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Sempre achei que uma aventura, pois não deixa de ser uma grande aventura a estadia humana na Terra, era bem mais apaixonante do que um tratado denso e, de certa forma, frio, sobre a história. Para completar o raciocínio, um fato que sempre me aguçou a curiosidade é o sofrimento humano. Por que sofremos? Por que existe esta violência, desde tempos imemoriais? Não há outra forma de evolução? Não haveria um modo mais fraterno, bondoso e gentil de progresso? Por que somos achacados por doenças, pestes, crimes, desequilíbrios telúricos, além de uma outra infinidade de formas de sofrimento? O sofrimento faz parte da evolução? Será um corolário absolutamente necessário?
Há um sentimento bastante presente na cultura ocidental sobre o qual me pergunto muitas vezes se não teria origem na frustração sentida pelos exilados capelinos: é o que afirma que o processo de aprendizagem é sempre doloroso e lento. Como os capelinos, ao perderem a oportunidade de permanecerem em seu planeta, foram mandados para este. Misto de prisão e escola, quem sabe não permaneceu em seu inconsciente que não há outra forma de aprendizagem que não seja pela dor.
Mas a aquisição do conhecimento, como elemento libertador, pode ser agradável, mesmo lúdica, e aí estão as modernas correntes da psicologia e da pedagogia a nos repetirem isso. Foi este o motivo que me levou a escrever a coleção A saga dos capelinos: apresentar de forma agradável e atraente o expurgo que ocorreu em Capela, e que ocorre continuamente e de forma natural em todo o universo, chamando a atenção para o processo por que passa a Terra, de transformação de mundo de expiações e provas em orbe de regeneração. Nada melhor neste sentido do que contar a saga dos capelinos em forma de romance. E lógico que isso me trouxe diversas dificuldades, mas...
THE MAKING OF Albert Paul Dahoui
O melhor da literatura para todos os gostos e idades