. É quando eu gozo. Era irreal bombeando nela, a sentindo agarrar meu pau desse jeito. Quando acabou, nós caímos na cama, ambos cobertos de suor.
Meu braço ainda estava ao redor dela, meus dedos em seu clitóris, apertando-o.
— Você já teve um orgasmo múltiplo? — Eu perguntei.
— Hã. Eu mal tive um antes de você. Se você não contar meus orgasmos com o coelho, é isso.
— O que você quer dizer?
Ela deu de ombros dizendo:
— Minha vida sexual não foi tão épica, para ser honesta.
Eu mudei para o meu cotovelo para que eu pudesse olhar para ela.
— Tudo o que posso dizer é que não foi por sua causa. — Eu beijei sua linda boca, puxando seu lábio inferior com meus dentes.
— Você realmente quer dizer isso, não é?
— Claro que eu faço. Eu não diria se fosse de outra maneira.
Então ela me agraciou com o sorriso mais incrível.
— Obrigada.
— Por nada. Agora acho que é hora de dormirmos um pouco.
— Sim, eu concordo. E não se esqueça do alarme.
— Já está feito, lembra?
Meu telefone tocou então. Eu peguei e vi que era o hospital.
— Eu me pergunto por que eles estão chamando. Eu não estou de plantão hoje à noite.
— Talvez eles tenham se confundido.
— É melhor eu atender. — Eu atendi o telefone. — Dr. West.
— Dr. West, é o centro do coração. Nós pensamos que você poderia querer saber que seu pai acabou de ser trazido.
— Merda. Estou a caminho.
Marin já estava sentada.
— É meu pai. Ele está no hospital.
— Vá. Deixe-me saber o que está acontecendo.
— Eu vou.
Eu me vesti em tempo recorde e rezei para que papai ficasse bem quando eu chegasse lá.
Capítulo 29
Marin
GREY SAIU e eu vesti meu robe e fui para o meu próprio quarto. Antes de me deitar, coloquei meu pijama e disse dezenas de orações para que tudo ficasse bem. Não haveria sono para mim porque eu estava preocupada com Rick. Ele parecia bem quando eles estavam aqui esta noite. Eu queria ligar para Paige, mas não queria perturbá-la. Eu chamei minha mãe em vez disso.
— Marin, o que há de errado? — Não era tão tarde assim, mas eu poderia dizer que a tinha acordado.
— Mãe, eu queria que você soubesse que Grey recebeu uma ligação. Rick foi levado para o hospital. Você pode querer ligar para Paige.
— Ah não. Está tudo bem?
— Eu não sei. Grey ficou de me ligar.
— Ok, eu vou ligar para ela. Ela pode precisar de alguém se Hudson ou Pearson não puderem chegar lá.
— Ótima ideia, porque Grey estará com Rick.
— Obrigada por ligar, querida.
Este jogo de espera era terrível. Se eu não tivesse filhos para cuidar, estaria no hospital também.
Peguei meu iPad e tentei ler, mas acabei lendo o mesmo parágrafo uma dúzia de vezes e não conseguia me lembrar de nada sobre isso. Uma hora depois, eu estava lá embaixo assistindo TV quando um texto de Grey chegou.
Papai tem bloqueio cardíaco, o que significa que ele precisa de um marcapasso. Ele ficará bem. Esperando o EP chegar aqui já que não posso fazer o procedimento.
Por que ele não pode fazer isso? Ele não faz esse tipo de coisa como eletrofisiologista?
Por que você não pode fazer isso? Eu não tinha certeza se conseguiria uma resposta. Então eu adicionei. Graças a Deus ele vai ficar bem.
Eu podia ver os pequenos pontos piscando, então esperei a resposta dele chegar.
Eu não posso fazer procedimentos em membros da família.
Dã. Eu estava ciente disso. Eu não queria parecer estúpida, então eu apenas mandei uma mensagem. Por favor, mantenha-me informada. Eu adicionei um emoji de coração não pensando sobre a coisa do coração.
Fofo. Foi sua resposta. Então ele mandou outro de volta.
Não muito depois, mamãe ligou.
— Rick vai ficar bem. Ele tem algum tipo de arritmia cardíaca e tem que ter um marcapasso. E estou com raiva de você.
— Comigo? Por quê?
— Paige estava brilhando sobre como você e Grey eram dois apaixonados. Você não mencionou uma palavra sobre isso para mim. E eu sou sua mãe.
— Er, bem, não somos dois apaixonados e é meio que novo.
— Tudo o que posso dizer é que ela está sobre a lua com isso.
— Sobre a Lua? — Eu repeti.
— Olá. Ela nunca pensou que Grey iria se interessar por outra mulher enquanto aquele homem respirasse depois do que ele passou. E agora aqui está você e, de acordo com ela, tudo o que ele fez foi olhar para você.
— Oh, mamãe, acho que ela está exagerando um pouco.
— Eu não sei, Marin. Paige não é uma idiota para fazer isso, especialmente quando Rick está doente assim. Ela foi muito séria sobre isso.
— Interessante.
— Meus pensamentos exatamente. Então, me diga sua versão.
— Nós meio que consertamos nossas cercas após a doença de Aaron e... eu não sei, mãe. Ele tem sido muito legal.
— Legal? É tudo o que você tem a dizer sobre ele? Você costumava pensar que ele era um idiota pomposo.
— Eu nunca disse isso.
— Não, mas você inferiu isso. Você disse que ele era um homem velho ou algo dessa natureza. — Ela tinha que me lembrar disso.
— Ok, mãe, ele não é velho. Ele é... maduro.
— É bom saber que minha filha está voltando a si. De qualquer forma, por favor, me deixe saber essas coisas. Eu sou sua mãe depois de tudo. E honestamente, Marin, Grey é muito melhor que Damien.
— Mãe! Por favor, não compare os dois. Além disso, ele é meu empregador. Eu preciso ter cuidado aqui.
— Querida, você sabe que estou certa sobre ele. — Se ela soubesse o quão certa ela estava. Meu rosto já estava em chamas só de pensar nisso. Eu quase podia sentir seu pênis deslizando em mim. E aqueles olhos dele... o jeito que ele olhou para mim. Eu tive que engolir o emaranhado de emoções... e desejo.
— Marin, você ainda está aí?
— Oh sim, mamãe. Estou aqui.
— Vou ligar para você se mais alguma coisa acontecer.
— Obrigada. Estou acordada, então não se preocupe em me acordar. — Eu não me incomodei em dizer a ela que Grey estava me mandando mensagens também. Agora nós tínhamos as mães fofocando sobre nós. Ótimo, ótimo. Eu já podia vê-las coniventes sobre como nos unir. Então um pensamento me atingiu. Eu me perguntei se eles tinham planejado isso o tempo todo. De jeito nenhum. Minha mãe nunca iria tão longe. Ou ela iria?
Por volta das cinco da manhã, finalmente desisti de tentar dormir e fui tomar um banho. Enquanto eu lavava entre as minhas pernas, todos os tipos de pensamentos maus passaram pela minha mente. Eu nunca tinha sido tão sexualmente atraída por um homem antes. Grey acendeu todos os meus hormônios para a vida, aparentemente. Minha mão trabalhou sua magia em mim e eu cheguei a visões da cabeça de Grey entre minhas coxas. Ele foi descaradamente para a frente e sabia exatamente o que me excitava. Era o médico nele ou ele era apenas muito mais experiente do que eu? Eu nunca fui uma puritana sobre sexo, mas eu nunca tive um cara para me fazer sentir do jeito que Grey fez. Eu não estava com medo de usar minha própria mão durante o sexo, mas ainda assim nunca foi ótimo como foi com ele. Eu sempre pensei que não era tão sexual assim. Eu, com certeza estava errada. Eu poderia fazer sexo dez vezes por dia com Grey.
Eu tinha acabado de voltar para o andar de baixo e colocar o café quando Grey entrou na casa.
— Ei, — eu disse. — Como ele está?
— Bem. O marcapasso está dentro e ele ficará bem. Ele vai ter um trabalho completo embora. Eu quero saber o que causou o bloqueio cardíaco em primeiro lugar.
Ele veio e me abraçou com força.
— É incomum ter isso?
— Sim, para alguém como o papai, sem nenhuma causa subjacente. É isso que vamos procurar.
— É bom que você esteja verificando então. Como está Paige?
— Ela está bem. Meus irmãos apareceram logo antes de eu sair. Foi bom você ligar para sua mãe. Mamãe tinha alguém para esperar com ela.
— Eu não sabia se algum dos seus irmãos iria conseguir.
— Hudson não podia deixar Wiley e Pearson... acho que ele estava com uma mulher porque não retornou minhas ligações.
— Ainda bem que tudo funcionou. Está com fome? — Eu entreguei a ele uma xícara de café.
A pressão do seu olhar me fez corar.
— Sim, por você. As crianças já estão acordadas?
Eu chequei o relógio para ver que eram quase seis horas.
— Não, mas eles estão em breve.
— Nós temos tempo. — Ele pegou minha mão e me arrastou para a lavanderia.
— Mesmo? A lavanderia?
Sua língua esboçou um padrão no meu pescoço até o meu ombro.
— É melhor que o banheiro.
— Não o seu. Você tem aquele chuveiro incrível.
Ele fechou a porta e empurrou meu peito contra ela. Então ele empurrou minha calça de ioga até meus tornozelos e ouvi suas mãos tateando contra o uniforme que ainda usava no hospital. Então seus dedos peritos roçaram minha boceta.
— Como você pode estar tão molhada assim? — Ele perguntou.
— Eu, uh, penso muito em fazer sexo com você.
Sua respiração se espalhou pelo meu pescoço quando ele perguntou:
— Você pensa?
— Sim, eu penso.
— Estou feliz por não ser o único. — E ele empurrou a cabeça dura de seu pênis dentro de mim.
— Ahh, — eu gemi.
— Você gosta disso?
— Sim.
— E isto? — Ele puxou para fora lentamente e depois empurrou de volta, só que desta vez ele se apoiou contra mim. Ambos os meus braços foram levantados acima da minha cabeça quando ele empurrou para dentro e para fora, mais e mais.
— Oh, eu também gosto disso.
— Bom, porque você realmente vai gostar disso.
E ele começou a me foder exatamente do jeito que eu precisava, lentamente a princípio, e então freneticamente forte como se tivéssemos dezessete anos e nossos pais pudessem passar pela porta a qualquer segundo.
— Foda-se, Marin. Diga-me que você vai gozar porque não posso me segurar por muito mais tempo.
Uma de suas mãos se moveu para o meu quadril e a outra envolveu minha cintura, me puxando contra ele.
— Sim, estou perto.
— Use sua mão. Como agora.
Eu mergulhei meus dedos onde eu poderia esfregar meu clitóris e eu estava lá em segundos.
— Eu amo sua bunda. É tão fodidamente sexy a maneira como você faz quando eu te fodo por trás.
O quê? Eu subo a minha bunda?
— E sua boceta é tão apertada que quando você goza, aperta demais o meu pau.
— Ahh.
— Você gosta quando eu falo com você assim?
— Sim. — Eu estava ofegante por causa do meu orgasmo, mas nenhum homem havia falado comigo daquele jeito.
Então a mão dele escorregou entre as minhas pernas até onde nós estávamos unidos e ele deslizou um dedo para trás.
— Um dia, eu gostaria de tentar isso.
— Você quer dizer aquilo?
— Sim.
Ele queria minha bunda.
— Oh.
Sua risada profunda nos sacudiu.
— É tudo o que você tem a dizer?
— Uh, ok?
— Você não se opõe a isso?
— Eu não tenho certeza. — Enquanto ele falava, seu dedo estava me tocando lá atrás. Cócegas. Claro que ele não fez nada além de tocar. Tenho certeza que não faria cócegas se ele fizesse isso.
— Se você não quiser, você pode dizer. — Ele me puxou então e eu me virei para olhar para ele.
— Você sabe que eu falo o que penso.
— Eu sei. — Um canto de sua boca se levantou. Por que ele tinha que ser tão sexy quando estávamos tentando ter uma conversa importante?
— Na verdade, não estou familiarizada com isso, então não sei bem o que esperar.
— Nós poderíamos explorar.
— É seguro?
Ele ainda usava sua camisa estúpida verde de hospital, então eu levantei e corri minhas mãos por baixo. Sua pele estava quente ao toque e levemente úmida.
— Marin, eu nunca iria trair você. Você deveria saber disso depois do que aconteceu comigo. E eu nunca faria nada para você que não fosse seguro.
Eu levantei meu queixo e me encontrei encarando seus olhos cinzentos e fluidos. As estrias sombrias me fizeram afundar em suas profundezas e eu sabia, sem dúvida, que era uma coisa que eu nunca teria que me preocupar.
Minha palma acariciou sua bochecha.
— Sim, eu sei disso.
— Mas não precisamos pensar sobre isso ainda. Agora vamos comer. Estou tão feliz, hoje é sábado e eu não tenho que trabalhar.
— Eu gostaria de poder dizer o mesmo. — Eu belisquei sua bunda.
— Ah, a propósito, Hudson vai passar a noite aqui para deixar Wiley. Vai ser mais fácil para ele visitar o papai no hospital. E Kinsley vai adorar. Mas não se preocupe. Não tenho planos de abandonar você com as crianças. Estarei aqui.
Nós caminhamos para a cozinha, de mãos dadas, e ele sugeriu que fizéssemos panquecas no café da manhã.
— E como é que se faz? — Eu perguntei.
— Eu sei fazer panquecas.
— Você sabe?
Ele me agarrou pela cintura e me levantou no balcão.
— Sente-se e observe. — Ele puxou a chapa gigante, que eu nunca havia usado, uma tigela, batedores, copos de medida e alguns outros itens.
— Estou impressionada, — eu disse.
— Por quê?
— Você realmente conhece o seu caminho por aqui.
Ele cutucou o batedor que estava segurando em mim e disse:
— Apenas espere. Você ainda não provou minhas panquecas. Elas são as melhores.
Enquanto ele estava ocupado fazendo a massa, eu me inclinei para a cafeteira e servi uma xícara para cada um de nós.
— A que horas Hudson está vindo?
— Sim, sobre isso. Ele tem que voltar para a cidade e pegar Wiley, que está com a babá, e depois voltar para cá.
— Oh, que pena que ele não o trouxe quando veio esta manhã. Eu poderia ter olhado ele.
— Foi o que eu disse a ele, mas ele não tinha certeza e eu não estava disponível para conversar. Não é tão ruim assim... menos de uma hora.
— Verdade. Eu sempre poderia ir se ele não quisesse.
— Essa é uma oferta gentil, mas isso seria um grande problema desde que você teria as crianças.
— É uma sugestão se ele mudar de ideia.
Eu observei Grey enquanto ele derramava a massa de panqueca na frigideira quente.
— Obrigado, mas ele provavelmente já voltou para Manhattan. Ele estava lá quando eu saí e disse que só ficaria um pouco. Estou esperando ele mais tarde esta manhã.
— Parece bom. Você parece um profissional com isso, a propósito.
— Eu te disse que eu era um especialista em panquecas, — disse ele, empunhando o flipper.
— Ei, você vai fazer mais para as crianças?
Ele colocou uma pilha pronta em um prato que estava no balcão.
— Certo. Vou mantê-los na gaveta de aquecimento para eles.
Pulando do balcão, fui até a geladeira e retirei a manteiga e a calda. Então eu coloquei a calda em um copo e coloquei no micro-ondas para aquecer. Eu arranquei uma folha para cobrir o prato de panquecas.
Ele acabou de cozinhar, carregou nossos pratos e eu coloquei os extras na gaveta de aquecimento.
Meus dentes afundaram na primeira mordida e elas derretem na minha língua. Eu cantarolei com prazer.
— Estão fantásticos.
Ele sorriu.
— Eu te disse que era o mestre das panquecas.
— Você está se segurando em mim.
— Só nas panquecas. Eu te dei uma salsicha no café da manhã mais cedo.
Depois de quase engasgar com a mordida que eu estava engolindo, me recuperei e disse:
— Eu acredito que era uma grande linguiça de café da manhã. Você nunca deveria se vender como pequeno.
Ele bufou.
— Estou feliz que você apreciou a parte considerável.
— Eu certamente fiz. Não só isso, eu gostei de como a parte parecia ser tão animada.
— Ele tinha uma mente própria, não é? — Ele balançou as sobrancelhas.
— Agora que você mencionou, sim.
— Esse diabo pode ser assim às vezes.
— Bem, não me deixe te parar. Eu meio que gosto do diabinho.
— Eu pensei que você disse que não era pequeno.
— Eu fiz, não fiz?
Ele abaixou o garfo, empurrou nossos pratos vazios para o lado e me puxou para o seu colo.
— Se você não parar com todas essas insinuações sexuais, eu vou acabar te fodendo no balcão e como isso vai parecer se Kinsley entrar?
— Não muito bom, eu imagino.
E falando do diabo, uma pequena voz nos interrompeu dizendo:
— Marnie, papai está te beijando de novo?
Capítulo 30
Greydon
MERDA. Talvez eu deva ser um pouco menos óbvio.
— Bom dia, bolinha. Talvez eu estivesse beijando ela de novo. — Mudei Marin e ela saiu do meu colo para sentar em sua cadeira.
— Marnie gosta de sentar no seu colo?
— Bem... — eu gaguejei.
— Eu estava lá porque achava que tinha algo em meus olhos, — disse Marin, vindo em meu socorro.
— Bom, — sussurrei, enquanto Kinsley olhava para Marin.
— Papai tirou isso?
— Ele com certeza fez.
Então Kinsley se virou para mim e perguntou:
— Você beijou e fez melhor para Marnie?
— Acredito que sim.
— Bom, porque eu não quero que o olho da Marnie machuque.
Marin bateu no braço de Kinsley e disse:
— Oh, querida, você não precisa se preocupar. Meus olhos estão perfeitamente bem. — Então ela perguntou: — Ei coisa curta, você está com fome?
— Uh huh
— Seu pai fez algumas de suas famosas panquecas no café da manhã. Você quer um pouco?
Os olhos de Kinsley brilharam. Ela amava minhas panquecas caseiras.
— Sim por favor. Com muito xarope.
— Que tal ter um assento ali e eu vou fazer um prato para você? — Marin disse.
Marin começou a se levantar, mas eu disse:
— Eu tenho uma ideia melhor. Você fica parada e eu faço o prato de bolinha. Mas primeiro quero um abraço matinal e um beijo da minha garota favorita. — Kinsley voou para os meus braços e senti os dela circular meu pescoço. Eu amava o jeito que ela sentia e isso me fez pensar o quanto eu sentia falta de segurá-la e dos dias em que ela era da idade de Aaron.
Então ela perguntou:
— Você sabe como papai? Arrumar meu prato?
— Claro que eu faço. Eu costumava arrumar seu prato o tempo todo. Você não lembra?
— Talvez. Posso ter o prato da Dory?
Marin ficou em pé e disse:
— Eu ouço Aaron acordado. Deixe-me ir mudá-lo e descer com ele enquanto você serve as panquecas.
Ela subiu as escadas enquanto eu cuidava de Kinsley.
— Papai, a Marnie vai ser minha nova mamãe?
— Por que você pergunta isso, querida.
— Porque você a beija. Você não costumava beijar mamãe assim. As mamães beijam os papais?
Jesus, essa garota era observadora. E, pensando nisso, Susannah e eu nunca fomos carinhosos um com o outro. Eu não tinha pensado muito nisso, mas nunca tive muita vontade de tocá-la como fiz com Marin. Mesmo quando inicialmente começamos a namorar.
— Às vezes os pais beijam as mamães e às vezes não. Eu acho que depende das mamães e dos papais.
— OK. Se Marnie é minha mãe, você vai beijá-la o tempo todo?
— Você quer que ela seja sua mãe?
— O que aconteceria com a mamãe se Marnie fosse minha mãe?
— O que você quer dizer?
— Mamãe ainda estará com os anjos?
Eu caí ao lado de Kinsley e a olhei diretamente nos olhos enquanto pegava suas pequenas mãos nas minhas.
— Querida, sua mamãe sempre estará com os anjos. Para sempre e sempre. E ela sempre cuidará de você. Para sempre e sempre. Você não precisa se preocupar com isso.
— Então, se Marnie é minha mãe, minha mãe de verdade também estará lá?
— Sempre. Mas bolinha, você está preocupada com isso?
Sua expressão era solene enquanto ela olhava para mim com olhos exatamente como os de Susannah.
— Não, eu só não quero que mamãe não seja mais um anjo.
Abraçando-a ao meu peito, engoli o caroço que havia se alojado ali.
— Oh, minha doce menina. Sua mãe será um anjo pelo resto do tempo, então você não precisa se preocupar com isso. OK?
— OK.
— E você sabe de outra coisa? Sua mamãe só quer que você seja feliz, assim como eu quero que você seja feliz porque nós dois a amamos mais do que a lua e as estrelas, ok?
— OK. Eu também te amo, papai. — Meu coração se encheu de tanta alegria ao ouvir aquelas palavras da minha preciosa menininha.
Eu alisei seus cabelos sedosos.
— Querida, você está feliz com Marin aqui?
— Sim. Eu a amo muito. Ela é divertida e gosta de cantar e coisas assim. Às vezes ela desenha fotos comigo também. E ela me abraça e Aaron o tempo todo.
— Bom. Então é tudo que você precisa se preocupar. Isso e comer essas panquecas que eu estou prestes a arrumar para você. E adivinha?
— O quê?
— Adivinha quem vem brincar com você hoje?
— Quem?
— Wiley.
Ela bateu palmas.
— Yay. Eu gosto da Wiley. Você acha que eu posso ensiná-lo a chutar e dançar irlandês?
Oh garoto.
— Pode tentar. Mas talvez ele preferisse brincar com brinquedos.
— Talvez Marnie possa nos ensinar algumas músicas novas. Ou podemos desenhar fotos de princesas. Eu gosto de princesas.
Talvez isso fosse torturar Wiley no sábado. Entre Kinsley e Aaron, o garoto nunca iria querer voltar. Quando Marin desceu com Aaron, a primeira coisa que saiu da boca de Kinsley foi como ela iria ensinar Wiley a dançar e desenhar princesas.
Marin enterrou o rosto no pescoço de Aaron, rindo, e ele riu porque, muito provavelmente, fez cócegas.
— Veja, Aaron quer fazer isso também, — Kinsley gritou de emoção. As pernas de Aaron chutaram como loucas e Kinsley apontou para ele. — Ele quer dançar comigo.
Esse pobre garoto. Ele não terá chance na vida.
— Bolinha, eu só não quero que você tenha esperanças para o caso de Aaron querer praticar esportes.
— Por que ele iria querer fazer isso? Os esportes são chatos. Ele podia dançar e se divertir muito mais. E usar trajes brilhantes e parecer legal, certo, Marnie?
— Uh huh. — Marin me abandonou e foi para a lavanderia. Eu sabia que ela estava rindo lá, me deixando sozinho para cuidar da minha filha.
— Ei, garota, você vai falar até a morte ou vai comer?
— Eu estou comendo, veja? — Ela deu uma mordida nas panquecas.
Deixei Aaron queimar um pouco de energia enquanto preparava seu café da manhã. Marin ainda não reapareceu. Quando ela fez, ela deu uma desculpa de lavar toalhas. Eu já estava alimentando Aaron.
— Eu pensei que você estava cochilando lá.
— Marnie nunca cochila, papai. Apenas nós, crianças.
— Eu vejo, — eu disse à minha filha onisciente.
Então eu contei a ela como Bebop estava no hospital porque o coração dele ficou doente.
Suas sobrancelhas franzidas.
— Você consertou isso, papai? Devo fazer um desenho para ele ficar feliz?
— Eu fiz, mas ele estará lá por mais um ou dois dias, para que possamos ter certeza de que está tudo bem. Quero que você venha comigo esta manhã para visitá-lo. E tenho certeza que ele adoraria um desenho.
— OK. Eu posso beijar seu coração e torná-lo melhor.
— Eu acho que você pode.
— Aaron também virá?
— Não, querida, ele é muito pequeno. Ele ficará aqui com Marin.
Kinsley olhou para Marin e disse:
— Marnie, enquanto estivermos fora, você pode dar algumas lições de dança para Aaron. Dessa forma, ele estará melhor quando eu chegar em casa. Certifique-se de que ele não mova os braços quando ele chutar.
Marin a saudou e disse:
— Sim, senhora.
Kinsley deu uma risadinha. Entreguei Aaron a Marin para o restante de seu café da manhã e levei minha filha ao andar de cima para trocarmos de roupa. Enquanto eu estava lá em cima, meu irmão ligou.
— Hey, cara, estou voltando para sua casa. Está tudo bem em ficar esta noite, sim?
— Sim, eu já falei com Marin.
— Estou ansioso para conhecê-la. Mamãe é... bem, ela não poderia estar mais feliz por você estar com alguém, Grey. Mas eu tenho que dizer... a babá? — Ele ficou obviamente chocado pelo tom de seu comentário.
— Não estamos juntos como mamãe quer pensar. Eu te direi mais quando te ver.
— Então, em outras palavras, você está apenas transando com ela.
— Ouch. Isso soou duro.
— Ei cara, eu sou tudo por isso. Você merece se divertir.
— Sim, mas eu tenho filhos para me preocupar. E a esse ponto, você sempre usa essa linguagem na frente de Wiley?
— Só porque você tem filhos não significa que você não pode se divertir. Tire isso de mim. Quanto a Wiley, ele tem fones de ouvido. Nós vamos falar sobre isso mais tarde. Eu estarei lá em quarenta e cinco a uma hora.
Ele só estava tentando me fazer sentir melhor, mas de repente a culpa afundou suas garras viciosas em mim. Eu estava fazendo isso errado com Marin? Ela esperava algum tipo de compromisso de longo prazo? Eu sei que esperava que ela não transasse com mais ninguém e eu não faria isso com ela, mas eu também não tinha ilusões de qualquer tipo de relacionamento sério. Nós provavelmente deveríamos discutir isso. Em breve.
Quando Kinsley estava vestida, mandei-a para o andar de baixo, tomei um banho rápido e me vesti. Enquanto descia as escadas, ouvi Kinsley e Marin discutindo.
— Ele pode ser um ótimo dançarino, mas também pode querer jogar futebol ou outro esporte. Nós só não saberemos até que ele fique um pouco mais velho, querida.
— Ele vai ser uma estrela de dança e não vai querer fazer mais nada. Assim como eu. Eu vou estar na TV um dia com meus sapatos cliques.
— Isso é ótimo. Kinsley, você deve sempre sonhar alto e nunca desistir de seus sonhos.
— E Aaron estará dançando junto comigo.
— Ele pode fazer isso.
Eu me perguntei se eu precisava estar preocupado com sua convicção. Se Aaron se recusasse a dançar, ela poderia ficar terrivelmente chateada. Eu perguntaria a mamãe sobre isso. Ela pode ter algum sábio conselho.
Hudson chegou e foi fácil perceber pela reação dele a Marin que ele estava mais do que surpreso com a aparência dela. Talvez ele esperasse que ela fosse parecida com Susannah. Ela definitivamente não era. Eu tenho certeza absoluta de que o cabelo de arco-íris o jogou porque sua mandíbula se abriu, mas seu atrevimento o colocou de volta.
Ela estendeu a mão e disse:
— Ei, eu sou Marin, a babá, embora Kinsley me chame de Marnie. Tenho certeza de que sua mãe lhe contou todo tipo de coisa que pode ou não ser verdade. E você pode fechar a boca agora porque tenho quase certeza de que você não esperava ninguém com cabelo ou tatuagens coloridas. Mas não se preocupe, não estou nem um pouco ofendida. E sim, eu sei que Grey tem idade suficiente para ser meu pai.
Hudson soltou uma risada calorosa.
— Agora eu vejo porque você gosta dela. — Ele apertou a mão dela e disse: — É um prazer conhecer a mulher que colocou o meu irmão chato no seu... er, no lugar.
— Obrigada, eu acho.
— Oh, é definitivamente um elogio, — respondeu Hudson.
Marin sorriu e Hudson inclinou a cabeça e olhou.
— Você é muito impressionante.
— Ei, não vá lá. E o que é isso sobre eu ter idade suficiente para ser seu pai? — Meus pelos se levantaram.
— Acalme-se. Eu estava apenas pensando em como ela era refrescante.
Marin acrescentou:
— Você quer dizer que não percebeu nossa diferença de idade?
Hudson estava comparando Marin a Susannah, de quem ele nunca gostou e não fez segredo.
— Eu peguei você, — eu disse.
— Esta conversa está ficando confusa. Estou no escuro e talvez seja melhor que eu continue assim, — disse Marin.
— Eu vou te dizer mais tarde quando não há pequenas orelhas por perto.
Hudson apontou para o filho e disse a Marin:
— Aquele é um problema. Estou apenas te avisando com antecedência. Ele pode parecer um anjo, mas ele não é. Confie em mim. Seu nome é Wiley e é exatamente o que ele é.
Marin riu.
— Eu vou admitir, eu não tenho muita experiência com criança, então eu vou aceitar sua palavra para isso.
— Ei pessoal, eu odeio quebrar isso, mas nós deveríamos ir. Eu quero checar meu pai.
— Vá. Eu vou segurar o forte.
— Não, estamos levando Kinsley e Wiley também.
— Você acabou de fazer o meu dia muito fácil, — disse Marin.
Hudson e eu pegamos as crianças e partimos para o hospital. No caminho, a conversa se voltou para Marin. Eu tive que lembrá-lo sobre as orelhas no banco de trás. Kinsley estava fazendo a Wiley todos os tipos de perguntas sobre quais jogos ele gostava de jogar, então eu estava confiante de que estávamos seguros.
— Eu gosto dela, — disse Hudson.
Eu conduzi o carro para fora do bairro.
— Eu também.
— Ela não é mal-humorada. E ela não é nada como...
— Sim, sim, eu sei. — Eu empurrei minha cabeça em direção ao banco de trás para que ele entendesse o significado.
— Eu não ia dizer o nome. Não se preocupe.
— Eu sou o único que está preocupado. Nós começamos essa coisa e eu nunca a coloquei diretamente onde estou.
— O que você quer dizer? — ele perguntou.
— Você sabe? Sobre a coisa de relacionamento.
— Jesus, Grey. Só porque você é, você sabe, não significa que você tem que ter um relacionamento.
Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço.
— Sim, mas você sabe quem — e eu apontei meu polegar para o banco de trás — nos viu em uma posição comprometedora.
— Você está falando sério?
— Sim. Isso foi um erro. Nós caímos no sono.
Hudson teve uma boa risada com isso.
— Pare com isso. Agora estou muito mais fundo do que pretendia.
— Esse trocadilho foi definitivamente destinado, — disse Hudson, ainda rindo.
— Você é um... er, idiota.
— Verdade. Mas ainda. Como você sabe que ela quer mais?
— Eu tenho esse sentimento. — E eu fiz.
— Vocês dois precisam conversar. Limpe esse ar. E mamãe diz que você está indo para Viena.
— Sim. Fui convidado para dar uma palestra, então vamos tirar férias depois disso.
— Bro, isso é incrível. Eu acho que você precisa disso. Quanto tempo desde que você fez uma viagem como essa?
— Não consigo nem lembrar.
— Veja, eu gosto dela ainda mais. Ela está fazendo meu irmão fazer uma viagem bem merecida. Isso pode até mesmo deixar você saber coisas sobre o seu chamado não-relacionamento.
Ele riu novamente. Ele estava realmente amando isso.
— Você está se divertindo muito porque não gostou da última pessoa com quem eu me envolvi?
— Vamos ser claros. Você sabe que eu nunca escondi isso. No entanto, nunca em um milhão de anos quis que você passasse pelo que passou. Eu teria carregado essa dor por você. Eu espero que você saiba disso. — Seu tom me disse o quão sério ele era.
Eu olhei para ele porque estávamos parados em um semáforo. O amor que brilhou de seus olhos me atingiu profundamente em minha alma.
— Eu te amo, Hudson.
— Eu sei. Agora tire sua cabeça daquele túnel escuro e volte a viver.
Uma buzina tocou atrás de nós e notei que a luz ficou verde. Eu respirei fundo enquanto me dirigia para o hospital. Era hora de começar a viver novamente e a viagem a Viena era uma ótima maneira de fazer isso.
Capítulo 31
Marin
QUANDO A TRIPULAÇÃO SAIU, liguei para minha mãe. Meu cabelo parecia que um bando de criaturas havia residido nele e decidi que precisava de ajuda. Eu queria ver se ela podia cuidar de Aaron enquanto eu estou no salão.
— Mãe. Você está ocupada?
— De modo nenhum. Por quê?
— Você pode cuidar de Aaron? Preciso arrumar meu cabelo.
Ela riu de mim. Minha mãe.
— O que é tão engraçado?
— Eu vejo que você finalmente se cansou daquela bagunça que você criou.
— Mãe, isso não é verdade. Eu só preciso de um corte de cabelo. Eu nunca admitiria que ela estava certa.
— Mesmo?
— Sim.
— Esse corte de cabelo não teria nada a ver com o homem que você está vivendo, não é?
— Mãe! — Ela poderia ser tão exasperante.
— Quem está fazendo isso?
Eu disse a ela onde ficava o salão.
— Por que eu não te encontro lá?
— Você não se importa?
— Claro que não. Eu estava morrendo de vontade de ver você se livrar desse desastre que você fez. Nunca vou entender por que você arruinou seu lindo cabelo.
— Quem disse alguma coisa sobre me livrar disso?
— Marin, espero que você esteja brincando.
— Encontre-me em quinze. — Eu terminei a ligação antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa. A verdade é que eu não estava me livrando disso completamente. Mas eu estava mudando um pouco. Eu queria fazer uma balayage roxa com toques de azul claro e rosa nela. Eu estava super animada com isso. Eu tinha certeza que ficaria bem no meu cabelo loiro.
Quando cheguei ao salão, mamãe estava lá esperando. Eu entreguei Aaron para ela com instruções e sua bolsa de fraldas. A menina me acompanhou de volta e eu sabia que estaria lá por um tempo. Quando eu disse a ela o que eu queria, ela ficou muito entusiasmada.
— Isso vai ficar incrível em você.
Todo o processo levou cerca de duas horas. Quando saí, mamãe bateu palmas.
— Eu amei isso!
— Você amou? Eu não tinha certeza se você gostaria com todas essas cores.
— Não, é lindo em você, Marin. Isso realmente combina com você.
— Obrigada.
— E isso faz algo mágico para os seus olhos. Espere até que Grey te veja.
Eu acenei minha mão.
— Mãe, pare.
— Eu não estou brincando. — Ela entregou a bolsa de fraldas de Aaron para mim.
— Muito obrigada por cuidar dele.
— Não foi nada. Essa criança é tão fofa. Mas ele tem uma abundância de energia.
Pegando-o, eu disse:
— Ele com certeza tem. Essas pernas estão em constante movimento.
— Você sabe, você é natural nisso.
— Quem teria pensado que eu gostaria tanto?
Mamãe beijou minha bochecha e disse:
— Eu. Eu sempre pensei isso.
Saímos juntas e nos despedimos.
Quando fui tirar o Aaron do carro, ele estava dormindo no banco. Eu gentilmente o tirei e levei-o para o berço. Depois de colocá-lo dentro, voltei para a cozinha para ver o que eu tinha para o almoço. Foi quando todos os outros vieram para casa.
Kinsley correu e gritou:
— Marnie, onde está seu arco-íris?
— Ainda está aqui. Veja? Só é mais leve. — Peguei um pedaço do meu cabelo para mostrar a ela.
— Oh, eu gosto mais do outro arco-íris. — Então ela fugiu com Wiley no reboque. Eu me endireitei para encontrar Grey olhando para mim. Hudson também estava olhando.
— Vocês dois estão bem?
— Uh, sim. Eu estou bem, — disse Grey, ainda me verificando. Dois passos depois, ele estava na minha frente, segurando um pedaço do meu cabelo entre os dedos e esfregando-os para frente e para trás. — Caralho, — disse ele. Antes que eu soubesse o que ele estava fazendo, ele me agarrou pelo pescoço e me beijou. Não um beijo suave e rápido nos lábios. Isto foi um cheio, empurrando a língua na minha boca, tomando posse dela, devorando-me bem aqui, esse tipo de beijo. Ele pode até ter rosnado. Eu não tenho certeza porque o sangue rugiu em meus ouvidos quando meu coração deu um pulo que rivalizava com qualquer música que eu já tinha ouvido. Calor enrolou na minha barriga, espiralando para fora em meus membros. Sua outra mão segurou minha bunda e apertou quando ele me puxou em seu peito quando de repente nós dois ouvimos seu irmão limpar a garganta.
— Com licença, mas vocês dois têm companhia, vocês perceberam?
Grey me soltou e eu pressionei meus lábios enquanto o calor do que acontecia entre nós aumentava a mil graus.
— Desculpe, — eu murmurei.
— Não, ela não notou, — disse Grey com um sorriso. — E nem eu. Só lamento não podermos subir e...
— Tudo bem eu já entendi. Me poupe dos detalhes, — disse Hudson.
Grey se inclinou para mim e disse:
— Você está deslumbrante.
— Obrigada.
Hudson disse por cima do ombro de Grey:
— Eu concordo.
Grey se virou e disse:
— Você pode parar de espionar?
— Eu não vou. Além disso, é grosseiro falar por trás das costas da sua companhia.
— Você não é companhia. Você é meu irmão.
Para acabar com isso, perguntei:
— Como está Rick?
— Bem. Muito bem. Ele tem um pouco de placa em uma de suas artérias coronárias, mas além disso, ele está bem.
Hudson foi até a geladeira e pegou uma cerveja gelada. Depois que ele saiu da geladeira, ele disse:
— Estou feliz que os cachorros não consigam essas coisas. Ou melhor, quando o fazem, geralmente é tarde demais para fazer alguma coisa. Se as pessoas não alimentassem seus animais de estimação com comida de mesa, os animais seriam muito melhores.
Hudson era veterinário.
— Quantos cães você tem? — Eu perguntei.
— Nós temos três. O que me lembra. Quando você vai conseguir um?
Grey olhou para mim perguntando e eu disse:
— Oh, não. Eu tenho as crianças para cuidar.
— Eu quero um cachorro, Marnie. — Kinsley entrou na cozinha naquele momento e ouviu Hudson. — O tio Hudson tem cachorros.
— Sim, eu quero. E eles são divertidos. Pergunte a Wiley.
— Eu tenho cachorrinhos, — gritou Wiley. — Scooter, Roscoe e Flimsy14.
— Frágil? — Eu perguntei.
Hudson deu de ombros.
— Ela tem uma orelha que não fica de pé, então a chamamos de frágil. Mas as crianças precisam de um cachorro.
— Eu não tenho tempo, — eu protestei.
— Eles são tão fáceis. Criar, treiná-los. Não demora muito para abrigá-los.
— Fácil para você dizer. Você tem muita experiência. Dizer o quê? Que tal termos um cachorro, mas você treina e quando estiver pronto, pode trazer para morar conosco?
— Tudo bem, — Hudson respondeu sem hesitação.
— Você está falando sério? — Eu perguntei.
— Sim. É assim tão fácil.
— Você é delirante.
— Que tipo de cachorro você quer?
Eu disse:
— Eu adoraria um mini Doodle Dourado, — enquanto Grey disse que queria um Wolfhound irlandês.
— O quê? Um Wolfhound irlandês? Essas coisas são gigantescas. Além disso, eles espalham pelo por todo o lugar. Um mini Doodle Dourado não vai espalhar pelo e eles são pequenos.
Grey sacudiu a cabeça.
— Essas coisas são engraçadas.
— Eles são fofos.
Hudson levantou as mãos.
— Vocês dois brigam. Eu vou assistir ao jogo de beisebol.
Kinsley correu e disse:
— Papai, eu quero um macarrão de ouro. Como Marnie quer.
— É um Doodle Dourado, bolinha.
— Podemos nomear de Marshmallow, — disse Kinsley.
— Você está vencido, eu acredito. Nós vamos pegar um mini Doodle Dourado chamado Marshmallow. E ele vai ser doce e carinhoso.
Ele jogou as mãos para o ar e saiu da cozinha.
— Marnie, estamos pegando um marshmallow?
— Eu não sei, querida. Você terá que perguntar ao seu pai.
Isso é o que ele conseguiu por deixar Hudson se safar com a coisa do cachorro. Eu tinha dois filhos aqui e a última coisa que eu precisava era de um filhote para criar. Bom Deus. Eu não sabia nada sobre cachorros.
Eu me juntei aos caras na sala onde eles estavam assistindo TV. Kinsley estava tentando fazer Wiley dançar e depois de um tempo, ela desistiu e dançou sozinha. Os homens decidiram que todos sairíamos para jantar depois que eles voltassem ao hospital para verificar Rick.
— Tem certeza de que não precisa passar mais tempo lá?
— Não, mamãe nos enxotou mais cedo. Eu acho que desgasta o papai com tantas pessoas lá dentro. Mamãe disse que ele não dormiu muito na noite passada. Os quartos do hospital são barulhentos, — disse Grey.
— Quando ele será liberado?
— Amanhã. Nós vamos de manhã e ficarei até ele sair.
— Isso é ótimo. — Eu vi o quão aliviado Grey estava enquanto falava. A tensão que estava presente mais cedo em nossa conversa sobre o pai dele não estava mais lá.
Acabamos na pizzaria para o jantar naquela noite. Era algo que apaziguava os gostos variados de todos - especialmente as crianças. Kinsley estava animada e ela me fez cantar a canção A Dona Aranha com ela enquanto ela tentava ensiná-la para Wiley. Desta vez ela não cantou tão alto quanto a última vez que estivemos aqui. Grey acabou contando essa história.
— Todos olhavam para a nossa mesa e achei que Marin ia morrer. Seu rosto estava vermelho como o molho da pizza.
— Marnie é uma boa cantora, não é papai?
— Ela é com certeza.
— Mas ela não pode dançar tão bem quanto eu. Ela não sabe como chutar direito.
— Kinsley, conte-me sobre sua dança, — disse Hudson.
— Oh Deus. — Eu enterrei meu rosto em minhas mãos.
— Cara, nem mesmo vá lá, — disse Grey.
— Tio Hudson, estou comprando alguns sapatos e você vai ter que vir me ver. Aaron vai aprender também. Talvez Wiley também possa.
— Wiley? Dança? — Hudson perguntou.
— Não diga que não avisamos, — murmurou Grey.
— Estou aprendendo a dança do chute irlandês. Eu estava ensinando Wiley hoje. Você não viu?
— Querida, é um passo de dança, — eu corrigi.
— Sim. — Ela assentiu. — Eu posso te ensinar se você quiser.
As sobrancelhas de Hudson se levantaram.
— Uh, não, obrigado, mas eu vou assistir seus recitais.
— OK.
E foi isso. Grey e eu ficamos chocados por ela não continuar falando sobre isso. Talvez estivesse morrendo lentamente e estávamos chegando ao fim.
Rick foi liberado no dia seguinte e foi para casa com instruções estritas de seu filho. Grey voltou para casa com Hudson e foi engraçado ouvi-lo falar sobre mandar em seu pai.
— Você manda em todo mundo. Eu não sei por que você acha tão engraçado, — eu disse.
Ele me deu um olhar estranho.
— Eu não sou mandão, no mínimo.
— Claro que você não é. — Sorri e caminhei até a lavanderia para jogar algumas coisas na secadora. Quando saí, a cozinha estava vazia. Todos se espalharam por lugares desconhecidos. Procurei Grey e o encontrei em seu escritório.
— Ei, — eu disse. — O que está acontecendo?
— Hudson está fazendo as malas. Ele precisa chegar em casa. Eu queria te perguntar. Você tem alguma ideia de quando esses resultados de DNA sairão?
Meu coração derrapou até parar. Eu nunca disse a ele que tinha esquecido de mandá-los. Eu pretendia dizer, mas depois as coisas entre nós esquentaram e isso deslizou completamente em minha mente.
— Hum, sobre isso. Eu esqueci...
— Você fez o quê? — A raiva pontuou suas palavras.
O cinza em seus olhos ficou escuro e tempestuoso, instantaneamente me esfriando. Eu esfreguei meus braços em resposta, então rapidamente disse:
— Não, espere. Eu planejei, mas então as coisas aconteceram entre nós e eu me desviei e então...
O gelo cobriu suas palavras.
— Marin, como você pôde? O que lhe deu o direito de tomar essa decisão? Você não tinha nenhum direito de fazer isso.
Eu balancei a cabeça dizendo:
— Mas, mas...
Hudson enfiou a cabeça no quarto.
— Estou interrompendo alguma coisa?
Grey respondeu:
— Sim! — Ao mesmo tempo, eu respondi:
— Não.
Hudson foi pego entre duas paredes.
Imediatamente, eu respondi:
— Eu esqueci de fazer alguma coisa e agora Grey está furioso comigo.
Hudson riu.
— Nenhuma surpresa nisso.
— Hudson, isso é um pouco mais sério do que isso.
— Sim, é mais ou menos assim.
Grey atirou de volta.
— Mais ou menos?
— Desculpa. Posso ajudar? — Hudson perguntou.
— Talvez. — Eu olhei para Grey e depois para Hudson. Pode não ser o meu assunto, mas talvez o irmão dele pudesse falar algum sentido nele.
Grey bufou uma respiração.
— Tem a ver com Aaron e o teste de DNA.
— Não estamos de volta a isso, estamos? — Hudson perguntou, balançando a cabeça. Era óbvio que ele não concordava com Grey sobre isso.
Eu abri minha boca para falar, mas antes que eu pudesse dizer uma palavra, Grey começou.
— Nós nunca deixamos isso. Tudo o que eu quero saber é a maldita verdade. Eu pedi a Marin para enviar o kit, mas sem me consultar, ela decidiu unilateralmente não enviar. E eu estou muito fodidamente chateado com isso.
— Você não entende... — Novamente tentei interpor alguma coisa, só que Hudson entrou primeiro.
— Eu vejo o seu ponto, mas eu vejo o dela também. Ela estava apenas protegendo você. — O olhar de Hudson saltou entre nós dois.
Jesus, não foi o que aconteceu, mas ninguém me deu a chance de proferir uma maldita palavra.
— Oh? Como?
— Porque se você descobrir que Aaron não é seu? Então o que você vai fazer? Mandá-lo embora? Ou colocá-lo para adoção? — Hudson perguntou.
Quando achei que não poderia ficar pior, Kinsley entrou correndo no quarto e perguntou:
— Papai, por que você vai mandar Aaron embora? Você não o ama mais?
Capítulo 32
Greydon
ÓTIMO! Apenas muito bom! Como eu poderia ter sido tão descuidado em me deixar levar pela minha raiva? Eu deveria ter fechado essa conversa ou pelo menos ter tido a premeditação de fechar a porta do escritório. Agora minha pequena bolinha pensava o pior. Isso não era exatamente o que uma criança de sete anos precisava.
— Kinsley, querida, eu nunca em um milhão de anos mandaria Aaron embora. Eu o amo mais de mil sundaes de chocolate com marshmallows no topo e chantilly também.
— Por que o tio Hudson disse isso?
— Ele estava falando bobagem, querida. Você não precisa se preocupar com Aaron indo a lugar algum.
Lágrimas criaram rios em suas bochechas rosadas me fazendo sentir como uma idiota de primeira classe por sequer pensar naquela merda de DNA. Pegando-a, segurei-a perto até que seus soluços diminuíram. Mas a dor profunda no meu peito não iria embora tão cedo. Curiosamente, vê-la assim me fez não me importar mais em saber. Suas palavras angustiadas me fizeram perceber que essa porcaria de DNA não importava. Eu amava Aaron independentemente do que o teste diria, então que diferença isso fez?
— Vamos. Eu acho que isso exige um picolé vermelho. O que você acha?
Ela fungou e depois balançou a cabeça. Eu a levei para a cozinha, onde cada um pegou um picolé. Então me sentei na mesa da cozinha e ela se sentou no meu colo enquanto comíamos nossos picolés congelados juntos.
— Melhor?
Ela assentiu.
— Eu não quero que Aaron vá embora. Ele é meu irmãozinho e eu o amo muito.
— Eu sei que você faz e eu estou feliz. Você é a melhor irmã mais velha do mundo.
— Você ama Aaron, papai?
— Eu o amo mais do que posso dizer. — E isso me pregou no coração e na alma. Essas palavras eram a verdade sincera. Ele era o filho mais adorável e amoroso. Eu não poderia pedir mais nada.
— Você ama Marnie?
— O quê? — Sua pergunta surgiu do nada e realmente me pegou.
— Marnie. Você ama ela? Eu amo. Eu a amo como amo a mamãe.
O que eu respondo? Eu não tinha certeza se a amava. Eu adorava estar perto dela. Ela certamente me fez feliz. Mas amor... essa era uma palavra enorme no meu dicionário pessoal.
— Eu sei que você a ama, bolinha. Marin é muito especial.
Seus lindos olhos inocentes cavaram os meus por mais algum tempo. Não tenho certeza de quanto tempo ela trancou seus olhos em mim com aquelas íris dela antes que ela pulasse do meu colo e corresse para longe. Uma sensação desconfortável tomou conta de mim - como se ela não estivesse exatamente satisfeita com o que ela leu nos meus.
Enquanto eu estava lá, Hudson e Marin entraram.
— Sinto muito, cara. Eu não sabia que ela viria, — disse Hudson.
— Não é sua culpa. Todos nós deveríamos ter sido mais cuidadosos. — Eu passei a palma da mão no meu rosto.
— Eu tenho que ir. Eu sei que você está indo de férias em breve, mas se você tiver uma chance, venha e saia na cidade comigo. Marin, foi ótimo conhecê-la. Meu irmão a abraçou e depois saiu.
— Grey, me desculpe. Foi um mal...
Eu levantei minha mão.
— Me ouça. Você estava certa. Eu não percebi isso até que Kinsley me disse o quanto Aaron significava para ela. Ela está certa. Eu adoro aquele garoto... realmente amo ele. Não importa o que o DNA diz. Jogue a maldita coisa longe. Eu não preciso saber. Mas... — eu a peguei com o meu olhar. — Eu queria que você tivesse me dito. Eu me senti traído, e isso não foi bom. Eu confiei em você, Marin e isso realmente doeu.
Eu me levantei e subi as escadas. Foi alucinante o quanto eu estava me recuperando do que ela havia feito. A confiança foi enorme para mim depois do que passei com Susannah. A dor no meu coração era difícil de suportar e a amargura da traição continuava me incomodando. Foi isso que ela fez? Talvez não, mas foi como me senti. Como minhas emoções poderiam ser tão fortes? Eu sabia que era irracional, mas tudo o que eu vi foram aquelas malditas fotos da minha esposa morta e como ela tinha mentido por pelo menos dois anos.
Minha outra preocupação era que Kinsley não sofresse nenhum efeito disso. Ela tinha passado o suficiente com a perda de sua mãe. A última coisa que ela precisava era enfatizar sobre como ela poderia perder seu irmão também.
Uma batida suave veio na minha porta. Quando abri, Marin ficou ali, com as mãos atadas.
— Posso entrar?
Eu acenei para ela.
— Eu sinto muito. Eu deveria ter explicado as coisas para você. Mas as coisas ficaram loucas entre nós depois que Aaron chegou em casa e eu juro que esqueci. Isso escorregou totalmente da minha cabeça naquele dia, mas não foi intencional.
— Coisa errada a dizer. Você fez isso intencionalmente. Se você não tivesse, você teria enviado esse kit imediatamente.
— É verdade, mas eu estava me referindo a contar a você sobre isso. Mas, Grey, eu...
— Marin, você tem que entender uma coisa. Eu tenho um grande problema quando confiança e mentira estão em causa depois do que passei. Você sabia disso. Não me dizer apenas explodiu minha mente.
— Compreendo. Mas eu não sei mais o que fazer ou dizer além de me desculpe. Por favor, me diga o que eu posso fazer?
Sua voz suplicante me avisou que ela era sincera.
— Eu só preciso de um tempo.
Ela inclinou a cabeça e saiu do quarto. Isso era tudo o que eu poderia dar a ela agora.
A semana seguinte passou comigo em estado de dormência. Não foi como quando Susannah morreu. Isso foi diferente. Eu estava tentando descobrir meus sentimentos em relação a Marin. Eu não queria um relacionamento de qualquer tipo, mas minhas emoções estavam emaranhadas nela, gostando ou não. Ela se tornou minha navegadora. Não tanto no sentido de me guiar pela vida, mas foi ela quem me colocou no caminho de ter minha cabeça na direção certa e ver a luz novamente.
Meu telefone tocou, perturbando meus pensamentos confusos.
— West aqui.
— West aqui também.
— Hudson, o que você está fazendo?
— Incomodando você.
— Sim, você está. Está tudo bem?
— Você já descobriu sua merda?
— O que você quer dizer?
— Sobre Marin? — Ele disse.
— Não.
— Tire sua cabeça da sua bunda, cara.
— Eu vou... eu não sei. Ela não foi honesta comigo e eu não tenho certeza se estou pronto para um relacionamento.
— Ouça, ela cometeu um erro. Você não pode projetar o que aconteceu entre você e Susannah nela. Além disso, quem está pronto, seu idiota? Isso só acontece. Se você esperar muito mais tempo, será um vovô.
— Haha, engraçado.
— Sério cara. Deixe toda a bagagem que você está segurando e divirta-se.
— Eu não tenho nenhuma bagagem.
— Mesmo? — Sua risada tocou pelo telefone. — Você está tão sobrecarregado com isso, sua coluna está praticamente dobrada ao meio.
— Hudson, eu já te disse que você é um idiota?
— Você acabou de fazer.
— Eu estou desligando agora.
— Divirta-se com ela em Viena. E ei, se você não fizer isso, eu vou lá e vou roubá-la de você.
— A porra que você vai. — Eu desliguei o telefone. Ele realmente era um idiota. A ideia de ele roubar Marin de mim fez meu medidor de ciúmes balançou para a zona vermelha. O que diabos foi isso? Se eu não me importasse com ela, não ficaria com ciúmes se outro homem estivesse interessado nela.
Então as coisas começaram a acontecer. Todos fomos ao supermercado naquele fim de semana. Eu me ofereci para ir com ela do nada e ela aceitou. Enquanto estávamos lá, prestei atenção a todos os caras olhando para ela. Eles não apenas olharam para ela. Seus olhares lascivos percorriam todo o seu corpo sexy. Ela estava correndo muito. Estávamos nos preparando para o nosso 5k que estávamos fazendo no próximo sábado. Ela estava vestindo short de corrida e uma blusa. Marin foi construída como uma atleta e tinha pernas fortes e braços musculosos. E sua bunda... Eu lambi meus lábios enquanto a observava se inclinar sobre as frutas para inspecionar os melões. Cristo, por que eu nunca tinha ido à loja com ela antes? Os outros homens também a notaram, mas eu fiz uma careta para eles enquanto eles a observavam. Um deles se aproximou um pouco e eu esbarrei nele.
— O que você está olhando? — Eu perguntei.
— Uh, fruta. — O cara olhou para mim em confusão.
— Certo. Mova-se, cara.
— Grey, você precisa de alguma coisa? — Perguntou Marin.
Eu com certeza preciso, só que se você me desse aqui, eu seria preso.
— Não, eu estou bem, obrigado. — Eu sorri para ela. Porra, ela estava quente.
— Papai, podemos pegar um sorvete?
— Claro, bolinha. — Ela colocou a mão na minha e eu disse: — Vamos escolher alguns sabores. — Mas então eu pensei em Marin e todos aqueles homens na seção de produtos verificando sua bunda deliciosa, e eu hesitei. — Ei, Marin, quanto tempo você vai ficar?
Ela me olhou com curiosidade.
— Não muito. Por quê?
— Nada. Vamos esperar Marin, bolinha.
— Ok, papai.
Aaron estava no carrinho de supermercado conversando alegremente, então eu fui até ele e o peguei.
— Onde é a próxima? — Eu perguntei a Marin.
— Você não compra muito, não é?
— Sim. Não. Você faz isso por mim.
— Vamos, vamos terminar. Nós somos equipe de compradores.
— Yay! Equipe de compradores, papai!
Nós voamos pela loja e eu estava mais interessado nos homens do que no que compramos. Eu me vi concordando com todo tipo de porcaria e quando estávamos descarregando as sacolas, eu continuei comentando.
— Você disse a ela que estava tudo bem. Até te perguntei sobre isso duas vezes — disse Marin.
— Eu não sei onde minha cabeça estava.
— Você ficou olhando para aqueles homens lá dentro como se quisesse socá-los. O que está acontecendo com você?
Ela me viu fazendo isso. Hmm.
— Quem quer ir para a piscina hoje? — Eu perguntei, mudando de assunto.
— Eu faço, eu faço, — Kinsley gritou.
— Vamos almoçar e depois iremos.
Eu preparei as crianças e estava esperando por Marin, mas ela nunca desceu. Eu fui para cima para verificá-la e ela veio para a porta, ainda em suas roupas de corrida.
— Você não vem?
— Eu não achei que você estivesse falando de mim.
Eu estreitei meus olhos.
— O que você quer dizer. Eu sempre incluo você.
— Sim, mas desde então... — ela parou quando seu olhar caiu no chão.
— Isso é para as crianças, Marin.
Ela levantou a cabeça e o brilho que costumava brilhar em seus olhos azuis desapareceu. Os cantos pareciam puxar para baixo e o sombreado violeta abaixo deles me dizia que ela não estava dormindo bem. Quanto tempo isso estava acontecendo e como eu tinha perdido? Eu estava tão egocêntrico que não vi o seu sofrimento?
— Tudo bem, — ela respondeu.
— Prepare-se, as crianças estão inquietas, — eu estalei, chateado comigo mesmo por ser tão imprudente, mas quando eu estava descendo as escadas, percebi como o meu comentário soou e não era eu o maior pau por aí?
Ela desceu em uma roupa a cobrindo e não foi fácil esconder minha ânsia de vê-la em um maiô. As coisas estavam tão agitadas na casa com Kinsley pulando e Aaron animado, eu queria sair de lá o mais rápido que podíamos. Fomos ao clube e quando chegamos, ela ficou instantaneamente nervosa.
— O que há de errado?
— Eu me sinto fora do lugar aqui.
— Vai ficar tudo bem. Eu prometo. — Não era como se ela não tivesse estado aqui antes com seus pais.
Nós caminhamos para a piscina e eu peguei algumas toalhas e selecionei nossas cadeiras na extremidade rasa. Nós colocamos nossas coisas e as crianças estavam ansiosas para entrar na água. Eu estava ajudando Aaron quando levantei a cabeça para ver Marin tirando a roupa. Eu engoli em seco. Eu teria engasgado, mas não tinha saliva. Merda, ela parecia uma deusa em seu biquíni. Seus peitos eram perfeitos e suas pernas eram longas e magras com uma sugestão de músculo mostrando. Ela era extraordinária.
Seu cabelo estava enrolado em um elástico e ela sorriu para mim logo antes de pular na água. Tinha apenas um metro de profundidade, mas sua pele parecia de seda e eu queria passar minha língua por toda parte.
Por acaso, olhei para o outro lado da piscina e vi que não apenas os homens a olhavam, mas também as mulheres. Coma seus corações, otários. Ela é minha. Mas ela era? Eu ia ter que trabalhar para que isso acontecesse. E a partir de agora, eu faria o meu melhor.
Enquanto estávamos nadando - eu ensinando Kinsley a chutar e prendendo a respiração debaixo d'água, e Marin segurando Aaron em seus braços - uma das velhas amigas de Susannah veio até nós.
— Olá, Grey. É bom vê-lo fora de casa.
— Oi, Carrie. Sim, é um ótimo dia para a piscina.
— E quem é essa com você?
— Carrie, esta é Marin McLain. Marin, esta é Carrie Lord.
— Marin. Prazer em conhecê-la. — Ela estava agindo como se fosse tudo menos isso. E então ela se iniciou porque ela realmente veio até aqui.
— Grey, eu ouvi que você contratou uma nova babá. Ela é a única? — Ela tirou os óculos escuros e os olhos passaram Marin da cabeça aos pés.
Marin não esperou pela minha resposta. Ela pulou direto para a conversa.
— Na verdade, sim, sou eu.
— Marnie pode cantar. Por que você não canta para ela, Marnie? — Kinsley não estava lhe fazendo nenhum favor agora.
— Bolinha, Marin não precisa cantar agora.
— Oh, mas isso seria maravilhoso, não seria, Kinsley? — Carrie disse.
— Na verdade, minha garganta está um pouco dolorida hoje, — disse Marin. — Nós vamos ter que fazer isso outro dia.
— Oh, me desculpe por ouvir isso. Bem, espero que vocês tenham um dia maravilhoso. — Ela riu.
— Você também. — Ela saiu e eu queria dar um tapa no rosto presunçoso dela. Carrie sempre achava que ela era melhor que todos os outros. Pensando sobre isso, ela era uma das melhores amigas de Susannah. Teria Susannah agido dessa maneira também, e eu estive alheio a esse fato?
O resto do tempo na piscina, Marin foi subjugada. Eu decidi acabar o dia e ir para casa. No caminho, perguntei:
— Que tal todos nós irmos buscar um sorvete?
— Sim, — gritou Kinsley.
Paramos para comprar um e depois fomos para casa. Quando as crianças estavam fora do alcance da voz, eu disse:
— Sinto muito pela maneira como Carrie tratou você. Ela nunca foi muito legal.
Marin encolheu os ombros.
— Não é sua culpa.
Não importa o que eu fiz naquela noite, Marin nunca se iluminou. Quando tive uma chance, entrei no escritório e liguei para meu irmão.
— Grey, o que está acontecendo? — Hudson perguntou.
— Eu preciso te perguntar uma coisa e preciso que você seja honesto comigo. Susannah era uma cadela pomposa?
— Você realmente quer a verdade?
— Sim.
— Bem, sim, ela era.
— Quão ruim ela era?
— Ela não era legal, Grey. Ela achava que era melhor que o resto do mundo. Mesmo quando vocês dois estavam namorando. Mas mamãe e papai me disseram para ficar de fora e que não era o meu assunto. Mamãe disse que eu entenderia um dia quando me apaixonasse. Ela estava certa. Então, eu mantive minha boca fechada. Eu sempre imaginei que vocês dois eram felizes juntos.
— Você sabe, eu também, só que agora não acho que eu era feliz. Acho que éramos duas pessoas completamente diferentes. E como é possível viver com alguém por todos esses anos e não saber disso?
— Casais casados param de se comunicar. Eles tomam as coisas como garantidas. Talvez tenha sido o que aconteceu com vocês dois.
Eu esfrego minha testa dolorida.
— Eu não sei. Só sei que não quero isso uma segunda vez.
— Então não deixe acontecer.
— Obrigado, Hudson.
— Pelo quê?
— Por ser honesto comigo.
Eu acho que era verdade o que as pessoas sempre diziam. Você fecha os olhos para a verdade, porque você realmente não queria enfrentá-la.