Zandy bebeu demais e está no lugar errado, na hora errada. Sabe que vai morrer. Quando em seguida seus olhos abrem, um bonito homem-fera a está segurando nos braços. Ele é tentador demais para resistir; seu próprio anjo caído. Ela se aninha no corpo dele, determinada a tê-lo. Mas quando este anjo passa a ser de carne e osso, realidade se choca – ela está seduzindo um Nova Espécie.
O choque de Tiger rapidamente se transforma em intensa paixão quando a pequena fêmea humana lhe beija; apesar do fato dela estar tentando tirar as roupas dele enquanto está envolvido na operação da força-tarefa.
Tiger também deixou claro que nunca tomará uma companheira. Um tanto quanto difícil quando eles não podem manter as mãos longe um do outro. O sabor e a sensação da sua pequena humana só deixam Tiger querendo mais.
Zandy sabia que estava em um mundo de merda. Ainda não estava certa sobre como saiu para tomar algumas bebidas e afogar as mágoas, e como ela havia acabado em uma bagunça, mas tinha. Um copo bateu na parede perto dela, cerveja espirrou na sua pele e ela se encolheu na cadeira para não servir de alvo. Um corpo caiu a poucos metros de distância. O homem grunhiu pela pancada no chão duro e esforçou-se para voltar a ficar em pé. Ela se levantou rapidamente e a cadeira de madeira colidiu no chão quando se virou.
A luta havia se movido para seu caminho. Idiotas bêbados estavam fazendo o seu melhor para bater uns nos outros, e ela ficou presa do outro lado do bar. O olhar freneticamente procurava uma saída, uma porta ou mesmo uma janela para fugir. Três paredes sólidas a rodeavam e a única saída seria lutar através do aperto firme dos clientes do bar em combate.
— Oh inferno, — ela murmurou.
Uma das mesas perto dela tombou quando um homem caiu contra ela depois de levar um soco no rosto. A mesa quase esmagou seus pés por alguns centímetros e ela virou, subiu na cadeira que tinha desocupado e escalou em cima da mesa de canto. Não havia outro lugar para ir. Mais dois corpos bateram no chão muito perto para o seu conforto. Mais um mergulhou em cima do par caído e eles rolaram perigosamente perto de onde estava. Golpes foram trocados e até mesmo puxavam o cabelo do oponente.
Sua visão da sala ficou melhor a partir do ponto elevado em cima da mesa, mas garantiu-lhe que ainda estava presa. Dois pequenos grupos de homens brigando pelo jogo de futebol na televisão se transformaram em uma luta que abrangeu toda a extensão da sala, parede a parede. Pelo menos quarenta homens se envolveram. As poucas mulheres que estiveram dentro do bar foram correndo para as portas e Zandy as invejou. De jeito nenhum poderia navegar com segurança através da luta para segui-las para fora.
Suas costas pressionaram firmemente à parede, a respiração saiu em ofegos curtos e orou para que a polícia chegasse para acabar com isso antes que o pior da luta a alcançasse. Os homens brigando no chão bateram na parte inferior da sua mesa, balançou e um gemido escapou dos seus lábios entreabertos. Ela olhou para a mesa ao lado, pronta para saltar, mas um homem corpulento de repente caiu nela. A mesa entrou em colapso sob o peso dele e Zandy estremeceu quando ele pousou em cima da mesa quebrada.
Arrependimento a encheu. Deveria ter ficado em casa. Só quis esquecer o sofrimento passando sua noite mal humorada sobre o tapa que a vida lhe dera. Deixar Los Angeles para morar no norte da Califórnia pareceu um sonho tornado realidade quando foi oferecido um trabalho melhor remunerado. Ela se mudou, usando cada centavo das economias para comprar a sua primeira casa e pensou que tudo daria certo. Dentro de três semanas ela soube do desastre, do erro que fez após iniciar a nova vida. Seu chefe acabou por ser um controlador de escravos sádico e um porco chauvinista. O idiota sabia o quanto ela dependia do emprego e estava se aproveitando ao máximo disso. Ele passou a última semana tornando-a miserável. Perturbou a tal ponto que ela acabou no Mickey’s Bar e Grill. Outro erro.
Dois homens se agarravam, lutando ao mesmo tempo em seus pés. Eles bateram na parede perto dela e tropeçaram no homem ainda tentando desenredar seu corpo bêbado da mesa destruída. Ambos caíram em cima dele. Zandy freneticamente olhou através da sala de novo, rezando para que todos simplesmente parassem de lutar.
As portas do bar foram abertas e ela viu vários homens extraordinariamente altos entrar. Todos usavam os mesmos uniformes pretos e equipamento anti-motim. Seus capacetes pretos, coletes sobre os peitorais e rostos cobertos por viseiras eram as únicas coisas que a deixaram feliz em ver. Alegria a dominou, pois a ajuda chegou e agora eles controlariam a sala rapidamente.
Um grupo de pessoas pulando sobre uma só e criando uma torre de pessoas, enquanto esmaga a que está na parte inferior.
Ela não foi a única a notar sua chegada. Corpos surgiram no seu caminho — bêbados apavorados possivelmente com medo de serem presos e Zandy gritou quando alguém caiu contra a sua mesa. Virou, a madeira estalou sob o peso do homem, e as mãos dela se agitaram para pegar alguma coisa, qualquer coisa, mas acabou batendo o traseiro com força no chão.
Dor disparou por sua coluna e a atordoou, mas se recuperou rapidamente quando alguém quase pisou nos seus dedos. Zandy lutou para chegar às mãos e joelhos. Freneticamente rastejou à outra mesa para esconder-se debaixo, uma vez que estar em cima de uma não foi bom, mas ela não fez. Algo grande e corpulento pousou nas suas costas, empurrou-a contra o chão, e bateu o ar fora dos pulmões. O homem em cima dela não se levantou. Ele era incrivelmente pesado e mais peso aterrou-a contra a dura superfície implacável quando outro corpo caiu em cima dele. O peso deles era tanto que ela mal conseguia respirar.
O calcanhar de alguém apoiou no seu quadril, um homem amaldiçoou alto e o peso desabou sobre as pernas dela quando ele tropeçou para trás. Zandy gemeu com a dor de ter pelo menos três homens esparramados em cima dela. Rapidamente se transformou ainda mais infernal quando mais homens tropeçaram nos caídos.
O horror da situação encheu seus pensamentos, quando ela tentou se mover. Eles a tinham presa. Ela não podia sequer sorver ar para os pulmões a partir da enorme quantidade de peso a prendendo e ela estava prestes a morrer em um repugnante chão de bar sob uma pilha de cachorro de idiotas bêbados.
Ela conseguiu dobrar o rosto contra um dos seus braços erguidos em uma tentativa de protegê-lo quando alguém deu uma cotovelada ou um soco na sua nuca. Os corpos se deslocaram quando eles começaram a lutar entre si. Ela atraiu uma respiração dolorosa, sentindo seu corpo todo em pó, e conseguiu sufocar outro grito aterrorizado.
Por que eles não percebem que estão me matando? Eles não sabem que eu estou debaixo deles? Oh Deus! Mais corpos aterrissaram sobre ela até que seus quadris e costela se sentiam como se estivessem prestes a estalar com a pressão do peso deles combinado. Isso ensinou-lhe uma nova definição de pura agonia. Doeu tanto que ela não poderia ter puxado fôlego mesmo se tivesse sido capaz de inspirar.
Um punho atingiu seu braço, o tecido rasgou e alguma coisa cavou dolorosamente na sua bunda. Um dos sapatos escorregou quando os corpos rolaram um pouco sobre ele. Jeans áspero raspou o lado inferior do seu pé e a maior parte do peso sobre ela parecia como se centrado nos pulmões. Ela não conseguia respirar. Puro pânico a agarrou quando nenhuma quantia da luta moveu alguém em cima dela. Ela arranhou o piso de madeira, não mais se importando o quão sujo estava e virou o rosto. Seus olhos se abriram. Viu a perna de uma mesa a centímetros do braço estendido e conseguiu enrolar os dedos em torno da madeira.
Zandy tentou puxar o corpo, mas a força enfraqueceu. Manchas apareceram na frente dos seus olhos. O rosto parecia muito quente e soube que estava sufocando. Ela piscou, focada apenas na sua mão, e seu braço sacudiu em músculos tensos.
A madeira raspou o chão. A mesa se moveu um pouquinho, em vez dela. Mais manchas piscavam e ela soube naquele momento que estava prestes a morrer. Dane-se. Sua cabeça caiu até que o rosto descansou no chão frio. Os pulmões queimavam, mas nenhum ar entrava na boca aberta. A lembrança da mãe dela passou pela cabeça – seu vigésimo primeiro aniversário quando ela recebera o discurso sobre os perigos de ir a bares e como meninas boas e tementes a Deus os evitavam. Sua mãe sabia tudo sobre evitar o pecado.
Zandy lutou contra a escuridão que ameaçava levá-la, não querendo deixar a vida. Podia imaginar a polícia informando aos pais a forma que ela tinha morrido, imaginou como eles estariam desapontados dela mais uma vez. Eles transformariam sua morte em uma lição de alcoolismo para todos na família. Eles poderiam até mesmo ir mais longe e compartilhar com toda a igreja como ela tinha morrido em um chão de bar.
Um rugido animalesco subiu acima dos sons da briga. Zandy tinha ouvido histórias de pessoas à beira da morte ouvindo anjos cantando, mas ninguém jamais havia murmurado sobre barulhos assustadores. Naquele momento ela soube que estava indo para o inferno. Admitia que provavelmente ganhou uma pequena condenação eterna por algumas das coisas que fez em seus trinta e um anos de vida, mas isso ainda era ruim.
A vida deslizou dela e não teve escolha a não ser aceitar seu destino quando tudo simplesmente desbotou em preto.
Tiger se enfureceu. A ONE oferecera ao xerife local qualquer apoio que ele pudesse precisar, mas ninguém esperou que o humano idoso tomasse tão literalmente. A Reserva recebeu uma chamada de emergência do xerife Greg Cooper pedindo-lhes por assistência imediata para acabar com uma briga de bar. Ele e os adjuntos não podiam lidar com o distúrbio sozinhos.
Ele olhou com aborrecimento para os homens Espécies que rapidamente reuniu.
— Não machuquem os estúpidos e bêbados seres humanos. Apenas vamos acabar com isso e limpar o prédio.
Nenhum dos seus homens Espécies queria estar ali. Teriam preferido ainda estar em guarda. Lidar com humanos nunca pressagiava bem. Espécies eram temidos ou desprezados pelos seres humanos. Sua alteração humana e a genética animal híbrida os fez diferentes, mais fortes, e a maioria das pessoas não podiam aceitá-los. Ser solicitado para policiar os moradores da cidade vizinha soletrava desastre ao modo de pensar de Tiger, mas apenas seguia ordens. Justice havia estendido a mão para os seus vizinhos, ofereceu ajuda para promover a boa vontade e eles estavam presos rompendo com uma briga.
Os dois humanos mais perto viram Tiger quando ele agarrou seus ombros para separá-los. Um olhar para ele e fugiram para a porta, mais assustados dele do que qualquer que seja a raiva que os fez socar um ao outro em primeiro lugar. Ele se moveu para o próximo grupo lutando, abriu caminho entre eles e arrancou sua viseira para se certificar que podiam ver suas feições.
— Pare, — ele rosnou, sem hesitar em usar o medo como meio de esvaziar o bar.
Um grito feminino soou do fundo da sala e a cabeça de Tiger virou naquela direção. A fêmea parecia aterrorizada. O olhar dele fixou em uma mulher ruiva encolhida em cima de uma mesa no canto, mas de repente ela caiu no chão e ficou fora da vista.
Tiger olhou para seus homens que estavam trabalhando colocando os humanos para fora, mas não eram rápido bastante para alcançar a mulher. Ele continuou olhando para o lugar onde ela havia desaparecido. Ele era mais alto que os humanos e tinha uma visão melhor, mas não viu a cabeça dela reaparecer.
O que uma pequena mulher humana está fazendo no meio de uma luta? Ele não teve resposta, mas percebeu que ela não tinha senso comum. As fêmeas humanas eram frágeis e não agressivas. Os instintos de Tiger gritaram que ela estava em perigo. Ele decidiu entrar no meio para buscá-la e se dirigiu naquela direção.
— Saiam, — ele rosnou aos humanos, agarrando-os sem cuidado e os empurrando.
A pequena fêmea ainda não ficou visível, mas ele viu homens caindo naquela área. Ele observou outro rosto desaparecer no mar de cabeças e teve uma horrível sensação de que a mulher estava em algum lugar naquele emaranhado de corpos em queda.
Um humano bêbado girou e lançou um soco no rosto de Tiger, mas seus reflexos eram melhores. Ele puxou a cabeça para o lado. O punho do homem errou por um centímetro e sua palma grande fechou sobre a mão antes que pudesse retirar para dar outro giro. O temperamento dele transbordou e aplicou um pouco de força demais. O macho que agarrou, gritou quando os ossos quebraram e Tiger rugiu ao bêbado antes de liberá-lo.
O bêbado puxou a mão ferida, começou a chorar como se fosse uma mulher e tropeçou em direção à saída do bar. Tiger seguiu em frente com o olhar procurando por uma pequena ruiva enquanto jogava corpos fora do caminho.
Sua audição aprimorada pegou um suave choramingo feminino segundos depois por cima da maldição,o som de carne batendo carne, a respiração pesada das pessoas ao redor dele e de móveis sendo quebrados. Ele zoneou naquela área, se chocou com os corpos e jogou-os para trás. A fêmea estava em sérios apuros e ele não dava a mínima se danificasse alguns humanos no processo de encontrá-la.
Tiger parou onde tinha visto pela última vez a mulher ruiva e encontrou um grupo de homens esparramados no chão. Eles estavam dando socos com os cotovelos e punhos. Um homem continuou lançando a cabeça para trás no estômago de um homem debaixo dele que puxava seu cabelo. Tiger rapidamente esquadrinhou o monte e viu um braço delicado saindo debaixo de tudo. Era um fino e pálido e distintamente feminino. A mão dela estava espalmada para baixo ao lado da perna de uma mesa, esmalte rosa claro nas unhas. Ela não se mexia.
Raiva atravessou Tiger. Os idiotas bêbados estavam em cima da fêmea, esmagando-a sob seus corpos maiores e somente aquela quantidade pequena dela podia ser vista. Ele não podia notar nada do corpo dela, exceto a parte inferior do braço, pulso e mão. Outro rugido rasgou da sua garganta. Ele se curvou, agarrou rudemente o primeiro corpo que alcançou e jogou o homem longe do monte. O homem gritou quando voou pelo ar e bateu na parede. Tiger não deu a mínima. Agarrou outro homem, lançou-o em outra direção e libertou uma das pernas da mulher.
Ele finalmente libertou-a e caiu de joelhos ao lado da imóvel fêmea. A cabeça dela ficou virada para ele, apesar do longo cabelo vermelho derramado sobre suas feições, escondendo-as. Ele rugiu novamente, exigindo a ajuda de seus homens quando percebeu que o peito dela não estava subindo e descendo.
Slash de repente apareceu de joelhos na sua frente com a mulher entre eles.
Mais homens vieram em seu auxílio, mantendo os outros humanos longe e limpado a área.
As mãos de Tiger tremiam quando rapidamente, mas com cuidado, avaliou a mulher. Ela tinha marcas de pegadas na bunda, costas e coxas, onde os homens haviam pisado no seu corpo. Um rosnado rasgou da sua garganta. Ele desejou que houvesse matado os que tinham feito isso com ela. Ele teve muito cuidado quando a virou no caso de ossos quebrados.
Ele gentilmente a deitou de costas, supondo que ela só pesava cerca de cinquenta e oito quilos e aproximadamente um metro e sessenta e três de altura. Usava jeans e uma blusa rosa de manga. A manga estava rasgada do cotovelo ao ombro, prova de que ela não só foi pisoteada, mas golpeada. Seus ossos eram pequenos e ele rapidamente encostou a cabeça de lado sobre o monte dos seios macios. Ele não ouviu nenhum batimento cardíaco e fez um ruído angustiado.
— Merda, — sussurrou Slash. — Eles mataram a pequena mulher.
Tiger levantou-se e apertou as costelas dela, verificando por fraturas, mas não sentiu nenhuma. Ela estava quente quando ele tocou sua pele. Calculou quanto tempo fazia desde que tinha a ouvido gemer e supôs que foi menos de um minuto. Não era tarde demais. Conferiu as costelas de novo, sabia que se estivessem esmagadas seria impossível, mas novamente não encontrou nenhum osso quebrado.
— Que diabos você está fazendo? — Xerife Cooper engasgou. — Você está sentindo os seios dessa mulher?
— Não, — Tiger rosnou. Ele rasgou o colete, arrancou-o e gentilmente levantou a cabeça da fêmea o suficiente para usá-lo de travesseiro no chão.
— Ela não está respirando, — Slash informou ao homem idoso. — Os bêbados a esmagaram.
— Filho de uma cadela! — Xerife Cooper suspirou. — Apenas filho de uma cadela.
Tiger ignorou os homens para se concentrar na fêmea enquanto inclinava a cabeça dela para trás e deitada no chão. O coração martelava, mas ele foi treinado para reagir a emergências pela Dra. Trisha. Justice tinha insistido que todos os oficiais soubessem técnicas de salvamento básicas e Tiger havia concordado. Ele nunca foi mais feliz por aquelas aulas do que naquele momento.
A mão tremia um pouco quando empurrou o cabelo ruivo fora do rosto da mulher. Ela era bonita com suas delicadas feições humana, lábios carnudos e cheios e nariz fino. O rosto que tinha estado contra o chão ficou ligeiramente vermelho, mas o resto da pele estava completamente pálido. Ela ainda não respirava.
Ele se sentou e localizou a área correta, então colocou as mãos entre os seios. Esperava que o generoso tamanho deles amortecessem as palmas das suas mãos o suficiente para evitar a quebra dos ossos. Ele fez trinta compressões torácicas.
— Que diabos você está fazendo agora? — O xerife se aproximou.
— CPR, — Tiger grunhiu.
Ele arrancou a camisa, enrolou e empurrou atrás da nuca dela para manter a cabeça inclinada. Verificou para garantir se as vias respiratórias estavam desobstruídas, beliscou o nariz com cuidado, abriu a mandíbula para separar seus lábios de aparência suave e pressionou a boca sobre a dela. O olhar dele desviou ao peito. Olhou para a divisão cremosa espreitando do topo da blusa e forçou ar para os pulmões dela. Seu peito se moveu enquanto ele respirava por ela.
Tiger sugou ar, cobriu os lábios novamente e soprou ar dentro dela. O olhar preso no seu decote viu o peito se expandir. Ele começou um novo ciclo de compressões torácicas e ela sacudiu um pouco debaixo dele. Ele se afastou e observou a contração dos seus músculos faciais. Ele abaixou a cabeça para descansar o ouvido sobre os seios e ouviu o batimento cardíaco. Ela inalou por conta própria, mais um arquejo que uma respiração, e ele relaxou enquanto se endireitava.
— Ela está respirando de novo e tem o batimento cardíaco de volta. — Ele olhou para o xerife. — Eles devem ter pressionado todo o ar dos seus pulmões até que o coração parou, mas eu cheguei a ela na hora certa.
— Vou chamar uma ambulância. — O humano idoso pegou o rádio. — Muito obrigado.
Tiger estudou a fêmea com cuidado. A cor dela melhorou enquanto respirava e ele odiou a visão dela naquele chão. Ele foi treinado para proteger uma pessoa abatida e ferida, e esperar por ajuda uma vez que tivesse feito tudo que podia, mas algo dentro dele detestou tê-la deitada onde os humanos a haviam ferido.
Ele se inclinou e gentilmente colocou os braços por baixo dela. Ela era tão leve como tinha imaginado quando a levantou contra o peito e usou a força nas pernas para ficar de pé. Seu olhar encontrou Slash.
— Pegue as minhas coisas. Vou levá-la para fora ao ar fresco enquanto esperamos a ambulância.
Slash assentiu, pegando a camisa destruída de Tiger e o colete descartado. Tiger moveu sua preciosa carga e virou, avaliando o resto do bar. Seus homens tinham retirado os humanos. As lutas cessaram e os seus oficiais atendiam os feridos. Alguns deles eram os que ele tinha jogado para alcançar a fêmea, mas não se sentiu culpado.
Saiu do bar e caminhou ao redor do prédio, desesperado para fugir dos humanos que haviam prejudicado a mulher. Eles estavam bêbados, estúpidos, e ele não queria arriscá-la estar em perigo novamente. Levou-a para um dos jipes que vieram. Usou o cotovelo para testar o calor do capô antes de gentilmente a deitar nele de lado e manteve o braço no local para amortecer a cabeça dela enquanto estudava seu rosto.
A sua coloração ficou muito melhor, quase normal, mas ainda pálida. Supôs que poderia ser sua coloração natural com o cabelo vermelho. Os longos fios eram ondulados, longos e belos. Caia provavelmente até o meio das costas e era suave. A mulher se mexeu um pouco, moveu uma das pernas e os lábios se separaram levemente quando um suspiro saiu.
Tiger rezou para que ela não acordasse até a chegada da ambulância. Ela veria suas feições alteradas, perceberia que ele era Espécie e, talvez, começaria a gritar. As luzes do estacionamento estavam brilhantes e ela o veria claro o suficiente para saber que não era um de seus homens. Ele realmente odiava quando as mulheres humanas o viam e perfuravam seus tímpanos com os gritos. Às vezes elas faziam isso e o deixava maluco. Observou o rosto dela, esperando que não acordasse, mas ele poderia dizer que ela iria.
Ela se moveu novamente, mudando a cabeça na curva do seu braço. Tiger olhou para ela quando ela soltou um suspiro, farejando um agradável cheiro frutado. Os olhos dela se abriram. Tiger esperou para ela perceber suas feições e começar a gritar. Os seus olhos eram verdes escuros e bonitos. Ela olhou para o céu, piscou e, finalmente focou nele. Confusão foi uma emoção fácil de ler. Ela piscou novamente e estudou suas feições. Ela respirou fundo e o olhar viajou sobre seus ombros nus, braços e peito.
Ele estremeceu interiormente. Esquecera que tinha arrancado a camisa e sabia que ela provavelmente acreditaria que estava sendo abusada sexualmente por ver a parte de cima do seu corpo exposto.
Ela não gritou, mas fez a última coisa que ele esperava quando ela olhou novamente para ele. Um sorriso curvou seus lábios e ele podia jurar que viu um lampejo de diversão naqueles lindos olhos.
Zandy abrira os olhos para um mar de estrelas em um céu escuro. A mente se sentia confusa, como se acabasse de sair de um sono profundo, mas ela não estava na sua cama. Piscou e desviou o olhar um pouco somente para fitar o mais marcante par de olhos azuis felinos que já vira. Sua cor, formato e os cílios realmente longos cercando-os, hipnotizou-a.
O tom de azul era excepcional e ela percebeu que dourado rodeava as bordas exteriores das íris ovais. Poderia tê-los encarado eternamente, mas a curiosidade a fez estudar a estrutura óssea majestosa dele, também estranha com as maçãs do rosto mais marcadas e elevadas, mas muito atraente. Ele era o homem mais masculino que já tinha visto — bonito, impressionante e fascinante, tudo ao mesmo tempo. Seu tom de pele dourado cortejava a juba espessa emoldurando seu rosto. Cores listradas de loiro claro-arenoso misturados com vermelho eram entrelaçadas, que caíram sobre um par de ombros realmente largos. Seu olhar parou logo acima dos mamilos escuros e planos. Ela saboreou a visão de seu peitoral perfeito, largo e sem pelos. Muita pele bronzeada, músculos bem definidos e bíceps impressionantes roubaram sua atenção. O olhar mergulhou mais embaixo à sua barriga plana, o firme abdômen definido visível. Seu coração acelerou a bater loucamente contra suas costelas. Ele era magnífico, um deus.
Não um deus, uma pequena voz de consciência declarou. Ele tem que ser um anjo. Ela franziu o cenho, tentando pensar além da confusão. O inferno tem anjos? Lúcifer não era um anjo caído? Ela estava confusa nos seus estudos bíblicos de infância, mas estava bastante certa de que isso é o que ele era. Isso significa que a deslumbrante criatura diante dela tinha que ser um anjo caído também.
— Estou pronta para ir com você, — ela sussurrou.
Ele piscou e as sobrancelhas subiram ligeiramente.
— Vai comigo para onde?
Ele tinha uma voz profunda e rouca e lhe deu o tipo bom de calafrios. Ela ouvira que o diabo poderia tentar alguém ao pecado e se ele envia anjos caídos que se pareciam com este depois de morta recentemente, ela estava totalmente agradável para fazer tudo que ele quisesse.
Ela sorriu.
— Você pode me levar direto ao inferno, se você também estiver lá.
Um sorriso suavizou as feições dele e o fez ainda mais bonito.
— Você bebeu demais.
Ela sabia que a vida iria mordê-la no traseiro um dia. Deveria ter ouvido a mãe, mas era tarde demais agora. Zandy tentou se sentar. Queria dar uma olhada melhor nele. O travesseiro sob a cabeça acabou por ser um dos seus braços enquanto ele gentilmente a levantava. A outra mão dele curvada em torno da sua cintura, firmou-a quando ela se virou para ele e o olhar se prendeu no abdômen novamente. Pura perfeição.
— Eu sei. Fiz bastantes coisas que sabia que não deveria. Foi assim que eu cheguei aqui. — Ela lambeu os lábios e percebeu como o olhar dele desceu a sua boca. Ele era tão lindo, o mais bonito homem-fera que já vira, não que já tivesse realmente visto um antes. Este era o ponto. Ela se aproximou mais dele e sorriu.
Oh, ao inferno com isso. Eu já estou indo para o inferno, por que não realmente merecer isso? Ela temia que ele fosse somente acompanhá-la lá e ir embora. Ela mentalmente marcou da lista de coisas ruins que fizera. Sexo antes do casamento. Tinha roubado canetas do último trabalho. Houve aquela vez que chutou um dos seus ex-namorados nas bolas quando o encontrou a traindo. Foi errado, mas cara, teve uma sensação boa vê-lo bater no chão gemendo. Ele tinha quebrado seu coração e sequer pediu desculpas, por isso ela teve a certeza que ele sofreu um pouco também. Isso a levou para os divórcios e ela parou de listar seus pecados.
— Você é a coisa mais linda que eu já vi, — admitiu a ele brandamente. — Posso muito bem fazer o que eu mais quero agora, já que estou indo para o inferno de qualquer maneira, certo?
O olhar dele se estreitou ligeiramente. — O que você...
Ela se decidiu e o interrompeu.
— Dane-se. Eu quero você.
Zandy estendeu a mão e agarrou os ombros quentes. Abriu as coxas, puxando-o mais perto, forçando os quadris dele a atingir o limite do que ela sentava. Enrolou as pernas em torno das costas dele e apertou o corpo contra sua estatura alta. Ele ofegou em uma respiração e pareceu assustado. Ela sorriu. Estava prestes a mostrar-lhe o pecado.
Fechou uma mão ao redor da parte de trás do pescoço dele, enquanto a outra deslizou por seu firme tórax para desfrutar da sensação da pele quente e suave. Os dedos se espalharam sobre o estômago, sentia seu conjunto de músculos sob a palma da mão e só parou quando bateu no cós da calça, que a impediu de mais exploração.
— O que você está fazendo? — Ele rosnou as palavras.
Isso é tão sexy.
— Beije-me.
Ele piscou, mas não se moveu.
Seu controle na parte de trás do pescoço dele apertou, encontrou o cabelo lá e o apertou. Ela puxou a boca dele para a dela e o beijou. Lábios cheios e firmes pressionados contra o dela. Lambeu a linha que os separava e ele gemeu enquanto abria para ela. Zandy tirou vantagem, não certa de quanto tempo tinham antes de ele ter que levá-la para onde quer que fosse que ela estivesse indo. A língua entrou na boca dele. Os pontos afiados dos seus dentes a varreu, mas não doeu. Ele tinha presas, também. Presas, olhos de gato e voz de rosnado. Isso a excitava ainda mais e ela adorou o sabor dele quando a beijou de volta. Parecia que os anjos carregavam um sabor de cereja na boca e era o seu favorito. As mãos dele se moveram sobre seu corpo, envolveram em torno dela e seguraram a bunda para puxá-la com força contra ele. Zandy conheceu o céu instantaneamente quando o cume duro da sua ereção esfregou contra o clitóris através das roupas.
Ela apertou seu abraço quando ele a ergueu firmemente contra seu corpo. Moveu-se contra ele, esfregando no seu pênis, e isso era tão gostoso. Os seios doíam. Ela o queria mais do que já quis qualquer coisa e, de repente, ela conheceu o inferno também. Ele não podia transar com ela com as roupas.
A mão estava presa entre eles, mas ela encontrou um fecho, rasgou-o e depois outro para obter a calça aberta. Ela torceu a mão, encontrou a pele nua e quente e mexeu os dedos até que encontrou o pênis. Seu anjo não usava cueca. Os dedos o encontraram dobrado e à esquerda quando colocou os dedos em volta da circunferência grossa do membro.
Ele ronronou contra sua boca, grunhiu e o beijo tornou-se quase brutal. Ela não dava a mínima se ele a cortasse com as presas porque seus beijos estavam justo a fazendo queimar para tê-lo. Tentou posicionar o pênis para libertá-lo das malditas calças, mas ele estava incrivelmente duro. Seus corpos estavam pressionados muito bem juntos e ele ficou preso dentro deles.
Inferno! Talvez seja esse o ponto, ela decidiu, sentindo-se frustrada. Ela queria ambos nus, com ele enterrado dentro dela, mas tudo o que podia fazer era afagar qualquer parte dele que pudesse alcançar.
Arrancou a boca da dele para romper o beijo, ambos estavam ofegantes e ela fitou seus lindos olhos.
— Foda-me, — ela implorou. — Você é enorme e eu te quero dentro de mim tanto que me dói. Tire nossas roupas.
Ele grunhiu, os olhos se estreitaram e, de repente, a teve presa sobre a superfície dura de qualquer coisa que ela estivesse sentada. Uma das suas mãos deixou a bunda, agarrou a blusa dela e puxou. Uma palma áspera e quente deslizou ate o lado das suas costelas e ele moveu o largo peito, esmagando os seios dela sob ele, depois escavando um deles. Ele apertou, rosnou contra a sua língua e os quadris pressionaram firmemente entre o V das suas coxas espalhadas. A outra mão dele agarrou o seu pulso quando ele se moveu novamente e arrancou sua mão para fora da calça para forçá-la a liberar seu pênis. Em seguida, ele ajeitou a posição até que o seu comprimento duro esfregou contra seu clitóris.
Zandy gemeu. As malditas roupas não era sua ideia de perfeito, mas tomaria qualquer coisa que ele lhe desse. Ele rolou os quadris, empurrou contra ela novamente e ela agarrou-lhe o ombro com a mão que segurara o pênis. Ele apertou a lateral dos jeans dela. O material rasgou quando ele puxou e o nível da sua excitação agitou mais alto. Ele iria rasgar sua roupa e tomá-la.
SIM!
— Hum, desculpe? — Foi a voz de um homem, alto e próximo. — A ambulância está chegando e alguém vai perceber você e a mulher humana. Poderia dizer que ela estava tendo dificuldade em respirar, mas duvido que eles acreditem que é CPR.
Seu anjo arrancou a boca da sua e virou a cabeça para olhar algo atrás ele.
— Droga, — ele grunhiu. — Obrigado, Slash. Perdi todo o controle.
— Presumi. — O outro homem limpou a garganta.
Confusão encheu Zandy quando foi puxada de volta a uma posição sentada ao lado do anjo e ele a soltou. Ele a encarou com os olhos impressionantes enquanto recuava e as mãos baixaram para fechar a calça. Zandy virou a cabeça para olhar a outra criatura em pé a poucos metros de distância. Ele usava preto e tinha olhos felinos também. Ele não estava olhando para ela, mas em vez disso sorriu para seu caiu anjo.
— Desculpe, — a criatura de preto disse suavemente. — Se eu não o interrompesse a teria tomado onde está e a ambulância os veria. Vocês provavelmente teriam ficado constrangidos de ter testemunhas vendo o sexo entre vocês sobre o capô do Jeep.
Algo foi escrito em letras brancas na camisa preta do homem. Zandy semicerrou os olhos, leu três letras e soube que as vira em algum lugar antes. A memória lhe voltou em um flash. ONE era abreviação para Organização de Novas Espécies.
O olhar voltou ao seu belo anjo caído. Ele respirava com dificuldade e os olhos estavam presos no dela enquanto ela examinava suas feições. Podia realmente sentir a cor drenar do rosto.
— Eu não estou morta, estou?
O homem que esteve beijando sacudiu a cabeça.
— Você pensou que estava?
Ela sentiu o rápido resfriamento do seu corpo por causa do desejo ardente de saltar sobre o homem e levá-lo para o chão e arrancar as calças para continuar o que tinham começado.
— Oh merda. Você não é um...
Ela não poderia lhe dizer anjo caído, ele pensaria que era louca.
Inferno, ela era. Não, ela se corrigiu, eu estou bêbada.
— Eu sou o quê? — Seu tom aprofundou e raiva pareceu piscar nos seus olhos.
— Você é um daqueles Novas Espécies da Reserva, não é?
— Sim.
Zandy fechou os olhos e abraçou o peito. Ficou claro que ela por pouco tinha molestado uma Nova Espécie. Eles eram humanos que foram alterados com DNA animal. Alguma empresa farmacêutica louca os tornara parte animal e fizeram testes ilegais neles. Filhos de uma cadela. Ela abriu os olhos.
Ela disparou um olhar ao seu redor e reconheceu o estacionamento do bar.
O xerife e alguns dos seus adjuntos eram visíveis a distância perto da frente do edifício sob as luzes exteriores. Havia alguns bêbados discutindo com eles. Ela não tinha morrido no chão do bar como acreditou, mas subitamente desejou que tivesse. Fechou os olhos novamente. Não conseguia encontrar a coragem de olhar para o homem que tinha confundido com um anjo. Ela esperou em silêncio pela ambulância ao invés.
Zandy tentou silenciar a raiva, mas isso foi quase impossível de se fazer. Ela tinha uma hipoteca para pagar. Todas as suas economias foram para o pagamento para obter sua casa e ela precisava comer. Ter eletricidade e gás estaria bom também. Mesmo se vendesse a nova casa, o mercado estava em baixa e iria perder o patrimônio.
O pensamento de voltar ao sul da Califórnia e ter de viver com os pais na sua idade foi o suficiente para deixá-la desesperada. Eles iriam repreendê-la sobre fazer outra tolice, dizer quão desapontados estavam com ela e esfregar cada erro que já cometeu no seu rosto. Ela faria tudo para evitar isso, inclusive tomar qualquer trabalho, mesmo se ela se arriscasse a topar com alguém ligado a uma das noites mais embaraçosas da sua vida.
Olhou para a área de recepção onde aguardava e soube que ela atingiria aquele fundo do poço. Era o último lugar que queria estar, mas eles estavam contratando. Era um lugar grande. As chances de topar com ele tinham que ser quase nulas e só tinha que acreditar nisso se quisesse manter a coragem que tomara para chegar a Reserva.
O ódio por Jordan Parks fez suas orelhas quentes. O idiota havia a demitido depois que repetidas vezes se recusou a dormir com o sapo. Ele fizera sua vida insuportável por semanas, provavelmente esperando que ela se demitisse, mas ela era mais obstinada do que isso.
Era uma pequena cidade, oportunidades de trabalho eram escassas e a próxima cidade com empregos estava a uma distância de vinte minutos. Seu carro era velho. Não duraria seis meses de condução na montanha, e os ônibus só funcionavam uma vez por dia. Ela estava em um inferno de uma confusão, porque o imbecil tinha a demitido.
Ela engoliu a raiva e forçou um sorriso quando uma porta se abriu. Um funcionário de aparência feliz é mais contratado do que um mal-humorado, lembrou a si mesma.
A recepcionista era alta, as feições eram belas e ela sorriu de volta.
— Ele está pronto para entrevistá-la.
Zandy levantou-se e se sentiu pequena, mesmo nos saltos de dez centímetros, em comparação a mulher que passou. Uma olhada ao corpo ágil e atlético também a fez sentir-se lamentavelmente fora de forma. Entrou no escritório, manteve o sorriso no lugar e esperou que conseguisse o emprego. Era o único listado no papel, a menos que ela quisesse trabalhar meio período recolhendo animais atropelados para controle de animais. Duvidava que eles fossem contratá-la e não pagavam o suficiente para ela sobreviver.
Ela parou a poucos metros dentro do escritório para estudar o homem sentado atrás da mesa. Tinha cabelo castanho claro com mechas loiras passando por eles. Olhos azuis a encaram e ele acenou-lhe uma cadeira. Ela viu a aliança de casamento na mão bronzeada, observou os ombros largos e a forma como o terno agrupou sobre os bíceps. Ele estava tão em forma como sua recepcionista e ela esperou que eles não considerassem isso contra ela, que ela não estivesse.
— Sente-se, Srta. Gordon. Sou Slade North.
Ela passou-lhe o currículo quando se sentou na cadeira grande e tentou relaxar, mas foi impossível fazer. Precisava do emprego desesperadamente. O trabalho de meio período não pagava suas contas, mas este iria. Na verdade foi listado para mais do que ela havia feito no seu último trabalho.
Ele colocou o papel na mesa, não leu, mas ao invés a observou.
— Eu já tenho uma cópia do seu histórico de trabalho. Você teve de enviar por fax juntamente com outras informações que requisitamos para fazer uma verificação de antecedentes. — Ele fez uma pausa. — Você tem o trabalho.
Choque a atingiu.
— Mas você não falou comigo.
— Já sei tudo sobre você que precisamos. Tem as habilidades necessárias para o trabalho, não tem um registro de prisão e não está associada com qualquer um que nos causou problemas. Seus pais foram entrevistados e vocês não foram considerados racistas. — Ele encolheu os ombros. — É simples assim.
— Ótimo. — Ela sorriu, aliviada que foi tão fácil. — Isso é maravilhoso. Realmente preciso deste emprego, Sr. North. Você não vai se arrepender de me dar uma chance.
— Me chame Slade. Nós falamos com seus colegas de trabalho do último emprego. — Ele franziu a testa. — Você não anotou que o seu último empregador a assediou, mas deveria.
Não teríamos considerado isso contra você. Foi imperdoável o seu chefe assediá-la sexualmente, mas isso não vai acontecer aqui. Não quero compartilhar sexo com você. Estou muito bem casado e prefiro morrer a tocar qualquer uma, exceto a minha Trisha. Sem querer te ofender, mas é a verdade.
A boca de Zandy se abriu e olhou espantada para ele.
Ele franziu a testa.
— Eu fui muito brusco? Pensei que poderia ser uma das suas preocupações depois do seu emprego. Seus colegas de trabalho nos disseram o que o seu último chefe tentou e ele te demitiu porque se recusou a compartilhar sexo com ele. Não quero que você se preocupe.
Ela demorou um segundo para se recuperar.
— Você é franco. Eu lhe darei isso, mas obrigado. Estou aliviada de ouvir isso e, sim, após minha última experiência, acho que é uma preocupação.
— Você não tem nada a temer aqui. Meu povo, nossos homens, vão deixar você sozinha. Basta dizer-lhes para parar, que não tem interesse neles se algum se aproximar de ti. Apreciamos honestidade e franqueza. Não há confusão dessa forma. Há também um monte de palavras e frases que seu povo usa que ainda estamos aprendendo. Às vezes isso causa barreiras linguísticas ou mal-entendidos. Basta falar a sua opinião de forma clara e vamos ouvir. Você pode falar comigo imediatamente se surgir qualquer problema e eu vou lidar com isso. Queremos que você seja feliz trabalhando conosco.
— Obrigada.
— Você poderia começar a trabalhar agora?
Ele a surpreendeu novamente.
— Claro. — Ela não planejara mais do que a entrevista de emprego, mas não ia dizer não. Eram apenas oito da manhã. Ela não tinha nada melhor a fazer do que ir para casa e assistir jogos e não se importava de evitar isso.
— Isso seria ótimo.
Ele balançou a cabeça.
— Creek, minha recepcionista, vai chamar por um de nossos homens para acompanhá-la ao prédio C. Será informada de suas funções quando chegar lá. — Slade fez uma pausa. — Por causa de segurança você não está autorizada a deixar o prédio durante o horário de trabalho até o almoço. Um dos nossos homens irá encontrá-la no portão todos os dias quando chegar e acompanhá-la a partir dali e depois de volta ao portão no final do dia. No almoço, um homem vai acompanhá-la ao nosso refeitório. Peço desculpas, mas não podemos tê-la perambulando livre. Temos muitos inimigos e tem que ser assim para fins de segurança.
— Eu entendo. Poderia simplesmente arrumar um sanduíche então não precisarei de um acompanhante na hora do almoço.
Ele sorriu.
— Refeições são gratuitas, Srta Gordon. Servimos comida excelente e você deve aproveitá-la.
— Obrigada.
Ele se levantou e estendeu a mão. Zandy levantou-se para colocar a sua, muito menor, na dele para que pudessem balançá-las. Ele tinha um aperto firme, soltou-a rapidamente e assentiu.
— Aproveite o seu trabalho.
— Obrigada. — Ela pegou a bolsa e saiu do escritório.
Creek sorriu e acenou-lhe para tomar um assento.
— Um funcionário foi chamado para levá-la ao prédio C. Vai gostar de trabalhar aqui.
Zandy gostou da mulher Nova Espécie e sorriu.
— Obrigada. Tenho certeza que vou. Todos que conheci até agora têm sido maravilhosos.
Creek bufou.
— Exceto pelo fato de que você tem que ser revistada cada vez que entrar em nossos portões.
— Colocaram uma mulher para me revistar, mas não foi tão ruim. Foram realmente bons nisso.
— Tentamos. Nos sentimos mal por ter que tocar todos, mas é necessário. Apenas algumas semanas atrás, um homem veio para uma entrevista de trabalho e encontraram uma arma escondida dentro da cueca. Ele era de um grupo de ódio e queria filmar Slade morto.
Zandy ficou chocada.
— Isso é terrível.
— Alguns seres humanos nos odeiam. — Creek encolheu os ombros. — Eles nos culpam por aquilo que somos embora nunca nos foi dada uma escolha. Agora só queremos viver em paz e isso ofende alguns da sua espécie. Tememos contratar seres humanos, sem ofensa para você; mas muitos de nós não têm as habilidades para fazer todas as tarefas necessárias. Aprendi como usar computadores e digitar para me tornar uma recepcionista. Uma humana fez esse trabalho antes de mim, mas ela vendeu alguns documentos aos repórteres por dinheiro. Eventualmente vamos ser capazes de fazer a maioria das tarefas conforme mais de nós aprendem habilidades, embora os humanos em que confiamos manterão seus empregos.
— Foi uma porcaria isso que ela fez.
Creek assentiu.
— Sim. Slade confiou nela. Ela parecia uma avó. É esse o jeito certo de dizê-lo? Eu vi filmes de Natal e ela parecia como a Sra. Papai Noel. Foi triste quando traiu a nossa confiança e realmente feriu os sentimentos de Slade. Ele gostava dela e isso o deixou muito deprimido.
— Eu não o culpo. Não há nada pior do que alguém que você confia te trair. Especialmente por dinheiro.
Uma expressão de interesse despertou nos olhos da mulher.
— Você foi traída por dinheiro?
— Eu fui traída, mas eu nunca tive dinheiro para roubarem e não houve tablóides para vender, essas coisas me fariam mal. Só imagino que isso seria pior.
Creek assentiu.
— Você tem filhos? Gosto deles.
Zandy sacudiu a cabeça.
— Não. Fui casada duas vezes, mas nenhum deles era do tipo paternal. Ou leal. — Ela encolheu os ombros. — Agora eu desisti de todo o plano de ter filhos. Passei dos trinta e desfruto de não ter um homem na minha vida.
— Você teve dois companheiros? — Os olhos de Creek se arregalaram. — Eles morreram?
— Eu me divorciei deles. O primeiro foi um babaca trapaceiro que agarrava qualquer coisa que dissesse sim. O segundo, bem ele foi um vagabundo.
— Ele vivia nas ruas?
Zandy riu.
— Ele provavelmente está agora que não estou por perto para sustentá-lo. Gostava de se sentar no seu traseiro o dia todo sem fazer nada e não conseguia encontrar um emprego para salvar sua vida. Era preguiçoso e eu me fartei disso. Eu me divorciei dele e ele foi morar com uma mulher dois prédios depois. Enquanto eu trabalhava e o sustentava, ele estava dormindo com ela. Sou uma horrível juíza de caráter quando se trata de homens, sei disso agora, e desisti de encontrar outro.
— Eu não culpo você. — Creek estendeu a mão e apertou a dela em apoio. — Nossos homens não são vagabundos. Eu ouvi que alguns dos seus machos não são muito fortes, mas os nossos se mantém em boa forma. Não vai encontrar nenhum fraco aqui. Nossos homens morreriam antes de esperar que uma mulher cuidasse deles como se fossem impotentes. Eles não têm esse traço ruim.
— Você é casada? Tem filhos?
Creek sacudiu a cabeça.
— Eu apenas tenho sexo com homens diferentes. Não tenho planos de acasalamento com um. Nossas fêmeas são incapazes de conceber filhos por isso não há razão para se estabelecer com apenas um macho. Eles são um pouco controladores. Lidamos com isso toda a nossas vidas e não desejamos ser anunciadas do que fazer.
Um sorriso curvou os lábios de Zandy e ela gostou muito da mulher.
— Isso parece sensato. Você não precisa de um homem para completar sua vida. Pelo menos é o que digo a mim mesma cada vez que um cara bonito me paquera. De jeito nenhum, não mesmo. Estou melhor solteira.
A porta do escritório se abriu e um homem alto vestido de preto entrou. Zandy sentiu a cor deixar o rosto quando fitou as feições dele. Ela o encontrara antes. Não conseguia lembrar seu nome, mas lembrava dele do mesmo jeito. Tinha sido algumas semanas atrás, mas nunca esqueceu seu rosto.
Creek sorriu.
— Este é Slash. Slash, esta é Zandy Gordon. Ela vai trabalhar no prédio C. Você é o seu acompanhante para hoje?
Merda, a mente de Zandy gritou. Talvez ele não se lembre de mim. Ficou de pé quando o olhar do homem pousou nela. Os olhos azuis se estreitaram e ele inclinou a cabeça enquanto a estudava atentamente. Um sorriso subitamente curvou sua boca e ela quase estremeceu, sabendo que a reconheceu, com certeza.
Ela podia ver diversão no olhar dele.
— Você é a pequena mulher do bar que foi esmagada pelos homens bêbados, — ele confirmou. — Como você está, pequena fêmea?
— Zandy Gordon, — Creek corrigiu. — Você já a conheceu antes?
Slash sorriu sem rodeios.
— Brevemente. É bom ver que se recuperou completamente. — Ele estendeu a mão.
Ela não teve escolha exceto apertar a mão grande do homem. Sua pele era quente quando agarrou a mão dela com firmeza e deu-lhe um aperto. Ele a soltou, mas permaneceu perto. Ela teve de inclinar a cabeça para trás para olhá-lo.
— Me chamo Zandy. Você é muito alto.
Creek riu.
— Sim. Nossos homens são todos altos, mas assim é a maioria das nossas mulheres. Eu tenho um metro e oitenta e cinco. E você, Slash? Um metro e noventa?
Ele assentiu, ainda sorrindo para Zandy.
— Venha comigo. Irei escoltá-la ao trabalho.
A vontade de deixar o novo emprego e fugir agarrou-a. Pelo menos ele não foi o que ela molestara. Poderia ser pior. Esse pensamento mal a confortou. Ela se virou para Creek.
— Obrigada. Foi bom conhecer e conversar com você.
Creek sorriu.
— Gostaria que pudéssemos nos tornar amigas. Poderíamos almoçar juntas. Posso facilmente encontrá-la na cantina. Gostaria disso?
Zandy sorriu.
— Adoraria. Te vejo na hora do almoço.
Ela seguiu Slash para fora do prédio. Ele não se virou para garantir que ela o seguia até que estavam do lado de fora e ele parou ao lado de um jipe preto. Ele se sentou no banco do motorista e ela subiu no lado do passageiro, olhando-o com cautela quando ele encontrou seu olhar.
— Você está trabalhando aqui agora.
— Sim.
Ele riu e ligou o Jeep.
— Você causou uma forte impressão em Tiger.
— Quem? — Ela sabia, entretanto. Agora ela tinha um nome para o misterioso homem que molestara. Nunca esqueceu os impressionantes olhos felinos azul-dourados.
— Tiger é o macho que deu vida a você.
O coração dela quase parou.
— Me deu vida?
— Foi um inferno de um ótimo beijo, mas isso é exagerar um pouco.
— Você não estava respirando quando ele afastou os bêbados do seu corpo, que foi esmagado contra o chão. Ele teve que colocar a boca na sua para forçar ar nos pulmões para você respirar de novo.
Choque a rasgou.
— Eu não estava respirando?
— Não. Tiger ajudou seu coração a bombear e forçou ar nos seus pulmões. Carregou você para fora para esperar a ambulância uma vez que lhe deu vida de volta. — Ele riu. —
Presumi que ele acreditou que precisava de mais ajuda, considerando que colocou a boca em você de novo.
Suas bochechas inflamaram.
— Podemos deixar este assunto? Por favor? Essa não foi minha melhor noite e continuo tentando esquecer todos os detalhes.
— Podemos deixá-lo. Não se preocupe. Tiger me disse para nunca mencionar o que aconteceu entre os dois a ninguém. Mantive minha palavra. Não escrevemos o que aconteceu na parte exterior no nosso relatório ao xerife ou a ONE.
Um relatório? Oh inferno! Só o pensamento a fez sentir-se ainda mais envergonhada. Slash tinha dito que não escreveram o que ela fez, o que significava que ninguém sabia que ela molestara... Tiger. Sim, esse nome se encaixa. Ela afastou essa linha de pensamento. Tinha se referido a ele como seu anjo caído e odiou as muitas noites que as lembranças do que eles fizeram juntos a manteve acordada.
Slash disse que ela tinha deixado uma impressão em Tiger, mas ele deixou uma enorme nela também. Ela mentalmente chutou a si mesma. Cada vez que pensava nessa palavra se lembrava da mão dela cavando na calça do homem e segurando o pênis. Tinha que ser o álcool. Simplesmente tinha que ser. Ele realmente não poderia ter sido tão atraente e bem desenvolvido.
Ela sorriu quando uma brincadeira filtrou através dos seus pensamentos. Como você transforma um homem qualquer em perfeição? Beba um pacote de seis de cerveja. Ela teve bebidas mistas, que eram mais fortes. Tiger não podia realmente ter parecido tão bom quanto se lembrava. Provavelmente não era nem mesmo tão excelente beijador. Tinha que ter sido a bebida.
Slash estacionou na frente de um prédio com um grande C acima das portas. Ela olhou para outros prédios, viu mais letras, e pensou alto,
— Por que os edifícios não estão numerados?
Ele segurou o olhar dela, parecendo sombrio.
— Nós já fomos conhecidos por números em vez de nomes dentro das instalações de teste, e vê-los nos faz lembrar momentos ruins. Optamos por usar letras ao invés de números.
— Sinto muito. — Ela se arrependeu de perguntar e simpatia surgiu.
— Você não sabia. Não há nenhum mal em fazer perguntas e as acolhemos. Nós mesmos perguntamos muito quando não entendemos alguma coisa. Sei que não quis me ofender e espero que nunca façamos qualquer pergunta que te ofenda. Não ia ser a nossa intenção. — Ele saiu do banco do motorista. — Vou retornar para acompanhá-la para o almoço. Precisa de um oficial ao seu lado enquanto estiver na propriedade ONE. Nos desculpamos, mas é necessário. Há câmeras dentro de todos os nossos edifícios e até mesmo fora. Tivemos de implementar esta medida de segurança, e é para sua segurança bem como para nossa. Trabalhar aqui fará de você um alvo aos nossos inimigos. Isso lhe proporciona um ambiente de trabalho seguro.
Ela deslizou do assento já que o Jeep não tinha portas.
— Eu sabia disso sobre as câmeras. Está no pacote de informações que eu tive de ler antes de me inscrever ao trabalho, e sei que preciso ser revistada todos os dias.
Ele parou perto dela.
— Vou te apresentar ao macho com quem trabalhará.
Slash abriu a porta para ela e Zandy entrou em um espaço de escritório grande e aberto cheio de armários de arquivos e duas mesas grandes. Um homem sentado atrás de um computador, olhou para eles e sorriu enquanto se levantava. Se aproximou deles.
— Olá. Sou Richard Vega. Você deve ser Zandy Gordon. — Ele abriu um sorriso a Slash. — Como está indo hoje, Slash?
— Eu estou bem, Richard. Aqui está ela. — Ele franziu a testa e os olhos se estreitaram. — Lembre-se do que lhe foi dito. Você não quer compartilhar sexo com esta.
A boca de Zandy abriu. Girou a cabeça para olhar com os olhos arregalados a Slash, mas ele só virou e saiu. Seu novo colega de trabalho gargalhou.
— Isso saiu errado. Eles apenas me matam de rir.
O homem retornou ao assento, sorriu, e ela ficou boquiaberta.
— Foi-me dito o motivo pelo qual deixou seu último trabalho. Ele quis dizer que eu não tenho que te assediar sexualmente. Eles meio que falam de um jeito que pode ir além de incorreto às vezes. — Richard riu. — Como está. Sinto muito, mas foi engraçado. Você devia ter visto seu rosto. Juro que não sou um lunático. Você vai ter um lugar? Aquela será a sua mesa.
Ela relaxou e se sentou. A cadeira era confortável e deixou cair a bolsa no chão, ainda observando o novo colega de trabalho. Richard Vega estava nos seus trinta e tantos anos, hispânico, com cabelos pretos levemente grisalhos e olhos castanho-claros, sorridentes.
— Novas Espécies, bem, — ele riu, — eles levam algum tempo para se acostumar. São pessoas muito boas. Só espero que você tenha um grande senso de humor, porque vai precisar.
— Isso saiu errado. — Ela sorriu.
Ele riu de novo.
— O último homem saiu porque se mudou para o Arizona para ajudar a filha com os netos. Eu não assediei sexualmente ele caso esteja se perguntando.
Zandy riu.
— É sempre bom saber. Há alguém aqui que não saiba por que deixei meu último trabalho?
— Provavelmente não. Eles estão cuidando de você, acredite ou não. Queriam garantir que isso nunca aconteça com você novamente. Como um funcionário, eles serão protetores de você. Jogue fora o código de normas da política de trabalho normal, se você tiver um. Está em um mundo completamente novo.
— Estou começando a ver isso.
Seu sorriso desvaneceu.
— Minha esposa adoeceu no mês passado com um caso grave da gripe e teve que ser hospitalizada. Temos dois filhos pequenos. A ONE não só enviou flores à minha esposa, mas convidaram meus filhos para vir trabalhar comigo já que eu insistia em trabalhar. Enviaram duas de suas mulheres para brincar com minhas crianças o dia inteiro para mantê-los entretidos. Eles são incríveis e ainda por cima, quando eu levei a minha esposa para casa, eles nos entregaram comida por uma semana. Disseram que era apenas para ajudar minha família. Esse é o tipo de pessoas para quem estará trabalhando e queria que soubesse disso.
— Obrigada por me dizer. Eles parecem ótimos.
Ele subitamente sorriu de novo.
— Sim. Assim quando eles deslizarem com as palavras, simplesmente saiba que não foi intencional. Ria muito. Eu faço.
— Entendo.
— Você está pronta para aprender o que fazer? Espero que tenha um bom senso de humor, porque vai precisar dele com este trabalho. Caso contrário pode ficar bastante chateada.
— Por quê? — Ela não gostou do som disso.
— Nós somos o departamento do correio de entrada. Todas as correspondências de ódio, as correspondências de fãs, tudo isso, vem direto para nós. É o nosso trabalho ler, separar e responder. E tenha em mente que devemos responder agradavelmente sem importar o quê. — Ele se levantou e apontou. — Vê esses armários de arquivos?
Ela estudou as poucas dezenas de armários de arquivo.
— Sim.
— É aí que toda a correspondência de ódio vai, as ameaças de morte, e a merda realmente assustadora.
Zandy deu a ele um olhar horrorizado.
— Há muito deles.
— Você deveria ver o segundo andar. É o depósito. Estes armários são apenas dos últimos cinco meses.
Choque passou por ela.
— Todos aqueles estão cheios de mensagens de ódio?
— E ameaças de morte. Sim. Mantenha o senso de humor, se tiver um. Vai precisar dele. Se algo entra que for realmente específico ou simplesmente lhe dá arrepios, o traga ao meu conhecimento imediatamente. Estes nós entregamos ao FBI. — O olhar dela vagou ao redor da sala grande em todos os armários e fez seu peito doer para ver o tipo de ódio que as pessoas eram capazes. — A parte triste é que esse povo é simplesmente incrível, inferno, melhor do que as pessoas que eu conheci por toda a minha vida. Eles têm de lidar com todo esse ódio a cada dia. A parte boa sobre o trabalho, porém, é que recebemos um monte de cartas de fãs também. Essas são divertidas e agradáveis. Pegue-o se encontrar algo realmente grande. Eu gosto de dá-los para a ONE, assim eles pensam que alguns de nós são pessoas decentes.
Ela olhou para dois sacos de correio perto da porta.
— É o correio de hoje?
Ele riu.
— Com certeza é. Você enfrenta a da esquerda e eu vou enfrentar a da direita. E não se preocupe. Todo o correio é examinado contra venenos e bombas.
Seu ritmo cardíaco acelerou por um segundo. Ela nunca considerou isso e engoliu em seco.
— É sempre bom saber.
Richard riu.
— Bem-vinda ao trabalho da ONE. Eu mencionei que eles te alimentam de graça e servem um ótimo buffet no almoço?
— Isso ajuda. É apenas a gente aqui o dia todo?
— Só você e eu.
Ela hesitou.
— Você se importa se eu tirar os sapatos? Usei salto alto para a minha entrevista, mas não estava esperando trabalhar todo o dia neles. Estes são os que apertam meus pés, mas têm uma ótima aparência.
Ele riu quando de repente levantou o pé para lhe mostrar as meias. Ela chutou os sapatos sob a mesa.
— Você não tem que se vestir tão formal também. Eles gostam de nos olhar casualmente agradáveis. Sem suores ou camisas manchadas, mas você não tem que dar o seu melhor.
—Obrigada. — Ela se moveu ao redor da mesa para o saco à esquerda.
Richard se aproximou e agarrou a parte superior do saco à direita.
— É mais fácil se você simplesmente arrastá-los para o lado da mesa.
Ela agarrou seu saco. Era do tamanho de uma mala grande. Puxou-o pelas cordas até a mesa. Era pesado.
— Nós vamos realmente terminar tudo isso em um dia?
— Sim.
Tiger suspirou, passou os dedos pelos cabelos e franziu a testa para os dois machos.
— Basta. Vocês estão me dando uma dor de cabeça.
Os dois machos olharam para o outro. As roupas estavam rasgadas e pareciam prontos para lutar novamente. Tiger se colocou entre eles e, finalmente, virou a cabeça para arquear uma sobrancelha interrogativa para a fêmea.
— Kit? Quer explicar por que convidou dois machos ao seu quarto para transar com você ao mesmo tempo? Tinha que saber que desafiariam um ao outro.
Ela mordeu o lábio e colocou as mãos nos quadris, uma expressão desafiante no rosto.
— Acreditaria em mim se dissesse que foi um simples erro?
Raiva subiu e Tiger grunhiu.
— Não minta. É inaceitável.
Ela teve honra suficiente para baixar o olhar e lhe dar uma posição submissa para mostrar remorso.
— Eu estava entediada. Pensei que eles poderiam lutar e o vencedor aquecer minha cama por umas poucas horas. Foi emocionante até que você chegou para separá-los. — Ela lançou a Tiger um olhar feio. — Arruinou minha diversão.
Um grunhido retumbou de ambos os machos e suas iras se voltaram para a mulher em vez deles mesmos. Tiger ficou tentado a deixá-la ao seu destino. Dois machos de saco cheio que foram propositadamente atiçados um contra o outro e queriam uma pequena vingança iria servi-la bem. Sabia que eles não a machucariam, os dois machos eram amigos que, geralmente, tinham um bom controle, a menos que fosse direcionado para outro macho. Ele tomou uma rápida decisão.
— Eu vou embora. — Ele girou, invadindo o corredor.
— Espere! — O pânico na voz de Kit foi claro. — Faça-os sair com você.
Tiger parou e lentamente a enfrentou. — Você queria que eles lutassem, queria emoção e agora tem. Você criou este problema, resolva-o por conta própria. — Ele olhou aos machos. — Vão machucá-la?
Ambos sacudiram a cabeça.
Tiger assentiu.
— Bom o suficiente. Tenho coisas para fazer, além disso. Resolva isso!
É por isso que ele evitava fêmeas. Elas lhe causavam dores de cabeça e estavam sempre fazendo o inesperado. Ele deixou o hotel e se dirigiu ao Jeep. A lembrança de certa mulher encheu sua cabeça e ele grunhiu. A humana. Só pensar nela fazia seu pênis contrair, assim ele empurrou as imagens de volta. Fêmeas eram más notícias, mas as humanas eram para ser evitadas a todo custo. Especialmente ruivas bonitas com assombrosos olhos verdes.
Richard sentou-se rígido na cadeira.
— Não temos de responder às mensagens de ódio. Às vezes, se realmente ficar chateado, envio-lhes uma de volta. — Ele sorriu. — Basta ser educado. Isso é o que me foi dito. Ninguém disse que eu não poderia ser educado e sarcástico.
Zandy riu.
Richard virou a tela do computador na sua direção.
— Leia esta mensagem e me deixe saber quando terminar. Eu vou te mostrar a minha resposta.
Ela caminhou até sua mesa, se inclinou e começou a rolar a mensagem. Seu temperamento explodia quando acabou. Um homem estava chamado as Novas Espécies de um bando de animais raivosos, que todos devem ser castrados e colocados para dormir. O olhar dela encontrou o de Richard e ele clicou para a página que estava trabalhando.
Zandy começou a rir quase que imediatamente. Ele escrevera uma carta extremamente educada para dizer ao idiota que eles sentiam a mesma coisa sobre ele e compartilhavam os sentimentos amorosos sobre homens como ele. Era tudo educado a menos que você realmente lesse a mensagem original que ele enviou. Richard piscou.
— Eu me senti obrigado a responder a esta.
— Isso é um motim. Espero que quando ele a receber que rache o seu traseiro.
— Eu também.
O saco de correio estava lotado e ela abriu, agarrou a de cima e usou um abridor de cartas para abri-la. Seu colega de trabalho lhe disse para escanear cada uma para o computador — eles as salvavam digitalmente, assim como as arquivam — e digitar quaisquer respostas que ele sentia necessário.
O departamento de saída imprimiria e enviaria as cartas que ela digitou. Era um trabalho sombrio. A maioria das mensagens recebidas a irritou, mas ela encontrou algumas boas que as crianças enviaram.
O tempo voou. Zandy sentou-se ao estilo indiano, a saia dobrada entre as coxas, digitando uma resposta para uma doce garotinha em Iowa que escrevera para dizer que amava as Novas Espécies e pensava que eles eram muito legais, quando a porta se abriu. Zandy ergueu os olhos quando Slash entrou.
— Hora do almoço, — anunciou Richard.
Zandy puxou a saia e colocou os sapatos. Pegou a bolsa.
— Você não vai precisar disso. Seu dinheiro não é bom aqui. Basta soltar a bolsa na mesa. É seguro. Roubo nunca é um problema.
Zandy acenou a Richard e seguiu os homens para fora do prédio. Slash estudou-a quando ela se sentou no banco da frente do jipe.
— Você gosta do trabalho?
— Estou feliz de ter um.
Ele assentiu.
— Bom. — O olhar dele fixou no retrovisor. — Como foi seu dia, Richard? Ainda perde a paciência?
Richard riu.
— Não tão longe hoje. Zandy me manteve de bom humor através do pior do correio.
Slash ligou o motor.
— Ótimo. Estou contente que não é o meu trabalho ler essa merda. Estaria louco o tempo todo.
Eles foram levados a poucos quarteirões ate um grande prédio. Não foi marcado, mas ela teve a certeza que era um hotel. Havia um monte de jipes e carros de golfe estacionados ao longo da rua e nos espaços de estacionamento. Nervosismo a atingiu.
— Parece lotado.
— Todos nós almoçamos ao mesmo tempo. — Richard desceu da parte traseira. — Eles fazem um enorme buffet, exceto as filas de mover-se rápido. Temos uma hora para comer.
Quando Richard disse a palavra “enorme” Zandy imediatamente pensou no seu anjo caído. Ela cerrou os dentes, sabendo que tinha de parar de fazer isso. Ele tinha um nome. Tiger. Olhou em torno de um grande saguão exatamente dentro do edifício quando ela, Richard, e Slash entraram pela porta dupla.
Lembrou-se de repente do colegial, quando eles chegaram ao refeitório. Estava tudo voltando para ela enquanto olhava à sala do tamanho de um ginásio. Mesas foram alinhadas em fileiras com lixeiras colocadas estrategicamente. Ela se sentiu totalmente deslocada. Havia quatro filas e um balcão longo de aço no lado oposto da sala. Muitas das longas mesas já estavam cheias.
Zandy olhou em volta para as pessoas enquanto seguia Slash e Richard a uma das filas. A fila de fato se movia rapidamente. Havia apenas um punhado de funcionários completamente humanos e que tinham que estar em desvantagem de trinta para um. Isso a deixou se sentindo desconfortável.
Tinha de haver mais de duzentas Novas Espécies no almoço. As mulheres eram altas e de aparência atléticas, mas os homens eram maiores. Ela viu um homem andar perto dela e a quantidade de alimento na sua bandeja a espantou. Seu prato era do tamanho de uma travessa e foi empilhado cerca de seis centímetros de altura com carne.
— Não encare, — ordenou Richard suavemente.
Ela virou a cabeça.
— Eu estava olhando para a quantidade de comida.
Ele deu uma risadinha.
— Eu acho que deveria avisá-la que a maioria deles come a carne crua por dentro. Não fique chocada. Quando atingirmos a frente do buffet, vá para a esquerda, não à direita. A esquerda tem carnes plenamente cozidas. A direita é o lado cru. Parece cozida até mordê-la. Eu cometi esse erro no meu primeiro dia aqui e, embora fosse divertido para todos ao meu redor, não tanto para mim.
— Obrigada. — Ela quis dizer isso. Odiaria acabar com a carne crua como a sua seleção para o almoço.
Slash se dirigiu para a direita e Zandy seguiu Richard para a esquerda. Nem todos os Novas Espécies escolheram carne crua para as refeições uma vez que alguns permaneceram à frente deles na fila. Seu colega de trabalho lhe entregou um prato de tamanho normal e pegou o dele. Ela o seguiu quieta ao longo do buffet, espantada com a quantidade e variedade de comida. Ela terminou com bolo de carne e molho, purê de batatas, milho, um pouco de tiras de frango, algumas batatas fritas, e uma fatia de bolo de chocolate. Ela pegou um refrigerante e talheres por último.
Sentaram-se ao lado da parede do fundo perto das portas de entrada em uma mesa vazia. Richard sorriu.
— Eu lhe disse que realmente servem um buffet ou o quê?
Ela desembrulhou o guardanapo de papel, espalhou sobre o colo e assentiu. Cortou seu bolo de carne e mordeu. Surpreendeu-a quando o sabor encheu sua boca e ela gemeu levemente.
— Assim como mamãe faz, hein? Eles têm um serviço de bufê e são muito bons.
— Este bolo de carne está incrível. O molho é de cogumelos e está muito bom.
Ele concordou.
— Você sempre pode voltar para o segundo. E terceiro. Ninguém vai te olhar estranho se fizer isso. Comemos muito menos do que eles.
Zandy viu alguém andando até a mesa e reconheceu um rosto familiar.
— Oi, Creek. Você vai comer conosco?
— Sim. — Creek se sentou ao lado de Zandy e sorriu para Richard. — Olá, humano.
Ele riu.
— Olá, Creek. Eu sou Richard.
Creek se virou no assento.
— Como foi seu primeiro dia até agora, Zandy?
— Ótimo. Amo o meu trabalho. — Zandy olhou o prato da nova amiga, viu alguns bifes com uma grande salada e, em seguida, percebeu o que parecia um café gelado.
— Eu não vi esses. Amo café gelado.
Creek apontou.
— Eles estão lá no canto à direita. Eles têm um de sabor de chocolate, um com hortelã, e um de noz. Nós amamos a cafeína.
— Quem não? — Zandy sorriu.
Ela olhou ao redor da sala. Tudo parecia bem. Alguns dos Novas Espécies estavam olhando para ela, mas achou que tinham de estar tão curiosos sobre ela como estava sobre eles. O movimento da porta chamou sua atenção quando dois homens altos entraram no refeitório.
Era ele, seu anjo caído. Usava o uniforme preto, menos o colete à prova de balas, e caminhava lado a lado com um homem igualmente grande. Eles estavam conversando baixinho, mas ela ignorou o amigo dele. O foco bloqueado em Tiger. Não podia acreditar que estava vendo ele novamente, mas soube, sem dúvida, que não estava enganada. O cabelo parecia uma cor de mel listrada na luz do dia – realces de vermelho, tons de loiro e suave marrom, combinados. Pendurava livremente em torno de seus ombros e ela vividamente lembrou quão macio e acetinado parecia ao toque. Ele passou pela sua mesa e ela teve uma vista das suas costas.
As calças do seu anjo foram moldadas a um traseiro agradável e musculoso. Tinha uma cintura em boa forma e a parte superior do corpo era tão grande e musculosa como ela se lembrava. O fato de que ela havia bebido nada tinha a ver com a forma como sexualmente atraente ele tinha sido já que ela teve de engolir em seco para não engasgar. Ele era lindo, todo masculino. Mesmo a maneira que se movia mostrava uma graça e sensualidade que a teve observando com atenção especial.
Ele olhou por cima do ombro, quase pareceu sentir seu intenso escrutínio e examinou a área até que chegou ao dela. Seus olhares se encontraram por alguns instantes antes dele olhar para frente, deu mais alguns passos e todo o corpo pareceu virar pedra. Ele parou abruptamente.
O coração de Zandy disparou e ela se esqueceu de respirar quando ele virou a cabeça novamente, desta vez encontrando-a imediatamente. Ela estudou seus olhos deslumbrantes. Eles eram exatamente como se lembrava – felino, um azul incrível, mas ela não conseguia distinguir a cor dourada neles de tão longe. O rosto era tão áspero, masculino e fascinante também. Os lábios dele se separaram, forçando-a a lembrar-se vividamente de como ele tinha gosto de cereja quando se beijaram e quão famintos aqueles lábios generosos podiam parecer sobre os dela.
O amigo dele levou mais alguns passos antes de perceber que perdeu seu companheiro, virou-se e disse alguma coisa. Tiger realmente estremeceu, como se assustado. Zandy mordeu o lábio e baixou o olhar ao prato. Ele a reconheceu. Merda. O som de Richard e Creek falando assegurou-lhe eles não tinham notado a sua falta de atenção.
Ela esperou alguns segundos antes de erguer os olhos novamente. Ele ainda estava ali olhando para ela. Ela forçou um sorriso que não sentia, não certa do que mais fazer. E se ele caminhar ate aqui? O que eu digo? Por favor, não, ela gritou silenciosamente. Por favor, só vá embora. Ele se afastou quase como se tivesse a ouvido e continuou em direção ao buffet. Zandy soltou a respiração que esteve segurando.
É ela. Tiger se moveu no piloto automático para receber o almoço, a mente cambaleando de ver a humana que havia salvado naquele bar. Fazia algumas semanas, mas estava certo que era a mesma fêmea. Ela estava comendo no refeitório, compartilhando uma mesa com Creek e Richard Vega, e ele não sabia por quê.
As mãos tremiam o suficiente para sentir alívio quando se sentou no seu lugar regular e abaixou a bandeja. A última coisa que precisava era deixar cair o almoço. A lembrança da pequena fêmea não só afetou sua capacidade de pensar e sua coordenação, mas também seu pênis agitou.
— Você está bem, Tiger?
Tiger olhou para Snow, sem palavras.
O macho Espécie de cabelos brancos sentado em frente a ele franziu a testa.
— Você está com raiva.
— Eu estou bem. — Ele não estava, mas se recusou a admitir isso.
Snow assentiu.
— Eu percebi que você viu a fêmea humana quando entrou. Ela é quente, não é? Notei-lhe no segundo que entramos.
Quente? Essa palavra não faz justiça a isso. Ela fazia seu sangue ferver.
Tiger quis gemer, mas conseguiu dar de ombros, fingindo indiferença.
— Ela é atraente.
— Você acha que ela gosta dos nossos homens? — Interesse despertou nos olhos azul-pálidos. — Eu não me importaria de experimentar sexo compartilhado com um ser humano se fosse ela. Parece um pouco pequena embora e iria, provavelmente, ter medo de nós.
Tiger se lembrou dela puxando seu cabelo na base do pescoço para empurrar seu rosto para baixo para encontrar seus lábios depois que exigiu que ele a beijasse. Seu pênis se tornou mais duro com a lembrança de tê-la em volta do corpo, pressionada firmemente a ele. Ela foi agressiva para uma mulher humana. Os lábios dela foram suaves, ela tinha cheirado tão bem e os seus gemidos o levaram a loucura para estar dentro do seu corpo.
Não, ela não era uma humana receosa dos homens da Espécie. Ela sabia o que queria. Ela foi atrás de mim e iniciou o sexo. Ele não ia admitir isso a Snow, entretanto, ou a qualquer outra pessoa. Ele tinha deixado de fora aqueles detalhes nos relatórios para evitar de ser provocado sobre fazercom uma humana no capô de um dos jipes da ONE, como se não tivesse controle. Ele tinha perdido totalmente isso com aquela mulher. Não era exatamente o seu momento de maior orgulho.
— Deveríamos sentar com ela e ver como reage a mim?
— Não. — Tiger evitou rosnar ou atacar para golpear o outro macho por sequer pensar em tentar ganhar o interesse sexual da mulher. A ideia de vê-la tocar Snow o colocou de mau humor.
— É isso mesmo. — O humor de Snow morreu. — Você não gosta das fêmeas humanas. Você gosta mais das nossas.
Tiger apenas acenou a cabeça. Não queria insistir no fato de que se ela decidisse compartilhar sexo com um macho da Espécie, ele queria ser o que ela escolhia. Eles começaram algo juntos, que não foram capazes de terminar. Seu pau doía, preso dentro da calça apertada demais, agora que havia um espaço livre muito menor dentro deles. Ele mal se absteve de rosnar.
Slash se sentou ao lado de Snow, olhou diretamente nos olhos de Tiger e sorriu maliciosamente.
— Adivinhe qual é meu dever hoje?
Ele sabe que ela está aqui, Tiger adivinhou, severamente olhando de volta para o amigo divertido. Ele esperava que seu aviso silencioso chegasse e prendeu a respiração, esperando para ver se Slash iria dizer algo que não deveria.
— Há uma nova mulher humana que trabalha no prédio C. Comecei a acompanhá-la entre fazer as rondas de segurança. Ela está sentada na última mesa perto da porta à esquerda.
— Eu a vi. — riu Snow. — Ela estava com medo de você? Eu queria saber se ela gosta dos nossos homens. Ela é quente.
— Ela é quente, — concordou Slash. — Não parecia temerosa. O nome dela é Zandy Gordon e eu olhei no seu arquivo. Ela não é casada, solteira, trinta e um anos, e vive cerca de treze quilômetros do portão leste da Reserva. — Ele nunca desviou o olhar de Tiger, claramente enviando sua própria mensagem.
Tiger às cegas pegou o bife do topo da pilha, levou à boca e mordeu cruelmente. O gosto de sangue enchendo a boca ajudou a aliviar um pouco da ira e o impediu de olhar através da sala como se estivesse obcecado com a mulher.
Slash se recusou a parar de provocá-lo.
— Eu fico de acompanhá-la de volta ao prédio C e no final do dia vou levá-la ao portão leste. Que é para onde movemos o carro dela uma vez que será mais fácil para ela ir para casa de lá.
Tiger sentiu o temperamento explodir. Slash estava atraindo-o, dizendo-lhe onde poderia encontrar a fêmea mais tarde. Zandy era um nome estranho para uma humana, mas ela não era exatamente normal em qualquer maneira.
Ele perdeu a batalha e seu olhar procurou-a. Seu longo cabelo vermelho estava em um rabo de cavalo e ela estava rindo de alguma coisa que um dos seus dois companheiros havia dito. Ela não usava muita maquiagem, não havia na noite em que a conheceu também, mas ela era muito atraente sem isso. Ele ouviu seu riso por cima do barulho de vozes e cerrou os dentes. O pau latejava contra a coxa onde estava preso, e à vontade de ir atrás dela agarrou-o fortemente.
Sabia que se arrependeria se levantasse, invadisse toda a sala e a agarrasse. Ele a queria de volta sob ele, mas desta vez não pararia e não dava a mínima que o olhassem compartilhar
sexo com ela. Iria alertar a todos os homens a ficar longe dela também. Eles vão saber que ela é minha.
Esse pensamento chocou-o suficiente para prender seu desejo e até causou um choque de receio de atacar. O que diabos está errado comigo?
— Tiger?
Ele afastou o olhar de Zandy para olhar a Snow.
— O quê?
Snow riu.
— Eu estava falando com você, mas você estava pensando em algo tão profundo que não me ouviu. O que está na sua mente?
— Eu estava pensando em outra coisa. — Tiger não entrou em detalhes.
Slash riu.
— Eu aposto que pensava no seu próximo turno noturno e como espera que o xerife humano não nos chame em mais emergências.
Tiger rosnou um aviso a Slash, mas ele apenas sorriu em resposta.
Snow franziu o cenho.
— Eu não entendo.
— O xerife humano está sempre nos chamando para coisas estúpidas, — explicou Slash. — Nós tememos isso. É por isso que Tiger simplesmente rosnou. É irritante.
Tiger planejou chutar o traseiro de Slash na primeira vez que estivessem sozinhos. O homem definitivamente atraiu-o, mencionando como ele encontraria Zandy. Rasgou um pedaço do bife e se focou exclusivamente na comida. Ele não ousou olhar na direção dela novamente.
Obrigou-se a ouvir e responder a conversa à mesa. Zandy não foi mencionada de novo, mas ele não conseguia tirá-la dos pensamentos.
— O portão leste? Mas o meu carro... — Zandy disse.
— Foi movido. No portão você teve que entregar as chaves do carro. Este é o motivo. Nós protegemos seus carros para impedir os manifestantes de adulterá-los. Os manifestantes têm sido conhecidos por pintar em spray palavrões nos carros dos visitantes.
— Oh.
— Você vive mais perto do portão leste. Está poupando-lhe quilômetros se usá-lo. De manhã volte por ele. Sua escolta estará esperando lá.
— Será você?
Ele encolheu os ombros.
— Eu não atribuo funções.
Ela assentiu.
— Oh.
— Tiger faz.
Merda.
— Tiger é chefe da segurança.
Duas vezes merda. Ela tinha molestado o chefe de segurança da ONE na Reserva. Excelente. Odiou a si mesma. Realmente fez. Sentou-se no Jipe em silêncio, pensando naquela informação e quão desconfortável Tiger poderia fazer sua vida se guardou rancor. Eles dirigiram até o portão e Slash estacionou o jipe perto da guarita.
Ela avistou quatro oficiais ONE patrulhando. Dois dentro da guarita e mais dois em cima dos muros de nove metros que cercavam todo o perímetro da Reserva. Eles carregavam armas.
— Eu não vejo manifestantes.
— Não. Você não irá aqui. Recentemente compramos o terreno adjacente desta seção. Nós não estendemos as paredes ainda, mas pretendemos. É propriedade privada assim quando eles chegam temos eles presos por invasão. Basta aparecer neste portão pela manhã. Seu carro está estacionado lá. — Ele apontou.
Ela viu uma pequena área de estacionamento e seu carro.
— Obrigada.
Slash assentiu.
— Eu vou pegar as chaves. Fique aqui.
Zandy desceu do Jeep, pegou a bolsa e esperou. Ela viu Slash rir e conversar com os dois policiais dentro da guarita, antes de aceitar as chaves de um deles. Voltou para ela e as entregou.
— Pela manhã, eles te deixarão entrar. Estacione o carro onde ele está e deixe as chaves na ignição. Eles precisam das suas chaves no caso de ter que ser movido para algum ponto. É uma medida de segurança. Vão revistar o seu carro e examinar cada centímetro dele também assim ninguém bagunça com o seu carro plantando uma bomba. — Zandy olhou para ele, atordoada demais para falar.
Slash sorriu.
— Tenha uma boa noite. — Ele subiu no Jeep e recuou-o. Acenou e depois foi embora.
Bomba? Merda. Não admira que o salário seja tão bom. Estou recebendo adicional de perigo. Ela caminhou até o carro e percebeu que os dois homens na parede a observavam de perto. Ela subiu e jogou a bolsa no banco do passageiro. Ela ligou o carro e deu marcha ré. O portão foi aberto enquanto ela dirigia para ele lentamente. Um dos oficiais acenou para ela e ela deixou a Reserva.
Dirigiu cerca de um quilômetro pela estrada sinuosa e cercada de florestas antes que avistasse o Jeep preto ONE estacionado de um lado ao outro de ambas as pistas. Ela bateu nos freios, franzindo a testa, se perguntando onde o motorista estava e por que bloquearam a estrada. Seu olhar disparou pela floresta, mas ela não viu ninguém. Ela desligou o carro, esperou, e aguardou que o motorista retornasse logo uma vez que as árvores a impediam de dirigir em torno do veículo abandonado. Longos minutos se passaram e ela decidiu chamar para ver se o motorista a ouviria.
O som de um homem gritando chegou aos seus ouvidos no segundo que ela abriu a porta do carro e ficou e pé. Se virou na direção dos xingamentos obscenos e mordeu o lábio quando ele chegou mais perto.
— Eu juro que estou perdido, caralho.
— Certo, — uma voz masculina rosnou. — Claro que você estava.
— Você me deixe ir, agora, seu filho da puta. Como se atreve a colocar as malditas patas esquisitas em mim? Foda-se.
— Você está invadindo e vai ser preso por isso.
— Vá para o inferno, babaca. Deixe-me ir.
Zandy viu movimento cerca de cinco metros à esquerda. Estava tentada a subir de volta no carro e dar a volta. O portão não estava longe e ela temia qualquer tipo de cena que encontraria do outro lado. O homem xingando parecia muito beligerante.
Um homem de aparência rude em seus vinte anos saiu da linha das árvores. O rosto estava vermelho de raiva, mas as mãos estavam atrás das costas. Alguém mais alto se moveu por trás dele, forçando-o à frente, e reconhecimento atingiu quando ela viu naquele segundo o rosto. Ela congelou. Tiger não a viu de imediato, muito determinado a controlar o homem que empurrava para frente. O homem furioso tentou fazer uma pausa disso, mas Tiger se moveu, agarrou-o pelo ombro da jaqueta jeans e puxou-o de volta.
— Não me faça persegui-lo, — rosnou Tiger. — Você não vai chegar longe com as mãos algemadas atrás das costas.
— Foda-se, aberração. Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito de me tocar ou algemar. Vou processar o seu traseiro, bichano do caralho.
Tiger rosnou ferozmente.
— Continue assim, caipira. Posso apresentar mais acusações contra você. Está invadindo a propriedade ONE com um rifle. Isso não pressagia nada de bom para você em tudo.
Tiger ergueu a cabeça e encontrou os olhos de Zandy. Piscou para ela, mas não pareceu chocado ao vê-la parada ali. Ele empurrou o homem ao Jeep. Zandy foi ignorada enquanto Tiger arrastou o homem para cima e jogou-o no banco traseiro. O homem amaldiçoou alto, fazendo ameaças de uma ação judicial. Tiger arrancou outro par de algemas e aferrou o homem a uma barra de metal com eles.
— Seu maldito bichano! — O homem gritou. — Deixe-me ir. Você não tem nenhum maldito direito de fazer isso comigo.
— Cale a boca, — Tiger rosnou. — E uma vez que você está indo para a cadeia, eu não estaria gritando bichano demais. Ouvi que sua espécie gosta de dobrar os machos ali. Se mais alguém é tão estúpido como você é, então eles podem tomar isso como você se oferecendo para ser um.
Zandy sorriu, não podia evitar, e sabia que era errado achar isso engraçado. Tiger finalmente se virou e encontrou os seus olhos. Ela viu suas narinas se alargar enquanto ele se aproximava dela lentamente. Sua frequência cardíaca aumentou. Eles estavam indo para conversar e ela não teve ideia do que lhe dizer.
— Onde diabos você está indo? Você não pode me deixar aqui, aberração. Eu tenho direitos.
Tiger ignorou o homem no Jeep. Zandy não se moveu quando Tiger diminuiu a distância entre eles até que ele parou a poucos pés de distância. Eles apenas se encararam.
— Ei, bichano. Deixe-me ir agora, porra! — O homem lutou com os punhos.
— Oi, — Zandy ofegou, decidindo falar primeiro. Ela estava nervosa o suficiente para sentir a necessidade de dizer algo, qualquer coisa. — Como tem passado?
Seus belos olhos estreitaram-se ligeiramente.
— Eu vou bem. Você evitou brigas?
Ela corou com a lembrança da sua decisão imprudente de ficar bêbada em um bar.
— Sim.
— Você é pequena demais para se envolver com homens lutando.
— Eu não estava exatamente envolvida. Estava sentada em uma mesa no canto mais afastado quando estourou. Tudo aconteceu tão rápido que eu me encontrei encurralada e eles começaram a vir no meu caminho. Eu não tive para onde ir, exceto em cima da mesa. Teria ficado muito bem ali, se alguém não tivesse acertado ela e me enviado ao chão. — Ela estudou-o de perto, ainda certa que ele tinha que ser o homem mais sexy que ela já vira. — Obrigado por salvar minha vida.
Ele inclinou um pouco cabeça, estudando-a atentamente.
— Foi por isso que me beijou? Para me agradecer?
Ela sabia que as bochechas avermelharam mais, envergonhada que ele queria uma explicação para seu comportamento.
— Não.
— Então por que você fez? Estou curioso.
— Você realmente quer saber a verdade? — Ela paralisou, tentando pensar em um motivo que não soasse tolo, mas não conseguiu chegar nada. O homem fazia o seu cérebro não funcionar.
— Eu não iria perguntar se eu não quisesse saber isso.
— Eu... — Ela suspirou, decidindo apenas ser honesta. — Eu fiquei bêbada e pensei que estava morrendo. Eu acordei e tive certeza que eu tinha. Você vai pensar que é estúpido e eu duvido que realmente queira ouvir onde estava minha cabeça.
— Eu quero.
— Eu pensei que morri e lá estava você.
Ele franziu a testa.
— Eu não entendo. — Ela queria que um buraco se abrisse sob ela, mas não fez.
— Pensei que fosse algum tipo de guia que tinha vindo para me levar ao inferno.
Sua boca ficou tensa.
— Entendo. Acreditou que eu era um demônio. — Ele pareceu chateado.
— Não! — Ela sacudiu a cabeça, odiando o jeito como ele olhou para ela naquele momento. Quis corrigir isso. — Pensei que você era um anjo. — Ela omitiu a parte do caído.
Sua boca relaxou e os olhos suavizaram um pouco.
— Você sempre quis beijar um anjo?
— Não. — O rosto dela tinha de estar flamejante por agora. — Eu pensei, desde que estava indo para o inferno de qualquer maneira, que eu poderia muito bem fazer o que eu realmente queria. Que foi te beijar. — E mais. Ela também deixou essa parte de fora.
— Por que você quer me beijar?
Será que esse cara nunca para de fazer perguntas? Ela queria evitar soar ainda mais irracional. Trocou seu peso, os saltos altos fazendo os pés doerem. Olhou para o rosto dele. Oh inferno. Dentro por um centavo4.
ˇ De uma maneira simplista é dizer que alguma coisa vale a pena, dar uma chance a isso, tomando todos os riscos e se esforçando para atingi-la.
— Eu achei que você era atraente e só queria te beijar.
— Achou? Passado. Agora que você não está bêbada, eu não sou atraente?
Ela franziu o cenho.
— Você é atraente. Não ponha palavras na minha boca.
— Então você ainda me considera atraente?
— Você sabe que é.
Ele a olhou por longos segundos.
— Você ainda quer me beijar?
Ela pestanejou algumas vezes e decidiu que queria, mas não quis admitir isso. Bêbada, ela foi muito adiante, mas esse não era o caso quando estava sóbria. Ela engolou em seco em vez de responder a pergunta e forçou o olhar do dele para o Jeep.
— O prisioneiro lá está caindo. — O olhar virou de voltou para ele.
— Eu não dou a mínima. Ele poderia calar a boca, se cair e bater a cabeça.
Ela sorriu, gostando dele, e concordou que não seria uma coisa ruim se o homem alto e bruto em restrições parasse de resmungar maldições.
Tiger de repente avançou, invadindo seu espaço pessoal.
Ela engasgou quando duas grandes mãos agarraram seus quadris suavemente para evitá-la de se afastar dele. Os olhares se encontraram e prenderam. Os olhos dele eram tão inacreditáveis como se lembrava, na verdade mais deslumbrantes na luz do sol, pois as bordas douradas das íris azuis quase brilhavam, acentuando as partes azuis. Os olhos felinos, combinados com os cílios grossos, eram extraordinários.
Zandy respirou instável, inalando o seu masculino, amadeirado perfume. Ela não resistiu quando ele gentilmente a puxou mais perto até que teve de inclinar a cabeça para trás para manter seus olhares presos e o corpo contra o dele. As mãos subiram automaticamente para alisar no amplo peito dele. O material da camisa preta era suave, mas o homem nela parecia muito sólido.
— Estou curioso, — ele falou rouco. — Se te tocar é tão bom quanto me lembro. Vou te beijar.
Zandy sabia que devia dizer não e se afastar do aperto de Tiger. Ela devia... Oh diabos. Eu só vou viver uma vez. O desejo de beijá-lo era forte. Não ia negar isto, assim deslizou as mãos mais alto, até os ombros dele. Eles eram mais largos que nunca. Ela se apertou mais forte contra ele e abriu os lábios em convite.
Ele arregalou os olhos com surpresa e se inclinou um pouco. Um suave grunhido retumbou da garganta e o ventre de Zandy se apertou. Ele fazia os sons mais sensuais. As lembranças nubladas pelo álcool não estavam erradas sobre isso e ela fechou os olhos em antecipação do seu beijo.
O homem suavemente ronronou quando a boca roçou a dela. Zandy tomou uma respiração instável contra seus lábios e se ergueu na ponta dos pés para ficar mais perto. Suas bocas se encontraram novamente e desta vez ele não apenas lhe deu uma provocação de leve. A língua dele deslizou, passou seus lábios entreabertos e completamente lhe possuiu com o tipo de paixão que a teria feito derreter ao chão se não estivesse agarrada aos seus ombros. Os braços apertados ao redor dela.
Estar bêbada não havia afetado seus sentidos afinal, porque o homem podia beijar como ninguém. A língua brincava, atacava, e absolutamente a deixava sem a habilidade de pensar. Outro grunhido veio dele. Seus mamilos responderam às vibrações que isso causou com o peito pressionado com tanta força contra ele, e quis estar ainda mais perto. As mãos se envolveram no seu pescoço e mal notou quando os pés deixaram o chão enquanto ele a ergueu mais para cima do seu corpo para aprofundar o beijo.
Tirou os sapatos, querendo-os fora do caminho e precisando sentir mais dele. Quase instintivamente as pernas embrulharam os quadris dele. As costas atingiram a lateral do seu carro e ele se moveu mais perto até que o cume duro do pênis pressionou contra a calcinha. Ela ajustou seu abraço nele com as pernas, apertando os joelhos sobre as laterais dele e fechando os tornozelos juntos até que os calcanhares se cavaram no traseiro firme, encorajando-o mais perto.
Os quadris de Tiger moeram contra sua vagina, fazendo-a ciente do material áspero da calça contra as coxas nuas... e que a saia havia subido. Não se importou. Ao invés, o beijou freneticamente e arqueou as costas, roçando os seios e o clitóris contra ele onde se tocavam. Gemeu, querendo-o tanto que doía. O corpo estava queimando.
O aperto de Tiger passou da cintura para acariciar até o traseiro. As mãos seguraram na pele nua onde a calcinha não cobria e ele apertou-a com firmeza. Ele se moveu, lentamente balançando o pênis contra ela. Prazer rasgou por ela do quão duro ele estava, quão sensível o clitóris ficou por somente o mais leve movimento que ele fez. Ela doía para gozar.
Era uma loucura como reagia a ele. Nenhum homem nunca a excitou mais. A boca era puro pecado. O corpo fazia coisas com ela. Ele a fazia se sentir selvagem e necessitada; e ela queria que a tomasse. Gemeu mais alto, beijando-o mais profundamente enquanto as unhas lhe arranhavam onde podia tocar as costas. Ela o queria agora, contra o carro, no meio da estrada e nem mesmo se importava que estivessem ao ar livre.
Paixão pura fez os olhos dele as coisas mais sensuais que ela já tinha visto. Ele roçou suas presas contra ela e o desejo súbito de revelar-lhe o pescoço o atingiu. Ela o permitiria, totalmente, mordê-la. Até mesmo o pensamento dele beliscando-a com aquelas belezuras a deixou mais excitada. Sou uma pessoa doente, mas eu não me importo. Ele é tão incrivelmente sexy.
— Eu...
Zandy tinha medo dele recusar. Havia muito em jogo, considerando que nunca quis ninguém tanto quanto o queria. Os pensamentos a deixaram quando se ergueu para colocar os lábios nos dele para beijá-lo. Ele rosnou, apertando-a com mais força contra a lateral do carro.
As mãos cerraram no cabelo dele, segurando-o no lugar enquanto rolava os quadris. Gemeu ao sentir o pênis preso contra a vagina e resistiu contra ele para mostrar o quanto o queria.
— EI! OI? Que porra? Ei, bichano? Você pode parar de pegar a garota no carro e me deixar ir!
Tiger retirou bruscamente sua boca da de Zandy e eles se encaram, ambos sofrendo. Ele rosnou novamente e respirou profundamente enquanto a observava.
— Eu tenho que lidar com esse babaca.
Sua voz foi tão áspera, profunda e sexy que ela ainda não queria deixá-lo ir, mas tinha esquecido sobre seu prisioneiro. Droga! Se ela tivesse alguma envergonha se sentiria embaraçada, mas tinha passado por esse ponto quando Tiger a beijou. Tudo que queria era ele e nada mais parecia importar. Talvez eu esteja passando por algum tipo de coisa de menopausa precoce que me faz estar super excitada e perder minha maldita mente. Isso a fez se sentir um pouco melhor, mas ela não acreditou nisto nem por um segundo. Tiger apenas a fazia ser imprudente porque havia algo nele que “ligava” seus botões.
O aperto de Tiger afrouxou e ela soube que tinha de libertá-lo, embora não quisesse. Desengatou os tornozelos e deixou as pernas deslizarem do seu corpo. Os dedos tiveram de deixar o seu cabelo e ela sentiu falta de abraçá-lo imediatamente quando ele recuou, uma vez que ela estava descalça no pavimento. Realmente se sentiu fria e perdida quando se separaram.
— Deixe-me levá-lo até o portão e entregá-lo aos oficiais. — Ele não desviou o olhar dela. — Espere por mim aqui. Você fará isto? Não vai demorar mais que cinco minutos.
Ela não deixou de ver a preocupação que encheu o seu olhar ou o remorso. Um sim instantâneo quis passar por seus lábios, mas agora que eles não estavam presos juntos se acariciando, ela podia pensar. Uma mulher inteligente fugiria, sabia disso, mas nunca conheceu um homem como Tiger antes. Ele valia a pena correr um pouco de risco e fazer algo totalmente louco.
— Ele tinha uma arma, ou eu o permitiria ir com uma severa advertência. Tenho que entregá-lo. Ele pode ter estado aqui para disparar contra meu povo e isto significa que representa uma ameaça futura. — Tiger avançou mais perto, mas evitou tocá-la. — Eu irei e retorno em cinco minutos no máximo. Vai esperar aqui? Por favor?
Zandy assentiu em concordância e ele pareceu aliviado. O olhar finalmente se afastou dela para estudar o Jipe quando ele recuou. Ele limpou a garganta antes de olhar para ela novamente. A voz saiu parecendo mais normal e perdeu a intensidade áspera.
— Eu vou me apressar. Não vá, Zandy.
Ele sabe o meu nome. Ela assentiu, um pouco impressionada que tivesse tomado o tempo para descobrir algo sobre ela.
— Eu estarei aqui.
Ele caminhou até o Jipe. Ela se encostou ao seu carro para evitar que os joelhos trêmulos cedessem. Eles pareciam que iam desmoronar debaixo dela. O homem a beijou e fez seu corpo virar geleia.
Tiger agarrou o homem que tentava sair do banco traseiro. O idiota pendurava um pouco de cabeça para baixo onde as algemas o mantiveram parcialmente dentro. Tiger o empurrou de pé. Um grunhido veio do Nova Espécie quando ele sacudiu a cabeça e pulou no assento do motorista.
— Você não pode fazer isto! — O homem berrou. — Deixe-me ir, seu discurso de show de aberração! Eu sou um cidadão Americano. Este é meu país e você não pertence aqui. Exijo um advogado.
O Jipe retrocedeu. Tiger torceu o volante e olhou para Zandy como acelerou, decolando rapidamente para retornar à Reserva. Ela o observou ir, abraçou o peito e em silêncio se perguntou se estava cometendo um engano. Senso comum ditava que ela devia subir no carro, partir antes dele retornar e colocar algum espaço entre eles. Eles iam ter sexo se ela ficasse. Não era ingênua suficiente para pensar outra coisa e isso provavelmente seria só mais uma coisa a adicionar na longa lista de erros que ela continuava cometendo.
Zandy não se moveu. Tomou algumas respirações profundas e olhou a floresta ao seu redor, apreciando a beleza do que via, mas ela não podia ignorar a forma que os seios se sentiam doloridos. A calcinha estava encharcada até o ponto que precisaria mudá-las quando chegasse em casa e isso tivesse espalhado para umedecer as coxas. Desejo ainda deixava seu coração batendo mais rápido do que o normal.
Não seria prudente arriscar seu novo trabalho por dormir com o chefe de segurança na ONE. As contas, o pagamento da hipoteca e sua alimentação dependiam de evitar ser demitida. Ele realmente vale arriscar tudo? Seus olhos se fecharam e tudo que podia ver foram aqueles olhos dele. Eles pareceram olhar direito na sua alma quando olhou para ela e ela tremeu pela lembrança das mãos dele agarrando seu traseiro. Tiger era perigoso, diferente de qualquer outro homem que já conheceu, e ela nunca quis nada mais do que ele.
Entre no carro, maldição. Corra! A última coisa que precisa é se envolver com outro homem e isso não pode ir a qualquer lugar. Você renunciou os homens, lembra? Dois divórcios, trinta e um anos de idade e você está sempre atraída por homens tóxicos.
Ela não se moveu, apenas permaneceu lá com os olhos fechados e silenciosamente listou todas as razões que precisava para partir. Ela finalmente os abriu e se inclinou para recolher os sapatos descartados. Lançou-os para o lado do passageiro do carro e virou a cabeça para observar o caminho que ele tinha ido. Sábio ou não, ela não estava partindo. Ele estava voltando e ela estaria ali esperando quando ele fizesse.
Em uma nota ela tinha lido que Novas Espécies eram estéreis e não portadores de doenças sexualmente transmissíveis. Ele não poderia engravidá-la ou dar-lhe qualquer coisa ruim se eles acabassem fazendo sexo.
Tiger arrastou o humano para fora do Jipe, o empurrou para dois dos oficiais e então deu o rifle que tinha confiscado do idiota.
— Eu o peguei com isso e o levei ao meu Jipe por retirar isto, mas ele fugiu. Tive que persegui-lo. Ele é estúpido, por isso seja cauteloso.
O macho que assumiu a responsabilidade pelo prisioneiro assentiu severamente.
— Sim, Tiger.
— Pode haver mais deles. Feche a área, lacre os portões e não permita que ninguém entre ou saia deste caminho. Eu estou indo caçar.
— Nós juntaremos reforços para te ajudar.
— Não. — Tiger sacudiu a cabeça. — Estou indo sozinho. Assegure-se que todas as patrulhas do muro sejam advertidas. Certifique-se que eles estejam usando o equipamento de proteção no caso de franco-atiradores. Estou desligando meu rádio. Planejo ficar totalmente em silêncio enquanto procuro na floresta.
— Eu não acho uma boa ideia, — o segundo oficial rosnou. — Nós somos mais fortes em grupo.
— Somos também mais persistentes. Eu estou no comando e lhe dei uma ordem. Lacre-os. Ninguém entra ou sai e não fique alarmado se não puder entrar em contato comigo. Estarei lá fora. — Ele girou para pisar de volta ao Jipe e saltou para dentro.
Seu pau ainda estava duro, o corpo queimando para terminar o que havia começado com Zandy. Realmente esperava que ela não tivesse mentido. O pensamento de ela ter ido quando retornasse o fez querer rosnar. Outra parte dele esperava que não estivesse esperando. Tocá-la o fez perder todo o controle. Quase a tomou na frente de uma testemunha humana e não deu a mínima. Ele só quis a ela.
Seu gosto e a sensação dela nos braços o fez sentir coisas estranhas, malucas. Devia retornar para casa, tomar um banho gelado e achar uma fêmea Espécie. Elas não queriam compromisso e eram normalmente fáceis de entender, apesar do recente comportamento estranho de Kit. Zandy... Tiger não tinha ideia do que ela queria dele além de sexo.
De maneira nenhuma estava tomando uma companheira. Sacudiu a cabeça quando ligou o motor e colocou-o em movimento, ignorando a preocupação nos rostos dos outros homens enquanto o observavam partir. Odiou o pouquinho de culpa que sentiu por mentir. O fato que ele estava disposto a dizer mentiras para estar com a humana atraente, tocou sinos de alarme no seu cérebro. Não que isso o impediu de dirigir tão rápido quanto podia para retornar onde ela esperançosamente aguardava. Pegou as viradas um pouco rápido demais, quebrando as leis de velocidade que estabeleceram por segurança, e só diminuiu a velocidade quando chegou à última curva da estrada, para evitar bater no carro dela se ainda estivesse estacionado lá.
A visão dela o fez querer rugir em vitória. Ela era sua. Iria despi-la e fazer todas as coisas que queria. Fome crua agarrou-o. Queria Zandy Gordon e iria tê-la.
Ele sorriu, em êxtase de repente quando todas as dúvidas desapareceram. Se preocuparia sobre o que significava querê-la, o que ela significava para ele, mais tarde. Agora só queria tê-la sozinho, longe da estrada, e colocar as mãos de volta nela.
Havia uma larga faixa de grama que costumava estacionar o Jipe. Arrancou as chaves da ignição e colocou no bolso quando desceu. Caminhou direito até ela e estendeu a mão.
— Dê-me as chaves.
Ela piscou, não obviamente esperando que falasse isto, mas se afastou do carro mesmo assim.
— Elas estão na ignição.
— Eu vou tirar seu carro da estrada e estacioná-lo atrás do meu veículo.
Ela assentiu e avançou longe do carro quando ele impacientemente se moveu. O desejo de apenas curvar, atirá-la sobre o ombro e levá-la mais a fundo na floresta era forte. Duvidou que ela apreciaria seus pensamentos carnais de como gostaria de tomá-la no chão. Tentou esfriar o sangue aquecido enquanto abria a porta e tentava mexer seu grande corpo dentro do carro.
A fêmea tinha pernas pequenas e o volante o apertou até que conseguiu pegar a alavanca para empurrar o banco todo o caminho para trás. O carro cheirava a ela, sabão em pó e algo que não conseguiu identificar. Ele se afastou na estrada, estacionou atrás do seu Jipe e se esticou para empurrar a bolsa dela debaixo do banco, longe da vista. A estrada era na maior parte segura, mas alguém poderia vagar perto se eles estivessem procurando por problema.
O elemento perigo não foi perdido por Tiger. Já tinha encontrado um humano com uma arma espreitando na floresta perto dos muros da Reserva. O homem poderia ter amigos. Isso deu a ele uma pausa quando tirou as chaves da ignição, colocou-as no bolso e trancou a porta do carro.
Uma olhada no firme olhar verde de Zandy e decidiu que ela valia algum risco. Ficaria consciente do seu entorno e esperava que pudesse se lembrar de ficar alerta, enquanto a tocava. A coisa inteligente seria tê-la o seguindo de volta aos portões e levá-la para sua casa, mas os oficiais falariam. Tiger com uma fêmea humana causaria um reboliço, considerando suas crenças sem rodeios que os machos Espécies eram tolos por se ligar com elas.
Zandy mordeu o lábio inferior, uma expressão incerta fazendo-a parecer frágil. Ele rapidamente fechou a distância entre eles para pegá-la nos braços. Ela ofegou, mas agarrou seus ombros.
— Eu posso andar.
Ele resistiu sorrindo, divertido. Ela era leve nos seus braços, se sentia bem assim perto dele, e a queria lá.
— Você não está usando sapatos. Eu pego você. — Ele forçou o olhar do dela, virando em direção ao Jipe, e depressa encabeçou naquele caminho.
— Onde estamos indo? — Zandy relaxou nos braços de Tiger.
— Estou te levando para longe da estrada. Não quero interrupções no caso de outros estarem invadindo. — Ele pausou ao lado do Jipe. — Você vê o cobertor dobrado no banco traseiro? Poderia, por favor, pegar ele?
Ela teve que soltá-lo com um braço. Ele a inclinou um pouco e ela pegou isso e soltou no colo. Seu braço enrolou em torno do pescoço dele novamente.
— Você realmente devia me deixar andar. É apenas grama.
— Não quero que machuque seus pés, e onde estamos indo pode haver pedras e galhos pequenos. Confie em mim. Eu tenho você.
Sim, você tem, ela admitiu em silêncio. O homem era forte. Ele a segurou nos braços como se não pesasse nada à medida que manobrava por entre as árvores rapidamente. Ocorreu-lhe que ele era principalmente um estranho. Estava permitindo que ele a levasse para dentro da floresta e esta provavelmente não foi a ideia mais brilhante que já teve. Ele podia ser um serial killer, mas duvidava. Algo sobre ele simplesmente a fazia confiar nele.
Sua intuição esteve errada antes sobre pessoas, mas Tiger não era exatamente um cara normal.
— Há um bonito riacho adiante, — ele respondeu asperamente. — Vamos lá.
Isto soa romântico. Ela sorriu, gostando.
— Certo.
Ela estudou seu rosto. Ele realmente era magnífico em um tipo de jeito masculino, exótico. O cabelo se parecia com uma juba. Os fios grossos ondulavam abaixo dos ombros e as listras multicoloridas era uma visão verdadeiramente impressionante. Sua mão girou e ela as correu nisso, apreciando a textura sedosa. O olhar dele se moveu para o dela por um segundo antes dele se concentrar onde pisava.
— Estamos quase lá.
Ele tinha andado realmente rápido, mas não estava sem fôlego e isso a fez perceber o quão forte devia ser. Provavelmente deveria lhe ter deixado um pouco desconfiada dele, mas não sentiu nenhuma pontada de medo absolutamente. Estava a favor de ter sexo com ele. A química entre eles era quente fora do gráfico5 e o tamanho dele na verdade tornou-o mais impressionante.
ˇExpressão utilizada para algo que excede em muito os padrões normais, bom ou ruim.
A floresta se abriu em um pequeno oásis de flores, um riacho estreito e grama felpuda. Tiger parou de andar, farejando o ar enquanto Zandy olhava em volta, maravilhada.
— É tão bonito.
Ele se virou para olhar profundamente nos seus olhos.
— É o meu novo lugar favorito. Recentemente adquirimos o terreno e eu venho aqui tomar banho às vezes, quando estou patrulhando a área. Não muitos dos oficiais sabem sobre ela e só alguns de nós caçam nesta seção por intrusos. Vamos ter privacidade.
Ele colocou Zandy em pé. Grama espessa e suave amorteceram seus dedos do pé. O cobertor quase deslizou ao chão, mas Tiger o agarrou. Ele se endireitou, contornou-a e se curvou para espalhá-lo em uma área de musgo perto da beira da água na sombra.
O corpo dele torceu para ela quando se endireitou e agarrou a camisa para removê-la. Expôs os abdominais impressionantemente esculpidos para sua visão.
— Você precisa de ajuda para se despir? Gostaria que retirássemos todas as roupas.
Seu coração martelou quando tomou uma decisão final — realmente queria fazer sexo com ele. Não foi muito uma escolha. A lembrança dele lhe assombrava desde a noite que se beijaram naquele estacionamento, a atração entre eles era muito forte para negar. Ela o queria. Tinha sido quase um ano desde que renunciou aos homens após o divórcio e a ideia de ser tocada por ele a seduziu muito.
Os dedos tremiam ligeiramente quando desabotoou a blusa, separou-a e manteve o olhar fixo em Tiger. Os seus olhos eram formidáveis, tão exóticos que não queria desviar o olhar, mas a visão que ele expôs quando tirou a camisa foi muito tentadora para perder. Pele bronzeada e dourada, aquele peitoral largo, planos mamilos escuros e conjuntos espessos de músculo foram o suficiente para convencê-la que tinha feito a escolha certa. Ele era perfeição.
O zíper atrás da saia soou estranhamente alto à medida que descia. O material caiu aos seus tornozelos e ela se afastou. Ele suavemente rosnou para ela quando o olhar desviou abaixo pelo seu corpo e ela esperou que significasse que gostou do que viu. Ficou grata por estar usando roupa íntima combinando. As mãos ainda tremiam quando desatou o sutiã, encolheu os ombros dele e agarrou os quadris para mover a tanga azul pelas pernas.
Ele se aproximou dela, a calça ainda no lugar, até que somente centímetros os separaram. Ela se sentiu totalmente exposta, ali de pé completamente nua quando ele não estava.
— Você não tirou a calça.
Um sorriso curvou sua boca sexy.
— Eu vou em breve, mas não quero te assustar.
Suas sobrancelhas curvaram.
— Por que me assustaria?
Hesitação a fez se preocupar até que ele falou.
— Eu realmente quero você, e estou muito duro. Também sou diferente dos seus homens.
Aquilo a atordoou e abaixou o olhar. O esboço do seu membro estava claro. Era grande, mas parecia da mesma forma que um pênis normal seria. Ela ergueu o olhar e pela primeira vez realmente se preocupou sobre estar sozinha com ele, mas estava preparada para lidar com quaisquer diferenças físicas que eles poderiam ter que superar.
Tiger pareceu ler sua mente.
— Tenho formato e funciono da mesma maneira, mas nós somos apenas maiores que seus homens. Não quero que fique intimidada ou arriscar que mude de ideia.
— Vamos devagar. — As mãos agarraram a cintura dele. —Acho que arriscarei um pouquinho de medo.
As mãos dele lhe impediram de abrir a calça quando puxou-a junto com ele. Ele voltou até onde o cobertor aguardava e se ajoelhou, ainda segurando suas mãos.
Zandy caiu com os joelhos na grama então se moveu para o cobertor. Tiger a soltou e tocou seu corpo ao invés. Ela ofegou quando ele de repente a teve presa, estendida com a metade dele em cima dela até que as bocas ficaram quase se tocando.
— Eu quero você mais do que já quis qualquer mulher. — A voz saiu rouca e soou um pouco crua. — Estou tentando abrandar, mas é tão difícil.
Suas mãos seguraram o rosto dele.
— Quero você também. Isto é loucura, não é?
Ele concordou.
— Um pouco, mas há uma forte atração entre nós.
Magnetismo animal. Ela se recusou a dizer isso em voz alta, caso ele se ofendesse. Ela podia ter dito luxúria crua, mas encarando seus exóticos olhos felinos, o primeiro ajustou mais. Qualquer que fosse a atração, era incrivelmente forte.
— Eu nunca quis ninguém tanto como quero com você, — ela admitiu. — Louco ou não.
Um ronronar suave veio dele e a surpreendeu, mas, ao mesmo tempo, a excitou um pouco mais. Ele certamente não era como ninguém que tivesse conhecido. Era uma coisa boa.
— Vou tentar ir mais devagar.
— Você não precisa. — Ela decidiu ser franca. — Eu sofro por você.
A boca desceu na dela para acabar com qualquer conversa entre eles e seu beijo agressivo marcou sua paixão mais alta. Os dedos freneticamente exploraram cada centímetro do peitoral que podia alcançar. Ele era quente, figurativa e literalmente. Uma das pernas dele se ergueu e ela espalhou as suas para lhe dar lugar à medida que ele deslizou-a entre eles.
As costas arquearam para pressionar com mais força contra ele. Ele rosnou e puxou a boca para longe, quando ambos arquejaram. As palmas dele se achataram sobre o cobertor perto dela e se sentou. Ele arrancou as botas e meias e apenas as jogou de lado. Se levantou rapidamente e agarrou a frente da calça. O olhar no dela.
— Não tenha medo de mim. Não vou te machucar.
Zandy se mexeu o suficiente para se levantar, apoiando os cotovelos dobrados atrás dela.
— Mostre-me.
Desejo estreitou os olhos dele e o olhar dela desceu para assistir atentamente quando ele soltou o fecho e o zíper. Deixou a calça deslizar uma vez que foi aberta, revelando a cueca boxer preta. Ela conteve um suspiro quando obteve um olhar mais claro do quanto ele a queria. Ele se curvou, bloqueou sua visão do pênis e removeu a calça completamente. Ele se endireitou novamente e os polegares engancharam a cintura da cueca.
— Vamos com calma.
— Basta tirá-las.
Seu peito expandiu quando respirou profundamente.
— Por favor, não mude de ideia. Iria me matar.
Um sorriso torceu seus lábios.
— Eu posso lidar com isto.
O tecido desceu dolorosamente lento, como se ele quisesse prolongar isso enquanto possível. Ela apreciou a sensação de antecipação até que o algodão desceu o suficiente para seu pênis duro surgir livre. Os lábios separaram e ela teve que lembrar-se de respirar. Tiger era maior do que qualquer homem que já tinha visto. O eixo era grosso e longo e o topo do pênis curvado um pouco para cima, com uma ponta mais cheia.
— Oh, uau.
Ele congelou e lhe encarou.
— O que isso quer dizer? Você está com medo?
— Não. Basta ir devagar.
A expressão de alívio no rosto dele estava perto de cômico para Zandy, mas se sentiu um pouco mal, perguntando-se se ele tinha razão para estar tão preocupado. Tinha alguma mulher visto esse bad boy e fugido dele? Ela não era tímida, entretanto. Não havia muitos desafios dos quais recuava, especialmente se pareciam com algo saído de sua fantasia mais quente.
Ele chutou longe a cueca e caiu de joelhos. Uma mão agarrou seu tornozelo e ergueu, espalhou mais suas coxas e o olhar fixou na sua vagina exposta. Ele fez um som sexy – entre um grunhido suave e um quase ronronar.
— Você tem cabelo.
Ela lambeu os lábios.
— Você prefere sem? É apenas uma pequena tira.
Ele soltou seu tornozelo e se inclinou mais até que o rosto ficou bem em cima das coxas espalhadas.
— Eu gosto muito. — Ele inalou e gemeu. — Tão bom.
Ela nunca teve um homem para fazer isso antes, mas pareceu excitá-lo mais. Uma das suas mãos agarrou a coxa e dedos calejados a fez tremer da melhor maneira enquanto a acariciava.
— Eu quero te saborear, mas quero muito também estar dentro de você. — O olhar dele ergueu. — Você está tão molhada e pronta para mim.
Zandy caiu de costas e ergueu os braços para alcançá-lo.
— Tão bom como isso parece, eu quero você agora.
Ele engatinhou sobre ela e abaixou o grande corpo até que ela pôde sentir o pau quente e grosso contra a parte interna da coxa. Eles estavam barriga a barriga e a boca dele buscou a dela. Ele a beijou como se fosse o fim do mundo. Foi tão febril e frenético que deixou-a um pouco enlouquecida. Ela ergueu as pernas para envolvê-las na sua cintura. Os quadris menearam, tentando encorajá-lo e gemeu quando ele ajustou o corpo um pouco mais alto até que o tamanho incrivelmente rígido do seu pau pressionou contra as dobras da vagina.
Ele balançou os quadris para esfregar o comprimento do pênis contra seu clitóris. Foi fácil de fazer pois ela estava encharcada com sua necessidade por ele. Foi tão bom que teve que arrancar a boca da dele ou arriscar mordê-lo. As mãos agarradas os ombros dele e as unhas cavaram na pele.
— Por favor, — implorou ela.
A cabeça dele enterrou contra o seu pescoço e colocou quentes, molhados beijos na sua garganta, que ela descobriu para ele. A sensação das pontas afiadas das presas se mostrou e isso a excitou mais. Ele podia tê-la mordido naquele momento e ela não teria se importado. Ele nem mesmo tinha entrado nela e estava pronta para gozar.
Ele afastou suas coxas, deixando-as mais abertas e revirou os quadris de uma forma que fez seu membro pressionar mais forte contra a pilha de nervos.
— Foda-me, — ela exigiu.
Ele parou de beijar seu pescoço e rosnou.
— Com calma.
— Que se dane. Tome-me.
O corpo queimava e estava muito perto de alcançar o clímax. Seu anjo caído era simplesmente muito sensual e o homem sabia como levá-la ao céu. O corpo gritava pela liberação.
Ele ergueu o suficiente para que ela virasse a cabeça para olhar seus olhos. O azul deles lhe atraiu e ela mal registrou quando ele alcançou entre eles e colocou espaço entre os quadris até que a cabeça larga do pênis pressionou contra a entrada da vagina.
— Sim, — ela instigou.
Ele apertou contra ela e os olhos dele fecharam. O corpo dela resistiu a levá-lo a princípio, mas ela levantou os quadris lentamente até que a espessa coroa do pênis ultrapassou. Os lábios de Tiger se separaram, um olhar quase de dor tencionou as feições e ele grunhiu quando lentamente entrou nela. Estava tão molhada que ajudou a aliviá-lo dentro e o prazer de estar preenchida foi primoroso para Zandy.
— Oh, deus, — ela gemeu.
Os olhos de Tiger abriram.
— Diga-me se te machucar. Você é tão apertada.
Ela moveu os quadris novamente e rodeou as pernas mais fortemente na sua cintura dele até que os calcanhares apertaram no traseiro firme. Ela os usou para puxar mais forte contra ele e o pau afundou mais.
—Você é tão gostoso.
Os braços a prendeu debaixo dele onde apoiava o peso com os cotovelos e os dedos curvaram sob os ombros dela para agarrá-la. Ele retirou um pouco e deslizou de volta, fazendo-a tomar mais dele. Não podia desviar o olhar dos olhos dele fixos nos seus. Eram as coisas mais lindas do mundo e nada, jamais parecera melhor que tê-lo lentamente transando com ela.
— Mais rápido, — ela instigou uma vez que o corpo se ajustou ao dele depois que ele trabalhou completamente todo seu eixo dentro da vagina. — Por favor?
Ele abaixou a cabeça e tentou beijá-la, mas virou a cabeça e despiu a garganta ao invés.
— Eu tenho medo de te morder. É tão gostoso. Vou gozar.
A boca dele encontrou a linha da sua garganta e a beijou lá quando começou a mover-se mais rápido, o corpo forte imobilizando-a. A sensação dos músculos dele ondulando quase lhe mandou ao clímax. O pênis atingiu um lugar no seu interior que a fez gritar e as unhas cavar mais fundo. Dentes afiados apertaram sua pele e os quadris dele contraíram rapidamente, a fodendo duro e rápido.
Zandy jogou a cabeça para trás e gritou quando o prazer a atravessou. O clímax foi brutal quando se espalhou por seu corpo. Os músculos vaginais apertaram forte no pênis impulsionando e o corpo dela prendeu por causa da intensidade disso.
Tiger a soltou dos seus dentes. O rugido que saiu da sua boca quase a ensurdeceu. Calor disparou dentro dela à medida que ele gozava. Podia sentir cada jato de sêmen a enchendo enquanto seus quadris abrandavam para empurrões afiados e curtos e ele manteve o pênis enterrado bem no fundo dela. Outro clímax acertou, chocando-a, e ela ergueu a cabeça para abafar o grito que não conseguiu conter contra o peito. Teve medo que ele confundiria com dor.
A boca dela abriu na sua pele macia.
A cabeça de Tiger caiu para frente e o peso esticou as costas dela. Ficou chocada que o tivesse mordido. Ela teve medo de mordê-lo. Ele ofegava contra sua pele quando finalmente parou de fodê-la. Zandy aliviou o aperto e soltou o enlace das pernas, que ainda estavam ao redor dos quadris dele, enquanto o corpo começava a se recuperar e relaxar. Uma sensação de satisfação profunda a encheu e ela sorriu. Nem mesmo se importava que Tiger rugiu como um leão quando gozou. Soou assustador, mas foi um verdadeiro tesão.
Os sons da floresta penetraram finalmente em Zandy. O riacho borbulhava e não só o vento enviou uma leve brisa ao longo da pele aquecida, mas fez as árvores farfalhar acima deles. Os olhos se abriram e ela olhou por entre os galhos das folhas no céu muito azul com nuvens.
Tiger não saiu de dentro dela e parecia satisfeito em manter os corpos unidos enquanto a mantinha presa debaixo dele. Conseguia respirar bem, mas seu peso era pesado suficiente para mantê-la exatamente onde a queria. Havia zero motivação da sua parte para se mover, entretanto.
Ela descobriu, afinal, que foi o melhor sexo que ela já teve, que o pênis de Tiger ainda parecia incrivelmente duro e grande dentro dela. Estaria preocupada que ele não tinha gozado se não tivesse sentido ele fazer isto e ouvido seu rugido de conclusão. Os ouvidos ainda retumbavam um pouco por aquele rugido dele.
Lábios roçavam sua pele.
— Eu te machuquei?
Um sorriso curvou seus lábios.
— Não. Uau. Isso foi incrível.
O corpo dele
ficou tenso por uma fração de segundo antes dele relaxar novamente.
— Foi.
As mãos se moveram, vagando abaixo da vasta extensão das costas dele, e adorou a sensação da pele suave e firme. Era algo que poderia se acostumar e nunca cansar. As mãos percorreram até a curva da bunda antes de fazer o caminho para cima para dedilhar seu cabelo sedoso.
— Isso é bom.
— Para nós dois, — concordou ela. — Eu realmente gosto de tocar você.
— Você pode fazer tanto quanto quiser, em qualquer lugar em mim. — Ele riu e se deslocou para que pudesse olhar para ela. Ela teve que soltá-lo para se focar e perscrutar nos seus olhos. Eram tão deslumbrantes. Sentia como se pudesse olhar para eles eternamente. As
mãos deles se soltaram dos seus ombros e uma delas afastou o cabelo do rosto dela. O toque foi tenro.
— Você está tão bonita agora. Os lábios estão inchados dos meus beijos e os olhos são de uma bonita sombra de verde. Me lembram um belo prado quando olho para eles.
Ela sorriu.
— Você é o único bonito. Confie em mim. Você é o homem mais bonito que já vi. Você é como uma escultura viva do homem perfeito.
Ele sorriu.
— Você quer dizer um anjo?
Ela riu.
— Você nunca me deixará esquecer isso, não é?
Ele sacudiu a cabeça, sorrindo.
— Não. Estou lisonjeado. Fui chamado de muitos nomes, mas nunca um tão agradável.
Ela apenas sorriu para ele.
— Eu te machuquei de algum modo? Diga-me se eu tiver. Você é pequena e eu fui duro.
Ela sacudiu a cabeça.
— Não. Eu te machuquei? Suas costas talvez? O peito? Eu mordi você um pouquinho. Não vejo nenhum sangue, entretanto. — Ela olhou para a mancha vermelho e estremeceu. Podia ver marcas de dentes. — Sinto muito.
Ele sorriu.
— Foi bom. Eu só estava com medo de que eu possa ter sido muito duro com você. Você me faz perder o controle.
— Obrigado. Eu poderia ter retalhado suas costas com as unhas.
Ele deu de ombros.
— Valia a pena se fizesse. Você completamente me drenou.
Ela estendeu a mão e afastou o cabelo dele para trás.
— Eu te drenei?
Ele sorriu.
— Você me fez disparar tanto de mim dentro de você, que não acho que resta algo. Eu quase desmaiei pela sensação tão forte, mas tive medo de te esmagar. — Ele pausou. — Eu rugi. — Sua surpresa foi clara.
— Não me diga que sou a primeira que já fez você fazer isto, — brincou ela.
Ele não retribui o sorriso e, em vez disso, pareceu perturbado um pouco quando franziu o cenho.
— Eu nunca perdi tanto de mim dentro de uma mulher antes, ou senti tanto com tanta força que não podia conter meus instintos.
Um pouco de orgulho inchou dentro dela e tinha que admitir que foi bom saber que afetou ele tanto quanto ele a tinha afetado. Ambos experimentaram algumas estreias. Então, triste realidade apareceu em seguida. Tiveram sexo selvagem e apaixonado na floresta juntos, mas realmente não se conheciam. Eles provavelmente não tinham mais nada em comum e não estavam em uma relação.
Homens eram diferentes das mulheres. Ela teve dois casamentos fracassados em seu encalço para provar esse fato. Dizer votos com um homem tinha significado tudo para ela, mas ambos os maridos os quebraram tão facilmente quanto fizeram com seu coração. Sexo e amor eram separados para os homens e ela precisava lembrar-se disto.
Ele só queria sexo. Coloque-se no lugar de uma garota crescida. Você quis isto também, não existe nada mais além disso. A conversa mental animadora ajudou-a a manter as coisas em perspectiva. Isso a entristeceu e deprimiu, mas teria grandes lembranças.
— Eu acho que devemos nos vestir e voltar para os carros antes que alguém dirija perto e se pergunte onde estamos.
O olhar dele estreitou e a voz visivelmente se aprofundou.
— Você já quer partir?
— Eu, hum, bem, alguém verá nossos carros e se perguntará onde estamos. Poderiam até mesmo vir nos procurar. — A ideia de ser pega nua na floresta a perturbava. Nunca teve encontros amorosos com estranhos, esse foi o primeiro. Gostava de manter sua vida sexual privada. – Eu terei que pagar fiança, — ela brincou.
— Fechei a estrada. Ninguém vai saber.
Ela olhou para ele.
— Você fechou?
Ele sorriu.
— Entreguei o imbecil aos oficiais no portão e lhes disse que queria a estrada fechada. Disse a eles que caçaria sozinho na floresta e veria se havia mais alguém aqui fora. Ninguém nos perturbará. Estou no comando e eles têm que seguir as minhas ordens.
Ela riu.
— Isso é muito legal. Acho que é bom estar no comando, hein?
— Muito legal. — Ele se moveu e retirou o pênis devagar do seu corpo. — Vamos.
Zandy o soltou e ele se pôs de pé. Era tão musculoso e perfeito que ela não podia evitar encarar o corpo dele um pouquinho. O fato que ainda tinha uma grande ereção não se perdeu nela também. Ele lhe estendeu a mão.
— Pegue minhas mãos.
Ela colocou as mãos na dele e ele lhe ajudou a levantar. Ele andou para trás, ainda segurando suas mãos. Levou-a ao riacho e para dentro. Era uma tarde morna, ensolarada, mas a água estava um pouco fria. Ele a segurou até que estivesse com água até a cintura e ela até a pontas dos seios. Eles imediatamente responderam enrijecendo e ela soube que Tiger notou quando sorriu.
— Venha aqui. Há algumas rochas.
Eles se moveram rio abaixo cerca de metro e meio e ele de repente se sentou em algo escondido sob a superfície que fez o nível da água com os mamilos dele. Manobrou-a para sentar na pedra de aparência musgosa perto dele. Ela relaxou e apreciou o movimento da água ao redor deles.
— Isto parece bom, já que ficamos um pouco suados.
— Eu amo vir aqui sempre que posso. Aprecio refrescar-me antes de me esticar nu nas pedras lá para secar ao sol.
Soou tão sexy para Zandy que ela seguiu a direção do seu olhar até as pedras lisas e planas. Quase podia imaginar o corpo dele nu enquanto se esticava de costas com os braços em cima usando as mãos para amortecer a parte de trás da cabeça. Sua atenção retornou a ele e seu corpo. A água fazia as pontas dos mamilos dele tensos, duras pontas de tentação pardas. Ela teve o desejo de saborear.
Oh diabos, por que não? Sabia que este seria o primeiro e único momento que encontraria a si mesma sentada em um riacho com um cara super sexy. A língua saiu para lamber os lábios antes de se virar para ele e abaixar o rosto. Ele ofegou quando sua boca fechou nele e arqueou as costas para lhe dar um acesso mais fácil. Uma das mãos deslizou pela barriga plana dele debaixo da água, enquanto a outra agarrou o ombro para mantê-la equilibrada.
Os dedos dele deslizaram no seu cabelo para incentivá-la. Aproximou-se mais dele, liberou o mamilo e beijou o caminho para o outro. Os altos ronronados fizeram todo o peito dele vibrar. A mão dela ergueu da barriga até o tórax, senti-los melhor. Estava espantada e excitada ao mesmo tempo pela reação dele.
A pegada no seu cabelo apertou até que ele cerrou-o e arrastou-a longe da sucção e provocação no mamilo. Encontrou seu olhar por uma fração de segundo antes que ele abaixou a cabeça e a boca tomou posse da dela. Lábios firmes e famintos forçaram os dela separados e a língua explorou e acariciou, como se ele não quisesse nenhuma dúvida deixada na sua mente que a queria novamente. Ela tentou erguer a perna para subir no seu colo, mas ele de repente quebrou o beijo para olhá-la.
— Mãos e joelhos, aqui mesmo, mas vire, — ele rosnou, a voz severa.
Seu tom duro não a assustou. Entendeu por que soou meio fora de controle já que ela o queria mais do que tudo. Soltar-se dele não foi fácil uma vez que as mãos adoravam a sensação dele, mas conseguiu fazer. A pedra que compartilhavam era semelhante a uma borda e ela se pôs de joelhos nela. O dique diretamente atrás deles era um declive acentuado coberto com grama e trevo.
— Agarre algo, — ele rosnou.
Grandes mãos agarraram seus quadris e a empurrou para frente o suficiente que as mãos dispararam para agarrar na suave vegetação quando ele a inclinou mais e ficou de pé atrás dela. Um joelho bateu nas suas coxas, ela as espalhou, e de repente Tiger colou o corpo sobre as suas costas. Uma das mãos dele se abriu na grama a centímetros da sua esquerda e ele se apoiou.
O pênis cutucou contra sua vagina e ele estava entrando nela. Envolveu o braço livre ao redor da sua cintura e a ancorou firmemente na frente dele. Zandy gemeu pela forma que conduzia nela com um impulso lento, mas vigoroso dos quadris. A fez tomar tudo dele sem qualquer vacilação. A sensação dele dentro dela foi maravilhosa e a nova posição pareceu até mais incrível do que ele de frente para ela.
Sua pegada na cintura ajustou até que a mão dele segurou em concha a vagina pela frente e localizou o clitóris. Pressionou um dedo contra ele. Tiger grunhiu e se retirou quase totalmente do seu corpo antes de bater nela duro e fundo. Zandy gritou pelo prazer disso e ele se envolveu ao redor dela mais apertado quando os dedos dela cavaram na terra.
Tiger batia contra ela implacavelmente enquanto esfregava o clitóris. Êxtase a inundou. Não conseguia pensar. Nada existia exceto seu pênis conduzindo, estimulando maravilhosamente os nervos que estavam puxando-a perigosamente para o gozo . Parecia tão bom que quase machucou quando ele bateu contra seu traseiro mais forte, martelando-a rapidamente, e os ronronados foram altos o suficiente que seu corpo pareceu vibrar com ele.
— Podia te montar até morrer, — Tiger rosnou.
— Sim, — gritou quando ele empurrou nela ainda mais rápido e forte.
Um grunhido veio da garganta dele. Isso levou o sexo até outro grau em vez de assustá-la. Sentiu os dentes apertarem no seu ombro e os pontos afiados das presas realmente pareceram morder desta vez. Não importava. O choque da dor só a levou mais perto do clímax.
— Deus, isso é muito bom, — ela arquejou. — Estou tão perto.
Ele rosnou novamente e os dentes morderam com mais força no seu ombro quando continuou a bater nela por detrás enquanto o dedo dedilhava o clitóris. Zandy sentiu o corpo tenso e gritou o nome dele quando gozou tão forte que quase desmaiou.
Seus dentes a soltou quando prazer rasgou por todo seu corpo do centro para fora. Ele rugiu quando gozou também, com explosões de sua liberação bem no fundo do seu corpo. Podia senti-lo gozando, a propagação quente do sêmen a enchendo enquanto os quadris dele desaceleravam.
Zandy arquejou, tentando recuperar o fôlego. A única coisa impedindo-a de afundar de lado e deslizar no riacho foi o aperto de Tiger. O corpo parecia totalmente sem ossos e mole enquanto se deleitava no brilho residual daquela sessão de sexo. Não importava que a cabeça tivesse baixado e que a bochecha descansava contra a terra. Um sorriso curvou sua boca quando percebeu que não teria se importado se estivessem deitados na lama.
A sensação de Tiger retirando o pênis lentamente da sua vagina a fez gemer. Ela se sentiu conectada a ele e as paredes vaginais apertaram quase como se estivessem protestando a perda também, possivelmente tentando segurá-lo um pouco mais. Ele recuou o suficiente para tirar o peso das suas costas enquanto o aperto na cintura afrouxou. A água fria gelou o clitóris superaquecido quando o dedo dele o deixou.
Ele se sentou e a puxou de lado no colo. Seus olhares se encontraram e ela sorriu.
— Eu disse “uau” antes? Eu errei. Uau!
Ele aninhou sua cabeça de lado com o rosto dele e ela achou que ele queria beijar o pescoço. Ele abaixou a cabeça ao invés e a língua quente lambeu seu ombro. Foi uma sensação ligeiramente estranha, mas gostou. Ela se sentiu um pouco sonolenta e realmente amou ser embalada no colo dele. A língua continuou estalando no seu ombro, repetidas vezes, e curiosidade levou-a a falar.
— Não estou reclamando, mas por que está me lambendo?
A língua parou.
— Eu te mordi forte suficiente para romper a pele desta vez. Estou limpando o ferimento. Ficará dolorido depois e machucado. — Ele não ergueu a cabeça para olha-la enquanto falava. — Eu sinto muito.
— Não se preocupe com isto. — Foi estranho que ele tivesse lhe mordido, mas não doeu então não podia ser mais do que um arranhão. Não ficou alarmada por isto.
— Ferimentos de sexo acontecem às vezes, e este valeu totalmente um. Nem senti. — Ela riu.
Ele não riu.
— Vai doer mais tarde quando você aquecer e as endorfinas da satisfação sexual diminuírem. — Sua voz aprofundou a um tom áspero. — Pode deixar cicatriz. Maldição. Eu não quis fazer isto. — A língua lambeu nela novamente.
Ela pensou que foi realmente lindo como ele colocou isto. Nunca encontrou um homem que dizia “endorfinas”, mas sabiamente não riu. Tinha medo de ferir os sentimentos dele se confundisse sua razão de achar humor nisto. Ele era doce e sua preocupação a tocou. Até a fez se apaixonar um pouco por ele.
Não faça isto, ela severamente ordenou. É apenas sexo. Não esqueça isso. O humor desapareceu.
— Estou bem.
A língua parou novamente.
— Eu a tomei asperamente. Você está dolorida ou sem sentir dor de modo algum ainda?
Ela empurrou a cabeça contra a dele e ele ergueu a sua até que os olhares se encontraram. O olhar de pesar nos seus olhos quase lhe quebrou o coração. Muito para o perfeito primeiro encontro amoroso deles na floresta. A cabeça virou e ela torceu o ombro suficiente para ver onde ele tinha mordido. Havia duas pequenas picadas de ferimento na parte superior do ombro e não conseguiu ver se havia mais na parte de trás. Um pouco de sangue vinha deles, mas a pele não rasgou. Não parecia muito terrível e o olhar retornou ao dele.
— Não parece mal, ok? Honestamente. Sou mais resistente do que pareço e isso foi bastante impressionante. O sexo e até a mordida pareceu realmente bom. Estou bem. — Ela sorriu. — Você não me rasgou.
Ele a puxou mais contra o peito e ela encontrou a bochecha descansando contra a curva da sua garganta quando ele a abraçou. Olhou para a floresta em torno deles e imaginou que ele poderia estar fazendo o mesmo.
— É muito bonito aqui.
— É. Você sabe o que torna este lugar perfeito?
— O quê?
— Nós estamos aqui juntos.
Droga. Eu podia perfeitamente me apaixonar por ele. Ele soou tão sincero que ela virou a cabeça o bastante para ver seu rosto. Ele olhou para baixo e honestidade brilhava naqueles olhos bonitos. Correção, ela emendou, eu estou me apaixonando. Nada bom. Amor à primeira vista ou, no nosso caso, depois de ter sexo, é um erro. Ele ainda é um homem, apesar de ser tão diferente. Ele quebrará meu coração.
Ele moveu o corpo, forçando-a longe do peito. Ele olhou ao redor e suspirou.
— A água está gelada e eu não quero arriscar você ficar doente. Sua temperatura corporal não é tão quente quanto a minha, nem você tem a minha resistência. Preciso te aquecer.
Tiger lutou contra o pânico e confusão quando seguiu Zandy fora da água. Ele parou perto dela para se certificar que não caia e todo instinto protetor dentro dele não exigiu nada menos. O olhar desceu a sua bunda enquanto ela subia o dique. Ela era arredondada e suave, muito diferente de uma mulher Espécie. A pele era tão pálida que podia ver os rastros de veias azuis em algumas partes do corpo. Fascinou-o.
Ele curvou e agarrou o cobertor, sacudiu-o, e girou para abrir para ela.
— Aqui. Vou ajudá-la a secar.
O que está errado comigo? Ele não estava certo, mas o desejo de cuidar dela era forte. Uma mulher Espécie teria batido nele agora e nunca lhe permitido mimá-la de qualquer forma. Zandy se aproximou e ele enrolou o cobertor em torno do seu corpo firmemente para secar a água da pele. Ela nem mesmo olhou para ele como se tivesse enlouquecido.
Estava muito certo que havia. O desejo de curvar, atirá-la sobre o ombro e levá-la para o Jipe foi forte. Ela era pequena e não poderia entrar em uma briga se a levasse para casa dele. Imagens de amarrá-la a sua cama e usar a boca e mãos para convencê-la a ficar ali o fez dar um passo atrás dela para esconder o fato que o pênis tinha acabado de endurecer.
Sexo nunca pareceu tão bom quanto com Zandy. Ela era incrível e generosa. Engoliu um ronrono, lembrando quão apertada e quente pareceu envolta no seu pênis. Suave e maravilhosa. O corpo pequeno encaixou perfeitamente contra ele e o fez sentir-se completamente masculino. Suas mãos demoraram nas partes do corpo dela enquanto continuava a ajudá-la secar. Não queria soltá-la. O fato que ela foi submissa a ele, sem ele ter que mostrar agressão, durante o sexo o deixou cambaleante.
Não, ela não é nada como uma Espécie. Assim é como começa, ele percebeu. Aqueles pobres homens que acabaram com companheiras humanas sentiram o que ele sentia. Protetor. Possessivo. Talvez até levado pelos intensos sentimentos enquanto compartilhando sexo. Aquilo o tornou sóbrio o suficiente para se afastar dela e vestir. Esta é provavelmente a definição de abalroado. Ele foi atropelado por uma pequena fêmea com olhos verdes.
As mãos tremiam enquanto vestia a cueca e calça. O interessado pênis protestou por ser contido, mas ignorou. Tinha problemas maiores no momento. Precisava descobrir como lidar com a situação e as emoções que nunca experimentou antes. Instintos eram uma cadela malvada. Estava mais do que ciente da existência constante deles, um efeito colateral por ser alterado com aqueles genes felinos. Olhou para trás a tempo de ver o corpo dela nu quando organizadamente dobrou o cobertor e curvou até exibir a bunda ao pegar a roupa.
Ele fechou os olhos e tomou respirações calmantes. Seu lado mais vil queria apenas tomá-la. Mantê-la. O lado humano sabia que seria errado fazer isto. A parte dele que permaneceu no meio, prevaleceu. Usou a lógica e o bom senso. Não sabia muito sobre ela. Não precisava ou queria uma companheira. Suas tarefas tomavam muito do seu tempo e seria afastado se tomasse uma companheira. Justice se certificou que todos os machos recebiam trabalhos mais seguros se eles tivessem famílias.
Às vezes ele vivia na Reserva enquanto em outras, residia em Homeland. Ele também trabalhava estreitamente com a força tarefa humana. Apreciava estar em torno dos machos humanos e deixar a ONE ocasionalmente. Tudo isso mudaria se ele se tornasse muito apegado a uma fêmea e ela realmente concordasse em ser sua companheira. Slade conseguiu dividir o
tempo, mas sua companheira era uma médica cujo trabalho exigia que trabalhasse em ambos os locais.
O sussurro de um zíper o fez abrir os olhos para observar Zandy terminar de se vestir. Ela era humana e não encaixaria no seu estilo de vida. Já havia a mordido e montado muito rudemente. Faria um mau companheiro mesmo que estivesse disposto a considerar a ideia. Seria também colocá-la em perigo, mas isso o preocupava pouco. Ela nunca deixaria ONE se fosse sua e se certificaria que ela estivesse segura.
Namoros humanos. Aquela opção não o alarmou. Deste modo, ele poderia tê-la sem comprometer-se por toda a vida. Se ela estivesse disposta. Ele esperou que o sexo fosse tão intenso devido à frustração sexual que experimentou depois da primeira noite que a encontrou. Ele a quis, mas nunca pensou que ela estaria nos seus braços novamente.
Tiger soube que estava agarrando a esse conceito um pouco forte demais, mas podia viver com isso porque não o perturbou. Namorar um ser humano não podia machucar e talvez fosse o desejo retido que teve por ela que fez o acoplamento tão incrível.
A mulher virou e sorriu. Seu pênis sacudiu, a queria, e assim fazia ele. Soube que devia forçar um sorriso em retorno para assegurar-lhe que tudo estava bem. Não fez. As palavras soltaram da boca antes dele poder pará-las.
— Por que não vai para casa comigo hoje à noite? Tenho uma casa privada na Reserva. Você poderia compartilhar minha cama.
Ele quis rugir quando o sorriso dela enfraqueceu e olhou para o chão em vez de imediatamente concordar. Rejeição ferrou tão nitidamente como se ela tivesse lhe esbofeteado. Cada músculo no seu corpo ficou tenso.
—Eu não acho que é uma boa ideia. — Ela ergueu o olhar e encontrou o dele.
Raiva e dor queimaram pelo peito. Esteve se torturando com pensamentos sobre uma companheira, mas ela nem mesmo o queria além do tempo que passaram juntos. A ideia que ela não gostou do seu corpo tanto como tinha gostado do dela, o fez se sentir ainda pior. Sabia que foi muito duro apesar dos protestos dela, e agora teve a prova. Vergonha não era uma emoção que sofria frequentemente, mas atingiu então.
—Quer dizer, não seria a melhor ideia, certo?
— Por que não? — Ele se preocupou com a resposta, mas precisava ouvir.
— Bem, em primeiro lugar, nós temos que passar pelos guardas no portão. Eu trabalho para a ONE agora e tenho certeza que é provavelmente contra as regras namorar outros funcionários. Segundo, sou nova e pareceria ruim se isso espalhar por aí, que eu passei a noite com você no meu primeiro dia de trabalho. Terceiro, eu não tenho um conjunto extra de roupas. Grita má impressão quando você veste as mesmas roupas dois dias consecutivos.
Desculpas. Ela não queria ferir seus sentimentos. Respeitou-a por isso e gostou. Entretanto, o orgulho foi picado apesar da generosidade dela. Foi outro lembrete de que ela não era Espécie. Uma das suas fêmeas teria somente lhe dito que foi muito controlador e não havia colocado a satisfação sexual dela acima da própria.
— Eu entendo. — Ele terminou de abotoar a camisa, sabendo que tinha estragado tudo. Ela não queria namorar ele. — Vou te carregar de volta ao carro. — Ele teria certeza que ela não foi prejudicada por andar descalça. — Isto não está em debate.
Ela assentiu.
— Obrigado. Tem certeza que não sou muito pesada?
— Podia te levar nos braços o dia todo, — ele respondeu honestamente. — Segure o cobertor e vou pegá-la.
Zandy pegou o cobertor enquanto ele se aproximava e não protestou quando a levantou nos braços. O odor dela o atormentou. Ela cheirava fortemente do odor prórpio dela, mas estava misturado com sexo agora e seu próprio odor. Qualquer macho Espécie que inalasse seu odor saberia que compartilharam sexo. Essa ideia não o alarmou. Avisaria os outros homens a não abordá-la para compartilhar sexo, se fossem inteligentes.
O braço dela enrolou no seu pescoço e ela olhou profundamente seus olhos.
— Obrigado, Tiger.
Ele quis a beijar, mas absteve-se. Ela tinha feito uma escolha e tinha que respeitar isto. Não era um animal apesar dos impulsos para ignorar a recusa dela em compartilhar sua cama. Ele era um homem. Não a forçaria a ir para casa com ele, mesmo que desejasse que fosse – isso não seria justo. Ela não era forte suficiente para mantê-lo na linha do jeito que uma mulher Espécie poderia quando um homem se tornava muito dominador, embora ele nunca a machucasse.
— Obrigado por hoje, — disse ele honestamente.
Zandy gostava quando Tiger a fazia se sentir delicada e feminina nos seus braços. Ele a carregou tão facilmente como tinha dito que podia e nem estava sem fôlego quando alcançaram os veículos. Ninguém pareceu ter os incomodado. Ele não parou até que suavemente a colocou sobre o capô do Jipe. Atirou o cobertor dobrado fora do seu colo e sobre o para-brisa para aterrissar dentro do veículo.
Ele sorriu.
— Nós voltamos ao princípio. Aqui estou eu, e você está sentada no mesmo lugar de quando nos beijamos pela primeira vez.
Um sorriso apareceu nos seus lábios. Estava se sentindo divertida e tocada pela veia romântica dele. Também a impressionou.
— Eu gosto mais desta vez.
— Por quê?
— Ninguém nos interrompeu.
Seus impressionantes olhos azuis fitaram profundamente os seus.
— Encontre-me aqui de novo amanhã depois do trabalho. Vou trazer comida e nós faremos um piquenique.
Era uma má ideia, mas se recusou a dizer um não absoluto. Estava se apaixonando pelo cara pra caramba e isso acabaria mal. Era uma debilidade dela se envolver com homens muito rápido. Ele parecia bom demais para ser verdade e ela sabia como isso funcionava. Mal, e advogados de divórcio custam muito dinheiro. Sem mencionar a temida chamada para minha família para lhes contar que estraguei tudo de novo. Ela concordou de qualquer maneira. Simplesmente não conseguia resistir a Tiger, mas não precisava se preocupar que lhe pediria para casar com ele. Não parecia o tipo de homem de constituir família.
— Tudo bem. Quer que eu traga alguma coisa?
— Só você.
— Posso fazer isto.
Ele limpou a garganta.
— Ótimo. Poderia estar alguns minutos atrasado após o término do seu turno, mas espere por mim. Eu virei.
— Pensarei em algo. — Diversão relampejou nos seu olhar e ele se aproximou.
Ela assentiu.
— É melhor eu ir. O lanche foi há muito tempo e eu estou com muita fome.
Ele riu.
— Eu ainda acho que devia ir para casa comigo.
— Não me tente.
— Não quero deixar você dolorida também. Eu definitivamente faria se a levasse para casa.
— Eu acabei de te dizer para não me tentar.
Ele jogou a cabeça para trás e riu. A mão subiu quando acariciou sua bochecha.
— Obrigado por me esperar hoje. Tive medo que retornaria para enfrentar que tinha ido embora. Isso teria me desapontado extremamente.
— Eu também. É por que fiquei e esperei.
— Você é muito única e maravilhosa, Zandy.
— Assim é você.
Ele se moveu de repente e a boca roçou a sua. Ela o beijou de volta. O ronronar que retumbou dele a fez imediatamente quente e excitada enquanto memórias inundaram a mente do que ele podia fazer ao seu corpo. Ele mexeu os quadris e se moveu entre suas coxas até que o comprimento duro do pênis preso esfregou contra a borda da calcinha quando ela espalhou as coxas para dar lhe lugar. Zandy colocou os braços em torno do seu pescoço, agarrando-se a ele. Ela o queria novamente e sentia como se ele a quisesse também.
As mãos dele seguraram seus seios e apalparam. Gemeu contra sua língua para encorajá-lo. Uma das suas mãos abaixou até a barriga e apertou a saia para puxá-la por cima dos quadris. Ela mexeu a bunda, ajudando-o a juntar o tecido em volta da cintura para tirá-lo do caminho. A mão dele deslizou entre suas coxas para enganchar um dedo na faixa da calcinha e ela sentiu isso puxar fora sob a bunda. Ele facilmente a rasgou.
Excitação agarrou-a. Não era apenas o perigo deles serem pegos – ninguém nunca havia arrancado suas roupas para longe de seu corpo antes. Era uma fantasia que ele acabou de tornar realidade. As unhas cravaram na camisa dele e desejou que pudesse tocar a pele.
Tiger arrancou a boca da sua para romper o beijo e ela abriu os olhos. Havia algo de aspecto selvagem nos seus olhos naquele momento quando paixão flamejou por eles. Os olhos eram a janela para a alma de alguém – ela acreditava nisso – e o dele estava prometendo sexo quente.
Sua mão deixou sua coxa e suavemente pressionou entre os seios. Ele empurrou-a de costas sobre o capô do Jipe. As árvores tinham o sombreado e a sensação do metal frio contra a bunda nua foi um pouco perversa. Ela realmente gostou disto. Gostou dele.
Suas mãos agarraram os quadris e puxou-a mais perto dele até que ela devia ter se preocupado sobre deslizar sobre a borda. Isso não a preocupou, já que colocou as pernas em volta da cintura dele quando se beijaram. Ele deslizou as palmas para cima, empurrou a blusa até que agrupou acima dos seios e o olhar desceu.
— Bonito, — ele falou rouco. — Mas isto está no meu caminho.
Ela ofegou quando ele agarrou o centro do sutiã e puxou. Não teve chance contra sua força quando se separou e soltou seus seios.
Zandy arquejou um pouco quando ele se inclinou, segurou os seios novamente com as mãos nuas e a boca abriu sobre o mamilo. Ele sugou e ela sentiu seus dentes apertar a pele em torno da ponta firme. Ele não a feriu, mas teve um bom aperto. Sentiu um segundo de medo, sabendo que se ele mordesse a feriria. Ao invés, a língua começou a deslizar através do mamilo e ele a chupou mais forte.
Ela arfou. Sentia como se os seios e clitóris fossem conectados. Os dedos deslizaram nos cabelos dele para manter isso fora do caminho, enquanto assegurava que ele não parava. Ela sussurrou seu nome,
— Tiger...
Ele grunhiu enquanto lentamente soltava o seio, quando ergueu a cabeça. Seus olhares se encontraram. Ele se ergueu e os dedos cercaram seus pulsos para arrastar as mãos livres do seu cabelo. Ela soltou e ficou atordoada quando ele ergueu seus braços acima da cabeça até que eles descansaram contra o capô do Jipe.
— Mantenha aí.
Ela concordou. Ele quebrou o contato visual com ela para percorrer o comprimento do seu corpo estendido na sua frente e grunhiu novamente. As mãos agarraram seus joelhos e ele cutucou-os, indicando que queria que ela o soltasse. Ela soltou seus quadris e ele ergueu suas pernas diretamente para cima contra o peito dela e espalhou-as o suficiente para apoiá-las nos ombros dele.
Ele alcançou abaixo e ela ouviu o zíper quando ele abriu a calça. O seu olhar segurou o dela.
— Eu quis fazer isto na primeira vez que você esteve aqui, — Ele falou áspero.
Ela esperava que ele simplesmente introduzisse nela, mas Tiger não era tão facilmente previsível. Seu dedo traçou as bordas da vagina. Sabia que a encontraria molhada e pronta para
tomá-lo, mas então ele decidiu jogar com o clitóris. Gemeu enquanto ele esfregava círculos pequenos ao redor do broto.
— Tiger... — Ela gemeu.
— Estou bem aqui.
Sim, ele está, ela concordou, divertida na satisfação crua do prazer que ele dava. Realmente queria tocá-lo, mas ele quis que ela os mantivesse acima da cabeça. Era quase tortura e as pernas ficaram tensas, incapaz de tomar muito mais.
— Por favor?
Um dos braços dele bloqueou através das suas pernas para fixá-las contra seu peito e o olhar dele desceu entre eles para fitar sua vagina. Ele ajustou os quadris até que o pênis pressionou contra ela. A sensação dele entrando no seu corpo rompeu seu foco no rosto dele e ela jogou a cabeça para trás. Ele a levantou o bastante que sua bunda pairou acima do capô e ele começou a transar com ela em golpes longos e firmes.
Gemeu e só pôde sentir o pênis dele continuando a brincar com seu clitóris. O impulso irresistível de gozar a queimou de dentro para fora.
— Mais rápido, — ela incitou.
Ele grunhiu.
— Não. Estou no controle.
Os pulsos giraram e ela arranhou o metal sob as palmas. Tiger, de repente, empurrou nela um pouco mais fundo e balançou os quadris em um ritmo mais rápido. Massageou seu clitóris para combinar. Os sons que vinham dele era uma mistura de ronronar e gemido.
— Goze pra mim, — ele ordenou em uma voz dura. — Agora. Não posso segurar.
Apertou um pouco mais forte contra seu clitóris e Zandy gritou o nome dele quando fez exatamente isto. Os músculos vaginais convulsionaram pela força do clímax e Tiger jogou a cabeça para trás. Um rugido veio dele que abafou tudo. Os quadris aterrissaram contra o dela à medida que estremecia com cada jato de sêmen que atirava nela.
Zandy ofegou enquanto tentava se recuperar e manteve os olhos fechados quando Tiger aliviou sua bunda de volta sobre o capô do Jipe. A mão deslizou para longe do clitóris e ele agarrou suas coxas, espalhou-as e curvou acima dela. O corpo se abaixou sobre o dela e ele os manteve conectados, recusando-se a retirar o pênis do seu corpo.
— Olhe para mim.
Ela fitou profundamente seus olhos, apenas centímetros do próprio. Sua respiração quente abanou seus lábios e ela amou o sorriso que lhe deu. As mãos moveram para segurar o rosto dele. Ele virou a cabeça um pouco para apertar mais forte contra sua palma.
— Oi.
Ele riu.
— Oi.
— Isso foi incrível.
Seus lábios roçaram os dela, porém não aprofundou o beijo.
— Você é muito sexy, Zandy. Não consigo suficiente de você. Fui mais cuidadoso desta vez para não ser rude.
— Gosto dos dois jeitos.
Ele apoiou os braços no capô perto dela, prendendo-a no seu domínio. Ela gostou da sensação de ter o corpo dele sobre o seu, porém desejou que os seios nus e barriga estivessem contra a pele dele ao invés da camisa que ainda usava.
— O que você mais gosta? — Ele perguntou.
— Eu não consigo decidir. Que tal uma revanche amanhã assim nós dois podemos decidir?
— Talvez eu venha mais vezes para julgar. Poderia tomar dias para realmente descobrir isso.
Dias com Tiger parecia divino. Ela riu.
— Isso parece bom, mas não estou certa que serei capaz de andar se nós fizermos sexo assim todo dia.
Seu olhar ficou sério.
— Eu posso te carregar. Você não vai precisar andar. Vai me dar uma desculpa para mantê-la de costas.
Droga. Ele é charmoso e tão bonito. OS dedos acariciaram a pele morna dele e exploraram sua estrutura óssea forte. Suas maçãs do rosto eram ligeiramente proeminentes e assim era a mandíbula. Deu-lhe uma aparência muito masculina, que apreciou. Ele esperava por uma resposta assim ela deu uma.
— Isso é verdade.
Ele afastou seu cabelo do pescoço e puxou o sutiã rasgado debaixo da blusa para removê-lo. Lançou isso sobre o vidro do para-brisa para o Jipe. Zandy o observou estudar o ombro.
— O que você está olhando?
— Sua mordida. Não está sangrando mais.
— Está tudo bem. Valeu bem a lesão do sexo. — Ela sorriu. — Como estar suas costas?
Ele não sorriu de volta.
— Você é a primeira mulher que me marcou. Um homem já te mordeu antes e te marcou?
— Eu não posso dizer que já fui mordida antes.
Dedos gentis sondaram o ferimento.
— Você precisará esconder isto. Alguém pensará que te acasalei se virem isto.
— Acasalou?
— É como casamento para minha espécie, mas nós não nos divorciamos. Você seria considerada como minha e eu seria considerado como seu.
Choque reverberou por ela.
— Tudo por uma mordida?
Ele sorriu finalmente.
— Espécies tendem a morder às vezes durante o sexo, contudo nunca rompemos a pele. Há somente duas formas disso geralmente acontecer. Eu tinha que te morder para declarar meu controle se nós lutássemos pelo domínio durante o sexo, ou porque eu queria te marcar para mostrar a outros homens que pertence a mim. — Ele piscou. — Eu sinto muito. Perdi o controle e quis te possuir completamente naquele momento. Queria tudo de você.
Suas palavras fizeram sentido e percebeu que não odiou aquela ideia. Oh, não. Não vá aí. Ele está lhe pedindo para esconder a marca, que significa que não pretendia fazer isto. Lembre-se disto.
— Bem, acho que você me possuiu com sucesso lá por algum tempo.
— Isso vale para você também. Não há nada além de você quando está nos meus braços. — Seus olhos estreitaram e todos os traços de humor fugiram. — Você é perigosa, Zandy.
— Eu? — Foi a sua vez de rir quando o olhar observou aqueles braços enormes perto dela e o peito largo que bloqueava o mundo em cima dela. — Você é o único que é realmente grande e forte. Não sou perigosa de modo algum.
Ele de repente agarrou seu rosto e se aproximou, até que estavam quase nariz com nariz.
— Você é muito perigosa para mim. Não sou do tipo para tomar uma companheira, Zandy. Eu nunca quero ser preso desse modo. Gosto da minha liberdade depois do tempo de vida que passei sem ela. Um macho acasalado vive para sua fêmea. Tenho visto isso em primeira mão. Os machos querem matar outros machos que vão perto das suas fêmeas. Não podem dormir sem suas fêmeas nos braços. Enlouquecem com o pensamento de perder suas companheiras. Nós marcamos o cheiro de nossos companheiros. É... — Ele parou de falar.
— É o que? — Ela ficou curiosa. — Nunca ouvi qualquer coisa sobre isso.
— Nós ficamos quase viciados no seu odor depois de reivindicarmos uma fêmea. Nós precisamos deles para cheirar como nós e precisamos de seus odores em nós. Os machos acasalados não conseguem ficar tendo o odor de outra fêmea neles, uma vez que marcam o cheiro da sua companheira. Se um macho marcou uma fêmea, ele não consegue compartilhar sexo com outra. Se a fêmea dele fosse algum dia compartilhar sexo com um macho, acho que o companheiro iria enlouquecer completamente e matar qualquer coisa no seu caminho o bloqueando do macho que tocou sua companheira. Ele definitivamente despedaçaria um macho que a tocasse. É... — Ele pausou. — Assustador como inferno, e algo que nunca quero ter para mim. Se eu estivesse algum dia interessado em tomar uma companheira, seria você, Zandy. Isso é o que faz de você perigosa, porque me faz considerar isso.
Ela ficou realmente chocada.
— Eu fui casada e divorciada duas vezes, Tiger. Não sirvo para o casamento obviamente, desde que eu pareço estragar tudo. Fiquei realmente magoada por eles. Jurei que nunca colocaria meu coração para ser pisado de novo. A ideia de permitir a alguém se tornar todo meu mundo me assusta. — Ela quis ser honesta. — Eu estou muito atraída por você, o que não é nada engraçado, e você é incrível. Eu só não quero ser machucada.
— Nós somos um grande par, não somos?
Ela assentiu, incapaz de discordar. Ambos eram fortemente atraídos um pelo outro, mas nenhum deles queria se envolver muito por suas próprias razões. Respeitava isso nele e, instintivamente, sabia que ele entendia sobre suas reservas também.
— Eu quero que você me encontre aqui amanhã. Não sei quanto tempo isso pode durar, mas sei que quero vê-la novamente, — disse Tiger.
— Estarei aqui depois do trabalho.
— Trarei um piquenique.
— Eu devia estar indo embora. Realmente estou faminta.
Ele sorriu.
— Eu também. Estará escuro logo e nós perdemos o jantar.
Eles se entreolharam em silêncio até que Tiger finalmente abaixou o rosto suficiente para roçar os lábios levemente sobre os dela. Saiu do seu corpo para separá-los e ajudou ela a se sentar. Mãos fortes agarraram seus quadris para baixá-la ao chão.
Ele a deixou ir com uma expressão relutante. Zandy arrumou as roupas, menos o sutiã e a calcinha. Forçou um sorriso que não sentia. Era hora de ir, mas odiou deixá-lo. Parecia errado ir embora, e isso lhe assegurou que realmente precisava entrar no carro.
— Adeus. Até amanhã, Tiger.
— Estou esperando ansiosamente. — A sinceridade brilhou nos seus olhos quando ele endireitou a roupa e cavou as chaves no bolso.
Ela pegou e teve que se forçar a afastar dele. O desejo de virar, atirar-se nos seus braços e lhe pedir para levá-la para casa com ele estava lá. Droga. Subiu no carro e recusou olhar para ele novamente. Era muito tentador lhe pedir para passar a noite com ela.
Olhou no espelho retrovisor à medida que partia. Tiger permaneceu onde o deixou, observando-a. Um suspiro de pesar passou por seus lábios. Percebeu no meio do caminho de casa, que ela não havia recuperado a roupa íntima rasgada. Deixou com Tiger. Um gemido escapou dos lábios e esperou que ele se lembrasse de jogá-las fora.
Ela parou no único fast-food da cidade com um drive-thru, não querendo cozinhar. Foi um alívio quando permitiu a si mesma entrar em casa, desmoronou no sofá com o jantar e refletiu sobre o que aconteceu. Não. Eu não me arrependo, ela decidiu. Só odiou o forte desejo que sentia de saber onde Tiger estava e o que ele estava fazendo. Ele está obcecado por mim também?
— Maldição.
Zandy sabia que tinha tomado a decisão certa de ir para casa. Não podia deixar-se ficar muito ligada a Tiger. Não queria seu coração quebrado e a última coisa que precisava era apaixonar-se por um homem que claramente não queria um relacionamento mais do que ela queria. Eles tinham isso em comum.
Tiger permaneceu ainda por muito tempo depois que o carro de Zandy desapareceu de vista. A vontade de pular no Jipe e persegui-la foi forte. Lutou contra seus instintos e finalmente ganhou. Virou e percebeu a calcinha descartada e rasgada. Estendeu a mão, apertou-a e empurrou-a no bolso.
A visão do sutiã no banco do passageiro quando entrou no Jipe o fez suspirar. Ele totalmente destruiu suas roupas íntimas, mas não se arrependeu disso. Pegou o tecido suave e colocou no outro bolso. Os momentos passaram enquanto se sentava lá tentando compreender como a vida ficou tão complicada por uma atraente pequena humana ruiva.
Sabia que precisava retornar à Reserva, mas os oficiais saberiam em um piscar de olhos que ele não estivera caçando se pegassem um cheiro dele. Se inclinou e tirou o saco de emergência debaixo do assento onde mantinha um conjunto extra de roupas. Levou isto de
volta ao riacho, olhou à área aplainada onde ele estendeu o cobertor e lembranças o assaltaram.
As mãos estavam tremendo quando despojou tudo fora, tirou a roupa nova do saco e empurrou as usadas dentro. Lacrou e entrou na água gelada para lavar o odor dela.
Ele usou punhados de musgo para esfregar a pele. Mergulhou a cabeça debaixo da água e ficou lá por quanto tempo podia prender a respiração antes de quebrar a superfície novamente. Isso cuidaria de quaisquer vestígios remanescentes do odor dela.
Tiger saiu do riacho. Ficou lá na luz do sol desvanecendo à medida que a força das brisas noturnas secavam a maior parte da pele. Sacudiu a cabeça para ajudar a secar o cabelo mais rápido. Estaria molhado, mas ninguém questionaria isto.
A viagem de volta ao Jipe foi rápida e ele recolocou o saco debaixo do assento. Teria que lavar as roupas quando chegasse em casa para retirar o cheiro dela. Ligou o Jipe e retornou a Reserva.
— Você não encontrou mais nenhum idiota?
Tiger sacudiu a cabeça para o oficial.
— Estava tudo limpo. Apenas lembre-se de advertir ao próximo turno que mais deles pode estar lá fora.
— Farei. Boa noite, Tiger.
— Você também, Smiley.
Ele acenou e dirigiu para casa. Gostava da cabana que foi atribuído na Reserva um pouco mais do que a casa em Homeland. Era mais isolado. Não tinha nenhum vizinho próximo e era longe suficiente da Zona Selvagem que ele não teria que temer qualquer dos homens hostilizando Zandy.
Um grunhido saiu dele por esse motivo. Zandy recusou voltar para casa com ele, assim não era uma preocupação que qualquer um desses homens pegaria o cheiro dela. Ninguém viria investigar por que um humano estava perto, a menos que um estivesse realmente lá. Estacionou o Jipe, retirou o saco, entrou na casa e foi direto para a lavanderia.
O cheiro de sexo e Zandy atingiu-o quando abriu o saco. Os olhos se fecharam quando inalou e o pênis imediatamente endureceu. Ele a queria novamente. Agora. Um grunhido retumbou da garganta e os olhos abriram. Bateu as roupas em cima da secadora enquanto despejava sabão na máquina de lavar, depois jogou a camisa na máquina. Parou quando agarrou a calça.
Precisava jogar fora suas roupas de baixo destruídos, mas decidiu lavá-los primeiro para apagar o odor dela neles. Duvidava que alguém fosse passar por seu lixo, contudo sabia como humanos eram. ONE enviava o lixo para o mundo exterior e repórteres eram conhecidos por ir através de tudo à procura de uma história. É por isso que desfiavam ou queimavam toda a papelada em vez de jogá-la fora. Com sua sorte alguém encontraria as coisas e acreditaria que uma fêmea foi atacada sexualmente.
Retirou a calcinha do bolso e soltou na máquina de lavar. O sutiã ele demorou mais. Os bojos eram macios e sedosos. Seguraram os seios de Zandy e suas mãos avançaram para fazer o mesmo naquele momento. Ele o ergueu ao nariz e inalou o cheiro dela.
O pênis pulsava e doía dolorosamente para ser liberado subitamente da calça apertada. Um rosnado escapou dele quando soltou a calça suja na lavadora e bateu a tampa fechada. Ligou, ainda segurando o sutiã e se dirigiu a cozinha. A vergonha o atingiu com força total quando agarrou um saco plástico de uma das gavetas e andou pela casa até o quarto.
Ele se sentou rígido. O que eu estou fazendo? Não é normal ou são querer manter o odor dela. Eu enlouqueci.Olhou para o saco plástico e o sutiã dela, algo que queria colocar no criado mudo. O saco manteria seu perfume mais tempo, fazê-lo durar.
Ele inalou profundamente. Seu cheiro o dirigiu mais do que um pouco louco. Isso assustou tremendamente quando se preocupou que poderia ter se tornado viciado nela. Ela não era sua companheira, ele não queria uma e nunca tinha ouvido falar de um bloqueio masculino no cheiro de uma fêmea tão rápido.
— Caralho!
Ele soltou o saco e pegou o cós da calça, quase rasgou a coisa para libertar o pau, e suspirou em alívio quando a dor dele estando confinado enfraqueceu. Olhou abaixo para seu pênis duro e rosnou. Deixou-o mais do que irritado que estava naquela condição por uma fêmea que não deveria querer em primeiro lugar.
Creek assentiu.
— É verdade. Eu juro!
Zandy riu, observando sua amiga e o colega de trabalho conversar na mesa do almoço, mais do que divertida.
— Há um bar no hotel e todos vocês amam dançar lá? Eu não sabia disso.
Richard sacudiu a cabeça.
— Nunca fui convidado.
— Vocês trabalham aqui e são sempre bem-vindos. Basta informar a Segurança que quer ir e trazer seu companheiro. Eles vão acompanhá-lo lá. — Creek sorriu e olhou a Zandy. — O que está fazendo hoje à noite? Adoraria te levar.
— Eu tenho planos. — Com Tiger, ela adicionou silenciosamente.
Um lampejo de divertimento brilhou nos olhos da mulher Nova Espécie.
— Você está encontrando com um homem?
— Talvez. — Zandy desviou o olhar, mas de propósito não procurou na sala grande para ver se Tiger estava lá. Tinha medo que seus dois companheiros notassem.
— Você está encontrando um homem. Ele vai ser marido número três?
Richard sufocou na bebida.
— Três? Presumo que você está divorciada do último?
— Não vai ser o número três. — Seu garfo esfaqueou no bife cortado e encontrou o olhar curioso de Richard. — Fui casada e divorciada duas vezes. Aprendi minha lição. Sou um imã de perdedor.
— Estou casado com a mesma mulher desde que nos formamos no colegial. Vamos fazer vinte e dois anos agora. — Ele lhe lançou um olhar de simpatia. — Casamentos felizes podem existir. Somos a prova disto.
— Eu pensei que você disse que seus filhos eram muito jovens.
— Eles são. Ela é advogada e adiamos ter filhos pela sua carreira. Ela finalmente conseguiu um sócio e a pressão estava fora. Tivemos nosso primeiro seis anos atrás, e o segundos há dois anos. Estamos pensando em ter mais um.
Zandy olhou para ele.
— Uau. Sexo com a mesma pessoa por vinte e dois anos? Como é isto?
Ele riu.
— Realmente ótimo. Você deve repensar a coisa toda de casamento. Ouvi que a terceira vez é um charme.
— De maneira nenhuma, de jeito nenhum. — Zandy riu. — Eu provavelmente serei atingida com um perdedor pela terceira vez se eu alguma vez decidi rolar aqueles dados novamente. Meu gosto por homens é uma merda e estou ciente disto.
— Você só precisa encontrar um tipo diferente de homem. — Richard piscou.
Tiger definitivamente é um tipo diferente de homem. Personalidade e físicamente. Tinha se lançado e virado a noite toda, lamentando dizer não para ir para casa com ele. Creek estendeu a mão e tocou o braço de Zandy para tirá-la dos pensamentos do homem que foi responsável pelo seu estado exausto.
— Nossos homens olham para você e um deles pode fazê-la feliz. Eles são muito trabalhadores e nós não traímos quando acasalamos. Poderia apresentá-la para alguns dos melhores deles se ir ao bar comigo e ir dançar. Compartilhei sexo com muitos deles e poderia lhe dizer quais foram os melhores.
Atordoou-a que sua nova amiga queria ligá-la com homens com quem já dormiu.
— Não, obrigada.
Creek assentiu.
— Você é uma mulher pequena enquanto nossos homens são grandes. — Creek hesitou. — A parte sexual deles é maior que de um humano. Eles poderiam machucar alguém tão pequena quanto você se um tentasse montá-la.
Richard sufocou com a comida e riu quando conseguiu. Ele sorriu a Zandy.
— Vê o que quero dizer? Estou sempre rindo.
— Eu disse algo errado? — Creek olhou entre eles. — É verdade. Nossos homens são grandes por toda parte. Teriam que ser cuidadosos se compartilhassem sexo com você, Zandy. Eu evitaria a espécie canina, com certeza. Eles incham na base dos pênis no fim do sexo. Não há muito de você e eu receio que seria bastante doloroso.
Richard riu, atirando refrigerante da boca e cuspiu enquanto batia o peito.
— Eu amo este trabalho. Sim, Zandy. Você pode querer evitar isto. Algum outro conselho para ela, Creek?
Creek hesitou.
— Eu lhe daria o conselho que espécies felinas têm sêmen quente. Não queima, mas é notável. A espécie primata provavelmente seria o melhor para você. Não incham ou têm sêmen quente. Eles adoram abraçar e tocar muito. Compartilhei sexo com um recentemente e ele apreciava esfregar meu cabelo no seu corpo enquanto passava as mãos em mim. Foi bom. — Ela assentiu. — Poderia apresentá-la a nossos machos primatas. Eles parecem mais semelhantes aos seres humanos com a estrutura óssea e o formato dos olhos mais suaves.
— Não, obrigado. — Zandy ficou ligeiramente corada. Ela atirou um olhar feio a Richard quando ele não tentou esconder sua alegria com o tema embaraçoso.
Ele não pareceu arrependido de maneira nenhuma, assim ela voltou a atenção para Creek.
— Vou me encontrar com alguém hoje à noite depois do trabalho. Ele é um cara legal.
— Meu tipo seria melhor, mas você é pequena. Provavelmente é melhor que fique com um pequeno humano com uma parte masculina menor.
— Ei, — Richard disse, e riu. — Eu me ressinto disto. Não sou minúsculo ou qualquer coisa.
Creek abaixou o olhar até o colo dele.
— Solte a calça e me mostre.
O que ela pediu que ele fizesse afundou e todo humor fugiu. Foi a vez dele de corar um pouco.
— Eu...
Creek riu, cutucando Zandy com o cotovelo.
— Eu o peguei. Estava brincando, humano. Não quero ver sua parte masculina. Assisti vídeos pornôs e tenho visto bastante deles. Aprecio a visão de nossos homens nus muito mais. Eles têm menos pelos corporais. Quão estranho é isso? Somos alterados com genética animal, no entanto temos menos cabelo corporal que humanos completos.
— Não sou peludo também. — Richard sorriu. — Estaria disposto a te mostrar minhas costas. A pele é toda lisa.
Creek riu.
— Não, obrigado. Você está acasalado e eu não quero que a sua companheira sinta a necessidade de atacar-me por ver você despido de algum modo.
— É só minhas costas.
Creek sorriu.
— Isso seria suficiente para um companheiro seguir alguém. Espécies não apreciam ninguém olhando para qualquer coisa nos seus companheiros.
Zandy terminou o almoço enquanto os amigos continuavam a provocar um ao outro. O olhar vagou pelo refeitório, incapaz de resistir por mais tempo, e localizou Tiger sentado em uma mesa perto da área do bufê. Ele ocorreu de erguer o olhar enquanto ela o observava e seus olhares se encontraram. Ela não conseguia desviar o olhar, mas ele finalmente fez. Ele olhou para o homem à sua esquerda, disse algo, mas focou de volta nela imediatamente. Ela sorriu e abaixou os olhos dessa vez.
Creek de repente inalou alto e virou para franzir atesta a Zandy. Um sorriso curvou a boca da mulher, ela piscou.
— O quê?
O sorriso alargou.
— Você está interessada em um dos homens aqui.
— Não, — ela mentiu.
— Cheiros não mentem. Você está excitada. É muito lânguido, mas há. Não teria pegado, mas estamos sentadas juntas.
— Ela está excitada, hein? Droga. Amo este trabalho. — Richard riu.
Zandy lançou-lhe um olhar feio.
— Para com isso, Richard. — Ela dirigiu-se a sua amiga em seguida. — Podemos nunca discutir isto novamente? Por favor?
— Oh. — Creek assentiu. — Você é tímida sobre sexo. Eu entendo, contudo um deles chamou sua atenção. Vou apresentá-la a qualquer um que manteve o seu interesse se você quiser transar com ele. — Ela sorriu. — Apenas não vá perto dele se não estiver pronta para fazer isso, porque ele saberá que está excitada. Eu realmente evitaria ir dentro de um metro e meio de qualquer um dos machos enquanto você está neste estado. Eles vão cheirar e vão lhe pedir para compartilhar sexo com eles.
Richard riu tanto que quase caiu da cadeira.
— Oh, cara.
Zandy suspirou, olhando para ele.
— Estou contente que você esteja tão divertido por isto.
Creek estudou Richard.
— Você está divertido pela timidez dela? Você é tímido, Richard? Devia tomar um banho antes de vir trabalhar se tem relações sexuais com sua companheira. Fez isso com ela esta manhã e ela está no cio.
Richard parou de rir e empalideceu.
— Ela está em quê?
— Calor. Ela pode ficar grávida agora. Penso que vocês chamam isto de ovulação?
Foi a vez de Zandy rir.
— Você fez com sua esposa esta manhã, hein? Não falou que estava pensando sobre outro bebê? Talvez você consiga um.
— Você pode cheirar isto? — Ele olhou bestificado para Creek.
— Sim. Sugiro que fique um metro e meio da minha espécie também, até você tomar um banho. — Ela piscou para Zandy. — Ele não está rindo mais.
— Não, não está. Ele parece envergonhado. Obrigado do fundo do meu coração.
— Meu prazer.
Richard se levantou.
— Tempo acabou. Precisamos encontrar nosso acompanhante.
Zandy acenou para a amiga quando se levantou, cuidou da bandeja, e seguiu seu colega de trabalho para fora. Snow era um macho Espécie loiro muito alto com olhos azul-celeste e
cabelo na altura dos ombros. Ele ficou olhando para ela enquanto caminhavam até o Jipe e continuou olhando para ela quando os conduziu de volta ao prédio.
Isso a chateou o bastante que ela finalmente disse algo quando chegaram à porta. Ele insistiu em segui-la todo o caminho até a entrada.
— O quê?
Um sorriso torceu seus lábios.
— Você me acha atraente?
Richard começou a rir. Zandy cerrou os dentes, um pouco irritada com seu colega de trabalho. Isso não era engraçado. Estava mais do que um pouco envergonhada.
— Você é muito atraente, mas não é a razão, caso você esteja me cheirando.
— Muito ruim. — O olhar viajou por toda a extensão do seu corpo. — Você realmente cheira bem e eu compartilharia sexo com você. — Ele fitou seu olhar chocado. — Seria muito agradável para nós dois.
Risadas soaram atrás dela quando Richard abriu a porta do escritório. Zandy apenas desejava que ele tropeçasse e caísse sobre o rosto quando calor floresceu nas suas bochechas. A coisa toda de cheiro com Novas Espécies não era engraçado, no mínimo.
— Estou lisonjeada, mas não obrigada.
Decepção mostrou claramente nas feições de Snow.
— Eu sou seu acompanhante hoje e levarei você ao seu carro quando seu turno terminar. Pense nisso.
Ela fugiu para dentro e estava contente por fechar a porta. Richard caiu na cadeira, deu-lhe uma piscada e riu.
— Vê por que amo meu trabalho? Nunca um momento maçante.
— Cala a boca, Sr. Sexo De Manhã. Você não tem ameaças de morte para ler?
Ele se virou para tela do computador.
— Pelo menos eu fiz sexo. Parece que você só quer fazê-lo. Devia agarrar esse cara loiro alto. Ele é atraente.
— Você o pegaria então. — Ela se sentou na escrivaninha e virou a cadeira para evitar enfrentar Richard.
— Estou muito bem casado, — brincou ele. — Além disso, não sou o tipo dele. Ele não me pediu. — Ele riu novamente. — Claro, de acordo com Creek, os machos são maiores do que os humanos. Isso não é tão tentador?
— Jogar minha caneca de café em você está começando a soar bem.
— Certo. Vou
me comportar. — Ele riu mais uma vez. — Você não ama este trabalho?
Gostava do trabalho, contudo teria que ser mais consciente das coisas. Existe algo que uma Nova Espécie não pode cheirar? Droga. Esta é uma experiência de aprendizagem. Significava que cada vez que ela ficava excitada, Tiger saberia pelo cheiro. Deu-lhe uma vantagem sobre ela, se eles continuassem a ver um ao outro. Ela só seria capaz de adivinhar o que ele queria dela. Seu próximo encontro estava a algumas horas de distância e ela se sentia nervosa.
Não é um encontro, ela se lembrou. É sexo e um piquenique. Talvez nem mesmo sexo. Sim, certo. É totalmente sexo. Você sabe isto e ele também. Então o quê? Não teve uma
resposta. Parte dela foi tentada a cancelar. Simplesmente estalou da tolice de se envolver mais com ele quando ambos admitiram que isso não podia ir a qualquer lugar.
Ela olhou o relógio no canto inferior da tela do computador e decidiu que o encontraria uma última vez depois do trabalho. É isso. Só para dizer adeus antes que eu perca o controle de tudo.
Preocupação incomodou Tiger enquanto olhava para a estrada novamente. Ficou preso com a mudança de turno quando um macho que tinha transferido de Homeland teve duvidas. Zandy não estava esperando quando chegou quinze minutos atrasado. Ela desistiu? Já foi embora? Ele fitou o relógio no painel do Jipe e decidiu que esperaria outros dez minutos. A ideia de retornar ao portão e passar a noite amuado sobre o encontro rompido deles realmente o irritou.
O som de um motor animou-o já que Zandy era a única que deveria estar viajando na estrada. Um sorriso estendeu por seu rosto quando desceu para cumprimentá-la. Ela estacionou logo atrás ele no acostamento, na grama. Ele abriu a porta do carro antes dela poder soltar o cinto, ávido para colocar as mãos nela.
Um pequeno suspiro escapou dos seus lábios quando ela levantou e ele a ergueu nos braços até que eles ficaram ao nível do rosto. Ele inalou seu cheiro, suavemente gemeu, e seu pênis imediatamente criou vida quando sangue correu lá. Só a queria nua.
Ela riu.
— Sentiu minha falta?
A sensação dos braços dela envolvidos nos seus ombros o fez sorrir.
— Você não tem ideia. — O perfume da estimulação dela provocou seu olfato e um grunhido suave escapou em resposta. — Você sentiu minha falta também. Não fui o único esperando ansiosamente pelo nosso tempo juntos.
Rosa tingiu suas maças do rosto.
— Você pode cheirar isto, certo? Que eu quero você?
Ele concordou, afastando-se da porta aberta do carro com ela nos braços. Fechou com o joelho.
— Você cheiraria meu desejo se pudesse. Quis você o dia todo.
Ela se ajustou nele e agarrou seu traseiro com uma mão, apalpando firmemente através da calça.
— Você tem o traseiro mais atraente.
As chaves tilintaram de onde ela as tinha enganchado no polegar.
— Ponha as chaves dentro do meu bolso. — Ele virou com ela nos braços, andando em direção à floresta. — Envolva as pernas ao redor de mim.
— Estou usando sapatos. Você pode me colocar para baixo.
— Não. — A necessidade de mantê-la perto foi muito forte. A fascinação e quase obsessão com Zandy o preocupou, mas lidaria com isso mais tarde.
A mão deslizou mais baixo, segurando o traseiro dela quando atingiram a linha das árvores, e ele empurrou a saia. Queria sentir a pele. — Você não é nenhum fardo para mim.
O domínio que ele tinha nela impediu o que queria fazer e ele parou. O olhar verde de Zandy encontrou o seu e ele podia dizer que estava curiosa de por que ele parou.
— Deixe-me ir por um segundo.
Ela não questionou sua ordem, só seguiu e o sentimento possessivo por ela intensificou. Nenhuma fêmea jamais fez qualquer coisa que ele pediu sem argumentar primeiro, a menos que fosse óbvio o que ele queria. Ela confiava nele ou era só naturalmente submissa. Ambos os conceitos excitou-o ainda mais.
Ele ajustou o corpo dela nos braços e riu quando ela ofegou enquanto ele a levantava, abaixou a cabeça para o lado, e jogou-a por sobre o próprio ombro. A bunda dela ficou bem perto do rosto dele quando ele se endireitou e começou a andar novamente.
— Estou de cabeça para baixo. — Ela soou surpresa.
Um braço envolveu por trás dos seus joelhos para mantê-la no lugar enquanto a outra mão deslizou até a parte de trás de uma das coxas suaves, investigou sob sua saia e não parou de explorar até que a calcinha o deteve. Ele enganchou o tecido acetinado com o dedo, empurrou-o para fora do caminho e outro grunhido retumbou dele quando o dedo imergiu dentro da sua vagina úmida. Ela estava pronta para recebê-lo.
Zandy gemeu e o corpo ficou tenso quando ele lentamente a fodeu com o dedo, empurrando nos confins apertados até onde podia ir. Ele retirou quase todo o caminho antes de conduzir nela novamente. As mãos dela agarraram no seu traseiro, o pênis endureceu ainda mais, e percebeu o quanto o pau invejava o dedo indicador.
— Tiger, — ela arquejou.
— Estamos quase lá.
O desejo de baixá-la na grama foi quase insuportável. A humana o tornou insanamente excitado e impaciente. Ajustou a mão o suficiente para pressionar o polegar sobre seu clitóris e esfregou enquanto batia nela mais rápido com o dedo. O cheiro da sua estimulação se tornou mais forte enquanto a vagina se tornava mais úmida, mais macia e quente. Ele teve que reprimir um rosnado, o lado animal dele exigindo que a colocasse no chão e transasse imediatamente.
As mãos dela amassaram seu traseiro através da calça, os suaves gritos de prazer o torturaram e ele chegou à triste conclusão que não era obstinado suficiente para chegar até a clareira. O pênis pulsava e cada passo era agonia. Ele tirou a mão do “ve” das suas coxas, agarrou os quadris e a puxou abaixo do seu corpo até que os braços dela envolveram em torno do pescoço.
Seus olhos estavam estreitados com desejo e ele podia ver o quanto ela o queria. — Segure-se em mim e enrole as coxas em torno de minha cintura.
Ela fez como ele ordenou e ele conseguiu rasgar a frente da calça. Não usava cueca assim um pouco da dor aliviou quando o eixo rígido, que tinha sido curvado em um ângulo estranho, foi libertado. Um braço agarrou-a pela cintura para erguê-la um pouco mais alto. Os dedos engancharam no centro da calcinha, rasgou, e ele apertou a base do pênis. Nunca desviou o olhar dos seus olhos bonitos enquanto ajustava a direção do membro até que a coroa deslizou pela borda da vagina e ele dirigiu-se nela com um impulso fluído.
Prazer o fez tremer enquanto ela gritava seu nome novamente e as paredes apertadas da vagina espremeram o pênis, que foi enterrado profundamente. Nenhuma dor mostrou no seu rosto pela sua entrada rápida e ele estendeu as coxas para se apoiar. Seus braços deslocaram sob as coxas espalhadas dela e ele segurou sua bunda para batê-la de cima abaixo no seu pênis. Gemidos de êxtase e a necessidade por vir o persuadiu para fodê-la mais rápido.
A cabeça de Zandy inclinou para trás e as unhas cravaram na sua pele pela camisa. Quis beijar aquela boca que ofegava seu nome, mas teve medo de mordê-la. O desejo de marcá-la estava lá. Não se importava se fosse por mordida ou a sua semente enchendo-a, mas queria algo para mostrar que ela pertenceu a ele.
Esse desejo se tornou mais forte quando seu clímax atingiu e os músculos vaginais reprimiram seu eixo quase dolorosamente. Ele teve que abrandar as investidas enquanto o corpo dela tremia e ele jogou a cabeça para trás. Um rugido escapou da boca enquanto os quadris sacudiam a cada explosão de sêmen enchendo a mulher que segurava.
Os joelhos de Tiger cederam e ele desmoronou na grama. A força e agilidade evitaram ambos de cair quando ele a segurou para mantê-los na vertical. O rosto de Zandy caiu adiante e ela se aninhou no seu pescoço enquanto os braços o abraçaram com força ao redor do pescoço. Ambos estavam respirando difícil pelo prazer compartilhado. Ainda estavam ligados, o pênis enterrado dentro dela e ele não queria separá-los.
Ele estremeceu quando ela lambeu os lábios e a garganta dele. Virou a cabeça ligeiramente para lhe dar melhor acesso. Apenas o pensamento dela afundando os dentes na sua pele e mordendo ele, fez seu pênis sacudir. Desejo o agarrou novamente, embora tenha sido mais manejável após o sexo que tinham acabado de compartilhar.
—Morda, — ele exigiu.
— Você não me mordeu.
Suas palavras suaves o surpreendeu e ele empurrou fora da névoa de felicidade pós-sexo.
— O quê?
— Você acabou de sussurrar a palavra mordida. Você não me marcou com os dentes.
Ele sabia disso. Mas ele quis que ela o mordesse o suficiente para dizer algo que não tinha percebido que proferiu. Ela não iria deixar uma marca da maneira que uma Espécie podia, mas isso ainda o tentou a pedir para ela. Ela podia machucá-lo se mordesse forte suficiente. Ela o marcando novamente com os dentes o encheu com uma mistura de emoções. Medo, confusão, desejo, e anseio.
O som de estômago dela reclamando despertou-o de seus devaneios e lembrou-lhe que não haviam comido. Um sentimento de vergonha o preencheu em seguida. Ele teve o trabalho de criar um passeio agradável para ela, mas a paixão anulou suas intenções. Ele tinha a tomado em pé no meio da floresta. As necessidades dela deveriam ter vindo em primeiro lugar.
Seu abraço aliviou e forçou os quadris a mover. A sensação de se retirar do corpo dela não era satisfatório – gostava de estar unido a ela.
— Levante-se, — ele incitou.
Ela não pareceu mais feliz do que ele estava quando liberou as coxas do seu redor e os pés desceram ao chão. Ele se levantou em toda a sua altura e a soltou no processo. Fechou a calça.
— Nós não chegamos ao riacho. Está pronta para jantar, Zandy?
Seu rosto se ergueu e ela o olhou. Um sorriso leve curvou os lábios.
— Eu estou com fome.
Tiger não pediu permissão, mas ao invés simplesmente inclinou-se adiante e pegou-a nos braços. Virou, rumo ao destino original. Os braços enrolaram no seu pescoço sem reclamação e ela descansou o rosto contra sua camisa.
Ela parecia certa nos seus braços e nenhuma negação poderia mudar isso. Ele não agia racional quando se tratava da humana que segurou. Ela não era normal de qualquer maneira, tinha isso em sua defesa. Inalou e abafou um ronronar. Poderia cheirá-la cada dia e noite sem cansar do seu perfume.
O som do riacho levou-o ao lugar que havia deixado uma hora mais cedo. Admitiu que podia ter passado um pouco dos limites nos preparativos, mas não se arrependeu. Logo descobriria se ela apreciou o esforço. As fêmeas humanas eram um mistério para ele e não tinha ideia se ela acharia isto romântico ou perturbador.
Estou enlouquecendo, ele admitiu silenciosamente. Eu tenho isto ruim para ela. Uma imagem mental dele caindo de um precipício relampejou por sua mente. Dane-se. Talvez seja apenas uma fascinação temporária. Não fui feito para acasalar. Gosto demais da minha liberdade.
Zandy admitiu que Tiger tinha um jeito de fazê-la parecer pequena e sexy no berço dos seus braços, como se fosse o homem mais forte no mundo e ela a mulher mais feminina. Fez ela ainda mais atraída para ele.
— Eu tive um monte de dificuldade. Veja, — sua voz rouca pediu quando parou de andar.
A cabeça dela virou e um suspiro suave escapou dos lábios entreabertos. Lágrimas encheram seus olhos em seguida enquanto olhava a cena na sua frente, profundamente tocada.
Um colchão de ar foi colocado na sombra debaixo de uma árvore ao lado da água em movimento. Roupa de cama espessa e de aparência confortável fora cuidadosamente espalhada através dela para fazer uma cama romântica para eles compartilhar. Perto, um cobertor foi estendido com uma grande cesta de piquenique. Um balde de gelo com um champanhe ou vinho foi colocado ao lado da comida. Ele ainda trouxe pratos reais, talheres e copos. Uma pilha de toalhas amortecia uma lanterna de acampamento.
— O que você acha?
Ela virou a cabeça para olhar em seus olhos magníficos. Não havia como perder o olhar preocupado espreitando lá, como se questionasse se ela adoraria o gesto romântico.
— Eu não acredito que você fez tudo isso para mim.
Uma carranca curvou sua boca.
— Eu fiz você chorar? Vejo lágrimas. Você não gosta?
— Eu adoro. Esta é a melhor surpresa que já tive na vida, Tiger. Ninguém jamais fez algo para mim assim antes. — Ela piscou contra as lágrimas. — Obrigada.
Suas feições suavizaram.
— Você vale o tempo todo que eu passei fazendo isto. — Ele levou-a para a borda da expansão do piquenique e a colocou de pé.
Zandy se sentou e cuidadosamente arrumou a saia enquanto removia os sapatos. Tiger desabou próximo a ela e a mão segurou seu rosto. A ponta do polegar roçou sua boca.
Ela lamentou quando ele a soltou e focou na cesta ao invés. O cheiro de frango frito provocou seu nariz quando ele abriu e começou a tirar a comida. Ele também tinha trazido purê de batatas, molho e milho na espiga. Uma caixa de donuts, teve que esconder um sorriso. Ele agarrou a garrafa do balde de gelo, apareceu o topo, e ela vislumbrou a etiqueta. Ele trouxe um vinho frutado e cuidadosamente encheu ambos os copos antes de colocar de volta no gelo. Ela aceitou o copo que ele lhe ofereceu.
— Aqui é para nós estarmos juntos hoje à noite.
Ela tocou seu copo levemente no dele.
— Isto é fantástico, Tiger. Muito obrigada.
Ombros largos encolheram e ela podia jurar que viu uma pitada de cor vermelha nas suas bochechas quando o olhar se desviou do dela para a comida.
— Eu espero que goste de comer frango frito. Eu sei que é uma comida de piquenique favorito para humanos.
— Eu adoro. — Ela tomou um gole do vinho e abaixou o copo. — Você realmente superou a si mesmo e eu aprecio isto. É perfeito.
— Não foi nada. — Ele olhou para ela de novo. — Eu queria te incentivar a passar mais tempo comigo.
— Você teve sucesso.
Ele riu e relaxou.
— Coma. Quero tirar você das suas roupas depois.
Diversão a fez sorrir. Ele era franco e ela gostou disso nele.
— Eu gosto desse plano.
A clareira era linda e Zandy desfrutou da paisagem à medida que comiam. Havia uma pequena cachoeira rio acima. Pássaros cantavam na copa das árvores acima deles, o tempo estava quente e eles tiveram algumas horas antes do sol se pôr. Um pouco da dúvida que ela tinha tido sobre o encontro com Tiger enfraqueceu.
A quantidade de comida que ele arrumou chocou-a um pouco, mas o olhar observou o tamanho dele. Deduziu que provavelmente precisava de muitas calorias para manter todos aqueles músculos. Ele abriu o último donuts e ofereceu-lhe um. Ela aceitou e percebeu que ele
evitou os de chocolate. Ela sacudiu a cabeça quando ele ofereceu encher seu copo uma segunda vez.
— Eu tenho que dirigir para casa mais tarde. Um copo é suficiente para mim.
Ele hesitou.
— Você pode dormir aqui comigo. É seguro. Não permitiria que nada acontecesse a você e eu chequei o tempo. Será uma noite agradável.
A ideia de dormir com Tiger era tentação demais para resistir.
— Certo. Vou ter que sair mais cedo para ter tempo de ir para casa tomar banho e trocar de roupa. Parece que o seu povo tem um senso de olfato supersensível. Sei agora que eles podem pegar quase tudo que uma pessoa faz se conseguirem chegar perto suficiente.
— Sim. Planejei avisá-la sobre isto.
— Já aprendi essa lição hoje.
— O que aconteceu? Alguém informou que xampu você usa? Cheira bem.
— Assim teria sido um jeito menos constrangedor do que o que aconteceu.
Tiger franziu a testa e olhou para ela.
— Alguém te envergonhou? Quem?
Pareceu divertido agora.
— No almoço eu estava olhando para você e de certa forma me lembrei de ontem. Acho que fiquei um pouco excitada. Não sabia que Novas Espécies poderiam sentir isto. — Ela riu. — Você é quente.
Ele não sorriu de volta.
— O que aconteceu? O que foi dito?
— Nada realmente. Creek apontou isto para mim na frente de Richard e se ofereceu para me apresentar a qualquer cara que eu gostei. Richard achou que foi bastante engraçado. Então meu acompanhante notou e me perguntou se achava que ele era atraente. Foi uma experiência de aprendizagem, por assim dizer. Foi embaraçoso no momento, mas já superei isso.
Tiger suavemente rosnou e não pareceu nem um pouco divertido.
— Seu acompanhante lhe pediu para compartilhar sexo? Ele tocou em você?
Isso a pegou de surpresa. Ele era ciumento?
— Não.
— Bom. — Ele relaxou. — Quem era? Eu não lembro quem foi atribuído a você hoje.
— Snow. Ele é legal.
— Ele é atraído por humanas. Vou me certificar que ele não seja atribuído a você novamente.
Ela conseguiu evitar de ficar boquiaberta. Raiva refletia nos seus olhos quando ele observou-a e ela tragou um protesto. Tiger era ciumento.
— Ele é ótimo. Não tocou em mim ou qualquer coisa. Apenas assumiu que eu poderia estar atraída por ele e que ele era a fonte do que cheirava. Eu esclareci.
— Você disse que foi eu quem despertou você?
— Não.
Um músculo em sua mandíbula flexionou enquanto ele parecia mastigar.
— Precisa dizer a todos os homens que abordam você que sou eu que a desperta. Você cheira incrível quando está nesse estado e muitos deles poderiam pedir para compartilhar sexo com você.
Zandy ficou um pouco divertida e curiosa.
— Eu faço, hein? O que eu cheiro?
Ele se inclinou mais perto de repente e inalou profundamente.
— É difícil de explicar, mas me faz ficar duro por você. Desejo enterrar a língua na sua vagina para saboreá-la antes de montar em você.
Sua resposta chocou-a um pouco. Ela não estava acostumada a homens sendo tão francos. Ele se levantou antes dela poder apresentar uma resposta para isso e ofereceu-lhe a mão. Pegou e permitiu que ele a puxasse em pé.
— Tire a roupa. Vamos nos lavar.
Seu olhar se lançou a água nervosamente.
— Vai estar um pouco gelada.
Ele sorriu.
— Vou te aquecer e tenho planos.
— Eu amo o seu plano até agora, — ela admitiu, enquanto os dois tiravam as roupas.
Tiger segurou sua mão e a levou para a água. Ela ofegou um pouco na água fria, mas não estava tão ruim. Ele foi mais fundo enquanto ela seguia atrás dele até que ele se sentou em uma pedra sob a água ondulando perto ao dique oposto. Mãos firmes a viraram para encarar longe dele e a puxou para seu colo. Ajustou as pernas dela nas laterais das dele, espalhou os joelhos com os dele, e uma mão deslizou para cobrir sua vagina. As costas pressionadas firmes contra o tórax morno dele enquanto os dedos brincavam com o clitóris. Um grunhido suave aumentou o prazer que ela experimentava no seu toque. A água estava gelada, mas corpo dela não.
— Você está tão molhada, — ele falou rouco, roçando um beijo no seu ombro. Ele colocou um dos braços redor da sua cintura e a ergueu.
Um ofego escapou dela quando ele desceu-a diretamente no seu pênis duro. A sensação de ser cheia por ele foi incrível. Ele continuou a acariciar seu clitóris enquanto os quadris sacudiam para cima, transando com ela lentamente. Zandy agarrou seus bíceps apenas por algo para se agarrar. Ele moveu-a facilmente acima e abaixo no seu colo com o braço. Tudo que ela podia fazer era encostar-se de volta, desfrutando dele.
— Adoro o que sinto dentro de você quando faço isto, Zandy. Você agarra e me espreme quanto mais excitada você se torna e é tão quente e molhada. Estamos na água e você é a única me encharcando.
A água estava no nível com seus mamilos e cada vez que ele a erguia, eles atingiam o ar e apertavam dolorosamente. Seu corpo inteiro ficou tenso enquanto se preparava para gozar, mas ele pareceu saber disso. Parou de esfregar o clitóris apenas para bater de leve no feixe de nervos. Foi um tormento.
— Por favor, Tiger!
Seu braço apertou na cintura e ele bateu os quadris para cima, usando a pedra atrás dele para sustentar as costas enquanto apoiava os pés no fundo do riacho. A ponta do dedo pressionou no seu clitóris e ele transou com ela mais rápido. Êxtase cru a agarrou. Ela gemeu mais alto e sacudiu os quadris, tentando manter algum senso de controle, mas Tiger não deixaria isto. Ele transou com ela ainda mais rápido, mais duro, e freneticamente dedilhou o clitóris.
Zandy jogou a cabeça para trás contra o ombro e gritou nome dele quando atingiu o clímax. Os músculos vaginais tremiam com a força do quão forte ela gozou. O corpo de Tiger enrijeceu, cada músculo pareceu virar rocha dura onde ela estava contra ele ou segurando seus braços, e ele jogou a cabeça para trás. O rugido animalesco que encheu a floresta foi extremamente alto.
Jatos quentes do seu sêmen a encheu enquanto o corpo estremecia sob o dela. O rugido interrompeu e a mão deixou o clitóris para envolver ao redor dos seios até que abraçou-a com força contra o tórax com ambos os braços.
— Zandy, — ele falou asperamente.
— Tiger, — ela ofegou, sem fôlego.
A boca dele acariciou sua garganta e a língua quente lambeu a pele. A fez estremecer de uma boa maneira, apenas ampliando o brilho pós-sexo.
A água pareceu boa agora nos seus corpos superaquecidos enquanto ambos relaxaram.
— Você acha que alguém virá da Reserva para investigar? Nós fomos um tanto quanto barulhentos.
Tiger sacudiu a cabeça. — Estamos longe o suficiente do muro onde os oficiais patrulham para eles terem nos ouvido.
— Ótimo. — A ideia de oficiais fervilhando na área procurando a fonte dos barulhos a fez interiormente estremecer. A afirmação dele lhe colocou à vontade.
— Eu poderia ficar dentro de você para sempre.
— Eu não reclamaria. — sorriu.
— Precisamos sair da água logo. Você é mais frágil aos elementos do que eu. — Suas mãos exploraram a pele. — Eu não quero que pegue um resfriado pela água gelada.
Seu braço na cintura apertou quando ele a ergueu alto suficiente para romper a conexão conforme o pênis se retirava da vagina lentamente. Ela sentiu a perda de imediato, mas não reclamou. A mão dele deslizou abaixo do seu corpo e deslizou um dedo dentro dela, fodendo lentamente com ele. Ela ficou surpresa, mas pareceu muito bom para protestar.
— Pensei que queria que nos saíssemos da água. Continue assim e vou querer você novamente.
— Estou te limpando.
Ela gemeu.
— Você está fazendo mais do que isto.
Uma risada fez cócegas na sua orelha quando ele a acariciou novamente. — Terminaremos isto uma vez que eu te secar. — O dedo se retirou e ele segurou entre as coxas, esfregando levemente. Ela simplesmente se inclinou contra ele, apreciando o toque até que ele parou e as coxas dele fecharam.
— Ande em direção às toalhas. — Ele soltou sua cintura e agarrou seus quadris com ambas as mãos, encorajando-a a ficar de pé.
As pernas de Zandy estavam trêmulas quando ela caminhou pela água ondulando para o outro lado e subiu o dique gramado. Tiger permaneceu logo atrás dela caso ela perdesse o equilíbrio. Ela achou isto lindo e cavalheiresco. Nenhum homem jamais foi tão atencioso com ela. Ele nem sequer permitiu que se secasse. Pegou uma toalha antes que ela pudesse, abriu-a e enrolou em torno dela. As grandes mãos cuidadosamente esfregaram sobre sua pele.
Ela fitou seus olhos quando ele inclinou o suficiente para alcançar a parte inferior do seu corpo e percebeu que nunca iria deixar de ficar fascinada por suas exóticas forma e cor. Um sorriso apareceu nos cantos da sua boca quando ele terminou. A toalha foi arrancada e ela ofegou quando ele lhe deu um empurrão. Caiu para trás e aterrissou no colchão de ar. Uma colcha extremamente suave amorteceu seu corpo também. Seus dedos roçaram contra ele.
— Isso é de pele de carneiro?
Tiger usou outra toalha para enxugar-se rapidamente quando o olhar passou sobre cada centímetro do seu corpo estendido diante dele. — Sim. Trouxe da minha própria cama. Você não foi à minha casa, assim eu pensei trazer parte dela para você.
Ele era romântico ou pelo menos parecia. Isso a fez gostar dele ainda mais. Inferno, admitiu silenciosamente, estou me apaixonando por ele.
Ele largou a toalha e se aproximou.
— Quero tomar você sobre ele. É a única coisa que fará justiça a sua pele macia. — Ele caiu de joelhos, agarrou seus tornozelos e curvou as pernas para cima e separadas para expor sua vagina. Ele encarou e lambeu os lábios. — Segure as pernas assim, apertadas ao seu peito.
Zandy agarrou os joelhos e Tiger rosnou, a única advertência que ela recebeu antes dele largar os tornozelos para agarrar as coxas. O rosto desceu e a boca quente prendeu sobre sua vagina. A língua provocou seu já inchado clitóris e ela gemeu. Ele cavou, chicoteado seu clitóris em estalidos rápidos da língua e zunia direto naquele pequeno lugar que a levou insana quando atingiu êxtase.
Foi demais, pareceu muito bom depois do seu clímax recente. Ela tentou fechar as pernas. Tiger recusou permitir isto enquanto segurava suas coxas, apertou quando os saltos cavaram nas omoplatas dele. Ele segurou-a mais firme à cama.
— Tiger, você está me matando, — ela choramingou.
Ele começou a ronronar alto e vibrações adicionaram às sensações. As costas de Zandy arquearam e os dedos arranharam a roupa de cama. Ofegos e gemidos se misturaram até que temeu desmaiar. Outro clímax brutalmente rasgou por seu corpo. Ela sacudiu devido a força e gritou quando ele soltou o clitóris para dirigir a língua dentro da vagina.
Ela tinha certeza que ele estava realmente tentando matá-la. Onda após onda de prazer revirou por seu corpo enquanto ela estremecia e se contorcia debaixo dele até que ele finalmente se retirou e soltou as coxas. Seu corpo ficou relaxado quando ele ficou de joelhos e usou os quadris dela para arrastar sua bunda à borda do colchão de ar.
— Eu não posso, — ela falou rouca, lutando para sentar-se. — Dê-me um minuto.
A expressão firme dele mostrou o seu desagrado.
— Eu quero você agora. Preciso de você.
Ela conseguiu rolar de lado e bater levemente na cama perto dela.
— Deite aqui.
Ele se moveu, o colchão mergulhou com o peso e ela rolou para o lado dele quando ele se estendeu de costas. A visão de seu pênis ereto apontando para cima chamou sua atenção enquanto ela ainda lutava para recuperar a capacidade de pensar. Sua mão curvou em torno do membro grosso e ele respondeu com um gemido.
A língua dela saiu para molhar os lábios quando correu para baixo da cama enquanto ela continuou a acariciá-lo com os dedos e recuperou algum controle sobre a respiração pesada. Ele gemeu quando ela tomou a cabeça do seu pênis na boca.
A mão dele fechou no seu cabelo, mas não doeu. Ele foi cuidadoso para não puxar ou forçar a cabeça para tomar mais dele. O sabor doce do pré-sêmen a fez gemer. Normalmente não gostava muito de ir lá em baixo nos homens, mas claro que ele não poderia mesmo ser típico dessa maneira também.
Ele tinha um gosto bom, que a encorajou a continuar.
— Pare antes de eu gozar, — ele gemeu. — Vou avisá-la.
Ela não teve ideia de porque ele iria querer fazer isso quando ela abriu mais a boca, explorando-o com a língua enquanto o levava mais fundo, apertou os lábios em torno dele e chupou. Tiger era grande e ela teve que ser cuidadosa com os dentes. Os sons altos dele ronronando se tornou música para seus ouvidos e adorou ouvir como ele respondia a ela. Seu membro não estava apenas uma rocha dura, mas o seu gosto tornou-se melhor quando ela trabalhou nele. Ele vibrava onde se tocavam também, o corpo todo parecendo ser afetado por isto.
Ele puxou freneticamente e ela se ergueu fora dele para olhar no seu rosto.
— Pare. Estou prestes a gozar. Use a mão. Estou tão perto.
— Por quê? Não quero parar.
— Você sente quando eu venho dentro de você, não é?
— Sim.
— Te sufocaria se eu gozasse na sua boca. Eu disparo duro e quente.
— Eu acho que poderia lidar com isso. — Ela tentou capturar seu pênis com a boca novamente, mas ele torceu os quadris antes dela poder, forçando seu olhar de volta para o dele.
— Nossas fêmeas não podem lidar com isto. É por isso que elas não fazem isso com nossos homens. Eu atiro disparo mais ou menos um metro e oitenta.
Uma imagem mental apareceu e ela sorriu.
— Como você sabe quão longe vai?
Ele sentou-se um pouco.
— Sou homem. Como você acha?
Uma risada escapou dela.
— Mediu a distância, não foi?
— Eu posso te machucar, Zandy.
A mão dela apertou seu eixo e acariciou. O olhar dela caiu para seu pênis enquanto ele deslizava estendido no colchão novamente e ela o assistiu gozar. Ele não tinha se enganado sobre quão longe o sêmen poderia disparar. Nem sequer tinha aterrissado na cama. Assistindo o estômago dele se tornar mais interessante quando os músculos tencionaram, revelando um padrão sexy.
A mão agarrou a dela e tirou do pênis. Ela percebeu que ele não tinha rugido dessa vez. Gemeu e ofegou, mas nenhum rugido alto, animalesco.
Surpreendeu-a um pouco já que a maioria dos homens apreciavam a cabeça mais do que a relação sexual. Ela começou a perguntar o que ele preferia, mas decidiu descobrir aquela resposta por conta própria. Seria divertido.
Ela abaixou a boca até a coroa do seu pênis quando o corpo dele relaxou e ele parou de gozar. A língua traçou o cume do pênis ainda duro e o gosto doce dele tirou um gemido dela. O gosto a fez lembrar-se de mel quente com uma pitada de xarope de bordo. Ele podia se tornar sua escolha de café da manhã.
— Zandy! — Ele rosnou seu nome e fechou a mão no seu cabelo, arrancando-a para longe quando rolou-a de costas. Seu peso caiu sobre ela para mantê-la debaixo dele.
Lágrimas encheram seus olhos pela dor pungente de ter o cabelo puxado. Ela olhou para ele quando ele relaxou o puxão, o olhar intenso fixado no dela. As orelhas ainda soavam do som severo, brutal do seu nome.
Um choque de medo atravessou-a que devia ter feito algo muito errado e ele pareceu enfurecido enquanto seus olhares se detinham. Ela o machucou? Ele estava em cima dela e ela não conseguia respirar. O peso estava a esmagando no colchão de ar e não podia se mover, com as pernas e braços segurando-a. Ele respirou fundo antes de erguer-se o suficiente para ela conseguir ar nos pulmões.
— Sinto cheiro de medo. Sinto muito que a assustei. Não queria.
— Você rosnou para mim. Machuquei você?
Sua mão perto do seu rosto acariciou sua bochecha.
— Não, Zandy. Não quis gritar. Era só que você estava me matando.
Seu medo diminuiu.
— Em um sentido literal?
— Não. Pareceu tão bom que foi demais para aguentar.
Ela podia identificar-se.
— Supersensível?
— Para dizer o mínimo. — Ele segurou seu rosto. — Sinto muito mesmo que assustei você. — Ele inalou. — Eu deixei você realmente assustada, Zandy.
Ela enrolou os braços em torno dos seus ombros.
— Eu sei disso. Você apenas me assustou por um segundo.
— Sinto muito, — falou asperamente.
— Tudo bem.
Ele ronronou e se mexeu sobre ela, esticando o corpo mais baixo dela. Enterrou o rosto no seu pescoço e acariciou a boca lá.
— Nunca te machucaria. Nunca. Nunca mais quero sentir cheiro de medo em você novamente.
— Estou bem. Eu sei que você não me machucaria. Isso mais me alarmou, — ela mentiu. Ele estava realmente chateado que tinha a assustado. — Estou bem.
A cabeça dele ergueu até que podia olhar nos seus olhos novamente.
— Você está muito mais do que bem. — Ele alcançou entre eles e agarrou a coxa dela para ajustar o suficiente para os quadris caber entre as pernas. — Eu não me canso se ter você.
Zandy gemeu quando o duro eixo de Tiger entrou na vagina.
— Como você ainda pode estar duro?
Ele roçou a boca sobre a dela.
— Não sou humano, Zandy. É o animal em mim. Eu posso transar com você até cair de exaustão. Só preciso de um minuto para recuperar.
Ela gemeu, movendo contra ele, combinando seus impulsos. Ele moveu devagar, estabelecendo um ritmo que a levou ao prazer. Ele se moveu sobre ela e colocou a mão entre eles.
— Eu não consigo durar muito tempo com você, Zandy. Você me faz gozar mais de uma vez. — Seu dedo achou seu clitóris e acariciou. — goze para mim agora.
Ela debatia e gemia. A pressão contra o feixe de nervos cresceu enquanto ele esfregava mais duro e mais rápido. Os quadris dele mantiveram o ritmo perfeito com o dedo. Ela clamou seu nome e atingiu o clímax. Tiger rosnou seu nome quando encontrou a sua liberação.
Tiger rolou de lado e atraiu Zandy contra ele quando se recuperaram de mais uma rodada de sexo. O céu começou a escurecer acima deles à medida que o sol baixava no céu por trás das copas das árvores. Ele não tinha que vê-la ir embora tão logo. Ela era sua até de manhã.
O cheiro de sexo e seus odores misturados pareceram certos para ele. A mão acariciou o quadril dela quando a respiração quente tocou seu tórax onde ela o encarava. Os olhos estavam fechados e o rosto relaxado no quase sono.
Ele tinha a assustado. O cheiro disso se foi, mas a lembrança permaneceu. Apenas lembrava-lhe do quão diferentes eram. Uma fêmea Espécie teria simplesmente rosnado de volta para ele, sabia não o temer. Zandy era humana.
Ele fechou os olhos para respirar fundo. Os sons de pássaros desapareceram quando uma brisa fresca levantou. Sentiu-se bem contra sua pele aquecida, mas a Fêmea contra ele enfiou-se mais perto. Outra lembrança que ela não era Espécie.
— Vamos ficar debaixo das coberturas. Vou mantê-la quente.
Os lábios dela roçaram perto do seu mamilo.
— Eu sei que você irá.
Ambos se moveram o suficiente para ficar debaixo do grosso edredom que ele havia tirado da sua cama. Os lençóis eram seus também, uns que ele tinha tirado da sua cama após o almoço. O cheiro dele era forte neles e era quase como se estivesse na própria cama. O colchão de ar era muito mais suave. Ele ficou de costas para permitir a ela se aconchegar no seu lado e usar seu braço como travesseiro. Cuidadosamente dobrou os cobertores para ter certeza que ela não congelava.
A mão dela acariciou seu tórax lentamente e ela bocejou. Não poderia ser muito além das sete, mas ela estava cansada. Ele tinha a cansado depois do seu dia de trabalho. Isso o fez
sentir um pouco culpado. Ela não tinha reclamado, mas Espécies tinham uma grande energia sexual. Deveria ter pegado leve com ela.
— Um centavo pelos seus pensamentos.
Ele olhou para baixo e a achou espreitando-o com um olhar curioso. Seus olhos verdes eram bonitos para ele.
— Durma. Estou bem aqui.
— É muito cedo.
— Você teve um dia longo.
Um sorriso suavizou os lábios.
— Ele terminou realmente bem.
Ele não pôde deixar de sorrir de volta.
—Eu poderia tirar um cochilo, — ele mentiu. Não estava cansado, mas ela estava exausta.
— Tudo bem. — Um bocejo interrompeu. — Vamos fazer isso, mas me acorde quando você acordar.
— Eu vou.
Ela fechou os olhos quando acariciou a parte inferior das costas. Ela era pequena comparada às fêmeas Espécies e elas raramente permitiam um macho acaricia-las depois de compartilhar sexo. Elas também não se aconchegavam ao seu lado ou usavam seus bíceps de travesseiro. Ele gostou da sensação dela tão perto.
A respiração dela mudou depressa para a de um sono profundo, mas ele continuou a tocá-la. Ela quis saber o que ele estava pensando, mas isto não era algo que ele queria compartilhar. Zandy Gordon não se encaixava na sua vida, mas ela encaixava perfeitamente em seus braços. Ele estava perdido sobre o que fazer.
Uma companheira o deixaria vulnerável de uma maneira que nunca quis estar. Mercile o tinha ensinado, quando jovem, a nunca estimar algo que não poderia viver sem. Tinham usado qualquer debilidade que descobriram contra ele e outros de sua espécie para tentar controlá-los. Ele era um sobrevivente, mas se exporia à indizível dor se fosse perdê-la.
É apenas sexo, ele tentou convencer-se. Não estava se convencendo com essa desculpa fraca, entretanto. Uma pequena fêmea com cabelo vermelho e olhos verdes atravessou suas barreiras de autoproteção quando nada mais ultrapassou .
Permitiu-se amigos. Até tinha aprendido a depender de outros Espécies. Foi um risco, mas ele soube, no fundo, que podia sobreviver a perda deles se algo acontecesse a eles. O causaria muita dor, mas ele continuaria. O pensamento de algo acontecendo a Zandy o fez se tornar gelado por dentro. A mão parou na parte inferior das costas dela apenas para senti-la respirando.
Podia apenas a proteger se ela estivesse com ele vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana. Teria que levá-la para casa, trancar as portas e janelas e não permitir ninguém perto dela. Essa não era qualquer tipo de vida para ela ter. Seria uma prisão semelhante ao que ele desenvolveu internamente. Mercile não seria seu captor – ele seria. Ela começaria a odiá-lo e ele não a culparia. Sabia que teria que deixá-la ir logo antes que se tornasse muito apegado. Seu peito doeu pelo pensamento.
Zandy lutou contra um bocejo, mas perdeu quando Richard a observava da escrivaninha. Ele sorriu.
— Não dormiu o suficiente?
— Não.
— Presumo que seu encontro foi bem ontem à noite?
Zandy apenas sorriu.
— Estou feliz por ouvir isto. Conseguiu algum sono de qualquer forma?
A lembrança surgiu das vezes que Tiger a despertou durante a noite para fazer amor com ela – pelo menos quatro vezes. — Não muito. Pelo alvorecer tive de dirigir-me para casa para tomar banho e me preparar para o trabalho.
— Você passou a noite com ele? Isso é bom, hein?
Ela piscou e focou na carta na tela do computador.
— Ele tem um nome?
— Sim. — Ela recusou olhar para ele. De jeito nenhum ela estava dizendo a ele o nome de Tiger.
— Não vou deixá-la em paz até que me diga quem é.
Isso a fez virar a cabeça e fitá-lo. Ele pareceu sério. — Bem. Seu nome é Angel. — Ela sorriu com a brincadeira. Tiger provavelmente iria rir muito se ela lhe dissesse sobre chamá-lo assim.
— Um do meu tipo. — Richard meneou as sobrancelhas. — Somos sensuais, não é?
— Um do seu tipo?
— Angel é um nome comum hispânico. Amantes latinos e tudo isso.
— Está fora da base aí. É seu apelido.
— Ele não deve ser muito angelical se te manteve acordada a noite toda.
— Ele me levou ao céu várias vezes.
Richard riu.
— Estou contente que encontrou alguém. Então, esse vai ser o casamento número três?
— Morda a língua, cara. — Ela hesitou, pensando que não seria tão ruim dormir com Tiger todas as noites e acordar nos seus braços a cada manhã. Ele não estava procurando por qualquer coisa em longo prazo, entretanto. — Não. Nenhum de nós quer algo muito sério. Fui casada e divorciada duas vezes. Ele não está à procura de uma esposa. Estamos apenas nos divertindo juntos assim não espere um convite de casamento.
— Conhece aquele ditado sobre nunca dizer nunca? Basta lembrar-se disto. Poderia apaixonar-se pelo homem e eu ouvi que a terceira vez é o charme.
— Ou três batidas e você está fora.
— Ora bobagem. Você é muito jovem para ser tão pessimista.
Ela deu de ombros.
— Ele não está pronto para isso ainda que eu estivesse disposta a dar outra chance a uma relação. Ele parece apreciar demais a liberdade.
Richard sorriu.
— Isso é o que todos os homens dizem até que encontram a mulher certa. Pensei em me tornar um padre antes de conhecer minha esposa no colegial. Ela mudou minha cabeça quando percebi que não podia viver sem ela. Não tenho arrependimentos.
— Isso é muito romântico.
Ele encolheu os ombros.
— Eu preciso de alguma ajuda. Você deixará a Reserva comigo no almoço? O aniversário dela está chegando e preciso da opinião de uma mulher. Quero comprar algo legal, mas tenho péssimo gosto em joias.
Zandy assentiu.
— Claro. O que ela gosta?
— Não borboletas — Ele riu. — Comprei-lhe um broche no ano passado, pensando que era bonito, mas ela não ficou tão emocionada.
— Eu imagino. Eu vou com você.
Ele sorriu.
— Obrigado. Eu não conheço muitas mulheres. A melhor amiga da minha mulher deveria ir comigo, contudo ela está doente. Tenho que comprá-lo hoje para ter certeza que tenho tempo de tê-lo escrito. Eu também imagino que vamos estar inundados aqui pela próxima semana.
— Por quê?
— Aquela divulgação na imprensa ontem à noite vai atrair algumas mensagens de ódio.
Ela não tinha certeza do que ele estava falando desde que tinha passado a noite na floresta com Tiger, mas não queria revelar essa parte. Seu colega de trabalho faria muitas perguntas, mas claro que a ONE tinha muitas coletivas de imprensa. Já estavam muitos ocupados, mas ela imaginou que podiam lidar com um aumento no correio. O sistema que eles implementaram para o correio recebido foi muito efetivo e suave.
Pensamentos de Tiger fez o tempo passar depressa enquanto ela perguntava-se quanto tempo eles durariam e como seu relacionamento acabaria. Ele quis vê-la novamente, mas não deu a ela um tempo. Odiou que ele tinha a beijado de despedida no seu carro e prometeu ligá-la. Seus dentes morderam o lábio, preocupando-se que poderia ter sido uma linha de rejeição para o adeus.
— Zandy?
Ela virou a cabeça para olhar a Richard.
— Sim?
— É hora do almoço. — Ele se levantou. — Snow acabou de deter-se para nos acompanhar. Não esqueça a bolsa hoje. Duvido que eles peçam isto pois está comigo, mas você não usa o portão da frente, não é? Não estou certo que eles todos te conheçam. Você devia pegar a sua identificação.
Surpreendeu-lhe que o tempo passou tão rápido quando ela colocou os sapatos e seguiu ele para a porta da frente. Snow abriu antes deles chegarem. Alguns minutos depois ele deixou-os no estacionamento próximo à entrada da frente da Reserva.
— Você dirige uma minivan branca?
Ele riu quando subiam dentro.
— Minha esposa tem um azul combinando. Achamos que era legal.
— É. — Ela colocou o cinto de segurança.
Richard conduziu ao portão e assobiou.
— Uau. Olhe para isto.
Zandy ficou chocada com que viu.
— É sempre assim tão ruim na hora do almoço? Nunca saio por este caminho. — Eles passaram lentamente por pelo menos uma centena de manifestantes depois que saíram pelo portão. Eles foram encarados enquanto alguns deles gritavam.
— Acho que eles não estão felizes porque Justice North tomou uma companheira.
Zandy sacudiu a cabeça para olhar para ele.
— Ele fez? Se os moradores locais tinham um problema com eles por que comprar terras aqui para a Reserva?
— Como você perdeu essa coletiva de imprensa ontem à noite? Estava em cada canal. Ele casou-se com a filha de algum senador popular e todos eles anunciaram isso juntos. O pai ficou emocionado, ela é, de certa forma, bonita e estes babacas dirigem aqui para causar problemas. Os motéis locais não vão alugar quartos para eles, talvez é por isso que estão tão mal humorados. Têm que dirigir por uma hora para ficar aqui fora sendo idiotas e então no fim do dia dirigem mais uma hora de volta.
Zandy riu.
— Os motéis locais não vão alugar para eles?
Richard sacudiu a cabeça.
— Não. Eles anunciam grandes placas. Você não viu? Declaram “nenhuma pessoa anti-Novas Espécies” é permitida ali com as placas de “sem sapato, sem camisa, sem serviço”. É engraçado.
— Sim é. Nunca visitei nenhum dos motéis. Eu comprei minha casa on-line e fiz toda a papelada por fax. Só me mudei para cá depois que a casa fechou. Estou contente que Justice North está feliz. Gosto dele. Estou feliz que ele encontrou alguém, mas pensei que era uma companheira Nova Espécie.
— Você e todos os outros. — Richard acelerou uma vez que alcançaram a estrada que levaria a cidade. — O fato que ela é humana vai provocar que cada babaca por aí tenha um problema com a ONE. Nós vamos ficar cheios com mensagens de ódio, mas lembre-se de responder bem. — Ele girou a cabeça e piscou. — Os insulte de volta com frases polidas.
— Caro senhor, seus pensamentos são muito apreciados por todo nosso departamento de correio porque rimos diariamente sobre seus pontos de vistas e esperamos que você tenha o tipo de dia que desejou para nós também.
Richard riu.
— Pena que não podemos apenas diz-lhes para se foder.
Tiger rosnou quando desligou o telefone e olhou para os homens ao redor.
— Tranque tudo e quero segurança tripla. Quero os machos da Zona Selvagem patrulhando os longos trechos dos muros onde estamos dispersos. Dividam eles em dois grupos, turnos de 12 horas e podem despedaçar os invasores se de alguma forma voltarem aos muros.
Flame inclinou a cabeça.
— Sério?
— Não. Entretanto seria bom, não é? Diga-lhes para aterrorizar, mas reter qualquer um que encontrar até que possamos enviar alguém para recolher os idiotas.
O outro macho sorriu.
— Sei que poderia pensar em alguns humanos no outro lado do portão que não me importaria de bater.
Harley assentiu ao lado de Flame.
— O falastrão com o megafone estaria no topo da minha lista para obter um ajuste de atitude.
O senso de humor de Tiger retornou quando sorriu.
— O macho de camisa manchada de cerveja?
— Esse mesmo, — Harley confirmou. — Apenas dois minutos com ele e o mandaria para casa com aquele megafone em um lugar ruim que faria caminhar difícil para ele.
Moon mudou de posição.
— Iria atrás do macho de uniforme. Ele não é realmente do exército, mas alguém devia mostrá-lo minha versão de botas de campo — Ele ergueu o pé para mostrar a bota militar.
O mau humor de Tiger dissipou.
— Tente manter o senso de humor. Eu sei que é difícil, mas conseguiremos por hoje.
— E amanhã? — Harley sorriu forçado. — Eu não acho que isso vai acalmar rápido. Acho que aqueles perdedores lá fora acabaram de perceber que podemos dar a suas mulheres muito mais do que eles podem. — Ele suavemente rosnou. — Eu podia mostrar a eles com aquela beleza morena de terno azul.
Moon rosnou também.
— Quente. Ela poderia fazer uma reportagem detalhada sobre mim a qualquer hora.
Uma risada profunda escapou de Tiger.
— Não flertem com as jornalistas.
O telefone tocou novamente e Tiger despediu os homens. Agarrou e ficou contente que era Justice quem chamava.
— Como Jessie está aguentando?
Justice hesitou.
— Ela está com raiva. Esperávamos uma reação, mas tem sido pior do que temíamos. Brass disse que você teve muitos problemas de manifestantes desde ontem à noite.
— Não foi realmente ruim até algumas horas atrás. Queria que tivesse me advertido antes que anunciou isso. Não estive ciente do que tinha acontecido até esta manhã quando cheguei no turno.
— Eu tentei te chamar, mas você não atendeu. Fui informado que queria um tempo livre e não queria ser perturbado. — Justice pausou. — Você está bem? Brass disse que você tinha chamado para dizer que estava passando a noite na Zona Selvagem.
Tiger odiou mentir.
— Somente precisei comungar com a natureza. — Uma imagem relampejou de Zandy debaixo dele enquanto ele tinha transado com ela. Seu pênis mexeu na lembrança dos seus lábios entreabertos e olhos verdes sensuais olhando fixamente no dele. Ele tinha entrado em contato com seu lado animal. Bastante. Culpa atingiu em seguida. — Isso é uma mentira, — ele admitiu. — Recuso-me a falar disso, mas eu estava com uma fêmea.
O silêncio na outra linha durou longos segundos.
— Tudo bem. Não entendo a razão do segredo, mas respeitarei isso. Você sabe que pode discutir qualquer coisa comigo.
Ele ficou tentado e hesitou.
— Talvez mais tarde. Quero resolver isto por conta própria.
—Entendido. Nossas mulheres podem ser complicadas. Você precisa de mais homens aí? Estamos dispersos aqui, mas você tem mais território para proteger.
— Acabei de enviar minha equipe para recrutar a ajuda dos machos da Zona Selvagem. Eles não são muito estáveis, mas adoram caçar. Não acho que irão matar alguém se encontrarem um humano. Harley e Moon irão atribuí-los em equipes para equilibrar os mais tranquilos com os mais ferozes. Agora é procedimento padrão aqui em caso de emergência. Qualificaria isto como um todo. Como você está suportando?
— Estou furioso. Sabia que causaria problemas quando nós divulgássemos uma declaração sobre eu tomando uma companheira humana, mas nós esperávamos pelo melhor com o pai dela ao nosso lado.
— Por que você fez isto agora?
Justice hesitou.
— O irmão de Jessie foi baleado. Ele vai viver, mas ela viajou para estar ao lado dele. A imprensa viu alguns de nossos machos na equipe de segurança dela. Nos contataram para perguntar porquê. Nós o transferimos para Homeland para se recuperar. É mais seguro para ela estar com o irmão aqui do que em um hospital. Jake concordou e nossos médicos estão cuidando dele. Os repórteres não iam deixar isso passar.
— Você não teve escolha.
— É como nós sentimos. — Justice suspirou. — Peço desculpas pela dificuldade, mas ela vale a pena.
— Eu sei que você ama sua companheira.
— Amor é um eufemismo. Ela é minha vida. O irmão dela, porém é um espinho no meu lado. Eu não tinha o conhecido até que o trouxeram de avião. Ele é difícil.
— Antiespécie?
— Não. Só um babaca. Pense em uma versão mais jovem de Tim Oberto sem a correia desde que ele trabalha para nós. Jake encerrou as forças armadas para trabalhar em uma empresa de segurança privada. Já está exigindo ver nossos protocolos de segurança inteiros
para corrigi-los. É um irmão mais velho muito protetor. Eu admiro seu amor para minha companheira, mas o macho é irritante.
— Humanos vêm com família, — Tiger provocou. — Ela é sua agora.
— Morda a língua. Eu sei que apreciaria socá-lo naquela boca grande dele.
— Resista. Sua companheira não aprovaria.
— Jessie quer socá-lo também. Ameaçou atirar na outra perna assim a cicatriz na sua coxa terá uma correspondente se ele não recuar. Eles têm essa relação entre irmãos estranha onde discutem muito e fazem ameaças medonhas um contra o outro.
— Meu dia não parece tão estressante agora, — brincou Tiger. — Aproveite conhecendo o irmão de Jessie.
— Cuidado.
Tiger desligou e entrou no quarto principal da Segurança. As câmeras estavam cheias com cenas de manifestantes.
— Eles estão se comportando?
— Ninguém está lançando nada desde que molhamos embaixo os primeiros seis metros na frente do portão, — Zest respondeu com um sorriso. — Eles não apreciaram a água do banho gelada.
— Bom. — Ele passou os dedos pelo cabelo. — E a cidade? O xerife retornou o nossa chamada?
— Ele não está reportando nenhuma dificuldade. A maior parte dos manifestantes está evitando isto e, ao invés, rondam aqui.
— Isso é um alívio. Eu não quero que a cidade comece a nos odiar.
Pelo menos algo estava indo bem. Tiger soube que ia ser um dia longo. Teve esperanças de chamar Zandy para marcar um encontro com ela depois do trabalho, mas ela estaria dormindo quando o turno terminasse.
— Isso foi divertido. — Zandy atirou um olhar em Richard. — Obrigado por me comprar o almoço na cidade.
— O prazer foi meu. Você tem bom gosto. Acho que minha esposa vai amar aquele medalhão com o desenho rosa. É lindo.
— Só lembre-se de pegar essas fotos amanhã quando você levantar isto depois deles escrever para você. Um de vocês e um de seus filhos. Toda mulher adoraria isso. Foi realmente divertido fazer compras para outra pessoa.
— Ei, estou feliz que pense assim. No Natal, posso ter você emprestada por algumas horas? Realmente preciso de ajuda então. — Richard sorriu. — Não somente tenho de comprar para minha esposa, mas minha mãe também.
— Ah, — ela provocou. — Você não me quer como amiga. Me quer como assistente de compras.
— Malditamente certo!
A van teve que desacelerar quando uma grande multidão bloqueou a estrada adiante deles na frente dos portões da Reserva. Richard buzinou para conseguir que alguns saíssem do caminho. Três picapes out-road e grandes estavam em frente deles para serem examinados.
Richard suspirou.
— Podemos estar um pouco atrasados.
— Não é nossa culpa. Os oficiais ONE podem nos ver lá em cima do muro. — Zandy perscrutou nos oficiais de segurança bem armados patrulhando a passarela ao longo do topo da barreira espessa. — Eu não me lembro de lá ter tantos deles no dia que vim para minha entrevista.
— Isso é porque normalmente não estão lá. — Richard pausou. — Você está se sentindo tão nervosa quanto eu estou? Olhe a forma que alguns destes idiotas estão de olho em nós. — Ele bateu as fechaduras da porta, mas já estavam para baixo. — Não gosto disso.
Seu olhar disparou ao redor para achar um monte de estranhos olhando para eles.
— Eu não gosto disso também. Talvez você deva voltar e seguir até o outro portão que eu uso.
— Isso é quilômetros de distância e nós estaríamos muito atrasados. Estamos a salvo. Ninguém seria estúpido o suficiente de tentar qualquer coisa com todas aquelas armas de fogo ao longo desse muro. Estamos tecnicamente em terras ONE aqui deste lado do portão. Está publicado em todos os lugares e os oficiais podem abrir fogo se for necessário.
Ela estudou os rostos ao redor deles.
— Eles sabem disto? Aqueles não são nossos melhores e mais brilhantes segurando aquelas placas racistas. Eles são idiotas totais.
Richard riu.
— Vai dar tudo certo. Olhe, há alguns assistentes da cidade tentando fazer o controle da multidão. Trabalhei aqui durante algum tempo e vi pior.
Algum idiota vestindo jeans e uma camiseta subiu na traseira de uma picape adiante para gritar obscenidades aos oficiais ONE. Uma equipe de reportagem empurrava adiante com as câmeras para capturar a tensão.
Richard suavemente amaldiçoou ao seu lado.
— Eles são babacas.
—Talvez ele caia da traseira do caminhão e quebre o pescoço. Sempre podemos ter esperança.
Richard deu-lhe uma piscadela quando ela olhou para ele. Ela sorriu e retornou a atenção para o idiota fazendo papel de bobo. Os oficiais ONE o ignoraram, mas as equipes de reportagens estavam apreciando isso enquanto filmavam a ação.
— Eu aposto com você cinco dólares que isso entra no noticiário das seis. Só fere a causa deles então eu espero que publiquem isto. Que canalha. Eu conheço uma pessoa de dois anos de idade com melhores habilidades linguísticas. — Os dedos de Richard bateram no volante. — Nós estamos realmente atrasados.
— Não é nossa cul... — Choque a interrompeu quando uma lona foi jogada pela parte traseira da picape na frente deles. Caiu sobre o capô inclinado da minivan de Richard e dois
homens se levantaram de onde eles estiveram se escondendo embaixo dele. Ambos estavam segurando armas longas.
Zandy congelou horrorizada quando os homens abriram fogo. Os sons de tiros da arma de fogo foram ensurdecedores e as luzes de freio no caminhão mantendo os dois homens, subitamente explodiram. Era um detalhe tão pequeno para notar, mas chamou sua atenção. Luzes traseiras apareceram um segundo antes do veículo diante deles chocar contra a frente da minivan. O cinto de Zandy cavou dolorosamente no ombro com o choque bruto e Richard gritou. Não foi uma palavra, só um som de terror e confusão.
Os oficiais ONE responderam disparando bombas que explodiram no pavimento ao redor deles. A fumaça branca espessa encheu o ar para bloquear a visão dos portões adiante. Algo golpeou a janela perto de Zandy, empurrando a atenção dela lá. Um homem com uma bandana no nariz e boca golpeou a janela novamente com o martelo que brandia. O vidro ao lado de seu rosto rachou quando começou quebrar.
Os manifestantes atacaram a minivan às dúzias, os corpos pressionando contra ele e balançando-o violentamente. Zandy gritou enquanto os dedos freneticamente buscavam soltar o cinto. Estalou aberto quando o homem golpeou a janela novamente e pedaços de vidro quebrado atingiu seu colo quando uma mão agarrou seu braço. Richard virou-a rudemente e a empurrou-a entre o espaço aberto dos assentos.
Alguém gritou por calma de um megafone, mas as palavras foram perdidas entre os gritos dos manifestantes, o clamor e mais tiros. Zandy bateu no chão duro entre os assentos no centro da van. Alguém agarrou no seu pé e puxou o sapato. Ela chutou e as pernas deslizaram para fora da divisória central até que ela ficou enrolada em uma bola apertada.
— Precisamos de ajuda, — Richard gritou.
Ela não podia vê-lo de onde estava, mas viu seu braço levantado, que tinha que estar segurando o celular. Ele podia ter chamado a polícia ou o portão, ela não estava certa. A porta lateral perto dela abriu de repente e ela virou a cabeça.
— Puta, cadela amante de animal, — algum homem gritou.
— É ela, — outro homem gritou. — É a esposa de Justice North.
Mãos ásperas invadiram a van para agarrá-la. Zandy gritou quando a fumaça espessa jorrou dentro, cegando-a. Os dedos arranharam quando eles a arrastaram para fora da van. Entretanto eles tinham suas pernas e eram fortes. Ela bateu com força no chão e teve um ataque de tosse quando tentou gritar novamente.
As mãos soltaram suas pernas quando ela caiu e um homem grunhiu. Alguém caiu perto e ela percebeu que pessoas estavam correndo até eles. Ela rastejou para frente e bateu a cabeça em uma parte da van. Ela não conseguia ver qualquer coisa, mas tinha encontrado isso. Passos pesados chegaram mais perto, pessoas gritavam e tossiam e ela rolou para debaixo da van.
Era apertado, mas esperava que a salvasse de ser pisoteada enquanto todos fugiam. A fumaça se tornou mais espessa até que ela não conseguiu respirar. Zandy apertou a frente da camisa e enfiou a cabeça, cobrindo o nariz e boca. Só ajudou um pouco.
— Zandy! — Richard gritou seu nome antes dele romper em um ataque de tosses. Ele soou perto e do lado de fora da van.
Ela respirou fundo e libertou a boca.
— Estou debaixo da van!
Mãos a agarraram e arrastaram-na para fora do esconderijo. Ela começou a lutar, mas um rosnado feroz a parou.
— Sou ONE — o homem informou.
Seu corpo relaxou e ela ficou pasma quando ele simplesmente ergueu-a do chão. Foi segurada firmemente contra um peito acolchoado – o equipamento de proteção dele – e ele rapidamente a apressou através da parte mais espessa da fumaça.
Ela teve de piscar para conter as lágrimas e olhou para a proteção de rosto do oficial que a carregava quando clareou o suficiente para ela ver novamente. Os portões surgiram e ele correu pelo espaço aberto que tinham feito para levá-la para dentro.
— Respire contra a minha camisa e não inale mais da fumaça, — ele exigiu rudemente. — Aguente firme.
O som de alguém tossindo a fez virar a cabeça um pouco e ela avistou Richard sendo ajudado por outro oficial. Seu colega de trabalho segurava uma máscara no rosto que seu acompanhante obviamente forneceu enquanto era levado para dentro do portão também. Ela lutou contra mais lágrimas de gratidão que ambos tinham sobrevivido.
Capítulo Nove
O oficial avaliando Zandy retirou o capacete depois de levá-la para dentro da guarita. Franziu a testa sombriamente quando seus olhares se encontraram. Ele soltou seus braços quando ele recuou. Ela estava certa que ele examinaria cada centímetro dela a liberaria quando estivesse satisfeito.
Ela tentou não fitar seu rosto. Suas feições não eram tão duras de olhar como alguns dos machos que tinha conhecido. O cabelo preto estava amarrado nas costas em um rabo-de-cavalo e ele era muito atraente. Os olhos eram em formado mais arredondados. Percebeu que ele não era canino ou felino. Era um das Novas Espécies misturado de primata que tinha ouvido de Richard. Não havia muito deles. Ele tinha mais ou menos em um metro e oitenta, mas o corpo musculoso não deixava dúvidas que estava em ótima forma, apesar de ser menor do que os outros machos Novos Espécies que entrou em contato.
— Você tem alguns arranhões, contusões, e está sangrando.
— Estou bem. Obrigado por sair lá para me pegar. Sou Zandy. Você é?
Os olhos se estreitaram.
— Sou Smiley. Você trabalha para ONE. É um dos nossos. — Ele olhou para baixo e, de repente, agarrou a camisa dela com as mãos.
Ela abaixou o queixo para assistir ele arrumar ambas as extremidades da camisa rasgada. Seu sutiã estava aparecendo... e a divisão entre os montes. Esta era a menor das suas preocupações e se recusou a ficar envergonhada. Aqueles babacas que a arrastaram para fora
da van destruiu sua roupa no processo. Ele agachou um pouco para olhar em seus olhos novamente, parecendo preocupado.
— Você bateu a cabeça? Está com alguma dor? Seu joelho está sangrando muito. Levaremos você para os médicos imediatamente logo que um Jipe chegar. Eu, pessoalmente, te acompanharei lá.
Ela evitou olhar para abaixo à perna direita. A visão de sangue não era sua favorita e saber que era dela só piorava. Doía muito, mas não queria ser um bebe chorão.
— Minha cabeça está bem.
Richard de repente se aproximou do oficial e ela estava feliz em vê-lo. Ele parecia um pouco pior pelo desgaste, mas ileso.
— Está tudo bem, Zandy? Tentei chegar até você, mas não consegui abrir minha porta. Eles puxaram você de costas rapidamente.
— Estou um pouco tonta, mas eles me soltaram uma vez que me puxaram para fora.
— Graças a Deus. — Richard pareceu e soou bastante abalado. — Pensei que fugiriam com você. Não posso acreditar que realmente atacaram os portões. — Ele estudou seu rosto. — Sua bochecha está sangrando. Um deles bateu em você?
— Eu acho que bati na lateral da van. Não podia ver nada, mas acabei ganhando isso. — Ela recusou a tocar o ponto latejante, com medo de sentir mais dor do que já estava sentindo. Não queria saber. — Tudo aconteceu tão rápido. Tudo que podia fazer foi ficar debaixo da van para me esconder e evitar ser pisoteada.
Ele estendeu a mão para tocá-la, o oficial Nova Espécie bloqueou a mão e pegou-a no braços.
— Vou levar você para o médico agora.
Zandy deu a Richard um olhar atordoado por sobre o ombro de Smiley antes de ser levada. Snow esperava ao volante do Jipe que tinha chegado e ela foi cuidadosamente colocada no assento do passageiro. O oficial subiu no banco traseiro.
— Vamos.
O Jipe arrancou depressa. Snow olhou para ela enquanto dirigia.
— Você foi machucada, Zandy? Pedimos desculpas por você ser atacada.
— Não é sua culpa, há babacas no mundo. Estou só um pouco ferida, mas ficarei bem.
Snow olhou dela para a estrada, então de volta.
— Eles atiraram em um dos nossos machos, mas ele não sofreu nenhum efeito duradouro. O colete impediu a bala de perfurar a pele. Pegamos ambos os homens que abriram fogo contra a ONE.
— Bom. — A lembrança de ver aquela lona atingir o capô de Richard e aqueles homens de repente levantar-se, segurando aquelas armas, a fez estremecer. Tinha pouca dúvida de que isso não era algo que jamais esqueceria e provavelmente seria a fonte de muitos pesadelos. Não falou isso, mas soube que se eles tivessem disparado contra ela e Richard, eles teriam sido alvos fáceis presos nos assentos. — Estou feliz que você tem eles sob custódia.
— Eles acreditaram que ela era Jessie North, — Smiley adicionou.
Ela não se lembrava daqueles homens gritando com ela até esse segundo.
— Quem é Jessie North?
—Justice a tomou como companheira. — Snow concentrou em dirigir enquanto estacionava na frente de um edifício com janelas de vidro. — Ela é humana, mas não parece em nada com você exceto que ambas têm cabelos ruivos. Não viu as notícias ontem à noite?
— Perdi isso.
— Eles dizem que nossa espécie é difícil de distinguir. — Snow bufou. — Parece que sua espécie não pode distinguir um ao outro também. Você não parece nada com Jessie, exceto pelo tamanho pequeno e o longo cabelo vermelho. Entretanto, seu cabelo é muito mais longo e é muito vermelho.
Smiley desceu da parte de trás e pegou-a nos braços antes de Snow poder até desligar o motor.
— Obrigado. Eu assumo a partir daqui.
Zandy colocou os braços ao redor dos seus ombros largos enquanto ele a levou dentro do edifício uma vez que as portas automáticas abriram. Dr. Harris esperava dentro por eles com uma mulher Nova Espécie ao lado. O homem estava em seus trinta e poucos anos e a apresentou a Midnight. A mulher alta de olhos azuis sorriu sombriamente.
— Traga-a por aqui, Smiley.
Ele cuidadosamente a colocou na mesa de exame em um dos quartos dos fundos e ficou lá até que o Dr. Harris entrou.
— Obrigado por trazê-la. Continuamos a partir daqui.
O oficial hesitou.
— Eu preciso ficar com ela.
— Nós vamos despi-la, — Midnight informou a ele. — Eu vejo seu interesse, mas aproxime-se dela mais tarde.
— Foi uma ordem para protegê-la.
— Espere lá fora. — Midnight sorriu. — As fêmeas humanas são tímidas sobre seus corpos.
Ele virou e Zandy assistiu ele partir. Midnight fechou a porta.
— Homens. — A mulher sacudiu a cabeça. — Ele babou em você?
— Não.
Dr. Harris riu.
— Era Smiley e ele tem uma coisa pelos humanos. — Ele virou de costas. — Eu não vou olhar.
Midnight puxou uma bata de pano e ofereceu.
— Você precisa tirar a roupa até a calcinha, se usar alguma.
Doeu para ficar em pé sobre o joelho lesionado e a alta fêmea Espécie ajoelhou-se para ajudá-la a remover seu único sapato. O outro foi perdido.
Ela se esqueceu disso uma vez que foi carregada por toda parte desde seu resgate. Midnight pegou as roupas e ela colocou a bata, deixando-o aberto na parte de trás.
— Ela está decente, bonito.
O doutor virou a cabeça para sorrir à Midnight.
— Obrigado, magnífica.
Zandy ficou surpresa com a troca. O doutor colocou as luvas e puxou um tamborete para se sentar mais perto. Ele examinou seu joelho sangrando quando ela se sentou na mesa de exame.
— Ele é meu, — Midnight anunciou, apontando para o doutor. — O jovem. Não o pai dele. Existem dois Drs. Harris. Não tenha ideias sobre ele.
— Eu não teria, — ela conseguiu dizer, atordoada que a enfermeira alta e musculosa estava namorando o doutor. Ele não era um homem de má aparência e estava em forma, mas era óbvio que sua namorada podia chutar o traseiro dele.
O doutor riu.
— Sim. Sou dela. — Ele cutucou o joelho ferido de Zandy. — Você não vai precisar de pontos, mas isso precisa ser limpo. Vai doer.
Midnight pegou o que ele precisava e Zandy cerrou os dentes enquanto ele trabalhava em seu joelho até que foi enfaixado. Ele examinou seu tórax onde a camisa foi rasgada, encontrou um arranhão acima do peito, e ainda cutucou a contusão no quadril onde ela caiu no chão depois de ser arrastada da van.
— Alguma tontura? Visão dupla? Náusea? — Ele a ofuscou com uma pequena lanterna que lançou em ambos os olhos enquanto estudava o corte na cabeça.
— O que aconteceu aqui?
— Não, não, e não. — Ela estremeceu quando ele começou a limpar. — Não é tão ruim, não é? Estava rastejando e bati na lateral da van.
— Não é ruim, — ele admitiu. — Isso vai doer.
Merda.
Tiger estava furioso.
— Eles atacaram os portões?
Timber assentiu sombrio.
— Atiraram em Torrent. Ele está chateado, mas bem. Eles marcaram seu colete o suficiente para deixar alguns hematomas.
O olhar de Tiger vagou pela Segurança, observando os homens duros no trabalho, vigiando tudo com as câmeras.
— Justice e Homeland foram informados?
— Imediatamente. Tivemos que avisá-los sobre potenciais ataques a Jessie. Uma de nossas funcionarias humanas foi atacada. Os humanos idiotas pensaram que ela era a companheira de Justice.
— Por que pensariam que uma de nossas funcionarias humanas era Jessie?
— Ela tem longos cabelos vermelhos. Saiu para almoçar com um macho humano e estavam retornando quando os idiotas atacaram o portão. Alguns deles viram ela e assumiram que era Jessie. Quebraram as janelas da van que ela estava e a arrastou para fora. A fumaça os fez correr e a soltaram. Ela vai ficar bem. Eu solicitei a Smiley para ficar com ela. Ele a
acompanhou ao médico para tratamento. Temos os atiradores e motorista que trouxeram eles aqui em custódia. Foram preparados para o transporte até Homeland.
Tiger rosnou.
— Você devia ter me contatado imediatamente quando isto aconteceu.
— Você estava cuidando do incidente da Zona Selvagem. Foi tudo bem lidado. A única destruição real feita foi à van que os dois humanos estavam. Estamos cuidando disso. A coisa boa é que pagamos o seguro para essas coisas com o dinheiro que multamos os idiotas. A conta do conserto será cara. O motorista da picape escondendo os pistoleiros, retrocedeu a picape na frente da van quando eles tentaram fugir e então as janelas foram quebradas em uma tentativa para chegar à mulher humana quando os manifestantes atacaram. Também amassaram bastante a van uma vez que tentaram capotá-la.
— Filho da puta, — Tiger rosnou. — A mulher humana está bem? Ela vai desistir? É difícil de achar humanos de confiança.
— Ela está bem. Acabei de falar com Midnight. A humana foi tratada e pediu para voltar a trabalhar. Nós lhe oferecemos alguns dias de férias remuneradas para se recuperar, mas recusou.
— Eu vou acalmar as coisas com ela. Qual o seu nome?
Timber hesitou, pensando.
— Era um nome estranho. Zane? Zany?
O coração de Tiger quase parou de bater.
— Zandy?
Timber assentiu.
— Este é o
nome. Mulher humana pequena, olhos verdes e cabelos vermelhos longos.
— Merda! — Tiger rosnou. — Estou indo ao médico.
Timber olhou boquiaberto para ele.
— Você conhece esta fêmea?
Tiger virou e correu para o Jipe, não se incomodando em responder. Zandy foi atacada. Ele digeria os detalhes enquanto dirigia rapidamente para alcançá-la. Queria saber por que ela deixou a Reserva durante o almoço e com que homem humano ela tinha estado. Decidiu que era melhor ter sido com Richard Vega. O homem amava a sua companheira e isso significaria que não foi um encontro. Apenas a ideia de outro macho tocando nela o fez querer rugir de raiva. Ela foi machucada e ele não esteve lá para protegê-la.
Ele respirava irregularmente, tentando controlar a raiva. Uma mistura de ciúme e medo agarrou-lhe com força suficiente para fazer o peito doer. Eles não tinham concordado quaisquer termos de namoro. Zandy tinha ido a um encontro? Sacudiu a cabeça. Isso não importava no momento.
Ela foi atacada por humanos e ele ficou tentado a chamar Timber para pôr uma repreensão nos prisioneiros. Adoraria passar cinco minutos com cada um dos machos até que ele se certificasse que foram feridos também. O pensamento do que podia ter acontecido com ela o deixou com uma profunda necessidade de encontrá-la tão rápido quanto possível. Ele acelerou a uma velocidade insegura e tomou uma virada muito rápida. Espécies olharam para ele à medida que passava, mas não deu a mínima.
Zandy colocou o novo conjunto de roupas. Midnight trouxe uma camiseta cinza com letras ONE no bolso da frente e calça de moletom combinando. A roupa rasgada foi jogada fora. O joelho pulsava. O Dr. Harris disse-lhe para ir para casa e ficar afastada por alguns dias, mas Zandy recusou. A última coisa queria era dirigir-se para a casa vazia. Preferia estar perto de pessoas depois da experiência de quase ter sido sequestrada.
Dr. Harris não ficou feliz com a decisão. Ele estendeu um saco plástico.
— Eu coloquei algumas bolsas de gelos aqui também. Sabe como usá-los?
Ela sorriu.
— Hum, eu as agito?
Ele retribui sorrindo a contragosto.
— Sim.
— Obrigado.
— Sua bolsa foi recuperada do veículo que estava. — Midnight entregou-lhe. — Nós estamos contentes que não foi realmente machucada. Tem certeza que não quer alguns dias para se recuperar? Não há vergonha nisso. Você é humana e não acostumada a este tipo de estresse.
— Querida, — o doutor suavemente disse, — nós não somos inválidos só porque não somos tão resistentes quanto vocês. Ela quer voltar a trabalhar. Eu faria o mesmo.
Ela sorriu para ele.
— Você é muito corajoso. Para um ser humano.
— Estou feliz que você pense assim. — Ele virou para Zandy e perguntou, — Você quer muletas? Esse joelho vai doer muito pela manhã. Você já está mancando.
— Estou bem. Não vou mentir e dizer que não dói, mas eu bati meus joelhos pior quando era criança. Era um pouco moleca e gostava de skate.
— Eu vi as cicatrizes desbotadas e imaginei.
— Nós vivíamos em uma colina.
— Entendo. — Ele sorriu. — Eu acredito que você usava um capacete.
— Eu recorro a Quinta6.
ˇ É uma referencia a Quinta Emenda. Fazendo isso significa que a pessoa se recusa a responder a pergunta sobre o fundamento de que a resposta pode incriminá-lo. A quinta emenda diz que a pessoas tem o direito de não depor e incriminar a si mesmo.
— Não se esqueça de tomar os comprimidos que dei para a dor e aqueles que prescrevi para ajudar a reduzir qualquer inchaço. Estão dentro da bolsa. Use preservativos por um mês se estiver em controle de natalidade. Eles vão mexer com isso já que também é um antibiótico. Prefiro prevenir do que remediar para ajudá-la a evitar qualquer infecção. Eu limpei o corte também, mas você esteve em contato com o chão. Eu não tenho ideia de que tipo de germes você foi exposta. Evite mexer com esse joelho tanto quanto possível. Sei que você tem um trabalho de escritório e trabalha atrás de uma mesa. Peça para outra pessoa ir buscar qualquer coisa que precise. Eleve isso se possível.
— Obrigado. Tomarei os comprimidos assim que chegar ao meu escritório.
Midnight se ofereceu para acompanhá-la para fora, mas Zandy recusou. Smiley estava andando do lado de fora pela visão clara das janelas da frente. Ela mancou lá fora e ele virou, a expressão sombria.
— Permita-me carregá-la.
Ela sacudiu a cabeça.
— Não, estou bem.
— Eu pedi transporte. Você não devia estar de pé pela quantidade de sangue que vi na sua calça. Eu fortemente sugiro que vá para casa. — Ele pausou. — Você teve um trauma. Sua família deve cuidar de você.
— Eu vivo sozinha. A ideia de ficar olhando para minhas paredes não é realmente atraente. Preferiria estar perto de alguém agora.
— Eu entendo. — A expressão suavizou e os bonitos olhos marrons fixaram nela. — Eu poderia pedir para terminar meu turno e te levar para minha casa. Não estou oferecendo para compartilhar sexo, mas alguém deve cuidar de você. Tenho uma televisão grande e sou confiável.
Ela duvidou que a versão dele de confiável e a dela fossem a mesma. Midnight e o doutor pensavam que o Nova Espécie estava atraído por ela. O único homem que queria bajulando-a tinha olhos azuis e ronronava durante o calor da paixão. A boca abriu para dizer-lhe não obrigada, mas o som de um carro dobrando a esquina chamou sua atenção primeiro.
O Jipe corria em alta velocidade para eles e ela reconheceu o motorista de imediato. O cabelo listrado de Tiger foi fácil de detectar e assim foi sua enfurecida expressão quando os pneus trancaram no pavimento quando pisou nos freios. O veículo veio a uma parada brusca no meio-fio. Ele esteve fora dele no segundo que o motor desligou.
— Este é Tiger, — Smiley anunciou, como se ela não soubesse quem invadiu frente do veículo para alcançá-los. — Oi, Tiger. Acho que você ouviu o que aconteceu. Ela está bem. Como foi com Vengeance?
— Nos dê um momento a sós, — Tiger rosnou, o olhar fixo em Zandy. — Preciso falar com ela. Dê uma caminhada.
Smiley olhou com assombro, mas se afastou. Ele virou seus calcanhares e foi até o final do edifício. Zandi notou que Smiley pareceu bastante chocado com a abrupta dispensa de Tiger, ela mesma se assustou um pouco. Tiger esperou até que o outro homem se afastasse antes de se aproximar. Passou o olho pelo seu corpo antes de encontrar seus olhos novamente. A mão ergueu e ele suavemente agarrou seu queixo, forçando-a a inclinar a cabeça um pouco para ter um melhor olhar no corte em seu rosto.
— Por que você deixou a Reserva e quem estava com você? Você está bem? Quem te fez isso?
Ela não tinha certeza de qual questão responder primeiro.
— Eu estou bem. Richard e eu fomos às compras para sua esposa no nosso intervalo de almoço e os manifestantes atacaram enquanto nós estávamos na fila para voltar para dentro dos portões.
Um grunhido profundo retumbou da sua garganta.
— Onde estão suas roupas?
— Eles jogaram fora. A camisa ficou arruinada e a calça estava ensanguentada.
Ele farejou e outro rosnado veio dele, o segundo mais profundo e quase assustador. Raiva estreitou seus olhos e esperou que não fosse dirigido a ela. Seu toque permanecia gentil onde segurava seu queixo.
— Eu ainda cheiro sangue.
— Estou bem. Tenho alguns arranhões. Meu...
— Onde?
Ela fez uma pausa.
— Meu joelho foi o que sofreu mais. Tenho um arranhão no peito e você pode ver meu rosto. Não dei uma boa olhada nos homens que tentaram me agarrar, mas pensaram que eu era outra pessoa.
A outra mão agarrou seu quadril.
— Eu ouvi que os atacantes pensaram que você era Jessie. Não posso acreditar que acharam que você era ela. Seu cabelo é muito mais claro e menor que o dela. Os humanos são estúpidos. Você não deveria ter usado os portões dianteiros. Não percebeu que seria perigoso?
Ela deixou isso passar, pois ele estava obviamente chateado e ela não queria realmente ser agrupada na mesma categoria que os manifestantes naquele momento, lembrando a ele que era humana. Suas palavras a deixaram um pouco defensiva, entretanto.
— Eu acho que perdemos a coletiva de imprensa ontem à noite quando Justice North anunciou que tinha se casado com a mulher com quem eles me confundiram. Não tinha ideia que não era seguro deixar os portões da frente. Acho que você a conhece?
Ele assentiu.
— Eu a conheço muito bem e vocês duas não são nada parecidas. — Ele respirou fundo. — Eu estou agitado. Sinto muito. Devia ter ligado para o seu escritório no momento que descobri que Justice tinha de dizer a imprensa sobre sua companheira e te avisado que isso iria contrariar os manifestantes.
Zandy estudou-o e uma pitada de ciúme acendeu. Quão bem Tiger conhecia a outra ruiva? Isso iria incomodá-la se não perguntasse.
— Você já namorou esta Jessie?
Sua boca tencionou.
— Não. Ela é companheira de Justice. Nunca a montei. Por que pergunta isso?
Ela odiou o fato que ficou contente que ele nunca tinha dormido com a mulher com quem foi confundida. A ideia de ser uma versão substituta de uma mulher que ele tinha perdido para outro homem a deixou no limite.
— Curiosidade, já que algumas pessoas acham que somos muito parecidas. Não importa. Tem sido um dia estressante.
Ele acariciou sua bochecha antes de soltar a mão.
— Eu não quero que você deixe a Reserva. Não é seguro. Os manifestantes estão em pleno vigor e alguns até apareceram no portão que você usa. Este é um longo trecho de estrada que eu não quero você viajando e alguém poderia segui-la para casa. Eles já te atacaram uma vez, achando que era a companheira de Justice. Insisto que fique aqui por alguns dias até as coisas se acalmarem.
Decepção atingiu-a que ele não estava a convidando para ficar na sua casa. Smiley tinha se oferecido para levá-la para casa e nem mesmo a conhecia. Foi uma lembrança dolorosa que Tiger não queria nada em longo prazo entre eles. Foi o que concordaram e ela tinha feito sua cama.
Viver no trabalho de repente pareceu muito solitário e doloroso.
— Certo.
—Há espaço livre na habitação humana. É semelhante aos seus edifícios de apartamento. Atribuirei oficiais para te proteger. Alguns manifestantes tentaram romper nossos muros e quero ter certeza que está segura. Eu tentarei ver você, mas não estou certo do quão tarde meu turno terminará. Vai ser um dia longo e noite, pior. Descobrimos que eles tendem a pensar que só porque o sol se põe será mais fácil esgueirar-se para as terras ONE.
— Eu não tenho roupa nenhuma. Vou precisar ter pelo menos uma viagem para casa para pegar minhas coisas.
— Não. Vou te mandar roupas da nossa loja. — Ele olhou abaixo nela. — Eu peço desculpas, mas nós não temos muitas fêmeas pequenas ficando aqui. Você provavelmente vai ter que usar mais moletons e camisetas.
— Há um código de vestimenta para o trabalho.
— Não se preocupe com isso. Vou me certificar que ninguém diga qualquer coisa. Você está mais segura aqui na Reserva até que isto acalme. Estenderemos a mesma cortesia para todos os funcionários humanos da ONE.
Isso matou sua suposição de que tinha feito algo especial para ela a pedindo para ficar onde soubesse que estaria segura. Isso a fez lembrar que eles não tinham uma relação. Doeu.
— Bem. Você faz isto. Preciso começar a trabalhar. Acho que te vejo mais tarde.
Ela se afastou dele e ele não teve escolha exceto liberar seu quadril. O flácido foi perceptível quando ela dirigiu-se a Smiley. Ele a viu chegar e veio para ela depressa.
— Zandy? — Tiger silvou.
Ela pausou e virou a cabeça para encontrar seu olhar.
— Sim?
— Algo está errado? Você está com raiva de mim?
Ela virou de volta e mancou tão perto dele que ela teve de inclinar o queixo até olhar para o rosto bonito. Ele olhou para além dela e levantou a mão para deter o oficial. Sua mão caiu para o lado.
Ela estava em dor e foi assaltada, a paciência já no limite. Eles não tinham uma relação real, mas ela quis ser honesta. Era provavelmente a última vez que conversariam de qualquer maneira. Ela poderia também mostrá-lo o que tinha na sua mente.
— Estou tendo um dia de merda se você não tem notado. Estou certa que você está também, sei que é o chefe de segurança aqui. Eu acho que quando te vi em alta velocidade ao redor daquela esquina, assumi que tinha ouvido o que aconteceu e isso te mexeu o suficiente para querer me ver. — Ela pausou. — Inferno, é por que eu não me envolvo com homens. Sou péssima nisso e nós não temos uma relação, certo? Obrigado pelo cuidado e por me ver. Eu sei você precisa voltar ao trabalho. Nós estamos bem. — Ela se virou novamente.
A mão de Tiger apertou seu braço para evitá-la de se afastar dele. Ele andou em torno dela até que bloqueou seu caminho.
— Nós estamos em uma relação?
O olhar caiu para a sua camisa de trabalho da ONE.
— Eu não sei. Nós estamos? — Ela olhou de volta para ele.
— Eu queria convidar você para ficar na minha casa, mas você já me disse que não. Não quis ser rejeitado uma segunda vez. Eu também tenho que trabalhar longas horas e minha casa é muito longe do escritório para dormir lá enquanto esta crise está acontecendo. Você ficaria lá sozinha. Queria mantê-la perto.
— Não foi uma rejeição. Eu disse que não porque nós mal nos conhecíamos, então.
Seus olhos exóticos se estreitaram.
— Nós conhecemos um ao outro extremamente bem agora.
Sexualmente.
— Eu não sei para onde estamos indo e isso é assustador. Senti sua falta hoje e esperei que me convidaria para encontrá-lo mais tarde. — Estou me apaixonando por você.
— Senti sua falta também. — Ele hesitou. — Vou te visitar hoje à noite e conversaremos.
— Tudo bem. — Não tinha certeza se isso era bom ou ruim.
— Posso estar atrasado.
— Eu entendo.
Seu celular tocou e ele pegou, nunca desviando o olhar dos dela.
— Sim? — Ele fez uma pausa. — Entendido. Estou a caminho. — Ele desligou. — Tenho que ir. Alguns dos humanos do lado de fora dos portões estão agindo novamente. — Ele ergueu uma mão e acenou para Smiley se adiantar. — Tente tirar uma soneca antes de eu chegar. — Sua voz abaixou ainda mais. — Planejo fazer muito mais do que simplesmente conversar com você. — Um suave ronronar veio dele antes de se recuar.
O corpo de Zandy respondeu imediatamente ao ruído sexy. A ideia de vê-lo mais tarde e possivelmente passar outra noite dormindo juntos fez seus mamilos ficarem tensos e a barriga tremendo. Ele lambendo os lábios só lembrava a ela do que podia fazer com aquela língua e seu clitóris pulsou.
Ele enfrentou Smiley.
— Estou designando novamente você para Zandy hoje. Leve-a para o trabalho e eu quero que fique perto do edifício dela até depois que o seu turno estiver terminado. Ela vai ficar no prédio H, apartamento HJ até esta bagunça terminar. É muito perigoso para ela deixar a Reserva. Mandarei oficiais para encontrar você lá mais tarde. Espere por eles se estiverem atrasados. Ela não é para ser deixada desprotegida.
— Entendido.
Tiger olhou para ela mais uma vez antes de andar a passos largos de volta ao Jipe. Outro virou a esquina, provavelmente o transporte que Smiley tinha chamado. Ela absteve-se de
acenar para Tiger quando ele foi embora. O oficial perto dela fungou alto e ela virou a cabeça para fitar seu rosto.
Ele franziu a testa.
— Esqueça isto, Zandy.
— O quê?
— Você está excitada e Tiger não é um homem que você deseja procurar. Ele não é o tipo de tomar uma companheira. Evita ter relações sexuais com fêmeas humanas.
Suas bochechas aqueceram enquanto corava. Oh,diabos.
— Há alguma coisa que vocês não podem sentir o cheiro?
Ele hesitou.
— Não sou contra tomar uma companheira e aberto a um possível vínculo duradouro com uma mulher. Você está ferida e teve um dia estressante, mas me mantenha em mente se desejar compartilhar sexo. Só pense nisso.
Um novo oficial observou-os do Jipe esperando enquanto Zandy mancava em direção ao banco do passageiro. Não ia querer se envolver nisso. Não era o homem nem a proposta. Ela não estava certa de como responder.
Um barulho despertou Zandy e olhou ao relógio no criado mudo. Já passava das onze. Tiger finalmente chegou. Estava de bruços debaixo das coberturas, mas deixou a luz acesa na sala de estar do apartamento de um quarto. O cabelo estava ainda umedecido do banho que tinha tomado. Usou o braço para levantar-se e virar na cama. As coberturas deslizaram um pouco quando o olhar varreu o quarto escuro até que encontrou sua forma mais escura perto da cômoda.
— Eu estava me perguntando se você já tinha aparecido. Obrigado pelas roupas e todo o material que já foi entreg...
A sombra se lançou para ela, atingiu a cama forte o suficiente para derrubá-la estendida, e uma mão enluvada apertou a garganta. Choque a inundou quando dedos apertaram dolorosamente até que ela não conseguiu respirar. A boca abriu para gritar quando o corpo na cama com ela deslizou ainda mais perto quando ela tentou lutar debaixo das coberturas.
Não era Tiger. Ela não conseguiu ver o rosto do homem. A mão se sentia grande e ele era pesado enquanto tentava prendê-la. Pânico e puro terror a fez agarrar a garganta – ele estava estrangulando-a. Ela encontrou pele um pouco acima das luvas de couro e cravou as unhas. Os pulmões queimavam por falta de oxigênio e ela se concentrou em ferir seu atacante.
Ele gritou e o aperto na sua garganta relaxou por uma fração de segundos. Foi apenas o tempo suficiente para ela sugar o ar. Ela gritou. O som saiu mais como um guincho. O homem largou a largou. Ele caiu da borda da cama quando Zandy gritou novamente, pulando cegamente para o outro lado da cama colocar espaço entre eles.
Uma forma escura se ergueu do chão e correu em direção ao canto do quarto. Ele atingiu a janela de vidro com força suficiente para atravessá-la. O ar fresco encheu o quarto, enquanto ela continuou a arquejar. Madeira estilhaçou do outro lado do apartamento e dois Novas Espécies correram para dentro do quarto pela sala de estar. Um acendeu a luz, ambos farejavam o ar e o loiro se apressou em direção à janela destruída.
— Fique com ela. Era um macho humano, — ele rosnou antes de pular na abertura para perseguir o atacante.
O oficial que ficou ergueu as mãos de um modo quase calmante para mostrar que não representava nenhum perigo para ela.
— Você está bem?
Ela assentiu e tentou falar, mas em vez tossiu. A garganta doía. Sentiu dificuldade de engolir antes de falar novamente.
— Eu acordei e alguém estava no quarto.
Ele andou lentamente ao redor da cama e se inclinou. Uma mão agarrou o lençol e ergueu isto até seu peito.
— Você está nua. — Ele cheirou. — Ele não a agrediu sexualmente.
Ela agarrou o lençol que o oficial lhe deu, ainda segurando a garganta com a outra. Ele tinha visto seus seios nus. O cabelo caindo pelos ombros não os escondia totalmente, mas, naquele momento, estava muito confusa e assustava para ficar envergonhada.
— Você viu o rosto dele? — Ele se afastou assim que ela segurou o lençol sem sua ajuda. — Sabe quem era?
Ela tinha pensado que fosse Tiger, mas não podia declarar isso sem admitir que eles estavam dormindo juntos para explicar por que ele estaria no seu quarto.
— Não. Estava muito escuro.
Ele agachou-se e suavemente moveu a mão da garganta. Um grunhido suave veio dele quando estudou seu pescoço.
— Ele te machucou.
— Ele tentou me estrangular. Estava usando luvas. Eu senti quando tentei fazê-lo soltar.
O oficial pegou sua mão e cheirou as pontas do dedo.
— Você o fez sangrar. Limpe-os na colcha. Quereremos o odor do sangue dele.
Choque a impediu de responder de modo que o oficial usou parte da roupa de cama para limpar as pontas do dedo. O sangue manchou o tecido e ela percebeu que devia ter realmente agarrado seu atacante. Ele soltou sua mão e levantou-se.
— Eu guardarei a porta. Entre no banheiro e lave as mãos. Os machos humanos podem carregar doenças. Use sabão.
— Estou nua, — ela lhe lembrou.
Ele pausou para olhá-la.
— Eu não vou olhar. Se apresse, mais oficiais estão a caminho. — Ele caminhou até a cômoda e tirou algumas das roupas que Tiger tinha mandado para ela. Ele retornou ao seu lado e ofereceu. — Só saia quando estiver vestida.
Ele virou, se moveu para a porta do quarto e virou as costas para ela. Ela olhou a janela quebrada, as cortinas balançando na brisa, antes de afastar o lençol para correr nua até o banheiro. Assim que a porta foi fechada ela percebeu o quanto estava tremendo.
Alguém a atacou na cama. Quando olhou no espelho, viu marcas vermelhas na garganta onde foi apertada. Ela inclinou a cabeça para dar uma olhada melhor. Provavelmente teria hematomas. Sua mão subiu para tocar os lugares doloridos, mas ao ver sangue nos dedos parou. Abaixou o olhar até a pia para ligar a água. As mãos tremiam muito enquanto as ensaboava e esfregava debaixo das unhas.
A camiseta e calça de moletom eram muito grandes, mas não teve escolha. Abriu a porta quando as vestiu. Dois oficiais estavam no seu quarto. O que tinha cuidado dela estava tirando o edredom da cama. Ele dobrou para manter as manchas de sangue em cima.
— Aqui, — ele passou a colcha para o outro oficial. — Leve para a Segurança imediatamente. — Ele virou-se para encarar Zandy. — Você está bem? Estamos rastreando o macho que te atacou. Ele disse alguma coisa para você?
— Não. Ele estava perto da cômoda quando acordei e, ele simplesmente me atacou. Ele agarrou minha garganta e eu não consegui respirar.
— Ele queria mantê-la em silêncio, — o segundo oficial declarou. — Ele deveria saber que estávamos a postos lá fora.
Um terceiro oficial entrou no quarto.
— Nós encontramos o ponto de entrada dele. Atravessou a janela da cozinha no fundo. Chocar-se nesta janela para escapar custou-lhe danos graves, julgando pela quantidade de sangue que encontramos lá fora. Não deve demorar muito para localizá-lo. Não será capaz de fugir. — Ele observou Zandy severamente. — Você está bem, fêmea?
— Estou bem. Abalada, mas vou viver.
— Ele machucou sua garganta, — o primeiro oficial informou a pessoa que parecia estar no comando. — Devíamos acompanhá-la ao médico.
— Está só vermelho. Posso respirar bem agora e está só um pouco dolorido. Tenho certeza que não preciso de um médico.
— Você tem certeza? — Todos os três estudaram a ela.
— Sim. Eu só quero uma bebida. — Ela avançou por eles e entrou na sala de estar. A bolsa estava no chão e todo o conteúdo foi esvaziado em cima da mesa de café.
Ela levantou a carteira e abriu. O dinheiro ainda estava lá e ela mostrou aos oficiais que haviam a seguido. — Ele não era um ladrão. Não sei o que ele estava procurando.
— Não se preocupe. Vamos descobrir quando o pegarmos.
Ela soltou a carteira na mesa e entrou na cozinha. Era pequena e o olhar imediatamente focou na janela. Foi fechada, mas podia ver onde a fechadura foi quebrada na parte inferior.
Tiger estava furioso enquanto olhava Vengeance. O homem rosnou para ele, de mau humor. Estava realmente testando a paciência de Tiger. Passou as últimas horas tentando acalmar o macho, mas admitia estar pronto para chamar alguém para tranquiliza-lo e derrubá-lo para a noite.
— Você atacou uma humana enquanto trabalhava para a força-tarefa, foi assim que você acabou aqui. Sei que queria fazer alguma coisa, mas estragou tudo. Não vou discutir mais com você, Ven. Tenho coisas para fazer hoje à noite e gostaria de dormir um pouco. Coisas mais importantes estão acontecendo aqui, mais importantes do que você lançando ataques porque não está feliz aqui.
— Eu deveria estar fazendo alguma coisa.
— Eu entendo, mas você tentou forçar acasalamento com uma fêmea. — O celular de Tiger tocou e ele pegou. — Tiger.
— A mulher humana, Zandy Gordon, foi atacada no seu apartamento na habitação humana.
Tiger rosnou de raiva e choque que alguém tivesse prejudicado Zandy novamente.
— Como? Quem fez isso? Ela está bem? Onde estavam os oficiais que atribui para protegê-la?
Timber soou bravo também.
— Eles estavam próximos da calçada, na frente do edifício. Você disse para mantê-los fora. Um macho humano irrompeu através de uma janela dos fundos. Tentou estrangulá-la na cama, mas ela conseguiu gritar. O atacante humano está ferido e sangrando. Estamos rastreando ele agora e está indo em direção à Zona Selvagem. Vai ser um bastado miserável se chegar lá. Os selvagens irão matá-lo se o encontrarem antes dos nossos oficiais.
— Zandy está bem?
— Ela está bem. Recusou tratamento médico e os oficiais estão com ela agora.
— Estou na Zona Selvagem com Vengeance. Verei se eu posso interceptá-lo.
— Ele está sangrando muito.
— Ela fez muito dano a ele? — Isso o surpreendeu pois Zandy não era uma mulher grande, mas um pouco de orgulho inchou dentro do peito também.
— Não. Ele pulou por uma janela depois que ela gritou. Deve ter se cortado muito.
— Bom. Te chamarei se eu o encontrar ou você me chama se ele for encontrado. — Ele terminou a conversa.
— O que aconteceu?
Tiger estudou Vengeance e lutou contra a raiva. Queria castigar o humano por tocar Zandy.
— Tenho um trabalho para você. É um excelente rastreador, não é? Um homem humano de alguma maneira transgrediu na Reserva e atacou uma funcionária humana. Ele está vindo para cá e quero a sua ajuda para encontrá-lo. Apenas não o mate. Quero saber o que ele está fazendo aqui.
Vengeance assentiu.
— Eu poderia fazer uma boa caçada.
Tiger concordou.
— Eu também. Só lembre-se de mantê-lo vivo e ele precisa ser capaz de falar. Eu quero um pedaço dele para mim.
Tiger e Vengeance entraram no Jipe. Tiger encontraria o homem e removeria a mão que tentou matar sua Zandy. Ele se forçou a respirar fundo para tentar acalmar-se. Se não tivesse ficado preso no trabalho, estaria com ela e não permitiria que ninguém lhe causasse dano.
Dirigiu para encontrar a equipe de rastreamento. Um edredom foi tirado da cama de Zandy e oferecido a todos os machos para cheirar. Ele viu as manchas de sangue na colcha e ira tomou conta dele. Não se acalmou até que percebeu que tinha vindo do macho. O fedor do macho humano misturado com temor de Zandy colocou-o no limite. Ele saltou de volta no Jipe e olhou para Vengeance.
— Você tem o odor dele?
Vengeance assentiu.
— Quem é a fêmea? Ela cheira bem. Ela tomou banho recentemente.
— Esqueça a mulher humana, — rosnou Tiger. — Vamos encontrar o macho.
Vengeance levantou-se do banco e farejou o ar.
— É fraco, mas eu o tenho. — Ele apontou. — O vento está soprando daquela direção.
Tiger acelerou e observou o Espécie. Os caninos tinham um olfato mais forte que felinos. Era a única coisa que ele odiava sobre sua herança. Agora ele queria ser a pessoa a farejar o humano e localizá-lo. Os dedos agarraram o volante dolorosamente devido a ira. Em breve colocaria as mãos no homem. Ele seria um filho da puta miserável por ir atrás de Zandy.
Zandy olhou através da mesa de café para Smiley enquanto ele a observava. Ela se sentou no sofá enquanto ele se estabeleceu na cadeira.
— Você tem que tomar conta de mim, hein?
Ele deu de ombros. Ele tinha aparecido há dez minutos antes em um par de moletons e uma camiseta folgada. O cabelo estava molhado, solto e ele não estava nem usando sapatos. — Snow foi chamado à Homeland uma vez que precisaram de ajuda extra. — Você está familiarizada comigo e Timber me pediu para sentar com você. Queria alguém aqui que já passou algum tempo contigo.
— Você estava de folga.
Ele deu de ombros novamente.
— Não me importo. Comi e tomei banho. Estava entediado de qualquer maneira. Como está a garganta?
— Melhor. Coloquei um pouco de gelo. — Ela mudou de posição. — Você não precisa realmente se sentar comigo.
— O humano ainda está foragido e nos sentiremos melhor se alguém estiver com você.
— Você não está nem usando sapatos.
Ele sorriu.
— Muitos de nós odeia usá-los, mas somos obrigados para o turno. Eu estou de folga.
O silêncio foi um pouco desconfortável. Zandy não sabia o que mais dizer. Smiley inalou e sorriu.
— O quê?
— Seu odor está mudando.
— O que isso quer dizer?
Ele hesitou.
— Você estará ovulando em breve.
— O quê? — Ela ficou boquiaberta com sua declaração fora-de-tempo.
— Você está prestes a entrar no cio Zandy.
Ela abriu a boca, mas nenhuma palavra saiu.
— Nossas mulheres tentam esconder o odor de nossos homens. É excitante.
— Ovulando? Você pode cheirar isto? Mesmo?
— Sim.
— Excelente, — Ela murmurou sarcasticamente. — Como diabos Richard acha isso divertido?
— Eu não entendo. Richard já avisou que seu calor estava vindo?
— Não importa. Então, você apreciou o tempo hoje? — Ela decidiu mudar de assunto depressa.
— Foi um dia bom. Obrigado por perguntar. — Seu olhar estreitou enquanto a observava. — Suas bochechas estão mais rosadas. Esta é um conversa desconfortável para você? Entrar no cio é perfeitamente natural.
Ele não ia deixar essa conversa passar.
— As mulheres não entram no cio. E sim, esse não é tema que quero discutir.
— Fêmeas experimentam cio. Não existe nada para estar envergonhada. Meu nariz não mente e você está no cio. Devia falar com uma de nossas mulheres sobre como esconder isto de nossos homens antes de você completamente atingir essa fase. Está muito fraco agora, mas todo macho sentirá quando se tornar mais forte. Eles se oferecerão para compartilhar sexo.
— Por quê? — Ela ficou atordoada e curiosa.
— Nada cheira melhor ou tem um gosto melhor que uma fêmea no cio. — Seu olhar vagou por seu corpo. — Posso fazer-lhe perguntas que podem fazer suas bochechas corarem mais? É atraente.
— Hum, eu acho. O que você quer saber?
— Nossas fêmeas sentem forte desejo de ter relações sexuais enquanto estão no cio. Os humanos reagem dessa maneira?
— Não. Nós nem sequer sabemos quando estamos ovulando.
Ele franziu a testa.
— Sério?
— Obviamente. Você está me dizendo algo que não sabia. Eu não tinha ideia.
— Você não sente um aumento na sua libido?
Ela teve desde que conheceu Tiger, mas ele era quente.
— Não, — ela mentiu.
Ele recostou-se na cadeira e os dedos tamborilavam nos braços.
— O sexo entre nós seria bom, Zandy. Posso ser gentil. Tem certeza que não está interessada? Já teve tempo para pensar sobre isso?
Seus olhos arregalaram.
— Obrigado, mas não.
— Você quer Tiger. — Seus dedos pararam de tamborilar. — Ele nunca estará aberto para tomar uma companheira. Você é uma mulher solteira. Não quer um companheiro?
Ela estava começando a se sentir desconfortável.
— Olha, Smiley. Você é um homem atraente, mas não estou interessada em você. Estou lisonjeada, mas é um firme não.
— Você foi despertada por Tiger. Também é humana. Nossas mulheres não apreciam vínculos com machos, mas me disseram que vocês apreciam. Ele raramente compartilha sexo com a mesma fêmea mais do que duas vezes por ano. Eu não ouvi falar que ele já tenha tocando uma humana. Você tem necessidades que ele nunca vai atender.
— Só porque estou atraída por alguém não significa que eu quero ter sexo com qualquer um.
Ele sorriu.
— Eu nunca vou entender as fêmeas humanas.
— Não é só você. Todos os homens não nos compreendem.
— Eu tenho algo em comum com seus homens afinal de contas.
— Acho que sim. — Ela se levantou. — Você pode ir para casa. Eu não preciso de uma babá e já é tarde. Vou tentar dormir um pouco.
Ele não se moveu.
— Tem certeza que não quer companhia na sua cama? Sou hábil com sexo. Você teve um trauma e não deve ficar sozinha. Eu poderia distraí-la.
O cara era persistente.
— Estou muito certa.
— Eu vou fica aqui até o macho ser capturado. Isso é o que eu fui ordenado para fazer. Eu não te incomodarei. — Seu olhar vagado por seu corpo. — Eu nunca iria para onde eu não fui desejado. Não se preocupe, não vou entrar no seu quarto. Descanse bem, Zandy.
— Obrigado.
Ela fugiu e fechou a porta entre eles. Não estava preocupada que ele viria atrás dela. Seu olhar desviou para a cama. Novas roupas de cama substituíam a anterior. Um dos oficiais fez a cama para ela.
Tiger não estava vindo. Isso era óbvio. Decepção a agarrou e ela mudou da calça de moletom pesada para um short fino. A janela foi fechada com tábuas e alguém aumentou muito o calor para compensar por quão gelado o quarto se tornara depois que a janela foi destruída.
Um bocejo rompeu dela enquanto se esticava em cima do edredom. Tinha sido um dia longo e traumático. Foi atacada no portão e depois novamente na Reserva. O dia não podia terminar rápido o bastante. Smiley estava na sala de estar e ela sabia que ninguém passaria por ele.
Estava segura.
Tiger correu para a esquerda das árvores enquanto Vengeance desviava para a direita. O humano tomou a floresta e eles tiveram que deixar o Jipe para trás. O humano havia cometido um erro uma vez que seu cheiro era mais fácil de seguir com a vegetação espessa bloqueando o vento.
Tiger se agachou, farejou o ar e soube que estava perto de encontrar seu alvo. O cheiro era forte e a presa estava apavorada. Ele tinha feito quase dois quilômetros, mas isso não seria longe o suficiente para escapar. O humano desacelerou de exaustão e sua debilidade era a certeza de tê-lo apanhado.
Tiger correu, seguindo o odor. Viu algo adiante e se apressou para isto. A visão era boa de noite. Era um presente do seu DNA alterado. Estava grato por isto hoje à noite.
O humano estava mancando. Tiger cheirou Vengeance vindo do outro lado para prender a presa entre eles. Este era o macho que tinha tocado Zandy. Silenciosamente desacelerou antes de pular para pousar ao lado do alvo.
O humano ofegou e caiu de bunda no chão. Tiger rugiu. O macho gritou em resposta. O fedor de terror se intensificou – um aroma agridoce. A vontade de despedaçar o filho da puta foi forte, mas ao invés Tiger estendeu a mão, apertou o macho pela camisa e o puxou em pé. Ele era grande para um homem humano.
— Por que você atacou a mulher e invadiu seu quarto?
O cheiro de urina foi forte. O humano tinha molhado a si mesmo. Vengeance riu. Tiger esperou pelo humano responder.
— Pensamos que ela era Jessie North, — ele soluçou.
Tiger rosnou.
— Ela não é.
— Eu sei. Eu vi sua carteira de motorista.
O bolso dianteiro do homem começou a tocar. Tiger rasgou o material, pegou o celular e olhou para o identificador de chamada. Rosnou e virou isso para enfrentar o macho que segurava. — Quem é esse?
— Um dos caras. Ele disse que ia me encontrar do outro lado do muro para me tirar daqui.
Vengeance rosnou.
— Você não vai se encontrar com ele. Estou faminto, Tiger. E você? Eu digo para comermos este filho da puta.
O humano gemeu de horror, quase causando em Tiger um sorriso. Vengeance era bom em aterrorizar os estúpidos. Ele acreditou que eles o comeriam agora. Se o homem tivesse um cérebro, saberia que não comiam pessoas e, ainda que fizessem, com certeza não iriam querer algo que emitia fedor de odor corporal e mijo.
— O que você queria com Jessie North?
Tiger rosnou quando o homem recusou a responder. Soube que foi a coisa certa a fazer quando sons chorosos vieram do humano.
— Recebi ordens de matá-la. Certo? Foi-me dito para fatiar a maldita garganta dela. Ela está traindo a humanidade por dormir com um de vocês animais. Não é exatamente correto.
— Por que você atacou a mulher humana na cama?
— Ela está vivendo com vocês babacas também. Todas as putas merecem morrer se deixam um de vocês trepar com elas.
Em um ataque de raiva, Tiger arremessou o filho da puta. As costas do macho bateram em uma árvore com força. Ele gemeu quando caiu no chão e continuou gemendo de dor. Tiger tinha vontade de matá-lo, mas a presença de Vengeance evitou que fizesse isso.
— Eu estou a ponto de perder a paciência e precisamos dele vivo. Você arrasta traseiro dele para o Jipe, Ven? Vou fazer uma chamada. Precisamos interrogá-lo e ver com quem está trabalhando, assim podemos reunir os bastardos estúpidos.
Vengeance assentiu.
— Acho que vou molhar ele alguns vezes no rio primeiro. Não quero senti o cheiro dele enquanto nós o levamos.
— Boa ideia. — Tiger baixou a voz. — Certifique-se de não afogá-lo, mas não me importaria se ele pensasse que você pode.
Vengeance riu e arrastou o homem humano em pé.
— Vamos, calças mijadas. O rio está chamando seu nome.
O humano gritou. O som foi estridente e Tiger encolheu-se. Ouviu Vengeance rosnar em resposta.
Tiger abriu o telefone e discou para Segurança.
— Nós temos o homem humano. Verifique todos os muros. Ele disse que alguém o encontraria para pegá-lo. Encontre e agarre-os. Tenho o telefone dele. — Tiger abriu isso. — Ele fez duas chamadas desde o ataque, para dois números diferentes. Prepare-se para rastreá-los. Quero todos estes bastardos apanhados. Pensaram que a mulher humana era a companheira de Justice. Ele estava aqui para matá-la. Chame Homeland e peça-os para reforçar a segurança em torno de Justice e Jessie. — Ele desligou.
Tiger ordenou Zandy a ficar na Reserva, pensando que ela estaria mais segura atrás dos seus muros. Em vez disso ela foi atacada por viver na Reserva e ser humana. Ele caminhou até o Jipe para esperar. Olhou o céu, desejando que estivesse na cama com Zandy. Queria vê-la para se certificar que estava realmente bem. Ele virou quando ouviu Vengeance e o macho humano assustado e molhado vindo do bosque.
— Ele está limpo. — Vengeance riu.
— Ele tentou me matar, — o macho humano cuspiu.
Tiger riu.
— Cale a boca ou eu pedirei a ele que continue tentando até que tenha sucesso.
A viagem de volta a Segurança foi curta. Tiger acelerou. Deixou o humano para ser interrogado. Normalmente ele faria isso ele mesmo, mas queria ver Zandy. Precisava vê-la. Jogou as chaves para Vengeance.
— Leve o Jipe para casa e pare de ser um babaca. Tenho coisas melhores para fazer com meu tempo agora mesmo do que lidar com seus acessos de temperamento. Patrulhe a Zona Selvagem se quiser fazer alguma coisa. Traga-os vivos se encontrar seres humanos.
Vengeance assentiu.
— Eu vou patrulhar.
— Bom.
Tiger decolou, correndo em direção ao prédio de Zandy. Precisava de um tempo para se acalmar antes de enfrentá-la. Não queria assustá-la e ele estava ainda sofrendo da sede de sangue. Sentia-se muito mais calmo quando bateu na porta da frente dela. Odiou achar trancada para mantê-lo fora. Smiley respondeu a porta.
Smiley franziu a testa.
— Ela está dormindo. Presumo que deseja fazer-lhe perguntas. Devia esperar até manhã. Ela nos contou tudo que sabe.
Irritação aumentou rapidamente ao ser dito o que fazer pelo outro macho.
— Está dispensado. Ficarei aqui até que ela acorde.
Smiley hesitou.
— Ela é atraída por você fisicamente. Cheiro isso nela quando você está perto. Gosto muito dela, Tiger. Gostaria de convencê-la a sair comigo. Não posso te dizer que compartilhe sexo, mas por favor, mantenha isto em mente se você farejar estimulação nela. Não quero outro obstáculo no meu caminho se ela não apreciar o resultado de você a tocando quando isso não significaria nada para você.
Tiger ficou imediatamente enfurecido.
— Saia, — ele rosnou.
Smiley soube que foi longe demais. Abaixou o olhar antes de avançar além do corpo rígido de Tiger. Tiger queria bater com força a porta, mas fechou-a silenciosamente, trancando. O macho acabou de admitir abertamente querer Zandy, mas não ia tê-la. Virou nos calcanhares, caminhou até a porta do quarto e abriu.
O quarto estava escuro com apenas um estreito feixe de luz vindo do banheiro. Zandy estava deitada de bruços em cima das cobertas. Os cheiros de outros machos mascararam bastante o dela. Isso deixou-o um pouco louco, sabendo o quão perto ela esteve de morrer e que não tinha estado lá para protegê-la. Outros vieram em seu socorro.
O short folgado mostrava as pernas nuas e um lado tinha deslizado até revelar uma nádega arredondada. Ela não estava usando calcinha e a camisa folgada subiu até revelar centímetros da sua coluna. O pensamento de Smiley vendo tanto dela o fez querer rastrear o macho e dar um soco no seu rosto.
Um grunhido suave recusou a ser negado, mas ela não se mexeu. Ele estendeu a mão e desabotoou a calça. Seu pênis flamejou. O desejo de tocá-la e tê-la debaixo dele o fez se despir depressa. Respirou os odores misturados no quarto e quis o dela submerso no dele. Sabia que estava sendo irracional, ela não era sua, mas não podia evitar.
Seu membro doía por querê-la tanto, quando ele colocou o joelho na cama e engatinhou até que se agachou sobre ela. Outro grunhido rasgou da sua garganta quando pegou um cheiro lânguido vindo dela. Seu coração correu. Zandy estava entrando no cio. Qualquer controle que ele tinha escapuliu.
Um rugido profundo e assustador despertou Zandy de um sono profundo e ela estremeceu quando foi virada rapidamente. Abriu a boca para gritar, mas uma palavra parou seu terror.
— Zandy.
Tiger estava com suas mãos e joelhos perto dela. O cabelo solto e estava nu. O quarto estava escuro, mas não um breu. Ela deixou a luz do banheiro ligada e a porta dividida assim apenas o suficiente de luz lhe permitiu vê-lo. Ele se moveu, agarrou suas coxas e separou.
As mãos agarraram a cintura do seu short em seguida e o material rasgou. Chocou-lhe que ele tinha tão facilmente os destruído. Um puxão rápido para tirá-los debaixo dela e ele jogou no chão. Os olhos dela se arregalaram ao vê-lo abaixar o rosto até que o fôlego quente estava na parte inferior do estômago. Uma mão apertou sua camisa, empurrando até que ele desnudou os seios. A boca quente beijou suas costelas.
— Tiger? O que está... Oh!
Ele a beliscou com os dentes. Não doeu, mas um choque disparou por ela dos seus caninos afiados. A mão soltou sua camisa para embalar entre suas pernas. Os dedos provocavam na junção da vagina antes que um deles pressionasse no seu clitóris.
Suas mãos se ergueram para agarrar os ombros dele enquanto a boca quente arrastava beijos sobre o seio nu e colocar o mamilo dentro da boca. Não foi gentil quando a sugou. Paixão atingiu forte e rápido.
— Sim, — ela gemeu enquanto separava mais as coxas para encorajá-lo a continuar tocando nela.
O dedo dele deslizou do clitóris até a abertura da vagina. Ele entrou nela com o dedo grosso lentamente e a fodeu. Os quadris se moveram, incapazes de ficarem parados. As unhas cravaram em seus ombros e ele arrancou a boca da dela.
— Você já está molhada para mim. — Sua voz saiu rouca e super sexy. O dedo lentamente saiu do seu corpo.
— Não pare.
— Abafe seus sons, Zandy.
Ela não tinha certeza do que ele quis dizer com isso porque não achava que estava sendo barulhenta. Não teve a chance de perguntar, entretanto, quando ele agarrou seus quadris, rolou-a e empurrou a bunda no ar até que ela estava de joelhos. De repente, ele estava atrás dela e o pênis entrou nela lentamente.
Ela gemeu e agarrou a roupa de cama. A mão dele em seus quadris a manteve no lugar e ele ajeitou as pernas para fora das dela, prendendo-a quando dirigiu o pênis profundamente. Ele soltou o aperto em um quadril, inclinou-se para frente e uma das mãos dele cobriu uma das dela para apoiar o corpo quando se curvou sobre suas costas. A boca dele acabou ao lado da sua orelha.
— Vou te foder. Preciso de você agora. Pegue o travesseiro e use. Há oficiais do lado de fora.
O comando de “abafar” o som de repente fez sentido quando ela lutou para encontrar o travesseiro em algum lugar acima da cabeça. Arrastou-o mais perto e Tiger quase se retirou do seu corpo antes dos quadris bater duro contra sua bunda. Ela cavou o rosto no travesseiro e gritou de prazer ao sentir o eixo grosso estirar as paredes vaginais. Ele se moveu rápido, fodendo-a com força suficiente que quase levou-a estendida, mas seu braço deslizou do quadril para rodear a cintura como se ele soubesse que estava prestes a desmoronar.
Tudo que ela podia fazer era sentir enquanto ele a levava em um quase frenesi. Era tão bom que quase machucava. As bolas batiam contra seu clitóris e sua respiração irregular combinava com a sua própria. Ele ajustou os quadris, levou-a em um novo ângulo, e a coroa de pênis atingiu um lugar que a fez gemer mais alto.
O braço ao redor do seu corpo apertou e ele rosnou. Continuou fodendo-a até que ela esqueceu tudo. O clímax atingiu e ela mordeu no travesseiro para não gritar. O corpo estremeceu sob o dele e de repente a boca de Tiger trancou no seu ombro. A dor a fez gritar enquanto ele mordia. Prazer e agonia se misturaram até que quase desmaiou. Os dentes a soltaram quando ele moveu os quadris contra seu bunda e, sacudindo violentamente, ele gozou com força. Ela podia sentir seu sêmen disparando bem no fundo dela. A única coisa mantendo-a no alto foi a força de Tiger. Ele parou de gozar e apenas desabou de lado, levando ela com ele. Ainda estavam unidos e ele segurou-a com firmeza ao redor da cintura para garantir que continuassem assim.
Seu ombro doía onde ele mordeu. Ele estava respirando tão forte quanto ela enquanto se recuperavam. Ele ergueu a cabeça e pôs os lábios perto da sua orelha.
— Nenhum outro macho é para te tocar, Zandy. Jure isso para mim. Sou o único que compartilha sexo com você.
Suas palavras a atordoou.
Ele rosnou suavemente e a boca beliscou o ombro dela.
— Jure.
Não doeu, mas o corpo supersensível estremeceu pela mordida suave.
— Eu juro.
A língua dele lambeu a área que tinha mordido. Foi uma sensação estranha quando ele lambeu sua pele. O pênis dentro dela contraiu e ele começou lentamente a se mover, transando com ela de novo. Ela gemeu e virou a cabeça contra a cama. Os dedos entraram o braço dele em volta da sua cintura e se agarrou a ele.
Ele rolou de costas e levou-a com ele até que estava estendida sobre ele de costas. A mão livre dele segurou seu montículo e brincou com o clitóris enquanto os quadris dirigiam o pênis na vagina. Zandy jogou o braço sobre o rosto e usou o pulso para abafar um pouco dos gemidos.
Não tinha certeza no que Tiger estava envolvido ou por que a fez jurar que seria o único homem com quem ela dormiria, mas não se importou naquele momento. Ele estava tão gostoso dentro dela e massagear o clitóris era tudo que importava. Não estava certa do que parecia melhor. A maneira como ele a tomou rápido e furiosamente de joelhos ou a maneira lenta e lânguida que transava com ela agora.
Suor fez o corpo deslizar no dele no momento que ele a fez gozar uma segunda vez e encontrou a própria liberação. Eles relaxaram e arfaram.
Zandy virou a cabeça para descansar a bochecha contra o peito de Tiger, onde permaneceu. Os dedos no braço dele o acariciaram e a mão na boca caiu para trás sobre os ombros dele.
— Drenado, — ele falou rouco. — Você toma tudo de mim. Me sinto quase virado ao avesso.
Ela ergueu a cabeça para espiá-lo. A cabeça dele estava inclinada para trás e ela não pode ver seu rosto. Decepção atingiu por não ser capaz de ver seus olhos. Ele pareceu ler sua mente quando levantou a cabeça suficiente para seus olhares se encontrarem.
— O que eu tomo de você?
Ele piscou.
— Você faz minha semente sair com tanta força que quase dói.
— Oh. — Seu ombro latejava.
— Você está bem?
Um sorriso tocou os lábios dela.
— É um tipo bom de dor agora.
A cabeça dele caiu para trás e a mão aplainou no seu baixo ventre, acariciando.
— Eu te mordi de novo.
— Eu senti.
O corpo ficou tenso debaixo dela e ela foi muito lenta para protestar quando ele os rolou de lado. A língua lambeu seu ombro novamente. O pênis contraiu contra suas paredes vaginais onde ainda estavam unidos e ele lentamente saiu dela. A língua continuou a lambendo.
— Estou sangrando?
Ele fez uma pausa.
— Sim.
Não estava certa de como reagir. Sabia que ele a mordeu forte e rompeu a pele. Não era a primeira vez e ela se lembrou do que disse a ela. Ela teria de esconder o ferimento ou alguém pensaria que ele a acasalou. A outra mordida estava curando depressa desde que tinha sido apenas alguns arranhões leves. A que ele tinha acabado de fazer pareceu muito pior, machucou mais, e ela perguntou-se quão ruim era.
— Eu não quis fazer isto. — Ele abaixou a cabeça para descansar contra a dela. — Eu te machuquei?
— Um pouco, mas não é tão ruim.
— Eu fiz muito pior desta vez. Vai deixar uma cicatriz.
Ela hesitou. — Por que você me mordeu novamente?
— Perdi o controle.
— Está tudo bem. — Estava feito e ela não ia virar uma cadela sobre isto.
— Não está. Droga. — Ele acariciou-a com a bochecha contra o lado do rosto. — Às vezes é difícil ser eu.
— Por quê?
Ele tomou respirou lenta e firmemente antes de responder.
— Sou um macho, mas sou mais. Tenho instintos que às vezes dominam meus pensamentos. Queria marcar você. Smiley me advertiu para ficar longe de você quando cheguei aqui e declarou suas intenções de tentar convencê-la a ter sexo com ele. A ideia dele te tocando me fez ter um ataque de fúria.
— Não estou interessada em ninguém exceto você. É por isso que me fez prometer deixar outros homens?
— Sim. Acho que atacaria qualquer homem que tocasse em você. Estou tentando ser honesto. Não quero uma companheira, mas sinto coisas por você, Zandy. Isso me confunde e me deixa um pouco louco. Não sou alguém que deve tomar uma companheira.
Ela podia se identificar com isso. As lembranças de dois casamentos fracassados a assombrava. Tentou fazer suas relações funcionarem, mas eles não. O pensamento de se abrir para outro compromisso sério era assustador. Tiger e ela vinham de dois mundos diferentes, ou assim parecia. O passado dele era completamente estranho para ela e o dela seria para ele. Os opostos se atraíam, mas isso em longo prazo provavelmente não funcionaria.
O silêncio entre eles prolongou. Zandy finalmente se afastou de seus devaneios deprimentes.
— Posso perguntar uma coisa?
— Qualquer coisa.
— Smiley disse algo que me preocupou.
— Ele te ameaçou? — Sua voz tornou-se assustadora.
— Não. Ele disse que meu cheiro está mudando e acha que vou ovular. Disse que deveria esconder isto dos homens Novas Espécies. Você pode cheirar alguma coisa?
— Sim. Ele está certo.
— Isso é tão estranho. Homens realmente serão atraídos para mim por causa disto?
— Sim.
— Estou tentando não pirar que seu olfato é tão bom. Isso me faz pensar sobre todas as outras pequenas coisas que você pode pegar com seu nariz. Espero que meu desodorizante esteja funcionando bem o suficiente. — Ela esfregou o braço dele à medida que balbuciava, sabendo que estava fazendo isto, mas não podia parar.
— Boa coisa que não temos que nos preocupar com gravidez. Eu espero que não seja um cheiro ofensivo como odor corporal. Por favor, diga-me que eu não fedo. — Ela estremeceu interiormente com o pensamento.
Ele não disse nada.
— Você adormeceu em mim?
— Não. Estou acordado e você cheira maravilhosamente. É um aroma atraente. Gostaria de poder ficar a noite, mas não posso. Tenho que sair em breve.
— Oh. — Decepção atingiu. — Eu gosto de dormir com você.
— Eu gosto também.
Ele ergueu a cabeça e ela virou para espiar seus olhos.
— Você tem que sair agora?
— Em breve. Tenho que usar o chuveiro primeiro. Caso contrário os oficiais lá fora vão cheirar você em cada parte de mim no segundo que eu sair pela porta.
Dor atingiu e o olhar dela disparou para longe do dele.
— Acho que seria uma coisa ruim se alguém descobrisse que estávamos dormindo juntos.
Ele agarrou seu queixo e ela encontrou seus olhos novamente. Ele estava franzindo a testa. — Não tenho vergonha de nós ou o que fazemos. É isso que você acha?
— Não tenho certeza. Você me confunde. Você me disse para dizer a outros homens que é você quem me excita se sentirem o cheiro disso em mim, mas agora você vai tomar banho para esconder que esteve comigo. Isso é uma contradição.
— Acho que devemos compreender o que está acontecendo entre nós antes de permitirmos a outras pessoas saber que estamos vendo um ao outro.
— Você é o chefe de segurança e eu trabalho para a ONE. Acho que pode fazer as coisas complicadas. Você não é oficialmente meu chefe, não é?
— Acredito que não. Este seria Slade. Ele é responsável por contratar funcionários humanos.
Ela respirou fundo.
— Tive relacionamentos fracassados o suficiente para realmente querer evitar os olhares compassivos e as perguntas pessoais se nós pararmos de ver um ao outro.
A imagem de Richard e Creek a interrogando sobre o que estava acontecendo entre ela e Tiger foi o suficiente para estar plenamente de acordo que deveriam esconder sua relação um pouco mais. Então havia a família dela.
Interiormente gemeu. Mais um discurso da sua mãe sobre encontros com homens que não eram certos para ela era a última coisa que queria ouvir. O fato que Tiger ser Nova Espécie iria ser uma desvantagem enorme na opinião da sua família. Não era como se pudesse levá-lo para casa para encontrar a família nos feriados também. Tinha bastante certeza que eles não eram permitidos a deixar o complexo ONE para tirar férias.
— Então, nós somos exclusivos.
Ele olhou para ela.
— O que isso quer dizer?
— Eu jurei que não veria mais ninguém e espero a mesma promessa de você.
Ele sorriu.
— Você é a única mulher que quero.
A sobrancelha dela ergueu.
— Você é um homem.
— O que isso quer dizer?
Ela hesitou.
— Nós somos exclusivos, certo?
A expressão dele tornou-se séria.
— Não sou humano, Zandy.
— Este é o código de homem que você espera que eu seja fiel a você, mas não fará o mesmo compromisso? — Raiva agitou. — Isso é besteira.
— Não compartilharei sexo com nenhuma outra mulher. Você tem a minha palavra.
Zandy estudou seus olhos e viu honestidade lá.
— Certo. Bom. Não sou um capacho.
— Você é sexy e linda. — Uma risada escapou dele. — Eu acho que isso é um ditado humano que significa que você não vai permitir que eu pise em seus sentimentos?
— Bom palpite.
— Ferir você é a última coisa que eu quero.
— Sim. Eu também. É uma merda.
— Homens te machucaram antes.
— Casada e divorciada duas vezes, lembra?
Sua mão massageou seu baixo ventre.
— Eles eram idiotas. Deveriam ter sabido como tratá-la para garantir que nunca te perdessem.
Ela não tinha nada a dizer sobre isso, insegura de como responder. Tiger poderia tê-la facilmente se dissesse que queria algo mais sério entre eles. Assustou-a se deixar aberta para possível desgosto, mas ela não podia negar os sentimentos fortes por ele, que estava aprofundando a cada momento que passavam juntos.
— Eu preciso dormir um pouco. Tenho que voltar ao trabalho em algumas horas. Ainda estamos lidando com um monte de ameaças. Os manifestantes se esvaziaram, mas retornarão logo pela manhã. Eles sempre fazem.
Ele abaixou a boca e roçou um beijo suave nos seus lábios. Os braços dela envolveram seu pescoço e os dedos brincaram com o cabelo. Adorou apertar os fios macios. Um rosnado baixo emitiu dele quando ele afundou o beijo. Ele lentamente se afastou, para pesar dela.
— Não me tente para ficar, pequenina. Não consigo dizer não para você agora e eu preciso.
Tentação era uma cadela, ela decidiu, quando o soltou. Realmente queria seduzi-lo para ficar com ela, mas ele parecia cansado. Não chegou a tirar um cochilo da maneira que ela teve antes que tivesse a despertado.
— Vá tomar banho. Quando te verei de novo?
— Amanhã à noite. Voltarei.
— Certo.
Ele segurou seu rosto e fitou profundamente os olhos.
— Vou estar pensando em você.
— Idem.
Ele riu quando a soltou e rolou. Ela observou ele se pavonear nu para o banheiro, apreciando o traseiro maravilhoso e firme. O quarto escureceu quando ele fechou a porta entre eles, bloqueando a luz. Ela virou de bruços e fechou os olhos.
Tiger saiu devagar do banheiro e ficou observando Zandy dormir. Sua respiração lenta assegurou-lhe disto. Não conseguiu resistir a sentar na beira da cama por um tempo. Seu rosto estava virado para ele e estendeu a mão para roçar uma mecha do cabelo para longe do rosto.
Seria tão fácil pegá-la, cobertores e tudo, e apenas levá-la para sua casa. É claro que não estava indo lá hoje à noite. Tinha um beliche na Segurança em uma cama dobrável. O olhar voltou para o relógio para saber que era bem depois da meia-noite. Queria somente deitar ao lado dela e dormir, segurando-a nos braços.
Levou a última grama de força de vontade para levantar e se vestir. Deixou o quarto silenciosamente e saiu do apartamento. Dois oficiais sentavam em um Jipe na calçada e ambos os machos olharam fixamente para ele. Ele garantiu que a porta estava trancada antes de lhes evitar para correr em direção a Segurança. Ele acenou para o outro oficial que atribuiu para proteger a parte traseira do prédio depois da violação. O exercício era sempre bem-vindo quando tinha um monte de coisas na cabeça.
Não poderia querer uma companheira, mas a ideia de perder Zandy para outro homem o deixou no limite. Ele era possessivo com ela e tinha a marcado. O gosto de seu sangue era algo que nunca esqueceria. Ou seu cheiro. Correu mais rápido até que estressou o corpo até o ponto de exaustão.
Você pode correr, mas não pode se esconder da verdade. Está obcecado com Zandy Gordon.
Deixar sua cama tinha sido além de difícil. Ela estava prestes a ovular. O cheiro era inegável. Teria que tomar uma decisão rápida sobre que fazer com isto. Ela presumiu que ele não poderia deixá-la grávida. Mudou de direção até que terminou no Médico. Alguém estava sempre de plantão.
O Dr. Harris mais velho estava cochilando em uma mesa na recepção quando Tiger entrou no edifício. O homem acordou com o som das portas automáticas e olhou para ele com confusão por alguns segundos.
— O que aconteceu?
— Relaxe. Não estou ferido.
O doutor localizou os óculos na mesa e colocou.
— Que horas são?
— Tarde. Desculpe incomodá-lo, mas tenho perguntas.
— Certo. — Harris acenou para outra cadeira. — Você quer sentar-se?
— Claro. — Tiger desmoronou em uma. — O que eu digo é privado.
— É claro.
— Estou tendo relações sexuais com uma humana.
O doutor pareceu surpreso.
— Pensei que você as evitava. Não é exatamente um segredo como você sente sobre seus amigos acasalando aquelas mulheres.
— Ela está começando a ovular. O cheiro ainda é fraco, mas está prestes a acontecer. Ela pode engravidar agora?
— Quão fraco? Tem certeza que é isso que você está cheirando e não algum sabão que ela usa?
Tiger levantou um dedo para tocar o nariz.
— Ele não mente.
— Certo. Ok. Vou assumir que você simplesmente notou a mudança em seu cheiro. Você está seguro se esse é o caso, mas eu usaria preservativos de agora em diante. Sabe que não pode se arriscar a engravidá-la, a menos que esteja disposto a acasalá-la. Posso conseguir alguns preservativos, se você não tiver nenhum. Sua loja de suprimentos fecha cedo e ficaria surpreso com quantos dos seus homens recentemente pediram por eles. Começamos a manter alguns disponíveis.
— Ela nunca me pediu para usar um, assim presumi que ela está tomando algo ou ouviu que somos incapazes de conceber filhos.
— Ela não está tomando nada, se está ovulando forte o suficiente para você sentir o cheiro, você definitivamente saberia se ela estivesse usando um método contraceptico que envolvesse espermicida.
As sobrancelhas de Tiger arquearam.
O doutor riu.
— É a historia privada de mais alguém, mas vou apenas dizer que você pode cheirar e provar. Não uma boa experiência do que me foi dito.
— Isso não soa bem. Obrigado por conversar comigo. — Levantou-se para sair.
— Tiger?
Ele parou na porta e virou para fitar o doutor.
— O que?
— Você quer conversar sobre isso?
Sua sobrancelha arqueou.
— A mulher. Você. O fato dela ser humana.
— Não estou procurando por uma companheira.
— Então é somente um caso casual?
— Nada sobre ela é casual.
Surpresa alargou os olhos do doutor.
— Você está sentindo coisas por ela, então?
— Sim.
— Isso é uma coisa boa.
— Não tenho tanta certeza. — Tiger suspirou. — Não quero me tornar dependente de ninguém.
Simpatia mostrou no rosto do homem idoso.
— Entendo, mas poderia dar-lhe um pequeno conselho?
Tiger assentiu.
— Me apaixonei por uma mulher uma vez, mas coloquei minha carreira em primeiro lugar. Estava na faculdade de medicina e eu a deixei deslizar por meus dedos. Isso foi há quarenta e oito anos. Até hoje me arrependo. Casei com outra pessoa, mas não foi o mesmo. Essa relação não durou mais do que alguns anos. Tenho um filho maravilhoso, mas sua mãe e eu nunca realmente nos amamos. Não deixe isto escapar, se você a ama.
— Por que você não foi atrás dessa mulher se ainda tem fortes sentimentos por ela?
O doutor suspirou.
— Ela casou com meu melhor amigo depois que a deixei. Ele pôde apreciar o que eu não pude. Eles são felizes, mas é uma faca no meu coração cada vez eu os vejo juntos. Tenha suas prioridades, filho. Sei que tem problemas depois da vida que lhe foi dada, mas é melhor enfrentar seus medos que viver com remorso. Confie em um homem velho nisto.
— Filho?
O doutor sorriu.
— Penso em todos vocês como meus filhos. Acontece quando alcança minha idade. Você tem uma vida agora. Viva ela. Faça todos os momentos contarem.
— Obrigado. — Tiger partiu sabendo que tinha de tomar uma decisão. Ele precisava romper com Zandy para sempre ou comprometer-se completamente com ela.
Richard sacudiu a cabeça.
— Não posso acreditar que foi atacada na Reserva. É tão seguro aqui. Eles descobriram como o babaca entrou?
Zandy encolheu os ombros.
— Não tenho certeza de como o cara rompeu as paredes, mas eles o pegaram. — Ela tinha ouvido isso da sua equipe de segurança quando a acompanharam para o trabalho. Tinha esquecido completamente de perguntar a Tiger sobre isso na noite anterior. — Eles estão tendo muitos problemas com os manifestantes.
— E os repórteres. — Richard fez uma careta. — Você devia ter visto todas as vans de notícias alinhadas ao longo dos portões dianteiros esta manhã. É insano. Alguém reportou que Justice North e a esposa poderiam estar aqui, assim estão em toda a parte, na esperança de uma visão.
— Eu não sabia que ele estava aqui.
— Ele não está, — Smiley anunciou quando entrou no escritório. — Nós tivemos um helicóptero voando de Homeland e eles incorretamente assumiram que poderia ser Justice e sua companheira. — Ele olhou para os dois. — Vocês estão prontos para ser acompanhados para o almoço?
Zandy levantou-se da mesa e colocou os sapatos.
— Estou morrendo de fome.
Smiley inalou ruidosamente nela quando se aproximou e isso a fez franzir a testa.
— Pare de fazer isso.
— O cheiro está cada vez mais forte. Talvez você não deva ir almoçar. Eu posso levar Richard e trazer sua refeição.
— Que cheiro? — Richard olhou entre o acompanhante e ela.
— Zandy está começando a ovular.
— Uh-oh. — Richard recuou e usou os dedos para fazer uma cruz. — É essa época do mês, huh? Você devia ter me avisado. Teria trazido chocolates para quando você atingir o pior da fase de TPM. Faz maravilhas a minha esposa.
— Ovulação. Não menstruação, — Smiley ridicularizou. — Como é que eu sei mais sobre as mulheres que você, quando você tem uma companheira?
Um rubor aqueceu as bochechas de Richard.
— Oh. — Ele de repente sorriu. — Isso é uma boa notícia. A outra visita mensal me assusta.
Ela sacudiu a cabeça.
— Bom. Podemos deixar este assunto? Estou morrendo de fome e quero ir almoçar.
Smiley abriu a porta antes de ela alcançar. Ele inalou profundamente e suavemente rosnou.
— Você cheira bem.
— Pare de dizer isto.
— Eu vejo uma pitada de romance entre o dois?
— Cala a boca, Richard. Não. — Ela deu a Smiley um olhar penetrante. — Se comporte.
— Estou tentando, — Smiley disse a Richard, sorrindo. — Até agora ela continua me rejeitando.
— Smiley é um cara legal, — Richard atestou. — Você deveria sair com ele.
— Estou vendo alguém, lembra? Também estou morrendo de fome assim deixe de mencionar isso. Minha vida pessoal não é um tema que quero discutir.
Foram para o refeitório, mas Smiley parou perto da porta.
— Seu cheiro realmente está se tornando mais forte. Amanhã precisa fazer algo sobre isso ou vou ter que te levar o almoço no escritório por alguns dias. Os homens começarão a perceber e buscá-la. Sugiro que você não fique muito perto deles.
Richard riu.
— Sem ofensa, mas estou feliz que não posso sentir seu cheiro.
— Você está perdendo. — O olhar de Smiley viajou devagar abaixo do corpo de Zandy de uma maneira claramente sensual. — Ela cheira bem o suficiente para comer.
Calor aqueceu suas bochechas.
— Slade North disse-me para que fosse franca assim aqui vai, Smiley. Você é um homem bonito, mas eu nunca vou estar interessada em você. Isso está começando a me dar nos nervos.
Ele deu um aceno nítido de cabeça.
— Eu entendo. Não vou declarar meu desejo por você novamente.
Ela sorriu para ele.
— Não é nada pessoal. Você é um ótimo cara. Muito bonitão. Por favor, não se ofenda.
— Entendo. Você é despertada por outro.
— Não vamos começar isso de novo, — ela disse depressa. — É... Bem, isso é privado. Ser despertado por alguém não deve ser discutido ou compartilhado. É uma coisa humana. Nós não podemos dizer sobre isso um ao outro e é uma boa coisa.
O olhar de Smiley deslizou para Richard.
— Eu entendo.
Richard ofegou.
— Eu desperto você? Sério? Uau, estou lisonjeado.
Zandy bufou.
— Não é você, então nem mesmo vá lá. Quero que deixem isso agora. Basta. — Ela olhou para Smiley. — E você precisa parar de cheirar-me e fazer comentários sobre meu corpo.
Ele suspirou.
— Bem. Eu não vou tocar no assunto novamente, mas você está proibida de vir aqui depois de hoje por alguns dias. Seu perfume chamará a atenção dos homens.
— Certo. Aceitarei sua palavra nisso. Podemos comer agora?
Ele assentiu e acenou o braço para ela o preceder.
— Basta tentar manter pelo menos um metro e meio de espaço entre você e os homens hoje.
— Vou tentar o meu melhor.
Rapidamente se tornou aparente que havia um problema quando eles se uniram a fila para o bufê. Novas Espécies viraram-se na fila para fitá-la. Pegou olhares interessados demais neles nas mesas perto. Um dos machos andou até ela com uma expressão séria.
— Sou Ascend. Gostaria de almoçar comigo?
Ela olhou um pouco estupidamente para o oficial grande e bonito usando um uniforme ONE antes que o cérebro começasse a funcionar novamente.
— Não, obrigado.
Ele recuou para retornar à mesa. Smiley se aproximou mais dela até que quase se tocavam.
— É mais forte do que pensei. Sou primata e meu olfato não é tão bom quanto os caninos ou felinos. Vou ficar com você hoje enquanto almoça até sairmos. Isso vai dissuadir a maioria deles de abordá-la novamente.
Zandy ficou chocada com a quantidade de atenção que atraiu. Não podia olhar em qualquer lugar perto sem encontrar olhares intensos dos homens. As bochechas coraram, sabendo a razão para fascinação súbita deles com ela. Não reclamou sobre Smiley estar quase colado ao seu lado.
— Merda, — Richard sussurrou. — É só eu, ou estamos sendo encarados?
— Ela está chamando atenção, — Smiley suspirou.
Uma cadeira raspou ruidosamente no chão e Zandy virou a cabeça para ver a fonte do barulho. Tiger se levantou do outro lado da sala e veio a eles depressa. A expressão tensa em seu rosto o fez parecer bravo. Ele atacou direito até eles e olhou ao seu acompanhante.
— Afaste-se dela. Está muito perto. Atribuí você para acompanhá-la, não esfregar contra seu corpo.
Smiley deu em um grande passo para trás.
— Ela está começando o seu ciclo de ovulação. Os machos caninos e felinos estão sentindo isto mais forte do que. Pensei em ficar bem perto dela para dissuadir outros machos de se aproximarem para pedir para ter relações sexuais com eles.
Richard riu e Zandy lhe lançou um olhar assassino por estar se divertido. Isso não era engraçado para ela. Foi embaraçoso, humilhante ter as funções do corpo discutidas tão abertamente.
O olhar de Tiger segurou o dela quando ele se aproximou. Os olhos bonitos estreitaram à medida que inalou.
— Você devia ir ao seu apartamento agora. Vou enviar o almoço para você. Tire alguns dias de folga até que seu ciclo passe.
— Está tudo bem. Vou almoçar e voltar ao trabalho.
Tiger inclinou um pouco até que estava quase nariz a nariz com ela.
— Você devia voltar para o seu apartamento. Qualquer macho que entrar em contato com você vai notar seu perfume. Apenas vai se tornar mais forte até que a sala inteira possa sentir seu cheiro.
— Richard não pode e ele é o único com quem trabalho. Nós podemos deixar isso? Estou aqui e estou morrendo de fome. Perdi o café da manhã. Almoçarei no escritório por alguns dias, a partir de amanhã.
Ele se endireitou a sua altura máxima e raiva mostrou-se nos olhos penetrantes.
— Bem. Não me escute. Mais homens te abordarão. — Ele virou em seus calcanhares e se afastou.
Zandy assistiu ele ir. Não sabia por que ele estava tão zangado, mas a chateou que estivesse. Richard assobiou baixinho.
— Não é bom quando o chefe de segurança lhe dá uma ordem e você recusa. — Ele olhou para ela. — Você é corajosa. Ele me assusta bastante.
— Ele está preocupado com a segurança dela, — Smiley interveio. — Isso não foi uma ordem ou ele garantiria que ela saísse. Foi mais uma sugestão de que saia. Isso vai ficar bem. Estou comendo com vocês dois hoje e minha presença dirá aos outros homens que ela já tem um homem pronto para cuidar das suas necessidades sexuais.
— Necessidades? — O rosto de Richard torceu em um sorriso enquanto ria. — Oh menino. Não posso esperar para contar a minha esposa sobre isso.
— Você não presta. — Zandy suspirou. — Isso não é divertido. — Ela ignorou os olhares fixos e os fungados que ouviu dos homens ao seu redor. Foi um alívio quando carregou uma bandeja de comida para a mesa e Creek já estava acomodada lá. — Oi.
A mulher alta cheirou o ar.
— Você está prestes a entrar no cio.
Zandy se sentou com força e colocou a bandeja na frente.
— Eu ouvi.
— Existem maneiras que você pode disfarçar. Você vai precisar ou os homens se tornaram agressivos na tentativa de ganhar sua atenção e impressioná-la na esperança de queira compartilhar sexo com eles.
— Como ela faz isto? — Richard tinha um olhar de pura alegria no rosto.
Zandy queria atirar uma uva nele e só resistiu por um segundo. Atingiu seu peito e ele riu.
— Bom tiro.
— Não é engraçado.
Creek se inclinou para falar suavemente.
— Você precisa ter perfume e pulverizar em uma absorvente. Você tem que comprar na cidade, entretanto. Você sabe o que um desses né?
Sua humilhação ficou completa quando Richard riu novamente.
— Sim.
—Use lenços umedecidos para limpar essa área de hora em hora e troque seus absorventes ao mesmo tempo. Esconderá dos machos o cheiro de seu cio. É o que nossas mulheres fazem, a quem desejam continuar trabalhando durante esse tempo. Caso contrário, os machos as seguiriam e provocariam brigas.
— Brigas?
Creek assentiu.
— Nossos homens ficam realmente excitados e agressivos se você estiver no cio e eles cheiram isso. Tivemos brigas de machos entre si para mostrar quem seria o mais forte para tentar ganhar o nosso interesse em deixá-lo nos montar. Quando você estiver no cio, eles realmente seguirão você. Torna-os muito excitados.
Smiley assentiu com acordo.
— Muito excitado.
— Uau. Veja que tipo de coisas interessantes você pode aprender? — Richard piscou.
Ela suspirou, encarando-o.
— Você pode me trazer algum perfume? Não posso a deixar a Reserva depois de ser confundida com a companheira de Justice North e não posso comprar isso aqui.
— Certo. Sem problema. Minha esposa tem uma tonelada das coisas. Eu posso trazer para você de manhã.
— Obrigado.
Um grande macho parou perto da mesa e chamou a atenção deles. Seus olhos escuros se fixaram em Zandy por segundos longos antes de sentar-se à mesa ao lado. Claramente, ele se sentou lá para assim poder vê-la enquanto comia. Mais homens vieram sentar-se na mesma mesa. Todos deles observaram ela. A fez super autoconsciente enquanto tentava almoçar.
— Talvez você devesse sair agora, — Creek sussurrou. — O cheiro está cada vez mais forte. Acredito que está prestes a atingir seu ciclo completo de cio. As mesas perto de nós estão normalmente vazias, mas estão enchendo rapidamente.
— Puta merda, — Richard murmurou. — Você é como uma estrela pornô ou algo assim pelos olhares que te lançam. — Ele lançou-lhe um sorriso. — Olhe para todos esses fãs apaixonados que você conseguiu.
— Às vezes me pergunto por que sua esposa lhe permite viver.
Ele riu.
— Ela pensa que sou bonito.
Zandy perdeu o apetite quando mais homens se sentaram nas mesas e sabia que eles estavam olhando para ela. Ela levantou. — Acho que eu deveria ir embora.
Smiley ficou de pé.
— Boa ideia.
Creek e Richard os seguiram para fora do refeitório e pelo hotel até a porta da frente. Zandy quase colidiu com um cara alto e careca, Nova Espécie, que estava se apressando para dentro enquanto ela tentava sair. Seu grande volume não a encontrou por centímetros. Ele rosnou. Um olhar significativo mostrou no seu rosto e frios olhos azuis encontraram os dela por um segundo. Ele a contornou e ela seguiu em frente até que uma mão agarrou seu braço parando-a bruscamente. Sua cabeça virou para ver que era o mesmo cara careca quem a tinha segurado.
— Você está no cio. — A voz dele saiu super-rouca. Ele puxou forte seu braço até que a levou a bater no corpo dele. Um braço manteve o aperto dela enquanto o outro embrulhou em torno da cintura. Ele fungou e a arrancou-a fora de seus pés.
— Deixe-me ir! — Medo apanhou Zandy imediatamente quando o homem correu para fora. Ele a levou facilmente. Não sabia onde estava a levando, mas soube que não pressagiava nada de bom para ela. — Solte-me!
Ele farejou nela e continuou andando.
— Nenhum companheiro e não sinto cheiro de nenhum homem. Minha!
— Vengeance! — Smiley rosnou. — Solte esta fêmea.
A grande Nova Espécie que a segurava virou rápido o suficiente para deixar Zandy tonta.
— Não! — O Espécie careca rosnou mais alto do que Smiley, mostrou alguns dentes afiados e virou de costas para levá-la para longe do edifício. — Obtenha a sua própria. Esta aqui é minha.
Algo atingiu o homem nas costas e ele tropeçou. Outro rosnado veio dele e soltou Zandy suavemente a seus pés, soltou-a e girou para enfrentar Smiley.
— Ela é minha!
— Ela não é. — Smiley tentou alcançá-la, mas o Espécie careca o empurrou.
— Obtenha a sua própria. Eu a encontrei e estou a levando.
Creek puxou Zandy para trás até que o corpo estava entre ela e o homem careca. Richard veio ficar perto delas, observando o confronto. Smiley estava em ótima forma, alto, mas o Nova Espécie careca estava com peitoral mais cheio e tinha braços mais musculosos.
— Ela é humana — Smiley tentou explicar. — Ela não é Espécie. Ela não está realmente no cio. É somente ovulação para ela. Ela não precisa de um macho, Vengeance.
— Você mente e a quer para si mesmo. — Vengeance rosnou. — Minha.
— Merda. — amaldiçoou Smiley. — Você não pode tomá-la.
Zandy ficou horrorizada quando sua escolta foi agarrada e lançada cerca de dois metros no ar até cair na grama. Creek rosnou e agitou a cabeça para o homem que pisou mais perto.
— Não, Vengeance. Ela não é para você.
— Saia, fêmea.
Creek rosnou e tentou empurrá-lo de volta. Aconteceu rápido quando Vengeance girou Creek e cuidadosamente a colocou em seu traseiro atrás dele. Richard investiu para colocar seu corpo entre Zandy e o avanço do Nova Espécie, mas ele não tinha a menor chance. Vengeance apenas esticou a palma e acertou seu colega de trabalho no peito. derrubou Richard cerca de um metro atrás até que ele aterrissou forte em seu traseiro.
— Minha. Não prejudicarei você. Não me tema. — O homem careca avançou para Zandy.
Alguém parou entre eles. Tiger saltou entre eles e se agachou somente centímetros na frente dela. Ela estava chocada de como ele tinha chegado lá. Nunca tinha visto nada parecido como isso e o rosnado que ele soltou em advertência foi aterrorizante.
— Não, Vengeance.
— Minha! — O Espécie careca rosnou de volta e mostrou os dentes afiados.
A voz de Tiger saiu dura. — Não faça isso, Vengeance. Nós vamos lutar até a morte. Você não vai levá-la.
Tiger estendeu para trás e suavemente empurrou Zandy, cutucando sua barriga. Ela recuou, o coração batendo, perguntando-se se eles iam realmente lutar.
— Ela não está acasalada e não cheira outro homem.
— Maldição, Vengeance. Vá. Agora. Te matarei se não me deixar nenhuma escolha.
— Minha, — o Espécie careca rosnou quando tentou contornar Tiger para alcançar Zandy. Tiger o agarrou. Ambos aterrissaram com força no chão e a briga foi brutal quando socos foram trocados.
— Parem com isso! — Zandy freneticamente procurou por ajuda. Mais oficiais correram para fora do hotel e alguns deles se aproximaram, mas recuavam dos dois homens no chão. Creek se levantou e correu para o lado de Zandy.
— Vê? Eles lutam por você para mostrar-lhe quem é mais dominante. Qual você espera que ganhe? Isto é tão sexy, né?
A boca de Zandy se escancarou atordoada.
— Droga, detenha-os! Não quero que eles lutem e isso é horrível.
Creek estalou a cabeça para fitar alguns outros Novas Espécies. — Parem-nos, oficiais. Você a ouviu. Ela não está impressionada.
A visão de Tiger e Vengeance lutando era horrível. Eles esmurravam forte, rolavam no chão tentando fixar um ao outro e os sons que fizeram foram animalescos. Um dos oficiais tentou acabar com isso, mas Tiger expulsou-o, tirando-o do caminho.
Jipes se apressaram para o local e trancaram os freios quando mais oficiais uniformizados chegaram. Zandy esperou que eles separassem a briga, mas eles só ficaram olhando. Ela mordeu o lábio e agarrou freneticamente Creek.
— Parem-nos. Por favor?
A mulher Espécie suspirou.
— Tudo bem. Isto é normal, entretanto. Os machos lutam e você deve ficar impressionada por isto. — Ela ergueu a mão e sinalizou aos recém-chegados. Ela fez um punho com a mão antes de abrir os dedos e trazê-los abaixo plano no ar.
Um dos machos sombriamente assentiu. Alguns segundos depois ele e seu parceiro investiram em Vengeance quando Tiger o lançou fora do seu corpo. Eles agarraram seus braços atrás das costas e um terceiro oficial plantou o grande corpo entre ele e Tiger.
— Basta, Tiger.
Tiger se levantou e rosnou, mas não atacou. Ele estava respirando com dificuldade e tinha um corte no rosto. A camisa rasgou da luta e o oficial que ele enfrentou parecia pressentindo quando eles observaram um ao outro.
— Nós o temos. Vamos devolvê-lo à Zona Selvagem.
— Obrigado, Flame.
O ruivo cheirou o ar, o olhar desviou para Zandy e suspirou antes de se dirigir a Tiger novamente.
— Você deveria conversar com ela. Ela é obviamente nova.
— Eu a tenho.
Flame sacudiu a cabeça em compreensão e virou.
— Vamos levar Vengeance para casa.
Os dois oficiais segurando Vengeance algemaram as mãos dele atrás das costas e o ergueram para a parte traseira do Jipe. Vengeance rosnou e um arrepio percorreu a espinha de Zandy quando um par de olhos azuis frios fixaram no dela. O oficial ruivo foi embora com seu prisioneiro encarando.
Ela mordeu o lábio e soltou Creek para correr para o lado de Tiger. Ele estava segurando o rosto, onde foi cortado.
— Deixe-me ver quão ruim está.
Ele se virou para ela e rosnou, pura ira em sua expressão.
— Eu disse-lhe para ir ao seu apartamento. — A outra mão disparou e agarrou seu braço. — Levarei você lá eu mesmo. Isto é o que acontece quando não me escuta.
Ela ficou chocada com sua ira e o modo que ele praticamente a arrastou para um Jipe. Ele não a machucou, mas foi abrupto quando a guiou ao banco do passageiro, contornou a frente do Jipe e subiu no banco do motorista.
O motor ligou e ele rosnou a Smiley que se aproximava.
— Você terminou de escoltar Zandy. Leve Richard de volta ao trabalho. Você não a protegeu.
Smiley pareceu chocado e a boca abriu para se defender do ataque verbal, mas Tiger acelerou. O Jipe disparou para frente e Zandy agarrou o cinto de segurança e a barra na frente dela pois o jipe não tinha portas.
Tiger recusou sequer olhar para ela enquanto dirigia rapidamente de volta ao prédio dela. Uma mão ficou no volante enquanto a outra manteve o aperto na sua bochecha sagrando. Lágrimas quentes encheram os olhos de Zandy. Ele se machucou a protegendo e obviamente a culpava. Não podia ter adivinhado que algum louco e careca Nova Espécie a atacaria.
Ele finalmente falou.
— Eu disse-lhe para deixar o refeitório, mas recusou. Você não nos conhece ou o que nós somos capazes. Não está no seu mundo. — Ele rosnou as palavras e cada uma delas feriu seus sentimentos. — Você não é para sair daqui até que esteja fora do cio. Não vou lutar com outros machos novamente para segurá-los e mostrar-lhe o quão diferentes dos machos humanos nós somos.
Ele parou o Jipe na frente do prédio de apartamentos e Zandy não esperou por ele desligar o motor. Pulou e rapidamente caminhou em direção à porta. Dois Novas Espécies estavam parados na calçada e se separaram para permitir que ela passasse. Ela não olhou para qualquer um deles quando se apressou para a porta.
— Zandy? Aonde você vai? Nós nem terminamos de conversar, — Tiger rosnou.
Ela prosseguiu e piscou furiosamente para conter as lágrimas. A porta da frente não estava trancada – sem necessidade para isso desde que os oficiais estavam estacionados em frente ao prédio todos os momentos. A porta se fechou firmemente atrás dela e ela se virou, torcendo as fechaduras. Segundos depois, Tiger tentou abrir a porta.
— Zandy? Abra.
As lágrimas caíram. Ela tinha ficado apavorada quando Vengeance veio atrás dela. Tiger a culpou, mas não era sua culpa que alguns deles eram bizarros sobre mulheres ovulando.
— Foda-se, Tiger. Vá ensinar a seus homens algum controle. Não é minha culpa o que aconteceu.
A porta sacudiu quando ele tentou abrir.
— Zandy? Abra esta porta.
— Você me ouviu? Vá se foder. — Ela enxugou as lágrimas. — Como você se atreve a gritar comigo por ser uma vítima? Arrume a si mesmo. — Ela virou as costas para a porta e correu para o quarto.
Ele esmurrou a porta e ela estremeceu com o som. Ele não a chutou abaixo, entretanto, algo que ela tinha certeza que ele poderia ter feito. Machucou que a tivesse culpado. Ele estava errado por isso e ela não ia aceitar essa besteira de ninguém. Mesmo dele.
Tiger ficou furioso quando escutou e ouviu o som da água no interior do apartamento. Zandy ligou o chuveiro para evitar ouvi-lo bater. Ele baixou a mão e virou para enfrentar os dois homens observando-o. Ele encarou.
Um deles hesitou.
— Tudo bem, Tiger? Sentimos o cheiro que você esteve em uma briga com Vengeance e você está muito irritado com a pequena mulher.
Tiger cerrou os dentes.
— Ela começou seu cio e não deixou o maldito refeitório. Tive que lutar contra Vengeance para que não rasgasse as roupas dela e forçasse. Estou chateado.
— Eu cheirei o medo dela, — admitiu Torrent suavemente. — Era forte e ela tinha lágrimas nos olhos.
Tiger de repente se sentiu miserável. Esteve tão bravo que não percebeu o medo dela ou suas lágrimas. Esteve inconsciente em sua raiva. Se não estivesse lá, Zandy poderia ter sido machucada. Esteve pronto para matar Vengeance. O maldito macho estava fora de controle.
— Vamos assegurar que ela esteja segura, — Tree prometeu. — Estamos bem treinados sobre fêmeas humanas. Elas não entendem como alguns de nossos machos mais selvagens reagirão para algo que elas não dão um segundo pensamento. Tenho certeza que ela não quis criar problemas.
Tiger assentiu.
— Estou indo para ter uma conversa com Vengeance.
Tiger se afastou e foi para o Jipe. Queria chutar alguns traseiros e conhecia um macho que ficaria condenadamente arrependido por atacar Zandy. Ele se tornou mais zangado a cada quilometro que dirigiu até que alcançou a casa do seu alvo. Ele desligou o motor e desceu.
— Vengeance! — Tiger rasgou a camisa, chutando os sapatos fora enquanto se aproximava da casa. A porta estava destrancada e ele invadiu. O macho que procurava estava sentado em uma cadeira de frente para ele.
— Levante. Venha para fora. Vamos lutar.
Ven lentamente se levantou.
— Eu esperava você.
— Tenho certeza que esperava. — Tiger saiu da casa. — Você tocou em Zandy.
O canino se arrastou para fora, mancando por causa da luta anterior. Tiger rolou os ombros quando parou a alguma distância da casa. Esperou Vengeance vir nele, mas o macho apenas abaixou a cabeça enquanto mantinha os braços soltos aos lados.
— Lute comigo.
O queixo de Vengeance ergueu e ele tristemente encontrou o olhar de Tiger.
— Eu não revidarei. Sei que o que fiz foi errado. Pode me punir. — Ele colocou as mãos atrás das costas e bloqueou-as lá.
— Por que fez se sabia que era errado? — O temperamento de Tiger quase enfureceu-se, mas administrou não adiantando-se para atacar.
— Você nunca teve uma companheira. — Se encheram de lágrimas os olhos do outro macho. — Eu sinto falta dela tão profundamente.
Os punhos de Tiger se abriram. Foi duro sentir raiva em face de tal dor crua.
— Eu estou vazio por dentro. Não durmo bem. Me forço a comer e viver. Alguns dias desejo que eu tivesse morrido com ela. Lutei por tantos anos para sobreviver. Você sabe o quão forte nossa vontade de viver é. Perdi isso quando ela foi morta.
Lágrimas quentes deslizaram do rosto de Vengeance e o choque de ver um macho Espécie chorar deixou Tiger sem fala.
— Ela tinha sentimentos por mim. Brincava com meu cabelo e penteava com os dedos. — Ele alcançou até tocar a cabeça calva. — É por isso que me recuso a permitir que volte a crescer. Lembra-me ela. Algumas noites uivo por causa do meu pesar. Corro até minhas pernas cederem e eu espero pelo inverno chegar. Talvez cairei na neve de exaustão e o frio me impedirá de acordar. Acha que realmente existe um céu? Acha que ela está lá esperando por mim? Ela vai ficar brava porque eu não morri logo depois de que ela morreu? Às vezes, sonho que ela está com raiva de mim por sobreviver quando ela não o fez.
Emoção feriu o peito de Tiger quando ele respirou.
— Ven...
O macho abaixou o olhar para o chão.
— Nossas fêmeas não estão interessadas em tomar um companheiro. Resistem a qualquer forma de apego agora que foram libertadas. Mercile me deu uma fêmea para ver se casais acasalados podiam ter filhos, mas eu comecei a ter sentimentos profundos por ela. Isso se torna ainda pior quando compartilho sexo com algumas de nossas mulheres. Elas não me tocam da maneira que minha companheira fazia ou permitem que eu as abrace enquanto
durmo. As mulheres humanas parecem tão frágeis que deveriam ter um companheiro. Cuidaria tão bem de uma. — Ele enxugou as lágrimas e encontrou o olhar de Tiger. — Não quero assustá-las. Só quero tanto uma companheira novamente. Acho que fêmeas Espécies lutariam até a morte para evitar estar com um macho agora que têm escolhas, mas uma humana aceita. Continuo pensando se eu poderia apenas reivindicar uma que eu teria tempo para mostrar para ela como eu nunca a machucaria e que faria qualquer coisa por ela. Ela estaria aqui para me conhecer.
— Maldição, Ven, você está partindo meu coração. Vim aqui para arrebentar sua cabeça. Você não pode continuar indo atrás de fêmeas humanas.
— Eu sei. Vejo-as, entretanto, e algo dentro de mim só reage antes que eu possa entender. Estou tão solitário e seria um excelente companheiro. — Seus ombros endireitaram. — Eu não tenho ninguém.
Tiger se aproximou e tocou em seu braço.
— Você não pode simplesmente tomar uma. Seria muito bom se isso fosse assim tão fácil, mas não é.
— Sou hábil em compartilhar sexo e aprendi a cozinhar. Sou um lutador excelente. Iria a manter aquecida em meus braços e morreria para protegê-la.
— Tenho certeza que você iria.
— Fui aprendendo mais sobre sua cultura com a televisão. Sei que se eu for ter outra companheira, ela vai ter que ser humana. Isso mostra o quanto quero uma. Eles costumavam ser o inimigo, mas isso não importa. Não suporto estar mais sozinho. Mercile me fez dependente da minha companheira e ela tinha sentimentos por mim. Somente quero isso de novo.
— Saiba que elas precisam mais de um homem do que serem roubadas e reivindicadas. E por isso as assusta. É bárbaro atirá-la sobre o ombro e sair correndo.
— Elas acreditam que eu faria mal a seus corpos forçando sexo. Iria fazê-la me querer primeiro.
— Você não pode seduzi-las para fazer qualquer coisa.
Os olhos de Vengeance estreitaram.
— Eu sou muito hábil com sexo. Minha companheira me ensinou bem.
Um sorriso curvou a boca de Tiger.
— Seduzir uma fêmea e fazê-la amar você nem sempre é o mesmo.
— Elas deviam ser.
— A vida não é tão simples.
— Estou perdido neste mundo.
— Todos nós estamos, mas temos uns aos outros. Pare de correr atrás de fêmeas humanas, Ven. Você disse que está aprendendo sobre sua cultura? Aprenda isto. Sugiro que chegue nelas suavemente e fale com elas. Permita a elas conhecê-lo primeiro antes de tentar convencê-las a ir para casa com você.
—Ela não está com um macho. Achei que poderia querer um.
— Sim. Ela está. — A voz de Tiger se aprofundou. — Ela é minha.
— Seu cheiro não está nela.
— Minha marca está.
— Como você a atraiu para ser sua?
Tiger o soltou.
— É uma longa história e eu cometi erros.
— Assim como eu.
— Vamos entrar e conversar.
Vengeance virou.
— Você é sortudo, Tiger. Acasalar com ela é conhecer a felicidade.
Tiger quis xingar. Ele realmente estragou tudo com Zandy. Ela tinha o trancado do lado de fora do apartamento e se recusou a falar com ele. Não sabia como fazer isto direito.
Zandy mordeu o lábio e fitou a porta trancada, desejando que houvesse um olho mágico.
— Quem é?
— É Creek, — uma voz feminina familiar declarou. — Eu trouxe o jantar.
Zandy rapidamente destrancou a porta e abriu. A fêmea Nova Espécie sorriu, segurando uma bolsa em uma mão e uma garrafa de vinho na outra. Entrou no apartamento e varreu o olhar em torno da sala.
— Achei que poderia usar uma bebida depois de hoje. Sei que fêmeas humanas apreciam vinho. Você está bem? Richard está bem, mas um pouco abalado. Espero que você esteja com humor de comer um bife. Sei que gosta de ter isso no almoço às vezes.
— Isso parece maravilhoso. — Ela aceitou a bolsa e o vinho. — Sente-se. Vou pegar alguns copos.
— Eu trouxe o meu jantar também. Se importa se eu comer com você?
Isso explicava o quão pesado e grande estava a bolsa.
— Adoraria. — Ela colocou-a na mesa de café e se apressou à cozinha para pegar talheres e copos. Procurou um abridor de garrafa.
Sentaram lado a lado no sofá e Creek cheirou o ar. Zandy virou a cabeça para olhar sua amiga.
— Você está no cio. Não é só um cheiro lânguido agora. Acertou você com força total.
— Isso é tão estranho. Espero que eu não feda. — Ela odiou o pensamento. — As mulheres não podem dizer quando ovulam.
— Espécies podem. Nós ficamos muito despertados por sexo e queremos isto frequentemente. Você não sofre essa condição?
— Não.
— Você é sortuda. Sinto muito que Vengeance foi atrás de você. Ele vive na Zona Selvagem e não tem boas maneiras. Alguns de nossos homens mais selvagens vivem lá e eles tendem a permitir que seus lados animais governem. Tenho certeza que não teria a prejudicado, mas você teria tido um homem com tesão nas mãos.
— Ele teria me forçado?
Creek hesitou e então sorriu.
— Ele teria te convencido que queria sexo. Nossos homens nunca nos tomariam a menos que nossos corpos estivessem preparados para eles. Podem ser muito persuasivos quando realmente querem uma mulher.
Zandy sacudiu a cabeça.
— Ele não me convenceria.
— Eu discordo. — Creek tomou um gole de vinho e pareceu surpresa. — É frutado, mas não ruim.
— Você nunca tomou vinho antes?
— Não. Não bebemos álcool, mas eu gosto disso. — Ela anotou o vidro. — Vengeance teria a despido e enterrado o rosto contra seu sexo. Eles podem te convencer a querê-los. — Um largo sorriso se estendeu por seu rosto. — Eles são bons nisso. Você estando no cio teria assegurado que ele queria fazer isso com você. Eles são loucos pelo gosto de uma fêmea no cio. Sua boca estava aberta e Zandy teve que se forçar a chegar — Ok.
Creek riu.
— Você devia ver seus olhos. Isto a chocou? Seus machos não adoram lamber seu sexo e prová-la?
— Hum, a maioria deles prefere as mulheres fazendo isso neles.
A diversão de Creek imediatamente morreu quando ela olhou estupidamente.
— Por quê?
— O que você quer dizer, por quê? Eles gostam de boquete.
— O que é isto?
Zandy piscou.
— Sexo oral. Os homens adoram conseguir sexo oral de mulheres.
— Nossos machos não pedem. — Seu peito inchou um pouco. — Eles querem nos convencer a compartilhar sexo com eles. Não há razão para tentarmos eles desse jeito para compartilhar sexo conosco. Nós somos poucas e eles são muitos. Têm que trabalhar mais duro no sexo para nos impressionar uma vez que temos uma grande seleção de machos para escolher.
— Uau. — Zandy bebericou o vinho. — Então você nunca desceu nos caras?
— Não.
Zandy decidiu mudar de assunto.
— Eu me sinto horrível sobre a luta de hoje. Devia ter apenas partido quando Tiger me disse.
— Não é sua culpa que não entenda o quão tentadora era para machos ou que eles viriam atrás de você de forma agressiva. Você é humana.
— Tiger foi ferido. A bochecha dele estava sangrando.
Ela riu.
— Não se preocupe com ele. Os machos lutam frequentemente e nós curamos rápido. Além disso, as fêmeas ouvirão o que ele fez e vão querer recompensá-lo. Ele foi um herói.
— Recompensá-lo? — Zandy não gostou do som daquilo nem um pouco.
— Tiger é um dos nossos melhores lutadores. Por isso ele é o chefe da segurança aqui. Os machos respeitam e o temem ao mesmo tempo. As fêmeas vão ouvir o que ele fez para você e se ofereceram para compartilhar sexo com ele. Alguma fêmea será mais do que feliz de cuidar disso.
Dor cortou Zandy com o pensamento de alguma mulher Espécie indo atrás de Tiger. Ele estava bravo com ela e eles provavelmente terminaram.
Ele dormiria com outra pessoa? Ela ergueu a taça e bebeu o conteúdo.
Escutou a conversa de Creek sobre sentir saudade de Homeland e como ela foi atribuída com quinze outras mulheres para viver e trabalhar na Reserva. Bebeu mais alguns copos de vinho e conseguiu terminar o jantar. Creek finalmente pareceu notar quão quieta Zandy tinha se tornado.
— Você está cansada?
— Sim.
— Eu vou sair então. Você não deve ir trabalhar, mas você pode. Tiger vai superar a raiva. Você trabalha com um ser humano e eles não têm olfato. Richard também tem uma companheira e eu nunca cheirei excitação nele quando se trata de você. Tenho certeza que estará segura com ele.
Zandy levantou-se muito rápido depois de tantos copos de vinho e tropeçou. Creek agarrou seu braço para firmá-la e riu.
— Acho que você bebeu demais, minha amiguinha.
— Provavelmente. Foi um dia longo e ruim.
— Devia chamar o macho que está envolvida e falar com ele. Poderia fazer se sentir melhor. Você não pôde vê-lo desde que foi pedida para ficar aqui por causa da sua segurança.
— Nós tivemos uma briga e acho que terminamos. Obrigada pelo jantar e o vinho.
— Vou levá-la para o quarto. Está cambaleando.
— Obrigada. — Zandy não pôde negar que estava um pouco bêbada.
Creek levou-a para o quarto e puxou as cobertas. A outra mulher cheirou o ar e teve uma expressão estranha no rosto quando fitou Zandy.
— O quê?
— Você mudou de ideia sobre querer compartilhar sexo com um de nossos machos?
— Não. Estava saindo com alguém e isso somente terminou mal. Não acabei de lhe dizer que acho que terminamos? Nós brigamos.
— Isso mesmo. — Creek ajudou-a a tirar algumas das roupas e subir na cama. — Você estava vendo esse macho por muito tempo?
— Tempo suficiente que realmente dói que terminamos, — Zandy admitiu. — Sabia que não poderia durar. — Lágrimas encheram seus olhos e ela piscou de volta quando encarou a amiga. — Invejo você com essa coisa toda de recusar-ficar-sério-com-um-homem. É uma merda quando você se importa com eles e eles não se sentem da mesma maneira.
Creek arrumou as cobertas nela.
— Entendo. Você deixou ele dormir com você?
— Sim.
— Ele a abraçou enquanto você dormia?
— Foi muito bom, — Zandy admitiu. — Se apaixonar é uma merda.
— Tenho certeza que sim. — Creek se afastou e parou na porta. — Durma bem, Zandy. Te vejo em alguns dias depois que estiver fora do cio e autorizada a retornar ao refeitório.
Zandy fechou os olhos quando Creek desligou a luz do quarto. Ouviu a outra mulher limpar a outra sala e se sentiu um pouco culpada. Lágrimas quentes derramaram, entretanto, quando pensou em Tiger. Estava com outra mulher? Não a chamou para se desculpar e nem apareceu novamente na sua porta, tentando conversar com ela.
A luz da sala de estar se apagaram e Creek fechou a porta quando foi embora. Zandy rolou de bruços e tentou afastar os pensamentos de Tiger. Ela sabia muito bem que apaixonara-se por ele.
Tiger andava no quarto, os pensamentos em Zandy. Queria ir para ela, mas não tinha certeza que ela falaria com ele. Parou para olhar o telefone. Ela responderia se ele ligasse? Realmente perdeu a cabeça quando Vengeance foi atrás dela. Ele tinha a ferido, mas não tinha certeza de como consertar isto. As humanas eram tão diferentes das fêmeas Espécies. Uma delas teria apenas lhe batido se ele tivesse irritado-lhes, mas humanos eram conhecidos por guardar rancor.
Ele se sentou na borda da cama e abriu a gaveta do criado mudo. Tirou o saco plástico que manteve lá e abriu. O perfume de Zandy ainda permanecia no sutiã quando ele a respirou. Só o fez sentir mais saudade. O desejo de ir até ela se tornou mais forte assim, ele lacrou o saco novamente e colocou no lugar. Atormentar a si mesmo não ia ajudar o caso.
A campainha tocou e ele se apressou até a porta da frente. Não deveria ter vindo para casa, mas precisou de algum tempo longe de todos.
Pegou o celular para verificar, viu que não tinha perdido nenhuma chamada e abriu a porta, perguntando-se quem veio visitar. Surpreendeu-se por encontrar Creek lá.
— Oi, Tiger. — Ela perscrutou nele. — Posso entrar?
Ele abriu mais a porta e se moveu para deixá-la passar.
— Algo está errado? Falei com Vengeance se é sobre isso que está aqui. Ele está arrependido pelo que fez hoje.
Ela virou para encara-lo quando ele fechou a porta.
— Jantei com Zandy e compartilhamos vinho. — Creek sorriu. — Ela tem baixa tolerância ao álcool. Estava cambaleando em seus pés e falava engraçado depois de alguns copos. Foi muito fofinho.
— Ela está bem depois de hoje? — Ele estremeceu internamente, imaginado se Zandy estava mais chateada com ele ou com o macho que tinha tentado levá-la. Ele não batera em Vengeance depois da conversa. Se sentiu mal por ele e não querer bater nele. — É por isso está aqui? Ele não vai chegar perto dela novamente.
Todo traço de humor deixou a expressão de Creek e ela o encarou por longos segundos. — Vengeance estava fora de controle hoje, mas você o impediu de seduzi-la. Queria dizer obrigado. Zandy é minha amiga. Ela não entende sobre nossos machos ou o que entrar no cio faz para eles.
— Não foi nada. Ele estava fora da linha.
Ela deu um passo mais perto dele.
— Eu poderia compartilhar sexo com você se estiver interessado. Você foi um herói por lutar contra ele.
Tiger deu um passo para trás.
— Não, obrigado. Agradeço a oferta.
Ela andou mais perto ele recuou. O olhar de Creek estreitou e ele se perguntou por que ela estava sendo tão agressiva. Não era comum um macho recusar a oferta de uma fêmea para compartilhar sexo. Suas costas golpearam a porta fechada e ele suavemente rosnou para ela.
— Eu disse que não.
Creek parou centímetros dele e olhou fixo em seus olhos até que ele se sentiu desconfortável.
— Poderia chamar outra fêmea para vir aqui se não está interessado em mim.
— Encontraria uma por contra própria se quisesse uma fêmea. Deveria ir.
Sua expressão suavizou quando ela recuou alguns passos. Ela virou, sentou-se no sofá e cruzou os braços sobre o peito quando o olhar encontrou o dele novamente.
— Coloquei Zandy na cama. Ela estava instável. Imagine minha surpresa quando cheirei você e sexo nas cobertas. Sei o motivo real que está recusando minha oferta de sexo. Não me quer porque é ela a fêmea que deseja.
Tiger franziu o cenho e ficou contra a porta.
— Ela é sua amiga e estava me testando para ver como eu sentia sobre ela, oferecendo para compartilhar sexo comigo, não foi?
— Sim.
Raiva agitou.
— O que você quer?
— Gosto muito dela. Ela é minha amiga. Está sofrendo porque você não está a vendo mais. — Sua voz aprofundou em um grunhido. — Eu vi dor em seus olhos que você causou. Ela não é Espécie e sexo não é casual para eles. Ela tem sentimentos por você, Tiger. Queria te dizer isso. Você é estúpido por não ver que boa fêmea ela é e tentar persuadi-la em um acasalamento.
A raiva de Tiger queimou mais quente. — Eu planejo vê-la novamente. Tivemos apenas uma discussão. Não disse que era casual. Ambos estamos confusos sobre o que está acontecendo entre nós.
— Você não quer uma companheira e ela não quer um terceiro marido.
Ele se afastou da porta.
— Isso é verdade.
— Isso é besteira. — Creek sacudiu a cabeça lentamente. — Você parece triste e sei que ela está. Você se recusou a compartilhar sexo com outra fêmea. Ela tem recusado compartilhar sexo com outros machos que ofereceram. Isso já é um compromisso. Somos Espécies, Tiger. Sei que você passa muito tempo com machos humanos da força tarefa, mas não esqueça o que você é. Nós não mentimos ou nos escondemos de nossa natureza.
Ele sentou-se na cadeira.
— Eu não sei mais o que quero.
Creek sorriu tristemente.
— Sabe. Ouça seus instintos. O que eles dizem?
— Eu quero Zandy. Não gostaria de nada mais do que ir arrancá-la da cama e levá-la para a minha.
— Você gosta dormir com ela nos braços?
— Sim. — Admitir isso foi um alívio. — Eu a quero lá todas as noites.
— Homens podem ser tão teimosos. — Creek se levantou e enfiou a mão no bolso de trás. — Aqui.
Ele fitou a chave que ela segurava.
— O que é isto?
— A chave reserva para porta de Zandy. Eu peguei da parede onde pendurava. Vou distrair os oficiais enquanto você entra sorrateiramente. Seres humanos são estranhos sobre compartilhar sexo e permitir que todos saibam isso. Vá para ela e conserte sua dor. Ela acha que você não a quer mais.
Tiger se levantou e pegou a chave. Ele olhou profundamente nos olhos de Creek.
— Obrigado.
— Ela é minha amiga. Pare de lutar contra seus instintos e lembre-se que ela não é Espécie. Elas parecem gostar de ser dominadas por um macho. Isso me deixa curiosa sobre os machos humanos desde que obviamente eles são muito mais suaves. Mulheres sempre querem o que não têm.
— Você virá de manhã para me dar tempo de escapar sorrateiramente? Quero ficar a noite com Zandy.
— Isso será muito fácil. Estou de folga do turno amanhã e trarei o café da manhã para os oficiais. Eles vão flertar comigo. — Ela sorriu. — Um deles não me recusará se oferecer sexo.
Ele estendeu a mão e apertou seu ombro.
— Obrigado.
— Eu me preocupo com Zandy e você é meu amigo também. — Seu sorriso enfraqueceu. — Não a machuque ou machucarei você.
Causar dor a Zandy era a última coisa que ele queria.
— Te devo uma.
— Vou me lembrar disto.
— Deixe-me pegar uma muda de roupa. Obrigado.
— Basta permitir que esses instintos masculinos governem e você deve estar bem. As humanas parecem achar que é bonito quando machos ficam possessivos. — Ela riu. — Seus machos não as saboreiam frequentemente também. Esperam que as fêmeas os tentem a ter sexo. Não admira que muitas delas apreciam os nossos machos. Nunca entendi por completo por que elas tão facilmente aceitam companheiros até que ela compartilhou essa informação comigo.
Ele esperava que Zandy facilmente o aceitasse como um companheiro. Ele apenas teria que ir devagar e convencê-la.
A cama se moveu e despertou Zandy. Ela ofegou e se virou, esperando ser atacada novamente por algum estranho. Ao invés, olhou a Tiger. Ele tinha ligado a luz da sala de estar e deixado a porta do quarto aberta assim ela claramente pôde vê-lo sentando na beira da cama.
— Sinto muito pelas palavras ruins. — Ele hesitou. — Estava com raiva porque Vengeance poderia ter colocado as mãos em você. Não foi sua culpa e eu não deveria ter gritado com você. Apenas o pensamento dele te tocando me põe em acesso de raiva.
Levou um momento atordoado para a mente dela processar as palavras.
— O que você está fazendo aqui? — O olhar dela caiu para o peito e pernas nuas então de volta para cima. Ele tinha uma perna dobrada para esconder o sexo, mas o quadril nu deixou claro que não estava usando nada. — Você está nu.
— Eu estava esperando que você me permitisse dormir com você. Quero ficar a noite.
Ele não estava com outra pessoa. Foi quase triste como ela se sentiu aliviada depois que Creek disse a ela que outras mulheres se ofereceriam para fazer sexo com ele. Ele escolheu vir para ela, ao invés. Ela jogou as coberturas para trás e abriu os braços para ele.
O olhar dele demorou nas suas roupas.
— Você vai tirá-las?
Ela se sentou, agarrou a camiseta e tirou sobre a cabeça. Tiger suavemente rosnou para incentivá-la quando ela caiu de costas, ergueu os quadris e agarrou o cós do moletom para livrar-se dele. Ele ajudou puxando os tornozelos, arrastando-o para baixo de suas pernas. Em segundos ela estava nua e Tiger mudou de posição até que ele se estendeu de lado dela. Uma mão segurou seu rosto quando ele perscrutou profundamente nos seus olhos.
— Você tem alguma ideia de quão louco você me deixa? Todas as coisas que quero fazer com você?
— Não. Diga-me.
Ele baixou a cabeça e aninhou a bochecha dela com a dele enquanto inalava profundamente.
— Você está no cio. Cheira tão bem que eu poderia comer você viva.
Sua barriga apertou em resposta e ela virou de lado para encará-lo enquanto as mãos abriram no seu peito para apoiar lá. Sua pele quente parecia acetinada e ela adorava tocá-lo.
— Mais cortante, hein? — Ela soube que não era o que ele queria dizer e sorriu quando ele encontrou seu olhar.
A língua dele molhou os lábios e o olhar desceu por seu corpo até seu colo.
— Abra-se para mim. Você sabe o que eu quero.
Ela rolou de costas e espalhou as coxas, erguendo as pernas ao mesmo tempo. Tiger moveu-se rápido e deslizou para cama. O coração de Zandy disparou quando observou ele agachar-se sobre ela e as mãos agarrarem suas coxas. Ele suavemente ronronou e baixou o rosto.
— Poderia ficar aqui por horas.
— Você me mataria.
O olhar se ergueu.
— Não diga isso.
— Foi uma piada. Apenas quis dizer que não tenho certeza se poderia tomar horas disto.
Suas feições endureceram e a voz saiu mais profunda.
— Estou tentando manter o controle por você. Não quero te assustar.
— Você estando aí mesmo não é assustador a menos que você morda. Realmente gosto quando você faz isso em mim.
Ele acariciou suas coxas com as mãos.
— Quero fazer mais do que isso.
— O que você quer, Tiger?
Ele fechou os olhos.
— Tiger?
Ele os abriu para olhá-la e ela viu algo em seu olhar que afez prender a respiração. Existia uma exibição de fome crua, mas ela não entendeu o que causou isto.
— Quero tudo com você, mas tenho medo que te assustaria se eu deixar ir meu controle. Você está no cio e isso me chama em maneiras que a chocariam.
— Estou me sentindo realmente corajosa, — ela admitiu. — Realmente excitada.
— Não sou completamente humano.
— Eu sei.
Ele piscou.
— Você realmente entende isto?
Ela assentiu bruscamente.
— Você ronrona, Tiger. Você rosna. Tem esses olhos incrivelmente bonitos que eu amo fitar. Tem os dentes afiados. Confie em mim, eu entendo. Ainda estou aqui nua com você. Não tenho medo. Não vai me machucar. Confio muito em você, então pare de conter-se.
— Há oficiais. Lembre-se disto. — Foi o único aviso que ela teve.
Tiger inclinou a cabeça e a boca firmou sobre seu clitóris. Zandy fechou os olhos quando a língua quente começou a brincar, roçando com força contra o feixe de nervos. Ele aninhou a boca firme contra ela, as mãos empurrando as coxas mais afastadas para dar-lhe espaço.
Prazer agarrou-a – rápido e furioso. As costas arquearam para pressionar a vagina mais firme contra a boca faminta. Um braço ergueu e ela lançou sobre a boca aberta para abafar o som enquanto gemia. Tiger não mostrou misericórdia quando manipulou seu clitóris, achado aquele lugarzinho que a deixava insana e ela gozou forte.
Ele retirou a boca e a cama se moveu. Zandy abriu os olhos justo quando as mãos dele foram das coxas para os tornozelos.
Ela olhou para baixo quando ele deslizou fora do fim da cama e a puxou para baixo. Seu olhar intenso segurou o dela até que ele a virou, agarrou seus quadris e seus joelhos suavemente bateram no tapete. Ele a curvou sobre o lado da cama e as pernas abertas dele no lado de fora das dela.
A cabeça do pênis roçou a borda da vagina quando ele estendeu a mão entre eles para ajustá-lo, achou exatamente onde queria estar e lentamente entrou nela. Ela gemeu e arranhou a roupa da cama na maravilhosa sensação do seu eixo grosso a estirando para tomá-lo.
— Não posso parar, — ele rosnou. — Eu preciso de você.
Seu corpo se curvou em torno do dela para fixá-la firmemente contra a cama. As mãos agarraram a dela onde se grudavam à cama e a boca roçou quentes, molhados beijos no lado de sua garganta. Ele impulsionou nela profundamente e a fodeu duro, rápido.
Zandy gemeu alto e apertou a boca contra a cama. Não podia se mover do jeito que ele a tinha fixado. Só podia tomá-lo e sentir cada impulso do seu pau. OS músculos vaginais ainda estavam se contorcendo do seu clímax. Não demorou muito para ele levá-la a um segundo. Gritou, abafando o som contra a roupa de cama enquanto sentia-o gozar.
Seu corpo tremia sobre o dela quando jatos quentes de sêmen a encheram bem no fundo. Ele rosnou, parou de beijá-la enquanto arquejava e gemia. Os quadris contraiam com cada puxão da sua liberação. Ela esperou que ele lentamente saísse depois que pareceu se recuperar, mas, ao invés, ele começou a mover-se novamente, transando com ela um pouco mais lento.
— Eu podia tomar você por horas, — ele falou áspero. — Eu vou. Não posso parar. Você está tão quente e molhada para mim. Tão apertada. Você é minha, Zandy.
Ela gemeu. Ele poderia matá-la, mas que maneira de ir.
— Eu... — Ela parou, chocada com o que quase disse.
Tiger fez uma pausa.
— Você o quê? Você quer que eu pare? Está dolorida?
— Continue, — ela incidiu. Quase disse a ele que o amava. — Não pare.
Seus dentes levemente varreram sua garganta.
— Não vou. — Ele começou a mover novamente, fodendo profundo e de forma constante.
Prazer rolou por ela. Ele a levou ao clímax novamente e encontrou o próprio. Não protestou quando Tiger a ergueu posteriormente. Ele a colocou de volta na cama e enrolou-se atrás dela. Beijos leves roçavam seu ombro e bochecha enquanto ele a abraçava com força.
— Vou te despertar durante a noite. Você está exausta, entretanto. Tente descansar um pouco.
— Isso foi incrível.
Ele suavemente ronronou.
— Foi e será novamente. Descanse, Zandy. — Diversão soou em sua voz. — Acho que a desgastei.
Ela sorriu e fechou os olhos.
— Você me faz totalmente entender por que homens desmaiam depois do sexo.
Tiger soube quando Zandy adormeceu. O pênis ainda estava duro e ele doía para tomá-la novamente. Porque ela estava no cio, ele ficaria em sua condição despertada desde que o cheiro tentador dela enchia seu nariz.
Ela estava no cio completo e não tinha usado preservativos. Não sabia que poderia engravidá-la. A culpa o comeu por não adverti-la do que poderia acontecer, mas não se arrependeu. Precisaria dizer a ela a verdade, entretanto. Sua relação alcançou o estagio onde sabia que era hora de compartilhar informações secretas com ela. Ele a queria como sua companheira e ela precisaria ser informada da verdade para fazer essa decisão.
E se ela dissesse não? Dor apertou seu peito. Ela poderia dizer que não queria outro macho em sua vida. Ela teve dois que tinham prejudicado seu coração e a traído. Eles foram humanos, mas ela poderia não entender quão diferente ele era deles.
O celular zumbindo de Tiger o acordou antes de amanhecer. Ele odiava afastar-se de Zandy, mas tinha de responder. Agarrou-o do bolso e andou para a sala, fechando a porta para evitar sua voz de acordá-la.
— Tiger.
— É Brass. Nós tivemos um assalto em larga escala em Homeland. Dois de nossos machos estão feridos, dois humanos estão mortos e estamos enfrentando uma revolta dos manifestantes. Precisamos de ajuda imediatamente. A força tarefa humana está aqui e temos a polícia humana ajudando, mas Justice quer você aqui também. Você tem um jeito com nossos machos, de mantê-los tranquilos.
— O que aconteceu? — Tiger imediatamente se alarmou.
— Dois desses malditos humanos loucos dirigiram até o portão e saíram gritando sobre como nós somos animais. O carro apenas explodiu. Suspeitamos de um carro bomba que eles detonaram. Os humanos morreram instantaneamente. Dois de nossos machos foram imediatamente jogados para fora dos muros pela força da explosão. Estão em mau estado, mas vão sobreviver. Nossos machos estão furiosos. Os manifestantes estão mentindo, dizendo que nós explodimos o carro. Isso se transformou em um pesadelo. A execução de lei humana e nossa força-tarefa estão tentando lidar com a situação, mas nossos machos estão enquadrados para serem presos. Estão cansados de serem atacados e Justice acha que sua boa natureza e humor são desesperadamente necessários. Quão rápido você pode estar aqui?
— Estou a caminho. — Ele desligou e discou Segurança. — Tenha o helicóptero pronto. Eu preciso chegar a Homeland agora.
— Entendido.
Ele desligou e fitou a porta fechada do quarto. Não queria deixar Zandy, mas ele não teve escolha. Ele ia somente por algumas horas.
Zandy acordou sozinha, mas Tiger tinha deixado uma nota no travesseiro. Ela leu e sorriu. Ele planejou levá-la para sua casa para jantar mais tarde. Isso tinha que ser um bom sinal de que planejava continuar a vendo. Tomou banho, se vestiu, e ligou a televisão quando o café da manhã foi entregue à sua porta por um oficial sombrio.
Ela o agradeceu e sentou-se no sofá, abrindo o saco. O comercial terminou e a abertura da notícia deixou Zandy olhando estupidamente para a tela. A visão de fundo dos marcados e retorcidos portões de Homeland prendeu sua atenção quando uma repórter loira e tagarela considerava o que aconteceu ali, no meio da noite. Dois suspeitos membros de um grupo de ódio estavam mortos enquanto dois Novas Espécies foram feridos.
— Merda. — Seu apetite se foi.
Ela trocou de canais, pegando mais da mesma história mas, de repórteres diferentes. Os dois Novas Espécies viveriam. Foi um carro bomba e ambos os homens que tinham dirigido o carro até o portão morreram na explosão. Sua mente se foi toda para o correio de ódio que tinha lido, mas ninguém tinha feito ameaças contra a ONE com carros bombas.
Tiger estava bem? Chateado? Não o culparia se odiasse os humanos. Somente esperava que não a juntasse com aqueles que atacaram Homeland. Eram amigos dele os feridos Novas Espécies? Ela se levantou e desligou a televisão. Ele a ligaria e ela lhe perguntaria sobre isto.
Estaria lá para ele se precisasse dela. Colocou os sapatos e caminhou até a porta, querendo começar a trabalhar.
Richard pareceu surpreso por vê-la quando ela entrou no escritório.
— Achei que estava tirando alguns dias de folga.
— Não.
Ele sorriu.
— Eu acho que você está usando absorventes? — Diversão iluminou seus olhos escuros. — Eu não vi sua escolta cheirando você ou babando.
— Sim. Tive alguns desses entregues a mim. Você viu as notícias?
O humor desapareceu.
— Sim. Eles não enviaram quaisquer ameaças para nos advertir.
— Isso foi o que passou na minha cabeça quando vi as notícias. Espero que não tenhamos perdido qualquer coisa.
— Não fizemos. Os verdadeiros fanáticos raramente enviam advertências. Eles somente atacam.
— O que você ouviu que não está no noticiário?
— Eu conversei com alguém em Homeland a primeira coisa esta manhã. Os oficiais vão se recuperar. A maioria deles sofreram cortes e contusões da queda. Tiveram sorte de bater em uma área gramada e não no pavimento. O equipamento de proteção também ajudou a evitar danos mais graves. Tivemos sorte desta vez. Espere muitas ameaças para entrar. Idiotas imitadores e loucos tendem a fazer isso depois de um destes eventos.
— Eventos? — Zandy se sentou com força na cadeira. — Isso soa como uma palavra tão doméstica para o que aconteceu. Continuo pensando sobre quão pior isso poderia ter sido.
— O que mais você quer que eu os chame? É fodidamente horrível. Estremeço só de pensar no que poderia ter acontecido ou quantas Novas Espécies poderiam ter sido mortas se eles tivessem usado mais explosivos. Você viu o dano aos portões? Torceu parte deles.
— Eu vi.
Richard levantou da mesa para agachar-se em frente dela e olhar em seus olhos. — Você está bem? Realmente parece abalada por isto.
Lágrimas encheram seus olhos.
— Não. Poderia ter acontecido aqui. — Ela pensou em Tiger, Creek e todos os outros que ela conheceu. — Novas Espécies são realmente legais. Por que aqueles babacas não podem deixá-los em paz?
Richard pegou sua mão.
— Eu sei, querida. Isso é irritante. Não podemos controlar os idiotas do mundo, mas desta vez funcionou a nosso favor. Nenhum Nova Espécie morreu. Nós ajudamos onde podemos. É por isso que lemos toda essa merda que entra. Apenas se concentre no trabalho e talvez encontremos uma ameaça real hoje. Assim é como achamos e paramos os idiotas que podemos. Ok?
Ela apertou sua mão.
— Obrigada por levantar meu ânimo.
— Sem problema. — Ele endireitou-se e a soltou. — Teremos o almoço trazido para nós. Vamos nos colocar no trabalho tantas horas quando podemos hoje. Jogar-me no trabalho sempre me ajuda.
— Obrigada.
Ele encolheu os ombros.
— Ah. Eu trouxe o seu perfume. — Ele abriu uma das gavetas da mesa e ergueu um frasquinho. — Eu estava planejando dá-lo a Creek hoje para chegar até você.
Ela sorriu.
— Obrigada e, por favor, agradeça a sua esposa.
Seu sorriso retornou.
— Ela amou ouvir sobre mulheres entrando no cio. Disse que era realmente interessante.
Lembranças de Tiger na sua cama a fez baixar o olhar. Era diretamente sensual. Foi um dos sexos mais quentes que já teve. Não podia esperar para repetir mais tarde, quando Tiger viesse buscá-la para levar para a casa. Imaginava como a casa dele seria.
Eles trabalharam durante o almoço, a mente ainda em Tiger, e se assustou quando o telefone do escritório tocou. Richard olhou para ela quando ela encontrou seu olhar.
— Atenda.
Ela agarrou.
— Oi?
— Oi, Zandy.
A voz de Tiger foi música para seus ouvidos.
— Oi. — Afastou-se de Richard, ignorando seu olhar curioso.
— Eu tive que voar para Homeland esta manhã depois de ter sido atacado. Você ouviu?
— Ouvi. Eu sinto muito. Está tudo bem? Você está bem?
— Nossos homens vão se recuperar e a situação está melhorando a cada hora. Estou preso aqui, entretanto. Não tenho certeza se serei capaz de retornar esta noite.
Decepção acertou.
— Eu entendo. Você precisa fazer o seu melhor.
— Eu queria fazer um jantar para você na minha casa.
— Eu também queria. Podemos fazer planos para fazer isto amanhã à noite.
— Parece uma boa ideia. — Ele hesitou. — Vou te ligar hoje à noite por voltas das nove. Podemos conversar mais então. Tenho uma reunião para assistir.
— Você tem meu número de celular?
Ele fez uma pausa.
— Dê-me.
Ela deu-lhe seu número e ele disse:
— Falarei com você hoje à noite. Tenha cuidado.
— Terei.
Ele desligou e Zandy devolveu o telefone a base. Ela sabia que seu colega de trabalho a observava.
— Esse foi o Angel?
— Sim.
— Por que ele tem que ter cuidado? O que ele faz para viver?
— Você não tem trabalho a fazer?
—Tudo bem. Não derrame os feijões7. Deixe-me refletindo sobre este homem misterioso. Soou como se estivesse planejando outro encontro com ele. Sabe o que isso me diz?
ˇ“spill the beans”, significa dizer dedurar, dar com a língua nos dentes, dizer as pessoas informações secretas.
— O quê? — Ela virou a cadeira para encará-lo.
— A terceira vez é o charme. — Richard piscou. — Tanto para não ficar séria8. Quantos encontros com esse fará?
ˇ Uma forma de dizer que alguém quer “exclusividade”, que está começando a ter sentimentos fortes para outra pessoa e está pronta para tomar o próximo nível no relacionamento.
— Não estou contando, — ela mentiu.
— Ela protesta demais. — Richard meneou as sobrancelhas. — Você sabe o que é esse som? — Ele inclinou o ouvido.
Ela não ouviu nada e olhou para ele com suspeita.
—O que?
— Acho que ouço sinos de casamento a distancia.
— Cale a boca. — Ela jogou um clipe de papel nele, que ele pegou.
Ela voltou-se para a tela de computador e sorriu. A ideia de tornar as coisas sérias com Tiger não a encheu mais de medo.
Tiger estava estressado e cansado. Tinha sido um dia longo e a noite não estava ficando melhor. Olhou os machos que compartilhavam o helicóptero com ele e soube que estavam todos mais do que prontos para retornar a Reserva.
Pensamentos de Zandy enchiam sua cabeça. Seria depois das dez quando pousassem, mas planejou visitá-la para fazer as pazes por não poder ligar. Queria subir na sua cama e apenas abraçá-la. Ela ainda estaria no cio. Seu pau veio à vida somente lembrando a noite anterior.
Movimento chamou sua atenção e encontrou o olhar frio de Zest. O homem lançou-lhe um fone de ouvido e ele colocou. Eles chegariam a Reserva em breve.
— Dia longo.
— Sim, — Tiger concordou. — Estarei contente por chegar em casa.
— Você gostaria de ir para uma corrida quando chegarmos? Duvido que possa dormir. O estresse foi palpável. Pensei que Justice ia ter um derrame gritando com a polícia local por não dar apoio suficiente à ONE.
— Não. Tenho planos. A última coisa que quero fazer é algo ao ar livre.
O outro homem sorriu.
— Que fêmea é esta?
Tiger tirou o fone de ouvido e jogou-o para trás, sorrindo. Zest pegou-o e riu. Pendurou de volta na parede ao lado dos pilotos atrás do assento. Tiger fechou os olhos e tentou ignorar a maneira que o vento batia no helicóptero. Voar não era algo que gostava, um crente firme que teria nascido com asas se fosse feito para voar.
Algo tiniu metálico em uma rápida sucessão. Seus olhos se abriram quando o helicóptero de repente imergiu drasticamente. Um sino de alarme gritou e viu luzes vermelhas piscando
provenientes da cabina do piloto. Zest lançou-lhe um fone de ouvido e ele colocou quando helicóptero subiu e caiu novamente. Foi um movimento violento que fez todos os machos olharem um para o outro com medo.
— Mayday, — o piloto humano gritou no fone de ouvido. — Aqui é Blade Um da Reserva. Estamos sob ataque de fogo armado vindo dos bosques e está nos causando danos.
Choque reverberou por Tiger. Não estava certo do que isso significava. Algo mais atingiu o helicóptero e o vidro rachou na porta diante dele. Percebeu que alguém tinha disparado algum tipo de arma e atingiu-os novamente. O alarme da frente ficou mais alto e o piloto gritou coordenadas e desviou tão forte para a direita que Tiger teria sido jogado do assento se não fosse pelo cinto.
— Estamos indo para baixo, — o piloto gritou. — Eles atiraram em um dos tubos de combustível e estamos perdendo pressão. Mayday, repito, mayday. Aqui é Blade Um da Reserva. Estamos sob fogo e sofremos múltiplos golpes.
O olhar de Tiger encontrou o de Zest, viu o medo do outro Espécie, e soube que sua própria expressão devia refletir isso. Olhou para os dois outros machos. Ambos olharam para ele em busca de orientação até que a energia desligou e tudo ficou escuro.
— Preparem-se para o impacto, — o piloto gritou para eles. — Estamos caindo.
O helicóptero inclinou perigosamente para um lado. A sensação fez o estômago de Tiger protestar e os motores que eram normalmente tão altos desligaram. Ninguém gritou. Foi uma sensação de mal estar quando caiam em um silêncio assustador.
Segundos depois acertaram algo duro, atordoando Tiger uma vez que esperava cair por um tempo. O vidro e metal levaram o peso do impacto para as copas das árvores. O helicóptero pareceu capotar antes que de bater com força no chão.
Dor atingiu Tiger no lugar onde o cinto o prendia no lugar. A perna e braço doíam muito. As luzes tremulavam dentro do interior danificado e ele viu movimento do banco em frente a ele. Algo molhado o cegou e tentou enxugar os olhos. Um braço se recusou a mover e vertigem o agarrou.
— Eu sinto cheiro de gás, — uma voz profunda rosnou. — Você está vivo?
Conhecia essa voz, mas seu cérebro não podia identificá-la. Ele estava muito machucado e respirar causava pontadas de dor no peito. O fedor de sangue e gás encheu seus sentidos embaraçados. Uma mão tocou na sua garganta.
— Tiger?
Ele lutou para abrir os olhos e quando fez, mal pôde perceber o rosto de Zest. O macho estava sangrando pelo nariz e tinha um corte ao longo da testa. Tiger tentou falar, mas nada saiu.
— Tenho você, Tiger, — Zest rosnou. — O helicóptero está vazando gás. Nós precisamos tirar você daqui. Sinto muito. Isto vai doer.
A pressão em torno da cintura de repente desapareceu e mãos o pegaram. Ele rosnou de dor e quase desmaiou. Sabia que estava sendo erguido e outro par de mãos o agarrou debaixo dos braços. A perna bateu em algo e ele gritou. Sentiu como se aquela perna tivesse apenas sido rasgada do seu corpo.
Tiger acordou ao som de gemidos. Os olhos abriram e chamas o cegou. Piscou algumas vezes para tentar limpar a vista, mas o fogo era muito brilhante. Achou que podia perceber o esboço do helicóptero destruído na lateral em algum lugar nas chamas altas.
Um macho grande arrastava alguém longe do fogo e ele reconheceu as costas de Zest. Trouxe quem quer que puxasse para mais perto e Tiger soube que era a pessoa que fazia aqueles sons horríveis.
O piloto era humano. O macho ferido tinha algumas queimaduras no braço que ele acenou no ar quando Zest se afastou depois de soltá-lo. Seu amigo caiu de joelhos, sangue manchando seu lado e um uivo rasgou da sua boca aberta.
Tiger acordou novamente quando alguém tocou no seu rosto. Perscrutou em um par de olhos azuis. Zest estava péssimo com o rosto ensanguentado e o cabelo escuro emaranhado com manchas de sangue.
— Espere, Tiger. Tiramos você antes do helicóptero pegar fogo, mas o piloto não foi tão sortudo. Ele tem algumas queimaduras graves. — Zest colocou a mão na testa de Tiger, segurando-o com força. — Você quebrou os ossos. Colidimos perto da Reserva. A ajuda está chegando. — Ele virou a cabeça.
— Ascend?
— Eles estão perto, — o outro macho respondeu. Um uivo veio dele e um distante respondeu em segundos. — Ouviu? Não estão tão longe.
Zest se encolheu.
— Você ouviu? Eles estarão aqui em breve. O Médico estará em alerta e pronto para você. Não desista. Lute para respirar, Tiger. Não morra.
Tiger fechou os olhos, muito atordoado e fraco para tentar focar sua visão. Não iria subir na cama de Zandy hoje à noite. Provavelmente nunca a veria novamente. Agonia o apunhalou com cada respiração e a cabeça pareceu como se estivesse em pedaços. Um par de belos olhos verdes encheu seus pensamentos e a lembrança do rosto dela foi tudo que o manteve lutando para viver.
Ele nunca deveria ter se envolvido com Zandy Gordon. Ela lamentaria a perda dele e ele exporia a ela ao tipo de ódio que muito provavelmente o matou. O helicóptero foi abatido. Eles estavam se aproximando da Reserva quando o ataque aconteceu. Não poderia ter sido não intencional.
Ele não estaria mais por perto para proteger Zandy. Ela estaria indefesa contra os humanos que odiavam Espécies e eles viriam atrás dela por trabalhar para a ONE. Seria apenas fazer seu alvo maior se alguém descobrisse que compartilhou sexo com ele. Quis rugir de raiva com o pensamento de alguém a machucando.
Pesar o encheu. Tinha sido egoísta de estar com ela e devia ter pensado sobre a segurança dela em primeiro lugar. Fury tomou Ellie como companheira e os seres humanos
tentaram atirar nela. Slade e Trisha quase foram mortos por caçadores que haviam perseguido eles depois de bater no veículo que estavam viajando. A Tammy de Valiant foi sequestrada apenas por ser sua companheira. Justice não podia se apaixonar sem causar um bombardeio nos portões de Homeland pelos idiotas que acreditavam que Espécies e humanos não deveriam formar relações.
Tiger admitiu que era a verdadeira razão que tinha sido tão relutante em nunca considerar tomar uma companheira humana. Viu todos os seus amigos sofrerem o terror de ter as fêmeas que se apaixonaram atormentadas de alguma forma. Estar com um Espécie tinha lhes causado sofrimento. A culpa o devorou, sabendo que um macho mais forte teria pensado sobre isso antes de ser muito tarde. Ele foi egoísta por expor Zandy ao perigo.
— Tiger? — Zest manteve o aperto nele. — Eu ouço motores. Estao muito perto. Aguente, meu amigo.
Sua boca abriu. Queria Zest para jurar a proteger Zandy com sua vida. O homem era seu amigo e faria isto. Um gemido suave saiu, mas nenhuma palavra. Tentou se concentrar com mais força, mas estava se esvaindo. A dor intensificou e tudo desapareceu na escuridão.
Zandy olhou para o celular. Tiger não tinha ligado e se passou mais de uma hora desde que disse que faria. Ergueu o olhar para o relógio com um suspiro alto. Era quase dez e meia. Tinha que trabalhar de manhã, precisava dormir, e tentou não se sentir machucada por ele deveria ter se esquecido dela.
Ela se levantou e levou a taça para cozinha. Uma série de desculpas se formou na sua mente. Ele poderia ter sido preso em uma reunião ou estava exausto e tinha adormecido. Qualquer que seja a razão, sentiu falta de ouvi sua voz. Queria conversar com ele, mas não tinha nenhuma ideia de como contatá-lo. Pegou o celular e desligou as luzes enquanto se dirigia para cama.
Estava vazio e frio sem o corpo grande de Tiger e sua pele aquecida. Lançou-se e virou, pensando talvez que ele tinha esquecido seu número. Ele podia ter perdido o número. Talvez o quadro de distribuição estivesse muito ocupado para conectar sua chamada.
— Droga, — ela suspirou. Ele não tinha ligado. Isso não era o fim do mundo. Ele tinha uma vida e coisas mais importantes para fazer que dizer-lhe boa noite. Uma emergência tinha acontecido em Homeland e ele deveria ter se focado nisso.
Ela tentou dormir. Ela o veria em algum momento amanhã, com sorte. Eles jantariam na casa dele. Ela queria lhe dizer como realmente se sentia. Ele poderia terminar com ela quando admitisse que estava se apaixonando, mas pelo menos não estariam fingindo que sua relação era somente sexo.
Zandy tinha dormido demais e estava atrasada quando abriu a porta da frente para receber sua escolta. Perdeu o café da manhã. Alguém tinha deixado um prato coberto na sua mesa de café, mas não teve tempo para comer nada.
Smiley e três outros machos estavam reunidos no pátio quando ela saiu. Quatro pares de olhares sombrios viraram para ela. Alguns deles pareciam tão bravos que estremeceu.
— Sinto muito, estou dez minutos atrasada. Tive uma noite difícil. Espero que não tenha atrasado nenhum de vocês .
Smiley se aproximou.
— Não é você. Estamos chateados sobre o que aconteceu ontem à noite. — Ele olhou o relógio. — Eu nem percebi. Devia levá-la para trabalhar já. Vamos.
— O que aconteceu na noite passada? — Ela caminhou com ele quando a levava em direção a um dos jipes estacionados na calçada.
Ele parou e o olhou encontrou o dela.
— Você não ouviu o que aconteceu ainda?
— Não. Eu nem mesmo liguei a TV esta manhã. — Seu coração despencou. — Houve outro ataque em Homeland? Um dos oficiais feridos deu uma virada para pior? — Ela realmente não esperava.
— Ontem à noite um de nossos helicópteros foi abatido. Ainda estamos tentando entender como fizeram isto, mas ele colidiu. Isso aconteceu fora dos muros da ONE. Eles estavam se aproximando do chão, mas não fizeram isto.
— Oh meu deus. Todo mundo que estava a bordo está bem?
Ele hesitou.
— Um dos pilotos humanos está machucado. Ele tem queimaduras e ossos quebrados. A maior parte de nossos machos tinham ferimentos, mas Tiger é o pior deles.
Seus joelhos quase cederam.
— O quê?
Ele piscou.
— Sinto muito. Você o conhece. Tiger estava a bordo.
Ela apertou os braços de Smiley apenas para não cair. Lágrimas quentes depressa encheram seus olhos.
— Ele está vivo? Onde está ele?
O Espécie alto agarrou seus quadris para estabilizá-la e franziu a testa.
— Zandy, você está muito pálida de repente. Você está mal?
— Tiger está vivo? — As unhas cavaram nele onde tinha seus braços. — Ele está muito machucado? — Recusou-se a acreditar em que ele estava morto. O destino não poderia ser tão cruel. — Onde está ele, Smiley?
Ele estudou seus olhos e suavemente rosnou.
— Você compartilhou sexo com ele, não foi?
— Ele está vivo? — Ela gritou, frenética para obter uma resposta.
— Ele está vivo, mas em estado crítico. Sofreu múltiplas fraturas e um lesão na cabeça. Fomos informados que o piloto foi capaz de levá-los a uma altitude baixa antes dos motores falharem. Ele fez algum tipo de manobra para deter a força deles. Estimam que o helicóptero caiu cerca de cem pés dos galhos de árvore até o local do acidente. Isso amorteceu o impacto um pouco, mas pousou no lado onde Tiger se sentava.
Cada palavra que ele falou foi como um punhal no seu coração. Lágrimas deslizaram por suas bochechas. Ela esteve dormindo e Tiger estava lutando pela vida. Era além de horrível. Alguém devia ter lhe dito quando aconteceu. Teria estado ao lado dele.
— As costelas estão fraturadas, como também um braço e a perna. Ele sofreu cortes e um golpe na cabeça. Nossos doutores suspeitam de inchaço no cérebro,mas eles não têm certeza do quão extenso é o dano.
— Leve-me para ele.
Smiley franziu a testa.
— Ele não está aqui, Zandy. Seus ferimentos foram graves e nossos doutores sentiram que ele precisava de um neurocirurgião. Nós temos um desses. Ele foi levado a um centro de trauma algumas horas daqui ontem à noite. Ele está sob forte vigilância e protegido onde está.
— Onde? Eu quero ir lá. — O desejo de ficar ao lado de Tiger foi quase insuportável. Ela só tinha que vê-lo para ter certeza que estava realmente vivo. Ela estava caindo aos pedaços. — Eu preciso chegar até ele.
— Quantas vezes você compartilhou sexo com Tiger? Está realmente chateada por isto. Teve sexo com ele? Não me respondeu.
— O que isso importa? — Ela quis sacudi-lo. — Onde diabos está Tiger?
O aperto de Smiley nos seus quadris apertou e ele se inclinou o suficiente para olhar seus olhos.
— Responda-me.
— Sim! Está feliz agora? Onde está Tiger? Quero vê-lo.
Smiley a soltou e agarrou o celular.
— Quantas vezes? Preciso relatar isso imediatamente.
Sua boca abriu.
— O que? Não é assunto de ninguém quantas vezes Tiger e eu dormimos juntos. Exijo saber onde ele está, caramba. Quero vê-lo.
Smiley respirou fundo.
— Ele está sob forte vigilância tanto pela ONE quanto a equipe de tarefa humana atribuída para protegê-lo. Vou ter que consegui permissão, Zandy. Você não pode simplesmente ir ao seu quarto do hospital para vê-lo. Nunca permitiriam você se aproximar dele sem que sejam ordenados para fazer isso. Tenho que contatar Timber, ele é responsável da Reserva com Tiger ferido, e teria que dar permissão para você ir onde Tiger está sendo tratado. Ele vai querer saber a extensão da relação de vocês.
Ela enxugou as lágrimas.
— Estamos nos vendo desde o primeiro dia que comecei a trabalhar aqui. Passamos a noite juntos algumas vezes. Estamos nos encontrando. Deveria jantar com ele na noite passada na sua casa, mas ele foi chamado a Homeland, ok? Disse que me ligaria ontem à noite, mas não fez. — Ela fungou. — Ele não podia porque estava naquele acidente. Por favor, Smiley. Preciso vê-lo.
O olhar do macho suavizou.
— Você tem sentimentos profundos por Tiger.
— Sim.
Ele discou, observando a ela.
— É algumas horas de distancia. Você poderia querer pegar um conjunto extra de roupa enquanto eu consigo a permissão. Vou tentar juntar uma escolta para você o mais rápido possível. Não temos outro helicóptero à nossa disposição.
Ela virou e fugiu de volta para dentro do apartamento. As mãos tremiam muito quando correu até o quarto para pegar roupas. Tudo que teve que escolher era shorts, moletons e camisetas fornecidas pela ONE.
Smiley desligou o telefone quando ela caminhou para fora levando um conjunto extra de roupas. — Timber está chamando a equipe da força tarefa para autorizar você a visitar Tiger. — Ele fez uma pausa. — Você precisa esperar até anoitecer quando alguns machos puderem ser liberados das suas funções atuais para acompanhá-la para fora da Reserva e ao hospital onde Tiger está sendo tratado.
— Não. Eu quero ir até ele agora. — Impaciência estourou e então surgiu a necessidade de chegar a Tiger tão rápido quanto possível.
— Isso é o melhor que podemos fazer.
— Leve-me até meu carro. Eu vou sozinha.
Um som suave, animalesco veio de Smiley.
— Não. Não é seguro.
— Eu não dou a mínima. De jeito nenhum vou ser capaz de me sentar aqui o dia todo esperando para alguém mover-se para me conduzir. Diga-me em qual Hospital ele está e me leve até meu carro.
— Não.
Sua raiva aumentou.
— Você não pode me impedir. Estou partindo. Diga-me onde Tiger está, maldição. Ele está machucado e eu quero vê-lo.
— Smiley, — um dos machos interrompeu. — Ela deseja ir. Ela não é um prisioneiro. — Ele limpou a garganta e cativantes olhos em nuances vermelhos fixaram nela. — Acompanharei você até seu carro. Vai precisar de identificação para a equipe da força tarefa humana. Vão querer ver isso se chegar sem acompanhantes para provar a sua identidade. — Ele farejou. — Você não leva o cheiro de Tiger.
— Fique fora disso, Jericho.
O grande macho tinha cabelo preto que foi puxado para trás em uma trança longa. Ele rosnou a Smiley enquanto olhava para ele. — A fêmea está muito agitada. Nós dois sabemos que se Tiger está compartilhando sexo com ela, deve significar muito para ele. Sei que ela está no cio e isso pode estar deixando você irracional, mas ela deseja sair. — Ele hesitou. — Ela pode ser pequena, mas eu aposto que não é uma que deseja enraivar. As fêmeas têm um jeito de ficar quites. — Ele se aproximou e estendeu o braço para ela. — Acompanharei você até seu veículo. Tem identificação? Eles pedirão isto.
— Na minha bolsa, — ela admitiu, agradecida quando enrolou os dedos em torno do seu braço. Seus olhos eram tão estranhos que não podia deixar de olhar um pouco.
Ele hesitou.
— Eu sou primata como Smiley, mas essas características são mais pronunciadas comigo. Não há muitos de nós. — Ele puxou-a adiante.
— Você provavelmente não viu olhos semelhantes aos meus antes. Sou encarado com frequência quando entro em contato com humanos.
— São muito bonitos.
Ele fez um som de bufar.
— Assustador talvez, mas não atraente. — Ele a ajudou-a a entrar num Jipe.
Ela olhou para Smiley e viu o quão infeliz ele parecia quando franziu a testa profundamente. Seu acompanhante subiu no banco do motorista e se afastou da calçada assim que ligou o motor.
— Smiley estava muito interessado em você. Falava de você frequentemente. Ele também foi claro que você recusou suas ofertas. Não se sinta mal por ele.
— Nesse momento, tudo que sinto é medo e preocupação. Tiger vai ficar bem?
— Ele é um macho forte em boas mãos de profissionais médicos. Ficamos curados rapidamente – mais rápido que humanos típicos fazem. Eles nos criaram assim e é um bom sinal de que Tiger sobreviveu a todas estas horas. Apostaria uma semana de minhas tortas de creme que ele viverá.
Ela olhou estupidamente ao Nova Espécie. Ele sorriu, a atenção na estrada.
— Posso sentir você me encarando. Tenho um carinho por tortas de creme e não desistiria delas facilmente ou apostaria elas sem ter certeza que estou certo. — Ele riu. — E não, banana não é meu favorito. Gosto mais de Chocolate e coco.
Ela apreciou sua tentativa de humor e suas garantias de que Tiger sobreviveria. Ele deu-lhe o nome do hospital e disse-lhe para perguntar por Trey Roberts quando ela chegasse lá. — Ele está dirigindo a equipe de tarefa humana protegendo Tiger. Ele vai pedir a identificação. Não esqueça isto.
— Não irei.
Ele a conduziu até o portão leste e estacionou.
— Vou pedir para dois oficiais seguirem você pelo trecho da rodovia até a estrada principal. Não queremos correr o risco de você ser atacada. — Ele saltou para fora. — Vá para seu carro. Vou arranjar isso agora.
— Muito obrigado.
Ele levantou a cabeça para olhá-la com aqueles olhos estranhos, contudo atraentes. — Estou esperando que sua presença vá ajudar Tiger a curar mais rápido. — Seu olhar percorreu rapidamente sobre seu corpo. — Ele estará motivado para curar-se por você. — Um sorriso pequeno apareceu. — Sem mencionar que nós brincamos sobre como o odor de uma fêmea no cio pode nos levar a fazer qualquer coisa que desejamos. Você o quer também.
Zandy gostou do homem. Ele se afastou para conversar com os oficiais na guarita. Eles tiveram dois dos oficiais mais fortemente armados para descer dos muros elevados e subir num Jipe. Ela os seguiu por alguns quilômetros até que eles pararam ao lado da estrada para acenar a ela para passar deles quando tiveram certeza que ninguém rondava a área florestal procurando por um alvo fácil.
Ela deu-lhes um aceno de agradecimento e dirigiu até sua casa. Precisava imprimir um mapa e pegar algumas de suas próprias roupas. A área ainda era um pouco desconhecida para ela e desejou que tivesse um sistema de GPS no carro. O dinheiro sempre era apertado, entretanto, e era um gasto que não podia perder. Vendo a casa depois de alguns dias afastada a fez perceber que não tinha sentido tanta saudade.
A casa de dois quartos tinha estado em sua faixa de preço e orçamento. Tinha comprado por essa razão mais do que por amá-la. Destrancou a porta, passou por cima do correio no chão que tinha sido empurrada através da abertura do correio, e caminhou até a mesa. Ligou o laptop enquanto se apressava para o quarto. Em minutos ela se trocou e colocou um jeans confortável, uma regata, e tinha empacotado uma pequena mala para a noite.
Só levou um minuto para levantar o percurso até o hospital onde Tiger tinha sido levado e o imprimiu. Agarrou a mala e deixou a casa. Queria ficar com ele, logo que fosse capaz. Preocupação a consumiu. Ele realmente estaria bem? Jericho pareceu muito certo, e isso ajudou a mantê-la tranquila durante as próximas horas enquanto dirigia.
A mulher na área da recepção olhou para ela inexpressivamente quando pediu para falar com Trey Roberts.
— Eu não sei quem é.
Zandy baixou a voz.
— Ele está no comando de um detalhe de segurança aqui. Um Nova Espécie foi trazido ontem à noite. Seu nome é Tiger e ele pode estar listado sob o sobrenome de North.
Os olhos da mulher se estreitaram.
— Nós não temos pacientes Novas Espécies.
— Vocês têm, — insistiu Zandy. Ela alcançou dentro da bolsa e estapeou abaixo sua carteira de motorista. — Chame o chefe de segurança dele e deixe-lhes saber que estou aqui. Estão me esperando.
A mulher estendeu a mão e pegou a identificação e estudou antes de olhar ao redor. A voz saiu baixa. — Ninguém é para saber que ele é um paciente aqui. A imprensa estaria por todo lado. Sente-se enquanto chamo o andar superior.
— Obrigado.
Ela se sentou, nervosa e preocupada. Em questão de minutos observou um homem alto, corpulento em uma camisa cinza de algodão e mangas compridas e jeans se aproximar da recepção. A mulher que ela tinha falado entregou sua carteira de motorista para ele e apontou. Zandy se levantou quando o olhar dele se encontrou com o dela.
— Zandy Gordon. — Ele entregou-lhe sua carteira de motorista. — Sou Trey Roberts. Por favor, siga-me.
Excitação e preocupação a agarrou enquanto as portas do elevador fecharam.
— Como está Tiger?
Ele de repente moveu-se e as mãos percorriam seu corpo.
— Desculpe. Tenho que revistar você.
Ela não resistiu.
— Tiger está ok? Qual é a sua condição? Disseram que ele teve algumas fraturas e um ferimento na cabeça.
Ele a virou, revistando-a de costas.
— Só estou levando você para a equipe ONE. Eles responderão suas perguntas. Você está limpa. — Ele soltou-a e estendeu a mão. — Dê-me a bolsa e a mala. Tenho que verificá-las.
Ela deu os dois facilmente. As portas abriram e eles saíram no oitavo andar. Ele apontou para dois homens vestidos similares a ele e ambos os caras musculosos destacaram-se no ambiente hospitalar.
— Vá com eles. Terei que passar suas malas por aqui.
Ela seguiu os homens por um corredor e em um quarto. Dois grandes Novas Espécies estavam dentro. Eles usavam camisetas e jeans também, e franziram a testa quando a porta fechou atrás dela como os guardas humanos deixaram-lhe sozinha com eles.
— Sou Bestial, — o gigante de cabelos negros declarou. — Este é Jaded. Você é Zandy Gordon. — Ele inalou o ar, andou um círculo em volta dela para estudar cada centímetro do seu corpo e olhou quando ele parou em frente dela. — Você não tem o cheiro de Tiger e tenho dúvidas da sua história. Ele não gosta de mulheres humanas.
O Nova Espécie de cabelo negro com olhos verdes-claros rosnou suavemente para o outro.
— Seja amável, Bestial. Não é impossível. Ela é atraente. É possível que ela esteja dizendo a verdade.
— Eu não acredito nisso. — Seus olhos escuros estreitaram. — Prove, fêmea.
— Como ela vai fazer isto? Tiger está inconsciente. Ela não leva o odor dele. — Cruzou os braços sobre o peito. — O homem Espécie que chamou pareceu acreditar nela. Ele conhece esta humana. Precisaremos ter fé que é verdade.
— Ela não vai se aproximar de Tiger. — Bestial bloqueou seu caminho.
Frustração e raiva aumentaram em Zandy. Ela ergueu a mão e agarrou a camisa, puxou para o lado e virou o suficiente para lançar o cabelo fora do caminho e revelar a parte de trás do ombro. Os arranhões e marcas de mordidas dos dentes de Tiger não podiam ser perdidos.
— Isto é suficiente para te provar que estou dizendo a verdade? Essas são de Tiger. — Ela olhou para o Nova Espécie muito mais alto em desafio. — Você pode enviar alguém para o apartamento na Reserva onde estou hospedada e tê-los para cheirar minha cama. Tiger dormiu lá comigo. Não há serviço de limpeza e eu não pude lavar os lençóis.
Choque alargou os olhos de Bestial enquanto ele fitava o dano à sua pele.
— Você é sua companheira. Por que não disse logo?
— Não estamos acasalados. — Ela soltou a camisa e olhou para ele. — Ele não queria me morder. Nunca teria mostrado a alguém desde que ele disse que as pessoas presumiriam isso, mas farei de tudo para vê-lo. — Ela deu um passo mais perto. — Ele está nesse quarto atrás de você? Por favor, mova-se se ele estiver. Já percorri um longo caminho e não vou partir até que eu tenha certeza que está bem. — Suas mãos cerraram em seus lados, prontos fazer a batalha se fosse necessário. — Você pode ser maior, mas estou determinada.
A boca de Bestial se separou, mas foi Jaded que falou.
— Eu saio do caminho.
O grande homem recuou e empurrou a porta. Levava a um quarto de hospital e a visão da forma imóvel na cama pegou a atenção completa de Zandy. As lágrimas a cegou quando ela viu como Tiger parecia pálido deitado na cama. Um curativo cobria a maior parte do seu cabelo longo e listrado. Uma contusão marcava uma bochecha. Seu olhar desceu para o peito nu onde ligações do monitor foram presos. O braço e perna esquerda estavam engessados, as costelas estavam embrulhadas e cortes arruinaram a pele.
— Oh, deus. —As pernas quase dobraram, mas ela correu para a lateral dele. Sua mão tremia quando suavemente tocou seu ombro, um lugar livre de ferimentos. — Quão ruim ele está? — Lágrimas quentes riscavam suas bochechas. — Ele vai sobreviver?
— Estamos dando-lhe drogas especiais projetadas para nos ajudar a curar mais rápido. Ele não acordou ainda. — Jaded se aproximou dela. — Ele teve danos internos, nove fraturas em todo o corpo, e algum inchaço no cérebro. Está melhorando, entretanto. A pressão sanguínea estabilizou e os ossos estão consertando.
Ela assentiu.
— Como eu declarei, ele recebeu drogas especiais que nós recuperamos dos registros da Mercile que foram salvos. As fraturas não eram graves. Nossos ossos tendem a se curarem rápido, mas com a droga é apenas uma questão de dias. Ajudou que não eram fraturas totais.
Seus dedos acariciaram o queixo de Tiger.
— E o inchaço no cérebro? Estes medicamentos ajudarão?
— Achamos assim. Fizeram-lhe um exame duas horas atrás. Os doutores disseram que não havia nenhuma hemorragia e nenhum líquido acumulado. Ele disse que o inchaço diminuiu. Não tiveram que operar. Os doutores chefes disseram que é um jogo de espera agora para ver se ele tem algum dano quando ou se ele despertar. Disseram que ele tem uma chance muito melhor do que um humano teria e sua condição é notável, considerando o dano.
Ela se inclinou e os dedos tocaram em alguns dos seus longos cabelos que estavam livres do curativo em torno da testa.
— Estou aqui, Tiger. Você pode me ouvir? Precisa melhorar para mim. Vou ficar com você.
— Não, você não vai.
Zandy virou a cabeça para olhar para Bestial.
— Não vou deixá-lo.
— As drogas que ele recebeu tem um efeito colateral grave. Não é seguro para você ficar neste quarto. É por isso que Jaded e eu estamos aqui. Ele pode se tornar muito agressivo se despertar.
— Tiger não vai me machucar. — Ela acreditava nisto.
Bestial hesitou.
— Nossa espécie tem sido conhecida por ficar sexualmente agressivo, bem como excessivamente combativa a partir desta droga. Ele recebeu doses elevadas porque está muito ferido. Pode machucar você sem querer. Ele pode acordar com o odor do seu cio e forçar sexo com você. Ele não iria querer, mas seu odor poderia levá-lo ao limite da sanidade.
Zandy olhou para o homem grande. — Estarei em êxtase se ele se sentir bem o suficiente para querer fazer sexo comigo, porque isso significará que ele está melhorando. Você não pode forçar o oposto.
Bestial piscou, mas depois riu.
— Tudo bem.
— Obrigado por me deixar ficar.
Ele assentiu.
— Estarei sentando ali. Um de nós tem que permanecer dentro deste quarto todos os momentos no caso de que ele esteja agressivo quando despertar. Não queremos que ele mate alguém do pessoal médico. Um dos nossos médicos humanos veio conosco, mas ela está dormindo agora.
Zandy retornou o olhar para Tiger. Ele podia ter morrido, ainda poderia. Ela devia ter lhe dito como realmente se sentia. Poderia tê-lo feito terminar com ela por medo de que ela estivesse ficando muito ligada a ele, mas pelo menos ele saberia que ela o amava. Arrependimento torceu nela.
Sem mais medo. Ela silenciosamente fez essa promessa. Quando ele acordasse – ela se recusava a considerar qualquer coisa menos – iria dizer-lhe que estava apaixonada por ele. Ele poderia não sentir o mesmo, mas ela não ia mais se esconder atrás de incertezas. O futuro deles estaria nas mãos dele. Ele poderia terminar a relação iniciante ou levá-la para o próximo nível.
Ela tirou os sapatos e avaliou Tiger novamente, mais de perto agora que o choque tinha passado. Os arranhões estavam sarando, não eram feridas cruas. Os hematomas no seu corpo pareceram de dias ao invés da noite anterior. As drogas que estavam dando a ele eram, obviamente, algum tipo de tratamento milagroso para Novas Espécies. A gratidão por eles atingiu-a forte. Isso daria ao homem que amava uma chance melhor de sobrevivência.
— Ele é forte, — Jaded declarou.
— Sim. Eu sei. — Mais lágrimas ameaçaram cair. — Não estou desistindo dele.
Ela ignorou os dois homens que observavam cada movimento seu enquanto tocava e suavemente falava com Tiger. Talvez não confiassem nela, ou talvez fosse só estranho ver um humano cuidando de um dos seus próprios, mas ela não deixou de fazer isso, de fazer o que queria.
Em um ponto ela entrou no banheiro para molhar uma toalha e começou a limpar o sangue da pele de Tiger.
— As enfermeiras vão fazer isto, — Bestial informou a ela de sua cadeira no canto.
Ela o ignorou e suavemente continuou esfregando os braços e o peito de Tiger. Zandy queria fazer algo para se sentir como se estivesse o ajudando.
Zandy estava cansada quando despertou. Jaded tocou seu ombro suavemente onde havia adormecido enrolada na cadeira perto da cama de Tiger. O olhar ergueu para o olhar verde claro do Nova Espécie.
— Vou pedi o café da manhã para você. Deveria tomar banho antes de chegar.
— Obrigado. — O olhar deslocou para Tiger. A palma descansava no peito dele onde subia e descia a cada respiração que tomava. Os cortes pareciam quase curados e o hematoma de longe menos perceptível. — Ele parece melhor.
— As drogas estão funcionando. Vamos nos sentir melhor quando ele despertar e conversar conosco.
— Estou mesmo preocupada sobre isso, — ela admitiu.
Jaded soltou seu ombro e se afastou.
— Bestial está conversando com a equipe da força tarefa aqui. Você estará bem por alguns minutos sozinha? Eles me fazem preencher formulários de solicitação para nossa comida nos postos da enfermaria. — Ele revirou os olhos. — É uma regra tola humana.
Um sorriso curvou sua boca pela expressão dele. Ele era um homem bonito, mas parecia um pouco duro demais.
— Sim. Estamos em toda parte fazendo regras tolas, às vezes. Vou ficar bem.
— Ele pode despertar. Grite se fizer. Não temos ideia de que tipo de estado mental ele estará.
— Você me advertiu meia dúzia de vezes que as drogas podem torná-lo violento. Eu tenho assegurado a você a cada vez que ele não vai me machucar.
— Somente grite se ele despertar.
— Farei.
Ele a deixou só e ela levantou, esticando os membros depois de dormir na posição apertada. A cor de Tiger parecia melhor e se inclinou sobre ele, roçando um beijo na bochecha.
— Acorde para mim, sexy. Sinto sua falta.
A porta abriu atrás dela e ela se endireitou. Viu um doutor que entrou no quarto e ele franziu a testa quando a viu.
— Oi. Sou Dr. Razner. — Ele se aproximou para olhar Tiger, então as máquinas, antes de virar a atenção para ela novamente. — Qual é a agência que você trabalha?
— Agência? — Ela não tinha ideia do que ele estava falando.
— As enfermeiras disseram que você tem estado de plantão desde ontem. Banhou o paciente e manteve vigília ao seu lado da cama desde que chegou. Ninguém sabe a que agência você foi contratada e eu estou ligeiramente alarmado com isso. Conseguiu permissão para trabalhar aqui? Isso não é uma casa privada. Você é uma enfermeira registrada? Uma enfermeira certificada?
Sua mente estava ainda um pouco lenta devido a falta de sono.
— Não sou uma enfermeira.
— Você é uma doutora? Qual é o seu campo?
— Não sou uma desses também. Estou aqui por Tiger.
O homem idoso empurrou o óculos um pouco mais alto no nariz e franziu a testa.
— O que você é para ele?
Ela hesitou.
— Sou sua namorada.
A expressão do doutor lentamente mudou para uma que ela podia facilmente ler. Desaprovação enrugou o rosto e uma frieza infiltrou no olhar dele quando a observou.
— Que vergonha, — ele acusou suavemente.
— Como é? — Choque a golpeou com suas palavras.
— Seus pais não lhe ensinam o certo do errado? É abominável para humanos ter relações sexuais com animais. Isso é só doente, jovem. Este hospital possui uma unidade de saúde mental excelente. Você devia ir verificar-se imediatamente para receber o tratamento que necessita. Você é uma jovem atraente que não precisa se rebaixar a namorar com essas coisas.
Demorou alguns segundos para Zandy recuperar-se da surpresa do ataque verbal e deixar as palavras insultantes afundarem.
— Como você se atreve a falar comigo assim. — As mãos enrolam em punhos, o desejo de esbofeteá-lo forte. — Por que você não vai procurar outro doutor para puxar sua cabeça para fora da própria bunda?
Ele gaguejou.
— O que você me disse?
— Você me ouviu. Como ousa falar assim comigo sobre Tiger. Ele é um mais homem do que você jamais vai ser, preconceituoso perdedor. Lido com cartas expelindo ódio e estupidez de idiotas como você todos os dias no trabalho. Você foi à escola de medicina? Deixe-me adivinhar. Foi por acaso a escola de doutores sem cérebros? Onde fez sua residência? Babacas anônimos?
Os punhos dele cerraram.
— Saia daqui antes de eu chame a segurança. Você está proibida de chegar perto deste paciente e de todo o hospital.
— Foda-se. — Ela o sacudiu para fora. — Você é o único fora daqui. Não vai tocar Tiger. Você está despedido. Exijo outra pessoa para tratá-lo. Não deixaria você chegar perto dele. — Ela lembrou-se que a ONE tinha sua própria doutora em algum lugar nas instalações que esteve dormindo quando ela chegou. — Quero a doutora ONE agora.
— Segurança! — O estranho gritou.
Jaded e Trey Roberts se apressaram para o quarto em segundos, ambos focados em Tiger, provavelmente esperando que tivesse acordado e violento. Zandy moveu-se para bloquear o doutor quando ele tentou se aproximar da cama de Tiger.
— Vá para o inferno longe dele.
— Tire-a daqui, — o doutor exigiu.
— Por cima do seu corpo morto, — ela ameaçou.
— Que diabo está acontecendo? — Trey Roberts se aproximou, olhando entre eles.
— Ele está demitido, — Zandy moeu. — Eu não o quero perto de Tiger jamais novamente.
— Este é o meu hospital. Tire-a daqui. — O doutor olhou para Trey. — Quero o nosso pessoal de segurança aqui e ela é para ser removida da propriedade hospitalar imediatamente.
— Este pedaço de merda somente me ensinou sobre quão doente é namorar um animal e chamou Tiger de coisa. — Ela deu um passo ameaçador para mais perto do doutor, pronta para golpeá-lo. Estava muito brava. — Tiger é uma pessoa maravilhosa e você não merece respirar o mesmo ar que ele respira.
Jaded rosnou e a porta abriu novamente quando Bestial e outro membro da equipe da força tarefa correram para o quarto.
— O que está acontecendo? — Bestial olhou para Tiger. — Ele não despertou?
Jaded se moveu lentamente, segurou os quadris de Zandy, e arrastou-a longe do doutor. Ela não resistiu, mas continuou olhando para ele. O grande Nova Espécies segurando-a rosnou novamente, mais profundo. O som ameaçador a fez virar a cabeça para perscrutar no rosto dele. Seus dentes afiados estavam se mostrando enquanto ele observava o doutor com a mesma quantidade de raiva que ela sentia.
— Saia, Dr. Razner, — exigiu Jaded. — Você terminou aqui. Não vai mais tratar do nosso macho.
— Este é o meu hospital.
Trey Roberts colocou-se entre o doutor e onde Jaded estava segurando Zandy na frente dele.
— Saia, Dr. Razner. Você está despedido.
— Você não pode fazer isto.
— Sim, nós podemos, — Trey discutiu. — Tenho a administradora deste hospital na discagem rápida. — Ele pegou o celular. — Ela nos assegurou que Tiger receberia o melhor cuidado e nós obteríamos sua cooperação total em tudo que precisarmos. — Ele caminhou para o doutor, empurrou-o para trás com seu corpo maior e olhou para o homem menor. — Preciso que você dê o fora antes que eu perca minha paciência. Tiger é meu amigo, não uma coisa, e o único animal você que precisa se preocupar sou eu. Sinto que estou ficando um pouco selvagem em seu traseiro idiota agora.
O doutor empalideceu e tropeçou para trás. Bestial rosnou, mostrou os caninos afiados para o doutor apavorado e Zandy assistiu o imbecil fugir do quarto. Trey empurrou o telefone de volta no bolso e virou-se para fitar Jaded.
— Isso foi bem, você não acha? Ele mijou nas calças?
— Não.
— Muito ruim. — O olhar de Trey desceu até Zandy. — Você está bem?
Ela assentiu.
Ele virou para Bestial.
— Vou deixar você lidar com Justice no relatório do incidente, que esperançosamente dirá a Tim para não saltar no meu traseiro. Vou ter uma conversa de coração para coração com a administradora antes desse babaca chamá-la, chorando sobre nós sendo mau para ele. — Ele riu. — Eu acho que lidamos muito bem. Nenhum sangue foi derramado. — Saiu do quarto.
Bestial suspirou, olhando fixamente para Zandy.
— O que eu perdi?
— Ele é antiespécie, — Jaded respondeu por ela. — Insultou a mulher de Tiger por estar com ele.
— Entendi. Vou chamar Homeland para deixá-los saber o que aconteceu. — Ele virou e deixou o quarto.
Os braços de Jaded soltaram seus quadris e ela o encarou.
— Obrigada.
— Você tem sorte que os humanos são honestos sobre seu ódio com você. Esse mesmo doutor estava de plantão quando Tiger foi trazido. Ele ajudou tratá-lo, mas nunca mostrou o seu desgosto para nossa espécie. Poderia ter prejudicado Tiger ou não feito seu melhor para fazê-lo bem sem nos dar conta.
— Eu não posso acreditar que ele disse essa merda.
Jaded suspirou alto.
— Acostume-se, Zandy. Você está com um de nós e isso, infelizmente, vem com o território. Tenho certeza que sabia que não ia ser fácil quando decidiu ficar com Tiger.
— Eu realmente não pensei muito sobre isto. Nossas circunstâncias são um pouco estranhas.
Ele sentou-se.
— Fale comigo e me diga como vocês dois se conheceram.
— Prefiro pular essa parte.
O olhar dele estreitou enquanto observava a ela.
— É o tipo de história embaraçosa que eu prefiro não compartilhar.
— Há quanto tempo você tem saído com ele?
— Não muito. — Ela andou até Tiger e o observou em vez de dar atenção ao homem querendo obter informações dela.
— Você está no cio. Perguntei a um dos membros da equipe da força tarefa humana se podia parar e pegar para você alguns materiais para esconder seu odor.
Isso a fez olhar para ele e ela corou.
— Sinto muito. — Ela não tinha certeza do que mais dizer. Ainda era estranho que eles pudessem sentir o cheiro da sua ovulação.
— É um cheiro agradável. — Ele sorriu. — Esse é o problema e por causa disso que pedi para eles conseguirem para você alguns artigos. Tiger lhe disse como esconder o cheiro? Eu poderia explicar se for necessário. Sou um membro do conselho e usado para educar humanos sobre hábitos das Espécies.
— Não. Creek me disse como fazer isto.
— O macho que pedi para comprar seu material ficou chateado pelo pedido. Você está corando e assim ele fez. Nunca vou entender por que isso causa essa reação nos seres humanos.
— Bem, você pediu-lhe para me comprar absorventes. — Ela riu. — Meus ex-maridos nunca teriam feito isso por mim.
— Você foi casada? — Ele franziu o cenho.
— Duas vezes. E divorciada.
— Você não tem um bom histórico de lealdade para os homens. Tiger é meu amigo. Você pretende deixá-lo também?
Zandy tentou não se ofender, pois ele era Nova Espécie.
— Meu primeiro marido me traiu com outra mulher. Meu segundo marido acabou por ser um vagabundo. Ele não vive nas ruas, antes que você pergunte. Ele não conseguia trabalho e só queria que eu o alimentasse e pagasse por tudo. Fiquei com raiva dele muito rápido. Ele também dormiu com uma de nossas vizinhas. Eu sempre fui leal para eles, mas eles não retribuíram. Eu tenho uma sorte de merda para encontrar o cara certo.
A expressão dele suavizou.
— Entendo. Traíram sua confiança e foram companheiros indignos. — Seu olhar arremessou para Tiger antes de encontrá-la novamente. — Tiger é um macho que jurou nunca ter uma companheira.
— Eu sei. Isso resume a minha história com os homens. Estou sempre escolhendo as pessoas que não estarão na minha vida por muito tempo.
— Observei você com ele desde ontem. Você tem sentimentos profundos por Tiger. Ele está ciente que você o ama?
Ela não ia negar.
— Não. Ele foi muito claro sobre não estar procurando por algo duradouro e eu posso respeitar isto. Eu não estou procurando por uma relação também, depois de ser queimada duas vezes por amor. Agora, eu queria ter dito isso a ele.
— Ele vai sobreviver. Ele é um homem forte.
— Eu espero. — Lágrimas quentes encheram seus olhos e ela piscou de volta. — Eu estou indo tomar aquele banho. Você vai ficar com ele, certo? Eu não quero deixá-lo sozinho.
— Nós temos outro quarto ao lado onde eu e Bestial estamos dormindo. Tem um banheiro privado. Vá usá-lo. Suas bolsas foram levadas para lá. Elas estão no canto.
— Obrigado. — Ela verificou Tiger uma última vez antes de cruzar o quarto. Abriu a porta quando Jaded falou novamente.
—Zandy?
Ela virou em direção a ele.
— Sim?
— Por favor, venha aqui.
Nervosismo atiçou seu estômago.
— Por quê?
— Curiosidade. Não vou machucar você. Gostaria de ver aquelas mordidas novamente, por favor.
Ela poderia recusar, mas ele tinha a defendido de Dr. Razner. Ela se deteve na frente dele e ele se levantou. Suas mãos foram gentis quando ergueu seu cabelo para fora do caminho e arrastou a camisa de lado para expor a parte de trás do ombro.
— Eu posso ver duas mordidas distintas aqui. — Ele pausou. — Foram feitos em momentos diferentes. Você pediu-lhe para fazer isso para você?
— Não.
— Você é uma fêmea pequena e nos somos fortes. Ele acidentalmente tomou-a muito forte e fez com que você tentasse ficar fora dele durante o sexo?
— Não.
— Para alguém que não quer uma companheira, ele é extremamente possessivo com você. — Ele soltou a camisa e se afastou. — Ele a mordeu em outro lugar?
Ela sacudiu a cabeça.
— Nós não costumamos morder fêmeas durante o sexo, a menos que estejamos no meio dele e elas tentem se afastar. A prendemos com nossos dentes para segurá-las no lugar durante os momentos muito apaixonados. É instinto terminar o sexo conosco depois de certo ponto. O único motivo pelo qual o macho morde uma fêmea é por causa de sua possessividade . O desejo de ter tudo delas, inclusive para saber o gosto do seu sangue em nossas línguas. Marcá-las por isso é muito raro. É uma característica que descobrimos nos machos que querem fazer a fêmea sua companheira. Tiger te mordeu duas vezes, uma dessas vezes foi profundo o suficiente para deixar cicatriz. É uma marca duradoura que advertirá outros machos a ficarem longe quando virem isto. Eles saberão que há um macho disposto a matá-los se montarem você.
— Ele disse que simplesmente perdeu o controle. Não quis fazer isto. Você está percebendo muito disso.
— Eu estou te informando, Zandy. Eu não ligo para o que ele disse. Ações falam por Espécies. Aquelas mordidas asseguram-me que meu amigo não vai facilmente permitir que você deixe sua vida. Pense nisso enquanto ele se recupera. Ele poderia não ter desejado uma companheira, e você poderia não ter desejado um também, mas vocês dois tem sentimentos fortes um pelo outro.
Ela assentiu em compreensão e esperança acendeu, talvez Tiger estivesse se apaixonando por ela também.
— Vou tomar um banho rápido.
— Vá. — Jaded tomou o assento. — O café da manhã estará aqui em breve.
O outro quarto estava vazio, mas quatro camas foram instaladas lá, todas obviamente usadas pela segurança de Tiger. Suas bolsas estavam nitidamente guardadas em um canto e entrou num banheiro com toalhas bagunçadas. Umas limpas estavam dobradas, mas uma pilha de usadas e molhadas estava no piso. Fechou e trancou a porta atrás dela.
O chuveiro pareceu perfeito depois de passar uma noite grosseira dormindo numa cadeira ao lado de Tiger. As palavras de Jaded estavam presas na sua mente. O pensamento de que Tiger quis acasalar com ela não a fez temerosa. Não seria fácil contar a sua família sobre ele, mas ela lidaria com eles. Eles seriam desconfiados de qualquer homem que ela se apaixonasse depois dos dois divórcios.
Isso mudaria sua vida, mas ele valia a pena. Eles teriam que viver na ONE. Adorava as pessoas de lá e não perderia a casa dela. Não estava ligada a ela com exceção do pagamento da hipoteca. Tiger era um em um bilhão e valia correr riscos.
Ela se secou rapidamente, vestiu-se e retornou as bolsas para o canto do quarto. Bestial trocou de lugar com Jaded quando ela entrou no quarto de Tiger. Ele estava comendo e encontrou o seu olhar.
— Você tomou banho.
— Sim, tomei. — Ela se aproximou da cama de Tiger. Sua cor melhorou e os arranhões estavam curados. Espantou-lhe o quanto melhor ele parecia em um período de vinte e quatro horas. — As drogas que ele tomou são espantosas.
— Mercile fez um monte de coisas ruins, mas eles foram um excelente desenvolvedor farmacêutico. Eles queriam a capacidade de nos curar depressa depois do abuso que nos fez sofrer em suas mãos. Cobaias doentes não eram úteis para eles.
Isso tornou sóbria sua apreciação. Ela estendeu a mão para acariciar a bochecha de Tiger. O nariz dele se contraiu quando as pontas do dedo traçaram o queixo e a boca apertada. Excitação fez o coração dela disparar quando se inclinou mais perto dele.
— Tiger? Você pode me ouvir? — Ela não desviou o olhar, mas falou com Bestial. — Ele se moveu.
A cadeira rangeu e o Nova Espécie contornou o outro lado da cama.
— Fale com ele, — ele encorajou. — Estou bem aqui, no caso dele despertar violentamente. Se ele fizer, recue e eu lidarei com ele.
— Tiger? Por favor, abra os olhos. É Zandy. Estou bem aqui. Volte para mim. Venha e abra esses bonitos olhos azuis para mim.
A mão dele mexeu e ela a agarrou com a sua livre, apertando-a suavemente. O queixo ergueu um pouco quando a cabeça dele virou na sua direção, parecendo procurá-la.
— Acorde para mim, — ela incitou. — Tiger?
As pálpebras se abriram e ele olhou para ela, parecendo confuso. A língua saiu para lamber os lábios.
— Zandy?
— Sim! — Alegria a atingiu forte. Ele estava acordado e sabia quem ela era. Ela teve que piscar para conter as lágrimas de felicidade que ele tinha saído do seu sono como em estado de coma. — Estou bem aqui. Você vai ficar bem.
A expressão dele mudou, endureceu. Ele puxou a mão da sua e um rosnado profundo, maléfico veio dos seus lábios entreabertos.
—Fique longe de mim.
Ele virou o rosto como se seu toque o queimasse.
— Vá! Não posso ter uma companheira. Se afaste de mim. Você não está segura.
O olhar horrorizado e ferido dela ergueu para o de Bestial. Ele apareceu tão atordoado quanto ela estava pela reação de Tiger a ela. Ele olhou para baixo.
— Tiger, você está em um hospital. Zandy está bem. Você...
— Tire-a daqui. —Tiger ergueu a mão e agarrou seu amigo pela camisa e rosnou novamente. — Leve-a para longe de mim. Não vou jamais vê-la novamente. Não vou tomá-la como companheira. Nunca!
— Tiger, — Bestial rosnou.
A frequência cardíaca dele estava tão rápida que o alarme que ele foi conectado começou a apitar em advertência. Ele virou a cabeça e rugiu.
— Os seres humanos são o inimigo. Eles atacam sem motivo e não há segurança. Fique longe de mim! — Ele rugiu e tentou sair da cama.
— Fique aí! — Bestial lançou o corpo adiante para segurar seu amigo ferido embaixo. — Consiga ajuda, Zandy.
Ela tropeçou para trás, horrorizada que Tiger a culpou pelo que tinha sido feito a ele. Ele lutou com Bestial e virou sua cabeça para olhar para ela.
Outro rugido rasgou dele e ira pura mostrou no seu rosto. A porta atrás dela se abriu quando Jaded e dois membros da equipe de tarefa humana se apressaram para dentro.
— Consiga a Dra. Allison, — Bestial gritou. — Diga a ela que nós precisamos sedá-lo.
— Leve-a para longe de mim, — Tiger rosnou. — Ela não está segura. O inimigo está em todos os lugares. Nunca tomarei você como companheira. Nunca devia ter tocado em você. Fique longe de mim!
Ela virou e correu para a outra porta. Vendo-a o fez lutar mais. Suas malas ainda estavam no outro quarto e ela as pegou. Os sapatos ficaram perto da cama de Tiger, mas ela não ia voltar no seu quarto para recuperá-los. Outro rugido soou quando ela saia no corredor principal descalça. Enfermeiras e doutores se apressaram em direção ao quarto de Tiger.
Ela acabou no elevador sozinha, chorando. Tiger e ela tinham terminado. Ele lamentou tocá-la. Aquelas palavras ainda ressoavam em seus ouvidos. Isso a devastou. Muita esperança que ele a amasse e quisesse algo sério. Ele tinha exigido que o amigo a jogasse para fora do quarto.
Ela rompeu completamente em um ataque de lágrimas quando alcançou o carro. Tiger viveria, mas não mais seria parte da sua vida. Dilacerou seu coração. Ela finalmente se recompôs, pagou pelo estacionamento e começou a longa jornada para casa. Poderia precisar do seu trabalho na ONE, mas não estava pronta para voltar a trabalhar até que tivesse algum tempo para endurecer o coração.
Bestial encarava Tiger.
— Por que você disse toda aquela besteira para Zandy?
Tiger rosnou.
— Cuide da sua vida.
Bestial rosnou de volta.
— Foi muito errado fazer isto com ela.
A porta abriu e a Dra. Allison Baker se apressou com a bolsa médica.
— O que é isto? Ele está tendo uma reação violenta?
— Ele está tendo algo, — Jaded rosnou. — Seda ele.
Ela empurrou a bolsa para um dos membros da equipe da força tarefa humana que segurava e retirou uma seringa. Tiger descontroladamente lutava à sua aproximação.
— Tire essa humana para longe de mim. Eles não são seguros.
— Pare isso, — Jaded silvou. — Dê a ele a injeção. Ele está forte para alguém tão ferido. Faça isto antes dele reabrir os ferimentos.
A doutora espetou Tiger no quadril e saltou para trás quando ele lutou contra dois machos que o seguravam abaixo.
— Vai demorar um minuto. Não quis arriscar um excesso de sedativo nele.
Tiger ofegou, mas a sonolência o pegou.
— O que aconteceu com os outros? Estávamos em um acidente de helicóptero.
Bestial respondeu.
— Você foi o ferido mais grave. Os outros viveram, mas um dos pilotos sofreu queimaduras graves. Ele está sendo tratado na unidade de queimadura.
— Diga-me quanto é dois mais dois, — Allison exigiu. — Preciso saber se você sofreu algum dano cerebral.
Tiger rosnou.
— Quatro. Eles pegaram, seja quem for, que nos abateram?
— Sim, — Jaded disse, assentindo. — Havia seis machos humanos invadindo o bosque. Mudamos os padrões de voo para impedi-los de tentar disparar contra mais de nós. O helicóptero teve perda total. Vamos ficar sem outro por algumas semanas. Pedimos outro, mas a companhia disse que isso é o mais rápido que podem fazer as modificações que precisamos.
Bestial rosnou.
— Por que diabos você disse tudo aquilo a Zandy?
Tiger rosnou.
— Cuide da sua vida.
Jaded deu-lhe um olhar repugnado.
— Ela se sentou com você e não saiu do seu lado, exceto para ir ao banheiro. Ela expulsou um doutor deste quarto porque nos chamou de animais. Ela segurou sua mão.
— Ela te banhou, — Bestial acrescentou. — Conversou com você enquanto você dormia até que esteve quase sem voz. Eu disse a ela como você poderia ser perigoso porque nós tivemos que te dar as drogas curativas, mas não deu a mínima. Ela disse que sabia que não a machucaria. Ela estava errada, não estava, Tiger?
Tiger rosnou.
— Zandy não pertence a mim.
Bestial recuou quando Tiger deixou de lutar, o sedativo funcionando.
— Eu a quero se você não quiser. Eu vejo que tipo de companheira ela faria. Não sou um idiota, mas você parece ser um.
Jaded rosnou para Tiger.
— Eu definitivamente vou tomá-la. Você bateu a cabeça muito forte para não ter nenhum sentido remanescente.
Tiger tentou se levantar, mas os dois machos se moveram, empurrando ele de volta para baixo. Tiger rosnou e tentou lutar enquanto eles lutavam para segurá-lo.
— Você precisa fica parado! — Jaded rugido para ele.
Tiger rosnou e estalou para Jaded, quase mordendo o antebraço do seu amigo. Jaded rugiu novamente para Tiger, mal escapando dos dentes estalando.
— Segure-o, — Bestial ordenou aos outros Novas Espécies e membros da equipe da força tarefa humana. O olhar buscou a Dra. Allison. — Quando o sedativo vai nocauteá-lo?
— A qualquer segundo. A frequência cardíaca dele está alta e a adrenalina causada pela raiva está lutando contra os efeitos das drogas.
Bestial relaxou o aperto em Tiger quando o homem se voltou mole e os olhos fecharam no sono.
— Ele é forte para alguém tão ferido.
Jaded suavemente rosnou.
— Devíamos ter lhe deixado levantar e bater no maldito chão pelo que ele fez para Zandy.
Bestial suspirou.
— Ele a machucou profundamente. Vi a dor que infligiu nela emocionalmente.
Jaded rosnou.
— Babaca.
Bestial assentiu.
Zandy estacionou o carro na entrada da garagem e simplesmente sentou lá. Tinha sido as vinte e quatro horas mais longas e horríveis. Soube que Tiger esteve num acidente e agora o tinha perdido. Ele estava vivo. Isso era tudo que realmente importava. Lágrimas ameaçaram derramar novamente, mas as reprimiu.
Sorvete estava definitivamente indo para sua lista do que fazer a seguir.
Destrancou a porta e a abriu, imediatamente chocou-se com a visão que a saudou. O sofá foi rasgado e o enchimento das almofadas espalhadas no tapete. A mesa ao lado estava no chão em pedaços com a luminária quebrada. Algo vermelho foi manchado nas paredes e seu nariz pegou o cheiro de tinta e alguma coisa ofensiva.
— O quê...
Alguém violou e vandalizou sua casa. Deu alguns passos para trás, com medo de quem quer que tenha feito isso ainda pudesse estar lá. Virou para correr a um vizinho para chamar a polícia, mas ofegou ao invés, parando bruscamente. Um homem alto bloqueava a porta na varanda.
Ele parecia estar em seus vinte e tantos anos. Ele franziu o cenho.
— Oi, puta de Satanás.
Suas palavras afundaram. Ela ouviu o ruído de vidro debaixo do calcanhar de alguém e empurrou a cabeça para olhar à sala de estar novamente. Mais dois homens na casa dos vinte saíram da cozinha. Eles tinham manchas de tintas na mão – pelo menos ela esperava que fosse a fonte do vermelho. Isto pareceu muito com sangue. O olhar dela disparou até a parede e estava certa que as palavras sórdidas rabiscadas haviam sido feitas em tinta. Sua cabeça virou de volta.
— Eu tenho cinquenta dólares na minha carteira. Tome. — Suas mãos tremiam quando estendeu a bolsa em uma mão e as chaves do carro na outra. — Tome o carro também. Eles são somente coisas para mim e não valem a minha vida. — Ela tomou uma respiração trêmula. —
Eu nunca vi você ou a seus amigos. Pegue qualquer coisa que queira, mas por favor, não me machuquem. Eu juro por Deus que não vou nem chamar os policiais.
O que ela enfrentou bufou alto.
— O que você sabe sobre Deus? Não estamos aqui para roubar seus pertences. Estamos aqui por você.
Tema tencionou seu corpo todo.
— Por quê?
— Você trabalha na Reserva e ajuda os demônios que caminham neste mundo.
Confusão foi a sua próxima emoção.
— O quê?
Ele avançou e fechou a porta atrás dele, prendendo-a dentro da sala de estar destruída com ele e seus dois amigos.
— Achamos que você poderia ser Jessie North, mas nosso Irmão nos disse seu verdadeiro nome e endereço. É assim que te encontramos. Ele nos deu suas informações antes de os demônios o matarem.
— Ele não pode estar morto, — um dos homens atrás dela sussurrou. — Não diga isto, Irmão Adam.
Ela lançou um olhar para o falante, o mais jovem do grupo. Ele tinha um problema grave de acne e ela achou que ele estava em seus vinte e poucos anos. Lágrimas encheram os olhos dele quando olhou para o homem na frente dela. Ela olhou para o Irmão Adam já que ele parecia estar no comando.
— Ele nunca saiu daquele antro do mal. Eles o mataram ou a alma dele foi comprometida. Eles espalham sua maldade em outros. Sinto muito sobre seu primo, Irmão Bruno. Ele deu sua vida para nos entregar esta pecadora. — O idiota na frente dela olhou para ela. — Nós vamos fazer o sacrifício dele valer.
Zandy soube que estava em profunda merda. Seu nível de terror elevou um grau.
Irmão Adam sorriu – uma visão fria, assustadora que não alcançou seu olhar escuro, que estava dirigido para ela.
— Ela vai ser um exemplo para todas as mulheres tementes a Deus para ficarem longe daqueles demônios.
O terceiro homem riu atrás dela.
— Eu acho que ela pareceria bem pregada numa cruz e incendiada aos portões daquele lugar infernal. Será mostrado em nível mundial para todos os potenciais pecadores e dissuadi-los de se afastarem do caminho correto. Vamos chamar todos os meios de comunicação para que haja testemunhas no primeiro ataque do mal.
Ela tinha ouvido o suficiente. Os três homens eram loucos e nenhum tipo de raciocínio os tornaria sãos. Seu olhar disparou pela sala antes dela se dirigir para a pessoa na sua frente. Mensagens de ódio tinham vindo a partir de suficiente fanáticos religiosos que ela podia adivinhar que estes eram alguns eles.
— Você está com a Igreja do Bosque? Seu líder enviou um monte de mensagens para a ONE. Leio isto. — Ela disparou o olhar pela sala, caçando uma rota de fuga. — Nós podemos discutir as reclamações que ele tem com as Novas Espécies.
— Isso corta? — Irmão Adam bufou. — Ele não fala por Deus. Nós falamos.
Ela se lançou em direção à cozinha para alcançar a porta traseira. Um grito rasgou da garganta na esperança de que um seus vizinhos ouviriam e chamaria a polícia. Seu movimento rápido surpreendeu os homens, mas não havia apenas três deles. Ela bateu em um quarto quando ele saltou ao entrar no seu caminho.
— Te peguei!
Ela colidiu com ele forte o suficiente para repercutir no corpo dele e a bunda dela bateu no chão duro. Zandy gritou novamente e rolou. Dor subiu-lhe rapidamente o braço quando a palma caiu sobre os cacos de vidro da luminária. Uma mão apertou seu cabelo e a arrastou-a em pé. Agonia a fez ofegar.
A pessoa segurando seu cabelo usou-o para controlá-la como ela foi arremessada para frente e colidiu na parede. A bochecha machucou pela força do golpe no gesso. Mãos a agarraram por detrás para puxar seus braços atrás das costas. A mão no cabelo puxou e ela gritou novamente quando seu atacante bateu seu rosto na parede.
— Vamos sair daqui. Alguém pode tê-la ouvido.
— Pegue a van, — Irmão Adam exigiu. Ele era o que prendia o seu cabelo.
Uma mão enrolou na sua garganta e apertou. Zandy lutou, mas um corpo inclinou-se e fixou-a dolorosamente entre ele e a parede. Ele tinha o cabelo em um punho e o pescoço em outro. Ela não conseguiu respirar, o rosto ficou muito quente e puro pânico surgiu quando percebeu que ela estava sufocando.
Tentou arranhar a mão na sua garganta, contudo mais mãos a agarraram e prenderam seus braços contra a parede. Chutou e lutou, mas não conseguiu fugir. Pontos apareceram diante dos seus olhos antes que a escuridão varreu a realidade para longe.
Tiger despertou para encarar um teto branco com milhares de furinhos altos em cima de onde estava. Os cheiros o atingiram em seguida. Humanos, antissépticos e ar-condicionado. Ele enrugou o nariz com o cheiro de hospital, ele reconheceu enquanto lutava para se lembrar de como tinha chegado lá.
Memória retornou depressa do terror que tinha experimentado quando o helicóptero foi atingido pelo fogo e caiu. O acidente foi doloroso, mas ele obviamente sobreviveu. Ele virou a cabeça para olhar ao macho acomodado no canto.
— Como está sentindo agora? — Bestial rosnou. — Sente-se menos que um bastardo?
Tiger ficou chocado com as palavras de seu amigo.
— Não foi minha culpa que o helicóptero caiu. Todos sobreviveram?
Bestial assentiu sombriamente.
— Um dos pilotos humanos ficou machucado, mas disseram que ele vai viver. Está na unidade de queimadura. Você recebeu as drogas Mercile. Você sofreu fraturas e uma lesão na cabeça. Estará com um pouco de dor nos próximos dias, mas deve estar bem por amanhã à noite na taxa que está se curando.
Tiger relaxou.
— Preciso de um telefone, por favor. Tenho uma chamada para fazer.
Bestial rosnou.
— Não.
Tiger pareceu atordoado.
— Não?
— Não. Não faria nada para você neste momento. Eu não estaria mais aqui se Justice não tivesse infelizmente ordenado Jaded e a mim para te proteger.
Tiger pareceu confuso.
— Por que você está tão bravo comigo? Qual é seu problema?
— Não finja que você não entende o meu assunto. Quis dizer o que eu disse. Vou procurar a mulher e acasalá-la eu mesmo. Você é um tolo, Tiger. Um tolo idiota.
— Eu não tenho ideia do que você está falando. Ela quem?
Bestial bufou.
— Ela sentou-se à sua cabeceira e cuidou a você. Dormiu enrolada em uma cadeira ao seu lado da cama só para segurar sua mão enquanto estava inconsciente.
— Quem? Quanto tempo estive fora? — Tiger sentiu choque. —
Quão lesionado estou?
— Estava. Te disse que as drogas estão funcionando. Seus ossos estavam quebrados, mas estão remendando rápido. Seu braço e perna estão bons, mas eles não tiveram tempo de remover os gessos ainda. A cabeça sofreu uma lesão grave o suficiente que os doutores suspeitaram que você poderia não despertar. Dizem que você está bem agora, mas eu discordo. Acho que você tem danos cerebrais sérios. Você perdeu seu bom senso.
— Qual é seu problema? Por que está tão bravo comigo?
— Ela empurrou a cadeira perto de você para continuar a tocá-lo enquanto você dormia. Observei ela banhar e cuidar de você. Ela quase perdeu a voz sussurrando para você melhorar e despertar para ela. Não quis ir para outro quarto dormir em uma cama. Diabos não. Ao invés, se sentou aí preocupada com você.
— Quem fez?
Bestial franziu a testa.
— Você sabe quem.
Tiger sacudiu a cabeça, perplexo.
— Eu não tenho ideia do que está falando.
Bestial amaldiçoou baixinho.
— Você não se lembra de Zandy estar aqui?
Tiger tentou se sentar, mas ofegou com dor das costelas. O olhar se lançou em torno do quarto freneticamente.
— Onde está Zandy? — Ele inalou, mas os odores hospitalares mexeram com seu olfato. O cheiro dela não se demorou. Ele fitou seu amigo.
O grande macho levantou e se aproximou da cama.
— Você a fez partir. Disse palavras duras até que ela chorou e fugiu.
Os olhos de Tiger arregalaram.
— Sobre o que você está falando? — Ira o atingiu fortemente. — Eu não faria isto. Onde está Zandy?
Um grunhido veio de Bestial quando ele agarrou as grades da cama.
— Você honestamente não se lembra do ataque verbal a ela antes de exigir que ela fosse embora?
— Não. — Tiger lutou para se sentar novamente. — Não teria feito isso.
— Você fez. —Bestial o empurrou esticado. — Pare de lutar. Precisa ficar deitado!
Tiger olhou seu amigo.
— Onde está Zandy? Não tenho lembrança de vê-la. Ela foi a última coisa que pensei antes do acidente. Ela está em perigo por estar comigo e eu preciso protegê-la de seres humanos a prejudicando.
— Ela chegou aqui ontem de manhã depois de ouvir sobre o acidente de helicóptero e exigiu te ver. Ela até nos mostrou as marcas da sua mordida para provar que esteve com você porque foi difícil de acreditar que você estava envolvido com uma fêmea humana. Você despertou e a atacou verbalmente.
— Não faria isto. — Tiger teve um sentimento de afundamento, Bestial não mentiria para ele. — O que exatamente eu disse?
A porta abriu e Jaded entrou.
— Ele está acordado novamente? Nós precisamos sedá-lo de novo?
— Ele alega não ter lembranças de despertar antes ou ver Zandy.
— Merda. — Jaded fez uma pausa ao lado da cama, franzindo a testa. — Honestamente?
Tiger olhou ao seu outro amigo e sentiu o coração apertar no peito.
— O que eu disse para ela?
— Você gritou para ela que não queria uma companheira e nunca tomaria uma. Você a mandou para fora do quarto. — Jaded fez uma pausa. — Disse que ela era seu inimigo.
Tiger fitou com olhos arregalados aos dois.
— Diga-me que isso é vingança para algumas das brincadeiras que fiz aos dois. Eu não fiz realmente isto.
O olhar de Bestial suavizou.
— Fez. Ela chorou e saiu daqui rápido. Estava com dor e choque. Você a machucou profundamente. Ela não merecia isto, Tiger. Ela te ama. Se sentou aqui, cuidou de você e não deixou o seu lado. Ela deixou a Reserva assim que ouviu o que acontecido e dirigiu ela mesma o carro aqui. Smiley tentou convencê-la a esperar por uma escolta, mas foi informado que seria horas, antes deles poderem liberar machos para acompanhá-la. Ela se recusou a esperar e teve que conseguir permissão para ser autorizada a te ver. Ela te ama e qualquer pessoa pode ver isto pelo jeito que olhou para você. Você foi um burro completo e ela é uma boa fêmea, Tiger. Você é um estúpido bastardo por não ter tomado aquela para acasalar.
— Eu não me lembro. Eu... — Ele estava em choque. — Eu não diria nada disso para ela.
— Disse. — Bestial xingou baixinho. — Realmente não se lembra?
— Não. Não faria isto, caramba. Não mandaria Zandy para longe. Isso é por que quero um telefone. Preciso ligar para ela.
— Você fez isto, — Confirmou Jaded. — Você a fez fugir em lágrimas e dor. Deve ter sido as drogas. Não sabíamos. Pensamos apenas que você estava sendo um babaca já que sempre foi tão enfático contra Espécie acasalando humanos.
— Há quanto tempo ela foi embora? — Tiger sentiu o peito apertar com dor.
— Cinco horas. Ela teve tempo de voltar para Reserva. — Bestial retirou o celular. — A conseguirei no telefone para você e direi para ela que isso foram as drogas falando e não você.
Tiger assentiu.
— Por favor.
Bestial discou e pediu para conversar com a Segurança depois de identificar-se.
— Transfira a minha chamada para o acompanhante de Zandy Gordon.
Ele escutou.
— Tem certeza? — Ele fez uma pausa. — Tudo bem. Quero ser imediatamente chamado quando ela chegar aí. — Ele desligou e sombriamente olhou a Tiger. — Ela nunca voltou a Reserva.
— A que distância nós estamos de lá?
— Quase três horas de veículo.
— Ela deve ter ido para casa. — Tiger amaldiçoou baixinho. — Dê-me seu celular. Vou ligar para ela.
Tiger discou o número que tinha memorizado, mas só tocou até que foi para correio de voz.
— Zandy? É Tiger. Eu acabei de acordar e não me lembro do que aconteceu antes. Não quis dizer nada do que disse. Eu estava fora da minha cabeça. Por favor, me ligue, pequenina. Este é o numero de Bestial que você vê no seu telefone, então me ligue de volta. — Ele desligou.
Bestial olhou para ele.
— Pequenina?
Tiger franziu a testa.
Jaded riu.
— Você está caidaço por ela , não é?
Tiger hesitou.
— Ela é tudo o que penso, então sim, eu estou caidaço.
Bestial sentou-se.
— O sentimento é mútuo. Ela te ama muito e é completamente dedicada a você. Foi muito óbvio. Estava apavorada que você não sobreviveria e ela cuidou de você como se fosse sua companheira. Foi muito impressionante.
Tiger relaxou.
— Ela é muito impressionante.
Bestial de repente riu.
— Ela pode não te perdoar. Ela faria uma companheira maravilhosa.
— Tente ir atrás dela e morre, — Tiger rosnou. — Ela é minha.
— Mas você não a acasalou, — Jaded apontou, sorrindo.
— Estou confuso, — Tiger admitiu. — Nunca quis uma companheira, mas eu não a conhecia. Ela foi ferida por machos e tenho tentado levar as coisas devagar.
Jaded sacudiu a cabeça.
— Não é o nosso jeito. Tomamos o que queremos.
Bestial bufou.
— Tiger passou tempo demais em torno da força-tarefa escutando aqueles machos. A condição humana deve ser arrancada dele.
— Morda-me, — Tiger rosnou.
— Você quase mordeu Jaded, — Bestial informou a ele. — Acho que isso é sangue o suficiente por um dia.
Tiger olhou a ambos os machos e viu honestidade nos rostos. Ele não conseguia se lembrar de ferir a um deles com os dentes.
— Tenho que explicar para Zandy que eu não quis dizer as palavras que foram ditas.
— Ele está caidaço. — Jaded encostou-se à parede e sorriu. — Tiger vai tomar uma companheira.
— Talvez não. Ela poderia me preferir, — Bestial se gabou com uma risada.
Tiger forçou o corpo a mover apesar da dor e lutou até que ele se sentou. Olhou a seu amigo.
— Eu vou levantar e bater em você se continuar ameaçando ir atrás do que é meu. Ela é tudo o que penso quando não estou com ela. Tem ficado difícil deixar o lado dela e seu odor quase me deixa louco pelo desejo de tocar e montá-la.
Sabia que chocou seus amigos quando eles olharam boquiabertos para ele, todos os rastros de humor deixaram ambos os machos. Não se importava o que eles pensaram. Estragou tudo mandando Zandy para longe.
— Eu amo a sensação dela nos meus braços quando vou dormir e acordar com ela é maravilhoso. Eu penso nela quando não está comigo, mas eu quero que esteja. Zandy é excepcional. Ela é diferente. Ela é...
— Sua companheira, — Bestial o interrompeu. — Idiota. Se você queria uma ou não, a tem, Tiger. Ao menos você tinha. Causou lágrimas a ela. Foi duro para eu assistir e eu não consigo imaginar como feriria um companheiro ouvir aquelas palavras. Você causou grande dano. Não sei se ela desejaria ficar com você depois de hoje.
— Consiga o número da casa dela. Talvez não tenha seu celular com ela. Poderia tê-lo esquecido quando ela ouviu falar do acidente.
Bestial assentiu e chamou a ONE novamente, pedindo o número da casa de Zandy. Ele memorizou e discou enquanto observava Tiger.
— Vou dizer a ela que foi as drogas e oferecer-lhe uma escolta de volta aqui.
Tiger ficou aliviado.
— Obrigado. Tenho que dizer a ela que nunca quis dizer o que disse.
Bestial franziu o cenho.
— Seu telefone está ocupado.
Impaciência deixou Tiger louco depois de muitas tentativas fracassadas de alcançá-la. — Eu não aguento mais isso. Ajude-me. Estamos indo para casa dela.
— Não, — Jaded declarou. — Você vai ficar aqui até que esteja curado.
— Eu preciso chegar a Zandy.
— Fique calmo, — Bestial ordenou. — Tenho um plano. Fêmeas humanas conversam demais, mas eu sei que há uma maneira de ter um operador fazer uma interrupção de
emergência. Eu chamaria isto urgente. — Ele fez um telefonema e então finalmente desligou. Ele olhou Tiger. — Seu telefone está fora do gancho. O operador disse isso.
Tiger tentou sair da cama.
— Estou indo para ela. Ela está chateada e tenho que esclarecer isto.
Bestial se moveu rápido e o empurrou de volta.
— Ela só vive a poucos quilômetros da Reserva, correto? Vou enviar alguns dos nossos machos para a casa dela e os fazer entregar a ela um telefone para falar com você.
Tiger sorriu.
— Obrigado.
Bestial encolheu os ombros.
— Lembre-se disto se eu achar eu mesmo uma companheira humana e estragar tudo. Eu poderia precisar de alguns favores.
Tiger sorriu.
— Você tem minha palavra.
O rosto de Zandy doeu quando despertou e a boca parecia inchada. O lábio inferior pulsou quando passou a língua sobre ele e provou sangue. Tentou se sentar, mas algo a manteve contida. Observou lentamente seu entorno e percebeu que estava em um banco dentro de um velho trailer.
Algemas acorrentavam seus pulsos juntos na frente dela e correias espessas nos seus ombros, cintura, coxas, e tornozelos asseguravam-na esticada. Tentou mexer os braços sob as correias, mas estavam muito apertadas. Tentou se esforçar para ouvir qualquer coisa, contudo não pegou nenhum som.
O trailer tinha visto dias melhores com a decoração laranja-e-marrom desaparecendo. Inclinou a cabeça para trás para ver a cozinha e achou a fonte do cheiro que a incomodou quando viu um monte de pratos sujos. Quem quer que fosse que isso pertencia era um porcalhão.
A cabeça virou e ela olhou para os folhetos dispersos no chão. Ela inclinou a cabeça o suficiente para ler alguns. Eram direcionados para disseminar o ódio para as Novas Espécies usando a religião.
— Droga, — suspirou, deixando a cabeça cair no banco acolchoado. A memória retornou e medo se transformou em terror.
Eles mencionaram queimá-la na fogueira. Tinha lido suficientes mensagens de ódio para adivinhar o que suas crenças básicas eram. Alguns grupos de fanáticos religiosos surgiram, declarando que os híbridos humano/animal eram realmente desovas do demônio colocados na Terra para trazer a destruição da humanidade. Eles assistiram muitos filmes de terror em sua opinião, mas infelizmente não estavam propensos a ouvir a voz da razão. Eram firmes na convicção que somente os seres do mal podiam ter presas e rosnados.
Pense! Acalme-se. Você precisa sair desta bagunça.
A voz de um homem penetrou seus pensamentos, se tornando mais alto. Sua cabeça virou para porta fechada, esperando que alguém verificasse como ela estava, no mínimo. Sua única chance seria para enganá-los para libertar ela. Os braços e pernas tencionaram contra as restrições, mas não cederam.
— Hoje à noite vamos mostrar a todos aqueles demônios que eles não podem ganhar.
Outro homem falou, em tom nervoso.
— Isso fará com que as mulheres pensem duas vezes antes de se associar com o mal. Você tem certeza que não devemos drogá-la primeiro? Não sei se posso aguentar ouvir o grito dela enquanto queima.
O estômago de Zandy levantou. Eles realmente planejavam queimá-la viva. Era além de horrível. Seu pavor retornou com força total à medida que lutava mais contra as correrias fortes.
— Somos justos nisso, Irmão. É nosso dever mostrar o que deve ser feito quando uma pessoa abraça o mal.
— Você está certo, Irmão Adam. Acredito nisso tão forte quanto acredito em nosso estatuto. Devemos mostrar aos pecadores como eles serão punidos para evitar que esta praga se espalhe.
A porta do trailer rangeu alto quando abriu. O raio de sol brilhante que irradiou dentro momentaneamente a cegou e ela piscou algumas vezes. Tinha estado inconsciente durante toda a noite. O primeiro homem que entrou foi o que tinha bloqueado sua saída ontem à noite na sua porta da frente. Ele encontrou seu olhar assustado com uma carranca.
— Você está acordada. Vou escutar você agora se quiser confessar seus pecados antes da limpeza da sua alma hoje à noite.
Zandy absteve-se de chamá-lo de algumas opções, nomes insultantes, e de dizer a ele que estúpido, filho louco de uma cadela ele era. Outro homem, um novo, que parecia estar em seus sessenta anos seguiu Adam até os poucos degraus. Os olhos enrugados estreitaram nela.
— Ela não parece do mal, Irmão Adam.
— Ela se alia com os demônios. Não se esqueça disso. O mal vem de varias formas e seus olhares inocentes são só um ardil para o tolo.
O homem mais velho assentiu tristemente.
— Isto é verdade. Ela poderia acabar uma noiva de um demônio como as outras mulheres que visitam o covil do mal deles se nós não intervimos.
Adam assentiu.
— Estamos salvando a alma dela. É uma simples mulher e todos nós sabemos o quão fracas e tolas elas são quando veem a pele masculina. É por isso que aqueles demônios da ONE são todos tão grandes. As mulheres olham para eles e isso as leva ao pecado da luxúria. Eles escondem suas mulheres de nós porque sabem que somos mais fortes e podemos resistir os pecados da carne.
Oh, inferno! Ela não podia contém-se mais. Estes caras eram todos ridículos.
— Você sabe do que poderia me salvar?
O homem idoso perscrutou nela com curiosidade.
— Do que você quer ser salva, filha? Deseja abraçar Deus e tomar o caminho correto antes da sua alma ser purificada do mal nesta noite?
— Quero ser salva de vocês idiotas loucos. Esta é a maior carga de merda que já ouviu. Os homens é que pensam com seus paus. Se você é tão religioso já ouviu falar dos Dez Mandamentos? Não matarás. Isso toca alguns sinos?
Adam estalou.
— Vê? A alma dela já se foi. Provavelmente fornica com o próprio demônio. É como eu disse. Aqueles demônios exibem os músculos e transforma as mulheres em prostitutas lascivas. É por isso que ela deve ser pregada na cruz e a alma purificada com fogo.
Medo foi rapidamente substituído por raiva.
— Se eu estivesse fazendo com o demônio, ele estaria aqui e queimaria seus traseiros, como ter um grande assado de salsichas. Já considerou isto? O demônio sabe tudo, certo? Ele viria me buscar se eu pertencesse a ele. Deixe-me ir, bastados estúpidos.
— Vê? — Adam assentiu ao homem velho. — O ódio derrama da sua boca.
— Ódio? Você está falando de pregar-me em uma cruz e tocar fogo em mim. Você honestamente acha que sou odiosa porque posso chamá-los de bastardos estúpidos? Oi? Vocês podem usar seus cérebros por uma vez? Poderiam querer ponderar isso antes de cometerem assassinato.
O homem idoso franziu a testa.
— Nós não estamos realmente indo pregar você em uma cruz. Vamos ligar você nela. Colocar pregos através do seu corpo seria muito cruel.
A boca de Zandy abriu em choque.
— Você está brincando comigo? Não acha que me deixar queimar é cruel? Quem diabos são vocês e o que está errado com vocês? Pare as malditas drogas, gente. Ajoelhem-se e fumem um pouco de bom senso.
— Isso é suficiente, — Adam estalou. — Estamos salvando a sua alma. Nós estamos purificando você e mostrando aos outros que trabalhando para os demônios não trará nada exceto morte e destruição.
O homem idoso avidamente concordou.
— O fogo purifica a alma.
— O que vocês babacas fazem em seu tempo livre? Perseguem adolescentes que escutam rock e vestem preto, acusam-nas de serem bruxas? Dê-me um tempo. Já ouviu falar de medicação? Comecem a usá-las.
— Nós não precisamos de medicação! — Adam gritou. — Nossa missão na vida é expulsar todo o mal e fazer a vontade de Deus lutando contra o demônio e sua desova, criados por seus servos.
— Servos? De verdade? Quantas revistinhas em quadrinhos você leu? Elas não são reais. Noticia de ultima noite para você, maluco. O único acontecimento do mal é você torcendo a religião para se adequar a seu fanatismo intolerante contra as pessoas que não entende. — Ela olhou para ele. — Eu posso não ser capaz de me libertar, mas quero que saiba uma coisa, Irmão Adam. Você é um idiota patético. — O olhar cortou para o homem idoso. — As únicas coisas mais patéticas que um idiota, são as pessoas que seguem a ele.
Ela poderia não ter muito tempo de vida, mas maldição, os faria miseráveis enquanto tivesse fôlego. Ambos os homens pareciam prontos para explodir em ira depois que tinha os insultado. Foi ligeiramente gratificante e encorajou-a a continuar. Sempre quis desabafar depois de ler o correio de ódio e de repente teve uma chance de descarregar – se pudesse conter o medo.
— Eu acho que o problema real é que vocês não têm vida e esta é a única maneira que podem obter uma mulher. Têm que sequestrá-las e prende-las para fazê-las ouvir essa besteira. Deve ser difícil saber que ambos são perdedores e isso é uma coisa de ciúme, não é? Novas Espécies são quentes e ambos só poderiam fazer sexo se entrassem em um bordel usando notas de cem dólares.
O telefone de Bestial soou e Tiger sentiu o coração saltar no peito. Zandy teria que perdoá-lo depois que explicasse sobre os medicamentos e como não se lembrava do que disse. Diria a ela como se sentia sobre ela e ela poderia vir a acreditar nele. Não desistiria até que acreditasse. Pode ser muito convincente quando precisa ser, e recusava desistir de tê-la de volta na sua vida.
Seu amigo atendeu ao telefone.
— É Bestial.
Tiger assistiu o rosto do macho empalidecer e a boca apertar. Raiva refletiu nos olhos de Bestial quando um grunhido estourou dos lábios. — Diga-me o que parecia. — Ele fez uma pausa. — Quantos? Você poderia seguir o rastro? — Ele escutou. — Tem certeza?
Alarme agarrou Tiger, sentindo que algo estava seriamente errado. A ONE foi atacada novamente? Outro helicóptero foi alvejado? Lutou para se sentar na cama, as costelas parecendo muito melhor já que ficou várias horas de sono.
Bestial recusou-se olhar para ele.
— Chame toda a aplicação da lei, mesmo os humanos. Esta é a prioridade. Temos de encontrar aqueles machos imediatamente e quero ser chamado no segundo que souber qualquer coisa. — Ele desligou.
— O que aconteceu? Algum de nosso povo está machucado? Estou tão cansado dos humanos estúpidos. Por que não podem ser todos razoáveis, como a maioria deles?
Bestial levantou da cadeira ao lado da porta e finalmente segurou seu olhar. O olhar frio e com raiva neles só o fez mais certo que algo horrível tinha acontecido. Seu amigo se aproximou até a cama antes de parar ao alcance do braço.
O macho respirou fundo.
— Não poderíamos liberar nenhum membro da tarefa para escoltar nossos homens para a casa de Zandy até esta manhã.
O estômago de Tiger atou e as mãos cerraram em punhos no colo. A frequência do coração disparou e ele teve uma sensação doente de que algo ruim aconteceu à fêmea a quem tinha sentimentos tão fortes.
— Ela está bem? — Soube que não poderia suportar se a resposta não fosse positiva.
— A casa dela foi vandalizada e eles cheiraram quatro machos humanos. — Ele estendeu a mão e agarrou os braços de Tiger para mantê-lo no lugar.
Simpatia suavizou seu olhar enquanto olharam um para o outro.
— Também acharam o sangue dela. O carro estava na entrada da garagem, mas ela não estava lá. Acreditam que ela foi atacada e roubada.
As informações eram muito horríveis para ser reais, mas Tiger sabia que Bestial não mentiria para ele neste assunto.
— Eles perderam o cheiro dela do lado de fora da cerca. Falaram com vizinhos que viram uma van lá ontem à noite. Dois deles pensaram ter ouvido alguns gritos, mas acreditaram que era a televisão de alguém com o som muito alto. Mais do sangue dela foi encontrado. Ela estava viva e ativamente sangrando quando a levaram. Não havia muito, se isso é um conforto. Tenho certeza que se eles quisessem matá-la, teriam deixado o corpo. Estamos fazendo tudo que podemos para tentar encontrá-la, Tiger.
Ele perdeu a mente. Doía demais pensar e um rugido rasgou da sua garganta quando tentou disparar para fora da cama. Braços fortes o empurraram para baixo e ele lutou. Zandy estava lá fora, ferida e sequestrada por machos humanos. Ela precisava dele.
— Pare com isso, — Bestial gritou. — Você ainda está se curando.
As portas foram abertas quando mais da equipe de tarefa correu para o quarto e tentaram segurar seu corpo esticado. Ele lutou muito, grunhindo e mordendo qualquer coisa que aparecesse perto da boca.
— Deixe-me! Preciso encontrá-la.
— Calma! — Jaded rugiu, chamando atenção de Tiger.
Ele olhou para a outra Espécie felina e lutou contra suas emoções.
— Pegue-me minhas roupas agora. Vou atrás da minha fêmea. Ajude-me ou saia do meu caminho!
— Eu entendo, mas você ainda está debilitado por lesões.
Tiger relampejou os dentes afiados.
— Eles levaram minha mulher. Você deitaria aqui humildemente enquanto outros procuram no seu lugar? Ela é minha.
Jade hesitou.
Bestial afrouxou o aperto.
— Me sentiria igual se fosse minha companheira. Deixe-me pegar um pouco da minha roupa. Suas roupas estavam danificadas. Vamos encontrá-la, Tiger. — Ele se afastou e deixou o quarto.
Tiger arrancou os fios dos monitores e em segundos estava empurrando as pernas sobre a beira da cama depois que todos os machos o soltaram.
Ele rasgou a bata hospitalar.
Miséria e medo inundaram Tiger quando cambaleou em seus pés esperando por Bestial retornar, ignorando todos os olhos nele exceto o de Jaded. Um afiado pique de dor cavou no seu coração ao pensar que sua Zandy poderia estar morta. Empurrou esse pensamento para longe imediatamente. Se eles só quisessem matá-la então teriam feito isso. Teriam deixado o corpo descartado dentro da casa. Não. Eles a levaram por um propósito. Tiger rosnou.
— Matarei todos eles se machucarem um maldito cabelo na cabeça dela.
Bestial entrou carregando as roupas.
— Ajudaremos você a fazer isto.
Jaded estendeu a mão para ajudar o afiançar.
— Nós vamos encontrá-la.
Zandy lutou contra a vontade de chorar, recusando-se a dar ao Irmão Adam a satisfação de vê-la desmoronar. Raramente odiava as pessoas a ponto de desejar que pudesse matá-los, mas para ele ela faria uma exceção. A ideia de enrolar as mãos ao redor do sua garganta e observá-lo ficar azul enquanto apertava a acalmou. Teve que ouvir o ódio dele desmedido até que desistiu de insultá-lo. Só parecia encorajá-lo mais.
Um novo homem entrou no trailer para atender o Irmão Adam. Este parecia recém-saído da escola e precisava de um corte de cabelo. A camisa tinha buracos e a calça jeans desbotada estava da mesma maneira de forma pobre. O olhar a evitou completamente.
— Estamos prontos para testar, Irmão. Precisamos ter certeza que vai funcionar na realidade. Irmão Davey disse que ele deve manter o peso dela, mas não queremos que quebre durante a purificação.
— Não, não queremos. — O imbecil levantou da mesa e atirou a Zandy um olhar. — Queremos que ela queime sem qualquer falha. Não queremos criar qualquer má publicidade que prejudicaria nossa causa.
— É, cometer assassinato realmente vai valorizá-lo para as
pessoas, — ela bufou.
— Cale a boca! — Irmão Adam passou os dedos pelo cabelo, parecendo enfurecido. — Ela nunca para. — Ele olhou. — Gostaria que nós tivéssemos tomado uma diferente.
— Eu também. Finalmente concordamos em algo.
— Você é uma mulher vil.
— Você é um idiota louco, atrás de uma Bíblia deformada.
O rosto dele ficou vermelho e deu um passo ameaçador na sua direção. O homem mais velho se colocou entre eles.
— Ela está te tentando a pecar, Irmão.
— Envie os Irmãos Bruno e Fred aqui, e nós vamos levá-la para fora.
Zandy não podia fazer nada, exceto deitar lá esperando até que os outros homens chegaram para amontoam-se nos limites apertados da sala do trailer. O banco que estava amarrada a lembrava de um maca de resgate. Eles a içaram e tentaram levá-la para fora da porta, mas era muito larga. A dor a agarrou onde os cintos cavavam a pele quando eles a viraram de lado.
Ela gritou por causa da dor. Isso pareceu divertir Adam e ele riu. A luz do sol cegou-a novamente quando atingiu em cheio seu rosto enquanto a endireitaram. A sensação de mal estar a fez agradecida que eles estavam a fazendo passar fome, caso contrário poderia ter vomitado.
Os olhos se adaptaram à luz brilhante e notou todas as árvores em torno da clareira que o grupo transformou em lar temporário. Outros trailers e campistas estavam estacionados perto e o cheiro de uma fogueira encheu o nariz. As mulheres estavam do lado de fora olhando para ela enquanto os homens a levavam à parte de trás do trailer onde tinha sido presa. O plano deles ficou claro quando começaram a falar novamente.
— Como vamos levá-la lá em cima?
O olhar dela ergueu ao telhado e desespero atingiu. Tinha que escapar.
— Eu tenho que urinar!
Adam atirou-lhe um olhar.
— Mije nas calças. Não me importo.
— Irmão! — Uma voz severa latiu. — Que vergonha. — O dono daquela voz avançou – uma mulher de lábios finos na casa dos cinquenta. — Onde está sua compaixão? Deixe-a usar o banheiro.
— É melhor se a deixarmos presa, Irmã Deanie.
A mulher olhou ao seu líder.
— Eu o criei melhor do que isto.
A voz dele baixou.
— Vamos, Mãe. Não na frente de todo mundo.
Os olhos de Zandy alargaram em espanto. O homem idoso se envolveu.
— Filho, colocará seus seguidores contra você se abusar dessa mulher. Escute seus pais.
Puta merda. O olhar disparou entre os três, vendo uma semelhança. Eles eram, obviamente, uma família realmente ferrada.
— Muito bem. — Adam acenou aos homens. — Coloque-a para baixo, mas se certifiquem que não possa fugir.
O banco foi solto no chão e os dois homens grandes soltaram suas amarras. Ela esteve esticada por tanto tempo que se sentiu um pouco tonta quando se sentou. A mulher idosa se aproximou, parecendo temerosa.
— Agora, não vire a cabeça para mim ou qualquer coisa.
A boca esperta de Zandy curvou.
— Acho que você assistiu muitos filmes de terror. Não estou possuída.
A mulher franziu o cenho.
— Você precisa fazer pipi?
Pipi? Serio? Apenas ótimo. Fui sequestrada por idiotas que usam vocabulário de dois anos de idade.
— Sim.
Eles não removeram as algemas que mantinham os pulsos unidos na sua frente. A mulher agarrou no meio e levou Zandy até um dos campistas, puxando a corrente como se estivesse levando um cachorro.
— Não tente nada do mal, — Deanie advertiu. — Estou te observando.
O olhar de Zandy varreu o interior, à procura de uma arma, mas o lugar era muito descoberto. Louças tinham todos sido colocadas nos lugares e a mulher se recusou a liberar a corrente sobre as restrições. O banheiro era minúsculo.
— Vá em frente. Se apresse. — Sua voz baixou. — Pare de dar ao meu filho tristeza, jovem. Está tentando fazê-lo ficar mal diante de seus seguidores. Você sabe o quanto foi difícil para ele reunir tantos?
Foi uma luta conseguir desamarrar a calça e usar o banheiro com as mãos amarradas juntas.
— Não. Para falar a verdade não. Eu não li muito sobre cultos.
Deanie ofegou.
— Que vergonha, mesmo de dizer isto. Nós somos... — A mulher olhou para baixo e ofegou uma segunda vez. — Pecadora! Eu vejo esta roupa íntima de prostituta em vez do que deveria ser cobertura decente para sua área privada. Tsk, tsk! Não admira que foi atraída para o lado negro.
Zandy piscou algumas vezes.
— Eles tinham realmente bons cookies e aprovaram lingerie fio dental. O que posso dizer? Não tinha a menor chance.
Seu sarcasmo ficou totalmente perdido em seu captor quando Deanie franziu a testa. — O que isso quer dizer? Que tipo de cookies?
— Oh, puxa. Vocês estão seriamente arruinados. Não admira que seu filho seja tão confuso.
— Você é uma pecadora do mal com uma boca suja. Que vergonha. — Ela se virou e abriu uma gaveta embutida na parede. Girou, segurando short azul claro. — Tire esta peça de prostituta e coloque isso.
— É um calção de banho?
— Sim.
— Não.
— Você irá. Você não pode purificar a alma quando está usando esse pecado vermelho brilhante tentador. Estamos tentando te salvar, não mandá-la para o inferno.
—Já estou lá, senhora.
O rosto de Deanie avermelhou.
— Troque ou terei os homens entrando aqui para fazer isto por você. Estes são limpos e puros.
O pensamento de Adam ou aqueles outros repugnantes tirando sua calça fez Zandy decidir concordar. O calção de banho de homem ficou um pouco grande, mas pareceu ter acalmado a mulher chateada quando ela quase sorriu.
— Muito melhor.
A ironia não passou despercebida a ela. Eles iriam queimá-la até a morte usando calções de banho. Fogo e água. Só continua ficando melhor e melhor. Ela foi conduzida para fora e empurrada de volta no banco. Zandy tentou lutar, mas não conseguiu fugir de quatro homens. Eles a amarraram abaixo firmemente.
— Agora, como levá-la lá em cima? — Foi o garoto com as roupas esburacadas.
Zandy percebeu que estavam falando sobre a parte superior do trailer. Ela não tinha ideia de por que a queriam colocada no topo do trailer, mas não gostou.
— Oh diabos não.
Irmão Adam olhou para ela.
— Vamos vira-la de lado. Dois de nós vão agarrar as laterais e subir a escada enquanto dois vão segurar a parte inferior e empurrar. Vamos levá-la lá. Ela não pesa tanto assim.
— Dói quando você faz isso, — Zandy informou a ele.
Irmão Adam sorriu e um olhar alegre cruzou suas feições.
— Eu sei.
— Seu bastardo, — Zandy silvou. — Sabe por que acho que você é tão mau? Aposto que tem um pênis minúsculo e tem que se comportar como se fosse um enorme, tentando compensar.
O homem cerrou os dentes e ira transformou seu rosto manchado vermelho. Seus lábios abriram, mas nenhuma palavra saiu.
— É o que pensei, pênis pequeno. Ou devo apenas começar a te chamar pinto?
— Sua cadela! — Ele gritou.
— Sem pau — ela provocou.
— Basta! — Deanie estalou. — Ela está te iscando, Irmão Adam.
— Iscando ele? — Zandy bufou. — Ele é muito pequeno. Teria que jogá-lo de volta se eu o pegasse.
Irmão Adam gritou e se lançou para ela, mas dois de seus seguidores o agarraram para segurá-lo. Ela severamente sorriu. Ele poderia deixá-la queimando mais tarde, contudo ele parecia pronto para ter um derrame. Podia só esperar que algo o matasse antes dele concluir a vida dela.
Tiger estava contente por estar fora dos gessos. A perna ainda doía um pouco e as costelas machucavam, mas não estava realmente com dor. Teve que jurar para Dra. Allison que iria com calma. A velocidade normal dos ossos curando para uma Espécie era de duas semanas. As aprimoradas drogas o remendou em dias.
Slade North apontou uma das cadeiras no escritório.
— Sente-se, Tiger. Pare de andar. Precisa da sua força quando nós a encontrarmos e seus ossos ainda não estão completamente curados. Manterão seu peso, mas não abuse da sorte. Sei que a Dra. Allison não quis te liberar por mais vinte e quatro horas, mas você se recusou a ficar no hospital.
— Zandy está lá fora em algum lugar e preciso encontrá-la.
Slade severamente assentiu.
— Eu sei disso, mas a boa notícia é que eles não a mataram logo de cara. Levaram a ela por uma razão e irão esperançosamente mantê-la viva até que façam, seja o que for que querem que nós vejamos.
— Funcionários da Mercile poderiam tê-la. — Tiger estava miserável quando se sentou.
— Duvido. Eles não teriam vandalizado a casa dela. Teriam apenas a levado. Esse não é o jeito deles.
— Eles nos mantiveram cativos pela maior parte de nossas vidas, — Tiger rosnou. — Poderiam estar a machucando se foram eles quem a roubaram de mim.
— Não são eles, — Bestial concordou. — Slade está certo. Isso tem que ser um daqueles grupos de ódio ou alguém que deseja o resgate dela por dinheiro se descobriram que ela é uma funcionária da ONE.
Richard se mexeu na cadeira.
— Dei todas as informações para o FBI e autoridades locais sobre os grupos que foram os mais enfáticos sobre funcionárias e mulheres que se ligam com Novas Espécies. Espero que possam persegui-los e encontrar Zandy logo. Espero que este seja o caso ou nós não temos pistas se foi o intento de criminosos em usá-la para chantagear a ONE por dinheiro.
Justice North e Tim Oberto estavam em uma conferência telefônica no viva-voz no escritório de Slade.
— Eles têm de saber que ela não é Jessie. Fizemos uma coletiva de imprensa aqui há uma hora para ter certeza disto. Minha companheira se dirigiu à imprensa e foi em todos os canais. Quem tem Zandy Gordon teria ouvido sobre isso ou visto.
— Ninguém nos contatou por uma recompensa? — Tiger parecia esperançoso.
— Ninguém. Um macho ligou para dizer que ela estava sendo prisioneira por alienígenas de outro planeta. — Justice suspirou. — Ele precisa de cuidado médico, mas estamos verificando cada telefonema que chega, Tiger.
— Nunca vou deixá-la sair da Reserva novamente se eu a recuperar, — Tiger rosnou. — Nunca. Nem mesmo a quero fora da minha vista.
— Houve alguma conexão com os machos quem abateram o helicóptero? — Bestial olhou a Slade.
— Nenhuma, — Justice respondeu. — Já pensamos nisso. Aqueles humanos simplesmente queriam matar alguns de nós. Não têm nenhum interesse em nossas mulheres. Eles vieram até nós como caçadores.
Tiger rosnou.
— Zandy não teria deixado a Reserva se não fosse por eles.
Smiley mordeu o lábio.
— Me desculpe, Tiger. Devia tê-la impedido e a forçado a esperar por uma escolta para levá-la.
— Minha mulher é obstinada e irrefreável quando se decide a fazer algo que ela se sente apaixonada. Queria chegar a meu lado o mais rápido possível. Isto é minha culpa. Ela estava segura lá até que eu a conduzi para longe.
— Foi as drogas, — Bestial lembrou-lhe. — Pare de culpar-se sobre isso, Tiger. Deveríamos ter a parado e acalmado antes de deixar o hospital, se você quiser atribuir culpa.
— Não importa quem deve sentir culpa, — Justice declarou. — Ela foi levada e nós precisamos recuperá-la.
— Temos equipes dos seus homens e dos meus, indo em torno da área perguntando, — disse Tim Oberto. — Alguns desses grupos de ódio são conhecidos que acampam no bosque já que nenhum motel quer hospedá-los. Eles podem ainda estar próximos, se forem os responsáveis por este sequestro. Há muitos lotes de terra e nós não temos apoio aéreo suficiente com um helicóptero a menos. — Ele pausou. — Obrigado por nos emprestar seu helicóptero de Homeland, Justice. Ajudou, tendo dois pássaros no ar.
— Poderia contratar helicópteros e pilotos locais se isso vai ajudar, — Justice ofereceu.
— Vamos fazer isto, — concordou Tim. — Quanto mais terras procurarmos por aqui, melhor. Só diga-lhes para reportar quaisquer sinais de vida que encontrarem. Nossas equipes verificarão qualquer coisa que localizem.
— Estou nisto, — Justice declarou antes de quebrar a conexão da conferencia telefônica.
Tiger fechou os olhos, os pensamentos em Zandy. Onde está ela? Ela ainda está viva? A raiva dentro dele o consumiu. Ela precisava dele, mas não sabia onde encontrá-la. Odiava se sentir impotente e tinha experimentado essa emoção frequentemente desde que tinha começado a se importar tão profundamente sobre a fêmea humana.
Terror puro agarrou Zandy quando eles a amarraram à sua engenhoca louca. Lutou por um segundo contra um grito, mas depois o deixou solto.
Eles a mantiveram amarrada ao banco, mas amarraram isso a uma grande cruz que foi esticada em cima do telhado do trailer. Usaram um guincho da parte dianteira do veículo para elevar isto na vertical. A cruz foi conectada a algum sistema de dobradiça soldada.
Ela pendia aproximadamente uns bons quinze metros e meio do chão e soube que a qualquer segundo as cordas presas ao banco ou até mesmo os cintos mantendo seu corpo podia quebrar. Despencaria para o telhado do trailer ou pior, cairia mais distante até o chão. Ela freneticamente vasculhou a área, procurando ajuda a partir de sua posição elevada, mas não viu ninguém nos arredores da floresta. Milhas de árvores pareciam se estender em torno dela e os únicos sinais de vida vinham do grupo que a sequestrou.
— Você se sente mais perto de Deus? — Irmão Adam sorriu para ela de baixo, as mãos na cintura, parecendo satisfeito consigo mesmo.
— Foda-se. — Ela realmente queria matá-lo.
— Vamos empilhar madeira e derramar gasolina por toda parte do telhado aí em cima com você. Uma lona vai te esconder e cobrir o cheiro até que seja muito tarde para alguém te ajudar. — Ele pareceu totalmente contente com o plano insano. — Vamos dirigir direito até os portões do inferno, içar você para todos verem e mostrar ao mundo o que acontece quando alguém se submete a pecar.
— Marquei a linha de cabo, — um de seus homens gritou. — Vamos ser capazes de conseguir a cruz levantada depressa sem medo de estalar a linha.
— Ótimo. — Irmão Adam sorriu. — Quantos segundos levará para levá-la lá em cima? Preciso preparar meu discurso de acordo.
— Vamos testar.
Zandy apertou os olhos fechados quando a cruz tremeu violentamente enquanto baixava. O estômago revirou pela sensação de mal estar com medo de que a madeira
simplesmente estalaria na base onde foi conectada ao topo do telhado pela dobradiça que criaram. A coisa toda finalmente descansada no telhado e ela deu um suspiro de alívio quando ela deitou novamente.
— Você conta, Irmão, — alguém gritou. — Pronto?
— Oh merda, — ela murmurou, com medo do que aconteceria a seguir, não querendo descobrir.
— Aqui nós vamos!
Seus olhos se abriram quando o motor do guincho aumentou em som. A cruz inteira e o banco tremeram e outro grito rasgou da sua garganta enquanto isso ergueu rapidamente, lançando-a para cima até que foi suspensa mais uma vez no ar. Madeira rangeu e gemeu, ela podia jurar que as cordas prendendo o banco fez um som de protesto, mas parou tão de repente quanto tinha começado.
— Seis segundos, — anunciou uma nova voz. — Isto é tempo suficiente?
— Claro, — Adam assentiu, não mais olhando para ela, mas cavando a calça para tirar uma caneta e um bloco de notas do tamanho da palma. — Qualquer tempo mais e isso poderia dar a eles tempo de reagir. Vou começar a dizer as minhas falas antes do show começar.
Show? Eles estavam falando sobre matá-la como se fosse uma produção da Broadway. Lágrimas quentes encheram seus olhos e piscou-as de volta enquanto algumas das pessoas abaixo dela começaram uma fila para passar gravetos e madeira cortada até o topo do trailer. Eles primeiro enfileiraram as bordas, até que alguém sugeriu abaixem a cruz.
O passeio para baixo a fez apertar os dentes para evitar dar a eles a satisfação de ouvir o seu grito novamente. Uma vez estendida, observou eles empilhar madeira mais perto aos seus lados, cobrindo toda a superfície do telhado com pelo menos duas camadas. O cheiro de madeira cortada normalmente a atraía, mas não nessas circunstâncias.
As cinco pessoas silenciosamente trabalhando evitaram fazer contado visual com ela. Ela decidiu tentar, entretanto.
— Por favor, me ajude. Vocês sabem que isto é errado. Meu nome é Zandy. Tenho uma família e uma vida. Não sou do mal.
Eles continuaram trabalhando, recusando-se a olhar ou falar com ela. Frustração subiu e ela fechou os olhos. O calor do sol batia nela, mas sentia frio por dentro. Em nenhum dos seguidores do Irmão Adam iria crescer um cérebro. Tinham uma mentalidade de culto e pensavam que o idiota não podia fazer nada errado.
— Devemos mergulhar a madeira com gasolina agora?
A voz pertencia ao adolescente com as roupas esburacadas. Ele subiu no telhado e segurava uma lata vermelha de gasolina em ambas as mãos. A visão disso fez Zandy hiperventilar, cada respiração uma luta para se controlar. Eles realmente estavam contando com deixá-la no fogo. Era bárbaro, terrível, e pior – idiota.
— Não. O irmão Adam acha que aquelas desovas do mal poderiam sentir o cheiro disto apesar de ter toda a parte superior coberta com a lona. Ele quer fazer uma abordagem mais dramática para as câmeras. Prevê que isso realmente chegará aos espectadores e tirará a expectativa se eles virem a gasolina sendo despejada.
— Eu entendo. — O garoto assentiu vigorosamente, sorrindo. — É uma ideia realmente legal. Vai ser épico.
— Estou contente que pense assim, — Zandy comentou secamente. — Quer trocar de lugar comigo, se é tão legal? Que diabo está errado com você?
Ele olhou para ela e encontrou seu olhar.
— Você é uma prostituta e pecadora contaminada por Satanás. Não fale comigo.
Ela tomou uma respiração profunda, calmante.
— Você é tão jovem. Não entende que está jogando sua vida fora por causa disso? Nenhum de vocês vai se safar me matando, especialmente se está na frente de um grupo de repórteres com câmeras. Você vai envelhecer na prisão. O Irmão Adam vale isso? Você não quer encontrar alguém e ter uma família um dia? Não tem sonhos que deseja realizar? Não é tarde demais. Somente me desamarre e nós dois vamos sair daqui. Não vou contar a ninguém que eu te vi. Você pode fugir desta bagunça.
Ele se aproximou e balançou a lata de gasolina para se certificar que ela pudesse ouvir chapinhar e tomou o tempo para lentamente prendê-lo em algum lugar perto dos pés dela. Ele deu uma piscadela quando se endireitou sem isto. — Este é meu sonho e nós vamos ser heróis. Estamos salvando almas.
— Está indo ir para a prisão por assassinato. É assim que isto vai terminar a menos que você me deixe ir e ambos fugiremos.
— Cala-se. Recuso-me a escutar você.
Ela olhou para as outras duas pessoas com ele, ambas evitaram seu olhar, e ela tentou fazer algum sentido para eles. — Vocês me ouviram? Todos irão para a prisão. Não tem que ser desse jeito. Só me desamarrem. Por favor?
— Eu disse para se calar, — o garoto murmurou. — Não estamos ouvindo. O irmão Adam sabe o que está falando e nós estamos em uma missão.
Zandy não disse nada quando o rapaz partiu, descendo a escada na lateral do trailer e saindo da sua vista. As outras duas pessoas o seguiram, deixando ela sozinha. O vento soprou e ela olhou para o céu azul acima. Não havia um indicio de chuva, algo que teria sido realmente ótimo para molhar todos os gravetos empilhados ao redor dela. Apenas não era seu dia.
Ela se concentrou com pensamentos de Tiger. Ele iria sobreviver aos ferimentos, mas eles tinham terminado. Foi provavelmente melhor. Doeu que ele tivesse ordenado que deixasse seu quarto de hospital como se tudo que compartilharam não significasse nada. Quebrou seu coração, mas pelo menos sua morte não o devastaria. Isso era a última coisa que queria.
Lágrimas derramaram pelos lados do rosto e ela não conseguiu nem enxugá-las. Amava Tiger. Tinha se apaixonado demais por ele e imaginava se ele se sentiria culpado quando descobrisse o que aconteceu com ela. O tempo passou enquanto tentava entrar em acordo com o que aconteceria com ela logo.
Ela se debateu, mas não conseguiu se libertar. O som de alguém subindo a escada chamou sua atenção e virou a cabeça para observar o Irmão Adam se juntar a ela. Ele teve que pisar com cuidado sobre a madeira, mas chegou ao seu lado sem cair. Mais dois homens subiram no telhado, ambos preparados com martelos e tábuas.
— O que você vai fazer agora?
Adam se recusou a responder.
— Façam.
Zandy abriu a boca para perguntar o que planejavam, mas os dois homens grandes como ele de repente desamarraram os cintos prendendo seu corpo ao banco. Eles a agarraram antes que pudesse lutar, puxando-a em pé, e um deles chutou o banco para longe. O corpo dela foi erguido e batido com força para baixo na cruz de madeira grossa. O ar dos seus pulmões sumiu quando dor disparou por sua coluna e a parte de trás da cabeça, onde tinha batido com mais força.
Os dois homens puxaram ambos seus braços completamente ao longo das vigas que tornavam a madeira uma cruz. Ela se recuperou e tentou torcer para longe, chutando-os de modo selvagem, mas isso não os intimidou. Eles a asseguraram a partir dos pulsos até a parte superior dos braços embrulhando cordas ao redor deles, amarrando-a com força à cruz.
— Não faça isto, — ela pediu. — É loucura. Você não pode fugir de um assassinato. Vai apodrecer na prisão ou receber a pena de morte.
Irmão Adam riu, um som doente, quando se inclinou o suficiente para ter certeza que podia ver seu rosto enquanto os dois seguidores começaram a amarrar as pernas no lugar.
— Estamos travando uma guerra contra o mal e estamos dispostos a morrer por nossa causa. Nós não vamos ter que fazer isto, entretanto. Sou mais esperto do que eles. Pensei em tudo.
Ele acreditava no que dizia. Estava claro no seu olhar louco. Zandy gritou, empurrou os quadris, mas os dois homens só a asseguraram com corda em torno da cintura. O olhar dela travou em Adam.
— As Novas Espécies vão perseguir seu traseiro imprestável e fazer você pagar por isso. É melhor esperar que a polícia te prenda no local quando dirigir-se até aqueles portões, porque eu sei que Tiger vai te despedaçar por fazer isto a mim.
Ele inclinou a cabeça.
— Quem é Tiger?
— Ele é um amigo. — Eles poderiam ter terminado sua relação, mas ela não tinha dúvida que Tiger vingaria seu assassinato se certificando que as pessoas responsáveis fossem castigadas. Tinha fé nisto. — Ele não vai deixar você escapar disso.
— Sabia que você estava fornicando com aqueles demônios. — Seu olhar estreitou. — Eles são as pessoas que vão morrer. O nome de Tiger vai ao topo da nossa lista de quem purificar em seguida. Obrigado.
Sua paciência estalou.
— Aquele demônio, como você o chama, vai arrancar seu coração e fazer você sufocar nisso.
O filho de uma cadela simplesmente sorriu.
— Eu sempre prevalecerei sobre o mal. Sou o instrumento de Deus. — Ele pausou. — Diga ao diabo que envio meus cumprimentos quando você o ver.
— Você é um perdedor, é o que é. Um louco demente que se delicia em magoar os outros. Que tipo de vida patética você levou que pensa que esta é a coisa certa a fazer? Você é o único que está indo para o inferno, Adam. Diga a ele você mesmo.
O rosto de Adam torceu em um horrível tom de vermelho de raiva.
— Vou apreciar observar você queimar. Vai ser música para os meus ouvidos quando as chamas começar a derreter sua carne e você começar a gritar.
Eles a deixaram amarrada à cruz enquanto Zandy lutava para se libertar. Ouviu o suficiente para saber que eles começaram a levantar acampamento e o que o próximo passo de seus planos era. O Irmão Bruno dirigiria o trailer até os portões da Reserva e ele trabalharia o guincho.
Irmão Adam tiraria a lona do telhado, enfrentaria os repórteres com o discurso que escreveu, ao despejar gasolina enquanto falava. Eles pensavam que o fogo que ele começou causaria suficiente pânico e desordem para escapar de serem presos.
A escada rangeu advertindo que alguém subia até o telhado. Zandy virou a cabeça para olhar a mulher magra e tímida que se recusou a encontrar seu olhar enquanto lentamente rastejava para frente. Esperança surgiu que a mulher a ajudaria a fugir, mas enfraqueceu rapidamente quando ela estendeu a mão no bolso da saia folgada para retirar um rolo de fita adesiva.
— Eu realmente sinto muito por fazer isso a você, — sussurrou a mulher a medida que retirava uma tira da fita. — Eles não querem você gritando. Fique quieta. Não quero pegar seu nariz. Você sufocaria e todo mundo ia ficar com raiva de mim por te matar muito cedo.
Zandy virou a cabeça longe para evitar ser amordaçada.
— Por favor, não faça. Pensei que o Irmão Adam quisesse me ouvir gritar enquanto queimo. — Ela tentou usar a lógica, desesperada para evitar ter a boca selada fechada.
— Irmão Adam vai tirar a fita antes de acender a madeira. Não quer você gritando antes que esteja pronto para revelar a sua presença. Todos nós temos que trabalhar juntos para garantir que isso ocorra exatamente do jeito que ele quer.
Zandy se debateu, mas a mulher conseguiu colocar a fita na boca. Mais duas camadas foram adicionados nos lábios e nas bochechas para ter certeza que ficou colocado. O grito saiu abafado quando terror a atormentou. A mulher tímida recuou e fugiu, seu trabalho feito.
Minutos depois, dois homens grandes escalaram a madeira empilhada em cima do trailer para puxar uma lona sobre o telhado. Seu terror intensificou quando o material branco e sujo que arrastaram sobre seu corpo bloqueou o céu. Repousava no seu rosto e não importava que direção ela girasse, era incapaz de se livrar disto. Tinham eficazmente escondido a ela e a cruz.
O motor do trailer vibrou levemente quando o motorista ligou. O movimento a assegurava que estavam na estrada quando os pneus imergiram e fez todo o veiculo balançar debaixo dela. Vento chicoteava a lona depois da estrada suavizada para pavimento e ganhou velocidade. Ela esperou que a lona fosse sair voando, mas eles tinham prendido o material com firmeza.
Zandy fechou os olhos e imaginou Tiger. Ele ficaria bravo e não totalmente desmoronaria se estivesse no lugar dela. Claro que ele poderia ter evitado ser levado em primeiro lugar. Nenhum dos homens do Irmão Adam poderia ganhar contra Tiger em uma briga. Só pensar nisso ajudou a tranquilizar o pânico crescente. Ele a salvou uma vez naquele bar, mas ela sabia que não conseguiria fazê-lo uma segunda vez. Estava em um hospital a horas de distancia.
Eu te amo, Tiger. Só desejo que eu pudesse ter dito a você.
Slade bateu o telefone fixo na base.
— Ótimo. Isso é exatamente o que precisamos.
Tiger ficou tenso.
— O que está errado?
— Alguns idiotas convocaram uma coletiva de imprensa no portão principal, exigindo liberdade de expressão. Os repórteres estão aparecendo em massa. Como nós precisamos desta merda no topo de todo o resto. Este grupo nos quer nos portões dianteiros também. Disseram que têm algo para nos dizer que vamos querer ouvir. Eu duvido.
Bestial suspirou.
— Tenho certeza que será apenas insultos que desejam jogar em nós. Estas coisas nunca vão bem. Provavelmente são aquelas pessoas de direitos humanos novamente alegando que nós estamos ameaçando seu estilo de vida.
— Temos cerca de quinze minutos antes que esta coisa comece. Vou até lá para ver que diabos estes idiotas estão fazendo. Vou triplicar os oficiais de plantão e chamar alguns franco-atiradores. Não quero nenhuma surpresa desagradável. — Slade correu os dedos pelo cabelo.
— Eu odeio estes babacas.
Tiger levantou.
— Irei com você. Segurança é meu trabalho.
Bestial desdobrou o corpo da cadeira para se levantar.
— Você ainda está de licença médica, Tiger. Vamos todos. É melhor que sentando aqui olhando às paredes enquanto nós esperamos pela palavra de Tim.
— Eu concordo,— afirmou Slade. — Você é meu segundo, Tiger. Lidaremos com esta porcaria juntos.
Os três deixaram o escritório de Slade e subiram em um Jipe. Slade usou o celular para dar ordens enquanto Bestial dirigia. Eles alcançaram o portão principal e tomaram os degraus até a passarela no muro onde podiam ver tudo. Um dos oficiais passou a eles coletes à prova de balas, que vestiram. Tiger avaliou os vinte atiradores de elite no muro e os trinta oficiais reunidos abaixo na lateral do portão da ONE.
Tiger apropriou-se de um dos rádios de um homem e ordenou um adicional de cinquenta homens para atender no caso de ataque. Ele os queria preparados para correr até os portões se eles fossem necessários. Bestial os observou severamente quando seus olhares se encontraram.
— Melhor ser paranoico. — Tiger empurrou o rádio no bolso. — Overkill9 é uma boa palavra quando os nossos machos estão segurando as armas.
ˇ Exagero; uso excessivo da força.
— Todo mundo está usando coletes? — Slade gritou para ser ouvido.
Tiger relaxou ligeiramente quando se asseguraram que todos os protocolos de maior alerta estavam sendo seguidos. Ele notou a chegada do xerife local e quatro dos seus assistentes. Estavam lá para ajudar com o controle da multidão do lado de fora dos portões. Enviar oficiais para fora não era algo que queria fazer, era muito perigoso.
Pensamentos de Zandy atormentavam Tiger. Perguntava-se onde ela estava, se estava viva e simplesmente desejava que estivesse nos seus braços. Raiva o agarrou por ter que lidar com a situação atual, quando tudo que realmente queria fazer era efetuar mais ligações para ter mais recursos focados em localizá-la. Ele se desculparia pelas coisas que não se lembrava de dizer e ia fazê-la perdoá-lo. Não se importava quanto tempo levasse, mas a convenceria que ele era seu macho.
Bestial rosnou.
— Olhe para todas as vans de notícias parando. Quem são estas pessoas?
Slade deu de ombros.
— Nunca ouvi falar deles. Estão chamando a si mesmos de Salvação do Pecado. — Ele bufou. — Eles disseram que querem contar ao mundo sobre o quão mal somos.
Bestial riu.
— Eu não creio que nós podemos simplesmente atirar neles quando chegarem, para prová-los corretos?
Tiger não estava de bom humor.
— Não me tente a dar essa ordem.
—Quero saber como eles conseguiram tantos repórteres aqui. São obviamente excêntricos, — disse Slade. — Declararam que têm prova de que somos perigosos para a humanidade e prometeram aos canais de noticias, alguma coisa que eles querem mostrar no noticiário das seis, como a história principal.
Tiger agarrou o rádio para se dirigir aos oficiais.
— Eles podem tentar provocar um ataque de nós. Mantenha seus temperamentos em ordem. Não abram fogo a menos que eu dê a ordem, ou vocês serem alvejados primeiro. Estão tramando alguma coisa uma vez que quiseram tantas câmeras na cena. Basta está preparado para qualquer coisa. Nós temos fumaça de gás pronto?
— Sim, — um macho respondeu. — Estamos preparados.
Slade suspirou.
— Ótimo. Apenas lembre-se de ficar frio, todos. Somos melhores que aqueles babacas. Querem dar algum tipo de discurso e tenho certeza que isso vai testar a nossa moderação. Quanto mais tranquilos parecermos com suas palavras de ódio, mais estúpidos eles parecem.
Tiger bufou.
— Verdade.
Bestial sorriu.
Tiger contou pelo menos quinze vans de notícias estacionadas ao longo da rua, mas estavam longe o suficiente dos muros para não ser uma ameaça. Os manifestantes foram retirados uns bons quinze metros longe dos portões pelo xerife e seus assistentes. Xerife Cooper acenou e Tiger o reconheceu com um aceno de cabeça.
— Então, quando é que esta merda deve começar? — Bestial ficou impaciente.
Slade olhou o relógio.
— Em breve. Disseram que estariam aqui às 5:40.
— Há um trailer vindo e um carro. Acha que são eles? — Um dos oficiais balançou a cabeça.
Tiger estreitou o olhar, assistindo os veículos se aproximarem. — Sim. Eles têm uma bandeira de Salvação do Pecado na lateral disto.
Bestial bufou.
— Olhe o quão velho aquela coisa é. Estamos sendo visitados pelo passado.
Slade riu.
— Pelo menos podemos descartar que eles têm lança mísseis. Não poderiam pagar por eles.
Tiger concordou.
— Talvez a gente não tenha que se preocupar sobre eles disparando em nós também. Vê a ferrugem naquela coisa? Duvido que disponham de balas.
Tiger ficou tenso quando dois machos desceram da cabine do trailer. Uma caminhada até a parte traseira e usou uma escada para subir no telhado onde ele estava na parte traseira. Ele se inclinou e ergueu um microfone.
— Esta coisa está ligada? — A voz do macho transmitia pelos altos falantes, obviamente, equipados ao veículo.
— Os altos falantes funcionam, — o motorista gritou do para-choque dianteiro.
— Eu sou Irmão Adam da Salvação do Pecado. Sou o líder do nosso grupo. Estou aqui hoje para lhe dizer que nós não vamos tolerar a desova do mal do demônio contaminando nossas mulheres. Nenhuma mulher temente a Deus se deitaria com um demônio. É errado e contra a palavra de Deus fornicar com um animal. Nós queremos que as mulheres lá fora saibam que vocês estão condenando suas almas ao inferno até mesmo por se associar com a desova do inferno que chamam a si mesmos de Novas Espécies. Qualquer mulher que se associe com estes demônios vai queimar no inferno e eu estou aqui para dizer a você que se considerar ser uma noiva do diabo será castigada no fogo do inferno. Qualquer mulher que ir perto destes seres vis está deixando o diabo tentá-la para ser sua noiva. Deus falou e disse para mim fazer isto. Estou esperando que outros peguem a palavra de Deus que eu prego hoje e faça o mesmo.
— Este é um discurso horrível, — Bestial murmurou.
— Eles gastaram seu dinheiro em oradores em vez de um publicitário, — Tiger gracejou.
O humano segurando o microfone apontado para a parte superior do muro.
— Vocês não devem pôr mais suas mãos sujas em nossas mulheres. Tome cuidado com a nossa advertência que homens tementes a Deus vão purificar suas almas. — Ele se moveu e sentiu algo sob a lona. Ele arrancou com força o que quer que fosse.
Slade revirou os olhos.
— Nós viemos aqui por isto?
Bestial riu.
— Eu apreciaria uma mulher má na minha cama.
Um dos machos das Novas Espécies perto deles riu.
— Eu também. Pecadora é melhor.
— Merda, — Tiger murmurou, agarrando seu rádio. — Alerta. O humano está desprendendo a lona na parte de trás do trailer. Ele poderia ter machos escondidos sob isso com armas de fogo.
O macho humano na frente do trailer se curvou e o som de um gemido suave começou. Slade amaldiçoou, pondo o rádio à boca.
— Alerta. Isso pode ser uma arma.
Tiger descansou uma mão na faca amarrada na coxa. Praticou muitas vezes e se tornou muito preciso em lançá-la. A outra mão ajustou o rádio no muro e pegou a arma sobressalente amarrada ao oficial na sua direita, tirando-a do coldre como a lona subia mais alto.
O que quer que estivesse sob ele estava, pelo menos, sete metros e meio de altura. A lona ondulou no ar e começou a cair quando esteve completamente erguido.
Um grito surpreendeu a todos e a visão de uma mulher amarrada a uma cruz foi revelada quando a lona caiu. Os joelhos de Tiger quase desmoronaram quando olhou para Zandy. O choque de vê-la suspensa no ar em cima do veículo demorou segundos para registrar em sua mente. Seu cabelo estava bagunçado, uma contusão escurecia sua bochecha, e ela parecia muito pálida. Cordas grossas feriam ao redor dos seus braços e pernas, prendendo-a lá.
Ela gritou novamente, lutando com as cordas. Seu olhar apavorado focou nos portões.
— Dispare nele, — ela gritou. — Ele vai colocar fogo em mim!
O olhar de Tiger se afastou dela para o humano mais próximo de Zandy. Ele estava segurando um recipiente vermelho e despejava o conteúdo em um monte de madeira caoticamente espalhado por toda a extensão do telhado do trailer. Os sentidos aguçados de Tiger estavam totalmente envolvidos com o coração disparado e o fedor de gasolina enchendo o nariz.
— Dispare nele, — Tiger rugiu, imediatamente entendendo o que o macho humano planejava fazer para Zandy.
Gritos dos seres humanos no chão encheram o ar quando perceberam o que estava prestes a acontecer. Zandy deve ter ouvido sua voz. O queixo dela ergueu e o olhar apavorado o procurou. As lágrimas deslizaram por seu rosto quando o tiroteio irrompeu. O humano com a lata de gasolina sacudiu quando Tiger disparou, observou como três balas atravessavam seu peito e impulsionaram o corpo para trás para desaparecer de vista onde ele bateu no pavimento.
— Não! — O humano na frente do trailer gritou antes de fazer algo com as mãos, lançando um objeto para cima. Chamas acenderam em um whoosh.
Horror sacudiu Tiger de sua posição congelada quando o fogo propagou através do topo do trailer e cercou a parte inferior da cruz. Zandy soltou outro grito apavorado que o colocou em movimento antes de dar-lhe qualquer pensamento. Empurrou os machos para fora do caminho, correu em sua perna ainda dolorida e agarrou a parede perto da guarita nos portões.
Saltou por cima do muro, o corpo bateu dolorosamente no telhado inclinado e ele deslizou em seu traseiro até a borda. Atingiu a área gramada ao lado da guarita com um grunhido, ignorou a dor e soltou a arma ainda embreada nos dedos. Precisava de ambas as mãos para dar o fora, recuperar o equilíbrio e correr até o veículo em chamas.
Mais tiros soaram e balas bateram no humano que tinha lançado o isqueiro que começou o fogo. Tiger teve que se esquivar do corpo caindo quando o macho deitou de costas, morto. Empurrou os seres humanos fugindo do caminho para alcançar o trailer onde saltou e agarrou a ponta do metal dele. Içou-se.
Ele sentiu o calor escaldante das chamas, mas ignorou, muito focado em Zandy para se importar se queimava. Um corpo grande de repente aterrissou próximo a ele e virou a cabeça para olhar a Bestial. O macho segurava um extintor de incêndio, que apontou na frente deles. Arrancou o pino e pulverizou as chamas. Encharcou-os imediatamente.
— Pegue ela, — seu amigo rosnou, girando o spray para fazer um caminho até a cruz de madeira.
Zandy tossiu, sufocando com a fumaça do fogo abaixo enquanto ela a cegava. Virou a cabeça, mas não conseguiu encontrar nenhum ar respirável até que o vento mudou. Tiger tinha estado no muro acima dos portões da Reserva. Ela o viu lá, ouviu ordenar aos oficiais para disparar no Irmão Adam, entretanto ela perdeu o rastro dele.
— Zandy! — Tiger rugiu o nome dela e a cruz tremeu o suficiente para fazer todo o corpo dela balançar.
Ela olhou para baixo até ver se o fogo tinha comido através da madeira o suficiente para fazer a viga espessa desmoronar. Ela fitou Tiger abaixo dela enquanto ele subia a cruz para alcançá-la. Foi seu peso adicionado que causou o movimento bruto. Ele avançou mais perto até que alcançou os pés dela.
Dor lanceou por ela, mas cerrou os dentes quando ele apertou as cordas para puxar seu corpo mais alto. Elas mordiam a pele pela força do seu peso, mas se recusou gritar. Ele a abraçou e a viga quando eles estavam no nível de seu rosto.
Seus olhares se mantiveram. Seus surpreendentes olhos fitavam profundamente os dela e ele esmagou contra seu peito. Uma de suas mãos soltou a corda e ele de repente segurava uma faca. Ele desviou o olhar e serrou as cordas que prendiam seus braços.
— Tenho você, pequenina, — ele falou rouco.
— Tiger, — ela sussurrou, atordoada que ele estivesse realmente lá.
— Segure-se em mim.
Um braço foi livre. Doía movê-lo, mas ela o colocou ao redor do pescoço dele. Ele virou um pouco para transferir a lâmina para a outra mão e agarrou a viga para apoiar o peso dele.
Suor enfeitava com contas a testa e o rosto estava vermelho de exaustão ou talvez de inalar fumaça demais. Ela não conseguia desviar o olhar dele. O puxão das cordas assegurou-lhe que ele estava tentando libertar o outro braço.
— Se apresse, — um macho rosnou abaixo deles. — O recipiente está quase vazio.
O vento mudou de direção e fumaça ondulou, fazendo os olhos dela arderem. Ela tirou o olhar do rosto de Tiger e enterrou-o contra a pele quente do pescoço. O odor masculino dele e a fumaça eram fortes. A corda cedeu e ela embrulhou o outro braço ao redor ele, abraçando seu pescoço firmemente.
A viga sacudiu novamente e ela se perguntou se desmoronaria com eles dois. Não fez. Ao invés uma mão agarrou seu tornozelo e as cordas das pernas foram afastadas.
— Ela está livre, — alguém gritou. — Tenho as pernas livres, Tiger. Se apresse. O interior está queimando agora e nós estamos perdendo a batalha com o fogo.
— Agarre-se em mim, — Tiger exigiu duramente.
Levou a ela um segundo compreender o que ele quis dizer, mas ergueu as pernas e enganchou-as em torno da cintura dele. Ele virou a cabeça para olhar para baixo. Ela abriu os olhos, mas lamentou imediatamente. A sensação de cair fez o estômago parecer rebelar-se em sua garganta antes do pé de Tiger atingir o telhado. O corpo dele tomou o pior do impacto e quase o dobrou, esmagando ela entre seus joelhos e peito onde ele se agachou.
Ele rosnou – um som feroz, horrível contra sua orelha. Percebeu que ele tinha apenas caído com ela nos braços à medida que ele endireitou, ambos os braços em torno de seu corpo. Ela olhou aos dois homens Novas Espécies que estavam no telhado do trailer com eles. Um deles estava chutando madeira em chamas para os lados e usando um extintor de incêndio para conter as chamas enquanto o outro simplesmente pulava pela lateral.
Tiger seguiu ele até a borda, mas mancava muito, arrastando uma perna. Alarme disparou por Zandy, sabendo que ele estava machucado.
— Jogue ela para mim, — Bestial exigiu do chão onde tinha acabado de aterrissar. — Vou pegá-la.
— Vamos lá, — Tiger ordenou.
Ela odiou fazer isto, mas sabia que não tinham tempo para discutir. A espessa fumaça fez respirar quase impossível e era provavelmente um milagre que o telhado não tivesse cedido sob eles até agora. Tiger não permitiu que ela levantasse, mas ao invés virou-a nos braços para embalá-la. Ele ergueu-a sobre a borda e ela percebeu o que pretendia fazer. Não disse nada, porém, o desespero nas feições dele deixando claro que não era uma escolha.
Ela caiu quando ele a soltou até que braços fortes a pegaram sob a parte traseira dos joelhos e ao redor das costas. Doeu, mas não se importou se a deixava contundida. A cabeça virou até olhar para Tiger, apavorada pela segurança dele. Ele pulou e tentou pousar em pé. Um rugido veio dele quando atingiu. As pernas cederam e ele deitou no pavimento.
Zandy lutou nos braços que a seguravam, mas o homem recusou deixá-la ir. Ele virou com ela suficientemente rápido para deixá-la tonta e correu. O movimento chacoalhando era áspero, mas ela conseguiu girar nos seus braços. Perscrutou acima do ombro dele e viu o terceiro macho escapar do telhado do trailer em chamas. Ele caiu em pé, inclinou-se e agarrou Tiger. Vidro estourou das janelas do trailer, fogo disparou dos lados e Bestial a puxou mais apertado contra o peito. Ela perdeu a visão de Tiger e do fogo enquanto foi levada através dos portões ligeiramente abertos da Reserva.
— Tiger! — Ela gritou para ele, preocupada por sua segurança.
— Calma, — Bestial exigiu, parando a corrida louca deles. Ele se virou para olhar de volta ao portão.
Zandy viu Tiger, então. Ele se inclinava fortemente contra o Nova Espécie que ajudou a salvá-la. Evitava colocar peso numa perna, mas o olhar era fixo nela quando entraram no portão. O macho segurou Tiger pela cintura, sendo sua muleta. Ele veio direito para ela.
Lágrimas não derramadas encheram os olhos dela. Tiger a salvou arriscando a própria vida. Ele e o outro macho pararam a poucos pés deles. Tiger se afastou do amigo e abriu os braços, o olhar deixando-a para fitar na pessoa a segurando.
— Dê a ela para mim, Bestial.
— Tiger? — O homem protestou, mas foi cortado quando ela foi arrancada dos braços do Espécie de cabelo negro.
Tiger cambaleou com ela nos braços. Dois oficiais das Espécies em uniformes completos de repente estavam lá, agarrando-os para mantê-los na vertical. Eles suavemente os baixaram até que ela acabou sentando no colo de Tiger. Ele deslizou para fora os braços de debaixo das suas pernas e costas e segurou seu rosto.
— Eu não quis dizer as coisas que eu disse no hospital. Eu nem me lembro de acordar. — Sua voz suavemente saiu, dor clara no tom. — Eu nunca quis te mandar embora.
— Você está bem?
Ele rosnou.
— Você ouviu o que eu disse? Foram as drogas que me deram.
— Consiga um médico, — alguém gritou. — Ambos estão machucados.
As mãos de Zandy tremiam quando agarrou seus ombros. — Está tudo bem. Não se preocupe com isso agora. Sua perna está bem?
— Eu quebrei de novo. — Ele lambeu os lábios. — Você está bem? — Seu olhar desceu até a bochecha. — Onde mais está machucada?
Nenhuma das contusões importava.
— Estou bem. Você quebrou a perna novamente?
— Não estava completamente curada.
— Você me salvou de novo.
Seus olhos incríveis ergueram até os seus.
— Eu sempre farei o que for preciso para proteger você, Zandy. Estou grato por estar segurando você em meus braços novamente.
O coração dela batia forte.
— Você quase foi transformada em uma vara de fogo e você está preocupada comigo? — Tiger perguntou.
Ela assentiu.
— Sim. — O cérebro começou a funcionar. — Oh deus. Estou no seu colo. Devo estar machucando você. — Ela tentou soltá-lo, mas ele segurou-a no rosto, mantendo-a lá.
— Não me importa. Só quero você perto.
— Tiger? — Slade limpou a garganta.
Zandy virou a cabeça para olhar para o homem que a contratou. Ele estava próximo a eles, a expressão horrenda.
Tiger rosnou.
— Deixe-nos sozinhos, — ele advertiu.
— Vocês precisam ser levados para o Médico agora.
Tiger sacudiu a cabeça.
— Mais tarde.
— Ela está machucada, Tiger. Não sabemos o que eles fizeram para ela. Os dois precisam ser examinados por nossos médicos. Vamos mantê-los juntos. Posso levá-la de você?
Tiger fitou os olhos de Zandy.
— Deixe-o carregá-la. Eu não posso.
Slade alcançou abaixo e suavemente a ergueu. Tiger estremeceu e o rosto contorceu em dor, imediatamente alarmando ela. Ela se mexeu para ser descida.
— Eu posso caminhar, — ela declarou, olhando para a pessoa a segurando.
Slade suavemente rosnou.
— Vocês dois combinam. Ambos são teimosos e irracionais quando se trata um do outro. Fique quieta.
Ele virou, caminhando a passos largos até um Jipe esperando. Ele suavemente a colocou no assento dianteiro e ela tentou olhar em volta do grande corpo dele para encontrar Tiger.
Slade se inclinou perto para atrair seu olhar.
— Faça-me um favor, Zandy Gordon. Entenda que Tiger não tem lembranças de te machucar e aceite minha palavra de honestidade total que ele não quis dizer tudo que disse. Ele merece alguns problemas por algumas das coisas que disse para os homens que escolheram fêmeas humanas, mas eu nunca quero vê-lo amuado de novo. Foi doloroso assistir quando ele se preocupava com a sua segurança. Tente perdoá-lo e talvez ele vai voltar a suas maneiras racionais, despreocupadas novamente.
Slade se endireitou e empurrou a cabeça para alguém atrás dela.
— Vá para o Médico. Se apresse assim ela pode ser examinada antes de Tiger chegar. Duvido que ele esteja com humor de assistir Dr. Harris tocar sua mulher.
O Jipe moveu e Zandy avistou Tiger finalmente. Dois oficiais sustentavam seu corpo entre eles, carregando-o para manter seu peso fora das pernas. A preocupação a agarrou de como machucado ele realmente estava. O motorista fez uma curva e ela perdeu-o de vista.
— Zandy?
A voz familiar a fez virar no assento.
— Smiley.
— Estou contente que está viva. — Ele olhou para ela e então
de volta à estrada.
— Eu também.
— Da próxima vez, você não deixa a Reserva sem uma escolta completa.
Ela relaxou na cadeira.
— Sem problemas.
— Tiger vai ficar bem. Somos fortes e curamos rápido. Ele não devia ter sido liberado do hospital até que os ossos tivessem unidos firmemente, mas ficou um pouco louco quando soube do seu sequestro. Isso retardou a sua cura, mas vai ficar bem. Pare de se preocupar.
Ela abraçou o peito e lutou com o desejo de chorar. Tanta coisa aconteceu que sabia que levaria tempo para se recuperar disto mentalmente. Suas emoções estavam muito perto da superfície.
— Não derrame lágrimas. Tiger vai se curar.
Tiger alegou não ter lembranças do episódio no hospital. Seus olhos fecharam quando aquelas informações se assentaram. Deixou-a imaginado se, em seu estado drogado, ele poderia ter declarado o que estava em seu subconsciente. Ele achava que eles não deveriam ficar juntos? Que ela era realmente o inimigo?
O Jipe parou e Smiley a acompanhou dentro do edifício. A equipe médica estava em alerta, todos esperando no prédio para lidar com qualquer emergência enviada para seu caminho. Zandy foi levada a uma sala de exame e uma doutora com um enfermeiro Espécie seguindo-a no quarto.
— Sou a Dra. Allison, — a mulher se apresentou. — Você é?
— Zandy Gordon.
— Ela trabalha aqui na Reserva, — o enfermeiro disse calmamente. — Ela foi trazida uma vez antes para ser tratada pelo jovem Dr. Harris depois de um incidente com os manifestantes nos portões.
— Obrigado pela história. — A doutora deu um sorriso. — Estou geralmente em Homeland, mas as vítimas do acidente de helicóptero precisaram da minha atenção, então fui trazida para Reserva. Estou assustada que eu não conheço muitos dos funcionários aqui, mas é bom te conhecer. Só queria que as circunstâncias fossem melhores. — Ela colocou luvas e suavemente segurou a mandíbula de Zandy, girando a cabeça para estudar seu rosto. — Alguém te bateu?
Ela cuidadosamente detalhou o ataque na sua casa e o sequestro consequente. Toda a história do que ela tinha sofrido veio à tona.
— Então, isso é tudo. Tiger precisa de você mais do que eu. Ele acha que a perna está quebrada.
A mulher virou a cabeça para olhar o enfermeiro.
— Vá se certificar que Harris tem isso sob controle, certo? Nós duas gostaríamos de uma atualização.
O Nova Espécie saiu do quarto depressa e a doutora sorriu firmemente.
— Tiger estará melhor aos cuidados de Harris. Tivemos uma grande discussão ontem. Ele quis deixar o hospital, mas eu fui inflexível que ele permanecesse lá. Sou a última pessoa que ia querer trabalhando nele. Provavelmente rosnaria para mim se eu dissesse “eu te disse”.
— Ele salvou minha vida. Ele podia ter queimado até a morte comigo se a parte superior do trailer desmoronasse.
— Estou feliz por ouvir que valeu a pena a dor que ele deve estar sentindo. Você está machucada em qualquer lugar além do rosto? — Os dedos enluvados da mulher tocou sua
bochecha machucada, franzindo o cenho. — O que são estas marcas vermelhas ao longo da sua mandíbula?
— Eles colocaram fita adesiva na minha boca. Usei a língua para molhar e trabalhei isto para longe dos meus lábios, mas não consegui fazer nada sobre o resto dele. O idiota responsável daquele grupo arrancou pouco antes de ele tentar me matar. Doeu tanto que eu mal consegui respirar por alguns segundos. Ai! Agora a área está sensível.
— A pele não rasgou, mas vai doer por um tempo.
— Minhas costelas e cintura doem também. Me prenderam com cintos que cavaram em minha pele.
— Deite-se.
A doutora cuidadosamente a examinou.
— São apenas alguns hematomas. Não sinto nada quebrado. Você se saiu desta provação muito bem. Você tem sorte. Nenhuma dificuldade para respirar pela fumaça que inalou? — A doutora limpou alguns cortes que encontrou em Zandy.
— Não. Estava ventando o suficiente para soprar a maior parte
para longe de mim.
— Você pode se sentar. — A doutora retirou as luvas. — Você teve sorte, Zandy Gordon.
— Posso te perguntar algo?
A doutora arqueou as sobrancelhas.
— Claro.
— Hum... — Zandy hesitou. — Algo aconteceu que está me incomodando. Tiger me disse algumas coisas no hospital quando acordou e ele alega não se lembrar disto. Acha que as drogas o fizeram soltar coisas que poderia sentir bem no fundo?
A mulher suspirou e olhou a porta, então de volta a Zandy.
— Não tenho certeza do que você foi informada, mas trabalha para a ONE assim vou presumir que pode ser confiável. Alguns dos coquetéis de droga descobertos nos arquivos Mercile eram experimentais. Isso é o que eles faziam. Criavam drogas para testar em Novas Espécies. Alguns deles reagiram com muita violência quando as drogas foram dadas para eles. Ficaram agressivos ao ponto de serem perigosos, enquanto que outros tiveram alguns efeitos colaterais únicos que variam desde desmaios até severas alterações de personalidade enquanto sob a influência de algumas das drogas. O que ele disse foi normal ou algo que você esperaria que ele dissesse?
— Eu não penso assim.
— É a sua resposta. Se isso está te incomodando, pergunte a Tiger. Novas Espécies são conhecidas por sua honestidade. Tenho certeza que ele vai querer esclarecer qualquer questão que você teve com ele. Ele te ameaçou ou tentou atacar? Passei muito tempo com ele e isso não é normal para ele. Ele é, na verdade, um amor.
Um pouco de ciúme surgiu.
— Vocês namoraram?
Dr. Allison sacudiu a cabeça.
— Não. Você não é só uma funcionária, não é? Estou achando que está envolvida com ele?
— Estávamos antes do acidente. Ele... hum, tipo que terminou comigo quando acordou. Ele disse que não se lembra de dizer qualquer coisa e se desculpou.
— Você já tem sua resposta. Fale com ele. As drogas estão fora do seu sistema, mas ele vai precisar voltar para elas. Aceleram a sua cura.
— Como?
Dr. Allison hesitou.
— Você está com Tiger? Pensei que aquelas eram marcas de mordida quando eu estava examinando seu ombro.
— Sim.
— Você está apaixonada por ele. Vejo isso nos seus olhos quando você fala dele. — Ela sorriu. — Eles foram geneticamente alterados. Seu DNA foi entrelaçado com vários genes animais. Mercile conseguiu manipulá-los o suficiente para, bem, em termos leigos, fazer seus corpos se assemelharem com certas funções fisiológicas. Seus sistemas imunológicos são incrivelmente resistentes à enfermidade, doença, e eles curam muito rápido. O coquetel de drogas que descobrimos nos registros provoca uma rápida cicatrização. Ele vai precisar de mais doses, se ele de fato, quebrou a perna novamente. Curará em dias ao invés de semanas. Eles odeiam adoecer e são pacientes terríveis. — Um olhar melancólico suavizou seus olhos. — Na maioria dos casos. Eu tenho um paciente que a droga não parece funcionar em tudo. Ele está em coma e nós não temos sido capazes de despertá-lo.
— Sinto muito. Espero que ele se recupere. Estava no acidente de helicóptero com Tiger?
— Não. 880 foi resgatado e levado a Homeland há algumas semanas. Odiei deixá-lo aos cuidados de outros, mas precisavam de ajuda aqui. Eu ainda tenho meus privilégios hospitalares nesta área. A maioria dos outros médicos que trabalhavam mais tempo para a ONE não faz, já que foram trazidos de diferentes partes do país. É por isso que eu fui chamada. — Ela se afastou por um momento, então a encarou novamente segurando uma seringa. — Eu preciso lhe dar isso. Você tem alguns cortes e isto é um antibiótico. Me sentiria melhor dando isto para você. Posso dizer que aqueles não são frescos, provavelmente aconteceu quando você foi levada, e germes infeccionam em questão de horas. Quando você teve sua última vacina de tétano?
— Tudo bem. Estou em dia com todas as minhas vacinas. Eu nunca perdi um check-up anual. — Zandy estremeceu e desviou o olhar como a agulha afundou em seu braço.
Ela odiava vacinas.
— Isso foi um antibiótico forte e vai estragar seu controle de natalidade.
— Não estou em nada.
As sobrancelhas da doutora ergueram.
— Não está?
— Não.
— Tudo bem. Vou poupá-la do discurso sobre os preservativos então, desde que Tiger já está os usando. Estas vacinas têm sido conhecidas por estragarem o ciclo. Você pode pular um período ou ter dois consecutivos.
— Eu não tenho nenhuma doença. Tiger não tem de usar preservativos.
A outra mulher se afastou para eliminar a seringa e algodão embebido em álcool que tinha usado para limpar o local da injeção.
— Eu não fui informada que você era sua companheira. Eles realmente precisam nos dizer estas coisas.
— Não estou acasalada a Tiger. Sei o que as mordidas costumam significar, mas ele simplesmente perdeu controle.
A doutora girou, um olhar confuso no rosto.
— Vocês estão tentando engravidar? Nunca ouvi falar de um Nova Espécie tentando isso antes de ser acasalado. — Ela encolheu os ombros. — Acho que eles estão ficando cada vez mais modernos em seus pensando.
Confusão encheu Zandy.
— Ele não pode me engravidar.
Os olhos da Dra. Allison arregalaram.
— O que? — Zandy perguntou.
— Ele não disse a você?
— Dizer o que?
— Filho da mãe. — A doutora pareceu brava. — As regras estabelecem que ele tem de usar preservativos se você não estiver acasalada e ele tem que informá-la que você pode engravidar se ele parar de usá-los depois de você estar acasalada.
Zandy ficou atordoada.
— Vou falar com Tiger sobre isso e então terei que informar Trisha. Ela pode levar isso a Justice.
Os braços de Zandy agarraram a doutora quando a mulher tentou partir.
— O que você está dizendo?
Indecisão cintilou nos olhos da outra mulher, mas ela suspirou.
— Você trabalha para a ONE assim eu sei que teve de assinar e ler uma pilha de cláusulas de confidencialidade. Isto são informações confidenciais. É completamente possível que homens da Espécie podem nos engravidar. Seres humanos. Tiger deveria ter usado preservativo ou a advertido que era uma possibilidade. Eu não deveria ter dito nada, mas achei que você soubesse. Droga. Eu poderia entrar em sérias dificuldades por isso, mas irrita-me como uma mulher que ele te colocou em risco. Você tem o direito de saber já que está dormindo com ele.
— Nós fizemos sexo enquanto eu estava ovulando.
— Como você sabe disto?
— Acredite em mim. Eu sei. Está dizendo que eu poderia estar grávida?
— Merda. — A doutora se afastou e andou até o armário. — Eu espero que não. Duvido que o antibiótico que eu lhe dei prejudicaria o feto nesta fase inicial, mas não lhe daria isso se houvesse uma possibilidade. — Ela abriu um armário e retirou um kit embalado. Ela virou. — Abra a boca e deixa-me tomar um cotonete. Descobriremos agora mesmo. É por isso que existem regras e Tiger não as seguiu. Sou uma doutora em primeiro lugar e eu acabei de te dar medicação que não teria se soubesse todos os fatos.
— O quê?
— Apenas deixe-me fazer este teste. Posso dizer imediatamente se estiver grávida. Novas Espécies são diferentes de nós e você teria resultado positivo pelos hormônios mais elevados dentro de vinte e quatro horas de gravidez. Eu sei que você não teve relações sexuais com ele desde o acidente.
Zandy estava em choque quando a doutora abriu mais armários depois de imergir a amostra em um frasco claro com líquido. A doutora se inclinou, observando o final do algodão. Um bom minuto passou antes que a mulher se endireitou.
— É negativo, — Dra. Allison informou a ela, mostrando-lhe o frasco. — Teria ficado vermelho se fosse positivo. Está claro.
— Você tem certeza? — O coração de Zandy ainda estava batendo rapidamente.
— Tenho certeza. — Ela suspirou. — Ou Tiger realmente confia em seu nariz para dizer a ele quando é seguro ter relações sexuais com você ou ele tentou engravidá-la. Eu sugiro fortemente que tenha uma conversa com ele. Reportarei isso a minha supervisora e ela informará Justice North. Trisha vai garantir que isso não aconteça novamente.
— Por favor, não, — disse Zandy depressa. Ela ainda estava chocada com o que aprendera. — Eu não quero que ele entre em apuros.
— Isto é sério. Sabe o que aconteceria se alguém descobrisse que Novas Espécies podem ter filhos?
— Tenho uma ideia muito boa. Acabei de passar um tempo com fanáticos loucos que os odeiam.
Elas olharam uma para a outra. — Tudo bem. Eu não vou dizer nada. Invoque sigilo médico-paciente. Dessa maneira, meu traseiro está coberto. Você precisa falar com ele sobre isto, entretanto.
— Confie em mim. Eu vou. — Ela não tinha ideia do que dizer, entretanto.
A porta abriu e o enfermeiro retornou.
— Eles só bateram raio-X da perna de Tiger e é como pensávamos. Ele danificou a perna. — Ele olhou para Zandy. — Tiger se recusou a descansar até saber que você está bem. Ele rosnou para eu levá-la para ele.
Dra. Allison atirou a Zandy um olhar de advertência.
— Isso soa como um homem que não quer terminar tudo. Você está liberada para ir. Coloque gelo no hematoma se continuar a doer.
— Obrigada, Dra. Allison. — Zandy desceu da mesa de exame e apertou a mão da mulher. — Eu quero dizer isto. — Estava grata, a mulher ia manter seu segredo sobre o que Tiger tinha feito e que ele não tinha dito a ela o que poderia resultar deles fazendo sexo. — Eu espero que seu paciente se recupere.
— Eu também. Eu estou de certa forma meio obcecada com ele.
Zandy não perdeu a tristeza no olhar da outra mulher quando ela seguiu o enfermeiro Nova Espécie para fora do quarto e pelo corredor. Ele parou na frente de uma porta fechada.
— Ele está lá. A fratura na perna será dolorosa, até que cure.
— Obrigado. — Ela hesitou, respirando fundo.
O coração bateu forte e não tinha certeza se queria enfrentar Tiger. E se ele queria parar de vê-la? O pensamento daquela perspectiva fez seu peito doer. A única forma que ela iria descobrir seria conversando com ele. A mão ergueu e ela bateu.
— Entre, — Tiger gritou.
O quarto mais parecia um quarto de hotel que um hospitalar, muito melhor que o quarto de exame que ela acabou de sair. Tiger estava esparramado em uma cama queen size com a perna elevada em travesseiros. Bolsas de gelo foram colocadas sobre a perna. Ele tinha retirado a camisa, revelando o peito musculoso e bronzeado e a barriga plana. O cabelo estava solto e seu olhar exótico encontrou o dela.
— Zandy.
A forma que ele suavemente rosnou seu nome fez seus mamilos endurecerem. Ele tinha um modo de afetá-la. — Oi, Tiger. Como você está? — Ela fechou a porta atrás dela e pisou mais para dentro no quarto.
— Venha aqui. — Ele bateu levemente na cama perto dele.
Ela não hesitou em caminhar até o lado da cama e cuidadosamente subiu nela. Ela sentou o encarando, mas manteve algum espaço entre eles.
O olhar deixou o dele para ver de relance à perna antes de olhar.
— Como está sua perna?
Ombros largos se encolheram. — Ela dói e estou preso na cama por dois dias até que cure novamente. A fratura não foi tão ruim quanto à lesão original.
Ele estudou seus olhos.
— Fique comigo aqui.
Emoções lutaram dentro dela. Parte dela estava feliz que ele queria estar com ela, enquanto outra parte dela se preocupava que ele a lançaria fora de novo se tomasse mais do medicamento que a Dra. Allison disse a ela. Todo mundo saberia que ela estava compartilhando um quarto com ele se ela ficasse também. O relacionamento deles já era conhecido, não mais um segredo.
— Eles vão permitir isto? Avisaram-me que poderia ficar instável nas drogas.
— Há oficiais no corredor, no caso de que eu me torne agressivo, mas eu não te machucarei. Você já declarou claramente que estava disposta a se arriscar para estar comigo quando recusou deixar meu lado da cama no hospital. Isto é um ambiente mais controlado.
Ela não tinha medo de Tiger.
— Esse é um quarto realmente bom.
O olhar de Zandy estreitou e uma carranca curvou a boca. Ele a assistiu. Ela desviou o olhar novamente, olhando para a cama azul.
— Zandy? Olhe para mim. — A voz profunda não admitia discussão. Era uma exigencia.
— Você está zangado comigo? — Ela segurou seu olhar.
— Por quê?
— Eu tive que dizer a todo mundo que estávamos dormindo juntos para chegar a te ver. É por isso que você realmente quis que eu deixasse o hospital? Disse para não mostrar a ninguém as mordidas em mim, mas eu fiquei tão preocupada quando ouvi o que aconteceu a você. Eu...
Sua mão subiu e ele segurou sua bochecha ilesa. — Eu não me importo com quem sabe sobre nós. Você arriscou a vida para chegar a mim. Devia ter esperado por uma escolta para levá-la para mim e novamente quando deixou o hospital. Não é seguro no mundo exterior.
Foi lindo como ele chamou o mundo fora dos portões da ONE. Sabia o que ele quis dizer. — Eu meio que me apavorei quando ouvi que você esteve em um acidente de helicóptero. Só queria ter certeza que estava vivo. Tinha que ver você.
— Eu quero que me prometa que nunca deixará a Reserva sem oficiais para protegê-la. Você foi levada porque trabalha para a ONE. Eles sabem quem você é e onde mora.
Ela não queria pensar na sua casa destruída. Teria que chamar a companhia de seguros, mas não queria lidar com isso naquele momento. — Tenho que sair em um algum momento para ir para casa.
Um grunhido suave passou pelos lábios dele.
— Não, você não precisa.
Ela não tinha certeza do que isso significava.
Ele respirou fundo e soprou, a expressão suavizando.
— Você não precisa ir para casa, Zandy. Vai ficar comigo.
Uma centena de questões surgiu na sua mente. Tentou decidir qual perguntar primeiro. Ele quis dizer que queria ela para viver com ele ou que esperava que ela ficasse no apartamento que ela foi atribuída? Tiger pareceu aceitar seu silêncio como uma recusa.
— Você não deixará a Reserva. — Seu domínio no seu rosto apertou. — Não vou permitir isto.
Aquilo a atordoou.
— O quê?
Ele rosnou, claramente irritado.
— Olha o que aconteceu com você no mundo exterior. Isso não vai acontecer novamente. Vou mantê-la segura.
— O que is…
Ele puxou seu rosto mais perto para cobrir os lábios com os dele, calando-a com um beijo quente. A língua mergulhou dentro da sua boca, saboreando e explorando. O braço segurou-a ao redor da sua cintura e ela caiu contra o peito dele quando a puxou para ele. A mão no seu rosto deslizou para a parte de trás da cabeça onde ele apertou o cabelo, certificando-se que ela não poderia fugir.
Zandy não queria. Sentiu falta de Tiger e tinha achado que nunca iria vê-lo novamente. Ações falavam mais alto que palavras e o beijo apaixonado que ele colocou nela falavam mais do que seu relacionamento não terminado. Ele a puxou mais contra o peito, quase a esmagando nele. A mão nas suas costas apertou a camisa e empurrou. Ele lançou e agarrou a lateral dela.
Dor a fez ofegar contra a língua dele e ele rosnou, rompendo o beijo. Ambos estavam sem fôlego quando os olhares se encontraram. Os olhos azuis dele se estreitaram com preocupação.
— Eu estou sendo muito rude. Sinto muito.
— Não é isto. Eu tenho algumas contusões.
Raiva apertou suas feições.
— Eles te bateram?
— Não. Eles tinham me amarrado a um banco com cintos e estava apertado o suficiente para cavar minha pele quando me carregaram por aí. Eu estou bem.
— Tire as roupas, — ele exigiu. — Quero ver tudo de você.
Suas sobrancelhas ergueram.
— Estamos no Centro Médico. Qualquer um pode entrar.
— Tranque a porta.
— Estou bem. Só não me toque lá. — Ela tentou beijá-lo novamente, mas ele se afastou.
— Tire todas as roupas e me mostre.
Ele pareceu bastante determinado.
— Isto...
— Faça.
Ele estava sendo extraordinariamente agressivo e exigente.
— Eles já te deram aquela droga para ajudá-lo a se curar?
— Sim. Quero ver cada centímetro de você agora.
Ela só esperava que não pedisse para ela partir e começasse a dizer que ela era seu inimigo novamente.
— Há uma fechadura na porta. — Ele a soltou. — Tranque e tire as roupas.
— Estou realmente bem.
— Faça, ou eu as rasgarei.
Ela não duvidou dele com o olhar determinado que lhe deu quando olharam um para o outro.
— Tudo bem.
Ela rolou e chegou à porta. Poderia ser mais esperto para ela apenas partir até que ele estivesse fora da droga, mas ela torceu a fechadura ao invés e virou para enfrentar o homem que amava. As mãos tremiam um pouco quando tirou as roupas. Tiger a observou com concentração extasiada. Ele não parecia despertado – parecia enfurecido quando viu as contusões.
— Vire-se.
Ela estava nua e fria no quarto, mas fez como ele pediu. Um grunhido vindo dele a fez olhá-lo por cima do ombro.
— Eu te disse que são só algumas contusões.
— Vá tomar banho. O banheiro é logo ali. Se apresse e retorne para mim.
Ela queria um banho, provavelmente precisava de um também, então assentiu. Certo, então não parecia o momento de discutir com ele sobre qualquer coisa. Ela simplesmente se dirigiu ao banheiro.
— Zandy?
Ela parou e olhou para ele.
— Obrigado.
— Você sabe que está sendo mandão, certo?
— Eu quase assisti você morrer. Estou me comportando extremamente bem. Nós dois somos sortudos que minha perna está quebrada.
— O que isso quer dizer?
O olhar desceu por seu corpo.
— Vá tomar banho agora. Meu nariz ainda está bagunçado pela fumaça e gasolina que inalei. Não quero cheirar algo em você quando meu olfato se recuperar, poderia revelar meus instintos selvagens. Mal estou segurando meu controle. Sei que estou sendo um babaca, mas faça isso.
Ela tentou fechar a porta, mas ele rosnou. Ela fez uma pausa. Ele não disse nada, mas entendeu a mensagem alta e clara. Os dedos soltaram à maçaneta e deixou aberta. O chuveiro era grande, poderia acomodar uma cadeira de rodas se fosse necessário. Sabão e produtos para cabelo estavam em uma estante quando ela ligou a água
Tiger teve que lutar contra o desejo de jogar fora os sacos de gelo na perna e ir até Zandy. Rastejaria se fosse preciso. Respirou profundamente, lutou contra seus instintos, e ordenou sua mente a governar o corpo. Quase tinha perdido Zandy e não superaria isso por um longo tempo.
A lembrança do fogo e de vê-la suspensa por cordas em uma cruz de madeira construída por aqueles humanos loucos seriam a fonte de muitos pesadelos no futuro. Tinha chegado até ela a tempo, mas poderia ter falhado. Ela poderia ter morrido e ele com ela. De jeito nenhum ele pararia de tentar chegar a ela ainda que ele tivesse sabido com certeza que ele não tinha chance.
Ela era sua companheira. Seus olhos fecharam quando o coração martelou e os dedos enrolaram em punhos. Ele poderia não ter pretendido tomar uma, mas ele a tinha. Zandy Gordon entrou inesperadamente em sua vida e pegou-o de surpresa. Ele sentiu falta do seu perfume. Ele era desesperadamente viciado nele e não podia esperar por seus sentidos se recuperar, só para cheirá-la. Os lábios ainda formigavam pelo beijo deles. Um grunhido frustrado retumbou dele. O Dr. Harris disse para dar isto uma hora antes dos efeitos do trailer em chamas deixasse seu sistema.
A droga que foi injetada não ajudou. A pele parecia quente e apertada por todo o corpo, a frequência cardíaca voltou ao normal e isso trazia suas emoções mais perto da superfície com a adrenalina bombeando pelo corpo. Os olhos abriram e olhou a perna. Era o que estava o parando de estar com Zandy, naquele momento. Não gostaria de nada mais do que tomar banho com ela e apertá-la nos braços.
A água no outro cômodo desligou e ele observou quando ela secou o corpo. As contusões na cintura, pernas, e através das costelas dirigiu ele em um frenesi para perseguir o
resto dos humanos que a prejudicaram. Dois estavam mortos, mas havia mais deles. A equipe que tinha ido até a casa de Zandy sentiu cheiro de pelo menos quatro homens. Uma promessa foi feita em silencio para si mesmo de perseguir os outros dois humanos e matá-los tão logo voltasse a caminhar.
Ela voltou para o quarto usando uma toalha enrolada ao redor do corpo e parou lá.
— Eu não tenho nenhuma roupa limpa.
— Você não precisa delas. Venha aqui.
Ele só a queria ao seu lado, nos seus braços. Ele se recusava a deixá-la fora da vista agora que a tinha de volta. Vá devagar, lembrou a si mesmo. Não a assuste para longe. Seus dedos se desenrolaram e ele deu um tapinha de leve na cama perto dele.
— Eu vou te molhar.
— Venha aqui. — Ele internamente estremeceu com o tom áspero. — Por favor, — ele adicionou.
Ela lentamente se arrastou mais perto, um olhar inseguro no rosto.
— Não vou te machucar, Zandy. Nunca.
— Eu sei disto. Você só está agindo muito diferente.
— Estou ciente das drogas no meu sistema e estou estressado. É uma combinação ruim, mas você está segura.
Ela engatinhou na cama e se acomodou perto dele. Ele se esticou e puxou-a mais perto, o cabelo molhado dela fazendo gotas de água deslizar pelo peito dele. Não se importava com isso, puxou-a para o seu lado e descansou o queixo no topo da cabeça dela.
— Tiger?
— Sim?
Ela ergueu o queixo para encará-lo.
— Estou bem. Honestamente. Estou mais preocupado com você. Está com dor? Devo chamar o doutor?
— Só preciso te abraçar.
—Certo. — A mão alisou o peito dele e acariciou-o suavemente. — Como está sentindo a cabeça? Eles disseram que você teve um traumatismo craniano no Hospital.
— Estou me curando rápido. Estarei de pé em dois dias. Nós ficaremos aqui até então. Eles têm que me vigiar.
— Tem certeza que está se curando bem?
— Para ter certeza que eu não vou enlouquecer por causa das drogas e tentar machucar alguém. — Ele forçou um sorriso para assegurá-la quando medo dilatou suas pupilas. — Você está segura, mas não fique surpresa se eu rosnar para os doutores. Eles me incomodam.
— Isso é bom saber. Sobre eu estar segura, isto é. Estou feliz que não trabalho aqui.
Ele não tinha certeza de como responder. A sensação da sua mão roçando o peito entre os mamilos fez seu pênis endurecer. O ronronar começou no peito e subiu para a garganta. Zandy sorriu.
— Você só faz esse som quando está excitado. — Sua mão parou antes das pontas do dedo traçaram mais baixo até a barriga e seu olhar desceu. — E eu vejo que está.
Eles tinham retirado a calça dele quando chegou ao Médico e ofereceram-lhe calção de algodão folgado para vestir para ter acesso a sua perna. A frente dele acampava pelo eixo duro preso dentro.
— Ignore isso. Estou tentando. Você já passou por um trauma e estou severamente estressado de quase perder você.
Olhos verdes ergueram para olhá-lo e seu sorriso alargou.
— Nós dois estamos bem e eu sei de um ótimo jeito de fazê-lo relaxar.
Suas sobrancelhas arquearam.
Zandy saiu de seu abraço. Ela se sentou nos calcanhares e ele não conseguiu parar de rosnar quando a mão dela esfregou seu membro através do tecido muito fino. Desejo disparou tão forte por ele que rosnou para ela. Os dedos curvaram ao redor do eixo e deu-lhe um aperto suave. Medo não transpareceu no seu rosto enquanto ela o observava, mas seu sorriso enfraqueceu. Ele percebeu que a boca estava separada o suficiente para vislumbrar suas presas para ela. Ele fechou a boca.
— Devagar, bebê, — ela sussurrou. — E não se mova. — Ela olhou para a perna ferida. — Eu senti sua falta. — Seus olhares se encontraram. — Diga-me não e eu pararei. Caso contrário, apenas desfrute. Eu sei que você está no limite e as drogas estão te fazendo propenso à violência. Você disse que não iria me machucar e eu acredito nisto. Vou ignorar os sons assustadores.
A outra mão deslizou para a cintura do calção e puxou quando se inclinou para frente. A sensação dela libertando seu pênis do algodão quase o fez investir para ela. Queria derrubá-la esticada, arrancar a toalha e transar com ela. Farejou para testar se ela estava excitada o suficiente para levá-lo, mas o fedor de madeira queimada e gasolina ainda sufocaram seu olfato.
Hálito quente acariciou seu membro quando ela se inclinou sobre ele, o cabelo molhado caindo enquanto a cabeça virava até que ele não conseguiu ver seus olhos. A sensação da sua linguinha quente lambendo na coroa do pênis o fez jogar a cabeça para trás e ele arranhou a roupa de cama ao invés dela. Outro grunhido rasgou dele, apesar de tentar reprimir.
Ela parou ao ouvir o som, mas ao invés, os lábios cercaram a ponta do pau e ela levou centímetros dele dentro da boca molhada. Ele quase gozou quando ela se moveu lentamente nele, chupando, forçando puro prazer tomar conta dele.
— Zandy, — ele rosnou.
Ela aliviou até que os lábios quase o deixaram, mas não parou. Os dedos agarraram a base do pênis e acariciou-o enquanto trabalhava mais perto do fundo da garganta. Cada golpe da sua boca o levava a loucura com êxtase. A mão segurando o calção arrastou e ele conseguiu erguer o traseiro da cama para ajudá-la quando ela puxou o calção até que estavam emaranhados nas coxas e libertou seu pênis completamente.
Os gemidos que ela fez enviou vibrações direto para suas bolas. Ele mordeu o lábio com força para segurar os sons que queria fazer, mas fez a respiração difícil quando ele ofegou pelo nariz. Ela mal tinha começado e ele já estava pronto para explodir.
— Porra, — ele rosnou. — Vou gozar.
A boca dela abrandou e ambas as mãos seguraram o pênis enquanto ela o masturbava, lembrando o alerta sobre o quão forte seu sêmen se liberava do corpo. Fez algo então que
realmente levou-o ao limite. Sua toalha tinha afrouxado e ela se inclinou ainda mais sobre ele até que a coroa do pênis esfregou entre os seios, aconchegado entre os montes suaves.
Ele rugiu quando o corpo agarrou, marcando ela com seu sêmen, fazendo os seios escorregadios enquanto ela esfregava contra ele para explodir o que restou da sua mente. Ele tremeu por causa de quão forte veio. Ela parou de acariciá-lo e ele ofegou para respirar. Os olhos estavam fechados, a cabeça inclinada para trás e a cama movida. A sensação de uma toalha úmida o fez tremer quando Zandy suavemente limpou o pênis. Não foi até que ela se aninhou contra ele de novo e um cobertor foi puxado sobre seu colo que ele forçou o queixo a baixar. Seus olhares se encontraram.
Seus lábios acenaram para ele e ele a agarrou, segurando sua bochecha.
— Eu vou te foder.
— Sua perna...
— Eu não me importo.
— Você acabou de ter um orgasmo.
— Eu ainda quero você. Sempre quero.
Ela estendeu a mão no seu peito e o empurrou de volta um pouco.
— Tiger, querido, eu estaria mentindo se dissesse que não quero você muitíssimo, mas vamos deixar sua perna curar primeiro, ok?
Alguém tentou abrir a porta, mas a fechadura impediu de entrar. Um punho bateu. — Está tudo bem aí? Tiger?
— Vá embora, — ele gritou.
— Deixe-me entrar. Te disse para não sair dessa cama. — O homem no outro lado da porta fez uma pausa. — Consigam-me a maldita chave. Ele trancou a porta!
— Fique fora, Harris, — Tiger rosnou. — Zandy está nua.
Silêncio.
— Ah. Achei que você estava machucado. Não importa. Está tudo bem aí? Ouvi você e pensei que precisava de ajuda. Ela está bem?
— Eu estou bem, — Zandy gritou. Ela fez a última coisa que Tiger esperou. Ela riu e abaixou a voz. — Talvez da próxima vez você deva usar um travesseiro e abafar seus sons.
Tiger a amava. A sensação de aperto no peito e o jeito que ele queria puxá-la para o colo para abraçá-la o assegurou disto.
— Você não deveria estar envolvido em sexo. Assumo que é isso que está fazendo aí desde que eu te ouvi e ela está aí nua com a porta trancada. Maldito seja, Tiger. Não me ouviu quando disse que você precisa manter essa perna imóvel até o osso remendar? Senhorita Gordon? Ele não deveria estar fazendo isto. Precisa deitar imóvel.
Ele quis bater no Dr. Harris. Muito. Um grunhido escapou da sua boca e ele tentou levantar. Se certificaria que o doutor os deixasse em paz, mas Zandy empurrou seu tórax em uma tentativa de mantê-lo imóvel. Ele congelou. Ela não podia impedi-lo se ele realmente quisesse levantar, ele era mais forte, mas sua companheira o encarou com um olhar suplicante.
— Você o ouviu, — ela suavemente declarou. — Por favor, faça o que o doutor disse.
Ele relaxou.
— Certo.
Um sorriso suavizou suas feições.
— Eu sabia que um boquete te suavizaria. — Ela piscou. — Agora por que você não deita de volta e nós tiramos um cochilo? Estou cansada e eu aposto que você provavelmente não dormiu bem ontem à noite.
— Farei o que você diz com algumas condições. — Ele usaria qualquer coisa que pudesse para levá-la a concordar com suas exigências.
— O que são elas?
— Eu quero que você fique comigo. Jure que não deixará a Reserva. É muito perigoso. Eu não vou permitir que você seja colocada em perigo novamente.
— Ok.
— Você não vai retornar ao apartamento. Vou te levar para casa comigo quando estiver liberado daqui. — Ele prendeu a respiração, com medo que ela recusaria.
— Adoraria ver sua casa.
— Você vai viver comigo. — Ele viu surpresa nas suas feições e ela absorveu.
— Tudo bem, mas você tem que seguir as ordens do doutor para que fique melhor.
— Farei isso se você estiver comigo.
Ela concordou.
Ele empurrou os travesseiros para fora de detrás dele e relaxou nas costas. Os braços abriram e Zandy imediatamente enrolou contra seu lado, descansando a cabeça nele. Parecia certo tê-la lá. O aroma provocante da sua estimulação suavemente filtrou por seu nariz. Fez seu pênis endurecer novamente quando os sentidos retornaram.
— Eu posso te perguntar uma coisa, Tiger?
— O que você quer saber?
Ela hesitou.
— Pergunte.
— Por que você quer que eu viva com você?
Você é minha companheira. Ele não disse isto em voz alta. Ela seria resistente a aceitá-lo depois que dois machos humanos falharam em mantê-la feliz. Tinha escolhido mal no passado e ele não queria assustá-la. Ela precisaria de mais tempo.
— Eu quase te perdi. Só quero você comigo. — Ele imaginou que era seguro de dizer sem ela querer se afastar dele. — Nós gostamos de dormir juntos e você não está deixando a Reserva. Vamos estar mais confortáveis na minha casa.
Ele ouviu um nó na respiração dela.
— Ok.
Ela não disse qualquer outra coisa e ele relaxou novamente, grato que ela não estava discutindo. Ele a deixaria viciada nele. Ela não tinha um bom olfato para depender, mas ele não estava acima de tudo, usando sexo. Um sorriso curvou seus lábios. Isso seria um prazer para ambos, quando ele mostrasse exatamente o quão feliz ele podia fazê-la se ela concordasse em ser sua companheira.
Zandy tinha uma centena de perguntas sem respostas. Entretanto, Tiger estava drogado e perturbá-lo com elas não parecia uma boa ideia quando não estava em seu juízo perfeito. Esperaria até que deixassem o Centro Médico e as drogas limpassem do seu sistema. Então teriam uma conversa. Ela realmente queria saber por que ele teve sexo desprotegido com ela, sabendo que havia uma chance de engravidá-la. Ele era um daqueles caras que não se importavam com as consequências contanto que não tivesse que usar um preservativo, ou havia um significado mais profundo?
Ela não iria nunca vincular Tiger como sendo o tipo irresponsável. Ela também estava assustada caso a relação ficasse muito seria ele iria querer cortar os laços com ela. Ele foi muito claro que não queria uma relação duradoura. Ela esperou que se vivessem juntos, ele poderia se apaixonar por ela tão forte quanto tinha se apaixonado por ele.
Exaustão a atingiu enquanto ficou enrolada ao lado de Tiger. Ambos estavam seguros na Reserva e estavam juntos. Ela levaria um dia de cada vez.
Richard sorriu para ela.
— Estar com Tiger corresponde com você. Sexo quente?
Zandy olhou para ele.
— É o melhor que pode fazer? Esperava que me provocasse mais.
— Bem, eu podia perguntar se seus pênis são grandes. Creek continua me garantindo que nós somos menores. Eu ainda me recuso a descer as calças para ela quando ela me desafia. Então, é rumor ou fato?
Ela meneou as sobrancelhas para ele.
— Fato.
— Porra. Vou me certificar de nunca compartilhar um mictório com um deles. — Ele riu da própria piada. — Vocês dois estão fazendo toda a coisa de acasalamento?
Anseio atingiu-a duro.
— Eu não sei. Nós não discutimos isto.
Ele franziu a testa.
— Você tem vivido na casa dele por pelo menos, o que? Semana? Ele não lhe pediu para ser sua companheira ainda?
— Não e pare com essa linha de interrogatório. Não quero discutir isto.
— Sou seu amigo.
— Eu sei. É só que tenho vivido com ele por oito dias, mas não sei se me pediu para viver com ele porque sabe que não posso ir para casa até que a casa seja consertada pela minha companhia de seguro ou se ele quer que eu viva com ele. As coisas são complicadas.
— Sou um homem e sei como homens pensam. Tiger é louco por você. Eu o vejo te deixar todas as manhãs e o jeito que ele te beija. Ele demora tanto tempo quanto pode porque não quer se separar de você. Todos os dias ele passa o almoço com você e ele não esta nem um minuto atrasado no fim do dia para buscá-la. Isso diz muito para mim. Ele podia ter você hospedada no prédio de apartamentos da habitação humana depois que você foi sequestrada, mas ao invés ele a moveu para a casa dele. Isso é algo que um homem faz quando ele quer algo sério. Confie em mim. Nós não desistimos do apartamento de solteiro facilmente.
— Ele é Nova Espécie.
Richard acenou com as mãos.
— O que isso quer dizer?
— Você não pode compará-lo a um homem normal.
— Só porque seu pênis é maior não...
— Cala a boca. Não é sobre isso que estou falando e você sabe. Quem sabe o que significa para ele me ter lá com ele. Só poderia ser para sexo ao invés de código para “estou sério sobre você”.
— Eu não acredito nisso por um segundo. Ele veio aqui ontem com um piquenique surpresa e você disse que ele está planejado fazer isto de novo hoje. Estava tão ávido de passar um tempo com você sozinho que me empurrou para fora da porta antes do meu acompanhante poder até mesmo sair do Jipe para me levar para o almoço. Ele está louco por você.
— Talvez. Entretanto, ele tem problemas de compromisso, assim nós não conversamos sobre a coisa de companheiro.
Richard suspirou.
— Vocês vão só brinca de casinha e deixar para ver no que vai dar?
— Isso resume tudo.
— O que você quer?
Zandy hesitou.
— Tiger.
Ele sorriu.
— Tenho certeza que vai dar certo. Vocês dois são felizes juntos. Qualquer um com olhos pode ver isto. — Richard olhou para as janelas da frente.
— Ah. Minha escolta para o almoço está aqui alguns minutos mais cedo. — Ele levantou e colocou os sapatos. — Tenha um bom piquenique com Tiger. — Ele piscou. — E, por favor, não faça sexo na minha mesa.
Ela riu.
— Você é tão mente suja. Existem câmeras aqui e não há cortina nas janelas. Qualquer um passando perto pode ver dentro. Você realmente acha que isso foi o que fizemos ontem? Foi só almoço.
— Os oficiais de segurança que assistem as imagens ao vivo daquelas câmeras certamente apreciariam isto se vocês fizessem. Isso lhes daria algo de bom para assistir por uma vez. — Richard riu quando caminhou em direção à porta.
Torrent, um Nova Espécie alto e de cabelos negros, abriu a porta do escritório antes de Richard alcançar. Ele segurava uma sacola na mão e seus olhos fixaram nela.
— Zandy?
Ela sorriu para o acompanhante de Richard.
— Oi, Torrent. O que há?
Ele se aproximou dela.
— Uma reunião foi marcada e Tiger tinha que participar. Ele virá assim que terminar. Não deve ser longa, mas ele não queria que ficasse faminta. Pediu o seu almoço.
Zandy levantou e caminhou para mais perto dele.
— Obrigada. — Ela estendeu a mão.
Ele inalou e suavemente rosnou para ela. Ele chocou-a o suficiente para dar um passo para trás. Seu olhar estreitou quando inalou novamente. Ele rosnou mais profundo, o corpo tencionado. Richard e Zandy trocaram olhares, Richard se moveu na frente de Zandy.
— O que você está fazendo? — Richard franziu o cenho para ele. — Você está a assustando.
Torrent pareceu se sacudir.
— Sinto muito. — Ele empurrou a sacola do almoço de Zandy para Richard. — Esperarei por você lá fora. Tiger não me advertiu que ela estava no cio. Tenho que partir. O aroma me deixa louco. Não compartilho sexo com uma mulher por um tempo e tenho que ir antes que faça algo que Tiger possa me matar. — Ele fugiu do prédio.
Richard virou, segurando o almoço de Zandy, e riu.
— Uma risada, um dia. Você ainda está ovulando? Achei que era para durar só alguns dias. O que você é? Um centro de distribuição de ovulos?
Zandy se sentiu atordoada.
— Eu não deveria estar. — Sua conversa com Dra. Allison puxou sua memória. — Eu recebi uma vacina depois que fui resgatada dos imprestáveis que me sequestraram. A doutora disse que iria interromper meu ciclo. Talvez esteja ovulando novamente em vez de ter períodos duplos. Tiger não me disse.
— Eu me pergunto por que não? Talvez isso acabou de começar.
— Talvez. Não sei, mas obviamente está acontecendo. O sentindo de cheiro deles é incrível.
— Quero saber como você sabe isso já que soa como se estivesse muito bem informada sobre isto?
— Tiger pode me dizer que ingredientes estão no meu xampu só cheirando em mim. Tive que mudar de marca, porque ele não era um fã de abacate. Usei isto uma vez e ele nunca viu a garrafa, pois teve que sair para fazer uma verificação quando foi entregue para mim. Tomei banho enquanto ele estava fora, ele soube isso no segundo que entrou o quarto.
— Estou feliz que meu olfato não é tão grande. Vou almoçar. — Ele de repente riu. — Lembre-se daquelas câmeras quando Tiger aparecer se ele reagir do jeito que Torrent acabou de fazer. O cara pareceu com que quisesse agarrar você e te levar no chão.
Zandy levou o almoço até a mesa e abriu. Perguntou-se por que Tiger não havia dito nada sobre entrar no que eles consideravam cio. Creek assegurou-a que Novas Espécies podiam sentir cheiro da chegada dos ciclos de uma mulher. Ela de repente congelou na cadeira, enrijecendo. Naquela manhã Tiger tinha sido particularmente travesso.
Ele a acordou e fez amor com ela até que pensou que ele nunca a deixaria sair da cama. Ele era normalmente um amante apaixonado, mas naquela manhã ele foi mais agressivo do que de costume. Era possível que não tivesse percebido ou isso não começou até depois que ele a acompanhou ao trabalho. Deu de ombros e comeu o sanduíche de rosbife, os chips e bebeu o refrigerante que eles incluíram.
O telefone tocou.
— Zandy Gordon.
— Oi, pequenina. Sinto muito, mas eu não irei para o almoço. A reunião demorou muito tempo e eu tenho de esperar um relatório entrar. Tenho que ligar Homeland quando isso chegar. Estou preso no escritório.
— Está tudo bem?
— Sim. Nós não estamos mais em alerta máximo. O governo dos Estados Unidos tomou uma posição mais forte contra os grupos de ódio depois do que aconteceu com você. Eles rastrearam e prenderam os grupos de ódio mais ousados que fizeram ameaças públicas contra o ONE. É para nos livrar de um monte dos manifestantes mais hostis. Eles estão pressionando a legislação para tornar isto um crime de ódio, até mesmo nos ameaçar.
— Isso é uma ótima notícia.
Ele riu.
— Eu quase poderia agradecer ao Irmão Adam se ele não estivesse morto. Ele se certificou que havia suficientes câmeras e repórteres presentes quando ele tentou te matar, foi notícia mundial. Todos tiveram conhecimento de com o que nós lidamos e o clamor público está forçando todos os políticos que desejam ser reeleito para nos apoiar.
— Você foi um herói quando me salvou, arriscando a própria vida. Isso mostrou que ótimos caras são os Novas Espécies. Além disso, você é sexy e quente. — Ela riu. — Estamos recebendo cartas de fãs só para você. A maioria é de mulheres. Espero que não suba a sua cabeça e você me largue.
— Você é a única mulher que quero.
— Estou realmente feliz em ouvir isso, porque você é tudo que quero também.
Tiger suavemente ronronou no telefone e o corpo de Zandy respondeu imediatamente. O homem fazia os melhores ruídos que a excitavam. Mordeu o lábio e fechou os olhos e admitiu o que estava pensando.
— Sinto saudades.
— Vou buscá-la as quatro hoje em vez de cinco.
— O que meu chefe pensaria? — Zandy provocou e soube que ele riria. — Não quero ser despedida.
Ele riu.
— Seu chefe pensaria que eu podia assediar você sexualmente, você apreciaria isto.
— Promessas, promessas.
— É uma promessa. — Tiger fez uma pausa. — Tenho que ir. O relatório chegou e tenho que ligar Homeland.
— Verei você às quatro.
— Sim, verá. — Ele desligou.
Ela terminou o almoço e percebeu que Torrent não conduziu Richard até a porta quando pararam no meio-fio em frente ao prédio. Era incomum, já que eles sempre faziam. Richard entrou sorrindo.
— Como foi o almoço com Tiger?
— Ele não pôde vir. Algo surgiu, mas estou saindo uma hora mais cedo hoje. Tiger está me levantando as quatro para fazer as pazes comigo.
Ele riu.
— Vê? Ele é louco por você. Creek sentiu sua falta e quis saber se estaria almoçando no refeitório amanhã. Disse que estava no cio e ela disse que te veria em alguns dias.
Zandy retornou ao trabalho e começou digitalizando as cartas. Eles tinham um monte de correspondência. Foram principalmente de apoio durante a semana passada. O correio de ódio baixou. Foi uma mudança boa.
Tiger assistiu Bestial se vangloriar no seu escritório e largar o grande corpo numa cadeira em frente a sua mesa. O macho parecia divertido e a coluna de Tiger endureceu.
— O que?
— Como está a sua companheira? Você já disse a ela?
— Não.
Bestial sorriu, mostrando os caninos.
— Você está sendo tolo. Basta dizer que ela é sua companheira
e acabar com isto.
— Não é tão simples.
— Claro que é. Ela não tem dentes afiados e não pode lutar assim como nossas fêmeas podem. Duvido que ela seja tão teimosa quanto elas são também. Você pode lidar com ela se ela resistir até que você a faça mudar de ideia. Não me diga que você está com medo que ela vai chutar seu traseiro. Eu perderia todo o respeito por você.
— Cale a boca. É complicado.
— Descomplique. — Ele riu. — Lutei com você e ela não tem chance.
— Isto não é sobre domínio. Ela teve dois humanos que foram companheiros ruins e destruíram sua confiança nos machos.
— Você não está sendo um bom companheiro também se ela nem mesmo sabe que tem um. — Ele bufou. — Você quer que eu diga a ela?
— Não interfira.
— Eu sou bom nisso.
— Não, você não é. Brawn ainda rosna para mim algumas vezes se eu até olhar para Becca quando os vejo. Levei para eles um presente quando o filho nasceu para felicitá-los e eu achei que ele me atacaria. Você usou meu nome para fazê-lo ir atrás da companheira dele quando você o atormentava, fazendo ele pensar que estava interessado em roubá-la dele.
— Funcionou. — Bestial riu. — Nunca vi um Espécie correr tão rápido como quando ele disparou do nosso escritório para chegar a ela. Eu ainda acho que eles deveriam ter chamado o bebê Sprint.
Tiger sorriu.
— Eu o desafio a dizer-lhes isto.
— De jeito nenhum. Kismet foi um nome bom para escolher. Você está perdendo o ponto. Eu os ajudei a ficarem juntos e eles são muito felizes. Deixe-me ajudar você.
— Fique fora disto.
— Quando é que você vai dizer a ela?
— Logo.
— Como você planeja dizer a ela?
— Eu não sei. Por que está tão curioso?
Ombros largos se encolheram.
— Estou com tédio.
— Aprenda um novo esporte ou vá passar algum tempo na Zona Selvagem. Vengeance pode estar precisando de um amigo. Vá interferir na vida dele. Ele é o único que precisa de ajuda com as mulheres. Está lamentando a perda da companheira.
— Prefiro te ajudar.
— Vá fazer sexo com uma mulher.
Bestial olhou para ele com olhos estreitados.
— Sou seu amigo e você pode conversar comigo. Você está com medo de que ela vá te rejeitar?
Tiger respirou fundo e recostou-se na cadeira.
— Sim. — Foi um alívio admitir isto.
— Nunca pensei que veria o dia quando uma pequena fêmea te desmantelaria. Isto é o que eles chamam de inestimável.
Raiva agitou.
— Não é divertido.
— Na verdade é. — Bestial riu. — Você sabe que todos nós estamos apreciando isto depois de todas as vezes que você jurou que nunca ia tomar uma companheira. Ela ser humana é um bônus.
Um grunhido rasgou de Tiger quando ele atirou para seus pés.
— Mal posso esperar até que você encontre uma fêmea que queira acasalar. Vamos ver quão divertido você ficará, então.
Bestial lentamente se levantou, toda a diversão sumindo.
— Só a levarei para casa comigo e a manterei lá se eu encontrar uma fêmea que queira ser minha companheira. Nunca permitiria que ela acreditasse que estávamos somente compartilhando uma casa também, uma vez que eu a tivesse lá. Eu a reivindicaria. Você devia tentar isto. Precisa fazer alguma coisa.
— Eu estou fazendo!
— O que você está fazendo?
— Eu tenho um plano.
— Qual é o plano?
Tiger hesitou.
— Zandy disse que os homens que não a fizeram feliz não tinham ideia de como realmente se comprometer com uma mulher. Vou provar a ela que não sou nada parecido com eles.
— Como vai fazer isto?
Tiger manteve o silêncio, pouco disposto a discutir mais.
— Tudo bem. Espero que o que quer que seja, funcione antes dela partir. Odiaria vê-lo se lastimando por aí e lamentando a perda da sua companheira. Não espere qualquer simpatia de mim se acontecer. — Ele saiu do escritório e bateu a porta atrás dele.
Tiger rosnou. Ele estava frustrado e pior. Bestial estava certo. Ele precisava dizer a Zandy que não tinha intenção de deixá-la ir, nunca.
Eles estavam acasalados. Somente precisava fazê-la sentir-se segura sobre ele antes dele dizer. Ela poderia fugir e, ao contrario de Bestial, ele nunca a forçaria a ficar, embora fosse arrancar seu coração do peito se ela partisse.
Zandy viu o Jipe de Tiger parar na frente do edifício às quatro horas em ponto. Enfiou os pés nos sapatos e acenou adeus para Richard. Estava fora da porta antes de Tiger poder alcançá-la. Ele sorriu enquanto os braços se envolveram nela num abraço.
— Senti sua falta. — Ele abaixou a cabeça e roçou um beijo nos seus lábios.
Ela riu.
— Acho que sim. Estamos dando a Richard e todas as câmeras um show.
Seus bonitos olhos azuis faiscaram.
— Isso não é um show. Isto é um.
Zandy ofegou quando Tiger a ergueu até os pés deixarem o chão. Ela automaticamente envolveu os braços em torno do pescoço dele e ele a beijou até que ela teve que lutar com o desejo para escarranchar seus quadris com as pernas. Queria montá-lo através das roupas só para sentir o pênis rígido apertado contra o clitóris, em vez de onde descansava no ventre. Ela desesperadamente precisava de algum alívio das chamas de desejo queimando por seu corpo. Ele arrancou os lábios dos dela.
— Vamos, — ele rosnou. Seus bonitos olhos felinos estavam
abastecidos de paixão.
— Oh sim. Vamos. Dirija rápido.
Ele caminhou com ela nos braços e a colocou no banco de passageiro. Ele acariciou seu pescoço antes de deixar ir.
— Eu irei. — Ele se apressou para pegar o volante.
Ela olhou para ele e adorou ver as feições tensas. Isso prometia sexo realmente quente no momento que alcançassem sua casa.
Tiger estacionou na garagem e desceu. Zandy não esperou por ele vir até seu lado, ao invés ela correu para a porta da frente.
Ela o ouviu rosnar alto e seus passos pesados a asseguraram que estava em perseguição. Ela alcançou os degraus da varanda, mas não fez até o topo antes de mãos agarrarem seus quadris. Ele girou ao redor e inclinou, o corpo bateu nos quadris dela. Zandy riu quando ela acabou de cabeça para baixo, pendurada sobre o ombro dele. Ele a ajeitou e segurou o traseiro para mantê-la no lugar.
Ele rapidamente abriu a porta e atravessou com passos largos a sala, corredor e foi para o quarto deles. Ela ofegou quando a jogou de costas no colchão macio. Ele recuou quando ela usou os cotovelos para erguer a parte superior do corpo e olhar para ele.
— Tire as roupas ou as rasgarei do seu corpo. Eu quero você agora.
Ele se inclinou e apenas arrancou os sapatos, jogando a esmo para trás dele. Os dedos agarraram a camisa, empurrando-a sobre a cabeça para revelar o sensual abdômen e peito bronzeado. Braços musculosos ergueram para arrancar o laço de cabelo do rabo-de-cavalo que continha o longo cabelo. Ele balançou a cabeça e os fios de seda caíram em desordem ao redor dos ombros. Os olhos azuis estreitaram e ele rosnou.
— Agora, Zandy. Quero dizer isso. Eu sei que você gosta dessa blusa. Tire ou vai se tornar um trapo de limpeza.
Ela se sentou completamente e depressa retirou a blusa e sutiã. Tiger abriu a calça e simplesmente abaixou-a e livrou-se dela. O pênis estava grosso e duro, apontando direito nela. Ela desabou de volta e ergueu os quadris enquanto meneava para fora da calça e calcinha. Ele já estava puxando na parte inferior das pernas para tirá-los. Tiger jogou-os para trás dele em algum lugar perto de onde a dele aterrissou.
Zandy lambeu os lábios quando ela ficou lá totalmente nua, deitada no meio da sua cama. O olhar de Tiger fixou na sua boca e um ronronar veio dele. Ele colocou um joelho na cama, caiu adiante para inclinar-se com as mãos apoiadas no colchão e rastejou para frente até que ela esteve enjaulada sob o corpo dele.
Era difícil pensar quanto ela o queria, mas teve horas para contemplar as coisas antes que ele chegasse para buscá-la no trabalho. Eles não eram muito bons no departamento de falar em assuntos sérios, cada um desconfiado do outro, mas havia uma coisa que ela estava determinada a chegar no fundo.
— Espere! — Ela ergueu as mãos para achatar no peito dele antes que ele pudesse cair sobre ela. — Talvez eu deva tomar banho primeiro. Foi um dia quente hoje e estou suada. Provavelmente cheiro mal.
Ele inalou pelo nariz e outro ronronar veio dele, o peito vibrando contra suas mãos.
— Nenhum banho. Você cheira bem o suficiente para comer. — Seu olhar desceu por seu corpo e ele se apoiou a alguns centímetros até que seu rosto pairava sobre seu estômago. — Quero descobrir se você tem um gosto tão bom quanto o cheiro. Separe bem as coxas para mim.
Ela realmente o queria para ir abaixo nela, o clitóris pulsou em antecipação daquela boca quente e faminta dele e todas as coisas maravilhosas que poderia fazer para ela. Os mamilos endureceram e a barriga tremeu. Foi difícil, mas ela tomou uma respiração trêmula e resistiu separando as pernas para dar-lhe acesso. Foi ainda pior quando ele mergulhou a cabeça para colocar um beijo de boca aberta no seu orifício.
— Tiger, — ela sussurrou.
Ele rosnou suavemente e então ronronou.
— Você cheira condenadamente bem.
Ele tinha que saber que estava ovulando. Sua mente gritou isso para ela.
— Hum, Tiger?
Seus lábios avançaram mais baixo, as bochechas acariciando suas coxas, que ele queria aberta. — Sim, pequenina?
— Hum, eu acho que você deveria comprar preservativos. Estou
ovulando novamente.
A boca parou de colocar beijos nela e ele ficou muito quieto. Era quase como se ele congelasse quando os segundos passaram. Finalmente levantou a cabeça e encontrou seu olhar atento, estudando-a.
— Eu não preciso deles com você, Zandy.
Seu coração bateu forte, imaginando o que ele diria. Ela estava quase com medo da resposta.
— Por que não?
Ele de repente se moveu, agarrou suas coxas, e as separou. Em vez de responder, sua boca prendeu no seu clitóris e chupou nela. As sensações a atingiram duro e rápido enquanto ele ronronava alto, acrescentando vibrações. Ela desmoronou deitada e os dedos seguraram o cabelo sedoso dele, precisando de algo para segurar quando o prazer a inundou.
— Oh deus.
Tiger foi implacável enquanto brincava com o clitóris com puxões fortes da boca e lambidas. Lambeu nela rapidamente enquanto o ronronar se tornou mais profundo e mais forte. As mãos mantinham suas coxas abertas quando se tornou muito intenso e ela tentou fechá-las. As costas dela arquearam e gritou o nome dele quando veio duro e rápido.
As mãos dele a soltaram e a cama deslocou quanto ele se moveu. Ela lutou para se recuperar quando abriu os olhos para ver o que ele estava fazendo. Ele a rolou de bruços de repente e desmoronou sobre as costas dela. As coxas empurraram as dela separado e gemeu quando a ponta grossa do seu pênis roçou contra a vagina. Ele montou nela com um movimento fluido penetrando-a completamente.
Tiger apoiou os braços para evitar esmagar o corpo dela debaixo do seu e forçou as pernas dela mais afastadas. Se manteve imóvel enquanto a vagina se ajustava ao seu membro estirando-a para ajustá-lo. A boca encontrou seu pescoço e dentes afiados a beliscaram suavemente. Ele se retirou quase completamente dela antes de entrar, fodendo-a profundamente.
Zandy arranhou a roupa de cama e virou a cabeça o suficiente para respirar quando Tiger montou-a rápido e furiosamente. Ficou totalmente presa sob ele. O clímax ainda estava fazendo-a estremecer e mais prazer rolou por ela. Tiger ronronou e grunhiu, os braços apoiados deslocando o suficiente para reforçar seu domínio nela quando enjaulou suas costelas.
— Não posso parar, — ele rosnou. — Você é tão apertada e quente. Cheira tão bem. — Os dentes marcaram seu ombro, não mordendo, somente a roçando.
— Sim, — ela incitou. Não tinha certeza se era para ele continuar a batendo tão rudemente como ele fazia porque parecia incrível ou se ela queria que ele a mordesse. — Não pare.
Ela gemeu, tentando empurrar o traseiro para trás para encontrá-lo. Ele se moveu mais rápido e segurou-a mais apertado quando seu peso desmoronou até que ela não conseguiu se mover mesmo. Isso a excitou mais, tudo que podia fazer era recebê-lo quando bateu nela. Gritou quando gozou pela segunda vez, o corpo nem mesmo recuperado do primeiro. Êxtase atravessou seu corpo e ela tremeu. Ficou um pouco mole e sabia que estava em perigo de desmaiar.
Tiger se moveu nela profundamente uma última vez, apertou os quadris contra o traseiro dela e seu rugido quase a ensurdeceu. Ele podia ter deixado qualquer leão orgulhoso naquele momento. Ele estremeceu em espasmos, apertados enquanto ela o sentia gozando dentro dela.
Ofegou, tentando recuperar o fôlego. Suor comichou ligeiramente entre seus corpos. Tiger gemeu e desabou completamente sobre ela, ficando totalmente mole. Ele a esmagou contra o colchão.
— Peso, — Zandy engasgou.
Ele pareceu lutar para encontrar a força para erguer a parte superior do corpo novamente, mas fez isto até que podia respirar de novo. Ele abaixou a cabeça e lambeu seu ombro onde tinha mordido ela no passado. Ela virou a cabeça o suficiente para ver seu rosto.
— Você me mordeu novamente?
Ele riu.
— Não, mas eu quis.
Seu olhos fecharam.
— Uau.
Ele acariciou seu pescoço.
— Eu sinto o mesmo.
A capacidade de pensar retornou quando o corpo se recuperou. Tiger sabia que ela estava no cio e que poderia engravidá-la. Era possível pois não usava preservativos porque podia ser estéril. Ela franziu o cenho, ponderando.
— O que há de errado, Zandy? — Tiger mordiscou sua orelha.
— Há uma condição médica que você tem que o faz estéril? Sei que Novas Espécies podem ter bebês. A doutora deixou passar e me disse depois que ela viu a marca de mordida que você colocou em mim. Ela achou que nós estávamos acasalados.
O corpo dele endureceu contra o dela. Ela virou a cabeça e encontrou seu olhar. Ele empalideceu o suficiente para ela notar e quando ela estudou seus olhos, percebeu o que estava vendo neles. Culpa.
— O que esta acontecendo?
Ele desviou o olhar.
— Nada.
Doeu.
— Você está mentindo para mim. Olhe para mim e diga o que está acontecendo. Estou no cio, mas você não disse uma palavra. Torrent teve que me dizer. Eu até tive seu cheiro em mim e você sabe que estou ovulando. Você até mesmo está agindo diferente durante o sexo. Está mais agressivo. Não que esteja reclamando. Por que você não me contou que estou ovulando?
Ele encontrou seu olhar novamente. A emoção que ela viu a atordoou. Podia quase jurar que viu medo. Ele se moveu de repente e as mãos cercaram seus pulsos. Ele os empurrou para cima na cama e os manteve lá.
— Por que você está me sujeitando? — Ela não estava com medo, mas ele estava. Tinha certeza de que é o que estava vendo quando olharam um para o outro.
— Eu não quero que você tente fugir de mim.
— Por que diabos eu fugiria de você e você pode pelo menos me virar se vai me prender? Gosto de olhar para seus olhos sem ter uma cãibra no pescoço.
Ele hesitou, mas soltou seus pulsos, achatando as palmas das mãos na cama. Ele se levantou até que o corpo não estava tocando no dela.
— Vire.
Ela o fez, tendo de primeiro desenredar as pernas. No segundo que esteve deitada de costas ele desabou nela e agarrou os pulsos novamente. Eles foram empurrados acima da sua cabeça e os dedos dele entrelaçaram com os delas para mantê-los na cama.
Sua beleza a atingiu quando estudou Tiger. O cabelo estava selvagem e os olhos incríveis, eram tão azuis que se sentiu perdida neles. Ele era seu anjo caído, quem ela amava.
— Por que acha que fugiria de você? Por favor, fale comigo. O não saber é pior do que qualquer coisa que estou pensando agora. Confie em mim nisso. Seja o que for, nós podemos resolvê-lo.
Ele mordeu o lábio inferior. Isso fez o foco de atenção dela lá até que ele parou e respirou fundo. Ele soprou lentamente e o olhar dela ergueu para o dele.
— Você tem estado no cio por dois dias. É por isso que te levei o almoço no trabalho. Sabia que não poderia levá-la ao refeitório. Os machos reagiriam e você saberia que estava no cio. Pedi a Torrent para enviar uma fêmea para entregar seu almoço, mas obviamente isso não aconteceu já que você disse que ele contou a verdade.
— Por que você não queria que eu soubesse? Estou muito confusa.
— Queria engravidá-la.
Ela olhou boquiaberta para ele em confusão. Isso levou tempo para seu cérebro voltar e tentar deixar o que ele disse fazer sentido.
— Por quê?
Ele baixou o rosto até que estivessem compartilhando respirações.
— Achei que estaria mais de acordo a ser minha companheira se estivesse com uma criança. Você perceberia que eu de propósito permiti que isso acontecesse para lhe mostrar que falava sério sobre compromisso. Você já teve machos que evitaram isto. Eu não estou. Esperava que você também se sentisse mais ligada a mim se isso acontecesse... e você precisaria de mim.
Seu coração quase parou.
— Quer que eu seja sua companheira?
— Você já é, caramba. — Ele rosnou quando raiva brilhou nos seus olhos. — Você é minha, Zandy. Tem sido desde o momento que despertou no capô daquele Jipe e me beijou. Eu somente não queria admitir isto a princípio, mas você é minha companheira e eu sou seu.
Zandy podia só olhá-lo boquiaberta.
— Deixe-me ver se entendi. Você tem tentado me engravidar? Não acha que deveria me perguntar primeiro?
— Sinto muito. Sei que foi errado, mas você foi ferida. Eu te amo. Queria fazer alguma coisa para te ligar a mim tão firmemente quanto estou comprometido a você. Você não é Espécie e não pode ficar viciada no meu cheiro. Podia se afastar de mim sem sofrer a retirada. A ideia de perder você me deixa insano. Não poderia suportar isto.
Zandy se mexeu.
— Solte minhas mãos.
Ele hesitou, mas fez.
— Você merece me bater.
Ela estendeu a mão e segurou seu rosto ao invés.
— Tudo que você tinha que fazer era perguntar, Tiger. Adoraria ser sua companheira.
Ela viu seu choque.
— De verdade?
Ela concordou.
— Sim. Eu te amo também. Não preciso possuir um super nariz para me sentir viciada em você. Meu coração já é.
A boca dele desceu e cobriu a dela. Ela gemeu no beijo. Tiger abriu suas pernas com as dele e cutucou a vagina com o pênis até que entrou nela. Ela arrancou a boca da dele e gemeu. Seus olhares se buscaram.
Ele ronronou.
— Vou matar a mim mesmo tentando engravidá-la. Quero um bebê com você. Eu quero tudo.
Zandy piscou para conter as lágrimas.
— Então pare de falar. — Ela enganchou as pernas ao redor da sua cintura. — Menos conversa, mais sexo.
Ele riu.
— Eu realmente amo você.
— Eu também te amo, bebê. Amo como você parece dentro de mim também. Você realmente acha que posso engravidar assim rápido?
— Estou determinado, — ele falou rouco.
— Sorte a minha.
Ela estava um pouco assustava da ideia de ter um bebê. Estavam se movendo rápido demais. A lembrança de quão perto esteve de perdê-lo, entretanto, empurrou todas as dúvidas para longe. A vida era curta e não ia permitir que o medo a parasse de agarrar a felicidade com ambas as mãos.
Nove dias depois, Zandy sorriu para Smiley.
— Obrigada por ter feito isto.
Ele a observou cauteloso.
— Tiger vai me matar. Ele disse que você nunca é para deixar a Reserva.
— Eu sei, mas eu realmente aprecio isso.
Ele assentiu.
— Tenho sete oficiais altamente treinados na área. Estão longe o suficiente para lhe dar privacidade, mas perto o suficiente para saber se alguém representa um perigo. Tiger vai me matar se algo acontecer com você. Os outros não receberam as ordens diretas.
— Você é um bom amigo.
Ele riu.
— Não para Tiger. Mas para você, sim.
Zandy o enxotou com a mão.
— Sei que você não está feliz em me deixar aqui sozinha, mas você precisa ir.
— Ela olhou o relógio. — Tiger deve estar chegando ao meu trabalho aproximadamente agora e Richard lhe dará o bilhete. Aposto como ele vai chegar aqui realmente rápido. Certifique-se que ele não te veja na estrada.
— De jeito nenhum. Estou me escondendo até que ele tenha você nos braços e saiba que está segura.
— Você tem certeza que os oficiais estão longe o suficiente?
Ele assentiu.
— Você me falou o que planejava. Tiger vai despedaçá-los se eles vierem para este caminho e verem muito de você. É bem conhecido como os companheiros são. Confie em mim. Você tem privacidade, Zandy. Dê-me um minuto e estarei muito longe daqui, isso não vai ser engraçado. Tiger vai farejar que eu estive aqui com você e ficará muito bravo. Vou correr rápido e muito longe para evitá-lo.
Ele se virou e correu para a floresta longe da estrada. Zandy riu e virou para examinar a área perto do riacho. Sorriu e chutou os sapatos, tirando a roupa. Olhou a área mais uma vez, se sentindo um pouco nervosa, mas retirou o resto da roupa para meter-se nas águas.
O som da aproximação de Tiger não podia passar despercebido. Os grunhidos ferozes combinados com as botas batendo no chão enquanto ele corria de forma imprudente pelo bosque, colidindo pelas árvores, era berrante. Ele parecia realmente chateado. Ela sorriu, o olhar esquadrinhando para vê-lo.
Ele surgiu por entre as árvores à sua direita e se deteve com um rugido que a sobressaltou. O cabelo tinha se soltado do rabo-de-cavalo e havia rasgado a camisa em algum momento, provavelmente em um galho baixo. Ela esperava que não estivesse ferido. O olhar selvagem nos seus olhos quando o olhar enfurecido pousou nela teria apavorado qualquer outro. Ela acenou, ao invés.
— Oi, amor.
— Zandy. O que você está fazendo aqui com Smiley? — Ele rosnou as palavras. — Vou matá-lo por levá-la para fora da Reserva e te colocar em perigo.
Zandy ficou um pouco chocada com o quão feroz e mortal o homem que amava parecia. Estava furioso e isso não era bonito.
— Antes de fazer isto, por que não dá uma olhada? Smiley apenas me ajudou a arrumar tudo. Ele é meu amigo que me fez um enorme favor, Tiger. Precisei de ajuda porque não podia carregar tudo e eu não sabia como usar a bomba de ar para encher a cama. Só sai da Reserva porque este é o nosso lugar especial.
Tiger girou e observou o ambiente. Ela relaxou, sabendo que ele se esfriaria. Se não, ele poderia juntar-se a ela na água. O colchão de ar estava impecavelmente feito e um piquenique foi colocado ao lado. Uma lanterna de acampamento e uma pilha de toalhas estavam no cobertor estendido no chão. Parecia agradável. Ela olhou de volta para ele e o encontrou a observando atentamente.
Ela sorriu.
— Surpresa. Há oficiais na floresta que estão longe o suficiente para nos dar privacidade, mas garantem que ninguém se mova furtivamente para nós. Achei que seria romântico se passássemos a noite aqui juntos. Então, você quer ficar nu? Estou ficando um pouco fria aqui sozinha.
Tiger lentamente sorriu.
— Sinto muito. Peguei seu bilhete e só li que estava deixando a Reserva. Eu pirei. Por que você está aqui? — Ele pausou. — Não é seguro para você deixar a ONE. Smiley conhece minhas ordens permanentes, que são para você ficar em casa.
— É por isso que Smiley provavelmente correu para outro estado agora. Aposto que eles ouviram seus rugidos por milhas.
Ele riu e tirou os sapatos.
— Você realmente fez tudo isso para mim?
Ela sorriu. — Sim, e é melhor você fazer algo grande para merecer isto também. — Ela saiu da água nua. O olhar aquecido de Tiger vagou por seu corpo.
Ele suavemente rosnou.
— Vou fazer um monte de coisas maravilhosas para você.
Zandy pegou uma toalha e se secou enquanto observava ele tirar as roupas. Caminhou até a cama, subiu e se virou. Ela colocou a cabeça no travesseiro e abriu as coxas amplamente. Tiger olhou para cima e ronronou.
— Você vê algo que gosta?
— Oh sim, Zandy. — Ele estava nu quando caminhou até ela.
Ele colocou o joelho na cama e ronronou mais alto. Ela sorriu e abriu os braços, estendendo a mão para ele. Tiger subiu na cama e sobre ela.
— O que você quer?
— Você. Sempre você. Só você.
— Eu me sinto da mesma maneira, mas precisamos ter uma conversinha antes de fazermos qualquer coisa.
Tiger franziu a testa.
— Antes? — Ele olhou abaixo no seu corpo e rosnou em protesto. — Conversaremos mais tarde.
Ela colocou as mãos no seu tórax.
— Tiger, isto é sério. Precisamos discutir algo agora.
— Mais tarde. — Ele se moveu para baixo no seu corpo e correu os dedos dos joelhos até o interior das coxas.
Ela fechou os olhos e respirou trêmula, desesperadamente querendo que ele fizesse amor com ela. O homem tem uma boca que... Ela sacudiu este pensamento para longe.
— Tiger?
O olhar encontrou o dela.
— O que? — Ele ronronou.
— Vou te dizer mais tarde.
Ele riu.
— Isso é bom, porque acho que você teria um tempo difícil pensando e tentando conversar em um segundo. — Ele baixou a cabeça.
Zandy gemeu. Todos os pensamentos deixaram sua cabeça enquanto Tiger a lambia até que ela gozou. Ela gritou seu nome enquanto ele subiu por seu corpo, ofegando quando entrou nela. Ela se envolveu em torno do corpo dele enquanto a montava. Ambos estavam satisfeitos e sem fôlego depois.
Tiger os rodou de lado para evitar esmagar Zandy.
— Pronta para jantar antes de eu cansá-la novamente? Você vai precisar da sua força.
Ela sorriu, levemente correndo as pontas dos dedos ao longo da sua mandíbula.
— Eu preciso comer.
Ele sorriu.
— Eu também. Você é a sobremesa.
— Esta é uma ocasião especial, Tiger.
— Toda noite com você é especial, Zandy.
— Eu realmente te amo.
Ele sorriu.
— Eu realmente te amo também.
— Ei, Tiger? — Ela o perscrutou.
— O que, pequenina?
— Você vai ter que parar de me chamar assim.
Uma expressão confusa o fez parecer realmente lindo.
— Você gosta desse nome, não é?
Ela assentiu, roçando o corpo contra o dele, empurrando tão perto a ele que estavam pele a pele tanto quanto possível. — Eu amo ele, mas não vou ser pequena por muito mais tempo.
Ele franziu a testa.
Ela pegou a mão dele e colocou no estômago.
— Vou provavelmente ficar muito grande, mas é melhor você ainda me querer. — Diversão a encheu. — Ou nunca terei um segundo bebê.
Os olhos dele se arregalaram e a expressão imobilizou.
— Zandy?
Ela assentiu.
— Só descobri hoje, papai.
Ela viu lágrimas se reunirem nos seus olhos. Ele de repente a rolou em cima dele.
— Por que você não me contou? Poderia ter esmagado o bebê!
Ela se escarranchou e se endireitou.
— Isso é tudo que tem a dizer?
Ele se sentou, envolvendo os braços em torno dela.
— Não. Eu te amo. Esta é a melhor notícia que já tive. — A mão segurou em concha seu estômago. — Um bebê? Você tem certeza? Serio?
Ela assentiu.
— Trisha confirmou. Eu vomitei duas vezes ontem no trabalho e novamente esta manhã, então fui vê-la. Tinha minhas suspeitas já que meus seios estavam sensíveis. Vamos ter um bebê.
Tiger a abraçou no seu colo.
— Obrigado, Zandy.
Ela o abraçou de volta.
— Por quê? Ficar grávida com facilidade? — Ela riu.
Ele riu.
— Isto é um bônus, mas não. Obrigado por entrar na minha vida. Estou tão feliz e você é a razão. Você é tudo para mim. Você e nosso bebê.
Zandy o beijou.
— Você é minha vida também. Você me faz tão feliz, Tiger. Realmente é meu anjo.
Ele sorriu.
— Um anjo, hein? — Ele a ergueu e a empalou no seu pênis. — Isso parece angelical?
Ela gemeu seu nome.
— Na verdade, eu ainda penso em você como meu anjo. Você me leva para o céu o tempo todo.
Tiger impulsionou dentro dela.
— Nós iremos lá juntos.
Laurann Dohner
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