A Dra. Allison Baker está obcecada em salvar o macho Nova Espécie em coma. Já tentou de tudo e só há uma opção sobrando. Alli quebrará todas as regras e colocará sua vida em perigo numa tentativa de despertar 880, usando apenas seu cheiro feminino e toque. Ela só tem que sequestrá-lo e rastejar para a cama com ele para fazer isso funcionar.
880 desperta em um mundo diferente com uma pequena fêmea dormindo ao lado dele, o acariciando e o envolvendo com seu corpo cativante, provocando seus sentidos. Ele fica deitado mudo e imóvel, escutando e avaliando cada toque excitante, lutando para seu corpo reagir. O ódio explode quando descobre que ela é humana, mas Mercile roubou tudo dele, então ele decide que é justo pegá-la.
Mas as coisas mudam depressa e ele a quer a seu lado e em sua cama. 880 escolheu um novo nome, Obsidian, que é a personificação da escuridão e perigo. Ele lutará com todos para ficar com Alli. Ninguém ficará no seu caminho.
A Dra. Allison Baker sabia o que era perder pacientes. Ela se sentava ao lado deles e segurava suas mãos enquanto a morte aparecia para levá-los depois de seus últimos suspiros. Era parte do trabalho e vinha com o conhecimento de que algumas batalhas não podiam ser vencidas. Não era algo que um livro pudesse ensinar, mas a experiência e a perda queimavam no fundo da sua alma. Foi por isso que ela deixou o hospital para se tornar um membro da equipe médica do ONE. Eles representavam esperança e uma nova vida.
Seu olhar se desviou para o monitor e um sentimento de impotência se instalou. Seu paciente não estava melhorando, mas também não estava ficando pior. Coma era uma porcaria. Agarrou a grade de metal fria que lhe impedia de sair da cama clínica, mas não era necessário. Ele não se movia, não despertava, e horas se tornaram dias. Então semanas. Eventualmente meses.
O macho Nova Espécie tinha um cabelo muito longo, sedoso, preto e brilhava por estar lavado e escovado. Carinhosamente cuidava dele como se fosse o seu. Pequenas e finas cicatrizes marcavam suas características bonitas e ferozes. Seus lábios eram muito cheios e macios. Seu nariz era um pouco largo, um pouco achatado, e as maçãs do rosto eram nítidas. A fita mantinha seus olhos fechados, mas conhecia bem a cor chocolate marrom. Todo dia a removia e esperava ver uma resposta em suas pupilas. Nada acontecia.
— Dra. Alli? — Uma voz grossa a assustou.
Olhou por cima do seu ombro para Destiny. Ele era um grande espécie primata com bonitos olhos marrons e cílios bem longos. Ele entrou no quarto e sua boca se curvou para baixo.
— O que é?
— Você não deveria estar aqui. Conhece as regras.
Sua atenção retornou ao homem que estava deitado docilmente em uma cama com tubos e agulhas presas a ele.
— Ele não acorda e está me enlouquecendo. Seus ferimentos se curaram, ele tem atividade cerebral e eu fiz todos os testes nos quais pude pensar. Também os outros médicos fizeram. O que eu estou deixando passar?
— Ele pode ficar consciente e você estaria em perigo. — Destiny chegou a seu lado, seu grande corpo apenas centímetros de distancia. — Ele poderia machucá-la se isso acontecer. Ele acreditará que ainda está à mercê das Indústrias Mercile e você é humana. Ele te consideraria o inimigo.
— Eu gostaria que ele me atacasse. Pelo menos estaria acordado.
Destiny rosnou suavemente.
— As regras declaram que você não tem permissão para entrar neste quarto sem mim ou outro macho Espécie. O oficial já se foi e eu rastreei seu cheiro até aqui. Onde está Book?
— Ele foi almoçar. — Ela hesitou. — Ele fechou a porta, mas sei onde você guarda a chave. — Encolheu os ombros, não se incomodando com desculpas pelo que fez. — Eu entro aqui às vezes quando um dos oficias está em horário de almoço. Sempre espero uma mudança.
— Ele não tem desejo de viver.
— Eu não aceitarei isso como razão. Eu apenas não entendo que dano físico eu estou deixando passar. Seu corpo está curado. Ele deveria ter saído do coma. Eu receitei novas drogas para tentar e espero que elas o acordem.
Destiny permaneceu mudo por longos segundos.
— Talvez nós devêssemos remover o tubo de alimentação e permitir que seu corpo termine o que sua mente começou.
Horrorizada, ela jogou sua cabeça para olhar para ele.
— Não!
— Nós discutimos isso. — Tristeza encheu seus olhos. — Nós sabemos tão pouco sobre ele, exceto que ele perdeu sua companheira. Ela morreu na frente dele e ele feriu a si mesmo tentando dar fim a seu sofrimento. Ele não tem motivos para lutar para viver.
— Quem discutiu parar a intervenção?
— Todo mundo. Não há nenhuma dignidade em forçá-lo a viver quando ele não está disposto.
— Que isso se dane. — Seu temperamento queimou. — Pode haver um problema que nós não diagnosticamos ainda. Nós só não sabemos com certeza. — Olhou fixamente para o rosto cicatrizado que ela gostava profundamente. — Eu não desistirei dele.
— Você é uma boa fêmea com um coração amável. — Destiny se aproximou devagar e envolveu sua mão grande e morna sobre uma das suas. — Você está sofrendo mais que ele. Talvez seja melhor permitir que a natureza tome curso.
— Não há nenhuma maneira de ‘permitir que a natureza tome seu curso’. — Puxou sua mão da dele e balançou a cabeça.
Seus dentes morderam seu lábio inferior enquanto se preocupava com a decisão que os outros podiam tomar. Ela era uma médica paciente, mas tinha chefes. O ONE ditava as regras. — Há alguma coisa que eu estou deixando passar e eu só tenho que descobrir o que.
— Eu vim dar um banho nele. Eu fui informado que lavaram seu cabelo esta manhã. — Hesitou. — Você o escovou para ele.
— Sim. Estava embaraçado. Field está se tornando uma grande enfermeira, mas ela não é muito boa em coisas desse tipo.
— Nós estamos aprendendo.
— Você está fazendo um ótimo trabalho. — Ela lançou-lhe um sorriso encorajador.
— Você precisa ir embora enquanto dou banho nele.
— Claro. — Os Novas Espécies raras vezes permitiam que o sexo oposto visse um dos seus machucados nu. Compreendia, respeitava, mas ela era uma médica. Uma parte dela estava curiosa já que nunca viu um macho Espécie totalmente nu da cintura para baixo, mas não era de espiar. Sentiria-se uma pervertida se ficasse. — Me ligue se alguma coisa mudar.
— Não irá. Ele perdeu sua companheira e ele não deseja mais viver.
Ela se afastou da cama, mas parou na porta. Estudou o enfermeiro Espécie em treinamento. — Você realmente acha que é isso?
— Sim.
— O que exatamente está envolvido em um acasalamento? Talvez essa seja a resposta.
— Você sabe tanto quanto eu.
— Eu sei que os homens escolhem uma mulher e eles são leais a elas uma vez que decidem que ela é a pessoa certa para eles. Eu sei que eles gritam durante o sexo e são extremamente protetores, mas quais são os sintomas físicos?
Ele hesitou.
— Nós sentimos cheiro de nossas fêmeas.
— Então você cheira uma mulher e sabe que ela é a certa para você?
— Não. — Ele a encarou. — Nos ficamos envolvido sentimentalmente. Passamos muito tempo com elas e ficamos viciados em seu cheiro.
— Vocês dependem fortemente de seus sentidos.
— Sim.
Allison mordeu seu lábio inferior novamente, pensando. Uma louca ideia apareceu em sua mente.
— E se nós conseguíssemos que ele ficasse interessado em um novo cheiro?
— O que você quer dizer?
— Eu quero dizer que ele pode se interessar por um novo cheiro. Ele está respirando pelo nariz e deve estar parcialmente consciente já que existe atividade cerebral. Se ele apagou porque perdeu uma mulher, talvez despertasse por outra.
Destiny franziu a testa.
— Eu não acho que vai funcionar.
O olhar de Alli se demorou em seu paciente.
— Nós realmente temos alguma coisa a perder?
— Nós teríamos que achar uma fêmea para passar muito tempo em seu quarto. — Balançou a cabeça. — Nenhuma das nossas mulheres faria isso. E se funcionasse e ele despertasse?
— Nós o colocaríamos na terapia se sua mente estiver confusa. Ele iria pelo menos conversar e estaria acordado. Nós podemos lidar com isto. — Sua mão se ergueu e ela acenou na direção da cama. — Agora mesmo nós não podemos fazer nada além de mantê-lo vivo.
— Acasalar não é só uma relação de cheiro.
— Quando você dá banho nele seu corpo responde de alguma forma?
— Eu não entendo.
Ela hesitou sem estar certa de como tocar no assunto, então decidiu ser clara.
— Ele tem uma ereção?
Destiny arregalou os olhos escuros em choque.
— Não. Você está se referindo ao pênis dele?
— Sim. Eu suponho que você o limpa lá e tem que tocá-lo. Ele responde a estímulos naquela região?
— Não.
— Talvez ele saiba que você é macho.
Destiny fez uma careta.
— Eu não o afago.
Ela sorriu.
— Eu não achei que você fizesse isso.
Ele não achou divertido.
— O que de pior poderia acontecer se nós trouxéssemos uma mulher para cá?
As feições de Destiny endureceram.
— Você arriscaria que ele ficasse viciado no cheiro da fêmea e ele poderia tentar reivindicá-la se isso acontecesse. Nossas fêmeas não querem ser reivindicadas. Seria cruel despertá-lo para algo que ele não pode ter.
— Ele estaria acordado pelo menos. Vivo.
— Não.
— Acho que eu falarei sobre isso com Tiger ou Justice.
— Não. É uma ideia ruim. Você não entende Espécies se isto é algo que verdadeiramente deseja considerar. Ele podia despertar muito feroz e ficar violento com uma de nossas fêmeas. Nada vale a pena o risco.
— Ele está acorrentado. Eu ainda acho que isto é desnecessário. — Olhou para as correntes presas nos pulsos e nos tornozelos do seu paciente. — Ele não se mexe desde que chegou.
— Ele pode despertar sozinho.
— Ele pode ficar deitado até que seu corpo se renda. Ele perdeu peso. A única razão dele ter sobrevivido por todo esse tempo é por causa de sua genética híbrida.
Os ombros largos de Destiny se encolheram.
— Ele despertará ou não. Nós cuidamos dele, fazemos nosso melhor, e demos a ele uma chance de sobrevivência. É tudo o que qualquer um de nós pode pedir. Nenhuma fêmea colocará sua vida em risco para despertar este aqui. Ele não é conhecido das instalações das quais ele vieram e nós não sabemos nada sobre ele.
— Ele é Nova Espécie.
— Isto é evidente por suas características e seu teste sanguíneo, mas ninguém o conhece. Ele nunca tocou em quaisquer umas das fêmeas e elas não se sentirão obrigadas a arriscar serem acasaladas ou perseguidas por ele se ele as quiser o suficiente para sair do seu sono profundo.
— Valeria a pena se o acordasse. Nós apenas explicaríamos por que fizemos isso e não é como se ele a conhecesse pessoalmente para sentir emoções. Ele apenas se acostumará com o cheiro dela.
— Não. Você não entende.
— Então explique para mim.
Destiny de repente se moveu e a assustou quando ele invadiu seu espaço pessoal. Ele parou centímetros longe dela. Seu olhar se estreitou.
— Eu sinto seu cheiro sempre que trabalho com você. Eu me ajustei a seu cheiro, mas eu tendo a perdê-lo quando vou embora. — Seu olhar deixou o dela lentamente para vagar por seu corpo. — Eu sei que isso não significa nada, que nosso contato é inevitável se eu for aprender enfermagem, mas isso não impede meu corpo de reagir a você. Eu estou duro, Alli. Você quer conversar sobre ereções?
Sua mandíbula se abriu e ela recuou rápido o suficiente para bater contra a porta. Ela não ignorou o fato dele tê-la chamado por seu apelido. Destiny não se moveu, mas seus lábios se separaram o suficiente para mostrar seus caninos afiados, um benefício do DNA animal.
— Eu sei que você não está interessada e eu nunca cruzaria essa linha. Eu nunca senti cheiro de excitação em você, mas estou muito ciente de todos os seus movimentos. Eu penso frequentemente em te deixar nua e te mostrar como eu podia ser seu macho. — Deu um passo para trás. — Eu sou lógico, tranquilo, e estou livre a muito tempo. — Olhou para o paciente antes de voltar para ela. — Eu não teria mostrado qualquer respeito se tivesse sido libertado e se sentisse estes desejos. Você seria deitada de costas debaixo de mim e suas roupas teriam sido arrancadas. Eu faria com que você me quisesse tanto quanto eu quero você. — Ele respirou fundo e soltou lentamente. — Eu não quis assustar você, mas deve entender que essa é a natureza dos Espécies. Nunca se esqueça, não importando os quão normais nós parecemos. Qualquer fêmea que você usar como iscar para ele lutar para sobreviver estaria a mercê dele. Ele não tem nenhuma restrição, nenhuma calma, e ela se depararia com um macho agressivo que não exigiria nada menos do que qualquer coisa que quisesse. Ele não é seguro.
Allison engoliu o nó que se formou em sua garganta.
— Eu sinto muito. Eu não me sinto desse jeito por você.
— Eu estou ciente. — Seu olhar se esfriou. — Não se sinta culpada. Eu não estou apaixonado por você, mas eu facilmente poderia ficar. Seu distanciamento me lembra diariamente que o desejo não é mútuo. Eu sou racional, tenho o controle do meu corpo e pensamentos. Você precisava ser informada da verdade para te impedir de cometer um erro que arriscaria uma das nossas fêmeas.
— Certo.
Ele se girou.
— Eu darei o banho agora. Por favor, feche a porta, Dra. Allison.
Ela fugiu depressa. Não tinha nenhuma ideia de que o enfermeiro estava atraído por ela. Ela se inclinou contra a parede próxima ao elevador no final do corredor. 880 morreria se algo não fosse feito.
Ela conhecia suas características tão bem que elas a assombravam. Ele sofreu muito pelas cicatrizes que mantinha em seu rosto, pescoço, e na parte de cima do corpo. Em certo ponto ele foi chicoteado. Quem fez isto com ele foi maligno. O fato de que ninguém das instalações já o viu ou detectou seu cheiro de qualquer um dos técnicos a deixava perplexa.
Os funcionários da Mercile o roubaram quando eles fugiram da instalação. Ele deve ter estado lá em algum lugar, talvez em algum andar onde os outros não eram mantidos. Obviamente ele nunca fez quaisquer testes de procriação com nenhuma das fêmeas já que nenhuma delas o conhecia.
Quem você é? O que eles fizeram com você? E como você acabou se acasalado com uma fêmea Nova Espécie? Ela mordeu seu lábio inferior, percebeu que estava mais uma vez fazendo isso e parou. Era um hábito ruim.
Quem quer que aquela mulher Espécie fosse 880 estava disposto a desistir de sua vida por sua perda. Isso deveria significar que ele a amava profundamente. Uma alma de sangue frio não lamentaria. Acreditava com todo seu coração que ele valia a pena salvar.
— Feroz, uma merda. — Se afastou da parede enquanto esperava o elevador levá-la para um andar mais alto. Fechou a porta de seu escritório e desmoronou em sua cadeira quando chegou lá.
Ela finalmente admitiu que estava obcecada com o macho Nova Espécie. Atraída por ele. 880 precisava ser salvo e ela não o deixaria morrer. Estava mais que disposta a fazer isso por ele se ele não pudesse lutar para voltar à vida sozinho.
Pegou o telefone e discou para os escritórios centrais do ONE para falar com Tiger. Esperava que o macho bondoso concordasse com seu plano. Ele pacientemente escutou enquanto explicou sua ideia, mas depressa a descartou.
— É muito perigoso. Nós não encontramos nenhum Espécie que reconheceu seu cheiro ou seu rosto. — Pausou. — Entrevistamos alguns dos funcionários da Mercile que foram capturados e eles disseram que muitos do nosso tipo estavam relacionados a projetos especiais. Nós não temos nenhuma ideia do que foi feito com ele, mas suponho que deve ter sido muito ruim. Nós achamos, e é tudo o que estamos fazendo, que eles queriam ver os efeitos a longo prazo se colocassem um casal juntos. Eles queriam que procriássemos por eles e alguns dos médicos teorizavam que uma relação a longo prazo poderia conseguir esses resultados. Existe também a possibilidade dele ter sido severamente torturado. Mercile testou medicamentos de dor, de acordo com alguns dos registros que conseguimos recuperar. Isso significaria que ele pode ter sofrido anos de agonia se eles estivessem o usando para esse propósito.
— Nós não podemos apenas permitir que ele morra. Ele ficará deitado lá até que seu corpo enfraqueça se continuarmos nossos métodos atuais de tratamento. Não é suficiente apenas alimentá-lo e mantê-lo limpo.
— Eu entendo, mas nós fizemos tudo o que podíamos. Nós temos fé em você e nos outros médicos de que estão fazendo o melhor. Já não existe nenhuma razão médica para o coma, ele provavelmente se fechou emocionalmente.
— Eu acho que isso poderia funcionar se esse é o caso. Ele formará um vinculo com alguém e isso poderá tirá-lo do coma.
— É muito perigoso. Nós não arriscaremos algumas de nossas fêmeas por um macho desconhecido. Eu sei que isso parece severo, mas o importante é proteger as pessoas que sobreviveram.
— Ele não está morto. — Estaria se algo não fosse feito logo, mas manteve isso para si mesma. Enviava relatórios para Justice e seu pessoal todos os dias. Sabiam o quão sombrio a perspectiva era para 880. — E se eu me voluntariar? Eu passarei muito tempo com ele e o permitirei conhecer meu cheiro. Isso não colocará suas mulheres em risco.
— Não.
— Por que não? É minha pele que estará em risco e eu estou disposta a fazer isto. Não interferirá com meus deveres. Instalaria uma cama dentro do quarto e ficaria lá quando eu não estivesse trabalhando. Eu lerei para ele e farei com que ele se costume com a minha voz também.
— Você é humana. Ele provavelmente matará você à primeira vista se despertar. Nós não permitiremos que você se coloque nesse tipo de perigo. Você trabalha para nós, Allison. Importamos-nos com você como se fosse uma das nossas.
— Ele vai morrer! — Seu temperamento estourou. — Eu não posso apenas não fazer nada, droga. É isso que você está pedindo que eu faça. Ele está chegando a um ponto onde não vai haver nenhum retorno. Nem com terapia física, seus músculos estão começando a atrofiar, ele perdeu peso, e é só uma questão de tempo antes de seus órgãos internos começarem a falhar. Você me contratou para ser uma médica e tratar os Novas Espécies. Não me diga para me sentar e apenas assistir este se afundar.
— Eu sinto muito, mas isso não está em discussão. Faça o que pode seguramente, mas você não irá passar mais tempo com o macho do que quando o trata.
— Tiger...
— Não. Eu tenho que ir. Há uma reunião do conselho que eu devo participar. — Desligou.
Ela apertou o telefone por longos segundos antes de desligar também. Seus dentes se cravaram dolorosamente em seu lábio inferior enquanto decidiu se recusar a permitir que 880 morresse.
— Tempos desesperados pedem medidas desesperadas. — Sussurrou.
Um plano se formou em sua mente. Era louco, perigoso, mas se funcionasse o Nova Espécie no porão despertaria. Sua sobrevivência era o que realmente importava.
O terror era difícil de suprimir, mas Novas Espécies tinham sentidos excelentes de cheiro. Eles podiam às vezes detectar emoções e estava assegurada de que medo era uma que eles podiam detectar. Allison não podia se arriscar a ferrar com tudo. Era tudo sobre contagem de tempo e não levantar suspeitas.
Suas mãos tremiam enquanto ela escondia um bilhete dobrado dentro da gaveta de sua mesa e colocava a chave no bolso. Deixá-lo trancando daria mais tempo para implementar o que planejou antes deles a acharem. Ergueu o olhar para o relógio na parede e seu coração acelerou. Cem coisas podiam dar errado e ela estaria em um mundo de problemas se até mesmo uma parte de seu plano falhar. Minutos se passaram como o passo de um caracol até que finalmente deu quatro horas. O oficial no andar de baixo atribuído para proteger o paciente sairia para jantar. Ela tinha exatamente vinte e cinco minutos antes dele retornar.
Suas pernas pareciam fracas quando se levantou, deu a volta na mesa e respirou fundo em uma tentativa de tranquilizar seus nervos desgastados. Durante as prévias vinte e quatro horas ela definiu a base para fazer seu plano sair sem problemas.
Destiny não estava em sua mesa e isso era um obstáculo a menos. Apressou-se para o elevador, apertou o botão, e rezou para que quem estivesse protegendo 880 não estivesse atrasado. Seus dedos esfregaram o bolso do casaco contendo as chaves para se assegurar que ela podia fazer isto quando as portas se abrissem.
A cadeira do corredor estava vazia quando as portas do elevador se abriram no andar do porão e ela sorriu de alegria. Seus sapatos baixos não faziam muito barulho enquanto corria na direção ao quarto do paciente e colocava a chave na porta. Pegou a chave sobressalente da mesa de Destiny uma hora antes quando ele teve que atender um Espécie que chegou com um braço cortado de uma luta. A chave se torceu e a porta se abriu.
880 estava deitado quieto e se apressou para dentro do quarto depois que deixou a porta aberta. Só levou um minuto para desligar as máquinas, retirar suas intravenosas, e remover o tubo de alimentação. Olhava seu peito e rosto por sinais de dor ou choque da perda súbita de suporte. Continuamente se manteve respirando.
Ela não tocou em seus apoios, jurando lidar com eles mais tarde, e usou o pé para chutar a trava das rodas da cama de hospital. A manobrou para o corredor. Foi uma luta girar a cama e forçá-la ir pelo corredor abaixo para o elevador, mas conseguiu.
Medo a agarrou com força enquanto as portas deslizaram se abrindo, mas ninguém estava do lado de dentro. Ela gemeu, deu um empurrão poderoso, e conseguiu colocar a cama no espaço apertado. Empurrou o botão enquanto inclinava as costas contra a cama e não tinha nenhuma ideia de que mentira plausível diria se fosse pega no térreo do edifício médico.
As portas deslizaram abrindo e espiou em volta da extremidade da sala grande. Todo mundo estava ainda no jantar. Bateu o botão que manteria o elevador aberto, girou, e agarrou a grade da cama. Teve que lançar seu peso contra ele, mas conseguiu tirá-lo do elevador. Entrou de volta no lado de dentro, apertou o botão para a porta se fechar, e saltou para fora antes dela fechar.
As portas do fundo do centro médico ficavam normalmente trancadas, mas ela tinha as chaves. Suor escorria por suas costas e entre seus seios enquanto abria a porta. Nenhum oficial foi atribuído para o lado de fora de onde seu caminhão alugado esperava. Apressou-se em direção a ele, ergueu a porta rolante traseira abrindo-a, e depressa arrastou a rampa.
— Maldição. — Disse, agarrando a cabeceira da cama. Pegou um começo de corrida, sabia que era louco tentar isso, mas imaginou que se não conseguisse aceleração suficiente a maldita coisa iria atropelá-la quando começasse a deslizar de volta.
O desespero deu a ela a quantidade necessária de força e as rodas da cama atingiram a rampa. Estava chacoalhando, mas o impulso a manteve em toda a distância para o fundo do pequeno caminhão de aluguel. Desejou que pudesse se sentar desmoronando de esgotamento, mas não tinha tempo para desperdiçar enquanto olhava em seu relógio de pulso. Tinha nove minutos para sair de lá antes que alguém verificasse o 880. Apenas podia rezar para que eles não comessem muito rápido e retornassem mais cedo.
Ela já havia preparado o fundo do caminhão e usou as algemas que comprou em uma loja sexshop para prender as rodas da cama no para-choque interior do caminhão de mudança. Empurrou um cobertor entre o lado da cama e a parede, rezando para que amortecesse quaisquer pancadas. A dúvida a atingiu.
E se eu acabar o matando? Oh merda. Eu enlouqueci. Embora seja muito tarde. De jeito nenhum eu posso levá-lo de volta para seu quarto antes deles descobrirem que eu o levei. Merda! Ela olhou para as cicatrizes dele e cerrou os dentes. Não iria permitir que ele morresse e isso aconteceria com certeza se ela não seguisse o seu plano.
Não era fácil fazer com que a rampa deslizasse de volta para dentro de onde veio. A coisa parecia mais pesada para colocar de volta que retirar, mas ela deu um jeito. O medo de ser pega sequestrando um Nova Espécie e o que eles fariam com ela era motivação suficiente. Puxou a porta de volta para baixo, trancou, e se apressou para a cabine.
Subiu no assento do motorista, olhou para sua bolsa escondida no chão, e remexeu procurando as chaves. O caminhão ligou enquanto colocava o cinto com sua mão livre, pressionou e lentamente pisou no acelerador. Estavam em movimento. Dirigiu cuidadosamente, esperando que seu convidado não estivesse balançando demais.
Uma rápida olhada em seu relógio a fez se apressar para o portão de funcionários. Tinha um horário apertado para manter. Aumentou o ar condicionado até o máximo, esperando que isto levasse qualquer cheiro de medo. Ela abriu a janela para ajudar enquanto o portão e os guardas surgiram.
— Querido Deus. — Suavemente rezou. — Por favor, deixe isso funcionar. Por favor?
O oficial que a parou usava uma máscara que protegia seu rosto. Os óculos protetores escuros escondia sua identidade e ela não reconheceu sua voz.
— Oi, Dra. Allison. — Sua cabeça se girou para olhar fixamente para trás do caminhão. — Onde você está indo?
— Eu comprei moveis para minha casa ontem. Eu tenho que devolver o caminhão hoje. — Ela ergueu seu braço para mostrar seu relógio. — É preciso retornar às cinco. Você pode me verificar depressa e deixa-me ir? No aluguel será cobrado uma taxa extra se eu me atrasar.
— Claro. — Se aproximou do lado do caminhão e olhou para dentro pela frente para ter certeza que ninguém estava escondido no chão de passageiro. — A parte de trás está destrancada?
Onde diabos está aquele cara? Vamos, droga. Conseguiu manter a voz tranquila. — Sim. Não há nada lá, a não ser os cobertores da mudança que protegeram a nova mesa de jantar de ser arranhada. Vá em frente e olhe.
Ele desceu e ela quis gritar quando ele caminhou em direção à parte de trás do caminhão. O olha dela se ergueu para o portão espesso na frente dela e o outro macho Espécie que o abria. Mais deles estavam na parede com rifles de precisão. Ela podia pisar para o portão em uma tentativa de fugir, mas eles poderiam abrir fogo, acidentalmente atirar em 880. Esse não era um risco que ela tomaria.
— Alerta! — Era um grunhido vindo de cima. — Nós identificamos um furgão.
Botas bateram no pavimento e o guarda passou correndo pela porta do motorista para alcançar o portão. Um furgão surrado diminuía a velocidade no outro lado do portão e um homem forte saiu.
— Você não tem permissão para passar por este portão. — Um dos oficiais Espécies declarou. — Retorne a seu veículo e dê a volta. Esta entrada é proibida.
— Acalme-se. Eu só preciso de direções. — O homem olhou para o caminhão, mas foi cuidadoso em desviar o olhar. — Não atire. Maldição! Essas são armas de verdade? Só estou perdido. Acho que fiz uma curva errada.
Mais oficiais chegaram à cena. Eles cuidadosamente o agarraram, o giraram, e deram um tapa de leve forçando-o para baixo.
— Oi? — Empurrou a cabeça para fora da janela para conseguir a atenção do oficial. — Eu tenho que ir. Você pode verificar o fundo e deixar-me passar?
O oficial estava prestando atenção a ameaça do homem desconhecido e o que o furgão poderia conter. Contava com isto. Ele acenou para ela ir e o portão se abriu.
Culpa a golpeou enquanto dirigia devagar passando pelo homem que ela pagou para distrair os oficiais. Eles o algemaram no chão e estavam se preparando para vasculhar o furgão. Ele lançou um olhar feio antes dela acelerar. Ele não seria preso se continuasse com sua história de estar perdido e eles não achariam nada para ficarem alarmados dentro do furgão. Eles não o manteriam por muito tempo.
Allison não relaxou até que se fundiu no tráfico da estrada. Foi cuidadosa sobre o quão rápido dirigia para evitar chamar atenção. A última coisa que ela precisava era para ser parada com uma multa de velocidade. Ela se perguntou quanto tempo daria antes do ONE mandar um helicóptero à procura do caminhão alugado. Sua melhor suposição era que não iria demorar.
A saída surgiu e respirou de alívio. Não havia nenhum posto de gasolina ou lojas no campo de visão. A estrada se estreitou para uma pequena estrada rural de duas pistas, uma não era usada frequentemente, e finalmente avistou o portão envelhecido e deformado.
O caminhão balançou quando saiu do pavimento. Seu olhar se ergueu para o céu e suas orelhas se esticaram para o som de um helicóptero. Apenas do motor do caminhão em movimento podia ser ouvido.
O portão da propriedade rangeu ruidosamente enquanto se abria, ela retornou e dirigiu pela estrada o suficiente para passar pelo portão sem tocar na traseira do caminhão e retornou para fechá-lo. Há um quilometro de terra havia um celeiro e uma fazenda abandonada. Abriu as portas do celeiro na noite anterior e apenas dirigiu o caminhão para dentro.
Ela não se acalmou até que fechou as portas e abriu a porta rolante da traseira do caminhão. Teve de usar uma pequena lanterna que mantinha dentro do seu casaco para ver o interior escuro enquanto subia na área de carga. A cama estava na vertical, as algemas a segurou contra a parede, e silenciosamente agradeceu o homem do sex shop que jurou que elas eram de qualidade policial. Ele provavelmente achou que ela realmente tinha um namorado fisiculturista, sua desculpa para querer comprar o conjunto mais forte que eles tinham. Parou ao lado da cama de hospital. 880 descansava pacificamente enquanto seu peito subia e descia. Lágrimas de agradecimento encheram seus olhos. Ele sobreviveu.
— Eu trouxe você para cá. Nós conseguimos. Agora apenas temos que esperar até que você esteja um pouco mais escuro e eu moverei você para dentro da casa.
Curvou-se em cima dele e ligeiramente tirou alguns fios do cabelo preto sedoso de seu rosto. Sua pele era quente, mas isso era normal nos Espécies. Ainda assim mediu sua temperatura quando o colocou na sala de estar, onde ela tinha material para ajudá-lo, e ter certeza que não pegaria uma infecção por ter removido apressadamente o tubo de alimentação.
— É apenas você e eu agora, 880. Não se assuste ao perceber o que aconteceu. Eu não vou machucar você. Eu fiz isso para salvá-lo.
Tiger lançou sua cabeça para trás e rugiu de raiva. Olhou para Destiny enquanto o outro macho empalidecia.
— Como você pôde permitir que isso acontecesse?
A boca do macho se separou enquanto engolia em seco. Os ombros largos se encolheram.
— Eu não tinha nenhuma ideia de que ela planejava sequestrá-lo. Eu confiava nela. Quem pensou que ela seria forte o suficiente para levá-lo daqui?
— Basta. — Justice rosnou. — Eu confiava nela também. — Lançou um olhar preocupado para Brass quando ele entrou no escritório. — Diga-me que você tem boas notícias.
— Não tenho. Nós alertamos a polícia para nos ajudar a procurar pelo caminhão alugado, mas eles não o avistaram. Temos dois helicópteros no ar e um terceiro está no caminho da Reserva.
— O sol vai se pôr logo. — Jessie foi diretamente para seu companheiro, dirigindo-se a ele. — Nós o acharemos.
Ele estendeu a mão e segurou o rosto dela.
— Estou mantendo minha compostura, mas estou furioso. Eu pessoalmente a escolhi. Nós fizemos uma pesquisa completa, mas ela ainda nos traiu.
— Nada indicava que ela tivesse qualquer associação com Mercile ou os grupos de ódio. — Brass cruzou seus braços em cima do peito, raiva torcendo suas características severamente. — Ela não tinha nenhuma dívida, mas retirou vinte mil dólares ontem de sua poupança. Ela tem um fundo de capital deixado para ela por seus avós falecidos. Asseguramos-nos de que ela não pudesse ser subornada quando veio trabalhar para nós. Dinheiro não é uma motivação para sequestrar 880. Nós enviamos autoridades até a família dela, caso eles saibam de algo. Ninguém os está usando para forçá-la fazer isso.
O telefone tocou e Justice se debruçou por cima de sua mesa para bater no botão do viva voz. — Justice aqui.
— É Trisha. — A voz da mulher anunciou. — Eu ouvi o que aconteceu e eu não acredito nisto. Eu conheço Allison e ela não machucaria um Espécie.
— Ela o sequestrou. Nós apenas captamos seu cheiro e suor pelo esforço de empurrar a cama para fora do edifício. Ela o levou direto pelo portão de funcionários. — Justice pausou. — Eu não quis acreditar nisto também. Eu confiava nela, mas ela o levou.
— Há uma explicação sensata. — Trisha soou brava. — Não foi para machucar ou vendê-lo. Ela realmente se importa com os Espécies e ela odeia qualquer um que apresenta perigo para eles. Ela é dedicada e doce. Deve haver outra razão além de algo desprezível.
Flame entrou na sala, segurando um bilhete. — Nós descobrimos isso trancado dentro da mesa dela.
— O que é isto? — Trisha gritou. — Alguém me diga ou me ligue em meu telefone celular assim nós podemos fazer uma conferência de vídeo.
— É um bilhete. — Flame declarou mais alto. — Ela o levou porque ela sente que é possível salvá-lo o fazendo ter um vinculo com uma fêmea pelo cheiro dela. — Entregou o papel para Justice. — Ela pediu permissão, mas foi negada. Ela afirma que sente que essa pode ser sua única chance salvá-lo.
Justice aceitou o pedaço de papel e franziu a testa, lendo.
— Ela jura fazer de tudo em seu poder para despertá-lo do coma e o devolver a nós assim que possível.
— Maldição. — Tiger rosnou. — Ela é louca. Ela não percebe que o levando daqui o está colocando em perigo? Pode confiar na pessoa errada que poderia matá-lo. Ele está impotente e ela seria inútil o defendendo.
— O que ela quer fazer? — Frustração soou na voz de Trisha.
Tiger chegou mais perto da mesa.
— 880 perdeu sua companheira e a Dra. Allison solicitou que nós enviássemos uma fêmea para ficar com ele na esperança de que o cheiro dela o tiraria do coma.
— Isso funcionaria? Justice? — Trisha ficou quieta, esperando por uma resposta.
— Não. — Ele suspirou. — Eu não acredito que funcione. Ele não pode ser enganado por outro cheiro de fêmea substituindo o que ele perdeu. Ela cheiraria ofensiva para ele. — Seu olhar se prendeu em Tiger. — Você a informou disto?
— Eu disse a ela que seria perigoso. Eu tentei explicar o porquê e pensei que ela tivesse entendido.
— Ela não o machucará. — Destiny friamente olhou para todo mundo na sala. — Ela entrava de fininho em seu quarto às vezes. Eu a peguei conversando com ele. Allison tem coração. Ela não o pegou para ser cruel. Ela quer curá-lo.
— Nós precisamos salvá-la dele mesmo se ela conseguir despertá-lo. — Tiger ergueu uma mão e passou por seu cabelo em frustração. — Ele vai matá-la. Ela é humana e ele nunca conheceu a generosidade deles.
— Nós presumimos isso. — Justice franziu a testa. — Sabemos tão pouco sobre este macho ou sua história com exceção do que aconteceu com ele antes de ser salvo.
— Os humanos assassinaram sua companheira na frente dele, de acordo com os outros machos Espécies que foram recuperados com ele. Isso o enlouqueceu. — Tiger rosnou baixo. — Ele vai matá-la se ela conseguir acordá-lo. Nós teremos um Espécie feroz lá fora atacando humanos. Precisamos encontrar ambos e os trazer de volta para cá.
— Concordo. — Justice balançou a cabeça. — Eu preciso ligar para Tim Oberto e trazer a força tarefa para isso. Eles vão ter que colocar a missão atual deles em espera para encontrar 880 e a Dra. Allison.
Allison tremia na sala fria. O aquecedor funcionava, mas a maior parte do calor subia para os dois quartos de cima. A casa era velha, a construção original do andar de baixo estava pobre, mas a mais nova adição para o segundo andar não era tão fria. O seu olhar caiu no Espécie na cama de hospital no centro da sala.
— Eu gostaria de poder levar você para cima, mas não sou forte o suficiente. Recuso-me a te arrastar porque você se machucaria. Duvido que possa fazer isto ainda que tentasse. — Chegou mais perto para dobrar o cobertor ao redor do pescoço. Colocou umas intravenosas para fluidos, esvaziou sua bolsa de urina, e sabia que de manhã ele precisava de um banho de esponja. Estava muito frio para fazer isto depois que o sol se pôs. — Mas estamos seguros. A casa está bem trancada. Eu comecei um fogo na lareira e espero que aqueça logo.
Olhou em volta da sala e odiou o cheiro de mofo. Mendigos não podem escolher, se lembrou. Achar a casa para alugar em um prazo tão curto no jornal local foi pura sorte. A fazenda estava a vinte anos desatualizada, a mobília incluída precisava ser despejada na cidade, mas alguém tentou limpá-la. Nenhuma teia de aranha decorava os cantos e pó não cobria toda a superfície. O homem para quem ligou de um telefone descartável que comprou disse que a eletricidade e gás estavam ligados. Usava o lugar algumas vezes por ano com amigos para caçar cervos.
— Estamos em uma fazenda. Não é o lugar mais agradável que eu já fiquei, mas eu paguei em dinheiro. O dono nunca viu meu rosto, então ele não pode me identificar e eu disse a ele que precisava de um ninho de amor. — Sorriu. — Eu tive que inventar algumas histórias malucas ultimamente. O cara da loja para adultos pensa que eu estou transando com algum fisiculturista louco que gosta de ser acorrentado em uma cama e o dono desta casa acha que eu estou tendo um caso com um homem casado enquanto sua esposa está em um cruzeiro de um mês pela Europa. Eu disse a ele que precisava de um lugar que ninguém nos veria juntos.
Virou-se para enfrentar o homem adormecido. O olhar demorou na cicatriz arruinando sua bochecha, depois a da sua mandíbula. Elas eram mais velhas, os ferimentos mais novos de quando ele chegou se curou, mas aquelas duas eram as piores.
— Eu tenho um telefone celular descartável, um diferente, carregando na cozinha. Se você entrar em alguma dificuldade nós estamos só há vinte minutos de Homeland. Eles podem nos localizar depressa se eu fizer um telefonema para ele. Eu trouxe um equipamento de emergência no caso de você precisar disso. Só queria ter podido roubar um monitor cardíaco. — Me sentiria melhor se você fosse conectado a um.
Ele não se moveu, apenas respirava, e a depressão se instalou dentro de Allison. Ela tinha um pressentimento que iria ser solitário enquanto esperava para ver o que aconteceria com ele constantemente a seu lado.
— Eu vou dormir no sofá aqui. Nós vamos ficar bem. — Outro arrepio de frio percorreu suas costas. — O tempo pede chuva, mas a temperatura deve esquentar dentro de alguns dias. — Acariciou o rosto dele com seus dedos. — Espero que você esteja aquecido o suficiente. Não há nenhuma secadora aqui, então não posso aquecer seus cobertores.
Ela se virou e caminhou para a mala que escondeu dentro da casa quando trouxe o material para cuidar de 880. Quase congelou quando saiu de suas roupas para colocar uma calça de moletom e uma camisa de dormir solta. Sentou-se no sofá para olhar fixamente para as chamas da lareira e suspirou. Não havia uma televisão e duvidou que teria conseguido conexão de qualquer maneira.
O cobertor dobrado não era tão grosso quanto aqueles que ela deu a 880, mas enrolou-se no sofá com ele, tentando se aquecer. Não funcionou. Ainda estava muito frio. Apenas ficava pior como o passar do tempo. Seu olhar foi para a cama de hospital, preocupação a corroia em relação a seu conforto e ficou de pé.
Ergueu seu cobertor um pouco para sentir seu peito nu. Ele estava morno, sua pele respondia a seu toque frio com arrepios e mordeu seu lábio. Seus pés estavam gelados mesmo assim se levantou no tapete enquanto se debatia de frio.
— Oh droga. Quero que você se acostume ao meu cheiro. Pelo menos eu não me preocuparei com um de nós congelando até a morte. — Deu a volta na cama, no lado onde ela não inseriu a intravenosa, suavemente abaixou a grade e subiu na cama depois de erguer as cobertas. — Estas camas de hospital não são espaçosas, não é?
Torceu o suficiente para puxar a grade. Com o espaço limitado que tinha não era fácil dobrar o cobertor por cima deles dois. Ele era muito grande e morno enquanto se aconchegava firmemente contra seu lado, com cuidado para não o perturbar.
Calor a invadiu onde o tocou. Sua mão se ergueu para se apertar contra o meio do seu peito e cada respiração que ele dava fazia subir e descer. Ele estava bem por enquanto. O calor dos seus corpos combinados os manteria aquecidos pela noite. Exaustão se instalou.
Isto é loucura. Ela admitiu. Arrependimento veio de sua decisão precipitada, mas já estava feito. Amanhã ela se preocuparia no que fazer depois. Apenas precisava de um pouco de sono.
Cada respiração que ele dava esfregava sua mão em seu peito e inalava seu cheiro. Sabão e os produtos de cabelo que eles usaram mais algo fracamente masculino que não era perfume provocava seu nariz.
Ela sentia-se atraída por 880. A culpa a consumia pelo modo que seu corpo o abraçava um pouco mais apertado que o necessário. A ideia dele saudável e acordado, deitado na cama com ela, fez seu estômago tremular. Aquela reação a envergonhou. Notar que um paciente era bonito era inevitável desde que tinha bons olhos, mas o jeito que apreciava estar muito perto dele estava errado. Sabia disso, ainda assim não podia parar de se sentir daquela maneira.
Confusão se apoderou de 880 enquanto percebia as coisas lentamente. Algo o pressionava do lado direito, um peso leve descansava em seu peito e ele tentou cheirar para identificar a fonte. Seu corpo não obedecia ao seu comando. Ele não podia ver pois seus olhos não conseguiam se abrir ou estava muito escuro. Depois o alarme o atingiu quando ele tentou erguer a mão para seu rosto. Permaneceu indiferente, como se não estivesse mais preso a seu corpo.
Ele se concentrou no peso que descansava em cima de seu peito e pareceu familiar por alguma razão, mas ele não podia compreender o por que. Deu várias respirações profundas, cada uma ajudou a aprender a forma contra ele enquanto julgava pela sensação. Descobriu que era uma mão que estava em seu peito e parte de um braço. Alegria de repente o encheu, uma sensação de alívio pois a 46 o tocava.
Ela estava bem, mas aquela exaltação se apagou enquanto algo sinistro se arrastava em sua memória. Tentou lembrar-se do que causou aquela emoção ruim, mas sua mente embaçou. Ele deveria estar drogado. Eles paralisaram seu corpo novamente, isso significava que ele deve ter lutado com os técnicos. Ele os odiava. Tentou rosnar para demonstrar seu protesto, mas falhou.
Medo apareceu. O que eles fizeram com ele? O braço se espreguiçou por cima do seu peito e o calor pressionou contra seu lado assegurando que ele vivia e 46 permanecia perto. As coisas não estariam tão ruins se ela não fosse tirada dele. Os técnicos faziam isso frequentemente para castigá-lo e se preocupava toda vez que ela nunca retornava.
Não conseguia se lembrar do que ele fez para deixá-los com raiva. Sua mente se apagou e isso o alarmou mais. O quanto eles me machucaram? Que drogas eles estão testando desta vez? Ele não podia se mover, falar, ou até usar seu nariz para ajudá-lo a juntar as coisas para determinar sua situação pelo cheiro.
Preso dentro do meu próprio corpo. Apavorou-se e ele odiou a impotência que quase o levou ao pânico. Foi a pior coisa que poderiam ter feito com ele. Empurrou as emoções para trás, concentrou-se em sua respiração, e podia finalmente segurar sua respiração por alguns segundos. Isso já era algo. Ele só teria que lutar para passar por qualquer nova droga de teste que eles colocassem em seu corpo. Ele já fez isso antes e não permitiria que eles ganhassem. 46 precisava de sua proteção. Estava disposto a manter sua promessa em fazer qualquer coisa para prevenir os técnicos de machucá-la novamente.
A mão em seu peito se moveu, frouxamente acariciando sua pele enquanto seu corpo pressionou mais apertado contra o dele. Pareceu se esticar. Algo não estava certo, mas apenas não conseguia compreender o que. Seus dedos apertaram um pouquinho seus músculos, um suspiro suave soou, e o cabelo fez cócegas no topo do seu ombro quando se ajustou ao lado dele.
— Você conseguiu.
A voz da fêmea era suave, desconhecida, e se ele pudesse teria se afastado dela. Ela dormiu enrolada ao seu lado e sua mão apoiada em seu peito. Onde estava 46? Quem era esta fêmea? Por que ela foi posta no espaço em que vivia?
Dedos gentis deslizaram em cima do seu peito para o pescoço, apertou junto à artéria e parou. A pressão se aliviou e o colchão debaixo deles estremeceu ligeiramente enquanto ela mudava de posição. Metal tilintou, o calor saiu de seu lado e uma brisa de ar frio tomou seu lugar. Um cobertor acomodou-se e ela o apertou firmemente contra sua pele. Uma leve carícia tocou em sua bochecha.
— Sua pulsação está constante. Estava tão preocupada que você não reagiria muito bem sem as máquinas, mas parece estar indo muito bem. Agora eu preciso te dar um banho de esponja. Eu mudarei sua bolsa antes de reinserir o tubo de alimentação. Sinto muito, mas eu preciso fazer isto até que você esteja bem o suficiente para comer por conta própria. Eu deveria ter restabelecido ontem à noite, mas imaginei que você sofreu trauma suficiente sendo movido.
Confusão o encheu e nada que ela disse fazia sentido. Ele lutou para se mover, abrir seus olhos, mas era incapaz de fazer isso.
— Eu voltarei logo. Vou tomar um banho rápido enquanto a máquina de café faz sua mágica. — A carícia em sua bochecha parou e ele sentiu um puxão leve em seu cabelo como se ela parecesse manipulá-lo. — Sou um urso sem café. Isso é um segredo. A maioria das pessoas não querem ouvir que eu sou viciada em cafeína, mas foi a única maneira que eu sobrevivi a minha residência. Eles realmente põem você num espremedor. — O cobertor se moveu até seu queixo, dobrado mais apertado, e ela acariciou seu peito pelas camadas da coberta. — Eu me apressarei. Estou apenas no outro quarto, certo? O único banheiro é aqui embaixo. Até deixarei a porta aberta. Sei que você não vai despertar tão depressa, mas posso sempre esperar.
Ela parou de tocá-lo, mas ouviu um movimento não muito longe. A água correu. Um pacote sussurrou. Desejou que tivesse uma sensação mais aguda de cheiro, mas seu nariz não parecia funcionar direito. Prosseguiu o silêncio até o som mais alto de água aparecer, algo chiou e depois clicou. O barulho da água se tornou ligeiramente abafado.
880 lutou para recuperar o uso de seu corpo. Ele estava sozinho de acordo com a fêmea desconhecida, e suas palavras fizeram suficiente sentido para que ele se preocupasse por ela ser uma técnica. Por que um deles dormiria a meu lado? Que jogo eles estão tramando? É outro dos jogos loucos deles para ver como eu reajo? Ele podia sentir o peso de algo em seus pulsos e tornozelos, mais ciente de seu corpo enquanto o tempo passava. Eles o prenderam pelos seus membros. Precisava ganhar controle rápido.
A água parou muito cedo. Ele não progrediu com seu corpo, mas moveu sua língua. Foi lento, mas pode sentir o céu de sua boca. Um dedo mindinho mexeu. A droga estava lentamente se dissipando. Seu corpo sofreria com os efeitos dela, mas levaria tempo, algo que ele não tinha certeza se queria poupar. Ela disse que queria conectá-lo a uma máquina. O chiado soou novamente e ela suspirou suavemente enquanto sussurrava ao redor.
— Certo. — Ela gritou. — Estou vestida e agora prestes a servir a mim mesma uma xícara de café. Também vou aquecer um pouco de água e nós deixaremos você limpo. — Pausou. — Merda. Acabei de perceber que vou ter que deixar você nu. Realmente sinto muito sobre isso, mas precisa ser feito. Ninguém quer ficar sujo. Estarei mais envergonhada que você. Confie em mim nisto. É aquele tipo de coisas que ainda me pega. Odiava as horas clínicas quando tinha que olhar para os pênis dos homens. Deixe-me dizer a você que não era sempre bonito. — Bufou. — Claro que naquele tempo na sala de emergência eu deveria ter ganho um Emmy por atuação enquanto que era normal para um cara entrar com seu pênis preso dentro de um tubo.
Ele escutou incapaz de fazer qualquer outra coisa enquanto ela se movia ao redor. Sua conversa sobre pênis o surpreendeu ligeiramente. Ela possuía uma voz agradável, entretanto, isso não irritava os seus nervos.
— Ele apresentou a desculpa mais esfarrapada de todas, como se alguém acreditasse que isto acidentalmente aconteceu. Ele não tropeçou pelado e caiu sobre a maldita coisa. Ele era um pervertido, um com seu pênis realmente entalado dentro daquele tubo. — Ela riu. — Ele devia ter pelo menos usado lubrificante. — Chegou mais perto. — Você precisava tê-lo ouvido gritar quando eu tive que, bem, você não quer saber onde eu tive que inserir uma agulha. Você odiaria ouvir sobre esse procedimento. Eu fui a pessoa que teve de fazer isso e eu ainda tremo.
Ela acabou de admitir torturar um macho. Ele tentou rosnar e adverti-la ficar longe dele enquanto ela se aproximava, mas sua garganta permaneceu muda. Raiva o agarrou enquanto se preocupou que ela planejava machucá-lo também.
— Certo. Nós faremos isso juntos. — Estava muito próxima. — Está mais quente agora que o sol surgiu, então não acho que você pegará um resfriado. Esperaria algumas mais horas, mas preciso restabelecer aquele tubo de alimentação. Você perdeu peso o suficiente. — As cobertas foram puxadas para baixo do seu tronco até o início de seus quadris.
Água gotejou nele antes de um pano morno tocar seu rosto. Seu manuseio era gentil enquanto esfregava cada centímetro até que parou em sua garganta. O pano foi retirado e ouviu água se derramando antes de retornar. Lavou seu pescoço e ombros.
— Não se preocupe. Você não perdeu massa demais. É difícil pesar você, mas suas costelas estão mais definidas. — O lavou lá, abaixo de sua barriga, a distância toda até a coberta no seu colo. — Eu sou uma profissional. Está tudo bem.
O pano foi retirado e ele tentou rosnar novamente enquanto ela deslizava o material mais para baixo. Ele podia sentir o ar bater em seus quadris e soube que ele não vestia nada exceto algo que se arrastava sobre uma coxa.
— Certo. Eu disse isto, não é? Isto não é tão ruim. Eu precisava verificar seu cateter de qualquer maneira.
Ele não podia se mover enquanto a fêmea limpava sua pele e ele estava chocado quando dedos tímidos, pequenos ajustaram seu pênis. Ela o tocou com luvas e ele sentiu seu corpo mexer em resposta ao contato de pele com pele.
— Merda! — Sua mão se afastou. — Acho que isto é um bom sinal. Destiny disse que você nunca respondeu quando ele fazia isso, mas é definitivamente uma reação pelo estímulo. — Soou nervosa. — Isso tudo parece bom. Tudo é seguro aqui e, hã, eu não preciso reinserir seu cateter.
Seus gentis manuseios se tornaram um pouco rápidos enquanto ela lavou embaixo das suas pernas e cobriu seu colo com algo leve e seco. Fez um pouco de cócegas quando ela lavou seus pés e entre seus dedos dos pés com a toalhinha.
— Seu pé se mexeu. — Excitação carregou a voz dela. — Você não fez isto antes! Talvez tirá-lo de Homeland foi uma coisa boa afinal.
Os sons de sua respiração chegaram mais perto de sua cabeça. O cabelo molhado caiu sobre seu peito nu quando ela se debruçou nele. As travas estavam frias, mas a respiração morna tocou sua garganta. Algo foi removido de cima de seus olhos. Arrastou-se um pouco em sua testa e bochechas.
— 880? Você pode me ouvir? Por favor, abra seus olhos. Eu removi os adesivos colados. Você está seguro. Você foi salvo das Indústrias Mercile. Eles não têm você mais.
O que isso queria dizer? Ele lutou para vê-la, mas tudo permaneceu escuro.
Dedos descansaram em seu peito e acariciou sua pele suavemente. — Você só precisa acordar. Eu sinto tanto sobre o que fizeram com sua companheira. Eu sei que isso dói, mas você tem que voltar para os vivos. Você é jovem, forte, e tem um brilhante futuro. Existem muitas pessoas que ajudarão você a se ajustar na vida fora das instalações. Todos nós nos importamos com você. — Ela pausou. — Eu me importo com você.
O que aconteceu com 46? Por que a fêmea se lamentava? Pânico o agarrou e ele foi empurrado na névoa dentro de sua mente. As lembranças se apressaram de volta como se uma porta mental estivesse aberta e que o empurrou de volta a realidade.
46 morreu. Os humanos deram drogas a ela que a fizeram ficar doente depois a assassinaram fora de sua jaula, onde ele não podia protegê-la. Ele teve que sem ajuda assistir sua vida se drenar para longe no chão em uma poça de sangue. Os uivos de pesar despedaçaram sua garganta enquanto ele tentava matar os assassinos dela atacando as barras da jaula. Eventualmente apagou a dor ao saber que ela se foi dele para sempre e das paredes indestrutíveis que ele agrediu. Ele falhou com 46 e se afundou na cova escura do desespero quando perdeu a consciência.
Decepção atingiu Allison quando o macho Espécie não abriu seus olhos. Ele moveu seu pé e seu pênis reagiu quando ela estudou o cateter por tocá-lo lá. Contou isso como progresso.
Parou de acariciar seu tórax, recuou e agarrou uma toalha para secar as gotas da água que caiu nele quando seu cabelo encostou em seu peito. Seu olhar permaneceu em seu rosto, procurando por qualquer sinal de emoção. Nem sequer viu um cintilar de mudança.
— Isso precisa significar algo que você teve algumas reações. — O encorajou em voz alta, esperando que sua voz se registrasse em seu subconsciente.
Conversou suavemente enquanto trabalhou para deixá-lo estabilizado. Esvaziou sua bolsa de urina, reinseriu seu tubo de alimentação, e o alimentou. A dieta líquida não era o suficiente para um homem do tamanho dele, mas o manteve vivo e nutrido. Teve de girá-lo de lado, isso não era uma tarefa fácil, limpar suas costas e mudar o enchimento debaixo de seus quadris. As enfermeiras normalmente faziam as tarefas de cuidado pessoal nos pacientes. Ela não teve de lidar com isso desde sua residência.
O cobertor estava firmemente dobrado ao redor de seu corpo para mantê-lo aquecido. Virou-se para esvaziar a água do balde na pia que usou para dar banho. Chuviscou lá fora durante a noite, mas o sol brilhava no momento. Parece que a tempestade não iria ser tão ruim quanto o repórter do tempo predisse.
Culpa a percorreu um pouco enquanto mordiscava uma torrada, bebeu seu café e se sentou à mesa, olhando seu paciente. O Centro Médico em Homeland estaria com poucos funcionários com sua ida, mas 880 era sua prioridade. Ted Treadmont podia lidar com quaisquer emergências. Ele poderia reclamar sobre as horas extras, mas ele tinha a ajuda de alguns Espécies que estavam treinando para serem enfermeiros. Não seria muito caro para eles cobrirem seu turno
Apostou as cinco barras de chocolate que ela levou que eles estava procurando por ela naquele momento. Tudo o que ela podia esperar era ter coberto seu caminho bem o suficiente para garantir pelo menos uma semana para passar com 880. Ela faria um telefonema para dizer-lhe onde eles estavam em sete dias se ele não melhorasse.
Suas mãos tremeram em resposta ao se perguntar o que eles fariam com ela quando fizesse essa ligação. Era um daqueles momentos em que esperava que boas intenções entrassem no jogo. Ela não roubou 880 para machucá-lo. Tiger se recusou a considerar seu pedido e embora não fosse exatamente um tratamento convencional, Novas Espécies não eram o padrão de nenhum jeito. Eles eram humanos híbridos geneticamente alterados e ela precisou se ajustar a suas necessidades especiais como médica deles.
Allison lavou seu prato, encheu sua xícara de café e arrastou uma cadeira para mais perto da cama no centro da sala. Ela se sentou, usou a mesa para segurar sua bebida e suspirou.
— Vai ser uma semana longa, não é? — Seus dentes morderam seu lábio inferior, mas depressa o largou aborrecida com o hábito que parecia incapaz de parar. — Que tal se eu te contar uma história? Eu não tive tempo de comprar nenhum livro, mas amava ler quando criança. Já ouviu a história da Bela e a Fera? — Parou, esperando por uma resposta que não chegaria, mas quis fingir que ele podia responder. — Era minha história favorita quando criança. — Seu olhar demorou em seu rosto cicatrizado. Sabia que não era ético sentir-se atraída por 880, mas não podia evitar. — Aqui vai.
Meia hora mais tarde ela parou, tinha expandido a história tanto quanto pode, mas não queria ficar sem voz. Ela deixou seu lado para desempacotar sua bolsa, mas ficou na sala de estar. Verificava sua pulsação a cada poucas horas.
— Ela está usando o dinheiro que retirou do banco para mascarar sua trilha. — Tim Oberto cruzou seus braços em cima do peito. — Estamos fazendo uma busca em todos os motéis dentro de um raio de trezentos quilômetros. Essas lixeiras não pedem identificação ou cartões de crédito. Estamos observando todos os seus familiares e conhecidos. Ela não ligou ainda, mas podemos localizá-la quando ela ligar. Nós marcamos a licença de motorista dela, suas contas bancárias, cartões de crédito, e enviamos sua fotografia para os associados confiáveis que estarão procurando por ela.
Tiger rosnou, enfurecido.
— Ela deve ter conseguido ajuda para escondê-lo.
— Eu concordo. — Justice franziu a testa para o líder da equipe da tarefa. — O que mais está sendo feito, Tim?
— Toda agência de aplicação da lei em dez estados foi notificada para estar de vigia para aquele caminhão de aluguel. Ela pode estar tentando usá-lo para mantê-los em movimento, esperando que assim seja mais difícil de achá-la. Isto é verdade, mas com uma alerta para todos os caminhões de aluguel parecidos com a descrição, ela eventualmente será pega. Eles todos estão sendo parados e verificados. Contratamos mais suporte de ar e estão procurando por aquele caminhão. Nós a acharemos, mas não está indo tão rápido quanto nós esperamos. Ela é esperta.
— É parte da razão por eu tê-la contratado. — Justice rolou seus ombros e seus dedos flexionados por cima de sua mesa. — Ainda estou surpreso por ela ter feito isto. Ela era tão tímida.
Destiny juntou-se a reunião devido a sua associação próxima com Allison Baker. — Eu não acredito que ela fez de propósito.
Tim bufou.
— Ela podia já tê-lo vendido para algum bastardo ou o entregado para algum dos muitos grupos anti Nova Espécies lá fora. Eles adorariam ter um de vocês e inventar alguma mentira. Eu posso ver as manchetes agora. Eles provavelmente dirão que ele está carregando alguma doença que é transmitida e prejudicial para a população geral só para começar um pânico.
Destiny rosnou.
— A Dra. Allison se importa conosco. Ela ficou chateada quando nós negamos seu pedido para usar o cheiro da fêmea para ver se 880 respondia. Eu acho que é por isso que ela o levou e está na esperança de acordá-lo. Não era a coisa certa a fazer, mas eu me recuso aceitar que ela fez isso para entregá-lo a alguém que o mataria ou o usaria para nos fazer dano.
Tim balançou a cabeça.
— Eu não ficarei surpreso quando recebermos um pedido de resgate a qualquer momento. — Ele olhou severamente para Justice. — Eu deixaria o dinheiro disponível no caso disso acontecer. Minha equipe lidará com a troca. Esse é o melhor resultado que eu posso pensar neste momento. — Ele parou. — Deveríamos lançar sua fotografia para as estações de notícias e os deixamos saber qual é a sua verdadeira condição por via das dúvidas se eu estiver certo. É melhor cortar a cabeça da serpente antes de sentirmos o seu veneno. A última coisa que precisamos é aparecer no CDC pensando que nós temos algum tipo de doença ou ter aqueles imbecis ligando para a Casa Branca para se queixar.
— Não. — Justice sentou-se mais ereto em sua cadeira. — Não queremos que ninguém saiba que ela sequestrou um Espécie. Os colocaria como um alvo para os nossos inimigos.
— Ela já está trabalhando com eles.
— Tiger rosnou para Tim. — Estamos estressados o suficiente. Nós lidamos com isso e decidimos evitar a atenção da mídia. Isso é um problema dos Espécies até que saibamos o contrário. Quanto menos souberem melhor. Temos que pelo menos considerar que o bilhete que ela deixou é verdade. Ela pode ter levado 880 em alguma tentativa extraviada de ajudá-lo. Os acharemos, mas faremos isto tão discretamente quanto possível.
— Tudo bem. — Tim levantou suas mãos em frustração. — Não escute o meu conselho. Isto é só o que você me paga. Se ela for tão santa, então ela nos ligaria quando vir seu rosto por todos os canais, sabendo o quão perigoso acabou de ficar para ela. — Lançou para Destiny um olhar. — Sua Dra. Allison está muito encrencada. — Olhou fixamente para Justice depois. — Eu não vou pegar leve quando a acharmos. Ela sequestrou um Nova Espécie e pôs sua vida em perigo.
— Eu sei. — Justice suspirou. — Faça o que você precisa discretamente para recuperar nosso macho.
A fêmea subiu em sua cama, pressionou contra seu lado, e o 880 estava ciente de seu tamanho pequeno. Mais sensações retornaram a seu corpo, mas seus membros se recusaram a responder a seus comandos. Sob as coberturas os dedos de sua mão esquerda enrolaram, entretanto, um sinal que ele conseguiu passar pelas drogas paralisando seu corpo.
Por que a fêmea estava dormindo ao lado dele? Onde estavam os machos humanos que diariamente o atormentavam? O colchão debaixo dele era diferente, mais macio do que aquele que ao qual se acostumou. Sua sensação de cheiro estava lentamente retornando também, com fracos indícios de coisas pouco conhecidas.
A fêmea tinha um aroma doce… mas estranho. O calor do seu corpo não era forte. Ela devia estar com frio, mas por que ela apenas não deixava a sua cela se a temperatura do refrigerador a aborrecia? Um horrível pensamente rastejou em sua mente. E se os guardas humanos forçaram uma nova fêmea em sua cela?
Eles uma vez introduziriam 46 em sua vida a trancaram dentro do seu quarto. Os técnicos disseram que ela pertencia a ele. Eles queriam que eles procriassem para verem se ter crianças era uma possibilidade. Eles eram jovens no momento e ele gostava dela. Eles não se deram bem, os dois eram obstinados, mas dependiam um do outro. Sua perda o encheu de raiva.
Os técnicos juraram que ele poderia compartilhar o espaço dele com a 46 enquanto ele vivesse e se ele fizesse como eles ordenavam. Ele concordou com os testes e não lutou com os técnicos a menos que se tornasse muito doloroso. As consequências daquelas recusas causaram dano a 46. Eles a usavam para castigá-lo batendo nela ou dando a ela drogas que a deixavam doente. Os divertia vê-lo se preocupar quando sua fêmea ficava mais fraca. Ele aprendeu depressa a sofrer por qualquer coisa que eles faziam com ele para protegê-la.
As coisas mudaram um dia. Eles foram drogados, removidos enquanto dormiam, e despertaram em um novo lugar. Ele não entendeu mais o que eles queriam dele. Os novos técnicos eram mais cruéis e eles não se importavam se ele obedecia ou não. Eles levaram 46 para longe apesar de sua obediência, só para trazê-la de volta doente. As marcas de agulha o asseguraram que eles deram a ela drogas que a enfraquecia. A comida que ele a alimentava não ficava dentro de seu estômago. Ele não fez nada para que a matassem.
Uma mão pequena deslizou sobre seu peito e chamou sua atenção. O toque da nova fêmea era suave contra ele enquanto esfregava um remendo pequeno de pele por cima do seu coração. Seu corpo pressionou mais apertado a seu lado enquanto tremia obviamente com frio, e o usou para aquecer seu corpo.
— O dia não foi tão ruim, não é? Eu só queria ter pensado em trazer um rádio ou uma televisão. Você poderia apreciar escutá-los em vez de mim. — Descansou seu rosto em seu peito próximo a sua mão e mechas suaves de seu cabelo faziam cócegas em seu braço. — Sou um tanto quanto chata. Sinto muito por isso. “Se você estivesse acordado, você provavelmente diria algo como Alli, por favor, cale a boca ou talvez Alli, você precisa viver”.
Ele ponderou suas palavras. Ela tinha um nome, mas era estranho. Ele mentalmente o repetiu algumas vezes, tentando determinar se já o ouviu antes. Alli. Não era familiar.
Silêncio e ele mexeu seus dedões do pé. Eles torceram e a esperança aumentou, assim os efeitos das drogas passaria logo. Ele não tinha ficado tanto tempo apagado antes e estava alarmado. Normalmente seu corpo era forte, mas não se sentia desse modo no momento. Detestava fraqueza.
— Espero que você não se importe em compartilhar a cama, mas fica frio aqui à noite. Eu também me preocupo sem as máquinas monitorando você. Estou bem aqui se você tiver alguma dificuldade e tenho o sono leve. Imagino que você também se acostumará ao meu cheiro melhor se eu ficar assim tão perto. Apenas queria que você despertasse. Ficaria tão feliz se isso acontecesse. Eu quero que você se sente e converse comigo.
Eu a também. Ele moveu seus dedos novamente. Seus dedos do pé se mexeram. Segurou sua respiração por alguns segundos antes de continuar o ritmo constante, no caso dela notar. Ela poderia alertar os técnicos e ele decidiu esconder o fato de seu corpo estar se recuperando até que ele soubesse onde estava, quem ela era, e por que eles puseram uma nova fêmea com ele.
Sua mão deslizou um pouco mais para baixo até suas costelas, as explorou, e seu corpo respondeu quando sangue encheu seu pênis. Fazia muito tempo desde que fez sexo, muito tempo, e a culpa aumentou dentro dele. 46 morreu. Ele não deveria querer montar uma nova fêmea.
— Você está realmente me preocupando. Eu acho que você perdeu uns bons vinte quilos desde que foi trazido para mim. Você é um homem grande, mas isto não é saudável. Todo dia que você fica inconsciente é só mais um dia que vai levar para se recuperar. Por favor, lute para voltar. Eu sei o quão triste você deve estar. — Parou. — Eu me apaixonei uma vez, mas ele morreu. Eu fiquei acabada por muito tempo depois disso, eu entendo. Eu honestamente entendo. Você se pergunta por que deveria continuar vivendo, para que, mas eu estou contente de seguir em frente. Ele não iria querer que minha vida terminasse porque a dele terminou.
As pontas dos seus dedos e palmas suaves deslizaram mais alto para seu coração. Pressionou mais apertado contra seu lado e um seio suave se apertou contra suas costelas. Ele inspirou seu doce perfume, sem excitação, mas bom.
— Ele morreu de repente. Foi um choque porque ele era tão cheio de vida. — Sua voz mudou enquanto a emoção a suavizou. — Eu me fechei por alguns meses. Nunca pensei que ele pudesse morrer, era muito animado, e estava além de imaginar que alguma coisa pudesse levá-lo de mim. Planejamos passar o resto de nossas vidas juntos até aquele acidente de carro.
Uma gota morna, molhada caiu sobre sua pele e ele percebeu que ela chorava. O atordoou e o deixou desconcertado. Inalou devagar e tentou captar qualquer cheiro de doença, mas não conseguiu nada exceto a doçura que ele começou a associar com a fêmea.
— Eu admito que afastei todo mundo de se aproximar de mim desde então. Eu não quero me arriscar a me sentir tão só para sofrer aquele tipo de dor novamente. Claro que com o decorrer dos anos eu percebi que eu vou ser como aquelas mulheres loucas com vinte e cinco gatos se eu não me recuperar disso
A surpresa de suas lágrimas se tornou confusão rapidamente enquanto escutava suas palavras. Ela não fazia muito sentido. O que isso sequer significava? Ele não estava certo.
— Eu me recuperarei disso se você sair dessa saudável. Você tem que lutar 880. Você precisa saber que a vida valer a pena viver. Vale a pena o risco. Olhe o que eu tentei para salvar você.
Ele esperou ela explicar aquilo, mas não falou por muito tempo. Ele queria saber o que ela fez com ele.
— Você precisa sair dessa. — Mais lágrimas molharam sua pele. — Eu tenho um pressentimento de que estarei em um grande problema por roubar você do ONE. Eles provavelmente me prenderão e jogarão fora a chave.
Ela o roubou? Como? Muitas perguntas encheram sua mente. Como ela o levou de sua cela? Como ela escapou em primeiro lugar? Por que ela o carregou? Ela não parecia grande o suficiente para levá-lo.
Ele não conseguia se lembrar de nada depois do dia que 46 foi assassinada. Sua ira tomou o controle e ele atacou as barras. Ele se recusava a desistir de tentar alcançar os humanos que a mataram não importando o quanto ele danificava seu corpo.
Uma coisa ficou clara. Esta fêmea não era seu inimigo. Pelo menos ele esperava que fosse verdade. Ela podia ter sido forçada a tentar acalmá-lo em uma sensação de confiança só para acalmar sua ira com seus capturadores. Eles precisam achar um novo caminho para controlá-lo se eles ainda precisassem dele.
Os dedos de sua mão esquerda realmente se fecharam e ele apertou. Ele não iria permitir que a fêmea soubesse que ele estava recuperando o uso do seu corpo. Ele permaneceria submisso, esperando pelo momento perfeito quando estivesse mais forte e depois atacar. Seus capturadores pagariam pelo o que fizeram com ele, 46, e a fêmea a seu lado.
Ela bocejou e aninhou sua bochecha contra ele onde sua cabeça descansava. Sabia que quando ela dormisse sua respiração diminuiria de velocidade. Seu pé esquerdo se moveu.
Allison forçou sua excitação a se acalmar. O pé de 880 mexeu novamente quando ela deu outro banho de esponja. Ele tinha cócegas nos pés. Seu pênis também se mexeu quando ela teve que tocá-lo para limpar. Claro que podia ter acontecido quando ele estava no Centro Médico em Homeland da ONE. Destiny poderia não ter reportado isso, pensando que era sem importância ou embaraçoso. Nenhum relatório de movimento deveria significar que ele estava completamente indiferente.
Ela secou o corpo de 880, o cobriu e terminou a rotina matutina que manteve durante os últimos dias. Sua cor parecia melhor. Poderia ser apenas pensamento positivo, mas aceitaria isso. Em alguns dias ela teria que usar aquele telefone celular descartável para ligar para ONE pegá-lo.
Eles me levantarão também. O medo a agarrou com força. Ela arriscou sua carreira, sua licença médica, e muito pior. Eles podiam mandá-la para a prisão por alguns anos no mínimo por sequestro ou um juiz poderia prendê-la por toda a vida desde que qualquer transgressão contra um Nova Espécie poderia ser julgado um crime de ódio.
Novas Espécies eram protegidos. Foram dados a eles condições especiais depois que grupos de ódio os atacaram e um tumulto mundial foi feito. O público assistia enquanto Fury, um dos Novas Espécies, recebeu as balas destinadas a matar sua esposa completamente humana. Coisas desse tipo tendiam a aborrecer as pessoas. Fury e Ellie vivendo juntos foi uma notícia enorme e seu romance era frequentemente comentado quando eles continuaram juntos.
Ela pessoalmente conheceu o casal e pode perceber com facilidade que eles eram profundamente apaixonados e felizes. Encheu-se de inveja do quão íntimos eles pareciam e o quão bem combinados eles eram apesar de suas diferentes vidas. O amor conquistou todos na situação deles e era romântico. Eles tiveram um bebê, um menino que ela pessoalmente adorava quando ele aparecia para seus exames. Salvation era a cara de seu pai e prova viva de que algumas coisas tinham um resultado feliz.
— Eu vou pegar essas toalhas e os panos para deixá-los secar ao sol e esvaziar o lixeiro. — Dobrou o cobertor mais firmemente ao redor de sua cintura, deixando seu peito nu, e esperou que ele estivesse confortável. — Está ficando quente, não é? Aquela tempestade foi embora e nos deixou algum raio de sol.
Ele não respondeu e ela ficou deprimida. Sua esperança enfraquecia diariamente de que ele abriria seus olhos. Tentou salvá-lo seguindo seu palpite que o cheiro poderia atingi-lo, mas ele teria mostrado alguma melhoria se fosse tão fácil. Um suspiro alto passou por seus lábios. Agarrou o lixo próximo a cama dele e o balde de água com os panos descartáveis.
— Estarei de volta logo. Não vá a lugar algum. — A declaração a fez bufar.
Era um dia bonito enquanto saia para dar a volta na porta para alcançar o lado da casa e o lixo especial para disposição médica. Esvaziou a bolsa dentro dele e parou no quintal. Cuidadosamente pendurou as toalhas e os panos no varal para secar. O lugar não tinha uma lavadora ou secadora, mas tinha uma lavanderia enorme no espaço para lavar as mãos e uma corda longa enfileirada entre as árvores para secar.
Um suave cantarolar deixou seus lábios separados enquanto terminava sua tarefa. Sentia a falta de música. Os pássaros voavam despesa, pousavam em uma árvore perto, e ela sorriu enquanto voltava em direção a casa. Estava quase perto da porta dos fundos quando um movimento chamou sua atenção. Ela girou sua cabeça e ofegou.
Quatro homens grandes vestindo preto se apressavam para ela por trás da cabana. Seus rostos estavam cobertos com máscaras de esqui preto e eles carregavam armas de fogo grandes, assustadoras. Mais som veio por trás, mas não teve tempo de olhar. O terror a atingiu e um grito saiu antes de um deles a alcançar.
Um grande corpo a bateu no peito, dor explodiu e caiu com força no chão com muito peso a esmagando. O ar foi arrancado de seus pulmões, cortando o grito e fazendo a respiração impossível. Seu atacante rolou antes dela se recuperar.
Seu rosto foi empurrado na grama enquanto uma mão com luvas agarrava seu cabelo. Um joelho dolorosamente se cravou em seu traseiro também. Sua mente ficou zonza entre dor e choque do ataque.
— Eu a peguei! — Sua voz era alta enquanto anunciou isso para o grupo.
Mãos mais brutais a tocaram, apalpando seu corpo, seus lados, e ela conseguiu segurar a respiração ofegante. Seus pulsos foram colocados em uma posição dolorosa e presos no meio das costas. Realmente doía, o aperto estava muito forte e o ângulo de seus braços era desconfortável.
— Ela está limpa. Nenhuma arma.
— Isso foi muito fácil.
— Boa coisa. As únicas assinaturas de calor que estamos captando é a dela e do que está imóvel. Ele está aqui e ela está sozinha.
— Ache o Nova Espécie e pegue-o.
Terror a encheu. Estava certa de que os homens não eram Novas Espécies e isso significava que eles podiam machucar 880. Ela lutou com força. As mãos agarrando seus pulsos subiram alto o suficiente para causar agonia e gritou novamente.
Madeira atingiu algo, bateu ruidosamente, e um rosnado maligno rasgou o quintal. O barulho assustador a enviou para um modo de pânico. Eles tinham um cachorro de ataque. 880 estava impotente na cama e podia espancá-lo. Ele não podia lutar.
Allison lutou como se ela fosse uma coisa selvagem, todo instinto protetor dentro dela indo a loucura para ficar ao lado de 880. Lançou sua cabeça para trás. Dor explodiu pelo seu crânio quando foi atingida por algo pontudo. O homem xingou e empurrou sua cabeça para baixo novamente com uma mão que agarrava seu cabelo. Outro grito saiu de sua garganta.
— Não! — Um homem gritou. O cachorro de ataque rosnou novamente e algo atingiu perto da casa.
— Merda! — Um homem gritou uma palavra antes de seu joelho ser erguido de seu traseiro onde a prendia.
— Não... — O outro cara segurando seus pulsos grossamente se jogou nela, mas saiu.
Allison viu um escuro borrão de movimento no canto do seu olho, girou sua bochecha na grama, e ficou chocada quando um dos homens uniformizados aterrissou com força de costas mais ou menos quinze centímetros de distância. Um rosnado alto veio do cachorro maligno e ele parecia estar acima de sua cabeça. Uma imagem dele a atacando com dentes afiados encheu-a de pânico e ela ergueu a cabeça para olhar a coisa prestes a dar fim a sua vida.
880 abaixou a centímetros de distância, nu e seu braço sangrava de onde ele arrancou a intravenosa. Seu nariz também sangrava. Achou que era por violentamente ter removido seu tubo de alimentação. O cateter e bolsa foram arrancados também. Conseguiu uma boa visão do seu desespero desde que seu rosto estava a centímetros de distância do colo dele. O seu olhar encontrou olhos marrons, confusão os nublando enquanto ele olhou fixamente de volta. Sua boca se abriu para revelar seus caninos afiados. Ele rosnou para ela.
Levou segundos para a mente zonza de Alli compreender que 880 estava acordado, lá fora, e a salvou. Os homens que a seguravam foram jogados porque 880 os atacou.
— 880. — Conseguiu sussurrar.
Seus olhos se arregalaram enquanto ele balançava antes de sentar-se pesadamente na grama. Allison se moveu, frenética para ajudá-lo, e percebeu a quantidade elevada de adrenalina que ele deve ter usado para alcançá-la depois de ficar deitado por tanto tempo. Um humano não podia ter feito o que ele fez. Um homem comum estaria muito fraco para se sentar, mas ele conseguiu aquele milagre com sua força Nova Espécie.
— 880. — Sussurrou novamente, se ergueu de joelhos e rastejou os poucos centímetros para onde ele aterrissou. — Você está acordado.
Ela tentou tocá-lo, mas sua mão disparou e a atingiu no peito. O empurrão forte a lançou para trás. Ela caiu de traseiro e seu seio doeu com o choque de sua palma. Ele rosnou para ela.
— Técnico. — Sua voz saiu rouca, suas cordas vocais não usadas forçando a funcionar.
Seus olhos rolaram para cima de sua cabeça e ele desmoronou espalhado imóvel de costas. A preocupação a encheu e ela lutou para alcançá-lo novamente. Ele respirava, mas desmaiou enquanto verificava sua pulsação instável. Sua outra mão agarrou seu braço onde ele sangrava por ter arrancado a intravenosa e apertou seu dedo polegar em cima do ferimento para estancar o sangramento.
Seu olhar temeroso arremessou ao redor dos homens que ficavam de pé. Alguns deles chegaram mais perto enquanto a cercavam. Terror a golpeou.
— Afaste-se dele. — Ela não tinha uma arma, mas não permitiria que machucassem 880. — Você terá que me matar antes de machucá-lo.
Um dos homens que vinha do celeiro chegou perto e arrancou a máscara que cobria seu rosto. Trey Roberts trabalhava para a força tarefa que o ONE controlava. O encontrou algumas vezes quando trazia Espécies feridos e sua boca se abriu quando o identificou. Estes homens não eram estranhos com intenção de matar 880. Vieram para prendê-la e o levar de volta para casa.
— Dra. Baker. — Trey parou a doze metros de distância, suas mãos agarrando sua calça cargo preta em seus quadris enquanto franzia a testa. — Você está com problemas sérios. — Seu olhar se abaixou para 880. — Maldição. Preciso avisar isso agora. Você conseguiu tirá-lo do coma.
— Eu preciso de minha bolsa médica. — Mordeu os lábios, nervosa, mas excitada ao mesmo tempo. — Ele se excedeu saindo da cama. Eu...
— Você já terminou. — Trey avançou, se curvou, e suavemente agarrou seus braços superiores. Ele era um homem grande e ele a ergueu sobre suas pernas instáveis antes de gritar. — Médico!
— Deixe-me ir! Eu preciso ajudá-lo. Eu preciso...
— Não lute. — Ele terminou. — Você não parece entender a severidade do que fez. Você sequestrou um Espécie, Dra. Baker. — A levou para longe de 880 e da casa. Seu aperto firme a forçou a andar na frente dele. — O único lugar que você vai estar é trancada até que eu receba ordens do ONE sobre o fazer com você.
Ela tentou se contorcer para alcançar 880, mas ele apenas apertou seus dedos ao redor dos seus braços. Ela não podia nem ver ao redor do seu peito largo quando tentou conseguir um vislumbre de 880 para ter certeza que um médico realmente cuidava dele.
— Ele precisa de fluidos. Está provavelmente em choque e eu sou uma médica, droga! Deixe-me tratá-lo.
Trey parou e se debruçou para estudar seu rosto.
— Eles não confiam mais em você para tratar seu povo. Quem poderia culpá-los? Você o levou para longe do único lugar que era seguro e podia tê-lo matado. Fique feliz por eu dizer aos homens para não atirar em você. Tim disse que nós podíamos, mas eu disse a equipe para ignorar essa ordem. Eu não mato mulheres a menos que eu absolutamente tenha que fazer isso e eu gostava de você antes de perceber que você era capaz de sequestrar um Espécie. — Ele suavemente a cutucou para ela andar adiante novamente em direção a um SUV estacionado escondido atrás do celeiro. — Faça a você mesma um favor. Fique quieta. Estou certo que terá bastante a dizer quando Justice colocar você dentro de uma sala de interrogatório. Eu quase lamento por você. Esse é um cara com quem você não quer se meter, ainda assim você o fez. — Uma insinuação de piedade suavizou suas características. — Vamos, Dra. Baker. Estou só agradecido que nós achamos você em vez de alguém que odeia você e eles.
Alli é uma humana, uma técnica, e não da minha espécie. 880 estava deitado quieto, se recusava até a estremecer, escondendo o fato de que ele recuperou a consciência. O som de vozes o alcançou. O peso retornou a seus pulsos e tornozelos, não deixando nenhuma dúvida de que eles o contiveram. Sua única vantagem seria fingir estar sem conhecimento sobre seu ambiente até que pudesse descobrir um plano de fuga.
Traição causou dor física dentro do seu peito. Ela era humana, não uma fêmea dada a ele para substituir 46, e ela tentou enganá-lo para confiar nela. Ele deveria ter imaginado com suas palavras estranhas, mas as drogas afetavam seu pensamento. As pistas estavam lá se ele apenas se concentrasse mais nelas. Quais eram as suas intenções? O que eles queriam dele agora? Que tipo de castigo cruel eles conspiravam? Ele não tinha nenhuma resposta.
Ela obviamente gritou como um teste para ver se ele estava realmente drogado. Eles deveriam estar assistindo com câmeras e o viram se mexer na escuridão quando se assegurou que Alli estava dormindo. Caiu na armadilha quando os gritos dela alcançaram seus ouvidos e ele tentou protegê-la. Ele não se importou no momento com o fato de que sua força estava retornando contanto que isso a impedisse de morrer.
Humana! Ele apenas não conseguia superar isso e a raiva o dominou. Ele permitiu que um técnico dormisse a seu lado, tocasse nele, e teve a oportunidade de se vingar machucando-a. 46 se foi, não sobrou nada para castigá-lo se ele não fizesse como eles ordenavam. Ele podia ter quebrado seu pescoço. Por vingança. Por 46. Retribuição. Ele conhecia aquela palavra e o que significava.
As vozes aumentaram mais à medida que eles se aproximavam.
— Eu não posso acreditar que isso funcionou. Eu me sinto mal, Justice. Pensei que ela estava apenas desesperada, mas maldição se ele não acordou depois de ficar ao lado do cheiro de uma fêmea por quatro dias. A equipe disse que ele ficou em pé por tempo suficiente para lançá-los para longe dela. Meu homem era feroz, de acordo com Trey. Ele até falou. Isto precisa ser um bom sinal de que ele não está feroz se conseguiu formar palavras.
— Nós não teremos certeza até que ele desperte novamente, Tiger. — O outro macho suspirou profundamente. — Que diabos nós fazemos com a Dra. Allison? Ela está implorando para os oficiais permitirem que ela o cheque. E se ele criou um vinculo com o cheiro dela? Ele está inconsciente porque ele não pode cheirá-la? Trisha está a caminho e estará aterrissando em vinte minutos. Eu a tirei da Reserva para lidar com isso. Ted é grande, mas ele está perplexo que a Dra. Allison conseguiu fazer 880 ficar de pé. Ele estava seguindo seu progresso durante todo o tempo.
— Gregory era o mais próximo. Ele disse que 880 pareceu surpreso pela Dra. Allison ser humana e até a acusou de ser uma técnica. Trey Roberts acredita que 880 despertou para ajudá-la. Ele deve ter ouvido ela gritar quando a equipe a agarrou e o despertou do coma. Talvez ele pensou que era sua companheira em dificuldade.
— Ela disse por que ele não estava contido? Eu não tive tempo de ler todas as declarações da equipe, mas entendi que ele não estava.
— A Dra. Allison o soltou depois do primeiro dia. Ela disse que se sentiu estúpida tendo um macho inconsciente preso e ela acredita que ele não é perigoso. —Tiger parou. — Ela tem estado ao nosso redor por muito tempo e nunca viu um Espécie macho bravo que veio diretamente de Mercile.
— Nós deixaremos que Trisha tome as decisões difíceis. Agora mesmo ele está estável e a Dra. Allison não vai deixar a cela. Destiny está tentando vê-la, mas eu não acho que é uma boa ideia. Ele admitiu sentir-se atraído por ela e eu tenho medo de que ele tente usar as condições de companheiro para salvá-la se nós decidirmos processá-la por sequestrar 880.
— Merda. — Tiger murmurou. — Vai ser feio se nós tivermos que prendê-la por anos. Ela fez muitos amigos aqui, mas não podemos apenas perdoar o que ela fez. Eu gosto dela, mas não muda o fato de que ela pôs um Espécie em risco. Não podemos tolerar isto. O que se chamava Justice hesitou.
— Ela o despertou. Isto tem que contar para algo. É uma bagunça.
— Eu sei. — 880 sentiu que Tiger chegou mais perto. — Eu tenho medo que ele se importe com o que acontecer com ela. E se o fato de mantê-la longe dele o impedirá de despertar novamente? Ela pode ter acertado sobre algo com o cheiro. Ele despertou para protegê-la.
— Droga. — A voz do outro homem chegou mais perto também. — Veremos o que Trisha tem a dizer. Eu sei que a Dr. Allison foi clara sobre estar disposta a pôr sua vida em risco, mas e se ele matá-la se permitirmos que ela se aproxime dele? Sentiria-me culpado. Nós só não sabemos o suficiente sobre ele.
— Ele não tem nenhuma pista que sua vida mudou e provavelmente acha que ainda está à mercê de Mercile. Eu gostaria que alguns dos nossos homens estivessem com a equipe que os localizou. Talvez vendo um de nós o tivesse chocado menos, mas poderíamos tê-lo feito perceber com quem ele está agora.
Uma mão firme agarrou 880 no ombro e ele conseguiu manter seu corpo frouxo para esconder o fato de que estava consciente. Esperou dor, mas nenhuma veio.
— 880, se você puder me ouvir, eu sou Justice. Eu sou como você. — Ele parou. — Tiger é como você também. Nós fomos prisioneiro das Indústrias Mercile, mas fomos libertados. Você está seguro aqui com seu próprio povo. Mantemos você contido porque não sabemos se você é perigoso para nós ou não. Seu estado mental é desconhecido. — Sua mão se afastou. — A fêmea que roubou você é humana, mas ela não é uma técnica que trabalha para Mercile. Ela é uma humana boa que apenas queria salvar sua vida. Ela não quis causar a você nenhum dano.
Podia ser uma armadilha, mas 880 tomou a decisão de abrir seus olhos. A luz era ofuscante, mas algo de repente se debruçou em cima dele para bloquear a maior parte. Ele olhou fixamente a um rosto a centímetros acima de seu próprio rosto. O macho tinha características que não eram humanas e fortemente familiares já que via seu próprio reflexo às vezes. Seu coração acelerou.
O macho sorriu, sua expressão com generosidade, e ele abriu sua boca o suficiente para mostrar seus dentes afiados. — Eu sou Justice. Você pode falar 880? Você está seguro. Veja? Nós somos iguais e eu fui criado por Mercile também.
Um movimento a sua esquerda chamou sua atenção e ele girou sua cabeça para olhar fixamente para outro macho com características alteradas. Esse macho sorriu.
— Eu sou Tiger. Você está seguro. Mercile não tem mais você. Nós fomos libertados.
Choque o agarrou enquanto as palavras afundaram em sua mente confusa. Não podia ser verdade, mas ele olhou fixamente para os dois machos, prova que poderia ser. Ele nem sequer sabia que outros machos existiam além daqueles que ele cheirou recentemente quando sua companheira foi assassinada. Ele abriu sua boca, sua garganta seca, mas conseguiu falar.
— Nós somos os únicos três que sobraram?
Justice balançou a cabeça.
— Existem muitos de nós. — O macho girou sua cabeça. — Traga Destiny aqui, mas mantenha Ted e Paul lá fora. Nenhum humano. Espécie somente.
Tiger partiu. 880 olhou fixamente nos olhos do macho.
— Você não sabia que existia mais de nós? — Justice perguntou.
Falar machucava então 880 levantou dois dedos.
— Você foi mantido longe de nossas fêmeas com exceção de uma. É isso mesmo?
Ele assentiu.
Uma emoção perto de dor traçou as feições do macho à medida que ele falou. — Há muitos de nós, 880. Nós fomos libertados das celas de Mercile. Estamos no controle de nossas vidas.
880 tentou mexer seu braço, mas não podia desde que estava contido. Um grunhido suave saiu de seus lábios. O outro macho notou o movimento e olhou antes de encontrar seu olhar novamente.
— Nós contivemos você. Não sabemos se você era perigoso ou não. Não queríamos que você fosse machucado ou nos machucasse se não despertasse sabendo que não está no meio dos inimigos.
— A fêmea? — Ele queria saber onde Alli estava e o que ela fez com ele. — Os dois machos?
— Eu sinto muito. — O macho se inclinou mais perto. — Sua companheira foi morta. Nós salvamos os dois machos que testemunharam isso e sobreviveram. — A raiva se afundou em sua voz. — Nós não pudemos recuperar o corpo da sua companheira. Eu sinto muito. Já tinha sumido quando localizamos você e os outros machos presos com você. Os funcionários da Mercile que falaram durante a interrogação disse que seu corpo foi removido e destruído. Eles o queimaram.
Ele sabia que sua companheira morreu.
— A técnica.
O outro macho recuou um pouco.
— A Dra. Allison?
— Alli. — Machucava dizer as palavras, falar machucava sua garganta, mas ele queria saber sobre ela.
— Ela é uma médica humana que trabalha para nós. Você foi salvo alguns meses atrás e o trouxeram para nós depois que entrou em coma. Depois que sua companheira foi assassinada você atacou as barras da sua cela e causou muitos danos em seu corpo. Embora seus ferimentos curaram, você não despertou. — Lambeu seus lábios e respirou fundo. — A Dra. Allison não pretendia te causar nenhum dano, mas ela roubou você de nós. Ela acreditou que o cheiro de outra fêmea tiraria você de seu sono profundo e talvez despertasse seu interesse. Recusamos-nos a permitir isto, preocupados por você reivindicar a fêmea.
— Ela será castigada por levar você. Nós não podemos tolerar o risco de que nossos inimigos localizassem você. Existem humanos que nos odeiam, mas nós estamos protegidos deles aqui. Ela levou você de nós, para onde não podíamos protegê-lo.
880 tentou entender as informações que foram dadas. Muito não fazia sentido para ele, os detalhes sobrecarregaram sua mente, e ele ainda tinha dificuldade de acreditar que seu povo foi liberado e tantos sobreviveram. Mercile não mais os tinham em sua mercê. Ele estava tentado a acreditar que isso era tudo um esquema para ganhar sua confiança para alguma nova experiência, mas ele se recusou a considerar que aqueles machos de seu próprio tipo se submeteria a ajudar os humanos maléficos a o enganar. Ele olhou fixamente no olhar do outro macho.
— Verdade?
— É tudo verdade. — Justice se inclinou novamente. — Eu sei o que você deve estar pensando. Isto não é um jogo e eles não estão me forçando a mentir para você. Nenhuma fêmea sofrerá se eu não disser algo que eles me fizeram repetir. Estamos livres e Mercile não está mais no controle. Sua vida infernal como você conhecia não mais existe.
Passos se aproximando chamaram sua atenção e 880 girou para ver o macho chamado Tiger entrar no quarto, junto com um novo macho com características alteradas. Eles dois sorriam para ele enquanto Justice recuava.
— Solte-o, Destiny.
O novo macho hesitou, lançando a 880 um olhar duvidoso.
— É seguro. Ele não é feroz. Nós temos conversado.
—Me chamo Destiny. — O macho se aproximou de sua cama cautelosamente e retirou as chaves. — Soltarei as algemas. Não o machucaremos.
— Ele sabe. — Justice declarou. — Só o liberte.
As dos tornozelos foram removidas primeiro e finalmente seus braços foram libertados. 880 tentou se sentar, mas seu corpo respondeu lentamente. Justice e Destiny agarraram seus braços, ele permitiu enquanto o ajudavam a ficar numa posição vertical. Tiger empurrou travesseiros atrás de suas costas antes deles todos se afastarem alguns centímetros para olhá-lo.
— Você dormiu por meses. — Destiny falou. — Seu corpo precisa se recuperar, mas você deve ficar bom. Conseguiremos para você comida sólida para ajudar a se recuperar toda a sua força depressa.
880 ergueu o cobertor para olhar para baixo em seu corpo. Podia ver que sua barriga tinha encolhido, sua pele se apertava em cima de seus ossos, e ele rosnou quando viu seu pênis. Algo estava grudado nele e um tubo acoplado ao longo de sua coxa. Sua cabeça subiu até lançar a eles um olhar acusador.
— É um cateter. — Destiny o informou. — Ajudar você a ir ao banheiro sem sujar sua roupa de cama. O removerei assim que você estiver forte o suficiente para se levantar.
— Tire isso agora. — Ele queria se livrar dele e os tubos finos enganchados em seu braço. — Tire tudo isso.
Destiny hesitou.
Justice limpou sua garganta.
— Faça isto. Nós o ajudaremos a ficar em pé até que ele possa ficar sozinho. Devolva o orgulho a ele.
880 ergueu seu queixo enquanto seu olhar percorria o quarto. Não era uma cela, só um quarto. As paredes não eram de concreto ou barras. A porta estava aberta para permitir que saísse se ele desejasse. Nenhum guarda armado estava à vista e não conseguia detectar nenhum cheiro de humano enquanto inalava, mas sabia que seus sentidos ainda estavam fracos. Seu corpo relaxou e começou a acreditar nos machos. Ele estava livre.
Amargura o agarrou em seguida. Não parecia certo ele ter sobrevivido tempo suficiente para conhecer este dia enquanto que 46 não. Ele deixou sua fêmea morrer. Ele de alguma maneira fez algo para causar sua morte. Dor encheu seu coração.
— O que você estava pensando?
Alli hesitou, olhando fixamente para Trisha, a médica que não só se tornou sua amiga como era companheira de um Nova Espécie. — Eu só queria salvá-lo e ninguém escutou minhas sugestões de como fazê-lo despertar do coma.
— Você podia ter me ligado ou esperado até que eu voltasse. Eu ficaria apenas seis semanas na Reserva.
— 880 estava ficando pior. Ele perdeu peso demais. Eu não podia continuar vendo-o enfraquecer. Como ele está? Ninguém dirá uma palavra sobre ele. Ele acordou novamente?
Trisha sentou-se em sua cama alguns centímetros afastada e suspirou.
— Ele está acordado.
Lágrimas de alegria encheram os olhos de Alli.
— Sério? Ótimo.
— Ele está se recuperando incrivelmente rápido. Ele já está em pé. Ele exigiu comida, comeu mais do que eles queriam, e deu uma volta pelo corredor antes de quase cair no chão quando suas pernas não aguentaram mais.
— Ele parece melhor?
— Nenhum humano tem permissão para aquele nível, então eu não posso examiná-lo pessoalmente. Justice acha que é melhor agora ele não ser exposto a nenhum humano. Destiny e Field estão vivendo lá para cuidar dele em turnos. Consegui olhar pelas câmeras. Eu insisti e pude notar que sua coloração está muito melhor pelo que eu vi. Você pode imaginar o quão difícil é tentar avaliar um paciente por vídeo.
— Como está seu estado mental? Ele está mostrando alguns sinais de dano cerebral ou depressão? Não temos nenhuma ideia do que fizeram com ele ou o quão traumático seus danos cerebrais estavam antes dele chegar a Homeland.
— Ele parece bem. — Trisha franziu a testa. — Eu estaria preocupada com minha própria pele agora, Alli. Você sequestrou um Espécie e o levou pelos portões. Você sabia o quão perigoso isso seria? E se alguém não associado a ONE achasse você com ele? Você pensou sobre isto?
— Só queria ajudá-lo e eles não me deixariam fazer isso. Pensei que seria seguro e tomei todas as precauções, nas quais pude pensar. Planejei ligar para Homeland no sétimo dia se 880 não mostrasse quaisquer sinais da melhora ou se ele piorasse.
— Você o desprendeu. — Trisha hesitou. — Você pensou sobre o que podia ter acontecido se ele despertasse, achasse que você era seu inimigo, e ele matasse você? Ele estaria lá fora sozinho. Não saberia o que fazer e poderia matar pessoas inocentes, pensando que todo mundo que ele visse trabalhasse para Mercile.
Alli balançou a cabeça.
— Ele estaria muito fraco para causar muito dano a mim e eu estava certa de que podia lidar com ele.
— Ele atacou a equipe de Tim Oberto. Ele não apenas saiu do coma, mas colocou dois deles no chão. Pense no que ele poderia ter feito se abrisse os olhos e visse você lá.
O sangue drenou de seu rosto enquanto pensava nisso.
— Ele poderia ter me matado.
— Exatamente.
— Eu sinto muito.
—Eu sei. — Trisha alcançou sua mão. — Você está em sérios problemas e eu não sei o que eles vão fazer com você. Justice nem sequer discuti isso comigo. Slade é meu companheiro, mas ele é Espécie também. Você pôs um de seus machos em risco e nenhum deles pode ignorar isto. Você estava obviamente certa sobre o cheiro de uma fêmea tirar 880 do coma, mas isso não elimina o perigo ao qual o expôs. No mínimo, você está demitida. Você pode passar algum tempo na prisão.
Os olhos de Alli se encheram de lágrimas, mas as piscou de volta.
— Eu sabia disso e estou pronta para qualquer que seja a sentença. 880 valia a pena.
— Droga. — Trisha largou a mão de Alli e se levantou para andar na área pequena. — Isto é uma bagunça. Até agora eles mantiveram você nesta cela reservada, mas não podem manter você aqui indefinidamente. Justice é contra Espécies prendendo humanos. Eles terão que passar você para as pessoas que costumavam administrar Homeland. Eles abriram uma prisão administrada por eles para prender os funcionários da Mercile. — Trisha hesitou e encontrou seu olhar. — É um lugar infernal e as pessoas odiarão você e você as odiará pois são monstros. Você não é um.
— Eu sabia dos riscos.
O olhar de Trisha se estreitou.
— Você acha que eu vou dormir a noite, sabendo para onde você está indo? O NSO não controla isso e eu ouvi histórias horrorosas sobre aquele lugar. Estou tentando convencê-los em apenas te demitir e te escoltar para os portões. Você será proibida de ter qualquer contato com o ONE ou falar sobre os Espécies em público. Só não sei se eles vão fazer isso. Você assinaria uma cláusula de confidencialidade se eles oferecessem para você?
Mais lágrimas encheram seus olhos.
— Eu apenas queria ajudar os Novas Espécies, 880 em particular.
— Eu sei, mas você fez a coisa errada. Foi louco, irracional, e você pôs 880 em severo perigo. Se alguém conseguisse colocar as mãos nele, eles podiam tê-lo matado, pedido o resgate por ele para o ONE de milhões, ou em pior caso, alguém da Mercile podia ter conseguido colocar suas mãos nele novamente. Existem muitos daqueles imbecis lá fora que não foram pegos ainda. Eles estão desesperados.
Os ombros de Alli caíram.
— Eu sinto muito.
Trisha olhou fixamente para ela.
— Aguente firme.
Alli observou-a ir. O oficial a guardando olhou para dentro antes de fechar a porta. O som de trancas sendo viradas a fizeram enrolar-se na cama. Seu quarto era pequeno, composto de uma cama, um punhado de livros foi dado e ela, e nada mais. Tinha passado dois dias desde que ela foi presa. Tiger e agora Trisha eram os únicos que a visitavam além de alguns humanos da força tarefa que vieram para perguntar algumas coisas. Pelo menos ela sabia que 880 recuperou a consciência e ele estava ficando mais forte. — Isso valia a pena. — Ela sussurrou e apertou seus olhos enquanto mais lágrimas escapavam.
Trisha olhou para Justice, depois para seu companheiro. Slade deu um passo mais perto, e ergueu sua mão para acariciá-la, mas ela saiu do seu alcance. Ela estava furiosa.
— Ali está seu criminoso. Uma ameaça tão grande para os Novas Espécies. Poupe-me. Alli fez algo estúpido, mas ela não devia ir para a prisão. — Trisha apontou para a câmera dentro da cela de Allison Baker. — Ela é uma médica. Nós faríamos qualquer coisa para salvar um paciente e ninguém aqui a escutaria. Eu teria levantado o inferno até que alguém cedesse se eu tivesse uma sugestão que eu acreditava, mas ela é diferente. Eu não consigo vê-la gritando ou dando no rosto de alguém. Ela secretamente conspirou para tirar 880 daqui e levá-lo para onde ela poderia tentar fazer o que pudesse para salvá-lo. — Ela pausou. — E funcionou. Eu quero Tiger aqui agora mesmo.
Justice hesitou, mas ergueu seu telefone.
— Envie Tiger, por favor. — Desligou. — Trisha, estamos todos chateados.
— Doutora.
— Cale a boca, Slade. Não venha com doutora para cima de mim. Eu estou furiosa. Eu juro que eu vou com ela se você mandá-la para a Prisão Fuller. Você pode nos prender juntas em uma cela por lá.
Choque arregalou o olhar de seu companheiro e ele lançou a Justice um olhar alarmado. Um grunhido saiu de sua garganta e Trisha retornou imediatamente, com medo dele entrar em uma briga.
— Slade? — Ele olhou para ela. — Apenas fique parado e deixe-me lidar com isto, certo?
Ele franziu a testa, mas seu corpo relaxou.
A porta atrás deles se abriu e Tiger entrou. — Eu fui informado que você precisava de mim?
Trisha se dirigiu a ele.
— Eu exijo que você vá até a Segurança e os faça prender você dentro da cela ao lado da de Alli.
Seu bonito olhar se alargou.
— O que?
— Você me ouviu. Ela te ligou, pedindo permissão para fazer o que achava que era melhor para seu paciente, mas você negou. Ela não o teria sequestrado se você apenas desse a ela uma chance de fazer o que quer que ela achasse que ajudaria 880. Você é da mesma maneira culpado desse crime como ela é. Alguém tem que pagar por isso, de acordo com Justice, merda estou te responsabilizando também. Alli estava certa. 880 está acordado. Ele não poderia estar se ela não tivesse que tomar tais medidas drásticas para salvá-lo. Vá trancar você mesmo e qualquer sentença que ela receba você merece também. — Ela respirou fundo. — Eu exijo que você fique na cela ao lado da dela, assim você dois sofrem juntos.
A boca de Tiger se abriu, mas ele a fechou. Seu olhar deslizou para Justice.
Trisha se virou para ele.
— Isso é justo. Alli pode ter colocado 880 em risco o levando para fora do terreno do ONE, mas Tiger o pôs em risco também por não escutar a médica dele. Ela o despertou. 880 ainda estaria em coma se não fosse por ela. Você quer que alguém pague pelo o que ela fez, mas ela foi guiada a fazer isso por ele. — Apontou para Tiger. — E você podia ter anulado sua proibição, mas você não o fez então você deveria estar em uma terceira cela.
Justice franziu a testa.
— Acalme-se, Trisha.
— Que se dane isso. Ou todos os três cumprem a mesma quantidade de tempo ou eu exijo que você a solte. Eu a quero de volta ao trabalho. Tiger estava no seu escritório no corredor abaixo. Você está no seu. Eu quero Alli de volta no dela. Ela é uma ótima médica.
— Nós não podemos confiar mais nela, Trisha. — A voz suave de Slade a acalmou um pouco.
Ela encontrou seu olhar.
— Então a expulse do ONE e a escolte para os portões, mas a deixe fora da maldita cela. Ela não é uma criminosa. Ela é dedicada a salvar vidas, fez o que sentiu que era necessário para salvar 880. Dê a ela um crédito por isso. Você sabe o quão assustada ela deveria estar para levá-lo? Que tipo de coragem foi preciso não só para ela implementar o plano, mas ir além com ele? Ela pôs sua vida em perigo também, sabia que enfrentaria uma punição, e provavelmente nem achou que isso funcionaria. Isso faz dela mais valente em meu conceito. Ela arriscou isso tudo por um Espécie.
Trisha hesitou.
— Ela teve mais fé em 880 que qualquer um de vocês. — Lágrimas encheram seus olhos. — Eu faria qualquer coisa por você e você é o amor da minha vida, Slade. Você é meu companheiro, meu coração. Alli fez aquilo por 880 e ela nem o conhece. Você devia dar a ela um aumento e ficar muito agradecido por nós termos uma médica com esse tipo de lealdade. Tudo o que ela estava pensando era nele e dar a ele a melhor chance de sobrevivência.
A sala ficou muda e Slade chegou mais perto para puxá-la em seus braços. Ela o deixou abraçá-la. Justice finalmente suspirou.
— Tiger, vá até a Segurança e escolte a Dra. Allison para a casa dela. — Ele desligou. — Eu não sei o que fazer com ela, mas ela não pertence a uma cela. Ela trabalhou para nós e não pode estar segura fora dos nossos portões devido a sua associação. Tenha um oficial colocado em sua porta e a deixe saber que ela está limitada a sua casa. Eu quero que fique muito confortável até decidirmos como lidar com isto.
— Compreendido.
Trisha ergueu sua cabeça e olhou fixamente para Slade.
— Obrigada.
— Eu não consigo ver você sofrendo. — Ele girou a cabeça para olhar para Justice. — Obrigado.
— Trisha tem argumentos válidos. — Justice parou. — Isto é um inferno de uma bagunça.
880 olhou fixamente para as fêmeas e suavemente rosnou em advertência, inseguro do que a presença delas significava. Ele não deu boas-vindas a visão delas. Uma delas parecia muito semelhante a sua companheira.
A alta de cabelo escuro rosnou de volta.
— Eu sou Breeze e não é assim que você faz amigos. Apenas fique neutro se você estiver tentando iniciar sexo. Eu não estou interessada, mas eu não quero me preocupar com você me atacando.
Choque o encheu com sua declaração franca e o modo como ela olhava fixamente para ele. 46 evitava falar com ele quando estava de mau humor a menos que quisesse discutir. Esta aqui parecia querer desafiá-lo.
— Você me faz lembrar ela.
O olhar da fêmea suavizou.
— Sua companheira?
— Sim.
— Como ela era chamada?
— 46.
A fêmea sentou-se em seu quarto enquanto as outras duas ficaram na porta. Breeze apontou para sua cama. — Sente-se. Você me deixa nervosa. Eu não sei o quão controlado você é ou como você reagirá ao redor de fêmeas. — Então apontou para as outras duas. — Elas saltarão em seu traseiro se você me atacar. Estamos claros?
Suas sobrancelhas se ergueram enquanto olhava para as duas fêmeas antes de sentar-se na beirada da cama para estudar a chamada Breeze. — Eu não vou atacar você.
— É bom saber isso. — Ela sorriu. — Como você está lidando com a liberdade? Você parece forte e saudável. Eu ouvi que você se aventurou do lado de fora hoje para dar um passeio.
— Eu estou bem.
— Você não fala muito com os outros, não é?
— Estou me ajustando. É estranho. — Ele evitou discutir por que não era um falador, pouco disposto a admitir que ele não se sentia confortável ao redor de tantos depois de sua vida solitária com apenas sua companheira.
Simpatia relampejou nos olhos de Breeze.
— Todos nós entendemos isso, mas confie em mim, você tem isto muito melhor do que nós. Os humanos tiveram que lidar conosco depois que fomos salvos. Eu era grossa com eles. Você está cercado por seu próprio tipo.
— Por que eu sentiria confiança? Eu não conheço você. — Ele quis ser honesto.
Ela sorriu e ele relaxou ligeiramente quando suas características suavizaram.
— Verdade. Nós somos do seu tipo e você é do nosso. Nós temos que nos unir e você pode depender de nós para te proteger. Você sabe o que isso quer dizer?
— Você está me dizendo que eu posso confiar em você.
— Está certo. Você pode. — Ela se inclinou para frente um pouco. — Como você realmente está?
— Estou ficando mais forte.
— Eu quero dizer como você está dentro da sua cabeça? Eu sei que você perdeu sua companheira. Você está cheio de raiva?
Ele assentiu.
— Eu quero vingança por sua morte.
— Nós temos os imbecis que a mataram.
Ele ficou tenso.
— Eles estão aqui?
— Nós os capturamos quando você foi salvo. Eles foram enviados para uma jaula própria para eles e pagaram por sua morte. Isso ajuda? Eles nunca ficarão livres novamente.
— Eu quero ser levado até eles.
Ela balançou a cabeça.
— Você deseja fazê-los sangrar, mas não pode. Nós não matamos humanos. Nós prendemos as pessoas que cometeram crimes contra nós. Eles sofrem. Eles estão agora enjaulados e a mercê dos próprios humanos. — Seu sorriso pareceu forçado. — Isso ajuda?
— Eles deveriam morrer. — Raiva fervia dentro dele.
— Eu concordo, mas somos melhores que as pessoas que nos encarceraram. Mostramos clemência.
— Eu não.
O olha dela faiscava com diversão.
— Você tem um senso pesado de justiça dentro de você.
Ele não disse nada não estava certo do que ela queria dizer.
— Você teria feito qualquer coisa para proteger sua companheira, certo? Quebrado alguma regra para mantê-la segura?
— Sim. Eles a mataram sem provocação. Eu não fiz nada para deixá-los com raiva.
— Aqueles funcionários da Mercile eram imbecis malignos. — Respirou fundo e olhou para as fêmeas na porta antes de falar suavemente com elas. — Como está por aí?
A com cabelo vermelho listrado olhou para longe. — Ainda estamos limpos.
Breeze encontrou seu olhar. — Nós não deveríamos estar aqui, mas às vezes somos ruins em seguir ordens. Eu fiz um oficial que me devia um favor desligar as câmeras. — Apontou para o canto. — Elas estão lá para a sua proteção e ter a certeza que você não corra nenhum perigo, mas estão atualmente fora do ar.
Ele ficou alarmado.
— Há uma ameaça a minha vida?
— Não de nós. — levantou sua cabeça. — Você sabe quem está em perigo?
— Quem? — Ele depressa ficou confuso.
Uma das mulheres na porta revelou sua mão, que descansava atrás das costas dela. Segurava uma bolsa clara com material do lado de dentro, a pegou e jogou para ele. Era uma blusa. O cheiro doce que inalou era familiar e um grunhido suave saiu de sua garganta antes dele poder abafar.
— O nome dela é Alli. — Breeze hesitou. — Dra. Allison Baker. Ela é humana, mas nunca trabalhou para Mercile. Ela arriscou a pele dela para salvar a sua. Eu gosto dela. — Empurrou sua cabeça na direção das outras duas mulheres. — Elas gostam dela também. Você quer saber o por quê? Alli é uma boa humana. Ela é doce e nossa amiga.
Agarrou a blusa da fêmea em suas mãos, mas não disse nada. Não estava certo do que elas esperavam dele. Uma parte dele se preocupou por elas estarem tentando conseguir uma reação que trairia suas emoções. Ficou tenso, alerta, e mascarou seu rosto para não revelar qualquer coisa. Ele queria saber mais sobre Alli, mas se recusou a admitir. Ele não deveria se importar. Ela era humana, mas estava curioso.
— Você estava inconsciente e não despertava depois que foi salvo. A verdade é que todos nós pensamos que você morreria. Ninguém aqui te conhece e você foi mantido separado de todas as nossas fêmeas, nas instalações da Mercile. Nenhuma de nós compartilhou sexo com você. Mercile costumava nos levar para os machos para fazer experimentos de procriação, tentando fazer mais de nós. Não sabemos nada sobre você e tememos que você ficasse louco. É o que nós chamamos selvagem. Quer dizer que sua mente estava tão quebrada pelo abuso que sofreu que não podia ser salvo.
— Alli se recusou a desistir de você e o roubou deste lugar para te levar a algum lugar onde ela podia fazer o que nenhum de nós iria. Ela pôs a vida dela em perigo tentando despertar você com seu cheiro. Vocês machos são criaturas excitadas que são guiadas pelos pênis. Talvez ela achasse que você quisesse montá-la o suficiente para despertar. — Breeze encolheu os ombros. — A conhecendo como eu conheço, ela provavelmente não considerou que você poderia querer fazer sexo, mas ao invés disso apenas pensou que ter uma fêmea próxima o traria de volta. Ela é ingênua desse modo. Todos os machos que ela conheceu são bem protetores em relação a nós e eles não a abordam para sexo.
Ele não estava certo de como digerir as informações. Uma parte dele estava contente por saber que nenhum outro macho abordou Alli por sexo. A raiva mexeu nas lembranças dos humanos mascarados a tocando quando ele tropeçou para o lado de fora. Ele queria matá-los por fazê-la gritar de terror. A voz de Breeze o tirou de suas reflexões.
— Funcionou. Você a cheirou e despertou quando ela estava em apuros. Talvez você quisesse montá-la ou talvez a confundiu com sua companheira. Eu não sei. Não é?
Ele lutou para responder.
— 880? Você me ouviu?
Ele decidiu ser direto.
— Eu sabia que ela não era minha companheira. Eu lembrei que 46 foi assassinada. Pensei a princípio que ela poderia ser uma técnica. Ouvia as palavras que ela falava comigo, mas não conseguia mover meu corpo. Eu finalmente decidi que ela era outra fêmea trazida para substituir a companheira que eles tomaram. Eles precisavam dela para me controlar.
— Merda. — Uma das fêmeas na porta suspirou. — É como nós pensamos. Eles deram a ele uma fêmea para deixá-lo complacente. Ela era só uma ferramenta para eles.
Um grunhido de ira saiu de 880.
— Ela era minha companheira!
Breeze gesticulou para a outra pedindo silêncio enquanto cautelosamente continuou olhando para ele. — Nós sabemos disso e não significou nenhum insulto. Alli prejudicou você? Ela machucou você?
— Não.
— Ela roubou você para salvar sua vida. Eu quero que você entenda isso. Ela gosta de você e ficou do seu lado. Ela pôs a vida dela em risco para salvar a sua. Você sabe o que aconteceu com ela?
— Não.
— Eles a prenderam. Ela é uma prisioneira dentro da própria casa. Ela não tem mais permissão para ser uma médica e não é mais considerada confiável. — A raiva afundou a voz dela. — Nós não concordamos com isso, mas os machos não nos escutarão. Eles estão com o traseiro ferido por ela poder roubá-lo tão facilmente como o fez. Uma mera e pequena humana te contrabandeou passando todas as medidas de segurança.
— Traseiro ferido? Ela deu injeções para deixá-los inconsciente?
— Não. O orgulho deles está ferido e estão sendo estúpidos. — Uma das mulheres na porta suavemente rosnou. — Você precisa ajudá-la, afinal fez isso por você. É a coisa certa a se fazer.
Raiva o agarrou em receber ordens.
— Os humanos são meus inimigos.
Breeze rosnou de volta para ele enquanto a cor dos seus olhos escurecia.
— Ela não é sua inimiga. Ela é nossa amiga e ela te tirou do coma.
Ele jogou a blusa nela.
— Ela não é minha preocupação. — Odiou o jeito que sua voz soava sem sinceridade. Ele não gostava de dever a ninguém, mas se a fêmea humana salvou sua vida então ele se sentiria honradamente obrigado a retribuir de algum jeito.
Breeze pegou a blusa e se levantou. Ela hesitou. — Um dia você vai ser considerado bom e vai sair do Centro Médico. Você sabe o que você vai querer? — Lançou a blusa para uma das fêmeas e agarrou a frente da sua própria para abaixar o suficiente para revelar os topos dos seus seios. — Nós. Você sentirá a falta de sexo, não é? Você teve uma companheira. Lembra-se do corpo dela? A sensação dela em seus braços?
Seu corpo ficou tenso enquanto seu olha caia na pele que ela revelou. Ele não estava interessado e se sentiu ofendido por ela acreditar que ele estaria tentado a querer. A fêmea puxou sua camisa até cobrir a visão. Seu olhar se ergueu para o dela.
— Isso será o último pedaço de pele que você verá em uma fêmea a menos que você fique motivado a ajudar Alli. Eu falo por mim mesma e todas as nossas fêmeas quando eu disse que nenhuma de nós compartilhará sexo com um macho que permite que alguma de nós permaneça em cativeiro. Nós discutimos isto e você será um macho solitário, sexualmente frustrado a menos que aprenda a se importar com o destino de Alli. Você me entende?
— Ela é humana e eu não quero fazer sexo com você. — Ele poderia ferir o orgulho de Breeze declarando que ele não queria montá-la, mas ela fez ameaças. Ele não se importou por ofendê-la.
— Alli é Espécie até onde nós sabemos. Ela não é sua inimiga ou nossa. — Ela recuou. — Diga-lhe que você quer vê-la ainda que não queira. Você podia até dizer que se sente deprimido por estar sentindo a falta de seu cheiro. Apenas seja legal com ela. Diga-lhe que você confia nela ainda que tenha que aprender a confiar. Ela arriscou a vida dela pela sua. Lembre-se disso em vez do que os outros humanos fizeram com você no passado.
Ele rosnou, se ressentiu por estar recebendo ordens sobre o que fazer e dizer. As fêmeas pareciam não se incomodar com sua raiva enquanto calmamente o olhavam. A ideia de ver Alli novamente era muito tentadora. Ele queria saber por que ela entrou em encrenca por sua conta. Mas seu orgulho se recusou permitir que admitisse.
— Não a assuste ou a machuque. — Breeze recuou mais. — Lembre-se, ela acreditou que você poderia ser salvo quando os outros desistiram da esperança. Você a ajudará se tiver algum orgulho. Você tem uma dívida com ela.
Ele considerou suas opções enquanto as fêmeas silenciosamente o olhavam. Seria um engano mostrar fraqueza, assim como o interesse em falar com a humana. Eles podiam usar isto e ela contra ele para tentar controlá-lo. Mercile fazia isto frequentemente com 46. Claro que Alli não era sua companheira. Eles não ameaçariam matá-la se ele recusasse fazer como eles exigiram.
— Eu a verei para pagar a dívida. — Assentiu cuidadosamente. — Essa é a única razão.
As fêmeas se retiraram, mas uma delas jogou a blusa para ele novamente. Ele a pegou e o cheiro doce de Alli encheu seu nariz. Confusão o encheu pelo fato do outros de seu tipo se importarem tanto com um humano. Eles todos sobreviveram as Indústrias Mercile e deveriam odiar os humanos também.
Ele agarrou a camisa em suas mãos e ergueu para seu nariz. Uma inalação profunda do cheiro de Alli ativou as lembranças que tinha a seu lado enquanto dormia. Sua mão em seu peito tinha uma sensação boa quando o acariciou. Seus olhos se fecharam e ele lembrou-se de vê-la no chão com os machos de pé em cima dela.
Ela era menor do que ele imaginava e tinha uma massa de cabelo loiro. A maior parte do seu foco estava em protegê-la, mas depois ela ergueu sua cabeça. A lembrança estava fraca, mas ele estava certo de que ela tinha grandes olhos azuis e pele pálida.
Mais uma respiração profunda ajudou a clarear a confusão de despertar com o grito dela. Sabia lá no fundo que era ela em perigo. Os sons apavorados o fizeram querer alcançá-la. Era um borrão quando chegou do lado de fora e o que ele teve que passar para fazer isto. Ele apenas a buscava.
Um retrato claro do seu rosto emergiu em sua mente. Ela tinha lábios cheios, características delicadas, e definitivamente seria humana. A ponta arredondada do seu nariz e seu tamanho diminutivo o assegurou disto. Sua companheira era muito maior com estrutura óssea facial lisonjeada semelhante ao seu próprio rosto. A camisa agarrada em sua mão se abaixou para descansar em cima do seu colo enquanto abria seus olhos. Um grunhido saiu dele.
Alli o levou de seu povo porque queria salvá-lo. As fêmeas admitiram que eles desistiram da esperança de que ele despertaria. O deixou com raiva que ele devesse sua vida a um humano. Seu cheiro permaneceu enquanto respirava, mas ele tomou a decisão de fazer o que as fêmeas pediram.
Suas pernas seguraram seu peso facilmente quando se levantou. Empurrou a blusa sob seu travesseiro e caminhou para a porta. Os dois machos que o olhavam nunca ficavam longe. Ele cheirou o corredor e facilmente localizou seus cheiros. Eles estavam há três portas abaixo sentados numa mesa, assistindo televisão. Ambos os machos viraram em sua direção quando ele entrou no quarto, que era muito parecido com o seu.
— Você precisa de algo? — Destiny se levantou. — Você gostaria de dar outro passeio lá fora?
— Eu quero a fêmea. — Ele exigiu.
O outro Espécie empalideceu ligeiramente.
— Que fêmea?
— Alli. — Dizer seu nome parecia estranho.
—Não. — A raiva apertou as características de Destiny. — Ela não é sua inimiga.
—Destiny. — O outro sibilou.
Ele não parece bravo. O segundo se levantou também.
— Por que você deseja ver a Dra. Allison?
— Não Field. — Destiny murmurou. — Não importa. Ela não chegar perto dele. Eu não vou permitir que ela venha aqui.
— Eu a quero. — 880 estudou o macho de perto e notou o modo como seu corpo ficou tenso, pronto para lutar. Ele conhecia bem o comportamento e ele mesmo tomou a posição rígida muitas vezes com machos humanos quando chegavam perto de sua companheira. Raiva subiu firmemente dentro dele e explodiu. Rosnou. — Ela não é sua.
— Merda. — Field silvou. — Acalme-se. A Dra. Allison não pertence a ninguém.
— Eu a quero. — 880 enrolou seu lábio superior para trás o suficiente para advertir os outros machos mostrando seus caninos afiados, não deixando nenhuma dúvida de que ele lutaria se eles recusassem. — Traga-a para mim.
— Fácil. — Field chegou mais perto da porta. — Deixe-me fazer um telefonema e eu verei o que posso fazer. — Ele hesitou. — Por que você quer vê-la? Eles irão querer uma resposta antes de permitirem isso. Eu tenho que conseguir permissão de Justice para trazê-la para cá.
Ele facilmente lembrou o que Breeze disse já que ele não se esqueceria da conversa por muito tempo. Decidiu usar a desculpa que ela mencionou. — Estou me sentindo deprimido. — Falsamente declarou. — Me ajustei ao cheiro dela e sinto falta.
Field sorriu e olhou para o outro macho.
— Está certo. Ela está familiarizada com ele. Só isso.
Destiny não parecia seguro.
— Ela não é de compartilhar sexo. Você entende? Não tente montá-la. Ela é humana e com limites.
880 teve que conter outro rosnado. O macho era muito protetor com a fêmea humana. Ele chegou mais perto do macho estressado e o cheirou. Nenhum rastro de Alli estava nele e ele recuou. Ele não gostava do interesse do outro macho na fêmea que dormiu a seu lado. Girou e caminhou de volta para seu quarto. Laurann Dohner Obsidian
Alli estava nervosa enquanto via o olhar de Destiny para ela. Ele estava realmente chateado porque 880 queria vê-la, aquele fato era tão claro quanto a expressão de raiva em seu rosto.
— Mantenha a porta aberta e fuja se ele chegar muito perto. Ele não tem permissão para tocar em você. — Olhou para Tiger. — Eu não confio nele. Ele podia tentar montá-la.
Os olhos dela se arregalaram.
— O que?
— Ele disse que não queria isso. — Tiger franziu a testa. — Relaxe, meu amigo.
—Eu não relaxarei. — Destiny rosnou. — Ele está instável e estamos mandando ela para lá. Eu insisto em ficar ao seu lado. Ela é humana e não há nenhuma certeza de que ele não a verá como uma ameaça ou uma inimiga.
O olhar de Tiger se moveu para Alli.
— A decisão é sua. Sua vida pode estar em perigo. Ele pode te machucar ou matá-la. Você está disposta a correr esses riscos?
— Sim. — Respondeu. Estava ávida demais para ver seu paciente para pensar muito nisso.
— Não. — Destiny rosnou.
Ela franziu a testa para ele.
— Pare com isso.
Ele mostrou os dentes afiados em advertência.
— Certo. Espero que ele não te mate. Tentarei salvar você se a situação ficar ruim.
Isso não é muito confortante de ouvir. Lambeu seus lábios e olhou fixamente para Tiger, esperando por instruções. Ele deixou muito claro que estava no comando de sua visita a 880 e ele só daria permissão para deixar sua casa se ela concordasse com todas as suas regras.
Eles discutiram quando ela foi informada que 880 solicitou vê-la. Tiger achava que seria perigoso considerar que ela pudesse ser vista como o inimigo. Ela teve que usar a lógica para convencê-lo que beneficiaria seu paciente estar ao redor dos humanos. Ele estava livre e precisava se ajustar a vida fora de Mercile. Justice tinha a palavra final e ele concordou com isto.
Tiger hesitou.
— Isto pode não ser uma boa ideia.
— Justice disse que eu podia ver 880. — Lembrou a ele. — Eu quero vê-lo.
— O que Justice disse é que ele não sabe o que fazer com você, mas quer que o nosso macho se recupere. Ele está tão inseguro desta situação quanto todos nós estamos.
— Eu quero ver 880. Por favor? Eu sei que pode ser perigoso. — Segurou o olhar de Tiger para assegurá-lo que ela estava sendo sincera. — Eu sei dos riscos e eu os aceitei.
Ele se conformou, mas não parecia muito feliz com isto.
— Fique na porta e grite por ajuda no primeiro risco de problema. Ele quer falar com você a sós. Eu discuti com ele, mas ele arrancou a câmera de dentro do quarto e jogou em minha cabeça. Eu acredito que ele esteja tentando entender por que um humano faria o que você fez por ele. Os únicos que ele conhecia trabalhavam para Mercile e eles não eram amáveis. — Tiger parou. — Eles assassinaram sua companheira. Lembre-se disso porque ele não esqueceu. Eu ainda não posso acreditar que estou permitindo isto.
— Eu entendo por que ele poderia me rejeitar e você está fazendo isto porque você quer que ele melhore. Ele é Nova Espécie. Vamos parar de ficar remoendo este argumento, por favor. Todos vocês foram exposto a médicos quando foram salvos. Era parte do processo curativo. Você admitiu que ele está consciente do que eu fiz com ele. No fundo ele sabe que eu não sou alguém que ele deva odiar. Estava impotente a meus cuidados e ainda assim não fiz nada de ruim para ele. Ele é inteligente, certo? Você me disse isso a vinte minutos atrás quando me deu a atualização dele. Ele não é selvagem.
Tiger a estudou por um momento longo antes de assentir secamente. — Vá em frente. Nós estaremos bem aqui. Ele nos ouvirá e nos cheirará. Precisamos ficar nessa distância, mas iremos se você gritar.
— Obrigada. — Seu coração martelava rápido enquanto alisava sua saia em um gesto nervoso.
Destiny murmurou.
— Ela devia vestir calça. Eu disse. Isso só vai deixar mais fácil para ele se tentar montá-la.
Tiger suavemente rosnou em advertência.
— Chega. Não importaria se ela vestisse calça ou uma saia se ele pretende atacar. Ele rasgaria ambos do corpo dela se esse for seu objetivo.
— Um… — Alli limpou sua garganta. — Estou bem aqui. Vocês podiam parar de tentar me assustar?
— Não faça isto. — Destiny lançou a ela um olhar suplicante. — Ele é perigoso.
— Eu preciso conversar com ele se ele quer me ver. Eu devo respostas. — Endireitou seus ombros e marchou pelo corredor abaixo. Eles retornaram 880 para seu quarto original e parou na entrada aberta.
— Venha aqui. — Uma voz barítono profunda ordenou.
Merda! Deu aquele passo final e seu olhar encontrou 880 sentado na beirada de uma cama de tamanho queen-size que parecida ter sido feita sob encomenda para ajustar sua estrutura alta. Eles removeram a cama de hospital para algo mais caseiro. Seu cabelo caia livremente em seus ombros e chegava a cintura de seu moletom. Seu peito estava nu e também estava descalço. Seu olhar maravilhoso segurou o dela enquanto ela bravamente entrou alguns centímetros em seu quarto.
— Oi, 880. Eu sou Alli. — Ela parou. — Dra. Allison Baker. Você pode me chamar de qualquer um que preferir.
Ele cheirou.
— Chegue mais perto. — Suas mãos descansavam na parte de baixo das suas coxas próximas à curva de seus joelhos, mas uma se ergueu para apontar um dedo para o chão entre suas coxas afastadas.
— Aqui.
— Eu deveria ficar na porta.
— Eu ouvi. — Seu intenso olhar se estreitou. — Venha aqui. — Ele manteve seu dedo parado naquele mesmo lugar na frente dele, não o movendo. — Eu não machucarei você.
Era uma ideia realmente ruim, até mesmo tola, mas ela deu um passo, então outro. O rosto dele estava mais cheio nos últimos dias, o olhar dela se abaixou para seu torso. Cada costela já não aparecia mais, pois ele engordou o que ela achava que ninguém possivelmente conseguiria em uma quantia tão pequena de tempo. Só parou quando seu corpo quase bateu em seu dedo indicador estendido.
Ele abaixou sua mão para sua coxa novamente e chegou mais perto até que seus rostos estiveram nivelados. Apenas um pé os separava. Não importava que ele estivesse sentado. 880 ainda parecia intimidante e grande.
Ele estudou seu rosto enquanto ela fazia o mesmo com o dele. Havia um silêncio inquietante no quarto, só suas respirações podiam ser ouvidas. Os dentes dela morderam o lábio inferior nervosa quando seu olhar focou na boca dele. Ele a cheirou novamente e fez o nariz se mexer. Ela olhou fixamente para seus olhos marrons até que ele encontrou seu olhar.
— Por quê?
— Por que eu vim? Você pediu para me ver.
Sua boca se endureceu em uma linha apertada.
— Por que você me roubou e correu riscos que outros não correriam?
— Você estava morrendo. Você não despertaria do coma. — Ela respirou fundo e tentou forçar sua frequência cardíaca diminuir a velocidade. Ele não atacou e isso era muito bom. — Pensei que o cheiro de uma mulher pudesse interessar você.
A cor marrom claro de seus olhos pareceu ficar preto e eles se estreitaram novamente.
— Me interessar como? Você queria que eu montasse você?
Alli foi pega de surpresa com a pergunta.
— Não. Eu quis dizer que achava que você ficaria curioso e talvez despertasse para ver quem ela era. Quem eu era.
— Não se mova.
Ele se moveu e as batidas do coração dela aumentaram com medo enquanto ele suavemente pegou sua mão. Ela não puxou a mão de volta e ele a virou para olhar fixamente sua palma. Sua outra mão se ergueu e as pontas do dedo com calos arrastaram por cima de sua pele. Ele a estudou de perto, abriu sua mão debaixo da dela, e pareceu notar a diferença de tamanho. Encontrou o olhar dela novamente.
— Eu senti você me tocando.
As bochechas dela ficaram quentes.
— Eu tive que checar seu cateter. Eu realmente sinto muito por isso.
— Em meu peito.
— Oh. — Podia respirar melhor novamente.
Seus dedos se enrolaram ao redor do pulso dela e levou seus dedos para seu peito para colocar as pontas deles entre seus mamilos.
— Faça novamente. Acaricie-me.
Alli estava perdida com o que fazer por alguns segundos enquanto ele esperava. Sua pele era quente e firme debaixo de sua palma enquanto cuidadosamente se movia. Era difícil de fazer com ele segurando seu pulso, mas suavemente o esfregou. Seus olhos se fecharam e toda a tensão sumiu de suas feições.
Uma sensação de espanto a encheu quando percebeu que seu toque parecia fazê-lo se sentir à vontade. Ela silenciosamente se perguntou se era um sinal de algum problema cerebral. Largou seu pulso e suas mãos se soltaram. Ela tentou se afastar.
— Continue fazendo isto.
Era uma ordem, clara e simples. Sua voz severa não admitia nenhum argumento. Soltou respirações lentas e continuou a acariciar sua pele. Seus olhos se abriram um segundo antes dele se mover tão rápido que ela ofegou quando sua mão enrolou atrás de seu pescoço. Ele a empurrou contra seu corpo até que estava apertada contra ele. Temeu que ele pudesse matá-la sufocando contra sua pele.
Ela engasgou no ar e percebeu que ele a segurava frouxo o suficiente para permitir que ela respirasse. Ele cheirava a sabão e homem. Ela pode até descobrir seu xampu, pois seu nariz estava apertado contra a pele e cabelo longo. Seu outro braço se envolveu ao redor das suas costas na cintura para prendê-la no lugar enquanto sua boca encontrou sua orelha.
— Não grite ou eu quebrarei você. Seria fácil de fazer. Você é frágil. Eles não alcançarão você a tempo. Você me entende?
Pânico atingiu com força com a ameaça muito suave dele, estava certo que ela era a única que podia ouvi-lo. Um gemido deixou sua boca, mas ela não gritou.
Ele apenas a segurava e se sentiu enjaulada quando suas coxas agarraram seus quadris para ajudar a mantê-la no lugar. Ele não a estava machucando, mas ele poderia se quisesse. Isso era óbvio.
Ele esfregou o nariz em sua garganta debaixo de sua orelha enquanto inalava, girando sua cabeça o suficiente para cheirar seu cabelo. Puxou-a um pouco mais perto usando o braço que estava ao redor de suas costas. Seus seios se esmagaram contra seu peito e a mão atrás de seu pescoço permaneceu firme, para segurá-la no lugar.
— Eu não estou mais impotente ou acorrentado. Seus machos mataram minha companheira
Lágrimas quentes encheram seus olhos enquanto temia que ele se vingasse nela. Destiny estava certo e isso era uma porcaria.
— Por favor. — Ela sussurrou. — Eu não tive nada a ver com isto.
Ele suavemente rosnou e seu nariz fez cócegas quando o apertou contra sua garganta enquanto a cheirava novamente. Empurrou seu corpo de repente antes de se afastar. Permitiu a ela um pouco de espaço entre eles quando seu aperto aliviou atrás de seu pescoço e acabou ficando nariz com nariz com ele enquanto olhava em seus olhos. Choque arregalava seus olhos.
— Você chora? Eu não estou te causando dor.
— Você está me assustando. — Admitiu. — Eu não quero morrer.
Sua boca se curvou para baixo.
— Não grite e você ficará bem. Nenhuma lágrima. Eu não gosto delas em minha pele.
Seus lábios se fecharam enquanto batalhava com suas emoções até que conseguiu um controle sob elas. Rapidamente piscou para conter mais lágrimas. Ele ainda a mantinha presa e toda respiração ventilava em seus lábios. Sabia que ele sentia o mesmo que ela já que estavam muito próximos.
A cabeça dele balançou ligeiramente como se ele ouvisse algo e um grunhido suave saiu dele.
— Diga-lhes que você está bem.
Ela prendeu ar, se debatendo para fazer o que ele disse ou ela deveria gritar por ajuda. Ele não estava a machucando até agora.
— Eu estou bem. — Ela falou alto o suficiente para ser ouvida pelo corredor abaixo.
880 escutou e relaxou.
— Quais reivindicações o macho Destiny tem com você? — Ele parecia bravo.
— Nenhuma.
— Você foi montada por ele? Eu não sinto o cheiro dele em você.
— Não. — balançou a cabeça. — Nós somos apenas amigos.
— Fale mais baixo. — Ele exigiu.
— Nós trabalhamos juntos. — Sussurrou. — Por quê?
Ele ignorou sua pergunta.
— Onde está seu macho?
— Eu não tenho um.
Ele estudou seus olhos novamente. Olhou para baixo em seu corpo. Alli corou um pouco quando ele hesitou, seu olhar prolongado em seus seios por muito tempo antes de focar em sua saia.
— Você é muito pequena. Os machos apreciam uma fêmea robusta para montar. Você se quebraria ou sentiria dor sendo montada por trás. Eu duvido que possa aguentar até ficar de joelhos. Seus braços parecem muito fracos. Você desmoronaria na primeira vez que um macho entrasse em você.
Não tinha palavras. Ficou tão surpresa que seus pensamentos sumiram por ele dizer algo tão explícito.
Seu olhar encontrou o dela.
— Você nem parece grande o suficiente para acomodar um macho.
Estava contente por se recuperar da surpresa.
— Eu não fui criada com sua genética híbrida.
Ele grunhiu e seu aperto se aliviou, mas não a largou. Suas coxas afrouxaram seu aperto em seus quadris.
— Vire-se.
Ela balançou a cabeça.
— Não. Por quê?
Ele rosnou.
— Vire-se agora.
Ela estava com muito medo de discutir e se virou dentro dos seus braços. A porta aberta zombava dela quando a encarou. Nunca deveria ter deixado a segurança do corredor. Parecia uma distância realmente longa. A mão deixou sua garganta e ela ofegou quando ele segurou seu traseiro. Ele apertou, a sentindo pela saia. Sua cabeça girou na direção dele.
— Não faça isto!
Seu olhar encontrou o dela e ele rosnou.
— Fique calada.
— Solte meu traseiro. — Manteve a voz baixa, mas tentou se afastar dele para fazê-lo deixar de agarrá-la.
O braço ao redor dela puxou com força, ele deixou seu traseiro, e ela caiu sobre seu colo. Sua palma prendeu em cima dos seus lábios e ele rosnou contra sua orelha. Os olhos de Alli se arregalaram quando percebeu que estava sentada em mais do que apenas suas pernas. Não havia nenhuma negação quando sentiu seu pênis rígido preso entre suas coxas fechadas.
— Não grite. — Ordenou. — Eu não vou machucar você. Estou curioso. — Sua palma aliviou a pressão em cima de seu rosto e lentamente largou sua boca.
O olhar dela seguiu sua mão que agarrou o material de sua saia e puxou para cima para revelar a maior parte de uma de suas pernas. A saia ficou onde ele empurrou e pontas dos dedos com texturas ásperas exploraram a parte de cima de sua perna indo do joelho até quase seu quadril. Ele estava respirando contra sua orelha e notou quando acelerou.
— Suave.
O braço ao redor de sua cintura se ajustou e ela viu quando ele passou a palma por cima de seu estômago. Os dedos cravaram em sua barriga, mas não machucou. Ele explorou a pele debaixo de sua blusa e deslizou para cima. Ofegou uma segunda vez enquanto uma mão se curvava ao redor de seu seio e ele esfregou, sentindo o tamanho e forma dele pelo seu sutiã.
— Mais suave.
— Pare de me molestar ou vou gritar. — Ameaçou.
Ele parou sua exploração em seu seio. A mão em sua coxa parou também. Ela girou a cabeça para encontrar seu olhar. A raiva relampejava em seus olhos, mas ele endireitou sua saia antes de aliviar sua mão do seu seio.
— Eu não tentarei montar você. Você não é forte o suficiente para me aguentar.
Ela tentou sair do seu colo, mas ele puxou suas costas de volta. Girou-a até que ela acabou sentada de lado em seu colo. A sensação de seu pênis ficou aparente novamente. Não havia como não notar algo tão duro ou daquele tamanho. Eles olharam fixamente um para o outro até que ele franziu a testa.
— Eu preciso do seu cheiro. Durma aqui comigo. Você está segura.
Alarme a atingiu.
— O que?
— Durma comigo. Você já fez isto antes. Eu quero você a meu lado. — Agarrou sua mão e segurou. — Acaricie meu peito.
Alli estava além de chocada. O homem acabou senti-la e estava obviamente interessado em sexo. Era uma ideia ruim. Ela balançou a cabeça.
— Eu tenho que retornar a minha casa. Estou sob prisão domiciliar. Isto é só uma visita.
— Não mais. Você vai ficar comigo.
As feições dele endureceram quando olhou para a porta antes dele encontrar o olhar dela arregalado. Ela não tinha nenhuma ideia do que dizer. Não que isso a impediu de tentar convencê-lo.
— Não é adequado. Eu quero dizer, nós não estamos namorando. Estranhos não compartilham uma cama. Eu só dormi com você porque estava frio e...
— Você queria me salvar. — Sua voz se afundou novamente. — Você está mentindo sobre isto? Você é uma curandeira?
— Eu sou uma médica. Eu...
— Você ficará comigo. Você dormirá aqui a meu lado e me tocará. Estou deprimido, mas não quando você acaricia meu peito. — Afastou o olhar para olhar para a cama.
Pânico a atingiu. De jeito nenhum ela compartilharia uma cama com um Nova Espécie completamente recuperado. Ele não era uma criança enquanto seu corpo completamente declarava com a pressão dura de seu pênis debaixo dela. Ele era um homem adulto que a molestava.
— Eles não permitirão isto. — Ela blefou, bem certa que seria verdade.
—Eles vão porque estou dizendo. — Ele agarrou os cobertores e os puxou. — Remova seus sapatos e suba em minha cama.
— Não. — Se contorceu para levantar, mas seu braço apenas apertou.
Um grunhido suave surgiu contra sua orelha enquanto ele apertou sua boca contra ela.
— Continue roçando meu pênis desse jeito e eu montarei você.
Ela parou de lutar.
— Você pode manter sua roupa por enquanto.
Seus olhos se alargaram. Por enquanto? Oh merda. A ideia de que Destiny poderia estar certo e 880 queria fazer sexo com ela quase fez seu coração parar enquanto o medo a atingia.
880 a cheirou. — Calma. — Falou. — Não lute e você não será machucada. Eu não tenho nenhum desejo de machucar você. — Ele parou. — Eu preciso de você agora.
Seus olhos se fecharam e medo percorreu seu estômago. Ele se viciou a seu cheiro? Como isso era possível? Nova Espécie só marcava o cheiro quando eles tinham uma companheira. Um laço sentimental se formava primeiro, antes deles quererem uma companheira.
880 podia cheirar o medo da humana. Era um cheiro atraente, doce que fazia seu pênis ficar mais duro. Ela não era para montar, mas seu corpo tinha outras ideias. Alli se quebraria debaixo dele se ele a pegasse. Seu braço ancorado ao redor da sua cintura suave e pequena o assegurou disto. Suas costas eram mais estreitas sem dúvida de que a largura do seu peito. Seu peso nele era leve comparado ao de sua companheira. O pensamento de 46 o entristeceu.
Ele nunca veria seu olhar novamente ou ouviria seus grunhidos suaves. Sabia que ela nunca apreciou ser sua companheira, mas ele tentou fazê-la feliz. O único momento que ela quis seu toque foi quando ela precisou. Parecia que nenhuma fêmea sentia-se atraída por ele a menos que estivessem no cio. Ele cheirou Alli, certo de que a fêmea não estava nem perto dessa fase.
Remorso o encheu ao perceber que a humana não viria para ele em seu momento de necessidade. Não seria uma boa ideia. Ele não queria machucá-la agora que a tinha em seus braços. Ele não podia nem ficar bravo. Ela estava com muito medo dele para ativar sua raiva.
O som de vozes no corredor mudou. As palavras perdidas, mas um dos machos começou a rosnar. Ele podia adivinhar que era Destiny a fonte. Era óbvio que o macho queria montar Alli e não gostava dela próxima a ele. Isso não iria acontecer. O outro macho morreria se ele tentasse tirar a humana de seu quarto.
880 girou seu rosto e esfregou seu nariz no cabelo de Alli. Ela cheirava a coisas maravilhosas e a comida. Talvez fosse como os humanos chamavam a atenção do sexo oposto. Ela disse que não tinha nenhum macho e ele não detectou o cheiro de um. Fazia sentido ela tentar atrair um o fazendo cheirá-la quando eles estivessem com fome.
O tempo estava passando e sabia disso. Os machos viriam checar Alli se ela não deixasse seu quarto logo. Ele se inclinou e gostou do modo com ela tremeu quando ele respirou em seu pescoço.
— Eu preciso de você. — Ele admitiu. — Eu não conheço nada aqui a não ser você. — Isso era verdade. Os machos tentaram ser legais, mas ele não se conectou com eles. O cheiro dela o fazia sentir excitado, mas não imparcial. — Fique comigo. — As fêmeas gostavam de ser perguntadas em vez de ordenadas. 46 o ensinou isto. Ele usou um tom mais suave. — Eu me recuperarei mais rápido.
Ela girou sua cabeça e seus olhos se arregalaram. Sua confissão obviamente a surpreendeu e seus lábios separaram.
— Ninguém aqui machucará você, 880. Você é Nova Espécie e eles consideram você família.
— Eu não tenho nenhuma. Estou sozinho agora. — 46 foi a única constante em sua vida e ele a perdeu. — Fique comigo.
Indecisão oscilou em suas feições delicadas enquanto mordia seu lábio inferior e ele começou a ver um padrão. Ela fazia isso quando estava insegura do que fazer.
— Eu preciso de você e você é uma curandeira. Correu riscos para tentar me despertar quando eles não o fizeram. Você deve ficar aqui. Sente-se protetora comigo, não é? Foi por isso que você me roubou?
Ele sabia que ficaria bem sem ela e duvidava que seu povo o ferisse, mas funcionou quando ela timidamente assentiu. Ele não estava disposto a usar seu trabalho para mantê-la onde ele queria.
— Certo. Só um pouco mais.
— Não. Você dormirá comigo até que eu fique completamente recuperado.
— Você parece estar recuperado. — Ela hesitou. — Você está bem. Engordou e sei que você foi para o lado de fora.
— Eles desejam me manter dentro deste quarto. — Irritação soou em sua voz. — Temem que eu machuque alguém. Humanos. — Ele decidiu ser honesto. — Eu não prejudicarei você e eles estarão seguros que aqueles que eles se importam estarão seguros quando virem você aqui.
Ela pareceu pensar sobre isso por muito tempo antes de falar.
— Eu ficarei, mas eu não posso compartilhar uma cama com você. Todo mundo ficará com a impressão errada.
— O que isso quer dizer?
Suas bochechas ficaram rosa e seu olhar caiu para sua garganta.
— Eles pensarão que nós estamos fazendo sexo.
— Eu não me importo com o que eles pensam.
O olhar dela se ergueu.
— Eu me importo. Eu trabalho aqui. Ou trabalhava.
Raiva surgiu imediatamente.
— Isso te causaria vergonha, o fato deles acreditarem que eu toquei você? — Um grunhido saiu de sua garganta. — Esta é a sua ideia que nós somos iguais? Eu fui informado que os humanos aqui não nos tratam com desprezo. — Seu aperto ao redor de sua cintura aumentou. — Você...
— Pare com isto. — Ela silvou, interrompendo sua raiva. — Não é porque você é Nova Espécie. Eu não ostentaria uma relação com ninguém, mas especialmente com alguém que eu tratei. Você não entende. Não tem nada a ver com nossas diferenças.
880 procurou seu olhar imóvel, mas não conseguiu detectar decepção.
— Explique isso.
— Não é profissional. Você não é tecnicamente mais meu paciente, mas você era. Os médicos perdem suas licenças se eles fizerem sexo com as pessoas que eles cuidam. Não é ético e não é aceitável. Eu odeio as pessoas que fazem isso. Não quero que ninguém pense que eu posso ter me aproveitado de você e eles iriam pensar assim.
Ele a ergueu de seu colo e permitiu que saísse do círculo de seus braços. Seu corpo ficou tenso no caso dela tentar fugir, mas ela não chegaria a porta. Ele a pegaria primeiro. Alli lentamente girou, mas ficou perto. Ele se levantou mostrando sua altura completa e olhou fixamente para ela. Ela era pequena e fraca, não uma ameaça. Ele riu.
— O que é tão engraçado? — Seus braços cruzaram sobre seu peito.
— Quem acreditaria que você poderia me forçar a fazer algo contra minha vontade? É isso que você quis dizer. Aproveitar-se significa força.
— Quer dizer que você está emocionalmente vulnerável agora e alguém podia facilmente manipular você. — Seu foco mudou para seus braços antes de encontrar seu olhar novamente.
Todo o humor desapareceu.
— Não aconteceria. Estou no controle e você não conseguiria me fazer nada. Deixe-os se preocupar sobre como eu poderia manipular você. Eu conheço essa palavra. — Ele olhou o corpo dela abaixo. — Seria fácil.
Sua boca se separou, mas ela não mordeu seu lábio. Ele estudou seu rosto de perto e finalmente identificou um pouco de medo. Ele podia viver com isso se a impedisse de tentar fugir do seu quarto. Ele apontou para a cama.
— Sente-se. Eu direi a eles que você vai ficar comigo.
— Eu deveria...
Ele chegou mais perto e quase colidiu com ela. — Sente-se. — Ele rosnou.
Ela empalideceu e correu ao redor ele, se sentando humildemente em sua cama. Ele sorriu.
— Isto é manipulação.
Raiva estreitou os olhos dela e ele se virou para esconder um sorriso. Ele gostava do fato dela ter um pouco de espírito. Ele andou com passos largos no corredor e estudou os dois machos que esperaram no final. Eles dois se viraram quando o sentiram.
— Alli ficará aqui comigo. Dobre a minha comida e ela precisará de mais roupa.
— Não. — Destiny silvou, imediatamente o desafiando enquanto suas mãos se fechavam e ele tentou chegar mais perto.
Tiger agarrou o braço do macho para detê-lo.
— Não. — Ele suavemente ordenou. — Controle-se. — Ele chegou mais perto, cada passo calculado sem ameaça.
880 voltou para seu quarto e olhou para Alli. Ela permaneceu sentada onde ele ordenou que ela ficasse. Tiger parou na entrada e visualmente a examinou, obviamente verificando sua saúde.
— Você está bem?
— Sim.
Tiger segurou seu olhar.
— Por que ela vai ficar aqui?
— Ela está familiarizada comigo. Eu não a prejudicarei.
Tiger pareceu indeciso enquanto ele olhava Alli.
— Você está certa disso? Nós devíamos conversar. — Ele engoliu. — No corredor.
Alli olhou para 880 e ele deu um aceno com a cabeça. Ele esperou que ela não o traísse e pedisse ao macho por ajuda. Não seria bom. Ele ainda estava fraco, mas ele lutaria para ficar com ela. Ele se decidiu sobre o assunto. Ela parou do lado de fora da porta e Tiger abaixou sua voz.
— O que está acontecendo?
— Ele diz que eu sou a única coisa que ele conhece. Está tudo bem.
Tiger ergueu seu olhar para olhar fixamente para 880 antes de se endereçar a ela novamente.
— Ele é um macho adulto e saudável. Você entende? Você é uma fêmea.
As bochechas de Alli ficaram rosadas novamente.
— Nós não estamos envolvidos desse jeito.
Tiger recuou e ela o seguiu para fora da linha de visão de 880. Ela não foi longe. Ele ficou tenso, pronto para ir atrás dela se ela fugisse. Ele lidaria com o macho se ele tentasse impedi-lo de retornar Alli para o seu quarto.
Alli estava nervosa e sabia exatamente quais eram as preocupações de Tiger enquanto ele franzia a testa.
— Ele pode tentar montar você. Ele provavelmente tentará se você ficar. Você entende isso?
A ideia a deixou assustada, mas ela tentou esconder. Ela não era a pessoa favorita de 880.
— Ele disse que ele não me machucaria.
— Eu duvido que ele associe sexo com dano. — Tiger hesitou. — Eu cheiro medo em você.
— Ele é grande e um pouco intimidador. — Pensou em pedir a Tiger para levá-la para longe de 880. Ela queria voltar para casa. — Ele é, hã, diferente.
— Como?
— Ele é um tanto quanto cru e rude.
— Ele foi recentemente libertado. Ele disse qualquer coisa para ofender você? Nós estamos tentando ensiná-lo melhores habilidades de conversa.
Ela não iria repetir o que 880 disse sobre seu corpo.
— Ele também é meio que valentão.
Tiger ergueu suas sobrancelhas.
— Ele não pode forçar você a ficar. — Sua voz se abaixou. — Ele ameaçou você? — Ele agarrou o rádio preso em sua calça jeans. — Eu posso pedir auxílio. Nós podemos contê-lo e tirar você daqui sem muita dificuldade se ele protestar.
A ideia de ter oficiais contendo 880 a fez agitar a cabeça. Eles podiam feri-lo e sabia que ele lutaria.
— Não. Ele não fez isto. — Mentiu. — Eu posso ficar com ele durante algum tempo. Não é como se eu tivesse alguma outra coisa para fazer além de assistir televisão ou olhar para as paredes.
— Eu tenho que discutir isto com Justice e Trisha. — Ele deixou sua mão cair de seu rádio. — Você quer qualquer coisa de sua casa enquanto isso?
Ela só pediu uma muda de roupas, certa de que 880 se cansaria de mantê-la em seu quarto. Tiger escutou atentamente.
— Nós podemos fazer isto. Eu mesmo irei. Estou no escritório no fim do corredor. Grite se você quiser sair de lá. — Ele parou. — Ele precisa de um nome. Talvez você possa ajudá-lo a achar um que ele goste.
— Eu acho que ele provavelmente está lidando com mudanças suficientes agora.
— Ele precisa de um nome. — Tiger repetiu. — Descobrimos que é parte do processo curativo e, além disto, a papelada dele está sendo montada. Vamos ter que voltar e mudar tudo quando ele escolher um. Eu prefiro deixar isso acontecer mais cedo em vez de mais tarde.
Raiva a percorreu.
— Eu sinto muito, mas seu bem-estar emocional é mais importante do que a quantidade de papelada em sua mesa.
Isso atraiu um olhar dele.
— Eu tenho uma companheira e eu gostaria de passar meu tempo com ela em vez de desperdiçá-lo em trabalho extra. Você quer ajudar? O convença a escolher um nome. — Tiger girou e andou a passos largos para longe.
Alli ficou lá assistindo ele ir até que alcançou Destiny. O enfermeiro tentou dar a volta nele para ir em direção a ela, mas Tiger agarrou seu braço, violentamente o girou e quase o arrastou na direção do elevador. Ela podia ouvi-los silvando um para o outro, mas não podia distinguir nada da conversa. Uma grande mão apertou seu ombro firmemente e a fez pular. Torceu sua cabeça para olhar fixamente para 880. Ele se esgueirou para cima dela.
— Em meu quarto agora.
— Você podia dizer por favor.
Seu olhar desviou do dela para olhar pelo corredor e de repente enganchou um braço ao redor da sua cintura. Ela ofegou quando ele apenas a levantou e girou, entrando de volta em seu quarto segurando ela contra seu peito. Ele parou perto da cama e colocou-a de volta no chão.
— Tire seus sapatos e suba em minha cama. — Seu braço foi retirado.
Alli olhou para ele.
— Isso foi rude. Você não pode apenas ir levantando as pessoas e fazendo exigências.
Ele considerou silenciosamente.
— Só porque você é maior não significa que você deva me maltratar. Foi isso que você acabou de fazer.
Ele piscou.
— Eu não quero estar em sua cama. Nós devíamos conversar e conhecer um ao outro. Eu acho que você...
Sua palma se ergueu e ele pressionou contra seu peito e a empurrou para trás. Ela perdeu o equilíbrio e caiu sobre a cama. Ficou chocada quando ele fez isto. Não machucou, mas isso foi fora de questão. Ele se curvou, agarrou seu tornozelo, e apenas a livrou de seu sapato. Tentou rolar depois que seu cérebro atordoado começou a funcionar, mas ele foi mais rápido. Ele removeu o outro sapato.
— Pare com isso! — Ela lutou para se sentar enquanto rastejava para trás para colocar espaço entre eles. Ele bloqueou seu caminho para sair da cama. — Você está sendo rude!
Ombros largos se encolheram enquanto ele se curvou e suas mãos aplainaram na cama. Ele olhou fixamente para ela e chegou mais perto enquanto ela continuou a colocar espaço entre eles até que a parte de trás de sua cabeça bateu na parede. Estava presa. O colchão afundava com o peso dele enquanto ele se deitava ao longo do lado exterior da cama e se esticou completamente de costas. Uma mão foi para trás de seu pescoço para agarrar seu cabelo longo e ele colocou em cima de sua cabeça enquanto olhava fixamente para ela.
— Deite-se ao meu lado e acaricie meu peito.
— Não.
Um grunhido suave saiu dele enquanto seu olhar bravo se fixava nela.
— Alli. — Ele disse seu nome de um jeito que dava calafrios. — Venha para mim agora e não me faça te obrigar.
Merda. Ela não estava exatamente com medo, mas estava desconfiada dele com certeza. A cama não era grande o suficiente para sair e estava dentro do seu alcance se ele apenas estirasse uma mão para agarrá-la. Ele a olhava, sem se mover até que respirou fundo.
— Por favor.
Aquela frase suavizou sua decisão de recusar a ordem dele. Chegou mais perto dele, sem estar certa do que ele faria, mas ele apenas ficou quieto até que ela se esticou de lado depois de ajustar sua saia. Sua mão tremia quando a ergueu e tocou seu peito. Seus olhos se fecharam enquanto o acariciava suavemente.
Em que diabos estou me metendo?
A cama estremeceu violentamente fazendo Alli acordar e percebeu que tinha adormecido. O quarto ficou notavelmente mais escuro e olhou fixamente para 880. Ele não estava mais na cama, mas ao invés disso estava próximo a cama de costas para ela. Sua atenção focada na porta aberta. Seu olhar seguiu o dele.
Tiger entrou na visão quando ele alcançou a porta e parou.
— Oi. Eu trouxe as coisas dela. — Ele segurava sua bolsa de ginástica. — Aqui. — Tiger a estudou. — Você está bem?
Ela se sentou e checou sua saia, ainda estava abaixo dos seus joelhos.
— Estou bem. Cochilamos.
880 andou para frente e pegou a bolsa pela alça.
— Obrigado. Saia agora.
A boca de Tiger se abriu, mas ele recuou.
— Está bem. Trisha e Justice não estão certos do que você está aprontando, mas desde que a Dra. Alli concorde em estar aqui, ela pode ficar. Só saiba que há um oficial no fim do corredor.
Alli não estava certa se Tiger quis dizer isto como uma advertência para 880 ou uma lembrança para ela que a ajuda não estava longe.
— Saia. — 880 exigiu.
— Você realmente precisa aprender bons modos. De nada.
Tiger girou e partiu. 880 virou para olhá-la e se aproximou da cama. Soltou sua bolsa e se curvou, abrindo o zíper. Suas mãos caíram dentro para vasculhar seus pertences.
— O que você está fazendo?
Ele lançou um olhar e levantou uma calça de moletom. Ele a estudou antes delas caírem na cama. A camisola que pediu foi inspecionada em seguida. Ele leu as palavras e franziu a testa com a imagem estampada nela.
— Por que você tem uma camisa que diz ‘me morda’? Quem tem caninos vermelhos?
Vergonha a golpeou.
— É uma camisa de uma série popular de vampiro. Por favor, solte isso e pare de mexer nas minhas coisas.
— O que é vampiro e por que você quer que ele morda você? — Raiva relampejou em seus olhos enquanto olhava fixamente para ela.
— Você disse que não tinha um macho.
— Não é quem. É um… merda. Eles não são reais. É um programa na televisão.
Ele soltou a camisa e depois levantou suas calcinhas. Elas pareciam pequenas entre seu polegar e indicador enquanto as estudava. Alli se lançou de joelhos e tentou tirá-las de sua mão, mas seus reflexos eram melhores, e as colocou mais alto, fora de alcance.
— Dê para mim!
—Comporte-se. — Ordenou enquanto agarrava o outro lado delas e usava seus dedos para abrir a cintura como se ela estivesse dentro delas. Seu olhar as deixou para olhar fixamente para sua saia. — Elas não se assemelham à roupa íntima que eles tentaram me dar. Onde está o resto do material? A fenda da frente? Onde estão os fundos delas? Eu não entendo por que nós agora devemos vestir algo debaixo de nossa calça.
— Isso são calcinhas de corte de biquíni e mulheres não tem fendas. — Chegou mais perto. — Eu sei que você não vestia roupas de baixo em Mercile, mas é educado vesti-las em Homeland. Eles te deram roupa íntima de homens no pacote de roupas normais que eles montaram para os Novas Espécies. Eu trouxe minhas próprias roupas da minha casa quando me mudei para cá. As devolva!
— Você está vestindo debaixo de sua saia? — Olhou fixamente para sua cintura.
— Claro. Eu não vou vestir uma sem elas. — Sua palma se abriu esperando, mas ele se recusou a entregar, ao invés disso dedilhou o material sedoso. Ele a chocou mais roçando contra sua bochecha.
— Macio. Mostre-me como elas ficam em você. Erga sua saia.
— De jeito nenhum. — Se esqueceu da ofensa dele tocar sua calcinha e fez uma retirada precipitada para o canto do colchão.
Ele as soltou na cama. Tinha medo de que ele insistisse para ver as que ela vestia, mas voltou para dentro de sua bolsa para retirar seu sutiã. Ele o segurou pelas alças e franziu a testa antes de olhar para ela.
— Pare. Por favor? — Sabia que estava vermelha.
— O que é isso? — Ele girou em suas mãos e estudou a forma dos seios. — Ele cobre seus seios, não é? A forma é a mesma. — Olhou fixamente para seu seio.
— Sim. É um sutiã.
Ele rosnou e o jogou por cima do ombro. Velejou pelo ar e bateu na parede oposta do quarto próximo à porta. — Você não vestirá isso.
Sua boca se abriu.
— Desculpe?
— Você me ouviu. Não existe nenhuma razão para conter seu corpo. É antinatural.
Não tinha palavras. Ele vasculhou o resto de sua bolsa, cheirou seu xampu, condicionador, e até a pasta de dentes. Alli fervia enquanto estava sentada e cruzou seus braços em cima do peito. 880 era curioso e mal-educado. Empurrou as coisas de volta para dentro da bolsa e colocou no banheiro, apenas jogou dentro do outro quarto. Ele a enfrentou.
— Ficará lá até tomarmos um banho.
— Nós?
Ele assentiu. — Nós.
— Nós não vamos tomar banho juntos.
Suas sobrancelhas se ergueram.
— Você me ouviu. Não faça lance esse olhar malvado para mim. Eu deixei você ir longe me tocando, mas você acabou de cruzar a linha, maior que o Grande Canyon.
— O que isso quer dizer?
— Eu não vou tomar banho com você.
Ele girou sua cabeça para olhar fixamente para a porta e cheirou.
— Ele está trazendo nossa comida.
Field apareceu na entrada, carregando duas grandes bandejas cobertas. Encontrou o olhar de Alli e sorriu. A aparência de alívio em seu rosto era óbvia. — Estou contente que tudo está bem. — Se virou para 880. — Aqui estão seus jantares. — Segurou na frente dele. — Tenha a certeza de tomar seus medicamentos. Eles estão do lado de dentro.
880 caminhou através do quarto e pegou a comida.
— Obrigado. Saia.
O sorriso desapareceu enquanto Field recuava. — Você realmente precisa trabalhar suas habilidades sociais, mas eu aprecio você ter se lembrado de dizer obrigado. Isto é uma grande melhoria.
880 rosnou em advertência e o outro Nova Espécie correu. — Eles tentam me treinar para dizer palavras em toda ação. — Ele trouxe a comida para a cama e colocou as bandejas no fim do colchão. — Coma.
— Significa ser educado.
— É chato. Pegaria minha própria comida se eles permitissem que eu saísse daqui
Alli levantou a tampa do prato e seu estômago roncou. Perdeu o almoço. 880 girou a cabeça para olhar sua barriga antes de seu olhar encontrar o dela. Ela corou. Ele tinha uma sensação de cheiro e audição aguçada.
— Você precisa comer mais. É muito pequena. Meu povo deixam vocês com fome como castigo por serem humanos?
— Não! — A surpreendeu que sua mente iria até aí. — Eu vim para cá antes do almoço ser entregue. Eu como três refeições por dia, mas cuido do meu peso.
— O que isso quer dizer?
— Estou de regime.
Ele piscou, franzindo a testa.
— Eu aumentei meu peso e quero perdê-lo. Minhas roupas estão ficando muito apertadas.
— Vista roupas maiores.
Desejou que as coisas fossem tão simples. Ele removeu as tampas e sua atenção se fixou em seu jantar. Sabia que sua contagem de calorias acabava de sair pela janela. Eles enviaram para ela bife de frango com molho e purê de batatas. Seu olhar voou para a comida dele. As tiras quase cruas de carne de boi estavam empilhadas em um prato com cenouras e couve-flor crua os cercando.
— Você gosta disso?
Ele ergueu uma cenoura e fez barulho enquanto mordeu.
— Sim.
— Você não os quer cozidos de jeito nenhum?
A aparência de nojo em rosto era quase cômica, mas ela não ousou rir.
— Por que eles fariam isto?
— Eles são bons quando no vapor com manteiga e queijo. É o modo que eles os cozinham na água quente.
Ela notou que ele evitou suas pílulas.
— Você precisa tomá-las com a comida.
Um rosnado suave saiu de sua garganta. Não estava certa se ele apenas rosnou ou era um som de antipatia. Seu olhar se ergueu para o dela. Ela começou a falar, mas ele prendeu as pílulas entre seu dedo polegar e dedão. — Eu as tomarei.
— Obrigada.
Ele olhou e apenas as jogou em sua boca. Ela estremeceu um pouco quando ele não as engoliu com água, mas ao invés disso mastigou. Tinha de ter um sabor horrível.
— Você não tem que...
Sua cabeça se virou em sua direção e rosnou. — Eu as tomei porque você é uma médica. Entendo que seja importante para você. Mas como eu as tomo é por minha conta.
— Tudo bem. — Ergueu seu garfo e faca para cortar sua carne. — É só que é mais fácil se você as engolir.
Seu olhar se estreitou. — Fique calada e coma.
Sua mão disparou para a cômoda e agarrou o controle remoto da televisão. Um segundo mais tarde ela se concentrou em sua comida. Ele podia ser um Nova Espécie, mas decididamente tinha características humanas. Ele achou que iria concluir a conversa só porque ligou em um jogo de hóquei. O seu olhar foi para o canal de esportes que ele assistia.
O fato de não ter aumentado o volume a fez pensar por que estava ligada. Ele comeu depressa, acabando com tudo em seu prato. Ela podia ver por que estava ganhando peso muito depressa. Ele se virou quando terminou e a observou. Ela tentou ignorar seu olhar intenso até que comeu até encher.
— Acabei.
— Coma tudo.
Ela olhou de volta para ele. — Escute, 880, você está sendo um tirano novamente. Eu estou cheia. Comi a maior parte e esse era um prato enorme. Eu não consigo consumir a mesma quantidade que você.
Ele se levantou e levou ambas as bandejas para fora no corredor e fechou a porta quando retornou, os trancando dentro do quarto juntos. Pavor contorceu seu estômago enquanto o olhar dele segurava o dela.
— Você deveria deixar aberta.
— Eu não recebo ordens.
— Eu me sentiria melhor se não estivesse fechada.
—Eu quero conversar com você sem os machos no fim do corredor nos escutando.
Um pouco de seu receio enfraqueceu.
— Sobre o que?
Ele andou para frente e o jeito como se movia era quase predatório e a colocou na borda. Sua frequência cardíaca aumentou e ficou tensa quando ele parou perto do lado da cama para se endereçar a ela.
— Por que você tentou tanto me salvar?
— Nós já discutimos isso. Eu sou uma médica e você era meu paciente.
Sua cabeça balançou levemente enquanto ele olhava seu rosto.
— Por que os machos humanos não investigam seu cheiro e te acasalam?
— O que? — Não esperava que ele dissesse isso e tentou dar sentido a suas palavras.
— Você cheira a comida para provocar-me e me deixar com fome por você.
— O que?
Ele cheirou e se curvou para frente um pouco.
— Eu cheiro fruta. Morangos.
— É meu xampu. É um cheiro comum que as pessoas usam.
Ele cheirou novamente.
— Eles me alimentaram com torradas francesas e você cheira a isso também.
— É a baunilha do meu desodorante. É outro cheiro comum também.
—Você me faz lembrar sobremesa e café da manhã. Você faz um macho pensar nessas coisas e o que acontece nesse tempo, é que eles vão para a cama. Você deseja que um te leve com ele.
Sua boca se abriu de surpresa.
— Agora você está me mostrando seus dentes. Eles são suaves
— O que isto deveria significar?
— Não seria bom usá-los para morder a pele do macho para fazê-lo ficar mais excitado. — Ele franziu a testa. — É seu tamanho pequeno. É por isso que eles evitam você. Você se quebraria, fazendo sexo com um macho. Nós preferimos uma fêmea mais robusta.
Ficou boquiaberta, sem estar certa se deveria se sentir insultada ou não.
— Você deveria despir seu corpo para os machos. Mostrar-lhes aquele minúsculo material que costuma esconder seu sexo e parar de conter seus peitos. Eles deviam estar livres a toda hora. Isso tentaria um macho em te pegar como companheira. Ele iria querer colocar as mãos neles e testar o quão macio eles são.
— Eu não quero um companheiro. — Gaguejou, se sentindo ofendida. — Você acha que eu não posso arranjar um homem? Eu posso perfeitamente. Também não cheiro a comida. Apenas não uso aqueles produtos que os Novas Espécies preferem que não parecem ter cheiro algum. Todos os xampus, condicionadores, e sabão líquido que nós compramos em lojas são aromáticos. É apenas isso.
— Humanos são estranhos e fracos. Eles precisam cheirar a comida para atrair o sexo oposto. — Ele se sentou na cama ao lado dela. — Acaricie meu cabelo.
— Toque você mesmo no seu cabelo! — Ela estava brava.
Ele olhou para ela.
Ela olhou de volta.
— Toque em mim. Eu gosto.
Ela tentou sair da cama e conseguiu colocar um pé no chão antes que seu braço enganchasse ao redor da sua cintura. Um soluço deixou sua boca quando acabou deitada debaixo de seu corpo pesado quando ele a prendeu em baixo. Sua raiva se transformou em medo.
— Eu disse para acariciar meu cabelo. — Seu rosto pairava acima do dela e seu peito nu apertava-se firmemente contra ela. Seu calor corporal penetrou sua camisa fina.
— Saia de cima de mim.
— Você está irritada.
— Você acabou de me insultar e quem é você para fazer esse tipo de suposição? O que você sabe sobre o mundo? Eu não sou sua enfermeira pessoal e nem mesmo elas brincariam com seu cabelo. Você está agindo como um tirano e um bebê!
Ele rosnou selvagem para ela e ela respondeu, uma reação por instinto. Sua palma o atingiu e os dois congelaram. Oh merda! Eu acabei de dar um tapa nele. Sentiu o sangue sumir de seu rosto. Raiva refletia em seus olhos quase fechados. Mostrava a marca vermelha da sua mão em sua bochecha.
O homem era enorme e a tinha debaixo dele. Ele podia matá-la por bater nele. Ela também fez um som, mas era um gemido suave. O tempo pareceu congelar enquanto esperava para ver o que ele faria. O desejo de gritar por ajuda era forte.
Suas narinas chamejaram enquanto sugava o ar pelo nariz e moveu seu corpo acima dela, apertando para prendê-la mais. Uma perna deslizou para cima do topo das suas coxas para segurá-las também.
— Você me bateu.
Sua boca se abriu, mas nada saiu. Ela pode respirar quando seus pulmões não puderam mais aguentar. Seu rosto abaixou até que seu nariz tocou no dela enquanto estudava seus olhos.
Alli tinha medo de se mover. Ele apenas declarou o óbvio, mas não estava a atacando. Contou aquilo como uma bênção enquanto tentava descobrir como sair daquela situação feia. Ele girou sua cabeça um pouco e rompeu o contato com seus olhos para olhar em sua garganta.
Oh Deus. Ele vai rasgá-la com seus dentes afiados? Ele não era como qualquer Nova Espécie que ela conhecia. 880 era tão perigoso quanto Destiny advertiu.
— Por favor… — Ela sussurrou.
Ele suavemente rosnou e abaixou seu rosto na curva de seu pescoço enquanto seu nariz se esfregava em sua garganta. A respiração quente tocou sua pele e seus olhos se fecharam enquanto ela ficava imóvel.
— 880? Desculpe. Você me deixou brava e assustada ao mesmo tempo. Eu apenas reagi.
Seu nariz traçou um caminho até sua orelha e ela tremeu sob ele enquanto uma língua quente, molhada a lambia. Ele a cheirou e aninhou seu rosto contra sua bochecha para forçá-la a se virar mais. Seu cabelo longo fazia cócegas onde caia através do seu braço. Ela colocou as palmas em seu peito musculoso e tentou afastá-lo, mas era como tentar mover uma parede. Ela não podia movê-lo.
— 880? — A voz dela estremeceu. — Por favor, saia de cima. Você é pesado e eu disse que sentia muito. Eu não devia ter batido em você.
A ponta da sua língua esfregou o lóbulo da orelha. Era uma sensação estranha, mas não desagradável. Ele parou.
— Você não é a primeira fêmea a me bater. — Falou com uma voz grossa. — Minha companheira fazia isso frequentemente.
Alli podia entender isso. 880 podia ser um bruto e um tirano.
— Ela ficava irritada às vezes.
Como talvez quando você abria sua boca e dava comandos sem sentido, Alli silenciosamente pensou pouco disposta a declarar isso em voz alta.
Sua perna se moveu e seus dedos do pé se mexeram sob seu tornozelo entre ele e a cama. Ela ofegou quando ele abriu suas coxas e agarrou a parte inferior de sua saia. Apenas puxou para cima e uma grande mão cobriu a frente de sua calcinha. Ficou tão chocada que levou um tempo para reagir. 880 não teve o mesmo problema. O material rasgou quando seus dedos deslizaram entre sua calcinha e sua pele, agarrou o centro e apenas arrancou.
— Quieta. — Sua voz profunda exigiu e seus dentes afiados muito suavemente pegaram seu lóbulo da orelha por um segundo antes de largá-lo. — Eu vou acariciar e te acalmar.
Seus olhos se abriram de repente e tentou girar sua cabeça para empurrar o rosto dele para longe, mas a advertiu quando mordeu novamente o suficiente para fazê-la soluçar. Sua grande mão cobriu a curva de sua vagina e esfregou. Empurrou freneticamente seu peito, mas não conseguia movê-lo.
— O que você está fazendo? — Sua voz saiu tão trêmula quanto se sentia.
Ela tinha uma boa ideia. Foi advertida por Tiger e Destiny. 880 era um macho adulto Nova Espécie. Eles eram altamente sexuais. Uma parte dela soube disso no segundo em que concordou em ficar com ele que havia uma possibilidade real deles acabarem fazendo mais do que apenas dormir em sua cama. O fato dele explorar seu corpo com as mãos, obviamente curioso sobre ela, só cimentou aquela teoria. Ela ficou apesar disto.
Ele largou seu lóbulo.
— Relaxe. — Sua mão se moveu, acariciando-a. — Você está estressada e não há necessidade. Eu não montarei você. Você é muito frágil.
Sua mão se movia para frente e para trás, apertando com força suficiente para massagear seu clitóris. Seu corpo rígido apenas ficou ainda mais tenso enquanto sua mente frágil absorvia que ele não estava a machucando. Sua boca retornou a seu pescoço e abriu o suficiente para lambê-la. Dentes rasparam sua garganta. Não machucou. Quase desejou que ele a machucasse enquanto tremia. Não sentia frio já que seu grande corpo era tão quente.
Meses observando e se preocupando com 880 a fez ficar obcecada por ele. Ele não era um estranho. O fato dele estar em cima dela, incrivelmente sexy com aquele cabelo longo enquanto sua boca fazia coisas maravilhosas em sua garganta, era demais para ela resistir. Teve sonhos selvagens inapropriados com ele a tocando e agora estava acontecendo.
Ela podia gritar por ajuda e chamar a atenção do oficial no final de corredor. Ao invés disso fechou a boca e tentou relaxar. 880 a estava seduzindo. Curiosidade e desejo a consumiram. Parou de empurrar seu peito e ao invés disso apenas o segurou. Ele era realmente morno e firme. A pele macia a tentou a explorar mais dele e cedeu ao desejo.
880 lutou para controlar seus desejos enquanto cuidadosamente tocava Alli. Ela era tão pequena debaixo dele e parecia delicada. Pressionou tanto a fêmea até que seu temperamento chamejou para vida. O tapa ainda ardia em seu rosto enquanto sua boca saboreava sua pele. O desejo de ver o que sua mão tocava ficou mais forte, mas precisava mantê-la quieta.
Ela empurrou seu peito, mas suas unhas não afundaram em sua carne. Significava que ela não estava mais irritada. Fechou seus olhos, escutando o ritmo da respiração dela e soube a raiva sumiu quando a respiração aumentou. Ela tinha pelos onde sua roupa íntima estava cobrindo seu sexo e era macio. Sua companheira não tinha nenhum. Seu dedo polegar achou o feixe de nervos e acariciou para acalmá-la mais.
46 sempre precisava ser acalmada quando ele a deixava brava o suficiente para atacá-lo. Ele não queria discutir com Alli. Era melhor parar antes que ela ficasse muito irritada e o forçasse a lutar com o Nova Espécie no fim do corredor se decidisse envolver outra pessoa. Sua língua a acalmou também, indo para os lugares que sua companheira gostava mais ao longo de sua garganta.
Logo seu corpo respondeu e ele usou o escorregadio desejo para espalhar através do seu clitóris, deixando seu toque mais fácil. Os dedos dela cravaram na parede do seu peito, mas não o marcou com suas unhas. Suas costas se curvaram e soltou um suave som agradável de prazer que deixou o pênis dele mais duro. Curiosidade tomou vantagem enquanto ele movia sua mão apenas o suficiente para cuidadosamente inserir um dedo dentro de seu sexo. Ela estava muito molhada e a tensão de sua vagina o fez quase perder a cabeça quando deslizou o dedo para dentro dela até quase a metade.
— Oh Deus. — Ela sussurrou.
Ele rosnou suavemente em resposta e pressionou seu dedo mais fundo. Ela era quente, apertada, e parecia tão pequena quanto temia. Ela não resistiria ao ser montada. Sua frustração aumentou, mas se lembrou de que isso não era sobre ele. Alli precisava ser acalmada.
Ele retirou seu dedo, mas empurrou de volta. Seu corpo estremeceu sob o dele e suas mãos deslizaram até seus ombros, os apertando. Notou que ela não era muito forte e isso lembrou a ele que ela era humana. Enfiou seu dedo dentro do confinamento pequeno de sua vagina, a procura do local certo, e soube quando o encontrou. Ela sugou o ar nitidamente. Esfregava por dentro enquanto seu polegar fazia o mesmo movimento em seu clitóris.
A sensação de suas mãos pequenas amassando seus ombros era boa. Os gemidos suaves de sua boca próxima a sua orelha o atormentaram e seu pênis dolorosamente pulsou. Empurrou seus quadris suavemente contra a coxa dela para frente e para trás, aquela leve caricia em seu membro dentro de sua calça aliviou um pouco a agonia. Ele desejava colocá-la de bruços e puxá-la até ficar de joelhos e montá-la por trás.
As costas dela se curvaram novamente enquanto pressionava mais contra ele e uma perna se moveu sob a sua. Ela inclinou a perna e sua coxa abraçou a cintura dele enquanto os pés ficavam sobre seu traseiro, puxando-o para mais perto dela. Era um sinal de submissão que indicava que ele venceu a batalha de vontades. Ela estava dando a ele consentimento para tomar seu corpo.
Ele queria uivar de frustração desde que sabia que não era possível. Seu dedo se moveu mais rápido e aplicou um pouco mais de pressão contra seu clitóris, cuidadosamente, pois ela não era de sua espécie. A respiração dela aumentou e seus quadris cavalgaram sua mão quando ele ergueu seu peso apenas o suficiente para esfregar seu pênis mais firmemente contra sua perna presa.
Ele sentiu o corpo dela ficar rígido e afastou seu rosto de sua garganta. Seus lábios selaram sua boca aberta para abafar seus sons antes dela gritar já que ele não tinha uma mão livre para fazer isto. O modo como suas paredes vaginais prenderam-se confortavelmente ao redor do seu dedo era pura tortura. Ela desabou sob ele enquanto chegava ao clímax. Os músculos ao redor do seu dedo pulsavam fortemente enquanto ela resistia a intensidade disso.
Ficou chocado quando ela gritou. Ele abafou o suficiente para ter certeza de que o oficial no corredor não ouvisse nada, mas medo o agarrou. Ele a machucou de alguma maneira? Seu dedo se endireitou dentro dela e pode sentir o quão mais escorregadia e lustrosa ela parecia com sua liberação. Seu corpo amoleceu e ela girou a cabeça, se afastando de seus lábios. Ela ofegava suavemente e o deixou curioso o suficiente para olhar fixamente para seu rosto.
Seus olhos estavam fechados e seu rosto corado. Lentamente retirou seu dedo de sua vagina e não pode resistir a saboreá-lo. Gemeu no segundo que a ponta do dedo tocou sua língua e o chupou. A paixão de Alli era tão boa que queria mais. Ela não lutou quando ele cautelosamente se moveu para soltá-la. Abaixou-se um pouco, completamente na intenção de abrir suas coxas para enterrar seu rosto entre elas.
Seus olhos azuis se abriram de repente e ele congelou. Nunca viu ninguém olhar fixo para ele daquele modo antes. Não era raiva em seus olhos, mas também não conseguia identificar a emoção. Suas mãos soltaram seus ombros e segurou seu rosto.
O olhar dele desceu para a boca dela quando seus lábios se separavam, ficou curioso com o que ela diria. O ajudaria a compreender esse estranho ainda que fascinante modo como ela o olhava. Sua língua era rosa claro enquanto molhava seus lábios e erguia sua cabeça, seu aperto em seu rosto a ajudou diminuir a distância entre eles.
Ficou perplexo quando ela fechou seus olhos antes de pressionar seus lábios contra o dele. Os lábios dela eram incrivelmente macios e dóceis. Ele não sabia o que isso significava ou por que ela o fez. Ficou ainda mais confuso quando ela abriu a boca e chupou seu lábio inferior. Não machucou. Ele estava preparado para ser ferido com seus dentes como retribuição por dominar seu corpo. Foi mais que um puxão suave e era bom.
Alli soltou e sua língua deslizou entre seus lábios. A sensação da ponta da língua tocando suas presas deixou seu pênis dolorido. O sangue todo desceu para este lugar, fazendo pensar que nunca esteve tão duro em sua vida. Seu rosto girou levemente e ela tomou mais da boca dele com a dela. A sensação dela o explorando tão intimamente quase fez seu controle acabar. Ficou imóvel e permitiu.
Ela de repente parou e se afastou, rompendo o contato. Seus olhos se abriram e ele pode identificar a emoção que viu quando ela olhou fixamente para ele. Confusão.
— Não fuja deste quarto. — Falou, sua voz saindo grossa e mais áspera do que ele pretendia. — Você entende?
Ela nitidamente assentiu.
880 se afastou, rolou para fora da cama e se apressou para dentro do banheiro. Seu pênis se mexeu com a experiência torturante, mas saiu do quarto. No segundo que a porta se fechou entre eles ele abaixou a frente de sua calça. Sua mão agarrou seu eixo e severamente se masturbou.
Suas costas se apertaram firmemente contra a porta enquanto segurava sua respiração para evitar fazer barulho. Gozou violentamente dentro de segundos.
Alli puxou sua saia para baixo enquanto se sentava. A porta do banheiro permaneceu fechada, mas ouviu a água. O choque a fez ficar imóvel, seu cérebro se recuperando do que aconteceu. Não conseguia pensar diretamente até com 880 fora do quarto.
Por que ele estava lá? Ela o beijou ou tentou, o persuadindo a tomá-la. Olhou fixamente para a porta que os separava enquanto ele tomava banho. Ela deu-lhe sinal verde para fazer qualquer coisa que quisesse com seu corpo. Por que ele não a tomou?
Podia ser sua companheira morta. Aquela possibilidade a fez se sentir culpada. Ele acabou de despertar do coma depois de ver o assassinato da mulher que ele amava. Ele se feriu quando enlouqueceu tentando alcançar os assassinos e atacou as barras da jaula que o mantinha preso.
Seus braços abraçaram sua cintura enquanto olhava tristemente para a porta fechada entre eles. Passou meses o observando dormir e aprendendo tudo o que pode sobre sua vida antes dele ser salvo. Nenhum arquivo existia e os empregados da Mercile que foram presos não tinham muitas informações. Eles ouviram no noticiário que as instalações da Mercile estavam sendo invadidas pela polícia e roubaram alguns Novas Espécies. Aqueles imbecis tentaram usar seu esperma para vender para alguma companhia europeia que queria criar bebês mestiços para vender no mercado negro como se eles fossem alguma forma de animais de estimação para os ricos.
Provavelmente capturaram o casal de Novas Espécies com a esperança de que eles tivessem um filho. Havia apenas alguns casos conhecido da Mercile colocando os machos e fêmeas juntos tempo suficiente para eles criarem um vínculo. A melhor teoria até agora era que a Mercile esperava que um casal acasalado produzisse uma gravidez viável. Outro era que eles usavam as mulheres para controlar os homens. Os empregados que os roubaram devem ter desistido da fêmea ficar grávida e apenas a matou.
A água parou e Alli se preparou por seu retorno. Não tinha nenhuma ideia de como agir ou o que dizer, mas não iria embora. Seu estado mental a preocupava. Ele se sentiria culpado por tocá-la? Arrependido? Nem sequer sabia por que isso aconteceu em primeiro lugar se ele nem a queria.
Ele abriu a porta abruptamente, tirando-a de seus pensamentos. Seu cabelo estava molhado e ele usava só uma toalha amarrada ao redor dos seus quadris magros. Muito bronzeado, sua pele sexy, coberta por gotas de água. Seu estômago era plano, perfeito em exibição. Os mamilos escuros estavam enrugados, uma tentação para lamber e chupá-los. Uma de suas mãos estava na parte de baixo da barriga esfregando a água e desejou que fosse sua palma. Ou sua boca. Ela só queria explorar cada centímetro masculino dele. O silêncio se esticou, fazendo-a lembrar-se de que ele estava provavelmente vendo-a também. Alli olhou em seus olhos para julgar seu humor, mas ele a observou friamente, também inalterado pelo o que aconteceu ou apenas era realmente bom em esconder suas emoções.
— Você não pode tomar banho.
Isso não era o que ela esperava que ele dissesse.
— Certo.
Ele cruzou o quarto até a cômoda e abriu a gaveta superior. Suas costas estavam viradas para ela quando ele apenas soltou sua toalha para revelar seu traseiro nu, para entrar em uma calça folgada de moletom de algodão. Seu olhar se ergueu do material azul escuro até as fracas cicatrizes em suas costas. Ficou tentada a perguntar como ele as conseguiu, mas se conteve. A última coisa que queria era causar-lhe dor o fazendo reviver seu passado.
880 girou e se aproximou da cama. Ela ficou um pouco tensa, mas ele apenas se sentou fortemente na beirada. Sua atenção fixa na televisão muda. Tempo rastejou enquanto esperava por ele dizer ou fazer alguma coisa, mas apenas manteve suas costas para ela. Ele não se moveu, mas ela finalmente se moveu. Rolou e rastejou para fora da cama. Uma mão disparou e agarrou seu pulso.
Ele olhou fixamente para ela quando encontrou seu olhar.
— Para onde você vai?
— Para o banheiro.
— Eu disse que você não pode tomar banho.
— Eu tomei um esta manhã. Irei usar o banheiro.
Seus dedos a soltaram.
— Não tranque.
— Está bem.
O espelho estava embaçado quando ela entrou no banheiro. Ele obviamente gostava de banhos muito quentes. Ela depressa usou o banheiro e abriu os armários para localizar uma escova de dente extra. Não levou muito tempo para escovar seus dentes, lavou o rosto, e finalmente pegou uma escova de cabelo no caminho de volta ao quarto.
880 a observava silenciosamente quando ela abriu a porta e cautelosamente se aproximou. Ele olhou para sua mão. — O que você vai fazer com isto?
— Pensei em escovar seu cabelo.
Suas sobrancelhas se ergueram.
— Eu fiz isso pelo menos cem vezes.
Surpresa tocou seu rosto.
— Você fazia.
Ela apoiou seu joelho no colchão e foi para trás dele. Sua mão tremeu um pouco quando começou na parte inferior suavemente trabalhando a escova pelos fios molhados. — Sim. Você ainda usa condicionador. Bom. Estava preocupada que eles se esqueceriam de mostrar-lhe o que era. Nós não queremos que se torne uma bagunça embaraçada novamente.
Ele girou seu rosto o suficiente para olhá-la. Ela encontrou seu olhar antes de voltar para sua tarefa. Havia algo íntimo, mas bom em cuidá-lo. Familiar. Embora não estivesse mais deitado de costas. Também era mais fácil alcançar tudo com ele sentado. Ela amava seu cabelo longo.
Ted Treadmont queria cortá-lo depois que seu paciente foi trazido, mas Alli lutou com ele com unhas e dentes. Ela pessoalmente o limpou da primeira vez e cuidou da bagunça nodosa que estava. Levou horas para tirar os nós já que eles estipularam na hora de seu salvamento que ele provavelmente não tomou banho em semanas. Valeu a pena todo o esforço enquanto estudava seu trabalho manual.
— Tudo pronto.
880 torceu seu corpo para enfrentá-la e sua mão disparou para tirar a escova de seus dedos. Ele franziu a testa. — Por que você escovaria meu cabelo?
— Por que eu não iria?
— Você não queria acariciá-lo.
Isso a fez lembrar que bateu nele e recuou de cócoras na cama.
— Você costumava escova-lo quando estava preso em cativeiro?
— Minha companheira cuidava do meu cabelo como eu fazia com o dela. Usávamos nossos dedos para pentear depois que tomávamos banho.
— Ela também tinha cabelo longo?
Ele assentiu.
— Os técnicos não cortavam nosso cabelo com frequência. Era muito perigoso.
— Por que seria?
Um estrondo baixo veio dele.
— Nós tentávamos matá-los.
— Oh. — Estava contente por estar sentada.
— Eles eram o inimigo.
— Certo.
— Humanos causam dano.
— Eu não.
— Você é uma médica. — Lançou a escova para o chão e se virou mais na direção dela, suas mãos se apoiaram na cama enquanto metade dele abaixava. — Estou cansado. Nós vamos dormir.
Dormia mal desde que foi presa. Não era mais de sete horas da noite, mas não salientou o quão cedo era ou como eles já deram um cochilo. A ideia de dormir não soou mal.
— Certo.
Seu olhar se abaixou. — Solte seus seios.
A respiração se prendeu em seus pulmões, mas assentiu, alcançando a parte de trás dela. Não levou muito tempo para abrir o sutiã e puxar as alças para baixo de seus braços. Alcançou a parte da frente de sua camisa e apenas o tirou. 880 o pegou de seus dedos para estudá-lo.
Ficou chocada quando ele ergueu o sutiã até seu nariz e respirou profundamente. Ele olhava fixamente em seus olhos o tempo todo e depois apenas o jogou para longe no chão. Seu punho agarrou os cobertores para puxá-los mais para baixo.
— Entre debaixo dos cobertores. Você não mantém bem o calor corporal.
— Sua temperatura corporal é mais quente do que de um humano típico. O meu é normal.
— Entre debaixo deles.
— Você poderia dizer ‘por favor '.
Ele rosnou, mostrando as presas. Ela se moveu, rastejando na cama e rolou, ficando de lado para ele. Ele arrastou os cobertores para cima de suas pernas até a cintura e se deitou de costas ao lado dela. Uma mão agarrou seu cabelo molhado para arrastá-lo para o topo do seu travesseiro e ele girou para olhar para ela.
— Erga sua cabeça.
Ela fez o que ele queria e ele esticou seu outro braço para oferecer o bíceps como um travesseiro. Era uma postura intima enquanto abaixou sua bochecha para descansar contra sua pele quente. Estava ainda um pouco úmido, mas ele cheirava bem.
— Mais perto.
Seu olhar segurou o dele enquanto se aproximava alguns centímetros até que sua camisa se apertou contra o lado de suas costelas. Ele era tão grande. Ele esticou seu outro braço e desligou a televisão. O quarto escureceu já que o sol estava quase se pondo.
— Durma.
Alli o viu fechar os olhos, mas ela não conseguia dormir. Sua mente estava muito cheia com perguntas e preocupações sobre 880. Ele se arrependia de tê-la tocado? Por que ele fez isto? Aqueles pensamentos não a deixavam em paz.
— 880?
— O que? — Ele não abriu os olhos.
— Por que isso aconteceu entre nós?
Seus lábios se apertaram e ela não achou que ele daria uma resposta. Longos segundos se arrastaram. A tensão ao redor da sua boca se aliviou.
— Distraiu você de sua raiva.
Ela deixou suas palavras serem absorvidas e odiou a dor que isso causou.
— Oh. — Ele não queria mesmo tocá-la e em vez disso usou seu corpo para manipulá-la. Fez parecer que o que aconteceu entre eles fosse sujo e frio. Alli de repente rolou para o outro lado, mas manteve o braço debaixo de seu rosto já que ele parecia inflexível sobre isto.
— Para onde você está indo?
— Parte alguma. Ainda estou aqui.
— Sua voz soa estranha.
— Eu estou cansada. — Mentiu.
— Eu quero você mais perto de mim.
Ela se mexeu voltando até que seu traseiro se apertou contra seu quadril e suas costas descansaram junto do seu tronco. — Assim está melhor?
— Você não pode me acariciar nessa posição.
Suas mãos se fecharam.
— Aí vai uma lição de vida para você. Você não pode conseguir sempre o que quer. Estou aqui e isso deveria ser o suficiente.
— O que isso quer dizer?
— Boa noite, 880. — Ela fechou seus olhos.
Silêncio se estendeu e ela tentou dormir. Ele não era um homem comum e talvez não conseguisse ver nada de errado no que fez ou a razão para isto. Ainda machucava, mas estava tentando superar disso. Levar isso para o lado pessoal apenas machucaria mais.
— Alli?
— O que?
— Acaricie-me.
Seus dentes cerraram e ela ergueu um braço até enrolar seus dedos ao redor da sua mão. Ela acariciou a parte de trás dela. Teria que fazer porque ela não queria enfrentá-lo. Seria muito tentador vê-lo até a luz do quarto sumir completamente.
— Alli?
— O que?
Ele cheirou.
— O que você está sentindo?
— Cansaço.
— Eu não acredito em você. — Ele rosnou. — Você está sendo desonesta e humana. Eu não gosto disso.
Ela se debateu em negar, mas se ele quisesse uma discussão, ela não iria recuar.
— Por que você quer saber?
Ele parou.
— Eu feri seus sentimentos? Minha companheira ficava muito calada quando eu fazia isso e se recusava olhar para mim. Você está agindo da mesma maneira.
Ela o largou e rolou até se sentar. Compartilhar com ele um pouco de seus pensamentos poderia esclarecer alguma coisa. Ele parecia sexy esticado na cama com seu cabelo caindo do outro lado do travesseiro. Isso a irritou.
— Eu sou uma pessoa com sentimentos, 880. Como você se sentiria se eu o tocasse apenas para mudar seu humor e por nenhuma outra razão?
— Eu pedi a você para me acariciar. Isso me ajudaria a dormir. É o que eu quero.
Irritação chamejou.
— Você aceitaria se eu o acariciasse para te manipular para fazer o que eu quero? É como eu me sinto. Sexo não é algo que você usa desse modo. Eu entendo que você é diferente, mas vamos aprender a definição de decência amanhã, certo? Parece que você precisa aprender o que é isso.
Seus olhos se estreitaram.
— Dependeria de onde você me tocaria e o que iria querer de mim. Isso determinaria se ficaria com raiva ou não.
— Você é um homem. — Se virou e se deitou dando-lhe as costas.
— Eu sou um macho. Não sou humano.
Ela se absteve de chamá-lo de porco.
— Alli? — Ele rosnou seu nome. — Não me dê às costas. Estamos conversando.
— Não. Nós acabamos. Eu vou dormir.
— Alli.
O tom era ameaçador. Ela girou sua cabeça e o olhou.
— Não rosne para mim.
Ele se virou de lado, a enfrentando.
— Você quer me bater de novo?
— Não. Eu quero que você fique quieto e me deixe acalmar. Isto é tudo que você precisa fazer. Mantenha suas mãos para você mesmo. Nem pense em tentar a sua versão de terapia de humor em mim novamente.
— Você está estressada.
— E como estou! Um homem deveria tocar em uma mulher porque ele quer e ela quer. Não deveria ser para controlar alguém.
— Você gostou.
— Eu realmente não gosto de você neste momento. — Não podia acreditar que ele jogou isso em seu rosto quando ela estava brava.
— Você sabe por que eu não permiti que você tomasse banho?
— Você é um louco controlador?
— Eu gosto do modo como você cheira. — Ele inalou profundamente. — Eu não quero que você lave esse cheiro doce.
Ela ficou boquiaberta.
Seu olhar desceu para seus quadris.
— Você tem um gosto bom.
Ela ficou surpresa. Sua intenção era clara.
— Eu não pude resistir a fazer isso, mas deveria ter resistido. Você ainda está em minha língua. — Sua voz ficou rouca. — Deveria ficar assustada com o que eu quero fazer com você. — Aqueles olhos magníficos dele encontraram os seus. — Eu queria montar você, mas você se romperia.
Isso a tirou de seu estado atordoado.
— Eu, hã… — Não estava certa do que dizer.
— Deite-se e encoste-se a mim, Alli. Nós temos que dormir.
A tentação de discutir aquele tópico era quase irresistível. Ele era um grande homem, forte, mas achava que ele realmente não a machucaria se eles fizessem sexo. Claro que ela não estava certa sobre o que sua versão de montar significava. Poderia estar acostumado com sexo violento o que a deixaria contundida e dolorida. Esse não era um conceito atraente.
Ela engoliu com força e chegou mais perto dele enquanto ele deitava de costas. Ele estava quente quando ela se enrolou a seu lado e fechou os olhos. Ele não falou novamente e ela também permaneceu calada.
880 não conseguia dormir, mas Alli finalmente dormiu. Sua respiração mudou e seu corpo suavizou contra ele. O cheiro dela o enlouquecia um pouco e seu pênis endureceu dolorosamente depois que ele relaxou. Ele manteve um controle de ferro em seu corpo para esconder o quão fortemente ela o afetava. Era difícil manter suas respostas sob controle, mas não queria assustá-la, evitando que gritasse por ajuda.
Ele ergueu sua mão para pegar os fios suaves, leves do seu cabelo. A sensação não era a mesma que o dele ou de 46. O cabelo pálido de Alli o fascinava. Era tão claro e a textura muito macia. Ele levou uns fios até seu nariz. Ela cheirava a comida e ele queria comê-la. Apenas o pensamento de enterrar seu rosto entre suas coxas o fez lutar para permanecer quieto.
Ele tirou seu braço debaixo da cabeça dela quando soube que não conseguia mais ficar perto dela. Era tortura. Ela não se mexeu e ele rolou, ficando de pé. Andava pelo quarto e seu olhar continuou vagando até ela. O desejo de pegá-la ficava mais forte a cada minuto.
Ele abriu a porta e saiu no corredor. O macho no fim do corredor estava lendo um livro e sua cabeça girou até olhar fixamente para ele. 880 o abordou depressa.
— Preciso correr agora.
Surpresa tomou conta do rosto do macho.
— Eu preciso fazer alguns telefonemas e...
— Eu vou montá-la se eu não correr agora. Você conhece Alli? Ela é humana e pequena. Eu preciso correr. — Odiou o modo como rosnou as palavras, mas prometeu não machucá-la.
O outro macho fechou seu livro e o soltou no chão.
— Eu entendo. Vamos. Não posso te levar para fora sem permissão, mas acho que eu sei o que ajudaria.
— O que?
— Se você não pode transar, você deveria lutar. — O macho sorriu. — Já estive lá. Você dever aprender de qualquer maneira. Nós iremos para o telhado. Vamos.
Ele abriu o elevador e 880 entrou. Ele olhou para o outro macho, uma combinação física dele mesmo.
— Como você é chamado?
— Moon. — Ele pausou. — Essa foi a primeira coisa que eu vi quando eles me tiraram de Mercile. Era tão bonita, tão alta no céu. Soube então que a minha vida mudaria para sempre.
O elevador se abriu e eles estavam no telhado. Havia um telhado estendido por cima dele para proteger do tempo. Moon o levou para fora sobre a superfície plana, que tinha paredes de um metro ao redor do perímetro do edifício. O macho apontou para cima.
— Olhe. Não é uma lua cheia, mas não é bonita? É um farol de esperança e luz para aqueles perdidos na escuridão. — Ele olhou para 880. — Foi por isso que escolhi este nome.
880 sentiu seu peito se apertar.
— Você escolheu bem.
O macho tirou seu colete do peito e se sentou para tirar as botas. — Eu odeio estas coisas. O uniforme inteiro é uma merda, mas temos que vesti-los. Dê-me mais um minuto para eu ficar confortável. Ensinarei habilidades básicas de luta. Isso libertará um pouco da sua energia em excesso. Eu vi a Dra. Alli e entendo por que você está no limite.
Ele não sabia o que dizer.
— Você sabe que alguns dos nossos se acasalaram com humanos, não é? — Moon removeu suas armas, soltando-as em sua camisa e colete descartados. — Elas não são como nossas fêmeas. Elas são todas suaves e pequenas. — Ficou de pé e caminhou para o centro da área grande. — Ouvir que você tinha uma companheira. Eu sinto muito por sua perda.
— Eu não sabia que alguns do nosso tipo tinham companheiras humanas. — Ele ficou surpreso. — Isso terminou bem?
— Sim.
— Eles assassinaram minha companheira na minha frente.
A boca de Moon se apertou em uma linha severa de raiva e isso transpareceu em seu olhar.
— Mercile é uma merda. Eu sei a raiva que você deve sentir. Eu não tive uma companheira, mas havia uma fêmea com quem eu me importava. Eles fizeram algo com ela, a encheram de alguma droga experimental. Isso a matou. Eles não se importaram. — Ele respirou fundo. — Você ainda quer lutar ou conversar?
880 se debateu e se sentou.
— Converse comigo.
Moon se sentou alguns centímetros afastado.
— O que você quer saber?
— Como nos acasalamos com fêmeas que são tão frágeis?
— A médica te conquistou, não é? Elas são muito diferentes das nossas fêmeas. Mais suaves e não agressivas.
— Ela me bateu.
Moon franziu a testa.
— Por quê?
— Eu a deixei com raiva.
— Como você respondeu?
—Eu não a prejudiquei ou causei dor. Eu acalmei seu temperamento acariciando seu corpo até que ela não estava mais irritava. É por isso que eu quero montá-la. Elas cheiram tão bem quando estão excitadas.
O macho que ele olhava sorriu.
— Sim. Eu sei. — Ele lambeu seus lábios. — Muito gostosas também. Elas também não têm nenhum controle de seus corpos. Elas respondem sem restrição. — Moon riu. — Seus machos não apreciam seus corpos do modo que nós apreciamos. Você sentiu dentro dela?
Um grunhido saiu dele.
— Ela é muito pequena para me acomodar.
— Vá muito lento e seja gentil. Elas se esticam e poderá receber você. Eu estive algumas vezes com fêmeas humanas. Apenas tenha em mente sua força. Se conter é a palavra chave. Eu nunca fiz sexo com uma tão pequena quanto ela, mas alguns dos nossos machos se acasalaram com fêmeas humanas que são do tamanho dela.
— Eu fui informado que os humanos que assassinaram minha companheira estão sendo mantidos em cativeiro. Eu os quero. Como eu faço isto?
Moon suspirou.
— Eu te entendo. Você nunca vai conseguir acesso a eles. Eles não estão sendo mantidos aqui pelo ONE. Os humanos os têm presos no que eles chamam de um sistema de prisão privada há alguns quilômetros. Eles são mantidos dentro de jaulas pequenas com um banheiro e pia. Eles não têm nenhuma liberdade. Lá eles sofrem por seus crimes contra nós. Estão separados de tudo que eles prezam e não vão ser libertados. Eu fiz uma visita quando abriu. É tão ruim quanto ao que nós éramos sujeitos, mas de jeitos diferentes.
— Que diferenças?
— Jaulas abertas com barras onde eles podem ver um ao outro. Eles não têm nenhuma privacidade. Tivemos isso pelo menos. Mas eles não são acorrentados nas paredes constantemente. Suas jaulas são menores que os quartos nos quais ficávamos presos. Os humanos que os guardam são da mesma maneira cruéis pelo o que eu entendi. Eles estão sofrendo. — Moon parou. — Morte seria um castigo muito rápido. Eles nunca serão libertados e terão que sobreviver muito tempo naquelas condições. Você entende?
— Eu ainda quero matá-los.
— Eu sei e simpatizo.
880 ergueu sua cabeça para olhar fixamente para o céu.
— Você já se acostumou com isso?
Moon olhou para cima.
— Não. Tira meu fôlego toda vez. A liberdade é uma coisa maravilhosa. Tente apreciá-la e liberte-se do passado.
880 suavemente rosnou.
— Eu não posso.
O outro macho encontrou seu olhar e o segurou.
— Você tem uma fêmea em seu quarto. Essa é uma nova vida. Viver no passado significa que você nunca poderá se abrir para ter um futuro. Eu levei meses para chegar a essas condições. Para abraçá-la. Dê a você mesmo uma chance de conhecer a paz.
— O que acontecerá comigo quando eles permitem que eu deixe este edifício?
— Você será levado ao dormitório dos homens. É assim que é chamado apesar de nós sermos ‘machos’. Os humanos construíram este lugar como uma base para o exército, mas em vez disso nos deram. Você terá uma casa lá dentro e viverá com outros machos no edifício grande. Nós acharemos algo que você goste de fazer assim poderá se tornar uma parte de nossa comunidade. Você viverá 880. Você florescerá e sobreviverá com seu próprio povo. É o que nós fazemos e somos bons nisto. — Seu olhar se moveu para seus itens descartados. — Eles farão com que você use uniforme enquanto trabalha. — Ele riu. — Você odiará o calçado, mas se ajustará. — Olhou de volta para ele. — Você precisa de um novo nome. Será o passo final para ganhar sua liberdade. Mercile deu a você um número. Tire isso deles também.
— Eu não sei como chamar a mim mesmo.
O macho lentamente ficou de pé e ofereceu a sua mão.
— Venha comigo. Existem estas coisas eletrônicas chamadas computadores. Eles têm dicionários dentro deles e nós discutiremos como você se sente e vê a si mesmo. Estou certo que nós podemos achar algo que ajustará.
880 apertou sua mão e foi puxado para ficar de pé.
— Dicionário?
— Uma fonte de todos os significados e palavras. — O macho o soltou e pegou seus pertences. — Vamos fazer uma pesquisa.
880 seguiu o macho até o elevador. Eles entraram e ele olhou fixamente para Moon.
— Obrigado.
— Nós somos uma família. Tomamos conta um do outro. Estou aqui para ajudar você.
Emoção encheu 880.
— Eu agradeço.
— Sem necessidade. — Um sorriso se estendeu nos lábios do macho. — Estou apenas contente que não lutamos. Não estava certo se poderia te derrubar.
880 riu. Era bom estar livre.
Alli estava tendo o melhor sonho com 880. Um fervor de necessidade irradiava de seu clitóris enquanto a boca forte dele estava grudada nele. Sua língua quente deslizou para baixo para bater na entrada de sua vagina e um grunhido suave saiu dele. Seu cabelo fazia cócegas em suas coxas abertas e ela se esticou para baixo enquanto suas costas se curvavam, achou sua cabeça, e a agarrou.
Sua boca retornou a seu clitóris enquanto sua língua lambia o feixe de nervos, enviando êxtase para seu cérebro. Uma parte dela queria acordar, mas resistiu, esperando pelo sonho desesperadamente desde que estava muito perto de gozar. O clímax pairava fora de alcance e ela puxou seu cabelo sedoso, o persuadindo a ajudá-la a chegar lá.
— Por favor. — Gemeu.
Ele chupava enquanto sua língua apertava com força contra seu clitóris, indo e vindo num movimento de cima para baixo. Era apenas a sensação extra que ela precisava enquanto chegava ao clímax com força. Seu corpo estremeceu e ela agarrou o cabelo dele enquanto cavalgou o prazer que percorreu seu corpo inteiro.
Suas coxas foram separadas e soluçou quando a língua se dirigiu para dentro de sua vagina, o músculo grosso trabalhando profundo. Seus olhos se abriram de repente e olhou para o teto. Era quase imperceptível a luz matutinal. Outro grunhido saiu de 880, um mais alto, mais profundo, e sua língua saiu para lamber a entrada de seu sexo. Entendeu rápido que era realidade.
Ofegou e tentou se afastar, mas mãos fortes agarraram suas coxas a prendendo firmemente na cama. Ergueu a cabeça para encontrar sua saia amontoada na cintura e puxou freneticamente seu cabelo. Ele finalmente parou e seu rosto se ergueu. Seus olhos pareciam pretos na luz solar fraca vinda das janelas pequenas próximas ao teto do quarto. Apenas olhou fixamente para ele, muito atordoada para falar.
Ele lambeu seus lábios e olhou para baixo. Seus olhares se encontraram novamente antes dele abaixar seu rosto. Sua língua acelerou em seu clitóris e ele chupou. O feixe sensível de nervos a fez gritar. Ele colocou sua língua dentro dela novamente antes de soltar suas coxas. Suas mãos caíram na cama próxima a seus quadris e ele se ergueu.
Ainda não podia falar. Sua boca, sabia que estava se abrindo e fechando, provavelmente parecendo um peixe fora d’água. 880 rastejou mais alto até que seu rosto pairou em cima de seus seios. Aliviou seus dedos do cabelo dele.
— Você tem um gosto bom. — Ele falou. — Eu quero mais.
Suas mãos dispararam e se apertaram contra sua pele quente. Alli ofegava se recuperando do clímax enquanto seus músculos vaginais ainda pulsavam. Seus mamilos estavam tensos, se mostrando pela blusa fina, quando seguiu o olhar intenso de 880.
Ele equilibrou o peso de seu corpo superior com um braço e levantou de sua blusa para cima. O ar bateu em seus seios e eles responderam ao frio do quarto ficando mais enrugados. Mergulhou sua cabeça e a respiração quente tocou seio direito.
— Eu quero. — Rosnou.
Foi a única advertência que ela conseguiu antes dele prender sua boca. As pontas afiadas de suas presas pressionaram sua carne macia, mas não machucou. Sua língua balançava em cima do mamilo. Ele rosnou novamente e seu peito vibrou contra as palmas. Ele a chupava com impulsos fortes que imediatamente a fizeram gemer.
Ela ergueu as pernas e o abraçou pela cintura. Ele estava entre suas coxas e suas panturrilhas travadas na pele morna e no traseiro firme e musculoso. Percebeu que podia senti-lo todo. Não estava vestindo calça. Os dedos do pé roçaram suas atrás de suas coxas. Elas estavam nuas também. 880 estava nu.
Deslizou seus dedos até os ombros, desesperada por algo para agarrar. Ele moveu seu corpo um pouco mais alto por cima do dela até que algo grosso, duro, e quente bateu contra sua coxa e a parte de baixo da barriga onde suas pernas estavam levantadas. Ela estendeu a mão para alcançar entre eles, buscando a fonte. Seu pênis foi fácil de achar.
A espessura que explorava não permitia que seus dedos e o polegar se tocassem quando ela tentou cercar por completo a circunferência de seu membro. Outro gemido saiu de seus lábios separados enquanto apertava as pernas ao redor de sua cintura. Ele a ajudou a elevar seus quadris enquanto reposicionava seu membro rígido até a ponta acabar onde ela queria.
Ele empurrou a cabeça de seu pênis contra ela suavemente, tentando entrar em sua vagina, mas seu corpo resistiu a ponta larga. Um grunhido foi abafado contra seu seio, mas entendeu sua frustração, sentindo-a também. Alli moveu seus quadris o suficiente para alinhar os ângulos de suas pélvis e o apertou com suas pernas novamente. Ele apertou contra a abertura de sua vagina e ela se esticou para recebê-lo.
— Sim. — Disse. — Devagar… mas segure-me.
A boca dele se afastou de seu seio e sua cabeça se ergueu. Seus olhos eram incríveis quando estavam cheios de paixão. O marrom parecia mais brilhante e até mais bonito que o normal. Seu pênis empurrou mais fundo, suas paredes vaginais aceitando o eixo espesso. Era um ajuste apertado e podia senti-lo todo de um modo que nunca experimentou antes.
— Alli. — Ele falou, seu olhar estreito e uma aparência de dor tocando seu rosto.
— Não pare. — Quase implorou quando ele congelou.
— Você é tão pequena.
Ela afastou o olhar dele para olhar entre seus corpos onde ele matinha o corpo sobre o dela. Ele era todo grande. Com seus quadris angulados para cima, podia ver onde eles estavam juntos e a visão a excitou mais. Ela ergueu o olhar para o dele.
— Eu posso te aguentar. Apenas entre devagar.
Mostrou as presas afiadas.
— Estou machucando você?
Ela balançou a cabeça e usou a pernas ao redor dele para movimentar seu corpo. Os olhos dele se fecharam e sua boca se apertou em uma linha firme enquanto o nariz se alargava. Outro grunhido profundo saiu dele. O prazer de lentamente movimentar seu corpo sob o dele, sua vagina recebendo um pouco mais de seu membro espesso com cada movimento de seus quadris, a fez querer arranhá-lo quando ela removeu sua mão da base do seu pênis para agarrar seu traseiro firme.
Seus olhos se abriram para olhar fixamente para ela. Choque relampejou em suas feições, mas foi embora depressa enquanto continuava usando suas pernas e braços para se mover debaixo dele. Ele estava a meio caminho dentro, pelo o que ela viu, e não podia esperar para senti-lo enterrado profundamente. Seria maravilhoso.
Ele rosnou.
— Pare.
Ela congelou.
— Não ouse dizer isto. Você começou e nós vamos terminar.
Seus olhos se alargaram claramente surpreso com a demanda.
— Eu quero montar você. Você precisa me soltar e rolar. Se apoie em suas mãos e joelhos.
— Nós estamos bem nesta posição. Eu não quero mudar.
— Nós não podemos fazer isto.
— Por que não? — Ela ficou com medo de que ele estivesse parcialmente adormecido e assim estivesse tentando parar agora que estava completamente acordado. Ela estava excitada, doía, e o queria.
— Eu posso sentir o quão duro você está. Você está como pedra.
— Eu preciso montar você.
O homem devia gostar muito do estilo cachorrinho, mas ela estava disposta a fazê-lo mudar de ideia. Moveu seus quadris, fazendo seu pênis se mover dentro dela. Suas unhas cravaram no traseiro dele, o que fez com que ele saltasse um pouco. Seus quadris levaram o membro dele mais fundo dentro dela. Ela gemeu ao senti-lo.
— Alli. — rosnou. — Eu preciso montar você antes que perca o controle. Pare de brincar comigo.
— Brincar? — Olhou fixamente para ele, confusa. — Estou dizendo para você para me foder. Não pare.
— Eu estou muito perto de perdê-lo. — Ele advertiu.
— Perder o que? — Se perguntou se estavam falando dois idiomas diferentes. Se ela tivesse uma bandeira verde, acenaria a maldita coisa. — Mova-se dentro de mim. — Isso foi muito claro.
Ele balançou seus quadris e bateu num lugar dentro de sua vagina que a fez jogar a cabeça para trás com um gemido.
— Sim. Aí mesmo.
Ele rosnou em resposta e saiu um pouco. Seus músculos vaginais se prenderam ao redor de seu eixo espesso por sua própria iniciativa, querendo segurá-lo. Ele parou e empurrou de volta dentro dela com uma punhalada rápida de seus quadris. Alli gemeu mais alto.
— Sim. Assim mesmo.
O rosto dele caiu em seu pescoço e a boca se abriu no lado de sua garganta enquanto repetia o movimento. Sua mão soltou o traseiro dele para viajar por cima de suas costas para agarrar seus ombros enquanto levantava mais as pernas e as cruzava em sua cintura. A sensação de seus músculos se contraindo enquanto continuava, mais a sensação de seu pênis ativando todas as terminações nervosas fazia sua cabeça girar em êxtase. Seus olhos se fecharam firmemente, apenas para se concentrar em 880.
Seu pênis era como uma pedra dura e grande. Sempre se perguntou se maior realmente era melhor e agora sabia que era. A espessura de seu membro se esfregando contra as paredes internas confortavelmente, roçava todas as terminações nervosas com cada movimento de seus quadris. O fato de que ele não estava usando preservativo deixava tudo bem melhor. Era a primeira vez para ela e a diferença era maravilhosa.
Isto é louco e errado, uma parte da mente dela sussurrava. Ele era um paciente. Ele está fazendo sexo sem proteção com você. Gemeu mais alto, perto de gozar. Está tudo bem, lembrou sua consciência. Novas Espécies não têm doenças sexuais e ele não pode me engravidar. Cale a boca!
Ele se moveu mais rápido, colocou um pouco de seu peso nela até que seus mamilos se esfregaram contra sua parede do peito, e a sensação a mandou para longe chegando ao clímax com força. Seus dentes morderam e a picada fraca de dor de seus caninos a pressionou. Virou sua cabeça e fechou os lábios em seu braço erguido para abafar o som enquanto gozava. Foi tão intenso que quase a fez ver estrelas.
880 soltou seu pescoço, sua respiração e língua quente se foram, e gemeu alto. Podia sentir o inchaço do pênis dele dentro dela enquanto seus movimentos diminuíam a velocidade das punhaladas afiadas, ásperas. Calor se espalhou bem no fundo de sua vagina enquanto ele gozava, travado dentro dela até que não pôde se mover. A pressão era intensa, mas não machucava. Ele tremeu em cima dela e outra inundação rompeu dentro dela com vigor notável.
Seus olhos se abriram enquanto girou a cabeça, com os lábios e nariz roçando seu rosto onde havia enterrado contra o colchão. Deve ter tirado cabelo do caminho porque os longos fios caíam através do outro lado da cama contra seu lado e descansava contra seu braço. Seu aperto se aliviou enquanto seu corpo relaxava.
Ele estava respirando com força e finalmente ergueu a cabeça. Ela não pode deixar de notar que ele mordeu o colchão por alguma razão porque parte da fronha estava rasgada quando as arrancou. Seus olhos marrons encontraram os dela. Alli não podia respirar enquanto esperava para ver como ele reagiria ao que aconteceu entre eles.
— Estou te causando dor?
Ela lambeu seus lábios para molhá-los. Ele sussurrou as palavras em um tom rouco. Ela estudou seu olhar, não vendo remorso, mas não estava certa do que ele sentia. Ele era muito bom em esconder suas emoções.
— Não.
— A base do meu pênis incha.
— Eu sei. Ouvi que isso aconteceria.
Ele piscou.
— Vai diminuir em alguns minutos.
— Eu sei disto também.
Seu pênis se mexeu dentro dela e seus músculos vaginais estremeceram com os efeitos posteriores ao clímax. Seu olhar se estreitou enquanto ela suavemente gemia novamente.
— Por quê?
— Por que eu estremeci? Reação do corpo. Desculpe. Eu não posso evitar isso mais do que você pode.
Os lábios cheios se curvaram.
— Não estou falando sobre isto. Por que deste modo?
Não, ela interiormente sussurrou. Não se arrependa. Eu não vou conseguir suportar a culpa.
— O que você achou que aconteceria quando você decidiu fazer sexo oral em mim?
Ele abaixou seu corpo acima dela, usados seus cotovelos para segurar seu peso suficiente para evitar sufocá-la, mas estava presa debaixo dele. Ele olhava fixamente para seu rosto com uma expressão sombria.
Merda. Fechou seus olhos. Ele lamentava o que fizeram e isso machucava. O que você esperava? Ele está todo corroído por dentro. Tentou parar com isso, mas você ficou presa ao redor ele como uma idiota com intenção de derrubá-lo também. Falou uma voz em sua consciência, sabendo que precisava encarar as consequências.
— Isto não é natural.
Aquela declaração a surpreendeu o suficiente para seus olhos abrirem para ficar boquiaberta.
— O que?
— Isto está errado.
Suas mãos se moveram e foram para frente do seu peito, esquecendo que estavam presos juntos.
— Então saia de mim.
— Eu não posso.
Lembrou-se então que seu pênis estava travado dentro dela e olhou para qualquer lugar menos para ele. Com ele em cima dela e seu peito tão largo, sua visão era limitada. Girou a cabeça para olhar fixamente para a porta fechada. Zombava dela uma vez mais, sabendo que nunca deveria ter entrado no quarto.
Não tinha ninguém para culpar a não ser ela mesma. Ele não era responsável por suas ações, provavelmente estava se recuperando de tudo que passou.
— Eu sinto muito. — Falou com sua garganta rouca querendo sumir com o nó que se formou. — Deixe-me ir assim que o inchaço diminuir e eu irei embora. Isto é completamente minha culpa, 880. — Recusava-se a olhar para ele. — Você não é o culpado, certo? Quero que você se lembre disso. Eu assumo total responsabilidade.
— Eu não sou mais 880. Eu sou um Espécie e serei chamado de Obsidian. — Raiva escurecia seus olhos à medida que se estreitavam. — O que você quer dizer com assumir responsabilidade? A que culpa você está se referindo?
Alli sabia que olhava com a boca aberta para seu rosto. Era porque um choque chegava atrás do outro. Ela acordou com ele fazendo oral nela e eles fizeram sexo. Ele se arrependia disso e agora escolheu um nome. Sua mente lenta tentou acompanhar, trabalhando para pensar sobre qual ele escolheu.
— Obsidian?
— Sim. Bem. — Parte da tensão deixou seu rosto. — Chame-me assim. Não mais um número. Mercile não controla mais a minha vida.
Obsidian. Tentou pensar na definição. Muitos Espécies preferiam usar um nome que tinham significados para eles.
— Isto não é uma rocha ou algo assim?
Ele rosnou.
— Combina comigo. Estou queimando por dentro e endurecido pela vida que levava. Darkness já foi escolhido como um nome. Assim como muitos dos nomes que eu queria. Este se encaixa em mim. Você o questiona?
— Não foi um insulto. — Ela não quis dizer dessa maneira. — Você está queimando por dentro?
— Eu sinto raiva. — Sua voz se transformou em um rosnado. — Os humanos tomaram minha vida.
— Eu não. — Depressa lembrou a ele, parecendo de repente muito vulnerável e pequena presa sob ele.
— Eles mataram 46.
Sua companheira. Ela engoliu com força e suas mãos esfregaram a pele em uma tentativa de tranquilizá-lo um pouco.
— Obsidian. — Sussurrou. — Por favor, respire fundo. Apenas fiz uma pergunta. Eu não sou seu inimigo.
Seu olhar desceu para seus seios ainda nus onde sua blusa foi empurrada.
— Eu não estou tão certo.
Machucava. Profundamente. Alli rapidamente piscou para esconder as lágrimas que encheram seus olhos. Como as coisas podiam dar tão errado tão rápido? Ela dormiu e então despertou com sua boca. Isso tudo foi uma névoa de paixão e necessidade até que eles enfrentaram o resultado do que fizeram juntos. Ele lamentava e pior, parecia nem mesmo gostar muito dela se estava a comparando a Mercile.
— O inchaço deve ter diminuído. Por favor, pode me deixar levantar?
— Não. — Colocou mais de seu peso em cima dela, prendendo-a na cama. Seu temperamento pareceu dissipar um pouco enquanto seu tom mudava de áspero para rouco. — Explique sobre a responsabilidade e por que você sente isto.
— Quer dizer que isso foi minha culpa. O que aconteceu entre nós nesse momento é algo que eu deveria ter evitado. Você passou por muita coisa e eu não quero que se sinta mal por fazer sexo comigo.
— Foi muito bom. — Chegou mais perto do seu rosto para olhar fixamente em seus olhos. — Eu acordei com seu cheiro e quis provar. Eu fiz isto. Você não me manipulou, Alli. Você não tem nenhum poder sobre o que eu faço.
— Você está errado. Eu...
Ele de repente entrou mais profundo, fazendo-a gemer. Seu pênis ainda estava duro, mas o inchaço diminuiu o suficiente para ele poder se mover dentro dela novamente sem a pressão intensa. Sua boca se separou para mostrar suas presas afiadas enquanto ele quase saia antes de impulsionar novamente. Ele congelou.
— Você não me diz o que fazer Alli. Você pode me parar? Forçar-me a sair do seu corpo? Quem é o responsável? Diga-me.
Ele queria mostrar quem estava no controle e ela sabia disso.
— Eu posso ter você novamente por horas e não poderia me parar. Seu corpo teria que me aquentar enquanto eu quisesse.
Ela iria para o inferno. Uma parte pequena de sua mente admitiu que isso não soava ruim se ele a fodesse repetidas vezes. Ficaria dolorida depois já que não fazia sexo há muito tempo, mas ele era tão bom que não se importava com as consequências. Era tudo sobre o aqui e agora para ela. Ela o queria.
Seus quadris moveram-se e ele achou o lugar dentro dela que a fez prender a respiração. Seu nariz se esfregou contra o dela enquanto ele chegava ainda mais perto. — Quem é o responsável?
— Você.
Algo brilhou em seus olhos antes dele se afastar e erguer seu peito do dela. Ele separou seus corpos lentamente, quase lamentavelmente, e a forçou soltar as pernas de sua cintura. Ela olhou seu pênis e não pode evitar apreciar a visão do seu membro ainda excitado.
— Vá tomar um banho.
Ela encontrou seu olhar enquanto ele recuava para longe dela com suas mãos e joelhos até que deslizou pelo final da cama para se levantar.
— Agora, Alli. — Parecia bravo novamente. — Caso contrário eu perderei o controle que me resta.
Ela se sentou e puxou a blusa até esconder o máximo possível de seu corpo. — O que isso quer dizer?
Ele ficou de lado para abrir o caminho da cama para ela ir ao banheiro. — Vá. — Exigiu.
Algo na maneira intensa que ele olhou para ela a fez sair da cama. Havia um aviso de perigo no ar que pode sentir. Ela apenas não estava certa do por quê. Ele parecia com raiva. O chão do quarto estava frio sob seus pés nus depois de tê-los apertados contra seu corpo quente. Suas pernas estavam trêmulas enquanto dava passos hesitantes em direção à entrada aberta do chuveiro.
Uma mão disparou e agarrou seu braço. Alli olhou fixamente para ele com pavor e medo. Ele fechou os olhos enquanto inalava profundamente. Um som suave, animalesco saiu de seus lábios separados e ele os lambeu. O aperto em seu antebraço se aliviou até que a deixou ir.
— Mantenha a porta aberta. Tome banho depressa. Seu cheiro está me enlouquecendo.
Ela correu. A razão por trás das suas oscilações de humor era um mistério para ela, mas estava agradecida por ele não tê-la machucado fisicamente.
Obsidian respirava pela boca, mas o gosto da excitação de Alli ainda estava lá. Seu pênis pulsava por ela novamente. A lembrança de estar dentro dela o atormentava. Tão macia, tão apertada e molhada. Ele também ficou profundamente com raiva.
Uma punhalada de dor perfurou seu coração. A lembrança de sua companheira se filtrou por sua mente e quanto tempo eles foram forçados a viver juntos. Parecia muito bom quando 46 permitia que ele a tocasse quando ela estava no cio, mas parecia moderado comparado ao sexo que ele compartilhou com Alli.
Uma fêmea humana o levou as alturas da paixão que ele nunca pensou que existisse. A frustração fechou suas mãos de lado e o desejo de esmurrar algo se tornou quase insuportável. Um uivo de ira saiu de sua garganta, mas saiu apenas como um feroz murmúrio. Seus olhos se abriram quando ouviu a água no cômodo ao lado e deu um passo antes de poder recuperar o controle do seu corpo. Ele queria Alli novamente.
Ele se moveu para o lado o suficiente para ter uma visão clara de seu perfil no box. A visão de sua pele molhada, lisa fez seu pênis endurecer a um ponto de doer. Seria fácil arrastá-la para fora da água. Ele girou a cabeça para olhar fixamente para a cama. Ele a pegaria de joelhos da próxima vez.
Ele permitiu o espanto do que eles fizeram esfriar seu desejo apenas um pouco. Nunca teve sua companheira o olhando. Era estranho, mas era muito bom ver as expressões de Alli e ter acesso a seu corpo com sua boca enquanto entrava com seu pênis nos confins aquecidos de seu sexo. Também gostou muito de sentir as suas pernas ao redor de sua cintura e suas unhas que se cravaram em sua pele. Não machucou, mas estava ciente delas. Ela se agarrou a ele como se ele fosse salvá-la e desesperadamente precisaria segurá-lo.
Ele queria fazer sexo com Alli novamente. Agora. Seu queixo se abaixou para olhar seu membro ereto traindo a falta de autocontrole de seu próprio corpo. 46 o incitaria se ela estivesse viva para ver o dia que ele permitiu que um humano tomasse vantagem. Moveu seu olhar mais alto para ver Alli lavar o cabelo. Seus lábios estavam separados para revelar suas presas e deu alguns passos mais para perto dela e continuou.
Ela girou para olhar fixamente para ele quando abriu o fino box transparente do chuveiro. Ele parou, notou o xampu em seu cabelo, e hesitou.
— Lave-o.
O medo em seus olhos quase o fez estremecer, mas ela não discutiu ou recusou sua ordem. Jogou sua cabeça para trás no jato de água para fazer como ele mandou. Ele olhou até que não viu nada nos fios pálido e molhados. Seu braço disparou para enganchar ao redor de sua cintura e a ergueu. Parou e de repente entrou no espaço apertado com ela. A água quente jorrava por seu corpo e ele girou para colocá-la de costas, ajustando-a mais alta em seu abraço contra seu peito. Seu interessado pênis não podia ser escondido dela já que se aconchegou firmemente contra o traseiro dela.
Sua cabeça virou e ela olhou fixamente em seu rosto, exibindo o medo ainda em seu olhar azul. Uma parte dele odiava ver isto. O som suave que ela fez, quase um gemido, o fez aliviar o aperto ao redor da sua cintura.
— Eu não machucarei você, Alli. — Ele em parte lamentou ter que se segurar por sua segurança, porque ela era humana. Era bom para ele sentirem medo. Lembrava-lhes que ele era perigoso para o seu bem-estar, mas ela não era comparável àqueles que ele aprendeu a odiar. — Não lute comigo.
Ele usou sua mão livre para fechar do fluxo da água e saiu do box. O chuveiro encharcou o chão, mas não se importou. Ele caminhou até o quarto e não parou até que alcançaram a cama. Ele parou lá para observar. Seu olhar finalmente encontrou seus olhos azuis preocupados.
— Você desmoronará. Não é forte.
— 8... Obsidian. — Sussurrou. — O que você está fazendo? Por favor, coloque-me no chão.
Ele notou como ela se corrigiu depois de quase usar seu número. Ele considerou a cama novamente. Suas mãos agarraram os braços em sua cintura, mas não cravou suas unhas em sua pele para infligir dor ou lutar.
Um grunhido saiu de seu peito.
— Você não é forte o suficiente.
— Eu sei que eu não posso fazer você me colocar no chão.
Ele franziu a testa.
— Seus braços não são fortes o suficiente para me aguentar. Como seus machos montam vocês?
Sua língua saiu para molhar seus lábios.
— Você me quer novamente?
— Por trás. Você gostará. — Aliviou mais seu aperto, apenas o suficiente para permitir que ela deslizasse na sua frente. A sensação do roçar em seu pênis contra seu traseiro e a parte de baixo das suas costas o fez desejá-la mais.
Ela girou em seu abraço e mordeu seu lábio inferior. Conhecia que esse sinal evidente sobre suas emoções. Ela estava insegura do que fazer, mas o receio não estava mais lá quando a observou de perto. Uma mão pequena se ergueu timidamente para descansar próximo a seu coração. Tremia, mas não estava certo se estava com frio ou nervosa.
— Por que você insiste no estilo cachorrinho?
— O que isso quer dizer? É um insulto a minha herança?
— Não! Montar por trás é chamado assim.
— Pegar a fêmea curvada na frente de um macho é como é feito.
Seus olhos se arregalaram. Desviou o olhar dela para olhar a cama. Ele podia colocá-la no centro dela e a prender sob ele a prendendo com suas pernas e braços. Um braço ao redor da sua cintura ajudaria a sustentá-la para impedir que caísse para frente. Seu pênis tremeu com a promessa de fazer isto.
— Hã, Obsidian?
— Sim? — Olhou de volta para ela.
— Você só fez sexo nessa posição?
— Não. Acabei de fazer sexo com você olhando para mim. Você se recusou a me soltar ou eu teria feito do jeito certo.
Alli empalideceu ligeiramente e se inclinou contra ele quando balançou um pouco em seus pés. Um tiro de alarme passou por ele. Ele a machucou? Seu braço enganchou mais apertado ao redor dela novamente para se certificar de que não caísse. Talvez fazer sexo com ele uma vez a desgastou. Ela parecia um pouco pálida e ele estava certo que suas pernas cambaleavam.
Humanos fracos. A raiva surgiu. Ela era muito delicada para aquentá-lo. Ele tinha razão, mas sua conversa com Moon deu-lhe esperanças de que ela pudesse lidar com um macho Espécie.
Alli balançou um pouco com o choque de sua declaração.
— Você está dizendo que você só montou outras mulheres por trás? De joelhos? Sempre?
Obsidian balançou sua cabeça. — Eu só tive uma companheira. Eu a pegava desse jeito. É como é feito.
— Oh merda. — Ela engasgou surpresa. Ele deveria ter mais de trinta anos de idade pelos seus cálculos e por seu corpo. Um Espécie era mais difícil de estimar, mas estava certa sobre a correta faixa de idade.
— Qual é o problema? Você precisa descansar?
— Você nunca experimentou durante o sexo? Fazia outras coisas com ela em posições diferentes?
— Eu usava a minha boca nela para conseguir que ela quisesse fazer sexo. Ela gostava de mim a saboreando.
Ele de repente mudou a posição e a ergueu do chão em seus braços. Ela não sabia por que ele a espalhou sobre o colchão até que colocou as cobertas ao redor do seu corpo.
— Eu te darei um tempo para se recuperar.
Sua mão o impediu.
— Nós precisamos conversar. — Ela lutou para se sentar e o arrastou para mais perto. Ele se sentou de má vontade na extremidade do colchão.
— Descanse um pouco. Eu quero você novamente logo.
Ele olhou seu pênis e ela seguiu seu olhar. Ele ainda estava duro. Várias emoções passaram por Alli enquanto seus pensamentos aceleravam para aceitar os detalhes pessoais de sua história sexual. Era muito limitado e se sentiu mais culpada. Ela respirou lentamente para acalmar seu desânimo até que estava pronta para falar. Dado o tamanho e idade de Obsidian, a conversa, não seria fácil como pensava.
— Nem todo mundo faz sexo no estilo cachorrinho. Hã, montar mulheres, fêmeas, só por trás. O que nós fizemos, encarando um ao outro, é normal.
Seu olhar se estreitou.
— Existem muitas posições durante o sexo que são perfeitamente aceitáveis e encorajadoras.
— Que posições?
— Existem muito delas. — Sua mente ficou branca com a expressão horrenda na face dele. — Vaqueira. Vaqueira ao inverso. Sessenta e nove. — Suas bochechas esquentaram.
— Vaqueira? Quem é sessenta e nove? — Sua voz se afundou. — Meu nome é Obsidian.
— Não é quem, mas o que.
Ele se levantou e saiu de seus braços.
— Vou dar um passeio. — Ele foi para a cômoda, abriu uma gaveta e colocou rapidamente uma calça de moletom com movimentos bruscos, furioso.
A expressão brava em seu rosto deixou-a muda. Ela conseguiu deixá-lo bravo ou talvez ele estivesse experimentando remorso pelo que aconteceu entre eles. Nenhuma emoção aliviava sua culpa.
— Obsidian?
Ele parou na porta quando sua mão agarrou a maçaneta e sua cabeça se virou em sua direção.
— Nós precisamos conversar. Por favor, volte aqui.
— Não precisamos. — Ele abriu a porta e fechou ruidosamente atrás dele.
Alli estremeceu com o barulho alto e saiu do cobertor. Seu corpo doía em alguns lugares enquanto entrava no banheiro para terminar seu banho. Precisava ir para casa. Foi um engano enorme ficar com Obsidian. Ele estava confuso por ter sido impulsionado em um novo mundo. Sua companheira foi assassinada e ele provavelmente se sentia culpado pelo o que aconteceu entre eles.
— Maldição. — Murmurou, piscando para conter as lágrimas. Ela teve tempo para ficar um pouco obcecada por Obsidian, mas ela era só uma distração para ele e uma liberação física da frustração que ele deveria estar sofrendo.
Obsidian olhou para o novo guarda no fim do corredor. As sobrancelhas escuras do macho se curvaram enquanto se levantava de sua cadeira. — Eu posso ajudar você? Eu sou Jericho.
— Eu quero dar um passeio.
A narina do macho chamejou. — Entendo.
— O que isso quer dizer?
O macho grande balançou sua cabeça para olhar por cima de seu ombro. — Onde está a doutora?
— Eu a deixei na cama.
Um grunhido suave foi a única advertência que ele recebeu antes de ser empurrado para fora do caminho violentamente e seu ombro bater na parede. Ele girou, atordoado, olhando Jericho correr pelo corredor. Entendeu depressa que o outro macho estava indo atrás de Alli. Os instintos protetores explodiram e ele rosnou. Obsidian não queria ninguém perto dela.
A porta bateu na parede com força e o macho uniformizado desapareceu da vista antes dele pegá-lo. Rosnou novamente e saltou, atacando o macho saltando em suas costas. Os dois colidiram no chão em um emaranhado de membros. Obsidian foi lançado quando o macho debaixo dele rolou, empurrando um cotovelo que se cravou dolorosamente em suas costelas. Ele grunhiu e se torceu para chutar com uma perna para atingi-lo.
Seu pé nu fez contato com uma coxa e o macho soltou um som que ele nunca ouviu antes. Era alarmante de um jeito primitivo. Era um rugido surdo, em partes gritos altos. Ele ousou olhar para longe, apenas para ver a cama vazia. O movimento no banheiro chamou sua atenção enquanto Alli entrou na visão, segurando uma toalha na frente de seu corpo.
Um corpo pesado o bateu no peito e o fez cair no chão. A onda de dor atravessou suas omoplatas pelo contato severo com o chão e o ar deixou seus pulmões. Mãos grosseiras agarraram seus pulsos em uma tentativa de prendê-lo, mas se recuperou depressa, rolando de lado, e saiu do aperto do macho. Alli estava praticamente nua e o macho estava muito perto dela. Um grunhido saiu dele assim que pode respirar. Não teve tempo de evitar o punho que chocou com seu rosto. O gosto de sangue imediatamente encheu sua boca.
— Pare com isso! — Alli exigiu e mais peso o esmagou.
Seus olhos se abriram quando algo molhado tocou seu nariz e ele percebeu que era o cabelo dela caindo do ombro do macho entre eles. Ela deve ter disparado para cair sobre as costas de Jericho, depois suas mãos se enrolaram ao redor do macho, uma delas cobriu sua boca enquanto a outra agarrava sua garganta.
— Não o morda. — Alli gritou.
O macho recuou seu punho para bater em Obsidian novamente, mas hesitou enquanto girava sua cabeça para olhar lentamente para o rosto de Alli quase tocando o ele. Ela pareceu prender o olhar na pessoa que o atingiu antes de suas mãos o largarem.
— O que você está fazendo, Jericho? Você perdeu seu juízo? — Alli gritou as palavras. — Saia de cima dele agora mesmo.
Pura raiva inundou Obsidian quando o outro macho notou que ela soltou a toalha. Ele estava olhando fixamente para seus seios expostos. Ela permaneceu esparramada por cima das costas de Jericho.
— Isto é constrangedor. — O outro macho limpou sua garganta. — Pensei que ele tivesse machucado você.
— Eu pareço machucada para você?
— Não. — Jericho declarou devagar, ainda olhando fixamente para seus seios. — Você parece muito bem.
O queixo de Alli se abaixou para seguir seu olhar e ofegou. — Merda!
Um pouco do peso diminuiu de Obsidian enquanto ela descia das costas do macho e se curvava, mostrando seu traseiro nu para os dois enquanto tentava esconder seu corpo recuperando a toalha. Obsidian o atingiu rápido e com força com seu punho, atingindo a mandíbula do macho.
— Maldição. — Jericho rosnou, o soco o mandando para a direção oposta. — O que foi isso? — Ele terminou em uma posição abaixada para olhar furioso seu oponente.
Obsidian se sentou e queria que o outro macho mantivesse sua atenção nele em vez de em Alli se endireitando e enrolando a toalha mais apertada ao redor de seu corpo. Mostrou suas presas em advertência. O macho o pegou de surpresa, mas isso não aconteceria uma segunda vez.
— Obsidian? O que você está fazendo? — Alli chegou mais perto. — Não faça isso.
Ele nem olhou para ela. O outro macho estava muito perto e a viu nua. Jericho ousou olhar em seus seios e ele pagaria por isto.
— Entre no banheiro onde você estará protegida da violência.
Ela o desobedeceu quando de propósito chegou mais perto, colocando-se entre ele e o inimigo. — Pare com isto. Não ataque Jericho. Você dois precisam se acalmar agora mesmo. Você acabou de despertar de um coma e não pode lutar. — Virou sua cabeça, jogando água dos fios úmidos de seu cabelo molhado. — E você, o que está fazendo aqui?
Jericho graciosamente se endireitou para a sua altura completa e inchou o peito. — Ele disse que deixou você na cama e eu podia cheirar você por toda parte. Achei que ele a tinha forçado a fazer sexo. Eu vim para ajudá-la.
Obsidian notou a forma como Alli empalideceu, mas não falou por um momento.
— Oh, merda. Eu esqueci sobre sua sensação de cheiro. — Suas bochechas ficaram vermelhas. — Hã, não foi isso que aconteceu. Pode sair agora.
O olhar do outro macho se estreitou.
— Está certo.
Não tinha acabado para Obsidian. Ele ficou de pé, deu um passo em volta de Alli e se jogou para o macho. Um suspiro suave saiu de Alli e ficou atordoado quando ela largou a toalha para agarrar-se a seu peito. Seu corpo colidiu com o dele com o movimento para frente que ele deu, tentando castigar o outro macho e pisou em um pedaço da sua toalha. Bateu no chão, descobrindo sua forma nua novamente.
Seus braços se envolveram ao redor dela e ele girou, bloqueando a visão do macho a protegendo com seu corpo. Ele torceu sua cabeça e rosnou.
— Saia.
As mãos de Jericho lentamente se ergueram, abertas.
— Certo. Calma.
O coração de Obsidian martelava e queria atacar, mas não podia sem soltar Alli. Suas mãos agarraram seus ombros e ela agarrou-se a ele, achatada contra seu peito. Sua pele molhada estava gelada e seus mamilos eriçados eram uma distração, empurrados contra seu peito onde ele firmemente a segurava.
— Você tem certeza de que quer que eu deixe você com ele?
— Vá embora! — A voz de Alli tremia. — Saia, Jericho. Você obviamente o está agitando.
— Ele quer me matar. — Ele corrigiu chegando mais perto da porta. — Acalme-se, Obsidian. Eu estava apenas a checando. Eu não estou aqui para machucá-la de forma alguma.
Ele rosnou novamente, se perguntando se Alli ficaria machucada se ele a jogasse em direção à cama para cair sobre o colchão suave para livrar seus braços assim ele poderia bater no outro macho Espécie. Suas unhas se cravaram em sua pele como se pudesse ler suas intenções.
— Sem brigas. — Sussurrou. — Olhe para mim, Obsidian. Por favor?
Ele recusou a parar de encarar o macho até que ele desapareceu pela porta. Seus braços em Alli se abaixaram e ele virou a cabeça para olhar para ela. Ela se recusou a soltá-lo, mantendo seu corpo apertado contra o dele.
— Solte-me.
— Não. Parece que você quer ir atrás dele.
— Eu quero. Solte-me.
Ela o surpreendeu enrolando uma perna ao redor dele, enganchando atrás de sua coxa. — De jeito nenhum! Você pode se machucar. Um baque na cabeça e você pode morrer ou entrar em coma novamente. O que está de errado com você? Por que você começaria uma briga?
— Ele veio atrás de você.
— Ele estava me checando. — Ela discutiu. — Jericho nunca me machucaria. Eu o conheço bem.
Raiva o percorrer.
— O quão bem? Você o tentou com seu cheiro de comida, esperando que ele se acasalasse com você? O que é ele? Ele tem olhos estranhos e faz barulhos ruins. — A ideia dela querendo outro macho o deixava louco.
— Ele é primata e seus olhos não são estranhos. Eles são únicos e bonitos.
Ele rosnou antes de evitar, perdendo sua batalha com seu temperamento explosivo. — Você o quer como um companheiro.
— Eu não quero!
— Você disse que os olhos dele são bonitos.
— Eles são. Como é a cor azul ou o pôr do sol. Eu não quero me envolver fisicamente com ele.
Ele ficou surpreso com sua declaração estranha.
Seu aperto se aliviou ligeiramente, mas não largou seus ombros.
— Respire fundo. Inspire. — Sugou ar para seus pulmões o suficiente para apertar seus seios firmemente contra seu peito. Ela exalou. — Expire. Respire comigo.
— Não. — Ele olhou para cama enquanto julgava a distância e se esticou para ouvir Jericho, tentando localizar os passos do macho. Seus braços ficaram tensos para jogar Alli no colchão macio, mas as pernas dela pareciam presas ao redor dele e o impedia. — Solte-me.
— De jeito nenhum. — Balançou a cabeça, o cabelo molhado gotejando entre eles. — Você não vai lutar com ele novamente. Eu proíbo.
Isso o fez olhar para ela.
— O que?
Ela não recuou enquanto ele olhava fixamente em seus olhos azuis, embora parecesse claro que ela percebeu que ele não receberia ordens dela ou de ninguém. Ele podia sentir sua frequência cardíaca acelerar quando sua mão livre agarrou sua garganta. Não apertou, mas ao invés disso suavemente manteve a mão para imobilizá-la.
— Você podia morrer. — Ela sussurrou. — Por favor, acalme-se. Eu prefiro que você lute comigo do que com ele. Eu não posso machucar você do jeito que ele pode.
— Você não acha que eu poderia ganhar? — Feriu seu orgulho. A fêmea deveria achá-lo fraco.
— Eu acho que você poderia morrer. — Sua respiração era trêmula. — Eu não quero isso. Eu não conseguiria aquentar. Você entende?
Ela o confundiu enquanto seu temperamento finalmente abaixou. Suas palavras acalmaram seu orgulho ferido, mas não estava prestes a esquecer que o outro macho a viu nua. Isso o deixou irado. Alli parecia querer um companheiro e a ideia de outra pessoa a tocando fez um grunhido sair de sua garganta.
Seu olhar foi para sua mão e ele soltou seu pescoço esbelto. Precisava se lembrar que ela não era 46. Sua companheira teria lutado com ele até que não tivesse nenhuma escolha a não ser subjugá-la para evitar que os guardas entrassem em sua cela com seus dardos de droga. Nenhum perigo havia ali para Alli.
Ela continuou olhando fixamente em seus olhos enquanto lentamente movias suas pernas para soltá-lo. Suas mãos estavam apertadas contra seu peito e tremiam. De repente se sentiu realmente mal por lidar com ela muito grosseiramente. Ela é apenas uma humana. Precisava se lembrar disso.
— É ruim me atacar. — Esperou que essa advertência fosse entendida por ela. — Recue quando eu estiver bravo.
— Isso é chamado saber se controlar e você precisa trabalhar nisto.
Ele murmurou e a soltou totalmente. Ela ficou firmemente apertada contra sua frente e olhou para baixo. Ele podia ver uma parte de seu mamilo esquerdo e levou seus pensamentos para o sexo.
— Nunca fique entre mim e outro macho. Você poderia ser morta. Você fará como eu disser.
— Ou o que? — Seus olhos se estreitaram e ele facilmente leu desafio em sua expressão enquanto a estudava.
— Você está me desafiando?
— Não. Apenas não recebo ordens. Essa é uma página que tirei diretamente do seu livro.
— O que isso quer dizer? Que página?
— É um ditado que significa que se você não me escuta por que eu deveria escutar você?
— Eu sou maior e mais forte.
— Você está sendo um tirano novamente e não é atraente.
— O que isso quer dizer?
Ela recuou o suficiente para romper seu leve aperto nela e recuperou a toalha caída, escondendo todos seus seios de sua visão enquanto a enrolava ao redor.
— Eu deveria ir para casa.
— Você vai ficar comigo.
Ela balançou a cabeça.
— Eu não acho que isto seja uma boa ideia. Você precisa de algum tempo sozinho para se ajustar a liberdade. Você não pode fazer isso comigo aqui.
— Você não vai deixar este quarto. — Ele cruzou seus braços em cima do peito. Ela era pequena e ele era mais rápido. Ela nunca conseguiria chegar a porta antes dele a impedir. Seu olhar foi para o grande colchão. Ele poderia jogá-la lá. Ele poderia ter a certeza que outros machos não chegariam perto dela se ela estivesse com ele.
— Não venha com essa de ‘eu falei e está dito’ para mim, Obsidian.
O imitou em posição e diversão faiscou quando ele a deu atenção novamente. Alli era atraente quando estava brava. As linhas pequenas que se formavam ao redor da sua boca quando ela franzia a testa e dobrava sua testa.
— É a verdade.
Suas bochechas ficaram um pouco rosa e sua boca se apertou em uma linha. Também notou que suas mãos se fecharam onde estavam cruzadas em cima de seu peito. — Você me enfurece.
Ombros largos encolheram.
— Eu entendo.
— Isso é tudo que você tem a dizer? Por que eu não posso ir para casa? Eu poderia gritar por ajuda.
— Você poderia, mas então o macho e eu lutaríamos novamente. — Sabia que ela não queria isso e não estava querendo usar as informações em sua vantagem. — Você deveria estar descansando. — Seu olhar desceu para suas pernas nuas e seu pênis endureceu. — Eu quero você novamente.
Sua mão relaxou, caindo de lado, e levantou o dedo mediano para ele. — Você sabe o que isto quer dizer?
— Não.
— Exatamente. É isso que significa. — Ela girou e caminhou em direção ao banheiro.
— Onde você está indo?
— Para longe de você!
Ela o enfrentou só dentro da porta do banheiro e olhou para ele enquanto a fechava entre eles. Um clique fraco o assegurou que ela trancou a porta. Ele deu um passo para arrombá-la, mas parou. A janela era muito alta para ela subir e nada lá a ajudaria a escapar. Alli não iria a lugar nenhum.
Ele começou a andar, tentando descobrir como acalmá-la. Ela não era sua companheira e não reagia como 46 reagia quando estava brava. Os humanos não faziam grunhidos ou mordiam. Ele precisava se lembrar disso e nunca agarrar sua garganta novamente. Ela o bateu uma vez, mas nem saiu sangue. Precisava repensar como lidar com ela.
Alli fumegava enquanto derramava água em seu rosto só para se acalmar um pouco. Obsidian era impossível de se lidar. Ele era controlador e pior, ele atacou outro Nova Espécie sem provocação.
Sua agressividade podia ser o resultado de um dano cerebral ou talvez ele estivesse sofrendo de fadiga mental, afinal de contas ele sobreviveu. Aquele pensamento fez seu peito doer. Ela não viu nada na radiografia do cérebro que mandou fazer que indicasse uma falha, mas isso não significava que não estava lá. Ele também perdeu sua companheira e foi libertado de uma vida infernal. Imaginava que qualquer um teria problemas para lidar com tanto em tão pouco tempo.
Culpa a percorria por causa da relação íntima deles. Praticamente jogou fora todo seu conhecimento da faculdade de medicina pela janela quando se tratava de seu ex - paciente porque ele era sexy e se apegou muito a ele. Sua cabeça pendeu enquanto suavemente xingava. Apaixonou-se fortemente por Obsidian antes dele sequer abrir os olhos e a realidade dele acordado não era o que ela esperava.
Havia momentos nos quais ela queria estrangulá-lo, depois ele fazia algo amável, totalmente deixando-a desequilibrada. Ele era uma contradição e a deixava perplexa. A relação sexual que começaram não foi a decisão mais inteligente que já tomou. A última coisa que ele precisava era mais complicações em sua vida.
— Maldição. — Sussurrou, agarrando uma toalha seca para secar levemente seu rosto. Ergueu o olhar até que olhou fixamente em seus próprios olhos refletidos no espelho. — Você é realmente desequilibrada.
Um som na porta a fez pular e ela girou, vendo-a ser aberta. Obsidian bloqueava a entrada com um franzido em seu rosto.
— Eu a tranquei.
— Eu abri. — Olhou na maçaneta antes de retornar a atenção a ela. — Não tente me manter afastado de você novamente.
— Eu queria privacidade.
Sua boca se apertou em uma linha sombria.
— Se ajuste a não ter isso. Eu não gosto de você fora da minha visão.
Ficou tentada em dizer a ele que não se importava com o que ele queria, mas o brilho rígido refletido em seus olhos escuros a fez ficar calada.
— Minha companheira estava sempre ao meu lado a menos que eles a tirassem para machucá-la.
O coração de Alli acelerou um pouco com a menção de 46.
— Você não está mais à mercê daqueles bastardos sádicos. Estou segura e você não precisa me observar o tempo todo. — Sua preocupação suavizou sua raiva.
O silêncio se prolongou entre eles enquanto faziam uma competição de encarar. Alli perdeu e levou seu olhar para o peito dele.
— Eu realmente deveria ir para casa. Você está se recuperando bem o suficiente para brigar e eu preciso entender o que vai acontecer com minha vida.
— O que isso quer dizer?
Ela respirou fundo, notando algumas marcas em seu corpo que poderiam se transformar em contusões por sua luta com Jericho. Embora não visse nada alarmante que não se curaria depressa. Novas Espécies tinham surpreendentes habilidades de recuperação.
— Eu sequestrei você do ONE. Eles estão ainda discutindo como me castigar. Estou certa de que irei embora logo. Isso significa que eu preciso arrumar as minhas coisas.
— Ninguém castigará você. — Ele rosnou.
Seu olhar subiu e viu linhas severas de raiva em eu rosto. — Eles não me machucarão. Eu violei suas leis e entendo que eles não possam permitir que eu faça isso sem algum tipo de repreensão. Eu esperava isso. Acho que apenas serei despedida e escoltada da propriedade. A casa que eu vivo veio com o trabalho. Eles precisarão contratar outro médico assim que possível já que estão com falta de mão de obra.
Ele entrou no banheiro e se aproximou até que ela teve que se arquear sobre o balcão para evitar que seu corpo tocasse no dela. Seu queixo subiu até manter seus olhares bloqueados.
— Você viverá aqui comigo.
— Eu não posso.
— Você viverá.
Seu coração acelerou.
— Eu não sou sua companheira, Obsidian. — A lembrança gentil saiu como um sussurro e estava focada nos dois. — Eu não posso ficar aqui indefinidamente e eles devem querer minha casa desocupada para minha substituição.
Seus braços se moveram e suas mãos agarraram a borda do balcão ao lado de seus quadris, eficazmente a prendendo. Ele abaixou a cabeça até que sua respiração morna roçou seu rosto.
— Para trás. — Ela ordenou.
Ele balançou a cabeça, se recusando a mover.
Ela não tinha medo, sabia que ele não era uma ameaça para sua segurança, mas estava alarmada. Estava agindo agressivamente novamente.
— Você não vai embora. — Ele parou e sua respiração saiu um pouco rápida. — Você quer me bater? Bata-me.
Lembranças vieram à tona de quando bateu em seu rosto.
— Só quero que você saia do meu caminho.
— Não. — Ele invadiu a quantidade restante de espaço entre eles até que seu peito se apertou contra ela e o comprimento duro de seu sexo cutucou sua barriga quando ele se inclinou para frente. — Você. Fica. Aqui.
— Você tem uma ereção. — Revelou incapaz de evitar olhar até verificar a fonte. Não há como não notar sua condição física excitada.
Sua resposta foi um grunhido suave.
— Bata-me.
— Não!
Seus olhos escuros se estreitaram enquanto olhava fixamente neles e um grunhido maligno saiu de seus lábios separados. Suas presas afiadas relampejaram.
Alli lutou para acalmar o pânico. Ele deve ter um dano na cabeça. Ele não estava fazendo sentido e parecia almejar a violência. Seu comportamento era irracional e ela estava presa dentro do banheiro com ele.
— Acalme-se, Obsidian. — Sua voz tremeu. — Eu preciso ligar para o Centro Médico para informá-los que deveriam fazer algumas radiografias de você. Eu acho que algo está errado dentro da sua cabeça. Você pode ter hemorragia ou inchaço. Você...
— Eu estou bem. — Rosnou. Seu nariz se alargou enquanto a cheirava e inclinou sua cabeça apenas o suficiente para ganhar acesso a sua garganta. — Sem testes.
Não ficou surpresa por sua recusa. Ele podia ser teimoso e cabeça dura. Tentou usar a lógica com ele.
— Você está agindo de forma agressiva e atacou outro macho.
Ele cheirou novamente e abaixou seu rosto até que sua boca esfregou a parte inferior de seu lóbulo da orelha. — Ele me provocou. Você precisa parar de cheirar a comida para chamar a atenção de outros machos. Eu matarei um se eles tentarem montar você.
Ela ofegou.
— Jericho não me quer e pare de me acusar de tentar atrair homens.
Ela contorceu o suficiente para fugir de seus lábios e colocou as palmas em sua pele quente. O empurrão que deu em seu peito nem pareceu intimidá-lo desde que ele não balançou com a força. Olhou fixamente para seu rosto, mas ele parecia fascinado com sua garganta.
— Obsidian? O que você está fazendo?
Seu olhar finalmente encontrou o dela.
— Procurando por um lugar para morder que não machuque muito. Você é muito frágil e não dispõe de muita perda de sangue.
Alli permitiu que suas palavras se absorvessem e entrou em pânico.
— Socorro!
Obsidian rosnou.
— Pare.
Ela lutou com ele e ele se preocupou que ela ficasse contundida enquanto seu corpo se debatia entre ele e o balcão. Suas mãos agarraram seus quadris enquanto girava, a erguendo em um movimento fluido, a tirou fora do caminho do dano. Ele a prendeu em seus braços enquanto seus braços mexiam-se para mantê-la alto o suficiente para prevenir seus pés de chutaram e atingir o chão de azulejo ou a parede.
— Já chega! Calma.
Ele ouviu passos batendo apressados pelo corredor e sabia que eles estavam prestes a ter companhia. Ele uivou com raiva pensando em Jericho retornando depois de brigarem. O macho devia saber melhor antes de desafiá-lo pela fêmea. Seu rival chegou ao quarto puxando a porta abrindo-a forte o suficiente para forçar a maçaneta, quebrando o batente da porta.
— Coloque-a no chão. — Jericho falou profundamente, sua voz animalesca. Ele chegou mais perto com suas mãos abertas como armas de garras.
— Ela é minha. — Obsidian não podia olhar para longe do seu oponente, mas ele suavemente soltou Alli. — Entre no chuveiro onde ele não possa alcançar você sem passar por mim.
— Pare com isto! — Alli o desobedeceu andando entre ele e o macho avançando. Suas mãos dispararam e esticou para ambos os lados, fazendo a expansão de seus braços tão largos quanto possível para mantê-los separados. — Sem luta!
— Você está bem? — Jericho parou, mas ainda apresentava uma ameaça.
— Ele iria me morder. Eu quero ir embora. — Ela pareceu assustada enquanto olhava para Obsidian. — Por que você queria fazer isso?
Ele foi ao alcance dela, mas ela puxou seu pulso antes dele poder agarrá-lo. Ele congelou, entendendo o quão apavorada ela parecia estar.
— Para marcar você. — Ele engoliu com dificuldade, inalando seu cheiro e verificando seu terror. — Eu não iria machucar muito.
— Você queria me morder. — Deu uma respiração trêmula. — Com seus dentes afiados. Há algo de errado com você e eu insisto que você vá para o Centro Médico.
— Merda. — Jericho sussurrou.
Alli virou sua cabeça para olhar fixamente para ele. Ele franzia a testa, soltou suas mãos para os lados, e recuou.
— Jericho? O que é?
Ele soltou uma respiração funda.
— Ele está exibindo características territoriais. Acontecia ocasionalmente nas instalações onde estávamos presos. Ele não quer que outros machos cheguem perto de você e está tentando destacar sua reivindicação com um marcador físico, hã, mordida. — Intencionalmente olhou fixamente para Obsidian. — Não há necessidade para isso. Ela não será levada para outros machos para testes de procriação e seu cheiro já está nela. Isto já é advertência o suficiente para outros não tentarem fazer sexo com ela.
— Você a quer. — Obsidian severamente acusou.
Jericho recuou mais, tenso.
— Eu não quero. Ela é muito atraente, mas eu não tenho nenhum interesse nela. Ela é só uma amiga e era uma funcionária valiosa em Homeland.
Obsidian não acreditou nele.
— O cheiro dela é muito bom e se recusa a parar de cheirar a comida para atrair outros machos.
— Maldição. — Jericho recuou outro passo. — Os humanos gostam de comida. É apenas o jeito que eles são. Eles acham que cheirar como jantar é higiene. Você aprenderá isto com o tempo. Não é só ela. A maior parte deles faz isto. Elas não estão tentando nos provocar para montá-las.
— Seus olhos estão vermelhos de luxúria. — Obsidian avançou, tentando levar Alli para trás dele assim ela não ficaria na vista do outro macho.
— Eu sou primata e eles não estão vermelhos. Eles são mais castanhos avermelhados com muito marrom. Há uma diferença. — Suas características ficaram cruéis. — Eu não a quero e ela com certeza não me quer. Até nossas fêmeas tem medo de minhas diferenças. Você realmente acha que uma humana tímida vai me querer?
— Você a viu nua. — Ele não acreditava em Jericho. Alli era muito atraente para acreditar que um macho não a quereria.
O outro macho prolongou sua retirada.
— Eu sinto muito se olhei. — Ele fez um barulho suave do fundo de sua garganta. — Aqueles foram o primeiro par de seios verdadeiros que eu vi em algum tempo. — Ele abaixou seu olhar para o chão e sua cabeça mergulhou em submissão. — Não vamos lutar. Ela está protegida do interesse de outro macho e eu há muito já desisti de encontrar uma fêmea para mim. Eu nem quero uma agora.
Obsidian não acreditava nele, mas sua raiva esfriou.
— Por quê?
Jericho revelou a cor estranha de seus olhos quando encontraram o olhar dele. — Eu me recuso a sentir mais dor.
Obsidian o estudou e parou próximo de Alli quando ela agarrou seu braço para pará-lo de chegar mais perto do outro macho. Ele não a olhou, muito focado em compreender seu oponente.
— Machuca ser rejeitado. — A voz de Jericho se afundou e a emoção forte relampejou em seus olhos. — Eu não as quero mais. Já chega. Sua médica está protegida de mim. Eu me transferi daqui para a Reserva para trabalhar com a força tarefa de humanos que trabalham conosco. Nós caçamos e localizamos os funcionários da Mercile. Isso me afasta das nossas fêmeas. Eu só me voluntariei para ser babá porque as fêmeas são proibidas de entrar no Centro Médico com você aqui. A força tarefa está de licença por duas semanas depois eu volto com eles. Você entende?
Mais perguntas encheram sua mente, mas Obsidian acreditou que o outro macho não queria sua Alli.
— Os humanos trabalham para você?
— Nós. — Jericho corrigiu, sua linguagem corporal relaxando. — Os tempos mudaram. Nem todos os humanos são ruins e nos odeiam. Os homens com quem trabalho são bons.
— Homens?
— Eles são humanos. Homens. Nós somos machos. — Ombros largos encolheram. — Não tente mordê-la. Você a apavorou. Ela é humana. Não está familiarizada com todos os nossos instintos quando se trata de sexo. Você entende?
Ele não entendeu, mas estava aprendendo. Seu olhar deslizou para Alli. Ainda estava pálida, cheirava a medo, e o olhava com olhos cautelosos. A decisão de marcá-la foi ruim. Seus impulsos tomaram a vantagem por causa de sua proteção com a fêmea. Ele olhou de volta para o macho.
— Nos deixe a sós. Por favor. Eu não a machucarei.
— Bom. Eu estarei no final do corredor se você precisar de qualquer coisa.
Alli protestou quando Jericho e virou para partir.
— Não vá!
O guarda xingou, girou de volta para enfrentá-la. Ele pareceu irritado enquanto olhavam fixamente um para o outro. — Dê a ele um tempo. Ele é recém-libertado e está aprendendo como lidar com isso tudo. Você é humana e tão diferente quanto podia ser do que ele conhecia sobre as fêmeas.
— Eu quero ir embora. — É melhor deste jeito. Não ousou olhar para Obsidian quando ele rosnou, seu protesto foi notado, mas rejeitado. — Eu quero ser escoltada de volta para minha casa.
Uma grande mão firmemente envolveu a mão que ela usou para impedir Obsidian de atacar Jericho. Prendeu seus dedos. Então teve que olhar fixamente para ele. A raiva marcava sua boca em uma linha severa e seus olhos marrons escuros estavam quase pretos com emoção.
— Você fica comigo.
— Eu não sou sua companheira. — As palavras foram difíceis de dizer, mas não eram menos verdadeiras. Ela não estava fazendo qualquer favor a ele ficando. Ele precisava de tempo para se curar, enfrentar as condições da sua vida mudada e lamentar sua companheira assassinada. O sexo era uma distração que só o machucaria no final. Ficaria devastada também quando percebesse isto e tudo o que ela significou para ele. Era melhor ir embora antes de se vincular muito mais a ele e se apaixonar mais.
— Você fica comigo. — Ele repetiu, sua voz alcançou um tom profundo que enviou calafrios por sua espinha.
Ela não tinha mais medo. Ele passou quando Jericho chegou para salvá-la. O fato de Obsidian querer mordê-la para prevenir que outro Espécie a quisesse foi um tanto quanto doce, de um modo distorcido. Era um exagero acreditar que ele queria rasgar severamente sua garganta com suas presas afiadas. Achou que ele queria castigá-la por enfrentá-lo por ser um imbecil arrogante.
O ar congelou em seus pulmões por longos segundos enquanto cuidadosamente escolhia as palavras. Ela exalou e inalou.
— Você poderia nos deixar a sós, Jericho?
— Sim. — O macho fugiu, alívio evidente em seu tom.
A porta foi arrancada de onde ele bateu na parede fazendo pedaços de gesso se espalhar pelo chão do quarto quando fechou firmemente enquanto o guarda saia. Alli olhou para Obsidian, notando mais uma vez o quão alto e grande ele era. E sexy. Seu coração doía em olhar fixamente em seus olhos e saber que tinha de dizer adeus. Ele podia ser arrogante e controlador às vezes, mas não iria se enganar em acreditar que ela não se sentia atraída por ele como uma mariposa para a chama. Infelizmente, um deles seria queimado, talvez ambos.
— Eu quero me vestir e então conversaremos.
Ele não soltou sua mão.
— Eu quero você.
Tudo é sobre sexo para ele. Mais dor apertou seu peito. — Tudo bem. Conversaremos aqui mesmo. Você teve muitas mudanças em sua vida recentemente.
— Eu não quero conversar.
Ela o ignorou como se ele não falasse.
— Sua companheira foi morta na sua frente e você...
— Eu não quero conversar. — Ele repetiu mais firmemente.
— Deve estar profundamente machucado por causa de sua perda.
— Alli, pare.
— Estou familiarizada com você porque você se acostumou a meu cheiro. Eles me advertiram que não era uma boa ideia tentar isso. — Ela parou, esperando ele interromper, mas ele apenas a observava com olhos estreitos. Ele permaneceu mudo, então ela continuou.
— Eu não lamento o que fiz, mas você irá quando vir a enfrentar tudo o que aconteceu. Está livre agora e seu mundo inteiro está diferente. Você é forte, Obsidian. Não precisa de mim como um suporte para passar por isso. Sua raiva irá passar, o pesar vai aparecer, entretanto a cura começará. Você vai ficar bom no final. Eu acredito nisso com todo o meu coração. — Respirou fundo. — Estou só dificultando esse processo ficando aqui e eu preciso retornar para minha casa. Nós dois temos coisas com que lidar.
Seu aperto aliviou e ele a soltou. Ela o soltou também e recuou para colocar um pouco de espaço entre eles.
— Isto é realmente para o melhor. — Sussurrou, esperando que ela acreditasse nisto e ele também. — Apenas viva um dia de cada vez. Eu sei como é quando alguém que você ama morre, mas você sobreviverá à perda de sua companheira. Realmente dói, mas eu prometo que melhorará. Um dia você acordará e seu coração não estará mais partido.
Ele não disse nada, seu rosto congelado naquela expressão severa. Ela lentamente se virou e fugiu para o banheiro. Sua bolsa acenava para ela e se curvou para abri-la, planejando se vestir. Ao invés disso um braço a agarrou em volta de sua cintura e ela foi erguida. Um soluço foi tudo o que ela soltou antes de experimentar a sensação de enjoo de ser transportada pelo ar.
Saltou quando caiu sobre a cama macia, chocada quando Obsidian a lançou pelo menos um metro através do quarto. Não machucou, mas o fator chocante a segurou no lugar até que seu cérebro conseguiu acompanhar. O colchão se afundou, se moveu, e então um peso pressionou em cima de suas costas onde ela se deitou esparramada em seu estômago para baixo. A enjaulou com seu corpo.
— Eu me recuso a deixar você ir.
Uma onda de medo a percorreu enquanto sua respiração quente roçava sua orelha. A toalha deslizou para sua cintura e seu peito pressionava as costas dela.
— Obsidian, saia de cima de mim. — Sua voz se agitou.
Ele mudou se posição em cima dela e uma grande mão agarrou seu traseiro, esfregando. — Eu quero você.
— Pare com isso! — Sua cabeça se virou em sua direção e ela olhou fixamente para ele. — Você está me assustando. Você entende isso?
— Eu não machucarei você, Alli.
O som de seu nome em seus lábios naquele tom áspero fez um pouco do seu medo diminuir. Ele estava engajado na conversa e pessoalmente se endereçou a ela, algo que imaginou que ele não faria se não pudesse ser sensato ou ter perdido o controle. — Você acabou de me jogar através do quarto. Esse não é um comportamento aceitável!
— A cama não machucará você. Eu não teria feito isso se achasse que erraria.
— Você está fugindo da questão. Eu quero ir embora e você não pode me forçar a ficar aqui contra minha vontade.
— Eu poderia, mas farei você mudar de ideia ao invés disso. — A grande mão em seu traseiro a massageou. — Você irá querer também. Acalme-se e vire. Eu quero saborear você.
Ela não se mexeu quando ele se ergueu para dar a ela espaço suficiente para se reposicionar. Ele se sentou em suas pernas curvadas, esperando e a assistindo com bonitos olhos escuros. Sua língua molhos os lábios e tinha que admitir que parte dela estava tentada. A lembrança do quão talentoso ele era com sexo oral fez sua libido faiscar com algum interesse.
— Não. — Arrastou a toalha, levantou mais alto e enrolando sobre seu lado para ter uma visão melhor dele. — Eu não estou aqui para você transar à vontade e assim evitar a realidade de sua situação.
Ele franziu a testa.
— O que isso quer dizer?
— Que você quer usar o sexo como um modo de evitar enfrentar a dor de perder sua companheira.
Seu olhar desceu para demorar na curva de seu traseiro.
— Eu quero você porque você me deixa duro e você faz coisas comigo que são boas. 46 não tem nada a ver com isto.
— Ela tem tudo a ver com isso. Você precisa ficar de luto em vez de tentar me fazer ser sua substituta. Você não pode trocar de pessoas como troca de camiseta. Eu sou a Dra. Allison Ann Baker. Eu tenho trinta e dois anos de idade e minha cor favorita é azul. — As lágrimas ameaçaram, mas as piscou de volta.
— Eu mereço alguém que me queira.
Obsidian muito lentamente se inclinou e suas palmas se acomodaram na cama ao lado dela. Ele rastejou para frente, mas não a tocou enquanto levava seu rosto mais perto até que seu intenso olhar pairou centímetros acima do dela.
— Eu entendo o que você disse. — Seu peito se expandia à medida que ele respirava fundo. — Não existe nada em você que me lembre ela. — Sua voz ficou rouca enquanto ele olhava em seu cabelo. — Você é clara e ela era escura. Macia e tão estranha. — Ele segurou seu olhar. — Você é pequena, fraca, e se assusta facilmente. Ela teria me arranhado, mordido e sangue já teria sido tirado. Você se amontoa para parecer menor, tentando escapar da minha atenção ou talvez ganhar minha condolência. Ela era uma lutadora feroz, mas você não sabe como bater. Coloque as suas mãos em forma de garra e use suas unhas para infligir dor da próxima vez que você desejar me atingir. Dentes lisos ainda machucariam se você mordesse forte o suficiente.
Alli não estava certa se deveria se sentir insultada ou assustada, mas de uma coisa estava certa. Suas palavras feriram. Perguntou-se se ele não só a usaria para sexo, mas como um caminho para achar retribuição contra os idiotas que o manteve preso por toda sua vida. Os monstros que mataram sua companheira estavam fora de seu alcance, mas ela de boa vontade concordou em ficar em seu quarto.
Ele olhou para ela, talvez esperando por uma resposta, mas não iria receber uma. Ela não sabia o que dizer.
— Minha companheira não gostava de mim. — A emoção semelhante a dor relampejou em seus olhos. — Ela não me tocava a menos que estivesse no cio e mesmo assim ela nunca acariciou minha pele ou dormiu do meu lado a menos que estivesse muito frio ou muito drogada para se mover quando eles a levavam para mim doente. Eu a abraçava para dar conforto. — Respirou fundo. — Ela me suportava e aprendemos a fazer coisas um para o outro em necessidade mútua. Ela era minha e eu era dela, mas ela não queria ficar comigo. Havia um macho que ela queria. Eles a forçaram a mim. — Ele se afastou e desceu da cama. — Eu sei que nunca tive sentimentos profundos por ela também. Não éramos companheiros de verdade, mas ao invés disso nos forçaram juntos.
A imagem que ele criou na mente dela era de partir o coração. Ela se sentou, olhando fixamente enquanto ele andava para trás em direção ao banheiro. Mil perguntas batalhavam em sua mente atordoada enquanto tentava determinar o que perguntar primeiro. A única coisa que ela conseguiu apreender era que sua companheira conheceu alguém antes de Obsidian e ela deveria tê-lo amado para rejeitar qualquer vinculo sentimental com o homem atraente em frente a ela. Isso deixou a relação fria e insensível.
— Eu fiz algo para causar sua morte, mas não sei o que. Eu devo viver com a culpa de como eu falhei com ela. Você não é a substituta de 46. Estou estranhamente atraído por você, mas estou livre. — Ele rosnou, mostrando os dentes afiados enquanto suas mãos se fechavam de lado. — Eu não vou segurar outra fêmea ao meu lado que não me quer. Não há nenhuma fechadura nestas portas. Vá, Alli. Fuja.
A última coisa que ela queria fazer naquele momento era deixá-lo. Ele estava claramente chateado e não conseguia imaginar como seria ser forçado a viver com alguém que obviamente o tratava mal. Ele mencionou violência quando disse que sua companheira o batia. Outro conjunto de perguntas surgiu, imaginando exatamente o quão desequilibrada sua relação era.
— Você não causou sua morte.
— Eles a mataram na minha frente como castigo.
— Eles eram uns imbecis, Obsidian. Eles roubaram você, sua companheira e os outros dois Novas Espécies de Mercile para tentar ganhar dinheiro com você. Eles...
— Você queria ir embora. Vá!
Ela se mexeu o suficiente para alcançar a extremidade da cama e agarrou a toalha para continuar cobrindo-se e se levantou com as pernas trêmulas. Entretanto ele ficava cada vez mais irritado, ela não podia deixá-lo naquele estado.
— Algumas pessoas apenas são cruéis e aqueles trabalhando para Mercile não tinham moral, Obsidian. Eles não mataram 46 por causa de alguma coisa que você fez ou não fez. Provavelmente apenas não queriam mais pagar a alimentação dela. Eles sabiam que tinham um mandado de prisão e não podiam ir para casa. Isso significava que estavam desesperados e com pouco dinheiro. Talvez a mataram para ficarem quites com tudo que sentiram que perderam jogando a culpa nos Novas Espécies, mas era culpa deles mesmos. Nunca sua. Você foi uma vítima e ela também.
Ele olhava para ela enquanto seus punhos permaneciam fechados de lado.
Perguntou-se se ele entendia o que ela estava tentando dizer e decidiu clarificar. — O que Mercile fez com você era ilegal, contra a lei, e eles estão sendo procurados para serem castigados por isto. Um mandado de prisão significa que todo o dinheiro deles foi congelado e a polícia os estava caçando. Eles eram...
— Eu não quero ouvir. Você não me quer. Isto é tudo que importa. Vá.
Se ele soubesse. Ela deu um passo tímido chegando mais perto. — Vamos sentar e conversar. Por favor?
— Por que você quer se sentar? Você acha que eu posso ouvir você melhor se minhas orelhas estiverem mais perto da sua altura? — Ele estava furioso.
— Não. Apenas pensei que seria mais confortável.
Seu braço se levantou e apontou para a porta.
— Vá!
— Eu não vou deixar você até conversarmos.
Sua vida passou diante de seus olhos, momentos de pânico quando ele se jogou nela com uma expressão enfurecida. Ele era um Nova Espécie e suas características animais estavam mais próximas da superfície que suas características humanas. Suas mãos agarraram seus braços superiores, mas não esmagou nem doeu. Olhou fixamente para ele, muda, respirando rapidamente enquanto seu coração martelava.
— Saia ou me diga que você quer que eu monte você. Minhas opções são apenas estas?
— Ou você me quer ou você não quer.
— Acalme-se, por favor. — Sussurrou. — Estou tentando fazer você se sentir melhor.
— Tire a toalha e curve-se em suas mãos e joelhos na minha frente. Isso mudará meu humor.
— É sempre sobre sexo com você?
Ele abaixou sua cabeça o suficiente para olhar fixamente em seus olhos. — Eu não quero conversar. Eu quero montar você. Ou saia ou lutaremos. Você é fraca. Não seria justo já que você não tem nenhuma força ou habilidade de defender a si mesma. — Suas mãos em seus braços deslizaram mais baixo para seus cotovelos, os dedos com calos dos polegares acariciando a pele sensível no lado de dentro, também tocando os lados dos seus seios. — Eu não machucaria você, mas manipularei seu humor até que você queira ser montada. Eu fiz isso antes. Vá ou aceite seu destino.
Obsidian sempre teve um modo de mantê-la fora de equilíbrio. Ele não esperou por ela responder.
— Você não é uma substituição de 46. — Ele sussurrou. — Não insulte a você mesma ou a mim. Eu não estou cego pela lembrança dela. Você é muito atraente, mas acredita em que eu estou tão confuso do meu longo sono que eu não sei a diferença? Eu não sou uma vítima. Eu sou um sobrevivente e eu me adapto. É o que eu faço melhor. — Seus polegares continuaram provocando sua pele, deixando-a muito ciente do seu toque. — Eu quero você apesar das suas falhas. Você me atraiu para você e faz meu sangue ferver com necessidade.
Ela se inclinou mais perto dele, afetada pela confissão rouca. Obviamente não era fácil para ele admitir. Teve bastantes homens dando em cima dela antes, suas palavras eram muito mais polidas e suaves. A franqueza de Obsidian a excitou. Ele não tinha nenhuma razão para mentir ou a enganar. Foi um elogio desajeitado, mas sincero.
— Eu peguei você de frente porque eu não conseguia me afastar e queria ver seus olhos enquanto eu estava dentro de você. — Uma mão deslizou mais alto para seu ombro nu, traçou a linha dele até a garganta, onde seus dedos exploraram. — Você me fascina.
Alli esqueceu como respirar por segundos enquanto balançava para mais perto dele até que se apertou contra seu peito, olhando para cima em seus olhos escuros. Ele era sexy quando estava dormindo, impossível quando acordado, mas estava inegavelmente irresistível quando abaixava sua guarda o suficiente para soltar o exterior forte que ele projetava.
— Você me assusta às vezes. — Suavemente admitiu. — Mas agora tudo o que eu quero fazer é beijar você.
A cabeça dele balançou ligeiramente e abaixou um pouquinho mais. Alli largou sua toalha e estendeu suas mãos para cima agarrando seu rosto enquanto sua atenção se fixava em sua mandíbula. Ficou nas pontas dos pés e hesitou antes de fechar os olhos. Ela o induziu a chegar mais perto até que sua boca se esfregou na dele. Ele tinha lábios cheios, generosos que eram incrivelmente macios para alguém tão perigoso, um fato que não podia ignorar.
Ele não aprofundou o beijo, ao invés disso apenas ficou lá imóvel, respirando. Ela virou seu rosto ligeiramente para alinhar suas bocas perfeitamente e separou seus lábios o suficiente para conseguir um gosto dele quando correu a ponta da língua ao longo boca dele. Um gemido profundo saiu dele que ela sentiu contra seu peito e ele então se moveu, ambas as mãos agarraram seu traseiro. Ele a ergueu imediatamente e mais apertado contra sua ereção alta. Abriu suas coxas e envolveu suas pernas ao redor da sua cintura.
A toalha acabou amassada entre suas barrigas, mas ignorou, esperando por ele responder a seu beijo. Ele não respondeu, ao invés disso hesitava. Ela se afastou e abriu seus olhos, olhando para ele com os olhos nivelados aos deles já que ele os deixou na mesma altura.
— Qual é o problema? Eu pensei que você me quisesse.
— Eu quero. — Suas mãos apertaram o suficiente para firmemente esmagar cada nádega e ele moveu seus quadris contra seu ventre para ela sentir sua ereção, com força enquanto esfregou contra ela pela sua calça de moletom. Ele deu alguns passos e parou na cama. — Eu colocarei você no chão. Fique de joelhos e mão no chão.
— Você quer transar comigo sem me beijar primeiro? — Não estava certo se deveria sentir-se insultada ou não. — Eu tenho mau hálito? Eu escovei meus dentes.
Ele respirou fundo, seus seios nus esmagados contra seu peito, deixando-o intensamente cientes. Ele admirou a visão.
— Eu não sei como. — Sussurrou tão suavemente que ela quase não o ouviu.
Estava agradecida por ele segurá-la em seus braços fortes. As ramificações de sua confissão a lembrou de outros indícios que ele disse sobre ser limitado em seu conhecimento sexual. Ele só pegou sua companheira no estilo cachorrinho e agora ficou sabendo que ele também nunca a beijou.
As perguntas surgiram novamente, tantas, mas principalmente se perguntou por quanto tempo ele ficou com 46. Meses? Anos? Ela usou seu domínio para que olhasse para ela. A raiva refletida nas profundidades escuras quando segurou o olhar dela.
— Você nunca beijou alguém antes? — Foi difícil fazer a pergunta. Avaliou seu rosto áspero, parecia que ele estava perto de seus trinta anos.
— Não. — Sua voz saiu áspera, seus olhos enrugados nos cantos, mas não de humor.
Notou a cor em suas bochechas. Sua pele era naturalmente bronzeada, mas não perdeu os sinais de constrangimento. Isso explicava sua falta de humor. Não precisava ser psicóloga para imaginar como irritaria um homem tão orgulhoso como Obsidian admitir que não era um mestre em algo.
— Tudo bem. Eu poderia ensinar se você quiser. — A probabilidade a deixou ávida para fazer isto. Talvez ele tivesse algo contra intimidade de boca ou algo do tipo. Ela lidou com muitas pessoas que tinham fobias de gérmen. Algumas delas lavavam as mãos cem vezes ou evitavam contato humano. Tratá-los quando odiavam serem tocados fazia seu trabalho difícil às vezes, mas sempre se acalmavam quando colocava luvas e uma máscara. — Posso perguntar por quê? Eu quero dizer, você não gosta?
Ele a soltou. Ela saltou, surpresa com a queda na cama onde caiu de traseiro. Ele se agachou diante dela e olhou.
— Minha companheira não queria meu toque a menos que estivesse com necessidade.
— Necessidade?
— No cio. — Levantou-se e virou. — Você diz que é médica, mas não sabe nada. — Aquela declaração a fez parar por tempo suficiente para bufar para ele com um olhar repugnado. — Ela precisava de mim às vezes. Ficava excitada e permitia que eu a montasse por trás. — Começou a andar novamente.
A descrição de sua vida partiu seu coração. Ele foi forçado a viver com uma mulher que amava e queria outra pessoa. Ela só permitia que Obsidian a tocasse quando desejava sexo. Alli estava familiarizada com o fato de que algumas das fêmeas Novas Espécies sofriam sintomas de seu DNA alterado. Elas entravam em cio moderado, o desejo impregnado de procriar se instilava em sua genética que se manifestava com sintomas físicos. Exibiam sensibilidade em seus seios, constante excitação e consciência aguda de seus colegas.
— Ela ficava no cio. — Resmungou. Ele parou. — É assim que os técnicos chamavam.
— Eu entendi. — Era uma compreensão dura da realidade. — Essa era a única vez que vocês dois faziam sexo?
Ele assentiu bruscamente.
— Ela só permitia que eu a saboreasse ou a montasse por trás. Caso contrário não queria meu toque. — Ele olhou. — Vá, Alli. Eu não quero mais você aqui.
Ela olhou para frente de sua calça de moletom. O contorno duro de seu pênis dizia o contrário. Ela olhou para cima.
— Nós deveríamos conversar mais sobre isso.
Ele jogou sua cabeça para trás e rugiu. O som a fez se esquivar e soltou a toalha e cobriu suas orelhas. Ele se virou e seu punho atingiu a parede. Aliviou as mãos de seus ouvidos e ouviu o som de botas batendo descendo o corredor em uma corrida. Mal recuperou a toalha para esconder seus seios nus antes de Jericho estourar de volta no quarto.
— Tire ela daqui. — Obsidian rosnou. — Eu quero ela fora daqui. — Recusou-se a olhar para ela enquanto entrava no banheiro e batia a porta.
Jericho limpou a garganta.
— Você conseguiu seu desejo. Está livre para ir, Dra. Allison.
Lágrimas quentes queimaram atrás de suas pálpebras quando ela fechou os olhos.
— Dra. Allison? Vamos. Minhas costas estão viradas. Coloque algo, pegue suas coisas e você vai embora daqui. De jeito nenhum vai ficar. Você está em perigo.
Ela não acreditava nisto. Obsidian poderia tê-la batido em vez da parede.
O ranger da porta alertou Obsidian que não estava mais sozinho e virou a cabeça para lançar um olhar intimidante ao guarda que se recusava a parar de olhá-lo. Ele não iria saltar do telhado do edifício em uma tentativa de escapar. Ele só queria ar fresco para limpar sua cabeça e ficar sozinho.
— Vá embora.
— Ei. — Moon saiu. — Sou eu.
O outro macho estava sem o uniforme preto e ao invés disso vestia uma roupa humana. A camiseta azul pequena escondia pouco de seus ombros e nada de seus braços. O material de sua calça já viu antes quando os técnicos o moveram para o novo lugar onde 46 morreu. Eles chamavam de calça jeans. Seus pés estavam nus.
— Eu ouvi que você e a doutora tiveram um desentendimento. Pensei que poderia querer conversar com alguém. — Ergueu algo por trás das suas costas. — Eu trouxe café gelado. Você já experimentou?
Obsidian olhou para as duas garrafas que o outro macho segurava. — Conversar! Por que é isso o que todo mundo quer?
— Ah. — Moon cautelosamente se aproximou. — Eles enviaram o psiquiatra para examinar você?
— O que?
— Psiquiatra. Nós temos um que vem falar conosco e ele pergunta como nos sentimos sobre certas coisas. Acho que Tiger queria que ele avaliasse você. Dr. Kregkor não é tão ruim.
— Nenhum macho humano me visitou.
Moon ergueu uma perna e montou na borda do edifício, firmemente sentando na parede. Ele estendeu uma das garrafas. — Torça a tampa. Você apenas dá uma torção e isso sai. Tente. Eles são bons.
Ele hesitou, mas aceitou a bebida fria, olhando cautelosamente.
— Confie em mim, é bom. Peguei duas da minha geladeira quando ouvi que você estava tendo um dia ruim. Nem tudo o que acontece por aqui permanece privado. Eu só não consegui os detalhes. O que aconteceu com sua doutora?
Obsidian testou a tampa da bebida e saiu em sua palma quando exerceu um pouco de pressão. A coisa cheirava bem, então ele tomou. — Ela sempre quer conversar.
— É assim que as fêmeas são. Elas todas fazem isto.
— 46 não fazia.
— Sua companheira era uma fêmea única então. — Moon abriu sua bebida e tomou um longo gole, descansando na frente dele entre suas coxas. — As fêmeas amam conversar. Eu acho que é porque nós passamos vidas solitárias e o silêncio é algo que elas apreciam evitar agora que estamos livres.
— Alli é humana.
— Eles conversam muito. Eles não têm nossos sentidos aguçados e não podem julgar nada exceto pela visão e palavras ouvidas. — Suspirou. — Considere o quão limitados eles são. Deve ser um pouco assustador sem a sensação de cheiro ajudando a descobrir as coisas.
— O que você quer dizer? — Obsidian relaxou ligeiramente, encostando-se contra a parede que cercava Homeland.
— A maior parte de nós pode detectar muito usando nossos narizes. Raiva. Excitação. Nossa, alguns de nós pode sentir o cheiro de dor se for forte o suficiente. Eles suam quando estão com medo ou nervosos à medida que o coração acelera. Captamos isso também. — Encolheu os ombros. — Tudo o que eles têm é a habilidade de descobrir as coisas enquanto nos observam, mas tendemos a ser bons em esconder nossas emoções quando sentimos a necessidade. Você sabe o que eu estou falando. Mercile usava qualquer sinal de fraqueza ou emoção contra nós.
Obsidian não podia discordar.
— Então os humanos nos pressionam a conversar. Eles querem saber o que estamos pensando e sentindo. Eles não entendem muito sobre nós e são curiosos por natureza. Eu acho que isso causou a discussão, certo? Eu perguntei a Jericho, mas ele se recusou a dizer o que aconteceu. Ele deve gostar de você.
— O macho e eu lutamos.
Sobrancelhas escuras se curvaram.
— Sério? Quem ganhou? Eu não vi ferimentos nele. — Ele visualmente avaliou Obsidian. — Ou em você. Não deve ter sido muito físico.
— Alli entrou no meio e paramos antes de machucá-la.
— Pequena fêmea é durona, não é? Valente também. Eu hesitaria em entrar no meio de você e o primata. Eu o vi lutar e você também não parece ser fácil se derrubar.
— Ele faz sons esquisitos.
Moon riu.
— Achamos que ele tem DNA de gorila. É uma espécie de primata grande. Você aprenderá sobre os tipos diferentes de DNA que nós carregamos.
— Ele tem olhos vermelhos.
— Eu não comentaria isso com ele. Ele é sensível sobre o assunto e para ser justo, eles são mais marrons que vermelhos. — O macho tomou outro gole. — Poucos primatas sobreviveram e os que sobreviveram tendem a ser misturados com chimpanzés. Eles são muito mais suaves que Jericho. Ele teve uma vida ruim por isso.
Obsidian admitiu a curiosidade.
— Por quê?
— Você o viu? Ele é muito intimidante e é esquisito sobre seu território. Ele teve que sair do dormitório dos homens porque bateu em seus vizinhos por perturbar seu sono. O cara não tem muito senso de humor, provavelmente porque não transa com frequência. As fêmeas tendem a evita-lo porque elas têm medo de que ele tente reivindicar uma delas se acabarem em sua cama. Ele não é exatamente alguém a quem você não deveria temer.
— Transar?
— Compartilhar sexo. Transar. É um termo humano. Eu acho que você não foi exposto a muito das linguagens deles na instalação?
Ele balançou a cabeça.
— Eles nos alimentavam e às vezes nos testavam. Eles não conversavam muito e 46 raramente conversava.
— Você estava em outra parte da instalação que a maior parte de nós. Você sabe por quê?
— Não.
Moon ergueu seu queixo para olhar fixamente para o céu.
— Você só compartilhou sexo com uma fêmea?
— Sim. Minha companheira.
O outro macho olhou para ele.
— Eu sei que era difícil acompanhar o tempo, mas foi por pouco tempo ou por bastante tempo?
Retrospectiva de sua vida surgiu nos pensamentos de Obsidian.
— Sempre. — Falou, seu peito apertado. — Pareceu muito tempo.
— Você sente a falta dela.
Ele hesitou, testando suas emoções.
— Eu a decepcionei. Estou aqui, mas ela não está.
— Odeie as pessoas que a assassinaram e pare de se culpar. — O olhar de Moon segurou o dele. — Estava fora do seu alcance. Você os teria impedidos se pudesse. Eu vi você quando foi salvo. Você deve ter tentado muito escapar para salvá-la e isso é tudo que poderia ter feito. Você quase morreu por causa dos seus ferimentos. Você precisa superar isso.
— Eu não vou enquanto eles viverem.
— Isto está fora do seu alcance também. — Ele parou, mudando o assunto. — O que aconteceu entre você e a doutora?
— Ela me acusou de querer montá-la para substituir 46.
As feições de Moon se torceram em um gesto.
— Ai. Não é surpresa que vocês dois discutiram. Nenhuma fêmea quer sentir como se um macho quisesse usar seu corpo para satisfazer sua paixão por outra.
— Eu estou confuso. 46 está morta. Alli é diferente. Eu não pensei em 46 quando estava com Alli.
— Você disse isso a ela?
— Sim.
Silêncio se prolongou entre eles até que Moon subiu as pernas no muro e se levantou, enfrentando-o. — Eu sou seu amigo. Eu sei que você nunca teve um antes, isso significa que você pode me contar qualquer coisa e eu não repetirei. Você precisa de um agora que não te encha o saco. Isso significa que eu não te direi mentiras ou julgarei você. O que realmente aconteceu entre você e a doutora? Da última vez que nós conversamos você queria montá-la. Você ainda está preocupado com o fato de poder machucá-la se fizer sexo? Eu te disse para ir devagar e com calma.
Obsidian soltou seu olhar, olhando fixamente para o telhado escuro debaixo de seus pés nus.
— O que aconteceu? Você tentou e ela ficou com medo? Não rosne, você precisa esconder seus dentes delas tantos quanto possível e ser muito gentil. Um pouco de nossas características podem assustar as fêmeas humanas. Eu sei que ela está muito interessada em você. Eu fui atribuído a guardar você e vi o modo como ela olhava para você enquanto estava dormindo. Maldição, ela sequestrou você e pôs a pele dela na reta tentando salvá-lo. Isso diz muito. Depois ela concordou em ficar com você enquanto se recuperava. Aquela fêmea está interessada em você.
— Em mim? — Obsidian lançou a Moon um olhar confuso.
— Ela se importa. Eu acredito que ela esteja altamente atraída por você.
— Ela me rejeitou.
— Você a assustou?
Seus ombros se afundaram, lembrando-se de seu medo.
— Sim.
— Mistério resolvido. Só diga a ela que você sente muito, dê a ela um olhar de filhote de cachorro e diga que você tentará não fazer isto. As fêmeas perdoam se elas se importam com você.
— Olhar de filhote de cachorro?
Os olhos de Moon se alargaram e seu lábio inferior sobressaiu um pouco enquanto ele abaixava a cabeça ligeiramente. Ele piscou algumas vezes, uma emoção triste facilmente visível. — Assim.
Uma risada surpreendeu Obsidian quando saiu de seus lábios. A expressão do macho era hilária.
— Eu me recuso.
O macho sorriu.
— Eu sei que isso parece ridículo, mas sim, funciona totalmente. Tira-me da água quente o tempo todo.
— Por que você entraria na água quente?
— É um ditado que significa dificuldade. Você realmente foi mantido isolado e sua interação com os técnicos foi limitada se você não conhece essa. O que eles fizeram com você?
— Testes. Eu recebia pílulas e injeções. Principalmente eles queriam que 46 e eu procriássemos.
Todo humor desapareceu do rosto de Moon.
— Funcionou? Ela concebeu?
— Não.
O macho suspirou alto.
— Bom. O pensamento deles conseguindo uma criança de um de nós é nosso pior medo. Eles provavelmente queriam isolar você e sua companheira do resto de nossa população para ver se isso conseguiria os resultados que eles queriam. Um dos funcionários da Mercile disse que existiam rumores que alguns dos cientistas acreditavam que um par acasalado apaixonado poderia conceber.
— Apaixonado?
— Você sabe, ferozmente emocionalmente amarrado um ao outro.
Obsidian afastou o olhar, culpa e tristeza o enchendo.
— O que foi? — Moon chegou mais perto.
Ele finalmente olhou para o macho.
— Nós não éramos apaixonados. 46 rejeitou um laço entre nós.
Moon xingou suavemente.
— Merda. Ela foi forçada?
Obsidian endireitou-se, sua espinha endurecendo.
— Eu nunca a machuquei ou a montei sem seu consentimento.
— Eu não quis dizer isso. Nós supomos que vocês dois queriam estar acasalados.
— Ela foi trazida para meu quarto e deixada lá. Ela conheceu outro macho e implorou para ser levada para ele.
Moon caiu de volta contra a parede, uma mão se levantou para correr os dedos pelo seu cabelo.
— Eu sinto muito. Isso deve ter sido um inferno para você dois.
— Foi difícil. — Ele ligeiramente relaxou. — Ela só concordava com o meu toque durante sua necessidade. A vida era dura, mas tentei fazê-la feliz. Ela não era. — Seu peito doía quando respirava. — Nós ficamos juntos naquele quarto, mas às vezes… — Ele não conseguia dizer.
— O que? — Moon olhou fixamente para ele com compaixão. — Eu sou seu amigo. Diga-me.
— Ela de propósito provocava os técnicos, esperando que eles a machucassem. Eu a impedia, mas ela lutava comigo. Eu tinha de contê-la até que se acalmasse. Eu acho que ela queria morrer, mas eu não queria ser deixado sozinho. Ela me acusou de ser egoísta e disse que me odiava.
— Maldição. — Moon falou, diminuindo a distância entre eles.
Obsidian se preparou para o macho atacar, mas ao invés disso só agarrou seus ombros enquanto olhavam fixamente um para o outro.
— Eu lamento muito. Claro que você tinha que impedi-la. Eu teria feito o mesmo. Os técnicos nunca precisaram de muita desculpa para matar ou nos machucar.
As coisas que ele disse ao outro macho ameaçava subjugá-lo como culpa, tristeza e arrependimento brilhavam em seu olhar. As palavras saíram antes de poder contê-las, o alívio em poder confessar coisas era muito fortes para negar.
— Eu me sinto culpado por sua morte porque eu a decepcionei e eu deveria sentir a falta dela, mas não sinto. Isso me faz tão cruel quanto os técnicos, não faz?
Moon não olhou para ele com horror.
— Eu vou abraçar você. Quer dizer que eu me importo e você não é sem coração. Você fez o melhor por sua companheira, mas soa como se o amor dela pertencesse a outro antes de conhecer você. Você não teve chance. Nós tendemos a ficar obcecados por uma pessoa em nossas vidas e só isso. Você não viu pares felizes de acasalados, mas eu vi. Não teria importado o quão bem você a tratasse ou o que fizesse, tentando deixá-la contente. A mente dela estava sempre no outro e ela não iria dar-lhe uma chance.
O macho de repente puxou Obsidian contra seu peito, seus braços o envolveram e apenas ficou parado, permitindo. Não era exatamente um sentimento confortável ter outro macho muito perto do seu corpo, mas ele não sentiu o desejo de esmurrá-lo. Moon ligeiramente se retirou para encontrar seu olhar.
— Nós acharemos uma fêmea para você que fará com que você esqueça tudo sobre 46. Uma que faça você se sentir vivo novamente. Você precisa transar.
A imagem de uma mulher encheu seus pensamentos e ele articulou seu nome imediatamente.
— Alli.
Moon curvou suas sobrancelhas.
— Ah. Ficou caidinho por ela, não é?
— Eu a quero.
— Então pratique o olhar de filhote de cachorro e diga o que eu te disse. — Moon o agarrou e andou pra trás, olhando ao redor, depois caminhou para a extremidade do edifício para olhar por cima da parede. Olhou para trás. — Por sorte para você eu sei onde ela mora. Como você se sente sobre fazer uma visita tarde da noite? Ninguém vai nos checar já que Jericho sabe que eu estou com você. Você já saltou antes? É fácil desta altura. Só me observe de perto e faça o que eu fizer. Caia sobre seus pés e curve seus joelhos. — Relampejou um sorriso. — Nós temos uma vantagem como Espécies.
Alli terminou de fechar a última caixa, sofrendo nostalgia apesar de apenas ter vivido em sua casa por alguns meses. Foi a melhor fase da sua vida. Piscou de volta as lágrimas enquanto tentava imaginar seu futuro. Parecia bem sem vida.
Ela brincou com sua carreira e agora estava na hora de pagar o preço. Não seria difícil achar emprego em outro lugar já que o ONE não prestou queixas de sequestro. Qualquer hospital atrasado estaria ávido em contratá-la. A tela de computador que ela deixou ligada chamou sua atenção enquanto se afundava na cadeira da mesa. Os resultados de procura foram exibidos enquanto ponderava suas opções.
Uma imagem de Obsidian a distraiu quando fechou os olhos. Nenhum remorso veio à tona em levá-lo de Homeland. Isso salvou sua vida. Ele estava fisicamente se recuperando depressa. Ela podia se certificar por sua força.
Sua mão se abaixou para seu quadril onde uma contusão leve se formou. Resultado de quando ele a agarrou pela cintura antes de jogá-la na cama. Não havia nenhuma dor, mas estava mais que ciente disto. Desejou que suas emoções pudessem se curar tão depressa quanto a contusão iria. Em questão de dias a marca física desapareceria, mas tinha um pressentimento que a lembrança dele ficaria com ela pelo resto de sua vida.
Vá!
Ela reviveu a lembrança dele apontando para a porta, exigindo que ela deixasse seu quarto. Foi para o melhor. Uma parte dela sabia disso, mas outra parte se recusava a aceitar. Ele precisava de mim. Não. Ele só queria me usar. É tudo sobre sexo. Droga. Piscou para segurar as lágrimas.
— Estúpida. — Sussurrou em voz alta. Eu devia saber que não deveria me envolver com um paciente e eu tive de me apaixonar por ele. Ele tinha problemas de tantos modos, ainda assim isso a fazia querer ficar mais com ele.
A campainha a tirou de seu torturante debate moral. Ela tentou acalmar seu coração acelerado, com medo de que Justice North tivesse enviado alguém para levá-la de volta a Segurança. Eles tiveram que gastar dinheiro e recursos para enviar a equipe tarefa atrás dela. Esperava que apenas a escoltasse para fora da propriedade do ONE. A outra opção significaria que sua procura de trabalho foi perdida.
Medo a congelou na porta, sua mão na maçaneta, mas não a girou. O conceito de ir para a prisão a assustava muito. Ela não era durona e nunca esteve em uma briga em sua vida. Seus pais a protegeram das outras crianças estudando em casa e depois foi diretamente para a faculdade de medicina onde a violência não era exatamente comum entre os alunos. Os prisioneiros iriam comê-la viva e ela seria sortuda se sobrevivesse uma semana, a menos que seu diploma médico oferecesse a ela algum tipo de privilégios especiais. Podia esperar que eles precisassem dela para trabalhar no hospital da prisão como trabalho livre para mantê-la longe da população geral.
A campainha zumbiu novamente e endireitou seus ombros. Enfrentaria as consequências de suas ações com seu queixo levantado. Sua cabeça se ergueu enquanto torcia a maçaneta para puxá-la.
Obsidian olhou fixamente para baixo para ela. Seu cabelo estava uma bagunça que fluía sobre o seu peito nu, mas mal notou muito surpresa por encontrá-lo em sua porta.
— Eu quero entrar. — Deu um passo chegando mais perto e completamente bloqueou a entrada. — Recue.
Tropeçou um pouco enquanto fazia o que ele exigiu. Ele entrou em sua casa e empurrou a porta firmemente atrás dele. Seu olhar deixou o dela para viajar devagar ao redor da sala de estar.
— Como você saiu do Centro Médico? Eles sabem onde você está? Você podia ter se machucado ou se perdido.
Olhos escuros se fixaram nela.
— Fique calada. Vim para conversar e você escutará.
Seus lábios se fecharam enquanto olhava fixamente com olhos arregalados para ele, espantada.
Estourou uma respiração profunda e endireitou seus ombros. Perguntou-se por que ele não colocou uma camisa. Olhou até achá-lo também sem sapatos. As manchas de grama estavam em seus joelhos como se estivesse escorregado nela.
— Alli?
Concentrou-se em seu rosto e ofegou. Ele parecia estar com dor com seus olhos bem abertos e seus lábios franzidos. Ele piscou rapidamente e ela agarrou-se a ele, certa que estava prestes a desmaiar. Suas mãos foram para seu peito e o empurraram contra a porta atrás dele, sabendo muito bem que não era forte o suficiente para pegá-lo se ele desmaiasse. Podia apenas prendê-lo na vertical até que ele recuperasse seu equilíbrio. Sua cabeça bateu na madeira dura o suficiente para fazê-la estremecer com o barulho.
— Por que você está atacando? — Parecia surpreso. — Você ainda está tão brava comigo?
— Onde dói? Está tonto? Fraco?
— Você não me empurrou tão forte.
— Você pareceu doente.
Um grunhido suave passou pelos seus lábios separados.
— Eu estava tentando fazer um olhar de filhote de cachorro.
— Um o que? — Estava intrigada enquanto parou de pressionar suas mãos muito firmemente contra ele para mantê-lo contra a porta.
— Eu caminhei até aqui do Centro Médico para dizer que eu sinto muito.
—Pelo que? Assustar-me? Pensei que você iria desmaiar agora. Você tem certeza de que está bem? — Recuou, olhando para baixo em seus joelhos. — Você caiu? Bateu sua cabeça de alguma maneira? Seus joelhos parecem que bateram em algo. — Seu olhar segurou o dele, tentando ver suas pupilas.
— Eu saltei do edifício pelo telhado. Não aterrissei tão suavemente quanto pretendi, mas estou sem dor.
Ficou horrorizada com suas palavras.
— Você o que? Por que você faria isto? — Agarrou seu braço. — Venha aqui. — Puxou-o levando para o sofá.
Ele não mancou, mas seus passos eram hesitantes e o empurrou um pouco, o persuadindo a se sentar. Seu grande corpo ofuscou seu sofá cor de creme, um contraste vasto entre sua masculinidade e a decoração feminina. Alli deslizou para seus joelhos na frente dele e procurando pelos tornozelos de sua calça, empurrando-os para cima.
— O que você está fazendo?
Olhou para cima quando o material estava agrupado acima das panturrilhas volumosas. Ele era muito musculoso para levantar as pernas alto o suficiente para ver seus joelhos. — Levante-se. — Recuou um pouco para dar-lhe espaço e sentou em suas pernas. — Abaixe sua calça.
Seus olhos escuros se estreitaram, mas ficou de pé, agarrou a cintura da calça de moletom e a empurrou. Seu cabelo longo a cobriu quando curvou o suficiente para soltá-los em seus tornozelos, momentaneamente a cegando enquanto ela se contorcia e soprava alguns dos fios do seu rosto.
Ele se endireitou, puxando a cortina de fios sedosos para longe. Ela girou, imediatamente focando em seus joelhos. Ambos estavam um pouco vermelhos, mas não localizou qualquer inchação ou escoriações. Pareceu que a calça recebeu o pior do choque. Olhou para cima. Obsidian estava nu e muito excitado.
O cara tem grandes bolas, certo, notou. Grande tudo. Engoliu com força e limpou sua garganta.
— Você pode se sentar.
Ele desmoronou nas almofadas, ainda excitado e em visão clara desde que agora seu colo estava diretamente na frente dela.
— Hã, você pode levantar sua calça. — Tentou se afastar, mas estava emocionalmente desequilibrada, o suficiente para bagunçar seus movimentos. Apenas deslizou para o lado até que teve que apoiar uma mão para evitar cair.
— Por quê?
Ele piscou para ela, totalmente desinteressado com seu estado nu. Seu olhar desviou de volta para seu pênis, que estava projetando para cima. Ele se inclinou para frente um pouco até a coroa de seu pênis se apertar contra seu abdômen. Olhe para o outro lado, ordenou, mas seu olhar se recusou a obedecer. Olhou fixamente para seu colo.
— Alli?
Isso chamou a atenção para seu rosto.
— Não é adequado se sentar nu no sofá de alguém.
— Eu não me importo com isto. — Estendeu e as pontas dos dedos e esfregou sua bochecha em uma carícia. — Eu não quero montar você para substituir 46.
— Você saltou de um edifício para me dizer isto?
— Sim. Você me acusou disso e não é verdade. Eu sei que ela está morta e você não é nada semelhante a ela. Eu vejo você.
As cordas do coração dela tocaram. Ele podia ter se machucado, passou por muita dificuldade para esclarecer seu engano. Queria acreditar nele, mas estava tudo muito confuso. Luto podia ser um fator imprevisível na estabilidade mental.
— Eu preciso ligar para a Segurança e dizer-lhes onde você está. Eles ficarão muito preocupados quando perceberem que você desapareceu. Como você passou pelo guarda para chegar ao elevador ou os degraus sem ser visto? — Outro conceito horrível atingiu. — Você não lutou com Jericho ou seu substituto, não foi? — Ela inspecionou seu rosto por sinais de ferimento, mas não achou nenhum.
Lutou para ficar de joelhos, planejando se levantar e caminhar para o telefone para fazer a ligação. Não fez isto. Obsidian a agarrou pela da cintura e a arrastou para seu colo. Seu pênis ficou preso entre seu estômago e seu quadril onde aterrissou de lado no topo de suas coxas.
— Não. Você não está em perigo comigo. — Ele rosnou as palavras, bravo.
Suas mãos tocaram seu peito nu. — Eu sei. Eles vão enlouquecer e começar uma busca. Eles pensarão que algo ruim aconteceu com você.
— Eu não estou pronto para retornar. — Moveu suas pernas para ficar mais confortável, facilmente reajustando-os como se ela não pesasse nada. — Estou aqui para conversar com você. Eu não vou voltar até que entenda que 46 não tem nada a ver com o fato de me sentir atraído por você.
— Eu entendo agora. — Pelo menos esperava que ele estivesse certo e não estava enganando a si mesmo.
— Bom. — Ele girou a cabeça, olhando ao redor do quarto. — Onde você dorme?
Ela empurrou sua cabeça na direção do corredor. — É uma casa de dois quartos. Você quer uma excursão mais tarde? Você provavelmente não viu uma casa antes, não é?
Ele soltou sua cintura com uma mão e com a outra a segurou por trás de seus joelhos. Deixou-a surpresa um pouco quando apenas se levantou segurando-a em seus braços. Ele chutou a calça para se livrar dela em volta dos tornozelos antes de caminhar em direção aos quartos.
— O que você está fazendo? — Alli tentou agarrar seus ombros para ter algo para agarrar.
Ele parou para olhar fixamente para ela.
— Eu vou montar você.
Obsidian ignorou o modo como Alli sugou o ar bruscamente. A casa dela era muito maior que seu quarto no Centro Médico. Muita mobília enchia o espaço, coisas que eram estranhas, mas não eram desprezíveis. As luzes o levaram a um quarto com uma cama pequena e uma mesa. Torceu seu corpo para ajustá-los a porta enquanto a puxava mais contra ele.
— No próximo. — Ela sussurrou. — Esse é o que eu uso para meu escritório. — Uma mão soltou seu ombro para apontar para o corredor.
Ele estudou seus olhos e não viu raiva ou medo enquanto virava-se, à procura de onde ela dormia. Suas narinas alargaram, mas seu cheiro estava em todos os lugares e era incapaz de usar sua sensação de cheiro para persegui-lo. O segundo quarto era muito maior com uma cama maior. Parecia mais atraente que o que ele foi atribuído.
A entrada era apertada com ela em seus braços, mas conseguiu passar ambos, raspando suas costas contra a parede em vez da dela. O tecido rosa cobria o colchão e tinha pelo menos oito travesseiros empilhados próximo ao topo. Resistiu ao desejo de lançá-la desde que não estava certo se era macio o suficiente para amortecer a queda.
Ele se sentou com ela em seu colo e o colchão se afundou muito debaixo dele. Ele rosnou, olhando para a cama. — Algo está errado com sua roupa de cama.
— Você não gosta da cor?
— Abaixa muito com meu peso. Eu a quebrei?
Ela sorriu e ele gostou de como suavizou seu rosto.
— É projetado desse jeito. Há blocos espessos, macios debaixo de você.
— Você gosta de afundar em sua cama?
Sua expressão deve ter parecido hilária já que ela riu. Seu pênis endureceu mais com o som encantador. Tudo o que ele queria fazer era tirá-la de suas roupas, ordenar que se inclinasse em suas mãos e joelhos e tomá-la por trás. As advertências de Moon o impediram de fazer isso. Precisava levar as coisas mais devagar e conter um pouco de sua paixão. Segurou um rosnado de desejo. A sensação de suas mãos suavemente amassando seus músculos do ombro selaram seus lábios firmemente juntos para esconder suas presas.
Ele não queria nenhum outro macho próximo de Alli. Seu toque era suave, imensamente diferente do que estava acostumado. O pensamento dela muito perto de outro macho não era agradável. Ele lutaria com ele se qualquer um a levasse para longe dele.
— Só não fique surpreso se uma equipe da Segurança entrar na minha casa. — Ficou séria. — Não lute com eles. Eles estão preocupados com sua segurança. — Murmurou baixinho. — Ou pensarão que eu sequestrei você novamente. — Irradiou um sorriso para ele. — Embora fosse mais difícil de fazê-lo agora que você está acordado. — Olhou para baixo entre eles.
Ele realmente podia sentir seu olhar fixo e aquecido em seu pênis. Pulsou um pouco sabendo que ela estava olhando para ele. Olhou seu rosto para medir sua reação, mas não parecia irritada por ele obviamente querer montá-la. Ele se lembrou que estavam conversando e falou.
— Eles acham que sou selvagem.
— Você não é. Eles ainda ficarão preocupados quando perceberem que você não está lá. Devia ligar para eles, Obsidian.
Ele gostava quando ela saltava em sua defesa. — Moon está lá fora. — Admitiu. — Ele me trouxe até você.
— Oh. — Ela ficou surpresa quando encontrou seu olhar. — Isso muda as coisas. Você conseguiu permissão para me visitar.
Ele decidiu não mencionar que eles não disseram a ninguém onde estavam indo. Alli estava em seu colo, ele estava nu, e a queria. Ele concentrou-se em sua boca.
— Mostre-me esse beijo.
A língua de Alli saiu para molhar os lábios e ele engoliu outro rosnado. Era difícil dar paciência a ela quando apenas queria curvá-la na frente dele. Apenas o pensamento de prender seus quadris para segurá-la no lugar e entrar nela o fazia sentir dor. Ela estaria molhada e apertada. Quente. Minha!
— Certo. — Sussurrou, girando um pouco mais para enfrentá-lo enquanto suas mãos iam de seus ombros até segurar seu rosto.
Ele gostava da sensação dela tocando-o intimamente. 46 nunca o acariciava. O único toque no rosto que ela fazia era quando estava brava. Um tapa ou soco não era agradável. Sua companheira era bem maligna quando com raiva.
— O que eu faço? — Recusou-se a admitir nervoso, mas estava ansioso ao mesmo tempo.
— Beije-me de volta. Explore. Você pegará o jeito.
Suas sobrancelhas se levantaram, entretanto, Alli fechou seus olhos e inclinou-se fortemente contra ele. Seus lábios eram incrivelmente macios enquanto roçavam o dele. Ela fechou os olhos, então ele fez o mesmo. Intensificou a sensação quando ela balançou sua cabeça ligeiramente para deixar suas bocas juntas. Sua língua deslizou ao longo da abertura e ele abriu para ela, lembrando-se da última vez que ela iniciou o contato daquele jeito.
Ela tinha gosto de chocolate, algo que aprendeu a amar desde que foi apresentado a ele. A língua dela deslizou sobre a dele e fez seu pênis endurecer mais. Queria jogá-la na cama, virá-la e puxar seu traseiro para o ar apenas para estar dentro de seu corpo acolhedor, mas beijar era importante para ela. Ele começou a entender a atração enquanto lambia de volta, sua excitação crescia quando imitou o que gostaria de fazer com ela cavando mais fundo para tomar o que ela oferecia.
Suas mãos rasgaram sua camisa. O material rasgou, mas Alli não se afastou. Apenas queria sentir sua pele, toda, cada centímetro. Odiava qualquer coisa que barrava o acesso dele a qualquer parte do seu corpo. Um grunhido saiu, abafado entre suas bocas, quando uma de suas palmas agarrou seu peito. Era macio e flexível, o mamilo imediatamente se excitou quando as pontas dos dedos o esfregaram.
Braços deslizaram em volta de sua cabeça e Alli se mexeu em seu colo. Rompeu o beijo que ele estava apreciando. Teve medo que ela dissesse para ele parar, mas em vez disso apenas saiu do seu colo, se levantou e girou para colocar seus joelhos em cada lado de seus quadris quando montou em seu colo. Suas mãos seguraram seu rosto e o beijou novamente. Não precisou mais de instruções. Dominou-a com sua língua, apreciando o gosto dela e a forma como suas respirações ofegantes se misturavam.
Obsidian precisava dela. Ele largou o peito para agarrar a cintura. A calça fina que vestia cedeu facilmente quando ele cravou as pontas do dedo na faixa dela e puxou. O material rasgou para revelar pele. Alli parou de beijá-lo e ofegou, mas ele não parou. Não podia. Rasgou mais, cortando em tiras o suficiente para alcançar entre suas coxas.
Estava tão molhada e acolhedora quanto imaginou que ela estaria quando seus dedos traçaram a linha do seu sexo. Com suas pernas bem abertas ele não tinha nenhuma dificuldade de entrar nos confins apertados de sua vagina. Ela jogou a cabeça para trás, rompendo a conexão de suas bocas.
Viu a linha do seu pescoço exposto. O instinto e a necessidade o atingiram com força. Sua boca parou na área debaixo de sua orelha. Ela não podia ver suas presas, mas as sentiu enquanto se beijavam. Não a assustou e esperava que as sentindo quando a mordesse ligeiramente não teria o efeito contrario.
Alli arranhou suas costas com as unhas, mas foi bom. Ela não derramou sangue ou grunhiu em aviso dizendo para parar. Suas pernas ficaram tensas e ela moveu seus quadris, contra sua mão. O movimento esfregou seu pênis contra suas barrigas, a dele firme, a dela macia e flexível. Seu controle ameaçava se romper.
O dedo dentro dela entrou mais para verificar se estava pronta para recebê-lo. Ele se retirou o suficiente para cobrir o exterior de sua abertura antes de puxar completamente e tocá-la com sua mão e boca. Alli gemeu em protesto enquanto sua cabeça abaixava até olhos sensuais se fixarem nele.
— Não pare.
Nada podia parar agora. Ela era dele para receber. Ele agarrou seus quadris, incapaz até de dizer qualquer palavra. Estava se sentindo muito primitivo com a necessidade. Apenas agiu, seus instintos sobressaindo todo o rosto. Ergueu-a e a forçou romper sua pressão quando a girou. Ela não pesava o suficiente para fazer força. Ela caiu sobre seu estômago quando a jogou próximo a ele na cama. Ele deslizou para o chão, agarrou-a e arrastou sua cintura para a extremidade da cama. Um joelho entrou entre os joelhos dela, os separou, e olhou até agarrar seu eixo.
Devagar, rosnou para si mesmo silenciosamente. Levou cada grama de disciplina enquanto alinhava seus corpos para se ajustarem em vez de apenas conduzir seus quadris contra o traseiro dela e fazê-la receber todo centímetro do seu pênis. Ele queria ficar enterrado bem no fundo dela.
Ela apoiou suas mãos na cama, tirou seu cabelo do caminho, e olhou para ele por cima de seu ombro. Não viu medo. Confusão talvez, mas não exigiu que ele a largasse.
Ele colocou a ponta de seu pênis contra ela e fechou seus olhos quando encontrou um pouco de resistência. Abaixou seus quadris um pouco e empurrou novamente, sua mão ajustando o ângulo só um pouquinho. Ela o recebeu, o aceitou, mas era um ajuste apertado. Queria jogar sua cabeça para trás e uivar. Ela era tão quente, tão molhada, e parecia tão bom. Nada que ele já experimentou podia se comparar a Alli.
Um gemido suave veio dela e o persuadiu que fosse mais fundo. O estava matando resistir a bater contra ela rápido e furiosamente, do jeito que ele gostava. Seus olhos se abriram e olhou fixamente para a curva de seu traseiro. Era perfeita. Ele a prendeu na cama onde a curvou e balançando de um lado para outro, dando a ela mais dele mesmo com cada punhalada.
Ela agarrou a roupa de cama rosa. Não estava em suas mãos e joelhos, mas temia que seus braços desmoronassem quando sua paixão ficasse fora de controle se ele permitisse a ela suportar sozinha. Era só uma questão de tempo antes dele perder o controle. Cada conduzida de seu pênis nela atirava êxtase puro por seu sistema, cada quase retirada o rompia e ele sabia que travaria dentro dela enquanto sua semente a marcava com sua paixão.
Seus músculos vaginais se apertaram enquanto seus gemidos aumentavam de volume. Alli estava mais molhada, mais quente, e ele perdeu o controle um segundo antes de suas bolas se apertarem para adverti-lo que não podia mais aguentar. Jogou sua cabeça para trás, agarrou seus quadris e cavalgou através do prazer tão intenso que ameaçou fazê-lo rugir sua satisfação.
Seu pênis inchou, jatos de sua ejaculação tão forte que quase machucou e estremeceu enquanto diminuía a velocidade de seus movimentos, travando dentro dela até que temeu que tivesse machucado sua Alli. Sua vagina o apertou tão firmemente que ele desmoronou em cima dela, enrolado contra as costas dela, sentindo como se uma vez tivesse sido solitário, mas agora eles eram dois corpos fundidos como um.
A consciência retornou quando sua mente começou a clarear a névoa do fervor induzido de compartilhar sexo com Alli. Seu peso prendia o corpo pequeno dela contra a cama enquanto os dois respiravam rigorosamente. Soltou seus quadris para se erguer. Ela ofegou, disse algo que ele não entendeu, e o alarmou. Ele a esmagou?
Sua cabeça girou e olhos azuis seguraram o dele. Soube naquele momento que ele a deixou para trás. O olhar dela era muito penetrante, frustração clara enquanto mordia seu lábio inferior. Raiva o agarrou. Reagiu recuando alguns centímetros, com cuidado para puxá-la com ele para que seus quadris permanecessem pressionados juntos. Sabia que não podia separar seus corpos enquanto se recuperava.
Uma mão deslizou entre a extremidade do colchão para mexer entre ele e a barriga dela. Seus dedos localizaram seu clitóris, o encontrou escorregadio com seu desejo. Olhou seus olhos à medida que esfregava, viu suas pupilas se dilatarem quando achou o local certo, e mexeu nele com um pouco pressão para cavalgá-la com a ponta do dedo.
Sua vagina o apertou muito mais e cerrou seus dentes para prender o gemido dentro de sua garganta. Ele aceitaria a tortura doce de estar supersensível para ter certeza que cuidou dela.
Alli estava tão perto de gozar. A sensação de Obsidian a prendendo, seu eixo espesso batendo dentro e fora dela, era incrível. Ele não apenas movia seus quadris para frente e para trás, como espalhou seus joelhos para se apoiar contra o tapete, mudando os ângulos com cada impulsionada. Ele encontrou o lugar certo que a fez gemer mais alto e tocou-o repetidas vezes.
Ela agarrou a roupa de cama apenas precisando de algo para agarrar desde que não podia o alcançar. Seus joelhos não tocavam o chão. Sua calça estava rasgada na costura do centro das costas, permitindo a ele acesso a sua vagina, mas ainda estava vestida. Ergueu seus pés, os enganchando em seus tornozelos. Desejou que estivesse totalmente nua.
Ele rasgou sua blusa, mas as sobras caiam em seus braços onde o material deslizou. Não importou enquanto seu clímax crescia, à beira de gozar com tanta força que não ficaria surpresa se visse estrelas.
Os sons que Obsidian fazia a excitava mais. Ele rosnou e rugiu, suas mãos quase contundiram seus quadris quando a agarrou para mantê-la no lugar. Seus olhos se alargaram quando seu pênis pareceu de repente maior, esticando-a mais, e então diminuiu a velocidade dos seus quadris em punhaladas penetrante, impulsos bruscos enquanto o sentia gozar.
Estouro de sêmen quente inundou bem no fundo enquanto diminuía a velocidade para uma parada. Seu peso considerável se acomodou em cima dela, seu peito contra suas costas, sua respiração pesada fez cócegas em sua orelha.
Quis gritar de decepção, tão perto do seu próprio êxtase, mas agora estava terminado. Longos segundos se passaram enquanto tremia em cima dela, suavemente gemeu seu nome e aninhou o lado da cabeça dela com sua mandíbula.
Ele se ergueu e pode respirar mais fácil, mas ao mesmo tempo sentia falta do jeito que ele estava perto dela. Girou a cabeça para ver seu rosto, pelo menos querendo a satisfação de ver que um deles gozou.
Seus olhos marrons escuros pareciam pretos, suas pálpebras estavam fechadas pela metade, enquanto a olhava. Ele ofegava, seu rosto sem paixão, e suas presas estavam aparecendo. Algo imediatamente mudou. Sua boca se apertou em uma linha firme de desgosto. Perguntou-se o motivo.
Ele a arrastou alguns centímetros mais acima da extremidade da cama, uma mão deslizou na frente dela, e seus dedos acariciaram seu clitóris.
Ela ofegou então gemeu com a sensação imediata do quão bom era. Obsidian girou sua mão o suficiente para usar um dedo e depressa esfregou o feixe de nervos com força suficiente para enlouquecê-la.
Ela jogou seu rosto na roupa de cama, agarrando na colcha, e sabia que só podia se sentir melhor se ele estivesse ainda a fodendo. Embora estivesse dentro dela, maior com seus corpos juntos tão intimamente, seu peso completamente descansando contra os seus quadris e coxas.
— Minha Alli. — Falou, abaixando sua cabeça.
Gemidos mais altos encheram o quarto quando ligeiramente mordeu seu ombro com suas presas, lambeu o lugar e se moveu mais alto para sua garganta. Mordiscos e respirações quentes provocaram a área sensível enquanto continuou a golpear seu clitóris. Ficou tensa, resistiu ao desejo de implorar para não parar, estava muito perto, e então aconteceu. Jogou-se para trás para bater em seu peito quando empurrou com força contra a cama com suas mãos enquanto sugava o ar. O grito que saiu dela foi mais alto que pretendia, mas não deu à mínima enquanto gozava com força.
Mãos se movimentavam em seu corpo enquanto estava agarrada ao momento. Uma grande palma acariciou seu seio, apertou, e Obsidian a mordeu no topo do ombro. Não machucou, mas segurou bem. Não sentiu medo, muito distraída pelas sensações de seu corpo se acabando.
Sua outra mão se curvou em volta da cintura para ancorá-la no lugar enquanto se sentava no chão até que ela estivesse completamente acomodada em seu colo. Seu pênis parecia ter pulsação própria. Seus dentes soltaram seu aperto firme e ele colocou um gentil beijo de boca aberta naquele mesmo lugar.
— Alli?
Forçou seus olhos a se abrirem e virou a cabeça apenas o suficiente para ver seu rosto acima do dela. Ele era alto até com ela em seu colo.
— Eu vejo você. — Enfatizou as palavras com emoção.
Sabia o que ele queria dizer. Ele montou Allison Baker, uma humana que obviamente parou de considerar como inimigo. Ergueu seu braço e curvou uma mão na da parte de trás do seu pescoço, o acariciando lá. Descansou seu rosto contra seu peito e fechou seus olhos, apenas apreciando estar em seus braços.
— Obrigada.
Não explicou o porquê que se sentia desse jeito, dividido entre as razões de agradecer a ele; era porque gostou do sexo ou por que ele queria que soubesse que ela não era uma substituta por sua companheira falecida.
Suas respirações regularam enquanto se ficaram sentados. Obsidian permanecia duro, mas o inchaço retrocedeu o suficiente para poder retirar seu pênis de sua vagina. Ele não se moveu, apenas a segurava e estava bem com isso. Não tinha vontade de se mover.
Sua mão ainda agarrando seu seio deslizou mais baixo para sua costela e curvou sua cabeça até que descansou contra a dela. Estava quieto na casa e uma sensação de paz bateu em Alli. Desejou que pudesse engarrafar e salvar o momento para sempre.
— Moon está lá fora esperando.
— Ele foi o primeiro a falar.
Uma insinuação de remorso atingiu Alli enquanto ligeiramente assentia para deixá-lo saber que o ouviu. Ele teria que retornar ao Centro Médico. Suas mãos se ergueram para agarrar a mão dele em seu seio, e deu um aperto. Tentou reunir a vontade de sair do seu colo.
— Eu preciso ir lá fora.
— Eu sei. — Abriu seus olhos e olhou fixamente para a colcha amarrotada na frente dela onde seu corpo estava preso. — Tenho coisas para fazer também. — Procurar por um emprego e terminar de arrumar o rosto das minhas coisas enquanto eu espero por alguém vir me dizer se eu vou para a prisão ou ser expulsa de Homeland.
Era adeus e sabia disso. Doía. Obsidian se tornou uma parte enorme de sua vida pelos meses que se preocupou com ele e gostava dele. Apenas deixava pior que eles fizeram sexo algumas vezes. Apaixonou-se por ele apesar de ser estúpido e era tudo errado. Ele não estava em um bom momento de sua vida para começar qualquer coisa e ela de todas as pessoas sabia disso. As coxas de Obsidian ficaram tensas e ele se ergueu. Ela o deixou ir, agarrou a extremidade da cama e lentamente ergueu.
Odiava sentir seus corpos se separando. Ela sentia-se completa por ele, conectada e o sentimento de perda a atingiu quando ele retirou seu pênis completamente de dentro dela. Seus movimentos estavam desajeitados à medida que se levantava e procurava por algo para se enrolar e esconder suas roupas rasgadas, que revelavam demais. Sua mão agarrou a cama já bagunçada e apenas puxou com força.
— Eu devia, hã, tomar banho e trocar de roupa. — Recusou a olhar diretamente para ele, mas pode ver pelo canto do olho quando ele se levantou, levantando sua calça de moletom.
— Faça isto. — Ele disse
Era um momento estranho. Não devia ser desconfortável depois que fizeram amor. Foderam, corrigiu. Isso é tudo o que foi para ele. Não seja estúpida e invente para ser mais.
Ele saiu de sua linha de visão e ela girou a cabeça para olhar fixamente suas costas. Seu cabelo estava livre na sua cintura, as mechas pretas e sedosas, algo que ansiava acariciar. E então ele se foi. Apenas saiu sem outra palavra.
Lágrimas quentes encheram seus olhos e não se incomodou em piscá-las de volta. Ele podia ter dito que foi divertido, ou alguma outra frase ruim. Teria pelo menos sido educado. Estremeceu com o som da porta da frente se abrindo e fechando. Obsidian se foi e nunca o veria novamente.
A colcha deslizou das pontas dos dedos, caindo para o chão. Tropeçou em direção ao banheiro, tirando a camisa destruída. Não foi difícil de fazer isso já que só os braços permaneceram intactos para segurá-la em seu corpo. A calça já era passado. Elas não apenas teve as costuras destruídas, ele as dividiu na cintura também.
Não esperou pela água esquentar, apenas entrou no jato frio com um tremor. Encharcou sua pele, mas desejou que pudesse alcançar seu coração. Um pouco de frio podia fazer algum bem naquele momento. A temperatura mudou e girou, empurrando seu rosto debaixo do chuveiro enquanto fluía em cima do seu cabelo, ombros, e abaixo do seu corpo.
O desejo de respirar finalmente a forçou se mover. Sugou ar e enxugou seu rosto. A vida continuaria. Aprenderia aquela lição outra vez, mas não significava que não doeria por muito tempo. Se apaixonar era um a merda quando só uma pessoa sentia.
Alli tomou demorou-se lavando seu cabelo, sem presa para enfrentar seu quarto. Só a faria reviver o que aconteceu lá. Arrependeu-se da briga com Obsidian mais cedo que o fez exigir que ela deixasse seu quarto no Centro Médico. Caso contrário eles provavelmente já estariam enrolados juntos em sua cama com ele exigindo que ela acariciasse seu peito.
Um sorriso surgiu, embora um triste. Ele podia ser tão mandão e um tirano, mas sabia que ele não era um homem comum. Novas Espécies nem sempre tinham as melhores habilidades sociais e ele foi recentemente libertado. Apenas precisava aprender modos e dar um tempo para entender que pessoas são para dar e receber.
Desligou o chuveiro, abriu a porta de vidro e usou uma toalha para se secar depois enrolou em volta do seu corpo. Uma outra toalha segurava seu cabelo molhado. Seu olhar caiu sobre as roupas descartadas. Teria que jogá-las no lixo, mas podia esperar. Eram mais uma lembrança de Obsidian que hesitava em perder apesar do quão patético seria manter a calça e a camisa destruída.
A visão dele sentado na extremidade de sua cama a surpreendeu. Seu coração acelerou enquanto seus olhares se encontraram. Suas mãos estavam abertas, agarradas no topo de suas coxas acima dos joelhos curvados e seu cabelo caído no peito sexy. Parou.
— Você não está no Centro Médico.
— Eu fui lá fora para conversar com Moon. Ele estava em seu jardim.
— Eu pensei que você estivesse voltando para seu quarto.
Desgosto apertou seu rosto.
— Não.
— Certo. — Deu alguns passos mais para frente, o vendo de perto, tentando compreender o que isso significava.
— Eu disse a ele que vou ficar com você. — Tirou o olhar dela para sua cama. — É muito macia. — Olhou fixamente para o chão. — Nós devíamos dormir ali.
Nós. Seu pulso saltou.
— Você quer passar a noite comigo?
— O espaço é maior. — Levantou-se, parecendo alto e impressionante, também determinado. — Você dormirá no chão comigo. — Uma mão ergueu para pressionar contra seu peito. — Eu amortecerei você.
Sua mente fez festa, feliz por ele querer ficar com ela.
— O topo do travesseiro sai. O colchão debaixo é provavelmente mais parecido com o que você tem em seu quarto. — Não que se importasse de achar uma razão para dormir esparramada em cima dele se ele escolhesse o chão. Apenas não via como ele poderia ficar confortável no tapete.
Obsidian girou, agarrou os lençóis, e os desnudou. Tocou no enchimento espesso cobrindo o colchão e suavemente grunhiu. Foi tirado e lançado em um canto. Curvou-se para frente, dando-lhe a oportunidade perfeita para admirar seu traseiro musculoso, esboçado na calça de moletom enquanto ele empurrava o topo da cama para testá-lo.
— Bom. Mais firme. — Endireitou-se. — Remova as toalhas e deite-se comigo.
— Você não quer lençóis?
— Eu só quero você. — Seu olhar se moveu da cabeça até o pé dela. — Nua na cama.
Olhou para frente de sua calça, o esboço rígido de seu pênis em exibição. — Oh. — Era uma lembrança que os machos Espécies eram altamente sexuais e ele estava pronto para mais uma partida a dois.
— Você está dolorida? — Chegou mais perto. — Eu fui muito grosseiro?
— Não.
Seu queixo se levantou um pouco.
— Eu quero você.
Não tinha nenhum problema com isso, realmente contente por ele estar em seu quarto sem planos de partir. Chegou mais perto dele. A campainha tocou.
— Ignore.
Desejou que pudesse.
— Os oficiais têm uma chave da minha casa. Eles entrarão se não formos ver o que eles querem.
Suas mãos se fecharam.
— Por que eles têm acesso a sua casa?
— Eu sou uma funcionaria. É apenas do jeito que é.
— Não mais. Nenhum macho tem permissão a entrar aqui a não ser eu. — Ele girou e saiu do quarto.
— Merda!
Ele parecia furioso. Ela girou, se apressou para o armário, e arrancou seu roupão do gancho da porta. Examinou cuidadosamente sua toalha, não tinha tempo para tirá-la e se apressou atrás dele enquanto amarrava o cinto firmemente ao redor da cintura.
Obsidian abriu a porta da frente no momento em que Alli entrou correndo na sala de estar. Jericho estava na entrada da porta, iluminado pela luz da varanda. Ele olhou severamente para a pessoa que estava bloqueando sua passagem.
— Você precisa retornar ao Centro Médico.
— Está tudo bem. — Disse a voz de Moon, que estava longe da vista, em algum lugar atrás do outro oficial. — Eu o vigiei daqui. Eu te disse que isso não era grande coisa.
Jericho rosnou.
— Fique fora disto. Você causou problemas suficientes.
— Ele queria vê-la e eles precisavam resolver algumas coisas. — Moon agarrou o oficial pelo ombro, violentamente o girando para enfrentá-lo. — Não seja um chato porque eu o tirei de lá sem pedir primeiro. Eu estava com ele o tempo inteiro. Bem, perto de qualquer maneira. Eles precisavam de um pouco de isolamento, mas me sentei aqui mesmo.
Alli estava atrás de Obsidian, espreitando para ver a varanda. Moon e Jericho olhavam com raiva um para o outro. O maior oficial pôs suas mãos nos quadris.
— As ordens são para que ele permaneça no Centro Médico.
— Ele queria acertar as coisas com a doutora. Dê a ele um tempo. — Moon imitou a posição de Espécie primata. — Ele ficará mais confortável vivendo aqui. É onde ele quer estar. Pergunte a ele. Acabou de dizer que não vai deixar o lado dela. É por isso que eu chamei você em vez de correr para dar-lhe a notícia. Eu estava o vigiando até que você pudesse assumir o comando.
— Nós seguimos ordens para prevenir que haja caos em nossa sociedade.
— Maldição? Sério? — Moon balançou a cabeça, franzindo a testa. — O que vai acontecer se ele estiver aqui ou lá? Ele ainda pode ter proteção por turno até que alguém decida que ele está completamente estável. Ele quer a doutora e ele está obviamente aprendendo que nem todos os humanos são do mal. — Moon torceu sua cabeça para conseguir um olhar significante de Obsidian. — Diga a ele que você não tem o desejo de machucar ninguém.
— Eu não vou deixar Alli e eu quero a chave dela que está com você. — Estendeu a mão. — Você não tem permissão de entrar na casa dela. Só eu.
A cabeça de Jericho se virou.
— Você fique fora disso.
— Dê-me a chave. — A voz de Obsidian ficou dura. — Agora.
— Ele não parece estável para mim. — Jericho recuou da porta para pôr espaço entre eles, sem dar as costas ao macho bravo. — Eu não a tenho para dar a você. Esse não é meu setor de patrulha.
— O que isso quer dizer?
— O oficial que caminha pelo perímetro tem as chaves mestras de todas as casas aqui. — Moon explicou. — A tarefa de Jericho é no Centro Médico.
— Eu quero a chave.
— É só para ser usada em caso de emergências. Não é grande coisa.
— Eu quero a chave. — Obsidian rosnou agitado com as informações.
Alli agarrou seu braço, chamando sua atenção.
— Está tudo bem.
Obsidian desviou o olhar dela para dar um olhar ameaçador aos outros machos. — Eu controlarei a casa dela agora.
Jericho fez uma expressão repugnante em seu rosto.
— Não é para que nós possamos mantê-la dentro de sua casa. A porta fecha por dentro ou somente por fora quando ela sai para ir trabalhar então ninguém entra. Os humanos não são tão confiáveis quanto nós. Ela veio do mundo dos humanos onde outros roubam suas coisas se não forem protegidos por fechaduras.
— Nenhum macho terá acesso a casa dela. Só eu.
Moon sorriu.
— Faz sentido para mim. Relaxe. Eu pegarei a chave de quem está atribuído para a área. Estou surpreso que ele não apareceu ainda.
— Não lhe diga isto. Você não tem nenhuma autoridade para quebrar regras. — Jericho protestou. — É procedimento padrão sempre ter acesso a todas as casas.
— Pare com isso. — Moon riu. — Ele quer a chave então a pegaremos para ele.
— O que está acontecendo? — Era a voz de uma fêmea.
Alli esticou seu pescoço para ver por cima dos ombros largos de Obsidian e viu uma fêmea Nova Espécie enquanto esta saltava a cerca leteral, da altura da cintura.Kit pousou com graça, alisou as mãos sobre o uniforme e se aproximou depressa. — A doutora escapou? — Retirou um telefone celular do seu bolso da camisa. — Alertarei a Segurança.
— Estou bem aqui. — Alli tentou sair detrás de Obsidian, mas ele agarrou a entrada, detendo seu progresso ao redor ele.
— Você disse que ela estava livre. — Obsidian abriu a boca, mostrando suas presas. — Você mentiu.
— Ela sequestrou você. Claro que ela é uma prisioneira. — Kit subiu os degraus da varanda, dando a Obsidian uma olhada da cabeça aos pés. — Você é atraente. — Olhou para Moon. — Ele é o do Centro Médico, certo?
— Sim.
Kit abertamente admirou o peito de Obsidian e Alli fechou suas mãos, não gostando do modo como a outra mulher o estava cobiçando. A fêmea Espécie de repente avançou até que ela quase caiu direto no peito dele. Seu nariz se alargou enquanto cheirou.
— Que pena. — Sussurrou. — A humana seduziu você? Você está coberto pelo seu cheiro, mas é só lavar. — Sua mão se ergueu e ela correu um dedo pelo bíceps mais próximo de Alli. Ela teve a audácia de ronronar. — Siga-me de volta para o Centro Médico e eu te ajudarei a tomar banho.
Obsidian puxou seu braço para longe do dedo ambulante.
— Não me toque, fêmea.
Kit sorriu.
— Eu gosto que rosnem para mim. Ouvi que você poderia ser um pouco selvagem. — Um ronronar mais alto veio dela. — Eu aprecio sexo selvagem.
— Ele está com a Dra. Allison. — Moon soou irritado. — Pare de mexer com ele, Kit.
— Eu não comecei ainda. — Olhou para baixo. — Mas eu quero. Você é grande, não é? — Lançou a Alli um olhar de desprezo antes de sorrir para Obsidian. — Essa aí pode ser boa se for tudo o que tiver disponível quando você precisar montar uma fêmea, mas eu nunca pediria para você se conter, querido. Os humanos são um desperdício do nosso tempo.
Alli cerrou os dentes, insultada, e desejou saber lutar. Kit precisava levar um tapa da pior maneira.
— Você não tem um novelo de lã para ir brincar? — A profundeza de sua voz quando saiu da sua boca a surpreendeu, mas não lamentou retornar o insulto.
Moon riu.
— Você mereceu isto, Kit.
Kit ficou irritada com os olhos de gato quase pretos em Alli e silvou.
— Eu sei no que eu gostaria de bater agora com minhas garras.
Obsidian rosnou e empurrou Alli mais para trás dele.
— Tente e nós lutaremos. Não ameace minha fêmea.
Jericho agarrou o braço de Kit e a arrastou para trás. Ela silvou para ele e ele fez um profundo barulho no fundo de sua garganta que pareceu vir do seu peito. A mulher empalideceu ligeiramente. Era um som assustador. Até Alli sentiu um calafrio. O primata enorme era intimidador.
— Você sente que eles estão compartilhando sexo ainda assim você o abordou e a insultou na frente dele. — Jericho lentamente balançou a cabeça. — Não foi inteligente. Ele lutará com você e poderia não levar em conta que você é fêmea. Você sabe muito bem que não se desafia um macho quando ele está estressado. Vá dar um passeio!
— Esse é meu território agora. — Kit puxou o braço. — Dê um passeio você, Jericho. Pare de me lançar esse olhar vermelho. Eu não tenho medo de você.
— Meus olhos não são vermelhos! — Seu corpo ficou tenso.
— Tudo bem crianças. — Moon ficou entre eles. — Isto está saindo depressa do controle. — Olhou para eles. — Kit, é dever de Jericho vigiá-lo. Obsidian decidiu viver com a doutora, isso significa que seu novo posto é aqui. Jericho tem jurisdição, então segue suas ordens. Se retire do jardim da doutora. Jericho, eu esclarecerei isso com Tiger ou Justice. Eles o querem feliz e aqui é onde ele quer ficar. Você apenas fique com ele até que seu turno acabe. Sua substituição saberá para vir aqui.
— Você não está de serviço. — Kit protestou. — Você não pode dar ordens e você não é meu superior.
Ele estreitou seu olhar para ela.
— Você quer levar isso para eles? Eu direi a Tiger como você ofereceu sexo para um macho envolvido com uma fêmea bem na frente dela. Uma humana. Isso não vai terminar bem para você. — Ele bufou. — Você já está na lista negra dele depois de irritá-lo de algumas maneiras. Você foi ordenada parar a briga entre machos hostis.
— Imbecil.
Ela tentou se virar para ir embora, mas Moon de repente pegou o gancho do chaveiro em seu cinto. Ele saiu livremente e ela silvou, o enfrentando.
— Um segundo. — Segurou as chaves na luz, lendo as marcações nela, e retirou uma do círculo de metal redondo que as mantinha juntas. — Ele quer a chave dela.
— Devolva.
Jogou as chaves para ela, menos uma.
— Tenha uma boa noite, querida. Você realmente devia trabalhar sua falta de educação. — Sorriu. — Talvez você possa achar um poste para arranhar e tirar um pouco de sua agressão nele.
— Nunca me aborde para sexo.
— Não se preocupe. Eu gosto das minhas fêmeas acolhedoras e amigáveis. Eu ouvi sobre você.
Ela rosnou um xingamento, agarrou o anel das chaves, e foi para a escuridão depois de caminhar pela calçada. Moon a viu partir e então girou, sorrindo para Jericho.
— Seus olhos não são vermelhos. Ela está só sendo irritante. Ela está ganhando reputação com os machos como alguém para se evitar. — Cortou seu olhar para Obsidian. — Você é novo e não sabe que ela é fria com aquelas que ela convida para compartilhar seu corpo. — Finalmente olhou para Alli. — Não leve isso para o lado pessoal. O último macho que ela estava interessada se acasalou com uma humana, então ela guarda rancor. — Estendeu a chave. — Aqui. Você controla o espaço dela agora.
Obsidian pegou a chave.
— Obrigado.
— É para isso que servem os amigos. — Moon olhou para Jericho. — Eu vou falar com Tiger. Eu resolvo isso. Está tudo bem?
— Vá. Eu o vigiarei daqui. Só tenha certeza de contar todos os detalhes para eu não ser culpado.
— Contarei. Tiger me deve alguns favores. — Piscou para Obsidian. — Leve a sua fêmea para a cama. Eu visitarei você amanhã.
Obsidian fechou a porta e trancou. Alli ofegou quando ele girou a arrastou em seus braços e depressa andou a passos largos em direção a seu quarto. Ele podia se mover rápido quando estava motivado. Ainda parecia bravo quando suavemente a abaixou para se sentar na cama.
— Você está bem?
— A fêmea te ameaçou e você é uma prisioneira.
— Eu não estou realmente sob um mandado de prisão. Só estou restringida a minha casa. Sequestrei você e te levei de Homeland. — Hesitou. — Eu coloquei você em perigo. Eles têm o direito de ficarem irritados com isso. Eu apenas estava tão certa que poderia manter você seguro. Fui muito cuidadosa sobre alugar aquela casa e pensei que não tinha deixado um caminho para ser rastreada. Estava errada. O ONE me achou e isso significa que alguém que odeia os Novas Espécies poderia me encontrar também. Eles não confiam mais em mim porque eu os traí. Só estou contente por não estar ainda presa dentro de uma cela na Segurança.
Obsidian lentamente caiu de joelhos próximo à cama.
— Eu matarei qualquer um que tentar te prender ou tirar você de mim.
Ele falava sério. Seu coração se derreteu, mas também a deixou com medo. O ONE a pediria para deixar Homeland no mínimo. E se ele tentasse ir com ela? Por mais que quisesse isso, esperava que ele realmente quisesse estar com ela, não seria seguro para ele ficar fora dessas paredes. Novas Espécies eram alvos de idiotas, racistas, e fanáticos religiosos fervorosos que acreditavam que eles eram abominações. Havia também ex-funcionários da Mercile que adorariam capturar um Espécie para usar como um chance de pechinchar para escapar do processo. Ou pior, matá-los.
— Estou segura aqui. — Assegurou. — Relaxe.
— Não posso. — Agarrou a extremidade da cama. — Aquela fêmea me tocou, o guarda não me quer aqui com você e agora eu preciso me familiarizar com seu espaço. Ninguém passará por mim para alcançar você.
Sua mão disparou quando ele tentou se levantar, entendendo que ele pretendia ficar acordado a noite toda para ter certeza que ninguém invadiria.
— Você não tem que fazer isto.
Ele não pareceu convencido.
— Eu lutarei com eles se vierem por você.
— Eles são seu povo, Obsidian. Você não pode fazer isto. Ninguém vai me machucar. — Chegou mais perto, incapaz de resistir tocá-lo. Suas mãos realmente coçavam para sentir sua pele. Uma mão agarrou seu ombro enquanto a outra segurou seu rosto. — Eu fiz uma coisa ruim e eles não confiam em mim. Eu estraguei tudo tirando você de Homeland.
Obsidian queria empurrar Alli de costas e rasgar o vestido branco feio dela para ganhar acesso a seu corpo nu. Olhou fixamente em seus olhos, mas viu dor, o impedindo de continuar. A voz insinuava sua chateação também. Odiava vê-la daquele modo.
— Eu podia ter matado você. Ou sequestrado. — As lágrimas nadavam em seus olhos azuis e fizeram seu peito se apertar. — Estava tão desesperada que eu não pensei além de levar você para algum lugar que eles não pudessem me impedir de passar um tempo com você. Tinha certeza que eu estava certa, mas olhando de volta agora eu vejo como eu estraguei tudo. Eu devia ter discutido mais com Tiger ou ido para Trisha quando ela retornou. Apenas não aquentava ver você enfraquecendo. Tive que tentar salvá-lo.
Ela era tão bonita e ninguém nunca se colocou em perigo por ele antes. Ela correu riscos e perdeu a confiança das pessoas com quem se importava porque o colocou em primeiro lugar. O orgulho e possessividade surgiram, tudo dirigido a Alli. Ela era dele. Ele não iria deixá-la ir. A decisão estava tomada. Era simples, certo, e ferozmente sentia isto.
— Eles não são meu povo. — Declarou firmemente em uma voz rouca. — Você é.
Sua mão tremia contra a bochecha dele enquanto deslizou da extremidade da cama para ficar de joelhos diante dele. Seu corpo pressionou contra o dele.
— Queria que fosse verdade.
— É verdade. — A raiva relampejou. — Eu não minto.
— Eu só quis dizer… — A voz diminuiu e seu olhar abaixou para seu peito na frente do rosto.
— O que?
— Você vai conhecer mais Novas Espécies e se ajustar a nova vida. Você encontrará outras mulheres… não como Kit. — Seu tom rouco dizendo o nome implicou que ela poderia ser possessiva com ele. — Mas você está só interessado em mim agora porque eu sou a única coisa familiar para você.
Ele tirou a toalha de sua cabeça para jogá-la longe. Os cachos molhados caíram livres. Eles estavam frios, mas ele agarrou um punhado de cabelo na base do pescoço, suavemente a forçando olhar para ele. Nenhum medo se mostrava, mas ainda tinha lágrimas que brilhavam em seus olhos. Sabia que não era de dor, não estava segurando tão apertado.
Abaixou a cabeça, curvou seu corpo o suficiente para ficar nariz com nariz com ela e suavemente rosnou. — Você é tudo o que eu quero conhecer.
— Você só se sente agradecido, mas não precisa. Eu estava fazendo meu trabalho.
— Você foi ordenada a me roubar?
— Não.
— Era seu trabalho entrar… — Pausou, recordando o termo. — Em encrenca para me levar para outro lugar para que você pudesse dormir ao meu lado?
— Não.
— Por que você fez isto?
Tentou afastar o olhar, mas se moveu com ela, mantendo sua cabeça presa com seu aperto para preveni-la de poder quebrar o contacto com os olhos.
— Por que você fez isto? — Repetiu.
Sua pausa o fez querer grunhir. Resistiu. Piscou.
— Eu fiquei obcecada por você.
Obsidian contemplou o significado disto.
— Eu, hã, saiba o quão errado era. Sabia ainda que se eu te acordasse você provavelmente me odiaria.
— Eu não odeio. Por que isso seria errado? O que está errado com isso? Nós?
Mais lágrimas encheram seus olhos.
— Você tem passado por tanto, Obsidian. Eu sinto como se eu estivesse me aproveitando de você ou te atrapalhando ainda mais. Você é tão duro, mas emocionalmente você tem que se recuperar de tudo o que sobreviveu.
— Sou maior que você.
— Força e tamanho não tem nada a ver com se aproveitar de alguém. Eu sei como as pessoas são vulneráveis quando sofrem um grande trauma. Você experimentou toda uma vida deles, um depois do outro.
Algo clicou em sua mente.
— Você ainda continua a pensar que eu estou substituindo 46 por você.
— Talvez. É possível.
Lembrou-se que ela perdeu um macho que uma vez amou.
— Você está me usando para substituir seu companheiro morto?
— Não. — Seus olhos se alargaram, chocada com a pergunta. Ele acreditou nela.
— Não sou ele e você não é 46. — Balançou a cabeça ligeiramente. — Isto não está errado. Não parece assim. Isto está certo. Sinta. — Ele parou. — Sinta-me. — Largou seu cabelo e agarrou a parte de trás da sua cabeça, puxando sua boca para a dele.
Gostava de beijar Alli. A suavidade de sua boca, o modo que ela sugava o ar antes dele fechar seus lábios sobre os dele. Sua resposta ávida quando ele colocava a língua para dentro para ligá-los, assegurava que ela o queria tanto quanto ele a queria. A mão de Alli em seu ombro apertou e suas pequenas unhas se cravaram em sua pele com suficiente pressão para fazer seu pênis encher com sangue. Sua outra mão deslizou para cima da bochecha para segurar seu cabelo, o mantendo no lugar também.
Ele a abraçou pela cintura com seu braço livre para apertá-la mais contra seu corpo até que se sentisse uma com ele. Ela era dele e ele não a deixaria ir. Nenhuma outra fêmea o atrairia mais do que ela atraia. Alli era tudo o que queria, tudo o que ele precisava. Apenas tinha que ensiná-la que ele conhecia sua própria mente e corpo. Sua preocupação sobre ele estar confuso deveria acabar.
Alli se derreteu contra ele, sua submissão era uma coisa sexy que fazia seu desejo de montá-la crescer em uma dolorosa pulsação de seu pênis. Terminou o beijo, os dois ofegavam, e seus olhares se encontraram. A tristeza foi embora para ser substituída por necessidade de tê-lo. Minha!
O olhar dela procurou o dele.
— Obsidian?
— Sem conversa. — A soltou do seu corpo um pouco, saindo de seus braços. — Remova essa coisa. — Não escondeu o desgosto em sua expressão quando olhou para baixo do seu corpo. — É feio.
Ela riu, sem se sentir insultada.
— É meu roupão de banho.
— Jogue isso fora.
As sobrancelhas loiras se curvaram, mas não protestou, apenas desamarrou o cinto na cintura. Lutou com o desejo de atacá-la enquanto lutava para sair de todo o material, prendeu um pouco debaixo de suas pernas. A toalha não era bem-vinda, mas a removeu sem pedir.
— Na cama agora.
—Tão mandão. — Continuou sorridente. — É uma boa coisa que eu tenha superado essa pequena falha sua.
— Eu sou perfeito.
O olhar dela deslizou por seu tronco até a cintura enquanto ria.
— Quase. Você ainda está com a calça.
Ele apreciava o modo como ela o provocava enquanto se erguia e se sentava nua na extremidade da cama. Suas coxas separadas revelavam seu sexo apenas o suficiente para fazê-lo a querer mais. Seus dedos polegares engancharam na cintura da calça de moletom, empurrou, e se levantou enquanto a removia.
— Deite-se de costas.
O sorriso enfraqueceu, mas não mostrou medo enquanto fazia como ele mandou. Chegou mais perto para olhar para ela. Ela parecia tão atraente com seu cabelo estendido sobre o colchão, sua pele pálida, e aqueles olhos azuis fixos em seu rosto.
— Vire-se.
A hesitação o frustrou, mas ficou surpreso quando ela de repente subiu e sua mão agarrou seu pênis. Não machucou com seus dedos gentis enquanto o envolveu próximo a base.
— O que você está fazendo?
— Você nunca beijou ninguém antes de mim. Também nunca fez sexo em nenhuma posição além de cachorrinho. — Lambeu seus lábios. — Já fez este?
Seu corpo inteiro ficou rígido quando aqueles lábios se separaram e lentamente levou a boca para a cabeça do seu pênis. Ela olhava para seu rosto. Ele silvou quando sua língua pequena, morna o lambeu apenas debaixo da ponta, o circulou, e puxou de volta.
— Não. Posso dizer pelo modo como você está olhando para mim, como se eu tivesse duas cabeças ou algo. — Riu. — Deite-se de costas. — Sua cabeça foi em direção à cama atrás dela. — Você confia em mim?
Não estava prestes a esquecer a sensação dela o lambendo. Nunca. Suas bolas automaticamente se apertaram e seu pênis ficou tão duro que doeu. A dor forte não podia ser ignorada. Queria mais e confiava nela. O fato de que ela deu uma ordem foi registrada, mas era uma que queria seguir, mais do que um pouco curioso.
— Vai ser bom. Eu sei que tenho que afastar antes de você gozar e que você vai inchar quando gozar.
Foi difícil se mover com seu pênis esticado e suas bolas parecendo como se fossem duas pedras presas entre suas coxas. Sentou-se, abriu suas pernas o suficiente para aliviar a sensação de desconforto, e viu Alli sobre suas mãos e joelhos. Tudo o que conseguia imaginar era ficar na posição atrás dela. Queria fodê-la com força e fundo.
Ela rastejou devagar subindo sua coxa, sorrindo. Sua língua lambeu seus lábios novamente antes de romper o contato para olhar fixamente para seu pênis. — Você é grande. Fique tão parado quanto puder.
— Olhou para cima. — Você provavelmente vai ter o desejo de mover seus quadris, mas tente lutar contra isso. Eu não quero ser sufocada.
Silenciosamente assentiu, fascinado pelo fato de sua boca estar muito perto de seu pênis. Tentou forçar seu corpo a relaxar, mas era difícil. Todos os músculos ficaram tão rígidos quanto seu pênis e esqueceu como respirar quando Alli envolveu seus lábios ao redor da coroa do seu pênis novamente. Sua língua quente lambeu e cerrou os dentes, suas mãos agarraram qualquer coisa que não fosse ele.
Não podia agarrar o colchão então alcançou a parte de cima, seus dedos se enrolaram na cabeceira da cama. A madeira rangeu, mas não quebrou enquanto a observava, tomando um pouco mais de seu membro. Ela chupava e as sensações eram de um prazer cru tão poderoso que pensar se tornou impossível. Rosnados saíram dele antes de poder impedi-los e suou.
Ela não parou. Sua boca o torturava enquanto se retirava da ponta, entretanto, pegou um pouco mais do seu comprimento com cada puxão lento. Seu olhar se ergueu, segurou o dele, e perdeu o controle. Era muito intenso, muito cru. Queria gozar mais do que queria seu coração batendo e soube que iria gozar se ela não parasse.
— Alli. — Rosnou.
Ela o soltou. Gemeu de remorso por ela não estar o lambendo mais, seus quadris se arquearam em direção a ela apesar de tentar permanecer parado. Embora Alli não tivesse terminado com ele quando se inclinou e seus seios nus esfregaram do lado de seu eixo. A visão do seu pênis confortável entre os montes suaves quase o fez passar dos limites. Não tinha nenhuma ideia do que ela estava fazendo, mas gostava disto.
Ela apoiou-se em suas pernas, alcançou com ambas as mãos, e agarrou seus seios, os empurrando mais apertado contra seu pênis. O movimento lento esfregando seu incrível corpo suave junto com seu eixo dolorosamente duro. Seus quadris se curvaram para se mover mais rápido, incapaz de controlá-los. Mudou o aperto, abraçou seus seios com um braço enquanto o mantinha preso no vale e sua outra mão provocava o topo do seu pênis, o acariciando.
Agarrou a cabeceira com mais força, algo acima dele estalou ruidosamente, mas não se importou com o que causou o som. Fogo saiu de sua barriga até seu pênis, êxtase explodiu nele enquanto violentamente gozava. Jogou a cabeça para trás contra o colchão enquanto seu sêmen caia sobre o corpo dela. Pareceu infinito enquanto se contorcia de prazer até que todo músculo ficou relaxado.
Ofegou, fechou os olhos, enquanto tentava se recuperar. Uma língua quente tocou o topo do seu pênis supersensível e um grunhido saiu de seus lábios. Seus olhos se abriram e olhou fixamente em choque para Alli ainda de joelhos.
Seu cabelo loiro caia por seus quadris e escondia seu rosto enquanto colocava sua língua nele novamente. Podia sentir a umidade de seu sêmen em sua barriga, mas viu mais espirros em seus seios quando seu queixo se ergueu até que pode olhar para ele.
— Você tem um gosto muito doce. — Riu antes de se endireitar até se sentar na cama e olhou para baixo em seu peito. Sua risada era musica para ele. — Acho que eu devia tomar banho novamente. — O olhar dela segurou o dele. — Estarei de volta logo.
Queria pará-la, mas seu corpo se recusava a responder, ainda se recuperando da devastação que sua boca fez com ele. Teve um momento difícil recuperando o fôlego ou encontrando energia para se mover. Olhou para cima e riu novamente antes de olhar para ele.
— Da próxima vez teremos que usar uma cama mais resistente ou talvez você possa se pendurar na beirada do colchão. — Outra risada. — Nós definitivamente vamos fazer isso novamente.
Ele não estava certo sobre o que ela quis dizer da cama e pode apenas olha-la sair da cama e caminhar para o banheiro. A porta foi deixada aberta. A água se ouviu, o assegurando que ela realmente queria tomar banho e não fugir. Olhou para cima.
O metal curvado da barra superior da cabeceira pendurado precariamente acima dele. Quebrou-o em sua pressa para agarrar algo e evitar machucá-la com suas mãos.
— Alli será minha para sempre. — Jurou.
Alli estava ainda sorridente quando desligou a água e agarrou uma toalha limpa para se secar. Não a surpreendeu que ele gostasse de sexo oral, mas gostou da sensação de poder que experimentou. Obsidian era sempre muito dominador, mas isso mudou drasticamente quando mostrou como era receber sexo oral. Ele ficou em suas mãos. Boca, silenciosamente corrigiu, rindo.
Continuava deitado onde o deixou quando saiu do banheiro. Seu corpo longo mal cabia em sua cama, seus pés bem no fim. Seu pênis ainda estava semiduro enquanto olhava cada centímetro dele até que olhou fixamente em seu rosto novamente. Era uma visão sexy e assim estava o olhar atordoado e saciado em suas feições masculinas. Ele a deixava sem fôlego quando seu olhar escuro fixou nela.
— Venha aqui. — Exigiu em um tom rouco.
As coisas voltaram ao normal, decidiu ainda sorridente enquanto lentamente se aproximou da cama. Soltou a toalha onde a segurou na frente dela e colocou um joelho na cama. Seu olhar deixou o dele para cair em seu abdômen. Todos os músculos eram definidos, prova de como em foram ele permaneceu apesar do tempo que esteve em coma. Soltou o material úmido em cima de sua barriga.
Ficou um pouco tenso até perceber que ela estava o limpando com a toalha. Seu corpo relaxou.
— Você está cuidando de mim.
— Sim. — Podia olhar fixamente em seus olhos eternamente. — Você parece bem confortável onde está. — Jogou a toalha em direção ao banheiro quando terminou feliz quando bateu no chão do azulejo com sua pontaria. — Já deve ter passado da hora que você normalmente vai para a cama. Cansado? — Esticou-se nua ao lado dele.
Ele rolou de lado para olhá-la.
— Eu gostei disto.
— Eu sei. Eu também.
Ele olhou para seu corpo.
— Você estava excitada. — Suas narinas se alargaram enquanto ele cheirou. — Eu quero cuidar de você.
— Por que nós não dormimos um pouco primeiro? — Estava cansada. Foi um longo, emotivo dia entre lidar com a tensão do seu possível futuro e a discussão que teve com ele mais cedo. — Eu poderia ter algumas horas de sono.
Usou seu braço para apoiar a cabeça para olhá-la.
— Você não quer que eu monte você?
— Eu quero. Só me dê algumas horas de descanso.
— Você é humana.
Queria recuar. Ele disse isso como se fosse uma coisa ruim, soou rude. Perguntou-se se ele se arrependeu de vir para sua casa.
— Eu sou.
Um sorriso de repente mudou seu rosto completamente.
— Gosto das nossas diferenças. — Deitou-se de costas e olhou para ela. — Encoste-se em mim apertado.
Chegou mais perto e enganchou sua perna em cima da dele, uma mão em seu peito, e ergueu a cabeça quando ajustou seu braço para servir de travesseiro para ela. Seu calor era bem-vindo e lembrou que a luz ainda estava acessa.
— Um de nós deveria desligá-la.
Sua mão descansou no topo da dela, prendendo-a em cima de seu coração. — Mais tarde. Eu só quero abraçar você.
Seus olhos se fecharam enquanto bocejava.
— Isto é uma boa coisa ser médica. Eu consigo dormir em qualquer lugar, em qualquer hora, em qualquer circunstância. Só achei que aborreceria você.
— Tenho tudo o que eu preciso.
Sorriu contra sua pele.
— Eu também. — Se preocuparia sobre amanhã quando chegasse. Naquele momento eles estavam juntos e era tudo o que importava.
Alli assistia Obsidian tomar o café da manhã, divertido. Cheirou a salsicha e colocou sua língua para fora para lambê-la antes de cautelosamente dar uma mordidinha. Seu olhar escuro se fixou nela enquanto mastigava depois de finalmente dar uma mordida.
— Eu disse que era seguro comer.
— Eles não trouxeram isto em uma bandeja.
— Eu cozinhei.
Sobrancelhas se curvaram enquanto a estudava. — Como?
Seu polegar apontou na direção do fogão.
— No fogão. Aquece e cozinha a comida.
Levantou-se lentamente.
— Ensine-me agora.
Alli bebeu seu café, mas não se moveu.
— Não é tão simples.
Sentou-se de volta na cadeira, olhando-a como se ela pudesse puxar coelhos de um chapéu ou algo do tipo. Sorriu enquanto segurava seu olhar fixo.
— Não é magia ou qualquer coisa. São habilidades básicas do dia a dia. Deixarei você me ver fazer o almoço em algumas horas. Foi assim que eu aprendi. Minha mãe me ensinou.
Estudou suas feições bonitas. Ele parecia bem descansado. Seu cabelo ainda estava molhado. Sua mão se estendeu até empurrar seus próprios fios molhados para trás. Eles acordaram, fizeram amor e ela saiu do chuveiro primeiro para fazer ovos mexidos, salsicha e torrada para eles comerem.
— Como era?
— Saber como cozinhar? Um tanto quanto chato, na verdade. Eu realmente não queria, mas ela insistiu que eu deveria ter essas habilidades. Estou contente por ter aprendido.
— Como era ter uma mãe?
Seu humor acabou depressa. Lembrou-se de sua educação em um ambiente frio pelas Indústrias Mercile.
— Meus pais eram terríveis. Eles permaneceram juntos até chegar a adolescência antes deles se divorciarem.
— O que é isto?
— Eles foram se separando ao longo dos anos e pararam de viver juntos. Os dois encontraram pessoas ótimas e se casaram novamente. Dou-me muito bem com meus padrastos.
Um olhar de horror enrugou seu rosto.
— Eles pararam de viver juntos e estão com outros companheiros?
— Sim.
Um grunhido baixo saiu dele. — Isto está errado. Companheiros são para sempre.
Respirou fundo.
— Os humanos tendem a se divorciar frequentemente. Cinquenta anos atrás nem tanto, mas estes são tempos modernos. As pessoas se separaram e vão embora se estiverem infelizes para ficar com outra pessoa que faz suas vidas melhores.
— Você não vai me deixar. Você é feliz.
Ficou surpresa.
— Eu matarei qualquer macho que tentar atrair você.
Ela decidiu ser contra a ficar perturbada pela ameaça, sabendo que ele não era exatamente como os outros homens. Os sinos do alarme normalmente estariam tocando dentro de sua cabeça se alguém dissesse isso para ela.
— Eu não sou sua companheira. — Suavemente lembrou a ele.
Olhos escuros se estreitaram e outro grunhido rouco saiu de seus lábios separados levemente.
— Você é minha.
Estava na hora de mudar de assunto.
— O que você quer fazer hoje? — Olhou ao redor. — Há tanto para você aprender. Eu sei que tem o controle remoto de televisão, mas eu podia ensiná-lo a usar os outros materiais em minha casa.
— Por quê?
— Você será atribuído ao dormitório dos homens em algum momento. Eles terão alguém para ensinar a você o básico, mas podíamos começar. Deveria aprender como usar um aspirador de pó, um esfregão, e como lavar roupa. Caso contrário você vai ter uma casa suja sem roupas limpas para vestir.
— É importante para você?
— Que você não viva em um chiqueiro? Claro. — Pousou o café. — Você quer ser autossuficiente assim não dependente dos outros.
— Eu conheço o termo. Eu tenho você.
— Eu não vou ser sua empregada. — Riu enquanto deixava a cadeira e andava para a sala de estar. O humor morreu depressa quando se lembrou de que não estaria por perto para fazer essas coisas para ele ainda que quisesse. — Você precisa aprender a cuidar de si mesmo.
— O que é uma empregada? — Ele a seguiu com uma graça que lembrou a ela de um gato. Seu peito nu era impressionante e ele vestia a única roupa que tinha, a calça de moletom do dia anterior.
— É alguém que você paga para fazer seu serviço doméstico. Elas limpam, às vezes cozinham e lavam suas roupas se esse for um serviço que elas fornecem. Eu tive uma antes de me mudar para cá. Eu trabalhava tantas horas que era a única maneira que tudo estivesse feito. Ela até fazia pequenas coisas para mim.
— O que é isso? — A perseguiu até que ela se encontrou recuada em um canto.
—Hum, comprar comida e levar alguns dos meus materiais para onde eu precisasse que eles fossem. Embora acho que não terá que se preocupar com lavagem a seco aqui em Homeland. Eu sei que quase esqueci como é ter roupas nitidamente apertadas.
Seu olhar a percorreu e cheirou.
— O que você está fazendo?
— Você cheira a comida novamente.
— Você também. Você usou meu xampu e condicionador. É cheiro de baunilha e coco.
— Estou com fome.
— Você acabou de comer todos meus ovos, salsichas, e comeu seis pedaços de torrada. Tenho que pedir mais mantimentos. Eu poderia fazer um sanduíche ou cinco. Você certamente tem um grande apetite.
Ele a surpreendeu quando caiu de joelhos e agarrou a cintura da camisola.
— Fome de você.
A frequência cardíaca de Alli acelerou enquanto esfregava sua barriga. As mãos firmes deslizaram até agarrar a bainha de sua camisa e empurrá-la. Fez um som de desgosto quando descobriu sua calcinha rosa.
— Eu não gosto disso. Ela está no meu caminho. — Olhou para cima. — Pare de colocar roupa desnecessária.
— Pessoas as vestem.
— Você não. — Uma mão subiu para segurar sua camisa enquanto enfiava os dedos da outra mão na cintura de sua calcinha, apenas dando um puxão forte. O material rasgou.
— Essa foi cara.
Não pareceu impressionado enquanto a jogava atrás dele. Ela olhou enquanto caiam sobre a mesa de centro.
— Ela não foi bem feita.
— Seda não é muito compatível com alguém tão forte quanto você.
Ele agarrou sua coxa, ergueu-a e quase a desequilibrou. Suas mãos se abriram nas paredes no canto para ficar em pé. Ele enganchou a curva de seu joelho em cima de um ombro e subiu sua cabeça para esfregar sua boca no umbigo enquanto beijava mais para baixo.
Sua língua era quente e um pouco áspera enquanto saiu para lamber sua pele. A respiração dele aumentou enquanto fechava os olhos. Obsidian a girou. Seus mamilos ficaram tensos e sua respiração aumentou, sabendo aonde ele dirigia enquanto seu queixo se esfregava contra seu monte.
— Nós devíamos ir para o quarto.
Ele parou.
— Aqui. Agora.
Olhou para baixo para vê-lo descer por seu corpo para se sentar em suas pernas. Empurrou sua coxa até que descansou o pé em seu ombro, sua perna curvou-se até dar-lhe acesso a sua vagina exposta. Nada poderia conter o gemido quando ele firmou sua boca em seu clitóris.
Estava agradecida por suas costas descansarem contra o canto da parede já que a perna que sustentava seu peso quase desmoronou quando Obsidian rosnou, as vibrações e sua língua fizeram-na derreter. O modo agressivo como manipulava o feixe de nervos indicava que não estava brincado sobre estar com fome. Suas mãos saíram da parede assim poderia deslizar seus dedos em seu cabelo sedoso por trás de sua cabeça, o segurando no lugar.
Um de seus dedos entrou nela, aumentando o prazer. Ele não entrou devagar ao invés disso impulsionou rápido e profundo, ativando uma sensação nova, maravilhosa. Sua respiração aumentou quando retirou e inseriu dois dedos. A sensação de ser esticada e tomada quase que grosseiramente a fez gritar seu nome. Isso pareceu persuadi-lo a fodê-la mais rápido com ambos os dedos, sua boca e língua freneticamente sugando seu clitóris.
Alli não conseguia pensar além de tentar permanecer na vertical quando tudo o que queria fazer era se afundar no chão. Os gemidos encheram a sala, aumentando em volume enquanto ele encontrava o lugar dentro de sua vagina que a enlouquecia. Iria gozar com força à medida que o clímax aumentava.
— Vá mais devagar. — Implorou.
Ele ignorou seu apelo. Suas mãos soltaram seu cabelo enquanto as estendiam para cima, agarrando seus próprios seios, apenas para acalmar a sensação de dor deles. Seus dedos agarraram os montes pela camisa, beliscando as pontas tensas entre seus dedos. A sensação foi o bastante para mandá-la para além do limite.
— Maldição. — Ofegou, seu corpo aproveitando enquanto os espasmos percorriam seu ventre e mais embaixo, o prazer intenso correndo direto para seu cérebro. Sua cabeça bateu na parede com força quando a lançou para trás, mas não machucou. Estava muito focada no clímax.
Ele se levantou, tirando seu pé do ombro. Teria desmoronado, mas um braço segurou ao redor da sua cintura e foi erguida. Era difícil manter os olhos abertos quando tudo o que queria era fechá-los, mas Obsidian estava bem em seu rosto, seu olhar fixou-se no dela por mais um segundo.
— Agarre-se a mim. — Severamente exigiu.
Seu corpo estava lento para responder. Suas mãos estavam presas entre seu peito onde a ergueu, ainda segurando os seios, embora levemente agora. Um momento de surpresa a atingiu quando de repente a girou e a levou com ele. Depressa andou a passos largos pelo corredor e para seu quarto. Ela bateu na cama quando a soltou para se deitar de costas.
Obsidian caiu de joelhos, agarrou suas panturrilhas sob os joelhos e a puxou para a beirada da cama. Suas mãos deslizaram até seus tornozelos, ergueu ambas as pernas para descansar contra seu peito e largou uma delas. Olhou para baixo entre o pequeno espaço entre suas coxas internas para vê-lo agarrar a cintura de sua calça de moletom e descê-la. Seu pênis estava duro e espesso à medida que o livrou e dedos longos enrolaram em volta do eixo para guiá-lo para sua vagina.
A ponta do seu pênis deslizou na sua umidade enquanto se posicionava. Lentamente entrou, uma surpresa depois do modo agressivo como a levou para o quarto. Ela gemeu, agarrou o colchão para ter algo para segurar enquanto parecia lutar para se acomodar completamente em seu corpo. Seus músculos vaginais ainda tremulavam do forte clímax.
Ele soltou seu eixo e enganchou um braço no seu peito para prender as pernas no lugar entre ele. Um grunhido animalesco saiu dele e chamou sua atenção para o rosto. Seu olhar escuro estava estreitado enquanto a olhava, uma expressão de dor dando a ele uma aparência cruel.
Obsidian lutava uma batalha que ia entre o bom senso e o instinto. As diferenças físicas entre ele e Alli nunca foram mais aparente para ele. Queria martelá-la até que suas bolas explodissem e a enchesse com sua semente. Ela era menor que ele, estava a mercê dele, mas não mostrava medo.
Deu algumas respirações profundas para tranquilizar sua luxúria furiosa. Ela confiava nele para não machucá-la e ele faria qualquer coisa para manter sua fé. A batida do coração diminuiu enquanto os segundos se passavam enquanto recuperava o controle. A sensação de sua vagina presa firmemente ao redor de seu pênis era a melhor coisa que ele já experimentou. Seus músculos se apertaram com força, o suficiente para fazer a movimentação ficar difícil.
Os impulsos lentos, fixos de seus quadris enviaram pura felicidade através do seu corpo. Todo movimento o deixava mais perto de gozar, mas resistiu, queria que ele durasse o quanto pudesse. Deu-lhe boas vindas escorregadias e quentes em sua profundidade suave. Estava certo de que Alli foi feita para ele.
Seu rosto corou enquanto gemidos suaves o incentivavam a continuar. Nunca queria parar. Minha. Aquela reivindicação se repetiu várias vezes enquanto cerrava os dentes, lutando para tardar sua liberação. Seus quadris mudaram o ângulo de seu pênis e seus gritos ficaram mais altos. Os músculos se apertaram ao redor dele até que a umidade quente os inundou.
Obsidian jogou sua cabeça para trás e parou de lutar contra o inevitável enquanto começou a gozar. Seu corpo se agitou com a força e aliviou seu aperto sobre suas coxas, as separando, e desmoronou a prendendo debaixo dele. O inchaço começou na base de seu pênis, cada jato de sêmen parecendo como se existisse tanto dele que não podia deixar suas bolas rápido o suficiente, ao invés disso fazendo seu eixo ficar mais espesso. Diminuiu a velocidade de seus quadris até que ficaram presos juntos.
Alli ofegava contra seu pescoço enquanto apoiava seus braços para evitar esmagar o peito dela com o dele. A sensação de suas pernas envolvendo livremente seus quadris dava-lhe uma sensação de orgulho. Ela o agarrou em vez de tentar manter tanta distância quanto possível entre eles. Seus dedos envolveram seus bíceps para segurá-lo lá também. Nada poderia evitar o sorriso de satisfação que veio á tona. Sabia que pertencia a ele.
Levaria Alli para o dormitório dos homens quando o tirassem do Centro Médico. Ela iria para onde quer que ele fosse. Estudou seu quarto enquanto recuperava sua respiração, esperando o inchaço diminuir. Ela disse que perdeu sua casa quando os Novas Espécies decidiram substituí-la como médica, mas isso não era verdade. Ela sempre teria um lugar para dormir com ele.
A preocupação apareceu enquanto contemplava seu futuro desconhecido. Moon disse que ele seria treinado para o trabalho para ser uma parte da comunidade. Não tinha nenhuma habilidade real além de sobreviver e lutar com os humanos. Aqueles em Homeland eram supostamente amigáveis e não inimigos. Mudou sua atenção para Alli, olhando-a recuperar sua respiração com seus olhos ainda fechados. Ela não era alguém que ele prejudicaria, então estava disposto a não acreditar que todos eram ruins ou cruéis. Ela arriscou sua vida e trabalho para salvá-lo. Ninguém que já conheceu em Mercile fez qualquer coisa para ajudá-lo.
Seus olhos se abriram.
— Oi.
Ela o fazia feliz.
— Eu não vou me mover. Eu gosto de ter você embaixo de mim.
Seus dedos acariciaram atrás dos seus braços.
— Eu não estou reclamando. — Riu. — Eu gosto de você em cima de mim. Você não me montou por trás.
Ele parecia orgulhoso.
— Eu gosto de ver seus olhos enquanto estou dentro de você e pensei em maneiras de fazer isso. Você não precisa fazer força para sustentar seu peso nesta posição.
Um pouco de sua alegria enfraqueceu enquanto lembranças o arrastaram para o passado. 46 nunca olhou para ele do jeito como Alli olhava ou permitiu que chegasse perto dela. Teria lutado com ele a essa hora para pôr espaço entre eles apesar da dificuldade desconfortável de separar seus corpos. Nunca entendeu por que ela foi tão resistente em ser sua companheira até que encontrou a fêmea humana.
Esse é o laço forte que 46 tinha com o macho antes de mim? É por isso que ela odiou nosso tempo juntos? Resistiria se preocupar com outra fêmea se ela não fosse Alli. Ele se ressentiria e ficaria bravo se fossem trancados dentro de uma sala juntos, forçados a se acasalar. 46 sentia raiva. De repente entendeu a fonte. Não era antipatia pessoal por ele, mas era porque não teve permissão para ficar com o macho que ela escolheu.
— Ei? Você está bem? — Mãos macias deixaram seus braços para segurar seu rosto, chamando sua atenção de volta para o presente enquanto olhava fixamente em seus olhos expressivos. Ela gostava de tocar seu rosto.
— Você parece estar em um milhão de quilômetros de distância.
— Estou bem aqui.
— Sobre o que você estava pensando? — As pequenas linhas apareceram em sua testa que as identificou como ansiedade. — Tem certeza que você está bem? Seus joelhos ainda estão te aborrecendo de quando você saltou do telhado? Eu quero olhá-los.
— Estou bem. — Parou. — Entendi algo que eu não entendia antes.
— O que? — As pontas dos dedos rapidamente localizaram seus ossos faciais.
Alli achava que ele tinha sentimentos profundos por 46. Não havia nada de errado com sua inteligência. Ficaria bravo se ela falasse de outro macho enquanto eles estivessem fisicamente unidos, então depressa buscou uma razão para estar estressado.
— Perguntei-me que tipo de tarefa eles me colorarão para fazer em Homeland. Eu não tenho nenhuma habilidade que seria útil. Sou um deles, mas não sei como me encaixar.
Sua expressão relaxou.
— Eles acharão algum tipo de trabalho que você goste. Alguns deles são guardas que patrulham Homeland ou a Reserva enquanto outros aprendem novas habilidades. Destiny, por exemplo, está aprendendo a ser um enfermeiro.
Um grunhido saiu de sua garganta, insultado e com ciúme no instante que ela ousou mencionar aquele macho.
— Ele quer você.
— Acalme-se. — Sussurrou, o acariciando enquanto suas pernas se apertavam ao redor de sua cintura. — Não estou interessada em ninguém além de você. Eu não sei por que o odeia tanto. Eu trabalho… trabalhei com ele. Isto é tudo.
— Ele quer você. — Firmemente repetiu. — Ele não pode ter você. Você é minha.
Suas mãos deslizaram até sua garganta, depois mais para baixo em seus ombros. Ela o agarrou firmemente e ficou tenso, acreditando que começaria a lutar. Ao invés disso, seus dedos apertaram e esfregaram sua pele. A sensação era boa e um pouco da rigidez se aliviou.
— Isso é bom.
— É para ser. Massagens de ombro sempre me relaxam. Apenas o citei como um exemplo. Existem muitas coisas que você pode fazer ou aprender a fim de ser uma parte da sociedade dos Novas Espécies. Essa é a última coisa em que deveria estar pensando agora. — Olhou para baixou em seu peito. — Você está recuperando sua massa corporal e força. Ficou inconsciente por muito tempo e perdeu um pouco de peso.
— Eu sou grande.
— Aposto que você era maior antes de se machucar.
Não podia negar isso. Seu corpo estava voltando ao que era. As mudanças o lembraram de quando enfurecia os técnicos em Mercile e recusavam-se a alimentá-lo antes de 46 ser levada para seu quarto para ser sua companheira.
— Eles não esperam que você arranje um emprego imediatamente. Você será levado para o dormitório dos homens e se ajustará a vida do lado de fora primeiro. Aprenderá como viver independentemente e te levarão com machos diferentes para mostrar-lhe o que fazem. Você também será perguntado se quer ver um terapeuta. — Parou. — Um doutor que ajudará você a trabalhar a raiva e a dor que você sofreu enquanto estava em cativeiro. Eu fortemente sugiro isso. Kregkor é um bom sujeito. Ele é um pouco nerd, mas é excelente no que faz.
Desconfiança e ciúme surgiram.
— O doutor que Moon falou? Você o conhece bem? Ele quer você também?
Sua sobrancelha se ergueu.
— Kregkor? Não. Ele é casado. Acasalado. Você sabe o que eu quero dizer. Ele tem filhos. Você verá retratos deles e de sua esposa se visitar o escritório dele no Centro Médico. Ele trabalha meio período para o ONE. Mal o vejo já que ele só vem quando o chamam.
— Há alguns outros machos quem mostraram interesse em você?
— Não.
Sutilmente a estudou para julgar se estava sendo honesta, mas não viu nenhum sinal de mentira.
— Bom. Eu lutaria com eles.
— Você realmente precisa parar de atacar os machos. Eles são seu povo.
— Você é minha.
A campainha tocou. Obsidian rosnou.
— Eles irão embora.
— Você precisa me deixar levantar. Temos de ver quem está lá. Eles entrarão se não respondermos a porta já que sabem que estejamos em casa.
— Eu tenho a chave da sua casa.
— Estou certa que eles têm copias.
— O que é isso?
— Outras chaves.
— Eu os farei darem todas elas a mim. — Não queria que ninguém tivesse acesso a Alli a não ser ele.
O inchaço em seu pênis diminuiu. Suavemente saiu dela, olhando seu rosto para ter certeza que não havia nenhum desconforto para ela. Ela o soltou e se ergueu para ficar de pé.
— Fique! — Lidaria com quem quisesse acesso a casa de Alli.
Puxou a calça de moletom o suficiente para cobrir seu pênis e fechou a porta do quarto quando saiu. A campainha o irritou quando tocou novamente. Quem estava do lado de fora era persistente. Lembrou-se de destrancar antes de abrir. Dois machos esperavam do outro lado. Olharam para ele severamente. Reconheceu um deles antes, mas o segundo era desconhecido.
Justice falou primeiro.
— Oi, Obsidian. É bom ver você tão bem.
O cheiro de uma fêmea se misturava com o cheiro do macho. Sua sensação de cheiro estava debilitada depois de ter acordado pela primeira vez em Homeland e deixou isso passar. Investigou o outro macho girando sua cabeça para examiná-lo da cabeça aos pés, captando outro cheiro que vinha dele. Eles estavam acasalados, julgando pela combinação forte de cheiros. Decidiu que não estavam na porta para tentar atrair Alli em compartilhar sexo com eles.
— Eu quero as outras chaves da casa de Alli.
Sobrancelhas escuras se curvaram enquanto Justice franzia a testa.
— Eu não entendo.
— Eu entendo. — O outro macho com o cabelo marrom longo anunciou. — Eu li o relatório que Kit arquivou esta manhã no fim de seu turno. Ela reclamou que aquele Moon roubou uma chave dela porque Obsidian acreditou que estávamos trancando a Dra. Allison dentro de sua casa. — Seu olhar foi para Obsidian. — Eu sou Fury. Não temos quaisquer outras chaves. Essa era a única.
— Alli disse que existiam mais.
— Ela provavelmente presumiu isso, mas essa era a única Chave de Segurança que tinha. — O macho sorriu. — Eu dou minha palavra.
— Eu não conheço ou confio em você.
Justice chegou mais perto.
— Nós entendemos. Você precisa de tempo para aprender que não dizemos mentiras. Como está se ajustando a liberdade? Desculpe-me por não ter falado com você recentemente é que tenho estado muito ocupado.
— Justice lida com os humanos fora das paredes da nossa casa. — Fury o informou. — É um trabalho difícil de longas horas.
Obsidian não se importava com isto.
— Por que vocês estão aqui? — Olhou para eles com suspeita.
— Queria dar uma olhada em você e gostaríamos de conversar com Allison. — Justice sorriu. — Percebo agora que viemos em uma hora ruim.
Fury limpou a garganta.
— Muito ruim, julgando pelos nossos narizes. Sentimos muito se interrompemos vocês dois. Falei com Moon mais cedo. Ele disse que você e a doutora estavam juntos e que você se sentia seguro com ela. Só se esqueceu de mencionar o quão próximo.
Fury chegou mais perto e um cheiro fraco provocou o nariz de Obsidian.
— O que é isso? — Cheirou mais, saindo da varanda. — É doce e estranho.
O macho não recuou.
— Você está provavelmente captando talco de bebê misturado com meu filho. — Orgulho soou na voz do macho. — Minha companheira e eu tivemos uma criança. Seu nome é Salvador.
Choque percorreu o corpo de Obsidian. — Você teve uma criança? Como? — Cheirou novamente, fascinado pelo cheiro desconhecido. Era agradável e bom.
— Podemos procriar com humanos. — Fury hesitou e chegou muito mais perto, levantando suas mãos para deixar mais fácil para ele captar os cheiros. — Estava segurando meu filho antes de sair para meu turno esta manhã para permitir que a minha companheira dormisse mais. Seu nome é Ellie e ela é humana.
Obsidian recuou confuso. Olhou com força para o macho, procurando pistas mentirosas, mas sabia que falava a verdade. O cheiro que captou era fresco e bom, de vida. Sua mente ficou tonta com o conhecimento de que um deles engravidou uma fêmea. Emoção veio em seguida, quase o superando com pesar.
— Eu falhei até nisso com ela.
Justice pareceu alarmado.
— O que você quer dizer? Com Dra. Allison?
— 46. — Falou, vergonha o agarrando. — Os técnicos queriam que eu a engravidasse, mas não conseguia.
— Sua companheira. — Fury sussurrou. — Ela...
— Eu sei. — Justice o cortou. — Nossas fêmeas não podem ficar grávidas ainda. Os médicos que trabalham para nós estão fazendo testes para descobrir o porquê e espero que consertem o problema. Acreditam que poderia ser um problema genético entre nossos machos e fêmeas. Nós temos genes dominantes. Todas as nossas crianças nasceram de machos Espécies e fêmeas humanas. Mercile nos criou muito bem e nossas crianças compartilham nosso DNA exato.
— Eu não entendo.
Fury foi quem explicou.
— Nossas crianças são Espécies. Meu filho se parecerá exatamente comigo quando crescer. Nossos machos foram projetados para procriarem apenas crianças que levam todas as nossas características, mas nenhuma da mãe. — Ele parou. — Nossas fêmeas foram projetadas do mesmo jeito que nós fomos.
— Temos alguns peritos genéticos que acreditam que é por isso que sempre falhamos em fazer crianças com nossas fêmeas. Nossos genes são muito fortes para combinar para criar uma vida.
Fury assentiu.
— O que Justice quer dizer é que podemos apenas produzir machos e nossas fêmeas provavelmente só poderão produzir fêmeas. Acham que é por isso que nenhum casal Espécie teve crianças.
Obsidian se permitiu absorver as novas informações. Um pouco de sua vergonha passou. Não era um defeito apenas com seu corpo. Os técnicos sempre foram mais cruéis quando suas tentativas de procriação não conseguiam os resultados que eles esperavam. Não era seu fardo a carregar pela infelicidade que ela sofreu.
— Você entende? — Fury lançou-lhe um olhar simpatizante. — Você não falhou com 46.
— Sim. — Falou. — Nossas fêmeas podem procriar com sucesso com machos humanos? Eles são mais fracos.
— Não até agora. — Justice mudou de posição. — Só temos uma fêmea que mostrou interesse em se acasalar com um humano. Ele é um dos nossos médicos, mas estão recentemente juntos. Ela se recusou a ser testada e quer tempo para ver se acontece naturalmente antes de permitir isto. É compreensível depois de tudo o que sofreu em Mercile. Todos nós sabemos os quão dolorosos os testes podiam ser para nossas fêmeas.
Raiva tingiu a voz de Fury quando ele falou.
— Não achamos que vai ser tão simples. Algumas de nossas fêmeas foram estupradas por humanos durante o cativeiro, mas agradecidamente não resultou em nenhuma gravidez. Teria só encorajado os imbecis a machuca-las mais.
— Embora não perdemos a esperança.
A voz de Alli assustou Obsidian. Ele se virou, olhando para ela. Estava muito concentrado nos machos para ouvi-la se aproximar, distraído pelas informações que compartilhavam.
— Eu disse para você ficar. — Raiva explodiu dentro dele por seu desafio.
Ela vestia uma calça jeans com uma camiseta branca, seu cabelo molhado puxado para trás pendurado em suas costas. Rolou seus olhos depois olhou calmamente para ele.
— Realmente precisamos trabalhar seus problemas de intimidação. — Olhou para trás dele e seu sorriso pareceu forçado. — Oi. Vocês não querem entrar? — Sua mão disparou e agarrou seu antebraço antes dela olhar para ele enquanto o arrastava para mais perto. — Saia do caminho. Eles obviamente vieram aqui por uma razão. É educado convidá-los para entrar. Nós nos sentamos e conversamos.
— Eu não quero você próxima de outros machos.
O topo das suas bochechas ficou ligeiramente rosa.
— Chega. — Sussurrou. — Não seja rude. Justice North controla o ONE e Fury é o seu segundo no comando.
— Eu não me importo. Não quero quaisquer machos próximos de você.
— Oh meu Deus. — Silvou. — Pare! Eles têm companheiras. — Olhou fixamente para Justice. — Eu realmente sinto muito. — Suas bochechas estavam um vermelho mais brilhante. — Ele ainda está trabalhando em suas habilidades sociais. — Lançou um olhar bravo para ele. — E está fazendo um trabalho ruim até agora. Você, por favor, os deixará entrar? Pare de bloquear a porta.
Ele é meu chefe, Obsidian. Eu trabalho para ele. Ou trabalhava. Por favor, Apenas se comporte? Por mim?
O apelo em sua voz suavizou sua intenção em manter os machos do lado de fora. Ele assentiu severamente e permitiu que o arrastasse na casa. — Ainda assim estou de olho neles. Atacarei se um deles tocar em você.
Justice limpou sua garganta.
— Nós não tocaremos.
— Não. — Fury concordou. — Isto está interessante.
— Tenho um pressentimento de que as coisas acabaram de ficar mais complicadas. — Justice suspirou. — Merda.
Alli praticamente teve de lutar com os Espécies por uma posição cômoda no sofá e se sentou ao lado de Obsidian para o caso dele tentar atacar Justice ou Fury. Não deixaria isso acontecer se Obsidian começasse uma briga com qualquer um deles. Firmemente o segurou pronta para agarrá-lo se tentasse se levantar. Ele não tinha nenhuma ideia do quão importante os dois seriam para sua vida futura no ONE.
— Por favor. — Sussurrou, inclinou. — Deixe-me lidar com isto e apenas fique quieto.
Ira relampejou em seu olhar.
— Você confia em mim?
Doía, ver a expressão indecisa flutuando em seu rosto enquanto debatia a resposta.
— Sim.
Alívio a percorreu.
— Obrigada.
Relaxou ligeiramente, mas continuou o segurando. Deu sua atenção aos dois homens que estavam sentados no sofá do outro lado da mesa de centro. Justice parecia um pouco surpreso e Fury olhava fixamente, sua expressão sombria em suas mãos segurando o braço de Obsidian. Poderiam estar checando o mais novo membro do ONE, mas suspeitava que fosse sobre seu destino. Justice confirmou quando falou.
— Nós tivemos uma reunião esta manhã sobre o que você fez, Allison. — Parou, segurando o olhar dela. — Seu plano funcionou. Não pense que não estamos agradecidos por isso.
Seu estômago parecia como se tivesse preso em sua garganta. Uh-oh. Isso não soa bem. Mas? Existe sempre um quando alguém conversava daquele jeito. Ignorou seu coração acelerado enquanto exteriormente tentava parecer calma já que certamente não estava por dentro.
— Estamos. — Fury concordou. — Você foi muito valente em colocar sua vida em risco. Ele podia ter despertado selvagem e matado você.
— Você deveria ter contatado Trisha para detalhar suas ideias em como despertar o macho. Sei que ela estava na Reserva, mas temos procedimentos que você concordou em seguir. Regras. — Justice parou. — Você traiu a confiança de todos usando as amizades que você fez para tirar Obsidian de Homeland. A equipe médica sabia que você tinha acesso a ele e ninguém percebeu que era uma ameaça a sua segurança. Os oficiais no portão permitiram que você passasse sem vasculhar o caminhão porque você sempre mostrou a eles generosidade quando ficavam doentes.
Culpa pesada apareceu.
— Eu sei.
— Parte de mim quer ignorar as coisas que você fez porque acredito que as razões foram puras. Você não teve nenhuma malícia em seu coração. — Olhou para Obsidian antes de olhar fixamente para ela. — Você é uma médica excelente.
— Obrigada. — Não sabia mais o que dizer. Uma faísca de esperança que poderia manter seu emprego acendeu-se com o elogio. Morreu depressa quando Justice continuou falando.
— Infelizmente, a confiança foi quebrada. Não podemos ter alguém que faz coisas irracionais quando ela ou ele é informado que não pode fazê-las. Foi isso o que você fez. Entende o quão afortunado foi o fato dos membros da força tarefa acharam você, em vez dos nossos inimigos?
— Eu sei. — Lágrimas queimaram atrás de seus olhos, mas as piscou de volta, pouco disposta a desabar. — Em minha defesa, posso assinalar que ninguém além do ONE sabia que nós estávamos desaparecidos? Vocês eram os únicos nos procurando.
— Tivemos brechas de informações vazadas para nossos inimigos no passado. — Fury limpou sua garganta. — Pelos empregados humanos confiados. Pode haver mais deles que não descobrimos ainda. E se dissessem a alguém que você e Obsidian estavam lá fora ao alcance deles? Você arriscou a vida dele e a sua.
Não podia discutir com isto, embora quisesse.
— Eu realmente sinto muito. Era uma situação extrema. Ele estava enfraquecendo e Trisha não estava aqui. Eu realmente acreditei que meu plano funcionaria, mas fui impedida. — Olhou fixamente para Justice. — Você disse não, mas estava errado. — Seu queixo se ergueu, sabendo que não tinha nada a perder. — Você me contratou para salvar as vidas dos Espécies e foi isso o que eu fiz. Esse é o meu trabalho e eu estava fazendo isso, apesar das limitações que você colocou. Podemos pelo menos concordar que enquanto eu estava errada em levá-lo, você estava errado também, negando meus pedidos? Nós dois cometemos enganos. Eu não sou nenhuma ameaça para o ONE. Nunca machucaria ou de boa vontade arriscaria um Espécie se eu acreditasse que existia um perigo real para suas vidas. Estava certa de que estaríamos seguros naquela fazenda. Sei do fato de que me atrapalhei de alguma maneira porque fomos encontrados, mas o importante é que Obsidian está aqui conosco.
Justice não estava bravo, julgando por sua expressão tranquila e seu discurso. — Eu concordo. Nós dois erramos. É por isso que não prenderemos você criminalmente como a responsável por roubá-lo.
Rapidamente piscou para prevenir as lágrimas de escaparem. Não iria para a prisão. Seus ombros caíram.
— Obrigada.
— Embora não confiamos mais em você. Que tipo de mensagem estaria passando se permitíssemos que você continuasse a trabalhar para nós? — Fury inclinou-se para a frente. — Mas não queremos te jogar no mundo, desprotegida. Seria muito perigoso se alguém descobrisse sua associação anterior conosco. Justice fez alguns telefonemas esta manhã em seu nome e descobrimos uma solução. Somos agradecidos por você por tudo o que você fez.
— Falei com Jerry Boris. Ele lidera um departamento especial atribuído para nós pelo governo. — Justice parou. — Ele não é um homem fácil de trabalhar, mas eles podem usar uma médica na instalação que ele comanda. É independente, como o ONE, e você será atribuída ao alojamento. O pagamento e benefícios permanecerão os mesmos. Você estaria tratando humanos.
Fury segurou o olhar dela.
— Isto é informação secreta. Fuller é uma prisão que contém funcionários capturados da Mercile e outros que prejudicaram os Espécies. Eles seriam seus pacientes junto com o pessoal. É uma instalação completamente humana. Você pode aceitar o trabalho ou entrar no mundo lá fora. A decisão é sua.
Sua mente parou por segundos. Estavam oferecendo a ela um trabalho tratando criminosos, mas ela estaria vivendo em um local altamente seguro onde nunca teria que se preocupar com os inimigos do ONE vindo atrás dela por vingança pelo seu tempo em Homeland. Foi advertida daquela possibilidade antes de concordar em trabalhar para eles. Era uma solução boa e justa. Apenas a deixou triste que ela teria que deixar a casa e os amigos que fez.
— Você pode pensar sobre isto. — Justice se levantou. — Contratamos seu substituto e ele chegará amanhã à noite. Precisamos de sua resposta de manhã assim poderemos organizar a sua saída desta casa. — Tristeza encheu seus olhos. — Foi o melhor que pudemos fazer. Espero que você entenda.
— Eu entendo.
Obsidian ficou mudo o tempo inteiro, mas rosnou baixo, alarmando Alli. Girou sua cabeça para olhar fixamente para ele.
— Não faça isso.
Ele era muito forte para segurar quando se levantou quase a jogando pela beirada do sofá quando saiu do seu aperto.
— Eu vou aonde ela for.
Fury se levantou.
— Fuller é fortemente protegido e seguro, mas eles não são equipados para ter um de nós vivendo lá. É uma violação direta do propósito. Enviamos nossos inimigos para serem castigados por nossos companheiros humanos. Nenhum Espécie é permitido. Seria muito tentador matar os prisioneiros.
— Eu vou com Alli. — Rosnou e suas mãos se fecharam de lado, pronto para a batalha.
Allie agarrou sua coxa no caso dele saltar em um dos outros homens.
— Obsidian? Olhe para mim.
Ele olhou para baixo.
— Pare. Você não entende o que está acontecendo, mas eu entendo. Confie em mim. É muita bondade deles me oferecer este trabalho e não me mandar para a prisão… para o lado errado das barras. — Lançou a Justice um olhar agradecido. — Aceitarei o trabalho. Não preciso pensar sobre isto. Eu sei que na minha cláusula de contrato diz que se eu deixar o ONE sou banida daqui, mas posso visitá-lo? — Olhou para Obsidian, depois de volta para o líder do ONE. — Por favor? Fuller é uma subdivisão do ONE, certo? Isso significaria que a cláusula de “sem visitas” não tem nenhum efeito, certo? — Desespero a percorreu, apavorada quando percebeu que poderia escutar que nunca mais veria o homem que amava. — Por favor?
As características de Justice suavizaram.
— Podíamos organizar visitas.
As lágrimas não foram mais contidas e deslizaram por seu rosto.
— Muito obrigada.
Obsidian ruidosamente rosnou. A raiva se recusava a ser contida. Permitiu que ela aumentasse enquanto escutava sua Alli conversar com os dois machos. Pediu a ele para confiar nela, mas estava claro que ela não tinha nenhum controle do resultado do seu destino. Ele tinha.
Os machos recuaram, alarmados. Eles deveriam estar. Queria bater nos dois.
— Ela é minha! — Rosnou. — Eu vou aonde ela for.
— Obsidian? — Alli abraçou sua coxa mais apertado ficando de joelhos em seus pés. — Não faça isso!
— Silêncio. — Mostrou seus dentes e rosnou para os machos. — Tente tirá-la de mim e vocês morrerão.
— Maldição. — Fury sussurrou. — Acho que Moon suavizou o envolvimento deles. — Levantou suas mãos. — Calma. Ninguém vai atacar você.
— Ele não é selvagem. — Alli abraçou sua perna firmemente o suficiente para restringir o fluxo de sangue nela. — Ele é realmente possessivo comigo. Eu o acalmarei e explicarei as coisas depois que vocês partirem. Por favor, vão. Vocês só estão o deixando nervoso. Lidarei com isto. — Suavizou a voz. — Obsidian? Por favor, olhe para mim em vez deles. Por favor?
Ele olhou para baixo.
— Largue a minha perna e vá para seu quarto onde você estará segura. Ninguém tirará você de mim.
Freneticamente balançou a cabeça, recusando.
— Você não pode lutar com Justice North, maldição! Ele é o líder do ONE. Isso te dará uma viagem apenas de ida para a Zona Selvagem e eu não poderei visitar você lá. Nenhum humano tem permissão exceto um que é companheiro. Lá é onde eles mantêm os Espécies mais irracionais que não são sociais.
— Você é minha companheira. — Sua cabeça se ergueu e ele rosnou para os machos novamente, mas focou no de olhos estranhos. — Eu não me importo quem você lidera. Não eu. Ela é minha!
— Obsidian? — Justice permaneceu estranhamente sereno. — Ela é sua companheira?
— Sim. — Ele rosnou, tentou intimidá-los chegando mais perto, mas apenas arrastou Alli ao longo do chão. Parou já que ela não o deixaria ir e não queria machucá-la.
— Não a tiraremos de você.
Estavam tentando confundi-lo ou enganá-lo. Rosnou para o macho no comando dos Espécies.
— Você quer que eu abaixe minha guarda para roubá-la de mim.
— Não. — O macho balançou a cabeça. — Nunca separaríamos um macho de sua companheira. Temos as nossas e sabemos o quanto elas significam para nós. Apenas achamos que vocês dois estavam compartilhando sexo. Ela é considerada uma de nós, como sua companheira. Não permitiremos que ela seja uma médica aqui, mas ninguém a pediria para deixar nossas terras.
— Ele está dizendo a verdade. — Fury checou. — Sua companheira fica em Homeland com você.
— Saiam!
Os machos recuaram lentamente para a porta. Justice sorriu, mas estava tenso. — Pedirei a alguém para trazer a papelada. Preenchemos formulários, Allison pode ajudar você com eles para deixar oficial que ela é sua companheira. É simples assim.
— Moon os trará. — Fury ofereceu. — Você confia nele e ele explicará nossas leis relativas a companheiros. Você ainda não nos conhece bem ou confia em nós, mas você aprenderá.
— Boa ideia. — Justice sussurrou. — Vamos.
— Depois de você. — Fury abriu a porta e os dois saíram, fechando depois.
Era difícil deixar passar a raiva que crescia dentro dele por alguém ter ousado tirar Alli dele. Olhou para nela e notou o quão pálida seu rosto estava. Apenas ficou olhando para ele com a boca aberta, mas seu abraço em sua coxa soltou-se totalmente.
— Eu não posso acreditar que você fez isso. Eles acham que sou sua companheira. — A voz aumentou. — Estão trazendo documentos, Obsidian! Você não sabe o que isso significa, mas é uma ligação. — Ela o largou e caiu sentada no tapete, ainda o olhando como se ele tivesse feito algo tão chocante que ela não podia entender. — Legal. Para sempre.
Alli não mentiria para ele. Os documentos devem ser reais e também as palavras que os machos falaram. Eles não a levariam para longe dele para ser médica da prisão. Ele não teria que se preocupar mais.
— Bom. — Se afastou dela para olhar na direção da cozinha. — Estou com fome de comida. Você disse que me ensinaria a cozinhar. — Olhou para ela e ofereceu uma mão para ajudá-la a se levantar. — Agora é uma boa hora.
Ela não aceitou sua ajuda, sem se mover com exceção de piscar. Seu pequeno nariz se alargou algumas vezes enquanto respirava com força.
— Alli? Estou pronto para aprender.
— Você entende o que você acabou de fazer? Estão trazendo documentos de casamento.
— Significa que eles não podem tirar você de mim.
— O acasalamento aqui é para sempre, Obsidian. — Falou baixo, com palavras lentas. — Do tipo ‘até que a morte nos separe’.
— Bom. Ensine-me a cozinhar. — Olhou para ela e ofereceu sua mão novamente.
Ela o ignorou.
— Você ficará preso a mim. Você não poderá ficar com outras mulheres ou fêmeas do seu tipo.
— Bom. Eu só quero você.
— Agora. E no próximo mês? Próximo ano?
— Eu não irei querer outra. Aceite a minha ajuda para se levantar. — Curvou-se e agarrou sua mão, puxando, mas se recusou a endireitar suas pernas, ao invés disso apenas escorregou um pouco no chão. — Estou com fome.
— Obsidian! — Allie mudou de agitada para irritada em um curto período de tempo. — Você tem que lhes dizer que mudou de ideia ou que apenas disse isso no calor do momento. Não posso ser sua companheira. Você não sabe o que quer. Você não esteve livre por tempo suficiente até sair do Centro Médico exceto para vir à minha casa. Isto é loucura.
— Você é minha. — Ele lutou para acalmar sua irritação. — Eu digo isto frequentemente. Você entende?
Não esperou por uma resposta e se curvou, soltou sua mão, e a prendeu em seus braços. Alli ofegou quando ele a ergueu contra seu peito e caminhou para a cozinha. Ele esperava que o esmurrasse, mas ela apenas o olhava cautelosamente. Parou no longo balcão no centro da cozinha e a colocou lá.
— Qual é a primeira coisa que eu preciso ser ensinado para preparar comida?
— Você realmente quer ignorar esta discussão e não fingir que nada está errado?
Sua paciência acabou enquanto a girou para agarrar seus quadris, puxando-a para a beirada do balcão para ficar nariz com nariz com ela e olhar fixamente em seus olhos enquanto se curvava um pouco para deixá-los na mesma altura.
— Você é minha! Não há nada para brigar. Eu ganharei.
Sua mão se ergueu e ficou tenso esperando um tapa. Não chegou. Ela não era forte o suficiente para machucá-lo, mas temia que pudesse contundir sua pele sensível se jogasse seu braço. Nenhuma dor atingiu sua bochecha. Seus dedos deslizaram em seu cabelo e enrolaram em volta da parte de trás do seu pescoço.
— Escute-me. Você se arrependerá disso e eu não posso aguentar.
— Você não faz nenhum sentido.
Lágrimas nadavam em seus olhos.
— Eu amo você.
Seu coração bateu forte e esqueceu como respirar.
— Eu estou apaixonada por você e é por isso que eu não posso permitir que cometa um erro tão grande. — As lágrimas se derramaram das pálpebras e deslizaram por seu rosto. — Eu faria qualquer coisa por você e queria realmente ser a pessoa com quem você quer passar o resto da sua vida. — Soltou uma respiração trêmula enquanto ele o fazia também. — Isso é muito rápido e você não tem nenhuma ideia do que está lá fora ou de como seu futuro pode ser se não estivesse amarrado a mim.
— Eu quero você. — Todos os seus instintos clamavam para reivindicá-la, beijá-la e montá-la. Não se importava em que ordem. Ela o amava. Sabia o que isso significava. Significava que seu coração pertencia a ele como também seu corpo.
— Uma pessoa egoísta assinaria aqueles documentos e manteria você. Não pense que eu não estou tentada. — Mais lágrimas caíram e limpou sua garganta depois que sua voz se quebrou. — Você não tem nenhuma ideia do quanto eu quero apenas te esperar e nunca te deixar ir.
Tentou beijá-la, mas sua mão puxou dolorosamente o cabelo na base da sua cabeça. Rosnou.
— Eu. Amo. Você. — Parou. — É por isso que eu não posso permitir que prenda-se a mim. Você precisa de tempo e liberdade para ter certeza se eu sou o que você quer. Diga-me em seis meses que quer que eu seja sua companheira e eu mesma digitarei os formulários. Emolduraremos em cima de nossa cama.
— Você é minha.
Alli estava se quebrando por dentro enquanto as emoções surgiam. Tudo nela gritava para calar a boca e o permitir beijá-la. Seria tão fácil dizer sim e apenas assinar os documentos. Estaria ao seu lado quando se aventurasse em Homeland. Todas as mulheres como Kit poderia olhar e desejar que ele estivesse disponível, mas ele seria dela.
Ele poderia se apaixonar por mim, seu coração discutiu, mas sua cabeça sabia o quão injusto seria prendê-lo a ela tão cedo em sua relação. Em uma questão de dias ele estava disposto a fazer um compromisso longo. Eu também, aquela pequena voz sussurrou.
A razão era cruel e a lembrança de outros homens tocou sua mente. Sabia que Obsidian era um em um milhão. Dormiu com uns dois caras e teve uma experiência de vida para estar certa que ele era quem ela queria. Tudo o que Obsidian tinha era a comparação com as lembranças de uma companheira que foi forçada a ser dele. Nem sequer outra mulher o beijou.
Ciúme surgiu em sua cabeça quando considerou ele colocando a boca nos lábios de outra pessoa. Afastou os pensamentos não desejados das outras coisas que ele faria com elas, incapaz de suportar a agonia de imaginá-lo na cama com uma mulher. Merecia uma chance de conhecer quais eram as suas opções antes de se comprometer por toda a vida com a primeira mulher que conheceu depois de ganhar sua liberdade.
— Você é minha. — Falou.
E queria que ele fosse dela.
— Não estou dizendo não. Só precisamos ir devagar.
— Você não vai me deixar.
Não queria de qualquer forma.
— Eu ficarei, mas sem documentos. Você pode me perguntar em seis meses.
— Isto é muito tempo.
Parecia uma eternidade.
— Quero que ambos tenhamos a certeza de que isso é o que fará você feliz e é o que você realmente quer.
— Eu já sei.
Parecia tão certo que sua resistência começou a derreter. Não, se advertiu. Ame-o suficiente para fazer a coisa certa. Soltou o aperto nos cabelos finos de seu pescoço.
— Divirta-me.
— Não há nada divertido em você se recusar a ser minha companheira.
— Eu quero dizer, apenas dê a si mesmo algum tempo para estarmos ambos certos disto.
— Você é quem está dizendo não. — Ele disse as palavras rudemente, obviamente um pouco bravo.
— Eu quero dizer sim, mas nunca quero que se sinta preso a mim ou infeliz. Partiria meu coração perder você desse jeito.
— Companheiros são para sempre.
— É por isso que eu estou insistindo em esperarmos.
— Você pertence a mim, Alli.
A maneira triste que disse seu nome a magoou. Honestamente não parecia entender o sacrifício que ela fazia sendo forte o suficiente para dizer não.
— Nós esperaremos até você ir para o dormitório masculino e conhecer mais Espécies. Se ajuste a estar livre e ao novo mundo antes de tomar esse tipo de decisão séria.
— Eles não vão tirar você de mim. Vamos nos mudar para o dormitório masculino juntos.
Ela não teria mais uma casa uma vez que o novo médico chegasse, nem estava certa se teria permissão para ficar em Homeland se não fosse companheira oficial de Obsidian.
— Preciso usar o telefone.
— Por quê?
Não queria que ele enlouquecesse se mencionasse que era possível ela ser escoltada das terras do ONE se não assinassem os documentos.
— Preciso cuidar de algumas coisas com Justice ou Fury. Tenho minhas coisas empacotadas, mas não sei para onde deveria mandá-las. — Não era mentira, mas não era completamente a verdade.
— Irei aonde você for.
Tudo era preto e branco para ele. Reforçou sua convicção de que estava fazendo a coisa certa. A vida não era tão simples. Aprenderia quando os limites do seu mundo forem expandidos.
— Farei seu almoço e darei esses telefonemas enquanto você come.
— Você não está com fome?
— Não. Eu não posso comer tanto quanto você.
Afastou-se dela e o soltou, saindo da borda do balcão.
— Trabalharemos em suas habilidades de culinária mais tarde. Que tal alguns sanduíches? Eu tenho batatas fritas também.
Obsidian virou sua sombra enquanto preparava seu almoço mais cedo. Era uma coisa boa que Novas Espécies forneciam mantimentos porque custaria uma fortuna alimentá-lo no mundo lá fora. Alli o deixou na cozinha no balcão para ir ao seu quarto.
Suas mãos tremiam enquanto ligava para o escritório central e pedia para ser transferida para o escritório de Justice. Eles a colocaram direito com ele.
— Allison? O que eu posso fazer por você?
— Eu realmente sinto muito pelo comportamento de Obsidian.
—Ele é recentemente libertado. Esperamos agressão. Você não devia ficar entre machos nessa situação. Eu posso lidar com ele.
Não duvidava que Justice North pudesse lutar, mas não queria que Obsidian fosse machucado ou pior, enviado para a Reserva. Ele não era naturalmente antissocial, apenas não sabia se entender com os outros ainda.
— Quero conversar com você sobre os documentos.
— Eles estão sendo preparados e devem chegar dentro de uma hora.
Hesitou, debatendo suas palavras cuidadosamente enquanto suavemente falou, esperando que sua voz não chegasse ao outro quarto.
— É muito cedo. Ele não entende que tem muito mais opções que apenas ficar comigo.
— Você não quer ser sua companheira?
— Eu quero. — Você não tem a mínima ideia do quanto. — Eu… amo Obsidian, mas tive meses para passar com ele e namorei homens o suficiente para saber o que eu quero. Tudo o ele já teve foi uma companheira e agora eu.
A resposta muda fez torcer seu intestino.
— Eu sou a primeira mulher que o beijou. — Sussurrou, com o olhar na entrada. — Sua experiência é muito limitada, Justice. Eu não quero que ele lamente se unir comigoe depois conhecer outras mulheres Novas Espécies. Ele deve ter escolhas e a liberdade para crescer sem prender a si mesmo em uma situação permanente. Por mais que eu queira passar o resto da minha vida com ele, não seria justo me aproveitar dele. Sentiria que estou fazendo isso se eu não desse a ele a oportunidade para se ajustar a sua nova vida primeiro.
— Entendo e agradeço a sua sinceridade. — Parou. — O quão limitada são as experiências dele? Ele teve uma companheira. O que você quer dizer, você é a primeira fêmea que ele beijou?
Levantou-se e suavemente fechou a porta do quarto e correu para o armário para trancar a outra porta entre ela e Obsidian. A audição dos Novas Espécies era incrivelmente sensível. Era uma conversa que não queria que ele ouvisse.
— Sua companheira só permitia que ele a tocasse quando desejava sexo. Ela era apaixonada por outra pessoa antes deles se conhecerem, pelo o que me informou. Ela não permitia que ele explorasse muitas experiências sexuais. Ela foi a única mulher além de mim.
Silêncio se esticou novamente.
— Você quer que nossas fêmeas se ofereçam para compartilhar sexo com ele?
— Não! — Odiou o modo como sua negação saiu. — Quero dizer, eu não espero que ele durma com outra pessoa… eu o amo, mas ele deveria ter essas opções disponíveis para saber que tem escolhas. Eu tenho medo de que esteja assim porque sou a única que ele conhece. Isso faz sentido?
— Você não é Nova Espécie.
— Eu sei disso.
Ele riu.
— O que eu quis dizer é que nós sabemos o que queremos e não nos importaríamos se alguém que nós amássemos tivesse opções ou não. Somos ciumentos por natureza e possessivos. Eu não quero minha Jessie perto de outros machos para dar-lhes uma oportunidade de seduzi-la. Eu teria que matá-los.
Fechou os olhos e descansou a testa contra a parede do closet. — Eu só não quero que ele se apresse em nada, Justice. Estou tentando fazer a coisa certa. Estou sendo estúpida? Eu o amo tanto, mas estou apavorada com o fato de estar tirando vantagem se eu concordar em assinar esses documentos. Eu o quero.
— Você tem um bom coração e esta sendo generosa com seu amor. Essa é uma característica nobre, Allison.
— Você vai me ordenar a deixar Homeland ou eu posso ficar com ele apesar de nós não sermos companheiros oficiais? Estou pedindo tempo a ele. Eu sei que não mereço isso depois do que eu fiz e que eu perdi sua confiança. Ele quer que eu me mude para o dormitório dos homens com ele, entretanto, eu tenho medo dele atacar qualquer um que vier para me levar.
— Você quer ficar com ele?
— Sim.
— Você não pode trabalhar para nós e seus privilégios serão retirados, mas você pode ficar. Isso quer dizer que você precisará de uma escolta quando deixar seu alojamento. Seu acesso ao telefone para o mundo lá fora será monitorado e limitado. Você pode viver desse jeito?
Isso ia contra a maré concordar com aquelas condições. Ela era uma médica que trabalhou duro para chegar onde estava em sua profissão. Significaria desistir de sua carreira para se sentar em casa com Obsidian o dia todo. Sua imagem relampejou em sua mente e tomou uma decisão.
— Sim.
— Você o ama.
— Eu realmente amo.
— Arranjarei para se mudar com ele logo de manhã. Iríamos esperar uma semana antes de colocá-lo no dormitório, mas as circunstâncias mudaram agora que ele saiu do Centro Médico e quer que você more com ele. O dormitório será mais confortável que um quarto no Centro Médico. Eu vou preparar um dos apartamentos e o colocar para vocês dois.
— Obrigada. — Respirou um suspiro de alívio.
— Não será o ideal. Sua casa é o único espaço disponível que nós temos no momento para dar ao novo funcionário e não podemos colocar o doutor humano no dormitório dos homens. Eles não terão muito prazer em ter uma fêmea vivendo lá, mas não verão você como uma ameaça.
— Eles se sentiriam ameaçados pelo novo médico?
— Alguns deles iriam. Ele é macho e humano. Não o conhecemos ainda e a confiança não foi ganha. Você fez amigos aqui que são indulgentes. — Pausou. — Nós moveremos vocês dois para algum lugar mais adequado para um casal uma vez que algo ficar disponível.
— Obrigada, Justice.
— De nada.
Desligou e colocou o aparelho em seu peito. Só concordou em ser o equivalente a uma dona de casa de Obsidian.
— Merda. — Sussurrou. — Acho que é melhor eu escolher um passatempo ou começar a assumir um ofício ou enlouquecerei. — Viu aqueles apartamentos de um quarto no dormitório. Eles eram minúsculos, mas eram melhores do que viver em um quarto de hospital.
A aula de culinária não foi bem, mas boa comida encheu sua barriga. Obsidian olhava para as pontas dos dedos doloridos, uma lembrança que a chama não era para ser tocada.
— Como está o seu dedo? — Alli o olhava com preocupação enquanto enchia a grande caixa elétrica que lavava os pratos depois de cozinhar.
— Bem. Não farei isso novamente.
— Espero que não. Sei que chamas parecerem bem legais, mas queimam a pele.
Tentou pôr pomada nele e um curativo, mas recusou. O dano foi pequeno. A campainha tocou e ele se levantou, se movendo para respondê-la antes dela ir. Só machos pareciam visitar.
— Oi. — Moon sorriu. — Estou aqui para levar você a uma excursão.
— Por quê?
Seu novo amigo riu.
— Fui informado que você está se mudando para o dormitório dos homens de manhã. Você quer vê-lo primeiro? Você também foi colocado na lista de rotação.
— O que isso significa?
— Estou levando você para trabalhar comigo amanhã. Durante a semana toda você estará com machos diferentes para ver os tipos de trabalhos que eles fazem. Estamos esperando que você encontre algo que possa gostar em nossa sociedade.
— E se eu não gostar.
O outro macho curvou uma sobrancelha.
— Acharemos algo. Se não aqui, há sempre a Reserva.
— Alli não quer que eu vá para lá.
— Ela não quer que você seja enviado para a Zona Selvagem.
— Olhou para trás de Obsidian e acenou. — Oi!
Obsidian girou para descobrir que Alli estava atrás dele. Estava melhorando em caminhar suavemente para surpreendê-lo. Ela não estremeceu quando ele rosnou, não gostando dela muito perto do outro macho, apesar de Moon ser alguém que ele confiava.
— Não converse com minha fêmea.
Moon soltou a mão.
— O que é isso, Sr. Amigável.
— Isto é um truque para me afastar de Alli? Eu não permitirei que ninguém a tire de mim.
— Você está sendo paranoico. Não existe nenhum plano para tirá-la de você. Eu mesmo vi as ordens. Vocês dois vão viver no dormitório juntos. Eu realmente sugeri que vocês dois pudessem ficar em minha casa no meu quarto de hospedes até que uma das outras casas ficasse desocupada, mas Fury disse que era uma má ideia. Ele parece achar que você tentará me matar enquanto eu dormir só por estar muito perto da doutora.
Obsidian olhou com raiva para ele.
— Brass tem uma casa em Homeland e na Reserva, mas ele gosta mais de lá. Ele desistirá da sua casa aqui depois de sua próxima mudança de rotação de volta para lá.
— Quem é Brass?
— Ele é um amigo meu. O que eu estou tentando dizer é que ele não gosta de ficar aqui e prefere a Reserva. A cada poucos meses ele está de serviço aqui por algumas semanas, mas isto está para acabar. Ele ficará lá o tempo todo. — Moon sorriu. — Quer dizer você e a doutora podem ter a casa de vocês. Vocês não ficarão presos vivendo no dormitório por muito tempo. As casas são difíceis e não construímos mais por aqui. Há espaço e propriedade limitada e é muito caro nesta área. Estamos expandindo a Reserva o tempo todo.
— O que é Reserva?
— Reserva é uma área altamente coberta de árvores ao norte daqui com uma vasta quantia de terra. Diga a sua fêmea que você voltará em algumas horas e eu te mostrarei Homeland. Nós possuímos e vivemos em ambos os lugares. Homeland foi construída como uma base do exército humano, mas foi dada para nós quando foi terminada. Nós as chamamos de terras do ONE. Isso representa Organização das Novas Espécies, nosso título oficial.
— Vá. — Alli disse. — Ainda tenho um pouco de coisas para empacotar. Divirta-se. Estarei aqui quando você voltar. — Tocou seu peito. — Sem preocupação.
Ele se debateu ainda sem a certeza se ela ficaria segura sem ele para protegê-la. Moon andou para trás, chamando sua atenção.
— Vamos. Tem um oficial na rua para ter certeza que ela ficará bem. Você tem minha palavra de honra que ela ainda estará aqui quando nós retornarmos.
— Está bem. — Agarrou a mão pequena de Alli, ainda sobre seu coração, enquanto olhava fixamente seu rosto arrebitado. — Não demorarei. Não deixe a sua casa.
— Não deixarei.
Ele a soltou e seguiu o outro macho para fora.
— O que é base do exército?
— É um tanto quanto difícil de explicar. Arranjaremos para você alguns livros de história para ler. — Um olhar interrogativo foi direcionado. — Eles ensinaram você a ler? Você não foi criado da maneira que nós fomos. Eles ensinaram a todos nós a ler livros na infância. Isso os ajudou quando conduziam alguns dos testes de drogas em nós para poderem julgar se éramos prejudicados e o quanto. Precisavam ver se afetou nossa memória. As informações dos livros eram uma boa maneira de fazer isto. Também queriam que pudéssemos ler gráficos oculares para terem a certeza que não havia nenhuma perda visual dos efeitos colaterais.
— Eu posso ler palavras.
— Bom. — Moon parou num veículo estranho. — Isso é carrinho de golfe. Você já andou em um antes?
— Não. Não enquanto eu estava acordado pelo menos. Não estou certo de como cheguei a Homeland. — Estava cauteloso. — O que é golfe?
— Os humanos chamam isso de esporte, mas é principalmente perseguir uma bola branca pequena, usando bastões retos para bater na bola para persegui-la novamente. A meta é ter melhor pontaria que seu oponente. Eles usam estes carros para segui-la.
— Por quê?
O macho sentou-se no carrinho.
— Eu não estou certo, mas suspeito que eles odeiem caminhar ou correr longas distâncias. Carros são divertidos. Entre e verá. Ensinarei a dirigir um logo.
O banco era mais macio que parecia quando se sentou, mas não havia muito espaço para suas longas pernas. Moon sorriu.
— Segure-se firme. Isso se move rápido e não quero que você caia.
Moon torceu uma chave e a coisa vibrou sob seu traseiro. O macho agarrou a coisa arredondada esticando para frente do seu peito enquanto sua mão se abaixou para uma coisa pequena de metal arredondada abaixo dele. Tremeu ligeiramente antes de andar, ganhando impulso.
Um sorriso formou em seu rosto na sensação do vento soprando seu cabelo enquanto se segurava.
— É rápido.
— Jipes são mais rápidos. Sabia que haveria algo que você gostaria. Pelo menos poderia conseguir um trabalho dirigindo um destes e entregando coisas ao redor de Homeland para departamentos diferentes.
Um pouco da ansiedade enfraqueceu sobre seu futuro.
— Eu quero me encaixar.
— Você irá. — Moon virou numa esquina, diminuindo a velocidade ligeiramente. — Vê aquele prédio lá em cima à direita? É o dormitório dos homens. Tem três andares e há um porão escondido debaixo do alicerce.
— Por quê?
Ombros encolheram. — Não faço nenhuma ideia, mas é divertido. Instalamos quartos de treinamento lá embaixo quando nos mudamos para evitar que alguém descobrisse que estávamos mantendo nossas habilidades de luta vivas. Tivemos um humano que era o pai do dormitório, mas ele bebia muito álcool. Ele foi demitido. Não precisamos de ninguém para nos ajudar a aprender.
— O que é um pai do dormitório? Não temos nenhum pai. — De repente experimentou uma sensação de apreensão. — Eu não tive. Você teve?
— É um termo honorário usado neste caso para alguém que te ensina lições de vida que você precisa para sobreviver fora de Mercile, alguém que está lá para cuidar do seu bem estar. Você é cheio de perguntas. Nenhum de nós teve pais. Fomos criados do jeito como você foi, mas tivemos mais interação já que traziam fêmeas para nossas celas. Podíamos sentir o cheiro de outros machos nelas às vezes. É como sabíamos que havia mais de nós. Só foi lhe dada uma fêmea.
Eles estacionaram e entraram no edifício. Obsidian seguiu o macho e olhou abertamente para a sala grande. Outros machos estavam sentados em sofás na frente de uma grande televisão, mas seus olhares deixaram a televisão para olhar de volta para ele. Seu corpo ficou rígido em ver uma dúzia deles, instinto o advertiu do perigo e uma possível briga.
Moon suavemente agarrou seu ombro.
— Ei, não olhe feio para eles. Eles são uma espécie de irmãos para você. Somos todos família aqui.
Um dos machos lentamente se levantou e se aproximou, sua posição inofensiva.
— Oi. Sou Darkness. Você deve ser Obsidian. Todos nós estávamos esperando por você. Essa é a sua casa agora e não há nenhuma razão para estar na defensiva. Bem-vindo ao dormitório dos homens. — O macho tinha cabelo muito curto e olhos pretos penetrantes que eram de formato semelhante a de Justice. Sua pele era mais escura que todos os outros machos.
— Você escolheu o nome por causa da sua pele?
— Não. — O macho sorriu, revelando dentes brancos, retos, inclusive duas longas presas que eram maiores do que as que Obsidian tinha. — Sofri muito em minha vida e desejei que meu nome refletisse isso. Sou um pouco diferente da maioria, do jeito que você é.
— Como você é diferente?
O macho parou um metro e meio afastado.
— Você foi escolhido para um projeto de acasalamento enquanto eu fui atribuído para fazer outra coisa. — Pausou. — Estou tentando me pôr em sua mente, pensar do jeito que você pensa. Sou bom nisso. — Seu olhar percorreu o corpo de Obsidian de cima para baixo antes de parar e olhar fixamente em seus olhos novamente. — Sua companheira estará protegida dos outros machos quando você a deixar em seu apartamento. Nunca a prejudicaremos e a protegeremos se houver perigo como se ela fosse uma de nós. Você achará amizade aqui e nenhuma hostilidade.
— Fale por você mesmo. — Uma voz de macho familiar murmurou.
A espinha de Obsidian endureceu enquanto girou sua cabeça, achando a fonte depressa. Rosnou para o macho que queria Alli.
— Droga, Destiny. — Moon balançou a cabeça. — Já tivemos esta conversa hoje. Recue e vá fazer algo além de irritar Obsidian.
— Ele é muito selvagem e instável para estar seguro ao lado da Dra. Allison. Ela é delicada e inocente dos nossos modos. — O peito do macho expandiu, os ombros empurraram para trás, e a raiva cintilou em seu olhar fixo. — Você a pega como um animal, não é? — Chegou mais perto e rosnou. — O cheiro dela está por toda parte em você. O que você fez?
— Ela é minha. — Obsidian rosnou de volta. O macho agiu como se ele tivesse uma pretensão por Alli, mas não tinha.
— Destiny! — Moon andou entre eles, rosnando também. — Retorne a seu quarto ou saia agora. Controle-se e não retorne até que tenha recuperado um pouco da compostura.
— Você a machucou? Deixou-a assustada? — Destiny se lançou para o lado para evitar ser bloqueado do seu alvo. — Você a curvou e a pegou em suas mãos e joelhos como se ela fosse um cachorro?
Darkness ficou entre eles, de costas para Obsidian.
— Ele é canino. Essa é uma pergunta besta. Você quer me perguntar se eu gosto se lamber? Talvez você pudesse perguntar a Smiley se ele pode subir em árvores? Todos nós carregamos características e instintos do que nós somos.
Darkness se virou para Obsidian e explicou.
— Sou misturado com leopardo preto obviamente. Smiley foi criado com a genética de chimpanzé. O cara é muito amigável em minha opinião, mas tendo a ser mal humorado o suficiente para achar isto chato. Não quer dizer que eu desejo que ele mude. Ele é o que ele é. Eu amo vagina. — O macho encolheu os ombros. — Consequentemente a parte de lamber.
— Supere isso, Destiny. — Darkness severamente o advertiu enquanto movia seu olhar de volta para ele. — A doutora obviamente o escolheu em vez de você. Não é da conta de ninguém se ele a fode como um cachorro ou ela monta nele como um pônei. Ele é novo e você está sendo um imbecil.
Moon olhou para o macho de cabelo curto.
— Isso foi sutil.
— É um dom. Sou franco e não tenho nenhuma paciência para besteiras.
— Destiny, eu preciso levar você para um dos quartos para uma pausa? É minha especialidade, fazer as pessoas falar e escutar, mas serem advertidas, você não gostará disso.
— Alli é minha. — Obsidian declarou dividido entre a gratidão pelos machos terem enfrentado a situação por ele e irritação por bloquearem o macho que queria sua fêmea.
Destiny se esquivou para a esquerda, encontrando seu olhar. — Estava dando a ela um tempo para se ajustar a mim. Não queria assustá-la. Ela era minha antes mesmo de você ser salvo. Ela merece um macho que não a machuque. Você já fez isto.
— Eu nunca machucaria minha Alli. — Insultou-o ser acusado.
— Ela perdeu o emprego por sua causa. — Destiny rosnou, suas mãos se fecharam de lado e deu um passo mais para perto. — Ela ama ser médica, mas o que ela é agora? Uma fêmea que você fode e a manterá como um animal de estimação dentro de sua casa já que ela não terá permissão para sair? Você já a machucou. Eu a conheço bem e a matará por dentro, viver desse jeito.
— Ela me salvou e eu não tirei o emprego dela. — Rosnou baixo, ameaçando o outro macho, com raiva em suas acusações. — Ela não é um animal de estimação. Eu conheço esse termo.
— Merda. — Moon suspirou. — Acalme-se. Sem luta na sala de estar.
— Deixe-os. — Darkness agarrou o outro macho pelo antebraço. — Isto não vai ser resolvido de outra maneira. É nosso jeito.
— Ele ainda está debilitado e se recuperando. — Moon saiu de seu aperto. — Não seria justo.
O de cabelo curto olhou para trás, estudando Obsidian.
— Ele está ainda um pouco magro, mas você pode ver o tônus muscular que ele manteve. É a fêmea dele que ele está defendendo. Eu apostaria meu dinheiro nele. — Lançou a Destiny um olhar. — Ele está muito bravo no momento para ser efetivo e eu treinei com ele. Não é o melhor lutador.
— Vá se foder Darkness. — Destiny cuspiu, arrancando sua camisa para despir seu corpo superior. — Limpe a área. — Olhou para Obsidian. — Vou acabar com você e te devolver para o Centro Médico onde você pertence. Eu prefiro que a Dra. Allison aceite o trabalho em outro lugar do que saber que você está a maltratando. Ela seria mais feliz fazendo o que ama.
— Você não é meu tipo então isso é um não na oferta de sexo. — Darkness se lançou, agarrando Moon em volta dos ombros para prendê-lo em seus braços. — Você também não é meu tipo, mas eu sei que você se meterá entre eles. Não me faça te bater. Apenas relaxe comigo e permita que a natureza tome seu curso. Só interviremos se um deles estiver prestes a morrer.
Moon não lutou.
— Você só queria me abraçar.
Um olhar repugnante cruzou o rosto do outro macho.
— Você e seus momentos sentimentais. — Ele o soltou. — Você está ficando ao redor de muitas fêmeas humanas.
Obsidian chegou mais perto da sua presa. Destiny queria uma briga e iria dar-lhe uma. Seria bom bater no macho que o acusou de abusar Alli de qualquer forma.
— Ela é minha. — Declarou.
Destiny foi para ele.
— Não por muito tempo.
Ira quente explodiu e Obsidian não se conteve ou tentou se acalmar. Alimentou as chamas imaginando o outro macho tocando em sua Alli. Os outros no quarto foram esquecidos.
Avaliou seu oponente. Destiny pesava ligeiramente mais que ele, mas ele era mais alto, mais cruel. Lembrou-se da vez que seis técnicos entraram em seu quarto quando ele quebrou uma das correntes da parede. Só um deles sobreviveu.
O lado humano dele fugiu, sendo substituído por algo puramente selvagem. Um punho balançou em seu rosto, mas sua mão se envolveu em volta dele, apertou até que esmagou. O macho gritou enquanto ossos se quebravam. Nenhuma piedade. Deu um soco enquanto o macho sofria, atingindo sua garganta. Bateu nas costas de Destiny e ele teria voado, mas sua mão estava ainda como prisioneira a mercê de Obsidian.
— Maldição. — Alguém sussurrou.
— Não o mate! — Moon rugiu.
Braços bloquearam ao redor de sua cintura, o empurrando com força, e foi forçado a romper sua conexão quando foi transportado pelo ar. Caiu sobre algo macio que capotou, o mandando para o chão. Sua cabeça atingiu algo impiedoso, mas escapou da dor e se ergueu. Um dos sofás estava de lado, o que amorteceu sua queda.
Darkness se abaixou onde Obsidian estava, a razão pela qual ele estava no chão. O macho rosnou, seus olhos quase pretos.
— Não mate.
Seu olhar se movimentou. Moon estava abaixado sobre Destiny, massageando a garganta do macho de costas com suas pernas se contorcendo em agonia. Obsidian lentamente se levantou, pronto para a batalha, mas percebeu que não tinha ninguém para lutar.
— Ligue para o Centro Médico. — Moon gritou. — Ele está respirando, mas está mal. Emergência médica! — Sua cabeça girou para olhar para Obsidian com um olhar sombrio. — Acho que você errou quando foi esmagar sua traqueia, mas ele está tendo dificuldades em respirar. — Olhou para baixo na mão do macho caído. — E você quebrou alguns dos seus dedos. — Olhou de volta. — Você realmente precisa aprender a lutar sem tentar matar alguém. Você é muito novo. — Olhou para Darkness. — Ótima ideia deixá-los lutar. Temos sorte de que este aqui não está morto.
Darkness encolheu os ombros enquanto se endireitava.
— Eu o parei antes de muitos danos serem feito. Eu o menosprezei já que você disse que ele ainda estava se recuperando. Eu diria que ele está cem por cento. — Franziu a testa, se aproximando de Obsidian. — Você está sangrando. Deixe-me dar um olhar em sua cabeça. Você bateu na mesa de centro. Achei que você cairia no sofá, não que pularia.
Alli acabou de terminar de empurrar as últimas roupas em uma mala, só deixando um conjunto para vestir de manhã, quando alguém bateu na porta. Ficou surpresa que não tocaram a campainha. A madeira recebeu uma batida forte. O som a alarmou o suficiente para correr pela sala de estar para destrancar a porta, abrindo-a.
— Venha comigo. — Rusty ofegava, sem fôlego e suando como se tivesse corrido uma distância longa. Um kit de emergência médica estava pendurado em um dos seus ombros. — O novo médico não está aqui e não conseguimos achar Trisha. Ela e Slade deram um passeio, mas não temos tempo para localizá-los.
— O que aconteceu? — Alli saiu para a varanda, fechando a porta atrás dela. Era óbvio que alguém deve ter se machucado se precisavam de um médico.
— Uma briga no dormitório dos homens. Um macho está inconsciente. Se apresse.
Pânico tomou conta de Alli enquanto seguia a fêmea Espécie que corria, cujas pernas eram mais longas. Percebeu que não colocou sapatos quando alcançou à estrada, a superfície incomoda a contundindo. Obsidian foi visitar o dormitório. Era ele quem estava machucado?
Oh Deus! Correu mais rápido, ignorando a dor. Tinha de ser ruim para a normalmente serena Rusty estar tão aflita.
— Quem? — Era difícil correr e conversar ao mesmo tempo.
A fêmea Espécie nem olhou para trás e pareceu ignorar a pergunta. Um motor rugiu por trás delas, ficou mais alto, e Alli diminuiu a velocidade, girando sua cabeça. A visão de um jipe se aproximando depressa era mais que bem-vinda. Book pisou nos freios. — Entre.
Alli desmoronou sobre o banco do passageiro enquanto Rusty subiu atrás. O macho pisou no acelerador, decolando rápido o suficiente para quase causar um trauma no pescoço, mas não iria criticá-lo por sua direção. Tinha de ser uma situação bem feia, com danos severos.
— Quem está machucado? — Precisava saber se era Obsidian, obcecada pelo pior.
— Destiny. — Rusty ofegava. — Ele estava em uma briga e está tendo dificuldades em respirar.
— Ele foi esmurrado na garganta. — Book preencheu. — Ele pode ter tido a traqueia esmagada. — Suas feições eram sem emoção, mas sua voz saiu estranhamente grossa. — Acho que foi um exercício de treinamento que deu errado. Agarre-se.
Alli apenas teve tempo de agarrar o apoio no painel e em cima dela na barra antes dele dar uma virada muito rápida, quase a jogando para fora do assento. Agarrou, deixando os detalhes serem absorvidos. Um acidente de treinamento. Não é Obsidian. Graças a Deus!
Sua mente se fechou enquanto entrava em modo profissional. Anos de treinamento entraram em jogo. Olhou para trás, para Rusty.
— Abra essa mochila no segundo que o alcançarmos. Você está procurando pela bolsa azul claro. Abra e coloque no chão para me dar acesso. Entendeu?
— Sim.
— Segure-se. — Book advertiu novamente, apertando os freios.
Adrenalina pura deu-lhe a força para evitar esmagar com força na colisão enquanto o Jipe dava uma parada violenta na frente do dormitório. Suas mãos machucaram quando largou o suporte para as mãos e se virou, quase caindo do veículo. Rusty apenas se levantou e saltou, aterrissando graciosamente na frente dela. Alli ficou bem na sua cola à medida que correriam, agarrando um dos bolsos de fora da mochila para pegar um pacote de luva presa lá.
Book ficou ao seu lado. Alguém do edifício esperava com as portas de segurança abertas para permitir-lhes entrar mais rápido. A visão de Moon em cima de um macho no chão foi a primeira e única coisa que focou.
Rasgou a embalagem da luva com seus dentes enquanto avaliava Destiny no segundo que seus joelhos baterem o chão no outro lado de Moon. Sua cor estava ruim, declarando sua condição hipóxica, e dor cobria seus olhos. Terror também. Seus lábios pálidos e azulados estavam abertos, ofegando com a quantidade minúscula de oxigênio, e olhou fixamente para sua garganta. Uma marca vermelha identificava onde ele foi atingido.
— Merda. — Se moveu, de joelhos, para o topo cabeça de Destiny. Estava anormalmente quieto, do jeito que ficava durante uma tragédia, mas Alli se recusou a permitir que esta se tornasse uma. Olhou fixamente nos olhos do seu enfermeiro enquanto ouvia o som de Rusty fazendo o que lhe foi dito. — Estou aqui. Só tente permanecer calmo, certo? Você não vai morrer. Vou pôr um tubo de respiração e ajudar você.
Colocar as luvas foi automático, algo que ela fez incontáveis vezes, nem mesmo pensava. Sentiu-se partida por dentro com o olhar dele quando olhou fixamente para ela com confiança absoluta. Parou de lutar no segundo que fizeram contato ocular e a aparência apavorada diminuiu.
O kit foi aberto, esticado no chão, e foi trabalhar.
— Suavemente incline sua cabeça para trás. — Ordenou a Moon enquanto agarrou uma lâmina Macintosh e subiu para o lado da cabeça de Destiny. Inseriu a ferramenta grande e pressionou na língua, mantendo achatada. Suavemente começou puxando de volta o instrumento rígido enquanto o inseria em sua garganta, abrindo suas vias aéreas. Se não houvesse nenhuma lesão por esmagamento para deter o progresso, isso devia adiantar. — Fique imóvel, Destiny. Eu sei que você sentirá como se estivesse engasgando, mas lute. Você não deve vomitar. Está quase lá.
Achou resistência, inchaço na área onde foi atingido, e rezou enquanto suavemente mexia o instrumento. A alternativa era realizar uma traqueotomia. Fazer um buraco em sua garganta não era sua primeira escolha, especialmente com ele consciente o suficiente para sentir ainda mais dor e medo. Aumentaria o risco de infecção e complicações.
O instrumento deslizou passando pela área afetada e entrou. Agarrou um tubo endotraqueal e o inseriu depressa pela lâmina, sendo cuidadosa para não ir muito longe. Não queria destruir um pulmão. Olhou em seus olhos. — Respire.
O som foi horrível, mas conseguiu ar. Removeu a lâmina Macintosh, deixando o tubo no lugar. Alli agarrou um estetoscópio, colocou contra seu peito, e escutou. Bons sons de ambos os pulmões. Segundos se passaram enquanto seu corpo se curvava à medida que lutava contra seu reflexo de ânsia, mas respirava pelo tubo. Sua coloração voltou ao normal. Olhou para Moon.
— Precisamos levá-lo para o Centro Médico agora. Preciso que tragam uma maca para cá e uma vez que chegarmos ao Centro Médico, eu o sedarei e o conectarei a um respirador enquanto descubro se é apenas um inchaço ou se ele teve danos mais severos. — Olhou para Rusty. — Bom trabalho. Ache um pacote verde claro que contém uma bolsa de respiração. Teremos que usá-la se ele tiver problemas para respirar sozinho. É maior do que a maior parte das coisas então deve ser fácil localizar.
— O que é isto? — Moon olhou fixamente para ela.
— É um dispositivo que podemos usar para respirar por ele se ele precisar de ajuda.
— Saia de frente! — A voz de Trisha assustou a todos.
Alli ficou feliz em ver a mulher, ainda que quase empurrou Moon do seu lado para tomar seu lugar ao lado do paciente. A outra médica depressa avaliou a situação antes de erguer o olhar para ela. — Obrigada, Allison. Ótimo trabalho. Você salvou a vida dele.
— Ele estava respirando um pouco. — Sua negação foi rápida. — Ele podia conseguir sobreviver até que você chegasse aqui.
Trisha piscou antes de olhar fixamente para Destiny. Sorriu, usando sua voz de brincadeira para deixá-lo à vontade e não dava importância a situação para mantê-lo calmo.
— Você não podia ficar longe de problemas enquanto eu apreciava o parque, não é? Apenas pisque uma vez para sim, duas para não. Você bateu a cabeça?
Alli rastejou para trás para dar espaço enquanto mais pessoas da equipe médica chegavam. Trisha tinha a situação sobre controle. Removeu as luvas, apenas as empurrou em seu bolso, sem disposição de procurar um lixo. Alguém chegou próximo a ela e olhou para cima.
Obsidian tinha sangue escorrendo por seu rosto de uma fonte em seu couro cabeludo próximo a têmpora. Virou-se, o enfrentando alarmada.
— O que aconteceu com você?
Ele era tão alto que teve dificuldade em alcançar sua cabeça e suavemente inclinou seu queixo até dar uma visão melhor. O corte não era profundo, mas estava sangrando. Ferimentos na cabeça sempre são assim. As pistas bateram nela imediatamente, adicionando um paciente ferido ao outro para liga-los.
— Você estava treinando com Destiny? — Raiva veio em seguida. — Quem deixou isso acontecer?
— Eu deixei. — Uma voz profunda declarou atrás ela.
Olhou para trás, olhando fixamente para Darkness. Ele a assustava um pouco desde o dia que o encontrou. Ele não era amigável e sabia que trabalhava como um interrogador para os Novas Espécies. O arquivo dele era uns do que não foi dado acesso a ela, uma advertência que algo não estava certo, mas ouviu outro Espécie mencionar que ele não era exatamente amigável.
— Eles não gostam um do outro. — Sua voz tremeu um pouco. — Você não deveria tê-los colocados juntos.
Sua expressão permaneceu mascarada, sem dar nenhuma indicação se sentia remorso ou irritado pelo sermão.
— Destiny estava correto. Você é ingênua. — Olhou fixamente para a cabeça de Obsidian. — Vou levar você para o Centro Médico. Eles vão querer olhar o corte.
— Alli cuidará de mim.
— Ela não trabalha mais aqui. Moon a levará para casa para esperar por você, mas você vem comigo. Vivemos por regras e essa é uma deles. Sua fêmea não tem acesso a todas aquelas máquinas que usam por lá e tenho um pressentimento que vão querer escanear sua cabeça já que você acabou de se recuperar de um coma.
Alli olhou fixamente para Obsidian, disposta a soltar o assunto de como isso não deveria ter acontecido.
— Ele está certo. Precisamos ir para o Centro Médico.
— Ele. — Darkness clarificou. — Você tem acesso limitado e a menos que esteja machucada, você não tem liberação para entrar no edifício.
Era um tapa no rosto, mas aceitou. O Espécie estava apenas sendo sincero, não cruel.
— Vá para o Centro Médico fazer essa avaliação. Estarei esperando por você em casa quando acabar. — Olhou para Darkness. — Por favor, cuide dele por mim.
Ele suspirou.
— Fêmeas. Elas se preocupam com tudo. Vamos novato. Discutiremos a diferença entre humanos ruins e Espécies protetoras a caminho de lá. Você não pode ir por aí tentando matar sua própria espécie.
As palavras enviaram horror para Alli enquanto seu olhar caiu em Obsidian, rezando silenciosamente por uma negação de que ele quase causou a morte de Destiny. Embora evitasse olhar para ela enquanto respondeu a Darkness.
— Ele me desafiou por Alli.
— Verdade. Isso só significa que você deveria bater nele, mas não o matar.
Moon de repente estava lá.
— Eu o levarei para o Centro Médico.
Alli estava em choque enquanto soltava Obsidian. Ele poderia ter matado Destiny. E também foi machucado. Eu sou a razão. Não havia nenhuma dúvida disso depois de ouvir que foi algum tipo de desafio entre eles. Seus piores medos estavam se realizando.
— Vocês dois o levem. — Murmurou. — Rusty me leva para casa.
Olhou fixamente para Obsidian, incapaz de tirar o olhar do sangue. Ele sofreu um trauma na cabeça e poderia ter voltado direito para o coma. Ou pior, o matado. Precisava de tempo para se curar e ficar mais forte, não arriscar sua vida. Sua dominância por ela também estava pondo uma separação entre ele e os outros machos. Era imperativo por sua perspectiva de que ele se encaixaria em Homeland em longo prazo.
Um novo medo se instalou. Obsidian estaria em apuros se Destiny não sobrevivesse? Girou sua cabeça para ver o que estava acontecendo com o Espécie ferido. Trisha tinha sua equipe o removendo para fora do edifício em uma maca.
Era difícil ver Obsidian ir embora. Todo sentimento protetor, de carinho a persuadia a ficar a seu lado. Queria estar lá para ter certeza que fariam os testes corretos, uma lista de complicações possíveis já a estavam apavorando.
— Allison?
Girou, olhando fixamente para uma Breeze de cara sombria.
— Eu ouvi o que aconteceu. Precisamos conversar.
Alli estava preocupada. Não voltou para sua casa, mas ao invés disso foi levada para a Segurança. Não era uma cela, mas o quarto estéril não era exatamente a sala da recepção na parte mais agradável dos escritórios do ONE. Breeze a escoltou para lá, mas correu para arranjar água imediatamente. Segundos se passaram para minutos e então se transformaram em uma hora. A porta se abriu.
A fêmea Espécie não estava sozinha quando entrou no quarto trazendo uma garrafa de água. O Dr. Kregkor seguia logo atrás, vestindo calça comprida e uma camisa branca. Dois dos botões superiores estavam abertos e nem teve tempo para colocá-la dentro de sua calça. Não fazia nenhuma ideia do por que um terapeuta estava ali.
— Allison. — Deu a ela um curto aceno com a cabeça enquanto sentava-se à mesa. A pasta de papéis que colocou entre eles não parecia bem, nunca era uma boa coisa ver isso na mão do doutor quando estava com uma expressão severa. — Eu diria que é bom ver você novamente, mas não é.
Breeze agarrou uma das cadeiras no final da mesa pequena, a girou com sua mão livre e desmoronou sentando-se na parte de trás dela. Colocou a água na frente de Alli com gosto, o baque alto assustou Alli.
— O que está acontecendo?
Não gostava nem um pouco disso, o que quer que isso fosse. Sua pergunta foi dirigida a fêmea Espécie já que também não conhecia muito bem o doutor. O olhar escuro de Breeze encontrou o dela e raiva queimava lá, suas emoções claras.
— Eu tenho avaliado o comportamento de Obsidian. — Kregkor anunciou. — Fui mantido informado de seu progresso e seu estado mental.
Fazia sentido para ela. Ele estava na folha de pagamento do ONE e ainda que ele não fizesse muitas visitas a Homeland estaria ciente. Alli deu a ele sua total atenção.
— Certo.
Inclinou-se de volta na cadeira e cruzou seus braços sobre o peito. — Estou muito desapontado com você, Allison. Você é uma vergonha.
Foi um tapa verbal. Breeze rosnou baixo, ameaçando. O doutor lançou um olhar duro.
— Você fique fora disso. Ouvi sua opinião, mas sou o perito. A única razão que você foi permitida a se juntar a esta reunião é porque ela tem o direito de ter outra mulher presente estando em um quarto com um homem. Discutiremos as tendências de paranoias dos Novas Espécies outra hora.
— Você não é Espécie. — Breeze murmurou, mas soltou o olhar. — Allison não fez nada de errado.
— Discordo. — Examinou Alli com um olhar crítico. — Você dormiu com seu paciente enquanto ele estava em uma fase frágil de recuperação. Isso é o que acontece quando você cospe na face na conduta médica. Informei a Justice que eu podia prestar queixas ao conselho médico para ter sua licença retirada de você. Estaria arruinada.
Alli estava realmente contente por estar sentada. Suas mãos tremiam e agarrou a água na frente dela para deixá-las estáveis. Estava frio como gelo, mas longe de tão frio como a atitude vinda do outro homem.
— Não a ameace. — Breeze advertiu. — Justice lhe disse que não permitiria que você fizesse isso e você deve fazer o que ele disse. Você trabalha para nós. Você quebraria sua cláusula de confidência se dissesse a qualquer um o que acontece nas terras do ONE. Você estaria arruinado.
— Fique fora disso. — Kregkor respondeu de volta. — Essa é uma questão humana.
— Ela fez sexo com um Espécie. É de ambos. Você não tem nenhuma ideia do quão persuasivos nossos machos podem ser. Isto não é culpa de Allison. Ele a queria e a pegou.
Alli estava agradecida por Breeze tentar defendê-la já que perdeu sua habilidade de falar. Ficou meio tonta por ser atacada quando não esperava por isso. A ameaça de ser colocada na frente do conselho médico horrorizava todos em sua profissão.
O doutor ignorou Breeze.
— Vocês duas sabem que foi errado, Allison. — Bateu um dedo no arquivo fechado na mesa. — Você sequestrou o paciente para fornecer métodos não ortodoxos que desafiam seu treinamento e estão em oposição direta com os regulamentos da instituição que trabalha. Para piorar, você manteve relações sexuais com ele.
Sua boca se abriu, fechou. Não podia refutar nenhuma das suas acusações.
Ele se debruçou chegando mais perto.
— Você se tornou prejudicial para a saúde mental de Obsidian. Você retardou sua habilidade de fazer uma conexão com outros Novas Espécies e agora ele quase matou um. Tenho consultado o seu caso desde que ele foi transferido para Homeland. Eu o vi decaindo progressivamente em questão de dias. Ele não é o primeiro que passou pelo processo de se ajustar depois do cativeiro e abuso, para fazer a transição e se tornar uma parte funcional da sociedade dos Novas Espécies. Eu monitorei todos eles desde que aceitei este cargo e é um absurdo você não ter sito imediatamente despejada na prisão. Você nunca deveria ter recebido acesso a meu paciente.
Suas palavras feriram, mas também a deixaram com raiva.
— Você falou com ele?
— Não. Seu comportamento diz tudo. Ele está irracionalmente obcecado em fazer sexo com você. — Olhou para seus seios antes do seu olhar subir. — Você obviamente o seduziu com seu conhecimento de sua mentalidade vil relativa a sexo. Tudo que você teve que fazer foi mostrar seus seios para ele e ele não poderia resistir a seus avanços.
Breeze rosnou novamente, um som baixo e rouco que não era agradável.
— Você está insinuando que nós fodemos com qualquer um que mostra sua pele para nós?
Kregkor a ignorou, mas um músculo em sua mandíbula se marcou.
— Você deveria ser presa por molestamento e estupro.
Sua mandíbula se abriu.
— Você… — Cerrou seus dentes para prevenir chamá-lo de um filho da puta de mente suja. Suas acusações eram insultantes e loucas.
— Imbecil. — Breeze disse. — Saia agora antes que eu perca meu temperamento. — Bateu na escrivaninha com ambos os punhos. — Então realmente teremos um crime de alguém que não quer ser tocado. Prometo que não envolverá sexo, mas será violento.
Kregkor quase atropelou sua cadeira em sua pressa de fugir da fêmea Espécie brava. Empalideceu e chegou mais perto da porta.
— Calma, Breeze. Eu vou sugerir sessões para você.
— Eu vou sugerir que você pare de insultar minha amiga. — Breeze se levantou também. — Chegue ao ponto do por que estamos aqui e seja educado. Você não quer que eu te ensine bons modos. — Breeze lançou o olhar para Alli. — Sou contra isso, mas as alternativas são ruins. Obsidian podia ter matado Destiny. Sabemos que ele não é selvagem, mas ele é perigoso.
O terapeuta ficou na porta, longe de Breeze.
— Certo. Você está deixando Homeland, Allison. Justice está te mandando para a Prisão Fuller.
Seu coração saltou para sua garganta. Prisão? Eles estão me prendendo? Oh Deus! Nunca mais veria Obsidian novamente.
— Como médica. — Breeze rosnou. — Você a está assustando de propósito e a enganando. Pare. — Breeze levou sua cabeça em direção a de Alli. — O terapeuta está predizendo que Obsidian é uma ameaça para as vidas dos outros Novas Espécies. Ele recomendou que você fosse separada do macho imediatamente a fim de dar a ele uma chance de se relacionar com outros. Ele está usando o material que leu nos livros para afirmar que Obsidian não fará isso já que você está aqui. Seu desejo de se acasalar parece ser sua prioridade.
— Já chega! — Kregkor gritou. — Estou conduzindo esta reunião. Você está fora de controle.
— Cale a boca. — Breeze continuou olhando fixamente para Alli. — A separação será temporária, mas necessária.
Descrença e desânimo passaram por ela, sufocando-a com emoção. Sua mão tremia tanto que a água se derramou sobre a mesa e o arquivo enquanto abria a garrafa para dar um gole realmente para evitar tossir já que sua boca estava seca. Engoliu a água, lutando para achar palavras que a manteriam com o homem que amava. Tinha que haver um modo.
— A decisão foi tomada. — Breeze olhou para ela com condolência enquanto seu tom suavizou. — A alternativa é ruim.
— Ele será enviado para a Zona Selvagem?
Ela odiou o pensamento, mas não era o fim do mundo. Podia viver lá com ele. Tammy amava morar lá com seu companheiro, Valiant. Só conheceu a mulher quando viajou para a Reserva depois de aceitar seu trabalho. A semana que passou lá foi boa. Teria uma possível amiga perto e outras companheiras regularmente.
— Pior. — Breeze respirou com lágrimas enchendo seus olhos.
Alli não entendeu e ficou alarmada que sua amiga estivesse tão chateada. O que podia ser pior do que ser enviado para viver com alguns dos mais indomados, não amigáveis Novas Espécies já salvos?
— Ele é perigoso e uma ameaça para todos os Novas Espécies. — Kregkor informou friamente. — Ele não pode ter permissão para ter outra oportunidade de matar alguém. Ele se integrará com a sociedade ou será executado.
Alli soltou a garrafa, seus olhos se arregalando enquanto olhava fixamente para o terapeuta.
— O que? — Deve de ter ouvido errado.
— Injeção letal, Allison. — O filho da puta cruzou seus braços sobre seu peito. — Acreditam que seria mais amável que o trancar dentro de uma cela de prisão até que ele naturalmente morra. Eu tenho que concordar. Eles não podem tê-lo andando por aí assassinando pessoas porque ele não consegue se curar. Você é responsável se a mente dele não puder ser salva. Você se orgulha de si mesma? Isso é o que acontece quando você decide jogar a sua ética no lixo por besteira.
Breeze girou, rosnando para ele.
— Saia!
O doutor bateu seu ombro contra a parede quando se retirou, terror alargando seus olhos enquanto gritava.
— Segurança!
A porta se abriu, quase atingindo o imbecil.
— Qual é o problema? — O oficial procurou por Allison primeiro depois olhou para Kregkor.
— Tire ele daqui. — Breeze ordenou. — Ele está sendo ofensivo.
— Você não dá as ordens aqui. — Kregkor achou alguma coragem para se defender da Espécie irritada agora que o oficial chegou.
Breeze estreitou os olhos e chegou alguns centímetros mais perto. O terapeuta parecia que iria se urinar enquanto se escondia entre a abertura da porta e o oficial Espécie.
— Tire ele daqui, Flame. — Breeze rosnou para Kregkor. — Ele está com mais medo de mim que de você, psiquiatra.
— Sem dúvida. — Flame sussurrou, girando para agarrar o braço do terapeuta. — Deixe-me te levar para tomar café. Você nunca deve enraivecer uma de nossas fêmeas. Você sabe muito bem disso. — Suavemente o empurrou, forçando o sujeito para fora do quarto, até sair da porta.
Alli estava pronta para partir enquanto esperava Breeze olhar para ela.
— Ele está mentindo, não é? Ninguém vai matar Obsidian, certo? — Sua voz se elevou, perto da histeria.
— Sente-se. — Breeze mandou, sentando-se a sua direita.
Seus joelhos desmoronaram e seu traseiro bateu na cadeira dura.
— Ninguém permitiria que isso acontecesse. Não aqui. Não depois de tudo que ele passou e sobreviveu.
Mãos quentes pegaram as mãos trêmulas dela, as segurando.
— Allison, tivemos alguns machos enlouquecendo e tentaram assassinar Justice e Jessie enquanto dormiam dentro de sua casa quando ele a escolheu como companheira. Eles eram Espécies que não estavam bem da cabeça. Foi uma decisão muito difícil que teve de ser tomada depois que isso aconteceu. Temos que proteger nosso povo de qualquer um que nos cause dano. Isso inclui outro Espécie com a mente muito quebrada para ser consertada.
— Não! — Lágrimas quentes correram livremente por seu rosto. — Obsidian não é perigoso. Ele não é. Ele e Destiny não se dão bem. Isso é tudo. Ele não sabe de mais nada. Ele só precisa de tempo. Conversarei com ele e o farei entender. Eu posso fazer isto. — Furiosamente assentiu. — Podemos viver na Zona Selvagem, longe de todo mundo se isso o fizer parecer mais seguro para vocês. — Sua voz se rompeu. — Vocês não podem matá-lo. Eu não permitirei isto. — Sua mente acelerou e o desespero arranhando suas entranhas. — Irei para a imprensa. Farei qualquer coisa para salvá-lo, droga. Vocês não podem fazer isso! Eu não deixarei.
Breeze se inclinou, tomando cuidado com suas próprias lágrimas que brilhavam em seus bonitos olhos marrons.
— Cale a boca. Respire profundamente agora.
O peito de Alli doía muito para fazer isto a princípio e ao invés só conseguiu ofegar.
— Não faça ameaças. — Breeze sussurrou. — Você seria vista como hostil, você pode não se importar agora, mas irá quando se encontrar presa dentro de uma jaula na Prisão Fuller, em vez de ir lá tratar dos doentes. Sei que você faria qualquer coisa para salvá-lo. Eu iria também. É por isso que você precisa me escutar. Não tenho nenhuma intenção de permitir que seu macho morra. Somos amigas e você o ama. — Estudou Alli de perto. — Você precisa se acalmar e me escutar enquanto estamos sozinhas. Você confia em mim?
A vida de Obsidian estava em perigo. Alli silenciosamente suplicou a Breeze, sua única esperança de salvá-lo.
— Sim. — Eram amigas. Sabia o quão ótimas e amáveis as mulheres Espécies eram. Ela tinha um grande coração apesar de seu exterior áspero às vezes.
— Você, de boa vontade, vai permitir que eles a transfiram para a Prisão Fuller para ser médica lá. Vou ter certeza que Obsidian aprenda a se dar bem com os outros. Moon e alguns dos meus amigos me ajudarão. Cuidaremos dele, Alli. Teremos certeza que ele saiba que você não o deixou e que você vai voltar. O motivará a parar de atacar os outros. Eu conheço nossos machos e sei que eles são muito bons em conseguir o que querem. Ele quer você. — Pausou, soltou uma das mãos de Alli, e enxugou suas lágrimas. — Uma vez que todo mundo conseguir ver que ele pode ser calmo e se encaixar, Justice parará de escutar aquele psiquiatra. Eu conseguirei que você volte para cá, para Obsidian.
— Como? — Pode se recompor um pouco.
— Conseguirei. Confie em mim.
Mil coisas podiam dar errado.
— Quanto tempo?
Breeze enxugou o outro lado do seu rosto, usando sua calça para secar seus dedos.
— Eu não sei. Semanas. Talvez meses. Depende do quão teimoso Obsidian seja. Você precisa ser uma boa médica e manter seu trabalho em Fuller para eu ter acesso para te trazer de volta.
— Ele é muito teimoso. — Admitiu. — E se ele não escutar você ou Moon?
— Ele irá. Ele quer você de volta.
Alli queria desabar completamente, mas isso não faria nenhum bem. O lado lógico dela sabia isto.
— Você me promete algo?
Breeze inclinou-se para trás, soltando sua outra mão.
— O que?
— Você precisa me deixar vê-lo primeiro se o pior caso acontecer. — Mentalmente conspirou sequestrá-lo novamente. Contrataria quem quer que ela tivesse que contratar, não importava o quanto custasse para salvar Obsidian se sentisse que ele era muito perigoso para viver. Eles fugiriam do país. Os empregados da Mercile fizeram isto e estavam ainda livres. — Prometa-me. — Segurou sua respiração, rezando.
— Eu prometo.
— Jure por sua vida. — Alli iniciou.
Breeze sorriu.
— Prometo. — Seu sorriso enfraqueceu. — Você chegará a dizer adeus para ele se ele for muito teimoso para escutar a razão.
— Obrigada. — Ela teria que acreditar nela já que não tinha nenhuma outra escolha. Seu instinto dizia que Breeze não mentiria para ela.
Justice puxou Jessie para seu colo enquanto via Fury rastejar de quatro chegando mais perto das costas de Salvador. A criança cheirou, seu pequeno corpo ficou tenso e lentamente girou a cabeça.
— Não posso mais chegar de fininho perto dele. — Fury puxou seu filho para os braços, o menino deu uma risadinha, soltando seu brinquedo para agarrar seu pai. — Ele está ficando mais ciente dos seus sentidos aguçados.
— Ele continua tentando. — Ellie provocou, entrando na sala de estar com uma bandeja de lanches. — O papai está tentando roubar seus brinquedos novamente e faz você saltar quando assusta? Papai mal!
Jessie riu.
— Vou achar que é uma revolta se essas forem as primeiras palavras que ele aprender a falar. — Brincou. — Claro que isso é melhor do que algumas das coisas que nossas futuras crianças captarão em nossa casa. — Sua cabeça girou para estudar seu companheiro. — Elas serão de uma variedade de quatro letras julgando pela maneira que meu companheiro reage a telefonemas.
Justice balançou a cabeça.
— Eu tenho uma defesa.
— Você odeia que te liguem depois que você deixa o escritório. Qual era a emergência? Você saiu muito rapidamente para me dizer o que estava acontecendo.
Justice afastou o olhar para olhar fixamente para Fury.
— Obsidian tentou matar Destiny no dormitório dos homens.
— O que ele estava fazendo lá? — Fury acariciou a bochecha do seu filho, dando ele o caminhão de plástico. — Destiny está machucado? Obsidian?
— Destiny foi ferido, mas se curará. Obsidian foi levado para o Centro Médico para ser avaliado também. Trisha queria ter certeza que ele não iria voltar para o coma. Disse que é duvidoso, mas está sendo cautelosa. Eu concordei.
Ellie se sentou próximo a seu companheiro e filho no chão.
— Parece típico de machos recentemente libertados. Eles apreciam lutar e são agressivos.
— Oh-oh. Eu não gosto disso. — Jessie olhou nos olhos do seu companheiro. — Ele não está realmente se adaptando, não é? Você está preocupado? Houve a briga com Jericho, depois ele foi agressivo com você e Fury, e agora isso. O que ele estava fazendo no dormitório? Ele foi movido para a casa de Allison pelo que eu ouvi hoje. Eles tiveram outra discussão?
— Os machos estavam fazendo uma excursão em sua futura casa e Destiny o desafiou por Allison. Ele é protetor e se preocupa que Obsidian possa ser muito violento para estar perto dela. — Justice suspirou. — Aconteceu de Kregkor estar em seu escritório quando o relatório do incidente chegou para alertar o Centro Médico que ambos os machos foram levados para lá. Foi por isso que me atrasei para chegar aqui. Ele sugeriu que nós apagássemos Obsidian por ser muito perigoso.
O humor da sala mudou, o nível de tensão alta.
— Nós não nos matamos para localizar e salvar Espécies só para matá-los. Eu sei que temos que considerar a opção, mas Obsidian é um caso especial. Aquele cara passou pelo inferno e ele vai precisar de mais tempo para se ajustar a estar aqui. É simples assim. — Jessie esfriou seu temperamento. — O psiquiatra é um imbecil de qualquer maneira. Eu esbarrei com ele antes de sair do escritório. Espero que tenha dito a ele para ir a merda e sair. Ele mal está aqui de qualquer maneira. Ele é tão útil quanto um carrapato em meu traseiro.
O humor atingiu Justice.
— Um inseto sugador de sangue?
— Isto é exatamente como penso nele depois que ele me estressou. — Jessie encolheu os ombros. — Ele entrou em meu escritório para exigir eu prendesse Allison. Você estava em uma reunião então ele decidiu que seria eu quem ele incomodaria.
— Presa por sequestro? — Ellie soou irritada. — Não é da conta dele. Esse assunto já foi tratado.
— Ele não concordou com nosso castigo para ela. — Fury deu a seu filho uma bolacha. — Ele disse que era uma recompensa oferecer a ela um trabalho na Prisão Fuller. Eu lhe disse que ele não foi para aquela instalação e ninguém apreciaria passar tempo com qualquer um que costumava trabalhar para a Mercile. Aqueles prisioneiros seriam seus pacientes se ela aceitasse o trabalho.
Jessie olhou para todo mundo.
— Vocês vão amar isso. Estão prontos?
Ellie ergueu uma bolacha da bandeja.
— Eu sufocarei se isto estiver em minha boca? Você tem esse tom.
— Sim. Não coma ainda. — Sorriu. — Ele declarou que Obsidian está sendo molestado e estuprado pela Dra. Allison Baker. Ele o chamou de seu paciente impotente.
Todo mundo riu exceto Justice.
— Ele não disse nada sobre isso para mim.
— Bem, ele certamente disse para mim. — Jessie o enfrentou. — Eu tive que ouvir um delírio de quinze minutos. Eu afirmei que Obsidian é duas vezes o tamanho e peso dela, mais forte que três homens normais juntos, e expliquei que o sexo conduz os Espécies. Você acha que ele saberia disso já que ele é o psiquiatra do ONE. Eu disse a ele que estávamos contentes por ela não ter prestado queixas contra ele. Os machos Espécies vão atrás do que eles querem com tanto requinte como um touro em uma loja de porcelana.
Ellie riu.
— Verdade, mas acontece que amamos homens teimosos. — Se inclinou contra Fury, piscando. — Eu amo você.
Um dos braços de Fury envolveu a sua cintura para puxá-la mais para perto.
— Amo você também. — Olhou para Justice. — O que você disse para o psiquiatra quando ele sugeriu matarmos Obsidian? Espero que você tenha rosnado um pouco e mostrado o quão descontente você ficou.
Justice balançou a cabeça. — Eu tive que bancar o bonzinho com ele. E não o chame desse termo. Eu fui assegurado por ele que é ofensivo.
— Kregkor é ofensivo. — Jessie murmurou.
Justice assentiu.
— Concordo. — Segurou o olhar de Fury. — Recusei em matar Obsidian. Kregkor discutiu, mas chegamos a um acordo. Temos que fingir que sua opinião importa durante algum tempo. Nossa equipe de relações públicas acredita que seria bom termos ele como um de nossos funcionários, considerando o que todos nós suportamos. Faz os humanos desconfiados felizes ao acreditar que todos estamos na terapia.
— Vocês todos sofreram com essa merda quando as quatro instalações originais foram descobertas. — Ellie franziu a testa. — Não foi efetivo. Só deixou as coisas piores pelo o que eu ouvi.
— Não foi divertido. — Justice concordou. — Eles não nos entenderam e quiseram ouvir sobre nossos sentimentos.
— Nós ficamos irritados. — Fury murmurou. — Disseram que era natural. — Tinha uma aparência de repugnância em seu rosto. — Isso só nos chateou sendo forçados a conversar com o psiquiatra e perder nosso tempo.
Justice hesitou. — É por isso que os chamamos assim, mas vamos concordar em não dizer isto na frente de Kregkor. Ele é chamado assim frequentemente pelos Espécies que solicita conversar e odeia isto.
Fury bufou.
— Ele não nos entende. É um desperdício de tempo enviar nosso povo para ele.
— Então qual foi o acordo? — Jessie esfregou seu peito.
— Obsidian é possessivo com Allison e não permitirá que ninguém chegue perto dela. Acho que algum tempo separados faria bem. Não podemos deixá-lo atacar nenhum macho que ele ache ameaçador tentando matá-los. Tirá-la da equação por um tempo irá prevenir que isso aconteça. Kregkor exigiu que ela deixasse Homeland imediatamente e concordei em envia-la para Fuller.
Jessie empalideceu.
— Como um membro do pessoal, certo? Não como uma prisioneira?
Ele estendeu a mão e acariciou seu rosto. — Allison trabalhará lá.
Soltou uma respiração aliviada.
— Quanto tempo ela ficará lá? Tive a impressão que ela e Obsidian poderiam estar sentindo algo um pelo outro. Você não pode esperar que eles apenas se esqueçam um do outro se esse é o caso.
— Eu não especifiquei um prazo. Kregkor ficou muito feliz por ela não ter acesso a Obsidian e achei que ir embora ajudaria a Obsidian a se vincular com nosso povo. Veremos como ele fica sem ela e poderemos trazê-la de volta a qualquer hora se ela trabalhar em Fuller. Também dará a Allison uma maneira de se redimir por roubar Obsidian. Seus motivos foram puros e salvou sua vida. Realmente gostaria dela no Centro Médico novamente.
— Nós tivemos que castiga-la. — Fury concordou. — Mas isso não significa que tem de ser para sempre. Ela é uma excelente médica que arriscou tudo para salvar um dos nossos machos. Nós a queremos do nosso lado. — Sorriu para seu filho e beijou sua testa. — Além disso, Salvador a ama e ela o faz sorrir. Eu confio nela com sua vida.
— Kregkor está manipulando dizendo que Allison que deve partir. Breeze insistiu em estar lá. Também quer dizer a Obsidian sobre a decisão que foi tomada. — Justice olhava para o bebê atentamente. — Concordei com ambos pois prefiro estar aqui com meus amigos e companheira.
Jessie se inclinou, seus lábios esfregando sua orelha.
— Ele é adorável. Você quer um filho?
Ele mascarou sua expressão antes de olhar.
— Você não consegue esconder nada de mim. Vejo seu desejo de ir até lá e brincar com ele. Acho que está na hora.
Um sorriso lento curvou sua boca generosa.
— Devemos trabalhar nisto.
— Você vai contratar Allison de volta, certo? Ela é realmente fantástica.
Ele assentiu.
— Definitivamente.
Obsidian queria ir para a casa de Alli, mas a doutora deu ordens para ele não sair. Moon estava próximo a sua cama no quarto pequeno, olhando para ele de vez em quando.
— Eu não devia ter escutado Darkness quando ele disse para permitir que vocês dois resolvessem isso com punhos.
— O macho queria lutar e ele me acusou de abusar da minha fêmea. — Uma emoção perto de arrependimento encheu Obsidian. — Não pretendia machucá-lo tanto. — Talvez não, mas estava com menos culpa depois que lhe disseram que o macho se recuperaria completamente dentro de uma semana.
A porta se abriu e a Dra. Trisha entrou.
— Boas notícias. Você não machucou mais sua cabeça do que antes. Nem precisa de pontos. — Cruzou seus braços sobre o peito. — Embora preciso lhe dar uma injeção.
— Não. Quero ir para Alli. Estou aqui há horas.
A porta se abriu novamente e uma fêmea familiar entrou. Lembrou-se dela e de suas ameaças.
— Breeze.
— Obsidian. Gosto do nome e vejo que se lembra do meu. — Segurava uma bandeja em uma mão. — Não seja um bebê e tome a injeção. — Olhou fixamente para ele desafiadoramente apesar do seu olhar bravo de alerta. — Não estou aqui apenas para ver você ser furado. Precisamos conversar sobre Allison.
— Breeze. — Trisha advertiu, removendo a seringa da superfície de metal.
— Tome a injeção. — A fêmea Espécie continuou a atenção nele. — Depois conversamos.
— Não.
— O que é? — Moon juntou-se a conversa.
Trisha lambeu seus lábios.
— Ordens da doutora. Você não vai sair daqui até que tome isso. Quer esperar por mais tempo, até que você decida? Está tudo bem por mim, mas vou para casa depois disso.
— Dê-me isso. — Apenas queria ver Alli. Ela ficou pálida quando viu seu sangue e não gostou do modo como olhou fixamente para ele depois de saber que lutou por ela.
A doutora limpou a pele em seu braço superior e cerrou seus dentes, esperando dor quando a agulha perfurou sua carne. Os técnicos de Mercile sempre se certificavam de infligir tanta dor como possível quando davam injeções. Obsidian ficou surpreso quando só sentiu uma picada leve antes dela retirar a agulha e jogá-la em uma caixa na parede.
Breeze chegou mais perto.
— Como você se sente?
Pontos apareceram diante de seus olhos e a tontura o fez balançar onde estava sentado na extremidade da mesa. Um gemido baixo encheu o quarto e percebeu que ele fez aquele som. Mãos firmes o agarraram e caiu para trás, aterrissando na cama em vez do chão.
— Que diabos? — Moon rosnou. — O que você fez com ele?
— Precisamos que ele permaneça calmo. — Trisha sussurrou. — Dei a ele um sedativo forte. Vou sair daqui agora. O que for dito não é da minha conta. Não posso repetir algo que eu não ouvir. — Ela parou na porta. — Boa sorte, Breeze. Estou torcendo por ele e por seu plano. — A médica partiu, firmemente fechando a porta atrás dela.
— Que plano? Por que drogamos Obsidian? — Moon chegou mais perto, sua voz profunda de raiva. — O que você fez, Breeze? Esta piada não é engraçada.
— Notou que eu não estou rindo. Temos problemas. O psiquiatra etiquetou seu amigo raivoso como uma ameaça perigosa para todos nós. — Breeze se curvou nele, segurando seu olhar. — Não entre em pânico, Obsidian. Você está seguro. — Olhou fixamente para o outro macho.
— O que? — Moon soou chocado.
— A pior das hipóteses para um macho recentemente libertado. — Breeze assentiu, sua expressão severa. — Ele ameaçou atacar Justice e Fury, lutou com Jericho, e agora esta merda com Destiny.
— Destiny o desafiou e o estava insultando. Praticamente implorou para levar uma surra dele pelos insultos. — Moon rosnou. — Isto é besteira. Certo, Obsidian não devia ter tentado matá-lo, mas ele está ainda aprendendo as coisas. Viemos de uma vida de matar ou ser morto. O que o maldito do psiquiatra espera? Brigas com balão da água e tapas quando ficamos com raiva um do outro?
Obsidian lutou com seu corpo, mas não podia se mover. Voltou no tempo quando despertou com o cheiro desconhecido de Alli da primeira vez. Ele não podia nem mover um dedo dessa vez ou controlar a subida e descida do seu peito. Deram-lhe uma droga forte. Não tinha nenhuma escolha a não ser ferver enquanto escutava a conversa.
— Ninguém quer que chegue a isso. — Breeze olhou para ele novamente. — Pedi a Trisha para sedar você. Sabia que você ficaria muito bravo e macho quando tivéssemos essa discussão. Em outras palavras, irracional e violento. — Olhou para Moon. — Isso até que é legal. Queria poder deixar todos vocês contidos quando tiver que dar notícias ruins. — Seu olhar caiu para ele. — Você está tão dócil e atraente. Estou quase tentada a ver como é beliscar suas bochechas do jeito como as mães fazem com seus jovens na televisão.
Moon rosnou para Breeze.
— Não tire onda. O que nós vamos fazer?
Sua expressão se nublou com severidade.
— Desculpe. Tive um momento raro, mas acabou. — Respirou fundo. — Vou conversar e você vai escutar. Perguntaria se quer isso, mas você não tem escolha.
Ele iria rosnar para ela quando as drogas passassem. Apreciaria assustar a fêmea por vingança.
— Era uma vez em uma terra aqui mesmo. — Breeze sussurrou.
— Droga, Breeze! — Moon a agarrou, a puxando. — Isso não é engraçado!
— Não estava tentando ser. Todos nós ouvimos contos de fada quando éramos crianças. Acho que ele podia relacionar com o porquê temos a pior das hipóteses para os machos recentemente libertados, se entendesse o que aconteceu para causar isso. Ele precisa ouvir a história.
— Eu farei isto. — Moon se curvou, olhando fixamente em seus olhos. — Lá vai a versão condensada. Alguns de nós estava com muitos problemas na cabeça por causa da Mercile e alguns deles conspiraram para matar Justice porque eles não concordaram com ele por ter escolhido uma companheira humana. Você pode se relacionar a isso por causa de como você quer a Dra. Allison. — Sentou-se na extremidade da cama, usando seus braços para se apoiar em ambos os lados dele. — Eles quase o assassinaram e a sua companheira. Morreram tentando e nos fez perceber que nem todos estão bem da cabeça. Faríamos qualquer coisa para proteger nossas companheiras e nossos amigos. Isso inclui matar as pessoas que são um perigo para eles. Você mataria para proteger a Dra. Allison.
— Sua versão é muito direta. — Breeze murmurou.
Moon lançou um olhar repugnado.
— Fique quieta. É assim que os machos se relacionam um com o outro. Ele me entende bem. — Virou sua cabeça de volta para segurar o olhar de Obsidian. — Você bateu em Jericho, ameaçou Justice e Fury, e agora quase matou Destiny quando deveria ter apenas batido nele até que ele não pudesse se levantar ou bater em você de volta. Você é considerado perigoso e isto é uma coisa muito ruim. Não podemos ter alguém caminhando por aí que poderia matar outro Espécie.
— Agora é minha vez. — Breeze empurrou Moon. — Saia.
O macho indecisamente se levantou, andando para longe da cama.
— Seja direta.
— Certo. — Ela se curvou, seu cabelo caindo criando uma cortina ao redor do seu rosto. — Eles mandaram Allison embora para ser médica. Ela está bem, mas a caminho de algum lugar longe daqui onde você não pode vê-la.
Ira ferveu e lutou freneticamente, mentalmente gritando sua frustração. Seu corpo não respondia ao comando de se levantar e encontrá-la. Os instintos martelavam para caçá-la.
Mãos agarraram seu rosto firmemente, deixando-o ciente da fêmea Espécie.
— Seus olhos estão rolando para trás da sua cabeça. Olhe para mim e se concentre.
Ele queria bater nela, mas suas mãos não enrolavam em punhos. Ela ficou em seu caminho, todo mundo ficou, para alcançar Alli.
— Você não pode tê-la de volta a menos que aprenda a se juntar a nossa sociedade.
Ninguém poderia mantê-lo separado de Alli. Ele sairia de Homeland se a levassem. Não importava quanto tempo ou a que distância ele tinha que ir, mas a acharia.
— Eu posso imaginar o que você está pensando e conspirando. Estaria fazendo o mesmo. Eles terão que matar você antes de permitirem que você escape de Homeland. Você é perigoso e os humanos iriam entrar em pânico em ter um Espécie selvagem livre no mundo lá fora. Eles têm armas que você nunca viu antes e sua força não importaria. Você não sobreviveria um dia. Você a quer de volta? Pode tê-la, mas deve controlar seu temperamento. — Alisou o cabelo em sua testa. — Você pode morrer ou pode aprender o que precisa para sobreviver aqui. Nós traremos Allison de volta para você se você mostrar-lhes que não é perigoso.
Moon de repente caminhou em volta da cama, jogou o cabelo de Breeze para trás e curvou seu rosto para mais perto para ficar em sua linha de visão. — Estamos do seu lado e vamos ajudá-lo. Você precisa controlar seus impulsos. Pense no passado nas vezes que você queria matar um técnico, mas resistiu porque causaria dano a sua companheira.
Obsidian mais que se lembrava disso, fez isso incontáveis vezes.
— Vai ser assim. Pareça esfriado e controlado, razoável quando não estiver e poderemos trazê-la de volta para você.
— Não somos seus inimigos. Isso é algo que você precisa aprender. Você deixou todo mundo com medo e agora precisa mostrar a eles que você não está tão ruim que não possa se adaptar a seu próprio povo. Somos uma família, Obsidian. Eu sei que você esta enfurecido, mas a única maneira de ter Alli de volta é se adaptando. Não é justo, não foi nossa decisão, mas é a verdade.
— É. — Moon concordou. — Pense nisso. Aprenda a se controlar enquanto as drogas saem do seu sistema. Quando sair dessa cama vai determinar se você vive ou morre.
Breeze assentiu.
— Queremos que você tenha Alli. Ela está dependendo de você para isso, então eles a trarão. Ela não queria deixar você, mas a obrigaram. Ela está apavorada com o ideia de você morrer. Devia ver suas lágrimas. Eu prometi a ela que faríamos qualquer coisa para ajudar você a sobreviver. Não a decepcione.
Aquela declaração o fez fechar seus olhos. Ela está sendo machucada? Quem está com ela? Onde ela está? Ela está com medo? Odiava a impotência que sentia.
Uma mão masculina agarrou seu ombro e abriu os olhos olhando fixamente para Moon.
— Você está preocupado com ela? Ela está segura. Ninguém ousaria prejudicá-la. Ela só não está mais aqui. Ninguém a está mantendo prisioneira ou abusando dela. Ela receberá moradia semelhante a que tem agora. Relaxe. Prove que você não é mortal e ninguém sentirá a necessidade de protegê-la de você.
Ele nunca prejudicaria sua Alli.
— Nós a traremos de volta. — Breeze suavemente jurou. — Ela é minha amiga e você vai ser meu amigo também. Você pode ser teimoso, mas eu também sou.
Seus olhos se fecharam novamente. Precisava pensar.
Três meses mais tarde
— Ele parece muito bem. — Alli abraçou a própria cintura, dominada com tantas emoções que não estava certa de qual era a mais forte. Obsidian jogava futebol com mais de uma dúzia de machos no quintal lateral próximo ao dormitório dos homens. Seu cabelo estava solto, os fios sedosos sopraram no vento, e seus dedos se dobraram com o desejo de tocá-lo.
Ele engordou mais, julgando pelos seus braços e peito, que estavam exibidos na camiseta vermelha que também acentuavam sua pele mais bronzeada. Atravessou a grama descalço, chutou a bola e passou do goleiro. Ele girou, estava certa que ele sorriu e bateu na mão de outro macho vestindo uma camisa da mesma cor.
— Ele está mais saudável e mais forte. — Breeze concordou. — Ele não está tão magro como você o viu pela última vez. Eu te disse tudo isso quando você chegou. Você acredita em mim agora? Por que estamos dentro do quarto de Smiley espiando seu macho?
Esse era o problema. Ele ainda é meu? O medo envolveu seus tentáculos de gelo ao redor do seu coração. Ela estava uma bagunça desde que recebeu o telefonema a três horas de Homeland. Ofereceram a opção de visitar Obsidian. Era um sonho se realizando, mas ao mesmo tempo a preocupação quase lhe deu uma úlcera.
Dezesseis semanas e três dias se passaram desde que foi escoltada por alguns membros da força tarefa do ONE para um de seus furgões. A prisão Fuller era menos de uma hora de Homeland. O novo chefe era um idiota com um complexo de Napoleão, mal o tolerava. A instalação inteira era contida por paredes altas semelhantes à Homeland, mas era muito menor. O trabalho era terrível, mas suportou tratar os prisioneiros, esperando conseguir o telefonema dizendo que ela podia ver Obsidian.
— Allison?
Recusou-se a afastar o olhar do homem que amava enquanto corria pela grama.
— Sim?
— Você está bem? Foi ruim em Fuller?
— Pensava nele todo dia. Ajudou a lutar contra a solidão.
— Você não fez novos amigos? — A voz de Breeze chegou mais perto.
— Não. — Empurrou para trás as lembranças desagradáveis do tempo que passou longe. — Era um sorteio de quem era mais ofensivo, os prisioneiros ou os guardas.
— Eles se ofereceram compartilhar sexo com você?
Muitas vezes para contar. A pergunta a deixou curiosa o suficiente para virar sua cabeça e olhar para sua amiga.
—Eu era a única mulher trabalhando lá. O que você acha?
Breeze cheirou alto.
— Eu não cheiro macho em você. Foi só isso? Você formou um laço com outra pessoa?
— Claro que não. — Respirou para se acalmar, a resposta afiada revelando mais da sua raiva. — Desculpe. Vamos apenas dizer que não é o melhor trabalho no mundo. Eu seria bilionária se conseguisse um dólar por toda vez que um deles desce em cima de mim. — Olhou de volta para a janela do apartamento do terceiro andar para localizar Obsidian. — Ele sentiu a minha falta? — A esperança subiu enquanto o via chutar a bola.
— Ele não fala de você de jeito nenhum.
Ai. Sentiu uma punhalada em seu coração como se uma faca fosse empurrada.
— Ele perguntava a princípio, talvez duas semanas. Depois ele parou.
— Oh.
— Acho que o deixava muito bravo.
Alli olhou para trás.
— Comigo?
— Por você ter ido embora. Ele sabe que não o abandonou. Eu não deixei nenhuma dúvida de que você não teve nenhuma escolha. Moon e eu fomos muito diretos com ele. — Abaixou a voz. — Embora eu quisesse chegar nele mais suavemente.
— O que isso quer dizer?
Breeze chegou perto o suficiente para olhar lá fora.
— Moon e eu tínhamos ideias diferentes da melhor maneira de lidar com Obsidian. Mas funcionou bem. Ele fez amigos e tem um trabalho.
— Sério? — Isso era boas notícias.
— Muitos amigos. Moon o ensinou ao dirigir e acertou quando acreditou que ele se sairia bem entregando coisas por Homeland.
Queria perguntar sobre mulheres, mas não conseguiria suportar ouvir a resposta. Poderia muito bem partir seu coração se Breeze nomeasse aquelas com quem Obsidian dormiu. Virou-se, localizando-o novamente. Não era difícil de fazer isso desde que seu olho estava naturalmente direcionado à sua estrutura alta. Era uma tortura estar tão próxima e ao mesmo tempo tão longe dele.
— Você não está curiosa?
— Sobre o que?
— Se ele criou algum vinculo com outra fêmea.
A punhalada em seu coração se transformou em uma lança. Não disse nada, nem olhou para trás, incapaz de enfrentar a possibilidade. Em sua mente, gostava de imaginar que ele estava ansioso por ela tanto quanto ela estava por ele. A coisa ruim sobre sonhar era que a realidade tinha que vir para colidir em certo ponto.
— Allison?
— Não diga. — Sussurrou. — Não quero saber. — Não poderia suportar isso.
— Você não mais se importa com Obsidian? Estou surpresa.
Sua cabeça girou, boquiaberta para Breeze.
— Ainda o amo. Nem um dia se passou sem que eu me preocupasse com o fato de que ele poderia encontrar outra pessoa e esqueceria tudo sobre mim. Eu apenas... — Emoção a sufocou.
Um sorriso tocou os lábios da Espécie.
— Não houve nenhuma. Ele recusou todas as ofertas de compartilhar sexo.
Os joelhos enfraqueceram de alívio.
— De verdade?
Assentiu com a cabeça.
— Ele disse que estava farto das fêmeas.
Esse alívio durou pouco.
— O que isso quer dizer?
— Sua companheira o rejeitou e ele foi separado de você. Ele disse que não queria outra fêmea para ser importante para ele.
Olhou de volta para a janela, sofrendo calada.
— Houve muitas mulheres que deram em cima dele? — Era patético perguntar, mas não podia resistir.
— Muitas. Ele é atraente e misterioso para nosso povo, pois é diferente. Estão acostumadas a serem procuradas pelos machos e ele não é de perseguir.
Breeze deu em cima dele? Mordeu essa pergunta de volta, sufocando-a em um cobertor de ciúme. Era estúpido se sentir desse modo já que ele não era dela. O remorso era uma pílula amarga para engolir. Devia ter assinado aqueles documentos de companheiro. Teria dado acesso a ele mais cedo, possivelmente até evitando que ela fosse mandada embora em primeiro lugar.
— Ele é também extremamente educado e cortês. Muitas de nossas fêmeas estão encantadas com ele quando ele entrega pacotes e materiais para elas durante seus turnos de trabalho. Alguns acreditam que ele seja muito tímido para tocá-las enquanto outros acham que ele poderia estar muito envergonhado de revelar sua pele nua se tiver cicatrizes.
Isso deixou Alli não apenas surpresa, mas boquiaberta para Breeze. Tinha que ser uma piada, mas não havia uma pitada de sorriso ou humor quando a estudou de perto. Havia muitas maneiras que Alli poderia descrever Obsidian, mas nenhuma delas se encaixava com o homem que conhecia. Ele era agressivo, um valentão, teimoso, direto, e às vezes completamente primitivo. Também não tinha um osso modesto em seu corpo quando era para ficar sem roupas ou tirá-las de uma mulher.
— Obsidian? — Talvez Breeze começou a falar sobre outra pessoa e estava muito distraída para notar.
— Sim. Ele é muito encantador e dócil agora. Ele está realmente aceitando a vida de Espécie. Você deveria estar muito orgulhosa dele.
Virou-se para a janela novamente, não querendo que Breeze visse sua dor. Parecia que a ida dela poderia ter sido a melhor coisa que aconteceu com ele. Sua personalidade sofreu uma mudança drástica e prosperou em sua ausência. A culpa a incomodava quando identificou sua decepção. Não era certo, mas esperava que ele estivesse como um urso com um espinho preso em sua pata e só ela poderia fazer tudo melhorar quando retornasse. A realidade deu um chute bem forte em seu traseiro.
Obsidian riu de algo que alguém disse, sorrindo tanto que podia ver o branco de seus dentes de três metros no alto. Parecia muito feliz e despreocupado enquanto jogava e interagia com seus novos amigos. Achou um lar finalmente e ela não era uma parte disto.
Breeze tocou em seu ombro.
— Eles irão acabar logo e se espalhar quando o jogo terminar. Precisamos nos apressar para ter certeza que não teremos que persegui-lo para outro local. Ele ficará surpreso em ver você.
— Ninguém disse a ele que eu viria? — Imaginou que eles contariam, mas obviamente estava errada.
— Nós achamos que seria melhor se ele apenas visse você.
Cautelosamente enfrentou Breeze, a estudando. A única razão para evitar dizer a ele de sua visita era se esperassem que ele recebesse as notícias de forma negativa. Pediu para vê-lo de longe para só assim não agir como uma idiota boquiaberta ou se jogar em seus braços. Apesar do tempo o olhando não conseguiu se recompor. Apenas mostrava como ele não gostava mais dela.
A outra mulher evitou fazer contato, seu sorriso pareceu um pouco forçado.
— Vamos.
Alli não se moveu.
— O que esta acontecendo? Por que ele não foi informado de que fui convidada para visitá-lo?
Breeze olhou para o chão, para a parede, até para o teto antes de finalmente encontrar seu olhar.
— Não estávamos certos de como ele responderia. Ele se recusa a falar de você de qualquer jeito. Toda vez que Moon ou eu, qualquer um, dizia seu nome ele apenas saia. Nenhuma discussão, nenhuma explicação. Apenas nos evitava por um dia.
Isso foi realmente desanimador.
— Leve-me de volta para os portões. A força tarefa está esperando lá para me levar de volta para Fuller.
Olhos marrons escuros se estreitaram.
— Nós vamos surpreendê-lo lá embaixo.
— Estou indo embora. — Alli se aproximou para dar a volta em Breeze rumo à porta.
A mulher agarrou seu ombro, segurando-a rápido.
— Não tão rápido.
Frustração, medo da aflição desconhecida e possível batalhada com a mágoa. — Você não disse a ele que eu estava vindo e disse que ele fica com raiva só de ouvir meu nome. É óbvio que ele não irá querer me ver. Eu não vou fazer isso comigo mesma.
— Fazer o que?
— Vê-lo me rejeitar. — Admitiu. — Isso iria me despedaçar.
— Ir embora sem conversa com ele faria o mesmo. Você não saberá como ele reagirá até que o enfrente. Vocês dois uma vez tiveram um vinculo. A atração podia ainda estar muito viva.
Estava por parte dela, mas de Obsidian não sabia. Todos os medos que teve dele usando-a como suporte para superar a dor de perder sua companheira e despertar em um novo mundo trouxe inseguranças novamente.
— Você lamentará partir sem pelo menos dizer oi. O que pode machucar?
— Destruiria-me se ele olhar para mim diferente de como costumava olhar. — Sussurrou, admitindo seu medo mais profundo. — Eu ainda o amo. Eu nunca deixei de amá-lo.
Breeze suspirou suavemente.
— Você não saberá até que o enfrente. O amor é tão complicado. Estou contente por não sofrer disso e espero nunca sofrer. É impressionante como pessoas espertas e fortes se transformam em idiotas assustados, uma vez que seus corações estão envolvidos. — A mão caiu. — Vamos acabar logo com isso. Na melhor das hipóteses, você estará lidando com um macho que está faminto de sexo e compensará o tempo perdido entre vocês dois. Na pior das hipóteses, ele declarará que sua visita foi um engano. Você terá sua resposta de qualquer maneira.
— Estou apavorada.
— Ele não prejudicará você fisicamente. Posso garantir isto.
— Não é disso que eu tenho medo.
— Eu sei. Estava tentando usar humor durante um momento estressante. Grande falha da minha parte. Vamos. Você está ainda enrolando.
— Você não deveria avisá-lo primeiro ou algo do tipo? Dê a ele um minuto para pelo menos deixar absorver que eu estou aqui antes de ser confrontado?
Breeze entendeu sua mão, arrastando.
— Boa tentativa, mas não. Agora é uma boa hora.
Alli tropeçou algumas vezes, suas pernas pesadas de medo. Seu mundo poderia cair em sua cabeça. Não havia nenhuma barreira mental que pudesse erguer que a protegeria se o tempo que passaram juntos foram momentos dos quais ele se arrependia.
O jogo ainda estava acontecendo quando deixaram a porta lateral do dormitório. Alguns machos estavam sentados na grama na sombra do edifício. Alli podia sentir seus olhares girando em seu caminho, mas só tinha olhos para Obsidian. Estava ligeiramente curvado, vendo a bola ser prestes a ser jogada na linha secundária de onde saiu, mas franziu a testa quando o macho que segurava a bola parou.
Os outros jogadores começaram a girar em sua direção, olhando-a se aproximar com Breeze. Estavam fascinados por ter duas mulheres no jogo ou sabiam quem era Dra. Allison Baker. Obsidian finalmente percebeu que havia uma agitação e olhou.
Avistou Breeze primeiro e abertamente sorriu, dando boas-vindas a sua presença. Seu olhar moveu-se para Alli. Ela parou de caminhar, incapaz de se mover quando sua expressão endureceu, ficou fechada e seus olhos escuros se estreitaram.
— Allison veio para falar com você. — Breeze declarou alto. — Ela não parece maravilhosa, Obsidian?
Alguém rosnou e Alli tinha certeza que o som infeliz veio do homem que amava. Machucou quando girou sua cabeça para dizer algo para um dos machos mais perto dele. Desejou que o chão se abrisse abaixo dela, só para levá-la para algum lugar escuro, onde poderia desabar reservadamente longe dos olhos curiosos de todo mundo. Obviamente não teve muito prazer em vê-la enquanto continuava a ignorá-la.
Seu salto atingiu a grama quando andou para trás para fazer uma retirada precipitada. Breeze a salvou de uma queda embaraçosa segurando seu braço. A Espécie silvou.
— Ele está sendo um imbecil.
— Obrigada. — Suavemente saiu de seu aperto. — Estou indo embora.
— Não vá. Dê um tempo a ele.
Alli girou, cuidadosamente prestando atenção a seus passos à medida que fugia. Era difícil manter uma caminhada rápida quando realmente queria correr. O homem que conhecia nunca a teria evitado, mas evitou. Parecia mais do que uma mudança na aparência. O pesar ameaçou cair, junto com as lágrimas que lutava para conter.
Conseguiu chegar à frente do edifício onde uma escolta estava inclinado contra um Jipe. Flame sorriu quando a viu.
— Isso foi rápido. Você está pronta para ir, Dra. Allison?
— Sim. — Desesperadamente tentou ficar inteira até pudesse se romper sozinha. — Por favor.
Ele notou seu estado aflito.
— Você está bem?
— Estou bem. — Mentiu.
Nitidamente assentiu. — Há algum outro lugar que você gostaria de visitar enquanto está em Homeland?
— Não. Apenas me leve para o portão principal.
Interiormente estremeceu ao ouvir o tom de sua voz. O oficial Espécie estudou seu rosto suspeitosamente. Suas próximas palavras confirmaram isso.
— Um macho lá dentro assustou você? Você não está bem. — Sua mão pegou a dela, dedos longos se enrolaram em volta da parte de trás e segurou. — Estou aqui. Converse comigo e conte-me o que aconteceu.
— Não toque nela. — Rosnou uma voz profunda, masculina.
A coluna de Alli endureceu. Lembraria-se desse tom severo e bravo em qualquer lugar. E do homem.
— Qual é o problema, Obsidian? — Flame soltou, franzindo a testa para algo atrás dela. — Eu não estava machucando-a. Ela está aflita por causa de algo que aconteceu lá dentro.
Vire-se. Olhe para ele. Sua mente ordenou fazer isto, mas seus pés estavam presos no concreto. Apenas não conseguia fazer isso. Por que ele sequer a seguiu para a rua?
— Eu esperei três meses para conversar com você e você não podia esperar dois minutos para conversar comigo? Eu estava me retirando do jogo. — Sua voz ainda estava profunda, mas não tinha mais aquelas notas rústicas de antes.
Engoliu com força e se moveu, enfrentando-o lentamente. Ele estava apenas a alguns centímetros de distância, estava incrível. As mudanças em seu rosto eram mais evidentes de perto enquanto estudava cada centímetro dele. Suas bochechas estavam mais cheias, as cicatrizes enfraqueceram ou só estavam escondidas pelo cabelo mais longo junto a suas têmporas. O sol escureceu sua pele das horas que deve ter ficado do lado de fora.
A lembrança de seu olhar fixo poderoso empalideceu em comparação com o que era realmente. Seus olhos pareciam um marrom mais suave do que se lembrava, mais bonito, e seus cílios pretos mais longos. Ele piscou, mas não se moveu enquanto olhavam um ao outro.
— Está tudo bem? — O oficial Nova Espécie perguntou, mas o ignorou.
— Vá embora, Flame. — Obsidian falou. — Agora.
—Estou atribuído à Dra. Allison enquanto visitar Homeland. — Flame não recebia bem ordens. — Eu não posso.
O olhar de Obsidian afastou-se dela, rompendo o contato.
— Vá embora, Flame. — Fez uma cara feia.
— Eu serei responsável pelo seu bem-estar. Precisamos conversar em particular.
— Oh. Hã. Certo. Darei um passeio. Talvez pegar um sanduíche lá dentro. — Ele contornou-os caminhando para a porta da frente do dormitório rapidamente.
— Oi. — Conseguiu sussurrar, limpando sua garganta, e falou mais alto. — Você ganhou peso. Parece bem.
Ele olhou fixamente para ela novamente e seu franzido aprofundou. O momento desconfortável era doloroso. O sonho de vê-lo novamente estava sendo difícil. Não respondeu.
Decidiu tentar novamente.
— Eu vi você jogando futebol. Estou contente por ter feito tantos amigos.
Silêncio. Ele piscou, com o franzido ainda firme arruinando a pele sombreada nos lados de seus lábios.
Talvez devesse fazer uma pergunta, algo para responder. Valia a pena tentar.
— Como você está?
Sobrancelhas se ergueram, alargando seus olhos ligeiramente. Não respondeu.
Uma lenta chama de raiva e tristeza se mesclaram dentro dela.
— Você me seguiu até aqui para ordenar a Flame para não me tocar porque queria ter uma competição de olhares? É isto?
— Esperei por três meses para ver você e você não podia esperar um minuto para eu me retirar do jogo?
Deu um passo, parou, depois de outro. Abaixou-se na frente dela e não teve nenhuma ideia do por que ele fez isso. Olhou para o chão entre eles para ver se talvez soltou algo, mas de repente se agachou nela como se fosse realizar um combate. Bateu em seus quadris com força suficiente para cair, mas nunca caiu no chão. Endireitou-se enquanto continuou a percorrer seu corpo e a jogou em cima do seu ombro como se fosse um saco de batatas. Uma mão agarrou seu traseiro firmemente para segurá-la no lugar enquanto seu outro braço enganchou atrás dos joelhos para prendê-los contra seu peito.
— Nós não vamos fazer isso aqui. — Murmurou, girando rápido o suficiente para deixá-la tonta antes de ir à direção do dormitório.
Alli ficou surpresa por estar caída em cima do ombro de Obsidian enquanto a levava para dentro da porta. O som de homens conversando cessou instantaneamente assim que as portas se fecharam.
— Há um problema, Obsidian?
Torceu-se tentando identificar quem falava, mas seu cabelo e o dele a cegaram.
— Não. Estou indo para meu quarto. Essa é Alli. — Continuou em movimento, sem diminuir a velocidade do passo. — Ela está me visitando.
— Hã, certo.
— Divirta-se? — O tom de voz hesitante e inseguro do sujeito foi claro.
— Parece que ele não é imune as fêmeas afinal. — outro riu. — Não a quebre.
— Obrigado pelo conselho! — Obsidian gritou. — Eu agradeço.
Ele não pegou o elevador, ao invés disso subiu os degraus, chacoalhando-a com cada passo. Seus quadris saltavam de seu ombro largo e estava agradecido por estar muito nervosa depois de receber o telefonema de Homeland para almoçar. Ele virou no segundo andar e andou depressa pelo corredor atapetado, via apenas vislumbres enquanto seus cabelos balançavam em seu rosto. Parou, abriu uma porta e entrou.
Estavam a sós em seu quarto. As fechaduras clicaram, o som alto foi distintivo. Afastou-se da porta, deu quatro passos longos e parou. Gemeu quando a jogou no sofá, não foi gentil realmente. Foi uma aterrissagem suave, mas dura o suficiente para tirar uma respiração de seus pulmões.
Obsidian se levantou de cima dela parecendo qualquer coisa exceto calmo ou reservado quando focou em seu rosto. Seus lábios estavam separados, as presas se mostravam e seus olhos estavam estreitados para ela. — Alli.
Ele disse seu nome de um modo que a deixou incerta se deveria sentir medo ou ficar feliz. O tom rouco estava certamente cheio de emoção. Apenas não sabia qual. Raiva ou paixão?
— Levante-se.
Contorceu-se um pouco para se sentar e usou o braço do sofá para ajudar a ficar de pé. Seus joelhos conseguiram segurá-la quando colocou peso em suas pernas. Ele estava perto o suficiente para tocá-la se avançasse alguns centímetros, mas apenas ergueu seu queixo até olhar em seu rosto.
— Tire sua roupa.
Sua mente ficou branca, recusava-se a funcionar, então sua demanda foi absorvida.
— O que?
Chegou com sua cabeça um pouco mais perto.
— Tire suas roupas.
Sua boca se abriu, isso era a última coisa que esperava que ele dissesse.
— Faça isto ou eu as arrancarei de você. — Sua respiração aumentou enquanto seu peito largo subia e caia mais rápido. — Meu controle está no limite.
Permaneceu imóvel, tentando dar sentido ao que estava acontecendo. Ele a ignorou e a levou para seu quarto, e agora queria deixá-la nua. Uma palavra escapou.
— Por quê?
— Caso contrario seria difícil te virar, te curvar em cima da parte de trás do sofá e te foder.
Afundou de volta no sofá quando seus joelhos ficaram iguais a geleia. Obsidian se abaixou na frente dela. — Você quer que eu pegue você desse jeito? — Seu olhar desceu por seu corpo, parando nos seios, mas concentrou-se entre suas coxas. — Estou com fome.
Alli estendeu a mão e as pontas dos dedos roçaram seu rosto. Ele olhou para cima. Cem perguntas enchiam sua mente. Estava confusa, não sabia nem por onde começar. Sua boca se apertou em uma linha branca e suas mãos agarraram as extremidades das almofadas em ambos os lados de seus quadris.
— Eu entendo. — Seus olhos se fecharam. — Diminuir a velocidade. Muito rápido. — Rosnou. Seus olhos se abriram e seu tom mudou, soando mais tranquilo. — Eu disse que senti sua falta?
Pareceu como se mil quilos saíram de seu peito. Aquela confissão foi uma das melhores coisas que já ouviu. Ele não se esqueceu dela afinal. Estava muito certa de que ele conversava consigo mesmo quando fechou os olhos. Significava que estavam ambos nervosos.
— Você sentiu?
Seus olhos se fecharam novamente enquanto seu nariz se alargou, chegando mais perto enquanto inclinava sua cabeça. Ele vai me beijar? Seu coração bateu forte e lambeu seus lábios em antecipação. O rosto de Obsidian se enterrou contra o lado de sua garganta, respirando-a enquanto o nariz se aninhava a sua pele. Um gemido suave veio dele.
— Você ainda cheira a comida. — Falou. — Você sabe com que frequência eu comi torrada francesa só para me lembrar de você?
Sua mão deslizou em seu cabelo, acariciando a massa sedosa enquanto sua outra mão agarrava um ombro largo. Ele se apertou mais contra seu corpo, seu peito firme e sólido. Queria se agarrar nele e só resistiu por um segundo antes de firmemente abraçá-lo, ambos os braços escorregaram por suas costas.
— Eles mandaram você embora. — Falou. — Fiquei louco. — Seu nariz se esfregou em sua garganta, uma mão deslizou por trás de suas costas para puxá-la contra ele. — Precisei de você.
— Eu também. — Admitiu. — Tanto. Todo dia.
Obsidian bateu contra seu joelho e ela abriu as coxas para permitir encaixar seus quadris entre eles. Ele realmente estava maior, o peso que ganhou ao longo dos meses não só era visível, podia senti-lo. Essa não era a única coisa que parecia maior. A pressão rígida de seu pênis cutucava contra sua vagina.
— Você cheira tão bem. Tão minha.
Sua respiração quente fez sua pele se arrepiar. Arrependeu-se de não ter tirado as roupas quando a ordenou, odiando as barreiras entre eles. Tudo o que queria era estar pele com pele com ele.
— Deixe-me sair.
— Não. — Puxou-a para mais perto. — Nunca.
— Eu quero você.
Aquelas três palavras tiveram um efeito poderoso nele. O ar encheu seu peito o suficiente para esmagar contra o dela quando nitidamente inalou e um rosnado estrondoso foi a coisa mais sensual que ouviu em três meses. A mão nas suas costas desceu até que agarrou seu traseiro, empurrando-a mais firmemente contra seu pênis.
Alli suavemente gemeu quando seus quadris balançaram, roçando contra seu clitóris com o arrastar de sua seta longa, dura. Nem as roupas podiam intimidar o prazer. Ele se esfregava contra ela em passos lentos e fixos que tirou todos os pensamentos de sua mente. Suas mãos agarraram sua camisa, arranhando, buscando pele.
Os dois ofegavam, gemidos baixos encheram o quarto, e seus dentes beliscaram a curva onde seu ombro começava. A sensação de suas presas a deixou queimando, as pontas afiadas não rasgaram a pele, mas o perigo estava lá.
— Minha. — Gemeu próxima a sua orelha quando a beijou mais em cima, arrastando sua língua quente ao longo do caminho.
Oh sim, concordou. Toda sua. Seus quadris se moveram um pouco mais rápidos, a fricção entre eles aumentando enquanto aqueciam. O êxtase primitivo pairando fora do seu alcance. Nem se importou se gozasse mais rápido que um foguete saindo. Muito tempo se passou, muitas noites sozinha com a lembrança das vezes que estiveram juntos. A fantasia não era tão boa quanto a realidade.
Rosnou e seus quadris empurrando de forma selvagem, forte e foi o suficiente. Foi o último pequeno elemento que precisava para gozar. O clímax concentrou-se onde seus corpos se tocavam e gritou seu nome antes de sua respiração ser roubada quando seu cérebro foi atingido com a primeira explosão afiada de êxtase.
Eles agarraram um ao outro, juntos, e o calor percorreu seu ventre até suas roupas. Obsidian gozou com ela. Ele ficou imóvel, mas seu aperto não se aliviou. Não se importou de ter dificuldade para recuperar a respiração, sendo apertada entre ele e a parte de trás das almofadas do sofá.
Seus olhos estavam fechados e os manteve desse jeito, carinhosamente explorando suas costas com as mãos. Queria sentir sua pele lisa, quente. A blusa estava no caminho e se recusou a deixar espaço suficiente entre eles para removê-la. Às vezes tinha medo de que nunca tivesse essa oportunidade novamente.
Obsidian manteve um aperto forte na pequena fêmea que segurava. Alli cheirava exatamente do jeito que se lembrava e estava agradecido por ela não ter mudado seu cheiro. O inchaço de seu pênis retrocedeu, mas se recusou a soltá-la.
Era mais do que o modo que ela parecia se encaixar contra ele que o fez resistir a soltar seus braços dela. Ela percebeu que ele gozou em sua calça. Não era seu momento mais orgulhoso ou como ele queria que seu primeiro encontro sexual fosse. Só não foi capaz de parar quando gemeu enquanto acariciava seu pênis contra ela.
Mova-se, ordenou sua mente. Queria recuperar o momento e fazê-lo direito. Moon lhe disse repetidamente que as fêmeas gostavam de romances e machos que tinham paciência. Aquele conselho foi perdido na necessidade de reconectar-se com ela.
Moon e Breeze não mentiram para ele todas as vezes que juraram que levaria Alli de volta para ele. Isso tudo valeu a pena. Lutou contra sua ira no começo quando as pessoas diziam querer o que eles acreditaram ser o melhor para ele, levaram a fêmea que pertencia a ele. Era esperto e se adaptava bem a aprender o jogo que precisava jogar. Agiu educadamente, dizia as palavras que queriam ouvir e era um Espécie modelo. Sua recompensa massageava suas costas pela camisa. Alli.
— Envolva suas pernas ao redor de mim. — Exigiu. — Segure-se.
As pernas dela se ergueram e envolveram sua cintura, ele ajustou o abraço sustentando seu traseiro e o meio das costas dela. Levou muita força de vontade para ignorar a umidade desconfortável de sua calça agarrando seu pênis quando a levantou. O apartamento não era grande, mas era seu espaço. Foi para o quarto em dez passos largos.
Seu olhar percorreu o quarto com aborrecimento. Não sabia que ela chegaria se não teria juntado as roupas que jogou no chão. A cama não estava feita, mas mudou os lençóis na véspera. Cheirou sem captar nada ofensivo exceto seus sapatos no armário. Estava fraco o suficiente que duvidava que seus sentidos humanos captassem. Sua paixão também provocou seu nariz e o torturou com o desejo de deixá-la nua. Sentia falta de tudo nela, mas especialmente o doce gosto de Alli na agonia da excitação e liberação.
Ela empurrou a cabeça para trás o suficiente para olhá-lo nos olhos. Sua cor azul o sugou e o prendeu. Seu pequeno nariz era adorável e ela também era. Sua atenção foi para seu sorriso hesitante e gemeu. Não conseguiu beijá-la muito antes de pegá-la, mas nada tinha danificado sua memória.
Lábios macios se abriram sobre os seus, sua boca quente e acolhedora enquanto sua língua encontrava a dela. Fez seu pênis se endurecer de ciúme. A ideia de penetrá-la de ambos os jeitos o persuadiu a dar mais um passo até que suas pernas baterem no lado da cama. Rompeu a conexão, precisava tirar a roupa deles. Suavemente a desceu em vez de jogá-la no colchão.
— Tire a roupa. — Ordenou, esperando que desta vez ela obedecesse.
Ela o soltou quando se afastou dela. Recuou tirando sua camisa. Esta foi para o chão quando a jogou e depressa desabotoou sua calça. Alli não pareceu notar que a frente da sua calça estava molhada onde seu sêmen a encharcou e usou todo o material para esfregar em sua pele para remover a evidência. Ela se deitou de costas, ergueu suas pernas e tirou cada sapato.
Satisfação o atingiu quando ela nitidamente não os colocou no chão, mas ao invés disso os jogou sem nenhum cuidado. Não olhou para ver onde aterrissaram, sem querer perder a visão dela desnudando cada centímetro do seu corpo para seu prazer. Seus quadris se levantaram enquanto tirava sua calça e isso só deixou seu pênis mais duro.
Depressa, silenciosamente pediu. Precisava dela. Queria ela. Tinha que tê-la. Suas mãos agarraram suas coxas apenas para ajudá-la. Ela não tinha outra roupa e não queria que ficasse com raiva se a rasgasse.
A visão de sua calcinha azul o fez rosnar, sem estar feliz por ela ainda vestir o obstáculo irritante. Disse que se livrasse de todas elas, mas desobedeceu. Maneiras de ensiná-la o porquê não deveria vesti-la imediatamente fez seu pênis pulsar em antecipação. Brincaria com sua vagina até que implorasse que a montasse. Seria um lembrete de não vesti-la antes dele fazer isto.
Jogou a calça para longe e seus dedos engancharam nas delicadas tiras do minúsculo pedaço cobrindo seu sexo para levantar seus quadris novamente. A curva de seu traseiro nu quase tirou seu controle enquanto pairava em cima dos lençóis. Queria uma visão dela de outro ângulo, ela curvada na frente dele com suas mãos presas em ambos os lados para segurá-la no lugar enquanto batia contra ela com seu pênis enterrado dentro profundamente. Sentou-se até tirar a calcinha da extremidade da cama e finalmente removeu a blusa. O sutiã escondia seus mamilos e rosnou novamente.
— Você está bem? — Parou.
— Tire!
— Um pouco impaciente?
Sorriu como se fosse divertido, algo que não podia compreender. Não havia nada de engraçado no quanto ele almejava conseguir um vislumbre daqueles mamilos rosados que queria lamber e chupar.
— Alli. — Advertiu. — Já faz muito tempo.
O sutiã deslizou por seus ombros depois que abriu o fecho nas costas, desnudou seus bonitos montes macios com pontas tensas. Abriu seus joelhos, revelando a vagina brilhando como se ele precisasse de incentivo para juntar-se a ela. Lutou para manter o controle. Queria que fosse bom para ela também. Ela rolou de lado, elevando suas mãos e joelhos. Seu cabelo caiu sobre um ombro quando jogou sua cabeça para trás, se ajustou um pouco até que seu traseiro ficou para cima e sorriu à vista de sua surpresa.
— Eu sei. Estou molhada, tão pronta, e eu quero você. — Sua língua lambeu seus lábios. — Sonhei com você me montando. Pegue-me.
Impulsos animalescos surgiram muito fortemente dentro dele que o desequilibrou um pouco. Não esqueça a educação, vá devagar, foi o conselho de Moon em como tratar uma companheira humana. Seu joelho mergulhou na cama enquanto o colocava na beirada da cama e seu olhar desceu para o traseiro dela. Era pálida e arredondada, exuberantemente curvada. Queria agarrá-la com ambas as mãos só para apertar.
Suas costas se curvaram, levantou seu traseiro mais alto e abriu suas coxas o suficiente para dar-lhe uma visão da fenda de sua vagina. Rosa, o paraíso escorregadio que queria entrar estava bem na frente dele. Balançou seu traseiro o suficiente para fazê-lo querer uivar.
— Entre em mim lentamente. — Pediu. — Já faz um tempo e você está maior. Acho até que ganhou um pouco de peso aí também.
Olhou para seu pênis depois para sua vagina. Ligeiramente esfriou sua furiosa luxúria. Não queria machucá-la. Suas mãos hesitaram em seus quadris quando chegou mais perto.
Alli abaixou seu peito o suficiente para que seus mamilos tocassem os lençóis e mordeu seu lábio, vendo-o olhá-la. — Não me torture, Obsidian. Quero sentir você dentro de mim.
Ele não estava a torturando, isso era o que ela estava fazendo com ele. Ajustou suas pernas curvadas no lado de fora das delas para fazer seus corpos se juntarem mais facilmente. Seu pênis não precisava ser guiado com sua mão para atingir a entrada de sua vagina. Ela rolou seus quadris quando a ponta cutucou a abertura de seu sexo e congelou quando estavam perfeitamente alinhados.
Começou a tremer e envolveu os dedos em seus quadris e agarrou-o para esconder o quanto o ela o afeta. Sua companheira podia colocar um Espécie de joelhos e o fazer sacudir de tanto querê-la.
Excitação escorregadia cobriu a ponta de seu pênis e empurrou, a pequena abertura era apertada, mas aceitava-o. Os dois gemeram quando afundou nela. Sua vagina firmemente o agarrou, encaixando-se nele perfeitamente. Ela foi feita para ele.
— Sim. — Encorajou.
Saiu um pouco, uma forte corrente de prazer rolou por ele ao apenas se mover para dentro dela. Empurrou de volta. Era impossível decidir qual movimento era o melhor. O passo aumentou enquanto sua vagina se esticou o suficiente para assegurar que não a quebraria e soltou o quadril, inclinou-se para frente e pegou o peso da parte de cima do seu corpo antes de esmagá-la sobre ele.
Moldou seu corpo ao redor do dela, enterrando seu pênis dentro dela até que ficaram completamente conectados e a acariciou.
— Diga-me se eu for muito violento.
Balançou seus quadris em punhaladas longas, profundas. Os gemidos de Alli aumentaram, desigual, persuadindo-o a ir mais rápido até a cabeceira bater insistentemente contra a parede. Suas bolas se apertaram, uma advertência que iria explodir e encheria sua companheira com sua semente.
Deslizou sua mão em volta dela e achou seu clitóris. Dois dedos capturaram o pequeno broto entre eles e massageou. Músculos vaginais se fecharam firmemente ao redor do seu pênis, apertando-o e lutou para se conter de derramar nela.
— Goze. — Severamente exigiu. — Agora.
Tremeu debaixo dele e sua vagina o molhou quando seu clímax a fez chamar seu nome. Não tinha nenhuma razão para se controlar mais. Obsidian gozou, rosnando ruidosamente, enquanto reivindicava sua companheira.
Alli sorriu, sua mão vagando pelo peito de Obsidian, que estava apoiando sua cabeça. A batida do coração dele estava lenta e firme debaixo de sua orelha. Gostava da sensação de paz total que sentiu firmemente contra ele.
— Eu sentir sua falta.
A frequência cardíaca aumentou.
— Você não vai me deixar. Eles não tirarão você de mim novamente.
Ainda tinha um trabalho em Fuller, mas não tinha nenhum desejo de retornar. — Bom.
De repente rolou em cima dela, prendendo-a debaixo dele, o olhar fixo em seus olhos.
— Você não vai discutir?
— Não.
— Você é minha.
— Assim está melhor.
Seu olhar se alargou.
— Você concorda?
Tentou colocar seus sentimentos em palavras, mas falou antes dela poder.
— Você não quer me dizer que é muito cedo e eu preciso de mais tempo? Você não tem protestos sobre a preocupação de que não sei o que eu realmente quero? Pensei sobre muitas coisas para dizer para responder a essas acusações. — Franziu a testa. — Esperei uma discussão.
— Eu tive muito tempo para pensar nos últimos três meses.
— O que isso quer dizer?
— Eu amo você.
Ele sorriu e pura felicidade o atingiu em ouvir essas palavras e o modo como ela olhava para ele com sinceridade.
— Eu sinto amor também.
Ela envolveu seus braços ao redor do pescoço dele.
— Você não tem nenhuma ideia do quão aliviada eu estou em ouvir isto. Estava com medo de você encontrar outra pessoa ou tivesse decidido que cometeu um engano ficando comigo.
— Não quero outra fêmea. Você é a única para mim.
— Não posso lhe dizer quantas vezes eu quis chutar meu próprio traseiro por tentar ser nobre, mas estava com tanto medo de acabar te machucando de alguma maneira. Essa é a última coisa que eu queria fazer. Você vem em primeiro lugar para mim.
Mudou seu peso o suficiente para apoiar a maior parte do braço e acariciar sua bochecha com o polegar.
— Acho que fui muito violento com você. Aprendi que fêmeas não gostam de receber ordens.
Sorriu.
— Eu gosto disso em você.
— Sério?
— Sim. Breeze disse que você é supereducado agora e eu não consigo nem imaginar. — Riu. — Mas ordenou que eu ficasse nua logo de cara. Isso me excita.
Um grunhido suave saiu dele.
— Eu posso dizer a você o que fazer?
— No quarto. Não posso prometer que eu ficarei feliz com isso lá fora, mas aqui, sempre. Em você é sexy.
— Você está falando sério? — Ergueu suas sobrancelhas, estudando-a de perto. — Isso é verdade?
— Sim.
— Solte-me.
Não esperava que ele dissesse isso, mas deslizou suas mãos para fora do seu pescoço. Ele desapareceu para a borda da cama e sentou-se até abrir a gaveta no criado-mudo.
— O que você está pegando?
Ele girou pra enfrentá-la, torcendo seu corpo superior.
— Venha aqui.
— Certo. — Apoiou-se em suas mãos e joelhos, rastejando os poucos centímetros até ele, e olhou para uma pasta de papéis em sua mão. — O que é isso?
Colocou-o em cima do criado-mudo e ambos seus braços envolveram sua cintura, erguendo-a para se sentar em seu colo. Estendeu a mão para dentro da gaveta e retirou uma caneta. Seu olhar segurou o dela.
— Assine os documentos.
Choque passou por ela e olhou a pasta de papéis. É o que eu acho que são? Realmente esperava que sim e girou sua cabeça para olhar fixamente para ele.
— Achei que teria que discutir muito com você antes de concordar. — Sua voz ficou rouca. — Assine. Estamos no quarto e estou te dando uma ordem.
— O que é isso? — Sua voz soou tão trêmula quanto sentia. Queria uma confirmação antes de ficar muito animada.
Franziu a testa.
— Você sabe o que eles são. Moon guardou os documentos de casamento de quando eles foram feitos no dia que Justice e Fury foram para sua casa. Exigi que ele os desse para mim meses atrás. Eles esperaram por você. — Se inclinou e seu nariz a tocou, olhando fixamente em seus olhos. — Você é minha Alli. — Falou. — Minha companheira Assine-os.
Ela assentiu, piscando de volta as lágrimas.
— Certo.
Ele sorriu e deu-lhe a caneta. Quase derrubou a coisa e a agarrou firmemente enquanto erguia a pasta de papéis, suavemente colocando-a em cima do seu colo. Estendeu seu outro braço ao redor dela, usando ambas as mãos, e abriu.
Lágrimas a cegaram até que as piscou de volta. Leu rapidamente o documento. Basicamente era um contrato declarando que estava concordando em viver sob as leis do ONE, queria ser um membro da Organização das Novas Espécies, e estava se comprometendo a ser companheira de Obsidian.
Ele se inclinou até que seus lábios esfregaram a orelha dela.
— Não os leia, Alli. As palavras não são importantes. Você é minha companheira.
Olhou a parte inferior da página e viu uma assinatura já escrita. O nome de Obsidian estava lá em tinta. Segurou o olhar dela quando olhou para cima.
— Você já o assinou?
— No dia que Moon os trouxe para mim.
Seu coração se derreteu.
— Assine Alli. Isso é uma ordem. — Sorriu. — Estou sendo sexy. Não me faça morder você.
Riu e usou uma mão para segurar firme o papel enquanto fazia como foi informada.
— Talvez eu goste disto. — Jogou a caneta de volta na gaveta aberta do criado-mudo. Seu olhar se ergueu para o dele. — Sou toda sua. É oficial.
— Vou fazer você feliz, Alli.
Envolveu seus braços em volta do seu pescoço.
— Eu sou.
— Estava disposto a mostrar a você todas as maneiras como poderia fazer isso. — Humor se refletiu em seus olhos. — Você está certa que está feliz?
Seus dentes agarraram seu lábio inferior, mordendo-o.
— Talvez não. — Não conseguia fazer um olhar sério e sorriu. — Eu queria uma tartaruga quando eu era criança, mas meus pais disseram não. Eu poderia pensar em coisas que me deixam triste para você poder me alegrar.
— Uma tartaruga? — Ele de repente sorriu. — Que tal um cavalo? Você já quis um? Darkness disse algo que eu não esqueci.
— O que ele disse?
— Você poderia me montar como um pônei se quisesse.
Seus olhos se arregalaram com surpresa por ele abertamente fazer uma oferta que a colocaria no comando, entretanto imaginou como seria montar e foder Obsidian. — Oh sim. Eu quero um cavalo com certeza.
— Como você sente sobre cachorros?
— Eu os amo. Por quê?
— Eu compartilho algumas características com eles. — Rosnou. — Aprendi a apreciar o que eu sou e não resistir a meus instintos com você.
— Eu amo você do jeito que você é.
— Vou te amar muito, Alli. — Esfregou seus lábios sobre o dela. — O tempo todo. Para sempre.
Acreditava nele. Mais tarde eles teriam que discutir a possibilidade de ter filhos, mas por enquanto, apenas queria estar com ele e compensar o tempo que passaram separados. Suas crianças, quando ou se as tivessem, pareceriam com seu pai, mas esperava que seus filhos fossem um pouco menos teimosos.
— No que você está pensando? — Ele a estudou. — Você parece estar com ar de risada.
— Estou imaginando montar um pônei. Deite-se de costas.
Um rosnado suave saiu dele. Tudo em Obsidian era sexy e ele era todo dela.
Obsidian parecia satisfeito pela primeira vez em sua vida enquanto olhava fixamente para sua companheira. Preocupava-o ter perdido Alli para sempre quando disseram que ela foi embora. Uma dor primitiva, angustiante o atormentou nas primeiras semanas que ficaram separados. Odiava todo mundo, culpando-os por sua perda. A morte de 46 foi difícil, mas a vida sem Alli era insuportável. Ela significava tudo para ele.
Breeze e Moon batalharam com ele todo o tempo não o deixando só. Tinha que se encaixar se quisesse ficar com Alli novamente. Teria feito qualquer coisa para tornar isso possível.
Precisava fazer amigos e parar de rosnar para qualquer um que se aproximava dele. Eles repetidamente arriscaram suas vidas enfrentando-o enquanto lidava com a raiva esmagadora. Ambos continuaram assegurando-o que conseguiria ela de vota, apenas precisava aprender como se tornar um membro funcional da sociedade das Novas Espécies.
O jogo começou. Estava determinado a aprender as regras e fazer qualquer coisa que exigissem para consegui-la de volta. Queriam que ele falasse palavras gentis assim ele colocaria de lado seu orgulho. Com o tempo realmente começou a gostar de outros Espécies. Alguns dos muros que construiu foram lentamente caindo enquanto ouvia as histórias de sobrevivência e perda dos machos que viviam no dormitório. Todos compartilhavam um vínculo, uns mais do que outros.
Nem um dia se passou que ele não sentisse a falta de sua Alli. De noite era pior. A cama parecia muito vazia e passava seus dedos pelo cabelo ou tocava seu próprio peito apenas para ajudar a manter as lembranças dela vivas. Breeze sentia pena dele e às vezes verificava Alli e dava-lhe atualizações.
Sua Alli estava segura e bem, trabalhando em Fuller. Mantinha sua esperança viva de que ela estaria em seus braços logo. Quando Moon levou os documentos de casamento ele prometeu que iriam escalar as paredes de Homeland e eles mesmos a buscariam se fosse preciso para consegui-la de volta se ela não retornasse dentro de um período de quatro meses. A espera era difícil, mas tinha esperança.
Só teve que esperar três meses.
Olhou fixamente em seus olhos, algo que nunca deixaria de dar valor depois que ela foi tirada dele. Sua companheira estava finalmente em sua casa e nunca o deixaria novamente. Seriam muito felizes juntos. Ele não permitiria nada menos que isso.
Seus dedos acariciaram seu peito enquanto se inclinava com um sorriso que derreteu seu coração. Ela possuía isto e ele. Eram companheiros de verdade. Ele uma vez teve miséria e sofrimento, mas agora tinha toda a vida de felicidade pela frente.
— Eu amo você, Alli.
— Eu amo você também.
Seus lábios encontraram o dele, beijando-o enquanto seus braços se envolviam ao redor dela. Nunca a deixaria ir. Minha!
Laurann Dohner
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