Wrath voluntariou-se para viver e trabalhar fora de Homeland, aonde irá mais uma vez ser confinado em um espaço pequeno com outros machos. Foi cobaia de horríveis abusos, condicionamentos e forçado a assistir infinitas fitas de sexo de fêmeas humanas, enquanto estava acorrentado em pervertidas máquinas da Mercile. Wrath sabia que era muito perigoso e emocionalmente danificado para ficar com uma fêmea.
Lauren acabou sendo detida por três grandes, musculosos, bem armados — Novas Espécies. Um deles realmente atraiu seu olhar. Ele é alto, sensual e… seu novo companheiro de quarto, aparentemente. Nunca tendo encontrado um homem tão espetacular, decidiu saborear cada centímetro de seu corpo maravilhoso. Wrath está definitivamente aberto a esse plano. O sexo é incrível e ele lhe dará tudo que ela precisa — mas ele só vai até certo ponto. Algo o está segurando.
Lauren tem de fazê-lo soltar seu desejo e Wrath tem que superar seu medo, se o casal quiser qualquer chance de um futuro juntos.
919 ficou tenso, observando os outros machos na sala, com uma mistura de respeito e ansiedade. Seu futuro descansava nas mãos de dois daqueles machos. Justice North se sentava calmamente atrás de sua mesa, enquanto Brass caminhava à sua frente. Brass parou.
— Eles são novos para serem libertados e não confio neles ainda. É muito perigoso que deixem a ONE.
A boca de Justice se achatou em uma linha sombria e seu olhar fixou-se no único humano na sala. Tim Oberto se sentava em uma cadeira próxima ao canto. Parecia com raiva, pelo modo como suas características estavam ligeiramente avermelhadas, e seus punhos agarrados ao longo dos braços da cadeira.
— Quero escolher os homens para esta parceria, Justice. Olhou para 919, o macho ao lado dele, e finalmente para o terceiro macho diante dele. — Meus homens não treinaram com estes homens e eles ainda nem tem nomes. Deixe-me encontrar com alguns de seus oficiais e escolher entre eles.
Raiva agitou dentro de 919 com o insulto, mas ele engoliu um grunhido. Quem aquele humano pensava que era para duvidar de sua palavra ou de seu compromisso? Avançou para olhar fixamente para Justice e esperou que o macho se dirigisse a ele.
— O que é 919?
— Isso é importante para nós. Não tem como negar que fomos recentemente libertados. Não fizemos fortes vínculos ainda, que nos impeça de pôr nossas vidas em risco. Olhou para o macho ao seu lado. — 358 e eu somos próximos. Viemos do mesmo lugar e temos as mesmas experiências. Pesadelos. Não disse aquela palavra em voz alta, temeroso de que isso deixasse os outros machos preocupados sobre sua motivação. Encarou profundamente os olhos de Justice. — Você já tem o nome que escolhi. Quero justiça para nosso povo e estou disposto a arriscar minha vida perseguindo os humanos que prejudicaram nosso povo. Percebemos que alguns humanos são bons, enquanto aqueles que trabalharam para a Mercile não são. Vimos seus rostos e podemos identificá-los. Estou tranquilo. Posso lidar com esta tarefa.
358 chegou mais perto dele. — Cuidaremos um do outro. Deixaremos a ONE orgulhosa. Desejamos trabalhar próximos da força tarefa.
Justice se debruçou adiante em sua cadeira, os estudando atentamente, e focou-se em 919. — Por quê? 919 hesitou.
— Não entendi sua pergunta.
— Por que isto é tão importante para você? Deveria estar apreciando sua liberdade. Podia fazer amigos, paquerar com nossas fêmeas, e ainda quer pôr suas vidas em perigo. Por quê?
Ele não disse nada, inseguro de que com a verdade conseguisse o que queria, que era ser atribuído para a força tarefa.
— Eu lhe fiz uma pergunta. Responda.
919 olhou para o humano, Tim Oberto, e então para Justice.
— Ele é um amigo confiável. Fale livremente. Justice persuadiu. — Não existe nada que possa dizer que o choque. Ele sabe o que fizeram conosco.
— Passei muito tempo sozinho e fico desconfortável ao redor de grandes grupos de pessoas. Também não tenho nenhum desejo de paquerar com as fêmeas. Queimava de raiva, mas conseguiu suprimi-la. — Depois do que me foi feito, preocupo-me em estar íntimo com alguém. Na força tarefa são todos machos. Nós três viveríamos juntos e quero perseguir as pessoas que nos machucaram. Não durmo bem sabendo que estão lá fora, e que mais de nossa espécie podem estar sofrendo o que suportamos.
O líder das Novas Espécies não pareceu horrorizado com sua resposta, enquanto relaxava em sua cadeira. — Como está administrando sua raiva? Você despedaçaria o inimigo se entrasse em contato com alguém que machucou você?
— Não. Admito que teria muito prazer em capturá-los, mas os quero vivos e bem, para passarem muitos anos sofrendo atrás das grades. Esse é o melhor castigo. Acreditava nisso. Esperava que isto aparecesse em seus olhos e a verdade soasse em sua voz.
Justice olhou para 358. — E você? Fale a verdade.
— Estou danificado também, minhas habilidades sociais não são grande coisa, mas administro minha raiva esmurrando sacos. Também quero que os humanos que capturarmos sofram na prisão, mas não matá-los. Pausou. — Vou onde ele for. Estamos juntos há muito tempo e ele é a única coisa com que me importo. Nós somos irmãos.
Os olhos do humano se alargaram. — Eles são irmãos biológicos? Não se parecem em nada além de serem misturados com caninos. Isso é de uma conexão de sangue, porque certamente não parece vir das características humanas?
— É sentimental. Brass declarou. — Eles se vincularam como irmãos devido ao longo tempo juntos. Eles têm mantido um ao outro forte, e devem permanecer juntos para ajudar a se estabilizarem.
— E você? Justice se referiu a 922. — Você é de uma instalação diferente da deles.
Tim franziu a testa. — 919 e 922 são de instalações de teste diferente? Você tem certeza? Só estão a alguns números de distancia.
Fury se apoiou em uma parede do outro lado da sala. — Isso não importa. Existia um cientista genético que nos criou, de acordo com o que nos informaram os empregados da Mercile que entrevistamos. Todos nós nascemos no mesmo local, mas fomos enviados para outras instalações de teste depois do nascimento. Nossos números não têm nenhuma relação para onde fomos enviados.
Justice se dirigiu para 922. — Por que você deseja fazer parte do time?
O macho hesitou também, provavelmente tentando formar suas palavras cuidadosamente antes de falar. — Mercile me deu uma companheira, mas a assassinaram. Não durmo bem à noite. Também não sou sociável e quero perseguir os humanos que machucam nossa espécie para fazê-los pagarem. Sinto-me inútil aqui, mas isto me dará um propósito. Rosnou as últimas palavras. — Não tenho mais nenhuma razão para existir e preciso de uma.
Justice franziu a testa, mas olhou fixamente para Tim. — Entendo por que você está preocupado, mas a maior parte do meu povo não quer entrar em seu mundo para viver lá. Todos nós concordamos, entretanto, que é uma vantagem ter alguns de nossos homens juntos ao seu time. Podem identificar alguns dos empregados da Mercile, têm sentidos aguçados, e beneficiaria a todos se esta parceria tivesse sucesso. Também é altamente perigoso mandá-los para o mundo lá fora apesar das precauções que concordamos, como os tendo vivendo dentro do porão da sede da força tarefa. Fui até esse lugar e é muito semelhante às celas que éramos mantidos. Muitas Espécies teriam problemas com isso depois de viverem longe desse ambiente por muito tempo, mas estes três são voluntários, sabendo as condições de moradia. Pausou. — Nenhum outro se voluntariou.
— Podíamos ordenar-lhes. Fury admitiu. — Só não desejamos fazer isto.
Justice assentiu a cabeça concordando. — Não queremos fazer isto. Receberam suas liberdades e nos recusamos a pedir-lhes para sacrificar isto. Estes três são novos o suficiente para evitarem serem traumatizados pelo espaço apertado. Entendemos sua preocupação e concordo. Seu olhar deslizou para Brass.
Brass respirou fundo. — Irei com eles. Não sou acasalado. Olhou para Fury e Justice antes de olhar fixamente para Tim. — Estou livre há algum tempo. Treinei um pouco com seu time e confiam em mim. Ficarei no comando destes três e eles serão minha responsabilidade. Trarei qualquer um deles de volta se perceber quaisquer sinais de que estão ficando instáveis.
Tim assentiu. — Concordo. Ok. Olhou para 919, 922, e 358. — Eles precisam se encaixar com meu time. O cabelo longo tem de ser cortado, precisarão usar óculos escuros para esconder seus olhos, isso pode distrair as pessoas de notarem suas características. Insisto em designar pelo menos um membro da equipe para estar de plantão no andar de cima toda noite. Seus homens não podem dirigir e não farão nada sem minha permissão.
— É bom designar alguém para estar de plantão para protegê-los. Justice levantou uma caneta da mesa.
— Espere, Brass rosnou. — Estou disposto a fazer muito para ajudar sua missão a ter sucesso, mas não vou cortar meu cabelo.
Justice olhou para ele e sorriu. — Esqueci. Desculpe. Olhou fixamente para Tim e encolheu os ombros. — Ele tem uma coisa sobre manter seu cabelo longo. Eles costumavam raspar tudo quando estava em cativeiro, e acabou ficando com cicatrizes que não deseja ver novamente. Ele prenderá para trás.
— Ele precisa se encaixar. Tim agitou sua cabeça. — Isso não funcionará.
— Ele pode usar um boné. Vi alguns dos machos de sua equipe fazerem isto. A raiva estreitou os olhos de Justice e suas características endureceram. — Você recebe minhas ordens e assim será.
919 notou que o humano recuou imediatamente, mas não parecia feliz com isso.
— Está certo. Ele pode usar um boné, mas os outros têm de cortar.
— Vi um de seus homens lá fora e ele é careca. Concordo com isso. 358 disse quando alcançava e segurava seu cabelo. — Não sentirei falta disso.
— Curto é bom o suficiente, mas qualquer coisa que decida está bem. Tim Oberto franziu a testa para Justice. — Eles precisam de nomes.
Justice olhou para 922. — Escolha um.
— Vengeance. Quero esse pela minha fêmea.
— Porra. Tim murmurou.
Justice olhou para Brass, então para Fury, e voltou para 922. — Será Vengeance. Apenas mantenha-se no controle de seu temperamento ou você será trazido de volta.
— Entendido.
Justice olhou para 358. — Você tem algum nome em mente?
Ele encolheu os ombros. — Gosto dos filmes de Elvis.
Justice riu. — Gosto dos filmes dele também, mas é muito óbvio. Duvido que os humanos deixem isso passar sem tirar onda com você. Alguma segunda escolha?
— Gosto do nome Shadow. Gosto de ficar parado e proteger os outros.
Brass assentiu. — Bom nome.
Justice trouxe sua atenção para o terceiro homem.
919 ficou tenso, pego de surpresa, e não tinha nenhuma ideia de como chamar a si mesmo. — Posso pensar sobre isto?
— Tenho papelada a fazer. Tim permaneceu em sua cadeira. — Preciso de um nome.
919 olhou fixamente para 358, seu amigo que já escolhera um nome. Shadow encontrou e segurou seu olhar. Conheciam um ao outro muito bem, depois de passarem anos em celas próximas e ambos sofrerem o mesmo dano.
Shadow finalmente falou, sem tirar o olhar dele. — Você deveria chamar-se Wrath. Ele permitiu que sua raiva fervesse, confiava em sua inteligência, mas os faziam pagar quando a oportunidade aparecia. Os humanos sempre souberam que conseguiria, mesmo depois que abusavam de nós, ou pelo menos, os espertos sabiam.
919 sentiu o orgulho surgir e assentiu. — É um bom nome. Olhou para Justice e Brass para ver suas reações.
— Só se certifique em manter o controle de seu temperamento. — Justice rabiscou em uma pasta que estava sobre sua mesa e passou-a para Tim. — Aqui está. Aqui tem informações sobre todos os quatro novos membros de sua equipe. Se certifique que sejam protegidos, mas não os mimem. Você os quis pelas suas habilidades e força. Permita que as usem. Olhou fixamente para Brass por longos segundos. — Você está no comando dos nossos homens. Tim recebe ordens suas. Você pode tomar o controle de qualquer situação se julgar necessário.
— Droga, Tim cuspiu. — Agora espere uma porra de um mim...
Justice rosnou, os dentes afiados relampejaram e chocaram todos na sala, exceto Brass e Fury, com seu show de temperamento. Tim recuou o suficiente para quase tropeçar na cadeira que tinha desocupado e selou seus lábios.
— Você trabalha para nós. Brass é um oficial experiente da ONE, eu o conheço bem e ele tem minha total confiança. Ele não foi recentemente libertado ou é instável. É altamente inteligente e isto é uma operação de parceria. Ele relaxou um pouco. — Isso significa que sua equipe e a nossa trabalham juntos, mas Brass está no comando total dos meus homens. Compreendido?
— Sim. Tim ainda parecia bravo. — Entendi.
— Bom. Justice encontrou e segurou o olhar nos quatro homens que estavam deixando a ONE. — Tomem cuidado, e estarão sobre as ordens de Brass como falei antes. Entendido?
— Sim. Concordaram em uníssono.
Wrath virou e deixou o escritório. Seu amigo seguiu logo atrás até que estavam do lado de fora. Os dois pausaram, esperando por ordens adicionais.
— Shadow é um bom nome.
— Assim como Wrath. Seu amigo sorriu. — Sabia que escolheria algo mais amável, mas você tem força e uma forte sensação de justiça. Que pena que esse nome já foi escolhido.
— Wrath se encaixa no meu propósito. Acharemos os humanos que machucaram nosso povo, e os traremos para pagarem pelos seus crimes.
Um aroma chamou a atenção deles, quando uma Espécie fêmea se aproximava do escritório. Ela sorriu e seu olhar percorreu Wrath da cabeça até os pés. Parou próximo a ele, olhou em seus olhos e suavemente ronronou.
— Oi.
Ele não sabia o que dizer, mas Shadow veio salva-lo. — Estamos partindo com a força tarefa humana. Não temos tempo para socializar.
O sorriso da fêmea desapareceu. — Boa sorte. Vocês dois são muito valentes. Caminhou para dentro do edifício.
Wrath relaxou e encontrou os olhos de Shadow. — Estou contente por não existir fêmeas onde estamos indo.
Shadow assentiu. — Elas são atraídas pela sua aparência e força.
— Preciso de mais tempo para me curar, antes de considerar compartilhar sexo com uma delas. Terei muito prazer em estar longe daqui durante algum tempo.
Seu amigo alcançou e agarrou seu ombro. — Compartilhamos isto em comum.
Ambos se lembraram de serem drogados, quando eram conectados às máquinas e o horror de sua semente sendo forçada de seus corpos. Wrath estremeceu com as memórias vis e a incerteza do que fizeram com o esperma tirado deles. Uma parte foi vendida e transportada para outros países, onde cientistas planejavam usar substitutas humanas para darem a luz a híbridos humanos/espécies, para serem vendidos para os ricos como animais exóticos. O pensamento deles tendo sucesso fez a raiva queimar dentro de sua alma.
Os olhos de Shadow se estreitaram quando olharam fixamente de um para o outro.
— Capturaremos as pessoas que machucaram nosso povo e os traremos para a justiça. Você está pensando naquilo, como faço frequentemente, mas você ouviu o que os médicos da ONE disseram. Eles duvidavam que alguma criança pudesse ser produzida com a nossa semente roubada. As drogas usadas em nós danificaram o esperma, e a natureza tem um jeito de fazer isso viável apenas quando estivermos altamente excitados. Eles estão quase certos de que parecem apenas sobreviver dentro de uma fêmea, quando nós pusermos lá. Disseram que saberiam sobre bebês postos a venda no mercado negro, ainda que fosse na Europa.
Wrath relaxou, confortado por estas palavras. — Faremos todos eles pagarem pelo que fizeram com nosso povo.
— Sim, faremos. Shadow o soltou.
— Você realmente não vai comer isto, não é? — Lauren curvou seu lábio, olhando fixamente com fascinação horrorizada, para o que continha no prato da sua amiga. — Parece que alguém massacrou uma salada com todo esse verde e vermelho.
Sua melhor amiga Amanda, riu. — É a tendência de dieta mais recente. Parece horrível, mas devo perder nove quilos por mês se comer isso todo dia.
Lauren empurrou uma mecha perdida de cabelo loiro para trás da orelha. — Perderia isso tudo também se tivesse que tentar me sufocar engolindo esse lixo. Eu não comeria. Suspirou. — Sei tudo sobre dietas e acho que tentei todas. Confie em mim, isso não vai funcionar. O único modo que posso perder alguns quilos é bebendo água e me exercitando até que não possa respirar.
— Você só precisa perder treze quilos. Amanda fez beicinho. — Eu preciso perder duas vezes isso. Esta salada de espinafre e aquela coisa de molho quente devem funcionar. Quero estar em forma novamente.
— Você e eu, ambas já temos formas. Lauren piscou. — Redonda é uma forma. Olhe, estou cansada de ser infeliz, porque minha bunda não entra na mesma calça jeans que vestia quando tinha quatorze anos, e tenho adoráveis pneuzinhos. Aprecio comer e detesto ficar faminta. É uma droga estar com fome o tempo todo. Aquelas dietas acabavam me deixando extremamente triste, faminta, e deprimida. Apontou para o hambúrguer em seu prato, e usou a outra mão para empurrá-lo mais para perto de sua amiga. — Dê uma mordida. Você sabe que você realmente quer. Coma uma batata frita. Viva um pouco e salve-se da miséria. Você apreciará minha comida mais do que a sua.
— Ninguém me chamou para sair em dois meses, Lauren. Dois meses inteiros. Você tem seios grandes, cabelos longos, e bonitos olhos azuis a seu favor. E você é pequena. Você é atraente para homens até com peso em excesso.
— Sim. Os homens simplesmente estão arrombando minha porta. Bufou. — Só não devo estar em casa quando fazem isso. Ninguém continua lá quando saio para trabalhar. Eles têm que ser carpinteiros qualificados, porque são maravilhosos em consertar qualquer dano que fizeram para entrar.
— Aquele homem te chamou para sair semana passada e ele era atraente.
— Atraente? Ele me lembrou de uma marionete com seu cabelo vermelho crespo e as sobrancelhas juntas.
— Pelo menos alguém te chamou para sair. Amanda suspirou. — Adoraria alguém do tipo marionete. Você poderia levá-lo para casa e guardá-lo. Aposto que ele é do tipo que gosta de um aconchego.
Lauren agitou sua cabeça em desgosto. — Imagine transar com alguém que te lembra um desenho animado infantil. Poupe-me. Não quis ficar com ele ou levá-lo para casa. Além disso, ele era um tanto quanto estranho. Tinha uma relação esquisita com a mãe. Ela me ligou cinco vezes para me dizer que seu filho era um homem agradável, e que eu devia namorá-lo. Tive medo que me convidassem para jantar, e que morassem próximos a alguma casa distante em uma colina que ficava ao lado de um motel arrepiante.
— Engraçado. Amanda hesitou antes de enfiar uma batata frita em sua boca. —Ele era atraente, naquele filme. Que pena que era um assassino armado com facas. Quero dizer, ah qual é. Apunhalar a garota pelada no chuveiro ou transar com ela? Rolou seus olhos. — Que desperdício.
— Preocupo-me com você. Lauren comentou, sorrindo para suavizar suas palavras.
Seus olhos marrons brilharam em diversão. — Não me importaria com um psicopata se fosse me apunhalar de um modo sensual com uma grande parte do corpo.
— Você é doente. Lauren riu. — Você...
Seu telefone tocou. Gemendo agarrou sua bolsa debaixo de sua cadeira. Um olhar em seu identificador de chamadas a fez estremecer. — Aqui é Lauren. O que foi, Mel?
Lauren escutou sua chefe e fechou seus olhos. — Hoje à noite? Por que não pede para outra pessoa... Pausou. — Mas estou no meio do jantar com uma amiga minha. Não posso talvez... Calou a boca e friccionou seus dentes. — Mas não pode ir no meu lugar por que... Estava ficando brava. — Tudo bem. Certo. Eu irei. Tá certo. Adeus. Desligou. Lauren empurrou o telefonar de volta para dentro de sua bolsa e parou, dando a sua amiga um olhar lamentável. — Tenho que ir.
— Sério? O sorriso de Amanda enfraqueceu. — Agora? O que a cadela de sua chefe quer?
Lauren colocou uma nota de dez dólares na mesa e agarrou seu casaco da parte de trás da cadeira. — Parece que um dos agentes teve uma emergência. Tenho que mostrar um edifício na área do Parque Industrial imediatamente. Algum peixão está lá fora querendo fazer uma visita hoje à noite. Disse que é tão importante que vou ser demitida se não for. Ela não pôde encontrá-lo por causa de seus planos. Acho que os meus não significam nada. Deus, odeio aquela bruxa.
— Droga. Bem, vá. Talvez venda esse lugar e poderemos fazer uma viagem para algum lugar legal, por sua conta. Sempre quis ir para a Jamaica.
— Sim. Com minha sorte é apenas algum sujeito que estava entediado, com nada para fazer numa sexta-feira à noite, e decidiu gastar meu tempo. Ligarei para você amanhã. Ainda vamos ver um filme?
— Sim. Boa sorte. Assine um contrato imobiliário. Amanda comeu outra batata frita.
— Atraente. Lauren acenou e saiu em direção ao seu carro.
Lauren olhou em seu GPS pela quinta vez, dez minutos mais tarde, e xingou enquanto olhava as ruas vazias. Teve um pressentimento ruim em mostrar a propriedade após o horário. O Parque Industrial estava praticamente abandonado, uma vez que a maioria do comércio fechava durante a noite ou eram armazéns. Era uma mulher solteira indo encontrar um homem estranho, em uma área pouco conhecida a noite. Fez o retorno quando a voz computadorizada ordenou.
Um caro carro esporte vermelho estava parado no estacionamento vazio, quando Lauren parou seu carro ao lado dele. Hesitou antes de sair do carro. Todo pedacinho de bom senso lhe dizia para fugir. Gritava “péssima ideia”, mas perderia seu emprego se não conseguisse se enfiar lá dentro, e mostrar o lugar. Seus dedos agarraram suas chaves e seu dedo polegar bateu no botão de destrancar a porta.
O edifício era enorme, semelhante a dúzias de outros no quarteirão, e a velha placa de negócio declarava que tinha sido uma companhia de transporte que não estava familiarizada. Seus sapatos de salto alto clicavam ruidosamente no pavimento, quando abordava as portas duplas. A caixa de chave estava no chão, aberta. Mordeu seu lábio.
Apenas agentes imobiliários tinham a combinação para abri-la e conseguir as chaves, mas alguém obviamente deu-as para o Sr. Herbert. Isso a fez repugnar seu colega de trabalho ainda mais. O imbecil que deveria mostrar a propriedade obviamente traiu a confiança do vendedor. Era um enorme não, não. Usavam a mesma combinação em todas as propriedades que representavam, inclusive casas que as pessoas ainda moravam. Se o Sr. Herbert fosse um pervertido ou um ladrão, ele agora tinha acesso a muitas propriedades. Silenciosamente jurou ter uma conversa com sua chefe sobre isto.
As portas estavam destrancadas quando as testou, e um lado facilmente abriu. Não era mais um mistério que o suposto cliente tenha ido embora. Ele não esperou até que chegasse para fazer uma excursão pelo lugar, mas já tinha entrado no armazém. Entrou, olhou em volta da área de recepção estéril, e limpou a garganta.
— Olá? Falou em voz alta. Olhava para um corredor escuro. — Sr. Herbert?
Andou na escuridão e virou a cabeça para procurar o interruptor. As luzes de fora da área do estacionamento não se estendiam para essa seção do edifício. O alívio foi imediato quando achou o interruptor e pôde ver a sala. O Sr. Herbert não estava lá, mas as portas duplas que levavam para o corredor ao que parecia ser escritórios estavam escancaradas.
— Sr. Herbert? Gritou o nome do homem mais alto.
Nenhuma resposta.
— Droga. Não gosto disto. Sussurrou.
Uma pequena parte dela era contra encontrar um estranho em um edifício vazio. Não era estúpida. O Sr. Herbert poderia ser um estuprador ou um assassino. Era seu trabalho encontrar clientes, os guiar pelas propriedades vazias. A comissão deste bebê, entretanto…
Aquela perspectiva a impulsionou a ir mais fundo no corredor escuro, a caça de outro painel de interruptores. As luzes no corredor piscaram e ligaram quando as achou. Seu olhar viajou pelo longo comprimento das portas dos escritórios abertas em ambos os lados, e pareceu ter fim numa parte do armazém do edifício, julgando pelas portas duplas volumosas. Onde diabos está este sujeito?
— Sr. Herbert?
Entrou no corredor com o pavor corroendo por seu estômago. Uma a uma pausou nas entradas abertas e percorreu os vazios escritórios escuros com um olhar extenso. O sentimento de que algo estava errado apenas intensificou. Correria e fugiria se não estivesse desesperada para fazer a venda.
Lauren alcançou o fim do corredor sem achar o cara. Queria ir para casa, não queria estar lá, e aquela voz interna a persuadia para que retornasse ao seu carro. As luzes não estavam ligadas, o que a fez pensar por que um comprador vagaria na escuridão de boa vontade. Quem faria isto? Ligar as luzes não é um instinto básico? De jeito nenhum caminharia no estranho prédio as cegas.
Olhou fixamente para as volumosas portas duplas de metal e seu coração acelerou. O aluguel estava atrasado, tinha o pagamento do carro, e menos de dois mil em seu nome. Estaria em sérios problemas se não ganhasse dinheiro nas próximas semanas. Ficar sem teto não era seu objetivo quando entrou na escola. O comprador estava em algum lugar, ele destrancou a porta e o carro esporte deveria ser dele.
E se ele tropeçou? Podia estar machucado e as luzes podiam ter um temporizador. Olhou para as vigas iluminadas e sabia que ia entrar em pânico, se de repente ficasse na escuridão se as luzes desligassem.
— Muitos filmes de terror. Isto é o que ganha em assisti-los. Agarrou uma das maçanetas, pausou, e notou sua mão tremula. — Você certamente se sentirá como uma bosta, se este homem teve um ataque cardíaco e estiver morrendo lá, enquanto está sendo uma covarde.
A conversa estimulante ajudou.
Lauren endireitou seus ombros e agarrou a maçaneta de metal fria. Torceu-a facilmente e empurrou fortemente. A porta abriu para revelar a escuridão e um ar gelado. Um calafrio percorreu sua espinha quando parou.
— Sr. Herbert? Abaixou a voz para murmurar — Responda-me. É melhor você ter tido um ataque cardíaco ou algo para explicar, por que está me assustando pra cacete não me respondendo. Deus sabe que estou prestes a ter um.
O olhar pausou no interruptor dentro da seção do armazém e moveu-se rapidamente para ele. Faria uma caminhada rápida para ver se o cliente estava lá, e posteriormente fugiria.
Quase o alcançou quando a escuridão total fechou ao redor dela, e a porta bateu fortemente atrás dela. Ofegou e congelou. Seus olhos arregalaram, mas não podia ver nada. Arrepios pinicavam sua pele e esperava sinceramente que não tivesse um ataque cardíaco.
Acalme-se! Forçou-se a respirar. As portas provavelmente são pesadas e fecham assim. Acenda as luzes! Maldita Amanda e sua conversa de assassinos em série.
Achou a parede com suas mãos frenéticas, esfregou as pontas do dedo ao longo da superfície lisa, e finalmente tocou os interruptores. Os ligou e rezou para que funcionassem. Um leve zumbido a assustou, mas as luzes clarearam a sala enquanto chamejavam rapidamente um pouco, mas ligaram. Oh, graças a Deus!
Virou sua cabeça para olhar fixamente para o vasto armazém. Tinha de ter uns quinze metros de altura, do chão de concreto até as vigas de metal do teto. O antigo dono deixou grandes containers de metal lá dentro, que bloqueavam sua visão das grandes seções, mas podia ver partes da parede da parte de trás, para julgar que tinha de ter uns bons cento e oitenta metros de comprimento e provavelmente cento e cinquenta metros de largura. Lauren franziu a testa enquanto olhava para os quatro pedaços enferrujados de sucata — containers de transporte semelhantes aqueles que via deixando o porto em navios de carga.
Por que o dono não os removeu? Isto parece ruim para uma venda. Realmente não estava familiarizada com a propriedade. Estava na lista de Brent Thort. Brevemente perguntou-se qual era a grande emergência que Brent teve, que o fez desistir do Sr. Herbert. Se o potencial comprador perguntasse sobre aqueles containers não teria uma resposta.
Está no contrato que o dono irá removê-los ou o edifício vai ser vendido com aqueles enormes bebês? Droga. Lauren agarrou sua bolsa, pronta para ligar para sua chefe, para perguntar se alguma vez encontrou o esquivo comprador.
— Sr. Herbert! Gritou com toda sua força.
Um movimento a fez arquejar. O homem que saiu detrás do recipiente se vestia todo de preto. O coração de Lauren martelava e ela endureceu. O medo não percorreu sua espinha. Sacudiu como um relâmpago de seus sapatos até seu cérebro.
Estava vestido de maneira errada para dirigir o carro esporte luxuoso lá fora. Definitivamente não parecia com o Sr. Herbert. Era um homem grande e a lembrava uma mistura de ninja, com a roupa toda preta, e um soldado com o colete volumoso à prova de bala. O material preto escondia todo o homem, exceto sua garganta e a cabeça bronzeada. O cabelo preto eriçado também dava a impressão que era militar, mas os óculos escuros não combinavam com a roupa. Não podia ver seus olhos de jeito nenhum.
Lentamente ele caminhou em sua direção, fechando a distância enquanto ficava lá congelada. Aproveitou o tempo para ver mais detalhes do estranho. Tinha ombros largos e sua camisa estava esticada firmemente em cima dos bíceps espessos, volumosos. Seu medo cresceu mais. Gritava “ex-condenado” para ela. Teve um vizinho com braços quase daquele tamanho, e ele disse que levantar pesos era a única coisa que aliviava o tédio, enquanto servia nove anos por assalto à mão armada.
Lauren engoliu com dificuldade. Seu vizinho a assustava pra caramba, mas este sujeito era dez vezes pior. Olhou para baixo para as botas pretas e encarou-as abertamente desde que suas pernas ainda se recusavam a funcionar. Definitivamente militar. Seu primo estava na Marinha e o viu polir suas botas alguns meses atrás, enquanto visitava uma tia. As volumosas botas de valentão eram quase exatamente a mesma daquelas que viu.
Quem quer que fosse, apostava que não era o Sr. Herbert. Sabia daquilo, mas esperava estar errada. Finalmente recuou e quase tropeçou. Lutou contra um grito de terror. O olhar localizou as duas armas de fogo presas em suas coxas, uma visão que tinha perdido até que seu cérebro começou a funcionar melhor.
Um suave choramingo escapou de seus lábios separados. O homem vestia calça cargo preta, que tinham bolsos ao longo de ambas às pernas. Ele não só tinha armas de fogo, como tinha uma grande faca amarrada em uma coxa também. Seu olhar apavorado caiu sobre suas mãos com luvas. Estavam abertas ao seu lado e a lembrou de algo como o velho oeste, enquanto se preparavam para brigar, quase como se estivesse prestes a atirar em alguém, estilo pistoleiro.
— Você é o Sr. Herbert? Odiou a rachadura que ouviu em sua voz.
O homem parou e ergueu sua cabeça ligeiramente. Sua boca trançou uma linha apertada, aparentando raiva ou confusão. Desejou que não estivesse usando óculos, assim podia ver seus olhos. Sua estrutura óssea era pronunciada—maçãs do rosto fortes, lábios cheios e um masculino queixo quadrado. Retrocedeu outro passo enquanto o silêncio estendia-se entre eles.
Algo se moveu no canto de sua vista e jogou sua cabeça naquela direção. Outro homem saiu por detrás de um segundo recipiente. Ele era loiro, alto, enorme, e se vestia como o primeiro sujeito. O resto de sua aparência não foi registrado por Lauren. Tudo o que via além do básico era a grande arma que agarrava com ambas as mãos. Parecia uma malévola escopeta.
Oh Santo Deus. Lauren entrou em pânico, perdeu totalmente a calma, e virou. Correu direito para as portas e cambaleou o suficiente para quase cair de bunda. Seus dedos freneticamente agarraram a barra que abriria a porta, e deu um empurrão poderoso. A coisa, entretanto não abriu. Lançou seu ombro contra a porta, enquanto empurrava freneticamente a barra novamente, mas não se moveu.
— Não! Chutou a porta trancada e machucou seus dedos do pé no processo, mas não estava disposta a desistir. Dois pavorosos homens estavam atrás dela. — Abra. Droga abra! Gritou, mas aquilo não a deixou sair.
Seu coração acelerou e ofegou depois, e ela desistiu. As portas não a deixariam passar e estava presa. Seus dedos largaram a barra e lentamente virou-se para enfrentar os dois homens, que provavelmente eram psicopatas que tinham como alvo corretores de imóveis.
Os homens permaneceram na mesma posição e vislumbrou entre as figuras de preto. O loiro também usava óculos escuros. Ele abaixou a grande arma de fogo, apontando mais para o chão do que nela. Foi o único lado bom que pôde achar.
Lauren lembrou-se de sua bolsa que oscilava de seu braço. Seu olhar foi arremessado entre os dois homens em terror absoluto, antes de freneticamente procurar por outra porta. Não viu nenhuma. Sua mão deslizou até sua bolsa, esfregou sobre as chaves de seu carro presa lá, e seu cérebro começou a funcionar.
Botão do pânico. Eu tenho um! Seu dedo polegar roçou o teclado quadrado e empurrou o botão. Ao longe, embora abafado, o alarme do carro começou a gritar em rápidas explosões. Engolia com dificuldade. Talvez chame a atenção de… alguém. A área em torno do edifício é um deserto. Droga. Sua mão foi em direção à ponta de sua bolsa e para seu celular.
— Desligue isso.
Um dos homens ordenou em uma voz estranha e profunda. — Agora.
Lauren olhou para o loiro que falou. Estava segurando a arma próxima a seus quadris, mas podia facilmente apontar para ela novamente. Não olhou para seu rosto já que a arma mantinha sua total atenção. Ele vai atirar em mim? Eles são estupradores? Pior? Oh Deus! Sua mente gritou. Pior poderia ser muito ruim.
O alarme do seu carro de repente parou e o choque atravessou Lauren. Não tinha movido seu dedo para desligá-lo. Outra pessoa deveria ter feito isto, o que significava que existia mais deles. Apertou suas costas contra a porta, empurrando-a com seu peso e rezou para que se movesse. Queria fugir do pior modo.
— Onde ele está? O loiro perguntou.
— Quem? A palavra quase não conseguiu sair. Sua garganta parecia fechada como se seu coração estivesse dentro dela.
O homem loiro trocou a arma, agarrando-a com uma mão e lentamente avançando. Estava com o olhar erguido em seu rosto, não podia deixar de perceber sua testa franzida, ou que estava vindo diretamente para ela.
— Afaste-se de mim. A voz de Lauren ficou mais forte, mais alta. — Pare aí mesmo. Não sei quem é você, mas quero ir embora.
O loiro continuou vindo. O coração de Lauren acelerou dolorosamente. O desejo de gritar aumentou em sua garganta, seus lábios se separaram, mas nada saiu.
— Onde ele está? O loiro parou apenas a alguns centímetros de distancia.
Lauren notou que ele era bem mais alto do que ela, e a fez se sentir pequena. Isso o colocava a um metro e noventa e oito de altura. Seus ombros eram bem largos e os músculos inchavam embaixo de sua roupa preta. O olhar dela não podia penetrar naqueles óculos pretos para ver seus olhos. Isto era inquietante e o fazia uma figura muito mais assustadora para se confrontar.
Focou em seu rosto, vendo as altas maçãs do rosto e a mandíbula quadrada. Achou que tinha uma abundância de testosterona, de quão masculinos eram seus traços. Sua voz a lembrou de um cascalho—profunda, áspera, e arenosa. Abaixou o olhar para a arma agarrada á sua mão direita e não conseguia desviar da coisa assustadora. Faria qualquer coisa que eles dissessem, apenas para sobreviver ao pesadelo que viva.
— Quem? O Sr. Herbert? Eu não sei. Estava procurando por ele. Conseguiu sussurrar. Esperava que a ouvissem. — Por favor. Quero sair agora.
O silêncio se esticou e finalmente tirou seu enfoque da arma para olhar para seu rosto. Seus lábios cheios foram retorcidos para baixo, e linhas apareciam nas extremidades. Notou seu estranho nariz pela primeira vez. Não era exatamente chato, mas tinha uma aparência de achatado, como se tivesse levado muitos golpes no rosto.
—Ele atende pelo nome de Brent Thort. Onde diabos ele está? Não perguntarei amavelmente novamente.
Surpresa, Lauren sabia que ficou boquiaberta. — Você está procurando por Brent?
Olhou para o loiro e o outro sujeito assustador. Não gostava de Brent, mas estes homens estavam seriamente armados e perigosos. Seu parceiro de trabalho era espalhafatoso, um machista imbecil. Ele chegou ao ponto de ser ofensivo com todas as mulheres, com suas rudes observações, mas de repente teve um pressentimento de que tinha problemas com jogos. Estes eram dois coletores de pagamentos de algum apostador profissional ilegal? A cor drenou de seu rosto. Ou talvez Brent estivesse envolvido com drogas. Dirigia um carro realmente bom e se gabava sobre todas as mulheres que pegava. Qualquer mulher que dormisse com ele de propósito, tinha que estar sendo paga para fazer isso. Era bonito, mas isto era apenas superficial no caso dele.
Isso explicava por que Lauren estava presa dentro de um armazém com bandidos. Esperavam por Brent. Estudou o homem assustador na frente dela, e pôde ver que era os músculos contratado do pior tipo de criminoso. Oh merda! Apareci no lugar de Brent. Um pouco de seu terror aliviou, mas não muito. Teriam que deixar-me ir, esperava, agora que perceberam que sua armadilha pegou alguém inocente.
— Uma emergência surgiu. Minha chefe me ligou para mostrar à propriedade em vez de Brent. Estava orgulhosa de sua voz ter soado mais normal. — Posso ir agora? Obviamente não está interessado em comprar o edifício, certo?
O loiro apertou a boca em uma linha firme. Sua mão lentamente ergueu para sua orelha, para tocar em seu lóbulo. — Diga novamente. Não consegui entender. Existe interferência por causa do aço aqui em algumas partes.
O homem de cabelos escuros moveu-se adiante, e Lauren se apertou mais contra a porta. Todo o terror retornou enquanto se focava nele. Os homens podiam quase ser gêmeos em tamanho. Eram ambos mais altos que ela, ombros largos, e musculosos. Não podia ver seus olhos de jeito nenhum, por causa dos óculos escuros, mas sentiu que olhava fixamente para ela também. Não tentou fazer contato visual desde que seria inútil. Seu olhar foi para o chão de concreto enquanto começava a rezar. Por favor, os faça me deixarem ir. Por favor, Deus.
— Lauren Henderson.
Lauren olhou para o de cabelos escuros que disse seu nome. Ele virou sua cabeça para olhar para o outro homem. Encolheu os ombros.
— Meu microfone está bom. Lauren Henderson é o nome dela. Ela trabalha na mesma companhia que nosso alvo.
O loiro virou a cabeça e Lauren olhou fixamente para os óculos escuros. Engoliu novamente e assentiu. — Trabalho com Brent, mas não o conheço bem.
O fato de que estavam chamando Brent de alvo, não era um bom sinal para ela ou para seu colega de trabalho. Seus joelhos se agitaram quase tanto quanto suas mãos. Alvo significa que foram provavelmente contratados como capangas. Jesus! Em que diabos Brent se meteu?
— Ela é a namorada dele. O de cabelo escuro tinha uma voz profunda também, mas não soava como cascalho.
— Não estou namorando aquele verme. Juro. Não estou namorando ninguém. Tinha que convencê-los ou poderiam decidir machucá-la em vez de Brent. — Nem gosto dele. Ele é um idiota.
Dois pares de óculos escuros estavam apontados em sua direção, e os sentia a observando. Rapidamente teve a impressão de que não estavam acreditando nela, enquanto os dois franziram a testa. Segundos se passaram com uma lentidão excruciante.
— Vamos ser racionais, certo? Forçou o ar em seus pulmões. — Olhem para mim. Vocês conhecem Brent? Ele gosta de mulheres magras e altas. E não sou assim. Ele vai para bares o tempo todo, mas eu nem bebo.
Sabia que estava balbuciando, mas não se importava. Não queria que quebrassem suas pernas, como uma advertência para um namorado que nem tinha. — Nem ao menos gosto do cara. Ele é rude e nós não nos damos bem. Ele foi trabalhar na semana passada mostrando fotos em seu celular de mulheres com a bunda de fora, e disse algumas coisas ruins quando lhe disse que não gostava disso. Não gosto do cara e ele não gosta de mim. Não sou, quase gritando as palavras agora, — sua namorada ou sua amiga! Sou apenas uma idiota que respondeu ao telefona quando sua chefe ligou, e realmente veio até aqui para mostrar esta propriedade. Fechou sua boca.
— Eles estão dormindo juntos. Este foi o de cabelo escuro. — Nós conhecemos Bill. Sua boca trançou um sorriso e dentes brancos relampejaram.
O loiro assentiu. — Sim. Nós conhecemos.
— Não estou dormindo com ele. Lauren estava chocada. — Olá? Você não me ouviu? Não sou o tipo dele e esteja certo de que ele não é o meu! Levou segundos para perceber que chamaram Brent por outro nome, mas provavelmente seguiam muitos alvos. Tinha sido um deslize. E também não ia corrigir o erro deles. — Tenho padrões.
— O tipo de Bill tem peitos e você tem. O loiro soou divertido.
— Não durmo com ninguém há muito tempo. Acredite-me. Lauren gaguejou com pressa. — Não dormiria com aquele imbecil. Ele é safado e um porco. Não estou namorando ninguém há quase um ano. Realmente falo sério. Não gosto de Brent, Bill, ou qualquer que seja seu nome.
O sorriso do de cabelo escuro morreu. — Quase um ano, A-ha? Agora sei que está mentindo.
Ela agitou a cabeça. — Isto é a verdade. Não o tocaria nem com uma estaca de três metros, e não gostamos um do outro. Nós até nem conversamos a menos que seja para discutir. Não sei o que você quer com ele e não me importo. Por favor, posso ir agora? Por favor? Se vocês acham que eu o advertiria ou algo do tipo, não iria. Juro. Podem ficar com ele. Levem-no, por favor. Ele é um imbecil de quem estou certa que merece ter suas pernas quebradas, ou qualquer coisa que precisarem fazer para conseguir seu dinheiro. Às vezes desejava poder machucá-lo, então façam isso. Por favor, posso ir agora?
O loiro mordeu o lábio. — Quem você pensa que nós somos?
Seu coração batia forte enquanto olhava fixamente nos óculos escuros. — Cobradores de dividas?
O outro riu. — Você pensa que somos… Ele riu mais alto. Virou sua cabeça em direção ao homem loiro. — Ela pensa que fomos contratados para bater nele, como naqueles filmes que assistimos.
O loiro sorriu. — Não me importaria de quebrar os ossos de Bill. Ele nos deve muito.
O homem de cabelo escuro assentiu. — Eu faria isto de graça.
Lauren empurrou mais fortemente a porta em suas costas, mas ela não se moveu. — Posso, por favor, por favor, ir agora? Todos nós concordamos que Brent é um monte de bosta. Pense em mim como uma líder de torcida. Vá time, e o atacam! Dê-lhe um M.U.R.R.O.
Dois pares de óculos escuros balançaram em sua direção e seus sorrisos morreram. O homem de cabelo escuro se moveu. — Não. Alcançou Lauren. — Você vem conosco.
Ela viu uma mão com luva agarrar seu braço e pulou para frente. Empurrou o loiro, o surpreendendo pelo ataque, e o empurrou com tudo o que pôde. O homem tropeçou para trás e Lauren arremessou-se em direção aos containers. Uma vez que conseguiu chegar lá, se escondeu atrás de um, largou seus sapatos e os agarrou. Endireitou-se quando o loiro quase se esmagou contra ela enquanto dobrava o canto.
O medo à fez virar e fugir novamente, até que quase colidiu com o de cabelos escuros que vinha pelo outro lado do recipiente. Seus corpos deixaram de se tocar por meros centímetros. Um grito agudo de terror saiu de sua boca.
Com o instinto, Lauren lançou um de seus sapatos de salto alto no rosto do homem. Isso lhe deu o benefício se esquivar de suas mãos, que ele teve que usar para proteger seu rosto. Correu para a parte de trás do armazém, segurou suas chaves em uma mão e seu sapato restante na outra.
— Deixem-me em paz! Gritou.
A visão de uma porta na parte de trás a fez correr mais rápido. A esperança deflagrando de que pudesse sair do armazém viva, mas uma respiração pesada soou direitamente em sua bunda. Um deles estava aproximando-se dela rapidamente. Ela gritou apavorada, e ignorou o chão frio de concreto que machucava seus pés nus.
Não diminuiu a velocidade, sabia que era um luxo que não podia dispor, e soltou os itens em suas mãos. Realmente esperava que o assassino tropeçasse neles. Suas palmas abertas esmagaram fortemente a porta, esperava que batendo a tranca da barra a forçasse a se abrir, quando seu corpo fosse empurrado contra ela também. A dor explodiu em seu tórax e na lateral de seu rosto, quando a porta não se moveu. De repente pode simpatizar-se com um inseto batendo num pára-brisa, já que sentiu que tinha sobrevivido ao forte impacto, de estar em voo e batendo num objeto sólido.
Duas grandes mãos agarraram na parte superior de seus braços, e conseguiu sugar ar suficiente para soltar um grito agudo. Ainda agarrando a barra, sacudiu-a com toda sua aterrorizada força. A porta não se moveu e ainda se achava presa. Retorcia-se, tentado soltar-se daquelas mãos. Ele se recusava a solta-la e ela olhou para cima, para ver que era o de cabelos escuros que a pegou. Seu pé chutava freneticamente, tentando acertar sua canela.
— Pare. Rosnou a palavra, um som assustador que a fez entrar ainda mais em pânico.
Lauren chutou novamente, mas errou. O homem podia mover-se depressa e evitou seu pé com facilidade. Embora encostasse no material de suas calças com seus dedos do pé. Ele xingou antes de virar Lauren de costas de frente para porta, e a empurrou contra a parede ao lado dele, forte o suficiente para arrancar a respiração de seus pulmões.
Uma de suas mãos deixou seu braço, e segurou na parte de trás de sua cabeça. Ele largou seu braço e essa mão empurrou com força contra suas costas, a prendendo firmemente contra a parede. Lutou, mas ele era muito forte.
— Parada. Exigiu. — Antes que se machuque. Não quero machucá-la.
Lauren parou de lutar enquanto ficava aparente que cada movimento trazia dor. Seus seios pareciam esmagados e era realmente desconfortável. As lágrimas a cegavam da dor de seus cabelos sendo puxados. Fechou seus olhos, tentando acalmar sua respiração irregular. O forte aperto em seu cabelo aliviou até que não fosse mais doloroso, mas ainda não podia virar a cabeça.
— Onde está Brent?
— Eu não sei. Já disse isso. Só trabalho com o cara.
O homem de cabelos escuros suspirou. — Você está mentindo.
— Não estou mentindo.
— Você acabou de dizer que não namora há um ano. Isso foi uma mentira.
Queria olhar para ele, mas não podia virar a cabeça sem que ele arrancasse seus cabelos no processo. — Isso não era uma mentira. Não estive em um relacionamento por todo esse tempo.
— Você apenas faz sexo com os homens? Quantas vezes permitiu que Bill a tocasse?
— Você quer dizer Brent? Nunca dormi com ele! Não faço esse tipo de coisa. Estou dizendo a verdade. Você pode ligar para minha chefe. Ela deve saber onde Brent está. Darei o número dela. O nome dela é...
— Pare. Ordenou cortando-a. — Obviamente não vai desistir tão facilmente. Teremos de fazê-la mudar de ideia.
A porta próxima a eles se abriu. A esperança saltou de dentro de Lauren que a ajuda tivesse chegado, mas um olhar para quem entrou só fez seu medo crescer. O homem careca estava vestido exatamente como os outros homens que a confrontaram. Mantinha a porta aberta enquanto franzia a testa, encontrando seu olhar, e seus frios olhos azuis estreitaram.
Ele não usava óculos escuros, mas de repente desejou que usasse. Nunca viu olhos como esses antes. A forma deles era estranha e estavam gelados, sem emoção. Um arrepio atravessou sua espinha. Seu olhar fixo pareceu ficar muito mais frio, deixando-a trêmula, até que levou seu olhar para o grande matador atrás dela. Isto quebrou o feitiço e ela olhou em seu rosto. Era muito estranho, mas não teve tempo de estudá-lo para descobrir o que estava errado.
— Nós precisamos sair agora. Nossas escoltas estão nervosas sobre isto e ameaçaram fazer ligações. Amarrem-na e vamos embora.
Fechou seus olhos novamente. Amarrar-me? Como se fossem me matar e enrolar meu corpo dentro de um tapete? Queria gritar, talvez chorar, mas certamente não queria morrer. A mão segurando suas costas, agarrou o material de sua camisa. Usou para arrastá-la para longe da porta e forçá-la a se mover. Continuou segurando seu cabelo também, um insulto duplo, e sabia que não podia fugir de seu captor.
— Caminhe pelo corredor e não lute. Odiaria machuca-la, mas o farei se não seguir minhas ordens. Caminhará ou terei de bater em você, apagá-la, e te carregar.
Estavam a levando para algum lugar e não podia escapar. O matador que a segurava era enorme, uma real monstruosidade de músculos. Teria lutado para escapar de seu agarre em sua camisa, mas agarrar seu coque foi genial.
— Por favor? Lauren não era de implorar.
— Silêncio. Abaixou sua voz quando se debruçou para pôr seus lábios mais próximos de sua orelha. — Nenhum dano acontecerá a você se cooperar. Tem minha palavra.
A palavra de um assassino contratado. Sim. Isto é reconfortante. Tentou não choramingar, com medo que puxasse seu cabelo apenas pela chatice disso. Não iria soltá-la independentemente do que dissesse.
O estacionamento na parte de trás estava mais escuro que o da frente. Existiam menos luzes fixas mais adiante, mas foi fácil chegar até o grande furgão preto sem marca comercial, estacionado a três metros da porta. A porta lateral estava aberta, e foi conduzida e seu cabelo foi finalmente solto.
— Entre.
Subiu por detrás do furgão, não vendo outra escolha, e ele a manteve presa até que a ajeitou em direção ao fundo. Não podia ver muito sem luzes interiores, mas não tentou escapar. Ele ficou muito perto, seu punho manteve um aperto firme em sua camisa, e desmoronou de bunda enquanto ele pareceu feliz onde ela parou.
A porta dianteira do passageiro abriu. Olhou nessa direção e viu a cabeça escura de um motorista usando um boné preto. O homem careca subiu no banco do passageiro. Virou o olhar fixamente para os dois de óculos escuros.
— Fechem a porta e vamos. Ele enviou alguém em seu lugar, mas conseguiremos respostas dela.
Não sei de nada! Embora Lauren continuasse com seus lábios fechados. Eles obviamente não iriam acreditar. Realmente odiava Brent agora.
— Enviaremos uma equipe para seu condomínio. O loiro suspirou. — É tudo o que podemos fazer. Alguém deve tê-lo avisado. Embora ele não tenha certeza desde que a enviou.
O homem de cabelos escuros que ainda a segurando disse, — Isso ou quis que nos livrássemos dela para ele. Pausou. — Fêmea, você não esteve recentemente grávida, não é?
Chocada, Lauren virou a cabeça. Não podia vê-lo agora que as portas se fecharam, mas sabia onde estava. — Não. Continuo dizendo a você, nunca dormi com Brent, quero dizer Bill, ou qualquer que seja o nome como o chamam. Nunca.
— Vamos retornar, o homem de cabelos escuros rugiu. — Nós a faremos falar uma vez que voltemos à sede. Pausou. — Diga a Brass que ela é nossa única pista.
Lauren encheu-se de medo e terror.
Lauren imaginou que iriam matá-la. Isto explicaria a sala onde estava sentada, amarraram seus pulsos numa grande mesa que parecia mais com algo achado em um necrotério. A coisa inteira balançava, tinha um aro ao longo de três lados e um grande tubo, que estava centrado acima de outro tubo no chão de concreto. As paredes eram igualmente ameaçadoras como a decoração de calabouço, com tijolos cinzentos sem graças. O único toque de cor vinha da luz amarelada que corria pelo comprimento da sala mais ou menos dois metros acima de sua cabeça. Estava no subsolo, o que apoiou sua teoria de que ali poderia muito bem ser um necrotério.
O loiro moveu-se de onde permanecia contra a parede. Os óculos escuros ainda escondiam seus olhos, mas sabia que não estava feliz, já que não parava de franzir a testa desde que foi levada para a sala.
— Ha quanto tempo você vem dormido com Bill?
Deixou o medo para trás e foi direto para a pura frustração. — Continuo lhe dizendo que nunca dormi com meu colega de trabalho. Você pode chamá-lo por qualquer nome que quiser, mas se estiver falando sobre Brent Thort, o corretor de imóveis, nunca o toquei.
— Onde está ele?
Respirou fundo, realmente desejando que o loiro parasse de repetir as mesmas perguntas. Ele era o único que falava com ela desde que a trouxeram para a sala. Horas devem ter passado e bocejou.
— Eu não sei. Falou em voz alta. — Realmente não sei. A resposta não vai mudar, não importa quantas vezes me fizer as mesmas perguntas. Eu lhe disse pelo menos umas cem vezes que não estou dormindo com ele. Nem sequer fui a um encontro com ele e só vejo seu rosto no trabalho. Ligue para minha chefe, digo novamente, e pergunte a ela. Ela tem de saber onde ele mora. Está em seus arquivos dos funcionários. Sua raiva de Mel aumentou, por tê-la mandando para este pesadelo. — Sequestre-a!
Ele suspirou. — O que ele disse a você?
— Nada. Não converso com o imbecil! Estou cansada, faminta, e quero ir para casa. Não sei onde ele está, mas diria se soubesse. Acredite em mim. Nós não somos amigos. Nós dificilmente dissemos duas palavras civilizadas um para o outro, desde que comecei a trabalhar lá á três meses atrás. Eu o evito, tá bom? Ele é barulhento e rude. Bruto. Faz piadas ofensivas no escritório, o que é muito antiprofissional.
Respirou fundo, tentando acalmar-se. Seu temperamento estava explosivo. Por que não a escutavam? — Ele vai para muitos bares e se gaba de todas as mulheres que pega. Também recentemente criou um hábito inadequado de tirar fotografias do celular, das mulheres que namora e mostra no escritório. Isto é tudo que sei sobre o cara. Juro que estou dizendo a verdade.
O homem de cabelo escuro se afastou do canto onde estava quieto desde que foi algemada na mesa. Franziu a testa enquanto se movia para mais perto. Já não usava mais suas armas e o cinto, mas isso não o fazia parecer menos perigoso. Parou próximo dela.
— Isso pode ficar muito feio se não parar de proteger seu namorado. Ele obviamente não se importa com o que acontece com você, ou não a teria mandado em seu lugar. Deve ter suspeitado que fosse uma armadilha desde que não apareceu. Pausou. — Mandou-a sozinha sem sua proteção, sabendo que algo estava errado. Você entende isto, fêmea?
— Pare de me chamar disso. Lauren se irritou. — Meu nome é Lauren e minha chefe, Mel Hadner, me mandou para aquele armazém. Isto é tudo que sei. Ela ligou para meu celular enquanto estava no restaurante, para me dizer que Brent teve algum tipo de emergência. Estava ocupada e me ordenou que mostrasse à propriedade ao invés dele. Não queria, mas é meu trabalho. Fui à última contratada e você conhece o ditado. Último contratado, primeiro demitido. Precisava manter meu emprego, então deixei o restaurante e aqui estamos.
Seus lábios retorceram em um esgar de desprezo. — Você acabou de mostrar a sua habilidade em mentir. Disse que não namorava. Estava comendo sozinha?
— Estava jantando com uma amiga.
— Sei. Chama os homens com quem faz sexo de seus amigos? Há quanto tempo você e Bill vêm sendo amigáveis? Um barulho estranho, animalesco veio dele. — Pare de mentir. Você é o tipo de fêmea de Bill. Entrevistamos muitas com quem costumava compartilhar sexo. Ele se curvou um pouco, chegou mais perto, e aqueles óculos escuros acabaram fazendo-o parecer mal. — Nós não somos facilmente enganados. Ele não é um macho que desejaria proteger, desde que não é dos que protegeria você. Ele está livre e você não está. Você parece inteligente. Isto machucará apenas a você.
— Estava jantando com minha amiga Amanda. Não torça minhas palavras e pare de me acusar de transar com aquele perdedor. Ele não é meu tipo. Direi isto novamente. Não o tocaria nem com um pedaço de pau de três metros! Encostou-se de volta em sua cadeira e olhou em seus óculos escuros, resistindo ao desejo de gritar com a frustração.
— Não a soltaremos até que tenhamos Bill. Isto é uma promessa.
Ela acreditou e a raiva se transformou em medo de novo. Iriam prendê-la como refém até que pegassem seu colega de trabalho. Estava além de chocada. — Não podem fazer isto. Por favor? Só quero ir para casa. Se isto é sobre dinheiro, quanto ele lhes deve? Tentarei pagar. O que for preciso, mas, por favor, deixe-me ir!
O homem chegou mais perto. Lauren sentiu medo, mas de repente ele se afastou.
— Eu não posso. Rosnou.
Ela engoliu em seco, mas o loiro tomou seu lugar. O cara se abaixou próxima a sua cadeira. — Está disposta agora a pagar as dívidas dele, mas não está dormindo com ele? Você é ruim em mentir.
— Não quis dizer isso. Estou assustada, você não acredita na verdade, e farei qualquer coisa que quiser se me deixar ir.
— Ele não nos deve dinheiro.
Lauren perdeu o último pedaço de esperança. Estes caras eram criminosos e provavelmente a matariam. Olhou fixamente para o sujeito, tentando transmitir sua sinceridade. — Você entendeu errado. A única coisa que fiz foi atender meu telefone quando minha chefe ligou, para que eu mostrasse uma propriedade. Isto é tudo. Não me importo se querem bater em Brent. Estou certa que merece isso, é um imbecil, mas sou inocente nisto.
— Você estava jantando com Brent? Apena diga, nos diga a verdade se quiser sair daqui.
— Você quer que eu minta? Mentirei. Estava jantando com minha amiga Amanda, mas direi qualquer coisa que quiser se isso o deixar feliz o suficiente para me soltar.
O homem respirou fundo. — Entendo.
— Você acredita em mim agora, certo? Não estou dormindo com Brent.
O homem moveu-se mais rápido do que imaginava que uma pessoa pudesse. Lauren nem teve tempo de ofegar antes de suas mãos agarrarem sua cintura, a levantou e suas costas bateram em cima da mesa. As algemas esticaram dolorosamente em seus pulsos, que estavam enganchados acima de sua cabeça agora.
Seu coração martelou e terror puro rasgou-a, enquanto ele se debruçou acima dela. Seu peso fez a mesa se inclinar até que sua cabeça estivesse mais alta que seus pés, quando seus dedos agarraram sua mandíbula. A manteve presa com uma mão em sua cintura e um grunhido veio de dentro de sua garganta. Imitou o som de um cachorro feroz.
— Estou cansado de bancar o bonzinho. Machucar uma fêmea não é algo que desejo fazer, mas irei. Viu o tubo no chão? Está lá para limpar o sangue mais facilmente.
— Shadow. O de cabelo escuro agarrou seu ombro. — Posso sentir o cheiro do medo dela, mesmo acima desse perfume horrível. Recue. Já deixou claro o que pretendia, e está indo longe demais com sua tentativa de fazê-la concordar. Vamos dar-lhe um tempo para deixá-la absorver a situação. Podemos todos dar uma pausa.
O loiro a largou. — Certifiquei-me de não causar-lhe nenhum dano.
As mãos largaram seu corpo e ambos os homens deixaram a sala. A porta bateu com força, a torção de um ferrolho sendo jogado foi inconfundível, e olhou fixamente para a luz amarela pendurada acima de sua cabeça, enquanto a mesa de metal gelava seu corpo através de suas roupas.
— Oh meu Deus, sussurrou. Iriam matá-la e não acreditariam em nada que dissesse. Brent deve dever dinheiro para a máfia ou algo do tipo. Aqueles caras tinham uma sala para torturar pessoas, e era projetada para deixar suas matanças mais fáceis de limpar.
Tentou torcer para sair da mesa, mas era inútil. As bordas da mesa tinham aqueles cumes horríveis, provavelmente para impedir o sangue de derramar pelos lados, e a gravidade a segurou no lugar com seu corpo sendo pendurado pelos pulsos. Lauren olhou fixamente abaixo para seus pés e viu o tubo em sua posição com a mesa inclinada verticalmente.
A porta de repente abriu. Ofegou, virou a cabeça e olhou fixamente para o homem careca que entrou. Com as luzes brilhantes, conseguiu ver muito bem suas características e ainda pareciam estranhas. Algo não estava certo com suas largas maçãs do rosto proeminentes, e aqueles olhos azuis que estavam tão frios quanto se lembrava. Ainda vestia o uniforme, mas não usava mais suas armas. Cruzou seus braços acima de um tórax largo, exibindo os bíceps seriamente espessos esticando a camisa que vestia, e deu um sorriso que podia ter congelado o inferno.
—Fui informado que você se recusa a falar, e que está protegendo Bill. Eles não acreditam que quebrará com o medo que causaram quando tentaram intimidá-la.
Ele tinha uma voz áspera, grossa, e isso só ampliou sua aparência assustadora. Sua boca abriu, mas nada saiu.
— Não banco o bonzinho, e não me importo com o que o folheto diz sobre interrogatório e táticas assustadoras. Serei sincero. Lambeu os lábios. — Nós sabemos que é a fêmea de Bill. Seu cheiro a entrega. Ele tem um favorito que você usa. Seu olhar abaixou para seu seio. — Todas as suas fêmeas têm seios grandes, do jeito que você tem. Soltou suas mãos para os lados, e marchou adiante até que olhou para ela do lado da mesa. — Você fede como se pertencesse a ele.
Sua mente bloqueou muito assustada para fazê-la funcionar corretamente. — Que cheiro?
— O perfume que você usa. É raro, e é o mesmo que ele dá a todas as fêmeas que leva para a cama. É ofensivo, bagunça com nossos narizes, mas é provavelmente o porquê dele ter escolhido. É para esconder coisas de nós.
O terror atingiu Lauren quando o cara se debruçou para mais perto, e suas mãos desceram centímetros da mesa até sua cintura, empurrando para trás ficando quase na horizontal. Ela viu sua própria morte nos olhos frios dele, quando seu rosto chegou mais perto do dela também. Estava realmente bravo, falava palavras loucas que não entendia, mas era inocente, droga. Nunca dormiu com Brent. Ele era um asno, um imbecil convencido, e quanto ao seu perfume…
— Consegui isto nas trocas de presentes do trabalho no Natal, mês passado, disse a ele depressa. — Talvez tivesse sido ele quem comprou isto. Eu não sei! Juro que não sei. Este perfume foi um presente que recebi. Fomos todos informados para trazer algo para a festa de Natal e nomes foram designados. Se este é o favorito de Brent, se é difícil de comprar, então deve ter levado. Nunca dormi com aquele homem.
Ele balançou sua cabeça careca lentamente, rosnou baixo, e debruçou-se bem perto e sua respiração roçou em seu rosto. Ele tinha bebido café recentemente. — Resposta errada. Você me dirá onde ele está e vai me ajudar a achá-lo. Não conhece que tipo de monstro está tentado proteger, pequena fêmea. Rosnou as palavras. — Ele matou uma fêmea que era amada e conheço a mesma perda. Não achei o animal que assassinou a minha ainda, mas terei a vingança pelos outros.
Seus olhos se arregalaram, Lauren olhou fixamente para o homem muito bravo. Estava lívido além da razão e a assustou ainda mais.
— Não estou dormindo com Bill! Gritou em seu rosto. — Não importa o quanto tente me assustar, mesmo assim não dormi com Bill. Não estou protegendo ninguém. Não sei onde ele está ou diria a você!
A boca do homem apertou em uma linha firme. — Não diga que não avisei.
Um gemido escapou e nem tentou abafar. Ele iria torturá-la? Bater nela? Se soubesse onde Brent estava lhe diria em um piscar de olhos. Por que não acreditavam nela?
As mãos do homem de repente agarraram o material de sua saia e arrancou com força. Um alarme atravessou por Lauren, quando foi rasgada da metade para baixo e a coisa destruída foi largada no chão. O ar frio do quarto bateu em suas coxas, quadris, e em seu estômago descoberto. Sua boca abriu para gritar.
Seu olhar glacial bloqueou com o dela. Moveu sua cabeça, advertindo-a para não gritar. Estava tão petrificada que nada saiu e não podia nem respirar. Depois agarrou sua camisa, rasgou abrindo-a e separando-a. O homem a deixou de calcinha e sutiã. Recuou o suficiente para correr seu olhar pelo seu corpo observando todos os seus centímetros expostos.
Ele só estava tentando assustá-la, Lauren esperava. Olhava fixamente com horror, enquanto o homem segurou e rasgou o colete de seu tórax e o largou. Depois a camiseta tipo suéter foi retirada por cima de sua cabeça para revelar uma pele nua, muita pele, e músculos suficientes para assegurar que o sujeito provavelmente passou anos no jardim da prisão, levantando ferro enquanto serviu seu tempo.
— Oh Deus, finalmente saiu, capaz de respirar novamente, desde que o medo a fez arquejar. — Não faça isso.
Sua cabeça ergueu, enfurecidos olhos azuis olharam para nela, e seus dedos começaram a desafivelar seu cinto. — Onde Bill está?
— Eu não sei!
Ele rosnou. — Sua lealdade com ele acabou. Você me dirá o que quero saber. Ele não é mais seu homem. Eu sou. Meu nome é Vengeance e você é minha.
Retirou o cinto. Ela se perguntou se bateria nela com o couro preto, mas o soltou no chão. Gritou quando desabotoou a frente de sua calça, sem dúvida iria estuprá-la. Tentou fugir. O pânico ajudou que encontrasse forças para ignorar a dor em seus pulsos, causados pelo movimento frenético que fez as algemas escavarem sua pele.
Uma mão agarrou seu quadril, a empurrando para baixo na horizontal, e sua cabeça virou. Sua calça estava aberta, ele a abaixou enquanto chegava mais adiante, e não estava vestindo cueca. Viu seu pau, algo que não podia deixar de notar desde que estava duro e grande. Outro grito rasgou de sua garganta e ergueu seus joelhos, tentado chutá-lo.
Seu braço livre forçou suas coxas a ficarem planas, enquanto usou seu peso para prendê-la para baixo. Aqueles olhos azuis glaciais chegaram mais perto e curvou acima dela até seus rostos ficarem separados por centímetros.
— Não lute. Você não pertence mais a Bill. Não lhe causarei dor, mas aprenderá a apreciar meu toque.
Ela fechou seus olhos e gritou.
A porta foi aberta com força suficiente para bater na parede. — O que está acontecendo? As palavras vieram de uma voz severa, profunda, os olhos de Lauren abriram de repente enquanto torcia a cabeça. O sujeito de cabelos escuros se lançou em seu pior pesadelo.
Moveu-se rápido, agarrou Vengeance, e jogou seu atacante para longe. Lauren estava deitada lá incapaz de fazer qualquer coisa, mas assistiu enquanto os dois se enfrentaram. O mais alto, ainda usando óculos escuros, pôs seu grande corpo entre ela e o outro homem.
— Saia Warth. Ela não é mais de seu interesse. O homem careca tentou dar a volta por ele para retornar para ela.
— Você não vai fazer isso. O homem de cabelo escuro tinha um nome, Wrath. Seus dedos enrolaram em punhos aos seus lados, enquanto se movia para ficar entre eles. Não usava mais as luvas e podia ver a pele bronzeada. — Não permitirei que a machuque. Não somos como eles. Estávamos dispostos apenas a assustá-la para fazê-la falar, mas você foi longe demais.
— Ela não vai protegê-lo mais, o careca rosnou. — Ela não falará, mas mudará de ideia quanto a nos ajudar a encontrar aquele monstro. Saia. Ela é a fêmea dele e ele nos deve uma vida. A vingança é minha, Wrath. Eu a reivindico. Ela tomará o lugar da minha fêmea assassinada.
Wrath não se moveu. — Ela não é nosso inimigo. Não pode pegá-la para substituir a fêmea que perdeu. Você não está pensando direito. Eu os odeio. Não posso olhar para ela sem reviver o que foi feito comigo. Ela tem uma pele pálida, um corpo suave, e lembro-me das horas sendo drogado enquanto me forçaram a dar-lhes amostras. As imagens daquelas que se parecem com ela, que usaram para obtê-las. Sei que ela não é responsável e não a machucaria pelo o que os outros fizeram comigo. Acalme-se, Vengeance.
Ele rosnou em resposta.
— Conheço a ira lá dentro. Sofro disso também. Ela não sabe de nada do que Bill realmente é, ou não estaria protegendo-o. Ele está fingindo vender propriedades, e ela acredita que nós sejamos homens contratados que batem nas pessoas que devem dinheiro. Ele a mandou em seu lugar, acreditando que nós a mataríamos. Isto não é algo que faria se gostasse dela de qualquer forma.
— Eu a quero. Ela é minha, Vengeance exigiu severamente.
Warth chegou mais perto. — Se fizer isto, ela o odiará. Não permitirei isto. Já me sinto culpado por assisti-la ficar temerosa, quando Shadow tentou assustá-la por submissão. Lembra-se da fêmea que prendeu seu coração?
O homem careca abaixou a cabeça e a dor relampejou através de seu rosto. — Sim.
— Esta aqui nunca será ela. Nunca olhará para você do jeito que ela fazia ou receberá seu toque. Não pode forçá-la a sentir o que você uma vez teve com outra e ela não pode substituir o que perdeu.
Lágrimas fluíram abaixo no rosto de Vengeance quando ergueu sua cabeça. — Sinto falta dela.
— Eu sei. Warth alcançou-o e agarrou seus ombros. — Acharemos todos eles, mas isto é errado. Não machucamos fêmeas. Uma coisa é usar seu próprio medo para fazê-las falar, mas forçá-las a se acasalar é algo que nosso inimigo faria. Dê um passeio, deixe sua ira refrescar, e cuide das suas necessidades. Isso te ajudará.
O homem careca se curvou, agarrou sua roupa do chão, e se apressou para a porta. Lauren estava confusa, apavorada, e dolorida. Estava aparente que os assassinos eram loucos. Wrath lentamente virou e ela não estava certa do que faria.
— Você está bem?
— Não. Lágrimas quentes despejavam por suas bochechas, agora que o perigo passou. Chegou perto de ser estuprada. Ninguém estaria bem depois com isto.
— Calma. Sua voz abaixou para um tom rouco. — Cuidarei de você.
Ela não sabia se isso era uma boa coisa ou não. Isso era conversa de mafioso para matá-la? Não exporia nada para eles agora. Ele andou a passos largos chegando mais perto e um barulho suave veio de seus lábios separados.
— Seus pulsos estão sangrando.
Ele agarrou a mesa inclinada e a nivelou até que seu peso não puxasse mais seus punhos contra as algemas. Dedos gentis, mornos cuidadosamente tocaram em sua pele próximo de onde doía. Destravou os punhos da algema e a soltou.
Lauren puxou seus braços para baixo, cobrindo seu sutiã com as mãos e olhou fixamente para o rosto pairando acima do seu. Encolheu-se quando ele a tocou novamente, mas sua mão só cobriu sua nuca, enquanto a ajudava se sentar.
— Vou tirar minha camisa para dar a você. Fique tranquila. Suas roupas estão destruídas e deve estar com frio. Hesitou. — Tenho um kit de primeiros socorros dentro do meu quarto. Nenhum dano acontecerá com você lá.
Lauren fungou, tentando lutar para que as lágrimas voltassem.
O cara hesitou. — Sinto tanto. Sua voz saiu rouca, quase soando sinceramente apologética, achando que entenderia. — Isto foi muito longe. Nós estávamos apenas tentando assustá-la. Você pensou o pior de nós e precisamos localizar Bill. Ninguém deveria machucá-la de verdade. Até Shadow foi cuidadoso para não contundi-la, quando a colocou em acima da mesa. As mãos dele a abraçaram para impedir que batesse a cabeça ou aterrissar muito forte. Ainda assim me preocupei o suficiente para pedir que dessem uma pausa em seu interrogatório, quando vi sua reação. Quase bati nele porque não conseguia vê-la tão apavorada. Você é pequena e sinto muito mesmo. É por isso que saímos. Estávamos discutindo como fazê-la colaborar conosco sem usar o medo.
Recuou e ela notou pela primeira vez que o colete que vestia anteriormente tinha sido removido. Retirou a camisa por cima de sua cabeça, conseguiu manter os óculos, e se perguntou por que os usava do lado de dentro. Talvez fosse para que não pudesse identificá-lo depois, e isso lhe deu a esperança novamente, de que em certo ponto poderia sobreviver a sua experiência terrível. Claro que viu o rosto do homem careca isso provavelmente foi uma coisa ruim.
Wrath a salvou de um destino horrível. Isso deveria significar algo e se desculpou algumas vezes. Talvez fosse um matador com uma consciência, apesar de ter um apelido tão horrível. Poderia lidar com isto. Sua mente começou a conspirar e quis que a visse como uma pessoa real. Leu uma vez que se um sequestrador começasse a se importar com a vítima as chances de sobrevivência eram melhores.
— Obrigada. Foi difícil forçar essa palavra sair.
Não podia evitar notar o quão bronzeado ele era. Talvez ele e Vengeance tenham dividido uma cela na prisão, já que os dois pareciam ter gastado muito tempo malhando. Devem ter feito isso para ganhar toda essa massa. Tirou a camisa enquanto ela olhava fixamente para seu abdômen malhado. O olhar ergueu para seus braços, viu seus músculos dobrarem e estremeceu. Não seria a pessoa que sugeriria que ele desistisse de uma vida de crimes, para talvez começar a competir em competições de fisiculturismo. Provavelmente poderia ganhar deles.
Entregou a camisa para ela. — Aqui, fêmea. Por favor, permita que a ajude. Desejo acalmar um pouco seu medo.
— Meu nome é Lauren. Suas mãos tremiam quando aceitou a camisa. O material ainda estava morno do seu corpo, e segurava seu perfume masculino quando a colocou por cima de sua cabeça. Ficou grande nela, algo que a fez tremer já que não era uma mulher pequena, isso só enfatizava o quão grande ele era. Arrastou a camisa para baixo em seu corpo para esconder sua roupa íntima dele.
— Deixe-me te ajudar.
Ela congelou quando ele suavemente rolou as mangas muito longas até que suas mãos e pulsos machucados fossem revelados. Parou quando estavam quase em seu cotovelo. Eram um pouco largas, mas não manchariam de sangue dos arranhões dos punhos, que as algemas causaram.
— Seus pés estão nus e o chão estará frio. Não fique alarmada. Você está segura comigo.
Essa foi à única advertência que teve antes que a pegasse em seus braços, apertando-a contra sua pele quente, e virou-se. Ele andou a passos largos para a porta e a levou pelo corredor. Lauren fechou sua boca firmemente, não protestou, e lutou contra seu medo.
Seja legal com o sequestrador e talvez o sequestrador seja legal comigo.
Wrath estava furioso enquanto levava a fêmea pelo corredor até seu quarto. Estava contente por ter decidido dar uma olhada nela e a ouviu gritar. Sentiu-se muito culpado enquanto assistia Shadow usar suas suposições sobre eles contra ela. O medo fazia os humanos falarem mais facilmente, mas foi difícil vê-la tremer às vezes.
Seu sangue enfureceu com o comportamento de Vengeance. O macho não podia forçar uma fêmea a ser dele. Por que ele não entendeu isto? Talvez não devesse ter sido designado para a equipe. O fato de Vengeance tê-la feito sangrar, a despido, o fez querer bater no macho. Ninguém deveria machucar uma fêmea fisicamente.
Inalou e mordeu de volta um rugido. Ela era tão suave, seu aroma era tão bom, e a sensação dela em seus braços o excitou. Descansava sua bochecha contra seu tórax, seu cabelo sedoso fazia cócegas levemente, e suas presas cavaram dentro de seu lábio inferior. A última coisa que ela precisava era temê-lo mais, e iria se percebesse o quanto o afetava. O confundiu se sentir atraído por ela.
Foi difícil de abrir a porta com ela em seus braços, mas deu um jeito, chutou abrindo-a, e virou-se para fazê-los entrar. Fechou a porta com seu pé e olhou ao redor de seu quarto estéril. Era um quarto quadrado com tijolos sem graça nas paredes e o chão de concreto. Só tinha uma cama com uma cabeceira e um banheiro para chamar de seu. Suavemente a colocou no colchão, desejando que o cobertor fosse mais suave, e a soltou.
— Fique aí.
Grandes olhos azuis olhavam fixamente para ele com receio. A culpa o comeu. Ela era pequena comparada às fêmeas que estava acostumado, mais suave, e obviamente não acostumada ao estresse. Suas mãos tremiam quando vestiu sua camisa, tentando esconder sua calcinha azul e os topos de suas coxas cremosas. Parecia que se preocupava que fosse atacá-la. Não era uma extensão de sua imaginação depois do que Vengeance fez.
— Calma, sussurrou e tentou expressar que não era uma ameaça quando recuou. — Não corra. Não existe nenhum lugar para ir e Vengeance está lá fora. Odiou usar aquela ameaça, mas imaginou que seria efetivo. O terror que alargou seus olhos o assegurou que estava certo. — Vou pegar o kit de primeiros socorros para cuidar de seus ferimentos.
Virou-se depressa para se enfiar no banheiro e ligar a luz. O kit era uma caixa branca com uma cruz vermelha nela, e estava enganchada em um cabide de madeira atrás da porta. A fêmea não tentou fugir em sua ausência. Sentava-se amontoada em sua cama com seus braços embrulhados firmemente ao redor sua cintura.
Assustou-se quando ele se agachou diante dela. Seu coração martelava com força com a aproximação, mas ela precisava de atenção médica. A equipe de Tim não retornaria até amanhã de manhã, e só sobrou ele para cuidar dela. Brass estava lá em cima, usando o telefone para falar com Justice, enquanto Shadow foi comer. Certamente não permitiria que Vengeance chegasse perto dela novamente.
Colocou o kit no chão, abriu e tentou ignorar a resposta do seu corpo pela fêmea. As lembranças vieram à tona de como os humanos pareciam quando nus. Uma série de imagens dos filmes que foi forçado a assistir tocou sua mente—imagens deles tocando em seus próprios corpos. Outro rosnado cresceu dentro de sua garganta que quase não engoliu. O temor surgiu rapidamente. Ele foi condicionado a reagir com fêmeas humanas e não estava certo se podia confiar nele mesmo, sozinho em um quarto com uma.
— Deixe-me ver seus pulsos. — Estremeceu quando sua voz saiu mais profunda do que pretendia.
Ela cautelosamente parou de abraçar sua cintura para mostrar seu braço. Os cortes não eram profundos, apenas arranhões, e alívio varreu por ele. Ela não precisaria de mais atenção médica do que podia lhe dar. Wrath tomou seu tempo para desempacotar o kit e pegar o que precisava, enquanto lutava com o desejo que crescia dentro dele.
— Você vive aqui? Olhou ao redor.
— Sim.
Seus dentes morderam seu lábio inferior e chamou sua atenção. As lembranças de outras fêmeas fazendo aquilo o atingiram, enquanto gemiam. Suas mãos viajavam acima de seus seios e paravam em suas bocetas espalhadas. O sangue foi para seu pau, fez seu coração bater, e o ar congelou dentro de seus pulmões. A voz dela o forçou a se concentrar em algo além das respostas de seu corpo com as retrospectivas que sofria.
— Por quê? Quero dizer, estamos no subsolo, certo?
Recusou-se responder, abriu o álcool, e umedeceu uma das bolas de algodão. — Isso pode arder.
Um pequeno som veio dela. Ofegou quando aplicou o algodão molhado em um dos arranhões mais profundos. Lembrou-se de algo que viu na televisão, quando tentou se acostumar ao mundo lá fora. Uma mãe soprou um ferimento de seu filho para aliviar a sensação de queimação. Debruçou-se e soprou em cima do machucado.
— Isso ajuda?
— Sim. Obrigada.
Wrath se apressou na limpeza e colocou curativo em ambos os pulsos. Pegou o material médico, fechou a tampa, e ficou de pé. Queria colocar um pouco de espaço entre ele e seu perfume, que o deixava um pouco enlouquecido.
A fêmea olhava fixamente para ele quando parou na porta do banheiro e virou-se para olhá-la. Seu rosto em forma de coração era atraente, seu nariz era estranho, mas não deixava de ser atraente, e pareceu que tinha uma mania de mastigar seu carnudo lábio inferior.
— Não identificarei você para a polícia. Quero deixar isso bem claro. Não me importo com o que faz com o não sei o nome, Isso não é da minha conta, mas quero sobreviver a isto. Diga-me o que isso vai me custar. Quer que assine uma declaração de juramento ou algo assim, de que não irei à polícia? Farei isto.
— Não estou preocupado que vá até a polícia.
Ficou chocado quando lágrimas encharcaram seus olhos e deslizaram por suas bochechas. Ela não sem incomodou em enxugá-las. Deu um passo hesitante para frente, alarmado que limpando seus ferimentos pudesse ter lhe causando dor. Suas próximas palavras o interromperam depressa.
— Farei qualquer coisa que quiser, mas, por favor, não me mate. Tenho uma lista inteira de coisas que quero fazer antes de morrer e não fiz nenhuma ainda.
— Não vou te machucar.
— Certo. É por isso que está escondendo seu rosto. Apontou para ele. — Está se certificando que não veja seus olhos. Isto deveria aterrorizar-me mais? Porque está funcionando. Isso pode ser algum tipo de diversão doentia para você, mas não é para mim. Estou com fome, cansada, e assustada. Você não tem nem mesmo um coração? Sua mão ergueu para enxugar suas lágrimas.
— Não estou usando-os para assustá-la. Minha intenção é exatamente o oposto. Uso os óculos para manter você à vontade comigo.
— Grande falha.
Ele hesitou. — Não fique alarmada. Juro que não a machucarei. Os humanos têm medo de nós.
Os olhos dela arregalaram — Humanos? O que você é? Um alienígena? Franziu a testa. — Merda. Você é louco também? Sério? Merda.
Wrath alcançou a parte de cima e lentamente removeu os óculos. Olhou-a fixamente com calma enquanto ela empalidecia. Sua boca abriu, fechou, mas nada saiu. Imaginou que isso fosse um bom sinal quando não gritou.
Lauren sabia que estava de boca aberta para Wrath. Seus olhos eram estranhos. Estava adicionando os fatos, e isso tudo juntou em seu cérebro do por que suas características pareciam tão masculinas.
— Oh Deus.
— Não se assuste.
Ele estava brincando? Alívio percorreu por ela e seu medo diminuiu. — Você não é um ex-condenado que trabalha para a máfia. Você é um Nova Espécie, não é?
Ele assentiu levemente.
— Vocês não têm apenas apelidos estranhos. São realmente seus nomes!
— Sim. Seus lábios torceram. — Não acho que nossos nomes sejam estranhos.
— A maioria dos homens tem nomes como Joe ou Ralph, mas não devia ter usado o termo estranho. Sei que os Novas Espécies tem nomes como Justice e Fury. Os vi na televisão, e ouvi ou li em algum lugar que todos escolhem nomes que têm significado para vocês. Então você realmente é um Nova Espécie. Nunca conheci um pessoalmente.
— Sou um Nova Espécie.
— Não sabia que alguns de vocês tinham o cabelo curto. Devia ter percebido quando vi suas maçãs do rosto e aquele nariz, droga. Sinto-me estúpida por não ter percebido. É que os olhos do homem careca são realmente estranhos e ele não parece com você.
Seus olhos se arregalaram e pareceu confuso.
— Não posso acreditar que estou em um quarto com um Nova Espécie. Envergonhou-se um pouco e percebeu que provavelmente soava um pouco maluca, mas era uma enorme apoiadora deles. — Minha melhor amiga e eu, bem, nós seguimos o noticiário desde que a primeira instalação foi invadida.
Ficou de pé e deu alguns passos hesitantes em direção a ele. Percebeu que poderia não ser uma boa ideia e parou. Isso a fez lembrar de que podiam ser perigosos para seus inimigos. Seus olhos arregalaram.
— Brent trabalhava para Mercile? É por isso que estão atrás dele?
Seus lábios apertaram firmemente, então disse, — Sim.
— Filho da puta!
Suas sobrancelhas curvaram.
— Desculpe. Tentou abaixar um pouco o som. — Realmente não gosto dele. Ele é um idiota, trata as mulheres como merda, e numa escala de ecas ele está no número dez. Estava de repente nervosa. Estava sozinha em um quarto com um verdadeiro Nova Espécie.
Eles sofreram tanto. Os Novas Espécies foram criados por uma companhia farmacêutica, usando várias combinações de DNA humano e de animais. A companhia, as Indústrias Mercile, os usaram como cobaias de testes, os aprisionaram, os torturaram, e os trataram como animais.
Tentou controlar suas emoções quando tudo começou a fazer sentido. Estavam caçando Brent porque era uma imbecil que ajudou a suprimi-los. As palavras de Vegeance finalmente fizeram um pouco de sentido e ela empalideceu. — Brent ajudou a matar a namorada do homem careca? Uma de suas mulheres?
Ele hesitou. — Bill trabalhou para as Indústrias Mercile e não é merecedor de sua proteção. Você está ciente que as Indústrias Mercile usavam nosso povo para experimentos. Sabe que nos criaram para fazer testes ilegais em nossos corpos. Bill trabalhou para eles e torturou muitos do meu povo. Apreciava nos causar dor. Vengeance estava tão enfurecido porque o juntaram com uma fêmea para fazer testes de procriação a longo prazo. Ele a acasalou e quando concluíram os testes, tentaram tirá-la dele. Uma briga começou inesperadamente e ela foi assassinada pelos técnicos como castigo por ele os ter atacado. Veageance estava só tentando protegê-la. Bill não matou a fêmea, mas matou outra fêmea de outro macho por vingança. Bill o faz lembrar-se de tudo o que perdeu.
Horror e choque rasgaram por Lauren. Ouviu que as Indústrias Mercile fizeram coisas horríveis com os Novas Espécies, mas não ouviu que assassinavam suas vítimas.
— Brent matou alguém? Agitou a cabeça, perplexa. — Você está certo de que ele é o cara certo? Quero dizer… — Continuou agitando a cabeça. — Ele é um imbecil e esquisito, mas nunca teria pensado que era tão perverso.
— Ele é o cara certo, Lauren. Estou dizendo a verdade. Ele torturou meu povo na instalação onde trabalhou. Estuprou brutalmente uma fêmea e rasgou sua garganta na frente de um macho, como castigo por se recusar a fazer o que lhe tinha sido ordenado, em um teste de procriação. O macho cuja fêmea foi assassinada, junto com outras vítimas daquela instalação, todos identificaram Bill por fotografias que nós conseguimos. Ela não foi à única fêmea que ele estuprou, e apreciava bater nos machos quando estavam acorrentados indefesos. Sua voz aprofundou em um grunhido. — Ele merece ser castigado pelos seus crimes, e é um dos humanos que nós mais queremos.
Era mais do que apavorante ouvir que o cara com quem trabalhava fosse capaz de tais atrocidades monstruosas, mas acreditou em Wrath. Um calafrio desceu por sua espinha. Recuou até a cama e se sentou com força. Suas pernas tremiam um pouco com o pensamento de todo o tempo que falou com Brent, desconhecendo totalmente a pessoa vil com que lidava. Tinha até feito reclamações para sua chefe em relação ao seu comportamento rude. Ele podia tê-la matado por vingança.
— Sinto muito pelo comportamento de Vengeance com você. Ele pensa que é a fêmea de Bill. A dor que testemunhou com sua própria fêmea, e a ira de perdê-la o enlouqueceu um pouco. Não achamos ou identificamos o macho que matou sua fêmea, mas Bill se assemelha aquele humano, isto o fez aceitar essa missão com seu coração. Peço desculpas. Não acontecerá novamente. Não era para que se machucasse. Você presumiu que nós fossemos semelhantes aqueles homens que assistimos em filmes de crimes, e permitimos que acreditasse nisso. Nós não batemos ou torturamos fêmeas, mas pensamos que seu medo por nós a faria falar. Jogamos o jogo que esperava.
Lauren ainda cambaleava por descobrir que trabalhava com um estuprador e assassino. — Eu entendo. Sinto-me tão mal por Vengeance agora que sei por que foi tão horrível comigo. Não o desculpo por isso, mas entendo. Seus braços abraçaram sua cintura e olhou para o Nova Espécie. — Não tinha nenhuma ideia de quem Brent realmente era, mas farei qualquer coisa que for preciso para ajudá-lo a perseguir aquele monte de bosta. Falo sério. Sei que pensam que o namoro ou durmo com ele, mas tenho um gosto melhor que esse. Ele é um imbecil.
— Quão bem você conhece Bill?
— Eu o conheço como Brent. Tudo que disse é verdade sobre apenas conhecê-lo do trabalho. Comecei lá há três meses atrás e não gostei dele logo de inicio. Vengeance disse que tenho o cheiro do perfume que Brent gosta que é raro, mas ganhei-o no Natal na troca de presentes do trabalho. Deve ter sido o presente que ele trouxe. Peguei uma colônia masculina na troca. É um presente comum de se comprar nesses eventos.
— Nós conversamos com muitas fêmeas que Bill namorou ou fez sexo. Você carrega o odor do perfume que ele compra e prefere que as mulheres usem. O perfume confunde nossos sentidos de olfato. Não captamos nenhum rastro de sexo em você, ou mesmo o cheiro de um macho, mas não conseguimos lê-la com precisão. Posso sentir um fraco aroma de outra fêmea. Você abraçou ou se encostou em uma?
— Nossa. Você realmente tem um olfato aguçado, não é? Eu li sobre isto. Abracei minha amiga, Amanda, quando a encontrei para jantar. Você não sentirá cheiro de sexo em mim. Envergonhou-se com o pensamento de que ele realmente poderia sentir seu cheiro, e esperava que seu desodorante fosse realmente tão bom quanto ostentava.
O olhar de Wrath intensificou-se enquanto estudava seu corpo. — Você é o tipo dele. Ele já lhe abordou com um interesse em compartilhar sexo?
Ela hesitou. — Na primeira semana de trabalho nós tivemos um incidente.
— Explique o que é um incidente para você.
Suspirou. — Estava curvada sobre uma mesa procurando meu telefone. Ele caminhou por trás e bateu em minha bunda. Fez um comentário sexual, me bateu forte o suficiente para machucar, e fiquei furiosa. Ameacei processá-lo por assédio sexual e o mandei para o inferno. Lidamos um com o outro no escritório, mas ficou tenso na melhor das hipóteses. Agora ele traz seu celular para o trabalho e exibe fotos de partes nuas de corpos de mulheres. Isso é repugnante.
— Ele a quis, mas você não estava interessada. Wrath assentiu. — Será que ele age deste jeito para irritá-la?
— Às vezes juro que faz, mas não posso provar isto. Caso contrário teria conseguido que fosse demitido. Mel, nossa chefe, diz que apenas somos pessoas diferentes, e que preciso tentar me entender com ele. Só não consigo.
Wrath andou para mais perto. —Vengeance não acreditou em você por causa da sua aparência e de seu cheiro. Mentiu para ele sobre não fazer sexo há muito tempo, então se recusou a acreditar em você sobre qualquer coisa.
— Eu não menti sobre isso.
Wrath franziu a testa e seus olhos estreitaram. Seus olhos eram arredondados, mas levemente inclinados nos cantos, dando-lhe uma aparência exótica. As íris eram marrons escuras, quase preta. Seu nariz levemente achatado retorcido.
— Até eu não acredito nisso. Você é atraente com um corpo que chama atenção. Os machos iriam querer toca-la e a abordariam frequentemente para fazer sexo.
— Bem, não quero ser tocada. Franziu a testa para ele. — Estava em uma relação realmente ruim. Você sabe o que é um perseguidor?
Ele hesitou. — Não.
— Namorei um sujeito mais ou menos por seis meses, e pensei que fosse alguém legal. Fomos morar juntos, mas ele ficou esquisito. Não era abusivo. Não me batia, mas conseguiu realmente me arrepiar, e no final ficou tão ruim que me mudei. Ele começou a me perseguir. Seguindo-me pelos lugares e deixando bilhetes ameaçadores em minha porta. Finalmente consegui uma ordem de restrição. Tive que fazer a polícia ordenar que me deixasse em paz. Foi uma experiência ruim e não namorei desde então. Pensei que ele fosse normal, mas obviamente tenho gosto ruim por homens. Desde então não sai com ninguém que me interessasse o suficiente para dar outra chance.
— Como ele era arrepiante e esquisito?
Hesitou. — Por exemplo, voltei para casa e ele estava vestindo minha calcinha. Ela fez uma careta. — Apenas minha calcinha. Ele mostrou seu cinto e disse que queria me espancar. Mudei-me depois disto. Arrepiante e esquisito, e um pouco assustador. Não gosto de caras que vestem calcinha e muito menos ser espancada.
Wrath assentiu. — Os machos humanos são loucos.
Lauren sorriu. — Alguns deles são e achei um que me fez perder o tesão por homens. Então descobri que ele estava dormindo com outra mulher, quando vivíamos juntos. Contou-me isto, tentando me machucar, mas acho que realmente achou que eu ficaria com ciúmes suficiente para o querer de volta. Apenas lamentei por ela e contente por não estar mais com ele.
Wrath pareceu um pouco surpreso. — O que você sabe sobre Bill?
— Só o que contei. Sei que ele vai para muitos bares e se gaba no trabalho sobre como pode pegar mulheres facilmente. Ele é bonito até abrir a boca.
Wrath riu. — Você sabe quais são os bares?
Encolheu os ombros, mas uma lembrança veio à tona. — Não sei onde ele mora, mas mencionou que existe um bar na esquina da sua casa e vai lá frequentemente. Estava dizendo a alguém que nunca teve que se preocupar em conseguir um DIA porque ele só vai para lá caminhando.
— O que é um DIA?
— Dirigir sob influência do álcool. Acho que fica bastante bêbado. É ilegal dirigir depois de beber.
— Tenho o endereço dele e verificarei isso. Obrigado.
— Posso perguntar-lhe algo?
Ele não disse nada. Imaginou que não fosse um “não”.
— Tudo o que já ouvi ou li sobre Novas Espécies dizia que todos vocês viviam na Homeland ONE ou na Reserva ONE, mas você está aqui. Por quê?
Respirou fundo. — Alguns de nós queremos achar os humanos que nos prejudicaram, apesar do risco que é deixarmos a segurança da ONE. Bill está no topo de nossa lista de pessoas para achar. Vamos prendê-los para serem punidos pelos seus crimes ou… matá-los. Se vão viver ou morrer depende da boa vontade de serem presos. Formamos uma pequena equipe para localizar e caçá-los. Também trabalhamos com uma equipe de humanos que trabalham para a ONE, mas não estão aqui agora. Essa é a sede da força-tarefa. Eles têm casas em outros lugares. Não é seguro para nós vivermos com eles, então ficamos aqui no porão onde é seguro. É uma parceria entre a Organização das Novas Espécies e o governo.
— Não ouvi sobre uma força tarefa, mas é bom que tenham uma e estejam ajudando a acharem as pessoas que machucaram vocês. Hesitou. — Estou do seu lado e quero que prenda Brent, quero dizer Bill. Agora que esclarecemos isso, posso ir para casa?
Ele lentamente balançou a cabeça. — Você sabe quem nós somos e que estamos caçando Bill. Você pode adverti-lo. Ainda que não fizesse, podia nos entregar olhando para ele de maneira diferente por sabe sua identidade verdadeira. Terá que ficar aqui até que ele seja capturado ou morto.
—Mas e se levar dias? Ou semanas? E se vocês nunca o acharem? Tenho uma vida, um trabalho, e contas para pagar. Tenho planos de ir para o cinema com Amanda amanhã. Não posso ficar aqui.
Ele franziu a testa. — Sinto muito. Achar Bill é mais importante.
— Você tem que me deixar ir. E se aquele… Vengeance vier atrás de mim novamente? Ela sentiu puro terror ao lembrar-se do que ele quase fez com ela, naquela sala de interrogatório. Era compreensível, mas o cara tinha alguns parafusos soltos e infelizmente a escolheu para descontar isso. — Ele me assusta.
Wrath chegou um pouco mais para perto. — Me desculpe por ele ter tentado fazer isso com você. É a dor que sofreu pela perda de sua amada fêmea. Ele não fará isto novamente, agora que percebeu o quão errado foi permitir que sua raiva e magoa levasse vantagem. Juro que ninguém a forçará ser companheira aqui.
— Forçar a ser companheira?
— Você consideraria ser refém de um macho pelo resto de sua vida… E estuprada.
Choque rasgou por Lauren. Wrath a salvou. Ela não tinha medo dele e entendia por que queriam mantê-la lá. Era apenas algo que não concordava. De jeito nenhum iria advertir Brent que seus dias fora de uma prisão eram limitados. Estaria fazendo a todas as mulheres um grande favor se ele fosse preso para sempre. O cara era perigoso.
Wrath andou com passos largos até uma cômoda e abriu uma das gavetas. Retirou um par de calças de moletom dobrada e cautelosamente a abordou. Lauren não ficou tensa ou sentiu medo. Ofereceu isto para ela.
— Por que você não veste isto? Suas pernas devem estar frias. Não há muito calor aqui embaixo e sua saia foi destruída. Pegarei algo para comer. Seu estômago continua roncando de fome.
Ele podia ouvir isto? Uau. Não só tinha um super senso de olfato, como sua audição devia ser bem aguçada também. Aceitou a calça dobrada e ficou parada quando ele recuou.
— Você pode usar meu banheiro.
A fêmea humana intrigava Wrath. Ele realmente queria acreditar que fosse inocente de estar envolvida com Bill. A ideia de que alguém tão doce quanto ela permitisse que aquele monstro a tocasse o deixava furioso.
A violência que Vengeance a submeteu mexeu muito com ela. Isso não foi nada comparado ao tipo de mal que Bill fez. Ele não ameaçou forçar as fêmeas a serem companheiras nas instalações de teste, na verdade maltratava algumas delas para alcançar seu próprio prazer sexual. Não tinha sido por qualquer outra razão, exceto a habilidade de infligir sofrimento nos outros.
Lauren mexeu com as emoções dentro de Wrath, o que o deixou inquieto. Ela não gritou quando revelou sua verdadeira identidade, mas ao invés disso pareceu aliviada. Ele sendo Espécie era mais preferível do que sendo um criminoso contratado. Ela aceitou muito bem suas origens.
Ela era suave, leve e frágil no berço de seus braços, quando a carregou para seu quarto. Fez seus instintos protetores aflorarem. Lauren Henderson era um problema em um pequeno pacote. Uma suave, sedutora que o encorajou a aprender mais sobre ela, mas era uma curiosidade que ele não tinha condições de explorar.
Estava severamente danificado por dentro, uma vítima de abuso, e fêmeas humanas era seu gatilho. A frieza se estabilizou dentro dele com o desejo que ela instigou. As partes dele que tentava controlar, aqueles instintos animais, lutavam para se libertar. Ele a queria, mas precisava resistir. O som que ela fazia no banheiro chamou sua atenção, enquanto a esperava retornar ao quarto. Ele lhe traria comida, a manteria protegida de Vengeance, e se focaria na simplicidade daquelas coisas em vez do modo como seu sangue aquecia, com a tentação de segurá-la novamente.
O banheiro era minúsculo—só um vaso sanitário, pia, e um box. Era muito básico, algo que se encontrava em um escritório em vez de uma casa, e Lauren sentiu-se um pouco triste por Wrath ter que viver em um ambiente tão austero.
O moletom era enorme e as pernas muito compridas. Teve que enrolá-lo para evitar pisar no excesso de material. Ela usou a privada, lavou o rosto e as mãos, e abriu a porta do banheiro.
Wrath estava sentado na cama. Sua alta, grande estrutura ficava desproporcional no longo colchão de solteiro. Ele levantou-se depressa e seu olhar viajou pelo seu corpo. Franziu a testa e retornou a cômoda, então ofereceu um par de meias brancas espessas.
— Seus pés devem estar frios.
Sua preocupação aqueceu seu coração e a fez gostar dele ainda mais. Para um cara que achou que era um assassino ex-condenado, estava realmente contente por estar longe disso. Ele não era nada assustador, era realmente doce ter se preocupado em pegar um resfriado do chão de concreto. Ela pôs as meias e teve que enrolá-las também. Um olhar em suas botas a assegurou que o cara tinha pés enormes, e por isso provavelmente as meias alcançariam seus joelhos se tentasse endireitá-las.
Ele hesitou na porta. — Venha comigo. Eles têm uma cozinha pequena neste andar para nós, e têm refrigerantes e sanduíches. Nós temos salgadinhos também. Desculpe-me, mas é tudo o que tenho a oferecer, até que nossas refeições principais cheguem. Ligarei e pedirei para trazerem carne cozida.
—Carne cozida? Caminhou em sua direção.
—Nós não apreciamos nossa carne muito cozida. Só chamuscamos o lado de fora, mas gostamos muito crua por dentro. Pausou seu olhar estudando-a. — Você não desejaria nos ver comendo de manhã. Essa é nossa próxima entrega de refeição. Não me esquecerei de pedir para lhe trazerem café da manhã humano.
—Não posso ficar aqui até amanhã. Entendo por que quer me manter aqui, mas realmente tenho que ir trabalhar. Preciso do meu emprego. Talvez não entenda o que aluguel ou contas são. Não sei como isso funciona com a ONE, mas no nosso mundo temos de ganhar dinheiro para manter um teto acima de nossas cabeças. Estou quase falida e não tenho condições de tirar folgas. Preciso estar lá fora mostrando propriedades, fazendo vendas. Ganho uma porcentagem por isso.
—Peço desculpas por mantê-la em cativeiro, mas não há escolhas. Bill é muito perigoso para arriscar permitir que nos escape. Eles não são fáceis de localizar. Usam nomes falsos e às vezes tentam prejudicar nosso povo como vingança por caçá-los. São estúpidos e acham que não devem ser castigados pelo que fizeram com meu povo. Seu olhar suavizou. —Sei como é estar preso contra sua vontade, mas prometo que capturá-lo valerá a pena o tempo que passará aqui.
Podia ver pela determinação em seu olhar que não cederia. —Acho que devia estar agradecida por estar viva. Realmente pensei que não sobreviveria.
— Nenhum mal acontecerá a você. Abriu a porta para o corredor. —Por favor, siga-me e permaneça perto. Não há nenhum lugar para escapar. O elevador precisa de um código para funcionar, e duvido que gostaria de chocar-se com Vengeance, depois do susto que ele lhe deu.
Um calafrio desceu por sua espinha com aquela probabilidade. O homem careca a apavorava. Nada mudaria isso depois do que quase fez com ela. Depressa ficou ao lado de Wrath. Mais uma vez se sentiu frágil comparada a sua alta, forma musculosa. Novas Espécies eram muito maiores pessoalmente do que em fotos e na televisão.
Amanda iria revirar-se quando Lauren dissesse a ela o que aconteceu, e como foi sequestrada por alguns deles. Novas Espécies eram seus tópicos favoritos de discussão, e às vezes assistiam especiais de televisão sobre eles, juntas. Duas semanas atrás assistiram um documentário de como os Novas Espécies foram transferidos para locais isolados depois de sua liberdade inicial, para se acostumarem com a vida do lado de fora. O repórter disse que tiveram de aprender coisas simples, como usar telefones e microondas. Nenhuma daquelas coisas lhe ocorreu até então.
Wrath saiu do quarto e ela moveu-se com ele. Não queria perdê-lo de vista e arriscar chocar-se com Vengeance. Ele olhou para ela.
— Você está segura.
Assentiu, tinha certeza de que não a machucaria. — Eu sei.
Ele ergueu a mão e fez sinal para ela precedê-lo. — Caminhe na frente e direi quando virar para alcançar a cozinha.
—Ficarei ao seu lado, se não se importar.
—Vengeance não a machucará. Já se acalmou e estará no controle do seu comportamento.
Lauren lambeu os lábios. —Eu não estou. Não estava envergonhada em admitir o quanto estava assustada. —Ele é assustador.
Lauren sentiu receio quando Wrath a levou até o fim de um longo corredor, que abria em uma grande sala. Havia uma mesa de sinuca no canto. Sofás, mesas e uma grande televisão no centro, e em um canto havia uma pequena cozinha com uma geladeira grande, armários, um balcão e uma pia. Havia também uma mesa e cadeiras. Ali foi aonde sua atenção fixou e deteve-se com medo.
Uma mão agarrou seu cotovelo suavemente e Lauren arremessou seu olhar até o rosto de Wrath. Deu-lhe um sorrisinho. — Está tudo bem, Lauren. Estes são os machos com quem trabalho. Você conheceu um deles.
Ela não teve nenhuma escolha a não ser chegar mais perto da mesa, já que Wrath segurou seu braço e a arrastou. Dois homens estavam sentados à mesa em lados opostos. Um deles era o grande loiro do armazém, sem seus óculos escuros, e seus olhos estavam claramente exibidos. Ele era obviamente um Nova Espécie. Tinha olhos azuis, diferentemente de Wrath, mas suas características eram semelhantes. O homem loiro franziu a testa enquanto os observava se aproximarem.
— Este é Shadow. Wrath o apresentou.
Shadow olhou para Wrath. — Por que ela está fora da cela de confinamento? Estudou-a com um rápido olhar. — Seu perfume estava te incomodando tanto quando a interrogava que a fez vestir suas roupas? Fungou —Admito que prefiro estar em sua presença agora do que antes.
Wrath ignorou Shadow. Moveu a cabeça em direção ao segundo homem. — Este é Brass.
Lauren estudou o homem com cabelos e olhos marrons quase pretos. Também era grande, tinha ombros largos, e era tão musculoso quanto Wrath e Shadow. Brass também franziu a testa.
— Por que ela está aqui fora? Nós estávamos tentando intimidá-la.
Wrath hesitou. —Discutiremos isso mais tarde. Agora ela precisa de comida. Acredito que não seja a namorada de Bill, só trabalha com ele. Ela me contou que ele disse que gosta de ir em um bar perto de sua casa. Nós devíamos mandar Tim enviar uma equipe para lá e vigiar o local. Talvez ele apareça se for um lugar que visite regulamente.
Passos soaram atrás de Lauren e ela virou a cabeça. Vengeance entrou na sala. Tinha mudado a roupa para uma camisa regata e short de algodão. A roupa mostrava seus grandes músculos. Deu lhe apenas um olhar, antes que o terror a golpeasse mais rápido que um raio. Gemeu e saiu do aperto de Wrath. Ela tropeçou para trás, procurando um lugar para correr.
Wrath moveu-se rápido e agarrou Lauren ao redor da cintura. Os braços fortes a arrastaram contra seu tórax. Ele virou de um modo que a bloqueou da fonte de seu medo, e olhou para baixo. — Está tudo bem, Lauren. Ele não tocará em você novamente.
Seus dedos arranhavam a camisa de Wrath. Ela não tentou fugir, ao invés disso agarrou-se nele. Ele a salvou uma vez e sentia-se segura amontoada contra sua grande estrutura.
—O que está acontecendo? Brass permaneceu parado. — Posso sentir puro terror vindo dela.
—Essa é uma reação interessante à Vengeance. É a careca dele? Parece estranho. Ela estava muito distraída para notá-lo quando a levamos do prédio? Shadow riu. — Você está bem, Wrath? Você precisa de ajuda antes dela subir em você?
Wrath rosnou e seu corpo ficou tenso contra o dela. O som era maligno e ameaçador. Lauren tentou afastá-lo e fugir, mas seus braços estavam firmemente presos em torno de sua cintura. Uma de suas mãos esfregava suas costas, quando fez outro som assustador.
— Viu, Vengeance? Viu o que fez? Se não pode conter seu temperamento, então devia voltar para a Reserva até que consiga.
Outro grunhido soou dentro da sala. —Eu disse que sentia muito.
— Sentia muito pelo que? Brass rosnou agora. —O que você fez Ven?
— Eu a assustei — Vengeance admitiu.
— Como? Acho que se pudesse subir em Wrath para escapar de você, ela iria. Shadow ainda soava bravo. —Você cruzou a linha?
— Ela fazia sexo com aquele monstro. A voz de Vengeance se aprofundou. — Eu perdi o controle. Ela o está protegendo quando não deveria. Vou dar um passeio.
Longos segundos se passaram, mas Lauren não estava disposta a largar Wrath, até que estivesse certa de que Vengeance tivesse ido embora. Brass finalmente falou.
— O que aconteceu?
Wrath continuou a esfregar as costas de Lauren. — A ouvi gritar e corri até lá. Ele tinha rasgado sua roupa e estava prestes a forçá-la a acasalar com ele para conseguir fazê-la falar. Pensou que se acasalasse com ela, faria com que fosse leal a ele.
— Filho de uma puta, Brass rosnou. — Não admira que tenha reagido tão intensamente. Ela está bem?
Os braços de Wrath ainda agarravam Lauren, mas disse. — Ele se foi. Pode me soltar agora.
Lauren o largou e andou para trás. Debruçou-se para os lados para olhar ao redor de Wrath, para ter certeza que Vengeance realmente tinha ido. O medo enfraqueceu e olhou para seu herói. Wrath a observava calmamente. — Obrigado. Engoliu.
Wrath tocou em Lauren e a virou para enfrentar os dois Novas Espécies. Estavam agora a poucos centímetros de distância. Lauren ofegou e depressa pôs mais espaço entre eles. Suas costas esmagaram no tórax de Wrath. Os braços dele envolveram livremente ao redor da sua cintura para ancorá-la.
— Calma, ele incitou. — Você está segura.
Shadow sorriu, mas isto pareceu forçado. — Não vamos machucá-la. Só tentamos assustá-la para que nos desse informações, mas nunca esteve em qualquer perigo real. Nós não machucamos fêmeas.
A expressão de Brass era severa. — Ven nunca deveria ter tocado em você daquele modo. Não toleramos acasalamentos forçados ou tratamento físico rude com as fêmeas.
— Fui cuidadoso para não machucar você quando a pus na mesa. Shadow franziu a testa. — Era só para te abalar um pouco, mas Wrath disse que fui muito longe. É por isso que nós deixamos você sozinha. Desculpe-me.
— Eu expliquei. Seus pulsos estavam um pouco feridos das algemas, quando lutou para fugir de Vengeance, mas coloquei um curativo. Wrath suavemente afastou Lauren alguns centímetros de seu corpo. — Trouxe-a aqui para pegar algo para comer e beber. Seu estômago ronca de fome.
Brass suspirou. — Você deve pensar o pior de nós. Peço desculpas pela raiva de Ven.
Wrath a soltou. —Ela não gostou muito de saber que teria que ficar aqui até que capturemos Bill.
— Quem gostaria de ser prisioneiro? Shadow virou e se sentou, mas seu olhar permaneceu em Wrath. — Estou chocado por você não ter arrancado a cabeça dele, quando se deparou com aquilo.
— Eu teria se não se acalmasse. Wrath estava sombrio. — Brass, você poderia conversar com ele. Não tem que fazer parte desta missão, se não puder controlar sua raiva. Devia retornar a Reserva. Eles lidam com machos irritados lá muito melhor que em Homeland.
Brass assentiu. — Irei dar uma palavra com ele. Pausou. — Ela é sua responsabilidade, Wrath. Parece mais à vontade com você do que com o resto de nós.
Wrath empalideceu. — Pensei que nós poderíamos entregá-la para a força tarefa lidar com isso.
Shadow balançou a cabeça. — Não. Seus olhos azuis viajaram sobre o comprimento do corpo de Lauren. — Me sentiria melhor se ela ficasse conosco. Estou certo que são bons, mas não conhecemos estes humanos bem o suficiente, para termos certeza de podem ser confiáveis com uma fêmea. Nós a trouxemos aqui. Deve ser nossa responsabilidade protegê-la, até que seja libertada.
— É nossa responsabilidade protegê-la. Brass concordou. — Sei que isto não precisa ser dito, mas não a deixe com Ven. Estou certo de que está bem agora, mas seu comportamento está alarmante. Talvez ele não esteja tão estável quanto parece. Estamos todos sob muita tensão nesta missão. Estou certo de que a fêmea não irá querer ser deixada em qualquer lugar próximo dele.
Wrath franziu a testa. — Onde a ponho?
Brass encolheu os ombros. — Perto de você.
Shadow assentiu. — Melhor você do que eu.
Lauren arremessou um olhar para os três homens. Brass parecia indiferente, Shadow parecia desconfortável, e Wrath com a testa franzida. Era claro que não queria ficar preso a ela, nem os outros dois. Poderia ser a hora para tentar ganhar sua liberdade novamente.
— Não posso apenas ir para casa? Por favor? Não direi nada a Bill. Quero que vocês o peguem.
Três pares de olhos a encararam com expressões sombrias e ela engoliu. Ninguém disse uma palavra. Suspirou e sabia que não iria a lugar nenhum.
— Tudo bem. Estou com fome. Estava prestes a jantar com minha amiga quando recebi o telefonema para mostrar o armazém. Não consegui comer.
Wrath distanciou-se dela. — Sente-se. Você gosta de rosbife ou sanduíche de presunto? Farei um para você.
— Rosbife, por favor. Nenhuma mostarda. Sou alérgica.
— Entendo. Wrath manteve-se de costas quando começou a puxar as coisas da geladeira para fazer um sanduíche. — Alimentá-la deve ser fácil.
Ela sentou-se e olhou para Shadow enquanto Brass deixava a sala. Segurou o olhar dele no seu e franziu a testa. Embora continuasse olhando para seu cabelo.
— O que? Tocou em sua cabeça, sentiu o coque ainda no lugar, e nenhuma parte dele saindo. — Tem alguma coisa em meu cabelo? Diga que não é uma teia de aranha. Odeio aranhas.
— Nenhuma aranha está aí. Por que faz isso no seu cabelo? Parece desconfortável.
Deixou sua mão cair. — Pareço mais profissional com meu cabelo para cima. Devia cortá-lo, mas sempre tive o cabelo curto quando criança. Sempre quis o cabelo longo, então deixei crescer quando arranjei meu próprio lugar depois do ensino médio.
— Por que não parou de cortá-lo quando era jovem?
Ela hesitou. — Meus avós me criaram. Minha avó dizia que era mais fácil de cuidar se fosse curto, e meu avô tinha medo que meninos me notassem, então concordou com ela. Eles me faziam cortar a cada poucos meses, até que saí de casa. Era a casa deles, suas regras. Sorriu.
— Você pode soltá-lo, por favor? Estou curioso.
Lauren encolheu os ombros. Alcançou a parte de cima e começou a puxar os grampos. Sabia que pareceria bagunçado, mas quis satisfazer sua curiosidade. Entendia desde que tinha uma tonelada de perguntas sobre os Novas Espécies. Percebeu que poderia parecer como uma estranha para ele como pareciam para ela.
Colocou os grampos na mesa e desenrolou seu cabelo e então puxou o rabo-de-cavalo. Correu seus dedos por seu cabelo bagunçado, feliz por tê-lo soltado, já que normalmente o escovava antes de ir pra cama, e encontrou o olhar de Shadow para ver sua reação.
Seus lábios estavam separados e seus olhos azuis arregalados enquanto olhava em seu cabelo. Piscou algumas vezes, mas finalmente sorriu. — É bonito e mais longo do que eu pensava que seria. Sinto falta do meu cabelo longo.
Olhou para seu cabelo curto. — Por que você cortou se gosta dele longo?
— A missão era mais importante e crescerá. Seu sorriso enfraqueceu. — Tive de cortá-lo para parecer mais humano e me encaixar na força tarefa. Não era tão longo como o seu, mas passava dos ombros.
Ela podia entender isso. — Mantenho o meu para cima por causa do trabalho. Talvez em vez de cortar deveria tê-lo prendido.
Vidro quebrou na área da cozinha. Lauren virou a cabeça na direção do som alto. Wrath olhava fixamente para Lauren, boquiaberto, e o prato que segurava com seu sanduíche estava quebrado no chão a seus pés, onde o soltou.
Shadow riu. — É bonito, não é? Muito mais longo do que eu pensava.
O rosto de Wrath apertou e seu olhar abaixou para o chão. Um grunhido rasgou de sua garganta enquanto abaixava e começava a limpar a bagunça. Lauren estava confusa e olhou para Shadow.
— Ele acabou de rosnar? Pensei que tinha imaginado isto.
— Todos nós rosnamos. É a mudança em nós. Nós grunhimos também. Uivamos. Ele riu. — Nós mostramos os dentes também. Você já os viu?
Balançou a cabeça. — Eles parecem com dentes comuns.
— Isto é porque aprendemos a só abrir nossas bocas até certo ponto, perto dos humanos. Praticamos falando e sorrindo na frente de um espelho, então não assustamos os humanos quando lidarmos com eles. Você gostaria de ver meus caninos?
Hesitou. — Certo, se não chegar muito perto.
Ele riu e abriu bem a boca. Lauren não pôde evitar de ficar boquiaberta. Engoliu com força. Os dentes de Shadow eram graciosamente brancos e pareciam humanos até que suas presas fossem reveladas. Eram mais longos que os caninos de uma pessoa normal e se transformavam em pontos mais afiados no final. Lentamente os escondeu.
— Somos todos caninos em nossa equipe. Foi com isso que fomos misturados. As misturas de felinos têm a mesma anomalia, só que rugem quando ficam sentimentais. Nós uivamos e grunhimos. Encolheu os ombros. — Todos nós rosnamos. Não fique alarmada quando ouvir isso. Nós fazemos frequentemente. Não quer dizer que estamos bravos.
— Felino?
— Alguns do nosso povo foram misturados com felinos de raça grande, o que nós acreditamos que sejam leões, tigres, e os grandes gatos pretos—seu povo os chamam de panteras. É só uma suposição, têm olhos como os de gato e rugem. Os caninos são perseguidores e lidam melhor uns com os outros. Nosso sentido de cheiro é mais forte e apreciamos companhia. Os felinos são mais rápidos e podem saltar um andar ou dois de altura. A maior parte deles não são muito sociáveis, a longo prazo. Preferem situações solitárias.
— Mas Justice North é felino, não é?
— Ele é exceção. Ele é felino, mas é muito sociável.
— Eu o vi no noticiário muitas vezes. Ele parece bem legal.
— Ele é.
— Aqui. Wrath colocou a comida e uma lata de refrigerante na frente dela.
Cuidadosamente estudou o sanduíche.
Shadow riu. — Não é o que caiu no chão. Ele fez outro.
Lauren corou, envergonhada que tivesse adivinhado o que estava pensando. Virou sua cabeça e olhou fixamente para Wrath. — Obrigada.
Sentou-se próximo a ela, mas sua atenção permaneceu focada em seus cabelos. Por qualquer razão, parecia fascinado pela visão de seu cabelo loiro, que fluía abaixo em suas costas quase na cintura. Encolheu mentalmente os ombros. Shadow disse que eles gostavam de cabelos longos.
O sanduíche de rosbife estava bom, ele pôs maionese, queijo e alface fresca. Sorriu para ele.
— Obrigada. Isto está ótimo. Gostei muito. Lauren abriu seu refrigerante.
Wrath virou a cabeça para olhar para Shadow. — Você devia protegê-la e mantê-la perto de você.
Os olhos de Shadow estreitaram. — Não.
Wrath rosnou. — Por favor.
Shadow olhou fixamente de um para o outro por muito tempo. Lauren comeu e observou os dois homens, perguntando-se se silenciosamente se estavam comunicando-se. Parecia como se estivessem tendo algum tipo de discussão muda, enquanto seus olhos estreitavam um para o outro e faziam alguns movimentos faciais estranhos ao redor da boca.
— Você dois estão lendo os pensamentos um do outro?
Ambos viraram para olhar para ela.
— Não. Shadow esboçou um sorriso. — Mas seria legal se pudéssemos. Estávamos apenas estudando um ao outro. Existem algumas coisas entre nós que não precisam ser ditas. Somos da mesma instalação de teste, e passamos todo nosso tempo juntos desde que fomos libertados. Conhecemos um ao outro bem o suficiente para entender como o outro pensa. Seu olhar virou para Wrath. — Não.
Wrath parecia com raiva. — Ela estaria mais segura com você.
As características de Shadow suavizaram. — Não foi sua culpa que tenha tentado atacar uma fêmea quando estava drogado em cativeiro, Wrath. Você tem de superar isso. Você é mais forte que o condicionamento, e isto será uma maneira perfeita de fazer isso.
Wrath de repente ficou parado. — Como?
— Você não a machucará e é muito mais forte do que acredita. Nós dois sabemos que ela não é um dos humanos que nos fizeram mal. Ela não teve nenhuma participação nas coisas que aconteceram, e as drogas não estão mais em nossos corpos. Você ficará bem.
— Você está mais disposto do que eu.
Shadow franziu a testa. — Tenho as mesmas memórias que você. Nós compartilhamos aquele inferno juntos e você era mais forte. Fui dosado demais porque não conseguia administrar minha raiva. Ela confia em você e você não trairá isso.
Lauren imaginou que a “ela” de quem falavam era ela. — Sobre o que estão conversando?
Shadow lentamente se levantou. — Nossa vida em cativeiro. É um assunto particular.
Isso a fez perceber que ultrapassou um limite. Terminou sua comida enquanto continuavam se olhando fixamente. Wrath finalmente quebrou o silêncio.
— Você também tem medo.
— Sempre, Shadow admitiu. — Você sempre foi mais forte do que eu.
Wrath quebrou o contato com seu amigo para olhar severamente para ela. — Lauren? Vamos. Você ficará comigo em meu quarto. Pode ficar com a cama e dormirei no chão. Não a machucarei.
Ela estava chocada. — Tenho que dormir em seu quarto com você?
Ele hesitou. — Você preferiria dormir no quarto de Vengeance?
Ficou imóvel com pernas trêmulas. — Estou pronta para ir com você.
Shadow riu. — Isso foi fácil.
Wrath rosnou para ele e agarrou o braço de Lauren suavemente. — Pode limpar os pratos. Verei você bem cedo de manhã.
— Confie em si mesmo. Shadow gritou quando partiam.
Lauren estava desconfortável quando Wrath a levou de volta para seu quarto. Ele fechou a porta atrás deles, um olhar severo em suas características masculinas. Imediatamente a soltou, moveu-se alguns centímetros de distancia, e parecia tão pouco a vontade quanto se sentia, trancados dentro de um quarto, juntos. Isto a fez sentir-se um pouco melhor, sabendo que ele não estava empolgado em terem que passar a noite juntos.
Finalmente olhou para ela. — Não tem nenhuma televisão, mas tenho um rádio e alguns livros na cômoda. Vou tomar um banho. Ele mudou sua postura. — Não saia do quarto. Vengeance está lá fora e não quero que haja razão para confrontá-la. Ele acreditará que você está fugindo e está estressado emocionalmente. A cama é sua. Estou certo que está muito cansada, depois de tudo o que passou. Descanse.
Caminhou para a cômoda para agarrar uma muda de roupa, antes de se trancar no banheiro. Lauren olhou em volta do quarto, esperava que fosse apenas por uma noite, e sentiu falta do seu próprio quarto. Sentou-se na cama. O colchão era mais firme do que gostava, mas Wrath não era do tipo que curtia roupas de cama.
Seus braços abraçaram sua cintura, enquanto ouvia a água ser ligada no banheiro, ainda não podia acreditar que estava com um Nova Espécie e que a sequestraram. Wrath era sexy, tinha de admitir isso, e a salvou de Vengeance.
Mordeu o lábio inferior, olhou fixamente para a porta do banheiro fechada, e percebeu que Wrath estava a menos de três metros de distancia, no chuveiro nu. Amanda não vai acreditar em mim quando contar para ela. Ela sorriu.
Wrath cerrou seus dentes e permitiu que a água atingisse seu rosto. Uma fêmea estaria dormindo em sua cama, apenas a centímetros dele e era humana. Imagens relampejaram na mente dele, as mulheres humanas que foi forçado a assistir para auxiliar que eles roubassem as sementes de seu corpo. Seu pau endureceu e quase não conseguiu conter um uivo de raiva.
Lauren não era responsável pelos testes cruéis da qual sobreviveu. Os funcionários da Mercile que o sequestraram da instalação de testes, antes que a polícia invadisse e libertasse os outros de seu povo, eram os culpados. O mantiveram enjaulado e acorrentado, preso em máquinas, puseram um capacete em sua cabeça que mostrava mulheres humanas nuas, se tocando e enchendo seu corpo de drogas de procriação para enlouquecê-lo com luxúria.
Virou sua cabeça para fora do jato de água, ofegado por ar, e olhou para baixo. Sua mão agarrou seu pau. A sensação de sua palma áspera, era muito diferente da máquina que ordenhava sua semente, para que os humanos vendessem para experiências. Segurou seu eixo para ajudá-lo a voltar à realidade. Ele não era mais um prisioneiro. Nenhuma máquina seria amarrada com correias em seu corpo, e Lauren era uma pessoa real, em vez de um humano sem nome em um vídeo que costumava ajudá-lo a se excitar.
O prazer ajudou a acalmar um pouco sua raiva. Estava controlado agora e se debruçou de costas contra o box do chuveiro frio. Seus olhos permaneceram fechados e imagens de Lauren filtraram em sua mente. Seu sorriso, o modo como seu cabelo loiro caia em suas costas, e o quão suave era sua pele. Seu corpo era tão diferente do das mulheres Espécies. Pálido. Generoso com curvas.
Gemeu enquanto movia seu pau mais rápido, e selava seus lábios firmemente para evitar fazer qualquer som quando gozasse. A tensão em seu corpo aliviou, quando se recuperou do clímax rápido e agarrou o xampu. Sentia falta de seu cabelo longo, mas era mais fácil de cuidar enquanto rapidamente o lavou e a seu corpo. Apressou-se no caso de que sua convidada ficasse com medo. Estava em um lugar estranho com machos totalmente desconhecidos para ela.
Lauren decidiu que realmente odiava Brent. Ele era muito pior do que apenas um imbecil cruel. Ele cometeu crimes sérios e horríveis contra os Novas Espécies, mas atualmente era ela quem pagava por eles. Virou-se de lado no colchão e usou seu braço como travesseiro.
Inalou o perfume masculino da Wrath, decidiu que era agradável e permitiu que o som do chuveiro a acalmasse. Bocejou. Wrath estava sendo gentil agora, mas algumas horas atrás tinha sido uma história diferente. Nunca sentiu tanto medo do que quando foi sequestrada, e quando Vengeance ameaçou estuprá-la.
Lutou para dormir e se perguntou se seu captor cochilou no chuveiro. Estava lá por muito tempo. A água cortou de repente como se ele tivesse lido seus pensamentos, e esperou que ele saísse. Seria rude ir dormir sem dizer boa noite.
A porta abriu minutos depois, e sua mente sonolenta pulou acordada à vista dele entrando no quarto, vestindo nada além de um par de cuecas boxer. Seu tórax desnudo tinha uma pele toda bronzeada, músculos e perfeição pura. Seus bíceps eram bem definidos, grossos, e tinha os ombros largos. Sua boca secou.
Ele parou para olhar para ela fixamente com um olhar curioso, e inclinou a cabeça enquanto a olhava. — Você está bem?
Ela olhou abaixo por seu corpo, pela cueca boxer e suas coxas volumosas, e mais músculos. Ele era o epítome da masculinidade, e parecia melhor do que qualquer um dos modelos do calendário na parede de sua casa.
— Lauren? Wrath franziu a testa. — Você parece mais pálida.
— Onde está o resto de suas roupas?
— Normalmente durmo sem nenhuma roupa, mas estou corretamente coberto. Olhou para baixo antes de encontrar o olhar dela novamente. — Meu pau está escondido.
Ela não pôde dizer nada sobre aquilo. Sua mente parou por segundos, enquanto seu olhar viajava por cada centímetro dele.
— Visto roupas durante as horas de trabalho e aprecio ficar relaxado quando durmo. Foi um dia longo e nós dois precisamos dormir. Voltarei logo. Esqueci-me de pegar roupa de cama extra para o chão. Eles mantêm sacos de dormir e travesseiros extras no final do corredor, em uma despensa. Pausou. — Você precisa de uma bebida antes de dormir? Posso pegar um copo com água ou um refrigerante.
— Estou bem. Ela engoliu.
Ele virou. A cueca boxer delineava sua musculosa bunda perfeita, e suas costas eram largas. Abriu a porta do corredor e saiu. Lauren rolou sobre suas costas para olhar fixamente o teto, e de repente riu. Foi bom que ela tenha sido sequestrada em vez de Amanda. Sua melhor amiga teria visto o corpo de Wrath e o atacado. Wrath podia tentar um santo a pecar. Tinha um corpo que qualquer mulher apreciaria.
Um movimento chamou sua atenção, e ficou contente que ele tinha sido rápido executando sua incumbência. No entanto, não fosse Wrath quem entrou no quarto. A porta fechou silenciosamente, enquanto Vengeance olhava para ela. O terror a fez sentar-se para olhá-lo embasbacada.
— Você enganou Wrath com seus bonitos olhos e voz suave. Rosnou um som ameaçador. — Mas não a mim. Suas mãos fecharam em punhos ao seu lado, enquanto dava um passo mais para perto. — Senti seu cheiro hoje e você fede ao inimigo. Você será minha companheira, e fará o que eu mandar para me levar até Bill. Você não pertence mais a ele, e vai carregar meu cheiro.
Lauren sabia que estava em perigo quando o homem careca rosnou novamente, enquanto bloqueava a porta por onde entrou. Arremessou o olhar para o banheiro. Estava só há alguns centímetros do final da cama, mas não tinha uma fechadura no lado de dentro. Jogou-se naquela direção do mesmo jeito. Iria pelo menos pôr uma porta entre eles. Quase conseguiu quando de repente ele a agarrou.
O grito que tentou sair foi cortado, quando ele a virou e esmagou-a de lado na parede a centímetros de sua meta. O forte choque tirou o ar de seus pulmões, e uma mão agarrou em seu cabelo na base de seu pescoço. Lutou para respirar enquanto ele a conteve para envolver seu braço ao redor de sua cintura, e a arrancou do chão para erguê-la contra seu corpo. Virou e arrancou em direção à porta.
Finalmente encheu seu pulmão de ar e gritou. Chutou freneticamente em uma tentativa de tropeçar, mas ele conseguiu ficar de pé não importando o quão forte ela jogasse suas pernas para baixo. A mão deixou seu cabelo quando puxou a porta e a levou para o corredor. Duas portas depois entraram em um quarto e trancou a porta. Imaginou que estavam agora dentro do quarto dele.
Outro grito rasgou de sua garganta quando ele a lançou em um colchão firme. Aterrissou de cara para o colchão, e levou atordoados segundos para perceber o que estava acontecendo. Cuspindo cabelo de sua boca ainda aberta enquanto erguia a cabeça, e olhava-o fixamente com horror. Ele estava há meros centímetros de distancia.
— Eu a reivindico, rosnou. — Você é minha companheira agora.
Ele agarrou a frente da sua calça e a realidade do que planejava fazer caiu sobre ela. Lauren reagiu. — Vá se foder, gritou e rolou.
A cama não estava contra uma parede, do jeito como estava a de Wrath. Estava no centro do quarto e ela bateu de lado no chão com força. O colchão rangeu quando Vengeance andou sobre ele. Encarando-a até rolar para baixo da cama, tentando escapar. Não tinha nenhum outro lugar para ir, quando freneticamente analisou o quarto, procurando por uma fuga. As portas para o corredor e o banheiro estavam muito longe para que fizesse isto.
Pés bateram no chão menos que um centímetro de distancia do seu rosto, quando ele saltou do colchão, e ela ofegou quando a cama de repente foi arrancada de cima dela. Vengeance arremessou-a fora do caminho. O som da armação batendo na parede foi alto, e ela olhou fixamente para ele com pavor.
— Você quer ser tomada no chão? Tudo bem. Ele avançou.
Ela quis fugir novamente, mas ele moveu-se rapidamente. Apenas soltando seu grande corpo. A dor de ser esmagada nunca aconteceu. Ao invés disso, os braços dele aguentaram a maior parte de seu peso e ele acomodou-se acima dela lentamente, prendendo-a no concreto, e apoiando seu peso em um braço. Sua mão livre agarrou sua calça de moletom, enquanto rolava o suficiente para pôr espaço entre seus quadris e arrancou com força. O tecido foi rasgado.
Lauren gritou novamente e tentou arranhar seu rosto, mas ele se afastou. Ao invés disso achou seu pescoço e cavou suas unhas na pele quente. Ele uivou com dor. Suas mãos se tornaram brutais. Rolando-a sobre seu estômago, prendendo-a dolorosamente contra o chão e rosnou.
— Não lute ou a machucarei.
— Vá para inferno. Ela gritou, lutando para fazê-lo sair detrás dela. — Deixe-me ir!
— Eu a reivindico como minha companheira. Você aprenderá a apreciar meu toque.
— Você é doen...
A porta foi arrombada e bateu na parede com força. Lauren virou sua cabeça o suficiente para ver a fonte do grunhido maligno, que enviou calafrios abaixo pela sua espinha. Shadow e Wrath entraram no quarto e o dois pareciam furiosos.
— Ajude-me. Ofegante seu olhar bloqueou com o de Wrath.
— Eu a reivindico como minha. Vengeance berrou. — Saiam e deixe-nos formar um laço afetivo.
Brass se apressou para dentro do quarto, ficou ao lado de Shadow, e revelou os dentes afiados quando rosnou. — Não. Você não pode forçá-la a se acasalar. O que há de errado com você, Vengeance? Largue-a agora.
— Eu a reivindico como minha companheira e ela fará o que eu disser. Vengeance rosnou ferozmente. — Mostrarei lhe meu domínio até que me obedeça.
O nariz de Wrath chamejou e seus dedos curvaram em garras, e lançou-se em Vengeance. Tudo o que Lauren podia fazer era ficar tensa, com o reconhecimento de que outro corpo estava prestes a esmagá-la no chão. Ao invés disso o corpo de Vengeance rolou e colidiu na parede.
Mãos agarraram seus braços superiores e a arrastaram em direção à porta. Olhou até ver que foi Shadow que fez isto. Brass moveu-se, agarrou o outro braço de Lauren, e ambos os homens a ergueram. Eles a empurraram de costas, mais perto da porta e puseram seus corpos na frente do dela.
— Deveríamos acabar com isso? Shadow falou com raiva em seu tom.
— Não. Brass rosnou de volta. — Ven foi longe demais. Se Wrath matá-lo, que seja. Ele foi atrás de uma fêmea. Ele está instável.
Lauren estava tremendo muito enquanto se debruçava contra a moldura da porta. As palavras dele foram absorvidas e também a seriedade. Avançou o suficiente para ver em volta deles e a visão a chocou. Vengeance e Wrath estavam atacando um ao outro, mas não era como qualquer lutar que já tinha visto. Eles estavam chutando, trocando socos e lutando, enquanto ela observava. Os homens colidiram a certa altura e foram ao chão. Os dentes afiados cortavam e arranhavam um ao outro até que se separaram. Ambos os homens pularam de pé.
Vengeance chutou de repente, tentando pegar seu oponente no estômago. Wrath esquivou-se do calcanhar e lançou um chute que atingiu Vengeance no rosto. O homem foi jogado para trás contra a parede. Bateu com força, grunhiu, e virou-se. Rosnou enquanto mostrava os dentes mortais e tentou agarrar Wrath pela cintura para derrubá-lo. Wrath rosnou de volta, mostrando seus próprios dentes assustadores, e saiu do caminho para evitar os braços estendidos de Vengeance. Suas mãos com garras cortaram Vengeance e ambos os homens bateram no chão novamente. Rolaram, trocando golpes e socos. Sangue manchava seus corpos.
Lauren suplicou, horrorizada com o show de violência pura. —Detenha-os.
Shadow voltou para agarrar seu braço suavemente. — Eles lutam por você. Wrath tem de fazer isso e Vengeance precisa aprender que não pode machucar fêmeas.
Os dois homens pularam separando-se novamente, rosnaram um para o outro. Vegeance de repente uivou e saltou. Aparentemente estava indo em direção a garganta de Wrath, mas Wrath jogou os braços dele para cima, empurrando as mãos com garras de Vengeance para o lado. Seu cotovelo bateu com força no pescoço de Vengeance. O homem fez um som sufocante e bateu no chão. Wrath caiu em cima de suas costas, e prendeu seu braço ao redor da garganta de Vengeance, apertando firmemente.
— Você a tocou novamente, Wrath rosnou. — Você a levou da minha cama. Você está fora de controle.
Vengeance tentou erguer seu corpo o suficiente para rolar, mas não conseguiu fazer isto. Desmoronou de volta no chão.
— Eu devia te matar. Devia quebrar seu pescoço. Se você até mesmo olhar para ela, ficar na distância do cheiro dela novamente, morrerá. Wrath rosnou, enfurecido.
Os músculos do braço de Wrath inchavam, enquanto Vengeance sufocava e ofegava. Seu corpo estremeceu e seus dedos arranharam o concreto, enquanto seu rosto ficava pálido com a falta de oxigênio. Os olhos de Vengeance rolaram e ele ficou mole. Longos segundos passaram antes de Wrath suavemente xingar. Largou o pescoço do homem e ficou de pé.
Sangue manchava ao redor da boca de Wrath e em seu tórax. Mais sangue estava em ambos os braços, e descia por seu torso até sua cintura e sua cueca boxer. Até uma coxa e um joelho estavam sangrando. Olhou para Brass.
— Ele não está bem para esta missão ou para estar ao redor de outros. Vou matá-la da próxima vez que o vir se não mandá-lo para a Zona Selvagem da Reserva. Ele devia estar com os outros machos indomados. Ele tem sorte por estar vivo.
Brass assentiu. — Eu o vigiarei e pedirei para virem buscá-lo. Ele não deixará a Zona Selvagem.
Wrath rosnou. — Ele está morto se estiver aqui de manhã. Estará morto se sair da Zona Selvagem. Seu olhar furioso voltou-se para Lauren. Sua voz saiu estranhamente profunda, mas parou de rosnar. — Vamos para meu quarto.
As pernas de Lauren não se moviam, o choque a mantinha paralisada. Queria fazer tudo o que ele dizia, mas seu corpo não respondia. Wrath lentamente foi em sua direção, mas pausou alguns centímetros de distancia. Ele respirou fundo.
— Até que ele vá embora você ficará no meu quarto. Vire-se, Lauren. Não quero tocar em você ensangüentado. Por favor, vá agora.
Ela conseguiu controlar seu corpo e deu a volta. Wrath ficou logo atrás dela, até entrarem em seu quarto. A porta bateu atrás deles. Lauren saltou, virou e olhou fixamente para Wrath com os olhos arregalados. Ele ainda parecia furioso, seus olhos estavam pretos de raiva. Tentou lembrar que não se dirigia a ela.
— Vou tomar banho para lavar o sangue. Sente-se na cama e não se mova. Respirou fundo. — Não deixarei você fora da minha vista até Vengeance ir embora. Respirou fundo novamente. — Vá dormir e saiba que isso não acontecerá novamente. Ele morrerá se vier atrás de você novamente.
Assentiu muda, sem saber o que dizer. Estava tremendo muito. Suas pernas estavam tão trêmulas que quase não conseguiu chegar até a cama onde desmoronou. Deitou-se de lado, encarando o lado oposto de Wrath, e olhou fixamente para a parede. Seus olhos encheram-se de lágrimas e tremeu.
O coração de Wrath estava acelerado e precisava pôr espaço entre si mesmo e Lauren. A adrenalina da batalha atravessava seu corpo, fazendo sua pele coçar. O desejo de correr, uivar, ou continuar lutando o deixou no limite. Podia ter matado Vengeance, quase matou, mas recuperou o controle a tempo de impedir isto. Isso deveria contar, acalmou-se um pouco, mas não confiava nele mesmo para estar próximo dela.
Sua raiva por Lauren ter sido atacada no quarto dele, por um macho que estava com intenções de tomar seu corpo e reivindicá-la o enfureceu violentamente. O cheiro do seu medo ligou um interruptor dentro dele, um que o arremessou em pura sede de sangue.
O sangue de Vengeance e seu próprio cobriam sua pele enquanto entrava no banheiro, mas a violência e a raiva da batalha rapidamente se tornou desejo, e a necessidade de reivindicar Lauren, antes que outro macho pudesse tentar tira-la dele novamente. Seu pau inchou com sangue, diante do pensamento de retornar ao seu quarto e despi-la. Suas mãos apertaram enquanto respirava pela boca para diminuir o fedor de sangue. Seu lado primitivo a queria tanto que doía. Seu corpo tremia com a necessidade de ir atrás dela.
Imagens brutais filtraram por seus pensamentos e esfriou seu sangue aquecido, o suficiente para manter o controle. Ele a machucaria no estado em que estava. A pegaria com força, sem consideração, só para satisfazer sua própria necessidade. Seria pior que Vengeance se fizesse isso. Wrath sabia que era errado forçar uma fêmea a se tornar sua companheira.
Seu pau pulsava dolorosamente e sabia que tinha que atender a suas próprias necessidades, antes dos seus instintos tomarem o controle. Ela era humana e ele não. A protegia e ela confiava nele. Por um momento lembrou-se de todas as mulheres humanas que foram usadas em vídeos para atormentá-lo e a vontade de buscar vingança o atingiu.
Isso o assustava, sabendo o que era capaz de fazer naquele momento. Lauren não era seu inimigo e não merecia se tornar o receptor de sua vingança. Era suave, agradável, e não lhe fez qualquer dano pessoal. Não pretendia machucá-la, mas naquele momento não tinha nenhuma gentileza para dar. Suas mãos abriram e freneticamente entrou pelo box do chuveiro. Precisava de água fria e uma maneira para soltar sua crescente agressão. Teve de lembrar-se que era forte o suficiente para manter seu lado animal atado. Machucar Lauren não era aceitável e era a última coisa que queria fazer. Infelizmente, o desejo de reivindicá-la prolongava.
Lauren tentou manter-se calada. Desabar na frente de Wrath depois dele brutalmente ter lutado para salvá-la, não seria algo que ele precisava ver. Ele já tinha feito mais do que o suficiente sem ter que segurar sua mão durante uma cena de soluços. Homens odiavam lágrimas, sabia disso, e não queria deixá-lo mais incomodado.
O som da água não a surpreendeu. Wrath disse que planejava tomar banho, mas a porta não fechou entre eles. Virou a cabeça para olhar na direção do banheiro e ficou chocada quando as costas ensanguentadas de Wrath ficaram claras à sua visão. Curvou-se, empurrando sua cueca ensanguentada para baixo. Sua bunda era tão bronzeada quanto o resto dele, nenhuma linha de bronzeamento marcava lá, e sua bunda era linda.
Seus lábios se separaram em surpresa muda. Disse que não a deixaria fora de sua visão, mas tomar banho com a porta aberta foi um pouco longe demais. Entrou no chuveiro e a porta de vidro era clara o suficiente para ver cada centímetro de sua exposição. Wrath não olhava em sua direção quando ergueu o queixo e empurrou seu rosto debaixo do jato. Estendeu a mão para limpar o sangue de seu braço.
A água vermelha escorria enquanto jorrava por suas costas, e sabia que deveria olhar para a parede novamente. Era rude e totalmente errado espiá-lo, mas apenas não conseguia parar. Wrath tinha o corpo mais bonito que já tinha visto em toda sua vida. Estava tão em forma, musculoso e atraente que não pôde resistir. Suas costas estavam de frente para ela, e ele parecia inconsciente do seu olhar atento.
Virou de lado e inclinou a cabeça para trás debaixo da água. Seus olhos estavam fechados enquanto esfregava seu rosto. Sua respiração parou enquanto suas palmas deslizavam abaixo de sua garganta para o peito. Era grande, largo e liso. Não tinha nenhum cabelo em seu peito. Aquelas mãos cegamente subiram, capturaram uma loção corporal, e despejou um pouco na palma, e voltou a ensaboar sua pele.
Lauren não podia parar de observar suas mãos, enquanto ensaboava os mamilos escuros tensos, e mais abaixo em sua barriga. Nem quis piscar. Seu estômago era duro e liso, os músculos bem distribuídos. Mordeu seu lábio inferior enquanto seus dedos se retorciam. Invejava suas mãos, tocando toda aquela bonita pele. Apostava que ele era tão bom quanto parecia. Sua reação física foi surpreendente conforme seus mamilos formigavam e seu estômago apertou. Wrath era incrivelmente excitante.
Debruçou-se mais e virou-se enquanto ele se ensaboava. Sua boca despencou quando seu olhar desceu abaixo de sua cintura. Seu pau estava claramente exibido através do vidro. Estava duro, espesso, e o cara tinha bolas. Das grandes e nenhum pelo o cobria lá que pudesse ver. Raspou ou naturalmente não crescia naquela área da virilha.
Lauren virou a cabeça e olhou fixamente para a parede, com os olhos arregalados. Não queria que a pegasse olhando estupidamente para ele, se abrisse seus olhos. Engoliu com força, mas a imagem de Wrath nu, molhado, queimava em seu cérebro.
Novas Espécies eram circuncisados, ou pelo menos Wrath era. Também era maior que qualquer homem que já tinha visto pessoalmente. Revistas e vídeos pornôs não contavam, mas podia assegura-se em uma comparação de tamanho com eles. Ouviu que adrenalina podia ser um afrodisíaco, mas não acreditou nisto até aquele momento. O ataque que sofreu deviria tê-la feito perder o desejo por homens, sexo especialmente, mas ao invés disso pareceu apenas exaltar suas emoções. Assistir Wrath ensaboar seu corpo musculoso a fez sentir bastante desejo.
Olhou de novo para ele, incapaz de resistir à tentação. Era proporcionalmente grande por toda parte. Suas mãos moveram-se mais para baixo, o movimento parecia mais como uma carícia agora, pelo menos em sua mente. Sua respiração parou quando seus dedos enrolaram ao redor de seu pau, deslizou para baixo do eixo e abriu para cobrir suas bolas pesadas. A mão subiu, agarrou seu pau novamente e lentamente ia da ponta para a base. Virou a cabeça ao redor até que não pudesse mais vê-lo. Ele está se masturbando? O choque atravessou-a. Não pode ser. De jeito nenhum. Estou bem aqui e a porta está aberta!
Longos segundos se passaram, mas teve que olhar. Sua cabeça virou na direção dele, e olhou em seu rosto primeiro para ter certeza de que seus olhos ainda estavam fechados. Estavam. Corajosamente arrastou seu olhar para baixo do corpo macio, lustroso e sensual, e aquela mão ainda trabalhava em seu pau rígido. Calor aquecia seu rosto à medida que assistia. Estava ensaboando lá, seus dedos agarravam o eixo firmemente e sua outra mão erguia-se contra a parede do chuveiro. Seus quadris lentamente balançavam para frente e para trás de um modo sensual, que a possibilitou imaginá-lo fodendo alguém naquele método lento e provocativo.
Seus seios doíam e podia sentir o quão úmida estava entre suas pernas, excitada pela visão do que ele estava fazendo com seu próprio corpo. Sentia-se mais quente, sabendo que ele não sabia que o observava. Isso a fazia parecer safada e completamente imoral. Uma pessoa decente continuaria de costas, mas não conseguia mover-se, seu foco travou em cada movimento. Seu pau pareceu crescer mais e seu corpo ficou tenso, os músculos esticaram, ficaram mais definidos enquanto ele gozava. Sua cabeça foi toda para trás, seus lábios se separaram e suas presas caninas brilharam. Ouviu-o gemer.
— Oh porra, sussurrou, e virou a cabeça antes que a pegasse assistindo-o como a espreitadora que era, e olhou fixamente para a parede. Seu coração martelava, seu corpo coçava, e seu clitóris pulsava. Wrath era tão sensual que se sentiu toda morna.
Imaginou que também foi afetado pela violência desde que estava obviamente excitado. Claro que com homens era provavelmente causado pela agressão de lutar, mas sua excitação era totalmente sua culpa do espetáculo que ele lhe deu.
Seus sentimentos estavam ligeiramente feridos. Por que ele não deu em cima dela se queria sexo? Olhou para baixo e fixou-se em seu corpo. Wrath era perfeito e ela não era. Lágrimas queimaram atrás de seus olhos e lutou contra elas. Sabia que era estúpido sentir-se desse jeito, mas machucava. Sabia que suas emoções estavam exaltadas depois da tensão que tinha passado. Não vá por aí e se sinta rejeitada, droga. Forçou seus pensamentos sobre seu peso para longe. Homens assim não ficam com mulheres como você. Eles namoram aquelas meninas magricelas com peitos grandes que um cirurgião plástico perfeitamente alinhou.
Ouviu a água ser desligada, a porta do banheiro abriu, e ficou lá olhando fixamente para a parede, enquanto imaginava Wrath usando uma toalha para afagar por toda parte aquele corpo sensual para secá-lo. Segundos se tornaram um bom minuto.
— Meu banho acabou. Sua voz rouca a assustou, soando perto.
Virou a cabeça para olhar fixamente para ele por cima de seu ombro. Estava com uma toalha embrulhada ao redor da sua cintura, mas não vestia nada mais. Parou perto da cômoda, curvou-se e retirou uma cueca boxer. Seus olhos se encontraram quando ele se endireitou e a encarou.
— Vou soltar isto e colocar minha cueca. Você pode querer fechar os olhos.
Ao invés disso deu as costas a ele, olhando fixamente para a parede mais uma vez e o ouviu farfalhando ao redor. Contou até trinta segundos e moveu seu corpo, mudando de posição para se sentar e enfrentá-lo novamente. Wrath colocou uma cueca preta folgada e pegou a toalha que tinha jogado no chão. Deu um meio sorriso, retornado ao banheiro e colocou a toalha molhada no topo do chuveiro. Andou de volta para o quarto.
— Vou pegar aquele saco de dormir e o travesseiro no corredor, onde os soltei quando a ouvi gritar.
Abriu a porta e saiu do quarto. Viu que em suas costas havia múltiplos arranhões com sangue fresco correndo deles. O sangue que lavou não era apenas de Vegeance. Ofegou. Ele virou-se e franziu a testa enquanto olhava fixamente para ela.
— Suas costas estão sangrando.
Encolheu os ombros. — Estava com sorte. Caminhou para longe da vista.
Sorte? Ele realmente acabou de dizer isto? O que isto tem de sorte em ter marcas profundas de arranhões em suas costas? Retornou trazendo a roupa de cama, usou seu pé para fechar a porta, e largou tudo no chão. Abaixou-se e desenrolou a saco de dormir.
— Não tem medo de que alguém abra a porta, e bata em você com ela? Está meio perto.
Balançou a cabeça. — Vengeance será a primeira coisa que partirá de manhã, mas temos algumas horas antes que possam transportá-lo. Ele não passará por mim se conseguir escapar de Brass e quiser tentar reivindicá-la novamente.
— Ah. Você quer que eu faça um curativo em suas costas?
Ele atirou o travesseiro e endireito-se ficando de pé. Seu olhar escuro varreu o quarto, antes de caminhar para recuperar o pequeno kit de primeiros socorros que usou anteriormente, para limpar e colocar curativos em seus pulsos. Chegou mais perto dela com a caixa na mão.
— Seria bom se cuidasse dos meus ferimentos. Obrigado.
Aceitou o kit quando ele o estendeu. Sentou-se no chão na frente da cama. Chegou mais perto e ela pôs seus pés em cada lado dos quadris dele. Suas mãos tremiam ligeiramente quando abriu o kit, colocou-o na cama próximo a ela, e removeu o que precisava para limpar e colocar curativos nos ferimentos. Um olhar nisto a fez estremecer. Pareciam dolorosos, mas não estavam sangrando muito.
— Ele te arranhou feio.
— É nosso jeito quando lutamos.
— O que ele quis dizer exatamente quando disse que queria me reivindicar? Consegui entender que queria sexo, mas era mais do que isso, não era? Lauren queria distrair-se do fato de que estava tocando-o e que estava muito perto.
Wrath ficou tenso. — É sempre algo que ambas as partes devem concordar. O que ele fez foi tentar forçá-la e está errado. Quis reivindicá-la como sua companheira.
— O que isso quer dizer?
— É semelhante ao seu casamento humano, mas para nós Espécies isto vale pela vida toda. Você só se acasala com aquele por quem tem fortes sentimentos. Espécies se comprometem, até um deles morrer. Depois de um tempo nós marcamos o cheiro em nossas companheiras. Com alguns acontece muito rápido quando em outros pode levar algumas semanas.
— O que marcar o cheiro querer dizer? Nunca ouvi falar disso antes. Soprou nos cortes que limpava no caso de estarem ardendo. Ele não se esquivou e sua voz permaneceu tranquila enquanto falava.
— É para ajudar a formar um laço entre os companheiros. Um macho que marcar seu cheiro em uma fêmea, que só irá querer o cheiro dela ao redor dele, e ela apenas irá querer o cheiro dele ao redor dela. Isso conforta ambos, cheirando como seu companheiro. Uma vez que isso acontece, não conseguem suportar o cheiro de outros.
— Eles fedem?
Ele riu. — Não exatamente, mas outros sentem um cheiro diferente ou ruim em um casal acasalado. Não sei mais como explicar isso. Eles necessitam apenas um do outro e de mais ninguém.
— Li que algumas mulheres se casaram com alguns de seus homens. Aconteceu isso com aquelas mulheres? Sabe, como eu? Elas ficaram esquisitas com o cheiro dos homens?
Ele olhou para trás e deu um sorriso. Diversão brilhando em seus olhos escuros. — Não. Elas não têm nossa sensação de cheiro ou memória de aromas. Somos fortemente dependentes da nossa sensação de cheiro. O par que você mais ouviu falar é Ellie e Fury. Ela o ama e ele a ama. Quando nós acasalamos somos muito atenciosos com nossas fêmeas. Ele terá certeza de que ela nunca queira ou um precise de algo que não possa satisfazer.
Lauren ficou impressionada. — Isso parece bom.
— Você quer que Vengeance te reivindique? Wrath virou a cabeça em direção a ela, o aspecto de seus olhos escuros era quase assustador, sua expressão completamente raivosa.
— De jeito nenhum. Posso lhe dizer agora mesmo que se ele me reivindicasse certamente não seria para o resto da minha vida. Bem, talvez a morte nos separe teria funcionado, porque o teria matado na primeira chance que conseguisse.
Wrath relaxou. — Eu o teria matado se a forçasse a se acasalar com ele. Você não conseguiria matar um de nós, a menos que tivesse uma arma em suas mãos. Somos muito grandes, rápidos, e fortes para alguém do seu tamanho fazer qualquer dano.
Lauren não discordou. — Sim. Eu vi isto. Obrigada por lutar com ele. Estava apavorada.
— Eu sei. Senti o cheiro disto em você fortemente.
Lauren terminou de colocar o último curativo. — Bem, não devo mais cheirar a medo. Sinto-me segura com você.
Wrath inalou profundamente e seu corpo ficou tenso. Seu olhar caiu em seu colo, para olhar fixamente entre suas coxas. Inalou novamente lentamente e um grunhido suave estourou de seus lábios separados. Seus olhos se arregalaram quando encontrou o olhar dela.
— Você está excitada.
Ela sentiu a cor drenar de seu rosto. — O que?
Ele ficou de seus joelhos, agarrou as extremidades da cama, e cheirou novamente. A cor de seus olhos pareceu escurecer enquanto o observava. Um grunhido mais fundo veio de seus lábios separados, viu aquelas presas afiadas quando mordeu seu lábio inferior.
— Você está me assustando, ela admitiu.
— Você está excitada. Posso sentir seu cheiro, Lauren. Por quê?
Merda. Ele pode sentir que estou excitada? Não iria dizer-lhe que o assistiu quando se tocava no chuveiro ou admitir o quão excitante foi vê-lo se masturbar.
Ele inclinou a cabeça e fechou os olhos, inalando profundamente. Outro grunhido aliviou de sua garganta. Chegou mais perto para se debruçar e Lauren ofegou quando Wrath colocou seu rosto entre suas coxas cobertas pela calça de moletom. Inalou novamente, seu rosto apertado firmemente contra seu colo e um baixo rosnado veio dele.
Wrath queria uivar. O cheiro da necessidade de Lauren quase o enlouqueceu. Sabia que estava alarmada em ter seu rosto enterrado na junção de suas coxas, enquanto aspirava seu cheiro feminino, mas não conseguia recuar por nada. O cheiro dela era tão bom que não conseguia forçar seu corpo a mover-se.
O sangue correu para seu pau, o encheu, e teve que espalhar suas pernas para dar lugar ao volumoso endurecimento que sofreu. O desejo de impulsioná-la para baixo, rasgar as roupas do seu corpo e fodê-la era tão forte, que teve que agarrar a cama até que seus braços agitassem com a tensão. Ela ficaria apavorada se não recuperasse o controle. Era humana, não uma fêmea dos Espécies, e não ousava tentar tentá-la a compartilhar sexo com ele do modo normal. Ele a apavoraria por rosnar e mostrar pura exibição de domínio. Não a impressionaria exibir sua força.
Respirou fundo novamente, gemeu, e batalhou para a lógica assumir o comando. Não ficava com uma fêmea há muito tempo e eram sempre Espécies. Não confiava mais nele mesmo, depois de anos sendo drogado. O sexo se transformou em uma batalha brutal de vontades, e era por isso que não tentou iniciar sexo com ninguém desde que foi libertado. Duvidava que até mesmo uma fêmea Espécie quisesse ficar com ele. Não podia ter certeza de que seria seguro.
Memórias daquelas mulheres humanas, deitadas na cama com suas pernas escancaradas, enquanto usavam seus dedos e brinquedos sexuais em seus próprios corpos. As imagens o excitava enquanto uma máquina forçava sua semente a sair de seu corpo. Abriu a boca para respirar através dela, mas o cheiro de Lauren era forte suficiente para que sentisse o gosto. Apenas piorou. Seu pau pulsava dolorosamente, o desejo de fode-la se intensificou, e ele gemeu.
Não faça isso, ordenou ao seu corpo. Controle-se. Outra lembrança veio à tona, dessa vez uma nebulosa de quando tentou atacar uma fêmea humana, uma verdadeira, e isto esfriou seu desejo. No dia que foi libertado do cativeiro, estava muito drogado com as drogas que a Mercile o forçou a tomar, enfurecido por terem feito isso com ele, foi atrás de uma inocente porque odiava todos os humanos.
Brawn lutou contra ele para proteger Becca, sua companheira. Wrath estava muito confuso para entender o laço afetivo deles em seu estado alterado. Só viu seu corpo humano e quis matá-la em um ajuste de vingança. Isso o assombrava, sempre assombraria, e seu corpo relaxou. Seu pau ainda estava duro, mas conseguiu atar seus desejos.
— Wrath? A voz de Lauren estava agitada de medo. — O que você fazendo?
Ele não queria assustá-la, recusava-se a machucá-la de qualquer maneira, e isso o ajudou a se tranquilizar. Ela tinha uma necessidade e ele precisava enfrentar isto. Podia fazer isto sem perder o controle. Seria um teste e queria enfrentar seu medo de frente para ela.
Tomou uma decisão. Ele era Espécie. Forte. Um macho com o controle de seu próprio corpo, livre, e ninguém poderia fazê-lo machucar mais ninguém. Lauren era tão doce, seu aroma era tão bom, e estava curioso.
Wrath ergueu seu rosto e Lauren ficou chocada com a dor que viu em seu olhar escuro.
— Você cheira tão bem.
Sua voz era profunda, áspera, e devia tê-la assustado. Admitiu experimentar um pouco de medo, mas não a estava machucando. Seu comportamento era mais chocante do que apavorante. Seu corpo aqueceu mais enquanto se olhavam fixamente um nos olhos do outro. Ele estava tão perto que podia ter apenas erguido uma mão para tocá-lo, e o tempo parecia ter parado.
Sua respiração aumentou e parecia que estava procurando por algo no olhar dela. Apenas não estava certa do que. Rosnou e suas mãos largaram a extremidade da cama ligeiramente, para pousar em cima de suas coxas. Os dedos esfregaram e deslizaram para a cintura de sua calça de moletom, onde hesitaram. De repente empurrou. Ela aterrissou planamente no colchão. Seus dedos engancharam no cós e puxou. Ela olhou fixamente para baixo para olhá-lo, o olhar dele segurou o dela, mas não protestou.
— Não a machucarei, Lauren. Seu cheiro é tão bom.
— Wrath?
Não soube o que fazer, mas não quis dizer não a ele. Uma pequena voz a lembrou que não deveria estar considerando fazer sexo com um estranho, algo que nunca faria, mas Wrath era diferente. Toda aquela regra sobre nem mesmo beijar um cara até o terceiro encontro, de repente pareceu bem antiquada e estúpida, enquanto alguém tão sensual quanto Wrath estava tão próximo e o queria tanto.
— Feche suas coxas para mim.
Hesitou por um segundo, mas fez isto. Seu corpo parecia vivo, doía, e o desejo que escurecia seu intenso olhar, era razão suficiente para fazer como exigiu. Juntou suas pernas e as ergueu, enquanto ele puxava o material por cima de seus quadris. Isto deslizou para baixo de suas coxas até que ele as removeu.
Lauren sabia que deveria se contorcer, sair e dizer que parasse. Ele era Nova Espécie, um estranho, e não sabia muito sobre ele, mas o desejo dominou o bom senso. Nem conseguia se lembrar de estar tão excitada por um homem. Estava farta de arrependimentos—já tinha muitos deles, mas este não seria adicionado a sua lista.
Ele soltou a calça de moletom no chão, removeu suas meias, também, e se inclinou por cima dela agarrando seus joelhos. — Abra-se para mim. Não a machucarei.
— Eu… Tinha consciência sobre seu corpo nu e especialmente em mostrar seu sexo— espalhado para que ele examinasse. Nenhum cara realmente a olhou lá. Sempre ficou muito envergonhada e de certa forma não tocavam no assunto. Embora a curiosidade de saber o que iria fazer fosse forte.
— Você tem medo de mim? Ele fungou. — Não sinto cheiro de medo.
Suas bochechas ficaram mais mornas. — Eu, hã, as luzes estão acesas e estão bem claras.
Ele franziu a testa. — Não entendo.
— Você quer fazer sexo, certo? Podemos diminuir as luzes primeiro? Não quero que me veja. — Empurrou a camisa acima de seu colo para esconder sua nudez da metade para baixo.
— Por quê? Confusão era uma emoção fácil de ler em seu rosto.
— Ninguém nunca olhou para mim, lá embaixo, e se espalhar minhas pernas… Você está de joelhos. Vai conseguir ter uma boa visão.
— Seu rosto está um pouco vermelho.
— Estou envergonhada. Minha experiência sexual não é, bem, não dormi com muitos homens e aqueles que com quem dormir, não quiseram me ver com luzes brilhantes acesas. Não posso dizer que não fiquei chateada com isso. Estou um pouco acima do peso e ciente de como pareço nua.
— Abra-se para mim. Quero vê-la e acho que é muito atraente.
— Você está curioso? Podia entender isso. — Você já viu, merda, você é… — Não conseguia dizer. Wrath era muito atraente para ser virgem.
Ele se sentou em seus pés, franzindo a testa. — Eu sou o que?
— Já viu uma garota nua antes? Nunca realmente pensei sobre isso, mas você ficou preso por muitos anos. Toda sua vida, pelo que li. Acho que era como uma prisão.
— Compartilhei sexo, mas tem muito tempo. Suas características suavizaram. — Você está envergonhada?
— Sim. Soltou uma respiração aliviada, agradecida por ele não ser virgem. O pensamento de ter que ensiná-lo sobre sexo a estressava. Conversa sobre pressão. — Não fico confortável nua com a luz acesa.
— Você aprenderá a não ficar tímida comigo. Não existe nenhuma razão para isso. Seus dedos polegares esfregaram a parte interna de seus joelhos. — Abra-se para mim.
— Você quer dar um olhar em minha, hã, lá embaixo?
— Eu quero provar. Lambeu seus lábios e abaixou olhar para seu colo.
Sua boca abriu, mas nenhuma palavra saiu. O pensamento a excitou, mas ainda deixou-a nervosa. — Eu nunca, quero dizer, ninguém nunca… A vergonha a atingiu e percebeu que provavelmente não deveria ter admitido isso em voz alta. — Você não tem de fazer isto.
— Não tenha medo do meu domínio. Não machucarei você, Lauren. De repente deslizou seus dedos entre seus joelhos, arrastou-a mais abaixo na cama e forçou suas pernas a se separarem.
Isto a chocou e a intensidade dele tornou impossível que forçasse seus joelhos a se juntarem. Wrath de repente se curvou. Ar quente soprou em sua vagina exposta e uma língua quente traçou seu clitóris.
O choque a fez suspirar e seus dedos arranharam a cama. Não lutou, mas seu corpo ficou tenso. Wrath rosnou um som alto, animalesco, e a lambeu novamente. Ele apertou mais contra sua vagina, moveu sua língua e gemeu enquanto as sensações de prazer alcançavam o cérebro dela. A sensação era tão boa. Suas costas curvaram-se para fora do colchão.
Ele foi impiedoso com sua língua, lambendo e chupando o feixe de nervos. Rosnou, enviou vibrações contra seu clitóris, e ela arquejou. Não foi gentil quando empurrou suas pernas mais abertas e aninhou sua boca mais apertada contra seu sexo.
Parecia tão intenso que quase doeu. Metade dela se mortificou enquanto seus quadris apressavam-se contra a boca dele, mas não conseguia parar, agarrada na agonia da paixão. Sua boca ficou mais agressiva, e um gemido rasgou de sua garganta. Wrath estava fazendo coisas surpreendentes nela com seus lábios e língua. A sensação estava anulando tudo dentro dela até que tudo que restou foi prazer.
Chegou ao clímax com força, seu corpo estremeceu com a força disso, e Wrath afastou sua boca de seu clitóris. Suas paredes vaginais se contraíram em consequência disto, e sua língua de repente empurrou para dentro de sua vagina. Clamou seu nome, metade em choque e a outra metade pelo quão isto foi bom.
Ele a fodia com sua língua, escavava mais profundamente, e rosnava. Não se importou com o quão assustador soava. Medo era a última coisa que sentia enquanto ele se retirava e a se lançava novamente. Parou de se preocupar com qualquer coisa, exceto o modo com que a fazia estremecer com êxtase.
Ele lentamente retirou sua língua e ela abriu seus olhos para olhar fixamente para o teto, tentado recuperar a respiração, mas ofegou alto quando o dedo dele empurrou para dentro de sua vagina. Deslizou o dedo grosso profundamente, retirou, e um segundo dedo a esticou lentamente.
Ela arranhou a cama e curvou seus quadris contra sua mão. Ele pausou.
— Você é tão apertada. Estou te machucando?
Ela balançou a cabeça, incapaz de responder.
Pressionando mais, ele a fez receber ambos os dedos, e seus músculos apertaram ao redor deles. Rosnou e de repente tirou sua mão largando sua coxa assim, não a tocaria mais de jeito nenhum.
Lauren ergueu a cabeça para olhar fixamente para ele, ainda curvado sobre ela. Seus olhares se prenderam, ele olhava para ela com tal desejo em seus olhos que ela o agarrou. Suas mãos abertas, o persuadiram a chegar mais perto. Ele se ergueu mais acima, não permitindo que os dedos dela que o buscavam, tocassem em sua pele.
— Quero me enterrar dentro de você, ele falou áspero. — Mas não posso.
Ela franziu a testa. —Estou protegida contra gravidez. Tomo uma injeção de anticoncepcional a cada três meses. Se não tiver preservativos tudo bem. Não tenho nenhuma DST. Você tem?
— Não carregamos nenhuma doença. Não é por isso que não posso me enterrar em você. Quero tanto que machuca. Estou tão duro que isto chega a doer. Quero saborear e tocá-la por toda parte, mas cuidarei da minha dor. Só não quero alarmá-la.
— Não entendi essa parte sobre você cuidar da sua dor.
Ele abaixou a cabeça e esfregou o queixo em seu estômago. Suas mãos subiram por seu corpo, empurrando sua camisa emprestada mais a cima, até que passou por cima de seus seios. Seus olhos fixaram-se em seus seios e rosnou novamente. Moveu-se por cima dela e ela sentiu seu pau pesado e duro contra sua coxa. Abaixou à cabeça, sua boca abriu e ele lambeu o lado inferior de seu seio. Sua língua correu para cima até que alcançou seu mamilo. A boca de Wrath fechou acima do botão duro.
Lauren ofegou quando ele chupou seu bico tenso dentro de sua boca quente. Sentiu seus caninos afiados, mas não machucavam. Levantou suas coxas prendendo os quadris dele com a parte de baixo de suas pernas, o persuadindo a fode-la. Arqueou seus quadris até a cabeça do seu pau pressionar contra a fenda de sua boceta. Gemeu e apertou suas pernas ao redor de seus quadris, o puxando para mais perto até que ele começou a entrar. Seu pau era espesso e seu corpo protestou, não facilmente o aceitando, mas remexeu sua bunda, abriu mais suas coxas e cavou seus pés em sua pele.
— Toque-me, gemeu.
O corpo de Wrath ficou tenso acima do seu e um som baixo veio dele, quase um gemido, e tirou sua boca de seu seio. As mãos dele achataram na cama perto de seus ombros, empurrou para cima, e torceu os quadris. Não teve nenhuma escolha a não ser largá-lo, já que ele era forte o suficiente para forçá-la. Ele jogou o corpo para trás para longe dela e aterrissou de bunda no chão.
Lauren ergue-se para sentar-se e olhá-lo de boca aberta, perguntando-se o que aconteceu, e a expressão enfurecida em seu rosto a fez congelar. Ficou de pé e tropeçou em direção ao banheiro. Não fechou a porta e apenas escancarou a porta do chuveiro. Curvou-se, a água surgiu e ele entrou dentro do box. A porta do chuveiro fechou com força.
Lauren estava chocada. O assistia pelo vidro, mas ele não olhava para ela. Agarrou a loção para banho, esvaziou um montão em sua palma e abaixou sua mão para agarrar seu pau duro. Sua mão movia-se furiosamente, bombeando a carne dura.
O olhar dela voltou-se para seu rosto. OS olhos dele estavam apertados firmemente e sua cabeça abaixada. Mantinha seus olhos fechados. Ouviu um grunhido maligno sair de sua garganta e sua mão moveu mais rápida, quase violentamente. Seu corpo ficou tenso, seus músculos contraíram e então rosnou alto. Ela abaixou sua atenção para seus quadris e assistiu enquanto ele gozava. Seu sêmen bateu no azulejo na frente dele enquanto seu corpo tremia com cada bombeio de seu punho, que o fez continuar gozando.
Que diabos? Lauren sentiu-se machucada, assim como chocada. Ofereceu lhe seu corpo, mas ele preferiu se masturbar. Ele era bom demais para entrar nela? Ela não era atraente o suficiente? Lutou contra as lágrimas. Sabia que o cara era sexy, mas ainda assim pensou que a quisesse desde que quase a atacou com sua boca.
Rolou e puxou sua camisa até cobrir seu corpo, que ele deveria achar que não era atraente para rejeitá-lo. Ouviu o chuveiro desligar, mas manteve suas costas para o banheiro, enquanto lutava contra as lágrimas. O cara preferiu tocar a si mesmo a fazer amor com ela. Isso era devastador para seus sentimentos e seu orgulho.
Um minuto depois ele entrou no quarto. — Desculpe.
Lauren enxugou suas lágrimas e virou sua cabeça. Tinha uma toalha enrolada ao redor de sua cintura novamente. Sua aparência era severa quando seus olhares se encontraram.
— Por que você está chorando?
Odiou o som de pena em sua voz. — Você prefere se masturbar a me possuir?
Ele piscou. — Nunca entraria em você. Eu a machucaria e nunca arriscaria causar-lhe dor.
Confusão bateu com força nela. — Como você me machucaria?
Ele chegou mais perto, cautelosamente, e abaixou-se próximo à cama. A aparência de seus olhos suavizou. — Sou maior que seus machos e mais severo. Eu a machucaria, Lauren. Seria muito violento e a pegaria com força. Nunca entrarei em você ou farei com que sofra com meu corpo dentro do seu.
Lauren nem sabia o que dizer sobre aquilo. Estava sem palavras. Finalmente achou sua voz. — Então seja gentil.
Ele engoliu e seu pomo de Adão balançou. — Não tenho esse tipo de controle ou confio tanto em mim mesmo.
— Eu não entendo.
— Eu sei, mas fiz isso para protegê-la. Nunca a machucarei, Lauren. Nunca. Ele piscou. — Gostaria de abraçá-la e dormir com você em meus braços. Posso?
Lutou para entender sua lógica, mas o ponto principal era que queria dormir com ela. Assentiu. O cara não iria transar com ela, mas se empenhou no sexo oral. Era realmente bom nisto também. Tinha medo que lhe causasse dor e podia entender por que isso poderia ser uma preocupação. Seu pau era grande. Talvez tivesse machucado uma mulher antes porque era tão bem dotado. Sempre ouviu que maior era melhor, mas imaginou que poderia machucar.
Ele sorriu. — Obrigado. Gostaria de segurá-la em meus braços. Deixe-me colocar a cueca.
Ele levantou-se, virou, e abriu uma gaveta para pegar boxers limpas. Apenas soltou a toalha desta vez, continuou de costas e ela apreciou sua formidável bunda novamente. Assistiu-o curvar-se enquanto deslizava a cueca para cima. Seu olhar escuro bloqueou com o dela quando virou e lentamente chegou mais perto da cama. Era muito sensual vê-lo se mover daquele jeito, algo quase primitivo, e lembrou-se de que não era completamente humano.
Wrath chegou até ela e parou na extremidade da cama, e ela pôs sua mão em cima da dele. Suavemente ele a puxou de pé. Sorriu e a soltou para arrumar a cama para eles puxando os cobertores para baixo. Lauren não mencionou que iriam ter um problema para se ajustarem naquela cama, a menos que ficassem realmente agarrados no espaço limitado. Wrath se voltou para ela.
— Tire a camisa. Quero te ver e te tocar novamente.
Ela hesitou, mas Wrath não. Agarrou sua camisa e lentamente puxou por cima de sua cabeça. Lauren parecia imediatamente tímida, enquanto estava nua na frente dele. Seu olhar aquecido abaixou e lentamente deslizou por seu corpo. Um grunhido suave partiu de seus lábios separados. Seus olhos encontraram os dela.
— Deite-se para mim e abra as coxas. Quero te saborear novamente.
Seu coração perdeu uma batida, surpresa por ele querer cair nela novamente. Sexo oral significava saborear para ele? Fez uma anotação mental daquilo, mas moveu-se para se deitar de costas na cama. O nervosismo a atingiu por estar completamente exposta a sua visão, mas não pareceu notar seu peso em excesso, julgando pelo jeito como se apressou e sentou-se na extremidade do colchão. Uma mão curvou ao redor da parte interna de sua coxa, empurrou separado-as, e torceu seu corpo para encará-la, enquanto se abaixava para ficar mais perto. Outro dos seus grunhidos sensuais encheu o quarto e ela estava aprendendo rápido, isso queria dizer que estava excitado.
Lauren fechou os olhos. Isto ajudou a ficar menos tímida em relação ao seu corpo, enquanto suas mãos a abria. Ele a lambeu e sua língua parecia divina enquanto brincava com seu clitóris. Gemeu quando ele rosnou, criando vibrações suaves em cima do feixe de nervos. Virou sua cabeça quando sua paixão acendeu, depressa se recuperou da hesitação de tê-lo fazendo qualquer coisa que quisesse com seu corpo, e olhou fixamente para seu colo. Ele se sentou na extremidade da cama, encarando-a enquanto virava seu torso o suficiente para alcançar sua vagina. Sua cueca estava levantada na frente com a ereção espessa que não podia ser escondida.
Foi fácil torcer a parte de cima de seu corpo no colchão, e estendeu a mão para agarrá-lo pelo fino material preto. Seu pau estava muito duro, enquanto o acariciava. Sua reação foi instantânea. Sua boca rompeu para longe de sua boceta e ele rosnou, enquanto empurrava a cabeça para cima para encontrar seu olhar surpreso.
— Não faça isso.
— Eu quero tocá-lo também.
— Isso não é uma boa ideia.
— Por favor?
Rosnou novamente enquanto largava suas coxas e se sentava. — Meu pau é maior do que dos seus machos e no final eu incho. Acontece logo depois que experimento um intenso prazer. Posteriormente ficarei inchado por alguns minutos. Não quero fazer você se assustar comigo.
Aquela notícia era um pouco atordoante. — Você incha como?
— Eu incho logo após gozar. Sou diferente… alterado, Lauren. Esse é um das formas. Esta é outra razão por não entrar em você. Fica mais grosso em torno da base do meu pau, e causaria dor e desconforto para você. Se estiver dentro de você quando acontecer, não poderia deixar seu corpo até a inchação passar. Nossas fêmeas gostam disso, mas nem todas as suas fêmeas gostam pelo que fui informado.
— Já dormiu com alguém como eu antes?
Ele pareceu severo. — Não. Não compartilho sexo com uma fêmea há muito tempo. É por isso que nunca entrarei em você.
Ela olhou fixamente em seus olhos. Eles tinham uma aparência que quase poderia chamar de assombrada. — Pensei que talvez você apenas não quisesse entrar em mim.
Ele rosnou. — Quero tanto que machuca.
Lauren lambeu os lábios. — Tire a cueca. Quero tocar em você. Você não me assustará se inchar.
Ele estudou seus olhos por longos momentos antes de assentir. — Não quero machucar você, Lauren.
Ela o observou levantar e hesitar, quase como se esperasse que tivesse medo dele. Só tirou a cueca quando pareceu certo de que ela estava bem. Seu pau era grande, grosso e impressionante. Wrath ficou perfeitamente quieto com sua inspeção.
— Sente-se, ela colocou seus quadris um pouco mais próximos a parede, para dar-lhe mais espaço. — Não estou com medo, Wrath.
Ele hesitou antes de lentamente abaixar sua bunda para a extremidade da cama. Pausou novamente antes de virar o suficiente para que pudesse alcançá-lo. A mão dela ergueu e suavemente agarrou seu rígido eixo de aço. A pele quente e firme parecia boa para se tocar, e lentamente ergueu o olhar para observar o rosto dele, enquanto o acariciava para cima e para baixo.
Ele inclinou a cabeça para trás, sua boca separou e suavemente rosnou. Seus dedos agarraram a extremidade da cama, e os nós dos dedos ficaram brancos de agarrar o metal, quase como se estivesse com medo de tocá-la. Isso a deixou mais descarada enquanto se contorcia para ficar na vertical, o largou, e seus olhares se encontraram enquanto saia da cama.
— Obrigado por me tocar. Sua voz saiu realmente áspera, a paixão chamejou em seus olhos, e ele deu-lhe um olhar curioso. — O que está fazendo?
Ela ajoelhou na frente dele, viu seu choque enquanto seu olhar arregalou e ela sorriu. — Abra suas pernas. Quero tocá-lo mais.
Ele hesitou, mas suas pernas se separaram para permitir que se aproximasse dele. Notou que suas mãos permaneciam presas na extremidade da cama, como se fosse uma corda salva-vidas. Parecia inseguro e intranquilo de repente, com suas posições trocadas. Lauren o agarrou, decidindo que ele parecia fofo e sensual ao mesmo tempo. Sua mão fechou em seu pau rígido. Seus dedos não tocavam no seu dedo polegar, não podia fechar a mão nele. Ele suavemente rosnou.
Sua outra mão segurou nele mais acima, percebeu que era definitivamente uma pegada de duas mãos, e sorriu. Suas mãos exploraram seu comprimento duro. Sua pele parecia macia como cetim, mas debaixo daquela pele estava tão duro que não havia como deixar de notar sua ereção. Rosnou novamente, mais fundo. O olhar de Lauren voou até seu rosto para achar seus olhos fechados, e suas presas afiadas reveladas, enquanto respirava fortemente.
— Posso ver por que teve medo de me machucar, disse suavemente. — Você é maior e mais espesso que qualquer um que já vi. Embora não tenha visto muitos homens nus, mas você definitivamente é impressionante.
— Suas mãos são tão suaves. Não existe nenhuma aspereza nelas, gemeu. — A sensação é tão boa.
Aspereza? Não entendeu aquilo e parou de movimentar as mãos. Seus olhos abriam. Algo em sua expressão deve ter lhe dito que se perguntou o que estava querendo dizer. Estendeu sua mão e colocou a palma em cima de sua coxa.
— Nossas fêmeas têm mãos como as minhas.
Largou seu pau para sentir sua mão. Suas palmas tinham a pele mais áspera, quase como calos leves. Seus dedos traçaram acima de seu dedo indicador. Esfregou a ponta interna e sentiu que havia pele mais áspera lá também. Compreendeu. As mãos dela era toda suave.
— Presumo que você não tenha loção, tem?
— Dentro da gaveta superior da cômoda. Sorriu para ela. — Nós fazemos muito sexo. Você sempre achará uma loção em nossas malas. Precisamos dela para encontrar liberação sexual frequentemente.
Ela sorriu de volta, divertida pelo fato dele ser tão sincero sobre se masturbar. Nunca conheceu alguém como ele. A maioria dos homens morreria antes de admitir algo assim. Ele francamente discutia sobre isto e sorria. Abriu a gaveta e achou um grande frasco de loção de bebê. Sorriu e abriu a tampa.
— Você estava sendo ambicioso quando comprou isto.
— Eu não entendo.
— Você pensou que precisaria de muita loção. Isto é ambicioso. Entende?
— Acabo com um desse em menos de uma semana. Nós realmente fazemos muito sexo. Sou canino. Estou sempre excitado.
Ela arqueou uma sobrancelha. — Quantas vezes você usa essa loção em um dia?
Ele estava ainda sorrindo. — Pelo menos uma dúzia de vezes.
Quase soltou a garrafa. — Quantos anos você tem?
Encolheu os ombros. — Eu não sei com certeza. Os doutores supõem da melhor forma que conseguem pelos nossos ossos e dentes. Perdemos a linha de tempo dentro das instalações de teste. Os doutores acham que estou em meados dos trinta. Seus machos humanos não fazem isto?
— Sim, mas não tanto. Quanto mais jovens os homens são, mais eles fazem isto. Diminuem a velocidade quando ficam mais velhos. Pelo menos é como entendo, mas não sou nenhuma perita.
Wrath assentiu. — Pensei que os machos humanos eram iguais sobre isso.
— Agora as mulheres são o oposto ou pelo menos eu sou.
Seus olhos se estreitaram. — O que quer dizer?
— Minha vida sexual não era tão boa quando era mais jovem. Estou alcançando os trinta agora e minha vida sexual está muito movimentada hoje em dia.
— Então você tinha dormido com Bill. Seus olhos estreitaram e sua boca ficou tensa.
— Não. Franziu a testa para ele. — Eu cuido de mim mesma.
Ele arregalou os olhos surpreso. — Você toca em si mesma?
— Frequentemente. É por isso que não preciso me preocupar em dormir com homens.
— Não sabia que fêmeas normais fazem isso. As nossas não fazem. Se precisarem de sexo, apenas acham um macho para cuidar delas.
— Fêmeas normais?
Ele pausou. — Essa não é a palavra certa. Você não é um dos humanos que trabalham fazendo vídeos para excitação sexual. Pensei que apenas elas se tocavam, para persuadir os machos a estarem interessados em sexo, porque são pagas para fazer isso.
Lauren fixou a loção no chão e tentou esconder sua surpresa com a resposta dele. Não estava certa como responder aquilo, e decidiu deixar passar. Os meninos adolescentes provavelmente não usavam tanta loção como Wrath usa. Estava impressionada. Talvez Novas Espécies não diminuíssem a velocidade, quando ficam mais velhos. Esfregou suas mãos e agarrou seu eixo duro novamente.
Seu sorriso morreu e um grunhido arrancou de sua garganta. Seu olhar bloqueou com o dela. — A sensação do seu toque é tão melhor que qualquer coisa que já senti.
Sorriu, esperando que estivesse falando sério. Acariciou-o da coroa de seu pau até a base, suas mãos explorando cada centímetro, e observou sua expressão tentando ver o que ele gostava mais. Mais grunhidos suaves.
— Mais rápido, ele persuadiu. — Por favor.
Lauren apertou seu pau, massageando-o mais rápido. Sentiu seu corpo ficar tenso e a carne em suas mãos ficar mais grossa. Não podia deixar de encarar como a circunferência de seu eixo se expandia em suas mãos. Não ficou mais longo, mas conseguiu notoriamente ficar mais grosso próximo a base. Ele rosnou mais alto e seu corpo estremeceu. Lauren pôs sua mão em cima da coroa e o calor morno espalhou-se pela sua palma. O cara tinha força até com isto. Sentiu a pressão quando seu sêmen disparou.
Ficou fascinada, assistindo suas expressões faciais, enquanto seu desejo esfriava e seu corpo relaxava. Inspirou com força, seus mamilos estavam eriçados e mais uma vez o julgou o homem mais sensual vivo. Um pedaço minúsculo de orgulho inchou dentro dela, por ter conseguido fazê-lo gozar, e parecer que apreciou tanto o seu toque. Sorriu quando seus olhos abriram e o olhar que lhe deu derreteu seu coração. A ternura estava lá e tão aconchegante que quis beijá-lo.
Ele de repente chegou mais perto e ela segurou sua respiração, achando que faria exatamente isto, mas seu rosto parou a centímetros do dela, quando ele passou para o chão. Agarrou a camisa que ela tinha vestido e a ergueu. Desapontada, abaixou seu olhar para escondê-lo enquanto ele suavemente limpou suas mãos de todos os rastros de loção e de seu gozo.
— Vou querer que faça isso novamente se continuar me tocando. Sua voz saiu rouca, suave, e sensual.
Ele descartou a camisa, e agarrou seus quadris, e ela ofegou do choque com a força dele quando a ergueu. Suas mãos agarraram seus bíceps para evitar lançar o rosto para frente contra o tórax dele, e ele a virou em seus braços. Caiu de costas no colchão e Wrath de repente a largou para agarrar suas coxas. Rosnou, seu olhar foi para sua vagina e deslizou para fora da cama para curvar-se sobre ela.
Lauren pode apenas ofegar quando sua boca a procurou, sua língua indo direto para seu clitóris, e ele chupou. Jogou sua cabeça para trás, arranhou a roupa de cama só para ter algo para agarrar, e o prazer rolou por ela. Isto parecia um ataque dos melhores, enquanto sua boca impiedosamente a levou para um clímax rápido.
Wrath largou suas coxas, deslizou suas mãos abaixo por sua bunda e costas e a ergueu, colocando-a de lado olhando para longe dele. Subiu sobre a cama estreita com ela, puxou o cobertor contra seu grande corpo, e a fez erguer a cabeça para pôr seu braço debaixo da sua cabeça para ser o travesseiro dela. Prendeu-a firmemente, seu outro braço enganchando ao redor de sua cintura, e seu pênis duro achou uma casa na junção de suas coxas. Lábios mornos aninharam-se ao lado de seu pescoço.
— Isto está confortável para você?
— Você está excitado de novo.
Ele riu. — Sempre estarei duro enquanto estiver perto de mim. Durma Lauren. Você está cansada e eu preciso descansar também.
O corpo de Wrath era mais quente que o seu, ou talvez ainda estivesse corada com o que fez com ela. De qualquer modo adormeceu depressa. Tinha sido um longo e estressante dia, mas se sentia segura em seus braços. Enquanto dormia, Wrath a cheirou, seu agarre apertou, e ele sussurrou. — Você se encaixa tão perfeitamente em meus braços e quero ficar com você. Se minha vida fosse diferente talvez nosso tempo não tivesse de ser tão curto.
Wrath soube quando Lauren adormeceu—sua respiração diminuiu e seu corpo relaxou contra o dele. Tê-la em sua cama parecia certo e ela se encaixava perfeitamente lá. O desejo de mantê-la se tornou tão forte que teve que resistir ao desejo de embrulhar seu corpo ao redor dela protetoramente.
Seu coração acelerou e sua respiração aumentou quando pensou em perdê-la. Isto aconteceria quando a equipe localizasse Bill. Ela seria libertada e não teria nenhuma razão de mantê-la com ele. Seria devolvida ao seu mundo onde nunca a veria novamente.
Um grunhido ameaçou emergir, mas o sufocou. Ela era pequena e podia facilmente forçá-la a ficar com ele. De jeito nenhum se livraria dele se decidisse evitar que isso acontecesse. Uma parte dele desejava fazer isso, mas o lado lógico se mobilizou contra aqueles impulsos loucos. Ela merecia sua liberdade, não era algo que podia apenas manter, e o odiaria se a enjaulasse. Ele não queria isso.
Um tremor correu pelo seu corpo inteiro, com a memória de suas mãos o tocando e ele a cheirou. Cada inalação lenta pelo seu nariz acumulava mais de seu aroma, e pareciam alcançar sua alma. A possessão que sofria era ruim. Era errada. Estava danificado por dentro e isso era só mais uma evidência desse fato. Nenhum macho consideraria as coisas que estava pensando.
Ele a libertaria quando capturassem Bill. Não existia nenhuma outra opção. As coisas entre eles não tinha avançado para um ponto sem volta. Evitou causar-lhe qualquer dano, algo de que ficou orgulhoso, e a apreensão aliviou de seus músculos. Lauren não era sua para mantê-la. Apenas precisava lembrar a si mesmo disto frequentemente.
Lauren despertou assustada com o som da água corrente e a porta do chuveiro fechando. Seus olhos abriram e virou a cabeça para olhar para o espaço vazio ao lado dela. Wrath estava dentro do chuveiro. Podia vê-lo já que tinha deixado a porta do banheiro aberta, e observou quando inclinou a cabeça para trás no jato d’água. Um sorriso curvou seus lábios enquanto lavava seu cabelo.
O desejo de juntar-se a ele a fez se sentar, afastou o cobertor que a cobria e ficou de pé. A visão de suas mãos ensaboadas esfregando seu tórax a fez chegar mais perto. Era fascinante ver seus mamilos endurecerem. As palmas de sua mão deslizando mais para baixo para seu estômago plano, firme, e o desejo percorreu através dela quando ele ensaboou o pênis. Ele estava duro novamente, uma visão que apreciava, e ela entrou no banheiro.
Wrath virou a cabeça, seus olhos abriram e sorriu-lhe pelo vidro claro. Ela sorriu de volta, usou o banheiro rapidamente, e decidiu juntar-se a ele enquanto tirava o sabão da pequena quantidade de cabelo que tinha no topo de sua cabeça. Pareceu surpreendido quando ela abriu a porta para entrar no apertado box com ele. Recuou até lhe dar espaço, mas seus olhos pareceram escurecer.
— Você não devia entrar aqui comigo.
Humilhação bateu com força. — Oh. Desculpe. Virou-se, empurrou a porta tentando fugir. Estava machucada. Presumiu que ele lhe daria boas-vindas. Obviamente estava errada.
Uma mão ensaboada disparou e agarrou seu braço antes que pudesse fugir. Lauren virou sua cabeça e olhou fixamente em seu rosto franzido.
— Você tem um rosto expressivo e vi dor, como se a tivesse rejeitado. Este não é o caso. Meu controle não é muito bom pela manhã até que eu tome banho e coma. Nunca pense que não te quero Lauren. Só não acho que é seguro para você estar aqui comigo agora.
— Por que não?
Hesitou. — Posso levantar você, te inclinar contra a parede e te pegar. Sua voz afundou enquanto falava. — Preciso de mais tempo depois que acordar, até estar nua perto de mim. Foi difícil o suficiente sair da cama com seu corpo contra o meu.
Lauren virou para enfrentá-lo. — Nós podíamos fazer outras coisas além de fazer sexo. Olhou para baixo do seu corpo. — Deixe-me tocar em você.
Ele hesitou, mas rosnou. O som a fez sorrir e seu pau ficou mais longo e mais duro, enquanto o assistia responder fisicamente. Chegou mais perto para alcançar a loção corporal, abriu e esvaziou um punhado em sua palma. Uma mão agarrou seu pau enquanto punha a garrafa de volta. Duas mãos o agarraram quando se debruçou para mais perto. Sua boca abriu e fechou em seu mamilo.
Ele rosnou. Provavelmente teria se assustado muito antes, mas não tinha medo de Wrath agora que sabia que quanto mais alto ele rosnava, mais parecia ficar excitado. Apertou suas costas contra o azulejo, curvou os quadris e deu-lhe total acesso, enquanto abria mais os pés separadamente. Ela largou seu eixo para correr uma mão entre suas coxas e suavemente massageou suas bolas.
Seu tórax vibrou contra seus lábios enquanto chupava seu mamilo, apertou seus seios contra sua barriga, e o marcou suavemente com as unhas de ambas as mãos. Ele sugou o ar, rosnou alto, e suas mãos agarraram seus quadris.
Ele não a empurrou, mas ao invés disso agarrou-a. Seus quadris balançavam lentamente e ela acariciava seu eixo com uma mão, enquanto continuava a usar a outra mão para provocar seu corpo, e sua boca partiu de um mamilo para lamber o outro. Olhou para cima para vê-lo na agonia da paixão. Seus olhos estavam fechados, seus caninos apareciam e gemia enquanto rolava sua cabeça contra o azulejo.
Seu corpo ficou tenso e ficou parado daquele jeito. Parecia quase como uma escultura de carne e osso sexy, para ela. Sacudiu sua língua em seu mamilo e então o beliscou com seus dentes. Seu corpo inteiro tremeu, e de repente ele se jogou contra suas mãos com tanta força, que Lauren quase bateu na parede e provavelmente teria se as mãos dele não a estivessem segurando. Seu eixo inchou em sua mão e usou ambas para socá-lo, o acariciou mais rapidamente, e sabia que ele estava no limite de gozar com força. Gemeu antes do jato de sêmen quente bater em seu estômago. Wrath parou de se mover exceto pela sua respiração pesada.
Lauren sorriu e o largou. Pegou a loção corporal para limpá-lo. Seu olhar apreciava as feições relaxadas de Wrath e o pequeno sorriso que tocava em seus lábios. Começou a lavar seu peito com suas mãos, amando tocá-lo e ele não estava mais protestando.
Seus olhos abriram. — Eu te quero em todos os meus banhos.
Ela sorriu. — Também não me importaria de você estar em meus banhos também.
De repente a virou até que as costas dela apertassem firmemente em seu estômago e peito. Debruçou-se e suas mãos deslizaram para baixo de seus quadris, até a frente de suas coxas. Seus dedos agarraram as partes internas de suas coxas e suavemente aplicou pressão.
— Se abra para mim e agarre a parede na sua frente. Curve-se, sussurrou em sua orelha.
A excitação bateu com o fato de que a pegaria por trás. A ideia de ser fodida por Wrath fazia coisas com ela, coisas boas, e a deixou instantaneamente quente por toda parte. Nunca quis tanto alguém em sua vida inteira ou se sentiu tão pervertida com alguém tão depressa. Colocou suas mãos debaixo da água para lavar o sabão, aplanou suas palmas na parede enquanto se curvava na frente dele, e se preparou. Suas pernas separaram para dar lugar para ele.
Suas mãos acariciaram por dentro de suas coxas, uma mão cobriu sua vagina e ela gemeu quando os dedos dele esfregavam contra seu clitóris. A água batia em suas costas, mas mal notou enquanto ele continuava a tocá-la, sua excitação se elevava, e esperou que ele a adentrasse por trás. Seus dedos deixaram seu clitóris e ofegou quando um dedo de repente deslizou para dentro. Ele rosnou atrás dela quando a encontrou pronta para recebê-lo, retirou-se, e ela apertou os olhos bem apertados, pronta para que a fodesse.
Não foi seu pau que penetrou sua vagina, mas ao invés disso, dois dedos a penetraram. A sensação maravilhosa de estar sendo esticada devagar por ele, a fez gemer e apertar de volta contra sua mão. Wrath curvou mais acima dela, apertou seu corpo contra ela, e a atormentou a fodendo com o dedo.
— Tão apertada, sussurrou próximo a sua orelha. — Tão morna e molhada para mim. Estou te machucando?
Não podia falar, mas balançou a cabeça. Separou mais seus pés, até que as extremidades do box do chuveiro a contivesse de se espalhar mais. Suas costas se curvaram e remexeu contra seus dedos, o persuadindo a pegá-la. As palavras finalmente vieram.
— Me foda, Wrath. Por favor?
Ele rosnou, mas retirou os dedos. Mordeu seu lábio, esperando seu pau apertar contra ela, mas ao invés disso, ambas as mãos agarraram suas costelas. Ele era forte o suficiente para afastá-la da parede e a virou em seus braços. Seus olhos se arregalaram enquanto olhava fixamente para ele surpresa, enquanto encaravam um ao outro.
— Envolva seus braços ao redor do meu pescoço.
Não hesitou. Ele se curvou o suficiente para facilitar para ela, um de seus braços bloqueou ao redor de sua cintura e a ergueu tirando seus pés do chão. Suas costas apertaram contra a parede enquanto o corpo dele a prendia lá. Seus olhares bloquearam enquanto estudavam um ao outro.
— Coloque suas pernas ao meu redor.
Sua voz saiu áspera, severa, e soou mais animalesca que humana. Não se importou. Apenas ergueu suas pernas. Era difícil de enrolar ao redor dele com seus corpos molhados, mas teve ajuda quando ele agarrou suas coxas para içá-la mais alto. Agarrou-o apenas acima de sua cintura e enganchou seus tornozelos juntos.
A mão debaixo de sua coxa tocava seu clitóris e ela largou seu rosto contra seu ombro, gemendo, e gritou quando dois dedos entraram em sua vagina, a fodendo rápido e profundo, enquanto seu dedo polegar batia contra seu clitóris. O prazer se tornou tão intenso que não conseguia pensar e a prendia tão firmemente que nem podia se movimentar.
Lauren gozou gritando, mas sua boca apertou contra sua pele, abafando o som. Seu corpo estremeceu e suas pernas começaram a deslizar quando não pode esperar mais por ele. Wrath não a deixou cair. Torceu seus dedos dentro dela e ela gritou novamente. Estremeceu com força, ainda no clímax, enquanto ele batia os dedos bem contra seu ponto G. Continuou fazendo isso até que implorou que parasse incapaz de aquentar mais. Seus dedos lentamente foram retirados e ergueu a cabeça até que pudesse olhar fixamente em seus olhos sensuais.
Ergueu-a em seus braços até que seus rostos ficaram nivelados. Rosnou e de repente enterrou seu rosto na curvatura de seu pescoço, e dentes afiados agarraram sua pele. Não a mordeu, mas não estava alarmada em senti-los. Confiava em Wrath. Seus braços apertaram ao redor do pescoço dele, e envolveu suas pernas ao redor dos seus quadris novamente uma vez que se recuperou do clímax intenso. Seu pau estava preso entre seus corpos, mas ele a subiu mais em seus braços até que ficasse livre, a abaixou até seu comprimento duro descansar contra a junção de sua boceta, e rosnou novamente.
— Converse comigo, ele sussurrou.
— O que você gostaria que eu dissesse? Isto foi maravilhoso.
— Fale para que não entre em você.
— Eu quero que entre.
Ele gemeu. — Eu a machucaria.
Lauren apertou seus quadris com suas coxas e usou a potencia de seu corpo para se mover contra ele eroticamente. — Quero você.
Ele rosnou e agarrou suas coxas. Lauren ficou surpresa quando a forçou a desenrolar suas pernas de seus quadris. Suas mãos empurrando suas pernas. Sua ereção ficou presa entre suas coxas.
— Segure em mim. Consegue se segurar?
Lauren apertou mais ao redor do seu pescoço. — Sim.
Olhou fixamente para ela e de repente contraiu seus quadris para cima. Seu pau não a penetrou, mas a força dele dirigindo-se entre suas coxas a teria jogado para cima se ele não estivesse segurando-a tão forte. Ela ofegou e ele rosnou.
— Eu a pegaria com muita força. Você entende? Uma vez que entrar em você ficarei mais grosso. É muito pequena lá dentro. Eu lhe causaria dor e não farei isso.
— Seja gentil. Iremos devagar.
Ele virou a cabeça e fechou os olhos. — Tenho problemas que não entende. — Recuou e ela teve que recuperar seu equilíbrio, quando balançou seus quadris o suficiente para forçar suas pernas a deslizarem.
— Vá. Largou-a, abriu a porta do chuveiro, e suavemente a empurrou para fora do box.
Atordoada, Lauren se encontrou gotejando no chão do banheiro. Wrath fechou a porta do chuveiro entre eles, mantendo-a fechada, e agarrou seu pau. Ela recuou, quase não conseguindo pegar uma toalha em seu estado desnorteado, mas não deixou de perceber quando ele largou a porta e pegou o sabão.
Gozou na frente dela, quase um show brutal de músculos e força, e o medo subiu por sua espinha. Se a pegasse tão grosseiramente quanto manuseava seu corpo iria machucá-la. O fato de que estava sofrendo a deixou cambaleante, enquanto recuava para fora do banheiro, finalmente virou-se para longe dele e tropeçou até a cama.
Shadow olhou para Brass, então para seu relógio. Brass franziu a testa quando olhou para ele novamente. Shadow suspirou.
— Já passou das oito.
Brass assentiu. — É.
— Nós devíamos dar uma olhada neles? Wrath normalmente está aqui para comer às seis quando o café da manhã chega. Sua comida esfriou.
Brass balançou a cabeça. — Ouvi sons quando passava pelo quarto. Deixe-os em paz.
— Que tipo de sons? Shadow arqueou a sobrancelha.
Brass sorriu. — Ele não a estava forçando a fazer sexo, se é com isto que está preocupado. Estavam compartilhando sexo com certeza pelos sons, mas era mútuo. Ouvi a fêmea gemendo seu nome.
— Não sei se deveria estar preocupado ou feliz agora.
Brass franziu a testa. — Devíamos estar felizes. Ela é atraente e estão se divertindo juntos.
— É Wrath. Nós dois temos razões para nos preocupar.
Brass hesitou. — É uma experiência diferente com humanos, mas nada para se preocupar. Temos o controle de nossos corpos e força. Ele ficará bem e ela também.
— Você nunca teve que suportar o que nós suportamos. A voz de Shadow baixou. — Fomos condicionados a sermos contra fêmeas humanas. A visão de seus corpos nos enraivece, quando lembramos o que fizeram conosco. O sexo não era atraente, mas vergonhoso e doloroso. Ambos ficamos apavorados que possamos estourar se tivermos com uma fêmea em nossas camas. Nós discutimos isto extensivamente.
— Sinto muito pelo que aconteceu com vocês, mas estou certo de que está bem. Ele é um macho sensato, é protetor com ela, e acredito que se importa com ela.
— Ver uma humana nua reviveria o que fizeram conosco. Você nunca foi forçado a ejacular seu sêmen—a máquina não pára e machuca. Seu pau permanece duro porque somos instigados desta maneira, e horas de dor passam por apenas curtos períodos de prazer, enquanto seu corpo é forçado a gozar. Mostravam imagens de mulheres humanas para manter nosso pau duro com ajuda de drogas.
Brass empalideceu ligeiramente. — Esqueci-me da extensão de seu abuso.
— Wrath teve medo ontem à noite em levá-la para seu quarto. Sua atração por ela era muito forte.
— Ela é atraente.
— Você não tem ideia. Depois que partiu para conversar com Vengeance, pedi para que soltasse seu cabelo. Wrath derrubou um prato de comida.
Brass resmungou. — Longo e bonito?
Shadow assentiu. — Definitivamente um cabelo que um homem iria querer espalhar com os dedos e esfregar em seu corpo. Pareceu muito macio.
Brass olhou para seu relógio. — Se não estiver aqui logo partiremos sem ele.
— Devíamos dar uma olhada neles para nos certificar que estão bem.
— Eles soavam bem. Talvez a necessidade de protegê-la esteja substituindo seu condicionamento. Ela não estava gritando por ajuda quando disse seu nome.
— Ainda estou preocupado.
— Tenha fé no macho. Eu tenho.
Shadow hesitou. — Ele sempre foi mais forte que eu. Tenho que acreditar que não a machucará. Partiremos sem ele de qualquer maneira. Um de nós tem de permanecer para trás para proteger a fêmea ou teremos que confiar em alguns dos machos humanos para cuidar dela aqui, enquanto estivermos fora.
Os dedos de Brass bateram na mesa. — Estava esperando levá-la conosco. Queria usá-la para atrair Bill. Daremos a eles mais tempo.
Lauren estava amontoada na cama com a toalha embrulhada ao redor dela, quando seu banho terminou e Wrath entrou no quarto com uma toalha combinando com a dela, enrolada ao redor de seus quadris. Seu olhar escuro a buscou, e lentamente se aproximou até abaixar-se de joelhos na frente dela. Tristeza aparecia em sua expressão e rasgou o coração dela.
— Eu sinto muito. Assustei-a, não foi?
— Eu não entendo. Você está com dor? É isto?
— Não. Alisou a parte de trás de sua mão com as pontas dos dedos. — Mercile fez algumas coisas comigo que me deixam com medo de machucar você. Parou a fricção e agarrou sua mão. — Eles usaram imagens de fêmeas humanas para me causar dor. Tenho medo de perder o controle se estiver dentro de você, porque combinaram prazer com dor severa. Ainda não confio em mim mesmo, o suficiente para arriscar a possibilidade de perder a habilidade de separar as experiências.
— Você hã, foi tão violento com, hã, você sabe. Suas bochechas queimaram.
— Eles me deram uma alta tolerância à dor, quando me forçavam a dar-lhes minha semente.
Lágrimas encheram seus olhos, mas as piscou de volta. — Eles o forçavam a se masturbar? Você gosta de dor no sexo agora? É isto? Eu li muitos livros e sei de algumas pessoas que precisam disto.
Um grunhido suave saiu dele. — Não. Não desejo dor para nenhum de nós. Só tenho medo de entrar em você e perder o controle, porque isto fará me sentir muito bem. Estou apavorado que a pegarei muito violentamente e não possa parar.
Ela olhou fixamente em seus olhos. — Eu não acredito nisto.
— Aconteceu. Eles fizeram coisas ruins comigo.
— Quis dizer que não acredito que seria violento comigo, e me causaria dor. Você não tem sido nada além de maravilhoso. Admito que minhas experiências sexuais não são tão vastas, mas gostaria que pudesse ver a si mesmo do modo como eu o vejo agora.
— Dê-me tempo.
O humor a atingiu e ela riu. — Não posso ir para casa, lembra? Temos bastante tempo.
— Sinto muito que esteja presa aqui comigo.
Ela apertou sua mão. — Eu não estou.
— Devíamos nos vestir e irmos comer. Estamos ambos famintos.
— Certo.
— Eu sinto muito.
— Está tudo bem. Falou sério. Havia muito que não entendia, mas ele era uma alma torturada, uma que experimentou profunda dor emocional, como também física, e obviamente a relação sexual era algo que temia. — Trabalharemos nisso.
Ele largou sua mão, se levantou, e pegou roupas para ambos de sua cômoda. Estava ficando acostumada que a visse nua, não hesitou em soltar a toalha, e ele lhe deu o melhor dos moletons. Eles eram muito grandes, mas ele usou uma faca para cortar as pernas e o comprimento dos braços, suficiente para livrar suas mãos e pés.
— Esta não é meu visual mais elegante.
Wrath estudou seu corpo. — Você parece muito atraente para mim.
Isso a fez sorrir. — Obrigada.
Os dois usaram o banheiro e Wrath insistiu em escovar seu cabelo. Sentou-se na cama olhando na direção oposta, enquanto ternamente ele removia todos os emaranhados. Isso foi legal, um pouco pessoal demais, e uma nova experiência para Lauren. Nenhum homem fez aquilo com ela, mas gostou disso.
— Vamos. Ele se levantou, soltou a escova e caminhou para a porta.
Abriu a porta e acenou para Lauren sair para o corredor. Wrath agarrou sua mão na dele e ficou ao seu lado até que alcançaram a sala principal. Lauren hesitou quando viu dois dos homens de ontem à noite, acomodados em uma mesa. Vengeance não era um deles.
— Ele se foi, Wrath disse suavemente, como se pudesse ler sua mente. — Vengeance foi devolvido para a Reserva esta manhã cedo.
Lauren sentiu alívio. Os dois homens à mesa olhavam fixamente para eles, à medida que se aproximavam. Shadow foi quem falou.
— Vocês dois dormiram demais e perderam o café da manhã. Pus os pratos na geladeira para vocês.
Wrath assentiu. — Obrigado. Mostrou a Lauren uma cadeira. — Vou esquentá-los. Relaxe. Você é uma convidada.
Lauren olhou para os dois homens, percebendo que Brass olhava fixamente para seu cabelo. Estava ainda molhado do banho. Observou o corpulento homem até que seu olhar se voltou para o dela.
— É um cabelo bonito. Imagino que quando está seco é de tirar o fôlego.
— Obrigada. Sorriu.
— Como você está hoje? Shadow chamou sua atenção para seu lado.
— Melhor.
— Vengeance machucou você?
— Tenho alguns hematomas, mas estou bem. Wrath disse que ele foi agora.
Brass assentiu. — Sim. Um helicóptero e alguns do nosso povo veio levá-lo para casa. Desculpe-nos novamente pelo que ele tentou fazer com você. Forçar acasalamento é proibido e forçar a fazer sexo também.
— Wrath explicou a diferença para mim.
Shadow piscou. — Ele explicou?
Assentiu. — Estava curiosa e lhe perguntei. Não entendia do que Vengeance estava falando.
Shadow olhou para Wrath antes de encontrar o olhar dela novamente. — Me pergunto como o assunto surgiu.
Brass balançou a cabeça e os dois homens franziram a testa um para o outro. Shadow se voltou para Lauren.
— Gostaríamos de pedir-lhe um favor.
— O que vocês precisam?
Brass falou. — Gostaríamos que levasse um de nós para seu trabalho e ver se pode descobrir onde Bill está.
Lauren ficou atordoada com aquele pedido. — Você planeja apenas agarrá-lo se estiver no trabalho?
— Nós temos o direito de prendê-lo por seus crimes contra os Novas Espécies. Brass a assegurou suavemente. — Duvido que esteja lá, mas ele fez amigos no trabalho, não fez? Talvez você pudesse descobrir através deles onde está.
Lauren olhou para sua roupa preta. — Acho que posso fazer isso, mas um de vocês definitivamente teria de mudar de roupas e usar… — Estudou seus olhos. — Óculos escuros. Caso contrário, se Bill estiver lá vai identificá-los imediatamente. A roupa preta chamará atenção e se Bill trabalhou para as Indústrias Mercile, vai ficar alarmado em ver um Nova Espécie.
— Nós estamos certos que ele é o macho humano correto. Já pensamos sobre isso. Brass hesitou. — Pensamos em vestir Wrath do jeito que você acha que deveria. Ele pode fingir ser um cliente seu e entrar no edifício com você. Seria apropriado que levasse um cliente para o trabalho?
— Claro. Tenho que trabalhar as dez hoje. — Olhou abaixo para suas roupas. — Podemos parar no meu apartamento primeiro? Não posso ir para o escritório vestindo isto, minha chefe acabaria comigo.
Brass encolheu os ombros. — Sem problemas. O que seria apropriado para Wrath vestir?
Wrath colocou um prato de ovos mexidos, bacon e torrada na frente dela. Ela deu-lhe um sorriso e levantou seu garfo. Olhou para Wrath, que se sentou na cadeira ao lado dela, e notou que ele tinha dois bifes grandes em seu prato. Isso era tudo que tinha. Não pegou seu talher.
— Você talvez não queira vê-lo comer, Shadow sugeriu suavemente. — Gostamos da nossa carne mal assada por fora e crua por dentro. Achamos mais fácil de comer com nossos dedos do que com seus utensílios.
Lauren olhou para Shadow antes de intencionalmente sorrir para Wrath. — Coma.
Wrath encolheu os ombros e cavou em sua comida. Agarrou um dos bifes com ambas as mãos e mordeu. Seus olhos escuros encontraram os dela enquanto rasgava um pedaço da carne. Lauren não estava horrorizada, mas estava mais que um pouco curiosa. O sangue gotejava sobre o prato e o interior do bife estava cru, vermelho. Não estava com nojo. Olhou de volta para Shadow.
— Você já viu crianças comerem? Sou de uma família grande. Pelo menos vocês não empurravam ervilhas em seu nariz e as disparavam.
Brass riu. — Não. Não fazemos isso.
Shadow riu. — Você fazia isso quando criança?
Balançou a cabeça. — Não. Mas costumava enojar meus primos dizendo a eles que meu espaguete eram lombrigas e o sugava. Sempre fui meio moleca.
Brass sorriu para ela e perguntou. — O que Wrath devia vestir para seu trabalho?
Nada. Isso foi seu primeiro pensamento, mas não disse isso em voz alta. Adoraria que Wrath não vestisse nada nunca, desde que ficava tão bem nu. — Uma boa calça jeans e talvez uma camisa casual. Bons sapatos. Os agentes imobiliários notam essas coisas imediatamente, julgando se um cliente pode realmente comprar uma casa. É como nós tentamos basear os enganadores dos compradores reais.
— O que são bons sapatos? Shadow questionou.
— Couro verdadeiro, sapatos casuais funcionariam bem. Você teria algum por aí?
— Não. Shadow encolheu os ombros largos. — Temos botas militares e tênis de corrida.
— Militar funcionará. Poderia dizer a minha chefe que Wrath está em serviço. Vendemos casas para eles o tempo todo. Sempre têm bons créditos e habilidade de conseguir financiamento. Não creio que você possa conseguir um uniforme militar de algum tipo, não é?
Brass ficou de pé. — Isso nós podemos fazer. Deixou o quarto.
Shadow continuou a olhar para Wrath. — Brass e eu tivemos algum tempo esta manhã para fazer planos, enquanto esperamos que chegassem.
Wrath finalmente olhou para cima de sua comida para encontrar o olhar fixo de seu amigo. — Bom.
Shadow e Wrath continuaram com os olhares fixos, enquanto o silêncio na sala se prolongava. Lauren arremessou um olhar entre eles, observando suas expressões faciais mudarem ligeiramente.
— Você dois estão fazendo aquela coisa de comunicação de mente silenciosa novamente.
Wrath virou a cabeça, piscou, e voltou a dar completa atenção ao restante de seu bife.
— Coma depressa Lauren, Shadow ordenou suavemente. — Queremos sair daqui logo, já que precisa pegar roupa em seu apartamento.
Lauren cavou em sua comida. Não estava boa, mas estava morrendo de fome. Ovos mexidos reaquecidos eram semelhantes à borracha, o bacon estava gorduroso e a torrada um pouco encharcada. Comeu tudo de qualquer forma, desde que não estava certa de onde sua próxima refeição viria. O pensamento de que Brent realmente estivesse no trabalho quando chegassem, não era bom. Wrath e seu amigo agarrariam seu colega de trabalho e a libertaria. Não teria uma razão para passar mais tempo com Wrath, e aquele conceito a deixou deprimida.
Wrath pediu licença para ir trocar de roupa e a deixou com Shadow à mesa. O loiro esperou até que seu amigo estivesse longe da vista antes de falar.
— Ele gosta de você.
Lauren sabia que de quem ele estava falando. Wrath. — Gosto dele também.
Os olhos azuis de Shadow eram intensos e ela franziu a testa.
— O que?
— Não somos semelhantes aos machos que conhece. Só quero que entenda isto.
— O que isto significa exatamente?
— Apenas estou avisando. Você está brincando com fogo com Wrath.
— Não estou brincando com nada.
Seus olhos azuis estreitaram. — Foi só um aviso. Wrath é muito intenso e tivemos vidas difíceis. Ele se levantou. — Vamos.
Lauren ficou de pé, e quis perguntar a Shadow o que quis dizer com isso, ou por que a acusou de jogar algum tipo de jogo com Wrath, mas ele não lhe deu chance. Suas pernas longas moviam-se rápido, enquanto cruzava a sala e parava no elevador. Teve que lutar para alcançá-lo quando as portas abriram, depois que esmurrou um código em um teclado.
— Não vamos esperar por Brass e Wrath?
— Eles já estão lá ou estarão em breve. Esse não é o único elevador.
— Não tenho as chaves do meu apartamento. Estavam em minha bolsa.
— Seu carro e seus pertences estão armazenados lá em cima. Os removemos para cá ontem à noite. Sua bolsa está em seu carro.
— Alguém dirigiu meu carro?
Shadow concordou, entrou no elevador e apertou um botão. Ela o seguiu antes das portas se fecharem.
— Sim. Não o deixaríamos no estacionamento para atrair suspeita. Não estávamos certos se era namorada de Bill ou não. Queríamos que ele achasse que nada estivesse errado, se enviasse alguém para procurar por você. Achando seu carro abandonado teria suspeitado.
Lauren não podia deixar de notar a lógica. — Entendo.
Shadow sorriu. — Sabemos o que estamos fazendo. Essa não é a nossa primeira caça e captura.
— Você não sabia que eu não era a namorada de Brent. Desculpe, Bill. Você pensou que eu era amante daquele imbecil. Sem ofensa, mas estava errado sobre aquilo.
Encolheu os ombros. — Você que entrou no lugar dele, e tinha o cheiro do perfume que ele dava de presentes as fêmeas com quem compartilha sexo. Entrevistamos muitas delas enquanto o localizávamos.
Choque rasgou por ela. — Tiveram mais mulheres presas aqui?
Balançou a cabeça. — Sabíamos que ele tinha deixado as fêmeas, antes de nós alcançá-las. Todas tinham fichas de acusações criminais contra ele por roubá-las, e foi assim que conseguimos localizá-lo. Usava o dinheiro delas para financiar seu estilo de vida, mas vitimou mulheres nesta área recentemente. Usamos fotografias dele que elas tinham, pesquisamos pelo banco de dados da licença de motorista, e seu falso novo nome apareceu.
— Ele é um ladrão também? Que perdedor.
— Ele é um macho ruim. Shadow suspirou. — Dissemos às mulheres que ele tinha desertado do Exército quando era mais jovem, e que serviria muitos anos na prisão por isso. Aquelas fêmeas estavam bem dispostas a nos dar quaisquer informações que pedíssemos para ajudar a localizá-lo. A maior parte delas estava muito contente em saber que ele era procurado por nós.
— Aposto que sim. Ele está ganhando por mil no premio de inútil da década.
Um olhar cômico passou pelo rosto de Shadow enquanto olhava boquiaberto para ela, quando as portas do elevador abriram. — Existe tal coisa?
— Não. Ela riu. — É um ditado, mas tem sentido. Ele ganharia, não é? Só fiquei ao redor dele por três meses, e sei que poderia viver com ele preso durante algum tempo. O homem é um imbecil de primeira.
— Isso foi o que a maior parte delas disse sobre ele. Tinham outros nomes para ele também, mas nenhum foi lisonjeiro.
— Eu posso imaginar.
Gesticulou para que saísse do elevador primeiro, e ela indecisamente entrou na estrutura do estacionamento. Estava vagamente iluminado e tinha paredes de concreto. Seu carro estava à vista acerca de vinte vagas de distancia do elevador, e meia dúzia de SUVs pretas estava estacionada com ele.
— Nós não danificamos seu carro.
O elevador fechou atrás deles e Lauren não viu Wrath, enquanto seu olhar continuava a estudar o ambiente. Começou a ficar nervosa em estar sozinha com Shadow. Sabia que ele e Wrath eram próximos, mas depois de Vengeance, o único deles que confiava era Wrath. A porta do motorista de uma SUV abriu e um cara vestido todo de preto saiu. Aproximou-se deles depressa, seu olhar bloqueou em Lauren.
Ficou tensa, mas imediatamente o identificou como humano, já que seu rosto não estava coberto por óculos escuros, e suas características eram claramente mostradas. Tinha cabelos marrom curtos, olhos castanhos e era quase tão grande quanto os Novas Espécies que ela conheceu, alguns centímetros mais baixo. O uniforme era o mesmo que Brass e Shadow vestiam.
— Quem é a mulher? Ele olhou para Shadow.
— Ela está nos ajudando a rastrear Bill.
O homem sorriu e ofereceu a sua mão. — Eu sou Brian. Tudo bem?
Lauren agitou sua mão firmemente. — Sou Lauren. Estou bem.
As portas do elevador abriram e Lauren virou para ver quem entrava no nível do estacionamento. Wrath e Brass saíram do elevador. Brass estava vestido de preto como Brian e Shadow, mas Wrath mudou para um uniforme verde. Wrath rosnou de repente e se jogou em Lauren.
Ofegou quando seu braço enganchou ao redor de sua cintura. Levantou-a e a virou até que seu corpo a bloqueou de Brian. Outro grunhido veio dele, quando a colocou de volta no chão, mas manteve seu braço ancorado ao redor de sua cintura. Virou a cabeça para olhá-lo, mas ele olhava para Brian com uma expressão assustadora.
Brian recuou e pôs suas mãos para cima. — O que foi?
Shadow suspirou. — Você a tocou e estava muito perto dela. Ele é protetor.
Brian pôs mais distância entre ele e o bravo Nova Espécie. — Desculpe cara. Não sabia que te chatearia. Só estava me apresentando. É uma interação humana normal.
— Não se aproxime dela, Wrath advertiu. — Estamos claros, Brian?
— Perfeitamente claro senhor.
Wrath relaxou. — Você sabe que meu nome é Wrath. Não me chame de senhor.
O homem assentiu. — Desculpe. É que você é o chefe quando fui atribuído para escoltá-los. Você está na categoria de “Senhor”, é como normalmente chamo o líder da equipe. É apenas como Tim comanda. Pausou. — Qual é o nosso plano hoje?
Brass avançou, tomando a liderança. — Estamos levando a fêmea para seu apartamento para trocar de roupa. Ela vai levar Wrath para o local de trabalho de Bill, enquanto os monitoramos de longe. A fêmea conversará com os colegas de trabalho de Bill e verá se pode localizá-lo.
Brian balançou a cabeça. Bom. Olhou para Lauren. — Você acha que eles conversarão com você?
Assentiu. — Devem. Trabalho lá também.
Os olhos de Brian se arregalaram em surpresa. — Certo. Bom. Estamos prontos para ir? Presumo que dirigirei desde que conheço a área?
— Sim, Shadow suspirou. — Vamos lá.
Wrath lentamente largou a cintura de Lauren, mas agarrou sua mão depressa. Notou que ainda parecia ligeiramente chateado, por ter agitado a mão de Brian e se perguntou se isso era um tabu para o povo dele. Talvez fosse rude tocar um macho desconhecido na cultura dos Espécies. Não estava muito certa sobre a razão, mas fez uma anotação mental para não fazer isto novamente. Wrath a levou para a SUV e abriu a porta.
— Entre. Você senta no meio.
— E minha bolsa e chaves? Preciso delas.
— Eu as peguei, Shadow gritou, apressando-se para alcançá-los.
Lauren foi para o assento do meio e Wrath sentou ao lado dela. Shadow abriu a outra porta e sentou-se ao lado dela, enquanto Brass e Brian entraram na frente. Todos colocaram seus cintos de segurança e ela fez o mesmo.
Todos os Novas Espécies colocaram óculos escuros, antes mesmo de Brian ligar o motor, e Brass colocou um boné. Isso a fez notar a trança apertada atrás de sua cabeça pela primeira vez. Suas sobrancelhas curvaram, mas não perguntou por que ele tinha os cabelo longos, quando os outros dois Novas Espécies cortaram seus cabelos tão curtos.
Wrath estava cuidadoso para não tocá-la, e isto se tornou mais aparente, quando os quilômetros passavam e ele a evitava propositalmente. Ele inclinava-se para longe dela quando o veículo balançava nas curvas. Estudou suas feições, odiava os óculos escuros que escondiam seus olhos, e debruçou-se sobre ele até que virasse seu rosto em sua direção.
— Você está com raiva de mim?
— Não. Estou me preparando para a missão. Gosto de examinar cuidadosamente todos os cenários possíveis que podemos encontrar, e traçar minhas reações.
— Certo. Não estava certa do que isso significava, mas deveria ser uma coisa de homem.
Shadow riu. — Todos nós fazemos isto. Esse é o seu mundo e não o nosso. Tudo é estranho para nós e tentamos ter certeza que nossas respostas são tão boas quanto podemos mostrá-la.
Ela podia ver os quão deslocados eles provavelmente se sentiam no grande mundo. Leu sobre a ONE Homeland e a ONE Reserva. Eram grandes propriedades que alojavam todos os Novas Espécies e eram administradas pela Organização Nova Espécie. Tinham suas próprias civilizações naquelas duas propriedades, mas pouco se sabia além das poucas informações que a imprensa liberava. Ninguém realmente sabia o que era verdade ou não.
Curiosidade a despertou. — Como é de onde vocês vêm?
— Eu vivi na Reserva por mais de um mês antes de aceitar esta tarefa. Wrath e eu concordamos que nosso tempo seria melhor gasto caçando nossos inimigos, do que aprendendo como praticar esportes. A Reserva é uma grande área arborizada com poucos edifícios. Eles têm um hotel, acabaram de abrir um cinema, e temos um bar onde nossos eventos sociais são feitos. Não gostamos de beber álcool, mas muitos de nós gostam de dançar. É um bom lugar para se viver.
— Você sente saudades?
Shadow hesitou. — O que nós fazemos é importante e temos menos a perder do que a maioria, desde que fomos recentemente libertados. Voluntariamo-nos para esta tarefa e somos honrados por representar nosso povo.
Wrath rosnou. — Já chega.
Shadow franziu a testa, atirou nele um olhar duro e continuou. — Nós não caçamos apenas criminosos que prejudicaram os Espécies, mas alguns do nosso povo ainda estão sendo mantidos em cativeiro. Wrath e eu somos exemplos disto. Não fomos resgatados nos ataques às instalações de teste originais que foram localizadas. Antes até que isto acontecesse, fomos roubados por alguns funcionários e nos levaram para novos locais. Eles nos usaram para ganhar dinheiro para começar novas vidas em outros países e escapar da justiça.
— Shadow, já chega. A voz de Wrath saiu como um grunhido agora.
— Ela precisa saber e não ouvi você contando a ela. Shadow pausou. — Esperamos que alguém que capturarmos que trabalhou para Mercile, tenha informações para nos ajudar a localizar outros Espécies.
Lauren virou sua cabeça e olhou fixamente para Wrath. Ele franziu a testa para seu amigo e mais uma vez desejou poder ver seus olhos. — Qual é o problema dele me contar isto?
Seus lábios se separam, mas depois os lacrou em uma linha apertada.
— Ele está provavelmente preocupado que pense que é cruel por perseguir humanos, apesar dos danos que causaram aos Espécies.
— Não acredito nisto. Lauren alcançou e colocou a sua mão sobre a de Wrath. — Acho que isto é muito corajoso.
Ele não se afastou e ela relaxou em seu assento. Virou-se para Shadow novamente para conseguir mais respostas desde que estava tão tagarela. — Achei que todos os Novas Espécies tivessem sido achados e libertados.
— Não sabíamos que uma quinta instalação de teste existia, mas foi localizada. Existem evidências que pode haver mais, e quem sabe quantos outros foram retirados às escondidas como Wrath e eu fomos.
— Isto é horrível.
Shadow balançou a cabeça em acordo. — Sim. É por isso que vivemos longe do nosso povo, e sacrificamos tanto para fazer nosso trabalho. Seu queixo ergueu e olhou fixamente para Wrath. — Não devemos esquecer o compromisso que fizemos com nosso povo.
Wrath rosnou e sua cabeça virou em direção a Shadow, e suas presas brilharam em uma exibição assustadora de temperamento. — Já chega.
Lauren olhou entre os dois homens, perguntando-se o que estava perdendo.
— Qual é o seu endereço? O olhar de Brian encontrou o seu no espelho. — É difícil dirigir até lá se não souber para onde estou indo.
Brass deu o endereço da casa de Lauren antes dela poder dá-lo. Ele virou-se em seu assento para encontrar seu olhar surpreendido. — Nós aprendemos tudo o que podíamos sobre você, no segundo que apareceu naquele armazém. Podíamos dizer-lhe quanto dinheiro fez quatro anos atrás, e quanto você deve nos seus cartões de crédito se desejasse.
O silêncio no SUV esticou até que percebeu que estavam próximos a sua casa. — É o prédio marrom com grandes arbustos. Pode pegar à esquerda e estacionar no fundo. Tenho uma vaga para visitas no estacionamento.
Brian estacionou onde ela indicou e Wrath ajudou Lauren a sair do SUV. Avistou seu vizinho e acenou para o Sr. Adam, deu-lhe um grande sorriso. Divertimento a fez rir do modo como seus olhos se arregalaram atrás de seus óculos, quando passava com seus quatro grandes escoltas.
— O que é engraçado? Wrath entregou a bolsa dela quando ela parou na frente de sua porta.
Destrancou a porta, empurrou abrindo-a e entrou. — Desculpe se meu apartamento está uma bagunça. Não estava esperando visitas.
Wrath parou ao lado dela. — Por que achou divertido quando o velho ficou de boca aberta para nós? Você ainda está sorridente.
Lauren riu. — O Sr. Adams é um fofoqueiro intrometido com uma imaginação fértil.
— Eu não entendo. Brass falou. — O que é isto?
Brian riu. — Quer dizer que ele é muito curioso. Está sempre conversando com todo mundo e inventa coisas.
Brian virou-se para Lauren. — Eles não entendem algumas de nossas expressões.
Lauren riu. — Hoje à noite ele vai dizer para todo mundo no complexo, que trouxe quatro grandes homens para casa e provavelmente dirá que nós fizemos uma orgia.
Brian sorriu.
Wrath se aproximou de seu lado. — Isto é uma festa?
Lauren riu. — Tipo. Uma orgia é… — Olhou para Brian pedindo ajuda. — Você quer explicar isso?
Ele riu. — O velho dirá a todo mundo que Lauren fez sexo com todos nós de uma vez. Uma orgia é onde um grupo de pessoas ficam nuas e fazem sexo juntas em uma pilha de corpos.
Wrath rosnou virando sua cabeça para Lauren, seus lábios apertaram em uma linha firme de raiva, antes de atirar um olhar de advertência para todos os outros machos no quarto. — Machucarei qualquer um que a tocar.
A boca de Shadow torceu em um quase sorriso. — Calma amigo. Ela não sobreviveria com quatro de nós de uma vez, e não compartilhamos bem.
— Hã, certo. Vou trocar de roupa, então poderemos acabar com isso. Fiquem à vontade. Lauren se virou e caminhou pelo corredor.
Wrath a seguiu, sua presença era algo que não podia ignorar, e os dois pararam dentro de seu quarto. Olhou para ele para ver seu rosto enquanto olhava ao redor do quarto. Realmente odiava que usasse óculos escuros que escondiam seus olhos, estava mais do que um pouco curiosa com o que pensava sobre sua cama de dossel e sua decoração feminina. Era muito mais aconchegante do que estava acostumado, se seu próprio quarto fosse uma indicação.
Seu gato saltou em cima da cama surpreendendo a ambos, e Wrath disparou para seu braço. Sua mão agarrou o estômago de Lauren e a bateu de costas com força contra a parede.
O gato olhou fixamente para Wrath e de repente ficou tenso, suas costas curvaram-se e ele silvou. Wrath curvou-se ligeiramente, rosnou e mostrou seus próprios dentes. Lauren ficou chocada enquanto os dois continuavam a silvar e rosnar um para o outro.
— Wrath?
— Não se mova, sussurrou e agarrou sua arma.
— Não! Lauren empurrou a mão dele que a prendia na parede, e jogou seu corpo, se pondo entre ele e a cama, pegou seu pulso quando levantou a arma. — Esse é o meu gato! Não atire nele.
Sua cabeça bruscamente abaixou. — O que?
— Esse é Tiger. Ele é meu gato. Meu animal de estimação.
Tiger silvou novamente atrás deles, mas Lauren não o olhou, se preocupando mais que o homem na frente dela atirasse em seu gato. Wrath lentamente guardou sua arma na cintura e franziu a testa.
— Esse é o seu animal de estimação? Isto não é uma criatura selvagem que conseguiu entrar em sua casa?
— Sei que ele provavelmente precisa de uma tosa, mas não é selvagem. Ele vai para fora porque odeia pequenas caixas, mas sim ele é meu animal de estimação.
Ele relaxou, os músculos contraídos debaixo de sua mão suavizaram ligeiramente, e Wrath ergueu sua cabeça.
— Seu animal de estimação não parece ser amigável.
Olhou para Tiger. — Ele não é normalmente assim. Pare com isso, Tiger. Gatinho mal! Pare de silvar para Wrath.
O gato arremessou-se apressado para a porta, e Lauren riu da situação. — Presumo que não goste de gatos?
— Não gosto de gatos que são pequenos e não falam.
Um rosnado alto soou e vidro quebrou. Lauren xingou e correu ao redor de Wrath para se apressar em direção à sala de estar. Tiger miou alto e um rosnado profundo e assustador veio em seguida. Ela parou no vestíbulo onde Brass e Shadow encurralavam seu gato. O pobre, apavorado gato estava com suas garras estendidas, seu pelo estava em pé e silvava para os homens.
— Parem! Lauren saltou, ficando entre os homens e seu animal de estimação.
— O que é isso? Shadow rosnou.
Brian riu. — Eles são caninos. Cachorros e gatos não se dão bem. Deveria tê-los advertido que tinha um.
— Ele não é um animal que entrou em sua casa? Brass parou de rosnar e endireitou-se em toda sua altura.
Lauren virou e caiu de joelhos. — Não. Venha aqui, Tiger. Está tudo bem. Eles não quiseram te assustar. Venha aqui, bebê. Venha aqui, Tiger.
— Tiger? Brass riu. — Deu-lhe o nome de Tiger? Tenho um amigo com esse nome. Mal posso esperar para dizer isto a ele.
Lauren pegou o gato trêmulo, e usou seu corpo para protegê-lo dos homens em sua sala de estar. Moveu-se, afastando seu gato de vê-los também, e caminhou de volta para o corredor. Wrath permanecia dentro do seu quarto ao pé de sua grande cama. Entrou e colocou Tiger no banheiro longe de seus convidados, fechando a porta, assim ele não correria de volta para o perigo.
— Você dorme aqui nisto? Wrath virou sua cabeça para encará-la.
— Sim.
Ele caminhou para o lado de sua cama e chocou-a quando rasgou as coberturas, expondo seu lençol. Ficou lá muda enquanto ele se curvava, apertando seu nariz contra o material rosa e fungou alto. Endireitou-se e sorriu ajustando os cobertores de volta onde estavam.
— O que você está fazendo? Aquilo foi esquisito, mas não estava prestes a dizer em voz alta.
— Só sinto seu cheiro e o do gato. Ninguém dormiu aqui com você.
A raiva agitou-a. — Moro sozinha. Disse lhe que não namoro há um tempo, e não estava mentindo sobre isso. Eu disse a verdade. Você não tinha que fazer isto para me averiguar.
Ele fechou a distância entre eles e uma mão levantou para cobrir sua bochecha. — Desculpe. Estava curioso. Acredito em você. Sua mão caiu para seu lado. — Precisa se preparar. Seu animal está seguro no banheiro? Não vou rosnar para ele. Fui surpreendido e pensei que a atacaria.
— Ele está bem lá. É um gato de dentro e fora de casa, mantenho a janela aberta ali para ele, já que não tenho uma porta de animal de estimação. Ele provavelmente fugirá, depois do jeito que você e seus amigos o assustaram.
— Desculpe.
Encolheu os ombros. — Deveria ter dito a vocês que tenho um gato. Presumo que não fiquem ao redor de muitos gatos?
— Não pequenos e domesticados.
Lauren deixou essa passar. Ele queria que se preparasse para o trabalho e a equipe esperava na sala de estar por ela. Virou-se, abriu o armário e pegou as roupas do cabide. Tiger já tinha ido quando abriu a porta do banheiro e entrou. Fechou a porta enquanto se trocava, lavou seu rosto, e rapidamente maquiou-se levemente. Wrath estava tocando nas coisas em sua cômoda quando entrou de volta em seu quarto. Virou para encará-la.
— Você fez um coque com seu cabelo, resmungou. — Gosto mais de vê-lo solto.
— Tenho que pôr para cima para trabalhar, para parecer mais profissional. É muito ondulado e embaraça muito facilmente. Curvou-se na porta, agarrou um par de sapatos escarpã preto e os calçou. — Estou pronta.
Wrath lentamente chegou mais perto dela. A maneira como se movia mais uma vez a lembrou de que não era um cara normal, e era um tanto quanto excitante. Ainda desejava que pudesse ver seus olhos. Parou centímetros de distancia de tocar seu corpo.
— Você está bonita, mas prefiro você nua.
Seu coração acelerou e calor aqueceu suas bochechas. Não podia evitar, mas arrastou seu olhar abaixo por seu corpo e então para cima. Estava tão sexy de uniforme militar. A roupa complementava seu corpo em forma, mas quis ser sincera enquanto olhava fixamente para seus óculos.
— Acho que você fica melhor nu também, e definitivamente sem esses óculos. Odeio não poder ver seus olhos.
Wrath alcançou seus óculos e os removeu. O desejo escurecia seus já profundos olhos marrons e imediatamente fez Lauren ficar quente por toda parte. Chegou mais perto e sua frequência cardíaca aumentou.
— Nós precisamos ir. Shadow chamou do corredor.
Wrath ficou tenso e colocou seus óculos de volta. Lauren quis xingar. Tinha quase certeza que Wrath planejava beijá-la, mas o momento foi quebrado. Virou a cabeça para atirar em Shadow um olhar feio, mas já havia começado a caminhar pelo corredor.
Lauren virou, recusando-se a olhar para Wrath, e seguiu atrás de seu amigo para sala de estar. Os dois Novas Espécies viraram a cabeça na direção dela. Desejou que pudesse ver seus olhos, mas presumiu que estavam examinando sua roupa. Brian era o único sem os óculos escuros que aprendeu a odiar, e sorriu-lhe abertamente quando seu olhar abaixou por seu corpo.
— Você arrumou-se bem, Lauren. Piscou. — Você é uma mulher atraente.
Wrath rosnou atrás dela, provavelmente a apenas centímetros de distância. — Ela não se arrumou. Trocou de roupa, prendeu o cabelo e pôs alguma coisa em seu rosto. Não olhe fixamente para ela desse jeito.
O sorriso de Brian morreu e atirou para Brass um olhar preocupado. — Ele rosna muito para mim.
Brass assentiu. — Eles não foram libertados há tanto tempo como a maioria de nós fomos. Ele protege a fêmea, e você precisa parar de flertar com ela imediatamente. Está é a segunda advertência que te dá e deveria ser muito cuidadoso para não forçar muito sua paciência. Ele o atacará.
Brian empalideceu e recuou alguns centímetros de Lauren, seu olhar cauteloso fixou-se em Wrath. — Entendi. Não olharei ou falarei com ela se é isso que quer.
— Bom. Wrath alcançou e agarrou a mão de Lauren. — Vamos.
O Sr. Adams ainda estava lá fora quando partiram, e Lauren se certificou de acenar para ele. Sim, pensou, os vizinhos vão conversar sobre mim hoje à noite.
Wrath a ajudou a sair do SUV. A ida ao trabalho durou apenas cinco minutos. Brass se contorceu na cadeira para se direcionar a Wrath.
— Não rosne. Você é completamente humano. Lembre-se disso. Brass virou para enfrentar Lauren. — Podemos ouvir tudo próximo de Wrath. Ele está grampeado. Aja normal enquanto conversa com os humanos com quem trabalha, descubra se alguém viu ou ouviu sobre Bill. Descubra se sabem onde ele está.
— Eu consigo fazer isso. Soou simples o suficiente para ela.
Lauren e Wrath saíram do SUV a meia quadra na rua do escritório, e observou-os estacionar do outro lado da rua. Olhou para Wrath. — Vamos chamá-lo de Paul Williams, certo?
Ele assentiu. — Meu nome é Paul Williams.
— Você está interessado em comprar um apartamento de dois quartos. Tenho um monte desses listados, e estariam ao alcance do preço que deve estar ganhando no Exercito. É solteiro já que não tem um anel de casamento. Estou certa que ninguém conversará com você, mas por via das dúvidas é melhor termos uma bala na agulha.
— Bala na agulha? Ele arqueou uma sobrancelha.
— É um ditado que significa… bem, estamos na merda juntos.
Ele sorriu. — Por que apenas não disse isso?
Ela sorriu. — Estou tentando evitar palavrões na sua frente. Não é refinado.
Seu sorriso morreu. — Não me importo se é uma dama ou não. Gosto de você.
Sentiu o calor se espalhar-se por ela com as palavras dele. — Vamos.
Lauren lutou para afastar o nervosismo enquanto abria a porta de onde trabalhava para Wrath. Ele tentou abri-la para ela, mas negou com a cabeça. — Você é um cliente. Devo impressioná-lo em vez do contrário. Agradeço o gesto, mas agora não é hora para ser um cavalheiro.
Ele não disse nada quando entrou no escritório. Lauren sorriu para Kim, a recepcionista, e esperou que não parecesse forçado. Seu coração acelerou, não queria deixar Wrath ou sua equipe desapontada e pegar Bill era importante para eles.
— Oi, Kim. Este é o Sr. Williams. Estamos voltando para meu escritório, assim posso pegar a listagens de apartamentos. Alguém já chegou?
— Mel estava aqui quando cheguei, John B e John T estão aqui também, e Gina está em seu escritório tendo uma discussão com um gerente de banco, que está dando canseira em um de seus clientes sobre seu empréstimo. Kim estremeceu. — Evite-a. Ela está irritada.
— Obrigado pelo aviso. Lauren deu alguns passos, mas parou. — Oh, ontem à noite Mel me fez mostrar uma propriedade para Brent. O cara estava interessado, mas tinha algumas perguntas que não pude responder. Havia alguns grandes e feios, containers de carga dentro do armazém e ele queria saber se ficam ou vão. Brent vem hoje?
— Não sei. Eu poderia bipá-lo se você quiser, e descobrir.
— Isso seria ótimo. O homem tinha algumas outras perguntas, se Brent ligar de volta, por favor, transfira a ligação para meu escritório. O comprador está realmente interessado na propriedade.
Kim assentiu, e agarrou o telefone. Lauren sorriu para Wrath e o levou pela entrada para uma sala maior. Lauren avistou John T em uma das estações de computador e o abordou.
— Se sentar-se aqui, estarei logo com você, Sr. Williams. Lauren direcionou Wrath para pegar uma cadeira perto de onde John T trabalhava.
Wrath se sentou e Lauren focou em seu colega de trabalho, que sabia que saía com Brent. Gostavam de ir de bar em bar juntos, e imaginou que ele poderia ser sua melhor aposta em localizar o monstro perdido que Wrath caçava.
— Bom dia John. Recebi um telefonema ontem à noite da Mel, mandando que mostrasse uma propriedade de Brent. O comprador está realmente interessado, mas teve algumas perguntas que não pude responder. Você sabe onde Brent está? O comprador quer o armazém, mas não ficou entusiasmado vendo containers de cargas enormes na propriedade. Não sei se o dono planeja removê-los ou se concorda em deixar.
— Ele recebeu um telefonema ontem depois do trabalho, e decolou para fora daqui como um morcego fugindo do inferno. John encolheu os ombros, ainda digitando. — Não soube dele desde então. Deveria ter aparecido no Bugle ontem à noite.
— O que é isto?
Ele sorriu. — É nosso bar de Streep favorito. Vamos lá algumas vezes por semana.
Ela tentou parecer desinteressada. — Oh. Bem, se conseguir falar com ele, pediria para me ligar?
— Claro. Agarrou seu celular, e virou-se em sua cadeira. Avistou Wrath, e parecendo assustado, soltou seu telefone na mesa. Atrapalhou-se, o agarrou e virou para enfrentar a tela novamente. — Ligarei para ele agora.
Lauren virou, sorrindo para Wrath. — Por aqui, Sr. Williams. Pegarei as listagens de apartamento.
— Lauren!
Lauren pulou, virando. Mel estava parada em seu escritório, olhando fixamente para Wrath com uma expressão estranha em seu rosto.
— Oi, Mel. Esta é o Sr. Williams. Ele está interessado em apartamentos.
Mel sorriu, mas pareceu forçado. — Posso falar com você por um momento?
Lauren assentiu e acenou para Wrath ir em direção a uma porta aberta, em frente da área da recepção apenas virando a esquina. — Aquele é o meu escritório. Continue indo e voltarei em um segundo. Moveu-se em direção a sua chefe, perguntando-se se ela estaria em apuros por tentar discutir na noite passada antes de mostrar à propriedade. — O que foi, Mel?
Mel esperou até Lauren entrar no escritório antes de falar. — Quem é ele? Manteve a voz baixa.
— Aquele é o Sr. Williams. Estava apenas de passagem nesta área, e planejou ficar por um tempo.
Mel mastigou seu lábio inferior por alguns segundos então franziu a testa. — Ele ligou e marcou um encontro?
Lauren assentiu, e esperou que sua chefe não estivesse planejando ferrar com ela, tentando roubar um cliente. Não seria a primeira vez. Claro que Mel não percebeu que Wrath não era um cliente real, e se preocupou com o que aconteceria se sua chefa quisesse mostrar a listagens ao invés dela.
— Como foi à exibição ontem à noite? Mel mudou de assunto.
Lauren conseguiu esconder seu alívio. — Bom. O Sr. Herbert está interessado na compra da propriedade, mas havia uns containers de cargas grandes dentro do armazém que ele não estava interessado. Perguntou-me sobre eles, mas não é minha listagem. Não sabia se ficavam ou se seriam removidos. Ele queria conversar com Brent.
— Passarei isso adiante. Mel estudou Lauren. — Certo. Vá em frente e lide com o Sr. Williams, mas marquei uma reunião para daqui a meia hora. Pode dar-lhe café enquanto espera por você. Não levará muito tempo. Olhou em seu relógio. — Meu escritório em meia hora e é obrigatório. Pode ir mostrar às propriedades que ele estiver interessado logo depois da reunião.
— Está tudo bem? Normalmente não marcamos reuniões quando os clientes estão aqui.
A boca de Mel curvou em um sorriso. — Tudo está bem, Lauren. Nós tivemos um problema de estacionamento com o proprietário e prometi conversar com todos os funcionários. O homem é um saco, mas não queremos perder nosso arrendamento. Não levará mais que alguns minutos. Só quero falar com todo mundo de uma vez, para que ninguém se sinta descartado, mas nós duas sabemos quem são os dois piores infratores. Ambos John T e John B sabem bem que não devem usar o beco. Os outros inquilinos reclamaram.
— Certo. Deixou Mel e retornou ao seu escritório, sorriu para Wrath. Sentou-se em sua mesa e olhou para a entrada aberta, abaixando a voz. — Ficaremos aqui por pelo menos meia hora. Minha chefe convocou uma reunião e disse que era obrigatório. Isso deve significar que ele tem que aparecer para isto também. Ele pode entrar a qualquer hora.
— Vocês ouviram isso? Pareceu estar escutando em seu receptor, e deu a Lauren um leve aceno com a cabeça, mantendo sua voz baixa também. — Eles ouviram.
—Farei as listagens enquanto esperamos. Nós apenas fingiremos olhar para elas para passar o tempo.
Lauren o fez aproximar sua cadeira para mais perto, para que ambos pudessem visualizar a tela do computador. — Enquanto olhamos os apartamentos, podemos ver quem entra pela porta. Nunca me canso de olhar para estes. Alguns deles são bem legais.
— Gosto dos degraus curvados e a grande banheira. Ele apontou para o monitor do computador, mas sua outra mão roçou e esfregou a coxa dela, antes de inclinar-se de volta em sua cadeira.
Eles visualizaram várias listagens, quando o telefone de Lauren tocou mais ou menos quinze minutos depois, e ela atendeu. — Lauren Henderson.
— Oi, Lauren. É Brent.
O seu olhar voou para Wrath. — Oi, Brent.
Wrath ficou tenso em sua cadeira e se debruçou para mais perto. Lauren inclinou o telefone, esperando que pudesse ouvir ambos os lados da conversação.
— Ouvi que estava me procurando.
— Sim. Tive que mostrar uma propriedade de um armazém por você ontem à noite. O cara está interessado, mas não quer os containers de carga. Tinha algumas perguntas sobre o telhado, bem, sabe como é, mas não tive respostas para ele. Queria que eu conseguisse as respostas e me encontrasse com ele hoje.
Olhou para Wrath para pedir alguma direção, e levantou sua mão questionando sobre o que mais dizer. Ele assentiu para ela. E murmurou. — No armazém ao meio-dia.
— Ele queria que o encontrasse lá ao meio-dia de hoje, para mostrar-lhe durante dia claro. Disse a ele que tentaria mandar você no meu lugar, assim poderia responder suas perguntas desde que é sua listagem. Ele pareceu realmente quente com a propriedade.
Brent riu. — Ótimo. Eu o encontrarei. Obrigado, Lauren. Sei que nós não nos demos bem, mas foi realmente legal ter me ligado. Você podia ter me ferrado com a coisa inteira.
— É sua listagem, Brent. Um dia poderei ter uma emergência e pode ser que tenha que mostrar uma de minhas propriedades. Esperaria que fizesse direito. Controlou-se para não bufar. O cara não teria nenhum escrúpulo em roubar um negócio bem debaixo do nariz dela.
— Obrigado. Eu o encontrarei ao meio-dia. E desligou.
Lauren sorriu para Wrath, feliz por tê-lo ajudado. Brent era um cara mau que precisava ser preso. Bill, corrigiu. Era um ex-funcionário da Mercile que machucou pessoas como Wrath e isto a deixava puta.
Ele sorriu e abaixou a voz. — Ele irá para um encontro ao meio-dia no armazém.
Lauren de repente percebeu o quão próxima estava de perder Wrath. — Bem, o que acontece agora? Olhou fixamente em seus óculos escuros. Sussurrou, esperando que a dor que de repente sentia não soasse em sua voz. — Essa é a parte onde me deixa e volta para sua vida, enquanto volto para a minha?
— Nós não o capturamos ainda. Você virá comigo.
Lauren silenciosamente admitiu que não estava pronta para dizer adeus a Wrath. Ele se debruçou mais perto dela e sua mão subiu sob sua saia, acariciando sua perna. A mesa os escondia de qualquer pessoa que passasse pelo seu escritório, e ela olhou fixamente para os óculos escuros que odiava, sabia que a olhava de volta, e podia sentir o desejo que os dois compartilhavam crescer entre eles.
Decidiu dizer a verdade. Sentiria a falta dele e esperava que pudessem se ver depois que capturarem Bill. — Eu...
— Lauren?
Lauren pulou, surpreendida pela voz de sua amiga. Wrath tirou sua mão da perna dela, quando Amanda entrou no escritório. Os olhos da mulher arregalaram enquanto olhava boquiaberta para Wrath e lambeu seus lábios.
— Estou com um cliente, Amanda. Sr. Williams, está é minha melhor amiga, Amanda Davis. Hesitou, dando a sua amiga um olhar frustrado. — Essa não é uma boa hora. Ligarei para você mais tarde.
Amanda não se moveu, mas estufou o peito. — Oi, Sr. Williams.
Lauren cerrou os dentes. Amanda estava olhando o corpo de Wrath como se ele fosse uma costela de porco, o que ela amava.
— Por favor, me diga que é solteiro. Amanda se sentou na cadeira perto da porta, cruzou as pernas e pareceu estar confortável.
Wrath sorriu. — Sou.
Amanda olhou em direção ao teto. — Existe um Deus. Riu e bateu seus cílios para Wrath. — Sou solteira também. E procurando.
Wrath manteve seu sorriso no lugar. — Tudo bem.
— Amanda. Lauren disse com uma voz apertada. — O Sr. Williams é um cliente. O que você está fazendo aqui tão cedo?
— Estava entediada e pensei em vir ver se pode jantar comigo hoje à noite, antes do filme.
— Estou ocupada. Na realidade vou ter que cancelar nossos planos do cinema. Iremos amanhã.
Amanda fez beicinho.
— Estou mostrando ao Sr. Williams alguns apartamentos.
Amanda sorriu. — Tenho um apartamento para mostrar-lhe. O meu, ela piscou. — Acho que você apreciaria particularmente meu quarto.
— Amanda, Lauren advertiu. — Pare.
Amanda a ignorou. — Quer ir para casa comigo e ver meu quarto, lindo? Para que comprar um quando pode apenas morar comigo? Acho que agitaria meu apartamento. Você malha muito, não é?
— Amanda! Lauren estava ficando furiosa.
Amanda deu um sorriso para ela. — É por isso que você está solteira. Estou tentando não ser solteira. Psiu. Ele é todo grande e solteiro. Quantas chances tenho de tentar atraí-lo para casa comigo? Amanda sorriu para Wrath. — Então, o que me diz? Quer que lhe mostre meu apartamento hoje? Nós podíamos sair agora mesmo.
Wrath parou de sorrir. — Agradeço a oferta, mas Lauren vai me mostrar apartamentos hoje.
— Quero lhe mostrar mais do que apenas um apartamento. Amanda abaixou sua camisa, empurrando seu peito para frente novamente. — E sei que quero mostrar-lhe mais do que um apartamento. O olhar dela saltou para o colo dele e ficou lá.
— Amanda! Lauren engasgou.
John T chegou à porta. — Hora da reunião, Lauren.
Lauren se levantou agitada de raiva. Virou-se para Wrath. — Não devo demorar. Virou, dando a sua amiga uma olhada. — Amanda, pare com isso e se comporte.
Amanda sorriu. — Mas não quero ser boazinha. Piscou para Wrath. — Quero ser má. Muuuito má.
Lauren saiu do seu escritório, silenciosamente jurando matar sua melhor amiga mais tarde, por flertar com Wrath. Amanda nunca deveria dar em cima de um cliente de Lauren, mas podia ter rido disso. O que não era engraçado era que estava atrás de Wrath. Sua raiva queimava.
A porta de Mel estava aberta então ela apenas entrou. Sua chefe aguardava na mesa olhando para Brent e os dois viraram para olhar fixamente para Lauren. Tentou esconder seu choque em vê-lo lá. Eles de alguma maneira não o perceberam passar por seu escritório, e desejou que pudesse dar um sinal para Wrath. Ela treinou suas feições, esperava, e tentou parecer tranquila. Era difícil, sabendo que estava na mesma sala com um assassino, e alguém que abusou dos Novas Espécies.
John T e John B entraram no escritório atrás dela, e fecharam a porta. Gina estava ausente. Mel depressa caminhou adiante e agarrou os ombros de Lauren.
— Você precisa me dizer agora mesmo como aquele homem em seu escritório a contatou, e quando.
Um tiro de alarme passou por Lauren. Seu coração batia em seus ouvidos, e olhou fixamente muda para sua chefe. Finalmente conseguiu fazer seu cérebro funcionar. — Ele me ligou ontem e marcou o encontro. Por quê? O que está acontecendo?
Brent olhou para ela. — Você não notou algo estranho nele?
Lauren balançou a cabeça. Esperava que a boa audição de Wrath pudesse perceber o que estava acontecendo no escritório. O medo de que suspeitassem da verdade a agarrou, mas não entendeu como sabiam que Wrath não era exatamente um homem normal. Brent não o viu e ele era a pessoa que poderia reconhecer um Nova Espécie.
— Não. Por quê?
John T franziu a testa. — Ele está de óculos. Como ela saberia a menos que já tivesse visto um deles, visto as diferenças faciais? Duvido que já tenha visto.
Oh meu Deus. Lauren se apavorou, mas tentou controlar suas feições para esconder seu medo. John T sabe com certeza o que Wrath é, mas como?
Mel assentiu. — Você precisa sair agora, Lauren. Aquele homem em seu escritório é… Um estuprador. Ele consegue agentes imobiliários para mostrar-lhe a propriedade, e ataca no segundo que estão sozinhos. Nós lidaremos com isto.
— Mas… — Lauren tinha perdido as palavras. Estudou as pessoas no escritório e sentiu seus ossos gelar. Estavam mentindo e todos os quatro sabiam que Wrath era um Nova Espécie. — Certo, mas minha bolsa está em meu escritório. Eu a pegarei, darei uma desculpa e irei embora. Avisar a Wrath.
— Apenas a deixe lá. Brent de repente agarrou Lauren. — Vá, agora. Empurrou-a em direção à porta dos fundos do escritório de Mel.
— Mas…
Lauren foi empurrada para fora pela porta dos fundos para um beco, antes que pudesse protestar. A porta foi fechada em seu rosto, a trava deslizou alto o suficiente para que ouvisse, e o choque correu por ela por estar trancada do lado de fora.
Sabiam que Wrath era um Nova Espécie, livraram-se dela, e estavam protegendo Brent por alguma razão. Apavorada pela segurança de Wrath, virou e correu pelo beco para chegar ao SUV, para dizer à equipe o que estava acontecendo. Precisavam avisar a Wrath que saísse ou precisavam entrar lá.
Amanda estava com Wrath. Um medo maior a fez correr mais rápido. Quase quebrou um tornozelo em sua pressa, os saltos alto do sapato a impediam, mas estava agradecida quando avistou o SUV. Um carro quase a atropelou quando se esqueceu de olhar antes de cruzar a rua. O motorista apertou o freio, buzinou e a xingou.
Brass abriu a porta do passageiro, saiu e a pegou quando praticamente se jogou em seu grande corpo. Mãos firmes agarraram seus braços.
— O que está acontecendo? Onde está Wrath?
— Acho que eles sabem que é um Nova Espécie. Enrolaram-me com umas besteiras sobre Wrath ser um estuprador, antes de me empurrarem pela porta dos fundos. Brent está lá, estavam todos agindo estranhamente e meus colegas de trabalho parecem estar protegendo-o.
Brass xingou. — Fique aqui. Ergueu-a pelos braços, pressionou-a contra o lado do SUV e a soltou. — Estamos entrando.
Lauren tentou recuperar seu fôlego. — O beco. Ofegou jurando depois comprar uma esteira no futuro para conseguir ficar mais em forma. — Eles podem sair pelos fundos se tentarem fugir.
Brass virou para Brian—ambos ele e Shadow saíram do SUV. — Vá pelo beco e tenha a certeza de que não escapem por aquele caminho. Brian decolou em uma corrida na direção que Lauren acabou de vir.
— Você fica aqui, Lauren. Brass checou suas armas amarradas a em seus quadris. — Você estará segura aqui.
— Minha amiga Amanda está lá também. Ela é uma loira vestindo uma camisa azul e uma saia preta.
— Entendido. Shadow disse.
Ambos os homens correram para o outro lado da rua pela calçada, em direção ao seu edifício comercial. Lauren finalmente recuperou seu fôlego e franziu a testa. Não queria esperar no SUV, estava muito preocupada com sua amiga e Wrath para ser tão paciente. Poderiam precisar dela. Afastou-se do lado do veículo e depressa os seguiu.
Estava tão preocupada e distraída com o que podia estar acontecendo com Wrath, à equipe e Amanda, que quase caiu de bunda quando se virou para enfrentar a voz que gritava.
— Ei!
Amanda acenava para ela da rua, estava na frente da porta aberta do motorista de seu carro, que estava estacionado um pouco distante dela no meio-fio. — Deus, aquele homem era quente. Quero tirar a roupa dele e o borrifar com sal, assim posso tomar doses de tequila em seu corpo.
— Pensei que estivesse lá dentro.
— Sua chefe ordenou-me para ir embora. Disse que a mandou em uma ligação de emergência para atender um encanador em uma propriedade. Aquela mulher é uma cadela que provavelmente queria uma chance com ele ela mesma, mas não vou deixar isso barato. Diga-me que tem o número do Sr. Williams e qual é por Deus, o primeiro nome do homem? Ele não me disse.
Lauren virou a cabeça para olhar fixamente para o edifício comercial. — Fique aqui. Apenas… Fique aqui. Não se mova!
— Certo! Traga-me seu número.
Lauren assentiu, voltando sua atenção para o escritório, morrendo para saber o que estava acontecendo lá dentro. Amanda estava segura. Isso era um grande alívio, mas não se acalmaria até que visse Wrath. Caminhou pela grama e evitou a calçada dianteira, que podia ser vista da área da recepção. A mesa de Kim estava vazia quando se esticou até a janela e espiou. Lauren franziu a testa.
Lauren facilmente deu a volta para o lado do edifício, e rastejou em direção a uma das janelas da área do escritório. Hesitou, ergueu a cabeça e espiou o lado de dentro. O que viu a deixou boquiaberta. Brass e Shadow estavam encarando uma parede e John T tinha uma arma apontada em suas costas, enquanto Mel e Brent permaneciam por perto de pé, discutindo. Podia ouvir suas vozes alteradas, mas não conseguia entender as palavras. Onde está Wrath? Onde está Kim, Gina, e John B?
Lauren abaixou-se e se manteve abaixada para prevenir ser vista pelas janelas. Praticamente rastejou em direção à parte de trás do edifício até que alcançou o beco. Ofegou. Brian estava estirado de costas no chão próximo à porta dos fundos. Correu até ele. Sangue fresco estava manchando sua testa. Alguém o atingiu com algo, mas ele estava respirando. Suas mãos tremiam muito enquanto procurava em seus bolsos e localizava um telefone celular, contente por ele ter um.
O primeiro número dizia BASE quando verificou os telefonemas recentes, e apertou o discar no celular. Um homem respondeu no primeiro toque.
— Alô?
— Quem está falando é Lauren Henderson. É da Sede?
O homem hesitou. — Quem é e como conseguiu o telefone de Brian?
— Ele está sangrando no chão. Disse o endereço e nome de onde ela trabalha. — Eles estão com Brass, Shadow e Wrath do lado de dentro. Meu colega de trabalho tem uma arma apontando para Brass e Shadow. Não vi Wrath ainda, mas ele estava lá dentro. Devo ligar para a polícia?
— Não, o homem falou. — Estamos a caminho. Fique com Brian. Ele está respirando? —
Lauren checou Brian de novo, verificou se seu peito subia e descia, e respirou para se acalmar, tentando controlar seu pânico. — Sim, mas está frio. Bateram na cabeça dele com algo, mas não está aqui próximo a ele e não vejo nada com sangue. Estamos no beco atrás do edifício.
— Não se mova e fique no telefone. Não desligue. Mandaremos equipes até você em minutos.
Lauren deixou a linha telefônica aberta e colocou no colete de Brian, assim não seria visto, mas o cara podia ainda ouvir o que estava acontecendo. Não tinha nenhuma intenção de apenas ficar esperando pela ajuda chegar, enquanto Wrath podia estar em perigo. Levantou-se, correu para o outro lado do edifício e rastejou para passar pelas janelas até que alcançou seu escritório.
Lauren escutou e não ouviu nada, levantou sua cabeça o suficiente para olhar fixamente em seu escritório pela janela. Wrath permanecia na mesma cadeira que estava sentado quando deixou seu escritório, mas parecia como se dormisse—sua cabeça estava inclinada para trás e seus braços pendiam molemente acima dos braços da cadeira. Um dardo de ponta vermelha estava preso em seu peito. Podia ver o movimento enquanto respirava, assegurou que estava vivo, mas obviamente drogado.
A adrenalina a percorreu. Wrath precisava de ajuda. Não fazia nenhuma ideia de quanto tempo levaria para outra pessoa chegar. De jeito nenhum iria apenas ficar lá sem fazer nada. A tela saiu facilmente e suavemente a colocou contra o lado do edifício. Seu olhar ergueu para a fechadura de dentro, conhecia bem aquela janela, já que emperrava frequentemente quando a abria, e agarrou a lateral de ferro com seus dedos. Ela remexeu, tentado não fazer barulho, e focou na porta aberta do escritório. Não havia nenhum movimento, mas teria que se esconder se alguém a viesse.
A fechadura estalou e ela pausou, esticando-se para ouvir qualquer sinal de que alguém lá dentro pudesse ter ouvido isso. Fracamente ouviu gritos, mas não podia distinguir o que estava sendo dito. Ninguém correu para a sala, então empurrou o vidro ao longo do caminho para deixar tudo aberto. Wrath estava muito perto. Não tinha nenhuma ideia do que fazer, uma vez que o alcançasse, mas talvez pudesse bloquear a porta do escritório para trancá-los lá dentro até a ajuda chegar.
As vozes estavam altas o suficiente com a janela aberta, que podia distinguir os gritos bravos de seus colegas de trabalho. Ergueu-se até a altura da cintura, levantou uma perna e empurrou sua saia do caminho. Escalar não era fácil, mas conseguiu e soltou de joelhos para rastejar para detrás da mesa para se esconder.
— O que diabo nós vamos fazer? Mel exigiu.
— Apenas acalme-se, Brent disse. — Continuo dizendo que pensarei em algo.
— É provavelmente sua culpa! Mel gritou. — Você ficou bêbado e disse a alguém quem realmente é? Droga, Bill. Disse que você estava pondo todos nós em risco, mas você parou de ser um idiota tão egoísta? Claro que não!
— Não fiz... Sua voz diminuiu e não pôde entender o resto do que dizia.
— Eles nos acharam! Mel gritou. — Você disse que ninguém conseguiria nos localizar aqui e confiei em você.
— Eles nos acharam. Era John T falando e estava obviamente furioso. — Vamos apenas pensar no que vamos fazer agora. Sugiro que os matemos e daremos o fora daqui.
— E ir para aonde? Vidro quebrou, Mel estava tão irritada que provavelmente jogou algo. — Nós investimos todo nosso dinheiro neste lugar para acobertar nossas identidades. Eles provavelmente congelaram nossas contas no banco. Estamos ferrados! Vou ter que ligar para a minha irmã, e vocês sabem o quanto não quero fazer isto. Queria ficar longe desta merda. Não queria ver nunca mais nenhum desses bastardos novamente, e agora temos três deles. Em… Nosso… escritório!
— Já chega! John B rugiu. — Ofereceram recompensa em dinheiro por eles. Temos três. Todo mundo acalmem-se. Não posso pensar quando estão gritando. Podemos usá-los para conseguir dinheiro rápido e começar tudo de novo em outro lugar.
— Quem vai trocá-los? Hã? Brent gritou. — Não eu. Isto é estúpido. Eles apenas farão uma armadilha e iremos para a prisão para sempre. Não vão nos pagar de verdade.
— Os tiraremos daqui e irei conseguir algum tempo para pensar em uma maneira infalível de sermos pagos pela ONE por devolvê-los. Somos mais espertos que aqueles bastardos. Precisamos apenas sair daqui antes que mais cheguem.
— Não se mova ou atirarei em você! John T gritou.
— Calma. A voz profunda de Brass alcançou Lauren já que não estava gritando. — O ONE pagará por nós. Só não machuque as mulheres.
— Viu? Eu disse que eram sentimentais o suficiente para proteger inocentes. Você se mexe e rasgo a garganta da recepcionista. Ela não faz parte disso e está grávida de dois meses. Lute conosco e ela morre. Posso atirar em Gina muito antes de me alcançar. John B bufou alto. — O ONE nos pagará. Só precisamos sair daqui. Bill, onde tem mais dardos? Nós tranquilizaremos estes dois, prendemos as mulheres, e nos separamos, sua voz alterou. — Mais deles podem estar a caminho. Estes três podem ser olheiros ou algo do tipo. São caçadores, certo? Atire neles com os dardos, nós os levaremos para fora e pensaremos no resto quando estivermos seguros.
— Por favor, Kim implorou. — Deixe-me ir.
— Cale a boca. Não trouxe dardos suficientes. Brent soou furioso. — Você me disse que havia um deles. Não três.
— Ele entrou sozinho! John T gritou. — Se soubesse que havia mais, teria lhe dito no maldito telefone.
— Não se mova! John B gritou. — Juro que ele atirará em vocês dois e não receberão outra advertência. Estas mulheres morrerão também. Querem o sangue delas em suas mãos?
O coração de Lauren martelava e sabia que tinha de fazer algo. Ergueu sua mão para ligar para a polícia do telefone em sua mesa, mas a lembrança do sistema de telefone a fez parar. Todos os telefones mostrariam que uma linha estava em uso com uma luz vermelha. Não podia arriscar fazer um telefonema, mas seus colegas de trabalho estavam planejando pegar Wrath e não podia permitir que isso acontecesse.
Empurrou a mesa para testar o peso, mas ela não se moveu. Era a única coisa grande o suficiente na sala para impedi-los de quebrar a porta se a bloqueasse. Esse plano não funcionaria, porque podiam fazer como ela fez, dar à volta em torno do edifício, e entrar pela janela.
— Movam-se, John T ordenou. — No escritório dos fundos agora. Mantenham as mãos acima de suas cabeças, movam-se bem devagar. Se sequer se contorcer, vou atirar em você.
— Sim, Brent disse, faça isto. Nós temos cabos telefônicos. Os prenderemos, os levaremos para a parte de trás e agarramos o último depois que conseguirmos colocá-los no furgão. Pausou. — Vá pegar o furgão.
— Minha minivan? John B ofegou. — Todo mundo poderá ver dentro dela.
— O furgão da companhia, seu idiota! Mel gritou. — É maior. Tem área para cargas e janelas pintadas. Só tire os sinais da parte de trás.
— Porra, ele gritou. — Mova-se, Gina. Você também, Kim. Vocês fiquem perto de mim. Se eles atacarem, você duas morrem.
— Continuem andando, John T ordenou. — Mantenham suas mãos no alto. Mel vá pegar os cabos telefônicos. Você tem três lá. Use aqueles do fax também.
Lauren olhou ao redor da mesa, não viu ninguém, e rastejou até que pudesse espiar para fora da porta. Seus colegas de trabalho não estavam à vista, e se debruçou o suficiente para ver o escritório de Mel. As costas de John T estavam para ela e bloqueava a maior parte da entrada, impedindo-a de ver o que estava acontecendo no escritório de Mel. Todos pareciam estar lá.
Terror puro a agarrou, mas moveu-se, se levantou e pegou a cadeira de Wrath pelos braços. A parte de trás cavava em sua barriga enquanto puxava. À medida que as rodas se moviam em cima do tapete as botas dele arrastavam, deixando isso mais difícil para ela. Puxava, rezando para que ele não deslizasse da cadeira. Ele era muito pesado para pôr de volta se escorregasse.
Parou, escutou, e ouviu seus colegas de trabalho discutindo no escritório de Mel. Olhou em torno do canto novamente, as costas de John T estavam voltadas para ela, e freneticamente puxou. A cadeira deixou seu escritório, mordeu de volta um gemido, e continuou puxando Wrath em direção à frente. Apenas precisava fazer isto mais ou menos por uns três metros até a área da recepção. Fez isso sem ninguém a ver. Encheu-se de culpa por deixar os Novas Espécies e seus colegas de trabalho na mira de uma faca. Embora não pudesse ajudá-los. Wrath era o único que podia salvar. Precisava deixá-lo em segurança primeiro e apenas rezar para o homem com quem falou no telefone de Brian, chegasse a tempo para ajudá-los. Seria suicídio correr para o escritório de Mel para tentar salvar os outros.
Suas costas bateram na porta de vidro do exterior, mas não abriu quando se empurrou contra ela. Bateu com sua bunda, mas o vidro quase não se moveu. Torceu sua cabeça, percebeu que alguém trancou a porta, e lutou para girar a tranca. A porta de vidro abriu e ar fresco encheu seus pulmões, enquanto dava uma respiração profunda. Puxou, arrastando a cadeira e Wrath para fora do edifício.
Ninguém estava na calçada. A gravidade ajudou a mover a cadeira já que o edifício era mais alto que a rua. Virou, puxou freneticamente, e continuou indo. Seus olhos permaneceram no edifício. Esperava que seus colegas de trabalho fossem atrás deles a qualquer segundo, quando percebessem que está faltando um Nova Espécie, mas conseguiu chegar até aonde deixou Amanda.
— Abra a porta de trás agora. Lauren puxou com mais força, movendo-se mais rápido.
Amanda viu Wrath, a cadeira e Lauren. Ficou boquiaberta e seus olhos arregalaram.
— Abra a maldita porta, Lauren virou-se para ela. — Agora! Mova-se. A porta de trás. Pegue a porra da porta e abra. Agora, Amanda. Agora!
Amanda se mexeu. Bateu no botão para destrancar as portas e quase tropeçou no meio-fio, enquanto corria em volta do carro para abrir a porta de trás, mas abriu assim mesmo e Lauren ofegante arrastou a cadeira até lá.
— Ajude-me a colocá-lo lá dentro.
— Que diabos? Os olhos de Amanda ficaram largos e ela parecia pálida.
— Explicarei mais tarde. Ajude-me. Ele pesa uma tonelada. Precisamos dar o fora daqui antes que alguém nos veja. Lauren agarrou o dardo do peito de Wrath e jogou dentro do bolso da saia. — Apresse-se.
Amanda agarrou o outro braço de Wrath e Lauren posicionou a cadeira na frente do banco de trás do carro. Agarrando-o firmemente, ergueu-o para manobrar seus membros para fora da cadeira.
— Jesus, Amanda grunhiu. — Minhas costas vão quebrar. Ele deve pesar pelo menos cento e dez quilogramas.
As duas conseguiram despejar Wrath inconsciente no banco de trás. Lauren dobrou suas pernas até que coubesse. Wrath não parecia confortável, mas estava dentro e seu rosto não estava esmagado contra o banco. Fechou a porta e abriu a do passageiro.
— Entre no carro, ofegou para Amanda.
Amanda correu em volta do carro e abriu a porta do motorista, desmoronando no banco. O motor ligou e o coração martelando de Lauren estava ameaçando explodir de cansaço e medo. Um olhar em seu escritório assegurou que ninguém tinha corrido para fora ainda, e retorceu-se em seu assento para ficar abaixada no caso de algo ter mudado.
— Dirija, droga. Tire-nos daqui.
Amanda soltou o verbo. — Oh meu Deus, Amanda murmurou. — Você vai nos fazer sermos presas. Sei que continuo reclamando sobre ser solteira, mas você perdeu o juízo? Não pode apenas sequestrar o homem. Ele é muito gostoso, mas o que estava pensando? Você está se drogando? Deixe-me ligar para a polícia e contar-lhes que teve uma recaída. Podíamos levá-lo para um hospital e eles a admitirão pra que faça uma avaliação.
— Eu não o sequestrei, droga. Isto não é o que parece. Precisamos ir. Dirija! Explicarei tudo para você mais tarde, mas ele está em perigo.
— Você sabe como amigos dizem aos amigos quando perderam o juízo? Amanda lambeu os lábios. — Essa é a hora.
Lauren ergueu sua cabeça o suficiente para ver o rosto da sua amiga corado e olhou para ela. Abriu sua boca, mas apenas a fechou. Estava muito cansada para gritar naquele momento. Decidiu apenas ser sincera.
— Você precisa confiar em mim. Por favor, dirija Amanda. Isso realmente não é tão ruim quanto pensa.
— Aonde vamos?
— Sua casa.
Amanda assentiu. — Certo. Merda, estamos muito encrencadas. É melhor ter uma boa razão para isso. Não posso acreditar no que estou fazendo.
Lauren queria usar o celular de Amanda para ligar para a polícia, mas não ousou depois que lhe pediram que não fizesse. Rezou para que a equipe chegasse, mas não estava disposta a espiar para ter certeza que a ajuda chegaria a tempo. Tirar Wrath de lá era a sua prioridade, a única coisa que podia fazer.
Lauren conseguiu parar de tremer no momento em que Amanda entrou em sua garagem. A porta eletrônica as selou lá dentro e a luz interior ligou. Amanda desligou seu motor e olhou fixamente para sua melhor amiga.
— Você acha que ele fará queixas? Esqueça isso. Claro que fará. Você o fez desmaiar de alguma forma e o sequestrou. O que estava pensando? Conseguiremos ajuda para você. Vamos entrar e ligar para alguém. Não é muito tarde para consertar isso, certo? Conseguiremos o melhor advogado. Insanidade é uma grande defesa. Nunca pensei que fizesse algo tão drástico para me conseguir um homem.
— Pare com isso, Lauren suspirou. — Não é bem assim.
Amanda franziu a testa. — Então por que você o drogou e o trouxe para mim?
— Eu não o droguei. Lauren balançou a cabeça, cansada, frustrada e se perguntou se sua amiga precisava de um pouco de terapia. — É uma longa história. Como vamos conseguir levá-lo para dentro da sua casa? Alguma ideia?
Amanda virou em seu assento e estudou Wrath franzindo a testa. — Não sei. Ele é um cara grande. Você perdeu o juízo e teve que sequestrar o maior homem que pode achar? Sei que disse que estava desesperada por um encontro, mas Jesus, Lauren!
— Pare com isso! Lauren atirou-lhe um olhar. — Ele não é um brinquedo sexual que roubei para você. Não perdi meu juízo e não fiz isto em uma tentativa equivocada de conseguir um homem para você. O nome dele é Wrath e está em perigo.
— Pensei que tivesse dito que seu sobrenome era Williams.
— Não acho que tenha um sobrenome. Seu nome real é Wrath. É uma longa história.
— Acho que terá tempo para me contar o que está acontecendo, já que temos que imaginar uma maneira de tirá-lo do carro e subir aquelas escadas.
Lauren hesitou. — Você notou suas características?
— Quem se importa com seu rosto quando se tem esse grande corpo?
— Olhe para ele, Amanda. Olhe para seu nariz e pense no seu último herói na televisão, pelo qual você baba. Aqui vai uma pista. Justice North.
Amanda virou em sua cadeira assim podia ter uma visão melhor do homem atrás dela. Olhou fixamente, balançou sua cabeça ligeiramente e a cor lentamente drenou de seu rosto. Sua boca abriu, e olhou pasma para Lauren.
Lauren assentiu. — Ele é um Nova Espécie.
— Puta merda. No que é que me meteu? Ele é como uma espécie em extinção, certo? Têm leis realmente rígidas sobre eles. Lauren, no que estava pensando? Vamos para a cadeira elétrica se algo acontecer com ele. Se matar um deles, até acidentalmente, é pena de morte por um crime de ódio.
— Não fui eu quem fez isto. As pessoas em meu trabalho atiraram nele com algum tipo de dardo com droga e o derrubou.
Amanda piscou. — Por quê? O crédito dele era ruim ou algo assim? Sei que sua chefe é uma cadela, mas isto é demais até para ela.
— Muito engraçado, Lauren bufou. — É complicado e uma confusão. Acho que trabalhava com alguns imbecis que costumavam trabalhar para as Indústrias Mercile. Eles o viram e fizeram isso com ele. Planejavam levá-lo, mas consegui tira-lo de lá primeiro. Precisamos escondê-lo em seu apartamento até que possa conseguir alguma ajuda. Sua equipe e duas das minhas colegas de trabalho, que não estão envolvidos nesta bagunça estão no escritório. Só pude salvá-lo. Não sabia mais o que fazer.
— Para quem vai ligar? A polícia?
Lauren balançou a cabeça. — Não. As pessoas que trabalham com Wrath me disseram para não ligar para a polícia, então acho que terei que deixá-los fora disto. Lauren saiu do carro. — Vamos levá-lo para dentro.
Amanda saiu do carro e franziu a testa para Lauren por cima do teto. — Como? Não tenho um guindaste disponível aqui para erguê-lo para fora do carro, e escada acima. Ele é pesado.
Lauren estudou as escadas que levavam para o apartamento de Amanda, e teve uma ideia. — Você ainda tem aquele colchão de ar de solteiro, que usa quando sua sobrinha vem te visitar?
— O da princesa?
— Sim. Nós podíamos enchê-lo, colocá-lo nele, e arrastá-lo para a cozinha.
Amanda suspirou. — Irei pegar a bomba elétrica e enchê-lo. O olhar de Amanda foi para o banco traseiro enquanto olhava fixamente pela janela. — Não faria isto se ele não fosse tão gostoso. Ele ficará me devendo. Amanda de repente sorriu. — Ele realmente parece sexy nessas roupas. Uma vez que o levarmos lá para dentro seria gentil tirar algumas delas dele.
Lauren resmungou. — Amanda!
— O que? Só a camisa. Seja uma amiga. Fui à motorista do carro de fuga, e inferno, deveria ganhar algum tipo de recompensa, depois que o arrastarmos para dentro de casa. Acho que já consegui uma hérnia por colocá-lo no carro.
Lauren balançou a cabeça. — Acho que se beneficiaria se usasse drogas e eu me preocupasse com você.
— Você devia estar preocupada. Se não transar logo vou secar até morrer.
— As coisas que tolero, Lauren murmurou.
— Você? Acabei de ajudá-la a despejar o corpo de um cara Nova Espécie bonitão, atrás do meu carro e estou abrigando um espécie em perigo na minha casa!
— Bem pensado. Você é a melhor amiga de todas. Lauren sorriu. — Vá pegar o colchão. Não tem algumas lonas aqui em algum lugar, de quando nós pintamos seu banheiro no mês passado?
Amanda apontou para o canto. — Em algum lugar por ali.
Lauren virou para procurar por uma, enquanto Amanda entrava no apartamento. Lauren achou algumas lonas dobradas debaixo de uma estante e abriu a porta de trás do carro, checando Wrath. Ele permanecia fortemente drogado. Estendeu a lona no chão ao lado da porta aberta, e ficou agradecida por Amanda ter uma garagem dupla, com apenas um carro, assim teriam bastante espaço para trabalhar. Amanda retornou, puxando um grande colchão rosa inflável que soltou em cima da lona.
— Ele é muito pesado.
— Eu sei, Lauren concordou. — Pegarei seus pés e o puxarei para fora. Você sobe do outro lado e segura a cabeça. Não quero que bata quando conseguirmos tirá-lo do carro.
— Certo. Amanda riu. — Tem certeza de que não podemos tirar suas roupas? Diminuiria alguns quilos dele.
— Tenho certeza.
— Droga. Sempre me perguntei se tinham rabo ou algum pelo escondido em algum lugar. Sabe que existe uma conversa que alguns deles podem ter isso. Podem raspar seus braços e rostos para esconder um pouco desse problema de pelos. Nós podíamos descobrir.
Lauren agarrou Wrath e tentou ignorar Amanda. Estava contente que as botas estavam firmes em seus pés, quando endireitou suas pernas e o puxava pelos tornozelos. Amanda agarrou seus braços, impedindo-o de cair do carro quando seu bunda deslizou para fora do banco, e as duas lutaram para deixá-lo reto e centralizado no colchão.
— Deveria ficar com ele, já que acho que acabei de machucar as minhas costas, e vou precisar de alguém para cuidar de mim.
O suor escorria pelo seu corpo e sabia que só ficaria pior, quando tivessem que erguê-lo acima pelos degraus. Havia só três degraus, mas parecia uma tarefa impossível. Lauren chutou seus sapatos e os jogou para fora do caminho. Debruçou-se e agarrou os lados da lona e ergueu.
Amanda agarrou o outro lado e olhou fixamente no rosto dele. — Ele é realmente bonito. Qual é a cor de seus olhos? Você sabe?
— Marrom escuro e bonito. Lauren grunhiu, puxando Wrath. — Não se apegue. Ele está domado.
— Ele tem namorada? Droga! Por que é que todos os bonitos parecem estar comprometidos ou gays?
Elas conseguiram subir com Wrath pelos degraus, protegendo suas costas com o colchão e transformando a lona numa maca. As duas desmoronaram de joelhos quando alcançaram a sala de estar, depois de arrastá-lo pela cozinha para a sala maior.
— Não vou levá-lo lá pra cima, Amanda jurou. — Estou morta.
— Eu também não. Nunca conseguiríamos.
— Ele parece bem aí mesmo próximo à mesa de café. A madeira combina com seu bronzeado.
Lauren lutou para ficar de pé, pegou duas garrafas de água da geladeira e passou uma para sua melhor amiga. Foi um dia quente e puxar Wrath por aí exauriu ambas.
— Tenho uma ideia. Lauren anunciou. — Vou usar seu telefone.
— Sinta-se a vontade. Esqueça-se de tirar a camisa dele. Estou muito desgastada. Amanda deitou de costas no tapete. — Apenas vou morrer aqui por algum tempo.
Lauren caminhou para o bar que separava a cozinha da sala de estar, e sentou-se num banco. Agarrou o telefone de Amanda e discou informações. Gemeu quando a voz automatizada respondeu.
— Merda de automatização, murmurou. Deu-lhes a cidade que pensou estar certa e o estado. — ONE, disse claramente. Repetiu. Foi colocada em espera por uma pessoa.
Lauren pediu o número da ONE. Não tinham uma lista. Pediu o número pelo nome completo. — Da Organização Novas Espécies. Acharam o número e o anotou e discou.
Um homem respondeu. — ONE Homeland. Como posso direcionar seu telefonema?
Lauren respirou fundo. — Oi. Meu nome é Lauren Henderson. Não sabia mais para quem ligar, mas tenho um homem Nova Espécie na sala de estar da minha amiga, a mais ou menos três metros de onde estou sentada. Atiraram nele com algum tipo de dardo, e está inconsciente. Preciso que envie ajuda para ele.
Houve silêncio na outra linha por alguns segundos. — É contra a lei fazer trotes para nós, fêmea.
— Isto não é um trote. Seu nome é Wrath e ele está vivendo na sede. Isto é como todos se referem a ele. Fui levada ontem, porque ele disse que eu estava trabalhando com alguém que costumava ser um funcionário das Indústrias Mercile. Entramos em meu escritório hoje para tentar achar a pessoa que estava caçando, mas aconteceu que quase todo mundo no escritório parecia trabalhar para Mercile. Atiraram nele com algum tipo de dardo com drogas. Consegui tira-lo de lá, mas eu...
O homem a cortou. — Você disse que o nome dele é Wrath?
— Sim.
O homem rosnou. — Tenho uma lista de todos os Novas Espécies bem na minha frente. Não existe ninguém chamado Wrath. Fêmea, se ligar para cá novamente enviarei a polícia para sua casa. Nós temos seu endereço aqui. Qualquer telefonema feito para cá é imediatamente rastreado. Recitou o endereço de Amanda. — Nunca mais ligue para cá novamente. E desligou.
Lauren cerrou os dentes. Virou a cabeça para olhar fixamente para Wrath. Ele era definitivamente Nova Espécie. Discou novamente e o mesmo homem respondeu.
— Escute, seja lá quem for. Estou olhando para ele. Ele está aqui na sala de estar. Por favor, envie alguém para me prender, porque quando chegarem aqui dará uma olhada nele e saberá que não estava mentindo. Atiraram nele com um dardo e está inconsciente. Ele precisa de ajuda, estou preocupada, e não tenho nenhuma ideia do que tinha naquele dardo. Fui informada para não ligar para a polícia, então não liguei. Levaram mais dois do seu povo, e estão com duas mulheres reféns e machucaram um homem chamado Brian. Ele estava sangrando em um beco.
— Quem fez isso com o macho e aqueles outros que você mencionou? Soou entediado.
— Minha chefe e alguns dos meus colegas de trabalho. Eles mantêm dois do seu pessoal sob a mira de uma arma, e ia colocá-los no furgão que minha empresa possui. Eles...
— Não ligue para cá novamente, droga. Ligue para um psiquiatra. O homem desligou.
— Porra! Lauren bateu no topo do bar.
— Ele não acreditou em você? Amanda ergueu a cabeça.
Lauren estava puta. — Não. Desligou na minha cara novamente. Queria saber onde a sede fica, mas não estava prestando muita atenção quando saímos de lá.
— Bem, tudo o que pode fazer é esperar que o que quer que seja que atiraram nele, se dissipe logo e então possa nos dizer o que fazer.
Lauren empurrou o banco e caminhou em direção a ele. Sentou-se de joelhos e pôs sua mão em seu peito enquanto estudava seu rosto. Removeu os óculos com dedos gentis, acariciou sua bochecha e esperava que acordasse logo.
— Espero que seja só um sedativo. E se não for.
— Nós o observaremos e se parar de respirar ou algo do tipo, chamaremos uma ambulância.
Lauren assentiu. Moveu seu corpo, ficando confortável, para ficar ao lado de Wrath. Ela não deixaria nada acontecer com ele.
Saturn balançou a cabeça, tentando acalmar a raiva. Os humanos não tinham nada melhor para fazer do que encher o saco dele? Recebia um bocado de telefonemas loucos todos os dias. Uma hora atrás uma fêmea ligou para ver se podia contratar um Espécie para estar presente na festa de aniversário da sua filha, como se um deles a visitasse só para entreter crianças. O telefonema anterior disse ser de um homem dizendo que queria casar com uma fêmea Espécie. Agora uma fêmea estava ligando para dizer que alguém em um furgão estava sequestrando seu povo, e tinha um deles em sua sala de estar. Ele bufou.
— Dia ruim? Tiger, seu supervisor, sorriu.
— Odeio plantões de ligações, Saturn admitiu. — Os humanos são loucos.
Tiger assentiu. — Eu sei. Nunca consigo decidir se os telefonemas das pessoas que dizem para que eu morra, são piores do que as pessoas que ligam e me perguntam se podem conseguir uma carona de volta conosco para nosso planeta natal.
— Linha direta Tiger, um Espécie gritou. — É Tim Oberto e há um problema.
Tiger xingou. Quatro—não—três dos seus homens Espécies estavam trabalhando com a força tarefa de Tim. Rezou que não houvesse outro problema. Um dos machos acabou por ser instável e impróprio para a tarefa. Esperava que outro deles não tivesse desmoronado com a pressão. Caminhou até o telefone e o ergueu para a orelha.
— Qual é o problema?
— Nós temos um grande problema. Um dos meus homens e todos os seus três foram pegos. Estamos rastreando dois dos seus homens e um dos nossos homens neste momento. Estavam usando uniformes e estão marcados. Estamos em perseguição e devemos capturá-los a qualquer momento, a não ser que estejam sem suas roupas. Infelizmente um dos seus homens não está vestindo seu uniforme e não pegou o rastreador. Não temos nenhuma ideia de onde ele está Tiger. Ele está fora do radar a menos que esteja com os outros.
— Filho da puta. Quem está faltando?
— Wrath.
Tiger franziu a testa. — Quem?
Tim suspirou. — Vocês o chamam de 919. Ordenei que escolhessem nomes, e este foi o que ele escolheu.
— Wrath? Tiger empurrou de volta a raiva por algo ter dado errado, e medo pela segurança de seus homens. — O que aconteceu?
Tim depressa explicou do que a missão se tratava. — Uma mulher ligou do telefone de Brian para nos alertar que deu merda. Brian é um dos meus homens atribuídos pelos seus homens. Ela é suspeita agora, não estava na cena quando chegamos, e para se sincero, estou brincando de pega-pega. Seus homens não passaram isso para mim primeiro ou teria enviado mais auxílio, Tiger. Acabei de puxar as malditas anotações que Brass fez para saber o que diabos está acontecendo e quem é esta mulher. Ninguém estava lá quando chegamos ao endereço. O escritório inteiro estava abandonado. Achamos nossa SUV na esquina, e um pouco de sangue no chão onde ela disse que Brian foi ferido.
— Você acha que a mulher os sequestrou?
Tim suspirou. — Ela nos alertou que algo estava errado. Caso contrário, não teríamos ativado seus dispositivos de rastreamento até que não se reportassem. Isso teria sido há algumas horas. Estamos presumindo que seja amigável neste momento e foi levada com a equipe.
— Entendi. Então uma fêmea humana está desaparecida também? Qual é o nome dela? 358 escolheu um nome também?
Tiger anotou. — Alertarei o meu pessoal. Talvez quem os pegou queira dinheiro de resgate. Ligue-me de volta no segundo que se aproximar dos sinais. — Desligou.
Tiger virou e levantou sua voz. — Todo mundo, nós temos um problema. Temos três machos Espécies perdidos, um macho humano e uma fêmea humana. Nossos machos estavam em uma missão de recuperação com um motorista humano da força tarefa, e uma fêmea humana que os estava ajudando a localizar o alvo. Nossos homens desaparecidos são Brass, 919 e 358. Pausou. — Desculpe. Eles escolheram seus nomes. 919 atende por Wrath e 358 atende por Shadow.
Saturn de repente xingou e se levantou. — Você disse Wrath?
Tiger fixou seu olhar em Saturn.
— A humana fêmea teria possivelmente o nome de Lauren?
Tiger andou a passos largos através da sala em direção a ele. — Sim. Lauren Henderson.
— Merda. Ela nos ligou, mas pensei que era uma maluca. Desliguei duas vezes. Ela pegou Wrath e quis que nós o ajudássemos, mas não acreditei nela.
Lauren ficou mais alarmada enquanto o tempo passava e Wrath não despertava. Pegou roupas de Amanda emprestadas, trocou-se com algo mais confortável, e ficou ao seu lado. Amanda tentou convencer Lauren de que descansaria mais facilmente se removessem a camisa de Wrath. Lauren balançou a cabeça para sua melhor amiga.
— Desista. Nós não vamos tirar a roupa dele.
— Mas ele ficaria mais confortável.
— Não quando acordar e precisar de um banho por que você babou nele todo.
— Arranjarei um babador e amarrarei ao redor do meu pescoço.
Lauren riu. — Pela última maldita vez, não! Não vai tirar as roupas dele.
— Você removeu suas botas.
— Bem, são apenas seus pés. Ele está dormindo. Ninguém deveria fazer isso usando botas.
— Ele tem grandes pés e mãos. Acha que o ditado é verdade? Amanda riu.
— Sim, nesse caso.
Os olhos de Amanda se arregalaram. — Você espiou quando eu estava trocando de roupa, não foi? Deus, você é uma cadela. Deveria fazer tudo com sua melhor amiga.
Lauren hesitou e decidiu apenas dizer a sua amiga a verdade. — Não espiei quando estava trocando de roupa. Tomei banho com ele.
— Não! Não acredito! Você está mentindo só para me deixar com inveja.
— Nós passamos à noite juntos ontem.
Amanda deixou seus olhos vagarem de cima para baixo no homem no colchão inflável rosa. Olhou de volta para Lauren. — Você é minha heroína, amiga.
Lauren se levantou e entrou na cozinha. — Estou ficando com fome. E você?
A campainha tocou. Lauren imediatamente sentiu medo, enquanto se virava e seu olhar voou para Amanda. — E se forem os imbecis do meu trabalho? Sussurrou.
Amanda hesitou, empalideceu, e sussurrou de volta. — Como eles saberiam onde moro?
— Nós trabalhamos com bens imóveis. Dãa! Nós fazemos busca de títulos o tempo todo.
— Eles sabem meu sobrenome?
Lauren encolheu os ombros.
Amanda ficou de pé e andou nas pontas dos pés até a porta. — Vou espiar.
Lauren agarrou a maior faca na cozinha e um rolo de massas. Correu para a porta também, pronta para a batalha se tentassem quebrar a porta para roubar Wrath. Amanda franziu a testa e olhou para as coisas que Lauren segurava em suas mãos, antes de se levantar para espiar no minúsculo buraco na porta. Amanda saltou de volta, virou-se, e pareceu apavorada quando encontrou o olhar de Lauren.
— Dois homens muito grandes vestidos todo de preto com óculos escuros estão lá fora. Eles parecem enormes, sussurrou.
— Lauren Henderson? O homem lá fora falou alto. — Você ligou para a ONE. Estamos aqui como solicitou. Sabemos que não é mais uma fêmea louca e viemos pelo nosso macho. Você por favor, nos permite ver Wrath? Não lhe causaremos nenhum dano.
Lauren chegou mais perto da porta, subiu na ponta dos dedos para espiar o buraco minúsculo. Os dois homens eram muito grandes, mas os óculos e a estrutura óssea proeminente asseguravam que não estavam tentando enganá-la. Ela recuou.
Amanda deu-lhe um olhar interrogatório.
Lauren assentiu para ela. — Os deixem entrar.
Amanda balançou a cabeça. — Mencionei que parecem malvados e enormes?
— Abra a porta. Droga, Amanda. Wrath precisa de ajuda.
— Tá certo, mas vou encher seu saco na próxima vida se você nos matar.
Lauren rolou seus olhos. Amanda destrancou a porta e lentamente a abriu. Saltou para trás, quase tropeçando quando dois grandes e muito altos homens, vestidos todo de preto entraram na sala. Eles tinham cabelos longos, passando dos ombros, e estavam usando óculos escuros idênticos. Fecharam a porta atrás deles.
Um deles franziu a testa e lentamente alcançou até remover os óculos escuros. Lauren ficou chocada quando encontrou um par de olhos como os de gato. Ele piscou para ela antes de sua atenção saltar para suas mãos.
— Você vai nos cortar ou tentar nos bater com isso?
Lauren percebeu que ainda estava segurando a faca e o rolo de massa de madeira. Ela corou e os derrubou na mesa mais próxima. — Desculpe. Nós ficamos com medo de que fossem os homens do meu trabalho. Wrath está ali. Apontou.
Eles tiveram que caminhar ao redor do sofá para ver o Espécie inconsciente. O homem que falou com Lauren de repente riu. — Isto é um castelo rosa?
— É da minha sobrinha, Amanda admitiu. — Ela ama dormir em meu quarto, então comprei isso. Tem uma princesa debaixo dele.
O homem riu. — Sou Flame e esse é Slash.
Slash era tão alto quanto Flame, com mais ou menos um metro e noventa, mas tinha cabelo listrado de marrom claro com luzes prateadas. Removeu seus óculos. Ele tinha os mesmos olhos de gato e tinham um tom estranho de azul. O homem assentiu para Lauren e Amanda.
— O que aconteceu? Flame focou em Amanda.
— Converse com ela. Sou apenas a motorista de fuga. Não sabia o que ele era ou poderia ter pelo menos reclamado mais no passeio até aqui, mas ela é minha melhor amiga, então o que mais podia fazer? Ela disse dirija e apertei o pedal com tudo.
Flame virou para Lauren. Ela depressa explicou tudo o que aconteceu e recuperou o dardo que salvou, dando para Flame.
— Isto foi com que o atingiram. Guardei no caso de vocês poderem testar para saber que droga usaram.
Flame tomou o dardo e cheirou. Xingou. Cavou o celular e depressa discou para alguém. — Precisamos de um helicóptero aqui agora. Wrath foi drogado com uma dose pesada de sedativo e um agente paralisante. Há um parque na metade do quarteirão daqui. Encontraremos-nos lá. Desligou e olhou profundamente nos olhos de Lauren. — Você fez muito bem, fêmea humana. O sedativo dura mais tempo com o agente paralisante. É um truque que aqueles bastardos descobriram para parar nossos corpos de funcionar mais depressa com essa droga. O coração dele podia parar se excederem na dosagem.
Lauren movimentou a cabeça. — Ele ficará bem? Estava preocupada.
Flame assentiu. — Acredito que sim. Sua respiração está fixa e forte. Pegue um pouco de roupa depressa. Vamos levá-la conosco.
— Mas... — Lauren começou.
— Deixe-me pegar minha bolsa, Amanda disse ao mesmo tempo. Amanda atirou um olhar duro para Lauren. — Querem nos levar com eles. Seja uma boa amiga, feche sua boca e vamos pegar algumas roupas.
Lauren franziu a testa.
— Dãa! Homens bonitos. Mova seu traseiro, Lauren. Amanda já estava se virando, e correndo pelos degraus. — Não partam sem mim!
Lauren olhou para Flame e não pode deixar de notar sua expressão chocada ou os olhos arregalados.
— Ela disse homens bonitos?
Lauren suspirou. — Ela é solteira e está procurando.
Flame franziu a testa. — Procurando pelo que?
— Ela não tem um homem em sua vida e ela quer um. Vocês dois são homens.
Flame relaxou e riu. — Ah.
Slash fez um barulho estranho. — Para que ela quer um de nós?
Flame riu. — Ela está procurando por um companheiro.
Slash balançou a cabeça. — Não eu. As fêmeas são encrenca e não quero uma companheira.
Flame riu. — Elas não iriam querer você também. Olhou fixamente para Lauren. — O helicóptero estará chegando em quinze minutos e devemos sair daqui em sete para encontrá-lo. Você poderia querer um conjunto a mais de roupas.
Lauren correu lá para cima para encontrar Amanda fazendo as malas. Lauren balançou a cabeça, olhando fixamente às três malas abertas na cama e sua amiga lançando roupas nelas.
— Coloque o vestido de festa no chão. Estamos indo em um helicóptero e isso significa uma mala.
— Mas tenho que ficar bonita. Você os viu? Amanda se abanou. — Tão gostosos.
— Eles vão colocar você dentro do helicóptero ou todas essas malas que está fazendo. O quanto você quer partir com eles?
Amanda hesitou. — Certo. Posso fazer uma mala. Falou baixinho. — Quem sabe. Talvez não precise de nenhuma roupa. Piscou. — Se ligou no falador. Ele tem a voz mais profunda, mais sensual, e você viu aqueles olhos? Miau! Eu quero esfregá-lo totalmente.
Lauren abaixou a voz também. — Eles têm uma audição muito boa e provavelmente acabaram de ouvir o que disse.
— Então ele sabe como realmente me sinto. A vida é muito curta para não ir atrás de algo que quer. Eu aprendi isso.
— Sei que aprendeu. Deixe-me ajudá-la. Uma roupa a mais, algo para dormir e devemos estar bem.
— Você pode pegar emprestado qualquer coisa.
— Obrigado.
Retornaram para o andar de baixo e Lauren foi imediatamente para o lado de Wrath, para dar uma olhada nele. Estava respirando devagar e profundamente, sua coloração era boa, mas ainda não tinha despertado. Estava realmente preocupada com ele. Virou a cabeça para encontrar ambos Flame e Slash a alguns centímetros de distancia olhando-a atentamente.
Flame avançou. — Levarei Wrath. Por favor, não tente correr. Estará mais segura conosco do que ficando aqui. As pessoas que atiraram nele podem estar procurando por ele.
— Oh, nós não correremos, Amanda assegurou sinceramente sorrindo para ele. — Tente me perder— isso não acontecerá. Não deixarei seu lado.
Flame sorriu. — Gostei de você, fêmea. Você é direta.
— Essa sou eu. Amanda piscou. — Direta e solteira, mas você poderia mudar isso.
Lauren se levantou e permitiu que o outro homem se curvasse onde ela está. A surpreendeu quando o grande Nova Espécie simplesmente ergueu Wrath como se não pesasse nada, deslocou o corpo dele, e se endireitou com o outro Nova Espécie caído sobre um ombro largo.
— Vamos. Virou e seu parceiro abriu a porta da frente.
— Puta merda, Amanda ofegou.
Flame virou, olhando para Amanda silenciosamente. Amanda olhou fixamente para ele.
— Ele pesa uma tonelada e você apenas o ergueu como se fosse um travesseiro de corpo.
Flame enrolou um braço em volta da parte de trás das pernas de Wrath para mantê-lo seguro. — Nós somos fortes.
Slash caminhou na frente e Flame pôs os óculos de volta em seu rosto, escondendo seus olhos.
Slash pôs seus próprios óculos de volta. — Vamos.
Flame assentiu. — Fêmeas, vamos.
Amanda sorriu para Lauren. — Nós somos fêmeas.
Lauren balançou a cabeça e suspirou. — Sério? Pensei que você fosse um travesti.
— Cadela. Amanda riu dando-lhe uma cotovelada.
— Ensandecida. Lauren respondeu de volta. Notou que os dois homens Novas Espécies estavam as observando silenciosamente. — Estamos prontas.
— Então… Amanda sorriu. — Para aonde estão nos levando?
— Estamos retornando a Homeland, Flame as informou, as levando para fora do apartamento.
Uma SUV preta esperava no meio-fio e o motorista abriu as portas e a parte de trás. Usava óculos escuros também, mas Lauren logo percebeu que não era Nova Espécie, já que podia ver seu nariz claramente. Isso a fez lembrar-se de Brian e a preocupação a comeu.
— Vocês acharam Brass, Shadow e Brian? Vocês salvaram as duas mulheres com quem trabalho? Elas estavam sendo mantidas reféns.
Slash encolheu os ombros. — Essa não era nossa missão. Nós não sabemos. Fomos enviados aqui para pegar Wrath e quem estivesse com ele.
Flame colocou Wrath na parte de trás do SUV e então ele, Lauren e Amanda se sentaram no banco de trás. O motorista e Slash sentaram nos bancos da frente. Lauren virou, olhando para Wrath. Esticou-se mais e tocou nele para ter certeza de que continuava respirando.
— Por que você continua com sua mão no tórax dele? Flame perguntou.
Lauren virou-se para ele, sem saber o que dizer.
— Oh, eles passaram a noite de ontem juntos. Amanda riu. — Ela o viu nu.
Lauren corou. — Cale a boca, Amanda.
Flame riu. — Sério? Você e Wrath?
Lauren ignorou a ele e Amanda. Voltou sua atenção para Wrath. Por que ele não está acordando? Se as drogas tivesse que matá-lo, já não teria matado há essa hora? Manteve sua mão nele, sentindo-o respirar, enquanto se dirigiam rua abaixo.
O Centro Médico da ONE não era nada com que Lauren teria imaginado. Era um edifício grande com uma frente de vidro. Dentro havia cadeiras alinhadas ao longo da parede, um balcão longo, e atrás havia mesas e um espaço aberto. Viu corredores em cada lado da sala. Wrath foi levado numa maca pelo corredor da direita e Lauren esperou com Amanda. Slash partiu com suas malas, declarando que precisavam ser inspecionadas, mas Flame se sentou com elas nas cadeiras perto das janelas.
— Qual é a sua associação com Wrath? Removeu seus óculos e a estudou.
— O conheci ontem. Fui um tanto quanto levada contra a minha vontade para onde estavam ficando. A sede? O que quer que aquilo seja. Wrath foi designado para cuidar e ficar de olho em mim. Tive um incidente com um dos seus. Houve uma briga entre ele e Wrath. Passei a noite no quarto de Wrath com ele.
— Diga-me que você fez algo com ele, Amanda se apresou. — Por favor, diga-me que não deixou uma oportunidade assim passar.
Flame franziu a testa enquanto olhava fixamente para Amanda. — Que oportunidade? Fazer sexo com um da minha espécie?
Amanda sorriu para ele. — Sua espécie? Cara, estou falando sobre um homem atraente.
Lauren desejou que um buraco se abrisse debaixo dela. — Amanda está solteira por muito tempo. Ela pensa que se um homem bonito está interessado eu deveria ficar interessada também.
Flame assentiu. — Entendo. Não é uma questão de raça, mas apenas uma questão de homem?
— Não me importo de que raça você é, Amanda paquerou. — Você é gostoso.
Flame riu. — Obrigado. Você é atraente para uma fêmea também. Olhou para Lauren. — Você fez sexo com Wrath?
Seu rosto aqueceu mais. Estava totalmente desconfortável para aonde a discussão estava indo. — Isso não é da sua conta.
— Ela admitiu que o viu nu. Amanda riu. — Ela fez sexo com ele se foi esperta. Está solteira há muito tempo também e realmente seria burra se tivesse a chance e não a pegasse.
— Amanda, pare. Ele vai pensar que você é louca.
Amanda sorriu para Lauren. — Cale a boca. Estou paquerando.
Lauren apertou seus lábios e estava agradecida por Flame parecer se divertir com o comportamento ultrajante da sua amiga. Lauren os ignorou e olhava fixamente para o corredor por onde levaram Wrath. Um homem mais velho com cabelo branco entrou no corredor e caminhou na direção deles. Flame ficou de pé.
— Como ele está?
— 919 ficará bem.
Lauren franziu a testa. — 919?
— Esse era o nome dele na instalação de teste. Flame assentiu para o doutor. — Obrigado, Dr. Treadmont. Ele está acordado?
— Está. Ele está tomando banho. Pausou e estudou cada uma das mulheres. — Qual de vocês seria Lauren?
O coração de Lauren deu uma cambalhota. — Sou eu.
O doutor encontrou seu olhar. — Ele perguntou sobre você. Quis saber onde estava.
— Ela está aqui. Flame hesitou. — Ele se chama Wrath.
O doutor assentiu. — Atualizarei seus arquivos. Foi bom que tenha escolhido um nome.
— Diga-lhe que a fêmea está aqui e segura. Flame mudou de posição. — Ele descansará melhor sabendo disso.
O Dr. Treadmont caminhou de volta pelo corredor e Lauren sentiu o olhar de Flame nela. Virou e ergueu sua cabeça para olhá-lo e o encontrou sorrindo.
— Por que esse sorriso?
— Você fez sexo. Para que ele perguntasse sobre você logo depois de acordar, isto diz tudo.
— Esta é minha amiga. Amanda riu. — Bom para você. Não é tão burra quanto parece.
— Por favor, pare de me envergonhar, Lauren quase implorou.
— Ela não parece burra. — Flame correu seu olhar de baixo para cima, parecendo confuso.
— É porque ela é loira. Amanda piscou. — Nós brincamos com as loiras sobre serem burras, mas ela é muito esperta. É até meio puritana.
Flame riu. — Entendo. Sei o que uma puritana é. Era minha palavra do dia não muito tempo atrás. Virou-se para olhar fixamente para Amanda. — Estamos aprendendo novas palavras, então temos uma palavra do dia. Você é uma puritana também?
— Deus, não sou mesmo. Amanda admitiu.
— Deveria deixar a sala, assim você pode atacá-lo? Lauren estava apenas meio que brincando.
— Atacar-me? Flame franziu a testa. — Por que ela iria querer fazer isto?
— Eu quis dizer dar uma investida em você. Você sabe o que isso quer dizer?
Flame sorriu. — Sei.
Mexendo suas sobrancelhas, Amanda sorriu para ele. — Você ficaria interessado?
Flame rosnou. — Ficaria.
Lauren não pôde deixar de notar o jeito como os olhos de sua amiga arregalaram, quando ele fez aquele som assustador rapidamente. — Quando fazem barulhos assim, é uma coisa boa. Quer dizer que está interessado.
— Que excitante! Amanda riu. — Muito legal!
— Por favor, arranjem um quarto primeiro. Lauren suplicou não querendo ver sua melhor amiga em ação com um cara, de perto.
Flame chegou mais perto de Amanda. — Tenho um quarto. Depois que meu turno acabar mostrarei para você se quiser ver onde moro. É um apartamento de um quarto localizado no dormitório dos homens. As fêmeas têm permissão para visitar.
— Adoraria ver onde mora. Amanda sorriu para ele.
— Será designado algum lugar para você ficar, se meu povo conta em manter você aqui durante a noite ou por alguns dias. — Flame retirou seu telefone celular. — Deixe-me ligar e ver o que querem que eu faça. — Se afastou delas e atravessou a sala.
Lauren olhou para Amanda. — Você está certa que quer ir para o quarto dele? Não deveria provocar um homem assim.
— Quem esta provocando? Olhe para ele. Adoraria tirar suas roupas.
Lauren suspirou. — Ele definitivamente não é do tipo marionete.
— Definitivamente não. Amanda concordou.
Lauren abaixou a voz. — Eles rosnam quando ficam excitados e tem dentes afiados que poderá mostrar-lhe. Nenhum rabo ou pelo, por favor, não pergunte isso a ele. Atirou um olhar em Flame, viu que suas costas estavam viradas e parecia atento em sua conversa ao telefone, antes de pegar a mão de Amanda. — Só não se machuque se isto não der certo. Espero que dê. Ele parece muito legal, mas tente ir devagar, certo? Não vou aguentar vê-la com um coração partido novamente.
Amanda apertou sua mão e a largou, de repente muito séria. — Não posso deixar o que aconteceu comigo arruinar o resto da minha vida. Só espero que as cicatrizes não o desanimem se conseguir levá-lo a esse ponto.
— Estou muito orgulhosa de você por ser tão valente. Divirta-se, mas esteja segura. Lauren estudou sua amiga e lembrou-se de quando recebeu aquele telefonema horrível cinco anos atrás. Amanda morava com um namorado que atirou nela e estava em condição crítica. Ele acabou sendo um monte de merda que enganou sua melhor amiga, tirando uma apólice de seguro de vida no nome dela, e então tentou matá-la, depois de fazer parecer como se um assalto tivesse dado errado. Amanda o combateu por tempo suficiente para alcançar ajuda antes de sucumbir a seu ferimento. Lauren ficou ao seu lado por três dias enquanto estava na UTI, até que Amanda começasse a se recuperar.
Flame retornou até elas. — Vocês foram designadas a uma cabana de visitas. É uma com dois quartos. Espero que não se importem em dividir. Temos alguns outros convidados humanos e a habitação está cheia com exceção desta.
— Nós não nos importamos, Lauren disse suavemente. — Obrigado.
— Fui informado para escoltá-las para lá agora.
Lauren olhou no corredor. — E Wrath? Gostaria de vê-lo antes de irmos.
Flame assentiu. — Não tenho pressa. Não deve demorar muito.
Eles esperaram até Wrath finalmente aparecer caminhando pelo corredor. Lauren se levantou e deu alguns passos em direção a ele. Wrath sorriu e andou direto para ela, seus olhares bloquearam. Tinha trocado o uniforme por uma calça jeans e uma camiseta. Lauren não deixou de notar seus braços musculosos bem definidos e ombros largos.
— Obrigado, Lauren. Disseram-me o que fez para me tirar de lá. Você arriscou sua vida pela minha.
— Você lutou com Vengeance para me salvar. Acho que estamos quites.
Ele colocou a mão em volta do rosto dela. O olhar dele deixou o seu para estudar seu cabelo e suspirou. — Odeio vê-lo assim.
Ela sorriu. — Desculpe. Posso soltá-lo.
Suas mãos levantaram para o topo de sua cabeça. Puxou os grampos um por um e desamarrou seu cabelo. Lauren sentiu o peso de seus cabelos caindo por suas costas. Os dedos de Wrath o escovaram. Ele sorriu e suas mãos descansaram em seus ombros.
— Muito melhor.
— Você está bem? Estava preocupada quando não acordou depois de algumas horas.
— Estou bem. Seus dedos estavam brincando com seu cabelo. — O que fez foi muito estúpido, mas corajoso. Podiam tê-la capturado também ou apenas a matado por tentar me salvar.
— Sinto muito por não ter capturado Bill.
Wrath piscou. — Ele foi capturado. Nós capturamos Bill, dois outros machos e as fêmeas também. Estamos tentando identificá-los. Shadow, Brass e Brian foram recuperados. Estão bem, junto com as duas fêmeas inocentes que usaram para controlar nossos machos.
Lauren deixou aquela informação ser absorvida. Sua chefe e seus colegas de trabalho foram presos e isso a punha fora da tarefa. Claro que em geral, era uma coisa boa. Eles eram monstros que trabalhavam para Mercile. — Acho que serei enviada para casa.
Ele assentiu. — Amanhã.
Engoliu, Lauren odiava a pontada de dor e perda que sentiu. — Acho que não o verei novamente, não é?
Ele debruçou-se para mais perto. — Gostaria de passar um tempo com você enquanto estiver aqui.
— Eu adoraria isso.
Wrath assentiu e suas mãos caíram. Olhou para Flame acima do ombro de Lauren. — Irei para onde você a levar.
— Elas foram designadas a uma moradia humana. Poderá encontrá-las lá quando for liberado.
— O doutor disse que estou bem para ir.
Wrath pegou a mão de Lauren e colocou em cima de seu braço dobrado. Flame abriu a porta e ofereceu a Amanda seu braço. Eles caminharam em direção a um carrinho de golfe que estava estacionado no meio-fio.
Flame dirigiu com Amanda ao lado dele, enquanto Lauren e Wrath sentaram-se atrás. Flame as levou para uma bonita casa amarela parecida com um chalé próximo a um grande lago. Estacionou na calçada.
Lauren só queria estar sozinha com Wrath, mas aceitou as condições do fato de que o outro par estaria com eles. Flame levou Amanda para dentro da casa primeiro. A sala de estar era espaçosa com um plano de chão aberto para uma sala de jantar e cozinha. Pelo corredor tinha dois quartos que tinham seus próprios banheiros.
Flame puxou Amanda de lado depois da excursão pela casa, mas suas palavras estavam carregadas. — Meu turno acabou agora que a trouxe para casa. Você ainda gostaria de ir ver meu apartamento?
Amanda sorriu. — Eu adoraria, pegou sua mão. — Isto vai ser um passeio de noite toda ou voltarei para cá ainda está noite?
— É sua escolha, mas gostaria de ficar com você a noite toda.
Amanda se agachou, agarrando sua bolsa e acenou para Lauren. — Não me espere acordada. Verei você pela manhã.
Flame pegou a bolsa de sua mão. — Permita-me levar isto. Está com fome? Gostaria de levá-la ao bar. Nós podemos comer e dançar antes de voltarmos para meu apartamento.
Amanda sorriu para ele. — Você é perfeito. Alguém já disse isso?
— Não, mas gosto de ouvir isso.
Lauren assistiu o par caminhar pelo corredor e sair de vista. Ouviu a porta da frente fechar. Virou sua cabeça para observar o olhar escuro de Wrath.
— Amanhã é um adeus, Lauren pareceu imediatamente deprimida. — Você passará a noite comigo?
Ele movimentou a cabeça. — Esperava que me pedisse para dormir com você uma última vez.
Lauren recuou para o quarto, arrastando sua mão. Ele fechou a porta atrás deles. Lauren largou sua mão e agarrou sua camisa. Tirou-a por cima da sua cabeça, a soltou e chutou os seus sapatos antes de alcançar a cama. Wrath avançou nela, seguindo-a passo a passo. Ela parou e desabotoou seu sutiã, deixando-o cair e sorriu para ele.
Wrath rosnou. Encorajada, Lauren agarrou as calças de elástico que tinha pegado emprestado. Enganchou os dedos polegares no cós, tendo certeza de pegar a calcinha também. Empurrou para baixo de suas pernas e livrou-se delas. Estava na frente de Wrath completamente nua.
— Esta é a nossa última noite já que vou para casa amanhã. Lauren se moveu, pondo suas mãos em seu peito. — Quero fazer tudo.
Suas características ficaram tensas. — Você quer que entre em você?
— Sim.
A expressão em seus olhos a confundiram. Ele quase parecia triste. — Não posso. Sua voz saiu áspera.
— Por que não?
— Há coisas que não sabe sobre mim. Não quero arriscar machucá-la. Fui danificado, Lauren. Posso perder o controle e isso seria uma coisa perigosa.
Ela balançou a cabeça. — Sei que não irá. Será muito gentil comigo. Sei pelo modo como me toca. Eu confio em você. Tenha alguma confiança em si mesmo.
— Eu... Ele fechou sua boca.
— Se estiver com medo de me engravidar, não fique. Estou tomando algo que previne isso. Tenho uma ficha limpa de saúde.
Ele balançou a cabeça. — Esse não é meu medo. Fui prejudicado no passado e me deixa com medo que possa reverter esse condicionamento. Isto pode me deixar perigoso.
Lauren se sentou, ignorando seu estado de nudez, e o puxou até que estivesse sentado ao lado dela. Virou-se para encará-lo, olhou fixamente em seus olhos e lambeu os lábios.
— Não há nada que possa me dizer que mudaria a forma de como me sinto sobre você. Fiz umas leituras sobre os Novas Espécies e ouvi rumores de que às vezes alguns de vocês acabavam matando os imbecis que os prendiam. É isso? Você matou alguns deles? Se for isso, eu lhe premiaria com uma medalha. Eles mereceram isso por tudo o que fizeram.
A dor refletida em seus olhos a partia por dentro.
— Não é isso.
Ela respirou fundo. — Apenas diga-me. A pior coisa é manter um segredo. Uma vez que é dito, nós podemos lidar com isso.
Ele agarrou sua mão e seu olhar se moveu para longe dela, seu olhar fixou-se no tapete próximo aos seus pés. Lauren pacientemente esperou, não quis pressioná-lo, e se perguntou se ele realmente conversaria com ela. Estava esperançosa.
— Minha vida na instalação de teste foi dura.
Ela apertou sua mão, mas permaneceu calada, esperando por quaisquer detalhes que quisesse compartilhar.
— Eles levaram alguns de nós para um novo lugar. Havia Shadow e outro macho que nós não conhecíamos. Ele tinha uma companheira, mas os humanos a mataram.
Seus olhos encheram-se de lágrimas com o horror do que deviam ter visto e suportado, mas continuou calada, esperando. Ele se recusava a olhar para ela e viu sua boca ficar tensa, uma frieza vazou de seu olhar fixo, e sua voz se aprofundou com emoção.
— Eles me drogavam para me deixar excitado, conectavam-me a uma máquina e mostravam vídeos de mulheres humanas nuas, tocando nelas mesmas para forçar minha semente do meu corpo. Faziam isso por horas até a dor ficar demais e eu desmaiar. Desenvolvi um ódio pela visão de fêmeas humanas. Pausou e finalmente ergueu seu olhar para o dela. — Sinto raiva, pensando no que fizeram comigo, a humilhação que sofri, sei que não é responsável, mas tenho medo de perder o controle. Poderia ter uma retrospectiva e causar-lhe dor.
Lauren piscou de volta as lágrimas. — Eu sinto tanto, Wrath. Você é uma vítima e está certo—não estava lá e nunca seria uma parte disto. Apertou mais sua mão. — Eles não podem mais machucá-la e não temos que fazer sexo se não estiver pronto. Podemos abraçar um ao outro. Está tudo bem assim. Embora não acredite nem por um segundo que me machucaria. Você é o homem mais gentil que já conheci.
Suas sobrancelhas se curvaram.
— Eu falo sério. O modo como me toca é especial e você me faz sentir desse jeito também.
Um grunhido suave saiu de sua garganta. — Nunca acreditei que ficaria atraído por uma fêmea humana, mas você é tudo que quero.
— Estou bem aqui. Nós podemos fazer qualquer coisa que quiser ou o que se sentir confortável.
— Você me vê como inferior agora? Havia uma nervura em sua voz. — Menos macho agora que sabe o que me foi feito? Deveria ter sido mais forte e resistido mais. Pegaram minha semente à força.
Seu coração partiu. — Não. Deus não, Wrath. Moveu-se, largou sua mão e subiu em seu colo. Ele permitiu e ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço, apertou seu rosto contra sua garganta e agarrou-se nele. — Você é maravilhoso, forte, determinado e valente. Conseguiu encontrar aqueles imbecis que machucaram seu povo. Isto é tão nobre e sim, valente. Admiro-o e acho que é o homem mais sensual que existe. Estou tão contente que tenha entrado em minha vida.
Seus braços envolveram ao redor dela e a agarrou. — Quero você, mas tenho medo.
Seus lábios apertaram contra sua pele e ela o beijou. — Não tenho medo de você. Por que não fica nu? Adoro abraçá-lo.
— Eu quero isso. Sua voz afundou novamente.
Ela recuou o suficiente para ver seus olhos e sorriu. — Nós apenas iremos devagar e veremos como vai ser. Você está muito vestido.
Ele riu e de repente a ergueu para fora de seu colo, colocando-a no meio da cama e ficou de pé. — Dê-me um momento para consertar isto.
Ele tirou a camisa, revelando primeiro aquela ostentação maravilhosa de abdômen perfeitamente esculpido, depois seus ombros largos. A camisa descartada bateu no chão. Curvou-se, tirou seus sapatos e se endireitou. Lauren segurou sua respiração, quando ele agarrou a frente de sua calça e a abriu. Amava a expansão de pele que lhe assegurava quem estava no comando.
— Sem cueca?
— Eles não tinham o tipo que gosto. Prefiro ficar sem.
— Eu gosto de você sem.
Ele riu e empurrou as calças, livrando seu pau, e a impressionando por revelar o quão grosso e duro estava. Podia não estar pronto para o sexo, mas seu corpo dizia o contrário. Saiu da calça jeans, a chutou para longe e hesitou.
— Eu não quero só abraçá-la.
Seu olhar demorou em seu pau duro. — Estou vendo isto. Sou toda sua para qualquer coisa que quiser fazer comigo.
Um grunhido suave veio dele enquanto lentamente dava um passo em direção à cama. Lauren esticou-se de costas, hesitou e então abriu os braços e pernas na cama. Os olhos de Wrath alargaram e ele colocou um joelho no colchão.
— O que está fazendo?
— Você está no comando. Segurou seu olhar. — Sou toda sua.
A cor de seus olhos pareceu escurecer quando se arregalaram, mas colocou suas mãos no colchão, rastejando por cima dela, e um grunhido profundo veio de seus lábios separados. — Não diga isto.
Ela não tinha medo. — Que está no comando ou que sou toda sua?
Seu olhar abaixou para seu corpo e ele lambeu seus lábios. — Que é minha. Poderia acreditar nisto e você não iria querer isto.
— Por quê? Seu coração acelerou.
Ele abaixou, seu rosto pairado em sua garganta e a respiração morna a bafejou lá. — Você não tem nenhuma ideia do que quero de você.
— Diga-me.
Olhos escuros fixaram nos seus. — Agora quero tocá-la.
— Vá em frente.
Ele debruçou-se e roçou um beijo em sua garganta. Lauren virou a cabeça e se expôs para sua boca errante. Sua língua traçou o padrão, dentes afiados suavemente a roçaram também e resistiu ao desejo de levantar seus braços e apertar seus ombros apenas para ter algo para agarrar.
Ele abaixou em seu corpo lentamente, provocando e acordando seu desejo com cada carícia de sua boca quente. Gemeu quando ele chupou um mamilo tenso e sua limitação quebrou. Suas mãos se ergueram, abriu em seu peito e o acariciou.
Um grunhido fundo veio dele, seu pau quente, rígido esfregou em sua perna e ele as separou mais ainda. Wrath de repente se afastou e seus olhos se encontraram.
— Eu a quero. Quero tanto que dói.
— Pegue-me. Eu disse que sou sua.
Uma de suas mãos abriu em sua barriga, deslizou descendo e Lauren gemeu quando seu dedo esfregou contra seu clitóris. Seus dedos testaram para ver o quão excitada estava, encontrou o quão macia e molhada ele a deixou com sua boca, e apenas a visão de seu corpo.
— Você está tão pronta para mim.
— Sempre.
Seus olhos se fecharam e sua cabeça pendurou um pouco. As mãos de Lauren deixaram seu peito para segurar seu rosto. Wrath olhou para ela então, seu olhar torturado com desejo e alguma outra coisa… Talvez medo. Odiou ver isso e ergueu-se até que suas bocas estivessem apenas meros centímetros separadas.
— Beije-me, bebê. Está tudo bem.
Uma sobrancelha levantou e seus lábios se curvaram para cima ligeiramente. — Bebê?
— É um carinho. Podia chamá-lo de sexy. Você realmente é.
— Você também.
— Por favor, me beije?
Seu foco fixou-se em sua boca. Pausou e olhou se afastando. — Nunca beijei alguém nos lábios.
Tentou esconder seu choque. — Nunca?
Seu olhar deslizou para longe quando evitava o dela. — Minhas experiências são limitadas em experiências de procriação. Mercile gostava mais de testar drogas de dor em mim. As poucas fêmeas que foram trazidas para mim não quiseram esse tipo de contato pessoal íntimo, já que não me conheciam.
— Olhe para mim, Wrath.
Ele olhou e ela identificou sua dor com certeza. — Eu o beijarei. Todo mundo tem uma primeira vez. Estou honrada que serei a sua. — E desejava ser a última. A ideia dele tocando em outra pessoa, estando com elas, fez seu peito doer. — Só relaxe e ponha sua boca em cima da minha. Eu lhe mostrarei.
Wrath queria Lauren, queria experimentar tudo o que ela oferecia e muito mais. O medo de perder o controle o agarrou, mas exalou pelo pior disto. Ela estava esperando por uma resposta.
Ele permitiu que todos os sentimentos do que experimentou fosse para a superfície, e depressa determinou que faria qualquer coisa para evitar causar-lhe qualquer dano. Isto deu lhe confiança para enfrentar seu último medo de ter uma retrospectiva de seus abusos em um momento íntimo.
Ele era um homem forte. Precisava ter fé em sua habilidade de controlar a si mesmo. Recusou-se a permitir que seu passado arruinasse seu futuro. Lauren estava diante dele, disposta, pronta e ansiosa para compartilhar sexo com ele. Nada o havia tentado mais.
Respirou fundo e tomou uma decisão. Eu posso fazer isto. Sou mais forte que meu condicionamento. Lauren não é alguém que eu prejudicaria e isso me afastará de perder o controle.
Debruçou-se para mais perto, fechou seus olhos e Lauren fundiu seus lábios no dele. Sua língua disparou para fora, lambeu a junção de sua boca e entrou para explorar. Ele hesitou a princípio, mas compreendeu depressa, devorando-a com paixão enquanto acariciavam um ao outro.
Seu peso a prendeu abaixo enquanto se esticava em cima dela. Lauren abaixou as costas para a cama, largando seu rosto e envolvendo seus braços ao redor do seu pescoço. Só pausou por um segundo antes de colocar suas coxas em volta da parte de trás de suas pernas. Com a altura dele, teve de subir para que a adentrasse, já que seu pau estava abaixo de sua boceta. Ela arqueou suas costas para incitá-lo. Seus seios apertaram firmemente contra seu peito e Wrath rosnou.
Beijando-a, o gosto dela o enlouquecia. Ele queria mais, precisava disso, e depressa soube que estava prestes a perder o controle. O desejo de tomá-la quase anulou todo o resto. Calma, ordenou ao seu corpo. Você pode fazer isto. Foque-se no desejo dela… Desejo dela…
Sabia que precisavam ir devagar. Estava determinado a ser o macho que ela merecia e isso seria um que pudesse tomá-la com ternura. Isto poderia matá-lo, mas a queira o suficiente para enfrentar seus próprios demônios internos.
Wrath interrompeu o beijo, respirando forte, e seus olhares prenderam. O desejo fez seus olhos parecerem quase pretos, enquanto olhava fixamente para ela. Lauren retornou seu olhar, louca para que continuasse a beijá-la. Os lábios dela se separaram, mas ele falou primeiro.
— Eu a quero.
— Quero você também.
Ele apoiou seus braços na cama e tirou seu peito do dela, pondo espaço entre seus corpos, e Lauren se conteve para não protestar. Destrancou suas panturrilhas de detrás de suas coxas para solta-lo. Não queria que ele se sentisse preso por ela de nenhuma forma, e rezou para que não desistisse de fazer amor de repente.
— Você vai virar-se para mim?
A mente dela trabalhado. — Você quer me pegar por detrás?
— Sim. Sua voz afundou.
Ela assentiu. — Gosto estilo cachorrinho.
Ele riu de repente.
Seu rosto queimou, percebendo que ele poderia entender aquilo errado, considerando que era um Nova Espécie e mencionou que era canino. — Eu quero dizer...
— Está tudo bem. Sei que quis dizer a posição. É minha favorita. Ele riu novamente. — Pergunto-me por que.
Lauren riu e rolou, quebrando contato visual com ele. Wrath ficou de joelhos, suas mãos agarraram seus quadris e a puxou para que ficasse de joelhos.
— Abra suas pernas só mais um pouco, pediu. — Sou muito mais alto do que você. Preciso pôr minhas pernas pelo lado de fora das suas, mas você é tão pequena que tenho medo de machucá-la.
Ela olhou para trás e curvou sua sobrancelha. — A maioria das pessoas não diz isso de mim.
Todo humor deixou seu rosto. — Não quero ouvir sobre outros machos tocando em você. Deixa-me com raiva.
— Quis dizer que as pessoas não me chamam de pequena.
— Você é, comparada a mim.
Ela não podia debater sobre isso. Wrath era um homem grande, alto, bronzeado. Abriu suas coxas, apoiando suas palmas planas na cama e o observou mudar a posição de suas pernas para fora das suas. Desse jeito os nivelou mais em altura. Uma de suas mãos pousou em suas costas e seu olhar bloqueou na curva de sua bunda. Olhou fixamente em seus olhos finalmente.
— Irei devagar. Diga-me se machucá-la.
— Já estou doendo, mas é porque o quero tanto.
Suas características tensas relaxaram ligeiramente. — Estou no controle.
— Sim, você está.
Ele sorriu. — Estava lembrando a mim mesmo disto, não a você.
— Não vai me machucar, Wrath. Você é grande. Olhou em seu pau tenso. — Mas consigo aguentá-lo.
— Espero, ele murmurou.
— Sou muitas coisas, mas frágil não é uma delas.
Lauren se virou, abaixou a cabeça e esperou. Sabia que ele estava preocupado em ter uma retrospectiva de ter sido abusado, mas confiava nele. A mão dele pressionou-a para baixo e ela abaixou, inclinando sua bunda mais alto, e ele se debruçou chegando mais perto até a cabeça de seu pau tocar a fenda de sua boceta. Ele esfregou, acariciou seu clitóris, e ela gemeu. A cabeça cega de seu pau deslizou mais para dentro, pressionando contra a entrada da sua boceta, e lentamente empurrou.
Seu corpo não o aceitou facilmente. Nunca esteve com alguém tão grande e espalhou suas pernas mais alguns centímetros para ajudá-lo. Ele rosnou, empurrou, e ela gemeu devagar com a sensação de ser separada e esticada.
— Você é tão apertada, ele rosnou.
O som deixou-a mais excitada. Wrath afundou nela lentamente. Podia sentir sua vagina esticar tensa ao redor do eixo grosso, e a sensação foi maravilhosa. Manteve seu corpo relaxado enquanto ele a adentrava facilmente. Permitiu que se ajustasse enquanto ele se curvava em cima dela. Uma mão apoiou na cama ao lado de seu ombro, e ele se curvou por cima de suas costas, a prendendo lá, e sua outra mão alcançou ao redor dela para tocar seu clitóris. Um gemido mais alto quebrou de seus lábios.
— Estou te machucando?
— Não pare, ela disse.
Ele rosnou em resposta, retirou um pouco e empurrou para dentro mais profundamente. Seus quadris se moviam lentamente, balançando contra ela suavemente, até que estivesse completamente acomodado. Parou e permitiu a ambos compartilhar a sensação de estarem conectados, antes de começar a se mover novamente. Fodeu-a mais rápido, seu dedo batia no feixe de nervos, e Lauren percebeu que não iria durar muito tempo. Era muita sobrecarga sensorial tê-lo dentro dela enquanto ele estimulava seu clitóris.
— Sim, arquejou e empurrou sua bunda de volta para ele, o persuadindo a ir mais rápido.
Ele curvou-se mais em cima dela, seu peso a prendia e sua boca abriu em seu ombro. Os dentes afiados passaram por sua pele, mas não machucou. Ele virou a cabeça, ligeiramente mordeu sua nuca e Lauren gritou quando o clímax a atingia.
Wrath rosnou, afastou sua boca enquanto seus músculos vaginais pressionavam firmemente e tremiam com o orgasmo. Uma pressão de repente a encheu quando ele empurrou seus quadris contra a bunda dela. Ficou enterrado bem no fundo dela, sua mão saiu da boceta dela e seu braço embrulhou ao redor de sua cintura para prendê-la no lugar.
Seu corpo ficou tenso, tremeu violentamente e ele gritou. Não era como qualquer outro tipo de som que já ouvirá—era uma mistura de grito e um uivo. Seu pau pareceu como se tivesse ficado maior. Sentiu uma pressão dentro de sua vagina, e calor.
Wrath inclinou seu peso para a direita, continuou segurando-a apertado e os dois caíram na cama, batendo de lado. Isto surpreendeu Lauren, mas não protestou quando ele a envolveu mais apertado, aconchegando-a firmemente em seu abraço e roçou um beijo no lado de seu braço próximo ao ombro.
— Eu machuquei você?
Ela virou a cabeça quando ele curvou o cotovelo e escorou a cabeça em sua mão. Seus olhares se encontraram e ela sorriu. — Não. Você, hã, parece maior.
— Meu pau incha. Você está certa que não é doloroso?
Ela olhou para cima, acariciando sua bochecha. — Estou certa. Não machuca.
— Não posso evitar. Eu te machucaria se tentasse retira-lo agora. Estou preso dentro de você, mas só durará alguns minutos.
Um pouco chocada, Lauren olhou fixamente para ele. — Preso dentro de mim?
Ele assentiu. — É parte do meu alterado...
— Está tudo bem, ela garantiu, sem realmente se importar do por que isso acontecia, mas apenas o aceitou. — É parte de você. Uma risada escapou. — Não se mova. Fique bem onde está.
Choque encheu os olhos de Wrath. — Você acha que isto é engraçado?
— Não exatamente engraçado, mas é até meio legal da minha perspectiva. A maioria dos homens apenas se retiraria e se afastaria de uma mulher depois do sexo. Você não pode fazer isto, não é?
— Não, mas admito que não tenho nenhum desejo de nos separar. Estou aonde quero estar.
Lauren soube naquele instante que perdeu seu coração para o grande Nova Espécie.
Lauren enxugou as lágrimas se sentindo agradecida por Wrath não estar lá para testemunhar sua tristeza ao deixar a ONE Homeland. Pesar persistia também, que não teve a oportunidade para lhe dizer adeus, mas sabia que provavelmente tinha sido melhor. Era difícil deixar o homem que estava muito certa que amava, mas capturaram seus colegas de trabalho, então não existia nenhuma razão lógica para ficasse ao seu lado.
— Não chore, Amanda entregou lhe um lenço. — Senão me fará a chorar e não fico nada bem com olhos vermelhos, e inchados.
— Nós não chegamos a conversar durante a viagem de volta para seu apartamento, já que não tivemos privacidade. Lauren estudou sua melhor amiga. — Como foi sua noite?
Amanda se sentou no sofá ao lado dela na sala de estar. — Não exatamente do jeito que planejei. Flame me levou para o bar deles, é muito legal lá, mas eles não bebem álcool. Meio estranho né? São totalmente na onda do suco e refrigerantes. Enfim, nós jantamos um bife enorme—ele comeu três desses bebês—mas ele é uma montanha com pernas, em sua defesa. Juro, sinto-me completamente delicada comparada aquele pedaço de mau caminho.
A boca de Lauren se curvou num sorriso. — Deus, por favor, diga-me que não o chamou disso.
— Não chamei. Embora pensasse nisso. Ele sabe dançar. Suas sobrancelhas mexeram. — Quero dizer, ele chacoalha e remexe como os melhores deles, mas foi chamado em uma emergência.
— Sinto muito.
— Eu também. Foi legal apesar de tudo. Não quis voltar para o chalé, desde que soube que você e o super gato precisavam de algum tempo a sós. Sai com as mulheres. Cara, elas são duronas. Fui para uma festa de pijamas na sala de estar, no dormitório das mulheres. Elas pensam que é muito legal ter festas de pijamas, e admito que foi divertido. Havia algumas pequenas mulheres também. Elas me fizeram me sentir enorme. Sabe? Descansou suas mãos em seu estômago. — Mas assistimos filmes e me fizeram uma tonelada de perguntas. Agora é a minha vez de te atormentar. Amanda a estudou. — Você está apaixonada por ele, não é?
— Sou tão fácil de ler? Acho que sim. Ele é maravilhoso. Nunca pensei que pudesse me apaixonar tão rápido por alguém.
— Você não chora frequentemente e ainda está fungando e vazando. Ele vai te ligar?
— Não sei. Ele teve que sair para algum tipo de reunião cedo esta manhã. Precisaram lhe fazer perguntas sobre o que aconteceu. Ele me beijou, me disse que o café da manhã tinha sido entregue na sala de estar, e voltaria assim que pudesse. Ao invés disso, dois caras apareceram depois que comi e disse que estava na hora de ir.
— Sinto muito.
— Eu também. Queria pelo menos dizer adeus. Deixei lhe um recado e meu número de telefone.
— Ele ligará. Vi o modo como olhou para você. Seu olhar saltou para o peito de Lauren. — E você tem seios grandes. Os homens sempre ligam para as mulheres com peitos grandes.
Lágrimas quentes derramaram novamente e Lauren admitiu a verdade. — Não estava pronta para deixá-lo.
Amanda se inclinou mais para perto, pondo seu braço em volta da sua melhor amiga. — Provavelmente é por isso que não namoramos. Nós somos péssimas com essa coisa de passar uma noite só.
— Passei duas noites com ele. Lauren corrigiu. — Como vou dormir sem ele hoje à noite? Ele me segura tão apertado em seus braços. Nunca me senti tão segura e tão certa com alguém antes. Ele é especial.
Amanda de repente bufou. — Você dormiu? Que vergonha. Eu ficaria acordada para apreciar todo o momento com Flame se ele não tivesse que partir. Esse é um homem que precisa de uma etiqueta de advertência tatuada no seu peito que diz, “uma mulher precisa de um coração forte para escalar esta montanha”. Estou realmente desapontada que não cheguei a descobrir com certeza, mas dei lhe meus números. Ele prometeu ligar.
— Estou certa que irá. Lauren pegou sua mão. — Que par nós somos.
— Só espero que não seja algo perigoso para Flame. A palavra emergência implica algo terrível, não é? As mulheres disseram que provavelmente fosse algo relacionado com aqueles estúpidos manifestantes, que estão sempre lhes dando preocupação. Quis correr para os portões da frente e bofetear um monte deles. Meu pobre Flame já passou por tanto e tem que lidar com os piores tipos de lixo humano, isto me deixa irritada. Suspirou. — Especialmente por que o levaram de mim. Ele é um homem tão bom e queria apenas beijá-lo e levá-lo para a cama. Acho que daria uma ótima embaixadora por mostrar-lhe um pouco de afeição e generosidade humana.
Lauren riu. — Você é terrível.
— Não. Fiquei caída por ele e quis ir para cama com ele também.
— Você é uma cadela safada.
—E você é uma… Oh droga, Lauren. Acho que estou apaixonada. Lembra como costumávamos tirar onda sobre essa coisa de amor a primeira vista? Não é tão engraçado agora. Passei algumas horas com ele e ele é tudo o que consigo imaginar. Não é só porque estou excitada e não namoro, tipo desde sempre. Ele é engraçado, sexy, e sei que teria agitado meu mundo.
— Sorte sua. Estou certa de que estou apaixonada por Wrath.
Elas ficaram lá. Lauren bocejou e sua amiga fez o mesmo também. Elas se olharam e riram.
— Você vai ficar aqui ou vai para casa?
— Preciso ir para casa e dar uma olhada em Tiger. Lauren se afastou. — Também quero estar lá no caso dele me ligar. Não quero perder a ligação se ligar. Só Deus sabe onde meu telefone celular está… Ou minha bolsa. Pelo menos tenho as chaves. Bateu levemente no bolso. — Um dos caras da ONE me deu, e disse que minhas coisas seriam entregues mais tarde. Nem tenho nem mesmo um carro, até que me devolvam.
— Você quer pegar emprestado meu carro? Ofereceria-me para levá-la para casa, mas estou tão cansada que tenho medo de não conseguir voltar sem adormecer atrás do volante. E tenho um ruivo gostoso para quem viver.
— O passeio me fará bem e é apenas há alguns quarteirões de distancia. Espero que Flame te ligue logo.
— Eu também. Amanda pareceu triste. — Iria amar ir visitá-lo novamente, mas só quando ele tirar alguns dias de folga, porque não o quero sendo chamado para o trabalho novamente. Quer ir atormentar os portões da ONE comigo em breve? Esse é o meu plano se ele não me ligar. Não vou deixar esse escapar.
— Só se Wrath quiser me ver.
Amanda assentiu. — Estou certa que irá querer. Vi o modo como olhou para você, quando estávamos na clinica medica deles e ele surgiu da parte de trás.
— Espero que você esteja certa. Sentiria-me melhor em relação a ele se chegássemos a conversar antes deles nos levarem. Lauren se levantou, esticou-se, e outro bocejo passou pelos seus lábios. — Ligue-me mais tarde. Muito mais tarde.
Amanda virou-se de lado, esticou-se no sofá e acenou. — Feche a porta, certo? Estou muito cansada para ir lá para cima.
— Bons sonhos.
— Você sabe com quem vou tirar uma soneca. Ele é totalmente fantasioso.
Lauren saiu, trancou a fechadura de baixo, e teve certeza de que a porta trancou bem. O sol machucou seus olhos cansados, mas marchou para casa, e conseguiu evitar a maior parte de seus vizinhos, já que tinham saído para trabalhar. Entrando em sua casa lembrou-se da última vez que tinha estado lá com Wrath e seus membros da equipe.
— Tiger?
Ele estava esticado em sua cama. Levantou sua cabeça e olhou para ela.
— Sem nenhum homem assustador hoje, infelizmente, mas espero que pelo menos um deles volte logo. Você vai gostar dele tanto quanto eu, uma vez que supere todo esse negocio de rosnar. É sexy. Confie em mim. — Jogou seus sapatos, tirou suas roupas e olhou fixamente para sua secretária eletrônica perto da cama. Não piscava, não havia nenhuma mensagem, então fechou os olhos enquanto se enrolava debaixo de suas cobertas.
Ele me ligará. Ele tem que me ligar!
Wrath estava furioso enquanto olhava para Fury. — Você a escoltou para fora de Homeland e a levou para a casa da sua amiga, enquanto eu estava fora? Como você pôde fazer isto? Planejei passar um tempo com ela depois que meus deveres estivessem acabados.
O outro macho franziu a testa. — Ela é sua companheira? Eu não fui informado disso.
— Não.
Fury balançou a cabeça, o estudou de perto, e Wrath mudou sua posição. O exame minucioso pareceu deixá-lo nervoso, e isto significava que provavelmente passara dos limites. — Você está certo de que a fêmea não é sua companheira? Você parece chateado, Wrath. Ela significa muito para você? Nós precisamos discutir isto.
— Ela significa muito. Abrir-se sobre suas emoções não era fácil, exceto com Shadow. — Lauren é tudo em que penso e estou sentindo raiva por não ter chegado a dizer lhe adeus. Espero vê-la novamente logo.
Fury sorriu. — Entendo. Senti um puxão em direção a minha Ellie de primeira. Nós passamos por muito, mas ela era especial para mim. Talvez você deva pegar esse tempo separado para pensar um pouco. Concordou em dar a força tarefa pelo menos seis meses de seu tempo, e sei que ainda está lutando para chegar a um acordo com quem você é.
A ideia de não ver Lauren por mais cinco meses enviava pânico por seu corpo. Ela podia conhecer outro macho que poderia reivindicá-la durante esse tempo, ou ela podia esquecê-lo.
— Você é ruim em disfarçar seu desânimo. Fury riu. — Ela te deixou um recado. Ele o retirou de seu bolso de trás e o segurou. — Leia o que escreveu e talvez isto seja algo que deseje saber para tirar esse olhar arrasado de seu rosto.
Wrath atacou o bilhete. Ele tentou ignorar o modo como sua mão tremia enquanto abria o envelope. Rasgou-o com seu aperto instável, mas o papel de dentro não foi danificado. Recuou, ignorando tudo ao redor dele, e leu as poucas palavras. Seu coração diminuiu a velocidade para um ritmo mais normal, e olhou para encontrar Fury observando-o.
— Deu-me seu número de telefone e quer que eu ligue.
— Pobre bastardo. Tiger suspirou, parando ao lado dele. — Ouvi o suficiente do meu escritório para saber que você esta se rendendo também.
Fury franziu a testa para seu amigo e balançou a cabeça. — Não é uma doença ou uma coisa ruim encontrar uma fêmea que faz um macho se sentir inteiro. Ellie é o centro do meu mundo e nosso filho também.
Wrath levantou a cabeça, seu olhar deixou a escrita elegante de Lauren para olhar boquiaberto para o macho na frente dele. — Você tem um filho com sua companheira? Não ouvi sobre isto.
Tiger agarrou seu ombro. — Você estava fora, com a força tarefa, e eles não têm permissão para saber sobre a nossa habilidade de ter crianças. Só Tim sabe a verdade. O filho de Fury tem algumas semanas de idade e é lindo como ninguém. Fico surpreso por encontrar Fury no escritório. Ele raramente deixa o lado de sua companheira, mas estou apostando que nossas fêmeas invadiram sua casa novamente para visitar e fazer barulhos engraçados para o bebê. Ele tende a fugir no caso delas grunhirem para ele sobre o quão doloroso o trabalho de parto parece. Nossas mulheres são muito protetoras com Ellie, mas claro, ninguém é pior que Fury. Trisha ameaçou atirar nele com uma arma de choque e fazer Slade se sentar em suas costas, se não parasse de rosnar para todo mundo enquanto Ellie tinha uma contração. Ele agiu como se todo mundo fosse o inimigo porque ficou muito protetor com ela. Tiger riu. — Nossas fêmeas ainda estão ameaçando te castrar?
— Cale a boca. Fury retrucou.
— Elas estão, Tiger riu. — Nenhuma de nossas fêmeas quer fazer cirurgia em minhas bolas e essa é outra razão por não querer uma companheira. Largou Wrath. — Não permita que as nossas fêmeas se apeguem a sua se tiver uma companheira. Apenas ameaças podem vir delas e muitas fêmeas Espécies irritadas e rancorosas.
— Você não tem telefonemas para fazer ou outra pessoa para insultar? O olhar de Fury estava nele. — Estava falando com Wrath.
— Ele me ama. O cara está só mal humorado porque não está tendo nenhum amor. Tiger riu.
— Eu estou, entretanto. A boca de Fury curvou num sorriso. — Existem muitas maneiras de fazer isso.
Wrath olhou entre os machos, sabia que eles eram amigos, e desejou que pudesse escapar da bem humorada discussão. — Tenho um telefonema para fazer.
— Não tão rápido. Tiger se moveu para bloquear seu caminho, e todo o humor deixou seu rosto. — Você concordou em trabalhar com a força tarefa por seis meses e nós não temos condições de te perder. Nós estamos com um Espécie a menos desde que Vengeance não funcionou. Seja lá quem é esta fêmea, ela pode esperar.
— Você podia ficar com ela aqui. Você possui seu próprio alojamento, correto? Posso conversar com Justice e ele poderá suavizar as coisas com Tim.
A excitação atingiu Wrath por algumas batidas de coração enquanto absorvia a oferta de Fury. — Não sei se ela concordaria com isso.
Tiger rosnou. — Isso é muito arriscado. Ela teria que...
— Concordar em permanecer aqui durante o resto de sua missão. Fury atirou em Tiger um olhar de advertência. — Ele tem sentimentos pela fêmea. Você não consegue entender, mas eu entendo. Viveria em qualquer lugar com Ellie e ela viveria comigo. Poderia ser dentro de uma caverna na mata, mas ela não se importaria desde que estivéssemos juntos. Está fêmea pode retribuir os fortes sentimentos dele.
— Tim vai dificultar. Eu o conheço melhor que você. Ele vai se recusar a permitir que uma fêmea humana viva com um dos nossos machos.
Fury encolheu os ombros com a avaliação de Tiger. — Essa não é uma decisão que tenha que tomar, já que ele trabalha para nós e nós damos as ordens. Olhou fixamente para Wrath. — Devia descobrir o quão apaixonada ela está por você. Justice e eu temos companheiras e entendemos o quão importante elas são para nossa felicidade. Ele concordará comigo neste assunto. Você a ama?
— Ela é tudo no que penso. Wrath confessou. — Nunca fui tão feliz como quando estou com ela.
— Isso soou como amor para mim. Fury riu. — Pare de desperdiçar tempo conosco e vá ligar para ela. Descubra se ama você.
Wrath hesitou, olhando fixamente para o outro macho. — E se ela não retribuir meus sentimentos?
— A escolha é dela e o coração é dela. Vocês não podem ser companheiros a menos que o amor e a necessidade de serem inseparáveis fluam de ambos os lados. É o que faz o laço de acasalamento ficar vivo. Só não fique surpreso se ela pedir um tempo para descobrir se está disposta a desistir de sua vida, quando souber que é para ficar com você. Elas são diferentes de nós e ouvi que seus machos não são tão intensos quanto somos. Ela pode não te levar a sério pelo fato de que, alguns machos humanos não entendem o significado verdadeiro de lealdade e compromisso por toda a vida. É seu dever dizer-lhe como somos, que é para toda vida, mas não tem permissão de compartilhar informações secretas sobre os Espécie até ela ser sua companheira.
— Ele quer dizer para usar preservativos para prevenir que fique grávida, e não diga a ela que existe uma possibilidade disso, até que seja realmente sua. Esperaria até que more na ONE antes de fazer isso. Nós não podemos permitir que os humanos saibam que podemos ter filhos. Será muito perigoso se engravidá-la enquanto viverem com a equipe, revelaria nosso segredo.
Wrath entendeu a importância de proteger seu povo e seu futuro. — Ela está tomando injeção de anticoncepcional.
— Bom. Tenha certeza que continue tomando. Elas presumem que nós não podemos engravidá-las e pode decidir não tomar mais. Tiger virou-se. — Tenho mesmo de fazer uma ligação. Boa sorte.
Fury assentiu em direção a Wrath. — Ligue para ela. Andou para seu escritório e fechou a porta.
Wrath hesitou e caminhou para o lado de fora, para achar privacidade debaixo da sombra de uma árvore, antes de sacar seu celular e discar o número no bilhete que Lauren deixou-lhe. Seu estômago revirava de incerteza do que diria ou como ela reagiria. Eles não começaram em boas condições quando a levou daquele armazém, mas emocionalmente progrediram bastante em uma quantidade tão pequena de tempo. Estava disposto a arriscar qualquer coisa por ela, até a dor da rejeição.
O telefone despertou Lauren e ela se jogou nele. — Alô?
— Lauren.
Seu coração imediatamente apertou em ouvir a voz profunda e maravilhosa. — Wrath.
— O interrogatório levou mais tempo do que esperava, e então me pediram para estar presente quando Bill fosse interrogado. Retornei para o chalé para te ver, mas fui informado que tinha sido escoltada para casa de sua amiga. Ele pausou. — Queria vê-la e fiquei profundamente desapontado que você foi embora.
— Queria muito vê-lo, mas não me deram exatamente uma escolha. Sentou-se e agarrou o telefone mais apertado, completamente alerta. — Você pegou meu recado.
— Eu o tenho aqui.
Ela hesitou apenas por um segundo antes de soltar o que realmente queria dizer. — Já sinto sua falta. Sei que não deveria dizer isto, provavelmente me faz parecer meio pegajosa, mas desejava estar ai com você.
— Sinto sua falta também e queria que estivesse aqui na minha frente. Rosnou.
Seu corpo imediatamente respondeu aquele som sensual. — Não faça isto. Faz com que sinta sua falta ainda mais, e estou me lembrando da noite que nós passamos juntos, e como fazia exatamente este som quando estávamos fazendo amor.
Ele rosnou novamente e ela fechou os olhos, escutando-o suspirar, e odiou estar segurando o telefone em vez dele.
— Quero tanto te tocar. Ficou espantada que essas palavras viessem dela, mas não lamentava. Era verdade.
— Estarei retornando para a sede da força tarefa hoje à noite. Ele pausou. — Ficaria lá comigo? É muito perigoso que eu fique com você, já que sua casa não é segura. Tenho que ficar aonde fui ordenado a morar, na sede. Sei que meu quarto é pequeno. Minha cama não é tão grande quanto a sua, e você tem um animal de estimação. Rosnou novamente. — Soa como se estivesse tentando fazê-la desistir de ficar comigo, mas esse não é o caso. Estou só pensando em todas as razões para que diga não, mas estou esperançoso que diga sim. Quero dormir com você em meus braços.
— Eu farei uma mala. Lauren sorriu, abriu os olhos, e excitação a agarrou. — Farei com que o dispenser de comida de Tiger esteja cheio e pedirei a Amanda para dar uma olhada nele. Até porei um extra para ele e encherei a banheira, assim terá bastante água. Não que realmente precise já que anda muito lá fora, e provavelmente tem seus próprios meios de conseguir isso. Não tenho mais um trabalho também, então nenhuma preocupação sobre não ir trabalhar amanhã. Ela riu. — É só por hoje à noite ou deveria fazer a mala para alguns dias? Onde vou encontrá-lo? Dirigirei até lá se eles entregarem meu carro. Só me dê um lugar e uma hora. E estarei lá.
— Eu te pegarei. Pegue muitas roupas. Espere-me entre sete e oito horas.
— Estarei pronta!
— Estarei aí assim que puder, Lauren. Mal posso esperar para vê-la.
— Eu também. Se apresse. Estarei pronta! Adeus, Wrath.
— Nunca é adeus entre nós, Lauren. Verei você em breve. Rosnou novamente e desligou.
— Sim, ela riu e desligou, e discou. Wrath queria vê-la, passar um tempo com ela e precisava fazer as malas. Primeiro precisava ligar para Amanda.
— Alô? A voz embriagada a assegurou que sua amiga ainda estava dormindo.
— Desculpe se te acordei. Ele me ligou! Está vindo hoje à noite me pegar e vou passar pelo menos alguns dias com ele. Você já teve noticias de Flame?
— Não. Amanda suspirou. — Mas estou muito feliz por você. Vá com tudo, Lauren. Sempre há um momento para dar uma de estúpida, e uma oportunidade onde sabe que pode se machucar, bem ele é único.
— Obrigado. Estou certa que Flame ligará logo. Olhou no relógio. — Ele está provavelmente no trabalho. São apenas quatro horas da tarde. A maioria das pessoas sai do trabalho por volta das cinco, certo? Você é uma pessoa maravilhosa e ele seria estúpido em não perceber isso. Pareceu bastante esperto para mim no pouco tempo que passei com ele.
— Espero. Ele disse que estava certo que eu podia fazê-lo rugir.
— Rugir?
— Ele é parte leão ou algo do tipo. Ele ronronou para mim algumas vezes, quando estávamos roçando um no outro na pista de dança. Foi uma coisa muito quente. Juro que me deixou molhada.
Lauren riu. — Muita informação Amanda. Não preciso saber disso.
— Nós somos as melhores amigas não existe tal coisa. Desista melhor amiga. Wrath ruge?
— Ele é canino. Ele rosna e grunhi. Mordeu o lábio. — O pau dele incha no final do sexo e ele fica preso dentro de mim até que desinche. Ele se aconchega em mim depois. É maravilhoso, mas essa informação fica entre nós.
— Não! Sério? Nossa. Qual é a sensação? A inchação?
— Maravilhosa.
— Pergunto-me se Flame incha. Mal posso esperar para descobrir. Claro que agora estou um pouco assustada. Ele é totalmente grande. Não pude deixar de sentir isso quando estávamos apertados juntos e notei que era do tamanho “G”. Nem posso imaginar se inchar muito mais. Eu poderia aguentar mais do que posso mastigar. Ela riu. — Ou chupar. Você sabe o que quero dizer?
— Muita informação.
— Que tal o Sr. Galã? Qualquer coisa para escrever para casa sobre esse departamento?
— Ele é mais que uma carta. Ele vale um livro inteiro.
Amanda bufou. — Talvez isso seja algo dos Novas Espécies. Boa coisa que não foram misturados com cavalos. Seria totalmente assustador, não é?
— Com certeza. Lauren saiu da cama e caiu de joelhos para cavar com uma mão debaixo de sua cama, a procura de sua mala. — Preciso fazer as malas. Estou levando meu celular se estiver em meu carro—espero que o tragam para cá agora—mas se não Wrath provavelmente tem um telefone que possa usar. Ligarei nos próximos dias.
— Ligue mesmo. Você irá para a ONE? Diga a Flame para me ligar.
— Nós estamos voltando para aquele lugar da sede. É secreto então fique de bico calado.
— Eu sou a rainha dos segredos.
— Certo.
— Como é lá?
— Ele vive lá no subterrâneo. Muitas pessoas os odeiam então mantenha seus lábios selados sobre esse lugar. Disse que não é seguro para eles viverem onde não é protegido, acho que significa em qualquer lugar diferente de suas acomodações ou ficar apenas aqui comigo. Ele tem um quarto privado com um banheiro. Eles também têm uma sala grande com uma cozinha e uma sala de estar. Tem até uma mesa de sinuca.
Amanda riu. — Você podia fazê-lo transar sobre ela. Sexo na mesa de sinuca é excitante.
— Fica numa sala que todo mundo usa.
— Muito melhor. A excitação de talvez serem pegos.
— Eu me preocupo com você. Lauren riu. — Volte a dormir. Preciso fazer as malas e me preparar.
— Não se preocupe com quanto tempo for ficar fora. Eu podia ir aí e checar o Tiger. Sei onde você guarda a comida.
— Obrigada. Isso seria ótimo.
— É por isso que temos as chaves da casa uma da outra. Você disse para mais alguém para onde está indo?
— Não. Só para você. Se acontecer de minha família ligar, diga lhes que estou viajando ou algo assim. Você sabe o esquema.
Amanda riu. — Direi a eles que você se juntou a uma colônia de nudista que adoram mulheres com seios grandes. Direi que uma dúzia de homens nus famintos por sexo agarrou você em um furgão, e está fazendo todo esse negocio de amor livre. Eles gostarão disso. Quando começarem a me atormentar sobre porque não tentei te impedir, só lhes direi que estava comprando-lhe um adesivo que dizia “não incomodem se o furgão estiver balançando”. Eu os lembrarei de quão encorajadora sou.
Lauren riu. — Você não ousaria.
— Eu os assegurarei que voltará para casa assim que alguém te engravidar, e com todo aquele sexo com uma dúzia de homens, não deverá demorar muito já que esqueceu suas pílulas. Eles não sabem que você toma as injeções, certo?
— Juro Amanda, se fizer isto, e sei que iria apenas para enlouquecer a chata da minha irmã, eu pessoalmente ligarei para sua avó, e direi a ela que está pronta para que lhe apresente alguns homens novamente, porque está desesperada para se casar. Lembra-se da última vez que ela começou a enviar homens para você? Não sei qual foi o pior. O agente funerário que arranjou, já que a maior parte dos amigos dela continua morrendo, ou aquele que fazia corridas de cavalo que conheceu quando estava namorando aquele cara que gostava de ir a corridas. Quantos anos ele tinha? Quarenta e nove? Você teve pesadelos por meses por causas desses encontros, que você ia para evitar magoar os sentimentos dela.
— Você não ousaria. Levou meses para fazer com que Monty, o assustador agente funerário parasse de me ligar. Ele me mandava flores e juro por Deus, que as roubava de sepulturas. Ele deixou um dos cartões de condolência uma vez. Disse que queria muito fazer sexo comigo em um caixão, e essa era a versão tentadora dele de me levar para um segundo encontro. Recuso-me a falar sobre o cara do cavalo. Ele me perguntou se eu usaria uma sela, enquanto tentava comer meu jantar. Não quero ir por essa direção, direção feia, Lauren. Isso foi maldade me lembrar. Apenas esqueça o número da minha avó e inventarei algo agradável para dizer a sua família, se me ligarem.
— Amo você. Eu ligarei.
— É melhor mesmo. Amo você também.
Lauren desligou, soltou a mala na cama, e retornou o telefone para o suporte. Não levou muito tempo para fazer as malas, tomou banho e pegou seu e-reader. Fez o download de um monte de livros, enquanto carregava o guardou, e preparou Tiger para ficar sozinho por alguns dias.
Wrath estava vindo! Olhou no relógio, faltavam apenas algumas horas, e o tempo não podia mover rápido o suficiente.
Lauren sorriu quando a campainha tocou cedo, e se apressou para a porta. Wrath deveria estar tão impaciente para vê-la quanto ela estava. Já estava vestida, jantou mais cedo e estava mais do que pronta para partir quando abriu a porta com um sorriso.
Sua alegria morreu imediatamente quando viu uma estranha parado na sua porta. Uma mulher alta, magra trazendo uma estranha semelhança com sua chefe, Mel Hadner. Seu coração acelerou, tentou se esconder, e teve um pressentimento que esta pessoa poderia estar relacionada à mulher que tentou machucar Wrath e a equipe.
— Oi, consegui dizer. — Posso ajudar?
— Acredito que sim. Você trabalha para minha irmã, Mel. Fui ao seu escritório hoje, depois de receber uma mensagem urgente dela ontem, que precisava falar comigo, mas ninguém estava lá. Você sabe onde minha irmã está?
— Não. Lauren mentiu. — Não faço ideia. Ela estava em seu escritório quando saí. Aquela parte era verdade.
— Hoje?
— Ontem. Hoje é meu dia de folga.
Um franzido curvou para baixo a boca da mulher magra, e linhas apareceram em sua testa. — Eu vim aqui porque conversei com algumas das empresas próximas ao escritório, e viram você empurrando um homem para fora do escritório em uma cadeira. Disseram que ele parecia bêbado. Minha irmã está desaparecida, e também estão seus colegas de trabalho. Já estive na casa deles e não estão lá, não dormiram em suas camas ontem à noite, e não foram vistos. Ela cruzou os braços em cima do peito. — Seus carros estão no estacionamento, mas simplesmente desapareceram. Você sabe alguma coisa sobre isto?
Merda! Pense! — Tive um cliente que foi lá para ver apartamentos ontem, tinha um joelho ruim. Ele o feriu quando se levantou, depois de ficar sentado por muito tempo visualizando as listagens. Tive que empurrá-lo até seu carro.
Os braços da mulher lentamente abaixaram, e um olhar frio atravessou seus olhos. — Isso foi quase crível. Nada mal. Você é uma pensadora rápida, não é, Lauren?
A irmã de Mel de repente saltou e agarrou a camisa de Lauren com ambas as mãos, empurrando-a para trás. Um homem grande de repente saiu de onde estava escondido, contra a parede próxima à porta, e entrou no apartamento. Mais dois vieram do outro lado da porta, e ainda mais um entrou e fechou a porta firmemente atrás dos cinco intrusos que invadiam sua sala de estar. Foi o último sujeito que segurou a atenção de Lauren.
Ele usava um chapéu e óculos escuros, mas suas características eram algo que ela aprendeu a identificar, com as maçãs do rosto mais largas e o formato achatado do seu nariz. Seus lábios cheios estavam selados, mas sabia que era um Nova Espécie. Seu grande corpo e a altura, também apontavam como ele sendo um deles. Claro que os três homens humanos não eram fracos, nos músculos e no tamanho também. Eles todos eram enormes.
— Onde eles estão Lauren? Não estou brincando. Quero respostas.
— Eu não sei. Quem é você? Sabia que estava na merda. A única coisa que não compreendia era, por que um Nova Espécie estava com a irmã de Mel. Ela forçou o olhar para longe dele, para olhar fixamente para a mulher ainda agarrando sua camisa. — Não os vi desde que deixei o escritório ontem.
— 140? Diga-me o que você está cheirando agora.
O Nova Espécie ergueu uma mão, removeu os óculos, e avançou. Inalou, cheirou por algum tempo, e seus olhos se arregalaram ligeiramente, e franziu a testa. Lauren olhou fixamente em seus olhos. Eles eram parecidos com os de um gato, um redemoinho surpreendente de azul claro, que percorria as bordas ao longo das extremidades exteriores, com um amarelo amarronzado. Eram bonitos, surpreendentes e quase surreal. Ninguém devia ter olhos que parecessem assim. Sua pele bronzeada e os cabelos pretos só adicionaram o quão dramático e exótico ele parecia.
— Então? A mulher virou sua cabeça e atirou-lhe um olhar. — Diga-me, droga.
— O cheiro deles não está aqui. Nem nela ou dentro deste lugar.
— O que quer fazer, Mary?
A mulher atirou um olhar para um dos capangas dela. — Ela sabe de algo.
Ela empurrou Lauren, forte o suficiente para que batesse as costas no sofá, mas estava livre. Lauren avaliou sua situação e sabia que estava ruim.
Mary recuou um passo, segurou seu olhar e isto gelou Lauren até os ossos. Se os olhos eram as janelas da alma de uma pessoa, esta mulher estava morta. Um calafrio desceu por suas costas.
— Sei que trouxe um Nova Espécie para o escritório ontem. Minha irmã me ligou e me disse isso. Estava apavorada e assustada. Não cheguei em casa até esta manhã para ouvir sua mensagem. Onde eles estão Lauren? Diga-me a verdade e pare de fazer joguinhos ou vai se arrepender.
— Não sei de nada. Lauren mentiu. — Mel me puxou para seu escritório e disse que o cliente era um estuprador, me empurrou para fora pela porta dos fundos. Isso é tudo o que sei. Embora ela não estivesse apenas com ele. Brent e ambos John T e B estavam em seu escritório com ela. Pausou. — Tenho certeza de que Kim ainda estava lá quando isso aconteceu, e Gina devia estar em seu escritório. Pergunte a elas novamente, porque estou certa que estavam lá depois que saí.
Um dos capangas bufou. — Elas não podem falar. Sofreram uns acidentes.
O horror bateu em Lauren e não precisou perguntar. Estavam mortas. Ela quis gritar, mas conseguiu ficar de pé, uma vitória real já que seus joelhos queriam desmoronar debaixo dela.
— Sou uma verdadeira cadela. Mary admitiu. — Você vai me dizer onde minha irmã e seus amigos estão, ou vou fazer 140 começar a quebrar seus ossos um de cada vez, até que me diga o que quero saber para ter minha irmã de volta. Você tirou aquele Nova Espécie de lá em uma cadeira, depois que atiraram nele com um dardo tranquilizante. Minha irmã disse que tinham um deles inconsciente e mais dois capturados. Todas as testemunhas não podem estar erradas, e elas conhecem você. Kim e Gina eram peões que não são mais uma ameaça. O olhar dela buscou Lauren. — Uma loira gorda o estava empurrando para fora do escritório, rua abaixo. Diga-me agora ou vai morrer muito lentamente, uma morte agonizante. Já chega de mentir para mim.
Lauren olhou fixamente para 140, decidiu que seria honesta, mas apenas com ele. — Por que está com eles? Está sendo chamado por um número como se não fosse livre. É isso? Vi dois Novas Espécies brigarem e você pode acabar com a raça desses humanos. Seu povo foi libertado e você não tem que ficar com estas pessoas.
Ele rosnou. — Eles estão com a minha fêmea.
Merda. Lauren engoliu. — Não pode apenas matá-los e consegui-la de volta?
Mary a atingiu com força e rápido, batendo com as costas da mão no rosto de Lauren, e o tapa lançou suas costas contra o sofá, onde quase capotou por cima da coisa. Uma dor a fez xingar, agarrou sua bochecha ferida, e olhou para ela.
— Acho que você não estava brincando sobre ser uma cadela, não é?
— Onde está minha irmã e seu homem, Lauren?
Ela compreendeu depressa que estaria condenada à morte, no momento em que confessasse que foram levados pela ONE. Eles já tinham matado outras duas pessoas inocentes, que trabalhavam em seu escritório. Kim e Gina não trabalhavam para Mercile, mas foram testemunhas do que aconteceu dentro daquele escritório. Sua única esperança seria enrolar por uma hora até que Wrath e sua equipe chegassem. Se chegassem às sete. Caso contrário seriam duas horas para enrolar, para lhe dar alguma esperança de sobrevivência.
— Posso deixá-la viver se me disser. Mary esfregou a mão que a atingiu.
Lauren olhou para o Nova Espécie. Ele balançou a cabeça, dizendo lhe para não confiar no que diziam e ela acreditou nele. Ele obviamente estava sendo forçado a estar lá, mas não significava que gostasse disto, se estava disposto a dar aquele sinal minúsculo de advertência.
— Certo. Eu lhe direi a verdade. Lembrou-se da conversa que escutou no seu escritório. — Não sabia o que ele era até Mel me dizer. Brent e ambos os Johns queriam o resgate dos três caras por muito dinheiro.
Mary olhou para ela.
— Mel não queria te incluir nisto. Brent disse para tirar você do caminho, e apenas desapareceriam depois que fossem pagos. Sua irmã não queria te dar nenhum dinheiro. Eu sinto muito, mas é a verdade.
Lauren esperava que seu plano funcionasse. A irmã de Mel devia estar louca, pensando que Mel estava tentando ferrar com ela, tirando-a do montante do dinheiro. Possivelmente poderia fazer a mulher acreditar na história, o suficiente para esperar por um telefonema inexistente.
— Se eu não responder, eles vão cair fora. Foi isso que John T disse.
Mary bateu em Lauren novamente, mais forte, e o gosto de sangue encheu sua boca, enquanto virava com força e se esparramava por cima da parte de trás do sofá. Foi à única coisa que a manteve de pé.
— Você está mentindo. Minha irmã não faria isso.
— Você não achou o furgão da empresa no estacionamento, não foi? Foi isso que usaram para transportar os Novas Espécies. Eles não querem que nenhum telefone que estejam usando seja rastreado pelo meu telefonema, já que estou ligando para a ONE. Eles recebem algumas ligações estranha e eu deveria responder com uma palavra código. Você não vai conseguir arrancar isso de mim, porque sei que me matará depois. Viu seu sangue pingar no sofá, manchando-o, e usou sua mão para enxugar um pouco de seu queixo. — É com Mel que deveria estar furiosa. Sou apenas uma idiota que perdeu seu emprego, e desesperadamente precisou de dinheiro suficiente para fazer qualquer coisa que ela dissesse.
— Eles não fugiriam assim. Um dos homens disse. — Mel não faria isto. Você sabe disto, Mary. Ela está mentindo.
— Você tem cinco minutos para me dizer onde minha irmã está, antes que faça o animal começar a quebrar seus ossos. Sabe que ele pode parti-los em segundos? Não o farei matá-la quebrando seu pescoço. Você ficará lá deitada sangrando pelo lado de dentro, no tipo de dor excruciante que não pode nem imaginar, até que morra de choque. Serão os minutos mais longos de sua vida. Diga-me onde achar minha irmã. Você vai morrer, mas depende de o quão doloroso quer que seus últimos momentos sejam.
Lauren viu a verdade em seus olhos, e um olhar na expressão sombria do Nova Espécie, a assegurou que acreditava nisso também. Ela teve de mudar de tática. Nada iria salvá-la se não pensasse em algo rápido.
Permitiu que as lágrimas molhassem seus olhos, algo nada difícil de fazer desde que doía dentro de sua boca.
— Está bem. Tenho o número deles. Deveria ligar quando a ONE tivesse o dinheiro pronto para a troca, mas deixarei que converse com sua irmã. Ela te dirá para não me matar.
— Qual é o número? Mary pareceu tranquila.
— Não sei de cor. John T anotou e o escondi no caso da ONE aparecer aqui. Está na gaveta superior da minha escrivaninha.
— Pegue. Mary acenou com a cabeça a um dos capangas.
A escrivaninha estava do outro lado do quarto, perto do corredor e a mente de Lauren tentava descobrir qual seria seu próximo movimento. Era difícil pensar envolta no medo que a agarrava, mas queria viver. De propósito tropeçou, segurou sua cabeça, e esperou que parecesse mais machuca do que realmente estava. Sua bochecha pulsava, o gosto de sangue prolongava em sua boca, e sabia que por dentro estava revirando aos poucos. Um dos homens de Mary se arrastava por detrás dela, enquanto caminhava até sua escrivaninha.
A escrivaninha era velha, repassada de um tio, e a gaveta tinha de ser balançada para abri-la. Uma pilha de contas estava em cima, e moveu os documentos. O capanga se moveu para seu lado. Olhou-o, mas ele não estava vendo o que estava fazendo. Ao invés disso bisbilhotava ao redor do quarto.
Seus dedos esfregaram o metal debaixo dos documentos, o agarrou, e Lauren permitiu que o pânico liderasse suas ações. Eles iriam matá-la, não iria sair desta bagunça viva, e havia apenas uma coisa a fazer. Sua outra mão agarrou o pequeno papel com uma mensagem do biscoito da sorte, que era engraçado o suficiente para que o mantivesse. De propósito o soltou no chão.
— Desculpe. Estou tremendo. Está ali.
Ele se curvou para recuperá-lo e Lauren agiu. Horrorizou-a que interiormente gritasse, e sabia que sua vida iria mudar para sempre, no momento em que mergulhou o abridor de carta tão profundo quanto pode, atrás do pescoço do homem. Sua mão segurava o cabo da ferramenta afiada, torceu com força para fazer mais dano e ouviu seu suspiro de dor.
Seu corpo caiu no chão, se esquivou na direção oposta, e bateu no lado da parede em sua pressa para fugir em direção a seu quarto. Ela gritou, na esperança de chamar a atenção dos vizinhos. Poderia afugentar as pessoas restantes em sua sala de estar, se pensassem que a polícia foi chamada.
— Pegue-a, 140. Mary gritou.
Lauren alcançou seu quarto, virou ao redor e agarrou a maçaneta. Conseguiu um vislumbre do grande e assombroso Nova Espécie, que vinha em sua direção enquanto fechava a porta e a trancava. A estante cheia de livros de bolso próxima à porta, era apenas da altura de sua cintura, mas pesada, quando teve que puxá-la para incliná-la. Ela caiu de lado bloqueando a porta. Outro grito estourou quando algo grande bateu contra a porta.
Ela virou e correu para o banheiro, fechou a porta também e a trancou. Abriu a gaveta que continha sua maquilagem para bloquear a porta, e subiu na pia. A janela que sempre deixava meio aberta para Tiger era sua única fuga.
A coisa emperrou, não quis abrir toda, mas o desespero a fez achar aquela quantia extra de força para empurrá-la. Um som alto no outro quarto, assegurou-a que o Nova Espécie tinha acabado de ultrapassar sua barricada, e agora entrava em seu quarto.
Não foi fácil caber no espaço apertado, e silenciosamente jurou fazer esteira enquanto se remexia, e finalmente caiu no chão abaixo da janela. A dor subiu rapidamente por seus braços, quando suas mãos receberam o choque por proteger seu rosto de bater na grama primeiro. Lutou para ficar de pé e gritou novamente, certa que alguns dos seus vizinhos a ouviriam, agora que estava do lado de fora e corria para frente do edifício.
Dois braços fortes a agarraram e imediatamente tirou seus pés do chão. O corpo que bateu nela era sólido, grande, e dois braços grossos, musculosos estavam presos ao redor de sua cintura. Lauren virou sua cabeça e olhou fixamente para cima com horror para 140.
— Não lute comigo. Não quero machucá-la. Ele rosnou.
— Não sou sua inimiga, arquejou. — Eles são. Por favor, deixe-me ir. Você é um Nova Espécie.
Confusão nublou seus olhos extremamente azuis. — O que isso quer dizer?
— Quer dizer que eles são as pessoas ruins e você não é. Novas Espécies são bons.
Ele recusou-se a largá-la. — Eles estão com a minha fêmea e vão matá-la se permitir que você escape. Sinto muito.
Lágrimas quentes encheram seus olhos. — Por favor, deixe-me ir.
—Gostaria de poder fazer isso. Ele hesitou. — Sinto o cheiro de machos desconhecidos em sua casa, e novamente em seu quarto. Alguns deles são como eu, não são? Você realmente ajudou a irmã dela a sequestrar os outros do meu tipo?
— Não. Eu o salvei e ajudei-o a escapar da irmã dela. Seu nome é Wrath e eu o amo.
Seus olhos se arregalaram e ele franziu a testa. — Você não cheira como sua companheira. Ele fungou. — Não posso senti-lo em você. Onde está a irmã dela? Você sabe? Diga-me.
— Eu tomei banho, mas ele está vindo para mim. Por favor, deixe-me ir. A irmã dela e os homens que estavam com ela foram presos pelo seu povo. Eles os têm na ONE. Isso significa Organização dos Novas Espécies, e eles a lideram. Muitos do seu tipo foram libertados de Mercile. Eles o ajudarão se nós sairmos daqui e chamá-los. É um deles e farão qualquer coisa por você.
— Não posso permitir que escape. Se Mary não ligar para a pessoa que fica com a minha fêmea a cada hora, foi ordenado a ele que atirasse na cabeça dela. Virou-a em seus braços, a jogou em cima de seu ombro como se fosse tão leve quanto um travesseiro de corpo e rosnou.
— Aja como se eu tivesse batido em você, forte o suficiente para te derrubar. Ordenou. — Não se mova ou fale. Vou tentar salva-la. Sei que não tem nenhuma razão para confiar em mim, mas não desejo que se machuque. Tratarei-a como se fosse a companheira de outro da minha espécie. Esperaria que alguém fizesse o mesmo pela minha fêmea se lhe for dado à oportunidade.
Lauren desabou em cima de seu ombro, sabendo que nenhuma quantidade de luta a faria se livrar de alguém tão forte, e fechou os olhos. O arrependimento a inundou por dizer-lhe a verdade sobre o paradeiro dos seus ex-colegas de trabalho. Não deveria ter confiado em 140, mas queria que soubesse o quão desesperada sua situação era. Não podia ajudar Mary a recuperar sua irmã, isso era uma causa perdida, e agora ela era inútil. Isso significava que a matariam.
Ele se movia rápido, seu corpo balançava em cada passo, e soube quando entraram em sua casa novamente porque, até com os olhos fechados, sentiu quando saíram do sol.
— Eu disse para você não a matar. Mary estalou. — Que porra de animal burro.
— Ela não está morta. Eu a atingi e a derrubei. A raiva fez sua voz afundar. — A “porra do animal burro” te dirá como conseguir sua irmã de volta, se você me permitirá falar. Sei onde ela está. Fiz esta aqui me dizer torturando-a com dor.
Lauren escutou, confusa acima de suas mentiras, mas disposta a tentar confiar nele. Estava disposta a tentar qualquer coisa que a mantivesse respirando. O silêncio foi longo até Mary finalmente falar.
— Onde está Mel? O que quis dizer com conseguir ela de volta?
— Esta aqui é acasalada com um da minha espécie. O cheiro dele está por toda parte nela, e ela me disse que a ONE pegou sua irmã e seus técnicos. Pode trocá-la por eles. A amargura atou sua voz. — Está muito ciente do quão longe nós chegamos para proteger nossas companheiras. O dela iria devolver sua irmã segura de volta para você, se devolver sua fêmea segura para ele.
— Não sei não. Um dos capangas resmungou. — Isto soa suspeito.
140 rosnou agora. — Você se lembra do quão protetores nós somos com nossas companheiras. Você me tem preso como um cachorro para proteger a minha. Caso contrário teria matado todos vocês. Ele devolverá sua irmã e seus técnicos para você, o que for preciso para conseguir sua fêmea de volta. Virou à cabeça, seu cabelo esfregou no lado de Lauren onde sua camisa subiu e fez cócegas ligeiramente.
— Mantenha suas mãos longe dela. O cheiro fica no corpo por muito tempo e ele não vai a querer de volta, se outro macho montá-la. Ele insistirá em cheirá-la primeiro antes de aceitá-la de volta. Sei de seu gosto em forçar as fêmeas, mas deixe esta aqui em paz. Ele saberá e a rejeitará. Sua cabeça virou novamente. — Ordene-lhe para deixá-la em paz se quiser sua irmã e seus técnicos de volta.
Lauren enjoou em ouvir aquela última parte. Sua pele se arrepiou pensando que um daqueles caras obviamente um era estuprador, mas 140 estava tentando protegê-la disso também. Os dedos que prendiam suas coxas ligeiramente apertaram quase como um gesto tranquilizante. Imaginou que podia imaginar o quão apavorada estava.
— Como você sabe com certeza que seu companheiro está com minha irmã? Mary chegou mais perto.
— O companheiro dela está com eles. Estava tão apavorada que confessou tudo para mim. Negoci-a com eles. Será a única maneira de conseguir sua irmã de volta.
O silêncio foi longo. Mary suspirou. — Está certo. É melhor você estar certo, 140. Já que é muito esperto, como faremos esta troca?
— Deixe um recado e um jeito de contatá-la aqui. Ele virá por ela logo. Sabe que nós não podemos ficar longe de nossas fêmeas por muito tempo sem enlouquecer.
Companheiros enlouqueciam se fossem separados por muito tempo? Aquele pedaço de informação deixou Lauren surpresa, mas claro 140 podia estar mentindo. Estava falando muito para tentar salvar sua pele. Gratidão a encheu. Um Nova Espécie estava ganhando tempo por ela e tentando protegê-la.
— É melhor isto funcionar, 140. Mary soou furiosa. A ameaça era clara, que pagaria se estivesse errado.
— O que faremos com o corpo de Olson? Era um dos capangas fazendo a pergunta.
— Deixe-o. Não quero que manche meu porta malas. Mary suspirou. — Escreva meu número de celular descartável e deixe no sofá próximo ao sangue dela. Ele não deixará de notá-lo lá, não é, 140?
— Não, rosnou. — Ele não irá.
Wrath esperava impacientemente que a equipe se reunisse para partir. Virou a cabeça e olhou fixamente para Shadow. O macho encontrou seu olhar e sorriu.
— Você está impaciente.
— Não quero chegar atrasado. Disse a Lauren que estaria lá entre sete e oito horas em ponto.
— Brass e Tim estão discutindo novamente.
— Estou ciente. Raiva subiu por Wrath. — Ele não quer que um civil fique na sede, e ainda está chateado por nós a termos levado-a lá em primeiro lugar. As paredes não são espessas o suficiente para que não se ouça a maior parte do que está sendo dito.
— Ele insistiu que uma verificação nos antecedentes dela seja feito, e está certo disto. Ela tinha uma relação forte com os ex-funcionários da Mercile. Trabalhou com eles.
A Ira o fez rosnar. — Lauren não é meu inimigo.
— Tim está preocupado com o resto de nós. Shadow de repente sorriu. — Ela é tão perigosa.
— Isso não é engraçado. Ela não pode machucar uma mosca.
— Estou ciente. Vi o rosto dela enquanto estava lutando com Vengeance. Não está acostumada com brutalidade. Praticamente implorou que nós parássemos com a briga. Ela se preocupou com sua segurança.
Ele permitiu que aquela informação fosse absorvida. — Ela se preocupará com meus deveres com a força tarefa. Nós colocamos nossas vidas em perigo constantemente, quando saímos para recuperar nossos inimigos.
— Não mencionaria esse aspecto para ela. Deixe-a acreditar que na maior parte faz papelada.
— Não mentirei para ela.
— Não sugeri que minta, mas apenas não oferecerá mais informações que o necessário.
Ele pensou sobre isto. — Você se arrepende em concordar em trabalhar para a força tarefa?
— Não. Shadow balançou a cabeça. — Está funcionando para mim. É você?
— O mesmo. Conheci Lauren.
Shadow sorriu. — Você parece mais curado desde que ela entrou em sua vida. Estou contente. Talvez um dia encontre uma fêmea que me desafie a enfrentar meus medos.
— Eu espero.
Tim saiu do escritório com Brass atrás dele. Tim recusou-se a encontrar seu olhar, mas Brass sorriu.
— Estamos partindo para pegar sua fêmea, Wrath. Tim e sua equipe vão nos dar suporte de apoio. Ele está irritado que deixamos a sede sem mais apoio das equipes humanas. Faz sentido, especialmente depois que fomos feitos prisioneiros. Chegamos a um acordo.
— Obrigado. Wrath falou sério. Virando sua atenção para Tim. — Lauren não é nenhuma ameaça para nós.
— Mulheres são sempre notícias ruins. — Tim virou, evadiu-se pela porta e gritou por cima de seu ombro. — Não a deixe pintar nada de rosa, porra! Este ainda é meu edifício.
— Rosa? Shadow olhou para Wrath e Brass. — O que isso quer dizer?
— Não tenho nem ideia. Brass suspirou. — Nenhuma surpresa que suas fêmeas parecem apreciar mais nossa companhia. Os humanos são estranhos.
Wrath teve de concordar com aquela avaliação. Não se importaria se Lauren quisesse pintar, ou que cor escolheria. Apenas tê-la ao seu lado era tudo o que importava.
Lauren estava assustada e com raiva ao mesmo tempo. O banco de trás era apertado com 140 compartilhando o espaço limitado. Desistiu de bancar a inconsciente depois que seu protetor Nova Espécie sussurrou para que se sentasse.
Mary e um de seus homens discutiam na frente do carro. O outro homem permanecia seguindo-os em outro veículo. Não havia nenhum jeito de Lauren conseguir uma chance de escapar, mas olhou pelas janelas para rastrear para onde estavam indo. Aprendeu sua lição em estar mais ciente do seu ambiente, depois que deixou a sede da força tarefa, mas não tinha nenhuma ideia de onde estava localizada.
— Não me importo qual a sua opinião, Marvin. Cale a boca. Você está me dando dor de cabeça.
O capanga que dirigia atirou um olhar para a mulher no banco do passageiro. — Nós devíamos fazer alguns experimentos enquanto a temos. Olhou para trás para Lauren, e seu olhar abaixou para seu seio, antes de girar para enfrentar a estrada novamente. — Eu a aqueço antes de nós a passarmos para um deles.
Mary bufou. — Você é tão patético. Não trabalhou para Mercile pelo dinheiro, não foi? Foi pela oportunidade de pegar mulheres que não podiam te impedir. Esqueça-a. Você ouviu o animal sobre sua sensação de cheiro. Você não vai foder com minhas chances de conseguir minha irmã de volta, só porque é um pervertido.
Lauren olhou fixamente para a careca do homem na frente dela, e imediatamente o odiou. Ela tinha um pressentimento de que esse era o homem que 140 a advertiu sobre querer tocá-la. Ele era bruto e parecia ter a moral de um gato de beco.
— Sua irmã é uma cadela e nenhum deles vale à pena arriscarmos nossas vidas. Eles foram pegos, então digo para deixá-los se ferrarem.
Mary estendeu a mão e beliscou seu braço. Ele gritou, se afastou, e o carro desviou.
— Não faça isto. Poderia ter perdido o controle do carro.
— Minha irmã vale mais a pena viva para mim do que você vale. Nunca se esqueça disso. Pausou. — E ela sabe de muita coisa também. Não falará, mas dê um mês ou dois com ela presa por eles, e aposto que venderia nossa própria mãe. A prisão é um lugar desagradável e todos nós queremos evitá-la. Ela pode ferrar com a gente, se nós não salvarmos sua pele, e isso também vale para a equipe dela. Eles sabem nossos nomes, todos nós trabalhamos juntos, e você confiaria em algum deles não nos entregando para salvar suas próprias peles, se oferecerem um acordo?
— Maldição, Marvin murmurou, quando bateu nos freios num sinal vermelho. Ele virou sua cabeça, e olhou fixamente para os seios de Lauren novamente, antes de franzir a testa para Mary. — Preciso de algum alívio da tensão. Não tirarei suas calças. Não tenho sido leal? Não fiz toda a merda que você me disse para fazer?
140 rosnou. — Seu companheiro vai saber. Você quer que te diga o que você comeu no almoço? Eu posso. Ela também lutaria. Virou sua cabeça e fixou sua olhar nela. — Você permitiria que fizesse uso do seu corpo de qualquer forma? Ele gosta de abrir suas calças e ordenar as fêmeas a pôr sua boca nele.
O nojo fez Lauren querer vomitar, e virou a cabeça para encontrar o olhar do homem no banco na frente dela. — Prefiro morrer e posso prometer-lhe que se abrir suas calças perto de mim, precisará de um cirurgião de trauma depois que acabar com você.
Mary riu. — Estou começando a gostar dela só um pouco. A ideia de alguém arrancando seu pau é divertida. Alcançou o braço de Marvin e beliscou novamente. — Pare de ser um filho da puta tão doentio. Olhos na estrada e feche sua boca, a menos que esteja relacionado a não pensar com seu pau.
— Vadia. Marvin murmurou. — Pare de fazer isso com meu braço. Machuca.
A luz ficou verde e ele pisou no acelerador com raiva. — Pare de chamar atenção sobre nós, idiota. Ela virou em seu banco e olhou para Lauren. — E estou de olho em você também. As janelas atrás são pintadas, mas não tente chamar nenhuma atenção. Entendeu? O carro atrás de nós se certificará de que cairemos fora. Se qualquer policial aparecer ele fará algo para distraí-los.
— Ela não é burra. 140 disse e suspirou. — Sabe que precisa dela e sobreviverá se apenas concordar em conseguir o que você quer. Ele trocou um olhar com o motorista. — É com seus próprios técnicos que deveria se preocupar.
— Ele está ficando muito falador. Marvin xingou. — Parece que precisamos lembrá-lo do seu lugar. Ele deu uma risada de repente. — Preciso visitar sua companheira novamente?
— Merda, Mary retrucou, e sua mão voou e bateu atrás da cabeça do capanga, quando 140 rosnou alto no espaço limitado. — Você é uma porra de um idiota. Realmente quer insultá-lo neste carro? Não quero morrer quando ele se jogar do banco e arrancar a cabeça de seu corpo.
— Ela disse que preferiria morrer a sentir suas mãos explorando seu corpo novamente. Eu o mataria se a machucasse ou se já a machucou. Ela é minha.
Lauren viu pura raiva nas características de 140, o modo como suas mãos apertaram em seu colo, e como seu peito cresceu e caiu severamente, quando parecia arfar num acesso de raiva.
— Ele não vai fazer merda nenhuma com ela. Mary jurou, tentando manter a paz pelo menos uma vez. — Cuidei disto quando ele a molestou, não foi? Retorceu-se em seu banco e olhou fixamente para 140. — Acalme-se agora. Isto é uma ordem. Lembre-se do nosso acordo? Você faz como foi informado e nenhum dano vai acontecer com sua namorada. Marvin vai manter sua grande boca fechada de agora em diante, ou eu pessoalmente beliscarei algo muito mais doloroso que seu braço.
O vislumbre que Lauren estava tendo da vida de 140, a deixou brava o suficiente para querer chegar mais para frente e quebrar o pescoço de Marvin. Claro que não era forte o suficiente, mas lamentou que não fosse ele quem apunhalou com o abridor de carta. O fato de que matou alguém foi empurrado para trás. Ela não podia lidar com isso agora. Além disso, quanto mais tempo passava com o par discutindo na frente, mais justificado parecia.
— Qual é o nome dela? Lauren manteve a voz baixa, e esperou distrair o ainda furioso Nova Espécie.
Ele virou seu olhar frio para ela e seu nariz alargou. — Minha.
Ela deixou aquilo passar, realmente não acreditando que a mulher tinha aquele nome. Seu olhar foi para o motorista, e soube que aquela declaração de possessão foi para o benefício do motorista.
— Ela é felina como você ou canina como… — Quase disse o nome de Wrath. — Meu companheiro.
— Ela é primata.
— Oh Lauren hesitou. — Acho que não vi um deles ainda.
— Pensei que fosse acasalada com um. Mary deu um olhar severo para ela no banco dianteiro. — Muitos deles sobreviveram.
Lauren encontrou o olhar da cadela calmamente. — Sou. Meu companheiro é canino e todas as pessoas que conheci em Homeland ou eram desse jeito ou felino.
— Primatas não são comuns. 140 falou. — Eles não fizeram tantos deles. O que é Homeland?
— Cale a boca. Mary retrucou. — Não diga a ele nada sobre a porra da NSO. Entendeu Lauren? Nem uma palavra.
Estava tentada a manter a conversar, mas 140 balançou a cabeça. Lacrou seus lábios e cerrou os dentes. Apostou que Mary não queria que 140 soubesse sobre ninguém do seu povo que estava livre. Daria-lhe esperança de que pudesse ser salvo também.
O carro diminuiu a velocidade e virou. Lauren olhou para a janela e percebeu que entraram em uma parte velha da cidade, onde muitos negócios fecharam devido à economia ruim. Realmente se transformou num bairro pobre no decorrer dos anos, já que tinha frequentado à área no final de sua adolescência, e inicio do século vinte. Tábuas nas janelas se tornaram uma visão comum, enquanto continuavam a dirigir por algumas ruas estreitas.
— Você sabe onde nós estamos?
Lauren encontrou o olhar de Mary calculando e agitou a cabeça. — No lado leste da cidade. Sou uma agente imobiliária e conheço minhas propriedades. Eles estavam realmente na área de fronteira do lado sul, e quase fora dos limites da cidade.
Aquela resposta fez a outra mulher sorrir. — Sim, você certamente conhece suas áreas. Encarou a frente do carro, descartando-se de Lauren.
Eles estacionaram em uma calçada bloqueada por um velho portão de segurança. Mary abaixou a viseira e bateu no controle remoto. O portão agitou e cambaleou, quando começou a rolar lateralmente para permitir que o carro passasse. O reconhecimento atingiu Lauren imediatamente. O lugar uma vez foi uma boate popular. Jasper tinha um novo nome pintado na parte de trás do edifício decrépito, algum nome de restaurante, mas estava certa de que era o mesmo.
140 agarrou o pulso de Lauren suavemente, quando estacionaram e continuou segurando-a, enquanto saíam do carro. Encarou Mary com um olhar desafiante.
— Fiz tudo o que ordenou e me comportei. Quero ver minha fêmea agora.
Mary cruzou seus braços em cima do seu peito, ergueu o queixo e o franziu para ele. — Você quer? Você está soando muito confiante.
— Por favor. Sibilou e abaixou seu olhar para o piche rachado.
Isso pareceu deixar a cadela feliz e soltou seus braços para os lados. — Está bem. Leve-a para uma gaiola, e poderá ir para o andar de baixo. Farei o telefonema.
— Obrigado. 140 puxou Lauren. — Venha.
A porta dos fundos era de metal enferrujado. Marvin destrancou com uma chave do chaveiro do carro, e isto guinchou causando um alto barulho quando abriu. O interior era escuro e o cheiro de mofo, poeira, e ar envelhecido agrediu o nariz de Lauren imediatamente. O chão parecia desigual debaixo de seus sapatos, enquanto caminhavam por onde costumava ser uma cozinha. Aparelhos de cozinha velhos, manchados, e quebrados indicavam que não eram usados a pelo menos alguns anos.
Choque a agarrou, quando saíram da área da cozinha para onde costumava ser a área de dança do clube. As janelas estavam todas com tábuas, e escombros de partes do teto enchiam o chão. Algumas mesas quebradas foram empurradas contra as paredes manchadas, mas foi às cinco grandes jaulas de animais que a fizeram tropeçar. Eram mais ou menos de dois metros de altura, talvez um metro quadrado, e três delas estavam ocupadas. Machos Novas Espécies permaneciam olhando fixamente de volta para ela, por detrás das barras.
Eles vestiam calça de moletom, sem camisa, e todos pareciam que precisavam tomar um banho. Um deles rosnou—um som perigoso—e seus olhos escuros fixaram-se em Lauren. Um frio correu por sua espinha ao ver o ódio dirigido a ela, enquanto encarava cada um.
— Está tudo bem. 140 a assegurou.
Ele a levou a uma das jaulas vazias, colocando-a o mais longe dos homens, e a guiou para o lado de dentro. O chão era de metal sólido, enquanto as paredes e o teto eram barrados com barras de centímetros de espessura. Ele fechou a porta e Marvin chegou mais perto com as chaves. O som disto sendo trancado era distintivo.
— Vá, 140. Mark está esperando por você. Se comportar-se mal antes de ser trancado na jaula de sua namorada, ele foi informado para atirar na cabeça dela.
— Eu sei. 140 virou-se, marchou por outro corredor que era usado para levar aos banheiros, e ficou longe de suas vistas.
Marvin chegou mais perto de Lauren e abaixou seu olhar para seu seio. — Você quer comer?
Ela não disse nada além de recuar da porta, não que pudesse ir longe.
— Você faz algo para mim e retornarei o favor.
— Você é realmente patético e repulsivo. Posso entender completamente porque um monstro como você teria que trancar uma mulher, e ameaçar matá-la de fome para tentar fazê-la tocar em seu feio rabo. Não, obrigada. Prefiro comer meu sapato.
— Sua vadia, cuspiu. — Espere alguns dias e depois diga isso.
Virou-se de costas para impedi-lo de olhar mais para seus seios, e observou o quanto o clube velho mudou. O telhado obviamente vazava com o aparecimento da cor amarelada, e dos painéis do teto destruídos, e as paredes estavam manchadas. Alguém colocou papel de parede próximo as tábuas nas janelas. Estava descascando e enegrecido ao redor das extremidades, que imaginou ser a fonte do cheiro de mofo que a fazia respirar pela boca.
Olhou para as únicas fontes de luz, os corredores da cozinha e banheiros. Nenhuma luz estava ligada no espaço aberto. Duvidava que as luzes do teto funcionassem devido ao dano da água.
A única coisa dentro da sua jaula era um cobertor enrolado com aparência suja, em um canto.
— Deixarei você usar o banheiro se abrir sua camisa quando for lá.
Lauren virou e respondeu. — Prefiro urinar em minhas pernas.
O rosto do cara ficou vermelho brilhante. Xingou e arrancou as chaves de seu bolso. Ela ficou tensa quando ele alcançou a trava para destrancar a porta, sabia que planejava machucá-la, mas alguém saiu da cozinha.
— Deixe-a em paz, Marvin! Mary gritou. — Jesus. Você é um pervertido. Traga sua bunda para cá e me siga até o escritório. Nós temos trabalho a fazer.
Marvin hesitou, mas Mary fez a curva e desapareceu. Sua voz abaixou quando empurrou as chaves de volta para dentro do seu bolso.
— Vou machucá-la, cadela. Não fique muito convencida. Apenas espere.
Lauren assistiu-o ir e imaginou que falou sério em relação à ameaça. O esquisito era um total pervertido imbecil. Encarou os três Novas Espécies quando ficaram sozinhos, e sentiu medo com o olhar minucioso de ódio. Mas estavam presos também. Não conseguiriam pegá-la.
— Eu sou Lauren.
Ninguém falou.
Agarrou as barras e deu uma firme sacudida, mas eram tão sólidas quanto pareciam. Ela respirou fundo, soltou-as e estudou cada um dos homens. Dois deles tinham características felinas, enquanto o outro tinha o formato dos olhos bem parecidos com os de Wrath e de Shadow.
— Por que estão olhando para mim desse jeito? Estou presa também e não estou com aqueles imbecis. Sou um cara do bem.
Um deles franziu a testa. — Você é fêmea.
— Sim.
— Um cara é um macho.
Sua boca separou surpresa por ele ter entendido o que disse literalmente. O loiro com olhos de gato cheirou o ar. — Ela cheira bem. Talvez eles queiram fazer testes de procriação.
— Testes de procriação? Seus olhos se arregalaram. Entendeu que pensavam que poderia ter sido trazida para fazerem sexo, e queria esclarecer aquele equívoco imediatamente. — Fui sequestrada para que pudessem me trocar por outras pessoas. Não estou aqui para fazer nenhum teste.
O canino de cabelo escuro rosnou. — Eu a quero. Já tem muito tempo desde que tive uma fêmea debaixo de mim.
— Vai demorar ainda mais porque isso não vai acontecer. Franziu a testa. — Estou esperançosa que sejamos todos encontrados e salvos logo.
O que estava mudo até então, um felino de cabelo dourado, sibilou. — Por quem?
— A ONE. Eles estão procurando por mim, bem um deles está, e se me achar, ele achará vocês também.
— Quem é ele? Que tipo de nome é ONE?
— ONE é o nome encurtado para Organização dos Novas Espécies. Pausou, percebendo por seus olhares em branco que não compreenderam, e lembrou que provavelmente não sabiam de nada. Sua suposição era que nunca foram libertados, e imaginou que fora informada sobre isso, já que Mary disse para que calasse a boca sobre o assunto.
— Novas Espécies são como vocês, as pessoas que as Indústrias Mercile criaram. Meu povo descobriu sobre o que estava sendo feito com seu povo, então arrombaram as instalações de prova e libertaram seu povo. Pausou, esperando algum tipo de reação, mas suas expressões faciais nunca mudaram.
— Eles começaram a ONE. Seu povo têm dois terrenos grandes, onde todos vivem juntos e procuraram por Novas Espécies como vocês, que não foram libertados. Espero que nos achem e todos nós seremos salvos.
O loiro bufou. — Ela está aqui para nos insultar. Virou de costas, se abaixou e se sentou no chão. — Ignorem-na.
— Isto é grosseiro e estou te dizendo à verdade. Não sei por que estão neste lugar, mas ouvi o suficiente para saber que os imbecis que os estão prendendo aqui, costumavam trabalhar para as Indústrias Mercile.
— Eles ainda trabalham. O canino de cabelo escuro rosnou. — Você está com eles.
— Não estou. Não me insulte assim. As Indústrias Mercile não existem mais. Foram expostas, colocadas fora dos negócios, e todo mundo que trabalhou em suas divisões de pesquisas, e sabiam sobre as instalações de teste são procuradas pela polícia. Estão enfrentando sérios processos criminais. Eu li que muitos deles já estão servindo uma extensa pena na prisão.
— Fique calada. Mentiras. O canino rosnou novamente.
Ele estava começando a irritá-la. — Não, me escutem, uma vez que saia daqui vou fazer de tudo que puder para enviar ajuda de volta para vocês. Vocês verão. Andou no espaço pequeno. — Wrath me tirará daqui. Ela tinha fé que ele a salvaria de alguma maneira, ainda que tivesse que trocar sua vida pela de Mel e seus outros ex-colegas de trabalho.
O canino rosnou novamente. — Acho que a trouxeram até aqui, para tentar ganhar nossa confiança e nos fazer acreditar em suas mentiras. Não serei amável ou gentil quando a montar.
O Espécie de cabelo dourado rosnou. — Já chega. Ela é humana e eles nunca a passariam para um de nós. Você viu o modo como 140 a tratou? O modo como suavemente a tocou? Ele implicou que ela não era inimigo. Sabe mais sobre ela do que nós sabemos e não vi nenhuma raiva em seus olhos, quando olhou para ela. Não sei por que está aqui, mas não faça ameaças até que saibamos mais.
— Ela é um deles. O canino rosnou novamente. — Nosso inimigo. São todos do mal e dizem mentiras para tentar nos enganar, para fazermos o que querem. Ela está planejando algo.
— Estou planejando sair daqui. Moveu-se para a porta da jaula novamente, agarrou as barras e sacudiu a coisa. A frustração cresceu. — Farei de tudo em meu poder para enviar a ONE para salva-los.
— Mentiras humanas, o canino rosnou.
— Eu me ressinto disto. Franziu a testa, sacudiu a porta novamente, mas não estava disposta a apenas desistir ainda. Talvez pudesse sacudir a fechadura para soltá-la. — Entendo que foram maltratados. Não consigo imaginar tudo o que sofreram, mas o que disse é a verdade. Muitos do seu povo foram libertados, eles não estão mais presos e estarão procurando por vocês, assim que lhes disser o que sei.
— O que quer dizer liberdade? O felino de cabelo dourado agachado em sua gaiola, a observou com olhos estreitados.
— Você não estará mais preso, ninguém o machucará, e nós seremos iguais. Olhou para ele.
— O que isso quer dizer?
Ela saiu da porta para enfrentá-lo e suspirou. — Quer dizer que você terá os mesmos direitos que eu tenho. Não somos inimigos, mas ao invés disso amigos. Ninguém te testará mais. Terão casas em vez de jaulas e nunca mais terá que lidar com esses imbecis, como as pessoas que os têm agora.
O canino bufou. — Depois ela dirá que nós chegaremos a comer quando estivermos com fome, poderemos nos limpar quando estivermos sujos, e conseguiremos acesso a fêmeas quando nós quisermos uma.
— Isto é exatamente o que estou dizendo.
O loiro virou a cabeça e a atirou um olhar. — Quantos de nós fazem parte desta ONE?
— Não sei os números exatos, mas centenas pelo menos.
— Mentiras, ele rosnou, empurrando seu olhar para longe, para dar-lhe a parte de trás de sua cabeça.
— Há algumas de nossas fêmeas lá? Elas foram libertadas?
Lauren encontrou e segurou o curioso olhar do felino de cabelo dourado. — Sim. Não existem muitas delas, pelo que entendo, mas minha melhor amiga disse que conheceu um bocado delas.
— Qual é a notícia ruim disto? O canino era obviamente o severo do grupo. — Existe sempre um preço. O que esperam por estes privilégios?
— Não existem eles. Suponho que ache que é como aqui, onde os ameaçam para que façam o que querem ou serão castigados? Sei que estão detendo a namorada de 140 sobre sua cabeça. A ONE é seu povo. Eles só querem que sejam felizes.
— Mentiras, o loiro sibilou.
Lauren sabia que não confiavam nela, pensavam que estava inventando coisas, então ela parou de tentar. A única maneira de mostrar-lhes que não estava falando besteira, seria sobreviver por tempo suficiente, para esperançosamente ser trocada e então poderia contar a Wrath sobre eles. Talvez a ONE pudesse chegar antes que fossem removidos.
Wrath caminhou depressa do SUV e sabia que Brass e Shadow o seguiam. O sol afundou, ele estava atrasado, ficou preso no transito, e esperava que Lauren não tivesse desistido dele e ido para a cama. Sua excitação em vê-la quase não podia ser contida.
Ele estava a mais ou menos três metros de sua porta, quando os cheiros encheram seu nariz, e parou bruscamente. Fungou alto, sabia que os dois machos com ele fizeram o mesmo, e rosnou. O cheiro vinha de casa de Lauren, e podia ver que sua porta da frente não estava fechada completamente. Ele se jogou, empurrou abrindo-a toda e um alarme percorreu por ele.
Brass se moveu para seu lado e cheirou. — Três machos humanos, uma fêmea humana, e um macho Espécie.
— Você sente esse cheiro? Shadow sibilou. — Mercile.
— Sinto.
Uma descarga de medo atravessou por Wrath, quando outro cheiro encheu seu nariz. Sangue, decadência e morte. Apressou-se para frente, apavorado que encontrasse o corpo de Lauren como a fonte, mas um macho humano deitava amarrotado no chão na escuridão. Levou apenas segundos para seus olhos se ajustarem, mas um dos machos acendeu a luz.
— Lauren? Ele gritou seu nome, se apressou para seu quarto e parou novamente, quando viu a destruição da moldura da porta.
Shadow agarrou seu ombro. — Alguém invadiu.
Um grunhido rasgou de Wrath e ele andou por cima dos livros que estavam derrubados pelo chão. O cheiro do Espécie desconhecido era mais forte em seu quarto, o único cheiro que podia detectar além do de Lauren, e viu a porta do banheiro arrombada. A cômoda tinha danos de onde uma gaveta quebrada foi arrancada. Ele entrou em segundos, olhou fixamente para a janela aberta e saltou por cima da cômoda.
— O humano está morto. Brass rosnou.
Wrath virou, uma descarga de dor passou por seu peito, e encontrou os olhos do macho.
— O macho. Não Lauren. Brass o assegurou, arrancando seu telefone celular e segurando-o na orelha depois que discou. — Estou pedindo ajuda.
Wrath agarrou o peitoril, teve que lutar para passar por ele, e viu sinais na grama do que deveria ter acontecido. Localizou as pegadas, pequenas e grandes, até que achou onde o macho a agarrou. As pegadas dela desapareceram e as maiores eram mais fundas com o peso combinado do macho e Lauren.
— Ele a carregou. Shadow declarou por detrás dele.
Wrath seguiu o caminho em volta do edifício, e os perderam quando alcançaram a calçada próximo da porta de Lauren. Apressou-se para voltar para dentro, abaixou próximo ao corpo do morto e examinou-o com seu olhar.
Shadow agarrou o abridor de carta, o sacudiu e cheirou o cabo. Olhou para cima e segurou o olhar de Wrath. — Lauren matou este macho. Ela deve ter sentido medo. Posso cheirar o medo e provavelmente a fez suar, inclusive suas palmas. Seu cheiro demora no cabo.
A voz de Brass os alcançou. — Estamos sentindo o cheiro de um macho Espécie desconhecido aqui e ele tem o cheiro de Mercile.
— O que isso quer dizer?
Wrath virou a cabeça e impediu-se de rosnar para o macho da força tarefa que os levou lá. Ele os seguiu para o lado de dentro. Lauren se foi e teve de matar alguém. Os piores medos de Wrath encheu sua mente e não conseguiu nem falar, com o caroço que se formou em sua garganta de que pudesse estar morta.
— Um macho Espécie esteve aqui, e ele carrega o cheiro do sabão que Mercile sempre nos fazia usar. Nenhum Espécie livre jamais tocaria nisso de propósito. Shadow se endireitou. — Vá lá fora e pergunte aos vizinhos se alguém viu alguma coisa. Os traga aqui se viram. Precisamos interrogá-los.
O homem na porta virou, e apressou-se para o lado de fora, e Wrath lançou a cabeça para trás. Um uivo rasgou de sua garganta. Lauren se foi. Seu olhar retornou ao humano morto no chão. Ela o matou e isso significava que quem a levou buscaria vingança pela morte. Eles a matariam como castigo.
— Fique calmo. Shadow exigiu. — Não pode ajudá-la se desmoronar.
— Eles a matarão.
— Nós não sabemos disto.
Brass limpou a garganta. — Há sangue e um bilhete no sofá.
Wrath o empurrou do caminho, debruçou-se e cheirou. O cheiro de Lauren era o único que podia detectar no sofá e conhecia o cheiro de seu sangue. Havia apenas um pouco dele, mas não aliviou seu terror de que pudesse estar morta.
— Eles querem que os humanos que nós capturamos ontem sejam devolvidos, e querem trocar Lauren por eles. Brass disse depois de ler o bilhete.
Wrath virou devagar e olhou para Brass. — Nós trocaremos.
Brass assentiu. — Nós iremos. Traremos sua fêmea de volta.
— Nosso macho a perseguiu até lá fora, a capturou, e a carregou. Nós achamos os rastros. Shadow disse. — Não entendo. Ele podia ter permitido que ela escapasse mesmo assim não deixou.
— Eu o matarei. Wrath jurou.
Shadow agarrou seu braço e segurou firmemente, mas Wrath recusou-se a tranquilizar. Ele não podia. Os funcionários de Mercile pegaram Lauren. Sabia que sua respiração irregular estava fora de controle, mas não podia controlá-la com todas as emoções guerreando dentro dele. Ela estava em perigo, machucada, e todos os instintos dentro dele gritavam para que fizesse algo. Qualquer coisa.
— Senhor? Era o motorista, o macho humano da força tarefa.
Brass o encarou. — Sim, Ted?
— Um cara que vive em um apartamento no andar de cima, disse que viu quatro homens e uma mulher aparecerem mais ou menos duas horas atrás. Ele acha que um cara ainda está aqui, já que ainda não o viu sair. A cabeça do Tim virou e olhou para o corpo morto. — Estou achando que este é o cara.
Wrath tentou se afastar de Shadow. Ele tinha perguntas para o humano que viu algo, mas seu amigo o puxou forte o suficiente para fazê-lo tropeçar.
— Não. Shadow rosnou. — Acalme-se. Não vai ajudar estando nestas condições. Respire fundo.
Ele lutou para abrandar sua raiva.
— Eles deixaram um número. Brass estudou Wrath. — Não faça um som. Abriu seu celular, olhou ao redor dele e leu o bilhete novamente. — Nenhum som. Discou e pôs no viva voz.
— Vejo que você pegou meu bilhete. A voz era de uma fêmea. — Não conheço este número então suponho que você seja o companheiro de Lauren?
Brass curvou suas sobrancelhas para Wrath, mas falou antes dele poder. — Sim. Quando e onde quer fazer a troca? Não machuque Lauren ou você nunca verá seu pessoal vivo novamente.
— Minha irmã ainda está viva? A raiva e a desconfiança da mulher eram fáceis de ouvir. — Quero conversar com Mel agora mesmo.
— Não estou em sua localização como deve saber, mas pode ser arranjado para que fale com ela. Gostaria de ouvir minha fêmea para ter certeza de que está viva.
— Você não vai falar com ela até que converse com minha irmã. Ligue-me de volta quando estiver com ela. Quanto tempo?
— Dê-me uma hora. Preciso ir para onde sua irmã está sendo mantida. Ela está bem e os machos que foram capturados com ela também estão. Suas acomodações são muito mais confortáveis do que aquelas que nós estávamos acostumados, quando estávamos encarcerados.
Ela bufou. — Pelo menos nós deixávamos vocês transarem ocasionalmente. Estou mencionando isso, porque Lauren vai aprender tudo sobre os testes de procriação, e vai ser passada de cela em cela se não falar com a minha irmã em menos de sessenta minutos. Duvido que sua companheira sobreviva, já que eles não têm acesso a uma mulher em meses. Ela desligou.
Brass rosnou. — Você pegou isso? Ela está blefando ou tem mais de um dos nossos machos.
— Ela acha que Lauren é minha companheira. Wrath desejava que fosse verdade. — Por quê?
— Não sei. Brass balançou a cabeça.
— Precisamos ir agora para Homeland e fazer a ligação. Wrath disse e tentou correr para a porta, mas Shadow o puxou de volta, ainda segurando seu braço. Ele virou a cabeça e mostrou seus caninos. Solte-me.
— Não. Brass chegou mais perto. — Não vamos a lugar algum. Tim e a equipe secundária estão a caminho agora mesmo. Eles descobrirão tudo o que puderem sobre o macho humano morto. Podemos fazer um telefonema de conferência com Homeland. Realmente não temos que ir para lá, para que a fêmea fale com sua irmã. Pausou. — Eles podem rastrear o telefonema também. Não temos nenhuma garantia que farão a troca de boa fé. Eles podem matar Lauren por maldade.
— Eles querem seu pessoal de volta. Shadow lembrou a todos. — Eles a manterão viva já que sabem que esse é o acordo.
Tim Oberto entrou a passos largos no apartamento, alguns dos membros de sua equipe atrás dele, e depressa avaliou a situação. — Fui informado de que Lauren Henderson foi sequestrada. Olhou para Brass. — Tentaremos trazê-la de volta.
Brass entregou o bilhete. — Precisamos fazer um telefonema de conferência entre Homeland e os sequestradores. Eles desejam falar com a prisioneira que capturou ontem. Querem trocar a fêmea de Wrath com os humanos capturados. Faremos isso para conseguir a fêmea dele de volta.
— Mas...
— Nós faremos isto. Brass declarou firmemente, cortando Tim. — Capturaremos aqueles monstros novamente. A irmã da fêmea tem a futura companheira de Wrath. Salvar Espécies é nossa prioridade. Lauren é um de nós porque pertence a ele. Não sei se seus homens nos ouviram, mas um macho Espécie também esteve aqui e ajudou a sequestrá-la.
Tim ofegou. — Por que diabos um dos seus trairia a ONE?
Shadow suspirou. — Ele ainda está em cativeiro. Nós cheiramos isto nele. Eles poderiam ter achado um jeito de controlá-lo, ou talvez ele não sabe que Mercile é seu inimigo. Ele está...
— Morto. Wrath rosnou
— Confuso. Shadow corrigiu, franzindo a testa para Wrath. — Ele não sabe de nada.
Brass assentiu. — Confuso. Seu olhar fixou-se em Wrath. — Ele será julgado incapaz se a machucar com malícia.
Tim olhos para Brass. — Incapaz?
— Deixe como está. Ele nunca será uma ameaça novamente se for julgado incapaz.
Tim assentiu para Brass. — Nós temos isso também para humanos incapazes. É chamado de pena de morte e sou todo a favor em alguns casos.
— Precisamos retornar a sua sede e fazer este telefonema. Quanto mais rápido fizermos a troca, melhor. Brass olhou fixamente para Wrath. — Sei que isto deve ser difícil, mas saiba que tudo será feito.
— Quero estar lá. Wrath exigiu.
— Só se ficar calmo.
— Farei o que for preciso. Prometeu, segurando o olhar de Brass, e falou sério.
Tim falou com um de seus homens. — Pesquise sobre aquele bastardo morto. Quero saber tudo sobre ele, inclusive onde comprou seus últimos preservativos e com quem os usou. Ligue-me assim que obtiver informação e arranje alguém para limpar esta bagunça. Não queremos isso no noticiário.
— Sim senhor. O cara saudou e deu a volta por eles para alcançar o corpo.
Shadow sentou no SUV ao lado dele e bateu em seu ombro. — Nós a acharemos.
— Estou com medo.
— Eu sei.
— Ela pode estar sofrendo, machucada, ou até morta. Eles podem estar mentindo.
— Nós temos a irmã dela. Os humanos se importam com a família. Não arriscarão matá-la se ela for útil para eles. Sabemos como Mercile trabalha.
Raiva inundou Wrath. — Sim. Eles mentem e não são confiáveis.
— Nós temos o que querem. Lauren é útil.
Isso tinha que tranquilizá-lo porque nada mais o faria. Outro medo o agarrou. — Ela não irá querer mais nada comigo se sobreviver a isto. Sua associação comigo a pôs em perigo.
— Vamos lidar com um problema de cada vez. Shadow pausou. — Ela teria escapado se não tivessem um de nossos machos com eles. Ela é esperta e matou alguém tentando salvar sua própria vida. Ela é forte, Wrath. É uma sobrevivente. Nós temos que manter a esperança que isto dará certo.
Lauren estava assustada, cansada, e faminta. Alguém desligou as luzes em ambos os corredores, o sol afundou e estava um breu na sala. Pequenos barulhos estranhos a mantinha sobressaltada, enquanto se amontoou no centro da gaiola, também com medo de chegar perto dos lados, no caso de Marvin tentar tocá-la. A sala estava ficando mais fria a cada minuto.
De jeito nenhum usaria o cobertor no canto. Cheirava a suor, sujeira, e roupa suja de dez dias. Ela também precisava usar um banheiro desesperadamente. Outro pequeno barulho soou, mas não foi na direção dos três homens compartilhando a sala com ela. Abraçou seu peito mais apertado.
— Por que está com medo? Era o Espécie canino não amigável.
— Não consigo ver nada. O que está fazendo esses sons?
— Existem ratos. Eles não estão próximos de você e nos deixam em paz.
Merda. Não queria saber disto. — Ótimo. Gostaria de comer algo em vez de estar no cardápio de roedores. Por favor, diga-me que não são muito grandes. Imaginou um do tamanho de um gato e estremeceu. — Como vocês vão para o banheiro?
Ele pausou. — Nós chamamos e eles nos trazem um balde.
Ecaaa. Estremeceu, mas estava desesperada o suficiente para fazer isto.
O canino rosnou. — Somos machos e é fácil para nós. Não os chamaria se fosse você. O humano provavelmente fará você abrir sua camisa para permitir que saia da jaula. Use o cobertor em sua jaula já que se recusou a tocá-lo. E jogue-o para fora da jaula.
Um rato fez um barulho alto. Então as luzes foram acessas no corredor que levava aos banheiros. Mary apareceu e segurava um telefone celular. Confusão encheu Lauren quando a cadela parou do lado de fora de sua cela. — Aqui está ela. Converse com eles e cuidado com o que o que disser.
— Oi?
— Lauren? Era a voz maravilhosa de Wrath. — Você está bem?
— Sim. Estou bem, Wrath.
— Alguém te machucou?
— Não. Estou presa em uma jaula.
Um grunhido veio do telefone. — Vou trazê-la de volta não importa o que for preciso. Confie em mim.
— Eu confio. Lágrimas quentes desceram pelas suas bochechas e abriu a boca, quis dizer-lhe que o amava no caso de nunca ter a chance, mas Mary apertou um botão no telefone, o ergueu para sua orelha, e caminhou alguns metros.
— Muito comovente. Mary zombou. — Agora que ouviu que está viva e bem. Você tem sua prova de vida. É melhor fazer exatamente o que digo se quiser que ela fique desse jeito. A reunião acontecerá às cinco da manhã, e o local será enviado por mensagem de texto para você logo antes disso. Não vou dar tempo para que prepare uma armadilha e se nós virmos alguém, sua namorada morrerá. É melhor ter certeza de que minha irmã e seus amigos estejam todos lá, ou sua namorada vai receber um buraco na cabeça.
O que quer que ele tenha dito fez Mary empalidecer. — Eu disse que nos encontraríamos às cinco. Não me ameace, animal. Você a terá de volta desde que não ferre comigo. Desligou e virou-se para olhar para Lauren.
— Seu animal precisa ser posto de volta no lugar. Isto é o que acontece quando lhes dá uma sensação falsa de serem pessoas.
— Eles são pessoas. Lauren agarrou as barras enquanto ficava de pé, suas pernas estavam um pouco doloridas por se sentar na superfície dura e fria. — Posso usar o banheiro?
— Mark?
Um novo homem desceu pelo corredor, este menor que os capangas que apareceram no apartamento de Lauren, e ele parecia cansado pela sua expressão e ombros caídos. — Você berrou?
— Destranque a porta e a leve para o banheiro.
Ele chegou perto, pegou as chaves, e cautelosamente estudou Lauren. — Não me cause nenhum problema.
— Quero apenas usar o banheiro.
Ele abriu a porta e Lauren se moveu devagar, não quis dar-lhes uma razão para machucá-la, e notou que Mary fez outra ligação no telefone celular. Mark apontou. — Por aqui. É perto e você precisa deixar a porta aberta. Não olharei.
— Eles fizeram o acordo. Mary informou a alguém. — Concordaram com o dinheiro também.
O corredor era longo e ostentava o banheiro masculino e feminino, e outras portas que Lauren não tinha nenhuma ideia do que tinha dentro. Estavam com fechaduras nelas.
O cara se virou de costas para ela e bloqueou a entrada. Ela caminhou para um box. As portas há muito tempo haviam sido removidas. Também não haviam sido limpos, e depressa usou o banheiro. Ele olhou uma vez quando ela ligou a água, espirrando um pouco em seu rosto e usou seu dedo para escovar os dentes. E retornou até ele.
Ele hesitou, abriu a boca, mas Mary gritou do corredor abaixo.
— Por que esta demorando tanto? Se apresse!
— Vá. Ordenou-lhe, saindo do caminho, assim ela podia deixar o banheiro.
Mary agarrou o braço de Lauren no segundo que entraram na grande sala, deu um puxão forte e a retornou a jaula. Mark trancou a porta e Mary olhou para ele. — Vá pegar 140.
O cara correu obviamente com medo de sua chefe. Mary pôs suas mãos nos quadris e olhou fixamente para Lauren. — Você realmente acredita que eles são pessoas?
— Sim.
— Eles não são nada além de animais que podem falar. Você aprecia foder com um? Afinal, como é? Nunca confiaria neles suficiente de que não fossem quebrar meu pescoço.
Lauren hesitou, mas não podia deixar de responder. — Diria que você tem uma razão muito boa para esse medo depois de conhecê-la.
Os lábios de Mary trançaram um sorriso feio. — Nunca permitiria que um animal empurrasse seu pênis em mim. Tenho padrões. Não sou uma gorda loira com cabelo ruim que está tão desesperada que deixaria qualquer um me foder. Estou presumindo que com seu problema de peso, não possa se dar ao luxo de escolher. Ficará feliz apenas com qualquer coisa que esteja disposta a curvar-se sobre você.
A raiva queimou, mas Lauren cerrou os dentes. Poderia estar acima do peso, mas pelo menos não era uma cadela louca, maligna. Ficar viva era sua prioridade e realmente era péssimo não poder responder.
— Até eles. Mary olhou para os três Novas Espécies em suas jaulas, antes de dar a Lauren um olhar divertido. — Eles iriam provavelmente foder minha avó, se eu a empurrasse em uma jaula com eles. Você é um tanto quanto patética por transar com um. Nenhuma outra o quis e você foi à única interessada. Triste.
Já era ruim o suficiente a mulher insultá-la, mas agora arrastou Wrath nisto. Lauren agarrou as barras e chegou mais perto. — Wrath é tão sexy como ninguém e quer saber como é estar com ele? É o melhor sexo. Ele me enlouquece e me faz gritar. Toca-me como nenhum outro homem já tocou, me adora, e aposto que nenhum homem já esteve disposto a fazer qualquer coisa com você. Posso não ser linda ou ter um corpo de modelo, mas dona, você é uma cadela de coração frio que nenhum homem conseguiria amar.
Fúria reluziu nos olhos da mulher, mas naquele momento Mark retornou com um muito alto, severo 140. Mary virou, recuou e apontou para Lauren. — Ponha ele na gaiola dela. Ela ama passar o tempo com animais.
Mark hesitou, mas andou até a porta, abriu, e olhou fixamente para o 140. — Entre.
— Não. Ele recusou.
— Entre. Mary gritou. — Marvin está olhando sua namorada. Quanto mais tempo passar arrastando seu traseiro, mais tempo ele fica com ela. Você sabe que é um pervertido.
Um grunhido rasgou de 140 e ele pisou para a porta. Mark o trancou e pôs espaço entre ele e a jaula. Olhou fixamente para Mary. — Como é que foi?
— O animal jura que os trará para a troca. Mel soou assustada, mas está bem e mencionou que iriam processá-la com as leis dos Novas Espécies.
— E qual é a diferença? Mark pareceu nervoso.
— Desde que eles foram às pessoas que a prenderam, ela está sob a jurisdição deles. Aqueles fodidos animais têm permissão para matá-la se quiserem.
— Porra, sibilou. — Você quer dizer que eles podem nos executar?
— Sim. Odeio aqueles animais da porra. Mary olhou para os quatro Novas Espécies. — Todos eles. Preciso de uma bebida. Você fica bem aqui e os vigie. Entendeu? Voltarei em algumas horas.
— Certo. Ele não parecia feliz.
Mary entrou pelo corredor e desapareceu. Uma porta bateu e o silêncio na sala ficou absoluto, enquanto Mark ficava apenas parado lá. Finalmente se virou e seu olhar fixou-se em Lauren. Parecia que queria dizer algo, mas ao invés disso olhou para o 140.
— Irei pegar sua comida. Ele se apressou.
Lauren estava presa em uma jaula com 140. Ele lentamente virou e estudou seu corpo, cheirou, e sua linguagem corporal mudou de rígido até quase relaxada. — Marvin não tocou em você. Bom. Pausou. — Sinto seu medo, mas não a machucarei.
— Obrigada.
Ele assentiu e virou-se, olhando para o outro Nova Espécie. — Como você está?
O loiro fez uma cara feia. — Como você acha? Como está sua companheira? Ela está melhor?
140 balançou a cabeça. — Não. Ela ainda está fraca.
— O que tem de errado com ela?
140 levou seu olhar para Lauren. — Por que se importa?
Ela se encolheu com o olhar de ódio em seus olhos. — Não sou o inimigo.
Ele inalou e um pouco da sua raiva enfraqueceu. — Não é. Sei disto. Você está com um de nossa espécie. Conte-me sobre ele.
— Ele é alguns centímetros mais alto que você, e trabalha com um grupo de humanos que estão procurando por aqueles de sua espécie, que não foram libertados ainda. Perseguem pessoas como esses imbecis que nos prenderam.
— Você estava dizendo a verdade sobre a ONE, não estava? Este foi o canino de cabelo escuro.
Lauren encontrou seus olhos. — Sim. Tudo o que disse a você é verdade. Quando lugares como este são achados pelas pessoas com quem Wrath trabalha, eles virão nos salvar. Eles levarão vocês para casa, para a ONE e estarão livre.
— Conte-nos sobre eles. 140 se apressou.
Lauren começou a conversar, compartilhando tudo o que já leu, ou viu pessoalmente durante sua visita breve em Homeland. Escutaram e o choque aparecia em seus olhos frequentemente. Ela finalmente parou. Não queria que soubessem que estava ciente de onde exatamente ficavam, no caso de Mary ou alguns dos seus homens estar escutando. Tinha medo que removessem os Novas Espécies para um local diferente.
— Vou contar a eles sobre vocês quando sair daqui. Eles os acharão. Foi uma promessa que ela fez.
140 suspirou. — Há uma real esperança de que venham nos salvar, não é? Que nós possamos viver em paz com nosso povo longe de nossos inimigos?
— Sim. Mencionei os grupos de ódio, certo? Não existem muitos deles, mas são irritantes. A maioria das pessoas são boas, não gostam dos imbecis com quem vocês lidam, e estão tão horrorizados quanto eu com as Indústrias Mercile.
Passos soaram e Mark retornou trazendo sacolas plásticas em suas mãos. Ele parou próximo das gaiolas. — Recue.
O Nova Espécie de cabelo dourado se espremeu no canto, na parte de trás de sua jaula. Mark estendeu e soltou uma sacola, se moveu para a próxima e deixou outra sacola. Finalmente parou na jaula de Lauren. 140 se moveu, se apertou contra a parte de trás da jaula, enquanto Lauren não se moveu. Ele colocou duas sacolas e recuou. Seu olhar fixo em Lauren.
— Fui informado de que está namorando um Nova Espécie. Isto é verdade?
— Sim. Vai me insultar também?
Ele olhou para trás dele e abaixou sua voz quando a encarou novamente. — Quero um acordo. Quando sair daqui, conversará com seu namorado por mim? Estou disposto a dar-lhes o endereço deste lugar em troca de um milhão de dólares, imunidade total contra quaisquer crimes, e viagem segura para fora do país. Não sabia que tinham seu próprio sistema de justiça. Eles podem fazer acordos, certo? Nunca assinei nada para essa merda, mas me matarão se não fizer o que Mary diz. A única escolha que me deram, foi esperar ir preso com a Mercile, ou ir com eles.
Lauren mordeu o lábio, sua mente trabalhando, e se encheu de esperança. — Para concordarem com suas condições, vão querer todos os Novas Espécies de volta vivos.
— Nós temos quatro homens e uma mulher. Mary e sua irmã eram pesquisadores em uma das instalações. Elas observavam estes cinco e nós ajudamos a tirá-los de lá, depois que o mandado de busca foi emitido. Todos pensamos que isso não funcionaria, mas funcionou. Mary apenas queria proteger sua pesquisa com estes aqui, mas agora tudo foi para o inferno. Nossas casas foram invadidas. Estamos provavelmente sendo procurados pela polícia, e não posso nem contatar meus pais ou irmã. Estou cansado de viver neste lixo, e de ser tratado como merda. Só quero minha vida de volta.
Lauren não sentiu nenhuma pena dele, mas ele estava desesperado e estava disposta a aproveitar-se disto. O bastardo trabalhou para Mercile, e ainda estava prendendo Novas Espécies em jaulas. — Sou uma companheira. Mentiu. — Posso negociar um acordo com você, e eles aceitarão.
Esperança encheu seus olhos. — Sério?
— Sim, ela falou por falar. — Um milhão de dólares, imunidade e um passeio de helicóptero para a fronteira mais próxima, é uma pechincha pela vida dos cinco Novas Espécies. Sei que concordarão.
— Certo. Ele assentiu. — Como podemos fazer isto? Se alguém aqui descobrir, porão uma bala em mim.
— Você tem um telefone?
— Sim, mas tenho medo de dá-lo a você. Eles podem rastrear esse lugar. Não sou estúpido.
Ela pensou rápido. — Leva pelo menos três minutos para rastrear um telefonema.
— Eu ouvi isto.
Ela não tinha nenhuma ideia se era verdade ou não, também não se importava, mas ele precisava enviar uma mensagem. — Ligue para Homeland, mantenha abaixo dos três minutos e diga que sabe onde os cinco Novas Espécies estão. Dê a eles suas condições e diga que fiz um acordo com você. Meu nome é Lauren Henderson. Pausou. — Diga-lhes que minha palavra código é Jasper. Isso os assegurará de que é real e realmente conversamos.
— Palavra código?
— Você sabe quando os pais dão a suas crianças uma palavra de segurança? Os Novas Espécies usam palavras código e a minha é Jasper.
Ele andava enquanto contemplava a oferta e finalmente assentiu. — Certo. Mary saiu por algumas horas, os caras estão descansando um pouco, e tenho acesso ao escritório. Eles mantêm telefones celulares lá. Homeland, você disse?
— Sim. Ligue para Homeland.
Ele foi embora e Lauren começou a rezar que realmente ligasse, e que alguém entendesse sua mensagem secreta. Era uma tentativa difícil, mas muitos humanos trabalhavam com Wrath. Um deles poderia lembrar-se do Jasper. Foi uma boate popular uma vez.
— Isso era verdade? 140 chamou sua atenção. — A ONE fará um acordo para nos comprar?
— Eles farão qualquer coisa para conseguir vocês de volta.
140 sorriu. — Eu gosto de você.
Wrath caminhava para lá e para cá muito preocupado com Lauren para dormir. Ouviu passos correndo pelo corredor e virou-se, quando sua porta foi empurrada abrindo. Shadow entrou repentinamente no quarto.
— Venha comigo agora. Virou-se e se arremessou para longe.
Wrath estava em seus calcanhares um segundo depois, apavorado que algo ruim tivesse acontecido. A ONE assegurou-lhe que iriam aceitar qualquer exigência que os sequestradores fizessem, para conseguir Lauren de volta segura, mas os humanos eram instáveis. Eles podiam ter mudado as condições.
Shadow parou no corredor na área da sala principal, e diminuiu a velocidade. Wrath parou ao seu lado. Tim e alguns outros humanos estavam sentados à mesa com Brass, que apontou para o telefone que foi levado para a sala.
— Nós faremos isto. Justice North declarou pelo viva voz do telefone. — Esta fêmea é muito esperta. Nós sabemos que eles têm cinco Espécies e agora temos uma maneira de fazê-los retornarem para nós.
— Ele está falando sobre Lauren. Shadow sussurrou.
Confusão encheu Wrath, mas Brass e Shadow deram-lhe um sinal para ficar calado.
Tim suspirou. — Você pode conseguir essa quantidade de dinheiro? O cara o quer em algumas horas.
— Isto não é uma preocupação. Justice respondeu.
Tim estava sombrio. — A troca vai acontecer no meio da noite. Onde diabos podemos conseguir esse tipo de dinheiro? Os bancos já estão fechados.
Justiça riu e assim como Brass. Tim balançou a cabeça. Wrath se perguntou o que estava acontecendo, e por que havia uma reunião sobre Lauren. Também notou a menção da troca possivelmente acontecer antes do amanhecer, e cinco Espécies estavam envolvidos agora.
— O que é tão divertido? Tim bateu com força sua palma na mesa. — O que você não está me dizendo?
Brass limpou sua garganta. — Lauren salvou Wrath quando minha equipe foi capturada, e ligou para Homeland pedindo ajuda. Um dos machos disse a ela que eles têm a habilidade de localizar uma ligação que for feita para lá bem depressa. Ele não acreditou que realmente tinha um Espécie inconsciente com ela, e a acusou de ser um daqueles humanos que nos incomodam. Ele identificou seu local para provar que era verdade. Ela convenceu um dos humanos que a prendia a ligar para Homeland diretamente.
Justice falou. — Ela lembrou e esperou que nós pudéssemos localizar o sinal. Ela foi até mais além para assegurar que nós pudéssemos definir o local.
— Só que leva mais tempo para localizar um sinal de telefone celular, o que o macho humano usou quando ligou para fazer suas exigências, mas nós compramos a melhor tecnologia que existe. Conseguimos definir a torre de celular que é usada de onde o telefonema foi originado. Brass sorriu. — Diga-lhes, Justice.
— Este humano ligou e teve de explicar o acordo que Lauren fez com ele. Ela não só o convenceu a ligar, como o assegurou que nós concordaríamos com qualquer acordo que tenha feito com ele. Para provar isto, ele nos disse sua palavra código, especialmente atribuída para os Espécies. Justice riu. — O que nós não temos e isso nos alertou de que devia ser uma mensagem.
Uma nova voz apareceu na linha. — É Tiger. Liguei imediatamente para a polícia local da área da torre do celular, e perguntei a eles se sua palavra código significava alguma coisa para eles. Fiz todos os seus detetives usarem seus recursos, e assim que ouviram isso, um deles se lembrou de uma boate. A palavra era Jasper e querem saber qual era o nome que uma vez aquela boate teve?
— Jasper. Tim sorriu.
— Exatamente. Justice riu novamente. — Foi transformado em um restaurante, mas eventualmente fechou. De acordo com a polícia o edifício não está sendo usado há alguns anos, mas foram gentis o suficiente para fazer uma ligação para dar energia e água para nós. Alguém está pagando para manter as luzes acessas.
Tim se levantou rápido o suficiente e quase derrubou sua cadeira. — Vou preparar uma equipe imediatamente. Nós invadiremos o edifício. Lançou sua cabeça na direção de seus homens. — Descubra se podemos conseguir as plantas do edifício, e quero retratos de satélite atuais.
— Sim senhor. O cara correu para fazer a solicitação do Tim.
— Wrath está aí?
Ele andou mais para perto da mesa e do telefone. — Estou aqui, Justice.
— Sua fêmea é muito esperta. Você deve estar orgulhoso dela.
— Estou. Ele pausou. — Apenas a quero de volta segura. Não seria melhor fazer a troca pelo que querem, em vez de ir atrás dela com uma invasão? Olhou para Shadow, vendo a preocupação nos olhos do seu amigo no que dizia respeito a isto.
O silêncio esticou, mas Brass o quebrou. — Nós entrevistamos a humana Mel. Ela é instável e nós tememos que sua irmã seja também. Não existe nenhuma garantia de que manterá sua palavra, Wrath. Achamos que essa é a melhor opção. Os atingiremos rápido e com força. Justice está enviando dois helicópteros para cá com nosso pessoal. Será uma parceria.
— A segurança dela é tão importante para nós, como é a do nosso pessoal. Justice assegurou. — Queremos trazê-los todos para casa. Nós temos dois humanos tentando fazer acordo conosco, os dois querem coisas diferentes, e isso implica que não estão cientes disto. Podem descobrir que estão traindo um ao outro e matar sua Lauren. Também lhes daria tempo para remover nosso pessoal antes do amanhecer. Nós realmente refletimos isto.
— Certo. Wrath concedeu. — Estarei lá. Seu corpo ficou tenso. — Eu insisto.
Brass agarrou seu ombro. — Nós concordamos que deveria estar com uma das equipes, entrando, precisa manter o controle. Está entendido? A um sinal de que o está perdendo e estará fora.
— Quando partimos? Queria que tudo desse certo.
— Marcamos para sair em uma hora, Justice declarou. — Os helicópteros devem estar pousando no estacionamento em aproximadamente quinze minutos. Isso deve dar tempo para Tim planejar a missão. Não queremos correr para lá sem um plano feito. Vamos atingi-los com força e rápido, mas eficaz.
Wrath severamente assentiu. — Concordo.
Lauren observava aos homens comerem e tentou esconder sua aversão. Nada estava cozido, apenas sacolas com pedaços totalmente crus de carnes. Ela recusou quando 140 ofereceu-lhe um pouco.
— Você precisa de força.
— Não consigo comer isto, admitiu. — Sério. Me deixa enjoada.
Ele franziu a testa e ofereceu novamente depois que usou seus dentes para rasgar uma tira pequena. — Um.
Ela pegou e enfiou em sua boca. O gosto metálico de sangue frio era horrível, e isto estava borrachudo. Levou um tempo, mas conseguiu engolir.
— Coma outro.
— Não. Isso foi o bastante para mim. Confie em mim. Você não quer ver isto subir. — Seu estômago agitou. — Estarei bem até o café da manhã. Espero que esteja fora daqui até lá.
140 suspirou, pareceu ligeiramente desapontado com ela, mas não discutiu. Dividiu sua porção de comida em quatro, que dividiu entre os outros homens. Eles não conversaram nem depois que terminaram seu rápido jantar, e Lauren se inclinou de costas contra a parede da gaiola. Estava cansada e pareceu como se muito tempo tivesse se passado.
Passos chamou sua atenção e Mark saiu do corredor. Ele parou mais ou menos a uns dois metros de sua jaula. — Liguei e eles aceitaram o acordo. Estão conseguindo o dinheiro e minha papelada de imunidade em ordem. Estufou seu peito. — Disse a eles que insisto em manter no papel, assim terei provas. Estão contando em ter isso tudo pronto por voltas da três da manhã. Vou partir e virão logo depois que lhes der o endereço. Retirou uma pequena máquina fotográfica, e acenou com ela lentamente para as jaulas. — Minha prova de que está viva e bem.
— Este é um acordo para todos nós? Lauren se preocupou com isso.
— Sim. Você, eles, e a mulher no porão.
Lauren olhou para 140 e ele pareceu aliviado que sua companheira estivesse incluída. Ela não o culpou. Ele disse que a mulher estava doente, e esperava que fosse algo simples, que uma equipe médica completa pudesse lidar. A ONE teria certeza de que ela conseguisse os melhores médicos. Eles cuidavam muito bem do seu próprio povo.
— Vou fazer as malas. Mark os informou. — Tenho que pensar sobre onde quero viver.
Ele saiu depressa e desligou as luzes. Ela desejou que não tivesse, quando a escuridão se implantou ao redor deles. O bastardo nem se importava mais com o que aconteceria com eles, já que conseguiu seu acordo. A esperança inchou em seu peito, que tivesse se lembrado de dar sua palavra código, e que alguém fizesse uma pesquisa sobre isso, descobrindo que costumava ser uma boate, ou que eles ligassem para Amanda e perguntassem a ela o que isso poderia significar. Sua melhor amiga imediatamente se lembraria do antigo lugar aonde iam.
Wrath era esperto e descobriria. Ela definitivamente teve fé nele. O tempo perdeu o significado, e ela não podia nem estimar se ainda era início da noite, ou depois da meia-noite. Tudo o que podia fazer era esperar na escuridão. Era uma merda.
— Você está com frio? A voz de 140 a assustou.
— Estou bem. Um pouco gelada, mas não vou tocar naquele cobertor. Ele fede, e quem sabe onde esteve ou o que fizeram com ele.
Ele riu. — Verdade. Venha aqui e a manterei aquecida.
— Não obrigado.
— Tenho uma fêmea. Não tentarei montar você.
— Você é bem direto, e sei que não irá. Tenho um homem e o amo. Sem ofensas.
— Venha aqui. Eu te abraçarei. Nossos corpos são mais mornos que o seu.
Ela hesitou. — Não me tocará de um modo sexual?
— Não. Eu disse que tenho uma companheira.
— E isso significa o que?
— Não quero outra fêmea. Quero apenas montar na minha.
Aí está àquela palavra montar novamente. Ela hesitou, mas assentiu. — Certo. Onde você está? Não consigo ver nada.
Mãos grandes, e gentis tocaram sua cintura. Ela ofegou quando ele apenas a arrastou para mais perto, a forçando a ficar de lado, e empurrou um braço debaixo de sua cabeça. Um braço apertou ao redor de sua cintura, e a puxou para mais perto de seu corpo. Ela se encontrou aconchegada a um estranho. 140 apenas a abraçou, não tentou nenhuma gracinha, e o calor de seu corpo era bom. Ela relaxou contra ele.
— Obrigado. Você é quentinho.
Ele descansou seu queixo sobre sua cabeça. — Você está gelada. Sua pele está mais gelada que hoje cedo.
— Você se lembra da temperatura da minha pele?
— Eu percebo tudo. É o que fazemos.
— Nós estamos a sós aqui com apenas os outros homens Novas Espécies?
Ele ergueu sua cabeça. — Sim.
— Todos vocês podem me ouvir se eu sussurrar?
— Sim. Seu corpo ficou tenso. — Por quê?
— Alguém mais me ouvirá? Você sabe se eles têm dispositivos de áudio ou câmeras?
— Eles não têm e nenhum deles está perto. Sentiria o cheiro deles. 140 soou seguro.
Ela sussurrou. — Enganei aquele homem para ligar para a ONE. Estou esperando que enviem ajuda para nós muito em breve. Homeland rastreia todos os telefonemas que recebem, e talvez possam descobrir onde estamos. Eles virão para nos buscar antes de qualquer troca marcada. Não quero que nenhum de vocês fique alarmado se isso acontecer.
Os braços ao redor de sua cintura apertou sensivelmente, quase a espremendo a ponto de doer. — Eles nos matarão?
Ela sabia que quis dizer ele, sua companheira, e os três outros homens nas gaiolas. — Não. Eles são seu povo, 140. Vão salva-los. Eles trabalham com meu povo e não quero que nenhum de vocês fique alarmado quando aparecerem.
Seu aperto aliviou. — Tenho medo de ter esperança pela liberdade.
— Eu entendo.
O tempo pareceu se esticar para sempre. Lauren bocejou, a tensão do dia alcançando-a. 140 não era Wrath, mas no escuro ele a lembrava do homem que amava. Não tinha medo de ter esperanças. Vou sair daqui e vou ver Wrath logo.
Wrath quis entrar no prédio escuro imediatamente, mas Brass agarrou seu braço, balançando sua cabeça.
— Espere. Estão se ajustando agora. Precisamos fazer isto direito, invadir de uma vez de todos os lados, e assumir o controle tão depressa quanto possível, para evitar quaisquer fatalidades. O infravermelho está mostrando um sinal de calor mais leve próximo dos lugares quentes. Isso significa que é um humano.
Tim observava o monitor do dispositivo do tablet portátil em suas mãos e falou. — Nós a achamos. Ele pareceu sombrio quando ergueu a cabeça, buscando alguém do grupo agrupado ao redor dele.
Wrath não gostou do modo como Tim segurou seu olhar, parecendo quase com piedade. Olhou de volta para a tela.
Brass tratou do assunto. — O que está errado, Tim? Diga-nos.
— Nós não descobrimos o sinal de calor de Lauren Henderson imediatamente porque outro o mascara. Ela está com um dos seus, e eles estão deitados de lado. Ele está bem contra ela. Ela é menor que ele, a princípio pareceu uma imagem borrada, mas conseguimos um ângulo melhor. Estão deitados juntos bem apertados.
Raiva encheu Wrath. — Eles a forçaram a fazer o teste de procriação com um dos machos.
Shadow agarrou seu outro braço, quando tentou se virar para correr para ajudar Lauren. A pegada de Brass apertou mais quando os dois o seguraram no lugar.
— Você não sabe disto com certeza. Shadow respondeu. — Calma.
— Acalme-se ou vá embora. Brass concordou.
Ele respirou fundo para recuperar o controle de sua raiva. Assentiu bruscamente para deixá-los saber que se recuperou. — Nós precisamos entrar lá.
— Nós temos que esperar até que os sinais de calor estejam mais distantes dos mais quentes. Eles podem ter armas. O problema é que estamos apanhando um humano perto de um Espécie. Tim tocou na tela e virou-se para mostrar aos seus homens. — Esta é uma planta do edifício. Há um porão de armazenamento pequeno e lá é onde um dos seus está sendo mantido. Bateu na tela. — O humano está muito perto. É mais difícil de ler os sinais de calor no subsolo, mas nós os temos aqui e aqui. Ele apontou.
— Nós precisamos criar uma distração. Brass sugeriu.
— Era isso que estava pensando. Colocamos uma SUV no estacionamento para observar a parte de trás do edifício. Podemos disparar o alarme. Isso poderia levar o humano para a parte de trás do edifício, para checar o que está causando o barulho. Podemos invadir se caírem nessa armadilha.
— Faça isso. Wrath persuadiu desesperado para entrar lá e achar Lauren.
Tim tocou sua orelha. — Trey?
Todo mundo nas equipes podiam ouvir qualquer murmúrio pelos microfones, e um homem respondeu. — Sim?
Tim esboçou o plano. — Todo mundo prepare-se para entrar ao meu comando. Todos entraremos de uma vez, sem demora, e lembrem-se de que temos cinco vítimas lá. Nós estamos presumindo que os quatro Novas Espécies nunca foram libertados, então esperem pela ajuda dos Novas Espécies, antes de os libertarem a menos que enfrentemos uma zona de perigo. Ele soltou sua orelha e olhou para Brass. —Toda sua equipe esta pronta?
— Nós já estamos preparados para lutar pela liberdade dos Espécies. Olhou para Wrath. — E pelas fêmeas dos nossos machos.
— E se for uma zona de perigo? Wrath nem quis pensar que alguém precisasse fixar explosivos, ou outras precauções mortais que matariam todos dentro do edifício, no caso de uma invasão. — Não vamos abandoná-los, não é? Ele não deixaria Lauren.
— É pegar e correr se for uma armadilha. Tim franziu a testa e segurou seu olhar fixo em Brass. — Você está certo de que ele está bem? Isto é pessoal para ele.
— É pessoal para todos nós. Há Espécies lá também. Ele tem o direito de tentar salvar sua fêmea.
— Merda. Tim suspirou. — Não acho que esta é uma boa ideia. Precisamos de todo mundo com a cabeça fria.
Brass largou seu braço e inclinou-se chegando mais perto de Wrath, até que estivessem praticamente nariz com nariz. — Você irá até sua fêmea. Não machuque o macho com ela, Wrath. Você me entende? Não sabemos as circunstâncias e até que saibamos, jure para mim que ele está protegido de você. Eu te dou a minha palavra que colocarei você em um quarto com ele mais tarde, se a machucou sem justa causa.
— Prometo. Eram palavras difíceis para Wrath dizer, mas a coisa mais importante era Lauren.
Tim alcançou e tocou em sua orelha. — Dispare o alarme. Todo mundo prepare-se para invadir ao meu comando. Lembrem-se do maldito plano.
O coração de Wrath martelava e o medo o agarrou com força. Ele silenciosamente jurou fazer Lauren superar quaisquer horrores que tivesse suportado. Eles podiam lidar com qualquer coisa juntos, desde que a conseguisse de volta viva.
Um alarme de carro disparando ao longe despertou Lauren e ela ficou tensa, desorientada, mas o braço ao redor da sua cintura, a fez lembrar-se de depressa de sua realidade. Estava presa dentro de uma jaula com 140, sua bochecha descansava em seu braço e o som que ouviu era típico.
— Está tudo bem. Ele assegurou-lhe. — Nós ouvimos esses sons às vezes.
— Alarme de carro, ela forneceu. — Todo mundo parece ter um destes hoje em dia. Acho que está ventando lá fora ou um gato saltou nele. Meu Tiger disparou muitos deles.
— Tiger?
— Meu animal de estimação.
— Você está aquecida o suficiente?
— Sim. Obrigada. Ele estava mantendo-a aquecida, fez seu sono suportável no espaço limitado, e fechou seus olhos novamente, pronta para se desligar.
140 rosnou, seu corpo ficou rígido e sua cabeça ergueu.
— O que foi? Você vê um rato?
— Não. Sinto cheiro de humanos.
— Eu sinto também, um dos outros Espécies sussurrou.
— Desconhecido. Um deles rosnou.
—Graças a Deus! A alegria bateu em Lauren enquanto tentava se sentar, mas 140 a segurou contra ele. — Solte-me. Deve ser a cavalaria.
— Quem? 140 não a largou.
— A ONE. Eles devem ter nos achado, entenderam minha mensagem, e nos descobriam. Todos permaneçam calmos. Ela sussurrou. — Estes serão os homens bons e alguns de seu povo devem estar com eles. Lágrimas encheram seus olhos. — Wrath deve estar lá fora também.
Um homem gritou e foi o começo da ação rápida, que fez Lauren gritar apavorada e confusa. As placas sobre as janelas explodiram, vidro quebrou e estrondos altos a ensurdeceram. Gritos de homens, luzes ofuscantes, e fumaça vieram junto.
Grandes formas pareceram voar pelas janelas, agora destruídas, e o grande corpo atrás dela foi imediatamente embora. Ele quase pisou nela quando prendeu seu corpo entre suas panturrilhas, se colocando por cima dela meio inclinado. Ele rosnou.
Ela teve que piscar algumas vezes para se ajustar as lanternas, ressaltando por toda parte da grande sala. Botas batiam sobre o chão da velha pista de dança, e assistiu formas escuras passarem correndo pelos lados das jaulas. Uma das grandes formas foi para o outro lado da gaiola e rosnou. Sua cabeça foi naquela direção, e Wrath abaixou o suficiente para que o visse claramente.
— Wrath! Tentou se virar e rastejar para ele, mas as pernas de 140 ainda a prendiam.
140 virou-se, e rosnou para Wrath, e recusou-se a solta-la. Wrath mostrou os dentes afiados, mas não fez quaisquer sons assustadores. Ergueu sua lanterna, possibilitando-lhe ver mais de suas características. Era a melhor visão que Lauren já viu.
— 140? Este é Wrath. Está tudo bem. Você pode soltar as minhas pernas, e deixar-me ir para ele?
Ele se moveu, se afastou, e ela rastejou alguns centímetros para Wrath. As mãos dele vieram através das barras estreitas, segurou seu rosto e a puxou para tão perto que sua pele esfregou contra o metal. Seus olhos pareciam pretos, enquanto olhava fixamente para eles. Os sons de ordens gritadas da força tarefa enfraqueceram, enquanto toda sua concentração estava nele.
— Ele a forçou a procriar? Machucou você? Não consigo sentir o cheiro agora pela maneira que com que entramos.
— Não.
Ela passou suas mãos pelas barras para tocá-lo. Ele estava morno. Ele a deixou acariciar seu queixo em ambos os lados e até abaixou-se para nivelar seus rostos.
— Você está me dizendo à verdade? Não foi machucada?
— Estou bem. Estou ótima. Você está aqui. Você veio por mim.
— Sempre, ele jurou.
Ele levou seu olhar de volta para algo atrás e acima dela.
Ela virou sua cabeça e viu 140 os assistindo quietamente do outro lado da gaiola. Ele franziu a testa, seus olhos estreitaram-se e ele balançou a cabeça.
— Tenho uma companheira. Ela está no andar de baixo. Estava apenas mantendo a sua aquecida. A pele dela é mais fria que a nossa. Por favor, ache minha companheira.
Lauren olhou para Wrath. — Ela está doente. Não sei o que fizeram com ela ou por que, mas eles a mantêm no porão.
Brass de repente estava lá. — Estou nessa. Eu a pegarei. E correu para longe.
Wrath largou Lauren e moveu-se para a porta da jaula. Um membro humano da força tarefa o encontrou lá. O homem caiu de joelhos, apontou uma lanterna para a fechadura e retirou um pequeno kit de um dos bolsos em sua calça.
— Isto será fácil demais, o homem riu, olhando para Wrath. — Posso soltar todos eles? É seguro? Virou sua cabeça para olhar cautelosamente para 140. — Nós estamos aqui para salvar você e seu povo. Agradeço se não tentar me atacar. Vocês acabariam com nossa raça.
140 assentiu. — Sabemos que não são nossos inimigos. Virou a cabeça para os outros três Novas Espécies. — Relaxem. Estão aqui para nos libertar.
— Os deixe sair. Wrath ordenou. — Lidarei com isto se um atacar.
O humano no chão foi trabalhar na fechadura. Em trinta segundos conseguiu abrir. Ele se levantou, abriu a porta e andou para trás. Lauren correu para os braços abertos convidativos de Wrath.
Ele a ergueu fora de seus pés, seus braços quase a esmagando contra seu tórax, até que seus rostos estavam nivelados. Ela lançou seus braços ao redor de seu pescoço, e embrulhou suas pernas ao redor de sua cintura. Ela o agarrou e enterrou seu rosto contra seu pescoço, emocionada por poder tocá-lo novamente. A iluminação no quarto aumentou finalmente pegando sua atenção, e ela ergueu a cabeça para perscrutar ao redor.
Membros da força tarefa que entraram com lanternas a bateria permaneciam observando-os calmamente, e Lauren riu quando Wrath começou a cheirá-la.
— Preciso de um banho. Você poderia parar com isso até que eu cheire melhor.
Ele riu. — Não me importo. Você está segura.
— Eu sabia que viria. Ela olhou fixamente em seus olhos. — Não tive nenhuma dúvida disto.
Ele rosnou. — Não vou deixá-la ir novamente.
— Minha companheira. — 140 rosnou. — Posso ir para ela?
Wrath inclinou a cabeça para olhar ao redor de Lauren, aliviou sua pegada, mas se recusou a soltá-la. — Espere aqui onde é seguro. Eles a trarão para você assim que julgarem que é seguro move-la. Ela virá sem nenhum dano de nossa parte.
140 compassou na cela e Lauren não entendeu por que ficou dentro dela, quando a porta foi escancarada. Olhou para longe, percebeu que as outras portas das jaulas foram destrancadas pelo membro da força tarefa, ainda assim, nenhum dos três saiu também. O seu olhar varreu para procurar pela sala por uma razão, percebeu que pelo menos dez humanos e cinco Novas Espécies estavam olhando os recentemente libertados homens, e perguntou-se se o medo os afastava de se aventurarem lá fora.
— Vocês podem sair de suas jaulas. Lauren os informou.
O macho felino de cabelo dourado saiu cuidadosamente da jaula, olhando incerto e se preparou para atacar se necessário. Um movimento no canto de seus olhos a fez virar a cabeça, e ficou boquiaberta quando uma alta, cabeluda fêmea Nova Espécie veio andando a passos largos para o edifício. Ela não estava vestindo um uniforme, apenas uma calça jeans e uma camiseta. Seu olhar escuro percorreu em volta da sala, passou por Lauren e Wrath e fixou-se no felino que congelou a passos de distância da porta da jaula aberta.
— Eu antigamente era 52, mas escolhi o nome de Midnight. Parou a alguns centímetros de distância dele, abertamente estudou suas características, e calorosamente sorriu. — Estão protegidos dos técnicos que os prendiam, e não estão mais a mercê deles. Pausou. — Estão livres. Vocês irão para casa conosco, para nosso povo, e nunca mais serão trancados novamente. Ela curvou sua cabeça para ele ligeiramente, antes de encontrar seu olhar fixo atordoado mais uma vez. — Chamamos a nós mesmos de Novas Espécies e vocês têm uma família agora. Olhou para todos os quatro machos antes de encarar o macho felino novamente. — Todos vocês são uma família.
— Não posso acreditar que isto é real. O felino loiro se afastou da sua jaula e virou-se para olhar para Lauren. — Você não estava tentando nos enganar com as histórias que compartilhou.
Lauren balançou a cabeça. — Não. Eu não estava.
O canino de cabelo escuro saiu de sua jaula, e caminhou em direção a Midnight. A mulher Espécie ficou ligeiramente tensa, o encarou, mas não recuou. Ele se moveu um pouco mais perto dela, seu olhar vagou por seu corpo e ele cheirou. Lauren teria dado um tapa em qualquer cara que abertamente mostrasse seu interesse sexual, mas Midnight pareceu não estar ofendida. Ele hesitou.
— Posso?
O olhar de Midnight estreitou. — Você deseja ter uma sensação melhor de mim?
Ele apenas olhava fixamente para ela.
— Tudo bem, mas não toque. Não te conheço.
Sua linguagem corporal permaneceu em alerta, mas ficou quieta, enquanto ele lentamente a circulava, a cheirou algumas vezes e pareceu olhar cada centímetro de seu corpo e roupa.
— O que ele está fazendo? Lauren sussurrou para Wrath.
— Não está certo do que pensar dela, e todos os odores que está sentindo são novos para ele. Nós temos prazer de selecionar tudo que usamos pelo cheiro. Xampu, loção corporal e até nossos sabões de lavar roupa. Ele não abordará um macho com sua curiosidade, então trouxemos uma fêmea, esperando que isso acelere o processo deles confiarem em nós. Wrath manteve sua voz baixa, seus lábios quase contra sua orelha e sua pegada apertou. — Ela é menos ameaçadora para eles.
Lauren assistiu o canino finalmente recuar alguns centímetros, um franzido firmemente curvou seus lábios. — Você é uma dos nossos, mas você cheira tão diferente.
— Isto é liberdade. Midnight olhou para o outro Nova Espécie que tinha acabado de deixar a jaula, então voltou sua atenção para 140. Ela cheirou o ar, lentamente chegou mais perto de onde ele esperava em sua jaula, e parou na porta aberta. Olhou para Shadow.
— Onde está a fêmea Espécie? Ela é a companheira dele? Posso sentir o cheiro dela saindo dele.
— Brass e a equipe a estão pegando. Ela estava mantida em um local separado no edifício.
140 rosnou. — Eu a quero.
— Calma. — Midnight sussurrou, abrindo as mãos ao seu lado. — Ela estará segura com eles. Eles a trarão assim que for libertada. Seu olhar arremessou para Shadow novamente. — Por que está demorando?
— Não sei.
— O que acontecerá conosco agora? O canino chegou mais perto de Midnight. Ele invadiu seu espaço pessoal novamente, mas não a tocou.
Midnight ficou no lugar mais uma vez, e apenas encontrou seu olhar fixo e intenso calmamente. — Você me seguirá para fora deste edifício. Há veículos lá fora esperando para nos levar para casa e se encontrará com mais de nós. Pausou. — Temos espécies e humanos não ameaçadores que trabalham para nós. Eles te checarão para ter certeza que não precisa de tratamento médico e você será legal com eles.
Suas sobrancelhas se ergueram.
— Eles são nossos amigos. Midnight hesitou. — Sei que pode não entender isso, mas estes humanos nunca prejudicaram nosso povo. Não trabalharam para a Mercile e nos ajudam. Nós não somos doutores, mas eles são. Você entende?
Ele rosnou e Midnight fez algo que fez Lauren ofegar, enquanto Wrath ficava tenso. A mulher de repente virou, seu pé saiu do chão e ela bateu nas pernas do canino por debaixo dele. Ele bateu no chão duro de costas e Midnight saltou em cima dele. Ela sentou-se em sua cintura e rosnou quando se debruçou por cima dele. Suas mãos seguraram seu rosto e ela chegou tão perto que podiam ter se beijado.
— Não se mova, ela exigiu. — Fique tranquilo e me escute cuidadosamente. Um daqueles humanos é uma fêmea acasalada com um dos nossos machos. Odiaria levá-lo para casa apenas para ser morto por ele, quando não lhe der nenhuma escolha a não ser protegê-la. Quaisquer dos humanos com quem entrar em contato são nossos amigos. Você me entende?
Ele rosnou, mas não lutou.
Midnight hesitou antes de soltá-lo e ficar de pé. Ela ofereceu-lhe a mão. — Você está mais fraco agora. Foi enjaulado e duvido que o alimentaram bem. Eu podia acabar com você em uma briga. Se comporte. Você está livre, mas isso não significa que pode ser um imbecil.
Lauren fechou sua boca e assistiu a forte fêmea puxar o macho de pé. Ele não grunhiu novamente, mas manteve-se afastado dela. Toda sua raiva pareceu ter sido nocauteada dele, tão eficazmente quanto o ar em seus pulmões devem ter sido, quando foi derrubado no chão.
O felino de cabelo dourado fez um barulho longo, e Midnight virou-se em sua direção. Ela ficou tensa e suas características apertaram.
— Você precisa ser levado para o chão e conversar?
Ele balançou a cabeça e lentamente sorriu. — Você é uma fêmea feroz. Há mais como você para onde estamos indo?
Um riso abafado escapou dela e soltou as mãos ao seu lado. — Sim. Você é mais um amante do que um lutador, não é?
Ele fungou. — Não cheiro nenhum macho em você. Existe um em sua vida?
— Existe. Não sou acasalada com ele, mas existem bastante fêmeas para você conhecer melhor. Nós discutiremos isso no caminho para nossa casa. Informarei no caminho o certo e o errado para consegui-las.
— Bom.
— Onde está minha fêmea? 140 começou a andar em sua cela, agitado. Midnight chegou mais perto dele.
— Calma, ela sussurrou. — Eles a trarão logo. Ela atirou em direção a Shadow um olhar preocupado.
— Posso ir até ela? Sei onde ela está. Por favor? Ela estará... — 140 parou de falar e virou a cabeça na direção do corredor. Ele se jogou adiante, deixou sua jaula e correu naquela direção.
Brass de repente apareceu carregando uma alta, e parecendo frágil mulher Nova Espécie em seus braços. Um cobertor estava embrulhado ao redor de seu corpo, mas isto não escondia o quão magra estava. Sua cabeça descansava contra seu peito e não parecia que estava consciente. Ele viu 140 vindo e congelou, ficando naquele modo.
140 os alcançou e abriu seus braços. — Dê-me ela.
Brass hesitou. — Ela precisa de um médico. Nós precisamos do transporte aéreo para levá-la para a nossa instalação médica. Ele olhou ao redor da sala, procurando por alguém. — Tim? Consiga um dos nossos helicópteros para cá agora mesmo. Ela está em condições críticas.
— Dê-me ela. 140 rosnou.
— Eu vou dar. Brass assegurou. — Você pode segurá-la, mas precisamos levá-la para os nossos doutores. Chegou mais perto do Espécie triste e transferiu a mulher para seus braços. — Sabe o que fizeram com ela? Os humanos que capturamos não falaram.
140 suavemente embalou a mulher em seus braços, e descansou sua bochecha contra o topo de sua cabeça. A dor soava em sua voz.
— Eles têm lhe dado umas pílulas que a fazem ficar mais doente. Não sei o que é. Eles se recusaram a nos dizer o que fazem. Por favor, ajude-a.
Brass virou para um dos humanos membro da força tarefa. — Ligue para Homeland e diga-lhes para acordar todo mundo. Tenham Médicos aguardando. Olhou para um dos Novas Espécies. — Slash, ligue para Justice. Conte-lhe o que está acontecendo e que precisamos descobrir o que fizeram com ela. Estamos enviando os prisioneiros para Homeland, e quero Darkness lá para interrogar os bastardos. Ele os fará falar. Finalmente olhou de volta para 140. — Vamos fazer tudo o que pudermos para salvá-la. Você tem minha palavra.
Lauren piscou de volta as lágrimas. A mulher estava tão pálida, tão inanimada, que já parecia morta. A sensação pesada na sala a assegurou que todo mundo estava mais do que ciente do quão mal a Nova Espécie estava.
— Siga-me. Brass falou para 140. — Prometo que ninguém a tirará de você. Poderá ficar com ela, mas nossos médicos precisam trabalhar nela quando os alcançarmos. Você tem que permitir que façam isso. Prometo que farão todo o possível para salvar a vida dela.
— Por favor. 140 sussurrou.
Brass se moveu e todo mundo se afastou para dar caminho a eles. Alguns dos homens chutaram a parede abaixo de uma janela, para 140 não ter que andar por cima dela para chegar do lado de fora. Um helicóptero podia ser ouvido se aproximando, e Lauren abraçou Wrath mais apertado, agradecida por estarem juntos, e terem uma perspectiva mais feliz do que 140 e sua companheira.
— Aquela poderia ter sido você precisando de um médico.
Lauren olhou fixamente para os bonitos e assombrados olhos de Wrath, e sabia que os dois ponderaram a mesma coisa. Ele continuou a segurá-la até que ela falou.
— Você deveria me soltar. Não sou exatamente leve.
Ele balançou a cabeça. — Não. Vamos sair daqui. Estou levando-a para a minha casa.
Ela provavelmente deveria ter se sentido envergonhada dos muitos olhos que estavam os assistindo, mas não estava, enquanto Wrath caminhava com ela para fora. Enterrou o rosto em seu pescoço, fechou seus olhos e apenas se agarrou nele.
Ele teve que colocá-la no chão quando andaram até o SUV para abrir a porta. Ela entrou, ele veio atrás dela e Shadow abriu a outra porta. Os homens estavam um em cada lado dela e se sentiu segura. Seu olhar foi para o edifício quase todo destruído, todas as janelas tinham buracos agora, e esperava nunca mais vê-lo novamente. Uma vez teve boas memórias do Jasper, mas não mais.
Wrath de repente se virou em seu lugar, suas mãos cavaram por trás de suas costas e debaixo de suas coxas, ergueu-a e colocou-a de lado em cima de seu colo. Ela não protestou, ao invés disso apenas se debruçou contra seu peito e enrolou-se em seu grande corpo.
— Você está realmente bem, Lauren?
Ela assentiu contra ele. — Estou. Estou apenas contente que acabou.
— Você é muito valente. Shadow declarou. — Achamos o macho que matou dentro de sua casa. Fiquei orgulhoso.
Seu estômago remexeu com a lembrança, e ela não estava certa do que dizer sobre isso. Seu silêncio esticou até as portas da frente do SUV abrirem. Dois humanos membros da força tarefa entraram, e ambos olharam para trás. Um rosto familiar sorriu para ela do banco do passageiro.
— Ei Lauren, Brian saudou. — Estamos contentes por tê-la de volta. Como você está?
— Muito melhor. É você? Estava sangrando e desmaiado da última vez que o vi.
— Estou bem. O que é uma pequena concussão e perda de sangue? É por isso que não estou dirigindo hoje. Ouvi o que estava acontecendo, quem foi sequestrada, e não perderia esta missão.
— Obrigada. A emoção sufocou sua voz. — Por favor, agradeça a todos que estava aqui hoje por mim.
— Vamos para casa. Wrath ferozmente rosnou. — Agora. Lauren precisa de um banho. Ligue o motor e nos leve para a sede. Não sei quanto tempo mais posso manter o controle.
O olhar de Lauren voou para Wrath. Surpreendeu-se com suas intenções de deixá-la nua, mas isso a divertiu também. — Você sentiu tanto minha falta assim, hã?
Ele rosnou em vez de responder, mas não parecia excitado. Sua expressão brava a confundiu enquanto olhava para ele no interior escuro do veículo, esperando que não estivesse assim porque conversou com Brian. Lembrou que achou que o cara estava flertando com ela mais cedo.
— Você está com o cheiro forte de outro macho. Shadow explicou. — Ele já está agitado porque estava preocupado que não conseguiríamos você de volta viva e bem. Teve todos os tipos de pensamentos horríveis passando pela sua mente, do que aqueles imbecis poderiam fazer com você. Está altamente estressado e o cheiro de outro macho em você o deixa muito pior. Precisa de um banho antes que ele possa se acalmar. É uma característica dos Espécies. Não apreciamos sentir o cheiro de outro macho nas nossas fêmeas. Shadow riu. — Fazer sexo com ele cheirando a outro macho, provavelmente o deixaria com um humor muito pior também.
Lauren olhou fixamente nos olhos de Wrath, sem ter tanta certeza se entendeu a razão para sua angústia. Podia aceitar que não fosse como os outros homens. — Ele apenas me manteve aquecida e nada aconteceu entre 140 e eu. Sinto muito que esteja chateado. Deixarei você lavar minhas costas, certo? É apenas temporário.
— Eu sei. Odeio que não estivesse lá para protegê-la.
Ela não sabia como o confortar. Ele estava realmente chateado e ela apenas se enrolou de volta em seu corpo. Seus braços envolveram ao redor dela firmemente.
Shadow atendeu a um telefonema no celular quando isto tocou, e escutou por alguns minutos. Desligou. — Nosso novo povo está no helicóptero em segurança. O doutor em voo está examinando a fêmea, mas não parece bom. Eles farão tudo o que puderem.
Tristeza rastejou por Lauren. Pobre 140. Ergueu a cabeça e encontrou os olhos de Wrath. Se eu o perdesse para sempre… Empurrou o pensado para longe. Nem ao menos queria contemplar uma vida sem ele.
— Pude cheirar a doença nela. Wrath admitiu. — Isso nunca acabará Shadow? Aqueles imbecis nunca pararão de machucar nosso povo?
— Nós acharemos todos eles. Shadow prometeu. — Capturamos os humanos e eles nos dirão o que fizeram com a fêmea. Shadow pausou. — A propósito, você é brilhante Lauren. Queria te elogiar pela sua inteligência. Estamos todos muito orgulhosos de como manipulou o humano para ligar para Homeland. Wrath mencionaria isso ele mesmo, mas está muito sentimental agora.
— Estava assustada, e Mark estava desesperado o suficiente para aceitar qualquer plano para tirá-lo daquela bagunça. Ele disse que costumava trabalhar para Mercile, e acabou trabalhando para a mulher liderando aquele buraco infernal. Sinto muito sobre as mentiras que disse sobre ser companheira de Wrath, e do modo que impliquei que podia fazer acordos com a ONE. Ela encontrou os olhos de Shadow. — Tive que dizer muitas coisas para sobreviver e tentar guiá-los e para fazer com que viessem até nós.
— Você fez muito bem e as mentiras que disse foram boas. Shadow riu. — Você divertiu e impressionou Justice North. Estou certo que ele gostaria de encontrá-la, Lauren. Ele disse que você é uma fêmea muito valente.
— Isto é bom de ouvir. Eu o vi muito na televisão. Ele parece muito legal.
Shadow sorriu. — Ele é, a menos que lide com alguém que trabalhou para Mercile ou traiu nosso povo. Então, nem tanto.
— Falaremos sobre tudo isso mais tarde. Wrath escovou seus dedos pelo seus cabelos, acariciou sua bochecha e a puxou firmemente contra ele. — Preciso segura-la para assegurar a mim mesmo que está realmente aqui.
Lauren se ajustou contra ele até que chegaram a sede. Ela ainda não tinha nenhuma ideia de onde estava localizada, esqueceu-se de prestar atenção novamente. Wrath a ajudou a sair do SUV, a pegou em seus braços e andou a passos largos para o elevador com Shadow ao seu lado.
— Posso caminhar.
Wrath ignorou aquilo e virou sua cabeça para falar com Shadow. — Você, por favor, pode trazer comida para ela? Seu estômago está roncando.
— Claro. Enviarei alguém para conseguir algo bom para ela comer. Não deve levar muito tempo e baterei para informar que está do lado de fora da porta.
— Obrigado. Wrath andou para o elevador quando as portas abriram. — Colocarei as roupas dela no corredor. Você dará fim a elas para mim?
— Minhas roupas? Os olhos de Lauren arregalaram. Por que queria jogar fora suas roupas? Elas precisavam ser lavadas, mas não estavam rasgadas ou manchadas que pudesse ver.
— Eu irei. Shadow concordou, empurrou um botão no painel e falou com Lauren. — Ele nunca mais quer ver o que está vestindo. Só o lembrará do quão perto chegou de perdê-la.
Shadow os seguiu até o quarto de Wrath e abriu a porta para seu amigo, já que Wrath estava determinado a carregá-la por todos os lugares. Lauren o viu fechar a porta firmemente atrás dele. Olhou para Wrath. Estavam finalmente a sós.
Ele evitou olhar para ela, a levou para o banheiro e abaixou seu corpo o suficiente para deixá-la em pé. O espaço não era muito grande, Wrath era, e ficou estreito quando se curvou para ligar o chuveiro.
— Tire a roupa, pediu, sua voz estava áspera, enquanto ajustava a temperatura da água. — Se apresse.
— Estou realmente bem, Wrath. Está sendo tão gentil, mas pode relaxar agora. Nós estamos aqui, juntos, e tudo vai ficar bem.
Um grunhido rasgou de sua garganta. Ele virou e suas mãos agarraram seus braços. Não machucou, mas podia se mover rápido. Seu tamanho era intimidador e isto a chocou quando suas presas foram exibidas.
— Não tenha medo de mim. Nunca a machucaria. Estou enfurecido comigo mesmo por permitir que se machucasse. Você está tentando me fazer sentir melhor, mas nada fará. Nunca deveria ter permitido que saísse da minha vista. Devia ter me certificado que todo mundo em Homeland soubesse que não queria voltar para descobrir que foi embora, e deveria ter insistido que a trouxessem para mim imediatamente. Eu a desapontei, deixei-a vulnerável para os meus inimigos e poderia ter morrido.
Lágrimas encheram seus olhos. Partia seu coração vê-lo tão perturbado e percebeu o quão profundamente se importava com ela. — Não é culpa sua, Wrath. Por favor, não culpe a si mesmo. Sabe com quem deveria estar furioso?
Seu aperto ficou gentil. — Quem?
— Os imbecis que me levaram, mas estou contente que isso aconteceu.
As feições de Wrath apertaram.
— Nunca teríamos descoberto sobre aqueles cinco Novas Espécies se não tivesse sido sequestrada. Estava assustada, faminta, e realmente foi ruim, mas não vamos esquecer a parte importante. Cinco de seu povo estão em Homeland agora, porque fui levada. Isso faz tudo valer a pena para mim.
— Sua vida é mais importante para mim.
Seu coração acelerou e lágrimas encheram seus olhos. — Você falou sério. Esperança chamejou que estivesse apaixonado por ela tanto quanto o amava. As palavras cresceram em sua garganta, mas não teve a chance de dizer-lhe como se sentia.
Ele olhou para longe, soltou seus braços e deu um passo para trás. Sua mão disparou e bateu na porta do banheiro, os fechando do lado de dentro. — Conversaremos sobre isso mais tarde. Preciso que este cheiro dele saia, Lauren.
— Certo.
Ele olhou fixamente em seus olhos. — Não me tema.
— Eu não estou com medo. Ela não estava.
Suas mãos rasgaram sua camisa. Tirou-a imediatamente de seu corpo. Ela não protestou quando ele caiu de joelhos, freneticamente removeu o resto de suas roupas até que estivesse totalmente nua diante dele. Ele ficou em pé, agarrou seus quadris e ela agarrou seus braços na parte de cima para manter-se equilibrada, quando ele a ergueu no jato de água morna.
Ele parou quando metade dele estava dentro e a outra metade estava fora do box do banheiro. O material rasgou quando tirou sua roupa depressa e as descartou no chão. Lauren apreciou cada centímetro bonito de pele perfeita que ele mostrou, e seu coração acelerou mais quando finalmente entrou completamente no pequeno espaço com ela. Nenhum cara já havia estado com tanta pressa para ficar totalmente nu em um chuveiro com ela antes, e isto a deixou um pouco ofegante.
Wrath estava ostentando uma grande ereção enquanto seu olhar amoroso a examinava. Sua masculinidade primitiva a fez sentir-se até mais feminina, e até minúscula, comparada ao seu tamanho. Ele se pressionou nela, olhou-a até embaixo e rosnou com uma voz profunda e sexy.
— Preciso lavar cada centímetro seu.
Lauren apertou suas costas contra o azulejo e espalhou seus braços e pernas separadamente, para dar-lhe acesso total a frente do seu corpo. — Sou toda sua, querido.
O desejo quente que chamejava em seus olhos marrons escuros, quase a derreteu onde ela permanecia. Sua mão disparou para a prateleira embutida, agarrou o frasco do sabonete líquido e esvaziou um monte em sua palma. O frasco bateu no chão e a fez saltar com o som alto, mas as mãos de Wrath de repente estavam por toda parte dela. Grandes mãos agarraram seus ombros, deslizaram até agarrar seus seios, e continuaram explorando abaixo por seus quadris.
Ela teve de se lembrar de respirar enquanto se debruçava contra o azulejo, suas mãos deixando trilhas de sabão de sua garganta até a cintura. Ficou mais difícil de respirar quando ele se ajoelhou e aquelas mãos arrastaram até seus pés. A textura áspera de seus calos nas pontas dos dedos a excitou.
— Você não estava brincando sobre me limpar, não é?
— Não, rosnou. — Vire.
Wrath batalhou com o desejo de uivar. Quase perdeu Lauren, outro macho poderia tê-la reivindicado e o conhecimento de que foi tocada por um, permanecia em sua mente, mesmo depois que lavou o fedor de 140.
Ela é minha! Aquele pensamento o fez deslizar suas mãos para o alto de suas pernas, para o lado de dentro de suas coxas, as separou, e explorou seu sexo. O pequeno suspiro de Lauren o excitou mais. Seu dedo provocou a junção de sua boceta e seu olhar focou-se lá. Precisava lembrar a ambos que ela pertencia-lhe.
Ele pressionou afastando mais suas pernas. O desejo de enterrar seu rosto lá cresceu, e lambe-la até que implorasse que a tomasse. Ele rosnou para anular o desejo de saborear a excitação que o asseguraria que ela o queria também.
Minha! Uma emoção feroz o agarrou e ele a pressionou mais contra a parede. Aninhou seu rosto no estômago dela, enquanto seus dedos exploravam a junção tentadora de sua boceta. Sabia que estava perdendo o controle, mas naquele momento não se importou. Precisava dela e a tomaria.
Sua audição aguçada capturou o som da porta exterior de seu quarto sendo aberta, e a frustração o atingiu rápido. Um grunhido saiu de sua garganta, enquanto esperava que fossem embora. Isso não aconteceu e pegou todo seu controle para se afastar, antes de forçar Lauren a abrir mais suas coxas para permitir que sua língua cavasse dentro da sua boceta morna e sedutora.
Alguém bateu na porta do banheiro e assustou Lauren. Wrath se levantou, agarrou Lauren e a virou para encarar o azulejo antes que pudesse fazer isto sozinha. Seu corpo apertou contra o dela, a prendendo lá, e ele virou-se o suficiente para escondê-la atrás de seu corpo de qualquer um que entrasse no quarto. Ela não podia deixar de notar o comprimento duro de seu pênis preso entre a parte de baixo de suas costas e seus quadris.
— Entre.
Lauren levantou a cabeça e olhou boquiaberta para Wrath por cima do seu ombro. Eles estavam nus no chuveiro e ele apenas convidou alguém para entrar.
— Relaxe, ele pediu. — É Shadow. Ele está pegando suas roupas.
Ela teve que se contorcer o suficiente para ver a porta. Shadow nem olhou na direção do chuveiro, quando levantou toda a roupa deles do chão. Ele se virou, os trancou lá dentro mais uma vez, e Wrath recuou dela. Lauren virou para olhá-lo e Wrath encolheu os ombros.
— Desculpe. Esqueci de deixá-las no corredor. Ele sabe que quero aquele cheiro do macho removido, do que ficou em nossas roupas—na sua por ter estado com ele e na minha por ter segurado você.
Lauren lembrou-se do conselho que Shadow deu-lhe no SUV sobre como melhorar o humor de Wrath, e chegou mais perto dele. Ela estava querendo muito sexo e ele também, julgando pelas condições do seu corpo. Sua mão agarrou seu pau, mas os dedos dele agarraram seu pulso antes que pudesse acariciá-lo lá. Ele a virou de costas, a prendendo contra a parede novamente e ela ofegou quando sua mão livre agarrou em seu cabelo.
Ele não a machucou, mas suavemente forçou a cabeça dela para trás. Ela olhava fixamente em seus olhos, mas desviou o olhar e largou seu pulso. Arrancou o chuveiro removível do seu suporte e encharcou de água seu cabelo enquanto apontava para lá. Ela fechou os olhos para ficar fora da água.
— Preciso lavar seu cabelo. Posso sentir o cheiro dele ainda. Wrath rosnou.
— Isso é difícil para você? Espantou-a que ainda pudesse detectar quaisquer rastros de 140 nela.
Ele largou seu cabelo e a água parou de despejar na parte de trás da sua cabeça. — Sim, admitiu asperamente. — Não consigo continuar sentindo o cheiro de outro macho, quando aspiro seu cheiro. O xampu estava frio quando despejou uma quantia generosa em seu cabelo e trabalhou nele com ambas as mãos, do couro cabeludo até as pontas, ensaboando bem. — Meu cheiro e apenas o meu deve estar em seu corpo.
Pareceu bom enquanto enxaguava o sabão. Depois trabalhou com o condicionador e massageou sua cabeça enquanto fazia isso. Ele certificou-se de enxaguar tudo antes de agarrar seus quadris por trás e seu corpo apertar contra o dela. Sua cabeça abaixou e ele rosnou.
— Você continua me dizendo que é minha. Eu disse para que não fizesse isso, mas você não deu atenção ao meu aviso. Eu acredito em você.
Lauren abriu os olhos e olhou para ele por cima dos ombros. Seu olhar segurou no dele e a intensidade que viu lá fez seu coração acelerar novamente. Como também fez a sensação do seu paus apertado contra a parte de trás das suas costas. Seus lábios se separaram e ela soltou aquela coisa que mais queria dizer.
— Eu amo você, Wrath.
Ele rosnou baixo, se afastou e de repente a virou em suas mãos. Empurrou-a contra o azulejo quando ficaram de frente um para o outro, a prendeu lá e andou para ela novamente. Ela ergue seu queixo e a boca dele tentou tomar posse da dela. Ela desviou antes dele poder beijá-la.
— Preciso escovar meus dentes primeiro. Comi carne sangrando. Um tanto quanto nojenta. Fique aqui e me dê um minuto. Ela tentou se esquivar para fazer isso, mas ele a segurou contra a parede.
— Não me importo. Eu a quero.
— Eu o quero também, bebê. Apenas quero escovar meus dentes primeiro.
Diversão ergueu os cantos de sua boca. — Sou muito grande para ser um bebê.
— É um carinho, lembra? Ela sorriu.
Uma aparência séria de repente afastou seu bom humor. — Poderia ter perdido você. Não permitirei que isso aconteça. Você realmente sente amor por mim?
Ela ficou um pouco tensa, e rezou para que ele não fosse fazer um discurso sobre como não conheciam um ao outro, o suficiente para que confessasse este tipo de sentimento. A maioria dos caras fugiam, cautelosos em relação a compromisso, mas não lamentou lhe dizer.
— Eu o amo. Sei o que está provavelmente pensando, mas eu...
Ele se afastou e a largou. — Vamos nos secar e poderá escovar seus dentes.
Derrubada. Droga. Ela assentiu. Wrath se afastou, desligou a água e abriu a porta do chuveiro. Ele deu-lhe uma toalha, saiu do box para se secar do lado de fora, e o silêncio se tornou ligeiramente desconfortável.
Wrath abriu a porta, cheirou e saiu, a deixando aberta. — Shadow chegou e já foi. Há comida aqui para você na cômoda.
Wrath tentou com dificuldade acalmar seu coração acelerado, e o desejo de agarrar Lauren, levá-la para sua cama e reivindicá-la. O lado selvagem dele queria fazer apenas isto. Imaginou que isso poderia assustá-la, se a jogasse em cima de seu ombro e a levasse para a sua cama, e lhe mostrasse por que era o macho certo para ela. Iria fode-la até que nenhum dos dois pudesse se mover.
Não seria só sexo. Com Lauren era muito mais. Ela afirmou sentir amor por ele e quis jogar sua cabeça para trás e uivar de alegria. Ela manteve se declarando que era dele. Suas mãos fecharam ao lado dele para mantê-lo na realidade. Lauren era humana, não Espécie, e eles eram diferentes. Precisava lembrar-se disto. Ela não se ofereceu a ele para sempre, provavelmente não estava nem ciente que era isso o que queria, e não estava certo sobre o que fazer sobre isto. Ele ainda estava uma bagunça, libertado muito recentemente, e a lógica declarava que não estava pronto para ter uma companheira. Embora a quisesse.
O desejo era tão forte que seu corpo tremeu. Ela é minha. Ela disse que sente amor por mim. Pegue-a. Fique com ela. Minha! Quis rugir sua frustração enquanto batalhava com seus impulsos. Sabia que ela precisava de mais tempo para ter aquele tipo de compromisso com ele. Estava pronto para fazer isto por ela.
Deu sua palavra que trabalharia com a equipe da força tarefa. Seu olhar arremessou em volta do quarto tedioso, que seria dela também e podia fazer isso com ela? Pedir-lhe para viver neste espaço pequeno? Ela merecia coisa melhor. Queria lhe dar uma casa de verdade, mas tudo o que podia oferecer era o equivalente a uma cela, com uma porta destrancada. Não que ela pudesse deixar o edifício. Era muito perigoso e o que lhe aconteceu apenas provou isso.
Ele a pôs em perigo por associação. Seus inimigos tentaram usá-la contra ele e todos os Espécies, para conseguir o que procuravam. Rosnou quando a água desligou no quarto ao lado, tentando decidir. Sabia o que queria, o que precisava, mas amor era pôr as necessidades da outra pessoa acima da sua própria.
Ela precisava comer antes dele tocá-la. Isso seria sua primeira prioridade. Conversariam. Não era uma escolha. Ela precisava entender que toda vez que afirmava ser dele, ele recebia isso no coração. Deixá-la ir seria difícil, mas a manter contra sua vontade seria imperdoável. Era a escolha de Lauren. A dor apertou seu peito. Iria querer deitar-se e morrer se ela fosse embora. Nunca pararia de pensar nela, ansiaria para que estivesse próxima dele ou querendo segurá-la.
Ele nunca veria isso acontecendo. Era anti-social e tinha medo de confiar em si mesmo com uma mulher humana, ainda assim Lauren conseguiu mudá-lo. Aprendeu a ansiar por coisas que nem sabia que procurava.
Muito bem , Lauren se repreendeu. Deveria ter mantido minha boca fechada, e não ficar falando sobre amá-lo. Ela levou um tempo escovando os dentes, antes de segui-lo para o outro cômodo com apenas uma toalha embrulhada ao redor de seu corpo.
Ele parou de compassar quando ela entrou no quarto. A toalha enganchada ao redor de sua cintura era tudo o que usava, não se vestiu enquanto ela cuidava dos dentes. Seus olhos escuros fixaram-se nela.
— Venha aqui. Ele apontou para o lugar na frente dele. — Por favor.
Lauren caminhou para ele sem hesitar. O olhar sério nos olhos dele alarmou-a, mas sua espinha endureceu. Enfrentou muitas coisas difíceis em sua vida, mas ser rejeitada por Wrath iria provavelmente para o topo da sua lista de momentos horríveis. Parou onde ele apontou e recusou a desviar o olhar. Queria ver seus olhos, ler suas emoções. Não choraria na frente dele. Amava-o o suficiente para querer evitar fazê-lo se sentir culpado.
— Não sou como os seus machos.
Isso não era o que esperava que dissesse. — Eu sei.
— Não sou nem completamente humano. Sou parte canino.
— Sei disso também.
— Eu rosno e tenho oscilação de humor, porque batalho com ambos os lados de mim mesmo. Também sofri abusos.
Ah, as razões por que vai me dar um chute na bunda. A sensação de lágrimas a fizeram rapidamente piscar para trazê-las de volta. — Sei disso também, Wrath.
— Não entendo o que é normal. Não tenho nada em comum com você e nós crescemos muito diferentemente. Olhou para longe dela, para olhar em volta do quarto antes de pegar o olhar dela novamente. — Este quarto é bom para mim. É muito melhor do que qualquer coisa que podia alguma vez ter esperado. Não há nenhuma corrente aqui, nenhuma tranca para me manter aqui dentro, e ninguém vem para me machucar. Eu vi sua casa por dentro e há uma diferença drástica.
Ela não podia refutar nada do que ele disse, mas podia destacar o que eles tinham. — Nada disso importa para mim. Você sabe por quê?
Algo chamejou em seus magníficos olhos, mas ela não estava certa que emoção causou isso. Esperou para ver se ele queria ouvir o que tinha a dizer, ou se já tinha se decidido.
— O que?
— Você me faz feliz. Espero que eu o faça se sentir desse jeito também. Isso… Ela acenou com a mão para o quarto. — Não importa. Só estar com você importa. Conheço seu passado e o meu é drasticamente similar, mas é o aqui e agora que me importa.
Ele respirou fundo.
— Isso é um adeus? Não prolongue isto. Sua voz caiu e seu coração partiu um pouco. — Diga-me se quiser acabar com isso. Eu o amo, provavelmente não devia ter soltado desse modo, mas aí está. Não lamento te dizer como me sinto, porque a vida é muito curta. Lamentaria não lhe dizer isso. Você pode dar desculpas à noite toda do por que não temos nenhum futuro, mas só me diga a verdade, certo? Não se sente do mesmo jeito sobre mim? Só diga isso. Posso suportar.
Ele chegou mais perto. — Sinto mais por você do que já achei possível. Não quero dizer lhe adeus, mas não quero que me odeie de jeito nenhum.
— Nunca poderia fazer isso. — Ela queria tocá-lo e seus dedos enrolaram em suas palmas só para resistir.
—Iria se eu parasse de lutar com o que quero de você. Manteria você comigo, Lauren. Estou preso aqui neste lugar até que meu dever seja feito, e merecer o melhor. Sei disto. Nunca a deixarei ir se ficar. Não poderia. Sua voz afundou. — Você continua declarando que é minha e isso me provoca a reivindicá-la. Seu olhar viajou pelo corpo dela. — Acasalaria com você e sua vida mudaria para sempre. Seu mundo ficaria muito perigoso se ficasse comigo. Você teria que viver no meu, desistir de tudo o que tem, e…
— E o que? Seu coração acelerou e a esperança elevou-se que a amasse também.
— Eu te amo demais para fazê-la escolher entre seu mundo e o meu.
Mais lágrimas encheram seus olhos, mas não se incomodou em piscá-las de volta. Ele me ama! — É uma escolha fácil de fazer se estiver me perguntando.
Ele tentou se virar, mas ela o alcançou e agarrou seu braço. Ele a olhou e viu a dor crua fixando-se de volta para ela.
— Me pergunte Wrath. Por favor?
— Não posso. Não estou ajustado para ser um companheiro, e não tenho nada para te oferecer.
Aquilo foi demais. A raiva subiu. — Nada? Você é maravilhoso e surpreendente, Wrath. Teve uma vida tão dura e ainda assim, é o homem mais amável que já conheci. Você me deu mais no curto tempo que nós estivemos juntos, que qualquer outro já me deu. Arriscou sua vida para me conseguir de volta. Lutou por mim quando Vengeance ficou um pouco louco e eu amo você. Sabe o que faz comigo quando me abraça? Sinto que estou exatamente aonde pertenço. Me toca e nunca me senti tão viva. Você tem cicatrizes por dentro e por fora, mas enfrentou seus medos para fazer amor comigo. Este é o melhor presente que alguém podia me dar.
Ele encolheu os ombros. Levantou suas mãos para cobrir suas bochechas, e debruçou-se até que seus rostos estivessem apenas separados por alguns meros centímetros, e procurou seus olhos. Ela não estava certa do que procurava, mas sabia que honestamente acharia.
— Nunca a deixarei ir se você concordar em ser minha companheira. Nunca. Não será fácil, mas faria qualquer coisa para fazê-la feliz. Morreria se me deixasse. Não conseguiria sobreviver se a perdesse.
— Eu escolho você, Wrath. Sempre você. Não irá me perder.
Ele inalou e acenou. — Colocarei meu cheiro em você.
Ela ofegou surpresa quando de repente ele soltou suas mãos, e enganchou-as em volta da cintura dela. Lauren foi puxada contra seu grande corpo, e apertada contra seu peito firme. Esfregou de cima abaixo ao longo da frente dela e ela riu.
— O que você está fazendo? Isso faz cócegas.
Ele parou e ajustou sua pegada, a pegou em seus braços e sorriu. — Tenho uma maneira melhor de pôr meu cheiro em você. Não tenha medo.
— Pode parar de se preocupar com isso, querido. Eu meio que fico excitada quando faz aqueles barulhos, e amo o quão agressivo você pode ficar.
Seus olhos se arregalaram quando olhou fixamente para ela, enquanto a colocava em sua cama. — Honestamente?
— Oh sim. E o fato de que pode me levantar tão facilmente e faz isto frequentemente? Faz com que me sinta sensual e feminina. Realmente aprecio isso.
— Você é muito desejável e toda fêmea. Abaixou-a em sua cama até que se deitou, a largou e recuou. Suas mãos agarraram sua toalha e soltou-a no chão. — Vê o que você faz comigo?
— Sim. Ela lambeu os lábios, olhando fixamente para seu pau rígido, apontado direto para ela. — Estou vendo. Muito impressionante e espero fazer isto com você o tempo todo. Contorceu-se, tirou sua toalha e a largou no chão. — Amo olhar para você. Poderia fazer isso o dia todo. Odeio quando se veste.
Ele moveu-se para a cômoda, abriu a gaveta e agarrou a loção. Lauren sorriu quando a trouxe para a cama, se abaixou próximo a ela e empurrou as toalhas descartadas para debaixo de seus joelhos, para forrar o chão duro.
— Você não precisará de nada disso. Já estou excitada. Sabia que estava molhada e não tinha nada a ver com o banho. Wrath a amava e estava nu, queria se acasalar com ela, e isso era todo o incentivo que precisava para estar pronta para ele.
Um sorriso curvou sua boca quando ele abriu a loção e ofereceu isto para ela. — Toque-me.
Ela se sentou e hesitou. — Quer que use isso em você?
— Sim. Estou muito excitado e não durarei muito. Faça-me gozar primeiro. Se sente na extremidade da cama de frente para mim.
Certo. Estava ansiosa para pôr suas mãos em qualquer coisa que ele quisesse. Ela se mexeu o suficiente para abrir suas pernas, para que ficasse entre elas. Seu olhar bloqueou em seu pau e ela abriu a mão.
Wrath despejou uma quantia generosa da loção nela, tampou o fraco, e apenas soltou no chão próximo a ele. Estremeceu quando ela embrulhou sua mão em volta de seu eixo para espalhar a loção, e o agarrou com sua outra mão também. A mão escorregadia deslizou para suas bolas o cobrindo lá, e suavemente o marcou com suas unhas, enquanto prendia a atenção em seu pau para dar ao comprimento duro um gentil aperto.
Wrath se jogou para trás, seu corpo ficou tenso e ele rosnou. Lauren amava olhá-lo, o modo como seu corpo se apertava, para revelar a definição de cada músculo, e seu olhar fixo em seu abdômen dividido em seis. Sua língua foi para fora e molhou seus lábios quando se debruçou e inalou o cheiro de sabão e homem.
Ele empurrou quando sua boca abriu em suas costelas, sua língua lambia a pele debaixo do seu mamilo, e a ponta localizou o disco redondo que cresceu tenso com o toque mais leve. As mãos dele alcançaram sua parte de cima, agarrou suas coxas, e seus quadris começaram a se mover em punhaladas lentas, impulsos sensuais esfregavam seu pau em sua mão.
— Tão sensual, respirou e recuou o suficiente para olhar para baixo e vê-lo, imaginando-o fazendo isso dentro de sua boceta. — Amo o modo como se move.
Ele rosnou enquanto ela acariciava seu eixo com uma mão, provocando a pele sensível ao longo do lado inferior de suas bolas, e chegou um pouco mais perto até que seu estômago esfregasse na cabeça do seu pau. Suas mãos apertaram nela, sua respiração aumentou severamente e seu pau começou a inchar em sua mão.
— É isso aí, querido, ela falou. — Marque-me.
Ele empurrou a cabeça para baixo até olhá-la fixamente. Ela olhou para cima e a paixão primitiva nos olhos dele quase a fez gozar. Ele rosnou, mostrou aquelas suas presas sensuais e atirou sêmen quente em sua barriga e costelas. Seu corpo ficou tenso, seus olhos estreitaram-se, e vê-lo gozar foi cativante.
Seu corpo se acalmou, os tremores aliviaram quando parou de acariciá-lo, e o aperto dele em suas coxas relaxou. Lauren ofegou quando de repente ele agarrou seus braços, empurrou-a de costas e a largou. Grandes mãos abriram em seu abdômen e pode senti-lo espalhando sua semente por cima de sua pele. Seu olhar encontrou com o dele, enquanto se debruçava com uma expressão quase feroz.
— Minha, falou. — Preciso de você agora. Abra mais suas coxas e deixe-me reivindicá-la.
Ela separou mais suas coxas, um pouco espantada de que tivesse acabado de gozar, mas quisesse estar dentro dela. Ele fez o inesperado, em vez de fode-la, recuou um pouco e inalou, rosnando alto e olhando para cima mais uma vez.
— Você carrega meu cheiro agora. Um bonito sorriso malicioso curvou sua boca, ele lambeu os lábios e ajustou sua pegada novamente, fixando suas pernas abertas e lentamente abaixou seu rosto até sua respiração quente roçar sua boceta. — Quero o seu agora.
Seus dedos arranharam a roupa de cama, quando uma língua quente e grossa, provocou seu clitóris. Wrath não foi suave ou lento. Uma boca faminta quase desesperada, fixou-se no feixe de nervos, lambeu rapidamente e grunhidos adicionaram uma vibração leve, no êxtase em que estava se servindo.
— Oh Wrath, ela gemeu.
Ele ficou mais agressivo, como se estivesse frenético para fazê-la chegar ao clímax, aninhando seu rosto mais apertado contra sua boceta, e seus dentes inferiores roçaram ligeiramente o local supersensível a qual deu atenção especial. Ela gemeu e ele fez isso de novo, e então de novo. Suas costas curvaram-se e teria fechado as pernas, porque isto estava muito intenso, mas Wrath não permitiu isto com suas mãos fortes prendendo-a.
Ela gritou seu nome e apreciou cada onda de êxtase que agitou seu corpo. Sua boca se separou de sua boceta, ele se levantou e ela abriu os olhos na mesma hora em que ele desmoronou em cima dela. Seus braços foram puxados para cima de sua cabeça, algemou seus pulsos junto com os dedos e o dedo polegar de uma mão e agarrou seu rosto.
— Nunca a deixarei ir. Morrerei por você. Tenho de tê-la agora.
Ele entrou em sua boceta com seu pau grosso, ainda rígido em uma punhalada constante, lenta. Lauren ofegou em ser separada, tomada. Indiscutivelmente se sentiu reivindicada quando ele parou, enterrando-se bem fundo nela, e seu corpo a cercou quando desceu mais em cima dela.
— Olhe para mim, ele exigiu.
Lauren não podia deixar de observar seu olhar penetrante nem que quisesse, não que fizesse isso. Observou seus olhos estreitarem-se quando lentamente se retirou até que quase deixou sua boceta, ele parou, então a adentrou profundamente. O prazer e a hipersensibilidade a fizeram ofegar, seu corpo ainda se recuperando de seu clímax.
—Receba-me Lauren. Deixe-me amá-la.
Ela teria feito qualquer coisa por ele, dado-lhe qualquer coisa naquele momento. Ele moveu-se novamente, lentamente puxou-se para trás até que quase deixou seu corpo, então avançou abruptamente para fazer todas aquelas terminações nervosas agitarem, estimuladas com o modo que as acariciava.
— Quero abraçar você, ela ofegou e tentou livrar seus pulsos, mas sua pegada apenas apertou.
— Estou no controle e preciso ficar desse jeito. Suas mãos em mim me fazem perder meu juízo.
Ele a segurou. Seus olhares bloqueados, enquanto continuava a fode-la, e Lauren teve que admitir que era muito sexy estar presa, incapaz de fazer qualquer coisa a não ser sentir Wrath, conduzindo seu poderoso corpo para dentro dela. Ele mudou sua posição, ajustou o ângulo de seu pau e fez novamente. Ela gritou mais alto enquanto mais prazer corria para seu cérebro e Wrath sorriu.
Ela quis perguntar-lhe o que era tão divertido. Seu corpo queimava, a necessidade de gozar novamente era quase insuportável, mas não conseguiu uma chance. Largou seu rosto, abaixou a mão para agarrar o topo de uma coxa e começou a fodê-la seriamente. Ele a martelou com seu pau, atingindo aquele mesmo lugar repetidas vezes, rapidamente, e ela se jogou para trás. Seus olhos se fecharam — não podia mantê-los abertos — e se esqueceu de respirar quando o êxtase percorreu-a. Uma névoa branca eliminou sua habilidade de pensar, ela gritou e o corpo acima dela tremeu o suficiente para agitar a cama.
Um uivo a ensurdeceu. Os quadris de Wrath contraíram contra sua boceta e ele gozou com força dentro dela. Pode sentir a inchação quando bloqueou dentro dela. Ele largou seus pulsos e sua coxa, apoiou seus braços para evitar esmagá-la debaixo de seu corpo, e seu rosto abaixou até sua respiração quente abanar seu pescoço.
— Sempre Lauren, sussurrou. — Darei minha vida a você, minha lealdade e meu coração para sempre.
Os braços dela se ergueram, embrulhando-se ao redor de seu pescoço, e ela travou suas pernas ao redor da bunda dele para manter-se firme a ele, tão forte quanto seu corpo exausto podia.
— Eu amo você, também.
A boca dele abriu e suavemente beliscou sua garganta. — Espero que tenha falado sério quando disse que a tenho, porque não posso deixá-la ir. Você é minha companheira, minha outra metade, e minha alma.
Lágrimas encheram seus olhos fechados e ela sorriu. — Sou toda sua, querido.
Lauren abriu a boca e balançou a cabeça. — Isto é ridículo, Wrath. Eu mesma posso me alimentar.
Ele rosnou para ela, os olhos escuros estreitaram-se e acenou o garfo na frente de sua boca. — Abra.
Seus lábios se separam e ele aliviou um pedaço para o lado de dentro. Ela mordeu, mastigou, e apreciou o gosto de galinha sesame. Wrath virou-se um pouco, apunhalou o garfo em um vegetal e assistiu-a comer. Ela sabia que ele esperava que terminasse para poder fazê-la aceitar outra mordida.
Seu pau remexeu contra suas paredes vaginais, uma lembrança de que estava sentada em seu colo, e ainda estavam conectados. Ele a rolou, seus corpos ainda bloqueados juntos, depois da terceira rodada de sexo quente, e inverteu seus corpos até que se sentou na extremidade da cama para poder alcançar à cômoda.
Ela esqueceu sobre a comida que Shadow disse que traria até Wrath rasgar a sacola plástica, abriu o recipiente grande, e sentiu o cheiro da comida chinesa. Alguém optou por entrega, pegaram uma quantia enorme em uma grande bandeja para a viagem, e até se lembrou de trazer alguns refrigerantes, e dois garfos. Wrath insistiu em alimentá-la.
— Coma mais. Você é pequena e precisa de força.
Diversão a fez dar risada e ela permitiu que ele a alimentasse com outra garfada cheia de comida. — Você vai ser mandão, não é?
Incerteza relampejou em seu olhar. — Sinto muito, mas seu cuidado e bem-estar são minha prioridade. Você está com fome, o som em seu estômago me lembra de que não comeu e serei um companheiro ruim, se não tiver certeza de que todas as suas necessidades sejam preenchidas. Ele inalou, inchando seu peito e uma teimosa brilhou em seu olhar. — Aprenderei a ser o melhor companheiro.
Ele era muito atraente e se já não tivesse seu coração, o conquistaria naquele momento. Ela alcançou-o e traçou sua maçã do rosto. — Você já é o melhor.
Seu pau mexeu novamente, era pedra dura, e ela remexeu-se um pouco. A sensação era tão boa e queria montá-lo. A mão dele largou seu quadril e sua palma aberta bateu em seu bunda. Não machucou, mas foi o suficiente para assustá-la.
— Pare com isso e coma. Comida primeiro, e então a montarei por trás. Você gostará.
Uma risada subiu e ela não sufocou. — Acredito nisto.
Ele a serviu mais comida. Ela agarrou o segundo garfo, e ofereceu-lhe uma mordida. Ele hesitou e abriu seus lábios, aceitando.
— Quero ser a melhor companheira também.
Ele engoliu. — Você já é. Você me faz feliz, Lauren.
Uma batida soou na porta e Wrath respondeu rosnando. — Não entre! Sua voz abaixou, enquanto agarrava os quadris de Lauren, e a erguia para fora de seu colo, bruscamente dividindo seus corpos. — Entre no banheiro e feche a porta. Levantou-se, ficou na frente dela e eficazmente bloqueou seu corpo se alguém entrasse no quarto.
Ela correu para o banheiro, notou que Wrath ficou ao seu lado o tempo todo, e prendeu uma risada. Estava se certificando que ninguém conseguisse um vislumbre de seu corpo. Ele fechou a porta e ela enrolou uma toalha ao seu redor. Não conseguia ouvir o que estava acontecendo no cômodo ao lado, mas esperou pacientemente por alguns minutos.
A porta abriu e Wrath tinha vestido uma calça de moletom folgada, e nada mais. Sua expressão era sombria quando encontrou seu olhar.
— Está tudo bem?
— Nós fomos solicitados a ir para Homeland. Justice quer encontrar conosco.
— Justice North? Isto a chocou. — O líder dos Novas Espécies? Eu o vejo na televisão o tempo todo. Por que quer nos encontrar?
— Acredito que deseje conhecê-la e discutir sua relação comigo. Wrath respirou fundo. — Nós precisamos discutir algumas coisas.
— Certo. Tentou não parecer apreensiva. Wrath a amava, a reivindicou como sua companheira e não iria querer perde-la. Isso era a pior coisa que ele podia dizer, e não estava prestes a fazer isto. — Sobre o que quer conversar?
Ele pegou sua mão e a levou de volta para a cama, sentou-se e a puxou para seu colo. Hesitou, encontrando seu olhar e respirou fundo.
— Existem coisas que deveria saber como minha companheira. Não quero que saiba por outra pessoa antes que eu te diga. Eles vão achar que nós discutimos tudo, mas não discutimos.
— Um tanto quanto difícil de fazer, enquanto estamos fazendo sexo. Muito. Ela sorriu. — Não que esteja reclamando.
Ele não sorriu de volta. Uma aparência séria acomodou-se em suas características bonitas. — Você e eu podemos ser capazes de ter filhos. Ninguém pode saber disso no seu mundo, até os machos humanos que estão na força tarefa não sabem disso. É muito perigoso com os grupos de ódio e humanos loucos, que acreditam que somos animais. Eles desejam que os Novas Espécies se extingam depois de uma geração, mas alguns bebês nasceram com humanos e companheiros de Espécies misturados.
Lauren deixou aquelas informações serem absorvidas, e entendeu por que queriam manter isto em segredo. — Estou tomando injeção. Não posso ficar grávida a menos que não tome mais. Estou esperado para tomar outra em dois meses. Seu coração acelerou um pouco. — Você quer ter um bebê?
— Não estou certo. Olhou para longe antes de encontrar o olhar dela novamente. — Preciso aprender como ser um companheiro primeiro.
— Nós deveríamos ter algum tempo juntos antes de pensar em ter uma criança.
Ele pareceu aliviado. — Não sou contra ter uma família com você, mas estou cauteloso devido ao meu passado.
O braço dela enrolou ao redor do pescoço dele e ela se debruçou em seu peito para descansar. — Entendo. Nós conversaremos sobre isso mais tarde, quando estivermos ambos prontos, mas estou contente que isto seja uma opção. Sempre quis ter um bebê ou dois, mas só quando estivermos ambos preparados.
Um sorriso curvou seus lábios. — Estou certo que uma vez que aprender a ser um companheiro irei querer aprender como ser um pai. Ele deu outra respiração profunda e seu corpo ficou tenso. — Tenho medo que Justice tenha algum problema com nosso acasalamento.
Isso matou seu bom humor. — Nós já somos acasalados, certo? Você disse isto. O que está envolvido?
— Eu a quero como minha companheira e você concordou. Nós somos acasalados. Declarou firmemente, ficando um pouco sentimental quando sua voz afundou. — Minha preocupação é que ele não queira que viva aqui comigo, mas você não pode retornar a sua casa. Já foi levada uma vez e está em perigo. Não permitirei isto. Não permitirei que ele nos separe até que eu cumpra minha obrigação. Seu olhar deixou o dela para mover-se ao redor do quarto. — Farei disto mais que uma casa para você aqui. Brass está no comando e disse que eu podia ficar com você. Tim tem alguns problemas, mas Brass o venceu.
— Bom.
— Conseguirei uma televisão, uma cama maior e qualquer coisa que a faça feliz. Tenho que sair às vezes, para os meus deveres, mas não demorarei. Sempre retornarei a nossa cama para dormir com você, e o tempo passará depressa. Nós visitaremos Homeland e a Reserva, ver qual deles a faria se sentir feliz, e viveríamos lá quando deixar isto para sempre.
— Minha melhor amiga mora perto de Homeland. Terei permissão para ver Amanda se nós vivermos lá, não é? A preocupação a atingiu com força, com o pensamento de que algo a impedisse de fazer isto.
— Homeland é agradável e Amanda terá que visitá-la lá. Estou certo de que não será um problema.
— Bom. Lauren sabia que Amanda iria ficar emocionada, por ter uma razão para visitar e ver Flame sempre que possível. — Isto é um alívio.
— Você tem família?
— Sim, mas eles vivem no leste.
— Eles me odiarão? Eles ficarão chateados que me escolheu em vez de um humano?
— Não. Ela balançou a cabeça, certa disto. — Eles vão amar você, Wrath.
Sua avó iria ficar emocionada por ela ter achado um homem para se acomodar, seu avô iria achar que era legal que estivesse relacionado aos Novas Espécies, desde que os achava fascinantes, e sua irmã iria ficar verde de ciúme, uma vez que colocasse os olhos em Wrath. Ela sufocou um sorriso ao lembrar-se de todas as vezes que sua irmã mais magra, costumava dizer que nunca acharia um homem até que perdesse peso. Eu não só achei um como ele é maravilhoso!
— Você tem família?
— Todos os Espécies são considerados família um para o outro. Muito poucos têm laços sanguíneos um com o outro, mas alguns têm. Existem dois conjuntos de gêmeos e alguns que eram do mesmo DNA que foi doado para Marcile, quando nos criaram. Nenhuma combinação foi achada para a minha, mas considero Shadow um irmão. Nós estávamos em celas próximas um ao outro na mesma instalação de teste, fomos removidos para um novo local juntos, e temos sido inseparáveis desde que fomos libertados. Contamos um com o outro.
— Entendo. Amanda e eu não somos aparentadas, mas ela é mais uma irmã para mim que minha irmã biológica. Nós crescemos juntas.
Ele sorriu e ergueu a mão, tirando seu cabelo de sua bochecha. — Você e eu somos inseparáveis agora, companheira. Lidarei com Justice se estiver preocupado sobre você vivendo aqui. É seguro. O edifício é muito seguro e não sofrerá nenhum dano.
— Ele parece realmente legal na televisão.
— Ele é um macho muito sábio e estou certo que verá a razão.
— Nenhuma preocupação então.
— Tenho você. Isto é tudo o que importa e enfrentaremos qualquer coisa que acontecer juntos.
Lauren gostou disto.
— Precisamos tomar banho e nos preparar. Pedirei a Tim para enviar alguns homens ao seu apartamento, para pegar roupa e trazer seu animal de estimação para cá.
— Isto não é uma boa ideia. Ele odiaria aqui. Ele gosta de sair. Pedirei a Amanda para levá-lo para casa. Ela ama Tiger e seu condomínio permite gatos. Gostaria de tê-lo vivendo conosco uma vez que consigamos nosso próprio lugar.
— Nós podemos fazer isto.
— O helicóptero parte em vinte e cinco minutos para nos levar para Homeland.
O nervosismo atingiu Lauren, mas lutou. Iria dar certo. Tinha fé naquilo e em Wrath.
— Tome banho primeiro enquanto faço os ajustes. Estarei de volta logo. Vista minhas roupas. O que é meu agora lhe pertence.
— Eu amo você, Wrath.
Ele suavemente rosnou, o desejo escureceu seus olhos, e suas mãos apertaram em punhos ao seu lado. — Quero você, mas não temos tempo. Mais tarde vou montar em você por trás. Eu te mostrarei o amor.
Ela mal podia esperar.
Wrath estava preocupado. O passeio de helicóptero foi muito curto. Não tinha nenhuma ideia por que Justice queria conversar com ele a sós, e odiou deixar Lauren na área da recepção com uma das fêmeas Espécies. Sua companheira não pareceu se importar. Foi muito amigável e a outra fêmea parecia feliz por ter um humano para conversar. Olhou fixamente para Justice, sentado atrás de sua mesa. Wrath fechou a porta e lentamente caminhou adiante.
— Eu a tomei como minha companheira e ela concordou em viver comigo na sede. Seu corpo se enrijeceu pronto para uma briga, e estava preparado para uma, se Justice se recusasse a permitir que Lauren ficasse com ele. — Brass disse que nós podíamos fazer isto funcionar.
As sobrancelhas de Justice se arquearam, sua expressão ilegível, e ele apontou. — Por favor, sente-se.
— Prefiro ficar de pé.
— Você pode se acalmar, Wrath. Estou feliz por ter uma companheira. Nunca lhe pediria para se separar dela, e estou contente que ela concordou em ficar com você. Sei que isso deve ter sido uma decisão difícil para um humano fazer. Elas estão acostumadas a ter muito mais liberdade para vagar por onde desejam no mundo lá fora. Por favor, sente-se.
Wrath sentou-se na cadeira, ainda cauteloso, mas aliviado que Justice não pediu-lhe para que Lauren vivesse atrás da proteção das paredes da ONE. — Por que estamos aqui?
— Queria conhecer sua companheira, a minha também queria conhecê-la, e nós queríamos te parabenizar.
— Poderia ter feito isso por telefone ou com ela ao meu lado.
A boca de Justice se curvou em um sorriso. — Você quer estar a sós com sua companheira. Entendo isso e sinto muito que o tirei da sua cama. Ele hesitou. — Você não tem estado livre por muito tempo. Quis compartilhar algumas informações sobre ter uma companheira humana que o ajudará. É por isso que pedi para falar com você a sós primeiro.
— Lauren e eu somos diferentes, mas nós compartilhamos amor. Nós dois estamos empenhados a fazermos isto funcionar.
— Estou realmente feliz em ouvir isto. Acasalamos com uma fêmea e isso significa tudo para nós. Acasalar é pouco conhecido para elas. Elas têm casamento em seu mundo.
— Estou familiarizado com o que é isso.
— Bom. Aqui está meu primeiro pequeno conselho. Peça-lhe para casar com você. Vi seu arquivo, ela tem família e eles o aceitarão mais fácil se for marido dela. Não entenderão que acasalar é um compromisso mais profundo, mas casamento lhes assegurará que está na vida dela permanentemente. Minha companheira Jessie, fez alguns telefonemas e nós podemos ter um ministro aqui dentro de uma hora se desejar fazer isto.
— Desejo. Quero que Lauren seja feliz.
— Eu presumir que queria. Tim enviou uma equipe para a casa dela para coletar suas roupas, e fiz um deles olhar dentro de sua caixa de joias para saber o tamanho de seu anel. Wrath fez um olhar perplexo. —Elas precisam de anéis por alguma razão. É um modo visível de mostrarem que pertencem a um macho e esperam que os machos usem um anel combinando, para mostrar as fêmeas que pertencem a ela. Justice ergueu sua mão para mostrar o anel de ouro. — Vê? Não o uso o todo tempo, já que Jessie e eu conseguimos manter nosso acasalamento afastado da imprensa, mas uso em casa e no escritório. Parece estranho a princípio, mas você se acostumará com algo em seu dedo.
— Como consigo anéis?
— Jessie está cuidando disto.
— Nós agradecemos.
— Lição número dois. As fêmeas humanas amam gestos românticos. Sem necessidade de ser confundido. Isto significa fazer-lhes surpresas que mostrem nosso amor e ser atencioso ao mesmo tempo.
— Isto é ser um companheiro e o que fazemos. Nós tentamos fazê-las felizes e colocá-las em primeiro lugar.
— Nós somos bons nisso. Apenas temos que aprender a não sermos tão bruscos. Não agradeça a Jessie. Ela quer que diga a sua companheira que fez a ONE lidar com os arranjos, quando sugerir o casamento e os anéis para ela. Não é uma mentira, a ONE fez todos os arranjos desde que Jessie é considerada Espécie e teve nosso povo trabalhando nisso. Confio em minha companheira para estas coisas, e ela disse que sua fêmea ficará encantada pelo gesto romântico. Justice riu. — Não discuto com minha companheira sobre assuntos humanos. Está é a lição número três.
— Não discutir com minha companheira relativo a assuntos humanos?
— Exatamente. Não pode ganhar e estou sempre aprendendo coisas novas. Os humanos são imensamente diferentes de nós. Está é a lição número quatro.
— Obrigado.
— A lição número cinco é fácil. Seja você mesmo. Elas sabem que somos Espécies, nos aceitaram por quem somos e nos escolheram em vez dos machos humanos. Não tente ser algo que não é, pense que isto a fará mais feliz. Espere apenas responder muitas perguntas, quando ela não entender algo sobre nós, seja honesto e lembre-se que somos agressivos por natureza. Tente evitar passar dos limites.
Wrath assentiu. — Obrigado Justice. Eu lembrarei.
O outro macho se levantou. — Alguma pergunta?
— Ela gostaria de viver aqui em Homeland uma vez que meus deveres com a força tarefa forem cumpridos. Ela tem uma amiga que vive no mundo lá fora, e quer acesso a ela. São muito próximas.
— Nós resolveremos isto. A amiga dela é bem-vinda aqui.
— Não quero viver com minha companheira no dormitório.
— Você será designado a uma casa de verdade, Wrath. Temos o dormitório porque já estavam sendo construídos quando recebemos Homeland. Nossos machos apreciam passar o tempo um com o outro, e é mais fácil estarem mais perto de onde trabalham. Os machos acasalados e alguns dos mais altos cargos oficiais, preferem um pouco de espaço e privacidade. Nós cuidaremos disto.
Um peso saiu dos ombros de Wrath. — Vou ser o melhor companheiro possível.
Justice ficou de pé e sorriu. — Sei que irá. Parabéns.
Lauren riu. — Sério? Você se recusou a ter um companheiro?
Breeze assentiu. — Nós apreciamos nossa liberdade e nossos machos tendem a serem super protetores, e gostam de nos manter por perto. Apenas seja firme com o seu. Faça o que eu disse. Não aceite qualquer merda. Ela realmente gostou da mulher Nova Espécie.
— Posso lidar com isso, mas Wrath é um amor.
— Nossos machos nunca fazem nada pela metade, posso te assegurar disto.
Lauren hesitou insegura se estava bem em perguntar. Embora uma pergunta a aborrecesse. — A companheira de 140 sobreviveu? Wrath e eu não ouvimos nada.
A fêmea assentiu. — Está estabilizada. Seu companheiro está ao seu lado, e nossos médicos descobriram o que fizeram com ela. Não estou certa dos detalhes, mas estão esperando uma recuperação completa. Só levará tempo para que recupere suas forças.
— E os outros?
Ela riu. — Estão se ajustando a vida muito bem. Um deles continua pedindo para fazer sexo comigo, mas ele tem um problema de atitude. Os caninos podem ser muito agressivos quando estão na caça. Esteve sem uma fêmea por muito tempo, e está tentando compensar isso agora.
— É aquele que deu a Midnight um pouco de dificuldade e ela o derrubou?
— Sim. Breeze olhou para a porta e sorriu. — Seu companheiro e Justice estão vindo. É apenas como disse. Justice estava dando dicas úteis para Wrath sobre ter uma companheira humana. Nós sempre tomamos conta uns dos outros, e queremos que todos fiquem muito felizes. Você também é uma Espécie agora.
— Obrigada. Isso significa muito para mim. Ela falou sério.
A Espécie alta se levantou. — Certo, meu dever de baba terminou. Tenho uma sessão de treinamento para participar. Alguns novinhos da força tarefa estão aqui, e chegaram a lutar um pouco com nossos machos para melhorar suas habilidades. Gosto de assistir e às vezes gosto de participar. Os machos humanos pensam que as mulheres não podem tirá-los do tapete, e é divertido ver o choque quando os prendo no chão. Piscou. — E, estou considerando fazer sexo com um em certo ponto. Minha melhor amiga me disse algumas coisas que têm atraído meu interesse.
— Que tipos de coisas?
Brisa andou a passos largos para a porta. — Você consideraria isto muita informação. Feliz acasalamento, Lauren. Bem vinda à família.
A porta para o corredor abriu um segundo depois de Breeze sair, e Wrath sorriu para ela. O homem atrás dele deixou Lauren nervosa, e esperava não se envergonhar. Justice North era uma celebridade e ela nunca conheceu uma antes.
— Você está bem? Wrath fungou. — Onde está Breeze? Sinto o cheiro dela, mas ela foi embora. Pedi que uma fêmea ficasse com você enquanto falava com Justice
— Ela acabou de sair alguns segundos atrás. Ela é muito legal. Lauren olhou para Justice e suas bochechas aqueceram, quando ele sorriu para ela. Ele parecia muito mais bonito pessoalmente. — Oi.
— Bem vinda a Homeland, Lauren. Justice assentiu. — Eu a cumprimentaria, mas seu companheiro quebraria a minha mão por tocá-la. Você aprenderá que ele não responde bem, quando outros machos chegam muito perto de você. É uma ação instintiva para nós.
A porta que Breeze tinha acabado de sair abriu e uma ruiva entrou, vestindo uma camiseta preta, calça jeans, e botas de montaria. Seu cabelo da cor do fogo passava da sua bunda, e ela foi direito para Justice, pôs seu braço ao redor de sua cintura e debruçou-se contra ele. Ela olhou para Lauren.
— Sou Jessie. Sorriu. — Justice é meu marido e companheiro. Nós ouvimos o que fez para conseguir que aquele imbecil entregasse o pessoal que a prendeu, o enganando para fazer uma ligação para nós. Estou muito impressionada. Ótimo trabalho.
— Obrigada. Estava apavorada e tive sorte.
— Bem, acabou e está segura agora. Essa é a parte importante.
— Nós capturamos todos eles.
Jessie olhou para seu companheiro que falou. — É isso. Sua atenção retornou a Lauren. — Espero que não se importe, mas estamos fazendo uma pequena celebração para vocês dois. É sempre um grande evento, quando alguém arranja um companheiro e isso alegra todo mundo.
Lauren ficou surpresa por aquelas notícias, mas evitou perguntar por que.
Jessie pareceu ler sua mente. — Entre as merdas que conseguimos da mídia, dos protestantes e o sequestro ocasional, boas notícias são algo para fazer uma festa por aqui. Espero que não se importe.
— Nós estamos honrados. Wrath admitiu e puxou Lauren para seu lado para pôr seu braço ao redor dela. — Você se importaria se falássemos a sós antes de nós irmos?
Justice sorriu. — Claro. Nós estaremos do lado de fora esperando.
Lauren assistiu o par partir e se perguntou por que Wrath precisava de um momento em particular com ela. Ele esperou até a porta fechar antes dele largá-la, sentou em uma das cadeiras e a arrastou para o seu colo.
— Você aceita casar comigo?
Surpresa a atingiu e seu coração fez um baque em seu peito. — Está me pedindo para casar com você?
— Sim. Casamento. É uma formalidade que os humanos têm, e sua família saberá que sou sincero sobre meu amor por você. É minha companheira e quero que sua família entenda que respeito seu mundo humano.
— Oh, querido. Sim! Casarei com você!
Ele sorriu. — Bom. Estava esperando que concordasse. A ONE está planejando nosso casamento e nós teremos anéis combinando.
Lágrimas encheram seus olhos e ela não se incomodou em piscá-las de volta. — Isto é tão doce e minha avó realmente vai amar você. Ela ficará muita feliz que esteja com você, mas vai ficar emocionada demais por não ter que dizer a todos que estamos apenas morando juntos. Acho que isto me ajudará a me sentir acasalada também, com uma formalidade. Não quero nada grande, só algo divertido e casual.
— Certificarei-me que consiga o que quer.
Isso a fez amá-lo ainda mais.
— Nós podemos fazer isso hoje.
— Hoje? Nossa, ele nunca irá parar de me surpreender.
Apreensão tencionou seu rosto. — Isto é uma coisa ruim?
— Não. Não por isso. Casaria com você qualquer dia, qualquer lugar, qualquer hora. Minha família me entenderá por não esperar, mas tenho um pedido.
— Qualquer coisa.
— Gostaria que Amanda estivesse aqui.
— Ligue para ela. Ele assentiu em direção à escrivaninha através da sala. — Convide-a. Diga-lhe para vir e informarei ao portão que está a caminho. Eles a trarão onde quer que nós estejamos.
Lauren se debruçou contra ele e pressionou sua boca em cima da dele. Ele rosnou, tomando completamente posse de sua boca e ela teve que admitir que o cara aprendia rápido, quando a paixão chamejava entre eles. Ele podia beijar como ninguém. Foi ele quem quebrou o beijo, ofegante, e o desejo escurecia seus olhos.
— Ligue para ela e vamos nos apressar com este casamento. Quero montar você.
— E quero que faça isso.
Ele a ergueu de pé. — Faça o telefonema. Direi a Justice que queremos um ministro e os anéis. Só saia quando terminar.
Lauren discou para Amanda e piscou de volta mais lágrimas. Espantou-a como drasticamente sua vida mudou desde que entrou naquele armazém. Sua amiga atendeu no terceiro toque.
— Hã, alô?
— Por que você soa tão insegura? É alô ou não? — Lauren provocou.
— Lauren! Vi o identificador de chamada e não tive nenhuma pista por que Homeland estaria me ligando.
— Vou me casar.
— Oh. Meu. Deus! Sério! Sua cadela sortuda!
— Posso pegar emprestado aquele vestido azul que comprou para sua festa de Natal? Eu o adoro.
— Não vai se vestir de branco? Amanda bufou. — Brincadeira. Não seria legal, entretanto, fazer isto? Você não precisa apenas pegar emprestado, pode ficar com ele. Tenho que fazer uma festa de despedida de solteira para você? Podíamos ter dançarinos de strip-tease.
— Não. O único cara gostoso que quero ver nu é Wrath.
— Sim. Isto é verdade. Ele provavelmente parece melhor que qualquer um que pudesse contratar de qualquer maneira.
— Flame te ligou?
— Sim. Um pouco da felicidade de Amanda enfraqueceu. — Tiveram um problema no norte da Reserva e foi chamado para lá por algumas semanas, mas prometeu me ligar quando voltar. Quero dizer, ele ligou de alguma forma isso tem que significar algo, certo?
— Sim. Ele ligará.
— Estou esperando muito porque estou tipo obcecada por ele, mas nós conversaremos sobre isso mais tarde. Quando é o dia feliz? Irei num sexy shop e comprarei toneladas de coisas que terá que mostrar a ele como usar. Bem, talvez não. Quero dizer, eles têm um sexy shop ma ONE?
— Não sei, mas isso vai ter que esperar.
— Por quê?
— Hoje é o dia. Pegue o vestido, ponha algo que queira vestir para meu casamento e salte em seu carro. Estou em Homeland.
— Não brinca! Amanda gritou.
— Sério. E pode ficar com Tiger para mim por alguns meses?
— Você sabe que sim. Aonde vai estar?
— Não posso dizer a ninguém sobre isso. Lidarei com minha família mais tarde. Vou morar com Wrath, mas não podemos ficar com Tiger lá. Conseguiremos um lugar maior e então o pegarei de volta, assim que possível.
— Nossa. Isto é tão legal. Estarei lá. Fui sua motorista de fuga o que é ter um anúncio de casamento as presas?
— Você é a melhor.
— Diga isso a Flame quando ele voltar. Você tem vinculo agora com os Novas Espécies.
Lauren riu. — Pode contar comigo. Traga sua máquina fotográfica também. Quero fotos do casamento.
— Merda, eu a pegarei e a filmadora. Vai querer gravar sua lua de mel. Aquele seu homem é escaldante.
— Deixe a filmadora em casa. Lauren riu. — Não faço fitas de sexo. Isto é mais sua praia.
— Colocarei na internet e enviarei para aquelas meninas magras do ensino médio, que costumava nos xingar.
— Você não faria.
— Não faria, mas seria engraçado se fizesse, certo? Elas totalmente entenderiam que maior é melhor.
Lauren riu novamente. — Se apresse e chegue logo. Não se esqueça do vestido azul, por favor. Estarão esperando-a no portão.
— Não comece sem mim.
— Nem sonharia com isto. Lauren desligou e deixou a sala. Wrath esperava do lado de fora da porta.
— Você está pronta para ir para a festa?
Lauren olhou fixamente em seus olhos. — Sim.
Lauren piscou de volta as lágrimas, enquanto olhava fixamente ao redor do quarto. A cama de sua casa estava montada no canto do quarto de Wrath, pegando uma boa porção do espaço, mas estava tão tocada. As velas operadas a bateria chamejavam onde foram aleatoriamente colocadas, e boa comida foi depositada em uma mesa instalada no final da cama. Ela virou a cabeça para olhar fixamente para Wrath.
— Isto é tão romântico.
Ele sorriu. — Queria que soubesse que esta é a sua casa, e pensei que sua cama ajudaria a se sentir confortável aqui. Tim e a força tarefa são responsáveis pelo resto. Sabem que nos acasalamos e estamos casados. Disseram que é um presente de lua de mel. Suas roupas estão aqui, mas não tenho armários. Eles estão arrumando algo chamado guarda-roupa, que será colocado amanhã contra a parede próxima do banheiro, junto com uma televisão.
— Wrath, amo você. As lágrimas deslizaram abaixo por seu rosto.
Ele rosnou, usou seu pé para chutar a porta, fechando-a atrás deles e a puxou em seus braços. — Fiz algo errado?
— São lágrimas de alegria. Isto é tão doce.
Ele a ergueu contra seu corpo. — Não sou doce.
— Sim, você é.
— Não estou tendo pensamentos doces. Ele a encaminhou para a cama e a deteve. — Quero rasgar seu bonito vestido e montá-la por trás.
— Me coloque no chão.
Ele a aliviou para seus pés e a largou, se afastou alguns centímetros. — Desculpe.
Ela recuou. — Não se desculpe. Quero manter o vestido, mas estou pronta para o sexo. Ela piscou. — Tire a roupa, querido. A comida pode esperar.
Um sorriso carnal curvou seus lábios e ele se curvou, descalçando suas botas. Lauren abriu o zíper do vestido que Amanda lhe deu, o largou em cima do final da cama, e saiu da sua roupa de baixo, chutando seus sapatos para longe. Ficou nua primeiro que Wrath, subiu na cama e posicionou seu corpo em suas mãos e joelhos.
Wrath rosnou para ela enquanto saía de suas calças, e juntou-se a ela num piscar de olhos. Levantou-se para ficar de joelhos atrás dela, e uma mão agarrou seu quadril, enquanto a outra cobria sua boceta.
— Abra mais suas coxas para mim. Você já está molhada. Sua voz afundou enquanto seus dedos acariciavam seu clitóris. — Preciso de você.
Lauren podia se relacionar. Seu corpo doía por ele. O casamento foi tudo o que podia ter esperado. Os Novas Espécies lotaram o bar, Shadow e Amanda permaneceram ao seu lado e o ministro manteve a formalidade curta, mas gentil. Posaram para fotografias e então aprendeu algo novo sobre seu marido. O homem gostava de praticamente fode-la na pista de dança.
Foi uma tortura tê-lo se esfregando nela, rosnando enquanto beijava seu pescoço. Sentir seu pau rígido contra sua barriga, a fez querer achar o quarto privado mais próximo, para consumar seu casamento. Ao invés disso, tiveram que aceitar voltar em um helicóptero para a sede, para finalmente estarem a sós. Agora sabia por que ele esperou para levá-la para sua casa. Estava dando tempo para a força tarefa arrumar o quarto para sua lua de mel.
O esfregar lento de seu dedo indicador contra seu clitóris, a fazia remexer seus quadris, gemer, e empinar sua bunda para ele, enquanto seu peito abaixava. A respiração pesada de Wrath encheu suas orelhas e a cama estremeceu, quando ele colocou suas pernas ao lado de fora das dela. Parou de tocá-la, removeu sua mão e a coroa espessa do seu pau deslizou pela fenda de sua boceta. Ele a provocou a princípio até que fizesse um protesto gemendo.
— Minha, ele falou asperamente.
— Sou toda sua. Nunca ficaria cansada de dizer-lhe isto.
Seu pau a apertou e ela arranhou a cama, enquanto lentamente a preenchia, a esticou e arriscou sua reivindicação. Curvou-se, inclinou seu corpo por cima dela e apoiou uma mão na cama próxima a sua cabeça. Pausou quando estava completamente acomodado dentro de sua boceta.
— Amo montar você. Diga-me se for muito severo.
— Direi, mas não penso que isto seja possível.
Ele rosnou, beliscou seu ombro com seus dentes e a dor da leve mordida fez seus músculos vaginais apertarem. Seu outro braço embrulhou ao redor de sua cintura, seus dedos acharam seu clitóris e esfregaram furiosamente, enquanto começava a fode-la lentamente, pegou o ritmo, até que os sons de sua respiração pesada e seu quadril batendo contra seu bunda encheram o quarto.
Lauren entendeu por que Wrath amava estilo cachorrinho. Ele estava no controle com seu corpo preso abaixo do dele. O modo como se movia a excitava totalmente. Não apenas balançava os quadris com movimentos repetitivos iguais a maioria dos homens fazia. Ele ajustava os ângulos de suas punhaladas, e usava seu prazer vocal para descobrir o que era melhor para ela. Quando compreendia o que a levava para um quase orgasmo, martelava com força e rapidez, não tendo nenhuma misericórdia.
Seu corpo ficou tenso e ela gritou quando o êxtase eclodiu. Seu pau inchou, e lançou sua cabeça para trás e uivou enquanto gozava. Seu quadril empurrava em movimentos apertados contra sua bunda para compartilhar seu prazer até que finalmente se acalmou.
— Oh sim. Lauren ofegou. — O estilo cachorrinho é meu favorito também.
Wrath abaixou a cabeça, beijou seu pescoço e riu. — Os caninos fazem isso melhor.
Ela riu quando ele aliviou para ficarem de lado, enganchou por detrás dela e ela descansou a cabeça em seu braço. Virou-se o suficiente para encontrar seu bonito olhar.
— Sim, você faz.
— Nós vamos fazer novamente, amor. Descanse. O desejo engrossava sua voz e seu pau mexeu dentro dela. — Vou provar que sou o macho certo para você.
— Você já é, mas estou sempre disposta para que tente me convencer a qualquer hora que quiser.
Ele sorriu. — Não consigo me cansar de você. Já marquei meu cheiro em você. Sou possessivo e dominante. Nós continuamos sendo informados que nosso povo tem uma profunda necessidade de controlar as pessoas ao nosso redor, mas você me controla. Você olha para mim e quero fazer qualquer coisa para te fazer feliz.
— Missão cumprida. Eu sou.
Laurann Dohner
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